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---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NA PETIÇÃO 4.972 GOIÁS
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:RAFAEL CAMPOS DE AQUINO
ADV.(A/S)
:PAULO FERNANDO CHADÚ RIBEIRO BORGES
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
GOIÁS
EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário. Matéria criminal.
Despacho de mero expediente. Ausência de prequestionamento da
matéria constitucional (Súmula 282 do STF). Impossibilidade da análise
da legislação infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta.
Agravo regimental não provido. Recurso manifestamente protelatório.
Litigância de má-fé. Imposição de multa sobre o valor da condenação.
Precedente.
1. Os despachos de mero expediente, por não se revestirem de
qualquer conteúdo decisório, não são passíveis de impugnação mediante
qualquer recurso.
2. Nos termos da jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, a
afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla
defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação
jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise
de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou
reflexa à Constituição Federal, o que não enseja o reexame da matéria em
recurso extraordinário.
3. Imposição ao agravante de pagamento de multa sobre o valor
atualizado da condenação, tendo em vista e interposição de sucessivos
recursos manifestamente protelatórios, a configurar a litigância de má-fé
(art. 18 do Código de Processo Civil).
4. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085184.
Supremo Tribunal Federal
DJe 16/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 14
Ementa e Acórdão
PET 4.972 AGR / GO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do
Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085184.
Supremo Tribunal Federal
PET 4.972 AGR / GO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do
Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
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Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NA PETIÇÃO 4.972 GOIÁS
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:RAFAEL CAMPOS DE AQUINO
ADV.(A/S)
:PAULO FERNANDO CHADÚ RIBEIRO BORGES
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
GOIÁS
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Rafael Campos de Aquino interpõe tempestivo agravo regimental
(fls. 299 a 302) contra decisão em que neguei seguimento ao recurso
extraordinário (fls. 276 a 276), com a seguinte fundamentação, na parte
que interessa:
“(...)
O recurso extraordinário interposto contra a decisão
denegatória de seguimento de recurso extraordinário pretérito é
manifestamente incabível, sem qualquer previsão no art. 102,
inc. III, da Constituição Federal e no Regimento Interno desta
Corte, sendo certo que, nos termos da legislação processual em
vigor, o recurso cabível contra essa decisão é o de agravo.
Com efeito, a parte pretende, inadequadamente, o
rejulgamento da causa, fim a que não se presta a excêntrica
petição.
Ademais, não há falar em conversão do referido pedido
em agravo de instrumento (ARE), uma vez que configurado
erro grosseiro, não sendo aplicável à espécie o princípio da
fungibilidade recursal, sendo certo, ainda, que a petição
recursal não impugna os fundamentos da decisão primitiva,
inovando em fundamentos diante de alegada disparidade
decorrente de sua intimação dos atos processuais por meio da
imprensa oficial, enquanto o Parquet dispõe da prerrogativa de
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NA PETIÇÃO 4.972 GOIÁS
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:RAFAEL CAMPOS DE AQUINO
ADV.(A/S)
:PAULO FERNANDO CHADÚ RIBEIRO BORGES
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
GOIÁS
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Rafael Campos de Aquino interpõe tempestivo agravo regimental
(fls. 299 a 302) contra decisão em que neguei seguimento ao recurso
extraordinário (fls. 276 a 276), com a seguinte fundamentação, na parte
que interessa:
“(...)
O recurso extraordinário interposto contra a decisão
denegatória de seguimento de recurso extraordinário pretérito é
manifestamente incabível, sem qualquer previsão no art. 102,
inc. III, da Constituição Federal e no Regimento Interno desta
Corte, sendo certo que, nos termos da legislação processual em
vigor, o recurso cabível contra essa decisão é o de agravo.
Com efeito, a parte pretende, inadequadamente, o
rejulgamento da causa, fim a que não se presta a excêntrica
petição.
Ademais, não há falar em conversão do referido pedido
em agravo de instrumento (ARE), uma vez que configurado
erro grosseiro, não sendo aplicável à espécie o princípio da
fungibilidade recursal, sendo certo, ainda, que a petição
recursal não impugna os fundamentos da decisão primitiva,
inovando em fundamentos diante de alegada disparidade
decorrente de sua intimação dos atos processuais por meio da
imprensa oficial, enquanto o Parquet dispõe da prerrogativa de
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 14
Relatório
PET 4.972 AGR / GO
intimação pessoal.
Nesse sentido, cito precedentes:
‘AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO
AGRAVO DE INSTRUMENTO. CABIMENTO DE
AGRAVO
REGIMENTAL.
RECURSO
NÃO
CONHECIDO. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal firmou-se no sentido de que não cabe agravo
regimental contra acórdão do Plenário ou de Turma. 2.
Impossibilidade de conversão em embargos de declaração:
erro grosseiro. 3. Imposição de multa de 5% do valor
corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14,
inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil’ (AI
nº 680.413/SP-AgR-AgR-AgR, Primeira Turma, Relatora a
Ministra Cármen Lúcia , Dje de 27/11/09);
‘1. RECURSO. Agravo regimental. Interposição
contra acórdão do Pleno em agravo regimental.
Inadmissibilidade. Aplicação do art. 317, caput, do
Regimento Interno. Precedentes. Não se admite agravo
regimental contra acórdão de Turma ou do Plenário. 2.
RECURSO. Agravo regimental. Interposição antes de
publicado o acórdão agravado. Decisão ainda nem sequer
juntada aos autos. Caráter manifestamente prematuro.
Objeto recursal ainda não definido de todo.
Intempestividade reconhecida. Não conhecimento.
Precedentes. Não se conhece de recurso interposto antes
da publicação da decisão por impugnar, sem, pelo menos,
juntada do acórdão aos autos’ (MS nº 27.632/DF-MC-AgR-
AgR, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Cezar Peluso ,
DJe de 27/2/09);
‘Agravo regimental. Agravo regimental no agravo de
instrumento. Princípio da unirrecorribilidade recursal.
Agravo regimental contra acórdão. Impossibilidade.
2
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Supremo Tribunal Federal
PET 4.972 AGR / GO
intimação pessoal.
Nesse sentido, cito precedentes:
‘AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO
AGRAVO DE INSTRUMENTO. CABIMENTO DE
AGRAVO
REGIMENTAL.
RECURSO
NÃO
CONHECIDO. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal firmou-se no sentido de que não cabe agravo
regimental contra acórdão do Plenário ou de Turma. 2.
Impossibilidade de conversão em embargos de declaração:
erro grosseiro. 3. Imposição de multa de 5% do valor
corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14,
inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil’ (AI
nº 680.413/SP-AgR-AgR-AgR, Primeira Turma, Relatora a
Ministra Cármen Lúcia , Dje de 27/11/09);
‘1. RECURSO. Agravo regimental. Interposição
contra acórdão do Pleno em agravo regimental.
Inadmissibilidade. Aplicação do art. 317, caput, do
Regimento Interno. Precedentes. Não se admite agravo
regimental contra acórdão de Turma ou do Plenário. 2.
RECURSO. Agravo regimental. Interposição antes de
publicado o acórdão agravado. Decisão ainda nem sequer
juntada aos autos. Caráter manifestamente prematuro.
Objeto recursal ainda não definido de todo.
Intempestividade reconhecida. Não conhecimento.
Precedentes. Não se conhece de recurso interposto antes
da publicação da decisão por impugnar, sem, pelo menos,
juntada do acórdão aos autos’ (MS nº 27.632/DF-MC-AgR-
AgR, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Cezar Peluso ,
DJe de 27/2/09);
‘Agravo regimental. Agravo regimental no agravo de
instrumento. Princípio da unirrecorribilidade recursal.
Agravo regimental contra acórdão. Impossibilidade.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 14
Relatório
PET 4.972 AGR / GO
Precedentes. 1. O princípio da unirrecorribilidade ou da
singularidade dos recursos, ressalvadas as hipóteses
legais, impede que contra a mesma decisão se interponha
mais de um recurso. 2. Pacífico o entendimento desta
Corte no sentido de ser incabível agravo regimental contra
decisão prolatada por órgão colegiado. 3. Agravo
regimental não-conhecido’ (AI nº 644.989/RJ-AgR-AgR,
Primeira Turma, Relator o Ministro Menezes Direito , DJe
de 12/12/08).
Observo, também, que ainda que fosse possível o
recebimento do recurso interposto como se de agravo de
instrumento se cuidasse, seria ele igualmente manifestamente
intempestivo.
A publicação da decisão ocorreu no DJe de 2/12/11 (fl.
269), e o recurso foi protocolado no dia 19/12/11 (fl. 276),
quando exaurido o prazo de cinco dias previsto no art. 28 da
Lei nº 8.038/90.
Anote-se que a jurisprudência deste Supremo Tribunal é
assente no sentido de que o prazo para a interposição do agravo
contra decisão denegatória de recurso extraordinário criminal é
de cinco dias, conforme o art. 28 da Lei nº 8.038/90, não
revogado, em matéria penal, pela Lei nº 8.950/94, de âmbito
normativo restrito ao Código de Processo Civil. Incidência da
Súmula nº 699/STF.
Nesse sentido, destaco precedentes:
‘EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. PROCESSUAL PENAL. CONVERSÃO
EM AGRAVO REGIMENTAL. INTEMPESTIVIDADE DO
AGRAVO DE INSTRUMENTO: INCIDÊNCIA DA
SÚMULA 699 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 1. A
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no
sentido de que é de cinco dias o prazo para a interposição
do agravo de instrumento em recurso extraordinário
criminal, conforme o art. 28 da Lei n. 8.038/90, não
3
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Supremo Tribunal Federal
PET 4.972 AGR / GO
Precedentes. 1. O princípio da unirrecorribilidade ou da
singularidade dos recursos, ressalvadas as hipóteses
legais, impede que contra a mesma decisão se interponha
mais de um recurso. 2. Pacífico o entendimento desta
Corte no sentido de ser incabível agravo regimental contra
decisão prolatada por órgão colegiado. 3. Agravo
regimental não-conhecido’ (AI nº 644.989/RJ-AgR-AgR,
Primeira Turma, Relator o Ministro Menezes Direito , DJe
de 12/12/08).
Observo, também, que ainda que fosse possível o
recebimento do recurso interposto como se de agravo de
instrumento se cuidasse, seria ele igualmente manifestamente
intempestivo.
A publicação da decisão ocorreu no DJe de 2/12/11 (fl.
269), e o recurso foi protocolado no dia 19/12/11 (fl. 276),
quando exaurido o prazo de cinco dias previsto no art. 28 da
Lei nº 8.038/90.
Anote-se que a jurisprudência deste Supremo Tribunal é
assente no sentido de que o prazo para a interposição do agravo
contra decisão denegatória de recurso extraordinário criminal é
de cinco dias, conforme o art. 28 da Lei nº 8.038/90, não
revogado, em matéria penal, pela Lei nº 8.950/94, de âmbito
normativo restrito ao Código de Processo Civil. Incidência da
Súmula nº 699/STF.
Nesse sentido, destaco precedentes:
‘EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. PROCESSUAL PENAL. CONVERSÃO
EM AGRAVO REGIMENTAL. INTEMPESTIVIDADE DO
AGRAVO DE INSTRUMENTO: INCIDÊNCIA DA
SÚMULA 699 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 1. A
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no
sentido de que é de cinco dias o prazo para a interposição
do agravo de instrumento em recurso extraordinário
criminal, conforme o art. 28 da Lei n. 8.038/90, não
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 14
Relatório
PET 4.972 AGR / GO
revogado, em matéria penal, pela Lei n. 8.950/94, de
âmbito normativo restrito ao Código de Processo Civil.
Incide, no caso, a Súmula 699 do Supremo Tribunal
Federal. 2. Agravo regimental ao qual se nega provimento’
(AI nº 747.760/PR ED, Primeira Turma, Relatora a Ministra
Cármen Lúcia, DJe de 11/9/09);
‘Recurso de agravo de instrumento criminal
interposto quando já escoado o prazo legal de cinco dias
para a sua apresentação (Súmula STF nº 699). 2. Não tendo
o recurso de agravo ultrapassado sequer o juízo de
admissibilidade, impossível o processamento do apelo
extremo e o enfrentamento da matéria de fundo. 3. Agravo
regimental improvido’ (AI nº 560.042/GO AgR, Segunda
Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 12/12/08).
Ademais, oportuno registrar que recentemente o Plenário
da Corte, ao julgar o ARE nº 639.846/SP-AgR-QO, Redator para
acórdão o Ministro Luiz Fux, assentou, a teor das alterações
promovidas pela Lei nº 12.322/10, a aplicabilidade do prazo de
5 (cinco) dias previsto no art. 28 da Lei nº 8.038/90 para a
interposição de agravo contra decisão que não admite recurso
extraordinário que verse sobre matéria penal e processual
penal. Confira-se, a propósito, ementa daquele julgado:
‘AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PRAZO. LEI Nº
12.322/2010. MATÉRIA CRIMINAL. INAPLICABILIDADE
DO ART. 544 DO CPC. INCIDÊNCIA DO ART. 28 DA LEI
Nº 8.038/90. PRECEDENTES. QUESTÃO DE ORDEM
REJEITADA E AGRAVO NÃO CONHECIDO. 1. A
alteração promovida pela Lei nº 12.322, de 9 de setembro
de 2010, não se aplica aos recursos extraordinários e
agravos que versem sobre matéria penal e processual
penal, de modo que o prazo do Agravo em Recurso
Extraordinário criminal é o de 5 (cinco) dias previsto no
4
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Supremo Tribunal Federal
PET 4.972 AGR / GO
revogado, em matéria penal, pela Lei n. 8.950/94, de
âmbito normativo restrito ao Código de Processo Civil.
Incide, no caso, a Súmula 699 do Supremo Tribunal
Federal. 2. Agravo regimental ao qual se nega provimento’
(AI nº 747.760/PR ED, Primeira Turma, Relatora a Ministra
Cármen Lúcia, DJe de 11/9/09);
‘Recurso de agravo de instrumento criminal
interposto quando já escoado o prazo legal de cinco dias
para a sua apresentação (Súmula STF nº 699). 2. Não tendo
o recurso de agravo ultrapassado sequer o juízo de
admissibilidade, impossível o processamento do apelo
extremo e o enfrentamento da matéria de fundo. 3. Agravo
regimental improvido’ (AI nº 560.042/GO AgR, Segunda
Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 12/12/08).
Ademais, oportuno registrar que recentemente o Plenário
da Corte, ao julgar o ARE nº 639.846/SP-AgR-QO, Redator para
acórdão o Ministro Luiz Fux, assentou, a teor das alterações
promovidas pela Lei nº 12.322/10, a aplicabilidade do prazo de
5 (cinco) dias previsto no art. 28 da Lei nº 8.038/90 para a
interposição de agravo contra decisão que não admite recurso
extraordinário que verse sobre matéria penal e processual
penal. Confira-se, a propósito, ementa daquele julgado:
‘AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PRAZO. LEI Nº
12.322/2010. MATÉRIA CRIMINAL. INAPLICABILIDADE
DO ART. 544 DO CPC. INCIDÊNCIA DO ART. 28 DA LEI
Nº 8.038/90. PRECEDENTES. QUESTÃO DE ORDEM
REJEITADA E AGRAVO NÃO CONHECIDO. 1. A
alteração promovida pela Lei nº 12.322, de 9 de setembro
de 2010, não se aplica aos recursos extraordinários e
agravos que versem sobre matéria penal e processual
penal, de modo que o prazo do Agravo em Recurso
Extraordinário criminal é o de 5 (cinco) dias previsto no
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 14
Relatório
PET 4.972 AGR / GO
art. 28 da Lei nº 8.038/90, e não o de 10 (dez) dias,
conforme o art. 544 do CPC. Precedentes (AG 197.032-RS,
rel. Min. Sepúlveda Pertence, 5.11.97; AG (AgRg) 234.016-
SP, rel. Min. Ilmar Galvão, 8.6.99). 2. Questão de ordem
rejeitada para não conhecer do recurso de agravo’ (DJe de
20/3/12).
Diante desse quadro, nos termos do art. 21, § 1º do RISTF,
por manifestamente incabível, nego seguimento ao presente
pedido.”
Alega o agravante, inicialmente, que
“não se trata de mera situação fática contrária à
Constituição e dirimida à luz da legislação infraconstitucional.
No Recurso Extraordinário, suscitou-se a própria
inconstitucionalidade de norma do regimento interno do
Tribunal Regional Federal da 1ª Região, à luz da Carta Magna
de 1988” (fl. 573).
Aduz que
“a interposição do Recurso Extraordinário foi contra
decisão monocrática do Presidente do Tribunal de Justiça de
Goiás que determinou a intimação do advogado de defesa via
publicação em Diário Oficial, enquanto a determinação de
intimação do Ministério Público foi para que fosse pessoal.
Contudo, ao decidir monocraticamente o Ministro Relator no
STF não compreendeu os termos da interposição e considerou
que trata-se de um Recurso Extraordinário contra decisão do
Presidente do Tribunal de Justiça que teria negado seguimento
ao Recurso Extraordinário” (fl. 306).
Sustenta, ainda, que
“[a] insurgência é contra a falta de efetivação do princípio
5
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Supremo Tribunal Federal
PET 4.972 AGR / GO
art. 28 da Lei nº 8.038/90, e não o de 10 (dez) dias,
conforme o art. 544 do CPC. Precedentes (AG 197.032-RS,
rel. Min. Sepúlveda Pertence, 5.11.97; AG (AgRg) 234.016-
SP, rel. Min. Ilmar Galvão, 8.6.99). 2. Questão de ordem
rejeitada para não conhecer do recurso de agravo’ (DJe de
20/3/12).
Diante desse quadro, nos termos do art. 21, § 1º do RISTF,
por manifestamente incabível, nego seguimento ao presente
pedido.”
Alega o agravante, inicialmente, que
“não se trata de mera situação fática contrária à
Constituição e dirimida à luz da legislação infraconstitucional.
No Recurso Extraordinário, suscitou-se a própria
inconstitucionalidade de norma do regimento interno do
Tribunal Regional Federal da 1ª Região, à luz da Carta Magna
de 1988” (fl. 573).
Aduz que
“a interposição do Recurso Extraordinário foi contra
decisão monocrática do Presidente do Tribunal de Justiça de
Goiás que determinou a intimação do advogado de defesa via
publicação em Diário Oficial, enquanto a determinação de
intimação do Ministério Público foi para que fosse pessoal.
Contudo, ao decidir monocraticamente o Ministro Relator no
STF não compreendeu os termos da interposição e considerou
que trata-se de um Recurso Extraordinário contra decisão do
Presidente do Tribunal de Justiça que teria negado seguimento
ao Recurso Extraordinário” (fl. 306).
Sustenta, ainda, que
“[a] insurgência é contra a falta de efetivação do princípio
5
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 14
Relatório
PET 4.972 AGR / GO
da igualdade, cuja proteção é constitucional” (fl. 307).
Busca o provimento do recurso extraordinário.
O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do ilustre
Subprocurador-Geral da República Dr. Mario José Gisi, opinou pelo não
provimento do agravo regimental (fls. 312 a 315).
É o relatório.
6
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085181.
Supremo Tribunal Federal
PET 4.972 AGR / GO
da igualdade, cuja proteção é constitucional” (fl. 307).
Busca o provimento do recurso extraordinário.
O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do ilustre
Subprocurador-Geral da República Dr. Mario José Gisi, opinou pelo não
provimento do agravo regimental (fls. 312 a 315).
É o relatório.
6
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NA PETIÇÃO 4.972 GOIÁS
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
A irresignação não merece ser acolhida.
Conforme expresso na decisão ora agravada, trata-se de recurso
extraordinário interposto contra decisão denegatória de seguimento ao
recurso extraordinário interposto perante o Tribunal de origem, de modo
que o recurso cabível seria o agravo de instrumento, não manejado pela
parte.
Aventa o recorrente que seu inconformismo, deduzido em novo
recurso extremo, estaria circunscrito à determinação de intimação das
partes da decisão denegatória, aduzindo, a esse respeito, quebra de
isonomia, porquanto a intimação do órgão acusador, como é de lei,
aperfeiçoou-se pessoalmente, enquanto a da defesa se deu por veiculação
na imprensa oficial.
Essa forma de intimação, como é cediço, decorre do disposto no art.
390 do Código de Processo Penal e no art. 41 da Lei Orgânica do
Ministério Público (Lei nº 8.626/93).
Nesse sentido, a jurisprudência desta Suprema Corte é assente no
sentido de que a afronta aos princípios da isonomia, da legalidade, do
devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da
coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser
reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais,
configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que
não enseja o reexame da matéria em recurso extraordinário.
Na esteira desse entendimento, destaco:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. CERCEAMENTO DE DEFESA.
MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. 1.
O acórdão que mantém o indeferimento de diligência
probatória tida por desnecessária não ofende o artigo 5º, LV, da
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NA PETIÇÃO 4.972 GOIÁS
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
A irresignação não merece ser acolhida.
Conforme expresso na decisão ora agravada, trata-se de recurso
extraordinário interposto contra decisão denegatória de seguimento ao
recurso extraordinário interposto perante o Tribunal de origem, de modo
que o recurso cabível seria o agravo de instrumento, não manejado pela
parte.
Aventa o recorrente que seu inconformismo, deduzido em novo
recurso extremo, estaria circunscrito à determinação de intimação das
partes da decisão denegatória, aduzindo, a esse respeito, quebra de
isonomia, porquanto a intimação do órgão acusador, como é de lei,
aperfeiçoou-se pessoalmente, enquanto a da defesa se deu por veiculação
na imprensa oficial.
Essa forma de intimação, como é cediço, decorre do disposto no art.
390 do Código de Processo Penal e no art. 41 da Lei Orgânica do
Ministério Público (Lei nº 8.626/93).
Nesse sentido, a jurisprudência desta Suprema Corte é assente no
sentido de que a afronta aos princípios da isonomia, da legalidade, do
devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da
coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser
reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais,
configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que
não enseja o reexame da matéria em recurso extraordinário.
Na esteira desse entendimento, destaco:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. CERCEAMENTO DE DEFESA.
MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. 1.
O acórdão que mantém o indeferimento de diligência
probatória tida por desnecessária não ofende o artigo 5º, LV, da
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
PET 4.972 AGR / GO
Constituição do Brasil. Precedentes. 2. As alegações de
desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo
legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos
limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se
dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem
configurar, quando muito, situações de ofensa meramente
reflexa ao texto da Constituição. Agravo regimental a que se
nega provimento” (AI nº 531.906/RJ-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 14/11/07);
“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO
AGRAVO DE INSTRUMENTO. CERCEAMENTO DE DEFESA.
MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL OFENSA INDIRETA À
CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL
AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A jurisprudência deste
Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as
alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da
ampla defesa e do contraditório, entre outros, configuram
ofensa reflexa à Constituição da República. Precedentes. 2.
Agravo Regimental desprovido” (AI nº 643.654/RJ-AgR,
Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de
22/6/07).
De outra parte, observo que a mera determinação de intimação das
partes (que se aperfeiçoou nos moldes das normas infraconstitucionais
aplicáveis) não comporta a interposição de novo recurso extraordinário.
Nesse sentido:
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. DESPACHO DE
MERO EXPEDIENTE. IRRECORRIBILIDADE. AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL
(SÚMULA 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL).
IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL
INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
2
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Supremo Tribunal Federal
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Constituição do Brasil. Precedentes. 2. As alegações de
desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo
legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos
limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se
dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem
configurar, quando muito, situações de ofensa meramente
reflexa ao texto da Constituição. Agravo regimental a que se
nega provimento” (AI nº 531.906/RJ-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 14/11/07);
“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO
AGRAVO DE INSTRUMENTO. CERCEAMENTO DE DEFESA.
MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL OFENSA INDIRETA À
CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL
AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A jurisprudência deste
Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as
alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da
ampla defesa e do contraditório, entre outros, configuram
ofensa reflexa à Constituição da República. Precedentes. 2.
Agravo Regimental desprovido” (AI nº 643.654/RJ-AgR,
Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de
22/6/07).
De outra parte, observo que a mera determinação de intimação das
partes (que se aperfeiçoou nos moldes das normas infraconstitucionais
aplicáveis) não comporta a interposição de novo recurso extraordinário.
Nesse sentido:
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. DESPACHO DE
MERO EXPEDIENTE. IRRECORRIBILIDADE. AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL
(SÚMULA 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL).
IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL
INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 14
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
PET 4.972 AGR / GO
PROVIMENTO. Imposição de multa de 5% do valor corrigido
da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17,
inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI nº 661.755 AgR/SP,
Primeira Turma, da relatoria da Ministra Cármen Lúcia, DJe de
3/4/09).
Outro, aliás, não foi o entendimento do Parquet Federal, o qual bem
observou que
“(...) [o] agravante se volta contra ato judicial que
determinou a intimação das partes (fl. 267). Tal ato, todavia, é
desprovido de conteúdo decisório, revestindo-se, por via de
consequência, da nota da irrecorribilidade (CPC, art. 504).
Nesse sentido, o seguinte precedente dessa Corte:
‘EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO - ATO
JUDICIAL QUÊ DETERMÍNA A JUNTADA DE PETIÇÃO
PROTOCOLADA POR UMA DAS PARTES - DESPACHO
DE MERO EXPEDIENTE IRRECORRIBILIDADE -
RECURSO DE AGRAVO INTERPOSTO CONTRA DECISÃO
QUE NEGOU
PROVIMENTO AO AGRAVO DE
INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS
INSCRITOS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA -
AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO
CONTENCIOSO. DE MERA LEGALIDADE - RECURSOS
IMPROVIDOS. - Os despachos de mero expediente - como
aqueles que ordenam juntada de simples petição
protocolada por uma das partes -, por não se revestirem
de qualquer conteúdo decisório, não são passíveis de
impugnação mediante qualquer recurso (CPC, art. 162, §
3º, c/c o art. 504). - A situação de ofensa meramente reflexa
ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só
por si, para viabilizar o acesso à via recursal
extraordinária. Precedentes’ (AI 458293 AgR-ED/SP -
Relator: Min. CELSO DE MELLO, Julgamento: 19/05/2009,
3
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Supremo Tribunal Federal
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PROVIMENTO. Imposição de multa de 5% do valor corrigido
da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17,
inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI nº 661.755 AgR/SP,
Primeira Turma, da relatoria da Ministra Cármen Lúcia, DJe de
3/4/09).
Outro, aliás, não foi o entendimento do Parquet Federal, o qual bem
observou que
“(...) [o] agravante se volta contra ato judicial que
determinou a intimação das partes (fl. 267). Tal ato, todavia, é
desprovido de conteúdo decisório, revestindo-se, por via de
consequência, da nota da irrecorribilidade (CPC, art. 504).
Nesse sentido, o seguinte precedente dessa Corte:
‘EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO - ATO
JUDICIAL QUÊ DETERMÍNA A JUNTADA DE PETIÇÃO
PROTOCOLADA POR UMA DAS PARTES - DESPACHO
DE MERO EXPEDIENTE IRRECORRIBILIDADE -
RECURSO DE AGRAVO INTERPOSTO CONTRA DECISÃO
QUE NEGOU
PROVIMENTO AO AGRAVO DE
INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS
INSCRITOS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA -
AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO
CONTENCIOSO. DE MERA LEGALIDADE - RECURSOS
IMPROVIDOS. - Os despachos de mero expediente - como
aqueles que ordenam juntada de simples petição
protocolada por uma das partes -, por não se revestirem
de qualquer conteúdo decisório, não são passíveis de
impugnação mediante qualquer recurso (CPC, art. 162, §
3º, c/c o art. 504). - A situação de ofensa meramente reflexa
ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só
por si, para viabilizar o acesso à via recursal
extraordinária. Precedentes’ (AI 458293 AgR-ED/SP -
Relator: Min. CELSO DE MELLO, Julgamento: 19/05/2009,
3
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
PET 4.972 AGR / GO
Órgão Julgador: Segunda Turma, Publicação DJe-118).
Não bastasse, incabível o conhecimento do recurso
extraordinário interposto pelo agravante. O referido apelo foi
manejado contra acórdão que negou seguimento a recurso
extraordinário face a incidência do óbice imposto pela Súmula
279 do Supremo Tribunal Federal (fls. 266/267). Nas razões
recursais, todavia, o recorrente se baseou unicamente em
alegações relacionadas à intimação do advogado de defesa via
publicação em Diário Oficial, apresentando, assim, razões
absolutamente estranhas ao fundamento decisório adotado pelo
julgado impugnado.
Nestas circunstâncias, consoante pacífica jurisprudência,
incide a vedação contida na súmula 284 desse Supremo
Tribunal Federal: ’é inadmissível o recurso extraordinário,
quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a
exata compreensão da controvérsia’” (fls. 312 a 315).
No caso, o agravante, insistentemente, busca, com a interposição de
sucessivos recursos manifestamente infundados, o rejulgamento de causa
que foi legitimamente decidida segundo a perpetuada jurisprudência da
Corte. Essa circunstância evidencia a nítida intenção por parte do
agravante de prolongar o exercício jurisdicional para alcançar a
prescrição da pretensão punitiva estatal.
Daí por que, buscando coibir abusos como este, a Primeira Turma,
em caso assemelhado de interposição de sucessivos recursos
manifestamente infundados, impôs pagamento de multa, incidente sobre
o valor da condenação.
Transcrevo o teor daquele julgado:
“Embargos de declaração em embargos de divergência no
agravo regimental no agravo regimental no recurso
extraordinário. Matéria Criminal. Conversão em agravo
regimental. Precedentes. Ausência de demonstração da
divergência jurisprudencial autorizadora do recurso.
4
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Supremo Tribunal Federal
PET 4.972 AGR / GO
Órgão Julgador: Segunda Turma, Publicação DJe-118).
Não bastasse, incabível o conhecimento do recurso
extraordinário interposto pelo agravante. O referido apelo foi
manejado contra acórdão que negou seguimento a recurso
extraordinário face a incidência do óbice imposto pela Súmula
279 do Supremo Tribunal Federal (fls. 266/267). Nas razões
recursais, todavia, o recorrente se baseou unicamente em
alegações relacionadas à intimação do advogado de defesa via
publicação em Diário Oficial, apresentando, assim, razões
absolutamente estranhas ao fundamento decisório adotado pelo
julgado impugnado.
Nestas circunstâncias, consoante pacífica jurisprudência,
incide a vedação contida na súmula 284 desse Supremo
Tribunal Federal: ’é inadmissível o recurso extraordinário,
quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a
exata compreensão da controvérsia’” (fls. 312 a 315).
No caso, o agravante, insistentemente, busca, com a interposição de
sucessivos recursos manifestamente infundados, o rejulgamento de causa
que foi legitimamente decidida segundo a perpetuada jurisprudência da
Corte. Essa circunstância evidencia a nítida intenção por parte do
agravante de prolongar o exercício jurisdicional para alcançar a
prescrição da pretensão punitiva estatal.
Daí por que, buscando coibir abusos como este, a Primeira Turma,
em caso assemelhado de interposição de sucessivos recursos
manifestamente infundados, impôs pagamento de multa, incidente sobre
o valor da condenação.
Transcrevo o teor daquele julgado:
“Embargos de declaração em embargos de divergência no
agravo regimental no agravo regimental no recurso
extraordinário. Matéria Criminal. Conversão em agravo
regimental. Precedentes. Ausência de demonstração da
divergência jurisprudencial autorizadora do recurso.
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 14
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
PET 4.972 AGR / GO
Precedentes. Agravo regimental não provido. Recurso
manifestamente protelatório. Litigância de má-fé. Imposição de
multa sobre o valor da condenação. Precedente. Risco de
prescrição. Baixa imediata para execução da pena imposta.
1. Embargos de declaração recebidos como agravo
regimental.
2.Não foi demonstrado o dissenso entre o que decidido e
os acórdãos paradigma trazidos pelo agravante. Agravo
regimental ao qual se nega provimento.
3. Imposição ao agravante de pagamento de multa sobre o
valor atualizado da condenação, tendo em vista e interposição
de sucessivos recursos manifestamente protelatórios, a
configurar a litigância de má-fé (art. 18 do Código de Processo
Civil).
4. Considerando que a consumação da prescrição da
pretensão punitiva estatal está próxima, independentemente do
trânsito em julgado da decisão, devem ser baixados os autos ao
juízo de origem para o imediato cumprimento da pena
imposta.” (RE nº 465.383-AgR-AgR-EDv-ED/ES, Tribunal Pleno,
de minha relatoria, DJe de 6/6/11).
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental e, na linha
do precedente citado, imponho ao agravante o pagamento de multa de
1% (um por cento) sobre o valor atualizado da condenação, por litigância
de má-fé (art. 18 do Código de Processo Civil).
É como voto.
5
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Supremo Tribunal Federal
PET 4.972 AGR / GO
Precedentes. Agravo regimental não provido. Recurso
manifestamente protelatório. Litigância de má-fé. Imposição de
multa sobre o valor da condenação. Precedente. Risco de
prescrição. Baixa imediata para execução da pena imposta.
1. Embargos de declaração recebidos como agravo
regimental.
2.Não foi demonstrado o dissenso entre o que decidido e
os acórdãos paradigma trazidos pelo agravante. Agravo
regimental ao qual se nega provimento.
3. Imposição ao agravante de pagamento de multa sobre o
valor atualizado da condenação, tendo em vista e interposição
de sucessivos recursos manifestamente protelatórios, a
configurar a litigância de má-fé (art. 18 do Código de Processo
Civil).
4. Considerando que a consumação da prescrição da
pretensão punitiva estatal está próxima, independentemente do
trânsito em julgado da decisão, devem ser baixados os autos ao
juízo de origem para o imediato cumprimento da pena
imposta.” (RE nº 465.383-AgR-AgR-EDv-ED/ES, Tribunal Pleno,
de minha relatoria, DJe de 6/6/11).
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental e, na linha
do precedente citado, imponho ao agravante o pagamento de multa de
1% (um por cento) sobre o valor atualizado da condenação, por litigância
de má-fé (art. 18 do Código de Processo Civil).
É como voto.
5
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 14
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NA PETIÇÃO 4.972
PROCED. : GOIÁS
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : RAFAEL CAMPOS DE AQUINO
ADV.(A/S) : PAULO FERNANDO CHADÚ RIBEIRO BORGES
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com
imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não
participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro
Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma,
30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076411
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NA PETIÇÃO 4.972
PROCED. : GOIÁS
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : RAFAEL CAMPOS DE AQUINO
ADV.(A/S) : PAULO FERNANDO CHADÚ RIBEIRO BORGES
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com
imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não
participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro
Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma,
30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076411
Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 14
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3088007 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-16T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NA PETIÇÃO | EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário. Matéria criminal. Despacho de mero expediente. Ausência de prequestionamento da matéria constitucional (Súmula 282 do STF). Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental não provido. Recurso manifestamente protelatório. Litigância de má-fé. Imposição de multa sobre o valor da condenação. Precedente.
1. Os despachos de mero expediente, por não se revestirem de qualquer conteúdo decisório, não são passíveis de impugnação mediante qualquer recurso.
2. Nos termos da jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, a afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que não enseja o reexame da matéria em recurso extraordinário.
3. Imposição ao agravante de pagamento de multa sobre o valor atualizado da condenação, tendo em vista e interposição de sucessivos recursos manifestamente protelatórios, a configurar a litigância de má-fé (art. 18 do Código de Processo Civil).
4. Agravo regimental não provido. | sjur218825 | - Acórdãos citados:
(OFENSA REFLEXA)
STF: AI 531906 AgR(2ªT), AI 643654 AgR(1ªT);
(DESCABIMENTO, RECURSO EXTRAORDINARIO, IRRECORRIBILIDADE, DESPACHO, INTIMAÇÃO)
STF: AI 458293 AgR-ED, AI 661755 AgR(1ªT);
(IMPOSIÇÃO, MULTA, RECURSO PROTELATÓRIO)
STF: RE 465383 AgR-AgR-EDv-ED(TP).
Número de páginas: 14.
Análise: 22/11/2012, LLD. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 4972 | [
"LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n ART-00390 \r\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00018 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-008625 ANO-1993\r\n ART-00041 \r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | Pet-AgR | acordaos | Pet 4972 AgR | [
""
] | AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
ADV.(A/S) : PAULO FERNANDO CHADÚ RIBEIRO BORGES
AGTE.(S) : RAFAEL CAMPOS DE AQUINO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"Súmula 282 do STF",
"PETIÇÃO 4 . 972",
"AI [UNK] 680 . 413 / SP - AgR -",
"MS [UNK] 27 . 632 / DF - MC - AgR - AgR",
"AI [UNK] 680 . 413 / SP",
"MS [UNK] 27 . 632 / DF - MC - AgR - AgR",
"AI [UNK] 644 . 989 / RJ - AgR - AgR",
"Súmula [UNK] 699 / STF",
"SÚMULA 699 DO SUPREMO",
"AI [UNK] 644 . 989 / RJ - AgR - AgR",
"Súmula [UNK] 699 / STF",
"SÚMULA 699 DO SUPREMO",
"Súmula 699 do Supremo Tribunal Federal",
"AI [UNK] 747 . 760 / PR ED",
"Súmula STF [UNK] 699",
"AI [UNK] 560 . 042 / GO AgR",
"ARE [UNK] 639 . 846 / SP - AgR - QO",
"Súmula 699 do Supremo Tribunal Federal",
"AI [UNK] 747 . 760 / PR ED",
"Súmula STF [UNK] 699",
"AI [UNK] 560 . 042 / GO AgR",
"ARE [UNK] 639 . 846 / SP - AgR - QO",
"AG",
"AG (",
"AgRg ) 234 . 016 - SP",
"AG 197 . 032 - RS",
"AG",
"(",
"AgRg ) 234 . 016 - SP",
"PETIÇÃO 4 . 972",
"AI [UNK] 531 . 906 / RJ - AgR",
"AI [UNK] 643 . 654 / RJ - AgR",
"SÚMULA 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"AI [UNK] 531 . 906",
"/",
"RJ",
"-",
"AgR",
"AI [UNK] 643 . 654 / RJ - AgR",
"SÚMULA 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"AI [UNK] 661 . 755 AgR / SP",
"AI 458293 AgR - ED / SP",
"AI [UNK] 661 . 755 AgR / SP",
"AI 458293 AgR - ED / SP",
"Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal",
"súmula 284 desse Supremo Tribunal Federal",
"Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal",
"súmula 284 desse Supremo Tribunal Federal",
"RE [UNK] 465 . 383 - AgR - AgR - EDv - ED / ES",
"RE [UNK] 465 . 383 - AgR - AgR - EDv - ED / ES"
],
"LEGISLACAO": [
"Constituição Federal",
"art . 18 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , inc . III , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , inc . III , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , § [UNK] , c / c arts . 14 , inc . II e III , e 17 , inc . VII , do Código de Processo Civil",
"art . 317 , caput , do Regimento Interno",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , § [UNK] , c / c arts . 14 , inc . II e III , e 17 , inc . VII , do Código de Processo Civil",
"art . 317 , caput , do Regimento Interno",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 28 da Lei [UNK] 8 . 038 / 90",
"art . 28 da Lei [UNK] 8 . 038 / 90",
"Lei [UNK] 8 . 950 / 94",
"Código de Processo Civil",
"art . 28 da Lei n . 8 . 038 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 28 da Lei [UNK] 8 . 038 / 90",
"art . 28 da Lei [UNK] 8 . 038 / 90",
"Lei [UNK] 8 . 950 / 94",
"Código de Processo Civil",
"art . 28 da Lei n . 8 . 038 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n . 8 . 950 / 94",
"Código de Processo Civil",
"Lei [UNK] 12 . 322 / 10",
"art . 28 da Lei [UNK] 8 . 038 / 90",
"LEI [UNK] 12 . 322 / 2010",
"ART . 544 DO CPC",
"ART . 28 DA LEI [UNK] 8 . 038 / 90",
"Lei [UNK] 12 . 322",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n . 8",
"Código de Processo Civil",
"Lei [UNK] 12 . 322 / 10",
"art . 28 da Lei [UNK] 8 . 038 / 90",
"LEI [UNK] 12 . 322 / 2010",
"ART . 544 DO CPC",
"ART . 28 DA LEI [UNK] 8 . 038 / 90",
"Lei [UNK] 12 . 322",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 28 da Lei [UNK] 8 . 038 / 90",
"art . 544 do CPC",
"art",
"Constituição",
"Carta Magna de 1988",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 28 da Lei [UNK] 8 . 038 / 90",
"art . 544 do CPC",
"Constituição",
"Carta Magna de 1988",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 390 do Código de Processo Penal",
"art . 41 da Lei Orgânica do Ministério Público",
"Lei [UNK] 8 . 626 / 93",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 390 do Código de Processo Penal",
"art . 41 da Lei Orgânica do Ministério Público",
"Lei [UNK] 8 . 626 / 93",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , § [UNK] , c / c arts . 14 , inc . II e III , e 17 , inc . VII , do Código de Processo Civil",
"CPC , art . 504",
"CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"CPC , art . 162 , § [UNK] , c /",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , § [UNK] , c / c arts . 14 , inc . II e III , e 17 , inc . VII , do Código de Processo Civil",
"CPC , art . 504",
"CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"CPC , art . 162 , § [UNK] , c / c o art . 504",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 18 do Código de Processo Civil",
"art . 18 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 18 do Código de Processo Civil",
"art . 18 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"GOIÁS",
"ESTADO DE GOIÁS",
"Brasília",
"Brasília",
"GOIÁS",
"ESTADO DE GOIÁS",
"GOIÁS",
"ESTADO DE GOIÁS",
"Goiás",
"GOIÁS",
"GOIÁS",
"GOIÁS",
"ESTADO DE GOIÁS",
"GOIÁS",
"ESTADO DE GOIÁS"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"PETIÇÃO",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS",
"Parquet",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Primeira Turma",
"Pleno",
"Plenário",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Primeira Turma",
"Pleno",
"Plenário",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Plenário da Corte",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Plenário da Corte",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Tribunal de Justiça de Goiás",
"Ministério Público",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Tribunal de Justiça de",
"Ministério Público",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Suprema Corte",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Constituição",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Parquet Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Parquet Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS",
"[UNK] Turma",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"RAFAEL CAMPOS DE AQUINO",
"PAULO FERNANDO CHADÚ RIBEIRO BORGES",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"RAFAEL CAMPOS DE AQUINO",
"PAULO FERNANDO CHADÚ RIBEIRO BORGES",
"DIAS TOFFOLI",
"Rafael Campos de Aquino",
"DIAS TOFFOLI",
"RAFAEL CAMPOS DE AQUINO",
"PAULO FERNANDO CHADÚ RIBEIRO BORGES",
"DIAS TOFFOLI",
"Rafael Campos de Aquino",
"Cármen Lúcia",
"Cezar Peluso",
"Cármen Lúcia",
"Cezar Peluso",
"Menezes Direito",
"Menezes",
"Cármen Lúcia",
"Ellen Gracie",
"Luiz Fux",
"Cármen Lúcia",
"Ellen Gracie",
"Luiz Fux",
"Sepúlveda Pertence",
"Ilmar Galvão",
"Sepúlveda Pertence",
"Ilmar Galvão",
"Mario José Gisi",
"Mario José Gisi",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Eros Grau",
"Cármen Lúcia",
"Eros Grau",
"Cármen Lúcia",
"DIAS TOFFOLI",
"Cármen Lúcia",
"CELSO DE MELLO",
"Cármen Lúcia",
"CELSO DE MELLO",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"RAFAEL CAMPOS DE AQUINO",
"PAULO FERNANDO CHADÚ RIBEIRO BORGES",
"Luiz Fux",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"RAFAEL CAMPOS DE AQUINO",
"PAULO FERNANDO CHADÚ RIBEIRO BORGES",
"Luiz Fux",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"16",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
"11",
"/",
"09",
"27",
"/",
"2",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
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"09",
"27",
"/",
"2",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"08",
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"/",
"12",
"/",
"11",
"19",
"/",
"12",
"/",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"08",
"2",
"/",
"12",
"/",
"11",
"19",
"/",
"12",
"/",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
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"/",
"09",
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"/",
"12",
"/",
"08",
"9 de setembro de 2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
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"9",
"/",
"09",
"12",
"/",
"12",
"/",
"08",
"9 de setembro de 2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"5",
".",
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".",
"97",
"8",
".",
"6",
".",
"99",
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"/",
"3",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"5",
".",
"11",
".",
"97",
"8",
".",
"6",
".",
"99",
"20",
"/",
"3",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
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"/",
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"22",
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"/",
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"/",
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"/",
"07",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
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"/",
"09",
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"/",
"05",
"/",
"2009",
"24",
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"/",
"2001",
"3",
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"09",
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"05",
"/",
"2009",
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"/",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
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"/",
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"/",
"6",
"/",
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"2001",
"6",
"/",
"6",
"/",
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"/",
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"/",
"2001",
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".",
"10",
".",
"2012",
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"10",
".",
"2012",
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"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
EXTRADIÇÃO 1.232 REINO DA ESPANHA
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
REQTE.(S)
:GOVERNO DA ESPANHA
EXTDO.(A/S)
:FRANCISCO JOSÉ PASCUAL VILLARUBIA OU
FRANCISCO JOSÉ PASCUAL VILLARRUBIA OU
FRANCISCO PASCUAL VILLARRUBIA
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
Extradição instrutória. 2. Crimes de tráfico de drogas e posse ilegal
de arma. 3. Atendimento dos requisitos formais. 4. Dupla tipicidade. 5.
Prescrição do crime de posse ilegal de arma. 6. O fato de o extraditando
possuir filho brasileiro não constitui óbice ao deferimento da extradição.
Precedentes. 7. Pedido deferido sob a condição de que o Estado
requerente assuma, em caráter formal, o compromisso de comutar os dias
preso por força da extradição. 8. Deferimento parcial do pleito
extradicional (somente em relação ao crime de tráfico de drogas).
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, deferir,
parcialmente, o pedido, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministro GILMAR MENDES
Relator
Documento assinado digitalmente
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3117213.
Supremo Tribunal Federal
DJe 23/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9
Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
EXTRADIÇÃO 1.232 REINO DA ESPANHA
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
REQTE.(S)
:GOVERNO DA ESPANHA
EXTDO.(A/S)
:FRANCISCO JOSÉ PASCUAL VILLARUBIA OU
FRANCISCO JOSÉ PASCUAL VILLARRUBIA OU
FRANCISCO PASCUAL VILLARRUBIA
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
extradição instrutória, com pedido de prisão preventiva, do nacional
espanhol Francisco José Pascual Villarubia, formulado pelo Reino da
Espanha, mediante a Nota Verbal 4/2011, com base no art. IX do Tratado
de Extradição firmado entre o Brasil e o Reino da Espanha.
Segundo a referida Nota, o extraditando é acusado da prática dos
crimes de tráfico de drogas e posse ilícita de arma de fogo.
Eis os fatos justificativos e formalizadores do pedido (fl. 8), in verbis:
“Em virtude de entrada e registo efectuados no dia 19 de
Abril de 2001, levados a cabo no domicílio do acusado
FRANCISCO JOSE PASCUAL VILLARRUBIA, maior e sem
antecedentes criminais computáveis, sito na Calle Godella Nº 11
porta 14 da localidade de Burjassot, foram encontrados em
diferentes dependências do mesmo vários sacos de plástico
contendo respectivamente 753 gramas de anfetamina em pó,
51,17 gramas de cocaína, 99,52 gramas de cocaína, 93,73 gramas
de cocaína e 42,55 gramas da mesma substância, com uma
pureza variável entre 19,5 e 25,6 %, além de outro que continha
4,65 gramas de MDMA, todas elas substâncias que causam
graves danos na saúde, que o acusado detinha tendo em vista
proceder à sua venda no mercado ilícito, onde teriam alcançado
um valor de 6.255.856 pesetas (37.598,45 €), além de 3.504.000
pesetas em numerário, produto de transacções anteriores, e de
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
EXTRADIÇÃO 1.232 REINO DA ESPANHA
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
REQTE.(S)
:GOVERNO DA ESPANHA
EXTDO.(A/S)
:FRANCISCO JOSÉ PASCUAL VILLARUBIA OU
FRANCISCO JOSÉ PASCUAL VILLARRUBIA OU
FRANCISCO PASCUAL VILLARRUBIA
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
extradição instrutória, com pedido de prisão preventiva, do nacional
espanhol Francisco José Pascual Villarubia, formulado pelo Reino da
Espanha, mediante a Nota Verbal 4/2011, com base no art. IX do Tratado
de Extradição firmado entre o Brasil e o Reino da Espanha.
Segundo a referida Nota, o extraditando é acusado da prática dos
crimes de tráfico de drogas e posse ilícita de arma de fogo.
Eis os fatos justificativos e formalizadores do pedido (fl. 8), in verbis:
“Em virtude de entrada e registo efectuados no dia 19 de
Abril de 2001, levados a cabo no domicílio do acusado
FRANCISCO JOSE PASCUAL VILLARRUBIA, maior e sem
antecedentes criminais computáveis, sito na Calle Godella Nº 11
porta 14 da localidade de Burjassot, foram encontrados em
diferentes dependências do mesmo vários sacos de plástico
contendo respectivamente 753 gramas de anfetamina em pó,
51,17 gramas de cocaína, 99,52 gramas de cocaína, 93,73 gramas
de cocaína e 42,55 gramas da mesma substância, com uma
pureza variável entre 19,5 e 25,6 %, além de outro que continha
4,65 gramas de MDMA, todas elas substâncias que causam
graves danos na saúde, que o acusado detinha tendo em vista
proceder à sua venda no mercado ilícito, onde teriam alcançado
um valor de 6.255.856 pesetas (37.598,45 €), além de 3.504.000
pesetas em numerário, produto de transacções anteriores, e de
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Relatório
EXT 1.232 / **
uma pistola modelo FT de calibre 6,35, originariamente
concebida para disparar munições de gás ou salva, à qual o
acusado tinha acoplado um canhão de aço estriado que a
activava como arma de fogo, estando preparada para disparar
munições do calibre 6,35 mm Browning e em bom estado de
funcionamento...”.
A prisão preventiva para extradição foi decretada em 2.3.2011 (fls.
44-48) e efetivada em 22.7.2011 (fl. 61v).
Oitiva do extraditando às fls. 96-98v e defesa escrita às fls. 102-106.
Manifestação da Procuradoria-Geral da República pelo deferimento
parcial do pedido, com exclusão do delito de posse de arma de fogo,
tendo em vista o transcurso do prazo da prescrição de cinco anos fixado
na lei penal espanhola (fl. 142).
Em razão da aposentadoria do então relator, Ministro Cezar Peluso,
os presentes autos foram a mim redistribuídos em 12.9.2012.
É o relatório.
2
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Supremo Tribunal Federal
EXT 1.232 / **
uma pistola modelo FT de calibre 6,35, originariamente
concebida para disparar munições de gás ou salva, à qual o
acusado tinha acoplado um canhão de aço estriado que a
activava como arma de fogo, estando preparada para disparar
munições do calibre 6,35 mm Browning e em bom estado de
funcionamento...”.
A prisão preventiva para extradição foi decretada em 2.3.2011 (fls.
44-48) e efetivada em 22.7.2011 (fl. 61v).
Oitiva do extraditando às fls. 96-98v e defesa escrita às fls. 102-106.
Manifestação da Procuradoria-Geral da República pelo deferimento
parcial do pedido, com exclusão do delito de posse de arma de fogo,
tendo em vista o transcurso do prazo da prescrição de cinco anos fixado
na lei penal espanhola (fl. 142).
Em razão da aposentadoria do então relator, Ministro Cezar Peluso,
os presentes autos foram a mim redistribuídos em 12.9.2012.
É o relatório.
2
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
EXTRADIÇÃO 1.232 REINO DA ESPANHA
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
extradição instrutória, com pedido de prisão preventiva, do nacional
espanhol Francisco José Pascual Villarubia, formulado pelo Reino da
Espanha, mediante a Nota Verbal n. 4/2011, com base no artigo IX do
Tratado de Extradição firmado entre o Brasil e o Reino da Espanha.
Apresentada a resposta escrita, o extraditando sustentou: a) em sede
de preliminar, a ocorrência da prescrição; b) instrução deficiente e
ausência de provas da participação do estrangeiro nos fatos descritos; c)
caso seja julgado procedente o pedido de extradição, pede seja aplicada a
detração penal pelo Estado requerente.
Inicialmente, de forma contrária ao alegado pelo extraditando,
verifico que estão nos autos todos os documentos necessários à análise da
legalidade do pleito extradicional, atendido o disposto nos arts. 80 e 82 da
Lei 6.815/1980.
Como assentou o Parquet, “a Justiça espanhola é competente para o caso:
o extraditando é nacional espanhol e o crime foi cometido naquele país”.
São os seguintes os fatos imputados ao extraditando:
“Em virtude de entrada e registo efectuados no dia 19 de
Abril de 2001, levados a cabo no domicílio do acusado
FRANCISCO JOSE PASCUAL VILLARRUBIA, maior e sem
antecedentes criminais computáveis, sito na Calle Godella Nº 11
porta 14 da localidade de Burjassot, foram encontrados em
diferentes dependências do mesmo vários sacos de plástico
contendo respectivamente 753 gramas de anfetamina em pó,
51,17 gramas de cocaína, 99,52 gramas de cocaína, 93,73 gramas
de cocaína e 42,55 gramas da mesma substância, com uma
pureza variável entre 19,5 e 25,6 %, além de outro que continha
4,65 gramas de MDMA, todas elas substâncias que causam
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
EXTRADIÇÃO 1.232 REINO DA ESPANHA
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
extradição instrutória, com pedido de prisão preventiva, do nacional
espanhol Francisco José Pascual Villarubia, formulado pelo Reino da
Espanha, mediante a Nota Verbal n. 4/2011, com base no artigo IX do
Tratado de Extradição firmado entre o Brasil e o Reino da Espanha.
Apresentada a resposta escrita, o extraditando sustentou: a) em sede
de preliminar, a ocorrência da prescrição; b) instrução deficiente e
ausência de provas da participação do estrangeiro nos fatos descritos; c)
caso seja julgado procedente o pedido de extradição, pede seja aplicada a
detração penal pelo Estado requerente.
Inicialmente, de forma contrária ao alegado pelo extraditando,
verifico que estão nos autos todos os documentos necessários à análise da
legalidade do pleito extradicional, atendido o disposto nos arts. 80 e 82 da
Lei 6.815/1980.
Como assentou o Parquet, “a Justiça espanhola é competente para o caso:
o extraditando é nacional espanhol e o crime foi cometido naquele país”.
São os seguintes os fatos imputados ao extraditando:
“Em virtude de entrada e registo efectuados no dia 19 de
Abril de 2001, levados a cabo no domicílio do acusado
FRANCISCO JOSE PASCUAL VILLARRUBIA, maior e sem
antecedentes criminais computáveis, sito na Calle Godella Nº 11
porta 14 da localidade de Burjassot, foram encontrados em
diferentes dependências do mesmo vários sacos de plástico
contendo respectivamente 753 gramas de anfetamina em pó,
51,17 gramas de cocaína, 99,52 gramas de cocaína, 93,73 gramas
de cocaína e 42,55 gramas da mesma substância, com uma
pureza variável entre 19,5 e 25,6 %, além de outro que continha
4,65 gramas de MDMA, todas elas substâncias que causam
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9
Voto - MIN. GILMAR MENDES
EXT 1.232 / **
graves danos na saúde, que o acusado detinha tendo em vista
proceder à sua venda no mercado ilícito, onde teriam alcançado
um valor de 6.255.856 pesetas (37.598,45 €), além de 3.504.000
pesetas em numerário, produto de transacções anteriores, e de
uma pistola modelo FT de calibre 6,35, originariamente
concebida para disparar munições de gás ou salva, à qual o
acusado tinha acoplado um canhão de aço estriado que a
activava como arma de fogo, estando preparada para disparar
munições do calibre 6,35 mm Browning e em bom estado de
funcionamento...”.
Presente o requisito da dupla tipicidade. Os crimes previstos na lei
espanhola de delito contra a saúde pública, na modalidade de substâncias
que causam graves danos à saúde e o delito de posse ilícita de armas (art.
368 e 563, ambos do Código Penal espanhol) encontram correspondência
nos tipos penais previstos nos art. 12 da Lei 6.368/1976 (lei vigente à
época dos fatos) e art. 12 da Lei 10.826/2003.
No que se refere à prescrição da pretensão punitiva, verifico que o
crime previsto no art. 563 (posse ilícita de armas) do Código Penal
espanhol encontra-se prescrito. É que a legislação penal espanhola prevê
a prescrição de 5 anos para esse delito (art. 131.1 do Código Penal
espanhol). Os fatos datam de 19.4.2001. Iniciado o processo contra o
extraditando em 5.4.2004 (marco interruptivo da prescrição nos termos do
art. 132.2 do Código Penal espanhol), ocorreu a prescrição em 5.4.2009.
Por outro lado, não há que se falar em prescrição da pretensão
punitiva, quanto ao crime do art. 368 do CPe (crime contra a saúde
pública, na modalidade de substâncias que causam graves danos à
saúde), em ambos os ordenamentos jurídicos.
Na legislação espanhola, para esse tipo de delito (pena máxima de 9
anos), a prescrição dá-se em 10 anos (art. 131.1 do CPe), logo, ocorrerá em
5.4.2014, considerando o marco interruptivo já mencionado (5.4.2004, nos
termos do art. 132.2 do CPe).
Na legislação brasileira, o tipo penal correspondente, previsto no art.
2
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3088805.
Supremo Tribunal Federal
EXT 1.232 / **
graves danos na saúde, que o acusado detinha tendo em vista
proceder à sua venda no mercado ilícito, onde teriam alcançado
um valor de 6.255.856 pesetas (37.598,45 €), além de 3.504.000
pesetas em numerário, produto de transacções anteriores, e de
uma pistola modelo FT de calibre 6,35, originariamente
concebida para disparar munições de gás ou salva, à qual o
acusado tinha acoplado um canhão de aço estriado que a
activava como arma de fogo, estando preparada para disparar
munições do calibre 6,35 mm Browning e em bom estado de
funcionamento...”.
Presente o requisito da dupla tipicidade. Os crimes previstos na lei
espanhola de delito contra a saúde pública, na modalidade de substâncias
que causam graves danos à saúde e o delito de posse ilícita de armas (art.
368 e 563, ambos do Código Penal espanhol) encontram correspondência
nos tipos penais previstos nos art. 12 da Lei 6.368/1976 (lei vigente à
época dos fatos) e art. 12 da Lei 10.826/2003.
No que se refere à prescrição da pretensão punitiva, verifico que o
crime previsto no art. 563 (posse ilícita de armas) do Código Penal
espanhol encontra-se prescrito. É que a legislação penal espanhola prevê
a prescrição de 5 anos para esse delito (art. 131.1 do Código Penal
espanhol). Os fatos datam de 19.4.2001. Iniciado o processo contra o
extraditando em 5.4.2004 (marco interruptivo da prescrição nos termos do
art. 132.2 do Código Penal espanhol), ocorreu a prescrição em 5.4.2009.
Por outro lado, não há que se falar em prescrição da pretensão
punitiva, quanto ao crime do art. 368 do CPe (crime contra a saúde
pública, na modalidade de substâncias que causam graves danos à
saúde), em ambos os ordenamentos jurídicos.
Na legislação espanhola, para esse tipo de delito (pena máxima de 9
anos), a prescrição dá-se em 10 anos (art. 131.1 do CPe), logo, ocorrerá em
5.4.2014, considerando o marco interruptivo já mencionado (5.4.2004, nos
termos do art. 132.2 do CPe).
Na legislação brasileira, o tipo penal correspondente, previsto no art.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9
Voto - MIN. GILMAR MENDES
EXT 1.232 / **
12 da Lei 6.368/1976, tem pena máxima de 15 anos.
Assim, tendo em vista que a prescrição antes de transitar em julgado
a sentença regula-se pela pena máxima da pena privativa de liberdade
cominada ao crime e que os prazos são reduzidos de metade, quando ao
tempo do crime, o agente for menor de 21 anos, verifico que a prescrição
ocorrerá em 10 anos, portanto, somente cessa a pretensão punitiva pela
legislação brasileira, também, em 5.4.2014 (art. 117, inciso I; art. 109,
caput, e inciso I; e art. 115 do Código Penal brasileiro).
Destaco, também, que o fato de o extraditando possuir filho
brasileiro não constitui óbice ao deferimento da extradição, nos termos da
jurisprudência dominante desta Corte (cf.: EXT 1.178/República Oriental
do Uruguai, rel. Min. Dias Toffoli, Pleno, unânime, DJe 22.10.2010 e EXT
1.201/Estados Unidos da América, rel. Min. Celso de Mello, Pleno,
unânime, DJe 15.3.2011, cuja ementa transcrevo:
“EXISTÊNCIA DE FILHO BRASILEIRO SOB
DEPENDÊNCIA DO EXTRADITANDO: IRRELEVÂNCIA
JURÍDICA DESSE FATO .
- A existência de relações familiares, a comprovação de
vínculo conjugal e/ou a convivência 'more uxorio' do
extraditando
com pessoa
de nacionalidade brasileira
constituem fatos destituídos de relevância jurídica para efeitos
extradicionais, não impedindo, em conseqüência, a efetivação da
extradição. Precedentes .
- Não obsta a extradição o fato de o súdito estrangeiro ser
casado ou viver em união estável com pessoa de nacionalidade
brasileira, ainda que, com esta, possua filho brasileiro.
- A Súmula 421/STF revela-se compatível com a vigente
Constituição da República, pois, em tema de cooperação
internacional na repressão a atos de criminalidade comum, a
existência de vínculos conjugais e/ou familiares com pessoas de
nacionalidade brasileira não se qualifica como causa obstativa
da extradição. Precedentes” .
3
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Supremo Tribunal Federal
EXT 1.232 / **
12 da Lei 6.368/1976, tem pena máxima de 15 anos.
Assim, tendo em vista que a prescrição antes de transitar em julgado
a sentença regula-se pela pena máxima da pena privativa de liberdade
cominada ao crime e que os prazos são reduzidos de metade, quando ao
tempo do crime, o agente for menor de 21 anos, verifico que a prescrição
ocorrerá em 10 anos, portanto, somente cessa a pretensão punitiva pela
legislação brasileira, também, em 5.4.2014 (art. 117, inciso I; art. 109,
caput, e inciso I; e art. 115 do Código Penal brasileiro).
Destaco, também, que o fato de o extraditando possuir filho
brasileiro não constitui óbice ao deferimento da extradição, nos termos da
jurisprudência dominante desta Corte (cf.: EXT 1.178/República Oriental
do Uruguai, rel. Min. Dias Toffoli, Pleno, unânime, DJe 22.10.2010 e EXT
1.201/Estados Unidos da América, rel. Min. Celso de Mello, Pleno,
unânime, DJe 15.3.2011, cuja ementa transcrevo:
“EXISTÊNCIA DE FILHO BRASILEIRO SOB
DEPENDÊNCIA DO EXTRADITANDO: IRRELEVÂNCIA
JURÍDICA DESSE FATO .
- A existência de relações familiares, a comprovação de
vínculo conjugal e/ou a convivência 'more uxorio' do
extraditando
com pessoa
de nacionalidade brasileira
constituem fatos destituídos de relevância jurídica para efeitos
extradicionais, não impedindo, em conseqüência, a efetivação da
extradição. Precedentes .
- Não obsta a extradição o fato de o súdito estrangeiro ser
casado ou viver em união estável com pessoa de nacionalidade
brasileira, ainda que, com esta, possua filho brasileiro.
- A Súmula 421/STF revela-se compatível com a vigente
Constituição da República, pois, em tema de cooperação
internacional na repressão a atos de criminalidade comum, a
existência de vínculos conjugais e/ou familiares com pessoas de
nacionalidade brasileira não se qualifica como causa obstativa
da extradição. Precedentes” .
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9
Voto - MIN. GILMAR MENDES
EXT 1.232 / **
Com relação à alegação de que a acusação é vaga e imprecisa, não
tendo o Estado requerente descrito suficientemente os fatos criminosos,
bem como de insuficiência de provas da participação do extraditando nos
fatos descritos, adoto o entendimento, mencionado pelo Ministério
Público Federal, traduzido na ementa da EXT 1.145 de relatoria do
Ministro Celso de Mello, DJe 27.2.2009: “o sistema de contenciosidade
limitada, que caracteriza o regime jurídico da extradição passiva no direito
positivo brasileiro, não permite qualquer indagação probatória pertinente ao
ilícito criminal cuja persecução, no exterior, justificou o ajuizamento da demanda
extradicional perante o Supremo Tribunal Federal”.
Nesse sentido, manifestou-se o MPF:
“Finalmente, as alegações da defesa dizem respeito ao
mérito da acusação ultrapassando os limite da defesa permitida
no juízo delibatório (art. XI do Tratado bilateral e art. 85, § 1º, da
Lei nº 6.815/80), não cabendo pesquisar os elementos de
convicção nos quais se fundou a Justiça do Estado estrangeiro
para iniciar a investigação penal e decretar a prisão preventiva
do extraditando (Extradição 531, rel. Min. Sydney Sanches, RTJ
136(2):540, maio de 91; Extradição 542, rel. Min. Celso de Mello,
RTJ 140(2):436, maio 1992; Extradição 549, rel. Min. Celso de
Mello. RTJ 141(2):397, ago. 92).”
Por último, acolho o pedido da defesa referente à detração dos dias
em que ficou preso preventivamente em decorrência desse pedido
extradicional, considerando como termo inicial o dia 22.7.2011, conforme
dispõe o art. VI.1 do Decreto 99.340/1990 (Tratado de Extradição entre a
República Federativa do Brasil e o Reino da Espanha).
Ante o exposto, defiro, parcialmente, o pedido de extradição do
nacional espanhol Francisco José Pascual Villarubia tão somente quanto
ao crime do art. 368 do Código Penal espanhol (crime contra a saúde
4
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Supremo Tribunal Federal
EXT 1.232 / **
Com relação à alegação de que a acusação é vaga e imprecisa, não
tendo o Estado requerente descrito suficientemente os fatos criminosos,
bem como de insuficiência de provas da participação do extraditando nos
fatos descritos, adoto o entendimento, mencionado pelo Ministério
Público Federal, traduzido na ementa da EXT 1.145 de relatoria do
Ministro Celso de Mello, DJe 27.2.2009: “o sistema de contenciosidade
limitada, que caracteriza o regime jurídico da extradição passiva no direito
positivo brasileiro, não permite qualquer indagação probatória pertinente ao
ilícito criminal cuja persecução, no exterior, justificou o ajuizamento da demanda
extradicional perante o Supremo Tribunal Federal”.
Nesse sentido, manifestou-se o MPF:
“Finalmente, as alegações da defesa dizem respeito ao
mérito da acusação ultrapassando os limite da defesa permitida
no juízo delibatório (art. XI do Tratado bilateral e art. 85, § 1º, da
Lei nº 6.815/80), não cabendo pesquisar os elementos de
convicção nos quais se fundou a Justiça do Estado estrangeiro
para iniciar a investigação penal e decretar a prisão preventiva
do extraditando (Extradição 531, rel. Min. Sydney Sanches, RTJ
136(2):540, maio de 91; Extradição 542, rel. Min. Celso de Mello,
RTJ 140(2):436, maio 1992; Extradição 549, rel. Min. Celso de
Mello. RTJ 141(2):397, ago. 92).”
Por último, acolho o pedido da defesa referente à detração dos dias
em que ficou preso preventivamente em decorrência desse pedido
extradicional, considerando como termo inicial o dia 22.7.2011, conforme
dispõe o art. VI.1 do Decreto 99.340/1990 (Tratado de Extradição entre a
República Federativa do Brasil e o Reino da Espanha).
Ante o exposto, defiro, parcialmente, o pedido de extradição do
nacional espanhol Francisco José Pascual Villarubia tão somente quanto
ao crime do art. 368 do Código Penal espanhol (crime contra a saúde
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9
Voto - MIN. GILMAR MENDES
EXT 1.232 / **
pública, na sua modalidade de substâncias que causam graves danos à
saúde), ressalvando apenas que deve ser efetuada a detração do tempo de
prisão ao qual ele foi submetido no Brasil por força deste pedido de
extradição.
É como voto.
5
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Supremo Tribunal Federal
EXT 1.232 / **
pública, na sua modalidade de substâncias que causam graves danos à
saúde), ressalvando apenas que deve ser efetuada a detração do tempo de
prisão ao qual ele foi submetido no Brasil por força deste pedido de
extradição.
É como voto.
5
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
EXTRADIÇÃO 1.232
PROCED. : REINO DA ESPANHA
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
REQTE.(S) : GOVERNO DA ESPANHA
EXTDO.(A/S) : FRANCISCO JOSÉ PASCUAL VILLARUBIA OU FRANCISCO JOSÉ
PASCUAL VILLARRUBIA OU FRANCISCO PASCUAL VILLARRUBIA
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
Decisão: A Turma, por unanimidade, deferiu parcialmente o
pedido, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
EXTRADIÇÃO 1.232
PROCED. : REINO DA ESPANHA
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
REQTE.(S) : GOVERNO DA ESPANHA
EXTDO.(A/S) : FRANCISCO JOSÉ PASCUAL VILLARUBIA OU FRANCISCO JOSÉ
PASCUAL VILLARRUBIA OU FRANCISCO PASCUAL VILLARRUBIA
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
Decisão: A Turma, por unanimidade, deferiu parcialmente o
pedido, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3099134
Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3121039 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-23T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, deferiu parcialmente o pedido, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | EXTRADIÇÃO | Extradição instrutória. 2. Crimes de tráfico de drogas e posse ilegal de arma. 3. Atendimento dos requisitos formais. 4. Dupla tipicidade. 5. Prescrição do crime de posse ilegal de arma. 6. O fato de o extraditando possuir filho brasileiro não constitui óbice ao deferimento da extradição. Precedentes. 7. Pedido deferido sob a condição de que o Estado requerente assuma, em caráter formal, o compromisso de comutar os dias preso por força da extradição. 8. Deferimento parcial do pleito extradicional (somente em relação ao crime de tráfico de drogas). | sjur219645 | - Legislação estrangeira citada: artigos 131.1, 132.2, 368
e 563 do Código Penal espanhol.
- Acórdãos citados:
(EXTRADIÇÃO, FILHO BRASILEIRO)
STF: Ext 1178 (TP), Ext 1201 (TP);
(EXTRADIÇÃO, CONTENCIOSIDADE LIMITADA)
STF: Ext 1145 (TP).
Número de páginas: 9.
Análise: 28/11/2012, TBC. | GILMAR MENDES | Segunda Turma | 1232 | [
"LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00109 \"CAPUT\" INC-00001 \r\n ART-00115 ART-00117 INC-00001 \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-006368 ANO-1976\r\n ART-00012 \r\n LTX-1976 LEI DE TÓXICOS\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-006815 ANO-1980\r\n ART-00080 ART-00082 \r\n EE-1980 ESTATUTO DO ESTRANGEIRO\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-010826 ANO-2003\r\n ART-00012 \r\n ED-2003 ESTATUTO DO DESARMAMENTO\r\n\r\n",
"LEG-INT TTD ANO-1988\r\n ART-00009 \r\n TRATADO DE EXTRADIÇÃO CELEBRADO ENTRE BRASIL E ESPANHA\r\n\r\n",
"LEG-FED DLG-000075 ANO-1989\r\n APROVA O TRATADO DE EXTRADIÇÃO CELEBRADO ENTRE BRASIL E ESPANHA\r\n DECRETO LEGISLATIVO\r\n\r\n",
"LEG-FED DEC-099340 ANO-1990\r\n ART-006.1 \r\n PROMULGA O TRATATO DE EXTRADIÇÃO CELEBRADO ENTRE BRASIL E ESPANHA\r\n DECRETO"
] | Ext | acordaos | Ext 1232 | [
""
] | EXTDO.(A/S) : FRANCISCO JOSÉ PASCUAL VILLARUBIA OU FRANCISCO JOSÉ PASCUAL VILLARRUBIA OU FRANCISCO PASCUAL VILLARRUBIA
REQTE.(S) : GOVERNO DA ESPANHA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"EXT 1 . 232 / *",
"EXT 1 . 232 / *",
"EXT 1 . 178 / República",
"EXT 1 . 201 /",
"Súmula 421 / STF",
"EXT 1 . 232 / * * 12",
"EXT 1 . 178 / República Oriental do Uruguai",
"EXT 1 . 201 / Estados Unidos da América",
"Súmula 421 / STF",
"EXT 1 . 232 /",
"EXT 1 . 145",
"Extradição 531",
"Extradição",
"EXT 1 . 232 / *",
"EXT 1 . 145"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo IX do Tratado de Extradição",
"arts . 80 e 82 da Lei 6 . 815 / 1980",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo IX do Tratado de Extradição",
"arts . 80 e 82 da Lei 6 . 815 / 1980",
"art . 368 e 563 , ambos do Código Penal espanhol",
"art . 12 da Lei 6 . 368 / 1976",
"art . 12 da Lei 10 . 826 / 2003",
"art . 563 (",
"art . 131 . 1 do Código Penal espanhol",
"art . 132 . 2 do Código Penal espanhol",
"art . 368 do CPe",
"art . 131 . 1 do CPe",
"art . 132 . 2 do CPe",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art .",
"art . 12 da Lei 6 . 368 / 1976",
"art . 12 da Lei 10 . 826 / 2003",
"Código Penal espanhol",
"art . 131 . 1 do Código Penal espanhol",
"art . 132 . 2 do Código Penal espanhol",
"art . 368 do CPe",
"art . 131 . 1 do CPe",
"art . 132 . 2 do CPe",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 117 , inciso",
"art . 109 , caput , e inciso I",
"art . 115 do Código Penal brasileiro",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 117 , inciso I ;",
"art . 109 , caput , e inciso I ; e",
"art . 115 do Código Penal brasileiro",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art .",
"art . 85 , § [UNK] , da Lei [UNK] 6 . 815 / 80",
"art . VI . 1 do Decreto 99 . 340 / 1990",
"art . 368 do Código Penal espanhol",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . XI do Tratado bilateral",
"art . 85 , § [UNK] , da Lei [UNK] 6 . 815 / 80",
"art . VI . 1 do Decreto 99 . 340 / 1990",
"art . 368 do Código Penal espanhol",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"REINO DA ESPANHA",
"Brasília",
"REINO DA ESPANHA",
"Calle Godella",
"Burjassot",
"REINO DA ESPANHA",
"Calle Godella",
"Burjassot",
"Calle Godella",
"Burjassot",
"REINO DA ESPANHA",
"Calle Godella",
"Burjassot",
"Brasil",
"Brasil",
"REINO DA ESPANHA",
"REINO DA ESPANHA"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"GOVERNO DA ESPANHA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Reino da Espanha",
"Brasil",
"Reino da Espanha",
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"-",
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"Reino da Espanha",
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"-",
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"Reino da Espanha",
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"Reino da Espanha",
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"Ministério Público Federal",
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"Ministério Público Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
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"-",
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"GOVERNO DA ESPANHA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"GOVERNO DA ESPANHA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"GILMAR MENDES",
"FRANCISCO JOSÉ PASCUAL",
"FRANCISCO",
"Ricardo Lewandowski",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"FRANCISCO JOSÉ PASCUAL VILLARUBIA",
"FRANCISCO JOSÉ",
"GILMAR MENDES",
"Francisco José Pascual Villarubia",
"FRANCISCO JOSE PASCUAL VILLARRUBIA",
"GILMAR MENDES",
"FRANCISCO JOSÉ PASCUAL VILLARUBIA",
"FRANCISCO JOSÉ PASCUAL VILLARRUBIA",
"FRANCISCO PASCUAL VILLARRUBIA",
"GILMAR MENDES",
"Francisco José Pascual Villarubia",
"FRANCISCO JOSE PASCUAL VILLARRUBIA",
"Cezar Peluso",
"Cezar Peluso",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"Francisco José Pascual Villarubia",
"FRANCISCO JOSE PASCUAL VILLARRUBIA",
"GILMAR MENDES",
"Francisco José Pascual Villarubia",
"FRANCISCO JOSE PASCUAL VILLARRUBIA",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"Dias Toffoli",
"Celso de Mello",
"Dias Toffoli",
"Celso de Mello",
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"Celso de Mello",
"Sydney Sanches",
"Celso de Mello",
"Celso de Mello",
"Francisco José Pascual Villarubia",
"Celso de Mello",
"Sydney Sanches",
"Celso de Mello",
"Celso de Mello",
"Francisco José Pascual Villarubia",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"FRANCISCO JOSÉ PASCUAL VILLARUBIA",
"FRANCISCO JOSÉ PASCUAL",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
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"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"GILMAR MENDES",
"FRANCISCO JOSÉ PASCUAL VILLARUBIA",
"FRANCISCO JOSÉ PASCUAL",
"FRANCISCO",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
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"2012",
"30",
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"19 de Abril de 2001",
"24",
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"30",
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"/",
"2012",
"19 de Abril de 2001",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"2",
".",
"3",
".",
"2011",
"22",
".",
"7",
".",
"2011",
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".",
"2012",
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"2",
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"3",
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"2011",
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"7",
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"2011",
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"9",
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"2012",
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"08",
"/",
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"2001",
"30",
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"/",
"2012",
"19 de Abril de 2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
".",
"4",
".",
"2001",
"5",
".",
"4",
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"2004",
"5",
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"2014",
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".",
"4",
".",
"2004",
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"08",
"/",
"2001",
"19",
".",
"4",
".",
"2001",
"5",
".",
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".",
"2004",
"5",
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"4",
".",
"2009",
"5",
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"4",
".",
"2014",
"5",
".",
"4",
".",
"2004",
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"08",
"/",
"2001",
"5",
".",
"4",
".",
"2014",
"I",
"22",
".",
"10",
".",
"2010",
"15",
".",
"3",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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".",
"4",
".",
"2014",
"22",
".",
"10",
".",
"2010",
"15",
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"3",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
".",
"2",
".",
"2009",
"maio de 91",
"maio 1992",
"ago",
"92",
"22",
".",
"7",
".",
"2011",
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"08",
"/",
"2001",
"27",
".",
"2",
".",
"2009",
"maio de 91",
"maio 1992",
"ago",
"92",
"22",
".",
"7",
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"2011",
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"24",
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"30",
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"10",
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"2012",
"24",
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"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 788.612 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:NELSON AFIF CURY
ADV.(A/S)
:NEWTON DE SOUZA PAVAN
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
EMENTA
Agravo regimental no agravo de instrumento. Matéria criminal.
Ausência de peças de traslado obrigatório. Precedentes. Crime de
apropriação indébita previdenciária. Artigo 168-A do Código Penal.
Débito previdenciário incluído no programa de parcelamento ordinário
de débitos tributários. Lei nº 11.941/09. Suspensão da pretensão
punitiva estatal e do prazo prescricional. Artigo 68 da lei de regência.
Impossibilidade. Ocorrência anterior do trânsito em julgado.
Precedentes. Regimental não provido.
1. As cópias do acórdão recorrido e do acórdão do embargos de
declaração são peças de traslado obrigatório, nos termos do art. 544, § 1º,
do Código de Processo Civil. Incidência da Súmula nº 288/STF.
2. É da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que incumbe
exclusivamente ao agravante a responsabilidade pela correta formação do
instrumento com o completo traslado das peças, não se admitindo o
suprimento de eventuais falhas ou a realização de diligências junto a esta
Corte.
3. Na espécie, diante da jurisprudência desta Corte, preconizada no
sentido de que “recursos especial e extraordinário indeferidos na origem,
porque inadmissíveis, em decisões mantidas pelo STF e pelo STJ, não têm o
condão de empecer a formação da coisa julgada. 3. HC indeferido” (HC nº
86.125/SP, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de
2/9/05), o feito definitivamente transitou em julgado em 15/10/09, antes,
portanto, de 19/11/09, data do pagamento da primeira parcela, momento
que o parcelamento começou a produzir seus efeitos. Assim, não há falar
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3088208.
Supremo Tribunal Federal
DJe 16/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11
Ementa e Acórdão
AI 788.612 AGR / SP
em suspensão da pretensão punitiva.
4. Agravo regimental ao qual se nega provimento.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
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Supremo Tribunal Federal
AI 788.612 AGR / SP
em suspensão da pretensão punitiva.
4. Agravo regimental ao qual se nega provimento.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3088208.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 788.612 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:NELSON AFIF CURY
ADV.(A/S)
:NEWTON DE SOUZA PAVAN
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Nelson Afif Cury interpõe tempestivo agravo regimental (fls. 297 a
301) contra decisão mediante a qual não conheci do agravo de
instrumento (fl. 295), com a seguinte fundamentação:
“(...)
Vê-se que não constam dos presentes autos as cópias do
inteiro teor do acórdão recorrido e do inteiro teor do acórdão
dos embargos de declaração. Trata-se, com efeito, de peças
obrigatórias exigidas pelo § 1º do artigo 544 do Código de
Processo Civil, com a alteração da Lei nº 10.352, de 26/12/01.
Incidência, no caso, da Súmula 288/STF. Ressalte-se que se
encontra ausente o relatório do acórdão recorrido e as folhas 2 e
4 do acórdão dos embargos de declaração.
Observe-se que a formação completa do instrumento deve
ser efetuada na instância de origem, não comportando o
suprimento de eventuais falhas ou realização de diligências
junto este Supremo Tribunal. Anote-se: AI nº 519.466/SP-QO,
Primeira Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 22/10/04;
AI nº 534.627/MG-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro
Gilmar Mendes, DJ de 8/9/06.
Ante o exposto, não conheço do agravo de instrumento.”
Alega, inicialmente, que “desde novembro de 2009 o agravante aderiu ao
denominado ‘Refis da crise’” (fl. 297). Continua aduzindo que “a Lei
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3088185.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 788.612 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:NELSON AFIF CURY
ADV.(A/S)
:NEWTON DE SOUZA PAVAN
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Nelson Afif Cury interpõe tempestivo agravo regimental (fls. 297 a
301) contra decisão mediante a qual não conheci do agravo de
instrumento (fl. 295), com a seguinte fundamentação:
“(...)
Vê-se que não constam dos presentes autos as cópias do
inteiro teor do acórdão recorrido e do inteiro teor do acórdão
dos embargos de declaração. Trata-se, com efeito, de peças
obrigatórias exigidas pelo § 1º do artigo 544 do Código de
Processo Civil, com a alteração da Lei nº 10.352, de 26/12/01.
Incidência, no caso, da Súmula 288/STF. Ressalte-se que se
encontra ausente o relatório do acórdão recorrido e as folhas 2 e
4 do acórdão dos embargos de declaração.
Observe-se que a formação completa do instrumento deve
ser efetuada na instância de origem, não comportando o
suprimento de eventuais falhas ou realização de diligências
junto este Supremo Tribunal. Anote-se: AI nº 519.466/SP-QO,
Primeira Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 22/10/04;
AI nº 534.627/MG-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro
Gilmar Mendes, DJ de 8/9/06.
Ante o exposto, não conheço do agravo de instrumento.”
Alega, inicialmente, que “desde novembro de 2009 o agravante aderiu ao
denominado ‘Refis da crise’” (fl. 297). Continua aduzindo que “a Lei
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11
Relatório
AI 788.612 AGR / SP
11.941/09, que instituiu o parcelamento, prevê em seu artigo 68 que se suspenda
a pretensão punitiva enquanto perdurar o parcelamento” (fl. 298).
Sustenta, ainda, que “não é pelo fato de faltarem algumas folhas, ainda
mais nas circunstâncias em que isso ocorreu, que se pode considerar como não
cumprido o dever de apresentar as peças obrigatórias” (fl. 299).
O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do ilustre
Subprocurador-Geral da República Dr. Edson Oliveira de Almeida,
opina pelo não provimento do agravo regimental (fl. 320).
Por intermédio das Petições nºs 47.015/10 e 82.800/11 (fls. 322/323 e
336 a 338), reitera o agravante a notícia de que aderiu ao parcelamento
previsto na Lei nº 11.941/09 e, portanto, merece ter suspensa a pretensão
punitiva estatal.
Em 26/10/11, determinei que se oficiasse ao Ministério da Fazenda
para que fornecesse certidão ou documento que informasse a atual
situação dos parcelamentos assumidos pela pessoa jurídica inscrita no
CNPJ nº 49.934.383/0001-64 (fls. 375/376).
As informações foram devidamente prestadas (fls. 380 a 385).
Por intermédio da Petição nº 93.037/11, o recorrente torna a juntar
comprovantes de pagamentos referentes ao parcelamento realizado e
reitera o quanto requerido anteriormente (fls. 387/388).
É o relatório.
2
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Supremo Tribunal Federal
AI 788.612 AGR / SP
11.941/09, que instituiu o parcelamento, prevê em seu artigo 68 que se suspenda
a pretensão punitiva enquanto perdurar o parcelamento” (fl. 298).
Sustenta, ainda, que “não é pelo fato de faltarem algumas folhas, ainda
mais nas circunstâncias em que isso ocorreu, que se pode considerar como não
cumprido o dever de apresentar as peças obrigatórias” (fl. 299).
O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do ilustre
Subprocurador-Geral da República Dr. Edson Oliveira de Almeida,
opina pelo não provimento do agravo regimental (fl. 320).
Por intermédio das Petições nºs 47.015/10 e 82.800/11 (fls. 322/323 e
336 a 338), reitera o agravante a notícia de que aderiu ao parcelamento
previsto na Lei nº 11.941/09 e, portanto, merece ter suspensa a pretensão
punitiva estatal.
Em 26/10/11, determinei que se oficiasse ao Ministério da Fazenda
para que fornecesse certidão ou documento que informasse a atual
situação dos parcelamentos assumidos pela pessoa jurídica inscrita no
CNPJ nº 49.934.383/0001-64 (fls. 375/376).
As informações foram devidamente prestadas (fls. 380 a 385).
Por intermédio da Petição nº 93.037/11, o recorrente torna a juntar
comprovantes de pagamentos referentes ao parcelamento realizado e
reitera o quanto requerido anteriormente (fls. 387/388).
É o relatório.
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 788.612 SÃO PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
No caso, o inconformismo não merece prosperar.
Conforme expressamente consignado na decisão ora agravada, o
instrumento foi deficientemente formado. Sucede que não constam nos
autos as cópias do inteiro teor do acórdão recorrido e do inteiro teor do
acórdão proferido em sede de embargos de declaração. Com efeito, o
agravante não atendeu ao disposto no art. 544, § 1º, do Código de
Processo Civil. Incidência da Súmula nº 288/STF.
Desse modo, aplica-se a pacífica jurisprudência deste Tribunal de
não conhecer de agravo de instrumento com deficiência de traslado,
incumbindo exclusivamente ao agravante a responsabilidade pela sua
correta formação. Observe-se, também, que a formação completa do
instrumento deve ser efetuada na instância ordinária, não comportando o
suprimento de eventuais falhas ou a realização de diligências neste
Tribunal. Nesse sentido, anote-se:
“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2.
Ausência de peças obrigatórias à formação do instrumento (art.
544, § 1º, CPC). Cópia do inteiro teor do acórdão recorrido.
Cópia da procuração outorgada aos patronos do agravado. 3.
Ônus de fiscalização do agravante. Precedentes. 4. Agravo
regimental a que se nega provimento” (AI nº 693.853/SP-AgR,
Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de
20/2/09);
“AGRAVO REGIMENTAL. Do exame dos autos, verifica-
se que neles não se encontra o inteiro teor da cópia da petição
do recurso extraordinário, porquanto nela falta a folha que na
numeração do próprio agravante é a de nº 04. É certo, por outro
lado, que a fiscalização da correta formação do instrumento
cabe à parte agravante. Agravo regimental a que se nega
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 788.612 SÃO PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
No caso, o inconformismo não merece prosperar.
Conforme expressamente consignado na decisão ora agravada, o
instrumento foi deficientemente formado. Sucede que não constam nos
autos as cópias do inteiro teor do acórdão recorrido e do inteiro teor do
acórdão proferido em sede de embargos de declaração. Com efeito, o
agravante não atendeu ao disposto no art. 544, § 1º, do Código de
Processo Civil. Incidência da Súmula nº 288/STF.
Desse modo, aplica-se a pacífica jurisprudência deste Tribunal de
não conhecer de agravo de instrumento com deficiência de traslado,
incumbindo exclusivamente ao agravante a responsabilidade pela sua
correta formação. Observe-se, também, que a formação completa do
instrumento deve ser efetuada na instância ordinária, não comportando o
suprimento de eventuais falhas ou a realização de diligências neste
Tribunal. Nesse sentido, anote-se:
“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2.
Ausência de peças obrigatórias à formação do instrumento (art.
544, § 1º, CPC). Cópia do inteiro teor do acórdão recorrido.
Cópia da procuração outorgada aos patronos do agravado. 3.
Ônus de fiscalização do agravante. Precedentes. 4. Agravo
regimental a que se nega provimento” (AI nº 693.853/SP-AgR,
Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de
20/2/09);
“AGRAVO REGIMENTAL. Do exame dos autos, verifica-
se que neles não se encontra o inteiro teor da cópia da petição
do recurso extraordinário, porquanto nela falta a folha que na
numeração do próprio agravante é a de nº 04. É certo, por outro
lado, que a fiscalização da correta formação do instrumento
cabe à parte agravante. Agravo regimental a que se nega
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
AI 788.612 AGR / SP
provimento” (AI nº 463.185/PR-AgR, Segunda Turma, Relator o
Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 23/5/08).
Note-se, no entanto, que qualquer fator diretamente ligado às causas
extintivas de punibilidade é matéria de ordem pública e, por isso, pode
ser arguido e reconhecido a qualquer tempo (art. 61 do Código de
Processo Penal), independentemente, inclusive, de prequestionamento.
Em termos de técnica jurídica, a questão é elucidada por Nelson
Nery Jr, ao tratar do efeito translativo dos recursos, da seguinte forma:
“(...)
O efeito devolutivo do recurso tem sua gênese no
princípio dispositivo, não podendo o órgão ad quem julgar
além do que lhe foi pedido na esfera recursal. Aplicam-se na
instância recursal os arts. 128 e 460 do CPC. Caso o órgão
destinatário do recurso extrapole o pedido de nova decisão,
constante das razões do recurso, estará julgando extra, ultra ou
citra petita, conforme o grau e a qualidade do vício em que
incorrer.
Casos há, entretanto, em que o sistema processual autoriza
o órgão ad quem a julgar fora do que consta das razões ou
contra-razões do recurso, ocasião em que não se pode falar em
julgamento extra, ultra ou infra petita. Isto ocorre normalmente
com questões de ordem pública, que devem ser conhecidas de
ofício pelo juiz e a cujo respeito não se opera a preclusão (...)”
(NERY JR., Nelson. Princípios fundamentais – teoria geral dos
recursos. 5. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000. p. 415).
Diante desse panorama, não é possível repelir o exame da questão
trazida pela parte recorrente.
Inicialmente, cabe ressaltar remansosa jurisprudência desta Suprema
Corte no sentido de que,
“no caso de crime tributário, basta, para suspensão da
pretensão punitiva e da prescrição, tenha o réu obtido, da
2
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provimento” (AI nº 463.185/PR-AgR, Segunda Turma, Relator o
Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 23/5/08).
Note-se, no entanto, que qualquer fator diretamente ligado às causas
extintivas de punibilidade é matéria de ordem pública e, por isso, pode
ser arguido e reconhecido a qualquer tempo (art. 61 do Código de
Processo Penal), independentemente, inclusive, de prequestionamento.
Em termos de técnica jurídica, a questão é elucidada por Nelson
Nery Jr, ao tratar do efeito translativo dos recursos, da seguinte forma:
“(...)
O efeito devolutivo do recurso tem sua gênese no
princípio dispositivo, não podendo o órgão ad quem julgar
além do que lhe foi pedido na esfera recursal. Aplicam-se na
instância recursal os arts. 128 e 460 do CPC. Caso o órgão
destinatário do recurso extrapole o pedido de nova decisão,
constante das razões do recurso, estará julgando extra, ultra ou
citra petita, conforme o grau e a qualidade do vício em que
incorrer.
Casos há, entretanto, em que o sistema processual autoriza
o órgão ad quem a julgar fora do que consta das razões ou
contra-razões do recurso, ocasião em que não se pode falar em
julgamento extra, ultra ou infra petita. Isto ocorre normalmente
com questões de ordem pública, que devem ser conhecidas de
ofício pelo juiz e a cujo respeito não se opera a preclusão (...)”
(NERY JR., Nelson. Princípios fundamentais – teoria geral dos
recursos. 5. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000. p. 415).
Diante desse panorama, não é possível repelir o exame da questão
trazida pela parte recorrente.
Inicialmente, cabe ressaltar remansosa jurisprudência desta Suprema
Corte no sentido de que,
“no caso de crime tributário, basta, para suspensão da
pretensão punitiva e da prescrição, tenha o réu obtido, da
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
AI 788.612 AGR / SP
autoridade competente, parcelamento administrativo do débito
fiscal, ainda que após o recebimento da denúncia, mas antes do
trânsito em julgado da sentença condenatória” (HC nº
85.048/RS, Primeira Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ
de 1º/9/06).
No mesmo sentido, destaco, ainda, recente julgado deste colegiado:
“Embargos de declaração nos embargos de declaração no
agravo regimental no agravo de instrumento. Matéria criminal.
Questões afastadas nos julgamentos anteriores. Não há
omissão, contradição ou obscuridade que autorize a oposição
dos embargos. Recurso não conhecido. Precedentes. Crime de
apropriação indébita previdenciária. Artigo 168-A do Código
Penal. Débito previdenciário incluído no programa de
parcelamento ordinário de débitos tributários. Lei nº 11.941/09.
Suspensão da pretensão punitiva estatal e do prazo
prescricional em razão do parcelamento dos débitos fiscais.
Artigo 68 da lei de regência. Possibilidade. Habeas corpus
concedido de ofício. 1. No julgamento dos últimos embargos
declaratórios, as questões postas pela parte embargante foram
enfrentadas adequadamente. Inexiste, portanto, qualquer dos
vícios do art. 337 do RISTF. 2. Embargos de declaração não
conhecidos. 3. Nos termos do art. 68 da Lei nº 11.941/09, a
pretensão punitiva estatal, bem como a prescrição criminal,
deve-se manter suspensa durante o período em que a pessoa
jurídica relacionada com o agente infrator estiver incluída no
regime de parcelamento de seus débitos junto à Fazenda
Nacional. 4. Na espécie, o ora embargante acostou aos autos o
devido comprovante do parcelamento do débito objeto da
denúncia, visto que foi incluído do programa de parcelamento
ordinário de débitos tributários. Juntou, ainda, prova da
quitação das parcelas referentes aos meses de março e de abril
do ano corrente. 5. Ordem de habeas corpus concedida de
ofício para, nos termos dos arts. 68 e 69 da Lei nº 11.941/09,
suspender a pretensão punitiva estatal nos autos da ação penal,
3
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autoridade competente, parcelamento administrativo do débito
fiscal, ainda que após o recebimento da denúncia, mas antes do
trânsito em julgado da sentença condenatória” (HC nº
85.048/RS, Primeira Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ
de 1º/9/06).
No mesmo sentido, destaco, ainda, recente julgado deste colegiado:
“Embargos de declaração nos embargos de declaração no
agravo regimental no agravo de instrumento. Matéria criminal.
Questões afastadas nos julgamentos anteriores. Não há
omissão, contradição ou obscuridade que autorize a oposição
dos embargos. Recurso não conhecido. Precedentes. Crime de
apropriação indébita previdenciária. Artigo 168-A do Código
Penal. Débito previdenciário incluído no programa de
parcelamento ordinário de débitos tributários. Lei nº 11.941/09.
Suspensão da pretensão punitiva estatal e do prazo
prescricional em razão do parcelamento dos débitos fiscais.
Artigo 68 da lei de regência. Possibilidade. Habeas corpus
concedido de ofício. 1. No julgamento dos últimos embargos
declaratórios, as questões postas pela parte embargante foram
enfrentadas adequadamente. Inexiste, portanto, qualquer dos
vícios do art. 337 do RISTF. 2. Embargos de declaração não
conhecidos. 3. Nos termos do art. 68 da Lei nº 11.941/09, a
pretensão punitiva estatal, bem como a prescrição criminal,
deve-se manter suspensa durante o período em que a pessoa
jurídica relacionada com o agente infrator estiver incluída no
regime de parcelamento de seus débitos junto à Fazenda
Nacional. 4. Na espécie, o ora embargante acostou aos autos o
devido comprovante do parcelamento do débito objeto da
denúncia, visto que foi incluído do programa de parcelamento
ordinário de débitos tributários. Juntou, ainda, prova da
quitação das parcelas referentes aos meses de março e de abril
do ano corrente. 5. Ordem de habeas corpus concedida de
ofício para, nos termos dos arts. 68 e 69 da Lei nº 11.941/09,
suspender a pretensão punitiva estatal nos autos da ação penal,
3
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AI 788.612 AGR / SP
pano de fundo do presente agravo de instrumento, bem como o
respectivo prazo prescricional, até que haja a quitação do
parcelamento ordinário em questão ou a ocorrência de seu
eventual descumprimento, devendo o Juízo de origem
acompanhar a ocorrência desses fatos” (AI nº 817.100/RS-AgR-
ED-ED, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 28/6/12).
De fato, nos termos do art. 68 da Lei nº 11.941/09, a pretensão
punitiva estatal, bem como a prescrição criminal, devem-se manter
suspensas durante o período em que a pessoa jurídica relacionada com o
agente infrator estiver incluída no regime de parcelamento de seus
débitos junto à Fazenda Nacional.
Na espécie, o ora agravante acostou aos autos o devido comprovante
do parcelamento do débito objeto da denúncia, pano de fundo do
presente agravo de instrumento, visto que foi incluído no programa de
parcelamento ordinário de débitos tributários (fls. 266 a 273). Percebe-se,
ainda, pelas informações fornecidas pela Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional, que as respectivas parcelas estão sendo regularmente quitadas
(fls. 380 a 385).
Em face desse quadro, em tese, faz jus o agravante à regra contida
no art. 68 da Lei nº 11.941/09.
Porém, relevante questão ainda merece ser analisada. É que contra o
acórdão proferido pela Quinta Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª
Região, então atacado, o recorrente opôs embargos de declaração (fls. 176
a 186) que, conhecidos, foram parcialmente providos (fls. 191 a 195),
sendo certo que o recurso extraordinário interposto (fls. 199 a 219) não foi
admitido pela Vice-Presidência daquele tribunal (fls. 244/245).
Por fim, já nesta Suprema Corte, em 23/3/10, não conheci do agravo
de instrumento diante de sua formação deficiente (fl. 295).
Ante o exposto, considerando o insucesso dos recursos manejados, o
feito não escapa à jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal de que
recurso extraordinário indeferido na origem, por inadmissível, em
decisão mantida por esta Corte, não têm o condão de empecer a formação
da coisa julgada. Confira-se:
4
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pano de fundo do presente agravo de instrumento, bem como o
respectivo prazo prescricional, até que haja a quitação do
parcelamento ordinário em questão ou a ocorrência de seu
eventual descumprimento, devendo o Juízo de origem
acompanhar a ocorrência desses fatos” (AI nº 817.100/RS-AgR-
ED-ED, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 28/6/12).
De fato, nos termos do art. 68 da Lei nº 11.941/09, a pretensão
punitiva estatal, bem como a prescrição criminal, devem-se manter
suspensas durante o período em que a pessoa jurídica relacionada com o
agente infrator estiver incluída no regime de parcelamento de seus
débitos junto à Fazenda Nacional.
Na espécie, o ora agravante acostou aos autos o devido comprovante
do parcelamento do débito objeto da denúncia, pano de fundo do
presente agravo de instrumento, visto que foi incluído no programa de
parcelamento ordinário de débitos tributários (fls. 266 a 273). Percebe-se,
ainda, pelas informações fornecidas pela Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional, que as respectivas parcelas estão sendo regularmente quitadas
(fls. 380 a 385).
Em face desse quadro, em tese, faz jus o agravante à regra contida
no art. 68 da Lei nº 11.941/09.
Porém, relevante questão ainda merece ser analisada. É que contra o
acórdão proferido pela Quinta Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª
Região, então atacado, o recorrente opôs embargos de declaração (fls. 176
a 186) que, conhecidos, foram parcialmente providos (fls. 191 a 195),
sendo certo que o recurso extraordinário interposto (fls. 199 a 219) não foi
admitido pela Vice-Presidência daquele tribunal (fls. 244/245).
Por fim, já nesta Suprema Corte, em 23/3/10, não conheci do agravo
de instrumento diante de sua formação deficiente (fl. 295).
Ante o exposto, considerando o insucesso dos recursos manejados, o
feito não escapa à jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal de que
recurso extraordinário indeferido na origem, por inadmissível, em
decisão mantida por esta Corte, não têm o condão de empecer a formação
da coisa julgada. Confira-se:
4
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
AI 788.612 AGR / SP
“HABEAS
CORPUS.
PRESCRIÇÃO
PENAL.
PRETENSÃO PUNITIVA. RECURSOS ESPECIAL E
EXTRAORDINÁRIO
INDEFERIDOS.
AGRAVOS
IMPROVIDOS. 1. Não tendo fluído o prazo de dois anos (CP,
art. 109, VI) entre os vários marcos interruptivos (data do crime,
recebimento da denúncia e sentença condenatória recorrível) e
sobrevindo acórdão confirmatório da condenação, antes do
decurso do período fixado em lei, está exaurida a chamada
prescrição da pretensão punitiva. 2. Recursos especial e
extraordinário indeferidos na origem, porque inadmissíveis, em
decisões mantidas pelo STF e pelo STJ, não têm o condão de
empecer a formação da coisa julgada. 3. HC indeferido” (HC nº
86.125/SP, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ
de 2/9/05).
Conforme bem asseverou a eminente relatora quando daquele
julgamento:
“(...) o trânsito em julgado, da condenação é marco
divisório de duas espécies de prescrição. Com o trânsito em
julgado termina a fase da pretensão punitiva. E tem início a fase
da prescrição executória.
Mas o condenado pode, sim, impedir e obstar a formação
da coisa julgada. Basta interpor recursos especial e
extraordinário. Indeferidos, porque inadmissíveis, pode o
condenado lançar mão dos agravos de instrumento. E até
mesmo dos agravos regimentais, caso tenham o seguimento
negado. Pode, ainda, manejar embargos de declaração. Porém,
não pode ser olvidado que o recurso capaz de impedir a coisa
julgada é o recurso admissível. E, se o Supremo Tribunal
Federal e o Superior Tribunal de Justiça reconhecem a
inadmissibilidade, confirmando o que decidido no juízo de
admissibilidade, os efeitos desse reconhecimento retroagem.”
Assim, extraem-se dos autos que o último recurso devidamente
5
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Supremo Tribunal Federal
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“HABEAS
CORPUS.
PRESCRIÇÃO
PENAL.
PRETENSÃO PUNITIVA. RECURSOS ESPECIAL E
EXTRAORDINÁRIO
INDEFERIDOS.
AGRAVOS
IMPROVIDOS. 1. Não tendo fluído o prazo de dois anos (CP,
art. 109, VI) entre os vários marcos interruptivos (data do crime,
recebimento da denúncia e sentença condenatória recorrível) e
sobrevindo acórdão confirmatório da condenação, antes do
decurso do período fixado em lei, está exaurida a chamada
prescrição da pretensão punitiva. 2. Recursos especial e
extraordinário indeferidos na origem, porque inadmissíveis, em
decisões mantidas pelo STF e pelo STJ, não têm o condão de
empecer a formação da coisa julgada. 3. HC indeferido” (HC nº
86.125/SP, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ
de 2/9/05).
Conforme bem asseverou a eminente relatora quando daquele
julgamento:
“(...) o trânsito em julgado, da condenação é marco
divisório de duas espécies de prescrição. Com o trânsito em
julgado termina a fase da pretensão punitiva. E tem início a fase
da prescrição executória.
Mas o condenado pode, sim, impedir e obstar a formação
da coisa julgada. Basta interpor recursos especial e
extraordinário. Indeferidos, porque inadmissíveis, pode o
condenado lançar mão dos agravos de instrumento. E até
mesmo dos agravos regimentais, caso tenham o seguimento
negado. Pode, ainda, manejar embargos de declaração. Porém,
não pode ser olvidado que o recurso capaz de impedir a coisa
julgada é o recurso admissível. E, se o Supremo Tribunal
Federal e o Superior Tribunal de Justiça reconhecem a
inadmissibilidade, confirmando o que decidido no juízo de
admissibilidade, os efeitos desse reconhecimento retroagem.”
Assim, extraem-se dos autos que o último recurso devidamente
5
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 11
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
AI 788.612 AGR / SP
conhecido foram os embargos de declaração acostados às fls. 176 a 186,
sendo que o respectivo acórdão foi publicado em 30/9/09 (fl. 197). Por
consequência, atesta-se que o presente feito definitivamente transitou em
julgado em 15/10/09, antes, portanto de 19/11/09, data do pagamento da
primeira parcela, momento que o referido parcelamento começou a
produzir seus efeitos, conforme estabelecido pelo Ministério da Fazenda
(fl. 266). Dito isso, não há falar em suspensão da pretensão punitiva, no
caso em apreço.
Com essas considerações, tendo em vista serem os fundamentos do
agravante insuficientes para modificar a decisão ora agravada, nego
provimento ao regimental.
É como voto.
6
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
AI 788.612 AGR / SP
conhecido foram os embargos de declaração acostados às fls. 176 a 186,
sendo que o respectivo acórdão foi publicado em 30/9/09 (fl. 197). Por
consequência, atesta-se que o presente feito definitivamente transitou em
julgado em 15/10/09, antes, portanto de 19/11/09, data do pagamento da
primeira parcela, momento que o referido parcelamento começou a
produzir seus efeitos, conforme estabelecido pelo Ministério da Fazenda
(fl. 266). Dito isso, não há falar em suspensão da pretensão punitiva, no
caso em apreço.
Com essas considerações, tendo em vista serem os fundamentos do
agravante insuficientes para modificar a decisão ora agravada, nego
provimento ao regimental.
É como voto.
6
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3088186.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 788.612
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : NELSON AFIF CURY
ADV.(A/S) : NEWTON DE SOUZA PAVAN
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076681
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 788.612
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : NELSON AFIF CURY
ADV.(A/S) : NEWTON DE SOUZA PAVAN
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076681
Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3093128 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-16T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | EMENTA
Agravo regimental no agravo de instrumento. Matéria criminal. Ausência de peças de traslado obrigatório. Precedentes. Crime de apropriação indébita previdenciária. Artigo 168-A do Código Penal. Débito previdenciário incluído no programa de parcelamento ordinário de débitos tributários. Lei nº 11.941/09. Suspensão da pretensão punitiva estatal e do prazo prescricional. Artigo 68 da lei de regência. Impossibilidade. Ocorrência anterior do trânsito em julgado. Precedentes. Regimental não provido.
1. As cópias do acórdão recorrido e do acórdão do embargos de declaração são peças de traslado obrigatório, nos termos do art. 544, § 1º, do Código de Processo Civil. Incidência da Súmula nº 288/STF.
2. É da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que incumbe exclusivamente ao agravante a responsabilidade pela correta formação do instrumento com o completo traslado das peças, não se admitindo o suprimento de eventuais falhas ou a realização de diligências junto a esta Corte.
3. Na espécie, diante da jurisprudência desta Corte, preconizada no sentido de que “recursos especial e extraordinário indeferidos na origem, porque inadmissíveis, em decisões mantidas pelo STF e pelo STJ, não têm o condão de empecer a formação da coisa julgada. 3. HC indeferido” (HC nº 86.125/SP, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 2/9/05), o feito definitivamente transitou em julgado em 15/10/09, antes, portanto, de 19/11/09, data do pagamento da primeira parcela, momento que o parcelamento começou a produzir seus efeitos. Assim, não há falar em suspensão da pretensão punitiva.
4. Agravo regimental ao qual se nega provimento. | sjur218882 | - Acórdãos citados:
(AGRAVO DE INSTRUMENTO, NÃO CONHECIDO, DEFICIÊNCIA, TRASLADO)
STF: AI 693853 AgR(2ªT), AI 463185 AgR(2ªT);
("SURSIS", CRIME TRIBUTÁRIO, PARCELAMENTO)
STF: AI 817100 AgR-ED-ED(1ªT), HC 85048(1ªT);
(RECURSO EXTRORDINÁRIO, NÃO CONHECIDO, CONFIRMAÇÃO, DECISÃO, ORIGEM, NÃO IMPEDIMENTO, COISA JULGADA)
STF: HC 86125(2ªT).
Número de páginas: 11.
Análise: 22/11/2012, LLD. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 788612 | [
"LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-0168A \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\r\n\r\n",
"LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n ART-00061 \r\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00544 PAR-00001 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-011941 ANO-2009\r\n ART-00068 \r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000288 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | AI-AgR | acordaos | AI 788612 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : NELSON AFIF CURY
ADV.(A/S) : NEWTON DE SOUZA PAVAN
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 788 . 612",
"Súmula [UNK] 288 / STF",
"HC [UNK] 86 . 125 / SP",
"AI 788 . 612 AGR / SP",
"AI 788 . 612 AGR / SP",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 788 . 612",
"Súmula 288 / STF",
"AI [UNK] 519 . 466 / SP - QO",
"AI [UNK] 534 . 627 / MG - AgR",
"AGRAVO",
"Súmula 288 / STF",
"AI [UNK] 519 . 466 / SP - QO",
"AI [UNK] 534 . 627 / MG - AgR",
"AI 788 . 612 AGR / SP",
"AI 788 . 612 AGR / SP 11 . 941 / 09",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 788 . 612",
"Súmula [UNK] 288 / STF",
"AI [UNK] 693 . 853 / SP - AgR",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 788 . 612",
"Súmula [UNK] 288 / STF",
"AI [UNK] 693 . 853 / SP - AgR",
"AI 788 . 612 AGR / SP",
"AI [UNK] 463 . 185 / PR - AgR",
"AI 788 . 612 AGR / SP",
"AI [UNK] 463 . 185 / PR - AgR",
"AI 788 . 612 AGR",
"HC [UNK] 85 . 048 / RS",
"AI 788 . 612 AGR / SP",
"HC [UNK] 85 . 048 / RS",
"AI 788 . 612 AGR / SP",
"AI [UNK] 817 . 100 / RS - AgR - ED - ED",
"AI 788 . 612 AGR / SP",
"AI [UNK] 817 . 100 / RS - AgR - ED - ED",
"AI 788 . 612 AGR / SP",
"HC [UNK] 86 . 125 / SP",
"AI 788 . 612 AGR / SP",
"HC [UNK] 86 . 125 / SP",
"AI 788 . 612",
"AI 788 . 612 AGR / SP",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 788 ."
],
"LEGISLACAO": [
"Artigo 168 - A do Código Penal",
"Lei [UNK] 11 . 941 / 09",
"art . 544 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do artigo 544 do Código de Processo Civil",
"Lei [UNK] 10 . 352",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do artigo 544 do Código de Processo Civil",
"Lei [UNK] 10 . 352",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 11 . 941 / 09",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 11 . 941 / 09",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"art . 544 , § [UNK] , CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"art . 544 , § [UNK] , CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 61 do Código de Processo Penal",
"arts . 128 e 460 do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 61 do Código de Processo Penal",
"arts . 128 e 460 do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Artigo 168 - A do Código Penal",
"Lei [UNK] 11 . 941 / 09",
"art . 337 do RISTF",
"art . 68 da Lei [UNK] 11 . 941 / 09",
"arts . 68 e 69 da Lei [UNK] 11 . 941 / 09",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Artigo 168 - A do Código Penal",
"Lei [UNK] 11 . 941 / 09",
"art . 337 do RISTF",
"art . 68 da Lei [UNK] 11 . 941 / 09",
"arts . 68 e 69 da Lei [UNK] 11 . 941 / 09",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 68 da Lei [UNK] 11 . 941 / 09",
"art . 68 da Lei [UNK] 11 . 941 / 09",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 68 da Lei [UNK] 11 . 941 / 09",
"art . 68 da Lei [UNK] 11 . 941 / 09",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CP , art . 109 , VI",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CP , art . 109 , VI",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
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"SÃO PAULO",
"São Paulo",
"São Paulo",
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],
"ORGANIZACAO": [
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"-",
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"-",
"Brasil",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público Federal",
"Ministério da Fazenda",
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"-",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
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"-",
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"Revista dos Tribunais",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Revista dos Tribunais",
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"/",
"Primeira Turma",
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"-",
"Brasil",
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"-",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"Suprema",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
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"-",
"Brasil",
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"STF",
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"Segunda Turma",
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"-",
"Brasil",
"AGR",
"/",
"SP",
"Ministério da Fazenda",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério da Fazenda",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
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"[UNK] Turma",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"NELSON AFIF CURY",
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"DIAS TOFFOLI",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"NELSON AFIF CURY",
"NEWTON DE SOUZA PAVAN",
"DIAS TOFFOLI",
"Nelson Afif Cury",
"Eros Grau",
"Gilmar Mendes",
"DIAS TOFFOLI",
"NELSON AFIF CURY",
"NEWTON DE SOUZA PAVAN",
"DIAS TOFFOLI",
"Nelson Afif Cury",
"Eros Grau",
"Gilmar Mendes",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Edson Oliveira de Almeida",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Gilmar Mendes",
"DIAS TOFFOLI",
"Gilmar Mendes",
"DIAS TOFFOLI",
"Joaquim Barbosa",
"Nelson Nery Jr",
"NERY JR . , Nelson",
"Joaquim Barbosa",
"Nelson Nery Jr",
"NERY JR . , Nelson",
"DIAS TOFFOLI",
"Cezar Peluso",
"Cezar Peluso",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Ellen Gracie",
"Ellen Gracie",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"NELSON AFIF CURY",
"NEWTON DE SOUZA PAVAN",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
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"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"NELSON AFIF CURY",
"NEWTON DE SOUZA PAVAN",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
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"/",
"10",
"/",
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"/",
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"/",
"09",
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"11",
"/",
"2012",
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"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"2012",
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"/",
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"06",
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"2012",
"26",
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"01",
"22",
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"10",
"/",
"04",
"8",
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"9",
"/",
"06",
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"/",
"2012",
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"09",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
"30",
"/",
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"/",
"2012",
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"08",
"/",
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".",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"23",
"/",
"5",
"/",
"08",
"2000",
".",
"24",
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"/",
"2001",
"[UNK]",
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"2001",
"[UNK]",
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"/",
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"/",
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"28",
"/",
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"/",
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"/",
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"/",
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"/",
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"/",
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"/",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
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"/",
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"/",
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".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
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"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 649.017 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:INJETEC INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PLÁSTICOS
LTDA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:JOSÉ ALCIDES MONTES FILHO E OUTROS
AGDO.(A/S)
:BANCO PANAMERICANO S/A
ADV.(A/S)
:WALDIR VIEIRA DE CAMPOS HELU E OUTRO(A/S)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – CONTROVÉRSIA SOBRE
CABIMENTO DE RECURSO DA COMPETÊNCIA DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA – ADEQUAÇÃO. Quando em questão
controvérsia sobre cabimento de recurso da competência de Tribunal
diverso, a via excepcional do recurso extraordinário apenas é aberta se no
acórdão prolatado constar premissa contrária à Constituição Federal.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PRESTAÇÃO JURISDICIONAL –
DEVIDO PROCESSO LEGAL. Se, de um lado, é possível ter-se situação
concreta em que transgredido o devido processo legal a ponto de se
enquadrar o recurso extraordinário no permissivo que lhe é próprio, de
outro, descabe confundir a ausência de aperfeiçoamento da prestação
jurisdicional com a entrega de forma contrária aos interesses do
recorrente.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo
regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do relator e por
unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na
conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
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Supremo Tribunal Federal
DJe 18/12/2012
Supremo Tribunal Federal
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Ementa e Acórdão
AI 649.017 AGR / SP
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
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AI 649.017 AGR / SP
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
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Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 649.017 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:INJETEC INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PLÁSTICOS
LTDA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:JOSÉ ALCIDES MONTES FILHO E OUTROS
AGDO.(A/S)
:BANCO PANAMERICANO S/A
ADV.(A/S)
:WALDIR VIEIRA DE CAMPOS HELU E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Por meio da decisão
de folha 770, neguei provimento ao agravo, consignando:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
CONTROVÉRSIA SOBRE CABIMENTO
DE RECURSO DA COMPETÊNCIA DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA –
IMPROPRIEDADE.
1. Uma vez em jogo controvérsia sobre cabimento de
recurso da competência de Corte diversa, a via do
extraordinário só é aberta quando o acórdão proferido revela
tese contrária a texto da Carta da República. Isso não ocorreu na
espécie dos autos.
Em momento algum, foi adotado entendimento
conflitante com a Constituição Federal. A alegação de ofensa ao
Diploma Maior apenas visa a deslocar o processo a este
Tribunal, mostrando-se de todo imprópria. Este agravo somente
serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que
deveria estar sendo utilizado no exame de processo voltado à
preservação da Lei Maior.
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30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 649.017 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:INJETEC INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PLÁSTICOS
LTDA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:JOSÉ ALCIDES MONTES FILHO E OUTROS
AGDO.(A/S)
:BANCO PANAMERICANO S/A
ADV.(A/S)
:WALDIR VIEIRA DE CAMPOS HELU E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Por meio da decisão
de folha 770, neguei provimento ao agravo, consignando:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
CONTROVÉRSIA SOBRE CABIMENTO
DE RECURSO DA COMPETÊNCIA DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA –
IMPROPRIEDADE.
1. Uma vez em jogo controvérsia sobre cabimento de
recurso da competência de Corte diversa, a via do
extraordinário só é aberta quando o acórdão proferido revela
tese contrária a texto da Carta da República. Isso não ocorreu na
espécie dos autos.
Em momento algum, foi adotado entendimento
conflitante com a Constituição Federal. A alegação de ofensa ao
Diploma Maior apenas visa a deslocar o processo a este
Tribunal, mostrando-se de todo imprópria. Este agravo somente
serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que
deveria estar sendo utilizado no exame de processo voltado à
preservação da Lei Maior.
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Relatório
AI 649.017 AGR / SP
A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de
entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão
contrária aos interesses envolvidos. A violência ao devido
processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para
trazer ao exame do Supremo Tribunal Federal controvérsia cujo
desfecho se exaure na Corte de origem. A tentativa acaba por se
fazer voltada à transformação do Supremo Tribunal Federal em
órgão meramente revisor das decisões dos demais tribunais do
País. Na espécie, a Corte de origem procedeu a julgamento
fundamentando, de forma consentânea com a ordem jurídica, a
parte dispositiva da decisão.
2. Conheço do agravo e o desprovejo.
3. Publiquem.
Os agravantes, na minuta de folha 773 a 800, insistem em ver
processado o extraordinário articulando com a existência de violação aos
artigos 5º, incisos II, XXXII, XXXV, LIV, LV, 93, inciso IX e 170, cabeça e
inciso V, da Constituição Federal. Arguem a nulidade do acórdão
recorrido, por negativa de prestação jurisdicional, ante a falta de
fundamentação adequada. Sustentam que o “acórdão proferido pelo C.
Superior Tribunal de Justiça deixou de fazer incidir às Instituições
Financeiras, inclusive quanto aos contratos de financiamento de capital
de giro, as regras previstas no Código de Defesa do Consumidor,
conforme já decidido por esta C. Corte Suprema em sede de Ação Direita
de Inconstitucionalidade, que tramitou sob o nº 2591.” (folhas 795 e 796).
A parte agravada apresentou a contraminuta de folha 806 a 809
apontando o acerto do ato atacado
É o relatório.
2
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AI 649.017 AGR / SP
A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de
entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão
contrária aos interesses envolvidos. A violência ao devido
processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para
trazer ao exame do Supremo Tribunal Federal controvérsia cujo
desfecho se exaure na Corte de origem. A tentativa acaba por se
fazer voltada à transformação do Supremo Tribunal Federal em
órgão meramente revisor das decisões dos demais tribunais do
País. Na espécie, a Corte de origem procedeu a julgamento
fundamentando, de forma consentânea com a ordem jurídica, a
parte dispositiva da decisão.
2. Conheço do agravo e o desprovejo.
3. Publiquem.
Os agravantes, na minuta de folha 773 a 800, insistem em ver
processado o extraordinário articulando com a existência de violação aos
artigos 5º, incisos II, XXXII, XXXV, LIV, LV, 93, inciso IX e 170, cabeça e
inciso V, da Constituição Federal. Arguem a nulidade do acórdão
recorrido, por negativa de prestação jurisdicional, ante a falta de
fundamentação adequada. Sustentam que o “acórdão proferido pelo C.
Superior Tribunal de Justiça deixou de fazer incidir às Instituições
Financeiras, inclusive quanto aos contratos de financiamento de capital
de giro, as regras previstas no Código de Defesa do Consumidor,
conforme já decidido por esta C. Corte Suprema em sede de Ação Direita
de Inconstitucionalidade, que tramitou sob o nº 2591.” (folhas 795 e 796).
A parte agravada apresentou a contraminuta de folha 806 a 809
apontando o acerto do ato atacado
É o relatório.
2
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 649.017 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por advogado regularmente
credenciado (folha 144 e 240), foi protocolada no prazo legal. Conheço.
Eis a razão, até certo ponto, de a máquina judiciária estar emperrada.
Vê-se a interposição de recurso meramente protelatório. Apesar de se
articular com a existência de questão constitucional a ser apreciada,
simplesmente são reiterados os argumentos até então expedidos,
pretendendo-se o rejulgamento da causa.
Em jogo está a pertinência do recurso especial. No caso, o acórdão
proferido não contém premissa conflitante com a Constituição Federal,
valendo anotar a síntese do entendimento consagrado no Superior
Tribunal de Justiça (folha 614):
Processo civil. Agravo no agravo de instrumento.
Negativa de prestação jurisdicional. Não ocorrência. Harmonia
entre o acórdão recorrido e a jurisprudência do STJ. Ausência
de novos argumentos.
- Rejeitam-se os embargos de declaração quando ausente
omissão, contradição ou obscuridade a ser sanada.
- Inviável o recurso especial se o acórdão recorrido
encontra-se em harmonia com a jurisprudência pacífica e
recente do STJ a respeito do tema.
- Não tendo os agravantes trazido argumentos capazes de
ilidir os fundamentos da decisão agravada, é de se negar
provimento ao agravo.
Agravo não provido.
Ressalto não equivaler à negativa de prestação jurisdicional o
julgamento fundamentado da controvérsia, mas contrário aos interesses
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 649.017 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por advogado regularmente
credenciado (folha 144 e 240), foi protocolada no prazo legal. Conheço.
Eis a razão, até certo ponto, de a máquina judiciária estar emperrada.
Vê-se a interposição de recurso meramente protelatório. Apesar de se
articular com a existência de questão constitucional a ser apreciada,
simplesmente são reiterados os argumentos até então expedidos,
pretendendo-se o rejulgamento da causa.
Em jogo está a pertinência do recurso especial. No caso, o acórdão
proferido não contém premissa conflitante com a Constituição Federal,
valendo anotar a síntese do entendimento consagrado no Superior
Tribunal de Justiça (folha 614):
Processo civil. Agravo no agravo de instrumento.
Negativa de prestação jurisdicional. Não ocorrência. Harmonia
entre o acórdão recorrido e a jurisprudência do STJ. Ausência
de novos argumentos.
- Rejeitam-se os embargos de declaração quando ausente
omissão, contradição ou obscuridade a ser sanada.
- Inviável o recurso especial se o acórdão recorrido
encontra-se em harmonia com a jurisprudência pacífica e
recente do STJ a respeito do tema.
- Não tendo os agravantes trazido argumentos capazes de
ilidir os fundamentos da decisão agravada, é de se negar
provimento ao agravo.
Agravo não provido.
Ressalto não equivaler à negativa de prestação jurisdicional o
julgamento fundamentado da controvérsia, mas contrário aos interesses
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
AI 649.017 AGR / SP
da parte. Está-se diante de conflito de interesses que tem desfecho na
origem, não ensejando campo ao acesso ao Supremo.
Ante o quadro, desprovejo o regimental.
2
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Supremo Tribunal Federal
AI 649.017 AGR / SP
da parte. Está-se diante de conflito de interesses que tem desfecho na
origem, não ensejando campo ao acesso ao Supremo.
Ante o quadro, desprovejo o regimental.
2
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 649.017
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : INJETEC INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PLÁSTICOS LTDA E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : JOSÉ ALCIDES MONTES FILHO E OUTROS
AGDO.(A/S) : BANCO PANAMERICANO S/A
ADV.(A/S) : WALDIR VIEIRA DE CAMPOS HELU E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 649.017
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : INJETEC INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PLÁSTICOS LTDA E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : JOSÉ ALCIDES MONTES FILHO E OUTROS
AGDO.(A/S) : BANCO PANAMERICANO S/A
ADV.(A/S) : WALDIR VIEIRA DE CAMPOS HELU E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076503
Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3215759 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-18T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | RECURSO EXTRAORDINÁRIO – CONTROVÉRSIA SOBRE CABIMENTO DE RECURSO DA COMPETÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA – ADEQUAÇÃO. Quando em questão controvérsia sobre cabimento de recurso da competência de Tribunal diverso, a via excepcional do recurso extraordinário apenas é aberta se no acórdão prolatado constar premissa contrária à Constituição Federal.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PRESTAÇÃO JURISDICIONAL – DEVIDO PROCESSO LEGAL. Se, de um lado, é possível ter-se situação concreta em que transgredido o devido processo legal a ponto de se enquadrar o recurso extraordinário no permissivo que lhe é próprio, de outro, descabe confundir a ausência de aperfeiçoamento da prestação jurisdicional com a entrega de forma contrária aos interesses do recorrente. | sjur221951 | Número de páginas: 7.
Análise: 04/01/2013, LLD. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 649017 | null | AI-AgR | acordaos | AI 649017 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : INJETEC INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PLÁSTICOS LTDA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : JOSÉ ALCIDES MONTES FILHO E OUTROS
AGDO.(A/S) : BANCO PANAMERICANO S/A
ADV.(A/S) : WALDIR VIEIRA DE CAMPOS HELU E OUTRO(A/S) | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 649 . 017",
"AI 649 . 017 AGR",
"AI 649 . 017 AGR",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 649 . 017",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 649 . 017",
"AI 649 . 017 AGR",
"AI 649 . 017 AGR / SP",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 649 . 017",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 649 . 017",
"AI 649 . 017 AGR",
"AI 649 . 017",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 649 . 017"
],
"LEGISLACAO": [
"Constituição Federal",
"MP n°",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"Constituição Federal",
"Lei",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"Constituição Federal",
"Diploma",
"Lei Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] , incisos II , XXXII , XXXV , LIV , LV , 93 , inciso IX e 170 , cabeça e inciso V , da Constituição Federal",
"Código de Defesa do Consumidor",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] , incisos II , XXXII , XXXV , LIV , LV , 93 , inciso IX e 170 , cabeça e inciso V , da Constituição Federal",
"Código de Defesa do Consumidor",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP",
"n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"INJETEC INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PLÁSTICOS LTDA",
"BANCO PANAMERICANO S / A",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"INJETEC INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PLÁSTICOS LTDA",
"BANCO PANAMERICANO S / A",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"INJETEC INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PLÁSTICOS LTDA",
"BANCO PANAMERICANO S / A",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Corte",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"STJ",
"STJ",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"STJ",
"STJ",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"AGR",
"/",
"SP",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"INJETEC INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PLÁSTICOS LTDA",
"BANCO PANAMERICANO S / A",
"[UNK] Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"INJETEC INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PLÁSTICOS LTDA",
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"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"JOSÉ ALCIDES MONTES FILHO",
"WALDIR VIEIRA DE CAMPOS HELU",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"JOSÉ ALCIDES MONTES FILHO",
"WALDIR VIEIRA DE CAMPOS HELU",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"JOSÉ ALCIDES MONTES FILHO",
"WALDIR VIEIRA DE CAMPOS HELU",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"JOSÉ ALCIDES MONTES FILHO",
"WALDIR VIEIRA DE CAMPOS HELU",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"JOSÉ ALCIDES MONTES FILHO",
"WALDIR VIEIRA DE CAMPOS HELU",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
"/",
"12",
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"2012",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
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"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
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"/",
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"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
"08",
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"2001",
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"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 713.169 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
ADV.(A/S)
:OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ROBERTO DOS SANTOS
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO
DE INSTRUMENTO NOS JUIZADOS ESPECIAIS. ADMISSIBILIDADE
DE RECURSO DE COMPETÊNCIA DE TRIBUNAL DIVERSO:
INEXISTÊNCIA
DE
REPERCUSSÃO
GERAL.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE
NEGA PROVIMENTO.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo
regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da
Relatora. Ausente, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085044.
Supremo Tribunal Federal
DJe 20/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 713.169 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
ADV.(A/S)
:OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ROBERTO DOS SANTOS
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 2 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto pelo Banco Santander Brasil S/A
contra julgado do 3º Colégio Recursal dos Juizados Especiais Cíveis de
São Paulo, o qual não conheceu do agravo de instrumento interposto pelo
ora Agravante.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
6. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art.
93, inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora
em sentido contrário à pretensão do Agravante, o acórdão recorrido
apresentou suficiente fundamentação.
Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o que
a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja
fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das
questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as
premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o
dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional (RE
140.370, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269).
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 713.169 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
ADV.(A/S)
:OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ROBERTO DOS SANTOS
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 2 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto pelo Banco Santander Brasil S/A
contra julgado do 3º Colégio Recursal dos Juizados Especiais Cíveis de
São Paulo, o qual não conheceu do agravo de instrumento interposto pelo
ora Agravante.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
6. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art.
93, inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora
em sentido contrário à pretensão do Agravante, o acórdão recorrido
apresentou suficiente fundamentação.
Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o que
a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja
fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das
questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as
premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o
dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional (RE
140.370, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269).
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Relatório
ARE 713.169 AGR / SP
7. Na espécie vertente, a Turma Recursal não admitiu o recurso
inominado interposto pelo Agravante por ser deserto vistos. Ante a
certidão retro, julgo deserto o recurso interposto pelo Banco Santander
S/A .(fl. 135).
Contra essa decisão o Banco interpôs agravo de instrumento,
não conhecido pela 3ª Turma Recursal, por inexistência de previsão
legal.
A Turma Recursal limitou-se ao exame de cabimento de recurso
de sua competência.
No julgamento do Recurso Extraordinário n. 598.365, Relator o
Ministro Ayres Britto, este Supremo Tribunal assentou a inexistência
de repercussão geral da questão discutida nestes autos:
(...)
Declarada a ausência de repercussão geral, os recursos
extraordinários e agravos de instrumento que suscitarem a mesma
questão constitucional podem ter o seu seguimento negado pelos
respectivos relatores, conforme o § 1º do art. 327 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal.
Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.
8. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc.
I, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do
Supremo Tribunal Federal)” (fls. 189-191).
2. Publicada essa decisão no DJe de 9.10.2012 (fl. 192), interpõe o
Banco Santander Brasil S/A, em 15.10.2012, tempestivamente, agravo
regimental (fls. 193-197).
3. Alega o Agravante que “a discussão submetida à apreciação do C.
Supremo Tribunal Federal pelo presente recurso extraordinário é de extrema
relevância por se tratar de questão de alta repercussão econômica e jurídica, pois
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 713.169 AGR / SP
7. Na espécie vertente, a Turma Recursal não admitiu o recurso
inominado interposto pelo Agravante por ser deserto vistos. Ante a
certidão retro, julgo deserto o recurso interposto pelo Banco Santander
S/A .(fl. 135).
Contra essa decisão o Banco interpôs agravo de instrumento,
não conhecido pela 3ª Turma Recursal, por inexistência de previsão
legal.
A Turma Recursal limitou-se ao exame de cabimento de recurso
de sua competência.
No julgamento do Recurso Extraordinário n. 598.365, Relator o
Ministro Ayres Britto, este Supremo Tribunal assentou a inexistência
de repercussão geral da questão discutida nestes autos:
(...)
Declarada a ausência de repercussão geral, os recursos
extraordinários e agravos de instrumento que suscitarem a mesma
questão constitucional podem ter o seu seguimento negado pelos
respectivos relatores, conforme o § 1º do art. 327 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal.
Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.
8. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc.
I, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do
Supremo Tribunal Federal)” (fls. 189-191).
2. Publicada essa decisão no DJe de 9.10.2012 (fl. 192), interpõe o
Banco Santander Brasil S/A, em 15.10.2012, tempestivamente, agravo
regimental (fls. 193-197).
3. Alega o Agravante que “a discussão submetida à apreciação do C.
Supremo Tribunal Federal pelo presente recurso extraordinário é de extrema
relevância por se tratar de questão de alta repercussão econômica e jurídica, pois
2
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Relatório
ARE 713.169 AGR / SP
diz respeito à violação direta à Constituição Federal e, ainda, afronta aos
princípios do contraditório e da ampla defesa” (fl. 195).
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
3
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 713.169 AGR / SP
diz respeito à violação direta à Constituição Federal e, ainda, afronta aos
princípios do contraditório e da ampla defesa” (fl. 195).
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
3
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 713.169 SÃO
PAULO
VOTO
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
2. Na espécie vertente, o Colégio Recursal a quo decidiu:
“Descabimento de agravo de instrumento no sistema dos
Juizados Especiais, ante a inexistência de previsão legal nesse sentido,
bem como ante a aplicação dos princípios da celeridade e economias
processuais. (…) Questão a ser ventilada em eventual recurso
inominado. Requisitos do art. 5º, inc. LXXXIV, da Constituição
Federal não preenchidos. Agravo de instrumento não conhecido” (fl.
142).
No recurso extraordinário, o Agravante suscitou o cabimento do
recurso de agravo de instrumento nos Juizados Especiais.
3. Inicialmente, como afirmado na decisão agravada, não prospera a
alegação de nulidade do acórdão por falta de fundamentação. O Tribunal
de origem apreciou as questões suscitadas, fundamentando-as de modo
suficiente a demonstrar as razões objetivas do convencimento do
julgador. A prestação jurisdicional foi concedida nos termos da legislação
vigente, apesar de ter sido a conclusão contrária aos interesses do
Agravante.
Nesse sentido:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL.
Supremo Tribunal Federal
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30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 713.169 SÃO
PAULO
VOTO
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
2. Na espécie vertente, o Colégio Recursal a quo decidiu:
“Descabimento de agravo de instrumento no sistema dos
Juizados Especiais, ante a inexistência de previsão legal nesse sentido,
bem como ante a aplicação dos princípios da celeridade e economias
processuais. (…) Questão a ser ventilada em eventual recurso
inominado. Requisitos do art. 5º, inc. LXXXIV, da Constituição
Federal não preenchidos. Agravo de instrumento não conhecido” (fl.
142).
No recurso extraordinário, o Agravante suscitou o cabimento do
recurso de agravo de instrumento nos Juizados Especiais.
3. Inicialmente, como afirmado na decisão agravada, não prospera a
alegação de nulidade do acórdão por falta de fundamentação. O Tribunal
de origem apreciou as questões suscitadas, fundamentando-as de modo
suficiente a demonstrar as razões objetivas do convencimento do
julgador. A prestação jurisdicional foi concedida nos termos da legislação
vigente, apesar de ter sido a conclusão contrária aos interesses do
Agravante.
Nesse sentido:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL.
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 713.169 AGR / SP
ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX, DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: IMPROCEDÊNCIA.
PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO” (ARE 645.521-AgR, de minha relatoria,
Primeira Turma, DJe 26.10.2011).
4. Como também afirmado na decisão agravada, no julgamento
eletrônico do Recurso Extraordinário n. 598.365, Relator o Ministro Ayres
Britto, o Supremo Tribunal Federal declarou a ausência de repercussão
geral da questão relativa aos pressupostos de cabimento de recursos de
competência de outros tribunais, por se tratar de discussão de natureza
infraconstitucional:
“PRESSUPOSTOS
DE
ADMISSIBILIDADE
DE
RECURSOS DA COMPETÊNCIA DE OUTROS TRIBUNAIS.
MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE
REPERCUSSÃO GERAL. A questão alusiva ao cabimento de
recursos da competência de outros Tribunais se restringe ao âmbito
infraconstitucional. Precedentes. Não havendo, em rigor, questão
constitucional a ser apreciada por esta nossa Corte, falta ao caso
´elemento de configuração da própria repercussão geral`, conforme
salientou a ministra Ellen Gracie, no julgamento da Repercussão
Geral no RE 584.608” (DJe 26.3.2010).
5. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
ARE 713.169 AGR / SP
ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX, DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: IMPROCEDÊNCIA.
PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO” (ARE 645.521-AgR, de minha relatoria,
Primeira Turma, DJe 26.10.2011).
4. Como também afirmado na decisão agravada, no julgamento
eletrônico do Recurso Extraordinário n. 598.365, Relator o Ministro Ayres
Britto, o Supremo Tribunal Federal declarou a ausência de repercussão
geral da questão relativa aos pressupostos de cabimento de recursos de
competência de outros tribunais, por se tratar de discussão de natureza
infraconstitucional:
“PRESSUPOSTOS
DE
ADMISSIBILIDADE
DE
RECURSOS DA COMPETÊNCIA DE OUTROS TRIBUNAIS.
MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE
REPERCUSSÃO GERAL. A questão alusiva ao cabimento de
recursos da competência de outros Tribunais se restringe ao âmbito
infraconstitucional. Precedentes. Não havendo, em rigor, questão
constitucional a ser apreciada por esta nossa Corte, falta ao caso
´elemento de configuração da própria repercussão geral`, conforme
salientou a ministra Ellen Gracie, no julgamento da Repercussão
Geral no RE 584.608” (DJe 26.3.2010).
5. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental
2
Supremo Tribunal Federal
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 713.169
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ROBERTO DOS SANTOS
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3099398
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 713.169
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ROBERTO DOS SANTOS
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3099398
Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3108110 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-20T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO NOS JUIZADOS ESPECIAIS. ADMISSIBILIDADE DE RECURSO DE COMPETÊNCIA DE TRIBUNAL DIVERSO: INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. | sjur219163 | - Acórdão(s) citado(s)
(FUNDAMENTAÇÃO, AUSÊNCIA)
STF: ARE 645521 AgR (1ªT);
(MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL, PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE, RECURSOS, TRIBUNAIS DIVERSOS)
STF: RE 598365 RG (TP).
Número de páginas: 7.
Análise: 30/11/2012, MJC. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 713169 | null | ARE-AgR | acordaos | ARE 713169 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ROBERTO DOS SANTOS
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
ADV.(A/S) : ALEXANDRE ROMERO DA MOTA
ADV.(A/S) : MARCIA LYRA BERGAMO
ADV.(A/S) : NÁDIA TORRES RIBEIRO DE CASTRO CORDEIRO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 713 . 169",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 713 . 169",
"RE 140 . 370",
"RTJ 150 / 269",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM",
"RE 140 . 370",
"RTJ 150 / 269",
"ARE 713 . 169 AGR / SP",
"Recurso Extraordinário n . 598 . 365",
"ARE 713 . 169 AGR / SP",
"Recurso Extraordinário n . 598 . 365",
"ARE 713 . 169 AGR / SP",
"ARE 713 . 169 AGR / SP",
"ARE 713 . 169 AGR",
"ARE 645 . 521 - AgR",
"Recurso Extraordinário n . 598 . 365",
"RE 584 . 608 ”",
"ARE 713 . 169 AGR",
"ARE 645 . 521 - AgR",
"Recurso Extraordinário n . 598 . 365",
"RE 584 . 608 ”"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 93 , inc . IX , da Constituição da República",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 93 , inc . IX , da Constituição da República",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"art . 544 , § [UNK] , inc . I , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"art . 544 , § [UNK] , inc . I , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , inc . LXXXIV , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , inc . LXXXIV , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 93 , INC . IX , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 93 , INC . IX , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S / A",
"Banco Santander Brasil S / A",
"[UNK] Colégio Recursal dos Juizados Especiais Cíveis de São Paulo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S / A",
"Banco Santander Brasil S / A",
"[UNK] Colégio Recursal dos Juizados Especiais Cíveis de São Paulo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Banco Santander S / A .",
"[UNK] Turma Recursal",
"Banco Santander Brasil S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Banco Santander S / A .",
"[UNK] Turma Recursal",
"Supremo Tribunal",
"Banco Santander Brasil S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Colégio",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Colégio",
"Juizados Especiais",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S / A",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S / A",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CÁRMEN LÚCIA",
"OSMAR MENDES PAIXÃO",
"ROBERTO DOS SANTOS",
"Ricardo Lewandowski",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES",
"ROBERTO DOS SANTOS",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Sepúlveda Pertence",
"CÁRMEN LÚCIA",
"OSMAR MENDES PAIXÃO",
"ROBERTO DOS SANTOS",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Sepúlveda Pertence",
"Ayres Britto",
"Ayres Britto",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Ayres Britto",
"Ellen Gracie",
"Ayres Britto",
"Ellen Gracie",
"LÚCIA",
"OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES",
"ROBERTO DOS SANTOS",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"CÁRMEN LÚCIA",
"OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES",
"ROBERTO DOS SANTOS",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"2 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"2 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"9",
".",
"10",
".",
"2012",
"15",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"9",
".",
"10",
".",
"2012",
"15",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
".",
"10",
".",
"2011",
"26",
".",
"3",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
".",
"10",
".",
"2011",
"26",
".",
"3",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.580 RIO DE
JANEIRO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:FUNDACAO CESGRANRIO
ADV.(A/S)
:CARLA ANDRÉA BEZERRA ARAUJO
AGDO.(A/S)
:TIAGO MULLER CARTIER MARQUES
ADV.(A/S)
:ISABEL CRISTINA EVARISTO DE ANDRADE
INTDO.(A/S)
:PETROLEO BRASILEIRO S/A PETROBRAS
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. CONCURSO
PÚBLICO. Impossibilidade de análise de cláusulas de edital e de provas.
Súmulas n. 279 e 454 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental ao
qual se nega provimento.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo
regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da
Relatora. Ausente, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085028.
Supremo Tribunal Federal
DJe 20/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8
Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.580 RIO DE
JANEIRO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:FUNDACAO CESGRANRIO
ADV.(A/S)
:CARLA ANDRÉA BEZERRA ARAUJO
AGDO.(A/S)
:TIAGO MULLER CARTIER MARQUES
ADV.(A/S)
:ISABEL CRISTINA EVARISTO DE ANDRADE
INTDO.(A/S)
:PETROLEO BRASILEIRO S/A PETROBRAS
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 27 de setembro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos
autos do recurso extraordinário interposto pela Fundação Cesgranrio
contra julgado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o qual concedera
a segurança em favor do Agravado, ao fundamento de que “não foram
observadas as regras do edital, que previam a elaboração de parecer jurídico ao
invés de peças processuais”.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“6. Razão jurídica não assiste à Agravante.
O Desembargador Relator do caso no Tribunal de Justiça do Rio
de Janeiro afirmou:
(…).
Concluir de forma diversa do que decidido pelas instâncias
originárias demandaria o reexame de prova e de cláusulas do edital
constantes dos autos, inviável em recurso extraordinário, nos termos
do que dispõem as Súmulas n. 279 e 454 deste Supremo Tribunal.
Nesse sentido:
(...) (ARE 684.298-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma,
DJe 14.9.2012).
A decisão agravada, embasada nos dados constantes do acórdão
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085029.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.580 RIO DE
JANEIRO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:FUNDACAO CESGRANRIO
ADV.(A/S)
:CARLA ANDRÉA BEZERRA ARAUJO
AGDO.(A/S)
:TIAGO MULLER CARTIER MARQUES
ADV.(A/S)
:ISABEL CRISTINA EVARISTO DE ANDRADE
INTDO.(A/S)
:PETROLEO BRASILEIRO S/A PETROBRAS
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 27 de setembro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos
autos do recurso extraordinário interposto pela Fundação Cesgranrio
contra julgado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o qual concedera
a segurança em favor do Agravado, ao fundamento de que “não foram
observadas as regras do edital, que previam a elaboração de parecer jurídico ao
invés de peças processuais”.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“6. Razão jurídica não assiste à Agravante.
O Desembargador Relator do caso no Tribunal de Justiça do Rio
de Janeiro afirmou:
(…).
Concluir de forma diversa do que decidido pelas instâncias
originárias demandaria o reexame de prova e de cláusulas do edital
constantes dos autos, inviável em recurso extraordinário, nos termos
do que dispõem as Súmulas n. 279 e 454 deste Supremo Tribunal.
Nesse sentido:
(...) (ARE 684.298-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma,
DJe 14.9.2012).
A decisão agravada, embasada nos dados constantes do acórdão
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8
Relatório
ARE 712.580 AGR / RJ
recorrido, harmoniza-se com a jurisprudência deste Supremo
Tribunal, razão pela qual nada há a prover quanto às alegações da
Agravante.
7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º,
inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”.
2. Publicada essa decisão no DJe de 5.10.2012, interpõe a Fundação
Cesgranrio, em 9.10.2012, tempestivamente, agravo regimental.
3. Alega a Agravante que “o concurso respeitou todo o conteúdo
programático constante no edital do certame, não cabendo qualquer impugnação
a aplicação da prova discursiva, cumprindo com o princípio da vinculação do
concurso ao edital”.
Afirma que “o edital do certame, em seu item 6.6.7, definiu apenas e tão
somente o conteúdo das questões discursivas da prova, exigindo do candidato seu
conhecimento sobre determinados institutos jurídicos. Assim, (…) a comissão
elaborou a prova com duas questões discursivas, cujos enunciados eram dois
conjuntos de fatos, aos quais eram aplicáveis institutos jurídicos, e os respectivos
objetivos a serem atingidos, e solicitou aos candidatos a redação de duas peças
processuais para atingir a meta exigida. Insta firmar que a prova discursiva não
se destinava a avaliar os requisitos formais de uma peça processual, mas
objetivava avaliar a capacidade de o candidato contextualizar sobre os temas
jurídicos lançados na prova discursiva”.
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 712.580 AGR / RJ
recorrido, harmoniza-se com a jurisprudência deste Supremo
Tribunal, razão pela qual nada há a prover quanto às alegações da
Agravante.
7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º,
inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”.
2. Publicada essa decisão no DJe de 5.10.2012, interpõe a Fundação
Cesgranrio, em 9.10.2012, tempestivamente, agravo regimental.
3. Alega a Agravante que “o concurso respeitou todo o conteúdo
programático constante no edital do certame, não cabendo qualquer impugnação
a aplicação da prova discursiva, cumprindo com o princípio da vinculação do
concurso ao edital”.
Afirma que “o edital do certame, em seu item 6.6.7, definiu apenas e tão
somente o conteúdo das questões discursivas da prova, exigindo do candidato seu
conhecimento sobre determinados institutos jurídicos. Assim, (…) a comissão
elaborou a prova com duas questões discursivas, cujos enunciados eram dois
conjuntos de fatos, aos quais eram aplicáveis institutos jurídicos, e os respectivos
objetivos a serem atingidos, e solicitou aos candidatos a redação de duas peças
processuais para atingir a meta exigida. Insta firmar que a prova discursiva não
se destinava a avaliar os requisitos formais de uma peça processual, mas
objetivava avaliar a capacidade de o candidato contextualizar sobre os temas
jurídicos lançados na prova discursiva”.
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.580 RIO DE
JANEIRO
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste à Agravante.
2. Na espécie vertente, o Tribunal de origem decidiu:
“A questão sob enfoque envolve concurso público para o cargo de
advogado júnior da Petrobrás, tendo o impetrante obtido êxito na
primeira etapa do certame e, ao submeter-se à prova discursiva,
constatou que não foram observadas as regras do edital, que previam a
elaboração de parecer jurídico ao invés de peças processuais .
A sentença recorrida concedeu parcialmente a segurança, por
considerar a existência de violação a direito liquido e certo do
impetrante, vejamos:
Se a Organização do concurso e sua banca examinadora
almejava exigir dos candidatos o conhecimento técnico-processual,
mediante a elaboração de peça processual, deveria ter inserido no
Edital esse tipo de matéria/questão, e não o fazendo, evidentemente
que não pode exigir questão dissociada ao que consta no instrumento
convocatório , sob pena não só de violação ao Edital, ao princípio da
legalidade administrativa, mas principalmente de abrir brechas para
fraudes em ofensa aos princípios da impessoalidade, moralidade,
isonomia dos candidatos e probidade administrativa.
Assim, assiste razão o impetrante, eis que preterido ilegalmente
no Certame.
A tese invocada pela defesa, de que o Judiciário não pode
apreciar o mérito administrativo e rever critérios de formulação de
questões, por se tratar de ato discricionário, não merece prosperar, na
media em que não se está revisando os critérios de formulação de
questões, mas sim, o respeito ao que reza o Edital.
Supremo Tribunal Federal
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30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.580 RIO DE
JANEIRO
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste à Agravante.
2. Na espécie vertente, o Tribunal de origem decidiu:
“A questão sob enfoque envolve concurso público para o cargo de
advogado júnior da Petrobrás, tendo o impetrante obtido êxito na
primeira etapa do certame e, ao submeter-se à prova discursiva,
constatou que não foram observadas as regras do edital, que previam a
elaboração de parecer jurídico ao invés de peças processuais .
A sentença recorrida concedeu parcialmente a segurança, por
considerar a existência de violação a direito liquido e certo do
impetrante, vejamos:
Se a Organização do concurso e sua banca examinadora
almejava exigir dos candidatos o conhecimento técnico-processual,
mediante a elaboração de peça processual, deveria ter inserido no
Edital esse tipo de matéria/questão, e não o fazendo, evidentemente
que não pode exigir questão dissociada ao que consta no instrumento
convocatório , sob pena não só de violação ao Edital, ao princípio da
legalidade administrativa, mas principalmente de abrir brechas para
fraudes em ofensa aos princípios da impessoalidade, moralidade,
isonomia dos candidatos e probidade administrativa.
Assim, assiste razão o impetrante, eis que preterido ilegalmente
no Certame.
A tese invocada pela defesa, de que o Judiciário não pode
apreciar o mérito administrativo e rever critérios de formulação de
questões, por se tratar de ato discricionário, não merece prosperar, na
media em que não se está revisando os critérios de formulação de
questões, mas sim, o respeito ao que reza o Edital.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 712.580 AGR / RJ
A imposição e observância das regras impostas no edital não
interfere no mérito administrativo, mas no plano de sua legalidade.
Não se está pretendendo rever e reavaliar as questões, mas sim que as
normas do Edital sejam severamente aplicadas, evitando-se o
desvirtuamento que acarreta ofensa ao princípio da legalidade
administrativa (art. 37, caput da CF/88), da isonomia, impessoalidade
e moralidade.
O controle do ato não se insere e não interfere no plano da
discricionariedade, mas sim da legalidade do ato, vale dizer, nos
limites da discricionariedade, que ultrapassados, tornam o ato ilegal,
autorizando sua revisão pelo único poder constituído para tal, o
Judiciário, o que não configura intervencionismo, nem tão pouco
ofensa ao princípio da separação dos poderes, na medida em que é
função típica do Judiciário controlar, inibir e repudiar ilegalidades, na
busca da efetividade de nosso Estado de Direito, que é regido por
normas e regras a que todos estão sujeitos. Como já visto, a Petrobrás,
por ser uma Sociedade de Economia Mista, integrante da
Administração Pública Indireta, se subordinada às regras inerentes,
cujo art. 37 da CF/88 estabelece expressamente o princípio da
legalidade administrativa, em que o ente de natureza pública só pode
fazer o que está previsto em lei, à luz de nosso Estado de Direito,
estando vinculado às determinações legais.
Como no caso dos concursos públicos a lei reguladora é o
próprio Edital, os impetrantes estão vinculados aos seus termos, ao
qual não conferiu liberdade de atuação. A elaboração do Edital
evidentemente é ato discricionário, onde há margem de atuação para
escolha das regras a serem adotadas mediante critérios de conveniência
e oportunidade. Nesse ponto o Judiciário não pode interferir, por se
tratar de ato discricionário. Contudo, elaborado o Edital e publicado,
os atos praticados no certamente são vinculados ao que consta no
Edital.
Nesse contexto, definido o Edital, todos estão vinculados aos
seus termos, à luz do Princípio da Legalidade e da vinculação ao
Edital, o que revela que o objeto do ato, no caso em apreço, é vinculado
no que diz respeito as exigências do certame. Assim, dentro do ato
administrativo (no caso dos autos, praticados por delegação do Poder
2
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ARE 712.580 AGR / RJ
A imposição e observância das regras impostas no edital não
interfere no mérito administrativo, mas no plano de sua legalidade.
Não se está pretendendo rever e reavaliar as questões, mas sim que as
normas do Edital sejam severamente aplicadas, evitando-se o
desvirtuamento que acarreta ofensa ao princípio da legalidade
administrativa (art. 37, caput da CF/88), da isonomia, impessoalidade
e moralidade.
O controle do ato não se insere e não interfere no plano da
discricionariedade, mas sim da legalidade do ato, vale dizer, nos
limites da discricionariedade, que ultrapassados, tornam o ato ilegal,
autorizando sua revisão pelo único poder constituído para tal, o
Judiciário, o que não configura intervencionismo, nem tão pouco
ofensa ao princípio da separação dos poderes, na medida em que é
função típica do Judiciário controlar, inibir e repudiar ilegalidades, na
busca da efetividade de nosso Estado de Direito, que é regido por
normas e regras a que todos estão sujeitos. Como já visto, a Petrobrás,
por ser uma Sociedade de Economia Mista, integrante da
Administração Pública Indireta, se subordinada às regras inerentes,
cujo art. 37 da CF/88 estabelece expressamente o princípio da
legalidade administrativa, em que o ente de natureza pública só pode
fazer o que está previsto em lei, à luz de nosso Estado de Direito,
estando vinculado às determinações legais.
Como no caso dos concursos públicos a lei reguladora é o
próprio Edital, os impetrantes estão vinculados aos seus termos, ao
qual não conferiu liberdade de atuação. A elaboração do Edital
evidentemente é ato discricionário, onde há margem de atuação para
escolha das regras a serem adotadas mediante critérios de conveniência
e oportunidade. Nesse ponto o Judiciário não pode interferir, por se
tratar de ato discricionário. Contudo, elaborado o Edital e publicado,
os atos praticados no certamente são vinculados ao que consta no
Edital.
Nesse contexto, definido o Edital, todos estão vinculados aos
seus termos, à luz do Princípio da Legalidade e da vinculação ao
Edital, o que revela que o objeto do ato, no caso em apreço, é vinculado
no que diz respeito as exigências do certame. Assim, dentro do ato
administrativo (no caso dos autos, praticados por delegação do Poder
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 712.580 AGR / RJ
Público), existem atos que são vinculados e discricionários.
É evidente que a elaboração das questões e o seu conteúdo
também é ato discricionário, contudo, a observância das regras
previstas no edital não é discricionária, mas vinculada. Assim, está a
entidade organizadora do concurso, bem como a banca examinadora,
vinculada aos critérios e regras materiais impostas no edital do
certame para elaboração das questões, não podendo exigir do candidato
matérias que não estejam previamente elencadas no instrumento
convocatório, sob pena, inclusive, de se caracterizar ofensa aos
princípios da vinculação ao edital, legalidade, isonomia, moralidade e
impessoalidade, modelados não apenas no art. 3º da lei 8.666/93, mas
também no art. 37 da CF/88.
Como se sabe, em tema de concurso público, o Edital é lei entre
as partes, estabelecendo regras às quais estão vinculados tanto a
Administração quanto os candidatos. Assim sendo, não pode ser
admitido que a Administração altere as regras do edital, de modo a
surpreender o candidato no momento da realização da prova, podendo
o Poder Judiciário intervir para controlar os atos da Administração,
dentre os quais, a imposição, aos candidatos, de regras não previstas
no Edital de regência do certame.
Portanto, constatada a violação das regras contidas no edital,
com a demonstração inequívoca de que não foram observados os
rígidos princípios da legalidade, da impessoalidade, da publicidade e
da moralidade que regem os atos administrativos e, como tal, o
concurso público, impõe-se a manutenção da sentença recorrida por
seus próprios fundamentos”.
3. Como posto na decisão agravada, concluir de forma diversa do
que decidido pelas instâncias originárias a respeito do descumprimento
das regras editalícias do concurso público demandaria o reexame de
prova e de cláusulas do edital, inviável em recurso extraordinário.
Incidem na espécie as Súmulas n. 279 e 454 do Supremo Tribunal Federal.
Nesse sentido:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
3
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Supremo Tribunal Federal
ARE 712.580 AGR / RJ
Público), existem atos que são vinculados e discricionários.
É evidente que a elaboração das questões e o seu conteúdo
também é ato discricionário, contudo, a observância das regras
previstas no edital não é discricionária, mas vinculada. Assim, está a
entidade organizadora do concurso, bem como a banca examinadora,
vinculada aos critérios e regras materiais impostas no edital do
certame para elaboração das questões, não podendo exigir do candidato
matérias que não estejam previamente elencadas no instrumento
convocatório, sob pena, inclusive, de se caracterizar ofensa aos
princípios da vinculação ao edital, legalidade, isonomia, moralidade e
impessoalidade, modelados não apenas no art. 3º da lei 8.666/93, mas
também no art. 37 da CF/88.
Como se sabe, em tema de concurso público, o Edital é lei entre
as partes, estabelecendo regras às quais estão vinculados tanto a
Administração quanto os candidatos. Assim sendo, não pode ser
admitido que a Administração altere as regras do edital, de modo a
surpreender o candidato no momento da realização da prova, podendo
o Poder Judiciário intervir para controlar os atos da Administração,
dentre os quais, a imposição, aos candidatos, de regras não previstas
no Edital de regência do certame.
Portanto, constatada a violação das regras contidas no edital,
com a demonstração inequívoca de que não foram observados os
rígidos princípios da legalidade, da impessoalidade, da publicidade e
da moralidade que regem os atos administrativos e, como tal, o
concurso público, impõe-se a manutenção da sentença recorrida por
seus próprios fundamentos”.
3. Como posto na decisão agravada, concluir de forma diversa do
que decidido pelas instâncias originárias a respeito do descumprimento
das regras editalícias do concurso público demandaria o reexame de
prova e de cláusulas do edital, inviável em recurso extraordinário.
Incidem na espécie as Súmulas n. 279 e 454 do Supremo Tribunal Federal.
Nesse sentido:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
3
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085030.
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 712.580 AGR / RJ
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO.
CONCURSO PÚBLICO. 1. Impossibilidade de análise de cláusulas
de edital e de legislação infraconstitucional. Ofensa constitucional
indireta. 2. Necessidade de reexame de provas. Incidência da Súmula
n. 279 do Supremo Tribunal Federal. 3. Agravo regimental ao qual se
nega provimento” (ARE 684.298-AgR, de minha relatoria,
Primeira Turma, DJe 14.9.2012).
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO.
CONCURSO PÚBLICO. EXIGÊNCIA DE DOCUMENTAÇÃO.
PRAZO PARA ENTREGA. REEXAME DO CONJUNTO
FÁTICO-PROBATÓRIO E DE CLÁUSULAS DE EDITAL.
SÚMULAS 279 E 454 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I -
Inviável em recurso extraordinário o reexame do conjunto fático-
probatório constante dos autos e de cláusulas do edital de concurso.
Incidência das Súmulas 279 e 454 do STF. Precedentes. II - Agravo
regimental improvido” (ARE 701.244-AgR, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, Segunda Turma, DJe 2.10.2012).
4. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
4
Supremo Tribunal Federal
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ARE 712.580 AGR / RJ
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO.
CONCURSO PÚBLICO. 1. Impossibilidade de análise de cláusulas
de edital e de legislação infraconstitucional. Ofensa constitucional
indireta. 2. Necessidade de reexame de provas. Incidência da Súmula
n. 279 do Supremo Tribunal Federal. 3. Agravo regimental ao qual se
nega provimento” (ARE 684.298-AgR, de minha relatoria,
Primeira Turma, DJe 14.9.2012).
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO.
CONCURSO PÚBLICO. EXIGÊNCIA DE DOCUMENTAÇÃO.
PRAZO PARA ENTREGA. REEXAME DO CONJUNTO
FÁTICO-PROBATÓRIO E DE CLÁUSULAS DE EDITAL.
SÚMULAS 279 E 454 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I -
Inviável em recurso extraordinário o reexame do conjunto fático-
probatório constante dos autos e de cláusulas do edital de concurso.
Incidência das Súmulas 279 e 454 do STF. Precedentes. II - Agravo
regimental improvido” (ARE 701.244-AgR, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, Segunda Turma, DJe 2.10.2012).
4. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
4
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.580
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : FUNDACAO CESGRANRIO
ADV.(A/S) : CARLA ANDRÉA BEZERRA ARAUJO
AGDO.(A/S) : TIAGO MULLER CARTIER MARQUES
ADV.(A/S) : ISABEL CRISTINA EVARISTO DE ANDRADE
INTDO.(A/S) : PETROLEO BRASILEIRO S/A PETROBRAS
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3099389
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.580
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : FUNDACAO CESGRANRIO
ADV.(A/S) : CARLA ANDRÉA BEZERRA ARAUJO
AGDO.(A/S) : TIAGO MULLER CARTIER MARQUES
ADV.(A/S) : ISABEL CRISTINA EVARISTO DE ANDRADE
INTDO.(A/S) : PETROLEO BRASILEIRO S/A PETROBRAS
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3099389
Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3108118 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-20T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. Impossibilidade de análise de cláusulas de edital e de provas. Súmulas n. 279 e 454 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental ao qual se nega provimento. | sjur219159 | - Acórdão(s) citado(s)
(EDITAL, ANÁLISE DE CLÁUSULAS)
STF: ARE 684298 AgR (1ªT), ARE 701244 AgR (2ªT).
Número de páginas: 8.
Análise: 05/12/2012, MJC. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 712580 | [
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000454 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 712580 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : FUNDACAO CESGRANRIO
ADV.(A/S) : CARLA ANDRÉA BEZERRA ARAUJO
AGDO.(A/S) : TIAGO MULLER CARTIER MARQUES
ADV.(A/S) : ISABEL CRISTINA EVARISTO DE ANDRADE
INTDO.(A/S) : PETROLEO BRASILEIRO S/A PETROBRAS | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712 . 580",
"Súmulas n . 279",
"ARE 684 . 298 -",
"Súmulas n . 279",
"ARE 684 . 298 - AgR",
"ARE 712 . 580 AGR / RJ",
"ARE 712 . 580 AGR / RJ",
"ARE 712 . 580 AGR / RJ",
"ARE 712 . 580 AGR / RJ",
"ARE 712 . 580 AGR / RJ",
"Súmulas n . 279",
"ARE 712 . 580 AGR / RJ",
"Súmulas n . 279",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"ARE 684 . 298 - AgR",
"SÚMULAS 279 E 454 DO STF",
"Súmulas 279 e 454 do STF",
"ARE 701 . 244 - AgR",
"ARE 712 . 580 AGR / RJ",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"ARE 684 . 298 - AgR",
"SÚMULAS 279 E 454 DO STF",
"Súmulas 279 e 454 do STF",
"ARE 701 . 244 - AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 37 , caput da CF / 88",
"art . 37 da CF / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 37 , caput da CF / 88",
"art . 37 da CF / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] da lei 8 . 666 / 93",
"art . 37 da CF / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] da lei 8 . 666 / 93",
"art . 37 da CF / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO DE JANEIRO",
"Brasília",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"FUNDACAO CESGRANRIO",
"PETROLEO BRASILEIRO S / A",
"PETROBRAS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"FUNDACAO CESGRANRIO",
"PETROLEO BRASILEIRO S / A PETROBRAS R",
"Fundação Cesgranrio",
"Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro",
"Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"FUNDACAO CESGRANRIO",
"PETROLEO BRASILEIRO S / A",
"PETROBRAS",
"Fundação Cesgranrio",
"Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro",
"Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Fundação Cesgranrio",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal",
"Fundação Cesgranrio",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Petrobrás",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Petrobrás",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Petrobrás",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Petrobrás",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"RJ",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"FUNDACAO CESGRANRIO",
"PETROLEO BRASILEIRO S / A",
"PETROBRAS",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"CESGRANRIO",
"PETROLEO BRASILEIRO S / A",
"PETROBRAS",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CARLA ANDRÉA BEZERRA ARAUJO",
"TIAGO MULLER CARTIER MARQUES",
"ISABEL CRISTINA EVARISTO DE ANDRADE",
"Ricardo Lewandowski",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CARLA ANDRÉA BEZERRA ARAUJO",
"TIAGO MULLER CARTIER MARQUES",
"ISABEL CRISTINA EVARISTO DE ANDRADE",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CARLA ANDRÉA BEZERRA ARAUJO",
"TIAGO MULLER CARTIER MARQUES",
"ISABEL CRISTINA EVARISTO DE ANDRADE",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA ARE",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CARLA ANDRÉA BEZERRA ARAUJO",
"TIAGO MULLER CARTIER MARQUES",
"ISABEL CRISTINA EVARISTO DE ANDRADE",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"CARLA ANDRÉA BEZERRA ARAUJO",
"TIAGO MULLER CARTIER MARQUES",
"ISABEL CRISTINA EVARISTO DE ANDRADE",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"27 de setembro de 2012",
"14",
".",
"9",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"27 de setembro de 2012",
"14",
".",
"9",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"5",
".",
"10",
".",
"2012",
"9",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"5",
".",
"10",
".",
"2012",
"9",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
".",
"9",
".",
"2012",
"2",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
".",
"9",
".",
"2012",
"2",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.078.682 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:COMERCIAL ZAFFARI LTDA
ADV.(A/S)
:IVAN ALLEGRETTI
ADV.(A/S)
:LUCAS HECK
ADV.(A/S)
:GLEISON MACHADO SCHUTZ
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Recurso
extraordinário contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça. Análise
de questão decidida em segundo grau. Não cabimento de recurso
extraordinário. Recurso extraordinário contra decisão do TRF. Violação
reflexa.
1. A jurisprudência da Corte é assente no sentido de ser incabível
recurso extraordinário contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça no
qual se suscite questão resolvida na decisão de segundo grau.
2. Para ultrapassar o entendimento do TRF acerca da ausência do
direito ao creditamento fiscal, diante da relação de substituição tributária
em que o valor pago a título de reembolso de ICMS-ST não compõe a
base de cálculo das contribuições ao PIS e à COFINS, seria necessário
reexaminar a causa à luz da legislação infraconstitucional, o que é
incabível em sede de apelo extremo.
3. Agravo regimental não provido, com imposição de multa de 2%
(art. 1.021, § 4º, do CPC).
4. Não se aplica ao caso dos autos a majoração dos honorários
prevista no art. 85, § 11, do novo Código de Processo Civil, uma vez que
não houve o arbitramento de honorários sucumbenciais pela Corte de
origem.
ACÓRDÃO
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Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 16
Ementa e Acórdão
ARE 1078682 AGR / RS
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Edson Fachin, na conformidade da ata do julgamento e
das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento
ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1078682 AGR / RS
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Edson Fachin, na conformidade da ata do julgamento e
das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento
ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 16
Relatório
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.078.682 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:COMERCIAL ZAFFARI LTDA
ADV.(A/S)
:IVAN ALLEGRETTI
ADV.(A/S)
:LUCAS HECK
ADV.(A/S)
:GLEISON MACHADO SCHUTZ
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Comercial Zaffari Ltda. Interpõe agravo regimental contra a decisão
em que neguei seguimento ao recurso extraordinário com agravo, com a
seguinte fundamentação:
“DECISÃO:
Vistos.
Trata-se de dois recursos extraordinário interposto pela
Comercial Zaffari Ltda. O primeiro foi interposto contra
acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região,
no qual se alega violação dos arts. 150, IV, e 195, § 12, da
Constituição Federal. O segundo apelo foi manejado contra
acórdão do Superior Tribunal de Justiça, no qual aduz afronta
aos arts. 150, § 7º, e 195, § 12, da Carta Magna.
O acórdão proferido pelo TRF restou assim ementado:
‘CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS. CONTRIBUIÇÃO
PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL
(COFINS). REGIME NÃO-CUMULATIVO. VALORES
REFERENTES A ICMS-SUBSTITUIÇÃO (ICMSST).
CREDITAMENTO. IMPOSSIBILIDADE. Não tem direito o
contribuinte ao creditamento, no âmbito do regime não-
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Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.078.682 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:COMERCIAL ZAFFARI LTDA
ADV.(A/S)
:IVAN ALLEGRETTI
ADV.(A/S)
:LUCAS HECK
ADV.(A/S)
:GLEISON MACHADO SCHUTZ
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Comercial Zaffari Ltda. Interpõe agravo regimental contra a decisão
em que neguei seguimento ao recurso extraordinário com agravo, com a
seguinte fundamentação:
“DECISÃO:
Vistos.
Trata-se de dois recursos extraordinário interposto pela
Comercial Zaffari Ltda. O primeiro foi interposto contra
acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região,
no qual se alega violação dos arts. 150, IV, e 195, § 12, da
Constituição Federal. O segundo apelo foi manejado contra
acórdão do Superior Tribunal de Justiça, no qual aduz afronta
aos arts. 150, § 7º, e 195, § 12, da Carta Magna.
O acórdão proferido pelo TRF restou assim ementado:
‘CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS. CONTRIBUIÇÃO
PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL
(COFINS). REGIME NÃO-CUMULATIVO. VALORES
REFERENTES A ICMS-SUBSTITUIÇÃO (ICMSST).
CREDITAMENTO. IMPOSSIBILIDADE. Não tem direito o
contribuinte ao creditamento, no âmbito do regime não-
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Relatório
ARE 1078682 AGR / RS
cumulativo do PIS e COFINS, dos valores que, na
condição de substituído tributário, paga ao contribuinte
substituto a título de reembolso pelo recolhimento do
ICMS-substituição’.
A decisão proferida pelo STJ restou assim ementada:
‘RECURSO INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DO
CPC/1973. CONTRIBUIÇÕES AO PIS/PASEP E COFINS
NÃO CUMULATIVAS. CREDITAMENTO. VALORES
REFERENTES A ICMS-SUBSTITUIÇÃO (ICMS- ST).
IMPOSSIBILIDADE. 1. Não tem direito o contribuinte ao
creditamento, no âmbito do regime não-cumulativo do PIS
e COFINS, dos valores que, na condição de substituído
tributário, paga ao contribuinte substituto a título de
reembolso pelo recolhimento do ICMS-substituição. 2.
Quando ocorre a retenção e recolhimento do ICMS pela
empresa a título de substituição tributária (ICMS-ST), a
empresa substituta não é a contribuinte, o contribuinte é o
próximo na cadeia, o substituído. Nessa situação, a
própria legislação tributária prevê que tais valores são
meros ingressos na contabilidade da empresa substituta
que se torna apenas depositária de tributo (responsável
tributário por substituição ou agente arrecadador) que
será entregue ao Fisco. Então não ocorre a incidência das
contribuições ao PIS/PASEP, COFINS, já que não há receita
da empresa prestadora substituta. É o que estabelece o art.
279 do RIR/99 e o art. 3º, §2º, da Lei n. 9.718/98. 3. Desse
modo, não sendo receita bruta, o ICMS-ST não está na
base de cálculo das contribuições ao PIS/PASEP e COFINS
não cumulativas devidas pelo substituto e definida nos
arts. 1º e §2º, da Lei n. 10.637/2002 e 10.833/2003. 4. Sendo
assim, o valor do ICMS-ST não pode compor o conceito de
valor de bens e serviços adquiridos para efeito de
creditamento das referidas contribuições para o
substituído, exigido pelos arts. 3, §1º, das Leis n n.
2
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cumulativo do PIS e COFINS, dos valores que, na
condição de substituído tributário, paga ao contribuinte
substituto a título de reembolso pelo recolhimento do
ICMS-substituição’.
A decisão proferida pelo STJ restou assim ementada:
‘RECURSO INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DO
CPC/1973. CONTRIBUIÇÕES AO PIS/PASEP E COFINS
NÃO CUMULATIVAS. CREDITAMENTO. VALORES
REFERENTES A ICMS-SUBSTITUIÇÃO (ICMS- ST).
IMPOSSIBILIDADE. 1. Não tem direito o contribuinte ao
creditamento, no âmbito do regime não-cumulativo do PIS
e COFINS, dos valores que, na condição de substituído
tributário, paga ao contribuinte substituto a título de
reembolso pelo recolhimento do ICMS-substituição. 2.
Quando ocorre a retenção e recolhimento do ICMS pela
empresa a título de substituição tributária (ICMS-ST), a
empresa substituta não é a contribuinte, o contribuinte é o
próximo na cadeia, o substituído. Nessa situação, a
própria legislação tributária prevê que tais valores são
meros ingressos na contabilidade da empresa substituta
que se torna apenas depositária de tributo (responsável
tributário por substituição ou agente arrecadador) que
será entregue ao Fisco. Então não ocorre a incidência das
contribuições ao PIS/PASEP, COFINS, já que não há receita
da empresa prestadora substituta. É o que estabelece o art.
279 do RIR/99 e o art. 3º, §2º, da Lei n. 9.718/98. 3. Desse
modo, não sendo receita bruta, o ICMS-ST não está na
base de cálculo das contribuições ao PIS/PASEP e COFINS
não cumulativas devidas pelo substituto e definida nos
arts. 1º e §2º, da Lei n. 10.637/2002 e 10.833/2003. 4. Sendo
assim, o valor do ICMS-ST não pode compor o conceito de
valor de bens e serviços adquiridos para efeito de
creditamento das referidas contribuições para o
substituído, exigido pelos arts. 3, §1º, das Leis n n.
2
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Relatório
ARE 1078682 AGR / RS
10.637/2002 e 10.833/2003, já que o princípio da não
cumulatividade pressupõe o pagamento do tributo na
etapa econômica anterior, ou seja, pressupõe a
cumulatividade (ou a incidência em ‘cascata’) das
contribuições ao PIS/PASEP e COFINS. 5. Recurso especial
não provido’.
Decido.
No tocante ao recurso extraordinário interposto contra a
decisão proferida pelo STJ não merece prosperar a irresignação,
haja vista que a jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido
de que não se admite recurso extraordinário interposto contra
acórdão do Superior Tribunal de Justiça no qual se suscita
questão constitucional resolvida na decisão de segundo grau.
Nesse sentido:
‘AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. ACÓRDÃO DO TRIBUNAL DE
SEGUNDO GRAU. NÃO-INTERPOSIÇÃO DO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO NO MOMENTO PRÓPRIO.
ACÓRDÃO DO STJ. PRECLUSÃO DA QUESTÃO
CONSTITUCIONAL. 2. O STF fixou jurisprudência no
sentido de que, no atual sistema constitucional, que prevê
o cabimento simultâneo de recurso extraordinário e
recurso especial contra o mesmo acórdão dos tribunais de
segundo grau, decorre que, da decisão do STJ no recurso
especial, só se admitirá recurso extraordinário se a questão
constitucional objeto do último for diversa da que já tiver
sido resolvida pela instância ordinária. Precedentes. 3. A
questão constitucional que serviu de fundamento ao
acórdão do Tribunal de segundo grau deve ser atacada no
momento próprio, sob pena de preclusão. Agravo
regimental a que se nega provimento’ (RE nº 518.257/PR-
AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de
2/5/08) (Grifo nosso).
3
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10.637/2002 e 10.833/2003, já que o princípio da não
cumulatividade pressupõe o pagamento do tributo na
etapa econômica anterior, ou seja, pressupõe a
cumulatividade (ou a incidência em ‘cascata’) das
contribuições ao PIS/PASEP e COFINS. 5. Recurso especial
não provido’.
Decido.
No tocante ao recurso extraordinário interposto contra a
decisão proferida pelo STJ não merece prosperar a irresignação,
haja vista que a jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido
de que não se admite recurso extraordinário interposto contra
acórdão do Superior Tribunal de Justiça no qual se suscita
questão constitucional resolvida na decisão de segundo grau.
Nesse sentido:
‘AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. ACÓRDÃO DO TRIBUNAL DE
SEGUNDO GRAU. NÃO-INTERPOSIÇÃO DO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO NO MOMENTO PRÓPRIO.
ACÓRDÃO DO STJ. PRECLUSÃO DA QUESTÃO
CONSTITUCIONAL. 2. O STF fixou jurisprudência no
sentido de que, no atual sistema constitucional, que prevê
o cabimento simultâneo de recurso extraordinário e
recurso especial contra o mesmo acórdão dos tribunais de
segundo grau, decorre que, da decisão do STJ no recurso
especial, só se admitirá recurso extraordinário se a questão
constitucional objeto do último for diversa da que já tiver
sido resolvida pela instância ordinária. Precedentes. 3. A
questão constitucional que serviu de fundamento ao
acórdão do Tribunal de segundo grau deve ser atacada no
momento próprio, sob pena de preclusão. Agravo
regimental a que se nega provimento’ (RE nº 518.257/PR-
AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de
2/5/08) (Grifo nosso).
3
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Relatório
ARE 1078682 AGR / RS
‘Agravo regimental no agravo de instrumento.
Ausência de RE interposto concomitantemente ao recurso
especial. Preclusão.
1. Não se admite recurso extraordinário interposto
contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça, no qual se
suscita questão constitucional resolvida na decisão de 2º
grau.
2. Agravo regimental desprovido’ (AI nº 666.003/DF-
AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Menezes
Direito, DJ de 19/12/07).
‘Recurso extraordinário: interposição de decisão do
STJ em recurso especial: inadmissibilidade, se a questão
constitucional de que se ocupou o acórdão recorrido já
fora suscitada e resolvida na decisão de segundo grau e,
ademais, constitui fundamento suficiente da decisão da
causa.
1. Do sistema constitucional vigente, que prevê o
cabimento simultâneo do recurso extraordinário e de
recurso especial contra o mesmo acórdão dos tribunais de
segundo grau, decorre que da decisão do STJ, no recurso
especial só se admitirá recurso extraordinário se a questão
constitucional objeto do último for diversa da que já tiver
sido resolvida pela instância ordinária.
2. Não se contesta que, no sistema difuso de controle
de constitucionalidade, o STJ, a exemplo de todos os
demais órgãos jurisdicionais de qualquer instância, tenha
o
poder
de
declarar
incidentemente
a
inconstitucionalidade da lei, mesmo de ofício; o que não é
dado àquela Corte, em recurso especial, é rever a decisão
da mesma questão constitucional do tribunal inferior; se o
faz, de duas uma: ou usurpa a competência do STF, se
interposto paralelamente o extraordinário ou, caso
contrário, ressuscita matéria preclusa’ (AI nº 145.589/RJ-
AgR, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de
24/6/94) (Grifo nosso).
4
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ARE 1078682 AGR / RS
‘Agravo regimental no agravo de instrumento.
Ausência de RE interposto concomitantemente ao recurso
especial. Preclusão.
1. Não se admite recurso extraordinário interposto
contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça, no qual se
suscita questão constitucional resolvida na decisão de 2º
grau.
2. Agravo regimental desprovido’ (AI nº 666.003/DF-
AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Menezes
Direito, DJ de 19/12/07).
‘Recurso extraordinário: interposição de decisão do
STJ em recurso especial: inadmissibilidade, se a questão
constitucional de que se ocupou o acórdão recorrido já
fora suscitada e resolvida na decisão de segundo grau e,
ademais, constitui fundamento suficiente da decisão da
causa.
1. Do sistema constitucional vigente, que prevê o
cabimento simultâneo do recurso extraordinário e de
recurso especial contra o mesmo acórdão dos tribunais de
segundo grau, decorre que da decisão do STJ, no recurso
especial só se admitirá recurso extraordinário se a questão
constitucional objeto do último for diversa da que já tiver
sido resolvida pela instância ordinária.
2. Não se contesta que, no sistema difuso de controle
de constitucionalidade, o STJ, a exemplo de todos os
demais órgãos jurisdicionais de qualquer instância, tenha
o
poder
de
declarar
incidentemente
a
inconstitucionalidade da lei, mesmo de ofício; o que não é
dado àquela Corte, em recurso especial, é rever a decisão
da mesma questão constitucional do tribunal inferior; se o
faz, de duas uma: ou usurpa a competência do STF, se
interposto paralelamente o extraordinário ou, caso
contrário, ressuscita matéria preclusa’ (AI nº 145.589/RJ-
AgR, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de
24/6/94) (Grifo nosso).
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Relatório
ARE 1078682 AGR / RS
Também não merece êxito a irresignação contra o acórdão
proferido pelo TRF.
Verifico que o Tribunal Regional Federal decidiu a
controvérsia consignando que:
‘Acresce que sobre os valores recebidos pelo
contribuinte substituto, a título de reembolso do ICMS-
substituição (ICMS-ST), não há a incidência da
contribuição ao PIS e da COFINS, por não constituírem
esses valores receita ou faturamento. Nesse sentido, a Lei
nº 9.718, de 1998, que trata do regime cumulativo da
contribuição ao PIS e da COFINS, dispõe em seu art. 3º, §
2º, I, o seguinte (…)
Como se vê, a Lei nº 9.718, de 1998, expressamente
excluiu da base de cálculo do PIS e da COFINS, no regime
cumulativo, os valores cobrados do adquirente da
mercadoria - contribuinte substituído - pelo vendedor, a
título de reembolso do ICMS recolhido por esse na
condição de substituto tributário. Por outro lado, ainda
que nas Leis nºs 10.637, de 2002, e 10.833, de 2003, não
tenha igual previsão de exclusão desses valores da base de
cálculo da contribuição ao PIS e da COFINS no regime
não-cumulativo, essa previsão é desnecessária. É que o
valor atinente ao ICMS-substituição, diferentemente do
que ocorre com o valor referente ao ICMS próprio, não
incide por dentro, ou seja, não integra o preço das
mercadorias vendidas, não podendo ser considerado
como receita bruta ou faturamento, base de cálculo da
contribuição ao PIS e da COFINS. Nesse caso, em relação
ao ICMS-substituição, o substituto tributário atuou como
mero agente repassador do tributo, e o valor que cobra do
contribuinte substituído, quando a esse vende a
mercadoria, não representa receita ou faturamento, mas
mero reembolso pelo valor despendido a título de tributo
recolhido na condição de responsável, em relação ao qual
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1078682 AGR / RS
Também não merece êxito a irresignação contra o acórdão
proferido pelo TRF.
Verifico que o Tribunal Regional Federal decidiu a
controvérsia consignando que:
‘Acresce que sobre os valores recebidos pelo
contribuinte substituto, a título de reembolso do ICMS-
substituição (ICMS-ST), não há a incidência da
contribuição ao PIS e da COFINS, por não constituírem
esses valores receita ou faturamento. Nesse sentido, a Lei
nº 9.718, de 1998, que trata do regime cumulativo da
contribuição ao PIS e da COFINS, dispõe em seu art. 3º, §
2º, I, o seguinte (…)
Como se vê, a Lei nº 9.718, de 1998, expressamente
excluiu da base de cálculo do PIS e da COFINS, no regime
cumulativo, os valores cobrados do adquirente da
mercadoria - contribuinte substituído - pelo vendedor, a
título de reembolso do ICMS recolhido por esse na
condição de substituto tributário. Por outro lado, ainda
que nas Leis nºs 10.637, de 2002, e 10.833, de 2003, não
tenha igual previsão de exclusão desses valores da base de
cálculo da contribuição ao PIS e da COFINS no regime
não-cumulativo, essa previsão é desnecessária. É que o
valor atinente ao ICMS-substituição, diferentemente do
que ocorre com o valor referente ao ICMS próprio, não
incide por dentro, ou seja, não integra o preço das
mercadorias vendidas, não podendo ser considerado
como receita bruta ou faturamento, base de cálculo da
contribuição ao PIS e da COFINS. Nesse caso, em relação
ao ICMS-substituição, o substituto tributário atuou como
mero agente repassador do tributo, e o valor que cobra do
contribuinte substituído, quando a esse vende a
mercadoria, não representa receita ou faturamento, mas
mero reembolso pelo valor despendido a título de tributo
recolhido na condição de responsável, em relação ao qual
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ARE 1078682 AGR / RS
não é o contribuinte de direito.
Confira-se, no sentido do exposto, o seguinte julgado
do Superior Tribunal de Justiça (STJ) (…)
E, em assim sendo, não havendo a anterior
incidência das contribuições, não se cogita de
creditamento no âmbito do regime não-cumulativo do PIS
e COFINS, dos valores pagos pelo contribuinte substituído
ao contribuinte substituto a título de reembolso pelo
recolhimento do ICMS-substituição.
Em conclusão, não tem direito a impetrante ao
creditamento, no âmbito do regime não-cumulativo do PIS
e COFINS, na forma do art. 3º das Leis nºs 10.637, de 2002,
e 10.833, de 2003, dos valores que paga ao contribuinte
substituto, na condição de contribuinte substituído, a
título de reembolso pelo ICMS-substituição (ICMS-ST)’.
Como visto, a instância de origem decidiu a lide à luz do
exame da legislação infraconstitucional pertinente. Assim, a
afronta aos dispositivos constitucionais suscitados no recurso
extraordinário seria, se ocorresse, indireta ou reflexa, o que é
insuficiente para amparar o apelo extremo. Nesse sentido:
‘AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÕES
PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL
– COFINS E PARA O PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO
SOCIAL – PIS. DIREITO AO CRÉDITO. TRIBUTAÇÃO
MONOFÁSICA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (RE
nº 648.586/RS-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra
Cármen Lúcia, DJe de 10/10/11).
No mesmo sentido: RE n° 1073258/PR, Relator o Ministro
Edson Fachin, DJe de 03/10/17.
Ressalte-se, por fim, que não se aplica ao caso dos autos a
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não é o contribuinte de direito.
Confira-se, no sentido do exposto, o seguinte julgado
do Superior Tribunal de Justiça (STJ) (…)
E, em assim sendo, não havendo a anterior
incidência das contribuições, não se cogita de
creditamento no âmbito do regime não-cumulativo do PIS
e COFINS, dos valores pagos pelo contribuinte substituído
ao contribuinte substituto a título de reembolso pelo
recolhimento do ICMS-substituição.
Em conclusão, não tem direito a impetrante ao
creditamento, no âmbito do regime não-cumulativo do PIS
e COFINS, na forma do art. 3º das Leis nºs 10.637, de 2002,
e 10.833, de 2003, dos valores que paga ao contribuinte
substituto, na condição de contribuinte substituído, a
título de reembolso pelo ICMS-substituição (ICMS-ST)’.
Como visto, a instância de origem decidiu a lide à luz do
exame da legislação infraconstitucional pertinente. Assim, a
afronta aos dispositivos constitucionais suscitados no recurso
extraordinário seria, se ocorresse, indireta ou reflexa, o que é
insuficiente para amparar o apelo extremo. Nesse sentido:
‘AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÕES
PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL
– COFINS E PARA O PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO
SOCIAL – PIS. DIREITO AO CRÉDITO. TRIBUTAÇÃO
MONOFÁSICA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (RE
nº 648.586/RS-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra
Cármen Lúcia, DJe de 10/10/11).
No mesmo sentido: RE n° 1073258/PR, Relator o Ministro
Edson Fachin, DJe de 03/10/17.
Ressalte-se, por fim, que não se aplica ao caso dos autos a
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Relatório
ARE 1078682 AGR / RS
majoração dos honorários prevista no artigo 85, § 11, do novo
Código de Processo Civil, uma vez que não houve o
arbitramento de honorários sucumbenciais pela Corte de
origem.
Ante o exposto, nos termos do artigo 21, § 1º, do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego
seguimento aos recursos.”
Alega a parte agravante que o recurso interposto contra a decisão
proferida pelo Superior Tribunal de Justiça deve ser analisado, haja vista
que, no julgamento do recurso especial, acrescentaram-se novos
argumentos ao deslinde do presente feito. No tocante ao recurso
manejado contra o acórdão do Tribunal Regional Federal, sustenta a
inexistência de violação indireta da Constituição Federal e a
caracterização da similitude do presente caso com a matéria tratada no
tema 756 da repercussão geral.
É o relatório.
7
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1078682 AGR / RS
majoração dos honorários prevista no artigo 85, § 11, do novo
Código de Processo Civil, uma vez que não houve o
arbitramento de honorários sucumbenciais pela Corte de
origem.
Ante o exposto, nos termos do artigo 21, § 1º, do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego
seguimento aos recursos.”
Alega a parte agravante que o recurso interposto contra a decisão
proferida pelo Superior Tribunal de Justiça deve ser analisado, haja vista
que, no julgamento do recurso especial, acrescentaram-se novos
argumentos ao deslinde do presente feito. No tocante ao recurso
manejado contra o acórdão do Tribunal Regional Federal, sustenta a
inexistência de violação indireta da Constituição Federal e a
caracterização da similitude do presente caso com a matéria tratada no
tema 756 da repercussão geral.
É o relatório.
7
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12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.078.682 RIO
GRANDE DO SUL
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
Conforme consignado na decisão agravada, o Superior Tribunal de
Justiça, ao negar provimento ao recurso especial, acabou por manter o
acórdão de segundo grau, restando incólume o entendimento do Tribunal
Regional acerca da natureza do ICMS-ST desembolsado pelo contribuinte
substituído e da impossibilidade de creditamento de valores do PIS e da
COFINS pela empresa substituta. Destarte, não houve o surgimento de
uma nova questão constitucional no julgamento proferido pelo STJ, o
qual, ressalte-se, decidiu a matéria com base exclusivamente na legislação
infraconstitucional de regência (art. 279, RIR/99, art. 3º, § 2º, Lei nº
9.718/98, INs-SRF nºs 247/2002 e 404/2004 e Leis nº 10.637/2002 e
10.833/2003).
A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é pacífica no
sentido de que não se admite o recurso extraordinário interposto contra
acórdão do Superior Tribunal de Justiça no qual se suscite questão
debatida na decisão de segundo grau. Essa orientação é extraída do
próprio sistema constitucional, conforme já decidiu o Tribunal Pleno (AI
nº 145.589/RJ-AgR, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de
24/6/94). Sobre o tema, além dos precedentes já expostos na decisão
agravada, cito:
“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
CONSTITUCIONAL.
PRECATÓRIO
COMPLEMENTAR. CITAÇÃO DA FAZENDA PÚBLICA.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONTRA DECISÃO DO
SUPERIOR
TRIBUNAL
DE
JUSTIÇA.
MATÉRIA
CONSTITUCIONAL DISCUTIDA NO SEGUNDO GRAU DE
JURISDIÇÃO. NÃO CABIMENTO. O Plenário desta Corte já
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Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.078.682 RIO
GRANDE DO SUL
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
Conforme consignado na decisão agravada, o Superior Tribunal de
Justiça, ao negar provimento ao recurso especial, acabou por manter o
acórdão de segundo grau, restando incólume o entendimento do Tribunal
Regional acerca da natureza do ICMS-ST desembolsado pelo contribuinte
substituído e da impossibilidade de creditamento de valores do PIS e da
COFINS pela empresa substituta. Destarte, não houve o surgimento de
uma nova questão constitucional no julgamento proferido pelo STJ, o
qual, ressalte-se, decidiu a matéria com base exclusivamente na legislação
infraconstitucional de regência (art. 279, RIR/99, art. 3º, § 2º, Lei nº
9.718/98, INs-SRF nºs 247/2002 e 404/2004 e Leis nº 10.637/2002 e
10.833/2003).
A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é pacífica no
sentido de que não se admite o recurso extraordinário interposto contra
acórdão do Superior Tribunal de Justiça no qual se suscite questão
debatida na decisão de segundo grau. Essa orientação é extraída do
próprio sistema constitucional, conforme já decidiu o Tribunal Pleno (AI
nº 145.589/RJ-AgR, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de
24/6/94). Sobre o tema, além dos precedentes já expostos na decisão
agravada, cito:
“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
CONSTITUCIONAL.
PRECATÓRIO
COMPLEMENTAR. CITAÇÃO DA FAZENDA PÚBLICA.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONTRA DECISÃO DO
SUPERIOR
TRIBUNAL
DE
JUSTIÇA.
MATÉRIA
CONSTITUCIONAL DISCUTIDA NO SEGUNDO GRAU DE
JURISDIÇÃO. NÃO CABIMENTO. O Plenário desta Corte já
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 16
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 1078682 AGR / RS
decidiu ser inviável o recurso extraordinário que — interposto
de acórdão do Superior Tribunal de Justiça em recurso
especial — suscita as mesmas questões constitucionais
debatidas na instância ordinária. Precedentes. Agravo
regimental a que se nega provimento” (AI nº 730.450/SP-AgR,
Primeira Turma, Relator o Ministro Roberto Barroso, DJe de
13/6/14 – grifei).
“ACÓRDÃO EMANADO DE TRIBUNAL DE SEGUNDO
GRAU E QUE POSSUI DUPLO FUNDAMENTO
(CONSTITUCIONAL E LEGAL): IMPRESCINDIBILIDADE,
EM TAL CASO, DE INTERPOSIÇÃO DE RECURSO ESPECIAL
(STJ) E DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO (STF) - RECURSO
IMPROVIDO. - Se o acórdão emanado de Tribunal de segundo
grau assentar-se em duplo fundamento (constitucional e legal),
impõe-se, à parte interessada, o dever de interpor tanto o
recurso especial para o Superior Tribunal de Justiça quanto o
recurso extraordinário para o Supremo Tribunal Federal, sob
pena de, na ausência do apelo extremo, a parte recorrente
sofrer, por força de sua própria omissão, os efeitos jurídico-
processuais da preclusão pertinente à motivação de ordem
constitucional. Se tal ocorrer, a existência de fundamento
constitucional inatacado revelar-se-á bastante, só por si, para
manter, em face de seu caráter autônomo e subordinante, a
decisão proferida por Tribunal de segunda instância. - O
acórdão do Superior Tribunal de Justiça somente legitimará o
uso da via recursal extraordinária, se, nele, se desenhar,
originariamente, a questão de direito constitucional. Surgindo
esta, contudo, em sede jurisdicional inferior, a impugnação, por
meio do recurso extraordinário, deverá ter por objeto a decisão
emanada do Tribunal de segundo grau, pois terá sido este, e
não o Superior Tribunal de Justiça, o órgão judiciário
responsável pela resolução incidenter tantum da controvérsia
de constitucionalidade. Precedentes” (RE nº 409.973/SP-AgR,
Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de
26/3/10).
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1078682 AGR / RS
decidiu ser inviável o recurso extraordinário que — interposto
de acórdão do Superior Tribunal de Justiça em recurso
especial — suscita as mesmas questões constitucionais
debatidas na instância ordinária. Precedentes. Agravo
regimental a que se nega provimento” (AI nº 730.450/SP-AgR,
Primeira Turma, Relator o Ministro Roberto Barroso, DJe de
13/6/14 – grifei).
“ACÓRDÃO EMANADO DE TRIBUNAL DE SEGUNDO
GRAU E QUE POSSUI DUPLO FUNDAMENTO
(CONSTITUCIONAL E LEGAL): IMPRESCINDIBILIDADE,
EM TAL CASO, DE INTERPOSIÇÃO DE RECURSO ESPECIAL
(STJ) E DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO (STF) - RECURSO
IMPROVIDO. - Se o acórdão emanado de Tribunal de segundo
grau assentar-se em duplo fundamento (constitucional e legal),
impõe-se, à parte interessada, o dever de interpor tanto o
recurso especial para o Superior Tribunal de Justiça quanto o
recurso extraordinário para o Supremo Tribunal Federal, sob
pena de, na ausência do apelo extremo, a parte recorrente
sofrer, por força de sua própria omissão, os efeitos jurídico-
processuais da preclusão pertinente à motivação de ordem
constitucional. Se tal ocorrer, a existência de fundamento
constitucional inatacado revelar-se-á bastante, só por si, para
manter, em face de seu caráter autônomo e subordinante, a
decisão proferida por Tribunal de segunda instância. - O
acórdão do Superior Tribunal de Justiça somente legitimará o
uso da via recursal extraordinária, se, nele, se desenhar,
originariamente, a questão de direito constitucional. Surgindo
esta, contudo, em sede jurisdicional inferior, a impugnação, por
meio do recurso extraordinário, deverá ter por objeto a decisão
emanada do Tribunal de segundo grau, pois terá sido este, e
não o Superior Tribunal de Justiça, o órgão judiciário
responsável pela resolução incidenter tantum da controvérsia
de constitucionalidade. Precedentes” (RE nº 409.973/SP-AgR,
Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de
26/3/10).
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 1078682 AGR / RS
Além do mais, reitero que o Tribunal Regional Federal decidiu a
questão com base na interpretação da legislação infraconstitucional (Lei
nº 9.718/98; Lei nº 10.637/2002 e 10.833/2003) e na jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça para concluir que a recorrente não tem
direito ao creditamento, no âmbito do regime não cumulativo do PIS e da
COFINS, dos valores que paga ao contribuinte substituto a título de
reembolso pelo ICMS-substituição (ICMS-ST). Assim, a afronta aos
dispositivos constitucionais suscitados no recurso extraordinário seria, se
ocorresse, indireta ou reflexa, conforme elucida o seguinte trecho do
acórdão recorrido:
“Acresce que sobre os valores recebidos pelo contribuinte
substituto, a título de reembolso do ICMS-substituição (ICMS-
ST), não há a incidência da contribuição ao PIS e da COFINS,
por não constituírem esses valores receita ou faturamento.
Nesse sentido, a Lei nº 9.718, de 1998, que trata do regime
cumulativo da contribuição ao PIS e da COFINS, dispõe em seu
art. 3º, § 2º, I, o seguinte (…)
Como se vê, a Lei nº 9.718, de 1998, expressamente excluiu
da base de cálculo do PIS e da COFINS, no regime cumulativo,
os valores cobrados do adquirente da mercadoria - contribuinte
substituído - pelo vendedor, a título de reembolso do ICMS
recolhido por esse na condição de substituto tributário. Por
outro lado, ainda que nas Leis nºs 10.637, de 2002, e 10.833, de
2003, não tenha igual previsão de exclusão desses valores da
base de cálculo da contribuição ao PIS e da COFINS no regime
não-cumulativo, essa previsão é desnecessária. É que o valor
atinente ao ICMS-substituição, diferentemente do que ocorre
com o valor referente ao ICMS próprio, não incide por dentro,
ou seja, não integra o preço das mercadorias vendidas, não
podendo ser considerado como receita bruta ou faturamento,
base de cálculo da contribuição ao PIS e da COFINS. Nesse
caso, em relação ao ICMS-substituição, o substituto tributário
atuou como mero agente repassador do tributo, e o valor que
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ARE 1078682 AGR / RS
Além do mais, reitero que o Tribunal Regional Federal decidiu a
questão com base na interpretação da legislação infraconstitucional (Lei
nº 9.718/98; Lei nº 10.637/2002 e 10.833/2003) e na jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça para concluir que a recorrente não tem
direito ao creditamento, no âmbito do regime não cumulativo do PIS e da
COFINS, dos valores que paga ao contribuinte substituto a título de
reembolso pelo ICMS-substituição (ICMS-ST). Assim, a afronta aos
dispositivos constitucionais suscitados no recurso extraordinário seria, se
ocorresse, indireta ou reflexa, conforme elucida o seguinte trecho do
acórdão recorrido:
“Acresce que sobre os valores recebidos pelo contribuinte
substituto, a título de reembolso do ICMS-substituição (ICMS-
ST), não há a incidência da contribuição ao PIS e da COFINS,
por não constituírem esses valores receita ou faturamento.
Nesse sentido, a Lei nº 9.718, de 1998, que trata do regime
cumulativo da contribuição ao PIS e da COFINS, dispõe em seu
art. 3º, § 2º, I, o seguinte (…)
Como se vê, a Lei nº 9.718, de 1998, expressamente excluiu
da base de cálculo do PIS e da COFINS, no regime cumulativo,
os valores cobrados do adquirente da mercadoria - contribuinte
substituído - pelo vendedor, a título de reembolso do ICMS
recolhido por esse na condição de substituto tributário. Por
outro lado, ainda que nas Leis nºs 10.637, de 2002, e 10.833, de
2003, não tenha igual previsão de exclusão desses valores da
base de cálculo da contribuição ao PIS e da COFINS no regime
não-cumulativo, essa previsão é desnecessária. É que o valor
atinente ao ICMS-substituição, diferentemente do que ocorre
com o valor referente ao ICMS próprio, não incide por dentro,
ou seja, não integra o preço das mercadorias vendidas, não
podendo ser considerado como receita bruta ou faturamento,
base de cálculo da contribuição ao PIS e da COFINS. Nesse
caso, em relação ao ICMS-substituição, o substituto tributário
atuou como mero agente repassador do tributo, e o valor que
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 1078682 AGR / RS
cobra do contribuinte substituído, quando a esse vende a
mercadoria, não representa receita ou faturamento, mas mero
reembolso pelo valor despendido a título de tributo recolhido
na condição de responsável, em relação ao qual não é o
contribuinte de direito.
Confira-se, no sentido do exposto, o seguinte julgado do
Superior Tribunal de Justiça (STJ) (…)
E, em assim sendo, não havendo a anterior incidência das
contribuições, não se cogita de creditamento no âmbito do
regime não-cumulativo do PIS e COFINS, dos valores pagos
pelo contribuinte substituído ao contribuinte substituto a título
de reembolso pelo recolhimento do ICMS-substituição.
Em conclusão, não tem direito a impetrante ao
creditamento, no âmbito do regime não-cumulativo do PIS e
COFINS, na forma do art. 3º das Leis nºs 10.637, de 2002, e
10.833, de 2003, dos valores que paga ao contribuinte substituto,
na condição de contribuinte substituído, a título de reembolso
pelo ICMS-substituição (ICMS-ST).”
Além dos precedentes explicitados na decisão agravada, cito :
“Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. PIS E COFINS. REGIME
NÃO CUMULATIVO.
TRIBUTAÇÃO MONOFÁSICA.
REVENDA COM ALÍQUOTA ZERO. CREDITAMENTO. A
CUMULATIVIDADE PRESSUPÕE A SOBREPOSIÇÃO DE
INCIDÊNCIAS TRIBUTÁRIAS. LEIS Nº 10.637/2002,
10.833/2003 E 11.033/2004. INTERPRETAÇÃO DE NORMAS
INFRACONSTITUCIONAIS. OFENSA REFLEXA À
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1. Não há que se falar em ofensa
ao princípio da não-cumulatividade quando a tributação se dá
de forma monofásica, pois a existência do fenômeno
cumulativo pressupõe a sobreposição de incidências tributárias.
Precedente: RE 258.470, Rel. Min. Moreira Alves, Primeira
Turma, DJ de 12/5/2000. 2. O aproveitamento de créditos
relativos à revenda de veículos e autopeças adquiridos com a
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cobra do contribuinte substituído, quando a esse vende a
mercadoria, não representa receita ou faturamento, mas mero
reembolso pelo valor despendido a título de tributo recolhido
na condição de responsável, em relação ao qual não é o
contribuinte de direito.
Confira-se, no sentido do exposto, o seguinte julgado do
Superior Tribunal de Justiça (STJ) (…)
E, em assim sendo, não havendo a anterior incidência das
contribuições, não se cogita de creditamento no âmbito do
regime não-cumulativo do PIS e COFINS, dos valores pagos
pelo contribuinte substituído ao contribuinte substituto a título
de reembolso pelo recolhimento do ICMS-substituição.
Em conclusão, não tem direito a impetrante ao
creditamento, no âmbito do regime não-cumulativo do PIS e
COFINS, na forma do art. 3º das Leis nºs 10.637, de 2002, e
10.833, de 2003, dos valores que paga ao contribuinte substituto,
na condição de contribuinte substituído, a título de reembolso
pelo ICMS-substituição (ICMS-ST).”
Além dos precedentes explicitados na decisão agravada, cito :
“Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. PIS E COFINS. REGIME
NÃO CUMULATIVO.
TRIBUTAÇÃO MONOFÁSICA.
REVENDA COM ALÍQUOTA ZERO. CREDITAMENTO. A
CUMULATIVIDADE PRESSUPÕE A SOBREPOSIÇÃO DE
INCIDÊNCIAS TRIBUTÁRIAS. LEIS Nº 10.637/2002,
10.833/2003 E 11.033/2004. INTERPRETAÇÃO DE NORMAS
INFRACONSTITUCIONAIS. OFENSA REFLEXA À
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1. Não há que se falar em ofensa
ao princípio da não-cumulatividade quando a tributação se dá
de forma monofásica, pois a existência do fenômeno
cumulativo pressupõe a sobreposição de incidências tributárias.
Precedente: RE 258.470, Rel. Min. Moreira Alves, Primeira
Turma, DJ de 12/5/2000. 2. O aproveitamento de créditos
relativos à revenda de veículos e autopeças adquiridos com a
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 16
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 1078682 AGR / RS
incidência da Contribuição ao PIS e da COFINS sob o regime
monofásico encerra discussão de índole infraconstitucional, de
forma que eventual ofensa à Constituição seria meramente
reflexa. Precedentes: RE 709.352-AgR, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 11/6/2014; e RE 738.521-
AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 4/12/2013.
3. In casu, o acórdão recorrido extraordinariamente assentou:
“TRIBUTÁRIO - PIS E COFINS - NÃO-CUMULATIVIDADE -
COMERCIALIZAÇÃO DE VEÍCULOS NOVOS - SISTEMA
MONOFÁSICO - PRINCÍPIO DA LEGALIDADE - LEIS
10.637/02, 10.833/03 E 11.033/04 - APELAÇÃO IMPROVIDA.” 4.
Agravo regimental DESPROVIDO” (RE nº 762.892/PE-AgR,
Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 15/4/15 -
Grifei).
“Agravo regimental no agravo de instrumento. 2.
Tributário. PIS e COFINS. Creditamento. Combustíveis.
Controvérsia decidida com base na legislação local. 3.
Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão
recorrida. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI
nº 839.561/DF-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar
Mendes, DJe de 27/3/14 - Grifei).
Por fim, registro que o Tema 756 da repercussão geral não
influenciará no deslinde da presente controvérsia. O Tribunal regional
pontuou que o caso em tela se centra na relação de substituição
tributária referente aos valores de reembolso do ICMS-substituição
(ICMS-ST). E que, por isso, não haveria que se falar em creditamento, pois
nem sequer houve a incidência da contribuição ao PIS e à COFINS sobre
o montante desses reembolsos, uma vez que os referidos ressarcimentos
não são considerados receita ou faturamento para compor a base de
cálculo das contribuições.
Diante do exposto, nego provimento ao agravo regimental e, caso
seja unânime a votação, condeno a parte agravante ao pagamento de
multa de 2% (dois por cento) sobre o valor atualizado da causa, nos
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ARE 1078682 AGR / RS
incidência da Contribuição ao PIS e da COFINS sob o regime
monofásico encerra discussão de índole infraconstitucional, de
forma que eventual ofensa à Constituição seria meramente
reflexa. Precedentes: RE 709.352-AgR, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 11/6/2014; e RE 738.521-
AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 4/12/2013.
3. In casu, o acórdão recorrido extraordinariamente assentou:
“TRIBUTÁRIO - PIS E COFINS - NÃO-CUMULATIVIDADE -
COMERCIALIZAÇÃO DE VEÍCULOS NOVOS - SISTEMA
MONOFÁSICO - PRINCÍPIO DA LEGALIDADE - LEIS
10.637/02, 10.833/03 E 11.033/04 - APELAÇÃO IMPROVIDA.” 4.
Agravo regimental DESPROVIDO” (RE nº 762.892/PE-AgR,
Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 15/4/15 -
Grifei).
“Agravo regimental no agravo de instrumento. 2.
Tributário. PIS e COFINS. Creditamento. Combustíveis.
Controvérsia decidida com base na legislação local. 3.
Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão
recorrida. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI
nº 839.561/DF-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar
Mendes, DJe de 27/3/14 - Grifei).
Por fim, registro que o Tema 756 da repercussão geral não
influenciará no deslinde da presente controvérsia. O Tribunal regional
pontuou que o caso em tela se centra na relação de substituição
tributária referente aos valores de reembolso do ICMS-substituição
(ICMS-ST). E que, por isso, não haveria que se falar em creditamento, pois
nem sequer houve a incidência da contribuição ao PIS e à COFINS sobre
o montante desses reembolsos, uma vez que os referidos ressarcimentos
não são considerados receita ou faturamento para compor a base de
cálculo das contribuições.
Diante do exposto, nego provimento ao agravo regimental e, caso
seja unânime a votação, condeno a parte agravante ao pagamento de
multa de 2% (dois por cento) sobre o valor atualizado da causa, nos
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 16
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 1078682 AGR / RS
termos do art. 1.021, § 4º, do novo CPC.
Ressalte-se, por fim, que não se aplica ao caso dos autos a majoração
dos honorários prevista no art. 85, § 11, do novo Código de Processo
Civil, uma vez que não houve o arbitramento de honorários
sucumbenciais pela Corte de origem.
É como voto.
6
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1078682 AGR / RS
termos do art. 1.021, § 4º, do novo CPC.
Ressalte-se, por fim, que não se aplica ao caso dos autos a majoração
dos honorários prevista no art. 85, § 11, do novo Código de Processo
Civil, uma vez que não houve o arbitramento de honorários
sucumbenciais pela Corte de origem.
É como voto.
6
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 16
Extrato de Ata - 12/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.078.682
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : COMERCIAL ZAFFARI LTDA
ADV.(A/S) : IVAN ALLEGRETTI (15644/DF)
ADV.(A/S) : LUCAS HECK (67671/RS)
ADV.(A/S) : GLEISON MACHADO SCHUTZ (62206/RS)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Ministros Gilmar Mendes e Ricardo
Lewandowski. Presidência do Ministro Edson Fachin. 2ª Turma,
12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Edson Fachin. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello e Dias Toffoli.
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e
Ricardo Lewandowski.
Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio
Marques.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14292858
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.078.682
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : COMERCIAL ZAFFARI LTDA
ADV.(A/S) : IVAN ALLEGRETTI (15644/DF)
ADV.(A/S) : LUCAS HECK (67671/RS)
ADV.(A/S) : GLEISON MACHADO SCHUTZ (62206/RS)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Ministros Gilmar Mendes e Ricardo
Lewandowski. Presidência do Ministro Edson Fachin. 2ª Turma,
12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Edson Fachin. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello e Dias Toffoli.
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e
Ricardo Lewandowski.
Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio
Marques.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14292858
Inteiro Teor do Acórdão - Página 16 de 16
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14301551 | 2017-12-12T00:00:00 | 2018-02-06T00:00:00 | A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Presidência do Ministro Edson Fachin. 2ª Turma, 12.12.2017. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Recurso extraordinário contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça. Análise de questão decidida em segundo grau. Não cabimento de recurso extraordinário. Recurso extraordinário contra decisão do TRF. Violação reflexa.
1. A jurisprudência da Corte é assente no sentido de ser incabível recurso extraordinário contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça no qual se suscite questão resolvida na decisão de segundo grau.
2. Para ultrapassar o entendimento do TRF acerca da ausência do direito ao creditamento fiscal, diante da relação de substituição tributária em que o valor pago a título de reembolso de ICMS-ST não compõe a base de cálculo das contribuições ao PIS e à COFINS, seria necessário reexaminar a causa à luz da legislação infraconstitucional, o que é incabível em sede de apelo extremo.
3. Agravo regimental não provido, com imposição de multa de 2% (art. 1.021, § 4º, do CPC).
4. Não se aplica ao caso dos autos a majoração dos honorários prevista no art. 85, § 11, do novo Código de Processo Civil, uma vez que não houve o arbitramento de honorários sucumbenciais pela Corte de origem. | sjur379844 | - Acórdão(s) citado(s):
(RE CONTRA ACÓRDÃO DO STJ)
AI 145589 AgR (TP), RE 409973 AgR (2ªT), AI 730450 AgR (1ªT).
(PIS, COFINS, CREDITAMENTO)
AI 839561 AgR (2ªT), RE 762892 AgR (1ªT).
Número de páginas: 16.
Análise: 26/02/2018, MAD. | DIAS TOFFOLI | Segunda Turma | 1078682 | [
"LEG-FED LEI-009718 ANO-1998\n ART-00003 PAR-00002\n LEI ORDINÁRIA\n\n",
"LEG-FED LEI-010637 ANO-2002\n LEI ORDINÁRIA\n\n",
"LEG-FED LEI-010833 ANO-2003\n LEI ORDINÁRIA\n\n",
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-01021 PAR-00004\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\n\n",
"LEG-FED INT-000247 ANO-2002\n INSTRUÇÃO NORMATIVA DA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL\n\n",
"LEG-FED INT-000404 ANO-2004\n INSTRUÇÃO NORMATIVA DA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 1078682 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : COMERCIAL ZAFFARI LTDA
ADV.(A/S) : IVAN ALLEGRETTI
ADV.(A/S) : LUCAS HECK
ADV.(A/S) : GLEISON MACHADO SCHUTZ
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1 . 078 . 682",
"ARE 1078682 AGR / RS",
"ARE 1078682",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1 . 078 . 682",
"ARE 1078682 AGR / RS",
"ARE 1078682 AGR / RS",
".",
"ARE 1078682 AGR / RS 10 . 637 / 2002",
"10",
".",
"833",
"/",
"2003",
"RE [UNK] 518 . 257 / PR - AgR",
"RE [UNK] 518 . 257 / PR - AgR",
"ARE 1078682 AGR / RS",
"AI [UNK] 666 . 003 / DF - AgR",
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"ARE 1078682 AGR / RS",
"ARE 1078682 AGR / RS",
"RE [UNK] 648 . 586 / RS",
"RE n° 1073258 / PR",
"ARE 1078682 AGR / RS",
"RE [UNK] 648 . 586 / RS - AgR",
"RE n° 1073258 / PR",
"ARE 1078682 AGR / RS",
"ARE 1078682 AGR / RS",
"AI [UNK] 145 . 589 / RJ - AgR",
"AGRAVO 1 . 078 . 682",
"AI [UNK] 145 . 589 / RJ - AgR",
"ARE 1078682 AGR / RS",
"AI [UNK] 730 . 450 / SP - AgR",
"RE [UNK] 409 . 973 / SP - AgR",
"ARE 1078682 AGR / RS",
"AI [UNK] 730 . 450 / SP - AgR",
"RE [UNK] 409 . 973 / SP - AgR",
"ARE 1078682 AGR / RS",
"ARE 1078682 AGR / RS",
"ARE 1078682 AGR / RS",
"RE 258 . 470",
"ARE 1078682 AGR / RS",
"RE 258 . 470",
"RE 709 . 352 - AgR",
"RE 738 . 521 - AgR",
"RE [UNK] 762 . 892 / PE - AgR",
"AI [UNK] 839 . 561 / DF - AgR",
"ARE 1078682 AGR / RS",
"RE 709 . 352 - AgR",
"RE 738 . 521 - AgR",
"RE [UNK] 762 . 892 / PE - AgR",
"AI [UNK] 839 . 561 / DF - AgR",
"ARE 1078682 AGR / RS",
"ARE 1078682 AGR / RS"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC",
"art . 85 , § 11 , do novo Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 150 , IV , e 195 , § 12 , da Constituição Federal",
"arts . 150 , § [UNK] , e 195 , § 12 , da Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 150 , IV , e 195 , § 12 , da Constituição Federal",
"arts . 150 , § [UNK] , e 195 , § 12 , da Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CPC",
"/",
"1973",
"art . 279 do RIR / 99",
"art . [UNK] , § [UNK] , da Lei n . 9 . 718 / 98",
"arts . [UNK] e § [UNK] , da Lei n . 10 . 637 / 2002",
"10",
".",
"833",
"/",
"2003",
"arts . 3 , § [UNK] , das Leis n n",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CPC",
"/",
"1973",
"art . 279 do RIR / 99",
"art . [UNK] , § [UNK] , da Lei n . 9 . 718 / 98",
"arts . [UNK] e § [UNK] , da Lei n . 10 . 637 / 2002",
"10",
"833",
"/",
"2003",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 9 . 718",
"Lei [UNK] 9 . 718",
"Leis [UNK] 10 . 637",
"10",
".",
"833",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 9 . 718",
"Lei [UNK] 9 . 718",
"Leis [UNK] 10 . 637",
"10",
".",
"833",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] das Leis [UNK] 10 . 637",
"10",
".",
"833",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] das Leis [UNK] 10 . 637",
"10",
".",
"833",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 85 , § 11 , do novo Código de Processo Civil",
"artigo 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 85 , § 11 , do novo Código de Processo Civil",
"artigo 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 279 , RIR / 99 ,",
"art . [UNK] , § [UNK] ,",
"Lei [UNK] 9 . 718 / 98",
"INs",
"-",
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"404",
"/",
"2004",
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"10",
".",
"833",
"/",
"2003",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 279 , RIR / 99",
"art . [UNK] , § [UNK] ,",
"Lei [UNK] 9 . 718 / 98",
"INs",
"-",
"SRF [UNK] 247 / 2002",
"404",
"/",
"2004",
"Leis [UNK] 10 . 637 / 2002",
"10",
".",
"833",
"/",
"2003",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"Lei [UNK] 9 . 718 / 98",
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".",
"833",
"/",
"2003",
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".",
"833",
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"98",
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"10",
".",
"833",
"/",
"2003",
"Lei [UNK] 9 . 718",
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"10",
".",
"833",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] das Leis [UNK] 10 . 637",
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".",
"833",
"LEIS [UNK] 10 . 637 / 2002",
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"033",
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"2004",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] das Leis [UNK] 10 . 637",
"10",
".",
"833",
"LEIS [UNK] 10 . 637 / 2002",
"10",
".",
"833",
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"2003",
"11",
".",
"033",
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"2004",
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".",
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".",
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"04",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"LEIS 10 . 637 / 02",
"10",
".",
"833",
"/",
"03",
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".",
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"04",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art",
"CPC",
"art . 85 , § 11 , do novo Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CPC",
"art . 85 , § 11 , do novo Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"COMERCIAL ZAFFARI LTDA",
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"Superior Tribunal de Justiça",
"TRF",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"Brasil",
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"-",
"Brasil",
"STJ",
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"STF",
"STJ",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STJ",
"Superior Tribunal de Justiça",
"STJ",
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"STJ",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Primeira Turma",
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"STJ",
"STJ",
"STF",
"Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Primeira Turma",
"STJ",
"STJ",
"STJ",
"STF",
"Pleno",
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"-",
"Brasil",
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"Brasil",
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"Brasil",
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"Brasil",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
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"Pleno",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Primeira Turma",
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"Brasil",
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"-",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Superior Tribunal de Justiça",
"STJ",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
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"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda",
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"Brasil",
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"Brasil",
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"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
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"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
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"DIAS TOFFOLI",
"Edson Fachin",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"IVAN ALLEGRETTI",
"LUCAS HECK",
"GLEISON MACHADO SCHUTZ",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"IVAN ALLEGRETTI",
"LUCAS HECK",
"GLEISON MACHADO SCHUTZ",
"DIAS TOFFOLI",
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"Eros Grau",
"Menezes Direito",
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"Menezes Direito",
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"Cármen Lúcia",
"Edson Fachin",
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"DIAS TOFFOLI",
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"Roberto Barroso",
"Celso de Mello",
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"DIAS TOFFOLI",
"Moreira Alves",
"Moreira Alves",
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"Ricardo Lewandowski",
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"Luiz Fux",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Rosa Weber",
"Luiz Fux",
"Gilmar Mendes",
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"DIAS TOFFOLI",
"IVAN ALLEGRETTI",
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"Edson Fachin",
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"Ravena Siqueira",
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"Edson Fachin",
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],
"TEMPO": [
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"/",
"12",
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"24",
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"08",
"/",
"2001",
"1998",
"1998",
"2002",
"2003",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1998",
"1998",
"2002",
"2003",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2002",
"2003",
"10",
"/",
"10",
"/",
"11",
"03",
"/",
"10",
"/",
"17",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2002",
"2003",
"10",
"/",
"10",
"/",
"11",
"03",
"/",
"10",
"/",
"17",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"6",
"/",
"94",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"6",
"/",
"94",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"6",
"/",
"14",
"26",
"/",
"3",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"6",
"/",
"14",
"26",
"/",
"3",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1998",
"1998",
"2002",
"2003",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1998",
"1998",
"2002",
"2003",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2002",
"2003",
"12",
"/",
"5",
"/",
"2000",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2002",
"2003",
"12",
"/",
"5",
"/",
"2000",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"6",
"/",
"2014",
"4",
"/",
"12",
"/",
"2013",
"15",
"/",
"4",
"/",
"15",
"27",
"/",
"3",
"/",
"14",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"6",
"/",
"2014",
"4",
"/",
"12",
"/",
"2013",
"15",
"/",
"4",
"/",
"15",
"27",
"/",
"3",
"/",
"14",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 248.668 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:YOLAT INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE LATICÍNIOS
LTDA
ADV.(A/S)
:JOSÉ ARTUR LIMA GONÇALVES
ADV.(A/S)
:FERNANDA GUIMARAES HERNANDEZ
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário. Tributário. ICMS.
Creditamento. Ativo fixo. Período anterior à Lei Complementar nº
87/86. Impossibilidade. Precedentes.
1. A Corte consolidou o entendimento de não reconhecer o direito de
creditamento do valor do ICMS, quando pago em razão da aquisição de
bens para o ativo fixo do contribuinte, no período anterior à vigência da
Lei Complementar nº 87/96.
2. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
DJe 11/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 248.668 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:YOLAT INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE LATICÍNIOS
LTDA
ADV.(A/S)
:JOSÉ ARTUR LIMA GONÇALVES
ADV.(A/S)
:FERNANDA GUIMARAES HERNANDEZ
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Yolat Indústria e Comércio de Laticínios Ltda. interpõe agravo
regimental contra decisão mediante a qual o eminente Ministro
Sepúlveda Pertence negou seguimento ao recurso extraordinário, com a
seguinte fundamentação:
“DECISÃO: Recurso extraordinário contra acórdão do
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que tem a seguinte
ementa:
‘Tributário – icms – importação – ativo fixo imobilizado: é
constitucional o artigo 40, da Lei Estadual 6.374/89, diante do
artigo 24, I, da Constituição da República.’
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou
entendimento no sentido de não reconhecer o direito de
creditamento do valor do ICMS, quando pago em razão de
operações de consumo de energia elétrica, ou de utilização de
serviço de comunicação ou, ainda, de aquisição de bens
destinados ao uso e/ou à integração, no ativo fixo, do seu
próprio esbabelecimento (v.g., AI 381.634-AgRg, 2ª T, Maurício
Corrêa, DJ 02.05.03; AI 402.173-AgRg, Nelson Jobim, DJ
06.12.02; RE 361.622-AgRg, Ellen Gracie, DJ 09.05.03; RE
200.168, Ilmar Galvão, DJ 22.11.96).
Ante os precedentes, nego seguimento ao recurso
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 248.668 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:YOLAT INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE LATICÍNIOS
LTDA
ADV.(A/S)
:JOSÉ ARTUR LIMA GONÇALVES
ADV.(A/S)
:FERNANDA GUIMARAES HERNANDEZ
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Yolat Indústria e Comércio de Laticínios Ltda. interpõe agravo
regimental contra decisão mediante a qual o eminente Ministro
Sepúlveda Pertence negou seguimento ao recurso extraordinário, com a
seguinte fundamentação:
“DECISÃO: Recurso extraordinário contra acórdão do
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que tem a seguinte
ementa:
‘Tributário – icms – importação – ativo fixo imobilizado: é
constitucional o artigo 40, da Lei Estadual 6.374/89, diante do
artigo 24, I, da Constituição da República.’
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou
entendimento no sentido de não reconhecer o direito de
creditamento do valor do ICMS, quando pago em razão de
operações de consumo de energia elétrica, ou de utilização de
serviço de comunicação ou, ainda, de aquisição de bens
destinados ao uso e/ou à integração, no ativo fixo, do seu
próprio esbabelecimento (v.g., AI 381.634-AgRg, 2ª T, Maurício
Corrêa, DJ 02.05.03; AI 402.173-AgRg, Nelson Jobim, DJ
06.12.02; RE 361.622-AgRg, Ellen Gracie, DJ 09.05.03; RE
200.168, Ilmar Galvão, DJ 22.11.96).
Ante os precedentes, nego seguimento ao recurso
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6
Relatório
RE 248.668 AGR / SP
extraordinário (art. 557, C. Pr. Civil).
Brasília, 28 de abril de 2004.”
Alega a agravante que o entendimento desta Corte ainda não se
consolidou quanto ao direito de creditamento de ICMS pertinente aos
bens do ativo fixo adquiridos antes da vigência da Lei Complementar nº
87/96.
É o relatório.
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 248.668 AGR / SP
extraordinário (art. 557, C. Pr. Civil).
Brasília, 28 de abril de 2004.”
Alega a agravante que o entendimento desta Corte ainda não se
consolidou quanto ao direito de creditamento de ICMS pertinente aos
bens do ativo fixo adquiridos antes da vigência da Lei Complementar nº
87/96.
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 248.668 SÃO PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar, haja vista que as alegações
deduzidas no agravo são insuficientes para infirmar a fundamentação
que ampara a decisão agravada, a qual se encontra em sintonia com a
orientação jurisprudencial deste Supremo Tribunal Federal.
Conforme expresso na decisão agravada, é pacífica a jurisprudência
desta Corte no sentido de não reconhecer o direito de creditamento do
valor do ICMS, quando pago em razão da aquisição de bens para o ativo
fixo do contribuinte, no período anterior à vigência da Lei Complementar
nº 87/96.
Nesse sentido:
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
TRIBUTÁRIO.
IMPOSTO
SOBRE
CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS - ICMS.
AQUISIÇÃO DE MERCADORIAS DESTINADAS AO USO, AO
CONSUMO E À INTEGRAÇÃO DO ATIVO FIXO. PERÍODO
ANTERIOR À LEI COMPLEMENTAR N. 87/96:
INEXISTÊNCIA DE DIREITO AO CREDITAMENTO.
IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO
QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 677.610/SP-AgR,
Primeira Turma, Relatora Ministra Cármem Lúcia, DJe de
22/10/09).
“ICMS. COMPENSAÇÃO DO TRIBUTO RESULTANTE
DE AQUISIÇÃO DE BENS PARA O ATIVO FIXO. OPERAÇÃO
ANTERIOR À LC 87/1996. OFENSA AO PRINCÍPIO DA NÃO-
CUMULATIVIDADE.
NÃO-OCORRÊNCIA.
1.
A
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 248.668 SÃO PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar, haja vista que as alegações
deduzidas no agravo são insuficientes para infirmar a fundamentação
que ampara a decisão agravada, a qual se encontra em sintonia com a
orientação jurisprudencial deste Supremo Tribunal Federal.
Conforme expresso na decisão agravada, é pacífica a jurisprudência
desta Corte no sentido de não reconhecer o direito de creditamento do
valor do ICMS, quando pago em razão da aquisição de bens para o ativo
fixo do contribuinte, no período anterior à vigência da Lei Complementar
nº 87/96.
Nesse sentido:
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
TRIBUTÁRIO.
IMPOSTO
SOBRE
CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS - ICMS.
AQUISIÇÃO DE MERCADORIAS DESTINADAS AO USO, AO
CONSUMO E À INTEGRAÇÃO DO ATIVO FIXO. PERÍODO
ANTERIOR À LEI COMPLEMENTAR N. 87/96:
INEXISTÊNCIA DE DIREITO AO CREDITAMENTO.
IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO
QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 677.610/SP-AgR,
Primeira Turma, Relatora Ministra Cármem Lúcia, DJe de
22/10/09).
“ICMS. COMPENSAÇÃO DO TRIBUTO RESULTANTE
DE AQUISIÇÃO DE BENS PARA O ATIVO FIXO. OPERAÇÃO
ANTERIOR À LC 87/1996. OFENSA AO PRINCÍPIO DA NÃO-
CUMULATIVIDADE.
NÃO-OCORRÊNCIA.
1.
A
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
RE 248.668 AGR / SP
de que, em operações anteriores à Lei Complementar 87/1996,
não há direito a creditamento de bens destinados ao consumo
ou à integração do ativo fixo para compensação de ICMS.
Inexistência de afronta ao princípio constitucional da não-
cumulatividade. 2. Agravo regimental desprovido” (RE nº
313.019/SP-AgR, Segunda Turma, Relator Ministro Ayres Britto,
DJe 16/9/10).
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 248.668 AGR / SP
de que, em operações anteriores à Lei Complementar 87/1996,
não há direito a creditamento de bens destinados ao consumo
ou à integração do ativo fixo para compensação de ICMS.
Inexistência de afronta ao princípio constitucional da não-
cumulatividade. 2. Agravo regimental desprovido” (RE nº
313.019/SP-AgR, Segunda Turma, Relator Ministro Ayres Britto,
DJe 16/9/10).
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 248.668
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : YOLAT INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE LATICÍNIOS LTDA
ADV.(A/S) : JOSÉ ARTUR LIMA GONÇALVES
ADV.(A/S) : FERNANDA GUIMARAES HERNANDEZ
AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076450
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 248.668
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : YOLAT INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE LATICÍNIOS LTDA
ADV.(A/S) : JOSÉ ARTUR LIMA GONÇALVES
ADV.(A/S) : FERNANDA GUIMARAES HERNANDEZ
AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076450
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3176606 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-11T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário. Tributário. ICMS. Creditamento. Ativo fixo. Período anterior à Lei Complementar nº 87/86. Impossibilidade. Precedentes.
1. A Corte consolidou o entendimento de não reconhecer o direito de creditamento do valor do ICMS, quando pago em razão da aquisição de bens para o ativo fixo do contribuinte, no período anterior à vigência da Lei Complementar nº 87/96.
2. Agravo regimental não provido. | sjur221298 | - Acórdãos citados:
(ICMS)
STF: AI 677610 AgR(1ªT), RE 313019 AgR(2ªT).
Número de páginas: 6.
Análise: 13/12/2012, LLD. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 248668 | [
"LEG-FED LCP-000087 ANO-1996\r\n LEI COMPLEMENTAR"
] | RE-AgR | acordaos | RE 248668 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : YOLAT INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE LATICÍNIOS LTDA
ADV.(A/S) : JOSÉ ARTUR LIMA GONÇALVES
ADV.(A/S) : FERNANDA GUIMARAES HERNANDEZ
AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 248 . 668",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 248 . 668",
"AI 381 . 634 - AgRg",
"AI 402 . 173 - AgRg",
"RE 361 . 622 - AgRg",
"RE 200 . 168",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 248 . 668",
"AI 381 . 634 - AgRg",
"AI 402 . 173 - AgRg",
"RE 361 . 622 - AgRg",
"RE 200 . 168",
"RE 248 . 668 AGR / SP",
"RE 248 . 668 AGR / SP",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 248 . 668 SÃO",
"SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"AI [UNK] 677 . 610 / SP - AgR",
"RECURSO",
"SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"AI [UNK] 677 . 610 / SP - AgR",
"RE 248 . 668 AGR",
"RE [UNK] 313 . 019 / SP - AgR",
"RE 248 . 668 AGR / SP",
"RE [UNK] 313 . 019 / SP - AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"Lei Complementar [UNK] 87 / 86",
"Lei Complementar [UNK] 87 / 96",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 40 , da Lei Estadual 6 . 374 / 89",
"artigo 24 , I , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 40 , da Lei Estadual 6 . 374 / 89",
"artigo 24 , I , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar [UNK] 87 / 96",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar [UNK] 87 / 96",
"MP n° 2 . 200 -",
"Lei Complementar [UNK] 87 / 96",
"LEI COMPLEMENTAR N . 87 / 96",
"LC 87 / 1996",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar [UNK] 87 / 96",
"LEI COMPLEMENTAR N . 87 / 96",
"LC 87 / 1996",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar 87 / 1996",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar 87 / 1996",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Brasília",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"YOLAT INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE LATICÍNIOS LTDA",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"YOLAT INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE LATICÍNIOS LTDA",
"Yolat Indústria e Comércio de Laticínios Ltda .",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"YOLAT INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE LATICÍNIOS LTDA",
"Yolat Indústria e Comércio de Laticínios Ltda .",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"SP",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"YOLAT INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE LATICÍNIOS LTDA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"YOLAT INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE LATICÍNIOS LTDA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"JOSÉ ARTUR LIMA GONÇALVES",
"FERNANDA GUIMARAES HERNANDEZ",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"JOSÉ ARTUR LIMA GONÇALVES",
"FERNANDA GUIMARAES HERNANDEZ",
"DIAS TOFFOLI",
"Sepúlveda Pertence",
"Maurício Corrêa",
"Nelson Jobim",
"Ellen Gracie",
"Ilmar Galvão",
"DIAS TOFFOLI",
"JOSÉ ARTUR LIMA GONÇALVES",
"FERNANDA GUIMARAES HERNANDEZ",
"DIAS TOFFOLI",
"Sepúlveda Pertence",
"Maurício Corrêa",
"Nelson Jobim",
"Ellen Gracie",
"Ilmar Galvão",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Cármem Lúcia",
"DIAS TOFFOLI",
"Cármem Lúcia",
"DIAS TOFFOLI",
"Ayres Britto",
"Ayres Britto",
"DIAS TOFFOLI",
"JOSÉ ARTUR LIMA GONÇALVES",
"FERNANDA GUIMARAES HERNANDEZ",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"JOSÉ ARTUR LIMA GONÇALVES",
"FERNANDA GUIMARAES HERNANDEZ",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"02",
".",
"05",
".",
"03",
"06",
".",
"12",
".",
"02",
"09",
".",
"05",
".",
"03",
"22",
".",
"11",
".",
"96",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"02",
".",
"05",
".",
"03",
"06",
".",
"12",
".",
"02",
"09",
".",
"05",
".",
"03",
"22",
".",
"11",
".",
"96",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28 de abril de 2004",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28 de abril de 2004",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"22",
"/",
"10",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"22",
"/",
"10",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"16",
"/",
"9",
"/",
"10",
"24",
"/",
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"2001",
"16",
"/",
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"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
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"08",
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"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
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"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.607 MARANHÃO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:CARLOS ALBERTO SILVA
ADV.(A/S)
:CARLOS ARMANDO ALVES SEREJO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
EMENTA
Agravo regimental em
habeas corpus.
Processual Penal.
Feminicídio. Condenação. Pena de 21 anos, 10 meses e 15 dias de
reclusão. Vedação ao direito de recorrer em liberdade. Pretendida
revogação da custódia. Impossibilidade. Necessidade de resguardar a
integridade física de menor vulnerável. Precedentes. Agravo regimental
não provido.
1. O agravante foi condenado a 21 anos, 10 meses e 15 dias de
reclusão, em regime inicial fechado, pela prática do crime de feminicídio,
perpetrado contra a própria esposa e na presença do filho de apenas 3
anos de idade.
2. Prisão preventiva fundamentadamente justificada na necessidade
de se acautelar o meio social para resguardar a integridade física de
menor vulnerável.
3. Agravo regimental a que se nega provimento.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Edson Fachin, na conformidade da ata do julgamento e
das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento
ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14277123.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Ementa e Acórdão
HC 149607 AGR / MA
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14277123.
Supremo Tribunal Federal
HC 149607 AGR / MA
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14277123.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7
Relatório
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.607 MARANHÃO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:CARLOS ALBERTO SILVA
ADV.(A/S)
:CARLOS ARMANDO ALVES SEREJO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de
Carlos Alberto Silva, apontando como autoridade coatora a Sexta Turma
do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem no HC nº
367.335/MA, Relator para acórdão o Ministro Nefi Cordeiro.
Segundo os impetrantes, o paciente foi condenado à pena de 21
(vinte e um) anos, 10 (dez) meses e 15 (quinze) dias de reclusão pela
prática de homicídio qualificado, praticado contra sua esposa e na
presença do filho de 3 (três) anos do casal.
Aduziu a defesa que a sentença vedou ao paciente o direito de
recorrer em liberdade, sem, contudo, apontar fundamentação idônea apta
a justificar sua necessidade extrema, bem como que estariam ausentes os
pressupostos do art. 312 do Código de Processo Penal.
Na visão dos impetrantes, medidas diversas da prisão (CPP, art. 319)
atenderiam aos requisitos de cautelaridade na espécie.
Requereu-se, liminarmente, a concessão da ordem para que fosse
determinada a revogação da prisão preventiva do paciente ou sua
substituição por medida cautelar diversa.
Em 27/10/17, neguei seguimento ao habeas corpus, dando por
prejudicado o pedido de liminar (art. 21, § 1º, do RISTF).
Contra essa decisão a defesa interpõe, tempestivamente, o presente
agravo regimental, no qual questiona os fundamentos da decisão
agravada, bem como reitera os fundamentos suscitados na inicial da
impetração.
O Ministério Público Federal, em parecer de lavra da
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14277122.
Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.607 MARANHÃO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:CARLOS ALBERTO SILVA
ADV.(A/S)
:CARLOS ARMANDO ALVES SEREJO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de
Carlos Alberto Silva, apontando como autoridade coatora a Sexta Turma
do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem no HC nº
367.335/MA, Relator para acórdão o Ministro Nefi Cordeiro.
Segundo os impetrantes, o paciente foi condenado à pena de 21
(vinte e um) anos, 10 (dez) meses e 15 (quinze) dias de reclusão pela
prática de homicídio qualificado, praticado contra sua esposa e na
presença do filho de 3 (três) anos do casal.
Aduziu a defesa que a sentença vedou ao paciente o direito de
recorrer em liberdade, sem, contudo, apontar fundamentação idônea apta
a justificar sua necessidade extrema, bem como que estariam ausentes os
pressupostos do art. 312 do Código de Processo Penal.
Na visão dos impetrantes, medidas diversas da prisão (CPP, art. 319)
atenderiam aos requisitos de cautelaridade na espécie.
Requereu-se, liminarmente, a concessão da ordem para que fosse
determinada a revogação da prisão preventiva do paciente ou sua
substituição por medida cautelar diversa.
Em 27/10/17, neguei seguimento ao habeas corpus, dando por
prejudicado o pedido de liminar (art. 21, § 1º, do RISTF).
Contra essa decisão a defesa interpõe, tempestivamente, o presente
agravo regimental, no qual questiona os fundamentos da decisão
agravada, bem como reitera os fundamentos suscitados na inicial da
impetração.
O Ministério Público Federal, em parecer de lavra da
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Relatório
HC 149607 AGR / MA
Subprocuradora-Geral da República Cláudia Sampaio Marques, opinou
pelo não provimento do agravo.
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
HC 149607 AGR / MA
Subprocuradora-Geral da República Cláudia Sampaio Marques, opinou
pelo não provimento do agravo.
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.607 MARANHÃO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Razão não assiste ao agravante.
Consoante destacado na decisão agravada, o acórdão proferido pelo
Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem no HC nº
367.335/MA, não reflete flagrante ilegalidade, abuso de poder ou
teratologia, já que alinhado à jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal. Vide:
“PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS.
PRISÃO PREVENTIVA MANTIDA EM SENTENÇA
CONDENATÓRIA. FEMINICÍDIO. FUNDAMENTAÇÃO
VÁLIDA. RESGUARDO DA VIDA DO FILHO MENOR DE
IDADE DO PACIENTE. HABEAS CORPUS DENEGADO. 1.
Apresentada fundamentação idônea para a manutenção da
prisão preventiva, consistente nos riscos à vida e integridade
física do filho do paciente, que foi testemunha valorada para a
condenação deste, e o Juiz de primeiro grau indicou que a
liberdade colocaria em risco a vida do menor vulnerável, não há
que falar em ilegalidade passível de concessão de writ. 2. Habeas
corpus denegado”.
Reitero que a constrição processual da liberdade do agravante está
fundamentadamente justificada, uma vez que calcada em elementos
concretos, a saber, risco à vida e à vintegridade física de menor
vulnerável.
Consoante destacou o Ministro Nefi Cordeiro no voto condutor do
aresto impugnado, o título da custódia
“deu-se por fundamentos válidos, ante os riscos à vida e
integridade física do filho do paciente, que foi testemunha
valorada para a condenação deste, e o Juiz de primeiro grau
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Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.607 MARANHÃO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Razão não assiste ao agravante.
Consoante destacado na decisão agravada, o acórdão proferido pelo
Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem no HC nº
367.335/MA, não reflete flagrante ilegalidade, abuso de poder ou
teratologia, já que alinhado à jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal. Vide:
“PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS.
PRISÃO PREVENTIVA MANTIDA EM SENTENÇA
CONDENATÓRIA. FEMINICÍDIO. FUNDAMENTAÇÃO
VÁLIDA. RESGUARDO DA VIDA DO FILHO MENOR DE
IDADE DO PACIENTE. HABEAS CORPUS DENEGADO. 1.
Apresentada fundamentação idônea para a manutenção da
prisão preventiva, consistente nos riscos à vida e integridade
física do filho do paciente, que foi testemunha valorada para a
condenação deste, e o Juiz de primeiro grau indicou que a
liberdade colocaria em risco a vida do menor vulnerável, não há
que falar em ilegalidade passível de concessão de writ. 2. Habeas
corpus denegado”.
Reitero que a constrição processual da liberdade do agravante está
fundamentadamente justificada, uma vez que calcada em elementos
concretos, a saber, risco à vida e à vintegridade física de menor
vulnerável.
Consoante destacou o Ministro Nefi Cordeiro no voto condutor do
aresto impugnado, o título da custódia
“deu-se por fundamentos válidos, ante os riscos à vida e
integridade física do filho do paciente, que foi testemunha
valorada para a condenação deste, e o Juiz de primeiro grau
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
HC 149607 AGR / MA
indicou que a liberdade colocaria em risco a vida do menor
vulnerável” (grifos do autor).
Esse entendimento não fere a jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal, que autoriza a custódia preventiva quando evidenciada a
necessidade de se acautelar o meio social para resguardar a integridade
física de testemunha. Confira-se:
“A gravidade concreta do delito, aferida a partir de dados
objetivos do crime, e a necessidade de resguardar a integridade
física das testemunhas constituem fundamentação idônea para
a prisão preventiva” (HC nº 128.412/PE-AgR, Primeira Turma,
Relator o Ministro Roberto Barroso, DJe de 31/8/15).
“A periculosidade do paciente, revelada pelo modus
operandi da prática delituosa e o risco à integridade física da
vítima e das testemunhas, constituem bases empíricas idôneas à
determinação da custódia cautelar para garantia da ordem
pública e conveniência da instrução criminal” (HC nº
113.796/PR-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux,
DJe de 25/11/13).
Perfilhando esse entendimento: HC nº 126.402/GO-AgR, Primeira
Turma, Relator o Ministro Roberto Barroso, DJe de 24/8/15; HC nº
93.985/PR, Segunda Turma Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 19/12/08;
HC nº 92.725/RS, Primeira Turma, Relator o Ministro Menezes Direito,
DJe de 18/4/08.
Ante o exposto, sendo insuficientes os fundamentos do agravante
para modificar a decisão ora questionada, nego provimento ao agravo
regimental.
É como voto.
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 149607 AGR / MA
indicou que a liberdade colocaria em risco a vida do menor
vulnerável” (grifos do autor).
Esse entendimento não fere a jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal, que autoriza a custódia preventiva quando evidenciada a
necessidade de se acautelar o meio social para resguardar a integridade
física de testemunha. Confira-se:
“A gravidade concreta do delito, aferida a partir de dados
objetivos do crime, e a necessidade de resguardar a integridade
física das testemunhas constituem fundamentação idônea para
a prisão preventiva” (HC nº 128.412/PE-AgR, Primeira Turma,
Relator o Ministro Roberto Barroso, DJe de 31/8/15).
“A periculosidade do paciente, revelada pelo modus
operandi da prática delituosa e o risco à integridade física da
vítima e das testemunhas, constituem bases empíricas idôneas à
determinação da custódia cautelar para garantia da ordem
pública e conveniência da instrução criminal” (HC nº
113.796/PR-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux,
DJe de 25/11/13).
Perfilhando esse entendimento: HC nº 126.402/GO-AgR, Primeira
Turma, Relator o Ministro Roberto Barroso, DJe de 24/8/15; HC nº
93.985/PR, Segunda Turma Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 19/12/08;
HC nº 92.725/RS, Primeira Turma, Relator o Ministro Menezes Direito,
DJe de 18/4/08.
Ante o exposto, sendo insuficientes os fundamentos do agravante
para modificar a decisão ora questionada, nego provimento ao agravo
regimental.
É como voto.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14277120.
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Extrato de Ata - 12/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.607
PROCED. : MARANHÃO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : CARLOS ALBERTO SILVA
ADV.(A/S) : CARLOS ARMANDO ALVES SEREJO (6921/MA) E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Ministros Gilmar Mendes e Ricardo
Lewandowski. Presidência do Ministro Edson Fachin. 2ª Turma,
12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Edson Fachin. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello e Dias Toffoli.
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e
Ricardo Lewandowski.
Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio
Marques.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14292849
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.607
PROCED. : MARANHÃO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : CARLOS ALBERTO SILVA
ADV.(A/S) : CARLOS ARMANDO ALVES SEREJO (6921/MA) E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Ministros Gilmar Mendes e Ricardo
Lewandowski. Presidência do Ministro Edson Fachin. 2ª Turma,
12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Edson Fachin. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello e Dias Toffoli.
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e
Ricardo Lewandowski.
Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio
Marques.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14292849
Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14301199 | 2017-12-12T00:00:00 | 2018-02-06T00:00:00 | A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Presidência do Ministro Edson Fachin. 2ª Turma, 12.12.2017. | AG.REG. NO HABEAS CORPUS | EMENTA
Agravo regimental em habeas corpus. Processual Penal. Feminicídio. Condenação. Pena de 21 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão. Vedação ao direito de recorrer em liberdade. Pretendida revogação da custódia. Impossibilidade. Necessidade de resguardar a integridade física de menor vulnerável. Precedentes. Agravo regimental não provido.
1. O agravante foi condenado a 21 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão, em regime inicial fechado, pela prática do crime de feminicídio, perpetrado contra a própria esposa e na presença do filho de apenas 3 anos de idade.
2. Prisão preventiva fundamentadamente justificada na necessidade de se acautelar o meio social para resguardar a integridade física de menor vulnerável.
3. Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur379839 | - Acórdão(s) citado(s):
(PRISÃO PREVENTIVA, REQUISITOS)
HC 92725 (1ªT), HC 93985 (2ªT), HC 113796 AgR (1ªT), RHC 126402 AgR (1ªT), HC 128412 AgR (1ªT).
Número de páginas: 7.
Análise: 16/02/2018, MAD. | DIAS TOFFOLI | Segunda Turma | 149607 | null | HC-AgR | acordaos | HC 149607 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : CARLOS ALBERTO SILVA
ADV.(A/S) : CARLOS ARMANDO ALVES SEREJO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 149 . 607",
"HC 149607 AGR / MA",
"HC 149607 AGR / MA",
"HABEAS CORPUS 149 . 607 MARANHÃO",
"HC [UNK] 367 . 335 / MA",
"HABEAS CORPUS 149 . 607",
"HC [UNK] 367 . 335 / MA",
"HC 149607 AGR / MA",
"HC 149607 AGR / MA",
"HABEAS CORPUS 149 . 607",
"HC [UNK] 367 . 335 / MA",
"HABEAS CORPUS 149 . 607",
"HC [UNK] 367 . 335 / MA",
"HC 149607 AGR / MA",
"HC [UNK] 128 . 412 / PE -",
"HC [UNK] 113",
".",
"796",
"/",
"PR",
"-",
"AgR",
"HC [UNK] 126 . 402 / GO - AgR",
"HC [UNK] 93 . 985 / PR",
"HC [UNK] 92 . 725 / RS",
"HC 149607 AGR / MA",
"HC [UNK] 128 . 412 / PE - AgR",
"HC [UNK] 113 . 796 / PR - AgR",
"HC [UNK] 126 . 402 / GO - AgR",
"HC [UNK] 93 . 985 / PR",
"HC [UNK] 92 . 725 / RS",
"HABEAS CORPUS 149 . 607",
"HABEAS CORPUS 149 . 607"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 do Código de Processo Penal",
"CPP , art . 319",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 do Código de Processo Penal",
"CPP , art . 319",
"art . 21 , § [UNK] , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"MARANHÃO",
"Brasília",
"MARANHÃO",
"MARANHÃO",
"MARANHÃO",
"MARANHÃO",
"MARANHÃO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Ministério Público Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Ministério Público Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"CARLOS ALBERTO SILVA",
"CARLOS ARMANDO ALVES SEREJO",
"Edson Fachin",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"CARLOS ALBERTO SILVA",
"CARLOS ARMANDO ALVES SEREJO",
"DIAS TOFFOLI",
"Carlos Alberto Silva",
"Nefi Cordeiro",
"DIAS TOFFOLI",
"CARLOS ALBERTO SILVA",
"CARLOS ARMANDO ALVES SEREJO",
"DIAS TOFFOLI",
"Carlos Alberto Silva",
"Nefi Cordeiro",
"Cláudia Sampaio Marques",
"Cláudia Sampaio Marques",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Nefi Cordeiro",
"DIAS TOFFOLI",
"RESGUARDO",
"Nefi Cordeiro",
"DIAS TOFFOLI",
"Roberto Barroso",
"Luiz Fux",
"Roberto Barroso",
"Eros Grau",
"Menezes Direito",
"Roberto Barroso",
"Luiz Fux",
"Roberto Barroso",
"Eros Grau",
"Menezes Direito",
"DIAS TOFFOLI",
"CARLOS ALBERTO SILVA",
"CARLOS ARMANDO ALVES SEREJO",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Edson Fachin",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Dias Toffoli",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Cláudia Sampaio Marques",
"Ravena Siqueira",
"DIAS TOFFOLI",
"CARLOS ALBERTO SILVA",
"CARLOS ARMANDO ALVES SEREJO",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Edson Fachin",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Dias Toffoli",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Cláudia Sampaio Marques",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"12 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"27",
"/",
"10",
"/",
"17",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"27",
"/",
"10",
"/",
"17",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"8",
"/",
"15",
"25",
"/",
"11",
"/",
"13",
"24",
"/",
"8",
"/",
"15",
"19",
"/",
"12",
"/",
"08",
"18",
"/",
"4",
"/",
"08",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"8",
"/",
"15",
"25",
"/",
"11",
"/",
"13",
"24",
"/",
"8",
"/",
"15",
"19",
"/",
"12",
"/",
"08",
"18",
"/",
"4",
"/",
"08",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 113.870 MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
PACTE.(S)
:WAGNER MARTINS
IMPTE.(S)
:CLÁUDIO MÁRCIO DE REZENDE ARAÚJO
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
EMENTA: PROCESSUAL PENAL E CONSTITUCIONAL. HABEAS CORPUS
SUBSTITUTIVO
DE RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA
DO
SUPREMO
TRIBUNAL
PARA
JULGAR
HABEAS
CORPUS
: CF, ART. 102, I, ‘D’
E ‘I’. ROL TAXATIVO. MATÉRIA DE DIREITO ESTRITO. INTERPRETAÇÃO
EXTENSIVA: PARADOXO. ORGANICIDADE DO DIREITO. DUPLA TENTATIVA
DE HOMICÍDIO QUALIFICADO PELO MOTIVO FÚTIL – CP, ART. 121, § 2º, II,
C/C ART. 14, II. PRISÃO PREVENTIVA PARA GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA,
POR CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL E DA APLICAÇÃO DA LEI
PENAL. MODUS OPERANDI. PERICULOSIDADE DO AGENTE. AMEAÇA
CONCRETA A TESTEMUNHA. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA.
1. A competência originária do Supremo Tribunal Federal para
conhecer e julgar habeas corpus está definida, taxativamente, no artigo 102,
inciso I, alíneas “d” e “i”, da Constituição Federal, sendo certo que o
paciente não está inserido em nenhuma dessas alíneas.
2. A periculosidade in concreto revelada pelo modus operandi da
prática delituosa justifica a prisão cautelar para garantia da ordem
pública, na linha de reiterados precedentes desta Corte: HC n. 104.699/SP,
1ª Turma, Relatora a Ministra CÁRMEN LÚCIA, DJ de 23.11.10; HC
103.107/MT, 1ª Turma, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJ de 29.11.10; e
HC 102.472, 1ª Turma, Rel. o Min. Marco Aurélio, Redator p/ o acórdão
Min. Luiz Fux, j. Em 16/08/2011.
3. A prova dos autos não permite a concessão, ex officio, da ordem,
visto que:
a) In casu, o Juiz, ao determinar a prisão preventiva, assentou que
“O modus operandi do denunciado, sem dúvidas, constitui elemento relevante
para aferir sua personalidade, pois, ao que parece, ele teria saído de casa armado,
atirado aguardente na face de uma das vítimas e pouco se importando em partir
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DJe 10/12/2012
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 21
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Ementa e Acórdão
HC 113.870 / MG
para cima das vítimas em local de grande movimento nesta cidade, dando-lhes
diversas facadas, na presença, inclusive, de crianças”, passando, em seguida, a
esfaquear o irmão da vítima;
b) colhe-se ainda da decisão que determinou a prisão preventiva
que, a partir do “... relato dos menores testemunhas presenciais e de moradora
do bairro que a população local se encontra assustada e temerosa quanto à
presença do denunciado, especialmente os familiares das vítimas, que residem no
mesmo terreno que ele”, tudo a reforçar a necessidade de cerceio ante tempus
da liberdade;
c) a ameaça a testemunha constitui justificativa suficiente à custódia
cautelar por conveniência da instrução criminal. Precedentes: HC
105614/RJ, Rel. Min. Ayres Britto, 2ª Turma, DJ de 10/6/2011; e HC
106236-AgR/RJ, Rel. Min. Ayres Britto, 2ª Turma, DJ de 6/4/2011; HC
101309/PE, Rel. Min. Ayres Britto, 1ª Turma, DJ de 7/5/2010)
3. Habeas corpus extinto, sem julgamento do mérito.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em julgar extinta a ordem
de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto
do Relator, e, por maioria de votos, em rejeitar a proposta formulada pelo
Senhor Ministro Marco Aurélio no sentido da concessão da ordem, de
ofício.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
Documento assinado digitalmente
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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HC 113.870 / MG
para cima das vítimas em local de grande movimento nesta cidade, dando-lhes
diversas facadas, na presença, inclusive, de crianças”, passando, em seguida, a
esfaquear o irmão da vítima;
b) colhe-se ainda da decisão que determinou a prisão preventiva
que, a partir do “... relato dos menores testemunhas presenciais e de moradora
do bairro que a população local se encontra assustada e temerosa quanto à
presença do denunciado, especialmente os familiares das vítimas, que residem no
mesmo terreno que ele”, tudo a reforçar a necessidade de cerceio ante tempus
da liberdade;
c) a ameaça a testemunha constitui justificativa suficiente à custódia
cautelar por conveniência da instrução criminal. Precedentes: HC
105614/RJ, Rel. Min. Ayres Britto, 2ª Turma, DJ de 10/6/2011; e HC
106236-AgR/RJ, Rel. Min. Ayres Britto, 2ª Turma, DJ de 6/4/2011; HC
101309/PE, Rel. Min. Ayres Britto, 1ª Turma, DJ de 7/5/2010)
3. Habeas corpus extinto, sem julgamento do mérito.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em julgar extinta a ordem
de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto
do Relator, e, por maioria de votos, em rejeitar a proposta formulada pelo
Senhor Ministro Marco Aurélio no sentido da concessão da ordem, de
ofício.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
Documento assinado digitalmente
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Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 113.870 MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
PACTE.(S)
:WAGNER MARTINS
IMPTE.(S)
:CLÁUDIO MÁRCIO DE REZENDE ARAÚJO
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de habeas corpus
substitutivo de recurso ordinário, com pedido de liminar, impetrado
contra acórdão do superior Tribunal de Justiça cuja ementa possui o
seguinte teor:
“HABEAS CORPUS. CRIME CONTRA A VIDA.
HOMICÍDIO
QUALIFICADO.
ALEGAÇÃO
DE
CONSTRANGIMENTO ILEGAL. EXCESSO DE PRAZO NA
FORMAÇÃO DA CULPA. INOCORRÊNCIA. INCIDÊNCIA
DA SÚMULA 21/STJ. CAUSA JUSTIFICADORA. ANÁLISE
DE MATÉRIA NÃO DEBATIDA NA ORIGEM. SUPRESSÃO
DE INSTÂNCIA. PRECEDENTES.
1. O fato de estar inserido no rol dos delitos hediondos
ou equiparados não basta para a imposição da constrição
cautelar, por ser necessária a existência de circunstâncias que
demonstrem sua adoção.
2. As Turmas componentes da Terceira Seção do Superior
Tribunal de Justiça já cristalizaram o entendimento de
inexistir constrangimento ilegal quando a prisão,
suficientemente fundamentada, retratar a necessidade da
medida para as garantias da ordem pública e aplicação da lei
penal.
3. Improcede a alegação de delonga excessiva para o
encerramento da instrução criminal, quando a eventual
demora se encontra justificada pela razoabilidade.
Supremo Tribunal Federal
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30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 113.870 MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
PACTE.(S)
:WAGNER MARTINS
IMPTE.(S)
:CLÁUDIO MÁRCIO DE REZENDE ARAÚJO
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de habeas corpus
substitutivo de recurso ordinário, com pedido de liminar, impetrado
contra acórdão do superior Tribunal de Justiça cuja ementa possui o
seguinte teor:
“HABEAS CORPUS. CRIME CONTRA A VIDA.
HOMICÍDIO
QUALIFICADO.
ALEGAÇÃO
DE
CONSTRANGIMENTO ILEGAL. EXCESSO DE PRAZO NA
FORMAÇÃO DA CULPA. INOCORRÊNCIA. INCIDÊNCIA
DA SÚMULA 21/STJ. CAUSA JUSTIFICADORA. ANÁLISE
DE MATÉRIA NÃO DEBATIDA NA ORIGEM. SUPRESSÃO
DE INSTÂNCIA. PRECEDENTES.
1. O fato de estar inserido no rol dos delitos hediondos
ou equiparados não basta para a imposição da constrição
cautelar, por ser necessária a existência de circunstâncias que
demonstrem sua adoção.
2. As Turmas componentes da Terceira Seção do Superior
Tribunal de Justiça já cristalizaram o entendimento de
inexistir constrangimento ilegal quando a prisão,
suficientemente fundamentada, retratar a necessidade da
medida para as garantias da ordem pública e aplicação da lei
penal.
3. Improcede a alegação de delonga excessiva para o
encerramento da instrução criminal, quando a eventual
demora se encontra justificada pela razoabilidade.
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Relatório
HC 113.870 / MG
4. No caso concreto, o curso processual está dentro da
normalidade, sendo plausível, no momento, o não
reconhecimento da extrapolação aduzida.
5. Pronunciado o réu, fica superada a alegação de
constrangimento ilegal da prisão por excesso de prazo na
instrução (Súmula nº 21/STJ).
6. O objeto deste mandamus, com relação a possível
incidência da causa justificante da legítima defesa, não é
capaz de superar o óbice da ausência de debates na origem,
sob pena de indevida supressão de um dos graus de
jurisdição.
7. Ordem denegada, com a recomendação que o Juízo
processante implemente celeridade no encerramento da
instrução criminal.”
O Ministério Público de Minas Gerais denunciou o paciente como
incurso no art. 121, § 2º, II, c/c art. 14, II, por duas vezes, visto que, “por
motivo fútil, tentou ceifar a vida das vítimas Marcelino Brito Rosalino e
Marciano Aparecido Rosalino, desferindo contras eles, com animus necandi,
diversas facadas que ocasionaram as lesões descritas às fls. 71 (setenta e um) e 72
(setenta e dois), somente não consumando seu intento por circunstâncias alheias
à sua vontade, já que as Vítimas receberam socorro médico imediato e eficaz”.
O Juízo da Comarca de Piranga/MG o pronunciou, em 30/11/2011,
em conformidade com a exordial acusatória.
Antes, em 08/07/2011, decretara a prisão preventiva, sobrevindo
pedido de revogação da medida extrema, que restou indeferido no dia 28
seguinte.
A defesa interpôs recurso em sentido estrito, em 12/12/2011,
alegando (i) legítima defesa, (ii) falta do animus necandi e consectária
desclassificação para o crime de lesão corporal, e (iii) ausência da
qualificadora do motivo fútil.
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 113.870 / MG
4. No caso concreto, o curso processual está dentro da
normalidade, sendo plausível, no momento, o não
reconhecimento da extrapolação aduzida.
5. Pronunciado o réu, fica superada a alegação de
constrangimento ilegal da prisão por excesso de prazo na
instrução (Súmula nº 21/STJ).
6. O objeto deste mandamus, com relação a possível
incidência da causa justificante da legítima defesa, não é
capaz de superar o óbice da ausência de debates na origem,
sob pena de indevida supressão de um dos graus de
jurisdição.
7. Ordem denegada, com a recomendação que o Juízo
processante implemente celeridade no encerramento da
instrução criminal.”
O Ministério Público de Minas Gerais denunciou o paciente como
incurso no art. 121, § 2º, II, c/c art. 14, II, por duas vezes, visto que, “por
motivo fútil, tentou ceifar a vida das vítimas Marcelino Brito Rosalino e
Marciano Aparecido Rosalino, desferindo contras eles, com animus necandi,
diversas facadas que ocasionaram as lesões descritas às fls. 71 (setenta e um) e 72
(setenta e dois), somente não consumando seu intento por circunstâncias alheias
à sua vontade, já que as Vítimas receberam socorro médico imediato e eficaz”.
O Juízo da Comarca de Piranga/MG o pronunciou, em 30/11/2011,
em conformidade com a exordial acusatória.
Antes, em 08/07/2011, decretara a prisão preventiva, sobrevindo
pedido de revogação da medida extrema, que restou indeferido no dia 28
seguinte.
A defesa interpôs recurso em sentido estrito, em 12/12/2011,
alegando (i) legítima defesa, (ii) falta do animus necandi e consectária
desclassificação para o crime de lesão corporal, e (iii) ausência da
qualificadora do motivo fútil.
2
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3095437.
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Relatório
HC 113.870 / MG
O impetrante alega, no presente writ, excesso de prazo da instrução
criminal, estando o paciente preso desde 08/07/2011, legítima defesa,
consoante provas carreadas aos autos, e ausência de fundamentos para a
prisão cautelar.
Requer, liminarmente e no mérito, a concessão da ordem a fim de
que o paciente responda ao processo em liberdade.
A liminar foi indeferida.
O Ministério Público Federal manifestou-se em parecer resumido
nestes termos:
“HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO QUALIFICADO. TENTATIVA.
PRISÃO PREVENTIVA. CUSTÓDIA MANTIDA NA SENTENÇA DE
PRONÚNCIA.
FUNDAMENTAÇÃO
IDÔNEA.
TEMOR
DE
TESTEMUNHAS. SOLTURA QUE IMPLICA RISCO À GARANTIA DA
ORDEM PÚBLICA E À CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL.
PERICULOSIDADE
SOCIAL
DO
AGENTE. NECESSIDADE
DE
ACAUTELAMENTO DO MEIO SOCIAL. GARANTIA DE APLICAÇÃO DA
LEI PENAL. FUGA DO RÉU. EXCESSO DE PRAZO PARA SUBMISSÃO DO
ACUSADO A JULGAMENTO PELO TRIBUNAL POPULAR. INEXISTÊNCIA.
RAZOABILIDADE. LEGÍTIMA DEFESA. TESE NÃO DEBATIDA NAS
INSTÂNCIAS ANTERIORES. REVOLVIMENTO DE MATÉRIA FÁTICA.
IMPOSSIBILIDADE.
INADEQUAÇÃO
DA
VIA
ELEITA.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL INEXISTENTE.
- Parecer pela denegação da ordem.”
É o relatório.
3
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
HC 113.870 / MG
O impetrante alega, no presente writ, excesso de prazo da instrução
criminal, estando o paciente preso desde 08/07/2011, legítima defesa,
consoante provas carreadas aos autos, e ausência de fundamentos para a
prisão cautelar.
Requer, liminarmente e no mérito, a concessão da ordem a fim de
que o paciente responda ao processo em liberdade.
A liminar foi indeferida.
O Ministério Público Federal manifestou-se em parecer resumido
nestes termos:
“HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO QUALIFICADO. TENTATIVA.
PRISÃO PREVENTIVA. CUSTÓDIA MANTIDA NA SENTENÇA DE
PRONÚNCIA.
FUNDAMENTAÇÃO
IDÔNEA.
TEMOR
DE
TESTEMUNHAS. SOLTURA QUE IMPLICA RISCO À GARANTIA DA
ORDEM PÚBLICA E À CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL.
PERICULOSIDADE
SOCIAL
DO
AGENTE. NECESSIDADE
DE
ACAUTELAMENTO DO MEIO SOCIAL. GARANTIA DE APLICAÇÃO DA
LEI PENAL. FUGA DO RÉU. EXCESSO DE PRAZO PARA SUBMISSÃO DO
ACUSADO A JULGAMENTO PELO TRIBUNAL POPULAR. INEXISTÊNCIA.
RAZOABILIDADE. LEGÍTIMA DEFESA. TESE NÃO DEBATIDA NAS
INSTÂNCIAS ANTERIORES. REVOLVIMENTO DE MATÉRIA FÁTICA.
IMPOSSIBILIDADE.
INADEQUAÇÃO
DA
VIA
ELEITA.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL INEXISTENTE.
- Parecer pela denegação da ordem.”
É o relatório.
3
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Voto - MIN. LUIZ FUX
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 113.870 MINAS GERAIS
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): A competência originária
do Supremo Tribunal Federal para conhecer e julgar habeas corpus está
definida, taxativamente, no artigo 102, inciso I, alíneas “d” e “i”, da
Constituição Federal, verbis:
Art. 102.
Compete ao Supremo Tribunal Federal,
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I – processar e julgar, originariamente:
…
d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas
referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas
data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara e
do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-
Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;
…
i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou
quando o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos
estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal
Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única
instância.
O paciente não está arrolado em nenhuma das hipóteses sujeitas à
jurisdição originária desta Corte.
A ementa do acórdão proferido na Pet 1738-AgRg, Rel. o Min. Celso
de Mello, Pleno, DJe 1º/10/199, é elucidativa e precisa quanto a
taxatividade da competência do Supremo Tribunal Federal:
“E M E N T A: PROTESTO JUDICIAL FORMULADO
CONTRA DEPUTADO FEDERAL - MEDIDA DESTITUÍDA DE
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 113.870 MINAS GERAIS
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): A competência originária
do Supremo Tribunal Federal para conhecer e julgar habeas corpus está
definida, taxativamente, no artigo 102, inciso I, alíneas “d” e “i”, da
Constituição Federal, verbis:
Art. 102.
Compete ao Supremo Tribunal Federal,
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I – processar e julgar, originariamente:
…
d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas
referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas
data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara e
do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-
Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;
…
i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou
quando o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos
estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal
Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única
instância.
O paciente não está arrolado em nenhuma das hipóteses sujeitas à
jurisdição originária desta Corte.
A ementa do acórdão proferido na Pet 1738-AgRg, Rel. o Min. Celso
de Mello, Pleno, DJe 1º/10/199, é elucidativa e precisa quanto a
taxatividade da competência do Supremo Tribunal Federal:
“E M E N T A: PROTESTO JUDICIAL FORMULADO
CONTRA DEPUTADO FEDERAL - MEDIDA DESTITUÍDA DE
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. LUIZ FUX
HC 113.870 / MG
CARÁTER PENAL (CPC, ART. 867) - AUSÊNCIA DE
COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.
A PRERROGATIVA DE FORO
-
UNICAMENTE
INVOCÁVEL NOS PROCEDIMENTOS DE CARÁTER PENAL
- NÃO SE ESTENDE ÀS CAUSAS DE NATUREZA CIVIL.
- As medidas cautelares a que se refere o art. 867 do Código de
Processo Civil (protesto, notificação ou interpelação), quando
promovidas contra membros do Congresso Nacional, não se incluem
na esfera de competência originária do Supremo Tribunal Federal,
precisamente porque destituídas de caráter penal. Precedentes.
A COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL - CUJOS FUNDAMENTOS REPOUSAM NA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - SUBMETE-SE A REGIME
DE DIREITO ESTRITO.
- A competência originária do Supremo Tribunal Federal, por
qualificar-se como um complexo de atribuições jurisdicionais de
extração essencialmente constitucional - e ante o regime de direito
estrito a que se acha submetida - não comporta a possibilidade de
ser estendida a situações que extravasem os limites fixados, em
numerus clausus, pelo rol exaustivo inscrito no art. 102, I, da
Constituição da República. Precedentes.
O regime de direito estrito, a que se submete a definição
dessa competência institucional, tem levado o Supremo Tribunal
Federal, por efeito da taxatividade do rol constante da Carta
Política, a afastar, do âmbito de suas atribuições jurisdicionais
originárias, o processo e o julgamento de causas de natureza civil
que não se acham inscritas no texto constitucional (ações
populares, ações civis públicas, ações cautelares, ações
ordinárias, ações declaratórias e medidas cautelares), mesmo
que instauradas contra o Presidente da República ou contra qualquer
das autoridades, que, em matéria penal (CF, art. 102, I, b e c),
dispõem de prerrogativa de foro perante a Corte Suprema ou que, em
sede de mandado de segurança, estão sujeitas à jurisdição imediata
do Tribunal (CF, art. 102, I, d). Precedentes.”
2
Supremo Tribunal Federal
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HC 113.870 / MG
CARÁTER PENAL (CPC, ART. 867) - AUSÊNCIA DE
COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.
A PRERROGATIVA DE FORO
-
UNICAMENTE
INVOCÁVEL NOS PROCEDIMENTOS DE CARÁTER PENAL
- NÃO SE ESTENDE ÀS CAUSAS DE NATUREZA CIVIL.
- As medidas cautelares a que se refere o art. 867 do Código de
Processo Civil (protesto, notificação ou interpelação), quando
promovidas contra membros do Congresso Nacional, não se incluem
na esfera de competência originária do Supremo Tribunal Federal,
precisamente porque destituídas de caráter penal. Precedentes.
A COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL - CUJOS FUNDAMENTOS REPOUSAM NA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - SUBMETE-SE A REGIME
DE DIREITO ESTRITO.
- A competência originária do Supremo Tribunal Federal, por
qualificar-se como um complexo de atribuições jurisdicionais de
extração essencialmente constitucional - e ante o regime de direito
estrito a que se acha submetida - não comporta a possibilidade de
ser estendida a situações que extravasem os limites fixados, em
numerus clausus, pelo rol exaustivo inscrito no art. 102, I, da
Constituição da República. Precedentes.
O regime de direito estrito, a que se submete a definição
dessa competência institucional, tem levado o Supremo Tribunal
Federal, por efeito da taxatividade do rol constante da Carta
Política, a afastar, do âmbito de suas atribuições jurisdicionais
originárias, o processo e o julgamento de causas de natureza civil
que não se acham inscritas no texto constitucional (ações
populares, ações civis públicas, ações cautelares, ações
ordinárias, ações declaratórias e medidas cautelares), mesmo
que instauradas contra o Presidente da República ou contra qualquer
das autoridades, que, em matéria penal (CF, art. 102, I, b e c),
dispõem de prerrogativa de foro perante a Corte Suprema ou que, em
sede de mandado de segurança, estão sujeitas à jurisdição imediata
do Tribunal (CF, art. 102, I, d). Precedentes.”
2
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Voto - MIN. LUIZ FUX
HC 113.870 / MG
Destarte, afigura-se paradoxal, em tema de direito estrito, conferir
interpretação extensiva para abranger no rol de competências do
Supremo Tribunal hipóteses não sujeitas à sua jurisdição.
A prevalência do entendimento de que o Supremo Tribunal Federal
deve conhecer de habeas corpus substitutivo de recurso ordinário
constitucional contrasta com os meios de contenção de feitos, remota e
recentemente implementados - Súmula Vinculante e Repercussão Geral -
com o objetivo de viabilizar o exercício pleno, pelo Supremo Tribunal
Federal, da nobre função de guardião da Constituição da República.
E nem se argumente com o que se convencionou chamar de
jurisprudência defensiva. Não é disso que se trata, mas de necessária,
imperiosa e urgente reviravolta de entendimento em prol da
organicidade do direito, especificamente no que tange às competências
originária e recursal do Supremo Tribunal Federal para processar e julgar
habeas corpus e respectivo recurso ordinário, valendo acrescer que essa
ação nobre não pode, e nem deve, ser banalizada a pretexto, em muitos
casos, de pseudo-nulidades processuais com reflexos no direito de ir e vir.
A propósito da organicidade e dinâmica do direito, impondo-se a
correção de rumos, bem discorreu o Ministro Marco Aurélio no voto
proferido no HC n. 109.956, que capitaneou a mudança de entendimento
na Segunda Turma, verbis:
“O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios,
expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do alcance da
Carta da República há de fazer-se de forma integrativa, mas também
considerada a regra de hermenêutica e aplicação do Direito que é
sistemática. O habeas corpus substitutivo de recurso ordinário, além
de não estar abrangido pela garantia constante do inciso LXVIII do
artigo 5º do Diploma Maior, não existindo qualquer previsão legal,
enfraquece este último documento, tornando-o desnecessário no que,
nos artigos 102, inciso II, alínea ‘a’, e 105, inciso II, alínea ‘a’, tem-se
3
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
HC 113.870 / MG
Destarte, afigura-se paradoxal, em tema de direito estrito, conferir
interpretação extensiva para abranger no rol de competências do
Supremo Tribunal hipóteses não sujeitas à sua jurisdição.
A prevalência do entendimento de que o Supremo Tribunal Federal
deve conhecer de habeas corpus substitutivo de recurso ordinário
constitucional contrasta com os meios de contenção de feitos, remota e
recentemente implementados - Súmula Vinculante e Repercussão Geral -
com o objetivo de viabilizar o exercício pleno, pelo Supremo Tribunal
Federal, da nobre função de guardião da Constituição da República.
E nem se argumente com o que se convencionou chamar de
jurisprudência defensiva. Não é disso que se trata, mas de necessária,
imperiosa e urgente reviravolta de entendimento em prol da
organicidade do direito, especificamente no que tange às competências
originária e recursal do Supremo Tribunal Federal para processar e julgar
habeas corpus e respectivo recurso ordinário, valendo acrescer que essa
ação nobre não pode, e nem deve, ser banalizada a pretexto, em muitos
casos, de pseudo-nulidades processuais com reflexos no direito de ir e vir.
A propósito da organicidade e dinâmica do direito, impondo-se a
correção de rumos, bem discorreu o Ministro Marco Aurélio no voto
proferido no HC n. 109.956, que capitaneou a mudança de entendimento
na Segunda Turma, verbis:
“O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios,
expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do alcance da
Carta da República há de fazer-se de forma integrativa, mas também
considerada a regra de hermenêutica e aplicação do Direito que é
sistemática. O habeas corpus substitutivo de recurso ordinário, além
de não estar abrangido pela garantia constante do inciso LXVIII do
artigo 5º do Diploma Maior, não existindo qualquer previsão legal,
enfraquece este último documento, tornando-o desnecessário no que,
nos artigos 102, inciso II, alínea ‘a’, e 105, inciso II, alínea ‘a’, tem-se
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Voto - MIN. LUIZ FUX
HC 113.870 / MG
a previsão de recurso ordinário constitucional a ser manuseado, em
tempo, para o Supremo, contra decisão proferida por tribunal superior
indeferindo ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça, contra ato de
tribunal regional federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a
sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para julgamento por
tribunal diverso, impugnando pronunciamento em idêntica medida
implica inviabilizar, em detrimento de outras situações em que
requerida, a jurisdição.
Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia dessa ação
maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o habeas
substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de rumos. Consigno
que, no tocante a habeas já formalizado sob a óptica da substituição do
recurso constitucional, não ocorrerá prejuízo para o paciente, ante a
possibilidade de vir-se a conceder, se for o caso, a ordem de ofício.”
A hipótese dos autos não permite a concessão, ex officio, da ordem.
In casu, o paciente foi pronunciado, em 30/11/2011, como incurso no
art. 121, § 2º, inc. II, c/c art. 14, II, do Código Penal, por dupla tentativa de
homicídio.
Antes, em 08/07/2011, fora decretada sua prisão preventiva para
garantia da ordem pública, por conveniência da instrução criminal e para
assegurar a aplicação da lei penal, litteris:
“Vistos.
A AUTORIDADE POLICIAL
representou pela
decretação da prisão preventiva de WAGNER MARTINS,
qualificado, argumentando para tanto, em em síntese, estarem
presentes prova de materialidade e indícios de autoria no
sentido de que o representado, no dia 28 de junho do corrente
ano, na Rua Maria das Dores Teixeira, Bairro do Rosário,
Piranga, em via pública, por volta das 18h30m tentou matar os
irmãos Marcelino Brito Rosalino e Marciano Aparecido
Rosalino.
4
Supremo Tribunal Federal
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HC 113.870 / MG
a previsão de recurso ordinário constitucional a ser manuseado, em
tempo, para o Supremo, contra decisão proferida por tribunal superior
indeferindo ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça, contra ato de
tribunal regional federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a
sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para julgamento por
tribunal diverso, impugnando pronunciamento em idêntica medida
implica inviabilizar, em detrimento de outras situações em que
requerida, a jurisdição.
Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia dessa ação
maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o habeas
substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de rumos. Consigno
que, no tocante a habeas já formalizado sob a óptica da substituição do
recurso constitucional, não ocorrerá prejuízo para o paciente, ante a
possibilidade de vir-se a conceder, se for o caso, a ordem de ofício.”
A hipótese dos autos não permite a concessão, ex officio, da ordem.
In casu, o paciente foi pronunciado, em 30/11/2011, como incurso no
art. 121, § 2º, inc. II, c/c art. 14, II, do Código Penal, por dupla tentativa de
homicídio.
Antes, em 08/07/2011, fora decretada sua prisão preventiva para
garantia da ordem pública, por conveniência da instrução criminal e para
assegurar a aplicação da lei penal, litteris:
“Vistos.
A AUTORIDADE POLICIAL
representou pela
decretação da prisão preventiva de WAGNER MARTINS,
qualificado, argumentando para tanto, em em síntese, estarem
presentes prova de materialidade e indícios de autoria no
sentido de que o representado, no dia 28 de junho do corrente
ano, na Rua Maria das Dores Teixeira, Bairro do Rosário,
Piranga, em via pública, por volta das 18h30m tentou matar os
irmãos Marcelino Brito Rosalino e Marciano Aparecido
Rosalino.
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Voto - MIN. LUIZ FUX
HC 113.870 / MG
Argumentou que a medida é necessária para garantia da
ordem pública é necessária para a garantia da ordem pública,
diante da gravidade dos delitos perpetrados pelo representado,
que agiu em via pública, sequer se importando com a presença
de crianças, acarretando o fato imensa repercussão social,
ficando demonstrada, ainda, a periculosidade do agente.
Acrescentou que a permanência do referido em liberdade
macula a imagem do Poder Público e fortalece o sentimento de
impunidade.
Asseverou ser a medida também necessária à aplicação da
lei penal, pois o representado se evadiu após o crime,
escondendo-se na zona rural e não se apresentou
espontaneamente (f. 2/11).
O Ministério Público opinou pelo acolhimento da
representação, sustentando estarem presentes os requisitos do
art. 312 do CPP, pois a gravidade dos crimes, ocorridos em via
pública e em horário de grande movimento, aliada à grande
comoção social ocasionada pelo fato impõem seja acautelada a
ordem pública.
Acrescentou que o representado, em liberdade, poderá
praticar outros delitos, sendo pessoa dotada de periculosidade,
citando ainda o B.O. de f. 41/44 e os depoimentos de f. 30, 38/40
e de f. 70.
[completar com a decisão da preventiva]
“.... depreende-se que o denunciado e a vítima Marcelo
são vizinhos, sendo que Marcelino e sua família residem no
imóvel situado aos fundos do imóvel ocupado por Wagner e
sua família, imóvel esse de propriedade de terceiros.
Depreende-se ainda a existência de divergências
anteriores entre os referidos relativa, ao que consta, à
disponibilização de energia elétrica na casa de Marcelino, que
teria sido interrompida por Wagner, a fim de que marcelino e
sua família deixasse o imóvel.
5
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Argumentou que a medida é necessária para garantia da
ordem pública é necessária para a garantia da ordem pública,
diante da gravidade dos delitos perpetrados pelo representado,
que agiu em via pública, sequer se importando com a presença
de crianças, acarretando o fato imensa repercussão social,
ficando demonstrada, ainda, a periculosidade do agente.
Acrescentou que a permanência do referido em liberdade
macula a imagem do Poder Público e fortalece o sentimento de
impunidade.
Asseverou ser a medida também necessária à aplicação da
lei penal, pois o representado se evadiu após o crime,
escondendo-se na zona rural e não se apresentou
espontaneamente (f. 2/11).
O Ministério Público opinou pelo acolhimento da
representação, sustentando estarem presentes os requisitos do
art. 312 do CPP, pois a gravidade dos crimes, ocorridos em via
pública e em horário de grande movimento, aliada à grande
comoção social ocasionada pelo fato impõem seja acautelada a
ordem pública.
Acrescentou que o representado, em liberdade, poderá
praticar outros delitos, sendo pessoa dotada de periculosidade,
citando ainda o B.O. de f. 41/44 e os depoimentos de f. 30, 38/40
e de f. 70.
[completar com a decisão da preventiva]
“.... depreende-se que o denunciado e a vítima Marcelo
são vizinhos, sendo que Marcelino e sua família residem no
imóvel situado aos fundos do imóvel ocupado por Wagner e
sua família, imóvel esse de propriedade de terceiros.
Depreende-se ainda a existência de divergências
anteriores entre os referidos relativa, ao que consta, à
disponibilização de energia elétrica na casa de Marcelino, que
teria sido interrompida por Wagner, a fim de que marcelino e
sua família deixasse o imóvel.
5
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Voto - MIN. LUIZ FUX
HC 113.870 / MG
Consta, ainda, que no dia dos fatos o denunciado jogou
aguardente no rosto de Marcelino em seguida, em plena via
pública, partiu para cima da vítima Marciano, esfaqueando-a e
ato contínuo passou a esfaquear o próprio Marcelino, na
presença de testemunhas, inclusive dos menores Francisco
Ventura da Silva, enteado de Marcelino, e Nathália Cristina
Coelho Pereira, que se encontrava no local.
O modus operandi do denunciado, sem dúvidas, constitui
elemento relevante para aferir sua personalidade, pois, ao que
parece, ele teria saído de casa armado, atirado aguardente na
face de uma das vítimas e pouco se importando em partir para
cima das vítimas em local de grande movimento nesta cidade,
dando-lhes diversas facadas, na presença, inclusive, de crianças.
Há relatos, ainda, no sentido de que o denunciado é
pessoa impulsiva, agressiva e dada a ameaças, especialmente
quando ingere bebida alcoólica. Nesse sentido são os
depoimentos de sua companheira e de seu cunhado. Consta,
ainda, que no dia anterior aos fatos o denunciado teria agredido
fisicamente sua companheira, que acionou a Polícia Militar,
tendo Wagner se evadido com a chegada da polícia, fazendo
com que sua companheira fosse se refugiar na casa de terceiros
(f. 36/38 e 53/54).
O Policial Militar Vicente Ferreira Ladeira Júnior declarou
ter recebido no dia 05/07/2011 ligação telefônica de pessoa
identificada, narrando que o denunciado estaria vindo para
Piranga, para ‘terminar de fazer o cara’, conforme se expressa,
motivo pelo qual a PMMG ficou em alerta, para proceder à sua
abordagem e busca pessoal (fl. 74).
Depreende-se, por fim, de sua Certidão de Antecedentes
Criminais, que o denunciado já figurou como autor do fato em
dois procedimentos de competência do Juizado Especial
Criminal, pela suposta prática dos delitos previstos nos artigo
129, 146 e 147 do Código Penal, tendo um deles como vítima
Marcelino Brito Rosalino, mesma vítima no presente caso.
Tais fatos são suficientes para se aferir, nesse momento, a
periculosidade do agente e seu pouco temor à ação Estatal, o
6
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
HC 113.870 / MG
Consta, ainda, que no dia dos fatos o denunciado jogou
aguardente no rosto de Marcelino em seguida, em plena via
pública, partiu para cima da vítima Marciano, esfaqueando-a e
ato contínuo passou a esfaquear o próprio Marcelino, na
presença de testemunhas, inclusive dos menores Francisco
Ventura da Silva, enteado de Marcelino, e Nathália Cristina
Coelho Pereira, que se encontrava no local.
O modus operandi do denunciado, sem dúvidas, constitui
elemento relevante para aferir sua personalidade, pois, ao que
parece, ele teria saído de casa armado, atirado aguardente na
face de uma das vítimas e pouco se importando em partir para
cima das vítimas em local de grande movimento nesta cidade,
dando-lhes diversas facadas, na presença, inclusive, de crianças.
Há relatos, ainda, no sentido de que o denunciado é
pessoa impulsiva, agressiva e dada a ameaças, especialmente
quando ingere bebida alcoólica. Nesse sentido são os
depoimentos de sua companheira e de seu cunhado. Consta,
ainda, que no dia anterior aos fatos o denunciado teria agredido
fisicamente sua companheira, que acionou a Polícia Militar,
tendo Wagner se evadido com a chegada da polícia, fazendo
com que sua companheira fosse se refugiar na casa de terceiros
(f. 36/38 e 53/54).
O Policial Militar Vicente Ferreira Ladeira Júnior declarou
ter recebido no dia 05/07/2011 ligação telefônica de pessoa
identificada, narrando que o denunciado estaria vindo para
Piranga, para ‘terminar de fazer o cara’, conforme se expressa,
motivo pelo qual a PMMG ficou em alerta, para proceder à sua
abordagem e busca pessoal (fl. 74).
Depreende-se, por fim, de sua Certidão de Antecedentes
Criminais, que o denunciado já figurou como autor do fato em
dois procedimentos de competência do Juizado Especial
Criminal, pela suposta prática dos delitos previstos nos artigo
129, 146 e 147 do Código Penal, tendo um deles como vítima
Marcelino Brito Rosalino, mesma vítima no presente caso.
Tais fatos são suficientes para se aferir, nesse momento, a
periculosidade do agente e seu pouco temor à ação Estatal, o
6
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Voto - MIN. LUIZ FUX
HC 113.870 / MG
que evidencia a inadequação da concessão de medidas
cautelares diversas da prisão, sendo alta a probabilidade de seu
descumprimento e de reiteração da ação criminosa,
especialmente em desfavor da vítima Marcelino, que embora
tenha ficado gravemente ferido, já teria recebido alta hospitalar.
Por outro lado, depreende-se do relato dos menores
testemunhas presenciais e de moradora do bairro que a
população local se encontra assustada e temerosa quanto à
presença do denunciado, especialmente os familiares das
vítimas, que residem no mesmo terreno que ele (f. 27/28, 30/32,
45/46 e 56/57).
Mostra-se, portanto, necessária a segregação cautelar do
representado para a garantia da ordem pública, considerando,
em última análise, o risco ponderável de novas ações
criminosas, apresentando-se, como já dito, insuficientes e
inadequadas para coibir tal risco a concessão de medidas
cautelares diversas, diante da personalidade e periculosidade
do denunciado, objetivamente extraídas dos elementos
probatórios até então colhidos.
Ademais, a prisão preventiva do denunciado também se
faz necessária para conveniência da instrução penal e para
garantir a aplicação da lei penal, eis que o referido fugiu após
os fatos, não tendo se apresentado espontaneamente perante a
Autoridade Policial, sendo localizado por policiais na zona
rural deste Município.
Há notícias, ainda, que no dia anterior aos fatos o
denunciado também fugiu, após sua companheira ter acionado
a PMMG em razão de agressão que teria sido por ele
perpetrada. Nota-se, dessa forma, que o denunciado tem
comportamento tendente a se furtar da aplicação da lei penal e
sua prisão cautelar também se ajusta à necessidade de
resguardar a credibilidade da Justiça Pública, considerando-se,
ademais, a inegável repercussão social do fato.
Assim, presentes os requisitos dos artigos 312 e 313, I, do
CPP, e, julgando inadequadas e insuficientes medidas
cautelares diversas, DECRETO A PRISÃO PREVENTIVA de
7
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Supremo Tribunal Federal
HC 113.870 / MG
que evidencia a inadequação da concessão de medidas
cautelares diversas da prisão, sendo alta a probabilidade de seu
descumprimento e de reiteração da ação criminosa,
especialmente em desfavor da vítima Marcelino, que embora
tenha ficado gravemente ferido, já teria recebido alta hospitalar.
Por outro lado, depreende-se do relato dos menores
testemunhas presenciais e de moradora do bairro que a
população local se encontra assustada e temerosa quanto à
presença do denunciado, especialmente os familiares das
vítimas, que residem no mesmo terreno que ele (f. 27/28, 30/32,
45/46 e 56/57).
Mostra-se, portanto, necessária a segregação cautelar do
representado para a garantia da ordem pública, considerando,
em última análise, o risco ponderável de novas ações
criminosas, apresentando-se, como já dito, insuficientes e
inadequadas para coibir tal risco a concessão de medidas
cautelares diversas, diante da personalidade e periculosidade
do denunciado, objetivamente extraídas dos elementos
probatórios até então colhidos.
Ademais, a prisão preventiva do denunciado também se
faz necessária para conveniência da instrução penal e para
garantir a aplicação da lei penal, eis que o referido fugiu após
os fatos, não tendo se apresentado espontaneamente perante a
Autoridade Policial, sendo localizado por policiais na zona
rural deste Município.
Há notícias, ainda, que no dia anterior aos fatos o
denunciado também fugiu, após sua companheira ter acionado
a PMMG em razão de agressão que teria sido por ele
perpetrada. Nota-se, dessa forma, que o denunciado tem
comportamento tendente a se furtar da aplicação da lei penal e
sua prisão cautelar também se ajusta à necessidade de
resguardar a credibilidade da Justiça Pública, considerando-se,
ademais, a inegável repercussão social do fato.
Assim, presentes os requisitos dos artigos 312 e 313, I, do
CPP, e, julgando inadequadas e insuficientes medidas
cautelares diversas, DECRETO A PRISÃO PREVENTIVA de
7
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Voto - MIN. LUIZ FUX
HC 113.870 / MG
Wagner Martins.”
O modus operandi, a revelar a periculosidade do agente, bem como a
ameaça a uma das vítimas e a circunstância de o paciente ter fugido
constituem bases empíricas idôneas e suficientes à adoção da prisão
preventiva, verbis:
PROCESSUAL PENAL E CONSTITUCIONAL.
HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA. GARANTIA DA
ORDEM PÚBLICA. PERICULOSIDADE EVIDENCIADA
PELO MODUS OPERANDI. PACIENTE MEMBRO DE
ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA. CONSTRANGIMENTO
ILEGAL. INOCORRÊNCIA. ORDEM INDEFERIDA.
1. A prisão preventiva se justifica quando demonstrada
sua real necessidade mediante a satisfação dos pressupostos a
que se refere o artigo 312 do CPP.
2.
A periculosidade do agente concretamente
demonstrada, acrescida da possibilidade de reiteração
criminosa e a participação em organização criminosa são
motivos idôneos para a manutenção da custódia cautelar, a fim
de garantir a ordem pública (HC n. 104.699/SP, 1ª Turma,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 23.11.10 e HC n.
103.107/MT, 1ª Turma, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJ de
29.11.10).
3.
In casu, a prisão preventiva foi satisfatoriamente
fundamentada na garantia da ordem pública, porquanto o
paciente é “portador de vasta e perigosa antecedência infracional,
ocupante de elevado status na hierarquia da facção criminosa que se
intitula Primeiro Comando da Capital (PCC), da qual é ocupante
malgrado custodiado em unidade prisional de regime disciplinar
diferenciado”. Ademais, foi constatado que o paciente, mesmo
preso, vinha negociando o tráfico de drogas por meio de
telefone celular.
4. Atos que implicaram a interceptação telefônica não
podem ser examinados no presente writ, sob pena de supressão
de instância, uma vez que a matéria não foi conhecida pelo STJ.
8
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HC 113.870 / MG
Wagner Martins.”
O modus operandi, a revelar a periculosidade do agente, bem como a
ameaça a uma das vítimas e a circunstância de o paciente ter fugido
constituem bases empíricas idôneas e suficientes à adoção da prisão
preventiva, verbis:
PROCESSUAL PENAL E CONSTITUCIONAL.
HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA. GARANTIA DA
ORDEM PÚBLICA. PERICULOSIDADE EVIDENCIADA
PELO MODUS OPERANDI. PACIENTE MEMBRO DE
ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA. CONSTRANGIMENTO
ILEGAL. INOCORRÊNCIA. ORDEM INDEFERIDA.
1. A prisão preventiva se justifica quando demonstrada
sua real necessidade mediante a satisfação dos pressupostos a
que se refere o artigo 312 do CPP.
2.
A periculosidade do agente concretamente
demonstrada, acrescida da possibilidade de reiteração
criminosa e a participação em organização criminosa são
motivos idôneos para a manutenção da custódia cautelar, a fim
de garantir a ordem pública (HC n. 104.699/SP, 1ª Turma,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 23.11.10 e HC n.
103.107/MT, 1ª Turma, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJ de
29.11.10).
3.
In casu, a prisão preventiva foi satisfatoriamente
fundamentada na garantia da ordem pública, porquanto o
paciente é “portador de vasta e perigosa antecedência infracional,
ocupante de elevado status na hierarquia da facção criminosa que se
intitula Primeiro Comando da Capital (PCC), da qual é ocupante
malgrado custodiado em unidade prisional de regime disciplinar
diferenciado”. Ademais, foi constatado que o paciente, mesmo
preso, vinha negociando o tráfico de drogas por meio de
telefone celular.
4. Atos que implicaram a interceptação telefônica não
podem ser examinados no presente writ, sob pena de supressão
de instância, uma vez que a matéria não foi conhecida pelo STJ.
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Voto - MIN. LUIZ FUX
HC 113.870 / MG
Precedentes: HC 100595/SP, Relatora Min. ELLEN GRACIE,
Segunda Turma, julgado em 22/2/2011, DJ de 9/3/2011; HC
100616/SP, Relator Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma,
Julgamento em 08/02/2011, DJ de 14/3/2011; HC 103835/SP
Relator: Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma,
Julgamento em 14/12/2010, DJ de 8/2/2011; HC 98616/SP,
Relator: Min. DIAS TOFFOLI, Órgão Julgador: Primeira Turma,
Julgamento em 14/12/2010.
5. Ordem denegada.
EMENTA: HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL.
PROCESSO PENAL. IMPUTAÇÃO DOS CRIMES DE
TRÁFICO E ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO DE
ENTORPECENTES. 1. ALEGAÇÃO DE EXCESSO DE PRAZO
PARA A FORMAÇÃO DA CULPA. SUPERVENIÊNCIA DA
SENTENÇA
CONDENATÓRIA.
IMPETRAÇÃO
PREJUDICADA NESTA PARTE. 2. ALEGAÇÃO DE
AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO PARA DECRETAÇÃO
DA
PRISÃO
PREVENTIVA.
POSSIBILIDADE
DE
REITERAÇÃO DELITIVA. FUNDAMENTO IDÔNEO. 1. A
superveniência de sentença condenatória torna superada a
questão relativa ao excesso de prazo para a formação da culpa.
Prejuízo da presente impetração nesta parte. 2. Conforme
reiterada jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o habeas
corpus fica prejudicado apenas quando a sentença condenatória
que mantém o réu preso utiliza fundamentos diversos do
decreto de prisão preventiva, o que não ocorreu na espécie
vertente. 3. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal
firmou-se no sentido de que a possibilidade de reiteração
criminosa e a participação em organização criminosa são
motivos idôneos para a manutenção da custódia cautelar, a fim
de garantir a ordem pública. 4. Ordem parcialmente
prejudicada e, na parte conhecida, denegada. (HC n.
104.699/SP, 1ª Turma, Relatora a Ministra CÁRMEN LÚCIA, DJ
de 23.11.10)
9
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
HC 113.870 / MG
Precedentes: HC 100595/SP, Relatora Min. ELLEN GRACIE,
Segunda Turma, julgado em 22/2/2011, DJ de 9/3/2011; HC
100616/SP, Relator Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma,
Julgamento em 08/02/2011, DJ de 14/3/2011; HC 103835/SP
Relator: Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma,
Julgamento em 14/12/2010, DJ de 8/2/2011; HC 98616/SP,
Relator: Min. DIAS TOFFOLI, Órgão Julgador: Primeira Turma,
Julgamento em 14/12/2010.
5. Ordem denegada.
EMENTA: HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL.
PROCESSO PENAL. IMPUTAÇÃO DOS CRIMES DE
TRÁFICO E ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO DE
ENTORPECENTES. 1. ALEGAÇÃO DE EXCESSO DE PRAZO
PARA A FORMAÇÃO DA CULPA. SUPERVENIÊNCIA DA
SENTENÇA
CONDENATÓRIA.
IMPETRAÇÃO
PREJUDICADA NESTA PARTE. 2. ALEGAÇÃO DE
AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO PARA DECRETAÇÃO
DA
PRISÃO
PREVENTIVA.
POSSIBILIDADE
DE
REITERAÇÃO DELITIVA. FUNDAMENTO IDÔNEO. 1. A
superveniência de sentença condenatória torna superada a
questão relativa ao excesso de prazo para a formação da culpa.
Prejuízo da presente impetração nesta parte. 2. Conforme
reiterada jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o habeas
corpus fica prejudicado apenas quando a sentença condenatória
que mantém o réu preso utiliza fundamentos diversos do
decreto de prisão preventiva, o que não ocorreu na espécie
vertente. 3. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal
firmou-se no sentido de que a possibilidade de reiteração
criminosa e a participação em organização criminosa são
motivos idôneos para a manutenção da custódia cautelar, a fim
de garantir a ordem pública. 4. Ordem parcialmente
prejudicada e, na parte conhecida, denegada. (HC n.
104.699/SP, 1ª Turma, Relatora a Ministra CÁRMEN LÚCIA, DJ
de 23.11.10)
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 21
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Voto - MIN. LUIZ FUX
HC 113.870 / MG
EMENTA Habeas corpus. Processual penal. Homicídio
duplamente qualificado e ocultação de cadáver. Prisão
preventiva devidamente fundamentada. Gravidade concreta
demonstrada pelo modus operandi e pela coação empreendida
sobre testemunha. Periculosidade do paciente. Cautelaridade
suficientemente demonstrada. Precedentes. 1. A análise da
segregação cautelar do paciente autoriza o reconhecimento de
que existem fundamentos concretos e suficientes para justificar
a privação processual da sua liberdade, nos termos do art. 312
do Código de Processo Penal. 2. É da jurisprudência da Corte o
entendimento segundo o qual, “quando da maneira de
execução do delito sobressair a extrema periculosidade do
agente, abre-se ao decreto de prisão a possibilidade de
estabelecer um vínculo funcional entre o modus operandi do
suposto crime e a garantia da ordem pública” (HC nº
97.688/MG, Primeira Turma, Relator o Ministro Ayres Britto,
DJe de 27/11/09). 3. Habeas corpus denegado. (HC 103.107/MT,
1ª Turma, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJ de 29.11.10).
EMENTA: PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS.
ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR CONTRA NETA
ADOTIVA DE NOVE ANOS. PRISÃO PREVENTIVA PARA
GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. PERICULOSIDADE
EVIDENCIADA PELO MODUS OPERANDI. FUNDAMENTOS
IDÔNEOS.
GRAVIDADE
CONCRETA.
SENTENÇA
CONDENATÓRIA.
AUSÊNCIA
DE
ILEGALIDADE.
PRECEDENTES. ORDEM DENEGADA.
1. A gravidade concreta do delito ante o modus operandi
empregado, assentada em sentença condenatória, e a
possibilidade de reiteração criminosa são motivos idôneos para
a manutenção da custódia cautelar, a fim de garantir a ordem
pública (HC n. 104.699/SP, 1ª Turma, Relatora a Ministra
CÁRMEN LÚCIA, DJ de 23.11.10 e HC n. 103.107/MT, 1ª
Turma, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJ de 29.11.10).
2. In casu, o paciente foi preso em flagrante e,
posteriormente, condenado pela prática de abusos sexuais
10
Supremo Tribunal Federal
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HC 113.870 / MG
EMENTA Habeas corpus. Processual penal. Homicídio
duplamente qualificado e ocultação de cadáver. Prisão
preventiva devidamente fundamentada. Gravidade concreta
demonstrada pelo modus operandi e pela coação empreendida
sobre testemunha. Periculosidade do paciente. Cautelaridade
suficientemente demonstrada. Precedentes. 1. A análise da
segregação cautelar do paciente autoriza o reconhecimento de
que existem fundamentos concretos e suficientes para justificar
a privação processual da sua liberdade, nos termos do art. 312
do Código de Processo Penal. 2. É da jurisprudência da Corte o
entendimento segundo o qual, “quando da maneira de
execução do delito sobressair a extrema periculosidade do
agente, abre-se ao decreto de prisão a possibilidade de
estabelecer um vínculo funcional entre o modus operandi do
suposto crime e a garantia da ordem pública” (HC nº
97.688/MG, Primeira Turma, Relator o Ministro Ayres Britto,
DJe de 27/11/09). 3. Habeas corpus denegado. (HC 103.107/MT,
1ª Turma, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJ de 29.11.10).
EMENTA: PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS.
ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR CONTRA NETA
ADOTIVA DE NOVE ANOS. PRISÃO PREVENTIVA PARA
GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. PERICULOSIDADE
EVIDENCIADA PELO MODUS OPERANDI. FUNDAMENTOS
IDÔNEOS.
GRAVIDADE
CONCRETA.
SENTENÇA
CONDENATÓRIA.
AUSÊNCIA
DE
ILEGALIDADE.
PRECEDENTES. ORDEM DENEGADA.
1. A gravidade concreta do delito ante o modus operandi
empregado, assentada em sentença condenatória, e a
possibilidade de reiteração criminosa são motivos idôneos para
a manutenção da custódia cautelar, a fim de garantir a ordem
pública (HC n. 104.699/SP, 1ª Turma, Relatora a Ministra
CÁRMEN LÚCIA, DJ de 23.11.10 e HC n. 103.107/MT, 1ª
Turma, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJ de 29.11.10).
2. In casu, o paciente foi preso em flagrante e,
posteriormente, condenado pela prática de abusos sexuais
10
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3172671
Voto - MIN. LUIZ FUX
HC 113.870 / MG
contra sua neta adotiva, demonstrando a sua periculosidade
social e a possibilidade concreta de reiteração criminosa ante a
relação de ascendência consanguínea com a mãe adotiva da
vítima.
3. Parecer do MPF pela denegação da ordem.
4. Ordem DENEGADA.
(HC 102.472, 1ª Turma, Rel. o Min. Marco Aurélio, Redator
p/ o acórdão Min. Luiz Fux, j. Em 16/08/2011)
HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO QUALIFICADO.
PRISÃO PREVENTIVA. GARANTIA DA INSTRUÇÃO
CRIMINAL. AMEAÇA À TESTEMUNHA DO ASSASSÍNIO.
MUDANÇA DE ENDEREÇO DA FAMÍLIA DA VÍTIMA.
FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. TRANCAMENTO DE AÇÃO
PENAL. EXCEPCIONALIDADE NÃO CONFIGURADA.
ORDEM DENEGADA. 1. Se a liberdade do acusado está a
dificultar a coleta dos elementos de convicção necessários ao
alcance da verdade processual — notadamente quando a
envolver indevida influência à prova testemunhal —, faz-se
necessária a decretação da prisão preventiva. Noutras palavras:
o risco de o acusado criar obstáculos para a coleta da prova é o
bastante para a decretação da prisão preventiva, sob o título da
conveniência da instrução criminal. 2. A jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal é firme quanto à excepcionalidade
do trancamento de ação penal pela via processualmente contida
do habeas corpus. É que a via estreita do habeas corpus não se
presta para a renovação de atos próprios da instrução criminal.
3. A Carta Magna de 1988, ao cuidar do habeas corpus, pelo
inciso LXVIII do art. 5º, autoriza o respectivo manejo “sempre
que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou
coação em sua liberdade de locomoção”. Mas a Constituição
não pára por aí e arremata o seu discurso: “por ilegalidade ou
abuso de poder”. De outro modo, aliás, não podia ser, pois
ilegalidade e abuso de poder não se presumem; a presunção é
exatamente inversa. Pelo que, ou os autos dão conta de uma
violência indevida, de um cerceio absolutamente antijurídico
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Supremo Tribunal Federal
HC 113.870 / MG
contra sua neta adotiva, demonstrando a sua periculosidade
social e a possibilidade concreta de reiteração criminosa ante a
relação de ascendência consanguínea com a mãe adotiva da
vítima.
3. Parecer do MPF pela denegação da ordem.
4. Ordem DENEGADA.
(HC 102.472, 1ª Turma, Rel. o Min. Marco Aurélio, Redator
p/ o acórdão Min. Luiz Fux, j. Em 16/08/2011)
HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO QUALIFICADO.
PRISÃO PREVENTIVA. GARANTIA DA INSTRUÇÃO
CRIMINAL. AMEAÇA À TESTEMUNHA DO ASSASSÍNIO.
MUDANÇA DE ENDEREÇO DA FAMÍLIA DA VÍTIMA.
FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. TRANCAMENTO DE AÇÃO
PENAL. EXCEPCIONALIDADE NÃO CONFIGURADA.
ORDEM DENEGADA. 1. Se a liberdade do acusado está a
dificultar a coleta dos elementos de convicção necessários ao
alcance da verdade processual — notadamente quando a
envolver indevida influência à prova testemunhal —, faz-se
necessária a decretação da prisão preventiva. Noutras palavras:
o risco de o acusado criar obstáculos para a coleta da prova é o
bastante para a decretação da prisão preventiva, sob o título da
conveniência da instrução criminal. 2. A jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal é firme quanto à excepcionalidade
do trancamento de ação penal pela via processualmente contida
do habeas corpus. É que a via estreita do habeas corpus não se
presta para a renovação de atos próprios da instrução criminal.
3. A Carta Magna de 1988, ao cuidar do habeas corpus, pelo
inciso LXVIII do art. 5º, autoriza o respectivo manejo “sempre
que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou
coação em sua liberdade de locomoção”. Mas a Constituição
não pára por aí e arremata o seu discurso: “por ilegalidade ou
abuso de poder”. De outro modo, aliás, não podia ser, pois
ilegalidade e abuso de poder não se presumem; a presunção é
exatamente inversa. Pelo que, ou os autos dão conta de uma
violência indevida, de um cerceio absolutamente antijurídico
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Voto - MIN. LUIZ FUX
HC 113.870 / MG
por abuso de poder ou por ilegalidade, ou de habeas corpus
não se pode socorrer o paciente; ou seja, o indeferimento do
habeas corpus não é uma exceção; exceção é o trancamento da
ação penal à luz desses elementos interpretativos diretamente
hauridos da Constituição. 4. Ordem denegada. (HC 105614/RJ,
rel. Min. Ayres Britto, 2ª Turma, DJ de 10/6/2011)
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. HABEAS CORPUS.
PRISÃO PREVENTIVA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA E
DA INSTRUÇÃO CRIMINAL. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA.
AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE OU FLAGRANTE ABUSO DE
PODER. NEGATIVA DE TRÂNSITO À AÇÃO
CONSTITUCIONAL. ÓBICE DA SÚMULA 691/STF. AGRAVO
REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. A jurisprudência desta nossa
Corte é firme no sentido do não-conhecimento de HC
sucessivamente impetrado antes do julgamento de mérito nas
instâncias anteriores (cf. HC 79.776, da relatoria do ministro
Moreira Alves; HC 76.347-QO, da relatoria do ministro Moreira
Alves; HC 79.238, da relatoria do ministro Moreira Alves; HC
79.748, da relatoria do ministro Celso de Mello; e HC 79.775, da
relatoria do ministro Maurício Corrêa). Jurisprudência que deu
origem à Súmula 691/STF, segundo a qual “não compete ao
Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus
impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus
requerido a tribunal superior, indefere a liminar”. 2. É certo que
esse entendimento jurisprudencial sumular comporta
abrandamento, mas apenas quando de logo avulta que o cerceio
à liberdade de locomoção do paciente decorre de ilegalidade ou
de abuso de poder (inciso LXVIII do art. 5º da CF/88). O que
não é o caso dos autos. Caso em que o decreto de prisão
preventiva está assentado em circunstâncias concretas,
indicativas de risco à ordem pública e de ameaças à
testemunhas. 3. Agravo regimental desprovido. (HC 106236-
AgR/RJ, rel. Min. Ayres Britto, 2ª Turma, DJ de 6/4/2011)
EMENTA: HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA.
12
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por abuso de poder ou por ilegalidade, ou de habeas corpus
não se pode socorrer o paciente; ou seja, o indeferimento do
habeas corpus não é uma exceção; exceção é o trancamento da
ação penal à luz desses elementos interpretativos diretamente
hauridos da Constituição. 4. Ordem denegada. (HC 105614/RJ,
rel. Min. Ayres Britto, 2ª Turma, DJ de 10/6/2011)
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. HABEAS CORPUS.
PRISÃO PREVENTIVA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA E
DA INSTRUÇÃO CRIMINAL. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA.
AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE OU FLAGRANTE ABUSO DE
PODER. NEGATIVA DE TRÂNSITO À AÇÃO
CONSTITUCIONAL. ÓBICE DA SÚMULA 691/STF. AGRAVO
REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. A jurisprudência desta nossa
Corte é firme no sentido do não-conhecimento de HC
sucessivamente impetrado antes do julgamento de mérito nas
instâncias anteriores (cf. HC 79.776, da relatoria do ministro
Moreira Alves; HC 76.347-QO, da relatoria do ministro Moreira
Alves; HC 79.238, da relatoria do ministro Moreira Alves; HC
79.748, da relatoria do ministro Celso de Mello; e HC 79.775, da
relatoria do ministro Maurício Corrêa). Jurisprudência que deu
origem à Súmula 691/STF, segundo a qual “não compete ao
Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus
impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus
requerido a tribunal superior, indefere a liminar”. 2. É certo que
esse entendimento jurisprudencial sumular comporta
abrandamento, mas apenas quando de logo avulta que o cerceio
à liberdade de locomoção do paciente decorre de ilegalidade ou
de abuso de poder (inciso LXVIII do art. 5º da CF/88). O que
não é o caso dos autos. Caso em que o decreto de prisão
preventiva está assentado em circunstâncias concretas,
indicativas de risco à ordem pública e de ameaças à
testemunhas. 3. Agravo regimental desprovido. (HC 106236-
AgR/RJ, rel. Min. Ayres Britto, 2ª Turma, DJ de 6/4/2011)
EMENTA: HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA.
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Voto - MIN. LUIZ FUX
HC 113.870 / MG
REQUISITOS
CAUTELARES
DEVIDAMENTE
DEMONSTRADOS.
AUSENTE
CONSTRANGIMENTO
ILEGAL. LIMINAR CASSADA. ORDEM DENEGADA. 1. O
decreto de prisão preventiva está devidamente fundamentado:
i) na garantia da aplicação da lei penal, considerando a fuga do
paciente após o fato criminoso, não sendo encontrado mesmo
depois das diligências policiais para tanto; ii) na garantia da
ordem pública, considerando a personalidade violenta do
paciente, que teria assassinado a vítima simplesmente por ser
sua adversária política no Município; e iii) na garantia da
instrução criminal, considerado que o paciente, por exercer
forte influência sobre a comunidade, poderia prejudicar a busca
de provas. 2. Ausente constrangimento ilegal, revoga-se a
liminar concedida. 3. Ordem denegada. (HC 101934/RS, rel.
Min. Joaquim Barbosa, DJ de 14/9/2010).
HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA. TENTATIVA
DE HOMICÍDIO. FALTA DE REAL FUNDAMENTAÇÃO DA
PRISÃO CAUTELAR QUANTO À GARANTIA DA ORDEM
PÚBLICA. IDONEIDADE DO DECRETO PARA A
CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL E
APLICAÇÃO DA LEI PENAL. INDEVIDA INFLUÊNCIA NO
ÂNIMO DAS TESTEMUNHAS E FUGA DO ACUSADO LOGO
APÓS O DELITO. ORDEM DENEGADA. 1. Em matéria de
prisão provisória, a garantia da fundamentação das decisões
judiciais implica a assunção do dever de demonstrar que o
aprisionamento satisfaz pelo menos um dos requisitos do art.
312 do Código de Processo Penal. Sem o que se dá a inversão da
lógica elementar da Constituição, segundo a qual a presunção
de não-culpabilidade prevalece até o momento do trânsito em
julgado da sentença penal condenatória. 2. No tocante ao
fundamento da garantia da ordem pública, não foi atendido o
dever jurisdicional de fundamentação real das decisões (inciso
IX do art. 93 da CF/88). No particular, nada obstante o uso de
palavras de intensa carga emocional e força retórica, a decisão
em causa apenas reproduz circunstâncias elementares do delito
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HC 113.870 / MG
REQUISITOS
CAUTELARES
DEVIDAMENTE
DEMONSTRADOS.
AUSENTE
CONSTRANGIMENTO
ILEGAL. LIMINAR CASSADA. ORDEM DENEGADA. 1. O
decreto de prisão preventiva está devidamente fundamentado:
i) na garantia da aplicação da lei penal, considerando a fuga do
paciente após o fato criminoso, não sendo encontrado mesmo
depois das diligências policiais para tanto; ii) na garantia da
ordem pública, considerando a personalidade violenta do
paciente, que teria assassinado a vítima simplesmente por ser
sua adversária política no Município; e iii) na garantia da
instrução criminal, considerado que o paciente, por exercer
forte influência sobre a comunidade, poderia prejudicar a busca
de provas. 2. Ausente constrangimento ilegal, revoga-se a
liminar concedida. 3. Ordem denegada. (HC 101934/RS, rel.
Min. Joaquim Barbosa, DJ de 14/9/2010).
HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA. TENTATIVA
DE HOMICÍDIO. FALTA DE REAL FUNDAMENTAÇÃO DA
PRISÃO CAUTELAR QUANTO À GARANTIA DA ORDEM
PÚBLICA. IDONEIDADE DO DECRETO PARA A
CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL E
APLICAÇÃO DA LEI PENAL. INDEVIDA INFLUÊNCIA NO
ÂNIMO DAS TESTEMUNHAS E FUGA DO ACUSADO LOGO
APÓS O DELITO. ORDEM DENEGADA. 1. Em matéria de
prisão provisória, a garantia da fundamentação das decisões
judiciais implica a assunção do dever de demonstrar que o
aprisionamento satisfaz pelo menos um dos requisitos do art.
312 do Código de Processo Penal. Sem o que se dá a inversão da
lógica elementar da Constituição, segundo a qual a presunção
de não-culpabilidade prevalece até o momento do trânsito em
julgado da sentença penal condenatória. 2. No tocante ao
fundamento da garantia da ordem pública, não foi atendido o
dever jurisdicional de fundamentação real das decisões (inciso
IX do art. 93 da CF/88). No particular, nada obstante o uso de
palavras de intensa carga emocional e força retórica, a decisão
em causa apenas reproduz circunstâncias elementares do delito
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Voto - MIN. LUIZ FUX
HC 113.870 / MG
e reporta-se à gravidade abstrata da suposta conduta de
tentativa de homicídio. 3. Idoneidade do decreto prisional para
a conveniência da instrução criminal e garantia da aplicação da
lei penal. As peças que instruem o processo revelam que o
paciente interferiu no ânimo tanto da vítima quanto de
testemunhas do processo. Peças que também evidenciam que o
acusado se evadiu do distrito da culpa, logo após a prática
delituosa. O que representa a clara intenção de frustrar a
aplicação da lei penal. A preencher, nesses dois pontos
específicos, a finalidade do art. 312 do Código de Processo
Penal. 4. Ordem denegada. (HC 101309/PE, Rel. Min. Ayres
Britto, 1ª Turma, DJ de 7/5/2010).
O exame da tese de legítima demanda aprofundada análise de fatos
e provas, insuscetível em sede de habeas corpus.
Habeas corpus extinto, sem julgamento do mérito.
14
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e reporta-se à gravidade abstrata da suposta conduta de
tentativa de homicídio. 3. Idoneidade do decreto prisional para
a conveniência da instrução criminal e garantia da aplicação da
lei penal. As peças que instruem o processo revelam que o
paciente interferiu no ânimo tanto da vítima quanto de
testemunhas do processo. Peças que também evidenciam que o
acusado se evadiu do distrito da culpa, logo após a prática
delituosa. O que representa a clara intenção de frustrar a
aplicação da lei penal. A preencher, nesses dois pontos
específicos, a finalidade do art. 312 do Código de Processo
Penal. 4. Ordem denegada. (HC 101309/PE, Rel. Min. Ayres
Britto, 1ª Turma, DJ de 7/5/2010).
O exame da tese de legítima demanda aprofundada análise de fatos
e provas, insuscetível em sede de habeas corpus.
Habeas corpus extinto, sem julgamento do mérito.
14
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 113.870 MINAS GERAIS
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, ocorre o
excesso de prazo quanto à custódia, não havendo júri designado. É certo
que o paciente foi pronunciado, mas a sentença de pronúncia não se
mostra fator interruptivo do excesso de prazo relativo à prisão
preventiva.
Portanto, concedo a ordem.
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 113.870 MINAS GERAIS
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, ocorre o
excesso de prazo quanto à custódia, não havendo júri designado. É certo
que o paciente foi pronunciado, mas a sentença de pronúncia não se
mostra fator interruptivo do excesso de prazo relativo à prisão
preventiva.
Portanto, concedo a ordem.
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 113.870
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
PACTE.(S) : WAGNER MARTINS
IMPTE.(S) : CLÁUDIO MÁRCIO DE REZENDE ARAÚJO
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: Por unanimidade, a Turma julgou extinta a ordem de
habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do
voto do Relator. Por maioria de votos, rejeitou a proposta
formulada pelo Senhor Ministro Marco Aurélio no sentido da
concessão da ordem, de ofício. Presidência do Senhor Ministro Dias
Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 113.870
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
PACTE.(S) : WAGNER MARTINS
IMPTE.(S) : CLÁUDIO MÁRCIO DE REZENDE ARAÚJO
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: Por unanimidade, a Turma julgou extinta a ordem de
habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do
voto do Relator. Por maioria de votos, rejeitou a proposta
formulada pelo Senhor Ministro Marco Aurélio no sentido da
concessão da ordem, de ofício. Presidência do Senhor Ministro Dias
Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 21 de 21
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3172671 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-10T00:00:00 | Por unanimidade, a Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto do Relator. Por maioria de votos, rejeitou a proposta formulada pelo Senhor Ministro Marco Aurélio no sentido da concessão da ordem, de ofício. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | HABEAS CORPUS | Ementa: Processual penal e constitucional. Habeas corpus substitutivo de recurso ordinário constitucional. Competência do Supremo Tribunal para julgar habeas corpus: CF, art. 102, I, ‘d’ e ‘i’. Rol taxativo. Matéria de direito estrito. Interpretação extensiva: Paradoxo. Organicidade do Direito. Dupla tentativa de homicídio qualificado pelo motivo fútil – CP, art. 121, § 2º, II, c/c art. 14, II. Prisão preventiva para garantia da ordem pública, por conveniência da instrução criminal e da aplicação da lei penal. Modus operandi. Periculosidade do agente. Ameaça concreta a testemunha. Fundamentação idônea.
1. A competência originária do Supremo Tribunal Federal para conhecer e julgar habeas corpus está definida, taxativamente, no artigo 102, inciso I, alíneas “d” e “i”, da Constituição Federal, sendo certo que o paciente não está inserido em nenhuma dessas alíneas.
2. A periculosidade in concreto revelada pelo modus operandi da prática delituosa justifica a prisão cautelar para garantia da ordem pública, na linha de reiterados precedentes desta Corte: HC n. 104.699/SP, 1ª Turma, Relatora a Ministra CÁRMEN LÚCIA, DJ de 23.11.10; HC 103.107/MT, 1ª Turma, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJ de 29.11.10; e HC 102.472, 1ª Turma, Rel. o Min. Marco Aurélio, Redator p/ o acórdão Min. Luiz Fux, j. Em 16/08/2011.
3. A prova dos autos não permite a concessão, ex officio, da ordem, visto que:
a) In casu, o Juiz, ao determinar a prisão preventiva, assentou que “O modus operandi do denunciado, sem dúvidas, constitui elemento relevante para aferir sua personalidade, pois, ao que parece, ele teria saído de casa armado, atirado aguardente na face de uma das vítimas e pouco se importando em partir para cima das vítimas em local de grande movimento nesta cidade, dando-lhes diversas facadas, na presença, inclusive, de crianças”, passando, em seguida, a esfaquear o irmão da vítima;
b) colhe-se ainda da decisão que determinou a prisão preventiva que, a partir do “... relato dos menores testemunhas presenciais e de moradora do bairro que a população local se encontra assustada e temerosa quanto à presença do denunciado, especialmente os familiares das vítimas, que residem no mesmo terreno que ele”, tudo a reforçar a necessidade de cerceio ante tempus da liberdade;
c) a ameaça a testemunha constitui justificativa suficiente à custódia cautelar por conveniência da instrução criminal. Precedentes: HC 105614/RJ, Rel. Min. Ayres Britto, 2ª Turma, DJ de 10/6/2011; e HC 106236-AgR/RJ, Rel. Min. Ayres Britto, 2ª Turma, DJ de 6/4/2011; HC 101309/PE, Rel. Min. Ayres Britto, 1ª Turma, DJ de 7/5/2010)
3. Habeas corpus extinto, sem julgamento do mérito. | sjur221137 | - Acórdão(s) citado(s):
(PRISÃO PREVENTIVA, GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA, "MODUS OPERANDI")
STF: HC 104699 (1ªT), HC 103107 (1ªT).
(PRISÃO PREVENTIVA, CONVENIÊNCIA DA INSRUÇÃO CRIMINAL, AMEAÇA À TESTEMUNHA)
STF: HC 105614 (2ªT), HC 106236 AgR (2ªT), HC 101309 (1ªT),
HC 101934 (2ªT).
(SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, COMPETÊNCIA)
STF: Pet 1738 AgR (TP)
(SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO)
STF: HC 109956 (1ªT).
Número de páginas: 21.
Análise: 16/01/2013, MMR.
Revisão: 01/02/2013, IMC. | LUIZ FUX | Primeira Turma | 113870 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 INC-00001 LET-D LET-I\r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n",
"LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00014 INC-00002 ART-00121 PAR-00002\r\n INC-00002 \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL"
] | HC | acordaos | HC 113870 | [
""
] | PACTE.(S) : WAGNER MARTINS
IMPTE.(S) : CLÁUDIO MÁRCIO DE REZENDE ARAÚJO
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 113 . 870",
"HC n . 104 . 699 / SP",
"HC 103 . 107 / MT",
"HC 102 . 472",
"HC 113 . 870 / MG",
"HC 105614 / RJ",
"HC 106236 - AgR / RJ",
"HC 101309 / PE",
"HC 113 . 870 / MG",
"HC 105614 / RJ",
"HC 106236 - AgR / RJ",
"HC 101309 / PE",
"HABEAS CORPUS 113 . 870",
"SÚMULA 21 / STJ",
"HABEAS CORPUS 113 . 870",
"SÚMULA 21 / STJ",
"HC 113 . 870 / MG",
"Súmula [UNK] 21 / STJ",
"HC 113 . 870 / MG",
"Súmula [UNK] 21 / STJ",
"HC 113 . 870 / MG",
"HC 113 . 870 / MG",
"HABEAS CORPUS 113 . 870",
"Pet 1738 - AgRg",
"HABEAS CORPUS 113 . 870",
"Pet 1738 - AgRg",
"HC 113 . 870 / MG",
"HC 113 . 870 / MG",
"HC 113 . 870 / MG",
"HC n . 109 . 956",
"HC 113 . 870 / MG",
"HC n . 109 . 956",
"HC 113 . 870 / MG",
"HC 113 . 870 / MG",
"HC 113 . 870",
"HC 113 . 870 / MG",
"HC 113 . 870 / MG",
"HC 113 . 870 / MG",
"HC 113 . 870 / MG",
"HC 113 . 870 / MG",
"HC 113 . 870 / MG",
"HC n . 104 . 699 / SP",
"HC n . 103 . 107 / MT",
"HC 113 . 870 / MG",
"HC n . 104 . 699 / SP",
"HC n . 103 . 107 / MT",
"HC 113 . 870 / MG",
"HC 100595 / SP",
"HC 100616 / SP",
"HC 103835 / SP",
"HC 98616 / SP",
"HC n . 104 . 699 / SP",
"HC 113 . 870 / MG",
"HC 100595 / SP",
"HC 100616 / SP",
"HC 103835 / SP",
"HC 98616 / SP",
"HC n . 104 . 699 / SP",
"HC 113 . 870 / MG",
"HC [UNK] 97 . 688 / MG",
"HC 103 . 107 / MT",
"HC n . 104 . 699 / SP",
"HC n . 103 . 107 / MT",
"HC 113 . 870 / MG",
"HC [UNK] 97 . 688 / MG",
"HC 103 . 107 / MT",
"HC n . 104 . 699 / SP",
"HC n . 103 . 107 / MT",
"HC 113 . 870 / MG",
"HC 102 . 472",
"HC 113 . 870 / MG",
"HC 102 . 472",
"HC 113 . 870 / MG",
"HC 105614 / RJ",
"SÚMULA 691 / STF",
"HC 79 . 776",
"HC 76 . 347 - QO",
"HC 79 . 238",
"HC 79 . 748",
"HC 79 . 775",
"Súmula 691 / STF",
"HC 106236 - AgR / RJ",
"HC 113 . 870 / MG",
"HC 105614 / RJ",
"SÚMULA 691 / STF",
"HC 79 . 776",
"HC 76 . 347 - QO",
"HC 79 . 238",
"HC 79 . 748",
"HC 79 . 775",
"Súmula 691 / STF",
"HC 106236 - AgR / RJ",
"HC 113 . 870 / MG",
"HC 101934 / RS",
"HC 113 . 870 / MG",
"HC 101934 / RS",
"HC 113 . 870 / MG",
"HC 101309 / PE",
"HC 113 . 870 / MG",
"HC 101309 / PE",
"HABEAS CORPUS 113 . 870",
"HABEAS CORPUS 113 . 870",
"HABEAS CORPUS 113 . 870",
"HABEAS CORPUS 113 . 870"
],
"LEGISLACAO": [
"CF , ART . 102 , I , ‘ D ’ E ‘ I ’",
"CP , ART . 121 , § [UNK] , II , C / C ART",
"alíneas “ d ” e “ i ” , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 102 , inciso I , alíneas “ d ” e “ i ” , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 102 , inciso I , alíneas “ d ” e “ i ” , da Constituição Federal",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CPC , ART . 867",
"art . 867 do Código de",
"CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"art . 102 , I , da Constituição da República",
"Carta Política",
"CF , art . 102 , I , b e c",
"CF , art . 102 , I , d",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CPC , ART . 867",
"art . 867 do Código de Processo Civil",
"CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"art . 102 , I , da Constituição da República",
"Carta Política",
"CF , art . 102 , I , b e c",
"CF , art . 102 , I , d",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"Carta da República",
"inciso LXVIII do artigo [UNK] do Diploma Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"Carta da República",
"inciso LXVIII do artigo [UNK] do Diploma Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"art . 121 , § [UNK] , inc . II , c / c art . 14 , II , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 121 , § [UNK] , inc . II , c / c art . 14 , II , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 129 , 146 e 147 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"146 e 147 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos 312 e 313 , I , do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos 312 e 313 , I , do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 312 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 312 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 do Código de",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Magna de 1988",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Magna de 1988",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"inciso LXVIII do art . [UNK] da CF / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"inciso LXVIII do art . [UNK] da CF / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200",
"art . 312 do Código de Processo Penal",
"Constituição",
"inciso IX do art . 93 da CF / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 do Código de Processo Penal",
"Constituição",
"inciso IX do art . 93 da CF / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"MINAS GERAIS",
"Brasília",
"Brasília",
"MINAS GERAIS",
"MINAS GERAIS",
"Comarca de Piranga / MG",
"Comarca de Piranga / MG",
"MINAS GERAIS",
"Rua Maria das Dores Teixeira",
"Bairro do Rosário",
"Piranga",
"Rua Maria das Dores Teixeira",
"Bairro do Rosário",
"Piranga",
"Piranga",
"Piranga",
"MINAS GERAIS",
"MINAS GERAIS"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"SUPREMO TRIBUNAL",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
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"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"[UNK] Turma",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
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"Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"CLÁUDIO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"superior Tribunal de Justiça",
"Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público de Minas Gerais",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público de Minas Gerais",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público Federal",
"TRIBUNAL POPULAR",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Câmara",
"Senado Federal",
"Tribunal de Contas da União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Câmara",
"Senado Federal",
"Tribunal de Contas da União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"Congresso Nacional",
"Supremo Tribunal Federal",
"SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Corte Suprema",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"Congresso Nacional",
"Supremo Tribunal Federal",
"SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Corte Suprema",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
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"Ministério Público",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
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"Infra",
"-",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"PMMG",
"Juizado Especial Criminal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
"PMMG",
"Juizado Especial Criminal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PMMG",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PMMG",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Primeiro Comando da Capital",
"PCC",
"STJ",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Primeiro Comando da Capital",
"PCC",
"STJ",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"MPF",
"[UNK] Turma",
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"-",
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"MPF",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
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"-",
"Brasil",
"[UNK] Turma",
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"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"-",
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"-",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
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"-",
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"-",
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"-",
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"-",
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"-",
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"-",
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"-",
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"-",
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"-",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
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"-",
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"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"LUIZ FUX",
"WAGNER MARTINS",
"CLÁUDIO MÁRCIO DE REZENDE ARAÚJO",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Ayres Britto",
"Ayres Britto",
"Ayres Britto",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"LUIZ FUX",
"Ayres Britto",
"Ayres Britto",
"Ayres Britto",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"WAGNER MARTINS",
"CLÁUDIO MÁRCIO DE REZENDE ARAÚJO",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"WAGNER MARTINS",
"LUIZ FUX",
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"Marciano Aparecido Rosalino",
"Marcelino Brito Rosalino",
"Marciano Aparecido Rosalino",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"Celso de Mello",
"LUIZ FUX",
"Celso de Mello",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"LUIZ FUX",
"WAGNER MARTINS",
"Marcelino Brito Rosalino",
"Marciano Aparecido Rosalino",
"WAGNER MARTINS",
"Marcelino Brito Rosalino",
"Marciano Aparecido Rosalino",
"LUIZ FUX",
"Marcelo",
"Marcelino",
"Wagner",
"Marcelino",
"Wagner",
"marcelino",
"Marcelo",
"Marcelino",
"Wagner",
"Marcelino",
"Wagner",
"marcelino",
"LUIZ FUX",
"Marcelino",
"Marciano",
"Marcelino",
"Francisco Ventura da Silva",
"Marcelino",
"Nathália Cristina Coelho Pereira",
"Wagner",
"Vicente Ferreira Ladeira Júnior",
"Marcelino Brito Rosalino",
"Marcelino",
"Marciano",
"Marcelino",
"Francisco Ventura da Silva",
"Marcelino",
"Nathália Cristina Coelho Pereira",
"Wagner",
"Vicente Ferreira Ladeira Júnior",
"Marcelino Brito Rosalino",
"LUIZ FUX",
"Marcelino",
"Marcelino",
"LUIZ FUX",
"Wagner Martins .",
"Cármen Lúcia",
"Dias Toffoli",
"Wagner Martins",
"Cármen Lúcia",
"Dias Toffoli",
"LUIZ FUX",
"ELLEN GRACIE",
"JOAQUIM BARBOSA",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"DIAS TOFFOLI",
"CÁRMEN LÚCIA",
"ELLEN GRACIE",
"JOAQUIM BARBOSA",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"DIAS TOFFOLI",
"CÁRMEN LÚCIA",
"LUIZ FUX",
"Ayres Britto",
"Dias Toffoli",
"CÁRMEN LÚCIA",
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"Ayres Britto",
"Dias Toffoli",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Dias Toffoli",
"LUIZ FUX",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"LUIZ FUX",
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"Moreira Alves",
"Moreira Alves",
"Celso de Mello",
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"Ayres Britto",
"Moreira Alves",
"Moreira Alves",
"Moreira Alves",
"Celso de Mello",
"Maurício Corrêa",
"Ayres Britto",
"LUIZ FUX",
"Joaquim Barbosa",
"Joaquim Barbosa",
"LUIZ FUX",
"Ayres Britto",
"Ayres Britto",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ FUX",
"WAGNER MARTINS",
"CLÁUDIO MÁRCIO DE REZENDE ARAÚJO",
"Marco Aurélio",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"LUIZ FUX",
"WAGNER MARTINS",
"Marco Aurélio",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"23",
".",
"11",
".",
"10",
"29",
".",
"11",
".",
"10",
"16",
"/",
"08",
"/",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"10",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"10",
"/",
"6",
"/",
"2011",
"6",
"/",
"4",
"/",
"2011",
"7",
"/",
"5",
"/",
"2010",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"10",
"/",
"6",
"/",
"2011",
"6",
"/",
"4",
"/",
"2011",
"7",
"/",
"5",
"/",
"2010",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"11",
"/",
"2011",
"08",
"/",
"07",
"/",
"2011",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"11",
"/",
"2011",
"08",
"/",
"07",
"/",
"2011",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
"/",
"07",
"/",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
"/",
"07",
"/",
"2011",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"[UNK]",
"/",
"10",
"/",
"199",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"[UNK]",
"/",
"10",
"/",
"199",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"11",
"/",
"2011",
"08",
"/",
"07",
"/",
"2011",
"28 de junho do corrente ano",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"11",
"/",
"2011",
"08",
"/",
"07",
"/",
"2011",
"28 de junho do corrente ano",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
"/",
"07",
"/",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
"/",
"07",
"/",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"23",
".",
"11",
".",
"10",
"29",
".",
"11",
".",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"23",
".",
"11",
".",
"10",
"29",
".",
"11",
".",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
"/",
"2",
"/",
"2011",
"9",
"/",
"3",
"/",
"2011",
"08",
"/",
"02",
"/",
"2011",
"14",
"/",
"3",
"/",
"2011",
"14",
"/",
"12",
"/",
"2010",
"8",
"/",
"2",
"/",
"2011",
"14",
"/",
"12",
"/",
"2010",
"23",
".",
"11",
".",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
"/",
"2",
"/",
"2011",
"9",
"/",
"3",
"/",
"2011",
"08",
"/",
"02",
"/",
"2011",
"14",
"/",
"3",
"/",
"2011",
"14",
"/",
"12",
"/",
"2010",
"8",
"/",
"2",
"/",
"2011",
"14",
"/",
"12",
"/",
"2010",
"23",
".",
"11",
".",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
"/",
"11",
"/",
"09",
"29",
".",
"11",
".",
"10",
"23",
".",
"11",
".",
"10",
"29",
".",
"11",
".",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
"/",
"11",
"/",
"09",
"29",
".",
"11",
".",
"10",
"23",
".",
"11",
".",
"10",
"29",
".",
"11",
".",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"16",
"/",
"08",
"/",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"16",
"/",
"08",
"/",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"10",
"/",
"6",
"/",
"2011",
"6",
"/",
"4",
"/",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"10",
"/",
"6",
"/",
"2011",
"6",
"/",
"4",
"/",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
"/",
"9",
"/",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
"/",
"9",
"/",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"7",
"/",
"5",
"/",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"7",
"/",
"5",
"/",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
07/11/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 487.655 RIO GRANDE DO SUL
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
REDATOR DO
ACÓRDÃO
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:COMPANHIA ZAFFARI COMÉRCIO E INDÚSTRIA
ADV.(A/S)
:CARLOS MÁRIO DA SILVA VELLOSO FILHO E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
ICMS – PRINCÍPIO DA CUMULATIVIDADE – OBSERVÂNCIA NA
ORIGEM – RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDO – AGRAVO. O
tema alusivo à impertinência do princípio da não cumulatividade sugere
a sequência do recurso extraordinário interposto pelo Estado, afastado o
julgamento individual.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em, por maioria, prover o
agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do
Ministro Marco Aurélio, Presidente e redator do acórdão, na
conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – PRESIDENTE E REDATOR
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14398029.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 24
Relatório
07/11/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 487.655 RIO GRANDE DO SUL
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
REDATOR DO
ACÓRDÃO
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:COMPANHIA ZAFFARI COMÉRCIO E INDÚSTRIA
ADV.(A/S)
:CARLOS MÁRIO DA SILVA VELLOSO FILHO E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
RELATÓRIO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão da
minha antecessora, Ministra Ellen Gracie, pela qual provido o recurso
extraordinário manejado pelo Estado do Rio Grande do Sul, maneja
agravo regimental Companhia Zaffari Comércio e Indústria.
Provido o apelo extremo para reformar o acórdão em que
reconhecido o direito ao creditamento do ICMS na entrada de bens
destinados ao ativo fixo.
Argumenta, a agravante, que com o advento da Lei Complementar
nº 87/96 faz jus ao referido crédito. Sustenta que a jurisprudência desta
Corte é no sentido de admitir o crédito de ICMS em relação à mercadorias
destinadas ao ativo permanente.
O Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul julgou a
controvérsia em decisão cuja ementa reproduzo:
“DIREITO
TRIBUTÁRIO
E
FISCAL.
AÇÃO
DECLARATÓRIA. DIREITO DE CRÉDITO. COMPENSAÇÃO.
BENS DO ATIVO FIXO. Após o advento da Lei Complementar
nº 87/96, é possível o abatimento do crédito de ICMS relativo a
bens destinados ao ativo fixo e para uso e consumo. Ilegalidade
do disposto no art. 16, V, da Lei Estadual nº 8.820/89, que veda o
aproveitamento de crédito destinado a construção ou ampliação
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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07/11/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 487.655 RIO GRANDE DO SUL
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
REDATOR DO
ACÓRDÃO
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:COMPANHIA ZAFFARI COMÉRCIO E INDÚSTRIA
ADV.(A/S)
:CARLOS MÁRIO DA SILVA VELLOSO FILHO E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
RELATÓRIO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão da
minha antecessora, Ministra Ellen Gracie, pela qual provido o recurso
extraordinário manejado pelo Estado do Rio Grande do Sul, maneja
agravo regimental Companhia Zaffari Comércio e Indústria.
Provido o apelo extremo para reformar o acórdão em que
reconhecido o direito ao creditamento do ICMS na entrada de bens
destinados ao ativo fixo.
Argumenta, a agravante, que com o advento da Lei Complementar
nº 87/96 faz jus ao referido crédito. Sustenta que a jurisprudência desta
Corte é no sentido de admitir o crédito de ICMS em relação à mercadorias
destinadas ao ativo permanente.
O Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul julgou a
controvérsia em decisão cuja ementa reproduzo:
“DIREITO
TRIBUTÁRIO
E
FISCAL.
AÇÃO
DECLARATÓRIA. DIREITO DE CRÉDITO. COMPENSAÇÃO.
BENS DO ATIVO FIXO. Após o advento da Lei Complementar
nº 87/96, é possível o abatimento do crédito de ICMS relativo a
bens destinados ao ativo fixo e para uso e consumo. Ilegalidade
do disposto no art. 16, V, da Lei Estadual nº 8.820/89, que veda o
aproveitamento de crédito destinado a construção ou ampliação
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 24
Relatório
RE 487655 AGR / RS
de estabelecimento. Tal vedação fere a regra do aproveitamento
integral previsto na Lei Complementar. Honorários fixados de
acordo com o art. 20 do CPC. RECURSOS DESPROVIDOS.
VOTO VENCIDO.”
Substituição do Relator em 19.12.2011 (art. 38 do RISTF).
Instado a se manifestar, o Ministério Público Federal opinou pelo
desprovimento do agravo.
Agravo manejado sob a égide do CPC/2015.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 487655 AGR / RS
de estabelecimento. Tal vedação fere a regra do aproveitamento
integral previsto na Lei Complementar. Honorários fixados de
acordo com o art. 20 do CPC. RECURSOS DESPROVIDOS.
VOTO VENCIDO.”
Substituição do Relator em 19.12.2011 (art. 38 do RISTF).
Instado a se manifestar, o Ministério Público Federal opinou pelo
desprovimento do agravo.
Agravo manejado sob a égide do CPC/2015.
É o relatório.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 24
Voto - MIN. ROSA WEBER
07/11/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 487.655 RIO GRANDE DO SUL
VOTO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): 1. Preenchidos os
pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame
do mérito.
Nada colhe o agravo.
Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo:
“1. Trata-se de recurso extraordinário interposto de
acórdão em que se discute se o contribuinte faz jus ao
creditamento do ICMS recolhido quando da aquisição de
mercadorias destinadas às suas construções e lançadas no seu
ativo fixo, observada a Lei Complementar 87/96.
2. A parte recorrente alega ofensa ao art. 155, § 2°, I e XII, c,
da Constituição Federal.
3. O Ministério Público Federal opinou pelo provimento
do recurso (fl. 503).
4. Este Supremo Tribunal possui orientação pacífica no
sentido de que não há direito ao contribuinte de se creditar no
valor do ICMS recolhido quando pago em razão de operações
de consumo de energia elétrica, ou de utilização de serviços de
comunicação ou, ainda, de aquisição de bens destinados ao
ativo fixo do seu próprio estabelecimento. Nesse sentido, RE
545.845-AgR/SP, rel. Min. Eros Grau, 2a Turma, unânime, DJe
01.8.2008; AI 604.873-AgR/RS, rel. Min. Cármen Lúcia, la
Turma, unânime, DJe 0.4.2009 e RE 600.905- AgR/RJ, reI. Min.
Celso de Mello, 2a Turma, unânime, Dje 18.9.2009, entre muitos
outros julgados.
5. O entendimento acima exposto foi mantido pelo
Plenário desta Corte no julgamento da ADI 2.325-MC, rel. Min.
Marco Aurélio, sessão de 23.9.2004, quando apreciou a
constitucionalidade da LC 102/00, que, ao alterar dispositivos
da LC 87/96, modificou o critério de apropriação dos créditos
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Supremo Tribunal Federal
07/11/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 487.655 RIO GRANDE DO SUL
VOTO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): 1. Preenchidos os
pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame
do mérito.
Nada colhe o agravo.
Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo:
“1. Trata-se de recurso extraordinário interposto de
acórdão em que se discute se o contribuinte faz jus ao
creditamento do ICMS recolhido quando da aquisição de
mercadorias destinadas às suas construções e lançadas no seu
ativo fixo, observada a Lei Complementar 87/96.
2. A parte recorrente alega ofensa ao art. 155, § 2°, I e XII, c,
da Constituição Federal.
3. O Ministério Público Federal opinou pelo provimento
do recurso (fl. 503).
4. Este Supremo Tribunal possui orientação pacífica no
sentido de que não há direito ao contribuinte de se creditar no
valor do ICMS recolhido quando pago em razão de operações
de consumo de energia elétrica, ou de utilização de serviços de
comunicação ou, ainda, de aquisição de bens destinados ao
ativo fixo do seu próprio estabelecimento. Nesse sentido, RE
545.845-AgR/SP, rel. Min. Eros Grau, 2a Turma, unânime, DJe
01.8.2008; AI 604.873-AgR/RS, rel. Min. Cármen Lúcia, la
Turma, unânime, DJe 0.4.2009 e RE 600.905- AgR/RJ, reI. Min.
Celso de Mello, 2a Turma, unânime, Dje 18.9.2009, entre muitos
outros julgados.
5. O entendimento acima exposto foi mantido pelo
Plenário desta Corte no julgamento da ADI 2.325-MC, rel. Min.
Marco Aurélio, sessão de 23.9.2004, quando apreciou a
constitucionalidade da LC 102/00, que, ao alterar dispositivos
da LC 87/96, modificou o critério de apropriação dos créditos
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 24
Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 487655 AGR / RS
do ICMS decorrentes de aquisições de mercadorias para o ativo
permanente, de energia elétrica e de serviços de
telecomunicação.
6. Com efeito, o acórdão recorrido ao conferir direito ao
contribuinte de creditar-se no valor do ICMS quando recolhido
em razão de operações de consumo de energia elétrica, divergiu
do entendimento firmado por esta Corte sobre o tema.
7. Do exposto, dou provimento ao extraordinário, com
fundamento no art. 557, caput, e § Código de Processo Civil e
determino a inversão dos sucumbência.” (Peça 11, vol. 3)
Irrepreensível a decisão agravada.
O entendimento assinalado na decisão impugnada não diverge da
jurisprudência firmada no Supremo Tribunal Federal. A agravante
sustenta, em suma, que a situação debatida nos autos é diversa daquela
que resultou no entendimento jurisprudencial utilizado como
fundamento da decisão agravada. Para tanto, afirma que, no feito em
questão, discute-se a possibilidade de creditamento de ICMS em relação à
aquisição de bens destinados ao ativo fixo após a vigência da Lei
Complementar nº 87/96, norma que teria previsto este direito.
Esta Corte já fixou entendimento no sentido de que o princípio da
não cumulatividade do ICMS, inscrito no art. 155, § 2º, “I”, da Carta de
1988, não fundamenta, por si só, o direito ao creditamento nas aquisições
de bens destinados ao uso e consumo ou ao ativo fixo do estabelecimento.
A legislação pode consagrá-lo, em conformidade com os arts. 20 e 33 da
LC 87/1996, mas a Lei Maior não impõe que o faça.
Na hipótese em apreço, a Corte de origem deferiu o creditamento
referente à aquisição de material de construção e contratação de serviços
de mão de obra utilizados na construção de novas unidades comerciais
da agravante.
Na dicção do § 1º do art. 20 da Lei Complementar 87/96, não dão
direito a crédito as entradas de mercadorias ou utilização de serviços
resultantes de operações ou prestações isentas ou não tributadas, ou que
se refiram a mercadorias ou serviços alheios à atividade do
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 487655 AGR / RS
do ICMS decorrentes de aquisições de mercadorias para o ativo
permanente, de energia elétrica e de serviços de
telecomunicação.
6. Com efeito, o acórdão recorrido ao conferir direito ao
contribuinte de creditar-se no valor do ICMS quando recolhido
em razão de operações de consumo de energia elétrica, divergiu
do entendimento firmado por esta Corte sobre o tema.
7. Do exposto, dou provimento ao extraordinário, com
fundamento no art. 557, caput, e § Código de Processo Civil e
determino a inversão dos sucumbência.” (Peça 11, vol. 3)
Irrepreensível a decisão agravada.
O entendimento assinalado na decisão impugnada não diverge da
jurisprudência firmada no Supremo Tribunal Federal. A agravante
sustenta, em suma, que a situação debatida nos autos é diversa daquela
que resultou no entendimento jurisprudencial utilizado como
fundamento da decisão agravada. Para tanto, afirma que, no feito em
questão, discute-se a possibilidade de creditamento de ICMS em relação à
aquisição de bens destinados ao ativo fixo após a vigência da Lei
Complementar nº 87/96, norma que teria previsto este direito.
Esta Corte já fixou entendimento no sentido de que o princípio da
não cumulatividade do ICMS, inscrito no art. 155, § 2º, “I”, da Carta de
1988, não fundamenta, por si só, o direito ao creditamento nas aquisições
de bens destinados ao uso e consumo ou ao ativo fixo do estabelecimento.
A legislação pode consagrá-lo, em conformidade com os arts. 20 e 33 da
LC 87/1996, mas a Lei Maior não impõe que o faça.
Na hipótese em apreço, a Corte de origem deferiu o creditamento
referente à aquisição de material de construção e contratação de serviços
de mão de obra utilizados na construção de novas unidades comerciais
da agravante.
Na dicção do § 1º do art. 20 da Lei Complementar 87/96, não dão
direito a crédito as entradas de mercadorias ou utilização de serviços
resultantes de operações ou prestações isentas ou não tributadas, ou que
se refiram a mercadorias ou serviços alheios à atividade do
2
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Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 487655 AGR / RS
estabelecimento.
Tratando-se de empresa industrial e comercial que se dedica a
industrialização de óleos vegetais, café e outros produtos, bem como
detentora de rede integrada de supermercados, a construção civil não
está inserida nas atividades da empresa, razão pela qual não há falar em
creditamento do ICMS. Nesse sentido:
“Agravo regimental em recurso extraordinário com
agravo. 2. Direito Tributário. ICMS. Atividade desvinculada
do processo de industrialização da mercadoria
comercializada. Creditamento. Inexistência. 3. Natureza da
atividade. Necessidade do revolvimento do conjunto fático-
probatório dos autos. Matéria infraconstitucional. 4. Agravo
regimental a que se nega provimento.” (ARE 769.582-AgR, Rel.
Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe- 05-11-2015)
“Agravo regimental no recurso extraordinário.
Contribuinte que pretende creditar-se do ICMS decorrente da
aquisição de materiais para reforma e construção, ainda que
explore atividade comercial desatrelada dos fins a que se
destinam as mercadorias. Tentativa de classificar os bens
como ativo fixo. Impossibilidade. Os bens destinados ao ativo
fixo estão sujeitos a um regime de creditamento que não
provém da Carta Política. A estreita via do recurso
extraordinário não comporta o debate sobre a classificação das
mercadorias. Incidência da Súmula nº 279 na espécie. 1. A
agravante vindica o direito de creditar-se de mercadorias
supostamente destinadas ao ativo fixo. Pretensão que deve ser
rechaçada de plano em virtude de o referido crédito possuir
fundamento na Lei Complementar nº 87/96, não tendo,
portanto, a tese de direito ressonância constitucional. 2. A
contribuinte pretende fazer imprimir a predicação de ativo fixo
às mercadorias que destinou a reforma e construção de
estabelecimento. A estreita via do apelo extremo não comporta
o debate acerca da classificação das mercadorias, dada a
vedação ao reexame de fatos e provas. Óbice constante da
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estabelecimento.
Tratando-se de empresa industrial e comercial que se dedica a
industrialização de óleos vegetais, café e outros produtos, bem como
detentora de rede integrada de supermercados, a construção civil não
está inserida nas atividades da empresa, razão pela qual não há falar em
creditamento do ICMS. Nesse sentido:
“Agravo regimental em recurso extraordinário com
agravo. 2. Direito Tributário. ICMS. Atividade desvinculada
do processo de industrialização da mercadoria
comercializada. Creditamento. Inexistência. 3. Natureza da
atividade. Necessidade do revolvimento do conjunto fático-
probatório dos autos. Matéria infraconstitucional. 4. Agravo
regimental a que se nega provimento.” (ARE 769.582-AgR, Rel.
Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe- 05-11-2015)
“Agravo regimental no recurso extraordinário.
Contribuinte que pretende creditar-se do ICMS decorrente da
aquisição de materiais para reforma e construção, ainda que
explore atividade comercial desatrelada dos fins a que se
destinam as mercadorias. Tentativa de classificar os bens
como ativo fixo. Impossibilidade. Os bens destinados ao ativo
fixo estão sujeitos a um regime de creditamento que não
provém da Carta Política. A estreita via do recurso
extraordinário não comporta o debate sobre a classificação das
mercadorias. Incidência da Súmula nº 279 na espécie. 1. A
agravante vindica o direito de creditar-se de mercadorias
supostamente destinadas ao ativo fixo. Pretensão que deve ser
rechaçada de plano em virtude de o referido crédito possuir
fundamento na Lei Complementar nº 87/96, não tendo,
portanto, a tese de direito ressonância constitucional. 2. A
contribuinte pretende fazer imprimir a predicação de ativo fixo
às mercadorias que destinou a reforma e construção de
estabelecimento. A estreita via do apelo extremo não comporta
o debate acerca da classificação das mercadorias, dada a
vedação ao reexame de fatos e provas. Óbice constante da
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Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 487655 AGR / RS
Súmula nº 279/STF. 3. Agravo regimental não provido.” (RE
489.012-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 25-09-2013)
“DIREITO
TRIBUTÁRIO.
EMBARGOS
DE
DECLARAÇÃO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA.
PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE. RECEBIMENTO DOS
DECLARATÓRIOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. ICMS.
NÃO CUMULATIVIDADE. BENS DESTINADOS AO USO, AO
CONSUMO E AO ATIVO FIXO DO ESTABELECIMENTO.
INEXISTÊNCIA DE DIREITO CONSTITUCIONAL AO
CRÉDITO DO IMPOSTO. IMPOSSIBILIDADE DE
REAPRECIAÇÃO DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 279 DO
STF. Na esteira da jurisprudência desta Corte, os embargos de
declaração opostos contra decisão monocrática, almejando a
concessão de efeitos infringentes, devem ser recebidos como
agravo regimental, por força do princípio da fungibilidade. O
princípio da não cumulatividade do ICMS, inscrito no art.
155, § 2º, I, da Carta de 1988, não fundamenta, por si só, o
direito ao creditamento nas aquisições de bens destinados ao
uso e consumo ou ao ativo fixo do estabelecimento. A
legislação pode consagrá-lo, em conformidade com os arts. 20
e 33 da LC 87/1996, mas a Lei Maior não impõe que o faça. É
inviável reapreciar a prova pericial e as categorias de bens
adquiridos pela autora, segundo a classificação acolhida pelo
perito, nos termos da Súmula STF 279: “Para simples reexame
de prova não cabe recurso extraordinário”. Embargos de
declaração conhecidos e recebidos como agravo regimental, ao
qual se nega provimento.” (AI 488.345-ED, da minha lavra, 1ª
Turma, DJe 04-12-2012)
Por oportuno, tendo em vista que a jurisprudência desta Suprema
Corte chancela o uso da técnica da motivação per relationem, acresço, como
razões de decidir, os fundamentos constantes do parecer do eminente
Procurador-Geral da República:
“[...]
4
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RE 487655 AGR / RS
Súmula nº 279/STF. 3. Agravo regimental não provido.” (RE
489.012-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 25-09-2013)
“DIREITO
TRIBUTÁRIO.
EMBARGOS
DE
DECLARAÇÃO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA.
PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE. RECEBIMENTO DOS
DECLARATÓRIOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. ICMS.
NÃO CUMULATIVIDADE. BENS DESTINADOS AO USO, AO
CONSUMO E AO ATIVO FIXO DO ESTABELECIMENTO.
INEXISTÊNCIA DE DIREITO CONSTITUCIONAL AO
CRÉDITO DO IMPOSTO. IMPOSSIBILIDADE DE
REAPRECIAÇÃO DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 279 DO
STF. Na esteira da jurisprudência desta Corte, os embargos de
declaração opostos contra decisão monocrática, almejando a
concessão de efeitos infringentes, devem ser recebidos como
agravo regimental, por força do princípio da fungibilidade. O
princípio da não cumulatividade do ICMS, inscrito no art.
155, § 2º, I, da Carta de 1988, não fundamenta, por si só, o
direito ao creditamento nas aquisições de bens destinados ao
uso e consumo ou ao ativo fixo do estabelecimento. A
legislação pode consagrá-lo, em conformidade com os arts. 20
e 33 da LC 87/1996, mas a Lei Maior não impõe que o faça. É
inviável reapreciar a prova pericial e as categorias de bens
adquiridos pela autora, segundo a classificação acolhida pelo
perito, nos termos da Súmula STF 279: “Para simples reexame
de prova não cabe recurso extraordinário”. Embargos de
declaração conhecidos e recebidos como agravo regimental, ao
qual se nega provimento.” (AI 488.345-ED, da minha lavra, 1ª
Turma, DJe 04-12-2012)
Por oportuno, tendo em vista que a jurisprudência desta Suprema
Corte chancela o uso da técnica da motivação per relationem, acresço, como
razões de decidir, os fundamentos constantes do parecer do eminente
Procurador-Geral da República:
“[...]
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Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 487655 AGR / RS
Não assiste razão ao agravante. Sua argumentação estaria
correta, não fosse pelo fato de que os bens sobre os quais
reivindica o direito ao creditamento do ICMS são materiais
destinados à construção de um dos supermercados do
contribuinte. É dizer, trata-se de aquisição de material alheio à
atividade do estabelecimento.
O art. 20 da Lei Complementar nº 87/96 autoriza o
creditamento do ICMS recolhido na aquisição de bens para o
ativo fixo, mas impõe restrições no parágrafo primeiro:
"Art. 20. Para a compensação a que se refere o artigo
anterior, é assegurado ao sujeito passivo o direito de
creditar-se do imposto anteriormente cobrado em
operações de que tenha resultado a entrada de
mercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento,
inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou ao ativo
permanente, ou o recebimento de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal ou de comunicação.
§ 1º. Não dão direito a crédito as entradas de
mercadorias ou utilização de serviços resultantes de
operações ou prestações isentas ou não tributadas, ou
que se refiram a mercadorias ou serviços alheios à
atividade do estabelecimento."
A ressalva final do parágrafo primeiro aplica-se ao caso
sob análise.
O Superior Tribunal de Justiça fixou o entendimento de
que a aquisição de materiais para a construção, reforma ou
ampliação de estabelecimento não gera direito ao creditamento
do ICMS. Cite-se, por exemplo, o julgamento proferido no REsp
nº 860.701, assim ementado:
"EXECUÇÃO FISCAL. ICMS. HIPERMERCADO.
MATERIAL DE CONSTRUÇÃO UTILIZADO NA
EDIFICAÇÃO DA SEDE. ART. 20, § 1°, DA LEI
COMPLEMENTAR N° 87/96. EMPREGO EM ATNIDADE
ALHEIA
A
FINALIDADE
DA
EMPRESA.
CREDITAMENTO. IMPOSSIBILIDADE. TAXA SELIC.
INCIDÊNCIA. HONORÃRIOS. FUNDAMENTO. ART. 20,
5
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Não assiste razão ao agravante. Sua argumentação estaria
correta, não fosse pelo fato de que os bens sobre os quais
reivindica o direito ao creditamento do ICMS são materiais
destinados à construção de um dos supermercados do
contribuinte. É dizer, trata-se de aquisição de material alheio à
atividade do estabelecimento.
O art. 20 da Lei Complementar nº 87/96 autoriza o
creditamento do ICMS recolhido na aquisição de bens para o
ativo fixo, mas impõe restrições no parágrafo primeiro:
"Art. 20. Para a compensação a que se refere o artigo
anterior, é assegurado ao sujeito passivo o direito de
creditar-se do imposto anteriormente cobrado em
operações de que tenha resultado a entrada de
mercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento,
inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou ao ativo
permanente, ou o recebimento de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal ou de comunicação.
§ 1º. Não dão direito a crédito as entradas de
mercadorias ou utilização de serviços resultantes de
operações ou prestações isentas ou não tributadas, ou
que se refiram a mercadorias ou serviços alheios à
atividade do estabelecimento."
A ressalva final do parágrafo primeiro aplica-se ao caso
sob análise.
O Superior Tribunal de Justiça fixou o entendimento de
que a aquisição de materiais para a construção, reforma ou
ampliação de estabelecimento não gera direito ao creditamento
do ICMS. Cite-se, por exemplo, o julgamento proferido no REsp
nº 860.701, assim ementado:
"EXECUÇÃO FISCAL. ICMS. HIPERMERCADO.
MATERIAL DE CONSTRUÇÃO UTILIZADO NA
EDIFICAÇÃO DA SEDE. ART. 20, § 1°, DA LEI
COMPLEMENTAR N° 87/96. EMPREGO EM ATNIDADE
ALHEIA
A
FINALIDADE
DA
EMPRESA.
CREDITAMENTO. IMPOSSIBILIDADE. TAXA SELIC.
INCIDÊNCIA. HONORÃRIOS. FUNDAMENTO. ART. 20,
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Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 487655 AGR / RS
4°, DO CPC. LIMITES DE 10% E 20% MITIGADOS. 1 -
Esta Corte tem-se manifestado no sentido da possibilidade
de creditamento dos valores despendidos para aquisição
de bens destinados ao ativo imobilizado. Todavia, a
hipótese dos autos se subsume à exceção prevista no
parágrafo 1º do artigo 20 da Lei Complementar nº 87/96,
pois os bens adquiridos pelo executado foram
empregados na construção do prédio onde funciona o
hipermercado. Neste caso, por serem aplicados em
atividade alheia à finalidade da empresa, a aquisição dos
referidos bens não dão direito ao creditamento pretendido
[...] IV - Recurso Especial do CARREFOUR COMÉRCIO E
INDÚSTRIA LTDA improvido, Recurso Especial do
ESTADO DE MINAS GERAIS parcialmente provido.”
O Supremo Tribunal Federal, analisando caso semelhante
ao , dos autos, manifestou-se da seguinte forma no julgamento
do RE nº 489.012:
‘Trata-se de recurso extraordinário, com suporte nas
alíneas 'a' e 'c' do inciso III do art. 102 da Constituição
Republicana, contra acórdão do Tribunal de Justiça do
Estado do Rio Grande do Sul. Acórdão assim ementado
(fls. 681):
“DIREITO
TRIBUTÁRIO.
ICMS.
NÃOCUMULATIVIDADE.
CRÉDITO
FISCAL
ESCRITURAL. MATERIAIS ADQUIRIDOS PARA
CONSTRUÇÃO, REFORMA OU AMPLIAÇÃO DO
ESTABELECIMENTO (ATIVO FIXO OU IMOBILIZADO).
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS APLICÁ VEIS. 1. O
direito constitucional à 'não-cumulatividade' (art. 155, § 2°,
I) somente se aplica às entradas, em estabelecimento de
contribuinte, de bens destinados à revenda (mercadorias),
ou que venham a integrá- los ou acondicioná-los. Créditos
fiscais decorrentes de entradas ou consumo de bens que
não se enquadrem nesses pressupostos (energia,
telecomunicações, ativo fixo, etc.) somente podem ser
levados a efeito se houver autorização de lei específica
6
Supremo Tribunal Federal
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4°, DO CPC. LIMITES DE 10% E 20% MITIGADOS. 1 -
Esta Corte tem-se manifestado no sentido da possibilidade
de creditamento dos valores despendidos para aquisição
de bens destinados ao ativo imobilizado. Todavia, a
hipótese dos autos se subsume à exceção prevista no
parágrafo 1º do artigo 20 da Lei Complementar nº 87/96,
pois os bens adquiridos pelo executado foram
empregados na construção do prédio onde funciona o
hipermercado. Neste caso, por serem aplicados em
atividade alheia à finalidade da empresa, a aquisição dos
referidos bens não dão direito ao creditamento pretendido
[...] IV - Recurso Especial do CARREFOUR COMÉRCIO E
INDÚSTRIA LTDA improvido, Recurso Especial do
ESTADO DE MINAS GERAIS parcialmente provido.”
O Supremo Tribunal Federal, analisando caso semelhante
ao , dos autos, manifestou-se da seguinte forma no julgamento
do RE nº 489.012:
‘Trata-se de recurso extraordinário, com suporte nas
alíneas 'a' e 'c' do inciso III do art. 102 da Constituição
Republicana, contra acórdão do Tribunal de Justiça do
Estado do Rio Grande do Sul. Acórdão assim ementado
(fls. 681):
“DIREITO
TRIBUTÁRIO.
ICMS.
NÃOCUMULATIVIDADE.
CRÉDITO
FISCAL
ESCRITURAL. MATERIAIS ADQUIRIDOS PARA
CONSTRUÇÃO, REFORMA OU AMPLIAÇÃO DO
ESTABELECIMENTO (ATIVO FIXO OU IMOBILIZADO).
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS APLICÁ VEIS. 1. O
direito constitucional à 'não-cumulatividade' (art. 155, § 2°,
I) somente se aplica às entradas, em estabelecimento de
contribuinte, de bens destinados à revenda (mercadorias),
ou que venham a integrá- los ou acondicioná-los. Créditos
fiscais decorrentes de entradas ou consumo de bens que
não se enquadrem nesses pressupostos (energia,
telecomunicações, ativo fixo, etc.) somente podem ser
levados a efeito se houver autorização de lei específica
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Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 487655 AGR / RS
para tanto, não por força do princípio da 'não-
cumulatividade', mas como 'beneficio' ou 'favor fiscal' (art.
150, § 6º). 2. É válida a restrição, imposta pelo art. 16, V, da
Lei n° 8.820/89, do RS, no sentido de que não é admitido
crédito fiscal relativo à entrada de mercadorias ou aos
serviços recebidos que se destinem à construção, reforma
ou ampliação do estabelecimento, porquanto a permissão
dada pela LC n° 87/96 para creditamentos a título de
'benefícios' ou 'favores fiscais' alcança apenas os bens
adquiridos para emprego direto na obtenção da produção
ou da comercialização de bens que devam sair tributados,
o que não ocorre com aqueles. 3. Não viola o princípio da
'não-cumulatividade', assegurado a todos os contribuintes
e aplicável a bens ('mercadorias') que devam sair
tributadas do estabelecimento, o fato de a LC n° 87/96
(arts. 20 e 33), e suas posteriores alterações, restringir ou
postergar a utilização de créditos a título de 'benefícios' ou
'favores fiscais', somente utilizáveis se houver lei
autorizadora específica. Decisão: Apelo desprovido, por
unanimidade.' […] 4. Tenho que a insurgência não merece
acolhida. […] 6. Quanto à. alínea 'c' do permissivo
constitucional, reproduzo, por oportuno, o parecer da
Procuradoria-Geral República, na parte que interessa: “Por
fim, cumpre consignar o disposto no § lº do art. 20 da LC
nº 87/96, consoante o qual não dão direito a crédito as
entradas de mercadorias ou utilização de serviços
resultantes de operações ou prestações isentas ou não
tributadas, ou que se refiram a mercadorias ou serviços
alheios à. atividade do estabelecimento, como é o caso dos
materiais adquiridos para construção, reforma ou
ampliação do estabelecimento do contribuinte.” Ante o
exposto, e frente ao caput do art. 557 do CPC e ao § 1º do
art. 21 do RI/ STF, nego seguimento ao recurso.’
Assim, com base nos precedentes mencionados, opma o
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL pelo desprovimento do
agravo do contribuinte.”
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RE 487655 AGR / RS
para tanto, não por força do princípio da 'não-
cumulatividade', mas como 'beneficio' ou 'favor fiscal' (art.
150, § 6º). 2. É válida a restrição, imposta pelo art. 16, V, da
Lei n° 8.820/89, do RS, no sentido de que não é admitido
crédito fiscal relativo à entrada de mercadorias ou aos
serviços recebidos que se destinem à construção, reforma
ou ampliação do estabelecimento, porquanto a permissão
dada pela LC n° 87/96 para creditamentos a título de
'benefícios' ou 'favores fiscais' alcança apenas os bens
adquiridos para emprego direto na obtenção da produção
ou da comercialização de bens que devam sair tributados,
o que não ocorre com aqueles. 3. Não viola o princípio da
'não-cumulatividade', assegurado a todos os contribuintes
e aplicável a bens ('mercadorias') que devam sair
tributadas do estabelecimento, o fato de a LC n° 87/96
(arts. 20 e 33), e suas posteriores alterações, restringir ou
postergar a utilização de créditos a título de 'benefícios' ou
'favores fiscais', somente utilizáveis se houver lei
autorizadora específica. Decisão: Apelo desprovido, por
unanimidade.' […] 4. Tenho que a insurgência não merece
acolhida. […] 6. Quanto à. alínea 'c' do permissivo
constitucional, reproduzo, por oportuno, o parecer da
Procuradoria-Geral República, na parte que interessa: “Por
fim, cumpre consignar o disposto no § lº do art. 20 da LC
nº 87/96, consoante o qual não dão direito a crédito as
entradas de mercadorias ou utilização de serviços
resultantes de operações ou prestações isentas ou não
tributadas, ou que se refiram a mercadorias ou serviços
alheios à. atividade do estabelecimento, como é o caso dos
materiais adquiridos para construção, reforma ou
ampliação do estabelecimento do contribuinte.” Ante o
exposto, e frente ao caput do art. 557 do CPC e ao § 1º do
art. 21 do RI/ STF, nego seguimento ao recurso.’
Assim, com base nos precedentes mencionados, opma o
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL pelo desprovimento do
agravo do contribuinte.”
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Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 487655 AGR / RS
Agravo regimental conhecido e não provido.
É como voto.
8
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Agravo regimental conhecido e não provido.
É como voto.
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
07/11/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 487.655 RIO GRANDE DO SUL
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (PRESIDENTE) –
Ministra Rosa Weber, estou pedindo vênia para prover o agravo e
determinar a sequência do extraordinário, que foi admitido na origem.
O pano de fundo é o de Direito Tributário: ICMS e o princípio da não
cumulatividade.
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07/11/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 487.655 RIO GRANDE DO SUL
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (PRESIDENTE) –
Ministra Rosa Weber, estou pedindo vênia para prover o agravo e
determinar a sequência do extraordinário, que foi admitido na origem.
O pano de fundo é o de Direito Tributário: ICMS e o princípio da não
cumulatividade.
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Extrato de Ata - 07/11/2017
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 487.655
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : COMPANHIA ZAFFARI COMÉRCIO E INDÚSTRIA
ADV.(A/S) : CARLOS MÁRIO DA SILVA VELLOSO FILHO (6534/DF) E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Decisão: Após o voto da Ministra Rosa Weber, Relatora, que
conhecia do agravo e negava-lhe provimento; e do voto do Ministro
Marco Aurélio, Presidente, que o provia, pediu vista do processo o
Ministro Alexandre de Moraes. Ausentes, justificadamente, os
Ministros Luiz Fux e Luís Roberto Barroso. Primeira Turma,
7.11.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Rosa Weber e Alexandre de Moraes.
Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Luiz Fux e,
participando da Convenção sobre Políticas Públicas e a Percepção
da Corrupção na América Latina, em Buenos Aires, o Senhor Ministro
Luís Roberto Barroso.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo Gustavo Gonet
Branco.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 487.655
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : COMPANHIA ZAFFARI COMÉRCIO E INDÚSTRIA
ADV.(A/S) : CARLOS MÁRIO DA SILVA VELLOSO FILHO (6534/DF) E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Decisão: Após o voto da Ministra Rosa Weber, Relatora, que
conhecia do agravo e negava-lhe provimento; e do voto do Ministro
Marco Aurélio, Presidente, que o provia, pediu vista do processo o
Ministro Alexandre de Moraes. Ausentes, justificadamente, os
Ministros Luiz Fux e Luís Roberto Barroso. Primeira Turma,
7.11.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Rosa Weber e Alexandre de Moraes.
Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Luiz Fux e,
participando da Convenção sobre Políticas Públicas e a Percepção
da Corrupção na América Latina, em Buenos Aires, o Senhor Ministro
Luís Roberto Barroso.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo Gustavo Gonet
Branco.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 24
Voto Vista
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 487.655 RIO GRANDE DO SUL
VOTO VISTA
Tratam os autos, na origem, de ação declaratória de inexistência de
obrigação fiscal proposta pela Companhia Zaffari Comércio e Indústria
contra o Estado do Rio Grande do Sul, almejando o
RECONHECIMENTO DO DIREITO e a COMPENSAÇÃO, de uma única
vez, DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS (Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços - ICMS), pagos pela AQUISIÇÃO DE
MERCADORIAS DESTINADAS AO ATIVO PERMANENTE da
companhia (materiais de construção de hipermercado), nos termos da LC
87/1996 (Lei Kandir), vigente à época dos fatos geradores do tributo, que
foi alterada pela LC 102/2000 e pelo Decreto Estadual 40.127/2000.
A sentença reconheceu o direito da Companhia aos créditos em
questão. No que toca à compensação, determinou fossem observadas as
condições impostas pela LC 102/2000 e pelo Decreto 40.127/2000, de modo
que o pedido inicial foi parcialmente procedente.
Ambos apelaram.
O ente estatal sublinhou, em suma, que o Convênio 66/88 veda o
direito aos créditos em debate.
O acórdão recorrido concluiu, nos termos do voto revisor, pelo
DIREITO AO CREDITAMENTO NA FORMA DA LEI COMPLEMENTAR
102/2000.
O Estado do Rio Grande do Sul apresentou Recurso Especial (REsp)
e Extraordinário (RE); este recebeu juízo positivo de admissibilidade;
aquele inadmitido, não havendo a interposição do agravo dirigido ao
Superior Tribunal de Justiça.
Nas razões do RE, alega-se violação ao art. 155, § 2º, I e XII, da CF/88.
A ilustre Min. ELLEN GRACIE deu provimento ao RE, por entender
que (a) esta CORTE firmou não haver direito de creditamento do ICMS
decorrente da aquisição de bens destinados ao ativo fixo do
estabelecimento comercial; e (b) na ADI 2.325-MC (DJ de 23/9/2004),
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12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 487.655 RIO GRANDE DO SUL
VOTO VISTA
Tratam os autos, na origem, de ação declaratória de inexistência de
obrigação fiscal proposta pela Companhia Zaffari Comércio e Indústria
contra o Estado do Rio Grande do Sul, almejando o
RECONHECIMENTO DO DIREITO e a COMPENSAÇÃO, de uma única
vez, DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS (Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços - ICMS), pagos pela AQUISIÇÃO DE
MERCADORIAS DESTINADAS AO ATIVO PERMANENTE da
companhia (materiais de construção de hipermercado), nos termos da LC
87/1996 (Lei Kandir), vigente à época dos fatos geradores do tributo, que
foi alterada pela LC 102/2000 e pelo Decreto Estadual 40.127/2000.
A sentença reconheceu o direito da Companhia aos créditos em
questão. No que toca à compensação, determinou fossem observadas as
condições impostas pela LC 102/2000 e pelo Decreto 40.127/2000, de modo
que o pedido inicial foi parcialmente procedente.
Ambos apelaram.
O ente estatal sublinhou, em suma, que o Convênio 66/88 veda o
direito aos créditos em debate.
O acórdão recorrido concluiu, nos termos do voto revisor, pelo
DIREITO AO CREDITAMENTO NA FORMA DA LEI COMPLEMENTAR
102/2000.
O Estado do Rio Grande do Sul apresentou Recurso Especial (REsp)
e Extraordinário (RE); este recebeu juízo positivo de admissibilidade;
aquele inadmitido, não havendo a interposição do agravo dirigido ao
Superior Tribunal de Justiça.
Nas razões do RE, alega-se violação ao art. 155, § 2º, I e XII, da CF/88.
A ilustre Min. ELLEN GRACIE deu provimento ao RE, por entender
que (a) esta CORTE firmou não haver direito de creditamento do ICMS
decorrente da aquisição de bens destinados ao ativo fixo do
estabelecimento comercial; e (b) na ADI 2.325-MC (DJ de 23/9/2004),
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 24
Voto Vista
RE 487655 AGR / RS
apreciou-se a constitucionalidade da LC 102/2000, que passaria a ter
vigência a partir de janeiro de 2001, quanto às inovações engendradas no
art. 33 da LC 87/1996.
A Companhia Zaffari interpôs Agravo Interno, aduzindo, em suma,
que a jurisprudência observada pela decisão agravada não guarda
pertinência com o caso em apreço, pois (a) não se trata de crédito
decorrente de operações de consumo de energia elétrica; e (b) os acórdãos
objetos dos precedentes apontados tratam de controvérsias a respeito do
Convênio 66/88, sendo que a demanda dos autos aborda créditos cujos
fatos geradores ocorreram sob a égide da LC 87/1996, que revogou
totalmente o citado convênio.
E, quanto ao estabelecido na ADI 2.325-MC, sublinhou que o STF
assentou (a) a possibilidade de creditamento do ICMS, não sendo, no
ponto, alterado pela LC 102/2000; e (b) a postergação da vigência da LC
102/2000, em apreço ao princípio da anterioridade.
É o que tenho a relatar.
Senhor Presidente, sob minha ótica, a pretensão da agravante merece
êxito.
De início, observo que o precedente que ampara a decisão agravada
não guarda a devida e necessária adequação ao caso em questão.
Vejamos.
Nos termos do voto do Relator do RE 545.845, o eminente Min.
EROS GRAU, naquela hipótese assentou-se:
(...) o contribuinte não possui direito de crédito de ICMS
quando recolhido em razão de operações de consumo de
energia elétrica, de utilização de serviços de comunicação ou,
ainda, de aquisição de bens destinados ao ativo fixo e de
materiais de uso e consumo, no período em que vigente o
Convênio ICMS 66/88, antes, portanto, da Lei Complementar
n. 87/96 [AI n. 488.487-AgR, de que fui relator, 1ª Turma, DJ de
5.8.05; e AI n. 456.013-AgR, Relatora a Ministra Ellen Gracie, 2ª
Turma, DJ de 3.2.06, entre outros]. (g.n.)
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 487655 AGR / RS
apreciou-se a constitucionalidade da LC 102/2000, que passaria a ter
vigência a partir de janeiro de 2001, quanto às inovações engendradas no
art. 33 da LC 87/1996.
A Companhia Zaffari interpôs Agravo Interno, aduzindo, em suma,
que a jurisprudência observada pela decisão agravada não guarda
pertinência com o caso em apreço, pois (a) não se trata de crédito
decorrente de operações de consumo de energia elétrica; e (b) os acórdãos
objetos dos precedentes apontados tratam de controvérsias a respeito do
Convênio 66/88, sendo que a demanda dos autos aborda créditos cujos
fatos geradores ocorreram sob a égide da LC 87/1996, que revogou
totalmente o citado convênio.
E, quanto ao estabelecido na ADI 2.325-MC, sublinhou que o STF
assentou (a) a possibilidade de creditamento do ICMS, não sendo, no
ponto, alterado pela LC 102/2000; e (b) a postergação da vigência da LC
102/2000, em apreço ao princípio da anterioridade.
É o que tenho a relatar.
Senhor Presidente, sob minha ótica, a pretensão da agravante merece
êxito.
De início, observo que o precedente que ampara a decisão agravada
não guarda a devida e necessária adequação ao caso em questão.
Vejamos.
Nos termos do voto do Relator do RE 545.845, o eminente Min.
EROS GRAU, naquela hipótese assentou-se:
(...) o contribuinte não possui direito de crédito de ICMS
quando recolhido em razão de operações de consumo de
energia elétrica, de utilização de serviços de comunicação ou,
ainda, de aquisição de bens destinados ao ativo fixo e de
materiais de uso e consumo, no período em que vigente o
Convênio ICMS 66/88, antes, portanto, da Lei Complementar
n. 87/96 [AI n. 488.487-AgR, de que fui relator, 1ª Turma, DJ de
5.8.05; e AI n. 456.013-AgR, Relatora a Ministra Ellen Gracie, 2ª
Turma, DJ de 3.2.06, entre outros]. (g.n.)
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 24
Voto Vista
RE 487655 AGR / RS
Em contrapartida, infere-se litigar a respeito de exação tributária
regida pela Lei Complementar 87/1996. Consta do aresto recorrido,
precisamente do voto prolatado pelo seu relator:
(...) A matéria é conhecida – incidência de ICMS sobre
bens destinados ao ativo permanente – no caso, pela aquisição
de material de construção para o hipermercado de Novo
Hamburgo, após a edição da Lei Complementar nº 87/69 (fl. 97,
e-doc., Vol. 9, 2-Parte 1).
Assim delimitada a quadra fático-jurídica, reitera-se a inviabilidade
de incidência das orientações firmadas por esta CORTE no RE 545.845.
E, compulsando a jurisprudência deste PRETÓRIO EXCELSO, colhe-
se o RE 541.166/RS, análogo à questão controvertida em apreço (mesmas
partes, causa de pedir e pedido), assim relatado e julgado pelo insigne
Min. RICARDO LEWANDOWSKI:
Trata-se de agravo regimental contra a parte da decisão
que deu provimento ao recurso extraordinário interposto pelo
Estado do Rio Grande do Sul. Este o teor da decisão ora
agravada:
Trata-se de recursos extraordinários interpostos
contra acórdão que reconheceu à autora o direito de
creditar-se do ICMS incidente sobre bens adquiridos para
o ativo fixo.
Verifico, inicialmente, que não deve prosperar o
recurso extraordinário interposto pelo Ministério Público
do Estado do Rio Grande do Sul, porquanto não foi
apresentada a devida ratificação do recurso após o
julgamento dos embargos de declaração. O RE foi
protocolizado em 30/3/2006 (fl. 643), enquanto o acórdão
3
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RE 487655 AGR / RS
Em contrapartida, infere-se litigar a respeito de exação tributária
regida pela Lei Complementar 87/1996. Consta do aresto recorrido,
precisamente do voto prolatado pelo seu relator:
(...) A matéria é conhecida – incidência de ICMS sobre
bens destinados ao ativo permanente – no caso, pela aquisição
de material de construção para o hipermercado de Novo
Hamburgo, após a edição da Lei Complementar nº 87/69 (fl. 97,
e-doc., Vol. 9, 2-Parte 1).
Assim delimitada a quadra fático-jurídica, reitera-se a inviabilidade
de incidência das orientações firmadas por esta CORTE no RE 545.845.
E, compulsando a jurisprudência deste PRETÓRIO EXCELSO, colhe-
se o RE 541.166/RS, análogo à questão controvertida em apreço (mesmas
partes, causa de pedir e pedido), assim relatado e julgado pelo insigne
Min. RICARDO LEWANDOWSKI:
Trata-se de agravo regimental contra a parte da decisão
que deu provimento ao recurso extraordinário interposto pelo
Estado do Rio Grande do Sul. Este o teor da decisão ora
agravada:
Trata-se de recursos extraordinários interpostos
contra acórdão que reconheceu à autora o direito de
creditar-se do ICMS incidente sobre bens adquiridos para
o ativo fixo.
Verifico, inicialmente, que não deve prosperar o
recurso extraordinário interposto pelo Ministério Público
do Estado do Rio Grande do Sul, porquanto não foi
apresentada a devida ratificação do recurso após o
julgamento dos embargos de declaração. O RE foi
protocolizado em 30/3/2006 (fl. 643), enquanto o acórdão
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 16 de 24
Voto Vista
RE 487655 AGR / RS
proferido em embargos de declaração foi prolatado em
12/7/2006 (fl. 631) e publicado em 9/8/2006 (fl. 640). No
caso, caberia à parte recorrente, após a publicação do
acórdão dos embargos de declaração, reiterar o recurso
interposto. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões,
entre outras: AI 601.837-AgR/RJ, Rel. Min. Eros Grau; RE
450.443-AgR-AgR-ED/RN, Rel. Min. Ellen Gracie; RE
447.090-AgR/SC, Rel. Min. Carlos Velloso.
No RE, interposto pelo Estado do Rio Grande do Sul,
com base no art. 102, III, a , da Constituição Federal,
alegou-se ofensa ao art. 155, § 2º, I e XII, c , da mesma
Carta.
A pretensão recursal merece acolhida.
O acórdão recorrido encontra-se em desacordo com a
jurisprudência da Corte, como se vê da ementa do AI 562.701-
ED/RS, Rel. Min. Celso de Mello, a seguir transcrita:
‘AGRAVO DE INSTRUMENTO - EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE
AGRAVO - ICMS - CRÉDITO DO VALOR PAGO EM
RAZÃO DE OPERAÇÕES DE CONSUMO DE ENERGIA
ELÉTRICA, OU DE UTILIZAÇÃO DE SERVIÇOS DE
COMUNICAÇÃO OU AQUISIÇÃO DE BENS
DESTINADOS AO USO E/OU À INTEGRAÇÃO NO
ATIVO
FIXO
-
APROVEITAMENTO
-
INADMISSIBILIDADE - RECURSO DE AGRAVO
IMPROVIDO.
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal
firmou-se no sentido de não reconhecer, ao contribuinte
do ICMS, o direito de creditar-se do valor do ICMS,
quando pago em razão de operações de consumo de
energia elétrica, ou de utilização de serviços de
4
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Supremo Tribunal Federal
RE 487655 AGR / RS
proferido em embargos de declaração foi prolatado em
12/7/2006 (fl. 631) e publicado em 9/8/2006 (fl. 640). No
caso, caberia à parte recorrente, após a publicação do
acórdão dos embargos de declaração, reiterar o recurso
interposto. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões,
entre outras: AI 601.837-AgR/RJ, Rel. Min. Eros Grau; RE
450.443-AgR-AgR-ED/RN, Rel. Min. Ellen Gracie; RE
447.090-AgR/SC, Rel. Min. Carlos Velloso.
No RE, interposto pelo Estado do Rio Grande do Sul,
com base no art. 102, III, a , da Constituição Federal,
alegou-se ofensa ao art. 155, § 2º, I e XII, c , da mesma
Carta.
A pretensão recursal merece acolhida.
O acórdão recorrido encontra-se em desacordo com a
jurisprudência da Corte, como se vê da ementa do AI 562.701-
ED/RS, Rel. Min. Celso de Mello, a seguir transcrita:
‘AGRAVO DE INSTRUMENTO - EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE
AGRAVO - ICMS - CRÉDITO DO VALOR PAGO EM
RAZÃO DE OPERAÇÕES DE CONSUMO DE ENERGIA
ELÉTRICA, OU DE UTILIZAÇÃO DE SERVIÇOS DE
COMUNICAÇÃO OU AQUISIÇÃO DE BENS
DESTINADOS AO USO E/OU À INTEGRAÇÃO NO
ATIVO
FIXO
-
APROVEITAMENTO
-
INADMISSIBILIDADE - RECURSO DE AGRAVO
IMPROVIDO.
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal
firmou-se no sentido de não reconhecer, ao contribuinte
do ICMS, o direito de creditar-se do valor do ICMS,
quando pago em razão de operações de consumo de
energia elétrica, ou de utilização de serviços de
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 17 de 24
Voto Vista
RE 487655 AGR / RS
comunicação ou, ainda, de aquisição de bens destinados
ao uso e/ou à integração no ativo fixo do seu próprio
estabelecimento. Precedentes.’ (DJ 7/4/06)
Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre
outras: RE 402.387-AgR/PR, Rel. Min. Carlos Velloso; AI
388.902-AgR/SP, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 361.622-
AgR/RS, Rel. Min. Ellen Gracie; RE 355.683-AgR/SP, Rel. Min.
Sepúlveda Pertence.
Isso posto, nego seguimento ao recurso interposto pelo
Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul (CPC, art.
557, caput ) e, com base no art. 557, § 1º-A, do CPC, conheço do
recurso extraordinário interposto pelo Estado do Rio Grande do
Sul e dou-lhe provimento, invertidos os ônus da sucumbência
(fls. 714-715).
A agravante sustenta, em suma, que a situação debatida
nestes autos é diversa daquela que resultou no entendimento
jurisprudencial utilizado como fundamento da decisão
agravada. Para tanto, afirma que, no feito em questão, discute-
se a possibilidade de creditamento de ICMS na aquisição de
bens para o ativo fixo, sob a égide da Lei Complementar 87/96,
norma que teria previsto esse direito.
Assiste razão à agravante.
O acórdão recorrido reconheceu o direito ao crédito de
ICMS pago na aquisição de bens destinados ao ativo fixo do
próprio estabelecimento do contribuinte, com base na LC
87/96. (g.n.).
Conforme afirmado na decisão agravada, essa Corte já
fixou entendimento no sentido de que não ofende o princípio
da não cumulatividade a situação de inexistência de direito a
crédito de ICMS pago em razão de operações de aquisição de
5
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RE 487655 AGR / RS
comunicação ou, ainda, de aquisição de bens destinados
ao uso e/ou à integração no ativo fixo do seu próprio
estabelecimento. Precedentes.’ (DJ 7/4/06)
Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre
outras: RE 402.387-AgR/PR, Rel. Min. Carlos Velloso; AI
388.902-AgR/SP, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 361.622-
AgR/RS, Rel. Min. Ellen Gracie; RE 355.683-AgR/SP, Rel. Min.
Sepúlveda Pertence.
Isso posto, nego seguimento ao recurso interposto pelo
Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul (CPC, art.
557, caput ) e, com base no art. 557, § 1º-A, do CPC, conheço do
recurso extraordinário interposto pelo Estado do Rio Grande do
Sul e dou-lhe provimento, invertidos os ônus da sucumbência
(fls. 714-715).
A agravante sustenta, em suma, que a situação debatida
nestes autos é diversa daquela que resultou no entendimento
jurisprudencial utilizado como fundamento da decisão
agravada. Para tanto, afirma que, no feito em questão, discute-
se a possibilidade de creditamento de ICMS na aquisição de
bens para o ativo fixo, sob a égide da Lei Complementar 87/96,
norma que teria previsto esse direito.
Assiste razão à agravante.
O acórdão recorrido reconheceu o direito ao crédito de
ICMS pago na aquisição de bens destinados ao ativo fixo do
próprio estabelecimento do contribuinte, com base na LC
87/96. (g.n.).
Conforme afirmado na decisão agravada, essa Corte já
fixou entendimento no sentido de que não ofende o princípio
da não cumulatividade a situação de inexistência de direito a
crédito de ICMS pago em razão de operações de aquisição de
5
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 18 de 24
Voto Vista
RE 487655 AGR / RS
bens destinados ao ativo fixo.
Ocorre que, apesar dessa prerrogativa não decorrer
diretamente do texto constitucional, não é vedado à legislação
infraconstitucional contemplá-la, desde que respeitadas as
regras constitucionais para a concessão de benefícios fiscais.
Por oportuno, transcrevo trecho do voto do Ministro Ilmar
Galvão proferido no julgamento da ADI 2.325-MC/DF, Rel. Min.
Marco Aurélio:
Optou o legislador complementar, portanto, por
novo critério -- por igual não incompatível com a norma
do inciso I do § 2.º do art. 155 da CF -- admitindo o crédito
pronto e pleno do imposto incidente sobre a operação de
aquisição dos bens destinados ao uso ou consumo ou ao
ativo permanente do estabelecimento.
Merece destaque, também, o seguinte trecho do voto do
Min. Carlos Velloso, retirado do mesmo julgamento:
Na forma do estabelecido no art. 155, § 2º, XII, c , da
Constituição Federal, cabe à lei complementar disciplinar
o regime de compensação do imposto. A Lei
Complementar nº 87, de 1996 (Lei Kandir), estatuiu que o
crédito do ICMS referente à aquisição do ativo
permanente poderia ser aproveitado, e aproveitado de
uma só vez, integralmente; estatuiu, também, que o
crédito do ICMS referente à energia elétrica poderia ser
aproveitado sem restrições; e estatuiu, mais, que o crédito
do ICMS referente a telecomunicações poderia ser
utilizado também sem restrições.
A lei complementar assim dispôs, porque a norma
constitucional, art. 155, § 2º, I, não impede que o legislador
ordinário conceda mais. O que não pode fazer é conceder
6
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Supremo Tribunal Federal
RE 487655 AGR / RS
bens destinados ao ativo fixo.
Ocorre que, apesar dessa prerrogativa não decorrer
diretamente do texto constitucional, não é vedado à legislação
infraconstitucional contemplá-la, desde que respeitadas as
regras constitucionais para a concessão de benefícios fiscais.
Por oportuno, transcrevo trecho do voto do Ministro Ilmar
Galvão proferido no julgamento da ADI 2.325-MC/DF, Rel. Min.
Marco Aurélio:
Optou o legislador complementar, portanto, por
novo critério -- por igual não incompatível com a norma
do inciso I do § 2.º do art. 155 da CF -- admitindo o crédito
pronto e pleno do imposto incidente sobre a operação de
aquisição dos bens destinados ao uso ou consumo ou ao
ativo permanente do estabelecimento.
Merece destaque, também, o seguinte trecho do voto do
Min. Carlos Velloso, retirado do mesmo julgamento:
Na forma do estabelecido no art. 155, § 2º, XII, c , da
Constituição Federal, cabe à lei complementar disciplinar
o regime de compensação do imposto. A Lei
Complementar nº 87, de 1996 (Lei Kandir), estatuiu que o
crédito do ICMS referente à aquisição do ativo
permanente poderia ser aproveitado, e aproveitado de
uma só vez, integralmente; estatuiu, também, que o
crédito do ICMS referente à energia elétrica poderia ser
aproveitado sem restrições; e estatuiu, mais, que o crédito
do ICMS referente a telecomunicações poderia ser
utilizado também sem restrições.
A lei complementar assim dispôs, porque a norma
constitucional, art. 155, § 2º, I, não impede que o legislador
ordinário conceda mais. O que não pode fazer é conceder
6
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Voto Vista
RE 487655 AGR / RS
menos, na interpretação do texto constitucional. Noutras
palavras, competindo ao legislador ordinário, mediante lei
complementar, disciplinar o regime de compensação do
imposto ¾ C.F., art. 155, § 2º, XII, c ¾ pode ela adotar
interpretação mais benéfica ao contribuinte.
Adotando esse posicionamento, menciono, ainda, os
seguintes precedentes: AI 677.610-AgR/SP, Rel. Min. Cármen
Lúcia; RE 349.543-AgR/SP, Rel. Min. Marco Aurélio; RE 461.878-
AgR/MG e RE 545.845-AgR/SP, Rel. Min. Eros Grau; RE 295.887-
AgR/SP, Rel. Min. Joaquim Barbosa.
Desse modo, a decisão proferida pelo Tribunal de origem
está em conformidade com a jurisprudência desta Corte.
Por fim, no que se refere à aplicação da LC 87/96 à
situação discutida nos autos, na parte em que ela confere direito
ao crédito de ICMS pago na aquisição de bens para o ativo fixo,
o acórdão recorrido decidiu a questão com base na legislação
ordinária. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta.
Incabível, portanto, o recurso extraordinário quanto ao ponto.
Isso posto, dou provimento ao agravo regimental e
reconsidero, em parte, a decisão de fls. 714-715, para, também,
negar seguimento ao recurso extraordinário interposto pelo
Estado do Rio Grande do Sul (CPC, art. 557, caput).
A decisão monocrática foi mantida pelos eminentes pares da 2ª
TURMA. Eis a ementa:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. ICMS. PRINCÍPIO DA NÃO
CUMULATIVIDADE. CREDITAMENTO. BENS DESTINADOS
AO CONSUMO OU AO ATIVO PERMANENTE. AQUISIÇÃO
POSTERIOR AO ADVENTO DA LEI COMPLEMENTAR
87/1996. POSSIBILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I – O art.
7
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menos, na interpretação do texto constitucional. Noutras
palavras, competindo ao legislador ordinário, mediante lei
complementar, disciplinar o regime de compensação do
imposto ¾ C.F., art. 155, § 2º, XII, c ¾ pode ela adotar
interpretação mais benéfica ao contribuinte.
Adotando esse posicionamento, menciono, ainda, os
seguintes precedentes: AI 677.610-AgR/SP, Rel. Min. Cármen
Lúcia; RE 349.543-AgR/SP, Rel. Min. Marco Aurélio; RE 461.878-
AgR/MG e RE 545.845-AgR/SP, Rel. Min. Eros Grau; RE 295.887-
AgR/SP, Rel. Min. Joaquim Barbosa.
Desse modo, a decisão proferida pelo Tribunal de origem
está em conformidade com a jurisprudência desta Corte.
Por fim, no que se refere à aplicação da LC 87/96 à
situação discutida nos autos, na parte em que ela confere direito
ao crédito de ICMS pago na aquisição de bens para o ativo fixo,
o acórdão recorrido decidiu a questão com base na legislação
ordinária. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta.
Incabível, portanto, o recurso extraordinário quanto ao ponto.
Isso posto, dou provimento ao agravo regimental e
reconsidero, em parte, a decisão de fls. 714-715, para, também,
negar seguimento ao recurso extraordinário interposto pelo
Estado do Rio Grande do Sul (CPC, art. 557, caput).
A decisão monocrática foi mantida pelos eminentes pares da 2ª
TURMA. Eis a ementa:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. ICMS. PRINCÍPIO DA NÃO
CUMULATIVIDADE. CREDITAMENTO. BENS DESTINADOS
AO CONSUMO OU AO ATIVO PERMANENTE. AQUISIÇÃO
POSTERIOR AO ADVENTO DA LEI COMPLEMENTAR
87/1996. POSSIBILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I – O art.
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Voto Vista
RE 487655 AGR / RS
155, § 2º, I, da CF não confere direito a crédito de ICMS quando
o imposto é recolhido em razão da aquisição de bens destinados
ao consumo ou ao ativo permanente do contribuinte. Por outro
lado, o aludido dispositivo da Constituição não impede a
concessão desse direito por meio de legislação
infraconstitucional, desde que observadas as limitações
constitucionais para a previsão de benefícios fiscais relativos ao
tributo. II – Esta Corte, no julgamento da ADI 2.325-MC/DF,
Rel. Min. Marco Aurélio, reconheceu, com base na redação
original da Lei Complementar 87/1996, o direito ao crédito de
ICMS pago em razão de operações de aquisição de bens
destinados ao consumo ou ao ativo permanente do
estabelecimento. Precedentes. III – Agravo regimental
improvido. RE 541.166-AgR-segundo, Rel. Min. RICARDO
LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 28/5/2012.
Acresça-se que, na ADI 2.325-MC, restou assentado que a LC
102/2000, apesar de alterar a LC 87/1996, não suprimiu o direito de
creditamento do ICMS nos casos de aquisição de bens destinados ao ativo
fixo do próprio estabelecimento.
A rigor, o PLENO da CORTE concluiu ser válido, a partir de
1º/1/2001, o aproveitamento do crédito tributário ora apreciado em 48
(quarenta e oito) parcelas. Leia-se o seguinte excerto voto vista do ilustre
Min. ILMAR GALVÃO:
(...)
Vale dizer, portanto, que, em razão da LC n.º 102/00:
a) a apropriação do crédito relativo à entrada de
mercadorias destinadas ao ativo permanente, que se fazia por
inteiro, a partir de 01.11.96 (art. 33, III, da LC 87/96), passou a
ser feita em 48 meses a partir da entrada no estabelecimento
(nova redação do art. 20, § 5.º, I, da LC 87/96, introduzida pela
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155, § 2º, I, da CF não confere direito a crédito de ICMS quando
o imposto é recolhido em razão da aquisição de bens destinados
ao consumo ou ao ativo permanente do contribuinte. Por outro
lado, o aludido dispositivo da Constituição não impede a
concessão desse direito por meio de legislação
infraconstitucional, desde que observadas as limitações
constitucionais para a previsão de benefícios fiscais relativos ao
tributo. II – Esta Corte, no julgamento da ADI 2.325-MC/DF,
Rel. Min. Marco Aurélio, reconheceu, com base na redação
original da Lei Complementar 87/1996, o direito ao crédito de
ICMS pago em razão de operações de aquisição de bens
destinados ao consumo ou ao ativo permanente do
estabelecimento. Precedentes. III – Agravo regimental
improvido. RE 541.166-AgR-segundo, Rel. Min. RICARDO
LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 28/5/2012.
Acresça-se que, na ADI 2.325-MC, restou assentado que a LC
102/2000, apesar de alterar a LC 87/1996, não suprimiu o direito de
creditamento do ICMS nos casos de aquisição de bens destinados ao ativo
fixo do próprio estabelecimento.
A rigor, o PLENO da CORTE concluiu ser válido, a partir de
1º/1/2001, o aproveitamento do crédito tributário ora apreciado em 48
(quarenta e oito) parcelas. Leia-se o seguinte excerto voto vista do ilustre
Min. ILMAR GALVÃO:
(...)
Vale dizer, portanto, que, em razão da LC n.º 102/00:
a) a apropriação do crédito relativo à entrada de
mercadorias destinadas ao ativo permanente, que se fazia por
inteiro, a partir de 01.11.96 (art. 33, III, da LC 87/96), passou a
ser feita em 48 meses a partir da entrada no estabelecimento
(nova redação do art. 20, § 5.º, I, da LC 87/96, introduzida pela
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Voto Vista
RE 487655 AGR / RS
LC n.º 102/2000);
Destarte, até 1º/1/2001, data da vigência da LC 102/2000, conforme
definido na ADI 2.325-MC, remanesce o direito de creditamento do ICMS
de modo integral. Após essa data, impõe-se o seu parcelamento.
Diante do exposto, peço vênia à Relatora, a ilustre Min. ROSA
WEBER, para dar provimento ao agravo regimental com vistas a
MANTER O ACÓRDÃO RECORRIDO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.
É o voto.
9
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Supremo Tribunal Federal
RE 487655 AGR / RS
LC n.º 102/2000);
Destarte, até 1º/1/2001, data da vigência da LC 102/2000, conforme
definido na ADI 2.325-MC, remanesce o direito de creditamento do ICMS
de modo integral. Após essa data, impõe-se o seu parcelamento.
Diante do exposto, peço vênia à Relatora, a ilustre Min. ROSA
WEBER, para dar provimento ao agravo regimental com vistas a
MANTER O ACÓRDÃO RECORRIDO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.
É o voto.
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Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 487.655 RIO GRANDE DO SUL
VOTO
O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO - Eu
também, Presidente, vou pedir todas as vênias à eminente e estimada
Relatora para, nesse particular, acompanhar a divergência para que o
extraordinário tenha trâmite regular.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 487.655 RIO GRANDE DO SUL
VOTO
O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO - Eu
também, Presidente, vou pedir todas as vênias à eminente e estimada
Relatora para, nesse particular, acompanhar a divergência para que o
extraordinário tenha trâmite regular.
Supremo Tribunal Federal
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Extrato de Ata - 12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 487.655
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
REDATOR DO ACÓRDÃO : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : COMPANHIA ZAFFARI COMÉRCIO E INDÚSTRIA
ADV.(A/S) : CARLOS MÁRIO DA SILVA VELLOSO FILHO (6534/DF) E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Decisão: Após o voto da Ministra Rosa Weber, Relatora, que
conhecia do agravo e negava-lhe provimento; e do voto do Ministro
Marco Aurélio, Presidente, que o provia, pediu vista do processo o
Ministro Alexandre de Moraes. Ausentes, justificadamente, os
Ministros Luiz Fux e Luís Roberto Barroso. Primeira Turma,
7.11.2017.
Decisão: Por maioria de votos, a Turma deu provimento ao
agravo para que o extraordinário tenha regular sequência, nos
termos do voto do Ministro Marco Aurélio, Presidente e redator do
acórdão, vencida a Ministra Rosa Weber, Relatora. Não participou,
justificadamente, deste julgamento, o Ministro Luiz Fux. Primeira
Turma, 12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 487.655
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
REDATOR DO ACÓRDÃO : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : COMPANHIA ZAFFARI COMÉRCIO E INDÚSTRIA
ADV.(A/S) : CARLOS MÁRIO DA SILVA VELLOSO FILHO (6534/DF) E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Decisão: Após o voto da Ministra Rosa Weber, Relatora, que
conhecia do agravo e negava-lhe provimento; e do voto do Ministro
Marco Aurélio, Presidente, que o provia, pediu vista do processo o
Ministro Alexandre de Moraes. Ausentes, justificadamente, os
Ministros Luiz Fux e Luís Roberto Barroso. Primeira Turma,
7.11.2017.
Decisão: Por maioria de votos, a Turma deu provimento ao
agravo para que o extraordinário tenha regular sequência, nos
termos do voto do Ministro Marco Aurélio, Presidente e redator do
acórdão, vencida a Ministra Rosa Weber, Relatora. Não participou,
justificadamente, deste julgamento, o Ministro Luiz Fux. Primeira
Turma, 12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 24 de 24
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=15053320 | 2017-12-12T00:00:00 | 2018-06-19T00:00:00 | Após o voto da Ministra Rosa Weber, Relatora, que conhecia do agravo e negava-lhe provimento; e do voto do Ministro Marco Aurélio, Presidente, que o provia, pediu vista do processo o Ministro Alexandre de Moraes. Ausentes, justificadamente, os Ministros Luiz Fux e Luís Roberto Barroso. Primeira Turma, 7.11.2017.
Decisão: Por maioria de votos, a Turma deu provimento ao agravo para que o extraordinário tenha regular sequência, nos termos do voto do Ministro Marco Aurélio, Presidente e redator do acórdão, vencida a Ministra Rosa Weber, Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Luiz Fux. Primeira Turma, 12.12.2017. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | ICMS – PRINCÍPIO DA CUMULATIVIDADE – OBSERVÂNCIA NA ORIGEM – RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDO – AGRAVO. O tema alusivo à impertinência do princípio da não cumulatividade sugere a sequência do recurso extraordinário interposto pelo Estado, afastado o julgamento individual. | sjur386838 | - Acórdão(s) citado(s):
(ICMS, DIREITO, CREDITAMENTO)
RE 545845 AgR (2ªT), ADI 2325 MC (TP), RE 541166 AgR-segundo (2ªT), RE 489012 AgR (1ªT), AI 488345 ED (1ªT), ARE 769582 AgR (2ªT).
- Decisão monocrática citada:
(ICMS, DIREITO, CREDITAMENTO)
RE 541166 AgR.
Número de páginas: 24.
Análise: 14/12/2018, AMA. | ROSA WEBER | Primeira Turma | 487655 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\n ART-00155 PAR-00002 INC-00001 INC-00012\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\n\n",
"LEG-FED LCP-000087 ANO-1996\n ART-00020 PAR-00001 ART-00033\n LEI COMPLEMENTAR\n\n",
"LEG-FED LCP-000102 ANO-2000\n LEI COMPLEMENTAR\n\n",
"LEG-FED CNV-000066 ANO-1988\n CONVÊNIO ICM DO CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA FAZENDÁRIA - CONFAZ\n\n",
"LEG-EST DEC-040127 ANO-2000\n DECRETO, RS"
] | RE-AgR | acordaos | RE 487655 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : COMPANHIA ZAFFARI COMÉRCIO E INDÚSTRIA
ADV.(A/S) : CARLOS MÁRIO DA SILVA VELLOSO FILHO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 487 . 655",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 487 . 655",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 487 . 655",
"RE 487655 AGR / RS",
"RE 487655 AGR / RS",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 487 . 655",
"RE 545 . 845 - AgR / SP",
"AI 604 . 873 - AgR / RS",
"RE 600 . 905 - AgR / RJ",
"ADI 2 . 325 - MC",
"RE 545 . 845 - AgR / SP",
"AI 604 . 873 - AgR / RS",
"RE 600 . 905 - AgR / RJ",
"ADI 2 . 325 - MC",
"RE 487655 AGR / RS",
"RE 487655 AGR / RS",
"RE 487655 AGR / RS",
"ARE 769 . 582 - AgR",
"RE 487655 AGR / RS",
"ARE 769 . 582 - AgR",
"RE 487655 AGR / RS",
"Súmula [UNK] 279 / STF",
"RE 489 . 012 - AgR",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula STF 279 :",
"AI 488 . 345 - ED",
"RE 487655 AGR / RS",
"Súmula [UNK] 279 / STF",
"RE 489 . 012 - AgR",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula STF 279",
"AI 488 . 345 - ED",
"RE 487655 AGR / RS",
"REsp [UNK] 860 . 701",
"RE 487655 AGR / RS",
"REsp [UNK] 860 . 701",
"RE [UNK] 489 . 012",
"RE 487655 AGR / RS",
"RE [UNK] 489 . 012",
"RE 487655 AGR / RS",
"RE 487655 AGR / RS",
"RE 487655 AGR / RS",
"RE 487655 AGR / RS",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 487 . 655",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 487 . 655",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 487 . 655",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 487 . 655",
"ADI 2 . 325 - MC",
"RECURSO",
"ADI 2 . 325 - MC",
"RE 487655 AGR / RS",
"ADI 2 . 325 - MC",
"RE 545 . 845",
"AI n . 488 . 487 - AgR",
"AI n . 456 . 013 - AgR",
"RE 487655 AGR / RS",
"ADI 2 . 325 - MC",
"RE 545 . 845",
"AI n . 488 . 487 - AgR",
"AI n . 456 . 013 - AgR",
"RE 487655 AGR / RS",
"RE 545 . 845",
"RE 541 . 166 / RS",
"RE 487655 AGR / RS",
"RE 545 . 845 .",
"RE 541 . 166 / RS",
"RE 487655 AGR / RS",
"AI 601 . 837 - AgR / RJ",
"RE 450 . 443 - AgR - AgR - ED / RN",
"RE 447 . 090 - AgR / SC",
"AI 562 . 701 - ED / RS",
"RE 487655 AGR / RS",
"AI 601 . 837 - AgR / RJ",
"RE 450 . 443 - AgR - AgR - ED / RN",
"RE 447 . 090 - AgR / SC",
"AI 562 . 701 - ED / RS",
"RE 487655 AGR / RS",
"RE 402 . 387 - AgR / PR",
"AI 388 . 902 - AgR / SP",
"RE 361 . 622 - AgR / RS",
"RE 355 . 683 - AgR / SP",
"RE 487655 AGR / RS",
"RE 402 . 387 - AgR / PR",
"AI 388 . 902 - AgR / SP",
"RE 361 . 622 - AgR / RS",
"RE 355 . 683 - AgR / SP",
"RE 487655 AGR / RS",
"ADI 2 . 325 - MC / DF",
"RE 487655 AGR / RS",
"ADI 2 . 325 - MC / DF",
"RE 487655 AGR / RS",
"AI 677 . 610 - AgR / SP",
"RE 349 . 543 - AgR / SP",
"RE 461 . 878 - AgR / MG",
"RE 545 . 845 - AgR / SP",
"RE 295 . 887 - AgR / SP",
"RE 487655 AGR / RS",
"AI 677 . 610 - AgR / SP",
"RE 349 . 543 - AgR / SP",
"RE 461 . 878 - AgR / MG",
"RE 545 . 845 - AgR / SP",
"RE 295 . 887 - AgR / SP",
"RE 487655 AGR / RS 155",
"ADI 2 . 325 - MC / DF",
"RE 541 . 166 - AgR - segundo",
"ADI 2 . 325 -",
"RE 487655 AGR / RS",
"ADI 2 . 325 - MC / DF",
"RE 541 . 166 - AgR - segundo",
"ADI 2 . 325 - MC",
"RE 487655 AGR / RS",
"ADI 2 . 325 - MC",
"RE 487655 AGR / RS",
"ADI 2 . 325 - MC",
"RECURSO",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 487 . 655",
"RECURSO"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar [UNK] 87 / 96",
"Lei Complementar [UNK] 87 / 96",
"art . 16 , V , da Lei Estadual [UNK]",
"8",
".",
"820",
"/",
"89",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar [UNK] 87 / 96",
"Lei Complementar [UNK] 87 / 96",
"art . 16 , V , da Lei Estadual [UNK] 8 . 820 / 89",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 20 do CPC",
"CPC",
"/",
"2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 20 do CPC",
"CPC",
"/",
"2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar 87 / 96",
"art . 155 , § 2° , I e XII , c , da Constituição Federal",
"LC 102 / 00",
"LC 87 / 96",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar 87 / 96",
"art . 155 , § 2° , I e XII , c , da Constituição Federal",
"LC 102 / 00",
"LC 87 / 96",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , caput , e § Código de Processo Civil",
"Lei Complementar [UNK] 87 / 96",
"art . 155 , § [UNK] , “ I ” , da Carta de 1988",
"arts . 20 e 33 da LC 87 / 1996",
"Lei Maior",
"§ [UNK] do art . 20 da Lei Complementar 87 / 96",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , caput , e § Código de Processo Civil",
"Lei Complementar [UNK] 87 / 96",
"art . 155 , § [UNK] , “ I ” , da Carta de 1988",
"arts . 20 e 33 da LC 87 / 1996",
"Lei Maior",
"§ [UNK] do art . 20 da Lei Complementar 87 / 96",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Política",
"Lei Complementar [UNK] 87 / 96",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar [UNK] 87 / 96",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 155 , § [UNK] , I , da Carta de 1988",
"arts . 20 e 33 da LC 87 / 1996",
"Lei Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 155 , § [UNK] , I , da Carta de 1988",
"arts . 20 e 33 da LC 87 / 1996",
"Lei Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 20 da Lei Complementar [UNK] 87 / 96",
"ART . 20 , § 1° , DA LEI COMPLEMENTAR N° 87 / 96",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 20 da Lei Complementar [UNK] 87 / 96",
"ART . 20 , § 1° , DA LEI COMPLEMENTAR N° 87 / 96",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"parágrafo [UNK] do artigo 20 da Lei Complementar [UNK] 87 / 96",
"alíneas ' a ' e ' c ' do inciso III do art . 102 da Constituição Republicana",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"4° , DO CPC",
"parágrafo [UNK] do artigo 20 da Lei Complementar [UNK] 87 / 96",
"alíneas ' a ' e ' c ' do inciso III do art . 102 da Constituição Republicana",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 16 , V , da Lei n° 8 . 820 / 89",
"LC n° 87 / 96",
"LC n° 87 / 96",
"§ [UNK] do art . 20 da LC [UNK] 87 / 96",
"art . 557 do CPC",
"§ [UNK] do art . 21 do RI / STF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 16 , V , da Lei n° 8 . 820 / 89",
"LC n° 87 / 96",
"LC n° 87 / 96 ( arts . 20 e 33 )",
"§ [UNK] do art . 20 da LC [UNK] 87 / 96",
"art . 557 do CPC",
"§ [UNK] do art . 21 do RI / STF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LC 87 / 1996",
"Lei Kandir",
"LC 102 / 2000",
"Decreto Estadual 40 . 127 / 2000",
"LC 102 / 2000",
"Decreto 40 . 127 / 2000",
"Convênio 66 / 88",
"LEI COMPLEMENTAR 102 / 2000",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LC 87 / 1996",
"Lei Kandir",
"LC 102 / 2000",
"Decreto Estadual 40 . 127 / 2000",
"LC 102 / 2000",
"Decreto 40 . 127 / 2000",
"Convênio 66 / 88",
"LEI COMPLEMENTAR 102 / 2000",
"art . 155 , § [UNK] , I e XII , da CF / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LC 102 / 2000",
"art . 33 da LC 87 / 1996",
"Convênio 66 / 88",
"LC 87 / 1996",
"LC 102 / 2000",
"LC 102 / 2000",
"Convênio ICMS 66 / 88",
"Lei Complementar n . 87 / 96",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LC 102 / 2000",
"art . 33 da LC 87 / 1996",
"Convênio 66 / 88",
"LC 87 / 1996",
"LC 102 / 2000",
"LC 102 / 2000",
"Convênio",
"ICMS 66 / 88",
"Lei Complementar n . 87 / 96",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar 87 / 1996",
"Lei Complementar [UNK] 87 / 69",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar",
"Lei Complementar [UNK] 87 / 69",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , a , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , a , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CPC , art . 557 , caput",
"art . 557 , § [UNK] - A , do CPC",
"Lei Complementar 87 / 96",
"LC 87 / 96",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CPC , art . 557 , caput",
"art . 557 , § [UNK] - A , do CPC",
"Lei Complementar 87 / 96",
"LC 87 / 96",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"inciso I do § 2 . [UNK] do art . 155 da CF",
"art . 155 , § [UNK] , XII , c , da Constituição Federal",
"Lei Complementar [UNK] 87",
"Lei Kandir",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"inciso I do § 2 . [UNK] do art . 155 da CF",
"art . 155 , § [UNK] , XII , c , da Constituição Federal",
"Lei Complementar [UNK] 87",
"Lei Kandir",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LC 87 / 96",
"Constituição",
"CPC , art . 557 , caput",
"LEI COMPLEMENTAR 87 / 1996",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LC 87 / 96",
"Constituição",
"LEI COMPLEMENTAR 87 / 1996",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"Lei Complementar 87 / 1996",
"LC 102 / 2000",
"LC 87 / 1996",
"LC n . [UNK] 102 / 00",
"art . 33 , III , da LC 87 / 96",
"art . 20 , § 5 . [UNK] , I , da LC 87 / 96",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"155 , § [UNK] , I , da CF",
"Constituição",
"Lei Complementar 87 / 1996",
"LC 102 / 2000",
"LC 87 / 1996",
"LC n . [UNK] 102 / 00",
"art . 33 , III , da LC 87 / 96",
"art . 20 , § 5 . [UNK] , I , da LC 87 / 96",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LC n . [UNK] 102 / 2000",
"LC 102 / 2000",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LC",
"LC 102 / 2000",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"Estado do Rio Grande do Sul",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"RS",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"América Latina",
"Buenos Aires",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"Buenos Aires",
"RIO GRANDE DO SUL",
"Estado do Rio Grande do Sul",
"Estado do Rio Grande do Sul",
"RIO GRANDE DO SUL",
"Estado do Rio Grande do Sul",
"Estado do Rio Grande do Sul",
"Novo Hamburgo",
"Estado do Rio Grande do Sul",
"Estado do Rio Grande do Sul",
"Estado",
"Estado do Rio Grande do Sul",
"Estado do Rio Grande do Sul",
"Estado do Rio Grande do Sul",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"COMPANHIA ZAFFARI COMÉRCIO E INDÚSTRIA",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"COMPANHIA ZAFFARI COMÉRCIO E INDÚSTRIA",
"Estado",
"Companhia Zaffari Comércio e Indústria",
"Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"COMPANHIA ZAFFARI COMÉRCIO E INDÚSTRIA",
"Companhia Zaffari Comércio e Indústria",
"Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Ministério Público Federal",
"Supremo",
"2a Turma",
"la Turma",
"2a Turma",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Ministério Público Federal",
"2a Turma",
"la",
"2a Turma",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"CARREFOUR COMÉRCIO E INDÚSTRIA LTDA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"CARREFOUR COMÉRCIO E INDÚSTRIA LTDA",
"ESTADO DE",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Procuradoria",
"-",
"Geral República",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Procuradoria",
"-",
"Geral República",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"COMPANHIA ZAFFARI COMÉRCIO E INDÚSTRIA",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"COMPANHIA ZAFFARI COMÉRCIO E INDÚSTRIA",
"Primeira Turma",
"América",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Companhia Zaffari Comércio e Indústria",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Companhia Zaffari Comércio e Indústria",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Companhia Zaffari",
"STF",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Companhia Zaffari",
"STF",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"hipermercado",
"Estado do",
"Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"hipermercado de Novo Hamburgo",
"Estado",
"Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] TURMA",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"CPC",
"[UNK] TURMA",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"PLENO da CORTE",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
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"CORTE",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"TRIBUNAL DE",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"COMPANHIA ZAFFARI COMÉRCIO E INDÚSTRIA",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"COMPANHIA ZAFFARI COMÉRCIO E INDÚSTRIA",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"CARLOS MÁRIO DA SILVA VELLOSO FILHO",
"Marco Aurélio",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"CARLOS MÁRIO DA SILVA VELLOSO FILHO",
"Rosa Weber",
"Ellen Gracie",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"CARLOS MÁRIO DA SILVA VELLOSO FILHO",
"Rosa Weber",
"Ellen Gracie",
"ROSA WEBER",
"Rosa Weber",
"Eros Grau",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Rosa Weber",
"Eros Grau",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"Gilmar Mendes",
"Gilmar Mendes",
"ROSA WEBER",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"Rosa Weber",
"MARCO AURÉLIO",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER",
"CARLOS MÁRIO DA SILVA VELLOSO FILHO",
"Rosa Weber",
"Marco Aurélio",
"Alexandre de Moraes",
"Luiz Fux",
"Luís Roberto Barroso",
"Marco Aurélio",
"Rosa Weber",
"Alexandre de Moraes",
"Luiz Fux",
"Luís Roberto Barroso",
"Paulo Gustavo Gonet Branco",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"ROSA WEBER",
"CARLOS MÁRIO DA SILVA VELLOSO FILHO",
"Rosa Weber",
"Marco Aurélio",
"Alexandre de Moraes",
"Luiz Fux",
"Luís Roberto Barroso",
"Marco Aurélio",
"Rosa Weber",
"Alexandre de Moraes",
"Luiz Fux",
"Luís Roberto Barroso",
"Paulo Gustavo Gonet Branco",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"ELLEN GRACIE",
"ELLEN GRACIE",
"EROS GRAU",
"Ellen Gracie",
"EROS GRAU",
"Ellen Gracie",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Eros Grau",
"Ellen Gracie",
"Carlos Velloso",
"Celso de Mello",
"Eros Grau",
"Ellen Gracie",
"Carlos Velloso",
"Celso de Mello",
"Carlos Velloso",
"Joaquim Barbosa",
"Ellen Gracie",
"Sepúlveda Pertence",
"Carlos Velloso",
"Joaquim Barbosa",
"Ellen Gracie",
"Sepúlveda Pertence",
"Ilmar Galvão",
"Marco Aurélio",
"Carlos Velloso",
"Ilmar Galvão",
"Marco Aurélio",
"Carlos Velloso",
"Cármen Lúcia",
"Marco Aurélio",
"Eros Grau",
"Joaquim Barbosa",
"Cármen Lúcia",
"Marco Aurélio",
"Eros Grau",
"Joaquim Barbosa",
"Marco Aurélio",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"ILMAR GALVÃO",
"Marco Aurélio",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"ILMAR GALVÃO",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"ROBERTO BARROSO",
"LUÍS ROBERTO BARROSO",
"LUÍS ROBERTO BARROSO",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"CARLOS MÁRIO DA SILVA VELLOSO FILHO",
"Rosa Weber",
"Marco Aurélio",
"Alexandre de Moraes",
"Luiz Fux",
"Luís Roberto Barroso",
"Marco Aurélio",
"Rosa Weber",
"Luiz Fux",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"CARLOS MÁRIO DA SILVA VELLOSO FILHO",
"Rosa Weber",
"Marco Aurélio",
"Alexandre de Moraes",
"Luiz Fux",
"Luís Roberto Barroso",
"Marco Aurélio",
"Rosa Weber",
"Luiz Fux",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"07",
"/",
"11",
"/",
"2017",
"12 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"07",
"/",
"11",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"07",
"/",
"11",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
".",
"12",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
".",
"12",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"07",
"/",
"11",
"/",
"2017",
"01",
".",
"8",
".",
"2008",
"0",
"2009",
"18",
".",
"9",
".",
"2009",
"23",
".",
"9",
".",
"2004",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"07",
"/",
"11",
"/",
"2017",
"01",
".",
"8",
".",
"2008",
"0",
".",
"4",
".",
"2009",
"18",
".",
"9",
".",
"2009",
"23",
".",
"9",
".",
"2004",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
"-",
"11",
"-",
"2015",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
"-",
"11",
"-",
"2015",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"25",
"-",
"09",
"-",
"2013",
"04",
"-",
"12",
"-",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"25",
"-",
"09",
"-",
"2013",
"04",
"-",
"12",
"-",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"07",
"/",
"11",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"07",
"/",
"11",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"07",
"/",
"11",
"/",
"2017",
"7",
".",
"11",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"7",
".",
"11",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"23",
"/",
"9",
"/",
"2004",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"23",
"/",
"9",
"/",
"2004",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"janeiro de 2001",
"5",
".",
"8",
".",
"05",
"3",
".",
"2",
".",
"06",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"janeiro de 2001",
"5",
".",
"8",
".",
"05",
"3",
".",
"2",
".",
"06",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"3",
"/",
"2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"3",
"/",
"2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"7",
"/",
"2006",
"9",
"/",
"8",
"/",
"2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"7",
"/",
"2006",
"9",
"/",
"8",
"/",
"2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"7",
"/",
"4",
"/",
"06",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"7",
"/",
"4",
"/",
"06",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1996",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1996",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
"/",
"5",
"/",
"2012",
"[UNK]",
"/",
"1",
"/",
"2001",
"01",
".",
"11",
".",
"96",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
"/",
"5",
"/",
"2012",
"[UNK]",
"/",
"1",
"/",
"2001",
"01",
".",
"11",
".",
"96",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
"/",
"1",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
"/",
"1",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"7",
".",
"11",
".",
"2017",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"7",
".",
"11",
".",
"2017",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.047.016 PARANÁ
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:VOTORANTIM CIMENTOS S.A.
ADV.(A/S)
:FABIO ARTIGAS GRILLO
AGDO.(A/S)
:CONSELHO
REGIONAL
DE
ENGENHARIA
E
AGRONOMIA DO PARANA
ADV.(A/S)
:BARBARA FERREIRA DAVET
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O
recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova,
também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – FIXAÇÃO. Havendo
interposição de recurso sob a regência do Código de Processo Civil de
2015, cabível é a fixação dos honorários de sucumbência recursal,
previstos no artigo 85, § 11, do diploma legal.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo
regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do relator e por
unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Marco Aurélio, na
conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – PRESIDENTE E RELATOR
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14417574.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Relatório
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.047.016 PARANÁ
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:VOTORANTIM CIMENTOS S.A.
ADV.(A/S)
:FABIO ARTIGAS GRILLO
AGDO.(A/S)
:CONSELHO
REGIONAL
DE
ENGENHARIA
E
AGRONOMIA DO PARANA
ADV.(A/S)
:BARBARA FERREIRA DAVET
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (Relator) – Neguei
seguimento ao recurso, em 29 de maio de 2017, consignando:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS
– INVIABILIDADE – NEGATIVA DE
SEGUIMENTO.
1. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região confirmou o
entendimento do Juízo quanto à improcedência do pedido de
anulação de autos de infração, visando o afastamento da
obrigatoriedade de emissão de Anotação de Responsabilidade
Técnica- ART, considerada a legislação de regência. No
extraordinário, a recorrente aponta violação dos artigos 5º,
inciso II, e 150, inciso I, da Constituição Federal. Diz que a
responsabilidade pela taxa é do engenheiro responsável pela
obra. Articula com a inconstitucionalidade da Lei nº 6.496/77,
tendo como contrariado o princípio da legalidade tributária.
2. De início, observem o momento da interposição, para
fins de incidência da norma processual. A publicação da decisão
atacada pelo extraordinário é posterior a 18 de março de 2016,
data de início da eficácia do Código de Processo Civil, sendo a
protocolação do recurso regida por esse diploma legal.
Colho do acórdão recorrido o seguinte trecho:
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14417575.
Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.047.016 PARANÁ
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:VOTORANTIM CIMENTOS S.A.
ADV.(A/S)
:FABIO ARTIGAS GRILLO
AGDO.(A/S)
:CONSELHO
REGIONAL
DE
ENGENHARIA
E
AGRONOMIA DO PARANA
ADV.(A/S)
:BARBARA FERREIRA DAVET
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (Relator) – Neguei
seguimento ao recurso, em 29 de maio de 2017, consignando:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS
– INVIABILIDADE – NEGATIVA DE
SEGUIMENTO.
1. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região confirmou o
entendimento do Juízo quanto à improcedência do pedido de
anulação de autos de infração, visando o afastamento da
obrigatoriedade de emissão de Anotação de Responsabilidade
Técnica- ART, considerada a legislação de regência. No
extraordinário, a recorrente aponta violação dos artigos 5º,
inciso II, e 150, inciso I, da Constituição Federal. Diz que a
responsabilidade pela taxa é do engenheiro responsável pela
obra. Articula com a inconstitucionalidade da Lei nº 6.496/77,
tendo como contrariado o princípio da legalidade tributária.
2. De início, observem o momento da interposição, para
fins de incidência da norma processual. A publicação da decisão
atacada pelo extraordinário é posterior a 18 de março de 2016,
data de início da eficácia do Código de Processo Civil, sendo a
protocolação do recurso regida por esse diploma legal.
Colho do acórdão recorrido o seguinte trecho:
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7
Relatório
RE 1047016 AGR / PR
A Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, acerca das
atribuições dos profissionais inscritos no CREA, disciplina
em seu art. 7º:
Art. 7º As atividades e atribuições profissionais
do engenheiro, do arquiteto e do engenheiro-
agrônomo consistem em:
a) desempenho de cargos, funções e comissões
em entidades estatais, paraestatais, autárquicas, de
economia mista e privada;
b) planejamento ou projeto, em geral, de
regiões, zonas, cidades, obras, estruturas,
transportes, explorações de recursos naturais e
desenvolvimento da produção industrial e
agropecuária;
c) estudos, projetos, análises, avaliações,
vistorias, perícias, pareceres e divulgação técnica;
d) ensino, pesquisas, experimentação e ensaios;
e) fiscalização de obras e serviços técnicos;
f) direção de obras e serviços técnicos;
g) execução de obras e serviços técnicos;
h) produção técnica especializada, industrial ou
agro-pecuária.
Parágrafo único. Os engenheiros, arquitetos e
engenheiros-agrônomos poderão exercer qualquer
outra atividade que, por sua natureza, se inclua no
âmbito de suas profissões.
E o artigo 8º, por sua vez, preleciona:
Art. 8º As atividades e atribuições enunciadas
nas alíneas a , b , c , d , e e f do artigo anterior são da
competência de pessoas físicas, para tanto
legalmente habilitadas.
Parágrafo único. As pessoas jurídicas e
organizações estatais só poderão exercer as
atividades discriminadas nos art. 7º, com exceção das
contidas na alínea 'a', com a participação efetiva e
autoria declarada de profissional legalmente
2
Supremo Tribunal Federal
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RE 1047016 AGR / PR
A Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, acerca das
atribuições dos profissionais inscritos no CREA, disciplina
em seu art. 7º:
Art. 7º As atividades e atribuições profissionais
do engenheiro, do arquiteto e do engenheiro-
agrônomo consistem em:
a) desempenho de cargos, funções e comissões
em entidades estatais, paraestatais, autárquicas, de
economia mista e privada;
b) planejamento ou projeto, em geral, de
regiões, zonas, cidades, obras, estruturas,
transportes, explorações de recursos naturais e
desenvolvimento da produção industrial e
agropecuária;
c) estudos, projetos, análises, avaliações,
vistorias, perícias, pareceres e divulgação técnica;
d) ensino, pesquisas, experimentação e ensaios;
e) fiscalização de obras e serviços técnicos;
f) direção de obras e serviços técnicos;
g) execução de obras e serviços técnicos;
h) produção técnica especializada, industrial ou
agro-pecuária.
Parágrafo único. Os engenheiros, arquitetos e
engenheiros-agrônomos poderão exercer qualquer
outra atividade que, por sua natureza, se inclua no
âmbito de suas profissões.
E o artigo 8º, por sua vez, preleciona:
Art. 8º As atividades e atribuições enunciadas
nas alíneas a , b , c , d , e e f do artigo anterior são da
competência de pessoas físicas, para tanto
legalmente habilitadas.
Parágrafo único. As pessoas jurídicas e
organizações estatais só poderão exercer as
atividades discriminadas nos art. 7º, com exceção das
contidas na alínea 'a', com a participação efetiva e
autoria declarada de profissional legalmente
2
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7
Relatório
RE 1047016 AGR / PR
habilitado e registrado pelo Conselho Regional,
assegurados os direitos que esta lei lhe confere.
O objeto da sociedade civil da autora consta na
cláusula 3a do Contrato Social (EVENTO 1 CONTR 4)
guarda evidente relação com as atividades privativas dos
profissionais registrados junto ao CREA, o que não afasta,
de plano, qualquer
pretensão quanto à eventual obrigação de registro da
sociedade autora no CREA, isto já por força do art. 1º da
Lei 6.839/80, certo que o Supremo Tribunal Federal,
conferindo-lhe a interpretação cabível, entendeu que esta
Lei buscou '...coibir os abusos praticados, consagrando o
critério da obrigatoriedade do registro das empresas ou
entidades nos Conselhos, somente nos casos em que sua
atividade básica decorrer do exercício profissional ou em
razão da qual prestam seus serviços a terceiros...' (Ministro
Carlos Madeira, REO 97.651/SP, DJU 3.11.85, p. 17.077).
O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela
interpretação de normas estritamente legais, não ensejando
campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a
violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise
matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da
Constituição Federal.
3. No tocante ao princípio da legalidade tributária,
ressalvada a óptica pessoal, o Tribunal, no recurso
extraordinário nº 838.284, relator o ministro Dias Toffoli,
assentou que o parágrafo único do artigo 2º da Lei nº 6.994/1982
não violou o citado princípio. A seguinte tese foi fixada para
fins de repercussão geral, conforme decisão de 19 de outubro de
2016:
Não viola a legalidade tributária a lei que,
prescrevendo o teto, possibilita o ato normativo infralegal
fixar o valor de taxa em proporção razoável com os custos
da atuação estatal, valor esse que não pode ser atualizado
por ato do próprio conselho de fiscalização em percentual
superior aos índices de correção monetária legalmente
3
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 1047016 AGR / PR
habilitado e registrado pelo Conselho Regional,
assegurados os direitos que esta lei lhe confere.
O objeto da sociedade civil da autora consta na
cláusula 3a do Contrato Social (EVENTO 1 CONTR 4)
guarda evidente relação com as atividades privativas dos
profissionais registrados junto ao CREA, o que não afasta,
de plano, qualquer
pretensão quanto à eventual obrigação de registro da
sociedade autora no CREA, isto já por força do art. 1º da
Lei 6.839/80, certo que o Supremo Tribunal Federal,
conferindo-lhe a interpretação cabível, entendeu que esta
Lei buscou '...coibir os abusos praticados, consagrando o
critério da obrigatoriedade do registro das empresas ou
entidades nos Conselhos, somente nos casos em que sua
atividade básica decorrer do exercício profissional ou em
razão da qual prestam seus serviços a terceiros...' (Ministro
Carlos Madeira, REO 97.651/SP, DJU 3.11.85, p. 17.077).
O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela
interpretação de normas estritamente legais, não ensejando
campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a
violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise
matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da
Constituição Federal.
3. No tocante ao princípio da legalidade tributária,
ressalvada a óptica pessoal, o Tribunal, no recurso
extraordinário nº 838.284, relator o ministro Dias Toffoli,
assentou que o parágrafo único do artigo 2º da Lei nº 6.994/1982
não violou o citado princípio. A seguinte tese foi fixada para
fins de repercussão geral, conforme decisão de 19 de outubro de
2016:
Não viola a legalidade tributária a lei que,
prescrevendo o teto, possibilita o ato normativo infralegal
fixar o valor de taxa em proporção razoável com os custos
da atuação estatal, valor esse que não pode ser atualizado
por ato do próprio conselho de fiscalização em percentual
superior aos índices de correção monetária legalmente
3
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14417575.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7
Relatório
RE 1047016 AGR / PR
previstos.
3. Ante o quadro, nego seguimento ao extraordinário. Fixo
os honorários recursais no patamar de 5 % do valor da causa,
nos termos do artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil de
2015.
4. Publiquem.
A agravante renova os argumentos do extraordinário. Aduz serem
inconstitucionais os dispositivos legais a fundamentar os autos de
infração lavrados pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia
do Paraná. Reitera que a atividade de fornecimento de concreto e a
prestação de serviço de concretagem não se enquadram ao rol dos artigos
1º da Lei n° 5.194/1966 e 1º da de n° 6.496/1977.
O agravado, em contraminuta, aponta o acerto do pronunciamento
impugnado.
É o relatório
4
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RE 1047016 AGR / PR
previstos.
3. Ante o quadro, nego seguimento ao extraordinário. Fixo
os honorários recursais no patamar de 5 % do valor da causa,
nos termos do artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil de
2015.
4. Publiquem.
A agravante renova os argumentos do extraordinário. Aduz serem
inconstitucionais os dispositivos legais a fundamentar os autos de
infração lavrados pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia
do Paraná. Reitera que a atividade de fornecimento de concreto e a
prestação de serviço de concretagem não se enquadram ao rol dos artigos
1º da Lei n° 5.194/1966 e 1º da de n° 6.496/1977.
O agravado, em contraminuta, aponta o acerto do pronunciamento
impugnado.
É o relatório
4
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.047.016 PARANÁ
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Atendeu-
se aos pressupostos de recorribilidade. A peça, subscrita por advogado
regularmente credenciado, foi protocolada no prazo legal. Conheço.
Conforme fiz ver no pronunciamento individual, o Tribunal de
origem decidiu a partir de normas estritamente legais, concluindo pela
obrigatoriedade de emissão de Anotação de Responsabilidade Técnica
por parte de empresa fabricante de cimento. Eis a síntese do acórdão
formalizado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região:
ADMINISTRATIVO. CREA/PR. AUTO DE INFRAÇÃO.
FABRICAÇÃO
E
COMÉRCIO
DE
CIMENTO.
RESPONSABILIDADE TÉCNICA. NECESSIDADE. A empresa
que tem como atividade básica a fabricação e comercialização
de cimento necessita de engenheiro como responsável técnico
pela prestação desses serviços, já que se caracteriza como
'produção técnica especializada industrial' (art. 72, alíneas 'c', 'g'
e 'h', da Lei 5.194/1966).
A toda evidência, o deslinde da demanda ocorreu à luz dos fatos e
sob o ângulo estritamente legal. Somente interpretando o quadro
probatório e a legislação infraconstitucional seria dado concluir-se de
forma contrária ao assentado pelo Colegiado local, o que é defeso em
sede extraordinária. Está-se diante de caso cujo desfecho fica no âmbito
do próprio Tribunal de origem.
Conheço do agravo interno e o desprovejo. Considerada a fixação
dos honorários advocatícios nas decisões anteriores, majoro os recursais
no patamar de mais 5%, consoante o artigo 85, § 11, do Código de
Processo Civil.
É como voto.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14417576.
Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.047.016 PARANÁ
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Atendeu-
se aos pressupostos de recorribilidade. A peça, subscrita por advogado
regularmente credenciado, foi protocolada no prazo legal. Conheço.
Conforme fiz ver no pronunciamento individual, o Tribunal de
origem decidiu a partir de normas estritamente legais, concluindo pela
obrigatoriedade de emissão de Anotação de Responsabilidade Técnica
por parte de empresa fabricante de cimento. Eis a síntese do acórdão
formalizado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região:
ADMINISTRATIVO. CREA/PR. AUTO DE INFRAÇÃO.
FABRICAÇÃO
E
COMÉRCIO
DE
CIMENTO.
RESPONSABILIDADE TÉCNICA. NECESSIDADE. A empresa
que tem como atividade básica a fabricação e comercialização
de cimento necessita de engenheiro como responsável técnico
pela prestação desses serviços, já que se caracteriza como
'produção técnica especializada industrial' (art. 72, alíneas 'c', 'g'
e 'h', da Lei 5.194/1966).
A toda evidência, o deslinde da demanda ocorreu à luz dos fatos e
sob o ângulo estritamente legal. Somente interpretando o quadro
probatório e a legislação infraconstitucional seria dado concluir-se de
forma contrária ao assentado pelo Colegiado local, o que é defeso em
sede extraordinária. Está-se diante de caso cujo desfecho fica no âmbito
do próprio Tribunal de origem.
Conheço do agravo interno e o desprovejo. Considerada a fixação
dos honorários advocatícios nas decisões anteriores, majoro os recursais
no patamar de mais 5%, consoante o artigo 85, § 11, do Código de
Processo Civil.
É como voto.
Supremo Tribunal Federal
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Extrato de Ata - 12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.047.016
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : VOTORANTIM CIMENTOS S.A.
ADV.(A/S) : FABIO ARTIGAS GRILLO (24615/PR)
AGDO.(A/S) : CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO PARANA
ADV.(A/S) : BARBARA FERREIRA DAVET (51683/PR, 48805-A/SC)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo, com imposição de
honorários recursais, nos termos do voto do Relator. Unânime.
Presidência do Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14321559
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.047.016
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : VOTORANTIM CIMENTOS S.A.
ADV.(A/S) : FABIO ARTIGAS GRILLO (24615/PR)
AGDO.(A/S) : CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO PARANA
ADV.(A/S) : BARBARA FERREIRA DAVET (51683/PR, 48805-A/SC)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo, com imposição de
honorários recursais, nos termos do voto do Relator. Unânime.
Presidência do Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14321559
Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14429606 | 2017-12-12T00:00:00 | 2018-03-02T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo, com imposição de honorários recursais, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 12.12.2017. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – FIXAÇÃO. Havendo interposição de recurso sob a regência do Código de Processo Civil de 2015, cabível é a fixação dos honorários de sucumbência recursal, previstos no artigo 85, § 11, do diploma legal. | sjur381106 | Número de páginas: 7.
Análise: 09/03/2018, MJC. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 1047016 | [
"LEG-FED LEI-005194 ANO-1966\n ART-00072 LET-C LET-G LET-H\n LEI ORDINÁRIA\n\n",
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-00085 PAR-00011\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL"
] | RE-AgR | acordaos | RE 1047016 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : VOTORANTIM CIMENTOS S.A.
ADV.(A/S) : FABIO ARTIGAS GRILLO
AGDO.(A/S) : CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO PARANA
ADV.(A/S) : BARBARA FERREIRA DAVET | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 047 . 016",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 047 . 016",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 047 . 016",
"RE 1047016 AGR / PR",
"RE 1047016 AGR / PR",
"RE 1047016 AGR / PR",
"REO 97 . 651 / SP",
"recurso extraordinário [UNK] 838 . 284",
"RE 1047016 AGR / PR",
"REO 97 . 651 / SP",
"recurso extraordinário [UNK] 838 . 284",
"RE 1047016 AGR / PR",
"RE 1047016 AGR / PR",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 047 . 016",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 047 . 016",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 047 . 016",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 047 . 016"
],
"LEGISLACAO": [
"Código de Processo Civil de 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] , inciso II , e 150 , inciso I , da Constituição Federal",
"Lei [UNK] 6 . 496 / 77",
"Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] , inciso II , e 150 , inciso I , da Constituição Federal",
"Lei [UNK] 6 . 496 / 77",
"Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 5 . 194",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 5 . 194",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] da Lei 6 . 839 / 80",
"Carta da República",
"inciso III do artigo 102 da Constituição Federal",
"parágrafo único do artigo [UNK] da Lei [UNK] 6 . 994 / 1982",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] da Lei 6 . 839 / 80",
"Carta da República",
"inciso III do artigo 102 da Constituição Federal",
"parágrafo único do artigo [UNK] da Lei [UNK] 6 . 994 / 1982",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 85 , § 11 , do Código de Processo Civil de 2015",
"artigos [UNK] da Lei n° 5 . 194 / 1966",
"[UNK] da de n° 6 . 496 / 1977",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 85 , § 11 , do Código de Processo Civil de 2015",
"artigos [UNK] da Lei n° 5 . 194 / 1966",
"[UNK] da de n° 6 . 496 / 1977",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 72 , alíneas ' c ' , ' g ' e ' h ' , da Lei 5 . 194 / 1966",
"artigo 85 , § 11 , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2",
"AG",
"art . 72 , alíneas ' c ' , ' g ' e ' h ' , da Lei 5 . 194 / 1966",
"artigo 85 , § 11 , do Código de Processo",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"PARANÁ",
"Brasília",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"PARANÁ"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"VOTORANTIM CIMENTOS S . A .",
"CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO PARANA",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"VOTORANTIM CIMENTOS S . A .",
"CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO PARANA",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"VOTORANTIM CIMENTOS S . A .",
"CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO PARANA",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"CREA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"CREA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"CREA",
"CREA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"CREA",
"CREA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"CREA",
"/",
"PR",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"VOTORANTIM CIMENTOS S . A",
"CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO PARANA",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"VOTORANTIM CIMENTOS S . A .",
"CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO PARANA",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"FABIO ARTIGAS GRILLO",
"BARBARA FERREIRA DAVET",
"Marco Aurélio",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"FABIO ARTIGAS GRILLO",
"BARBARA FERREIRA DAVET",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"FABIO ARTIGAS GRILLO",
"BARBARA FERREIRA DAVET",
"MARCO AURÉLIO",
"Carlos Madeira",
"Dias Toffoli",
"Carlos Madeira",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"FABIO ARTIGAS GRILLO",
"BARBARA FERREIRA DAVET",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"FABIO ARTIGAS GRILLO",
"BARBARA FERREIRA DAVET",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"12 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"29 de maio de 2017",
"18 de março de 2016",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"29 de maio de 2017",
"18 de março de 2016",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24 de dezembro de 1966",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24 de dezembro de 1966",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"3",
".",
"11",
".",
"85",
"19 de outubro de 2016",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"3",
".",
"11",
".",
"85",
"19 de outubro de 2016",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.963 PERNAMBUCO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ATILLAS HENRIQUE SILVA DE LIMA
ADV.(A/S)
:JOSE RAFAEL FONSECA DE MELO
AGDO.(A/S)
:RELATOR DO HC Nº 402.209 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
EMENTA
Agravo regimental em habeas corpus. Processual Penal. Porte
ilegal de arma de fogo. Antecedentes criminais. Risco concreto de
reiteração delitiva. Prisão preventiva. Excesso de prazo na conclusão da
instrução criminal. Ausência de impugnação dos fundamentos da
decisão agravada. Inadmissibilidade do recurso. Precedentes. Não
conhecimento do regimental.
1. A jurisprudência do Supremo Tribunal é firme no sentido de que a
parte deve impugnar, na petição de agravo regimental, os fundamentos
da decisão que pretende infirmar, o que não ocorreu na espécie.
2. Agravo regimental do qual não se conhece.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Edson Fachin, na conformidade da ata do julgamento e
das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em não conhecer do
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
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Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6
Relatório
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.963 PERNAMBUCO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ATILLAS HENRIQUE SILVA DE LIMA
ADV.(A/S)
:JOSE RAFAEL FONSECA DE MELO
AGDO.(A/S)
:RELATOR DO HC Nº 402.209 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de
Atillas Henrique Silva de Lima, apontando como autoridade coatora o
Ministro Ministro Antonio Saldanha Palheiro, do Superior Tribunal de
Justiça, que rejeitou os embargos de declaração no agravo regimental nos
embargos de declaração no HC nº 402.209/PE.
Sustentou o impetrante, em síntese, que o paciente estaria submetido
a constrangimento ilegal, pois o decreto de sua prisão preventiva seria
desprovido de fundamentação idônea apta a justificar sua necessidade,
bem como estariam ausentes os pressupostos do art. 312 do Código de
Processo Penal.
Aduziu, de outra parte, que o paciente está preso preventivamente
desde 8/11/16, sem culpa formada, o que também evidenciaria
constrangimento ilegal por excesso de prazo.
Requereu, liminarmente, a concessão da ordem para que a prisão
preventiva do paciente fosse revogada ou substituída por medidas
cautelares diversas (CPP, art. 319).
Em 8/11/17, neguei seguimento ao habeas corpus (art. 21, § 1º, do
RISTF), ficando, por consequência, prejudicado o pedido de liminar.
Contra essa decisão a defesa interpõe, tempestivamente, o presente
agravo regimental, no qual insiste na tese de que
“é possível constatar que há, de forma patente, um excesso
de prazo na formação da culpa do acusado, tendo em vista que
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Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.963 PERNAMBUCO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ATILLAS HENRIQUE SILVA DE LIMA
ADV.(A/S)
:JOSE RAFAEL FONSECA DE MELO
AGDO.(A/S)
:RELATOR DO HC Nº 402.209 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de
Atillas Henrique Silva de Lima, apontando como autoridade coatora o
Ministro Ministro Antonio Saldanha Palheiro, do Superior Tribunal de
Justiça, que rejeitou os embargos de declaração no agravo regimental nos
embargos de declaração no HC nº 402.209/PE.
Sustentou o impetrante, em síntese, que o paciente estaria submetido
a constrangimento ilegal, pois o decreto de sua prisão preventiva seria
desprovido de fundamentação idônea apta a justificar sua necessidade,
bem como estariam ausentes os pressupostos do art. 312 do Código de
Processo Penal.
Aduziu, de outra parte, que o paciente está preso preventivamente
desde 8/11/16, sem culpa formada, o que também evidenciaria
constrangimento ilegal por excesso de prazo.
Requereu, liminarmente, a concessão da ordem para que a prisão
preventiva do paciente fosse revogada ou substituída por medidas
cautelares diversas (CPP, art. 319).
Em 8/11/17, neguei seguimento ao habeas corpus (art. 21, § 1º, do
RISTF), ficando, por consequência, prejudicado o pedido de liminar.
Contra essa decisão a defesa interpõe, tempestivamente, o presente
agravo regimental, no qual insiste na tese de que
“é possível constatar que há, de forma patente, um excesso
de prazo na formação da culpa do acusado, tendo em vista que
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6
Relatório
HC 149963 AGR / PE
está preso sem sequer existir condenação por juízo de 1º grau,
sendo a demora injustificada para a conclusão da instrução
criminal”.
Continua afirmando que
“o pleito concernente ao excesso de prazo não foi
analisado pelo referido Ministro, mas fora devidamente
alegado por este patrono, conforme acima aduzido, não
podendo o acusado sofrer prejuízo por circunstância que não
tenha, de alguma forma, concorrido para ter dado causa, não
tendo sido o mérito analisado por omissão exclusiva do
Judiciário”.
É o relatório.
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 149963 AGR / PE
está preso sem sequer existir condenação por juízo de 1º grau,
sendo a demora injustificada para a conclusão da instrução
criminal”.
Continua afirmando que
“o pleito concernente ao excesso de prazo não foi
analisado pelo referido Ministro, mas fora devidamente
alegado por este patrono, conforme acima aduzido, não
podendo o acusado sofrer prejuízo por circunstância que não
tenha, de alguma forma, concorrido para ter dado causa, não
tendo sido o mérito analisado por omissão exclusiva do
Judiciário”.
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.963 PERNAMBUCO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O recurso não comporta conhecimento.
Isso porque neguei seguimento ao habeas corpus sob os
fundamentos seguintes: i) a custódia preventiva do paciente está
devidamente justificada na garantia da ordem pública, em razão do risco
concreto de reiteração criminosa; e ii) a tese referente ao alegado excesso
de prazo não teria sido analisada pelo Superior Tribunal de Justiça,
existindo óbice processual para sua análise nesta Corte, em razão da
proibição da supressão de instância.
Todavia, verifico que o agravante não impugnou, nas razões do
regimental, o fundamento relativo à necessidade de manutenção de sua
prisão preventiva. Essa circunstância atrai a incidência da jurisprudência
pacífica da Corte no sentido de ser “inviável o agravo regimental no qual
não são impugnados todos os fundamentos da decisão agravada” (RE nº
563.881/RN-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ
de 1º/2/08).
Perfilhando esse entendimento:
“Agravo regimental em
habeas corpus.
Recurso
interposto pelo próprio impetrante/paciente, que não detinha
habilitação legal para tanto. Possibilidade. Precedente.
Ausência de impugnação dos fundamentos da decisão
agravada. Regimental não provido.
1. O fato de o agravante não possuir capacidade
postulatória não impede o conhecimento do recurso. Segundo a
jurisprudência contemporânea da Corte não é necessário exigir
daquele que impetra a ordem de habeas corpus habilitação
legal ou representação para dele recorrer (HC nº 102.836/PE-
AgR, redator para acórdão o Ministro Dias Toffoli, DJe de
27/2/12)
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14249794.
Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.963 PERNAMBUCO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O recurso não comporta conhecimento.
Isso porque neguei seguimento ao habeas corpus sob os
fundamentos seguintes: i) a custódia preventiva do paciente está
devidamente justificada na garantia da ordem pública, em razão do risco
concreto de reiteração criminosa; e ii) a tese referente ao alegado excesso
de prazo não teria sido analisada pelo Superior Tribunal de Justiça,
existindo óbice processual para sua análise nesta Corte, em razão da
proibição da supressão de instância.
Todavia, verifico que o agravante não impugnou, nas razões do
regimental, o fundamento relativo à necessidade de manutenção de sua
prisão preventiva. Essa circunstância atrai a incidência da jurisprudência
pacífica da Corte no sentido de ser “inviável o agravo regimental no qual
não são impugnados todos os fundamentos da decisão agravada” (RE nº
563.881/RN-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ
de 1º/2/08).
Perfilhando esse entendimento:
“Agravo regimental em
habeas corpus.
Recurso
interposto pelo próprio impetrante/paciente, que não detinha
habilitação legal para tanto. Possibilidade. Precedente.
Ausência de impugnação dos fundamentos da decisão
agravada. Regimental não provido.
1. O fato de o agravante não possuir capacidade
postulatória não impede o conhecimento do recurso. Segundo a
jurisprudência contemporânea da Corte não é necessário exigir
daquele que impetra a ordem de habeas corpus habilitação
legal ou representação para dele recorrer (HC nº 102.836/PE-
AgR, redator para acórdão o Ministro Dias Toffoli, DJe de
27/2/12)
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
HC 149963 AGR / PE
2. Agravo regimental cujas razões não impugnam os
fundamentos da decisão agravada.
3. Recurso ao qual se nega provimento” (HC nº
112.498/SP-AgR, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe
6/8/12);
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. fundamentos INATACADOS. 1. A agravante
não impugnou os fundamentos da decisão agravada. Incidência
do artigo 317, § 1º, do RISTF. 2. Agravo regimental a que se
nega provimento” (AI nº 664.174/SC-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Eros Grau, DJ 1º/2/08);
“Embargos de declaração em recurso extraordinário. 2.
Decisão monocrática do relator. Embargos de declaração
recebidos como agravo regimental. 3. Recurso que não ataca o
fundamento da decisão agravada. Aplicação do art. 317, § 1º, do
RISTF. Precedentes. 4. Agravo regimental a que se nega
provimento” (RE nº 490.720/MS-ED, Segunda Turma, Relator o
Ministro Gilmar Mendes, DJ 1º/2/08).
Ante o exposto, não conheço do agravo regimental.
É como voto.
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 149963 AGR / PE
2. Agravo regimental cujas razões não impugnam os
fundamentos da decisão agravada.
3. Recurso ao qual se nega provimento” (HC nº
112.498/SP-AgR, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe
6/8/12);
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. fundamentos INATACADOS. 1. A agravante
não impugnou os fundamentos da decisão agravada. Incidência
do artigo 317, § 1º, do RISTF. 2. Agravo regimental a que se
nega provimento” (AI nº 664.174/SC-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Eros Grau, DJ 1º/2/08);
“Embargos de declaração em recurso extraordinário. 2.
Decisão monocrática do relator. Embargos de declaração
recebidos como agravo regimental. 3. Recurso que não ataca o
fundamento da decisão agravada. Aplicação do art. 317, § 1º, do
RISTF. Precedentes. 4. Agravo regimental a que se nega
provimento” (RE nº 490.720/MS-ED, Segunda Turma, Relator o
Ministro Gilmar Mendes, DJ 1º/2/08).
Ante o exposto, não conheço do agravo regimental.
É como voto.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Extrato de Ata - 12/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.963
PROCED. : PERNAMBUCO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : ATILLAS HENRIQUE SILVA DE LIMA
ADV.(A/S) : JOSE RAFAEL FONSECA DE MELO (26291/PE)
AGDO.(A/S) : RELATOR DO HC Nº 402.209 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por votação unânime, não conheceu do agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Ministros Gilmar Mendes e Ricardo
Lewandowski. Presidência do Ministro Edson Fachin. 2ª Turma,
12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Edson Fachin. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello e Dias Toffoli.
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e
Ricardo Lewandowski.
Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio
Marques.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14292854
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.963
PROCED. : PERNAMBUCO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : ATILLAS HENRIQUE SILVA DE LIMA
ADV.(A/S) : JOSE RAFAEL FONSECA DE MELO (26291/PE)
AGDO.(A/S) : RELATOR DO HC Nº 402.209 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por votação unânime, não conheceu do agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Ministros Gilmar Mendes e Ricardo
Lewandowski. Presidência do Ministro Edson Fachin. 2ª Turma,
12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Edson Fachin. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello e Dias Toffoli.
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e
Ricardo Lewandowski.
Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio
Marques.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14292854
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14300932 | 2017-12-12T00:00:00 | 2018-02-06T00:00:00 | A Turma, por votação unânime, não conheceu do agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Presidência do Ministro Edson Fachin. 2ª Turma, 12.12.2017. | AG.REG. NO HABEAS CORPUS | EMENTA
Agravo regimental em habeas corpus. Processual Penal. Porte ilegal de arma de fogo. Antecedentes criminais. Risco concreto de reiteração delitiva. Prisão preventiva. Excesso de prazo na conclusão da instrução criminal. Ausência de impugnação dos fundamentos da decisão agravada. Inadmissibilidade do recurso. Precedentes. Não conhecimento do regimental.
1. A jurisprudência do Supremo Tribunal é firme no sentido de que a parte deve impugnar, na petição de agravo regimental, os fundamentos da decisão que pretende infirmar, o que não ocorreu na espécie.
2. Agravo regimental do qual não se conhece. | sjur379855 | - Acórdão(s) citado(s):
(IMPUGNAÇÃO, FUNDAMENTOS)
AI 664174 AgR (2ªT), RE 563881 AgR (1ªT), RE 490720 ED (2ªT), HC 102836 AgR (1ªT), HC 112498 AgR (1ªT).
Número de páginas: 6.
Análise: 16/02/2018, MAD. | DIAS TOFFOLI | Segunda Turma | 149963 | null | HC-AgR | acordaos | HC 149963 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ATILLAS HENRIQUE SILVA DE LIMA
ADV.(A/S) : JOSE RAFAEL FONSECA DE MELO
AGDO.(A/S) : RELATOR DO HC Nº 402.209 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 149 . 963",
"HC [UNK] 402 . 209",
"HABEAS CORPUS 149 . 963",
"HC [UNK] 402 . 209",
"HC [UNK] 402 . 209 / PE",
"HABEAS CORPUS 149 . 963",
"HC [UNK] 402 . 209 DO SUPERIOR",
"HC [UNK] 402 . 209 / PE",
"HC 149963 AGR / PE",
"HC 149963 AGR",
"HABEAS CORPUS 149 . 963",
"RE [UNK] 563 . 881 / RN - AgR",
"HC [UNK] 102 . 836 / PE - AgR",
"HABEAS CORPUS 149 . 963",
"RE [UNK] 563 . 881 / RN - AgR",
"HC [UNK] 102 . 836 /",
"HC 149963 AGR / PE",
"HC [UNK] 112 . 498 / SP - AgR",
"AI [UNK] 664 . 174 / SC - AgR",
"RE [UNK] 490 . 720 / MS - ED",
"HC 149963 AGR / PE",
"HC [UNK] 112 . 498 / SP - AgR",
"AI [UNK] 664 . 174 / SC - AgR",
"RE [UNK] 490 . 720 / MS - ED",
"HABEAS CORPUS 149 . 963",
"HC [UNK] 402 . 209",
"HABEAS CORPUS 149 . 963",
"HC [UNK] 402 . 209"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 do Código de Processo Penal",
"CPP , art . 319",
"art . 21 , § [UNK] , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 do Código de Processo Penal",
"CPP , art . 319",
"art . 21 , § [UNK] , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 317 , § [UNK] , do RISTF",
"art . 317 , § [UNK] , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 317 , § [UNK] , do RISTF",
"art . 317 , § [UNK] , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"PERNAMBUCO",
"Brasília",
"PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Supremo Tribunal",
"Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Infraestrutura",
"de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"ATILLAS HENRIQUE SILVA DE LIMA",
"JOSE RAFAEL FONSECA DE MELO",
"Edson Fachin",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"ATILLAS HENRIQUE SILVA DE LIMA",
"JOSE RAFAEL FONSECA DE MELO",
"DIAS TOFFOLI",
"Atillas Henrique Silva de Lima",
"Antonio Saldanha Palheiro",
"DIAS TOFFOLI",
"ATILLAS HENRIQUE SILVA DE LIMA",
"JOSE RAFAEL FONSECA DE MELO",
"DIAS TOFFOLI",
"Atillas Henrique Silva de Lima",
"Antonio Saldanha Palheiro",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Cármen Lúcia",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"Cármen Lúcia",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"Eros Grau",
"Gilmar Mendes",
"Eros Grau",
"Gilmar Mendes",
"DIAS TOFFOLI",
"ATILLAS HENRIQUE SILVA DE LIMA",
"JOSE RAFAEL FONSECA DE MELO",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Edson Fachin",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Dias Toffoli",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Cláudia Sampaio Marques",
"Ravena Siqueira",
"DIAS TOFFOLI",
"ATILLAS HENRIQUE SILVA DE LIMA",
"JOSE RAFAEL FONSECA DE MELO",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Edson Fachin",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Dias Toffoli",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Cláudia Sampaio Marques",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"12 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"8",
"/",
"11",
"/",
"16",
"8",
"/",
"11",
"/",
"17",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"8",
"/",
"11",
"/",
"16",
"8",
"/",
"11",
"/",
"17",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"[UNK]",
"/",
"2",
"/",
"08",
"27",
"/",
"2",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"[UNK]",
"/",
"2",
"/",
"08",
"27",
"/",
"2",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
"/",
"8",
"/",
"12",
"[UNK]",
"/",
"2",
"/",
"08",
"[UNK]",
"/",
"2",
"/",
"08",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
"/",
"8",
"/",
"12",
"[UNK]",
"/",
"2",
"/",
"08",
"[UNK]",
"/",
"2",
"/",
"08",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 980.763 CEARÁ
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:ANA CLAUDIA PINTO RODRIGUES
ADV.(A/S)
:MARCELLO MENDES BATISTA GUERRA
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO –
ALEGADA
VIOLAÇÃO
A PRECEITOS
CONSTITUCIONAIS –
OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA
LEGALIDADE
–
PRECEDENTES
–
SUCUMBÊNCIA
RECURSAL
JUSTIFICADA, NO CASO, PELA EXISTÊNCIA DE “TRABALHO
ADICIONAL”
PRODUZIDO
PELA PARTE VENCEDORA
(CPC,
ART. 85, § 11) – MAJORAÇÃO DA VERBA HONORÁRIA (10%) –
PERCENTUAL (10%) QUE INCIDE SOBRE A VERBA HONORÁRIA POR
ÚLTIMO ARBITRADA – NECESSÁRIA OBSERVÂNCIA DOS LIMITES
ESTABELECIDOS NO ART. 85, §§ 2º E 3º DO CPC – A EVENTUAL
CONCESSÃO DA GRATUIDADE NÃO EXONERA O BENEFICIÁRIO
DOS ENCARGOS FINANCEIROS
DECORRENTES
DE SUA
SUCUMBÊNCIA (CPC, ART. 98, § 2º) – INCIDÊNCIA, NO ENTANTO,
QUANTO À EXIGIBILIDADE DE TAIS VERBAS, DA CONDIÇÃO
SUSPENSIVA A QUE SE REFERE O § 3º DO ART. 98 DO CPC – AGRAVO
INTERNO IMPROVIDO.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Edson Fachin, na conformidade da ata de julgamentos e das
notas taquigráficas, por maioria de votos, em negar provimento ao
Supremo Tribunal Federal
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http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 1252-8905-05B5-8B88 e senha 4738-D734-6AA5-B296
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 14
Ementa e Acórdão
ARE 980763 AGR / CE
recurso de agravo, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro
Dias Toffoli. Ausentes, justificadamente, os Ministros Gilmar Mendes e
Ricardo Lewandowski.
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
CELSO DE MELLO – RELATOR
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 980763 AGR / CE
recurso de agravo, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro
Dias Toffoli. Ausentes, justificadamente, os Ministros Gilmar Mendes e
Ricardo Lewandowski.
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
CELSO DE MELLO – RELATOR
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 14
Extrato de Ata - 16/12/2016
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 980.763
PROCED. : CEARÁ
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S) : ANA CLAUDIA PINTO RODRIGUES
ADV.(A/S) : MARCELLO MENDES BATISTA GUERRA (18285/CE)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Decisão: Após o voto do Relator, negando provimento ao recurso
de agravo, pediu vista o Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, Sessão
Virtual de 9 a 15.12.2016.
Composição: Ministros Gilmar Mendes (Presidente), Celso de
Mello, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Teori Zavascki.
Ravena Siqueira
Secretária
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 980.763
PROCED. : CEARÁ
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S) : ANA CLAUDIA PINTO RODRIGUES
ADV.(A/S) : MARCELLO MENDES BATISTA GUERRA (18285/CE)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Decisão: Após o voto do Relator, negando provimento ao recurso
de agravo, pediu vista o Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, Sessão
Virtual de 9 a 15.12.2016.
Composição: Ministros Gilmar Mendes (Presidente), Celso de
Mello, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Teori Zavascki.
Ravena Siqueira
Secretária
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 14
Relatório
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 980.763 CEARÁ
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:ANA CLAUDIA PINTO RODRIGUES
ADV.(A/S)
:MARCELLO MENDES BATISTA GUERRA
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se
de agravo interno, tempestivamente interposto, contra decisão que, ao
apreciar o ARE, não conheceu do recurso extraordinário a que ele se
refere, por ser o apelo extremo manifestamente inadmissível.
Inconformada com esse ato decisório, a parte ora agravante
interpõe o presente agravo interno, postulando o provimento do recurso
que deduziu.
Por não me convencer das razões expostas, submeto à apreciação
desta colenda Turma o presente recurso de agravo.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 980.763 CEARÁ
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:ANA CLAUDIA PINTO RODRIGUES
ADV.(A/S)
:MARCELLO MENDES BATISTA GUERRA
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se
de agravo interno, tempestivamente interposto, contra decisão que, ao
apreciar o ARE, não conheceu do recurso extraordinário a que ele se
refere, por ser o apelo extremo manifestamente inadmissível.
Inconformada com esse ato decisório, a parte ora agravante
interpõe o presente agravo interno, postulando o provimento do recurso
que deduziu.
Por não me convencer das razões expostas, submeto à apreciação
desta colenda Turma o presente recurso de agravo.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 14
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 980.763 CEARÁ
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não
assiste razão à parte ora recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se,
com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo
Tribunal Federal na matéria ora em exame.
Na realidade, os argumentos apresentados pela parte agravante
mostram-se insuficientes para alterar o ato impugnado, pois consistem
em mera reiteração dos fundamentos anteriormente deduzidos e que
foram devidamente refutados na decisão que se busca reformar, razão
pela qual deve ser mantido o julgamento em referência, eis que o suporte
argumentativo em que se apoia o ato decisório mencionado é suficiente
para justificar a resolução do litígio recursal.
Com efeito, o acórdão impugnado em sede recursal extraordinária,
ao decidir a controvérsia jurídica objeto deste processo, dirimiu a questão
com fundamento em legislação infraconstitucional (Lei nº 10.887/2004
e nº 11.357/2006), circunstância esta que obsta o próprio conhecimento
do apelo extremo.
A mera análise do acórdão em referência demonstra que o órgão
judiciário de origem, para negar provimento ao recurso inominado da
parte ora agravante, apoiou-se em dispositivos de ordem meramente
legal:
“O debate da presente lide gira, então, em torno de se saber se a
contribuição previdenciária vertida pelo servidor deve incidir apenas
sobre a parcela por ele levada para a inatividade.
Com efeito, a contribuição previdenciária é retida por
determinação legal e a norma determina também as verbas salariais
que constituem a base de cálculos daquela contribuição.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 980.763 CEARÁ
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não
assiste razão à parte ora recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se,
com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo
Tribunal Federal na matéria ora em exame.
Na realidade, os argumentos apresentados pela parte agravante
mostram-se insuficientes para alterar o ato impugnado, pois consistem
em mera reiteração dos fundamentos anteriormente deduzidos e que
foram devidamente refutados na decisão que se busca reformar, razão
pela qual deve ser mantido o julgamento em referência, eis que o suporte
argumentativo em que se apoia o ato decisório mencionado é suficiente
para justificar a resolução do litígio recursal.
Com efeito, o acórdão impugnado em sede recursal extraordinária,
ao decidir a controvérsia jurídica objeto deste processo, dirimiu a questão
com fundamento em legislação infraconstitucional (Lei nº 10.887/2004
e nº 11.357/2006), circunstância esta que obsta o próprio conhecimento
do apelo extremo.
A mera análise do acórdão em referência demonstra que o órgão
judiciário de origem, para negar provimento ao recurso inominado da
parte ora agravante, apoiou-se em dispositivos de ordem meramente
legal:
“O debate da presente lide gira, então, em torno de se saber se a
contribuição previdenciária vertida pelo servidor deve incidir apenas
sobre a parcela por ele levada para a inatividade.
Com efeito, a contribuição previdenciária é retida por
determinação legal e a norma determina também as verbas salariais
que constituem a base de cálculos daquela contribuição.
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 14
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 980763 AGR / CE
Frise-se, ainda, que as contribuições sociais para a seguridade
social ostentam natureza tributária, e, como tal sobre elas incide a
regra restritiva de interpretação da legislação que disponha sobre
hipótese de não incidência (ou de isenção). Sendo assim somente
podem ser consideradas não integrantes da base de cálculo da
contribuição as parcelas e vantagens expressamente previstas na
norma que disciplina o tributo.
Os critérios para demarcação da base de cálculo da contribuição
em tela estão atualmente disciplinados pelo art. 4º, caput e § 1º,
da Lei 10.887/2004 (…).
…...................................................................................................
Como se pode observar da leitura da norma em comento, tanto
em sua redação originária como na atual, a base de cálculo da
contribuição social é constituída pela totalidade da remuneração do
servidor, a qual compreende o vencimento do cargo efetivo, acrescido
das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei, os
adicionais de caráter individual ou quaisquer outras vantagens,
excluídas as parcelas a que faz expressa alusão.
As gratificações não compõem as verbas excepcionadas da
incidência da contribuição previdenciária em comento, daí porque
carece de fundamento legal o pedido do autor.
Ademais, o fato de a gratificação incorporar-se aos proventos de
aposentadoria ou às pensões dos servidores que a ela têm direito, na
forma prevista na lei regente, demonstra a um só tempo o caráter
remuneratório da vantagem e a necessidade de o servidor contribuir
sobre ela para preservar o equilíbrio financeiro e atuarial necessário à
manutenção do regime de previdência social.”
Impõe-se registrar, por relevante, no que concerne à própria
controvérsia ora suscitada, que o entendimento exposto na presente
decisão tem sido observado em julgamentos proferidos no âmbito
desta Suprema Corte (ARE 902.959/SE, Rel. Min. DIAS TOFFOLI –
RE 928.790/SE, Rel. Min. EDSON FACHIN, v.g.):
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INCIDÊNCIA DE
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 980763 AGR / CE
Frise-se, ainda, que as contribuições sociais para a seguridade
social ostentam natureza tributária, e, como tal sobre elas incide a
regra restritiva de interpretação da legislação que disponha sobre
hipótese de não incidência (ou de isenção). Sendo assim somente
podem ser consideradas não integrantes da base de cálculo da
contribuição as parcelas e vantagens expressamente previstas na
norma que disciplina o tributo.
Os critérios para demarcação da base de cálculo da contribuição
em tela estão atualmente disciplinados pelo art. 4º, caput e § 1º,
da Lei 10.887/2004 (…).
…...................................................................................................
Como se pode observar da leitura da norma em comento, tanto
em sua redação originária como na atual, a base de cálculo da
contribuição social é constituída pela totalidade da remuneração do
servidor, a qual compreende o vencimento do cargo efetivo, acrescido
das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei, os
adicionais de caráter individual ou quaisquer outras vantagens,
excluídas as parcelas a que faz expressa alusão.
As gratificações não compõem as verbas excepcionadas da
incidência da contribuição previdenciária em comento, daí porque
carece de fundamento legal o pedido do autor.
Ademais, o fato de a gratificação incorporar-se aos proventos de
aposentadoria ou às pensões dos servidores que a ela têm direito, na
forma prevista na lei regente, demonstra a um só tempo o caráter
remuneratório da vantagem e a necessidade de o servidor contribuir
sobre ela para preservar o equilíbrio financeiro e atuarial necessário à
manutenção do regime de previdência social.”
Impõe-se registrar, por relevante, no que concerne à própria
controvérsia ora suscitada, que o entendimento exposto na presente
decisão tem sido observado em julgamentos proferidos no âmbito
desta Suprema Corte (ARE 902.959/SE, Rel. Min. DIAS TOFFOLI –
RE 928.790/SE, Rel. Min. EDSON FACHIN, v.g.):
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INCIDÊNCIA DE
2
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Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 980763 AGR / CE
CONTRIBUIÇÃO
PREVIDENCIÁRIA
SOBRE
A
GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DA CARREIRA DA
PREVIDÊNCIA, DA SAÚDE E DO TRABALHO – GDPST:
OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.”
(ARE 783.377-AgR/CE, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA)
Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, nego
provimento ao presente agravo interno, mantendo, em consequência, por
seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada e majorando, ainda,
em 10% (dez por cento), nos termos do art. 85, § 11, do CPC/15, a verba
honorária anteriormente arbitrada nestes autos, observados os limites
estabelecidos nos §§ 2º e 3º desse mesmo art. 85 de referido estatuto
processual civil.
Se a parte vencida, eventualmente, for beneficiária da gratuidade,
não se exonerará ela, em virtude de tal condição, da responsabilidade pelas
despesas processuais e pela verba honorária decorrentes de sua
sucumbência (CPC/15, art. 98, § 2º), ressalvando-se-lhe, no entanto,
quanto a tais encargos financeiros, a aplicabilidade do que se contém no
§ 3º do art. 98 desse mesmo estatuto processual civil.
É o meu voto.
3
Supremo Tribunal Federal
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ARE 980763 AGR / CE
CONTRIBUIÇÃO
PREVIDENCIÁRIA
SOBRE
A
GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DA CARREIRA DA
PREVIDÊNCIA, DA SAÚDE E DO TRABALHO – GDPST:
OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.”
(ARE 783.377-AgR/CE, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA)
Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, nego
provimento ao presente agravo interno, mantendo, em consequência, por
seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada e majorando, ainda,
em 10% (dez por cento), nos termos do art. 85, § 11, do CPC/15, a verba
honorária anteriormente arbitrada nestes autos, observados os limites
estabelecidos nos §§ 2º e 3º desse mesmo art. 85 de referido estatuto
processual civil.
Se a parte vencida, eventualmente, for beneficiária da gratuidade,
não se exonerará ela, em virtude de tal condição, da responsabilidade pelas
despesas processuais e pela verba honorária decorrentes de sua
sucumbência (CPC/15, art. 98, § 2º), ressalvando-se-lhe, no entanto,
quanto a tais encargos financeiros, a aplicabilidade do que se contém no
§ 3º do art. 98 desse mesmo estatuto processual civil.
É o meu voto.
3
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 14
Voto Vista
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 980.763 CEARÁ
VOTO-VISTA
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI:
Ana Claudia Pinto Rodrigues interpôs agravo contra a decisão de
inadmissão do recurso extraordinário manejado em face de acórdão de
Turma recursal que, em síntese, concluiu pela validade da incidência da
contribuição previdenciária sobre parcela da Gratificação de Desempenho
do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (GDPGPE) não
incorporável aos respectivos proventos de aposentadoria. Para chegar a
esse entendimento, a instância de origem, além de assentar não existir lei
ordinária amparando a pretensão da parte ora recorrente, referiu, à luz
do art. 195, § 5º, da Carta Federal, não haver óbice para a incidência da
contribuição previdenciária sobre tal parcela. No apelo extremo, a parte
recorrente, além de aduzir ofensa ao referido dispositivo, alega violação
dos arts. 150, IV, e 201, § 11, da Constituição Federal. Diz ela, na essência,
ser inconstitucional a tributação em tela, pois “não se admite a majoração
da fonte de custeio, com a criação ou incremento de alíquotas, sem a
correspondente contrapartida, o aumento do benefício”. Argumenta,
ainda, que o princípio da solidariedade não pode justificar
posicionamento em sentido contrário a esse. Por meio da decisão
agravada, o Relator o Ministro Celso de Mello asseverou que a discussão
não tem natureza constitucional. No presente agravo regimental, a
agravante reitera a argumentação já lançada e defende que o feito está
abrangido pelo tema nº 163 da repercussão geral. Para Sua Excelência,
não tem razão a parte agravante. Com a devida vênia, divirjo desse
entendimento.
Com efeito, o debate trazido à Corte gira em torno do princípio da
solidariedade e da possibilidade de se cobrar de servidor público
contribuição previdenciária sobre parcela de gratificação (GDPGPE) não
incorporável aos respectivos proventos de aposentadoria. Vide que a
parte recorrente não fundamenta seu pleito em ilegalidade, mas sim em
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Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 980.763 CEARÁ
VOTO-VISTA
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI:
Ana Claudia Pinto Rodrigues interpôs agravo contra a decisão de
inadmissão do recurso extraordinário manejado em face de acórdão de
Turma recursal que, em síntese, concluiu pela validade da incidência da
contribuição previdenciária sobre parcela da Gratificação de Desempenho
do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (GDPGPE) não
incorporável aos respectivos proventos de aposentadoria. Para chegar a
esse entendimento, a instância de origem, além de assentar não existir lei
ordinária amparando a pretensão da parte ora recorrente, referiu, à luz
do art. 195, § 5º, da Carta Federal, não haver óbice para a incidência da
contribuição previdenciária sobre tal parcela. No apelo extremo, a parte
recorrente, além de aduzir ofensa ao referido dispositivo, alega violação
dos arts. 150, IV, e 201, § 11, da Constituição Federal. Diz ela, na essência,
ser inconstitucional a tributação em tela, pois “não se admite a majoração
da fonte de custeio, com a criação ou incremento de alíquotas, sem a
correspondente contrapartida, o aumento do benefício”. Argumenta,
ainda, que o princípio da solidariedade não pode justificar
posicionamento em sentido contrário a esse. Por meio da decisão
agravada, o Relator o Ministro Celso de Mello asseverou que a discussão
não tem natureza constitucional. No presente agravo regimental, a
agravante reitera a argumentação já lançada e defende que o feito está
abrangido pelo tema nº 163 da repercussão geral. Para Sua Excelência,
não tem razão a parte agravante. Com a devida vênia, divirjo desse
entendimento.
Com efeito, o debate trazido à Corte gira em torno do princípio da
solidariedade e da possibilidade de se cobrar de servidor público
contribuição previdenciária sobre parcela de gratificação (GDPGPE) não
incorporável aos respectivos proventos de aposentadoria. Vide que a
parte recorrente não fundamenta seu pleito em ilegalidade, mas sim em
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 14
Voto Vista
ARE 980763 AGR / CE
inconstitucionalidade. Ademais, verifica-se que a instância de origem não
se limitou, para negar provimento ao recurso inominado, à análise da
legislação infraconstitucional. Aliás, há, no voto condutor do acórdão
recorrido, expressa menção a preceitos constitucionais. Encontra-se em
questionamento, notadamente, a inteligência dos arts. 150, IV; 195, § 5º; e
201, § 11, da Constituição Federal e do aludido princípio. A meu ver, o
caso se enquadra no tema nº 163 da Gestão por Temas da Repercussão
Geral do portal do STF na internet.
Nesse sentido, extraio a seguinte passagem da manifestação do
Ministro Joaquim Barbosa proferida no exame do RE nº 593.068/SC-RG,
Tribunal Pleno – meio eletrônico, DJe de 22/5/09 (tema nº 163):
“(...)
o acórdão assentou que a ausência de
contraprestações específicas ou proporcionais em favor do
contribuinte não tornava inválida a tributação, dado o caráter
solidário do sistema previdenciário do servidor público (art. 40
da Constituição).
Narra o recorrente ser servidor público lotado na
Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, com vínculo
regido pela Lei 8.112/1990. (…)
Sustenta-se, em síntese, violação do art. 195, § 5º da
Constituição, na medida em que o tributo é calculado sobre
valores que não integrarão os proventos que serão devidos ao
recorrente durante sua inatividade. Segundo argumenta, se a
validade da concessão de novos benefícios está vinculada a
existência de correspondente fonte de custeio, não faria sentido
criar fonte de custeio sem correspondente benefício.
(...) está caracterizada a relevância constitucional da
discussão sobre o alcance das normas constitucionais que
estabelecem a base de cálculo do tributo (‘conceito de
remuneração’) e os limites para formação de regime
previdenciário regido pelo princípio da solidariedade e pela
correspondência atuarial entre o custeio e os benefícios
concedidos (reconhecimento ou não do propósito atuarial da
exação, no contexto de sistema caracterizado pela
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Supremo Tribunal Federal
ARE 980763 AGR / CE
inconstitucionalidade. Ademais, verifica-se que a instância de origem não
se limitou, para negar provimento ao recurso inominado, à análise da
legislação infraconstitucional. Aliás, há, no voto condutor do acórdão
recorrido, expressa menção a preceitos constitucionais. Encontra-se em
questionamento, notadamente, a inteligência dos arts. 150, IV; 195, § 5º; e
201, § 11, da Constituição Federal e do aludido princípio. A meu ver, o
caso se enquadra no tema nº 163 da Gestão por Temas da Repercussão
Geral do portal do STF na internet.
Nesse sentido, extraio a seguinte passagem da manifestação do
Ministro Joaquim Barbosa proferida no exame do RE nº 593.068/SC-RG,
Tribunal Pleno – meio eletrônico, DJe de 22/5/09 (tema nº 163):
“(...)
o acórdão assentou que a ausência de
contraprestações específicas ou proporcionais em favor do
contribuinte não tornava inválida a tributação, dado o caráter
solidário do sistema previdenciário do servidor público (art. 40
da Constituição).
Narra o recorrente ser servidor público lotado na
Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, com vínculo
regido pela Lei 8.112/1990. (…)
Sustenta-se, em síntese, violação do art. 195, § 5º da
Constituição, na medida em que o tributo é calculado sobre
valores que não integrarão os proventos que serão devidos ao
recorrente durante sua inatividade. Segundo argumenta, se a
validade da concessão de novos benefícios está vinculada a
existência de correspondente fonte de custeio, não faria sentido
criar fonte de custeio sem correspondente benefício.
(...) está caracterizada a relevância constitucional da
discussão sobre o alcance das normas constitucionais que
estabelecem a base de cálculo do tributo (‘conceito de
remuneração’) e os limites para formação de regime
previdenciário regido pelo princípio da solidariedade e pela
correspondência atuarial entre o custeio e os benefícios
concedidos (reconhecimento ou não do propósito atuarial da
exação, no contexto de sistema caracterizado pela
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 14
Voto Vista
ARE 980763 AGR / CE
solidariedade, isto é, a circunstância de os valores recolhidos
não reverterem direta e necessariamente em benefício do
contribuinte)” (grifei).
Corroborando esse entendimento, ainda destaco a seguinte decisão
monocrática, em que se discutiu caso análogo ao destes autos:
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.
TRIBUTÁRIO.
CONTRIBUIÇÃO
PREVIDENCIÁRIA.
SERVIDOR PÚBLICO. BASE DE CÁLCULO. GRATIFICAÇÃO
DE DESEMPENHO DA CARREIRA DA PREVIDÊNCIA, DA
SAÚDE E DO TRABALHO - GDPST. NATUREZA JURÍDICA.
VANTAGEM PESSOAL DE CARÁTER TRANSITÓRIO.
MATÉRIA SUBMETIDA A EXAME SOB O ENFOQUE DA
REPERCUSSÃO GERAL. TEMA 163. RE 593.068.
DEVOLUÇÃO DO FEITO À ORIGEM (ARTIGO 328,
PARÁGRAFO ÚNICO, DO RISTF)” (ARE nº 970.797/MA,
Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 30/3/17).
Na mesma direção: ARE nº 979.966/RS, Relator o Ministro Roberto
Barroso, DJe de 5/8/16.
Ante o exposto, acolho o agravo regimental, a fim de conhecer do
agravo e admitir o recurso extraordinário, e, nos termos do art. 328 do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, determino a devolução
dos autos à instância de origem para a aplicação da sistemática da
repercussão geral (tema nº 163).
É como voto.
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ARE 980763 AGR / CE
solidariedade, isto é, a circunstância de os valores recolhidos
não reverterem direta e necessariamente em benefício do
contribuinte)” (grifei).
Corroborando esse entendimento, ainda destaco a seguinte decisão
monocrática, em que se discutiu caso análogo ao destes autos:
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.
TRIBUTÁRIO.
CONTRIBUIÇÃO
PREVIDENCIÁRIA.
SERVIDOR PÚBLICO. BASE DE CÁLCULO. GRATIFICAÇÃO
DE DESEMPENHO DA CARREIRA DA PREVIDÊNCIA, DA
SAÚDE E DO TRABALHO - GDPST. NATUREZA JURÍDICA.
VANTAGEM PESSOAL DE CARÁTER TRANSITÓRIO.
MATÉRIA SUBMETIDA A EXAME SOB O ENFOQUE DA
REPERCUSSÃO GERAL. TEMA 163. RE 593.068.
DEVOLUÇÃO DO FEITO À ORIGEM (ARTIGO 328,
PARÁGRAFO ÚNICO, DO RISTF)” (ARE nº 970.797/MA,
Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 30/3/17).
Na mesma direção: ARE nº 979.966/RS, Relator o Ministro Roberto
Barroso, DJe de 5/8/16.
Ante o exposto, acolho o agravo regimental, a fim de conhecer do
agravo e admitir o recurso extraordinário, e, nos termos do art. 328 do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, determino a devolução
dos autos à instância de origem para a aplicação da sistemática da
repercussão geral (tema nº 163).
É como voto.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 14
Confirmação de Voto
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 980.763 CEARÁ
CONFIRMAÇÃO DE VOTO
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Peço
vênia para confirmar o meu voto, eis que, no caso ora em exame, a matéria
não envolve discussão de índole constitucional, valendo notar, por ser
processualmente relevante, que o acórdão, objeto do recurso extraordinário,
fundamentou-se, unicamente, em dispositivos de ordem meramente legal.
Essa é a razão pela qual invoquei, no sentido de meu voto,
precedentes específicos sobre o tema ora em causa (ARE 783.377-
-AgR/CE, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – RE 902.959/SE, Rel. Min. DIAS
TOFFOLI – RE 928.790/SE, Rel. Min. EDSON FACHIN, v.g.).
Acrescento a esses julgados outros que cuidaram, especificamente,
da mesma questão jurídica veiculada na presente sede recursal
(ARE 783.258-AgR/CE, Rel. Min. ROSA WEBER – ARE 837.276-ED/PE,
Rel. Min. LUIZ FUX – ARE 1.059.273/MA, Rel. Min. ALEXANDRE DE
MORAES).
Em suma: não há como entender admissível, na espécie, o recurso
extraordinário em questão, pois – insista-se – o acórdão recorrido repousa,
única e estritamente, em dois diplomas legislativos: a Lei nº 10.887/2004 e a
Lei nº 11.357/2006, ausente, portanto, qualquer matéria impregnada de
caráter constitucional, o que tornava tecnicamente incognoscível o apelo
extremo em causa.
O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN (PRESIDENTE) - Vossa
Excelência, portanto, mantem o voto?
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Mantenho
o meu voto.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 980.763 CEARÁ
CONFIRMAÇÃO DE VOTO
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Peço
vênia para confirmar o meu voto, eis que, no caso ora em exame, a matéria
não envolve discussão de índole constitucional, valendo notar, por ser
processualmente relevante, que o acórdão, objeto do recurso extraordinário,
fundamentou-se, unicamente, em dispositivos de ordem meramente legal.
Essa é a razão pela qual invoquei, no sentido de meu voto,
precedentes específicos sobre o tema ora em causa (ARE 783.377-
-AgR/CE, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – RE 902.959/SE, Rel. Min. DIAS
TOFFOLI – RE 928.790/SE, Rel. Min. EDSON FACHIN, v.g.).
Acrescento a esses julgados outros que cuidaram, especificamente,
da mesma questão jurídica veiculada na presente sede recursal
(ARE 783.258-AgR/CE, Rel. Min. ROSA WEBER – ARE 837.276-ED/PE,
Rel. Min. LUIZ FUX – ARE 1.059.273/MA, Rel. Min. ALEXANDRE DE
MORAES).
Em suma: não há como entender admissível, na espécie, o recurso
extraordinário em questão, pois – insista-se – o acórdão recorrido repousa,
única e estritamente, em dois diplomas legislativos: a Lei nº 10.887/2004 e a
Lei nº 11.357/2006, ausente, portanto, qualquer matéria impregnada de
caráter constitucional, o que tornava tecnicamente incognoscível o apelo
extremo em causa.
O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN (PRESIDENTE) - Vossa
Excelência, portanto, mantem o voto?
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Mantenho
o meu voto.
Supremo Tribunal Federal
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Confirmação de Voto
ARE 980763 AGR / CE
O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN (PRESIDENTE) - No
sentido de reconhecer que a matéria é infraconstitucional.
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator):
Precisamente.
O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN (PRESIDENTE) - E o
Ministro Toffoli, portanto, abre a divergência, no sentido de entender que
a matéria se amolda ao Tema 163...
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI:
Determinar a baixa.
O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN (PRESIDENTE) - O que
significa reconhecimento do tema que levou à repercussão geral,
portanto, em sede constitucional; e, por conta disso, determina a baixa.
Portanto, há um posicionamento distinto.
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator):
Exatamente, Senhor Presidente.
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 980763 AGR / CE
O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN (PRESIDENTE) - No
sentido de reconhecer que a matéria é infraconstitucional.
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator):
Precisamente.
O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN (PRESIDENTE) - E o
Ministro Toffoli, portanto, abre a divergência, no sentido de entender que
a matéria se amolda ao Tema 163...
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI:
Determinar a baixa.
O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN (PRESIDENTE) - O que
significa reconhecimento do tema que levou à repercussão geral,
portanto, em sede constitucional; e, por conta disso, determina a baixa.
Portanto, há um posicionamento distinto.
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator):
Exatamente, Senhor Presidente.
2
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. EDSON FACHIN
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 980.763 CEARÁ
VOTO
O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN (PRESIDENTE) - Eu
estou em mãos aqui, Ministro Celso, se Vossa Excelência me permitir,
com diversos julgados na direção - e aqui peço todas as vênias ao
Ministro Dias Toffoli - do voto relatado por Vossa Excelência: no Agravo
Regimental no Recurso Extraordinário com Agravo 968.466; também no
968.443; no 1.012.922. Em todos esses casos, também entendi que a
discussão sobre a incidência da contribuição previdenciária sobre a
gratificação cingia-se ao âmbito infraconstitucional.
Portanto, eu tenho me postado nessa direção. Desde logo, peço vênia
à divergência, estou me alinhando ao voto de Vossa Excelência, negando
provimento.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 980.763 CEARÁ
VOTO
O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN (PRESIDENTE) - Eu
estou em mãos aqui, Ministro Celso, se Vossa Excelência me permitir,
com diversos julgados na direção - e aqui peço todas as vênias ao
Ministro Dias Toffoli - do voto relatado por Vossa Excelência: no Agravo
Regimental no Recurso Extraordinário com Agravo 968.466; também no
968.443; no 1.012.922. Em todos esses casos, também entendi que a
discussão sobre a incidência da contribuição previdenciária sobre a
gratificação cingia-se ao âmbito infraconstitucional.
Portanto, eu tenho me postado nessa direção. Desde logo, peço vênia
à divergência, estou me alinhando ao voto de Vossa Excelência, negando
provimento.
Supremo Tribunal Federal
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Extrato de Ata - 12/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 980.763
PROCED. : CEARÁ
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S) : ANA CLAUDIA PINTO RODRIGUES
ADV.(A/S) : MARCELLO MENDES BATISTA GUERRA (18285/CE)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Decisão: Após o voto do Relator, negando provimento ao recurso
de agravo, pediu vista o Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, Sessão
Virtual de 9 a 15.12.2016.
Decisão: A Turma, por maioria, negou provimento ao recurso de
agravo, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro Dias
Toffoli. Ausentes, justificadamente, os Ministros Gilmar Mendes e
Ricardo Lewandowski. Presidência do Ministro Edson Fachin. 2ª
Turma, 12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Edson Fachin. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello e Dias Toffoli.
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e
Ricardo Lewandowski.
Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio
Marques.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14292856
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 980.763
PROCED. : CEARÁ
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S) : ANA CLAUDIA PINTO RODRIGUES
ADV.(A/S) : MARCELLO MENDES BATISTA GUERRA (18285/CE)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Decisão: Após o voto do Relator, negando provimento ao recurso
de agravo, pediu vista o Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, Sessão
Virtual de 9 a 15.12.2016.
Decisão: A Turma, por maioria, negou provimento ao recurso de
agravo, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro Dias
Toffoli. Ausentes, justificadamente, os Ministros Gilmar Mendes e
Ricardo Lewandowski. Presidência do Ministro Edson Fachin. 2ª
Turma, 12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Edson Fachin. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello e Dias Toffoli.
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e
Ricardo Lewandowski.
Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio
Marques.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14292856
Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 14
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=748173340 | 2017-12-12T00:00:00 | 2018-09-11T00:00:00 | Após o voto do Relator, negando provimento ao recurso de agravo, pediu vista o Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, Sessão Virtual de 9 a 15.12.2016.
Decisão: A Turma, por maioria, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro Dias Toffoli. Ausentes, justificadamente, os Ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Presidência do Ministro Edson Fachin. 2ª Turma, 12.12.2017. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – PRECEDENTES – SUCUMBÊNCIA RECURSAL JUSTIFICADA, NO CASO, PELA EXISTÊNCIA DE “TRABALHO ADICIONAL” PRODUZIDO PELA PARTE VENCEDORA (CPC, ART. 85, § 11) – MAJORAÇÃO DA VERBA HONORÁRIA (10%) – PERCENTUAL (10%) QUE INCIDE SOBRE A VERBA HONORÁRIA POR ÚLTIMO ARBITRADA – NECESSÁRIA OBSERVÂNCIA DOS LIMITES ESTABELECIDOS NO ART. 85, §§ 2º E 3º DO CPC – A EVENTUAL CONCESSÃO DA GRATUIDADE NÃO EXONERA O BENEFICIÁRIO DOS ENCARGOS FINANCEIROS DECORRENTES DE SUA SUCUMBÊNCIA (CPC, ART. 98, § 2º) – INCIDÊNCIA, NO ENTANTO, QUANTO À EXIGIBILIDADE DE TAIS VERBAS, DA CONDIÇÃO SUSPENSIVA A QUE SE REFERE O § 3º DO ART. 98 DO CPC – AGRAVO INTERNO IMPROVIDO. | sjur390488 | - Acórdão(s) citado(s):
(CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA, GRATIFICAÇÃO)
RE 593068 RG, ARE 783377 AgR (2ªT).
- Decisões monocráticas citadas:
(CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA, GRATIFICAÇÃO)
ARE 979966, ARE 970797.
Número de páginas: 14.
Análise: 24/09/2018, MJC. | CELSO DE MELLO | Segunda Turma | 980763 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\n ART-00150 INC-00004 ART-00195 PAR-00005 \n ART-00201 PAR-00011\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\n\n",
"LEG-FED LEI-010887 ANO-2004\n LEI ORDINÁRIA\n\n",
"LEG-FED LEI-011357 ANO-2006\n LEI ORDINÁRIA\n\n",
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-00085 PAR-00002 PAR-00003 PAR-00011 \n ART-00098 PAR-00002 PAR-00003\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 980763 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ANA CLAUDIA PINTO RODRIGUES
ADV.(A/S) : MARCELLO MENDES BATISTA GUERRA
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"ARE 980763 AGR / CE",
"ARE 902 . 959 / SE",
"RE 928 . 790 / SE",
"ARE 980763 AGR",
"ARE 902 . 959 / SE",
"RE 928 . 790 / SE",
"ARE 783 . 377 - AgR",
"ARE 980763 AGR / CE",
"ARE 783 . 377 - AgR / CE",
"ARE 980763 AGR",
"RE [UNK] 593 . 068 / SC - RG",
"ARE 980763 AGR / CE",
"RE [UNK] 593 . 068 / SC - RG",
"ARE 980763 AGR / CE",
"ARE [UNK] 970 . 797 / MA",
"ARE [UNK] 979 . 966 / RS",
"ARE 980763 AGR /",
"ARE [UNK] 970 . 797 / MA",
"ARE [UNK] 979 . 966 / RS",
"ARE 783 . 377 - - AgR / CE",
"RE 902 . 959 / SE",
"RE 928 . 790 / SE",
"ARE 783 . 258 - AgR / CE",
"ARE 837 . 276 - ED / PE",
"ARE 1 . 059 . 273 / MA",
"ARE 783 . 377 - - AgR / CE",
"RE 902 . 959 / SE",
"RE 928 . 790 / SE",
"ARE 783 . 258 - AgR / CE",
"ARE 837 . 276 - ED / PE",
"ARE 1 . 059 . 273 / MA",
"ARE 980763 AGR /",
"ARE 980763 AGR / CE",
"Agravo Regimental no Recurso Extraordinário com Agravo 968 . 466",
".",
".",
"Agravo Regimental no Recurso Extraordinário com Agravo 968 . 466",
"AGRAVO 980 . 763"
],
"LEGISLACAO": [
"CPC , ART . 85 , § 11",
"ART . 85 , § § [UNK] E [UNK] DO CPC",
"CPC , ART . 98 , § [UNK]",
"§ [UNK] DO ART . 98 DO CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 10 . 887 / 2004",
"[UNK] 11 . 357 / 2006",
"MP n° 2 . 200",
"Lei [UNK] 10 . 887 / 2004",
"[UNK] 11 . 357 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , caput e § [UNK] , da Lei 10 . 887 / 2004",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , caput e § [UNK] , da Lei 10 . 887 / 2004",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 85 , § 11 , do CPC / 15",
"CPC",
"/",
"15 , art . 98 , § [UNK]",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 85 , § 11 , do CPC / 15",
"CPC",
"/",
"15 , art",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 195 , § [UNK] , da Carta Federal",
"201 , § 11 , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 195 , § [UNK] , da Carta Federal",
"arts . 150 , IV , e 201 , § 11 , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 150 , IV ; 195 , § [UNK] ; e 201 , § 11 , da Constituição",
"art . 40 da Constituição",
"Lei 8 . 112 / 1990",
"art . 195 , § [UNK] da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 150 , IV ; 195 , § [UNK] ; e 201 , § 11 , da Constituição Federal",
"art . 40 da Constituição",
"Lei 8 . 112 / 1990",
"art . 195 , § [UNK] da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 328 , PARÁGRAFO ÚNICO , DO RISTF",
"art . 328 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 328 , PARÁGRAFO ÚNICO , DO RISTF",
"art",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 10 . 887 / 2004",
"Lei [UNK] 11 . 357 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 10 . 887 / 2004",
"Lei [UNK] 11 . 357 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"CEARÁ",
"Brasília",
"Brasília",
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"CEARÁ"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"UNIÃO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"UNIÃO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"GDPST",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"GDPST",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"CE",
"STF",
"Tribunal Pleno",
"Universidade Federal de Santa Catarina",
"UFSC",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"Tribunal Pleno",
"Universidade Federal de Santa Catarina",
"UFSC",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"GDPST",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"CEARÁ",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CELSO DE MELLO",
"ANA CLAUDIA PINTO RODRIGUES",
"MARCELLO MENDES BATISTA GUERRA",
"Edson Fachin",
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"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"CELSO DE MELLO",
"Dias Toffoli",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"ANA CLAUDIA PINTO RODRIGUES",
"MARCELLO MENDES BATISTA GUERRA",
"Dias Toffoli",
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"Celso de Mello",
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"Ravena Siqueira",
"CELSO DE MELLO",
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"MARCELLO MENDES BATISTA GUERRA",
"Dias Toffoli",
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"Celso de Mello",
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"Dias Toffoli",
"Teori Zavascki",
"Ravena Siqueira",
"CELSO DE MELLO",
"ANA CLAUDIA PINTO RODRIGUES",
"MARCELLO MENDES BATISTA GUERRA",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"ANA CLAUDIA PINTO RODRIGUES",
"MARCELLO MENDES BATISTA GUERRA",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"DIAS TOFFOLI",
"EDSON FACHIN",
"DIAS TOFFOLI",
"EDSON FACHIN",
"CELSO DE MELLO",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"DIAS TOFFOLI",
"Ana Claudia Pinto Rodrigues",
"Celso de Mello",
"DIAS TOFFOLI",
"Ana Claudia Pinto Rodrigues",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Joaquim Barbosa",
"Luiz Fux",
"Roberto Barroso",
"Luiz Fux",
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"CÁRMEN LÚCIA",
"DIAS TOFFOLI",
"EDSON FACHIN",
"ROSA WEBER",
"LUIZ FUX",
"ALEXANDRE DE MORAES",
"EDSON FACHIN",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CÁRMEN LÚCIA",
"DIAS TOFFOLI",
"EDSON FACHIN",
"ROSA WEBER",
"LUIZ FUX",
"ALEXANDRE DE MORAES",
"EDSON FACHIN",
"CELSO DE MELLO",
"EDSON FACHIN",
"CELSO DE MELLO",
"EDSON FACHIN",
"Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"EDSON FACHIN",
"CELSO DE MELLO",
"EDSON FACHIN",
"CELSO DE MELLO",
"EDSON FACHIN",
"Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"EDSON FACHIN",
"CELSO DE MELLO",
"EDSON FACHIN",
"EDSON FACHIN",
"Celso",
"Dias Toffoli",
"EDSON FACHIN",
"Celso",
"Dias Toffoli",
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"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
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"Edson Fachin",
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"Dias Toffoli",
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"Cláudia Sampaio Marques",
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"MARCELLO MENDES BATISTA GUERRA",
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"Dias Toffoli",
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"Ricardo Lewandowski",
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"Edson Fachin",
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"Dias Toffoli",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Cláudia Sampaio Marques",
"Ravena Siqueira"
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"TEMPO": [
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"12",
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"9",
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"2016",
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"/",
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"08",
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"08",
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"08",
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"08",
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"08",
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"12",
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"2017",
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"2001",
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"/",
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"/",
"09",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"22",
"/",
"5",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"3",
"/",
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"/",
"8",
"/",
"16",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
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"/",
"8",
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"/",
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"/",
"08",
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"2001",
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"/",
"12",
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".",
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".",
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"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.954 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:MARCOS CAETANO
ADV.(A/S)
:FABIO ROGERIO DONADON COSTA
AGDO.(A/S)
:RELATOR DO HC Nº 413.817 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
EMENTA
Agravo regimental em habeas corpus. Violação do princípio da
colegialidade. Não ocorrência. Legitimidade da atuação do relator na
forma regimental (RISTF, art. 21, § 1º). Precedentes. Impetração
manejada contra decisão monocrática do relator da causa no Superior
Tribunal de Justiça não submetida ao crivo do colegiado por intermédio
do agravo interno. Não exaurimento da instância antecedente.
Precedentes. Inexistência de ilegalidade flagrante. Tráfico de drogas
(art. 33 da Lei nº 11.343/06). Condenação. Incidência da causa de
aumento da pena pela transnacionalidade (art. 40, inciso I, da Lei nº
11.343/06). Bis in idem não caracterizado. Precedentes. Pretendido
afastamento da majorante. Questão que demanda o reexame de fatos e
provas. Inadmissibilidade na via do habeas corpus. Precedentes.
Regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Edson Fachin, na conformidade da ata do julgamento e
das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento
ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14277092.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9
Ementa e Acórdão
HC 149954 AGR / SP
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14277092.
Supremo Tribunal Federal
HC 149954 AGR / SP
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14277092.
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Relatório
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.954 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:MARCOS CAETANO
ADV.(A/S)
:FABIO ROGERIO DONADON COSTA
AGDO.(A/S)
:RELATOR DO HC Nº 413.817 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de
Marcos Caetano, apontando como autoridade coatora o Ministro Rogério
Schietti Cruz, do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem no
HC nº 413.817/SP.
O impetrante sustentou que o paciente foi condenado à pena de 29
anos, 5 meses e 18 dias de reclusão, pela suposta prática “dos delitos
descritos nos arts. 33 e 35 da Lei nº 11.343 e 18 da Lei nº 10.826/03 e ainda
no art. 33, § 4º, 40, I, V e VI e 41 da Lei 11.343/06”.
Segundo a defesa, a incidência da causa de aumento da pena pela
transnacionalidade (art. 40, inciso I, da Lei nº 11.343/06) não encontraria
amparo nas provas, uma vez que as drogas apreendidas teriam sido
adquiridas em território brasileiro (Ponta Porã/MS).
Afirmou o impetrante que,
“durante toda a investigação, restou evidenciado a
aquisição da ‘droga’ na cidade de Ponta Porã/MS, realizar a
aplicação do aumento de pena pela aplicação do art. 40, I, Lei
11.343/06, apenas por presumir ou imaginar que a substância
entorpecente foi produzida em outro país, não basta”.
Prosseguiu argumentando que,
“no caso em tela o paciente não ultrapassou a fase
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14277089.
Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.954 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:MARCOS CAETANO
ADV.(A/S)
:FABIO ROGERIO DONADON COSTA
AGDO.(A/S)
:RELATOR DO HC Nº 413.817 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de
Marcos Caetano, apontando como autoridade coatora o Ministro Rogério
Schietti Cruz, do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem no
HC nº 413.817/SP.
O impetrante sustentou que o paciente foi condenado à pena de 29
anos, 5 meses e 18 dias de reclusão, pela suposta prática “dos delitos
descritos nos arts. 33 e 35 da Lei nº 11.343 e 18 da Lei nº 10.826/03 e ainda
no art. 33, § 4º, 40, I, V e VI e 41 da Lei 11.343/06”.
Segundo a defesa, a incidência da causa de aumento da pena pela
transnacionalidade (art. 40, inciso I, da Lei nº 11.343/06) não encontraria
amparo nas provas, uma vez que as drogas apreendidas teriam sido
adquiridas em território brasileiro (Ponta Porã/MS).
Afirmou o impetrante que,
“durante toda a investigação, restou evidenciado a
aquisição da ‘droga’ na cidade de Ponta Porã/MS, realizar a
aplicação do aumento de pena pela aplicação do art. 40, I, Lei
11.343/06, apenas por presumir ou imaginar que a substância
entorpecente foi produzida em outro país, não basta”.
Prosseguiu argumentando que,
“no caso em tela o paciente não ultrapassou a fase
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Relatório
HC 149954 AGR / SP
preparatória do inter criminis, uma vez que preso apenas por
diálogos telefônicos, inexistindo qualquer comprovação que a
substância entorpecente era proveniente de outro país, tanto é
que na própria decisão o Magistrado de primeiro grau ao dosar
a pena (fls.26), enfatizou que ‘constantes deslocamento dos réus à
fronteira do país – Ponta Porã-MS’”.
Aduziu de outra parte,
“que o legislador acabou por sancionar duas vezes o
mesmo crime, incorrendo em verdadeiro bis in idem, razão pela
qual faz-se mister a desconsideração do artigo 40, I da Lei
11.343/06 como causa majorante da pena, uma vez que conduta
ali descrita já foi apenado em razão da aplicação do artigo 33,
caput da Lei 11.343/06”.
Requereu, liminarmente, a concessão da ordem, ainda que de ofício,
para que fosse “determinado o redimensionamento da pena imposta para
afastamento da causa de aumento do art. 40, I da Lei 11.343/06”.
Em 9/11/17, neguei seguimento ao habeas corpus, dando por
prejudicado o pedido de liminar (art. 21, § 1º, do RISTF).
Contra essa decisão a defesa interpõe, tempestivamente, o presente
agravo regimental, no qual questiona os fundamentos da decisão
agravada, aduzindo, para tanto, violação do princípio da colegialidade.
Reitera, no mais, os fundamentos suscitados na inicial da
impetração.
O Ministério Público Federal, em parecer de lavra do
Subprocurador-Geral da República Edson Oliveira de Almeida, opinou
pelo não provimento do agravo.
É o relatório.
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 149954 AGR / SP
preparatória do inter criminis, uma vez que preso apenas por
diálogos telefônicos, inexistindo qualquer comprovação que a
substância entorpecente era proveniente de outro país, tanto é
que na própria decisão o Magistrado de primeiro grau ao dosar
a pena (fls.26), enfatizou que ‘constantes deslocamento dos réus à
fronteira do país – Ponta Porã-MS’”.
Aduziu de outra parte,
“que o legislador acabou por sancionar duas vezes o
mesmo crime, incorrendo em verdadeiro bis in idem, razão pela
qual faz-se mister a desconsideração do artigo 40, I da Lei
11.343/06 como causa majorante da pena, uma vez que conduta
ali descrita já foi apenado em razão da aplicação do artigo 33,
caput da Lei 11.343/06”.
Requereu, liminarmente, a concessão da ordem, ainda que de ofício,
para que fosse “determinado o redimensionamento da pena imposta para
afastamento da causa de aumento do art. 40, I da Lei 11.343/06”.
Em 9/11/17, neguei seguimento ao habeas corpus, dando por
prejudicado o pedido de liminar (art. 21, § 1º, do RISTF).
Contra essa decisão a defesa interpõe, tempestivamente, o presente
agravo regimental, no qual questiona os fundamentos da decisão
agravada, aduzindo, para tanto, violação do princípio da colegialidade.
Reitera, no mais, os fundamentos suscitados na inicial da
impetração.
O Ministério Público Federal, em parecer de lavra do
Subprocurador-Geral da República Edson Oliveira de Almeida, opinou
pelo não provimento do agravo.
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.954 SÃO PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Inicialmente, ressalto que não ofende o princípio da colegialidade o
uso pelo relator da faculdade prevista no art. 21, § 1º, do Regimento
Interno da Corte, o qual lhe confere a prerrogativa de, monocraticamente,
negar seguimento a pedido ou recurso manifestamente inadmissível,
improcedente ou contrário à jurisprudência dominante ou a súmula do
Tribunal.
Nesse sentido:
“Não há falar em ofensa do princípio da colegialidade, já
que a viabilidade do julgamento por decisão monocrática do
relator se legitima quando se tratar de pedido ou recurso
manifestamente incabível ou improcedente ou, ainda, que
contrariar, nas questões predominantemente de direito, Súmula
do respectivo Tribunal, nos termos do art. 38 da Lei 8.038/90”
(RHC nº 121.127/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro
Teori Zavascki, DJe de 26/3/14).
Destaco ainda: RE nº 839.163/DF-QO, Tribunal Pleno, de minha
relatoria, DJe de 10/2/15; e HC nº 125.106/SP-AgR, Primeira Turma,
Relator o Ministro Roberto Barroso, DJe de 4/3/15.
Portanto, padecem de plausibilidade jurídica os argumentos dos
agravantes nesse aspecto.
No mais, destaco que a decisão ora hostilizada não merece reparos,
pois, conforme foi destacado, está presente óbice jurídico-processual para
o conhecimento do habeas corpus, o qual foi impetrado contra a decisão
singular com que o Ministro Rogério Schietti Cruz, do Superior Tribunal
de Justiça, denegou a ordem no HC nº 413.817/SP.
Portanto, incide na espécie o entendimento de que
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Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.954 SÃO PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Inicialmente, ressalto que não ofende o princípio da colegialidade o
uso pelo relator da faculdade prevista no art. 21, § 1º, do Regimento
Interno da Corte, o qual lhe confere a prerrogativa de, monocraticamente,
negar seguimento a pedido ou recurso manifestamente inadmissível,
improcedente ou contrário à jurisprudência dominante ou a súmula do
Tribunal.
Nesse sentido:
“Não há falar em ofensa do princípio da colegialidade, já
que a viabilidade do julgamento por decisão monocrática do
relator se legitima quando se tratar de pedido ou recurso
manifestamente incabível ou improcedente ou, ainda, que
contrariar, nas questões predominantemente de direito, Súmula
do respectivo Tribunal, nos termos do art. 38 da Lei 8.038/90”
(RHC nº 121.127/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro
Teori Zavascki, DJe de 26/3/14).
Destaco ainda: RE nº 839.163/DF-QO, Tribunal Pleno, de minha
relatoria, DJe de 10/2/15; e HC nº 125.106/SP-AgR, Primeira Turma,
Relator o Ministro Roberto Barroso, DJe de 4/3/15.
Portanto, padecem de plausibilidade jurídica os argumentos dos
agravantes nesse aspecto.
No mais, destaco que a decisão ora hostilizada não merece reparos,
pois, conforme foi destacado, está presente óbice jurídico-processual para
o conhecimento do habeas corpus, o qual foi impetrado contra a decisão
singular com que o Ministro Rogério Schietti Cruz, do Superior Tribunal
de Justiça, denegou a ordem no HC nº 413.817/SP.
Portanto, incide na espécie o entendimento de que
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
HC 149954 AGR / SP
“é inadmissível o habeas corpus que se volta contra
decisão monocrática do Relator da causa no Superior Tribunal
de Justiça não submetida ao crivo do colegiado por intermédio
do agravo interno, por falta de exaurimento da instância
antecedente” (HC nº 101.407/PR, Primeira Turma, de minha
relatoria, DJe de 19/3/14).
Da Segunda Turma, destaco:
“Agravo regimental em habeas corpus. 2. Decisão
monocrática do STJ. Ausência de interposição de agravo
regimental. Não exaurimento da jurisdição e inobservância ao
princípio da colegialidade. Precedentes. 3. Tentativa de furto
qualificado pelo rompimento de obstáculo à subtração da coisa.
Pedido de aplicação do princípio da insignificância. 4. Furto
qualificado. Maior desvalor da conduta. 5. Reincidência do
acusado. Precedentes no sentido de afastar o princípio da
insignificância a reincidentes ou de habitualidade delitiva
comprovada. 6. Ausência de argumentos capazes de infirmar a
decisão agravada. 7. Agravo regimental a que se nega
provimento” (HC nº 126.342/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o
Ministro Gilmar Mendes, DJe de 26/3/15).
E ainda: HC nº 114.087/SP, Segunda Turma, Relator o Teori
Zavascki, DJe de 2/10/14; HC nº 118.189/MG, Segunda Turma, Relator o
Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 24/4/14; e RHC nº 111.395/DF,
Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 30/9/13, entre outros.
De qualquer modo, registro que a decisão emanada do Superior
Tribunal de Justiça não divisa situação de constrangimento ilegal.
Consoante se infere dos autos, a incidência da causa de aumento da
pena pela transnacionalidade (art. 40, inciso I, da Lei nº 11.343/06) foi
reconhecida pelas instâncias ordinárias, que consideraram “as
circunstâncias dos fatos (constantes deslocamentos dos réus à fronteira do
país - Ponta Porã/MS - e diálogos captados e trocas de mensagens) e pela
natureza das substâncias (cocaína - não produzida em território
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
HC 149954 AGR / SP
“é inadmissível o habeas corpus que se volta contra
decisão monocrática do Relator da causa no Superior Tribunal
de Justiça não submetida ao crivo do colegiado por intermédio
do agravo interno, por falta de exaurimento da instância
antecedente” (HC nº 101.407/PR, Primeira Turma, de minha
relatoria, DJe de 19/3/14).
Da Segunda Turma, destaco:
“Agravo regimental em habeas corpus. 2. Decisão
monocrática do STJ. Ausência de interposição de agravo
regimental. Não exaurimento da jurisdição e inobservância ao
princípio da colegialidade. Precedentes. 3. Tentativa de furto
qualificado pelo rompimento de obstáculo à subtração da coisa.
Pedido de aplicação do princípio da insignificância. 4. Furto
qualificado. Maior desvalor da conduta. 5. Reincidência do
acusado. Precedentes no sentido de afastar o princípio da
insignificância a reincidentes ou de habitualidade delitiva
comprovada. 6. Ausência de argumentos capazes de infirmar a
decisão agravada. 7. Agravo regimental a que se nega
provimento” (HC nº 126.342/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o
Ministro Gilmar Mendes, DJe de 26/3/15).
E ainda: HC nº 114.087/SP, Segunda Turma, Relator o Teori
Zavascki, DJe de 2/10/14; HC nº 118.189/MG, Segunda Turma, Relator o
Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 24/4/14; e RHC nº 111.395/DF,
Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 30/9/13, entre outros.
De qualquer modo, registro que a decisão emanada do Superior
Tribunal de Justiça não divisa situação de constrangimento ilegal.
Consoante se infere dos autos, a incidência da causa de aumento da
pena pela transnacionalidade (art. 40, inciso I, da Lei nº 11.343/06) foi
reconhecida pelas instâncias ordinárias, que consideraram “as
circunstâncias dos fatos (constantes deslocamentos dos réus à fronteira do
país - Ponta Porã/MS - e diálogos captados e trocas de mensagens) e pela
natureza das substâncias (cocaína - não produzida em território
2
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
HC 149954 AGR / SP
nacional)”.
Logo, se as instâncias ordinárias concluíram, a partir das provas dos
autos, pela transnacionalidade da conduta criminosa, para se chegar à
pretendida conclusão diversa, necessário seria o reexame de fatos e
provas, o qual o habeas corpus não comporta.
De acordo com o entendimento da Corte, é inviável a utilização do
habeas corpus para se revolver o contexto fático-probatório e glosar os
elementos de prova que ampararam aquela conclusão. Nesse sentido:
RHC nº 105.150, Primeira Turma, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJe de
4/5/12; RHC nº 121.092/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux,
DJe de 12/5/14; HC nº 118.602/SP, Segunda Turma, Relator o Ministro
Teori Zavascki, DJe de 11/3/14; e o HC nº 111.398/SP, Segunda Turma,
Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 3/5/12.
De qualquer modo, este Supremo Tribunal registra julgados no
sentido de que, “para configuração da majorante da transnacionalidade
prevista no art. 40, I, da Lei 11.343/2006, basta que existam elementos
concretos aptos a demonstrar que o agente pretendia disseminar a droga
no exterior, sendo dispensável ultrapassar as fronteiras que dividem as
nações” (HC nº 108.716/SP, Segunda Turma, Relator o Ministro Teori
Zavascki, DJe de 21/11/13).
No mesmo sentido:
“A incidência da majorante, que tem como objetivo apenar
com maior severidade a atuação do traficante direcionada para
além das fronteiras do País, não exige o transporte efetivo para
o exterior, basta que se identifique a intenção. Precedentes” (HC
nº 127.221/SP, Segunda Turma, Relator o Ministro Teori
Zavascki, DJe de 9/9/15).
Torno a consignar que a tese de bis in idem, no tocante a incidência
do art. 40, inciso I, da Lei nº 11.343/06, também não vinga.
Conforme destacou o Ministro Rogério Schietti em sua decisão, não
se
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Supremo Tribunal Federal
HC 149954 AGR / SP
nacional)”.
Logo, se as instâncias ordinárias concluíram, a partir das provas dos
autos, pela transnacionalidade da conduta criminosa, para se chegar à
pretendida conclusão diversa, necessário seria o reexame de fatos e
provas, o qual o habeas corpus não comporta.
De acordo com o entendimento da Corte, é inviável a utilização do
habeas corpus para se revolver o contexto fático-probatório e glosar os
elementos de prova que ampararam aquela conclusão. Nesse sentido:
RHC nº 105.150, Primeira Turma, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJe de
4/5/12; RHC nº 121.092/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux,
DJe de 12/5/14; HC nº 118.602/SP, Segunda Turma, Relator o Ministro
Teori Zavascki, DJe de 11/3/14; e o HC nº 111.398/SP, Segunda Turma,
Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 3/5/12.
De qualquer modo, este Supremo Tribunal registra julgados no
sentido de que, “para configuração da majorante da transnacionalidade
prevista no art. 40, I, da Lei 11.343/2006, basta que existam elementos
concretos aptos a demonstrar que o agente pretendia disseminar a droga
no exterior, sendo dispensável ultrapassar as fronteiras que dividem as
nações” (HC nº 108.716/SP, Segunda Turma, Relator o Ministro Teori
Zavascki, DJe de 21/11/13).
No mesmo sentido:
“A incidência da majorante, que tem como objetivo apenar
com maior severidade a atuação do traficante direcionada para
além das fronteiras do País, não exige o transporte efetivo para
o exterior, basta que se identifique a intenção. Precedentes” (HC
nº 127.221/SP, Segunda Turma, Relator o Ministro Teori
Zavascki, DJe de 9/9/15).
Torno a consignar que a tese de bis in idem, no tocante a incidência
do art. 40, inciso I, da Lei nº 11.343/06, também não vinga.
Conforme destacou o Ministro Rogério Schietti em sua decisão, não
se
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
HC 149954 AGR / SP
“reconhece a existência de bis in idem na aplicação da
causa de aumento de pena pela transnacionalidade (art. 40,
inciso I, da Lei n. 11.343/2006), em razão de o art. 33 da Lei n.
11.343/2006 prever as condutas de ‘importar’ e ‘exportar’, pois
trata-se de tipo penal de ação múltipla, e o simples fato de o
agente ‘trazer consigo’ a droga já conduz à configuração da
tipicidade formal do crime de tráfico”.
Esse entendimento mostra-se consentâneo com a jurisprudência da
Corte. Do voto condutor do acórdão no HC nº 124.108/SP, extraio a
seguinte passagem:
“[D]diante da maior reprovabilidade do trafico
internacional, por se tratar, o trafico de drogas, de delito de
ação múltipla, pois o fato de ‘trazer consigo’, ‘guardar’ ou
‘transportar’ já conduz a configuração da tipicidade, o que
afasta a alegação de bis in idem pelo uso da causa especial de
aumento de pena da transnacionalidade (art. 40, I, da Lei
11.343/2006)” (Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen
Lúcia, DJe de 13/11/14).
Ante o exposto, sendo os argumentos da agravante insuficientes
para modificar a decisão ora agravada, nego provimento ao agravo
regimental.
É como voto.
4
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Supremo Tribunal Federal
HC 149954 AGR / SP
“reconhece a existência de bis in idem na aplicação da
causa de aumento de pena pela transnacionalidade (art. 40,
inciso I, da Lei n. 11.343/2006), em razão de o art. 33 da Lei n.
11.343/2006 prever as condutas de ‘importar’ e ‘exportar’, pois
trata-se de tipo penal de ação múltipla, e o simples fato de o
agente ‘trazer consigo’ a droga já conduz à configuração da
tipicidade formal do crime de tráfico”.
Esse entendimento mostra-se consentâneo com a jurisprudência da
Corte. Do voto condutor do acórdão no HC nº 124.108/SP, extraio a
seguinte passagem:
“[D]diante da maior reprovabilidade do trafico
internacional, por se tratar, o trafico de drogas, de delito de
ação múltipla, pois o fato de ‘trazer consigo’, ‘guardar’ ou
‘transportar’ já conduz a configuração da tipicidade, o que
afasta a alegação de bis in idem pelo uso da causa especial de
aumento de pena da transnacionalidade (art. 40, I, da Lei
11.343/2006)” (Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen
Lúcia, DJe de 13/11/14).
Ante o exposto, sendo os argumentos da agravante insuficientes
para modificar a decisão ora agravada, nego provimento ao agravo
regimental.
É como voto.
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Extrato de Ata - 12/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.954
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : MARCOS CAETANO
ADV.(A/S) : FABIO ROGERIO DONADON COSTA (338153/SP)
AGDO.(A/S) : RELATOR DO HC Nº 413.817 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Ministros Gilmar Mendes e Ricardo
Lewandowski. Presidência do Ministro Edson Fachin. 2ª Turma,
12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Edson Fachin. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello e Dias Toffoli.
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e
Ricardo Lewandowski.
Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio
Marques.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.954
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : MARCOS CAETANO
ADV.(A/S) : FABIO ROGERIO DONADON COSTA (338153/SP)
AGDO.(A/S) : RELATOR DO HC Nº 413.817 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Ministros Gilmar Mendes e Ricardo
Lewandowski. Presidência do Ministro Edson Fachin. 2ª Turma,
12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Edson Fachin. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello e Dias Toffoli.
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e
Ricardo Lewandowski.
Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio
Marques.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14292853
Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14301248 | 2017-12-12T00:00:00 | 2018-02-06T00:00:00 | A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Presidência do Ministro Edson Fachin. 2ª Turma, 12.12.2017. | AG.REG. NO HABEAS CORPUS | EMENTA
Agravo regimental em habeas corpus. Violação do princípio da colegialidade. Não ocorrência. Legitimidade da atuação do relator na forma regimental (RISTF, art. 21, § 1º). Precedentes. Impetração manejada contra decisão monocrática do relator da causa no Superior Tribunal de Justiça não submetida ao crivo do colegiado por intermédio do agravo interno. Não exaurimento da instância antecedente. Precedentes. Inexistência de ilegalidade flagrante. Tráfico de drogas (art. 33 da Lei nº 11.343/06). Condenação. Incidência da causa de aumento da pena pela transnacionalidade (art. 40, inciso I, da Lei nº 11.343/06). Bis in idem não caracterizado. Precedentes. Pretendido afastamento da majorante. Questão que demanda o reexame de fatos e provas. Inadmissibilidade na via do habeas corpus. Precedentes. Regimental não provido. | sjur379842 | - Acórdão(s) citado(s):
(RELATOR, JULGAMENTO MONOCRÁTICO)
RHC 121127 AgR (2ªT), RE 839163 QO (TP), HC 125106 AgR (1ªT).
(PRINCÍPIO DA COLEGIALIDADE)
HC 101407 (1ªT), HC 111395 (2ªT), HC 114087 (2ªT), HC 118189 (2ªT), HC 126342 AgR (2ªT).
(HC, REEXAME DE PROVA)
RHC 105150 (1ªT), HC 111398 (2ªT), HC 118602 (2ªT), RHC 121092 (1ªT).
(MAJORANTE DE TRANSNACIONALIDADE)
HC 108716 (2ªT), HC 124108 (2ªT), HC 127221 (2ªT).
Número de páginas: 9.
Análise: 16/02/2018, MAD. | DIAS TOFFOLI | Segunda Turma | 149954 | [
"LEG-FED LEI-011343 ANO-2006\n ART-00040 INC-00001\n LTX-2006 LEI DE TÓXICOS\n\n",
"LEG-FED RGI ANO-1980\n ART-00021 PAR-00001\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL"
] | HC-AgR | acordaos | HC 149954 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : MARCOS CAETANO
ADV.(A/S) : FABIO ROGERIO DONADON COSTA
AGDO.(A/S) : RELATOR DO HC Nº 413.817 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 149 . 954",
"HC [UNK] 413 . 817",
"HC 149954 AGR / SP",
"HC 149954 AGR / SP",
"HABEAS CORPUS 149 . 954",
"HC [UNK] 413 . 817",
"HC [UNK] 413 . 817 / SP",
"HABEAS CORPUS 149 . 954",
"HC [UNK] 413 . 817",
"HC [UNK] 413 . 817 / SP",
"HC 149954 AGR / SP",
"HC 149954 AGR / SP",
"HABEAS CORPUS 149 . 954",
"RHC [UNK] 121 . 127 / SP - AgR",
"RE [UNK] 839 . 163 / DF - QO",
"HC [UNK] 125 . 106 / SP - AgR",
"HC [UNK] 413 . 817 / SP",
"HABEAS CORPUS 149 . 954",
"RHC [UNK] 121 . 127 / SP - AgR",
"RE [UNK] 839 . 163 / DF - QO",
"HC [UNK] 125 . 106 / SP - AgR",
"HC [UNK] 413 . 817 / SP",
"HC 149954 AGR / SP",
"HC [UNK] 101",
".",
"407",
"/",
"PR",
"HC [UNK] 126 . 342 / SP - AgR",
"HC [UNK] 114 . 087 / SP",
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"RHC [UNK] 111 . 395 / DF",
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"HC [UNK] 101 . 407 / PR",
"HC [UNK] 126 . 342 / SP - AgR",
"HC [UNK] 114 . 087 / SP",
"HC [UNK] 118 . 189 / MG",
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"RHC [UNK] 105 . 150",
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"HC [UNK] 118 . 602 / SP",
"HC [UNK] 111 . 398 / SP",
"HC [UNK] 108 . 716 /",
"HC [UNK] 127 . 221 / SP",
"HC 149954 AGR / SP",
"RHC [UNK] 105 . 150",
"RHC [UNK] 121 . 092 / SP",
"HC [UNK] 118 . 602 / SP",
"HC [UNK] 111 . 398 / SP",
"HC [UNK] 108 . 716 / SP",
"HC [UNK] 127 . 221 / SP",
"HC 149954 AGR / SP",
"HC [UNK] 124 . 108 / SP",
"HC 149954 AGR / SP",
"HC [UNK] 124 . 108 / SP",
"HABEAS CORPUS 149 . 954",
"HC [UNK] 413 . 817",
"HABEAS CORPUS 149 . 954",
"HC [UNK] 413 . 817"
],
"LEGISLACAO": [
"RISTF",
"art . 33 da Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"art . 40 , inciso I , da Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 33 e 35 da Lei [UNK] 11 . 343",
"18 da Lei [UNK] 10 . 826 / 03",
"art . 33 , § [UNK] , 40 , I , V e VI e 41 da Lei 11 . 343 / 06",
"art . 40 , inciso I , da Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"art . 40 , I , Lei 11 . 343 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 33 e 35 da Lei [UNK] 11 . 343",
"18 da Lei [UNK] 10 . 826 / 03",
"art . 33 , § [UNK] , 40 , I , V e VI e 41 da Lei 11 . 343 / 06",
"art . 40 , inciso I , da Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"art . 40 , I , Lei 11 . 343 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 40 , I da Lei 11 . 343 / 06",
"artigo 33 , caput da Lei 11 . 343 / 06",
"art . 40 , I da Lei 11 . 343 / 06",
"art . 21 , § [UNK] , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 40 , I da Lei 11 . 343",
"artigo 33 , caput da Lei 11 . 343 / 06",
"art . 40 , I da Lei 11 . 343 / 06",
"art . 21 , § [UNK] , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 38 da Lei 8 . 038 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 38 da Lei 8 . 038 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 40 , inciso I , da Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 40 , inciso I , da Lei",
"[UNK] 11 . 343 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 40 , I , da Lei 11 . 343 / 2006",
"art . 40 , inciso I , da Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 40 , I , da Lei 11 . 343 / 2006",
"art . 40 , inciso I , da Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 40 , inciso I , da Lei n . 11 . 343 / 2006",
"art . 33 da Lei n . 11 . 343 / 2006",
"art . 40 , I , da Lei 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 40 , inciso I , da Lei n . 11 . 343 / 2006",
"art . 33 da Lei n . 11 . 343 / 2006",
"art . 40 , I , da Lei 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"Ponta Porã / MS",
"Ponta Porã / MS",
"SÃO PAULO",
"Ponta Porã / MS",
"Ponta Porã / MS",
"Ponta Porã - MS",
"Ponta Porã - MS ’",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"Ponta Porã / MS",
"Ponta Porã / MS",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Superior Tribunal de Justiça",
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"-",
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"Ministério Público Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"SEGUNDA TURMA",
"Segunda Turma",
"Tribunal Pleno",
"Primeira Turma",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
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"-",
"Brasil",
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"STJ",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
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"-",
"Brasil",
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"Superior Tribunal de Justiça",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
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"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
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"Primeira Turma",
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"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"MARCOS CAETANO",
"FABIO ROGERIO DONADON COSTA",
"Edson Fachin",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCOS CAETANO",
"FABIO ROGERIO DONADON COSTA",
"DIAS TOFFOLI",
"Marcos Caetano",
"Rogério Schietti Cruz",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCOS CAETANO",
"FABIO ROGERIO DONADON COSTA",
"DIAS TOFFOLI",
"Marcos Caetano",
"Rogério Schietti Cruz",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Edson Oliveira de Almeida",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
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"Roberto Barroso",
"Rogério Schietti Cruz",
"DIAS TOFFOLI",
"Teori Zavascki",
"Roberto Barroso",
"Rogério Schietti Cruz",
"DIAS TOFFOLI",
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"Luiz Fux",
"Gilmar Mendes",
"Teori Zavascki",
"Ricardo Lewandowski",
"Luiz Fux",
"DIAS TOFFOLI",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Teori Zavascki",
"Ricardo Lewandowski",
"Teori Zavascki",
"Teori Zavascki",
"Rogério Schietti",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Teori Zavascki",
"Ricardo Lewandowski",
"Teori Zavascki",
"Teori Zavascki",
"Rogério Schietti",
"DIAS TOFFOLI",
"Cármen Lúcia",
"Cármen Lúcia",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCOS CAETANO",
"FABIO ROGERIO DONADON COSTA",
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"Ricardo Lewandowski",
"Edson Fachin",
"Edson Fachin",
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"Dias Toffoli",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Cláudia Sampaio Marques",
"Ravena Siqueira",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCOS CAETANO",
"FABIO ROGERIO DONADON COSTA",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Edson Fachin",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Dias Toffoli",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Cláudia Sampaio Marques",
"Ravena Siqueira"
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"TEMPO": [
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"/",
"12",
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"08",
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"2001",
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"12",
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"2001",
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"/",
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"08",
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"2001",
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"08",
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"/",
"12",
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"2017",
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"/",
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"/",
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"/",
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"2017",
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"3",
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"15",
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"2001",
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"/",
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"/",
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"26",
"/",
"3",
"/",
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"/",
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"/",
"14",
"24",
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"4",
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"14",
"30",
"/",
"9",
"/",
"13",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
"/",
"3",
"/",
"14",
"26",
"/",
"3",
"/",
"15",
"2",
"/",
"10",
"/",
"14",
"24",
"/",
"4",
"/",
"14",
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"/",
"9",
"/",
"13",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
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"/",
"12",
"12",
"/",
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"/",
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"/",
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"/",
"14",
"3",
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"/",
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"/",
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"/",
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"/",
"9",
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"/",
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"2001",
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"12",
"/",
"5",
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"14",
"3",
"/",
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"12",
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"/",
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"/",
"13",
"9",
"/",
"9",
"/",
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"/",
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"/",
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"/",
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"/",
"14",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"14",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 29.198 DISTRITO
FEDERAL
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
RECTE.(S)
:ROMUALDO VASCONCELOS
ADV.(A/S)
:RICARDO LASMAR SODRÉ E OUTRO(A/S)
RECDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE
SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. ATO DO MINISTRO DE ESTADO
DA JUSTIÇA. POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL. CASSAÇÃO DA
APOSENTADORIA. PROCESSO ADMINISTRATIVO. INSTAURAÇÃO A
PARTIR DO RESULTADO DE SINDICÂNCIA QUE APUROU FATOS
NARRADOS EM DENÚNCIA ANÔNIMA. ALEGAÇÃO DE
CONTRARIEDADE AO ART. 134 DA LEI N. 8.112/1990; OFENSA AO
CONTRADITÓRIO E À AMPLA DEFESA. NÃO OCORRÊNCIA.
ALEGADA NULIDADE DO PROCESSO E DA PENA APLICADA.
INEXISTÊNCIA. RECURSO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao recurso
ordinário em mandado de segurança, nos termos do voto da Relatora.
Ausente, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3115284.
Supremo Tribunal Federal
DJe 28/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 38
Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 29.198 DISTRITO
FEDERAL
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
RECTE.(S)
:ROMUALDO VASCONCELOS
ADV.(A/S)
:RICARDO LASMAR SODRÉ E OUTRO(A/S)
RECDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Recurso ordinário em mandado de segurança interposto por
Romualdo Vasconcelos, em 18.5.2010, contra julgado do Superior
Tribunal de Justiça que denegou a ordem no Mandado de Segurança n.
13.348/DF.
2. Em 8.2.2008, Romualdo Vasconcelos impetrou o Mandado de
Segurança n. 13.348/DF no Superior Tribunal de Justiça contra ato do
Ministro de Estado da Justiça, que, pela Portaria n. 1.695/2007 (fl. 73),
cassou sua aposentadoria em razão do apurado no Processo
Administrativo Disciplinar n. 08.657.000.291/2004.
Em 27.5.2009, a Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça
denegou a ordem de segurança:
“ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA.
SERVIDOR PÚBLICO
FEDERAL. CASSAÇÃO DE
APOSENTADORIA.
PROCESSO
ADMINISTRATIVO
DISCIPLINAR INSTAURADO COM BASE EM INVESTIGAÇÃO
PROVOCADA
POR
DENÚNCIA
ANÔNIMA.
ADMISSIBILIDADE. PRECEDENTES. INEXISTÊNCIA DE
AFRONTA AOS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO, DA
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 29.198 DISTRITO
FEDERAL
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
RECTE.(S)
:ROMUALDO VASCONCELOS
ADV.(A/S)
:RICARDO LASMAR SODRÉ E OUTRO(A/S)
RECDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Recurso ordinário em mandado de segurança interposto por
Romualdo Vasconcelos, em 18.5.2010, contra julgado do Superior
Tribunal de Justiça que denegou a ordem no Mandado de Segurança n.
13.348/DF.
2. Em 8.2.2008, Romualdo Vasconcelos impetrou o Mandado de
Segurança n. 13.348/DF no Superior Tribunal de Justiça contra ato do
Ministro de Estado da Justiça, que, pela Portaria n. 1.695/2007 (fl. 73),
cassou sua aposentadoria em razão do apurado no Processo
Administrativo Disciplinar n. 08.657.000.291/2004.
Em 27.5.2009, a Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça
denegou a ordem de segurança:
“ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA.
SERVIDOR PÚBLICO
FEDERAL. CASSAÇÃO DE
APOSENTADORIA.
PROCESSO
ADMINISTRATIVO
DISCIPLINAR INSTAURADO COM BASE EM INVESTIGAÇÃO
PROVOCADA
POR
DENÚNCIA
ANÔNIMA.
ADMISSIBILIDADE. PRECEDENTES. INEXISTÊNCIA DE
AFRONTA AOS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO, DA
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 38
Relatório
RMS 29.198 / DF
AMPLA DEFESA E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL.
DILAÇÃO PROBATÓRIA. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA.
1. Ainda que com reservas, a denúncia anônima é admitida em
nosso ordenamento jurídico, sendo considerada apta a deflagrar
procedimentos de averiguação, como o processo administrativo
disciplinar, conforme contenham ou não elementos informativos
idôneos suficientes, e desde que observadas as devidas cautelas no que
diz respeito à identidade do investigado. Precedentes desta Corte.
2. As acusações que resultaram da apreensão de documentos
feita pela Comissão de Sindicância, sem a presença do indiciado, não
foram consideradas para a convicção acerca da responsabilização do
servidor, pois restaram afastados os enquadramentos das condutas
resultantes das provas produzidas na mencionada diligência.
3. Eventual nulidade no Processo Administrativo exige a
respectiva comprovação do prejuízo sofrido, o que não restou
configurado na espécie, sendo, pois, aplicável o princípio pas de
nullité sans grief. Precedentes.
4. Em sede de ação mandamental, a prova do direito líquido e
certo deve ser pré-constituída, não se admitindo a dilação probatória.
Precedentes.
5. Segurança denegada” (fl. 329).
Contra essa decisão o Recorrente opôs embargos de declaração (fls.
388-390), rejeitados em 24.3.2010 (fls. 393-396).
Na sequência opôs novos embargos de declaração (fls. 403-408), nos
quais reiterou a alegação de contradição no julgamento e suscitou a
existência de omissão no acórdão proferido no mandado de segurança.
Os embargos foram rejeitados ao fundamento de que novo recuso
somente poderia voltar-se contra eventuais omissões, contradições e
obscuridades existentes no acórdão embargado e de que o direito de
arguir vício no julgamento do mérito do mandado de segurança teria
precluído (fl. 417).
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RMS 29.198 / DF
AMPLA DEFESA E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL.
DILAÇÃO PROBATÓRIA. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA.
1. Ainda que com reservas, a denúncia anônima é admitida em
nosso ordenamento jurídico, sendo considerada apta a deflagrar
procedimentos de averiguação, como o processo administrativo
disciplinar, conforme contenham ou não elementos informativos
idôneos suficientes, e desde que observadas as devidas cautelas no que
diz respeito à identidade do investigado. Precedentes desta Corte.
2. As acusações que resultaram da apreensão de documentos
feita pela Comissão de Sindicância, sem a presença do indiciado, não
foram consideradas para a convicção acerca da responsabilização do
servidor, pois restaram afastados os enquadramentos das condutas
resultantes das provas produzidas na mencionada diligência.
3. Eventual nulidade no Processo Administrativo exige a
respectiva comprovação do prejuízo sofrido, o que não restou
configurado na espécie, sendo, pois, aplicável o princípio pas de
nullité sans grief. Precedentes.
4. Em sede de ação mandamental, a prova do direito líquido e
certo deve ser pré-constituída, não se admitindo a dilação probatória.
Precedentes.
5. Segurança denegada” (fl. 329).
Contra essa decisão o Recorrente opôs embargos de declaração (fls.
388-390), rejeitados em 24.3.2010 (fls. 393-396).
Na sequência opôs novos embargos de declaração (fls. 403-408), nos
quais reiterou a alegação de contradição no julgamento e suscitou a
existência de omissão no acórdão proferido no mandado de segurança.
Os embargos foram rejeitados ao fundamento de que novo recuso
somente poderia voltar-se contra eventuais omissões, contradições e
obscuridades existentes no acórdão embargado e de que o direito de
arguir vício no julgamento do mérito do mandado de segurança teria
precluído (fl. 417).
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 38
Relatório
RMS 29.198 / DF
3. Em 18.5.2010, Romualdo Vasconcelos interpôs o presente recurso
ordinário em mandado de segurança (fls. 422-462).
O Recorrente sustenta que o resultado constante da certidão de
julgamento estaria incorreto, pois a maioria dos votos proferidos na
sessão de julgamento teria concluído pela concessão parcial da ordem, e
acrescenta que o resultado do voto proferido pelo Ministro Felix Fischer
estaria em contradição com a fundamentação expendida (fls. 427-428).
Acrescenta que, ao afastar o fundamento utilizado para a cassação
de sua aposentadoria quanto à parte das infrações a ele imputadas, o
acórdão recorrido teria sido omisso na aplicação da pena relativa à
conduta remanescente, em especial à não configuração da conduta
descrita no art. 117, inc. XVI, da Lei n. 8.112/1990, à impossibilidade de
modificação da pena sugerida pela comissão processante e à
desproporcionalidade da pena aplicada.
Alega nulidade do procedimento administrativo que culminou na
cassação de sua aposentadoria, pois teria sido desencadeado por
denúncia anônima (fl. 437).
Assinala que a comissão processante teria agido “de forma arbitrária,
abusiva e ilegal, realizando diligência de busca e apreensão no [seu] domicílio
profissional (…), apreendendo documentos e dados em sua sala de trabalho (...),
sem para tanto estar munida de (..) ordem judicial” (fl. 439).
Assevera não ter presenciado a diligência de busca e apreensão, o
ato de lacrar as caixas dos documentos apreendidos, tampouco sua
abertura, o que contrariaria os princípios do contraditório e da ampla
defesa e tornaria imprestáveis as provas produzidas de forma ilegal.
Ressalta, ainda, que o processo administrativo disciplinar teria
ultrapassado o prazo previsto no art. 152 da Lei n. 8.112/1990 e que o ato
3
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Supremo Tribunal Federal
RMS 29.198 / DF
3. Em 18.5.2010, Romualdo Vasconcelos interpôs o presente recurso
ordinário em mandado de segurança (fls. 422-462).
O Recorrente sustenta que o resultado constante da certidão de
julgamento estaria incorreto, pois a maioria dos votos proferidos na
sessão de julgamento teria concluído pela concessão parcial da ordem, e
acrescenta que o resultado do voto proferido pelo Ministro Felix Fischer
estaria em contradição com a fundamentação expendida (fls. 427-428).
Acrescenta que, ao afastar o fundamento utilizado para a cassação
de sua aposentadoria quanto à parte das infrações a ele imputadas, o
acórdão recorrido teria sido omisso na aplicação da pena relativa à
conduta remanescente, em especial à não configuração da conduta
descrita no art. 117, inc. XVI, da Lei n. 8.112/1990, à impossibilidade de
modificação da pena sugerida pela comissão processante e à
desproporcionalidade da pena aplicada.
Alega nulidade do procedimento administrativo que culminou na
cassação de sua aposentadoria, pois teria sido desencadeado por
denúncia anônima (fl. 437).
Assinala que a comissão processante teria agido “de forma arbitrária,
abusiva e ilegal, realizando diligência de busca e apreensão no [seu] domicílio
profissional (…), apreendendo documentos e dados em sua sala de trabalho (...),
sem para tanto estar munida de (..) ordem judicial” (fl. 439).
Assevera não ter presenciado a diligência de busca e apreensão, o
ato de lacrar as caixas dos documentos apreendidos, tampouco sua
abertura, o que contrariaria os princípios do contraditório e da ampla
defesa e tornaria imprestáveis as provas produzidas de forma ilegal.
Ressalta, ainda, que o processo administrativo disciplinar teria
ultrapassado o prazo previsto no art. 152 da Lei n. 8.112/1990 e que o ato
3
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 38
Relatório
RMS 29.198 / DF
apontado como coator teria desrespeitado o princípio da legalidade e
ofendido a sua dignidade.
Por fim, argui a inconstitucionalidade do art. 134 da Lei n.
8.112/1990, que estabelece a pena de cassação de aposentadoria.
Pede seja provido o presente recurso para “determinar que o Tribunal a
quo retifique a certidão de julgamento e o voto do Ministro Felix Fischer (...) ou,
caso assim não entenda, (...) reforme o julgado, concedendo a ordem” (fl. 462).
4. Em 12.7.2010, a União apresentou contrarrazões (fls. 468-477).
5. Em 2.8.2010, o presente recurso ordinário em mandado de
segurança foi admitido pelo Ministro Vice-Presidente do Superior
Tribunal de Justiça (fl. 479).
6. A Procuradoria-Geral da República opinou pelo não provimento
do recurso ordinário (fls. 496-498).
É o relatório.
4
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RMS 29.198 / DF
apontado como coator teria desrespeitado o princípio da legalidade e
ofendido a sua dignidade.
Por fim, argui a inconstitucionalidade do art. 134 da Lei n.
8.112/1990, que estabelece a pena de cassação de aposentadoria.
Pede seja provido o presente recurso para “determinar que o Tribunal a
quo retifique a certidão de julgamento e o voto do Ministro Felix Fischer (...) ou,
caso assim não entenda, (...) reforme o julgado, concedendo a ordem” (fl. 462).
4. Em 12.7.2010, a União apresentou contrarrazões (fls. 468-477).
5. Em 2.8.2010, o presente recurso ordinário em mandado de
segurança foi admitido pelo Ministro Vice-Presidente do Superior
Tribunal de Justiça (fl. 479).
6. A Procuradoria-Geral da República opinou pelo não provimento
do recurso ordinário (fls. 496-498).
É o relatório.
4
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 29.198 DISTRITO
FEDERAL
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
Dos alegados vícios constantes da decisão recorrida
A certidão de julgamento e as suscitadas contradições e omissões
1. Razão jurídica não assiste ao Recorrente.
Diferentemente do sustentado pelo Recorrente, não houve
divergência entre a certidão de julgamento e o que decidido pela Terceira
Seção do Superior Tribunal de Justiça no julgamento do Mandado de
Segurança n. 13.348.
No julgamento dos embargos de declaração opostos pelo Recorrente,
a Ministra Laurita Vaz esclareceu:
“Com efeito, da simples leitura dos votos-vista proferidos pela
ilustre Ministra Maria Thereza de Assis Moura (...) e pelos eminentes
Ministros Felix Fischer (...) e Og Fernandes (...), percebe-se (...) que a
Ministra Maria Thereza expressamente consignou que as provas
ilicitamente produzidas são independentes das provas utilizadas na
condenação do Impetrante pela prática da conduta tipificada nos arts.
117, XVI, e 132, inciso XIII, da Lei n. 8.112/90, de 'utilização de
material público em atividade particular', suficiente por si só para
manutenção da pena de cassação de aposentadoria.
Já os Ministros Felix Fischer e Og Fernandes (...) expressamente
concluíram pela denegação da ordem, conforme consta de seus votos
acostados aos autos.
Nesse contexto, sem maiores esforços, mostra-se absolutamente
descabida a alegação do Impetrante que o acórdão recorrido incorreu
em contradição e obscuridade, capazes de alterar a conclusão a que
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30/10/2012
SEGUNDA TURMA
RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 29.198 DISTRITO
FEDERAL
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
Dos alegados vícios constantes da decisão recorrida
A certidão de julgamento e as suscitadas contradições e omissões
1. Razão jurídica não assiste ao Recorrente.
Diferentemente do sustentado pelo Recorrente, não houve
divergência entre a certidão de julgamento e o que decidido pela Terceira
Seção do Superior Tribunal de Justiça no julgamento do Mandado de
Segurança n. 13.348.
No julgamento dos embargos de declaração opostos pelo Recorrente,
a Ministra Laurita Vaz esclareceu:
“Com efeito, da simples leitura dos votos-vista proferidos pela
ilustre Ministra Maria Thereza de Assis Moura (...) e pelos eminentes
Ministros Felix Fischer (...) e Og Fernandes (...), percebe-se (...) que a
Ministra Maria Thereza expressamente consignou que as provas
ilicitamente produzidas são independentes das provas utilizadas na
condenação do Impetrante pela prática da conduta tipificada nos arts.
117, XVI, e 132, inciso XIII, da Lei n. 8.112/90, de 'utilização de
material público em atividade particular', suficiente por si só para
manutenção da pena de cassação de aposentadoria.
Já os Ministros Felix Fischer e Og Fernandes (...) expressamente
concluíram pela denegação da ordem, conforme consta de seus votos
acostados aos autos.
Nesse contexto, sem maiores esforços, mostra-se absolutamente
descabida a alegação do Impetrante que o acórdão recorrido incorreu
em contradição e obscuridade, capazes de alterar a conclusão a que
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 38
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RMS 29.198 / DF
chegou a Terceira Seção” (fl. 395).
Em seu voto, a Ministra Maria Thereza de Assis Moura acolheu
parcialmente os argumentos expendidos pelo ora Recorrente, em especial
sobre a ilegalidade da diligência de busca e apreensão realizada, da
utilização das provas apreendidas na formação do convencimento da
comissão processante e da contrariedade ao princípio da ampla defesa,
por não ter sido o Recorrente intimado para a abertura das caixas dos
documentos apreendidos. Entretanto, salientou expressamente que a
nulidade parcial do processo administrativo não conduziria ao
restabelecimento da aposentadoria do Recorrente:
“Todavia, muito embora entenda viciado o procedimento quanto
à acusação de ‘liberação irregular de veículos retidos’, tenho que, no
caso concreto, tal vício não conduzirá, por si só, ao restabelecimento
da aposentadoria do impetrante. E tal fato se dá porque as
insurgências da inicial do mandamus têm como base a denúncia
anônima, bem como a diligência realizada (...), sendo que esta última
não deu ensejo à punição do impetrante pelo segundo fato a ele
imputado, qual seja, o de ‘utilização de material público em atividade
particular’.
É de se notar que, no tocante ao referido fato, a condenação do
impetrante se deu exclusivamente com base em provas testemunhais
(fls. 63/65), que não foram maculadas por eventual vício nas
diligências realizadas. (...)
Saliente-se que as diligências impugnadas deram ensejo a
condenação do impetrante pela prática de ‘liberação irregular de
veículos retidos’ e não foram utilizadas para a condenação do
impetrante por ‘utilização de material público em atividade
particular’, razão pela qual entendo que, ainda que se fale em ilicitude
das provas, relativamente à primeira imputação, estas não viciaram o
restante do procedimento nem as demais provas produzidas. (...)
Dessa forma, mesmo acolhendo-se a tese de ilicitude nas
diligências realizadas pela autoridade na sala de trabalho do
impetrante, o outro fato pelo qual foi ele condenado é suficiente, por si
2
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RMS 29.198 / DF
chegou a Terceira Seção” (fl. 395).
Em seu voto, a Ministra Maria Thereza de Assis Moura acolheu
parcialmente os argumentos expendidos pelo ora Recorrente, em especial
sobre a ilegalidade da diligência de busca e apreensão realizada, da
utilização das provas apreendidas na formação do convencimento da
comissão processante e da contrariedade ao princípio da ampla defesa,
por não ter sido o Recorrente intimado para a abertura das caixas dos
documentos apreendidos. Entretanto, salientou expressamente que a
nulidade parcial do processo administrativo não conduziria ao
restabelecimento da aposentadoria do Recorrente:
“Todavia, muito embora entenda viciado o procedimento quanto
à acusação de ‘liberação irregular de veículos retidos’, tenho que, no
caso concreto, tal vício não conduzirá, por si só, ao restabelecimento
da aposentadoria do impetrante. E tal fato se dá porque as
insurgências da inicial do mandamus têm como base a denúncia
anônima, bem como a diligência realizada (...), sendo que esta última
não deu ensejo à punição do impetrante pelo segundo fato a ele
imputado, qual seja, o de ‘utilização de material público em atividade
particular’.
É de se notar que, no tocante ao referido fato, a condenação do
impetrante se deu exclusivamente com base em provas testemunhais
(fls. 63/65), que não foram maculadas por eventual vício nas
diligências realizadas. (...)
Saliente-se que as diligências impugnadas deram ensejo a
condenação do impetrante pela prática de ‘liberação irregular de
veículos retidos’ e não foram utilizadas para a condenação do
impetrante por ‘utilização de material público em atividade
particular’, razão pela qual entendo que, ainda que se fale em ilicitude
das provas, relativamente à primeira imputação, estas não viciaram o
restante do procedimento nem as demais provas produzidas. (...)
Dessa forma, mesmo acolhendo-se a tese de ilicitude nas
diligências realizadas pela autoridade na sala de trabalho do
impetrante, o outro fato pelo qual foi ele condenado é suficiente, por si
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 38
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RMS 29.198 / DF
só, no âmbito administrativo, para a cassação de sua aposentadoria,
nos termos dos arts. 117, XVI e 132, XIII, da Lei nº 8.112/90.
Ressalte-se, por necessário, que nenhuma insurgência referente à
‘utilização de material público em atividade particular’ foi deduzida
na inicial, daí porque não há como se acolher o pedido de anulação de
todo o procedimento e de retorno do impetrante à folha de pagamento
de proventos (...) Por todo o exposto, peço vênia à nobre relatora para
conceder, em parte, a segurança, declarando a nulidade parcial do
processo administrativo, no tocante às provas produzidas em relação à
acusação de 'liberação irregular de veículos retidos', cassando sua
condenação por tal fato, mas mantendo incólume as demais provas,
bem como a condenação relativas à ‘utilização de material público em
atividade particular’. É como voto” (grifos nossos).
É de se ver que, embora tenha reconhecido o vício na produção das
provas que embasaram a imputação da infração de “liberação irregular de
veículos”, a Ministra Maria Thereza de Assis Moura manteve a
condenação pela imputação remanescente, o que por si só foi considerada
suficiente para manter a pena aplicada ao Recorrente. Votaram pela
manutenção da pena de cassação de aposentadoria as Ministras Laurita
Vaz (Relatora) e Maria Thereza de Assis Moura e os Ministros Og
Fernandes e Felix Fischer; vencidos os Ministros Napoleão Nunes Maia
Filho, Nilson Naves e Jorge Mussi. Assim, não procede a alegada
divergência entre a certidão de julgamento e o que efetivamente decidido.
Não procede, ainda, a alegada contradição no voto de desempate
proferido naquele julgamento. Não se pode concluir, como pretende o
Recorrente, que o Ministro Felix Fischer tenha acompanhado a
divergência para reconhecer a nulidade parcial do processo
administrativo em razão da suscitada ilegalidade da busca e apreensão.
Ao contrário, consta do voto que esse argumento afastaria apenas o
“fundamento do ato punitivo relacionado à liberação irregular de veículos retidos
(...) [e que] subsist[iria] fundamento para o ato punitivo atacado, apto, por si só,
a sustentar a cassação de aposentadoria, qual seja, a utilização de bem público em
proveito próprio” (fl. 379, grifos nossos).
3
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RMS 29.198 / DF
só, no âmbito administrativo, para a cassação de sua aposentadoria,
nos termos dos arts. 117, XVI e 132, XIII, da Lei nº 8.112/90.
Ressalte-se, por necessário, que nenhuma insurgência referente à
‘utilização de material público em atividade particular’ foi deduzida
na inicial, daí porque não há como se acolher o pedido de anulação de
todo o procedimento e de retorno do impetrante à folha de pagamento
de proventos (...) Por todo o exposto, peço vênia à nobre relatora para
conceder, em parte, a segurança, declarando a nulidade parcial do
processo administrativo, no tocante às provas produzidas em relação à
acusação de 'liberação irregular de veículos retidos', cassando sua
condenação por tal fato, mas mantendo incólume as demais provas,
bem como a condenação relativas à ‘utilização de material público em
atividade particular’. É como voto” (grifos nossos).
É de se ver que, embora tenha reconhecido o vício na produção das
provas que embasaram a imputação da infração de “liberação irregular de
veículos”, a Ministra Maria Thereza de Assis Moura manteve a
condenação pela imputação remanescente, o que por si só foi considerada
suficiente para manter a pena aplicada ao Recorrente. Votaram pela
manutenção da pena de cassação de aposentadoria as Ministras Laurita
Vaz (Relatora) e Maria Thereza de Assis Moura e os Ministros Og
Fernandes e Felix Fischer; vencidos os Ministros Napoleão Nunes Maia
Filho, Nilson Naves e Jorge Mussi. Assim, não procede a alegada
divergência entre a certidão de julgamento e o que efetivamente decidido.
Não procede, ainda, a alegada contradição no voto de desempate
proferido naquele julgamento. Não se pode concluir, como pretende o
Recorrente, que o Ministro Felix Fischer tenha acompanhado a
divergência para reconhecer a nulidade parcial do processo
administrativo em razão da suscitada ilegalidade da busca e apreensão.
Ao contrário, consta do voto que esse argumento afastaria apenas o
“fundamento do ato punitivo relacionado à liberação irregular de veículos retidos
(...) [e que] subsist[iria] fundamento para o ato punitivo atacado, apto, por si só,
a sustentar a cassação de aposentadoria, qual seja, a utilização de bem público em
proveito próprio” (fl. 379, grifos nossos).
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 38
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RMS 29.198 / DF
Ressalte-se que a suposta omissão no julgamento do mandado de
segurança quanto à proporcionalidade da pena de cassação da
aposentadoria pela infração remanescente somente foi suscitada na
petição dos segundos embargos de declaração, o que levou à rejeição do
recurso, pois “a argumentação aventada no segundo recurso de embargos de
declaração deve se limitar a impugnação de vícios surgidos no julgamento dos
aclaratórios anteriores” (fl. 413).
Não se pode pretender no presente recurso ordinário que este
Supremo Tribunal sane eventuais contradições e omissões no acórdão
proferido no julgamento do mandado de segurança que alegadamente
não tenham sido solucionadas pelo Tribunal a quo. Nesse sentido, no
julgamento dos Embargos de Declaração no Agravo Regimental no
Recurso Extraordinário n. 437.338/PE, Relator o Ministro Sepúlveda
Pertence, a Primeira Turma deste Supremo Tribunal decidiu:
“EMENTA: I. Embargos de declaração: contradição, omissão ou
obscuridade inexistentes no acórdão embargado: pretensão de corrigir
suposto erro material do acórdão do Tribunal a quo, matéria que foge
do âmbito de cognição do Supremo Tribunal, que não se abre para
sanar eventual contradição da decisão recorrida. II. Embargos de
declaração manifestamente protelatórios: condenação ao pagamento de
multa” (DJ 9.2.2007).
Ainda que assim não fosse, houve manifestação expressa sobre a
manutenção da pena pelo cometimento da infração descrita no art. 117,
inc. XVI, da Lei n. 8.112/1990. Em seu voto, a Ministra Maria Thereza
realçou que a imputação referente à utilização de material público em
atividade particular é suficiente para ensejar a aplicação da pena, nos
termos do art. 132, inc. XIII, da Lei n. 8.112/1990. Esse entendimento foi
ratificado no voto de desempate proferido pelo Ministro Felix Fischer, o
que resultou na denegação da segurança, pois quatro dos sete votos
proferidos naquele julgamento mantiveram a validade do ato apontado
4
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Ressalte-se que a suposta omissão no julgamento do mandado de
segurança quanto à proporcionalidade da pena de cassação da
aposentadoria pela infração remanescente somente foi suscitada na
petição dos segundos embargos de declaração, o que levou à rejeição do
recurso, pois “a argumentação aventada no segundo recurso de embargos de
declaração deve se limitar a impugnação de vícios surgidos no julgamento dos
aclaratórios anteriores” (fl. 413).
Não se pode pretender no presente recurso ordinário que este
Supremo Tribunal sane eventuais contradições e omissões no acórdão
proferido no julgamento do mandado de segurança que alegadamente
não tenham sido solucionadas pelo Tribunal a quo. Nesse sentido, no
julgamento dos Embargos de Declaração no Agravo Regimental no
Recurso Extraordinário n. 437.338/PE, Relator o Ministro Sepúlveda
Pertence, a Primeira Turma deste Supremo Tribunal decidiu:
“EMENTA: I. Embargos de declaração: contradição, omissão ou
obscuridade inexistentes no acórdão embargado: pretensão de corrigir
suposto erro material do acórdão do Tribunal a quo, matéria que foge
do âmbito de cognição do Supremo Tribunal, que não se abre para
sanar eventual contradição da decisão recorrida. II. Embargos de
declaração manifestamente protelatórios: condenação ao pagamento de
multa” (DJ 9.2.2007).
Ainda que assim não fosse, houve manifestação expressa sobre a
manutenção da pena pelo cometimento da infração descrita no art. 117,
inc. XVI, da Lei n. 8.112/1990. Em seu voto, a Ministra Maria Thereza
realçou que a imputação referente à utilização de material público em
atividade particular é suficiente para ensejar a aplicação da pena, nos
termos do art. 132, inc. XIII, da Lei n. 8.112/1990. Esse entendimento foi
ratificado no voto de desempate proferido pelo Ministro Felix Fischer, o
que resultou na denegação da segurança, pois quatro dos sete votos
proferidos naquele julgamento mantiveram a validade do ato apontado
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RMS 29.198 / DF
como coator e do processo administrativo disciplinar que o fundamentou,
por reconhecerem uma ou ambas as imputações feitas ao Impetrante.
O Recorrente pretende, na verdade, que o resultado do julgamento
seja apurado a partir dos fundamentos expendidos pelos julgadores, e
não do resultado contido na parte dispositiva de seus votos, para, com
isso, implantar artificialmente uma suposta omissão que somente existiria
se cada infração tivesse sido julgada separadamente.
Não procedem, portanto, os alegados vícios na decisão recorrida,
razão pela qual prossigo no exame do mérito do presente recurso.
Da alegada nulidade do processo administrativo
A denúncia anônima na apuração de infração cometida por servidor público
O ora Recorrente sustenta que o processo administrativo disciplinar
que resultou na cassação de sua aposentadoria seria nulo, pois iniciado a
partir de denúncia anônima. Acrescenta que o ordenamento
constitucional veda o anonimato e que, nos termos do art. 144 da Lei n.
8.112/1990, a Administração não poderia investigar fatos levados ao seu
conhecimento por intermédio de notícia ou denúncia formulada por
pessoa não identificada.
As consequências da vedação ao anonimato estabelecida no art. 5º,
inc. IV, da Constituição da República, em especial sobre o potencial
comprometimento de ações estatais destinadas à fiscalização e apuração
de ilícitos penais e infrações funcionais deflagradas a partir desses meios,
têm sido objeto de exame da doutrina e da jurisprudência pátria.
Há muito se debate a necessidade de compatibilizar e harmonizar o
aparente conflito existente entre a vedação ao anonimato, o poder-dever
do Estado em apurar condutas desviantes e, ainda, por vezes, assegurar a
5
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como coator e do processo administrativo disciplinar que o fundamentou,
por reconhecerem uma ou ambas as imputações feitas ao Impetrante.
O Recorrente pretende, na verdade, que o resultado do julgamento
seja apurado a partir dos fundamentos expendidos pelos julgadores, e
não do resultado contido na parte dispositiva de seus votos, para, com
isso, implantar artificialmente uma suposta omissão que somente existiria
se cada infração tivesse sido julgada separadamente.
Não procedem, portanto, os alegados vícios na decisão recorrida,
razão pela qual prossigo no exame do mérito do presente recurso.
Da alegada nulidade do processo administrativo
A denúncia anônima na apuração de infração cometida por servidor público
O ora Recorrente sustenta que o processo administrativo disciplinar
que resultou na cassação de sua aposentadoria seria nulo, pois iniciado a
partir de denúncia anônima. Acrescenta que o ordenamento
constitucional veda o anonimato e que, nos termos do art. 144 da Lei n.
8.112/1990, a Administração não poderia investigar fatos levados ao seu
conhecimento por intermédio de notícia ou denúncia formulada por
pessoa não identificada.
As consequências da vedação ao anonimato estabelecida no art. 5º,
inc. IV, da Constituição da República, em especial sobre o potencial
comprometimento de ações estatais destinadas à fiscalização e apuração
de ilícitos penais e infrações funcionais deflagradas a partir desses meios,
têm sido objeto de exame da doutrina e da jurisprudência pátria.
Há muito se debate a necessidade de compatibilizar e harmonizar o
aparente conflito existente entre a vedação ao anonimato, o poder-dever
do Estado em apurar condutas desviantes e, ainda, por vezes, assegurar a
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 38
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RMS 29.198 / DF
integridade física e moral do denunciante, que poderia ser alvo de
represálias e ameaças por parte do denunciado.
A necessária ponderação entre o dever de apurar e a vedação
constitucional ao anonimato já foi objeto de cuidado deste Supremo
Tribunal em diversas oportunidades.
Na assentada de 11.5.2005, no julgamento do Inquérito n. 1.957/PR,
o Ministro Celso de Mello esquadrinhou, em seu voto, o entendimento
doutrinário e jurisprudencial sobre a vedação constitucional ao
anonimato, suas razões e suas consequências sobre o dever de investigar
irregularidades, ainda que denunciadas por pessoa não identificada.
Foram fundamentos do voto:
“Vê-se (...) que a proibição do anonimato tem um só propósito,
qual seja, o de permitir que o autor do escrito ou da publicação possa
expor-se às conseqüências jurídicas derivadas de seu comportamento
abusivo. Nisso consiste, portanto, a “ratio” subjacente à norma, que
(...) proclama ser “livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o
anonimato” (grifei). (...)
Torna-se (...) que a cláusula que proíbe o anonimato - ao
viabilizar, “a posteriori”, a responsabilização penal e/ou civil do
ofensor - traduz medida constitucional destinada a desestimular
manifestações abusivas do pensamento, de que possa decorrer gravame
ao patrimônio moral das pessoas injustamente desrespeitadas em sua
esfera de dignidade, qualquer que seja o meio utilizado na veiculação
das imputações contumeliosas.
Esse entendimento é perfilhado por (...) eminentes autores, cujas
lições enfatizam, a propósito do tema, que a proibição do anonimato -
por tornar necessário o conhecimento da autoria da comunicação feita
- visa a fazer efetiva, “a posteriori”, a responsabilidade penal e/ou civil
daquele que abusivamente exerceu a liberdade de expressão. (...)
É inquestionável (...) que a delação anônima, notadamente
quando veicular a imputação de supostas práticas delituosas, pode
fazer instaurar situações de tensão dialética entre valores essenciais
6
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RMS 29.198 / DF
integridade física e moral do denunciante, que poderia ser alvo de
represálias e ameaças por parte do denunciado.
A necessária ponderação entre o dever de apurar e a vedação
constitucional ao anonimato já foi objeto de cuidado deste Supremo
Tribunal em diversas oportunidades.
Na assentada de 11.5.2005, no julgamento do Inquérito n. 1.957/PR,
o Ministro Celso de Mello esquadrinhou, em seu voto, o entendimento
doutrinário e jurisprudencial sobre a vedação constitucional ao
anonimato, suas razões e suas consequências sobre o dever de investigar
irregularidades, ainda que denunciadas por pessoa não identificada.
Foram fundamentos do voto:
“Vê-se (...) que a proibição do anonimato tem um só propósito,
qual seja, o de permitir que o autor do escrito ou da publicação possa
expor-se às conseqüências jurídicas derivadas de seu comportamento
abusivo. Nisso consiste, portanto, a “ratio” subjacente à norma, que
(...) proclama ser “livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o
anonimato” (grifei). (...)
Torna-se (...) que a cláusula que proíbe o anonimato - ao
viabilizar, “a posteriori”, a responsabilização penal e/ou civil do
ofensor - traduz medida constitucional destinada a desestimular
manifestações abusivas do pensamento, de que possa decorrer gravame
ao patrimônio moral das pessoas injustamente desrespeitadas em sua
esfera de dignidade, qualquer que seja o meio utilizado na veiculação
das imputações contumeliosas.
Esse entendimento é perfilhado por (...) eminentes autores, cujas
lições enfatizam, a propósito do tema, que a proibição do anonimato -
por tornar necessário o conhecimento da autoria da comunicação feita
- visa a fazer efetiva, “a posteriori”, a responsabilidade penal e/ou civil
daquele que abusivamente exerceu a liberdade de expressão. (...)
É inquestionável (...) que a delação anônima, notadamente
quando veicular a imputação de supostas práticas delituosas, pode
fazer instaurar situações de tensão dialética entre valores essenciais
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(...) a reclamar solução que (...) torne possível conferir primazia a uma
das prerrogativas básicas em relação de antagonismo com determinado
interesse fundado em cláusula inscrita na própria Constituição.
O caso veiculado na presente questão de ordem (...) pode
traduzir, eventualmente, a ocorrência, na espécie, de situação de
conflituosidade entre direitos básicos titularizados por sujeitos
diversos.
Com efeito, há, de um lado, a norma constitucional, que, ao
vedar o anonimato (...), objetiva fazer preservar, no processo de livre
expressão do pensamento, a incolumidade dos direitos da
personalidade (como a honra, a vida privada, a imagem e a
intimidade), buscando inibir, desse modo, delações de origem anônima
e de conteúdo abusivo. E existem, de outro, certos postulados básicos,
igualmente consagrados pelo texto da Constituição, vocacionados a
conferir real efetividade à exigência de que os comportamentos
individuais, registrados no âmbito da coletividade, ajustem-se à lei e
mostrem-se compatíveis com padrões ético-jurídicos decorrentes do
próprio sistema de valores que a nossa Lei Fundamental consagra.
Assentadas tais premissas, (...) entendo que a superação dos
antagonismos existentes entre princípios constitucionais há de
resultar da utilização (…) de critérios que lhe permitam ponderar e
avaliar (...) qual deva ser o direito a preponderar no caso (...)
Tenho para mim (...) que nada impedia, na espécie em exame,
que o Poder Público, provocado por denúncia anônima, adotasse
medidas informais destinadas a apurar, previamente, em averiguação
sumária, “com prudência e discrição” (...), a possível ocorrência de
eventual situação de ilicitude penal, com o objetivo de viabilizar a
ulterior instauração de procedimento penal em torno da autoria e da
materialidade dos fatos reputados criminosos, desvinculando-se a
investigação estatal (...)
Daí a advertência (...) que o procedimento investigatório não
pode ser instaurado com base, unicamente, em escrito anônimo, que
venha a constituir, ele próprio, a peça inaugural da investigação
promovida pela Polícia Judiciária ou pelo Ministério Público (...)
Cumpre referir, neste ponto, o valioso magistério expendido por
GIOVANNI LEONE (...) [que], após reconhecer o desvalor e a
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(...) a reclamar solução que (...) torne possível conferir primazia a uma
das prerrogativas básicas em relação de antagonismo com determinado
interesse fundado em cláusula inscrita na própria Constituição.
O caso veiculado na presente questão de ordem (...) pode
traduzir, eventualmente, a ocorrência, na espécie, de situação de
conflituosidade entre direitos básicos titularizados por sujeitos
diversos.
Com efeito, há, de um lado, a norma constitucional, que, ao
vedar o anonimato (...), objetiva fazer preservar, no processo de livre
expressão do pensamento, a incolumidade dos direitos da
personalidade (como a honra, a vida privada, a imagem e a
intimidade), buscando inibir, desse modo, delações de origem anônima
e de conteúdo abusivo. E existem, de outro, certos postulados básicos,
igualmente consagrados pelo texto da Constituição, vocacionados a
conferir real efetividade à exigência de que os comportamentos
individuais, registrados no âmbito da coletividade, ajustem-se à lei e
mostrem-se compatíveis com padrões ético-jurídicos decorrentes do
próprio sistema de valores que a nossa Lei Fundamental consagra.
Assentadas tais premissas, (...) entendo que a superação dos
antagonismos existentes entre princípios constitucionais há de
resultar da utilização (…) de critérios que lhe permitam ponderar e
avaliar (...) qual deva ser o direito a preponderar no caso (...)
Tenho para mim (...) que nada impedia, na espécie em exame,
que o Poder Público, provocado por denúncia anônima, adotasse
medidas informais destinadas a apurar, previamente, em averiguação
sumária, “com prudência e discrição” (...), a possível ocorrência de
eventual situação de ilicitude penal, com o objetivo de viabilizar a
ulterior instauração de procedimento penal em torno da autoria e da
materialidade dos fatos reputados criminosos, desvinculando-se a
investigação estatal (...)
Daí a advertência (...) que o procedimento investigatório não
pode ser instaurado com base, unicamente, em escrito anônimo, que
venha a constituir, ele próprio, a peça inaugural da investigação
promovida pela Polícia Judiciária ou pelo Ministério Público (...)
Cumpre referir, neste ponto, o valioso magistério expendido por
GIOVANNI LEONE (...) [que], após reconhecer o desvalor e a
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RMS 29.198 / DF
ineficácia probante dos escritos anônimos, desde que isoladamente
considerados, admite (…) a possibilidade de a autoridade pública, a
partir de tais documentos e mediante atos investigatórios destinados a
conferir a verossimilhança de seu conteúdo, promover, então, em caso
positivo, a formal instauração da pertinente “persecutio criminis”,
mantendo-se, desse modo, completa desvinculação desse procedimento
estatal em relação às peças apócrifas que forem encaminhadas aos
agentes do Estado (...)
Essa orientação – perfilhada por JORGE ULISSES JACOBY
FERNANDES (...) - é também admitida, em sede de persecução penal,
por FERNANDO CAPEZ (...): A delação anônima (notitia criminis
inqualificada) não deve ser repelida de plano, sendo incorreto
considerá-la sempre inválida; contudo, requer cautela redobrada, por
parte da autoridade policial, a qual deverá, antes de tudo, investigar a
verossimilhança das informações” (grifei) (...)
Esse entendimento é também acolhido por NELSON
HUNGRIA (...), cuja análise do tema (...) enfatiza a
imprescindibilidade da investigação, ainda que motivada por delação
anônima, desde que fundada em fatos verossímeis (...)
Vê-se, portanto, não obstante o caráter apócrifo da delação ora
questionada, que, tratando-se de revelação de fatos revestidos de
aparente ilicitude penal, existia, efetivamente, a possibilidade de o
Estado adotar medidas destinadas a esclarecer, em sumária e prévia
apuração, a idoneidade das alegações que lhe foram transmitidas,
desde que verossímeis, em atendimento ao dever estatal de fazer
prevalecer - consideradas razões de interesse público - a observância
do postulado jurídico da legalidade, que impõe, à autoridade pública, a
obrigação de apurar a verdade real em torno da materialidade e autoria
de eventos supostamente delituosos. (...)
Encerro o meu voto, Senhor Presidente. E, ao fazê-lo, deixo
assentadas as seguintes conclusões:
(a) os escritos anônimos não podem justificar, só por si, desde
que isoladamente considerados, a imediata instauração da “persecutio
criminis” (...); (b) nada impede, contudo, que o Poder Público,
provocado por delação anônima (...), adote medidas informais
destinadas a apurar, previamente, em averiguação sumária, “com
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ineficácia probante dos escritos anônimos, desde que isoladamente
considerados, admite (…) a possibilidade de a autoridade pública, a
partir de tais documentos e mediante atos investigatórios destinados a
conferir a verossimilhança de seu conteúdo, promover, então, em caso
positivo, a formal instauração da pertinente “persecutio criminis”,
mantendo-se, desse modo, completa desvinculação desse procedimento
estatal em relação às peças apócrifas que forem encaminhadas aos
agentes do Estado (...)
Essa orientação – perfilhada por JORGE ULISSES JACOBY
FERNANDES (...) - é também admitida, em sede de persecução penal,
por FERNANDO CAPEZ (...): A delação anônima (notitia criminis
inqualificada) não deve ser repelida de plano, sendo incorreto
considerá-la sempre inválida; contudo, requer cautela redobrada, por
parte da autoridade policial, a qual deverá, antes de tudo, investigar a
verossimilhança das informações” (grifei) (...)
Esse entendimento é também acolhido por NELSON
HUNGRIA (...), cuja análise do tema (...) enfatiza a
imprescindibilidade da investigação, ainda que motivada por delação
anônima, desde que fundada em fatos verossímeis (...)
Vê-se, portanto, não obstante o caráter apócrifo da delação ora
questionada, que, tratando-se de revelação de fatos revestidos de
aparente ilicitude penal, existia, efetivamente, a possibilidade de o
Estado adotar medidas destinadas a esclarecer, em sumária e prévia
apuração, a idoneidade das alegações que lhe foram transmitidas,
desde que verossímeis, em atendimento ao dever estatal de fazer
prevalecer - consideradas razões de interesse público - a observância
do postulado jurídico da legalidade, que impõe, à autoridade pública, a
obrigação de apurar a verdade real em torno da materialidade e autoria
de eventos supostamente delituosos. (...)
Encerro o meu voto, Senhor Presidente. E, ao fazê-lo, deixo
assentadas as seguintes conclusões:
(a) os escritos anônimos não podem justificar, só por si, desde
que isoladamente considerados, a imediata instauração da “persecutio
criminis” (...); (b) nada impede, contudo, que o Poder Público,
provocado por delação anônima (...), adote medidas informais
destinadas a apurar, previamente, em averiguação sumária, “com
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RMS 29.198 / DF
prudência e discrição”, a possível ocorrência de eventual situação de
ilicitude (...) e (c) o Ministério Público, (...) independentemente da
prévia instauração de inquérito policial, também pode formar a sua
“opinio delicti” com apoio em outros elementos de convicção que
evidenciem a materialidade do fato delituoso e a existência de indícios
suficientes de sua autoria, desde que os dados informativos que dão
suporte à acusação penal não tenham, como único fundamento causal,
documentos ou escritos anônimos” (grifos nossos).
As premissas fixadas pelo Ministro Celso de Mello podem ser
aproveitadas para o deslinde do presente recurso ordinário. Embora a
espécie trate de processo administrativo disciplinar, e não de processo
penal, também aqui se antagonizam os valores constitucionais referidos
naquele julgamento.
De um lado, há as disposições constitucionais atinentes aos
princípios que regem a Administração Pública, dos quais decorrem o
poder-dever de zelar pelo interesse público e apurar condutas irregulares
praticadas por quem administra bens públicos, que foi materializado no
art. 143 da Lei n. 8.112/1990, o qual dispõe que: “a autoridade que tiver
ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua
apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar,
assegurada ao acusado ampla defesa” (grifos nossos).
De outro, tem-se a vedação constitucional ao anonimato, dirigida à
proteção dos direitos da personalidade, permitindo a posterior
responsabilização daqueles que transbordarem os limites do exercício
regular da liberdade de expressão.
A exemplo disso tem-se a norma do art. 144 da Lei n. 8.112/1990:
“Art. 144. As denúncias sobre irregularidades serão objeto de
apuração, desde que contenham a identificação e o endereço do
denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a
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prudência e discrição”, a possível ocorrência de eventual situação de
ilicitude (...) e (c) o Ministério Público, (...) independentemente da
prévia instauração de inquérito policial, também pode formar a sua
“opinio delicti” com apoio em outros elementos de convicção que
evidenciem a materialidade do fato delituoso e a existência de indícios
suficientes de sua autoria, desde que os dados informativos que dão
suporte à acusação penal não tenham, como único fundamento causal,
documentos ou escritos anônimos” (grifos nossos).
As premissas fixadas pelo Ministro Celso de Mello podem ser
aproveitadas para o deslinde do presente recurso ordinário. Embora a
espécie trate de processo administrativo disciplinar, e não de processo
penal, também aqui se antagonizam os valores constitucionais referidos
naquele julgamento.
De um lado, há as disposições constitucionais atinentes aos
princípios que regem a Administração Pública, dos quais decorrem o
poder-dever de zelar pelo interesse público e apurar condutas irregulares
praticadas por quem administra bens públicos, que foi materializado no
art. 143 da Lei n. 8.112/1990, o qual dispõe que: “a autoridade que tiver
ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua
apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar,
assegurada ao acusado ampla defesa” (grifos nossos).
De outro, tem-se a vedação constitucional ao anonimato, dirigida à
proteção dos direitos da personalidade, permitindo a posterior
responsabilização daqueles que transbordarem os limites do exercício
regular da liberdade de expressão.
A exemplo disso tem-se a norma do art. 144 da Lei n. 8.112/1990:
“Art. 144. As denúncias sobre irregularidades serão objeto de
apuração, desde que contenham a identificação e o endereço do
denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a
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RMS 29.198 / DF
autenticidade.
Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar
evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será
arquivada, por falta de objeto” (Lei n. 8.112/1990, grifos nossos).
Os requisitos formais para o processamento de denúncias ou
representações, especialmente a identificação do denunciante, são
estabelecidos, também, na Lei n. 8.429/1992:
“Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade
administrativa competente para que seja instaurada investigação
destinada a apurar a prática de ato de improbidade.
§ 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e
assinada, conterá a qualificação do representante, as informações sobre
o fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha
conhecimento.
§ 2º A autoridade administrativa rejeitará a representação, em
despacho fundamentado, se esta não contiver as formalidades
estabelecidas no § 1º deste artigo. A rejeição não impede a
representação ao Ministério Público, nos termos do art. 22 desta lei.
§ 3º Atendidos os requisitos da representação, a autoridade
determinará a imediata apuração dos fatos que, em se tratando de
servidores federais, será processada na forma prevista nos arts. 148 a
182 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e, em se tratando de
servidor militar, de acordo com os respectivos regulamentos
disciplinares”.
No mesmo sentido, ao tratar da “Central do Cidadão”, este Supremo
Tribunal dispôs na Resolução n. 361/2008:
“Art. 5º. Não serão admitidas na Central do Cidadão:
I – denúncias de fatos que constituam crimes (…)
II – reclamações, criticas ou denúncias anônimas”.
A leitura inadvertida desses dispositivos pode conduzir à conclusão
de que, de um lado, a Administração teria o dever de apurar as
10
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autenticidade.
Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar
evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será
arquivada, por falta de objeto” (Lei n. 8.112/1990, grifos nossos).
Os requisitos formais para o processamento de denúncias ou
representações, especialmente a identificação do denunciante, são
estabelecidos, também, na Lei n. 8.429/1992:
“Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade
administrativa competente para que seja instaurada investigação
destinada a apurar a prática de ato de improbidade.
§ 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e
assinada, conterá a qualificação do representante, as informações sobre
o fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha
conhecimento.
§ 2º A autoridade administrativa rejeitará a representação, em
despacho fundamentado, se esta não contiver as formalidades
estabelecidas no § 1º deste artigo. A rejeição não impede a
representação ao Ministério Público, nos termos do art. 22 desta lei.
§ 3º Atendidos os requisitos da representação, a autoridade
determinará a imediata apuração dos fatos que, em se tratando de
servidores federais, será processada na forma prevista nos arts. 148 a
182 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e, em se tratando de
servidor militar, de acordo com os respectivos regulamentos
disciplinares”.
No mesmo sentido, ao tratar da “Central do Cidadão”, este Supremo
Tribunal dispôs na Resolução n. 361/2008:
“Art. 5º. Não serão admitidas na Central do Cidadão:
I – denúncias de fatos que constituam crimes (…)
II – reclamações, criticas ou denúncias anônimas”.
A leitura inadvertida desses dispositivos pode conduzir à conclusão
de que, de um lado, a Administração teria o dever de apurar as
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RMS 29.198 / DF
irregularidades que cheguem ao seu conhecimento, de outro, a ausência
dos requisitos formais no veículo dessa notícia seria suficiente para
impedir a apuração dos fatos. Nessa perspectiva, o interesse público na
apuração do fato delituoso sucumbiria ao interesse particular em
promover eventual responsabilização do denunciante, se infundada e
abusiva fosse a denúncia. Isso, contudo, ao meu juízo, não pode suceder.
É certo que servidores públicos éticos e diligentes no cumprimento
de seu dever funcional podem criar inimizades e desafeições e, em razão
disso, virem a sofrer perseguições e todo tipo de tentativas de macular
sua idoneidade por parte de pessoas que, muitas vezes, protegem-se no
anonimato.
Daí porque denúncias que tenham intuito meramente difamatório,
injurioso e vexatório, que busquem apenas desestabilizar o servidor e que
venham desacompanhadas de elementos mínimos que evidenciem
conduta inapropriada ou ilegal não podem ser objeto de apuração, nos
termos do art. 144 da Lei n. 8.112/1990 e dos demais dispositivos legais
citados, e devem ser arquivadas de plano.
Situação diversa ocorre, entretanto, quando a denúncia vem
acompanhada de elementos que comprovem a verossimilhança das
alegações e a existência de potencial delito funcional, fornecem
informações suficientemente precisas que permitam a apuração
preliminar e célere dos fatos para confirmar a procedência da imputação.
Nesse sentido, Francisco Xavier da Silva Guimarães averba que:
“Desde que o anonimato não seja procedimento de índole
abusiva, os fatos referidos na denúncia podem ser investigados, diante
dos indícios de veracidade e procedência. (…) Denúncias existem que,
todavia, são formuladas sem conter os (…) elementos que permitam a
identificação do denunciante, mas que retratam fatos irregulares
efetivamente ocorridos, as circunstâncias em que se verificaram,
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irregularidades que cheguem ao seu conhecimento, de outro, a ausência
dos requisitos formais no veículo dessa notícia seria suficiente para
impedir a apuração dos fatos. Nessa perspectiva, o interesse público na
apuração do fato delituoso sucumbiria ao interesse particular em
promover eventual responsabilização do denunciante, se infundada e
abusiva fosse a denúncia. Isso, contudo, ao meu juízo, não pode suceder.
É certo que servidores públicos éticos e diligentes no cumprimento
de seu dever funcional podem criar inimizades e desafeições e, em razão
disso, virem a sofrer perseguições e todo tipo de tentativas de macular
sua idoneidade por parte de pessoas que, muitas vezes, protegem-se no
anonimato.
Daí porque denúncias que tenham intuito meramente difamatório,
injurioso e vexatório, que busquem apenas desestabilizar o servidor e que
venham desacompanhadas de elementos mínimos que evidenciem
conduta inapropriada ou ilegal não podem ser objeto de apuração, nos
termos do art. 144 da Lei n. 8.112/1990 e dos demais dispositivos legais
citados, e devem ser arquivadas de plano.
Situação diversa ocorre, entretanto, quando a denúncia vem
acompanhada de elementos que comprovem a verossimilhança das
alegações e a existência de potencial delito funcional, fornecem
informações suficientemente precisas que permitam a apuração
preliminar e célere dos fatos para confirmar a procedência da imputação.
Nesse sentido, Francisco Xavier da Silva Guimarães averba que:
“Desde que o anonimato não seja procedimento de índole
abusiva, os fatos referidos na denúncia podem ser investigados, diante
dos indícios de veracidade e procedência. (…) Denúncias existem que,
todavia, são formuladas sem conter os (…) elementos que permitam a
identificação do denunciante, mas que retratam fatos irregulares
efetivamente ocorridos, as circunstâncias em que se verificaram,
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RMS 29.198 / DF
contendo até mesmo a indicação da provável autoria. Nesses casos, a
deficiência formal da denúncia não retira da autoridade pública a
obrigação de promover a imediata apuração, a teor (…) do art. 143 da
Lei n. 8.122/1990” (Regime disciplinar do servidor público civil da
União. Rio de Janeiro: Forense, 1998, p. 94).
Nessas situações, deve-se realizar um exame prévio de
admissibilidade da denúncia, da idoneidade dos documentos que a
acompanham, da coerência da narrativa e da presença de elementos que
evidenciem não se tratar de mera tentativa de macular a idoneidade do
servidor.
Assim, como meio de preservar a imagem e a honra do servidor
investigado, a Administração deve agir de forma cautelosa e discreta e
realizar investigações preliminares em busca de outros elementos que
corroborem a denúncia e confirmem a autoria e a materialidade das
infrações, para, apenas aí, instaurar o processo administrativo disciplinar.
Esse procedimento investigatório preliminar pode ter a forma de
sindicância, como se deu na espécie.
Não se quer, com isso, incentivar a prática do denuncismo contra
servidor público, o que é reprovável, mas apenas afirmar que a denúncia
formulada por pessoa não identificada não pode ser sumariamente
descartada sem um juízo prévio sobre a plausibilidade das imputações.
Fosse isso possível, diversas condutas ilegais e abusivas praticadas por
servidores públicos jamais seriam conhecidas e combatidas.
Não pode a Administração, como é óbvio, instaurar o processo
administrativo disciplinar contra servidor com base única e exclusiva nas
imputações feitas em denúncias anônimas, sendo exigível, no entanto,
conforme enfatizado, a realização de um procedimento preliminar que
apure os fatos narrados e a eventual procedência da denúncia.
Nesse sentido, José Maria Pinheiro Madeira enfatiza:
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RMS 29.198 / DF
contendo até mesmo a indicação da provável autoria. Nesses casos, a
deficiência formal da denúncia não retira da autoridade pública a
obrigação de promover a imediata apuração, a teor (…) do art. 143 da
Lei n. 8.122/1990” (Regime disciplinar do servidor público civil da
União. Rio de Janeiro: Forense, 1998, p. 94).
Nessas situações, deve-se realizar um exame prévio de
admissibilidade da denúncia, da idoneidade dos documentos que a
acompanham, da coerência da narrativa e da presença de elementos que
evidenciem não se tratar de mera tentativa de macular a idoneidade do
servidor.
Assim, como meio de preservar a imagem e a honra do servidor
investigado, a Administração deve agir de forma cautelosa e discreta e
realizar investigações preliminares em busca de outros elementos que
corroborem a denúncia e confirmem a autoria e a materialidade das
infrações, para, apenas aí, instaurar o processo administrativo disciplinar.
Esse procedimento investigatório preliminar pode ter a forma de
sindicância, como se deu na espécie.
Não se quer, com isso, incentivar a prática do denuncismo contra
servidor público, o que é reprovável, mas apenas afirmar que a denúncia
formulada por pessoa não identificada não pode ser sumariamente
descartada sem um juízo prévio sobre a plausibilidade das imputações.
Fosse isso possível, diversas condutas ilegais e abusivas praticadas por
servidores públicos jamais seriam conhecidas e combatidas.
Não pode a Administração, como é óbvio, instaurar o processo
administrativo disciplinar contra servidor com base única e exclusiva nas
imputações feitas em denúncias anônimas, sendo exigível, no entanto,
conforme enfatizado, a realização de um procedimento preliminar que
apure os fatos narrados e a eventual procedência da denúncia.
Nesse sentido, José Maria Pinheiro Madeira enfatiza:
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RMS 29.198 / DF
“Dispõe o art. 144 da Lei nº 8.112/90 sobre os requisitos
necessários para que as denúncias sobre irregularidades cometidas por
servidores públicos possam ser objeto de apuração, devendo, para
tanto, ser formuladas em peça escrita, na qual contenha a identificação
e o endereço do denunciante, bem como ter sua autenticidade
confirmada. (…)
Contudo, entende a doutrina que não há impedimentos para que
o Poder Público adote medidas de ofício para averiguação de fatos
informados mediante documentos produzidos ou veiculados sem a
identificação quanto a sua (verdadeira) autoria, exatamente porque a
Administração não pode se eximir de atender o interesse público.
Assim, chegando ao conhecimento da Administração a
ocorrência de fatos graves e que tenham claros indícios de serem
verdadeiros, não poderia o Estado, simplesmente, deixar de apurá-los
ao fundamento de que existe no ordenamento jurídico a vedação ao
anonimato. Mas deveria apurá-los, (…) em nome do princípio da
verdade real (ou material), princípio que fornece o amparo a essa
apuração de ofício em sede administrativa, ao lado da legalidade,
impessoalidade e moralidade. (…)
Logo, ainda que a comunicação da irregularidade do fato seja
anônima, pode o órgão recebedor instaurar um procedimento de ofício
para apuração dos fatos, atribuindo-se uma relativização à vedação ao
anonimato, a bem da preservação do interesse público. (…)
Como se pode ver, (...) [não pode] o Estado, tendo por único
fundamento causal a existência de peças de autoria desconhecida ou
duvidosa, dar início, somente com apoio nelas, à “persecutio”.
Admite, no entanto, a possibilidade de o Estado adotar medidas
destinadas a esclarecer, em sumária e prévia apuração, a idoneidade
das alegações que lhe foram transmitidas, desde que verossímeis.”
(Denúncia anônima e processo administrativo disciplinar
(PAD). Fórum Administrativo de Direito Público. Belo
Horizonte, ano 11, n. 111, maio de 2010, p. 23-25, grifos nossos).
Ao tratar das medidas que antecedem a instauração do processo
administrativo disciplinar, José Armando da Costa destaca:
13
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Supremo Tribunal Federal
RMS 29.198 / DF
“Dispõe o art. 144 da Lei nº 8.112/90 sobre os requisitos
necessários para que as denúncias sobre irregularidades cometidas por
servidores públicos possam ser objeto de apuração, devendo, para
tanto, ser formuladas em peça escrita, na qual contenha a identificação
e o endereço do denunciante, bem como ter sua autenticidade
confirmada. (…)
Contudo, entende a doutrina que não há impedimentos para que
o Poder Público adote medidas de ofício para averiguação de fatos
informados mediante documentos produzidos ou veiculados sem a
identificação quanto a sua (verdadeira) autoria, exatamente porque a
Administração não pode se eximir de atender o interesse público.
Assim, chegando ao conhecimento da Administração a
ocorrência de fatos graves e que tenham claros indícios de serem
verdadeiros, não poderia o Estado, simplesmente, deixar de apurá-los
ao fundamento de que existe no ordenamento jurídico a vedação ao
anonimato. Mas deveria apurá-los, (…) em nome do princípio da
verdade real (ou material), princípio que fornece o amparo a essa
apuração de ofício em sede administrativa, ao lado da legalidade,
impessoalidade e moralidade. (…)
Logo, ainda que a comunicação da irregularidade do fato seja
anônima, pode o órgão recebedor instaurar um procedimento de ofício
para apuração dos fatos, atribuindo-se uma relativização à vedação ao
anonimato, a bem da preservação do interesse público. (…)
Como se pode ver, (...) [não pode] o Estado, tendo por único
fundamento causal a existência de peças de autoria desconhecida ou
duvidosa, dar início, somente com apoio nelas, à “persecutio”.
Admite, no entanto, a possibilidade de o Estado adotar medidas
destinadas a esclarecer, em sumária e prévia apuração, a idoneidade
das alegações que lhe foram transmitidas, desde que verossímeis.”
(Denúncia anônima e processo administrativo disciplinar
(PAD). Fórum Administrativo de Direito Público. Belo
Horizonte, ano 11, n. 111, maio de 2010, p. 23-25, grifos nossos).
Ao tratar das medidas que antecedem a instauração do processo
administrativo disciplinar, José Armando da Costa destaca:
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 18 de 38
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RMS 29.198 / DF
“Numa Administração que se preze e zele pela economia do
serviço público, confusas e frágeis notícias a respeito do cometimento
de faltas disciplinares não são o bastante para que, de pronto, se
instaure o custoso e desassossegador processo disciplinar. (…)
Diante de notícias imprecisas sobre a ocorrência de
irregularidades funcionais e sendo tênues as indicações de sua autoria,
deverá a Administração, antes de providenciar a abertura do processo
disciplinar, determinar que se proceda preliminarmente a
levantamentos por intermédio de sindicância.(...) Evidenciada a
improcedência de tais notícias, será o apuratório preliminar
simplesmente arquivado. Na hipótese reversa, vale dizer, trazendo a
sindicância subsídios suficientes à sustentação da acusação
disciplinar, poderá, então, ser inaugurado o correspondente processo”
(Teoria e prática do processo administrativo disciplinar. Brasília
Jurídica, 4ª ed., 2002, p. 161-163).
A remissão feita à denúncia no processo administrativo não é
suficiente para caracterizar sua nulidade, apenas demonstra a realização
de investigações preambulares a respeito da verossimilhança da
denúncia, o que se deu sob a forma de sindicância preparatória.
Na espécie vertente, a Administração buscou identificar previamente
o autor das denúncias, conforme consta do relatório da comissão
sindicante, realizou um juízo prévio da verossimilhança das alegações e
apurou os fatos de forma reservada e em procedimento preparatório.
Cumpriu, portanto, os requisitos estabelecidos na doutrina e na
jurisprudência e cercou-se das cautelas necessárias para impedir o
indevido constrangimento do servidor, razão pela qual tenho como
válido o processo administrativo disciplinar instaurado contra o
Recorrente.
Diferentemente do que alegado no presente recurso, o processo
administrativo em questão não foi instaurado única e exclusivamente a
partir da denúncia anônima, o que seria vedado, mas sim com
14
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RMS 29.198 / DF
“Numa Administração que se preze e zele pela economia do
serviço público, confusas e frágeis notícias a respeito do cometimento
de faltas disciplinares não são o bastante para que, de pronto, se
instaure o custoso e desassossegador processo disciplinar. (…)
Diante de notícias imprecisas sobre a ocorrência de
irregularidades funcionais e sendo tênues as indicações de sua autoria,
deverá a Administração, antes de providenciar a abertura do processo
disciplinar, determinar que se proceda preliminarmente a
levantamentos por intermédio de sindicância.(...) Evidenciada a
improcedência de tais notícias, será o apuratório preliminar
simplesmente arquivado. Na hipótese reversa, vale dizer, trazendo a
sindicância subsídios suficientes à sustentação da acusação
disciplinar, poderá, então, ser inaugurado o correspondente processo”
(Teoria e prática do processo administrativo disciplinar. Brasília
Jurídica, 4ª ed., 2002, p. 161-163).
A remissão feita à denúncia no processo administrativo não é
suficiente para caracterizar sua nulidade, apenas demonstra a realização
de investigações preambulares a respeito da verossimilhança da
denúncia, o que se deu sob a forma de sindicância preparatória.
Na espécie vertente, a Administração buscou identificar previamente
o autor das denúncias, conforme consta do relatório da comissão
sindicante, realizou um juízo prévio da verossimilhança das alegações e
apurou os fatos de forma reservada e em procedimento preparatório.
Cumpriu, portanto, os requisitos estabelecidos na doutrina e na
jurisprudência e cercou-se das cautelas necessárias para impedir o
indevido constrangimento do servidor, razão pela qual tenho como
válido o processo administrativo disciplinar instaurado contra o
Recorrente.
Diferentemente do que alegado no presente recurso, o processo
administrativo em questão não foi instaurado única e exclusivamente a
partir da denúncia anônima, o que seria vedado, mas sim com
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RMS 29.198 / DF
fundamento no resultado da sindicância preparatória que apurou
previamente os fatos narrados naquela denúncia e, diante das provas
coligidas, ou seja, a partir de elementos probatórios autônomos, concluiu
pela necessidade de instauração do procedimento disciplinar.
Conforme asseverado pelo Procurador-Geral da República, “não há
(…) porque negar licitude ao procedimento disciplinar ou penal, originado em
denúncia anônima, quando esta leva o investigador a elementos probatórios
autônomos e suficientes para iniciar o processo administrativo ou penal” (fl. 497,
grifos nossos).
A apuração dos fatos atendeu aos princípios constitucionais que
regem a atuação da Administração. Não se pode, pois, reconhecer a
alegada nulidade do processo administrativo suscitada pelo Recorrente.
Da inexistência de domicílio profissional e da validade da busca e apreensão
O Recorrente sustenta que a busca e apreensão realizada pela
comissão de sindicância seria ilegal, pois a sala da chefia da 3ª Delegacia
da 5ª SR-PRF/DPRF/MJ-RJ consubstanciaria seu domicílio profissional, à
qual somente se poderia ter acesso por ordem judicial.
Acrescenta que os documentos apreendidos nessa diligência teriam
sido encaixotados, lacrados e remetidos a outras unidades da Polícia
Rodoviária Federal, onde as caixas foram abertas sem a sua presença ou
de seus advogados, o que importaria na nulidade das provas obtidas e na
contaminação de todo o processo administrativo.
Diferentemente do que pretende o Recorrente, não se pode chancelar
a tese segundo a qual a sala que ocupava naquele órgão público seria
alcançada pelo conceito de casa, na forma de domicílio profissional, e
que, por isso, a ela não se poderia ter acesso senão por determinação
judicial.
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RMS 29.198 / DF
fundamento no resultado da sindicância preparatória que apurou
previamente os fatos narrados naquela denúncia e, diante das provas
coligidas, ou seja, a partir de elementos probatórios autônomos, concluiu
pela necessidade de instauração do procedimento disciplinar.
Conforme asseverado pelo Procurador-Geral da República, “não há
(…) porque negar licitude ao procedimento disciplinar ou penal, originado em
denúncia anônima, quando esta leva o investigador a elementos probatórios
autônomos e suficientes para iniciar o processo administrativo ou penal” (fl. 497,
grifos nossos).
A apuração dos fatos atendeu aos princípios constitucionais que
regem a atuação da Administração. Não se pode, pois, reconhecer a
alegada nulidade do processo administrativo suscitada pelo Recorrente.
Da inexistência de domicílio profissional e da validade da busca e apreensão
O Recorrente sustenta que a busca e apreensão realizada pela
comissão de sindicância seria ilegal, pois a sala da chefia da 3ª Delegacia
da 5ª SR-PRF/DPRF/MJ-RJ consubstanciaria seu domicílio profissional, à
qual somente se poderia ter acesso por ordem judicial.
Acrescenta que os documentos apreendidos nessa diligência teriam
sido encaixotados, lacrados e remetidos a outras unidades da Polícia
Rodoviária Federal, onde as caixas foram abertas sem a sua presença ou
de seus advogados, o que importaria na nulidade das provas obtidas e na
contaminação de todo o processo administrativo.
Diferentemente do que pretende o Recorrente, não se pode chancelar
a tese segundo a qual a sala que ocupava naquele órgão público seria
alcançada pelo conceito de casa, na forma de domicílio profissional, e
que, por isso, a ela não se poderia ter acesso senão por determinação
judicial.
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RMS 29.198 / DF
O conceito de casa para fins da proteção prevista no art. 5º, inc. XI,
da Constituição da República tem sido ampliado pela doutrina e
jurisprudência pátria, passando a alcançar não apenas o local onde o
investigado reside, mas também o espaço privado onde exerce suas
atividades profissionais e, até mesmo, locais de habitação coletiva, como
quartos de hotéis. São exemplos disso os seguintes precedentes: HC
93.050, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 31.7.2008; RHC
90.376, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJ 18.5.2007; e RE
331.303-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 12.3.2004.
Na assentada de 12.4.2005, no julgamento do Habeas Corpus n.
82.788/RJ, o Ministro Celso de Mello esclareceu a noção conceitual de
domicílio e sua proteção:
“Vê-se, pois, que a Carta Federal, em cláusula que tornou
juridicamente mais intenso o coeficiente de tutela dessa particular
esfera de liberdade individual, assegurou, em benefício de todos, a
prerrogativa da inviolabilidade domiciliar. Sendo assim, ninguém,
especialmente a autoridade pública, pode penetrar em casa alheia,
exceto (a) nas hipóteses taxativamente previstas no texto
constitucional ou, então, (b) com o consentimento de seu morador, que
se qualifica, para efeito de ingresso de terceiros no recinto privado,
como o único titular do direito de inclusão e de exclusão.
Impõe-se enfatizar, por necessário, como previamente já
destacado, que o conceito de “casa”, para o fim da proteção jurídico
constitucional a que se refere o art. 5º, XI, da Lei Fundamental,
reveste-se de caráter amplo, pois compreende, na abrangência de sua
designação tutelar, (a) qualquer compartimento habitado, (b) qualquer
aposento ocupado de habitação coletiva e (c) qualquer compartimento
privado não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou
atividade.
Esse amplo sentido conceitual da noção jurídica de “casa”
revela-se plenamente consentâneo com a exigência constitucional de
proteção à esfera de liberdade individual e de privacidade pessoal (RT
16
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RMS 29.198 / DF
O conceito de casa para fins da proteção prevista no art. 5º, inc. XI,
da Constituição da República tem sido ampliado pela doutrina e
jurisprudência pátria, passando a alcançar não apenas o local onde o
investigado reside, mas também o espaço privado onde exerce suas
atividades profissionais e, até mesmo, locais de habitação coletiva, como
quartos de hotéis. São exemplos disso os seguintes precedentes: HC
93.050, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 31.7.2008; RHC
90.376, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJ 18.5.2007; e RE
331.303-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 12.3.2004.
Na assentada de 12.4.2005, no julgamento do Habeas Corpus n.
82.788/RJ, o Ministro Celso de Mello esclareceu a noção conceitual de
domicílio e sua proteção:
“Vê-se, pois, que a Carta Federal, em cláusula que tornou
juridicamente mais intenso o coeficiente de tutela dessa particular
esfera de liberdade individual, assegurou, em benefício de todos, a
prerrogativa da inviolabilidade domiciliar. Sendo assim, ninguém,
especialmente a autoridade pública, pode penetrar em casa alheia,
exceto (a) nas hipóteses taxativamente previstas no texto
constitucional ou, então, (b) com o consentimento de seu morador, que
se qualifica, para efeito de ingresso de terceiros no recinto privado,
como o único titular do direito de inclusão e de exclusão.
Impõe-se enfatizar, por necessário, como previamente já
destacado, que o conceito de “casa”, para o fim da proteção jurídico
constitucional a que se refere o art. 5º, XI, da Lei Fundamental,
reveste-se de caráter amplo, pois compreende, na abrangência de sua
designação tutelar, (a) qualquer compartimento habitado, (b) qualquer
aposento ocupado de habitação coletiva e (c) qualquer compartimento
privado não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou
atividade.
Esse amplo sentido conceitual da noção jurídica de “casa”
revela-se plenamente consentâneo com a exigência constitucional de
proteção à esfera de liberdade individual e de privacidade pessoal (RT
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RMS 29.198 / DF
214/409 – RT 277/576 - RT 467/385 – RT 635/341).
É por essa razão que a doutrina - ao destacar o caráter
abrangente desse conceito jurídico - adverte que o princípio da
inviolabilidade domiciliar estende-se ao espaço privado em que alguém
exerce, com exclusão de terceiros, qualquer atividade de índole
profissional (PONTES DE MIRANDA, “Comentários à Constituição
de 1967 com a Emenda nº 1 de 1969”, tomo V/187, 2ª ed./2ª tir.,
1974, RT; JOSÉ CRETELLA JÚNIOR, “Comentários à Constituição
de 1988”, vol. I/ 261, item n. 150, 1989, Forense Universitária;
PINTO FERREIRA, “Comentários à Constituição Brasileira”, vol.
1/82, 1989, Saraiva; MANOEL GONÇALVES FERREIRA FILHO,
“Comentários à Constituição Brasileira de 1988”, vol. 1/36-37, 1990,
Saraiva; CARLOS MAXIMILIANO, “Comentários à Constituição
Brasileira”, vol. III/91, 1948, Freitas Bastos; DINORÁ ADELAIDE
MUSETTI GROTTI, “Inviolabilidade do Domicílio na Constituição”,
p. 70/78, 1993, Malheiros; RUBENS GERALDI BERTOLO,
“Inviolabilidade do Domicílio”, p. 60/62 e 72/76, itens ns. 3.1 e 3.3,
2003, Editora Método; CEZAR ROBERTO BITENCOURT, “Código
Penal Comentado”, p. 614/615, item n. 1.2, 3ª ed., 2005, Saraiva;
ROGÉRIO GRECO, “Curso de Direito Penal – Parte Especial”, vol.
II/649, item n. 11, 2005, Impetus, v.g.), valendo referir, neste ponto,
ante a inquestionável precisão de sua abordagem, o magistério
autorizado de NELSON HUNGRIA (“Comentários ao Código
Penal”, vol. VI/216-217, item n. 168, 4ª ed., 1958, Forense):
“Por último, a tutela penal é ampliada ao ‘compartimento não
aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade’. (...). É o
lugar que, embora sem conexão com a casa de moradia propriamente
dita, serve ao exercício da atividade individual privada. Assim, o
escritório do advogado, o consultório do médico, o gabinete do
dentista, o laboratório do químico, o ‘atelier’ do artista, a oficina do
ourives, etc. A atividade do cidadão, nos tempos modernos, é múltipla
e não se exerce apenas no limite estrito da casa de moradia, e há
necessidade de tutelar essa atividade em todos os lugares onde ela se
abriga. Não basta que quaisquer dos lugares mencionados na lei sejam
destinados a habitação ou atividade privada: cumpre que estejam
‘atualmente’ servindo a tais fins. Por outro lado, não importa a
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RMS 29.198 / DF
214/409 – RT 277/576 - RT 467/385 – RT 635/341).
É por essa razão que a doutrina - ao destacar o caráter
abrangente desse conceito jurídico - adverte que o princípio da
inviolabilidade domiciliar estende-se ao espaço privado em que alguém
exerce, com exclusão de terceiros, qualquer atividade de índole
profissional (PONTES DE MIRANDA, “Comentários à Constituição
de 1967 com a Emenda nº 1 de 1969”, tomo V/187, 2ª ed./2ª tir.,
1974, RT; JOSÉ CRETELLA JÚNIOR, “Comentários à Constituição
de 1988”, vol. I/ 261, item n. 150, 1989, Forense Universitária;
PINTO FERREIRA, “Comentários à Constituição Brasileira”, vol.
1/82, 1989, Saraiva; MANOEL GONÇALVES FERREIRA FILHO,
“Comentários à Constituição Brasileira de 1988”, vol. 1/36-37, 1990,
Saraiva; CARLOS MAXIMILIANO, “Comentários à Constituição
Brasileira”, vol. III/91, 1948, Freitas Bastos; DINORÁ ADELAIDE
MUSETTI GROTTI, “Inviolabilidade do Domicílio na Constituição”,
p. 70/78, 1993, Malheiros; RUBENS GERALDI BERTOLO,
“Inviolabilidade do Domicílio”, p. 60/62 e 72/76, itens ns. 3.1 e 3.3,
2003, Editora Método; CEZAR ROBERTO BITENCOURT, “Código
Penal Comentado”, p. 614/615, item n. 1.2, 3ª ed., 2005, Saraiva;
ROGÉRIO GRECO, “Curso de Direito Penal – Parte Especial”, vol.
II/649, item n. 11, 2005, Impetus, v.g.), valendo referir, neste ponto,
ante a inquestionável precisão de sua abordagem, o magistério
autorizado de NELSON HUNGRIA (“Comentários ao Código
Penal”, vol. VI/216-217, item n. 168, 4ª ed., 1958, Forense):
“Por último, a tutela penal é ampliada ao ‘compartimento não
aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade’. (...). É o
lugar que, embora sem conexão com a casa de moradia propriamente
dita, serve ao exercício da atividade individual privada. Assim, o
escritório do advogado, o consultório do médico, o gabinete do
dentista, o laboratório do químico, o ‘atelier’ do artista, a oficina do
ourives, etc. A atividade do cidadão, nos tempos modernos, é múltipla
e não se exerce apenas no limite estrito da casa de moradia, e há
necessidade de tutelar essa atividade em todos os lugares onde ela se
abriga. Não basta que quaisquer dos lugares mencionados na lei sejam
destinados a habitação ou atividade privada: cumpre que estejam
‘atualmente’ servindo a tais fins. Por outro lado, não importa a
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 22 de 38
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RMS 29.198 / DF
ausência do morador ou ocupante no momento da arbitrária invasão.”
(grifei)
Sendo assim, Senhores Ministros, nem a Polícia Judiciária, nem
o Ministério Público, nem a administração tributária, nem quaisquer
outros agentes públicos podem ingressar em domicílio alheio, sem
ordem judicial, ou sem o consentimento de seu titular, ou, ainda, fora
das hipóteses autorizadas pelo texto constitucional, com o objetivo de
proceder a qualquer tipo de diligência, como a execução de busca e
apreensão (...)
Em suma: a essencialidade da ordem judicial, para efeito de
realização de qualquer diligência de caráter probatório, em área
juridicamente compreendida no conceito de domicílio, nada mais
representa senão a plena concretização da garantia constitucional
pertinente à inviolabilidade domiciliar ” (grifos nossos).
A natureza privada e o uso particular do recinto, que o torna
inacessível ao público em geral, são essenciais ao enquadramento no
conceito de casa e à proteção a ela constitucionalmente assegurada.
Embora a noção de propriedade não seja determinante para
assegurar a proteção constitucional, até mesmo porque a garantia de
inviolabilidade se estende a imóveis locados e a aposentos em habitações
coletivas, nas quais inquilino, hóspede ou ocupante não são os
proprietários do imóvel, tem-se que apenas os espaços privados e
destinados ao uso particular e exclusivo de certa pessoa ou grupo estão
amparados pela garantia de inviolabilidade.
Ao examinar a diligência de busca e apreensão realizada pela
comissão sindicante, o Ministro Og Fernandes destacou sua validade:
“Ademais, no hipótese em apreço, como bem ressaltado no
parecer da Consultoria Jurídica do Ministério da Justiça, "o espaço
físico destinado à chefia da 3ª Delegacia da 5.ª SR-PRF/DPRF/MJ-RJ,
não pode ser considerado, em contrariedade ao pretendido pelo
impetrante, domicílio profissional para os fins de se lhe atribuir as
18
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ausência do morador ou ocupante no momento da arbitrária invasão.”
(grifei)
Sendo assim, Senhores Ministros, nem a Polícia Judiciária, nem
o Ministério Público, nem a administração tributária, nem quaisquer
outros agentes públicos podem ingressar em domicílio alheio, sem
ordem judicial, ou sem o consentimento de seu titular, ou, ainda, fora
das hipóteses autorizadas pelo texto constitucional, com o objetivo de
proceder a qualquer tipo de diligência, como a execução de busca e
apreensão (...)
Em suma: a essencialidade da ordem judicial, para efeito de
realização de qualquer diligência de caráter probatório, em área
juridicamente compreendida no conceito de domicílio, nada mais
representa senão a plena concretização da garantia constitucional
pertinente à inviolabilidade domiciliar ” (grifos nossos).
A natureza privada e o uso particular do recinto, que o torna
inacessível ao público em geral, são essenciais ao enquadramento no
conceito de casa e à proteção a ela constitucionalmente assegurada.
Embora a noção de propriedade não seja determinante para
assegurar a proteção constitucional, até mesmo porque a garantia de
inviolabilidade se estende a imóveis locados e a aposentos em habitações
coletivas, nas quais inquilino, hóspede ou ocupante não são os
proprietários do imóvel, tem-se que apenas os espaços privados e
destinados ao uso particular e exclusivo de certa pessoa ou grupo estão
amparados pela garantia de inviolabilidade.
Ao examinar a diligência de busca e apreensão realizada pela
comissão sindicante, o Ministro Og Fernandes destacou sua validade:
“Ademais, no hipótese em apreço, como bem ressaltado no
parecer da Consultoria Jurídica do Ministério da Justiça, "o espaço
físico destinado à chefia da 3ª Delegacia da 5.ª SR-PRF/DPRF/MJ-RJ,
não pode ser considerado, em contrariedade ao pretendido pelo
impetrante, domicílio profissional para os fins de se lhe atribuir as
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RMS 29.198 / DF
garantias constitucionais de inviolabilidade." (fl. 270)
No caso, o impetrante encontrava-se em gozo de férias, tendo
levado consigo as chaves do gabinete da chefia, do almoxarifado e de
outra sala onde estariam depositadas algumas motos retidas,
impedindo a entrada do seu substituto nesses locais durante o seu
período de férias.
Durante a fase instrutória, o chefe da referida Delegacia
informou à Comissão de Sindicância que nos locais trancados pelo
impetrante, havia várias caixas com documentos que poderiam
auxiliar na busca da verdade. Diante das informações, foi expedido
ofício à autoridade instauradora da Sindicância Administrativa
Disciplinar para que utilizasse qualquer meio necessário à abertura
das salas e, consequentemente, procedesse à apreensão de documentos,
o que foi autorizado.
É de se ressaltar que o impetrante acompanhou as diligências,
tendo em vista que, após a entrada da Comissão na Delegacia, foi
comunicado e chegou à repartição dirigindo carro oficial.
Com a devida vênia, divirjo do voto da em. Ministra Maria
Thereza quando se refere à aplicação da proteção da intimidade e da
privacidade (respeito à personalidade), isso porque, ao entrar de férias,
as atribuições do impetrante, servidor público, deveriam ter sido
repassadas à responsabilidade do seu substituto, em decorrência da
continuidade do serviço público, não havendo que se falar, portanto,
da proteção à personalidade no caso concreto.
De fato, o espaço físico pertencente à Polícia Rodoviária Federal,
espaço da Administração Pública, não deve ser confundido com
domicílio profissional particular ou compartimento privado não aberto
ao público.
No caso, em que pese o referido espaço não ser aberto a toda e
qualquer pessoa, no período de férias do impetrante, o gabinete da
chefia pertencente à Polícia Rodoviária Federal deve ser, à luz dos
princípios acima, acessível ao substituto, o que não ocorreu na
hipótese.
Nessa esteira, cumpriria analisar se realmente a expedição de
mandado de busca e apreensão era medida necessária na espécie, uma
vez que, no meu entender, a aludida providência não se mostrava
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RMS 29.198 / DF
garantias constitucionais de inviolabilidade." (fl. 270)
No caso, o impetrante encontrava-se em gozo de férias, tendo
levado consigo as chaves do gabinete da chefia, do almoxarifado e de
outra sala onde estariam depositadas algumas motos retidas,
impedindo a entrada do seu substituto nesses locais durante o seu
período de férias.
Durante a fase instrutória, o chefe da referida Delegacia
informou à Comissão de Sindicância que nos locais trancados pelo
impetrante, havia várias caixas com documentos que poderiam
auxiliar na busca da verdade. Diante das informações, foi expedido
ofício à autoridade instauradora da Sindicância Administrativa
Disciplinar para que utilizasse qualquer meio necessário à abertura
das salas e, consequentemente, procedesse à apreensão de documentos,
o que foi autorizado.
É de se ressaltar que o impetrante acompanhou as diligências,
tendo em vista que, após a entrada da Comissão na Delegacia, foi
comunicado e chegou à repartição dirigindo carro oficial.
Com a devida vênia, divirjo do voto da em. Ministra Maria
Thereza quando se refere à aplicação da proteção da intimidade e da
privacidade (respeito à personalidade), isso porque, ao entrar de férias,
as atribuições do impetrante, servidor público, deveriam ter sido
repassadas à responsabilidade do seu substituto, em decorrência da
continuidade do serviço público, não havendo que se falar, portanto,
da proteção à personalidade no caso concreto.
De fato, o espaço físico pertencente à Polícia Rodoviária Federal,
espaço da Administração Pública, não deve ser confundido com
domicílio profissional particular ou compartimento privado não aberto
ao público.
No caso, em que pese o referido espaço não ser aberto a toda e
qualquer pessoa, no período de férias do impetrante, o gabinete da
chefia pertencente à Polícia Rodoviária Federal deve ser, à luz dos
princípios acima, acessível ao substituto, o que não ocorreu na
hipótese.
Nessa esteira, cumpriria analisar se realmente a expedição de
mandado de busca e apreensão era medida necessária na espécie, uma
vez que, no meu entender, a aludida providência não se mostrava
19
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 24 de 38
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RMS 29.198 / DF
cabível diante da noção de domínio público que incide sobre bens
móveis e imóveis destinado ao uso direto do poder público ou à
utilização direta ou indireta da coletividade.
Sendo assim, a tese defendida pelo impetrante parece sugerir
uma privatização do espaço público, o que se revela incompatível com
a teoria do órgão, pela qual o agente não atua em nome próprio, mas
em nome da Administração” (grifos nossos).
Na espécie vertente, a sala da chefia daquela delegacia da Polícia
Rodoviária Federal carece dos elementos essenciais que a qualifiquem
como casa e, portanto, não está amparada pela garantia constitucional da
inviolabilidade. A uma, por se tratar de parcela de bem público de uso
especial, marcado pelas características de impenhorabilidade,
inalienabilidade e imprescritibilidade, o que afasta a natureza privada do
recinto. A duas, porque, embora não seja acessível ao público em geral e a
pessoas não autorizadas, não se pode afirmar que seu uso é particular ou
exclusivo do Recorrente.
Conforme asseverado, a sala em questão tem seu uso destinado ao
chefe da delegacia e, em suas ausências e afastamentos, ao seu substituto
legal, que deve ter seu acesso franqueado a ela e aos documentos públicos
nela contidos, especialmente os Documentos de Apreensão de Veículos –
Docaprev expedidos naquela delegacia da Polícia Rodoviária Federal.
Ocorre que, na espécie, mesmo em gozo de férias, o Recorrente
impediu o acesso de seu substituto ao trancar salas e levar consigo as
chaves, evidenciando, com isso, comportamento extravagante que pode
ser interpretado como tentativa de apropriação indevida de parcela do
prédio pertencente à Polícia Rodoviária Federal, o que não se pode
admitir.
Também não se pode arguir a necessidade de expedição de
mandado judicial para que pudesse a Administração adentrar em seus
domínios, razão pela qual tenho como válida a busca e apreensão
20
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RMS 29.198 / DF
cabível diante da noção de domínio público que incide sobre bens
móveis e imóveis destinado ao uso direto do poder público ou à
utilização direta ou indireta da coletividade.
Sendo assim, a tese defendida pelo impetrante parece sugerir
uma privatização do espaço público, o que se revela incompatível com
a teoria do órgão, pela qual o agente não atua em nome próprio, mas
em nome da Administração” (grifos nossos).
Na espécie vertente, a sala da chefia daquela delegacia da Polícia
Rodoviária Federal carece dos elementos essenciais que a qualifiquem
como casa e, portanto, não está amparada pela garantia constitucional da
inviolabilidade. A uma, por se tratar de parcela de bem público de uso
especial, marcado pelas características de impenhorabilidade,
inalienabilidade e imprescritibilidade, o que afasta a natureza privada do
recinto. A duas, porque, embora não seja acessível ao público em geral e a
pessoas não autorizadas, não se pode afirmar que seu uso é particular ou
exclusivo do Recorrente.
Conforme asseverado, a sala em questão tem seu uso destinado ao
chefe da delegacia e, em suas ausências e afastamentos, ao seu substituto
legal, que deve ter seu acesso franqueado a ela e aos documentos públicos
nela contidos, especialmente os Documentos de Apreensão de Veículos –
Docaprev expedidos naquela delegacia da Polícia Rodoviária Federal.
Ocorre que, na espécie, mesmo em gozo de férias, o Recorrente
impediu o acesso de seu substituto ao trancar salas e levar consigo as
chaves, evidenciando, com isso, comportamento extravagante que pode
ser interpretado como tentativa de apropriação indevida de parcela do
prédio pertencente à Polícia Rodoviária Federal, o que não se pode
admitir.
Também não se pode arguir a necessidade de expedição de
mandado judicial para que pudesse a Administração adentrar em seus
domínios, razão pela qual tenho como válida a busca e apreensão
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 25 de 38
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RMS 29.198 / DF
realizada nas dependências da sala da chefia da 3ª Delegacia da 5ª SR-
PRF/DPRF/MJ-RJ.
No que se refere aos documentos apreendidos na diligência e à
abertura dos lacres das caixas que os continham sem a presença do
investigado ou de seu advogado, melhor sorte não assiste ao Recorrente,
pois daí não decorre o alegado desrespeito ao contraditório e à ampla
defesa, que supostamente contaminaria o processo administrativo
disciplinar e invalidaria a pena aplicada.
Não se pode perder de vista que a busca e apreensão dos
documentos foi realizada na fase inquisitorial da sindicância
administrativa, procedimento de natureza preparatória e investigativa,
destinado apenas à coleta de elementos idôneos sobre a ocorrência de
irregularidades no âmbito da Administração e seus potenciais
responsáveis, para subsidiar eventual instauração de processo
administrativo disciplinar.
A sindicância é destinada precipuamente à apuração dos fatos e da
provável autoria e, nos termos do art. 145, inc. I e II, da Lei n. 8.112/1990,
pode resultar na instauração de processo administrativo disciplinar ou
mesmo na aplicação ao servidor das penas de advertência e suspensão
por até trinta dias, quando, apenas nesses casos, surge a figura do
acusado ou indiciado.
Quando a sindicância adquire natureza autônoma e passa a ensejar a
aplicação de pena ao servidor, devem-se assegurar, a partir daí, o
exercício do contraditório e a ampla defesa. O mesmo não ocorre, todavia,
quando a sindicância se reveste de índole meramente preparatória do
processo administrativo disciplinar, pois somente nele é que a perspectiva
da punição se evidencia (a exigir o contraditório e a ampla defesa).
Sobre o tema, Fernanda Marinela salienta:
21
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RMS 29.198 / DF
realizada nas dependências da sala da chefia da 3ª Delegacia da 5ª SR-
PRF/DPRF/MJ-RJ.
No que se refere aos documentos apreendidos na diligência e à
abertura dos lacres das caixas que os continham sem a presença do
investigado ou de seu advogado, melhor sorte não assiste ao Recorrente,
pois daí não decorre o alegado desrespeito ao contraditório e à ampla
defesa, que supostamente contaminaria o processo administrativo
disciplinar e invalidaria a pena aplicada.
Não se pode perder de vista que a busca e apreensão dos
documentos foi realizada na fase inquisitorial da sindicância
administrativa, procedimento de natureza preparatória e investigativa,
destinado apenas à coleta de elementos idôneos sobre a ocorrência de
irregularidades no âmbito da Administração e seus potenciais
responsáveis, para subsidiar eventual instauração de processo
administrativo disciplinar.
A sindicância é destinada precipuamente à apuração dos fatos e da
provável autoria e, nos termos do art. 145, inc. I e II, da Lei n. 8.112/1990,
pode resultar na instauração de processo administrativo disciplinar ou
mesmo na aplicação ao servidor das penas de advertência e suspensão
por até trinta dias, quando, apenas nesses casos, surge a figura do
acusado ou indiciado.
Quando a sindicância adquire natureza autônoma e passa a ensejar a
aplicação de pena ao servidor, devem-se assegurar, a partir daí, o
exercício do contraditório e a ampla defesa. O mesmo não ocorre, todavia,
quando a sindicância se reveste de índole meramente preparatória do
processo administrativo disciplinar, pois somente nele é que a perspectiva
da punição se evidencia (a exigir o contraditório e a ampla defesa).
Sobre o tema, Fernanda Marinela salienta:
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 26 de 38
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RMS 29.198 / DF
“A sindicância pode ser subdividida em duas modalidades:
sindicância investigatória ou preparatória e sindicância autônoma,
contraditória, acusatória ou apuratória (...)
Entende-se por sindicância investigatória um procedimento
inquisitorial que pode servir como meio preparatório para a
sindicância contraditória ou para o processo administrativo
disciplinar (...) Essa sindicância, ao contrário da contraditória, não
tem procedimento determinado na lei (...) Não depende de
contraditório e ampla defesa segundo orienta os tribunais nacionais
(...) Quando os trabalhos de investigação prévia culminarem no
entendimento de suposto cometimento de infração funcional, a
comissão de sindicância obrigatoriamente deve representar à
autoridade instauradora propondo a instauração de procedimento
disciplinar, (...) seja a sindicância contraditória ou o processo
disciplinar propriamente dito. (...)
[A sindicância contraditória, acusatória ou apuratória],
prevista nos arts. 143 e 145, da Lei n. 8.112/1990, depende de
contraditório e ampla defesa e pode ser utilizada para a aplicação de
sanções brandas” (Direito administrativo, Niterói: Impetus, 2010, p.
994-995, grifos nossos).
Na mesma linha, Leandro Cadenas Prado salienta:
“A sindicância (…) terá lugar quando houver necessidade de
apurar a existência de falta ou sua autoria; por isso, poderá haver ou
não imputado. Nessa situação, diz-se tratar de procedimento
investigatório (…) Inexistindo acusado ou responsabilização, inexiste
o contraditório e a ampla defesa. (…)
Outro uso da sindicância, dita autônoma ou punitiva, está na
responsabilização, quando se consegue comprovar a autoria, por faltas
cometidas, em que haja aplicação de penalidades (…) Neste caso desde
seu início, será obrigatória a estrita observância aos princípios do
contraditório e ampla defesa” (Servidores públicos federais. Lei n.
8.112/90. Niterói: Impetus, 2010, p. 281-282).
22
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RMS 29.198 / DF
“A sindicância pode ser subdividida em duas modalidades:
sindicância investigatória ou preparatória e sindicância autônoma,
contraditória, acusatória ou apuratória (...)
Entende-se por sindicância investigatória um procedimento
inquisitorial que pode servir como meio preparatório para a
sindicância contraditória ou para o processo administrativo
disciplinar (...) Essa sindicância, ao contrário da contraditória, não
tem procedimento determinado na lei (...) Não depende de
contraditório e ampla defesa segundo orienta os tribunais nacionais
(...) Quando os trabalhos de investigação prévia culminarem no
entendimento de suposto cometimento de infração funcional, a
comissão de sindicância obrigatoriamente deve representar à
autoridade instauradora propondo a instauração de procedimento
disciplinar, (...) seja a sindicância contraditória ou o processo
disciplinar propriamente dito. (...)
[A sindicância contraditória, acusatória ou apuratória],
prevista nos arts. 143 e 145, da Lei n. 8.112/1990, depende de
contraditório e ampla defesa e pode ser utilizada para a aplicação de
sanções brandas” (Direito administrativo, Niterói: Impetus, 2010, p.
994-995, grifos nossos).
Na mesma linha, Leandro Cadenas Prado salienta:
“A sindicância (…) terá lugar quando houver necessidade de
apurar a existência de falta ou sua autoria; por isso, poderá haver ou
não imputado. Nessa situação, diz-se tratar de procedimento
investigatório (…) Inexistindo acusado ou responsabilização, inexiste
o contraditório e a ampla defesa. (…)
Outro uso da sindicância, dita autônoma ou punitiva, está na
responsabilização, quando se consegue comprovar a autoria, por faltas
cometidas, em que haja aplicação de penalidades (…) Neste caso desde
seu início, será obrigatória a estrita observância aos princípios do
contraditório e ampla defesa” (Servidores públicos federais. Lei n.
8.112/90. Niterói: Impetus, 2010, p. 281-282).
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RMS 29.198 / DF
Esse entendimento é confirmado pela jurisprudência deste Supremo
Tribunal, que assentou a obrigatoriedade da observância das garantias do
contraditório e da ampla defesa apenas nos processos administrativos
disciplinares e nas sindicâncias acusatórias que possam, por elas mesmas,
resultar na aplicação das penas. Confiram-se, a propósito, os seguintes
precedentes:
“EMENTA: SERVIDOR PÚBLICO. Pena. Demissão.
Penalidade aplicada ao cabo de processo administrativo regular.
Suposto cerceamento da ampla defesa e do contraditório na
sindicância. Irrelevância teórica.
Procedimento preparatório
inquisitivo e unilateral. (…) Nulidade processual inexistente.
Mandado de segurança denegado. (...) A estrita reverência aos
princípios do contraditório e da ampla defesa só é exigida, como
requisito essencial de validez, assim no processo administrativo
disciplinar, como na sindicância especial que lhe faz as vezes como
procedimento ordenado à aplicação daquelas duas penas mais brandas,
que são a advertência e a suspensão por prazo não superior a trinta
dias. Nunca, na sindicância que funcione apenas como investigação
preliminar tendente a coligir, de maneira inquisitorial, elementos
bastantes à imputação de falta ao servidor, em processo disciplinar
subseqüente” (MS 22.791, Rel. Min. Cezar Peluso, Plenário, DJe
19.12.2003).
“EMENTA:
MANDADO
DE
SEGURANÇA.
CONSTITUCIONAL.
ADMINISTRATIVO.
PROCESSO
ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. DEMISSÃO. SERVIDORES
PÚBLICOS. (...) VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DO
CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA. (...) INOCORRÊNCIA.
(...) ORDEM DENEGADA. (...) 3. Não se deu, no caso, qualquer
violação dos princípios do contraditório e da ampla defesa (artigo 5º,
LV da CB) na auditoria que levou à instauração do processo
administrativo disciplinar. O procedimento que antecedeu a
instauração do PAD, independentemente do nome que lhe seja dado,
nada mais é do que uma sindicância, cujo objetivo é o de colher
indícios sobre a existência da infração funcional e sua autoria. Trata-se
23
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RMS 29.198 / DF
Esse entendimento é confirmado pela jurisprudência deste Supremo
Tribunal, que assentou a obrigatoriedade da observância das garantias do
contraditório e da ampla defesa apenas nos processos administrativos
disciplinares e nas sindicâncias acusatórias que possam, por elas mesmas,
resultar na aplicação das penas. Confiram-se, a propósito, os seguintes
precedentes:
“EMENTA: SERVIDOR PÚBLICO. Pena. Demissão.
Penalidade aplicada ao cabo de processo administrativo regular.
Suposto cerceamento da ampla defesa e do contraditório na
sindicância. Irrelevância teórica.
Procedimento preparatório
inquisitivo e unilateral. (…) Nulidade processual inexistente.
Mandado de segurança denegado. (...) A estrita reverência aos
princípios do contraditório e da ampla defesa só é exigida, como
requisito essencial de validez, assim no processo administrativo
disciplinar, como na sindicância especial que lhe faz as vezes como
procedimento ordenado à aplicação daquelas duas penas mais brandas,
que são a advertência e a suspensão por prazo não superior a trinta
dias. Nunca, na sindicância que funcione apenas como investigação
preliminar tendente a coligir, de maneira inquisitorial, elementos
bastantes à imputação de falta ao servidor, em processo disciplinar
subseqüente” (MS 22.791, Rel. Min. Cezar Peluso, Plenário, DJe
19.12.2003).
“EMENTA:
MANDADO
DE
SEGURANÇA.
CONSTITUCIONAL.
ADMINISTRATIVO.
PROCESSO
ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. DEMISSÃO. SERVIDORES
PÚBLICOS. (...) VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DO
CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA. (...) INOCORRÊNCIA.
(...) ORDEM DENEGADA. (...) 3. Não se deu, no caso, qualquer
violação dos princípios do contraditório e da ampla defesa (artigo 5º,
LV da CB) na auditoria que levou à instauração do processo
administrativo disciplinar. O procedimento que antecedeu a
instauração do PAD, independentemente do nome que lhe seja dado,
nada mais é do que uma sindicância, cujo objetivo é o de colher
indícios sobre a existência da infração funcional e sua autoria. Trata-se
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 28 de 38
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RMS 29.198 / DF
de procedimento preparatório, não litigioso, em que o princípio da
publicidade é atenuado. A demissão dos impetrantes não resultou da
auditoria, tendo sido consumada ao final de processo administrativo
disciplinar regularmente instaurado” (MS 23.187, Rel. Min. Eros
Grau, Plenário, DJe 6.8.2010).
“EMENTA: Mandado de Segurança. 2. Pretendida anulação de
ato de demissão com retorno ao cargo antes ocupado. Alegada violação
aos princípios do contraditório e da ampla defesa. 3. A pena de
demissão não resultou da sindicância, mas, sim, de posterior processo
administrativo disciplinar, no qual foi assegurado o exercício de ampla
defesa. 4. Hipótese em que a sindicância é mero procedimento
preparatório do processo administrativo disciplinar. 5. Mandado de
Segurança indeferido” (MS 23.410, Rel. Min. Gilmar Mendes,
Plenário, DJ 10.9.2004) .
Não há, pois, que se arguir afronta ao contraditório e à ampla defesa.
Conforme se verifica nos documentos juntados aos autos, o Processo de
Sindicância Disciplinar Inquisitorial n. 08.657000291/2004 (fl. 114) foi
instaurado de forma preparatória, com a finalidade de apurar os fatos
narrados na denúncia e coligir provas e demais elementos necessários à
formação da convicção da comissão sobre a ocorrência do fato e a
provável autoria.
A efetivação da diligência impugnada, assim como o rompimento
dos lacres das caixas com o material apreendido prescindiam da prévia
comunicação ou da presença do Recorrente para garantir sua validade,
pois o exercício das garantias do contraditório e da ampla defesa, nesse
caso, é diferido para o processo administrativo disciplinar a ser
eventualmente instaurado.
Na espécie vertente, a comissão sindicante concluiu, em seu relatório
final, pela existência de irregularidades que configurariam infrações
funcionais e recomendou a instauração de processo administrativo
disciplinar. A partir daí, já na fase litigiosa, assegurou ao Recorrente o
24
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de procedimento preparatório, não litigioso, em que o princípio da
publicidade é atenuado. A demissão dos impetrantes não resultou da
auditoria, tendo sido consumada ao final de processo administrativo
disciplinar regularmente instaurado” (MS 23.187, Rel. Min. Eros
Grau, Plenário, DJe 6.8.2010).
“EMENTA: Mandado de Segurança. 2. Pretendida anulação de
ato de demissão com retorno ao cargo antes ocupado. Alegada violação
aos princípios do contraditório e da ampla defesa. 3. A pena de
demissão não resultou da sindicância, mas, sim, de posterior processo
administrativo disciplinar, no qual foi assegurado o exercício de ampla
defesa. 4. Hipótese em que a sindicância é mero procedimento
preparatório do processo administrativo disciplinar. 5. Mandado de
Segurança indeferido” (MS 23.410, Rel. Min. Gilmar Mendes,
Plenário, DJ 10.9.2004) .
Não há, pois, que se arguir afronta ao contraditório e à ampla defesa.
Conforme se verifica nos documentos juntados aos autos, o Processo de
Sindicância Disciplinar Inquisitorial n. 08.657000291/2004 (fl. 114) foi
instaurado de forma preparatória, com a finalidade de apurar os fatos
narrados na denúncia e coligir provas e demais elementos necessários à
formação da convicção da comissão sobre a ocorrência do fato e a
provável autoria.
A efetivação da diligência impugnada, assim como o rompimento
dos lacres das caixas com o material apreendido prescindiam da prévia
comunicação ou da presença do Recorrente para garantir sua validade,
pois o exercício das garantias do contraditório e da ampla defesa, nesse
caso, é diferido para o processo administrativo disciplinar a ser
eventualmente instaurado.
Na espécie vertente, a comissão sindicante concluiu, em seu relatório
final, pela existência de irregularidades que configurariam infrações
funcionais e recomendou a instauração de processo administrativo
disciplinar. A partir daí, já na fase litigiosa, assegurou ao Recorrente o
24
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 29 de 38
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RMS 29.198 / DF
exercício de seu direito de defesa e a possibilidade de contraditar as
provas que embasaram seu indiciamento, o que foi feito por intermédio
da defesa administrativa juntada às fls. 208-224.
Importa registrar, ainda, que o termo de apreensão juntado às fls. 93-
95 relaciona os documentos apanhados em cada uma das salas a que teve
acesso a comissão sindicante e os termos de rompimento do lacre das
caixas descrevem minuciosamente os documentos efetivamente
apreendidos, em especial os números dos Documentos de Apreensão de
Veículos - Docaprev (fls. 96-113), não havendo razões para se questionar a
legalidade desses procedimentos, a lisura dos servidores responsáveis
por sua realização ou mesmo a idoneidade das provas obtidas.
Acrescente-se que, em sua defesa administrativa, assim como na
inicial desta ação e no presente recurso, o Recorrente não cuidou de
contestar sequer a existência ou o conteúdo de qualquer dos documentos
apreendidos pela comissão nem de demonstrar que os documentos
particulares encontrados naquela delegacia (cheques, correspondências
etc.) teriam sido utilizados para fundamentar sua condenação. Limitou-se
a discorrer sobre a nulidade do processo administrativo sem comprovar
em que a diligência ou os documentos obtidos na fase de apuração prévia
prejudicaram o exercício de seu direito de defesa ou o contraditório.
Por essas razões, devem-se reconhecer a licitude da diligência de
busca e apreensão e a validade das provas nela obtidas para a formação
do convencimento da comissão processante. Não procedem, assim, as
alegações de nulidade do processo administrativo que ensejou a aplicação
da pena de cassação da aposentadoria do ora Recorrente.
Das infrações imputadas
Da liberação irregular de veículos apreendidos
25
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exercício de seu direito de defesa e a possibilidade de contraditar as
provas que embasaram seu indiciamento, o que foi feito por intermédio
da defesa administrativa juntada às fls. 208-224.
Importa registrar, ainda, que o termo de apreensão juntado às fls. 93-
95 relaciona os documentos apanhados em cada uma das salas a que teve
acesso a comissão sindicante e os termos de rompimento do lacre das
caixas descrevem minuciosamente os documentos efetivamente
apreendidos, em especial os números dos Documentos de Apreensão de
Veículos - Docaprev (fls. 96-113), não havendo razões para se questionar a
legalidade desses procedimentos, a lisura dos servidores responsáveis
por sua realização ou mesmo a idoneidade das provas obtidas.
Acrescente-se que, em sua defesa administrativa, assim como na
inicial desta ação e no presente recurso, o Recorrente não cuidou de
contestar sequer a existência ou o conteúdo de qualquer dos documentos
apreendidos pela comissão nem de demonstrar que os documentos
particulares encontrados naquela delegacia (cheques, correspondências
etc.) teriam sido utilizados para fundamentar sua condenação. Limitou-se
a discorrer sobre a nulidade do processo administrativo sem comprovar
em que a diligência ou os documentos obtidos na fase de apuração prévia
prejudicaram o exercício de seu direito de defesa ou o contraditório.
Por essas razões, devem-se reconhecer a licitude da diligência de
busca e apreensão e a validade das provas nela obtidas para a formação
do convencimento da comissão processante. Não procedem, assim, as
alegações de nulidade do processo administrativo que ensejou a aplicação
da pena de cassação da aposentadoria do ora Recorrente.
Das infrações imputadas
Da liberação irregular de veículos apreendidos
25
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 30 de 38
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RMS 29.198 / DF
O relatório final da comissão de processo administrativo esclarece
que a infração referente à liberação irregular de veículos imputada ao
Recorrente não tem origem apenas nos documentos apreendidos, cuja
validade e utilidade foram acima reconhecidos, mas também nos
depoimentos prestados por vários servidores policiais.
Sobre esse ponto, o voto proferido pela Ministra Laurita Vaz
esclarece o seguinte:
“Com efeito, a Comissão Processante concluiu pela existência da
prática de infração caracterizada na liberação irregular de veículos
retidos, após a análise de depoimentos de inúmeros servidores e de
vários DOCAPREV's, conforme pode ser constatado às fls. 226/233
dos presentes autos. Sobre a aludida imputação, a Consultoria Jurídica
do Ministério da Justiça também entendeu ter sido demonstrada a sua
prática, nos seguintes termos, litteris :
‘Restou comprovada nos autos a prática da infração, pelo
acusado, consistente na liberação irregular de veículos retidos. Esta
prática se consolidou quando o acusado determinou a liberação dos
veículos apreendidos e depositados no posto da Delegacia que chefiava
(3.ª Delegacia/PRF), sem que fossem corrigidas as irregularidades
causadoras da apreensão e sem as cautelas exigidas pelo Código de
Trânsito Brasileiro. Estamos falando, neste caso, do art. 270 do
referido Código [...]
Infere-se, portanto, que o permissivo legal somente admite a
liberação de veículos fora do local da infração em caráter excepcional e
mediante o recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual,
contra recibo, concedendo-se ao condutor prazo para a regularização.
Sanada a irregularidade, o documento será devolvido ao condutor no
órgão aplicador das medidas administrativas. Não foi assim que fez o
acusado. Não seguiu os ditames da lei e determinou a liberação dos
veículos contendo irregularidades sem a retenção do Certificado de
Licenciamento Anual, mesmo diante de argumentos de Policiais
Rodoviários Federais, seus subordinados, no sentido de não fazer a
liberação. Estes fatos estão fartamente provados nos autos pelos
depoimentos testemunhais e pelos documentos, em especial os
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RMS 29.198 / DF
O relatório final da comissão de processo administrativo esclarece
que a infração referente à liberação irregular de veículos imputada ao
Recorrente não tem origem apenas nos documentos apreendidos, cuja
validade e utilidade foram acima reconhecidos, mas também nos
depoimentos prestados por vários servidores policiais.
Sobre esse ponto, o voto proferido pela Ministra Laurita Vaz
esclarece o seguinte:
“Com efeito, a Comissão Processante concluiu pela existência da
prática de infração caracterizada na liberação irregular de veículos
retidos, após a análise de depoimentos de inúmeros servidores e de
vários DOCAPREV's, conforme pode ser constatado às fls. 226/233
dos presentes autos. Sobre a aludida imputação, a Consultoria Jurídica
do Ministério da Justiça também entendeu ter sido demonstrada a sua
prática, nos seguintes termos, litteris :
‘Restou comprovada nos autos a prática da infração, pelo
acusado, consistente na liberação irregular de veículos retidos. Esta
prática se consolidou quando o acusado determinou a liberação dos
veículos apreendidos e depositados no posto da Delegacia que chefiava
(3.ª Delegacia/PRF), sem que fossem corrigidas as irregularidades
causadoras da apreensão e sem as cautelas exigidas pelo Código de
Trânsito Brasileiro. Estamos falando, neste caso, do art. 270 do
referido Código [...]
Infere-se, portanto, que o permissivo legal somente admite a
liberação de veículos fora do local da infração em caráter excepcional e
mediante o recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual,
contra recibo, concedendo-se ao condutor prazo para a regularização.
Sanada a irregularidade, o documento será devolvido ao condutor no
órgão aplicador das medidas administrativas. Não foi assim que fez o
acusado. Não seguiu os ditames da lei e determinou a liberação dos
veículos contendo irregularidades sem a retenção do Certificado de
Licenciamento Anual, mesmo diante de argumentos de Policiais
Rodoviários Federais, seus subordinados, no sentido de não fazer a
liberação. Estes fatos estão fartamente provados nos autos pelos
depoimentos testemunhais e pelos documentos, em especial os
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 31 de 38
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RMS 29.198 / DF
DOCAPREV's. Ainda cabe esclarecer que as liberações determinadas
pelo acusado não tiveram por causa o interesse do serviço, mas sim de
pessoas do seu círculo de amizade, uma vez que não eram liberados
todos os veículos apreendidos e nem as liberações tinham por causa a
segurança dos bens sob a guarda do Estado. Ocorria, isto sim, a
liberação a pedido dos interessados, sem qualquer referência à
motivação para que fosse liberado antes de ser regularizado. (...)
Vejamos alguns depoimentos testemunhais acerca destes fatos:
Carlos Darlan Vieira Coelho (...)
'Que reconhece as cotas de liberação de veículos lançados nos
DOCAPREV's Nº 356, (…) e 4038 como sendo de sua lavra. (...)
QUE as ordens de liberação eram feitas pessoalmente ou por telefone;
QUE o quanto o PRF Romualdo ordenava a liberação de algum
veículo, muitas vezes, este era liberado sem qualquer tipo de
regularização; QUE em determinado momento existiu ordem de que
os veículos somente poderiam ser liberados por ordem da chefia da
delegacia; QUE não eram solicitações, mas, sim, ordem do chefe para a
liberação de veículos; QUE algumas vezes questionou a liberação em
virtude do estado do veículo (documento atrasado) e o PRF Romualdo
determinou, mesmo assim, a liberação dos veículos; (...) QUE o
usuário vinha ao posto com o DOCAPREV para a liberação do
veículo, assinada a via adequada e o depoente lançava na via a
informação de que era liberado com a ordem do PRF Romualdo que já
havia feito o contato, isso quando o próprio DOCAPREV já não vinha
com a assinatura do PRF Romualdo determinando a liberação. QUE
da totalidade dos veículos retidos, somente alguns o PRF Romualdo
intervinha para a liberação; QUE todos os veículos em que haja cota
no DOCAPREV indicando que foi feita a liberação por ordem do PRF
Romualdo o foram contra sua vontade, atendendo determinação da
chefia; QUE sempre acatou ordem do PRF Romualdo, tendo em vista
que o mesmo era chefe da delegacia(...)
Sebastião Ailton Fernandes (...)
'(...) QUE o proprietário do veículo apresentou o CRLV 2003
para liberação conforme está escrito no verso do DOCAPREV; QUE
neste caso, antes de o veículo ser liberado o usuário passou na
delegacia para a autorização do PRF Romualdo; QUE o PRF
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RMS 29.198 / DF
DOCAPREV's. Ainda cabe esclarecer que as liberações determinadas
pelo acusado não tiveram por causa o interesse do serviço, mas sim de
pessoas do seu círculo de amizade, uma vez que não eram liberados
todos os veículos apreendidos e nem as liberações tinham por causa a
segurança dos bens sob a guarda do Estado. Ocorria, isto sim, a
liberação a pedido dos interessados, sem qualquer referência à
motivação para que fosse liberado antes de ser regularizado. (...)
Vejamos alguns depoimentos testemunhais acerca destes fatos:
Carlos Darlan Vieira Coelho (...)
'Que reconhece as cotas de liberação de veículos lançados nos
DOCAPREV's Nº 356, (…) e 4038 como sendo de sua lavra. (...)
QUE as ordens de liberação eram feitas pessoalmente ou por telefone;
QUE o quanto o PRF Romualdo ordenava a liberação de algum
veículo, muitas vezes, este era liberado sem qualquer tipo de
regularização; QUE em determinado momento existiu ordem de que
os veículos somente poderiam ser liberados por ordem da chefia da
delegacia; QUE não eram solicitações, mas, sim, ordem do chefe para a
liberação de veículos; QUE algumas vezes questionou a liberação em
virtude do estado do veículo (documento atrasado) e o PRF Romualdo
determinou, mesmo assim, a liberação dos veículos; (...) QUE o
usuário vinha ao posto com o DOCAPREV para a liberação do
veículo, assinada a via adequada e o depoente lançava na via a
informação de que era liberado com a ordem do PRF Romualdo que já
havia feito o contato, isso quando o próprio DOCAPREV já não vinha
com a assinatura do PRF Romualdo determinando a liberação. QUE
da totalidade dos veículos retidos, somente alguns o PRF Romualdo
intervinha para a liberação; QUE todos os veículos em que haja cota
no DOCAPREV indicando que foi feita a liberação por ordem do PRF
Romualdo o foram contra sua vontade, atendendo determinação da
chefia; QUE sempre acatou ordem do PRF Romualdo, tendo em vista
que o mesmo era chefe da delegacia(...)
Sebastião Ailton Fernandes (...)
'(...) QUE o proprietário do veículo apresentou o CRLV 2003
para liberação conforme está escrito no verso do DOCAPREV; QUE
neste caso, antes de o veículo ser liberado o usuário passou na
delegacia para a autorização do PRF Romualdo; QUE o PRF
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RMS 29.198 / DF
Romualdo fez contato pelo rádio falando que era para liberar o veículo
(...) Alexandre Bantim Alencar (...)
'(…) QUE em algumas liberações o veículo era regularizado
antes da liberação, em outras não; QUE liberava os veículos mesmo
irregulares, tendo em vista a solicitação da chefia entendendo o
depoente como uma ordem (...) QUE somente alguns veículos eram
liberados a pedido pela chefia, outros permaneciam'. (grifamos).
José Sobral Pereira (...)
'QUE com relação aos DOCAPREV's 3439, (…) 3207 e 3419
reconhece como de sua lavra as indicações escritas de que as liberações
dos veículos se procederam por ordem do PRF Romualdo; (…) QUE
quando das solicitações não se exigia o cumprimento das pendências;
(...) QUE atendia o pedido de liberações mesmo irregulares posto que o
PRF Romualdo era o chefe da delegacia, (...) QUE o PRF Romualdo
(…) somente pedia para liberar determinados veículos, não sabendo
informar os motivos de tais pedidos específicos; QUE ficava receoso de
deixar de atender os pedidos da chefia tendo em vista que poderia vir a
ser prejudicado com escalação em local distante, liberando o veículo
para não arranjar atrito" (fls. 335-338, grifos nossos).
As provas documentais e testemunhais juntadas aos autos do
processo administrativo disciplinar convergem no sentido da prática da
infração funcional de liberação irregular de veículos imputada ao
Recorrente, não havendo nos autos elementos que refutem os fatos
apurados ou a capitulação dada à infração.
Importa realçar que os depoimentos prestados no processo
administrativo disciplinar não revelam um ato isolado de liberação de
veículo em desacordo com a lei, mas a prática reiterada e habitual de
transgressão funcional que se enquadra no art. 117, inc. IX, da Lei n.
8.112/1990 e autoriza, por si só, a aplicação da pena prevista no art. 132
dessa lei.
Da utilização de bem público em atividade particular
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RMS 29.198 / DF
Romualdo fez contato pelo rádio falando que era para liberar o veículo
(...) Alexandre Bantim Alencar (...)
'(…) QUE em algumas liberações o veículo era regularizado
antes da liberação, em outras não; QUE liberava os veículos mesmo
irregulares, tendo em vista a solicitação da chefia entendendo o
depoente como uma ordem (...) QUE somente alguns veículos eram
liberados a pedido pela chefia, outros permaneciam'. (grifamos).
José Sobral Pereira (...)
'QUE com relação aos DOCAPREV's 3439, (…) 3207 e 3419
reconhece como de sua lavra as indicações escritas de que as liberações
dos veículos se procederam por ordem do PRF Romualdo; (…) QUE
quando das solicitações não se exigia o cumprimento das pendências;
(...) QUE atendia o pedido de liberações mesmo irregulares posto que o
PRF Romualdo era o chefe da delegacia, (...) QUE o PRF Romualdo
(…) somente pedia para liberar determinados veículos, não sabendo
informar os motivos de tais pedidos específicos; QUE ficava receoso de
deixar de atender os pedidos da chefia tendo em vista que poderia vir a
ser prejudicado com escalação em local distante, liberando o veículo
para não arranjar atrito" (fls. 335-338, grifos nossos).
As provas documentais e testemunhais juntadas aos autos do
processo administrativo disciplinar convergem no sentido da prática da
infração funcional de liberação irregular de veículos imputada ao
Recorrente, não havendo nos autos elementos que refutem os fatos
apurados ou a capitulação dada à infração.
Importa realçar que os depoimentos prestados no processo
administrativo disciplinar não revelam um ato isolado de liberação de
veículo em desacordo com a lei, mas a prática reiterada e habitual de
transgressão funcional que se enquadra no art. 117, inc. IX, da Lei n.
8.112/1990 e autoriza, por si só, a aplicação da pena prevista no art. 132
dessa lei.
Da utilização de bem público em atividade particular
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 33 de 38
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RMS 29.198 / DF
Melhor sorte não assiste ao Recorrente quanto à (não) prática da
infração disciplinar descrita no art. 117, inc. XVI, da Lei n. 8.112/1990,
“utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades
particulares”.
Conforme registrado pela Ministra Laurita Vaz, o Recorrente não
apresentou na petição inicial do mandado de segurança uma só linha
para desconstituir a infração relativa à utilização de bem público em
atividade privada. Essa matéria somente veio a ser por ele arguida na
petição dos segundos embargos de declaração, diante da perspectiva de
que a primeira imputação poderia ter sido afastada no julgamento
daquela ação. Os embargos de declaração foram rejeitados e a matéria foi
reiterada no presente recurso ordinário em mandado de segurança.
Embora essa questão somente tenha surgido durante o julgamento
do mandado de segurança, parte dos Ministros que compõem a Terceira
Sessão do Superior Tribunal de Justiça dedicou-se ao exame da infração
descrita no art. 117, inc. XVI, da Lei n. 8.112/1990, não se podendo afirmar
tratar-se de inovação indevida em sede recursal.
A possibilidade de se examinar a configuração dessa infração no
presente recurso não favorece o Recorrente, pois seus argumentos são
incapazes de infirmar as provas reunidas no curso do processo e os
fundamentos que levaram a autoridade apontada como coatora a divergir
da conclusão da comissão processante, punindo-o pela utilização
indevida de bem público em atividade particular.
Em seu recurso, sustenta que sua “aposentadoria (…) está sendo
cassada porque o mesmo trabalhou nas férias! Ou (...) porque ele buscou a
viatura na oficina e levou-a para o pátio da repartição sem utilizar a farda
(uniforme)! (…) [e que seria] evidente a desproporcionalidade e a ausência de
razoabilidade na aplicação da pena” (fl. 430).
29
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RMS 29.198 / DF
Melhor sorte não assiste ao Recorrente quanto à (não) prática da
infração disciplinar descrita no art. 117, inc. XVI, da Lei n. 8.112/1990,
“utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades
particulares”.
Conforme registrado pela Ministra Laurita Vaz, o Recorrente não
apresentou na petição inicial do mandado de segurança uma só linha
para desconstituir a infração relativa à utilização de bem público em
atividade privada. Essa matéria somente veio a ser por ele arguida na
petição dos segundos embargos de declaração, diante da perspectiva de
que a primeira imputação poderia ter sido afastada no julgamento
daquela ação. Os embargos de declaração foram rejeitados e a matéria foi
reiterada no presente recurso ordinário em mandado de segurança.
Embora essa questão somente tenha surgido durante o julgamento
do mandado de segurança, parte dos Ministros que compõem a Terceira
Sessão do Superior Tribunal de Justiça dedicou-se ao exame da infração
descrita no art. 117, inc. XVI, da Lei n. 8.112/1990, não se podendo afirmar
tratar-se de inovação indevida em sede recursal.
A possibilidade de se examinar a configuração dessa infração no
presente recurso não favorece o Recorrente, pois seus argumentos são
incapazes de infirmar as provas reunidas no curso do processo e os
fundamentos que levaram a autoridade apontada como coatora a divergir
da conclusão da comissão processante, punindo-o pela utilização
indevida de bem público em atividade particular.
Em seu recurso, sustenta que sua “aposentadoria (…) está sendo
cassada porque o mesmo trabalhou nas férias! Ou (...) porque ele buscou a
viatura na oficina e levou-a para o pátio da repartição sem utilizar a farda
(uniforme)! (…) [e que seria] evidente a desproporcionalidade e a ausência de
razoabilidade na aplicação da pena” (fl. 430).
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 34 de 38
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RMS 29.198 / DF
Diferentemente do que alegado, não foram esses fatos que,
considerados isoladamente, levaram ao reconhecimento da prática
irregular que importou na cassação da aposentadoria do Recorrente.
Ao examinar a imputação em foco, a Consultoria Jurídica do
Ministério da Justiça dissentiu da conclusão do relatório final da
comissão de processo administrativo e destacou:
“As provas dos autos mostram que o indiciado utilizava
rotineiramente o veículo oficial (viatura) em suas atividades
particulares. Assim, quando estava de licença, de férias ou em
qualquer outro afastamento do serviço ficava usando a viatura da
PRF. (...) No momento em que foi visto pela Comissão de Sindicância,
estava de FÉRIAS, inclusive bem a vontade, usando roupas
descontraídas (bermudas e chinelos) e não a farda (uniforme) da PRF
que é usada nem serviço. Se ele estava de férias, por que razão
praticava atos de serviço (buscar a viatura na oficina)? (...)
Os depoimentos testemunhais (…) não deixam dúvidas de que
a infração em comento foi praticada pelo PRF Romualdo. Vejamos:
André Luiz Azevedo – Policial Rodoviário Federal, chefe de
policiamento na gestão do acusado (...)
“(...) QUE tinha conhecimento que a PRF Romualdo
comparecia à Cooperativa com a viatura tendo em vista que o mesmo
comunicava ao depoente sua ida àquele local (...); QUE nessa época a
esposa do PRF Romualdo era presidente da Cooperativa; QUE tinha
ciência que durante as férias o PRF Romualdo fazia uso da viatura,
até mesmo quando a Comissão de sindicância foi à delegacia para
arrecadar provas, o PRF Romualdo, que se encontrava de férias,
compareceu ao local dirigindo a viatura; QUE o PRF Romualdo se
ausentava por longos períodos de tempo da delegacia, em virtude de
problemas de saúde, e mantinha o controle da viatura que ficava em
seu poder; QUE chegou a pedir ao PRF Romualdo que o mesmo
deixasse a viatura na Delegacia para que se fizesse o serviço
administrativo, mas este negava tal solicitação alegando que, como
chefe da Delegacia tinha que manter a viatura sob o seu poder em
vista que se dedicava exclusivamente ao serviço da polícia e, quando
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Diferentemente do que alegado, não foram esses fatos que,
considerados isoladamente, levaram ao reconhecimento da prática
irregular que importou na cassação da aposentadoria do Recorrente.
Ao examinar a imputação em foco, a Consultoria Jurídica do
Ministério da Justiça dissentiu da conclusão do relatório final da
comissão de processo administrativo e destacou:
“As provas dos autos mostram que o indiciado utilizava
rotineiramente o veículo oficial (viatura) em suas atividades
particulares. Assim, quando estava de licença, de férias ou em
qualquer outro afastamento do serviço ficava usando a viatura da
PRF. (...) No momento em que foi visto pela Comissão de Sindicância,
estava de FÉRIAS, inclusive bem a vontade, usando roupas
descontraídas (bermudas e chinelos) e não a farda (uniforme) da PRF
que é usada nem serviço. Se ele estava de férias, por que razão
praticava atos de serviço (buscar a viatura na oficina)? (...)
Os depoimentos testemunhais (…) não deixam dúvidas de que
a infração em comento foi praticada pelo PRF Romualdo. Vejamos:
André Luiz Azevedo – Policial Rodoviário Federal, chefe de
policiamento na gestão do acusado (...)
“(...) QUE tinha conhecimento que a PRF Romualdo
comparecia à Cooperativa com a viatura tendo em vista que o mesmo
comunicava ao depoente sua ida àquele local (...); QUE nessa época a
esposa do PRF Romualdo era presidente da Cooperativa; QUE tinha
ciência que durante as férias o PRF Romualdo fazia uso da viatura,
até mesmo quando a Comissão de sindicância foi à delegacia para
arrecadar provas, o PRF Romualdo, que se encontrava de férias,
compareceu ao local dirigindo a viatura; QUE o PRF Romualdo se
ausentava por longos períodos de tempo da delegacia, em virtude de
problemas de saúde, e mantinha o controle da viatura que ficava em
seu poder; QUE chegou a pedir ao PRF Romualdo que o mesmo
deixasse a viatura na Delegacia para que se fizesse o serviço
administrativo, mas este negava tal solicitação alegando que, como
chefe da Delegacia tinha que manter a viatura sob o seu poder em
vista que se dedicava exclusivamente ao serviço da polícia e, quando
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fosse solicitado a qualquer hora, teria que se locomover com a viatura
já que não dispunha de veículo próprio; QUE somente passou a
utilizar outro veículo quando a Comissão de Sindicância determinou
que a viatura permanecesse na Delegacia! (...)
12.3.3 Como se vê a tese da defesa e mesmo o interrogatório do
acusado não prosperam. Se a viatura ficava em seu poder (do acusado)
porque o serviço assim o exigia, é de se esperar que o veículo ficasse à
disposição de seu substituto em seus afastamentos, como é o caso das
férias e licenças para tratamento de saúde, o que não ocorria, a
despeito de solicitações neste sentido. Desta forma, configurada esta a
infração constante do inciso XVI do art. 117 da Lei nº 8.112/90 (…)
21. Entendemos que a conclusão constante do Relatório Final da
Comissão (…) não está coerente com as provas dos autos, razão pela
qual (…) recorremos ao permissivo constante do art. 168 e seu
parágrafo único da Lei nº 8.112/90” (fls. 63-68, grifos nossos).
Assim como na primeira imputação, a responsabilização do
Recorrente pela infração em exame decorreu de diversos depoimentos, os
quais convergiram no sentido do uso constante da viatura fora do
expediente e em atividades particulares. Conforme ressaltado, a própria
comissão sindicante flagrou o Recorrente utilizando-se da viatura em
período de férias.
Assim, comprovada a habitualidade com que o Recorrente se
utilizava indevidamente dos veículos da corporação, não se pode afastar
sua responsabilidade pela prática da conduta descrita no art. 117, inc. XI,
da Lei n. 8.112/1990, não havendo que se falar em desproporcionalidade
da pena aplicada nos termos do art. 132 da Lei n. 8.112/1990.
Registre-se que as questões atinentes à necessidade de defesa técnica
em todas as fases do processo disciplinar, até mesmo na que antecedeu a
diligência impugnada e a abertura das caixas com o material apreendido,
a alegada contrariedade ao princípio da dignidade da pessoa humana e o
suposto desrespeito à duração razoável do processo administrativo
disciplinar constituem matérias novas, que não foram suscitadas na
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fosse solicitado a qualquer hora, teria que se locomover com a viatura
já que não dispunha de veículo próprio; QUE somente passou a
utilizar outro veículo quando a Comissão de Sindicância determinou
que a viatura permanecesse na Delegacia! (...)
12.3.3 Como se vê a tese da defesa e mesmo o interrogatório do
acusado não prosperam. Se a viatura ficava em seu poder (do acusado)
porque o serviço assim o exigia, é de se esperar que o veículo ficasse à
disposição de seu substituto em seus afastamentos, como é o caso das
férias e licenças para tratamento de saúde, o que não ocorria, a
despeito de solicitações neste sentido. Desta forma, configurada esta a
infração constante do inciso XVI do art. 117 da Lei nº 8.112/90 (…)
21. Entendemos que a conclusão constante do Relatório Final da
Comissão (…) não está coerente com as provas dos autos, razão pela
qual (…) recorremos ao permissivo constante do art. 168 e seu
parágrafo único da Lei nº 8.112/90” (fls. 63-68, grifos nossos).
Assim como na primeira imputação, a responsabilização do
Recorrente pela infração em exame decorreu de diversos depoimentos, os
quais convergiram no sentido do uso constante da viatura fora do
expediente e em atividades particulares. Conforme ressaltado, a própria
comissão sindicante flagrou o Recorrente utilizando-se da viatura em
período de férias.
Assim, comprovada a habitualidade com que o Recorrente se
utilizava indevidamente dos veículos da corporação, não se pode afastar
sua responsabilidade pela prática da conduta descrita no art. 117, inc. XI,
da Lei n. 8.112/1990, não havendo que se falar em desproporcionalidade
da pena aplicada nos termos do art. 132 da Lei n. 8.112/1990.
Registre-se que as questões atinentes à necessidade de defesa técnica
em todas as fases do processo disciplinar, até mesmo na que antecedeu a
diligência impugnada e a abertura das caixas com o material apreendido,
a alegada contrariedade ao princípio da dignidade da pessoa humana e o
suposto desrespeito à duração razoável do processo administrativo
disciplinar constituem matérias novas, que não foram suscitadas na
31
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RMS 29.198 / DF
inicial do mandado de segurança, tampouco foram objeto de exame pelo
Juízo a quo. Assim, essas matérias não podem ser apreciadas de modo
originário no presente recurso.
Nesse sentido, no julgamento do Recurso Ordinário em Mandado de
Segurança n. 24.411/DF, ressaltei que o recurso “devolve a este Supremo
Tribunal ‘o conhecimento da matéria impugnada’ (caput do art. 515 do Código
de Processo Civil), não se permitindo a ampliação ou criação de teses não
suscitadas na origem, sob pena de afronta ao art. 5º, inc. LIV e LV, da
Constituição da República e ao art. 264 do Código de Processo Civil” (Primeira
Turma, DJe 2.3.2011).
Da inconstitucionalidade do art. 134 da Lei n. 8.112/1990
Não procede, por fim, a alegação de inconstitucionalidade do art.
134 da Lei n. 8.112/1990.
Na assentada de 6.3.2002, no julgamento do Mandado de Segurança
n. 23.299/DF, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, o Supremo Tribunal
Federal decidiu:
“EMENTA: I. Cassação de aposentadoria pela prática, na
atividade, de falta disciplinar punível com demissão (L. 8.112/90, art.
134): constitucionalidade, sendo irrelevante que não a preveja a
Constituição e improcedente a alegação de ofensa do ato jurídico
perfeito. (…) IV. Processo administrativo-disciplinar: congruência
entre a indiciação e o fundamento da punição aplicada, que se verifica
a partir dos fatos imputados e não de sua capitulação legal” (Plenário,
DJ 12.4.2002, grifos nossos).
Pelo exposto, voto no sentido de negar provimento ao presente
recurso ordinário em mandado de segurança.
32
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Supremo Tribunal Federal
RMS 29.198 / DF
inicial do mandado de segurança, tampouco foram objeto de exame pelo
Juízo a quo. Assim, essas matérias não podem ser apreciadas de modo
originário no presente recurso.
Nesse sentido, no julgamento do Recurso Ordinário em Mandado de
Segurança n. 24.411/DF, ressaltei que o recurso “devolve a este Supremo
Tribunal ‘o conhecimento da matéria impugnada’ (caput do art. 515 do Código
de Processo Civil), não se permitindo a ampliação ou criação de teses não
suscitadas na origem, sob pena de afronta ao art. 5º, inc. LIV e LV, da
Constituição da República e ao art. 264 do Código de Processo Civil” (Primeira
Turma, DJe 2.3.2011).
Da inconstitucionalidade do art. 134 da Lei n. 8.112/1990
Não procede, por fim, a alegação de inconstitucionalidade do art.
134 da Lei n. 8.112/1990.
Na assentada de 6.3.2002, no julgamento do Mandado de Segurança
n. 23.299/DF, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, o Supremo Tribunal
Federal decidiu:
“EMENTA: I. Cassação de aposentadoria pela prática, na
atividade, de falta disciplinar punível com demissão (L. 8.112/90, art.
134): constitucionalidade, sendo irrelevante que não a preveja a
Constituição e improcedente a alegação de ofensa do ato jurídico
perfeito. (…) IV. Processo administrativo-disciplinar: congruência
entre a indiciação e o fundamento da punição aplicada, que se verifica
a partir dos fatos imputados e não de sua capitulação legal” (Plenário,
DJ 12.4.2002, grifos nossos).
Pelo exposto, voto no sentido de negar provimento ao presente
recurso ordinário em mandado de segurança.
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 29.198
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
RECTE.(S) : ROMUALDO VASCONCELOS
ADV.(A/S) : RICARDO LASMAR SODRÉ E OUTRO(A/S)
RECDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Decisão: Por indicação da Relatora e, por maioria de votos, a
Turma retirou o processo da Pauta n. 19/2011, publicada no DJe de
5.10.2011, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso
ordinário, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
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SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 29.198
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
RECTE.(S) : ROMUALDO VASCONCELOS
ADV.(A/S) : RICARDO LASMAR SODRÉ E OUTRO(A/S)
RECDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Decisão: Por indicação da Relatora e, por maioria de votos, a
Turma retirou o processo da Pauta n. 19/2011, publicada no DJe de
5.10.2011, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso
ordinário, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 38 de 38
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3134677 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-28T00:00:00 | Por indicação da Relatora e, por maioria de votos, a Turma retirou o processo da Pauta n. 19/2011, publicada no DJe de 5.10.2011, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 11.9.2012.
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso ordinário, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA | EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. ATO DO MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA. POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL. CASSAÇÃO DA APOSENTADORIA. PROCESSO ADMINISTRATIVO. INSTAURAÇÃO A PARTIR DO RESULTADO DE SINDICÂNCIA QUE APUROU FATOS NARRADOS EM DENÚNCIA ANÔNIMA. ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AO ART. 134 DA LEI N. 8.112/1990; OFENSA AO CONTRADITÓRIO E À AMPLA DEFESA. NÃO OCORRÊNCIA. ALEGADA NULIDADE DO PROCESSO E DA PENA APLICADA. INEXISTÊNCIA. RECURSO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. | sjur220018 | - Acórdão(s) citado(s):
(EXTENSÃO, EFEITO DEVOLUTIVO, RECURSO ORDINÁRIO, MANDADO DE SEGURANÇA)
STF: RE 437338 AgR-ED (1ªT), RMS 24411 (1ªT).
(VEDAÇÃO, ANONIMATO, DEVER, ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, INVESTIGAÇÃO, IRREGULARIDADE)
STF: Inq 1957 (TP).
(CONCEITO, CASA, CONSTITUIÇÃO FEDERAL)
STF: HC 93050 (2ªT), RHC 90376 (2ªT), RE 331303 AgR (1ªT), HC 82788 (2ªT).
(PRINCÍPIO, CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA, SINDICÂNCIA ADMINISTRATIVA)
STF: MS 22791 (TP), MS 23187 (TP), MS 23410 (TP).
(CASSAÇÃO, APOSENTADORIA, PRÁTICA, FALTA DISCIPLINAR, PUNIÇÃO, DEMISSÃO)
STF: MS 23299 (TP).
- Veja Mandado de Segurança 13348 do STJ.
Número de páginas: 38.
Análise: 14/12/2012, IMC.
Revisão: 04/01/2013, MMR. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 29198 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00004 INC-00011 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n",
"LEG-FED LEI-008112 ANO-1990\r\n ART-00117 INC-00009 INC-00011 INC-00016 \r\n ART-00132 INC-00013 ART-00134 ART-00143 \r\n ART-00144 ART-00145 INC-00001 INC-00002 \r\n LEI ORDINÁRIA\r\n",
"LEG-FED LEI-008429 ANO-1992\r\n ART-00014 PAR-00001 PAR-00002 PAR-00003\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n",
"LEG-FED RES-000361 ANO-2008\r\n ART-00005 INC-00001 INC-00002 \r\n RESOLUÇÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | RMS | acordaos | RMS 29198 | [
""
] | RECTE.(S) : ROMUALDO VASCONCELOS
ADV.(A/S) : RICARDO LASMAR SODRÉ E OUTRO(A/S)
RECDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"Mandado de Segurança n . 13 . 348 / DF",
"Mandado de Segurança n . 13 . 348 / DF",
"Mandado de Segurança n . 13 . 348 / DF",
"Processo Administrativo Disciplinar n . 08 . 657 . 000 . 291 / 2004",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"Mandado",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"Agravo Regimental no Recurso Extraordinário n . 437 . 338 / PE",
"RMS 29 . 198 / DF",
"Agravo Regimental no Recurso Extraordinário n . 437 . 338 / PE",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 .",
"Inquérito n . 1 . 957 / PR",
"RMS 29 . 198 / DF",
"Inquérito n . 1 . 957 / PR",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"HC 93 . 050",
"RHC 90 . 376",
"RE 331 . 303 - AgR",
"Habeas Corpus n . 82 . 788 / RJ",
"RMS 29 . 198 / DF",
"HC 93 . 050",
"RHC 90 . 376",
"RE 331 . 303 - AgR",
"Habeas Corpus n . 82 . 788 / RJ",
"RT 16 Supremo Tribunal Federal",
"RT 277 / 576",
"RT 467 / 385",
"RT 635 / 341",
"RMS 29 . 198",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"MS 22 . 791",
"RMS 29 . 198 / DF",
"MS 22 . 791",
"RMS 29 . 198 / DF",
"MS 23 . 187",
"MS 23 . 410",
"RMS 29 . 198 / DF",
"MS 23 . 187",
"MS 23 . 410",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 /",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"Recurso Ordinário em Mandado de Segurança n . 24 . 411 / DF",
"Mandado de Segurança n . 23 . 299 / DF",
"RMS 29 . 198 / DF",
"Recurso Ordinário em Mandado de Segurança n . 24 . 411 / DF",
"Mandado de Segurança n . 23 . 299 / DF"
],
"LEGISLACAO": [
"ART . 134 DA LEI N . 8 . 112 / 1990",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Portaria n . 1 . 695 / 2007",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Portaria n . 1 . 695 / 2007",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 117 , inc . XVI , da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"art . 152 da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 117 , inc . XVI , da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"art . 152 da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 134 da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 134 da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 117 , XVI , e 132 , inciso XIII , da Lei n . 8 . 112 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 117 , XVI , e 132 , inciso XIII , da Lei n . 8 . 112 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 117 , XVI e 132 , XIII , da Lei [UNK] 8 . 112 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 117 , XVI e 132 , XIII , da Lei [UNK] 8 . 112 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 117 , inc . XVI , da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"art . 132 , inc . XIII , da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 117 , inc . XVI , da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"art . 132 , inc . XIII , da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 144 da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"art . [UNK] , inc . IV , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 144 da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"art . [UNK] , inc . IV , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"Constituição",
"Lei Fundamental",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 143 da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"art . 144 da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 143 da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"art . 144 da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n . 8 . 112 / 1990",
"Lei n . 8 . 429 / 1992",
"arts . 148 a 182 da Lei [UNK] 8 . 112",
"Resolução n . 361 / 2008",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n . 8 . 112 / 1990",
"Lei n . 8 . 429 / 1992",
"arts . 148 a 182 da Lei [UNK] 8 . 112",
"Resolução n . 361 / 2008",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 144 da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 144 da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 143 da Lei n . 8 . 122 / 1990",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 143 da Lei n . 8 . 122 / 1990",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 144 da Lei [UNK] 8 . 112 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 144 da Lei [UNK] 8 . 112 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , inc . XI , da Constituição da República",
"Carta Federal",
"art . [UNK] , XI , da Lei Fundamental",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , inc . XI , da Constituição da República",
"Carta Federal",
"art . [UNK] , XI , da Lei Fundamental",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição de 1967",
"Emenda [UNK] 1 de 1969",
"Constituição de 1988",
"Constituição Brasileira",
"Constituição Brasileira de 1988",
"Constituição Brasileira",
"Constituição",
"Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição de 1967",
"Emenda [UNK] 1 de 1969",
"Constituição de 1988",
"Constituição Brasileira",
"Constituição Brasileira de 1988",
"Constituição Brasileira",
"Constituição",
"Código",
"Código",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 145 , inc . I e II , da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 145 , inc . I e II , da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"MP n° 2 .",
"arts . 143 e 145 , da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"Lei n . 8 . 112 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 143 e 145 , da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"Lei n . 8 . 112 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , LV da CB",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , LV da CB",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 /",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2",
"Código de Trânsito Brasileiro",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Trânsito Brasileiro",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 117 , inc . IX , da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 117 , inc . IX , da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 117 , inc . XVI , da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"art . 117 , inc . XVI , da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 117 , inc . XVI , da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"art . 117 , inc . XVI , da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"inciso XVI do art . 117 da Lei [UNK] 8 . 112 / 90",
"art . 168 e seu parágrafo único da Lei [UNK] 8 . 112 / 90",
"art . 117 , inc . XI , da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"art . 132 da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"inciso XVI do art . 117 da Lei [UNK] 8 . 112 / 90",
"art . 168 e seu parágrafo único da Lei [UNK] 8 . 112 / 90",
"art . 117 , inc . XI , da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"art . 132 da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 515 do Código de Processo Civil",
"art . [UNK] , inc . LIV e LV , da Constituição da República",
"art . 264 do Código de Processo Civil",
"art . 134 da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"art . 134 da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"L",
". 8 . 112 / 90 ,",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 515 do Código de Processo Civil",
"art . [UNK] , inc . LIV e LV , da Constituição da República",
"art . 264 do Código de Processo Civil",
"art . 134 da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"art . 134 da Lei n . 8 . 112 / 1990",
"L",
". 8 . 112 / 90 , art",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
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"LOCAL": [
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"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
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"Rio de Janeiro",
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"Belo Horizonte",
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"Niterói",
"Niterói",
"Niterói",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL"
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"ORGANIZACAO": [
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"UNIÃO",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
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"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Ministério Público",
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"Supremo Tribunal",
"Central do Cidadão",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal",
"Central do Cidadão",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Fórum Administrativo de Direito Público",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Saraiva",
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"Freitas Bastos",
"Malheiros",
"Editora Método",
"Saraiva",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Polícia Rodoviária Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Plenário",
"Plenário",
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"Plenário",
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"Supremo Tribunal Federal",
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".",
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"PRF",
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"UNIÃO",
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"[UNK] Turma",
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"-",
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"UNIÃO",
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"PESSOA": [
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"CÁRMEN LÚCIA",
"ROMUALDO VASCONCELOS",
"RICARDO LASMAR SODRÉ",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Romualdo Vasconcelos",
"Romualdo Vasconcelos",
"CÁRMEN LÚCIA",
"ROMUALDO VASCONCELOS",
"RICARDO LASMAR SODRÉ",
"CÁRMEN LÚCIA",
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"Felix Fischer",
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"Felix Fischer",
"Og Fernandes",
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"Maria Thereza de Assis Moura",
"CÁRMEN LÚCIA",
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"Maria Thereza de Assis Moura",
"Og Fernandes",
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"Felix Fischer",
"Maria Thereza de Assis Moura",
"Laurita Vaz",
"Maria Thereza de Assis Moura",
"Og Fernandes",
"Felix Fischer",
"Napoleão Nunes Maia Filho",
"Nilson Naves",
"Jorge Mussi",
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"Sepúlveda Pertence",
"Maria",
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"Felix Fischer",
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"Celso de Mello",
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"GIOVANNI LEONE",
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"JORGE ULISSES JACOBY FERNANDES",
"FERNANDO CAPEZ",
"NELSON HUNGRIA",
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"Celso de Mello",
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"Francisco Xavier da Silva Guimarães",
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"José Maria Pinheiro Madeira",
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"José Armando da Costa",
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"Celso de Mello",
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"Celso de Mello",
"Celso de Mello",
"Sepúlveda Pertence",
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"JOSÉ CRETELLA JÚNIOR",
"PINTO FERREIRA",
"MANOEL GONÇALVES FERREIRA FILHO",
"CARLOS MAXIMILIANO",
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"RUBENS GERALDI BERTOLO",
"CEZAR ROBERTO BITENCOURT",
"ROGÉRIO GRECO",
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"Og Fernandes",
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"Maria Thereza",
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"Fernanda Marinela",
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"Leandro Cadenas Prado",
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"Laurita Vaz",
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"Romualdo",
"Romualdo",
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"Romualdo",
"Romualdo",
"Romualdo",
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"Romualdo",
"Carlos Darlan Vieira Coelho",
"Romualdo",
"Romualdo",
"Romualdo",
"Romualdo",
"Romualdo",
"Romualdo",
"Romualdo",
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"Romualdo",
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"Romualdo",
"Romualdo",
"Romualdo",
"Romualdo",
"Alexandre Bantim Alencar",
"José Sobral Pereira",
"Romualdo",
"Romualdo",
"Romualdo",
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"Laurita Vaz",
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"Romualdo",
"Romualdo",
"André Luiz Azevedo",
"Romualdo",
"Romualdo",
"Romualdo",
"Romualdo",
"Romualdo",
"Romualdo",
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"Marco Aurélio",
"Dias Toffoli",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
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".",
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"/",
"2001",
"11",
".",
"5",
".",
"2005",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
".",
"5",
".",
"2005",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11 de dezembro de",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11 de dezembro de 1990",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1998",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1998",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"maio de 2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"maio de 2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2002",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2002",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"7",
".",
"2008",
"18",
".",
"5",
".",
"2007",
"12",
".",
"3",
".",
"2004",
"12",
".",
"4",
".",
"2005",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"7",
".",
"2008",
"18",
".",
"5",
".",
"2007",
"12",
".",
"3",
".",
"2004",
"12",
".",
"4",
".",
"2005",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1974",
"1989",
"1989",
"1990",
"1948",
"1993",
"2003",
"2005",
"2005",
"1958",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1974",
"1989",
"1989",
"1990",
"1993",
"2003",
"2005",
"2005",
"1958",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2010",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2010",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
".",
"12",
".",
"2003",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
".",
"12",
".",
"2003",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"8",
".",
"2010",
"10",
".",
"9",
".",
"2004",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"8",
".",
"2010",
"10",
".",
"9",
".",
"2004",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2",
".",
"3",
".",
"2011",
"6",
".",
"3",
".",
"2002",
"12",
".",
"4",
".",
"2002",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2",
".",
"3",
".",
"2011",
"6",
".",
"3",
".",
"2002",
"12",
".",
"4",
".",
"2002",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"5",
".",
"10",
".",
"2011",
"11",
".",
"9",
".",
"2012",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"5",
".",
"10",
".",
"2011",
"11",
".",
"9",
".",
"2012",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.070
PARAÍBA
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:ESTADO DA PARAÍBA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA
AGDO.(A/S)
:NERIVALDA BARROS GUIMARÃES PASCOAL
ADV.(A/S)
:CARMEN RACHEL DANTAS MAYER
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. ISENÇÃO DO
IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS –
ICMS. AQUISIÇÃO DE VEÍCULO. DEFICIENTE FÍSICO.
FUNDAMENTO
INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA
CONSTITUCIONAL INDIRETA. REEXAME DE PROVAS. SÚMULA N.
279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO
QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo
regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da
Relatora. Ausente, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085004.
Supremo Tribunal Federal
DJe 21/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.070
PARAÍBA
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:ESTADO DA PARAÍBA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA
AGDO.(A/S)
:NERIVALDA BARROS GUIMARÃES PASCOAL
ADV.(A/S)
:CARMEN RACHEL DANTAS MAYER
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 14 de setembro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos
autos do recurso extraordinário interposto pelo Estado da Paraíba contra
julgado do Tribunal de Justiça daquele estado, o qual manteve sentença
que concedera isenção de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços - ICMS a portador de deficiência física na aquisição de veículo
automotor. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
6. O Tribunal de Justiça da Paraíba decidiu:
“O portador de deficiência conta com proteção especial,
cumprindo ao Estado, nos termos do artigo 23, II, da Constituição
Federal, cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia
das pessoas portadoras de necessidades especiais.
A impetrante comprovou sua incapacidade para dirigir
automóveis comuns e sua habilitação para fazê-lo com veículos
adaptados, preenchidos os demais requisitos legais, possuindo,
portanto, direito líquido e certo ao benefício fiscal, tanto que já teve a
isenção de IPI concedida pela receita federal” (fl. 70).
Concluir de forma diversa do que decidido demandaria o
reexame do conjunto fático-probatório, procedimento que não pode ser
validamente adotado em recurso extraordinário. Incide na espécie a
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.070
PARAÍBA
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:ESTADO DA PARAÍBA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA
AGDO.(A/S)
:NERIVALDA BARROS GUIMARÃES PASCOAL
ADV.(A/S)
:CARMEN RACHEL DANTAS MAYER
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 14 de setembro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos
autos do recurso extraordinário interposto pelo Estado da Paraíba contra
julgado do Tribunal de Justiça daquele estado, o qual manteve sentença
que concedera isenção de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços - ICMS a portador de deficiência física na aquisição de veículo
automotor. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
6. O Tribunal de Justiça da Paraíba decidiu:
“O portador de deficiência conta com proteção especial,
cumprindo ao Estado, nos termos do artigo 23, II, da Constituição
Federal, cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia
das pessoas portadoras de necessidades especiais.
A impetrante comprovou sua incapacidade para dirigir
automóveis comuns e sua habilitação para fazê-lo com veículos
adaptados, preenchidos os demais requisitos legais, possuindo,
portanto, direito líquido e certo ao benefício fiscal, tanto que já teve a
isenção de IPI concedida pela receita federal” (fl. 70).
Concluir de forma diversa do que decidido demandaria o
reexame do conjunto fático-probatório, procedimento que não pode ser
validamente adotado em recurso extraordinário. Incide na espécie a
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7
Relatório
ARE 710.070 AGR / PB
Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
CONTROVÉRSIA
DECIDIDA
EXCLUSIVAMENTE
À
LUZ
DA
LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL E DO CONJUNTO FÁTICO-
PROBATÓRIO DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA
279/STF. 1. Não é possível, em recurso extraordinário, reexaminar a
legislação infraconstitucional aplicada ao caso, bem como analisar o
acervo fático-probatório dos autos. 2. Agravo regimental desprovido”
(RE 660.911-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Segunda Turma, DJe
19.3.2012.
E ainda: ARE 665.395-AgR, DJe 17.5.2012, Rel. Min. Marco
Aurélio, DJe 19.6.2012.
Não há, pois, o que prover quanto às alegações do Agravante.
7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc.
II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal)” (fls. 145-148).
2. Publicada essa decisão no DJe de 21.9.2012, interpõe o Estado da
Paraíba, em 27.9.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls. 153-165).
3. Afirma o Agravante que “o acórdão, ao deferir a isenção do ICMS para
portadores de doenças não previstas no rol taxativo da legislação competente,
aplica ao caso concreto a isonomia prevista na Carta Magna de forma
desvirtuada para fins de concessão de isenção do tributo, o que tem o efeito de
propriamente violá-la” (fl. 160).
Argumenta que “a doença alegada pelo Recorrido não está no rol de
doenças beneficiadas com a isenção. Leia-se: não é suficiente que o beneficiário
tenha uma ou outra condição incapacitante – é mister que essa doença seja uma
daquelas elencadas na norma. Essa prudência da administração estadual é
necessária para evitar os inúmeros e conhecidos abusos que vêm sendo cometidos
com essa benesse. Sendo assim, agiu corretamente a Administração Fazendária,
pois nada fez além de cumprir os atos normativos estaduais” (fl. 582).
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 710.070 AGR / PB
Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
CONTROVÉRSIA
DECIDIDA
EXCLUSIVAMENTE
À
LUZ
DA
LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL E DO CONJUNTO FÁTICO-
PROBATÓRIO DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA
279/STF. 1. Não é possível, em recurso extraordinário, reexaminar a
legislação infraconstitucional aplicada ao caso, bem como analisar o
acervo fático-probatório dos autos. 2. Agravo regimental desprovido”
(RE 660.911-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Segunda Turma, DJe
19.3.2012.
E ainda: ARE 665.395-AgR, DJe 17.5.2012, Rel. Min. Marco
Aurélio, DJe 19.6.2012.
Não há, pois, o que prover quanto às alegações do Agravante.
7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc.
II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal)” (fls. 145-148).
2. Publicada essa decisão no DJe de 21.9.2012, interpõe o Estado da
Paraíba, em 27.9.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls. 153-165).
3. Afirma o Agravante que “o acórdão, ao deferir a isenção do ICMS para
portadores de doenças não previstas no rol taxativo da legislação competente,
aplica ao caso concreto a isonomia prevista na Carta Magna de forma
desvirtuada para fins de concessão de isenção do tributo, o que tem o efeito de
propriamente violá-la” (fl. 160).
Argumenta que “a doença alegada pelo Recorrido não está no rol de
doenças beneficiadas com a isenção. Leia-se: não é suficiente que o beneficiário
tenha uma ou outra condição incapacitante – é mister que essa doença seja uma
daquelas elencadas na norma. Essa prudência da administração estadual é
necessária para evitar os inúmeros e conhecidos abusos que vêm sendo cometidos
com essa benesse. Sendo assim, agiu corretamente a Administração Fazendária,
pois nada fez além de cumprir os atos normativos estaduais” (fl. 582).
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7
Relatório
ARE 710.070 AGR / PB
Assevera, ainda, que “o Texto Maior exige, como condição prévia para a
implantação de benesses com o ICMS, a deliberação conjunta dos Estados, nos
termos da lei complementar referida no art. 155, § 2º, XII, ‘g’, de modo que, no
momento em que o acórdão ora recorrido torna insignificante o que prevê a lei
complementar competente, o Convênio competente e o decreto ratificador, está
diretamente violando o teor do art. 155, § 2º, XII, ‘g’, da CF” (fls. 164-165).
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
3
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Supremo Tribunal Federal
ARE 710.070 AGR / PB
Assevera, ainda, que “o Texto Maior exige, como condição prévia para a
implantação de benesses com o ICMS, a deliberação conjunta dos Estados, nos
termos da lei complementar referida no art. 155, § 2º, XII, ‘g’, de modo que, no
momento em que o acórdão ora recorrido torna insignificante o que prevê a lei
complementar competente, o Convênio competente e o decreto ratificador, está
diretamente violando o teor do art. 155, § 2º, XII, ‘g’, da CF” (fls. 164-165).
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.070
PARAÍBA
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
2. Como afirmado na decisão agravada, o acórdão recorrido está
fundamentado nas provas (perícia do Detran/PB) e nas normas
infraconstitucionais interpretadas e aplicadas (Convênio ICMS n. 3/2007,
Decreto estadual n. 30.363/2009 e Lei n. 7.853/1989). Eventual ofensa
constitucional, se tivesse ocorrido, seria indireta. Ademais, incide na
espécie a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.
Nesse sentido, os seguintes julgados:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO
SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS – IPI. AQUISIÇÃO
DE VEÍCULO. ISENÇÃO POR DEFICIÊNCIA FÍSICA.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL:
OFENSA
CONSTITUCIONAL INDIRETA. REEXAME DE PROVAS:
INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO” (ARE 676.309-AgR, de minha relatoria,
Primeira Turma, DJe 17.5.2012).
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
CONTROVÉRSIA
DECIDIDA
EXCLUSIVAMENTE
À
LUZ
DA
LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL E DO CONJUNTO FÁTICO-
PROBATÓRIO DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.070
PARAÍBA
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
2. Como afirmado na decisão agravada, o acórdão recorrido está
fundamentado nas provas (perícia do Detran/PB) e nas normas
infraconstitucionais interpretadas e aplicadas (Convênio ICMS n. 3/2007,
Decreto estadual n. 30.363/2009 e Lei n. 7.853/1989). Eventual ofensa
constitucional, se tivesse ocorrido, seria indireta. Ademais, incide na
espécie a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.
Nesse sentido, os seguintes julgados:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO
SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS – IPI. AQUISIÇÃO
DE VEÍCULO. ISENÇÃO POR DEFICIÊNCIA FÍSICA.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL:
OFENSA
CONSTITUCIONAL INDIRETA. REEXAME DE PROVAS:
INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO” (ARE 676.309-AgR, de minha relatoria,
Primeira Turma, DJe 17.5.2012).
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
CONTROVÉRSIA
DECIDIDA
EXCLUSIVAMENTE
À
LUZ
DA
LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL E DO CONJUNTO FÁTICO-
PROBATÓRIO DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 710.070 AGR / PB
279/STF. 1. Não é possível, em recurso extraordinário, reexaminar a
legislação infraconstitucional aplicada ao caso, bem como analisar o
acervo fático-probatório dos autos. 2. Agravo regimental desprovido”
(RE 660.911-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Segunda Turma, DJe
19.3.2012).
3. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
4. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
ARE 710.070 AGR / PB
279/STF. 1. Não é possível, em recurso extraordinário, reexaminar a
legislação infraconstitucional aplicada ao caso, bem como analisar o
acervo fático-probatório dos autos. 2. Agravo regimental desprovido”
(RE 660.911-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Segunda Turma, DJe
19.3.2012).
3. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
4. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085006.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.070
PROCED. : PARAÍBA
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : ESTADO DA PARAÍBA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA
AGDO.(A/S) : NERIVALDA BARROS GUIMARÃES PASCOAL
ADV.(A/S) : CARMEN RACHEL DANTAS MAYER
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3099374
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.070
PROCED. : PARAÍBA
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : ESTADO DA PARAÍBA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA
AGDO.(A/S) : NERIVALDA BARROS GUIMARÃES PASCOAL
ADV.(A/S) : CARMEN RACHEL DANTAS MAYER
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3099374
Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3112479 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-21T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. ISENÇÃO DO IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS – ICMS. AQUISIÇÃO DE VEÍCULO. DEFICIENTE FÍSICO. FUNDAMENTO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. REEXAME DE PROVAS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. | sjur219335 | - Acórdão(s) citado(s)
(SÚMULA 279)
STF: ARE 676309 AgR (1ªT), RE 660911 AgR (2ªT).
Número de páginas: 7.
Análise: 05/12/2012, MJC. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 710070 | [
"LEG-FED LEI-007853 ANO-1989\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n",
"LEG-FED CNV-000003 ANO-2007\r\n CONVÊNIO ICMS CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA FAZENDÁRIA \r\n- CONFAZ\r\n\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n\r\n",
"LEG-EST DEC-030363 ANO-2009\r\n DECRETO, PB"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 710070 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ESTADO DA PARAÍBA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA
ADV.(A/S) : CARMEN RACHEL DANTAS MAYER
AGDO.(A/S) : NERIVALDA BARROS GUIMARÃES PASCOAL | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710 . 070",
"SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"AGRAVO 710 . 070",
"ARE 710 . 070 AGR / PB",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"SÚMULA 279 / STF",
"RE 660 . 911 - AgR",
"ARE 665 . 395 - AgR",
"ARE 710 . 070 AGR",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"RE 660 . 911 - AgR",
"ARE 665 . 395 - AgR",
"ARE 710 . 070 AGR / PB",
"ARE 710 . 070 AGR / PB",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710 . 070",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"ARE 676 . 309 - AgR",
"AGRAVO 710 . 070",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"ARE 676 . 309 - AgR",
"ARE 710 . 070 AGR",
"RE 660 . 911 - AgR",
"ARE 710 . 070 AGR",
"279",
"/",
"STF",
"RE 660 . 911 - AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2",
"artigo 23 , II , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 23 , II , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
".",
"21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Texto Maior",
"art . 155 , § [UNK] , XII , ‘ g ’ , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Texto",
"Maior",
"art . 155 , § [UNK] , XII , ‘ g ’ , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Convênio ICMS n . 3 / 2007",
"Decreto estadual n . 30 . 363 / 2009",
"Lei n . 7 . 853 / 1989",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Convênio ICMS n . 3 / 2007",
"Decreto estadual n . 30 . 363 / 2009",
"Lei n . 7 . 853 / 1989",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"PARAÍBA",
"ESTADO DA PARAÍBA",
"ESTADO DA PARAÍBA",
"Brasília",
"PARAÍBA",
"ESTADO DA PARAÍBA",
"ESTADO DA PARAÍBA",
"Estado da Paraíba",
"PARAÍBA",
"ESTADO DA PARAÍBA",
"ESTADO DA PARAÍBA",
"Estado da Paraíba",
"Brasil",
"PARAÍBA",
"PARAÍBA",
"PARAÍBA",
"ESTADO DA PARAÍBA",
"ESTADO DA PARAÍBA",
"PARAÍBA",
"ESTADO DA PARAÍBA",
"ESTADO DA PARAÍBA"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Tribunal de Justiça da Paraíba",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Tribunal de Justiça da Paraíba",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Estado da Paraíba",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"279",
"/",
"STF",
"Segunda Turma",
"Estado",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"SEGUNDA TURMA",
"Detran",
"/",
"PB",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Detran",
"/",
"PB",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Geral",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CÁRMEN LÚCIA",
"NERIVALDA BARROS GUIMARÃES PASCOAL",
"CARMEN RACHEL DANTAS MAYER",
"Ricardo Lewandowski",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"NERIVALDA BARROS GUIMARÃES",
"CARMEN RACHEL DANTAS MAYER",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"NERIVALDA BARROS GUIMARÃES PASCOAL",
"CARMEN RACHEL DANTAS MAYER",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Ayres Britto",
"Marco Aurélio",
"Ayres Britto",
"Marco Aurélio",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Ayres Britto",
"Ayres Britto",
"CÁRMEN LÚCIA",
"NERIVALDA BARROS GUIMARÃES PASCOAL",
"CARMEN RACHEL DANTAS MAYER",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"CÁRMEN LÚCIA",
"NERIVALDA BARROS GUIMARÃES PASCOAL",
"CARMEN RACHEL DANTAS MAYER",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"14 de setembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"14 de setembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
".",
"3",
".",
"2012",
"17",
".",
"5",
".",
"2012",
"19",
".",
"6",
".",
"2012",
"21",
".",
"9",
".",
"2012",
"27",
".",
"9",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
".",
"3",
".",
"2012",
"17",
".",
"5",
".",
"2012",
"19",
".",
"6",
".",
"2012",
"21",
".",
"9",
".",
"2012",
"27",
".",
"9",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"17",
".",
"5",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"17",
".",
"5",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
".",
"3",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
".",
"3",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.817 RIO DE
JANEIRO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:VRG LINHAS AÉREAS S/A
ADV.(A/S)
:RICARDO MACHADO CALDARA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:MARCELO ZEITOUNE
ADV.(A/S)
:GABRIEL DA ROCHA SANTOS
ADV.(A/S)
:RAPHAEL GONÇALVES PEREIRA TRINDADE E
OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S)
:S/A VIAÇÃO AÉREA RIO-GRANDENSE - EM
RECUPERAÇÃO JUDICIAL
ADV.(A/S)
:OCTAVIO
AUGUSTO
BRANDÃO
GOMES
E
OUTRO(A/S)
EMENTA
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DIREITO CIVIL. DANOS
MORAIS E MATERIAIS. CANCELAMENTO DE VOO. ILEGITIMIDADE
PASSIVA. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL NÃO
CONFIGURADA. NÃO CABE RECURSO EXTRAORDINÁRIO POR
CONTRARIEDADE AO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA
LEGALIDADE QUANDO A SUA VERIFICAÇÃO PRESSUPONHA
REVER
A
INTERPRETAÇÃO
DADA
A
NORMAS
INFRACONSTITUCIONAIS PELA DECISÃO RECORRIDA. SÚMULA
636/STF.
No âmbito técnico-processual, o grau de correção do juízo de valor
emitido na origem não se confunde com vício ao primado da
fundamentação, notadamente consabido que a disparidade entre o
resultado do julgamento e a expectativa da parte não sugestiona lesão à
norma do texto republicano.
“Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio
constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever
a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
DJe 10/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11
Ementa e Acórdão
ARE 682.817 AGR / RJ
recorrida” (Súmula 636/STF).
Agravo conhecido e não provido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em
negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 682.817 AGR / RJ
recorrida” (Súmula 636/STF).
Agravo conhecido e não provido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em
negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.817 RIO DE
JANEIRO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:VRG LINHAS AÉREAS S/A
ADV.(A/S)
:RICARDO MACHADO CALDARA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:MARCELO ZEITOUNE
ADV.(A/S)
:GABRIEL DA ROCHA SANTOS
ADV.(A/S)
:RAPHAEL GONÇALVES PEREIRA TRINDADE E
OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S)
:S/A VIAÇÃO AÉREA RIO-GRANDENSE - EM
RECUPERAÇÃO JUDICIAL
ADV.(A/S)
:OCTAVIO
AUGUSTO
BRANDÃO
GOMES
E
OUTRO(A/S)
RELATÓRIO
Contra decisão por mim proferida (fls. 383-7), mediante a qual
negado provimento a seu agravo em recurso extraordinário, maneja
agravo regimental VRG Linhas Aéreas S/A (fls. 399-404).
A agravante insurge-se contra a decisão agravada, ao argumento de
que desnecessário o reexame das provas. Aponta violação do art. 5º, II, e
93, IX, da Carta Maior. Alega a inexistência de sucessão entre a empresa
em recuperação judicial e a unidade produtiva alienada. Argumenta que
está sendo compelida ao pagamento de indenização por danos morais e
materiais sem qualquer previsão legal.
Acórdão regional registrado em 04.10.2011 (fl. 338-v)
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3058558.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.817 RIO DE
JANEIRO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:VRG LINHAS AÉREAS S/A
ADV.(A/S)
:RICARDO MACHADO CALDARA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:MARCELO ZEITOUNE
ADV.(A/S)
:GABRIEL DA ROCHA SANTOS
ADV.(A/S)
:RAPHAEL GONÇALVES PEREIRA TRINDADE E
OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S)
:S/A VIAÇÃO AÉREA RIO-GRANDENSE - EM
RECUPERAÇÃO JUDICIAL
ADV.(A/S)
:OCTAVIO
AUGUSTO
BRANDÃO
GOMES
E
OUTRO(A/S)
RELATÓRIO
Contra decisão por mim proferida (fls. 383-7), mediante a qual
negado provimento a seu agravo em recurso extraordinário, maneja
agravo regimental VRG Linhas Aéreas S/A (fls. 399-404).
A agravante insurge-se contra a decisão agravada, ao argumento de
que desnecessário o reexame das provas. Aponta violação do art. 5º, II, e
93, IX, da Carta Maior. Alega a inexistência de sucessão entre a empresa
em recuperação judicial e a unidade produtiva alienada. Argumenta que
está sendo compelida ao pagamento de indenização por danos morais e
materiais sem qualquer previsão legal.
Acórdão regional registrado em 04.10.2011 (fl. 338-v)
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11
Voto - MIN. ROSA WEBER
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.817 RIO DE
JANEIRO
VOTO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os
pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame
do mérito.
Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo:
“Vistos etc.
Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso
extraordinário que interpôs, exarado pela Presidência do
Tribunal a quo, maneja agravo VRG Linhas Aéreas S/A. Na
minuta, sustenta que o recurso extraordinário reúne todos os
requisitos para sua admissão. Aponta violação direta dos arts.
5º, II, e 93, IX, da Lei Maior.
Contraminuta.
É o relatório.
Decido.
Preenchidos os pressupostos extrínsecos.
Da detida análise dos fundamentos da decisão
denegatória de seguimento do recurso extraordinário, bem
como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de
origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na
instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.
Da leitura dos fundamentos do acórdão prolatado na
origem, constato explicitados os motivos de decidir, a afastar o
vício da nulidade por negativa de prestação jurisdicional
arguido. Destaco que, no âmbito técnico-processual, o grau de
correção do juízo de valor emitido na origem não se confunde
com vício ao primado da fundamentação, notadamente
consabido que a disparidade entre o resultado do julgamento e
a expectativa da parte não sugestiona lesão à norma do texto
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3058559.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.817 RIO DE
JANEIRO
VOTO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os
pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame
do mérito.
Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo:
“Vistos etc.
Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso
extraordinário que interpôs, exarado pela Presidência do
Tribunal a quo, maneja agravo VRG Linhas Aéreas S/A. Na
minuta, sustenta que o recurso extraordinário reúne todos os
requisitos para sua admissão. Aponta violação direta dos arts.
5º, II, e 93, IX, da Lei Maior.
Contraminuta.
É o relatório.
Decido.
Preenchidos os pressupostos extrínsecos.
Da detida análise dos fundamentos da decisão
denegatória de seguimento do recurso extraordinário, bem
como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de
origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na
instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.
Da leitura dos fundamentos do acórdão prolatado na
origem, constato explicitados os motivos de decidir, a afastar o
vício da nulidade por negativa de prestação jurisdicional
arguido. Destaco que, no âmbito técnico-processual, o grau de
correção do juízo de valor emitido na origem não se confunde
com vício ao primado da fundamentação, notadamente
consabido que a disparidade entre o resultado do julgamento e
a expectativa da parte não sugestiona lesão à norma do texto
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11
Voto - MIN. ROSA WEBER
ARE 682.817 AGR / RJ
republicano. Precedentes desta Suprema Corte na matéria:
“Fundamentação do acórdão recorrido. Existência. Não há
falar em ofensa ao art. 93, IX, da CF, quando o acórdão
impugnado tenha dado razões suficientes, embora contrárias à
tese da recorrente.” (AI 426.981-AgR, Relator Ministro Cezar
Peluso, DJ 05.11.04; no mesmo sentido: AI 611.406-AgR, Relator
Ministro Carlos Britto, DJE 20.02.09)
“Omissão. Inexistência. O magistrado não está obrigado a
responder todos os fundamentos alegados pelo recorrente. PIS.
Lei n. 9.715/98. Constitucionalidade. A controvérsia foi decidida
com respaldo em fundamentos adequados, inexistindo omissão
a ser suprida. Este Tribunal fixou entendimento no sentido de
que o magistrado não está vinculado pelo dever de responder
todo s os fundamentos alegados pela parte recorrente.
Precedentes. Esta Corte afastou a suposta inconstitucionalidade
das alterações introduzidas pela Lei n. 9.715/98, admitindo a
majoração da contribuição para o PIS mediante a edição de
medida provisória. Precedentes.” (RE 511.581-AgR, Relator
Ministro Eros Grau, DJE 15.8.08)
“O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão
judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja
correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide:
declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou
não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita
a exigência constitucional.” (AI 402.819-AgR, Relator Ministro
Sepúlveda Pertence, DJ 05.9.03)
Emerge do excerto transcrito que o Tribunal de origem, na
hipótese em apreço, se lastreou na prova produzida para firmar
seu convencimento. Nesse contexto, somente mediante o
revolvimento do quadro fático delineado seria possível aferir a
ocorrência de eventual afronta aos preceitos constitucionais
invocados no apelo extremo. Inadmissível, pois, o recurso
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ARE 682.817 AGR / RJ
republicano. Precedentes desta Suprema Corte na matéria:
“Fundamentação do acórdão recorrido. Existência. Não há
falar em ofensa ao art. 93, IX, da CF, quando o acórdão
impugnado tenha dado razões suficientes, embora contrárias à
tese da recorrente.” (AI 426.981-AgR, Relator Ministro Cezar
Peluso, DJ 05.11.04; no mesmo sentido: AI 611.406-AgR, Relator
Ministro Carlos Britto, DJE 20.02.09)
“Omissão. Inexistência. O magistrado não está obrigado a
responder todos os fundamentos alegados pelo recorrente. PIS.
Lei n. 9.715/98. Constitucionalidade. A controvérsia foi decidida
com respaldo em fundamentos adequados, inexistindo omissão
a ser suprida. Este Tribunal fixou entendimento no sentido de
que o magistrado não está vinculado pelo dever de responder
todo s os fundamentos alegados pela parte recorrente.
Precedentes. Esta Corte afastou a suposta inconstitucionalidade
das alterações introduzidas pela Lei n. 9.715/98, admitindo a
majoração da contribuição para o PIS mediante a edição de
medida provisória. Precedentes.” (RE 511.581-AgR, Relator
Ministro Eros Grau, DJE 15.8.08)
“O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão
judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja
correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide:
declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou
não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita
a exigência constitucional.” (AI 402.819-AgR, Relator Ministro
Sepúlveda Pertence, DJ 05.9.03)
Emerge do excerto transcrito que o Tribunal de origem, na
hipótese em apreço, se lastreou na prova produzida para firmar
seu convencimento. Nesse contexto, somente mediante o
revolvimento do quadro fático delineado seria possível aferir a
ocorrência de eventual afronta aos preceitos constitucionais
invocados no apelo extremo. Inadmissível, pois, o recurso
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Voto - MIN. ROSA WEBER
ARE 682.817 AGR / RJ
extraordinário, em face do óbice da Súmula 279/STF, segundo a
qual “para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.” Nesse sentido: AI 677.505-AgR/SP, Rel. Min.
Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJe 1º.02.2011; e AI 764.366-
AgR/SP, por mim relatado, 1ª Turma, DJe 23.4.2012, assim
ementados:
"EMENTA: RESPONSABILIDADE CIVIL. DIREITO DO
TRABALHO. DANO MORAL. FIXAÇÃO DO QUANTUM
REPARATÓRIO. 1. Controvérsia solucionada à luz da casuística
do Tribunal Superior do Trabalho. 2. O art. 5º, V e X, da
Constituição não estabelece parâmetros para a fixação do valor
da reparação por dano moral. 3. Agravo regimental a que se
nega provimento".
"DIREITO PROCESSUAL CIVIL. ALEGAÇÃO DE
VIOLAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE E DO
DEVIDO
PROCESSO
LEGAL.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME INCABÍVEL NO
ÂMBITO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO CIVIL.
ACIDENTE DE TRÂNSITO. INDENIZAÇÃO. DANOS
MORAIS. ART. 5º, V E X, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
REEXAME
DE
FATOS
E
PROVAS.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
SÚMULA
STF
279.
Impossibilidade de exame em recurso extraordinário de
alegada violação, acaso existente, situada no âmbito
infraconstitucional. Necessidade do reexame de fatos e provas
para divergir da conclusão a que chegou o Tribunal de origem.
Aplicação da Súmula 279/STF: “para simples reexame de prova
não cabe recurso extraordinário”. Agravo regimental a que se
nega provimento".
O exame de eventual ofensa ao preceito constitucional
indicado nas razões recursais, consagrador do princípio da
legalidade (art. 5º da Lei Maior), demanda, em primeiro plano,
a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à
3
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extraordinário, em face do óbice da Súmula 279/STF, segundo a
qual “para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.” Nesse sentido: AI 677.505-AgR/SP, Rel. Min.
Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJe 1º.02.2011; e AI 764.366-
AgR/SP, por mim relatado, 1ª Turma, DJe 23.4.2012, assim
ementados:
"EMENTA: RESPONSABILIDADE CIVIL. DIREITO DO
TRABALHO. DANO MORAL. FIXAÇÃO DO QUANTUM
REPARATÓRIO. 1. Controvérsia solucionada à luz da casuística
do Tribunal Superior do Trabalho. 2. O art. 5º, V e X, da
Constituição não estabelece parâmetros para a fixação do valor
da reparação por dano moral. 3. Agravo regimental a que se
nega provimento".
"DIREITO PROCESSUAL CIVIL. ALEGAÇÃO DE
VIOLAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE E DO
DEVIDO
PROCESSO
LEGAL.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME INCABÍVEL NO
ÂMBITO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO CIVIL.
ACIDENTE DE TRÂNSITO. INDENIZAÇÃO. DANOS
MORAIS. ART. 5º, V E X, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
REEXAME
DE
FATOS
E
PROVAS.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
SÚMULA
STF
279.
Impossibilidade de exame em recurso extraordinário de
alegada violação, acaso existente, situada no âmbito
infraconstitucional. Necessidade do reexame de fatos e provas
para divergir da conclusão a que chegou o Tribunal de origem.
Aplicação da Súmula 279/STF: “para simples reexame de prova
não cabe recurso extraordinário”. Agravo regimental a que se
nega provimento".
O exame de eventual ofensa ao preceito constitucional
indicado nas razões recursais, consagrador do princípio da
legalidade (art. 5º da Lei Maior), demanda, em primeiro plano,
a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à
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Voto - MIN. ROSA WEBER
ARE 682.817 AGR / RJ
espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o
que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior,
nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo
Tribunal Federal, verbis:
"Recurso extraordinário: descabimento: acórdão recorrido,
do Tribunal Superior do Trabalho, que decidiu a questão à luz
de legislação infraconstitucional: alegada violação ao texto
constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta;
ausência de negativa de prestação jurisdicional ou de defesa aos
princípios compreendidos nos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV e 93,
IX, da Constituição Federal." (STF-AI-AgR-436.911/SE, Relator
Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 17.6.2005)
"CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO:
ALEGAÇÃO DE OFENSA À C.F., art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV
e LV. I. - Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer
a vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal operação,
interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão
fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso
constitucional. II. - Decisão contrária ao interesse da parte não
configura negativa de prestação jurisdicional (C.F., art. 5º,
XXXV). III. - A verificação, no caso concreto, da existência, ou
não, do direito adquirido, situa-se no campo
infraconstitucional. IV. - Alegação de ofensa ao devido processo
legal: C.F., art. 5º, LIV e LV: se ofensa tivesse havido, seria ela
indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas
processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a
admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. V.
- Agravo não provido" (STF-RE-AgR-154.158/SP, Relator
Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 20.9.2002).
"TRABALHISTA. ACÓRDÃO QUE NÃO ADMITIU
RECURSO DE REVISTA, INTERPOSTO PARA AFASTAR
PENHORA SOBRE BENS ALIENADOS FIDUCIARIAMENTE
EM GARANTIA DE FINANCIAMENTO POR MEIO DE
4
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ARE 682.817 AGR / RJ
espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o
que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior,
nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo
Tribunal Federal, verbis:
"Recurso extraordinário: descabimento: acórdão recorrido,
do Tribunal Superior do Trabalho, que decidiu a questão à luz
de legislação infraconstitucional: alegada violação ao texto
constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta;
ausência de negativa de prestação jurisdicional ou de defesa aos
princípios compreendidos nos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV e 93,
IX, da Constituição Federal." (STF-AI-AgR-436.911/SE, Relator
Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 17.6.2005)
"CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO:
ALEGAÇÃO DE OFENSA À C.F., art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV
e LV. I. - Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer
a vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal operação,
interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão
fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso
constitucional. II. - Decisão contrária ao interesse da parte não
configura negativa de prestação jurisdicional (C.F., art. 5º,
XXXV). III. - A verificação, no caso concreto, da existência, ou
não, do direito adquirido, situa-se no campo
infraconstitucional. IV. - Alegação de ofensa ao devido processo
legal: C.F., art. 5º, LIV e LV: se ofensa tivesse havido, seria ela
indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas
processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a
admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. V.
- Agravo não provido" (STF-RE-AgR-154.158/SP, Relator
Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 20.9.2002).
"TRABALHISTA. ACÓRDÃO QUE NÃO ADMITIU
RECURSO DE REVISTA, INTERPOSTO PARA AFASTAR
PENHORA SOBRE BENS ALIENADOS FIDUCIARIAMENTE
EM GARANTIA DE FINANCIAMENTO POR MEIO DE
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Voto - MIN. ROSA WEBER
ARE 682.817 AGR / RJ
CÉDULA DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO. DECRETO-LEI
413/69 E LEI 4.728/65. ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, II,
XXII, XXXV E XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
Questão insuscetível de ser apreciada senão por via da
legislação infraconstitucional que fundamentou o acórdão,
procedimento inviável em sede de recurso extraordinário, onde
não cabe a aferição de ofensa reflexa e indireta à Carta Magna.
Recurso não conhecido" (STF-RE-153.781/DF, Relator Ministro
Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJ 02.02.2001).
Não merece processamento o apelo extremo, consoante
também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o
recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à
conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da
Constituição da República.
Conheço do agravo para negar-lhe provimento (art. 544, §
4º, II, “a”, do CPC)” (fls. 383-7).
Nada colhe.
Quanto à alegada afronta ao art. 93, IX, da Carta Política, consoante
destacado na decisão agravada, o Colegiado de origem exarou decisão
devidamente fundamentada acerca da legitimidade da VRG Linhas
Aéreas S/A, ainda que contrária aos interesses da recorrente, não cabendo
falar em negativa de prestação jurisdicional. Repiso que, “no âmbito
técnico-processual, o grau de correção do juízo de valor emitido na
origem não se confunde com vício ao primado da fundamentação,
notadamente consabido que a disparidade entre o resultado do
julgamento e a expectativa da parte não sugestiona lesão à norma do
texto republicano”. Eis o pronunciamento explícito do regional acerca da
matéria:
“Afasto a preliminar de ilegitimidade passiva suscitada
pela VRG, por entender que ocorreu sucessão empresarial,
devendo a empresa sucessora responder pelos danos causados
no exercício da atividade empresarial anteriormente e
5
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ARE 682.817 AGR / RJ
CÉDULA DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO. DECRETO-LEI
413/69 E LEI 4.728/65. ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, II,
XXII, XXXV E XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
Questão insuscetível de ser apreciada senão por via da
legislação infraconstitucional que fundamentou o acórdão,
procedimento inviável em sede de recurso extraordinário, onde
não cabe a aferição de ofensa reflexa e indireta à Carta Magna.
Recurso não conhecido" (STF-RE-153.781/DF, Relator Ministro
Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJ 02.02.2001).
Não merece processamento o apelo extremo, consoante
também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o
recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à
conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da
Constituição da República.
Conheço do agravo para negar-lhe provimento (art. 544, §
4º, II, “a”, do CPC)” (fls. 383-7).
Nada colhe.
Quanto à alegada afronta ao art. 93, IX, da Carta Política, consoante
destacado na decisão agravada, o Colegiado de origem exarou decisão
devidamente fundamentada acerca da legitimidade da VRG Linhas
Aéreas S/A, ainda que contrária aos interesses da recorrente, não cabendo
falar em negativa de prestação jurisdicional. Repiso que, “no âmbito
técnico-processual, o grau de correção do juízo de valor emitido na
origem não se confunde com vício ao primado da fundamentação,
notadamente consabido que a disparidade entre o resultado do
julgamento e a expectativa da parte não sugestiona lesão à norma do
texto republicano”. Eis o pronunciamento explícito do regional acerca da
matéria:
“Afasto a preliminar de ilegitimidade passiva suscitada
pela VRG, por entender que ocorreu sucessão empresarial,
devendo a empresa sucessora responder pelos danos causados
no exercício da atividade empresarial anteriormente e
5
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Voto - MIN. ROSA WEBER
ARE 682.817 AGR / RJ
posteriormente à sucessão. Em regra a arrematação judicial
transfere tanto o ativo como o saldo do passivo da empresa
alienada, formando uma espécie de solidariedade. No caso
particular da Varig, houve cisão da empresa e venda judicial de
parte da Varig. A arrematante VRG assumiu o compromisso de
obrigações, dentre elas a assunção de todas aquelas
relacionadas ao programa SMILES, inclusive todas as passagens
emitidas de boa-fé até a data da homologação da arrematação.
Ademais, na hipótese, como como bem salientou o juízo
monocrático, o fato do serviço –cancelamento do voo, ocorreu
quando a recorrente já havia adquirido a antiga Varig” (fl. 338).
De outra parte, suposta afronta princípio da legalidade, indicada nas
razões recursais, dependeria da análise de legislação infraconstitucional,
o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível de viabilizar o
conhecimento do recurso extraordinário, considerada a disposição do art.
102, III, “a”, da Lei Maior. Incide, na espécie, o óbice da Súmula 636/STF,
verbis:
“Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao
princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação
pressuponha rever a interpretação dada a normas
infraconstitucionais pela decisão recorrida”.
Agravo regimental conhecido e não provido.
É como voto.
6
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ARE 682.817 AGR / RJ
posteriormente à sucessão. Em regra a arrematação judicial
transfere tanto o ativo como o saldo do passivo da empresa
alienada, formando uma espécie de solidariedade. No caso
particular da Varig, houve cisão da empresa e venda judicial de
parte da Varig. A arrematante VRG assumiu o compromisso de
obrigações, dentre elas a assunção de todas aquelas
relacionadas ao programa SMILES, inclusive todas as passagens
emitidas de boa-fé até a data da homologação da arrematação.
Ademais, na hipótese, como como bem salientou o juízo
monocrático, o fato do serviço –cancelamento do voo, ocorreu
quando a recorrente já havia adquirido a antiga Varig” (fl. 338).
De outra parte, suposta afronta princípio da legalidade, indicada nas
razões recursais, dependeria da análise de legislação infraconstitucional,
o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível de viabilizar o
conhecimento do recurso extraordinário, considerada a disposição do art.
102, III, “a”, da Lei Maior. Incide, na espécie, o óbice da Súmula 636/STF,
verbis:
“Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao
princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação
pressuponha rever a interpretação dada a normas
infraconstitucionais pela decisão recorrida”.
Agravo regimental conhecido e não provido.
É como voto.
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.817 RIO DE
JANEIRO
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – São servidores da
extinta Caixa, e houve, simplesmente, a preservação do direito.
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Isso.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Mas a situação desses
aproveitados da Caixa é diversa.
Por isso, acompanho Vossa Excelência.
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30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.817 RIO DE
JANEIRO
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – São servidores da
extinta Caixa, e houve, simplesmente, a preservação do direito.
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Isso.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Mas a situação desses
aproveitados da Caixa é diversa.
Por isso, acompanho Vossa Excelência.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.817
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : VRG LINHAS AÉREAS S/A
ADV.(A/S) : RICARDO MACHADO CALDARA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : MARCELO ZEITOUNE
ADV.(A/S) : GABRIEL DA ROCHA SANTOS
ADV.(A/S) : RAPHAEL GONÇALVES PEREIRA TRINDADE E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S) : S/A VIAÇÃO AÉREA RIO-GRANDENSE - EM RECUPERAÇÃO
JUDICIAL
ADV.(A/S) : OCTAVIO AUGUSTO BRANDÃO GOMES E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.817
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : VRG LINHAS AÉREAS S/A
ADV.(A/S) : RICARDO MACHADO CALDARA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : MARCELO ZEITOUNE
ADV.(A/S) : GABRIEL DA ROCHA SANTOS
ADV.(A/S) : RAPHAEL GONÇALVES PEREIRA TRINDADE E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S) : S/A VIAÇÃO AÉREA RIO-GRANDENSE - EM RECUPERAÇÃO
JUDICIAL
ADV.(A/S) : OCTAVIO AUGUSTO BRANDÃO GOMES E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076526
Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3169305 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-10T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DIREITO CIVIL. DANOS MORAIS E MATERIAIS. CANCELAMENTO DE VOO. ILEGITIMIDADE PASSIVA. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL NÃO CONFIGURADA. NÃO CABE RECURSO EXTRAORDINÁRIO POR CONTRARIEDADE AO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA LEGALIDADE QUANDO A SUA VERIFICAÇÃO PRESSUPONHA REVER A INTERPRETAÇÃO DADA A NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS PELA DECISÃO RECORRIDA. SÚMULA 636/STF.
No âmbito técnico-processual, o grau de correção do juízo de valor emitido na origem não se confunde com vício ao primado da fundamentação, notadamente consabido que a disparidade entre o resultado do julgamento e a expectativa da parte não sugestiona lesão à norma do texto republicano.
“Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida” (Súmula 636/STF).
Agravo conhecido e não provido. | sjur221161 | Número de páginas: 11.
Análise: 17/12/2012, MJC. | ROSA WEBER | Primeira Turma | 682817 | [
"LEG-FED SUMSTF-000636 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 682817 AgR | [
""
] | ADV.(A/S) : OCTAVIO AUGUSTO BRANDÃO GOMES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : RICARDO MACHADO CALDARA E OUTRO(A/S)
AGTE.(S) : VRG LINHAS AÉREAS S/A
ADV.(A/S) : GABRIEL DA ROCHA SANTOS
AGDO.(A/S) : MARCELO ZEITOUNE
ADV.(A/S) : RAPHAEL GONÇALVES PEREIRA TRINDADE E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S) : S/A VIAÇÃO AÉREA RIO-GRANDENSE - EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO",
"SÚMULA 636 / STF",
"ARE 682 . 817 AGR / RJ",
"Súmula 636 / STF",
"ARE 682 . 817 AGR / RJ",
"Súmula 636 / STF",
"AI 426 . 981 - AgR",
"AI 611 . 406 - AgR",
"RE 511 . 581 - AgR",
"AI 402 . 819 - AgR",
"ARE 682 . 817 AGR /",
"AI 426 . 981 - AgR",
"AI 611 . 406 - AgR",
"RE 511 . 581 - AgR",
"AI 402 . 819 - AgR",
"ARE 682 . 817",
"Súmula 279 / STF",
"AI 677 . 505 - AgR / SP",
"AI 764 . 366 - AgR / SP",
"SÚMULA STF 279",
"Súmula 279 / STF",
"Súmula 279 / STF",
"AI 677 . 505 - AgR / SP",
"AI 764 . 366 - AgR / SP",
"SÚMULA STF 279",
"Súmula 279 / STF",
"-",
"AI",
"STF",
"-",
"RE",
"-",
"AgR",
"-",
"154",
".",
"158",
"/",
"SP",
"ARE 682 . 817",
"STF",
"-",
"AI",
"-",
"AgR",
"-",
"436",
".",
"911",
"/",
"SE",
"STF",
"-",
"RE",
"-",
"AgR",
"-",
"154",
".",
"158",
"/",
"SP",
"ARE 682 . 817 AGR",
"STF",
"-",
"RE",
"-",
"153",
".",
"781",
"/",
"DF",
"ARE 682 . 817",
"STF",
"-",
"RE",
"-",
"153",
".",
"781",
"/",
"DF",
"ARE 682 . 817 AGR / RJ",
"Súmula 636 / STF",
"Súmula 636 / STF",
"RECURSO",
"RECURSO",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682 . 817"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , II , e 93 , IX , da Carta Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , II , e 93 , IX , da Carta Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . [UNK] , II , e 93 , IX , da Lei Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . [UNK] , II , e 93 , IX , da Lei Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 93 , IX , da CF",
"Lei n . 9 . 715 / 98",
"Lei n . 9 . 715 / 98",
"Constituição",
"art . 93 , IX",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 93 , IX , da CF",
"Lei n . 9 . 715 / 98",
"Lei n . 9 . 715 / 98",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , V e X , da Constituição",
"ART . [UNK] , V E X , DA CONSTITUIÇÃO",
"art . [UNK] da Lei Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , V e X , da Constituição",
"ART . [UNK] , V E X , DA CONSTITUIÇÃO",
"art . [UNK] da Lei Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , “ a ” , da Lei Maior",
"arts . [UNK] , II , XXXV , LIV e LV e 93 , IX , da Constituição Federal",
"-",
"AgR - 436 . 911 /",
"C",
".",
"F . , art . [UNK] , II ,",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , “ a ” , da Lei Maior",
"C",
".",
"F .",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"DECRETO",
"-",
"LEI 413 / 69",
"LEI 4 . 728 / 65",
"ART . [UNK] , II , XXII , XXXV E XXXVI , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"Carta Magna",
"Constituição da República",
"art . 544 , § [UNK] , II , “ a ” , do CPC",
"art . 93 , IX , da Carta Política",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"DECRETO",
"-",
"LEI 413 / 69",
"LEI 4 . 728 / 65",
"ART . [UNK] , II , XXII , XXXV E XXXVI , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"Carta Magna",
"Constituição da República",
"art . 544 , § [UNK] , II , “ a ” , do CPC",
"art . 93 , IX , da Carta Política",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , “ a ” , da Lei Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , “ a ” , da Lei Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO DE JANEIRO",
"GRANDENSE",
"Brasília",
"Brasília",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO - GRANDENSE",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"VRG LINHAS AÉREAS S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"VRG LINHAS AÉREAS S / A",
"VRG Linhas Aéreas S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"VRG LINHAS AÉREAS S / A",
"VIAÇÃO",
"EM",
"VRG Linhas Aéreas S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"VRG Linhas Aéreas S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"VRG Linhas Aéreas S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"AGR",
"/",
"RJ",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"AGR",
"/",
"RJ",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"STF",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"RJ",
"[UNK] Turma",
"VRG Linhas Aéreas S / A",
"VRG",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"VRG Linhas Aéreas S / A",
"VRG",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Varig",
"Varig",
"VRG",
"Varig",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Varig",
"Varig",
"VRG",
"Varig",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Caixa",
"Caixa",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Caixa",
"Caixa",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"VRG LINHAS AÉREAS S / A",
"[UNK] Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"VRG LINHAS AÉREAS S / A",
"VIAÇÃO",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"ROSA WEBER",
"RICARDO MACHADO CALDARA",
"MARCELO ZEITOUNE",
"GABRIEL DA ROCHA SANTOS",
"RAPHAEL GONÇALVES PEREIRA TRINDADE",
"OCTAVIO AUGUSTO BRANDÃO GOMES",
"Dias Toffoli",
"Rosa Weber",
"Dias Toffoli",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER",
"RICARDO MACHADO CALDARA",
"MARCELO ZEITOUNE",
"GABRIEL DA ROCHA SANTOS",
"RAPHAEL GONÇALVES PEREIRA TRINDADE",
"OCTAVIO AUGUSTO BRANDÃO GOMES",
"ROSA WEBER",
"RICARDO MACHADO CALDARA",
"MARCELO ZEITOUNE",
"GABRIEL DA ROCHA SANTOS",
"RAPHAEL GONÇALVES PEREIRA",
"OCTAVIO AUGUSTO BRANDÃO GOMES",
"ROSA WEBER",
"Rosa Weber",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER ARE",
"Cezar Peluso",
"Carlos Britto",
"Eros Grau",
"Sepúlveda Pertence",
"Cezar Peluso",
"Carlos Britto",
"Eros Grau",
"Sepúlveda Pertence",
"ROSA WEBER",
"Joaquim Barbosa",
"Joaquim Barbosa",
"ROSA WEBER",
"Sepúlveda Pertence",
"Carlos Velloso",
"Sepúlveda Pertence",
"Carlos Velloso",
"ROSA WEBER",
"Ilmar Galvão",
"Ilmar Galvão",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"RICARDO MACHADO CALDARA",
"MARCELO ZEITOUNE",
"GABRIEL DA ROCHA SANTOS",
"RAPHAEL GONÇALVES PEREIRA TRINDADE",
"OCTAVIO AUGUSTO BRANDÃO GOMES",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"ROSA WEBER",
"RICARDO MACHADO CALDARA",
"MARCELO ZEITOUNE",
"GABRIEL DA ROCHA SANTOS",
"RAPHAEL GONÇALVES PEREIRA TRINDADE",
"OCTAVIO AUGUSTO BRANDÃO GOMES",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"10",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"04",
".",
"10",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"04",
".",
"10",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
".",
"11",
".",
"04",
"20",
".",
"02",
".",
"09",
"15",
".",
"8",
".",
"08",
"05",
".",
"9",
".",
"03",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
".",
"11",
".",
"04",
"20",
".",
"02",
".",
"09",
"15",
".",
"8",
".",
"08",
"05",
".",
"9",
".",
"03",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
".",
"02",
".",
"2011",
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".",
"4",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
".",
"02",
".",
"2011",
"23",
".",
"4",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
".",
"6",
".",
"2005",
"20",
".",
"9",
".",
"2002",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
".",
"6",
".",
"2005",
"20",
".",
"9",
".",
"2002",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"02",
".",
"02",
".",
"2001",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"02",
".",
"02",
".",
"2001",
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"/",
"2001",
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"/",
"2001",
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"/",
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"2001",
"30",
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"10",
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"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.925 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:BANCO SUDAMERIS BRASIL S/A
ADV.(A/S)
:OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:SEBASTIÃO JOSÉ INÁCIO FILHO
ADV.(A/S)
:CRISTINA
MEDRADO
GOMES
OLIVEIRA
E
OUTRO(A/S)
E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO – INSCRIÇÃO
INDEVIDA DE NOME DE CONSUMIDOR EM CADASTRO DE
INADIMPLENTES DO SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO –
INDENIZAÇÃO PELO DANO MORAL SOFRIDO – AUSÊNCIA DE
OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA
LEGALIDADE – REEXAME DE FATOS E PROVAS – IMPOSSIBILIDADE –
SÚMULA 279/STF – CONTROVÉRSIA SUSCITADA NO RE 602.136-
-RG/RJ – MATÉRIA A CUJO RESPEITO NÃO SE RECONHECEU A
EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL – RECURSO IMPROVIDO.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos
e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
CELSO DE MELLO – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3093623.
Supremo Tribunal Federal
DJe 26/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5
Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.925 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:BANCO SUDAMERIS BRASIL S/A
ADV.(A/S)
:OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:SEBASTIÃO JOSÉ INÁCIO FILHO
ADV.(A/S)
:CRISTINA
MEDRADO
GOMES
OLIVEIRA
E
OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se
de recurso de agravo, tempestivamente interposto, contra decisão que
negou provimento ao agravo de instrumento deduzido pela parte ora
agravante, em face do reconhecimento, pelo Supremo Tribunal Federal,
de que inexiste, no tema versado nestes autos, repercussão geral da
matéria suscitada no RE 602.136-RG/RJ, Rel. Min. ELLEN GRACIE.
Inconformada com essa decisão, a parte ora agravante interpõe o
presente recurso, postulando o provimento do agravo de instrumento
que deduziu (fls. 288/292).
Por não me convencer das razões expostas, submeto, à apreciação
desta colenda Turma, o presente recurso de agravo.
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3093624.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.925 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:BANCO SUDAMERIS BRASIL S/A
ADV.(A/S)
:OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:SEBASTIÃO JOSÉ INÁCIO FILHO
ADV.(A/S)
:CRISTINA
MEDRADO
GOMES
OLIVEIRA
E
OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se
de recurso de agravo, tempestivamente interposto, contra decisão que
negou provimento ao agravo de instrumento deduzido pela parte ora
agravante, em face do reconhecimento, pelo Supremo Tribunal Federal,
de que inexiste, no tema versado nestes autos, repercussão geral da
matéria suscitada no RE 602.136-RG/RJ, Rel. Min. ELLEN GRACIE.
Inconformada com essa decisão, a parte ora agravante interpõe o
presente recurso, postulando o provimento do agravo de instrumento
que deduziu (fls. 288/292).
Por não me convencer das razões expostas, submeto, à apreciação
desta colenda Turma, o presente recurso de agravo.
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.925 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não
assiste razão à parte recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se, com
integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial que o Supremo Tribunal Federal
firmou na matéria ora em exame.
Com efeito, o Supremo Tribunal Federal, apreciando a ocorrência,
ou não, de controvérsia alegadamente impregnada de transcendência e
observando o procedimento a que se refere a Lei nº 11.418/2006,
entendeu destituída de repercussão geral a questão suscitada no
RE 602.136-RG/RJ, Rel. Min. ELLEN GRACIE, por tratar-se de litígio
referente a matéria infraconstitucional, fazendo-o em decisão assim
ementada:
“INDENIZAÇÃO. DANOS MORAIS. CADASTRAMENTO
INDEVIDO EM ÓRGÃO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO.
APLICAÇÃO DOS EFEITOS DA AUSÊNCIA DE
REPERCUSSÃO GERAL TENDO EM VISTA TRATAR-SE DE
DIVERGÊNCIA SOLUCIONÁVEL PELA APLICAÇÃO DA
LEGISLAÇÃO FEDERAL. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO
GERAL.”
O não atendimento desse pré-requisito de admissibilidade recursal,
considerado o que dispõe o art. 322 do RISTF, na redação dada pela
Emenda Regimental nº 21/2007, inviabiliza o conhecimento do recurso
extraordinário interposto pela parte ora agravante, como já ressaltado na
decisão ora impugnada.
De outro lado, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem
enfatizado, a propósito da questão pertinente à transgressão constitucional
indireta, que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.925 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não
assiste razão à parte recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se, com
integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial que o Supremo Tribunal Federal
firmou na matéria ora em exame.
Com efeito, o Supremo Tribunal Federal, apreciando a ocorrência,
ou não, de controvérsia alegadamente impregnada de transcendência e
observando o procedimento a que se refere a Lei nº 11.418/2006,
entendeu destituída de repercussão geral a questão suscitada no
RE 602.136-RG/RJ, Rel. Min. ELLEN GRACIE, por tratar-se de litígio
referente a matéria infraconstitucional, fazendo-o em decisão assim
ementada:
“INDENIZAÇÃO. DANOS MORAIS. CADASTRAMENTO
INDEVIDO EM ÓRGÃO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO.
APLICAÇÃO DOS EFEITOS DA AUSÊNCIA DE
REPERCUSSÃO GERAL TENDO EM VISTA TRATAR-SE DE
DIVERGÊNCIA SOLUCIONÁVEL PELA APLICAÇÃO DA
LEGISLAÇÃO FEDERAL. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO
GERAL.”
O não atendimento desse pré-requisito de admissibilidade recursal,
considerado o que dispõe o art. 322 do RISTF, na redação dada pela
Emenda Regimental nº 21/2007, inviabiliza o conhecimento do recurso
extraordinário interposto pela parte ora agravante, como já ressaltado na
decisão ora impugnada.
De outro lado, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem
enfatizado, a propósito da questão pertinente à transgressão constitucional
indireta, que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da
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Voto - MIN. CELSO DE MELLO
AI 856.925 AGR / SP
legalidade, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, do devido
processo legal, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem
configurar, quando muito, situações caracterizadoras de ofensa meramente
reflexa ao texto da Constituição, hipóteses em que também não se revelará
admissível o recurso extraordinário (AI 165.054/SP, Rel. Min. CELSO DE
MELLO – AI 174.473/MG, Rel. Min. CELSO DE MELLO – AI 182.811/SP,
Rel. Min. CELSO DE MELLO – AI 188.762-AgR/PR, Rel. Min. SYDNEY
SANCHES – AI 587.873-AgR/RS, Rel. Min. EROS GRAU – AI 610.626-
-AgR/RJ, Rel. Min. CEZAR PELUSO – AI 618.795-AgR/RS, Rel. Min.
JOAQUIM BARBOSA – AI 687.304-AgR/PR, Rel. Min. CÁRMEN
LÚCIA – AI 701.567-AgR/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – AI 748.884-
-AgR/SP, Rel. Min. LUIZ FUX – AI 832.987-AgR/DF, Rel. Min. ELLEN
GRACIE – RE 236.333/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – RE 599.512-
-AgR/SC, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, v.g.), o que não basta,
só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária.
A espécie ora em exame não foge aos padrões acima mencionados,
refletindo, por isso mesmo, possível situação de ofensa indireta às
prescrições da Carta Política, circunstância essa que impede – como
precedentemente já enfatizado – o próprio conhecimento do recurso
extraordinário (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – RTJ 132/455,
Rel. Min. CELSO DE MELLO).
Cabe registrar, finalmente, que o acórdão recorrido decidiu a
controvérsia à luz dos fatos e das provas existentes nos autos
circunstância esta que obsta o próprio conhecimento do apelo extremo,
em face do que se contém na Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.
Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, nego
provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, em consequência,
por seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada.
É o meu voto.
2
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Supremo Tribunal Federal
AI 856.925 AGR / SP
legalidade, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, do devido
processo legal, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem
configurar, quando muito, situações caracterizadoras de ofensa meramente
reflexa ao texto da Constituição, hipóteses em que também não se revelará
admissível o recurso extraordinário (AI 165.054/SP, Rel. Min. CELSO DE
MELLO – AI 174.473/MG, Rel. Min. CELSO DE MELLO – AI 182.811/SP,
Rel. Min. CELSO DE MELLO – AI 188.762-AgR/PR, Rel. Min. SYDNEY
SANCHES – AI 587.873-AgR/RS, Rel. Min. EROS GRAU – AI 610.626-
-AgR/RJ, Rel. Min. CEZAR PELUSO – AI 618.795-AgR/RS, Rel. Min.
JOAQUIM BARBOSA – AI 687.304-AgR/PR, Rel. Min. CÁRMEN
LÚCIA – AI 701.567-AgR/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – AI 748.884-
-AgR/SP, Rel. Min. LUIZ FUX – AI 832.987-AgR/DF, Rel. Min. ELLEN
GRACIE – RE 236.333/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – RE 599.512-
-AgR/SC, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, v.g.), o que não basta,
só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária.
A espécie ora em exame não foge aos padrões acima mencionados,
refletindo, por isso mesmo, possível situação de ofensa indireta às
prescrições da Carta Política, circunstância essa que impede – como
precedentemente já enfatizado – o próprio conhecimento do recurso
extraordinário (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – RTJ 132/455,
Rel. Min. CELSO DE MELLO).
Cabe registrar, finalmente, que o acórdão recorrido decidiu a
controvérsia à luz dos fatos e das provas existentes nos autos
circunstância esta que obsta o próprio conhecimento do apelo extremo,
em face do que se contém na Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.
Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, nego
provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, em consequência,
por seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada.
É o meu voto.
2
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.925
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S) : BANCO SUDAMERIS BRASIL S/A
ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : SEBASTIÃO JOSÉ INÁCIO FILHO
ADV.(A/S) : CRISTINA MEDRADO GOMES OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.925
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S) : BANCO SUDAMERIS BRASIL S/A
ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : SEBASTIÃO JOSÉ INÁCIO FILHO
ADV.(A/S) : CRISTINA MEDRADO GOMES OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3121680 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-26T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO – INSCRIÇÃO INDEVIDA DE NOME DE CONSUMIDOR EM CADASTRO DE INADIMPLENTES DO SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO – INDENIZAÇÃO PELO DANO MORAL SOFRIDO – AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – REEXAME DE FATOS E PROVAS – IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 279/STF – CONTROVÉRSIA SUSCITADA NO RE 602.136- -RG/RJ – MATÉRIA A CUJO RESPEITO NÃO SE RECONHECEU A EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL – RECURSO IMPROVIDO. | sjur219781 | - Acórdãos citados:
(CONSUMIDOR, CADASTRAMENTO INDEVIDO)
STF: RE 602136 RG (TP)
(OFENSA REFLEXA)
STF: AI 188762 AgR (1ªT), AI 587873 AgR (2ªT), AI 610626
AgR (2ªT), AI 618795 AgR (2ªT), AI 687304 AgR (1ªT), AI
701567 AgR (1ªT), AI 748884 AgR (2ªT), AI 832987 AgR (2ªT),
RE 236333 (2ªT), RE 599512 AgR (2ªT); RTJ 120/192, RTJ
132/455.
Número de páginas: 5.
Análise: 03/12/2012, MAC. | CELSO DE MELLO | Segunda Turma | 856925 | [
"LEG-FED LEI-011418 ANO-2006\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n",
"LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00322 REDAÇÃO DADA PELA EMR-21/2007 \r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED EMR-000021 ANO-2007\r\n EMENDA REGIMENTAL DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | AI-AgR | acordaos | AI 856925 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : BANCO SUDAMERIS BRASIL S/A
ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : SEBASTIÃO JOSÉ INÁCIO FILHO
ADV.(A/S) : CRISTINA MEDRADO GOMES OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : MARCUS VINÍCIUS MOURA DE OLIVEIRA
ADV.(A/S) : DOROTEA AMARAL DE BRITO LIRA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 856 . 925",
"SÚMULA 279 / STF",
"RE 602 . 136 - - RG / RJ",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 856 . 925",
"RE 602 . 136 - RG / RJ",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 856 . 925",
"RE 602 . 136 - RG / RJ",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 856 . 925",
"RE 602 . 136 - RG / RJ",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 856 . 925",
"RE 602 . 136 - RG / RJ",
"AI 856 . 925 AGR / SP",
"AI 165 . 054 / SP",
"AI 174 . 473 / MG",
"AI 182 . 811 / SP",
"AI 188 . 762 - AgR / PR",
"AI 587 . 873 - AgR / RS",
"AI 610 . 626 - - AgR / RJ",
"AI 618 . 795 - AgR / RS",
"AI 687 . 304 - AgR / PR",
"AI 701 . 567 - AgR / SP",
"AI 748 . 884 - - AgR / SP",
"AI 832 . 987 - AgR / DF",
"RE 236 . 333 / DF",
"RE 599 . 512 - - AgR / SC",
"RTJ 120 / 912",
"RTJ 132 / 455",
"Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal",
"AI 856 . 925",
"AI 165 . 054 / SP",
"AI 174 . 473 / MG",
"AI 182 . 811 / SP",
"AI 188 . 762 - AgR / PR",
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"AI 610 . 626 - - AgR / RJ",
"AI 618 . 795 - AgR / RS",
"AI 687 . 304 - AgR / PR",
"AI 701 . 567 - AgR / SP",
"AI 748 . 884 - - AgR / SP",
"AI 832 . 987 - AgR / DF",
"RE 236 . 333 / DF",
"RE 599 . 512 - - AgR / SC",
"RTJ 120 / 912",
"RTJ 132 / 455",
"Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 856 . 925",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 856 . 925"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 11 . 418 / 2006",
"art . 322 do RISTF",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 2007",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 11 . 418 / 2006",
"art . 322 do RISTF",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 2007",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"Carta Política",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"Carta Política",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"BANCO SUDAMERIS BRASIL S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"BANCO SUDAMERIS BRASIL S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"BANCO SUDAMERIS BRASIL S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"AGR",
"/",
"SP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"BANCO SUDAMERIS BRASIL S / A",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"BANCO SUDAMERIS BRASIL S / A",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CELSO DE MELLO",
"OSMAR MENDES PAIXÃO",
"SEBASTIÃO JOSÉ INÁCIO FILHO",
"CRISTINA MEDRADO GOMES OLIVEIRA",
"Ricardo Lewandowski",
"Joaquim Barbosa",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES",
"SEBASTIÃO JOSÉ INÁCIO FILHO",
"CRISTINA MEDRADO GOMES OLIVEIRA",
"CELSO DE MELLO",
"ELLEN GRACIE",
"CELSO DE MELLO",
"OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES",
"SEBASTIÃO JOSÉ INÁCIO FILHO",
"CRISTINA MEDRADO GOMES OLIVEIRA",
"CELSO DE MELLO",
"ELLEN GRACIE",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"ELLEN GRACIE",
"CELSO DE MELLO",
"ELLEN GRACIE",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"SYDNEY SANCHES",
"EROS GRAU",
"CEZAR PELUSO",
"JOAQUIM BARBOSA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"DIAS TOFFOLI",
"LUIZ FUX",
"ELLEN GRACIE",
"MARCO AURÉLIO",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"SYDNEY SANCHES",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"SYDNEY SANCHES",
"EROS GRAU",
"CEZAR PELUSO",
"JOAQUIM BARBOSA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"DIAS TOFFOLI",
"LUIZ FUX",
"ELLEN GRACIE",
"MARCO AURÉLIO",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"SYDNEY SANCHES",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES",
"SEBASTIÃO JOSÉ INÁCIO FILHO",
"CRISTINA MEDRADO GOMES OLIVEIRA",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"CELSO DE MELLO",
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"SEBASTIÃO JOSÉ INÁCIO FILHO",
"CRISTINA MEDRADO GOMES OLIVEIRA",
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"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 829.874 PARANÁ
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:PEDRO ERNESTO GONÇALVES PEREIRA
ADV.(A/S)
:MAURI JOSE ROIKA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO PARANÁ
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ
Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Direito
Administrativo. 3. Responsabilidade civil do estado. 4. Legitimidade ad
causam. Controvérsia decidida no âmbito infraconstitucional. Ofensa
meramente reflexa ao texto constitucional. Precedentes. 5.Ausência de
argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 6. Agravo
regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, negar
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministro GILMAR MENDES
Relator
Documento assinado digitalmente
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Supremo Tribunal Federal
DJe 22/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5
Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 829.874 PARANÁ
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:PEDRO ERNESTO GONÇALVES PEREIRA
ADV.(A/S)
:MAURI JOSE ROIKA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO PARANÁ
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao
recurso extraordinário, tendo em vista a jurisprudência dominante desta
Corte, que se firmou no sentido de que a discussão acerca da legitimidade
ad causam demanda a prévia análise de legislação infraconstitucional, o
que inviabiliza o prosseguimento do recurso extraordinário, tendo em
vista que configura ofensa meramente reflexa ao texto constitucional.
O agravante alega, em síntese, que é devido seu interesse processual
no feito sob pena de violação ao direito de petição ao Poder Judiciário.
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3066821.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 829.874 PARANÁ
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:PEDRO ERNESTO GONÇALVES PEREIRA
ADV.(A/S)
:MAURI JOSE ROIKA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO PARANÁ
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao
recurso extraordinário, tendo em vista a jurisprudência dominante desta
Corte, que se firmou no sentido de que a discussão acerca da legitimidade
ad causam demanda a prévia análise de legislação infraconstitucional, o
que inviabiliza o prosseguimento do recurso extraordinário, tendo em
vista que configura ofensa meramente reflexa ao texto constitucional.
O agravante alega, em síntese, que é devido seu interesse processual
no feito sob pena de violação ao direito de petição ao Poder Judiciário.
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 829.874 PARANÁ
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): No agravo
regimental, não ficou demonstrado o desacerto da decisão agravada.
Verifico que as alegações da parte são impertinentes e decorrem de
mero inconformismo com a decisão adotada por este Tribunal.
Como já consignado pela decisão ora agravada, o Supremo Tribunal
Federal firmou entendimento no sentido de que a discussão acerca da
legitimidade ad causam demanda a prévia análise da legislação
infraconstitucional, o que inviabiliza o prosseguimento do recurso
extraordinário, tendo em vista que configura ofensa meramente reflexa ao
texto constitucional. Nesse sentido, confira-se o AI-AgR 587.112, rel. Min.
Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 4.6.2010, assim ementado:
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. EXTINÇÃO DO
PROCESSO
SEM
JULGAMENTO
DO
MÉRITO.
LEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM . CONTROVÉRSIA
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL
INDIRETA. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS E
DAS CLÁUSULAS CONTRATUAIS. INCIDÊNCIA DAS
SÚMULAS 279 E 454 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE
NEGA PROVIMENTO”.
Dessa forma, para dissentir do assentado no acórdão recorrido, seria
necessária análise de legislação infraconstitucional (Código de Processo
Civil e Código Civil), o que é vedado em sede de recurso extraordinário.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 829.874 PARANÁ
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): No agravo
regimental, não ficou demonstrado o desacerto da decisão agravada.
Verifico que as alegações da parte são impertinentes e decorrem de
mero inconformismo com a decisão adotada por este Tribunal.
Como já consignado pela decisão ora agravada, o Supremo Tribunal
Federal firmou entendimento no sentido de que a discussão acerca da
legitimidade ad causam demanda a prévia análise da legislação
infraconstitucional, o que inviabiliza o prosseguimento do recurso
extraordinário, tendo em vista que configura ofensa meramente reflexa ao
texto constitucional. Nesse sentido, confira-se o AI-AgR 587.112, rel. Min.
Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 4.6.2010, assim ementado:
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. EXTINÇÃO DO
PROCESSO
SEM
JULGAMENTO
DO
MÉRITO.
LEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM . CONTROVÉRSIA
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL
INDIRETA. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS E
DAS CLÁUSULAS CONTRATUAIS. INCIDÊNCIA DAS
SÚMULAS 279 E 454 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE
NEGA PROVIMENTO”.
Dessa forma, para dissentir do assentado no acórdão recorrido, seria
necessária análise de legislação infraconstitucional (Código de Processo
Civil e Código Civil), o que é vedado em sede de recurso extraordinário.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
AI 829.874 AGR / PR
Ante o exposto, mantenho que decidido anteriormente, por seus
próprios fundamentos, para negar provimento a este agravo regimental.
2
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Supremo Tribunal Federal
AI 829.874 AGR / PR
Ante o exposto, mantenho que decidido anteriormente, por seus
próprios fundamentos, para negar provimento a este agravo regimental.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 829.874
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S) : PEDRO ERNESTO GONÇALVES PEREIRA
ADV.(A/S) : MAURI JOSE ROIKA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 829.874
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S) : PEDRO ERNESTO GONÇALVES PEREIRA
ADV.(A/S) : MAURI JOSE ROIKA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3099433
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3116291 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-22T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Direito Administrativo. 3. Responsabilidade civil do estado. 4. Legitimidade ad causam. Controvérsia decidida no âmbito infraconstitucional. Ofensa meramente reflexa ao texto constitucional. Precedentes. 5.Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 6. Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur219595 | - Acórdão citado :
(OFENSA REFLEXA)
STF: AI 587112 AgR (1ªT)
Número de páginas: 5.
Análise: 29/11/2012, MAC. | GILMAR MENDES | Segunda Turma | 829874 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-010406 ANO-2002\r\n CC-2002 CÓDIGO CIVIL"
] | AI-AgR | acordaos | AI 829874 AgR | [
""
] | AGDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ
ADV.(A/S) : MAURI JOSE ROIKA E OUTRO(A/S)
AGTE.(S) : PEDRO ERNESTO GONÇALVES PEREIRA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 829 . 874",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 829 .",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 829 . 874",
"AI",
"-",
"AgR 587 . 112",
"SÚMULAS 279",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 829 . 874",
"AI",
"-",
"AgR 587 . 112",
"SÚMULAS 279",
"AI 829 . 874 AGR",
"AI 829 . 874 AGR",
"AGRAVO",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 829 . 874"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Processo Civil",
"Código Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Processo Civil",
"Código Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ",
"Brasília",
"PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ",
"PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ",
"PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"GILMAR MENDES",
"PEDRO ERNESTO GONÇALVES PEREIRA",
"MAURI JOSE ROIKA",
"Ricardo Lewandowski",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"PEDRO ERNESTO GONÇALVES PEREIRA",
"MAURI JOSE ROIKA",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"PEDRO ERNESTO GONÇALVES PEREIRA",
"MAURI JOSE ROIKA",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"Cármen Lúcia",
"GILMAR MENDES",
"Cármen Lúcia",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"PEDRO ERNESTO GONÇALVES PEREIRA",
"MAURI JOSE ROIKA",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"GILMAR MENDES",
"PEDRO ERNESTO GONÇALVES PEREIRA",
"MAURI JOSE ROIKA",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"4",
".",
"6",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"4",
".",
"6",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 231.875 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.
:INFRESA INDÚSTRIA BRASILEIRA DE FRESADORAS
LTDA
ADV.
:FERNANDO LUIZ LOBO D'EÇA
AGDO.
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
EMENTA
Agravo regimental no agravo de instrumento. Tributos de
competência do Estado. Correção monetária pela UFESP. Legitimidade
declarada pelo Plenário do Tribunal. Parâmetro para atualização da
unidade fiscal: índice fixado pelo Governo Federal.
1. A Corte consolidou o entendimento de que são válidos os decretos
do Estado de São Paulo que determinaram a correção monetária do
débito tributário antes do vencimento da obrigação, acentuando, contudo,
que tal correção deve ser feita com base em índice que não supere aquele
utilizado na atualização dos tributos federais.
2. Ademais, no julgamento da ADI nº 442/SP, da relatoria do
Ministro Eros Grau, esta Corte teve a oportunidade de reafirmar esse
posicionamento.
3. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3113515.
Supremo Tribunal Federal
DJe 06/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Ementa e Acórdão
AI 231.875 AGR / SP
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3113515.
Supremo Tribunal Federal
AI 231.875 AGR / SP
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3113515.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 231.875 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.
:INFRESA INDÚSTRIA BRASILEIRA DE FRESADORAS
LTDA
ADV.
:FERNANDO LUIZ LOBO D'EÇA
AGDO.
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Infresa Indústria Brasileira de Fresadoras Ltda. interpõe tempestivo
agravo regimental contra decisão em que se deu provimento ao agravo de
instrumento, com a seguinte fundamentação:
“Agravo de instrumento de decisão que inadmitiu RE, a e
c, interposto contra acórdão que rejeitou embargos à execução
fiscal opostos, considerando válida a criação da UFESP como
fator de correção monetária de créditos tributários do Estado de
São Paulo, admitindo a atualização desta por índice de preços
apurado por instituição estadual (IPC-FIPE).
Alega o RE, em síntese, a violação dos artigos 5º, XXXV,
LV; 93, IX; 150, IV; 21, VII; 22, VI e 24, § 4º da Constituição
Federal.
A decisão impugnada, ao contrário do que pretende a
agravante, analisou todas as questões apresentadas e está
suficientemente fundamentada, não se configurando a falta de
prestação jurisdicional.
A afirmação de que houve confisco na cobrança
cumulativa de multa, juros moratórios e correção monetária não
merece prosperar. Afinal, cada um desses itens tem natureza
própria, não configurando bis in idem a aplicação conjunta
deles.
A aplicação automática da multa de 30% não se mostra
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3113420.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 231.875 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.
:INFRESA INDÚSTRIA BRASILEIRA DE FRESADORAS
LTDA
ADV.
:FERNANDO LUIZ LOBO D'EÇA
AGDO.
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Infresa Indústria Brasileira de Fresadoras Ltda. interpõe tempestivo
agravo regimental contra decisão em que se deu provimento ao agravo de
instrumento, com a seguinte fundamentação:
“Agravo de instrumento de decisão que inadmitiu RE, a e
c, interposto contra acórdão que rejeitou embargos à execução
fiscal opostos, considerando válida a criação da UFESP como
fator de correção monetária de créditos tributários do Estado de
São Paulo, admitindo a atualização desta por índice de preços
apurado por instituição estadual (IPC-FIPE).
Alega o RE, em síntese, a violação dos artigos 5º, XXXV,
LV; 93, IX; 150, IV; 21, VII; 22, VI e 24, § 4º da Constituição
Federal.
A decisão impugnada, ao contrário do que pretende a
agravante, analisou todas as questões apresentadas e está
suficientemente fundamentada, não se configurando a falta de
prestação jurisdicional.
A afirmação de que houve confisco na cobrança
cumulativa de multa, juros moratórios e correção monetária não
merece prosperar. Afinal, cada um desses itens tem natureza
própria, não configurando bis in idem a aplicação conjunta
deles.
A aplicação automática da multa de 30% não se mostra
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7
Relatório
AI 231.875 AGR / SP
irregular, pois ela não se confunde com a prevista no artigo 5º,
XLVI, c, da Constituição Federal, não sendo exigível
procedimento administrativo para se cobrar esse valor, como
muito bem ressaltou o acórdão recorrido.
No que concerne à UFESP, firmou-se o entendimento do
STF no sentido da validade dos decretos do Estado de São
Paulo que determinaram a correção monetária do débito
tributário antes do vencimento da obrigação (RE 172.394,
21.6.95, Pleno, Galvão). Acentuou-se, contudo, que tal correção
deve ser feita com base em índice que não supere o utilizado na
atualização dos tributos federais (RE 183.907, 29.3.2000, Pleno,
Galvão). Nessa linha tem decidido a 1ª Turma (v.g., RREE
169.875 e 197.238, 9.5.2000, Galvão).
Tais as circunstâncias, na linha dos precedentes e de
acordo com o que dispõem os §§ 3º e 4º do artigo 544 do C. Pr.
Civil, provejo o presente agravo e desde logo conheço
parcialmente do recurso extraordinário e lhe dou provimento
nessa parte, para julgar indevida a execução embargada no que
exceder o índice vigente ao tempo para a correção dos débitos
tributários federais.”
Alega a agravante, in verbis, que:
“(...) deixar de proclamar a nulidade INTEGRAL da
Certidão de Dívida e da ação de cobrança verifica-se que o r.
despacho agravado não somente incide em manifesta
contradição com suas próprias premissas, como contraria e
viola flagrantemente o disposto nos artigos 202, inciso III, 203
do CTN e nos artigos 267, incisos IV e VI, 585, II, 586 e art. 618
do CPC e art. 3º da Lei 6.830/80.”
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
AI 231.875 AGR / SP
irregular, pois ela não se confunde com a prevista no artigo 5º,
XLVI, c, da Constituição Federal, não sendo exigível
procedimento administrativo para se cobrar esse valor, como
muito bem ressaltou o acórdão recorrido.
No que concerne à UFESP, firmou-se o entendimento do
STF no sentido da validade dos decretos do Estado de São
Paulo que determinaram a correção monetária do débito
tributário antes do vencimento da obrigação (RE 172.394,
21.6.95, Pleno, Galvão). Acentuou-se, contudo, que tal correção
deve ser feita com base em índice que não supere o utilizado na
atualização dos tributos federais (RE 183.907, 29.3.2000, Pleno,
Galvão). Nessa linha tem decidido a 1ª Turma (v.g., RREE
169.875 e 197.238, 9.5.2000, Galvão).
Tais as circunstâncias, na linha dos precedentes e de
acordo com o que dispõem os §§ 3º e 4º do artigo 544 do C. Pr.
Civil, provejo o presente agravo e desde logo conheço
parcialmente do recurso extraordinário e lhe dou provimento
nessa parte, para julgar indevida a execução embargada no que
exceder o índice vigente ao tempo para a correção dos débitos
tributários federais.”
Alega a agravante, in verbis, que:
“(...) deixar de proclamar a nulidade INTEGRAL da
Certidão de Dívida e da ação de cobrança verifica-se que o r.
despacho agravado não somente incide em manifesta
contradição com suas próprias premissas, como contraria e
viola flagrantemente o disposto nos artigos 202, inciso III, 203
do CTN e nos artigos 267, incisos IV e VI, 585, II, 586 e art. 618
do CPC e art. 3º da Lei 6.830/80.”
É o relatório.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 231.875 SÃO PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar, haja vista que as alegações
deduzidas no agravo são insuficientes para infirmar a fundamentação
que ampara a decisão agravada, a qual se encontra em sintonia com a
orientação jurisprudencial deste Supremo Tribunal Federal.
Conforme expresso na decisão agravada, não houve negativa de
prestação jurisdicional ou inexistência de motivação no acórdão
recorrido, uma vez que a jurisdição foi prestada, no caso, mediante
decisão suficientemente motivada, não obstante contrária à pretensão do
recorrente, tendo o Tribunal de origem explicitado suas razões de decidir.
Anote-se que a Constituição Federal não determina que o órgão
judicante se manifeste sobre todos os argumentos de defesa apresentados
pelas partes, mas, sim, que ele explicite as razões que entendeu
suficientes à formação de seu convencimento (RE nº 463.139/RJ-AgR,
Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 3/2/06; e RE
nº 181.039/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ
de 18/5/01).
Reitero que, quanto à UFESP, firmou-se o entendimento nesta Corte
no sentido da validade dos decretos do Estado de São Paulo que
determinaram a correção monetária do débito tributário antes do
vencimento da obrigação (RE nº 172.394/SP, Tribunal Pleno, redator do
acórdão o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 15/9/95).
Acentuou-se, contudo, que tal correção deve ser feita com base em
índice que não supere aquele utilizado na atualização dos tributos
federais (RE nº 183.907/SP, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Ilmar
Galvão, DJ de 16/4/04).
Ademais, no julgamento da ADI nº 442/SP, de relatoria do Ministro
Eros Grau, o Plenário desta Corte teve a oportunidade de reafirmar esse
posicionamento. Sua ementa assim dispôs:
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 231.875 SÃO PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar, haja vista que as alegações
deduzidas no agravo são insuficientes para infirmar a fundamentação
que ampara a decisão agravada, a qual se encontra em sintonia com a
orientação jurisprudencial deste Supremo Tribunal Federal.
Conforme expresso na decisão agravada, não houve negativa de
prestação jurisdicional ou inexistência de motivação no acórdão
recorrido, uma vez que a jurisdição foi prestada, no caso, mediante
decisão suficientemente motivada, não obstante contrária à pretensão do
recorrente, tendo o Tribunal de origem explicitado suas razões de decidir.
Anote-se que a Constituição Federal não determina que o órgão
judicante se manifeste sobre todos os argumentos de defesa apresentados
pelas partes, mas, sim, que ele explicite as razões que entendeu
suficientes à formação de seu convencimento (RE nº 463.139/RJ-AgR,
Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 3/2/06; e RE
nº 181.039/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ
de 18/5/01).
Reitero que, quanto à UFESP, firmou-se o entendimento nesta Corte
no sentido da validade dos decretos do Estado de São Paulo que
determinaram a correção monetária do débito tributário antes do
vencimento da obrigação (RE nº 172.394/SP, Tribunal Pleno, redator do
acórdão o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 15/9/95).
Acentuou-se, contudo, que tal correção deve ser feita com base em
índice que não supere aquele utilizado na atualização dos tributos
federais (RE nº 183.907/SP, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Ilmar
Galvão, DJ de 16/4/04).
Ademais, no julgamento da ADI nº 442/SP, de relatoria do Ministro
Eros Grau, o Plenário desta Corte teve a oportunidade de reafirmar esse
posicionamento. Sua ementa assim dispôs:
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
AI 231.875 AGR / SP
“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE.
ARTIGO 113 DA LEI N. 6.374, DE 1º DE MARÇO DE 1.989, DO
ESTADO DE SÃO PAULO. CRIAÇÃO DA UNIDADE FISCAL
DO ESTADO DE SÃO PAULO - UFESP. ATUALIZAÇÃO
MONETÁRIA PELO ÍNDICE DE PREÇO AO CONSUMIDOR -
IPC. UNIDADE FISCAL DO ESTADO DE SÃO PAULO COMO
FATOR DE ATUZALIZAÇÃO DOS CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS.
ARTIGO 24, INCISO I, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL.
INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL. INTERPRETAÇÃO
CONFORME À CONSTITUIÇÃO. 1. Esta Corte, em
oportunidades anteriores, firmou o entendimento de que,
embora os Estados-membros sejam incompetentes para fixar
índices de correção monetária superiores aos fixados pela
União para o mesmo fim, podem defini-los em patamares
inferiores --- incentivo fiscal. Precedentes. 2. A competência dos
Estados-membros para fixar índices de correção monetária de
créditos fiscais é tema que também foi examinado por este
Tribunal. A União e Estados-membros detêm competência
legislativa concorrente para dispor sobre matéria financeira, nos
termos do disposto no artigo 24, inciso I, da CB/88. 3. A
legislação paulista é compatível com a Constituição de 1988,
desde que o fator de correção adotado pelo Estado-membro seja
igual ou inferior ao utilizado pela União. 4. Pedido julgado
parcialmente procedente para conferir interpretação conforme
ao artigo 113 da Lei n. 6.374/89 do Estado de São Paulo, de
modo que o valor da UFESP não exceda o valor do índice de
correção dos tributos federais” (DJe de 18/5/10).
Os fundamentos da agravante, insuficientes para modificar a decisão
ora agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr
termo ao processo, em detrimento da eficiente prestação jurisdicional (RE
nº 408.537-AgR, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 6/3/08).
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
2
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Supremo Tribunal Federal
AI 231.875 AGR / SP
“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE.
ARTIGO 113 DA LEI N. 6.374, DE 1º DE MARÇO DE 1.989, DO
ESTADO DE SÃO PAULO. CRIAÇÃO DA UNIDADE FISCAL
DO ESTADO DE SÃO PAULO - UFESP. ATUALIZAÇÃO
MONETÁRIA PELO ÍNDICE DE PREÇO AO CONSUMIDOR -
IPC. UNIDADE FISCAL DO ESTADO DE SÃO PAULO COMO
FATOR DE ATUZALIZAÇÃO DOS CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS.
ARTIGO 24, INCISO I, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL.
INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL. INTERPRETAÇÃO
CONFORME À CONSTITUIÇÃO. 1. Esta Corte, em
oportunidades anteriores, firmou o entendimento de que,
embora os Estados-membros sejam incompetentes para fixar
índices de correção monetária superiores aos fixados pela
União para o mesmo fim, podem defini-los em patamares
inferiores --- incentivo fiscal. Precedentes. 2. A competência dos
Estados-membros para fixar índices de correção monetária de
créditos fiscais é tema que também foi examinado por este
Tribunal. A União e Estados-membros detêm competência
legislativa concorrente para dispor sobre matéria financeira, nos
termos do disposto no artigo 24, inciso I, da CB/88. 3. A
legislação paulista é compatível com a Constituição de 1988,
desde que o fator de correção adotado pelo Estado-membro seja
igual ou inferior ao utilizado pela União. 4. Pedido julgado
parcialmente procedente para conferir interpretação conforme
ao artigo 113 da Lei n. 6.374/89 do Estado de São Paulo, de
modo que o valor da UFESP não exceda o valor do índice de
correção dos tributos federais” (DJe de 18/5/10).
Os fundamentos da agravante, insuficientes para modificar a decisão
ora agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr
termo ao processo, em detrimento da eficiente prestação jurisdicional (RE
nº 408.537-AgR, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 6/3/08).
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
2
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 231.875
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE. : INFRESA INDÚSTRIA BRASILEIRA DE FRESADORAS LTDA
ADV. : FERNANDO LUIZ LOBO D'EÇA
AGDO. : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 231.875
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE. : INFRESA INDÚSTRIA BRASILEIRA DE FRESADORAS LTDA
ADV. : FERNANDO LUIZ LOBO D'EÇA
AGDO. : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3164086 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-06T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | EMENTA
Agravo regimental no agravo de instrumento. Tributos de competência do Estado. Correção monetária pela UFESP. Legitimidade declarada pelo Plenário do Tribunal. Parâmetro para atualização da unidade fiscal: índice fixado pelo Governo Federal.
1. A Corte consolidou o entendimento de que são válidos os decretos do Estado de São Paulo que determinaram a correção monetária do débito tributário antes do vencimento da obrigação, acentuando, contudo, que tal correção deve ser feita com base em índice que não supere aquele utilizado na atualização dos tributos federais.
2. Ademais, no julgamento da ADI nº 442/SP, da relatoria do Ministro Eros Grau, esta Corte teve a oportunidade de reafirmar esse posicionamento.
3. Agravo regimental não provido. | sjur220873 | - Acórdãos citados:
(ÓRGÃO JUDICANTE)
STF: RE 181039 AgR(1ªT), RE 463139 AgR(2ªT);
(CORREÇÃO MONETÁRIA)
STF: ADI 442(TP), RE 172394(TP), RE 183907(TP);
(FUNDAMENTOS)
STF: RE 408537 AgR(2ªT).
Número de páginas: 7.
Análise: 14/12/2012, LLD. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 231875 | null | AI-AgR | acordaos | AI 231875 AgR | [
""
] | AGTE. : INFRESA INDÚSTRIA BRASILEIRA DE FRESADORAS LTDA
ADV. : FERNANDO LUIZ LOBO D'EÇA
AGDO. : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 231 . 875",
"ADI [UNK] 442 / SP",
"AI 231 . 875 AGR",
"AI 231 . 875 AGR",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 231 . 875",
"AI 231 . 875 AGR / SP",
"RE 172 . 394 , 21 .",
"RE 183 . 907",
"RREE 169 . 875",
"197",
".",
"238",
"AI 231 . 875",
"RE 172 . 394 ,",
"RE 183 . 907",
"RREE 169 . 875",
"197",
".",
"RE [UNK] 463 . 139 / RJ - AgR",
"RE [UNK] 181 . 039 / SP - AgR",
"RE [UNK] 172 . 394 / SP",
"RE [UNK] 183 . 907 / SP",
"ADI [UNK] 442 / SP",
"RE [UNK] 463 . 139 / RJ - AgR",
"RE [UNK] 181 . 039 / SP - AgR",
"RE [UNK] 172 . 394 / SP",
"RE [UNK] 183 . 907 / SP",
"ADI [UNK] 442 / SP",
"AI 231 . 875 AGR / SP",
"RE [UNK] 408 . 537 - AgR",
"AI 231 . 875 AGR / SP",
"RE [UNK] 408 . 537 - AgR",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 231 . 875"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] , XXXV , LV ; 93 , IX ; 150 , IV ; 21 , VII ; 22 , VI e 24 , § [UNK] da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] , XXXV , LV ; 93 , IX ; 150 , IV ; 21 , VII ; 22 , VI e 24 , § [UNK] da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , XLVI , c , da Constituição Federal",
"§",
"§ [UNK] e [UNK] do artigo 544 do C . Pr . Civil",
"artigos 202 , inciso III , 203 do CTN",
"artigos 267 , incisos IV e VI , 585 , II , 586 e art . 618 do CPC",
"art . [UNK] da Lei 6 . 830 / 80 .",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , XLVI , c , da Constituição Federal",
"§",
"§ [UNK] e [UNK] do artigo 544 do C . Pr . Civil",
"artigos 202 , inciso III , 203 do CTN",
"artigos 267 , incisos IV e VI , 585 , II , 586 e art . 618 do CPC",
"art . [UNK] da Lei 6 . 830 / 80",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 113 DA LEI N . 6 . 374",
"ARTIGO 24 , INCISO I , DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL",
"artigo 24 , inciso I , da CB / 88",
"Constituição de 1988",
"artigo 113 da Lei n . 6 .",
"374",
"/",
"89",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 113 DA LEI N . 6 . 374",
"ARTIGO 24 , INCISO I , DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL",
"artigo 24 , inciso I , da CB / 88",
"Constituição de 1988",
"artigo 113 da Lei n . 6 . 374 / 89",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 /"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Estado de São Paulo",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Estado de São Paulo",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Estado de São Paulo",
"Estado de São Paulo",
"Estado de São Paulo",
"SÃO PAULO",
"Estado de São Paulo",
"SÃO PAULO",
"Estado de São Paulo",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Estado",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Estado de São Paulo",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"INFRESA INDÚSTRIA BRASILEIRA DE FRESADORAS LTDA",
"Plenário do Tribunal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"SP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"SP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"INFRESA INDÚSTRIA BRASILEIRA DE FRESADORAS LTDA",
"Infresa Indústria Brasileira de Fresadoras Ltda .",
"UFESP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"INFRESA INDÚSTRIA BRASILEIRA DE FRESADORAS LTDA",
"Infresa Indústria Brasileira de Fresadoras Ltda .",
"UFESP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"UFESP",
"STF",
"Galvão",
"Pleno",
"Galvão",
"[UNK] Turma",
"Galvão",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"AGR",
"/",
"SP",
"UFESP",
"STF",
"Pleno",
"Galvão",
"Pleno",
"Galvão",
"[UNK] Turma",
"Galvão",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Tribunal Pleno",
"Tribunal Pleno",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Tribunal Pleno",
"Tribunal Pleno",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"UNIDADE FISCAL DO ESTADO DE SÃO PAULO",
"UFESP",
"União",
"União",
"União",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"UNIDADE FISCAL DO ESTADO DE SÃO PAULO",
"UFESP",
"União",
"União",
"União",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"INFRESA INDÚSTRIA BRASILEIRA DE FRESADORAS LTDA",
"[UNK] Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"INFRESA INDÚSTRIA BRASILEIRA DE FRESADORAS LTDA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"FERNANDO LUIZ LOBO D ' EÇA",
"Eros Grau",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"FERNANDO LUIZ LOBO D ' EÇA",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"FERNANDO LUIZ LOBO D ' EÇA",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Joaquim Barbosa",
"Ellen Gracie",
"Ilmar Galvão",
"Ilmar Galvão",
"Eros Grau",
"DIAS TOFFOLI",
"Joaquim Barbosa",
"Ellen Gracie",
"Ilmar Galvão",
"Ilmar Galvão",
"Eros Grau",
"DIAS TOFFOLI",
"Cezar Peluso",
"Cezar Peluso",
"DIAS TOFFOLI",
"FERNANDO LUIZ LOBO D ' EÇA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"FERNANDO LUIZ LOBO D ' EÇA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
"95",
"29",
".",
"3",
".",
"2000",
"9",
".",
"5",
".",
"2000",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21",
".",
"6",
".",
"95",
"29",
".",
"3",
".",
"2000",
"9",
".",
"5",
".",
"2000",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"3",
"/",
"2",
"/",
"06",
"18",
"/",
"5",
"/",
"01",
"15",
"/",
"9",
"/",
"95",
"16",
"/",
"4",
"/",
"04",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"3",
"/",
"2",
"/",
"06",
"18",
"/",
"5",
"/",
"01",
"15",
"/",
"9",
"/",
"95",
"16",
"/",
"4",
"/",
"04",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK] DE MARÇO DE 1 . 989",
"18",
"/",
"5",
"/",
"10",
"6",
"/",
"3",
"/",
"08",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK] DE MARÇO DE 1 . 989",
"18",
"/",
"5",
"/",
"10",
"6",
"/",
"3",
"/",
"08",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.317
PERNAMBUCO
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:ALDENIZE NORBERTO DE MORAIS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:JOSÉ FOERSTER JÚNIOR
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE PERNAMBUCO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DE
PERNAMBUCO
Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2.
Promoção. Policial militar. Critérios. Portaria 033/2010. 3. Necessidade de
análise e interpretação de cláusulas editalícias e da legislação local
aplicável. Enunciados 280 e 454. 3. Agravo regimental a que se nega
provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, negar
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministro GILMAR MENDES
Relator
Documento assinado digitalmente
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3066892.
Supremo Tribunal Federal
DJe 20/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5
Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.317
PERNAMBUCO
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:ALDENIZE NORBERTO DE MORAIS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:JOSÉ FOERSTER JÚNIOR
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE PERNAMBUCO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DE
PERNAMBUCO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental em recurso extraordinário com agravo contra decisão
monocrática de minha relatoria (eDOC 10), que negou seguimento ao
recurso interposto, tendo por base a incidência dos Enunciados 280 e
454/STF.
No agravo regimental, sustenta-se, em apertada síntese, que “(…)
nada consta da Portaria n. 033/2010 que o processo seletivo da graduação de
Soldado para Terceiro Sargento seja pelo critério de merecimento, apenas e tão
somente fixa como critério para inscrição no processo seletivo – Item I –
Requisitos – b) ser soldado formado até 29 de julho de 2008, logo, o Douto
Acórdão a quo restou omisso ao não se referir expressamente em qual (ou quais)
dos itens da Portaria n. 033/2010 que faz referência à promoção por
merecimento” (eDOC 11, p. 8).
Assevera-se, ainda, que a interpretação adotada pela decisão
agravada ofende os princípios da legalidade, da isonomia e da hierarquia
militar, tendo em vista a confirmação dos dispositivos da Portaria
033/2010, a qual cuida de processo seletivo interno para promoção na
carreira de policial militar.
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3066893.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.317
PERNAMBUCO
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:ALDENIZE NORBERTO DE MORAIS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:JOSÉ FOERSTER JÚNIOR
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE PERNAMBUCO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DE
PERNAMBUCO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental em recurso extraordinário com agravo contra decisão
monocrática de minha relatoria (eDOC 10), que negou seguimento ao
recurso interposto, tendo por base a incidência dos Enunciados 280 e
454/STF.
No agravo regimental, sustenta-se, em apertada síntese, que “(…)
nada consta da Portaria n. 033/2010 que o processo seletivo da graduação de
Soldado para Terceiro Sargento seja pelo critério de merecimento, apenas e tão
somente fixa como critério para inscrição no processo seletivo – Item I –
Requisitos – b) ser soldado formado até 29 de julho de 2008, logo, o Douto
Acórdão a quo restou omisso ao não se referir expressamente em qual (ou quais)
dos itens da Portaria n. 033/2010 que faz referência à promoção por
merecimento” (eDOC 11, p. 8).
Assevera-se, ainda, que a interpretação adotada pela decisão
agravada ofende os princípios da legalidade, da isonomia e da hierarquia
militar, tendo em vista a confirmação dos dispositivos da Portaria
033/2010, a qual cuida de processo seletivo interno para promoção na
carreira de policial militar.
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3066893.
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.317
PERNAMBUCO
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): No agravo
regimental, não ficou demostrado o desacerto da decisão agravada.
Verifico que as alegações das partes são impertinentes e decorrem de
mero inconformismo com a decisão adotada por esta Corte.
Os agravantes não trouxeram argumentos suficientes para infirmar a
decisão, visando apenas à rediscussão da matéria já decidida em
conformidade com jurisprudência desta Corte.
Na espécie, conforme consignado na decisão agravada, o Tribunal de
origem baseou-se na legislação local (Lei estadual 6.783/1974 e Lei
Complementar estadual 134/2008), bem como em interpretação de
cláusulas editalícias (Portaria 033/2010), para decidir a controvérsia posta
nos autos acerca da validade de regra do edital pertinente a processo
seletivo interno destinado à promoção de carreira de militares
selecionados para curso de formação.
Com efeito, o acolhimento da irresignação dos recorrentes, que se
apoia essencialmente em interpretação de regras insertas no edital,
reclama prévio revolvimento do contexto de aplicação deste, bem como
de disposições normativas do direito local.
Portanto, incidem os óbices constantes dos enunciados 280 e 454 da
Súmula desta Corte.
Nesse sentido, entre outros, confiram-se os seguintes precedentes:
AI-AgR 829.036, rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 24.3.2011;
AI-AgR 832.149, rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 19.8.2011.
Este último foi assim ementado:
“ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CONCURSO
PÚBLICO. EDITAL. NOMEAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL
QUE NÃO ATACA TODOS OS FUNDAMENTOS DA
DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA STF 283. NECESSIDADE
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.317
PERNAMBUCO
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): No agravo
regimental, não ficou demostrado o desacerto da decisão agravada.
Verifico que as alegações das partes são impertinentes e decorrem de
mero inconformismo com a decisão adotada por esta Corte.
Os agravantes não trouxeram argumentos suficientes para infirmar a
decisão, visando apenas à rediscussão da matéria já decidida em
conformidade com jurisprudência desta Corte.
Na espécie, conforme consignado na decisão agravada, o Tribunal de
origem baseou-se na legislação local (Lei estadual 6.783/1974 e Lei
Complementar estadual 134/2008), bem como em interpretação de
cláusulas editalícias (Portaria 033/2010), para decidir a controvérsia posta
nos autos acerca da validade de regra do edital pertinente a processo
seletivo interno destinado à promoção de carreira de militares
selecionados para curso de formação.
Com efeito, o acolhimento da irresignação dos recorrentes, que se
apoia essencialmente em interpretação de regras insertas no edital,
reclama prévio revolvimento do contexto de aplicação deste, bem como
de disposições normativas do direito local.
Portanto, incidem os óbices constantes dos enunciados 280 e 454 da
Súmula desta Corte.
Nesse sentido, entre outros, confiram-se os seguintes precedentes:
AI-AgR 829.036, rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 24.3.2011;
AI-AgR 832.149, rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 19.8.2011.
Este último foi assim ementado:
“ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CONCURSO
PÚBLICO. EDITAL. NOMEAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL
QUE NÃO ATACA TODOS OS FUNDAMENTOS DA
DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA STF 283. NECESSIDADE
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
ARE 705.317 AGR / PE
DE REEXAME DE FATOS E PROVAS, LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL E CLÁUSULAS DE EDITAL.
SÚMULAS STF 279, 280 E 454 . 1. As razões do agravo
regimental não atacam dois dos fundamentos da decisão
agravada, referentes à necessidade de reexame de legislação
local e de cláusulas de edital de concurso público, o que atrai a
aplicação, no presente caso, da Súmula STF 283. 2. Para divergir
da conclusão do aresto impugnado, seria necessário o reexame
do conjunto fático-probatório, cláusulas de edital de concurso
público e legislação local (Súmulas STF 279, 454 e 280). 3.
Agravo regimental a que se nega provimento”.
Ante o exposto, mantenho o que decidido anteriormente, por seus
próprios fundamentos, para negar provimento a este agravo regimental.
É como voto.
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 705.317 AGR / PE
DE REEXAME DE FATOS E PROVAS, LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL E CLÁUSULAS DE EDITAL.
SÚMULAS STF 279, 280 E 454 . 1. As razões do agravo
regimental não atacam dois dos fundamentos da decisão
agravada, referentes à necessidade de reexame de legislação
local e de cláusulas de edital de concurso público, o que atrai a
aplicação, no presente caso, da Súmula STF 283. 2. Para divergir
da conclusão do aresto impugnado, seria necessário o reexame
do conjunto fático-probatório, cláusulas de edital de concurso
público e legislação local (Súmulas STF 279, 454 e 280). 3.
Agravo regimental a que se nega provimento”.
Ante o exposto, mantenho o que decidido anteriormente, por seus
próprios fundamentos, para negar provimento a este agravo regimental.
É como voto.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.317
PROCED. : PERNAMBUCO
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S) : ALDENIZE NORBERTO DE MORAIS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : JOSÉ FOERSTER JÚNIOR
AGDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.317
PROCED. : PERNAMBUCO
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S) : ALDENIZE NORBERTO DE MORAIS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : JOSÉ FOERSTER JÚNIOR
AGDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3107810 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-20T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Promoção. Policial militar. Critérios. Portaria 033/2010. 3. Necessidade de análise e interpretação de cláusulas editalícias e da legislação local aplicável. Enunciados 280 e 454. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur219109 | - Acórdão (s) citado (s):
(ANÁLISE, DIREITO LOCAL)
STF: AI 829036 AgR (1ªT), AI 832149 AgR (2ªT).
Número de páginas: 5.
Análise: 30/11/2012, BMB. | GILMAR MENDES | Segunda Turma | 705317 | [
"LEG-FED SUMSTF-000280 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000454 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-EST LCP-000134 ANO-2008\r\n LEI COMPLEMENTAR, PE\r\n\r\n",
"LEG-EST LEI-006783 ANO-1974\r\n LEI ORDINÁRIA, PE\r\n\r\n",
"LEG-EST PRT-000033 ANO-2010\r\n PORTARIA DA SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO - SDS/PE"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 705317 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ALDENIZE NORBERTO DE MORAIS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : JOSÉ FOERSTER JÚNIOR
AGDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO
AGTE.(S) : ANA MARIA FARIAS PINTO
AGTE.(S) : EDIVALDA GONÇALVES FERREIRA DA SILVA
AGTE.(S) : ELENICE LUIZ DE FRANÇA
AGTE.(S) : ERENILDA SANTOS DA SILVA
AGTE.(S) : ERVINE LAUREANO BARBOSA
AGTE.(S) : ICLEA SOUZA DO CARMO PERRELLI
AGTE.(S) : IVONEIDE LEANDRO DE OLIVEIRA
AGTE.(S) : JACIARA FERNANDO RIBEIRO
AGTE.(S) : JAILTON ALVES BARBOSA
AGTE.(S) : JANETE BARBOSA DE MELO FILHA
AGTE.(S) : JOÃO FERNANDES DA COSTA SOBRINHO
AGTE.(S) : JOSÉ BARBOZA DA SILVA
AGTE.(S) : JOSÉ LINDENBERG DA ROCHA RODRIGUES
AGTE.(S) : OSMAR PATRÍCIO TAVARES
AGTE.(S) : KÁTIA MARIA VIANA DA SILVA AGUIAR
AGTE.(S) : MARIA JOSÉ DA SILVA
AGTE.(S) : NADIJA DE BRITO CAVALCANTE MARTINS
AGTE.(S) : ROSEMARY RIBEIRO DE MELO
AGTE.(S) : SEVERINA DANTAS LAURENTINO
AGTE.(S) : SILVIO JOSÉ DE SOUZA
AGTE.(S) : SÔNIA MARIA DE FREITAS
AGTE.(S) : TÂNIA LÚCIA DE OLIVEIRA SILVA
AGTE.(S) : TERTULIANO ALVES DOS PRAZERES NETO
AGTE.(S) : VERA LÚCIA CORREIA
AGTE.(S) : WELLINGTON DE SOUZA
AGTE.(S) : MARIA LÚCIA DE LIMA CAVALCANTI
AGTE.(S) : DAYSE THOMÉ DA SILVA
AGTE.(S) : DARLY BARBOSA DE OLIVEIRA LIMA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO",
"Enunciados 280 e 454 / STF",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705 . 317",
"Enunciados 280 e 454 / STF",
"AI",
"-",
"AgR 829 . 036",
"AI",
"-",
"AgR 832 . 149",
"AI",
"-",
"AgR 829 . 036",
"AI",
"-",
"AgR 832 . 149",
"SÚMULA STF 283 .",
"ARE 705 . 317 AGR / PE",
"SÚMULAS",
"Súmula STF 283 .",
"Súmulas",
"ARE 705 . 317 AGR",
"SÚMULAS STF 279 , 280",
"Súmula STF 283 .",
"Súmulas STF 279 , 454"
],
"LEGISLACAO": [
"Portaria 033 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Portaria n . 033 / 2010",
"Portaria n . 033 / 2010",
"Portaria 033 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Portaria n . 033 / 2010",
"Portaria n . 033 / 2010",
"Portaria 033 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei estadual 6 . 783 / 1974",
"Lei Complementar estadual 134 / 2008",
"Portaria 033 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei estadual 6 . 783 / 1974",
"Lei Complementar estadual 134 / 2008",
"Portaria 033 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"PERNAMBUCO",
"ESTADO DE PERNAMBUCO",
"ESTADO DE PERNAMBUCO",
"Brasília",
"PERNAMBUCO",
"ESTADO DE PERNAMBUCO",
"ESTADO DE PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO",
"ESTADO DE PERNAMBUCO",
"ESTADO DE PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO",
"ESTADO DE PERNAMBUCO",
"ESTADO DE PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO",
"ESTADO DE PERNAMBUCO",
"ESTADO DE PERNAMBUCO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"GILMAR MENDES",
"ALDENIZE NORBERTO DE MORAIS",
"JOSÉ FOERSTER JÚNIOR",
"Ricardo Lewandowski",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"ALDENIZE NORBERTO DE MORAIS",
"JOSÉ FOERSTER JÚNIOR",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"ALDENIZE NORBERTO DE MORAIS",
"JOSÉ FOERSTER JÚNIOR",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"Cármen Lúcia",
"Ellen Gracie",
"GILMAR MENDES",
"Cármen Lúcia",
"Ellen Gracie",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"ALDENIZE NORBERTO DE MORAIS",
"JOSÉ FOERSTER JÚNIOR",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"GILMAR MENDES",
"ALDENIZE NORBERTO DE MORAIS",
"JOSÉ FOERSTER",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"29 de julho de 2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"29 de julho de 2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
".",
"3",
".",
"2011",
"19",
".",
"8",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
".",
"3",
".",
"2011",
"19",
".",
"8",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 794.828 PARANÁ
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:KIMIKO CONOJO
ADV.(A/S)
:MARCELO TRINDADE DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O
recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova,
também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PRESTAÇÃO JURISDICIONAL –
DEVIDO PROCESSO LEGAL. Se, de um lado, é possível ter-se situação
concreta em que transgredido o devido processo legal a ponto de se
enquadrar o recurso extraordinário no permissivo que lhe é próprio, de
outro, descabe confundir a ausência de aperfeiçoamento da prestação
jurisdicional com a entrega de forma contrária aos interesses do
recorrente.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo
regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do relator e por
unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na
conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3183906.
Supremo Tribunal Federal
DJe 18/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 794.828 PARANÁ
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:KIMIKO CONOJO
ADV.(A/S)
:MARCELO TRINDADE DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Às folhas 306 e 307,
proferi a seguinte decisão:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
MATÉRIA FÁTICA – INTERPRETAÇÃO
DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE
– DESPROVIMENTO DO AGRAVO.
1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela
revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das
vezes procedida mediante o recurso por excelência - a apelação.
Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada
soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as
premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o
Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
As razões do extraordinário partem de pressupostos
fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em última
análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos
probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3183927.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 794.828 PARANÁ
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:KIMIKO CONOJO
ADV.(A/S)
:MARCELO TRINDADE DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Às folhas 306 e 307,
proferi a seguinte decisão:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
MATÉRIA FÁTICA – INTERPRETAÇÃO
DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE
– DESPROVIMENTO DO AGRAVO.
1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela
revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das
vezes procedida mediante o recurso por excelência - a apelação.
Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada
soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as
premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o
Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
As razões do extraordinário partem de pressupostos
fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em última
análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos
probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar
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Relatório
AI 794.828 AGR / PR
a viabilidade do recurso.
A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de
entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão
contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido
processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para
alçar a este Tribunal conflito de interesses cuja solução se
exaure na origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à
transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos
demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem
procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea
com a ordem jurídica.
Acresce que o acórdão impugnado mediante o
extraordinário revela interpretação de normas estritamente
legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de
articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se
guindar a esta Corte matéria que não se enquadra no inciso III
do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente
serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que
deveria estar sendo utilizado no exame de processo da
competência da Corte.
2. Conheço do agravo e o desprovejo.
3. Publiquem.
O agravante, na minuta de folha 311 a 314, insiste no processamento
do extraordinário. Afirma não ser necessário o reexame do conjunto
probatório e assevera estar configurada, na espécie, a ofensa ao artigo 37,
inciso XV, do Diploma Maior. Evoca o precedente firmado quando do
julgamento de mérito do tema com repercussão geral admitida no
Recurso Extraordinário nº 572.052/RN.
O Instituto Nacional do Seguro Social apresentou a contraminuta de
folha 325 a 328, apontando o acerto do ato impugnado.
É o relatório.
2
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Supremo Tribunal Federal
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a viabilidade do recurso.
A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de
entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão
contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido
processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para
alçar a este Tribunal conflito de interesses cuja solução se
exaure na origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à
transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos
demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem
procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea
com a ordem jurídica.
Acresce que o acórdão impugnado mediante o
extraordinário revela interpretação de normas estritamente
legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de
articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se
guindar a esta Corte matéria que não se enquadra no inciso III
do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente
serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que
deveria estar sendo utilizado no exame de processo da
competência da Corte.
2. Conheço do agravo e o desprovejo.
3. Publiquem.
O agravante, na minuta de folha 311 a 314, insiste no processamento
do extraordinário. Afirma não ser necessário o reexame do conjunto
probatório e assevera estar configurada, na espécie, a ofensa ao artigo 37,
inciso XV, do Diploma Maior. Evoca o precedente firmado quando do
julgamento de mérito do tema com repercussão geral admitida no
Recurso Extraordinário nº 572.052/RN.
O Instituto Nacional do Seguro Social apresentou a contraminuta de
folha 325 a 328, apontando o acerto do ato impugnado.
É o relatório.
2
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 794.828 PARANÁ
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Na interposição deste
agravo, observaram-se os pressupostos de recorribilidade. A peça,
subscrita profissional da advocacia regularmente constituído (folha 116),
foi protocolada no prazo legal. Conheço.
No tocante à ausência de envergadura constitucional do tema,
atentem para o que decidido na origem. A Turma Recursal, às folhas 249 e
250, manteve os fundamentos da sentença de folha 211 a 216, de que se
destacam os seguintes trechos:
[…]
Quanto ao pedido de incorporação da nova pontuação
(80) aos proventos do requerente, o mesmo não pode ser
acolhido, pois enquanto a gratificação mantiver o caráter
genérico, sem avaliação individualizada, a parte autora fará jus
ao recebimento da mesma pontuação do servidor em atividade
no cargo correspondente ao de sua aposentadoria, o que
deixará de ocorrer após a implementação do primeiro ciclo de
avaliação, nos termos do Decreto nº 6.493/08.
Ainda, no que tange ao pedido de declaração de
impossibilidade de redução da GDASS, a Lei nº 8.852/94, no seu
art. 1º, conceitua como vencimentos a soma do vencimento
básico com as vantagens permanentes relativas ao cargo,
emprego, posto ou graduação. A GDASS, no percentual de 80
pontos, não integra o vencimento básico de forma permanente,
à míngua de previsão legal para tanto. Observe-se que a
intenção do legislador foi de criar uma gratificação variável de
acordo com a produtividade do servidor e da instituição, não
devendo ser acolhido o pedido em análise.
Consoante as fichas-financeiras apresentas pela parte ré no
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 794.828 PARANÁ
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Na interposição deste
agravo, observaram-se os pressupostos de recorribilidade. A peça,
subscrita profissional da advocacia regularmente constituído (folha 116),
foi protocolada no prazo legal. Conheço.
No tocante à ausência de envergadura constitucional do tema,
atentem para o que decidido na origem. A Turma Recursal, às folhas 249 e
250, manteve os fundamentos da sentença de folha 211 a 216, de que se
destacam os seguintes trechos:
[…]
Quanto ao pedido de incorporação da nova pontuação
(80) aos proventos do requerente, o mesmo não pode ser
acolhido, pois enquanto a gratificação mantiver o caráter
genérico, sem avaliação individualizada, a parte autora fará jus
ao recebimento da mesma pontuação do servidor em atividade
no cargo correspondente ao de sua aposentadoria, o que
deixará de ocorrer após a implementação do primeiro ciclo de
avaliação, nos termos do Decreto nº 6.493/08.
Ainda, no que tange ao pedido de declaração de
impossibilidade de redução da GDASS, a Lei nº 8.852/94, no seu
art. 1º, conceitua como vencimentos a soma do vencimento
básico com as vantagens permanentes relativas ao cargo,
emprego, posto ou graduação. A GDASS, no percentual de 80
pontos, não integra o vencimento básico de forma permanente,
à míngua de previsão legal para tanto. Observe-se que a
intenção do legislador foi de criar uma gratificação variável de
acordo com a produtividade do servidor e da instituição, não
devendo ser acolhido o pedido em análise.
Consoante as fichas-financeiras apresentas pela parte ré no
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
AI 794.828 AGR / PR
processo, a partir do mês 06/2008 verifica-se que a parte autora
passou a recebeu administrativamente a GDASS em percentual
correspondente ao de sua aposentadoria (70%), em consonância
com o disposto na Orientação Normativa nº 6, de 19 de
novembro de 2007, da Secretaria de Recursos Humanos do
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão apresentada
pela parte ré (evento nº 4 – PROCADM2). Assim, a equiparação
da pontuação aos servidores em atividade deve observar o
percentual da aposentadoria auferida pela parte autora, a
começar de quando tal ponto passou a ser aplicado
administrativamente.
[...]
Em sede excepcional, atua-se à luz da moldura fática delineada
soberanamente pelo Colegiado de origem, considerando-se as premissas
constantes do pronunciamento impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº
279 da Súmula deste Tribunal:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
No mais, o deslinde da controvérsia deu-se sob o ângulo
estritamente legal e não considerada a Carta da República. A conclusão
adotada fez-se alicerçada em interpretação conferida à legislação de
regência.
Anoto não equivaler à negativa de prestação jurisdicional o
julgamento fundamentado da controvérsia, mas contrário aos interesses
da parte. Está-se diante de conflito de interesses que tem desfecho na
origem, não ensejando campo ao acesso ao Supremo.
Vale ressaltar que o Supremo, no Recurso Extraordinário nº
572.052/RN, acabou por pronunciar-se apenas quanto à existência de
repercussão geral do tema relativo à Gratificação de Desempenho de
Atividade de Seguridade Social e do Trabalho – GDASST, instituída pela
2
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Supremo Tribunal Federal
AI 794.828 AGR / PR
processo, a partir do mês 06/2008 verifica-se que a parte autora
passou a recebeu administrativamente a GDASS em percentual
correspondente ao de sua aposentadoria (70%), em consonância
com o disposto na Orientação Normativa nº 6, de 19 de
novembro de 2007, da Secretaria de Recursos Humanos do
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão apresentada
pela parte ré (evento nº 4 – PROCADM2). Assim, a equiparação
da pontuação aos servidores em atividade deve observar o
percentual da aposentadoria auferida pela parte autora, a
começar de quando tal ponto passou a ser aplicado
administrativamente.
[...]
Em sede excepcional, atua-se à luz da moldura fática delineada
soberanamente pelo Colegiado de origem, considerando-se as premissas
constantes do pronunciamento impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº
279 da Súmula deste Tribunal:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
No mais, o deslinde da controvérsia deu-se sob o ângulo
estritamente legal e não considerada a Carta da República. A conclusão
adotada fez-se alicerçada em interpretação conferida à legislação de
regência.
Anoto não equivaler à negativa de prestação jurisdicional o
julgamento fundamentado da controvérsia, mas contrário aos interesses
da parte. Está-se diante de conflito de interesses que tem desfecho na
origem, não ensejando campo ao acesso ao Supremo.
Vale ressaltar que o Supremo, no Recurso Extraordinário nº
572.052/RN, acabou por pronunciar-se apenas quanto à existência de
repercussão geral do tema relativo à Gratificação de Desempenho de
Atividade de Seguridade Social e do Trabalho – GDASST, instituída pela
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
AI 794.828 AGR / PR
Lei nº 10.483/02, em que inexistia norma regulamentadora a viabilizar as
avaliações de desempenho, não havendo qualquer menção ao
reconhecimento de repercussão geral do tema relativo à Gratificação de
Desempenho de Atividade de Seguridade Social - GDASS, tema este,
frise-se, de natureza estritamente infraconstitucional, conforme
entendimento pacífico deste Tribunal.
Ante o quadro, desprovejo o regimental.
3
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Supremo Tribunal Federal
AI 794.828 AGR / PR
Lei nº 10.483/02, em que inexistia norma regulamentadora a viabilizar as
avaliações de desempenho, não havendo qualquer menção ao
reconhecimento de repercussão geral do tema relativo à Gratificação de
Desempenho de Atividade de Seguridade Social - GDASS, tema este,
frise-se, de natureza estritamente infraconstitucional, conforme
entendimento pacífico deste Tribunal.
Ante o quadro, desprovejo o regimental.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 794.828
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : KIMIKO CONOJO
ADV.(A/S) : MARCELO TRINDADE DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076684
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 794.828
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : KIMIKO CONOJO
ADV.(A/S) : MARCELO TRINDADE DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076684
Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3215795 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-18T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PRESTAÇÃO JURISDICIONAL – DEVIDO PROCESSO LEGAL. Se, de um lado, é possível ter-se situação concreta em que transgredido o devido processo legal a ponto de se enquadrar o recurso extraordinário no permissivo que lhe é próprio, de outro, descabe confundir a ausência de aperfeiçoamento da prestação jurisdicional com a entrega de forma contrária aos interesses do recorrente. | sjur222002 | - Acórdão citado:
(GDASST)
STF: RE 572052 RG(TP).
Número de páginas: 7.
Análise: 04/01/2013, LLD. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 794828 | [
"LEG-FED LEI-008852 ANO-1994\n LEI ORDINÁRIA\n\n",
"LEG-FED DEC-006493 ANO-2008\n DECRETO\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | AI-AgR | acordaos | AI 794828 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : KIMIKO CONOJO
ADV.(A/S) : MARCELO TRINDADE DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 794 . 828",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 794 . 828",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 794 . 828",
"AI 794 . 828 AGR",
"Recurso Extraordinário [UNK] 572 . 052 / RN",
"AI 794 . 828 AGR /",
"Recurso Extraordinário [UNK] 572 . 052 / RN",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 794 . 828",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 794 . 828",
"AI 794 . 828 AGR / PR",
"Orientação Normativa [UNK] 6",
"Recurso Extraordinário [UNK] 572 . 052 / RN",
"AI 794 . 828",
"Recurso Extraordinário [UNK] 572 . 052 / RN",
"AI 794 . 828",
"AI 794 . 828",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 794 . 828",
"AGRAVO"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"inciso III do artigo 102 da Constituição Federal",
"artigo 37 , inciso XV , do Diploma Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"inciso III do artigo 102 da Constituição Federal",
"artigo 37 , inciso XV , do Diploma Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Decreto [UNK] 6 . 493 / 08",
"Lei [UNK] 8 . 852 / 94",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Decreto [UNK] 6 . 493 / 08",
"Lei [UNK] 8 . 852 / 94",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 10 . 483 / 02",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"AGR",
"/",
"PR",
"Lei [UNK] 10 . 483 / 02",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"PARANÁ",
"Brasília",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"PARANÁ"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"PR",
"Supremo",
"Supremo",
"Instituto Nacional do Seguro Social",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Supremo",
"Instituto Nacional do Seguro Social",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Secretaria de Recursos Humanos do",
"Ministério do Planejamento , Orçamento e Gestão",
"Supremo",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento , Orçamento e Gestão",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"[UNK] Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"KIMIKO CONOJO",
"MARCELO TRINDADE DE ALMEIDA",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"KIMIKO CONOJO",
"MARCELO TRINDADE DE ALMEIDA",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"KIMIKO CONOJO",
"MARCELO TRINDADE DE ALMEIDA",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"KIMIKO CONOJO",
"MARCELO TRINDADE DE ALMEIDA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"KIMIKO CONOJO",
"MARCELO TRINDADE DE ALMEIDA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"2008",
"19 de novembro de 2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"2008",
"19 de novembro de 2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.066.844 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. ALEXANDRE DE MORAES
AGTE.(S)
:TML
FOCO
CONSULTORIA
E
ASSESSORIA
EMPRESARIAL LTDA - ME
ADV.(A/S)
:DANYELLE DA SILVA GALVAO
ADV.(A/S)
:RENATO SCIULLO FARIA
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
SÃO PAULO
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
EMENTA: AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
SIGILO BANCÁRIO. SOLICITAÇÃO DE INFORMAÇÕES PELO
MINISTÉRIO PÚBLICO DIRETAMENTE AO CONSELHO DE
CONTROLE DE ATIVIDADES FINANCEIRAS - COAF PARA INSTRUIR
PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO CRIMINAL. ALEGADA
NECESSIDADE DE PRÉVIA AUTORIZAÇÃO JUDICIAL. AS
INSTÂNCIAS ANTECEDENTES ASSENTARAM A INEXISTÊNCIA DE
ENVIO DE DADOS PROTEGIDOS POR SIGILO. SÚMULA 279 DO STF.
MERA SOLICITAÇÃO DE PROVIDÊNCIAS INVESTIGATIVAS.
ATIVIDADE COMPATÍVEL COM AS ATRIBUIÇÕES DO MINISTÉRIO
PÚBLICO.
DESPROPORCIONALIDADE
NO
PEDIDO
DE
INFORMAÇÕES COMO PRIMEIRA MEDIDA. SÚMULA 279 DO STF.
1. Ao examinar o Tema 225 da repercussão geral, o Plenário do
Supremo Tribunal Federal fixou a tese de que “O art. 6º da Lei
Complementar 105/01 não ofende o direito ao sigilo bancário, pois realiza a
igualdade em relação aos cidadãos, por meio do princípio da capacidade
contributiva, bem como estabelece requisitos objetivos e o translado do dever de
sigilo da esfera bancária para a fiscal”. Há reiteradas decisões desta Corte
estendendo a tese fixada no julgamento do RE 601.314-RG aos
procedimentos criminais.
2. Não há dúvida de que o desrespeito ao sigilo constitucionalmente
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14244679.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 23
Ementa e Acórdão
RE 1066844 AGR / SP
protegido acarretaria violação às diversas garantias constitucionais;
todavia, a inviolabilidade dos sigilos bancário e fiscal não é absoluta,
podendo ser afastada quando eles estiverem sendo utilizados para
ocultar a prática de atividades ilícitas.
3. A alegação recursal é de impossibilidade de que o Ministério
Público requisite diretamente dados ao Conselho de Controle de
Atividades Financeiras (COAF), sem o amparo de autorização judicial. As
instâncias antecedentes assentaram que não houve o envio ao Ministério
Público de dados protegidos pelo sigilo bancário, de modo que, para se
acolher as alegações recursais, neste particular, seria inevitável o reexame
de provas, procedimento vedado pela Súmula 279 do STF.
4. A mera solicitação de providências investigativas é atividade
compatível com as atribuições constitucionais do Ministério Público. Se a
legislação de regência impositivamente determina que o COAF
"comunicará às autoridades competentes para a instauração dos procedimentos
cabíveis, quando concluir pela existência de crimes previstos nesta Lei, de
fundados indícios de sua prática, ou de qualquer outro ilícito" (art. 15 da Lei
9.613/1998), seria contraditório impedir o Ministério Público de solicitar
ao COAF informações por esses mesmos motivos.
5. A alegação de desproporcionalidade, por ter sido o pedido de
informações ao COAF a primeira medida adotada pelo Ministério
Público, é tema afeto ao contexto fático-probatório destes autos, o que faz
incidir, também neste tópico, o óbice da já mencionada Súmula 279 do
STF.
6. Agravo interno a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, os Ministros do Supremo
Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor
Ministro MARCO AURÉLIO, em conformidade com a ata de julgamento
e as notas taquigráficas, por maioria dos votos, acordam em negar
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14244679.
Supremo Tribunal Federal
RE 1066844 AGR / SP
protegido acarretaria violação às diversas garantias constitucionais;
todavia, a inviolabilidade dos sigilos bancário e fiscal não é absoluta,
podendo ser afastada quando eles estiverem sendo utilizados para
ocultar a prática de atividades ilícitas.
3. A alegação recursal é de impossibilidade de que o Ministério
Público requisite diretamente dados ao Conselho de Controle de
Atividades Financeiras (COAF), sem o amparo de autorização judicial. As
instâncias antecedentes assentaram que não houve o envio ao Ministério
Público de dados protegidos pelo sigilo bancário, de modo que, para se
acolher as alegações recursais, neste particular, seria inevitável o reexame
de provas, procedimento vedado pela Súmula 279 do STF.
4. A mera solicitação de providências investigativas é atividade
compatível com as atribuições constitucionais do Ministério Público. Se a
legislação de regência impositivamente determina que o COAF
"comunicará às autoridades competentes para a instauração dos procedimentos
cabíveis, quando concluir pela existência de crimes previstos nesta Lei, de
fundados indícios de sua prática, ou de qualquer outro ilícito" (art. 15 da Lei
9.613/1998), seria contraditório impedir o Ministério Público de solicitar
ao COAF informações por esses mesmos motivos.
5. A alegação de desproporcionalidade, por ter sido o pedido de
informações ao COAF a primeira medida adotada pelo Ministério
Público, é tema afeto ao contexto fático-probatório destes autos, o que faz
incidir, também neste tópico, o óbice da já mencionada Súmula 279 do
STF.
6. Agravo interno a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, os Ministros do Supremo
Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor
Ministro MARCO AURÉLIO, em conformidade com a ata de julgamento
e as notas taquigráficas, por maioria dos votos, acordam em negar
2
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Ementa e Acórdão
RE 1066844 AGR / SP
provimento ao agravo interno, nos termos do voto do Relator, vencido o
Ministro Marco Aurélio, Presidente e Relator.
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
Ministro ALEXANDRE DE MORAES
Relator
3
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Supremo Tribunal Federal
RE 1066844 AGR / SP
provimento ao agravo interno, nos termos do voto do Relator, vencido o
Ministro Marco Aurélio, Presidente e Relator.
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
Ministro ALEXANDRE DE MORAES
Relator
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 23
Relatório
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.066.844 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. ALEXANDRE DE MORAES
AGTE.(S)
:TML
FOCO
CONSULTORIA
E
ASSESSORIA
EMPRESARIAL LTDA - ME
ADV.(A/S)
:DANYELLE DA SILVA GALVAO
ADV.(A/S)
:RENATO SCIULLO FARIA
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
SÃO PAULO
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES (RELATOR):
Trata-se de agravo interno contra decisão pela qual neguei
seguimento ao recurso extraordinário pelos seguintes fundamentos: (a) as
instâncias antecedentes assentaram que não houve o envio, ao Ministério
Público, de dados protegidos pelo sigilo bancário, de modo que, para se
acolher as alegações recursais, neste particular, seria inevitável o reexame
de provas, procedimento vedado pela Súmula 279 do STF; (b) não houve
solicitação de quebra de sigilo bancário, mas mera solicitação de
providências investigativas, atividade compatível com as atribuições do
Ministério Público; (c) se a legislação de regência impositivamente
determina que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF)
"comunicará às autoridades competentes para a instauração dos
procedimentos cabíveis, quando concluir pela existência de crimes
previstos nesta Lei, de fundados indícios de sua prática, ou de qualquer
outro ilícito" (art. 15 da Lei 9.613/1998), seria contraditório impedir o
Ministério Público de solicitar ao COAF informações por esses mesmos
motivos; (d) a alegação de desproporcionalidade da medida adotada pelo
Ministério Público é tema afeto ao contexto fático-probatório destes autos,
o que faz incidir, também neste tópico, o óbice da já mencionada Súmula
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.066.844 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. ALEXANDRE DE MORAES
AGTE.(S)
:TML
FOCO
CONSULTORIA
E
ASSESSORIA
EMPRESARIAL LTDA - ME
ADV.(A/S)
:DANYELLE DA SILVA GALVAO
ADV.(A/S)
:RENATO SCIULLO FARIA
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
SÃO PAULO
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES (RELATOR):
Trata-se de agravo interno contra decisão pela qual neguei
seguimento ao recurso extraordinário pelos seguintes fundamentos: (a) as
instâncias antecedentes assentaram que não houve o envio, ao Ministério
Público, de dados protegidos pelo sigilo bancário, de modo que, para se
acolher as alegações recursais, neste particular, seria inevitável o reexame
de provas, procedimento vedado pela Súmula 279 do STF; (b) não houve
solicitação de quebra de sigilo bancário, mas mera solicitação de
providências investigativas, atividade compatível com as atribuições do
Ministério Público; (c) se a legislação de regência impositivamente
determina que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF)
"comunicará às autoridades competentes para a instauração dos
procedimentos cabíveis, quando concluir pela existência de crimes
previstos nesta Lei, de fundados indícios de sua prática, ou de qualquer
outro ilícito" (art. 15 da Lei 9.613/1998), seria contraditório impedir o
Ministério Público de solicitar ao COAF informações por esses mesmos
motivos; (d) a alegação de desproporcionalidade da medida adotada pelo
Ministério Público é tema afeto ao contexto fático-probatório destes autos,
o que faz incidir, também neste tópico, o óbice da já mencionada Súmula
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Relatório
RE 1066844 AGR / SP
279 do STF.
Sustenta a parte agravante, em suma: (a) a incongruência do Tema
225 da Repercussão Geral com o tratado nestes autos, qual seja, a
possibilidade de o Ministério Público requisitar informações diretamente
ao COAF; (b) a desnecessidade de reexame de provas, pois o apelo
extremo versa exclusivamente questões de direito (requisição direta de
dados do COAF pelo Ministério Público; necessidade de ordem judicial,
tendo em vista que as informações refletem o sigilo bancário;
proporcionalidade da requisição direta como primeira medida
investigativa); (c) houve ofensa direta às garantias constitucionais da
reserva de jurisdição e do sigilo de dados. Pugna pelo provimento do
agravo, a fim de que o apelo extremo seja julgado.
É o relatório.
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 1066844 AGR / SP
279 do STF.
Sustenta a parte agravante, em suma: (a) a incongruência do Tema
225 da Repercussão Geral com o tratado nestes autos, qual seja, a
possibilidade de o Ministério Público requisitar informações diretamente
ao COAF; (b) a desnecessidade de reexame de provas, pois o apelo
extremo versa exclusivamente questões de direito (requisição direta de
dados do COAF pelo Ministério Público; necessidade de ordem judicial,
tendo em vista que as informações refletem o sigilo bancário;
proporcionalidade da requisição direta como primeira medida
investigativa); (c) houve ofensa direta às garantias constitucionais da
reserva de jurisdição e do sigilo de dados. Pugna pelo provimento do
agravo, a fim de que o apelo extremo seja julgado.
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 23
Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.066.844 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES (RELATOR):
Eis a decisão ora agravada:
Trata-se de recurso extraordinário interposto em face de
acórdão proferido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no
exame de recurso ordinário em mandado de segurança. A Corte
Superior confirmou a denegação da ordem pelo Tribunal de
Justiça do Estado de São Paulo (TJSP).
Consta dos autos que a ora recorrente impetrou mandado
de segurança contra ato supostamente ilegal praticado pelo
Promotor de Justiça do Grupo Especial de Delitos Econômicos
(GEDEC) do Ministério Público do Estado de São Paulo que, no
Procedimento Investigatório Criminal (PIC) 4/2016, em violação
à reserva de jurisdição, solicitou informações diretamente ao
Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF).
O pedido de liminar foi indeferido e, na sequência, a 13ª
Câmara de Direito Criminal do TJSP denegou a segurança.
Consta do voto condutor do acórdão (Vol. 22 – fls. 22 e ss.):
(...) As limitações a respeito emergem das disposições
contidas no art. 5º, § 2º, da Lei Complementar nº 105/2001,
que as dispõe: “as informações transferidas na forma do
caput deste artigo
restringir-se-ão a informes
relacionados com a identificação dos titulares das
operações e os montantes globais mensalmente
movimentados, vedada a inserção de qualquer elemento
que permita identificar sua origem ou a natureza dos
gastos a partir deles”.
Posto isso, não há na hipótese em comento nesga de
procedimento que vá além do pontuado. A própria
inicial não cuida desse aspecto. Limita-se, ao reverso, a
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.066.844 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES (RELATOR):
Eis a decisão ora agravada:
Trata-se de recurso extraordinário interposto em face de
acórdão proferido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no
exame de recurso ordinário em mandado de segurança. A Corte
Superior confirmou a denegação da ordem pelo Tribunal de
Justiça do Estado de São Paulo (TJSP).
Consta dos autos que a ora recorrente impetrou mandado
de segurança contra ato supostamente ilegal praticado pelo
Promotor de Justiça do Grupo Especial de Delitos Econômicos
(GEDEC) do Ministério Público do Estado de São Paulo que, no
Procedimento Investigatório Criminal (PIC) 4/2016, em violação
à reserva de jurisdição, solicitou informações diretamente ao
Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF).
O pedido de liminar foi indeferido e, na sequência, a 13ª
Câmara de Direito Criminal do TJSP denegou a segurança.
Consta do voto condutor do acórdão (Vol. 22 – fls. 22 e ss.):
(...) As limitações a respeito emergem das disposições
contidas no art. 5º, § 2º, da Lei Complementar nº 105/2001,
que as dispõe: “as informações transferidas na forma do
caput deste artigo
restringir-se-ão a informes
relacionados com a identificação dos titulares das
operações e os montantes globais mensalmente
movimentados, vedada a inserção de qualquer elemento
que permita identificar sua origem ou a natureza dos
gastos a partir deles”.
Posto isso, não há na hipótese em comento nesga de
procedimento que vá além do pontuado. A própria
inicial não cuida desse aspecto. Limita-se, ao reverso, a
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
RE 1066844 AGR / SP
contestar o pedido formulado e não os termos de seu
atendimento.
Convém ainda destacar que o próprio COAF, como
órgão administrativo, não dispõe de poderes para a
quebra do sigilo dos dados bancários do indivíduo. (...)
O que há, em verdade, é o recebimento, pelo citado
órgão, de dados oriundos do sistema bancário, a partir de
critérios preestabelecidos, sua análise e avaliação de
possíveis práticas ilícitas, com o possível envio aos
órgãos persecutórios competentes. Tanto um como outros
devem se ater aos limites da lei; sua infringência, como
sói, acarreta as consequências precípuas.
(...)
Note-se, nesse ponto, que a atuação do Ministério
Público fora provocada por representação subscrita por
vários conselheiros e sócios da agremiação esportiva,
onde descritos fatos concretos que levariam a
irregularidades praticadas pelos impetrantes.
No particular, descrevem transação suspeita de um
determinado atleta, originário do Criciúma Futebol Clube
e repassado para uma agremiação denominada Monte
Cristo, onde o atleta manteve o registro por apenas um
dia, antes de ser repassado ao São Paulo Futebol Clube,
que pagou R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) pelo
jogador, valor dez vezes superior ao que entendiam
devido.
O teor da representação ainda traduz suspeitas de
que o então presidente do São Paulo Futebol Clube, com
quem a representante Cinira mantinha à época relação
amorosa, auferiu vantagens e comissões indevidas, não só
na negociação pontuada, como também em contratos de
fornecimento de material esportivo, dos quais tomaram
parte os impetrantes.
A expressão das irregularidades fez com que se
acreditasse na atuação de verdadeira organização
criminosa, que empreenderia fraudes de registros no meio
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 1066844 AGR / SP
contestar o pedido formulado e não os termos de seu
atendimento.
Convém ainda destacar que o próprio COAF, como
órgão administrativo, não dispõe de poderes para a
quebra do sigilo dos dados bancários do indivíduo. (...)
O que há, em verdade, é o recebimento, pelo citado
órgão, de dados oriundos do sistema bancário, a partir de
critérios preestabelecidos, sua análise e avaliação de
possíveis práticas ilícitas, com o possível envio aos
órgãos persecutórios competentes. Tanto um como outros
devem se ater aos limites da lei; sua infringência, como
sói, acarreta as consequências precípuas.
(...)
Note-se, nesse ponto, que a atuação do Ministério
Público fora provocada por representação subscrita por
vários conselheiros e sócios da agremiação esportiva,
onde descritos fatos concretos que levariam a
irregularidades praticadas pelos impetrantes.
No particular, descrevem transação suspeita de um
determinado atleta, originário do Criciúma Futebol Clube
e repassado para uma agremiação denominada Monte
Cristo, onde o atleta manteve o registro por apenas um
dia, antes de ser repassado ao São Paulo Futebol Clube,
que pagou R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) pelo
jogador, valor dez vezes superior ao que entendiam
devido.
O teor da representação ainda traduz suspeitas de
que o então presidente do São Paulo Futebol Clube, com
quem a representante Cinira mantinha à época relação
amorosa, auferiu vantagens e comissões indevidas, não só
na negociação pontuada, como também em contratos de
fornecimento de material esportivo, dos quais tomaram
parte os impetrantes.
A expressão das irregularidades fez com que se
acreditasse na atuação de verdadeira organização
criminosa, que empreenderia fraudes de registros no meio
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Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
RE 1066844 AGR / SP
dos clubes, federações e confederações nacionais,
exigindo, pois, lançassem mão de todos os meios
investigativos possíveis, entre os quais o aqui contestado.
(...)
O fato é que a postura tomada pelo Ministério
Público, dentro das atribuições que a lei lhe confere,
guarda, a princípio, relação com aquilo que lhe fora
noticiado e proporção com o que se deseja desbaratar.
Não há tampouco evidências de que o chamado
Relatório de Informações Financeiras, o chamado RIF, de
nº 20782, embora revelador de movimentações atípicas
de parte da impetrante, tenha transbordado dados
sigilosos, para além do permissivo legal. A impetrante,
aliás, volta-se contra a simples postura de se requerê-los
sem o amparo judicial, desconhecendo, de então, o seu
conteúdo.
E se houve abuso na informação, até não indicado
sequer, não pode ser coibido nesta estreita via. (...)
(destaques nossos)
Referido entendimento foi chancelado pela Quinta Turma
do STJ no julgamento do recurso ordinário autuado como RMS
52.677/SP (Relator Min. REYNALDO SOARES DA FONSECA),
objeto deste recurso extraordinário. Leia-se a ementa do
julgado, (Vol. 22 - fls. 75-95):
PROCESSO PENAL. RECURSO ORDINÁRIO
EM MANDADO DE SEGURANÇA. SOLICITAÇÃO DE
INFORMAÇÕES AO CONSELHO DE ATIVIDADES
FINANCEIRAS - COAF EFETUADA PELO MINISTÉRIO
PÚBLICO EM PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO
CRIMINAL. DESNECESSIDADE DE PRÉVIA
AUTORIZAÇÃO JUDICIAL. INEXISTÊNCIA A PRIORI
DE VIOLAÇÃO À GARANTIA CONSTITUCIONAL DO
SIGILO BANCÁRIO E FISCAL DO PARTICULAR.
1. O Supremo Tribunal Federal, no julgamento
3
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Supremo Tribunal Federal
RE 1066844 AGR / SP
dos clubes, federações e confederações nacionais,
exigindo, pois, lançassem mão de todos os meios
investigativos possíveis, entre os quais o aqui contestado.
(...)
O fato é que a postura tomada pelo Ministério
Público, dentro das atribuições que a lei lhe confere,
guarda, a princípio, relação com aquilo que lhe fora
noticiado e proporção com o que se deseja desbaratar.
Não há tampouco evidências de que o chamado
Relatório de Informações Financeiras, o chamado RIF, de
nº 20782, embora revelador de movimentações atípicas
de parte da impetrante, tenha transbordado dados
sigilosos, para além do permissivo legal. A impetrante,
aliás, volta-se contra a simples postura de se requerê-los
sem o amparo judicial, desconhecendo, de então, o seu
conteúdo.
E se houve abuso na informação, até não indicado
sequer, não pode ser coibido nesta estreita via. (...)
(destaques nossos)
Referido entendimento foi chancelado pela Quinta Turma
do STJ no julgamento do recurso ordinário autuado como RMS
52.677/SP (Relator Min. REYNALDO SOARES DA FONSECA),
objeto deste recurso extraordinário. Leia-se a ementa do
julgado, (Vol. 22 - fls. 75-95):
PROCESSO PENAL. RECURSO ORDINÁRIO
EM MANDADO DE SEGURANÇA. SOLICITAÇÃO DE
INFORMAÇÕES AO CONSELHO DE ATIVIDADES
FINANCEIRAS - COAF EFETUADA PELO MINISTÉRIO
PÚBLICO EM PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO
CRIMINAL. DESNECESSIDADE DE PRÉVIA
AUTORIZAÇÃO JUDICIAL. INEXISTÊNCIA A PRIORI
DE VIOLAÇÃO À GARANTIA CONSTITUCIONAL DO
SIGILO BANCÁRIO E FISCAL DO PARTICULAR.
1. O Supremo Tribunal Federal, no julgamento
3
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Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
RE 1066844 AGR / SP
do Recurso Extraordinário n. 593.727/MG, assentou ser
legítima a investigação realizada pelo Ministério Público.
2. A provocação inicial do órgão acusatório "não
desnatura a comunicação do ilícito indiciariamente
constatado pelo COAF, que possui prerrogativa de
encaminhar Relatório de Inteligência Financeira
comunicando a operação suspeita". (RHC 73.331/DF,
Rel. Ministro Nefi Cordeiro, Sexta Turma, julgado em
25/10/2016, DJe 17/11/2016).
3. O mero fato de o Ministério Público ter
efetuado solicitação de manifestação do COAF sobre
eventuais irregularidades nas movimentações
financeiras de pessoa (física ou jurídica)
investigada, por si só, não constitui, necessariamente,
risco de obtenção de informações protegidas pelo sigilo
fiscal e, portanto, independe de prévia autorização
judicial.
4. Se o art. 1º, § 3º, IV, da Lei 9.613/98 admite
que o COAF comunique "autoridades competentes, da
prática de ilícitos penais ou administrativos,
abrangendo o fornecimento de informações sobre
operações que envolvam recursos provenientes de
qualquer prática criminosa", não há motivo para que o
Ministério Público deixe de dirigir solicitação ao órgão
no sentido de que investigue operações bancárias e
fiscais de pessoa (física ou jurídica) sobre as quais paire
suspeita e comunique, ao final, suas conclusões. Assim, o
MPF "não possui acesso aos bancos de dados sigilosos
do COAF, existindo apenas um intercâmbio de
informações por sistema eletrônico, criado pelo próprio
órgão, objetivando atender ao preconizado no artigo 15
da Lei de Lavagem de Dinheiro".
5. O que define a violação à garantia do sigilo
fiscal e bancário é o conteúdo das informações
constantes no relatório apresentado pelo COAF,
conteúdo esse cuja utilização pode ser questionada mesmo
4
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RE 1066844 AGR / SP
do Recurso Extraordinário n. 593.727/MG, assentou ser
legítima a investigação realizada pelo Ministério Público.
2. A provocação inicial do órgão acusatório "não
desnatura a comunicação do ilícito indiciariamente
constatado pelo COAF, que possui prerrogativa de
encaminhar Relatório de Inteligência Financeira
comunicando a operação suspeita". (RHC 73.331/DF,
Rel. Ministro Nefi Cordeiro, Sexta Turma, julgado em
25/10/2016, DJe 17/11/2016).
3. O mero fato de o Ministério Público ter
efetuado solicitação de manifestação do COAF sobre
eventuais irregularidades nas movimentações
financeiras de pessoa (física ou jurídica)
investigada, por si só, não constitui, necessariamente,
risco de obtenção de informações protegidas pelo sigilo
fiscal e, portanto, independe de prévia autorização
judicial.
4. Se o art. 1º, § 3º, IV, da Lei 9.613/98 admite
que o COAF comunique "autoridades competentes, da
prática de ilícitos penais ou administrativos,
abrangendo o fornecimento de informações sobre
operações que envolvam recursos provenientes de
qualquer prática criminosa", não há motivo para que o
Ministério Público deixe de dirigir solicitação ao órgão
no sentido de que investigue operações bancárias e
fiscais de pessoa (física ou jurídica) sobre as quais paire
suspeita e comunique, ao final, suas conclusões. Assim, o
MPF "não possui acesso aos bancos de dados sigilosos
do COAF, existindo apenas um intercâmbio de
informações por sistema eletrônico, criado pelo próprio
órgão, objetivando atender ao preconizado no artigo 15
da Lei de Lavagem de Dinheiro".
5. O que define a violação à garantia do sigilo
fiscal e bancário é o conteúdo das informações
constantes no relatório apresentado pelo COAF,
conteúdo esse cuja utilização pode ser questionada mesmo
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 23
Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
RE 1066844 AGR / SP
que a comunicação de eventual notitia criminis seja
efetuada sponte propria pelo COAF. Nesse sentido, tem-se
orientado a jurisprudência desta Corte quando salienta
que "a comunicação feita à autoridade policial ou ao
Ministério Público não pode transbordar o limite da
garantia fundamental ao sigilo, o que significa dizer que
a obtenção dos dados que subsidiaram o relatório
fornecido pelo COAF necessita de autorização judicial."
(HC 349.945/PE, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, Rel.
p/ Acórdão Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA
TURMA, julgado em 06/12/2016, DJe 02/02/2017).
Precedente recente da Quinta Turma: RHC 49.982/GO, por
mim relatado, QUINTA TURMA, julgado em
09/03/2017, DJe 15/03/2017.
6. Situação em que o voto condutor do acórdão
recorrido salientou que, no caso concreto, o Relatório de
Informações Financeiras (RIF), embora revelador de
movimentações atípicas de parte da impetrante, não
forneceu dados sigilosos, para além do permissivo legal.
7. A mera solicitação de providência investigativa
não demanda a fundamentação própria de um ato
decisório judicial, nem tampouco precisa estar
amparada nos mesmos requisitos necessários para a
solicitação da quebra de sigilo bancário, se as
informações solicitadas não são protegidas pelo sigilo.
8. Não é abusiva, nem despropositada a solicitação
de informações a respeito de eventuais irregularidades
financeiras de investigado(s), quando amparada em
representação subscrita por vários conselheiros e sócios
de agremiação esportiva que descrevia transação suspeita
de um determinado atleta, além de recebimento de
vantagens indevidas em contratos de fornecimento de
material esportivo, envolvendo o então presidente do
clube e a representante judicial da empresa
investigada, com quem o mencionado dirigente
mantinha, à época, relação amorosa.
5
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Supremo Tribunal Federal
RE 1066844 AGR / SP
que a comunicação de eventual notitia criminis seja
efetuada sponte propria pelo COAF. Nesse sentido, tem-se
orientado a jurisprudência desta Corte quando salienta
que "a comunicação feita à autoridade policial ou ao
Ministério Público não pode transbordar o limite da
garantia fundamental ao sigilo, o que significa dizer que
a obtenção dos dados que subsidiaram o relatório
fornecido pelo COAF necessita de autorização judicial."
(HC 349.945/PE, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, Rel.
p/ Acórdão Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA
TURMA, julgado em 06/12/2016, DJe 02/02/2017).
Precedente recente da Quinta Turma: RHC 49.982/GO, por
mim relatado, QUINTA TURMA, julgado em
09/03/2017, DJe 15/03/2017.
6. Situação em que o voto condutor do acórdão
recorrido salientou que, no caso concreto, o Relatório de
Informações Financeiras (RIF), embora revelador de
movimentações atípicas de parte da impetrante, não
forneceu dados sigilosos, para além do permissivo legal.
7. A mera solicitação de providência investigativa
não demanda a fundamentação própria de um ato
decisório judicial, nem tampouco precisa estar
amparada nos mesmos requisitos necessários para a
solicitação da quebra de sigilo bancário, se as
informações solicitadas não são protegidas pelo sigilo.
8. Não é abusiva, nem despropositada a solicitação
de informações a respeito de eventuais irregularidades
financeiras de investigado(s), quando amparada em
representação subscrita por vários conselheiros e sócios
de agremiação esportiva que descrevia transação suspeita
de um determinado atleta, além de recebimento de
vantagens indevidas em contratos de fornecimento de
material esportivo, envolvendo o então presidente do
clube e a representante judicial da empresa
investigada, com quem o mencionado dirigente
mantinha, à época, relação amorosa.
5
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 23
Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
RE 1066844 AGR / SP
9. Não existe dispositivo legal que exija que o
Ministério Público ouça primeiramente o investigado
antes de solicitar provas no procedimento
investigatório anterior à denúncia.
10. Recurso ordinário a que se nega provimento.
(RMS 52.677/SP, Rel. Ministro REYNALDO SOARES
DA FONSECA, Quinta Turma, DJe 5/5/2017 – destaques
nossos)
Para mais ampla compreensão da controvérsia, cabe
colacionar elucidativa passagem do julgado recorrido (Vol. 22-
fls. 82 e ss.):
Em situação envolvendo o fornecimento voluntário
de informações pelo COAF ao Ministério Público e a
legalidade da utilização de tais informações na seara
penal, a Sexta Turma desta Corte, ao examinar o HC n.
349.945/PE, (Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, Rel. p/
Acórdão Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA
TURMA, julgado em 06/12/2016, DJe 02/02/2017), teve a
oportunidade de efetuar uma detalhada digressão tanto a
respeito da garantia do sigilo financeiro quanto das
funções do Conselho de Atividades Financeiras – COAF
(...)
O precedente em questão recebeu a seguinte ementa:
HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL.
DESVIO DE VERBAS PÚBLICAS. RELATÓRIO DO
COAF. UTILIZAÇÃO PARA FUNDAMENTAR A
QUEBRA DE SIGILO FINANCEIRO (FISCAL E
BANCÁRIO). POSSIBILIDADE. COMUNICAÇÃO
FEITA PELA INSTITUIÇÃO À AUTORIDADE
POLICIAL E/OU AO MINISTÉRIO PÚBLICO QUE É
BASEADA EM INFORMAÇÕES CONFIDENCIAIS
RELEVANTES E PRECISAS. DESNECESSIDADE DE
INVESTIGAÇÕES
PRELIMINARES
EM
6
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Supremo Tribunal Federal
RE 1066844 AGR / SP
9. Não existe dispositivo legal que exija que o
Ministério Público ouça primeiramente o investigado
antes de solicitar provas no procedimento
investigatório anterior à denúncia.
10. Recurso ordinário a que se nega provimento.
(RMS 52.677/SP, Rel. Ministro REYNALDO SOARES
DA FONSECA, Quinta Turma, DJe 5/5/2017 – destaques
nossos)
Para mais ampla compreensão da controvérsia, cabe
colacionar elucidativa passagem do julgado recorrido (Vol. 22-
fls. 82 e ss.):
Em situação envolvendo o fornecimento voluntário
de informações pelo COAF ao Ministério Público e a
legalidade da utilização de tais informações na seara
penal, a Sexta Turma desta Corte, ao examinar o HC n.
349.945/PE, (Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, Rel. p/
Acórdão Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA
TURMA, julgado em 06/12/2016, DJe 02/02/2017), teve a
oportunidade de efetuar uma detalhada digressão tanto a
respeito da garantia do sigilo financeiro quanto das
funções do Conselho de Atividades Financeiras – COAF
(...)
O precedente em questão recebeu a seguinte ementa:
HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL.
DESVIO DE VERBAS PÚBLICAS. RELATÓRIO DO
COAF. UTILIZAÇÃO PARA FUNDAMENTAR A
QUEBRA DE SIGILO FINANCEIRO (FISCAL E
BANCÁRIO). POSSIBILIDADE. COMUNICAÇÃO
FEITA PELA INSTITUIÇÃO À AUTORIDADE
POLICIAL E/OU AO MINISTÉRIO PÚBLICO QUE É
BASEADA EM INFORMAÇÕES CONFIDENCIAIS
RELEVANTES E PRECISAS. DESNECESSIDADE DE
INVESTIGAÇÕES
PRELIMINARES
EM
6
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RE 1066844 AGR / SP
INQUÉRITO POLICIAL. BUSCA E APREENSÃO.
DECORRÊNCIA DA QUEBRA DE SIGILO FISCAL E
BANCÁRIO. LEGALIDADE. QUEBRA DE SIGILO
TELEFÔNICO.
FUNDAMENTAÇÃO.
OCORRÊNCIA. PRORROGAÇÃO AUTOMÁTICA.
INADMISSIBILIDADE.
1. O sigilo financeiro, que pode ser
compreendido como sigilo fiscal e bancário,
fundamenta-se, precipuamente, na garantia
constitucional da preservação da intimidade (art. 5º,
X e XII, da CF), que manifesta verdadeiro direito da
personalidade, notadamente porque se traduz em
direito fundamental à inviolabilidade de informações
inerentes à pessoa, em suas relações com o Sistema
Financeiro Nacional. Entretanto, a jurisprudência
firmou a compreensão de que não se trata de um
direito absoluto, sendo possível mitigar sua proteção
quando presentes circunstâncias que denotem a
existência de interesse público relevante, sempre por
meio de decisão proferida por autoridade judicial
competente, suficientemente fundamentada, na qual
se justifique a necessidade da medida para fins de
investigação criminal ou de instrução processual
criminal, sempre lastreada em indícios que devem
ser, em tese, bastantes à configuração de suposta
ocorrência de crime sujeito à ação penal pública.
2. É cediço que o fato indiciário que autoriza
um juízo de probabilidade ou verossimilhança não se
identifica com mera suspeita ou com simples
conjectura, sem apoio em elementos fáticos
concretos. Sem embargo, a obtenção desses indícios
mínimos que denotem real possibilidade da prática
delituosa não pode se desatrelar das novas formas
criminosas surgidas com o desenvolvimento
tecnológico e o aprofundamento internacional de
integração econômica.
7
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RE 1066844 AGR / SP
INQUÉRITO POLICIAL. BUSCA E APREENSÃO.
DECORRÊNCIA DA QUEBRA DE SIGILO FISCAL E
BANCÁRIO. LEGALIDADE. QUEBRA DE SIGILO
TELEFÔNICO.
FUNDAMENTAÇÃO.
OCORRÊNCIA. PRORROGAÇÃO AUTOMÁTICA.
INADMISSIBILIDADE.
1. O sigilo financeiro, que pode ser
compreendido como sigilo fiscal e bancário,
fundamenta-se, precipuamente, na garantia
constitucional da preservação da intimidade (art. 5º,
X e XII, da CF), que manifesta verdadeiro direito da
personalidade, notadamente porque se traduz em
direito fundamental à inviolabilidade de informações
inerentes à pessoa, em suas relações com o Sistema
Financeiro Nacional. Entretanto, a jurisprudência
firmou a compreensão de que não se trata de um
direito absoluto, sendo possível mitigar sua proteção
quando presentes circunstâncias que denotem a
existência de interesse público relevante, sempre por
meio de decisão proferida por autoridade judicial
competente, suficientemente fundamentada, na qual
se justifique a necessidade da medida para fins de
investigação criminal ou de instrução processual
criminal, sempre lastreada em indícios que devem
ser, em tese, bastantes à configuração de suposta
ocorrência de crime sujeito à ação penal pública.
2. É cediço que o fato indiciário que autoriza
um juízo de probabilidade ou verossimilhança não se
identifica com mera suspeita ou com simples
conjectura, sem apoio em elementos fáticos
concretos. Sem embargo, a obtenção desses indícios
mínimos que denotem real possibilidade da prática
delituosa não pode se desatrelar das novas formas
criminosas surgidas com o desenvolvimento
tecnológico e o aprofundamento internacional de
integração econômica.
7
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RE 1066844 AGR / SP
3. Os indícios de prova, suficientes para dar
lastro a um juízo de probabilidade da ocorrência do
fato delituoso, devem ser colmatados com outras
formas indiciárias distintas das usualmente
empregadas para a criminalidade comum,
geralmente precedidas de inquérito policial, de
modo a possibilitar, com eficiência, a investigação e a
apuração dos complexos delitos corporativos.
4. O COAF, com feição típica de órgão de
inteligência financeira, é responsável, também, pela
prevenção e pela fiscalização da prática do delito de
lavagem de dinheiro, com finalidade precípua de
disciplinar, aplicar penas administrativas, receber,
examinar e identificar as ocorrências suspeitas de
atividades ilícitas previstas na lei, sem prejuízo da
competência de outros órgãos e entidades,
desenvolvendo
atividades
com
objetivos
predominantemente preventivos, à semelhança dos
demais países que subscreveram as convenções
internacionais sobre lavagem de dinheiro.
5. Para desincumbir-se de suas funções, fez-se
necessário permitir ao COAF o acesso a dados
detalhados das transações financeiras das pessoas
(jurídicas e naturais), o que ocorreu com a aprovação
da Lei Complementar n. 105/2001, que desobrigou o
órgão de postular judicialmente o acesso a todos os
dados fiscais e bancários, sendo dotado da
prerrogativa de analisar, de modo compartilhado,
informações financeiras integrais de quaisquer
pessoas participantes de transações financeiras
consideradas atípicas pelo Banco Central, pela CVM
e por demais órgãos de fiscalização. Esse
compartilhamento, com o julgamento da ADI n.
2.859/DF, foi considerado constitucional pela
Suprema Corte, resguardando-se, contudo, a
publicização de tais dados, inclusive para uso em
8
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Supremo Tribunal Federal
RE 1066844 AGR / SP
3. Os indícios de prova, suficientes para dar
lastro a um juízo de probabilidade da ocorrência do
fato delituoso, devem ser colmatados com outras
formas indiciárias distintas das usualmente
empregadas para a criminalidade comum,
geralmente precedidas de inquérito policial, de
modo a possibilitar, com eficiência, a investigação e a
apuração dos complexos delitos corporativos.
4. O COAF, com feição típica de órgão de
inteligência financeira, é responsável, também, pela
prevenção e pela fiscalização da prática do delito de
lavagem de dinheiro, com finalidade precípua de
disciplinar, aplicar penas administrativas, receber,
examinar e identificar as ocorrências suspeitas de
atividades ilícitas previstas na lei, sem prejuízo da
competência de outros órgãos e entidades,
desenvolvendo
atividades
com
objetivos
predominantemente preventivos, à semelhança dos
demais países que subscreveram as convenções
internacionais sobre lavagem de dinheiro.
5. Para desincumbir-se de suas funções, fez-se
necessário permitir ao COAF o acesso a dados
detalhados das transações financeiras das pessoas
(jurídicas e naturais), o que ocorreu com a aprovação
da Lei Complementar n. 105/2001, que desobrigou o
órgão de postular judicialmente o acesso a todos os
dados fiscais e bancários, sendo dotado da
prerrogativa de analisar, de modo compartilhado,
informações financeiras integrais de quaisquer
pessoas participantes de transações financeiras
consideradas atípicas pelo Banco Central, pela CVM
e por demais órgãos de fiscalização. Esse
compartilhamento, com o julgamento da ADI n.
2.859/DF, foi considerado constitucional pela
Suprema Corte, resguardando-se, contudo, a
publicização de tais dados, inclusive para uso em
8
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 23
Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
RE 1066844 AGR / SP
eventual persecução penal, que ainda permanece sob
reserva absoluta de jurisdição.
6. A Lei Complementar n. 105/2001, ao tornar o
sigilo e as inviolabilidades inoponíveis ao COAF,
acabou por permitir que os relatórios produzidos por
ele fossem lastreados em elementos de informação
da mais alta relevância, confiabilidade e precisão
técnica.
7. As comunicações recebidas dos setores
obrigados pela Lei n. 9.613/1998, após critério de
seleção de prioridades feitas pelo órgão (haja vista a
expressiva quantidade de comunicações recebidas),
são detalhadamente analisadas e confrontadas com
informações sigilosas que são fornecidas por outras
instituições. No caso de fundados indícios da prática
de ilícito penal, diz o art. 1º, § 3º, IV, que haverá "a
comunicação, às autoridades competentes, da prática
de ilícitos penais ou administrativos, abrangendo o
fornecimento de informações sobre operações que
envolvam recursos provenientes de qualquer prática
criminosa".
8. A compatibilização entre a manutenção do
sigilo financeiro, somente inoponível aos órgãos
administrativos de controle, e a produção de
relatório baseado em dados protegidos pelo sigilo
implica,
inter alia, a conclusão de que o
conhecimento integral dos dados que subsidiaram
a produção do relatório (da comunicação feita à
autoridade competente) depende de autorização
judicial. Isso equivale a dizer que a comunicação
feita à autoridade policial ou ao Ministério Público
não pode transbordar o limite da garantia
fundamental ao sigilo, a implicar que a obtenção e
o uso, para fins de investigação criminal, dos dados
que subsidiaram o relatório fornecido pelo COAF
dependem de autorização judicial.
9
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Supremo Tribunal Federal
RE 1066844 AGR / SP
eventual persecução penal, que ainda permanece sob
reserva absoluta de jurisdição.
6. A Lei Complementar n. 105/2001, ao tornar o
sigilo e as inviolabilidades inoponíveis ao COAF,
acabou por permitir que os relatórios produzidos por
ele fossem lastreados em elementos de informação
da mais alta relevância, confiabilidade e precisão
técnica.
7. As comunicações recebidas dos setores
obrigados pela Lei n. 9.613/1998, após critério de
seleção de prioridades feitas pelo órgão (haja vista a
expressiva quantidade de comunicações recebidas),
são detalhadamente analisadas e confrontadas com
informações sigilosas que são fornecidas por outras
instituições. No caso de fundados indícios da prática
de ilícito penal, diz o art. 1º, § 3º, IV, que haverá "a
comunicação, às autoridades competentes, da prática
de ilícitos penais ou administrativos, abrangendo o
fornecimento de informações sobre operações que
envolvam recursos provenientes de qualquer prática
criminosa".
8. A compatibilização entre a manutenção do
sigilo financeiro, somente inoponível aos órgãos
administrativos de controle, e a produção de
relatório baseado em dados protegidos pelo sigilo
implica,
inter alia, a conclusão de que o
conhecimento integral dos dados que subsidiaram
a produção do relatório (da comunicação feita à
autoridade competente) depende de autorização
judicial. Isso equivale a dizer que a comunicação
feita à autoridade policial ou ao Ministério Público
não pode transbordar o limite da garantia
fundamental ao sigilo, a implicar que a obtenção e
o uso, para fins de investigação criminal, dos dados
que subsidiaram o relatório fornecido pelo COAF
dependem de autorização judicial.
9
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Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
RE 1066844 AGR / SP
9. É inafastável a conclusão de que o relatório
produzido pelo COAF subsidia e justifica eventual
pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal,
porquanto os dados que lhe subjazem são protegidos
pelo sigilo, mostrando-se incongruente raciocínio
que exija, para justificar a medida invasiva, outros
elementos de prova, seja porque o relatório é
construído com base em dados altamente confiáveis,
precisos e, sobretudo, decorrentes de esforços
conjuntos de inúmeras instituições de controle, seja
porque a prática de crimes corporativos dificilmente
é compartilhada com testemunhas ou avaliada por
simples constatação de sinais exteriores de
incompatibilidade patrimonial ou de outros rastros
ilícitos cognoscíveis por investigação convencional
precedida da instauração de inquérito policial.
10. No cotejo das garantias constitucionais
protetoras da intimidade e privacidade do indivíduo,
pode-se dizer que o sigilo das comunicações
telefônicas constitui uma das liberdades públicas
mais importantes do indivíduo, pois representa a
exigência de livre expressão do pensamento
externado durante a comunicação verbal, portadora
dos segredos mais íntimos da pessoa humana. A seu
turno, a proteção do sigilo bancário objetiva
salvaguardar informações pessoais estáticas, em
regra unipessoais, referentes à movimentação de
fluxos monetários, de conhecimento das instituições
financeiras e de seus prepostos. Pela dicção
constitucional, há uma forte proteção às
comunicações telefônicas, de modo que seu fluxo
somente pode ser interceptado para fins penais, o
que não ocorre com o sigilo bancário, em que se
permite até o compartilhamento de informações
entre instituições financeiras. Nessa medida, não soa
desarrazoado afirmar que os fundamentos
10
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Supremo Tribunal Federal
RE 1066844 AGR / SP
9. É inafastável a conclusão de que o relatório
produzido pelo COAF subsidia e justifica eventual
pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal,
porquanto os dados que lhe subjazem são protegidos
pelo sigilo, mostrando-se incongruente raciocínio
que exija, para justificar a medida invasiva, outros
elementos de prova, seja porque o relatório é
construído com base em dados altamente confiáveis,
precisos e, sobretudo, decorrentes de esforços
conjuntos de inúmeras instituições de controle, seja
porque a prática de crimes corporativos dificilmente
é compartilhada com testemunhas ou avaliada por
simples constatação de sinais exteriores de
incompatibilidade patrimonial ou de outros rastros
ilícitos cognoscíveis por investigação convencional
precedida da instauração de inquérito policial.
10. No cotejo das garantias constitucionais
protetoras da intimidade e privacidade do indivíduo,
pode-se dizer que o sigilo das comunicações
telefônicas constitui uma das liberdades públicas
mais importantes do indivíduo, pois representa a
exigência de livre expressão do pensamento
externado durante a comunicação verbal, portadora
dos segredos mais íntimos da pessoa humana. A seu
turno, a proteção do sigilo bancário objetiva
salvaguardar informações pessoais estáticas, em
regra unipessoais, referentes à movimentação de
fluxos monetários, de conhecimento das instituições
financeiras e de seus prepostos. Pela dicção
constitucional, há uma forte proteção às
comunicações telefônicas, de modo que seu fluxo
somente pode ser interceptado para fins penais, o
que não ocorre com o sigilo bancário, em que se
permite até o compartilhamento de informações
entre instituições financeiras. Nessa medida, não soa
desarrazoado afirmar que os fundamentos
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Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
RE 1066844 AGR / SP
ensejadores da violação, pelo Estado, do sigilo
financeiro e do sigilo telefônico devem ser sopesados
de maneira distinta, razão que reforça a
possibilidade de quebra de sigilo bancário apenas
com base no relatório do COAF.
11. Se é justificável a determinação de quebra
de sigilo bancário e fiscal com fundamento no
relatório produzido pelo COAF, também o será a
decisão que determina a busca e a apreensão de
documentos, baseada na análise do conteúdo
apresentado pelas informações decorrentes da
medida judicial mais invasiva.
12. Em razão da forte proteção constitucional e,
também, por exigência legal, firmou-se na
jurisprudência a compreensão de que tanto a decisão
que determina quanto a que prorroga a quebra do
sigilo telefônico devem ser fundamentadas, não
sendo admitido que esta última se dê de forma
automática. Precedentes.
13. Habeas corpus concedido apenas para
determinar seja descartado dos autos todo o material
obtido a partir da primeira prorrogação automática,
mantendo-se incólumes, contudo, aqueles elementos
que derivaram dos primeiros quinze dias do
primeiro período, ficando a cargo do Juízo a quo
levar a efeito essa distinção, bem como reconhecer
eventual consequência dela decorrente, preservadas,
também, todas as provas decorrentes da busca e
apreensão e da quebra de sigilo fiscal e bancário.
(HC 349.945/PE, Rel. Ministro NEFI
CORDEIRO, Rel. p/ Acórdão Ministro ROGERIO
SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em
06/12/2016, DJe 02/02/2017 – negritei)
(...)
Quanto ao mais, não procede a alegação da
11
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Supremo Tribunal Federal
RE 1066844 AGR / SP
ensejadores da violação, pelo Estado, do sigilo
financeiro e do sigilo telefônico devem ser sopesados
de maneira distinta, razão que reforça a
possibilidade de quebra de sigilo bancário apenas
com base no relatório do COAF.
11. Se é justificável a determinação de quebra
de sigilo bancário e fiscal com fundamento no
relatório produzido pelo COAF, também o será a
decisão que determina a busca e a apreensão de
documentos, baseada na análise do conteúdo
apresentado pelas informações decorrentes da
medida judicial mais invasiva.
12. Em razão da forte proteção constitucional e,
também, por exigência legal, firmou-se na
jurisprudência a compreensão de que tanto a decisão
que determina quanto a que prorroga a quebra do
sigilo telefônico devem ser fundamentadas, não
sendo admitido que esta última se dê de forma
automática. Precedentes.
13. Habeas corpus concedido apenas para
determinar seja descartado dos autos todo o material
obtido a partir da primeira prorrogação automática,
mantendo-se incólumes, contudo, aqueles elementos
que derivaram dos primeiros quinze dias do
primeiro período, ficando a cargo do Juízo a quo
levar a efeito essa distinção, bem como reconhecer
eventual consequência dela decorrente, preservadas,
também, todas as provas decorrentes da busca e
apreensão e da quebra de sigilo fiscal e bancário.
(HC 349.945/PE, Rel. Ministro NEFI
CORDEIRO, Rel. p/ Acórdão Ministro ROGERIO
SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em
06/12/2016, DJe 02/02/2017 – negritei)
(...)
Quanto ao mais, não procede a alegação da
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 16 de 23
Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
RE 1066844 AGR / SP
impetrante de que a mera solicitação de informações
deva ser, obrigatoriamente, amparada nos mesmos
requisitos necessários para a solicitação da quebra de
sigilo bancário. Pelo contrário, a 3ª Seção desta Corte tem
entendido que as informações prestadas pelo COAF
constituem fundamentação apta à concessão futura de
ordem de quebra de sigilo. (...)
(destaques nossos)
No recurso extraordinário, a insurgente alega, com
amparo no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, violação
aos seguintes dispositivos constitucionais: arts. 5º, XII, e 93, IX.
Sustenta, em síntese, que: (a) “o Ministério Público requereu
informações sigilosas diretamente ao órgão [COAF], sem pedido e
deferimento judicial, a despeito da previsão constitucional da reserva
de jurisdição”; (b) “inexiste na determinação do Ministério Público
qualquer justificativa/fundamentação – mesmo que mínima ou
sucinta – para a quebra de sigilo” (Vol. 22 - fl. 119); (c) foram
“cometidas diversas medidas desproporcionais, a saber: a quebra do
sigilo foi a primeira medida investigativa a ser tomada (...) e tal
medida gravosa restou utilizada mesmo quando havia simples
‘suspeita’ do cometimento do ilícito” (Vol. 22 - fl. 124).
Contrarrazões às fls. 8-13 e 17- 27 do Vol. 23.
É o relatório. Decido.
O apelo não merece acolhida.
Ao examinar o Tema 225 da repercussão geral, assim
decidiu o Plenário do Supremo Tribunal Federal:
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO
GERAL. DIREITO TRIBUTÁRIO. DIREITO AO SIGILO
BANCÁRIO. DEVER DE PAGAR IMPOSTOS.
REQUISIÇÃO DE INFORMAÇÃO DA RECEITA
FEDERAL ÀS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS. ART. 6º
DA LEI COMPLEMENTAR 105/01. MECANISMOS
12
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Supremo Tribunal Federal
RE 1066844 AGR / SP
impetrante de que a mera solicitação de informações
deva ser, obrigatoriamente, amparada nos mesmos
requisitos necessários para a solicitação da quebra de
sigilo bancário. Pelo contrário, a 3ª Seção desta Corte tem
entendido que as informações prestadas pelo COAF
constituem fundamentação apta à concessão futura de
ordem de quebra de sigilo. (...)
(destaques nossos)
No recurso extraordinário, a insurgente alega, com
amparo no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, violação
aos seguintes dispositivos constitucionais: arts. 5º, XII, e 93, IX.
Sustenta, em síntese, que: (a) “o Ministério Público requereu
informações sigilosas diretamente ao órgão [COAF], sem pedido e
deferimento judicial, a despeito da previsão constitucional da reserva
de jurisdição”; (b) “inexiste na determinação do Ministério Público
qualquer justificativa/fundamentação – mesmo que mínima ou
sucinta – para a quebra de sigilo” (Vol. 22 - fl. 119); (c) foram
“cometidas diversas medidas desproporcionais, a saber: a quebra do
sigilo foi a primeira medida investigativa a ser tomada (...) e tal
medida gravosa restou utilizada mesmo quando havia simples
‘suspeita’ do cometimento do ilícito” (Vol. 22 - fl. 124).
Contrarrazões às fls. 8-13 e 17- 27 do Vol. 23.
É o relatório. Decido.
O apelo não merece acolhida.
Ao examinar o Tema 225 da repercussão geral, assim
decidiu o Plenário do Supremo Tribunal Federal:
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO
GERAL. DIREITO TRIBUTÁRIO. DIREITO AO SIGILO
BANCÁRIO. DEVER DE PAGAR IMPOSTOS.
REQUISIÇÃO DE INFORMAÇÃO DA RECEITA
FEDERAL ÀS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS. ART. 6º
DA LEI COMPLEMENTAR 105/01. MECANISMOS
12
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 17 de 23
Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
RE 1066844 AGR / SP
FISCALIZATÓRIOS. APURAÇÃO DE CRÉDITOS
RELATIVOS A TRIBUTOS DISTINTOS DA CPMF.
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DA NORMA
TRIBUTÁRIA. LEI 10.174/01.
1. O litígio constitucional posto se traduz em um
confronto entre o direito ao sigilo bancário e o dever de
pagar tributos, ambos referidos a um mesmo cidadão e de
caráter constituinte no que se refere à comunidade
política, à luz da finalidade precípua da tributação de
realizar a igualdade em seu duplo compromisso, a
autonomia individual e o autogoverno coletivo.
2. Do ponto de vista da autonomia individual, o
sigilo bancário é uma das expressões do direito de
personalidade que se traduz em ter suas atividades e
informações bancárias livres de ingerências ou ofensas,
qualificadas como arbitrárias ou ilegais, de quem quer que
seja, inclusive do Estado ou da própria instituição
financeira.
3. Entende-se que a igualdade é satisfeita no plano
do autogoverno coletivo por meio do pagamento de
tributos, na medida da capacidade contributiva do
contribuinte, por sua vez vinculado a um Estado soberano
comprometido com a satisfação das necessidades coletivas
de seu Povo.
4. Verifica-se que o Poder Legislativo não desbordou
dos parâmetros constitucionais, ao exercer sua relativa
liberdade de conformação da ordem jurídica, na medida
em que estabeleceu requisitos objetivos para a requisição
de informação pela Administração Tributária às
instituições financeiras, assim como manteve o sigilo dos
dados a respeito das transações financeiras do
contribuinte, observando-se um translado do dever de
sigilo da esfera bancária para a fiscal.
5. A alteração na ordem jurídica promovida pela Lei
10.174/01 não atrai a aplicação do princípio da
irretroatividade das leis tributárias, uma vez que aquela se
13
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Supremo Tribunal Federal
RE 1066844 AGR / SP
FISCALIZATÓRIOS. APURAÇÃO DE CRÉDITOS
RELATIVOS A TRIBUTOS DISTINTOS DA CPMF.
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DA NORMA
TRIBUTÁRIA. LEI 10.174/01.
1. O litígio constitucional posto se traduz em um
confronto entre o direito ao sigilo bancário e o dever de
pagar tributos, ambos referidos a um mesmo cidadão e de
caráter constituinte no que se refere à comunidade
política, à luz da finalidade precípua da tributação de
realizar a igualdade em seu duplo compromisso, a
autonomia individual e o autogoverno coletivo.
2. Do ponto de vista da autonomia individual, o
sigilo bancário é uma das expressões do direito de
personalidade que se traduz em ter suas atividades e
informações bancárias livres de ingerências ou ofensas,
qualificadas como arbitrárias ou ilegais, de quem quer que
seja, inclusive do Estado ou da própria instituição
financeira.
3. Entende-se que a igualdade é satisfeita no plano
do autogoverno coletivo por meio do pagamento de
tributos, na medida da capacidade contributiva do
contribuinte, por sua vez vinculado a um Estado soberano
comprometido com a satisfação das necessidades coletivas
de seu Povo.
4. Verifica-se que o Poder Legislativo não desbordou
dos parâmetros constitucionais, ao exercer sua relativa
liberdade de conformação da ordem jurídica, na medida
em que estabeleceu requisitos objetivos para a requisição
de informação pela Administração Tributária às
instituições financeiras, assim como manteve o sigilo dos
dados a respeito das transações financeiras do
contribuinte, observando-se um translado do dever de
sigilo da esfera bancária para a fiscal.
5. A alteração na ordem jurídica promovida pela Lei
10.174/01 não atrai a aplicação do princípio da
irretroatividade das leis tributárias, uma vez que aquela se
13
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Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
RE 1066844 AGR / SP
encerra na atribuição de competência administrativa à
Secretaria da Receita Federal, o que evidencia o caráter
instrumental da norma em questão. Aplica-se, portanto, o
artigo 144, §1º, do Código Tributário Nacional.
6. Fixação de tese em relação ao item “a” do Tema
225 da sistemática da repercussão geral: “O art. 6º da Lei
Complementar 105/01 não ofende o direito ao sigilo
bancário, pois realiza a igualdade em relação aos
cidadãos, por meio do princípio da capacidade
contributiva, bem como estabelece requisitos objetivos e o
translado do dever de sigilo da esfera bancária para a
fiscal”.
7. Fixação de tese em relação ao item “b” do Tema
225 da sistemática da repercussão geral: “A Lei 10.174/01
não atrai a aplicação do princípio da irretroatividade das
leis tributárias, tendo em vista o caráter instrumental da
norma, nos termos do artigo 144, §1º, do CTN”.
8. Recurso extraordinário a que se nega provimento.
(RE 601.314, Relator Min. EDSON FACHIN,
Tribunal
Pleno,
ACÓRDÃO
ELETRÔNICO
REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe 16/9/2016)
Acrescente-se que há reiteradas decisões desta Corte
estendendo a tese fixada no julgamento do RE 601.314 aos
procedimentos criminais. Confiram-se, por amostragem, o ARE
841.344-AgR (Relator Min. DIAS TOFFOLI, Segunda Turma,
DJe 15/2/2017) e as seguintes decisões monocráticas, todas com
trânsito em julgado: RE 1.064.424 (Relator Min. EDSON
FACCHIN, DJe 18/8/2017), RE 1.042.992 (Relator Min. Roberto
Barroso, DJe 16/6/2017); RE 987.248-AgR (Relator Min.
ROBERTO BARROSO, DJe 17/3/2017) e ARE 953.058 (Relator
Min. GILMAR MENDES, DJe 30/5/2016).
Como já tive oportunidade de manifestar, não há dúvida
de que o desrespeito ao sigilo constitucionalmente protegido
acarretaria violação às diversas garantias constitucionais;
14
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Supremo Tribunal Federal
RE 1066844 AGR / SP
encerra na atribuição de competência administrativa à
Secretaria da Receita Federal, o que evidencia o caráter
instrumental da norma em questão. Aplica-se, portanto, o
artigo 144, §1º, do Código Tributário Nacional.
6. Fixação de tese em relação ao item “a” do Tema
225 da sistemática da repercussão geral: “O art. 6º da Lei
Complementar 105/01 não ofende o direito ao sigilo
bancário, pois realiza a igualdade em relação aos
cidadãos, por meio do princípio da capacidade
contributiva, bem como estabelece requisitos objetivos e o
translado do dever de sigilo da esfera bancária para a
fiscal”.
7. Fixação de tese em relação ao item “b” do Tema
225 da sistemática da repercussão geral: “A Lei 10.174/01
não atrai a aplicação do princípio da irretroatividade das
leis tributárias, tendo em vista o caráter instrumental da
norma, nos termos do artigo 144, §1º, do CTN”.
8. Recurso extraordinário a que se nega provimento.
(RE 601.314, Relator Min. EDSON FACHIN,
Tribunal
Pleno,
ACÓRDÃO
ELETRÔNICO
REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe 16/9/2016)
Acrescente-se que há reiteradas decisões desta Corte
estendendo a tese fixada no julgamento do RE 601.314 aos
procedimentos criminais. Confiram-se, por amostragem, o ARE
841.344-AgR (Relator Min. DIAS TOFFOLI, Segunda Turma,
DJe 15/2/2017) e as seguintes decisões monocráticas, todas com
trânsito em julgado: RE 1.064.424 (Relator Min. EDSON
FACCHIN, DJe 18/8/2017), RE 1.042.992 (Relator Min. Roberto
Barroso, DJe 16/6/2017); RE 987.248-AgR (Relator Min.
ROBERTO BARROSO, DJe 17/3/2017) e ARE 953.058 (Relator
Min. GILMAR MENDES, DJe 30/5/2016).
Como já tive oportunidade de manifestar, não há dúvida
de que o desrespeito ao sigilo constitucionalmente protegido
acarretaria violação às diversas garantias constitucionais;
14
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 19 de 23
Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
RE 1066844 AGR / SP
todavia, a inviolabilidade dos sigilos bancário e fiscal não é
absoluta, podendo ser afastada quando eles estiverem sendo
utilizados para ocultar a prática de atividades ilícitas
(Constituição do Brasil Interpretada, 8ª ed., p. 148).
Pois bem. A alegação recursal é de impossibilidade de
que o Ministério Público requisite diretamente dados ao
COAF, sem o amparo de autorização judicial.
Na espécie, o TJSP afirmou não haver evidências de que o
Relatório de Informações Financeiras, “embora revelador de
movimentações atípicas de parte da impetrante, tenha transbordado
dados sigilosos, para além do permissivo legal”. Reforçou esse
entendimento ao destacar que a insurgência voltou-se apenas
contra a ausência de amparo judicial, sem qualquer menção ao
conteúdo do documento.
O STJ anuiu a esse entendimento e acrescentou que “não
constam dos documentos juntados aos autos pela impetrante (dentre
os quais grande parte está ilegível) que o COAF já tenha fornecido tais
informações e que juntamente com o relatório tenham sido enviados ao
Ministério Público dados detalhados sobre a movimentação financeira
da empresa cujo conhecimento é protegido pelo sigilo”.
Como se vê, o STJ e o TJSP entenderam que não houve o
envio ao Ministério Público de dados protegidos pelo sigilo
bancário. Para divergir dos Juízos antecedentes, neste
particular, seria inevitável o reexame de provas, procedimento
vedado pela Súmula 279 do STF: “
Para simples reexame de
prova não cabe recurso extraordinário”.
De qualquer sorte, consoante frisou o acórdão
impugnado – e é bom repetir – não houve solicitação de
quebra de sigilo bancário, mas mera solicitação de
providências investigativas. Cuida-se, portanto, de atividade
compatível com as atribuições constitucionais do Ministério
Público. Ademais, como também delineado pelas instâncias
15
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14244681.
Supremo Tribunal Federal
RE 1066844 AGR / SP
todavia, a inviolabilidade dos sigilos bancário e fiscal não é
absoluta, podendo ser afastada quando eles estiverem sendo
utilizados para ocultar a prática de atividades ilícitas
(Constituição do Brasil Interpretada, 8ª ed., p. 148).
Pois bem. A alegação recursal é de impossibilidade de
que o Ministério Público requisite diretamente dados ao
COAF, sem o amparo de autorização judicial.
Na espécie, o TJSP afirmou não haver evidências de que o
Relatório de Informações Financeiras, “embora revelador de
movimentações atípicas de parte da impetrante, tenha transbordado
dados sigilosos, para além do permissivo legal”. Reforçou esse
entendimento ao destacar que a insurgência voltou-se apenas
contra a ausência de amparo judicial, sem qualquer menção ao
conteúdo do documento.
O STJ anuiu a esse entendimento e acrescentou que “não
constam dos documentos juntados aos autos pela impetrante (dentre
os quais grande parte está ilegível) que o COAF já tenha fornecido tais
informações e que juntamente com o relatório tenham sido enviados ao
Ministério Público dados detalhados sobre a movimentação financeira
da empresa cujo conhecimento é protegido pelo sigilo”.
Como se vê, o STJ e o TJSP entenderam que não houve o
envio ao Ministério Público de dados protegidos pelo sigilo
bancário. Para divergir dos Juízos antecedentes, neste
particular, seria inevitável o reexame de provas, procedimento
vedado pela Súmula 279 do STF: “
Para simples reexame de
prova não cabe recurso extraordinário”.
De qualquer sorte, consoante frisou o acórdão
impugnado – e é bom repetir – não houve solicitação de
quebra de sigilo bancário, mas mera solicitação de
providências investigativas. Cuida-se, portanto, de atividade
compatível com as atribuições constitucionais do Ministério
Público. Ademais, como também delineado pelas instâncias
15
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Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
RE 1066844 AGR / SP
antecedentes, se a legislação de regência impositivamente
determina que o COAF "
comunicará
às autoridades
competentes para a instauração dos procedimentos cabíveis,
quando concluir pela existência de crimes previstos nesta Lei,
de fundados indícios de sua prática, ou de qualquer outro
ilícito
" (art. 15 da Lei 9.613/1998), seria contraditório impedir o
Ministério Público de solicitar ao COAF informações por
esses mesmos motivos.
Enfim, a alegação de desproporcionalidade da medida
adotada pelo Ministério Público é tema afeto ao contexto
fático-probatório destes autos, o que faz incidir, também neste
tópico, o óbice da já mencionada Súmula 279 do STF.
Em conclusão, não há de se cogitar nenhuma ofensa direta
ou reflexa às garantias constitucionais do recorrido.
Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, NEGO SEGUIMENTO
AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
(destacamos)
Ora, a decisão impugnada tratou especificamente de cada um dos
pontos versados no apelo extremo e o agravo interno não apresentou
qualquer argumento apto a desconstituir o óbices apontados. Nesse
contexto, não há reparo a fazer no entendimento aplicado.
Diante do exposto, nego provimento ao agravo interno.
É o voto.
16
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Supremo Tribunal Federal
RE 1066844 AGR / SP
antecedentes, se a legislação de regência impositivamente
determina que o COAF "
comunicará
às autoridades
competentes para a instauração dos procedimentos cabíveis,
quando concluir pela existência de crimes previstos nesta Lei,
de fundados indícios de sua prática, ou de qualquer outro
ilícito
" (art. 15 da Lei 9.613/1998), seria contraditório impedir o
Ministério Público de solicitar ao COAF informações por
esses mesmos motivos.
Enfim, a alegação de desproporcionalidade da medida
adotada pelo Ministério Público é tema afeto ao contexto
fático-probatório destes autos, o que faz incidir, também neste
tópico, o óbice da já mencionada Súmula 279 do STF.
Em conclusão, não há de se cogitar nenhuma ofensa direta
ou reflexa às garantias constitucionais do recorrido.
Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, NEGO SEGUIMENTO
AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
(destacamos)
Ora, a decisão impugnada tratou especificamente de cada um dos
pontos versados no apelo extremo e o agravo interno não apresentou
qualquer argumento apto a desconstituir o óbices apontados. Nesse
contexto, não há reparo a fazer no entendimento aplicado.
Diante do exposto, nego provimento ao agravo interno.
É o voto.
16
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.066.844 SÃO PAULO
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (PRESIDENTE) –
Entendo que há reserva do Judiciário e que esse convênio é insubsistente,
já que desnuda os dados do cidadão.
Supremo Tribunal Federal
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14346193.
Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.066.844 SÃO PAULO
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (PRESIDENTE) –
Entendo que há reserva do Judiciário e que esse convênio é insubsistente,
já que desnuda os dados do cidadão.
Supremo Tribunal Federal
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Extrato de Ata - 12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.066.844
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
AGTE.(S) : TML FOCO CONSULTORIA E ASSESSORIA EMPRESARIAL LTDA - ME
ADV.(A/S) : DANYELLE DA SILVA GALVAO (34006/DF, 40508/PR,
340931/SP)
ADV.(A/S) : RENATO SCIULLO FARIA (182602/SP)
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
PAULO
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
Decisão: Por maioria de votos, a Turma negou provimento ao
agravo interno, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro
Marco Aurélio, Presidente. Primeira Turma, 12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14321564
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.066.844
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
AGTE.(S) : TML FOCO CONSULTORIA E ASSESSORIA EMPRESARIAL LTDA - ME
ADV.(A/S) : DANYELLE DA SILVA GALVAO (34006/DF, 40508/PR,
340931/SP)
ADV.(A/S) : RENATO SCIULLO FARIA (182602/SP)
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
PAULO
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
Decisão: Por maioria de votos, a Turma negou provimento ao
agravo interno, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro
Marco Aurélio, Presidente. Primeira Turma, 12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14321564
Inteiro Teor do Acórdão - Página 23 de 23
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14365809 | 2017-12-12T00:00:00 | 2018-02-23T00:00:00 | Por maioria de votos, a Turma negou provimento ao agravo interno, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro Marco Aurélio, Presidente. Primeira Turma, 12.12.2017. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | Ementa: AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SIGILO BANCÁRIO. SOLICITAÇÃO DE INFORMAÇÕES PELO MINISTÉRIO PÚBLICO DIRETAMENTE AO CONSELHO DE CONTROLE DE ATIVIDADES FINANCEIRAS - COAF PARA INSTRUIR PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO CRIMINAL. ALEGADA NECESSIDADE DE PRÉVIA AUTORIZAÇÃO JUDICIAL. AS INSTÂNCIAS ANTECEDENTES ASSENTARAM A INEXISTÊNCIA DE ENVIO DE DADOS PROTEGIDOS POR SIGILO. SÚMULA 279 DO STF. MERA SOLICITAÇÃO DE PROVIDÊNCIAS INVESTIGATIVAS. ATIVIDADE COMPATÍVEL COM AS ATRIBUIÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO. DESPROPORCIONALIDADE NO PEDIDO DE INFORMAÇÕES COMO PRIMEIRA MEDIDA. SÚMULA 279 DO STF.
1. Ao examinar o Tema 225 da repercussão geral, o Plenário do Supremo Tribunal Federal fixou a tese de que “O art. 6º da Lei Complementar 105/01 não ofende o direito ao sigilo bancário, pois realiza a igualdade em relação aos cidadãos, por meio do princípio da capacidade contributiva, bem como estabelece requisitos objetivos e o translado do dever de sigilo da esfera bancária para a fiscal”. Há reiteradas decisões desta Corte estendendo a tese fixada no julgamento do RE 601.314-RG aos procedimentos criminais.
2. Não há dúvida de que o desrespeito ao sigilo constitucionalmente protegido acarretaria violação às diversas garantias constitucionais; todavia, a inviolabilidade dos sigilos bancário e fiscal não é absoluta, podendo ser afastada quando eles estiverem sendo utilizados para ocultar a prática de atividades ilícitas.
3. A alegação recursal é de impossibilidade de que o Ministério Público requisite diretamente dados ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), sem o amparo de autorização judicial. As instâncias antecedentes assentaram que não houve o envio ao Ministério Público de dados protegidos pelo sigilo bancário, de modo que, para se acolher as alegações recursais, neste particular, seria inevitável o reexame de provas, procedimento vedado pela Súmula 279 do STF.
4. A mera solicitação de providências investigativas é atividade compatível com as atribuições constitucionais do Ministério Público. Se a legislação de regência impositivamente determina que o COAF "comunicará às autoridades competentes para a instauração dos procedimentos cabíveis, quando concluir pela existência de crimes previstos nesta Lei, de fundados indícios de sua prática, ou de qualquer outro ilícito" (art. 15 da Lei 9.613/1998), seria contraditório impedir o Ministério Público de solicitar ao COAF informações por esses mesmos motivos.
5. A alegação de desproporcionalidade, por ter sido o pedido de informações ao COAF a primeira medida adotada pelo Ministério Público, é tema afeto ao contexto fático-probatório destes autos, o que faz incidir, também neste tópico, o óbice da já mencionada Súmula 279 do STF.
6. Agravo interno a que se nega provimento. | sjur380732 | - Acórdão(s) citado(s):
(SIGILO BANCÁRIO)
RE 601314 RG.
Número de páginas: 23.
Análise: 06/06/2018, JRS. | ALEXANDRE DE MORAES | Primeira Turma | 1066844 | [
"LEG-FED LEI-009613 ANO-1998\n ART-00015\n LEI ORDINÁRIA\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | RE-AgR | acordaos | RE 1066844 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : TML FOCO CONSULTORIA E ASSESSORIA EMPRESARIAL LTDA - ME
ADV.(A/S) : DANYELLE DA SILVA GALVAO
ADV.(A/S) : RENATO SCIULLO FARIA
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 066 . 844",
"SÚMULA 279 DO STF",
"SÚMULA 279 DO STF",
"RE 601 . 314 - RG",
"RE 1066844 AGR / SP",
"Súmula 279 do STF",
"Súmula 279 do STF .",
"RE 1066844 AGR / SP",
"Súmula 279 do STF",
"Súmula 279 do STF",
"RE 1066844 AGR / SP",
"RE 1066844 AGR / SP",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 066 . 844",
"Súmula 279 do STF",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 066 . 844",
"Súmula 279 do STF",
"RE 1066844 AGR / SP 279 do STF",
"RE 1066844 AGR / SP 279 do",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 066 . 844",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 066 . 844",
"RE 1066844 AGR / SP",
"RE 1066844 AGR / SP",
"RE 1066844 AGR / SP",
"RMS 52 . 677 / SP",
"RE 1066844 AGR / SP",
"RMS 52 . 677 / SP",
"RE 1066844 AGR / SP",
"Recurso Extraordinário n . 593 . 727 / MG",
"RHC 73 . 331 / DF",
"RE 1066844 AGR / SP",
"Recurso Extraordinário n . 593 . 727 / MG",
"RHC 73 . 331 / DF",
"RE 1066844 AGR / SP",
"HC 349 . 945 / PE",
"RHC 49 . 982 / GO",
"RE 1066844 AGR / SP",
"HC 349 . 945 / PE",
"RHC 49 . 982 / GO",
"RE 1066844 AGR / SP",
"RMS 52 . 677 / SP",
"HC n . 349 . 945 / PE",
"RE 1066844 AGR / SP",
"RMS 52 . 677 / SP",
"HC n . 349 . 945 / PE",
"RE 1066844 AGR / SP",
"RE 1066844 AGR / SP",
"RE 1066844 AGR / SP",
"ADI n . 2 . 859 / DF",
"RE 1066844 AGR / SP",
"ADI n . 2 . 859 / DF",
"RE 1066844 AGR / SP",
"RE 1066844 AGR / SP",
"RE 1066844 AGR / SP",
"RE 1066844 AGR / SP",
"RE 1066844 AGR / SP",
"HC 349",
".",
"945",
"/",
"PE",
"RE 1066844 AGR / SP",
"HC 349 . 945 / PE",
"RE 1066844 AGR / SP",
"RE 1066844 AGR / SP",
"RE 1066844 AGR / SP",
"RE 1066844 AGR / SP",
"RE 1066844 AGR / SP",
"RE 601 . 314",
"RE 601 . 314",
"ARE 841 . 344 - AgR",
"RE 1 . 064 . 424",
"RE 1 . 042 . 992",
"RE 987 . 248 - AgR",
"ARE 953 . 058",
"RE 1066844 AGR / SP",
"RE 601 . 314",
"RE 601 . 314",
"ARE 841 . 344 - AgR",
"RE 1 . 064 . 424",
"RE 1 . 042 . 992",
"RE 987 . 248 - AgR",
"ARE 953 . 058",
"RE 1066844 AGR / SP",
"Súmula 279 do STF",
"RE 1066844 AGR / SP",
"Súmula 279 do STF",
"RE 1066844 AGR / SP",
"Súmula 279 do STF",
"RE 1066844 AGR / SP",
"Súmula 279 do STF",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 066 . 844",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 066 . 844",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 066"
],
"LEGISLACAO": [
"art . [UNK] da Lei Complementar 105 / 01",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 15 da Lei 9 . 613 / 1998",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 15 da Lei 9 . 613 / 1998",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 15 da Lei 9 . 613 / 1998",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 15 da Lei 9 . 613 / 1998",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , § [UNK] , da Lei Complementar [UNK] 105 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , § [UNK] , da Lei Complementar [UNK] 105 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , § [UNK] , IV , da Lei 9 . 613 / 98",
"artigo 15 da Lei de Lavagem de",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , § [UNK] , IV , da Lei 9 . 613 / 98",
"artigo 15 da Lei de Lavagem de Dinheiro",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , X e XII , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , X e XII , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar n . 105 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar n . 105 /",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar n . 105 / 2001",
"Lei n . 9 . 613 / 1998",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar n . 105 / 2001",
"Lei n . 9 . 613 / 1998",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , “ a ” , da Constituição Federal",
"ART . [UNK] DA LEI COMPLEMENTAR 105 / 01",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , “ a ” , da Constituição Federal",
"ART . [UNK] DA LEI COMPLEMENTAR 105 / 01",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI 10 . 174 / 01",
"Lei 10 . 174 / 01",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI 10 . 174 / 01",
"Lei 10 . 174 / 01",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 144 , § [UNK] , do Código Tributário Nacional",
"art . [UNK] da Lei Complementar 105 / 01",
"Lei 10 . 174 / 01",
"artigo 144 , § [UNK] , do CTN",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 144 , § [UNK] , do Código Tributário Nacional",
"art . [UNK] da Lei Complementar 105 / 01",
"Lei 10 . 174 / 01",
"artigo 144 , § [UNK] , do CTN",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição do Brasil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição do Brasil",
"MP n° 2 . 200 - 2 /",
"art . 15 da Lei 9 . 613 / 1998",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 15 da Lei 9 . 613 / 1998",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Brasília",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"TML FOCO CONSULTORIA E ASSESSORIA EMPRESARIAL LTDA - ME",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO",
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"MINISTÉRIO PÚBLICO",
"CONSELHO DE CONTROLE DE ATIVIDADES FINANCEIRAS",
"COAF",
"MINISTÉRIO PÚBLICO",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público",
"Conselho de Controle de Atividades Financeiras",
"COAF",
"Ministério Público",
"Ministério Público",
"COAF",
"Ministério Público",
"COAF",
"COAF",
"Ministério Público",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público",
"Conselho de Controle de Atividades Financeiras",
"COAF",
"Ministério Público",
"Ministério Público",
"COAF",
"Ministério Público",
"COAF",
"COAF",
"Ministério Público",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
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"FOCO",
"CONSULTORIA E ASSESSORIA EMPRESARIAL LTDA - ME",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"Ministério Público",
"Ministério Público",
"Conselho de Controle de Atividades Financeiras",
"COAF",
"Ministério Público",
"COAF",
"Ministério Público",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"TML FOCO CONSULTORIA E ASSESSORIA EMPRESARIAL LTDA - ME",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"Ministério Público",
"Ministério Público",
"Conselho de Controle de Atividades Financeiras",
"COAF",
"Ministério Público",
"COAF",
"Ministério Público",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público",
"COAF",
"COAF",
"Ministério Público",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"Ministério Público",
"COAF",
"COAF",
"Ministério Público",
"Infraestrutura",
"de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"STJ",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"TJSP",
"Grupo Especial de Delitos Econômicos",
"GEDEC",
"Ministério Público do Estado de São Paulo",
"Conselho de Controle de Atividades Financeiras",
"COAF",
"[UNK] Câmara de Direito Criminal do TJSP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"STJ",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"TJSP",
"Grupo Especial de Delitos Econômicos",
"GEDEC",
"Ministério Público do Estado de São Paulo",
"Conselho de Controle de Atividades Financeiras",
"COAF",
"[UNK] Câmara de Direito Criminal do TJSP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"COAF",
"Ministério Público",
"Criciúma Futebol Clube",
"Monte Cristo",
"São Paulo Futebol Clube",
"São Paulo Futebol Clube",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"COAF",
"Ministério Público",
"Criciúma Futebol Clube",
"Monte Cristo",
"São Paulo Futebol Clube",
"São Paulo Futebol Clube",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público",
"Quinta Turma do STJ",
"CONSELHO DE ATIVIDADES FINANCEIRAS",
"COAF",
"MINISTÉRIO PÚBLICO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público",
"Quinta Turma do STJ",
"COAF",
"MINISTÉRIO PÚBLICO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público",
"COAF",
"Sexta Turma",
"Ministério Público",
"COAF",
"COAF",
"Ministério Público",
"MPF",
"COAF",
"COAF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público",
"COAF",
"Sexta Turma",
"Ministério Público",
"COAF",
"COAF",
"Ministério Público",
"MPF",
"COAF",
"COAF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"COAF",
"Ministério Público",
"COAF",
"SEXTA TURMA",
"Quinta Turma",
"QUINTA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"COAF",
"Ministério Público",
"COAF",
"SEXTA TURMA",
"Quinta Turma",
"QUINTA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público",
"Quinta Turma",
"COAF",
"Ministério Público",
"Sexta Turma",
"SEXTA TURMA",
"Conselho de Atividades Financeiras",
"COAF",
"COAF",
"MINISTÉRIO PÚBLICO",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público",
"Quinta Turma",
"COAF",
"Ministério Público",
"Sexta Turma",
"SEXTA TURMA",
"Conselho de Atividades Financeiras",
"COAF",
"COAF",
"MINISTÉRIO PÚBLICO",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"COAF",
"COAF",
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"CVM",
"Suprema Corte",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"COAF",
"COAF",
"Banco Central",
"CVM",
"Suprema Corte",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"COAF",
"Ministério Público",
"COAF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"COAF",
"Ministério Público",
"COAF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"COAF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"COAF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"COAF",
"COAF",
"SEXTA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"COAF",
"COAF",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"[UNK] Seção",
"COAF",
"Ministério Público",
"COAF",
"Ministério Público",
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"RECEITA FEDERAL",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Seção desta Corte",
"COAF",
"Ministério Público",
"COAF",
"Ministério Público",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"RECEITA FEDERAL",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Secretaria da Receita Federal",
"Tribunal Pleno",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Secretaria da Receita Federal",
"Tribunal Pleno",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público",
"COAF",
"TJSP",
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"COAF",
"Ministério Público",
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"TJSP",
"Ministério Público",
"Ministério Público",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público",
"COAF",
"TJSP",
"STJ",
"COAF",
"Ministério Público",
"STJ",
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"Ministério Público",
"Ministério Público",
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"-",
"Brasil",
"COAF",
"Ministério Público",
"COAF",
"Ministério Público",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"COAF",
"Ministério Público",
"COAF",
"Ministério Público",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"TML FOCO CONSULTORIA E ASSESSORIA EMPRESARIAL LTDA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"TML FOCO CONSULTORIA E ASSESSORIA EMPRESARIAL LTDA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"ALEXANDRE DE MORAES",
"DANYELLE DA SILVA GALVAO",
"RENATO SCIULLO FARIA",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"Marco Aurélio",
"ALEXANDRE DE MORAES",
"Marco Aurélio",
"ALEXANDRE DE MORAES",
"ALEXANDRE DE MORAES",
"DANYELLE DA SILVA GALVAO",
"RENATO SCIULLO FARIA",
"ALEXANDRE DE MORAES",
"ALEXANDRE DE MORAES",
"DANYELLE DA SILVA GALVAO",
"RENATO SCIULLO FARIA",
"ALEXANDRE DE MORAES",
"ALEXANDRE DE MORAES",
"ALEXANDRE DE MORAES",
"ALEXANDRE DE MORAES",
"ALEXANDRE DE MORAES",
"Cinira",
"Cinira",
"ALEXANDRE DE MORAES",
"REYNALDO SOARES DA FONSECA",
"REYNALDO SOARES DA FONSECA",
"ALEXANDRE DE MORAES",
"Nefi Cordeiro",
"Nefi Cordeiro",
"ALEXANDRE DE MORAES",
"NEFI CORDEIRO",
"ROGERIO SCHIETTI CRUZ",
"NEFI CORDEIRO",
"ROGERIO SCHIETTI CRUZ",
"ALEXANDRE DE MORAES",
"REYNALDO SOARES DA FONSECA",
"NEFI CORDEIRO",
"ROGERIO SCHIETTI CRUZ",
"REYNALDO SOARES DA FONSECA",
"NEFI CORDEIRO",
"ROGERIO SCHIETTI CRUZ",
"ALEXANDRE DE MORAES",
"ALEXANDRE DE MORAES",
"ALEXANDRE DE MORAES",
"ALEXANDRE DE MORAES",
"ALEXANDRE DE MORAES",
"NEFI CORDEIRO",
"ROGERIO SCHIETTI CRUZ",
"NEFI CORDEIRO",
"ROGERIO SCHIETTI CRUZ",
"ALEXANDRE DE MORAES",
"ALEXANDRE DE MORAES",
"ALEXANDRE DE MORAES",
"EDSON FACHIN",
"DIAS TOFFOLI",
"EDSON FACCHIN",
"Roberto Barroso",
"ROBERTO BARROSO",
"GILMAR MENDES",
"EDSON FACHIN",
"DIAS TOFFOLI",
"EDSON FACCHIN",
"Roberto Barroso",
"ROBERTO BARROSO",
"GILMAR MENDES",
"ALEXANDRE DE MORAES",
"ALEXANDRE DE MORAES",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ALEXANDRE DE MORAES",
"DANYELLE DA SILVA GALVAO",
"RENATO SCIULLO FARIA",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"ALEXANDRE DE MORAES",
"DANYELLE DA SILVA GALVAO",
"RENATO SCIULLO FARIA",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"12",
"/",
"12",
"/",
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"/",
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"/",
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"2001",
"12 de dezembro de 2017",
"24",
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"/",
"2001",
"12 de dezembro de 2017",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
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"2017",
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"08",
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"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
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"08",
"/",
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"24",
"/",
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"2001",
"24",
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"/",
"2001",
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"12",
"/",
"2017",
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"08",
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"2001",
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"08",
"/",
"2001",
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"/",
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"08",
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"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"25",
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"/",
"2016",
"17",
"/",
"11",
"/",
"2016",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"06",
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"/",
"2016",
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"/",
"02",
"/",
"2017",
"09",
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"/",
"2017",
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"03",
"/",
"2017",
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"/",
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"/",
"2001",
"06",
"/",
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"2016",
"02",
"/",
"02",
"/",
"2017",
"09",
"/",
"03",
"/",
"2017",
"15",
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"03",
"/",
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"/",
"08",
"/",
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"/",
"5",
"/",
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"06",
"/",
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"/",
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"/",
"02",
"/",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"5",
"/",
"5",
"/",
"2017",
"06",
"/",
"12",
"/",
"2016",
"02",
"/",
"02",
"/",
"2017",
"24",
"/",
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"/",
"2001",
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"/",
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"/",
"2001",
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"08",
"/",
"2001",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
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"2016",
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"/",
"02",
"/",
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"06",
"/",
"12",
"/",
"2016",
"02",
"/",
"02",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
"24",
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"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
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"/",
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"/",
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"/",
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"/",
"2017",
"18",
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"/",
"2017",
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"6",
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"/",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.059.035
DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:JORGE DE FREITAS ANTUNES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:RODRIGO DA SILVA CASTRO
AGDO.(A/S)
:DISTRITO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O
recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova,
também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Descabe a fixação dos honorários
recursais previstos no artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil de
2015, quando se tratar de recurso formalizado no curso de processo cujo
rito os exclua.
AGRAVO – MULTA – ARTIGO 1.021, § 4º, DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL DE 2015. Se o agravo é manifestamente inadmissível
ou improcedente, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 4º do artigo
1.021 do Código de Processo Civil de 2015, arcando a parte com o ônus
decorrente da litigância protelatória.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo
regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto do
relator e por unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Marco
Aurélio, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas
taquigráficas.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14386483.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9
Ementa e Acórdão
ARE 1059035 AGR / DF
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – PRESIDENTE E RELATOR
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14386483.
Supremo Tribunal Federal
ARE 1059035 AGR / DF
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – PRESIDENTE E RELATOR
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14386483.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9
Relatório
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.059.035
DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:JORGE DE FREITAS ANTUNES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:RODRIGO DA SILVA CASTRO
AGDO.(A/S)
:DISTRITO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Em 30 de agosto de
2017, proferi a seguinte decisão:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
MATÉRIA FÁTICA – INTERPRETAÇÃO
DE
NORMAS
LEGAIS
–
INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO
DO AGRAVO.
1. O Tribunal de Justiça do Estado do Distrito Federal e
Territórios, confirmando o entendimento do Juízo, assentou,
observada a legislação de regência, a ausência de demonstração
de ato administrativo lesivo, requisito da ação popular. No
extraordinário, cujo trânsito busca alcançar, o recorrente alega
violados os artigos 5º, incisos XIV e LV, 93, inciso IX, e 170,
cabeça, da Carta Política. Aduz a ausência de intimação quanto
à decisão de penhora sobre créditos comerciais, equiparada à
penhora sobre faturamento, mas não configurada a
circunstância excepcional exigida. Afirma contrariados os
princípios do contraditório e da ampla defesa. Articula com a
quebra de sigilo fiscal. Alega ser ônus do exequente a
localização de bens penhoráveis. Diz ausente fundamentação
no acórdão recorrido no tocante à penhora determinada.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.059.035
DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:JORGE DE FREITAS ANTUNES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:RODRIGO DA SILVA CASTRO
AGDO.(A/S)
:DISTRITO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Em 30 de agosto de
2017, proferi a seguinte decisão:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
MATÉRIA FÁTICA – INTERPRETAÇÃO
DE
NORMAS
LEGAIS
–
INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO
DO AGRAVO.
1. O Tribunal de Justiça do Estado do Distrito Federal e
Territórios, confirmando o entendimento do Juízo, assentou,
observada a legislação de regência, a ausência de demonstração
de ato administrativo lesivo, requisito da ação popular. No
extraordinário, cujo trânsito busca alcançar, o recorrente alega
violados os artigos 5º, incisos XIV e LV, 93, inciso IX, e 170,
cabeça, da Carta Política. Aduz a ausência de intimação quanto
à decisão de penhora sobre créditos comerciais, equiparada à
penhora sobre faturamento, mas não configurada a
circunstância excepcional exigida. Afirma contrariados os
princípios do contraditório e da ampla defesa. Articula com a
quebra de sigilo fiscal. Alega ser ônus do exequente a
localização de bens penhoráveis. Diz ausente fundamentação
no acórdão recorrido no tocante à penhora determinada.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9
Relatório
ARE 1059035 AGR / DF
2. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela
revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das
vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação.
Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada
soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as
premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o
Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
Colho do acórdão recorrido o seguinte trecho:
Isso porque, em que pese a argumentação dos
Autores, tendente a constatar, além de vício de ordem
formal na edição da LC nº 872/2013 (que regulamenta o §
12 do artigo 149 da LODF), a inconstitucionalidade
material da autorização de transferência de saldo positivo
do Fundo de Apoio à Cultura para o Tesouro do Direito
Federal, não é apontado ato administrativo que
efetivamente tenha realizado a referida transferência de
recursos em prejuízo do referido fundo.
Havendo nos autos mero prognóstico de ato lesivo
ao patrimônio cultural e artístico do Distrito Federal, em
virtude da eventual transferência de recursos do saldo
positivo do Fundo de Apoio à Cultura para o Tesouro do
DF, verifica-se que a presente ação vislumbra o
enfrentamento, em tese, da LC nº 872/2013, resultante de
insatisfação com o objeto de sua regulamentação que
notadamente confrontaria o disposto no § 5º do art. 246 da
LODF, segundo o qual " O Poder Público manterá o Fundo
de Apoio à Cultura, com dotação mínima de três décimos
por cento da receita corrente líquida"
2
Supremo Tribunal Federal
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ARE 1059035 AGR / DF
2. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela
revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das
vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação.
Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada
soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as
premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o
Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
Colho do acórdão recorrido o seguinte trecho:
Isso porque, em que pese a argumentação dos
Autores, tendente a constatar, além de vício de ordem
formal na edição da LC nº 872/2013 (que regulamenta o §
12 do artigo 149 da LODF), a inconstitucionalidade
material da autorização de transferência de saldo positivo
do Fundo de Apoio à Cultura para o Tesouro do Direito
Federal, não é apontado ato administrativo que
efetivamente tenha realizado a referida transferência de
recursos em prejuízo do referido fundo.
Havendo nos autos mero prognóstico de ato lesivo
ao patrimônio cultural e artístico do Distrito Federal, em
virtude da eventual transferência de recursos do saldo
positivo do Fundo de Apoio à Cultura para o Tesouro do
DF, verifica-se que a presente ação vislumbra o
enfrentamento, em tese, da LC nº 872/2013, resultante de
insatisfação com o objeto de sua regulamentação que
notadamente confrontaria o disposto no § 5º do art. 246 da
LODF, segundo o qual " O Poder Público manterá o Fundo
de Apoio à Cultura, com dotação mínima de três décimos
por cento da receita corrente líquida"
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9
Relatório
ARE 1059035 AGR / DF
As razões do extraordinário partem de pressupostos
fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em síntese, o
reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em
quadro diverso, assentar-se a viabilidade do recurso.
Acresce revelar o acórdão impugnado interpretação de
normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao
Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da
República, pretende-se submeter a análise matéria que não se
enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.
3. Conheço do agravo e o desprovejo. Deixo de fixar os
honorários recursais previstos no artigo 85, § 11, do Código de
Processo Civil de 2015, por tratar-se de extraordinário
formalizado no curso de processo cujo rito os exclua.
4. Publiquem.
Os agravantes renovam o pedido de processamento do
extraordinário, sustentando a violação do artigo 5º, inciso LXXIII, da
Constituição Federal. Alegam não pretender o reexame de fatos, sendo
impertinente o verbete nº 279 da Súmula à espécie. Discorrem sobre o
tema de fundo, afirmando a nulidade do ato praticado com base na Lei
Complementar nº 872/2013. Evocam precedente do Supremo.
A parte agravada, apesar de intimada, deixou de apresentar
contraminuta (certidão emitida em 29 de novembro de 2017).
É o relatório.
3
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1059035 AGR / DF
As razões do extraordinário partem de pressupostos
fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em síntese, o
reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em
quadro diverso, assentar-se a viabilidade do recurso.
Acresce revelar o acórdão impugnado interpretação de
normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao
Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da
República, pretende-se submeter a análise matéria que não se
enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.
3. Conheço do agravo e o desprovejo. Deixo de fixar os
honorários recursais previstos no artigo 85, § 11, do Código de
Processo Civil de 2015, por tratar-se de extraordinário
formalizado no curso de processo cujo rito os exclua.
4. Publiquem.
Os agravantes renovam o pedido de processamento do
extraordinário, sustentando a violação do artigo 5º, inciso LXXIII, da
Constituição Federal. Alegam não pretender o reexame de fatos, sendo
impertinente o verbete nº 279 da Súmula à espécie. Discorrem sobre o
tema de fundo, afirmando a nulidade do ato praticado com base na Lei
Complementar nº 872/2013. Evocam precedente do Supremo.
A parte agravada, apesar de intimada, deixou de apresentar
contraminuta (certidão emitida em 29 de novembro de 2017).
É o relatório.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.059.035
DISTRITO FEDERAL
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Atendeu-
se aos pressupostos de recorribilidade. A peça, subscrita por advogado
regularmente credenciado, foi protocolada no prazo legal. Conheço.
O Tribunal local manteve o entendimento constante da sentença,
consignando o não cabimento de ação popular contra lei em tese.
Assentou, ainda, a inexistência de menção ao ato lesivo ao patrimônio.
Confiram com a síntese do acórdão formalizado pelo Colegiado de
origem:
CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO
POPULAR. LEI COMPLEMENTAR N° 87212013. AUSÊNCIA
DE INDICAÇÃO DE ATO LESIVO ESPECIFICO.
IMPUGNAÇÃO DE LEI EM TESE. DESCABIMENTO.
SENTENÇA MANTIDA.
1 - Não é cabível o ajuizamento de Ação Popular para
impugnação de lei em tese.
2 - In casu, a Ação Popular foi utilizada como sucedâneo
de Ação Direta de Inconstitucionalidade, pois a argumentação
nela promovida não se sustenta em nenhum ato administrativo
que em prejuízo do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito
Federal, tenha realizado a efetiva transferência do saldo
positivo do fundo para o Tesouro do Distrito Federal, consoar e
autorizado pela Lei Complementar n° 872/2013. Há nos autos
mero prognóstico de ato lesivo ao patrimônio cultural artístico
do DF, em virtude de eventual transferência de recursos do
aludido fundo para o Tesouro do DF, que resultou em
insatisfação dos Autores com o objeto da regulamentação da
referida Lei Complementar, que confrontaria o disposto no § 5°
do art. 246 da LODF, segundo o qual "O Poder Público manterá
Supremo Tribunal Federal
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12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.059.035
DISTRITO FEDERAL
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Atendeu-
se aos pressupostos de recorribilidade. A peça, subscrita por advogado
regularmente credenciado, foi protocolada no prazo legal. Conheço.
O Tribunal local manteve o entendimento constante da sentença,
consignando o não cabimento de ação popular contra lei em tese.
Assentou, ainda, a inexistência de menção ao ato lesivo ao patrimônio.
Confiram com a síntese do acórdão formalizado pelo Colegiado de
origem:
CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO
POPULAR. LEI COMPLEMENTAR N° 87212013. AUSÊNCIA
DE INDICAÇÃO DE ATO LESIVO ESPECIFICO.
IMPUGNAÇÃO DE LEI EM TESE. DESCABIMENTO.
SENTENÇA MANTIDA.
1 - Não é cabível o ajuizamento de Ação Popular para
impugnação de lei em tese.
2 - In casu, a Ação Popular foi utilizada como sucedâneo
de Ação Direta de Inconstitucionalidade, pois a argumentação
nela promovida não se sustenta em nenhum ato administrativo
que em prejuízo do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito
Federal, tenha realizado a efetiva transferência do saldo
positivo do fundo para o Tesouro do Distrito Federal, consoar e
autorizado pela Lei Complementar n° 872/2013. Há nos autos
mero prognóstico de ato lesivo ao patrimônio cultural artístico
do DF, em virtude de eventual transferência de recursos do
aludido fundo para o Tesouro do DF, que resultou em
insatisfação dos Autores com o objeto da regulamentação da
referida Lei Complementar, que confrontaria o disposto no § 5°
do art. 246 da LODF, segundo o qual "O Poder Público manterá
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
ARE 1059035 AGR / DF
o Fundo de Apoio à Cultura, com dotação mínima de três
décimos por cento da receita corrente liquida"
3 – A Lei Complementar Distrital n° 872/2013, atacada
pelos Autores/Apelantes, foi declarada constitucional gelo
egrégio Conselho Especial deste Tribunal, por decisão unânime,
ao julgar a ADI n° 2014.00.2.000235-8.
Apelação Cível desprovida.
Na espécie, somente seria dado concluir de forma diversa a partir do
reexame do acervo probatório, inviável nesta estreita via recursal.
Assentou o Tribunal de origem inexistir demonstração do ato lesivo ante
a incerteza a respeito da efetiva transferência de recursos para o Tesouro
do Distrito Federal. O articulado pelos agravantes quanto ao prejuízo
causado pela aprovação da lei em jogo demandaria revisão das provas a
partir das quais se formou o convencimento do Órgão julgador local.
Está-se diante de caso cujo desfecho fica no âmbito do próprio Tribunal
de Justiça.
Diz ausente a análise, na origem, dos preceitos constitucionais tidos
por violados, não tendo o agravante formalizado os devidos declaratórios
para enfrentamento da questão sob a óptica pretendida.
A par desse aspecto, a sequência revela a automaticidade na
protocolação de recursos, em prejuízo da sociedade, dos jurisdicionados.
Ao apreciar a controvérsia, o Tribunal de origem procedeu à apreciação
das matérias fática e legal, não visando tema constitucional. A insurgência
dos agravantes, com pretensão de novo julgamento, impõe a aplicação da
multa versada no § 4º do artigo 1.021 do Código de Processo Civil de
2015.
Valho-me de trecho do artigo "O Judiciário e a Litigância de Má-fé",
por mim outrora publicado:
Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a
inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à
sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de
processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador
normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao
2
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ARE 1059035 AGR / DF
o Fundo de Apoio à Cultura, com dotação mínima de três
décimos por cento da receita corrente liquida"
3 – A Lei Complementar Distrital n° 872/2013, atacada
pelos Autores/Apelantes, foi declarada constitucional gelo
egrégio Conselho Especial deste Tribunal, por decisão unânime,
ao julgar a ADI n° 2014.00.2.000235-8.
Apelação Cível desprovida.
Na espécie, somente seria dado concluir de forma diversa a partir do
reexame do acervo probatório, inviável nesta estreita via recursal.
Assentou o Tribunal de origem inexistir demonstração do ato lesivo ante
a incerteza a respeito da efetiva transferência de recursos para o Tesouro
do Distrito Federal. O articulado pelos agravantes quanto ao prejuízo
causado pela aprovação da lei em jogo demandaria revisão das provas a
partir das quais se formou o convencimento do Órgão julgador local.
Está-se diante de caso cujo desfecho fica no âmbito do próprio Tribunal
de Justiça.
Diz ausente a análise, na origem, dos preceitos constitucionais tidos
por violados, não tendo o agravante formalizado os devidos declaratórios
para enfrentamento da questão sob a óptica pretendida.
A par desse aspecto, a sequência revela a automaticidade na
protocolação de recursos, em prejuízo da sociedade, dos jurisdicionados.
Ao apreciar a controvérsia, o Tribunal de origem procedeu à apreciação
das matérias fática e legal, não visando tema constitucional. A insurgência
dos agravantes, com pretensão de novo julgamento, impõe a aplicação da
multa versada no § 4º do artigo 1.021 do Código de Processo Civil de
2015.
Valho-me de trecho do artigo "O Judiciário e a Litigância de Má-fé",
por mim outrora publicado:
Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a
inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à
sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de
processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador
normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
ARE 1059035 AGR / DF
que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com
desassombro, sob pena de tornarse o responsável pela falência
do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem
menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das
partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como
meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem
processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade
decorrente do ofício, alfim, a própria toga.
Conheço do agravo interno e o desprovejo. Ante a interposição sob a
regência do Código de Processo Civil de 2015, imponho aos agravantes,
nos termos do artigo 1.021, § 4º, a multa de 5% sobre o valor da causa
devidamente corrigido, a reverter em benefício do agravado. Descabe a
fixação dos honorários recursais previstos no artigo 85, § 11, do
mencionado Código, quando se tratar de recurso formalizado no curso de
processo cujo rito os exclua.
É como voto.
3
Supremo Tribunal Federal
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ARE 1059035 AGR / DF
que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com
desassombro, sob pena de tornarse o responsável pela falência
do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem
menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das
partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como
meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem
processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade
decorrente do ofício, alfim, a própria toga.
Conheço do agravo interno e o desprovejo. Ante a interposição sob a
regência do Código de Processo Civil de 2015, imponho aos agravantes,
nos termos do artigo 1.021, § 4º, a multa de 5% sobre o valor da causa
devidamente corrigido, a reverter em benefício do agravado. Descabe a
fixação dos honorários recursais previstos no artigo 85, § 11, do
mencionado Código, quando se tratar de recurso formalizado no curso de
processo cujo rito os exclua.
É como voto.
3
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9
Extrato de Ata - 12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.059.035
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : JORGE DE FREITAS ANTUNES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : RODRIGO DA SILVA CASTRO (34070/BA, 22829/DF,
385606/SP)
AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo, com imposição de
multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do
Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.059.035
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : JORGE DE FREITAS ANTUNES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : RODRIGO DA SILVA CASTRO (34070/BA, 22829/DF,
385606/SP)
AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo, com imposição de
multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do
Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14321562
Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14407923 | 2017-12-12T00:00:00 | 2018-02-28T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 12.12.2017. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Descabe a fixação dos honorários recursais previstos no artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015, quando se tratar de recurso formalizado no curso de processo cujo rito os exclua.
AGRAVO – MULTA – ARTIGO 1.021, § 4º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015. Se o agravo é manifestamente inadmissível ou improcedente, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 4º do artigo 1.021 do Código de Processo Civil de 2015, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância protelatória. | sjur380949 | Número de páginas: 9.
Análise: 09/03/2018, MJC. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 1059035 | [
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-00085 INC-00011 ART-01021 PAR-00004\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\n\n",
"LEG-DIS LCP-000872 ANO-2013\n LEI COMPLEMENTAR, DF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 1059035 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : JORGE DE FREITAS ANTUNES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : RODRIGO DA SILVA CASTRO
AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1 . 059 . 035",
"ARE 1059035 AGR / DF",
"ARE 1059035 AGR",
"ARE 1059035 AGR / DF",
"Verbete [UNK] 279 da Súmula do Supremo",
"ARE 1059035",
"ARE 1059035 AGR / DF",
"ARE 1059035 AGR",
"verbete [UNK] 279 da Súmula",
"ARE 1059035 AGR / DF",
"ADI n° 2014 . 00 . 2 . 000235 - 8",
"ARE 1059035 AGR",
"ADI n° 2014 . 00 . 2 . 000235 - 8",
"ARE 1059035",
"ARE 1059035 AGR / DF"
],
"LEGISLACAO": [
"artigo 85 , § 11 , do Código de Processo Civil de 2015",
"ARTIGO 1 . 021 , § [UNK] , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015",
"§ [UNK] do artigo 1 . 021 do Código de Processo Civil de 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] , incisos XIV e LV , 93 , inciso IX , e 170 , cabeça , da Carta Política",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] , incisos XIV e LV , 93 , inciso IX , e 170 , cabeça , da Carta Política",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LC [UNK] 872 / 2013",
"§ 12 do artigo 149 da LODF",
"LC [UNK] 872 / 2013",
"§ [UNK] do art . 246 da LODF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LC [UNK] 872 / 2013",
"§ 12 do artigo 149 da LODF",
"LC [UNK] 872 / 2013",
"§ [UNK] do art . 246 da LODF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"inciso III do artigo 102 da Constituição Federal",
"artigo 85 , § 11 , do Código de Processo Civil de 2015",
"artigo [UNK] , inciso LXXIII , da Constituição Federal",
"Lei Complementar [UNK] 872 / 2013",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"inciso III do artigo 102 da Constituição Federal",
"artigo 85 , § 11 , do Código de Processo Civil de 2015",
"artigo [UNK] , inciso LXXIII , da Constituição Federal",
"Lei Complementar [UNK] 872 / 2013",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI COMPLEMENTAR N° 87212013",
"Lei Complementar n° 872 / 2013",
"§ 5° do art . 246 da LODF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI COMPLEMENTAR N° 87212013",
"Lei Complementar n° 872 / 2013",
"§ 5° do art . 246 da LODF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar Distrital n° 872 / 2013",
"§ [UNK] do artigo 1 . 021 do Código de Processo Civil de 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar Distrital n° 872 / 2013",
"§ [UNK] do artigo 1 . 021 do Código de Processo Civil de 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Processo Civil de 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Processo Civil de 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"Brasília",
"Brasília",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"Distrito Federal",
"Distrito Federal",
"DISTRITO FEDERAL",
"DF",
"DISTRITO FEDERAL",
"DF",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Tribunal de Justiça do Estado do Distrito Federal e Territórios",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Tribunal de Justiça do Estado do Distrito Federal e Territórios",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tesouro do Direito Federal",
"Tesouro do DF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tesouro do Direito Federal",
"Tesouro do DF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo",
"Supremo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Supremo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal",
"Tesouro do Distrito Federal",
"Tesouro do DF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal",
"Tesouro do Distrito Federal",
"Tesouro do DF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Conselho Especial",
"Tesouro do Distrito Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Conselho Especial",
"Tesouro do Distrito Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"JORGE DE FREITAS ANTUNES",
"RODRIGO DA SILVA CASTRO",
"Marco Aurélio",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"JORGE DE FREITAS ANTUNES",
"RODRIGO DA SILVA CASTRO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"JORGE DE FREITAS ANTUNES",
"RODRIGO DA SILVA CASTRO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"JORGE DE FREITAS ANTUNES",
"RODRIGO DA SILVA CASTRO",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"JORGE DE FREITAS ANTUNES",
"RODRIGO DA SILVA CASTRO",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"30 de agosto de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"30 de agosto de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29 de novembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29 de novembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
INQUÉRITO 4.141 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. ROBERTO BARROSO
AUTOR(A/S)(ES)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
INVEST.(A/S)
:JOSÉ AGRIPINO MAIA
ADV.(A/S)
:ARISTIDES
JUNQUEIRA
ALVARENGA
E
OUTRO(A/S)
EMENTA: DIREITO PENAL
E PROCESSUAL PENAL. SENADOR
DA
REPÚBLICA. DENÚNCIA. CORRUPÇÃO PASSIVA. LAVAGEM DE DINHEIRO.
DESMEMBRAMENTO. RECEBIMENTO DA DENÚNCIA.
I. PRELIMINAR: DESMEMBRAMENTO
1.
De início, o feito deve ser desmembrado para figurar no
polo passivo apenas o detentor de prerrogativa de foro, em razão de não
se verificar, em concreto, hipótese que autorize a excepcional prorrogação
de competência desta Corte.
II. APTIDÃO FORMAL DA PEÇA ACUSATÓRIA
2.
A análise do recebimento da denúncia se limita à aferição:
(i) da viabilidade formal da peça acusatória, de modo que a descrição dos
fatos permita sua compreensão pelo denunciado; e (ii) da plausibilidade
da acusação diante do material contido nos autos, não se exigindo, para
instauração da ação penal, juízo de certeza acerca da materialidade e da
autoria.
3.
Não é inepta a denúncia que, ao descrever fato certo e
determinado, permite ao acusado o exercício da ampla defesa.
Precedentes.
4.
A denúncia contém descrição suficiente das condutas
imputadas ao réu, alegadamente enquadradas nos tipos penais de
corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Em resumo, tem-se: (i)
descrição do ato de ofício praticado, qual seja, a realização de reunião na
residência do Parlamentar, com o suposto objetivo de beneficiar a OAS no
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Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14222266.
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Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 50
2221
Ementa e Acórdão
INQ 4141 / DF
ano de 2013; (ii) descrição do recebimento de vantagem indevida em
espécie em razão da intervenção em benefício da OAS, seja em dinheiro,
seja em doações eleitorais, nos anos de 2012 a 2014; (iii) depósitos de
forma estruturada e fracionada nas contas bancárias do Parlamentar dos
valores recebidos em espécie entre os anos de 2012 e 2014.
III. INDÍCIOS DE MATERIALIDADE E AUTORIA
III.1. QUANTO AO CRIME DE CORRUPÇÃO PASSIVA
5.
A situação em que a OAS se encontrava no TCE/RN
poderia levar à interrupção do repasse de verbas do BNDES à
empreiteira, o que, por sua vez, paralisaria a obra da Arena das Dunas.
Diante disso, apontou-se que o Parlamentar realizou reunião em sua
residência para auxiliar na superação dos entraves ao empreendimento
da OAS em Natal/RN.
6.
Constituem indícios da prática do ato de ofício: (i)
mensagens de celular trocadas no mesmo dia da realização da reunião no
apartamento do denunciado, nas quais se verificam (a) menção à
relevância da atuação do Senador para beneficiar a empresa; (b) a
informação fornecida pelo próprio Senador denunciado no sentido de
que realizou a reunião e que iria acompanhar de perto os seus
desdobramentos; (ii) depoimentos prestados por dois participantes da
reunião que confirmam a sua ocorrência; telefonemas entre o denunciado
e o Conselheiro Relator do TCE/RN em data próxima à dos fatos.
7.
Narra a denúncia que, após a mencionada reunião, o
TCE/RN deixou de informar ao BNDES e ao TCU que a OAS não havia
apresentado os documentos necessários à análise do projeto executivo da
obra, o que impedia a constatação ou não de irregularidades no projeto.
Sem os documentos, o BNDES entendeu que a situação da Arena das
Dunas continuava regular e liberou as verbas para a OAS.
Posteriormente, a área técnica do TCE/RN analisou os documentos
apresentados pela OAS e constatou sobrepreço na obra da Arena das
Dunas, no valor superior a 77 milhões de reais (fls. 88/124 do Apenso II).
2
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INQ 4141 / DF
ano de 2013; (ii) descrição do recebimento de vantagem indevida em
espécie em razão da intervenção em benefício da OAS, seja em dinheiro,
seja em doações eleitorais, nos anos de 2012 a 2014; (iii) depósitos de
forma estruturada e fracionada nas contas bancárias do Parlamentar dos
valores recebidos em espécie entre os anos de 2012 e 2014.
III. INDÍCIOS DE MATERIALIDADE E AUTORIA
III.1. QUANTO AO CRIME DE CORRUPÇÃO PASSIVA
5.
A situação em que a OAS se encontrava no TCE/RN
poderia levar à interrupção do repasse de verbas do BNDES à
empreiteira, o que, por sua vez, paralisaria a obra da Arena das Dunas.
Diante disso, apontou-se que o Parlamentar realizou reunião em sua
residência para auxiliar na superação dos entraves ao empreendimento
da OAS em Natal/RN.
6.
Constituem indícios da prática do ato de ofício: (i)
mensagens de celular trocadas no mesmo dia da realização da reunião no
apartamento do denunciado, nas quais se verificam (a) menção à
relevância da atuação do Senador para beneficiar a empresa; (b) a
informação fornecida pelo próprio Senador denunciado no sentido de
que realizou a reunião e que iria acompanhar de perto os seus
desdobramentos; (ii) depoimentos prestados por dois participantes da
reunião que confirmam a sua ocorrência; telefonemas entre o denunciado
e o Conselheiro Relator do TCE/RN em data próxima à dos fatos.
7.
Narra a denúncia que, após a mencionada reunião, o
TCE/RN deixou de informar ao BNDES e ao TCU que a OAS não havia
apresentado os documentos necessários à análise do projeto executivo da
obra, o que impedia a constatação ou não de irregularidades no projeto.
Sem os documentos, o BNDES entendeu que a situação da Arena das
Dunas continuava regular e liberou as verbas para a OAS.
Posteriormente, a área técnica do TCE/RN analisou os documentos
apresentados pela OAS e constatou sobrepreço na obra da Arena das
Dunas, no valor superior a 77 milhões de reais (fls. 88/124 do Apenso II).
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Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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2222
Ementa e Acórdão
INQ 4141 / DF
8.
O recebimento de vantagem indevida em espécie, no valor
de pelo menos R$ 654.224,00, é indicado pelo seguintes elementos: (i)
documentos fornecidos por empresas aéreas e por hotéis que confirmam
a presença de emissários de Alberto Youssef em Natal/RN nos anos de
2012 e 2013; (ii) depósitos nas contas bancárias do Parlamentar em datas
próximas.
9.
O recebimento de vantagem indevida por meio de doações
eleitorais está, por igual, indicado em razão da existência nos autos de: (i)
depoimentos prestados por colaboradores no âmbito da Operação
“Lavajato” no sentido de que era comum o repasse de “propinas” por
meio de doações eleitorais; (ii) mensagens de celular de 2012 que indicam
o recebimento de doações eleitorais para o Diretório Estadual do DEM,
então controlado pelo denunciado; (iii) mensagens de celular de 2014 que
indicam a solicitação e o efetivo recebimento de doações eleitorais da
OAS pelo Diretório Nacional do DEM, à época presidido pelo
denunciado.
10.
A doação eleitoral em si não é ato ilícito. O indício de
corrupção passiva não é a mera doação eleitoral, mas sim a atuação do
Parlamentar em benefício da OAS, o que demonstra a plausibilidade da
tese acusatória de que as doações eleitorais feitas por esta empreiteira e as
solicitações de doações eleitorais a ela dirigidas são contrapartida à
atuação do parlamentar em seu favor.
11.
Destaco, ainda, que o crime de corrupção passiva se
configura quando a vantagem indevida é recebida em razão da função, o
que pode ser evidenciado pelo recebimento de vantagem indevida sem
explicação razoável e pela prática de atos que beneficiam o responsável
pelo pagamento. Nesse sentido: AP 694 e AP 695, sob Relatoria da
Ministra Rosa Weber.
III.2. QUANTO AO CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO
12.
Consta dos autos indícios de lavagem de dinheiro por
meio de (i) depósitos fracionados nas contas do Parlamentar,
comprovados documentalmente; e (ii) recebimento de vantagem indevida
3
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INQ 4141 / DF
8.
O recebimento de vantagem indevida em espécie, no valor
de pelo menos R$ 654.224,00, é indicado pelo seguintes elementos: (i)
documentos fornecidos por empresas aéreas e por hotéis que confirmam
a presença de emissários de Alberto Youssef em Natal/RN nos anos de
2012 e 2013; (ii) depósitos nas contas bancárias do Parlamentar em datas
próximas.
9.
O recebimento de vantagem indevida por meio de doações
eleitorais está, por igual, indicado em razão da existência nos autos de: (i)
depoimentos prestados por colaboradores no âmbito da Operação
“Lavajato” no sentido de que era comum o repasse de “propinas” por
meio de doações eleitorais; (ii) mensagens de celular de 2012 que indicam
o recebimento de doações eleitorais para o Diretório Estadual do DEM,
então controlado pelo denunciado; (iii) mensagens de celular de 2014 que
indicam a solicitação e o efetivo recebimento de doações eleitorais da
OAS pelo Diretório Nacional do DEM, à época presidido pelo
denunciado.
10.
A doação eleitoral em si não é ato ilícito. O indício de
corrupção passiva não é a mera doação eleitoral, mas sim a atuação do
Parlamentar em benefício da OAS, o que demonstra a plausibilidade da
tese acusatória de que as doações eleitorais feitas por esta empreiteira e as
solicitações de doações eleitorais a ela dirigidas são contrapartida à
atuação do parlamentar em seu favor.
11.
Destaco, ainda, que o crime de corrupção passiva se
configura quando a vantagem indevida é recebida em razão da função, o
que pode ser evidenciado pelo recebimento de vantagem indevida sem
explicação razoável e pela prática de atos que beneficiam o responsável
pelo pagamento. Nesse sentido: AP 694 e AP 695, sob Relatoria da
Ministra Rosa Weber.
III.2. QUANTO AO CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO
12.
Consta dos autos indícios de lavagem de dinheiro por
meio de (i) depósitos fracionados nas contas do Parlamentar,
comprovados documentalmente; e (ii) recebimento de vantagem indevida
3
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Ementa e Acórdão
INQ 4141 / DF
na forma de doações eleitorais. Quanto a este último, de se ressaltar que
configura a um só tempo indício do crime de corrupção passiva e de
lavagem de dinheiro, na medida em que esses valores são apresentados
na Prestação de Contas Eleitoral como de origem lícita, a indicar possível
estratégia para conferir aparência de licitude ao dinheiro proveniente de
infração penal.
IV. CONCLUSÃO
13. O recebimento da denúncia, como se sabe, não importa
prejulgamento nem muito menos faz concluir pela culpabilidade do
denunciado. Significa, tão somente, a plausabilidade da narrativa
apresentada pelo Ministério Público e a necessidade de aprofundamento
das investigações.
14. Desmembramento para figurar no polo passivo apenas o
Senador. Denúncia recebida quanto aos crimes de corrupção passiva e de
lavagem de dinheiro.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a presidência do
Ministro Marco Aurélio, na conformidade da ata de julgamento, por
maioria de votos, em receber a denúncia consideradas as imputações de
corrupção passiva e de lavagem de dinheiro, nos termos do voto do
Relator, vencido o Ministro Alexandre de Moraes. Falaram: o Dr. Edson
Oliveira de Almeida, Subprocurador-Geral da República, pelo Ministério
Público Federal; e os Drs. Aristides Junqueira Alvarenga e João Agripino
Maia, pelo Investigado.
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO - RELATOR
4
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na forma de doações eleitorais. Quanto a este último, de se ressaltar que
configura a um só tempo indício do crime de corrupção passiva e de
lavagem de dinheiro, na medida em que esses valores são apresentados
na Prestação de Contas Eleitoral como de origem lícita, a indicar possível
estratégia para conferir aparência de licitude ao dinheiro proveniente de
infração penal.
IV. CONCLUSÃO
13. O recebimento da denúncia, como se sabe, não importa
prejulgamento nem muito menos faz concluir pela culpabilidade do
denunciado. Significa, tão somente, a plausabilidade da narrativa
apresentada pelo Ministério Público e a necessidade de aprofundamento
das investigações.
14. Desmembramento para figurar no polo passivo apenas o
Senador. Denúncia recebida quanto aos crimes de corrupção passiva e de
lavagem de dinheiro.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a presidência do
Ministro Marco Aurélio, na conformidade da ata de julgamento, por
maioria de votos, em receber a denúncia consideradas as imputações de
corrupção passiva e de lavagem de dinheiro, nos termos do voto do
Relator, vencido o Ministro Alexandre de Moraes. Falaram: o Dr. Edson
Oliveira de Almeida, Subprocurador-Geral da República, pelo Ministério
Público Federal; e os Drs. Aristides Junqueira Alvarenga e João Agripino
Maia, pelo Investigado.
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO - RELATOR
4
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Relatório
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
INQUÉRITO 4.141 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. ROBERTO BARROSO
AUTOR(A/S)(ES)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
INVEST.(A/S)
:JOSÉ AGRIPINO MAIA
ADV.(A/S)
:ARISTIDES
JUNQUEIRA
ALVARENGA
E
OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR):
1.
Trata-se de denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da
República em face do Senador JOSÉ AGRIPINO MAIA, em razão da
suposta prática dos crimes previstos no art. 317, §1º, do Código Penal e
no art. 1º da Lei nº 9.613/98 (fls. 1913/1943).
2.
De acordo com a peça acusatória, entre 2012 e 2014, nas
cidades de Natal/RN, Brasília/DF e São Paulo/SP, o denunciado, na
condição de Senador da República e presidente do Diretório Nacional do
Partido Democratas – DEM, solicitou, aceitou promessa e efetivamente
recebeu vantagens indevidas da empreiteira OAS, por intermédio de seu
então presidente José Adelmário Pinheiro Filho, conhecido como “Léo
Pinheiro”, em troca de favores políticos e parlamentares que atendessem
aos interesses da mencionada empresa relacionados à construção da
Arena das Dunas.
3.
Segundo a denúncia, em razão da atuação do parlamentar
denunciado, ocorreu a superação de entraves à liberação de parcelas do
financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
INQUÉRITO 4.141 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. ROBERTO BARROSO
AUTOR(A/S)(ES)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
INVEST.(A/S)
:JOSÉ AGRIPINO MAIA
ADV.(A/S)
:ARISTIDES
JUNQUEIRA
ALVARENGA
E
OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR):
1.
Trata-se de denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da
República em face do Senador JOSÉ AGRIPINO MAIA, em razão da
suposta prática dos crimes previstos no art. 317, §1º, do Código Penal e
no art. 1º da Lei nº 9.613/98 (fls. 1913/1943).
2.
De acordo com a peça acusatória, entre 2012 e 2014, nas
cidades de Natal/RN, Brasília/DF e São Paulo/SP, o denunciado, na
condição de Senador da República e presidente do Diretório Nacional do
Partido Democratas – DEM, solicitou, aceitou promessa e efetivamente
recebeu vantagens indevidas da empreiteira OAS, por intermédio de seu
então presidente José Adelmário Pinheiro Filho, conhecido como “Léo
Pinheiro”, em troca de favores políticos e parlamentares que atendessem
aos interesses da mencionada empresa relacionados à construção da
Arena das Dunas.
3.
Segundo a denúncia, em razão da atuação do parlamentar
denunciado, ocorreu a superação de entraves à liberação de parcelas do
financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 50
2225
Relatório
INQ 4141 / DF
Social – BNDES para a obra, no ano de 2013. O entrave seria decorrente
de entendimento do Tribunal de Contas da União (TCU), firmado no
Acórdão TCU n.3270/2011, segundo o qual o repasse de recursos públicos
só seria efetivado se o Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do
Norte (TCE-RN) recebesse o projeto executivo do empreendimento e,
após análise, não constatasse qualquer irregularidade, como sobrepreço
ou superfaturamento. O TCE-RN, analisando o caso da Arena das Dunas,
(Processo nº. 477/2013-TC) entendera que os dados apresentados pela
OAS eram insuficientes para possibilitar a análise do projeto executivo do
empreendimento. Esse impasse poderia, nos termos do entendimento do
TCU, inviabilizar o repasse de recursos à empresa e, assim, levar à
paralisação da obra na Arena das Dunas.
4.
Também segundo a inicial acusatória, diante desse quadro
de impasse, José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como “Leo
Pinheiro”, solicitou a intervenção do denunciado em favor da OAS. Por
esta razão, foi realizada reunião na residência do Parlamentar para tratar
do assunto da qual participaram: o Conselheiro Relator do caso no
TCE/RN, Carlos Thompson Costa Fernandes, o Secretário Extraordinário
do Estado do Rio Grande do Norte para Assuntos Relativos à Copa do
Mundo de 2014, Demétrio Paulo Torres e representantes da OAS.
5.
Após a mencionada reunião, a denúncia aponta que o
TCE/RN deixou de informar ao BNDES e ao TCU que a OAS não havia
apresentado os documentos que subsidiariam a análise do projeto
executivo da Arena das Dunas, o que impedia a emissão de juízo acerca
da existência ou não de irregularidades no projeto. Com esse ato omissivo
do TCE/RN, o BNDES entendeu que a situação da Arena das Dunas
continuava regular e liberou as verbas para a OAS. O Ministério Público
Federal ressalta que posteriormente, no ano de 2016, a área técnica do
TCE/RN analisou os documentos apresentados pela OAS e constatou
sobrepreço na obra da Arena das Dunas, no valor superior a 77 milhões
de reais (fls. 88/124 do Apenso II).
2
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INQ 4141 / DF
Social – BNDES para a obra, no ano de 2013. O entrave seria decorrente
de entendimento do Tribunal de Contas da União (TCU), firmado no
Acórdão TCU n.3270/2011, segundo o qual o repasse de recursos públicos
só seria efetivado se o Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do
Norte (TCE-RN) recebesse o projeto executivo do empreendimento e,
após análise, não constatasse qualquer irregularidade, como sobrepreço
ou superfaturamento. O TCE-RN, analisando o caso da Arena das Dunas,
(Processo nº. 477/2013-TC) entendera que os dados apresentados pela
OAS eram insuficientes para possibilitar a análise do projeto executivo do
empreendimento. Esse impasse poderia, nos termos do entendimento do
TCU, inviabilizar o repasse de recursos à empresa e, assim, levar à
paralisação da obra na Arena das Dunas.
4.
Também segundo a inicial acusatória, diante desse quadro
de impasse, José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como “Leo
Pinheiro”, solicitou a intervenção do denunciado em favor da OAS. Por
esta razão, foi realizada reunião na residência do Parlamentar para tratar
do assunto da qual participaram: o Conselheiro Relator do caso no
TCE/RN, Carlos Thompson Costa Fernandes, o Secretário Extraordinário
do Estado do Rio Grande do Norte para Assuntos Relativos à Copa do
Mundo de 2014, Demétrio Paulo Torres e representantes da OAS.
5.
Após a mencionada reunião, a denúncia aponta que o
TCE/RN deixou de informar ao BNDES e ao TCU que a OAS não havia
apresentado os documentos que subsidiariam a análise do projeto
executivo da Arena das Dunas, o que impedia a emissão de juízo acerca
da existência ou não de irregularidades no projeto. Com esse ato omissivo
do TCE/RN, o BNDES entendeu que a situação da Arena das Dunas
continuava regular e liberou as verbas para a OAS. O Ministério Público
Federal ressalta que posteriormente, no ano de 2016, a área técnica do
TCE/RN analisou os documentos apresentados pela OAS e constatou
sobrepreço na obra da Arena das Dunas, no valor superior a 77 milhões
de reais (fls. 88/124 do Apenso II).
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2226
Relatório
INQ 4141 / DF
6.
Sustenta a Procuradoria-Geral da República que, em razão
da atuação do Senador em favor da OAS, em especial a superação dos
entraves relacionados à liberação das verbas do BNCES para
financiamento da Arena das Dunas, foram entregues ao parlamentar: (i)
entre 2012 e 2014, os valores de no mínimo R$ 654.224,00 (seiscentos e
cinquenta e quatro mil, duzentos e vinte e quatro reais), pagos em espécie
e posteriormente depositados de modo fracionado e estruturado na conta
bancária do denunciado; (ii) no ano de 2014, o valor de pelo menos R$
250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais), pagos na forma de doações
eleitorais oficiais ao Diretório Nacional do DEM. No entender do órgão
da acusação, o modo de recebimento da vantagem indevida consiste em
“estratégias de ocultação e dissimulação da natureza, origem, disposição,
propriedade e movimentação de valores provenientes de crime, no caso a
corrupção passiva”.
7.
Devidamente notificado, o Parlamentar apresentou
resposta, na qual sustenta, em síntese, que: (i) não há ilegalidade no
pedido de doação eleitoral ou na própria realização da doação, uma vez
que inexiste comprovação de que tenha havido algum ato de
favorecimento político à OAS em razão dela; (ii) não há ato de ofício
praticado por ele, sendo o encontro em sua residência apenas uma
atuação como parlamentar que defendia a permanência de Natal como
sede para a Copa do Mundo de 2014 e, portanto, atuava no interesse de
seu estado, e não da OAS; (iii) diante da inexistência do ato de ofício
praticado pelo denunciado, sua conduta se amoldaria, no máximo, ao
crime de tráfico de influência, o qual já estaria prescrito.
8.
Consta ainda da resposta do Senador que: (iv) os dados
bancários juntados aos autos não apresentam qualquer irregularidade e a
movimentação bancária apontada é compatível com a situação financeira
do denunciado; (v) o valor de duzentos e cinquenta mil reais solicitado
por meio de mensagem a “Leo Pinheiro” era destinado à
3
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INQ 4141 / DF
6.
Sustenta a Procuradoria-Geral da República que, em razão
da atuação do Senador em favor da OAS, em especial a superação dos
entraves relacionados à liberação das verbas do BNCES para
financiamento da Arena das Dunas, foram entregues ao parlamentar: (i)
entre 2012 e 2014, os valores de no mínimo R$ 654.224,00 (seiscentos e
cinquenta e quatro mil, duzentos e vinte e quatro reais), pagos em espécie
e posteriormente depositados de modo fracionado e estruturado na conta
bancária do denunciado; (ii) no ano de 2014, o valor de pelo menos R$
250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais), pagos na forma de doações
eleitorais oficiais ao Diretório Nacional do DEM. No entender do órgão
da acusação, o modo de recebimento da vantagem indevida consiste em
“estratégias de ocultação e dissimulação da natureza, origem, disposição,
propriedade e movimentação de valores provenientes de crime, no caso a
corrupção passiva”.
7.
Devidamente notificado, o Parlamentar apresentou
resposta, na qual sustenta, em síntese, que: (i) não há ilegalidade no
pedido de doação eleitoral ou na própria realização da doação, uma vez
que inexiste comprovação de que tenha havido algum ato de
favorecimento político à OAS em razão dela; (ii) não há ato de ofício
praticado por ele, sendo o encontro em sua residência apenas uma
atuação como parlamentar que defendia a permanência de Natal como
sede para a Copa do Mundo de 2014 e, portanto, atuava no interesse de
seu estado, e não da OAS; (iii) diante da inexistência do ato de ofício
praticado pelo denunciado, sua conduta se amoldaria, no máximo, ao
crime de tráfico de influência, o qual já estaria prescrito.
8.
Consta ainda da resposta do Senador que: (iv) os dados
bancários juntados aos autos não apresentam qualquer irregularidade e a
movimentação bancária apontada é compatível com a situação financeira
do denunciado; (v) o valor de duzentos e cinquenta mil reais solicitado
por meio de mensagem a “Leo Pinheiro” era destinado à
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2227
Relatório
INQ 4141 / DF
complementação de doação de um milhão de reais prometida pelo
denunciado ao DEM e, por estar próximo às eleições, os candidatos lhe
pressionaram para que repassasse logo o dinheiro; (vi) a empresa OAS
não foi a única a fazer doações eleitorais para o DEM; (vii) a fiscalização
da aplicação de recursos do BNDES não é atribuição funcional específica
de Senador da República; (viii) considerada a bilateralidade do crime de
corrupção passiva, aquele que pagou a vantagem indevida, no caso, “Leo
Pinheiro”, deveria ter sido denunciado, o que não ocorreu; (ix) “Leo
Pinheiro” não pode figurar como testemunha no processo.
9.
Requereu, assim, a remessa dos autos à Procuradoria-
Geral da República para que se manifestasse sobre a resposta, e caso
persistisse a denúncia, o julgamento de improcedência da pretensão
punitiva nos termos do art. 186 do CPP, em razão de tal provimento
jurisdicional prescindir, no caso concreto, de produção de outras provas.
(fls. 2110/2137, com documentos de fls. 2138/2147, do volume 10).
10.
Na manifestação sobre a resposta (art. 5º da Lei nº
8.038/1990), a Procuradora-Geral da República sustentou que: (i) o ato de
ofício é a omissão em cumprir o dever funcional de fiscalizar a regular
aplicação de recursos do BNDES ; (ii) não é possível classificar os fatos
narrados na denúncia como tráfico de influência (art. 332 do CP), pois
este delito é praticado por particular contra a Administração Pública, e o
denunciado atuou como agente público, infringindo o dever funcional;
(iii) ainda que houvesse a pleiteada desclassificação, não há prescrição,
em razão de a obtenção da vantagem indevida ter ocorrido em 10.01.2012
e em 27/10/2014, de modo que o prazo prescricional não se consumou;
(iv) como a regra geral é o desmembramento do feito, é perfeitamente
possível que o detentor de prerrogativa de foro seja denunciado no
Supremo Tribunal Federal em razão da prática do crime de corrupção
passiva, que é bilateral na modalidade “receber” e que os demais agentes
que efetuaram o pagamento da vantagem indevida sejam denunciados
apenas nas instâncias ordinárias.
4
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INQ 4141 / DF
complementação de doação de um milhão de reais prometida pelo
denunciado ao DEM e, por estar próximo às eleições, os candidatos lhe
pressionaram para que repassasse logo o dinheiro; (vi) a empresa OAS
não foi a única a fazer doações eleitorais para o DEM; (vii) a fiscalização
da aplicação de recursos do BNDES não é atribuição funcional específica
de Senador da República; (viii) considerada a bilateralidade do crime de
corrupção passiva, aquele que pagou a vantagem indevida, no caso, “Leo
Pinheiro”, deveria ter sido denunciado, o que não ocorreu; (ix) “Leo
Pinheiro” não pode figurar como testemunha no processo.
9.
Requereu, assim, a remessa dos autos à Procuradoria-
Geral da República para que se manifestasse sobre a resposta, e caso
persistisse a denúncia, o julgamento de improcedência da pretensão
punitiva nos termos do art. 186 do CPP, em razão de tal provimento
jurisdicional prescindir, no caso concreto, de produção de outras provas.
(fls. 2110/2137, com documentos de fls. 2138/2147, do volume 10).
10.
Na manifestação sobre a resposta (art. 5º da Lei nº
8.038/1990), a Procuradora-Geral da República sustentou que: (i) o ato de
ofício é a omissão em cumprir o dever funcional de fiscalizar a regular
aplicação de recursos do BNDES ; (ii) não é possível classificar os fatos
narrados na denúncia como tráfico de influência (art. 332 do CP), pois
este delito é praticado por particular contra a Administração Pública, e o
denunciado atuou como agente público, infringindo o dever funcional;
(iii) ainda que houvesse a pleiteada desclassificação, não há prescrição,
em razão de a obtenção da vantagem indevida ter ocorrido em 10.01.2012
e em 27/10/2014, de modo que o prazo prescricional não se consumou;
(iv) como a regra geral é o desmembramento do feito, é perfeitamente
possível que o detentor de prerrogativa de foro seja denunciado no
Supremo Tribunal Federal em razão da prática do crime de corrupção
passiva, que é bilateral na modalidade “receber” e que os demais agentes
que efetuaram o pagamento da vantagem indevida sejam denunciados
apenas nas instâncias ordinárias.
4
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2228
Relatório
INQ 4141 / DF
11.
Aduz, ainda, a Procuradora-Geral da República que: (v)
“Leo Pinheiro” deve ser mantido como testemunha, uma vez não é réu na
presente ação penal, além do que pode exercer seu direito ao silêncio
quanto aos fatos que possam resultar em sua incriminação; ademais, se
vier a colaborar novamente com as investigações, renunciará ao direito ao
silêncio e prestará compromisso de dizer a verdade, adquirindo a
condição de testemunha no caso concreto; (vi) há nos autos inúmeros
elementos que configuram a justa causa – lastro probatório mínimo- em
relação ao crime de corrupção passiva majorada e de lavagem de
dinheiro; (vii) As alegações de que não houve irregularidade no
recebimento de valores e de que não há depósitos ilícitos na conta
bancária do denunciado dizem respeito ao mérito de eventual ação penal,
não cabendo analisá-las nesta fase. Requer, assim, o recebimento da
denúncia. (fls. 2150/2156, do volume 10).
12.
É o relatório.
5
Supremo Tribunal Federal
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11.
Aduz, ainda, a Procuradora-Geral da República que: (v)
“Leo Pinheiro” deve ser mantido como testemunha, uma vez não é réu na
presente ação penal, além do que pode exercer seu direito ao silêncio
quanto aos fatos que possam resultar em sua incriminação; ademais, se
vier a colaborar novamente com as investigações, renunciará ao direito ao
silêncio e prestará compromisso de dizer a verdade, adquirindo a
condição de testemunha no caso concreto; (vi) há nos autos inúmeros
elementos que configuram a justa causa – lastro probatório mínimo- em
relação ao crime de corrupção passiva majorada e de lavagem de
dinheiro; (vii) As alegações de que não houve irregularidade no
recebimento de valores e de que não há depósitos ilícitos na conta
bancária do denunciado dizem respeito ao mérito de eventual ação penal,
não cabendo analisá-las nesta fase. Requer, assim, o recebimento da
denúncia. (fls. 2150/2156, do volume 10).
12.
É o relatório.
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Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 50
2229
Antecipação ao Voto
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
INQUÉRITO 4.141 DISTRITO FEDERAL
ANTECIPAÇÃO AO VOTO
O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR)
- Presidente, logo na abertura do meu voto - nós estamos em fase de
recebimento de denúncia -, eu digo o seguinte:
(...) "o recebimento da denúncia" - como se sabe - "não importa
prejulgamento nem muito menos faz concluir pela culpabilidade do
denunciado. Significa, tão somente, a plausabilidade da narrativa
apresentada pelo Ministério Público."
E a necessidade de aprofundamento das investigações.
Não desconheço o ônus que é para qualquer homem público ter,
sobre si, o peso de uma investigação. Ainda recentemente, em inquérito
sob a minha condução, instei o Ministério Público ou a pedir
arquivamento ou a dar algum impulso processual relevante, porque já
pairava sobre um parlamentar, há mais de ano, uma investigação sem
movimentação.
Aqui, o Ministério Público ofereceu uma denúncia que, com todas as
vênias dos ilustríssimos Advogados que estiveram na tribuna, tem um
conjunto de indícios que tornam plausível - é esse o juízo que se faz - a
imputação que é feita.
Portanto, eu passo a ler o meu voto, Presidente. Deus é testemunha
de como não gosto de exercer esta competência de juiz criminal e que, se
pudesse, não a exerceria. E espero que, em algum breve tempo, o
Supremo deixe de nos impor esse ônus.
Eu começo o meu voto, Presidente, manifestando-me na linha da
jurisprudência pacífica do Tribunal pela aceitação do desmembramento
solicitado pelo Ministério Público em relação às pessoas que não tem foro
por prerrogativa. E também supero, de logo, a arguição de inépcia da
denúncia, porque acho que ela foi formulada de modo claro com a
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
INQUÉRITO 4.141 DISTRITO FEDERAL
ANTECIPAÇÃO AO VOTO
O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR)
- Presidente, logo na abertura do meu voto - nós estamos em fase de
recebimento de denúncia -, eu digo o seguinte:
(...) "o recebimento da denúncia" - como se sabe - "não importa
prejulgamento nem muito menos faz concluir pela culpabilidade do
denunciado. Significa, tão somente, a plausabilidade da narrativa
apresentada pelo Ministério Público."
E a necessidade de aprofundamento das investigações.
Não desconheço o ônus que é para qualquer homem público ter,
sobre si, o peso de uma investigação. Ainda recentemente, em inquérito
sob a minha condução, instei o Ministério Público ou a pedir
arquivamento ou a dar algum impulso processual relevante, porque já
pairava sobre um parlamentar, há mais de ano, uma investigação sem
movimentação.
Aqui, o Ministério Público ofereceu uma denúncia que, com todas as
vênias dos ilustríssimos Advogados que estiveram na tribuna, tem um
conjunto de indícios que tornam plausível - é esse o juízo que se faz - a
imputação que é feita.
Portanto, eu passo a ler o meu voto, Presidente. Deus é testemunha
de como não gosto de exercer esta competência de juiz criminal e que, se
pudesse, não a exerceria. E espero que, em algum breve tempo, o
Supremo deixe de nos impor esse ônus.
Eu começo o meu voto, Presidente, manifestando-me na linha da
jurisprudência pacífica do Tribunal pela aceitação do desmembramento
solicitado pelo Ministério Público em relação às pessoas que não tem foro
por prerrogativa. E também supero, de logo, a arguição de inépcia da
denúncia, porque acho que ela foi formulada de modo claro com a
Supremo Tribunal Federal
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2230
Antecipação ao Voto
INQ 4141 / DF
imputação de fatos específicos e a apresentação de indícios que
evidentemente permitem a apresentação de defesa.
Eu, em consideração aos Advogados, aos Colegas e à relevância do
caso e à importância do parlamentar em questão, eu vou ler
analiticamente o meu voto.
2
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Supremo Tribunal Federal
INQ 4141 / DF
imputação de fatos específicos e a apresentação de indícios que
evidentemente permitem a apresentação de defesa.
Eu, em consideração aos Advogados, aos Colegas e à relevância do
caso e à importância do parlamentar em questão, eu vou ler
analiticamente o meu voto.
2
Supremo Tribunal Federal
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2231
Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
INQUÉRITO 4.141 DISTRITO FEDERAL
VOTO:
O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR):
I. PRELIMINAR: DESMEMBRAMENTO
1.
Inicialmente, tenho que o desmembramento requerido
pelo Ministério Público Federal às fls. 1906-1910 deve ser deferido.
Registro que conforme deliberado pelo Plenário desta Corte, no
julgamento do Inq 3515 AgR, é excepcional o foro por prerrogativa de
função e, por consequência, a competência do Supremo Tribunal Federal
para o processamento de inquéritos e ações penais originárias. Assim, a
menos que haja risco de prejuízo relevante para a apuração dos fatos
investigados e/ou para a prestação jurisdicional, deve-se proceder ao
desmembramento de investigação ou processo já instaurado a fim de
limitar a atuação do Supremo Tribunal Federal aos detentores de foro por
prerrogativa de função.
2.
No caso dos autos, não se verifica em concreto hipótese
que justifique a excepcional prorrogação de competência desta Corte.
Ademais, as condutas estão devidamente delineadas e são
independentes, o que permite o julgamento em separado, sem prejuízo
para a instrução e/ou julgamento da ação penal.
3.
Por esse fundamento, proponho ao colegiado como
preliminar à análise da denúncia oferecida o desmembramento do
processo, devendo figurar no polo passivo do processo apenas o Senador
Agripino Maia.
II. APTIDÃO DA PEÇA ACUSATÓRIA.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
INQUÉRITO 4.141 DISTRITO FEDERAL
VOTO:
O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR):
I. PRELIMINAR: DESMEMBRAMENTO
1.
Inicialmente, tenho que o desmembramento requerido
pelo Ministério Público Federal às fls. 1906-1910 deve ser deferido.
Registro que conforme deliberado pelo Plenário desta Corte, no
julgamento do Inq 3515 AgR, é excepcional o foro por prerrogativa de
função e, por consequência, a competência do Supremo Tribunal Federal
para o processamento de inquéritos e ações penais originárias. Assim, a
menos que haja risco de prejuízo relevante para a apuração dos fatos
investigados e/ou para a prestação jurisdicional, deve-se proceder ao
desmembramento de investigação ou processo já instaurado a fim de
limitar a atuação do Supremo Tribunal Federal aos detentores de foro por
prerrogativa de função.
2.
No caso dos autos, não se verifica em concreto hipótese
que justifique a excepcional prorrogação de competência desta Corte.
Ademais, as condutas estão devidamente delineadas e são
independentes, o que permite o julgamento em separado, sem prejuízo
para a instrução e/ou julgamento da ação penal.
3.
Por esse fundamento, proponho ao colegiado como
preliminar à análise da denúncia oferecida o desmembramento do
processo, devendo figurar no polo passivo do processo apenas o Senador
Agripino Maia.
II. APTIDÃO DA PEÇA ACUSATÓRIA.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 50
2232
Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
INQ 4141 / DF
4.
Passo a examinar a viabilidade formal e substantiva da
acusação.
5.
A orientação jurisprudencial do Tribunal é no sentido de
que o exame da admissibilidade da denúncia se limita à existência de
substrato probatório mínimo e à validade formal da inicial acusatória
(CPP, art. 41). Nesse sentido, por exemplo, o INQ. 1926, Rel.ª Min.ª Ellen
Gracie; e o INQ. 2449, Rel. Min. Ayres Britto.
6.
Na denúncia, narra-se que entre 2012 e 2014, nas cidades
de Natal/RN, Brasília/DF e São Paulo/SP, o denunciado, na condição de
Senador da República e presidente do Diretório Nacional do Partido
Democratas – DEM, Agripino Maia solicitou, aceitou promessa e
efetivamente recebeu vantagens indevidas da empreiteira OAS, por
intermédio de seu então presidente José Adelmário Pinheiro Filho,
conhecido como “Léo Pinheiro”, em troca de favores políticos e
parlamentares que atendessem aos interesses da mencionada empresa
relacionados à construção da Arena das Dunas (fls. 1914).
7.
Na denúncia, são apontados os seguintes fatos: (i) em
13.05.2013, foi realizada uma reunião na residência do Parlamentar em
Natal para tratar da situação da obra da Arena das Dunas no Tribunal de
Contas do Estado do Rio Grande do Norte. Da reunião participaram o
Conselheiro Relator do caso no TCE/RN, Carlos Thompson Costa
Fernandes; o Secretário Extraordinário do Estado do Rio Grande do Norte
para Assuntos Relativos à Copa do Mundo de 2014, Demétrio Paulo
Torres, e representantes da OAS (fls. 1919/1920); (ii) com a reunião
mencionada, o denunciado teria se omitido de seu dever de fiscalizar a
aplicação de recursos oriundos do BNDES com o intuito de favorecer os
interesses da empreiteira OAS (fls. 1921).
8.
Consta, ainda, da inicial acusatória, a descrição das
seguintes condutas: (iii) recebimento de vantagem indevida em razão da
atuação do Parlamentar em favor da OAS, em especial a superação dos
2
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INQ 4141 / DF
4.
Passo a examinar a viabilidade formal e substantiva da
acusação.
5.
A orientação jurisprudencial do Tribunal é no sentido de
que o exame da admissibilidade da denúncia se limita à existência de
substrato probatório mínimo e à validade formal da inicial acusatória
(CPP, art. 41). Nesse sentido, por exemplo, o INQ. 1926, Rel.ª Min.ª Ellen
Gracie; e o INQ. 2449, Rel. Min. Ayres Britto.
6.
Na denúncia, narra-se que entre 2012 e 2014, nas cidades
de Natal/RN, Brasília/DF e São Paulo/SP, o denunciado, na condição de
Senador da República e presidente do Diretório Nacional do Partido
Democratas – DEM, Agripino Maia solicitou, aceitou promessa e
efetivamente recebeu vantagens indevidas da empreiteira OAS, por
intermédio de seu então presidente José Adelmário Pinheiro Filho,
conhecido como “Léo Pinheiro”, em troca de favores políticos e
parlamentares que atendessem aos interesses da mencionada empresa
relacionados à construção da Arena das Dunas (fls. 1914).
7.
Na denúncia, são apontados os seguintes fatos: (i) em
13.05.2013, foi realizada uma reunião na residência do Parlamentar em
Natal para tratar da situação da obra da Arena das Dunas no Tribunal de
Contas do Estado do Rio Grande do Norte. Da reunião participaram o
Conselheiro Relator do caso no TCE/RN, Carlos Thompson Costa
Fernandes; o Secretário Extraordinário do Estado do Rio Grande do Norte
para Assuntos Relativos à Copa do Mundo de 2014, Demétrio Paulo
Torres, e representantes da OAS (fls. 1919/1920); (ii) com a reunião
mencionada, o denunciado teria se omitido de seu dever de fiscalizar a
aplicação de recursos oriundos do BNDES com o intuito de favorecer os
interesses da empreiteira OAS (fls. 1921).
8.
Consta, ainda, da inicial acusatória, a descrição das
seguintes condutas: (iii) recebimento de vantagem indevida em razão da
atuação do Parlamentar em favor da OAS, em especial a superação dos
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Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
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entraves relacionados à liberação das verbas do BNDES para
financiamento da Arena das Dunas. Vantagem que foi entregue ao
parlamentar, entre os anos de 2012 e 2014, da seguinte forma: (a) entre
2012 e 2014, os valores de, no mínimo, R$ 654.224,00, pagos em espécie;
(b) no ano de 2014, o valor de pelo menos R$ 250.000,00, pagos na forma
de doações eleitorais oficiais (fls.1914/1915); (iv) depósitos de forma
estruturada e fracionada nas contas do parlamentar dos valores recebidos
visando à ocultação e dissimulação da natureza, origem, disposição,
propriedade e movimentação de valores provenientes do crime de
corrupção passiva.(fls. 1914/1915).
8.
Nesses termos, a denúncia foi formulada de modo claro e
permite ao acusado o exercício do direito à ampla defesa. Assim, não há
falar-se em inépcia da denúncia.
III. INDÍCIOS DE MATERIALIDADE E AUTORIA.
9.
Superada a analise da validade formal da peça acusatória,
passo a examinar a existência de indícios de materialidade e autoria
delitiva a autorizar a instauração da ação penal quanto aos fatos descritos
na denúncia.
10.
Da descrição realizada pelo Procurador-Geral da
República, observo que as condutas se amoldam aos tipos penais de
corrupção passiva e de lavagem de dinheiro.
III.1. QUANTO AO RECEBIMENTO DE VANTAGEM INDEVIDA EM RAZÃO
DO CARGO: CRIME DE CORRUPÇÃO PASSIVA
11.
De início, pontuo que a prática do ato de ofício não é
elemento do tipo penal de corrupção passiva, de modo que a sua ausência
não implica atipicidade da conduta. O que releva para a configuração do
crime de corrupção passiva é que a vantagem indevida seja recebida em
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entraves relacionados à liberação das verbas do BNDES para
financiamento da Arena das Dunas. Vantagem que foi entregue ao
parlamentar, entre os anos de 2012 e 2014, da seguinte forma: (a) entre
2012 e 2014, os valores de, no mínimo, R$ 654.224,00, pagos em espécie;
(b) no ano de 2014, o valor de pelo menos R$ 250.000,00, pagos na forma
de doações eleitorais oficiais (fls.1914/1915); (iv) depósitos de forma
estruturada e fracionada nas contas do parlamentar dos valores recebidos
visando à ocultação e dissimulação da natureza, origem, disposição,
propriedade e movimentação de valores provenientes do crime de
corrupção passiva.(fls. 1914/1915).
8.
Nesses termos, a denúncia foi formulada de modo claro e
permite ao acusado o exercício do direito à ampla defesa. Assim, não há
falar-se em inépcia da denúncia.
III. INDÍCIOS DE MATERIALIDADE E AUTORIA.
9.
Superada a analise da validade formal da peça acusatória,
passo a examinar a existência de indícios de materialidade e autoria
delitiva a autorizar a instauração da ação penal quanto aos fatos descritos
na denúncia.
10.
Da descrição realizada pelo Procurador-Geral da
República, observo que as condutas se amoldam aos tipos penais de
corrupção passiva e de lavagem de dinheiro.
III.1. QUANTO AO RECEBIMENTO DE VANTAGEM INDEVIDA EM RAZÃO
DO CARGO: CRIME DE CORRUPÇÃO PASSIVA
11.
De início, pontuo que a prática do ato de ofício não é
elemento do tipo penal de corrupção passiva, de modo que a sua ausência
não implica atipicidade da conduta. O que releva para a configuração do
crime de corrupção passiva é que a vantagem indevida seja recebida em
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Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
INQ 4141 / DF
razão da função, o que pode ser evidenciado pelo recebimento de
vantagem indevida sem explicação razoável e pela prática de atos que
beneficiam o responsável pelo pagamento . No entanto, caso constatada a
presença do ato de ofício, prescinde de maior esforço argumentativo a
conclusão de que a vantagem indevida ocorreu em razão da função. Dito
isso, examinando a hipótese dos autos, fica claro que, independentemente
da prática de ato de ofício pelo Parlamentar, há a descrição do
recebimento de vantagem em razão de sua atuação em benefício da
construtora, valendo-se de sua função.
12.
Nesse ponto, a denúncia está lastreada em elementos que
indicam (i) a atuação da parlamentar em favor da empreiteira OAS, bem
como (ii) o recebimento e a solicitação de vantagem indevida. Passo a
descrever estes elementos.
A. A SITUAÇÃO DA EMPRESA OAS PERANTE DO TRIBUNAL DE CONTAS
DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
13.
Como relatado, é necessário ressaltar a situação na qual a
OAS se encontrava no Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do
Norte, a qual poderia acarretar a interrupção do envio de recursos
públicos do BNDES e, como consequência, a paralisação da obra da
Arena das Dunas em Natal/RN.
14.
O entrave seria decorrente do entendimento do Tribunal
de Contas da União (TCU) firmado no Acórdão TCU nº. 3270/2011,
segundo o qual o repasse de recursos públicos só seria efetivado se o
Tribunal de Contas do Estado recebesse o projeto executivo do
empreendimento e, após análise, não constatasse qualquer
irregularidade, como sobrepreço ou superfaturamento. O TCE-RN,
analisando o caso da Arena das Dunas (Processo n. 477/2013), entendera
que os dados apresentados pela OAS eram insuficientes para possibilitar
análise do projeto executivo do empreendimento (informação obtida às
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razão da função, o que pode ser evidenciado pelo recebimento de
vantagem indevida sem explicação razoável e pela prática de atos que
beneficiam o responsável pelo pagamento . No entanto, caso constatada a
presença do ato de ofício, prescinde de maior esforço argumentativo a
conclusão de que a vantagem indevida ocorreu em razão da função. Dito
isso, examinando a hipótese dos autos, fica claro que, independentemente
da prática de ato de ofício pelo Parlamentar, há a descrição do
recebimento de vantagem em razão de sua atuação em benefício da
construtora, valendo-se de sua função.
12.
Nesse ponto, a denúncia está lastreada em elementos que
indicam (i) a atuação da parlamentar em favor da empreiteira OAS, bem
como (ii) o recebimento e a solicitação de vantagem indevida. Passo a
descrever estes elementos.
A. A SITUAÇÃO DA EMPRESA OAS PERANTE DO TRIBUNAL DE CONTAS
DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
13.
Como relatado, é necessário ressaltar a situação na qual a
OAS se encontrava no Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do
Norte, a qual poderia acarretar a interrupção do envio de recursos
públicos do BNDES e, como consequência, a paralisação da obra da
Arena das Dunas em Natal/RN.
14.
O entrave seria decorrente do entendimento do Tribunal
de Contas da União (TCU) firmado no Acórdão TCU nº. 3270/2011,
segundo o qual o repasse de recursos públicos só seria efetivado se o
Tribunal de Contas do Estado recebesse o projeto executivo do
empreendimento e, após análise, não constatasse qualquer
irregularidade, como sobrepreço ou superfaturamento. O TCE-RN,
analisando o caso da Arena das Dunas (Processo n. 477/2013), entendera
que os dados apresentados pela OAS eram insuficientes para possibilitar
análise do projeto executivo do empreendimento (informação obtida às
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 50
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Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
INQ 4141 / DF
fls. 256 - volume 2). Esse impasse poderia, em razão do citado
entendimento do TCU, inviabilizar o repasse de recursos à empresa e,
assim, levar à paralisação da obra na Arena das Dunas.
B. INDÍCIOS DA ATUAÇÃO DO PARLAMENTAR EM BENEFÍCIO DA OAS
15.
Diante desse quadro, a denúncia narra que foi solicitada a
atuação do Parlamentar para auxiliar na superação dos entraves e
impedir a interrupção da obra. A atuação do Parlamentar é indicada por
alguns elementos presentes nos autos.
16.
Em 13.05.2013, o senhor Carlos Eduardo Paes Barreto
Neto, presidente da OAS ARENAS/A, empresa criada para construir e
administrar a Arena das Dunas, enviou mensagem para “Léo Pinheiro”
na qual afirma que o apoio do Senador Agripino Maia seria importante
para superar entraves com BNDES (mídia de fls. 04, Processo 5032822-
32.2015.4.04.7000/PR, Evento 1, INF 2, Página 15)
17.
Na mesma data de 13.05.2013, “Léo Pinheiro” mandou
mensagem para o senhor Cesar Mata Pires Filho, vice-presidente da OAS
Engenharia, na qual transcreve a mensagem enviada a ele pelo
Parlamentar, informando que reuniu o Secretário da Copa, o Conselheiro
Relator do Processo da OAS no TCE/RN e “Dr Charles” pela manhã em
Natal (mídia de fls. 04, Processo 5032822-32.2015.4.04.7000/PR, Evento 1,
INF 2, Página 15 ). Confira-se:
“Resposta de Agripino ao meu SMS: “Reuni
hoje pela manha, em Natal, o secretário da Copa,
o conselheiro relator no TCE e Dr. Charles, para
esclarecer o problema e apelar por solução que
evite interrupção no fluxo de pagamentos e
interrupção da obra. Vou acompanhar de perto
os desdobramentos. Abs JAgripino”.
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fls. 256 - volume 2). Esse impasse poderia, em razão do citado
entendimento do TCU, inviabilizar o repasse de recursos à empresa e,
assim, levar à paralisação da obra na Arena das Dunas.
B. INDÍCIOS DA ATUAÇÃO DO PARLAMENTAR EM BENEFÍCIO DA OAS
15.
Diante desse quadro, a denúncia narra que foi solicitada a
atuação do Parlamentar para auxiliar na superação dos entraves e
impedir a interrupção da obra. A atuação do Parlamentar é indicada por
alguns elementos presentes nos autos.
16.
Em 13.05.2013, o senhor Carlos Eduardo Paes Barreto
Neto, presidente da OAS ARENAS/A, empresa criada para construir e
administrar a Arena das Dunas, enviou mensagem para “Léo Pinheiro”
na qual afirma que o apoio do Senador Agripino Maia seria importante
para superar entraves com BNDES (mídia de fls. 04, Processo 5032822-
32.2015.4.04.7000/PR, Evento 1, INF 2, Página 15)
17.
Na mesma data de 13.05.2013, “Léo Pinheiro” mandou
mensagem para o senhor Cesar Mata Pires Filho, vice-presidente da OAS
Engenharia, na qual transcreve a mensagem enviada a ele pelo
Parlamentar, informando que reuniu o Secretário da Copa, o Conselheiro
Relator do Processo da OAS no TCE/RN e “Dr Charles” pela manhã em
Natal (mídia de fls. 04, Processo 5032822-32.2015.4.04.7000/PR, Evento 1,
INF 2, Página 15 ). Confira-se:
“Resposta de Agripino ao meu SMS: “Reuni
hoje pela manha, em Natal, o secretário da Copa,
o conselheiro relator no TCE e Dr. Charles, para
esclarecer o problema e apelar por solução que
evite interrupção no fluxo de pagamentos e
interrupção da obra. Vou acompanhar de perto
os desdobramentos. Abs JAgripino”.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 16 de 50
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Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
INQ 4141 / DF
18.
Em depoimento, o senhor Carlos Thompson Costa
Fernandes, Conselheiro Relator do Processo da OAS no TCE/RN,
confirmou a existência da reunião, da qual participou juntamente com o
senhor Charles Maia, Diretor-Presidente da Arena das Dunas,
possivelmente a pessoa identificada como “Dr Charles” na mensagem
acima transcrita, e o senhor Demétrio Paulo Torres, Secretário de Estado
da Copa do Mundo no Rio Grande do Norte (fls. 493/499). Este último
também confirmou a existência da reunião (fls. 784/786).
19.
Reforçando a possível interferência do Parlamentar, há
registro de diversos contatos telefônicos realizados entre o Senador
Agripino Maia e Carlos Thompson Costa Fernandes à época dos fatos (fls.
2073/2074), bem como entre o Senador e Demétrio Paulo Torres (fls.
2073). Com efeito, por meio da Nota AS/DEURB nº. 83/2013 (fls. 139/141 e
fls. 163/170), o BNDES adotou o entendimento de que, em razão de
nenhuma irregularidade ter sido apontada pelo TCE/RN, as verbas
poderiam continuar a ser liberadas.
20.
Esclareço que, neste momento processual, os elementos
descritos satisfazem a exigência de que a descrição dos fatos esteja
ancorada minimamente em elementos dos autos. De se ressaltar que não
assiste razão à Defesa do denunciado quanto ao argumento de que o
telefonema dado ao Conselheiro Relator do Processo da Arena das Dunas
no TCE/RN não tem relação com a intervenção em benefício da
construtira, por ter ocorrido no mês de março de 2013, ao passo que a
reunião no apartamento do parlamentar ocorrera apenas em maio do
mesmo ano. Isso porque o acórdão do TCU por meio do qual o órgão de
controle externo adotou entendimento que poderia impedir repasse de
verbas do BNDES à OAS é de 2011 e o processo da Arena das Dunas no
TCE/RN tramitava desde 11.01.2013, conforme informado às fls. 254
(volume 2). Deste modo, é plausível a tese de que os telefonemas tinham
relação com o processo da Arena das Dunas na Corte de Contas estadual.
6
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INQ 4141 / DF
18.
Em depoimento, o senhor Carlos Thompson Costa
Fernandes, Conselheiro Relator do Processo da OAS no TCE/RN,
confirmou a existência da reunião, da qual participou juntamente com o
senhor Charles Maia, Diretor-Presidente da Arena das Dunas,
possivelmente a pessoa identificada como “Dr Charles” na mensagem
acima transcrita, e o senhor Demétrio Paulo Torres, Secretário de Estado
da Copa do Mundo no Rio Grande do Norte (fls. 493/499). Este último
também confirmou a existência da reunião (fls. 784/786).
19.
Reforçando a possível interferência do Parlamentar, há
registro de diversos contatos telefônicos realizados entre o Senador
Agripino Maia e Carlos Thompson Costa Fernandes à época dos fatos (fls.
2073/2074), bem como entre o Senador e Demétrio Paulo Torres (fls.
2073). Com efeito, por meio da Nota AS/DEURB nº. 83/2013 (fls. 139/141 e
fls. 163/170), o BNDES adotou o entendimento de que, em razão de
nenhuma irregularidade ter sido apontada pelo TCE/RN, as verbas
poderiam continuar a ser liberadas.
20.
Esclareço que, neste momento processual, os elementos
descritos satisfazem a exigência de que a descrição dos fatos esteja
ancorada minimamente em elementos dos autos. De se ressaltar que não
assiste razão à Defesa do denunciado quanto ao argumento de que o
telefonema dado ao Conselheiro Relator do Processo da Arena das Dunas
no TCE/RN não tem relação com a intervenção em benefício da
construtira, por ter ocorrido no mês de março de 2013, ao passo que a
reunião no apartamento do parlamentar ocorrera apenas em maio do
mesmo ano. Isso porque o acórdão do TCU por meio do qual o órgão de
controle externo adotou entendimento que poderia impedir repasse de
verbas do BNDES à OAS é de 2011 e o processo da Arena das Dunas no
TCE/RN tramitava desde 11.01.2013, conforme informado às fls. 254
(volume 2). Deste modo, é plausível a tese de que os telefonemas tinham
relação com o processo da Arena das Dunas na Corte de Contas estadual.
6
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 17 de 50
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Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
INQ 4141 / DF
21.
Quanto ao argumento de que a reunião foi realizada no
interesse do Estado do Rio Grande do Norte e não da empreiteira OAS, os
elementos constantes nos autos indicam o contrário, ao menos em sede de
recebimento da denúncia. Isso porque, no mesmo dia em que realizada a
reunião no apartamento do Senador em Natal, existe o registro da
mensagem mencionada no item 16 deste voto, enviada pelo presidente da
OAS ARENAS S/A a “Léo Pinheiro”, dizendo da importância da
interferência do denunciado Agripino Maia para “agilizar o processo do
Tribunal com o BNDES para não comprometer a entrega da Arena”.
Ademais, constato a existência da já citada mensagem enviada pelo
Senador Agripino Maia a “Léo Pinheiro” informando a respeito da
reunião e que iria “acompanhar de perto os desdobramentos”. Esses
elementos demonstram, a meu ver, que é necessário um aprofundamento
das investigações. Portanto, não é cabível a rejeição da denúncia por este
argumento.
C. INDÍCIOS DE RECEBIMENTO DE VANTAGEM INDEVIDA EM ESPÉCIE.
22.
No curso da denominada “Operação Lavajato”, colheram-
se elementos que indicam o pagamento de propinas, em espécie, pela
OAS/RN entre 2011 e 2014. Como a construção da “Arena Dunas” era a
única obra de grande porte no Estado neste período, conclui o Parquet
pela probabilidade de que estas propinas se relacionem com a
mencionada construção.
23.
Na mesma operação, o senhor Alberto Youssef afirmou,
em sede de acordo de colaboração premiada, ter administrado “caixa
dois” da OAS, utilizado para o pagamento de propina, tendo sido
enviada a Natal a quantia de R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais) em
espécie. Essas declarações, juntadas aos autos às fls. 37/38, condizem,
segundo o Ministério Público Federal, com planilhas apreendidas no
escritório da GDF Investimentos, de Alberto Youssef. Numa das
7
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INQ 4141 / DF
21.
Quanto ao argumento de que a reunião foi realizada no
interesse do Estado do Rio Grande do Norte e não da empreiteira OAS, os
elementos constantes nos autos indicam o contrário, ao menos em sede de
recebimento da denúncia. Isso porque, no mesmo dia em que realizada a
reunião no apartamento do Senador em Natal, existe o registro da
mensagem mencionada no item 16 deste voto, enviada pelo presidente da
OAS ARENAS S/A a “Léo Pinheiro”, dizendo da importância da
interferência do denunciado Agripino Maia para “agilizar o processo do
Tribunal com o BNDES para não comprometer a entrega da Arena”.
Ademais, constato a existência da já citada mensagem enviada pelo
Senador Agripino Maia a “Léo Pinheiro” informando a respeito da
reunião e que iria “acompanhar de perto os desdobramentos”. Esses
elementos demonstram, a meu ver, que é necessário um aprofundamento
das investigações. Portanto, não é cabível a rejeição da denúncia por este
argumento.
C. INDÍCIOS DE RECEBIMENTO DE VANTAGEM INDEVIDA EM ESPÉCIE.
22.
No curso da denominada “Operação Lavajato”, colheram-
se elementos que indicam o pagamento de propinas, em espécie, pela
OAS/RN entre 2011 e 2014. Como a construção da “Arena Dunas” era a
única obra de grande porte no Estado neste período, conclui o Parquet
pela probabilidade de que estas propinas se relacionem com a
mencionada construção.
23.
Na mesma operação, o senhor Alberto Youssef afirmou,
em sede de acordo de colaboração premiada, ter administrado “caixa
dois” da OAS, utilizado para o pagamento de propina, tendo sido
enviada a Natal a quantia de R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais) em
espécie. Essas declarações, juntadas aos autos às fls. 37/38, condizem,
segundo o Ministério Público Federal, com planilhas apreendidas no
escritório da GDF Investimentos, de Alberto Youssef. Numa das
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2238
Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
INQ 4141 / DF
planilhas, verifica-se a entrega de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil
reais) no dia 11 de novembro de ano não identificado a alguém no Rio
Grande do Norte.
24.
Ainda no âmbito da denominada “Operação Lavajato”, o
senhor Rafael Ângulo Lopes, principal transportador de valores de
Alberto Youssef, admitiu, também em colaboração premiada (fls. 49/50),
ter levado dinheiro de Alberto Youssef para pessoas no Rio Grande do
Norte, o que se comprovaria pelos bilhetes aéreos das companhias
LATAM e AVIANCA para Natal/RN. De fato, o senhor Rafael Ângulo
Lopes esteve em Natal/RN nas seguintes datas: em 18.12.2011 (conforme
comprovante de embarque de fls. 59); em 12.01.2012 (comprovante da
LATAM de fls. 58), tendo nesta ocasião se hospedado no Hotel Best
Western Majestic (fls. 154/161) e retornado no dia 13/01/2012
(comprovante da AVIANCA de fls. 56); em 11.11.2013 (segundo
informado pela TAM às fls. 323), tendo retornado no dia 12.11.2013
(comprovante de fls. 57).
25.
Também consta dos autos a presença do senhor Adarico
Negromonte Filho, outro emissário de Alberto Youssef, em Natal/RN,
entre os dias 05.01.2014 e 07.01.2014, conforme informado pela AVIANCA
(fls. 176).
26.
De acordo com planilha disponibilizada por Rafael Ângulo
Lopez, em Natal/RN, os valores eram entregues em endereço alugado
para engenheiros da OAS e seu destinatário era pessoa identificada pelo
nome de “André”, quem o Ministério Público aponta ser André Augusto
Moreira Lima.
27.
Em datas próximas às viagens dos emissários de Alberto
Youssef a Natal/RN, há registro nas contas bancárias do Parlamentar de
depósitos realizados em pequenos valores, indicados no Relatório SIMBA
001-MPF-001958-81 (fls. 1771/1774) e no Laudo nº. 1479/2017-
8
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planilhas, verifica-se a entrega de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil
reais) no dia 11 de novembro de ano não identificado a alguém no Rio
Grande do Norte.
24.
Ainda no âmbito da denominada “Operação Lavajato”, o
senhor Rafael Ângulo Lopes, principal transportador de valores de
Alberto Youssef, admitiu, também em colaboração premiada (fls. 49/50),
ter levado dinheiro de Alberto Youssef para pessoas no Rio Grande do
Norte, o que se comprovaria pelos bilhetes aéreos das companhias
LATAM e AVIANCA para Natal/RN. De fato, o senhor Rafael Ângulo
Lopes esteve em Natal/RN nas seguintes datas: em 18.12.2011 (conforme
comprovante de embarque de fls. 59); em 12.01.2012 (comprovante da
LATAM de fls. 58), tendo nesta ocasião se hospedado no Hotel Best
Western Majestic (fls. 154/161) e retornado no dia 13/01/2012
(comprovante da AVIANCA de fls. 56); em 11.11.2013 (segundo
informado pela TAM às fls. 323), tendo retornado no dia 12.11.2013
(comprovante de fls. 57).
25.
Também consta dos autos a presença do senhor Adarico
Negromonte Filho, outro emissário de Alberto Youssef, em Natal/RN,
entre os dias 05.01.2014 e 07.01.2014, conforme informado pela AVIANCA
(fls. 176).
26.
De acordo com planilha disponibilizada por Rafael Ângulo
Lopez, em Natal/RN, os valores eram entregues em endereço alugado
para engenheiros da OAS e seu destinatário era pessoa identificada pelo
nome de “André”, quem o Ministério Público aponta ser André Augusto
Moreira Lima.
27.
Em datas próximas às viagens dos emissários de Alberto
Youssef a Natal/RN, há registro nas contas bancárias do Parlamentar de
depósitos realizados em pequenos valores, indicados no Relatório SIMBA
001-MPF-001958-81 (fls. 1771/1774) e no Laudo nº. 1479/2017-
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2239
Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
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INC/DITEC/PF (fls. 1392/1399). Apenas como exemplo, observo os
seguintes depósitos em contas do Parlamentar, para os quais não há
justificativa razoável na peça anexada pela Defesa: (i) em 10.01.2012, dias
após a presença do senhor Rafael Ângulo Lopez em Natal/RN na data de
18.12.2011, um depósito no valor de R$ 8.500,00; e (ii) em 26.11.2013, dias
após a presença do senhor Rafael Ângulo Lopez em Natal/RN na data de
11.11.2013, 03 (três) depósitos de R$ 9.000,00 cada.
28.
Os depósitos nas contas bancárias do Parlamentar
Agripino Maia em datas próximas às visitas dos emissários de Alberto
Youssef em Natal/RN são indícios de recebimento dos valores em espécie
pelo denunciado que, neste momento processual, bastam para a
instauração da ação penal.
D. INDÍCIOS DE RECEBIMENTO DE VANTAGEM INDEVIDA POR MEIO DE
DOAÇÕES ELEITORAIS
29.
Existem, nos autos, comprovantes de recebimento, pelo
Partido Democratas (DEM), de doações eleitorais realizadas pela OAS,
nos anos de 2012 e 2014, bem como de solicitação de doação eleitoral no
ano de 2014. É o que se analisa a seguir.
D.1. EM 2012:
30.
Em 31.07.2012, o Senador Agripino Maia enviou
mensagem a “Léo Pinheiro” indagado sobre quem o tesoureiro do DEM
deveria falar para transmitir os dados do “DEM Nacional” (mídia de fls.
04, Processo 5032822-32.2015.4.04.7000/PR, Evento 1, INF 2, Página 03).
Isso sugere na visão da Procuradoria-Geral da República que houve
prévio pedido de doação eleitoral ou, no mínimo, que o denunciado
aceitou a doação eleitoral.
31.
Após essa mensagem, foram registradas doações da OAS
9
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INC/DITEC/PF (fls. 1392/1399). Apenas como exemplo, observo os
seguintes depósitos em contas do Parlamentar, para os quais não há
justificativa razoável na peça anexada pela Defesa: (i) em 10.01.2012, dias
após a presença do senhor Rafael Ângulo Lopez em Natal/RN na data de
18.12.2011, um depósito no valor de R$ 8.500,00; e (ii) em 26.11.2013, dias
após a presença do senhor Rafael Ângulo Lopez em Natal/RN na data de
11.11.2013, 03 (três) depósitos de R$ 9.000,00 cada.
28.
Os depósitos nas contas bancárias do Parlamentar
Agripino Maia em datas próximas às visitas dos emissários de Alberto
Youssef em Natal/RN são indícios de recebimento dos valores em espécie
pelo denunciado que, neste momento processual, bastam para a
instauração da ação penal.
D. INDÍCIOS DE RECEBIMENTO DE VANTAGEM INDEVIDA POR MEIO DE
DOAÇÕES ELEITORAIS
29.
Existem, nos autos, comprovantes de recebimento, pelo
Partido Democratas (DEM), de doações eleitorais realizadas pela OAS,
nos anos de 2012 e 2014, bem como de solicitação de doação eleitoral no
ano de 2014. É o que se analisa a seguir.
D.1. EM 2012:
30.
Em 31.07.2012, o Senador Agripino Maia enviou
mensagem a “Léo Pinheiro” indagado sobre quem o tesoureiro do DEM
deveria falar para transmitir os dados do “DEM Nacional” (mídia de fls.
04, Processo 5032822-32.2015.4.04.7000/PR, Evento 1, INF 2, Página 03).
Isso sugere na visão da Procuradoria-Geral da República que houve
prévio pedido de doação eleitoral ou, no mínimo, que o denunciado
aceitou a doação eleitoral.
31.
Após essa mensagem, foram registradas doações da OAS
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2240
Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
INQ 4141 / DF
ao Diretório Nacional do DEM em 10.08.2012 no valor de R$ 250.000,00
(duzentos e cinquenta mil reais) e em seguida, na data de 13.08.2012, o
mesmo valor foi transferido da conta bancária do Diretório Nacional do
DEM ao diretório estadual do partido, controlado por Agripino Maia.
(dados extraídos de fls. 1775/1783). Ademais, em 10.09.2012, houve
transferência da OAS para a conta do Diretório Nacional do DEM no
mesmo valor e, posteriormente, a transferência de R$ 500.000,00
(quinhentos mil reais) para a conta do Diretório Estadual do Partido
(conforme fls. 1775/1783).
D.2. EM 2014:
32.
No ano de 2014, mais especificamente no dia 12 de agosto,
há outro registro de mensagem enviada por Agripino Maia a “Léo
Pinheiro”, com o seguinte teor:
“Não recordo se lhe passei o contato do Partido:
Romero Azevedo 061. 99649581. Confirma dia
15? Agripino.” (mídia de fls. 04, Processo
5032822-32.2015.4.04.7000/PR, Evento 1, INF
2, Página 07)
33.
A esta mensagem, “Léo Pinheiro” respondeu:
“Programado 250.000. 15/08. Abs. Léo”
34.
Realmente, está comprovado que, no dia 15.08.2014, houve
transferência bancária da OAS para a conta do Diretório Nacional do
DEM (fls. 33/36), presidido por Agripino Maia. De se ressaltar que este
valor não foi transferido do Diretório Nacional para outros candidatos
(conforme fls. 1771/1774), a indicar que o destinatário era mesmo o
denunciado.
10
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ao Diretório Nacional do DEM em 10.08.2012 no valor de R$ 250.000,00
(duzentos e cinquenta mil reais) e em seguida, na data de 13.08.2012, o
mesmo valor foi transferido da conta bancária do Diretório Nacional do
DEM ao diretório estadual do partido, controlado por Agripino Maia.
(dados extraídos de fls. 1775/1783). Ademais, em 10.09.2012, houve
transferência da OAS para a conta do Diretório Nacional do DEM no
mesmo valor e, posteriormente, a transferência de R$ 500.000,00
(quinhentos mil reais) para a conta do Diretório Estadual do Partido
(conforme fls. 1775/1783).
D.2. EM 2014:
32.
No ano de 2014, mais especificamente no dia 12 de agosto,
há outro registro de mensagem enviada por Agripino Maia a “Léo
Pinheiro”, com o seguinte teor:
“Não recordo se lhe passei o contato do Partido:
Romero Azevedo 061. 99649581. Confirma dia
15? Agripino.” (mídia de fls. 04, Processo
5032822-32.2015.4.04.7000/PR, Evento 1, INF
2, Página 07)
33.
A esta mensagem, “Léo Pinheiro” respondeu:
“Programado 250.000. 15/08. Abs. Léo”
34.
Realmente, está comprovado que, no dia 15.08.2014, houve
transferência bancária da OAS para a conta do Diretório Nacional do
DEM (fls. 33/36), presidido por Agripino Maia. De se ressaltar que este
valor não foi transferido do Diretório Nacional para outros candidatos
(conforme fls. 1771/1774), a indicar que o destinatário era mesmo o
denunciado.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 21 de 50
2241
Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
INQ 4141 / DF
35.
No dia 19.09.2014, há novo pedido de doação eleitoral
realizado por Agripino Maia a “Léo Pinheiro” ( mídia de fls. 04, Processo
5032822-32.2015.4.04.7000/PR, Evento 1, INF 2, Página 03), o qual não foi
realizado.
D.3. CONCLUSÃO QUANTO À VANTAGEM INDEVIDA VIA DOAÇÃO
ELEITORAL
36.
É bem verdade que a doação eleitoral por si só não
representa qualquer crime. No entanto, em depoimento prestado no
âmbito da “Operação Lavajato”, o senhor Paulo Roberto Costa disse que
era comum o pagamento de vantagens indevidas por meio de doações
eleitorais (fls. 2083/2087). No mesmo sentido, o depoimento prestado por
Alberto Youssef (fls. 2088/2093).
37.
Cabe registrar que, conforme narrado na denúncia, as
mensagens que estão anexadas aos autos do presente inquérito foram
apagadas do celular de “Léo Pinheiro”, a sugerir que ele tinha ciência de
seu caráter ilícito.
38.
Destaco que, embora os depoimentos colhidos em
colaboração premiada não possam, por si só, embasar uma condenação, o
seu conteúdo é suficiente como indício de autoria para fins de
recebimento da denúncia, conforme firmado pelo Pleno do Supremo
Tribunal Federal. (Inq 3.983, Rel. Min. Teori Zavascki, Tribunal Pleno, DJe
de 12.05.2016).
39.
Diante dessas circunstâncias, comprovadas as doações
eleitorais realizadas pela OAS e indicada a atuação do Parlamentar em
favor da empreiteira, está configurada a justa causa também em relação
ao crime de corrupção passiva praticado por meio de recebimento ou
solicitação de doações eleitorais.
11
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35.
No dia 19.09.2014, há novo pedido de doação eleitoral
realizado por Agripino Maia a “Léo Pinheiro” ( mídia de fls. 04, Processo
5032822-32.2015.4.04.7000/PR, Evento 1, INF 2, Página 03), o qual não foi
realizado.
D.3. CONCLUSÃO QUANTO À VANTAGEM INDEVIDA VIA DOAÇÃO
ELEITORAL
36.
É bem verdade que a doação eleitoral por si só não
representa qualquer crime. No entanto, em depoimento prestado no
âmbito da “Operação Lavajato”, o senhor Paulo Roberto Costa disse que
era comum o pagamento de vantagens indevidas por meio de doações
eleitorais (fls. 2083/2087). No mesmo sentido, o depoimento prestado por
Alberto Youssef (fls. 2088/2093).
37.
Cabe registrar que, conforme narrado na denúncia, as
mensagens que estão anexadas aos autos do presente inquérito foram
apagadas do celular de “Léo Pinheiro”, a sugerir que ele tinha ciência de
seu caráter ilícito.
38.
Destaco que, embora os depoimentos colhidos em
colaboração premiada não possam, por si só, embasar uma condenação, o
seu conteúdo é suficiente como indício de autoria para fins de
recebimento da denúncia, conforme firmado pelo Pleno do Supremo
Tribunal Federal. (Inq 3.983, Rel. Min. Teori Zavascki, Tribunal Pleno, DJe
de 12.05.2016).
39.
Diante dessas circunstâncias, comprovadas as doações
eleitorais realizadas pela OAS e indicada a atuação do Parlamentar em
favor da empreiteira, está configurada a justa causa também em relação
ao crime de corrupção passiva praticado por meio de recebimento ou
solicitação de doações eleitorais.
11
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 22 de 50
2242
Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
INQ 4141 / DF
40.
Quanto a esse ponto, a Defesa alega que a empreiteira OAS
não foi a única a fazer doações eleitorais para o DEM e junta aos autos
documentos que comprovam esta alegação. A doação eleitoral, por si só,
não é ato ilícito. O indício de corrupção passiva não é a mera doação
eleitoral, mas sim a atuação do Parlamentar em benefício da OAS, o que
demonstra a plausibilidade da tese acusatória de que as doações eleitorais
feitas por esta empreiteira e as solicitações de doações eleitorais a ela
dirigidas são contrapartida à atuação do parlamentar em seu favor.
Portanto, incabível o pedido de rejeição da denúncia por este argumento.
III.2. QUANTO À ADOÇÃO DE ESTRATÉGIAS PARA OCULTAR E
DISSIMULAR A ORIGEM DE RECURSOS PROVENIENTES DA INFRAÇÃO PENAL:
CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO
A. DOS DEPÓSITOS FRACIONADOS NAS CONTAS DO PARLAMENTAR
41.
Como já mencionado, um dos indícios de recebimento da
vantagem indevida pelo Parlamentar é a realização de depósitos em sua
conta bancária em valores inferiores a R$ 10.000,00 (dez mil reais) ou a R$
100.000,00 (cem mil reais), com o objetivo de evitar alertar as autoridades
financeiras. A existência de depósitos nas contas bancárias do
Parlamentar está comprovada nos autos às fls. 1392/1399, totalizando o
valor de R$ R$ 654.224,00.
42.
Essa forma de receber a vantagem indevida configura
indício do crime de lavagem de dinheiro, na medida em que busca
ocultar o seu recebimento, por meio da adoção de estratégias que evitem
chamar a atenção das autoridades financeiras. Essa estratégia visa ainda a
mesclar os valores supostamente provenientes de infração penal com
valores provenientes de origens lícitas, dificultando o rastreamento da
“propina”.
43.
Tais fatos merecem maior aprofundamento e autorizam a
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40.
Quanto a esse ponto, a Defesa alega que a empreiteira OAS
não foi a única a fazer doações eleitorais para o DEM e junta aos autos
documentos que comprovam esta alegação. A doação eleitoral, por si só,
não é ato ilícito. O indício de corrupção passiva não é a mera doação
eleitoral, mas sim a atuação do Parlamentar em benefício da OAS, o que
demonstra a plausibilidade da tese acusatória de que as doações eleitorais
feitas por esta empreiteira e as solicitações de doações eleitorais a ela
dirigidas são contrapartida à atuação do parlamentar em seu favor.
Portanto, incabível o pedido de rejeição da denúncia por este argumento.
III.2. QUANTO À ADOÇÃO DE ESTRATÉGIAS PARA OCULTAR E
DISSIMULAR A ORIGEM DE RECURSOS PROVENIENTES DA INFRAÇÃO PENAL:
CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO
A. DOS DEPÓSITOS FRACIONADOS NAS CONTAS DO PARLAMENTAR
41.
Como já mencionado, um dos indícios de recebimento da
vantagem indevida pelo Parlamentar é a realização de depósitos em sua
conta bancária em valores inferiores a R$ 10.000,00 (dez mil reais) ou a R$
100.000,00 (cem mil reais), com o objetivo de evitar alertar as autoridades
financeiras. A existência de depósitos nas contas bancárias do
Parlamentar está comprovada nos autos às fls. 1392/1399, totalizando o
valor de R$ R$ 654.224,00.
42.
Essa forma de receber a vantagem indevida configura
indício do crime de lavagem de dinheiro, na medida em que busca
ocultar o seu recebimento, por meio da adoção de estratégias que evitem
chamar a atenção das autoridades financeiras. Essa estratégia visa ainda a
mesclar os valores supostamente provenientes de infração penal com
valores provenientes de origens lícitas, dificultando o rastreamento da
“propina”.
43.
Tais fatos merecem maior aprofundamento e autorizam a
12
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INQ 4141 / DF
instauração da ação penal.
B. RECEBIMENTO DE VANTAGEM INDEVIDA VIA DOAÇÃO ELEITORAL
44.
Por sua vez, o pagamento de vantagem indevida por meio
de doações eleitorais configura, a um só tempo, indício da prática do
crime de corrupção passiva, na modalidade “receber”, e do crime de
lavagem de dinheiro.
45.
É verdade que o recebimento indireto de vantagem
indevida não configura necessariamente o crime de lavagem de dinheiro,
até porque é uma das modalidades do crime de corrupção passiva. No
entanto, no atual estágio do processo criminal, penso que o fato de
receber a vantagem indevida por meio de doações eleitorais também
configura justa causa para o recebimento da denúncia quanto ao crime de
lavagem de dinheiro, em especial porque esses valores são apresentados
na Prestação de Contas Eleitoral como de origem lícita, tudo a indicar
possível estratégia para conferir aparência de licitude ao dinheiro
proveniente de infração penal.
IV. OUTROS ASPECTOS RELEVANTES
46.
Quanto ao argumento da Defesa de que “Léo Pinheiro” -
que teria oferecido e entregue a vantagem indevida, ou seja, aquele que
teria praticado o crime de corrupção ativa -, também deveria ter sido
denunciado, penso não assistir razão à Defesa. O crime de corrupção
passiva é bilateral na modalidade “receber”, o que é óbvio: há uma
pessoa que recebe a vantagem indevida e há a outra pessoa que entrega a
vantagem indevida.
47.
O presente feito, no entanto, como bem ressaltado pela
Procuradora-Geral da República, está sendo desmembrado, de modo que
não é possível afirmar, de plano, que o suposto “corruptor ativo” não será
13
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Supremo Tribunal Federal
INQ 4141 / DF
instauração da ação penal.
B. RECEBIMENTO DE VANTAGEM INDEVIDA VIA DOAÇÃO ELEITORAL
44.
Por sua vez, o pagamento de vantagem indevida por meio
de doações eleitorais configura, a um só tempo, indício da prática do
crime de corrupção passiva, na modalidade “receber”, e do crime de
lavagem de dinheiro.
45.
É verdade que o recebimento indireto de vantagem
indevida não configura necessariamente o crime de lavagem de dinheiro,
até porque é uma das modalidades do crime de corrupção passiva. No
entanto, no atual estágio do processo criminal, penso que o fato de
receber a vantagem indevida por meio de doações eleitorais também
configura justa causa para o recebimento da denúncia quanto ao crime de
lavagem de dinheiro, em especial porque esses valores são apresentados
na Prestação de Contas Eleitoral como de origem lícita, tudo a indicar
possível estratégia para conferir aparência de licitude ao dinheiro
proveniente de infração penal.
IV. OUTROS ASPECTOS RELEVANTES
46.
Quanto ao argumento da Defesa de que “Léo Pinheiro” -
que teria oferecido e entregue a vantagem indevida, ou seja, aquele que
teria praticado o crime de corrupção ativa -, também deveria ter sido
denunciado, penso não assistir razão à Defesa. O crime de corrupção
passiva é bilateral na modalidade “receber”, o que é óbvio: há uma
pessoa que recebe a vantagem indevida e há a outra pessoa que entrega a
vantagem indevida.
47.
O presente feito, no entanto, como bem ressaltado pela
Procuradora-Geral da República, está sendo desmembrado, de modo que
não é possível afirmar, de plano, que o suposto “corruptor ativo” não será
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2244
Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
INQ 4141 / DF
denunciado. Ademais, em se tratando de indivíduo que celebrou acordo
de colaboração premiada, pode ser que entre os benefícios a ele ofertados
conste a promessa de não oferecimento de denúncia. Por fim, o fato de ele
não ser denunciado em nada prejudica a tese acusatória ou até mesmo o
direito de defesa, já que ele será ouvido em Juízo e a defesa poderá fazer
suas perguntas.
48.
Existe ainda o argumento defensivo de que “Léo Pinheiro”
não poderia ser testemunha, já que deveria ter sido denunciado. Pois
bem: o momento do recebimento da denúncia não se presta a analisar a fé
que deva merecer o depoimento das pessoas que serão ouvidas durante a
instrução. Eventual contradita da testemunha deverá ser realizada no
momento oportuno.
49.
De todo modo, a pessoa em cujo depoimento a Acusação
possui interesse deve ser arrolada no momento do oferecimento da
denúncia. Se assim não for feito, a pessoa sequer poderia ser ouvida. Isso
não impede que, no ato de oitiva da testemunha, o Juízo responsável
entenda que esta deva ser ouvida como informante. Por isso, o
arrolamento de “Leo Pinheiro” no momento do oferecimento da denúncia
não representa qualquer ilegalidade. A credibilidade que seu depoimento
deva merecer e, em consequência, a sua posição em Juízo serão tratadas
no momento oportuno.
50.
Quanto à configuração ou não da prática de ato de ofício,
como este não consubstancia elementar do tipo de corrupção, mas causa
de aumento de pena, de se receber a denúncia, ainda que eventual e
futuramente venha a Turma a decotar a imputação.
V. CONCLUSÃO
51.
Por todo o exposto determino: (i) o desmembramento do
feito requerido pelo Ministério Público Federal às fls. 1906/1910 para
14
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denunciado. Ademais, em se tratando de indivíduo que celebrou acordo
de colaboração premiada, pode ser que entre os benefícios a ele ofertados
conste a promessa de não oferecimento de denúncia. Por fim, o fato de ele
não ser denunciado em nada prejudica a tese acusatória ou até mesmo o
direito de defesa, já que ele será ouvido em Juízo e a defesa poderá fazer
suas perguntas.
48.
Existe ainda o argumento defensivo de que “Léo Pinheiro”
não poderia ser testemunha, já que deveria ter sido denunciado. Pois
bem: o momento do recebimento da denúncia não se presta a analisar a fé
que deva merecer o depoimento das pessoas que serão ouvidas durante a
instrução. Eventual contradita da testemunha deverá ser realizada no
momento oportuno.
49.
De todo modo, a pessoa em cujo depoimento a Acusação
possui interesse deve ser arrolada no momento do oferecimento da
denúncia. Se assim não for feito, a pessoa sequer poderia ser ouvida. Isso
não impede que, no ato de oitiva da testemunha, o Juízo responsável
entenda que esta deva ser ouvida como informante. Por isso, o
arrolamento de “Leo Pinheiro” no momento do oferecimento da denúncia
não representa qualquer ilegalidade. A credibilidade que seu depoimento
deva merecer e, em consequência, a sua posição em Juízo serão tratadas
no momento oportuno.
50.
Quanto à configuração ou não da prática de ato de ofício,
como este não consubstancia elementar do tipo de corrupção, mas causa
de aumento de pena, de se receber a denúncia, ainda que eventual e
futuramente venha a Turma a decotar a imputação.
V. CONCLUSÃO
51.
Por todo o exposto determino: (i) o desmembramento do
feito requerido pelo Ministério Público Federal às fls. 1906/1910 para
14
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2245
Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
INQ 4141 / DF
figurar no polo passivo apenas o Senador da República José Agripino
maia e (ii) a remessa de cópia integral do processo à Seção Judiciária do
Rio Grande do Norte para adoção de providências cabíveis quanto aos
demais investigados.
52.
Considero, ainda, que há elementos suficientes para
indicar a materialidade delitiva e demonstrar os indícios de autoria pelo
denunciado José Agripino Maia. Recebo, portanto, a denúncia quanto aos
crimes de corrupção passiva, descrito no artigo 317, § 1º, do Código Penal
e de lavagem de dinheiro, descrito no art. 1º da Lei nº 9.613/1998.
Desnecessário enfatizar que o recebimento da denúncia não importa
prejulgamento nem muito menos faz concluir pela culpabilidade do
denunciado. Significa, tão somente, a plausabilidade da narrativa
apresentada pelo Ministério Público.
53.
É como voto.
15
Supremo Tribunal Federal
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figurar no polo passivo apenas o Senador da República José Agripino
maia e (ii) a remessa de cópia integral do processo à Seção Judiciária do
Rio Grande do Norte para adoção de providências cabíveis quanto aos
demais investigados.
52.
Considero, ainda, que há elementos suficientes para
indicar a materialidade delitiva e demonstrar os indícios de autoria pelo
denunciado José Agripino Maia. Recebo, portanto, a denúncia quanto aos
crimes de corrupção passiva, descrito no artigo 317, § 1º, do Código Penal
e de lavagem de dinheiro, descrito no art. 1º da Lei nº 9.613/1998.
Desnecessário enfatizar que o recebimento da denúncia não importa
prejulgamento nem muito menos faz concluir pela culpabilidade do
denunciado. Significa, tão somente, a plausabilidade da narrativa
apresentada pelo Ministério Público.
53.
É como voto.
15
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2246
Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
INQUÉRITO 4.141 DISTRITO FEDERAL
VOTO
O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES - Trata-se de
denúncia ofertada pela Procuradoria-Geral da República contra o
Senador José Agripino Maia, imputando-lhe a prática dos crimes de: (a)
corrupção passiva (art. 317 do Código Penal); e (b) lavagem de dinheiro
(art. 1º, caput, da Lei 9.613/1998).
Narra a peça acusatória que:
Entre 2012 e 2014, em Natal/RN, Brasília/DF e São
Paulo/SP, JOSÉ AGRIPINO MAIA, de modo livre, consciente e
voluntário, na condição de Senador da República e presidente
do Diretório Nacional do Partido Democratas - DEM, solicitou,
aceitou promessa nesse sentido e efetivamente recebeu
vantagens indevidas ofertadas e pagas pela empreiteira OAS,
por intermédio de seu então presidente JOSÉ ADELMÁRIO
PINHEIRO FILHO, conhecido como "LÉO PINHEIRO", em
troca da prestação de favores políticos e parlamentares que
atendessem aos interesses da empresa relacionados à
construção da Arena das Dunas, tendo isso de fato ocorrido, em
especial, quanto à superação de entraves à liberação de parcelas
do financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social- BNDES para a obra, no ano de 2013.
As vantagens indevidas foram pagas e recebidas por meio
do repasse de valores em espécie, os quais restaram
posteriormente depositados, de modo fracionado e estruturado,
em contas bancárias pessoais de JOSÉ AGRIPINO MAIA, no
montante de no mínimo R$ 654.224,00 (seiscentos e cinquenta e
quatro mil, duzentos e vinte e quatro reais), entre 2012 e 2014,
bem como por meio do disfarce de "doações eleitorais oficiais"
ao Diretório Nacional do DEM, no valor de pelo menos R$
250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais), no ano de 2014. Tais
formas de pagamento e recebimento de propina consistiram em
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12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
INQUÉRITO 4.141 DISTRITO FEDERAL
VOTO
O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES - Trata-se de
denúncia ofertada pela Procuradoria-Geral da República contra o
Senador José Agripino Maia, imputando-lhe a prática dos crimes de: (a)
corrupção passiva (art. 317 do Código Penal); e (b) lavagem de dinheiro
(art. 1º, caput, da Lei 9.613/1998).
Narra a peça acusatória que:
Entre 2012 e 2014, em Natal/RN, Brasília/DF e São
Paulo/SP, JOSÉ AGRIPINO MAIA, de modo livre, consciente e
voluntário, na condição de Senador da República e presidente
do Diretório Nacional do Partido Democratas - DEM, solicitou,
aceitou promessa nesse sentido e efetivamente recebeu
vantagens indevidas ofertadas e pagas pela empreiteira OAS,
por intermédio de seu então presidente JOSÉ ADELMÁRIO
PINHEIRO FILHO, conhecido como "LÉO PINHEIRO", em
troca da prestação de favores políticos e parlamentares que
atendessem aos interesses da empresa relacionados à
construção da Arena das Dunas, tendo isso de fato ocorrido, em
especial, quanto à superação de entraves à liberação de parcelas
do financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social- BNDES para a obra, no ano de 2013.
As vantagens indevidas foram pagas e recebidas por meio
do repasse de valores em espécie, os quais restaram
posteriormente depositados, de modo fracionado e estruturado,
em contas bancárias pessoais de JOSÉ AGRIPINO MAIA, no
montante de no mínimo R$ 654.224,00 (seiscentos e cinquenta e
quatro mil, duzentos e vinte e quatro reais), entre 2012 e 2014,
bem como por meio do disfarce de "doações eleitorais oficiais"
ao Diretório Nacional do DEM, no valor de pelo menos R$
250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais), no ano de 2014. Tais
formas de pagamento e recebimento de propina consistiram em
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2247
Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
INQ 4141 / DF
estratégias de ocultação e dissimulação da natureza, origem,
disposição, propriedade e movimentação de valores
provenientes de crime, no caso a corrupção passiva.
(…)
Várias das mensagens trocadas entre o parlamentar e o
empreiteiro, conforme exposto adiante, evidenciam solicitação,
aceitação de promessa nesse sentido e recebimento de
vantagens indevidas pelo Senador, em troca de seu auxílio no
atendimento de pretensões da OAS relacionadas à construção
da Arena das Dunas, em Natal/RN, especialmente quanto à
superação de entraves à liberação de parcelas do financiamento
do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social-
BNDES para a obra. A licitação para o empreendimento foi
ganha pela OAS, no ano de 2011, na gestão da Governadora do
Rio Grande do Norte ROSALBA CIARLINI, do DEM/RN,
mesma agremiação partidária de JOSÉ AGRIPINO MAIA.
3.1 Ato de oficio
Em meados de 2013, a continuidade da liberação de
parcelas do financiamento da obra da Arena das Dunas,
concedido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social – BNDES, estava ameaçada em razão de
entendimento do Tribunal de Contas da União no sentido de
que, para que isso ocorresse, era necessário que o Tribunal de
Contas do Estado do Rio Grande do Norte recebesse o projeto
executivo do empreendimento, analisasse tal projeto e não
apontasse
irregularidades,
como
sobrepreço
ou
superfaturamento, conforme Acórdão TCU n. 3270/2011 (…). O
Tribunal de Contas do Rio Grande do Norte analisava o caso no
Processo n. 477/2013-TC, havendo entendido que os elementos
apresentados pela OAS não continham todos os dados de um
projeto executivo completo, inviabilizando o exame de
sobrepreço ou superfaturamento (fls. 213/286). Formou-se então
um impasse que poderia levar à suspensão dos repasses de
parcelas do crédito e à consequente paralisação das obras.
Em 13/05/2013, CARLOS EDUARDO PAES BARRETO
NETO, presidente da OAS ARENAS S/ A, empresa criada para
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INQ 4141 / DF
estratégias de ocultação e dissimulação da natureza, origem,
disposição, propriedade e movimentação de valores
provenientes de crime, no caso a corrupção passiva.
(…)
Várias das mensagens trocadas entre o parlamentar e o
empreiteiro, conforme exposto adiante, evidenciam solicitação,
aceitação de promessa nesse sentido e recebimento de
vantagens indevidas pelo Senador, em troca de seu auxílio no
atendimento de pretensões da OAS relacionadas à construção
da Arena das Dunas, em Natal/RN, especialmente quanto à
superação de entraves à liberação de parcelas do financiamento
do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social-
BNDES para a obra. A licitação para o empreendimento foi
ganha pela OAS, no ano de 2011, na gestão da Governadora do
Rio Grande do Norte ROSALBA CIARLINI, do DEM/RN,
mesma agremiação partidária de JOSÉ AGRIPINO MAIA.
3.1 Ato de oficio
Em meados de 2013, a continuidade da liberação de
parcelas do financiamento da obra da Arena das Dunas,
concedido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social – BNDES, estava ameaçada em razão de
entendimento do Tribunal de Contas da União no sentido de
que, para que isso ocorresse, era necessário que o Tribunal de
Contas do Estado do Rio Grande do Norte recebesse o projeto
executivo do empreendimento, analisasse tal projeto e não
apontasse
irregularidades,
como
sobrepreço
ou
superfaturamento, conforme Acórdão TCU n. 3270/2011 (…). O
Tribunal de Contas do Rio Grande do Norte analisava o caso no
Processo n. 477/2013-TC, havendo entendido que os elementos
apresentados pela OAS não continham todos os dados de um
projeto executivo completo, inviabilizando o exame de
sobrepreço ou superfaturamento (fls. 213/286). Formou-se então
um impasse que poderia levar à suspensão dos repasses de
parcelas do crédito e à consequente paralisação das obras.
Em 13/05/2013, CARLOS EDUARDO PAES BARRETO
NETO, presidente da OAS ARENAS S/ A, empresa criada para
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2248
Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
INQ 4141 / DF
construir e administrar o estádio, enviou a seguinte mensagem
para JOSÉ ADELMÁRIO PINHEIRO FILHO, conhecido como
"LÉO PINHEIRO":
"Dr. Leo, importante apoio do Sen. Agripino na
agilização do processo do Tribunal com o BNDES
para não comprometer a entrega da Arena.
Obrigado" (mídia de fls. 04, Processo 5032822-
32.2015.4.04.7000/PR, Evento 1, INF2, Página 15).
Na mesma data de 13/05/2013, JOSÉ ADELMÁRIO
PINHEIO FILHO retransmitiu a CESAR MATA PIRES FILHO,
vice-presidente da OAS ENGENHARIA, a seguinte mensagem
do Senador JOSÉ AGRIPINO MAIA:
"Resposta de Agripino ao meu sms: 'Reuni hoje
pela manha, em Natal, o secretário da Copa, o
conselheiro relator no TCE e Dr. Charles, para
esclarecer o problema e apelar por solução que evite
interrupção no fluxo de pagamentos e interrupção da
obra. Vou acompanhar de perto os desdobramentos.
Abs. JAgripino" (mídia de fls. 04, Processo 5032822-
32.2015.4.04.7000/PR, Evento 1, INF2, Página 15).
O Conselheiro Relator do caso no Tribunal de Contas do
Rio Grande do Norte, CARLOS THOMPSON COSTA
FERNANDES, confirmou que se reuniu no apartamento de
JOSÉ AGRIPINO MAIA em Natal/RN, a pedido do
parlamentar, com representantes da OAS, para tratar do
assunto em questão. O Secretário Extraordinário do Estado do
Rio Grande do Norte para Assuntos Relativos à Copa do
Mundo de 2014, DEMÉTRIO PAULO TORRES, também
confirmou o encontro. Tais elementos atestam a atuação do
Senador na espécie, bem como evidenciam sua disposição para
atender aos interesses da OAS. (…)
No caso, JOSÉ AGRIPINO MAIA, no mínimo, omitiu-se
3
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INQ 4141 / DF
construir e administrar o estádio, enviou a seguinte mensagem
para JOSÉ ADELMÁRIO PINHEIRO FILHO, conhecido como
"LÉO PINHEIRO":
"Dr. Leo, importante apoio do Sen. Agripino na
agilização do processo do Tribunal com o BNDES
para não comprometer a entrega da Arena.
Obrigado" (mídia de fls. 04, Processo 5032822-
32.2015.4.04.7000/PR, Evento 1, INF2, Página 15).
Na mesma data de 13/05/2013, JOSÉ ADELMÁRIO
PINHEIO FILHO retransmitiu a CESAR MATA PIRES FILHO,
vice-presidente da OAS ENGENHARIA, a seguinte mensagem
do Senador JOSÉ AGRIPINO MAIA:
"Resposta de Agripino ao meu sms: 'Reuni hoje
pela manha, em Natal, o secretário da Copa, o
conselheiro relator no TCE e Dr. Charles, para
esclarecer o problema e apelar por solução que evite
interrupção no fluxo de pagamentos e interrupção da
obra. Vou acompanhar de perto os desdobramentos.
Abs. JAgripino" (mídia de fls. 04, Processo 5032822-
32.2015.4.04.7000/PR, Evento 1, INF2, Página 15).
O Conselheiro Relator do caso no Tribunal de Contas do
Rio Grande do Norte, CARLOS THOMPSON COSTA
FERNANDES, confirmou que se reuniu no apartamento de
JOSÉ AGRIPINO MAIA em Natal/RN, a pedido do
parlamentar, com representantes da OAS, para tratar do
assunto em questão. O Secretário Extraordinário do Estado do
Rio Grande do Norte para Assuntos Relativos à Copa do
Mundo de 2014, DEMÉTRIO PAULO TORRES, também
confirmou o encontro. Tais elementos atestam a atuação do
Senador na espécie, bem como evidenciam sua disposição para
atender aos interesses da OAS. (…)
No caso, JOSÉ AGRIPINO MAIA, no mínimo, omitiu-se
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Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
INQ 4141 / DF
de seu dever funcional, como parlamentar federal, de
fiscalizar a regular aplicação de recursos do BNDES, para, em
vez disso, favorecer e atuar em prol dos interesses particulares
de uma empreiteira.
Por meio do Acórdão TCU n. 1982/2013, o Tribunal de
Contas da União comunicou ao Tribunal de Contas do Rio
Grande do Norte que, apenas em situações em que fosse
constatada irregularidade de gravidade suficiente, o fato fosse
comunicado ao BNDES para suspensão da liberação de parcelas
do financiamento da Arena das Dunas (cópia anexa à cota de
encaminhamento da denúncia). O Tribunal de Contas do Estado
do Rio Grande do Norte manteve-se silente, deixando de
ressaltar, seja para o Tribunal de Contas da União, seja para o
BNDES, que a conduta recalcitrante da OAS de não apresentar
um projeto executivo da Arena das Dunas ou quaisquer outros
elementos equivalentes estava impedindo a emissão de um
juízo sobre a existência ou não de sobrepreço ou
superfaturamento na obra. O Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social, então, adotou o
entendimento de que, como o órgão de controle externo
estadual não apontou qualquer irregularidade, as parcelas do
financiamento poderiam continuar a ser liberadas, conforme
Nota AS/DEURB n. 83/2013 (fls. 139/141 e 163/170). O repasse
dos recursos do financiamento de fato continuou ocorrendo, e a
obra foi concluída. Posteriormente, o Tribunal de Contas da
União, por meio do Acórdão TCU n. 530/2014, não identificou
impropriedades no caso (cópia anexa à cota de
encaminhamento da denúncia). No entanto, no ano de 2016,
finalmente a área técnica do Tribunal de Contas do Estado do
Rio Grande do Norte analisou os elementos apresentados pela
OAS e constatou sobrepreço e superfaturamento de R$
77.532.187,35 (setenta e sete milhões, quinhentos e trinta e
dois mil, cento e oitenta e sete reais e trinta e cinco centavos),
nos termos da Informação n. 005/2016-CAFCOPA (fls. 88/124 do
Apenso II e documentos anexos à cota de encaminhamento da
denúncia).
4
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de seu dever funcional, como parlamentar federal, de
fiscalizar a regular aplicação de recursos do BNDES, para, em
vez disso, favorecer e atuar em prol dos interesses particulares
de uma empreiteira.
Por meio do Acórdão TCU n. 1982/2013, o Tribunal de
Contas da União comunicou ao Tribunal de Contas do Rio
Grande do Norte que, apenas em situações em que fosse
constatada irregularidade de gravidade suficiente, o fato fosse
comunicado ao BNDES para suspensão da liberação de parcelas
do financiamento da Arena das Dunas (cópia anexa à cota de
encaminhamento da denúncia). O Tribunal de Contas do Estado
do Rio Grande do Norte manteve-se silente, deixando de
ressaltar, seja para o Tribunal de Contas da União, seja para o
BNDES, que a conduta recalcitrante da OAS de não apresentar
um projeto executivo da Arena das Dunas ou quaisquer outros
elementos equivalentes estava impedindo a emissão de um
juízo sobre a existência ou não de sobrepreço ou
superfaturamento na obra. O Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social, então, adotou o
entendimento de que, como o órgão de controle externo
estadual não apontou qualquer irregularidade, as parcelas do
financiamento poderiam continuar a ser liberadas, conforme
Nota AS/DEURB n. 83/2013 (fls. 139/141 e 163/170). O repasse
dos recursos do financiamento de fato continuou ocorrendo, e a
obra foi concluída. Posteriormente, o Tribunal de Contas da
União, por meio do Acórdão TCU n. 530/2014, não identificou
impropriedades no caso (cópia anexa à cota de
encaminhamento da denúncia). No entanto, no ano de 2016,
finalmente a área técnica do Tribunal de Contas do Estado do
Rio Grande do Norte analisou os elementos apresentados pela
OAS e constatou sobrepreço e superfaturamento de R$
77.532.187,35 (setenta e sete milhões, quinhentos e trinta e
dois mil, cento e oitenta e sete reais e trinta e cinco centavos),
nos termos da Informação n. 005/2016-CAFCOPA (fls. 88/124 do
Apenso II e documentos anexos à cota de encaminhamento da
denúncia).
4
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2250
Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
INQ 4141 / DF
Em função do auxílio para atendimento dos interesses da
OAS relacionados à Arena das Dunas, em especial quanto à
mencionada superação de entraves para liberação de parcelas
do financiamento do BNDES no ano de 2013, JOSÉ AGRIPINO
MAIA solicitou, aceitou promessa nesse sentido e efetivamente
recebeu vantagens indevidas de três formas distintas. O repasse
de propina começou em 2012, antes do incidente relativo ao
BNDES, objetivando assegurar o apoio do parlamentar às
pretensões da OAS relativas à Arena das Dunas em geral, e
continuou em 2013 e 2014, como forma de remuneração pela
ajuda prestada pelo Senador para garantir a continuidade do
fluxo dos recursos do financiamento.
(…)
ALBERTO YOUSSEF, que celebrou acordo de colaboração
premiada com o Ministério Público, admitiu que administrava a
contabilidade paralela ou clandestina ("caixa dois") da OAS, a
qual era usada para o pagamento de propina por meio de
repasse de valores em espécie. Em depoimento, ele confirmou
ter enviado quantidade significativa de dinheiro, no valor de R$
3.000.000,00 (três milhões de reais), no interesse da OAS, para
Natal/RN:
(…)
Por outro lado, o afastamento do sigilo bancário do
Senador JOSÉ AGRIPINO MAIA revelou depósitos de valores
em espécie em suas contas pessoais no período das viagens dos
emissários de ALBERTO YOUSSEF, entre 2012 e 2014. O
parlamentar realizou operações estruturadas, a indicar que
recebeu e posteriormente depositou em suas contas pessoais
parte do dinheiro ilícito, adotando cuidados para não alertar os
sistemas de controle e monitoramento de lavagem de dinheiro.
(...)
Essas operações se referem a valores recebidos a título de
propina, uma vez que, além de não corresponderem a uma
fonte de renda licitamente declarada, em várias oportunidades,
foram feitos depósitos fracionados, de valor individual inferior
a R$ 10.000,00 (dez mil reais) ou R$ 100.000,00 (cem mil reais),
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INQ 4141 / DF
Em função do auxílio para atendimento dos interesses da
OAS relacionados à Arena das Dunas, em especial quanto à
mencionada superação de entraves para liberação de parcelas
do financiamento do BNDES no ano de 2013, JOSÉ AGRIPINO
MAIA solicitou, aceitou promessa nesse sentido e efetivamente
recebeu vantagens indevidas de três formas distintas. O repasse
de propina começou em 2012, antes do incidente relativo ao
BNDES, objetivando assegurar o apoio do parlamentar às
pretensões da OAS relativas à Arena das Dunas em geral, e
continuou em 2013 e 2014, como forma de remuneração pela
ajuda prestada pelo Senador para garantir a continuidade do
fluxo dos recursos do financiamento.
(…)
ALBERTO YOUSSEF, que celebrou acordo de colaboração
premiada com o Ministério Público, admitiu que administrava a
contabilidade paralela ou clandestina ("caixa dois") da OAS, a
qual era usada para o pagamento de propina por meio de
repasse de valores em espécie. Em depoimento, ele confirmou
ter enviado quantidade significativa de dinheiro, no valor de R$
3.000.000,00 (três milhões de reais), no interesse da OAS, para
Natal/RN:
(…)
Por outro lado, o afastamento do sigilo bancário do
Senador JOSÉ AGRIPINO MAIA revelou depósitos de valores
em espécie em suas contas pessoais no período das viagens dos
emissários de ALBERTO YOUSSEF, entre 2012 e 2014. O
parlamentar realizou operações estruturadas, a indicar que
recebeu e posteriormente depositou em suas contas pessoais
parte do dinheiro ilícito, adotando cuidados para não alertar os
sistemas de controle e monitoramento de lavagem de dinheiro.
(...)
Essas operações se referem a valores recebidos a título de
propina, uma vez que, além de não corresponderem a uma
fonte de renda licitamente declarada, em várias oportunidades,
foram feitos depósitos fracionados, de valor individual inferior
a R$ 10.000,00 (dez mil reais) ou R$ 100.000,00 (cem mil reais),
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Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
INQ 4141 / DF
nas mesmas datas ou em datas próximas, para evitar a
obrigatoriedade de comunicação dos atos ao Conselho de
Controle de Atividades Financeiras - COAF e,
consequentemente, a necessidade de identificação dos
respectivos depositantes.
Em resposta, a defesa sustentou, em síntese, que: (a) o denunciado
conheceu Léo Pinheiro por volta de 2011, na busca de doações eleitorais para seu
Partido, na qualidade de Presidente do DEM, da mesma forma que conheceu
vários outros responsáveis por pessoas jurídicas diversas. Todas as doações
recebidas eram direcionadas ao Partido e não ao Respondente, pois nunca pediu
valores pessoais e específicos aos responsáveis pelas empresas doadora; (b) em
relação à mencionada quantia de R$250.000,00, Léo Pinheiro havia
prometido doar para o Partido um milhão de reais, mas doara R$ 750.000,00
(setecentos e cinquenta mil reais), restando o complemento de R$ 250.000,00
(duzentos e cinquenta mil reais). Em virtude das pressões que sofria dos
candidatos, às vésperas das eleições, o Respondente fez contato com Léo Pinheiro
para solicitar a última parcela; (c) as doações solicitadas pelo denunciado
eram diretamente destinadas ao tesoureiro do Partido; (d) a OAS era
tradicional doadora do DEM e que as doações recebidas no Diretório Nacional do
Partido em 2012, nos dias 10/08 e 10/09, foram repassadas no dia 13/08 e 11/09,
respectivamente, para Diretórios Estaduais, a pedido da própria empresa
doadora, "que direcionava os repasses a determinados candidatos ou diretório";
(e) não há nenhuma ilicitude em solicitar e receber recursos para o custeio
de despesas eleitorais; (f) tais doações jamais tiveram algum vínculo a
qualquer tipo de favor político que pudesse ser prestado pelo declarante à OAS,
tendo todas elas sido julgadas regulares e aprovadas pela Justiça
Eleitoral; (g) não há, nos autos, uma única degravação, afirmação ou
depoimento em que conste solicitação de vantagem indevida em troca de
benefícios espúios em favor da OAS; (h) quanto ao suposto ato de ofício que
lhe foi imputado, o papel do denunciado se resumiu a intermediar um
encontro, em seu apartamento, provavelmente no dia 13/5/2013, entre o
Conselheiro Relator do processo relativo à obra “Arena das Dunas” junto
ao TCE/RN, Carlos Thompson, o então Secretário da Copa do Mundo de
6
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Supremo Tribunal Federal
INQ 4141 / DF
nas mesmas datas ou em datas próximas, para evitar a
obrigatoriedade de comunicação dos atos ao Conselho de
Controle de Atividades Financeiras - COAF e,
consequentemente, a necessidade de identificação dos
respectivos depositantes.
Em resposta, a defesa sustentou, em síntese, que: (a) o denunciado
conheceu Léo Pinheiro por volta de 2011, na busca de doações eleitorais para seu
Partido, na qualidade de Presidente do DEM, da mesma forma que conheceu
vários outros responsáveis por pessoas jurídicas diversas. Todas as doações
recebidas eram direcionadas ao Partido e não ao Respondente, pois nunca pediu
valores pessoais e específicos aos responsáveis pelas empresas doadora; (b) em
relação à mencionada quantia de R$250.000,00, Léo Pinheiro havia
prometido doar para o Partido um milhão de reais, mas doara R$ 750.000,00
(setecentos e cinquenta mil reais), restando o complemento de R$ 250.000,00
(duzentos e cinquenta mil reais). Em virtude das pressões que sofria dos
candidatos, às vésperas das eleições, o Respondente fez contato com Léo Pinheiro
para solicitar a última parcela; (c) as doações solicitadas pelo denunciado
eram diretamente destinadas ao tesoureiro do Partido; (d) a OAS era
tradicional doadora do DEM e que as doações recebidas no Diretório Nacional do
Partido em 2012, nos dias 10/08 e 10/09, foram repassadas no dia 13/08 e 11/09,
respectivamente, para Diretórios Estaduais, a pedido da própria empresa
doadora, "que direcionava os repasses a determinados candidatos ou diretório";
(e) não há nenhuma ilicitude em solicitar e receber recursos para o custeio
de despesas eleitorais; (f) tais doações jamais tiveram algum vínculo a
qualquer tipo de favor político que pudesse ser prestado pelo declarante à OAS,
tendo todas elas sido julgadas regulares e aprovadas pela Justiça
Eleitoral; (g) não há, nos autos, uma única degravação, afirmação ou
depoimento em que conste solicitação de vantagem indevida em troca de
benefícios espúios em favor da OAS; (h) quanto ao suposto ato de ofício que
lhe foi imputado, o papel do denunciado se resumiu a intermediar um
encontro, em seu apartamento, provavelmente no dia 13/5/2013, entre o
Conselheiro Relator do processo relativo à obra “Arena das Dunas” junto
ao TCE/RN, Carlos Thompson, o então Secretário da Copa do Mundo de
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Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
INQ 4141 / DF
2014, Demétrio Paulo Torres, e Charles Maia Galvão, Diretor-Presidente
da Arena das Dunas, representando a OAS, a fim de possibilitar que
discutissem a questão, sem que tivesse feito qualquer manifestação ou pedido, seja
naquele encontro, seja em qualquer outra oportunidade; (i) o acusado não
interferiu junto ao TCU ou BNDES para que os repasses financeiros
prosseguissem; (j) o ato apontado não está inserido nas atribuições
funcionais de um Senador da República, o que impede o enquadramento
da conduta como corrupção passiva, podendo-se enquadrá-la, quando
muito, no crime de tráfico de influência, previsto no art. 332, caput, do
Código Penal, que já estaria prescrito; (l) o suposto ato de ofício, ocorrido
em 2013, é anterior às doações eleitorais, que foram solicitadas em 2014;
(m) não pode hacer denúncia de corrupção passiva sem que também haja
acusação contra o autor da corrupção ativa, porque se trata de infração
bilateral na modalidade de receber; (n) não se admite o arrolamento de corréu
como testemunha; (o) não havendo o crime de corrupção passiva, não se pode
falar em crime de lavagem de dinheiro; (p) a acusação não comprovou que os
depósitos nas contas bancárias do acusado foram feitos poe Léo Pinheiro
ou alguém a seu mando; (q) a regularidade de todos os depósitos está
demonstrada em laudo contábil que ora junta aos autos.
Em réplica, a Procuradoria-Geral da República afirmou, em suma,
que: (a) o ato de ofício consistiu na omissão de dever funcional, como
parlamentar federal, de fiscalizar a regular aplicação de recursos do BNDES,
para, em vez disso, favorecer e atuar em prol dos interesses particulares de uma
empreiteira. Ao agir assim, terminou por ensejar o atendimento de interesses
privados da OAS relacionados à Arena das Dunas, em obras que ocasionaram
sobrepreço e superfaturamento no montante de R$ 77.532.187,35; (b) a conduta
não pode ser enquadrada como crime de tráfico de influência, previsto no art. 332
do Código Penal, que é tipo penal praticado por particulares contra a
Administração Pública. A denúncia narra que ele agiu como agente público, e
não enquanto particular, incorrendo em corrupção passiva; (c) esta Suprema
Corte (...) tem decidido inexistir qualquer óbice ao desmembramento do processo
quanto aos crimes de corrupção passiva e ativa, mantendo sob jurisdição desta
Corte apenas a investigação referente ao recebimento de vantagem indevida por
7
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Supremo Tribunal Federal
INQ 4141 / DF
2014, Demétrio Paulo Torres, e Charles Maia Galvão, Diretor-Presidente
da Arena das Dunas, representando a OAS, a fim de possibilitar que
discutissem a questão, sem que tivesse feito qualquer manifestação ou pedido, seja
naquele encontro, seja em qualquer outra oportunidade; (i) o acusado não
interferiu junto ao TCU ou BNDES para que os repasses financeiros
prosseguissem; (j) o ato apontado não está inserido nas atribuições
funcionais de um Senador da República, o que impede o enquadramento
da conduta como corrupção passiva, podendo-se enquadrá-la, quando
muito, no crime de tráfico de influência, previsto no art. 332, caput, do
Código Penal, que já estaria prescrito; (l) o suposto ato de ofício, ocorrido
em 2013, é anterior às doações eleitorais, que foram solicitadas em 2014;
(m) não pode hacer denúncia de corrupção passiva sem que também haja
acusação contra o autor da corrupção ativa, porque se trata de infração
bilateral na modalidade de receber; (n) não se admite o arrolamento de corréu
como testemunha; (o) não havendo o crime de corrupção passiva, não se pode
falar em crime de lavagem de dinheiro; (p) a acusação não comprovou que os
depósitos nas contas bancárias do acusado foram feitos poe Léo Pinheiro
ou alguém a seu mando; (q) a regularidade de todos os depósitos está
demonstrada em laudo contábil que ora junta aos autos.
Em réplica, a Procuradoria-Geral da República afirmou, em suma,
que: (a) o ato de ofício consistiu na omissão de dever funcional, como
parlamentar federal, de fiscalizar a regular aplicação de recursos do BNDES,
para, em vez disso, favorecer e atuar em prol dos interesses particulares de uma
empreiteira. Ao agir assim, terminou por ensejar o atendimento de interesses
privados da OAS relacionados à Arena das Dunas, em obras que ocasionaram
sobrepreço e superfaturamento no montante de R$ 77.532.187,35; (b) a conduta
não pode ser enquadrada como crime de tráfico de influência, previsto no art. 332
do Código Penal, que é tipo penal praticado por particulares contra a
Administração Pública. A denúncia narra que ele agiu como agente público, e
não enquanto particular, incorrendo em corrupção passiva; (c) esta Suprema
Corte (...) tem decidido inexistir qualquer óbice ao desmembramento do processo
quanto aos crimes de corrupção passiva e ativa, mantendo sob jurisdição desta
Corte apenas a investigação referente ao recebimento de vantagem indevida por
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INQ 4141 / DF
detentor de prerrogativa de foro; (d) nada impede a oitiva de Léo Pinheiro
como testemunha, desde que assegurado o seu direito ao silêncio sobre
fatos autoincriminatórios. Ademais, caso se torne colaborador, poderá
prestar depoimento como testemunha, no caso concreto, nos termos do
art. 4º, §4º, da Lei 12.850/2013; (e) há justa causa para instaurar a ação
penal.
É o breve relato do essencial.
A acusação penal realizada pelo Ministério Público deverá ser
consubstanciada em denúncia, que, obrigatoriamente, na esteira da
histórica lição do mestre João Mendes de Almeida Júnior, apresente “uma
exposição narrativa e demonstrativa. Narrativa, porque deve relevar o
fato com todas as suas circunstâncias, isto é, não só a ação transitiva,
como a pessoa que a praticou (quis), os meios que empregou (quibus
auxiliis), o malefício que produziu (quid), os motivos que o determinaram
(quomodo), o lugar onde a praticou (ubi), o tempo (quando)”, como
apontado em sua preciosa obra (“O processo criminal brasileiro”, v. II,
Freitas Bastos: Rio de Janeiro, 1959, p. 183).
No presente momento processual, portanto, deve ser verificado,
desde logo, se a denúncia oferecida pelo Ministério Público contém a
exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a
qualificação do acusado, a classificação do crime e, quando necessário, o
rol das testemunhas (INQ 1990/RO, rel. Min. Cármen Lúcia, Pleno, DJ de
21/2/2011; Inq 2482 / MG - Rel. Min. AYRES BRITTO. Pleno. D.J.
15/09/2011; Inq 3016/SP, rel. Min. Ellen Gracie, Pleno, DJ de 16/2/2011; Inq
2677/BA, rel. Min. Ayres Britto, Pleno, DJ de 21/10/2010; Inq 2646/RN, rel.
Min. Ayres Britto, Pleno, DJ de 6/5/2010).
Não é o que ocorre na presente hipótese, havendo que se falar em
inépcia da denúncia, uma vez que a inicial acusatória não expõe de forma
compreensível todos os requisitos exigidos, apresentando grave
incoerência na exposição dos fatos.
O Ministério Público realmente contou uma história, mas há um fato
objetivo praticado pelo próprio Procurador-Geral da República, que, na
8
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INQ 4141 / DF
detentor de prerrogativa de foro; (d) nada impede a oitiva de Léo Pinheiro
como testemunha, desde que assegurado o seu direito ao silêncio sobre
fatos autoincriminatórios. Ademais, caso se torne colaborador, poderá
prestar depoimento como testemunha, no caso concreto, nos termos do
art. 4º, §4º, da Lei 12.850/2013; (e) há justa causa para instaurar a ação
penal.
É o breve relato do essencial.
A acusação penal realizada pelo Ministério Público deverá ser
consubstanciada em denúncia, que, obrigatoriamente, na esteira da
histórica lição do mestre João Mendes de Almeida Júnior, apresente “uma
exposição narrativa e demonstrativa. Narrativa, porque deve relevar o
fato com todas as suas circunstâncias, isto é, não só a ação transitiva,
como a pessoa que a praticou (quis), os meios que empregou (quibus
auxiliis), o malefício que produziu (quid), os motivos que o determinaram
(quomodo), o lugar onde a praticou (ubi), o tempo (quando)”, como
apontado em sua preciosa obra (“O processo criminal brasileiro”, v. II,
Freitas Bastos: Rio de Janeiro, 1959, p. 183).
No presente momento processual, portanto, deve ser verificado,
desde logo, se a denúncia oferecida pelo Ministério Público contém a
exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a
qualificação do acusado, a classificação do crime e, quando necessário, o
rol das testemunhas (INQ 1990/RO, rel. Min. Cármen Lúcia, Pleno, DJ de
21/2/2011; Inq 2482 / MG - Rel. Min. AYRES BRITTO. Pleno. D.J.
15/09/2011; Inq 3016/SP, rel. Min. Ellen Gracie, Pleno, DJ de 16/2/2011; Inq
2677/BA, rel. Min. Ayres Britto, Pleno, DJ de 21/10/2010; Inq 2646/RN, rel.
Min. Ayres Britto, Pleno, DJ de 6/5/2010).
Não é o que ocorre na presente hipótese, havendo que se falar em
inépcia da denúncia, uma vez que a inicial acusatória não expõe de forma
compreensível todos os requisitos exigidos, apresentando grave
incoerência na exposição dos fatos.
O Ministério Público realmente contou uma história, mas há um fato
objetivo praticado pelo próprio Procurador-Geral da República, que, na
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Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
INQ 4141 / DF
verdade, acaba cortando a ligação entre a história do Ministério Público e
a imputação penal feita em juízo. Se nós verificarmos a denúncia e a
resposta à defesa preliminar, vamos ver que o Ministério Público, em uma
lauda, uma lauda e meia, aponta o que entende como as elementares do
tipo de corrupção passiva, ou seja, joga a questão, e, depois, no restante,
eu diria, em noventa por cento dos seus arrazoados, fala sobre os
depósitos e que os depósitos não teriam sido comprovados. Agora, faltou
exatamente o link entre uma coisa e outra.
Com toda a razão o eminente Relator, quando diz que, para
corrupção passiva, não há necessidade de um ato de ofício, basta uma
atuação no exercício da função, mas o Ministério Público fez questão de
afirmar a existência de um ato de ofício, tanto que coloca, na denúncia e,
depois, na resposta, "ato de ofício", ou seja, a imputação é um ato de
ofício. Então, o Ministério Público, entendo, deveria ao menos ter trazido
indícios razoáveis desse ato de ofício que teria sido ilícito.
Por que me causou estranheza isso e fui detalhar mais os fatos? Na
denúncia, a imputação é que, em troca de favores políticos e
parlamentares que atendessem aos interesses da empresa relacionados à
construção da Arena das Dunas, o acusado recebeu vantagens ilícitas. O
ato de ofício que teria sido praticado diz respeito em especial à superação
de entraves à liberação de parcelas ou financiamento do BNDES no ano
de 2013. Então, o Ministério Público alega que houve, em um
determinado momento, um entrave para a continuidade das obras da
Arena das Dunas para a Copa do Mundo; esse entrave seria uma
determinação do Tribunal de Contas da União, de que, para que o BNDES
pudesse continuar a realizar os pagamentos, o Tribunal de Contas do
Estado teria que aceitar projeto executivo e uma série de documentações.
Então, esse era o entrave para liberação do dinheiro: Tribunal de Contas
do Estado aceitar o projeto executivo e mais algumas documentações.
Fato ilícito imputado ao Senador: o Senador - e há trecho na denúncia e,
depois, na defesa -, aproveitando uma amizade de família com o
Conselheiro-Relator Thompson, do Tribunal de Contas do Estado,
marcou reuniões. Esse é o ato de ofício assim denominado pelo órgão
9
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verdade, acaba cortando a ligação entre a história do Ministério Público e
a imputação penal feita em juízo. Se nós verificarmos a denúncia e a
resposta à defesa preliminar, vamos ver que o Ministério Público, em uma
lauda, uma lauda e meia, aponta o que entende como as elementares do
tipo de corrupção passiva, ou seja, joga a questão, e, depois, no restante,
eu diria, em noventa por cento dos seus arrazoados, fala sobre os
depósitos e que os depósitos não teriam sido comprovados. Agora, faltou
exatamente o link entre uma coisa e outra.
Com toda a razão o eminente Relator, quando diz que, para
corrupção passiva, não há necessidade de um ato de ofício, basta uma
atuação no exercício da função, mas o Ministério Público fez questão de
afirmar a existência de um ato de ofício, tanto que coloca, na denúncia e,
depois, na resposta, "ato de ofício", ou seja, a imputação é um ato de
ofício. Então, o Ministério Público, entendo, deveria ao menos ter trazido
indícios razoáveis desse ato de ofício que teria sido ilícito.
Por que me causou estranheza isso e fui detalhar mais os fatos? Na
denúncia, a imputação é que, em troca de favores políticos e
parlamentares que atendessem aos interesses da empresa relacionados à
construção da Arena das Dunas, o acusado recebeu vantagens ilícitas. O
ato de ofício que teria sido praticado diz respeito em especial à superação
de entraves à liberação de parcelas ou financiamento do BNDES no ano
de 2013. Então, o Ministério Público alega que houve, em um
determinado momento, um entrave para a continuidade das obras da
Arena das Dunas para a Copa do Mundo; esse entrave seria uma
determinação do Tribunal de Contas da União, de que, para que o BNDES
pudesse continuar a realizar os pagamentos, o Tribunal de Contas do
Estado teria que aceitar projeto executivo e uma série de documentações.
Então, esse era o entrave para liberação do dinheiro: Tribunal de Contas
do Estado aceitar o projeto executivo e mais algumas documentações.
Fato ilícito imputado ao Senador: o Senador - e há trecho na denúncia e,
depois, na defesa -, aproveitando uma amizade de família com o
Conselheiro-Relator Thompson, do Tribunal de Contas do Estado,
marcou reuniões. Esse é o ato de ofício assim denominado pelo órgão
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INQ 4141 / DF
acusador, a Procuradoria-Geral da República, mas, mesmo que
entendêssemos mais genérico, essa é a atuação ilícita imputada ao
denunciado. O denunciado Senador da República tinha amizade familiar
com Conselheiro-Relator Thompson. Então, ele marcou reuniões, porque,
para continuar as obras, o Conselheiro deveria - e aí é competência do
Conselheiro do Tribunal de Contas - receber o projeto executivo e a
documentação, ou seja, o ato que poderia destravar a construção, o ato
que poderia permitir a continuidade dos repasses de dinheiro era o ato
do Conselheiro do Tribunal de Contas - isso não há nenhuma dúvida, o
próprio Ministério Público coloca várias vezes.
Ora, qual foi o ato ilícito do denunciado? O ato ilícito foi ele ter
marcado reunião - uma reunião, duas reuniões -, ter ligado para o
Conselheiro.
Depois, na resposta à defesa preliminar, a Procuradoria amplia um
pouco isso, dizendo que, além disso, houve um ato omissivo de não ter
fiscalizado o repasse de dinheiro do BNDES. Mas o ato apontado como
configurador das elementares do tipo penal é exatamente isto: Senador da
República ligou para Conselheiro, fez reuniões e, aí, depois - e é isso
narrado na denúncia e também foi narrado pelo ilustre Relator -, o
Tribunal de Contas liberou.
O crime praticado pelo Senador foi induzir ou determinar que o
Conselheiro do Tribunal de Contas destravasse, desse sequência. Porque,
se o Conselheiro não desse sequência, não haveria a liberação, ou seja,
essa foi toda a construção realizada pelo Ministério Público.
O modus operandi que o Ministério Público narrou foi exatamente
este, quando também reitera, na denúncia, que, para que ocorresse a
liberação do dinheiro "era necessário que o Tribunal de Contas do Estado
do Rio Grande do Norte recebesse o projeto executivo do
empreendimento e, após análise, não apontasse irregularidades, como
sobrepreço ou superfaturamento", ou seja, segundo o Ministério Público,
teria o Senador, ora denunciado, por ter amizade de família com o
Conselheiro, ilicitamente, induzido, ou incitado - uma vez que ele não
poderia auxiliar nem praticar em coautoria esse ato, porque só o Tribunal
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acusador, a Procuradoria-Geral da República, mas, mesmo que
entendêssemos mais genérico, essa é a atuação ilícita imputada ao
denunciado. O denunciado Senador da República tinha amizade familiar
com Conselheiro-Relator Thompson. Então, ele marcou reuniões, porque,
para continuar as obras, o Conselheiro deveria - e aí é competência do
Conselheiro do Tribunal de Contas - receber o projeto executivo e a
documentação, ou seja, o ato que poderia destravar a construção, o ato
que poderia permitir a continuidade dos repasses de dinheiro era o ato
do Conselheiro do Tribunal de Contas - isso não há nenhuma dúvida, o
próprio Ministério Público coloca várias vezes.
Ora, qual foi o ato ilícito do denunciado? O ato ilícito foi ele ter
marcado reunião - uma reunião, duas reuniões -, ter ligado para o
Conselheiro.
Depois, na resposta à defesa preliminar, a Procuradoria amplia um
pouco isso, dizendo que, além disso, houve um ato omissivo de não ter
fiscalizado o repasse de dinheiro do BNDES. Mas o ato apontado como
configurador das elementares do tipo penal é exatamente isto: Senador da
República ligou para Conselheiro, fez reuniões e, aí, depois - e é isso
narrado na denúncia e também foi narrado pelo ilustre Relator -, o
Tribunal de Contas liberou.
O crime praticado pelo Senador foi induzir ou determinar que o
Conselheiro do Tribunal de Contas destravasse, desse sequência. Porque,
se o Conselheiro não desse sequência, não haveria a liberação, ou seja,
essa foi toda a construção realizada pelo Ministério Público.
O modus operandi que o Ministério Público narrou foi exatamente
este, quando também reitera, na denúncia, que, para que ocorresse a
liberação do dinheiro "era necessário que o Tribunal de Contas do Estado
do Rio Grande do Norte recebesse o projeto executivo do
empreendimento e, após análise, não apontasse irregularidades, como
sobrepreço ou superfaturamento", ou seja, segundo o Ministério Público,
teria o Senador, ora denunciado, por ter amizade de família com o
Conselheiro, ilicitamente, induzido, ou incitado - uma vez que ele não
poderia auxiliar nem praticar em coautoria esse ato, porque só o Tribunal
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2256
Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
INQ 4141 / DF
de Contas do Estado é que poderia decidir -, ou instigado à prática de um
ato ilícito pelo Conselheiro do Tribunal de Contas e, a partir da liberação,
estaria consumado o crime, porque sabemos que o recebimento do
dinheiro é um mero exaurimento.
E, a partir disso, passa a narrar alguns valores - suspeitos, bem
suspeitos, como disse o Ministro-Relator - e deveria ter se aprofundado
na investigação, porque não faz ligação com esses fatos. Esses valores tem
alguma coisa a ver com isso? Estamos tratando, essa liberação pelo
Tribunal de Contas, porque só foi possível a continuidade das obras e o
recebimento da empreiteira pelo BNDES a partir da liberação pelo
Tribunal de Contas. Então, logicamente, deveria o Ministério Público, se
assim entendeu, ter denunciado quem? Não só quem instiga ou induz,
mas também o autor principal que executa.
Sabemos todos que não existe participação dolosa, seja em crime
culposo, seja em nenhum crime. Não existe participação dolosa em fato
atípico, como foi imputado aqui, um induzimento ao Conselheiro sem
um ato ilícito por parte deste.
O que fez o Ministério Público, a Procuradoria-Geral da República
em relação ao Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado? E a sua
conduta? Porque foi a decisão do Conselheiro do Tribunal de Contas do
Estado que liberou a continuidade dos pagamentos. O que fez o
Ministério Público? Entendeu absolutamente lícita essa conduta!
Então, aqui - e foi isso que me chamou atenção para análise mais
detalhada - nós temos o seguinte: o Ministério Público diz que houve um
ato ilícito que permitiu, a partir de um conluio, que a empreiteira
recebesse dinheiro do BNDES. Quem determinou esse ato? Conselheiro
do Tribunal de Contas, mas a Procuradoria diz que é ato lícito. Só que
quem se reuniu com ele para verificar, para pedir, para induzir, para
incitar essa liberação praticou crime de corrupção passiva.
Nesse momento, não há necessidade das provas finais para
culpabilidade, mas há necessidade de um mínimo de plausibilidade.
Aqui, não há o mínimo por quê? Na corrupção, se você imputa que as
elementares do tipo, que o crime foi - e volto aqui ao que diz a denúncia -:
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de Contas do Estado é que poderia decidir -, ou instigado à prática de um
ato ilícito pelo Conselheiro do Tribunal de Contas e, a partir da liberação,
estaria consumado o crime, porque sabemos que o recebimento do
dinheiro é um mero exaurimento.
E, a partir disso, passa a narrar alguns valores - suspeitos, bem
suspeitos, como disse o Ministro-Relator - e deveria ter se aprofundado
na investigação, porque não faz ligação com esses fatos. Esses valores tem
alguma coisa a ver com isso? Estamos tratando, essa liberação pelo
Tribunal de Contas, porque só foi possível a continuidade das obras e o
recebimento da empreiteira pelo BNDES a partir da liberação pelo
Tribunal de Contas. Então, logicamente, deveria o Ministério Público, se
assim entendeu, ter denunciado quem? Não só quem instiga ou induz,
mas também o autor principal que executa.
Sabemos todos que não existe participação dolosa, seja em crime
culposo, seja em nenhum crime. Não existe participação dolosa em fato
atípico, como foi imputado aqui, um induzimento ao Conselheiro sem
um ato ilícito por parte deste.
O que fez o Ministério Público, a Procuradoria-Geral da República
em relação ao Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado? E a sua
conduta? Porque foi a decisão do Conselheiro do Tribunal de Contas do
Estado que liberou a continuidade dos pagamentos. O que fez o
Ministério Público? Entendeu absolutamente lícita essa conduta!
Então, aqui - e foi isso que me chamou atenção para análise mais
detalhada - nós temos o seguinte: o Ministério Público diz que houve um
ato ilícito que permitiu, a partir de um conluio, que a empreiteira
recebesse dinheiro do BNDES. Quem determinou esse ato? Conselheiro
do Tribunal de Contas, mas a Procuradoria diz que é ato lícito. Só que
quem se reuniu com ele para verificar, para pedir, para induzir, para
incitar essa liberação praticou crime de corrupção passiva.
Nesse momento, não há necessidade das provas finais para
culpabilidade, mas há necessidade de um mínimo de plausibilidade.
Aqui, não há o mínimo por quê? Na corrupção, se você imputa que as
elementares do tipo, que o crime foi - e volto aqui ao que diz a denúncia -:
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Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
INQ 4141 / DF
favores políticos e parlamentares que atendessem aos interesses da
mencionada empresa, em especial, quanto à superação de entraves, a
liberação de parcelas do financiamento do BNDES para Arena das Dunas,
esse entrave era o único entrave, era a decisão do Conselheiro do Tribunal
de Contas. Se houve ilicitude nessa liberação, deveria ser também
denunciado Conselheiro. Se foi lícito, como entendeu Ministério Público,
então, o fato de alguém se reunir, mesmo peindo, apresentar memoriais,
ou falar não, configura crime. Volto a dizer o que é clássico no Direito
Penal: não há participação dolosa em crime culposo, e não há participação
dolosa em fato atípico.
Quem “desentravou” - para usar um termo também colocado aqui
no processo - foi o Conselheiro. E o que diz o Procurador-Geral da
República? Que essa conduta foi típica.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (PRESIDENTE) –
Ministro, os depósitos não teriam sido feitos na conta do Conselheiro!
O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES - Não, eu vou
chegar lá, porque eu falo que falta esse link. Eu estou aqui nas
elementares necessárias para, pelo menos, ter o mínimo necessário para
poder falar que as elementares do crime de corrupção estão presentes.
Até porque - eu volto a insistir -, se presentes estiverem, não há nem
necessidade de comprovação do dinheiro, porque é mero exaurimento.
Agora, se não tiverem, esse dinheiro pode ser ilícito, só que pode ser de
outro fato que a Procuradoria deve alegar. Não basta, nós sabermos,
dizer: "você não consegue explicar esse dinheiro na sua conta. Prove sua
inocência". E a Procuradoria não fez isso. A Procuradoria disse: "você não
consegue explicar esses depósitos na sua conta. Não consegue porque
você recebeu isso em troca de ter destravado, liberado dinheiro do
BNDES." Essa é a história da Procuradoria e a imputação penal.
Quando se verifica que o único ato para destravar, para dar
continuidade aos pagamentos do BNDES à empreiteira, era privativo do
Tribunal de Contas do Estado, que foi considerado lícito e seu
Conselheiro, inclusive, foi arrolado como testemunha e em seu
depoimento diz que não houve nada de ilícito na reunião que ele teve
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favores políticos e parlamentares que atendessem aos interesses da
mencionada empresa, em especial, quanto à superação de entraves, a
liberação de parcelas do financiamento do BNDES para Arena das Dunas,
esse entrave era o único entrave, era a decisão do Conselheiro do Tribunal
de Contas. Se houve ilicitude nessa liberação, deveria ser também
denunciado Conselheiro. Se foi lícito, como entendeu Ministério Público,
então, o fato de alguém se reunir, mesmo peindo, apresentar memoriais,
ou falar não, configura crime. Volto a dizer o que é clássico no Direito
Penal: não há participação dolosa em crime culposo, e não há participação
dolosa em fato atípico.
Quem “desentravou” - para usar um termo também colocado aqui
no processo - foi o Conselheiro. E o que diz o Procurador-Geral da
República? Que essa conduta foi típica.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (PRESIDENTE) –
Ministro, os depósitos não teriam sido feitos na conta do Conselheiro!
O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES - Não, eu vou
chegar lá, porque eu falo que falta esse link. Eu estou aqui nas
elementares necessárias para, pelo menos, ter o mínimo necessário para
poder falar que as elementares do crime de corrupção estão presentes.
Até porque - eu volto a insistir -, se presentes estiverem, não há nem
necessidade de comprovação do dinheiro, porque é mero exaurimento.
Agora, se não tiverem, esse dinheiro pode ser ilícito, só que pode ser de
outro fato que a Procuradoria deve alegar. Não basta, nós sabermos,
dizer: "você não consegue explicar esse dinheiro na sua conta. Prove sua
inocência". E a Procuradoria não fez isso. A Procuradoria disse: "você não
consegue explicar esses depósitos na sua conta. Não consegue porque
você recebeu isso em troca de ter destravado, liberado dinheiro do
BNDES." Essa é a história da Procuradoria e a imputação penal.
Quando se verifica que o único ato para destravar, para dar
continuidade aos pagamentos do BNDES à empreiteira, era privativo do
Tribunal de Contas do Estado, que foi considerado lícito e seu
Conselheiro, inclusive, foi arrolado como testemunha e em seu
depoimento diz que não houve nada de ilícito na reunião que ele teve
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2258
Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
INQ 4141 / DF
com o Senador, então, não encontramos as elementares do tipo.
A Procuradoria deveria ter optado por um lado ou por outro: ou o
destravamento, o modus operandi que foi narrado foi ilícito, e aí,
obviamente, quem destravou deveria ter sido denunciado, e não só quem
induziu ou instigou; ou, se a Procuradoria entendeu lícito - e volto aqui a
dizer que em arquivamento de 13 de setembro disse expressamente: "a
Procuradoria-Geral da República não vislumbra qualquer ilícito penal na
atuação funcional do Conselheiro no caso”, deveria imputar outra fato
ilícito ao denunciado. Ou seja, na questão da corrupção, a denúncia é
manca; ela é absolutamente manca.
E a Procuradoria-Geral da República percebeu isso quando, em
resposta à defesa preliminar, tenta de toda forma ressuscitar uma
acusação inepta, dizendo: "no caso, José Agripino Maia, no mínimo - ou
seja, olha aqui eu não consegui nada -, omitiu-se de seu dever funcional
como parlamentar federal de fiscalizar a regular aplicação de recursos do
BNDES."
Vejam que a própria Procuradoria, utilizando aqui o princípio da
subsidiariedade disse: "olha, realmente, eu não consigo estabelecer esse
link, mas, no mínimo, ele deveria ter fiscalizado a aplicação dos recursos
do BNDES."
Ora, não tinha o denunciado competência para travar ou destravar;
quem detinha essa competência era o Tribunal de Contas, que a exerceu
destravando e autorizando - a partir desse requisito exigido pelo Tribunal
de Contas da União - a continuidade dos pagamentos. Se tudo isso é
lícito, por que quem se reuniu e pediu para realizar isso cometeu ilícito? E
a própria Procuradoria, repito, disse: "então, no mínimo, omitiu-se de seu
dever funcional como parlamentar federal de fiscalizar a regular
aplicação de recurso." Aí não seria mais nem corrupção passiva, seria
prevaricação.
Vossa Excelência, Ministro-Presidente, perguntou: "e os depósitos?"
Os depósitos deveriam ser analisados - e não sei, porque não tive acesso
ainda aos laudos técnicos que foram juntados após o oferecimento da
denúncia. Esses depósitos podem configurar uma outra corrupção
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com o Senador, então, não encontramos as elementares do tipo.
A Procuradoria deveria ter optado por um lado ou por outro: ou o
destravamento, o modus operandi que foi narrado foi ilícito, e aí,
obviamente, quem destravou deveria ter sido denunciado, e não só quem
induziu ou instigou; ou, se a Procuradoria entendeu lícito - e volto aqui a
dizer que em arquivamento de 13 de setembro disse expressamente: "a
Procuradoria-Geral da República não vislumbra qualquer ilícito penal na
atuação funcional do Conselheiro no caso”, deveria imputar outra fato
ilícito ao denunciado. Ou seja, na questão da corrupção, a denúncia é
manca; ela é absolutamente manca.
E a Procuradoria-Geral da República percebeu isso quando, em
resposta à defesa preliminar, tenta de toda forma ressuscitar uma
acusação inepta, dizendo: "no caso, José Agripino Maia, no mínimo - ou
seja, olha aqui eu não consegui nada -, omitiu-se de seu dever funcional
como parlamentar federal de fiscalizar a regular aplicação de recursos do
BNDES."
Vejam que a própria Procuradoria, utilizando aqui o princípio da
subsidiariedade disse: "olha, realmente, eu não consigo estabelecer esse
link, mas, no mínimo, ele deveria ter fiscalizado a aplicação dos recursos
do BNDES."
Ora, não tinha o denunciado competência para travar ou destravar;
quem detinha essa competência era o Tribunal de Contas, que a exerceu
destravando e autorizando - a partir desse requisito exigido pelo Tribunal
de Contas da União - a continuidade dos pagamentos. Se tudo isso é
lícito, por que quem se reuniu e pediu para realizar isso cometeu ilícito? E
a própria Procuradoria, repito, disse: "então, no mínimo, omitiu-se de seu
dever funcional como parlamentar federal de fiscalizar a regular
aplicação de recurso." Aí não seria mais nem corrupção passiva, seria
prevaricação.
Vossa Excelência, Ministro-Presidente, perguntou: "e os depósitos?"
Os depósitos deveriam ser analisados - e não sei, porque não tive acesso
ainda aos laudos técnicos que foram juntados após o oferecimento da
denúncia. Esses depósitos podem configurar uma outra corrupção
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Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
INQ 4141 / DF
passiva, podem configurar caixa 2, se não houver comprovação; podem
configurar uma série de crimes, como também podem não configurar.
Mas o que eles não configuram na narrativa - e aqui não é nem necessário
entrar, a meu ver, com a devida vênia do Ministro-Relator, não é
necessário entrar na questão de aqui ser in dubio pro societate, aqui não há
dúvida, porque o Ministério Público não conseguiu fazer esse link. O
Ministério Público não conseguiu comprovar minimamente qual o ato
ilícito praticado em relação a beneficiar a empreiteira no BNDES. Em
relação a depósitos não comprovados, o Ministério Público, a meu ver,
deveria ter investigado mais para chegar a eventuais crimes, até porque
todas as alegações do Ministério Público são: "olha, o doleiro Youssef
disse que mandou 3 milhões". Não fala para quem. "Olha, próximo a esse
dinheiro chegar, foi recebido". Eu volto a dizer, pode ser até que seja caixa
2 de um outro crime, agora, o que o Ministério Público disse foi: "o
denunciado, o Senador da República José Agripino, recebeu dinheiro da
OAS, disfarçou esse dinheiro como se fosse doação eleitoral, para fazer
uma coisa específica". O quê? "Para destravar a questão da construção da
Arena das Dunas, ele atuou para conseguir destravar". Esta foi a troca de
favores: você destrava aqui e eu te pago ali. Só que, nesse momento, ele
tinha pelo menos a possibilidade, o poder, a sua atuação funcional
poderia destravar? Não. Daí o Ministério Público diz: "verdade, ele não
tem, mas ele era amigo de família do Conselheiro do Tribunal de Contas,
que, esse sim, tinha esse poder". Ah, então os dois agiram em conluio? E
responde finalmente o Ministério Público: "Não, eu arquivo aqui o do
Conselheiro, a conduta dele é absolutamente lícita".
Ora, então a questão que devemos fazer, e foi essa a questão que me
fiz, porque isso é que foi apontado como elementar do tipo corrupção
passiva, é: onde está a ilicitude em "destravar" as obras? Onde está a
ilicitude em retirar o obstáculo que existia, que era a necessidade de
decisão do Tribunal de Contas? Está no Tribunal de Contas e na decisão.
Obviamente, se ilicitude houvesse ou fosse apontada pelo Ministério
Público, aquele que induziu, instigou, também entraria aqui na
participação lato sensu, só que o próprio Ministério Público diz que houve
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passiva, podem configurar caixa 2, se não houver comprovação; podem
configurar uma série de crimes, como também podem não configurar.
Mas o que eles não configuram na narrativa - e aqui não é nem necessário
entrar, a meu ver, com a devida vênia do Ministro-Relator, não é
necessário entrar na questão de aqui ser in dubio pro societate, aqui não há
dúvida, porque o Ministério Público não conseguiu fazer esse link. O
Ministério Público não conseguiu comprovar minimamente qual o ato
ilícito praticado em relação a beneficiar a empreiteira no BNDES. Em
relação a depósitos não comprovados, o Ministério Público, a meu ver,
deveria ter investigado mais para chegar a eventuais crimes, até porque
todas as alegações do Ministério Público são: "olha, o doleiro Youssef
disse que mandou 3 milhões". Não fala para quem. "Olha, próximo a esse
dinheiro chegar, foi recebido". Eu volto a dizer, pode ser até que seja caixa
2 de um outro crime, agora, o que o Ministério Público disse foi: "o
denunciado, o Senador da República José Agripino, recebeu dinheiro da
OAS, disfarçou esse dinheiro como se fosse doação eleitoral, para fazer
uma coisa específica". O quê? "Para destravar a questão da construção da
Arena das Dunas, ele atuou para conseguir destravar". Esta foi a troca de
favores: você destrava aqui e eu te pago ali. Só que, nesse momento, ele
tinha pelo menos a possibilidade, o poder, a sua atuação funcional
poderia destravar? Não. Daí o Ministério Público diz: "verdade, ele não
tem, mas ele era amigo de família do Conselheiro do Tribunal de Contas,
que, esse sim, tinha esse poder". Ah, então os dois agiram em conluio? E
responde finalmente o Ministério Público: "Não, eu arquivo aqui o do
Conselheiro, a conduta dele é absolutamente lícita".
Ora, então a questão que devemos fazer, e foi essa a questão que me
fiz, porque isso é que foi apontado como elementar do tipo corrupção
passiva, é: onde está a ilicitude em "destravar" as obras? Onde está a
ilicitude em retirar o obstáculo que existia, que era a necessidade de
decisão do Tribunal de Contas? Está no Tribunal de Contas e na decisão.
Obviamente, se ilicitude houvesse ou fosse apontada pelo Ministério
Público, aquele que induziu, instigou, também entraria aqui na
participação lato sensu, só que o próprio Ministério Público diz que houve
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INQ 4141 / DF
licitude na conduta do Conselheiro do Tribunal de Contas.
É isso que não fecha. Entender que destravar, entender que
continuar recebendo, o BNDES continuar pagando a empreiteira por
decisão do Tribunal de Contas é absolutamente lícito, entender que o
Conselheiro fez isso influenciado pelo Senador. Ora, mas se foi
influenciado, ele praticou crime. Não, ele não, quem influencia uma
conduta lícita, quem induz ou instiga um fato atípico, que foi o ato
praticado pelo Conselheiro do Tribunal de Contas - segundo o Ministério
Público, o Procurador-Geral da República -, quem instiga ou induz um
fato atípico não pode praticar um fato típico. É o elementar aqui da
participação, sem prejuízo de o Ministério Público investigar e continuar
investigando os recebimentos, os valores não apurados, não indicadas as
origens, mas isso não pode ser, a meu ver, com o devido respeito ao
eminente Ministro-Relator, considerado lavagem de dinheiro de um
crime de corrupção passiva quando o ato apontado era de competência
do Tribunal de Contas e, em relação ao Tribunal de Contas, o Procurador-
Geral da República entendeu absolutamente lícita a sua conduta.
Dessa forma, Senhor Presidente, para não me alongar mais, como já
ensinava o mestre João Mendes de Almeida Júnior, a denúncia tem que
ter aqueles pressupostos. E aqui não estão presentes esses pressupostos,
porque o que o Ministério Público imputa como ação transitiva - no dizer
de João Mendes de Almeida Júnior -, ele próprio considera fato atípico,
ou seja, a liberação dos recursos; o “destravar” que dependia do Tribunal
de Contas.
Então, a meu ver, com todo respeito, pedindo vênia em divergir do
eminente Ministro-Relator, a denúncia do Procurador-Geral da República
é absolutamente inepta. Sem prejuízo, até porque a inépcia da denúncia
permite a continuidade das investigações, ou seja, sem prejuízo da
continuidade das investigações em relação a esses depósitos. Mas há
necessidade de se ligar alguma coisa, não jogar tudo para ar. E, na hora
que vamos buscar o link, aparece exatamente isto: "não, nós,
Procuradoria-Geral da República, entendemos que o ato do Tribunal de
Contas foi absolutamente legal".
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licitude na conduta do Conselheiro do Tribunal de Contas.
É isso que não fecha. Entender que destravar, entender que
continuar recebendo, o BNDES continuar pagando a empreiteira por
decisão do Tribunal de Contas é absolutamente lícito, entender que o
Conselheiro fez isso influenciado pelo Senador. Ora, mas se foi
influenciado, ele praticou crime. Não, ele não, quem influencia uma
conduta lícita, quem induz ou instiga um fato atípico, que foi o ato
praticado pelo Conselheiro do Tribunal de Contas - segundo o Ministério
Público, o Procurador-Geral da República -, quem instiga ou induz um
fato atípico não pode praticar um fato típico. É o elementar aqui da
participação, sem prejuízo de o Ministério Público investigar e continuar
investigando os recebimentos, os valores não apurados, não indicadas as
origens, mas isso não pode ser, a meu ver, com o devido respeito ao
eminente Ministro-Relator, considerado lavagem de dinheiro de um
crime de corrupção passiva quando o ato apontado era de competência
do Tribunal de Contas e, em relação ao Tribunal de Contas, o Procurador-
Geral da República entendeu absolutamente lícita a sua conduta.
Dessa forma, Senhor Presidente, para não me alongar mais, como já
ensinava o mestre João Mendes de Almeida Júnior, a denúncia tem que
ter aqueles pressupostos. E aqui não estão presentes esses pressupostos,
porque o que o Ministério Público imputa como ação transitiva - no dizer
de João Mendes de Almeida Júnior -, ele próprio considera fato atípico,
ou seja, a liberação dos recursos; o “destravar” que dependia do Tribunal
de Contas.
Então, a meu ver, com todo respeito, pedindo vênia em divergir do
eminente Ministro-Relator, a denúncia do Procurador-Geral da República
é absolutamente inepta. Sem prejuízo, até porque a inépcia da denúncia
permite a continuidade das investigações, ou seja, sem prejuízo da
continuidade das investigações em relação a esses depósitos. Mas há
necessidade de se ligar alguma coisa, não jogar tudo para ar. E, na hora
que vamos buscar o link, aparece exatamente isto: "não, nós,
Procuradoria-Geral da República, entendemos que o ato do Tribunal de
Contas foi absolutamente legal".
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2261
Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
INQ 4141 / DF
Então, com base no 395, I e 41, eu voto no sentido do não
recebimento da denúncia por sua inépcia.
16
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Supremo Tribunal Federal
INQ 4141 / DF
Então, com base no 395, I e 41, eu voto no sentido do não
recebimento da denúncia por sua inépcia.
16
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2262
Esclarecimento
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
INQUÉRITO 4.141 DISTRITO FEDERAL
ESCLARECIMENTO
O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR)
Presidente, um brevíssimo comentário.
Entendendo e respeitando as razões expostas com a proficiência de
sempre pelo eminente Ministro Alexandre de Moraes, a narrativa do tipo
é: solicitar ou receber para si ou para outrem, direta ou indiretamente,
ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas, em razão dela,
vantagem indevida ou aceitar promessa de tal vantagem.
Portanto, o tipo prevê o recebimento de vantagem indevida em
razão da função. O tipo não exige ato de ofício. O ato de ofício, pelo § 2º, é
previsto:
"§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de
ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência
de outrem."
Portanto, é uma circunstância agravante aqui, e não elementar do
tipo.
Em relação ao Conselheiro, quer dizer, o ato de ofício, se houve,
embora não exigido, seria ter sido, ter feito uma intercessão para obter
um resultado indevido.
Mas aqui o que distingue o Senador do Conselheiro, Presidente, é
que não consta nenhuma menção a que o Conselheiro tivesse recebido
vantagem indevida. Ao passo que, em relação ao Senador, os elementos
são abundantes, desde os depósitos na conta até as colaborações
premiadas de Alberto Youssef, de Léo Pinheiro, e a circunstância de que o
timing batia. Quer dizer, o depoimento de Alberto Youssef é que tinha
mandado dinheiro num período determinado e, naquele período
determinado, foram feitos os depósitos nas contas fragmentadamente.
Portanto, ao Conselheiro não se imputou o recebimento de vantagem
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12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
INQUÉRITO 4.141 DISTRITO FEDERAL
ESCLARECIMENTO
O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR)
Presidente, um brevíssimo comentário.
Entendendo e respeitando as razões expostas com a proficiência de
sempre pelo eminente Ministro Alexandre de Moraes, a narrativa do tipo
é: solicitar ou receber para si ou para outrem, direta ou indiretamente,
ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas, em razão dela,
vantagem indevida ou aceitar promessa de tal vantagem.
Portanto, o tipo prevê o recebimento de vantagem indevida em
razão da função. O tipo não exige ato de ofício. O ato de ofício, pelo § 2º, é
previsto:
"§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de
ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência
de outrem."
Portanto, é uma circunstância agravante aqui, e não elementar do
tipo.
Em relação ao Conselheiro, quer dizer, o ato de ofício, se houve,
embora não exigido, seria ter sido, ter feito uma intercessão para obter
um resultado indevido.
Mas aqui o que distingue o Senador do Conselheiro, Presidente, é
que não consta nenhuma menção a que o Conselheiro tivesse recebido
vantagem indevida. Ao passo que, em relação ao Senador, os elementos
são abundantes, desde os depósitos na conta até as colaborações
premiadas de Alberto Youssef, de Léo Pinheiro, e a circunstância de que o
timing batia. Quer dizer, o depoimento de Alberto Youssef é que tinha
mandado dinheiro num período determinado e, naquele período
determinado, foram feitos os depósitos nas contas fragmentadamente.
Portanto, ao Conselheiro não se imputou o recebimento de vantagem
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2263
Esclarecimento
INQ 4141 / DF
indevida. Daí, justificar-se a não denúncia do Conselheiro. Penso que essa
seria a minha compreensão nessa matéria.
O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES - Só, até para
ficar, talvez eu não tenha sido claro na questão. Veja, não há aqui
nenhuma dúvida, a meu ver...
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (PRESIDENTE) – A
denúncia não está voltada contra o Conselheiro.
O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES - Não, não está.
Não há nenhuma dúvida sobre a necessidade de se investigar, só que com
fato específico, pelo menos um mero indício, os depósitos.
Agora, não é a questão seja ato de ofício ou não. A Procuradoria
apontou ato de ofício, depois ampliou. Mas a questão é a seguinte: não
há, pela Procuradoria, em nenhum momento da denúncia, em nenhum
momento da sua réplica, dizer qual a vantagem indevida que solicitou.
Ela diz, o que a Procuradoria diz? E, aí, o fato é atípico - por isso que eu
repeti várias vezes -, o que a Procuradoria diz é que o crime de corrupção
passiva é: por ser amigo da família do Conselheiro, marcou uma reunião
para destravar a questão. É essa a imputação. Essa imputação a
Procuradoria chama de crime de corrupção passiva. Se crime houvesse,
por isso a necessidade do link, se realmente ele praticou, o denunciado
praticou crime dolosamente, querendo receber dinheiro e ilicitamente
conseguiu o destravamento, o Conselheiro deveria também ser
denunciado, porque aí o ato é ilícito; só que o destravamento foi
considerado lícito.
Então, não há nenhuma ilicitude narrada no crime inicial. Essa foi
minha perplexidade.
2
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INQ 4141 / DF
indevida. Daí, justificar-se a não denúncia do Conselheiro. Penso que essa
seria a minha compreensão nessa matéria.
O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES - Só, até para
ficar, talvez eu não tenha sido claro na questão. Veja, não há aqui
nenhuma dúvida, a meu ver...
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (PRESIDENTE) – A
denúncia não está voltada contra o Conselheiro.
O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES - Não, não está.
Não há nenhuma dúvida sobre a necessidade de se investigar, só que com
fato específico, pelo menos um mero indício, os depósitos.
Agora, não é a questão seja ato de ofício ou não. A Procuradoria
apontou ato de ofício, depois ampliou. Mas a questão é a seguinte: não
há, pela Procuradoria, em nenhum momento da denúncia, em nenhum
momento da sua réplica, dizer qual a vantagem indevida que solicitou.
Ela diz, o que a Procuradoria diz? E, aí, o fato é atípico - por isso que eu
repeti várias vezes -, o que a Procuradoria diz é que o crime de corrupção
passiva é: por ser amigo da família do Conselheiro, marcou uma reunião
para destravar a questão. É essa a imputação. Essa imputação a
Procuradoria chama de crime de corrupção passiva. Se crime houvesse,
por isso a necessidade do link, se realmente ele praticou, o denunciado
praticou crime dolosamente, querendo receber dinheiro e ilicitamente
conseguiu o destravamento, o Conselheiro deveria também ser
denunciado, porque aí o ato é ilícito; só que o destravamento foi
considerado lícito.
Então, não há nenhuma ilicitude narrada no crime inicial. Essa foi
minha perplexidade.
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2264
Voto - MIN. ROSA WEBER
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
INQUÉRITO 4.141 DISTRITO FEDERAL
VOTO
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Senhor Presidente, eu
cumprimento todos, em especial os nobres advogados que ocuparam a
tribuna.
Ouvi com muita atenção o voto do eminente Relator. Já havia
inclusive generosamente facultado às suas conclusões, em momento
anterior, mediante a remessa de cópia do voto. E ouvi também com muita
atenção as colocações precisas do Ministro Alexandre.
Como aqui foi muito bem enfatizado, nessa fase processual em que
se decide sobre a admissibilidade da denúncia, o que temos que verificar
é a presença da materialidade delitiva, indícios de autoria e suporte
probatório mínimo que embasem a descrição fática feita pelo órgão
acusador. E descrição que há de se subsumir ao tipo penal.
Também foi muito bem enfatizado pelo eminente Relator que a
análise e eventual conclusão acerca da admissibilidade da denúncia, que
tem por norte os preceitos dos arts. 41 e 395 do Código de Processo Penal,
em absoluto se confunde com o juízo de mérito que – recebida a denúncia
– será realizado após a instrução regular do feito, cabendo, por óbvio, ao
Ministério Público o encargo probatório.
Nessa linha, ainda que o Ministro Alexandre tenha defendido a
atipicidade da conduta, eu confesso que fiz leitura diferente, a mesma
leitura feita pelo eminente Relator, considerada a fase processual em que
nos encontramos. Inclusive estava aqui a ler a manifestação do Ministério
Público Federal sobre a defesa. À fl. 6, se diz, segundo a denúncia: ele – e
aí se abrem aspas, Ministro Alexandre, e depois se diz tratar-se de uma
inserção na fl. 1921 –, “o Senador omitiu-se do seu dever funcional como
parlamentar federal de fiscalizar a regular aplicação de recursos do
BNDES para, em vez disso, favorecer e atuar em prol dos interesses
particulares de uma empreiteira”.
Faço esse pequeno registro para enfatizar que a leitura da denúncia,
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12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
INQUÉRITO 4.141 DISTRITO FEDERAL
VOTO
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Senhor Presidente, eu
cumprimento todos, em especial os nobres advogados que ocuparam a
tribuna.
Ouvi com muita atenção o voto do eminente Relator. Já havia
inclusive generosamente facultado às suas conclusões, em momento
anterior, mediante a remessa de cópia do voto. E ouvi também com muita
atenção as colocações precisas do Ministro Alexandre.
Como aqui foi muito bem enfatizado, nessa fase processual em que
se decide sobre a admissibilidade da denúncia, o que temos que verificar
é a presença da materialidade delitiva, indícios de autoria e suporte
probatório mínimo que embasem a descrição fática feita pelo órgão
acusador. E descrição que há de se subsumir ao tipo penal.
Também foi muito bem enfatizado pelo eminente Relator que a
análise e eventual conclusão acerca da admissibilidade da denúncia, que
tem por norte os preceitos dos arts. 41 e 395 do Código de Processo Penal,
em absoluto se confunde com o juízo de mérito que – recebida a denúncia
– será realizado após a instrução regular do feito, cabendo, por óbvio, ao
Ministério Público o encargo probatório.
Nessa linha, ainda que o Ministro Alexandre tenha defendido a
atipicidade da conduta, eu confesso que fiz leitura diferente, a mesma
leitura feita pelo eminente Relator, considerada a fase processual em que
nos encontramos. Inclusive estava aqui a ler a manifestação do Ministério
Público Federal sobre a defesa. À fl. 6, se diz, segundo a denúncia: ele – e
aí se abrem aspas, Ministro Alexandre, e depois se diz tratar-se de uma
inserção na fl. 1921 –, “o Senador omitiu-se do seu dever funcional como
parlamentar federal de fiscalizar a regular aplicação de recursos do
BNDES para, em vez disso, favorecer e atuar em prol dos interesses
particulares de uma empreiteira”.
Faço esse pequeno registro para enfatizar que a leitura da denúncia,
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2265
Voto - MIN. ROSA WEBER
INQ 4141 / DF
como um todo, revela a plausibilidade da tese defendida, que, por óbvio,
há de comportar um substrato probatório na instrução do feito, mas que
não permitiria, pelo menos na minha visão, concluir pela inépcia da peça.
Por isso, com todo respeito e pedindo vênia ao eminente Ministro
Alexandre, eu acompanho o eminente Relator. Recebo a denúncia.
2
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como um todo, revela a plausibilidade da tese defendida, que, por óbvio,
há de comportar um substrato probatório na instrução do feito, mas que
não permitiria, pelo menos na minha visão, concluir pela inépcia da peça.
Por isso, com todo respeito e pedindo vênia ao eminente Ministro
Alexandre, eu acompanho o eminente Relator. Recebo a denúncia.
2
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2266
Voto - MIN. LUIZ FUX
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
INQUÉRITO 4.141 DISTRITO FEDERAL
VOTO
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Senhor Presidente, egrégia
Turma, ilustre Representante do Ministério Público.
Senhor Presidente, em princípio, eu sempre afirmo que essa
assertiva de que o recebimento de uma denúncia propicia ao réu uma
ampla defesa, e é talvez uma solução melhor para o imputado, no meu
modo de ver, essa é uma blasfêmia, porque, evidentemente, o homem que
tem contra si recebida uma denúncia, ele padece muitíssimo,
principalmente um homem público.
Então, sempre que eu recebo uma denúncia em relação a um homem
público, eu levo em consideração as possibilidades de retaliações, as
possibilidades de provas que sejam frágeis a ponto de não sustentar uma
peça acusatória.
Por essa razão, em princípio, eu não aceito a tese de que
simplesmente com base em uma delação se possa receber uma denúncia.
Simplesmente com base em uma delação. Essa delação há de vir
acompanhada de outros elementos de convicção.
Por outro lado, quando a denúncia é, prima facie, evidente que não
teria nenhum nexo com os fatos narrados, eu entendo que realmente a
hipótese é de ausência de justa causa, ausência de rejeição da denúncia ou
de inépcia. Entretanto, quando a atuação do agente apresenta nexos com
os fatos narrados na peça inicial e suscita dúvidas que só podem ser
comprovadas no curso da ação penal, efetivamente, eu me dobro a essa
posição, porque não considero que a denúncia que tenha todos os
requisitos da petição inicial penal seja recebida porque ela não é inepta.
Eu não admito o recebimento da denúncia que esteja formalmente
perfeita, ela tem de ter um conteúdo que é esse binômio a que se referiu a
Ministra Rosa Weber: indícios de autoria e de materialidade.
O que aqui não resta, prima facie, evidente para mim? O depósito na
conta do partido, como destacou o Relator, não foi distribuído para
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12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
INQUÉRITO 4.141 DISTRITO FEDERAL
VOTO
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Senhor Presidente, egrégia
Turma, ilustre Representante do Ministério Público.
Senhor Presidente, em princípio, eu sempre afirmo que essa
assertiva de que o recebimento de uma denúncia propicia ao réu uma
ampla defesa, e é talvez uma solução melhor para o imputado, no meu
modo de ver, essa é uma blasfêmia, porque, evidentemente, o homem que
tem contra si recebida uma denúncia, ele padece muitíssimo,
principalmente um homem público.
Então, sempre que eu recebo uma denúncia em relação a um homem
público, eu levo em consideração as possibilidades de retaliações, as
possibilidades de provas que sejam frágeis a ponto de não sustentar uma
peça acusatória.
Por essa razão, em princípio, eu não aceito a tese de que
simplesmente com base em uma delação se possa receber uma denúncia.
Simplesmente com base em uma delação. Essa delação há de vir
acompanhada de outros elementos de convicção.
Por outro lado, quando a denúncia é, prima facie, evidente que não
teria nenhum nexo com os fatos narrados, eu entendo que realmente a
hipótese é de ausência de justa causa, ausência de rejeição da denúncia ou
de inépcia. Entretanto, quando a atuação do agente apresenta nexos com
os fatos narrados na peça inicial e suscita dúvidas que só podem ser
comprovadas no curso da ação penal, efetivamente, eu me dobro a essa
posição, porque não considero que a denúncia que tenha todos os
requisitos da petição inicial penal seja recebida porque ela não é inepta.
Eu não admito o recebimento da denúncia que esteja formalmente
perfeita, ela tem de ter um conteúdo que é esse binômio a que se referiu a
Ministra Rosa Weber: indícios de autoria e de materialidade.
O que aqui não resta, prima facie, evidente para mim? O depósito na
conta do partido, como destacou o Relator, não foi distribuído para
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2267
Voto - MIN. LUIZ FUX
INQ 4141 / DF
ninguém. Esses depósitos parcelados, em datas próximas aos repasses
feitos, segundo a prova oral, também deixam uma margem de severas
dúvidas que devem ser esclarecidas no curso da ação penal. Quanto à
participação do eminente Senador, que é uma figura emblemática - tenho
todo respeito por Sua Excelência -, a defesa chega a admitir que, quando
muito, houve um tráfico de influência, porque ele participou dessas
reuniões. Mas a realidade é que, no meu modo de ver, sobejam severas
dúvidas nesse momento inicial.
Se fosse algo, prima facie, evidente, eu teria muitas dificuldades de
receber, sob aspecto meramente formal, uma denúncia contra um homem
público. É preciso ter um mínimo de embasamento. Mas aqui há uma
série de nexos com os fatos, que foram destacados pelo eminente Relator,
que precisam de esclarecimento. Em que momento esse esclarecimento
vai ser feito? Exatamente, por meio do devido processo legal e do
contraditório.
Agora, por outro lado, também, quando ocorrem esses fatos, eu
tenho para mim que é de somenos importância a categorização jurídica
dos fatos dada pelo Ministério Público, porque o juiz, no momento da
sentença, pode desclassificar todas aquelas condutas se vier uma prova
da razão pela qual esses depósitos parcelados foram feitos, uma prova da
razão pela qual esse depósito da conta do Partido não foi repartido e
outras provas aqui que estão em aberto e que precisam se submeter ao
contraditório. Para que isso ocorra, é preciso que haja o curso da ação
penal, até para que se chegue a essa conclusão da defesa de
descaracterização do ilícito, de desqualificação jurídica e, quando muito,
um tráfico de influência ou até um ato de improbidade, mas, para isso, é
preciso que se abra um amplo debate entre o Ministério Público e a
defesa.
É por essas razões, Senhor Presidente, que, lamentavelmente, eu
recebo essa denúncia, porque li o memorial da defesa e há um currículo
bastante expressivo da vida pública do Senador Agripino Maia.
2
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Supremo Tribunal Federal
INQ 4141 / DF
ninguém. Esses depósitos parcelados, em datas próximas aos repasses
feitos, segundo a prova oral, também deixam uma margem de severas
dúvidas que devem ser esclarecidas no curso da ação penal. Quanto à
participação do eminente Senador, que é uma figura emblemática - tenho
todo respeito por Sua Excelência -, a defesa chega a admitir que, quando
muito, houve um tráfico de influência, porque ele participou dessas
reuniões. Mas a realidade é que, no meu modo de ver, sobejam severas
dúvidas nesse momento inicial.
Se fosse algo, prima facie, evidente, eu teria muitas dificuldades de
receber, sob aspecto meramente formal, uma denúncia contra um homem
público. É preciso ter um mínimo de embasamento. Mas aqui há uma
série de nexos com os fatos, que foram destacados pelo eminente Relator,
que precisam de esclarecimento. Em que momento esse esclarecimento
vai ser feito? Exatamente, por meio do devido processo legal e do
contraditório.
Agora, por outro lado, também, quando ocorrem esses fatos, eu
tenho para mim que é de somenos importância a categorização jurídica
dos fatos dada pelo Ministério Público, porque o juiz, no momento da
sentença, pode desclassificar todas aquelas condutas se vier uma prova
da razão pela qual esses depósitos parcelados foram feitos, uma prova da
razão pela qual esse depósito da conta do Partido não foi repartido e
outras provas aqui que estão em aberto e que precisam se submeter ao
contraditório. Para que isso ocorra, é preciso que haja o curso da ação
penal, até para que se chegue a essa conclusão da defesa de
descaracterização do ilícito, de desqualificação jurídica e, quando muito,
um tráfico de influência ou até um ato de improbidade, mas, para isso, é
preciso que se abra um amplo debate entre o Ministério Público e a
defesa.
É por essas razões, Senhor Presidente, que, lamentavelmente, eu
recebo essa denúncia, porque li o memorial da defesa e há um currículo
bastante expressivo da vida pública do Senador Agripino Maia.
2
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2268
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
INQUÉRITO 4.141 DISTRITO FEDERAL
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (PRESIDENTE) – A fase
é embrionária e, para o recebimento da denúncia, a ordem jurídica apenas
impõe que haja, na narração dos fatos nela contidos, a materialização, a
tipicidade – e não há a menor dúvida de que há – e se tenha simples
indícios de autoria. Os elementos coligidos e constantes do voto do
Relator revelam o atendimento do figurino legal.
Acompanho Sua Excelência, recebendo a denúncia.
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12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
INQUÉRITO 4.141 DISTRITO FEDERAL
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (PRESIDENTE) – A fase
é embrionária e, para o recebimento da denúncia, a ordem jurídica apenas
impõe que haja, na narração dos fatos nela contidos, a materialização, a
tipicidade – e não há a menor dúvida de que há – e se tenha simples
indícios de autoria. Os elementos coligidos e constantes do voto do
Relator revelam o atendimento do figurino legal.
Acompanho Sua Excelência, recebendo a denúncia.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 49 de 50
2269
Extrato de Ata - 12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
INQUÉRITO 4.141
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
AUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
INVEST.(A/S) : JOSÉ AGRIPINO MAIA
ADV.(A/S) : ARISTIDES JUNQUEIRA ALVARENGA (0012500/DF) E
OUTRO(A/S)
Decisão: Por maioria de votos, a Turma recebeu a denúncia
consideradas as imputações de corrupção passiva e de lavagem de
dinheiro, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro
Alexandre de Moraes. Falaram: o Dr. Edson Oliveira de Almeida,
Subprocurador-Geral da República, pelo Ministério Público Federal;
e os Drs. Aristides Junqueira Alvarenga e João Agripino Maia, pelo
Investigado. Presidência do Ministro Marco Aurélio. Primeira
Turma, 12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14321473
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
INQUÉRITO 4.141
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
AUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
INVEST.(A/S) : JOSÉ AGRIPINO MAIA
ADV.(A/S) : ARISTIDES JUNQUEIRA ALVARENGA (0012500/DF) E
OUTRO(A/S)
Decisão: Por maioria de votos, a Turma recebeu a denúncia
consideradas as imputações de corrupção passiva e de lavagem de
dinheiro, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro
Alexandre de Moraes. Falaram: o Dr. Edson Oliveira de Almeida,
Subprocurador-Geral da República, pelo Ministério Público Federal;
e os Drs. Aristides Junqueira Alvarenga e João Agripino Maia, pelo
Investigado. Presidência do Ministro Marco Aurélio. Primeira
Turma, 12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 50 de 50
2270
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14366121 | 2017-12-12T00:00:00 | 2018-02-23T00:00:00 | Por maioria de votos, a Turma recebeu a denúncia consideradas as imputações de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro Alexandre de Moraes. Falaram: o Dr. Edson Oliveira de Almeida, Subprocurador-Geral da República, pelo Ministério Público Federal; e os Drs. Aristides Junqueira Alvarenga e João Agripino Maia, pelo Investigado. Presidência do Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 12.12.2017. | INQUÉRITO | Ementa: Direito Penal e Processual Penal. Senador da República. Denúncia. Corrupção Passiva. Lavagem de Dinheiro. Desmembramento. Recebimento da Denúncia.
I. Preliminar: Desmembramento
1. De início, o feito deve ser desmembrado para figurar no polo passivo apenas o detentor de prerrogativa de foro, em razão de não se verificar, em concreto, hipótese que autorize a excepcional prorrogação de competência desta Corte.
II. Aptidão Formal da Peça Acusatória
2. A análise do recebimento da denúncia se limita à aferição: (i) da viabilidade formal da peça acusatória, de modo que a descrição dos fatos permita sua compreensão pelo denunciado; e (ii) da plausibilidade da acusação diante do material contido nos autos, não se exigindo, para instauração da ação penal, juízo de certeza acerca da materialidade e da autoria.
3. Não é inepta a denúncia que, ao descrever fato certo e determinado, permite ao acusado o exercício da ampla defesa. Precedentes.
4. A denúncia contém descrição suficiente das condutas imputadas ao réu, alegadamente enquadradas nos tipos penais de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Em resumo, tem-se: (i) descrição do ato de ofício praticado, qual seja, a realização de reunião na residência do Parlamentar, com o suposto objetivo de beneficiar a OAS no ano de 2013; (ii) descrição do recebimento de vantagem indevida em espécie em razão da intervenção em benefício da OAS, seja em dinheiro, seja em doações eleitorais, nos anos de 2012 a 2014; (iii) depósitos de forma estruturada e fracionada nas contas bancárias do Parlamentar dos valores recebidos em espécie entre os anos de 2012 e 2014.
III. Indícios de Materialidade e Autoria
III.1. Quanto ao Crime de Corrupção Passiva
5. A situação em que a OAS se encontrava no TCE/RN poderia levar à interrupção do repasse de verbas do BNDES à empreiteira, o que, por sua vez, paralisaria a obra da Arena das Dunas. Diante disso, apontou-se que o Parlamentar realizou reunião em sua residência para auxiliar na superação dos entraves ao empreendimento da OAS em Natal/RN.
6. Constituem indícios da prática do ato de ofício: (i) mensagens de celular trocadas no mesmo dia da realização da reunião no apartamento do denunciado, nas quais se verificam (a) menção à relevância da atuação do Senador para beneficiar a empresa; (b) a informação fornecida pelo próprio Senador denunciado no sentido de que realizou a reunião e que iria acompanhar de perto os seus desdobramentos; (ii) depoimentos prestados por dois participantes da reunião que confirmam a sua ocorrência; telefonemas entre o denunciado e o Conselheiro Relator do TCE/RN em data próxima à dos fatos.
7. Narra a denúncia que, após a mencionada reunião, o TCE/RN deixou de informar ao BNDES e ao TCU que a OAS não havia apresentado os documentos necessários à análise do projeto executivo da obra, o que impedia a constatação ou não de irregularidades no projeto. Sem os documentos, o BNDES entendeu que a situação da Arena das Dunas continuava regular e liberou as verbas para a OAS. Posteriormente, a área técnica do TCE/RN analisou os documentos apresentados pela OAS e constatou sobrepreço na obra da Arena das Dunas, no valor superior a 77 milhões de reais (fls. 88/124 do Apenso II).
8. O recebimento de vantagem indevida em espécie, no valor de pelo menos R$ 654.224,00, é indicado pelo seguintes elementos: (i) documentos fornecidos por empresas aéreas e por hotéis que confirmam a presença de emissários de Alberto Youssef em Natal/RN nos anos de 2012 e 2013; (ii) depósitos nas contas bancárias do Parlamentar em datas próximas.
9. O recebimento de vantagem indevida por meio de doações eleitorais está, por igual, indicado em razão da existência nos autos de: (i) depoimentos prestados por colaboradores no âmbito da Operação “Lavajato” no sentido de que era comum o repasse de “propinas” por meio de doações eleitorais; (ii) mensagens de celular de 2012 que indicam o recebimento de doações eleitorais para o Diretório Estadual do DEM, então controlado pelo denunciado; (iii) mensagens de celular de 2014 que indicam a solicitação e o efetivo recebimento de doações eleitorais da OAS pelo Diretório Nacional do DEM, à época presidido pelo denunciado.
10. A doação eleitoral em si não é ato ilícito. O indício de corrupção passiva não é a mera doação eleitoral, mas sim a atuação do Parlamentar em benefício da OAS, o que demonstra a plausibilidade da tese acusatória de que as doações eleitorais feitas por esta empreiteira e as solicitações de doações eleitorais a ela dirigidas são contrapartida à atuação do parlamentar em seu favor.
11. Destaco, ainda, que o crime de corrupção passiva se configura quando a vantagem indevida é recebida em razão da função, o que pode ser evidenciado pelo recebimento de vantagem indevida sem explicação razoável e pela prática de atos que beneficiam o responsável pelo pagamento. Nesse sentido: AP 694 e AP 695, sob Relatoria da Ministra Rosa Weber.
III.2. Quanto ao Crime de Lavagem de Dinheiro
12. Consta dos autos indícios de lavagem de dinheiro por meio de (i) depósitos fracionados nas contas do Parlamentar, comprovados documentalmente; e (ii) recebimento de vantagem indevida na forma de doações eleitorais. Quanto a este último, de se ressaltar que configura a um só tempo indício do crime de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro, na medida em que esses valores são apresentados na Prestação de Contas Eleitoral como de origem lícita, a indicar possível estratégia para conferir aparência de licitude ao dinheiro proveniente de infração penal.
IV. Conclusão
13. O recebimento da denúncia, como se sabe, não importa prejulgamento nem muito menos faz concluir pela culpabilidade do denunciado. Significa, tão somente, a plausabilidade da narrativa apresentada pelo Ministério Público e a necessidade de aprofundamento das investigações.
14. Desmembramento para figurar no polo passivo apenas o Senador. Denúncia recebida quanto aos crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro. | sjur380722 | - Acórdão(s) citado(s):
(CORRUPÇÃO PASSIVA, VANTAGEM SEM EXPLICAÇÃO RAZOÁVEL, ATO EM BENEFÍCIO DO PAGADOR)
AP 694 (1ªT), AP 695 (1ªT).
(FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO, DESMEMBRAMENTO)
Inq 3515 AgR (TP).
(REQUISITO, ADMISSIBILIDADE, DENÚNCIA)
Inq 1926 (TP), Inq 1990 (TP), Inq 2449 (TP), Inq 2482 (TP), Inq 2677 (TP), Inq 3016 (TP), Inq 2646 (TP).
(DEPOIMENTO, COLABORAÇÃO PREMIADA, ELEMENTO SUFICIENTE, RECEBIMENTO, DENÚNCIA)
Inq 3983 (TP).
- Acórdão(s) citado(s) - outros tribunais:
TCU: 3270/2011.
Número de páginas: 50.
Análise: 18/05/2018, AMA. | ROBERTO BARROSO | Primeira Turma | 4141 | [
"LEG-FED LEI-009613 ANO-1998\n ART-00001 \"CAPUT\"\n LEI ORDINÁRIA\n\n",
"LEG-FED LEI-012850 ANO-2013\n ART-00004 PAR-00004\n LEI ORDINÁRIA\n\n",
"LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\n ART-00317 PAR-00001 PAR-00002 ART-00332 \n \"CAPUT\"\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\n\n",
"LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\n ART-00041 ART-00395 INC-00001\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL"
] | Inq | acordaos | Inq 4141 | [
""
] | AUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
INVEST.(A/S) : JOSÉ AGRIPINO MAIA
ADV.(A/S) : ARISTIDES JUNQUEIRA ALVARENGA E OUTRO(A/S) | [
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] | {
"JURISPRUDENCIA": [
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"AP 695",
"AP 694",
"AP 695",
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"Acórdão TCU n . 3270 / 2011",
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"Processo [UNK] . 477 / 2013",
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"INQ 4141 / DF",
"INQ",
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"Inq 3515 AgR",
"INQ 4141 / DF",
"Acórdão TCU [UNK] . 3270 / 2011",
"Acórdão",
"Processo n . 477 / 2013",
"Processo 5032822 - 32 . 2015 . 4 . 04",
". 7000 / PR",
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"Inq",
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"INQ",
"INQ 4141 / DF",
"Acórdão TCU n . 3270 / 2011",
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"Acórdão TCU n . 3270 / 2011",
"Processo n . 477 / 2013",
"Processo 5032822 - 32 . 2015 . 4 .",
"Processo 5032822 - 32 . 2015 . 4 . 04 . 7000 / PR",
"Acórdão TCU n . 1982 / 2013",
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"Acórdão TCU n . 1982 / 2013",
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"INQ 1990 / RO",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"art . 186 do CPP",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"9",
".",
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"1998",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 41 e 395 do Código de Processo Penal",
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"Arena das Dunas",
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"Rio Grande do Norte",
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"Natal",
"Natal",
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"Rio Grande do Norte",
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"DISTRITO FEDERAL",
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"Ministério Público",
"Ministério Público",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"INQUÉRITO",
"Supremo Tribunal Federal",
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"PRIMEIRA TURMA",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Primeira Turma",
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"PESSOA": [
"ROBERTO BARROSO",
"JOSÉ AGRIPINO MAIA",
"ARISTIDES JUNQUEIRA ALVARENGA",
"Alberto",
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"Alberto",
"Rosa Weber",
"Marco Aurélio",
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"Marco Aurélio",
"Alexandre de Moraes",
"Edson Oliveira de Almeida",
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"João Agripino Maia",
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"Carlos Thompson Costa Fernandes",
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"Leo Pinheiro",
"Leo Pinheiro",
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"Leo Pinheiro",
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"Leo Pinheiro",
"Leo Pinheiro ”",
"Leo Pinheiro",
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"LUÍS ROBERTO BARROSO",
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"LUÍS ROBERTO BARROSO",
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"Agripino Maia",
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"Agripino Maia",
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"Ayres Britto",
"Agripino Maia",
"José Adelmário Pinheiro Filho",
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"Charles",
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"Charles",
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"Charles",
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"Carlos Thompson Costa Fernandes",
"Demétrio Paulo Torres",
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"Agripino Maia",
"Léo Pinheiro",
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"Rafael Ângulo Lopez",
"Rafael Ângulo Lopez",
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"Romero Azevedo",
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"Teori Zavascki",
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"ROSALBA CIARLINI",
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"Leo",
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"CESAR MATA PIRES FILHO",
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"JAgripino",
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"ALBERTO YOUSSEF",
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"ALBERTO YOUSSEF",
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"Ayres Britto",
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"Ayres Britto",
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"Thompson",
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"Thompson",
"Thompson",
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"ALEXANDRE DE MORAES",
"MARCO AURÉLIO",
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"ROSA WEBER",
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"Alexandre",
"Alexandre",
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"Alexandre",
"Alexandre",
"ROSA WEBER",
"Alexandre",
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"LUIZ FUX",
"Rosa Weber",
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"MARCO AURÉLIO",
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"Marco Aurélio",
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"2001",
"13 de setembro",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"12",
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"12",
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"2017",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
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"08",
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"2001",
"24",
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"08",
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"2001",
"12",
"/",
"12",
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"2017",
"24",
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"08",
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"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
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"08",
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"2001",
"24",
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"08",
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"2001",
"24",
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"08",
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"2001",
"12",
"/",
"12",
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"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 773.632 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
EMBTE.(S)
:EDUARDO DONIZETI VILAS BOAS BERTOCCO
ADV.(A/S)
:MARIA CLÁUDIA DE SEIXAS
EMBDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
SÃO PAULO
ASSIST.(S)
:MARCELO ROBERTO SCASSI
EMBARGOS DECLARATÓRIOS – SUCESSIVIDADE. Os terceiros
embargos declaratórios pressupõem o surgimento de vício quando do
julgamento dos segundos.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em não conhecer dos
embargos de declaração nos embargos de declaração nos embargos de
declaração no agravo regimental no recurso extraordinário com agravo,
nos termos do voto do relator e por unanimidade, em sessão presidida
pelo Ministro Marco Aurélio, na conformidade da ata do julgamento e
das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – PRESIDENTE E RELATOR
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14417520.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5
Relatório
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 773.632 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
EMBTE.(S)
:EDUARDO DONIZETI VILAS BOAS BERTOCCO
ADV.(A/S)
:MARIA CLÁUDIA DE SEIXAS
EMBDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
SÃO PAULO
ASSIST.(S)
:MARCELO ROBERTO SCASSI
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – A Primeira Turma não
conheceu dos segundos embargos de declaração formalizados, ante
fundamentos assim resumidos:
EMBARGOS DECLARATÓRIOS – ADEQUAÇÃO –
ACÓRDÃO PROFERIDO POR FORÇA DE IDÊNTICO
RECURSO. Os segundos embargos de declaração somente são
adequados quando o vício haja surgido pela primeira vez no
julgamento dos anteriores.
O embargante protocolou os terceiros declaratórios, nos quais reitera
as razões do recurso anterior, no tocante ao preenchimento dos requisitos
para a substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de
direitos. Articula com a existência de elementos a possibilitar a redução
de sanção fixada para o mínimo legal, assim como o estabelecimento do
regime inicial aberto.
A parte embargada, em contrarrazões, discorre acerca do caráter
protelatório do recurso.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
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12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 773.632 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
EMBTE.(S)
:EDUARDO DONIZETI VILAS BOAS BERTOCCO
ADV.(A/S)
:MARIA CLÁUDIA DE SEIXAS
EMBDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
SÃO PAULO
ASSIST.(S)
:MARCELO ROBERTO SCASSI
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – A Primeira Turma não
conheceu dos segundos embargos de declaração formalizados, ante
fundamentos assim resumidos:
EMBARGOS DECLARATÓRIOS – ADEQUAÇÃO –
ACÓRDÃO PROFERIDO POR FORÇA DE IDÊNTICO
RECURSO. Os segundos embargos de declaração somente são
adequados quando o vício haja surgido pela primeira vez no
julgamento dos anteriores.
O embargante protocolou os terceiros declaratórios, nos quais reitera
as razões do recurso anterior, no tocante ao preenchimento dos requisitos
para a substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de
direitos. Articula com a existência de elementos a possibilitar a redução
de sanção fixada para o mínimo legal, assim como o estabelecimento do
regime inicial aberto.
A parte embargada, em contrarrazões, discorre acerca do caráter
protelatório do recurso.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 773.632 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) –
Observem a organicidade e a dinâmica do Direito instrumental. Estes são
os terceiros declaratórios formalizados, tendo a parte embargante
articulado mero inconformismo com a solução de mérito. Rememoro o
que decidido quando da apreciação do agravo interno, no qual a Primeira
Turma assentou a inexistência de questão constitucional na lide posta:
No tocante à ausência de envergadura constitucional do
tema, atentem para o que decidido pelo Tribunal de Justiça do
Estado de São Paulo:
Resta, assim, fixar a pena. A mera descrição das
circunstâncias do crime, muito bem feita na r. sentença,
deixa clara necessidade não apenas da exacerbação da
pena-base, mas da necessidade de rever, com urgência, o
conceito vigente de crime-meio/crime-fim; todavia, não
posso deixar de reconhecer (tendo em vista a
jurisprudência dominante) que o digno sentenciante foi
por demais rigoroso. Assim, em face da quantidade de
crimes utilizados como meio para o estelionato (todos de
gravidade semelhante – a julgar pela pena – ao crimefim),
parece-me que a pena-base no ponto meio entre o mínimo
e máximo é razoável; fica ela, portanto, em três anos de
reclusão e trinta dias-multa; o valor diário fixado na r.
sentença é adequado, pelos fundamentos nela expostos.
Com o aumento de um sexto, pela agravante genérica,
temos a pena final em três anos e seis meses de reclusão e
trinta e cinco dias-multa, no valor de um décimo do
salário-mínino por dia. O regime há de ser o semiaberto.
Em recente julgamento realizado por esta Câmara, por
mim relatado, o paciente foi condenado a quatro anos, em
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12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 773.632 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) –
Observem a organicidade e a dinâmica do Direito instrumental. Estes são
os terceiros declaratórios formalizados, tendo a parte embargante
articulado mero inconformismo com a solução de mérito. Rememoro o
que decidido quando da apreciação do agravo interno, no qual a Primeira
Turma assentou a inexistência de questão constitucional na lide posta:
No tocante à ausência de envergadura constitucional do
tema, atentem para o que decidido pelo Tribunal de Justiça do
Estado de São Paulo:
Resta, assim, fixar a pena. A mera descrição das
circunstâncias do crime, muito bem feita na r. sentença,
deixa clara necessidade não apenas da exacerbação da
pena-base, mas da necessidade de rever, com urgência, o
conceito vigente de crime-meio/crime-fim; todavia, não
posso deixar de reconhecer (tendo em vista a
jurisprudência dominante) que o digno sentenciante foi
por demais rigoroso. Assim, em face da quantidade de
crimes utilizados como meio para o estelionato (todos de
gravidade semelhante – a julgar pela pena – ao crimefim),
parece-me que a pena-base no ponto meio entre o mínimo
e máximo é razoável; fica ela, portanto, em três anos de
reclusão e trinta dias-multa; o valor diário fixado na r.
sentença é adequado, pelos fundamentos nela expostos.
Com o aumento de um sexto, pela agravante genérica,
temos a pena final em três anos e seis meses de reclusão e
trinta e cinco dias-multa, no valor de um décimo do
salário-mínino por dia. O regime há de ser o semiaberto.
Em recente julgamento realizado por esta Câmara, por
mim relatado, o paciente foi condenado a quatro anos, em
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
ARE 773632 AGR-ED-ED-ED / SP
regime semiaberto (não é demais mencionar que se tratava
de outros falsos, em que também foi ele beneficiado pela
jurisprudência dominante). Foi, então, agraciado com
substituição da pena privativa de liberdade – o que a torna
impossível, aqui, assim como o regime aberto (que,
ademais, embora juridicamente possível, seria de todo
inadequado à finalidade da punição). Fica, destarte,
prejudicado o pedido de revogação da prisão preventiva,
devendo porém providenciar-se a imediata remoção do
acusado para estabelecimento de redime adequado.
O deslinde do caso deu-se à luz dos fatos e das provas e
sob o ângulo estritamente legal, não considerada a Constituição
da República. A conclusão adotada fez-se alicerçada em
interpretação conferida à legislação de regência da matéria.
O embargante insiste no exame de matéria já discutida, sem
demonstrar omissão, obscuridade ou contradição. Busca a redução da
pena fixada e alteração do regime inicial a partir do revolvimento do
quadro fático, articulação esta a esbarrar no óbice do verbete nº 279 da
Súmula do Supremo.
Não conheço dos embargos, tendo-os como protelatórios.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14417522.
Supremo Tribunal Federal
ARE 773632 AGR-ED-ED-ED / SP
regime semiaberto (não é demais mencionar que se tratava
de outros falsos, em que também foi ele beneficiado pela
jurisprudência dominante). Foi, então, agraciado com
substituição da pena privativa de liberdade – o que a torna
impossível, aqui, assim como o regime aberto (que,
ademais, embora juridicamente possível, seria de todo
inadequado à finalidade da punição). Fica, destarte,
prejudicado o pedido de revogação da prisão preventiva,
devendo porém providenciar-se a imediata remoção do
acusado para estabelecimento de redime adequado.
O deslinde do caso deu-se à luz dos fatos e das provas e
sob o ângulo estritamente legal, não considerada a Constituição
da República. A conclusão adotada fez-se alicerçada em
interpretação conferida à legislação de regência da matéria.
O embargante insiste no exame de matéria já discutida, sem
demonstrar omissão, obscuridade ou contradição. Busca a redução da
pena fixada e alteração do regime inicial a partir do revolvimento do
quadro fático, articulação esta a esbarrar no óbice do verbete nº 279 da
Súmula do Supremo.
Não conheço dos embargos, tendo-os como protelatórios.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14417522.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5
Extrato de Ata - 12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 773.632
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
EMBTE.(S) : EDUARDO DONIZETI VILAS BOAS BERTOCCO
ADV.(A/S) : MARIA CLÁUDIA DE SEIXAS (88552/SP)
EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
PAULO
ASSIST.(S) : MARCELO ROBERTO SCASSI
Decisão: A Turma não conheceu dos embargos, nos termos do voto
do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Marco Aurélio.
Primeira Turma, 12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14321549
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 773.632
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
EMBTE.(S) : EDUARDO DONIZETI VILAS BOAS BERTOCCO
ADV.(A/S) : MARIA CLÁUDIA DE SEIXAS (88552/SP)
EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
PAULO
ASSIST.(S) : MARCELO ROBERTO SCASSI
Decisão: A Turma não conheceu dos embargos, nos termos do voto
do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Marco Aurélio.
Primeira Turma, 12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14321549
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14429573 | 2017-12-12T00:00:00 | 2018-03-02T00:00:00 | A Turma não conheceu dos embargos, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 12.12.2017. | EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMBARGOS DECLARATÓRIOS – SUCESSIVIDADE. Os terceiros embargos declaratórios pressupõem o surgimento de vício quando do julgamento dos segundos. | sjur381108 | Número de páginas: 5.
Análise: 09/03/2018, MJC. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 773632 | null | ARE-AgR-ED-ED-ED | acordaos | ARE 773632 AgR-ED-ED-ED | [
""
] | EMBTE.(S) : EDUARDO DONIZETI VILAS BOAS BERTOCCO
ADV.(A/S) : MARIA CLÁUDIA DE SEIXAS
EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
ASSIST.(S) : MARCELO ROBERTO SCASSI | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO 773 . 632",
"AGRAVO 773 . 632 SÃO",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 773 . 632 SÃO",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 773 . 632",
"verbete [UNK] 279 da Súmula do Supremo",
"ARE 773632 AGR - ED - ED - ED / SP",
"verbete [UNK] 279 da Súmula do Supremo"
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"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 /",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
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"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Brasília",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
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"ESTADO DE SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
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"Brasil",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
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"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO",
"Primeira",
"Primeira Turma",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
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"-",
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"-",
"Brasil"
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"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"EDUARDO DONIZETI VILAS BOAS BERTOCCO",
"MARIA CLÁUDIA DE SEIXAS",
"MARCELO ROBERTO SCASSI",
"Marco Aurélio",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"EDUARDO DONIZETI VILAS BOAS BERTOCCO",
"MARIA CLÁUDIA DE SEIXAS",
"MARCELO ROBERTO SCASSI",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"EDUARDO DONIZETI VILAS BOAS BERTOCCO",
"MARIA CLÁUDIA DE SEIXAS",
"MARCELO ROBERTO SCASSI",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"EDUARDO DONIZETI VILAS BOAS BERTOCCO",
"MARIA CLÁUDIA DE SEIXAS",
"MARCELO ROBERTO SCASSI",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"EDUARDO DONIZETI VILAS BOAS BERTOCCO",
"MARIA CLÁUDIA DE SEIXAS",
"MARCELO ROBERTO SCASSI",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
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"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
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"TEMPO": [
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"12",
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"12 de dezembro de 2017",
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"2017",
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"08",
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"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.653 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:D.B.N.
ADV.(A/S)
:CESAR AUGUSTO MOREIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
EMENTA
Agravo regimental em habeas corpus. Processual Penal. Sessão de
julgamento. Indeferimento de pedido de adiamento. Pretendido
reconhecimento de nulidade. Questão não analisada pelas instâncias
antecedentes. Apreciação per saltum. Impossibilidade. Dupla supressão
de instância caracterizada. Precedentes. Writ utilizado como sucedâneo
de revisão criminal. Impossibilidade. Precedentes. Advogado
anteriormente intimado para audiência designada para a mesma data,
em juízo diverso. Hipótese em que o recorrente era defendido por mais
de um advogado constituído. Possibilidade de um dos defensores
sustentar oralmente na ausência do outro. Nulidade inexistente. Caso
que não encerra situação de constrangimento ilegal a amparar a
concessão da ordem de ofício. Agravo regimental não provido.
1. O colegiado do Superior Tribunal de Justiça não analisou as teses
suscitadas na impetração. Logo, sua apreciação pela Corte configuraria,
na linha de precedentes, inadmissível supressão de instância.
2. Os autos noticiam o trânsito em julgado da condenação imposta
ao paciente, sendo certo que o habeas corpus não pode ser utilizado
como sucedâneo de revisão criminal.
3. O caso não encerra situação de constrangimento ilegal que ampare
uma concessão da ordem de ofício.
4. A impossibilidade da presença de um dos advogados da parte à
sessão de julgamento não basta para que se reconheça o direito a seu
adiamento, pois a sustentação oral pode ser feita pelo(s) outro(s)
advogado(s). Precedentes.
5. Agravo regimental não provido.
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Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
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Ementa e Acórdão
HC 149653 AGR / SP
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Edson Fachin, na conformidade da ata do julgamento e
das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento
ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 149653 AGR / SP
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Edson Fachin, na conformidade da ata do julgamento e
das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento
ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
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Relatório
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.653 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:D.B.N.
ADV.(A/S)
:CESAR AUGUSTO MOREIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de D. B.
N., apontando como autoridade coatora a Sexta Turma do Superior
Tribunal de Justiça, que negou provimento ao agravo regimental no HC
nº 235.117/SP, Relator o Ministro Antonio Saldanha Palheiro.
Os impetrantes sustentaram que o paciente foi submetido a
constrangimento ilegal, na medida em que atos praticados pelo Tribunal
de Justiça de São Paulo “resultaram em evidente cerceamento de defesa,
em ofensa clara à garantia constitucional insculpida no inciso LV do
artigo 5º da Constituição da República”.
A esse respeito, afirmaram o seguinte:
“Em primeiro lugar, evidenciada a violação à garantia -
disposta no art. 143 do Regimento Interno do TJSP - do lá
apelante, aqui paciente, de ter suas razões apresentadas
oralmente por seu defensor constituído por ocasião da sessão
de julgamento do mérito do recurso interposto. Isto porque, na
espécie, na data para a qual fora designada a sessão solene, o
advogado do paciente já havia sido intimado para comparecer
em Audiência na 3ª Vara de Família e Sucessões da Comarca de
Ribeirão Preto/SP, como comprova certidão anexada. Com
efeito, solicitado o pedido de adiamento da sessão, com a
respectiva justificativa, fora indeferido pela turma julgadora,
ignorando a impossibilidade do defensor do réu, ora paciente,
de comparecer e sustentar suas razões oralmente.
Não bastasse o indeferimento do adiamento da sessão,
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12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.653 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:D.B.N.
ADV.(A/S)
:CESAR AUGUSTO MOREIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de D. B.
N., apontando como autoridade coatora a Sexta Turma do Superior
Tribunal de Justiça, que negou provimento ao agravo regimental no HC
nº 235.117/SP, Relator o Ministro Antonio Saldanha Palheiro.
Os impetrantes sustentaram que o paciente foi submetido a
constrangimento ilegal, na medida em que atos praticados pelo Tribunal
de Justiça de São Paulo “resultaram em evidente cerceamento de defesa,
em ofensa clara à garantia constitucional insculpida no inciso LV do
artigo 5º da Constituição da República”.
A esse respeito, afirmaram o seguinte:
“Em primeiro lugar, evidenciada a violação à garantia -
disposta no art. 143 do Regimento Interno do TJSP - do lá
apelante, aqui paciente, de ter suas razões apresentadas
oralmente por seu defensor constituído por ocasião da sessão
de julgamento do mérito do recurso interposto. Isto porque, na
espécie, na data para a qual fora designada a sessão solene, o
advogado do paciente já havia sido intimado para comparecer
em Audiência na 3ª Vara de Família e Sucessões da Comarca de
Ribeirão Preto/SP, como comprova certidão anexada. Com
efeito, solicitado o pedido de adiamento da sessão, com a
respectiva justificativa, fora indeferido pela turma julgadora,
ignorando a impossibilidade do defensor do réu, ora paciente,
de comparecer e sustentar suas razões oralmente.
Não bastasse o indeferimento do adiamento da sessão,
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Relatório
HC 149653 AGR / SP
mudança que se mostrava imprescindível diante da
impossibilidade de comparecimento do advogado do réu, tal
decisão fora exarada no mesmo ato em que o mérito do recurso
fora decidido, sem, portanto, que o causídico fosse intimado da
decisão com a antecedência determinada pela Lei.
Em outras palavras, (...), PENDIA decisão sobre o pedido
defensivo para que o julgamento do feito fosse adiado, sendo
certo que tal decisium fixaria nova data, e a decisão seria objeto
de intimação via DJ, de modo que a parte, na pessoa de seu
advogado, fosse devidamente intimada e em tempo hábil para
que fossem tomadas as medidas cabíveis por parte do
representante processual, tendo em vista que logo em seguida o
mérito do recurso em apreciação fora julgado em definitivo”.
Em vista do apontado cerceamento de defesa, buscou-se a nulidade
do julgamento do recurso de apelação proferido pelo Tribunal de Justiça
de São Paulo.
Requereram, assim, o deferimento da liminar para que se
suspendessem os “efeitos do Acórdão proferido pelo TJSP (...)” e, no
mérito, pleitearam a concessão da ordem para que reconhecesse a
“nulidade do julgamento da Apelação Criminal nº
990.09.220412-2 pela 5ª CÂMARA DE DIREITO CRIMINAL DO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO, em
sessão realizada aos 16/02/2012, com a consequente cassação do
v. Acórdão proferido pela Turma julgadora e dos demais atos
praticados após a prolação do mesmo. Requer-se, ainda, seja
determinada à Colenda Câmara a designação de nova data para
o novo julgamento do referido recurso com a intimação do
advogado com a antecedência determinada pela Lei,
garantindo, desta maneira, a prerrogativa de sustentar
oralmente suas razões”.
Em 30/10/17, neguei seguimento ao habeas corpus, dando por
prejudicado o pedido de liminar (art. 21, § 1º, do RISTF).
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 149653 AGR / SP
mudança que se mostrava imprescindível diante da
impossibilidade de comparecimento do advogado do réu, tal
decisão fora exarada no mesmo ato em que o mérito do recurso
fora decidido, sem, portanto, que o causídico fosse intimado da
decisão com a antecedência determinada pela Lei.
Em outras palavras, (...), PENDIA decisão sobre o pedido
defensivo para que o julgamento do feito fosse adiado, sendo
certo que tal decisium fixaria nova data, e a decisão seria objeto
de intimação via DJ, de modo que a parte, na pessoa de seu
advogado, fosse devidamente intimada e em tempo hábil para
que fossem tomadas as medidas cabíveis por parte do
representante processual, tendo em vista que logo em seguida o
mérito do recurso em apreciação fora julgado em definitivo”.
Em vista do apontado cerceamento de defesa, buscou-se a nulidade
do julgamento do recurso de apelação proferido pelo Tribunal de Justiça
de São Paulo.
Requereram, assim, o deferimento da liminar para que se
suspendessem os “efeitos do Acórdão proferido pelo TJSP (...)” e, no
mérito, pleitearam a concessão da ordem para que reconhecesse a
“nulidade do julgamento da Apelação Criminal nº
990.09.220412-2 pela 5ª CÂMARA DE DIREITO CRIMINAL DO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO, em
sessão realizada aos 16/02/2012, com a consequente cassação do
v. Acórdão proferido pela Turma julgadora e dos demais atos
praticados após a prolação do mesmo. Requer-se, ainda, seja
determinada à Colenda Câmara a designação de nova data para
o novo julgamento do referido recurso com a intimação do
advogado com a antecedência determinada pela Lei,
garantindo, desta maneira, a prerrogativa de sustentar
oralmente suas razões”.
Em 30/10/17, neguei seguimento ao habeas corpus, dando por
prejudicado o pedido de liminar (art. 21, § 1º, do RISTF).
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Relatório
HC 149653 AGR / SP
Contra essa decisão a defesa interpõe, tempestivamente, o presente
agravo regimental, no qual questiona os fundamentos da decisão
agravada, bem como reitera os fundamentos suscitados na inicial da
impetração.
Instado a se manifestar, o Ministério Público Federal, em parecer da
lavra do Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida, opinou pelo não provimento do agravo regimental.
É o relatório.
3
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Supremo Tribunal Federal
HC 149653 AGR / SP
Contra essa decisão a defesa interpõe, tempestivamente, o presente
agravo regimental, no qual questiona os fundamentos da decisão
agravada, bem como reitera os fundamentos suscitados na inicial da
impetração.
Instado a se manifestar, o Ministério Público Federal, em parecer da
lavra do Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida, opinou pelo não provimento do agravo regimental.
É o relatório.
3
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.653 SÃO PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Conforme relatado, volta-se este agravo contra decisão pela qual
neguei seguimento ao habeas corpus impetrado contra acórdão da Sexta
Turma do Superior Tribunal de Justiça, a qual negou provimento ao
agravo regimental no HC nº 235.117/SP, Relator o Ministro Antonio
Saldanha Palheiro.
Transcrevo a ementa do julgado ora impugnado:
““AGRAVO REGIMENTAL.
HABEAS CORPUS.
SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. MATÉRIA NÃO APRECIADA
PELO TRIBUNAL A QUO. AUSÊNCIA DE TERATOLOGIA OU
ILEGALIDADE MANIFESTA.
1. O conhecimento do
habeas corpus, sem o
pronunciamento definitivo do Tribunal a quo, traduz supressão
de instância e, via de consequência, violação às regras
constitucionais definidoras da competência dos Tribunais
Superiores, estabelecidas numerus clausus, na Constituição
Federal.
2. Deveras, o agravante não se desincumbiu de
demonstrar teratologia ou manifesta ilegalidade no ato
impugnado que justificasse a atuação precoce desta Corte,
contrariando as regras de competência, o princípio do devido
processo legal substancial e do duplo grau de jurisdição.
3. Agravo regimental desprovido.”
Consoante consignado na decisão agravada, o Superior Tribunal de
Justiça deixou de apreciar a tese invocada pelo impetrante, uma vez que
ela não fora objeto de deliberação no Tribunal de Justiça estadual.
Logo, a apreciação dessa questão, de forma originária, neste ensejo,
configuraria inadmissível dupla supressão de instância (v.g. RHC nº
112.705/DF, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 21/3/13).
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Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.653 SÃO PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Conforme relatado, volta-se este agravo contra decisão pela qual
neguei seguimento ao habeas corpus impetrado contra acórdão da Sexta
Turma do Superior Tribunal de Justiça, a qual negou provimento ao
agravo regimental no HC nº 235.117/SP, Relator o Ministro Antonio
Saldanha Palheiro.
Transcrevo a ementa do julgado ora impugnado:
““AGRAVO REGIMENTAL.
HABEAS CORPUS.
SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. MATÉRIA NÃO APRECIADA
PELO TRIBUNAL A QUO. AUSÊNCIA DE TERATOLOGIA OU
ILEGALIDADE MANIFESTA.
1. O conhecimento do
habeas corpus, sem o
pronunciamento definitivo do Tribunal a quo, traduz supressão
de instância e, via de consequência, violação às regras
constitucionais definidoras da competência dos Tribunais
Superiores, estabelecidas numerus clausus, na Constituição
Federal.
2. Deveras, o agravante não se desincumbiu de
demonstrar teratologia ou manifesta ilegalidade no ato
impugnado que justificasse a atuação precoce desta Corte,
contrariando as regras de competência, o princípio do devido
processo legal substancial e do duplo grau de jurisdição.
3. Agravo regimental desprovido.”
Consoante consignado na decisão agravada, o Superior Tribunal de
Justiça deixou de apreciar a tese invocada pelo impetrante, uma vez que
ela não fora objeto de deliberação no Tribunal de Justiça estadual.
Logo, a apreciação dessa questão, de forma originária, neste ensejo,
configuraria inadmissível dupla supressão de instância (v.g. RHC nº
112.705/DF, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 21/3/13).
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
HC 149653 AGR / SP
Com efeito, este Supremo Tribunal tem assentado a impossibilidade
de, em exame per saltum, apreciar questão não analisada pelas instâncias
antecedentes, sob pena de incorrer em grave violação das regras de
competência constitucionalmente previstas.
Perfilhando esse entendimento: HC nº 111.171/DF, Primeira Turma,
de minha relatoria, DJe de 9/4/12; HC nº 103.131/SP, Primeira Turma,
Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 15/10/10; HC nº
102.783/SP, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de
28/5/10; e HC nº 96.555/MG, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim
Barbosa, DJe de 18/12/09, entre outros.
Reitero, ademais, que havendo notícia do trânsito em julgado da
condenação imposta ao agravante, o habeas corpus não pode ser
utilizado como sucedâneo de revisão criminal. Confira-se:
“Recurso ordinário em habeas corpus. Penal. Crime
ambiental (art. 56 da Lei nº 9.605/98). Writ dirigido ao Superior
Tribunal de Justiça. Prejudicialidade superveniente decorrente
da extinção da pena imposta ao paciente. Incidência da Súmula
nº 695 do STF. Questões de mérito não submetidas à instância
antecedente. Inadmissível supressão de instância. Pretensão,
ademais, que não mais guarda, direta ou indiretamente, relação
com a liberdade de locomoção do ora recorrente.
Inadmissibilidade da impetração como sucedâneo de revisão
criminal. Recurso não provido. 1. Segundo entendimento
veiculado no Verbete 695 da Suprema Corte, não cabe habeas
corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade. 2. Não
se vislumbra, na espécie, a possibilidade de exame direto e per
saltum por esta Suprema Corte das questões de fundo tratadas
na impetração, sob pena de configurar-se inadmissível
supressão de instância. Precedentes. 3. A Corte, igualmente, não
admite o habeas corpus quando se pretende discutir questões
alheias à privação da liberdade de locomoção. Precedentes. 4.
Ademais, o
habeas corpus
não é sucedâneo de recursos ou de
revisão criminal. Precedentes. 5. Recurso ordinário a que se
nega provimento” (RHC nº 114.890/RS, Primeira Turma, de
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 149653 AGR / SP
Com efeito, este Supremo Tribunal tem assentado a impossibilidade
de, em exame per saltum, apreciar questão não analisada pelas instâncias
antecedentes, sob pena de incorrer em grave violação das regras de
competência constitucionalmente previstas.
Perfilhando esse entendimento: HC nº 111.171/DF, Primeira Turma,
de minha relatoria, DJe de 9/4/12; HC nº 103.131/SP, Primeira Turma,
Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 15/10/10; HC nº
102.783/SP, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de
28/5/10; e HC nº 96.555/MG, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim
Barbosa, DJe de 18/12/09, entre outros.
Reitero, ademais, que havendo notícia do trânsito em julgado da
condenação imposta ao agravante, o habeas corpus não pode ser
utilizado como sucedâneo de revisão criminal. Confira-se:
“Recurso ordinário em habeas corpus. Penal. Crime
ambiental (art. 56 da Lei nº 9.605/98). Writ dirigido ao Superior
Tribunal de Justiça. Prejudicialidade superveniente decorrente
da extinção da pena imposta ao paciente. Incidência da Súmula
nº 695 do STF. Questões de mérito não submetidas à instância
antecedente. Inadmissível supressão de instância. Pretensão,
ademais, que não mais guarda, direta ou indiretamente, relação
com a liberdade de locomoção do ora recorrente.
Inadmissibilidade da impetração como sucedâneo de revisão
criminal. Recurso não provido. 1. Segundo entendimento
veiculado no Verbete 695 da Suprema Corte, não cabe habeas
corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade. 2. Não
se vislumbra, na espécie, a possibilidade de exame direto e per
saltum por esta Suprema Corte das questões de fundo tratadas
na impetração, sob pena de configurar-se inadmissível
supressão de instância. Precedentes. 3. A Corte, igualmente, não
admite o habeas corpus quando se pretende discutir questões
alheias à privação da liberdade de locomoção. Precedentes. 4.
Ademais, o
habeas corpus
não é sucedâneo de recursos ou de
revisão criminal. Precedentes. 5. Recurso ordinário a que se
nega provimento” (RHC nº 114.890/RS, Primeira Turma, de
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
HC 149653 AGR / SP
minha relatoria, DJe de 8/8/13 – grifos nossos).
De toda forma, deixo consignado, para efeito de registro, inexistir,
na espécie, ato configurador de constrangimento ilegal flagrante a
amparar uma concessão ex officio da ordem.
Conforme destacou o Ministro Antonio Saldanha Palheiro, ao citar
o parecer da Procuradoria-Geral da República em seu voto,
“a sessão de julgamento do apelo estava marcada para o
dia 09/02/2012, tendo a defesa requerido o adiamento. O pleito
foi deferido pela Corte paulista em 07/02/2012, sendo
remarcada a apreciação do recurso para a sessão seguinte, no
dia 16/02/2012. A defesa, então, pleiteou novo adiamento, tendo
em vista que o advogado César Augusto Moreira estava
previamente intimado para comparecer à 3ª Vara de Família e
Sucessões da Comarca de Ribeirão Preto/SP, razão pela qual não
poderia sustentar oralmente.
Tal pedido foi desacolhido pelo TJ/SP.
Nesse contexto, observa-se que não há qualquer
irregularidade a ser sanada por esta Corte Superior.
Em primeiro lugar, porque o paciente era assistido por
dois advogados, César Augusto Moreira e Flávia Ferreira
Teles de Sales, conforme se vê na procuração de e-STJ fl. 11.
Dessa forma, mesmo que o primeiro não pudesse comparecer à
sessão de 16/02/2012, uma vez que previamente intimado para
atender a outra causa na mesma data (e-STJ fl. 37), não há
elemento nos autos a indicar que a outra defensora não pudesse
efetivar a sustentação oral em favor do paciente. Vale ressaltar,
inclusive, que da intimação da pauta de julgamento (e-STJ fl.
16) também consta, expressamente, a advogada Flávia Ferreira
Teles de Sales, motivo pelo qual não se vislumbra nulidade”
(anexo 15 - grifos nossos).
Com efeito, o indeferimento do segundo pedido de adiamento da
sessão de julgamento do recurso de apelação, mantendo a superposição
de atos processuais, não acarretou prejuízo à defesa, pois aquele ato
3
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Supremo Tribunal Federal
HC 149653 AGR / SP
minha relatoria, DJe de 8/8/13 – grifos nossos).
De toda forma, deixo consignado, para efeito de registro, inexistir,
na espécie, ato configurador de constrangimento ilegal flagrante a
amparar uma concessão ex officio da ordem.
Conforme destacou o Ministro Antonio Saldanha Palheiro, ao citar
o parecer da Procuradoria-Geral da República em seu voto,
“a sessão de julgamento do apelo estava marcada para o
dia 09/02/2012, tendo a defesa requerido o adiamento. O pleito
foi deferido pela Corte paulista em 07/02/2012, sendo
remarcada a apreciação do recurso para a sessão seguinte, no
dia 16/02/2012. A defesa, então, pleiteou novo adiamento, tendo
em vista que o advogado César Augusto Moreira estava
previamente intimado para comparecer à 3ª Vara de Família e
Sucessões da Comarca de Ribeirão Preto/SP, razão pela qual não
poderia sustentar oralmente.
Tal pedido foi desacolhido pelo TJ/SP.
Nesse contexto, observa-se que não há qualquer
irregularidade a ser sanada por esta Corte Superior.
Em primeiro lugar, porque o paciente era assistido por
dois advogados, César Augusto Moreira e Flávia Ferreira
Teles de Sales, conforme se vê na procuração de e-STJ fl. 11.
Dessa forma, mesmo que o primeiro não pudesse comparecer à
sessão de 16/02/2012, uma vez que previamente intimado para
atender a outra causa na mesma data (e-STJ fl. 37), não há
elemento nos autos a indicar que a outra defensora não pudesse
efetivar a sustentação oral em favor do paciente. Vale ressaltar,
inclusive, que da intimação da pauta de julgamento (e-STJ fl.
16) também consta, expressamente, a advogada Flávia Ferreira
Teles de Sales, motivo pelo qual não se vislumbra nulidade”
(anexo 15 - grifos nossos).
Com efeito, o indeferimento do segundo pedido de adiamento da
sessão de julgamento do recurso de apelação, mantendo a superposição
de atos processuais, não acarretou prejuízo à defesa, pois aquele ato
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
HC 149653 AGR / SP
processual não impediria que um dos defensores realizasse a pretendida
sustentação oral na sessão, enquanto o outro participasse da audiência na
3ª Vara de Família e Sucessões da Comarca de Ribeirão Preto/SP, não
cabendo, agora, se invocar a suposta nulidade para a qual teria
contribuído.
Como se lê na jurisprudência da Corte, “a impossibilidade da
presença de um dos advogados da parte à sessão de julgamento não basta
para que se reconheça o direito a seu adiamento, pois a sustentação oral
pode ser feita pelo(s) outro(s) advogado(s)” (RHC nº 128.173/PA, Segunda
Turma, de minha relatoria, DJe de 3/8/15).
No mesmo sentido: HC nº 86.092/SP, Primeira Turma, Relator o
Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/10/06; e HC 75.931, Primeira
Turma, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 19/12/97.
Tem-se, portanto, que as razões do ora agravante não são suficientes
para infirmar a decisão questionada.
Nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
4
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Supremo Tribunal Federal
HC 149653 AGR / SP
processual não impediria que um dos defensores realizasse a pretendida
sustentação oral na sessão, enquanto o outro participasse da audiência na
3ª Vara de Família e Sucessões da Comarca de Ribeirão Preto/SP, não
cabendo, agora, se invocar a suposta nulidade para a qual teria
contribuído.
Como se lê na jurisprudência da Corte, “a impossibilidade da
presença de um dos advogados da parte à sessão de julgamento não basta
para que se reconheça o direito a seu adiamento, pois a sustentação oral
pode ser feita pelo(s) outro(s) advogado(s)” (RHC nº 128.173/PA, Segunda
Turma, de minha relatoria, DJe de 3/8/15).
No mesmo sentido: HC nº 86.092/SP, Primeira Turma, Relator o
Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/10/06; e HC 75.931, Primeira
Turma, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 19/12/97.
Tem-se, portanto, que as razões do ora agravante não são suficientes
para infirmar a decisão questionada.
Nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
4
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Extrato de Ata - 12/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.653
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : D.B.N.
ADV.(A/S) : CESAR AUGUSTO MOREIRA (129373/SP) E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Ministros Gilmar Mendes e Ricardo
Lewandowski. Presidência do Ministro Edson Fachin. 2ª Turma,
12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Edson Fachin. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello e Dias Toffoli.
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e
Ricardo Lewandowski.
Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio
Marques.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.653
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : D.B.N.
ADV.(A/S) : CESAR AUGUSTO MOREIRA (129373/SP) E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Ministros Gilmar Mendes e Ricardo
Lewandowski. Presidência do Ministro Edson Fachin. 2ª Turma,
12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Edson Fachin. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello e Dias Toffoli.
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e
Ricardo Lewandowski.
Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio
Marques.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14292850
Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14300893 | 2017-12-12T00:00:00 | 2018-02-06T00:00:00 | A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Presidência do Ministro Edson Fachin. 2ª Turma, 12.12.2017. | AG.REG. NO HABEAS CORPUS | EMENTA
Agravo regimental em habeas corpus. Processual Penal. Sessão de julgamento. Indeferimento de pedido de adiamento. Pretendido reconhecimento de nulidade. Questão não analisada pelas instâncias antecedentes. Apreciação per saltum. Impossibilidade. Dupla supressão de instância caracterizada. Precedentes. Writ utilizado como sucedâneo de revisão criminal. Impossibilidade. Precedentes. Advogado anteriormente intimado para audiência designada para a mesma data, em juízo diverso. Hipótese em que o recorrente era defendido por mais de um advogado constituído. Possibilidade de um dos defensores sustentar oralmente na ausência do outro. Nulidade inexistente. Caso que não encerra situação de constrangimento ilegal a amparar a concessão da ordem de ofício. Agravo regimental não provido.
1. O colegiado do Superior Tribunal de Justiça não analisou as teses suscitadas na impetração. Logo, sua apreciação pela Corte configuraria, na linha de precedentes, inadmissível supressão de instância.
2. Os autos noticiam o trânsito em julgado da condenação imposta ao paciente, sendo certo que o habeas corpus não pode ser utilizado como sucedâneo de revisão criminal.
3. O caso não encerra situação de constrangimento ilegal que ampare uma concessão da ordem de ofício.
4. A impossibilidade da presença de um dos advogados da parte à sessão de julgamento não basta para que se reconheça o direito a seu adiamento, pois a sustentação oral pode ser feita pelo(s) outro(s) advogado(s). Precedentes.
5. Agravo regimental não provido. | sjur379772 | - Acórdão(s) citado(s):
(SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA)
HC 96555 (2ªT), HC 102783 (1ªT), HC 103131 (1ªT), HC 111171 (1ªT), RHC 112705 (1ªT).
(HC, SUCEDÂNEO DE REVISÃO CRIMINAL)
RHC 114890 (1ªT).
(ADIAMENTO, SESSÃO DE JULGAMENTO, SUSTENTAÇÃO ORAL, MULTIPLICIDADE, ADVOGADO)
HC 75931 (1ªT), HC 86092 (1ªT), RHC 128173 (2ªT).
Número de páginas: 10.
Análise: 21/02/2018, MAD. | DIAS TOFFOLI | Segunda Turma | 149653 | null | HC-AgR | acordaos | HC 149653 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : D.B.N.
ADV.(A/S) : CESAR AUGUSTO MOREIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 149 . 653",
"HC 149653 AGR / SP",
"HC 149653 AGR / SP",
"HABEAS CORPUS 149 . 653",
"HC [UNK] 235 . 117 / SP",
"HABEAS CORPUS 149 . 653",
"HC [UNK] 235 . 117 / SP",
"HC 149653 AGR / SP",
"Apelação Criminal [UNK] 990 . 09 . 220412 - 2",
"HC 149653 AGR / SP",
"Apelação Criminal [UNK] 990 . 09 . 220412 - 2",
"HC 149653 AGR / SP",
"HC 149653 AGR / SP",
"HABEAS CORPUS 149 . 653",
"HC [UNK] 235 . 117 / SP",
"RHC [UNK] 112 . 705 / DF",
"HABEAS CORPUS 149 . 653",
"HC [UNK] 235 . 117 / SP",
"RHC [UNK] 112 . 705 / DF",
"HC 149653 AGR / SP",
"HC [UNK] 111 . 171 / DF",
"HC [UNK] 103 . 131 / SP",
"HC [UNK] 102 . 783 / SP",
"HC [UNK] 96 . 555 / MG",
"Súmula [UNK] 695 do STF .",
"Verbete 695 da Suprema Corte",
"RHC [UNK] 114 . 890 / RS",
"HC 149653 AGR / SP",
"HC [UNK] 111 . 171 / DF",
"HC [UNK] 103 . 131 / SP",
"HC [UNK] 96 . 555 / MG",
"Súmula [UNK] 695 do STF",
"Verbete 695 da Suprema Corte",
"RHC [UNK] 114 . 890 / RS",
"HC 149653 AGR / SP",
"HC 149653 AGR / SP",
"HC 149653 AGR / SP",
"RHC [UNK] 128 . 173 / PA",
"HC [UNK] 86 . 092 / SP",
"HC 75 . 931",
"HC 149653 AGR / SP",
"RHC [UNK] 128 . 173 / PA",
"HC [UNK] 86 . 092 / SP",
"HC 75 . 931",
"HABEAS CORPUS 149 . 653",
"HABEAS CORPUS 149 . 653"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"inciso LV do artigo [UNK] da Constituição da República",
"art . 143 do Regimento Interno do TJSP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"inciso LV do artigo [UNK] da Constituição da República",
"art . 143 do Regimento Interno do TJSP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 21 , § [UNK] , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 21 , § [UNK] , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 56 da Lei [UNK] 9 .",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 56 da Lei [UNK] 9 . 605 / 98",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 -",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE",
"Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Tribunal de Justiça de São Paulo",
"[UNK] Vara de Família e Sucessões da Comarca de Ribeirão Preto / SP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Tribunal de Justiça de São Paulo",
"[UNK] Vara de Família e Sucessões da Comarca de Ribeirão Preto / SP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal de Justiça de São Paulo",
"TJSP",
"[UNK] CÂMARA DE DIREITO CRIMINAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal de Justiça de São Paulo",
"TJSP",
"[UNK] CÂMARA DE DIREITO CRIMINAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO",
"Câmara",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Suprema Corte",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
"[UNK] Vara de Família e Sucessões da Comarca de Ribeirão Preto / SP",
"TJ",
"/",
"SP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
"[UNK] Vara de Família e Sucessões da Comarca de Ribeirão Preto / SP",
"TJ",
"/",
"SP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Vara de Família e Sucessões da Comarca de Ribeirão Preto / SP",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Vara de Família e Sucessões da Comarca de Ribeirão Preto / SP",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
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"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
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"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"CESAR AUGUSTO MOREIRA",
"Edson Fachin",
"DIAS TOFFOLI",
"Edson Fachin",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"CESAR AUGUSTO MOREIRA",
"DIAS TOFFOLI",
"Antonio Saldanha Palheiro",
"DIAS TOFFOLI",
"CESAR AUGUSTO MOREIRA",
"DIAS TOFFOLI",
"Antonio Saldanha Palheiro",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Edson Oliveira de Almeida",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Antonio Saldanha Palheiro",
"DIAS TOFFOLI",
"Antonio Saldanha Palheiro",
"DIAS TOFFOLI",
"Ricardo Lewandowski",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"DIAS TOFFOLI",
"Antonio Saldanha Palheiro",
"César Augusto Moreira",
"César Augusto Moreira",
"Flávia Ferreira Teles de Sales",
"Flávia Ferreira Teles de Sales",
"Antonio Saldanha Palheiro",
"César Augusto Moreira",
"César Augusto Moreira",
"Flávia Ferreira Teles de Sales",
"Flávia Ferreira Teles de Sales",
"DIAS TOFFOLI",
"Sepúlveda Pertence",
"Ilmar Galvão",
"Sepúlveda Pertence",
"Ilmar Galvão",
"DIAS TOFFOLI",
"CESAR AUGUSTO MOREIRA",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Edson Fachin",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Dias Toffoli",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Cláudia Sampaio Marques",
"Ravena Siqueira",
"DIAS TOFFOLI",
"CESAR AUGUSTO MOREIRA",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Edson Fachin",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Dias Toffoli",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Cláudia Sampaio Marques",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12 de dezembro de 2017",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"12 de dezembro de 2017",
"24",
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"08",
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"2001",
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"2017",
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"2001",
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"02",
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"2001",
"24",
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"08",
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"2001",
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"08",
"/",
"2001",
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"/",
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"2017",
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"/",
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"08",
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"2001",
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"/",
"12",
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"2017",
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"3",
"/",
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"10",
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"/",
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"24",
"/",
"08",
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"2001",
"9",
"/",
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"/",
"10",
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"/",
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"10",
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"/",
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"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
"8",
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"/",
"02",
"/",
"2012",
"07",
"/",
"02",
"/",
"2012",
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"/",
"02",
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"2012",
"16",
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"02",
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"08",
"/",
"2001",
"8",
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"8",
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"13",
"09",
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"/",
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"2012",
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"/",
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"02",
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"/",
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"/",
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"/",
"08",
"/",
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"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
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"08",
"/",
"2001",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.759 SANTA CATARINA
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:ESPÓLIO DE JOSÉ FREDERICO KRAUSE
ADV.(A/S)
:JOÃO MANOEL DO NASCIMENTO
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O
recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova,
também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PRESTAÇÃO JURISDICIONAL –
DEVIDO PROCESSO LEGAL. Se, de um lado, é possível ter-se situação
concreta em que transgredido o devido processo legal a ponto de se
enquadrar o recurso extraordinário no permissivo que lhe é próprio, de
outro, descabe confundir a ausência de aperfeiçoamento da prestação
jurisdicional com a entrega de forma contrária aos interesses do
recorrente.
AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL –
MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação
da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil,
arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo
regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do relator e por
unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na
conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 30 outubro de 2012.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3134094.
Supremo Tribunal Federal
DJe 05/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8
Ementa e Acórdão
AI 769.759 AGR / SC
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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AI 769.759 AGR / SC
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
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Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.759 SANTA CATARINA
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:ESPÓLIO DE JOSÉ FREDERICO KRAUSE
ADV.(A/S)
:JOÃO MANOEL DO NASCIMENTO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Às folhas 376 e 377,
proferi a seguinte decisão:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS
– INVIABILIDADE.
1. O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela
interpretação de normas estritamente legais, não ensejando o
acesso ao Supremo. Consoante se depreende da ementa do
acórdão (folha 198):
JUIZ CLASSISTA. APOSENTADO. AUXÍLIO-
MORADIA. RESOLUÇÃO Nº 195/2000 DO STF. ATO Nº
09/2000 DO STF.
1. Tendo em vista o princípio da isonomia, devem ser
aplicados os mesmos critérios para a determinação dos
proventos aos juízes classistas de primeira instância e aos
de tribunais, ressalvadas apenas as diferenças
quantitativas da base de incidência da proporção de 20/30
(vinte trinta avos).
2. Com a absorção da majoração referente ao auxílio-
moradia pelo padrão remuneratório estabelecido pela Lei
nº 10.474/02, com efeitos financeiros a partir de junho de
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.759 SANTA CATARINA
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:ESPÓLIO DE JOSÉ FREDERICO KRAUSE
ADV.(A/S)
:JOÃO MANOEL DO NASCIMENTO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Às folhas 376 e 377,
proferi a seguinte decisão:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS
– INVIABILIDADE.
1. O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela
interpretação de normas estritamente legais, não ensejando o
acesso ao Supremo. Consoante se depreende da ementa do
acórdão (folha 198):
JUIZ CLASSISTA. APOSENTADO. AUXÍLIO-
MORADIA. RESOLUÇÃO Nº 195/2000 DO STF. ATO Nº
09/2000 DO STF.
1. Tendo em vista o princípio da isonomia, devem ser
aplicados os mesmos critérios para a determinação dos
proventos aos juízes classistas de primeira instância e aos
de tribunais, ressalvadas apenas as diferenças
quantitativas da base de incidência da proporção de 20/30
(vinte trinta avos).
2. Com a absorção da majoração referente ao auxílio-
moradia pelo padrão remuneratório estabelecido pela Lei
nº 10.474/02, com efeitos financeiros a partir de junho de
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Relatório
AI 769.759 AGR / SC
2002, limita-se a condenação às parcelas vencidas e
impagas entre fevereiro de 2000 e 31 de maio de 2002.
À mercê de articulação sobre a ofensa à Carta da
República, pretende-se guindar a esta Corte recurso que não se
enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.
A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de
entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão
contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido
processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para
alçar a este Tribunal conflito de interesses cuja solução se
exaure na origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à
transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos
demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem
procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea
com a ordem jurídica.
Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina
judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo utilizado
no exame de outro processo.
2. Conheço do agravo e o desprovejo.
3. Publiquem.
A União, na minuta de folha 383 a 389, insiste no processamento do
extraordinário. Aduz estar configurada a ofensa ao artigo 5º, cabeça, do
Diploma Maior. Destaca que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região
estendeu, com fundamento no princípio da isonomia, a juízes classistas
de primeira instância o auxílio-moradia percebido pelos de segundo grau.
A parte agravada apresentou a contraminuta de folha 398 a 404,
apontando o acerto do ato impugnado.
É o relatório.
2
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AI 769.759 AGR / SC
2002, limita-se a condenação às parcelas vencidas e
impagas entre fevereiro de 2000 e 31 de maio de 2002.
À mercê de articulação sobre a ofensa à Carta da
República, pretende-se guindar a esta Corte recurso que não se
enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.
A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de
entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão
contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido
processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para
alçar a este Tribunal conflito de interesses cuja solução se
exaure na origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à
transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos
demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem
procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea
com a ordem jurídica.
Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina
judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo utilizado
no exame de outro processo.
2. Conheço do agravo e o desprovejo.
3. Publiquem.
A União, na minuta de folha 383 a 389, insiste no processamento do
extraordinário. Aduz estar configurada a ofensa ao artigo 5º, cabeça, do
Diploma Maior. Destaca que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região
estendeu, com fundamento no princípio da isonomia, a juízes classistas
de primeira instância o auxílio-moradia percebido pelos de segundo grau.
A parte agravada apresentou a contraminuta de folha 398 a 404,
apontando o acerto do ato impugnado.
É o relatório.
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.759 SANTA CATARINA
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita, entre outros, pelo Advogado-Geral da
União, foi protocolada no prazo legal. Conheço.
Atentem para o que decidido pelo Colegiado de origem (folhas 196 e
197, anverso e verso):
[...]
Ressalto a natureza remuneratória do auxílio-moradia
reconhecida pelo Superior Tribunal de Justiça nos autos da AO
nº 630-9/DF, impondo sua integração à base de cálculo dos
proventos dos autores.
[...]
Os juízes classistas de primeira instância, excluídos da
extensão do auxílio-moradia, merecem ver submetido à análise
o cabimento da aplicação extensiva do guerreado auxílio nos
seus proventos, visto que, embora inexista igualdade entre
juízes classistas e togados, como firmado na jurisprudência,
inclusive na do STF, é inegável a isonomia existente entre juízes
classistas de primeira instância e de segunda instância.
Ressalvadas as situações atinentes a sua participação em
Juntas ou Tribunais, até o advento da EC n° 24/99,
equiparavam-se os juizes classistas de qualquer instância, os
quais, em se tratando de remuneração, diferenciam-se apenas
em razão da proporcionalidade, e não do modo de cálculo.
[...]
No que se refere à incorporação da diferença aos
proventos dos Autores, importa assinalar a ocorrência de
alteração legislativa no transcorrer do processo que afeta o
pedido articulado na inicial. Trata-se da Lei nº 10.474, de 27 de
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.759 SANTA CATARINA
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita, entre outros, pelo Advogado-Geral da
União, foi protocolada no prazo legal. Conheço.
Atentem para o que decidido pelo Colegiado de origem (folhas 196 e
197, anverso e verso):
[...]
Ressalto a natureza remuneratória do auxílio-moradia
reconhecida pelo Superior Tribunal de Justiça nos autos da AO
nº 630-9/DF, impondo sua integração à base de cálculo dos
proventos dos autores.
[...]
Os juízes classistas de primeira instância, excluídos da
extensão do auxílio-moradia, merecem ver submetido à análise
o cabimento da aplicação extensiva do guerreado auxílio nos
seus proventos, visto que, embora inexista igualdade entre
juízes classistas e togados, como firmado na jurisprudência,
inclusive na do STF, é inegável a isonomia existente entre juízes
classistas de primeira instância e de segunda instância.
Ressalvadas as situações atinentes a sua participação em
Juntas ou Tribunais, até o advento da EC n° 24/99,
equiparavam-se os juizes classistas de qualquer instância, os
quais, em se tratando de remuneração, diferenciam-se apenas
em razão da proporcionalidade, e não do modo de cálculo.
[...]
No que se refere à incorporação da diferença aos
proventos dos Autores, importa assinalar a ocorrência de
alteração legislativa no transcorrer do processo que afeta o
pedido articulado na inicial. Trata-se da Lei nº 10.474, de 27 de
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
AI 769.759 AGR / SC
junho de 2002, que, ao dispor sobre a remuneração da
magistratura da União, previu, expressamente (art. 1º, § 3º), que
a nova remuneração fixada inclui e absorve todos e quaisquer
reajustes remuneratórios percebidos ou incorporados pelos
Magistrados da União, a qualquer título, por decisão
administrativa ou judicial, até a publicação desta Lei.
A partir de junho de 2002 (pelo art. 5º, mês de início dos
efeitos financeiros), a majoração do auxílio-moradia foi
absorvida pelos novos padrões remuneratórios definidos na lei,
razão pela qual perece a possibilidade de incorporação da
diferença discutida na presente lide desde então.
Merece reforma parcial a sentença, no que tange à
condenação da Ré ao pagamento das parcelas vencidas na
proporção de 20/30 (vinte trinta avos) sobre a remuneração de
Juiz do Trabalho após o Ato nº 09/2000, do Presidente do TST,
fixado o termo ad quem em junho/2002.
[...]
O deslinde da controvérsia deu-se sob o ângulo estritamente legal e
não considerada a Carta da República. A conclusão adotada fez-se
alicerçada em interpretação conferida à legislação de regência.
Anoto não equivaler à negativa de prestação jurisdicional o
julgamento fundamentado da controvérsia, mas contrário aos interesses a
parte. Em jogo o cabimento de recurso, a via excepcional do
extraordinário somente é aberta quando o acórdão impugnado esteja em
conflito com a Constituição Federal, o que no caso, não ocorreu.
Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do
artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado:
Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a
inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à
sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de
processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador
normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao
que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com
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AI 769.759 AGR / SC
junho de 2002, que, ao dispor sobre a remuneração da
magistratura da União, previu, expressamente (art. 1º, § 3º), que
a nova remuneração fixada inclui e absorve todos e quaisquer
reajustes remuneratórios percebidos ou incorporados pelos
Magistrados da União, a qualquer título, por decisão
administrativa ou judicial, até a publicação desta Lei.
A partir de junho de 2002 (pelo art. 5º, mês de início dos
efeitos financeiros), a majoração do auxílio-moradia foi
absorvida pelos novos padrões remuneratórios definidos na lei,
razão pela qual perece a possibilidade de incorporação da
diferença discutida na presente lide desde então.
Merece reforma parcial a sentença, no que tange à
condenação da Ré ao pagamento das parcelas vencidas na
proporção de 20/30 (vinte trinta avos) sobre a remuneração de
Juiz do Trabalho após o Ato nº 09/2000, do Presidente do TST,
fixado o termo ad quem em junho/2002.
[...]
O deslinde da controvérsia deu-se sob o ângulo estritamente legal e
não considerada a Carta da República. A conclusão adotada fez-se
alicerçada em interpretação conferida à legislação de regência.
Anoto não equivaler à negativa de prestação jurisdicional o
julgamento fundamentado da controvérsia, mas contrário aos interesses a
parte. Em jogo o cabimento de recurso, a via excepcional do
extraordinário somente é aberta quando o acórdão impugnado esteja em
conflito com a Constituição Federal, o que no caso, não ocorreu.
Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do
artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado:
Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a
inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à
sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de
processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador
normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao
que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
AI 769.759 AGR / SC
desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência
do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem
menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das
partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como
meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem
processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade
decorrente do ofício, alfim, a própria toga.
Ante o quadro, desprovejo o regimental. Imponho à agravante, nos
termos do artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil, a multa de 5%
sobre o valor da causa devidamente corrigido, a reverter em benefício da
parte agravada.
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AI 769.759 AGR / SC
desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência
do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem
menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das
partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como
meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem
processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade
decorrente do ofício, alfim, a própria toga.
Ante o quadro, desprovejo o regimental. Imponho à agravante, nos
termos do artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil, a multa de 5%
sobre o valor da causa devidamente corrigido, a reverter em benefício da
parte agravada.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.759
PROCED. : SANTA CATARINA
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE JOSÉ FREDERICO KRAUSE
ADV.(A/S) : JOÃO MANOEL DO NASCIMENTO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com
imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076675
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 769.759
PROCED. : SANTA CATARINA
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE JOSÉ FREDERICO KRAUSE
ADV.(A/S) : JOÃO MANOEL DO NASCIMENTO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com
imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076675
Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3160971 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-05T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PRESTAÇÃO JURISDICIONAL – DEVIDO PROCESSO LEGAL. Se, de um lado, é possível ter-se situação concreta em que transgredido o devido processo legal a ponto de se enquadrar o recurso extraordinário no permissivo que lhe é próprio, de outro, descabe confundir a ausência de aperfeiçoamento da prestação jurisdicional com a entrega de forma contrária aos interesses do recorrente.
AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé. | sjur220709 | Número de páginas: 8.
Análise: 19/12/2012, BMB. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 769759 | [
"LEG-FED EMC-000024 ANO-1999\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00557 PAR-00002 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-010474 ANO-2002\r\n ART-00001 PAR-00003 \r\n LEI ORDINÁRIA"
] | AI-AgR | acordaos | AI 769759 AgR | [
""
] | ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE JOSÉ FREDERICO KRAUSE
ADV.(A/S) : JOÃO MANOEL DO NASCIMENTO
AGTE.(S) : UNIÃO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 769 . 759",
"AI 769 . 759",
"AI 769 . 759 AGR",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 769 . 759",
"RESOLUÇÃO [UNK] 195 / 2000 DO STF",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 769 . 759",
"RESOLUÇÃO [UNK] 195 / 2000 DO STF",
"AI 769 . 759 AGR / SC 2002",
"AI 769 . 759 AGR / SC",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 769 . 759",
"AO [UNK] 630 - 9 / DF",
"AGRAVO",
"AO [UNK] 630 - 9 / DF",
"AI 769 . 759 AGR / SC",
"AI 769 . 759 AGR /",
"AI 769 . 759 AGR",
"AI 769 . 759 AGR",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 769 . 759",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 769 . 759"
],
"LEGISLACAO": [
"ARTIGO 557 , § [UNK] , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL",
"§ [UNK] do artigo 557 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 10 . 474 / 02",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 10 . 474 / 02",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"inciso III do artigo 102 da Constituição Federal",
"artigo [UNK] , cabeça , do Diploma Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"inciso III do artigo 102 da Constituição Federal",
"artigo [UNK] , cabeça , do Diploma Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"EC n° 24 / 99",
"Lei [UNK] 10 . 474",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"EC n° 24 / 99",
"Lei [UNK] 10 . 474",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Ato",
"Carta da República",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Ato [UNK] 09 / 2000",
"Carta da República",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 557 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 557 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SANTA CATARINA",
"Brasília",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"SC",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo",
"União",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"União",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"União",
"Superior Tribunal de Justiça",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"União",
"Superior Tribunal de Justiça",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"União",
"União",
"TST",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"União",
"União",
"TST",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"SC",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"SC",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"ESPÓLIO DE JOSÉ FREDERICO KRAUSE",
"JOÃO MANOEL DO NASCIMENTO",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ESPÓLIO DE JOSÉ FREDERICO KRAUSE",
"JOÃO MANOEL DO NASCIMENTO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ESPÓLIO DE JOSÉ FREDERICO KRAUSE",
"JOÃO MANOEL DO NASCIMENTO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ESPÓLIO DE JOSÉ FREDERICO KRAUSE",
"JOÃO MANOEL DO NASCIMENTO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"ESPÓLIO",
"DE JOSÉ FREDERICO KRAUSE",
"JOÃO MANOEL DO NASCIMENTO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"junho de",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"junho de",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"fevereiro de 2000",
"31 de maio de 2002",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2002",
"fevereiro de 2000",
"31 de maio de 2002",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"27 de Documento",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"27 de Documento",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"junho de 2002",
"junho de 2002",
"junho",
"/",
"2002",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"junho de 2002",
"junho de 2002",
"junho",
"/",
"2002",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
851.711 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DE PARANAGUÁ E
ANTONINA - APPA
ADV.(A/S)
:ADRIELLI CRISTINA GERALDO CORDEIRO
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESPOLIO DE DISNEI TRIAQUIM XAVIER
ADV.(A/S)
:ANANDA PINHEIRO
EXECUÇÃO – EMPRESA PÚBLICA – REGIME DE PRECATÓRIOS
– INADEQUAÇÃO. Incabível aplicar à empresa pública a regra
excepcional de execução prevista no artigo 100 da Carta da República.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Descabe a fixação de honorários
recursais, previstos no artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil de
2015, quando se tratar de recurso formalizado no curso de processo cujo
rito os exclua.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo
regimental no agravo regimental nos embargos de declaração no recurso
extraordinário, nos termos do voto do relator e por maioria, em sessão
presidida pelo Ministro Marco Aurélio, na conformidade da ata do
julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – PRESIDENTE E RELATOR
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14605722.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 24
Relatório
17/10/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
851.711 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DE PARANAGUÁ E
ANTONINA - APPA
ADV.(A/S)
:ADRIELLI CRISTINA GERALDO CORDEIRO
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESPOLIO DE DISNEI TRIAQUIM XAVIER
ADV.(A/S)
:ANANDA PINHEIRO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Por meio da decisão
de 17 de agosto de 2017, neguei seguimento ao extraordinário da
Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina – APPA. Eis o teor:
AGRAVO INTERNO – JUÍZO DE
RETRATAÇÃO.
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
EMPRESA PÚBLICA – EXECUÇÃO –
REGIME
DE
PRECATÓRIOS
–
INADEQUAÇÃO – NEGATIVA DE
SEGUIMENTO.
1. Reconsidero a decisão proferida em 10 de dezembro de
2014.
2. Os bens das empresas públicas, porque pessoas
jurídicas de direito privado, não podem ser enquadrados como
bens públicos. Conclusão diversa implica a incongruência,
dando-se ênfase maior ao acessório, em detrimento do
principal, e olvidando-se, mais do que isso, o sistema pátrio, no
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 13904193.
Supremo Tribunal Federal
17/10/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
851.711 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DE PARANAGUÁ E
ANTONINA - APPA
ADV.(A/S)
:ADRIELLI CRISTINA GERALDO CORDEIRO
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESPOLIO DE DISNEI TRIAQUIM XAVIER
ADV.(A/S)
:ANANDA PINHEIRO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Por meio da decisão
de 17 de agosto de 2017, neguei seguimento ao extraordinário da
Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina – APPA. Eis o teor:
AGRAVO INTERNO – JUÍZO DE
RETRATAÇÃO.
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
EMPRESA PÚBLICA – EXECUÇÃO –
REGIME
DE
PRECATÓRIOS
–
INADEQUAÇÃO – NEGATIVA DE
SEGUIMENTO.
1. Reconsidero a decisão proferida em 10 de dezembro de
2014.
2. Os bens das empresas públicas, porque pessoas
jurídicas de direito privado, não podem ser enquadrados como
bens públicos. Conclusão diversa implica a incongruência,
dando-se ênfase maior ao acessório, em detrimento do
principal, e olvidando-se, mais do que isso, o sistema pátrio, no
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 24
Relatório
RE 851711 ED-AGR-AGR / DF
que distingue pessoa jurídica de direito privado das pessoas
jurídicas de direito público.
Nota-se, portanto, sem mesmo perquirir-se o teor do
artigo 100 da Constituição Federal, a impropriedade de
reconhecer-se quer às sociedades de economia mista, quer às
empresas públicas, ambas pessoas jurídicas de direito privado,
a prerrogativa de execução via precatório. A razão maior de
contemplar a Carta a adoção de tal sistema de execução está no
envolvimento de bens públicos. Daí o artigo 100 em comento
aludir a “...pagamentos devidos pela Fazenda Federal, Estadual
ou Municipal, em virtude de sentença judiciária...”, não se
podendo dizer que débitos de sociedades de economia mista e
de empresas públicas, federais, estaduais ou municipais, sejam
débitos das respectivas Fazendas. Portanto, ainda que se
abandone a interpretação sistemática dos diversos preceitos que
compõem o arcabouço normativo constitucional, tomando-se de
forma isolada o que se contém nos artigos envolvidos, chega-se,
fatalmente, à conclusão de não se aplicar à empresa pública a
regra excepcional de execução prevista no artigo 100 da Carta
da República.
Acresce que este é o entendimento da Primeira Turma,
prolatado no exame do agravo interno no recurso
extraordinário nº 341.773, de minha relatoria, acórdão
publicado no Diário da Justiça de 1º de julho de 2016. Confiram
a síntese do decidido:
EXECUÇÃO – EMPRESA PÚBLICA – REGIME DE
PRECATÓRIOS – INADEQUAÇÃO. Incabível aplicar à
empresa pública a regra excepcional de execução prevista
no artigo 100 da Carta da República.
3. Ante o quadro, reconsiderado o ato agravado, por meio
do qual dei provimento ao extraordinário, nego seguimento ao
recurso da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 13904193.
Supremo Tribunal Federal
RE 851711 ED-AGR-AGR / DF
que distingue pessoa jurídica de direito privado das pessoas
jurídicas de direito público.
Nota-se, portanto, sem mesmo perquirir-se o teor do
artigo 100 da Constituição Federal, a impropriedade de
reconhecer-se quer às sociedades de economia mista, quer às
empresas públicas, ambas pessoas jurídicas de direito privado,
a prerrogativa de execução via precatório. A razão maior de
contemplar a Carta a adoção de tal sistema de execução está no
envolvimento de bens públicos. Daí o artigo 100 em comento
aludir a “...pagamentos devidos pela Fazenda Federal, Estadual
ou Municipal, em virtude de sentença judiciária...”, não se
podendo dizer que débitos de sociedades de economia mista e
de empresas públicas, federais, estaduais ou municipais, sejam
débitos das respectivas Fazendas. Portanto, ainda que se
abandone a interpretação sistemática dos diversos preceitos que
compõem o arcabouço normativo constitucional, tomando-se de
forma isolada o que se contém nos artigos envolvidos, chega-se,
fatalmente, à conclusão de não se aplicar à empresa pública a
regra excepcional de execução prevista no artigo 100 da Carta
da República.
Acresce que este é o entendimento da Primeira Turma,
prolatado no exame do agravo interno no recurso
extraordinário nº 341.773, de minha relatoria, acórdão
publicado no Diário da Justiça de 1º de julho de 2016. Confiram
a síntese do decidido:
EXECUÇÃO – EMPRESA PÚBLICA – REGIME DE
PRECATÓRIOS – INADEQUAÇÃO. Incabível aplicar à
empresa pública a regra excepcional de execução prevista
no artigo 100 da Carta da República.
3. Ante o quadro, reconsiderado o ato agravado, por meio
do qual dei provimento ao extraordinário, nego seguimento ao
recurso da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 24
Relatório
RE 851711 ED-AGR-AGR / DF
– APPA.
4. Publiquem.
Na minuta interposta, a agravante aduz ser empresa pública
constituída com capital integralmente pertencente ao Estado do Paraná e
responsável pela administração dos Portos de Paranaguá e Antonina. Diz
prestar serviço público por definição constitucional. Afirma que os bens
integrantes de seu acervo são de natureza pública. Sustenta não atuar em
regime concorrencial e não visar o lucro, razões pelas quais teria direito à
execução de débitos via precatório, consoante o artigo 100 da
Constituição Federal.
A parte agravada, instada a manifestar-se, defendeu o acerto da
decisão atacada.
É o relatório.
3
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 13904193.
Supremo Tribunal Federal
RE 851711 ED-AGR-AGR / DF
– APPA.
4. Publiquem.
Na minuta interposta, a agravante aduz ser empresa pública
constituída com capital integralmente pertencente ao Estado do Paraná e
responsável pela administração dos Portos de Paranaguá e Antonina. Diz
prestar serviço público por definição constitucional. Afirma que os bens
integrantes de seu acervo são de natureza pública. Sustenta não atuar em
regime concorrencial e não visar o lucro, razões pelas quais teria direito à
execução de débitos via precatório, consoante o artigo 100 da
Constituição Federal.
A parte agravada, instada a manifestar-se, defendeu o acerto da
decisão atacada.
É o relatório.
3
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 24
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
17/10/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
851.711 DISTRITO FEDERAL
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por advogado regularmente constituído,
foi protocolada no prazo assinado em lei.
Está em jogo definir se a Administração dos Portos de Paranaguá e
Antonina – APPA tem jus ao regime previsto no artigo 100 da
Constituição Federal para execução de sentenças judiciais promovidas
contra si.
O Tribunal Superior do Trabalho consignou o acerto da execução
direta do débito trabalhista. Destacou que a agravante, por exercer
atividade econômica, não poderia se beneficiar da prerrogativa de ser
executada pela via precatória. Eis a síntese do pronunciamento:
RECURSO DE REVISTA. 1. APPA. FORMA DE
EXECUÇÃO (OJ 87/SBDI-1/TST). A sujeição das entidades
públicas que exploram atividade econômica ao sistema de
execução por precatórios não encontra mais guarida no âmbito
desta Corte, consoante entendimento sufragado na OJ 87/SBDI-
1/TST. Assim, é direta a execução contra a Administração dos
Portos de Paranaguá e Antonina - APPA. Registre-se que a mais
recente jurisprudência da SBDI- 1/TST do TST tem aplicado, na
plenitude, a regra explicitada na OJ 87. Recurso de revista
conhecido e provido, no aspecto. 2. APPA. JUROS DE MORA.
INAPLICABILIDADE DO ART. 1º- F DA LEI 9.494/97.
Considerando-se que a Reclamada, exploradora de atividade
econômica, não deve gozar dos privilégios assegurados à
Fazenda Pública, torna-se inviável beneficiá- la pela aplicação
dos juros de mora previstos no art. 1º-F da Lei 9.494/97. Recurso
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 13904194.
Supremo Tribunal Federal
17/10/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
851.711 DISTRITO FEDERAL
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por advogado regularmente constituído,
foi protocolada no prazo assinado em lei.
Está em jogo definir se a Administração dos Portos de Paranaguá e
Antonina – APPA tem jus ao regime previsto no artigo 100 da
Constituição Federal para execução de sentenças judiciais promovidas
contra si.
O Tribunal Superior do Trabalho consignou o acerto da execução
direta do débito trabalhista. Destacou que a agravante, por exercer
atividade econômica, não poderia se beneficiar da prerrogativa de ser
executada pela via precatória. Eis a síntese do pronunciamento:
RECURSO DE REVISTA. 1. APPA. FORMA DE
EXECUÇÃO (OJ 87/SBDI-1/TST). A sujeição das entidades
públicas que exploram atividade econômica ao sistema de
execução por precatórios não encontra mais guarida no âmbito
desta Corte, consoante entendimento sufragado na OJ 87/SBDI-
1/TST. Assim, é direta a execução contra a Administração dos
Portos de Paranaguá e Antonina - APPA. Registre-se que a mais
recente jurisprudência da SBDI- 1/TST do TST tem aplicado, na
plenitude, a regra explicitada na OJ 87. Recurso de revista
conhecido e provido, no aspecto. 2. APPA. JUROS DE MORA.
INAPLICABILIDADE DO ART. 1º- F DA LEI 9.494/97.
Considerando-se que a Reclamada, exploradora de atividade
econômica, não deve gozar dos privilégios assegurados à
Fazenda Pública, torna-se inviável beneficiá- la pela aplicação
dos juros de mora previstos no art. 1º-F da Lei 9.494/97. Recurso
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 24
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
RE 851711 ED-AGR-AGR / DF
de revista conhecido e provido, neste particular. 3. ADICIONAL
POR TEMPO DE SERVIÇO. PRESCRIÇÃO TOTAL. O recurso
de revista não preenche os requisitos previstos no art. 896 da
CLT, pelo que inviável o seu conhecimento. Recurso de revista
não conhecido, no aspecto.
Mostra-se incongruente considerar bens integrantes do patrimônio
de empresas públicas, enquanto pessoas jurídicas de direito privado, bens
públicos, gozando das vantagens decorrentes. Tal óptica pretendida no
presente agravo subverte a organicidade do Direito ao implementar ao
acessório e ao principal regimes jurídicos diversos.
A par desse aspecto, há de ser observada a determinação do artigo
173, § 1º, inciso II, do Diploma Maior, o qual submete a empresa pública
ao regime jurídico próprio das empresas privadas, no que incluídos os
direitos e obrigações civis, comerciais, tributárias e trabalhistas, caso do
presente processo.
Quando de meu pronunciamento no recurso extraordinário nº
580.264, relator ministro Joaquim Barbosa, em que compus a corrente
minoritária, fiz ver que tanto sociedades de economia mista quanto
empresas públicas submetem-se ao disposto no artigo 173 da
Constituição Federal:
O que nos vem quanto às sociedades de economia mista e
não se trata, sequer, de uma sociedade de economia mista
formalmente criada , o que nos vem da Constituição Federal,
mais precisamente do artigo 173? As empresas públicas, as
sociedades de economia mista ficam sujeitas ao regime jurídico
próprio das empresas privadas. E então tem-se explicitação:
"inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais,
trabalhistas e tributários".
(...)
Dir-se-á: mas, no caso, há prestação de serviço público. Se
formos levar essa premissa à última consequência, as
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 13904194.
Supremo Tribunal Federal
RE 851711 ED-AGR-AGR / DF
de revista conhecido e provido, neste particular. 3. ADICIONAL
POR TEMPO DE SERVIÇO. PRESCRIÇÃO TOTAL. O recurso
de revista não preenche os requisitos previstos no art. 896 da
CLT, pelo que inviável o seu conhecimento. Recurso de revista
não conhecido, no aspecto.
Mostra-se incongruente considerar bens integrantes do patrimônio
de empresas públicas, enquanto pessoas jurídicas de direito privado, bens
públicos, gozando das vantagens decorrentes. Tal óptica pretendida no
presente agravo subverte a organicidade do Direito ao implementar ao
acessório e ao principal regimes jurídicos diversos.
A par desse aspecto, há de ser observada a determinação do artigo
173, § 1º, inciso II, do Diploma Maior, o qual submete a empresa pública
ao regime jurídico próprio das empresas privadas, no que incluídos os
direitos e obrigações civis, comerciais, tributárias e trabalhistas, caso do
presente processo.
Quando de meu pronunciamento no recurso extraordinário nº
580.264, relator ministro Joaquim Barbosa, em que compus a corrente
minoritária, fiz ver que tanto sociedades de economia mista quanto
empresas públicas submetem-se ao disposto no artigo 173 da
Constituição Federal:
O que nos vem quanto às sociedades de economia mista e
não se trata, sequer, de uma sociedade de economia mista
formalmente criada , o que nos vem da Constituição Federal,
mais precisamente do artigo 173? As empresas públicas, as
sociedades de economia mista ficam sujeitas ao regime jurídico
próprio das empresas privadas. E então tem-se explicitação:
"inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais,
trabalhistas e tributários".
(...)
Dir-se-á: mas, no caso, há prestação de serviço público. Se
formos levar essa premissa à última consequência, as
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 13904194.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 24
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
RE 851711 ED-AGR-AGR / DF
concessionárias estarão também alcançadas pelo preceito, pela
imunidade.
Vale destacar ter o Tribunal de origem assentado que a agravante
desenvolve atividade econômica, diversamente do sustentado por esta.
A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por
simples revisão do que decidido. Atua-se em sede excepcional à luz da
moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal local,
consideradas as premissas constantes do ato impugnado. A
jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente
o verbete nº 279 da Súmula do Supremo:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos
estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, a
reapreciação dos elementos probatórios para, com fundamento em
quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.
Ante o quadro, desprovejo este agravo. Deixo de fixar a verba
prevista no artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015, ante
tratar-se de rito que não os comporta.
É como voto.
3
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RE 851711 ED-AGR-AGR / DF
concessionárias estarão também alcançadas pelo preceito, pela
imunidade.
Vale destacar ter o Tribunal de origem assentado que a agravante
desenvolve atividade econômica, diversamente do sustentado por esta.
A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por
simples revisão do que decidido. Atua-se em sede excepcional à luz da
moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal local,
consideradas as premissas constantes do ato impugnado. A
jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente
o verbete nº 279 da Súmula do Supremo:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos
estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, a
reapreciação dos elementos probatórios para, com fundamento em
quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.
Ante o quadro, desprovejo este agravo. Deixo de fixar a verba
prevista no artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015, ante
tratar-se de rito que não os comporta.
É como voto.
3
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Extrato de Ata - 17/10/2017
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 851.711
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DE PARANAGUÁ E ANTONINA - APPA
ADV.(A/S) : ADRIELLI CRISTINA GERALDO CORDEIRO (51233/PR, 0033259/
PR) E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESPOLIO DE DISNEI TRIAQUIM XAVIER
ADV.(A/S) : ANANDA PINHEIRO (62041/PR)
Decisão: Após o voto do Ministro Marco Aurélio, Presidente e
Relator, que negava provimento ao agravo, pediu vista do processo
o Ministro Alexandre de Moraes. Primeira Turma, 17.10.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio
Marques.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 851.711
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DE PARANAGUÁ E ANTONINA - APPA
ADV.(A/S) : ADRIELLI CRISTINA GERALDO CORDEIRO (51233/PR, 0033259/
PR) E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESPOLIO DE DISNEI TRIAQUIM XAVIER
ADV.(A/S) : ANANDA PINHEIRO (62041/PR)
Decisão: Após o voto do Ministro Marco Aurélio, Presidente e
Relator, que negava provimento ao agravo, pediu vista do processo
o Ministro Alexandre de Moraes. Primeira Turma, 17.10.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio
Marques.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Voto Vista
31/10/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
851.711 DISTRITO FEDERAL
VOTO-VISTA
O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES: Sr. Presidente, temos
aqui uma controvérsia a respeito da aplicabilidade do regime de
precatórios à execução contra a parte ora agravante, empresa pública
integrante da Administração Indireta do Estado do Paraná.
A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina – APPA, no
passado, adotava a forma de autarquia. Depois, transmudou-se em
empresa pública.
Vossa Excelência negou seguimento ao recurso, sob o fundamento
de que a APPA não se beneficia do regime dos precatórios, previsto no
art. 100 da Constituição Federal.
Contudo, peço vênia para discordar de Vossa Excelência a fim de
acolher as razões da parte agravante.
O Supremo tem orientação no sentido de que essa entidade submete-
se à sistemática dos precatórios mesmo sob a forma de empresa pública,
por ser prestadora de serviços públicos.
Cito o RE 553.369, de relatoria da Ministra CÁRMEN LÚCIA, o AI
390.212, de relatoria do Min. DIAS TOFFOLI, e o AI 331.146, de relatoria
do Min. JOAQUIM BARBOSA.
Ademais, ressalte-se o precedente desta Corte, por intermédio desta
1ª Turma, no RE 334.225, que, amparado nas orientações do Pleno da
SUPREMA CORTE, consubstanciadas no RE 225.011, assentou que
empresas públicas possuem o direito à execução de seus débitos pelo
regime de precatórios quando prestam serviços públicos.
Por fim, penso ser importante registrar que o julgamento do Tema
877 da repercussão geral, no qual se examinou a “submissão dos
conselhos de fiscalização profissional à execução pelo regime de
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Supremo Tribunal Federal
31/10/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
851.711 DISTRITO FEDERAL
VOTO-VISTA
O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES: Sr. Presidente, temos
aqui uma controvérsia a respeito da aplicabilidade do regime de
precatórios à execução contra a parte ora agravante, empresa pública
integrante da Administração Indireta do Estado do Paraná.
A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina – APPA, no
passado, adotava a forma de autarquia. Depois, transmudou-se em
empresa pública.
Vossa Excelência negou seguimento ao recurso, sob o fundamento
de que a APPA não se beneficia do regime dos precatórios, previsto no
art. 100 da Constituição Federal.
Contudo, peço vênia para discordar de Vossa Excelência a fim de
acolher as razões da parte agravante.
O Supremo tem orientação no sentido de que essa entidade submete-
se à sistemática dos precatórios mesmo sob a forma de empresa pública,
por ser prestadora de serviços públicos.
Cito o RE 553.369, de relatoria da Ministra CÁRMEN LÚCIA, o AI
390.212, de relatoria do Min. DIAS TOFFOLI, e o AI 331.146, de relatoria
do Min. JOAQUIM BARBOSA.
Ademais, ressalte-se o precedente desta Corte, por intermédio desta
1ª Turma, no RE 334.225, que, amparado nas orientações do Pleno da
SUPREMA CORTE, consubstanciadas no RE 225.011, assentou que
empresas públicas possuem o direito à execução de seus débitos pelo
regime de precatórios quando prestam serviços públicos.
Por fim, penso ser importante registrar que o julgamento do Tema
877 da repercussão geral, no qual se examinou a “submissão dos
conselhos de fiscalização profissional à execução pelo regime de
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 24
Voto Vista
RE 851711 ED-AGR-AGR / DF
precatórios”, não altera a jurisprudência formada em relação à APPA.
Conforme registrei no referido caso, “a circunstância de tais Conselhos
não receberem subvenções financeiras do Estado é decisiva para que se
conclua que a execução de seus orçamentos não está adstrita às regras
orçamentárias que disciplinam a receita e gasto públicos, de modo a atrair
a incidência do art. 100 da CF, muito embora esteja jungida à observância
dos deveres de impessoalidade e moralidade, suscetível, inclusive, de
controle externo pela Corte de Contas”.
Tendo em vista que as as empresas públicas prestadoras de serviço
público são subvencionadas por verbas do Estado, não cabe aplicar a
diretriz que se formou no referido precedente.
Vejam-se as considerações do ilustre Min. ROBERTO BARROSO:
“(…) a jurisprudência desta Corte já reconheceu que o
regime de precatório não constitui uma consequência lógica e
necessária da natureza jurídica de direito público da entidade,
uma vez que determinadas entidades de direito privado são
submetidas a esse sistema de pagamento. É o caso, por
exemplo, de empresas públicas e sociedades de economia mista
que prestam serviço púbico essencial, em regime de
exclusividade, e com capital majoritariamente formado por
verbas públicas. Como o poder público financia diretamente a
empresa estatal, e em virtude da prestação de serviço público
essencial, o Supremo Tribunal Federal decidiu por estender o
regime de precatório a essas entidades, ainda que tenham
natureza privada.”
Assim, é o caso de dar provimento tanto ao agravo interno como ao
recurso extraordinário.
É como voto, Sr. Presidente.
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 851711 ED-AGR-AGR / DF
precatórios”, não altera a jurisprudência formada em relação à APPA.
Conforme registrei no referido caso, “a circunstância de tais Conselhos
não receberem subvenções financeiras do Estado é decisiva para que se
conclua que a execução de seus orçamentos não está adstrita às regras
orçamentárias que disciplinam a receita e gasto públicos, de modo a atrair
a incidência do art. 100 da CF, muito embora esteja jungida à observância
dos deveres de impessoalidade e moralidade, suscetível, inclusive, de
controle externo pela Corte de Contas”.
Tendo em vista que as as empresas públicas prestadoras de serviço
público são subvencionadas por verbas do Estado, não cabe aplicar a
diretriz que se formou no referido precedente.
Vejam-se as considerações do ilustre Min. ROBERTO BARROSO:
“(…) a jurisprudência desta Corte já reconheceu que o
regime de precatório não constitui uma consequência lógica e
necessária da natureza jurídica de direito público da entidade,
uma vez que determinadas entidades de direito privado são
submetidas a esse sistema de pagamento. É o caso, por
exemplo, de empresas públicas e sociedades de economia mista
que prestam serviço púbico essencial, em regime de
exclusividade, e com capital majoritariamente formado por
verbas públicas. Como o poder público financia diretamente a
empresa estatal, e em virtude da prestação de serviço público
essencial, o Supremo Tribunal Federal decidiu por estender o
regime de precatório a essas entidades, ainda que tenham
natureza privada.”
Assim, é o caso de dar provimento tanto ao agravo interno como ao
recurso extraordinário.
É como voto, Sr. Presidente.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 24
Confirmação de Voto
31/10/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
851.711 DISTRITO FEDERAL
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (PRESIDENTE E
RELATOR) – A minha dificuldade maior está no fato de que as empresas
públicas, tais como as sociedades de economia mista, são pessoas
jurídicas de direito privado e não integram a Fazenda Pública, e o artigo
100 – no que versa essa execução favorecida, com o pagamento do débito,
de forma projetada no tempo – e ele não ocorre dentro de dezoito meses –
refere-se apenas à Fazenda Pública. Mais do que isso: sociedade de
economia mista e também empresa pública não têm orçamento nos
termos regidos pelo artigo 100.
Por isso, mantenho o voto, desprovendo o regimental.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
31/10/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
851.711 DISTRITO FEDERAL
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (PRESIDENTE E
RELATOR) – A minha dificuldade maior está no fato de que as empresas
públicas, tais como as sociedades de economia mista, são pessoas
jurídicas de direito privado e não integram a Fazenda Pública, e o artigo
100 – no que versa essa execução favorecida, com o pagamento do débito,
de forma projetada no tempo – e ele não ocorre dentro de dezoito meses –
refere-se apenas à Fazenda Pública. Mais do que isso: sociedade de
economia mista e também empresa pública não têm orçamento nos
termos regidos pelo artigo 100.
Por isso, mantenho o voto, desprovendo o regimental.
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 24
Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
31/10/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
851.711 DISTRITO FEDERAL
VOTO
O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO - Presidente,
eu vou pedir vênia à divergência. Estou acompanhando Vossa Excelência
pelos fundamentos que acaba de expor.
Também eu entendo que, a partir do momento em que a lei mudou a
natureza jurídica da empresa, que deixou de ser autarquia e passou ser
uma empresa pública, passou a estar sujeita ao regime de direito privado
- inclusive penso existir precedente específico sobre esta mesma empresa,
nessa linha que Vossa Excelência encaminha.
Desse modo, estou desprovendo o recurso extraordinário também.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
31/10/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
851.711 DISTRITO FEDERAL
VOTO
O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO - Presidente,
eu vou pedir vênia à divergência. Estou acompanhando Vossa Excelência
pelos fundamentos que acaba de expor.
Também eu entendo que, a partir do momento em que a lei mudou a
natureza jurídica da empresa, que deixou de ser autarquia e passou ser
uma empresa pública, passou a estar sujeita ao regime de direito privado
- inclusive penso existir precedente específico sobre esta mesma empresa,
nessa linha que Vossa Excelência encaminha.
Desse modo, estou desprovendo o recurso extraordinário também.
Supremo Tribunal Federal
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Vista
31/10/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
851.711 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DE PARANAGUÁ E
ANTONINA - APPA
ADV.(A/S)
:ADRIELLI CRISTINA GERALDO CORDEIRO
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESPOLIO DE DISNEI TRIAQUIM XAVIER
ADV.(A/S)
:ANANDA PINHEIRO
VISTA
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Senhor Presidente, eu
requeiro vista regimental. E até justifico: decidi, em 2015, na mesma linha
agora defendida pelo Ministro Alexandre. E essa decisão desafiou um
agravo regimental, em estudo no meu gabinete, com uma fundamentação
que estaria em princípio me levando a, digamos assim, seguir essa linha
propugnada por Vossa Excelência, orientação que eu adotava no Tribunal
Superior do Trabalho, que contava inclusive com súmula a respeito.
Trata-se de tema em que a jurisprudência do Supremo, amparada em
precedentes que foram agora lembrados pelo Ministro Alexandre, talvez
mereça uma alteração. Eu prefiro pedir vista regimental, até para trazer
ao colegiado junto com o agravo sob a minha relatoria.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
31/10/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
851.711 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DE PARANAGUÁ E
ANTONINA - APPA
ADV.(A/S)
:ADRIELLI CRISTINA GERALDO CORDEIRO
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESPOLIO DE DISNEI TRIAQUIM XAVIER
ADV.(A/S)
:ANANDA PINHEIRO
VISTA
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Senhor Presidente, eu
requeiro vista regimental. E até justifico: decidi, em 2015, na mesma linha
agora defendida pelo Ministro Alexandre. E essa decisão desafiou um
agravo regimental, em estudo no meu gabinete, com uma fundamentação
que estaria em princípio me levando a, digamos assim, seguir essa linha
propugnada por Vossa Excelência, orientação que eu adotava no Tribunal
Superior do Trabalho, que contava inclusive com súmula a respeito.
Trata-se de tema em que a jurisprudência do Supremo, amparada em
precedentes que foram agora lembrados pelo Ministro Alexandre, talvez
mereça uma alteração. Eu prefiro pedir vista regimental, até para trazer
ao colegiado junto com o agravo sob a minha relatoria.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14166025.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 24
Extrato de Ata - 31/10/2017
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 851.711
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DE PARANAGUÁ E ANTONINA - APPA
ADV.(A/S) : ADRIELLI CRISTINA GERALDO CORDEIRO (51233/PR, 0033259/
PR) E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESPOLIO DE DISNEI TRIAQUIM XAVIER
ADV.(A/S) : ANANDA PINHEIRO (62041/PR)
Decisão: Após o voto do Ministro Marco Aurélio, Presidente e
Relator, que negava provimento ao agravo, pediu vista do processo
o Ministro Alexandre de Moraes. Primeira Turma, 17.10.2017.
Decisão: Após os votos dos Ministros Marco Aurélio, Presidente
e Relator, e Luís Roberto Barroso, que negavam provimento ao
agravo; e do voto do Ministro Alexandre de Moraes, que o provia,
pediu vista do processo a Ministra Rosa Weber. Primeira Turma,
31.10.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo Gustavo Gonet
Branco.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14030232
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 851.711
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DE PARANAGUÁ E ANTONINA - APPA
ADV.(A/S) : ADRIELLI CRISTINA GERALDO CORDEIRO (51233/PR, 0033259/
PR) E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESPOLIO DE DISNEI TRIAQUIM XAVIER
ADV.(A/S) : ANANDA PINHEIRO (62041/PR)
Decisão: Após o voto do Ministro Marco Aurélio, Presidente e
Relator, que negava provimento ao agravo, pediu vista do processo
o Ministro Alexandre de Moraes. Primeira Turma, 17.10.2017.
Decisão: Após os votos dos Ministros Marco Aurélio, Presidente
e Relator, e Luís Roberto Barroso, que negavam provimento ao
agravo; e do voto do Ministro Alexandre de Moraes, que o provia,
pediu vista do processo a Ministra Rosa Weber. Primeira Turma,
31.10.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo Gustavo Gonet
Branco.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14030232
Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 24
Voto Vista
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
851.711 DISTRITO FEDERAL
VOTO VISTA
A Senhora Ministra Rosa Weber:
Trata-se de agravo regimental interposto pela APPA contra decisão
proferida pelo Ministro Relator em que negou seguimento ao recurso
extraordinário ao fundamento de “não se aplicar à empresa pública a
regra excepcional de execução prevista no artigo 100 da Carta da
República.” Argumenta a agravante que a natureza jurídica de empresa
pública “não lhe retira sua condição de prestadora de serviço público por
essência, na forma do art. 21, inciso XII, alínea “f” da Constituição
Federal, especialmente por ser o porto organizado bem público, decorrer
de Delegação da União Federal ao Estado do Paraná, não atuar em regime
concorrencial e não visar lucro ou acúmulo de riqueza, seja para si, seja
para o Estado do Paraná ou para a União.”.
Na sessão de 17.10.2017, após o voto do Ministro Marco Aurélio,
Relator, negando provimento ao agravo, foi suspenso o julgamento ante
o pedido de vista do Ministro Alexandre de Moraes.
Nm sessão do dia 31.10.2017, o Ministro Alexandre de Moraes votou
pelo provimento do recurso extraordinário e o Ministro Roberto Barroso
acompanhou o Relator no sentido de seu desprovimento.
Por outro lado, na mesma linha defendida pelo Ministro Alexandre
de Moraes, em decisão monocrática proferida no processo RE 861191 (DJe
07/12/2015), observando a jurisprudência à época da Casa, eu dera
provimento a recurso extraordinário interposto pela APPA a fim de
determinar a observância do regime de execução por precatórios previsto
no art. 100 da Constituição Federal. Manejado, na ocasião, agravo
regimental pelo autor.
Solicitei vista regimental a fim de examinar de forma conjunta os
processos.
Na espécie, interpostor ecurso extraordinário contra decisão da 3ª
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
851.711 DISTRITO FEDERAL
VOTO VISTA
A Senhora Ministra Rosa Weber:
Trata-se de agravo regimental interposto pela APPA contra decisão
proferida pelo Ministro Relator em que negou seguimento ao recurso
extraordinário ao fundamento de “não se aplicar à empresa pública a
regra excepcional de execução prevista no artigo 100 da Carta da
República.” Argumenta a agravante que a natureza jurídica de empresa
pública “não lhe retira sua condição de prestadora de serviço público por
essência, na forma do art. 21, inciso XII, alínea “f” da Constituição
Federal, especialmente por ser o porto organizado bem público, decorrer
de Delegação da União Federal ao Estado do Paraná, não atuar em regime
concorrencial e não visar lucro ou acúmulo de riqueza, seja para si, seja
para o Estado do Paraná ou para a União.”.
Na sessão de 17.10.2017, após o voto do Ministro Marco Aurélio,
Relator, negando provimento ao agravo, foi suspenso o julgamento ante
o pedido de vista do Ministro Alexandre de Moraes.
Nm sessão do dia 31.10.2017, o Ministro Alexandre de Moraes votou
pelo provimento do recurso extraordinário e o Ministro Roberto Barroso
acompanhou o Relator no sentido de seu desprovimento.
Por outro lado, na mesma linha defendida pelo Ministro Alexandre
de Moraes, em decisão monocrática proferida no processo RE 861191 (DJe
07/12/2015), observando a jurisprudência à época da Casa, eu dera
provimento a recurso extraordinário interposto pela APPA a fim de
determinar a observância do regime de execução por precatórios previsto
no art. 100 da Constituição Federal. Manejado, na ocasião, agravo
regimental pelo autor.
Solicitei vista regimental a fim de examinar de forma conjunta os
processos.
Na espécie, interpostor ecurso extraordinário contra decisão da 3ª
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Voto Vista
RE 851711 ED-AGR-AGR / DF
Turma do Tribunal Superior do Trabalho em que dado provimento ao
recurso de revista do autor para determinar a execução direta dos
créditos trabalhistas constantes do título judicial executivo contra a
APPA. Transcrevo a ementa na fração de interesse:
“RECURSO DE REVISTA. 1. APPA. FORMA DE
EXECUÇÃO (OJ 87/SBDI-1/TST). A sujeição das entidades
públicas que exploram atividade econômica ao sistema de
execução por precatórios não encontra mais guarida no âmbito
desta Corte, consoante entendimento sufragado na OJ 87/SBDI-
1/TST. Assim, é direta a execução contra a Administração dos
Portos de Paranaguá e Antonina - APPA. Registre-se que a mais
recente jurisprudência da SBDI- 1/TST do TST tem aplicado, na
plenitude, a regra explicitada na OJ 87. Recurso de revista
conhecido e provido, no aspecto.”
Enfatizo que, à época em que proferi a decisão monocrática no
processo RE 861191, em meados do segundo semestre de 2015, ambas as
Turmas desta Suprema Corte encampavam a tese de que aplicável à
Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA) -
especialmente consideradas a sua natureza jurídica autárquica e a
prestação de serviços públicos - o regime de execução por precatórios
vertido no art. 100 da Constituição Federal.
Então pacífica a jurisprudência acerca da matéria, na esteira dos
precedentes do Tribunal Pleno, dentre os quais o RE 225.011, da relatoria
do Ministro Maurício Corrêa, autorizados os membros integrantes do STF
- nos moldes dos §§ 1º e 2º do art. 21 do Regimento Interno desta Casa - a
monocraticamente negar seguimento ou prover desde logo os recursos
extraordinários. À guisa de exemplo, cito o RE 904.685, Rel Min. Edson
Fachin, em 28.10.15; o RE 904.637, Rel. Min. Luís Roberto Barroso, em
29.9.15; e o RE 904.615, Rel. Min. Celso de Mello, em 18.8.15, todos
provendo os extraordinários interpostos pela APPA, a fim de lhe
assegurar a execução por precatório, afastada a incidência do art. 173, §
1º, da Carta Política.
É bem verdade, a merecer registro, que o Ministro Marco Aurélio, já
2
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RE 851711 ED-AGR-AGR / DF
Turma do Tribunal Superior do Trabalho em que dado provimento ao
recurso de revista do autor para determinar a execução direta dos
créditos trabalhistas constantes do título judicial executivo contra a
APPA. Transcrevo a ementa na fração de interesse:
“RECURSO DE REVISTA. 1. APPA. FORMA DE
EXECUÇÃO (OJ 87/SBDI-1/TST). A sujeição das entidades
públicas que exploram atividade econômica ao sistema de
execução por precatórios não encontra mais guarida no âmbito
desta Corte, consoante entendimento sufragado na OJ 87/SBDI-
1/TST. Assim, é direta a execução contra a Administração dos
Portos de Paranaguá e Antonina - APPA. Registre-se que a mais
recente jurisprudência da SBDI- 1/TST do TST tem aplicado, na
plenitude, a regra explicitada na OJ 87. Recurso de revista
conhecido e provido, no aspecto.”
Enfatizo que, à época em que proferi a decisão monocrática no
processo RE 861191, em meados do segundo semestre de 2015, ambas as
Turmas desta Suprema Corte encampavam a tese de que aplicável à
Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA) -
especialmente consideradas a sua natureza jurídica autárquica e a
prestação de serviços públicos - o regime de execução por precatórios
vertido no art. 100 da Constituição Federal.
Então pacífica a jurisprudência acerca da matéria, na esteira dos
precedentes do Tribunal Pleno, dentre os quais o RE 225.011, da relatoria
do Ministro Maurício Corrêa, autorizados os membros integrantes do STF
- nos moldes dos §§ 1º e 2º do art. 21 do Regimento Interno desta Casa - a
monocraticamente negar seguimento ou prover desde logo os recursos
extraordinários. À guisa de exemplo, cito o RE 904.685, Rel Min. Edson
Fachin, em 28.10.15; o RE 904.637, Rel. Min. Luís Roberto Barroso, em
29.9.15; e o RE 904.615, Rel. Min. Celso de Mello, em 18.8.15, todos
provendo os extraordinários interpostos pela APPA, a fim de lhe
assegurar a execução por precatório, afastada a incidência do art. 173, §
1º, da Carta Política.
É bem verdade, a merecer registro, que o Ministro Marco Aurélio, já
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Voto Vista
RE 851711 ED-AGR-AGR / DF
naquela quadra, entendeu por exercer juízo de retratação quanto ao tema,
a teor do quanto decidido, em 15.10.15, ao exame do regimental no RE
341.773, atento à alteração da personalidade jurídica da APPA - de
autarquia para empresa pública, dotada de personalidade jurídica de
direito privado, com patrimônio próprio e autonomia administrativa e
financeira, autorizada ao advento da Lei do Estado do Paraná nº
17.895/2013.
Contra aquela decisão, manejado agravo regimental pela APPA, esta
1º Turma, por maioria, em 10.5.16, firmou a compreensão de que
submetida a agravante à execução direta, de todo inadequado assegurar à
empresa pública o regime excepcional dos precatórios, verbis:
“EXECUÇÃO – EMPRESA PÚBLICA – REGIME DE
PRECATÓRIOS – INADEQUAÇÃO. Incabível aplicar à
empresa pública a regra excepcional de execução prevista no
artigo 100 da Carta da República.” (Relator: Min. Marco
Aurélio, acórdão eletrônico DJe-112, divulg 1º.6.16, public
02.6.16)
Em tal assentada, igualmente não providos os regimentais da APPA
nos recursos extraordinários 473.310 e 382.994.
Sobreleva notar que o Tribunal Superior do Trabalho - a teor do
entendimento consagrado há quase duas décadas por aquela Corte,
precisamente em 28.4.1997, com a edição da Orientação Jurisprudencial nº
87 da Seção de Dissídios Individuais I – assentou a modalidade da
execução direta contra “entidades públicas”, forte no art. 883 da CLT, que
explorassem atividade eminentemente econômica, hipótese que reputou
aplicável não somente à APPA, como também à Caixa Econômica do
Estado do Rio Grande do Sul, ECT e MINASCAIXA .
Nesse compasso, de largueza maior a expressão “entidades
públicas”, tenho que o TST, ao longo dos anos, sempre se mostrou
sensível às alterações fático-jurídicas que eventualmente pudessem
alterar a compreensão daquela Corte. Não por outro motivo
permanentemente revisitadas as orientações jurisprudenciais editadas
3
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naquela quadra, entendeu por exercer juízo de retratação quanto ao tema,
a teor do quanto decidido, em 15.10.15, ao exame do regimental no RE
341.773, atento à alteração da personalidade jurídica da APPA - de
autarquia para empresa pública, dotada de personalidade jurídica de
direito privado, com patrimônio próprio e autonomia administrativa e
financeira, autorizada ao advento da Lei do Estado do Paraná nº
17.895/2013.
Contra aquela decisão, manejado agravo regimental pela APPA, esta
1º Turma, por maioria, em 10.5.16, firmou a compreensão de que
submetida a agravante à execução direta, de todo inadequado assegurar à
empresa pública o regime excepcional dos precatórios, verbis:
“EXECUÇÃO – EMPRESA PÚBLICA – REGIME DE
PRECATÓRIOS – INADEQUAÇÃO. Incabível aplicar à
empresa pública a regra excepcional de execução prevista no
artigo 100 da Carta da República.” (Relator: Min. Marco
Aurélio, acórdão eletrônico DJe-112, divulg 1º.6.16, public
02.6.16)
Em tal assentada, igualmente não providos os regimentais da APPA
nos recursos extraordinários 473.310 e 382.994.
Sobreleva notar que o Tribunal Superior do Trabalho - a teor do
entendimento consagrado há quase duas décadas por aquela Corte,
precisamente em 28.4.1997, com a edição da Orientação Jurisprudencial nº
87 da Seção de Dissídios Individuais I – assentou a modalidade da
execução direta contra “entidades públicas”, forte no art. 883 da CLT, que
explorassem atividade eminentemente econômica, hipótese que reputou
aplicável não somente à APPA, como também à Caixa Econômica do
Estado do Rio Grande do Sul, ECT e MINASCAIXA .
Nesse compasso, de largueza maior a expressão “entidades
públicas”, tenho que o TST, ao longo dos anos, sempre se mostrou
sensível às alterações fático-jurídicas que eventualmente pudessem
alterar a compreensão daquela Corte. Não por outro motivo
permanentemente revisitadas as orientações jurisprudenciais editadas
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RE 851711 ED-AGR-AGR / DF
sobre o tema, em especial as OJs 13 e 87 da SDI-I, a exemplo do incidente
de revisão das orientações jurisprudenciais em comento, julgado em
22.8.16 - após a transformação da APPA em empresa pública e já em
atenção ao novo entendimento encampado por esta 1ª Turma do STF.
Reproduzo a ementa do incidente de revisão, verbis:
“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO DE
EMBARGOS. PEDIDO DE INTERVENÇÃO NO FEITO -
AMICUS CURIAE - FORMA DE EXECUÇÃO DA APPA. [...].
INCIDENTE
DE
REVISÃO
DAS
ORIENTAÇÕES
JURISPRUDENCIAIS 13 E 87 DA SBDI1 DO TST. APPA.
FORMA DE EXECUÇÃO. A dissonância entre jurisprudência
do TST e a do Supremo Tribunal Federal motivou o presente
incidente de revisão das Orientações Jurisprudenciais 13 e 87 da
SBDI-1 do TST. A jurisprudência da Corte Suprema embasou o
parecer da Comissão de Jurisprudência e de Precedentes
Normativos, que opinou por retirar da OJ 87 da SBDI-1 a
referência à APPA e assim se remetesse à execução por
precatório. Porém, após a instauração do incidente de revisão
das mencionadas orientações jurisprudenciais, e depois da
emissão do parecer, novos precedentes oriundos da Primeira
Turma do Supremo contrariaram a jurisprudência que parecia
ser pacífica em relação à APPA. A compreensão que parecia ter
o Supremo Tribunal Federal, e que divergia claramente das
decisões do TST em função do que preconizava a orientação
jurisprudencial da SBDI-1 do TST, modificou-se a partir de
quando a Primeira Turma do STF decidiu, vezes várias, que a
execução contra a APPA seria direta, sem adoção do rito dos
precatórios. Se a autoridade das decisões do Supremo Tribunal
Federal era a razão para revisão da OJ 87 da SBDI-1 do TST,
esse fundamento se esvaziou à medida em que uma das duas
Turmas do Supremo Tribunal Federal assume posição
diametralmente oposta. Da mesma forma que seria prudente
alinhar a jurisprudência do TST às decisões uniformes do
Supremo Tribunal Federal, a alteração de entendimento há
muito consolidado no TST para seguir orientação que deixou de
4
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sobre o tema, em especial as OJs 13 e 87 da SDI-I, a exemplo do incidente
de revisão das orientações jurisprudenciais em comento, julgado em
22.8.16 - após a transformação da APPA em empresa pública e já em
atenção ao novo entendimento encampado por esta 1ª Turma do STF.
Reproduzo a ementa do incidente de revisão, verbis:
“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO DE
EMBARGOS. PEDIDO DE INTERVENÇÃO NO FEITO -
AMICUS CURIAE - FORMA DE EXECUÇÃO DA APPA. [...].
INCIDENTE
DE
REVISÃO
DAS
ORIENTAÇÕES
JURISPRUDENCIAIS 13 E 87 DA SBDI1 DO TST. APPA.
FORMA DE EXECUÇÃO. A dissonância entre jurisprudência
do TST e a do Supremo Tribunal Federal motivou o presente
incidente de revisão das Orientações Jurisprudenciais 13 e 87 da
SBDI-1 do TST. A jurisprudência da Corte Suprema embasou o
parecer da Comissão de Jurisprudência e de Precedentes
Normativos, que opinou por retirar da OJ 87 da SBDI-1 a
referência à APPA e assim se remetesse à execução por
precatório. Porém, após a instauração do incidente de revisão
das mencionadas orientações jurisprudenciais, e depois da
emissão do parecer, novos precedentes oriundos da Primeira
Turma do Supremo contrariaram a jurisprudência que parecia
ser pacífica em relação à APPA. A compreensão que parecia ter
o Supremo Tribunal Federal, e que divergia claramente das
decisões do TST em função do que preconizava a orientação
jurisprudencial da SBDI-1 do TST, modificou-se a partir de
quando a Primeira Turma do STF decidiu, vezes várias, que a
execução contra a APPA seria direta, sem adoção do rito dos
precatórios. Se a autoridade das decisões do Supremo Tribunal
Federal era a razão para revisão da OJ 87 da SBDI-1 do TST,
esse fundamento se esvaziou à medida em que uma das duas
Turmas do Supremo Tribunal Federal assume posição
diametralmente oposta. Da mesma forma que seria prudente
alinhar a jurisprudência do TST às decisões uniformes do
Supremo Tribunal Federal, a alteração de entendimento há
muito consolidado no TST para seguir orientação que deixou de
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Voto Vista
RE 851711 ED-AGR-AGR / DF
ser uníssona no Supremo Tribunal Federal produziria efeito
contrário, a gerar insegurança jurídica. Embora deva o TST
acompanhar as decisões do Supremo Tribunal Federal, há, hoje,
decisões díspares da excelsa Corte que desestimulam a
contribuição do TST. Ademais, a APPA é uma empresa pública
e, por ser empresa, é intrínseco à sua natureza a busca de lucro.
Por previsão legal, cobra tarifa, meio que também permite o
lucro. Não deve ser olvidado que os serviços prestados pela
APPA não são de exclusividade estatal. Não há monopólio. Eles
podem ser executados pela iniciativa privada. Conforme
consigna o TRT de origem, com fundamento no Decreto
7.447/90, a APPA exerce livre atividade econômica. Eventual
execução por precatório criaria uma situação de desigualdade a
prejudicar a livre concorrência. Portanto, deve seguir o regime
típico das empresas privadas, conforme prevê o art. 173, § 1º, II,
e § 2º. Por esses fundamentos, deve ser mantida a redação atual
das Orientações Jurisprudenciais nºs 13 e 87 da SBDI-1 do TST.
Incidente desprovido.” (Redator Ministro Augusto César Leite
de Carvalho, Data de Julgamento: 22.8.2016, DEJT 16.9.2016)
Merecedora de registro a seguinte passagem do voto do Ministro
Augusto César de Carvalho, redator designado para o acórdão, em que
analisadas, sob a perspectiva histórica, as jurisprudências desta Suprema
Corte e do TST sobre a matéria.
“O TST tem duas orientações jurisprudenciais em vigor e
que são objeto de debate no presente incidente de revisão de
orientação jurisprudencial, as de número 13 e 87 da SBDI-1. A
OJ 13 da SBDI-1, por considerar que a APPA explora atividade
econômica com fins lucrativos, não concede isenção do depósito
recursal e das custas. A redação original data de 14/3/1994 e a
redação atual foi alterada em 2010, in verbis:
‘APPA. DECRETO-LEI Nº 779/69. DEPÓSITO
RECURSAL E CUSTAS. NÃO ISENÇÃO (inserido
dispositivo) – DEJT divulgado em 16, 17 e 18.11.2010
A Administração dos Portos de Paranaguá e
Antonina - APPA, vinculada à Administração Pública
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ser uníssona no Supremo Tribunal Federal produziria efeito
contrário, a gerar insegurança jurídica. Embora deva o TST
acompanhar as decisões do Supremo Tribunal Federal, há, hoje,
decisões díspares da excelsa Corte que desestimulam a
contribuição do TST. Ademais, a APPA é uma empresa pública
e, por ser empresa, é intrínseco à sua natureza a busca de lucro.
Por previsão legal, cobra tarifa, meio que também permite o
lucro. Não deve ser olvidado que os serviços prestados pela
APPA não são de exclusividade estatal. Não há monopólio. Eles
podem ser executados pela iniciativa privada. Conforme
consigna o TRT de origem, com fundamento no Decreto
7.447/90, a APPA exerce livre atividade econômica. Eventual
execução por precatório criaria uma situação de desigualdade a
prejudicar a livre concorrência. Portanto, deve seguir o regime
típico das empresas privadas, conforme prevê o art. 173, § 1º, II,
e § 2º. Por esses fundamentos, deve ser mantida a redação atual
das Orientações Jurisprudenciais nºs 13 e 87 da SBDI-1 do TST.
Incidente desprovido.” (Redator Ministro Augusto César Leite
de Carvalho, Data de Julgamento: 22.8.2016, DEJT 16.9.2016)
Merecedora de registro a seguinte passagem do voto do Ministro
Augusto César de Carvalho, redator designado para o acórdão, em que
analisadas, sob a perspectiva histórica, as jurisprudências desta Suprema
Corte e do TST sobre a matéria.
“O TST tem duas orientações jurisprudenciais em vigor e
que são objeto de debate no presente incidente de revisão de
orientação jurisprudencial, as de número 13 e 87 da SBDI-1. A
OJ 13 da SBDI-1, por considerar que a APPA explora atividade
econômica com fins lucrativos, não concede isenção do depósito
recursal e das custas. A redação original data de 14/3/1994 e a
redação atual foi alterada em 2010, in verbis:
‘APPA. DECRETO-LEI Nº 779/69. DEPÓSITO
RECURSAL E CUSTAS. NÃO ISENÇÃO (inserido
dispositivo) – DEJT divulgado em 16, 17 e 18.11.2010
A Administração dos Portos de Paranaguá e
Antonina - APPA, vinculada à Administração Pública
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RE 851711 ED-AGR-AGR / DF
indireta, não é isenta do recolhimento do depósito recursal
e do pagamento das custas processuais por não ser
beneficiária dos privilégios previstos no Decreto-Lei n.º
779, de 21.08.1969, ante o fato de explorar atividade
econômica com fins lucrativos, o que descaracteriza sua
natureza jurídica, igualando-a às empresas privadas.’
Também considerando a exploração da atividade
econômica, a OJ 87 da SBDI-1 do TST consolidou o
entendimento de que a execução contra a APPA deve ser de
forma direta e não por meio de precatório. Sua edição ocorreu
em 28/4/1997 e a atual alteração vige desde 2004:
‘ENTIDADE PÚBLICA. EXPLORAÇÃO DE
ATIVIDADE
EMINENTEMENTE
ECONÔMICA.
EXECUÇÃO. ART. 883 DA CLT (nova redação) - DJ
16.04.2004
É direta a execução contra a APPA e MINASCAIXA
(§ 1º do art. 173, da CF/1988).’
Em que pese a antiga jurisprudência formada no TST,
consolidada nas duas orientações citadas, o Supremo Tribunal
Federal julgou em sentido contrário e de forma uníssona em
suas duas Turma por algum tempo:
[...]
A autoridade dos precedentes oriundos daquela Corte
motivaram decisões na minha lavra na 6ª Turma que
determinaram a execução por precatório, em sentido contrário à
OJ 87 da SBDI-1 do TST. A título exemplificativo:
‘APPA. FORMA DE EXECUÇÃO. PRECATÓRIO. A
reclamada logrou êxito em demonstrar violação do art.
100 da CF, já que em decorrência de sua natureza
autárquica e da prestação de serviço público, a execução
de débitos trabalhistas contra a APPA de ser submetida ao
regime de precatórios. Afasta-se, assim, a aplicação do art.
173, § 1º, da Carta Magna. Precedentes do STF. Recurso de
Revista conhecido e provido.’ (RR - 134841-
28.2001.5.09.0322, Relator Ministro: Augusto César Leite
de Carvalho, Data de Julgamento: 02/06/2010, 6ª Turma,
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indireta, não é isenta do recolhimento do depósito recursal
e do pagamento das custas processuais por não ser
beneficiária dos privilégios previstos no Decreto-Lei n.º
779, de 21.08.1969, ante o fato de explorar atividade
econômica com fins lucrativos, o que descaracteriza sua
natureza jurídica, igualando-a às empresas privadas.’
Também considerando a exploração da atividade
econômica, a OJ 87 da SBDI-1 do TST consolidou o
entendimento de que a execução contra a APPA deve ser de
forma direta e não por meio de precatório. Sua edição ocorreu
em 28/4/1997 e a atual alteração vige desde 2004:
‘ENTIDADE PÚBLICA. EXPLORAÇÃO DE
ATIVIDADE
EMINENTEMENTE
ECONÔMICA.
EXECUÇÃO. ART. 883 DA CLT (nova redação) - DJ
16.04.2004
É direta a execução contra a APPA e MINASCAIXA
(§ 1º do art. 173, da CF/1988).’
Em que pese a antiga jurisprudência formada no TST,
consolidada nas duas orientações citadas, o Supremo Tribunal
Federal julgou em sentido contrário e de forma uníssona em
suas duas Turma por algum tempo:
[...]
A autoridade dos precedentes oriundos daquela Corte
motivaram decisões na minha lavra na 6ª Turma que
determinaram a execução por precatório, em sentido contrário à
OJ 87 da SBDI-1 do TST. A título exemplificativo:
‘APPA. FORMA DE EXECUÇÃO. PRECATÓRIO. A
reclamada logrou êxito em demonstrar violação do art.
100 da CF, já que em decorrência de sua natureza
autárquica e da prestação de serviço público, a execução
de débitos trabalhistas contra a APPA de ser submetida ao
regime de precatórios. Afasta-se, assim, a aplicação do art.
173, § 1º, da Carta Magna. Precedentes do STF. Recurso de
Revista conhecido e provido.’ (RR - 134841-
28.2001.5.09.0322, Relator Ministro: Augusto César Leite
de Carvalho, Data de Julgamento: 02/06/2010, 6ª Turma,
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Voto Vista
RE 851711 ED-AGR-AGR / DF
Data de Publicação: DEJT 18/06/2010)
A dissonância entre a jurisprudência do TST e a do
Supremo Tribunal Federal motivou o presente incidente de
revisão das Orientações Jurisprudenciais 13 e 87 da SBDI-1 do
TST. Essa mesma jurisprudência da Corte Suprema embasou o
parecer da Comissão de Jurisprudência e de Precedentes
Normativos em que se opinou por retirar da OJ 87 da SBDI-1 a
referência à APPA, reservando-lhe doravante a execução por
precatório.
Porém, após a instauração do incidente de revisão das
orientações jurisprudenciais e depois da emissão do parecer,
novos precedentes oriundos da Primeira Turma do Supremo
contrariaram a jurisprudência que parecia ser pacífica em
relação à APPA:
[…]
A compreensão que tinha o Supremo Tribunal Federal, e
que divergia claramente das decisões do TST em função do que
preconizava a orientação jurisprudencial da SDI-1 do TST, foi
modificada. Então, se a autoridade das decisões do Supremo
Tribunal Federal era a razão para revisão da OJ 87 da SDI-1 do
TST, esse fundamento se esvaziou à medida em que uma das
duas Turmas do Supremo Tribunal Federal assume posição
diametralmente oposta.
Da mesma forma que seria prudente alinhar a
jurisprudência do TST às decisões uniformes do Supremo
Tribunal Federal, a alteração de entendimento há muito
consolidado no TST para seguir orientação que deixou de ser
uníssona no Supremo produziria efeito contrário, a gerar
insegurança jurídica. Embora deva o TST acompanhar as
decisões do Supremo Tribunal Federal, há, hoje, decisões
díspares da excelsa Corte que impedem a pacificação da
controvérsia. O acolhimento do parecer da Comissão de
Jurisprudência de Precedentes Normativos geraria incerteza
ainda maior na jurisprudência, com possível e indesejável
oscilação até a pacificação da matéria no âmbito do Supremo
Tribunal Federal.
7
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14247202.
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RE 851711 ED-AGR-AGR / DF
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A dissonância entre a jurisprudência do TST e a do
Supremo Tribunal Federal motivou o presente incidente de
revisão das Orientações Jurisprudenciais 13 e 87 da SBDI-1 do
TST. Essa mesma jurisprudência da Corte Suprema embasou o
parecer da Comissão de Jurisprudência e de Precedentes
Normativos em que se opinou por retirar da OJ 87 da SBDI-1 a
referência à APPA, reservando-lhe doravante a execução por
precatório.
Porém, após a instauração do incidente de revisão das
orientações jurisprudenciais e depois da emissão do parecer,
novos precedentes oriundos da Primeira Turma do Supremo
contrariaram a jurisprudência que parecia ser pacífica em
relação à APPA:
[…]
A compreensão que tinha o Supremo Tribunal Federal, e
que divergia claramente das decisões do TST em função do que
preconizava a orientação jurisprudencial da SDI-1 do TST, foi
modificada. Então, se a autoridade das decisões do Supremo
Tribunal Federal era a razão para revisão da OJ 87 da SDI-1 do
TST, esse fundamento se esvaziou à medida em que uma das
duas Turmas do Supremo Tribunal Federal assume posição
diametralmente oposta.
Da mesma forma que seria prudente alinhar a
jurisprudência do TST às decisões uniformes do Supremo
Tribunal Federal, a alteração de entendimento há muito
consolidado no TST para seguir orientação que deixou de ser
uníssona no Supremo produziria efeito contrário, a gerar
insegurança jurídica. Embora deva o TST acompanhar as
decisões do Supremo Tribunal Federal, há, hoje, decisões
díspares da excelsa Corte que impedem a pacificação da
controvérsia. O acolhimento do parecer da Comissão de
Jurisprudência de Precedentes Normativos geraria incerteza
ainda maior na jurisprudência, com possível e indesejável
oscilação até a pacificação da matéria no âmbito do Supremo
Tribunal Federal.
7
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 21 de 24
Voto Vista
RE 851711 ED-AGR-AGR / DF
Além dessa questão processual e de política judicial, no
mérito, também compreendo acertadas as OJ 13 e 87 da SBDI-1
do TST, embora tenha decidido de forma contrária, mas em
razão das decisões do Supremo Tribunal Federal, como já
explanado.
As decisões anteriores do Supremo Tribunal Federal, antes
uniformes, levavam em consideração o fato de a APPA ser
autarquia, como se extrai dos primeiros precedentes
anteriormente citados.
A mudança ocorrida no âmbito da 1ª Turma do Supremo
Tribunal Federal considerou o advento do Decreto Estadual
11.562/2014, que alterou a natureza jurídica da APPA para
empresa pública. As ementas dos precedentes deixam explícito
tratar-se de empresa pública, em oposição às decisões
anteriores.”
Assim, sem descurar o novo posicionamento encampado por esta 1ª
Turma acerca da matéria, o TST, por seu Tribunal Pleno, reafirmou sua
jurisprudência consagradora da execução direta na espécie, respeitando a
compreensão de longa data firmada no âmbito daquela Corte Superior de
que a APPA exerce atividade econômica, sem monopólio e com vistas a
auferir lucro, a se sujeitar ao regime jurídico constitucional das empresas
privadas. Transcrevo excerto:
“Caso fosse conferida a possibilidade de execução por
precatório a uma empresa pública, privilégio próprio da
administração pública, como pretende a APPA, estaria sendo
criada uma situação de desigualdade a prejudicar a livre
concorrência. Esse benefício apenas seria possível se houvesse
monopólio. Estando sujeita à concorrência, devem seguir o
regime típico das empresas privadas. Essa sujeição ao regime
próprio das empresas privadas pela empresa pública foi
prevista pela Constituição Federal no art. 173, § 1º, II, e § 2º,
verbis:
[…]
A contrario sensu, como a APPA não detém monopólio de
8
Supremo Tribunal Federal
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Além dessa questão processual e de política judicial, no
mérito, também compreendo acertadas as OJ 13 e 87 da SBDI-1
do TST, embora tenha decidido de forma contrária, mas em
razão das decisões do Supremo Tribunal Federal, como já
explanado.
As decisões anteriores do Supremo Tribunal Federal, antes
uniformes, levavam em consideração o fato de a APPA ser
autarquia, como se extrai dos primeiros precedentes
anteriormente citados.
A mudança ocorrida no âmbito da 1ª Turma do Supremo
Tribunal Federal considerou o advento do Decreto Estadual
11.562/2014, que alterou a natureza jurídica da APPA para
empresa pública. As ementas dos precedentes deixam explícito
tratar-se de empresa pública, em oposição às decisões
anteriores.”
Assim, sem descurar o novo posicionamento encampado por esta 1ª
Turma acerca da matéria, o TST, por seu Tribunal Pleno, reafirmou sua
jurisprudência consagradora da execução direta na espécie, respeitando a
compreensão de longa data firmada no âmbito daquela Corte Superior de
que a APPA exerce atividade econômica, sem monopólio e com vistas a
auferir lucro, a se sujeitar ao regime jurídico constitucional das empresas
privadas. Transcrevo excerto:
“Caso fosse conferida a possibilidade de execução por
precatório a uma empresa pública, privilégio próprio da
administração pública, como pretende a APPA, estaria sendo
criada uma situação de desigualdade a prejudicar a livre
concorrência. Esse benefício apenas seria possível se houvesse
monopólio. Estando sujeita à concorrência, devem seguir o
regime típico das empresas privadas. Essa sujeição ao regime
próprio das empresas privadas pela empresa pública foi
prevista pela Constituição Federal no art. 173, § 1º, II, e § 2º,
verbis:
[…]
A contrario sensu, como a APPA não detém monopólio de
8
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 22 de 24
Voto Vista
RE 851711 ED-AGR-AGR / DF
sua atividade e a exerce atividade econômica, está submetida ao
regime jurídico das empresas privadas e, por conseguinte, a
execução deve ocorrer de forma direta e não por meio de
precatório.
Por esses motivos, além de não haver uma jurisprudência
uniforme do Supremo Tribunal Federal que justifique o
cancelamento das OJ 13 e 87 da SBDI-1 do TST, entendo ser
forte o fundamento de que a empresa pública que cobra tarifa e
exerce atividade econômica não se sujeita à execução por
precatório, sob pena de ferir a livre concorrência.”
Coerente com o meu entendimento sobre a matéria, em alinho ao
posicionamento que igualmente adotei, ao final de 2016, neste Colegiado,
por ocasião do julgamento dos agravos regimentais nos recursos
extraordinários 473.310, 382.994 e 341.773, todos da relatoria do Ministro
Marco Aurélio, pedindo vênia à divergência, acompanho o Relator e
nego provimento ao agravo.
É o voto.
9
Supremo Tribunal Federal
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sua atividade e a exerce atividade econômica, está submetida ao
regime jurídico das empresas privadas e, por conseguinte, a
execução deve ocorrer de forma direta e não por meio de
precatório.
Por esses motivos, além de não haver uma jurisprudência
uniforme do Supremo Tribunal Federal que justifique o
cancelamento das OJ 13 e 87 da SBDI-1 do TST, entendo ser
forte o fundamento de que a empresa pública que cobra tarifa e
exerce atividade econômica não se sujeita à execução por
precatório, sob pena de ferir a livre concorrência.”
Coerente com o meu entendimento sobre a matéria, em alinho ao
posicionamento que igualmente adotei, ao final de 2016, neste Colegiado,
por ocasião do julgamento dos agravos regimentais nos recursos
extraordinários 473.310, 382.994 e 341.773, todos da relatoria do Ministro
Marco Aurélio, pedindo vênia à divergência, acompanho o Relator e
nego provimento ao agravo.
É o voto.
9
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 23 de 24
Extrato de Ata - 12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 851.711
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DE PARANAGUÁ E ANTONINA - APPA
ADV.(A/S) : ADRIELLI CRISTINA GERALDO CORDEIRO (51233/PR, 0033259/
PR) E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESPOLIO DE DISNEI TRIAQUIM XAVIER
ADV.(A/S) : ANANDA PINHEIRO (62041/PR)
Decisão: Após o voto do Ministro Marco Aurélio, Presidente e
Relator, que negava provimento ao agravo, pediu vista do processo
o Ministro Alexandre de Moraes. Primeira Turma, 17.10.2017.
Decisão: Após os votos dos Ministros Marco Aurélio, Presidente
e Relator, e Luís Roberto Barroso, que negavam provimento ao
agravo; e do voto do Ministro Alexandre de Moraes, que o provia,
pediu vista do processo a Ministra Rosa Weber. Primeira Turma,
31.10.2017.
Decisão: Por maioria de votos, a Turma negou provimento ao
agravo, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro
Alexandre de Moraes. Não participou, justificadamente, deste
julgamento, o Ministro Luiz Fux. Presidência do Ministro Marco
Aurélio. Primeira Turma, 12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 851.711
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DE PARANAGUÁ E ANTONINA - APPA
ADV.(A/S) : ADRIELLI CRISTINA GERALDO CORDEIRO (51233/PR, 0033259/
PR) E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESPOLIO DE DISNEI TRIAQUIM XAVIER
ADV.(A/S) : ANANDA PINHEIRO (62041/PR)
Decisão: Após o voto do Ministro Marco Aurélio, Presidente e
Relator, que negava provimento ao agravo, pediu vista do processo
o Ministro Alexandre de Moraes. Primeira Turma, 17.10.2017.
Decisão: Após os votos dos Ministros Marco Aurélio, Presidente
e Relator, e Luís Roberto Barroso, que negavam provimento ao
agravo; e do voto do Ministro Alexandre de Moraes, que o provia,
pediu vista do processo a Ministra Rosa Weber. Primeira Turma,
31.10.2017.
Decisão: Por maioria de votos, a Turma negou provimento ao
agravo, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro
Alexandre de Moraes. Não participou, justificadamente, deste
julgamento, o Ministro Luiz Fux. Presidência do Ministro Marco
Aurélio. Primeira Turma, 12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14321551
Inteiro Teor do Acórdão - Página 24 de 24
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14624254 | 2017-12-12T00:00:00 | 2018-04-10T00:00:00 | Após o voto do Ministro Marco Aurélio, Presidente e Relator, que negava provimento ao agravo, pediu vista do processo o Ministro Alexandre de Moraes. Primeira Turma, 17.10.2017.
Decisão: Após os votos dos Ministros Marco Aurélio, Presidente e Relator, e Luís Roberto Barroso, que negavam provimento ao agravo; e do voto do Ministro Alexandre de Moraes, que o provia, pediu vista do processo a Ministra Rosa Weber. Primeira Turma, 31.10.2017.
Decisão: Por maioria de votos, a Turma negou provimento ao agravo, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro Alexandre de Moraes. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Luiz Fux. Presidência do Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 12.12.2017. | AG.REG. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | EXECUÇÃO – EMPRESA PÚBLICA – REGIME DE PRECATÓRIOS – INADEQUAÇÃO. Incabível aplicar à empresa pública a regra excepcional de execução prevista no artigo 100 da Carta da República.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Descabe a fixação de honorários recursais, previstos no artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015, quando se tratar de recurso formalizado no curso de processo cujo rito os exclua. | sjur383049 | - Acórdão(s) citado(s):
(EMPRESA PÚBLICA, SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA, REGIME JURÍDICO, EMPRESA PRIVADA)
RE 580264 (TP), RE 225011 (TP), AI 390212 AgR (1ªT), RE 553369 AgR (1ªT), AI 331146 AgR (2ªT), RE 334225 AgR (1ªT).
(REGIME DE PRECATÓRIO, CONSELHO DE FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL)
RE 938837 (TP).
(REGIME DE PRECATÓRIO, APPA)
RE 341773 AgR-AgR (1ªT), AI 473310 AgR-segundo (1ªT), RE 382991 AgR-AgR (1ªT).
- Decisões monocráticas citadas:
(REGIME DE PRECATÓRIO, APPA)
RE 904615, RE 904637, RE 341773 AgR, RE 904685, RE 861191.
Número de páginas: 24.
Análise: 06/08/2018, TLR. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 851711 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\n ART-00100 ART-00173 PAR-00001 INC-00002\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\n\n",
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-00085 PAR-00011\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\n\n",
"LEG-FED DEL-005452 ANO-1943\n ART-00883\n CLT-1943 CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO\n\n",
"LEG-FED RGI ANO-1980\n ART-00021 PAR-00001 PAR-00002\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL\n\n",
"LEG-FED OJ-000013 \n ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL DA SBDI-1 DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - TST\n\n",
"LEG-FED OJ-000087 \n ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL DA SBDI-1 DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - TST\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n",
"LEG-EST LEI-017895 ANO-2013\n LEI ORDINÁRIA, PR"
] | RE-ED-AgR-AgR | acordaos | RE 851711 ED-AgR-AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DE PARANAGUÁ E ANTONINA - APPA
ADV.(A/S) : ADRIELLI CRISTINA GERALDO CORDEIRO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESPOLIO DE DISNEI TRIAQUIM XAVIER
ADV.(A/S) : ANANDA PINHEIRO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 851 . 711",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 851 . 711",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 851 . 711",
"RE 851711 ED - AGR - AGR / DF",
"recurso extraordinário [UNK] 341 . 773",
"RE 851711 ED -",
"recurso extraordinário [UNK] 341 . 773",
"RE 851711 ED - AGR - AGR / DF",
"RE 851711 ED - AGR - AGR / DF",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 851 . 711",
"OJ 87 / SBDI - 1 / TST",
"OJ 87 / SBDI - 1 / TST",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 851 . 711",
"OJ 87 / SBDI - 1 / TST",
"OJ 87 / SBDI - 1 / TST",
"RE 851711 ED - AGR - AGR / DF",
"recurso extraordinário [UNK] 580 . 264",
"RE 851711 ED - AGR - AGR / DF",
"recurso extraordinário [UNK] 580 . 264",
"RE 851711 ED",
"verbete [UNK] 279 da Súmula do Supremo",
"RE 851711 ED - AGR - AGR / DF",
"verbete [UNK] 279 da Súmula do Supremo",
"RE 553 . 369",
"AI 390 . 212",
"AI 331 . 146",
"RE 334 . 225",
"RE 225 . 011",
"RE 553 . 369",
"AI 390 . 212",
"AI 331 . 146",
"RE 334 . 225",
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"RE 851711 ED - AGR - AGR / DF",
"RE 851711 ED - AGR - AGR / DF",
"RECURSO",
"RECURSO",
"RE 861191",
"RE 861191",
"RE 851711 ED - AGR - AGR / DF",
"OJ 87 / SBDI - 1 / TST",
"OJ 87 / SBDI - 1 / TST",
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"RE 225 . 011",
"RE 904 . 685",
"RE 904 . 637",
"RE 904 . 615",
"RE 851711 ED - AGR - AGR / DF",
"OJ 87 / SBDI - 1 / TST",
"OJ 87 / SBDI - 1 / TST",
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"RE 904 . 685",
"RE 904",
"RE 904 . 615",
"RE 851711 ED",
"RE 341 . 773",
"Orientação Jurisprudencial [UNK] 87 da Seção de Dissídios Individuais I",
"RE 851711 ED - AGR - AGR / DF",
"RE 341 . 773",
"382",
".",
"994",
"Orientação Jurisprudencial [UNK] 87 da Seção de Dissídios Individuais I",
"RE 851711 ED -",
"Orientações Jurisprudenciais 13 e 87 da SBDI - 1 do TST",
"OJ",
"OJ 87 da SBDI - 1 do TST",
"RE 851711 ED - AGR - AGR / DF",
"OJs",
"ORIENTAÇÕES",
"Orientações Jurisprudenciais 13",
"OJ 87 da SBDI - 1 do TST",
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"OJ 87 da SBDI - 1 do TST",
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"RR",
"-",
"134841",
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"28",
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"2001",
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"09",
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"0322",
"RE",
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"OJ 87 da SBDI - 1 do TST",
"RR",
"-",
"134841",
"-",
"28",
".",
"2001",
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"5",
".",
"09",
".",
"0322",
"RE 851711 ED - AGR - AGR / DF",
"Orientações Jurisprudenciais 13 e 87 da SBDI - 1 do TST",
"OJ",
"RE 851711 ED - AGR - AGR / DF",
"Orientações Jurisprudenciais 13 e 87 da SBDI - 1 do TST",
"OJ 87 da SBDI - 1",
"OJ 87 da SDI - 1 do TST",
"RE 851711 ED - AGR - AGR / DF",
"OJ 13 e 87 da SBDI - 1 do TST",
"RE 851711 ED - AGR - AGR / DF",
"OJ 13 e 87 da SBDI - 1 do TST",
"RE 851711 ED - AGR - AGR / DF",
"OJ 13 e 87 da SBDI - 1 do TST",
"recursos",
"RE 851711 ED - AGR - AGR / DF",
"OJ 13 e 87 da SBDI - 1 do TST",
"recursos",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 851 . 711"
],
"LEGISLACAO": [
"artigo 100 da Carta da República",
"artigo 85 , § 11 , do Código de Processo Civil de 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 100 da Constituição Federal",
"artigo 100 da Carta da República",
"artigo 100 da Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 100 da Constituição Federal",
"artigo 100 da Carta da República",
"artigo 100 da Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 /",
"artigo 100 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 100 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 100 da Constituição Federal",
"ART . [UNK] - F DA LEI 9 . 494",
"art . [UNK] - F da Lei 9 . 494 / 97",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 100 da Constituição Federal",
"ART . [UNK] - F DA LEI 9 . 494 / 97",
"art . [UNK] - F da Lei 9 . 494 / 97",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 896 da CLT",
"artigo 173 , § [UNK] , inciso II , do Diploma Maior",
"artigo 173 da Constituição Federal",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 896 da CLT",
"artigo 173 , § [UNK] , inciso II , do Diploma Maior",
"artigo 173 da Constituição Federal",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 85 , § 11 , do Código de Processo Civil de 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 85 , § 11 , do Código de Processo Civil de 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 100 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 100 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 100 da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 100 da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 100 da Carta da República",
"art . 21 , inciso XII , alínea “ f ” da Constituição Federal",
"art . 100 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 100 da Carta da República",
"art . 21 , inciso XII , alínea “ f ” da Constituição Federal",
"art . 100 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 100 da Constituição Federal",
"art . 173 , § [UNK] , da Carta Política",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 100 da Constituição Federal",
"art . 173 , § [UNK] , da Carta Política",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei do Estado do Paraná [UNK] 17 . 895 / 2013",
"artigo 100 da Carta da República .",
"art . 883 da CLT",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei do Estado do Paraná [UNK] 17 . 895 / 2013",
"artigo 100 da Carta da",
"art . 883 da CLT",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Decreto 7 . 447 / 90",
"DECRETO",
"-",
"LEI [UNK] 779 / 69",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Decreto 7 . 447 / 90",
"APPA",
"DECRETO",
"-",
"LEI [UNK] 779 / 69",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Decreto",
"-",
"Lei n . [UNK] 779",
"ART . 883 DA CLT",
"§ [UNK] do art . 173 , da CF / 1988",
"art . 100 da CF",
"art . 173 , § [UNK] , da Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Decreto",
"-",
"Lei n . [UNK] 779",
"ART . 883 DA CLT",
"§ [UNK] do art . 173 , da CF / 1988",
"art . 100 da CF",
"art . 173 , § [UNK] , da Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Decreto Estadual 11 . 562 / 2014",
"Constituição Federal no art . 173 , § [UNK] , II , e § [UNK]",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Decreto Estadual 11 . 562 / 2014",
"Constituição Federal no art . 173 , § [UNK] , II ,",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"DISTRITO FEDERAL",
"PORTOS DE PARANAGUÁ",
"ANTONINA",
"Brasília",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"PORTOS DE PARANAGUÁ",
"ANTONINA -",
"APPA",
"SENHOR",
"Portos de Paranaguá",
"Estado do Paraná",
"Portos de Paranaguá e",
"Antonina",
"Estado do Paraná",
"Portos de",
"Paranaguá",
"Antonina",
"DISTRITO FEDERAL",
"Portos de Paranaguá e Antonina",
"Portos de Paranaguá e Antonina",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"PORTOS DE",
"PARANAGUÁ",
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"DISTRITO FEDERAL",
"PORTOS",
"PARANAGUÁ",
"ANTONINA",
"DISTRITO FEDERAL",
"Estado do Paraná",
"DISTRITO FEDERAL",
"Estado do Paraná",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"PORTOS DE",
"PARANAGUÁ",
"ANTONINA",
"APPA",
"DISTRITO FEDERAL",
"PORTOS DE PARANAGUÁ",
"ANTONINA",
"DISTRITO FEDERAL",
"PORTOS",
"PARANAGUÁ",
"ANTONINA",
"DISTRITO FEDERAL",
"PARANAGUÁ",
"ANTONINA",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"Estado do Paraná",
"Portos de Paranaguá e Antonina",
"Portos de Paranaguá e Antonina",
"DISTRITO FEDERAL",
"PORTOS",
"PARANAGUÁ",
"ANTONINA",
"APPA",
"DISTRITO FEDERAL",
"PORTOS",
"PARANAGUÁ",
"ANTONINA",
"-",
"APPA"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"APPA",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"ADMINISTRAÇÃO",
"APPA",
"Administração dos",
"APPA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
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"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
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"Brasil",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura",
"de Chaves Públicas Brasileira",
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"TST",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"APPA",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
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"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
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"APPA",
"APPA",
"Supremo",
"[UNK] Turma",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
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"APPA",
"APPA",
"Supremo",
"[UNK] Turma",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Supremo Tribunal Federal",
"APPA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"PRIMEIRA TURMA",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
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"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"Supremo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"Supremo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
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"União",
"Estado",
"Estado do",
"União",
"APPA",
"[UNK]",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
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"Estado do Paraná",
"União",
"APPA",
"[UNK]",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
"APPA",
"Administração dos",
"APPA",
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"/",
"TST",
"TST",
"Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina",
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"TST",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"APPA",
"[UNK] Turma",
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"APPA",
"Caixa Econômica do Estado do Rio Grande do Sul",
"ECT",
"MINASCAIXA",
"TST",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
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"TST",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
"TST",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
"TST",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"TST",
"Supremo Tribunal Federal",
"TST",
"APPA",
"APPA",
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"APPA",
"TST",
"TST",
"APPA",
"APPA",
"Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina",
"APPA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"TST",
"Supremo Tribunal Federal",
"TST",
"APPA",
"APPA",
"TRT",
"APPA",
"Suprema",
"TST",
"TST",
"APPA",
"Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina",
"APPA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"APPA",
"APPA",
"MINASCAIXA",
"TST",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
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"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"APPA",
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"TST",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"APPA",
"STF",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"APPA",
"APPA",
"APPA",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"APPA",
"[UNK] Turma do Supremo Tribunal Federal",
"APPA",
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"APPA",
"APPA",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Primeira",
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"-",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"ADRIELLI CRISTINA GERALDO CORDEIRO",
"ESPOLIO DE DISNEI TRIAQUIM XAVIER",
"ANANDA PINHEIRO",
"Marco Aurélio",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ADRIELLI CRISTINA",
"GERALDO CORDEIRO",
"ESPOLIO DE DISNEI",
"TRIAQUIM XAVIER",
"ANANDA PINHEIRO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ADRIELLI CRISTINA",
"GERALDO CORDEIRO",
"ANANDA PINHEIRO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"Joaquim Barbosa",
"Joaquim Barbosa",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ADRIELLI CRISTINA GERALDO CORDEIRO",
"ESPOLIO",
"TRIAQUIM",
"ANANDA PINHEIRO",
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"Marco Aurélio",
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"Alexandre de Moraes",
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"MARCO AURÉLIO",
"ADRIELLI CRISTINA",
"GERALDO CORDEIRO",
"ESPOLIO DE DISNEI TRIAQUIM XAVIER",
"ANANDA PINHEIRO",
"Marco Aurélio",
"Alexandre de Moraes",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Cláudia Sampaio Marques",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
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"ALEXANDRE DE MORAES",
"CÁRMEN LÚCIA",
"DIAS TOFFOLI",
"JOAQUIM BARBOSA",
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"ROBERTO BARROSO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ROBERTO BARROSO",
"LUÍS ROBERTO BARROSO",
"MARCO AURÉLIO",
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"Alexandre",
"Alexandre",
"MARCO AURÉLIO",
"ADRIELLI CRISTINA GERALDO CORDEIRO",
"ESPOLIO DE DISNEI",
"TRIAQUIM XAVIER",
"ANANDA PINHEIRO",
"ROSA WEBER",
"Alexandre",
"Alexandre",
"MARCO AURÉLIO",
"ADRIELLI CRISTINA GERALDO CORDEIRO",
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"Alexandre de Moraes",
"Marco Aurélio",
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"Marco Aurélio",
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"Rosa Weber",
"Luís Roberto Barroso",
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"Paulo Gustavo Gonet Branco",
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"Marco Aurélio",
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"Alexandre de Moraes",
"Roberto Barroso",
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"Maurício Corrêa",
"Edson Fachin",
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"Celso de Mello",
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"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"Augusto César Leite de Carvalho",
"Augusto César de Carvalho",
"Augusto César Leite de Carvalho",
"Augusto César de Carvalho",
"Augusto César Leite de Carvalho",
"Augusto César Leite de Carvalho",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"MARCO AURÉLIO",
"ADRIELLI CRISTINA GERALDO CORDEIRO",
"ESPOLIO DE DISNEI TRIAQUIM XAVIER",
"ANANDA PINHEIRO",
"Marco Aurélio",
"Alexandre de Moraes",
"Marco Aurélio",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Rosa Weber",
"Alexandre de Moraes",
"Luiz Fux",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"ADRIELLI CRISTINA GERALDO CORDEIRO",
"ESPOLIO DE DISNEI TRIAQUIM XAVIER",
"ANANDA PINHEIRO",
"Marco Aurélio",
"Alexandre de Moraes",
"Marco Aurélio",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Rosa Weber",
"Alexandre de Moraes",
"Luiz Fux",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
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"/",
"2017",
"17",
".",
"10",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
".",
"10",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2017",
"2015",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2017",
"2015",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2017",
"17",
".",
"10",
".",
"2017",
"31",
".",
"10",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
".",
"10",
".",
"2017",
"31",
".",
"10",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"17",
".",
"10",
".",
"2017",
"31",
".",
"10",
".",
"2017",
"07",
"/",
"12",
"/",
"2015",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"17",
".",
"10",
".",
"2017",
"31",
".",
"10",
".",
"2017",
"07",
"/",
"12",
"/",
"2015",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"segundo semestre de 2015",
"28",
".",
"10",
".",
"15",
"29",
".",
"9",
".",
"15",
"18",
".",
"8",
".",
"15",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"segundo semestre de 2015",
"28",
".",
"10",
".",
"15",
"29",
".",
"9",
".",
"15",
"18",
".",
"8",
".",
"15",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
".",
"10",
".",
"15",
"10",
".",
"5",
".",
"16",
"02",
".",
"6",
".",
"16",
"28",
".",
"4",
".",
"1997",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
".",
"10",
".",
"15",
"10",
".",
"5",
".",
"16",
"02",
".",
"6",
".",
"16",
"28",
".",
"4",
".",
"1997",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
".",
"8",
".",
"16",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
".",
"8",
".",
"16",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
".",
"8",
".",
"2016",
"16",
".",
"9",
".",
"2016",
"14",
"/",
"3",
"/",
"1994",
"2010",
"16 , 17 e 18 . 11 . 2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
".",
"8",
".",
"2016",
"16",
".",
"9",
".",
"2016",
"14",
"/",
"3",
"/",
"1994",
"2010",
"16 , 17 e 18 . 11 . 2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21",
".",
"08",
".",
"1969",
"28",
"/",
"4",
"/",
"1997",
"2004",
"16",
".",
"04",
".",
"2004",
"02",
"/",
"06",
"/",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21",
".",
"08",
".",
"1969",
"28",
"/",
"4",
"/",
"1997",
"2004",
"16",
".",
"04",
".",
"2004",
"02",
"/",
"06",
"/",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
"/",
"06",
"/",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
"/",
"06",
"/",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"17",
".",
"10",
".",
"2017",
"31",
".",
"10",
".",
"2017",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
".",
"10",
".",
"2017",
"31",
".",
"10",
".",
"2017",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 491.626 MINAS
GERAIS
RELATOR
: MIN. ROBERTO BARROSO
AGTE.(S)
:INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E
DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
AGDO.(A/S)
:JOSÉ ROBERTO DE CARVALHO
ADV.(A/S)
:WANDER SANTOS PINTO
EMENTA: DIREITO ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL.
AGRAVO
INTERNO
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
DESAPROPRIAÇÃO POR INTERESSE SOCIAL. PARQUE NACIONAL
GRANDE SERTÃO VEREDAS. ÁREA DE COBERTURA VEGETAL.
LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA. INDENIZAÇÃO DEVIDA.
1.
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal se orienta
no sentido de que o dever de preservação da flora não elimina o potencial
valor econômico das matas a serem preservadas, devendo, por isso,
compor o montante a ser indenizado àquele que sofre atos ablativos ao
seu direito de propriedade. Precedentes.
2.
Nos termos do art. 85, § 11, do CPC/2015, fica majorado em
10% o valor da verba honorária fixada pela origem, observados os limites
legais do art. 85, §§ 2º e 3º, do CPC/2015.
3.
Agravo interno a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a presidência do
Ministro Marco Aurélio, na conformidade da ata de julgamento, por
maioria de votos, em negar provimento ao agravo interno, majorando o
valor da verba honorária fixada anteriormente, nos termos do voto do
Relator, vencido o Ministro Alexandre de Moraes.
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 17
578
Ementa e Acórdão
RE 491626 AGR-SEGUNDO / MG
MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO - RELATOR
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RE 491626 AGR-SEGUNDO / MG
MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO - RELATOR
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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579
Relatório
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 491.626 MINAS
GERAIS
RELATOR
: MIN. ROBERTO BARROSO
AGTE.(S)
:INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E
DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
AGDO.(A/S)
:JOSÉ ROBERTO DE CARVALHO
ADV.(A/S)
:WANDER SANTOS PINTO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (Relator):
1.
Trata-se de agravo interno interposto em 09.11.2016, cujo
objeto é decisão que reconsiderou decisão proferida e deu provimento ao
recurso extraordinário pelos seguintes fundamentos: (i) não incide, no
caso, a Súmula 279/STF; e (ii) o acórdão recorrido não está alinhado com
o entendimento firmado por esta Corte no sentido de que o dever de
preservação da flora não elimina o potencial valor econômico das matas a
serem preservadas, devendo, por isso, compor o montante a ser
indenizado àquele que sofre atos ablativos ao seu direito de propriedade.
2.
A parte agravante sustenta que o recurso extraordinário
trata de matéria infraconstitucional e de reexame de provas, o que
impediria o provimento do recurso por esta Corte.
3.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 491.626 MINAS
GERAIS
RELATOR
: MIN. ROBERTO BARROSO
AGTE.(S)
:INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E
DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
AGDO.(A/S)
:JOSÉ ROBERTO DE CARVALHO
ADV.(A/S)
:WANDER SANTOS PINTO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (Relator):
1.
Trata-se de agravo interno interposto em 09.11.2016, cujo
objeto é decisão que reconsiderou decisão proferida e deu provimento ao
recurso extraordinário pelos seguintes fundamentos: (i) não incide, no
caso, a Súmula 279/STF; e (ii) o acórdão recorrido não está alinhado com
o entendimento firmado por esta Corte no sentido de que o dever de
preservação da flora não elimina o potencial valor econômico das matas a
serem preservadas, devendo, por isso, compor o montante a ser
indenizado àquele que sofre atos ablativos ao seu direito de propriedade.
2.
A parte agravante sustenta que o recurso extraordinário
trata de matéria infraconstitucional e de reexame de provas, o que
impediria o provimento do recurso por esta Corte.
3.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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580
Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 491.626 MINAS
GERAIS
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR):
1.
De inicio, deixo de abrir prazo para contrarrazões, na
medida em que está sendo mantida a decisão que aproveita à parte
agravada. Passo à análise do recurso.
2.
O agravo não pode ser provido, tendo em vista que a parte
recorrente não traz novos argumentos suficientes para modificar a
decisão ora agravada.
3.
De início, cabe registrar que, ao contrário do afirmado pela
parte recorrente, não se trata de questão infraconstitucional, nem é
necessário o reexame de prova para a solução da presente controvérsia.
Trata-se de analisar a aplicação do art. 5º, XXIV, da Constituição Federal,
principalmente quanto à justa indenização em caso de desapropriação.
4.
Quanto às demais questão, correta está a decisão agravada
ao afirmar que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal se orienta
no sentido de que o dever de preservar a flora não elimina o potencial
valor econômico das matas a serem preservadas, devendo, por isso,
compor o montante a ser indenizado àquele que sofre atos ablativos ao
seu direito de propriedade. A propósito, vejam-se os seguintes julgados:
“Agravo regimental no recurso extraordinário.
Administrativo. desapropriação. Área de preservação
permanente. Cobertura vegetal. Plena indenizabilidade das
matas e revestimentos florestais que recobrem áreas dominiais
privadas, objeto de apossamento estatal ou sujeitas às restrições
administrativas ao direito de propriedade. Mantida a decisão
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 491.626 MINAS
GERAIS
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR):
1.
De inicio, deixo de abrir prazo para contrarrazões, na
medida em que está sendo mantida a decisão que aproveita à parte
agravada. Passo à análise do recurso.
2.
O agravo não pode ser provido, tendo em vista que a parte
recorrente não traz novos argumentos suficientes para modificar a
decisão ora agravada.
3.
De início, cabe registrar que, ao contrário do afirmado pela
parte recorrente, não se trata de questão infraconstitucional, nem é
necessário o reexame de prova para a solução da presente controvérsia.
Trata-se de analisar a aplicação do art. 5º, XXIV, da Constituição Federal,
principalmente quanto à justa indenização em caso de desapropriação.
4.
Quanto às demais questão, correta está a decisão agravada
ao afirmar que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal se orienta
no sentido de que o dever de preservar a flora não elimina o potencial
valor econômico das matas a serem preservadas, devendo, por isso,
compor o montante a ser indenizado àquele que sofre atos ablativos ao
seu direito de propriedade. A propósito, vejam-se os seguintes julgados:
“Agravo regimental no recurso extraordinário.
Administrativo. desapropriação. Área de preservação
permanente. Cobertura vegetal. Plena indenizabilidade das
matas e revestimentos florestais que recobrem áreas dominiais
privadas, objeto de apossamento estatal ou sujeitas às restrições
administrativas ao direito de propriedade. Mantida a decisão
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 17
581
Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
RE 491626 AGR-SEGUNDO / MG
com que se reconheceu que o acórdão atacado pelo recurso
extraordinário violou precedentes da Corte. Precedentes.
Agravo regimental não provido.” (RE 290.950-AgR, Rel. Min.
Dias Toffoli)
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. DESAPROPRIAÇÃO. ÁREA SUJEITA À
PRESERVAÇÃO PERMANENTE. INDENIZAÇÃO DEVIDA.
1. A área de cobertura vegetal sujeita à limitação legal e,
conseqüentemente à vedação de atividade extrativista não
elimina o valor econômico das matas protegidas.
Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI
677.647-AgR, Rel. Min. Eros Grau).
“RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
ESTAÇÃO
ECOLÓGICA JURÉIA-ITATINS. DESAPROPRIAÇÃO. MATAS
SUJEITAS À PRESERVAÇÃO PERMANENTE. VEGETAÇÃO
DE COBERTURA. INDENIZAÇÃO DEVIDA.
1. Desapropriação. Cobertura vegetal sujeita a limitação
legal. A vedação de atividade extrativista não elimina o valor
econômico das matas preservadas, nem lhes retira do
patrimônio do proprietário.
2. Impossível considerar essa vegetação como elemento
neutro na apuração do valor devido pelo Estado expropriante.
A inexistência de qualquer indenização sobre a parcela de
cobertura vegetal sujeita a preservação permanente implica
violação aos postulados que asseguram os direito de
propriedade e a justa indenização (CF, artigo 5º, incisos XXII e
XXIV).
3. Reexame de fatos e provas técnicas em sede
extraordinária. Inadmissibilidade. Retorno dos autos ao
Tribunal de origem para que profira nova decisão, como
entender de direito, considerando os parâmetros jurídicos ora
fixados.
Recurso extraordinário conhecido em parte e, nesta,
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 491626 AGR-SEGUNDO / MG
com que se reconheceu que o acórdão atacado pelo recurso
extraordinário violou precedentes da Corte. Precedentes.
Agravo regimental não provido.” (RE 290.950-AgR, Rel. Min.
Dias Toffoli)
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. DESAPROPRIAÇÃO. ÁREA SUJEITA À
PRESERVAÇÃO PERMANENTE. INDENIZAÇÃO DEVIDA.
1. A área de cobertura vegetal sujeita à limitação legal e,
conseqüentemente à vedação de atividade extrativista não
elimina o valor econômico das matas protegidas.
Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI
677.647-AgR, Rel. Min. Eros Grau).
“RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
ESTAÇÃO
ECOLÓGICA JURÉIA-ITATINS. DESAPROPRIAÇÃO. MATAS
SUJEITAS À PRESERVAÇÃO PERMANENTE. VEGETAÇÃO
DE COBERTURA. INDENIZAÇÃO DEVIDA.
1. Desapropriação. Cobertura vegetal sujeita a limitação
legal. A vedação de atividade extrativista não elimina o valor
econômico das matas preservadas, nem lhes retira do
patrimônio do proprietário.
2. Impossível considerar essa vegetação como elemento
neutro na apuração do valor devido pelo Estado expropriante.
A inexistência de qualquer indenização sobre a parcela de
cobertura vegetal sujeita a preservação permanente implica
violação aos postulados que asseguram os direito de
propriedade e a justa indenização (CF, artigo 5º, incisos XXII e
XXIV).
3. Reexame de fatos e provas técnicas em sede
extraordinária. Inadmissibilidade. Retorno dos autos ao
Tribunal de origem para que profira nova decisão, como
entender de direito, considerando os parâmetros jurídicos ora
fixados.
Recurso extraordinário conhecido em parte e, nesta,
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 17
582
Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
RE 491626 AGR-SEGUNDO / MG
provido.” (RE 267.817. Rel. Min. Maurício Corrêa).
5.
Diante do exposto, nego provimento ao agravo interno.
Nos termos do art. 85, § 11, do CPC/2015, fica majorado em 10% o valor
da verba honorária fixada na origem, observados os limites legais do art.
85, §§ 2º e 3º, do CPC/2015.
3
Supremo Tribunal Federal
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14217882.
Supremo Tribunal Federal
RE 491626 AGR-SEGUNDO / MG
provido.” (RE 267.817. Rel. Min. Maurício Corrêa).
5.
Diante do exposto, nego provimento ao agravo interno.
Nos termos do art. 85, § 11, do CPC/2015, fica majorado em 10% o valor
da verba honorária fixada na origem, observados os limites legais do art.
85, §§ 2º e 3º, do CPC/2015.
3
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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583
Extrato de Ata - 16/10/2017
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 491.626
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
AGTE.(S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS
NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
AGDO.(A/S) : JOSÉ ROBERTO DE CARVALHO
ADV.(A/S) : WANDER SANTOS PINTO (10516/MG)
Decisão: Após o voto do Ministro Luís Roberto Barroso,
Relator, que negava provimento ao agravo interno, majorando o
valor da verba honorária fixada anteriormente, pediu vista do
processo o Ministro Alexandre de Moraes. Primeira Turma, Sessão
Virtual de 6 a 13.10.2017.
Composição: Ministros Marco Aurélio (Presidente), Luiz Fux,
Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 13924717
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 491.626
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
AGTE.(S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS
NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
AGDO.(A/S) : JOSÉ ROBERTO DE CARVALHO
ADV.(A/S) : WANDER SANTOS PINTO (10516/MG)
Decisão: Após o voto do Ministro Luís Roberto Barroso,
Relator, que negava provimento ao agravo interno, majorando o
valor da verba honorária fixada anteriormente, pediu vista do
processo o Ministro Alexandre de Moraes. Primeira Turma, Sessão
Virtual de 6 a 13.10.2017.
Composição: Ministros Marco Aurélio (Presidente), Luiz Fux,
Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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584
Voto Vista
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 491.626 MINAS
GERAIS
VOTO-VISTA
O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES: Sr. Presidente, cuida-
se, na origem, de Ação de Desapropriação por Interesse Social ajuizada
pelo INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS
RENOVÁVEIS - IBAMA em face de JOSÉ ROBERTO DE CARVALHO, buscando a
imissão na posse de imóvel rural situado em Formoso/MG.
A instância ordinária julgou procedente o pedido e, acolhendo laudo
oficial, fixou a indenização em R$ 1.831.714,60 (um milhão, oitocentos e
trinta e um mil, setecentos e quatorze reais e sessenta centavos), sendo R$
1.156.518,00 (um milhão, cento e cinquenta e seis mil, quinhentos e
dezoito reais) pela terra nua; R$ 66.540,50 (sessenta e seis mil, quinhentos
e quarenta reais e cinquenta centavos) pelas benfeitorias e R$ 606.656,10
(seiscentos e seis mil, seiscentos e cinquenta e seis reais e dez centavos)
pela cobertura florística.
Contra a sentença, foi interposta apelação pelo expropriado, na qual
se requereu: 1) a alteração do valor fixado a título de indenização; 2) a
fixação de juros compensatórios à base de 12% (doze por cento) ao ano; 3)
a incidência dos juros moratórios sobre os compensatórios; e por fim, 4) a
inclusão dos valores referentes aos juros moratórios e compensatórios na
base de cálculo dos honorários advocatícios.
O Tribunal a quo deu parcial provimento à apelação do expropriado
e à remessa oficial para, no que interessa a este recurso, excluir a
indenização pela cobertura florestal.
O expropriado interpôs recurso extraordinário, com base no art. 102,
III, a, da Constituição, apontando ofensa ao artigo 5º, XXIV, da Carta
Magna, insurgindo-se, tão somente, em relação à indenização da
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Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 491.626 MINAS
GERAIS
VOTO-VISTA
O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES: Sr. Presidente, cuida-
se, na origem, de Ação de Desapropriação por Interesse Social ajuizada
pelo INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS
RENOVÁVEIS - IBAMA em face de JOSÉ ROBERTO DE CARVALHO, buscando a
imissão na posse de imóvel rural situado em Formoso/MG.
A instância ordinária julgou procedente o pedido e, acolhendo laudo
oficial, fixou a indenização em R$ 1.831.714,60 (um milhão, oitocentos e
trinta e um mil, setecentos e quatorze reais e sessenta centavos), sendo R$
1.156.518,00 (um milhão, cento e cinquenta e seis mil, quinhentos e
dezoito reais) pela terra nua; R$ 66.540,50 (sessenta e seis mil, quinhentos
e quarenta reais e cinquenta centavos) pelas benfeitorias e R$ 606.656,10
(seiscentos e seis mil, seiscentos e cinquenta e seis reais e dez centavos)
pela cobertura florística.
Contra a sentença, foi interposta apelação pelo expropriado, na qual
se requereu: 1) a alteração do valor fixado a título de indenização; 2) a
fixação de juros compensatórios à base de 12% (doze por cento) ao ano; 3)
a incidência dos juros moratórios sobre os compensatórios; e por fim, 4) a
inclusão dos valores referentes aos juros moratórios e compensatórios na
base de cálculo dos honorários advocatícios.
O Tribunal a quo deu parcial provimento à apelação do expropriado
e à remessa oficial para, no que interessa a este recurso, excluir a
indenização pela cobertura florestal.
O expropriado interpôs recurso extraordinário, com base no art. 102,
III, a, da Constituição, apontando ofensa ao artigo 5º, XXIV, da Carta
Magna, insurgindo-se, tão somente, em relação à indenização da
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585
Voto Vista
RE 491626 AGR-SEGUNDO / MG
cobertura florística.
Os autos foram primeiramente distribuídos ao Ministro JOAQUIM
BARBOSA, que negou provimento ao RE por suposta irregularidade na
representação processual.
Após a interposição de agravo regimental, por JOSÉ ROBERTO DE
CARVALHO, os autos foram redistribuídos ao eminente Relator, Ministro
ROBERTO BARROSO, que deu provimento ao recurso extraordinário,
sob os seguintes fundamentos:
Primeiramente, esclareço que não se está a reanalisar os
fatos e provas constantes dos autos, pois não há divergência
quanto aos valores fixados pelo laudo pericial apresentado pelo
engenheiro florestal. O que se está a discutir é se a cobertura
vegetal, por si só, possui valor econômico, devendo ser inserido
no cálculo da indenização devida para a recomposição do
patrimônio expropriado do particular pelo Poder Público.
Trata-se, portanto, de questão de direito.
Feita tal ressalva, constato que o acórdão recorrido não
está alinhado com o entendimento firmado por esta Corte no
sentido de que o dever de preservação da flora não elimina o
potencial valor econômico das matas a serem preservadas,
devendo, por isso, compor o montante a ser indenizado àquele
que sofre atos ablativos ao seu direito de propriedade.
Interposto novo agravo interno, dessa vez pelo INSTITUTO
BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS -
IBAMA, o Ministro ROBERTO BARROSO propôs seu desprovimento na
sessão virtual de 06/10/2017, da 1ª Turma.
Na ocasião, pedi vista dos autos.
É o que havia a relatar.
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 491626 AGR-SEGUNDO / MG
cobertura florística.
Os autos foram primeiramente distribuídos ao Ministro JOAQUIM
BARBOSA, que negou provimento ao RE por suposta irregularidade na
representação processual.
Após a interposição de agravo regimental, por JOSÉ ROBERTO DE
CARVALHO, os autos foram redistribuídos ao eminente Relator, Ministro
ROBERTO BARROSO, que deu provimento ao recurso extraordinário,
sob os seguintes fundamentos:
Primeiramente, esclareço que não se está a reanalisar os
fatos e provas constantes dos autos, pois não há divergência
quanto aos valores fixados pelo laudo pericial apresentado pelo
engenheiro florestal. O que se está a discutir é se a cobertura
vegetal, por si só, possui valor econômico, devendo ser inserido
no cálculo da indenização devida para a recomposição do
patrimônio expropriado do particular pelo Poder Público.
Trata-se, portanto, de questão de direito.
Feita tal ressalva, constato que o acórdão recorrido não
está alinhado com o entendimento firmado por esta Corte no
sentido de que o dever de preservação da flora não elimina o
potencial valor econômico das matas a serem preservadas,
devendo, por isso, compor o montante a ser indenizado àquele
que sofre atos ablativos ao seu direito de propriedade.
Interposto novo agravo interno, dessa vez pelo INSTITUTO
BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS -
IBAMA, o Ministro ROBERTO BARROSO propôs seu desprovimento na
sessão virtual de 06/10/2017, da 1ª Turma.
Na ocasião, pedi vista dos autos.
É o que havia a relatar.
2
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Voto Vista
RE 491626 AGR-SEGUNDO / MG
Sr. Presidente, pedi vista dos autos para melhor examinar a
controvérsia sobre a indenização da cobertura florística nas ações de
desapropriação.
Inicio ressaltando que não discordo do voto do relator em relação ao
cabimento de indenização das coberturas florísticas nas desapropriações
para fins sociais, conforme posicionamento adotado pela Corte nos
precedentes mencionados na decisão ora agravada.
Entretanto, entendo que o Tribunal de origem fez outra abordagem
da questão, não solucionada pelos precedentes referidos pelo Min.
BARROSO. Vejamos.
O Tribunal a quo, ao apreciar a apelação, jamais nega o direito de
indenização da cobertura florística. Contudo, ao analisar a forma como se
deve estimar a compensação financeira por essa área, afirma que a
avaliação deverá ser feita em conjunto com a terra nua, e não de forma
separada. Depois, define critérios para identificar as situações em que
deve haver compensação financeira por essa área, conforme podemos
verificar do seguinte trecho do voto condutor do acórdão recorrido:
Inicialmente, é imperioso fixar o conceito de justa
indenização, expressão contida no art. 5º, XXIV, da Constituição
Federal. Esta deve refletir o preço de mercado referente ao
imóvel desapropriando para que o expropriado, de posse da
quantia ofertada, possa adquirir outra propriedade em iguais
condições.
(...)
Este entendimento encontra-se em perfeita consonância
com a jurisprudência predominante neste Tribunal no sentido
de que o valor fixado nos casos de indenização deve refletir o
justo preço, sendo cabível a indenização do valor da terra nua
e da cobertura florística, considerando as peculiaridades do
terreno e a natureza das espécies encontradas, devendo a
avaliação ser feita em conjunto e não em separado. (grifos
3
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Supremo Tribunal Federal
RE 491626 AGR-SEGUNDO / MG
Sr. Presidente, pedi vista dos autos para melhor examinar a
controvérsia sobre a indenização da cobertura florística nas ações de
desapropriação.
Inicio ressaltando que não discordo do voto do relator em relação ao
cabimento de indenização das coberturas florísticas nas desapropriações
para fins sociais, conforme posicionamento adotado pela Corte nos
precedentes mencionados na decisão ora agravada.
Entretanto, entendo que o Tribunal de origem fez outra abordagem
da questão, não solucionada pelos precedentes referidos pelo Min.
BARROSO. Vejamos.
O Tribunal a quo, ao apreciar a apelação, jamais nega o direito de
indenização da cobertura florística. Contudo, ao analisar a forma como se
deve estimar a compensação financeira por essa área, afirma que a
avaliação deverá ser feita em conjunto com a terra nua, e não de forma
separada. Depois, define critérios para identificar as situações em que
deve haver compensação financeira por essa área, conforme podemos
verificar do seguinte trecho do voto condutor do acórdão recorrido:
Inicialmente, é imperioso fixar o conceito de justa
indenização, expressão contida no art. 5º, XXIV, da Constituição
Federal. Esta deve refletir o preço de mercado referente ao
imóvel desapropriando para que o expropriado, de posse da
quantia ofertada, possa adquirir outra propriedade em iguais
condições.
(...)
Este entendimento encontra-se em perfeita consonância
com a jurisprudência predominante neste Tribunal no sentido
de que o valor fixado nos casos de indenização deve refletir o
justo preço, sendo cabível a indenização do valor da terra nua
e da cobertura florística, considerando as peculiaridades do
terreno e a natureza das espécies encontradas, devendo a
avaliação ser feita em conjunto e não em separado. (grifos
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587
Voto Vista
RE 491626 AGR-SEGUNDO / MG
meus)
Assim, verifica-se que o acórdão recorrido não divergiu da
jurisprudência do SUPREMO firmada no sentido da obrigatoriedade da
fixação de indenização da cobertura florística.
Logo, o que nos resta avaliar no julgamento do apelo extremo é
apenas o modo como se deu a avaliação da indenização da área de mata.
Respeitando as opiniões em contrário, entendo que não existe
violação constitucional direta na solução dada pelo TRF1 a essa questão, e
o faço respaldado na ampla jurisprudência da Corte, que, em situações
análogas à presente, tem se firmado no sentido de que eventual violação à
Carta Magna se daria somente de forma reflexa, sendo necessário, ainda,
o reexame do conjunto fático probatório dos autos. Vejamos.
O voto condutor do acórdão recorrido, após assentar a possibilidade
de indenização da terra nua e da cobertura florística, afirmou o seguinte:
Da análise dos autos também se verifica que não há
exploração de madeira no imóvel, já que para isso teria que ser
requerido o Plano de Manejo Florestal e Impacto Ambiental, o
que não foi providenciado pelo expropriado. Ademais, há que
ser respeitada a área de reserva legal permanente.
Apesar da bem elaborada fundamentação do decisum,
não se pode perder de vista que, conforme reiterado
entendimento jurisprudencial desta Eg. Corte, a cobertura
florística somente deve ser indenizada quando
representar potencial econômico para ser explorado,
comprovado pela existência de plano de manejo ambiental,
estudo de impacto ambiental, transporte e viabilidade de
comercialização.
Assim, para afastar o fundamento do Juízo de origem firmado no
sentido de que não é possível a indenização, por não ter sido apresentado
4
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Supremo Tribunal Federal
RE 491626 AGR-SEGUNDO / MG
meus)
Assim, verifica-se que o acórdão recorrido não divergiu da
jurisprudência do SUPREMO firmada no sentido da obrigatoriedade da
fixação de indenização da cobertura florística.
Logo, o que nos resta avaliar no julgamento do apelo extremo é
apenas o modo como se deu a avaliação da indenização da área de mata.
Respeitando as opiniões em contrário, entendo que não existe
violação constitucional direta na solução dada pelo TRF1 a essa questão, e
o faço respaldado na ampla jurisprudência da Corte, que, em situações
análogas à presente, tem se firmado no sentido de que eventual violação à
Carta Magna se daria somente de forma reflexa, sendo necessário, ainda,
o reexame do conjunto fático probatório dos autos. Vejamos.
O voto condutor do acórdão recorrido, após assentar a possibilidade
de indenização da terra nua e da cobertura florística, afirmou o seguinte:
Da análise dos autos também se verifica que não há
exploração de madeira no imóvel, já que para isso teria que ser
requerido o Plano de Manejo Florestal e Impacto Ambiental, o
que não foi providenciado pelo expropriado. Ademais, há que
ser respeitada a área de reserva legal permanente.
Apesar da bem elaborada fundamentação do decisum,
não se pode perder de vista que, conforme reiterado
entendimento jurisprudencial desta Eg. Corte, a cobertura
florística somente deve ser indenizada quando
representar potencial econômico para ser explorado,
comprovado pela existência de plano de manejo ambiental,
estudo de impacto ambiental, transporte e viabilidade de
comercialização.
Assim, para afastar o fundamento do Juízo de origem firmado no
sentido de que não é possível a indenização, por não ter sido apresentado
4
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588
Voto Vista
RE 491626 AGR-SEGUNDO / MG
Plano de Manejo Florestal e Impacto ambiental, seria necessário o
enfrentamento de matéria infraconstitucional e de fatos da causa,
conforme entendimento exarado por essa E. Turma, ao apreciar o AI
595.199-AgR, Rel. Ministro DIAS TOFFOLI, DJe de 11/10/2011. O julgado
possui a seguinte ementa:
Agravo regimental no recurso extraordinário.
Administrativo. Desapropriação. Reforma agrária. Perícia. Valor
da indenização. Cobertura vegetal. Cálculo em separado da
terra nua. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa.
Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1.
Inadmissível em recurso extraordinário a análise da legislação
infraconstitucional e o reexame dos fatos e das provas dos
autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 2. Agravo
regimental não provido
Nesse mesmo sentido, Sr. Presidente, vou destacar trecho de recente
decisão proferida pelo Ministro CELSO DE MELLO, ao apreciar o AI
861.128-AgR, DJe de 17/05/2017, na qual o Decano da Corte afirma:
Cumpre ressaltar, desde logo, que incide, na espécie, o
enunciado constante da Súmula 279/STF, que assim dispõe:
‘Para simples reexame de prova, não cabe recurso
extraordinário.’ (grifei)
É que, para se acolher o pleito recursal deduzido em sede
recursal extraordinária quanto à forma de cálculo da
indenização da cobertura vegetal, tornar-se-ia necessário o
reexame dos fatos e das provas constantes dos autos,
circunstância essa que obsta o próprio conhecimento do apelo
extremo, em face do que se contém na Súmula 279/STF.
A mera análise do acórdão recorrido torna evidente que o
Tribunal ‘a quo’,
ao proferir
a decisão questionada,
fundamentou as suas conclusões em aspectos fático-probatórios
(fls. 583):
‘No caso, não restou comprovada a exploração econômica
5
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Plano de Manejo Florestal e Impacto ambiental, seria necessário o
enfrentamento de matéria infraconstitucional e de fatos da causa,
conforme entendimento exarado por essa E. Turma, ao apreciar o AI
595.199-AgR, Rel. Ministro DIAS TOFFOLI, DJe de 11/10/2011. O julgado
possui a seguinte ementa:
Agravo regimental no recurso extraordinário.
Administrativo. Desapropriação. Reforma agrária. Perícia. Valor
da indenização. Cobertura vegetal. Cálculo em separado da
terra nua. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa.
Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1.
Inadmissível em recurso extraordinário a análise da legislação
infraconstitucional e o reexame dos fatos e das provas dos
autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 2. Agravo
regimental não provido
Nesse mesmo sentido, Sr. Presidente, vou destacar trecho de recente
decisão proferida pelo Ministro CELSO DE MELLO, ao apreciar o AI
861.128-AgR, DJe de 17/05/2017, na qual o Decano da Corte afirma:
Cumpre ressaltar, desde logo, que incide, na espécie, o
enunciado constante da Súmula 279/STF, que assim dispõe:
‘Para simples reexame de prova, não cabe recurso
extraordinário.’ (grifei)
É que, para se acolher o pleito recursal deduzido em sede
recursal extraordinária quanto à forma de cálculo da
indenização da cobertura vegetal, tornar-se-ia necessário o
reexame dos fatos e das provas constantes dos autos,
circunstância essa que obsta o próprio conhecimento do apelo
extremo, em face do que se contém na Súmula 279/STF.
A mera análise do acórdão recorrido torna evidente que o
Tribunal ‘a quo’,
ao proferir
a decisão questionada,
fundamentou as suas conclusões em aspectos fático-probatórios
(fls. 583):
‘No caso, não restou comprovada a exploração econômica
5
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589
Voto Vista
RE 491626 AGR-SEGUNDO / MG
exercida pelo apelante, pois que a simples afirmação do perito de
que ‘toda a área do imóvel pode ser explorada economicamente’,
como disse o recorrente à fl. 495, não justifica a sua avaliação em
separado.
Como bem salientado pelo Sr. Perito, ‘a definição do
valor da terra nua traz nele incluído o valor econômico da
cobertura florística, de forma a espelhar, com maior
fidelidade possível, seu valor de mercado’ (fl. 231), o que
se coaduna com o entendimento jurisprudencial de que,
não existindo exploração econômica da cobertura florestal
natural, ainda que seja ela viável, não é cabível a
indenização em separado, devendo as matas naturais ser
indenizadas juntamente com o valor de mercado da terra,
como acessões do principal.
A cobertura florestal natural é parte integrante do
solo e com ele deve ser indenizada, como ocorre na prática
fundiária corrente. Quando um particular vende um
imóvel rural para outro, o preço da mata natural acaso
existente não é cobrado separadamente, e sim como um
elemento positivo da avaliação do hectare (terra e
acessões) da terra no mercado.
Se a terra tem madeira de lei, ou outras espécies vegetais
de valor econômico, terá maior valor no mercado; se não os tem,
terá valor menor, como é natural na dinâmica do mercado
imobiliário, realidade que não se altera pelo fato de ser
adquirente o poder público, numa desapropriação.’
Vê-se, portanto, que a pretensão deduzida, em sede recursal
extraordinária, pela parte ora agravante
revela-se
processualmente inviável, pois o recurso extraordinário não
permite que se reexaminem, nele, em face de seu estrito âmbito
temático, questões de fato ou aspectos de índole probatória (RTJ
161/992 – RTJ 186/703), ainda mais quando tais circunstâncias,
como sucede na espécie, se mostram condicionantes da própria
resolução da controvérsia jurídica, tal como enfatizado no
acórdão recorrido, cujo pronunciamento sobre matéria de fato
reveste-se de inteira soberania (RTJ 152/612 – RTJ 153/1019 – RTJ
6
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Supremo Tribunal Federal
RE 491626 AGR-SEGUNDO / MG
exercida pelo apelante, pois que a simples afirmação do perito de
que ‘toda a área do imóvel pode ser explorada economicamente’,
como disse o recorrente à fl. 495, não justifica a sua avaliação em
separado.
Como bem salientado pelo Sr. Perito, ‘a definição do
valor da terra nua traz nele incluído o valor econômico da
cobertura florística, de forma a espelhar, com maior
fidelidade possível, seu valor de mercado’ (fl. 231), o que
se coaduna com o entendimento jurisprudencial de que,
não existindo exploração econômica da cobertura florestal
natural, ainda que seja ela viável, não é cabível a
indenização em separado, devendo as matas naturais ser
indenizadas juntamente com o valor de mercado da terra,
como acessões do principal.
A cobertura florestal natural é parte integrante do
solo e com ele deve ser indenizada, como ocorre na prática
fundiária corrente. Quando um particular vende um
imóvel rural para outro, o preço da mata natural acaso
existente não é cobrado separadamente, e sim como um
elemento positivo da avaliação do hectare (terra e
acessões) da terra no mercado.
Se a terra tem madeira de lei, ou outras espécies vegetais
de valor econômico, terá maior valor no mercado; se não os tem,
terá valor menor, como é natural na dinâmica do mercado
imobiliário, realidade que não se altera pelo fato de ser
adquirente o poder público, numa desapropriação.’
Vê-se, portanto, que a pretensão deduzida, em sede recursal
extraordinária, pela parte ora agravante
revela-se
processualmente inviável, pois o recurso extraordinário não
permite que se reexaminem, nele, em face de seu estrito âmbito
temático, questões de fato ou aspectos de índole probatória (RTJ
161/992 – RTJ 186/703), ainda mais quando tais circunstâncias,
como sucede na espécie, se mostram condicionantes da própria
resolução da controvérsia jurídica, tal como enfatizado no
acórdão recorrido, cujo pronunciamento sobre matéria de fato
reveste-se de inteira soberania (RTJ 152/612 – RTJ 153/1019 – RTJ
6
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590
Voto Vista
RE 491626 AGR-SEGUNDO / MG
158/693, v.g.).
E, para demonstrar que não trata de entendimentos isolados, cito,
ainda, outros precedentes da Corte:
Agravo regimental no recurso extraordinário. 2. Direito
Administrativo. Desapropriação. Cobertura florestal. Forma de
cálculo da indenização. 3. Matéria debatida no tribunal de
origem restringe-se ao âmbito infraconstitucional. Ofensa
reflexa à Constituição Federal. 4. Necessidade do reexame do
conjunto fático-probatório. Impossibilidade. Súmula 279. 5.
Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão
agravada. 6. Agravo regimental a que se nega provimento. (RE
725.740-AgR, Rel. Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma,
DJe de 13/04/2016)
DIREITO ADMINISTRATIVO. DESAPROPRIAÇÃO.
REFORMA AGRÁRIA. AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E
JULGAMENTO.
JUSTA
INDENIZAÇÃO.
JUROS
MORATÓRIOS
E
COMPENSATÓRIOS.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME INCABÍVEL NO
ÂMBITO
DO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
INVIABILIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS.
Impossibilidade de exame em recurso extraordinário de
alegada violação, acaso existente, situada no âmbito
infraconstitucional.
Inviabilidade de reenquadramento fático em sede recursal
extraordinária. Aplicação da Súmula 279/STF: “para simples
reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.
Agravo regimental conhecido e não provido. (AI 794.288-
AgR, Rel. Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe de
19/06/2012)
Sr. Presidente, penso ser importante enfatizar que não estou
concordando nem discordando do método eleito pelo TRF1 para avaliar a
indenização da cobertura florística. Só estou dizendo que esse assunto
7
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14275608.
Supremo Tribunal Federal
RE 491626 AGR-SEGUNDO / MG
158/693, v.g.).
E, para demonstrar que não trata de entendimentos isolados, cito,
ainda, outros precedentes da Corte:
Agravo regimental no recurso extraordinário. 2. Direito
Administrativo. Desapropriação. Cobertura florestal. Forma de
cálculo da indenização. 3. Matéria debatida no tribunal de
origem restringe-se ao âmbito infraconstitucional. Ofensa
reflexa à Constituição Federal. 4. Necessidade do reexame do
conjunto fático-probatório. Impossibilidade. Súmula 279. 5.
Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão
agravada. 6. Agravo regimental a que se nega provimento. (RE
725.740-AgR, Rel. Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma,
DJe de 13/04/2016)
DIREITO ADMINISTRATIVO. DESAPROPRIAÇÃO.
REFORMA AGRÁRIA. AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E
JULGAMENTO.
JUSTA
INDENIZAÇÃO.
JUROS
MORATÓRIOS
E
COMPENSATÓRIOS.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME INCABÍVEL NO
ÂMBITO
DO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
INVIABILIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS.
Impossibilidade de exame em recurso extraordinário de
alegada violação, acaso existente, situada no âmbito
infraconstitucional.
Inviabilidade de reenquadramento fático em sede recursal
extraordinária. Aplicação da Súmula 279/STF: “para simples
reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.
Agravo regimental conhecido e não provido. (AI 794.288-
AgR, Rel. Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe de
19/06/2012)
Sr. Presidente, penso ser importante enfatizar que não estou
concordando nem discordando do método eleito pelo TRF1 para avaliar a
indenização da cobertura florística. Só estou dizendo que esse assunto
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 17
591
Voto Vista
RE 491626 AGR-SEGUNDO / MG
não é diretamente disciplinado pelo Constituição, o que inibe nossa
atuação em recurso extraordinário.
Com efeito, a regulamentação do procedimento de desapropriação
está prevista na Lei 8.629/1993, que dispõe em seu artigo 12:
Art. 12. Considera-se justa a indenização que reflita o
preço atual de mercado do imóvel em sua totalidade, aí
incluídas as terras e acessões naturais, matas e florestas e as
benfeitorias indenizáveis, observados os seguintes aspectos:
I - localização do imóvel;
II - aptidão agrícola;
III - dimensão do imóvel;
IV - área ocupada e ancianidade das posses;
V - funcionalidade, tempo de uso e estado de conservação
das benfeitorias.
§ 1o Verificado o preço atual de mercado da totalidade do
imóvel, proceder-se-á à dedução do valor das benfeitorias
indenizáveis a serem pagas em dinheiro, obtendo-se o preço da
terra a ser indenizado em TDA.
§ 2o Integram o preço da terra as florestas naturais, matas
nativas e qualquer outro tipo de vegetação natural, não
podendo o preço apurado superar, em qualquer hipótese, o
preço de mercado do imóvel.
Logo, caros pares, não podemos afastar as conclusões do acórdão
recorrido, sem antes analisar a norma infraconstitucional aplicável à
espécie, o que acarreta a violação meramente reflexa da Carta Magna.
Por fim, só para corroborar a tese sobre o caráter infraconstitucional
da matéria, verifica-se que esta questão é objeto de análise pelo Superior
Tribunal de Justiça, que, dentro de sua competência constitucional, possui
jurisprudência pacífica firmada no mesmo sentido do acórdão recorrido.
Destaco o seguinte julgado da Corte Superior:
8
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Supremo Tribunal Federal
RE 491626 AGR-SEGUNDO / MG
não é diretamente disciplinado pelo Constituição, o que inibe nossa
atuação em recurso extraordinário.
Com efeito, a regulamentação do procedimento de desapropriação
está prevista na Lei 8.629/1993, que dispõe em seu artigo 12:
Art. 12. Considera-se justa a indenização que reflita o
preço atual de mercado do imóvel em sua totalidade, aí
incluídas as terras e acessões naturais, matas e florestas e as
benfeitorias indenizáveis, observados os seguintes aspectos:
I - localização do imóvel;
II - aptidão agrícola;
III - dimensão do imóvel;
IV - área ocupada e ancianidade das posses;
V - funcionalidade, tempo de uso e estado de conservação
das benfeitorias.
§ 1o Verificado o preço atual de mercado da totalidade do
imóvel, proceder-se-á à dedução do valor das benfeitorias
indenizáveis a serem pagas em dinheiro, obtendo-se o preço da
terra a ser indenizado em TDA.
§ 2o Integram o preço da terra as florestas naturais, matas
nativas e qualquer outro tipo de vegetação natural, não
podendo o preço apurado superar, em qualquer hipótese, o
preço de mercado do imóvel.
Logo, caros pares, não podemos afastar as conclusões do acórdão
recorrido, sem antes analisar a norma infraconstitucional aplicável à
espécie, o que acarreta a violação meramente reflexa da Carta Magna.
Por fim, só para corroborar a tese sobre o caráter infraconstitucional
da matéria, verifica-se que esta questão é objeto de análise pelo Superior
Tribunal de Justiça, que, dentro de sua competência constitucional, possui
jurisprudência pacífica firmada no mesmo sentido do acórdão recorrido.
Destaco o seguinte julgado da Corte Superior:
8
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592
Voto Vista
RE 491626 AGR-SEGUNDO / MG
ADMINISTRATIVO
E
PROCESSUAL CIVIL.
DESAPROPRIAÇÃO DIRETA PARA FINS DE REFORMA
AGRÁRIA. NULIDADE DO LAUDO PERICIAL. TEMA
NÃO PREQUESTIONADO. AVALIAÇÃO EM SEPARADO
DA COBERTURA FLORÍSTICA. NECESSIDADE DA
DEMONSTRAÇÃO DE SUA LÍCITA E EFETIVA
EXPLORAÇÃO ECONÔMICA. AUSÊNCIA NO CASO
CONCRETO. EXPLORAÇÃO ILEGAL DO ACERVO
FLORESTAL POR INVASORES DA ÁREA EXPROPRIADA
QUE NÃO SE PRESTA A LEGITIMAR A PRETENDIDA
AVALIAÇÃO EM SEPARADO. EXISTÊNCIA DE
SUCUMBÊNCIA. APURAÇÃO. ART. 19 DA LC 76/93.
VALOR DA INDENIZAÇÃO IGUAL AO VALOR OFERTADO.
(REsp 1.563.147, Rel. Min. NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO,
Primeira Turma, DJe de 30/11/2016)
Por essas razões, peço vênia ao ilustre Relator, para dar provimento
ao agravo regimental e, com isso, negar seguimento ao recurso
extraordinário.
É como voto.
9
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Supremo Tribunal Federal
RE 491626 AGR-SEGUNDO / MG
ADMINISTRATIVO
E
PROCESSUAL CIVIL.
DESAPROPRIAÇÃO DIRETA PARA FINS DE REFORMA
AGRÁRIA. NULIDADE DO LAUDO PERICIAL. TEMA
NÃO PREQUESTIONADO. AVALIAÇÃO EM SEPARADO
DA COBERTURA FLORÍSTICA. NECESSIDADE DA
DEMONSTRAÇÃO DE SUA LÍCITA E EFETIVA
EXPLORAÇÃO ECONÔMICA. AUSÊNCIA NO CASO
CONCRETO. EXPLORAÇÃO ILEGAL DO ACERVO
FLORESTAL POR INVASORES DA ÁREA EXPROPRIADA
QUE NÃO SE PRESTA A LEGITIMAR A PRETENDIDA
AVALIAÇÃO EM SEPARADO. EXISTÊNCIA DE
SUCUMBÊNCIA. APURAÇÃO. ART. 19 DA LC 76/93.
VALOR DA INDENIZAÇÃO IGUAL AO VALOR OFERTADO.
(REsp 1.563.147, Rel. Min. NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO,
Primeira Turma, DJe de 30/11/2016)
Por essas razões, peço vênia ao ilustre Relator, para dar provimento
ao agravo regimental e, com isso, negar seguimento ao recurso
extraordinário.
É como voto.
9
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593
Extrato de Ata - 12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 491.626
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
AGTE.(S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS
NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
AGDO.(A/S) : JOSÉ ROBERTO DE CARVALHO
ADV.(A/S) : WANDER SANTOS PINTO (10516/MG)
Decisão: Após o voto do Ministro Luís Roberto Barroso,
Relator, que negava provimento ao agravo interno, majorando o
valor da verba honorária fixada anteriormente, pediu vista do
processo o Ministro Alexandre de Moraes. Primeira Turma, Sessão
Virtual de 6 a 13.10.2017.
Decisão: Por maioria de votos, a Turma negou provimento ao
agravo interno, majorado o valor da verba honorária fixada
anteriormente, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro
Alexandre de Moraes. Presidência do Ministro Marco Aurélio.
Primeira Turma, 12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 491.626
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
AGTE.(S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS
NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
AGDO.(A/S) : JOSÉ ROBERTO DE CARVALHO
ADV.(A/S) : WANDER SANTOS PINTO (10516/MG)
Decisão: Após o voto do Ministro Luís Roberto Barroso,
Relator, que negava provimento ao agravo interno, majorando o
valor da verba honorária fixada anteriormente, pediu vista do
processo o Ministro Alexandre de Moraes. Primeira Turma, Sessão
Virtual de 6 a 13.10.2017.
Decisão: Por maioria de votos, a Turma negou provimento ao
agravo interno, majorado o valor da verba honorária fixada
anteriormente, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro
Alexandre de Moraes. Presidência do Ministro Marco Aurélio.
Primeira Turma, 12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 17 de 17
594
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14326507 | 2017-12-12T00:00:00 | 2018-02-14T00:00:00 | Após o voto do Ministro Luís Roberto Barroso, Relator, que negava provimento ao agravo interno, majorando o valor da verba honorária fixada anteriormente, pediu vista do processo o Ministro Alexandre de Moraes. Primeira Turma, Sessão Virtual de 6 a 13.10.2017.
Decisão: Por maioria de votos, a Turma negou provimento ao agravo interno, majorado o valor da verba honorária fixada anteriormente, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro Alexandre de Moraes. Presidência do Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 12.12.2017. | SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | EMENTA: DIREITO ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. AGRAVO INTERNO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DESAPROPRIAÇÃO POR INTERESSE SOCIAL. PARQUE NACIONAL GRANDE SERTÃO VEREDAS. ÁREA DE COBERTURA VEGETAL. LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA. INDENIZAÇÃO DEVIDA.
1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal se orienta no sentido de que o dever de preservação da flora não elimina o potencial valor econômico das matas a serem preservadas, devendo, por isso, compor o montante a ser indenizado àquele que sofre atos ablativos ao seu direito de propriedade. Precedentes.
2. Nos termos do art. 85, § 11, do CPC/2015, fica majorado em 10% o valor da verba honorária fixada pela origem, observados os limites legais do art. 85, §§ 2º e 3º, do CPC/2015.
3. Agravo interno a que se nega provimento. | sjur380401 | - Acórdão(s) citado(s):
(DESAPROPRIAÇÃO, PRESERVAÇÃO DA FLORA, POTENCIAL ECONÔMICO, COMPOSIÇÃO, MONTANTE INDENIZATÓRIO)
RE 267817 (2ªT), RE 290950 AgR (1ªT), AI 677647 AgR (2ªT).
Número de páginas: 17.
Análise: 26/02/2018, BMP. | ROBERTO BARROSO | Primeira Turma | 491626 | [
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-00085 PAR-00002 PAR-00003 PAR-00011\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL"
] | RE-AgR-segundo | acordaos | RE 491626 AgR-segundo | [
""
] | AGTE.(S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
AGDO.(A/S) : JOSÉ ROBERTO DE CARVALHO
ADV.(A/S) : WANDER SANTOS PINTO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 491 . 626",
"RE 491626 AGR - SEGUNDO / MG",
"RE 491626 AGR",
"Súmula 279 / STF",
"Súmula 279 / STF",
"RE 491626 AGR - SEGUNDO / MG",
"RE 290 . 950 - AgR",
"AI 677 . 647 - AgR",
"RE 491626 AGR - SEGUNDO / MG",
"RE 290 . 950 - AgR",
"AI 677 . 647 - AgR",
"RE 491626 AGR",
"RE 267 . 817",
"RE 491626 AGR - SEGUNDO / MG",
"RE 267 . 817",
"RECURSO",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 491 . 626",
"RE 491626 AGR - SEGUNDO / MG",
"RE 491626 AGR - SEGUNDO / MG",
"RE 491626 AGR - SEGUNDO / MG",
"RE 491626 AGR - SEGUNDO / MG",
"RE 491626 AGR - SEGUNDO / MG",
"RE 491626 AGR - SEGUNDO",
"RE 491626 AGR - SEGUNDO / MG",
"AI 595 . 199 - AgR",
"Súmulas [UNK] 636",
"AI 861 . 128 - AgR",
"Súmula 279 / STF",
"Súmula 279 / STF",
"RE 491626 AGR - SEGUNDO / MG",
"AI 595 . 199 - AgR",
"Súmulas [UNK] 636",
"AI 861 . 128 - AgR",
"Súmula 279 / STF",
"Súmula 279 / STF",
"RE 491626 AGR - SEGUNDO / MG",
"RTJ 161 / 992",
"RTJ",
"RTJ 152 / 612",
"RE 491626 AGR - SEGUNDO / MG",
"RTJ 161 / 992",
"RTJ",
"RTJ 152 / 612",
"RTJ 153 / 1019",
"RE 491626 AGR - SEGUNDO / MG 158 / 693",
"RE 725 . 740 - AgR",
"Súmula 279 / STF",
"AI 794 . 288 - AgR",
"RE 491626 AGR - SEGUNDO / MG 158 / 693",
"RE 725 . 740 - AgR",
"Súmula 279 / STF",
"AI 794 . 288 - AgR",
"RE 491626 AGR - SEGUNDO / MG",
"RE 491626 AGR - SEGUNDO / MG",
"RE 491626 AGR - SEGUNDO / MG",
"REsp 1 . 563 . 147",
"RE 491626 AGR - SEGUNDO / MG",
"REsp 1 . 563 . 147",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 491 . 626",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 491 . 626"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 85 , § 11 , do CPC / 2015",
"art . 85 , § § [UNK] e [UNK] , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , XXIV , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , XXIV , da Constituição Federal",
"MP",
"CF , artigo [UNK] , incisos XXII e XXIV",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CF , artigo [UNK] , incisos XXII e XXIV",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 85 , § 11 , do CPC / 2015",
"art . 85 , § § [UNK] e [UNK] , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 85 , § 11 , do CPC / 2015",
"art . 85 , § § [UNK] e [UNK] , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , a , da Constituição",
"artigo [UNK] , XXIV , da Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , a , da Constituição",
"artigo [UNK] , XXIV , da Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , XXIV , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , XXIV , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"Lei 8 . 629 / 1993",
"Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"Lei 8 . 629 / 1993",
"Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 19 DA LC 76 / 93",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 19 DA LC 76 / 93",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"MINAS GERAIS",
"PARQUE NACIONAL GRANDE SERTÃO",
"Brasília",
"MINAS GERAIS",
"ITATINS",
"MINAS GERAIS",
"MINAS GERAIS",
"Formoso",
"/",
"MG",
"MINAS GERAIS",
"Formoso",
"/",
"MG",
"MINAS GERAIS",
"MINAS GERAIS"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"SEGUNDO",
"INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS",
"IBAMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"-",
"SEGUNDO",
"/",
"MG",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"SEGUNDO",
"IBAMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"SEGUNDO",
"INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE",
"IBAMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"ESTAÇÃO ECOLÓGICA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDO",
"/",
"MG",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS",
"IBAMA",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SEGUNDO",
"INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE",
"IBAMA",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"SEGUNDO",
"INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS",
"IBAMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS",
"IBAMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS",
"IBAMA",
"[UNK] Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS",
"IBAMA",
"[UNK] Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"TRF1",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SUPREMO",
"TRF1",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"TRF1",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"TRF1",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS",
"IBAMA",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA",
"TURMA",
"INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS",
"IBAMA",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"ROBERTO BARROSO",
"JOSÉ ROBERTO DE CARVALHO",
"WANDER SANTOS PINTO",
"Marco Aurélio",
"Alexandre de Moraes",
"LUÍS ROBERTO BARROSO",
"LUÍS ROBERTO BARROSO",
"ROBERTO BARROSO",
"JOSÉ ROBERTO DE CARVALHO",
"WANDER SANTOS PINTO",
"LUÍS ROBERTO BARROSO",
"ROBERTO BARROSO",
"JOSÉ ROBERTO DE CARVALHO",
"WANDER SANTOS PINTO",
"LUÍS ROBERTO BARROSO",
"ROBERTO BARROSO",
"LUÍS ROBERTO BARROSO",
"LUÍS ROBERTO BARROSO",
"ROBERTO BARROSO",
"Dias Toffoli",
"Eros Grau",
"Dias Toffoli",
"Eros Grau",
"ROBERTO BARROSO",
"Maurício Corrêa",
"Maurício Corrêa",
"ROBERTO BARROSO",
"JOSÉ ROBERTO DE CARVALHO",
"WANDER SANTOS PINTO",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"ROBERTO BARROSO",
"JOSÉ ROBERTO DE CARVALHO",
"WANDER SANTOS PINTO",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"ALEXANDRE DE MORAES",
"JOSÉ ROBERTO DE CARVALHO",
"ALEXANDRE DE MORAES",
"JOSÉ ROBERTO DE CARVALHO",
"JOAQUIM BARBOSA",
"JOSÉ ROBERTO DE CARVALHO",
"ROBERTO BARROSO",
"ROBERTO BARROSO",
"JOAQUIM BARBOSA",
"JOSÉ ROBERTO DE CARVALHO",
"ROBERTO BARROSO",
"ROBERTO BARROSO",
"BARROSO",
"BARROSO",
"DIAS TOFFOLI",
"CELSO DE MELLO",
"DIAS TOFFOLI",
"CELSO DE MELLO",
"GILMAR MENDES",
"ROSA WEBER",
"GILMAR MENDES",
"ROSA WEBER",
"NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO",
"NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO",
"ROBERTO BARROSO",
"JOSÉ ROBERTO DE CARVALHO",
"WANDER SANTOS PINTO",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Alexandre de Moraes",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"ROBERTO BARROSO",
"JOSÉ ROBERTO DE CARVALHO",
"WANDER SANTOS PINTO",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Alexandre de Moraes",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"12 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"09",
".",
"11",
".",
"2016",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"09",
".",
"11",
".",
"2016",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"16",
"/",
"10",
"/",
"2017",
"6",
"13",
".",
"10",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
"13",
".",
"10",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"10",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"10",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"10",
"/",
"2011",
"17",
"/",
"05",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"10",
"/",
"2011",
"17",
"/",
"05",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"04",
"/",
"2016",
"19",
"/",
"06",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"04",
"/",
"2016",
"19",
"/",
"06",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"11",
"/",
"2016",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"11",
"/",
"2016",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"6",
"13",
".",
"10",
".",
"2017",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
"13",
".",
"10",
".",
"2017",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO 903.180 MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
EMBTE.(S)
:ESTADO DE MINAS GERAIS
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL
DO ESTADO
DE MINAS
GERAIS
EMBDO.(A/S)
:COMPANHIA BRASILEIRA DE DISTRIBUIÇÃO
EMBDO.(A/S)
:NOVASOC COMERCIAL LTDA
ADV.(A/S)
:JOÃO DÁCIO ROLIM E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:CLISSIA
PENA
ALVES
DE
CARVALHO
E
OUTRO(A/S)
EMBARGOS
DECLARATÓRIOS
–
DESISTÊNCIA
–
HOMOLOGAÇÃO. Atendidos os requisitos legais, impõe-se a
homologação da desistência do recurso.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em prover os embargos de
declaração nos embargos de declaração nos embargos declaração no
agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do
relator e por unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Marco
Aurélio, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas
taquigráficas.
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – PRESIDENTE E RELATOR
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14398056.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5
Relatório
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO 903.180 MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
EMBTE.(S)
:ESTADO DE MINAS GERAIS
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL
DO ESTADO
DE MINAS
GERAIS
EMBDO.(A/S)
:COMPANHIA BRASILEIRA DE DISTRIBUIÇÃO
EMBDO.(A/S)
:NOVASOC COMERCIAL LTDA
ADV.(A/S)
:JOÃO DÁCIO ROLIM E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:CLISSIA
PENA
ALVES
DE
CARVALHO
E
OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, como relatório,
as informações prestadas pelo assessor Dr. Ricardo Borges Freire Junior:
O Estado de Minas Gerais protocolou embargos de
declaração contra o acórdão da Primeira Turma, mediante o
qual providos os declaratórios formalizados pela Companhia
Brasileira de Distribuição e Novasoc Comercial Ltda. para
tornar insubsistente o pronunciamento anterior, em que
desprovido o agravo regimental.
Aponta omissão no tocante ao pedido de desistência
formulado pelas embargadas em 22 de setembro de 2016.
Articula com o artigo 8º, inciso III, do Regimento Interno do
Supremo e com a decisão prolatada pela ministra Rosa Weber
no agravo interno no recurso extraordinário com agravo nº
979.470, dizendo da faculdade conferida à parte de desistir do
recurso enquanto não finalizado o julgamento e da necessidade
de exame do pedido. Busca a declaração de nulidade do ato,
homologando-se a desistência.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14398039.
Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO 903.180 MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
EMBTE.(S)
:ESTADO DE MINAS GERAIS
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL
DO ESTADO
DE MINAS
GERAIS
EMBDO.(A/S)
:COMPANHIA BRASILEIRA DE DISTRIBUIÇÃO
EMBDO.(A/S)
:NOVASOC COMERCIAL LTDA
ADV.(A/S)
:JOÃO DÁCIO ROLIM E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:CLISSIA
PENA
ALVES
DE
CARVALHO
E
OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, como relatório,
as informações prestadas pelo assessor Dr. Ricardo Borges Freire Junior:
O Estado de Minas Gerais protocolou embargos de
declaração contra o acórdão da Primeira Turma, mediante o
qual providos os declaratórios formalizados pela Companhia
Brasileira de Distribuição e Novasoc Comercial Ltda. para
tornar insubsistente o pronunciamento anterior, em que
desprovido o agravo regimental.
Aponta omissão no tocante ao pedido de desistência
formulado pelas embargadas em 22 de setembro de 2016.
Articula com o artigo 8º, inciso III, do Regimento Interno do
Supremo e com a decisão prolatada pela ministra Rosa Weber
no agravo interno no recurso extraordinário com agravo nº
979.470, dizendo da faculdade conferida à parte de desistir do
recurso enquanto não finalizado o julgamento e da necessidade
de exame do pedido. Busca a declaração de nulidade do ato,
homologando-se a desistência.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5
Relatório
RE 903180 AGR-ED-ED-ED / MG
Regularmente intimadas, as embargadas não se
manifestaram.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14398039.
Supremo Tribunal Federal
RE 903180 AGR-ED-ED-ED / MG
Regularmente intimadas, as embargadas não se
manifestaram.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO 903.180 MINAS GERAIS
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Atendeu-
se aos pressupostos de recorribilidade. A peça, subscrita por Procurador
estadual, foi protocolada no prazo legal. Conheço.
Assiste razão ao embargante. Presente o artigo 998 do Código de
Processo Civil, “o recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência
do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso”. O processo foi
incluído na pauta da sessão de julgamentos da Primeira Turma de 27 de
setembro de 2016. No dia 22 de setembro anterior, as recorrentes haviam
apresentado, por meio da petição/STF nº 53.285/2016, pedido de
desistência dos declaratórios, o qual não foi examinado, seguindo-se com
o julgamento do recurso. A advogada responsável pelo protocolo
eletrônico da peça de desistência possuía poderes para formalizar o
pedido.
Ante o quadro, provejo os embargos a fim de tornar insubsistente a
decisão proferida quando do julgamento dos declaratórios e homologar o
pedido de desistência para que produza os efeitos legais.
É como voto.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14398040.
Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO 903.180 MINAS GERAIS
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Atendeu-
se aos pressupostos de recorribilidade. A peça, subscrita por Procurador
estadual, foi protocolada no prazo legal. Conheço.
Assiste razão ao embargante. Presente o artigo 998 do Código de
Processo Civil, “o recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência
do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso”. O processo foi
incluído na pauta da sessão de julgamentos da Primeira Turma de 27 de
setembro de 2016. No dia 22 de setembro anterior, as recorrentes haviam
apresentado, por meio da petição/STF nº 53.285/2016, pedido de
desistência dos declaratórios, o qual não foi examinado, seguindo-se com
o julgamento do recurso. A advogada responsável pelo protocolo
eletrônico da peça de desistência possuía poderes para formalizar o
pedido.
Ante o quadro, provejo os embargos a fim de tornar insubsistente a
decisão proferida quando do julgamento dos declaratórios e homologar o
pedido de desistência para que produza os efeitos legais.
É como voto.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14398040.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5
Extrato de Ata - 12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO 903.180
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
EMBTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAIS
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS
EMBDO.(A/S) : COMPANHIA BRASILEIRA DE DISTRIBUIÇÃO
EMBDO.(A/S) : NOVASOC COMERCIAL LTDA
ADV.(A/S) : JOÃO DÁCIO ROLIM (1941A/MG) E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : CLISSIA PENA ALVES DE CARVALHO (76703/MG) E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma deu provimento aos embargos de declaração,
com efeito modificativo, para afastar o acórdão impugnado e
homologar a desistência do recurso, nos termos do voto do Relator.
Unânime. Presidência do Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma,
12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14321552
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO 903.180
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
EMBTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAIS
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS
EMBDO.(A/S) : COMPANHIA BRASILEIRA DE DISTRIBUIÇÃO
EMBDO.(A/S) : NOVASOC COMERCIAL LTDA
ADV.(A/S) : JOÃO DÁCIO ROLIM (1941A/MG) E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : CLISSIA PENA ALVES DE CARVALHO (76703/MG) E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma deu provimento aos embargos de declaração,
com efeito modificativo, para afastar o acórdão impugnado e
homologar a desistência do recurso, nos termos do voto do Relator.
Unânime. Presidência do Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma,
12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14321552
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14417332 | 2017-12-12T00:00:00 | 2018-03-01T00:00:00 | A Turma deu provimento aos embargos de declaração, com efeito modificativo, para afastar o acórdão impugnado e homologar a desistência do recurso, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 12.12.2017. | EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | EMBARGOS DECLARATÓRIOS – DESISTÊNCIA – HOMOLOGAÇÃO. Atendidos os requisitos legais, impõe-se a homologação da desistência do recurso. | sjur381039 | Número de páginas: 5.
Análise: 08/03/2018, MJC. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 903180 | null | RE-AgR-ED-ED-ED | acordaos | RE 903180 AgR-ED-ED-ED | [
""
] | EMBTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAIS
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS
EMBDO.(A/S) : COMPANHIA BRASILEIRA DE DISTRIBUIÇÃO
EMBDO.(A/S) : NOVASOC COMERCIAL LTDA
ADV.(A/S) : JOÃO DÁCIO ROLIM E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : CLISSIA PENA ALVES DE CARVALHO E OUTRO(A/S) | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 903 . 180 MINAS",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 903 . 180",
"recurso",
"RE 903180 AGR - ED -",
"RE 903180 AGR - ED - ED - ED / MG",
"STF",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 903 . 180",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 903 . 180"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , inciso III , do Regimento Interno do Supremo",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , inciso III , do Regimento Interno do Supremo",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 998 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 998 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"Brasília",
"MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"Estado de Minas Gerais",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"Estado de Minas Gerais",
"MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS"
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"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"COMPANHIA BRASILEIRA DE DISTRIBUIÇÃO",
"NOVASOC COMERCIAL LTDA",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"COMPANHIA BRASILEIRA DE DISTRIBUIÇÃO",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"COMPANHIA BRASILEIRA DE DISTRIBUIÇÃO",
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"Companhia Brasileira de Distribuição e Novasoc Comercial Ltda .",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
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"ED",
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"ICP",
"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
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"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
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"Primeira Turma",
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"-",
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"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"JOÃO DÁCIO ROLIM",
"CLISSIA PENA ALVES DE CARVALHO",
"Marco Aurélio",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"JOÃO DÁCIO ROLIM",
"CLISSIA PENA ALVES DE CARVALHO",
"MARCO AURÉLIO",
"Ricardo Borges Freire Junior",
"Rosa Weber",
"MARCO AURÉLIO",
"JOÃO DÁCIO ROLIM",
"CLISSIA PENA ALVES DE CARVALHO",
"MARCO AURÉLIO",
"Ricardo Borges Freire Junior",
"Rosa Weber",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"JOÃO DÁCIO ROLIM",
"1941A",
"MG",
"CLISSIA PENA ALVES DE CARVALHO",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"JOÃO DÁCIO ROLIM",
"CLISSIA PENA ALVES DE CARVALHO",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"12 de dezembro de 2017",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"22 de setembro de 2016",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"22 de setembro de 2016",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"27 de setembro de 2016",
"22 de setembro",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"27 de setembro de 2016",
"22 de setembro",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 113.944 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
PACTE.(S)
:FABIO RUDINEI MACHADO
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Habeas corpus. 2. Tráfico internacional de entorpecentes. Prisão em
flagrante. Paciente condenado à pena de 5 anos, 8 meses e 1 dia de
reclusão. Regime inicial fechado (art. 2º, § 1º, da Lei 8.072/1990, com
redação dada pela Lei 11.464/2007). 3. Pedido de fixação de regime
semiaberto para início do cumprimento da pena. 4. Possibilidade.
Precedente do Plenário (HC 111.840/ES, rel. Min. Dias Toffoli). 5. Ordem
deferida, confirmando a liminar, a fim de determinar ao Juízo de origem
que, afastando o disposto no art. 2º, § 1º, da Lei 8.072/90, proceda à nova
fixação do regime inicial de cumprimento de pena, segundo os critérios
previstos no art. 33, §§ 2º e 3º, do CP.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos,
conceder a ordem e tornar definitiva a liminar anteriormente concedida,
nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministro GILMAR MENDES
Relator
Documento assinado digitalmente
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3088823.
Supremo Tribunal Federal
DJe 20/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 113.944 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
PACTE.(S)
:FABIO RUDINEI MACHADO
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pela Defensoria Pública
da União (DPU), em favor de Fabio Rudinei Machado, contra acórdão
proferido pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que
denegou a ordem nos autos do HC 235.696/SP.
Segundo a denúncia, em 29.10.2010, no Aeroporto Internacional de
São Paulo, em Guarulhos, o paciente foi preso em flagrante, porquanto
tentou embarcar em voo com destino à Bélgica, com conexão em Lisboa-
Portugal, trazendo consigo 1.290g (mil duzentos e noventa gramas) de
cocaína.
Sobreveio condenação pela prática do delito descrito no art. 33,
caput, c/c art. 40, I, da Lei 11.343/2006, à pena de 5 anos e 10 meses de
reclusão, em regime inicialmente fechado, e mais 583 dias-multa, tendo-
lhe sido negado o direito de apelar em liberdade (eDOC 2, p. 56-78).
A defesa, então, impetrou habeas corpus no Tribunal Regional Federal
da 3ª Região (TRF da 3ª Região), pleiteando, em síntese, a fixação do
regime inicial semiaberto.
A ordem restou denegada pelo TRF da 3ª Região (eDOC 2, p. 133-
134).
No STJ, buscou-se também o reconhecimento da possibilidade de
fixação de regime inicial de cumprimento de pena diverso do fechado. A
Quinta Turma desse Tribunal Superior denegou a ordem (eDOC 2, p. 185-
190).
Defesa e o Ministério Público interpuseram apelação. O TRF da 3ª
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 113.944 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
PACTE.(S)
:FABIO RUDINEI MACHADO
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pela Defensoria Pública
da União (DPU), em favor de Fabio Rudinei Machado, contra acórdão
proferido pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que
denegou a ordem nos autos do HC 235.696/SP.
Segundo a denúncia, em 29.10.2010, no Aeroporto Internacional de
São Paulo, em Guarulhos, o paciente foi preso em flagrante, porquanto
tentou embarcar em voo com destino à Bélgica, com conexão em Lisboa-
Portugal, trazendo consigo 1.290g (mil duzentos e noventa gramas) de
cocaína.
Sobreveio condenação pela prática do delito descrito no art. 33,
caput, c/c art. 40, I, da Lei 11.343/2006, à pena de 5 anos e 10 meses de
reclusão, em regime inicialmente fechado, e mais 583 dias-multa, tendo-
lhe sido negado o direito de apelar em liberdade (eDOC 2, p. 56-78).
A defesa, então, impetrou habeas corpus no Tribunal Regional Federal
da 3ª Região (TRF da 3ª Região), pleiteando, em síntese, a fixação do
regime inicial semiaberto.
A ordem restou denegada pelo TRF da 3ª Região (eDOC 2, p. 133-
134).
No STJ, buscou-se também o reconhecimento da possibilidade de
fixação de regime inicial de cumprimento de pena diverso do fechado. A
Quinta Turma desse Tribunal Superior denegou a ordem (eDOC 2, p. 185-
190).
Defesa e o Ministério Público interpuseram apelação. O TRF da 3ª
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3088824.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7
Relatório
HC 113.944 / SP
Região deu parcial provimento ao recurso da acusação para majorar a
pena-base e parcial provimento ao recurso da defesa, a fim de aplicar a
causa de diminuição do art. 33, § 4º, da Lei 11.343/2006, tornando a pena
definitiva em 5 anos, 8 meses e 1 dia de reclusão, em regime inicial
fechado, e mais 565 dias-multa (consulta ao sítio do TRF da 3ª Região).
Agora, a impetrante afirma que o paciente é primário, conta com
bons antecedentes e foi condenado à pena superior a 4 anos e inferior a 8
anos, de forma que preenche os requisitos para cumprimento de pena em
regime mais brando, previsto no art. 33, § 2º, “b”, do CP.
Requer, desde já, seja alterado o regime inicial de cumprimento da
pena para o semiaberto e, consequentemente, que passe a cumprir a pena,
imediatamente, nesse regime mais brando.
No mérito, pede a confirmação da liminar.
Em 15.6.2012, deferi o pedido de medida liminar, para determinar
ao Juízo da 1ª Vara Federal de Guarulhos/SP que, afastando o disposto no
art. 2º, § 1º, da Lei 8.072/90, procedesse à nova fixação do regime inicial de
cumprimento de pena, segundo os critérios previstos no art. 33, §§ 2º e 3º
do CP (Ação Penal n. 0010263-96.2010.403.6119).
A Procuradoria-Geral da República opinou pelo não conhecimento
do writ e, se conhecido, pela denegação da ordem, cassando-se a liminar
concedida.
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
HC 113.944 / SP
Região deu parcial provimento ao recurso da acusação para majorar a
pena-base e parcial provimento ao recurso da defesa, a fim de aplicar a
causa de diminuição do art. 33, § 4º, da Lei 11.343/2006, tornando a pena
definitiva em 5 anos, 8 meses e 1 dia de reclusão, em regime inicial
fechado, e mais 565 dias-multa (consulta ao sítio do TRF da 3ª Região).
Agora, a impetrante afirma que o paciente é primário, conta com
bons antecedentes e foi condenado à pena superior a 4 anos e inferior a 8
anos, de forma que preenche os requisitos para cumprimento de pena em
regime mais brando, previsto no art. 33, § 2º, “b”, do CP.
Requer, desde já, seja alterado o regime inicial de cumprimento da
pena para o semiaberto e, consequentemente, que passe a cumprir a pena,
imediatamente, nesse regime mais brando.
No mérito, pede a confirmação da liminar.
Em 15.6.2012, deferi o pedido de medida liminar, para determinar
ao Juízo da 1ª Vara Federal de Guarulhos/SP que, afastando o disposto no
art. 2º, § 1º, da Lei 8.072/90, procedesse à nova fixação do regime inicial de
cumprimento de pena, segundo os critérios previstos no art. 33, §§ 2º e 3º
do CP (Ação Penal n. 0010263-96.2010.403.6119).
A Procuradoria-Geral da República opinou pelo não conhecimento
do writ e, se conhecido, pela denegação da ordem, cassando-se a liminar
concedida.
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7
Voto - MIN. GILMAR MENDES
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 113.944 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): No presente
habeas corpus, a impetrante sustenta que o paciente é primário, portador
de bons antecedentes e foi condenado à pena superior a 4 anos e inferior a
8 anos, de forma que preenche os requisitos para cumprimento de pena
no regime mais brando, previsto no art. 33, § 2º, “b”, do CP, qual seja, o
regime semiaberto.
Pois bem, por ocasião da análise do pedido liminar, em 15.6.2012,
determinei ao Juízo da 1ª Vara Federal de Guarulhos/SP que, afastando o
disposto no art. 2º, § 1º, da Lei 8.072/90, procedesse à nova fixação do
regime inicial de cumprimento de pena, segundo os critérios previstos no
art. 33, §§ 2º e 3º, do CP (Ação Penal n. 0010263-96.2010.403.6119). Por
oportuno, transcrevo excertos da decisão:
“Na hipótese dos autos, à primeira vista, entendo
caracterizada situação ensejadora de concessão de medida
liminar.
Destaco que a Segunda Turma deste Supremo Tribunal
Federal, em recentes julgados, teve o ensejo de permitir aos
magistrados de primeiro grau, diante da análise do caso
concreto, deliberar sobre a fixação do regime inicial de
cumprimento de pena aos condenados por tráfico de drogas,
nos termos do art. 33 do CP, a despeito do disposto no art. 2º, §
1º, da Lei 8.072/90, com a redação dada pela Lei 11.464/2007,
que dispõe que os condenados por crimes hediondos, pela
prática da tortura, por tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins e por terrorismo cumprirão a pena em regime inicialmente
fechado. À guisa de exemplo, cito os seguintes precedentes: HC
106.135/MG, HC 106.313/SP e HC 108.264/ES, todos de minha
relatoria.
Noutros julgados, quando, no caso concreto, o paciente
preenchesse todos os requisitos do art. 33, § 2º, ‘c’, do Código
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 113.944 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): No presente
habeas corpus, a impetrante sustenta que o paciente é primário, portador
de bons antecedentes e foi condenado à pena superior a 4 anos e inferior a
8 anos, de forma que preenche os requisitos para cumprimento de pena
no regime mais brando, previsto no art. 33, § 2º, “b”, do CP, qual seja, o
regime semiaberto.
Pois bem, por ocasião da análise do pedido liminar, em 15.6.2012,
determinei ao Juízo da 1ª Vara Federal de Guarulhos/SP que, afastando o
disposto no art. 2º, § 1º, da Lei 8.072/90, procedesse à nova fixação do
regime inicial de cumprimento de pena, segundo os critérios previstos no
art. 33, §§ 2º e 3º, do CP (Ação Penal n. 0010263-96.2010.403.6119). Por
oportuno, transcrevo excertos da decisão:
“Na hipótese dos autos, à primeira vista, entendo
caracterizada situação ensejadora de concessão de medida
liminar.
Destaco que a Segunda Turma deste Supremo Tribunal
Federal, em recentes julgados, teve o ensejo de permitir aos
magistrados de primeiro grau, diante da análise do caso
concreto, deliberar sobre a fixação do regime inicial de
cumprimento de pena aos condenados por tráfico de drogas,
nos termos do art. 33 do CP, a despeito do disposto no art. 2º, §
1º, da Lei 8.072/90, com a redação dada pela Lei 11.464/2007,
que dispõe que os condenados por crimes hediondos, pela
prática da tortura, por tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins e por terrorismo cumprirão a pena em regime inicialmente
fechado. À guisa de exemplo, cito os seguintes precedentes: HC
106.135/MG, HC 106.313/SP e HC 108.264/ES, todos de minha
relatoria.
Noutros julgados, quando, no caso concreto, o paciente
preenchesse todos os requisitos do art. 33, § 2º, ‘c’, do Código
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3088825.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7
Voto - MIN. GILMAR MENDES
HC 113.944 / SP
Penal (condenado não reincidente, cuja pena seja inferior a 4
anos), a 2ª Turma vem deferindo a ordem para modificar o
regime inicial de cumprimento de pena para o aberto: HC
105.779/SP, de minha relatoria.
Na hipótese dos autos, entendo que o disposto na Lei dos
Crimes Hediondos (obrigatoriedade de início do cumprimento
de pena no regime fechado) há de ser superado. Da sentença
condenatória extrai-se o reconhecimento de ausência de
circunstâncias judiciais desfavoráveis (art. 59, CP) e, ademais,
trata-se de condenado não reincidente, o que, em um juízo
preliminar, viabiliza a fixação do regime semiaberto (CP, art. 33,
§ 2º, “b”).
Diante de todas essas considerações e levando em conta
que o paciente foi condenado à pena de 5 anos, 8 meses e 1 dia
de reclusão, reputo presentes o fumus boni iuris e o periculum in
mora, pressupostos ínsitos à concessão da medida liminar”.
Esse entendimento que venho de expor acabou por ser acolhido,
posteriormente, pelo Plenário desta Suprema Corte que, em sessão
realizada em 27.6.2012, ao julgar o HC 111.840/ES de relatoria do Ministro
Dias Toffoli, por maioria, declarou,
incidenter tantum, a
inconstitucionalidade do § 1º do art. 2º da Lei 8.072/90, com a redação
dada pela Lei 11.464/2007 (“A pena por crime previsto neste artigo será
cumprida inicialmente em regime fechado”). Desse modo, ficou superada a
obrigatoriedade de início do cumprimento de pena no regime fechado
aos condenados por crimes hediondos, pela prática da tortura, por tráfico
ilícito de entorpecentes e drogas afins e por terrorismo.
Cumpre observar que, de fato, a pena assume o caráter de prevenção
e retribuição ao mal causado. Por outro lado, não se pode olvidar-lhe o
necessário caráter ressocializador, devendo-se preocupar o Estado,
portanto, em recuperar o apenado.
Assim, levando em conta que uma das finalidades da pena é a
ressocialização, eventuais erros por parte do Estado ao promover a
execução da pena — mesmo daqueles que se encontram segregados
cautelarmente, como no caso do paciente — podem e devem ser sanados
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 113.944 / SP
Penal (condenado não reincidente, cuja pena seja inferior a 4
anos), a 2ª Turma vem deferindo a ordem para modificar o
regime inicial de cumprimento de pena para o aberto: HC
105.779/SP, de minha relatoria.
Na hipótese dos autos, entendo que o disposto na Lei dos
Crimes Hediondos (obrigatoriedade de início do cumprimento
de pena no regime fechado) há de ser superado. Da sentença
condenatória extrai-se o reconhecimento de ausência de
circunstâncias judiciais desfavoráveis (art. 59, CP) e, ademais,
trata-se de condenado não reincidente, o que, em um juízo
preliminar, viabiliza a fixação do regime semiaberto (CP, art. 33,
§ 2º, “b”).
Diante de todas essas considerações e levando em conta
que o paciente foi condenado à pena de 5 anos, 8 meses e 1 dia
de reclusão, reputo presentes o fumus boni iuris e o periculum in
mora, pressupostos ínsitos à concessão da medida liminar”.
Esse entendimento que venho de expor acabou por ser acolhido,
posteriormente, pelo Plenário desta Suprema Corte que, em sessão
realizada em 27.6.2012, ao julgar o HC 111.840/ES de relatoria do Ministro
Dias Toffoli, por maioria, declarou,
incidenter tantum, a
inconstitucionalidade do § 1º do art. 2º da Lei 8.072/90, com a redação
dada pela Lei 11.464/2007 (“A pena por crime previsto neste artigo será
cumprida inicialmente em regime fechado”). Desse modo, ficou superada a
obrigatoriedade de início do cumprimento de pena no regime fechado
aos condenados por crimes hediondos, pela prática da tortura, por tráfico
ilícito de entorpecentes e drogas afins e por terrorismo.
Cumpre observar que, de fato, a pena assume o caráter de prevenção
e retribuição ao mal causado. Por outro lado, não se pode olvidar-lhe o
necessário caráter ressocializador, devendo-se preocupar o Estado,
portanto, em recuperar o apenado.
Assim, levando em conta que uma das finalidades da pena é a
ressocialização, eventuais erros por parte do Estado ao promover a
execução da pena — mesmo daqueles que se encontram segregados
cautelarmente, como no caso do paciente — podem e devem ser sanados
2
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
HC 113.944 / SP
via habeas corpus, sob pena de, ao fim do cumprimento da pena, não restar
alcançado o objetivo de reinserção eficaz do apenado em seu seio familiar
e social.
É indubitável, também, que erros na ressocialização têm como
consectário lógico a não recuperação do encarcerado que, cedo ou tarde,
em futuro contato com a sociedade, poderá novamente vir a delinquir.
Nesses termos, consoante ressaltado pelo Ministro Celso de Mello no
julgamento do HC 105.175/SP, “a execução penal, além de objetivar a
efetivação, a implementação da condenação penal imposta ao sentenciado, busca
também propiciar condições para a harmônica integração social daquele que sofre
a ação do magistério punitivo do Estado”.
Ante o exposto, meu voto é no sentido de conceder a ordem de
habeas corpus, a fim de determinar ao Juízo da 1ª Vara Federal de
Guarulhos/SP que, afastando o disposto no art. 2º, § 1º, da Lei 8.072/90,
proceda à nova fixação do regime inicial de cumprimento de pena,
segundo os critérios previstos no art. 33, §§ 2º e 3º, do CP (Ação Penal n.
0010263-96.2010.403.6119). Torno, portanto, definitiva a liminar
anteriormente concedida.
É como voto.
3
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Supremo Tribunal Federal
HC 113.944 / SP
via habeas corpus, sob pena de, ao fim do cumprimento da pena, não restar
alcançado o objetivo de reinserção eficaz do apenado em seu seio familiar
e social.
É indubitável, também, que erros na ressocialização têm como
consectário lógico a não recuperação do encarcerado que, cedo ou tarde,
em futuro contato com a sociedade, poderá novamente vir a delinquir.
Nesses termos, consoante ressaltado pelo Ministro Celso de Mello no
julgamento do HC 105.175/SP, “a execução penal, além de objetivar a
efetivação, a implementação da condenação penal imposta ao sentenciado, busca
também propiciar condições para a harmônica integração social daquele que sofre
a ação do magistério punitivo do Estado”.
Ante o exposto, meu voto é no sentido de conceder a ordem de
habeas corpus, a fim de determinar ao Juízo da 1ª Vara Federal de
Guarulhos/SP que, afastando o disposto no art. 2º, § 1º, da Lei 8.072/90,
proceda à nova fixação do regime inicial de cumprimento de pena,
segundo os critérios previstos no art. 33, §§ 2º e 3º, do CP (Ação Penal n.
0010263-96.2010.403.6119). Torno, portanto, definitiva a liminar
anteriormente concedida.
É como voto.
3
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 113.944
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
PACTE.(S) : FABIO RUDINEI MACHADO
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por unanimidade, concedeu a ordem de habeas
corpus, a fim de determinar ao Juízo da 1ª Vara Federal de
Guarulhos/SP que, afastando o disposto no art. 2º, § 1º, da Lei
8.072/90, proceda à nova fixação do regime inicial de cumprimento
de pena, segundo os critérios previstos no art. 33, §§ 2º e 3º, do
CP (Ação Penal n. 0010263-96.2010.403.6119). Tornada, portanto,
definitiva a liminar anteriormente concedida, nos termos do voto
do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 113.944
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
PACTE.(S) : FABIO RUDINEI MACHADO
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por unanimidade, concedeu a ordem de habeas
corpus, a fim de determinar ao Juízo da 1ª Vara Federal de
Guarulhos/SP que, afastando o disposto no art. 2º, § 1º, da Lei
8.072/90, proceda à nova fixação do regime inicial de cumprimento
de pena, segundo os critérios previstos no art. 33, §§ 2º e 3º, do
CP (Ação Penal n. 0010263-96.2010.403.6119). Tornada, portanto,
definitiva a liminar anteriormente concedida, nos termos do voto
do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3099154
Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3107899 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-20T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, concedeu a ordem de habeas corpus, a fim de determinar ao Juízo da 1ª Vara Federal de Guarulhos/SP que, afastando o disposto no art. 2º, § 1º, da Lei 8.072/90, proceda à nova fixação do regime inicial de cumprimento de pena, segundo os critérios previstos no art. 33, §§ 2º e 3º, do CP (Ação Penal n. 0010263-96.2010.403.6119). Tornada, portanto, definitiva a liminar anteriormente concedida, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | HABEAS CORPUS | Habeas corpus. 2. Tráfico internacional de entorpecentes. Prisão em flagrante. Paciente condenado à pena de 5 anos, 8 meses e 1 dia de reclusão. Regime inicial fechado (art. 2º, § 1º, da Lei 8.072/1990, com redação dada pela Lei 11.464/2007). 3. Pedido de fixação de regime semiaberto para início do cumprimento da pena. 4. Possibilidade. Precedente do Plenário (HC 111.840/ES, rel. Min. Dias Toffoli). 5. Ordem deferida, confirmando a liminar, a fim de determinar ao Juízo de origem que, afastando o disposto no art. 2º, § 1º, da Lei 8.072/90, proceda à nova fixação do regime inicial de cumprimento de pena, segundo os critérios previstos no art. 33, §§ 2º e 3º, do CP. | sjur219072 | - Acórdão (s) citado (s):
(CRIME HEDIONDO, PENA, REGIME INICIAL)
STF: HC 111840 (TP).
Número de páginas: 7.
Análise: 30/11/2012, BMB. | GILMAR MENDES | Segunda Turma | 113944 | [
"LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00033 PAR-00002 PAR-00003 \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-008072 ANO-1990\r\n ART-00002 PAR-00001 REDAÇÃO DADA PELA LEI-11464/2007 \r\n LCH-1990 LEI DE CRIMES HEDIONDOS\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-011464 ANO-2007\r\n LEI ORDINÁRIA"
] | HC | acordaos | HC 113944 | [
""
] | PACTE.(S) : FABIO RUDINEI MACHADO
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 113 . 944",
"HC 111 . 840 / ES",
"HABEAS CORPUS 113 . 944 SÃO",
"HC 235 . 696 / SP",
"HABEAS CORPUS 113 . 944",
"HC 235 . 696 / SP",
"HC 113 . 944 / SP",
"Ação Penal n . 0010263 - 96 . 2010 .",
"HC 113 . 944 / SP",
"Ação Penal n . 0010263 - 96 . 2010 . 403 . 6119",
"HABEAS CORPUS 113 . 944",
"Ação Penal n . 0010263 - 96 . 2010 . 403 .",
"HC 106 . 135 / MG",
"HC 106 . 313 / SP",
"HC 108 . 264 / ES",
"HABEAS CORPUS 113 . 944",
"Ação Penal n . 0010263 - 96 . 2010 . 403 . 6119",
"HC 106 . 135 / MG",
"HC 106 . 313 / SP",
"HC 108 . 264 / ES",
"HC 113 . 944 / SP",
"HC 105 . 779 / SP",
"HC 111 . 840 / ES",
"HC 113 . 944 / SP",
"HC 105 . 779 / SP",
"HC 111 . 840 / ES",
"HC 113 . 944 / SP",
"HC 105 . 175 / SP",
"Ação Penal n . 0010263 - 96 . 2010 . 403 . 6119",
"HC 113 . 944 / SP",
"HC 105 . 175 / SP",
"Ação Penal n . 0010263 - 96 . 2010 . 403 . 6119",
"HABEAS CORPUS 113 . 944",
"Ação Penal n . 0010263 - 96 . 2010 . 403 . 6119",
"HABEAS CORPUS 113 . 944",
"Ação Penal n . 0010263 - 96 . 2010 . 403 . 6119"
],
"LEGISLACAO": [
"art . [UNK] , § [UNK] , da Lei 8 . 072 / 1990",
"Lei 11 . 464 / 2007",
"art . [UNK] , § [UNK] , da Lei 8 . 072 / 90",
"art . 33 , § § [UNK] e [UNK] , do CP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 33 , caput , c / c art . 40 , I , da Lei 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 33 , caput , c / c art . 40 , I , da Lei 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 33 , § [UNK] , da Lei 11 . 343 / 2006",
"§ [UNK] , “ b ” , do CP",
"art . [UNK] , § [UNK] , da Lei 8 . 072 / 90",
"art . 33 , § § [UNK] e [UNK] do CP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 33 , § [UNK] , da Lei 11 . 343 / 2006",
"art . 33 , § [UNK] , “ b ” , do CP",
"art . [UNK] , § [UNK] , da Lei 8 . 072 / 90",
"art . 33 , § § [UNK] e [UNK] do CP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 33 , § [UNK] , “ b ” , do CP",
"art . [UNK] , § [UNK] , da Lei 8 . 072 / 90",
"art . 33 , § § [UNK] e [UNK] , do CP",
"art . 33 do CP",
"art . [UNK] , § [UNK] , da Lei 8 . 072 / 90",
"Lei 11 . 464 / 2007",
"art . 33 , § [UNK] , ‘ c ’ , do Código",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 33 , § [UNK] , “ b ” , do CP",
"art . [UNK] , § [UNK] , da Lei 8 . 072 / 90",
"art . 33 , § § [UNK] e [UNK] , do CP",
"art . 33 do CP",
"art . [UNK] , § [UNK] , da Lei 8 . 072 / 90",
"Lei 11 . 464 / 2007",
"art .",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei dos Crimes Hediondos",
"art . 59 , CP",
"CP , art . 33 , § [UNK] , “ b ”",
"§ [UNK] do art . [UNK] da Lei 8 . 072 / 90",
"Lei 11 . 464 / 2007",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei dos Crimes Hediondos",
"art . 59 , CP",
"CP , art . 33 , § [UNK] , “ b ”",
"§ [UNK] do art . [UNK] da Lei 8 . 072 / 90",
"Lei 11 . 464 / 2007",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , § [UNK] , da Lei 8 . 072 / 90",
"art . 33 , § § [UNK] e [UNK] , do CP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , § [UNK] , da Lei 8 . 072 / 90",
"art . 33 , § § [UNK] e [UNK] , do CP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , § [UNK] , da Lei 8 . 072 / 90",
"art . 33 , § § [UNK] e [UNK] , do CP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , § [UNK] , da Lei 8 . 072 / 90",
"art . 33 , § § [UNK] e [UNK] , do CP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"Aeroporto Internacional de São Paulo",
"Guarulhos",
"Bélgica",
"Lisboa -",
"Portugal",
"SÃO PAULO",
"Aeroporto Internacional de São Paulo",
"Guarulhos",
"Bélgica",
"Lisboa",
"-",
"Portugal",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Defensoria Pública da União",
"DPU",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"STJ",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"TRF da [UNK] Região",
"TRF da [UNK] Região",
"STJ",
"Quinta Turma",
"Ministério Público",
"TRF da [UNK]",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Defensoria Pública da União",
"DPU",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"STJ",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"TRF da [UNK] Região",
"TRF da [UNK] Região",
"STJ",
"Quinta Turma",
"TRF da [UNK]",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"TRF da [UNK] Região",
"[UNK] Vara Federal de Guarulhos / SP",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"TRF da [UNK] Região",
"[UNK] Vara Federal de Guarulhos / SP",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Vara Federal de Guarulhos / SP",
"Segunda Turma deste Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Vara Federal de Guarulhos /",
"Segunda Turma deste Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Turma",
"Plenário desta Suprema Corte",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"Plenário desta Suprema Corte",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Vara Federal de Guarulhos / SP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Vara Federal de Guarulhos / SP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Vara Federal de Guarulhos / SP",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Vara Federal de Guarulhos / SP",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"GILMAR MENDES",
"FABIO RUDINEI MACHADO",
"Dias Toffoli",
"Ricardo Lewandowski",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"FABIO RUDINEI MACHADO",
"GILMAR MENDES",
"Fabio Rudinei Machado",
"GILMAR MENDES",
"FABIO RUDINEI MACHADO",
"GILMAR MENDES",
"Fabio Rudinei Machado",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"GILMAR MENDES",
"Celso de Mello",
"Celso de Mello",
"GILMAR MENDES",
"FABIO RUDINEI MACHADO",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"GILMAR MENDES",
"FABIO RUDINEI MACHADO",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"29",
".",
"10",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"29",
".",
"10",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
".",
"6",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
".",
"6",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"15",
".",
"6",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"15",
".",
"6",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
".",
"6",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
".",
"6",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.555 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:WAGNER MARIANO
ADV.(A/S)
:EMERSON TADAO ASATO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
SÃO PAULO
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PENAL. DEMONSTRAÇÃO
INSUFICIENTE DA REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO
CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo
regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da
Relatora. Ausente, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
DJe 20/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.555 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:WAGNER MARIANO
ADV.(A/S)
:EMERSON TADAO ASATO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
SÃO PAULO
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 8 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto por Wagner Mariano contra julgado
do Tribunal de Justiça de São Paulo, por insuficiência de fundamentação
para demonstrar, nas razões do recurso extraordinário, a existência de
repercussão geral da matéria constitucional.
2. Publicada essa decisão no DJe de 17.10.2012, interpõe Wagner
Mariano, em 17.10.2012, tempestivamente, agravo regimental.
3. Alega o Agravante que “há repercussão geral das questões
constitucionais tratadas no recurso extraordinário pois trata-se de violação de
princípios e garantias fundamentais, os quais transcendem os interesses
subjetivos das partes”.
Afirma que “o recurso extraordinário interposto cumpre todos os
requisitos objetivos e subjetivos para o seu regular processamento”.
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085073.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.555 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:WAGNER MARIANO
ADV.(A/S)
:EMERSON TADAO ASATO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
SÃO PAULO
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 8 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto por Wagner Mariano contra julgado
do Tribunal de Justiça de São Paulo, por insuficiência de fundamentação
para demonstrar, nas razões do recurso extraordinário, a existência de
repercussão geral da matéria constitucional.
2. Publicada essa decisão no DJe de 17.10.2012, interpõe Wagner
Mariano, em 17.10.2012, tempestivamente, agravo regimental.
3. Alega o Agravante que “há repercussão geral das questões
constitucionais tratadas no recurso extraordinário pois trata-se de violação de
princípios e garantias fundamentais, os quais transcendem os interesses
subjetivos das partes”.
Afirma que “o recurso extraordinário interposto cumpre todos os
requisitos objetivos e subjetivos para o seu regular processamento”.
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7
Relatório
ARE 715.555 AGR / SP
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
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ARE 715.555 AGR / SP
É o relatório.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.555 SÃO
PAULO
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
2. Quanto à repercussão geral da questão constitucional, o Agravante
limitou-se a afirmar que “a demonstração da repercussão geral das questões
constitucionais tratadas no recurso extraordinário estão explicitadas no corpo do
referido recurso, ao tratar da relevância dos artigos violados, nas razões de
reforma”.
O § 1º do art. 543-A do Código de Processo Civil dispõe que,” para
efeito da repercussão geral, será considerada a existência, ou não, de questões
relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que
ultrapassem os interesses subjetivos da causa”. Não basta, portanto, dizer que
o tema tem repercussão geral, sendo ônus exclusivo do Agravante
demonstrar, com argumentos substanciais, que há no caso relevância
econômica, política, social ou jurídica.
A insuficiência de argumentação expressa, formal e objetivamente
articulada pelo Agravante para demonstrar, nas razões do recurso
extraordinário, a existência de repercussão geral da matéria
constitucionalmente arguida inviabiliza o exame do recurso.
Nesse sentido:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. FORNECIMENTO DE FRALDAS
DESCARTÁVEIS. PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO
GERAL.
OBRIGATORIEDADE.
AUSÊNCIA
DE
Supremo Tribunal Federal
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30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.555 SÃO
PAULO
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
2. Quanto à repercussão geral da questão constitucional, o Agravante
limitou-se a afirmar que “a demonstração da repercussão geral das questões
constitucionais tratadas no recurso extraordinário estão explicitadas no corpo do
referido recurso, ao tratar da relevância dos artigos violados, nas razões de
reforma”.
O § 1º do art. 543-A do Código de Processo Civil dispõe que,” para
efeito da repercussão geral, será considerada a existência, ou não, de questões
relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que
ultrapassem os interesses subjetivos da causa”. Não basta, portanto, dizer que
o tema tem repercussão geral, sendo ônus exclusivo do Agravante
demonstrar, com argumentos substanciais, que há no caso relevância
econômica, política, social ou jurídica.
A insuficiência de argumentação expressa, formal e objetivamente
articulada pelo Agravante para demonstrar, nas razões do recurso
extraordinário, a existência de repercussão geral da matéria
constitucionalmente arguida inviabiliza o exame do recurso.
Nesse sentido:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. FORNECIMENTO DE FRALDAS
DESCARTÁVEIS. PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO
GERAL.
OBRIGATORIEDADE.
AUSÊNCIA
DE
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 715.555 AGR / SP
FUNDAMENTAÇÃO. QUESTÃO DIVERSA DA TRATADA NO
RE N. 566.471. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CÓDICO DE
PROCESSO CIVIL C.C. ART. 327, § 1º, DO RISTF. 1. A
repercussão geral como novel requisito constitucional de
admissibilidade do recurso extraordinário demanda que o reclamante
demonstre, fundamentadamente, que a indignação extrema encarta
questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou
jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa (artigo 543-
A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n.
11.418/06, verbis: O recorrente deverá demonstrar, em preliminar do
recurso, para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a
existência de repercussão geral). 2. A jurisprudência do Supremo tem-
se alinhado no sentido de ser necessário que o recorrente demonstre a
existência de repercussão geral nos termos previstos em lei , (...) 3. In
casu, o recorrente limitou-se a afirmar que a manutenção do acórdão
hostilizado subverterá o direito à saúde assegurado a todos, criando
precedente jurisprudencial que poderá provocar grave lesão às
finanças públicas de todos os entes federados, impedindo que os entes
públicos possam planejar e executar ações e serviços destinados a toda
coletividade. Por essa razão, o requisito constitucional de
admissibilidade recursal não restou atendido. 4. A repercussão geral
reconhecida no RE n. 566.471, Relator o Ministro MARCO
AURÉLIO, tratou do tema relativo à obrigatoriedade do Estado
fornecer medicamento de alto custo, que é diverso do caso sub judice,
adstrito ao fornecimento de fraldas descartáveis. Ademais, o
reconhecimento da repercussão geral de determinado tema não ilide a
análise dos pressupostos de admissibilidade do recurso extraordinário,
como não isenta a demonstração, em preliminar formal devidamente
fundamentada, da existência de questões relevantes que ultrapassem
os interesses subjetivos da causa. 5. Agravo regimental não provido”
(RE 626.328-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe
28.6.2011).
“AGRAVO
REGIMENTAL.
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO
RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 715.555 AGR / SP
FUNDAMENTAÇÃO. QUESTÃO DIVERSA DA TRATADA NO
RE N. 566.471. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CÓDICO DE
PROCESSO CIVIL C.C. ART. 327, § 1º, DO RISTF. 1. A
repercussão geral como novel requisito constitucional de
admissibilidade do recurso extraordinário demanda que o reclamante
demonstre, fundamentadamente, que a indignação extrema encarta
questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou
jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa (artigo 543-
A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n.
11.418/06, verbis: O recorrente deverá demonstrar, em preliminar do
recurso, para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a
existência de repercussão geral). 2. A jurisprudência do Supremo tem-
se alinhado no sentido de ser necessário que o recorrente demonstre a
existência de repercussão geral nos termos previstos em lei , (...) 3. In
casu, o recorrente limitou-se a afirmar que a manutenção do acórdão
hostilizado subverterá o direito à saúde assegurado a todos, criando
precedente jurisprudencial que poderá provocar grave lesão às
finanças públicas de todos os entes federados, impedindo que os entes
públicos possam planejar e executar ações e serviços destinados a toda
coletividade. Por essa razão, o requisito constitucional de
admissibilidade recursal não restou atendido. 4. A repercussão geral
reconhecida no RE n. 566.471, Relator o Ministro MARCO
AURÉLIO, tratou do tema relativo à obrigatoriedade do Estado
fornecer medicamento de alto custo, que é diverso do caso sub judice,
adstrito ao fornecimento de fraldas descartáveis. Ademais, o
reconhecimento da repercussão geral de determinado tema não ilide a
análise dos pressupostos de admissibilidade do recurso extraordinário,
como não isenta a demonstração, em preliminar formal devidamente
fundamentada, da existência de questões relevantes que ultrapassem
os interesses subjetivos da causa. 5. Agravo regimental não provido”
(RE 626.328-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe
28.6.2011).
“AGRAVO
REGIMENTAL.
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO
RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE
2
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 715.555 AGR / SP
REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL
INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO
RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a
orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de
que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão
geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as
circunstâncias que poderiam configurar a relevância do ponto de vista
econômico, político, social ou jurídico das questões constitucionais
invocadas no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação
inviabiliza o recurso interposto. O art. 557 do Código de Processo
Civil autoriza o relator a negar seguimento a recurso manifestamente
intempestivo, incabível ou improcedente e, ainda, quando a matéria
em debate se refira a tema já pacificado nesta Corte. Agravo
regimental a que se nega provimento” (AI 743.198-AgR, Rel. Min.
Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 24.5.2011).
3. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
4. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
3
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 715.555 AGR / SP
REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL
INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO
RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a
orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de
que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão
geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as
circunstâncias que poderiam configurar a relevância do ponto de vista
econômico, político, social ou jurídico das questões constitucionais
invocadas no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação
inviabiliza o recurso interposto. O art. 557 do Código de Processo
Civil autoriza o relator a negar seguimento a recurso manifestamente
intempestivo, incabível ou improcedente e, ainda, quando a matéria
em debate se refira a tema já pacificado nesta Corte. Agravo
regimental a que se nega provimento” (AI 743.198-AgR, Rel. Min.
Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 24.5.2011).
3. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
4. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
3
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.555
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : WAGNER MARIANO
ADV.(A/S) : EMERSON TADAO ASATO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
PAULO
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.555
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : WAGNER MARIANO
ADV.(A/S) : EMERSON TADAO ASATO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
PAULO
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3099418
Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3107895 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-20T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PENAL. DEMONSTRAÇÃO INSUFICIENTE DA REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. | sjur219169 | - Acórdão(s) citado(s)
(REPERCUSSÃO GERAL, INSUFICIÊNCIA DE ARGUMENTAÇÃO)
STF: RE 626328 AgR (1ªT), AI 743198 AgR (2ªT).
Número de páginas: 7.
Análise: 30/11/2012, MJC. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 715555 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-0543A PAR-00001 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 715555 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : WAGNER MARIANO
ADV.(A/S) : EMERSON TADAO ASATO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
ADV.(A/S) : EDSON BALDOINO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715 . 555",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715 . 555",
"ARE 715 . 555 AGR / SP",
"RE N . 566 . 471",
"RE n . 566 . 471",
"RE 626 . 328 - AgR",
"ARE 715 . 555",
"RE N . 566 . 471",
"RE n . 566 . 471",
"RE 626 . 328 - AgR",
"ARE 715 . 555 AGR / SP",
"AI 743 . 198 - AgR",
"ARE 715 . 555 AGR / SP",
"AI 743 . 198 - AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 543 - A do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 543 - A do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 543 - A , § [UNK] , DO CÓDICO DE PROCESSO CIVIL",
"ART . 327 , § [UNK] , DO RISTF",
"artigo 543 - A , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"Lei n . 11 . 418 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 543 - A , § [UNK] , DO CÓDICO",
"Código de Processo Civil",
"Lei n . 11 . 418 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO",
"Tribunal de Justiça de São Paulo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO",
"Tribunal de Justiça de São Paulo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"AGR",
"/",
"SP",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CÁRMEN LÚCIA",
"WAGNER MARIANO",
"EMERSON TADAO ASATO",
"Ricardo Lewandowski",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"WAGNER MARIANO",
"EMERSON TADAO ASATO",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Wagner Mariano",
"Wagner Mariano",
"CÁRMEN LÚCIA",
"WAGNER MARIANO",
"EMERSON TADAO ASATO",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Wagner Mariano",
"Wagner Mariano",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"MARCO AURÉLIO",
"Luiz Fux",
"MARCO AURÉLIO",
"Luiz Fux",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Joaquim Barbosa",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"WAGNER MARIANO",
"EMERSON TADAO ASATO",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"CÁRMEN LÚCIA",
"WAGNER MARIANO",
"EMERSON TADAO ASATO",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
"/",
"11",
"/",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"8 de outubro de 2012",
"17",
".",
"10",
".",
"2012",
"17",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"8 de outubro de 2012",
"17",
".",
"10",
".",
"2012",
"17",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
".",
"6",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
".",
"6",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"03",
".",
"05",
".",
"2007",
"24",
".",
"5",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"03",
".",
"05",
".",
"2007",
"24",
".",
"5",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 934.865
DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:DIRCEU MARQUES BARBOSA
ADV.(A/S)
:MARUZZA LESSANDRA FONSECA TEIXEIRA
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA. O recurso
extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova.
AGRAVO – MULTA – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL DE 1973. Se o agravo é manifestamente infundado,
impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de
Processo Civil de 1973.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo
regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto do
relator e por unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Marco
Aurélio, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas
taquigráficas.
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – PRESIDENTE E RELATOR
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14355875.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Relatório
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 934.865
DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:DIRCEU MARQUES BARBOSA
ADV.(A/S)
:MARUZZA LESSANDRA FONSECA TEIXEIRA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Em 12 de fevereiro de
2015, proferi a seguinte decisão:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
MATÉRIA FÁTICA – INVIABILIDADE –
AGRAVO DESPROVIDO.
1. O Tribunal de origem concluiu tratar-se de imóvel
situado em ilha costeira que serve como sede municipal São
Luís/MA , excluída do rol de bens da União com a promulgação
da Emenda Constitucional nº 46, de 2005, a qual modificou o
artigo 20, inciso IV, parte final, da Carta da República.
No extraordinário, a União insiste não se tratar de bem
imóvel localizado em ilha costeira, e sim em terreno de
marinha, de propriedade da União nos termos do inciso VII do
artigo 20, da Constituição.
A alteração do dispositivo constitucional aplicável à
espécie, inclusive quanto a saber dos possíveis efeitos do que
vier a ser decidido pelo Supremo, sob o ângulo da repercussão
geral, no Recurso Extraordinário nº 636.199/RS, da relatoria da
ministra Rosa Weber, requer o reexame das balizas fáticas
delineadas na origem.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 934.865
DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:DIRCEU MARQUES BARBOSA
ADV.(A/S)
:MARUZZA LESSANDRA FONSECA TEIXEIRA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Em 12 de fevereiro de
2015, proferi a seguinte decisão:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
MATÉRIA FÁTICA – INVIABILIDADE –
AGRAVO DESPROVIDO.
1. O Tribunal de origem concluiu tratar-se de imóvel
situado em ilha costeira que serve como sede municipal São
Luís/MA , excluída do rol de bens da União com a promulgação
da Emenda Constitucional nº 46, de 2005, a qual modificou o
artigo 20, inciso IV, parte final, da Carta da República.
No extraordinário, a União insiste não se tratar de bem
imóvel localizado em ilha costeira, e sim em terreno de
marinha, de propriedade da União nos termos do inciso VII do
artigo 20, da Constituição.
A alteração do dispositivo constitucional aplicável à
espécie, inclusive quanto a saber dos possíveis efeitos do que
vier a ser decidido pelo Supremo, sob o ângulo da repercussão
geral, no Recurso Extraordinário nº 636.199/RS, da relatoria da
ministra Rosa Weber, requer o reexame das balizas fáticas
delineadas na origem.
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Relatório
ARE 934865 AGR / DF
A recorribilidade extraordinária é distinta daquela
revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das
vezes procedida mediante o recurso por excelência a apelação.
Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada
soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as
premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o
Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
As razões do extraordinário partem de pressupostos
fáticos estranhos à decisão atacada, buscando-se, em última
análise, o reexame dos elementos probatórios para, com
fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do
recurso.
2. Nego provimento ao agravo.
3. Publiquem.
A agravante retoma o tema de fundo do extraordinário, sustentando
ter a repercussão geral da matéria sido reconhecida no recurso
extraordinário nº 636.199. Afirma não ser necessária a análise de matéria
fática. Insiste no processamento do recurso.
O agravado, apesar de intimado, deixou de apresentar contraminuta
(certidão emitida em 5 de maio de 2016).
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 934865 AGR / DF
A recorribilidade extraordinária é distinta daquela
revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das
vezes procedida mediante o recurso por excelência a apelação.
Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada
soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as
premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o
Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
As razões do extraordinário partem de pressupostos
fáticos estranhos à decisão atacada, buscando-se, em última
análise, o reexame dos elementos probatórios para, com
fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do
recurso.
2. Nego provimento ao agravo.
3. Publiquem.
A agravante retoma o tema de fundo do extraordinário, sustentando
ter a repercussão geral da matéria sido reconhecida no recurso
extraordinário nº 636.199. Afirma não ser necessária a análise de matéria
fática. Insiste no processamento do recurso.
O agravado, apesar de intimado, deixou de apresentar contraminuta
(certidão emitida em 5 de maio de 2016).
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 934.865
DISTRITO FEDERAL
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Atendeu-
se aos pressupostos de recorribilidade. A peça, subscrita por Advogado
da União, foi protocolada no prazo legal. Conheço.
Atentem para o decidido na origem. Transcrevo trecho do acórdão
proferido pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região:
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO - ILHA
COSTEIRA DE SÃO LUÍS/MA - EC 46/2005 - PROPRIEDADE
PARTICULAR - DEMARCAÇÃO - NECESSIDADE DE
NOTIFICAÇÃO PESSOAL, SOB PENA DE OFENSA AOS
PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO -
INEXIGIBILIDADE DA COBRANÇA DE FORO E LAUDÊMIO.
1. In casu, o magistrado sentenciante solucionou, com
propriedade e lucidez, a controvérsia dos autos: “(...), ante o
advento da EC 46/2005 a União não pode mais ostentar
qualquer pretensão de domínio sobre as áreas interiores das
ilhas costeiras sede de municípios, ressalvadas as hipóteses de
(i) áreas afetadas ao serviço público federal, (ii) áreas onde
encravadas unidades ambientais federais e (iii) terrenos de
marinha e seus acrescidos, razão pela qual – e por definitivo –
saíram do domínio da União todas as terras que formam a Ilha
de Upaon-Açu, onde situados os Municípios de São Luís, São
José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa”.
2. Com efeito, “Após a edição da EC 46/2005, não pode
mais a União ostentar qualquer pretensão de domínio das áreas
contidas em ilhas costeiras ou oceânicas, sede de município, vez
que "a mera circunstância - como no caso - de a ilha costeira ou
oceânica ser "sede de Município" já altera a propriedade das
áreas nelas contidas, reputando-se - em presunção absoluta -
Supremo Tribunal Federal
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12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 934.865
DISTRITO FEDERAL
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Atendeu-
se aos pressupostos de recorribilidade. A peça, subscrita por Advogado
da União, foi protocolada no prazo legal. Conheço.
Atentem para o decidido na origem. Transcrevo trecho do acórdão
proferido pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região:
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO - ILHA
COSTEIRA DE SÃO LUÍS/MA - EC 46/2005 - PROPRIEDADE
PARTICULAR - DEMARCAÇÃO - NECESSIDADE DE
NOTIFICAÇÃO PESSOAL, SOB PENA DE OFENSA AOS
PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO -
INEXIGIBILIDADE DA COBRANÇA DE FORO E LAUDÊMIO.
1. In casu, o magistrado sentenciante solucionou, com
propriedade e lucidez, a controvérsia dos autos: “(...), ante o
advento da EC 46/2005 a União não pode mais ostentar
qualquer pretensão de domínio sobre as áreas interiores das
ilhas costeiras sede de municípios, ressalvadas as hipóteses de
(i) áreas afetadas ao serviço público federal, (ii) áreas onde
encravadas unidades ambientais federais e (iii) terrenos de
marinha e seus acrescidos, razão pela qual – e por definitivo –
saíram do domínio da União todas as terras que formam a Ilha
de Upaon-Açu, onde situados os Municípios de São Luís, São
José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa”.
2. Com efeito, “Após a edição da EC 46/2005, não pode
mais a União ostentar qualquer pretensão de domínio das áreas
contidas em ilhas costeiras ou oceânicas, sede de município, vez
que "a mera circunstância - como no caso - de a ilha costeira ou
oceânica ser "sede de Município" já altera a propriedade das
áreas nelas contidas, reputando-se - em presunção absoluta -
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
ARE 934865 AGR / DF
pertencerem à municipalidade, ou, quando o caso, a terceiros.
Da simples leitura do dispositivo já se vislumbra que a Ilha de
São Luís, por ser sede de Município do mesmo nome, está
excluída dos bens da União, ali especificados." (AC
2007.34.00.033470-0/DF, Rel. Desembargador Federal Luciano
Tolentino Amaral, Sétima Turma, e-DJF1 p.321 de 17/07/2009).
3. Além do mais, a demarcação, sem a notificação pessoal
dos interessados, caracteriza afronta aos princípios do
contraditório e da ampla defesa.
4. “O STF, em julgamento datado de 16 MAR 2011,
entendeu atentatória aos princípios do contraditório e ampla
defesa, nos procedimentos demarcatórios de terrenos de
marinha, a convocação dos interessados por edital da forma
como permitia o art. 11 do Decreto-Lei n. 9.760/46, na redação
dada pela Lei n. 11.481/2007, suspendendo a novel legislação”.
(AG 0074617-77.2011.4.01.0000 / MA, Rel. DESEMBARGADOR
FEDERAL LUCIANO TOLENTINO AMARAL, SÉTIMA
TURMA, e-DJF1 p.394 de 09/03/2012)
5. “O entendimento do STJ é, portanto, no sentido de ser
necessária a notificação pessoal dos interessados certos
(proprietários à época) no procedimento de demarcação da
linha preamar.” (APELRE 200951020010656, Desembargador
Federal JOSE ANTONIO LISBOA NEIVA, TRF2 - SÉTIMA
TURMA ESPECIALIZADA, E-DJF2R - Data: 26/04/2011 -
Página: 178). 6. Apelação e remessa oficial não providas.
Sentença mantida.
Somente seria dado concluir de forma diversa a partir do reexame
do acervo probatório, inviável nesta estreita via recursal. Está-se diante de
caso cujo desfecho fica no âmbito do próprio Tribunal Regional.
Saliento que a agravante ficou vencida quando da apreciação do
pedido inicial pelo Juízo. Houve o segundo crivo desfavorável na análise
da apelação pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Interposto o
extraordinário, a este foi negado seguimento. Insistiu, mediante agravo,
por mim desprovido. Mesmo diante de decisão proferida pelo Supremo,
ainda que no âmbito individual, busca o quinto julgamento por meio
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 934865 AGR / DF
pertencerem à municipalidade, ou, quando o caso, a terceiros.
Da simples leitura do dispositivo já se vislumbra que a Ilha de
São Luís, por ser sede de Município do mesmo nome, está
excluída dos bens da União, ali especificados." (AC
2007.34.00.033470-0/DF, Rel. Desembargador Federal Luciano
Tolentino Amaral, Sétima Turma, e-DJF1 p.321 de 17/07/2009).
3. Além do mais, a demarcação, sem a notificação pessoal
dos interessados, caracteriza afronta aos princípios do
contraditório e da ampla defesa.
4. “O STF, em julgamento datado de 16 MAR 2011,
entendeu atentatória aos princípios do contraditório e ampla
defesa, nos procedimentos demarcatórios de terrenos de
marinha, a convocação dos interessados por edital da forma
como permitia o art. 11 do Decreto-Lei n. 9.760/46, na redação
dada pela Lei n. 11.481/2007, suspendendo a novel legislação”.
(AG 0074617-77.2011.4.01.0000 / MA, Rel. DESEMBARGADOR
FEDERAL LUCIANO TOLENTINO AMARAL, SÉTIMA
TURMA, e-DJF1 p.394 de 09/03/2012)
5. “O entendimento do STJ é, portanto, no sentido de ser
necessária a notificação pessoal dos interessados certos
(proprietários à época) no procedimento de demarcação da
linha preamar.” (APELRE 200951020010656, Desembargador
Federal JOSE ANTONIO LISBOA NEIVA, TRF2 - SÉTIMA
TURMA ESPECIALIZADA, E-DJF2R - Data: 26/04/2011 -
Página: 178). 6. Apelação e remessa oficial não providas.
Sentença mantida.
Somente seria dado concluir de forma diversa a partir do reexame
do acervo probatório, inviável nesta estreita via recursal. Está-se diante de
caso cujo desfecho fica no âmbito do próprio Tribunal Regional.
Saliento que a agravante ficou vencida quando da apreciação do
pedido inicial pelo Juízo. Houve o segundo crivo desfavorável na análise
da apelação pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Interposto o
extraordinário, a este foi negado seguimento. Insistiu, mediante agravo,
por mim desprovido. Mesmo diante de decisão proferida pelo Supremo,
ainda que no âmbito individual, busca o quinto julgamento por meio
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
ARE 934865 AGR / DF
deste regimental. A sequência revela ter ganhado a interposição de
recursos automaticidade, inviabilizando a jurisdição célere e qualitativa,
em prejuízo da sociedade, dos jurisdicionados.
Valho-me de trecho do artigo O Judiciário e a Litigância de Má-fé,
por mim outrora publicado:
Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a
inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à
sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de
processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador
normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao
que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com
desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência
do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem
menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das
partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como
meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem
processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade
decorrente do ofício, alfim, a própria toga.
Ante o quadro, conheço do agravo regimental e o desprovejo.
Imponho à agravante, nos termos do artigo 557, § 2º, do Código de
Processo Civil de 1973, a multa de 5% sobre o valor da causa
devidamente corrigido, a reverter em benefício do agravado.
É como voto.
3
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
ARE 934865 AGR / DF
deste regimental. A sequência revela ter ganhado a interposição de
recursos automaticidade, inviabilizando a jurisdição célere e qualitativa,
em prejuízo da sociedade, dos jurisdicionados.
Valho-me de trecho do artigo O Judiciário e a Litigância de Má-fé,
por mim outrora publicado:
Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a
inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à
sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de
processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador
normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao
que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com
desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência
do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem
menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das
partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como
meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem
processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade
decorrente do ofício, alfim, a própria toga.
Ante o quadro, conheço do agravo regimental e o desprovejo.
Imponho à agravante, nos termos do artigo 557, § 2º, do Código de
Processo Civil de 1973, a multa de 5% sobre o valor da causa
devidamente corrigido, a reverter em benefício do agravado.
É como voto.
3
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14355877.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7
Extrato de Ata - 12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 934.865
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : DIRCEU MARQUES BARBOSA
ADV.(A/S) : MARUZZA LESSANDRA FONSECA TEIXEIRA (11810/MA, 281013/)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo, com imposição de
multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do
Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14321553
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 934.865
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : DIRCEU MARQUES BARBOSA
ADV.(A/S) : MARUZZA LESSANDRA FONSECA TEIXEIRA (11810/MA, 281013/)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo, com imposição de
multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do
Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14321553
Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14365847 | 2017-12-12T00:00:00 | 2018-02-23T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 12.12.2017. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova.
AGRAVO – MULTA – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 1973. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil de 1973. | sjur380730 | Número de páginas: 7.
Análise: 28/02/2018, MAD. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 934865 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\n ART-00557 PAR-00002\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 934865 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : DIRCEU MARQUES BARBOSA
ADV.(A/S) : MARUZZA LESSANDRA FONSECA TEIXEIRA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 934 . 865",
"RECURSO",
"Recurso Extraordinário [UNK] 636 . 199 / RS",
"Recurso Extraordinário [UNK] 636 . 199 / RS",
"ARE 934865 AGR / DF",
"Verbete [UNK] 279 da Súmula do Supremo",
"recurso extraordinário",
"ARE 934865 AGR / DF",
"Verbete [UNK] 279 da Súmula do Supremo",
"recurso extraordinário [UNK] 636 . 199",
"AC 2007 . 34 . 00 . 033470 - 0 / DF",
"AG 0074617 - 77 . 2011 . 4 . 01 . 0000 / MA",
"APELRE 200951020010656",
"ARE 934865 AGR / DF",
"AC 2007 . 34 . 00 . 033470 - 0 / DF",
"AG 0074617 - 77 . 2011 . 4 . 01 . 0000 / MA",
"APELRE 200951020010656",
"ARE 934865 AGR / DF",
"ARE 934865 AGR / DF",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 934 . 865"
],
"LEGISLACAO": [
"ARTIGO 557 , § [UNK] , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 1973",
"§ [UNK] do artigo 557 do Código de Processo Civil de 1973",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Emenda Constitucional [UNK] 46",
"artigo 20 , inciso IV , parte final , da Carta da República",
"inciso VII do artigo 20 , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Emenda Constitucional [UNK] 46",
"artigo 20 , inciso IV , parte final , da Carta da República",
"inciso VII do artigo 20 , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"EC 46 / 2005",
"EC 46 / 2005",
"EC 46 / 2005",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"EC 46 / 2005",
"EC 46 / 2005",
"EC 46 / 2005",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 11 do Decreto - Lei n . 9 . 760 / 46",
"Lei n . 11 . 481 / 2007",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 11 do Decreto - Lei n . 9 . 760 / 46",
"Lei n . 11 . 481 / 2007",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 557 , § [UNK] , do Código de Processo Civil de 1973",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 557 , § [UNK] , do Código de Processo Civil de",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"DISTRITO FEDERAL",
"Brasília",
"DISTRITO FEDERAL",
"São Luís / MA",
"DISTRITO FEDERAL",
"ilha",
"São Luís / MA",
"DISTRITO FEDERAL",
"ILHA COSTEIRA DE SÃO LUÍS / MA",
"Ilha de Upaon - Açu",
"São Luís",
"São José de Ribamar",
"Paço do Lumiar",
"Raposa ”",
"DISTRITO FEDERAL",
"ILHA COSTEIRA DE SÃO LUÍS / MA",
"Ilha de Upaon - Açu",
"São Luís",
"São José de Ribamar",
"Paço do Lumiar",
"Raposa ”",
"Ilha de São Luís",
"Ilha de São Luís",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"União",
"União",
"União",
"Supremo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"União",
"União",
"União",
"Supremo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"União",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"União",
"União",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"União",
"Tribunal",
"Regional Federal da [UNK] Região",
"União",
"União",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"União",
"Sétima Turma",
"STF",
"SÉTIMA TURMA",
"STJ",
"TRF2",
"-",
"SÉTIMA TURMA ESPECIALIZADA",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Supremo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"União",
"Sétima Turma",
"STF",
"SÉTIMA TURMA",
"STJ",
"TRF2",
"-",
"SÉTIMA TURMA ESPECIALIZADA",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Supremo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"Primeira Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
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"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"DIRCEU MARQUES BARBOSA",
"MARUZZA LESSANDRA FONSECA TEIXEIRA",
"Marco Aurélio",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"DIRCEU MARQUES BARBOSA",
"MARUZZA LESSANDRA FONSECA TEIXEIRA",
"MARCO AURÉLIO",
"Rosa Weber",
"MARCO AURÉLIO",
"DIRCEU MARQUES BARBOSA",
"MARUZZA LESSANDRA FONSECA TEIXEIRA",
"MARCO AURÉLIO",
"Rosa Weber",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO ARE",
"Luciano Tolentino Amaral",
"LUCIANO TOLENTINO AMARAL",
"JOSE ANTONIO LISBOA NEIVA",
"Luciano Tolentino Amaral",
"LUCIANO TOLENTINO AMARAL",
"JOSE ANTONIO LISBOA NEIVA",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"DIRCEU MARQUES BARBOSA",
"MARUZZA LESSANDRA FONSECA TEIXEIRA",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"DIRCEU MARQUES BARBOSA",
"MARUZZA LESSANDRA FONSECA TEIXEIRA",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"12 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"12 de fevereiro de 2015",
"2005",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"12 de fevereiro de 2015",
"2005",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"5 de maio de 2016",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"5 de maio de 2016",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
"/",
"07",
"/",
"2009",
"16",
"MAR",
"2011",
"09",
"/",
"03",
"/",
"2012",
"26",
"/",
"04",
"/",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
"/",
"07",
"/",
"2009",
"16 MAR 2011",
"09",
"/",
"03",
"/",
"2012",
"26",
"/",
"04",
"/",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 697.322 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
AGDO.(A/S)
:ALBERTO FREIRE LEDUR E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:LEONARDO KAUER ZINN E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO
DO ESTADO
DO RIO
GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO
RIO GRANDE DO SUL
Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2.
Administrativo. 3. Servidor público estadual. Mandato eletivo. 4. Pedido
de afastamento das funções. Concessão em parte. 5. Princípio da
legalidade. Óbice da Súmula 636. Ofensa indireta ou reflexa.
Inadmissibilidade do recurso extraordinário. 6. Necessidade de exame
prévio da legislação local. Impossibilidade. Súmula 280. 7. Agravo
regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, negar
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministro GILMAR MENDES
Relator
Documento assinado digitalmente
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
DJe 22/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6
Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 697.322 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
AGDO.(A/S)
:ALBERTO FREIRE LEDUR E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:LEONARDO KAUER ZINN E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO
DO ESTADO
DO RIO
GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO
RIO GRANDE DO SUL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental em recurso extraordinário com agravo contra decisão
monocrática de fls. 383 a 388, de minha relatoria, que negou provimento
ao recurso interposto, tendo por base a incidência dos enunciados 280 e
636 do STF.
No agravo regimental, sustenta-se, em síntese, que:
“a) (...) a violação ao princípio da legalidade não concerne
a interpretação de normas infraconstitucionais, senão a violação
direta e literal a uma série de dispositivos constitucionais, tais
quais os princípios da unicidade sindical, razoabilidade e
proporcionalidade. (fl. 392);
b) (…) o Judiciário ao conceder direito, ampliando o
espectro estabelecido por norma constitucional e estadual,
interferindo na organização do executivo, atenta contra a
independência dos poderes (art. 2º da CFRB), bem como
interpreta de forma ampliada o direito pretendido, na medida
que, em nome do direito de associação, será possível que o
Poder Público ceda servidores a uma multiplicidade de
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 697.322 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
AGDO.(A/S)
:ALBERTO FREIRE LEDUR E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:LEONARDO KAUER ZINN E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO
DO ESTADO
DO RIO
GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO
RIO GRANDE DO SUL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental em recurso extraordinário com agravo contra decisão
monocrática de fls. 383 a 388, de minha relatoria, que negou provimento
ao recurso interposto, tendo por base a incidência dos enunciados 280 e
636 do STF.
No agravo regimental, sustenta-se, em síntese, que:
“a) (...) a violação ao princípio da legalidade não concerne
a interpretação de normas infraconstitucionais, senão a violação
direta e literal a uma série de dispositivos constitucionais, tais
quais os princípios da unicidade sindical, razoabilidade e
proporcionalidade. (fl. 392);
b) (…) o Judiciário ao conceder direito, ampliando o
espectro estabelecido por norma constitucional e estadual,
interferindo na organização do executivo, atenta contra a
independência dos poderes (art. 2º da CFRB), bem como
interpreta de forma ampliada o direito pretendido, na medida
que, em nome do direito de associação, será possível que o
Poder Público ceda servidores a uma multiplicidade de
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6
Relatório
ARE 697.322 AGR / RS
entidade minoritárias tornando inviável o próprio
funcionamento do Órgão “. (fl.394)
Alega-se, ainda, que “não há necessidade de exame de lei local, para se
aferir transgressão aos preceitos constitucionais de unicidade sindical,
moralidade, proporcionalidade e razoabilidade” (fl. 394).
É o relatório.
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 697.322 AGR / RS
entidade minoritárias tornando inviável o próprio
funcionamento do Órgão “. (fl.394)
Alega-se, ainda, que “não há necessidade de exame de lei local, para se
aferir transgressão aos preceitos constitucionais de unicidade sindical,
moralidade, proporcionalidade e razoabilidade” (fl. 394).
É o relatório.
2
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 697.322 RIO
GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): No agravo
regimental, não ficou demonstrado o desacerto da decisão agravada.
Verifico que as alegações da parte são impertinentes e decorrem de
mero inconformismo com a decisão adotada por este Tribunal.
O agravante não trouxe argumentos suficientes para infirmar a
decisão, visando apenas à rediscussão da matéria já decidida em
conformidade com a jurisprudência pacífica do STF.
No que se refere ao afastamento da incidência do Verbete 636, não
assiste razão ao agravante, pois a aplicação do referido verbete ao caso
está em sintonia com inúmeros julgados da Corte proferidos em situação
análoga. Sobre o tema, destaco o ARE-AgR 646.106, rel. Min. Ricardo
Lewandowski, Segunda Turma, DJe 13.8.2012, cuja a ementa transcrevo:
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. REAPRECIAÇÃO DE
INTERPRETAÇÃO
DE
NORMAS
LOCAIS.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 280 DO STF. NECESSIDADE
DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO.
SÚMULA 279. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO PRINCÍPIO DA
LEGALIDADE. REAPRECIAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE
NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS. IMPOSSIBILIDADE.
SÚMULA 636. AGRAVO IMPROVIDO. (...) III – O Tribunal
entende não ser cabível a interposição de RE por contrariedade
princípio da legalidade quando a verificação da ofensa envolva
a reapreciação de interpretação dada a normas
infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF).
IV – Agravo regimental improvido”.
As alegações da parte, quanto à afronta ao princípio da separação
dos poderes, também não merecem prosperar, pois é pacífico nesta Corte
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3066880.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 697.322 RIO
GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): No agravo
regimental, não ficou demonstrado o desacerto da decisão agravada.
Verifico que as alegações da parte são impertinentes e decorrem de
mero inconformismo com a decisão adotada por este Tribunal.
O agravante não trouxe argumentos suficientes para infirmar a
decisão, visando apenas à rediscussão da matéria já decidida em
conformidade com a jurisprudência pacífica do STF.
No que se refere ao afastamento da incidência do Verbete 636, não
assiste razão ao agravante, pois a aplicação do referido verbete ao caso
está em sintonia com inúmeros julgados da Corte proferidos em situação
análoga. Sobre o tema, destaco o ARE-AgR 646.106, rel. Min. Ricardo
Lewandowski, Segunda Turma, DJe 13.8.2012, cuja a ementa transcrevo:
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. REAPRECIAÇÃO DE
INTERPRETAÇÃO
DE
NORMAS
LOCAIS.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 280 DO STF. NECESSIDADE
DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO.
SÚMULA 279. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO PRINCÍPIO DA
LEGALIDADE. REAPRECIAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE
NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS. IMPOSSIBILIDADE.
SÚMULA 636. AGRAVO IMPROVIDO. (...) III – O Tribunal
entende não ser cabível a interposição de RE por contrariedade
princípio da legalidade quando a verificação da ofensa envolva
a reapreciação de interpretação dada a normas
infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF).
IV – Agravo regimental improvido”.
As alegações da parte, quanto à afronta ao princípio da separação
dos poderes, também não merecem prosperar, pois é pacífico nesta Corte
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3066880.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6
Voto - MIN. GILMAR MENDES
ARE 697.322 AGR / RS
o entendimento no sentido de que “o regular exercício da função
jurisdicional, por isso mesmo, desde que pautado pelo respeito à Constituição,
não transgride o princípio da separação dos poderes”. (MS 23.452, Rel. Min.
Celso de Mello, Tribunal Pleno, DJe 12.5.2000).
Nesses termos, verifico que a decisão prolatada pelo Tribunal de
origem não divergiu da jurisprudência da Corte, a consignar a adequação
da aplicação da legislação local ao caso. Nesse sentido, eventual ofensa ao
texto constitucional, se ocorresse, dar-se-ia de maneira indireta ou reflexa,
com o necessário reexame da legislação local, o que é vedado pela Súmula
280.
Ante o exposto, nego provimento a este agravo regimental.
É como voto.
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 697.322 AGR / RS
o entendimento no sentido de que “o regular exercício da função
jurisdicional, por isso mesmo, desde que pautado pelo respeito à Constituição,
não transgride o princípio da separação dos poderes”. (MS 23.452, Rel. Min.
Celso de Mello, Tribunal Pleno, DJe 12.5.2000).
Nesses termos, verifico que a decisão prolatada pelo Tribunal de
origem não divergiu da jurisprudência da Corte, a consignar a adequação
da aplicação da legislação local ao caso. Nesse sentido, eventual ofensa ao
texto constitucional, se ocorresse, dar-se-ia de maneira indireta ou reflexa,
com o necessário reexame da legislação local, o que é vedado pela Súmula
280.
Ante o exposto, nego provimento a este agravo regimental.
É como voto.
2
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 697.322
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
AGDO.(A/S) : ALBERTO FREIRE LEDUR E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : LEONARDO KAUER ZINN E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO
GRANDE DO SUL
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 697.322
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
AGDO.(A/S) : ALBERTO FREIRE LEDUR E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : LEONARDO KAUER ZINN E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO
GRANDE DO SUL
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3099265
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3116421 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-22T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Administrativo. 3. Servidor público estadual. Mandato eletivo. 4. Pedido de afastamento das funções. Concessão em parte. 5. Princípio da legalidade. Óbice da Súmula 636. Ofensa indireta ou reflexa. Inadmissibilidade do recurso extraordinário. 6. Necessidade de exame prévio da legislação local. Impossibilidade. Súmula 280. 7. Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur219539 | - Acórdãos citados:
(SÚMULA 636)
STF: ARE 646106 AgR (2ªT);
(PRINCÍPIO, SEPARAÇÃO DE PODERES)
STF: MS 23452 (TP).
Número de páginas: 6.
Análise: 29/11/2012, MAC. | GILMAR MENDES | Segunda Turma | 697322 | [
"LEG-FED SUMSTF-000280 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000636 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 697322 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
AGDO.(A/S) : ALBERTO FREIRE LEDUR E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : LEONARDO KAUER ZINN E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
ADV.(A/S) : LÚCIA HELENA VILLAR PINHEIRO
AGDO.(A/S) : LUÍS ZILDO SEVERO SPADONI | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 697 . 322",
"enunciados 280",
"enunciados 280 e 636 do STF",
"ARE 697 . 322 AGR / RS",
"ARE 697 . 322 AGR",
"ARE",
"-",
"AgR 646 . 106",
"SÚMULA 280 DO STF",
"Súmula 636 do STF",
"AGRAVO 697 . 322",
"ARE",
"-",
"AgR 646 . 106",
"SÚMULA 280 DO STF",
"Súmula 636 do STF",
"ARE 697 . 322 AGR / RS",
"MS 23 . 452",
"ARE 697 . 322 AGR / RS",
"MS 23 . 452",
"AGRAVO 697 . 322",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 697 . 322"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] da CFRB",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] da CFRB",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"STF",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"STF",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"GILMAR MENDES",
"ALBERTO FREIRE LEDUR",
"LEONARDO KAUER ZINN",
"Ricardo Lewandowski",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"ALBERTO FREIRE LEDUR",
"LEONARDO KAUER ZINN",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"ALBERTO FREIRE LEDUR",
"LEONARDO KAUER ZINN",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"Ricardo Lewandowski",
"GILMAR MENDES",
"Ricardo Lewandowski",
"GILMAR MENDES",
"Celso de Mello",
"Celso de Mello",
"GILMAR MENDES",
"ALBERTO FREIRE LEDUR",
"LEONARDO KAUER ZINN",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"GILMAR MENDES",
"ALBERTO FREIRE LEDUR",
"LEONARDO KAUER ZINN",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"13",
".",
"8",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"13",
".",
"8",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
".",
"5",
".",
"2000",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
".",
"5",
".",
"2000",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 963.799
DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E
TERRITÓRIOS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO
FEDERAL E TERRITÓRIOS
AGDO.(A/S)
:JOÃO
GABRIEL
JUNQUEIRA
NOGUEIRA
REPRESENTADO POR SÉRGIO LUIZ DA SILVA
NOGUEIRA
ADV.(A/S)
:JOAQUIM PEDRO DE MEDEIROS RODRIGUES
INTDO.(A/S)
:DIRETOR DO CETEB - CENTRO DE ENSINO
TECNOLÓGICO DE BRASÍLIA
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
PLENÁRIO RESERVA. Descabe confundir reserva de Plenário –
artigo 97 da Constituição Federal – com interpretação de normas legais.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O
recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova,
também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Descabe a fixação dos honorários
recursais, previstos no artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil de
2015, quando se tratar de recurso formalizado em processo cujo rito os
exclua.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo
regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto do
Supremo Tribunal Federal
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14397972.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8
127
Ementa e Acórdão
ARE 963799 AGR / DF
relator e por unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Marco
Aurélio, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas
taquigráficas.
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – PRESIDENTE E RELATOR
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 963799 AGR / DF
relator e por unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Marco
Aurélio, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas
taquigráficas.
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – PRESIDENTE E RELATOR
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8
128
Relatório
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 963.799
DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E
TERRITÓRIOS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO
FEDERAL E TERRITÓRIOS
AGDO.(A/S)
:JOÃO
GABRIEL
JUNQUEIRA
NOGUEIRA
REPRESENTADO POR SÉRGIO LUIZ DA SILVA
NOGUEIRA
ADV.(A/S)
:JOAQUIM PEDRO DE MEDEIROS RODRIGUES
INTDO.(A/S)
:DIRETOR DO CETEB - CENTRO DE ENSINO
TECNOLÓGICO DE BRASÍLIA
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Em 4 de maio de 2016,
desprovi o agravo, consignando (folha 99 a 101):
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
MATÉRIA FÁTICA – INTERPRETAÇÃO
DE
NORMAS
LEGAIS
–
INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO
DO AGRAVO.
1. Eis a síntese do acórdão recorrido:
CONSTITUCIONAL
E
ADMINISTRATIVO.
REMESSA OFICIAL. MANDADO DE SEGURANÇA.
MATRÍCULA EM CURSO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS. IMPETRANTE COM IDADE INFERIOR A 18
ANOS.
VESTIBULAR.
LIMINAR
DEFERIDA.
Supremo Tribunal Federal
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14397973.
Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 963.799
DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E
TERRITÓRIOS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO
FEDERAL E TERRITÓRIOS
AGDO.(A/S)
:JOÃO
GABRIEL
JUNQUEIRA
NOGUEIRA
REPRESENTADO POR SÉRGIO LUIZ DA SILVA
NOGUEIRA
ADV.(A/S)
:JOAQUIM PEDRO DE MEDEIROS RODRIGUES
INTDO.(A/S)
:DIRETOR DO CETEB - CENTRO DE ENSINO
TECNOLÓGICO DE BRASÍLIA
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Em 4 de maio de 2016,
desprovi o agravo, consignando (folha 99 a 101):
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
MATÉRIA FÁTICA – INTERPRETAÇÃO
DE
NORMAS
LEGAIS
–
INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO
DO AGRAVO.
1. Eis a síntese do acórdão recorrido:
CONSTITUCIONAL
E
ADMINISTRATIVO.
REMESSA OFICIAL. MANDADO DE SEGURANÇA.
MATRÍCULA EM CURSO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS. IMPETRANTE COM IDADE INFERIOR A 18
ANOS.
VESTIBULAR.
LIMINAR
DEFERIDA.
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8
129
Relatório
ARE 963799 AGR / DF
APROVAÇÃO. PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA.
OBSERVÂNCIA.
1. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação permite a
progressão de séries, valorizando os aspectos qualitativos
do educando, não apresentando apenas um único critério
para promoção para uma nova etapa de ensino. Ao revés,
faculta às instituições de ensino a escolha de critérios que
possibilitem a progressão, a partir das condições pessoais
do aluno.
2. O princípio da segurança jurídica tem por
finalidade impedir a desconstituição de atos ou situações
jurídicas consolidadas, ainda que apresentem alguma
desconformidade com a legislação de regência, de modo a
evitar a instabilidade jurídica.
3. Verificado que a parte autora foi matriculada em
curso supletivo para conclusão do ensino médio por força
de tutela antecipada concedida initio litis, tendo logrado
aprovação, deve ser prestigiado o princípio da segurança
jurídica, a justificar o julgamento de procedência do
pedido inicial.
4. Remessa Oficial conhecida e não provida.
No extraordinário cujo trânsito busca alcançar, o
Ministério Público do Distrito Federal alega a violação do artigo
97 da Constituição Federal. Afirma não caber ao Tribunal o
afastamento da incidência de norma legal na qual prevista a
idade mínima para matrícula em curso superior sem a
observância da cláusula de reserva de plenário.
2. De início, excluo a possibilidade de considerar
infringido o princípio da reserva de Plenário, previsto no artigo
97 da Carta Federal. Em momento algum, o Tribunal de Justiça
do Estado de São Paulo assentou, mediante atuação de órgão
fracionado, a inconstitucionalidade de ato normativo abstrato e
autônomo. Simplesmente interpretou o que conjuntamente
versam dispositivos das normas gerais sobre a matéria.
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 963799 AGR / DF
APROVAÇÃO. PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA.
OBSERVÂNCIA.
1. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação permite a
progressão de séries, valorizando os aspectos qualitativos
do educando, não apresentando apenas um único critério
para promoção para uma nova etapa de ensino. Ao revés,
faculta às instituições de ensino a escolha de critérios que
possibilitem a progressão, a partir das condições pessoais
do aluno.
2. O princípio da segurança jurídica tem por
finalidade impedir a desconstituição de atos ou situações
jurídicas consolidadas, ainda que apresentem alguma
desconformidade com a legislação de regência, de modo a
evitar a instabilidade jurídica.
3. Verificado que a parte autora foi matriculada em
curso supletivo para conclusão do ensino médio por força
de tutela antecipada concedida initio litis, tendo logrado
aprovação, deve ser prestigiado o princípio da segurança
jurídica, a justificar o julgamento de procedência do
pedido inicial.
4. Remessa Oficial conhecida e não provida.
No extraordinário cujo trânsito busca alcançar, o
Ministério Público do Distrito Federal alega a violação do artigo
97 da Constituição Federal. Afirma não caber ao Tribunal o
afastamento da incidência de norma legal na qual prevista a
idade mínima para matrícula em curso superior sem a
observância da cláusula de reserva de plenário.
2. De início, excluo a possibilidade de considerar
infringido o princípio da reserva de Plenário, previsto no artigo
97 da Carta Federal. Em momento algum, o Tribunal de Justiça
do Estado de São Paulo assentou, mediante atuação de órgão
fracionado, a inconstitucionalidade de ato normativo abstrato e
autônomo. Simplesmente interpretou o que conjuntamente
versam dispositivos das normas gerais sobre a matéria.
2
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8
130
Relatório
ARE 963799 AGR / DF
No mais, o Colegiado de origem deixou consignado que,
apesar de não possuir a idade prevista em lei para cursar o
ensino superior, o recorrente obteve o direito à realização do
exame para conclusão do ensino médio através de tutela
liminar em mandado de segurança. Assentou a necessidade de
se manter a decisão e prestigiar a segurança jurídica, ainda que
em descompasso com a legislação de regência. O acórdão
impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de
normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao
Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da
República, pretende-se submeter a análise matéria que não se
enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.
Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária,
ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de
outro processo.
3. Conheço do agravo e o desprovejo.
4. Publiquem.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, na minuta do
agravo, insiste no caráter constitucional da controvérsia. Discorre sobre o
tema de fundo, evocando o verbete nº 10 da Súmula do Supremo. Busca
demonstrar a violação do artigo 97 da Constituição Federal.
O agravado, instado a manifestar-se, aponta a perda de objeto do
processo.
É o relatório.
3
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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ARE 963799 AGR / DF
No mais, o Colegiado de origem deixou consignado que,
apesar de não possuir a idade prevista em lei para cursar o
ensino superior, o recorrente obteve o direito à realização do
exame para conclusão do ensino médio através de tutela
liminar em mandado de segurança. Assentou a necessidade de
se manter a decisão e prestigiar a segurança jurídica, ainda que
em descompasso com a legislação de regência. O acórdão
impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de
normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao
Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da
República, pretende-se submeter a análise matéria que não se
enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.
Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária,
ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de
outro processo.
3. Conheço do agravo e o desprovejo.
4. Publiquem.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, na minuta do
agravo, insiste no caráter constitucional da controvérsia. Discorre sobre o
tema de fundo, evocando o verbete nº 10 da Súmula do Supremo. Busca
demonstrar a violação do artigo 97 da Constituição Federal.
O agravado, instado a manifestar-se, aponta a perda de objeto do
processo.
É o relatório.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8
131
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 963.799
DISTRITO FEDERAL
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Atendeu-
se aos pressupostos de recorribilidade. A peça, subscrita por Promotor de
Justiça, foi protocolada no prazo legal. Conheço.
De início, excluo a possibilidade de considerar-se infringido o
princípio da reserva de plenário, previsto no artigo 97 da Constituição
Federal. Em momento algum, o Tribunal de origem declarou, mediante
atuação de órgão fracionado, a inconstitucionalidade de ato normativo
abstrato e autônomo. Simplesmente interpretou o que conjuntamente
versam dispositivos das normas gerais sobre a matéria.
Cabe destacar recente decisão da Primeira Turma do Supremo:
AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
COM
AGRAVO.
DIREITO
ADMINISTRATIVO. ENSINO MÉDIO. CONCLUSÃO. CURSO
SUPLETIVO. IDADE MENOR QUE A PREVISTA NA LEI
9.394/1996. ALUNO APROVADO EM EXAME VESTIBULAR.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO STF. AUSÊNCIA DE
VIOLAÇÃO DO ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1.
Para se chegar a conclusão diversa daquela a que chegou o
Tribunal de origem, seria necessário o reexame de fatos e
provas. Incidência da Súmula 279 do STF. 2. Inexistência de
ofensa à cláusula da reserva de plenário, porquanto o Tribunal
de origem, ao analisar o caso concreto, não declarou
inconstitucional a legislação aplicada, nem afastou sua
aplicação por julgá-la inconstitucional, mas apenas interpretou
a norma legal. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.
(ARE 938050 AgR, Relator(a): Min. EDSON FACHIN,
Primeira Turma, julgado em 21/06/2016, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-159 DIVULG 29-07-2016 PUBLIC 01-08-
2016)
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 963.799
DISTRITO FEDERAL
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Atendeu-
se aos pressupostos de recorribilidade. A peça, subscrita por Promotor de
Justiça, foi protocolada no prazo legal. Conheço.
De início, excluo a possibilidade de considerar-se infringido o
princípio da reserva de plenário, previsto no artigo 97 da Constituição
Federal. Em momento algum, o Tribunal de origem declarou, mediante
atuação de órgão fracionado, a inconstitucionalidade de ato normativo
abstrato e autônomo. Simplesmente interpretou o que conjuntamente
versam dispositivos das normas gerais sobre a matéria.
Cabe destacar recente decisão da Primeira Turma do Supremo:
AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
COM
AGRAVO.
DIREITO
ADMINISTRATIVO. ENSINO MÉDIO. CONCLUSÃO. CURSO
SUPLETIVO. IDADE MENOR QUE A PREVISTA NA LEI
9.394/1996. ALUNO APROVADO EM EXAME VESTIBULAR.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO STF. AUSÊNCIA DE
VIOLAÇÃO DO ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1.
Para se chegar a conclusão diversa daquela a que chegou o
Tribunal de origem, seria necessário o reexame de fatos e
provas. Incidência da Súmula 279 do STF. 2. Inexistência de
ofensa à cláusula da reserva de plenário, porquanto o Tribunal
de origem, ao analisar o caso concreto, não declarou
inconstitucional a legislação aplicada, nem afastou sua
aplicação por julgá-la inconstitucional, mas apenas interpretou
a norma legal. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.
(ARE 938050 AgR, Relator(a): Min. EDSON FACHIN,
Primeira Turma, julgado em 21/06/2016, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-159 DIVULG 29-07-2016 PUBLIC 01-08-
2016)
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
ARE 963799 AGR / DF
No mais, atentem para o decidido, em síntese, pelo Tribunal de
Justiça do Distrito Federal e Territórios:
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
OMISSÃO. PRINCÍPIO DA RESERVA DE PLENÁRIO.
VIOLAÇÃO NÃO CONFIGURADA.
1.De acordo com o artigo 535 do Código de Processo Civil,
os embargos declaratórios não se destinam a submeter a
matéria a reexame, mas a esclarecer questão obscura ou
contraditória, bem como integrar o julgado, quando omitido
qualquer ponto sobre o qual deveria pronunciar-se o juiz ou
tribunal.
2.Tendo em vista que, por ocasião do julgamento do
recurso de apelação, não houve discussão acerca da
constitucionalidade da regra inserta no artigo 38 da Lei n°
9.394/96, desnecessária a observância do princípio da reserva de
plenário previsto no artigo 97 da Constituição Federal ou ao
entendimento consolidado pela Súmula Vinculante nº 10 do
colendo Supremo Tribunal Federal.
3.Ausentes os requisitos previstos no artigo 535 do Código
de Processo Civil, impõe-se o não provimento dos embargos de
declaração.
O deslinde da controvérsia deu-se à luz dos fatos e das provas e sob
o ângulo estritamente legal, não considerada a Constituição Federal. A
conclusão adotada fez-se alicerçada em interpretação conferida à
legislação de regência, não ensejando campo ao acesso ao Supremo.
Desprovejo o agravo. Deixo de fixar os honorários recursais
previstos no artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015, em
razão de se tratar de recurso formalizado em processo cujo rito os exclui.
2
Supremo Tribunal Federal
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ARE 963799 AGR / DF
No mais, atentem para o decidido, em síntese, pelo Tribunal de
Justiça do Distrito Federal e Territórios:
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
OMISSÃO. PRINCÍPIO DA RESERVA DE PLENÁRIO.
VIOLAÇÃO NÃO CONFIGURADA.
1.De acordo com o artigo 535 do Código de Processo Civil,
os embargos declaratórios não se destinam a submeter a
matéria a reexame, mas a esclarecer questão obscura ou
contraditória, bem como integrar o julgado, quando omitido
qualquer ponto sobre o qual deveria pronunciar-se o juiz ou
tribunal.
2.Tendo em vista que, por ocasião do julgamento do
recurso de apelação, não houve discussão acerca da
constitucionalidade da regra inserta no artigo 38 da Lei n°
9.394/96, desnecessária a observância do princípio da reserva de
plenário previsto no artigo 97 da Constituição Federal ou ao
entendimento consolidado pela Súmula Vinculante nº 10 do
colendo Supremo Tribunal Federal.
3.Ausentes os requisitos previstos no artigo 535 do Código
de Processo Civil, impõe-se o não provimento dos embargos de
declaração.
O deslinde da controvérsia deu-se à luz dos fatos e das provas e sob
o ângulo estritamente legal, não considerada a Constituição Federal. A
conclusão adotada fez-se alicerçada em interpretação conferida à
legislação de regência, não ensejando campo ao acesso ao Supremo.
Desprovejo o agravo. Deixo de fixar os honorários recursais
previstos no artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015, em
razão de se tratar de recurso formalizado em processo cujo rito os exclui.
2
Supremo Tribunal Federal
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133
Extrato de Ata - 12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 963.799
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E
TERRITÓRIOS
AGDO.(A/S) : JOÃO GABRIEL JUNQUEIRA NOGUEIRA REPRESENTADO POR
SÉRGIO LUIZ DA SILVA NOGUEIRA
ADV.(A/S) : JOAQUIM PEDRO DE MEDEIROS RODRIGUES (24638/DF)
INTDO.(A/S) : DIRETOR DO CETEB - CENTRO DE ENSINO TECNOLÓGICO DE
BRASÍLIA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo, nos termos do
voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Marco Aurélio.
Primeira Turma, 12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 963.799
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E
TERRITÓRIOS
AGDO.(A/S) : JOÃO GABRIEL JUNQUEIRA NOGUEIRA REPRESENTADO POR
SÉRGIO LUIZ DA SILVA NOGUEIRA
ADV.(A/S) : JOAQUIM PEDRO DE MEDEIROS RODRIGUES (24638/DF)
INTDO.(A/S) : DIRETOR DO CETEB - CENTRO DE ENSINO TECNOLÓGICO DE
BRASÍLIA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo, nos termos do
voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Marco Aurélio.
Primeira Turma, 12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
134
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14418337 | 2017-12-12T00:00:00 | 2018-03-01T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 12.12.2017. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | PLENÁRIO RESERVA. Descabe confundir reserva de Plenário – artigo 97 da Constituição Federal – com interpretação de normas legais.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Descabe a fixação dos honorários recursais, previstos no artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015, quando se tratar de recurso formalizado em processo cujo rito os exclua. | sjur381045 | - Acórdão(s) citado(s):
(CURSO SUPLETIVO, IDADE INFERIOR À PREVISÃO LEGAL)
ARE 938050 AgR (1ªT).
Número de páginas: 8.
Análise: 09/03/2018, MJC. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 963799 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\n ART-00097\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\n\n",
"LEG-FED LEI-009394 ANO-1996\n LDBEN-1996 LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL\n\n",
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-00085 PAR-00011\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 963799 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS
AGDO.(A/S) : JOÃO GABRIEL JUNQUEIRA NOGUEIRA REPRESENTADO POR SÉRGIO LUIZ DA SILVA NOGUEIRA
ADV.(A/S) : JOAQUIM PEDRO DE MEDEIROS RODRIGUES
INTDO.(A/S) : DIRETOR DO CETEB - CENTRO DE ENSINO TECNOLÓGICO DE BRASÍLIA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 963 . 799",
"ARE 963799 AGR / DF",
"ARE 963799 AGR / DF",
"ARE 963799 AGR / DF",
"ARE 963799 AGR / DF",
"ARE 963799 AGR / DF",
"verbete [UNK] 10 da Súmula do Supremo",
"ARE 963799 AGR / DF",
"verbete [UNK] 10 da Súmula do Supremo",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula 279 do STF",
"ARE 938050 AgR",
"RECURSO",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula 279 do STF",
"ARE 938050 AgR",
"Súmula Vinculante [UNK] 10 do colendo",
"ARE 963799 AGR / DF",
"Súmula Vinculante [UNK] 10 do colendo Supremo Tribunal Federal"
],
"LEGISLACAO": [
"artigo 97 da Constituição Federal",
"artigo 85 , § 11 , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei de Diretrizes e Bases da Educação",
"artigo 97 da Constituição Federal",
"artigo 97 da Carta Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei de Diretrizes e Bases da Educação",
"artigo 97 da Constituição Federal",
"artigo 97 da Carta Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"inciso III do artigo 102 da Constituição Federal",
"artigo 97 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"inciso III do artigo 102 da Constituição Federal",
"artigo 97 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 97 da Constituição Federal",
"LEI 9 . 394 / 1996",
"ART . 97 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 97 da Constituição Federal",
"LEI 9 . 394 / 1996",
"ART . 97 DA CONSTITUIÇÃO",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 535 do Código de Processo Civil",
"artigo 38 da Lei n° 9 . 394 / 96",
"artigo 97 da Constituição Federal",
"artigo 535 do Código de Processo Civil",
"Constituição Federal",
"artigo 85 , § 11 , do Código de Processo Civil de 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 535 do Código de Processo Civil",
"artigo 38 da Lei n° 9 . 394 / 96",
"artigo 97 da Constituição Federal",
"artigo 535 do Código de Processo Civil",
"Constituição Federal",
"artigo 85 , § 11 , do Código de Processo Civil de 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"Brasília",
"Brasília",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"BRASÍLIA",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL",
"CETEB",
"-",
"CENTRO DE ENSINO TECNOLÓGICO DE BRASÍLIA",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS",
"CETEB",
"CENTRO DE ENSINO TECNOLÓGICO DE",
"Supremo Tribunal Federal",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS",
"CETEB",
"-",
"CENTRO DE ENSINO TECNOLÓGICO DE BRASÍLIA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público do Distrito Federal",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público do Distrito Federal",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo",
"Ministério Público do Distrito Federal e Territórios",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Ministério Público do Distrito Federal e Territórios",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma do Supremo",
"Primeira Turma",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma",
"Supremo",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
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"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
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"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
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"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS",
"CETEB",
"CENTRO DE ENSINO TECNOLÓGICO DE BRASÍLIA",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"JOÃO GABRIEL JUNQUEIRA NOGUEIRA",
"SÉRGIO LUIZ DA SILVA NOGUEIRA",
"JOAQUIM PEDRO DE MEDEIROS RODRIGUES",
"Marco Aurélio",
"MARCO AURÉLIO",
"Marco Aurélio",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"JOÃO GABRIEL JUNQUEIRA NOGUEIRA",
"SÉRGIO LUIZ DA SILVA NOGUEIRA",
"JOAQUIM PEDRO DE MEDEIROS RODRIGUES",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"JOÃO GABRIEL JUNQUEIRA NOGUEIRA",
"SÉRGIO LUIZ DA SILVA NOGUEIRA",
"JOAQUIM PEDRO DE MEDEIROS RODRIGUES",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"EDSON FACHIN",
"MARCO AURÉLIO",
"EDSON FACHIN",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"JOÃO GABRIEL JUNQUEIRA NOGUEIRA",
"SÉRGIO LUIZ DA SILVA NOGUEIRA",
"JOAQUIM PEDRO DE MEDEIROS RODRIGUES",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"JOÃO GABRIEL JUNQUEIRA NOGUEIRA",
"SÉRGIO LUIZ DA SILVA NOGUEIRA",
"JOAQUIM PEDRO DE MEDEIROS RODRIGUES",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"12 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
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"24",
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"08",
"/",
"2001",
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"12",
"/",
"2017",
"4 de maio de 2016",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"21",
"/",
"06",
"/",
"2016",
"29",
"-",
"07",
"-",
"2016",
"01",
"-",
"08",
"-",
"2016",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"21",
"/",
"06",
"/",
"2016",
"29",
"-",
"07",
"-",
"2016",
"01",
"-",
"08",
"-",
"2016",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 716.189 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO
BANCO DO BRASIL - PREVI
ADV.(A/S)
:ALCEU LUIZ CARREIRA
ADV.(A/S)
:DIRCEU CARREIRA JUNIOR
AGDO.(A/S)
:MARIA CECILIA MANFRIM
ADV.(A/S)
:FRANCIS LURDES GUIMARAES DO PRADO E
OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S)
:BANCO DO BRASIL S/A
ADV.(A/S)
:MARCELO ANTÔNIO MUSA LOPES E OUTRO(A/S)
E M E N T A:
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
COM
AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – CONTROVÉRSIA SUSCITADA NO
ARE 697.514-RG/RO – MATÉRIA A CUJO RESPEITO NÃO SE
RECONHECEU A EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL –
RECURSO IMPROVIDO.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos
e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3112874.
Supremo Tribunal Federal
DJe 23/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5
Ementa e Acórdão
ARE 716.189 AGR / SP
CELSO DE MELLO – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3112874.
Supremo Tribunal Federal
ARE 716.189 AGR / SP
CELSO DE MELLO – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3112874.
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Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 716.189 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO
BANCO DO BRASIL - PREVI
ADV.(A/S)
:ALCEU LUIZ CARREIRA
ADV.(A/S)
:DIRCEU CARREIRA JUNIOR
AGDO.(A/S)
:MARIA CECILIA MANFRIM
ADV.(A/S)
:FRANCIS LURDES GUIMARAES DO PRADO E
OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S)
:BANCO DO BRASIL S/A
ADV.(A/S)
:MARCELO ANTÔNIO MUSA LOPES E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se
de recurso de agravo, tempestivamente interposto, contra decisão que
conheceu do agravo (previsto e disciplinado na Lei nº 12.322/2010), para
negar seguimento ao recurso extraordinário, manifestamente inadmissível,
deduzido pela parte ora recorrente, em face do reconhecimento, pelo
Supremo Tribunal Federal, de que inexiste, no tema versado nestes
autos, repercussão geral da matéria suscitada no ARE 697.514-RG/RO,
Rel. Min. GILMAR MENDES.
Inconformada com esse ato decisório, a parte ora agravante
interpõe o presente recurso, postulando o provimento do agravo que
deduziu.
Por não me convencer das razões expostas, submeto, à apreciação
desta colenda Turma, o presente recurso de agravo.
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3112875.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 716.189 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO
BANCO DO BRASIL - PREVI
ADV.(A/S)
:ALCEU LUIZ CARREIRA
ADV.(A/S)
:DIRCEU CARREIRA JUNIOR
AGDO.(A/S)
:MARIA CECILIA MANFRIM
ADV.(A/S)
:FRANCIS LURDES GUIMARAES DO PRADO E
OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S)
:BANCO DO BRASIL S/A
ADV.(A/S)
:MARCELO ANTÔNIO MUSA LOPES E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se
de recurso de agravo, tempestivamente interposto, contra decisão que
conheceu do agravo (previsto e disciplinado na Lei nº 12.322/2010), para
negar seguimento ao recurso extraordinário, manifestamente inadmissível,
deduzido pela parte ora recorrente, em face do reconhecimento, pelo
Supremo Tribunal Federal, de que inexiste, no tema versado nestes
autos, repercussão geral da matéria suscitada no ARE 697.514-RG/RO,
Rel. Min. GILMAR MENDES.
Inconformada com esse ato decisório, a parte ora agravante
interpõe o presente recurso, postulando o provimento do agravo que
deduziu.
Por não me convencer das razões expostas, submeto, à apreciação
desta colenda Turma, o presente recurso de agravo.
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3112875.
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Voto - MIN. CELSO DE MELLO
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 716.189 SÃO
PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não
assiste razão à parte recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se, com
integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial que o Supremo Tribunal Federal
firmou na matéria ora em exame.
Com efeito, o Supremo Tribunal Federal, apreciando a ocorrência,
ou não, de controvérsia alegadamente impregnada de transcendência e
observando o procedimento a que se refere a Lei nº 11.418/2006,
entendeu destituída de repercussão geral a questão suscitada no
ARE 697.514-RG/RO, Rel. Min. GILMAR MENDES, por tratar-se de
litígio referente a matéria infraconstitucional, fazendo-o em decisão assim
ementada:
“Trabalhista. 2. Prescrição aplicável, se total ou parcial.
Controvérsia que se situa no âmbito da legislação infraconstitucional.
Inexistência de repercussão geral.”
O não atendimento desse pré-requisito de admissibilidade recursal,
considerado o que dispõe o art. 322 do RISTF, na redação dada pela
Emenda Regimental nº 21/2007, inviabiliza o conhecimento do recurso
extraordinário interposto pela parte agravante, como já ressaltado na
decisão ora impugnada.
Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, nego
provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, em consequência,
por seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada.
É o meu voto.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3112876.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 716.189 SÃO
PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não
assiste razão à parte recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se, com
integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial que o Supremo Tribunal Federal
firmou na matéria ora em exame.
Com efeito, o Supremo Tribunal Federal, apreciando a ocorrência,
ou não, de controvérsia alegadamente impregnada de transcendência e
observando o procedimento a que se refere a Lei nº 11.418/2006,
entendeu destituída de repercussão geral a questão suscitada no
ARE 697.514-RG/RO, Rel. Min. GILMAR MENDES, por tratar-se de
litígio referente a matéria infraconstitucional, fazendo-o em decisão assim
ementada:
“Trabalhista. 2. Prescrição aplicável, se total ou parcial.
Controvérsia que se situa no âmbito da legislação infraconstitucional.
Inexistência de repercussão geral.”
O não atendimento desse pré-requisito de admissibilidade recursal,
considerado o que dispõe o art. 322 do RISTF, na redação dada pela
Emenda Regimental nº 21/2007, inviabiliza o conhecimento do recurso
extraordinário interposto pela parte agravante, como já ressaltado na
decisão ora impugnada.
Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, nego
provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, em consequência,
por seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada.
É o meu voto.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3112876.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 716.189
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO
BRASIL - PREVI
ADV.(A/S) : ALCEU LUIZ CARREIRA
ADV.(A/S) : DIRCEU CARREIRA JUNIOR
AGDO.(A/S) : MARIA CECILIA MANFRIM
ADV.(A/S) : FRANCIS LURDES GUIMARAES DO PRADO E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/A
ADV.(A/S) : MARCELO ANTÔNIO MUSA LOPES E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3099419
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 716.189
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO
BRASIL - PREVI
ADV.(A/S) : ALCEU LUIZ CARREIRA
ADV.(A/S) : DIRCEU CARREIRA JUNIOR
AGDO.(A/S) : MARIA CECILIA MANFRIM
ADV.(A/S) : FRANCIS LURDES GUIMARAES DO PRADO E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/A
ADV.(A/S) : MARCELO ANTÔNIO MUSA LOPES E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3099419
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3120854 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-23T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – CONTROVÉRSIA SUSCITADA NO ARE 697.514-RG/RO – MATÉRIA A CUJO RESPEITO NÃO SE RECONHECEU A EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL – RECURSO IMPROVIDO. | sjur219684 | - Acórdão citado:
(MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL, TRABALHISTA, PRESCRIÇÃO)
STF: ARE 697514 RG (TP).
Número de páginas: 5.
Análise: 30/11/2012, TBC. | CELSO DE MELLO | Segunda Turma | 716189 | [
"LEG-FED LEI-011418 ANO-2006\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n",
"LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00322 REDAÇÃO DADA PELA EMR-21/2007.\r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED EMR-000021 ANO-2007\r\n EMENDA REGIMENTAL DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 716189 AgR | [
""
] | RRRELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL - PREVI
ADV.(A/S) : ALCEU LUIZ CARREIRA
ADV.(A/S) : FRANCIS LURDES GUIMARAES DO PRADO E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : DIRCEU CARREIRA JUNIOR
AGDO.(A/S) : MARIA CECILIA MANFRIM
INTDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/A
ADV.(A/S) : MARCELO ANTÔNIO MUSA LOPES E OUTRO(A/S) | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 716 . 189",
"ARE 697 . 514 - RG / RO",
"ARE 716 . 189 AGR / SP",
"ARE 716 . 189 AGR",
"ARE 697 . 514 - RG / RO",
"ARE 697 . 514 -",
"ARE 697 . 514 - RG / RO",
"ARE 697 . 514 - RG / RO"
],
"LEGISLACAO": [
"LEI [UNK] 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 11 . 418 / 2006",
"art . 322 do RISTF",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 2007",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 11 . 418 / 2006",
"art . 322 do RISTF",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 2007",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS",
"BANCO DO BRASIL",
"BANCO DO BRASIL S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL",
"PREVI",
"BANCO DO BRASIL S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL",
"PREVI",
"BANCO DO BRASIL S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL",
"PREVI",
"BANCO DO BRASIL S / A",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL",
"PREVI",
"BANCO DO BRASIL S / A",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CELSO DE MELLO",
"ALCEU LUIZ CARREIRA",
"DIRCEU CARREIRA JUNIOR",
"MARIA CECILIA MANFRIM",
"FRANCIS LURDES GUIMARAES DO PRADO",
"MARCELO ANTÔNIO MUSA LOPES",
"Ricardo Lewandowski",
"Joaquim Barbosa",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"ALCEU LUIZ CARREIRA",
"DIRCEU CARREIRA JUNIOR",
"MARIA CECILIA MANFRIM",
"FRANCIS LURDES GUIMARAES DO PRADO",
"MARCELO ANTÔNIO MUSA LOPES",
"CELSO DE MELLO",
"GILMAR MENDES",
"CELSO DE MELLO",
"ALCEU LUIZ CARREIRA",
"DIRCEU CARREIRA JUNIOR",
"MARIA CECILIA MANFRIM",
"FRANCIS LURDES GUIMARAES DO PRADO",
"MARCELO ANTÔNIO MUSA LOPES",
"CELSO DE MELLO",
"GILMAR MENDES",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"GILMAR MENDES",
"CELSO DE MELLO",
"GILMAR MENDES",
"CELSO DE MELLO",
"ALCEU LUIZ CARREIRA",
"DIRCEU CARREIRA JUNIOR",
"MARIA CECILIA MANFRIM",
"FRANCIS LURDES GUIMARAES DO PRADO",
"MARCELO ANTÔNIO MUSA LOPES",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"CELSO DE MELLO",
"ALCEU LUIZ CARREIRA",
"DIRCEU CARREIRA JUNIOR",
"MARIA CECILIA MANFRIM",
"FRANCIS LURDES GUIMARAES DO PRADO",
"MARCELO ANTÔNIO MUSA LOPES",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"23",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.050.340 DISTRITO FEDERAL
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:ELIEL FLORES RORIZ JUNIOR
ADV.(A/S)
:RENATTA LIMA DE OLIVEIRA
ADV.(A/S)
:LIGIA SIMONE COSTA CALADO DORNELAS
CAMARA
AGDO.(A/S)
:DISTRITO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
EMENTA
DIREITO ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. TEORIA DO
FATO CONSUMADO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO
SOB A ÉGIDE DO CPC/1973. CONSONÂNCIA DA DECISÃO
RECORRIDA COM A JURISPRUDÊNCIA CRISTALIZADA DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO QUE
NÃO MERECE TRÂNSITO. REELABORAÇÃO DA MOLDURA FÁTICA.
PROCEDIMENTO VEDADO NA INSTÂNCIA EXTRAORDINÁRIA.
AGRAVO MANEJADO SOB A VIGÊNCIA DO CPC/2015.
1. O entendimento da Corte de origem, nos moldes do assinalado na
decisão agravada, não diverge da jurisprudência firmada no Supremo
Tribunal Federal. Compreensão diversa demandaria a reelaboração da
moldura fática delineada no acórdão de origem, a tornar oblíqua e reflexa
eventual ofensa à Constituição, insuscetível, como tal, de viabilizar o
conhecimento do recurso extraordinário.
2. As razões do agravo interno não se mostram aptas a infirmar os
fundamentos que lastrearam a decisão agravada.
3. Em se tratando de mandado de segurança, inaplicável o art. 85, §
11, do CPC/2015.
4. Agravo interno conhecido e não provido, com aplicação da
penalidade prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015, calculada à razão de
1% (um por cento) sobre o valor atualizado da causa.
ACÓRDÃO
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14220640.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11
Ementa e Acórdão
RE 1050340 AGR / DF
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal em conhecer do agravo e negar-lhe
provimento, com aplicação da penalidade prevista no art. 1.021, § 4º, do
CPC/2015, nos termos do voto da Relatora e por unanimidade de votos,
em sessão da Primeira Turma presidida pelo Ministro Luiz Fux, na
conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas.
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RE 1050340 AGR / DF
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal em conhecer do agravo e negar-lhe
provimento, com aplicação da penalidade prevista no art. 1.021, § 4º, do
CPC/2015, nos termos do voto da Relatora e por unanimidade de votos,
em sessão da Primeira Turma presidida pelo Ministro Luiz Fux, na
conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas.
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
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Relatório
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.050.340 DISTRITO FEDERAL
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:ELIEL FLORES RORIZ JUNIOR
ADV.(A/S)
:RENATTA LIMA DE OLIVEIRA
ADV.(A/S)
:LIGIA SIMONE COSTA CALADO DORNELAS
CAMARA
AGDO.(A/S)
:DISTRITO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
RELATÓRIO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão por
mim proferida, pela qual negado seguimento ao recurso, maneja agravo
interno Eliel Flores Roriz Junior.
A matéria debatida, em síntese, diz com a revogação do ato de
provimento em cargo público no caso de candidato que tomou posse
mediante decisão judicial de natureza precária.
O agravante ataca a decisão impugnada, ao argumento de que a
violação dos preceitos da Constituição Federal se dá de forma direta.
Insiste na afronta aos arts. 5º, caput, e 37, II, da Constituição Federal.
O Superior Tribunal de Justiça julgou a controvérsia em decisão cuja
ementa reproduzo:
“ADMINISTRATIVO.
CONCURSO
PÚBLICO.
ASSUNÇÃO DE CARGO POR FORÇA DE LIMINAR.
POSTERIOR REVOGAÇÃO OU ALTERAÇÃO. TEORIA DO
FATO CONSUMADO. APLICAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.
REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA PELO STF. JUÍZO
DE RETRATAÇÃO. 1. O Supremo Tribunal Federal, em
julgamento realizado sob a sistemática da repercussão geral,
firmou o entendimento de que não é compatível com a ordem
constitucional vigente de acesso a cargos públicos a
permanência no cargo, sob fundamento de fato consumado, de
candidato não aprovado, que nele tomou posse em razão de
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12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.050.340 DISTRITO FEDERAL
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:ELIEL FLORES RORIZ JUNIOR
ADV.(A/S)
:RENATTA LIMA DE OLIVEIRA
ADV.(A/S)
:LIGIA SIMONE COSTA CALADO DORNELAS
CAMARA
AGDO.(A/S)
:DISTRITO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
RELATÓRIO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão por
mim proferida, pela qual negado seguimento ao recurso, maneja agravo
interno Eliel Flores Roriz Junior.
A matéria debatida, em síntese, diz com a revogação do ato de
provimento em cargo público no caso de candidato que tomou posse
mediante decisão judicial de natureza precária.
O agravante ataca a decisão impugnada, ao argumento de que a
violação dos preceitos da Constituição Federal se dá de forma direta.
Insiste na afronta aos arts. 5º, caput, e 37, II, da Constituição Federal.
O Superior Tribunal de Justiça julgou a controvérsia em decisão cuja
ementa reproduzo:
“ADMINISTRATIVO.
CONCURSO
PÚBLICO.
ASSUNÇÃO DE CARGO POR FORÇA DE LIMINAR.
POSTERIOR REVOGAÇÃO OU ALTERAÇÃO. TEORIA DO
FATO CONSUMADO. APLICAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.
REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA PELO STF. JUÍZO
DE RETRATAÇÃO. 1. O Supremo Tribunal Federal, em
julgamento realizado sob a sistemática da repercussão geral,
firmou o entendimento de que não é compatível com a ordem
constitucional vigente de acesso a cargos públicos a
permanência no cargo, sob fundamento de fato consumado, de
candidato não aprovado, que nele tomou posse em razão de
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Relatório
RE 1050340 AGR / DF
decisão liminar ou antecipatória da tutela, a qual foi
posteriormente revogada ou alterada. 2. Recurso ordinário
desprovido, em juízo de retratação realizado com base no art.
1.040, II, do CPC/2015.”
Recurso extraordinário interposto sob a égide do CPC/1973.
Agravo manejado sob a vigência do Código de Processo Civil de
2015.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 1050340 AGR / DF
decisão liminar ou antecipatória da tutela, a qual foi
posteriormente revogada ou alterada. 2. Recurso ordinário
desprovido, em juízo de retratação realizado com base no art.
1.040, II, do CPC/2015.”
Recurso extraordinário interposto sob a égide do CPC/1973.
Agravo manejado sob a vigência do Código de Processo Civil de
2015.
É o relatório.
2
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Voto - MIN. ROSA WEBER
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.050.340 DISTRITO FEDERAL
VOTO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os
pressupostos genéricos, conheço do agravo interno e passo ao exame do
mérito.
Nada colhe o agravo.
Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo:
“Vistos etc.
Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem,
maneja recurso extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei
Maior, Eliel Flores Roriz Junior. Aparelhado o recurso na
afronta aos arts. 5º, caput, e 37, II, da Constituição Federal.
É o relatório.
Decido.
Preenchidos os pressupostos extrínsecos.
Da detida análise dos fundamentos adotados pelo
Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do apelo
veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões
veiculadas no extraordinário , concluo que nada colhe o
recurso.
Pretende a parte recorrente a revisão do julgado que, em
juízo de retratação, aplicou a orientação firmada em sede de
repercussão geral no RE 608.482-RG, no sentido da
inaplicabilidade da teoria do fato consumado nos casos de
provimento judicial de natureza precária.
Alega inadequado o paradigma ao caso concreto ao
argumento de que consolidada sua permanência no cargo
público sem amparo de provimento judicial liminar, em razão
da inércia da Administração Pública, caracterizando, dessa
forma, ausência de interesse de agir.
A pretensão deduzida não encontra amparo na
jurisprudência firmada no âmbito desta Suprema Corte, quanto
Supremo Tribunal Federal
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12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.050.340 DISTRITO FEDERAL
VOTO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os
pressupostos genéricos, conheço do agravo interno e passo ao exame do
mérito.
Nada colhe o agravo.
Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo:
“Vistos etc.
Contra o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem,
maneja recurso extraordinário, com base no art. 102, III, da Lei
Maior, Eliel Flores Roriz Junior. Aparelhado o recurso na
afronta aos arts. 5º, caput, e 37, II, da Constituição Federal.
É o relatório.
Decido.
Preenchidos os pressupostos extrínsecos.
Da detida análise dos fundamentos adotados pelo
Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do apelo
veiculado na instância ordinária, em confronto com as razões
veiculadas no extraordinário , concluo que nada colhe o
recurso.
Pretende a parte recorrente a revisão do julgado que, em
juízo de retratação, aplicou a orientação firmada em sede de
repercussão geral no RE 608.482-RG, no sentido da
inaplicabilidade da teoria do fato consumado nos casos de
provimento judicial de natureza precária.
Alega inadequado o paradigma ao caso concreto ao
argumento de que consolidada sua permanência no cargo
público sem amparo de provimento judicial liminar, em razão
da inércia da Administração Pública, caracterizando, dessa
forma, ausência de interesse de agir.
A pretensão deduzida não encontra amparo na
jurisprudência firmada no âmbito desta Suprema Corte, quanto
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 11
Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 1050340 AGR / DF
ao reconhecimento de fato consumado em questões relativas a
concurso público, verbis:
“Agravo regimental no agravo de instrumento.
Administrativo. Concurso público. Exame psicotécnico.
Previsão legal. Avaliação mediante critérios objetivos.
Publicidade dos resultados. Ofensa a direito local. Reexame de
fatos e provas. Impossibilidade. Teoria do fato consumado.
Inaplicabilidade. Precedentes.
1. É pacífica jurisprudência deste Tribunal no sentido de
ser possível a exigência de teste psicotécnico como condição de
ingresso no serviço público, desde que haja previsão no edital
regulamentador do certame e em lei, que referido exame seja
realizado mediante critérios objetivos, e que se confira
publicidade aos resultados da avaliação. Incidência da Súmula
nº 686/STF.
2. Não se abre a via do recurso extraordinário para a
análise de direito local e reexame de fatos e provas dos autos.
Incidência das Súmulas nºs 280 e 279/STF.
3. A jurisprudência deste Tribunal é firme no sentido da
inaplicabilidade da teoria do fato consumado a questões
relativas a concurso público.
4. Agravo regimental não provido.” (AI 617.917-AgR, Rel.
Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 18.8.2011)
“AGRAVO
INTERNO
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
ADMINISTRATIVO.
CONCURSO
PÚBLICO DECLARADO NULO. EXONERAÇÃO DOS
SERVIDORES. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ARTIGO 5º,
XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO. VERIFICAÇÃO NO CASO
CONCRETO. OFENSA REFLEXA. TEORIA DO FATO
CONSUMADO. INAPLICABILIDADE. PRECEDENTES.
AGRAVO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO NOVO CÓDIGO
DE PROCESSO CIVIL. AUSÊNCIA DE CONDENAÇÃO EM
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS NO JUÍZO RECORRIDO.
IMPOSSIBILIDADE DE MAJORAÇÃO NESTA SEDE
2
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RE 1050340 AGR / DF
ao reconhecimento de fato consumado em questões relativas a
concurso público, verbis:
“Agravo regimental no agravo de instrumento.
Administrativo. Concurso público. Exame psicotécnico.
Previsão legal. Avaliação mediante critérios objetivos.
Publicidade dos resultados. Ofensa a direito local. Reexame de
fatos e provas. Impossibilidade. Teoria do fato consumado.
Inaplicabilidade. Precedentes.
1. É pacífica jurisprudência deste Tribunal no sentido de
ser possível a exigência de teste psicotécnico como condição de
ingresso no serviço público, desde que haja previsão no edital
regulamentador do certame e em lei, que referido exame seja
realizado mediante critérios objetivos, e que se confira
publicidade aos resultados da avaliação. Incidência da Súmula
nº 686/STF.
2. Não se abre a via do recurso extraordinário para a
análise de direito local e reexame de fatos e provas dos autos.
Incidência das Súmulas nºs 280 e 279/STF.
3. A jurisprudência deste Tribunal é firme no sentido da
inaplicabilidade da teoria do fato consumado a questões
relativas a concurso público.
4. Agravo regimental não provido.” (AI 617.917-AgR, Rel.
Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 18.8.2011)
“AGRAVO
INTERNO
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
ADMINISTRATIVO.
CONCURSO
PÚBLICO DECLARADO NULO. EXONERAÇÃO DOS
SERVIDORES. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ARTIGO 5º,
XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO. VERIFICAÇÃO NO CASO
CONCRETO. OFENSA REFLEXA. TEORIA DO FATO
CONSUMADO. INAPLICABILIDADE. PRECEDENTES.
AGRAVO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO NOVO CÓDIGO
DE PROCESSO CIVIL. AUSÊNCIA DE CONDENAÇÃO EM
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS NO JUÍZO RECORRIDO.
IMPOSSIBILIDADE DE MAJORAÇÃO NESTA SEDE
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 11
Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 1050340 AGR / DF
RECURSAL. ARTIGO 85, § 11, DO CPC/2015. AGRAVO
INTERNO DESPROVIDO.” (RE 1030070-AGR, REL. MIN. LUIZ
FUX, 1ª TURMA, DJE 21.6.2017)
”Agravo regimental no recurso extraordinário com
agravo. Servidor público. Licença para capacitação. Legislação
infraconstitucional. Ofensa reflexa. Fatos e provas. Reexame.
Impossibilidade. Inaplicabilidade da teoria do fato consumado.
Precedentes.
1. Não se presta o recurso extraordinário para a análise da
legislação infraconstitucional, tampouco para o reexame do
conjunto fático-probatório da causa. Incidência das Súmulas nºs
280 e 279/STF.
2. A jurisprudência desta Corte tem rechaçado a teoria do
fato consumado para conceder direito inexistente sob a
alegação de consolidação da situação fática pelo decurso do
tempo.
3. Agravo regimental não provido.
4. Inaplicável o art. 85, § 11, do Código de Processo Civil,
haja vista tratar-se, na origem, de mandado de segurança.”ARE
1001176-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, 2ª Turma, DJe 03,4.2017)
Nesse sentir, não merece seguimento o recurso
extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da
decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida
análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito
da Constituição da República.
Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF)”.
Irrepreensível a decisão agravada.
Conforme consignado, o entendimento adotado no acórdão
recorrido não diverge da jurisprudência firmada no Supremo Tribunal
Federal, razão pela qual não há falar em afronta aos preceitos
constitucionais invocados no recurso, a teor da decisão que desafiou o
agravo. Nesse sentido, além dos precedentes citados na decisão
impugnada, cito:
3
Supremo Tribunal Federal
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RE 1050340 AGR / DF
RECURSAL. ARTIGO 85, § 11, DO CPC/2015. AGRAVO
INTERNO DESPROVIDO.” (RE 1030070-AGR, REL. MIN. LUIZ
FUX, 1ª TURMA, DJE 21.6.2017)
”Agravo regimental no recurso extraordinário com
agravo. Servidor público. Licença para capacitação. Legislação
infraconstitucional. Ofensa reflexa. Fatos e provas. Reexame.
Impossibilidade. Inaplicabilidade da teoria do fato consumado.
Precedentes.
1. Não se presta o recurso extraordinário para a análise da
legislação infraconstitucional, tampouco para o reexame do
conjunto fático-probatório da causa. Incidência das Súmulas nºs
280 e 279/STF.
2. A jurisprudência desta Corte tem rechaçado a teoria do
fato consumado para conceder direito inexistente sob a
alegação de consolidação da situação fática pelo decurso do
tempo.
3. Agravo regimental não provido.
4. Inaplicável o art. 85, § 11, do Código de Processo Civil,
haja vista tratar-se, na origem, de mandado de segurança.”ARE
1001176-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, 2ª Turma, DJe 03,4.2017)
Nesse sentir, não merece seguimento o recurso
extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da
decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida
análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa a preceito
da Constituição da República.
Nego seguimento (art. 21, § 1º, do RISTF)”.
Irrepreensível a decisão agravada.
Conforme consignado, o entendimento adotado no acórdão
recorrido não diverge da jurisprudência firmada no Supremo Tribunal
Federal, razão pela qual não há falar em afronta aos preceitos
constitucionais invocados no recurso, a teor da decisão que desafiou o
agravo. Nesse sentido, além dos precedentes citados na decisão
impugnada, cito:
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 11
Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 1050340 AGR / DF
“Agravo
regimental no recurso
extraordinário.
Administrativo. Concurso público. Posse em cargo público por
decisão liminar. Cassação. Trânsito em julgado. Cumprimento da
ordem judicial pela Administração. Portaria que tornou sem efeito
o provimento no cargo. Processo administrativo sumário.
Possibilidade. Precedentes. 1. No julgamento do RE nº 594.296/MG,
de minha relatoria, o Supremo Tribunal Federal firmou o
entendimento de que os atos da Administração Pública que tiverem
o condão de repercutir sobre a esfera de interesses do cidadão
devem ser precedidos de prévio procedimento em que se assegure
ao interessado o efetivo exercício do direito ao contraditório e à
ampla defesa. 2. Esse entendimento, contudo, não se aplica ao caso
dos autos, em que o processo administrativo sumário, que
culminou na portaria que tornou sem efeito a nomeação do
agravante, decorreu do mero cumprimento de decisão judicial
transitada em julgado, a qual reconheceu a reprovação do
“servidor” no concurso público para o cargo em questão. 3. Aplica-
se ao caso a orientação adotada pela Primeira Turma do Tribunal
no RE nº 336.739/SC, Relator o Ministro Luiz Fux, no qual a Corte
assentou a desnecessidade de instauração de processo
administrativo para cumprir decisão judicial que reconhecera a
impossibilidade de indivíduos ocuparem serventias judiciais sem
terem sido previamente aprovados em concurso público após o
advento da CF/88. 4. O Plenário da Corte, no julgamento do RE nº
608.482/RN, Relator o Ministro Teori Zavascki, concluiu pela
repercussão geral do tema e, no mérito, assentou a inaplicabilidade
da “teoria do fato consumado” aos casos em que o provimento no
cargo público se dá por força de decisão judicial precária. 5. Agravo
regimental não provido.” (RE 736.881-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli,
Dje 18.05.2016).
“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo.
2. Ausência de preliminar formal de repercussão geral.
Inobservância do art. 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil.
3. Concurso público. Posse em cargo público mediante decisão
4
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RE 1050340 AGR / DF
“Agravo
regimental no recurso
extraordinário.
Administrativo. Concurso público. Posse em cargo público por
decisão liminar. Cassação. Trânsito em julgado. Cumprimento da
ordem judicial pela Administração. Portaria que tornou sem efeito
o provimento no cargo. Processo administrativo sumário.
Possibilidade. Precedentes. 1. No julgamento do RE nº 594.296/MG,
de minha relatoria, o Supremo Tribunal Federal firmou o
entendimento de que os atos da Administração Pública que tiverem
o condão de repercutir sobre a esfera de interesses do cidadão
devem ser precedidos de prévio procedimento em que se assegure
ao interessado o efetivo exercício do direito ao contraditório e à
ampla defesa. 2. Esse entendimento, contudo, não se aplica ao caso
dos autos, em que o processo administrativo sumário, que
culminou na portaria que tornou sem efeito a nomeação do
agravante, decorreu do mero cumprimento de decisão judicial
transitada em julgado, a qual reconheceu a reprovação do
“servidor” no concurso público para o cargo em questão. 3. Aplica-
se ao caso a orientação adotada pela Primeira Turma do Tribunal
no RE nº 336.739/SC, Relator o Ministro Luiz Fux, no qual a Corte
assentou a desnecessidade de instauração de processo
administrativo para cumprir decisão judicial que reconhecera a
impossibilidade de indivíduos ocuparem serventias judiciais sem
terem sido previamente aprovados em concurso público após o
advento da CF/88. 4. O Plenário da Corte, no julgamento do RE nº
608.482/RN, Relator o Ministro Teori Zavascki, concluiu pela
repercussão geral do tema e, no mérito, assentou a inaplicabilidade
da “teoria do fato consumado” aos casos em que o provimento no
cargo público se dá por força de decisão judicial precária. 5. Agravo
regimental não provido.” (RE 736.881-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli,
Dje 18.05.2016).
“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo.
2. Ausência de preliminar formal de repercussão geral.
Inobservância do art. 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil.
3. Concurso público. Posse em cargo público mediante decisão
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 11
Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 1050340 AGR / DF
judicial precária. Invocação da teoria do fato consumado.
Impossibilidade. 4. Ausência de argumentos capazes de
infirmar a decisão agravada. 5. Agravo regimental a que se nega
provimento.” (ARE 931.254-AgR, Rel. Gilmar Mendes, Dje
01.03.2016).
“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. CONCURSO
PÚBLICO. CANDIDATO REPROVADO QUE ASSUMIU O
CARGO POR FORÇA DE LIMINAR. SUPERVENIENTE
REVOGAÇÃO DA MEDIDA. RETORNO AO STATUS QUO
ANTE. “TEORIA DO FATO CONSUMADO”, DA PROTEÇÃO
DA CONFIANÇA LEGÍTIMA E DA SEGURANÇA JURÍDICA.
INAPLICABILIDADE. RECURSO PROVIDO. 1. Não é
compatível com o regime constitucional de acesso aos cargos
públicos a manutenção no cargo, sob fundamento de fato
consumado, de candidato não aprovado que nele tomou posse
em decorrência de execução provisória de medida liminar ou
outro provimento judicial de natureza precária,
supervenientemente revogado ou modificado. 2. Igualmente
incabível, em casos tais, invocar o princípio da segurança
jurídica ou o da proteção da confiança legítima. É que, por
imposição do sistema normativo, a execução provisória das
decisões judiciais, fundadas que são em títulos de natureza
precária e revogável, se dá, invariavelmente, sob a inteira
responsabilidade de quem a requer, sendo certo que a sua
revogação acarreta efeito ex tunc, circunstâncias que
evidenciam sua inaptidão para conferir segurança ou
estabilidade à situação jurídica a que se refere. 3. Recurso
extraordinário provido”. (RE 608485/RN, Rel. Min. Teori
Zavascki, DJe 30.10.2014).
Constato, ademais, que o Tribunal de origem, na hipótese em apreço,
se lastreou na prova produzida para firmar seu convencimento, razão
pela qual aferir a ocorrência de eventual afronta aos preceitos
constitucionais invocados no apelo extremo exigiria o revolvimento do
quadro fático delineado, procedimento vedado em sede extraordinária.
5
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Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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RE 1050340 AGR / DF
judicial precária. Invocação da teoria do fato consumado.
Impossibilidade. 4. Ausência de argumentos capazes de
infirmar a decisão agravada. 5. Agravo regimental a que se nega
provimento.” (ARE 931.254-AgR, Rel. Gilmar Mendes, Dje
01.03.2016).
“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. CONCURSO
PÚBLICO. CANDIDATO REPROVADO QUE ASSUMIU O
CARGO POR FORÇA DE LIMINAR. SUPERVENIENTE
REVOGAÇÃO DA MEDIDA. RETORNO AO STATUS QUO
ANTE. “TEORIA DO FATO CONSUMADO”, DA PROTEÇÃO
DA CONFIANÇA LEGÍTIMA E DA SEGURANÇA JURÍDICA.
INAPLICABILIDADE. RECURSO PROVIDO. 1. Não é
compatível com o regime constitucional de acesso aos cargos
públicos a manutenção no cargo, sob fundamento de fato
consumado, de candidato não aprovado que nele tomou posse
em decorrência de execução provisória de medida liminar ou
outro provimento judicial de natureza precária,
supervenientemente revogado ou modificado. 2. Igualmente
incabível, em casos tais, invocar o princípio da segurança
jurídica ou o da proteção da confiança legítima. É que, por
imposição do sistema normativo, a execução provisória das
decisões judiciais, fundadas que são em títulos de natureza
precária e revogável, se dá, invariavelmente, sob a inteira
responsabilidade de quem a requer, sendo certo que a sua
revogação acarreta efeito ex tunc, circunstâncias que
evidenciam sua inaptidão para conferir segurança ou
estabilidade à situação jurídica a que se refere. 3. Recurso
extraordinário provido”. (RE 608485/RN, Rel. Min. Teori
Zavascki, DJe 30.10.2014).
Constato, ademais, que o Tribunal de origem, na hipótese em apreço,
se lastreou na prova produzida para firmar seu convencimento, razão
pela qual aferir a ocorrência de eventual afronta aos preceitos
constitucionais invocados no apelo extremo exigiria o revolvimento do
quadro fático delineado, procedimento vedado em sede extraordinária.
5
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Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 1050340 AGR / DF
Aplicação da Súmula 279/STF: “Para simples reexame de prova não cabe
recurso extraordinário.”
De outro lado, cumpre destacar que a garantia de prestação
jurisdicional em tempo razoável, decorrência lógica da dignidade da
pessoa humana, fundamento da República Federativa do Brasil, passou a
figurar, de forma explícita, entre as cláusulas pétreas, a partir da Emenda
Constitucional 45/2004, quando inserido o inciso LXXVIII no art. 5º da Lei
Maior. Ressalte-se que a proteção contida no referido dispositivo não se
dirige apenas às partes, individualmente consideradas, estendendo-se a
todos os usuários do Sistema Judiciário, porquanto beneficiados pelo
desafogo dos Tribunais Pátrios.
Se a parte, ainda que não interessada na postergação do desenlace da
demanda, utiliza a esmo o instrumento processual colocado à sua
disposição quando já obteve uma prestação jurisdicional completa, todos
os demais jurisdicionados são virtualmente lesados no seu direito à
prestação jurisdicional célere e eficiente.
A utilização indevida das espécies recursais, consubstanciada na
interposição de recursos manifestamente inadmissíveis, improcedentes
ou contrários à jurisprudência desta Suprema Corte como mero
expediente protelatório, desvirtua o próprio postulado constitucional da
ampla defesa e configura abuso do direito de recorrer, a ensejar a
aplicação da penalidade prevista no art. 1021, § 4º, do CPC, calculada à
razão de 1% (um por cento) sobre o valor atualizado da causa, se
unânime a votação. Nesse sentido: ARE 951.191-AgR, Rel. Min. Marco
Aurélio, 1ª Turma, DJe 23.6.2016; e ARE 955.842-AgR, Rel. Min. Dias
Toffoli, 2ª Turma, DJe 28.6.2016.
Agravo interno conhecido e não provido, com aplicação da
penalidade prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015, calculada à razão de
1% (um por cento) sobre o valor atualizado da causa, se unânime a
votação. Ausente condenação anterior em honorários, inaplicável o art.
85, § 11, do CPC/2015.
É como voto.
6
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RE 1050340 AGR / DF
Aplicação da Súmula 279/STF: “Para simples reexame de prova não cabe
recurso extraordinário.”
De outro lado, cumpre destacar que a garantia de prestação
jurisdicional em tempo razoável, decorrência lógica da dignidade da
pessoa humana, fundamento da República Federativa do Brasil, passou a
figurar, de forma explícita, entre as cláusulas pétreas, a partir da Emenda
Constitucional 45/2004, quando inserido o inciso LXXVIII no art. 5º da Lei
Maior. Ressalte-se que a proteção contida no referido dispositivo não se
dirige apenas às partes, individualmente consideradas, estendendo-se a
todos os usuários do Sistema Judiciário, porquanto beneficiados pelo
desafogo dos Tribunais Pátrios.
Se a parte, ainda que não interessada na postergação do desenlace da
demanda, utiliza a esmo o instrumento processual colocado à sua
disposição quando já obteve uma prestação jurisdicional completa, todos
os demais jurisdicionados são virtualmente lesados no seu direito à
prestação jurisdicional célere e eficiente.
A utilização indevida das espécies recursais, consubstanciada na
interposição de recursos manifestamente inadmissíveis, improcedentes
ou contrários à jurisprudência desta Suprema Corte como mero
expediente protelatório, desvirtua o próprio postulado constitucional da
ampla defesa e configura abuso do direito de recorrer, a ensejar a
aplicação da penalidade prevista no art. 1021, § 4º, do CPC, calculada à
razão de 1% (um por cento) sobre o valor atualizado da causa, se
unânime a votação. Nesse sentido: ARE 951.191-AgR, Rel. Min. Marco
Aurélio, 1ª Turma, DJe 23.6.2016; e ARE 955.842-AgR, Rel. Min. Dias
Toffoli, 2ª Turma, DJe 28.6.2016.
Agravo interno conhecido e não provido, com aplicação da
penalidade prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015, calculada à razão de
1% (um por cento) sobre o valor atualizado da causa, se unânime a
votação. Ausente condenação anterior em honorários, inaplicável o art.
85, § 11, do CPC/2015.
É como voto.
6
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Extrato de Ata - 12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.050.340
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : ELIEL FLORES RORIZ JUNIOR
ADV.(A/S) : RENATTA LIMA DE OLIVEIRA (19879/DF)
ADV.(A/S) : LIGIA SIMONE COSTA CALADO DORNELAS CAMARA (55133/DF)
AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
Decisão: A Turma conheceu do agravo e negou-lhe provimento,
com aplicação da penalidade prevista no art. 1.021, § 4º, do
CPC/2015, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Impedido o
Ministro Marco Aurélio. Presidiu, este julgamento, o Ministro Luiz
Fux. Primeira Turma, 12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.050.340
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : ELIEL FLORES RORIZ JUNIOR
ADV.(A/S) : RENATTA LIMA DE OLIVEIRA (19879/DF)
ADV.(A/S) : LIGIA SIMONE COSTA CALADO DORNELAS CAMARA (55133/DF)
AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
Decisão: A Turma conheceu do agravo e negou-lhe provimento,
com aplicação da penalidade prevista no art. 1.021, § 4º, do
CPC/2015, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Impedido o
Ministro Marco Aurélio. Presidiu, este julgamento, o Ministro Luiz
Fux. Primeira Turma, 12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14325606 | 2017-12-12T00:00:00 | 2018-02-14T00:00:00 | A Turma conheceu do agravo e negou-lhe provimento, com aplicação da penalidade prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Impedido o Ministro Marco Aurélio. Presidiu, este julgamento, o Ministro Luiz Fux. Primeira Turma, 12.12.2017. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | EMENTA
DIREITO ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. TEORIA DO FATO CONSUMADO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO CPC/1973. CONSONÂNCIA DA DECISÃO RECORRIDA COM A JURISPRUDÊNCIA CRISTALIZADA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO QUE NÃO MERECE TRÂNSITO. REELABORAÇÃO DA MOLDURA FÁTICA. PROCEDIMENTO VEDADO NA INSTÂNCIA EXTRAORDINÁRIA. AGRAVO MANEJADO SOB A VIGÊNCIA DO CPC/2015.
1. O entendimento da Corte de origem, nos moldes do assinalado na decisão agravada, não diverge da jurisprudência firmada no Supremo Tribunal Federal. Compreensão diversa demandaria a reelaboração da moldura fática delineada no acórdão de origem, a tornar oblíqua e reflexa eventual ofensa à Constituição, insuscetível, como tal, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.
2. As razões do agravo interno não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada.
3. Em se tratando de mandado de segurança, inaplicável o art. 85, § 11, do CPC/2015.
4. Agravo interno conhecido e não provido, com aplicação da penalidade prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015, calculada à razão de 1% (um por cento) sobre o valor atualizado da causa. | sjur380404 | - Acórdão(s) citado(s):
(CONCURSO PÚBLICO, NOMEAÇÃO, TEORIA DO FATO CONSUMADO, INAPLICABILIDADE)
RE 736881 AgR (2ªT), ARE 931254 AgR (2ªT).
(APLICAÇÃO DE MULTA)
ARE 951191 AgR (1ªT), ARE 955842 AgR (2ªT).
Número de páginas: 11.
Análise: 26/02/2018, BMP. | ROSA WEBER | Primeira Turma | 1050340 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\n\n",
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-00085 PAR-00011 ART-01021 PAR-00004\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | RE-AgR | acordaos | RE 1050340 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ELIEL FLORES RORIZ JUNIOR
ADV.(A/S) : RENATTA LIMA DE OLIVEIRA
ADV.(A/S) : LIGIA SIMONE COSTA CALADO DORNELAS CAMARA
AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 050 . 340",
"RE 1050340 AGR / DF",
"RE 1050340 AGR / DF",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 050 . 340",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 050 . 340",
"RE 1050340 AGR",
"RE 1050340 AGR / DF",
"RE 608 . 482 - RG",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 050 . 340",
"RE 608 . 482 - RG",
"Súmula [UNK] 686 / STF",
"Súmulas [UNK] 280 e 279 / STF",
"AI 617 .",
"RE 1050340 AGR / DF",
"Súmula [UNK] 686 / STF",
"Súmulas [UNK] 280",
"AI 617 . 917 - AgR",
"RE 1050340 AGR / DF",
"RE 1030070 - AGR",
"Súmulas [UNK] 280 e 279 / STF",
"ARE 1001176 - AgR",
"RE 1050340 AGR / DF RECURSAL",
"RE 1030070 - AGR",
"Súmulas [UNK] 280",
"ARE 1001176 - AgR",
"RE 1050340 AGR / DF",
"RE [UNK] 594 . 296 / MG",
"RE [UNK] 336 . 739 / SC",
"RE [UNK] 608 . 482 / RN",
"RE 736 . 881 - AgR",
"RE 1050340 AGR / DF",
"RE [UNK] 594 . 296 / MG",
"RE [UNK] 336 . 739 / SC",
"RE [UNK] 608 . 482 / RN",
"RE 736 . 881 - AgR",
"RE 1050340 AGR / DF",
"ARE 931 . 254 - AgR",
"RE 608485 / RN",
"RE 1050340 AGR / DF",
"ARE 931",
".",
"254",
"-",
"AgR",
"RE 608485 / RN",
"RE 1050340 AGR / DF",
"Súmula 279 / STF",
"ARE 951 . 191 - AgR",
"ARE 955 . 842 - AgR",
"RE 1050340 AGR / DF",
"Súmula 279 / STF",
"ARE 951 . 191 - AgR",
"ARE 955 . 842 - AgR",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 050 ."
],
"LEGISLACAO": [
"CPC",
"/",
"1973",
"CPC",
"/",
"2015",
"Constituição",
"art . 85 , § 11 , do CPC / 2015",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"arts . [UNK] , caput , e 37 , II , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"arts . [UNK] , caput , e 37 , II , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 040 , II , do CPC / 2015",
"CPC",
"/",
"1973",
"Código de Processo Civil de 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 040 , II , do CPC / 2015",
"CPC",
"/",
"1973",
"Código de Processo Civil de 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , da Lei Maior",
"arts . [UNK] , caput , e 37 , II , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , da Lei Maior",
"arts . [UNK] , caput , e 37 , II , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO [UNK] , XXXVI , DA CONSTITUIÇÃO",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO [UNK] , XXXVI , DA CONSTITUIÇÃO",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 85 , § 11 , DO CPC / 2015",
"art . 85 , § 11 , do Código de Processo Civil",
"Constituição da República",
"art . 21 , § [UNK] , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 85 , § 11 , DO CPC / 2015",
"art . 85 , § 11 , do Código de Processo Civil",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CF",
"/",
"88",
"art . 543 - A , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CF",
"/",
"88",
"art . 543 - A , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Emenda Constitucional 45 / 2004",
"inciso LXXVIII no art . [UNK] da Lei Maior",
"art . 1021 , § [UNK] , do CPC",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC / 2015",
"art . 85 , § 11 , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Emenda Constitucional 45 / 2004",
"inciso LXXVIII no art . [UNK] da Lei Maior",
"art . 1021 , § [UNK] , do CPC",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC / 2015",
"art . 85 , § 11 , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"Brasília",
"Brasília",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"DF",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] TURMA",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] TURMA",
"[UNK] Turma",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Plenário da Corte",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Plenário da Corte",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"República Federativa do Brasil",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"República Federativa do Brasil",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"ROSA WEBER",
"ELIEL FLORES RORIZ JUNIOR",
"RENATTA LIMA DE OLIVEIRA",
"LIGIA SIMONE COSTA CALADO DORNELAS CAMARA",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER",
"ELIEL FLORES RORIZ JUNIOR",
"RENATTA LIMA DE OLIVEIRA",
"LIGIA SIMONE COSTA CALADO DORNELAS CAMARA",
"Rosa Weber",
"Eliel Flores Roriz Junior",
"ADMINISTRATIVO",
"ROSA WEBER",
"ELIEL FLORES RORIZ JUNIOR",
"RENATTA LIMA DE OLIVEIRA",
"LIGIA SIMONE COSTA CALADO DORNELAS CAMARA",
"Rosa Weber",
"Eliel",
"Flores Roriz Junior",
"ROSA WEBER",
"Rosa Weber",
"Eliel Flores Roriz Junior",
"Rosa Weber",
"Eliel Flores Roriz Junior",
"ROSA WEBER",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"ROSA WEBER",
"LUIZ FUX",
"Dias Toffoli",
"LUIZ FUX",
"Dias Toffoli",
"ROSA WEBER",
"Luiz Fux",
"Teori Zavascki",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Teori Zavascki",
"Dias Toffoli",
"ROSA WEBER",
"Gilmar Mendes",
"Teori Zavascki",
"Gilmar Mendes",
"Teori Zavascki",
"ROSA WEBER",
"Marco Aurélio",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Dias Toffoli",
"ROSA WEBER",
"ELIEL FLORES RORIZ JUNIOR",
"RENATTA LIMA DE OLIVEIRA",
"LIGIA SIMONE COSTA CALADO DORNELAS CAMARA",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"ROSA WEBER",
"ELIEL FLORES RORIZ JUNIOR",
"RENATTA LIMA DE OLIVEIRA",
"LIGIA SIMONE COSTA CALADO DORNELAS CAMARA",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Marco",
"Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
".",
"8",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
".",
"8",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21",
".",
"6",
".",
"2017",
"03",
",",
"4",
".",
"2017",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21",
".",
"6",
".",
"2017",
"03",
",",
"4",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
".",
"05",
".",
"2016",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
".",
"05",
".",
"2016",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"01",
".",
"03",
".",
"2016",
"30",
".",
"10",
".",
"2014",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"01",
".",
"03",
".",
"2016",
"30",
".",
"10",
".",
"2014",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"23",
".",
"6",
".",
"2016",
"28",
".",
"6",
".",
"2016",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"23",
".",
"6",
".",
"2016",
"28",
".",
"6",
".",
"2016",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
SEGUNDO JULGAMENTO NA EXTRADIÇÃO 1.506 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. ROBERTO BARROSO
REQTE.(S)
:GOVERNO DO URUGUAI
EXTDO.(A/S)
:JORGE ARIEL GIANNECHINI PLANCHON
ADV.(A/S)
:JULIANO KELLER DO VALLE
EMENTA: EXTRADIÇÃO INSTRUTÓRIA. REGULARIDADE
FORMAL. REQUISITOS LEGAIS ATENDIDOS. DEFERIMENTO.
1.
O requerimento da Extradição formulado pelo Governo do
Uruguai em face de seu nacional preenche os requisitos formais do
Tratado de extradição específico.
2.
Estão presentes os pressupostos materiais: a dupla
tipicidade e dupla punibilidade de crime comum praticado por
estrangeiro, e a falta de jurisdição brasileira sobre o fato.
3.
No exame de delibação próprio das decisões proferidas em
processos de extradição, somente é possível a análise da legalidade
extrínseca do pedido, sem o ingresso no mérito da procedência da
acusação, da ordem de prisão instrutória ou executória.
4.
A prisão é condição de procedibilidade do procedimento
de extradição, de modo que a sua revogação só ocorre em situações
excepcionais. Entre as situações excepcionais, inclui-se a precariedade do
estado de saúde do extraditando, o que deve ser comprovado pela defesa.
No presente caso, isso não ocorreu.
5.
Extradição deferida, condicionada a entrega ao Estado
requerente ao compromisso formal de detrair da pena do período em que
o extraditando permaneceu preso no Brasil por força deste processo.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a presidência do
Ministro Marco Aurélio, na conformidade da ata de julgamento, por
unanimidade de votos, em assentar a possibilidade de entrega do
Extraditando, observada a detração, nos termos do voto do Relator. Não
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14222260.
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Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9
156
Ementa e Acórdão
EXT 1506 2ºJULG / DF
participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Luiz Fux.
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO - RELATOR
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
EXT 1506 2ºJULG / DF
participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Luiz Fux.
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO - RELATOR
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9
157
Relatório
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
SEGUNDO JULGAMENTO NA EXTRADIÇÃO 1.506 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. ROBERTO BARROSO
REQTE.(S)
:GOVERNO DO URUGUAI
EXTDO.(A/S)
:JORGE ARIEL GIANNECHINI PLANCHON
ADV.(A/S)
:JULIANO KELLER DO VALLE
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO (Relator):
1.
Trata-se de pedido de extradição apresentado pelo
Governo Uruguai, por meio da Nota Verbal nº 168/2017, contra o nacional
uruguaio Jorge Ariel Giannechini Planchon.
2.
Os crimes que motivaram o presente pedido de extradição
foram supostamente praticados entre 2013 e 2015 e se enquadram no tipo
penal do art. 236 do Código Penal uruguaio - falsificação de documento
público.
3.
O Ministro de Estado da Justiça encaminhou o pedido na
com base no Acordo de Extradição entre os Estados-Parte do Mercosul.
4.
A prisão do extraditando foi decretada por mim em
24.042017 (fls. 21/22 da PPE 826) e o mandado de prisão foi devidamente
cumprido em 05.05.2017(fls. 29 da PPE 826).
5.
O extraditando foi interrogado por meio de Carta de
Ordem expedida à Justiça Federal da Seção Judiciária de Florianópolis/SC
(fls. 113/114).
6.
Intimado para apresentar defesa escrita, o extraditando
sustentou que: (i) a prisão preventiva deve ser revogada, uma vez que: (a)
a decisão que a decretou não aponta elementos mínimos que evidenciem
Supremo Tribunal Federal
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12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
SEGUNDO JULGAMENTO NA EXTRADIÇÃO 1.506 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. ROBERTO BARROSO
REQTE.(S)
:GOVERNO DO URUGUAI
EXTDO.(A/S)
:JORGE ARIEL GIANNECHINI PLANCHON
ADV.(A/S)
:JULIANO KELLER DO VALLE
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO (Relator):
1.
Trata-se de pedido de extradição apresentado pelo
Governo Uruguai, por meio da Nota Verbal nº 168/2017, contra o nacional
uruguaio Jorge Ariel Giannechini Planchon.
2.
Os crimes que motivaram o presente pedido de extradição
foram supostamente praticados entre 2013 e 2015 e se enquadram no tipo
penal do art. 236 do Código Penal uruguaio - falsificação de documento
público.
3.
O Ministro de Estado da Justiça encaminhou o pedido na
com base no Acordo de Extradição entre os Estados-Parte do Mercosul.
4.
A prisão do extraditando foi decretada por mim em
24.042017 (fls. 21/22 da PPE 826) e o mandado de prisão foi devidamente
cumprido em 05.05.2017(fls. 29 da PPE 826).
5.
O extraditando foi interrogado por meio de Carta de
Ordem expedida à Justiça Federal da Seção Judiciária de Florianópolis/SC
(fls. 113/114).
6.
Intimado para apresentar defesa escrita, o extraditando
sustentou que: (i) a prisão preventiva deve ser revogada, uma vez que: (a)
a decisão que a decretou não aponta elementos mínimos que evidenciem
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158
Relatório
EXT 1506 2ºJULG / DF
a sua necessidade e, portanto, é nula; (b) o pedido de extradição não
aponta qualquer elemento concreto do envolvimento do extraditando nos
fatos; (c) não estão presentes os requisitos caracterizadores do periculum
libertatis ; (ii) a denúncia apresentada é inepta, pois não narra de modo
claro e objetivo os fatos pelos quais o extraditando responde o processo.
Requer, assim, o indeferimento do pedido de extradição.
7.
Intimado para se manifestar sobre o pedido de revogação
da prisão e sobre o mérito, o Ministério Público Federal opinou pela
manutenção da prisão para fins de extradição e pelo deferimento do
pedido extradicional.
8. Pautado o feito para julgamento, e realizado este, foi
posteriormente constatada a ausência de intimação do advogado
constituído nos autos, razão por que se cancelou o julgamento
inicialmente efetuado em sede de questão de ordem por mim suscitada,
incluindo-se novamente o feito em pauta.
9.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
EXT 1506 2ºJULG / DF
a sua necessidade e, portanto, é nula; (b) o pedido de extradição não
aponta qualquer elemento concreto do envolvimento do extraditando nos
fatos; (c) não estão presentes os requisitos caracterizadores do periculum
libertatis ; (ii) a denúncia apresentada é inepta, pois não narra de modo
claro e objetivo os fatos pelos quais o extraditando responde o processo.
Requer, assim, o indeferimento do pedido de extradição.
7.
Intimado para se manifestar sobre o pedido de revogação
da prisão e sobre o mérito, o Ministério Público Federal opinou pela
manutenção da prisão para fins de extradição e pelo deferimento do
pedido extradicional.
8. Pautado o feito para julgamento, e realizado este, foi
posteriormente constatada a ausência de intimação do advogado
constituído nos autos, razão por que se cancelou o julgamento
inicialmente efetuado em sede de questão de ordem por mim suscitada,
incluindo-se novamente o feito em pauta.
9.
É o relatório.
2
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Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
SEGUNDO JULGAMENTO NA EXTRADIÇÃO 1.506 DISTRITO FEDERAL
V O T O
O Senhor Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO (Relator):
I. A HIPÓTESE
1.
Como relatado, trata-se de pedido de extradição
instrutória formulada pelo governo do Uruguai em face de Jorge Ariel
Giannechini Planchon, em razão da suposta prática do crime do art. 236
do Código Penal uruguaio.
II. DA REGULARIDADE FORMAL
2.
O documento consular, inicialmente encaminhado pelo
Ministério da Justiça, está instruído com: (i) mandado de detenção
internacional (fls. 25, com tradução às fls. 46); (ii) descrição dos fatos
pelos quais o extraditando está sendo investigado e (iii) textos das
normas aplicáveis, relativos aos crimes e à prescrição.
3.
A documentação encaminhada pelo Estado requerente,
atende aos requisitos previstos no Acordo de Extradição entre os Estados
partes do Mercosul.
III. DA DUPLA TIPICIDADE
4.
A conduta pela qual o extraditando é investigado perante
as autoridades uruguaias consistia em falsificar a assinatura de clientes
em documentos, na condição de funcionário do Banco da República
Oriental do Uruguai, o que lhe permitia a obtenção de vantagens
pecuniárias (fls. 28v). Tal conduta é tipificada no Brasil no art. 297, §1º, do
Código Penal:
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12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
SEGUNDO JULGAMENTO NA EXTRADIÇÃO 1.506 DISTRITO FEDERAL
V O T O
O Senhor Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO (Relator):
I. A HIPÓTESE
1.
Como relatado, trata-se de pedido de extradição
instrutória formulada pelo governo do Uruguai em face de Jorge Ariel
Giannechini Planchon, em razão da suposta prática do crime do art. 236
do Código Penal uruguaio.
II. DA REGULARIDADE FORMAL
2.
O documento consular, inicialmente encaminhado pelo
Ministério da Justiça, está instruído com: (i) mandado de detenção
internacional (fls. 25, com tradução às fls. 46); (ii) descrição dos fatos
pelos quais o extraditando está sendo investigado e (iii) textos das
normas aplicáveis, relativos aos crimes e à prescrição.
3.
A documentação encaminhada pelo Estado requerente,
atende aos requisitos previstos no Acordo de Extradição entre os Estados
partes do Mercosul.
III. DA DUPLA TIPICIDADE
4.
A conduta pela qual o extraditando é investigado perante
as autoridades uruguaias consistia em falsificar a assinatura de clientes
em documentos, na condição de funcionário do Banco da República
Oriental do Uruguai, o que lhe permitia a obtenção de vantagens
pecuniárias (fls. 28v). Tal conduta é tipificada no Brasil no art. 297, §1º, do
Código Penal:
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9
160
Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
EXT 1506 2ºJULG / DF
“Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte,
documento público, ou alterar documento
público verdadeiro:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
§ 1º - Se o agente é funcionário público, e
comete o crime prevalecendo-se do cargo,
aumenta-se a pena de sexta parte.”
5.
Está atendido portanto o requisito da dupla tipicidade.
IV. DA DUPLA PUNIBILIDADE
6.
A presente extradição é instrutória, de modo que a análise
da prescrição se dá em relação à pena em abstrato. Os crimes ocorreram,
supostamente, entre 2013 e 01.06.2015.
7.
No Uruguai, a prescrição para o crime mencionado, cuja
pena varia de 03 (três) a 10 (dez) anos, ocorre em 10 (dez) anos, a partir da
data do fato, nos termos do art. 117, §1º, c, do Código Penal uruguaio.
8.
No Brasil, o crime de falsificação de documento público é
punido com pena máxima de 06 (seis) anos, cujo prazo prescricional é de
12 (doze) anos (art. 109,III, do Código Penal).
9.
Conclui-se, portanto, que permanece hígida a pretensão
punitiva estatal nos termos de ambos os ordenamentos jurídicos.
Atendido está o requisito da dupla punibilidade.
V. AUSÊNCIA DE DEMAIS CAUSAS IMPEDITIVAS DA
2
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EXT 1506 2ºJULG / DF
“Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte,
documento público, ou alterar documento
público verdadeiro:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
§ 1º - Se o agente é funcionário público, e
comete o crime prevalecendo-se do cargo,
aumenta-se a pena de sexta parte.”
5.
Está atendido portanto o requisito da dupla tipicidade.
IV. DA DUPLA PUNIBILIDADE
6.
A presente extradição é instrutória, de modo que a análise
da prescrição se dá em relação à pena em abstrato. Os crimes ocorreram,
supostamente, entre 2013 e 01.06.2015.
7.
No Uruguai, a prescrição para o crime mencionado, cuja
pena varia de 03 (três) a 10 (dez) anos, ocorre em 10 (dez) anos, a partir da
data do fato, nos termos do art. 117, §1º, c, do Código Penal uruguaio.
8.
No Brasil, o crime de falsificação de documento público é
punido com pena máxima de 06 (seis) anos, cujo prazo prescricional é de
12 (doze) anos (art. 109,III, do Código Penal).
9.
Conclui-se, portanto, que permanece hígida a pretensão
punitiva estatal nos termos de ambos os ordenamentos jurídicos.
Atendido está o requisito da dupla punibilidade.
V. AUSÊNCIA DE DEMAIS CAUSAS IMPEDITIVAS DA
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9
161
Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
EXT 1506 2ºJULG / DF
EXTRADIÇÃO
10.
Observo, ainda, que não há qualquer óbice ao deferimento
da extradição porque: (i) o extraditando não é nacional brasileiro, (ii) sua
extradição foi requerida por Estado que mantém Tratado de Extradição
com o Brasil, (iii) a pena máxima prevista para os crimes comuns, pelo
qual responde, é superior a 01 (um) ano de privação de liberdade, (iv) a
prisão foi decretada por Juízo regularmente instituído, e (v) o Brasil não é
competente para julgamento do crime.
11.
Ressalto que, no exame de delibação próprio das decisões
proferidas em processos de extradição, somente é possível a análise da
legalidade extrínseca do pedido, sem o ingresso no mérito da procedência
da acusação, da ordem de prisão instrutória ou executória. Vejam-se,
nessa linha, os seguintes julgados: Ext 541, Redator para o acórdão o Min.
Sepúlveda Pertence; Ext 703, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; e Ext 669, Rel.
Min. Celso de Mello.
12.
Deste modo, não merece prosperar o argumento de que a
denúncia é inepta, uma vez que a extradição é processo de cooperação
jurídica internacional, na qual vige, portanto, o princípio da confiança. O
pedido de extradição está instruído com os fatos que motivaram o pedido
,sobre os quais não é possível suscitar dúvida a respeito de sua
veracidade. Ademais, o direito de defesa do extraditando será exercido
no Estado requerente, no âmbito do processo ao qual responde.
VI. DA IMPOSSIBILIDADE DE REVOGAÇÃO DA PRISÃO PARA
FINS DE EXTRADIÇÃO
13.
Quanto ao pedido de revogação da prisão preventiva, a
jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que a prisão preventiva é
condição de procedibilidade para o processo de extradição e, tendo
natureza cautelar, destina-se, em sua precípua função instrumental, a
3
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EXT 1506 2ºJULG / DF
EXTRADIÇÃO
10.
Observo, ainda, que não há qualquer óbice ao deferimento
da extradição porque: (i) o extraditando não é nacional brasileiro, (ii) sua
extradição foi requerida por Estado que mantém Tratado de Extradição
com o Brasil, (iii) a pena máxima prevista para os crimes comuns, pelo
qual responde, é superior a 01 (um) ano de privação de liberdade, (iv) a
prisão foi decretada por Juízo regularmente instituído, e (v) o Brasil não é
competente para julgamento do crime.
11.
Ressalto que, no exame de delibação próprio das decisões
proferidas em processos de extradição, somente é possível a análise da
legalidade extrínseca do pedido, sem o ingresso no mérito da procedência
da acusação, da ordem de prisão instrutória ou executória. Vejam-se,
nessa linha, os seguintes julgados: Ext 541, Redator para o acórdão o Min.
Sepúlveda Pertence; Ext 703, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; e Ext 669, Rel.
Min. Celso de Mello.
12.
Deste modo, não merece prosperar o argumento de que a
denúncia é inepta, uma vez que a extradição é processo de cooperação
jurídica internacional, na qual vige, portanto, o princípio da confiança. O
pedido de extradição está instruído com os fatos que motivaram o pedido
,sobre os quais não é possível suscitar dúvida a respeito de sua
veracidade. Ademais, o direito de defesa do extraditando será exercido
no Estado requerente, no âmbito do processo ao qual responde.
VI. DA IMPOSSIBILIDADE DE REVOGAÇÃO DA PRISÃO PARA
FINS DE EXTRADIÇÃO
13.
Quanto ao pedido de revogação da prisão preventiva, a
jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que a prisão preventiva é
condição de procedibilidade para o processo de extradição e, tendo
natureza cautelar, destina-se, em sua precípua função instrumental, a
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9
162
Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
EXT 1506 2ºJULG / DF
assegurar a execução de eventual ordem de extradição (Ext nº 579-QO,
Tribunal Pleno, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 10/9/93), nos
termos dos arts. 81 e 84 da Lei nº 6.815/90, não comportando a liberdade
provisória ou a prisão domiciliar, salvo em situações excepcionais. (Ext
1.212, Rel. Min. Dias Toffoli).
14.
Como a prisão é condição de procedibilidade da
extradição, não é preciso fundamentar a decisão que a decreta com base
nos requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal.
VII. CONCLUSÃO
15.
Por tais razões, indefiro o pedido de revogação da prisão
preventiva para fins de extradição e defiro o pedido de extradição,
condicionada a entrega ao Estado requerente ao compromisso formal de
detrair da pena que permaneceu preso no Brasil por força deste processo.
16.
É como voto.
4
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14222262.
Supremo Tribunal Federal
EXT 1506 2ºJULG / DF
assegurar a execução de eventual ordem de extradição (Ext nº 579-QO,
Tribunal Pleno, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 10/9/93), nos
termos dos arts. 81 e 84 da Lei nº 6.815/90, não comportando a liberdade
provisória ou a prisão domiciliar, salvo em situações excepcionais. (Ext
1.212, Rel. Min. Dias Toffoli).
14.
Como a prisão é condição de procedibilidade da
extradição, não é preciso fundamentar a decisão que a decreta com base
nos requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal.
VII. CONCLUSÃO
15.
Por tais razões, indefiro o pedido de revogação da prisão
preventiva para fins de extradição e defiro o pedido de extradição,
condicionada a entrega ao Estado requerente ao compromisso formal de
detrair da pena que permaneceu preso no Brasil por força deste processo.
16.
É como voto.
4
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9
163
Extrato de Ata - 12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
SEGUNDO JULGAMENTO NA EXTRADIÇÃO 1.506
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
REQTE.(S) : GOVERNO DO URUGUAI
EXTDO.(A/S) : JORGE ARIEL GIANNECHINI PLANCHON
ADV.(A/S) : JULIANO KELLER DO VALLE (12030/SC, 302568/SP)
Decisão: A Turma assentou a possibilidade de entrega do
Extraditando, observada a detração, nos termos do voto do Relator.
Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o
Ministro Luiz Fux. Presidência do Ministro Marco Aurélio. Primeira
Turma, 12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14321471
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
SEGUNDO JULGAMENTO NA EXTRADIÇÃO 1.506
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
REQTE.(S) : GOVERNO DO URUGUAI
EXTDO.(A/S) : JORGE ARIEL GIANNECHINI PLANCHON
ADV.(A/S) : JULIANO KELLER DO VALLE (12030/SC, 302568/SP)
Decisão: A Turma assentou a possibilidade de entrega do
Extraditando, observada a detração, nos termos do voto do Relator.
Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o
Ministro Luiz Fux. Presidência do Ministro Marco Aurélio. Primeira
Turma, 12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14321471
Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
164
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14331055 | 2017-12-12T00:00:00 | 2018-02-15T00:00:00 | A Turma assentou a possibilidade de entrega do Extraditando, observada a detração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Luiz Fux. Presidência do Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 12.12.2017. | SEGUNDO JULGAMENTO NA EXTRADIÇÃO | EMENTA: EXTRADIÇÃO INSTRUTÓRIA. REGULARIDADE FORMAL. REQUISITOS LEGAIS ATENDIDOS. DEFERIMENTO.
1. O requerimento da Extradição formulado pelo Governo do Uruguai em face de seu nacional preenche os requisitos formais do Tratado de extradição específico.
2. Estão presentes os pressupostos materiais: a dupla tipicidade e dupla punibilidade de crime comum praticado por estrangeiro, e a falta de jurisdição brasileira sobre o fato.
3. No exame de delibação próprio das decisões proferidas em processos de extradição, somente é possível a análise da legalidade extrínseca do pedido, sem o ingresso no mérito da procedência da acusação, da ordem de prisão instrutória ou executória.
4. A prisão é condição de procedibilidade do procedimento de extradição, de modo que a sua revogação só ocorre em situações excepcionais. Entre as situações excepcionais, inclui-se a precariedade do estado de saúde do extraditando, o que deve ser comprovado pela defesa. No presente caso, isso não ocorreu.
5. Extradição deferida, condicionada a entrega ao Estado requerente ao compromisso formal de detrair da pena do período em que o extraditando permaneceu preso no Brasil por força deste processo. | sjur380483 | - Acórdão(s) citado(s):
(PROCESSO DE EXTRADIÇÃO, APRECIAÇÃO, MÉRITO, ACUSAÇÃO)
Ext 669 (TP), Ext 541 (TP), Ext 703 (TP).
(CONDIÇÃO DE PROCEDIBILIDADE, PRISÃO PREVENTIVA, PROCESSO DE EXTRADIÇÃO)
Ext 1212 (1ªT), Ext 579 QO (TP).
- Legislação estrangeira citada: Art.117, § 1, letra "c", e art. 236, do Código Penal uruguaio.
Número de páginas: 9.
Análise: 10/04/2018, KBP. | ROBERTO BARROSO | Primeira Turma | 1506 | [
"LEG-FED LEI-006815 ANO-1980\n ART-00081 ART-00084\n LEI ORDINÁRIA\n\n",
"LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\n ART-00109 INC-00003 ART-00297 PAR-00001\n CP-1940 CÓDIGO PENAL"
] | Ext-2ºJULG | acordaos | Ext 1506 2ºJULG | [
""
] | REQTE.(S) : GOVERNO DO URUGUAI
EXTDO.(A/S) : JORGE ARIEL GIANNECHINI PLANCHON
ADV.(A/S) : JULIANO KELLER DO VALLE | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"EXTRADIÇÃO 1 . 506",
"EXT 1506 [UNK] / DF",
"EXT 1506 [UNK] / DF",
"EXT 1506 [UNK] / DF",
"EXTRADIÇÃO 1 . 506",
"EXT 1506 [UNK] / DF",
"Ext 541",
"Ext 703",
"Ext 669",
"EXT 1506 [UNK] / DF",
"Ext 541",
"Ext 703",
"Ext 669",
"EXT 1506 [UNK] / DF",
"Ext [UNK] 579 - QO",
"Ext 1 . 212",
"Ext 1 . 212"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 236 do Código Penal uruguaio",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 236 do Código Penal uruguaio",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 236 do Código Penal uruguaio",
"art . 297 , § [UNK] , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 236 do Código Penal uruguaio",
"art . 297 , § [UNK] , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 117 , § [UNK] , c , do Código Penal uruguaio",
"art . 109 , III , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 117 , § [UNK] , c , do Código Penal uruguaio",
"art . 109 , III , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 81 e 84 da Lei [UNK] 6 . 815 / 90",
"312 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 81 e 84 da Lei [UNK] 6 . 815 / 90",
"art . 312 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"DISTRITO FEDERAL",
"Brasil",
"Brasília",
"Brasília",
"DISTRITO FEDERAL",
"Florianópolis",
"/",
"SC",
"DISTRITO FEDERAL",
"Florianópolis /",
"SC",
"DISTRITO FEDERAL",
"Brasil",
"Uruguai",
"Brasil",
"Uruguai",
"Brasil",
"Uruguai",
"Brasil",
"Brasil",
"Brasil",
"Brasil",
"Brasil",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"GOVERNO DO URUGUAI",
"Governo do",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"GOVERNO DO URUGUAI",
"Governo Uruguai",
"Mercosul",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Uruguai",
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"Banco da República Oriental do Uruguai",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
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"Banco da República Oriental do Uruguai",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Pleno",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
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"Primeira Turma",
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"-",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"GOVERNO",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"ROBERTO BARROSO",
"JORGE ARIEL GIANNECHINI PLANCHON",
"JULIANO KELLER DO VALLE",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"LUÍS ROBERTO BARROSO",
"Luiz Fux",
"LUÍS ROBERTO BARROSO",
"ROBERTO BARROSO",
"JORGE ARIEL GIANNECHINI PLANCHON",
"JULIANO KELLER DO VALLE",
"LUÍS ROBERTO BARROSO",
"Jorge Ariel Giannechini Planchon",
"ROBERTO BARROSO",
"JORGE ARIEL GIANNECHINI PLANCHON",
"JULIANO KELLER DO VALLE",
"LUÍS ROBERTO BARROSO",
"Jorge Ariel Giannechini Planchon",
"ROBERTO BARROSO",
"LUÍS ROBERTO BARROSO",
"Jorge Ariel Giannechini Planchon",
"LUÍS ROBERTO BARROSO",
"Jorge Ariel Giannechini Planchon",
"ROBERTO BARROSO",
"ROBERTO BARROSO",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"Celso de Mello",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"Celso de Mello",
"ROBERTO BARROSO",
"Celso de Mello",
"Dias Toffoli",
"Celso de Mello",
"Dias Toffoli",
"ROBERTO BARROSO",
"JORGE ARIEL GIANNECHINI",
"JULIANO KELLER DO VALLE",
"Luiz Fux",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"ROBERTO BARROSO",
"JORGE ARIEL GIANNECHINI PLANCHON",
"JULIANO KELLER DO VALLE",
"Luiz Fux",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"12 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
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"2017",
"2013",
"2015",
"24",
".",
"042017",
"05",
".",
"05",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"2013",
"2015",
"24",
".",
"042017",
"05",
".",
"05",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2013",
"01",
".",
"06",
".",
"2015",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2013",
"01",
".",
"06",
".",
"2015",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"10",
"/",
"9",
"/",
"93",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"10",
"/",
"9",
"/",
"93",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
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"2001",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 113.562 SÃO PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
PACTE.(S)
:ROSANA MARIA RODRIGUES
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA
DO ESTADO
DE SÃO
PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO
PAULO
COATOR(A/S)(ES)
:RELATOR
DO HABEAS CORPUS 239766 DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
EMENTA
HABEAS CORPUS . PROCESSO PENAL. SUBSTITUTIVO DO
RECURSO
CONSTITUCIONAL.
INADMISSIBILIDADE.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ART. 102, II, a . TRÁFICO DE DROGAS.
REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DE PENA. SUBSTITUIÇÃO POR
RESTRITIVA DE DIREITO. REAVALIAÇÃO PELO MAGISTRADO
SENTENCIANTE.
1. O habeas corpus tem uma rica história, constituindo garantia
fundamental do cidadão. Ação constitucional que é, não pode ser
amesquinhado, mas também não é passível de vulgarização, sob pena de
restar descaracterizado como remédio heroico. Contra a denegação de
habeas corpus por Tribunal Superior prevê a Constituição Federal remédio
jurídico expresso, o recurso ordinário. Diante da dicção do art. 102, II, a,
da Constituição da República, a impetração de novo habeas corpus em
caráter substitutivo escamoteia o instituto recursal próprio, em manifesta
burla ao preceito constitucional. Precedente da Primeira Turma desta
Suprema Corte.
2. O Plenário do Supremo Tribunal Federal reputou inválidas, para
crimes de tráfico de drogas, a vedação à substituição da pena privativa de
liberdade por restritivas de direito e a imposição compulsória do regime
inicial fechado para cumprimento de pena. Os julgados não
reconheceram direito automático a esses benefícios. A questão há de ser
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
DJe 13/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 14
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Ementa e Acórdão
HC 113.562 / SP
apreciada pelo juiz do processo à luz do preenchimento, ou não, dos
requisitos legais gerais dos arts. 33 e 44 do Código Penal.
3. Habeas corpus extinto sem resolução do mérito, mas, com
concessão de ofício, para confirmar a liminar concedida quanto à
determinação de reapreciação da substituição da pena, com objeto já
exaurido, e para determinar, afastada a vedação legal do § 1º do artigo 2º
da Lei 8.072/90, ao Juízo do primeiro grau que avalie a possibilidade de
fixação de regime mais brando para a paciente.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em
julgar extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual
e, de ofício, em conceder a ordem, nos termos do voto da relatora.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
HC 113.562 / SP
apreciada pelo juiz do processo à luz do preenchimento, ou não, dos
requisitos legais gerais dos arts. 33 e 44 do Código Penal.
3. Habeas corpus extinto sem resolução do mérito, mas, com
concessão de ofício, para confirmar a liminar concedida quanto à
determinação de reapreciação da substituição da pena, com objeto já
exaurido, e para determinar, afastada a vedação legal do § 1º do artigo 2º
da Lei 8.072/90, ao Juízo do primeiro grau que avalie a possibilidade de
fixação de regime mais brando para a paciente.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em
julgar extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual
e, de ofício, em conceder a ordem, nos termos do voto da relatora.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 14
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Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 113.562 SÃO PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
PACTE.(S)
:ROSANA MARIA RODRIGUES
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA
DO ESTADO
DE SÃO
PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO
PAULO
COATOR(A/S)(ES)
:RELATOR
DO HABEAS CORPUS 239766 DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RELATÓRIO
Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado
pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo em favor de Rosana
Maria Rodrigues contra decisão do Ministro Adilson Vieira Macabu, que
negou seguimento ao HC 239.766/SP sob o fundamento de
impossibilidade de exame da matéria sob pena de supressão de instância.
O Juízo da 6ª Vara Criminal da Comarca de Barra Funda/SP
condenou a paciente, pelo crime de tráfico de drogas do art. 33, § 4º, da
Lei nº 11.343/2006, às penas mínimas de 5 (cinco) anos e 500 (quinhentos)
dias-multa que, com a aplicação do redutor, na fração máxima, do
mencionado § 4º, foram reduzidas para 1 (um) ano e 08 (oito) meses de
reclusão, no regime inicial fechado, e 166 (cento e sessenta e seis) dias-
multa, ao valor unitário de 1/30 (um trigésimo) do maior salário mínimo
vigente ao tempo dos fatos.
Em consulta ao site do Tribunal de Justiça, verifico que a condenação
transitou em julgado para a Defesa, encontrando-se pendente de
julgamento a apelação do Ministério Público.
Impetrado, porém, pela Defesa habeas corpus perante o Tribunal de
Justiça do Estado de São Paulo, que negou seguimento ao writ sob o
fundamento da inadequação da via eleita.
Inconformada, a Defesa impetrou o citado habeas corpus perante o
Superior Tribunal de Justiça.
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 113.562 SÃO PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
PACTE.(S)
:ROSANA MARIA RODRIGUES
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA
DO ESTADO
DE SÃO
PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO
PAULO
COATOR(A/S)(ES)
:RELATOR
DO HABEAS CORPUS 239766 DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RELATÓRIO
Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado
pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo em favor de Rosana
Maria Rodrigues contra decisão do Ministro Adilson Vieira Macabu, que
negou seguimento ao HC 239.766/SP sob o fundamento de
impossibilidade de exame da matéria sob pena de supressão de instância.
O Juízo da 6ª Vara Criminal da Comarca de Barra Funda/SP
condenou a paciente, pelo crime de tráfico de drogas do art. 33, § 4º, da
Lei nº 11.343/2006, às penas mínimas de 5 (cinco) anos e 500 (quinhentos)
dias-multa que, com a aplicação do redutor, na fração máxima, do
mencionado § 4º, foram reduzidas para 1 (um) ano e 08 (oito) meses de
reclusão, no regime inicial fechado, e 166 (cento e sessenta e seis) dias-
multa, ao valor unitário de 1/30 (um trigésimo) do maior salário mínimo
vigente ao tempo dos fatos.
Em consulta ao site do Tribunal de Justiça, verifico que a condenação
transitou em julgado para a Defesa, encontrando-se pendente de
julgamento a apelação do Ministério Público.
Impetrado, porém, pela Defesa habeas corpus perante o Tribunal de
Justiça do Estado de São Paulo, que negou seguimento ao writ sob o
fundamento da inadequação da via eleita.
Inconformada, a Defesa impetrou o citado habeas corpus perante o
Superior Tribunal de Justiça.
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 14
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Relatório
HC 113.562 / SP
Na presente impetração, a Defesa alega, em suma, a ausência de
fundamentação idônea na sentença condenatória para negar à paciente a
concessão de regime aberto e a substituição da pena. Aduz que o crime de
tráfico privilegiado – art. 33, § 4º, da Lei 11.343/06 - não pode ser
equiparado ao hediondo e, por conseguinte, não incidiria o artigo 2º, § 1º,
da Lei 8.072/1990. Pleiteia o regime inicial aberto de cumprimento de
pena e a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de
direitos.
Deferi o pedido liminar em 06.6.2012 para, afastado o óbice legal da
vedação prevista no art. 44 da Lei 11.343/06, determinar ao Juiz
sentenciante que avaliasse se a paciente preenchia os requisitos para
substituição da pena.
Em cumprimento da liminar, o magistrado de primeiro grau
reavaliou a questão, mas negou a conversão da pena privativa de
liberdade.
O Ministério Público Federal manifestou-se pela denegação da
ordem.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
HC 113.562 / SP
Na presente impetração, a Defesa alega, em suma, a ausência de
fundamentação idônea na sentença condenatória para negar à paciente a
concessão de regime aberto e a substituição da pena. Aduz que o crime de
tráfico privilegiado – art. 33, § 4º, da Lei 11.343/06 - não pode ser
equiparado ao hediondo e, por conseguinte, não incidiria o artigo 2º, § 1º,
da Lei 8.072/1990. Pleiteia o regime inicial aberto de cumprimento de
pena e a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de
direitos.
Deferi o pedido liminar em 06.6.2012 para, afastado o óbice legal da
vedação prevista no art. 44 da Lei 11.343/06, determinar ao Juiz
sentenciante que avaliasse se a paciente preenchia os requisitos para
substituição da pena.
Em cumprimento da liminar, o magistrado de primeiro grau
reavaliou a questão, mas negou a conversão da pena privativa de
liberdade.
O Ministério Público Federal manifestou-se pela denegação da
ordem.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. ROSA WEBER
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 113.562 SÃO PAULO
VOTO
I.
A Sra. Ministra Rosa Weber (Relatora): O presente habeas corpus foi
impetrado contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça denegatório do
HC 239.766/SP.
Ora, contra a denegação de habeas corpus por Tribunal Superior prevê
a Constituição da República remédio jurídico expresso, o recurso
ordinário (art. 102, II, a). Diante da dicção constitucional não cabe, em
decorrência, a utilização de novo habeas corpus, em caráter substitutivo.
Esta Primeira Turma assentou tal entendimento, em 08.8.2012, ao
julgar o HC 109.956 (Rel. Min. Marco Aurélio, por maioria, acórdão ainda
não publicado), tendo a discussão se iniciado no HC 108.715, cujo
julgamento ainda não foi finalizado.
O habeas corpus constitui garantia fundamental prevista na
Constituição da República para a tutela da liberdade de locomoção - ir,
vir e permanecer -, contra prisão ou ameaça de prisão ilegal ou abusiva
(art. 5.º, LXVIII).
Sua origem perde-se no tempo. Na Inglaterra, o seu berço histórico,
afirma-se que é mais antigo que a própria Magna Carta de 1215 (LEVY,
Leonard W. Origins of the Bill of Rights . New Haven and London: Yale
University Press, p. 44).
Originariamente, era utilizado pelos Tribunais para determinar a
apresentação de alguém, um prisioneiro, à Corte, para literalmente "ter o
corpo" em Juízo, e não constituía um instrumento destinado
necessariamente à salvaguarda da liberdade. Ilustrativamente, em 1554, a
Queen's Bench utilizou dois habeas corpus para trazer a julgamento
diversas pessoas envolvidas em rebelião, sendo identificadas nos writs
notas de que os rebeldes deveriam ser enforcados (HALLIDAY, Paul D.
Habeas Corpus: From England to Empire . Cambridge: Harvard University
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 113.562 SÃO PAULO
VOTO
I.
A Sra. Ministra Rosa Weber (Relatora): O presente habeas corpus foi
impetrado contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça denegatório do
HC 239.766/SP.
Ora, contra a denegação de habeas corpus por Tribunal Superior prevê
a Constituição da República remédio jurídico expresso, o recurso
ordinário (art. 102, II, a). Diante da dicção constitucional não cabe, em
decorrência, a utilização de novo habeas corpus, em caráter substitutivo.
Esta Primeira Turma assentou tal entendimento, em 08.8.2012, ao
julgar o HC 109.956 (Rel. Min. Marco Aurélio, por maioria, acórdão ainda
não publicado), tendo a discussão se iniciado no HC 108.715, cujo
julgamento ainda não foi finalizado.
O habeas corpus constitui garantia fundamental prevista na
Constituição da República para a tutela da liberdade de locomoção - ir,
vir e permanecer -, contra prisão ou ameaça de prisão ilegal ou abusiva
(art. 5.º, LXVIII).
Sua origem perde-se no tempo. Na Inglaterra, o seu berço histórico,
afirma-se que é mais antigo que a própria Magna Carta de 1215 (LEVY,
Leonard W. Origins of the Bill of Rights . New Haven and London: Yale
University Press, p. 44).
Originariamente, era utilizado pelos Tribunais para determinar a
apresentação de alguém, um prisioneiro, à Corte, para literalmente "ter o
corpo" em Juízo, e não constituía um instrumento destinado
necessariamente à salvaguarda da liberdade. Ilustrativamente, em 1554, a
Queen's Bench utilizou dois habeas corpus para trazer a julgamento
diversas pessoas envolvidas em rebelião, sendo identificadas nos writs
notas de que os rebeldes deveriam ser enforcados (HALLIDAY, Paul D.
Habeas Corpus: From England to Empire . Cambridge: Harvard University
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Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 113.562 / SP
Press, 2010, p. 29).
Com o tempo, porém, as Cortes inglesas, especialmente a King's
Bench , começaram a utilizar o habeas corpus para avaliar a causa da prisão,
liberando o preso quando reputavam a medida ilegal ou abusiva.
Foi o habeas corpus o veículo para a afirmação progressiva das
liberdades públicas inglesas, uma vez utilizado como instrumento contra
prisões decorrentes de perseguições religiosas e políticas.
Entre o rico histórico de casos, destaco apenas dois para não ser
cansativa. James Somerset obteve, por meio de habeas corpus impetrado
em 1771, a libertação pela King's Bench da condição de escravo por haver
sido deportado da Inglaterra pelo seu proprietário sem seu
consentimento (HALLIDAY, Paul D. op.cit ., p. 174-175). No Buschel's
Case , de 1670, o habeas corpus foi concedido pela Court of Common Pleas
para libertar jurados presos por ordem do Juiz Presidente do Júri fundada
na compreensão deste de que eles haviam proferido um veredicto
contrário à prova dos autos. O Buschel's Case confunde-se com o próprio
nascimento do princípio da soberania dos veredictos (HALLIDAY, Paul
D. op.cit. , p. 235-236, e LEVY, Leonard W. op.cit ., p. 52-53).
Embora o habeas corpus constitua remédio criado pela common law , o
seu prestígio ensejou-lhe posterior consagração legislativa, especialmente,
no âmbito inglês, com o Habeas Corpus Act , de 1679, e, no âmbito norte-
americano, com o artigo I, seção 9, da Constituição norte-americana de
1787, ainda antes da adoção das dez primeiras emendas de 1791.
Interessante nesse breve relato é que, a despeito da importância
histórica do instituto, confundido com a própria essência da liberdade,
não foi e não é o habeas corpus utilizado, no Direito anglo-saxão, senão
diretamente contra uma prisão, decretada em processo criminal ou não
(v.g. KAMISAR, Yale e outros. Modern Criminal Procedures: Cases,
Comments, Questions. 10. ed. St. Paul: West Group, 2002, p. 1.585-628;
TRECHSEL, Stefan. Human Rights in Criminal Proceedings . Oxford
University Press, 2005, p. 462-495; GUIMARÃES, Isaac Sabbá. Habeas
Corpus: críticas e perspectivas . 3. ed. Curitiba, Juruá, 2009, p. 165-81).
Jamais se cogitou de sua utilização como um substitutivo de recurso no
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3058626.
Supremo Tribunal Federal
HC 113.562 / SP
Press, 2010, p. 29).
Com o tempo, porém, as Cortes inglesas, especialmente a King's
Bench , começaram a utilizar o habeas corpus para avaliar a causa da prisão,
liberando o preso quando reputavam a medida ilegal ou abusiva.
Foi o habeas corpus o veículo para a afirmação progressiva das
liberdades públicas inglesas, uma vez utilizado como instrumento contra
prisões decorrentes de perseguições religiosas e políticas.
Entre o rico histórico de casos, destaco apenas dois para não ser
cansativa. James Somerset obteve, por meio de habeas corpus impetrado
em 1771, a libertação pela King's Bench da condição de escravo por haver
sido deportado da Inglaterra pelo seu proprietário sem seu
consentimento (HALLIDAY, Paul D. op.cit ., p. 174-175). No Buschel's
Case , de 1670, o habeas corpus foi concedido pela Court of Common Pleas
para libertar jurados presos por ordem do Juiz Presidente do Júri fundada
na compreensão deste de que eles haviam proferido um veredicto
contrário à prova dos autos. O Buschel's Case confunde-se com o próprio
nascimento do princípio da soberania dos veredictos (HALLIDAY, Paul
D. op.cit. , p. 235-236, e LEVY, Leonard W. op.cit ., p. 52-53).
Embora o habeas corpus constitua remédio criado pela common law , o
seu prestígio ensejou-lhe posterior consagração legislativa, especialmente,
no âmbito inglês, com o Habeas Corpus Act , de 1679, e, no âmbito norte-
americano, com o artigo I, seção 9, da Constituição norte-americana de
1787, ainda antes da adoção das dez primeiras emendas de 1791.
Interessante nesse breve relato é que, a despeito da importância
histórica do instituto, confundido com a própria essência da liberdade,
não foi e não é o habeas corpus utilizado, no Direito anglo-saxão, senão
diretamente contra uma prisão, decretada em processo criminal ou não
(v.g. KAMISAR, Yale e outros. Modern Criminal Procedures: Cases,
Comments, Questions. 10. ed. St. Paul: West Group, 2002, p. 1.585-628;
TRECHSEL, Stefan. Human Rights in Criminal Proceedings . Oxford
University Press, 2005, p. 462-495; GUIMARÃES, Isaac Sabbá. Habeas
Corpus: críticas e perspectivas . 3. ed. Curitiba, Juruá, 2009, p. 165-81).
Jamais se cogitou de sua utilização como um substitutivo de recurso no
2
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 113.562 / SP
processo penal.
Também em Portugal, onde o habeas corpus foi adotado apenas no
século XX (Decreto-lei nº 35.043, de 20.10.1945), constitui ação destinada
apenas à impugnação de uma prisão. Como já decidiu o Superior
Tribunal de Justiça português, "a providência de habeas corpus destina-se tão-
só a controlar a legalidade da prisão no momento em que se decide, tendo como
finalidade verificar a legalidade das prisões a que os cidadãos estão sujeitos, nela
não se incluindo a verificação de qualquer ilegalidade que possa ter sido cometida
no processo, seja criminal ou disciplinar, nem qualquer medida contra os
responsáveis por tais ilegalidades" (Acórdão de 26.04.1989, processo 10/89,
BMJ 386, p. 422 - apud GUIMARÃES, Isaac Sabbá. op.cit. , p. 228-229).
No Brasil, o habeas corpus tem igualmente rica história, contada em
diversas obras, entre as quais a famosa de Pontes de Miranda ( História e
prática do habeas corpus , primeira edição de 1916).
É certo que, no período colonial, não eram totalmente inexistentes
remédios jurídicos para a proteção da liberdade, entre eles as assim
denominadas "cartas de seguro" (por todos, STRAUS, Flávio Augusto
Saraiva. A tutela da liberdade pessoal antes da instituição formal do
habeas corpus no Brasil. In : PIOVESAN, Flávia e GARCIA, Maria (org.)
Doutrinas essenciais: Direitos Humanos: Instrumentos e garantias de proteção .
São Paulo: RT, 2011, v. 5, p. 799-51), mas somente com o habeas corpus a
liberdade passou a ser assegurada por um remédio pronto, fácil e efetivo.
Devido ao prestígio das instituições inglesas, o writ foi adotado,
entre nós ainda no período imperial. O Código Criminal de 1830 a ele já
faz referência nos arts. 183 a 188. Seu regramento,contudo, veio com o
Código de Processo Criminal de 1832 ( "art. 340. Todo o cidadão que
entender, que elle ou outrem soffre uma prisão ou constrangimento illegal, em
sua liberdade, tem direito de pedir uma ordem de - Habeas-Corpus - em seu
favor" ). Ainda no Império ampliou-se o cabimento do habeas corpus, que
passou a ser admitido, com a promulgação da Lei nº 2.033, de 1871,
também contra a ameaça de prisão ( art. 18, §1º: Tem lugar o pedido e
concessão da ordem de habeas-corpus ainda quando o impetrante não tenha
chegado a soffrer o constrangimento corporal, mas se veja delle ameaçado" ).
3
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
HC 113.562 / SP
processo penal.
Também em Portugal, onde o habeas corpus foi adotado apenas no
século XX (Decreto-lei nº 35.043, de 20.10.1945), constitui ação destinada
apenas à impugnação de uma prisão. Como já decidiu o Superior
Tribunal de Justiça português, "a providência de habeas corpus destina-se tão-
só a controlar a legalidade da prisão no momento em que se decide, tendo como
finalidade verificar a legalidade das prisões a que os cidadãos estão sujeitos, nela
não se incluindo a verificação de qualquer ilegalidade que possa ter sido cometida
no processo, seja criminal ou disciplinar, nem qualquer medida contra os
responsáveis por tais ilegalidades" (Acórdão de 26.04.1989, processo 10/89,
BMJ 386, p. 422 - apud GUIMARÃES, Isaac Sabbá. op.cit. , p. 228-229).
No Brasil, o habeas corpus tem igualmente rica história, contada em
diversas obras, entre as quais a famosa de Pontes de Miranda ( História e
prática do habeas corpus , primeira edição de 1916).
É certo que, no período colonial, não eram totalmente inexistentes
remédios jurídicos para a proteção da liberdade, entre eles as assim
denominadas "cartas de seguro" (por todos, STRAUS, Flávio Augusto
Saraiva. A tutela da liberdade pessoal antes da instituição formal do
habeas corpus no Brasil. In : PIOVESAN, Flávia e GARCIA, Maria (org.)
Doutrinas essenciais: Direitos Humanos: Instrumentos e garantias de proteção .
São Paulo: RT, 2011, v. 5, p. 799-51), mas somente com o habeas corpus a
liberdade passou a ser assegurada por um remédio pronto, fácil e efetivo.
Devido ao prestígio das instituições inglesas, o writ foi adotado,
entre nós ainda no período imperial. O Código Criminal de 1830 a ele já
faz referência nos arts. 183 a 188. Seu regramento,contudo, veio com o
Código de Processo Criminal de 1832 ( "art. 340. Todo o cidadão que
entender, que elle ou outrem soffre uma prisão ou constrangimento illegal, em
sua liberdade, tem direito de pedir uma ordem de - Habeas-Corpus - em seu
favor" ). Ainda no Império ampliou-se o cabimento do habeas corpus, que
passou a ser admitido, com a promulgação da Lei nº 2.033, de 1871,
também contra a ameaça de prisão ( art. 18, §1º: Tem lugar o pedido e
concessão da ordem de habeas-corpus ainda quando o impetrante não tenha
chegado a soffrer o constrangimento corporal, mas se veja delle ameaçado" ).
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 14
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Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 113.562 / SP
Já na primeira Constituição Republicana, de 1891, o habeas corpus foi
constitucionalizado. E o silêncio do art. 72, §22 quanto ao objetivo de
tutela apenas da liberdade de locomoção propiciou o desenvolvimento da
"Doutrina brasileira do habeas corpus", que levou o writ , na ausência de
outras ações constitucionais, a ser utilizado para a salvaguarda de outras
liberdades que não a de locomoção, caso, v.g., do Habeas Corpus 3.536, em
que concedida ordem, em 05.6.1914, por este Supremo Tribunal Federal,
para garantir o direito do então Senador Ruy Barbosa a publicar os seus
discursos proferidos no Senado, pela imprensa, onde, como e quando lhe convier .
A memorável construção - a maior criação jurisprudencial brasileira ,
nos dizeres da historiadora Leda Boechat Rodrigues ( História do Supremo
Tribunal Federal: 1910-1926: doutrina brasileira do habeas corpus . 2. ed. Rio de
Janeiro: Civilização brasileira, 1991, vol. 3, p. 17)-, chegou, contudo, ao
fim em 1926, com a reforma constitucional promovida pelo Presidente
Artur Bernardes, que, mediante alteração do mencionado art. 72 da
Constituição de 1891, limitou o emprego do habeas corpus à tutela da
liberdade de locomoção.
Desde então o habeas foi contemplado em todas as Constituições
republicanas, de 1934, 1937, 1946, 1967, 1969 e 1988, para a tetela da
liberdade de locomoção contra violência ou coação ilegal ou abusiva.
Todo esse rico histórico evidencia o caráter nobre da ação
constitucional do habeas corpus, garantia fundamental que, se não pode
ser amesquinhada, também não é passível de vulgarização. No dizer de
Pontes de Miranda, "onde não há remédio do rito do habeas corpus, não há, não
pode haver garantia segura da liberdade física" ( História e prática do Habeas
Corpus . 3. ed. Campinas: Bookseller, 2007, vol. I, p. 160-161).
Assim, é o habeas corpus uma garantia da liberdade de locomoção ir,
vir e permanecer -, contra violência ou coação, pressupondo, portanto,
uma prisão, uma ameaça de prisão ou pelo menos alguma espécie de
constrangimento físico ou moral à liberdade física.
Nos últimos anos, todavia, tem se verificado um desvirtuamento da
garantia constitucional. Ilustrativamente, notícia divulgada no site do
Superior Tribunal de Justiça em 29.5.2011 ( "Número de habeas corpus dobra
4
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
HC 113.562 / SP
Já na primeira Constituição Republicana, de 1891, o habeas corpus foi
constitucionalizado. E o silêncio do art. 72, §22 quanto ao objetivo de
tutela apenas da liberdade de locomoção propiciou o desenvolvimento da
"Doutrina brasileira do habeas corpus", que levou o writ , na ausência de
outras ações constitucionais, a ser utilizado para a salvaguarda de outras
liberdades que não a de locomoção, caso, v.g., do Habeas Corpus 3.536, em
que concedida ordem, em 05.6.1914, por este Supremo Tribunal Federal,
para garantir o direito do então Senador Ruy Barbosa a publicar os seus
discursos proferidos no Senado, pela imprensa, onde, como e quando lhe convier .
A memorável construção - a maior criação jurisprudencial brasileira ,
nos dizeres da historiadora Leda Boechat Rodrigues ( História do Supremo
Tribunal Federal: 1910-1926: doutrina brasileira do habeas corpus . 2. ed. Rio de
Janeiro: Civilização brasileira, 1991, vol. 3, p. 17)-, chegou, contudo, ao
fim em 1926, com a reforma constitucional promovida pelo Presidente
Artur Bernardes, que, mediante alteração do mencionado art. 72 da
Constituição de 1891, limitou o emprego do habeas corpus à tutela da
liberdade de locomoção.
Desde então o habeas foi contemplado em todas as Constituições
republicanas, de 1934, 1937, 1946, 1967, 1969 e 1988, para a tetela da
liberdade de locomoção contra violência ou coação ilegal ou abusiva.
Todo esse rico histórico evidencia o caráter nobre da ação
constitucional do habeas corpus, garantia fundamental que, se não pode
ser amesquinhada, também não é passível de vulgarização. No dizer de
Pontes de Miranda, "onde não há remédio do rito do habeas corpus, não há, não
pode haver garantia segura da liberdade física" ( História e prática do Habeas
Corpus . 3. ed. Campinas: Bookseller, 2007, vol. I, p. 160-161).
Assim, é o habeas corpus uma garantia da liberdade de locomoção ir,
vir e permanecer -, contra violência ou coação, pressupondo, portanto,
uma prisão, uma ameaça de prisão ou pelo menos alguma espécie de
constrangimento físico ou moral à liberdade física.
Nos últimos anos, todavia, tem se verificado um desvirtuamento da
garantia constitucional. Ilustrativamente, notícia divulgada no site do
Superior Tribunal de Justiça em 29.5.2011 ( "Número de habeas corpus dobra
4
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 113.562 / SP
em três anos e preocupa Ministros" ) revela atingida naquela data a marca de
duzentos mil habeas corpus impetrados perante aquela Corte. E, segundo
os dados estatísticos disponibilizados, naquele ano nela foram
distribuídos 36.125 habeas corpus, número quase equivalente ao total de
processos distribuídos perante este Supremo Tribunal Federal no mesmo
ano (de 38.109).
Tais números só foram possíveis em virtude da prodigalização e da
vulgarização do habeas corpus .
Embora restrito seu cabimento, segundo a Constituição, a casos de
prisão ou ameaça de prisão, passou-se a admiti-lo como substitutivo de
recursos no processo penal, por vezes até mesmo sem qualquer prisão
vigente ou sem ameaça senão remota de prisão.
A pauta, aliás, desta Primeira Turma, com mais de uma centena de
habeas corpus sobre os mais variados temas, poucos relacionados à
impugnação da prisão ou efetiva ameaça de, é ilustrativa do
desvirtuamento do habeas corpus, que também tornou sem sentido o
princípio da exaustividade dos recursos no processo legal. De nada
adianta a lei prever um número limitado de recursos contra decisões
finais ou contra decisões interlocutórias se a jurisprudência entender, à
falta de previsão do recurso, manejável o habeas corpus. A par de notório
que a possibilidade de recorrer contra toda e qualquer decisão
interlocutória é fatal para a duração razoável do processo também
assegurada constitucionalmente, há verdadeira avalanche de habeas
corpus
a submeterem a mesma questão, sucessiva e até
concomitantemente, a diferentes tribunais.
O efeito é ainda mais grave nos Tribunais Superiores, diante das
funções precípuas do Superior Tribunal de Justiça - a última palavra na
interpretação da lei federal e desta Suprema Corte - a guarda da
Constituição.
A preservação da racionalidade do sistema processual e recursal,
bem como a necessidade de assegurar a razoável duração do processo
comandada no art. 5º, LXXVIII, da Carta Magna aconselham seja
retomada a função constitucional do habeas corpus, inadmitido o seu uso
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HC 113.562 / SP
em três anos e preocupa Ministros" ) revela atingida naquela data a marca de
duzentos mil habeas corpus impetrados perante aquela Corte. E, segundo
os dados estatísticos disponibilizados, naquele ano nela foram
distribuídos 36.125 habeas corpus, número quase equivalente ao total de
processos distribuídos perante este Supremo Tribunal Federal no mesmo
ano (de 38.109).
Tais números só foram possíveis em virtude da prodigalização e da
vulgarização do habeas corpus .
Embora restrito seu cabimento, segundo a Constituição, a casos de
prisão ou ameaça de prisão, passou-se a admiti-lo como substitutivo de
recursos no processo penal, por vezes até mesmo sem qualquer prisão
vigente ou sem ameaça senão remota de prisão.
A pauta, aliás, desta Primeira Turma, com mais de uma centena de
habeas corpus sobre os mais variados temas, poucos relacionados à
impugnação da prisão ou efetiva ameaça de, é ilustrativa do
desvirtuamento do habeas corpus, que também tornou sem sentido o
princípio da exaustividade dos recursos no processo legal. De nada
adianta a lei prever um número limitado de recursos contra decisões
finais ou contra decisões interlocutórias se a jurisprudência entender, à
falta de previsão do recurso, manejável o habeas corpus. A par de notório
que a possibilidade de recorrer contra toda e qualquer decisão
interlocutória é fatal para a duração razoável do processo também
assegurada constitucionalmente, há verdadeira avalanche de habeas
corpus
a submeterem a mesma questão, sucessiva e até
concomitantemente, a diferentes tribunais.
O efeito é ainda mais grave nos Tribunais Superiores, diante das
funções precípuas do Superior Tribunal de Justiça - a última palavra na
interpretação da lei federal e desta Suprema Corte - a guarda da
Constituição.
A preservação da racionalidade do sistema processual e recursal,
bem como a necessidade de assegurar a razoável duração do processo
comandada no art. 5º, LXXVIII, da Carta Magna aconselham seja
retomada a função constitucional do habeas corpus, inadmitido o seu uso
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Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 113.562 / SP
como substitutivo de recurso no processo penal.
No caso do recurso ordinário contra a denegação do writ por
Tribunal Superior, o emprego do habeas corpus em substituição é ainda
mais grave, considerada a expressa previsão do recurso no texto
constitucional (art. 102, II, a, da Constituição Federal).
Admitir o habeas corpus como substitutivo do recurso, diante da
expressa previsão constitucional, representa burla indireta ao instituto
próprio, cujo manejo está à disposição do sucumbente, observados os
requisitos pertinentes.
Em síntese, o habeas corpus é garantia fundamental que não pode ser
vulgarizada, sob pena de sua descaracterização como remédio heroico, e
seu emprego não pode servir a escamotear o instituto recursal previsto no
texto da Constituição.
Como foi o que ocorreu no presente caso, voto por afirmar a
inadequação do habeas corpus e por sua consequente extinção sem
julgamento do mérito
II.
Como a não admissão do habeas corpus como substitutivo do recurso
ordinário constitucional representa guinada da jurisprudência desta
Corte, entendo que se impõe, quanto aos habeas corpus já impetrados, o
exame da questão de fundo, uma vez, em tese, possível a concessão de
habeas corpus de ofício diante de flagrante ilegalidade ou arbitrariedade.
No caso, a concessão da ordem se justifica.
Como relatado, a paciente foi condenada à pena privativa de
liberdade de um ano e oito meses, sem substituição e em regime inicial
fechado, pela prática do crime de tráfico drogas.
O Plenário deste Supremo Tribunal Federal, no julgamento do HC
97.256/RS (Plenário - Rel. Min. Ayres Britto - por maioria - j. 01/09/2010
DJe 247), quando foi reconhecida a inconstitucionalidade parcial do art.
44 da Lei nº 11.343/2006, afastou o óbice legal à substituição da pena
privativa de liberdade por restritiva de direitos em crimes de tráfico.
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HC 113.562 / SP
como substitutivo de recurso no processo penal.
No caso do recurso ordinário contra a denegação do writ por
Tribunal Superior, o emprego do habeas corpus em substituição é ainda
mais grave, considerada a expressa previsão do recurso no texto
constitucional (art. 102, II, a, da Constituição Federal).
Admitir o habeas corpus como substitutivo do recurso, diante da
expressa previsão constitucional, representa burla indireta ao instituto
próprio, cujo manejo está à disposição do sucumbente, observados os
requisitos pertinentes.
Em síntese, o habeas corpus é garantia fundamental que não pode ser
vulgarizada, sob pena de sua descaracterização como remédio heroico, e
seu emprego não pode servir a escamotear o instituto recursal previsto no
texto da Constituição.
Como foi o que ocorreu no presente caso, voto por afirmar a
inadequação do habeas corpus e por sua consequente extinção sem
julgamento do mérito
II.
Como a não admissão do habeas corpus como substitutivo do recurso
ordinário constitucional representa guinada da jurisprudência desta
Corte, entendo que se impõe, quanto aos habeas corpus já impetrados, o
exame da questão de fundo, uma vez, em tese, possível a concessão de
habeas corpus de ofício diante de flagrante ilegalidade ou arbitrariedade.
No caso, a concessão da ordem se justifica.
Como relatado, a paciente foi condenada à pena privativa de
liberdade de um ano e oito meses, sem substituição e em regime inicial
fechado, pela prática do crime de tráfico drogas.
O Plenário deste Supremo Tribunal Federal, no julgamento do HC
97.256/RS (Plenário - Rel. Min. Ayres Britto - por maioria - j. 01/09/2010
DJe 247), quando foi reconhecida a inconstitucionalidade parcial do art.
44 da Lei nº 11.343/2006, afastou o óbice legal à substituição da pena
privativa de liberdade por restritiva de direitos em crimes de tráfico.
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Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 113.562 / SP
Forte no precedente, concedi a liminar “para que o juiz sentenciante,
afastado o óbice legal da vedação prevista no art. 44 da Lei n. 11.343/2006,
avalie o preenchimento ou não pela condenada Rosana Maria Rodrigues
dos requisitos previstos no art. 44 do Código Penal à substituição da pena
privativa de liberdade por restritiva de direitos, promovendo-a se for o
caso”.
Em cumprimento da liminar, o magistrado de primeiro grau
reavaliou a questão, mas negou a conversão da pena privativa de
liberdade.
“(...) A ré Rosana Maria Rodrigues não faz jus a benesse legal
inserta no artigo 44 do diploma legal repressivo, qual seja, a
substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos,
uma vez que não preenche os pressupostos legais previstos no
indigitado dispositivo penal. Com efeito, a ré, conquanto seja
tecnicamente primária, possui personalidade voltada para o mundo do
crime haja vista registrar péssimo antecedentes criminais,
salientando-se que já fora condenada por crime contra o patrimônio e
por tráfico de entorpecentes (certidões cartorárias de fls 78, 104, 118,
120 e 156/158), situação demonstrativa de incompatibilidade com a
convivência social harmônica. Ora bem! O crime de tráfico de
entorpecentes é de extrema gravidade, gerador de instabilidade na
sociedade organizada, desestrutura a família, incentiva a prática de
outras infrações penais, além de gerar dano à saúde pública. Ademais
disso, a sentenciada foi abordada tendo em seu poder 360 (trezentos e
sessenta) porções de cocaína em forma de pedra, pesando 129.,2 (cento
e vinte e nove gramas e dois decigramas), o que induz o
reconhecimento de sua periculosidade.”
Entendo que nada há a reparar na nova decisão, afigurando-se
idônea, em princípio, a negativa de substituição com base na quantidade
e potencialidade lesiva da droga apreendida (360 porções de crack) e no
registro de condenações pretéritas.
De todo modo, por constituir-se nova decisão, eventual impugnação
deve ser feito pelas vias próprias, de todo inviável apreciar a correção
7
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Forte no precedente, concedi a liminar “para que o juiz sentenciante,
afastado o óbice legal da vedação prevista no art. 44 da Lei n. 11.343/2006,
avalie o preenchimento ou não pela condenada Rosana Maria Rodrigues
dos requisitos previstos no art. 44 do Código Penal à substituição da pena
privativa de liberdade por restritiva de direitos, promovendo-a se for o
caso”.
Em cumprimento da liminar, o magistrado de primeiro grau
reavaliou a questão, mas negou a conversão da pena privativa de
liberdade.
“(...) A ré Rosana Maria Rodrigues não faz jus a benesse legal
inserta no artigo 44 do diploma legal repressivo, qual seja, a
substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos,
uma vez que não preenche os pressupostos legais previstos no
indigitado dispositivo penal. Com efeito, a ré, conquanto seja
tecnicamente primária, possui personalidade voltada para o mundo do
crime haja vista registrar péssimo antecedentes criminais,
salientando-se que já fora condenada por crime contra o patrimônio e
por tráfico de entorpecentes (certidões cartorárias de fls 78, 104, 118,
120 e 156/158), situação demonstrativa de incompatibilidade com a
convivência social harmônica. Ora bem! O crime de tráfico de
entorpecentes é de extrema gravidade, gerador de instabilidade na
sociedade organizada, desestrutura a família, incentiva a prática de
outras infrações penais, além de gerar dano à saúde pública. Ademais
disso, a sentenciada foi abordada tendo em seu poder 360 (trezentos e
sessenta) porções de cocaína em forma de pedra, pesando 129.,2 (cento
e vinte e nove gramas e dois decigramas), o que induz o
reconhecimento de sua periculosidade.”
Entendo que nada há a reparar na nova decisão, afigurando-se
idônea, em princípio, a negativa de substituição com base na quantidade
e potencialidade lesiva da droga apreendida (360 porções de crack) e no
registro de condenações pretéritas.
De todo modo, por constituir-se nova decisão, eventual impugnação
deve ser feito pelas vias próprias, de todo inviável apreciar a correção
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 14
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Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 113.562 / SP
com supressão de instância.
Quando do deferimento da liminar, não concedi idêntica medida
para que o juiz revisse a fundamentação quanto ao regime, pois, até
então, não havia sido julgado o HC 111.840/ES, quando o Plenário desta
Corte, em sessão realizada em 27.6.2012, declarou a inconstitucionalidade
do § 1º do artigo 2º da Lei 8.072/90, com a redação dada pela Lei
11.464/07, que instituiu a obrigatoriedade de imposição do regime inicial
fechado para o cumprimento da pena de crimes hediondos e
equiparados.
Com o precedente, não se pretendeu ignorar o caráter danoso do
tráfico de drogas na sociedade moderna, a reclamar, em geral, tratamento
jurídico rigoroso, mas apenas permitir excepcionalmente a fixação de
regime prisional mais brando quando viável, em especial se destinado a
micro traficantes ou a traficantes ocasionais.
O julgado não reconheceu direito automático a regime semiaberto
ou aberto.
A questão há de ser apreciada pelo juiz do processo à luz do art. 33
do Código Penal.
Observo que a fixação do regime não está condicionada somente ao
quantum da reprimenda, mas também ao exame das circunstâncias
judiciais do artigo 59 do Código Penal, conforme expressa remissão do
art. 33, § 3º, do mesmo diploma legal.
Embora a pena fixada seja inferior a oito anos de prisão, não está
vedada a imposição do regime fechado. Afinal, “a fixação do regime
inicial de cumprimento da pena não está condicionada somente ao
quantum da reprimenda, mas também ao exame das circunstâncias
judiciais do artigo 59 do Código Penal, conforme remissão do artigo 33, §
3º, do mesmo diploma legal”. (HC 107.581/SP, de minha relatoria, 1ª
Turma, unânime, j. 28.8.2012).
Portanto, à luz do referido precedente do Supremo, deve também ser
novamente analisado o regime inicial de cumprimento da pena, com a
adoção do mais adequado ao caso segundo as suas circunstâncias.
É provável, diante dos fundamentos utilizados pelo magistrado para
8
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
HC 113.562 / SP
com supressão de instância.
Quando do deferimento da liminar, não concedi idêntica medida
para que o juiz revisse a fundamentação quanto ao regime, pois, até
então, não havia sido julgado o HC 111.840/ES, quando o Plenário desta
Corte, em sessão realizada em 27.6.2012, declarou a inconstitucionalidade
do § 1º do artigo 2º da Lei 8.072/90, com a redação dada pela Lei
11.464/07, que instituiu a obrigatoriedade de imposição do regime inicial
fechado para o cumprimento da pena de crimes hediondos e
equiparados.
Com o precedente, não se pretendeu ignorar o caráter danoso do
tráfico de drogas na sociedade moderna, a reclamar, em geral, tratamento
jurídico rigoroso, mas apenas permitir excepcionalmente a fixação de
regime prisional mais brando quando viável, em especial se destinado a
micro traficantes ou a traficantes ocasionais.
O julgado não reconheceu direito automático a regime semiaberto
ou aberto.
A questão há de ser apreciada pelo juiz do processo à luz do art. 33
do Código Penal.
Observo que a fixação do regime não está condicionada somente ao
quantum da reprimenda, mas também ao exame das circunstâncias
judiciais do artigo 59 do Código Penal, conforme expressa remissão do
art. 33, § 3º, do mesmo diploma legal.
Embora a pena fixada seja inferior a oito anos de prisão, não está
vedada a imposição do regime fechado. Afinal, “a fixação do regime
inicial de cumprimento da pena não está condicionada somente ao
quantum da reprimenda, mas também ao exame das circunstâncias
judiciais do artigo 59 do Código Penal, conforme remissão do artigo 33, §
3º, do mesmo diploma legal”. (HC 107.581/SP, de minha relatoria, 1ª
Turma, unânime, j. 28.8.2012).
Portanto, à luz do referido precedente do Supremo, deve também ser
novamente analisado o regime inicial de cumprimento da pena, com a
adoção do mais adequado ao caso segundo as suas circunstâncias.
É provável, diante dos fundamentos utilizados pelo magistrado para
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Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 113.562 / SP
negar a substituição da pena privativa, que remanesça o regime inicial
fechado. Porém, isso deve ser objeto de deliberação pelo magistrado de
primeiro grau.
Assim, apesar da inadequação desta habeas corpus, por ser
substitutivo de recurso ordinário, a ordem deve ser concedida de ofício, a
fim de confirmar a liminar quanto à necessidade de reapreciação da
negativa de substituição da pena privativa – com objeto exaurido, já que
foi cumprida pelo magistrado de primeiro grau – e para também
determinar ao juiz sentenciante (Sexta Vara Criminal da Justiça Estadual
de São Paulo/SP, Foro Central de Barra Funda) para, afastado o óbice
legal da vedação prevista no art. 2º, § 1º, da Lei 8.072/90, que avalie a
possibilidade de fixação de regime mais brando para a paciente,
promovendo a alteração, se for o caso.
III.
Ante o exposto, impõe-se a extinção do habeas corpus, por sua
inadequação como substitutivo de recurso ordinário, e a concessão da
ordem de ofício nos termos acima expostos.
É como voto.
9
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
HC 113.562 / SP
negar a substituição da pena privativa, que remanesça o regime inicial
fechado. Porém, isso deve ser objeto de deliberação pelo magistrado de
primeiro grau.
Assim, apesar da inadequação desta habeas corpus, por ser
substitutivo de recurso ordinário, a ordem deve ser concedida de ofício, a
fim de confirmar a liminar quanto à necessidade de reapreciação da
negativa de substituição da pena privativa – com objeto exaurido, já que
foi cumprida pelo magistrado de primeiro grau – e para também
determinar ao juiz sentenciante (Sexta Vara Criminal da Justiça Estadual
de São Paulo/SP, Foro Central de Barra Funda) para, afastado o óbice
legal da vedação prevista no art. 2º, § 1º, da Lei 8.072/90, que avalie a
possibilidade de fixação de regime mais brando para a paciente,
promovendo a alteração, se for o caso.
III.
Ante o exposto, impõe-se a extinção do habeas corpus, por sua
inadequação como substitutivo de recurso ordinário, e a concessão da
ordem de ofício nos termos acima expostos.
É como voto.
9
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 14
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 113.562
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
PACTE.(S) : ROSANA MARIA RODRIGUES
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS 239766 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por
inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, nos
termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 113.562
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
PACTE.(S) : ROSANA MARIA RODRIGUES
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS 239766 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por
inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, nos
termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 14
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| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3080973 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-13T00:00:00 | A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | HABEAS CORPUS | EMENTA
HABEAS CORPUS . PROCESSO PENAL. SUBSTITUTIVO DO RECURSO CONSTITUCIONAL. INADMISSIBILIDADE. CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ART. 102, II, a . TRÁFICO DE DROGAS. REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DE PENA. SUBSTITUIÇÃO POR RESTRITIVA DE DIREITO. REAVALIAÇÃO PELO MAGISTRADO SENTENCIANTE.
1. O habeas corpus tem uma rica história, constituindo garantia fundamental do cidadão. Ação constitucional que é, não pode ser amesquinhado, mas também não é passível de vulgarização, sob pena de restar descaracterizado como remédio heroico. Contra a denegação de habeas corpus por Tribunal Superior prevê a Constituição Federal remédio jurídico expresso, o recurso ordinário. Diante da dicção do art. 102, II, a, da Constituição da República, a impetração de novo habeas corpus em caráter substitutivo escamoteia o instituto recursal próprio, em manifesta burla ao preceito constitucional. Precedente da Primeira Turma desta Suprema Corte.
2. O Plenário do Supremo Tribunal Federal reputou inválidas, para crimes de tráfico de drogas, a vedação à substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direito e a imposição compulsória do regime inicial fechado para cumprimento de pena. Os julgados não reconheceram direito automático a esses benefícios. A questão há de ser apreciada pelo juiz do processo à luz do preenchimento, ou não, dos requisitos legais gerais dos arts. 33 e 44 do Código Penal.
3. Habeas corpus extinto sem resolução do mérito, mas, com concessão de ofício, para confirmar a liminar concedida quanto à determinação de reapreciação da substituição da pena, com objeto já exaurido, e para determinar, afastada a vedação legal do § 1º do artigo 2º da Lei 8.072/90, ao Juízo do primeiro grau que avalie a possibilidade de fixação de regime mais brando para a paciente. | sjur218567 | - Acórdão(s) citado(s)
(HABEAS CORPUS, SUBSTITUIÇÃO, RECURSO EM HABEAS CORPUS)
STF: HC 109956 (1ªT), HC 108715 (1ªT).
(HABEAS CORPUS, CABIMENTO)
STF: HC 3536.
(REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DE PENA, TRÁFICO DE ENTORPECENTES)
STF: HC 111840 (TP).
(REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DE PENA, CIRCUNSTÂNCIA JUDICIAL)
STF: 107581 (1ªT).
- Legislação estrangeira citada: Magna Carta de 1215 da Inglaterra;
Habeas Corpus Act, de 1679, artigo I, seção 9, da Constituição
norte-americana de 1787; Decreto-lei nº 35.043, de 20.10.1945 de
Portugual.
- Decisões estrangeiras citadas: Caso James Somerset da King's Bench; Buschel's
Case, de 1670, da Court of Common Pleas; Acórdão de 26.04.1989, processo 10/89,
BMJ 386, p. 422, do Superior Tribunal de Justiça português.
- Termo(s) de resgate: Doutrina brasileira do habeas corpus, Princípio da Exaustividade dos Recursos.
Número de páginas: 14
Análise: 26/11/2012, AAT.
Revisão: 29/11/2012, SEV. | ROSA WEBER | Primeira Turma | 113562 | [
"LEG-IMP CCI ANO-1830\r\n ART-00183 ART-00184 ART-00185 ART-00186\r\n ART-00187 ART-00188 \r\n CCI-1830 CODIGO CRIMINAL DO IMPERIO DO BRAZIL (LEI DE 16 DE DEZEMBRO)\r\n",
"LEG-IMP CPCPI ANO-1832\r\n ART-00340\r\n CPCPI-1832 CODIGO DE PROCESSO CRIMINAL DE PRIMEIRA INSTANCIA (LEI DE 29 DE NOVEMBRO)\r\n",
"LEG-IMP LIM-002033 ANO-1871\r\n ART-00018 PAR-00001 \r\n LEI DO IMPÉRIO\r\n",
"LEG-FED CF ANO-1891\r\n ART-00072 PAR-00022\r\n ART-00072 REDAÇÃO DADA PELA EMC-3/1926\r\n CF-1891 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n",
"LEG-FED EMC-000003 ANO-1926\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL \r\n",
"LEG-FED CF ANO-1934\r\n CF-1934 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n",
"LEG-FED CF ANO-1937\r\n CF-1937 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n",
"LEG-FED CF ANO-1946\r\n CF-1946 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n",
"LEG-FED CF ANO-1967\r\n CF-1967 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n",
"LEG-FED EMC-000001 ANO-1969\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL\r\n",
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00068 INC-00078 ART-00102\r\n INC-00002 LET-A \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n",
"LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00033 PAR-00003 ART-00044 ART-00059 \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\r\n",
"LEG-FED LEI-008072 ANO-1990\r\n ART-00002 PAR-00001 REDAÇÃO DADA PELA LEI-11464/2007\r\n LCH-1990 LEI DE CRIMES HEDIONDOS\r\n",
"LEG-FED LEI-011343 ANO-2006\r\n ART-00044 \r\n LTX-2006 LEI DE TÓXICOS\r\n",
"LEG-FED LEI-011464 ANO-2007\r\n LEI ORDINÁRIA"
] | HC | acordaos | HC 113562 | [
""
] | PACTE.(S) : ROSANA MARIA RODRIGUES
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS 239766 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 113 . 562",
"HABEAS CORPUS 239766",
"HC 113 . 562 / SP",
"HC 113 . 562 / SP",
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"HC 239 . 766 / SP",
"HABEAS CORPUS 113 . 562 SÃO",
"HABEAS CORPUS 239766",
"HC 239 . 766 / SP",
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"HC 239 . 766 / SP",
"HC 109 . 956",
"HC 108 . 715",
"HABEAS CORPUS 113 . 562",
"HC 239 . 766 / SP",
"HC 109 . 956",
"HC 108 . 715",
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"HC 113 . 562 / SP",
"HC 113 . 562 / SP",
"HC 113 . 562 / SP",
"Habeas Corpus 3 . 536",
"HC 113 . 562 / SP",
"Habeas Corpus 3 . 536",
"HC 113 . 562 / SP",
"HC 113 . 562 / SP",
"HC 113 . 562 / SP",
"HC 97 . 256 / RS",
"HC 113 . 562 / SP",
"HC 97 . 256 / RS",
"HC 113 . 562 / SP",
"HC 113 . 562 / SP",
"HC 113 . 562 / SP",
"HC 111 . 840 / ES",
"HC 107 . 581 / SP",
"HC 113 . 562 / SP",
"HC 111 . 840 / ES",
"HC 107 . 581 / SP",
"HC 113 . 562 / SP",
"HC 113 . 562 / SP",
"HABEAS CORPUS 113 . 562",
"HABEAS CORPUS 239766",
"HABEAS CORPUS 113 . 562",
"HABEAS CORPUS 239766"
],
"LEGISLACAO": [
"Constituição Federal",
"art . 102 , II , a , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 33 e 44 do Código Penal",
"§ [UNK] do artigo [UNK] da Lei 8 . 072 / 90",
"MP n° 2",
"arts . 33 e 44 do Código Penal",
"§ [UNK] do artigo [UNK] da Lei 8 . 072 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 33 , § [UNK] , da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 33 , § [UNK] , da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 33 , § [UNK] , da Lei 11 . 343 / 06",
"artigo [UNK] , § [UNK] , da Lei 8 . 072 / 1990",
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"artigo [UNK] , § [UNK] , da Lei 8 . 072 / 1990",
"art . 44 da Lei 11 . 343 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"Constituição da República",
"Magna Carta de 1215",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"Constituição da República",
"Magna Carta de 1215",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo I , seção 9 , da Constituição norte - americana de 1787",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo I , seção 9 , da Constituição norte - americana de 1787",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Decreto",
"-",
"lei [UNK] 35 . 043",
"Código Criminal de 1830",
"Código de Processo Criminal de 1832",
"Lei [UNK] 2 .",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Decreto",
"-",
"lei [UNK] 35 . 043",
"Código Criminal de 1830",
"Código de Processo Criminal de 1832",
"Lei [UNK] 2 . 033",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Republicana",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Republicana",
"art . 72 da Constituição de 1891",
"1934",
"1937",
"1946",
"1967",
"1969",
"1988",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"art . [UNK] , LXXVIII , da Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"art . [UNK] , LXXVIII , da Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , II , a , da Constituição Federal",
"Constituição",
"art . 44 da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , II , a , da Constituição Federal",
"Constituição",
"art . 44 da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 44 da Lei n . 11 . 343 / 2006",
"art . 44 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 44 da Lei n . 11 . 343 / 2006",
"art . 44 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"/",
"2001",
"§ [UNK] do artigo [UNK] da Lei 8 . 072 / 90",
"Lei 11 . 464 / 07",
"art . 33 do Código Penal",
"artigo 59 do Código Penal",
"artigo 59 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do artigo [UNK] da Lei 8 . 072 / 90",
"Lei 11 . 464 / 07",
"art . 33 do Código Penal",
"artigo 59 do Código Penal",
"artigo 59 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , § [UNK] , da Lei 8 . 072 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"ESTADO",
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"Brasília",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"Inglaterra",
"New Haven",
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"SÃO PAULO",
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"London",
"Cambridge",
"St",
". Paul",
"Curitiba",
"St",
". Paul",
"Curitiba",
"Portugal",
"Brasil",
"Brasil",
"São Paulo",
"Brasil",
"Brasil",
"São Paulo",
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"Campinas",
"Rio",
"de Janeiro",
"Campinas",
"Barra Funda",
"Foro Central de Barra Funda",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Primeira",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
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"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Defensoria Pública do Estado de São Paulo",
"[UNK] Vara Criminal da Comarca de Barra Funda / SP",
"Ministério Público",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Superior Tribunal de Justiça",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
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"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Defensoria Pública do Estado de São Paulo",
"[UNK] Vara Criminal da Comarca de Barra Funda / SP",
"Ministério Público",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Primeira Turma",
"Yale University Press",
"Queen",
"'",
"s Bench",
"Harvard University",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Primeira Turma",
"Inglaterra",
"Yale University Press",
"Queen",
"'",
"s Bench",
"Harvard University Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"King",
"'",
"s Bench",
"King",
"'",
"s Bench",
"Court of Common Pleas",
"West Group",
"Oxford University Press",
"Juruá",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"King",
"' s Bench",
"King",
"'",
"s Bench",
"Inglaterra",
"Court of Common Pleas",
"West Group",
"Oxford University Press",
"Juruá",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Superior Tribunal de Justiça português",
"RT",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
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"RT",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Bookseller",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Senado",
"Supremo Tribunal Federal",
"Civilização brasileira",
"Bookseller",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Suprema Corte",
"Supremo Tribunal Federal",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário deste Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário deste Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"-",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário",
"[UNK] Turma",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
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"Supremo",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
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"-",
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"-",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"ROSA WEBER",
"ROSANA MARIA RODRIGUES",
"Dias Toffoli",
"Rosa Weber",
"Dias Toffoli",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER",
"ROSANA MARIA RODRIGUES",
"Rosana Maria Rodrigues",
"Adilson Vieira Macabu",
"ROSA WEBER",
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"Rosana Maria Rodrigues",
"Adilson Vieira Macabu",
"ROSA WEBER",
"Rosa Weber",
"Marco Aurélio",
"LEVY , Leonard W",
"HALLIDAY , Paul D",
"Rosa Weber",
"Marco Aurélio",
"LEVY",
"Leonard W",
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"Paul D",
"ROSA WEBER",
"James Somerset",
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"HALLIDAY , Paul D .",
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"KAMISAR , Yale",
"TRECHSEL , Stefan",
"GUIMARÃES , Isaac Sabbá",
"James Somerset",
"HALLIDAY , Paul D .",
"HALLIDAY , Paul D .",
"LEVY , Leonard W .",
"KAMISAR ,",
"Yale",
"TRECHSEL , Stefan",
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"Pontes de Miranda",
"STRAUS ,",
"Flávio Augusto Saraiva",
"PIOVESAN , Flávia",
"GARCIA ,",
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"GUIMARÃES , Isaac Sabbá",
"Pontes de Miranda",
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"PIOVESAN ,",
"Flávia",
"GARCIA ,",
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"ROSA WEBER",
"Ruy Barbosa",
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"Leda Boechat Rodrigues",
"Artur Bernardes",
"Pontes de Miranda",
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"ROSA WEBER",
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"ROSA WEBER",
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"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
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"11",
"/",
"2012",
"24",
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"08",
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"2001",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
"30 de outubro de 2012",
"24",
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"08",
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"2001",
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"08",
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"2001",
"30",
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"10",
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"2012",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"30",
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"10",
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"2012",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
"06",
".",
"6",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
"06",
".",
"6",
".",
"2012",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
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"10",
"/",
"2012",
"08",
".",
"8",
".",
"2012",
"24",
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"08",
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"2001",
"30",
"/",
"10",
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"2012",
"08",
".",
"8",
".",
"2012",
"24",
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"08",
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"2001",
"24",
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"08",
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"2001",
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"1679",
"1791",
"2002",
"2005",
"2009",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"2010",
"1771",
"1679",
"1791",
"2002",
"2005",
"2009",
"24",
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"08",
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"2001",
"24",
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"10",
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"1945",
"26",
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"1871",
"24",
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"08",
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"2001",
"20",
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"10",
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"1945",
"26",
".",
"04",
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"1989",
"1916",
"2011",
"1871",
"24",
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"08",
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"2001",
"24",
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"08",
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"2001",
"05",
".",
"6",
".",
"1914",
"1991",
"1967",
"1969",
"1988",
"2007",
"29",
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"5",
".",
"2011",
"24",
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"08",
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"2001",
"1891",
"05",
".",
"6",
".",
"1914",
"1991",
"1926",
"2007",
"29",
".",
"5",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
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"08",
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"2001",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"01",
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"2010",
"24",
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"2001",
"01",
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"09",
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"2010",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"27",
".",
"6",
".",
"2012",
"28",
".",
"8",
".",
"2012",
"24",
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"08",
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"2001",
"27",
".",
"6",
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"2012",
"28",
".",
"8",
".",
"2012",
"24",
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"/",
"2001",
"24",
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"08",
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"2001",
"24",
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"2001",
"24",
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"/",
"2001",
"24",
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"08",
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"30",
".",
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".",
"2012",
"24",
"/",
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"2001",
"30",
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"10",
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"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
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"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.604 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ANDERSON ROBERTO FARIAS BONES
ADV.(A/S)
:VIVIANE CITTA MELLA
AGDO.(A/S)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
EMENTA
Agravo regimental em habeas corpus. Processual Penal. Alegada
nulidade do julgamento da apelação do Ministério Público por
ausência de apresentação de contrarrazões pela defesa. Defensor
constituído regularmente intimado. Cerceamento de defesa. Não
ocorrência. Intimação pessoal do réu. Desnecessidade. Regimental não
provido.
1. Consoante entendimento da Corte, a ausência de contrarrazões à
apelação do Ministério Público não é causa de nulidade por cerceamento
de defesa se a defesa, regularmente intimada, se queda inerte.
2. A intimação do réu e de seu defensor constituído, em segundo
grau de jurisdição, aperfeiçoa-se mediante publicação na imprensa oficial,
a teor do § 1º do art. 370 do Código de Processo Penal, não implicando a
necessidade de intimação pessoal do réu.
3. Agravo regimental ao qual se nega provimento.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Edson Fachin, na conformidade da ata do julgamento e
das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento
ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14249849.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12
Ementa e Acórdão
HC 149604 AGR / RS
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14249849.
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HC 149604 AGR / RS
Relator
2
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Relatório
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.604 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ANDERSON ROBERTO FARIAS BONES
ADV.(A/S)
:VIVIANE CITTA MELLA
AGDO.(A/S)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de
Anderson Roberto Farias Bones, apontando como autoridade coatora a
Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao
agravo regimental no REsp nº 1.655.791/RS, Relator o Ministro Jorge
Mussi.
A impetrante sustentou, em suma, que o paciente foi submetido a
constrangimento ilegal, pois o Tribunal Regional Federal da 4ª Região
teria julgado o recurso de apelação da acusação,
“sem a presença de defesa técnica, tampouco foi
oportunizado ao condenado que constituísse defensor diante da
inércia da defesa constituída, sendo levado à julgamento sem
que tivesse sido apresentadas contrarrazões ao recurso
acusatório e o prejuízo resta consubstanciado na majoração da
pena que é a comprovação do prejuízo que o julgamento
causou”.
Requereu, liminarmente, a concessão da ordem para que se
“anule o julgamento da apelação nº
5046009-
69.2013.4.04.7100/RS
e que seja intimado pessoalmente
Anderson Roberto Farias Bones (que se encontra preso) para
que lhe seja oportunizado constituir defesa que apresente
contrarrazões ao recurso interposto pela acusação” (grifos do
autor).
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14249846.
Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.604 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ANDERSON ROBERTO FARIAS BONES
ADV.(A/S)
:VIVIANE CITTA MELLA
AGDO.(A/S)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de
Anderson Roberto Farias Bones, apontando como autoridade coatora a
Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao
agravo regimental no REsp nº 1.655.791/RS, Relator o Ministro Jorge
Mussi.
A impetrante sustentou, em suma, que o paciente foi submetido a
constrangimento ilegal, pois o Tribunal Regional Federal da 4ª Região
teria julgado o recurso de apelação da acusação,
“sem a presença de defesa técnica, tampouco foi
oportunizado ao condenado que constituísse defensor diante da
inércia da defesa constituída, sendo levado à julgamento sem
que tivesse sido apresentadas contrarrazões ao recurso
acusatório e o prejuízo resta consubstanciado na majoração da
pena que é a comprovação do prejuízo que o julgamento
causou”.
Requereu, liminarmente, a concessão da ordem para que se
“anule o julgamento da apelação nº
5046009-
69.2013.4.04.7100/RS
e que seja intimado pessoalmente
Anderson Roberto Farias Bones (que se encontra preso) para
que lhe seja oportunizado constituir defesa que apresente
contrarrazões ao recurso interposto pela acusação” (grifos do
autor).
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14249846.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12
Relatório
HC 149604 AGR / RS
Em 30/10/17, neguei seguimento ao habeas corpus, dando por
prejudicado o pedido de liminar (art. 21, § 1º, do RISTF).
Contra essa decisão a defesa interpõe, tempestivamente, o presente
agravo regimental, no qual questiona os fundamentos da decisão
agravada, bem como reitera os fundamentos suscitados na inicial da
impetração.
Instado a se manifestar, o Ministério Público Federal, em parecer da
lavra do Subprocurador-Geral da República Edson Oliveira de Almeida,
opinou pelo não provimento do recurso.
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14249846.
Supremo Tribunal Federal
HC 149604 AGR / RS
Em 30/10/17, neguei seguimento ao habeas corpus, dando por
prejudicado o pedido de liminar (art. 21, § 1º, do RISTF).
Contra essa decisão a defesa interpõe, tempestivamente, o presente
agravo regimental, no qual questiona os fundamentos da decisão
agravada, bem como reitera os fundamentos suscitados na inicial da
impetração.
Instado a se manifestar, o Ministério Público Federal, em parecer da
lavra do Subprocurador-Geral da República Edson Oliveira de Almeida,
opinou pelo não provimento do recurso.
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.604 RIO GRANDE DO SUL
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Conforme relatado, volta-se esta impetração contra julgado da
Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao
agravo regimental no REsp nº 1.655.791/RS, Relator o Ministro Jorge
Mussi.
Transcrevo a ementa desse acórdão:
“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL.
ROUBO
MAJORADO.
VIOLAÇÃO
A
PRECEITO
CONSTITUCIONAL. NÃO CABIMENTO DO APELO NOBRE.
COMPETÊNCIA DO STF.
1. Não compete a este Superior Tribunal de Justiça
examinar suposta violação a regra constitucional, matéria de
competência da Corte Suprema.
‘PROCESSUAL PENAL. NÃO OFERECIMENTO DE
CONTRARRAZÕES À APELAÇÃO MINISTERIAL. REGULAR
INTIMAÇÃO DO PATRONO DO RÉU. INTIMAÇÃO
PESSOAL
DO
ACUSADO.
DESNECESSIDADE.
INEXISTÊNCIA
DE
NULIDADE
PROCESSUAL.
PRECEDENTES. INSURGÊNCIA DESPROVIDA.
1. Este Superior Tribunal de Justiça firmou entendimento
no sentido de que inexiste vício na hipótese em que o defensor
constituído do réu é regularmente intimado para ofertar as
contrarrazões ao recurso da parte adversa e não se manifesta no
prazo legal, não havendo que se falar em obrigatoriedade de se
proceder à intimação pessoal do acusado.
2. Agravo regimental desprovido” (anexo 15).
Contra esse julgado, insurge-se o impetrante invocando a existência
de nulidade processual por ausência de apresentação de contrarrazões
pelo defensor constituído ao recurso de apelação do ministério público,
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Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.604 RIO GRANDE DO SUL
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Conforme relatado, volta-se esta impetração contra julgado da
Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao
agravo regimental no REsp nº 1.655.791/RS, Relator o Ministro Jorge
Mussi.
Transcrevo a ementa desse acórdão:
“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL.
ROUBO
MAJORADO.
VIOLAÇÃO
A
PRECEITO
CONSTITUCIONAL. NÃO CABIMENTO DO APELO NOBRE.
COMPETÊNCIA DO STF.
1. Não compete a este Superior Tribunal de Justiça
examinar suposta violação a regra constitucional, matéria de
competência da Corte Suprema.
‘PROCESSUAL PENAL. NÃO OFERECIMENTO DE
CONTRARRAZÕES À APELAÇÃO MINISTERIAL. REGULAR
INTIMAÇÃO DO PATRONO DO RÉU. INTIMAÇÃO
PESSOAL
DO
ACUSADO.
DESNECESSIDADE.
INEXISTÊNCIA
DE
NULIDADE
PROCESSUAL.
PRECEDENTES. INSURGÊNCIA DESPROVIDA.
1. Este Superior Tribunal de Justiça firmou entendimento
no sentido de que inexiste vício na hipótese em que o defensor
constituído do réu é regularmente intimado para ofertar as
contrarrazões ao recurso da parte adversa e não se manifesta no
prazo legal, não havendo que se falar em obrigatoriedade de se
proceder à intimação pessoal do acusado.
2. Agravo regimental desprovido” (anexo 15).
Contra esse julgado, insurge-se o impetrante invocando a existência
de nulidade processual por ausência de apresentação de contrarrazões
pelo defensor constituído ao recurso de apelação do ministério público,
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
HC 149604 AGR / RS
sustentando que o paciente deveria ter sido pessoalmente intimado para
que nomeasse outro defensor, já que o julgamento culminou na
majoração de sua pena. Ocorre que razão não lhe assiste.
Conforme anotado pelo Ministro Jorge Mussi no voto condutor do
acórdão impugnado neste writ, in verbis:
“Por sua vez, quanto à discussão relativa à violação à lei
federal, assim assentou a Corte a quo, litteris:
‘Compulsando os autos da Ação Penal originária nº
50460096920134047100, tem-se que o Ministério Público
Federal interpôs seu recurso de apelação no evento 364,
restando as defesas de todos os réus, incluindo a defesa do
ora apelante ANDERSON ROBERTO FARIAS BONÉS,
intimadas para apresentar suas contrarrazões,
especificamente conforme eventos 375 e 378, restando o
prazo encerrado sem manifestação.
Após o exame do mérito de todas as insurgências,
ANDERSON embarga nos autos, fora do prazo legal,
apontando nulidade absoluta e postulando a anulação do
julgado. Destaco que tal pedido não foi veiculado em seu
recurso de apelação, cujas razões foram juntadas nesta
Corte conforme evento 17. Ou seja, o réu busca anular
julgamento com lastro em situação a qual ele próprio deu
causa, o que lhe é defeso.
Havendo intimação do representante processual, a
ausência de contrarrazões não traz qualquer vício ao
julgamento desta Corte.[...]
Enfatizo que a ausência de contrarrazões ao recurso
da acusação não se confunde com a falta ou deficiência da
defesa a que se refere a súmula nº 523 do STF ('No
processo penal, a falta da defesa constitui nulidade
absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se houver
prova de prejuízo para o réu.'). Desta forma, o réu
defendeu-se nos autos e o julgamento em seu detrimento
não goza de qualquer vício’ (fls. 1261/1262).
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 149604 AGR / RS
sustentando que o paciente deveria ter sido pessoalmente intimado para
que nomeasse outro defensor, já que o julgamento culminou na
majoração de sua pena. Ocorre que razão não lhe assiste.
Conforme anotado pelo Ministro Jorge Mussi no voto condutor do
acórdão impugnado neste writ, in verbis:
“Por sua vez, quanto à discussão relativa à violação à lei
federal, assim assentou a Corte a quo, litteris:
‘Compulsando os autos da Ação Penal originária nº
50460096920134047100, tem-se que o Ministério Público
Federal interpôs seu recurso de apelação no evento 364,
restando as defesas de todos os réus, incluindo a defesa do
ora apelante ANDERSON ROBERTO FARIAS BONÉS,
intimadas para apresentar suas contrarrazões,
especificamente conforme eventos 375 e 378, restando o
prazo encerrado sem manifestação.
Após o exame do mérito de todas as insurgências,
ANDERSON embarga nos autos, fora do prazo legal,
apontando nulidade absoluta e postulando a anulação do
julgado. Destaco que tal pedido não foi veiculado em seu
recurso de apelação, cujas razões foram juntadas nesta
Corte conforme evento 17. Ou seja, o réu busca anular
julgamento com lastro em situação a qual ele próprio deu
causa, o que lhe é defeso.
Havendo intimação do representante processual, a
ausência de contrarrazões não traz qualquer vício ao
julgamento desta Corte.[...]
Enfatizo que a ausência de contrarrazões ao recurso
da acusação não se confunde com a falta ou deficiência da
defesa a que se refere a súmula nº 523 do STF ('No
processo penal, a falta da defesa constitui nulidade
absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se houver
prova de prejuízo para o réu.'). Desta forma, o réu
defendeu-se nos autos e o julgamento em seu detrimento
não goza de qualquer vício’ (fls. 1261/1262).
2
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
HC 149604 AGR / RS
Verifica-se, pois, que a instância de origem afastou a
nulidade alegada, sob o fundamento de que a defesa do
insurgente foi devidamente intimada para apresentar
contrarrazões ao recurso de apelação ministerial, quedando-se
inerte.
Sobre o assunto, este Superior Tribunal de Justiça firmou
entendimento no sentido de que inexiste vício na hipótese em
que o defensor constituído do réu é regularmente intimado
para ofertar as contrarrazões ao recurso da parte adversa e não
se manifesta no prazo legal, não havendo que se falar em
obrigatoriedade de se proceder à intimação pessoal do acusado.
Com efeito, em julgado semelhante, assentou-se neste
Sodalício que ‘A decretação de nulidade automática de todos os
feitos desprovidos de contrarrazões - a despeito da regular
intimação da parte -, na via especial, provocaria uma situação
jurídica caótica e totalmente desalinhada dos princípios
modernos norteadores do direito processual penal pátrio.
Sobretudo porque, em várias situações, a inércia da parte para
ofertar contrarrazões detém contornos nítidos de estratégia de
defesa, no intuito evidente de delongar a lide e provocar
nulidade ulterior’ (AgRg no REsp 1395258/SP, Rel. Ministro
SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em
05/11/2013, DJe 20/11/2013).
(…)
Dessarte, constata-se que o Tribunal local, ao concluir pela
inexistência de cerceamento de defesa do recorrente e regular
tramitação processual, alinhou-se à jurisprudência desta Corte
Superior de Justiça sobre o tema.”
Esse entendimento não fere a jurisprudência da Corte no sentido de
que “não há nulidade no julgamento da apelação interposta pelo
Ministério Público se a defesa, regularmente intimada para apresentar
contrarrazões, queda-se inerte” (RHC nº 133.121/DF, Relator para acórdão
o Ministro Edson Fachin, DJe de 20/10/17).
Perfilhando esse entendimento:
3
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Supremo Tribunal Federal
HC 149604 AGR / RS
Verifica-se, pois, que a instância de origem afastou a
nulidade alegada, sob o fundamento de que a defesa do
insurgente foi devidamente intimada para apresentar
contrarrazões ao recurso de apelação ministerial, quedando-se
inerte.
Sobre o assunto, este Superior Tribunal de Justiça firmou
entendimento no sentido de que inexiste vício na hipótese em
que o defensor constituído do réu é regularmente intimado
para ofertar as contrarrazões ao recurso da parte adversa e não
se manifesta no prazo legal, não havendo que se falar em
obrigatoriedade de se proceder à intimação pessoal do acusado.
Com efeito, em julgado semelhante, assentou-se neste
Sodalício que ‘A decretação de nulidade automática de todos os
feitos desprovidos de contrarrazões - a despeito da regular
intimação da parte -, na via especial, provocaria uma situação
jurídica caótica e totalmente desalinhada dos princípios
modernos norteadores do direito processual penal pátrio.
Sobretudo porque, em várias situações, a inércia da parte para
ofertar contrarrazões detém contornos nítidos de estratégia de
defesa, no intuito evidente de delongar a lide e provocar
nulidade ulterior’ (AgRg no REsp 1395258/SP, Rel. Ministro
SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em
05/11/2013, DJe 20/11/2013).
(…)
Dessarte, constata-se que o Tribunal local, ao concluir pela
inexistência de cerceamento de defesa do recorrente e regular
tramitação processual, alinhou-se à jurisprudência desta Corte
Superior de Justiça sobre o tema.”
Esse entendimento não fere a jurisprudência da Corte no sentido de
que “não há nulidade no julgamento da apelação interposta pelo
Ministério Público se a defesa, regularmente intimada para apresentar
contrarrazões, queda-se inerte” (RHC nº 133.121/DF, Relator para acórdão
o Ministro Edson Fachin, DJe de 20/10/17).
Perfilhando esse entendimento:
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
HC 149604 AGR / RS
“HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. SENTENÇA
ABSOLUTÓRIA. MINISTÉRIO PÚBLICO. APELAÇÃO.
DEFESA.
AUSÊNCIA
DE
APRESENTAÇÃO
DE
CONTRARRAZÕES. NULIDADE. INEXISTÊNCIA. ORDEM
DENEGADA. I - Não há falar em nulidade do julgamento da
apelação interposta pelo Ministério Público se a defesa,
regularmente intimada para a apresentação de contrarrazões,
queda-se inerte. Precedentes. II - Ordem denegada” (HC nº
102.142/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, DJe de 27/8/10);
“HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. INÉRCIA
DA DEFESA INTIMADA PARA APRESENTAÇÃO DAS
RAZÕES E CONTRA-RAZÕES RECURSAIS: CERCEAMENTO
DE DEFESA: NÃO CARACTERIZAÇÃO. PRECEDENTES.
HABEAS CORPUS DENEGADO. 1. A jurisprudência deste
Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que a
ausência de razões de apelação e de contrarrazões à apelação do
Ministério Público não é causa de nulidade por cerceamento de
defesa, se o defensor constituído pelo réu foi devidamente
intimado para apresentá-las. Precedentes. 2. Habeas corpus
denegado” (HC nº 91.251/RJ, Primeira Turma, Relatora a
Ministra Cármen Lúcia, DJe de 17/8/07);
Por fim, no que se refere à necessidade de intimação pessoal do réu
para apresentação de contrarrazões, destaco os seguintes precedente
desta Suprema Corte sobre o tema:
“RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS.
PROCESSO PENAL. CRIME DE TORTURA. SENTENÇA
ABSOLUTÓRIA. ADVOGADO CONSTITUÍDO. INTIMAÇÃO
PESSOAL DO SENTENCIADO. ARTIGO 392, II, DO CÓDIGO
DE PROCESSO PENAL. DESNECESSIDADE. INTIMAÇÃO
PARA CONTRARRAZÕES. CIÊNCIA DA SENTENÇA.
PREJUÍZO NÃO DEMONSTRADO. CONDENAÇÃO PENAL
4
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Supremo Tribunal Federal
HC 149604 AGR / RS
“HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. SENTENÇA
ABSOLUTÓRIA. MINISTÉRIO PÚBLICO. APELAÇÃO.
DEFESA.
AUSÊNCIA
DE
APRESENTAÇÃO
DE
CONTRARRAZÕES. NULIDADE. INEXISTÊNCIA. ORDEM
DENEGADA. I - Não há falar em nulidade do julgamento da
apelação interposta pelo Ministério Público se a defesa,
regularmente intimada para a apresentação de contrarrazões,
queda-se inerte. Precedentes. II - Ordem denegada” (HC nº
102.142/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, DJe de 27/8/10);
“HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. INÉRCIA
DA DEFESA INTIMADA PARA APRESENTAÇÃO DAS
RAZÕES E CONTRA-RAZÕES RECURSAIS: CERCEAMENTO
DE DEFESA: NÃO CARACTERIZAÇÃO. PRECEDENTES.
HABEAS CORPUS DENEGADO. 1. A jurisprudência deste
Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que a
ausência de razões de apelação e de contrarrazões à apelação do
Ministério Público não é causa de nulidade por cerceamento de
defesa, se o defensor constituído pelo réu foi devidamente
intimado para apresentá-las. Precedentes. 2. Habeas corpus
denegado” (HC nº 91.251/RJ, Primeira Turma, Relatora a
Ministra Cármen Lúcia, DJe de 17/8/07);
Por fim, no que se refere à necessidade de intimação pessoal do réu
para apresentação de contrarrazões, destaco os seguintes precedente
desta Suprema Corte sobre o tema:
“RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS.
PROCESSO PENAL. CRIME DE TORTURA. SENTENÇA
ABSOLUTÓRIA. ADVOGADO CONSTITUÍDO. INTIMAÇÃO
PESSOAL DO SENTENCIADO. ARTIGO 392, II, DO CÓDIGO
DE PROCESSO PENAL. DESNECESSIDADE. INTIMAÇÃO
PARA CONTRARRAZÕES. CIÊNCIA DA SENTENÇA.
PREJUÍZO NÃO DEMONSTRADO. CONDENAÇÃO PENAL
4
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
HC 149604 AGR / RS
PERANTE O TRIBUNAL DE JUSTIÇA. INTIMAÇÃO
PESSOAL DO CONDENADO COM ADVOGADO
CONSTITUÍDO. DESNECESSIDADE. PADRONIZAÇÃO NA
INTIMAÇÃO DOS ADVOGADOS. FALTA DE PEDIDO DE
INTIMAÇÃO
EXCLUSIVA.
PREJUÍZO
NÃO
DEMONSTRADO. 1. A intimação de sentença absolutória se
aperfeiçoa com a intimação do advogado constituído por
publicação na imprensa oficial. 2. O vício da falta de publicação
da sentença absolutória fica superado pela ulterior ciência do
inteiro teor do decisum por defensor constituído, por ocasião da
intimação para apresentação de contrarrazões ao apelo
ministerial em que formulado pedido de manutenção da
absolvição. 3. Sem a demonstração de prejuízo ao Recorrente,
incide o princípio maior que rege o tema, segundo o qual, sem
prejuízo, não se reconhece a nulidade (art. 563 do Código de
Processo Penal). 4. A intimação das decisões dos Tribunais
perfaz-se com a publicação na imprensa oficial quando houver
defensor constituído, a teor do § 1º do art. 370 do Código de
Processo Penal. 5. O patrocínio da defesa por advogado de
sindicato profissional não implica a necessidade de intimação
pessoal do assistido, de todo inviável equipará-lo a defensor
dativo, uma vez não nomeado pelo juízo, e sim constituído pelo
próprio paciente. 6. Imperioso reconhecer a legitimidade dos
atos de comunicação realizados em nome dos patronos com
poderes substabelecidos à falta de pedido expresso em sentido
diverso. 7. Recurso ordinário em habeas corpus ao qual se nega
provimento” (RHC nº 117.752/DF, Primeira Turma, Relatora a
Ministra Rosa Weber, DJe de 15/6/15).
“Habeas corpus. Penal. Processual penal. Roubo.
Intimação pessoal do réu e de seu defensor da sentença e do
acórdão condenatório. Nulidade inexistente. Ausência de
prejuízo. Intimação, ademais, que na segunda instância se
aperfeiçoa mediante simples intimação pela imprensa oficial.
Artigo 33, § 2º, do CP. Imposição de regime inicial de
cumprimento de pena mais gravoso. Possibilidade desde que
5
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HC 149604 AGR / RS
PERANTE O TRIBUNAL DE JUSTIÇA. INTIMAÇÃO
PESSOAL DO CONDENADO COM ADVOGADO
CONSTITUÍDO. DESNECESSIDADE. PADRONIZAÇÃO NA
INTIMAÇÃO DOS ADVOGADOS. FALTA DE PEDIDO DE
INTIMAÇÃO
EXCLUSIVA.
PREJUÍZO
NÃO
DEMONSTRADO. 1. A intimação de sentença absolutória se
aperfeiçoa com a intimação do advogado constituído por
publicação na imprensa oficial. 2. O vício da falta de publicação
da sentença absolutória fica superado pela ulterior ciência do
inteiro teor do decisum por defensor constituído, por ocasião da
intimação para apresentação de contrarrazões ao apelo
ministerial em que formulado pedido de manutenção da
absolvição. 3. Sem a demonstração de prejuízo ao Recorrente,
incide o princípio maior que rege o tema, segundo o qual, sem
prejuízo, não se reconhece a nulidade (art. 563 do Código de
Processo Penal). 4. A intimação das decisões dos Tribunais
perfaz-se com a publicação na imprensa oficial quando houver
defensor constituído, a teor do § 1º do art. 370 do Código de
Processo Penal. 5. O patrocínio da defesa por advogado de
sindicato profissional não implica a necessidade de intimação
pessoal do assistido, de todo inviável equipará-lo a defensor
dativo, uma vez não nomeado pelo juízo, e sim constituído pelo
próprio paciente. 6. Imperioso reconhecer a legitimidade dos
atos de comunicação realizados em nome dos patronos com
poderes substabelecidos à falta de pedido expresso em sentido
diverso. 7. Recurso ordinário em habeas corpus ao qual se nega
provimento” (RHC nº 117.752/DF, Primeira Turma, Relatora a
Ministra Rosa Weber, DJe de 15/6/15).
“Habeas corpus. Penal. Processual penal. Roubo.
Intimação pessoal do réu e de seu defensor da sentença e do
acórdão condenatório. Nulidade inexistente. Ausência de
prejuízo. Intimação, ademais, que na segunda instância se
aperfeiçoa mediante simples intimação pela imprensa oficial.
Artigo 33, § 2º, do CP. Imposição de regime inicial de
cumprimento de pena mais gravoso. Possibilidade desde que
5
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
HC 149604 AGR / RS
seja a decisão devida e concretamente fundamentada.
Circunstâncias judiciais reconhecidamente favoráveis. Pena-
base fixada no mínimo legal. Ausência de fundamentação apta
ao agravamento do regime prisional. Habeas corpus deferido
em parte. 1. Como é cediço, o princípio do pas de nullité sans
grief exige a demonstração de prejuízo concreto à parte que
suscita o vício, independentemente da sanção prevista para o
ato, pois não se declara nulidade por mera presunção. Ausência
de prejuízo à defesa, que deduziu tempestivamente o recurso
de apelação contra a decisão condenatória. 2. Intimação do réu
e de seu defensor do acórdão da apelação mediante publicação
do dispositivo do acórdão no Diário Oficial. Ato válido.
Desnecessidade de intimação pessoal do réu e do defensor
constituído. Exigência só pertinente à intimação da sentença de
primeiro grau. 3. A jurisprudência desta Corte tem entendido
que a fixação de regime mais severo do que aquele
abstratamente imposto pelo art. 33, § 2º, do CP não se admite
senão em virtude de razões concretamente demonstradas nos
autos. 4. Ausência, no caso concreto, de fundamentação válida
das razões de convencimento que conduziram à fixação do
cumprimento da pena em regime inicialmente fechado. 5. Writ
conhecido, ordem concedida em parte.” (HC nº 101.643/MG,
Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 30/11/10).
“AÇÃO PENAL. Sentença. Acórdão. Intimação do réu.
Realização mediante publicação do dispositivo do acórdão no
Diário Oficial. Ato válido. Desnecessidade de intimação pessoal
do réu e do defensor constituído. Exigência só pertinente à
intimação da sentença de primeiro grau. HC denegado.
Inteligência do art. 392 do CPP. Precedentes. A exigência de
intimação pessoal, a que se refere o art. 392 do Código de
Processo Penal, só se aplica em relação à sentença de primeira
instância, não a acórdão” (HC nº 81.691/SP, Segunda Turma,
Rel. Min. Cezar Peluso, DJe de 23/11/07).
Ante o exposto, sendo insuficientes os fundamentos do agravante
6
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Supremo Tribunal Federal
HC 149604 AGR / RS
seja a decisão devida e concretamente fundamentada.
Circunstâncias judiciais reconhecidamente favoráveis. Pena-
base fixada no mínimo legal. Ausência de fundamentação apta
ao agravamento do regime prisional. Habeas corpus deferido
em parte. 1. Como é cediço, o princípio do pas de nullité sans
grief exige a demonstração de prejuízo concreto à parte que
suscita o vício, independentemente da sanção prevista para o
ato, pois não se declara nulidade por mera presunção. Ausência
de prejuízo à defesa, que deduziu tempestivamente o recurso
de apelação contra a decisão condenatória. 2. Intimação do réu
e de seu defensor do acórdão da apelação mediante publicação
do dispositivo do acórdão no Diário Oficial. Ato válido.
Desnecessidade de intimação pessoal do réu e do defensor
constituído. Exigência só pertinente à intimação da sentença de
primeiro grau. 3. A jurisprudência desta Corte tem entendido
que a fixação de regime mais severo do que aquele
abstratamente imposto pelo art. 33, § 2º, do CP não se admite
senão em virtude de razões concretamente demonstradas nos
autos. 4. Ausência, no caso concreto, de fundamentação válida
das razões de convencimento que conduziram à fixação do
cumprimento da pena em regime inicialmente fechado. 5. Writ
conhecido, ordem concedida em parte.” (HC nº 101.643/MG,
Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 30/11/10).
“AÇÃO PENAL. Sentença. Acórdão. Intimação do réu.
Realização mediante publicação do dispositivo do acórdão no
Diário Oficial. Ato válido. Desnecessidade de intimação pessoal
do réu e do defensor constituído. Exigência só pertinente à
intimação da sentença de primeiro grau. HC denegado.
Inteligência do art. 392 do CPP. Precedentes. A exigência de
intimação pessoal, a que se refere o art. 392 do Código de
Processo Penal, só se aplica em relação à sentença de primeira
instância, não a acórdão” (HC nº 81.691/SP, Segunda Turma,
Rel. Min. Cezar Peluso, DJe de 23/11/07).
Ante o exposto, sendo insuficientes os fundamentos do agravante
6
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
HC 149604 AGR / RS
para modificar a decisão ora questionada, nego provimento ao agravo
regimental.
É como voto.
7
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Supremo Tribunal Federal
HC 149604 AGR / RS
para modificar a decisão ora questionada, nego provimento ao agravo
regimental.
É como voto.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12
Extrato de Ata - 12/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.604
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : ANDERSON ROBERTO FARIAS BONES
ADV.(A/S) : VIVIANE CITTA MELLA (85928/RS)
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Ministros Gilmar Mendes e Ricardo
Lewandowski. Presidência do Ministro Edson Fachin. 2ª Turma,
12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Edson Fachin. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello e Dias Toffoli.
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e
Ricardo Lewandowski.
Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio
Marques.
Ravena Siqueira
Secretária
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.604
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : ANDERSON ROBERTO FARIAS BONES
ADV.(A/S) : VIVIANE CITTA MELLA (85928/RS)
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Ministros Gilmar Mendes e Ricardo
Lewandowski. Presidência do Ministro Edson Fachin. 2ª Turma,
12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Edson Fachin. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello e Dias Toffoli.
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e
Ricardo Lewandowski.
Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio
Marques.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14300915 | 2017-12-12T00:00:00 | 2018-02-06T00:00:00 | A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Presidência do Ministro Edson Fachin. 2ª Turma, 12.12.2017. | AG.REG. NO HABEAS CORPUS | EMENTA
Agravo regimental em habeas corpus. Processual Penal. Alegada nulidade do julgamento da apelação do Ministério Público por ausência de apresentação de contrarrazões pela defesa. Defensor constituído regularmente intimado. Cerceamento de defesa. Não ocorrência. Intimação pessoal do réu. Desnecessidade. Regimental não provido.
1. Consoante entendimento da Corte, a ausência de contrarrazões à apelação do Ministério Público não é causa de nulidade por cerceamento de defesa se a defesa, regularmente intimada, se queda inerte.
2. A intimação do réu e de seu defensor constituído, em segundo grau de jurisdição, aperfeiçoa-se mediante publicação na imprensa oficial, a teor do § 1º do art. 370 do Código de Processo Penal, não implicando a necessidade de intimação pessoal do réu.
3. Agravo regimental ao qual se nega provimento. | sjur379854 | - Acórdão(s) citado(s):
(AUSÊNCIA, CONTRARRAZÕES, NULIDADE, DEFESA)
HC 81691 (2ªT), HC 91251 (1ªT), HC 101643 (1ªT), HC 102142 (1ªT), RHC 117752 (1ªT), RHC 133121 (1ªT).
Número de páginas: 12.
Análise: 16/02/2018, MAD. | DIAS TOFFOLI | Segunda Turma | 149604 | [
"LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\n ART-00370 PAR-00001\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL"
] | HC-AgR | acordaos | HC 149604 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ANDERSON ROBERTO FARIAS BONES
ADV.(A/S) : VIVIANE CITTA MELLA
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 149 . 604",
"HC 149604 AGR / RS",
"HC 149604 AGR / RS",
"HABEAS CORPUS 149 . 604",
"REsp [UNK] 1 . 655 . 791 / RS",
"apelação [UNK] 5046009 - 69 . 2013 . 4 . 04 . 7100 / RS",
"HABEAS CORPUS 149 . 604",
"REsp [UNK] 1 . 655 . 791 / RS",
"apelação [UNK] 5046009 - 69 . 2013 . 4 . 04 . 7100 / RS",
"HC 149604 AGR / RS",
"HC 149604 AGR / RS",
"HABEAS CORPUS 149 . 604",
"REsp [UNK] 1 . 655 . 791 / RS",
"HABEAS CORPUS 149 . 604",
"REsp [UNK] 1 . 655 . 791 / RS",
"HC 149604 AGR / RS",
"Ação Penal originária [UNK] 50460096920134047100",
"súmula [UNK] 523 do STF",
"HC 149604 AGR / RS",
"Ação Penal originária [UNK] 50460096920134047100",
"súmula [UNK] 523 do STF",
"HC 149604 AGR",
"AgRg no REsp 1395258 / SP",
"RHC [UNK] 133 . 121 / DF",
"HC 149604 AGR / RS",
"AgRg no REsp 1395258 / SP",
"RHC [UNK] 133 . 121 / DF",
"HC 149604 AGR / RS",
"HC [UNK] 102 . 142 / SP",
"HC [UNK] 91 . 251 / RJ",
"HC 149604 AGR / RS",
"HC [UNK] 102 . 142 / SP",
"HC [UNK] 91 . 251 / RJ",
"HC 149604 AGR / RS",
"RHC [UNK] 117 . 752 / DF",
"HC 149604 AGR / RS",
"RHC [UNK] 117 . 752 / DF",
"HC 149604 AGR / RS",
"HC [UNK] 101 . 643 / MG",
"HC [UNK] 81 . 691 / SP",
"HC 149604 AGR / RS",
"HC [UNK] 101 . 643 / MG",
"HC [UNK] 81 . 691 / SP",
"HC 149604 AGR / RS",
"HC 149604 AGR / RS",
"HABEAS CORPUS 149 . 604",
"HABEAS CORPUS 149 . 604"
],
"LEGISLACAO": [
"§ [UNK] do art . 370 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 392 , II , DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 392 , II , DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 563 do Código de Processo Penal",
"§ [UNK] do art . 370 do Código de Processo Penal",
"Artigo 33 , § [UNK] , do CP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 563 do Código de Processo Penal",
"§ [UNK] do art . 370 do Código de Processo Penal",
"Artigo 33 , § [UNK] , do CP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 33 , § [UNK] , do CP",
"art . 392 do CPP",
"art . 392 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 -",
"art . 33 , § [UNK] , do CP",
"art . 392 do CPP",
"art . 392 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Ministério Público",
"Ministério Público",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"STF",
"Corte Suprema",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"STF",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Corte Suprema .",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"RS",
"Superior Tribunal de Justiça",
"SEXTA TURMA",
"Ministério Público",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"SEXTA TURMA",
"Ministério Público",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"MINISTÉRIO PÚBLICO",
"Ministério Público",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público",
"Primeira Turma",
"Suprema Corte",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"ANDERSON ROBERTO FARIAS BONES",
"VIVIANE CITTA MELLA",
"Edson Fachin",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"ANDERSON ROBERTO FARIAS BONES",
"VIVIANE CITTA MELLA",
"DIAS TOFFOLI",
"Anderson Roberto Farias Bones",
"Jorge Mussi",
"Anderson Roberto Farias Bones",
"DIAS TOFFOLI",
"ANDERSON ROBERTO FARIAS BONES",
"VIVIANE CITTA MELLA",
"DIAS TOFFOLI",
"Anderson Roberto Farias Bones",
"Jorge Mussi",
"Anderson Roberto Farias Bones",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Edson Oliveira de Almeida",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Jorge Mussi",
"DIAS TOFFOLI",
"Jorge Mussi",
"DIAS TOFFOLI",
"Jorge Mussi",
"ANDERSON ROBERTO FARIAS BONÉS",
"ANDERSON",
"Jorge Mussi",
"ANDERSON ROBERTO FARIAS BONÉS",
"ANDERSON",
"DIAS TOFFOLI",
"SEBASTIÃO REIS JÚNIOR",
"Edson Fachin",
"SEBASTIÃO REIS JÚNIOR",
"Edson Fachin",
"DIAS TOFFOLI",
"Ricardo Lewandowski",
"Cármen Lúcia",
"Ricardo Lewandowski",
"Cármen Lúcia",
"DIAS TOFFOLI",
"Rosa Weber",
"Rosa Weber",
"DIAS TOFFOLI",
"Cezar Peluso",
"Cezar Peluso",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"ANDERSON ROBERTO FARIAS BONES",
"VIVIANE CITTA MELLA",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Edson Fachin",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Dias Toffoli",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Cláudia Sampaio Marques",
"Ravena Siqueira",
"DIAS TOFFOLI",
"ANDERSON ROBERTO FARIAS BONES",
"VIVIANE CITTA MELLA",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Edson Fachin",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Dias Toffoli",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Cláudia Sampaio Marques",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"12 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"17",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"17",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
"/",
"11",
"/",
"2013",
"20",
"/",
"11",
"/",
"2013",
"20",
"/",
"10",
"/",
"17",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
"/",
"11",
"/",
"2013",
"20",
"/",
"11",
"/",
"2013",
"20",
"/",
"10",
"/",
"17",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
"/",
"8",
"/",
"10",
"17",
"/",
"8",
"/",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
"/",
"8",
"/",
"10",
"17",
"/",
"8",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
"/",
"6",
"/",
"15",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
"/",
"6",
"/",
"15",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"11",
"/",
"10",
"23",
"/",
"11",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"11",
"/",
"10",
"23",
"/",
"11",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 842.446 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
EMBTE.(S)
:FERNANDO ANDRADE CHAVES
ADV.(A/S)
:MARIANA DRUMOND ANDRADE
EMBDO.(A/S)
:SEBASTIÃO PEDRO DE SOUZA
ADV.(A/S)
:LUIZ CARLOS CATALANI
EMBDO.(A/S)
:ADVOCACIA SAMIR JORGE
ADV.(A/S)
:TATIANA EVANGELISTA
EMBDO.(A/S)
:SAMIR JORGE
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E TRABALHISTA. EXECUÇÃO DE
JULGADO. REQUERIMENTO DE EXCLUSÃO DO POLO PASSIVO.
DISCUSSÃO SOBRE A LEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM.
ALEGADA OFENSA AO ARTIGO 5º, XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL.
CONTROVÉRSIA
DE
ÍNDOLE
INFRACONSTITUCIONAL.
AGRAVO
REGIMENTAL
DESPROVIDO.
1. Os embargos de declaração opostos objetivando reforma da
decisão do relator, com caráter infringente, devem ser convertidos em
agravo regimental, que é o recurso cabível, por força do princípio da
fungibilidade. Precedentes: Pet. 4.837-ED, Rel. Min. Cármen Lúcia,
Tribunal Pleno, DJ de 14/03/2011; Rcl. 11.022-ED, Rel. Min. Cármen Lúcia,
Tribunal Pleno, DJ de 07/04/2011; AI 547.827-ED, Rel. Min. Dias Toffoli,
Primeira Turma, DJ de 09/03/2011; RE 546.525-ED, Rel. Min. Ellen Gracie,
Segunda Turma, DJ de 05/04/2011.
2. O direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada,
quando objeto de verificação de cada caso concreto acerca da ocorrência
ou não de violação, não desafiam a instância extraordinária, posto
implicar análise de matéria infraconstitucional. Precedentes: AI 135.632-
AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 3.9.99, AI 551.002-AgR,
Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 16.12.05.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3135612.
Supremo Tribunal Federal
DJe 05/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8
Ementa e Acórdão
AI 842.446 ED / SP
3. A controvérsia atinente à legitimidade passiva ad causam não
viabiliza o conhecimento do recurso extraordinário, pois possui natureza
eminentemente infraconstitucional, demandando a revisão da
interpretação conferida pela instância judicante de origem à legislação
ordinária aplicável. Precedentes: AI 652.642-AgR, Rel. Min. Ayres Britto,
1ª Turma, DJe de 26/11/2009; AI 552.501-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, 2ª
Turma, DJ de 08/09/2006.
4. Agravo regimental desprovido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por maioria de votos, em converter os embargos de
declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro
Marco Aurélio, e, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
Documento assinado digitalmente
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3135612.
Supremo Tribunal Federal
AI 842.446 ED / SP
3. A controvérsia atinente à legitimidade passiva ad causam não
viabiliza o conhecimento do recurso extraordinário, pois possui natureza
eminentemente infraconstitucional, demandando a revisão da
interpretação conferida pela instância judicante de origem à legislação
ordinária aplicável. Precedentes: AI 652.642-AgR, Rel. Min. Ayres Britto,
1ª Turma, DJe de 26/11/2009; AI 552.501-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, 2ª
Turma, DJ de 08/09/2006.
4. Agravo regimental desprovido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por maioria de votos, em converter os embargos de
declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro
Marco Aurélio, e, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
Documento assinado digitalmente
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3135612.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 842.446 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
EMBTE.(S)
:FERNANDO ANDRADE CHAVES
ADV.(A/S)
:MARIANA DRUMOND ANDRADE
EMBDO.(A/S)
:SEBASTIÃO PEDRO DE SOUZA
ADV.(A/S)
:LUIZ CARLOS CATALANI
EMBDO.(A/S)
:ADVOCACIA SAMIR JORGE
ADV.(A/S)
:TATIANA EVANGELISTA
EMBDO.(A/S)
:SAMIR JORGE
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de embargos de
declaração opostos em face de decisão por mim proferida (fls. 63/66), em
que neguei seguimento ao agravo de instrumento, restando assim
ementada:
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL E
TRABALHISTA. EXECUÇÃO DE JULGADO. POSTULAÇÃO
DE EXCLUSÃO DO PÓLO PASSIVO. DISCUSSÃO SOBRE A
LEGITIMIDADE PASSIVA. ALEGADA OFENSA AO ARTIGO
5º, XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA.
CONTROVÉRSIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL.
1. A violação, no caso concreto, do direito adquirido, do
ato jurídico perfeito e da coisa julgada não desafia a instância
extraordinária, posto se ocorrente situa-se no âmbito
infraconstitucional. Precedentes: AI 135.632-AgR, Relator o
Ministro Celso de Mello, DJ de 3.9.99, AI 551.002-AgR, Relator o
Ministro Carlos Velloso, DJ de 16.12.05.
2. In casu, o recurso extraordinário não merece prosperar
no que tange à legitimidade passiva ad causam , tendo em vista
que a discussão, de cunho eminentemente infraconstitucional,
demanda a revisão da interpretação conferida pela instância
judicante de origem sobre a legislação ordinária aplicável.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3135613.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 842.446 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
EMBTE.(S)
:FERNANDO ANDRADE CHAVES
ADV.(A/S)
:MARIANA DRUMOND ANDRADE
EMBDO.(A/S)
:SEBASTIÃO PEDRO DE SOUZA
ADV.(A/S)
:LUIZ CARLOS CATALANI
EMBDO.(A/S)
:ADVOCACIA SAMIR JORGE
ADV.(A/S)
:TATIANA EVANGELISTA
EMBDO.(A/S)
:SAMIR JORGE
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de embargos de
declaração opostos em face de decisão por mim proferida (fls. 63/66), em
que neguei seguimento ao agravo de instrumento, restando assim
ementada:
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL E
TRABALHISTA. EXECUÇÃO DE JULGADO. POSTULAÇÃO
DE EXCLUSÃO DO PÓLO PASSIVO. DISCUSSÃO SOBRE A
LEGITIMIDADE PASSIVA. ALEGADA OFENSA AO ARTIGO
5º, XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA.
CONTROVÉRSIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL.
1. A violação, no caso concreto, do direito adquirido, do
ato jurídico perfeito e da coisa julgada não desafia a instância
extraordinária, posto se ocorrente situa-se no âmbito
infraconstitucional. Precedentes: AI 135.632-AgR, Relator o
Ministro Celso de Mello, DJ de 3.9.99, AI 551.002-AgR, Relator o
Ministro Carlos Velloso, DJ de 16.12.05.
2. In casu, o recurso extraordinário não merece prosperar
no que tange à legitimidade passiva ad causam , tendo em vista
que a discussão, de cunho eminentemente infraconstitucional,
demanda a revisão da interpretação conferida pela instância
judicante de origem sobre a legislação ordinária aplicável.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3135613.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8
Relatório
AI 842.446 ED / SP
Precedentes: AI 652.642-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, 1ª Turma,
DJe de 26/11/2009; AI 552.501-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, 2ª
Turma, DJ de 08/09/2006.
3. Agravo de instrumento a que se nega seguimento.”
Em suas razões, o embargante aponta omissão no julgado recorrido,
porquanto, segundo entende, restou evidente a violação ao artigo 5º,
XXXVI, da Constituição Federal, já que o acórdão recorrido consignou a
aplicação retroativa da legislação. Alega, ainda, que o Supremo Tribunal
Federal possui jurisprudência sobre a retroatividade mínima de uma
nova lei a contratos firmados anteriormente à sua vigência.
O Ministério Público Federal, mediante o parecer (fls. 77/80) do
Subprocurador-Geral Paulo da Rocha Campos, opinou pela rejeição dos
embargos e, caso recebidos como agravo regimental, por seu
desprovimento.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
AI 842.446 ED / SP
Precedentes: AI 652.642-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, 1ª Turma,
DJe de 26/11/2009; AI 552.501-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, 2ª
Turma, DJ de 08/09/2006.
3. Agravo de instrumento a que se nega seguimento.”
Em suas razões, o embargante aponta omissão no julgado recorrido,
porquanto, segundo entende, restou evidente a violação ao artigo 5º,
XXXVI, da Constituição Federal, já que o acórdão recorrido consignou a
aplicação retroativa da legislação. Alega, ainda, que o Supremo Tribunal
Federal possui jurisprudência sobre a retroatividade mínima de uma
nova lei a contratos firmados anteriormente à sua vigência.
O Ministério Público Federal, mediante o parecer (fls. 77/80) do
Subprocurador-Geral Paulo da Rocha Campos, opinou pela rejeição dos
embargos e, caso recebidos como agravo regimental, por seu
desprovimento.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8
Voto - MIN. LUIZ FUX
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 842.446 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Os embargos de
declaração foram opostos contra decisão do Relator.
Prima facie, o Supremo Tribunal Federal tem conhecido dos
embargos de declaração opostos objetivando reforma da decisão do
relator, com caráter infringente, como agravo regimental, que é o recurso
cabível, por força do princípio da fungibilidade. Nesse sentido, colaciono
os seguintes julgados: Pet 4.837-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal
Pleno, DJ 14.3.2011; Rcl 11.022-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal
Pleno, DJ 7.4.2011; AI 547.827-ED, rel. Min. DIAS TOFFOLI, 1ª Turma, DJ
9.3.2011; e RE 546.525-ED, rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma, DJ
5.4.2011.
Destarte, conheço dos embargos de declaração como agravo
regimental e passo a apreciá-lo.
De saída, esclareço que a irresignação recursal não merece prosperar.
A jurisprudência desta Suprema Corte é uníssona no sentido de que
o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, quando
objeto de verificação em cada caso concreto acerca da ocorrência de
violação, não desafiam a instância extraordinária, posto implicar análise
de matéria infraconstitucional. Nesse sentido, são os seguintes julgados:
AI 135.632-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, DJ de 03/09/99; e AI 551.002-
AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ de 16/12/05, este último assim
ementado:
“EMENTA:
CONSTITUCIONAL.
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. TRABALHISTA. QUESTÃO RELATIVA A
CABIMENTO DE RECURSO. DECLARAÇÃO DE
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3135614.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 842.446 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Os embargos de
declaração foram opostos contra decisão do Relator.
Prima facie, o Supremo Tribunal Federal tem conhecido dos
embargos de declaração opostos objetivando reforma da decisão do
relator, com caráter infringente, como agravo regimental, que é o recurso
cabível, por força do princípio da fungibilidade. Nesse sentido, colaciono
os seguintes julgados: Pet 4.837-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal
Pleno, DJ 14.3.2011; Rcl 11.022-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal
Pleno, DJ 7.4.2011; AI 547.827-ED, rel. Min. DIAS TOFFOLI, 1ª Turma, DJ
9.3.2011; e RE 546.525-ED, rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma, DJ
5.4.2011.
Destarte, conheço dos embargos de declaração como agravo
regimental e passo a apreciá-lo.
De saída, esclareço que a irresignação recursal não merece prosperar.
A jurisprudência desta Suprema Corte é uníssona no sentido de que
o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, quando
objeto de verificação em cada caso concreto acerca da ocorrência de
violação, não desafiam a instância extraordinária, posto implicar análise
de matéria infraconstitucional. Nesse sentido, são os seguintes julgados:
AI 135.632-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, DJ de 03/09/99; e AI 551.002-
AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ de 16/12/05, este último assim
ementado:
“EMENTA:
CONSTITUCIONAL.
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. TRABALHISTA. QUESTÃO RELATIVA A
CABIMENTO DE RECURSO. DECLARAÇÃO DE
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Voto - MIN. LUIZ FUX
AI 842.446 ED / SP
INCONSTITUCIONALIDADE. CF, art. 102, III, b. I. - As
questões relativas aos pressupostos de admissibilidade dos
recursos trabalhistas não viabilizam a abertura da via
extraordinária, por envolverem discussão de caráter
infraconstitucional. II. - Alegação de ofensa ao devido processo
legal: CF, art. 5º, LV: se ofensa tivesse havido, seria ela indireta,
reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais. E a
ofensa a preceito constitucional que autoriza a admissão do
recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. III. - A
verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de violação
ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada
situa-se no campo infraconstitucional. IV. - Alegação de ofensa
ao inciso IX do art. 93 da CF: improcedência, porque o que
pretende a recorrente, no ponto, é impugnar a decisão que lhe é
contrária, certo que o acórdão está suficientemente
fundamentado. V. - O pressuposto constitucional do recurso
extraordinário, inscrito no art. 102, III, b, é que tenha a decisão
recorrida declarado a inconstitucionalidade de tratado ou lei
federal. Se isso não ocorreu, segue-se a impossibilidade de o
recurso, interposto com fundamento na citada alínea b, ser
admitido. VI. - Agravo não provido.”
Ademais, a controvérsia atinente à legitimidade passiva ad causam
não viabiliza o conhecimento do recurso extraordinário, pois a discussão
possui natureza eminentemente infraconstitucional, demandando a
análise da interpretação conferida pela instância judicante de origem
sobre a legislação ordinária aplicável. Nesse sentido, menciono os
seguintes precedentes:
“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO
DOS INCISOS II E XXXVI DO ART. 5º E DO § 6º DO ART. 37
DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INCIDÊNCIA DAS
SÚMULAS 282 E 356 DO STF. QUESTÃO RESTRITA AO
ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. PRECEDENTES. 1. Os
temas constitucionais suscitados no apelo extremo não foram
2
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AI 842.446 ED / SP
INCONSTITUCIONALIDADE. CF, art. 102, III, b. I. - As
questões relativas aos pressupostos de admissibilidade dos
recursos trabalhistas não viabilizam a abertura da via
extraordinária, por envolverem discussão de caráter
infraconstitucional. II. - Alegação de ofensa ao devido processo
legal: CF, art. 5º, LV: se ofensa tivesse havido, seria ela indireta,
reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais. E a
ofensa a preceito constitucional que autoriza a admissão do
recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. III. - A
verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de violação
ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada
situa-se no campo infraconstitucional. IV. - Alegação de ofensa
ao inciso IX do art. 93 da CF: improcedência, porque o que
pretende a recorrente, no ponto, é impugnar a decisão que lhe é
contrária, certo que o acórdão está suficientemente
fundamentado. V. - O pressuposto constitucional do recurso
extraordinário, inscrito no art. 102, III, b, é que tenha a decisão
recorrida declarado a inconstitucionalidade de tratado ou lei
federal. Se isso não ocorreu, segue-se a impossibilidade de o
recurso, interposto com fundamento na citada alínea b, ser
admitido. VI. - Agravo não provido.”
Ademais, a controvérsia atinente à legitimidade passiva ad causam
não viabiliza o conhecimento do recurso extraordinário, pois a discussão
possui natureza eminentemente infraconstitucional, demandando a
análise da interpretação conferida pela instância judicante de origem
sobre a legislação ordinária aplicável. Nesse sentido, menciono os
seguintes precedentes:
“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO
DOS INCISOS II E XXXVI DO ART. 5º E DO § 6º DO ART. 37
DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INCIDÊNCIA DAS
SÚMULAS 282 E 356 DO STF. QUESTÃO RESTRITA AO
ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. PRECEDENTES. 1. Os
temas constitucionais suscitados no apelo extremo não foram
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Voto - MIN. LUIZ FUX
AI 842.446 ED / SP
objeto de análise prévia, e conclusiva, pela Instância Judicante
de origem. Pelo que incidem as Súmulas 282 e 356 desta Corte.
2. Discussão sobre a legitimidade passiva para a demanda é
questão restrita ao âmbito infraconstitucional, que não enseja
apreciação em recurso extraordinário. Precedentes. 3. Agravo
regimental desprovido.” (AI 652.642-AgR, Rel. Min. Ayres
Britto, Primeira Turma, DJe de 26/11/2009).
“1. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade.
Caderneta de Poupança. Correção. Lei nº 8.024/90. Agravo
Regimental não provido. Aplicação da súmula 725. "É
constitucional o § 2º do art. 6º da L. 8.024/90, resultante da
conversão da MPr 168/90, que fixou o BTN fiscal como índice
de correção monetária aplicável aos depósitos bloqueados pelo
Plano Collor I." 2. Recurso. Extraordinário. Inadmissibilidade.
Caderneta de Poupança. Correção. Lei nº 8.024/90. Legitimidade
Passiva. Questão infraconstitucional. Agravo Regimental não
provido. Precedentes. Questão da legitimidade passiva do
Banco Central, em ação sobre correção monetária de depósito
em caderneta de poupança, quando sancionada à luz da Lei nº
8.024/90, não envolve ofensa direta à CF e, pois, não autoriza
recurso extraordinário. 3. Agravo de instrumento.
Inadmissibilidade. Jurisprudência assentada. Ausência de
razões novas. Decisão mantida. Agravo regimental improvido.
Nega-se provimento a agravo regimental tendente a impugnar,
sem razões novas, decisão fundada em jurisprudência assente
na Corte.” (AI 552.501-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda
Turma, DJ de 08/09/2006).
Ex positis, nego provimento ao agravo regimental.
É o voto.
3
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AI 842.446 ED / SP
objeto de análise prévia, e conclusiva, pela Instância Judicante
de origem. Pelo que incidem as Súmulas 282 e 356 desta Corte.
2. Discussão sobre a legitimidade passiva para a demanda é
questão restrita ao âmbito infraconstitucional, que não enseja
apreciação em recurso extraordinário. Precedentes. 3. Agravo
regimental desprovido.” (AI 652.642-AgR, Rel. Min. Ayres
Britto, Primeira Turma, DJe de 26/11/2009).
“1. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade.
Caderneta de Poupança. Correção. Lei nº 8.024/90. Agravo
Regimental não provido. Aplicação da súmula 725. "É
constitucional o § 2º do art. 6º da L. 8.024/90, resultante da
conversão da MPr 168/90, que fixou o BTN fiscal como índice
de correção monetária aplicável aos depósitos bloqueados pelo
Plano Collor I." 2. Recurso. Extraordinário. Inadmissibilidade.
Caderneta de Poupança. Correção. Lei nº 8.024/90. Legitimidade
Passiva. Questão infraconstitucional. Agravo Regimental não
provido. Precedentes. Questão da legitimidade passiva do
Banco Central, em ação sobre correção monetária de depósito
em caderneta de poupança, quando sancionada à luz da Lei nº
8.024/90, não envolve ofensa direta à CF e, pois, não autoriza
recurso extraordinário. 3. Agravo de instrumento.
Inadmissibilidade. Jurisprudência assentada. Ausência de
razões novas. Decisão mantida. Agravo regimental improvido.
Nega-se provimento a agravo regimental tendente a impugnar,
sem razões novas, decisão fundada em jurisprudência assente
na Corte.” (AI 552.501-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda
Turma, DJ de 08/09/2006).
Ex positis, nego provimento ao agravo regimental.
É o voto.
3
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 842.446
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
EMBTE.(S) : FERNANDO ANDRADE CHAVES
ADV.(A/S) : MARIANA DRUMOND ANDRADE
EMBDO.(A/S) : SEBASTIÃO PEDRO DE SOUZA
ADV.(A/S) : LUIZ CARLOS CATALANI
EMBDO.(A/S) : ADVOCACIA SAMIR JORGE
ADV.(A/S) : TATIANA EVANGELISTA
EMBDO.(A/S) : SAMIR JORGE
Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos
de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor
Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 842.446
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
EMBTE.(S) : FERNANDO ANDRADE CHAVES
ADV.(A/S) : MARIANA DRUMOND ANDRADE
EMBDO.(A/S) : SEBASTIÃO PEDRO DE SOUZA
ADV.(A/S) : LUIZ CARLOS CATALANI
EMBDO.(A/S) : ADVOCACIA SAMIR JORGE
ADV.(A/S) : TATIANA EVANGELISTA
EMBDO.(A/S) : SAMIR JORGE
Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos
de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor
Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3161001 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-05T00:00:00 | Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | Ementa: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E TRABALHISTA. EXECUÇÃO DE JULGADO. REQUERIMENTO DE EXCLUSÃO DO POLO PASSIVO. DISCUSSÃO SOBRE A LEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM. ALEGADA OFENSA AO ARTIGO 5º, XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. CONTROVÉRSIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.
1. Os embargos de declaração opostos objetivando reforma da decisão do relator, com caráter infringente, devem ser convertidos em agravo regimental, que é o recurso cabível, por força do princípio da fungibilidade. Precedentes: Pet. 4.837-ED, Rel. Min. Cármen Lúcia, Tribunal Pleno, DJ de 14/03/2011; Rcl. 11.022-ED, Rel. Min. Cármen Lúcia, Tribunal Pleno, DJ de 07/04/2011; AI 547.827-ED, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJ de 09/03/2011; RE 546.525-ED, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ de 05/04/2011.
2. O direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, quando objeto de verificação de cada caso concreto acerca da ocorrência ou não de violação, não desafiam a instância extraordinária, posto implicar análise de matéria infraconstitucional. Precedentes: AI 135.632-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 3.9.99, AI 551.002-AgR, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 16.12.05.
3. A controvérsia atinente à legitimidade passiva ad causam não viabiliza o conhecimento do recurso extraordinário, pois possui natureza eminentemente infraconstitucional, demandando a revisão da interpretação conferida pela instância judicante de origem à legislação ordinária aplicável. Precedentes: AI 652.642-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, 1ª Turma, DJe de 26/11/2009; AI 552.501-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, 2ª Turma, DJ de 08/09/2006.
4. Agravo regimental desprovido. | sjur220722 | - Acórdão (s) citado (s):
(EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, EFEITOS INFRINGENTES)
STF: PET 4837 ED (TP), RCL 11022 ED (TP), AI 547827 ED (1ªT), RE 546525 ED (2ªT);
(DIREITO ADQUIRIDO, COISA JULGADA, MATERIA INFRACONSTITUCIONAL)
STF: AI 135632 AgR (1ªT), AI 551002 AgR (2ªT);
(LEGITIMIDADE PASSIVA "AD CAUSAM", MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL)
STF: AI 652642 AgR (1ªT), AI 552501 AgR (2ªT).
Número de páginas: 8.
Análise: 18/12/2012, BMB. | LUIZ FUX | Primeira Turma | 842446 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00036 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL"
] | AI-ED | acordaos | AI 842446 ED | [
""
] | EMBTE.(S) : FERNANDO ANDRADE CHAVES
ADV.(A/S) : MARIANA DRUMOND ANDRADE
EMBDO.(A/S) : SEBASTIÃO PEDRO DE SOUZA
ADV.(A/S) : LUIZ CARLOS CATALANI
EMBDO.(A/S) : ADVOCACIA SAMIR JORGE
ADV.(A/S) : TATIANA EVANGELISTA
EMBDO.(A/S) : SAMIR JORGE | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"Rcl . 11 . 022 - ED",
"AI 547 . 827 - ED",
"RE 546 . 525 - ED",
"AI 135 . 632 - AgR",
"AI 551 . 002 - AgR",
"AI 842 . 446 ED / SP",
"AI 652 . 642 - AgR",
"AI 552 . 501 - AgR",
"AI 842 . 446 ED / SP",
"AI 652 . 642 - AgR",
"AI 552 . 501 - AgR",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 842 . 446",
"AI 135 . 632 - AgR",
"AI 551 . 002 - AgR",
"AI 135 . 632 - AgR",
"AI 551 . 002 - AgR",
"AI 842 . 446 ED / SP",
"AI 652 . 642 - AgR",
"AI 552 . 501 - AgR",
"AI 842 . 446 ED / SP",
"AI 652 . 642 - AgR",
"AI 552 . 501 - AgR",
"Pet 4 . 837 - ED",
"Rcl 11 . 022 - ED",
"AI 547 . 827 - ED",
"RE 546 . 525 - ED",
"AI 135 . 632 - AgR",
"AI 551 . 002 - AgR",
"Pet 4 . 837 - ED",
"Rcl 11 . 022 - ED",
"AI 547 . 827 - ED",
"RE 546 . 525 - ED",
"AI 135 . 632 - AgR",
"AI 551 . 002 - AgR",
"AI 842 . 446 ED / SP",
"SÚMULAS 282",
"AI 842 . 446 ED",
"SÚMULAS 282",
"AI 842 . 446 ED / SP",
"AI 652 . 642 - AgR",
"AI 552 . 501 - AgR",
"AI 842 . 446 ED / SP",
"AI 652 . 642 - AgR",
"AI 552 . 501 - AgR",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 842 . 446"
],
"LEGISLACAO": [
"ARTIGO [UNK] , XXXVI , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO [UNK] , XXXVI , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO [UNK] , XXXVI , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , XXXVI , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , XXXVI , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CF , art . 102 , III , b",
"CF , art . [UNK] , LV",
"inciso IX do art . 93 da CF",
"INCISOS II E XXXVI DO ART . [UNK] E DO § [UNK] DO ART . 37 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CF , art . 102 , III ,",
"CF , art . [UNK] , LV",
"inciso IX do art . 93 da CF",
"INCISOS II E XXXVI DO ART . [UNK] E DO § [UNK] DO ART . 37 DA CONSTITUIÇÃO",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 8 . 024 / 90",
"§ [UNK] do art . [UNK] da L . 8 . 024 / 90",
"MPr 168 / 90",
"Lei [UNK] 8 . 024 / 90",
"Lei [UNK] 8 . 024 / 90",
"CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 8 . 024 / 90",
"§ [UNK] do art . [UNK] da L . 8 . 024 / 90",
"MPr 168 / 90",
"Lei [UNK] 8 . 024 / 90",
"Lei [UNK] 8 . 024 / 90",
"CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"Tribunal Pleno",
"Tribunal Pleno",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Pleno",
"Tribunal Pleno",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Pleno",
"Tribunal Pleno",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Banco Central",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Banco Central",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"LUIZ FUX",
"FERNANDO ANDRADE CHAVES",
"MARIANA DRUMOND ANDRADE",
"SEBASTIÃO PEDRO DE SOUZA",
"LUIZ CARLOS CATALANI",
"SAMIR JORGE",
"TATIANA EVANGELISTA",
"SAMIR JORGE",
"Cármen Lúcia",
"Cármen Lúcia",
"Dias Toffoli",
"Ellen Gracie",
"Celso de Mello",
"Carlos Velloso",
"Ayres Britto",
"Cezar Peluso",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"LUIZ FUX",
"Ayres Britto",
"Cezar Peluso",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"FERNANDO ANDRADE CHAVES",
"MARIANA DRUMOND ANDRADE",
"SEBASTIÃO PEDRO DE SOUZA",
"LUIZ CARLOS CATALANI",
"ADVOCACIA SAMIR JORGE",
"TATIANA EVANGELISTA",
"SAMIR JORGE",
"LUIZ FUX",
"Celso de Mello",
"Carlos Velloso",
"LUIZ FUX",
"FERNANDO ANDRADE CHAVES",
"MARIANA DRUMOND ANDRADE",
"SEBASTIÃO PEDRO DE SOUZA",
"LUIZ CARLOS CATALANI",
"SAMIR JORGE",
"TATIANA EVANGELISTA",
"SAMIR JORGE",
"LUIZ FUX",
"Celso de Mello",
"Carlos Velloso",
"Ayres Britto",
"Cezar Peluso",
"Paulo da Rocha Campos",
"Ayres Britto",
"Cezar Peluso",
"Paulo da Rocha Campos",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"DIAS TOFFOLI",
"ELLEN GRACIE",
"Celso de Mello",
"Carlos Velloso",
"LUIZ FUX",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"DIAS TOFFOLI",
"ELLEN GRACIE",
"Celso de Mello",
"Carlos Velloso",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"Ayres Britto",
"Cezar Peluso",
"Ayres Britto",
"Cezar Peluso",
"LUIZ FUX",
"FERNANDO ANDRADE CHAVES",
"MARIANA DRUMOND ANDRADE",
"SEBASTIÃO PEDRO DE SOUZA",
"LUIZ CARLOS CATALANI",
"ADVOCACIA SAMIR JORGE",
"TATIANA EVANGELISTA",
"SAMIR JORGE",
"Marco Aurélio",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"LUIZ FUX",
"FERNANDO ANDRADE CHAVES",
"MARIANA DRUMOND ANDRADE",
"SEBASTIÃO PEDRO DE SOUZA",
"LUIZ CARLOS CATALANI",
"ADVOCACIA",
"SAMIR JORGE",
"TATIANA EVANGELISTA",
"SAMIR JORGE",
"Marco Aurélio",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
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"TEMPO": [
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"03",
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".",
"9",
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"2009",
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"2006",
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"2001",
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"2012",
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"9",
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"05",
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"2009",
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"2011",
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"2011",
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"/",
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"08",
"/",
"09",
"/",
"2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
"/",
"11",
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"2009",
"08",
"/",
"09",
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"2006",
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"10",
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"08",
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"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.594 PERNAMBUCO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:ALEXANDER
HRIDAYANANDA
MAHARAJA
DASSA CRUZ
ADV.(A/S)
:YURI AZEVEDO HERCULANO
AGDO.(A/S)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
EMENTA
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
HABEAS
CORPUS.
SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. INADEQUAÇÃO DA
VIA ELEITA. HOMICÍDIO QUALIFICADO. FRAUDE PROCESSUAL.
PRISÃO PREVENTIVA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA.
FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA.
1. Contra a denegação de habeas corpus por Tribunal Superior prevê a
Constituição Federal remédio jurídico expresso, o recurso ordinário.
Diante da dicção do art. 102, II, a, da Constituição da República, a
impetração de novo habeas corpus em caráter substitutivo escamoteia o
instituto recursal próprio, em manifesta burla ao preceito constitucional.
2. Prisão preventiva decretada forte na garantia da ordem pública,
presentes as circunstâncias concretas reveladas nos autos. Precedentes.
3. Agravo regimental conhecido e não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal em conhecer do agravo e negar-lhe
provimento, nos termos do voto da Relatora e por maioria de votos, em
sessão da Primeira Turma presidida pelo Ministro Marco Aurélio, na
conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas. Vencido o
Ministro Marco Aurélio.
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14215707.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 15
Ementa e Acórdão
HC 149594 AGR / PE
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14215707.
Supremo Tribunal Federal
HC 149594 AGR / PE
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14215707.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 15
Relatório
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.594 PERNAMBUCO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:ALEXANDER
HRIDAYANANDA
MAHARAJA
DASSA CRUZ
ADV.(A/S)
:YURI AZEVEDO HERCULANO
AGDO.(A/S)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RELATÓRIO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de agravo
regimental da decisão em que neguei seguimento ao writ impetrado
contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça, que não conheceu do HC
410.539/PE.
Na presente via, a Defesa reitera o argumento de inidoneidade da
fundamentação do decreto prisional, porquanto lastreada na gravidade
abstrata do delito. Insiste na ausência dos requisitos autorizadores da
constrição cautelar. Ressalta a existências de circunstâncias favoráveis ao
paciente, como primariedade, bons antecedentes, residência fixa e
ocupação lícita. Pugna pela intimação da Defesa para sustentar oralmente
suas razões na sessão de julgamento. Requer o provimento do recurso,
para concessão da ordem de habeas corpus.
O Ministério Público Federal, em parecer da lavra da
Subprocuradora-Geral da República Cláudia Sampaio Marques, opina
pelo não provimento do agravo regimental.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14215708.
Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.594 PERNAMBUCO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:ALEXANDER
HRIDAYANANDA
MAHARAJA
DASSA CRUZ
ADV.(A/S)
:YURI AZEVEDO HERCULANO
AGDO.(A/S)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RELATÓRIO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de agravo
regimental da decisão em que neguei seguimento ao writ impetrado
contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça, que não conheceu do HC
410.539/PE.
Na presente via, a Defesa reitera o argumento de inidoneidade da
fundamentação do decreto prisional, porquanto lastreada na gravidade
abstrata do delito. Insiste na ausência dos requisitos autorizadores da
constrição cautelar. Ressalta a existências de circunstâncias favoráveis ao
paciente, como primariedade, bons antecedentes, residência fixa e
ocupação lícita. Pugna pela intimação da Defesa para sustentar oralmente
suas razões na sessão de julgamento. Requer o provimento do recurso,
para concessão da ordem de habeas corpus.
O Ministério Público Federal, em parecer da lavra da
Subprocuradora-Geral da República Cláudia Sampaio Marques, opina
pelo não provimento do agravo regimental.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14215708.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 15
Voto - MIN. ROSA WEBER
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.594 PERNAMBUCO
VOTO
A Senhora Ministra Rosa Weber - (Relatora): De início, nada colhe o
pedido de sustentação oral em agravo regimental no presente habeas
corpus.
De acordo com os arts. 83, § 1º, III1, e 131, § 2º2, Regimento Interno do
Supremo Tribunal Federal, não é obrigatória a prévia intimação do
advogado para o julgamento do agravo regimental, visto que, além de
não depender de pauta, há vedação expressa quanto à realização de
sustentação oral.
Inobstante o novo Código de Processo Civil (Lei 13.105/2015)
facultar a sustentação oral em sede de agravo interno em reclamação,
mandado de segurança e ação rescisória (art. 937, § 3º, do CPC),
mitigando a regra do art. 131, § 2º, do RISTF, a norma não abrange os
recursos manejados em habeas corpus. Destaco precedentes:
“Não cabe sustentação oral, em sede de agravo interno,
considerada a existência de expressa vedação regimental que a impede
(RISTF, art. 131, § 2º), fundada em norma cuja constitucionalidade
foi expressamente reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal.
Precedentes.” (HC 145.627-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello, 2ª
Turma, DJe 20.11.2017)
“O Plenário desta Corte, ao examinar feitos de natureza penal,
assentou o entendimento de que “não cabe sustentação oral, em sede
de "agravo regimental", considerada a existência de expressa vedação
regimental que a impede (RISTF, art. 131, § 2º), fundada em norma
cuja constitucionalidade foi expressamente reconhecida pelo Supremo
1
RISTF, Art. 83, § 1º: “ Independem de pauta: III – o julgamento de habeas corpus, de conflito
de jurisdição ou competência e de atribuições, de embargos declaratórios, de agravo regimental e de
agravo de instrumento.”
2
RISTF, Art. 131, § 2º: “Não haverá sustentação oral nos julgamentos de agravo, embargos
declaratórios, arguição de suspeição e medida cautelar.”
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14215709.
Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.594 PERNAMBUCO
VOTO
A Senhora Ministra Rosa Weber - (Relatora): De início, nada colhe o
pedido de sustentação oral em agravo regimental no presente habeas
corpus.
De acordo com os arts. 83, § 1º, III1, e 131, § 2º2, Regimento Interno do
Supremo Tribunal Federal, não é obrigatória a prévia intimação do
advogado para o julgamento do agravo regimental, visto que, além de
não depender de pauta, há vedação expressa quanto à realização de
sustentação oral.
Inobstante o novo Código de Processo Civil (Lei 13.105/2015)
facultar a sustentação oral em sede de agravo interno em reclamação,
mandado de segurança e ação rescisória (art. 937, § 3º, do CPC),
mitigando a regra do art. 131, § 2º, do RISTF, a norma não abrange os
recursos manejados em habeas corpus. Destaco precedentes:
“Não cabe sustentação oral, em sede de agravo interno,
considerada a existência de expressa vedação regimental que a impede
(RISTF, art. 131, § 2º), fundada em norma cuja constitucionalidade
foi expressamente reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal.
Precedentes.” (HC 145.627-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello, 2ª
Turma, DJe 20.11.2017)
“O Plenário desta Corte, ao examinar feitos de natureza penal,
assentou o entendimento de que “não cabe sustentação oral, em sede
de "agravo regimental", considerada a existência de expressa vedação
regimental que a impede (RISTF, art. 131, § 2º), fundada em norma
cuja constitucionalidade foi expressamente reconhecida pelo Supremo
1
RISTF, Art. 83, § 1º: “ Independem de pauta: III – o julgamento de habeas corpus, de conflito
de jurisdição ou competência e de atribuições, de embargos declaratórios, de agravo regimental e de
agravo de instrumento.”
2
RISTF, Art. 131, § 2º: “Não haverá sustentação oral nos julgamentos de agravo, embargos
declaratórios, arguição de suspeição e medida cautelar.”
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14215709.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 15
Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 149594 AGR / PE
Tribunal Federal” (Pet 2.820-AgR, Rel. Min. Celso de Mello).” (HC
135.175-AgR/SP, Rel. Min. Roberto Barroso, 1ª Turma, DJe
01.6.2017)
“Conforme proibição expressa constante do art. 131, § 2º, do
RISTF, não haverá sustentação oral nos julgamentos de agravo,
embargos declaratórios, arguição de suspeição e medida cautelar.”
(RHC 136.168-AgR/RN, Rel. Min. Teori Zavascki, 2ª Turma, DJe
06.12.2016)
“Tendo em vista o princípio da especialidade, não cabe
sustentação oral no julgamento de agravo regimental em matéria
processual penal. Vedação expressa do regimento interno do STF.”
(HC 130810 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira
Turma, julgado em 02/08/2016)” (HC 129.369-AgR/RN, Rel. Min.
Edson Fachin, 1ª Turma, DJe 17.11.2016).
Passo à análise do recurso.
O presente agravo regimental objetiva rever decisão em que neguei
seguimento ao writ aos seguintes fundamentos:
“(...).
Extraio do ato dito coator:
“PROCESSUAL
PENAL.
HABEAS
CORPUS
SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. NÃO
CABIMENTO. HOMICÍDIO QUALIFICADO. EXCESSO DE
PRAZO NA FORMAÇÃO DA CULPA. MATÉRIA NÃO LEVADA
À APRECIAÇÃO DO TRIBUNAL DE ORIGEM. SUPRESSÃO
DE INSTÂNCIA. PRISÃO PREVENTIVA. SEGREGAÇÃO
CAUTELAR DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA NA
GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. MODUS OPERANDI.
VÍTIMA BRUTALMENTE AGREDIDA COM SOCOS E
CHUTES. MEDIDAS CAUTELARES. IMPOSSIBILIDADE.
HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO.
I - A Terceira Seção desta Corte, seguindo entendimento firmado
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 149594 AGR / PE
Tribunal Federal” (Pet 2.820-AgR, Rel. Min. Celso de Mello).” (HC
135.175-AgR/SP, Rel. Min. Roberto Barroso, 1ª Turma, DJe
01.6.2017)
“Conforme proibição expressa constante do art. 131, § 2º, do
RISTF, não haverá sustentação oral nos julgamentos de agravo,
embargos declaratórios, arguição de suspeição e medida cautelar.”
(RHC 136.168-AgR/RN, Rel. Min. Teori Zavascki, 2ª Turma, DJe
06.12.2016)
“Tendo em vista o princípio da especialidade, não cabe
sustentação oral no julgamento de agravo regimental em matéria
processual penal. Vedação expressa do regimento interno do STF.”
(HC 130810 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira
Turma, julgado em 02/08/2016)” (HC 129.369-AgR/RN, Rel. Min.
Edson Fachin, 1ª Turma, DJe 17.11.2016).
Passo à análise do recurso.
O presente agravo regimental objetiva rever decisão em que neguei
seguimento ao writ aos seguintes fundamentos:
“(...).
Extraio do ato dito coator:
“PROCESSUAL
PENAL.
HABEAS
CORPUS
SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. NÃO
CABIMENTO. HOMICÍDIO QUALIFICADO. EXCESSO DE
PRAZO NA FORMAÇÃO DA CULPA. MATÉRIA NÃO LEVADA
À APRECIAÇÃO DO TRIBUNAL DE ORIGEM. SUPRESSÃO
DE INSTÂNCIA. PRISÃO PREVENTIVA. SEGREGAÇÃO
CAUTELAR DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA NA
GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. MODUS OPERANDI.
VÍTIMA BRUTALMENTE AGREDIDA COM SOCOS E
CHUTES. MEDIDAS CAUTELARES. IMPOSSIBILIDADE.
HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO.
I - A Terceira Seção desta Corte, seguindo entendimento firmado
2
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Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 15
Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 149594 AGR / PE
pela Primeira Turma do col. Pretório Excelso, firmou orientação no
sentido de não admitir a impetração de habeas corpus em substituição
ao recurso adequado, situação que implica o não conhecimento da
impetração, ressalvados casos excepcionais em que, configurada
flagrante ilegalidade apta a gerar constrangimento ilegal, seja possível
a concessão da ordem de ofício.
II - No que tange à alegação de excesso de prazo, verifica-se do v.
acórdão combatido que referida tese não foi apreciada pelo Tribunal de
origem, ficando, pois, impedida esta Corte de proceder a análise desta,
sob pena de indevida supressão de instância (precedentes).
III - A segregação cautelar deve ser considerada exceção, já que
tal medida constritiva só se justifica caso demonstrada sua real
indispensabilidade para assegurar a ordem pública, a instrução
criminal ou a aplicação da lei penal, ex vi do artigo 312 do Código de
Processo Penal.
IV - Na hipótese, o decreto prisional encontra-se devidamente
fundamentado em dados concretos extraídos dos autos, notadamente
pelo fato de a vítima ter sido brutalmente agredida com socos e chutes
pelo réu e mais cinco comparsas, ocasionando lesões gravíssimas que a
levaram a óbito, o que, por si só, já demonstra a necessidade de
acautelamento da ordem pública.
V - A presença de circunstâncias pessoais favoráveis não tem o
condão de garantir a revogação da prisão se há nos autos elementos
hábeis a justificar a imposição da segregação cautelar, como na
hipótese. Pela mesma razão, não há que se falar em possibilidade de
aplicação de medidas cautelares diversas da prisão.
Habeas corpus não conhecido”.
Contra o ato apontado como coator, prevê a Constituição da
República remédio jurídico expresso, o recurso ordinário (art. 102, II,
a). Diante da dicção constitucional não cabe a utilização de novo
habeas corpus, em caráter substitutivo (HC 109.956/PR, Rel. Min.
Marco Aurélio, 1ª Turma, DJe 11.9.2012 e HC 104.045/RJ, de minha
relatoria, DJe 06.9.2012).
Ademais, não detecto constrangimento ilegal ou teratologia
hábil à concessão da ordem de ofício.
3
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Supremo Tribunal Federal
HC 149594 AGR / PE
pela Primeira Turma do col. Pretório Excelso, firmou orientação no
sentido de não admitir a impetração de habeas corpus em substituição
ao recurso adequado, situação que implica o não conhecimento da
impetração, ressalvados casos excepcionais em que, configurada
flagrante ilegalidade apta a gerar constrangimento ilegal, seja possível
a concessão da ordem de ofício.
II - No que tange à alegação de excesso de prazo, verifica-se do v.
acórdão combatido que referida tese não foi apreciada pelo Tribunal de
origem, ficando, pois, impedida esta Corte de proceder a análise desta,
sob pena de indevida supressão de instância (precedentes).
III - A segregação cautelar deve ser considerada exceção, já que
tal medida constritiva só se justifica caso demonstrada sua real
indispensabilidade para assegurar a ordem pública, a instrução
criminal ou a aplicação da lei penal, ex vi do artigo 312 do Código de
Processo Penal.
IV - Na hipótese, o decreto prisional encontra-se devidamente
fundamentado em dados concretos extraídos dos autos, notadamente
pelo fato de a vítima ter sido brutalmente agredida com socos e chutes
pelo réu e mais cinco comparsas, ocasionando lesões gravíssimas que a
levaram a óbito, o que, por si só, já demonstra a necessidade de
acautelamento da ordem pública.
V - A presença de circunstâncias pessoais favoráveis não tem o
condão de garantir a revogação da prisão se há nos autos elementos
hábeis a justificar a imposição da segregação cautelar, como na
hipótese. Pela mesma razão, não há que se falar em possibilidade de
aplicação de medidas cautelares diversas da prisão.
Habeas corpus não conhecido”.
Contra o ato apontado como coator, prevê a Constituição da
República remédio jurídico expresso, o recurso ordinário (art. 102, II,
a). Diante da dicção constitucional não cabe a utilização de novo
habeas corpus, em caráter substitutivo (HC 109.956/PR, Rel. Min.
Marco Aurélio, 1ª Turma, DJe 11.9.2012 e HC 104.045/RJ, de minha
relatoria, DJe 06.9.2012).
Ademais, não detecto constrangimento ilegal ou teratologia
hábil à concessão da ordem de ofício.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 15
Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 149594 AGR / PE
Para melhor elucidação dos fatos, colho excertos da peça
acusatória:
"Na noite do dia 22 de janeiro de 2017, por volta das 00:00
horas, no bar "Casa de Taipa" (...), ALEXANDER
HRYDAYANANDA MAHARAJA DASSA CRUZ, [e outros 05
coacusados] (...), mataram a vítima CHARLES DE SOUZA
SANTOS, Agente Penitenciário do Estado de Pernambuco. (...).
Ocorria nesta cidade o XVI encontro dos motociclistas, que reunia
participantes de vários Estados do Brasil (...). Ocorre que, na noite do
sábado (dia 21/01/2017), a vítima CHARLES DE SOUZA SANTOS,
participava do referido evento, juntamente com amigos, em uma
barraca próxima ao sindicato dos trabalhadores rurais de Afogados da
Ingazeira-PE, (...). No entanto, por volta da meia noite, a vítima saiu
da mesa dos seus colegas e se dirigiu sozinho para o bar "Casa de
Taipa"
(...).
Em seguida, iniciou-se uma pequena discussão, tendo o
denunciado ROBERTO OLIVEIRA DE AZEVEDO MAIA NETO,
vulgo "SHREK" entrado na discussão para apoiar o seu irmão
RAFAEL ALMEIDA DE AZEVEDO MAIA, vulgo "BUCHECHA",
e na seqüência, os demais denunciados, CLÉBER ALBERTO PINTO,
vulgo "BRUCUTUR", TÚLIO XAVIER SE ABRA, vulgo "TECO
TECO", ALEXANDER HJRJDAYANANDA MAHARAJA DASSA
CRUZ, vulgo "RUSSO" e CHARLES RODRIGUES DA SILVA,
vulgo "BOZO", todos integrantes do grupo de motociclistas
conhecido por "ABUTRES", começam a cercar a vítima, como forma
de intimidá-la e manifestando a preparação para execução do delito.
Após perceber que a vítima estava cercada e indefesa, RAFAEL
ALMEIDA DE AZEVEDO MAIA, vulgo "BUCHECHA" desferiu o
primeiro soco na vítima, a qual se desequilibrou e sofreu o segundo
soco desferido pelo denunciado CLÉBER ALBERTO PINTO, vulgo
"BRUCUTUR", neste instante, a vítima, atordoada e desgovernada,
devido aos violentos golpes, soltou o copo da mão direita e caiu no
chão, batendo com a cabeça na parede do banheiro. Ato continuo, e
dando continuidade ao crime de homicídio, o denunciado
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HC 149594 AGR / PE
Para melhor elucidação dos fatos, colho excertos da peça
acusatória:
"Na noite do dia 22 de janeiro de 2017, por volta das 00:00
horas, no bar "Casa de Taipa" (...), ALEXANDER
HRYDAYANANDA MAHARAJA DASSA CRUZ, [e outros 05
coacusados] (...), mataram a vítima CHARLES DE SOUZA
SANTOS, Agente Penitenciário do Estado de Pernambuco. (...).
Ocorria nesta cidade o XVI encontro dos motociclistas, que reunia
participantes de vários Estados do Brasil (...). Ocorre que, na noite do
sábado (dia 21/01/2017), a vítima CHARLES DE SOUZA SANTOS,
participava do referido evento, juntamente com amigos, em uma
barraca próxima ao sindicato dos trabalhadores rurais de Afogados da
Ingazeira-PE, (...). No entanto, por volta da meia noite, a vítima saiu
da mesa dos seus colegas e se dirigiu sozinho para o bar "Casa de
Taipa"
(...).
Em seguida, iniciou-se uma pequena discussão, tendo o
denunciado ROBERTO OLIVEIRA DE AZEVEDO MAIA NETO,
vulgo "SHREK" entrado na discussão para apoiar o seu irmão
RAFAEL ALMEIDA DE AZEVEDO MAIA, vulgo "BUCHECHA",
e na seqüência, os demais denunciados, CLÉBER ALBERTO PINTO,
vulgo "BRUCUTUR", TÚLIO XAVIER SE ABRA, vulgo "TECO
TECO", ALEXANDER HJRJDAYANANDA MAHARAJA DASSA
CRUZ, vulgo "RUSSO" e CHARLES RODRIGUES DA SILVA,
vulgo "BOZO", todos integrantes do grupo de motociclistas
conhecido por "ABUTRES", começam a cercar a vítima, como forma
de intimidá-la e manifestando a preparação para execução do delito.
Após perceber que a vítima estava cercada e indefesa, RAFAEL
ALMEIDA DE AZEVEDO MAIA, vulgo "BUCHECHA" desferiu o
primeiro soco na vítima, a qual se desequilibrou e sofreu o segundo
soco desferido pelo denunciado CLÉBER ALBERTO PINTO, vulgo
"BRUCUTUR", neste instante, a vítima, atordoada e desgovernada,
devido aos violentos golpes, soltou o copo da mão direita e caiu no
chão, batendo com a cabeça na parede do banheiro. Ato continuo, e
dando continuidade ao crime de homicídio, o denunciado
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 15
Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 149594 AGR / PE
ALEXANDER HRIDAYANANDA MAHARAJA DASSA CRUZ,
vulgo 'RUSSO' também iniciou as agressões contra a vítima, dando
socos e chutes, tendo sucessivamente RAFAEL ALMEIDA DE
AZEVEDO MAIA, vulgo "BUCHECHA" ido novamente em direção
a vítima, que estava caída ao chão e desnorteada, e continuado a
espancá-la brutalmente e friamente com chutes e socos, além de
contar, agora, com o apoio do denunciado CHARLES RODRIGUES
DA SILVA, vulgo “BOZO”, que também inicia sua participação no
espancamento da vítima. Dando continuidade ao crime de homicídio,
Rafael Almeida de Azevedo Maia, vulgo "buchecha", lutador de arte
marcial, na categoria jiu-jitsu, faixa preta, entra cm disputa pela arma
de fogo, pistola, calibre. 40, marca Taurus, (...), da vítima, contando
com o auxílio de Charles Rodrigues da Silva, vulgo "bozo", porém, a
arma de fogo, que estava dentro da calça da vítima, foi acionada em
decorrência de um dos golpes dado na vítima, tendo o projétil orifício
de entrada na região da inguinal direita da vítima e atingindo o osso
femural, a veia femural, e a artéria femural do membro Inferior direito
da vítima, (...). Na seqüência, a vítima, que foi gravemente lesionada,
em razão dos socos, murros, chutes e já alvejada com um disparo de
arma de fogo na sua perna direita, declinou naturalmente o seu tórax
para dentro do banheiro feminino, em seguida, os irmãos RAFAEL
ALMEIDA DE AZEVEDO MAIA, vulgo "BUCHECHA" pesando
115 kg e ROBERTO OLIVEIRA DE AZEVEDO MAIA NETO,
vulgo "SHREK" vão para cima da vítima agravando o dano no osso
femural, pois são duas pessoas fazendo pressão na perna direita já
fraturada da vítima, causando ao ofendido dor e sofrimento
imensurável e desnecessário. Por conseguinte, o denunciado TÚLIO
XAVIER SEABRA, vulgo "TECO TECO" desfere socos na vítima,
com um instrumento chamado soco inglês. Sucessivamente, RAFAEL
ALMEIDA DE AZEVEDO MAIA, vulgo "BUCHECHA" e
ROBERTO OLIVEIRA DE AZEVEDO MALA, NETO, vulgo
"SHREK" saem de cima da vítima e a puxam pela camisa de dentro
do banheiro feminino para fora, onde continuam na empreitada
criminosa, tendo TÚLIO XAVIER SEABRA, vulgo "TECO TECO"
desferido outros socos na vítima e CLÉBER ALBERTO PINTO,
vulgo "BRUCUTUR", para finalizar, ainda dado um chute na vítima.
5
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HC 149594 AGR / PE
ALEXANDER HRIDAYANANDA MAHARAJA DASSA CRUZ,
vulgo 'RUSSO' também iniciou as agressões contra a vítima, dando
socos e chutes, tendo sucessivamente RAFAEL ALMEIDA DE
AZEVEDO MAIA, vulgo "BUCHECHA" ido novamente em direção
a vítima, que estava caída ao chão e desnorteada, e continuado a
espancá-la brutalmente e friamente com chutes e socos, além de
contar, agora, com o apoio do denunciado CHARLES RODRIGUES
DA SILVA, vulgo “BOZO”, que também inicia sua participação no
espancamento da vítima. Dando continuidade ao crime de homicídio,
Rafael Almeida de Azevedo Maia, vulgo "buchecha", lutador de arte
marcial, na categoria jiu-jitsu, faixa preta, entra cm disputa pela arma
de fogo, pistola, calibre. 40, marca Taurus, (...), da vítima, contando
com o auxílio de Charles Rodrigues da Silva, vulgo "bozo", porém, a
arma de fogo, que estava dentro da calça da vítima, foi acionada em
decorrência de um dos golpes dado na vítima, tendo o projétil orifício
de entrada na região da inguinal direita da vítima e atingindo o osso
femural, a veia femural, e a artéria femural do membro Inferior direito
da vítima, (...). Na seqüência, a vítima, que foi gravemente lesionada,
em razão dos socos, murros, chutes e já alvejada com um disparo de
arma de fogo na sua perna direita, declinou naturalmente o seu tórax
para dentro do banheiro feminino, em seguida, os irmãos RAFAEL
ALMEIDA DE AZEVEDO MAIA, vulgo "BUCHECHA" pesando
115 kg e ROBERTO OLIVEIRA DE AZEVEDO MAIA NETO,
vulgo "SHREK" vão para cima da vítima agravando o dano no osso
femural, pois são duas pessoas fazendo pressão na perna direita já
fraturada da vítima, causando ao ofendido dor e sofrimento
imensurável e desnecessário. Por conseguinte, o denunciado TÚLIO
XAVIER SEABRA, vulgo "TECO TECO" desfere socos na vítima,
com um instrumento chamado soco inglês. Sucessivamente, RAFAEL
ALMEIDA DE AZEVEDO MAIA, vulgo "BUCHECHA" e
ROBERTO OLIVEIRA DE AZEVEDO MALA, NETO, vulgo
"SHREK" saem de cima da vítima e a puxam pela camisa de dentro
do banheiro feminino para fora, onde continuam na empreitada
criminosa, tendo TÚLIO XAVIER SEABRA, vulgo "TECO TECO"
desferido outros socos na vítima e CLÉBER ALBERTO PINTO,
vulgo "BRUCUTUR", para finalizar, ainda dado um chute na vítima.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 15
Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 149594 AGR / PE
Os denunciados só pararam o espancamento, quando a vítima
desfaleceu momentaneamente no chão, com um imenso sangramento
na sua perna direita e lesionada em várias partes do corpo o que
ocasionou na vítima dores surreais e desnecessárias".
Ao decretar a prisão preventiva do paciente, o magistrado de
primeiro grau, ao constatar indícios de autoria e da materialidade
delitiva, destacou a necessidade da constrição para garantia da ordem
pública ante a gravidade concreta do delito, que “gerou grande
perplexidade na sociedade de Afogados da Ingazeira, tendo em vista o
seu modus operandi”, revelador da periculosidade do acusado.
Naquela oportunidade, o juízo singular acrescentou que ‘a liberdade
os acusados representam grave dano à paz social, traduzida na
sensação de impunidade, que certamente causará no ambiente social,
pela potencialidade da lesão causada ao bem jurídico, tutelado pela
norma penal incriminadora', além do fato de que 'há indícios de que a
cena do crime tenha sido adulterada, tendo em vista a retirada da
arma de fogo e a evasão dos denunciados do local do crime, sem
qualquer constrangimento ou cautela quanto à dignidade física da
vítima'.
O Tribunal de Justiça, ao denegar a ordem de habeas corpus,
subscreveu a necessidade da medida constritiva de liberdade
enfatizando 'a necessidade de garantia da ordem pública em razão da
gravidade da conduta supostamente praticada e do modus operandi do
delito, vale dizer, espancamento da vítima até o seu desfalecimento, e
posterior morte em virtude dos ferimentos, praticados supostamente
pelo ora paciente juntamente com outros 5 (cinco) denunciados)'.
O Superior Tribunal de Justiça referendou a prisão cautelar,
diante de ‘dados concretos extraídos dos autos, notadamente pelo fato
de a vítima ter sido brutalmente agredida com socos e chutes pelo réu
e mais cinco comparsas, ocasionando lesões gravíssimas que a levaram
a óbito, o que, por si só, já demonstra a necessidade de acautelamento
da ordem púbica'.
Não se pode ignorar a gravidade concreta do crime em questão,
em que o paciente, juntamente com outros 05 (cinco) comparsas, é
acusado de espancar, até a morte, a vítima, a qual sofreu intenso
6
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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HC 149594 AGR / PE
Os denunciados só pararam o espancamento, quando a vítima
desfaleceu momentaneamente no chão, com um imenso sangramento
na sua perna direita e lesionada em várias partes do corpo o que
ocasionou na vítima dores surreais e desnecessárias".
Ao decretar a prisão preventiva do paciente, o magistrado de
primeiro grau, ao constatar indícios de autoria e da materialidade
delitiva, destacou a necessidade da constrição para garantia da ordem
pública ante a gravidade concreta do delito, que “gerou grande
perplexidade na sociedade de Afogados da Ingazeira, tendo em vista o
seu modus operandi”, revelador da periculosidade do acusado.
Naquela oportunidade, o juízo singular acrescentou que ‘a liberdade
os acusados representam grave dano à paz social, traduzida na
sensação de impunidade, que certamente causará no ambiente social,
pela potencialidade da lesão causada ao bem jurídico, tutelado pela
norma penal incriminadora', além do fato de que 'há indícios de que a
cena do crime tenha sido adulterada, tendo em vista a retirada da
arma de fogo e a evasão dos denunciados do local do crime, sem
qualquer constrangimento ou cautela quanto à dignidade física da
vítima'.
O Tribunal de Justiça, ao denegar a ordem de habeas corpus,
subscreveu a necessidade da medida constritiva de liberdade
enfatizando 'a necessidade de garantia da ordem pública em razão da
gravidade da conduta supostamente praticada e do modus operandi do
delito, vale dizer, espancamento da vítima até o seu desfalecimento, e
posterior morte em virtude dos ferimentos, praticados supostamente
pelo ora paciente juntamente com outros 5 (cinco) denunciados)'.
O Superior Tribunal de Justiça referendou a prisão cautelar,
diante de ‘dados concretos extraídos dos autos, notadamente pelo fato
de a vítima ter sido brutalmente agredida com socos e chutes pelo réu
e mais cinco comparsas, ocasionando lesões gravíssimas que a levaram
a óbito, o que, por si só, já demonstra a necessidade de acautelamento
da ordem púbica'.
Não se pode ignorar a gravidade concreta do crime em questão,
em que o paciente, juntamente com outros 05 (cinco) comparsas, é
acusado de espancar, até a morte, a vítima, a qual sofreu intenso
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 15
Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 149594 AGR / PE
sofrimento físico, mediante sucessivos golpes de socos, murros, chutes,
utilização de instrumento denominado ‘soco inglês’, além de disparos
de arma de fogo em sua perna. As circunstâncias do delito revelam,
pelo modus operandi, a periculosidade do paciente, que, em simetria
com a jurisprudência desta Suprema Corte, justifica a prisão
preventiva como garantia da ordem pública (v.g. HC 105.585/SP, HC
112.763/MG e HC 112.364 AgR/DF, precedentes da minha lavra).
Dentre eles, destaco o seguinte:
"Este Supremo Tribunal assentou que a periculosidade do
agente evidenciada pelo modus operandi e o risco concreto de
reiteração criminosa são motivos idôneos para a manutenção da
custódia cautelar. (HC 110.313/MS, Rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª
Turma, DJe 13.02.2012).
Ressalto, ainda, que a circunstância de o paciente ostentar
primariedade, bons antecedentes e residência fixa não constitui óbice à
decretação ou manutenção da prisão preventiva, desde que preenchidos
os pressupostos e requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal
(HC 108.314/MA, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 5.10.2011 e
HC 106.816/PE, Rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, DJe 20.6.2011).
Por fim, dada a necessidade da constrição cautelar, carece de
plausibilidade jurídica o pleito defensivo de aplicação das medidas
cautelares diversas da prisão (arts. 282, § 6º, e 319 do CPP).
Ante o exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus
(art. 21, § 1º, do RISTF).”
A Defesa se limita a repisar os argumentos da exordial do habeas
corpus, a atrair a regra do art. 317, § 1º, do RISTF (“A petição conterá, sob
pena de rejeição liminar, as razões do pedido de reforma da decisão agravada”), o
que impede por si só o provimento do recurso. Precedentes: AI-AgR
699.776/RS, Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 19.9.2008 e o HC-AgR
97.742/PI, Min. Joaquim Barbosa, DJe 5.2.2010.
Como se observa, neguei seguimento ao habeas corpus forte na
inadequação da via eleita e na inexistência de flagrante ilegalidade a
justificar eventual concessão da ordem de ofício, porquanto presentes os
7
Supremo Tribunal Federal
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HC 149594 AGR / PE
sofrimento físico, mediante sucessivos golpes de socos, murros, chutes,
utilização de instrumento denominado ‘soco inglês’, além de disparos
de arma de fogo em sua perna. As circunstâncias do delito revelam,
pelo modus operandi, a periculosidade do paciente, que, em simetria
com a jurisprudência desta Suprema Corte, justifica a prisão
preventiva como garantia da ordem pública (v.g. HC 105.585/SP, HC
112.763/MG e HC 112.364 AgR/DF, precedentes da minha lavra).
Dentre eles, destaco o seguinte:
"Este Supremo Tribunal assentou que a periculosidade do
agente evidenciada pelo modus operandi e o risco concreto de
reiteração criminosa são motivos idôneos para a manutenção da
custódia cautelar. (HC 110.313/MS, Rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª
Turma, DJe 13.02.2012).
Ressalto, ainda, que a circunstância de o paciente ostentar
primariedade, bons antecedentes e residência fixa não constitui óbice à
decretação ou manutenção da prisão preventiva, desde que preenchidos
os pressupostos e requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal
(HC 108.314/MA, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 5.10.2011 e
HC 106.816/PE, Rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, DJe 20.6.2011).
Por fim, dada a necessidade da constrição cautelar, carece de
plausibilidade jurídica o pleito defensivo de aplicação das medidas
cautelares diversas da prisão (arts. 282, § 6º, e 319 do CPP).
Ante o exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus
(art. 21, § 1º, do RISTF).”
A Defesa se limita a repisar os argumentos da exordial do habeas
corpus, a atrair a regra do art. 317, § 1º, do RISTF (“A petição conterá, sob
pena de rejeição liminar, as razões do pedido de reforma da decisão agravada”), o
que impede por si só o provimento do recurso. Precedentes: AI-AgR
699.776/RS, Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 19.9.2008 e o HC-AgR
97.742/PI, Min. Joaquim Barbosa, DJe 5.2.2010.
Como se observa, neguei seguimento ao habeas corpus forte na
inadequação da via eleita e na inexistência de flagrante ilegalidade a
justificar eventual concessão da ordem de ofício, porquanto presentes os
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 15
Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 149594 AGR / PE
requisitos da prisão preventiva.
Contra a denegação de habeas corpus por Tribunal Superior prevê a
Constituição da República remédio jurídico expresso, o recurso ordinário
(art. 102, II, a). Diante da dicção constitucional não cabe a utilização de
novo habeas corpus, em caráter substitutivo (HC 109.956/PR, Rel. Min.
Marco Aurélio, 1ª Turma, DJe 11.9.2012; HC 108.390/MS, de minha
relatoria, 1ª Turma, DJe 07.11.2012).
Reitero que o magistrado de primeiro grau, ao constatar indícios de
autoria e da materialidade delitiva, destacou a necessidade da constrição
cautelar para garantia da ordem pública ante a gravidade concreta do
delito, que “gerou grande perplexidade na sociedade de Afogados da Ingazeira,
tendo em vista o seu modus operandi”, revelador da periculosidade do
acusado. Além disso, ‘a liberdade os acusados representam grave dano à paz
social, traduzida na sensação de impunidade, que certamente causará no
ambiente social, pela potencialidade da lesão causada ao bem jurídico, tutelado
pela norma penal incriminadora', e 'há indícios de que a cena do crime tenha sido
adulterada, tendo em vista a retirada da arma de fogo e a evasão dos denunciados
do local do crime, sem qualquer constrangimento ou cautela quanto à dignidade
física da vítima'.
Nesse espectro, registrou a Corte Estadual 'a necessidade de garantia
da ordem pública em razão da gravidade da conduta supostamente praticada e do
modus operandi do delito, vale dizer, espancamento da vítima até o seu
desfalecimento, e posterior morte em virtude dos ferimentos, praticados
supostamente pelo ora paciente juntamente com outros 5 (cinco) denunciados)'.
De igual modo, o Superior Tribunal de Justiça manteve a prisão
preventiva em razão dos ‘dados concretos extraídos dos autos, notadamente
pelo fato de a vítima ter sido brutalmente agredida com socos e chutes pelo réu e
mais cinco comparsas, ocasionando lesões gravíssimas que a levaram a óbito, o
que, por si só, já demonstra a necessidade de acautelamento da ordem púbica'.
Sem dúvida a custódia cautelar, enquanto medida excepcional, exige
demonstração inequívoca de sua necessidade, em observância ao
princípio constitucional da presunção de inocência ou da não
culpabilidade, sob pena de representar mera antecipação da reprimenda a
8
Supremo Tribunal Federal
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HC 149594 AGR / PE
requisitos da prisão preventiva.
Contra a denegação de habeas corpus por Tribunal Superior prevê a
Constituição da República remédio jurídico expresso, o recurso ordinário
(art. 102, II, a). Diante da dicção constitucional não cabe a utilização de
novo habeas corpus, em caráter substitutivo (HC 109.956/PR, Rel. Min.
Marco Aurélio, 1ª Turma, DJe 11.9.2012; HC 108.390/MS, de minha
relatoria, 1ª Turma, DJe 07.11.2012).
Reitero que o magistrado de primeiro grau, ao constatar indícios de
autoria e da materialidade delitiva, destacou a necessidade da constrição
cautelar para garantia da ordem pública ante a gravidade concreta do
delito, que “gerou grande perplexidade na sociedade de Afogados da Ingazeira,
tendo em vista o seu modus operandi”, revelador da periculosidade do
acusado. Além disso, ‘a liberdade os acusados representam grave dano à paz
social, traduzida na sensação de impunidade, que certamente causará no
ambiente social, pela potencialidade da lesão causada ao bem jurídico, tutelado
pela norma penal incriminadora', e 'há indícios de que a cena do crime tenha sido
adulterada, tendo em vista a retirada da arma de fogo e a evasão dos denunciados
do local do crime, sem qualquer constrangimento ou cautela quanto à dignidade
física da vítima'.
Nesse espectro, registrou a Corte Estadual 'a necessidade de garantia
da ordem pública em razão da gravidade da conduta supostamente praticada e do
modus operandi do delito, vale dizer, espancamento da vítima até o seu
desfalecimento, e posterior morte em virtude dos ferimentos, praticados
supostamente pelo ora paciente juntamente com outros 5 (cinco) denunciados)'.
De igual modo, o Superior Tribunal de Justiça manteve a prisão
preventiva em razão dos ‘dados concretos extraídos dos autos, notadamente
pelo fato de a vítima ter sido brutalmente agredida com socos e chutes pelo réu e
mais cinco comparsas, ocasionando lesões gravíssimas que a levaram a óbito, o
que, por si só, já demonstra a necessidade de acautelamento da ordem púbica'.
Sem dúvida a custódia cautelar, enquanto medida excepcional, exige
demonstração inequívoca de sua necessidade, em observância ao
princípio constitucional da presunção de inocência ou da não
culpabilidade, sob pena de representar mera antecipação da reprimenda a
8
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 15
Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 149594 AGR / PE
ser cumprida quando da condenação (HC 105.556/SP, Rel. Min. Celso de
Mello, 2ª Turma, DJe de 30.8.2013).
Dessa forma, o decreto de prisão cautelar há de se apoiar nas
circunstâncias fáticas do caso concreto, evidenciando que a soltura
colocará em risco a ordem pública, a ordem econômica, a instrução
criminal ou a aplicação da lei penal, à luz do art. 312 do CPP, e desde que
igualmente presentes prova da materialidade da delito e indícios
suficientes da autoria.
À luz dos excertos anteriormente transcritos, verifico que as
instâncias anteriores ratificaram a existência de indícios suficientes de
autoria e materialidade delitivas do paciente, que, juntamente com outros
05 (cinco) comparsas, é acusado de espancar, até a morte, a vítima, a qual
sofreu intenso sofrimento físico, mediante sucessivos golpes de socos,
murros, chutes, utilização de instrumento denominado ‘soco inglês’, além
de disparos de arma de fogo em sua perna.
Em um juízo meramente cautelar, não se exige a prova plena da
culpa em relação aos pressupostos da custódia preventiva, “mas de pleno
convencimento quanto a existência de dados (informações) nesse sentido”
(Eugênio Pacelli de Oliveira e Douglas Fischer, Comentários ao Código de
Processo Penal e sua jurisprudência, 4ª ed. rev. e atual.; São Paulo: Atlas,
2012, p. 621).
Reputo adequada e necessária, na hipótese, a manutenção da
constrição cautelar para a garantia da ordem pública, porquanto
fundamentada na gravidade concreta do delito e nos meios de execução
do crime, a denotar a periculosidade do paciente e a elevada
reprovabilidade do fato (v.g. HC 105.585/SP, HC 112.763/MG e HC
112.364 AgR/DF, precedentes da minha lavra).
Diante da validade e da necessidade da prisão preventiva do
paciente, perde relevo a eventual imposição de medida alternativa
prevista no art. 319 do CPP.
Repiso que a circunstância de o paciente ostentar primariedade e
bons antecedentes, além de ter ocupação lícita e residência fixa não
constitui óbice à decretação ou manutenção da prisão preventiva, desde
9
Supremo Tribunal Federal
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HC 149594 AGR / PE
ser cumprida quando da condenação (HC 105.556/SP, Rel. Min. Celso de
Mello, 2ª Turma, DJe de 30.8.2013).
Dessa forma, o decreto de prisão cautelar há de se apoiar nas
circunstâncias fáticas do caso concreto, evidenciando que a soltura
colocará em risco a ordem pública, a ordem econômica, a instrução
criminal ou a aplicação da lei penal, à luz do art. 312 do CPP, e desde que
igualmente presentes prova da materialidade da delito e indícios
suficientes da autoria.
À luz dos excertos anteriormente transcritos, verifico que as
instâncias anteriores ratificaram a existência de indícios suficientes de
autoria e materialidade delitivas do paciente, que, juntamente com outros
05 (cinco) comparsas, é acusado de espancar, até a morte, a vítima, a qual
sofreu intenso sofrimento físico, mediante sucessivos golpes de socos,
murros, chutes, utilização de instrumento denominado ‘soco inglês’, além
de disparos de arma de fogo em sua perna.
Em um juízo meramente cautelar, não se exige a prova plena da
culpa em relação aos pressupostos da custódia preventiva, “mas de pleno
convencimento quanto a existência de dados (informações) nesse sentido”
(Eugênio Pacelli de Oliveira e Douglas Fischer, Comentários ao Código de
Processo Penal e sua jurisprudência, 4ª ed. rev. e atual.; São Paulo: Atlas,
2012, p. 621).
Reputo adequada e necessária, na hipótese, a manutenção da
constrição cautelar para a garantia da ordem pública, porquanto
fundamentada na gravidade concreta do delito e nos meios de execução
do crime, a denotar a periculosidade do paciente e a elevada
reprovabilidade do fato (v.g. HC 105.585/SP, HC 112.763/MG e HC
112.364 AgR/DF, precedentes da minha lavra).
Diante da validade e da necessidade da prisão preventiva do
paciente, perde relevo a eventual imposição de medida alternativa
prevista no art. 319 do CPP.
Repiso que a circunstância de o paciente ostentar primariedade e
bons antecedentes, além de ter ocupação lícita e residência fixa não
constitui óbice à decretação ou manutenção da prisão preventiva, desde
9
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Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 149594 AGR / PE
que preenchidos os pressupostos e requisitos do art. 312 do Código de
Processo Penal (HC 108.314/MA, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe
5.10.2011 e HC 106.816/PE, Rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, DJe
20.6.2011).
Nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
10
Supremo Tribunal Federal
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HC 149594 AGR / PE
que preenchidos os pressupostos e requisitos do art. 312 do Código de
Processo Penal (HC 108.314/MA, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe
5.10.2011 e HC 106.816/PE, Rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, DJe
20.6.2011).
Nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
10
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 15
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.594 PERNAMBUCO
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (PRESIDENTE) – Peço
vênia para prover os agravos da lista. Continuo convencido de que não
cabe aplicar, no tocante a habeas corpus, quer o Código de Processo Civil,
no que autoriza o relator a negar seguimento a pedido, quer o Regimento
Interno, considerado o artigo 21.
Provejo, também, o primeiro, terceiro, quarto e quinto, tendo em
vista, no primeiro, que a alteração introduzida no artigo 387 do Código
de Processo Penal trouxe à balha norma substancial, de Direito material,
ao prever o parágrafo inserido, mediante a lei nova, que:
O tempo de prisão provisória, de prisão administrativa ou
de internação, no Brasil ou no estrangeiro, será computado para
fins de determinação do regime inicial de pena privativa de
liberdade.
O princípio da irretroatividade não guarda adequação com o Direito
Penal, nem mesmo em se tratando de decisão preclusa na via do recurso.
Há retroação benéfica ao acusado, ao réu, e deve ser levada em conta.
No caso, afastou-se a observância desse preceito. Por isso é que
estou, primeiro, provendo o agravo, para que o habeas venha a
julgamento. E, vencido nessa parte, como costumo ser na Turma, provejo
e implemento a ordem – que poderia até o ser de ofício – para que se
observe a lei mais benéfica ao réu.
No tocante ao terceiro, quarto, quinto e sexto, costumo dizer que
habeas corpus tem parte única – o paciente, personificado pelo impetrante
– e que o princípio a vedar a supressão de instância visa beneficiar a
parte, e não prejudicar. No caso, aponta-se que haveria supressão de
instância, se se julgasse a matéria, e que seria empecilho ao manuseio da
impetração, ficando prejudicada a parte.
Por isso, provejo os agravos.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.594 PERNAMBUCO
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (PRESIDENTE) – Peço
vênia para prover os agravos da lista. Continuo convencido de que não
cabe aplicar, no tocante a habeas corpus, quer o Código de Processo Civil,
no que autoriza o relator a negar seguimento a pedido, quer o Regimento
Interno, considerado o artigo 21.
Provejo, também, o primeiro, terceiro, quarto e quinto, tendo em
vista, no primeiro, que a alteração introduzida no artigo 387 do Código
de Processo Penal trouxe à balha norma substancial, de Direito material,
ao prever o parágrafo inserido, mediante a lei nova, que:
O tempo de prisão provisória, de prisão administrativa ou
de internação, no Brasil ou no estrangeiro, será computado para
fins de determinação do regime inicial de pena privativa de
liberdade.
O princípio da irretroatividade não guarda adequação com o Direito
Penal, nem mesmo em se tratando de decisão preclusa na via do recurso.
Há retroação benéfica ao acusado, ao réu, e deve ser levada em conta.
No caso, afastou-se a observância desse preceito. Por isso é que
estou, primeiro, provendo o agravo, para que o habeas venha a
julgamento. E, vencido nessa parte, como costumo ser na Turma, provejo
e implemento a ordem – que poderia até o ser de ofício – para que se
observe a lei mais benéfica ao réu.
No tocante ao terceiro, quarto, quinto e sexto, costumo dizer que
habeas corpus tem parte única – o paciente, personificado pelo impetrante
– e que o princípio a vedar a supressão de instância visa beneficiar a
parte, e não prejudicar. No caso, aponta-se que haveria supressão de
instância, se se julgasse a matéria, e que seria empecilho ao manuseio da
impetração, ficando prejudicada a parte.
Por isso, provejo os agravos.
Supremo Tribunal Federal
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Extrato de Ata - 12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.594
PROCED. : PERNAMBUCO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : ALEXANDER HRIDAYANANDA MAHARAJA DASSA CRUZ
ADV.(A/S) : YURI AZEVEDO HERCULANO (28018/PE)
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: Por maioria de votos, a Turma conheceu do agravo
regimental e negou-lhe provimento, nos termos do voto da Relatora,
vencido o Ministro Marco Aurélio, Presidente. Primeira Turma,
12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 149.594
PROCED. : PERNAMBUCO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : ALEXANDER HRIDAYANANDA MAHARAJA DASSA CRUZ
ADV.(A/S) : YURI AZEVEDO HERCULANO (28018/PE)
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: Por maioria de votos, a Turma conheceu do agravo
regimental e negou-lhe provimento, nos termos do voto da Relatora,
vencido o Ministro Marco Aurélio, Presidente. Primeira Turma,
12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 15
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14356179 | 2017-12-12T00:00:00 | 2018-02-22T00:00:00 | Por maioria de votos, a Turma conheceu do agravo regimental e negou-lhe provimento, nos termos do voto da Relatora, vencido o Ministro Marco Aurélio, Presidente. Primeira Turma, 12.12.2017. | AG.REG. NO HABEAS CORPUS | EMENTA
AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. HOMICÍDIO QUALIFICADO. FRAUDE PROCESSUAL. PRISÃO PREVENTIVA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA.
1. Contra a denegação de habeas corpus por Tribunal Superior prevê a Constituição Federal remédio jurídico expresso, o recurso ordinário. Diante da dicção do art. 102, II, a, da Constituição da República, a impetração de novo habeas corpus em caráter substitutivo escamoteia o instituto recursal próprio, em manifesta burla ao preceito constitucional.
2. Prisão preventiva decretada forte na garantia da ordem pública, presentes as circunstâncias concretas reveladas nos autos. Precedentes.
3. Agravo regimental conhecido e não provido. | sjur380660 | - Acórdão(s) citado(s):
(HABEAS CORPUS, SUSTENTAÇÃO ORAL, ADVOGADO, AGRAVO REGIMENTAL)
HC 129369 AgR (1ªT), RHC 136168 AgR (2ªT), HC 135175 AgR (1ªT), HC 145627 AgR (2ªT).
(PETIÇAO INICIAL, AGRAVO, RAZÕES, PEDIDO, REFORMA, DECISÃO AGRAVADA)
AI 669776 AgR (1ªT), HC 97742 AgR (2ªT).
(HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO, RECURSO)
HC 108390 (1ªT), HC 109956 (1ªT).
(PRISÃO PREVENTIVA, PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA)
HC 105556 (2ªT).
(PRISÃO PREVENTIVA, GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA, GRAVIDADE CONCRETA, CRIME, PERICULOSIDADE)
HC 105585 (1ªT), HC 112364 AgR (1ªT), HC 112763 (1ªT).
(PRISÃO PREVENTIVA, PRIMARIEDADE, BONS ANTECEDENTES, OCUPAÇÃO LÍCITA, RESIDÊNCIA FIXA)
HC 106816 (2ªT), HC 108314 (1ªT).
Número de páginas: 15.
Análise: 07/06/2018, JRS. | ROSA WEBER | Primeira Turma | 149594 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\n ART-00102 INC-00002 LET-A\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\n\n",
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-00937 PAR-00003\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\n\n",
"LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\n ART-00312 ART-00319 ART-00387\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL\n\n",
"LEG-FED RGI ANO-1980\n ART-00021 ART-00083 PAR-00001 INC-00003 \n ART-00131 PAR-00002 ART-00317 PAR-00001\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL"
] | HC-AgR | acordaos | HC 149594 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ALEXANDER HRIDAYANANDA MAHARAJA DASSA CRUZ
ADV.(A/S) : YURI AZEVEDO HERCULANO
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 149 . 594",
"HC 149594 AGR / PE",
"HC 149594 AGR / PE",
"HABEAS CORPUS 149 . 594",
"HC 410 . 539",
"HABEAS CORPUS 149 . 594",
"HC 410 . 539 / PE",
"HABEAS CORPUS 149 . 594",
"HC 145 . 627",
"-",
"AgR",
"/",
"SP",
"HABEAS CORPUS 149",
"HC 145 . 627 - AgR / SP",
"HC 149594 AGR",
"Pet 2 . 820 - AgR",
"HC 135 . 175 - AgR / SP",
"RHC 136 . 168 - AgR / RN",
"HC 130810 AgR",
"HC 129 . 369 - AgR / RN",
"HC 149594 AGR / PE Tribunal Federal",
"Pet 2 . 820 - AgR",
"HC 135 . 175 - AgR / SP",
"RHC 136 . 168 - AgR / RN",
"HC 130810 AgR",
"HC 129 . 369 - AgR / RN",
"HC 149594 AGR / PE",
"HC 109 . 956 / PR",
"HC 104 . 045 / RJ",
"HC 149594 AGR / PE",
"HC 109 . 956 / PR",
"HC 104 . 045 / RJ",
"HC 149594 AGR / PE",
"HC 149594 AGR / PE",
"HC 149594 AGR / PE",
"HC 149594 AGR / PE",
"HC 149594 AGR / PE",
"HC 149594 AGR / PE",
"HC 149594 AGR / PE",
"HC 105 . 585 / SP",
"HC 112 . 763 / MG",
"HC 112 . 364 AgR / DF",
"HC 110 . 313 / MS",
"HC 108 . 314 / MA",
"HC 106 . 816 / PE",
"AI",
"-",
"AgR 699 . 776 / RS",
"HC",
"-",
"AgR 97 . 742 / PI",
"HC 149594 AGR / PE",
"HC 105 . 585 / SP",
"HC 112 . 763 / MG",
"HC 112 . 364 AgR / DF",
"HC 110 . 313 / MS",
"HC 108 . 314 / MA",
"HC 106 . 816 / PE",
"AI",
"-",
"AgR 699 . 776 / RS",
"HC",
"-",
"AgR 97 . 742 / PI",
"HC 149594 AGR / PE",
"HC 109 . 956 / PR",
"HC 108 . 390 / MS",
"HC 149594 AGR / PE",
"HC 109 . 956 / PR",
"HC 108 . 390 / MS",
"HC 149594 AGR / PE",
"HC 105 . 556 / SP",
"HC 105 . 585 / SP",
"HC 112 . 763 / MG",
"HC 112 . 364 AgR / DF",
"HC 149594 AGR / PE",
"HC 105 . 556 / SP",
"HC 105 . 585 / SP",
"HC 112 . 763 / MG",
"HC 112 . 364 AgR / DF",
"HC 149594 AGR / PE",
"HC 108 . 314 / MA",
"HC 106 . 816 / PE",
"HC 149594 AGR / PE",
"HC 108 . 314 / MA",
"HC 106 . 816 / PE",
"HABEAS CORPUS 149 . 594",
"HABEAS CORPUS 149 . 594",
"HABEAS CORPUS 149 . 594"
],
"LEGISLACAO": [
"Constituição Federal",
"art . 102 , II , a , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 83 , § [UNK] , III1 , e 131 , § [UNK] , Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Código de Processo Civil",
"Lei 13 . 105 / 2015",
"art . 937 , § [UNK] , do CPC",
"art . 131 , § [UNK] , do RISTF",
"RISTF , art . 131 , § [UNK]",
"RISTF",
"RISTF",
"RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts",
"Código de Processo Civil",
"Lei 13 . 105 / 2015",
"art . 937 , § [UNK] , do CPC",
"art . 131 , § [UNK] , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 131 , § [UNK] , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 312 do Código de Processo Penal",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 .",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 do Código de Processo Penal",
"arts . 282 , § [UNK] , e 319 do CPP",
"art . 21 , § [UNK] , do RISTF",
"art . 317 , § [UNK] , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 do Código de Processo Penal",
"arts . 282 , § [UNK] , e 319 do CPP",
"art . 317 , § [UNK] , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 do CPP",
"Código de Processo Penal",
"art . 319 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 do CPP",
"Código de Processo Penal",
"art . 319 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Processo Civil",
"Regimento",
"artigo 387 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Processo Civil",
"Regimento Interno",
"artigo 387 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"PERNAMBUCO",
"Brasília",
"PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO",
"Estado de Pernambuco",
"Afogados da Ingazeira - PE",
"Estado de Pernambuco",
"Afogados da Ingazeira - PE",
"Afogados da Ingazeira",
"Afogados da Ingazeira",
"Afogados da Ingazeira",
"Afogados da Ingazeira",
"São Paulo",
"São Paulo",
"PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Ministério Público Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Ministério Público Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"Plenário",
"Supremo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"Plenário",
"Supremo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"PE",
"Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"STF",
"Primeira Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"STF",
"Primeira Turma",
"[UNK] Turma",
"Terceira Seção",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Casa de Taipa",
"sindicato dos trabalhadores rurais",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"sindicato dos trabalhadores rurais",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Taurus",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Turma",
"Atlas",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"Atlas",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"ROSA WEBER",
"ALEXANDER HRIDAYANANDA MAHARAJA DASSA CRUZ",
"YURI AZEVEDO",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"Rosa Weber",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER",
"ALEXANDER HRIDAYANANDA MAHARAJA DASSA CRUZ",
"YURI AZEVEDO HERCULANO",
"Rosa Weber",
"Cláudia Sampaio Marques",
"ROSA WEBER",
"ALEXANDER HRIDAYANANDA MAHARAJA DASSA CRUZ",
"YURI AZEVEDO HERCULANO",
"Rosa Weber",
"Cláudia Sampaio Marques",
"ROSA WEBER",
"Rosa Weber",
"Celso de Mello",
"Rosa Weber",
"Celso de Mello",
"ROSA WEBER",
"Celso de Mello",
"Roberto Barroso",
"Teori Zavascki",
"ROBERTO BARROSO",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Roberto Barroso",
"Teori Zavascki",
"ROBERTO BARROSO",
"Edson Fachin",
"ROSA WEBER",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"ROSA WEBER",
"ALEXANDER HRYDAYANANDA MAHARAJA DASSA CRUZ",
"CHARLES DE SOUZA SANTOS",
"CHARLES DE SOUZA SANTOS",
"ROBERTO OLIVEIRA DE AZEVEDO MAIA NETO",
"SHREK",
"RAFAEL ALMEIDA DE AZEVEDO MAIA",
"CLÉBER ALBERTO PINTO",
"BRUCUTUR",
"TÚLIO XAVIER SE ABRA",
"TECO",
"ALEXANDER HJRJDAYANANDA MAHARAJA DASSA CRUZ",
"RUSSO",
"CHARLES RODRIGUES DA SILVA",
"BOZO",
"RAFAEL ALMEIDA DE AZEVEDO MAIA",
"CLÉBER ALBERTO PINTO",
"BRUCUTUR",
"ALEXANDER HRYDAYANANDA MAHARAJA DASSA CRUZ",
"CHARLES DE SOUZA SANTOS",
"CHARLES DE SOUZA SANTOS",
"ROBERTO OLIVEIRA DE AZEVEDO MAIA NETO",
"SHREK",
"RAFAEL ALMEIDA DE AZEVEDO MAIA",
"BUCHECHA",
"CLÉBER ALBERTO PINTO",
"BRUCUTUR",
"TÚLIO XAVIER SE ABRA",
"TECO",
"ALEXANDER HJRJDAYANANDA MAHARAJA DASSA CRUZ",
"RUSSO",
"CHARLES RODRIGUES DA SILVA",
"BOZO",
"RAFAEL ALMEIDA DE AZEVEDO MAIA",
"CLÉBER ALBERTO PINTO",
"BRUCUTUR",
"ROSA WEBER",
"ALEXANDER HRIDAYANANDA MAHARAJA DASSA CRUZ",
"RUSSO",
"RAFAEL ALMEIDA DE AZEVEDO MAIA",
"BUCHECHA",
"CHARLES RODRIGUES DA SILVA",
"BOZO",
"Rafael Almeida de Azevedo Maia",
"buchecha",
"Charles Rodrigues da Silva",
"bozo",
"RAFAEL ALMEIDA DE AZEVEDO MAIA",
"BUCHECHA",
"ROBERTO OLIVEIRA DE AZEVEDO MAIA NETO",
"SHREK",
"TÚLIO XAVIER SEABRA",
"TECO",
"RAFAEL ALMEIDA DE AZEVEDO MAIA",
"ROBERTO OLIVEIRA DE AZEVEDO MALA ,",
"SHREK",
"TÚLIO XAVIER SEABRA",
"TECO",
"TECO",
"CLÉBER ALBERTO PINTO",
"BRUCUTUR",
"ALEXANDER HRIDAYANANDA MAHARAJA DASSA CRUZ",
"RUSSO",
"RAFAEL ALMEIDA DE AZEVEDO MAIA",
"BUCHECHA",
"CHARLES RODRIGUES DA SILVA",
"BOZO",
"Rafael Almeida de Azevedo Maia",
"Charles Rodrigues da Silva",
"bozo",
"RAFAEL ALMEIDA DE AZEVEDO MAIA",
"BUCHECHA",
"ROBERTO OLIVEIRA DE AZEVEDO MAIA NETO",
"SHREK",
"TÚLIO XAVIER SEABRA",
"TECO",
"RAFAEL ALMEIDA DE AZEVEDO MAIA",
"BUCHECHA",
"ROBERTO OLIVEIRA DE AZEVEDO MALA , NETO",
"SHREK",
"TÚLIO XAVIER SEABRA",
"TECO",
"CLÉBER ALBERTO PINTO",
"BRUCUTUR",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"Cármen Lúcia",
"Luiz Fux",
"Ellen Gracie",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Cármen Lúcia",
"Luiz Fux",
"Ellen Gracie",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"ROSA WEBER",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"ROSA WEBER",
"Celso de Mello",
"Eugênio Pacelli de Oliveira",
"Douglas Fischer",
"Celso de Mello",
"Eugênio Pacelli de Oliveira",
"Douglas Fischer",
"ROSA WEBER",
"Luiz Fux",
"Ellen Gracie",
"Luiz Fux",
"Ellen Gracie",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"ALEXANDER HRIDAYANANDA MAHARAJA DASSA CRUZ",
"YURI AZEVEDO HERCULANO",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"ROSA WEBER",
"ALEXANDER HRIDAYANANDA MAHARAJA DASSA CRUZ",
"YURI AZEVEDO HERCULANO",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
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"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"12",
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"12 de dezembro de 2017",
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".",
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".",
"2017",
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"2017",
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".",
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"6",
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"2017",
"06",
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"2016",
"02",
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"17",
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"2016",
"24",
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"9",
".",
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".",
"9",
".",
"2012",
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"/",
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"/",
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".",
"9",
".",
"2012",
"06",
".",
"9",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22 de janeiro de 2017",
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"/",
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"/",
"2001",
"22 de janeiro de 2017",
"21",
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"08",
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"08",
"/",
"2001",
"24",
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"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
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".",
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".",
"2012",
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".",
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".",
"2011",
"20",
".",
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".",
"2011",
"19",
".",
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".",
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"/",
"2001",
"13",
".",
"02",
".",
"2012",
"5",
".",
"10",
".",
"2011",
"20",
".",
"6",
".",
"2011",
"19",
".",
"9",
".",
"2008",
"5",
".",
"2",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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".",
"9",
".",
"2012",
"07",
".",
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".",
"2012",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
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".",
"9",
".",
"2012",
"07",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"8",
".",
"2013",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"8",
".",
"2013",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"5",
".",
"10",
".",
"2011",
"20",
".",
"6",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"5",
".",
"10",
".",
"2011",
"20",
".",
"6",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 367.001 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:CÉSAR DONISETE DA SILVA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:SAU FERREIRA SANTOS E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:DISTRITO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário. Contribuição
previdenciária. Anterioridade nonagesimal. MP nº 560/94.
Aplicabilidade ao DF. Precedentes.
1. Esta Corte consolidou entendimento no sentido de considerar
constitucional a Medida Provisória nº 560/94 e suas reedições,
observando-se o prazo nonagesimal previsto no art. 195, § 6º, da
Constituição Federal, concluindo-se, portanto, pela aplicabilidade da
referida norma aos servidores do Distrito Federal.
2. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3099708.
Supremo Tribunal Federal
DJe 05/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 367.001 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:CÉSAR DONISETE DA SILVA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:SAU FERREIRA SANTOS E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:DISTRITO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
César Donisete da Silva interpõe tempestivo agravo regimental
contra decisão em que se deu parcial provimento ao recurso
extraordinário, com a seguinte fundamentação:
“DECISÃO: RE, a e c, contra acórdão que entendeu
ilegítima a majoração da contribuição previdenciária de
servidores públicos distritais, determinada pela Medida
Provisória 560/94 e suas reedições, e a não observância do prazo
nonagesimal.
Alega o RE, em síntese, a legitimidade da exação.
O acórdão recorrido divergiu do pacífico entendimento
deste Tribunal, de que são exemplos o RE 222.719, 14.12.98, 2ª T,
Velloso e o RE 242.905, 24.08.99, 1ª T, Moreira, este último
assim ementado:
‘Contribuição para o Plano de Seguridade Social.
Medida provisória 560/94 e suas reedições. Contagem do
prazo relativo ao princípio da anterioridade mitigada do
artigo 195, § 6º da Constituição no tocante a alíquotas
estabelecidas em Medida Provisória.
A eficácia da Medida Provisória, enquanto não é
convertida em lei ou é rejeitada pelo Congresso, persiste
com as reedições dela dentro do prazo.
O prazo de 90 dias para a observância do princípio
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 367.001 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:CÉSAR DONISETE DA SILVA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:SAU FERREIRA SANTOS E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:DISTRITO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
César Donisete da Silva interpõe tempestivo agravo regimental
contra decisão em que se deu parcial provimento ao recurso
extraordinário, com a seguinte fundamentação:
“DECISÃO: RE, a e c, contra acórdão que entendeu
ilegítima a majoração da contribuição previdenciária de
servidores públicos distritais, determinada pela Medida
Provisória 560/94 e suas reedições, e a não observância do prazo
nonagesimal.
Alega o RE, em síntese, a legitimidade da exação.
O acórdão recorrido divergiu do pacífico entendimento
deste Tribunal, de que são exemplos o RE 222.719, 14.12.98, 2ª T,
Velloso e o RE 242.905, 24.08.99, 1ª T, Moreira, este último
assim ementado:
‘Contribuição para o Plano de Seguridade Social.
Medida provisória 560/94 e suas reedições. Contagem do
prazo relativo ao princípio da anterioridade mitigada do
artigo 195, § 6º da Constituição no tocante a alíquotas
estabelecidas em Medida Provisória.
A eficácia da Medida Provisória, enquanto não é
convertida em lei ou é rejeitada pelo Congresso, persiste
com as reedições dela dentro do prazo.
O prazo de 90 dias para a observância do princípio
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8
Relatório
RE 367.001 AGR / DF
da anterioridade mitigada do artigo 195, § 6º da
Constituição se conta a partir da Medida Provisória que
estabeleceu as novas alíquotas, continuando a fluir até o
seu término no período de vigência das Medidas
Provisórias que a reeditem dentro do prazo de reedição, e
não somente a partir da Lei de Conversão dessas Medidas
Provisórias.
Recurso extraordinário conhecido em parte, e nela
provido.’
Ressalte-se que há precedentes de ambas as Turmas pela
legitimidade da majoração da contribuição previdenciária dos
servidores públicos do Distrito Federal, determinada pela MP
560/94 e suas reedições - v.g., RE 359.384-AgR, 5.4.2005, 2ª T,
Velloso; RE 372.462-AgR, 21.9.2004, 1ª T, Eros – o primeiro
assim ementado:
‘CONSTITUCIONAL.
TRIBUTÁRIO.
PROCESSUAL
CIVIL:
SUCUMBÊNCIA
RECÍPROCA. SERVIDOR PÚBLICO DO DISTRITO
FEDERAL.
CONTRIBUIÇÕES:
ALÍQUOTAS
PROGRESSIVAS. Med. Prov. 560/94.
I. – Ônus da sucumbência compensados recíproca e
proporcionalmente.
II. - Constitucionalidade do sistema de alíquotas
progressivas da contribuição social do servidor público,
objeto da Med. Prov. 560/94 e posteriores reedições,
respeitado o princípio da anterioridade nonagesimal (C.F.,
art. 195, § 6º). É dizer, a partir da Med. Prov. 560, de
26.7.94, será observado o princípio da vacatio legis de
noventa dias.
III. - Aplicabilidade aos servidores do Distrito
Federal.
IV. - Agravo do DISTRITO FEDERAL PROVIDO
e do SINDMÉDICO não provido.’
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 367.001 AGR / DF
da anterioridade mitigada do artigo 195, § 6º da
Constituição se conta a partir da Medida Provisória que
estabeleceu as novas alíquotas, continuando a fluir até o
seu término no período de vigência das Medidas
Provisórias que a reeditem dentro do prazo de reedição, e
não somente a partir da Lei de Conversão dessas Medidas
Provisórias.
Recurso extraordinário conhecido em parte, e nela
provido.’
Ressalte-se que há precedentes de ambas as Turmas pela
legitimidade da majoração da contribuição previdenciária dos
servidores públicos do Distrito Federal, determinada pela MP
560/94 e suas reedições - v.g., RE 359.384-AgR, 5.4.2005, 2ª T,
Velloso; RE 372.462-AgR, 21.9.2004, 1ª T, Eros – o primeiro
assim ementado:
‘CONSTITUCIONAL.
TRIBUTÁRIO.
PROCESSUAL
CIVIL:
SUCUMBÊNCIA
RECÍPROCA. SERVIDOR PÚBLICO DO DISTRITO
FEDERAL.
CONTRIBUIÇÕES:
ALÍQUOTAS
PROGRESSIVAS. Med. Prov. 560/94.
I. – Ônus da sucumbência compensados recíproca e
proporcionalmente.
II. - Constitucionalidade do sistema de alíquotas
progressivas da contribuição social do servidor público,
objeto da Med. Prov. 560/94 e posteriores reedições,
respeitado o princípio da anterioridade nonagesimal (C.F.,
art. 195, § 6º). É dizer, a partir da Med. Prov. 560, de
26.7.94, será observado o princípio da vacatio legis de
noventa dias.
III. - Aplicabilidade aos servidores do Distrito
Federal.
IV. - Agravo do DISTRITO FEDERAL PROVIDO
e do SINDMÉDICO não provido.’
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3099705.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8
Relatório
RE 367.001 AGR / DF
Na linha dos precedentes, dou provimento parcial ao RE
para considerar válida a majoração da contribuição para o
PSSSP, mas somente após decorridos 90 dias da edição da MP
560/94.”
Sustenta a agravante que a MP nº 560/94 nunca foi aplicada ao
Distrito Federal, aduzindo, ainda, in verbis, que “respeitada a prescrição, a
devolução dos valores cobrados a maior deverá ser de 30.03.1993 até 90 dias após
a vigência da LC Distrital 232/99”.
É o relatório.
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3099705.
Supremo Tribunal Federal
RE 367.001 AGR / DF
Na linha dos precedentes, dou provimento parcial ao RE
para considerar válida a majoração da contribuição para o
PSSSP, mas somente após decorridos 90 dias da edição da MP
560/94.”
Sustenta a agravante que a MP nº 560/94 nunca foi aplicada ao
Distrito Federal, aduzindo, ainda, in verbis, que “respeitada a prescrição, a
devolução dos valores cobrados a maior deverá ser de 30.03.1993 até 90 dias após
a vigência da LC Distrital 232/99”.
É o relatório.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 367.001 DISTRITO FEDERAL
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar, haja vista que as alegações
deduzidas no agravo são insuficientes para infirmar a fundamentação
que ampara a decisão agravada, a qual se encontra em sintonia com a
orientação jurisprudencial deste Supremo Tribunal Federal.
Esta Corte consolidou entendimento no sentido de considerar
constitucional a Medida Provisória nº 560/94 e suas reedições,
observando-se o prazo nonagesimal previsto no art. 195, § 6º, da
Constituição Federal.
Portanto, conclui-se pela aplicabilidade da referida norma também
aos servidores do Distrito Federal. Nesse sentido, os seguintes julgados:
“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. MP 560/94.
CONSTITUCIONALIDADE. APLICAÇÃO AOS SERVIDORES
DO DISTRITO FEDERAL. 1. A Medida Provisória 560/94 é
constitucional e é aplicada aos servidores do Distrito Federal,
obedecido o prazo nonagesimal do art. 195, § 6º, da
Constituição Federal. Precedentes. 2. Agravo regimental
improvido” (RE nº 348.868/DF-AgR, Segunda Turma, Relatora a
Ministra Ellen Gracie, DJe de 7/8/09).
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CONTRIBUIÇÃO
PREVIDENCIÁRIA. MEDIDA PROVISÓRIA 560/1994 E
SUCESSIVAS
REEDIÇÕES.
CONSTITUCIONALIDADE.
APLICABILIDADE AOS SERVIDORES PÚBLICOS DO
DISTRITO FEDERAL. A decisão agravada está em perfeita
consonância com o entendimento firmado por este Tribunal
quanto à constitucionalidade da Medida Provisória 560/1994 e
sucessivas reedições desde que observada a regra da
anterioridade mitigada do § 6º do art. 195 da Constituição
Federal. Aplicabilidade aos servidores do Distrito Federal,
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 367.001 DISTRITO FEDERAL
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar, haja vista que as alegações
deduzidas no agravo são insuficientes para infirmar a fundamentação
que ampara a decisão agravada, a qual se encontra em sintonia com a
orientação jurisprudencial deste Supremo Tribunal Federal.
Esta Corte consolidou entendimento no sentido de considerar
constitucional a Medida Provisória nº 560/94 e suas reedições,
observando-se o prazo nonagesimal previsto no art. 195, § 6º, da
Constituição Federal.
Portanto, conclui-se pela aplicabilidade da referida norma também
aos servidores do Distrito Federal. Nesse sentido, os seguintes julgados:
“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. MP 560/94.
CONSTITUCIONALIDADE. APLICAÇÃO AOS SERVIDORES
DO DISTRITO FEDERAL. 1. A Medida Provisória 560/94 é
constitucional e é aplicada aos servidores do Distrito Federal,
obedecido o prazo nonagesimal do art. 195, § 6º, da
Constituição Federal. Precedentes. 2. Agravo regimental
improvido” (RE nº 348.868/DF-AgR, Segunda Turma, Relatora a
Ministra Ellen Gracie, DJe de 7/8/09).
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CONTRIBUIÇÃO
PREVIDENCIÁRIA. MEDIDA PROVISÓRIA 560/1994 E
SUCESSIVAS
REEDIÇÕES.
CONSTITUCIONALIDADE.
APLICABILIDADE AOS SERVIDORES PÚBLICOS DO
DISTRITO FEDERAL. A decisão agravada está em perfeita
consonância com o entendimento firmado por este Tribunal
quanto à constitucionalidade da Medida Provisória 560/1994 e
sucessivas reedições desde que observada a regra da
anterioridade mitigada do § 6º do art. 195 da Constituição
Federal. Aplicabilidade aos servidores do Distrito Federal,
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
RE 367.001 AGR / DF
conforme reiteradas decisões de ambas as Turmas desta Corte.
Embargos de declaração rejeitados” (RE nº 292.792/DF-ED,
Primeira Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de
1/2/08).
“AGRAVOS
REGIMENTAIS
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
MP 560/94. CONSTITUCIONALIDADE. 1. Progressividade da
alíquota da contribuição previdenciária. Medida Provisória
560/94. Afronta à Constituição do Brasil. Inexistência. 2. MP
560/94. Vigência. Termo Inicial. Esta Corte, ao declarar a
inconstitucionalidade apenas do artigo 1º do Texto Normativo,
reconheceu a validade de sua disciplina e esclareceu que a
vigência de suas disposições dar-se-ia após transcorrido o prazo
nonagesimal previsto no artigo 195, § 6º, da Constituição do
Brasil. Agravos regimentais não providos” (RE nº 451.148/DF-
AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de
24/3/06).
Anotem-se, ainda, as seguintes decisões monocráticas: RE nº
276.619/PE, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJ de 18/10/2000; RE nº
367.836/PB, Relator o Ministro Moreira Alves, DJ de 15/5/03; RE nº
508.478/DF, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 5/8/10; RE nº
436.793/DF, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 5/2/10; e RE nº
548.840/DF, de minha relatoria, DJe de 25/8/10.
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 367.001 AGR / DF
conforme reiteradas decisões de ambas as Turmas desta Corte.
Embargos de declaração rejeitados” (RE nº 292.792/DF-ED,
Primeira Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de
1/2/08).
“AGRAVOS
REGIMENTAIS
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
MP 560/94. CONSTITUCIONALIDADE. 1. Progressividade da
alíquota da contribuição previdenciária. Medida Provisória
560/94. Afronta à Constituição do Brasil. Inexistência. 2. MP
560/94. Vigência. Termo Inicial. Esta Corte, ao declarar a
inconstitucionalidade apenas do artigo 1º do Texto Normativo,
reconheceu a validade de sua disciplina e esclareceu que a
vigência de suas disposições dar-se-ia após transcorrido o prazo
nonagesimal previsto no artigo 195, § 6º, da Constituição do
Brasil. Agravos regimentais não providos” (RE nº 451.148/DF-
AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de
24/3/06).
Anotem-se, ainda, as seguintes decisões monocráticas: RE nº
276.619/PE, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJ de 18/10/2000; RE nº
367.836/PB, Relator o Ministro Moreira Alves, DJ de 15/5/03; RE nº
508.478/DF, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 5/8/10; RE nº
436.793/DF, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 5/2/10; e RE nº
548.840/DF, de minha relatoria, DJe de 25/8/10.
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
2
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Revisão de Apartes
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 367.001 DISTRITO FEDERAL
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, tive
pequena dúvida, mas a elucidei. Esses casos em que se discute o vale-
refeição, versa-se quanto a ex-empregados da Caixa Econômica Estadual,
e, no tocante a eles preservaram-se os direitos existentes à época. Não é
aquela questão que está no Pleno com empate de quatro a quatro da
atualização relativa a servidores do Estado?
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Não.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Estou acompanhando,
tendo em conta essa distinção. Vossa Excelência inclusive, no enunciado,
a aponta.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Inclusive, nestes casos, eu cito aqui a decisão tomada no Plenário
virtual.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Porque o outro caso é
de servidores propriamente ditos, e se tem o congelamento.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Então, nestes casos todos, Vossa Excelência me acompanha.
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 367.001 DISTRITO FEDERAL
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, tive
pequena dúvida, mas a elucidei. Esses casos em que se discute o vale-
refeição, versa-se quanto a ex-empregados da Caixa Econômica Estadual,
e, no tocante a eles preservaram-se os direitos existentes à época. Não é
aquela questão que está no Pleno com empate de quatro a quatro da
atualização relativa a servidores do Estado?
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Não.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Estou acompanhando,
tendo em conta essa distinção. Vossa Excelência inclusive, no enunciado,
a aponta.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Inclusive, nestes casos, eu cito aqui a decisão tomada no Plenário
virtual.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Porque o outro caso é
de servidores propriamente ditos, e se tem o congelamento.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Então, nestes casos todos, Vossa Excelência me acompanha.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 367.001
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : CÉSAR DONISETE DA SILVA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : SAU FERREIRA SANTOS E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 367.001
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : CÉSAR DONISETE DA SILVA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : SAU FERREIRA SANTOS E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3160903 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-05T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário. Contribuição previdenciária. Anterioridade nonagesimal. MP nº 560/94. Aplicabilidade ao DF. Precedentes.
1. Esta Corte consolidou entendimento no sentido de considerar constitucional a Medida Provisória nº 560/94 e suas reedições, observando-se o prazo nonagesimal previsto no art. 195, § 6º, da Constituição Federal, concluindo-se, portanto, pela aplicabilidade da referida norma aos servidores do Distrito Federal.
2. Agravo regimental não provido. | sjur220634 | - Acórdãos citados:
(CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA)
STF: RE 292792 ED(1ªT), RE 348868 AgR(2ªT), RE 451148 AgR(1ªT).
- Decisões monocráticas citadas:
STF: RE 276619, RE 367836, RE 436793, RE 508478, RE 548840.
Número de páginas: 8.
Análise: 12/12/2012, LLD. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 367001 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00195 PAR-00006 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED MPR-000560 ANO-1994\r\n MEDIDA PROVISÓRIA"
] | RE-AgR | acordaos | RE 367001 AgR | [
""
] | AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
AGTE.(S) : CÉSAR DONISETE DA SILVA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : SAU FERREIRA SANTOS E OUTRO(A/S) | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 367 . 001",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 367 . 001",
"RE 222 . 719",
"RE 242 . 905",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 367 . 001",
"RE 222 . 719",
"RE 242 . 905",
"RE 367 . 001 AGR / DF",
"RE 359 . 384 - AgR ,",
"RE 372 . 462 - AgR",
"RE 367 . 001 AGR / DF",
"RE 359 . 384 - AgR",
"RE 372 . 462 - AgR",
"RE 367 . 001 AGR",
"RE 367 . 001 AGR",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 367 . 001",
"RE [UNK] 348 . 868 / DF - AgR",
"RECURSO",
"RE [UNK] 348 . 868 / DF - AgR",
"RE [UNK] 292 . 792 / DF - ED",
"RE [UNK] 451 . 148 / DF - AgR",
"RE [UNK] 276 . 619 / PE",
"RE [UNK] 367 . 836 / PB",
"RE [UNK] 508 . 478 / DF",
"RE [UNK] 436 . 793 / DF",
"RE [UNK] 548 . 840 / DF",
"RE 367 . 001 AGR",
"RE [UNK] 292 . 792 / DF - ED",
"RE [UNK] 451 . 148 / DF - AgR",
"RE [UNK] 276 . 619 / PE",
"RE [UNK] 367 . 836 / PB",
"RE [UNK] 508 . 478 / DF",
"RE [UNK] 436 . 793 / DF",
"RE [UNK] 548 . 840 / DF",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 367 . 001",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 367 . 001",
"RECURSO",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 367 . 001"
],
"LEGISLACAO": [
"MP [UNK] 560 / 94",
"Medida Provisória [UNK] 560 / 94",
"art . 195 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Medida Provisória 560 / 94",
"Medida provisória 560 / 94",
"artigo 195 , § [UNK] da Constituição",
"MP n° 2 .",
"Medida Provisória 560 / 94",
"Medida provisória 560 / 94",
"artigo 195 , § [UNK] da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 195 , § [UNK] da Constituição",
"MP 560 / 94",
"Med",
". Prov . 560 / 94",
"Med",
". Prov . 560 / 94",
"Med",
". Prov . 560",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 195 , § [UNK] da Constituição",
"MP 560 / 94",
"Med",
". Prov . 560 / 94",
"Med",
". Prov . 560 / 94",
"Med",
". Prov . 560",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP 560 / 94",
"MP [UNK] 560 / 94",
"LC Distrital 232 / 99",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP 560 / 94",
"MP [UNK] 560 / 94",
"LC Distrital 232 / 99",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Medida Provisória [UNK] 560 / 94",
"art . 195 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"MP 560 / 94",
"Medida Provisória 560 / 94",
"art . 195 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"MEDIDA PROVISÓRIA 560 / 1994",
"Medida Provisória 560 / 1994",
"§ [UNK] do art . 195 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Medida Provisória [UNK] 560 / 94",
"art . 195 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"MP 560 / 94",
"Medida Provisória 560 / 94",
"art . 195 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"MEDIDA PROVISÓRIA 560 / 1994",
"Medida Provisória 560 / 1994",
"§ [UNK] do art . 195 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP 560 / 94",
"Medida Provisória 560 / 94",
"Constituição do Brasil",
"MP 560 / 94",
"artigo 195 , § [UNK] , da Constituição do Brasil",
"MP n° 2 . 200",
"MP 560 / 94",
"Medida Provisória 560 / 94",
"Constituição do Brasil",
"MP 560 / 94",
"artigo 195 , § [UNK] , da Constituição do Brasil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DF",
"Distrito Federal",
"Brasília",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"Distrito Federal",
"DISTRITO FEDERAL",
"Distrito Federal",
"DISTRITO FEDERAL",
"Distrito Federal",
"DISTRITO FEDERAL",
"Distrito Federal",
"Distrito Federal",
"Distrito Federal",
"DISTRITO FEDERAL",
"Distrito Federal",
"DISTRITO FEDERAL",
"Distrito Federal",
"DISTRITO FEDERAL",
"Distrito Federal",
"DISTRITO FEDERAL",
"Distrito Federal",
"DISTRITO FEDERAL",
"Distrito Federal",
"DISTRITO FEDERAL",
"Distrito Federal",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Congresso",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Congresso",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK]",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK]",
"DISTRITO",
"SINDMÉDICO",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"DF",
"PSSSP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Caixa Econômica Estadual",
"Pleno",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Caixa Econômica Estadual",
"Pleno",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"CÉSAR DONISETE DA SILVA",
"SAU FERREIRA SANTOS",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"CÉSAR DONISETE DA SILVA",
"SAU FERREIRA SANTOS",
"DIAS TOFFOLI",
"César Donisete da Silva",
"Velloso",
"Moreira",
"DIAS TOFFOLI",
"CÉSAR DONISETE DA SILVA",
"SAU FERREIRA SANTOS",
"DIAS TOFFOLI",
"César Donisete da Silva",
"Velloso",
"Eros",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Ellen Gracie",
"DIAS TOFFOLI",
"Ellen Gracie",
"DIAS TOFFOLI",
"Joaquim Barbosa",
"Eros Grau",
"Marco Aurélio",
"Moreira Alves",
"Celso de Mello",
"Ellen Gracie",
"Joaquim Barbosa",
"Eros Grau",
"Marco Aurélio",
"Moreira Alves",
"Celso de Mello",
"Ellen Gracie",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"CÉSAR DONISETE DA SILVA",
"SAU FERREIRA SANTOS",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"CÉSAR DONISETE DA SILVA",
"SAU FERREIRA SANTOS",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"14",
".",
"12",
".",
"98",
"24",
".",
"08",
".",
"99",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"14",
".",
"12",
".",
"98",
"24",
".",
"08",
".",
"99",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"5",
".",
"4",
".",
"2005",
"21",
".",
"9",
"26",
".",
"7",
".",
"94",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"5",
".",
"4",
".",
"2005",
"21",
".",
"9",
".",
"2004",
"26",
".",
"7",
".",
"94",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"03",
".",
"1993",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"03",
".",
"1993",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"7",
"/",
"8",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"7",
"/",
"8",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
"/",
"2",
"/",
"08",
"24",
"/",
"3",
"/",
"06",
"18",
"/",
"10",
"/",
"2000",
"15",
"/",
"5",
"/",
"03",
"5",
"/",
"8",
"/",
"10",
"5",
"/",
"2",
"/",
"10",
"25",
"/",
"8",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
"/",
"2",
"/",
"08",
"24",
"/",
"3",
"/",
"06",
"18",
"/",
"10",
"/",
"2000",
"15",
"/",
"5",
"/",
"03",
"5",
"/",
"8",
"/",
"10",
"5",
"/",
"2",
"/",
"10",
"25",
"/",
"8",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 686.607 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S)
:ITACIR DA ROSA
ADV.(A/S)
:SELMA NUNES ESTEVES E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
EMENTA
Embargos de declaração no recurso extraordinário com agravo.
Conversão dos embargos declaratórios em agravo regimental.
Previdenciário. Benefício. Revisão. Repercussão geral. Inexistência.
Precedente do Plenário. Falta de publicação. Aplicação. Possibilidade.
Precedentes.
1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental.
2. A existência de precedente firmado pelo Tribunal Pleno desta
Corte autoriza o julgamento imediato de causas que versem sobre a
mesma matéria, independentemente da publicação ou do trânsito em
julgado do paradigma.
3. Ausência de repercussão geral do tema relativo à adoção, para fins
de revisão de renda mensal de benefício previdenciário, dos mesmos
índices aplicados para o reajuste do teto do salário-de-contribuição,
relativamente aos meses de junho/99 e maio/04, haja vista a necessidade
do exame da legislação infraconstitucional.
4. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por maioria de votos, em converter os embargos de
declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3121309.
Supremo Tribunal Federal
DJe 03/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8
Ementa e Acórdão
ARE 686.607 ED / RS
Marco Aurélio. Acordam, ademais, os Ministros, por unanimidade de
votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do
Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3121309.
Supremo Tribunal Federal
ARE 686.607 ED / RS
Marco Aurélio. Acordam, ademais, os Ministros, por unanimidade de
votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do
Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 686.607 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S)
:ITACIR DA ROSA
ADV.(A/S)
:SELMA NUNES ESTEVES E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Itacir da Rosa opõe tempestivos embargos de declaração contra
decisão em que conheci de agravo para negar seguimento ao recurso
extraordinário, com a seguinte fundamentação:
“Vistos.
Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu
recurso extraordinário interposto contra acórdão que não
acolheu a pretensão da parte autora, ora recorrente, de revisar
seu benefício previdenciário para que sejam concedidos os
reajustes de 2,28%, em junho de 1999, e/ou 1,75%, em maio de
2004, com base na aplicação ao benefício dos mesmos
percentuais concedidos no reajustamento do limite máximo do
salário-de-contribuição.
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi
interposto contra acórdão publicado após 3/5/07. Assim,
conforme decidido pelo Plenário desta Corte na Questão de
Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal
Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07,
aplica-se ao presente recurso o instituto da repercussão geral.
Não merece prosperar a irresignação, uma vez que o
Plenário deste Supremo Tribunal Federal, em sessão realizada
por meio eletrônico, no exame do ARE nº 685.029/RS, Relator o
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3121314.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 686.607 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S)
:ITACIR DA ROSA
ADV.(A/S)
:SELMA NUNES ESTEVES E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Itacir da Rosa opõe tempestivos embargos de declaração contra
decisão em que conheci de agravo para negar seguimento ao recurso
extraordinário, com a seguinte fundamentação:
“Vistos.
Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu
recurso extraordinário interposto contra acórdão que não
acolheu a pretensão da parte autora, ora recorrente, de revisar
seu benefício previdenciário para que sejam concedidos os
reajustes de 2,28%, em junho de 1999, e/ou 1,75%, em maio de
2004, com base na aplicação ao benefício dos mesmos
percentuais concedidos no reajustamento do limite máximo do
salário-de-contribuição.
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi
interposto contra acórdão publicado após 3/5/07. Assim,
conforme decidido pelo Plenário desta Corte na Questão de
Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal
Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07,
aplica-se ao presente recurso o instituto da repercussão geral.
Não merece prosperar a irresignação, uma vez que o
Plenário deste Supremo Tribunal Federal, em sessão realizada
por meio eletrônico, no exame do ARE nº 685.029/RS, Relator o
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8
Relatório
ARE 686.607 ED / RS
Ministro Cezar Peluso, concluiu pela ausência da repercussão
geral da matéria versada nesse feito em virtude de sua natureza
infraconstitucional.
Esse assunto corresponde ao Tema nº 589 da Gestão por
Temas da Repercussão Geral do portal do STF na internet,
assim nominado:
‘Tema 589 - Revisão de renda mensal de benefício
previdenciário mediante aplicação dos mesmos índices
utilizados para reajuste do teto do salário-de-contribuição,
relativamente aos meses de junho de 1999 e maio de 2004.’
Essa decisão, nos termos do artigo 543-A, § 5º, do Código
de Processo Civil, com a redação da Lei nº 11.418/06, ‘valerá para
todos os recursos sobre matéria idêntica, que serão indeferidos
liminarmente’.
Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento
ao recurso extraordinário.”
Aduz o embargante, in verbis, que:
“Ocorre que a decisão embargada é obscura uma vez que
utiliza em sua fundamentação decisão que sequer foi
disponibilizada nos órgãos de publicação oficial.
(...)
Uma decisão não publicada em órgãos oficiais não existe
no mundo jurídico e não pode ser utilizada em outros
processos.”
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3121314.
Supremo Tribunal Federal
ARE 686.607 ED / RS
Ministro Cezar Peluso, concluiu pela ausência da repercussão
geral da matéria versada nesse feito em virtude de sua natureza
infraconstitucional.
Esse assunto corresponde ao Tema nº 589 da Gestão por
Temas da Repercussão Geral do portal do STF na internet,
assim nominado:
‘Tema 589 - Revisão de renda mensal de benefício
previdenciário mediante aplicação dos mesmos índices
utilizados para reajuste do teto do salário-de-contribuição,
relativamente aos meses de junho de 1999 e maio de 2004.’
Essa decisão, nos termos do artigo 543-A, § 5º, do Código
de Processo Civil, com a redação da Lei nº 11.418/06, ‘valerá para
todos os recursos sobre matéria idêntica, que serão indeferidos
liminarmente’.
Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento
ao recurso extraordinário.”
Aduz o embargante, in verbis, que:
“Ocorre que a decisão embargada é obscura uma vez que
utiliza em sua fundamentação decisão que sequer foi
disponibilizada nos órgãos de publicação oficial.
(...)
Uma decisão não publicada em órgãos oficiais não existe
no mundo jurídico e não pode ser utilizada em outros
processos.”
É o relatório.
2
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 686.607 RIO
GRANDE DO SUL
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Inicialmente, nos termos da pacífica jurisprudência desta Corte,
recebo os embargos de declaração como agravo regimental, o qual passo
a analisar.
Não merece prosperar a irresignação.
Anote-se que a jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de
que a existência de precedente firmado pelo seu Tribunal Pleno autoriza o
julgamento imediato de causas que versem sobre a mesma matéria,
independentemente da publicação ou do trânsito em julgado do
paradigma. Nesse sentido, os seguintes precedentes:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO E
PROCESSUAL CIVIL. 1. FORMA DE CÁLCULO DO
ADICIONAL DENOMINADO SEXTA-PARTE. QUESTÃO SEM
REPERCUSSÃO GERAL. 2. APLICAÇÃO IMEDIATA DE
PRECEDENTE DO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL,
INDEPENDENTEMENTE DE SUA PUBLICAÇÃO NO DIÁRIO
DA JUSTIÇA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO” (ARE nº 650.574/SP-AgR, Primeira Turma,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 28/9/11).
“Embargos de declaração no agravo de instrumento.
Conversão dos embargos declaratórios em agravo regimental.
Trabalhista.
Pressupostos
recursais.
Legislação
infraconstitucional. Repercussão geral. Ausência. Precedente
Plenário. Aplicação imediata. Possibilidade. Precedentes. 1.
Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 2.
Ausência de repercussão geral do tema relativo aos requisitos
de admissibilidade de recursos de competência de Cortes
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 686.607 RIO
GRANDE DO SUL
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Inicialmente, nos termos da pacífica jurisprudência desta Corte,
recebo os embargos de declaração como agravo regimental, o qual passo
a analisar.
Não merece prosperar a irresignação.
Anote-se que a jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de
que a existência de precedente firmado pelo seu Tribunal Pleno autoriza o
julgamento imediato de causas que versem sobre a mesma matéria,
independentemente da publicação ou do trânsito em julgado do
paradigma. Nesse sentido, os seguintes precedentes:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO E
PROCESSUAL CIVIL. 1. FORMA DE CÁLCULO DO
ADICIONAL DENOMINADO SEXTA-PARTE. QUESTÃO SEM
REPERCUSSÃO GERAL. 2. APLICAÇÃO IMEDIATA DE
PRECEDENTE DO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL,
INDEPENDENTEMENTE DE SUA PUBLICAÇÃO NO DIÁRIO
DA JUSTIÇA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO” (ARE nº 650.574/SP-AgR, Primeira Turma,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 28/9/11).
“Embargos de declaração no agravo de instrumento.
Conversão dos embargos declaratórios em agravo regimental.
Trabalhista.
Pressupostos
recursais.
Legislação
infraconstitucional. Repercussão geral. Ausência. Precedente
Plenário. Aplicação imediata. Possibilidade. Precedentes. 1.
Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 2.
Ausência de repercussão geral do tema relativo aos requisitos
de admissibilidade de recursos de competência de Cortes
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 686.607 ED / RS
diversas. 3. A existência de precedente firmado pelo Tribunal
Pleno desta Corte autoriza o julgamento imediato de causas que
versem sobre a mesma matéria, independentemente da
publicação ou do trânsito em julgado do paradigma. 4. Agravo
regimental não provido” (AI nº 752.804/SP-ED, Primeira turma,
de minha relatoria, DJe de 22/3/11).
“CONSTITUCIONAL.
TRIBUTÁRIO.
COFINS.
ISENÇÃO.
SOCIEDADES
CIVIS
DE
PROFISSÃO
REGULAMENTADA.
CONCESSÃO
POR
LEI
COMPLEMENTAR. REVOGAÇÃO POR LEI ORDINÁRIA.
HIERARQUIA ENTRE LEIS. SIMETRIA DAS FORMAS.
MATÉRIA DECIDIDA PELO PLENÁRIO DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL. MODULAÇÃO TEMPORAL.
INADMISSÃO PELO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. Por ocasião do julgamento do RE 377.457 e do RE
381.964 (rel. min. Gilmar Mendes, DJe de 29.09.2008), o
Plenário do Supremo Tribunal Federal considerou
constitucional o art. 56 da Lei 9.430/1996, que revogou
dispositivo da Lei Complementar 70/1991 concessivo de
isenção, do pagamento da Cofins, às sociedades civis de
profissão regulamentada. Na mesma oportunidade, a Corte
rejeitou pedido de modulação temporal dos efeitos da decisão
(aplicação meramente prospectiva de efeitos). Existência de
precedentes dos órgãos fracionários do STF relativos à
modulação temporal. Prevalece nesta Corte o entendimento de
que, em virtude de não ter ainda transitado em julgado o
precedente referido na decisão agravada - por falta de
publicação -, não fica o relator impedido de negar seguimento a
recurso extraordinário com base na decisão pendente de
publicação. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI
nº 636.933/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim
Barbosa, DJe de 19/6/09).
Desse modo, plenamente aplicável ao caso o que decidido pelo
Plenário deste Supremo Tribunal Federal, que, em sessão realizada por
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
ARE 686.607 ED / RS
diversas. 3. A existência de precedente firmado pelo Tribunal
Pleno desta Corte autoriza o julgamento imediato de causas que
versem sobre a mesma matéria, independentemente da
publicação ou do trânsito em julgado do paradigma. 4. Agravo
regimental não provido” (AI nº 752.804/SP-ED, Primeira turma,
de minha relatoria, DJe de 22/3/11).
“CONSTITUCIONAL.
TRIBUTÁRIO.
COFINS.
ISENÇÃO.
SOCIEDADES
CIVIS
DE
PROFISSÃO
REGULAMENTADA.
CONCESSÃO
POR
LEI
COMPLEMENTAR. REVOGAÇÃO POR LEI ORDINÁRIA.
HIERARQUIA ENTRE LEIS. SIMETRIA DAS FORMAS.
MATÉRIA DECIDIDA PELO PLENÁRIO DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL. MODULAÇÃO TEMPORAL.
INADMISSÃO PELO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. Por ocasião do julgamento do RE 377.457 e do RE
381.964 (rel. min. Gilmar Mendes, DJe de 29.09.2008), o
Plenário do Supremo Tribunal Federal considerou
constitucional o art. 56 da Lei 9.430/1996, que revogou
dispositivo da Lei Complementar 70/1991 concessivo de
isenção, do pagamento da Cofins, às sociedades civis de
profissão regulamentada. Na mesma oportunidade, a Corte
rejeitou pedido de modulação temporal dos efeitos da decisão
(aplicação meramente prospectiva de efeitos). Existência de
precedentes dos órgãos fracionários do STF relativos à
modulação temporal. Prevalece nesta Corte o entendimento de
que, em virtude de não ter ainda transitado em julgado o
precedente referido na decisão agravada - por falta de
publicação -, não fica o relator impedido de negar seguimento a
recurso extraordinário com base na decisão pendente de
publicação. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI
nº 636.933/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim
Barbosa, DJe de 19/6/09).
Desse modo, plenamente aplicável ao caso o que decidido pelo
Plenário deste Supremo Tribunal Federal, que, em sessão realizada por
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3121313.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 686.607 ED / RS
meio eletrônico, no exame do ARE nº 685.029/RS, Relator o Ministro
Cezar Peluso, concluiu pela ausência da repercussão geral do tema
relativo à adoção, para fins de revisão de renda mensal de benefício
previdenciário, dos mesmos índices aplicados para o reajuste do teto do
salário-de-contribuição, relativamente aos meses de junho/99 e maio/04,
haja vista a necessidade do exame da legislação infraconstitucional
pertinente.
Nego provimento ao agravo regimental.
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3121313.
Supremo Tribunal Federal
ARE 686.607 ED / RS
meio eletrônico, no exame do ARE nº 685.029/RS, Relator o Ministro
Cezar Peluso, concluiu pela ausência da repercussão geral do tema
relativo à adoção, para fins de revisão de renda mensal de benefício
previdenciário, dos mesmos índices aplicados para o reajuste do teto do
salário-de-contribuição, relativamente aos meses de junho/99 e maio/04,
haja vista a necessidade do exame da legislação infraconstitucional
pertinente.
Nego provimento ao agravo regimental.
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 686.607
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S) : ITACIR DA ROSA
ADV.(A/S) : SELMA NUNES ESTEVES E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos
de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor
Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076532
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 686.607
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S) : ITACIR DA ROSA
ADV.(A/S) : SELMA NUNES ESTEVES E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos
de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor
Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076532
Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3151340 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-03T00:00:00 | Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA
Embargos de declaração no recurso extraordinário com agravo. Conversão dos embargos declaratórios em agravo regimental. Previdenciário. Benefício. Revisão. Repercussão geral. Inexistência. Precedente do Plenário. Falta de publicação. Aplicação. Possibilidade. Precedentes.
1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental.
2. A existência de precedente firmado pelo Tribunal Pleno desta Corte autoriza o julgamento imediato de causas que versem sobre a mesma matéria, independentemente da publicação ou do trânsito em julgado do paradigma.
3. Ausência de repercussão geral do tema relativo à adoção, para fins de revisão de renda mensal de benefício previdenciário, dos mesmos índices aplicados para o reajuste do teto do salário-de-contribuição, relativamente aos meses de junho/99 e maio/04, haja vista a necessidade do exame da legislação infraconstitucional.
4. Agravo regimental não provido. | sjur220385 | - Acórdão (s) citado (s):
(PRECEDENTE DO PLENÁRIO, AUSÊNCIA PUBLICAÇÃO, APLICAÇÃO)
STF: ARE 650574 AgR (1ªT), AI 752804 ED (1ªT), AI 636933 AgR (2ªT);
(REVISÃO, BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO, ADOÇÃO, ÍNDICE, REAJUSTE, TETO, SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO, REPERCUSSÃO GERAL, AUSÊNCIA)
STF: ARE 685029 RG (TP).
Número de páginas: 8.
Análise: 05/12/2012, BMB. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 686607 | null | ARE-ED | acordaos | ARE 686607 ED | [
""
] | EMBTE.(S) : ITACIR DA ROSA
ADV.(A/S) : SELMA NUNES ESTEVES E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 686 . 607",
"ARE 686 . 607 ED / RS",
"ARE 686 . 607 ED / RS",
"ARE [UNK] 685 . 029 / RS",
"Agravo de Instrumento [UNK] 664 . 567 / RS",
"ARE [UNK] 685 . 029 / RS",
"ARE 686 . 607 ED / RS",
"ARE 686 . 607 ED / RS",
"ARE [UNK] 650 . 574 / SP - AgR",
"ARE [UNK] 650 . 574 / SP - AgR",
"ARE 686 . 607",
"AI [UNK] 752 . 804 / SP - ED",
"RE 377 . 457",
"RE 381 . 964",
"AI [UNK] 636 . 933 / RJ - AgR",
"ARE 686 . 607 ED / RS",
"AI [UNK] 752 . 804 / SP - ED",
"RE 377 . 457",
"RE 381 . 964",
"AI [UNK] 636 . 933 / RJ - AgR",
"ARE 686 . 607 ED / RS",
"ARE [UNK] 685 . 029 / RS",
"ARE 686 . 607 ED / RS",
"ARE [UNK] 685 . 029 / RS"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 543 - A , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"Lei [UNK] 11 . 418 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"[UNK] , do Código de Processo Civil",
"Lei [UNK] 11 . 418 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 56 da Lei 9 . 430 / 1996",
"Lei Complementar 70 / 1991",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 56 da Lei 9 . 430 / 1996",
"Lei Complementar 70 / 1991",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"Plenário",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
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"Tribunal Pleno",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
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"INSS",
"Plenário",
"Tribunal Pleno",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"PLENÁRIO DO",
"SUPREMO TRIBUNAL",
"Primeira Turma",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPREMO TRIBUNAL",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Primeira",
"SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
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"STF",
"Segunda Turma",
"Plenário deste Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"PLENÁRIO",
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"SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"STF",
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"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
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"Primeira Turma",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
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"[UNK] Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"ITACIR DA ROSA",
"SELMA NUNES ESTEVES",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"DIAS TOFFOLI",
"Marco Aurélio",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"ITACIR DA ROSA",
"SELMA NUNES ESTEVES",
"DIAS TOFFOLI",
"Itacir da Rosa",
"Sepúlveda Pertence",
"DIAS TOFFOLI",
"ITACIR DA ROSA",
"SELMA NUNES ESTEVES",
"DIAS TOFFOLI",
"Itacir da Rosa",
"Sepúlveda Pertence",
"Cezar Peluso",
"Cezar Peluso",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Cármen Lúcia",
"DIAS TOFFOLI",
"Cármen Lúcia",
"DIAS TOFFOLI",
"Gilmar Mendes",
"Joaquim Barbosa",
"Gilmar Mendes",
"Joaquim Barbosa",
"DIAS TOFFOLI",
"Cezar Peluso",
"Cezar Peluso",
"DIAS TOFFOLI",
"ITACIR DA ROSA",
"SELMA NUNES ESTEVES",
"Marco Aurélio",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"ITACIR DA ROSA",
"SELMA NUNES ESTEVES",
"Marco Aurélio",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"junho",
"/",
"99",
"maio",
"/",
"04",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"03",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"junho de 1999",
"maio de 2004",
"3",
"/",
"5",
"/",
"07",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"junho de 1999",
"maio de 2004",
"3",
"/",
"5",
"/",
"07",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"junho de 1999",
"maio de 2004",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"junho de 1999",
"maio de 2004",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"28",
"/",
"9",
"/",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"28",
"/",
"9",
"/",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
"/",
"3",
"/",
"11",
"29",
".",
"09",
".",
"2008",
"19",
"/",
"6",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
"/",
"3",
"/",
"11",
"29",
".",
"09",
".",
"2008",
"19",
"/",
"6",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"junho",
"/",
"99",
"maio",
"/",
"04",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"junho",
"/",
"99",
"maio",
"/",
"04",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 789.678 MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE IPATINGA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
MUNICÍPIO
DE
IPATINGA
ADV.(A/S)
:ELCIO FONSECA REIS
AGDO.(A/S)
:ARIO VIRGILIO CAMPOS
ADV.(A/S)
:RODRIGO OLIVEIRA CARDOSO
EMENTA:
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. IPTU. LEI MUNICIPAL 1.206/1991 E
LEI MUNICIPAL 2.257/2006. LEGISLAÇÃO LOCAL. REEXAME DO
CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE.
1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos
demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art.
323 do RISTF).
2. O acórdão recorrido resolveu a controvérsia com fundamento na
legislação infraconstitucional local (Leis Municipais de Ipatinga nºs
1.206/1991 e 2.257/2006. Súmula 280 do STF, verbis: Por ofensa a direito local
não cabe recurso extraordinário. Precedentes: RE 385.946-AgR, Rel. Min.
Carlos Velloso, segunda turma, DJ 14/10/2005, e AI 778.608-AgR, Rel. Min.
Gilmar Mendes, segunda turma, DJe 22/10/2010.
3. A configuração de ofensa ao princípio da anterioridade
nonagesimal, no caso, impõe o exame do conjunto fático-probatório
constante dos autos, hipótese inviável em recurso extraordinário. Súmula
279/STF, verbis: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.
4. No mesmo sentido: AI nº 746058-AgR, Relator o Ministro Marco
Aurélio, Primeira Turma, Dje 028 de 11.02.2011; RE nº 633101-AgR,
Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, Dje 93 de
14.05.2012.
5 . In casu, o acórdão recorrido assentou: “EMENTA: DIREITO
TRIBUTÁRIO. MUNICÍPIO DE IPATINGA. IPTU. ALÍQUOTAS
PROGRESSIVAS. EC N. 29/2000. LEGISLAÇÕES MUCICIPAIS.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
DJe 05/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12
Ementa e Acórdão
AI 789.678 AGR / MG
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ESPERA NONAGESIMAL. O
fenômeno constitucional da recepção consiste em validação da legislação
criada em determinada ordem constitucional pela nova constituição
originária. In casu, a legislação municipal institui progressividade fiscal
não amaprada pela Constituição da República. O fato de a EC 29/2000 ter
passado a admitir a instituição de tal instituto tributário não acarreta a
constitucionalidade superveniente da Lei Municipal n. 1.206/1991, mesmo
porque tal fenômeno não é admitido pelo ordenamento jurídico
brasileiro. Instituindo a Lei Municipal n. 2.257/2006 novas alíquotas
progressivas, a nova lei deve observância aos princípios constitucionais,
mormente o princípio da anterioridade e o da espera nonagesimal.
Considerando que a entrada em vigor da referida lei ocorreu em 28 de
dezembro de 2006, o IPTU do exercício fiscal de 2007 não pode ser
cobrado com respaldo na nova lei”.
6 . Agravo a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
Documento assinado digitalmente
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
AI 789.678 AGR / MG
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ESPERA NONAGESIMAL. O
fenômeno constitucional da recepção consiste em validação da legislação
criada em determinada ordem constitucional pela nova constituição
originária. In casu, a legislação municipal institui progressividade fiscal
não amaprada pela Constituição da República. O fato de a EC 29/2000 ter
passado a admitir a instituição de tal instituto tributário não acarreta a
constitucionalidade superveniente da Lei Municipal n. 1.206/1991, mesmo
porque tal fenômeno não é admitido pelo ordenamento jurídico
brasileiro. Instituindo a Lei Municipal n. 2.257/2006 novas alíquotas
progressivas, a nova lei deve observância aos princípios constitucionais,
mormente o princípio da anterioridade e o da espera nonagesimal.
Considerando que a entrada em vigor da referida lei ocorreu em 28 de
dezembro de 2006, o IPTU do exercício fiscal de 2007 não pode ser
cobrado com respaldo na nova lei”.
6 . Agravo a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
Documento assinado digitalmente
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 789.678 MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE IPATINGA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
MUNICÍPIO
DE
IPATINGA
ADV.(A/S)
:ELCIO FONSECA REIS
AGDO.(A/S)
:ARIO VIRGILIO CAMPOS
ADV.(A/S)
:RODRIGO OLIVEIRA CARDOSO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): O presente agravo
regimental foi interposto contra decisão monocrática de fls. 163, com esta
ementa:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. IPTU. LEI
MUNICIPAL 2.257/2006. OBEDIÊNCIA AO PRINCÍPIO DA
ANTERIORIDADE NONAGESIMAL. REEXAME DE FATOS E
PROVAS. IMPOSSIBILIDADE.
2. O agravante afirma que deve ser afastada a aplicação da Súmula
279/STF, eis que “não há necessidade de reexame de provas para se
averiguar que o IPTU de 2007 de Ipatinga só foi exigido do contribuinte
após o prazo superior a 90 dias contados da data em que a lei 2.257/06
entrou em vigor”.
3. Acrescenta que “consta dos autos também como ponto
incontroverso, que exigência do IPTU de 2007 ocorreu a partir de
30/03/07, conforme determinado pela própria lei 2257/06. Desta forma,
não é necessário apreciar novamente as provas e fatos, mas sim de lhes
dar o adequado valor, principalmente tomando em consideração que a lei
2257/06 não trouxe nenhuma inovação no que diz respeito às alíquotas de
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 789.678 MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE IPATINGA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
MUNICÍPIO
DE
IPATINGA
ADV.(A/S)
:ELCIO FONSECA REIS
AGDO.(A/S)
:ARIO VIRGILIO CAMPOS
ADV.(A/S)
:RODRIGO OLIVEIRA CARDOSO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): O presente agravo
regimental foi interposto contra decisão monocrática de fls. 163, com esta
ementa:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. IPTU. LEI
MUNICIPAL 2.257/2006. OBEDIÊNCIA AO PRINCÍPIO DA
ANTERIORIDADE NONAGESIMAL. REEXAME DE FATOS E
PROVAS. IMPOSSIBILIDADE.
2. O agravante afirma que deve ser afastada a aplicação da Súmula
279/STF, eis que “não há necessidade de reexame de provas para se
averiguar que o IPTU de 2007 de Ipatinga só foi exigido do contribuinte
após o prazo superior a 90 dias contados da data em que a lei 2.257/06
entrou em vigor”.
3. Acrescenta que “consta dos autos também como ponto
incontroverso, que exigência do IPTU de 2007 ocorreu a partir de
30/03/07, conforme determinado pela própria lei 2257/06. Desta forma,
não é necessário apreciar novamente as provas e fatos, mas sim de lhes
dar o adequado valor, principalmente tomando em consideração que a lei
2257/06 não trouxe nenhuma inovação no que diz respeito às alíquotas de
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12
Relatório
AI 789.678 AGR / MG
IPTU, sendo incapaz de causar surpresa ao contribuinte”.
4. Requer o provimento do agravo regimental.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
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IPTU, sendo incapaz de causar surpresa ao contribuinte”.
4. Requer o provimento do agravo regimental.
É o relatório.
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Voto - MIN. LUIZ FUX
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 789.678 MINAS GERAIS
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão ao
agravante.
Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim
consignados:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. IPTU. LEI
MUNICIPAL 2.257/2006. OBEDIÊNCIA AO PRINCÍPIO DA
ANTERIORIDADE NONAGESIMAL. REEXAME DE FATOS E
PROVAS. IMPOSSIBILIDADE.
Decisão: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão
que inadmitiu o recurso extraordinário em face de acórdão do
Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, assim ementado
(fl. 97):
“DIREITO TRIBUTÁRIO. MUNICÍPIO DE IPATINGA.
IPTU. ALÍQUOTAS PROGRESSIVAS. EC N. 29/2000.
LEGISLAÇÕES
MUNICIPAIS.
PRINCÍPIO
DA
ANTERIORIDADE E DA ESPERA NONAGESIMAL. O
fenômeno constitucional da recepção consiste em validação da
legislação criada em determinada ordem constitucional pela
nova constituição originária. In casu, a legislação municipal
institui progressividade fiscal não amparada pela Constituição
da República. O fato de a EC 29/2000 ter passado a admitir a
instituição de tal instituto tributário não acarreta a
constitucionalidade superveniente da Lei Municipal n.
1.206/1991, mesmo porque tal fenômeno não é admitido pelo
ordenamento jurídico brasileiro. Instituindo a Lei Municipal n.
2.257/2006 novas alíquotas progressivas, a nova lei deve
observância aos princípios constitucionais, mormente o
princípio da anterioridade e o da espera nonagesimal.
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30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 789.678 MINAS GERAIS
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão ao
agravante.
Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim
consignados:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. IPTU. LEI
MUNICIPAL 2.257/2006. OBEDIÊNCIA AO PRINCÍPIO DA
ANTERIORIDADE NONAGESIMAL. REEXAME DE FATOS E
PROVAS. IMPOSSIBILIDADE.
Decisão: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão
que inadmitiu o recurso extraordinário em face de acórdão do
Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, assim ementado
(fl. 97):
“DIREITO TRIBUTÁRIO. MUNICÍPIO DE IPATINGA.
IPTU. ALÍQUOTAS PROGRESSIVAS. EC N. 29/2000.
LEGISLAÇÕES
MUNICIPAIS.
PRINCÍPIO
DA
ANTERIORIDADE E DA ESPERA NONAGESIMAL. O
fenômeno constitucional da recepção consiste em validação da
legislação criada em determinada ordem constitucional pela
nova constituição originária. In casu, a legislação municipal
institui progressividade fiscal não amparada pela Constituição
da República. O fato de a EC 29/2000 ter passado a admitir a
instituição de tal instituto tributário não acarreta a
constitucionalidade superveniente da Lei Municipal n.
1.206/1991, mesmo porque tal fenômeno não é admitido pelo
ordenamento jurídico brasileiro. Instituindo a Lei Municipal n.
2.257/2006 novas alíquotas progressivas, a nova lei deve
observância aos princípios constitucionais, mormente o
princípio da anterioridade e o da espera nonagesimal.
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Voto - MIN. LUIZ FUX
AI 789.678 AGR / MG
Considerando que a entrada em vigor da referida lei ocorreu
em 28 de dezembro de 2006, o IPTU do exercício fiscal de 2007
não pode se cobrado com respaldo na nova lei.”
Contra essa decisão foi interposto recurso extraordinário
onde se alegou violação ao art. 150, III, “c”, da Constituição
Federal. Sustentou-se que a Lei municipal 2.257/06 não instituiu
nem majorou o IPTU cobrado pelo município agravante, já que
o IPTU foi cobrado com fundamento na Lei 1.105/89 e as
alíquotas permaneceram inalteradas em relação às alíquotas
fixadas pela Lei 1.206/91. Além disso, não há se falar em
violação ao princípio da anterioridade mitigada, uma vez que a
cobrança do IPTU com fundamento na Lei 2.257/06 só se deu a
partir de 30/03/07, ou seja, após o intervalo de noventa dias de
sua publicação.
O recurso extraordinário foi inadmitido na origem sob
fundamento nos óbices das Súmulas 279 e 280 do STF.
É o relatório. DECIDO.
Sem razão o agravante.
Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso
admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e
processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF).
Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há
como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das
questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da
CF).
Consta no acórdão recorrido que “(...) No entanto, a
referida lei entrou em vigor em 28 de dezembro de 2006
visando cobrar o IPTU do exercício fiscal de 2007, o que é
vedado pela Constituição da República – art. 150, inc. III, 'c'.
Destarte, imperioso afastar-se a incidência das alíquotas
progressivas do exercício fiscal de 2007, devendo incidir apenas
o IPTU cuja alíquota é de 0,1%, devendo a diferença paga a
maior ser restituída ao contribuinte” (fl. 117) (grifo nosso). Ou
seja, para dissentir desse entendimento seria necessário o
reexame de fatos e provas, o que é vedado nesta instância face o
óbice da Súmula 279 do STF, verbis: “Para simples reexame de
2
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AI 789.678 AGR / MG
Considerando que a entrada em vigor da referida lei ocorreu
em 28 de dezembro de 2006, o IPTU do exercício fiscal de 2007
não pode se cobrado com respaldo na nova lei.”
Contra essa decisão foi interposto recurso extraordinário
onde se alegou violação ao art. 150, III, “c”, da Constituição
Federal. Sustentou-se que a Lei municipal 2.257/06 não instituiu
nem majorou o IPTU cobrado pelo município agravante, já que
o IPTU foi cobrado com fundamento na Lei 1.105/89 e as
alíquotas permaneceram inalteradas em relação às alíquotas
fixadas pela Lei 1.206/91. Além disso, não há se falar em
violação ao princípio da anterioridade mitigada, uma vez que a
cobrança do IPTU com fundamento na Lei 2.257/06 só se deu a
partir de 30/03/07, ou seja, após o intervalo de noventa dias de
sua publicação.
O recurso extraordinário foi inadmitido na origem sob
fundamento nos óbices das Súmulas 279 e 280 do STF.
É o relatório. DECIDO.
Sem razão o agravante.
Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso
admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e
processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF).
Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há
como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das
questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da
CF).
Consta no acórdão recorrido que “(...) No entanto, a
referida lei entrou em vigor em 28 de dezembro de 2006
visando cobrar o IPTU do exercício fiscal de 2007, o que é
vedado pela Constituição da República – art. 150, inc. III, 'c'.
Destarte, imperioso afastar-se a incidência das alíquotas
progressivas do exercício fiscal de 2007, devendo incidir apenas
o IPTU cuja alíquota é de 0,1%, devendo a diferença paga a
maior ser restituída ao contribuinte” (fl. 117) (grifo nosso). Ou
seja, para dissentir desse entendimento seria necessário o
reexame de fatos e provas, o que é vedado nesta instância face o
óbice da Súmula 279 do STF, verbis: “Para simples reexame de
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Voto - MIN. LUIZ FUX
AI 789.678 AGR / MG
prova não cabe recurso extraordinário.”
Sobre o referido verbete sumular, assim discorre Roberto
Rosas:
“Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão
de fato e questão de direito. A questão de fato consiste em
verificar se existem as circunstâncias com base nas quais deve o
juiz, de acordo com a lei, considerar existentes determinados
fatos concretos. A questão de direito consiste na focalização,
primeiro, se a norma, a que o autor se refere, existe, como
norma abstrata (Instituições de Direito Processual, 2a ed., v.
I/175).
Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados
como provados (RT 275/884 e 226/583). Já se refere a matéria de
fato quando a decisão assenta no processo de livre
convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão,
RTJ 47/276); não cabe o recurso extraordinário quando o
acórdão recorrido deu determinada qualificação jurídica a fatos
delituosos e se pretende atribuir aos mesmos fatos outra
configuração, quando essa pretensão exige reexame de provas
(ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ
46/821). No processo penal, a verificação entre a qualificação de
motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação importa
matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso
extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666).
A Súmula 279 é peremptória: “Para simples reexame de
prova não cabe recurso extraordinário”. Não se vislumbraria a
existência da questão federal motivadora do recurso
extraordinário. O juiz dá a valoração mais conveniente aos
elementos probatórios, atendendo aos fatos e circunstâncias
constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Não
se confunda com o critério legal da valorização da prova (RTJ
37/480, 56/65) (Pestana de Aguiar, Comentários ao Código de
Processo Civil, 2ª ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e
Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383).V. Súmula 7 do STJ.”
(ROSAS, Roberto, in, Direito Sumular, Malheiros).
Nesse sentido, cito o seguinte precedente:
3
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prova não cabe recurso extraordinário.”
Sobre o referido verbete sumular, assim discorre Roberto
Rosas:
“Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão
de fato e questão de direito. A questão de fato consiste em
verificar se existem as circunstâncias com base nas quais deve o
juiz, de acordo com a lei, considerar existentes determinados
fatos concretos. A questão de direito consiste na focalização,
primeiro, se a norma, a que o autor se refere, existe, como
norma abstrata (Instituições de Direito Processual, 2a ed., v.
I/175).
Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados
como provados (RT 275/884 e 226/583). Já se refere a matéria de
fato quando a decisão assenta no processo de livre
convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão,
RTJ 47/276); não cabe o recurso extraordinário quando o
acórdão recorrido deu determinada qualificação jurídica a fatos
delituosos e se pretende atribuir aos mesmos fatos outra
configuração, quando essa pretensão exige reexame de provas
(ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ
46/821). No processo penal, a verificação entre a qualificação de
motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação importa
matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso
extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666).
A Súmula 279 é peremptória: “Para simples reexame de
prova não cabe recurso extraordinário”. Não se vislumbraria a
existência da questão federal motivadora do recurso
extraordinário. O juiz dá a valoração mais conveniente aos
elementos probatórios, atendendo aos fatos e circunstâncias
constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Não
se confunda com o critério legal da valorização da prova (RTJ
37/480, 56/65) (Pestana de Aguiar, Comentários ao Código de
Processo Civil, 2ª ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e
Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383).V. Súmula 7 do STJ.”
(ROSAS, Roberto, in, Direito Sumular, Malheiros).
Nesse sentido, cito o seguinte precedente:
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Voto - MIN. LUIZ FUX
AI 789.678 AGR / MG
“RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
TRIBUTÁRIO.
IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E
TERRITORIAL URBANA – IPTU. PRAZO NONAGESIMAL.
IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS: SÚMULA 279
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO AO QUAL
SE NEGA SEGUIMENTO. Relatório 1. Recurso extraordinário
interposto com base no art. 102, inc. III, alínea ‘a’, da
Constituição da República contra o seguinte julgado do
Tribunal de Justiça de Minas Gerais: ‘DIREITO TRIBUTÁRIO –
IPTU – PROGRESSIVIDADE VEDADA ANTES DA EC N.
29/2000 – PRAZO NONAGESIMAL – VIOLAÇÃO –
SELETIVIDADE – FIXAÇÃO DE ALÍQUOTAS DIFERENTES
DE ACORDO COM A CATEGORIA DE IMÓVEL. Este Tribunal
já pacificou o entendimento de que inconstitucional a cobrança
de alíquotas de IPTU mediante indevida progressividade fiscal
anterior à Emenda Constitucional n. 29/2000. Progressividade e
seletividade de imposto não se confundem: o imposto é
progressivo quando sua alíquota cresce em função da base de
cálculo; seletivo, quando sua alíquota é diferente em razão da
diversidade do objeto tributado’ (fl. 148). 2. O Recorrente alega
que o Tribunal ‘a quo’ teria contrariado os arts. 145, § 1º, 150,
inc. III, e 156, inc. I e § 1º, da Constituição da República com a
redação anterior a alteração da Emenda Constitucional n. 29/00.
Argumenta que ‘a Lei Municipal n. 2.257 de 29/12/2006 não
instituiu, tampouco majorou a alíquota do IPTU cobrado pelo
Recorrente. Isso porque, naquela ocasião, já havia lei municipal
que previa a cobrança de IPTU (Lei Municipal n. 1.105/89),
sendo certo que as alíquotas de IPTU permaneceram
inalteradas em relação àquelas previstas na Lei n. 1.206/91. Não
houve, portanto, instituição, muito menos a majoração de IPTU,
inexistindo qualquer afronta ao princípio da anterioridade’ (fl.
176). Afirma que ‘somente cobrou IPTU com base na Lei
Municipal n. 2.257/2006, a partir de 30/03/2007, ou seja, após o
transcurso de período superior a 90 (noventa) dias contados da
data da publicação da mencionada legislação, ocorrida, repita-
se, em 29/12/2006’ (fl. 176). Analisados os elementos havidos nos
4
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“RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
TRIBUTÁRIO.
IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E
TERRITORIAL URBANA – IPTU. PRAZO NONAGESIMAL.
IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS: SÚMULA 279
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO AO QUAL
SE NEGA SEGUIMENTO. Relatório 1. Recurso extraordinário
interposto com base no art. 102, inc. III, alínea ‘a’, da
Constituição da República contra o seguinte julgado do
Tribunal de Justiça de Minas Gerais: ‘DIREITO TRIBUTÁRIO –
IPTU – PROGRESSIVIDADE VEDADA ANTES DA EC N.
29/2000 – PRAZO NONAGESIMAL – VIOLAÇÃO –
SELETIVIDADE – FIXAÇÃO DE ALÍQUOTAS DIFERENTES
DE ACORDO COM A CATEGORIA DE IMÓVEL. Este Tribunal
já pacificou o entendimento de que inconstitucional a cobrança
de alíquotas de IPTU mediante indevida progressividade fiscal
anterior à Emenda Constitucional n. 29/2000. Progressividade e
seletividade de imposto não se confundem: o imposto é
progressivo quando sua alíquota cresce em função da base de
cálculo; seletivo, quando sua alíquota é diferente em razão da
diversidade do objeto tributado’ (fl. 148). 2. O Recorrente alega
que o Tribunal ‘a quo’ teria contrariado os arts. 145, § 1º, 150,
inc. III, e 156, inc. I e § 1º, da Constituição da República com a
redação anterior a alteração da Emenda Constitucional n. 29/00.
Argumenta que ‘a Lei Municipal n. 2.257 de 29/12/2006 não
instituiu, tampouco majorou a alíquota do IPTU cobrado pelo
Recorrente. Isso porque, naquela ocasião, já havia lei municipal
que previa a cobrança de IPTU (Lei Municipal n. 1.105/89),
sendo certo que as alíquotas de IPTU permaneceram
inalteradas em relação àquelas previstas na Lei n. 1.206/91. Não
houve, portanto, instituição, muito menos a majoração de IPTU,
inexistindo qualquer afronta ao princípio da anterioridade’ (fl.
176). Afirma que ‘somente cobrou IPTU com base na Lei
Municipal n. 2.257/2006, a partir de 30/03/2007, ou seja, após o
transcurso de período superior a 90 (noventa) dias contados da
data da publicação da mencionada legislação, ocorrida, repita-
se, em 29/12/2006’ (fl. 176). Analisados os elementos havidos nos
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Voto - MIN. LUIZ FUX
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autos, DECIDO. 3. Razão jurídica não assiste ao Recorrente. 4. O
Tribunal de origem asseverou que ‘A Lei Municipal n. 2.257 foi
publicada em 28/12/2006. O fato gerador do IPTU dá-se no
primeiro dia do exercício financeiro respectivo que, no caso, foi
o dia 01/01/2007, ou seja, quatro dias após a publicação da Lei
Municipal. Assim, ao se cobrar do IPTU referente ao exercício
de 2007, nos moldes da nova Lei Municipal, viola-se o princípio
da noventena, instituído pela Emenda Constitucional nº
42/2003’ (fl. 152). Para o deslinde da matéria posta à apreciação
judicial, as instâncias originárias examinaram os elementos
probatórios dos autos. Concluir de forma diversa demandaria,
necessariamente, o reexame das provas contidas nos autos e
devidamente apreciadas nas instâncias originárias, hipótese
incabível em recurso extraordinário. Incide, na espécie, a
Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido, os
seguintes julgados: ‘AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
DIREITO
TRIBUTÁRIO.
IPTU.
IMUNIDADE.
CONTROVÉRSIA
DECIDIDA
EXCLUSIVAMENTE À LUZ DO CONJUNTO FÁTICO-
PROBATÓRIO DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279
DESTA NOSSA CORTE. (...). Nada há, pois, a prover quanto às
alegações da parte agravante. 5. Pelo exposto, nego seguimento
a este agravo (art. 557, ‘caput’, do Código de Processo Civil e
art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal
Federal)” (RE 630.881, Rel. Min. Cármen Lúcia, decisão
monocrática, DJe 06/12/10, com trânsito em julgado em
16.12.2010) (grifo nosso).
Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao agravo de
instrumento.
A distinção entre alíquotas progressivas e seletivas impõe o exame
da legislação local, Lei Municipal nº 1206/91, o que não se permite em
sede de recurso extraordinário, considerando o óbice da Súmula 280/STF.
No mesmo sentido:
5
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autos, DECIDO. 3. Razão jurídica não assiste ao Recorrente. 4. O
Tribunal de origem asseverou que ‘A Lei Municipal n. 2.257 foi
publicada em 28/12/2006. O fato gerador do IPTU dá-se no
primeiro dia do exercício financeiro respectivo que, no caso, foi
o dia 01/01/2007, ou seja, quatro dias após a publicação da Lei
Municipal. Assim, ao se cobrar do IPTU referente ao exercício
de 2007, nos moldes da nova Lei Municipal, viola-se o princípio
da noventena, instituído pela Emenda Constitucional nº
42/2003’ (fl. 152). Para o deslinde da matéria posta à apreciação
judicial, as instâncias originárias examinaram os elementos
probatórios dos autos. Concluir de forma diversa demandaria,
necessariamente, o reexame das provas contidas nos autos e
devidamente apreciadas nas instâncias originárias, hipótese
incabível em recurso extraordinário. Incide, na espécie, a
Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido, os
seguintes julgados: ‘AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
DIREITO
TRIBUTÁRIO.
IPTU.
IMUNIDADE.
CONTROVÉRSIA
DECIDIDA
EXCLUSIVAMENTE À LUZ DO CONJUNTO FÁTICO-
PROBATÓRIO DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279
DESTA NOSSA CORTE. (...). Nada há, pois, a prover quanto às
alegações da parte agravante. 5. Pelo exposto, nego seguimento
a este agravo (art. 557, ‘caput’, do Código de Processo Civil e
art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal
Federal)” (RE 630.881, Rel. Min. Cármen Lúcia, decisão
monocrática, DJe 06/12/10, com trânsito em julgado em
16.12.2010) (grifo nosso).
Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao agravo de
instrumento.
A distinção entre alíquotas progressivas e seletivas impõe o exame
da legislação local, Lei Municipal nº 1206/91, o que não se permite em
sede de recurso extraordinário, considerando o óbice da Súmula 280/STF.
No mesmo sentido:
5
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Voto - MIN. LUIZ FUX
AI 789.678 AGR / MG
“EMENTA:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
JULGAMENTO – LEGISLAÇÃO LOCAL. A apreciação do
recurso extraordinário faz-se considerada a Constituição
Federal, descabendo interpretar normas locais visando a
concluir pelo enquadramento no permissivo do inciso III do
artigo 102 da Carta da República. AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º,
DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é
manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa
prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil,
arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé”.
(AI 746058-AgR, Relator o Ministro Marco Aurélio, Dje
028 de 11.02.2011).
Ementa: “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. IPTU. PRINCÍPIO DA
ANTERIORIDADE NONAGESIMAL. INDISPENSÁVEL A
ANÁLISE DAS LEIS MUNICIPAIS 1.105/1989 E 2.257/2006.
OFENSA REFLEXA. SÚMULA 280 DO STF. NECESSIDADE
DO EXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO.
SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – A existência,
ou não, de ofensa ao princípio da anterioridade nonagesimal,
no caso, demanda o reexame do conjunto fático-probatório
constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do
STF, bem como requer a interpretação da legislação
infraconstitucional local aplicável à espécie (Leis Municipais
1.105/1989 e 2.257/2006), o que inviabiliza o extraordinário, nos
termos da Súmula 280 desta Corte. Precedentes. II – Agravo
regimental improvido”.
(RE 633101-AgR, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, Segunda Turma, Dje 93 de 14.05.2012).
Em que pesem os argumentos expendidos nas razões de agravar,
resta evidenciado que o agravante não trouxe nenhum argumento capaz
de infirmar a decisão hostilizada, razão pela qual a mesma deve ser
mantida por seus próprios fundamentos.
6
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AI 789.678 AGR / MG
“EMENTA:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
JULGAMENTO – LEGISLAÇÃO LOCAL. A apreciação do
recurso extraordinário faz-se considerada a Constituição
Federal, descabendo interpretar normas locais visando a
concluir pelo enquadramento no permissivo do inciso III do
artigo 102 da Carta da República. AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º,
DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é
manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa
prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil,
arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé”.
(AI 746058-AgR, Relator o Ministro Marco Aurélio, Dje
028 de 11.02.2011).
Ementa: “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. IPTU. PRINCÍPIO DA
ANTERIORIDADE NONAGESIMAL. INDISPENSÁVEL A
ANÁLISE DAS LEIS MUNICIPAIS 1.105/1989 E 2.257/2006.
OFENSA REFLEXA. SÚMULA 280 DO STF. NECESSIDADE
DO EXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO.
SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – A existência,
ou não, de ofensa ao princípio da anterioridade nonagesimal,
no caso, demanda o reexame do conjunto fático-probatório
constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do
STF, bem como requer a interpretação da legislação
infraconstitucional local aplicável à espécie (Leis Municipais
1.105/1989 e 2.257/2006), o que inviabiliza o extraordinário, nos
termos da Súmula 280 desta Corte. Precedentes. II – Agravo
regimental improvido”.
(RE 633101-AgR, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, Segunda Turma, Dje 93 de 14.05.2012).
Em que pesem os argumentos expendidos nas razões de agravar,
resta evidenciado que o agravante não trouxe nenhum argumento capaz
de infirmar a decisão hostilizada, razão pela qual a mesma deve ser
mantida por seus próprios fundamentos.
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Voto - MIN. LUIZ FUX
AI 789.678 AGR / MG
Ex positis, agravo regimental a que se nega provimento .
É como voto.
7
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AI 789.678 AGR / MG
Ex positis, agravo regimental a que se nega provimento .
É como voto.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 789.678
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE IPATINGA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE IPATINGA
ADV.(A/S) : ELCIO FONSECA REIS
AGDO.(A/S) : ARIO VIRGILIO CAMPOS
ADV.(A/S) : RODRIGO OLIVEIRA CARDOSO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 789.678
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE IPATINGA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE IPATINGA
ADV.(A/S) : ELCIO FONSECA REIS
AGDO.(A/S) : ARIO VIRGILIO CAMPOS
ADV.(A/S) : RODRIGO OLIVEIRA CARDOSO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076682
Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3161405 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-05T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. IPTU. LEI MUNICIPAL 1.206/1991 E LEI MUNICIPAL 2.257/2006. LEGISLAÇÃO LOCAL. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE.
1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF).
2. O acórdão recorrido resolveu a controvérsia com fundamento na legislação infraconstitucional local (Leis Municipais de Ipatinga nºs 1.206/1991 e 2.257/2006. Súmula 280 do STF, verbis: Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário. Precedentes: RE 385.946-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, segunda turma, DJ 14/10/2005, e AI 778.608-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, segunda turma, DJe 22/10/2010.
3. A configuração de ofensa ao princípio da anterioridade nonagesimal, no caso, impõe o exame do conjunto fático-probatório constante dos autos, hipótese inviável em recurso extraordinário. Súmula 279/STF, verbis: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.
4. No mesmo sentido: AI nº 746058-AgR, Relator o Ministro Marco Aurélio, Primeira Turma, Dje 028 de 11.02.2011; RE nº 633101-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, Dje 93 de 14.05.2012.
5 . In casu, o acórdão recorrido assentou: “EMENTA: DIREITO TRIBUTÁRIO. MUNICÍPIO DE IPATINGA. IPTU. ALÍQUOTAS PROGRESSIVAS. EC N. 29/2000. LEGISLAÇÕES MUCICIPAIS. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ESPERA NONAGESIMAL. O fenômeno constitucional da recepção consiste em validação da legislação criada em determinada ordem constitucional pela nova constituição originária. In casu, a legislação municipal institui progressividade fiscal não amaprada pela Constituição da República. O fato de a EC 29/2000 ter passado a admitir a instituição de tal instituto tributário não acarreta a constitucionalidade superveniente da Lei Municipal n. 1.206/1991, mesmo porque tal fenômeno não é admitido pelo ordenamento jurídico brasileiro. Instituindo a Lei Municipal n. 2.257/2006 novas alíquotas progressivas, a nova lei deve observância aos princípios constitucionais, mormente o princípio da anterioridade e o da espera nonagesimal. Considerando que a entrada em vigor da referida lei ocorreu em 28 de dezembro de 2006, o IPTU do exercício fiscal de 2007 não pode ser cobrado com respaldo na nova lei”.
6 . Agravo a que se nega provimento. | sjur220715 | - Acórdão (s) citado (s):
(SÚMULA 280)
STF: RE 385946 AgR (2ªT), AI 778608 AgR (2ªT);
(ALIQUOTA PROGRESSIVA, IPTU, REEXAME, DIREITO LOCAL)
STF: AI 746058 AgR (1ªT), RE 633101 AgR (2ªT).
Número de páginas: 12.
Análise: 18/12/2012, BMB. | LUIZ FUX | Primeira Turma | 789678 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED EMC-000029 ANO-2000\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL\r\n\r\n",
"LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00323 \r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000280 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-MUN LEI-001206 ANO-1991\r\n LEI ORDINÁRIA DO MUNICÍPIO DE IPATINGA, MG\r\n\r\n",
"LEG-MUN LEI-002257 ANO-2006\r\n LEI ORDINÁRIA DO MUNICÍPIO DE IPATINGA, MG"
] | AI-AgR | acordaos | AI 789678 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE IPATINGA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE IPATINGA
ADV.(A/S) : RODRIGO OLIVEIRA CARDOSO
AGDO.(A/S) : ARIO VIRGILIO CAMPOS
ADV.(A/S) : ELCIO FONSECA REIS | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 789 . 678",
"Súmula 280 do STF",
"RE 385 . 946 - AgR",
"AI 778 . 608 -",
"AgR",
"Súmula 279 / STF",
"AI [UNK] 746058 - AgR",
"RE [UNK] 633101 - AgR",
"AI 789 . 678 AGR / MG",
"AI 789 . 678 AGR /",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 789 . 678",
"Súmula 279 / STF",
"Súmula 279 / STF",
"AI 789 . 678 AGR / MG",
"AI 789 . 678",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 789 . 678",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 789 . 678",
"AI 789 . 678 AGR / MG",
"Súmulas 279",
"Súmula 279 do STF",
"AI 789 . 678 AGR / MG",
"Súmulas 279 e 280 do STF",
"Súmula 279 do STF",
"AI 789 . 678 AGR / MG",
"RT 275 / 884",
"226",
"/",
"583",
"RE 64 . 051",
"RTJ",
"ERE 58 . 714",
"RTJ",
"RE 63 . 226",
"RTJ 37 / 480",
"Súmula 7 do STJ",
"AI 789 . 678 AGR",
"RT 275 / 884",
"226",
"/",
"583",
"RE 64 . 051",
"RTJ 47 / 276",
"ERE 58 . 714",
"RE 63 . 226",
"RTJ 37 / 480 , 56 /",
"Súmula 7 do STJ .",
"AI 789 . 678 AGR / MG",
"SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"AI 789 . 678 AGR / MG",
"Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal",
"SÚMULA 279 DESTA NOSSA CORTE",
"RE 630 . 881",
"Súmula 280 / STF",
"AI 789 . 678",
"Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal",
"SÚMULA 279 DESTA NOSSA CORTE",
"RE 630 . 881",
"Súmula 280 / STF",
"AI 789 . 678 AGR / MG",
"AI 746058 - AgR",
"SÚMULA 280 DO STF",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula 279 do STF",
"Súmula 280 desta Corte",
"RE 633101 - AgR",
"AI 789 . 678 AGR / MG",
"AI 746058 - AgR",
"SÚMULA 280 DO STF",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula 279 do STF",
"RE 633101 - AgR",
"AI 789 . 678",
"AI 789 . 678",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 789 . 678",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 789 . 678"
],
"LEGISLACAO": [
"LEI MUNICIPAL 1 . 206 / 1991",
"LEI MUNICIPAL 2 . 257 / 2006",
"Leis Municipais de Ipatinga [UNK] 1 . 206 / 1991",
"2",
".",
"257",
"/",
"2006",
"EC N . 29 / 2000",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"EC 29 / 2000",
"Lei Municipal n . 1 . 206 / 1991",
"Lei Municipal n . 2 . 257 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"EC 29 / 2000",
"Lei Municipal n . 1 . 206 / 1991",
"Lei Municipal n . 2 . 257 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI MUNICIPAL 2 . 257 / 2006",
"lei 2 . 257 / 06",
"lei 2257 / 06",
"lei 2257 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI MUNICIPAL 2 . 257 / 2006",
"lei 2 . 257 / 06",
"lei 2257 / 06",
"lei 2257 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI MUNICIPAL 2 . 257 / 2006",
"EC N . 29 / 2000",
"Constituição da República",
"EC 29 / 2000",
"Lei Municipal n . 1 . 206 / 1991",
"Lei Municipal n . 2 . 257 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI MUNICIPAL 2 . 257 / 2006",
"EC N . 29 / 2000",
"Constituição da República",
"EC 29 / 2000",
"Lei Municipal n . 1 . 206 / 1991",
"Lei Municipal n . 2 . 257 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 150 , III , “ c ” , da Constituição Federal",
"Lei municipal 2 . 257 / 06",
"Lei 1 . 105 / 89",
"Lei 1 . 206 / 91",
"Lei 2 . 257 / 06",
"art . 323 do RISTF",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 150 , III , “ c ” , da Constituição Federal",
"Lei municipal 2 . 257 / 06",
"Lei 1 . 105 / 89",
"Lei 1 . 206 /",
"Lei 2 . 257 / 06",
"art . 323 do RISTF",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , inc . III , alínea ‘ a ’ , da Constituição da República",
"EC N . 29 / 2000",
"Emenda Constitucional n . 29 / 2000",
"arts . 145 , § [UNK] , 150 , inc . III , e 156 , inc . I e § [UNK] , da Constituição da República",
"Emenda Constitucional n . 29 / 00",
"Lei Municipal n . 2 . 257",
"Lei Municipal n . 1 . 105 / 89",
"Lei n . 1 . 206 / 91",
"Lei Municipal n . 2 . 257 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , inc . III , alínea ‘ a ’ , da Constituição da República",
"EC N . 29 / 2000",
"Emenda Constitucional n . 29 / 2000",
"arts . 145 , § [UNK] , 150 , inc . III , e 156 , inc . I e § [UNK] , da Constituição da República",
"Emenda Constitucional n . 29 / 00",
"Lei Municipal n . 2 . 257",
"Lei Municipal n",
"Lei n . 1 . 206 / 91",
"Lei Municipal n . 2 . 257 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Municipal n . 2 . 257",
"Emenda Constitucional [UNK] 42 / 2003",
"art . 557 , ‘ caput ’ , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Lei Municipal [UNK] 1206 / 91",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Municipal n . 2 . 257",
"Emenda Constitucional [UNK] 42 / 2003",
"art . 557 , ‘ caput ’ , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Lei Municipal [UNK] 1206 / 91",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"inciso III do artigo 102 da Carta da República",
"ARTIGO 557 , § [UNK] , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL",
"§ [UNK] do artigo 557 do Código de Processo Civil",
"LEIS MUNICIPAIS 1 . 105 / 1989",
"2",
".",
"257",
"/",
"2006",
"Leis Municipais 1 . 105 / 1989",
"2",
".",
"257",
"/",
"2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"inciso III do artigo 102 da Carta da República",
"ARTIGO 557 , § [UNK] , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL",
"§ [UNK] do artigo 557 do Código de Processo Civil",
"LEIS MUNICIPAIS 1 . 105 / 1989",
"2",
".",
"257",
"/",
"2006",
"Leis Municipais 1 . 105 / 1989",
"2",
".",
"257",
"/",
"2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"MUNICÍPIO DE IPATINGA",
"MUNICÍPIO DE IPATINGA",
"Brasília",
"Brasília",
"MINAS GERAIS",
"MUNICÍPIO DE IPATINGA",
"MUNICÍPIO DE IPATINGA",
"Ipatinga",
"MUNICÍPIO DE IPATINGA",
"MUNICÍPIO",
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"Ipatinga",
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"MUNICÍPIO",
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"MUNICÍPIO DE",
"IPATINGA",
"MINAS GERAIS",
"MUNICÍPIO DE IPATINGA",
"MUNICÍPIO DE IPATINGA"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"MUNICÍPIO",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"RT",
"Malheiros",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Malheiros",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal de Justiça de Minas Gerais",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"AGR",
"/",
"MG",
"Tribunal de Justiça de Minas Gerais",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"AGR",
"/",
"MG",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"LUIZ FUX",
"ELCIO FONSECA REIS",
"ARIO VIRGILIO CAMPOS",
"RODRIGO OLIVEIRA CARDOSO",
"Carlos Velloso",
"Gilmar Mendes",
"Marco Aurélio",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"LUIZ FUX",
"Dias Toffoli",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"ELCIO FONSECA REIS",
"ARIO VIRGILIO CAMPOS",
"RODRIGO OLIVEIRA CARDOSO",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"ELCIO FONSECA REIS",
"ARIO VIRGILIO CAMPOS",
"RODRIGO OLIVEIRA CARDOSO",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"Roberto Rosas",
"Djaci Falcão",
"Amaral Santos",
"Eloy da Rocha",
"Pestana de Aguiar",
"Castro Nunes",
"ROSAS , Roberto",
"Roberto Rosas",
"Djaci Falcão",
"Amaral Santos",
"Eloy da Rocha",
"Pestana de Aguiar",
"Castro Nunes",
"ROSAS , Roberto",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"Cármen Lúcia",
"Cármen Lúcia",
"LUIZ FUX",
"Marco Aurélio",
"Ricardo Lewandowski",
"Marco Aurélio",
"Ricardo Lewandowski",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"ELCIO FONSECA REIS",
"ARIO VIRGILIO CAMPOS",
"RODRIGO OLIVEIRA CARDOSO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"LUIZ FUX",
"ELCIO FONSECA REIS",
"ARIO VIRGILIO CAMPOS",
"RODRIGO OLIVEIRA CARDOSO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"14",
"/",
"10",
"/",
"2005",
"22",
"/",
"10",
"/",
"2010",
"11",
".",
"02",
".",
"2011",
"14",
".",
"05",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"28 de dezembro de 2006",
"2007",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28 de dezembro de 2006",
"2007",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"03",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"2007",
"30",
"/",
"03",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28 de dezembro de 2006",
"2007",
"30",
"/",
"03",
"/",
"07",
"28 de dezembro de 2006",
"2007",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28 de dezembro de 2006",
"2007",
"30",
"/",
"03",
"/",
"07",
"28 de dezembro de 2006",
"2007",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1943",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1943",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
"/",
"12",
"/",
"2006",
"30",
"/",
"03",
"/",
"2007",
"29",
"/",
"12",
"/",
"2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
"/",
"12",
"/",
"2006",
"30",
"/",
"03",
"/",
"2007",
"29",
"/",
"12",
"/",
"2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
"/",
"12",
"/",
"2006",
"01",
"/",
"01",
"/",
"2007",
"2007",
"06",
"/",
"12",
"/",
"10",
"16",
".",
"12",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
"/",
"12",
"/",
"2006",
"01",
"/",
"01",
"/",
"2007",
"2007",
"06",
"/",
"12",
"/",
"10",
"16",
".",
"12",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
".",
"02",
".",
"2011",
"14",
".",
"05",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
".",
"02",
".",
"2011",
"14",
".",
"05",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.650
DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:DISTRITO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
AGDO.(A/S)
:ELSON AURÉLIO DE OLIVEIRA
ADV.(A/S)
:WALTER DE CASTRO COUTINHO
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO CANDANGO DE SOLIDARIEDADE - ICS
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
(LEI Nº 12.322/2010) – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS
CONSTITUCIONAIS –
AUSÊNCIA
DE OFENSA
DIRETA
À
CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – APELO
EXTREMO TAMBÉM DEDUZIDO COM FUNDAMENTO NO ART. 102,
III, “B”, DA CONSTITUIÇÃO – ACÓRDÃO QUE NÃO DECLAROU A
INCONSTITUCIONALIDADE DE QUALQUER ATO ESTATAL –
INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO – RECURSO
IMPROVIDO.
- A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional,
quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via
recursal extraordinária.
- Revela-se processualmente inviável o recurso extraordinário,
quando, interposto com fundamento no art. 102, III, “b”, da Carta
Política, impugna acórdão que não declarou a inconstitucionalidade de
tratado ou lei federal. Precedentes.
A C Ó R D Ã O
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3093639.
Supremo Tribunal Federal
DJe 22/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6
Ementa e Acórdão
ARE 680.650 AGR / DF
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos
e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
CELSO DE MELLO – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3093639.
Supremo Tribunal Federal
ARE 680.650 AGR / DF
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos
e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
CELSO DE MELLO – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3093639.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6
Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.650
DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:DISTRITO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
AGDO.(A/S)
:ELSON AURÉLIO DE OLIVEIRA
ADV.(A/S)
:WALTER DE CASTRO COUTINHO
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO CANDANGO DE SOLIDARIEDADE - ICS
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se
de recurso de agravo, tempestivamente interposto, contra decisão que
conheceu do agravo (previsto e disciplinado na Lei nº 12.322/2010), para
negar seguimento ao recurso extraordinário, manifestamente inadmissível,
deduzido pela parte ora recorrente (fls. 141/143).
Inconformada com esse ato decisório, a parte ora agravante interpõe
o presente recurso, postulando o provimento do agravo que deduziu
(fls. 146/153).
Por não me convencer das razões expostas, submeto, à apreciação
desta colenda Turma, o presente recurso de agravo.
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3093640.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.650
DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:DISTRITO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
AGDO.(A/S)
:ELSON AURÉLIO DE OLIVEIRA
ADV.(A/S)
:WALTER DE CASTRO COUTINHO
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO CANDANGO DE SOLIDARIEDADE - ICS
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se
de recurso de agravo, tempestivamente interposto, contra decisão que
conheceu do agravo (previsto e disciplinado na Lei nº 12.322/2010), para
negar seguimento ao recurso extraordinário, manifestamente inadmissível,
deduzido pela parte ora recorrente (fls. 141/143).
Inconformada com esse ato decisório, a parte ora agravante interpõe
o presente recurso, postulando o provimento do agravo que deduziu
(fls. 146/153).
Por não me convencer das razões expostas, submeto, à apreciação
desta colenda Turma, o presente recurso de agravo.
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3093640.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.650
DISTRITO FEDERAL
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não
assiste razão à parte recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se, com
integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo
Tribunal Federal na matéria ora em análise.
Com efeito, o exame do presente litígio evidencia que o recurso
extraordinário interposto pela parte ora agravante não se mostra
processualmente viável, eis que a controvérsia nele suscitada – tal como
esta Corte tem reiteradamente decidido em causas virtualmente idênticas
à que ora se analisa (ARE 695.687/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA –
RE 600.706/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – RE 600.831/DF, Rel. Min.
RICARDO LEWANDOWSKI, v.g.) – traduz situação configuradora de
ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRABALHISTA
E PROCESSUAL CIVIL. JUROS DE MORA DEVIDOS
PELA FAZENDA PÚBLICA. 1. JULGADO RECORRIDO
FUNDAMENTADO
EM
LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL
INDIRETA. 2. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO
COM BASE NA ALÍNEA ‘B’ DO INC. III DO ART. 102 DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. INEXISTÊNCIA DE
DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DE
TRATADO OU LEI FEDERAL. 3. AGRAVO REGIMENTAL AO
QUAL SE NEGA PROVIMENTO.”
(ARE 696.012-AgR/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA)
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3093641.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.650
DISTRITO FEDERAL
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não
assiste razão à parte recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se, com
integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo
Tribunal Federal na matéria ora em análise.
Com efeito, o exame do presente litígio evidencia que o recurso
extraordinário interposto pela parte ora agravante não se mostra
processualmente viável, eis que a controvérsia nele suscitada – tal como
esta Corte tem reiteradamente decidido em causas virtualmente idênticas
à que ora se analisa (ARE 695.687/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA –
RE 600.706/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – RE 600.831/DF, Rel. Min.
RICARDO LEWANDOWSKI, v.g.) – traduz situação configuradora de
ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRABALHISTA
E PROCESSUAL CIVIL. JUROS DE MORA DEVIDOS
PELA FAZENDA PÚBLICA. 1. JULGADO RECORRIDO
FUNDAMENTADO
EM
LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL
INDIRETA. 2. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO
COM BASE NA ALÍNEA ‘B’ DO INC. III DO ART. 102 DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. INEXISTÊNCIA DE
DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DE
TRATADO OU LEI FEDERAL. 3. AGRAVO REGIMENTAL AO
QUAL SE NEGA PROVIMENTO.”
(ARE 696.012-AgR/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA)
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3093641.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 680.650 AGR / DF
Cabe assinalar, por oportuno, ante a inquestionável procedência de
suas observações, a seguinte passagem do voto da eminente Ministra
CÁRMEN LÚCIA, Relatora,
por
ocasião
do julgamento
do
ARE 696.012-AgR/DF:
“4. Como também afirmado na decisão agravada, o Tribunal de
origem não declarou a inconstitucionalidade de norma legal,
tampouco afastou sua aplicação com fundamento em princípio
extraído da Constituição da República.
O Tribunal Superior do Trabalho limitou-se a interpretar a
Lei 9.494/1997 no que tange aos juros devidos pela Fazenda
Pública quando condenada subsidiariamente pelo inadimplemento de
empresa terceirizada, tema diverso do tratado no Recurso
Extraordinário n. 453.740, Relator o Ministro Gilmar Mendes,
Plenário, DJe 28.2.2007.”
Os precedentes ora referidos, ao evidenciarem a inadmissibilidade
da utilização de recurso extraordinário na presente causa, desautorizam o
acolhimento, na espécie, da postulação recursal ora em exame.
Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, nego
provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, em consequência,
por seus próprios fundamentos, a decisão ora questionada.
É o meu voto.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3093641.
Supremo Tribunal Federal
ARE 680.650 AGR / DF
Cabe assinalar, por oportuno, ante a inquestionável procedência de
suas observações, a seguinte passagem do voto da eminente Ministra
CÁRMEN LÚCIA, Relatora,
por
ocasião
do julgamento
do
ARE 696.012-AgR/DF:
“4. Como também afirmado na decisão agravada, o Tribunal de
origem não declarou a inconstitucionalidade de norma legal,
tampouco afastou sua aplicação com fundamento em princípio
extraído da Constituição da República.
O Tribunal Superior do Trabalho limitou-se a interpretar a
Lei 9.494/1997 no que tange aos juros devidos pela Fazenda
Pública quando condenada subsidiariamente pelo inadimplemento de
empresa terceirizada, tema diverso do tratado no Recurso
Extraordinário n. 453.740, Relator o Ministro Gilmar Mendes,
Plenário, DJe 28.2.2007.”
Os precedentes ora referidos, ao evidenciarem a inadmissibilidade
da utilização de recurso extraordinário na presente causa, desautorizam o
acolhimento, na espécie, da postulação recursal ora em exame.
Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, nego
provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, em consequência,
por seus próprios fundamentos, a decisão ora questionada.
É o meu voto.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3093641.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.650
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S) : DISTRITO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
AGDO.(A/S) : ELSON AURÉLIO DE OLIVEIRA
ADV.(A/S) : WALTER DE CASTRO COUTINHO
AGDO.(A/S) : INSTITUTO CANDANGO DE SOLIDARIEDADE - ICS
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.650
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S) : DISTRITO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
AGDO.(A/S) : ELSON AURÉLIO DE OLIVEIRA
ADV.(A/S) : WALTER DE CASTRO COUTINHO
AGDO.(A/S) : INSTITUTO CANDANGO DE SOLIDARIEDADE - ICS
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3116455 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-22T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – APELO EXTREMO TAMBÉM DEDUZIDO COM FUNDAMENTO NO ART. 102, III, “B”, DA CONSTITUIÇÃO – ACÓRDÃO QUE NÃO DECLAROU A INCONSTITUCIONALIDADE DE QUALQUER ATO ESTATAL – INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO – RECURSO IMPROVIDO.
- A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária.
- Revela-se processualmente inviável o recurso extraordinário, quando, interposto com fundamento no art. 102, III, “b”, da Carta Política, impugna acórdão que não declarou a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal. Precedentes. | sjur219514 | - Decisões monocráticas citadas:
(OFENSA REFLEXA)
ARE 695687, RE 600706, RE 600831, ARE 696012 AgR.
Número de páginas: 6.
Análise: 10/01/2013, AMS. | CELSO DE MELLO | Segunda Turma | 680650 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 INC-00003 LET-B \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-012322 ANO-2010\r\n LEI ORDINÁRIA"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 680650 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : DISTRITO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
AGDO.(A/S) : ELSON AURÉLIO DE OLIVEIRA
ADV.(A/S) : WALTER DE CASTRO COUTINHO
AGDO.(A/S) : INSTITUTO CANDANGO DE SOLIDARIEDADE - ICS
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680 . 650",
"ARE 680 . 650 AGR / DF",
"ARE 680 . 650 AGR",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM",
"AGRAVO 680 . 650",
"ARE 695 . 687 / DF",
"RE 600 . 706 / DF",
"RE 600 . 831 / DF",
"ARE 696 . 012 - AgR / DF",
"ARE 695 . 687 / DF",
"RE 600 . 706 / DF",
"RE 600 . 831 / DF",
"ARE 696 . 012 - AgR / DF",
"ARE 680 . 650",
"ARE 696 . 012 - AgR /",
"Recurso Extraordinário n . 453 . 740",
"ARE 680 . 650 AGR / DF",
"ARE 696 . 012 - AgR / DF",
"Recurso Extraordinário n . 453 . 740",
"AGRAVO 680 . 650"
],
"LEGISLACAO": [
"LEI [UNK] 12 . 322 / 2010",
"ART . 102 , III , “ B ” , DA CONSTITUIÇÃO",
"art . 102 , III , “ b ” , da Carta Política",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"INC . III DO ART . 102 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"ALÍNEA ‘ B ’ DO INC . III DO ART . 102 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"Lei 9 . 494 / 1997",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"Lei 9 . 494 / 1997",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"Brasília",
"Brasília",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"DISTRITO FEDERAL",
"INSTITUTO CANDANGO DE SOLIDARIEDADE",
"ICS",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO CANDANGO DE SOLIDARIEDADE",
"ICS",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO CANDANGO DE SOLIDARIEDADE",
"ICS",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"FAZENDA PÚBLICA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"Fazenda Pública",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO CANDANGO DE SOLIDARIEDADE",
"ICS",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO CANDANGO DE SOLIDARIEDADE",
"ICS",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CELSO DE MELLO",
"ELSON AURÉLIO DE OLIVEIRA",
"WALTER DE CASTRO COUTINHO",
"Ricardo Lewandowski",
"Joaquim Barbosa",
"CELSO DE MELLO",
"Ricardo Lewandowski",
"Joaquim Barbosa",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"ELSON AURÉLIO DE OLIVEIRA",
"WALTER DE CASTRO COUTINHO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"ELSON AURÉLIO DE OLIVEIRA",
"WALTER DE CASTRO COUTINHO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CELSO DE MELLO",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CELSO DE MELLO",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Gilmar Mendes",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Gilmar Mendes",
"CELSO DE MELLO",
"ELSON AURÉLIO DE OLIVEIRA",
"WALTER DE CASTRO COUTINHO",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"CELSO DE MELLO",
"ELSON AURÉLIO DE OLIVEIRA",
"WALTER DE CASTRO COUTINHO",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
".",
"2",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
".",
"2",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NA EXTRADIÇÃO 1.421 DISTRITO FEDERAL
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
EMBTE.(S)
:RAUL VITOR DOS REIS MARTINS GONÇALVES DE
ALPUIM OU RAUL VITOR DOS REIS MARTINS
GONÇALVES
ADV.(A/S)
:ROGERIO INACIO DE OLIVEIRA
EMBDO.(A/S)
:GOVERNO DE PORTUGAL
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA EXTRADIÇÃO. OMISSÃO,
CONTRADIÇÃO,
OBSCURIDADE
E/OU
AMBIGUIDADE.
INOCORRÊNCIA. MANUTENÇÃO DO DECISUM. ALEGAÇÃO DE
PRESCRIÇÃO SUPERVENIENTE. INOCORRÊNCIA. APLICAÇÃO
DO ARTIGO 366 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL BRASILEIRO.
INEXISTÊNCIA DE ÓBICES LEGAIS À EXTRADIÇÃO.
1. Os embargos de declaração visam ao aperfeiçoamento da
prestação jurisdicional, com a sua entrega de forma completa, e o
aclaramento dos julgados, quando presentes omissão, contradição,
obscuridade e/ou ambiguidade ao feitio do art. 619 do Código de
Processo Penal, e nos termos do art. 327 do RISTF, admitida, ainda, a
correção de eventuais erros materiais.
2. Compete constitucionalmente ao Supremo Tribunal Federal
processar e julgar a extradição solicitada por Estado estrangeiro (art. 102,
I, ‘g’, da Lei Maior), conforme a legislação dos países envolvidos (art. 3º,
1, ‘f’, do Tratado de Extradição e art. 82, VI, da Lei 13.445/2017 - antigo
art. 77, VI, da Lei 6.815/1980).
3. Jurisprudência da Casa no sentido de que a contumácia declarada
pelo Juízo estrangeiro implica a suspensão do prazo prescricional,
prevista pelo CPP português, também pela legislação brasileira, nos
moldes do art. 366 do Código de Processo Penal (Precedente: Ext 1.042,
Rel. Min Sepúlveda Pertence, j. 19.12.2006, DJ 02.3.2007). Nessa mesma
linha, “Extraditando considerado fugitivo pelo país requerente, o que autoriza a
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Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 17
363
Ementa e Acórdão
EXT 1421 ED / DF
incidência do artigo 366 do codex processual penal, hipóteses de suspensão do
prazo prescricional. Prescrição afastada sob a perspectiva de ambas as legislações”
(Ext 1.218/ Estados Unidos da América, Rel. Min. Ricardo Lewandowski,
2ª Turma, j. 15.5.2012, DJe 15.8.2012).
4. Embargos de declaração acolhidos, sem efeitos infringentes, tão
somente para prestar esclarecimentos quanto à permanência do requisito
da dupla punibilidade relativamente ao crime imputado ao Extraditando.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal em dar provimento aos embargos de
declaração, sem eficácia modificativa, nos termos do voto da Relatora e
por unanimidade de votos, em sessão da Primeira Turma presidida pelo
Ministro Marco Aurélio, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas.
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
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Supremo Tribunal Federal
EXT 1421 ED / DF
incidência do artigo 366 do codex processual penal, hipóteses de suspensão do
prazo prescricional. Prescrição afastada sob a perspectiva de ambas as legislações”
(Ext 1.218/ Estados Unidos da América, Rel. Min. Ricardo Lewandowski,
2ª Turma, j. 15.5.2012, DJe 15.8.2012).
4. Embargos de declaração acolhidos, sem efeitos infringentes, tão
somente para prestar esclarecimentos quanto à permanência do requisito
da dupla punibilidade relativamente ao crime imputado ao Extraditando.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal em dar provimento aos embargos de
declaração, sem eficácia modificativa, nos termos do voto da Relatora e
por unanimidade de votos, em sessão da Primeira Turma presidida pelo
Ministro Marco Aurélio, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas.
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 17
364
Relatório
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NA EXTRADIÇÃO 1.421 DISTRITO FEDERAL
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
EMBTE.(S)
:RAUL VITOR DOS REIS MARTINS GONÇALVES DE
ALPUIM OU RAUL VITOR DOS REIS MARTINS
GONÇALVES
ADV.(A/S)
:ROGERIO INACIO DE OLIVEIRA
EMBDO.(A/S)
:GOVERNO DE PORTUGAL
RELATÓRIO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de embargos
de declaração opostos contra acórdão desta 1ª Turma (fls. 302-16), da
minha lavra, que deferiu o pedido extradicional formulado pelo Governo
de Portugal em desfavor de Raul Vitor dos Reis Martins Gonçalves de
Alpuim.
Extraio do acórdão embargado, julgado em 29.11.2016:
“EXTRADIÇÃO INSTRUTÓRIA. CRIME DE BURLA
INFORMÁTICA
E
NAS
COMUNICAÇÕES.
CORRESPONDÊNCIA COM O DELITO DE ESTELIONATO.
DUPLA INCRIMINAÇÃO CONFIGURADA. PRESCRIÇÃO.
INOCORRÊNCIA. INEXISTÊNCIA DE ÓBICES LEGAIS À
EXTRADIÇÃO. CONTENCIOSIDADE LIMITADA. SÚMULA
421/STF. EXIGÊNCIA DE ASSUNÇÃO DE COMPROMISSOS
PELO ESTADO REQUERENTE.
1. Pedido de extradição formulado pelo Governo de Portugal
que atende os requisitos da Lei 6.815/1980 e do Tratado de Extradição
específico.
2. Crime de burla informática e nas comunicações, nos termos
da legislação estrangeira, que corresponde ao crime de estelionato
previsto no art. 171 do Código Penal. Dupla incriminação atendida.
3. A apreciação das teses defensivas pertinentes ao mérito da
imputação extrapolam os limites da contenciosidade limitada que rege
o processo de extradição (art. 85, § 1º, do Estatuto do Estrangeiro).
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12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NA EXTRADIÇÃO 1.421 DISTRITO FEDERAL
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
EMBTE.(S)
:RAUL VITOR DOS REIS MARTINS GONÇALVES DE
ALPUIM OU RAUL VITOR DOS REIS MARTINS
GONÇALVES
ADV.(A/S)
:ROGERIO INACIO DE OLIVEIRA
EMBDO.(A/S)
:GOVERNO DE PORTUGAL
RELATÓRIO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de embargos
de declaração opostos contra acórdão desta 1ª Turma (fls. 302-16), da
minha lavra, que deferiu o pedido extradicional formulado pelo Governo
de Portugal em desfavor de Raul Vitor dos Reis Martins Gonçalves de
Alpuim.
Extraio do acórdão embargado, julgado em 29.11.2016:
“EXTRADIÇÃO INSTRUTÓRIA. CRIME DE BURLA
INFORMÁTICA
E
NAS
COMUNICAÇÕES.
CORRESPONDÊNCIA COM O DELITO DE ESTELIONATO.
DUPLA INCRIMINAÇÃO CONFIGURADA. PRESCRIÇÃO.
INOCORRÊNCIA. INEXISTÊNCIA DE ÓBICES LEGAIS À
EXTRADIÇÃO. CONTENCIOSIDADE LIMITADA. SÚMULA
421/STF. EXIGÊNCIA DE ASSUNÇÃO DE COMPROMISSOS
PELO ESTADO REQUERENTE.
1. Pedido de extradição formulado pelo Governo de Portugal
que atende os requisitos da Lei 6.815/1980 e do Tratado de Extradição
específico.
2. Crime de burla informática e nas comunicações, nos termos
da legislação estrangeira, que corresponde ao crime de estelionato
previsto no art. 171 do Código Penal. Dupla incriminação atendida.
3. A apreciação das teses defensivas pertinentes ao mérito da
imputação extrapolam os limites da contenciosidade limitada que rege
o processo de extradição (art. 85, § 1º, do Estatuto do Estrangeiro).
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 17
365
Relatório
EXT 1421 ED / DF
4. Inocorrência de prescrição e óbices legais.
5. Consoante a orientação jurisprudencial desta Suprema Corte,
“A Súmula 421/STF revela-se compatível com a vigente Constituição
da República, pois, em tema de cooperação internacional na repressão
a atos de criminalidade comum, a existência de vínculos conjugais
e/ou familiares com pessoas de nacionalidade brasileira não se qualifica
como causa obstativa da extradição” (Ext 1.343, Rel. Min. Celso de
Mello, 2ª Turma, DJe 19.02.2015).
6. O compromisso de detração da pena, considerando o período
de prisão decorrente da extradição, deve ser assumido antes da entrega
do preso, não obstando a concessão da extradição. O mesmo é válido
para os demais compromissos previstos no art. 91 da Lei nº
6.815/1980.
7. Extradição deferida.” (Fls. 302-3)
Naquela oportunidade, esta 1ª Turma, por maioria, determinou,
independentemente de publicação, o imediato cumprimento do pedido
extradicional, nos termos do voto desta Relatora (fl. 314).
Dia subsequente ao julgamento - 30.11.2016 -, os autos foram
liberados por meu Gabinete e encaminhados à Secretaria Judiciária –
Seção de Composição e Controle de Acórdãos, para adoção das
diligências pertinentes.
Certidões de publicação do acórdão no DJe de 23.02.2017 (fl. 317) e
de elaboração de 3 (três) ofícios para o fim de comunicação do resultado
do julgamento em 24.02.2017 (fl. 318).
Concomitantemente, a Defesa, em 23.02.2017, opôs os presentes
Embargos de Declaração, com pedido subsidiário de recebimento como
Habeas Corpus ou, no mínimo, concessão da ordem de ofício, ao
argumento de que, após o julgamento do presente feito, sobreveio a
prescrição da pretensão punitiva estatal do crime de estelionato pela
legislação brasileira, “que findou em 18.02.2017, de modo que o indeferimento
da extradição é medida que se impõe, nos termos do art. 77, VI, da Lei n.
6.815/80”. O pleito é de indeferimento da extradição (fls. 320-3 e 325-8),
com imediata expedição, em qualquer hipótese, de Alvará de Soltura, face
à ilegalidade da prisão, ausente o requisito da dupla punibilidade.
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
EXT 1421 ED / DF
4. Inocorrência de prescrição e óbices legais.
5. Consoante a orientação jurisprudencial desta Suprema Corte,
“A Súmula 421/STF revela-se compatível com a vigente Constituição
da República, pois, em tema de cooperação internacional na repressão
a atos de criminalidade comum, a existência de vínculos conjugais
e/ou familiares com pessoas de nacionalidade brasileira não se qualifica
como causa obstativa da extradição” (Ext 1.343, Rel. Min. Celso de
Mello, 2ª Turma, DJe 19.02.2015).
6. O compromisso de detração da pena, considerando o período
de prisão decorrente da extradição, deve ser assumido antes da entrega
do preso, não obstando a concessão da extradição. O mesmo é válido
para os demais compromissos previstos no art. 91 da Lei nº
6.815/1980.
7. Extradição deferida.” (Fls. 302-3)
Naquela oportunidade, esta 1ª Turma, por maioria, determinou,
independentemente de publicação, o imediato cumprimento do pedido
extradicional, nos termos do voto desta Relatora (fl. 314).
Dia subsequente ao julgamento - 30.11.2016 -, os autos foram
liberados por meu Gabinete e encaminhados à Secretaria Judiciária –
Seção de Composição e Controle de Acórdãos, para adoção das
diligências pertinentes.
Certidões de publicação do acórdão no DJe de 23.02.2017 (fl. 317) e
de elaboração de 3 (três) ofícios para o fim de comunicação do resultado
do julgamento em 24.02.2017 (fl. 318).
Concomitantemente, a Defesa, em 23.02.2017, opôs os presentes
Embargos de Declaração, com pedido subsidiário de recebimento como
Habeas Corpus ou, no mínimo, concessão da ordem de ofício, ao
argumento de que, após o julgamento do presente feito, sobreveio a
prescrição da pretensão punitiva estatal do crime de estelionato pela
legislação brasileira, “que findou em 18.02.2017, de modo que o indeferimento
da extradição é medida que se impõe, nos termos do art. 77, VI, da Lei n.
6.815/80”. O pleito é de indeferimento da extradição (fls. 320-3 e 325-8),
com imediata expedição, em qualquer hipótese, de Alvará de Soltura, face
à ilegalidade da prisão, ausente o requisito da dupla punibilidade.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 17
366
Relatório
EXT 1421 ED / DF
O Ministério Público Federal, em parecer da lavra da
Subprocuradora-Geral da República Cláudia Sampaio Marques, opina
pelo acolhimento dos embargos de declaração, com expedição de alvará
de soltura ao Extraditando (fls. 335-9).
Informações prestadas pela Secretaria Judiciária no sentido de que as
respectivas comunicações de cumprimento do pedido extradicional
foram, por equívoco, “realizadas somente quando da publicação do acórdão”
(fls. 345).
Intimado, o Estado Requerente, via diplomática, por intermédio da
Nota Verbal 420/2017 – Petição 72.676/2017 de 30.11.2017 (fl. 359-61),
apresenta manifestação pela suspensão do prazo prescricional desde a
declaração de contumácia do Extraditando em 02.9.2013, nos termos do
art. 121, 1, “c” do CP português.
É o relatório.
3
Supremo Tribunal Federal
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14215628.
Supremo Tribunal Federal
EXT 1421 ED / DF
O Ministério Público Federal, em parecer da lavra da
Subprocuradora-Geral da República Cláudia Sampaio Marques, opina
pelo acolhimento dos embargos de declaração, com expedição de alvará
de soltura ao Extraditando (fls. 335-9).
Informações prestadas pela Secretaria Judiciária no sentido de que as
respectivas comunicações de cumprimento do pedido extradicional
foram, por equívoco, “realizadas somente quando da publicação do acórdão”
(fls. 345).
Intimado, o Estado Requerente, via diplomática, por intermédio da
Nota Verbal 420/2017 – Petição 72.676/2017 de 30.11.2017 (fl. 359-61),
apresenta manifestação pela suspensão do prazo prescricional desde a
declaração de contumácia do Extraditando em 02.9.2013, nos termos do
art. 121, 1, “c” do CP português.
É o relatório.
3
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367
Voto - MIN. ROSA WEBER
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NA EXTRADIÇÃO 1.421 DISTRITO FEDERAL
VOTO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Senhor Presidente,
Senhores Ministros, o Extraditando, que permanece em prisão domiciliar
à disposição desta Suprema Corte desde 08.01.2016 - data da efetivação
da medida constritiva, com a imposição de condicionantes (fls. 122-31 e
152) -, opõe os presentes embargos declaratórios, com pedido subsidiário
de recebimento como Habeas Corpus – ou, no mínimo, de concessão da
ordem de ofício -, com vista ao indeferimento da extradição e imediata
expedição de alvará de soltura. Alega-se consumada em 18.02.2017 a
prescrição da pretensão punitiva estatal quanto ao crime de estelionato,
segundo os ditames da legislação brasileira, a afastar o requisito da dupla
punibilidade (fls. 320-3 e 325-8).
Os embargos de declaração, é sabido, visam ao aperfeiçoamento da
prestação jurisdicional, com a sua entrega de forma completa, e o
aclaramento do julgado, quando presentes omissão, contradição,
obscuridade e/ou ambiguidade ao feitio do art. 619 do Código de
Processo Penal e do art. 327 do RISTF, admitida, ainda, a correção de
erros materiais.
De tais vícios, é certo, em absoluto se ressente o julgado combatido,
considerados os fundamentos expendidos e a data do julgamento,
29.11.2016, conforme relatei, quando esta 1ª Turma do Supremo Tribunal
Federal deferiu o pedido de extradição do Governo de Portugal e
determinou, independentemente de publicação, o imediato cumprimento
do pedido extradicional, nos termos do voto que proferi (fl. 314).
Nada obstante, tal comando de cumprimento prévio à publicação,
adotado em inúmeros procedentes desta Casa (v.g., Ext 1.468, de minha
relatoria, 1ª Turma, DJe 07.3.2017; Ext 1.211, Rel. Min. Ellen Gracie,
Plenário, DJe 25.3.2011; Ext 1.304, Rel. Min. Teori Zavascki, 2ª Turma, DJe
12.8.2013; Ext 1.204, Rel. Min. Dias Toffoli, Plenário, DJe 29.3.2011; Ext
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12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NA EXTRADIÇÃO 1.421 DISTRITO FEDERAL
VOTO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Senhor Presidente,
Senhores Ministros, o Extraditando, que permanece em prisão domiciliar
à disposição desta Suprema Corte desde 08.01.2016 - data da efetivação
da medida constritiva, com a imposição de condicionantes (fls. 122-31 e
152) -, opõe os presentes embargos declaratórios, com pedido subsidiário
de recebimento como Habeas Corpus – ou, no mínimo, de concessão da
ordem de ofício -, com vista ao indeferimento da extradição e imediata
expedição de alvará de soltura. Alega-se consumada em 18.02.2017 a
prescrição da pretensão punitiva estatal quanto ao crime de estelionato,
segundo os ditames da legislação brasileira, a afastar o requisito da dupla
punibilidade (fls. 320-3 e 325-8).
Os embargos de declaração, é sabido, visam ao aperfeiçoamento da
prestação jurisdicional, com a sua entrega de forma completa, e o
aclaramento do julgado, quando presentes omissão, contradição,
obscuridade e/ou ambiguidade ao feitio do art. 619 do Código de
Processo Penal e do art. 327 do RISTF, admitida, ainda, a correção de
erros materiais.
De tais vícios, é certo, em absoluto se ressente o julgado combatido,
considerados os fundamentos expendidos e a data do julgamento,
29.11.2016, conforme relatei, quando esta 1ª Turma do Supremo Tribunal
Federal deferiu o pedido de extradição do Governo de Portugal e
determinou, independentemente de publicação, o imediato cumprimento
do pedido extradicional, nos termos do voto que proferi (fl. 314).
Nada obstante, tal comando de cumprimento prévio à publicação,
adotado em inúmeros procedentes desta Casa (v.g., Ext 1.468, de minha
relatoria, 1ª Turma, DJe 07.3.2017; Ext 1.211, Rel. Min. Ellen Gracie,
Plenário, DJe 25.3.2011; Ext 1.304, Rel. Min. Teori Zavascki, 2ª Turma, DJe
12.8.2013; Ext 1.204, Rel. Min. Dias Toffoli, Plenário, DJe 29.3.2011; Ext
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368
Voto - MIN. ROSA WEBER
EXT 1421 ED / DF
1.214, Rel. Min. Ellen Gracie, Plenário, DJe 06.5.2011; Ext 1.121-ED, Rel.
Min. Celso de Mello, Plenário, DJe 01.3.2011; Ext 1.122-ED, Rel. Min.
Ayres Britto, Plenário, DJe 20.11.2009; e Ext .1.103-QO, Rel. Min. Eros
Grau, Plenário, 07.11.2008), não restou atendido na espécie (v. certidões
das fls. 317-8), datando a publicação do acórdão de 23.02.2017, mesma
data da interposição dos presentes aclaratórios, o que leva ao seu
enfrentamento.
Repito: em 29.11.2016 – dia da sessão de julgamento deferitória da
extradição -, é pacífico que não consumada a prescrição da pretensão
punitiva estatal à luz quer da legislação portuguesa, quer da brasileira.
A propósito, pontuo, em conformidade com a manifestação do
Estado Requerente das fls. 360-1, que, segundo a lei portuguesa, o prazo
prescricional - 10 (dez) anos previsto para o crime de burla qualificada
imputado ao extraditando (art. 118, 1, “b”, do CP) e iniciado em
18.02.2005 - está suspenso desde a declaração de contumácia do
Extraditando em 02.9.2013, (fls. 42-3)1, a teor dos arts. 120, 1, “c”2, e 121, 1,
“c”3, do Código Penal Português (fls. 103-4). Como enfatiza o Governo de
Portugal:
“Ora, considerando os limites referidos no nº 3 do art. 121 do
Código Penal4, teremos que, atendendo às causas interruptivas a
atender, a prescrição do procedimento criminal deveria ocorrer em
1
Em 02.9.2013, o Tribunal Judicial de Barcelos exarou a seguinte decisão: “Nos
presentes autos de processo instaurado contra Raul Vitor Martins Gonçalves de Alpuim, com os
demais sinais dos autos, nos termos estabelecidos nos arts. 335º, 336º e 337º, todos do C.P.P., declaro
o(a) arguido(a) contumaz, suspendendo-se os termos dos presentes autos até à sua detenção ou
apresentação” (fl. 42).
2
Art. 120, 1, c, do CP português: “1-A prescrição do procedimento criminal suspende-se,
para além dos casos especialmente previstos na lei, durante o tempo em que: c) vigorar a declaração de
contumácia.”
3
Art. 121, 1, c, do CP português: “1-A prescrição do procedimento criminal interrompe-se:
c) com a declaração da contumácia.”
4
Art. 121, 3, do CP português: “3- Sem prejuízo do disposto no nº 5 do artigo 118, a
prescrição do procedimento criminal tem sempre lugar quando, desde o seu início e ressalvado o tempo
de suspensão, tiver decorrido o prazo normal de prescrição acrescido de metade”
2
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EXT 1421 ED / DF
1.214, Rel. Min. Ellen Gracie, Plenário, DJe 06.5.2011; Ext 1.121-ED, Rel.
Min. Celso de Mello, Plenário, DJe 01.3.2011; Ext 1.122-ED, Rel. Min.
Ayres Britto, Plenário, DJe 20.11.2009; e Ext .1.103-QO, Rel. Min. Eros
Grau, Plenário, 07.11.2008), não restou atendido na espécie (v. certidões
das fls. 317-8), datando a publicação do acórdão de 23.02.2017, mesma
data da interposição dos presentes aclaratórios, o que leva ao seu
enfrentamento.
Repito: em 29.11.2016 – dia da sessão de julgamento deferitória da
extradição -, é pacífico que não consumada a prescrição da pretensão
punitiva estatal à luz quer da legislação portuguesa, quer da brasileira.
A propósito, pontuo, em conformidade com a manifestação do
Estado Requerente das fls. 360-1, que, segundo a lei portuguesa, o prazo
prescricional - 10 (dez) anos previsto para o crime de burla qualificada
imputado ao extraditando (art. 118, 1, “b”, do CP) e iniciado em
18.02.2005 - está suspenso desde a declaração de contumácia do
Extraditando em 02.9.2013, (fls. 42-3)1, a teor dos arts. 120, 1, “c”2, e 121, 1,
“c”3, do Código Penal Português (fls. 103-4). Como enfatiza o Governo de
Portugal:
“Ora, considerando os limites referidos no nº 3 do art. 121 do
Código Penal4, teremos que, atendendo às causas interruptivas a
atender, a prescrição do procedimento criminal deveria ocorrer em
1
Em 02.9.2013, o Tribunal Judicial de Barcelos exarou a seguinte decisão: “Nos
presentes autos de processo instaurado contra Raul Vitor Martins Gonçalves de Alpuim, com os
demais sinais dos autos, nos termos estabelecidos nos arts. 335º, 336º e 337º, todos do C.P.P., declaro
o(a) arguido(a) contumaz, suspendendo-se os termos dos presentes autos até à sua detenção ou
apresentação” (fl. 42).
2
Art. 120, 1, c, do CP português: “1-A prescrição do procedimento criminal suspende-se,
para além dos casos especialmente previstos na lei, durante o tempo em que: c) vigorar a declaração de
contumácia.”
3
Art. 121, 1, c, do CP português: “1-A prescrição do procedimento criminal interrompe-se:
c) com a declaração da contumácia.”
4
Art. 121, 3, do CP português: “3- Sem prejuízo do disposto no nº 5 do artigo 118, a
prescrição do procedimento criminal tem sempre lugar quando, desde o seu início e ressalvado o tempo
de suspensão, tiver decorrido o prazo normal de prescrição acrescido de metade”
2
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369
Voto - MIN. ROSA WEBER
EXT 1421 ED / DF
18/02/2020 (i.e. 10 + 5 anos).
Porém, considerando a ressalva prevista para a suspensão da
prescrição a que se alude no mencionado preceito legal, a mesma só
ocorrerá, por efeitos da vigência da mencionada contumácia, em
02/09/20235.”
A questão posta pelo embargante diz com a consumação da
prescrição, superveniente à data do julgamento, quanto ao crime
tipificado como estelionato, na legislação brasileira, que teria ocorrido em
18.02.2017, nos moldes da lei brasileira, a afastar o requisito da dupla
punibilidade, uma vez inobservado o comando de cumprimento do
acórdão antes de sua publicação, como sinalei.
Necessário, portanto, o aclaramento da quaestio, para reafirmar,
contudo, que não consumada em qualquer hipótese a prescrição também
consoante a lei brasileira, na esteira de julgados desta Suprema Corte,
com a devida vênia do parecer ministerial. E isso porque, segundo a
jurisprudência da Casa, a contumácia6 declarada pela legislação
portuguesa acarreta a suspensão da prescrição da pretensão punitiva
também na legislação brasileira, dada a correspondência normativa com o
art. 3667 do CPP, referente a acusado, citado por edital, que não
comparece nem constitui advogado.
Confira-se o seguinte precedente, em que também requerente o
Governo Português: Ext 1.042, Rel. Min Sepúlveda Pertence, j. 19.12.2006,
5
Art. 121, 2, do CP português: “2- Depois de cada interrupção começa a correr novo prazo de
prescrição”.
6
Art. 335, 1, do CPP português: “1- Fora dos casos previstos nos nºs 1 e 2 do artigo
anterior, se, depois de realizadas as diligências necessárias à notificação a que se refere o artigo 313º,
nº 2 e primeira parte do nº 3, não for possível notificar o arguido do despacho que designa o dia para a
audiência, ou executar a detenção ou a prisão preventiva referida nos artigos 116º, nº 2, e 254º, ou
consequentemente a uma evasão, o arguido é notificado por editais para se apresentar em juízo, num
prazo de até 30 dias, sob pena de ser declarado contumaz.”
7
Art. 366 do CPP brasileiro: “Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem
constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz
determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes, e, se o caso, decretar prisão
preventiva, nos termos do disposto no art. 312.”
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EXT 1421 ED / DF
18/02/2020 (i.e. 10 + 5 anos).
Porém, considerando a ressalva prevista para a suspensão da
prescrição a que se alude no mencionado preceito legal, a mesma só
ocorrerá, por efeitos da vigência da mencionada contumácia, em
02/09/20235.”
A questão posta pelo embargante diz com a consumação da
prescrição, superveniente à data do julgamento, quanto ao crime
tipificado como estelionato, na legislação brasileira, que teria ocorrido em
18.02.2017, nos moldes da lei brasileira, a afastar o requisito da dupla
punibilidade, uma vez inobservado o comando de cumprimento do
acórdão antes de sua publicação, como sinalei.
Necessário, portanto, o aclaramento da quaestio, para reafirmar,
contudo, que não consumada em qualquer hipótese a prescrição também
consoante a lei brasileira, na esteira de julgados desta Suprema Corte,
com a devida vênia do parecer ministerial. E isso porque, segundo a
jurisprudência da Casa, a contumácia6 declarada pela legislação
portuguesa acarreta a suspensão da prescrição da pretensão punitiva
também na legislação brasileira, dada a correspondência normativa com o
art. 3667 do CPP, referente a acusado, citado por edital, que não
comparece nem constitui advogado.
Confira-se o seguinte precedente, em que também requerente o
Governo Português: Ext 1.042, Rel. Min Sepúlveda Pertence, j. 19.12.2006,
5
Art. 121, 2, do CP português: “2- Depois de cada interrupção começa a correr novo prazo de
prescrição”.
6
Art. 335, 1, do CPP português: “1- Fora dos casos previstos nos nºs 1 e 2 do artigo
anterior, se, depois de realizadas as diligências necessárias à notificação a que se refere o artigo 313º,
nº 2 e primeira parte do nº 3, não for possível notificar o arguido do despacho que designa o dia para a
audiência, ou executar a detenção ou a prisão preventiva referida nos artigos 116º, nº 2, e 254º, ou
consequentemente a uma evasão, o arguido é notificado por editais para se apresentar em juízo, num
prazo de até 30 dias, sob pena de ser declarado contumaz.”
7
Art. 366 do CPP brasileiro: “Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem
constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz
determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes, e, se o caso, decretar prisão
preventiva, nos termos do disposto no art. 312.”
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370
Voto - MIN. ROSA WEBER
EXT 1421 ED / DF
DJ 02.3.2007.
O Plenário desta Suprema Corte, por unanimidade, deferiu em parte
o pedido extradicional apresentado pelo Governo de Portugal, para
extraditar Afonso Nuno Oliveira Bonacho, que respondia a processo
penal perante a Justiça portuguesa pela suposta prática de crimes de
burla agravada, em que declarada a sua contumácia. Reputou-se, na
ocasião – diante, repito, da contumácia reconhecida pelo Juízo estrangeiro
-, suspenso o prazo prescricional também pela legislação brasileira, nos
moldes do art. 366 do Código de Processo Penal.
Extraio da ementa do respectivo acórdão:
“I. Extradição executória: prescrição, conforme o direito
brasileiro, da pretensão de execução do saldo a cumprir da
pena imposta ao extraditando (Proc. 87/99 da 3ª Vara Criminal
de Lisboa): indeferimento.
II. Extradição instrutória:
processo por delitos de burla
agravada (Proc. 313/00 - 7ª Vara Criminal de Lisboa) : suspensão
do prazo prescricional, dada a decisão que decretou a
contumácia, cuja validade não pode ser discutida no processo
de extradição; dúplice incriminação dos fatos e demais
requisitos legais atendidos: deferimento.
III. Extradição passiva: limites da defesa: no sistema
belga ao qual filiada a lei extradicional brasileira, não cabe ao
Supremo Tribunal “a revisão de aspectos formais concernentes a
regularidade dos atos de persecução penal praticados no Estado
requerente” (v.g. Ext 669, Pl., 06.03.96, Celso, DJ 29.03.96; Ext 947,
Pl., 14.04.05, Velloso,DJ 20.05.05).
Transcrevo, no tocante à análise da dupla punibilidade, pela ampla
abordagem das teses, na fração de interesse, o voto do Ministro
Sepúlveda Pertence:
“Extrato do parecer do Ministério Público Federal, verbis:
4
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
EXT 1421 ED / DF
DJ 02.3.2007.
O Plenário desta Suprema Corte, por unanimidade, deferiu em parte
o pedido extradicional apresentado pelo Governo de Portugal, para
extraditar Afonso Nuno Oliveira Bonacho, que respondia a processo
penal perante a Justiça portuguesa pela suposta prática de crimes de
burla agravada, em que declarada a sua contumácia. Reputou-se, na
ocasião – diante, repito, da contumácia reconhecida pelo Juízo estrangeiro
-, suspenso o prazo prescricional também pela legislação brasileira, nos
moldes do art. 366 do Código de Processo Penal.
Extraio da ementa do respectivo acórdão:
“I. Extradição executória: prescrição, conforme o direito
brasileiro, da pretensão de execução do saldo a cumprir da
pena imposta ao extraditando (Proc. 87/99 da 3ª Vara Criminal
de Lisboa): indeferimento.
II. Extradição instrutória:
processo por delitos de burla
agravada (Proc. 313/00 - 7ª Vara Criminal de Lisboa) : suspensão
do prazo prescricional, dada a decisão que decretou a
contumácia, cuja validade não pode ser discutida no processo
de extradição; dúplice incriminação dos fatos e demais
requisitos legais atendidos: deferimento.
III. Extradição passiva: limites da defesa: no sistema
belga ao qual filiada a lei extradicional brasileira, não cabe ao
Supremo Tribunal “a revisão de aspectos formais concernentes a
regularidade dos atos de persecução penal praticados no Estado
requerente” (v.g. Ext 669, Pl., 06.03.96, Celso, DJ 29.03.96; Ext 947,
Pl., 14.04.05, Velloso,DJ 20.05.05).
Transcrevo, no tocante à análise da dupla punibilidade, pela ampla
abordagem das teses, na fração de interesse, o voto do Ministro
Sepúlveda Pertence:
“Extrato do parecer do Ministério Público Federal, verbis:
4
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 17
371
Voto - MIN. ROSA WEBER
EXT 1421 ED / DF
“(...)
11. Assiste razão, em parte, ao extraditando.
(...)
14. Quanto ao mérito do pedido, de fato, em relação ao segundo
fundamento, qual seja, o da extradição executória para fim de
cumprimento de pena remanescente de 2 anos, consumou-se a
prescrição (...)
17. No tocante ao primeiro fundamento, relativo ao
mandado de detenção internacional para que possa o
extraditando vir a ser processado pela co-autoria em dois
crimes de burla qualificada, todavia, ao contrário do que
sustenta o extraditando, não se consumou a prescrição.
18. Primeiramente, faz-se necessária analisar a alegação de
defesa, de que seria ilegal a declaração de contumácia do extraditando
(fls. 232/234).
19. Realmente, de forma diversa do que consta do documento de
fls. 6/7, era impossível para o extraditando ter fugido da Justiça
portuguesa desde 1994, considerando que o mesmo encontrava-se
preso preventivamente entre 12 de setembro de 1995 a 10 de dezembro
de 1995, quando, a partir de então, obteve o direito à prisão domiciliar
(fls. 82).
20. No entanto, o próprio extraditando, em seu interrogatório,
disse que, a partir de 1997, veio a estabelecer residência em solo
brasileiro, o que tornou inviável a sua notificação para os atos
processuais (f. 7).
21. Segundo a defesa, a declaração de contumácia ou de revelia,
para o direito brasileiro, teria o efeito prático de tornar o delito
imprescritível, o que não seria admissível, salvo nos crimes
expressamente determinados no art. 5º, da Constituição Federal,
dentre os quais, não se inclui o crime de estelionato, equivalente ao
crime de burla da legislação penal portuguesa.
22. No entanto, mesmo considerando esse fundamento, a leitura
feita pela defesa do extraditando do art. 366, caput, do CPP, é
equivocada.
23. Apesar de o art. 366, caput, do CPP, dispor que ficarão
5
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Supremo Tribunal Federal
EXT 1421 ED / DF
“(...)
11. Assiste razão, em parte, ao extraditando.
(...)
14. Quanto ao mérito do pedido, de fato, em relação ao segundo
fundamento, qual seja, o da extradição executória para fim de
cumprimento de pena remanescente de 2 anos, consumou-se a
prescrição (...)
17. No tocante ao primeiro fundamento, relativo ao
mandado de detenção internacional para que possa o
extraditando vir a ser processado pela co-autoria em dois
crimes de burla qualificada, todavia, ao contrário do que
sustenta o extraditando, não se consumou a prescrição.
18. Primeiramente, faz-se necessária analisar a alegação de
defesa, de que seria ilegal a declaração de contumácia do extraditando
(fls. 232/234).
19. Realmente, de forma diversa do que consta do documento de
fls. 6/7, era impossível para o extraditando ter fugido da Justiça
portuguesa desde 1994, considerando que o mesmo encontrava-se
preso preventivamente entre 12 de setembro de 1995 a 10 de dezembro
de 1995, quando, a partir de então, obteve o direito à prisão domiciliar
(fls. 82).
20. No entanto, o próprio extraditando, em seu interrogatório,
disse que, a partir de 1997, veio a estabelecer residência em solo
brasileiro, o que tornou inviável a sua notificação para os atos
processuais (f. 7).
21. Segundo a defesa, a declaração de contumácia ou de revelia,
para o direito brasileiro, teria o efeito prático de tornar o delito
imprescritível, o que não seria admissível, salvo nos crimes
expressamente determinados no art. 5º, da Constituição Federal,
dentre os quais, não se inclui o crime de estelionato, equivalente ao
crime de burla da legislação penal portuguesa.
22. No entanto, mesmo considerando esse fundamento, a leitura
feita pela defesa do extraditando do art. 366, caput, do CPP, é
equivocada.
23. Apesar de o art. 366, caput, do CPP, dispor que ficarão
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372
Voto - MIN. ROSA WEBER
EXT 1421 ED / DF
suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, prevalece o
entendimento de que tal suspensão será pelo prazo máximo em
abstrato previsto para o delito e não por seu saldo remanescente.
24. As condutas imputadas ao extraditando de cometimento de
burla agravada têm correspondência, no Brasil, ao crime tipificado no
art. 171, caput, do CPB.
25. Ora, tendo em vista que, nos moldes da legislação
portuguesa, o crime de burla agravada, cuja pena varia de 2 a 8 anos
de prisão, teria sua prescrição consumada em 10 anos (fls. 34/35 e 37);
o prazo prescricional não ficaria suspenso indefinidamente, mas sim,
por 10 anos, a contar da data em que houve a declaração da
contumácia, ou seja, até abril de 2010, quando, então, recomeçaria a
correr, aí sim, pelo seu saldo, donde se conclui que a prescrição
somente se consumaria em 2012.
26. Presentes, portanto, os requisitos da dupla punibilidade e da
dupla tipicidade quanto ao pleito da extradição instrutória.
Ante o exposto, manifesta-se o MINISTÉRIO PÚBLICO
FEDERAL pela concessão parcial da presente extradição formulada
pelo Governo de Portugal do seu nacional AFONSO NUNO
OLIVEIRA BONACHO, apenas em relação ao primeiro fundamento,
qual seja, para que venha a ser processado e julgado pela co-autoria
nos delitos de burla agravada (Processo nº. 313/00, da 7ª Vara
Criminal de Lisboa).”
Relativamente à ocorrência da prescrição executória da pena
remanescente imposta ao extraditando (3ª Vara Criminal de Lisboa,
Proc. 87/99), correto o parecer do Ministério Público Federal, cujos
fundamentos, no ponto, adoto como razão de decidir.
II
Certo, também está correta a conclusão quanto à viabilidade do
processo de extradição quanto aos delitos de burla qualificada, mas por
outros fundamentos.
Quanto à alegada extinção da punibilidade dos referidos delitos,
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suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, prevalece o
entendimento de que tal suspensão será pelo prazo máximo em
abstrato previsto para o delito e não por seu saldo remanescente.
24. As condutas imputadas ao extraditando de cometimento de
burla agravada têm correspondência, no Brasil, ao crime tipificado no
art. 171, caput, do CPB.
25. Ora, tendo em vista que, nos moldes da legislação
portuguesa, o crime de burla agravada, cuja pena varia de 2 a 8 anos
de prisão, teria sua prescrição consumada em 10 anos (fls. 34/35 e 37);
o prazo prescricional não ficaria suspenso indefinidamente, mas sim,
por 10 anos, a contar da data em que houve a declaração da
contumácia, ou seja, até abril de 2010, quando, então, recomeçaria a
correr, aí sim, pelo seu saldo, donde se conclui que a prescrição
somente se consumaria em 2012.
26. Presentes, portanto, os requisitos da dupla punibilidade e da
dupla tipicidade quanto ao pleito da extradição instrutória.
Ante o exposto, manifesta-se o MINISTÉRIO PÚBLICO
FEDERAL pela concessão parcial da presente extradição formulada
pelo Governo de Portugal do seu nacional AFONSO NUNO
OLIVEIRA BONACHO, apenas em relação ao primeiro fundamento,
qual seja, para que venha a ser processado e julgado pela co-autoria
nos delitos de burla agravada (Processo nº. 313/00, da 7ª Vara
Criminal de Lisboa).”
Relativamente à ocorrência da prescrição executória da pena
remanescente imposta ao extraditando (3ª Vara Criminal de Lisboa,
Proc. 87/99), correto o parecer do Ministério Público Federal, cujos
fundamentos, no ponto, adoto como razão de decidir.
II
Certo, também está correta a conclusão quanto à viabilidade do
processo de extradição quanto aos delitos de burla qualificada, mas por
outros fundamentos.
Quanto à alegada extinção da punibilidade dos referidos delitos,
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Voto - MIN. ROSA WEBER
EXT 1421 ED / DF
o que pretende a Defesa, inicialmente, é a declaração de nulidade da
decisão que decretou a contumácia, sob a alegação de que o “Estado
requerente não seguiu sequer as normas processuais” lá vigentes (f.
232/233).
Aduz-se, com efeito, que a situação do extraditando, na verdade,
não se enquadraria em nenhum das hipóteses em que a legislação
processual portuguesa autorizaria a decretação da contumácia (Código
de Processo Penal português, arts. 116; 334, ns. 1 e 2; e 335), não se
podendo falar, em conseqüência, na suspensão do curso da prescrição.
A tese, no entanto, ultrapassa os limites da Defesa no processo
de extradição.
Firme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, com
efeito, que “o modelo que rege, no Brasil, a disciplina normativa da
extradição passiva - vinculado, quanto a sua matriz jurídica, ao
sistema misto ou belga - não autoriza (...) a revisão de aspectos
formais concernentes a regularidade dos atos de persecução penal
praticados no Estado requerente” (v.g., Ext 669, Pl., 06.03.96, Celso,
DJ 29.03.96; Ext 947, Pl., 14.04.05, Velloso, DJ 20.05.05).
Assim, pressuposta a validade da decisão que decretou a
contumácia, desde então está suspenso o curso da prescrição.
Não há falar, com efeito, que a suspensão pela contumácia não
poderia ter prazo indeterminado, sob o fundamento de que a
Constituição Federal somente admite a imprescritibilidade quanto aos
crimes de racismo (CF, art. 5º, XLII) e de ação de grupos armados
contra a ordem constitucional e o Estado Democrático (CF, art. 5º,
XLIV).
Em primeiro lugar, porque a indeterminação do prazo de
suspensão não constitui, a rigor, hipótese de imprescritibilidade.
A suspensão não impede a retomada do curso da prescrição,
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o que pretende a Defesa, inicialmente, é a declaração de nulidade da
decisão que decretou a contumácia, sob a alegação de que o “Estado
requerente não seguiu sequer as normas processuais” lá vigentes (f.
232/233).
Aduz-se, com efeito, que a situação do extraditando, na verdade,
não se enquadraria em nenhum das hipóteses em que a legislação
processual portuguesa autorizaria a decretação da contumácia (Código
de Processo Penal português, arts. 116; 334, ns. 1 e 2; e 335), não se
podendo falar, em conseqüência, na suspensão do curso da prescrição.
A tese, no entanto, ultrapassa os limites da Defesa no processo
de extradição.
Firme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, com
efeito, que “o modelo que rege, no Brasil, a disciplina normativa da
extradição passiva - vinculado, quanto a sua matriz jurídica, ao
sistema misto ou belga - não autoriza (...) a revisão de aspectos
formais concernentes a regularidade dos atos de persecução penal
praticados no Estado requerente” (v.g., Ext 669, Pl., 06.03.96, Celso,
DJ 29.03.96; Ext 947, Pl., 14.04.05, Velloso, DJ 20.05.05).
Assim, pressuposta a validade da decisão que decretou a
contumácia, desde então está suspenso o curso da prescrição.
Não há falar, com efeito, que a suspensão pela contumácia não
poderia ter prazo indeterminado, sob o fundamento de que a
Constituição Federal somente admite a imprescritibilidade quanto aos
crimes de racismo (CF, art. 5º, XLII) e de ação de grupos armados
contra a ordem constitucional e o Estado Democrático (CF, art. 5º,
XLIV).
Em primeiro lugar, porque a indeterminação do prazo de
suspensão não constitui, a rigor, hipótese de imprescritibilidade.
A suspensão não impede a retomada do curso da prescrição,
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apenas a condiciona a um evento futuro e incerto, situação
substancialmente diversa da imprescritibilidade.
Ademais, a Constituição Federal se limita, no art. 5º, XLII e
XLIV, a excluir os crimes que enumera da incidência material das
regras da prescrição, sem proibir, em tese, que a legislação ordinária
crie outras hipóteses.
Ressalte-se, por fim, que ao contrário do entendimento de parte
da doutrina e jurisprudência mencionadas no parecer, não cabe nem
mesmo sujeitar o período de suspensão de que trata o art. 366 do
C.Pr.Penal ao tempo da prescrição em abstrato.
Do contrário, o que se teria, nessa hipótese, seria uma causa de
interrupção, e não de suspensão.
Esse o quadro, defiro o pedido de extradição, apenas na parte
em que o Estado requerente visa a que o extraditando possa responder
ao processo instaurado na 7ª Vara Criminal de Lisboa (Processo nº.
313/00), referente aos crimes de burla agravada.
Indefiro-o, portanto, quanto ao pedido de cumprimento da pena
remanescente da condenação imposta pela sentença da 3ª Vara
Criminal de Lisboa (Proc. 87/99).
É o meu voto.“
Consabido que ao Supremo Tribunal Federal compete
constitucionalmente processar e julgar a extradição solicitada por Estado
estrangeiro (art. 102, I, ‘g’, da Lei Maior), conforme a legislação dos países
envolvidos (art. 3º, 1, ‘f’, do Tratado de Extradição8 e art. 82, VI, da Lei
13.445/2017 - antigo art. 77, VI, da Lei 6.815/1980).
Assim, a norma processual penal brasileira do art. 366, pela
8
Tratado de Extradição, art. 3º, 1, ‘f’: “Não haverá lugar a extradição nos seguintes casos: f)
quando se encontrem prescritos o procedimento criminal ou a pena em conformidade com a legislação
do Estado requerente ou do Estado requerido.”
8
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apenas a condiciona a um evento futuro e incerto, situação
substancialmente diversa da imprescritibilidade.
Ademais, a Constituição Federal se limita, no art. 5º, XLII e
XLIV, a excluir os crimes que enumera da incidência material das
regras da prescrição, sem proibir, em tese, que a legislação ordinária
crie outras hipóteses.
Ressalte-se, por fim, que ao contrário do entendimento de parte
da doutrina e jurisprudência mencionadas no parecer, não cabe nem
mesmo sujeitar o período de suspensão de que trata o art. 366 do
C.Pr.Penal ao tempo da prescrição em abstrato.
Do contrário, o que se teria, nessa hipótese, seria uma causa de
interrupção, e não de suspensão.
Esse o quadro, defiro o pedido de extradição, apenas na parte
em que o Estado requerente visa a que o extraditando possa responder
ao processo instaurado na 7ª Vara Criminal de Lisboa (Processo nº.
313/00), referente aos crimes de burla agravada.
Indefiro-o, portanto, quanto ao pedido de cumprimento da pena
remanescente da condenação imposta pela sentença da 3ª Vara
Criminal de Lisboa (Proc. 87/99).
É o meu voto.“
Consabido que ao Supremo Tribunal Federal compete
constitucionalmente processar e julgar a extradição solicitada por Estado
estrangeiro (art. 102, I, ‘g’, da Lei Maior), conforme a legislação dos países
envolvidos (art. 3º, 1, ‘f’, do Tratado de Extradição8 e art. 82, VI, da Lei
13.445/2017 - antigo art. 77, VI, da Lei 6.815/1980).
Assim, a norma processual penal brasileira do art. 366, pela
8
Tratado de Extradição, art. 3º, 1, ‘f’: “Não haverá lugar a extradição nos seguintes casos: f)
quando se encontrem prescritos o procedimento criminal ou a pena em conformidade com a legislação
do Estado requerente ou do Estado requerido.”
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Voto - MIN. ROSA WEBER
EXT 1421 ED / DF
equivalência à portuguesa em que prevista a suspensão do prazo
prescricional pela declaração de contumácia pela Justiça portuguesa,
inibe na espécie a alegada prescrição superveniente.
Nessa linha, ainda: “Extraditando considerado fugitivo pelo país
requerente, o que autoriza a incidência do artigo 366 do codex processual
penal, hipóteses de suspensão do prazo prescricional. Prescrição afastada
sob a perspectiva de ambas as legislações” (Ext 1.218/ Estados Unidos da
América, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, j. 15.5.2012, DJe
15.8.2012). Extraio do julgado, inclusive em sede de embargos de
declaração:
Ext 1.218
“(...).
Além das regras prescricionais do Código Penal, devem
ser observadas também as disposições do artigo 366 do Código
de Processo Penal, pois consta do pedido de extradição que o
requerido evadiu-se de território norte americano em setembro
de 1999, sendo localizado em novembro de 2008 já em território
brasileiro.
Incidem, no caso, as regras de suspensão do prazo
prescricional do codex processual penal, porque o extraditando
evadiu-se do distrito da culpa antes de formalmente citado.
Assim, nos termos da legislação brasileira, a prescrição restou
suspensa no período de setembro de 1999 a novembro de 2008, o que
afasta eventual prescrição dos crimes.”
Ext 1.218-ED
“(...)
No que pertine à insurgência recursal do embargante
acerca da aplicabilidade do art. 366 do Código de Processo
Penal ao processo de extradição, os embargos não merecem
acolhida.
Isso porque o Supremo Tribunal Federal, em mais de uma
oportunidade, manifestou-se sobre a constitucionalidade do
referido dispositivo da lei instrumental, não se apontando
9
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equivalência à portuguesa em que prevista a suspensão do prazo
prescricional pela declaração de contumácia pela Justiça portuguesa,
inibe na espécie a alegada prescrição superveniente.
Nessa linha, ainda: “Extraditando considerado fugitivo pelo país
requerente, o que autoriza a incidência do artigo 366 do codex processual
penal, hipóteses de suspensão do prazo prescricional. Prescrição afastada
sob a perspectiva de ambas as legislações” (Ext 1.218/ Estados Unidos da
América, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, j. 15.5.2012, DJe
15.8.2012). Extraio do julgado, inclusive em sede de embargos de
declaração:
Ext 1.218
“(...).
Além das regras prescricionais do Código Penal, devem
ser observadas também as disposições do artigo 366 do Código
de Processo Penal, pois consta do pedido de extradição que o
requerido evadiu-se de território norte americano em setembro
de 1999, sendo localizado em novembro de 2008 já em território
brasileiro.
Incidem, no caso, as regras de suspensão do prazo
prescricional do codex processual penal, porque o extraditando
evadiu-se do distrito da culpa antes de formalmente citado.
Assim, nos termos da legislação brasileira, a prescrição restou
suspensa no período de setembro de 1999 a novembro de 2008, o que
afasta eventual prescrição dos crimes.”
Ext 1.218-ED
“(...)
No que pertine à insurgência recursal do embargante
acerca da aplicabilidade do art. 366 do Código de Processo
Penal ao processo de extradição, os embargos não merecem
acolhida.
Isso porque o Supremo Tribunal Federal, em mais de uma
oportunidade, manifestou-se sobre a constitucionalidade do
referido dispositivo da lei instrumental, não se apontando
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Voto - MIN. ROSA WEBER
EXT 1421 ED / DF
incompatibilidade com a Carta da República. Nesse sentido,
menciono a EXT 1.042/Portugal e RE 460.971/RS, precedentes
também citados no parecer ministerial.”
À luz da legislação brasileira, pela aplicação do art. 366 do CPP, o
prazo prescricional de 12 (doze) anos (art. 109, III, CP) - previsto para a
pena máxima em abstrato de 05 (cinco) anos referente ao crime de
estelionato -, encontra-se, no caso, suspenso desde 02.9.2013, vale dizer,
inocorrente por qualquer ângulo a prescrição da pretensão punitiva
estatal pela ordem jurídica pátria.
O substancioso parecer9 da lavra da Subprocuradora-Geral da
República Cláudia Lima Marques, no sentido do reconhecimento da
alegada prescrição superveniente pela legislação brasileira, deixou de
observar a jurisprudência da Casa quanto aos efeitos da contumácia
declarada do Extraditando, com repercussão na suspensão do prazo
prescricional pelas legislações portuguesa e brasileira, determinantes para
dirimir a controvérsia.
Nessa linha, inalterado o preenchimento do requisito da dupla
punibilidade do crime imputado ao Extraditando, o deferimento do
pedido extradicional deve ser mantido.
Ante o exposto, acolho os embargos declaratórios, sem efeitos
infringentes, para prestar esclarecimentos nos termos acima expostos.
É como voto.
9
Segundo a manifestação da representante do MPF, possível o reconhecimento da
prescrição superveniente da pretensão punitiva estatal ante a aplicação, com as devidas
adaptações, do entendimento majoritário firmado por esta 1ª Turma no julgamento dos
embargos de declaração na Extradição 1.375, Rel. Min. Luiz Fux, j. 24.11.2015, DJe 31.3.2016.
Sobre o caso, rememoro que apesar de a Turma assentar que “A extradição reclama o exame dos
requisitos do pedido na data do julgamento, in casu, realizado em 25/08/2015, sendo logicamente
impossível a análise de fatos supervenientes (HC 83.501, Rel. Min. Carlos Velloso, Pleno, DJ de
07/05/2004)”, foram acolhidos os embargos, sem efeitos infringentes, “para reconhecer a
possibilidade de extraditar até o dia 6/12/2015, ex vi do art. II, do Tratado de Extradição, quando o
saldo da pena atingirá exatamente um ano”. Naquela oportunidade, fiquei vencida ao
acompanhar a divergência inaugurada pelo Ministro Edson Fachin, que rejeitou o pedido
subsidiário para reconhecer a possibilidade de extraditar até o dia 06.12.2015.
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incompatibilidade com a Carta da República. Nesse sentido,
menciono a EXT 1.042/Portugal e RE 460.971/RS, precedentes
também citados no parecer ministerial.”
À luz da legislação brasileira, pela aplicação do art. 366 do CPP, o
prazo prescricional de 12 (doze) anos (art. 109, III, CP) - previsto para a
pena máxima em abstrato de 05 (cinco) anos referente ao crime de
estelionato -, encontra-se, no caso, suspenso desde 02.9.2013, vale dizer,
inocorrente por qualquer ângulo a prescrição da pretensão punitiva
estatal pela ordem jurídica pátria.
O substancioso parecer9 da lavra da Subprocuradora-Geral da
República Cláudia Lima Marques, no sentido do reconhecimento da
alegada prescrição superveniente pela legislação brasileira, deixou de
observar a jurisprudência da Casa quanto aos efeitos da contumácia
declarada do Extraditando, com repercussão na suspensão do prazo
prescricional pelas legislações portuguesa e brasileira, determinantes para
dirimir a controvérsia.
Nessa linha, inalterado o preenchimento do requisito da dupla
punibilidade do crime imputado ao Extraditando, o deferimento do
pedido extradicional deve ser mantido.
Ante o exposto, acolho os embargos declaratórios, sem efeitos
infringentes, para prestar esclarecimentos nos termos acima expostos.
É como voto.
9
Segundo a manifestação da representante do MPF, possível o reconhecimento da
prescrição superveniente da pretensão punitiva estatal ante a aplicação, com as devidas
adaptações, do entendimento majoritário firmado por esta 1ª Turma no julgamento dos
embargos de declaração na Extradição 1.375, Rel. Min. Luiz Fux, j. 24.11.2015, DJe 31.3.2016.
Sobre o caso, rememoro que apesar de a Turma assentar que “A extradição reclama o exame dos
requisitos do pedido na data do julgamento, in casu, realizado em 25/08/2015, sendo logicamente
impossível a análise de fatos supervenientes (HC 83.501, Rel. Min. Carlos Velloso, Pleno, DJ de
07/05/2004)”, foram acolhidos os embargos, sem efeitos infringentes, “para reconhecer a
possibilidade de extraditar até o dia 6/12/2015, ex vi do art. II, do Tratado de Extradição, quando o
saldo da pena atingirá exatamente um ano”. Naquela oportunidade, fiquei vencida ao
acompanhar a divergência inaugurada pelo Ministro Edson Fachin, que rejeitou o pedido
subsidiário para reconhecer a possibilidade de extraditar até o dia 06.12.2015.
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377
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NA EXTRADIÇÃO 1.421 DISTRITO FEDERAL
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (PRESIDENTE) –
Acompanho Sua Excelência – ante o precedente do Plenário, unânime –,
entendendo aplicável, ao processo de extradição, o disposto no artigo 366
do Código de Processo Penal.
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12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NA EXTRADIÇÃO 1.421 DISTRITO FEDERAL
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (PRESIDENTE) –
Acompanho Sua Excelência – ante o precedente do Plenário, unânime –,
entendendo aplicável, ao processo de extradição, o disposto no artigo 366
do Código de Processo Penal.
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378
Extrato de Ata - 12/12/2017
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NA EXTRADIÇÃO 1.421
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
EMBTE.(S) : RAUL VITOR DOS REIS MARTINS GONÇALVES DE ALPUIM OU
RAUL VITOR DOS REIS MARTINS GONÇALVES
ADV.(A/S) : ROGERIO INACIO DE OLIVEIRA (77527/MG)
EMBDO.(A/S) : GOVERNO DE PORTUGAL
Decisão: A Turma deu provimento aos embargos de declaração,
sem eficácia modificativa, nos termos do voto da Relatora.
Unânime. Presidência do Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma,
12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14321470
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NA EXTRADIÇÃO 1.421
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
EMBTE.(S) : RAUL VITOR DOS REIS MARTINS GONÇALVES DE ALPUIM OU
RAUL VITOR DOS REIS MARTINS GONÇALVES
ADV.(A/S) : ROGERIO INACIO DE OLIVEIRA (77527/MG)
EMBDO.(A/S) : GOVERNO DE PORTUGAL
Decisão: A Turma deu provimento aos embargos de declaração,
sem eficácia modificativa, nos termos do voto da Relatora.
Unânime. Presidência do Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma,
12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto
Barroso e Alexandre de Moraes.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14321470
Inteiro Teor do Acórdão - Página 17 de 17
379
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14330635 | 2017-12-12T00:00:00 | 2018-02-15T00:00:00 | A Turma deu provimento aos embargos de declaração, sem eficácia modificativa, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, 12.12.2017. | EMB.DECL. NA EXTRADIÇÃO | EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA EXTRADIÇÃO. OMISSÃO, CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE E/OU AMBIGUIDADE. INOCORRÊNCIA. MANUTENÇÃO DO DECISUM. ALEGAÇÃO DE PRESCRIÇÃO SUPERVENIENTE. INOCORRÊNCIA. APLICAÇÃO DO ARTIGO 366 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL BRASILEIRO. INEXISTÊNCIA DE ÓBICES LEGAIS À EXTRADIÇÃO.
1. Os embargos de declaração visam ao aperfeiçoamento da prestação jurisdicional, com a sua entrega de forma completa, e o aclaramento dos julgados, quando presentes omissão, contradição, obscuridade e/ou ambiguidade ao feitio do art. 619 do Código de Processo Penal, e nos termos do art. 327 do RISTF, admitida, ainda, a correção de eventuais erros materiais.
2. Compete constitucionalmente ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar a extradição solicitada por Estado estrangeiro (art. 102, I, ‘g’, da Lei Maior), conforme a legislação dos países envolvidos (art. 3º, 1, ‘f’, do Tratado de Extradição e art. 82, VI, da Lei 13.445/2017 - antigo art. 77, VI, da Lei 6.815/1980).
3. Jurisprudência da Casa no sentido de que a contumácia declarada pelo Juízo estrangeiro implica a suspensão do prazo prescricional, prevista pelo CPP português, também pela legislação brasileira, nos moldes do art. 366 do Código de Processo Penal (Precedente: Ext 1.042, Rel. Min Sepúlveda Pertence, j. 19.12.2006, DJ 02.3.2007). Nessa mesma linha, “Extraditando considerado fugitivo pelo país requerente, o que autoriza a incidência do artigo 366 do codex processual penal, hipóteses de suspensão do prazo prescricional. Prescrição afastada sob a perspectiva de ambas as legislações” (Ext 1.218/ Estados Unidos da América, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, j. 15.5.2012, DJe 15.8.2012).
4. Embargos de declaração acolhidos, sem efeitos infringentes, tão somente para prestar esclarecimentos quanto à permanência do requisito da dupla punibilidade relativamente ao crime imputado ao Extraditando. | sjur380486 | - Acórdão(s) citado(s):
(SUSPENSÃO, PRAZO PRESCRICIONAL)
Ext 669 (TP), Ext 947 (TP), Ext 1042 (TP), Ext 1218 (2ªT), Ext 1218 ED (2ªT), Ext 1375 ED (1ªT).
(EXTRADIÇÃO, CUMPRIMENTO DA PENA, PUBLICAÇÃO)
Ext 1103 QO (TP), Ext 1122 ED (TP), Ext 1204 (TP), Ext 1211 (TP), Ext 1214 (TP), Ext 1121 ED (TP), Ext 1304 (2ªT), Ext 1468 (1ªT).
- Legislação estrangeira citada: Art. 118, n.1, alínea "b"; art. 120, n. 1, alínea "c"; art. 121, n. 1, alínea "c"; art. 121, n. 2; art. 121, n. 3, do Código de Processo Penal Português.
Número de páginas: 17.
Análise: 10/04/2018, KBP. | ROSA WEBER | Primeira Turma | 1421 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\n ART-00102 INC-00001 LET-G\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\n\n",
"LEG-FED LEI-006815 ANO-1980\n ART-00077 INC-00006\n EE-1980 ESTATUTO DO ESTRANGEIRO\n\n",
"LEG-FED LEI-013445 ANO-2017\n ART-00082 INC-00006\n LEI ORDINÁRIA\n\n",
"LEG-INT TTD ANO-1991\n ART-00003 ITEM-1 LET-F\n TRATADO DE EXTRADIÇÃO ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA PORTUGUESA\n\n",
"LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\n ART-00109 INC-00003\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\n\n",
"LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\n ART-00366 ART-00619\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL\n\n",
"LEG-FED DLG-000096 ANO-1992\n DECRETO LEGISLATIVO - APROVA O TRATADO DE EXTRADIÇÃO, ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA PORTUGUESA\n\n",
"LEG-FED DEC-001325 ANO-1994\n DECRETO - PROMULGA O TRATADO DE EXTRADIÇÃO, ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA PORTUGUESA\n\n",
"LEG-FED RGI ANO-1980\n ART-00327\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL"
] | Ext-ED | acordaos | Ext 1421 ED | [
""
] | EMBTE.(S) : RAUL VITOR DOS REIS MARTINS GONÇALVES DE ALPUIM OU RAUL VITOR DOS REIS MARTINS GONÇALVES
ADV.(A/S) : ROGERIO INACIO DE OLIVEIRA
EMBDO.(A/S) : GOVERNO DE PORTUGAL | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"Ext 1 . 042",
"Ext 1 . 218 / Estados Unidos da América",
"EXT 1421 ED / DF",
"Ext 1 . 218 / Estados Unidos da América",
"SÚMULA 421 / STF",
"SÚMULA 421 / STF",
"Súmula 421 / STF",
"Ext 1 . 343",
"Súmula 421 / STF",
"Ext 1 . 343",
"Ext",
"Ext",
"Ext",
"Ext",
"EXT 1421 ED / DF 1 . 214",
"Ext",
"Ext",
"Ext",
".",
"Ext 1 . 042",
"Ext 1 . 042",
"Ext 669",
"Ext 947",
"Ext",
"Ext 947",
"Ext 1 . 218",
"EXT",
"Ext 1 . 218 / Estados Unidos da América",
"Ext",
"EXT 1 . 042 / Portugal",
"RE 460 . 971 / RS",
"Extradição 1 . 375",
"HC 83 . 501",
"EXT 1 . 042 / Portugal",
"RE 460 . 971 / RS",
"Extradição 1 . 375",
"HC 83 . 501"
],
"LEGISLACAO": [
"ARTIGO 366 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL BRASILEIRO",
"art . 619 do Código de Processo Penal",
"art . 327 do RISTF",
"art . 102 , I , ‘ g ’ , da Lei Maior",
"art . [UNK] , 1 , ‘ f ’ , do Tratado de Extradição",
"art . 82 , VI , da Lei 13 . 445 / 2017",
"art . 77 , VI , da Lei 6 .",
"CPP",
"art . 366 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 366 do codex processual penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 366 do codex processual",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 6 . 815 / 1980",
"art . 171 do Código Penal",
"art . 85 ,",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 6 . 815 / 1980",
"art . 171 do Código Penal",
"art . 85 , § [UNK] , do Estatuto do Estrangeiro",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"art . 91 da Lei [UNK] 6 . 815 / 1980",
"art . 77 , VI , da Lei n . 6 . 815 / 80",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"art . 91 da Lei [UNK] 6 . 815 / 1980",
"art . 77 , VI , da Lei n . 6 . 815 / 80",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 121 , 1 , “ c ” do CP português",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 121 , 1 , “ c ” do CP português",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 619 do Código de Processo Penal",
"art . 327 do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 619 do Código de Processo Penal",
"art . 327 do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 118 , 1 , “ b ” , do CP",
"arts . 120 , 1 , “ c ” 2 , e 121 , 1 , “ c ” 3 , do Código Penal Português",
"[UNK] 3 do art . 121 do Código Penal4",
"Art",
"Art .",
"Art . 121 , 3 , do CP português",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 118 , 1 , “ b ” , do CP",
"arts . 120 , 1 , “ c ” 2 , e 121 , 1 , “ c ” 3 , do Código Penal Português",
"arts . [UNK] , [UNK] e [UNK] , todos do C . P . P .",
"Art . 120 , 1 , c , do CP português",
"Art . 121 , 1 , c , do CP português",
"Art . 121 , 3 , do CP português",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 3667 do CPP",
"Art . 121 , 2 , do CP português",
"Art . 335 , 1 , do CPP português",
"Art . 366 do CPP brasileiro",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 3667 do CPP",
"Art . 121 , 2 , do CP português",
"Art . 335 , 1 , do CPP português",
"Art . 366 do CPP brasileiro",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 366 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 366 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , da Constituição Federal",
"art . 366 , caput , do CPP",
"art . 366 , caput , do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , da Constituição Federal",
"art . 366 , caput , do CPP",
"art . 366 , caput , do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 171 , caput , do CPB .",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Processo Penal português",
"Constituição Federal",
"CF , art . [UNK] , XLII",
"CF , art . [UNK] , XLIV",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Processo Penal português , arts",
"Constituição Federal",
"CF , art . [UNK] , XLII",
"CF , art . [UNK] , XLIV",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"art . 366 do C . Pr . Penal",
"art . 102 , I , ‘ g ’ , da Lei Maior",
"art . [UNK] , 1 , ‘ f ’ , do",
"art . 82 , VI , da Lei 13 . 445 / 2017",
"art . 77 , VI , da Lei 6 . 815 / 1980",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"art . [UNK] , XLII e XLIV",
"art . 366 do C . Pr . Penal",
"art . 102 , I , ‘ g ’ , da Lei Maior",
"art . [UNK] , 1 , ‘ f ’ , do Tratado de Extradição8",
"art . 82 , VI , da Lei 13 . 445 / 2017",
"art . 77 , VI , da Lei 6 . 815 / 1980",
"Tratado",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 366 do Código de Processo Penal",
"art . 366 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 366 do codex processual penal",
"Código",
"artigo 366 do Código de Processo Penal",
"art . 366 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"art . 366 do CPP",
"art . 109 , III , CP",
"art",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"art . 366 do CPP",
"art . 109 , III , CP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 366 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 366 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"DISTRITO FEDERAL",
"Brasília",
"Brasília",
"DISTRITO FEDERAL",
"PORTUGAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"Brasil",
"Brasil",
"Brasil",
"Brasil",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"GOVERNO DE PORTUGAL",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"GOVERNO",
"[UNK] Turma",
"Governo de Portugal",
"Governo de Portugal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"GOVERNO DE PORTUGAL",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Suprema Corte",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Secretaria Judiciária",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"EMB",
"[UNK] Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Governo de Portugal",
"[UNK] Turma",
"Plenário",
"[UNK] Turma",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal",
"Federal",
"Governo de Portugal",
"[UNK] Turma",
"Plenário",
"[UNK] Turma",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário",
"Plenário",
"Plenário",
"Plenário",
"Governo",
"Tribunal Judicial de Barcelos",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura",
"de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Plenário",
"Plenário",
"Plenário",
"Tribunal Judicial de Barcelos",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Governo Português",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Governo Português",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário",
"[UNK] Vara Criminal de Lisboa",
"[UNK] Vara Criminal de Lisboa",
"Supremo Tribunal “",
"Ministério Público Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Governo de Portugal",
"[UNK] Vara Criminal de Lisboa",
"[UNK] Vara Criminal de Lisboa",
"Supremo Tribunal “",
"Ministério Público Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"Governo",
"[UNK] Vara Criminal de Lisboa",
"[UNK] Vara Criminal de Lisboa",
"Ministério Público Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"Governo de Portugal",
"[UNK] Vara Criminal de Lisboa",
"[UNK] Vara Criminal de Lisboa",
"Ministério Público Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Velloso",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"EXT",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Vara Criminal de Lisboa",
"[UNK] Vara Criminal de Lisboa",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Vara Criminal de Lisboa",
"[UNK] Vara Criminal de Lisboa",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"MPF",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"MPF",
"[UNK] Turma",
"Pleno",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"GOVERNO",
"Primeira Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"GOVERNO",
"Primeira Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"ROSA WEBER",
"RAUL VITOR DOS REIS MARTINS GONÇALVES DE ALPUIM",
"RAUL VITOR DOS REIS MARTINS GONÇALVES",
"ROGERIO INACIO DE OLIVEIRA",
"Sepúlveda Pertence",
"Ricardo Lewandowski",
"Marco Aurélio",
"Rosa Weber",
"Ricardo Lewandowski",
"Marco Aurélio",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER",
"RAUL VITOR DOS REIS MARTINS GONÇALVES DE ALPUIM",
"RAUL VITOR DOS REIS MARTINS GONÇALVES",
"ROGERIO INACIO DE OLIVEIRA",
"Rosa Weber",
"Raul Vitor dos Reis Martins Gonçalves de Alpuim",
"ROSA WEBER",
"RAUL VITOR DOS REIS MARTINS GONÇALVES DE ALPUIM",
"RAUL VITOR DOS REIS MARTINS GONÇALVES",
"ROGERIO INACIO DE OLIVEIRA",
"Rosa Weber",
"Raul Vitor dos Reis Martins Gonçalves de Alpuim",
"Celso de Mello",
"Celso de Mello",
"Cláudia Sampaio Marques",
"Cláudia Sampaio Marques",
"ROSA WEBER",
"Rosa Weber",
"Ellen Gracie",
"Teori Zavascki",
"Dias Toffoli",
"Rosa Weber",
"Ellen Gracie",
"Teori Zavascki",
"Dias Toffoli",
"ROSA WEBER",
"Ellen Gracie",
"Celso de Mello",
"Ayres Britto",
"Eros Grau",
"Raul Vitor Martins Gonçalves de Alpuim",
"Ellen Gracie",
"Celso de Mello",
"Ayres Britto",
"Eros Grau",
"Raul Vitor Martins Gonçalves de Alpuim",
"ROSA WEBER",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"ROSA WEBER",
"Afonso Nuno Oliveira Bonacho",
"Celso",
"Velloso",
"Sepúlveda Pertence",
"Afonso Nuno Oliveira Bonacho",
"Celso",
"Velloso",
"Sepúlveda Pertence",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"AFONSO NUNO OLIVEIRA BONACHO",
"AFONSO NUNO OLIVEIRA BONACHO",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"ROSA WEBER",
"Cláudia Lima Marques",
"Luiz Fux",
"Carlos Velloso",
"Edson Fachin",
"Cláudia Lima Marques",
"Luiz Fux",
"Carlos Velloso",
"Edson Fachin",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"RAUL VITOR DOS REIS MARTINS GONÇALVES DE ALPUIM",
"RAUL VITOR DOS REIS MARTINS GONÇALVES",
"ROGERIO INACIO DE OLIVEIRA",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"ROSA WEBER",
"RAUL VITOR DOS REIS MARTINS GONÇALVES DE ALPUIM",
"RAUL VITOR DOS REIS MARTINS GONÇALVES",
"ROGERIO INACIO DE OLIVEIRA",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Luís Roberto Barroso",
"Alexandre de Moraes",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"19",
".",
"12",
".",
"2006",
"02",
".",
"3",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
".",
"5",
".",
"2012",
"15",
".",
"8",
".",
"2012",
"12 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
".",
"5",
".",
"2012",
"15",
".",
"8",
".",
"2012",
"12 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"29",
".",
"11",
".",
"2016",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"29",
".",
"11",
".",
"2016",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
".",
"02",
".",
"2015",
"30",
".",
"11",
".",
"2016",
"23",
".",
"02",
".",
"2017",
"24",
".",
"02",
".",
"2017",
"23",
".",
"02",
".",
"2017",
"18",
".",
"02",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
".",
"02",
".",
"2015",
"30",
".",
"11",
".",
"2016",
"23",
".",
"02",
".",
"2017",
"24",
".",
"02",
".",
"2017",
"23",
".",
"02",
".",
"2017",
"18",
".",
"02",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"11",
".",
"2017",
"02",
".",
"9",
".",
"2013",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"11",
".",
"2017",
"02",
".",
"9",
".",
"2013",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"08",
".",
"01",
".",
"2016",
"18",
".",
"02",
".",
"2017",
"29",
".",
"11",
".",
"2016",
"07",
".",
"3",
".",
"2017",
"25",
".",
"3",
".",
"2011",
"12",
".",
"8",
".",
"2013",
"29",
".",
"3",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"08",
".",
"01",
".",
"2016",
"18",
".",
"02",
".",
"2017",
"29",
".",
"11",
".",
"2016",
"07",
".",
"3",
".",
"2017",
"25",
".",
"3",
".",
"2011",
"12",
".",
"8",
".",
"2013",
"29",
".",
"3",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
".",
"5",
".",
"2011",
"01",
".",
"3",
".",
"2011",
"20",
".",
"11",
".",
"2009",
"07",
".",
"11",
".",
"2008",
"23",
".",
"02",
".",
"2017",
"29",
".",
"11",
".",
"2016",
"18",
".",
"02",
".",
"2005",
"02",
".",
"9",
".",
"2013",
"02",
".",
"9",
".",
"2013",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
".",
"5",
".",
"2011",
"01",
".",
"3",
".",
"2011",
"20",
".",
"11",
".",
"2009",
"07",
".",
"11",
".",
"2008",
"23",
".",
"02",
".",
"2017",
"29",
".",
"11",
".",
"2016",
"18",
".",
"02",
".",
"2005",
"02",
".",
"9",
".",
"2013",
"02",
".",
"9",
".",
"2013",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
"/",
"02",
"/",
"2020",
"02",
"/",
"09",
"/",
"20235",
"18",
".",
"02",
".",
"2017",
"19",
".",
"12",
".",
"2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
"/",
"02",
"/",
"2020",
"02",
"/",
"09",
"/",
"20235",
"18",
".",
"02",
".",
"2017",
"19",
".",
"12",
".",
"2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"02",
".",
"3",
".",
"2007",
"06",
".",
"03",
".",
"96",
"29",
".",
"03",
".",
"96",
"14",
".",
"04",
".",
"05",
"20",
".",
"05",
".",
"05",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"02",
".",
"3",
".",
"2007",
"06",
".",
"03",
".",
"96",
"29",
".",
"03",
".",
"96",
"14",
".",
"04",
".",
"05",
"20",
".",
"05",
".",
"05",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1994",
"12 de setembro de 1995",
"10 de dezembro de",
"1995",
"1997",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1994",
"12 de setembro de 1995",
"10 de dezembro de 1995",
"1997",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"abril de 2010",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"abril de 2010",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
".",
"03",
".",
"96",
"29",
".",
"03",
".",
"96",
"14",
".",
"04",
".",
"05",
"20",
".",
"05",
".",
"05",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
".",
"03",
".",
"96",
"29",
".",
"03",
".",
"96",
"14",
".",
"04",
".",
"05",
"20",
".",
"05",
".",
"05",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
".",
"5",
".",
"2012",
"15",
".",
"8",
".",
"2012",
"setembro de 1999",
"novembro de 2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
".",
"5",
".",
"2012",
"15",
".",
"8",
".",
"2012",
"setembro de 1999",
"novembro de 2008",
"setembro de 1999",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"02",
".",
"9",
".",
"2013",
"24",
".",
"11",
".",
"2015",
"31",
".",
"3",
".",
"2016",
"25",
"/",
"08",
"/",
"2015",
"07",
"/",
"05",
"/",
"2004",
"6",
"/",
"12",
"/",
"2015",
"06",
".",
"12",
".",
"2015",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"02",
".",
"9",
".",
"2013",
"24",
".",
"11",
".",
"2015",
"31",
".",
"3",
".",
"2016",
"25",
"/",
"08",
"/",
"2015",
"07",
"/",
"05",
"/",
"2004",
"6",
"/",
"12",
"/",
"2015",
"06",
".",
"12",
".",
"2015",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.326 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:FERNANDO RIBEIRO FALCÃO E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:RENATA
BARBOSA
LACERDA
OLIVA
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO ESTADO
DE MATO
GROSSO DO SUL
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O
recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova,
também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PREQUESTIONAMENTO –
CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta
da circunstância de a matéria haver sido argüida pela parte recorrente. A
configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo
Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem
como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do
recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de
origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno veiculado nas
razões recursais, inviabilizado fica o entendimento sobre a violência ao
preceito evocado pelo recorrente.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo
regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do relator e por
unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na
conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3147417.
Supremo Tribunal Federal
DJe 12/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9
Ementa e Acórdão
AI 809.326 AGR / SP
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3147417.
Supremo Tribunal Federal
AI 809.326 AGR / SP
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3147417.
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Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.326 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:FERNANDO RIBEIRO FALCÃO E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:RENATA
BARBOSA
LACERDA
OLIVA
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO ESTADO
DE MATO
GROSSO DO SUL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Às folhas
440 e 441, proferi a seguinte decisão:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
MATÉRIA FÁTICA – INTERPRETAÇÃO
DE NORMAS LEGAIS – FALTA DE
PREQUESTIONAMENTO
–
INVIABILIDADE
–
AGRAVO
DESPROVIDO.
1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela
revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das
vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação.
Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada
soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as
premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o
Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
As razões do extraordinário partem de pressupostos
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3147418.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.326 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:FERNANDO RIBEIRO FALCÃO E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:RENATA
BARBOSA
LACERDA
OLIVA
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO ESTADO
DE MATO
GROSSO DO SUL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Às folhas
440 e 441, proferi a seguinte decisão:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
MATÉRIA FÁTICA – INTERPRETAÇÃO
DE NORMAS LEGAIS – FALTA DE
PREQUESTIONAMENTO
–
INVIABILIDADE
–
AGRAVO
DESPROVIDO.
1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela
revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das
vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação.
Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada
soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as
premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o
Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
As razões do extraordinário partem de pressupostos
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9
Relatório
AI 809.326 AGR / SP
fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em síntese, o
reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em
quadro diverso, assentar-se a viabilidade do recurso.
A par desse aspecto, o acórdão impugnado revela
interpretação de normas estritamente legais, não ensejando
campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a
violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise
matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da
Constituição Federal.
Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do
extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim,
padece o recurso da ausência de prequestionamento,
esbarrando nos Verbetes nº 282 e 356 da Súmula do Supremo.
Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária,
ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de
outro processo.
2. Conheço do agravo e o desprovejo.
3. Publiquem.
Os agravantes, na minuta de folha 455 a 463, insistem no
processamento do extraordinário. Salientam ter a matéria natureza
constitucional e estar devidamente prequestionada. Aduzem configurada
a ofensa ao artigo 37, incisos II e IX, do Diploma Maior. Sustentam a
inconstitucionalidade da Lei Complementar estadual nº 87/2000, no que
possibilitou a contratação de professores por períodos indeterminados,
sob o regime de serviço temporário e sem concurso público. Pretendem
indenização relativa ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
Ressaltam que o tema alusivo ao levantamento dos depósitos de FGTS
quando o contrato de trabalho firmado com a Administração Pública for
declarado nulo estaria pendente de julgamento pelo Pleno no Recurso
Extraordinário nº 596.478-7/RR, razão pela qual postulam,
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
AI 809.326 AGR / SP
fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em síntese, o
reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em
quadro diverso, assentar-se a viabilidade do recurso.
A par desse aspecto, o acórdão impugnado revela
interpretação de normas estritamente legais, não ensejando
campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a
violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise
matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da
Constituição Federal.
Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do
extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim,
padece o recurso da ausência de prequestionamento,
esbarrando nos Verbetes nº 282 e 356 da Súmula do Supremo.
Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária,
ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de
outro processo.
2. Conheço do agravo e o desprovejo.
3. Publiquem.
Os agravantes, na minuta de folha 455 a 463, insistem no
processamento do extraordinário. Salientam ter a matéria natureza
constitucional e estar devidamente prequestionada. Aduzem configurada
a ofensa ao artigo 37, incisos II e IX, do Diploma Maior. Sustentam a
inconstitucionalidade da Lei Complementar estadual nº 87/2000, no que
possibilitou a contratação de professores por períodos indeterminados,
sob o regime de serviço temporário e sem concurso público. Pretendem
indenização relativa ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
Ressaltam que o tema alusivo ao levantamento dos depósitos de FGTS
quando o contrato de trabalho firmado com a Administração Pública for
declarado nulo estaria pendente de julgamento pelo Pleno no Recurso
Extraordinário nº 596.478-7/RR, razão pela qual postulam,
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3147418.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9
Relatório
AI 809.326 AGR / SP
alternativamente, o sobrestamento destes autos.
A parte agravada apresentou a contraminuta de folha 481 a
486, apontando o acerto do ato impugnado.
É o relatório.
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3147418.
Supremo Tribunal Federal
AI 809.326 AGR / SP
alternativamente, o sobrestamento destes autos.
A parte agravada apresentou a contraminuta de folha 481 a
486, apontando o acerto do ato impugnado.
É o relatório.
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3147418.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.326 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por advogada regularmente constituída
(folha 233), foi protocolada no prazo legal. Conheço.
No tocante à ausência de envergadura constitucional da matéria,
atentem para o que decidido, em síntese, pelo Tribunal de Justiça do
Estado de Mato Grosso do Sul (folha 122):
EMENTA – APELAÇÃO – PRELIMINAR DE NULIDADE
POR AUSÊNCIA DE OPORTUNIZAÇÃO DE EMENDA À
INICIAL – AFASTADA – MÉRITO – CONTRATOS
ADMINISTRATIVOS DE TRABALHO TEMPORÁRIO –
AUSÊNCIA DE DIREITO AO RECOLHIMENTO DO FGTS -
RECURSO IMPROVIDO.
Ocorrida a alteração de competência por força de decisão
da Suprema Corte, quando o processo já se encontrava
devidamente instruído, inclusive com manifestação do pólo
passivo, torna-se desnecessária a intimação do pólo ativo para
emenda à exordial.
As contratações de trabalho temporário envidadas pelo
Poder Público Estadual nos termos da Lei Complementar
Estadual n. 87/00 não geram direito ao recolhimento de FGTS.
Em sede excepcional, atua-se à luz da moldura fática delineada
soberanamente pelo Colegiado de origem, considerando-se as premissas
constantes do pronunciamento impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº
279 da Súmula deste Tribunal:
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3147419.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.326 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por advogada regularmente constituída
(folha 233), foi protocolada no prazo legal. Conheço.
No tocante à ausência de envergadura constitucional da matéria,
atentem para o que decidido, em síntese, pelo Tribunal de Justiça do
Estado de Mato Grosso do Sul (folha 122):
EMENTA – APELAÇÃO – PRELIMINAR DE NULIDADE
POR AUSÊNCIA DE OPORTUNIZAÇÃO DE EMENDA À
INICIAL – AFASTADA – MÉRITO – CONTRATOS
ADMINISTRATIVOS DE TRABALHO TEMPORÁRIO –
AUSÊNCIA DE DIREITO AO RECOLHIMENTO DO FGTS -
RECURSO IMPROVIDO.
Ocorrida a alteração de competência por força de decisão
da Suprema Corte, quando o processo já se encontrava
devidamente instruído, inclusive com manifestação do pólo
passivo, torna-se desnecessária a intimação do pólo ativo para
emenda à exordial.
As contratações de trabalho temporário envidadas pelo
Poder Público Estadual nos termos da Lei Complementar
Estadual n. 87/00 não geram direito ao recolhimento de FGTS.
Em sede excepcional, atua-se à luz da moldura fática delineada
soberanamente pelo Colegiado de origem, considerando-se as premissas
constantes do pronunciamento impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº
279 da Súmula deste Tribunal:
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3147419.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
AI 809.326 AGR / SP
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
No mais, o deslinde da controvérsia deu-se sob o ângulo
estritamente legal e não considerada a Carta da República. A conclusão
adotada fez-se alicerçada em interpretação conferida à legislação local.
A par deste aspecto, não foram examinados, na origem, os preceitos
constitucionais mencionados no extraordinário, padecendo o recurso da
ausência do prequestionamento. Atentem não para o apego à literalidade
do Verbete nº 356 da Súmula do Supremo, mas para a razão de ser do
prequestionamento e, mais ainda, para o teor do Verbete nº 282 da
referida Súmula. O instituto do prequestionamento significa o debate e a
decisão prévios do tema jurídico constante das razões apresentadas. Se o
ato impugnado nada contém sobre o que versado no recurso, descabe
assentar o enquadramento deste no permissivo constitucional. Assim
concluiu o Supremo no julgamento do Agravo Regimental no Agravo de
Instrumento nº 541.696-6/DF, de que fui relator, com acórdão publicado
no Diário da Justiça de 24 de fevereiro de 2006, sintetizado na seguinte
ementa:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
PREQUESTIONAMENTO – CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE
SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a
matéria haver sido argüida pela parte recorrente. A
configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios
pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O
procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se
diga do enquadramento do recurso extraordinário no
permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou
entendimento explícito a respeito do fato jurígeno veiculado
nas razões recursais, inviabilizada fica a conclusão sobre a
violência ao preceito evocado pelo recorrente.
2
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3147419.
Supremo Tribunal Federal
AI 809.326 AGR / SP
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
No mais, o deslinde da controvérsia deu-se sob o ângulo
estritamente legal e não considerada a Carta da República. A conclusão
adotada fez-se alicerçada em interpretação conferida à legislação local.
A par deste aspecto, não foram examinados, na origem, os preceitos
constitucionais mencionados no extraordinário, padecendo o recurso da
ausência do prequestionamento. Atentem não para o apego à literalidade
do Verbete nº 356 da Súmula do Supremo, mas para a razão de ser do
prequestionamento e, mais ainda, para o teor do Verbete nº 282 da
referida Súmula. O instituto do prequestionamento significa o debate e a
decisão prévios do tema jurídico constante das razões apresentadas. Se o
ato impugnado nada contém sobre o que versado no recurso, descabe
assentar o enquadramento deste no permissivo constitucional. Assim
concluiu o Supremo no julgamento do Agravo Regimental no Agravo de
Instrumento nº 541.696-6/DF, de que fui relator, com acórdão publicado
no Diário da Justiça de 24 de fevereiro de 2006, sintetizado na seguinte
ementa:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
PREQUESTIONAMENTO – CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE
SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a
matéria haver sido argüida pela parte recorrente. A
configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios
pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O
procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se
diga do enquadramento do recurso extraordinário no
permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou
entendimento explícito a respeito do fato jurígeno veiculado
nas razões recursais, inviabilizada fica a conclusão sobre a
violência ao preceito evocado pelo recorrente.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
AI 809.326 AGR / SP
Quanto ao pedido de sobrestamento, importa consignar que o
Recurso Extraordinário nº 596.478-7/RR já teve o mérito apreciado pelo
Plenário do Supremo. Concluiu-se pela constitucionalidade do artigo 19-
A da Lei nº 8.036/90, no qual previsto o direito do trabalhador ao depósito
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, considerada a nulidade do
contrato firmado com a Administração Pública sem concurso público
prévio. Na espécie, não se cogita da incidência do artigo 19-A da Lei nº
8.036/90. Inexiste também discussão a respeito da constitucionalidade
daquele dispositivo. Nem tampouco foi declarada a nulidade do contrato.
A toda evidência, descabe evocar o precedente.
Ante o quadro, desprovejo o regimental.
3
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Supremo Tribunal Federal
AI 809.326 AGR / SP
Quanto ao pedido de sobrestamento, importa consignar que o
Recurso Extraordinário nº 596.478-7/RR já teve o mérito apreciado pelo
Plenário do Supremo. Concluiu-se pela constitucionalidade do artigo 19-
A da Lei nº 8.036/90, no qual previsto o direito do trabalhador ao depósito
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, considerada a nulidade do
contrato firmado com a Administração Pública sem concurso público
prévio. Na espécie, não se cogita da incidência do artigo 19-A da Lei nº
8.036/90. Inexiste também discussão a respeito da constitucionalidade
daquele dispositivo. Nem tampouco foi declarada a nulidade do contrato.
A toda evidência, descabe evocar o precedente.
Ante o quadro, desprovejo o regimental.
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.326
PROCED. : MATO GROSSO DO SUL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : FERNANDO RIBEIRO FALCÃO E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : RENATA BARBOSA LACERDA OLIVA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 809.326
PROCED. : MATO GROSSO DO SUL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : FERNANDO RIBEIRO FALCÃO E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : RENATA BARBOSA LACERDA OLIVA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3184455
Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3184457 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-12T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PREQUESTIONAMENTO – CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido argüida pela parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno veiculado nas razões recursais, inviabilizado fica o entendimento sobre a violência ao preceito evocado pelo recorrente. | sjur221450 | - Acórdãos citados:
(SÚMULA 279)
STF: AI 541696 AgR(1ªT);
(SOBRESTAMENTO)
STF: RE 596478 AgR(TP).
Número de páginas: 9.
Análise: 19/12/2012, LLD. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 809326 | [
"LEG-FED LEI-008036 ANO-1990\r\n ART-0019A \r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF \r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF \r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000356 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | AI-AgR | acordaos | AI 809326 AgR | [
""
] | AGDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
ADV.(A/S) : RENATA BARBOSA LACERDA OLIVA E OUTRO(A/S)
AGTE.(S) : FERNANDO RIBEIRO FALCÃO E OUTRO(A/S) | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 809 . 326",
"AI 809 . 326 AGR / SP",
"AI 809 . 326 AGR / SP",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 809 . 326",
"Verbete [UNK] 279 da Súmula do Supremo",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 809 . 326",
"Verbete [UNK] 279 da Súmula do Supremo",
"AI 809 . 326 AGR / SP",
"Verbetes [UNK] 282",
"Recurso Extraordinário [UNK] 596 . 478 - 7 / RR",
"AI 809 . 326 AGR",
"Verbetes [UNK] 282",
"Recurso Extraordinário [UNK] 596 . 478 - 7 / RR",
"AI 809 . 326 AGR / SP",
"AI 809 . 326 AGR",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 809 . 326",
"Verbete [UNK] 279 da Súmula deste Tribunal",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 809 . 326",
"AI 809 . 326 AGR / SP",
"Verbete [UNK] 356 da Súmula do Supremo",
"Agravo Regimental no Agravo de Instrumento [UNK] 541 . 696 - 6 / DF",
"AI 809 . 326 AGR / SP",
"Verbete [UNK] 356 da Súmula do Supremo",
"Agravo Regimental no Agravo de Instrumento [UNK] 541 . 696 - 6 / DF",
"AI 809 . 326 AGR / SP",
"Recurso Extraordinário [UNK] 596 . 478 - 7 / RR",
"AI 809 . 326 AGR",
"Recurso Extraordinário [UNK] 596 . 478 - 7 / RR",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 809 . 326",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 809 . 326"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"inciso III do artigo 102 da Constituição Federal",
"artigo 37 , incisos II e IX , do Diploma Maior",
"Lei Complementar estadual [UNK] 87 / 2000",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"inciso III do artigo 102 da Constituição Federal",
"artigo 37 , incisos II e IX , do Diploma Maior",
"Lei Complementar estadual [UNK] 87 / 2000",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar Estadual n",
"MP",
"Lei Complementar Estadual n . 87 / 00",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 19 - A da Lei [UNK] 8 . 036 / 90",
"artigo 19 - A da Lei [UNK] 8 . 036 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 19 - A da Lei [UNK] 8 . 036 / 90",
"artigo 19 - A da Lei [UNK] 8 . 036 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL",
"ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL",
"Brasília",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL",
"ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL",
"SÃO PAULO",
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"ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
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"ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL",
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"MATO GROSSO DO SUL",
"ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL",
"ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Brasil",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
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"Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"/",
"SP",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Brasil",
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"Brasil",
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"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
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"[UNK] Turma",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"FERNANDO RIBEIRO FALCÃO",
"RENATA BARBOSA LACERDA OLIVA",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"FERNANDO RIBEIRO FALCÃO",
"RENATA BARBOSA LACERDA OLIVA",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"FERNANDO RIBEIRO FALCÃO",
"RENATA BARBOSA LACERDA OLIVA",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"FERNANDO RIBEIRO FALCÃO",
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"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
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"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
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"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
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],
"TEMPO": [
"30",
"/",
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"2012",
"24",
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"12",
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"2012",
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"/",
"2001",
"30 de outubro de 2012",
"24",
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"08",
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"2001",
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"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
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"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"08",
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"2001",
"24 de fevereiro de 2006",
"24",
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"08",
"/",
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"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
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"08",
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"2001",
"30",
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"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 633.676 PARANÁ
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:EDUVALDO GUSMÃO DOS ANJOS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:CARMEN GLORIA ARRIAGADA ANDRIOLI
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO PARANÁ
ADV.(A/S)
:PGE-PR - CÉSAR AUGUSTO BINDER E OUTRO(A/S)
EMENTA
Agravo regimental no agravo de instrumento. Redutor salarial.
Matéria regulamentada por norma de lei estadual. Reexame de
legislação infraconstitucional. Impossibilidade. Incidência da Súmula
nº 280 da Corte. Precedentes.
1. O Tribunal de origem decidiu que o redutor salarial a incidir sobre
os proventos dos servidores públicos paranaenses é legal, porque
decorrente de norma editada por aquele Estado em conformidade com
preceito constitucional.
2. Entendimento diverso demandaria necessária reanálise dessa
legislação infraconstitucional, o que é inviável na via extraordinária.
Incidência da Súmula nº 280 da Corte.
3. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
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Supremo Tribunal Federal
DJe 12/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8
Ementa e Acórdão
AI 633.676 AGR / PR
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3113518.
Supremo Tribunal Federal
AI 633.676 AGR / PR
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3113518.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 633.676 PARANÁ
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:EDUVALDO GUSMÃO DOS ANJOS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:CARMEN GLORIA ARRIAGADA ANDRIOLI
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO PARANÁ
ADV.(A/S)
:PGE-PR - CÉSAR AUGUSTO BINDER E OUTRO(A/S)
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Eduvaldo Gusmão dos Anjos e outros interpõem tempestivo agravo
regimental (fls. 542 a 548) contra a decisão em que o saudoso Ministro
Menezes Direito (fls. 528 a 53) negou provimento ao agravo de
instrumento, com a seguinte fundamentação:
“DECISÃO
Vistos.
Eduvaldo Gusmão dos Anjos e outros interpõem agravo
de instrumento contra a decisão que não admitiu recurso
extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 5º, inciso
XXXVI, 37, inciso XI, e 39, § 1º, da Constituição Federal.
Insurgem-se, no apelo extremo, contra acórdão da
Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São
Paulo, assim ementado:
‘ADMINISTRATIVO – SERVIDORES PÚBLICOS
APOSENTADOS – APLICAÇÃO DE REDUTOR
SALARIAL SOBRE SEUS PROVENTOS – LEGALIDADE –
GRATIFICAÇÃO DE 40% - VANTAGENS DE FUNÇÃO
NÃO INDIVIDUAIS – INTELIGÊNCIA DOS ARTS. 37, XI;
39, § 1º, E 17 DO ADCT DA CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA – ARTIGO 27, XI, DA CONSTITUIÇÃO
ESTADUAL – LEI 11.071/95, REGULAMENTADORA DA
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 633.676 PARANÁ
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:EDUVALDO GUSMÃO DOS ANJOS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:CARMEN GLORIA ARRIAGADA ANDRIOLI
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO PARANÁ
ADV.(A/S)
:PGE-PR - CÉSAR AUGUSTO BINDER E OUTRO(A/S)
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Eduvaldo Gusmão dos Anjos e outros interpõem tempestivo agravo
regimental (fls. 542 a 548) contra a decisão em que o saudoso Ministro
Menezes Direito (fls. 528 a 53) negou provimento ao agravo de
instrumento, com a seguinte fundamentação:
“DECISÃO
Vistos.
Eduvaldo Gusmão dos Anjos e outros interpõem agravo
de instrumento contra a decisão que não admitiu recurso
extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 5º, inciso
XXXVI, 37, inciso XI, e 39, § 1º, da Constituição Federal.
Insurgem-se, no apelo extremo, contra acórdão da
Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São
Paulo, assim ementado:
‘ADMINISTRATIVO – SERVIDORES PÚBLICOS
APOSENTADOS – APLICAÇÃO DE REDUTOR
SALARIAL SOBRE SEUS PROVENTOS – LEGALIDADE –
GRATIFICAÇÃO DE 40% - VANTAGENS DE FUNÇÃO
NÃO INDIVIDUAIS – INTELIGÊNCIA DOS ARTS. 37, XI;
39, § 1º, E 17 DO ADCT DA CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA – ARTIGO 27, XI, DA CONSTITUIÇÃO
ESTADUAL – LEI 11.071/95, REGULAMENTADORA DA
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8
Relatório
AI 633.676 AGR / PR
MATÉRIA – SUPOSTA VIOLAÇÃO DE DIREITO
ADQUIRIDO NÃO CONFIGURADA – MANTIDA
SENTENÇA EM REEXAME NECESSÁRIO – APELAÇÃO
NÃO PROVIDA.
1. O artigo 37, XI, da Constituição da República autoriza
que as leis locais fixem a remuneração máxima dos servidores
públicos nos respectivos poderes. Para verificar o teto
remuneratório, sobre o qual incidirá o redutor salarial, há de se
aplicar o princípio da paridade de vencimentos, previsto na
norma do artigo 39, § 1º, da Constituição Federal.
2. O índice do redutor salarial incide sobre o total dos
vencimentos, com exceção daquelas vantagens, que por
disposição legal, foram excluídas do cálculo. Caso em que não
procede a argüição de inconstitucionalidade do redutor salarial,
porquanto é dado a cada ente federativo, observados os critérios
de conveniência e oportunidade, dispor sobre a matéria.
3. Não se pode invocar a violação de direitos adquiridos
quando a própria Constituição da República prevê na norma
descrita no artigo 17 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias que, nos casos em que os proventos estiverem sendo
percebidos em desacordo com a Constituição, devem eles ser
reduzidos (fls.204/205)’.
Opostos embargos de declaração (fls. 215 a 223), foram
providos, especificamente para efeito de prequestionamento
(fls. 415 a 421).
Decido.
Anote-se, primeiramente, que o acórdão dos embargos de
declaração, conforme expresso na certidão de fl. 422, foi
publicado em 1/7/05, não sendo exigível, conforme decidido na
Questão de Ordem no AI 664.567, Pleno, Relator o Ministro
Sepúlveda Pertence , DJ de 6/9/07, a demonstração da
existência de repercussão geral das questões constitucionais
trazidas no recurso extraordinário.
A irresignação não merece prosperar.
Já é pacífica a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal
2
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MATÉRIA – SUPOSTA VIOLAÇÃO DE DIREITO
ADQUIRIDO NÃO CONFIGURADA – MANTIDA
SENTENÇA EM REEXAME NECESSÁRIO – APELAÇÃO
NÃO PROVIDA.
1. O artigo 37, XI, da Constituição da República autoriza
que as leis locais fixem a remuneração máxima dos servidores
públicos nos respectivos poderes. Para verificar o teto
remuneratório, sobre o qual incidirá o redutor salarial, há de se
aplicar o princípio da paridade de vencimentos, previsto na
norma do artigo 39, § 1º, da Constituição Federal.
2. O índice do redutor salarial incide sobre o total dos
vencimentos, com exceção daquelas vantagens, que por
disposição legal, foram excluídas do cálculo. Caso em que não
procede a argüição de inconstitucionalidade do redutor salarial,
porquanto é dado a cada ente federativo, observados os critérios
de conveniência e oportunidade, dispor sobre a matéria.
3. Não se pode invocar a violação de direitos adquiridos
quando a própria Constituição da República prevê na norma
descrita no artigo 17 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias que, nos casos em que os proventos estiverem sendo
percebidos em desacordo com a Constituição, devem eles ser
reduzidos (fls.204/205)’.
Opostos embargos de declaração (fls. 215 a 223), foram
providos, especificamente para efeito de prequestionamento
(fls. 415 a 421).
Decido.
Anote-se, primeiramente, que o acórdão dos embargos de
declaração, conforme expresso na certidão de fl. 422, foi
publicado em 1/7/05, não sendo exigível, conforme decidido na
Questão de Ordem no AI 664.567, Pleno, Relator o Ministro
Sepúlveda Pertence , DJ de 6/9/07, a demonstração da
existência de repercussão geral das questões constitucionais
trazidas no recurso extraordinário.
A irresignação não merece prosperar.
Já é pacífica a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal
2
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AI 633.676 AGR / PR
no sentido de que a discussão a respeito da natureza das
vantagens dos servidores estaduais incluídas no teto salarial
restringe-se ao plano do direito local, insusceptível de
reapreciação no recurso extraordinário. Incidência da Súmula
nº 280/STF. Nesse sentido, anote-se:
‘AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO
DO PARANÁ. INCIDÊNCIA DE REDUTOR SALARIAL.
LEI ESTADUAL Nº 11.071/95. NATUREZA DAS
PARCELAS EXCLUÍDAS. DISCUSSÃO DE ÍNDOLE
INFRACONSTITUCIONAL. Restringe-se ao âmbito
infraconstitucional a controvérsia em torno da natureza das
parcelas que os recorrentes pretendem ver excluídas do cômputo
do teto remuneratório. Indispensável, no caso, o reexame da
legislação local, procedimento vedado na instância
extraordinária. Agravo regimental desprovido’. (AI 502.522-
AgR , Primeira Turma, Relator o Ministro Carlos Britto ,
DJ de 24/11/06).
‘Agentes fiscais do Estado do Paraná: acórdão que decidiu
não serem vantagens de natureza pessoal o prêmio
produtividade e a gratificação de 40% sobre os vencimentos,
incidindo assim o redutor salarial previsto na legislação
estadual: inviabilidade do recurso extraordinário, porque, para
afastar o caráter geral das parcelas em debate, seria necessário o
reexame de premissa de direito local da decisão recorrida:
incidência da Súmula 280’ (AI 401.994-AgR, Primeira
Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence , DJ de
18/3/05).
‘Reexame de fatos e provas. Direito local. Ofensa indireta
à CF. Regimental não provido’ (AI 254.862-AgR, Segunda
Turma, Relator o Ministro Nelson Jobim , DJ de 30/6/00).
Nego provimento ao agravo.
3
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no sentido de que a discussão a respeito da natureza das
vantagens dos servidores estaduais incluídas no teto salarial
restringe-se ao plano do direito local, insusceptível de
reapreciação no recurso extraordinário. Incidência da Súmula
nº 280/STF. Nesse sentido, anote-se:
‘AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO
DO PARANÁ. INCIDÊNCIA DE REDUTOR SALARIAL.
LEI ESTADUAL Nº 11.071/95. NATUREZA DAS
PARCELAS EXCLUÍDAS. DISCUSSÃO DE ÍNDOLE
INFRACONSTITUCIONAL. Restringe-se ao âmbito
infraconstitucional a controvérsia em torno da natureza das
parcelas que os recorrentes pretendem ver excluídas do cômputo
do teto remuneratório. Indispensável, no caso, o reexame da
legislação local, procedimento vedado na instância
extraordinária. Agravo regimental desprovido’. (AI 502.522-
AgR , Primeira Turma, Relator o Ministro Carlos Britto ,
DJ de 24/11/06).
‘Agentes fiscais do Estado do Paraná: acórdão que decidiu
não serem vantagens de natureza pessoal o prêmio
produtividade e a gratificação de 40% sobre os vencimentos,
incidindo assim o redutor salarial previsto na legislação
estadual: inviabilidade do recurso extraordinário, porque, para
afastar o caráter geral das parcelas em debate, seria necessário o
reexame de premissa de direito local da decisão recorrida:
incidência da Súmula 280’ (AI 401.994-AgR, Primeira
Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence , DJ de
18/3/05).
‘Reexame de fatos e provas. Direito local. Ofensa indireta
à CF. Regimental não provido’ (AI 254.862-AgR, Segunda
Turma, Relator o Ministro Nelson Jobim , DJ de 30/6/00).
Nego provimento ao agravo.
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Relatório
AI 633.676 AGR / PR
Intime-se.
Brasília, 13 de março de 2008.”
Insistem os agravantes que a questão em debate nos autos não se
resume a uma mera ofensa a direito local, mas, sim, às normas dos arts.
5º, inciso XXVI; 37, inciso XI; e 39, § 1º, tal como constou das razões do
apelo extremo que interpuseram. Pretendem, portanto, ver devidamente
apreciadas essas alegações, por entenderem que o acórdão regional
efetivamente violou o conteúdo dessas normas.
É o relatório.
4
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Supremo Tribunal Federal
AI 633.676 AGR / PR
Intime-se.
Brasília, 13 de março de 2008.”
Insistem os agravantes que a questão em debate nos autos não se
resume a uma mera ofensa a direito local, mas, sim, às normas dos arts.
5º, inciso XXVI; 37, inciso XI; e 39, § 1º, tal como constou das razões do
apelo extremo que interpuseram. Pretendem, portanto, ver devidamente
apreciadas essas alegações, por entenderem que o acórdão regional
efetivamente violou o conteúdo dessas normas.
É o relatório.
4
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 633.676 PARANÁ
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Não merece prosperar a irresignação.
Conforme expresso na decisão agravada, a jurisprudência desta
Corte se firmou no sentido de que o tema referente à exclusão das
vantagens pessoais ou gerais do teto remuneratório, em virtude, ainda, da
aplicação de redutores salariais, é questão cujo deslinde exige o reexame
da legislação infraconstitucional pertinente, algo de insuscetível
efetivação nesta via extraordinária, a teor do contido na Súmula nº 280 do
Supremo Tribunal Federal.
Nesse sentido e em abono aos acórdãos já transcritos na decisão
atacada, anote-se o seguinte precedente, específico sobre o tema:
“Agentes fiscais do Estado do Paraná: acórdão que decidiu
não ser vantagem de natureza pessoal o prêmio produtividade
e a gratificação de 40% sobre os vencimentos, incidindo assim o
redutor salarial previsto na legislação estadual: inviabilidade do
recurso extraordinário, quanto à primeira vantagem, por se
harmonizar o julgado com o entendimento firmado pelo
plenário do STF no RE 185842 (Maurício Corrêa, DJ 2.5.97) e
com relação à gratificação de 40% sobre os vencimentos, porque
demanda reexame de premissa de direito local da decisão
recorrida, vedado pela Súmula 280” (AI nº 235.158-AgR/PR,
Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ de
4/6/04).
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
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30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 633.676 PARANÁ
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Não merece prosperar a irresignação.
Conforme expresso na decisão agravada, a jurisprudência desta
Corte se firmou no sentido de que o tema referente à exclusão das
vantagens pessoais ou gerais do teto remuneratório, em virtude, ainda, da
aplicação de redutores salariais, é questão cujo deslinde exige o reexame
da legislação infraconstitucional pertinente, algo de insuscetível
efetivação nesta via extraordinária, a teor do contido na Súmula nº 280 do
Supremo Tribunal Federal.
Nesse sentido e em abono aos acórdãos já transcritos na decisão
atacada, anote-se o seguinte precedente, específico sobre o tema:
“Agentes fiscais do Estado do Paraná: acórdão que decidiu
não ser vantagem de natureza pessoal o prêmio produtividade
e a gratificação de 40% sobre os vencimentos, incidindo assim o
redutor salarial previsto na legislação estadual: inviabilidade do
recurso extraordinário, quanto à primeira vantagem, por se
harmonizar o julgado com o entendimento firmado pelo
plenário do STF no RE 185842 (Maurício Corrêa, DJ 2.5.97) e
com relação à gratificação de 40% sobre os vencimentos, porque
demanda reexame de premissa de direito local da decisão
recorrida, vedado pela Súmula 280” (AI nº 235.158-AgR/PR,
Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ de
4/6/04).
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 633.676
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : EDUVALDO GUSMÃO DOS ANJOS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : CARMEN GLORIA ARRIAGADA ANDRIOLI E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁ
ADV.(A/S) : PGE-PR - CÉSAR AUGUSTO BINDER E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 633.676
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : EDUVALDO GUSMÃO DOS ANJOS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : CARMEN GLORIA ARRIAGADA ANDRIOLI E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁ
ADV.(A/S) : PGE-PR - CÉSAR AUGUSTO BINDER E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3183780 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-12T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | EMENTA
Agravo regimental no agravo de instrumento. Redutor salarial. Matéria regulamentada por norma de lei estadual. Reexame de legislação infraconstitucional. Impossibilidade. Incidência da Súmula nº 280 da Corte. Precedentes.
1. O Tribunal de origem decidiu que o redutor salarial a incidir sobre os proventos dos servidores públicos paranaenses é legal, porque decorrente de norma editada por aquele Estado em conformidade com preceito constitucional.
2. Entendimento diverso demandaria necessária reanálise dessa legislação infraconstitucional, o que é inviável na via extraordinária. Incidência da Súmula nº 280 da Corte.
3. Agravo regimental não provido. | sjur221420 | Número de páginas: 8.
Análise: 19/12/2012, LLD. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 633676 | [
"LEG-FED SUMSTF-000280 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | AI-AgR | acordaos | AI 633676 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : EDUVALDO GUSMÃO DOS ANJOS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : CARMEN GLORIA ARRIAGADA ANDRIOLI E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁ
ADV.(A/S) : PGE-PR - CÉSAR AUGUSTO BINDER E OUTRO(A/S) | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 633 . 676",
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"AGRAVO DE INSTRUMENTO 633 . 676"
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"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] , inciso XXXVI , 37 , inciso XI , e 39 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"ARTS . 37 , XI ; 39 , § [UNK] , E 17 DO ADCT DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"ARTIGO 27 , XI , DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL",
"LEI 11 . 071 / 95",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] , inciso XXXVI , 37 , inciso XI , e 39 , § [UNK] , da Constituição Federal",
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"ARTIGO 27 , XI , DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL",
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"artigo 17 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias",
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"LEI ESTADUAL [UNK] 11 . 071 / 95",
"CF",
"MP n° 2 . 200 -",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ",
"Brasília",
"PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ",
"PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ",
"Estado do Paraná",
"ESTADO DO PARANÁ",
"Estado do Paraná",
"Brasília",
"Brasília",
"PARANÁ",
"Estado do Paraná",
"PARANÁ",
"Estado do Paraná",
"PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ",
"PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Pleno",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"plenário",
"STF",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"plenário",
"STF",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"PGE",
"-",
"PR",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"EDUVALDO GUSMÃO DOS ANJOS",
"CARMEN GLORIA ARRIAGADA ANDRIOLI",
"CÉSAR AUGUSTO BINDER",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"EDUVALDO GUSMÃO DOS ANJOS",
"CARMEN GLORIA ARRIAGADA ANDRIOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Eduvaldo Gusmão dos Anjos",
"Menezes Direito",
"Eduvaldo Gusmão dos Anjos",
"DIAS TOFFOLI",
"EDUVALDO GUSMÃO DOS ANJOS",
"CARMEN GLORIA ARRIAGADA ANDRIOLI",
"CÉSAR AUGUSTO BINDER",
"DIAS TOFFOLI",
"Eduvaldo Gusmão dos Anjos",
"Menezes Direito",
"Eduvaldo Gusmão dos Anjos",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"Carlos Britto",
"Sepúlveda Pertence",
"Nelson Jobim",
"Carlos Britto",
"Sepúlveda Pertence",
"Nelson Jobim",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Maurício Corrêa",
"Sepúlveda Pertence",
"DIAS TOFFOLI",
"Maurício Corrêa",
"Sepúlveda Pertence",
"DIAS TOFFOLI",
"EDUVALDO GUSMÃO DOS ANJOS",
"CARMEN GLORIA ARRIAGADA ANDRIOLI",
"CÉSAR AUGUSTO BINDER",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"EDUVALDO GUSMÃO DOS ANJOS",
"CARMEN GLORIA ARRIAGADA ANDRIOLI",
"CÉSAR AUGUSTO BINDER",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
"/",
"7",
"/",
"05",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
"/",
"7",
"/",
"05",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"11",
"/",
"06",
"18",
"/",
"3",
"/",
"05",
"30",
"/",
"6",
"/",
"00",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"11",
"/",
"06",
"18",
"/",
"3",
"/",
"05",
"30",
"/",
"6",
"/",
"00",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13 de março de 2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13 de março de 2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"2",
".",
"5",
".",
"97",
"4",
"/",
"6",
"/",
"04",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"2",
".",
"5",
".",
"97",
"4",
"/",
"6",
"/",
"04",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.842 PARANÁ
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:SINDICATO
DOS
SERVIDORES
PÚBLICOS
MUNICIPAIS DE CURITIBA - SISMUC
ADV.(A/S)
:LUDIMAR RAFANHIM E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:MUNICÍPIO DE CURITIBA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
MUNICÍPIO
DE
CURITIBA
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO
MUNISÍPIO DE CURITIBA - IPMC
ADV.(A/S)
:ANA MARIA MAXIMILIANO
EMENTA
Agravo regimental em agravo de instrumento. Servidor público.
Gratificações. Extensão a inativos. Natureza jurídica da verba. Ofensa a
direito local. Reexame de fatos e provas. Precedentes.
1. Não se abre a via do recurso extraordinário para o reexame de
matéria ínsita ao plano normativo local ou de fatos e provas dos autos.
Incidência das Súmulas nºs 279 e 280 desta Corte.
2. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3113521.
Supremo Tribunal Federal
DJe 13/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.842 PARANÁ
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:SINDICATO
DOS
SERVIDORES
PÚBLICOS
MUNICIPAIS DE CURITIBA - SISMUC
ADV.(A/S)
:LUDIMAR RAFANHIM E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:MUNICÍPIO DE CURITIBA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
MUNICÍPIO
DE
CURITIBA
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO
MUNISÍPIO DE CURITIBA - IPMC
ADV.(A/S)
:ANA MARIA MAXIMILIANO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (SISMUC)
interpõe tempestivo agravo regimental contra a decisão mediante a qual
neguei provimento ao agravo de instrumento, com a seguinte
fundamentação:
“Vistos.
Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba
– SISMUC interpõe agravo de instrumento contra a decisão que
não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade
aos artigos 5º, 37 e 40 parágrafo 8º , da Constituição Federal.
Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Sexta
Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná,
assim ementado:
‘AGRAVO RETIDO – CERCEAMENTO DE DEFESA
– NÃO CONFIGURAÇÃO – RECURSO DESPROVIDO.
APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO ORDINÁRIA –
SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS INATIVOS
SUBSTITUÍDOS PELO SINDICATO – LEI MUNICIPAL Nº
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3113379.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.842 PARANÁ
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:SINDICATO
DOS
SERVIDORES
PÚBLICOS
MUNICIPAIS DE CURITIBA - SISMUC
ADV.(A/S)
:LUDIMAR RAFANHIM E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:MUNICÍPIO DE CURITIBA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
MUNICÍPIO
DE
CURITIBA
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO
MUNISÍPIO DE CURITIBA - IPMC
ADV.(A/S)
:ANA MARIA MAXIMILIANO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (SISMUC)
interpõe tempestivo agravo regimental contra a decisão mediante a qual
neguei provimento ao agravo de instrumento, com a seguinte
fundamentação:
“Vistos.
Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba
– SISMUC interpõe agravo de instrumento contra a decisão que
não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade
aos artigos 5º, 37 e 40 parágrafo 8º , da Constituição Federal.
Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Sexta
Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná,
assim ementado:
‘AGRAVO RETIDO – CERCEAMENTO DE DEFESA
– NÃO CONFIGURAÇÃO – RECURSO DESPROVIDO.
APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO ORDINÁRIA –
SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS INATIVOS
SUBSTITUÍDOS PELO SINDICATO – LEI MUNICIPAL Nº
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Relatório
AI 742.842 AGR / PR
11.000/04 QUE INSTITUI PREMIAÇÃO/GRATIFICAÇÃO
(ARTIGO 53) – BENEFÍCIO NÃO ESTENDIDO AOS
INATIVOS – ALEGAÇÃO DE CARÁTER GERAL E
OFENSA AO PRINCÍPIO DA ISONOMIA -
INEXISTÊNCIA – PREMIAÇÃO/GRATIFICÇÃO DE
NATUREZA PROPTER LABOREM – IMPOSSBILIDADE
DE EXTENSÃO AOS INATIVOS – REQUISITOS
ESPECÍFICOS E CARACTERÍSTICOS DE SERVIDORES
DA ATIVA – PRECEDENTES DAS CORTES SUPERIORES
E TAMBÉM DESTE TRIBUNAL – DECISÃO ACERTADA
– RECURSO NÃO PROVIDO. ‘A exclusão da gratificação
de condições especiais de trabalho dos proventos da
inatividade não representa ofensa ao princípio da
isonomia entre servidores ativos e inativos, uma vez que
se trata de vantagem pro labore faciendo, que só se
justifica enquanto o servidor se encontrar no efetivo
exercício da atividade remunerada pela gratificação.
Precedentes. 2. Recurso desprovido’. (STJ -ROMS
200501606450 – (206401) – MA – 6ª T. - Rel. Min. Paulo
Medina – DJU 01.08.2006 – p. 547)” (fl. 1168/1169).
Opostos embargos declaratórios (fls. 1188 a 1194), foram
rejeitados (fls.1198 a 1202).
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi
interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era
plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da
matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na
Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS,
Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de
6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a
preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua
existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação
introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o
procedimento acerca da existência da repercussão geral
2
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Supremo Tribunal Federal
AI 742.842 AGR / PR
11.000/04 QUE INSTITUI PREMIAÇÃO/GRATIFICAÇÃO
(ARTIGO 53) – BENEFÍCIO NÃO ESTENDIDO AOS
INATIVOS – ALEGAÇÃO DE CARÁTER GERAL E
OFENSA AO PRINCÍPIO DA ISONOMIA -
INEXISTÊNCIA – PREMIAÇÃO/GRATIFICÇÃO DE
NATUREZA PROPTER LABOREM – IMPOSSBILIDADE
DE EXTENSÃO AOS INATIVOS – REQUISITOS
ESPECÍFICOS E CARACTERÍSTICOS DE SERVIDORES
DA ATIVA – PRECEDENTES DAS CORTES SUPERIORES
E TAMBÉM DESTE TRIBUNAL – DECISÃO ACERTADA
– RECURSO NÃO PROVIDO. ‘A exclusão da gratificação
de condições especiais de trabalho dos proventos da
inatividade não representa ofensa ao princípio da
isonomia entre servidores ativos e inativos, uma vez que
se trata de vantagem pro labore faciendo, que só se
justifica enquanto o servidor se encontrar no efetivo
exercício da atividade remunerada pela gratificação.
Precedentes. 2. Recurso desprovido’. (STJ -ROMS
200501606450 – (206401) – MA – 6ª T. - Rel. Min. Paulo
Medina – DJU 01.08.2006 – p. 547)” (fl. 1168/1169).
Opostos embargos declaratórios (fls. 1188 a 1194), foram
rejeitados (fls.1198 a 1202).
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi
interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era
plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da
matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na
Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS,
Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de
6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a
preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua
existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação
introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o
procedimento acerca da existência da repercussão geral
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11
Relatório
AI 742.842 AGR / PR
somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade
do recurso por outra razão’.
Não merece prosperar a irresignação, uma vez que a
jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que
as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido
processo legal, da ampla defesa, do contraditório, dos limites da
coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de
reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar
apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República, o
que não enseja reexame em recurso extraordinário. Anote-se:
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS
CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL
SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise
da legislação infraconstitucional e do reexame de provas
na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as
alegações de afronta aos princípios do devido processo
legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da
coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes
de reexame de normas infraconstitucionais, podem
configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da
República’ (AI nº 594.887/SP-AgR, Primeira Turma,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07).
‘AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE
OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS
DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE
OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO
IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou
assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos
postulados da legalidade, do devido processo legal, da
motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos
limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional
podem configurar, quando muito, situações de ofensa
3
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Supremo Tribunal Federal
AI 742.842 AGR / PR
somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade
do recurso por outra razão’.
Não merece prosperar a irresignação, uma vez que a
jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que
as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido
processo legal, da ampla defesa, do contraditório, dos limites da
coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de
reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar
apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República, o
que não enseja reexame em recurso extraordinário. Anote-se:
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS
CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL
SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise
da legislação infraconstitucional e do reexame de provas
na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as
alegações de afronta aos princípios do devido processo
legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da
coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes
de reexame de normas infraconstitucionais, podem
configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da
República’ (AI nº 594.887/SP-AgR, Primeira Turma,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07).
‘AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE
OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS
DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE
OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO
IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou
assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos
postulados da legalidade, do devido processo legal, da
motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos
limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional
podem configurar, quando muito, situações de ofensa
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11
Relatório
AI 742.842 AGR / PR
meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância
essa que impede a utilização do recurso extraordinário.
Precedentes’ (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).
O Tribunal de origem decidiu a questão versada nos
presentes autos nestes termos:
‘A denominada premiação instituída pela Lei
Municipal nº 11.000/2004 é uma gratificação atribuída ao
servidor enquanto estiver prestando serviços, a título de
assiduidade. Dessa forma não é considerada incorporável
ao vencimento, pois tem natureza precária, da modalidade
propter laborem. (…) Ademais, à época da Lei Municipal
nº 11.000/2004, os substituídos pelo Apelante já se
encontravam aposentados, e não sendo o referido
adicional de caráter geral e permanente, inconcebível a
sua incorporação aos proventos de inatividade’ (fls.
1175/1176).
Desse modo, verifica-se que o caso foi decidido com base
na interpretação da legislação local (Lei Municipal nº 14.244/06)
e nos fatos e provas que compõem a lide, de reexame vedado
em sede de recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs
279 e 280 desta Corte.
Ademais, a jurisprudência da Corte está consolidada no
sentido de que a discussão acerca da possibilidade de extensão
aos inativos e pensionistas de vantagem concedida aos
servidores em atividade, bem como sobre a natureza jurídica
dessa vantagem, está restrita à interpretação da legislação local.
Sobre o tema, destaca-se o seguinte julgado da relatoria do
Ministro Cezar Peluso:
‘RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade.
Servidor público. Vencimentos. Proventos. Vantagem
pecuniária. Gratificação devida aos funcionários em
4
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Supremo Tribunal Federal
AI 742.842 AGR / PR
meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância
essa que impede a utilização do recurso extraordinário.
Precedentes’ (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).
O Tribunal de origem decidiu a questão versada nos
presentes autos nestes termos:
‘A denominada premiação instituída pela Lei
Municipal nº 11.000/2004 é uma gratificação atribuída ao
servidor enquanto estiver prestando serviços, a título de
assiduidade. Dessa forma não é considerada incorporável
ao vencimento, pois tem natureza precária, da modalidade
propter laborem. (…) Ademais, à época da Lei Municipal
nº 11.000/2004, os substituídos pelo Apelante já se
encontravam aposentados, e não sendo o referido
adicional de caráter geral e permanente, inconcebível a
sua incorporação aos proventos de inatividade’ (fls.
1175/1176).
Desse modo, verifica-se que o caso foi decidido com base
na interpretação da legislação local (Lei Municipal nº 14.244/06)
e nos fatos e provas que compõem a lide, de reexame vedado
em sede de recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs
279 e 280 desta Corte.
Ademais, a jurisprudência da Corte está consolidada no
sentido de que a discussão acerca da possibilidade de extensão
aos inativos e pensionistas de vantagem concedida aos
servidores em atividade, bem como sobre a natureza jurídica
dessa vantagem, está restrita à interpretação da legislação local.
Sobre o tema, destaca-se o seguinte julgado da relatoria do
Ministro Cezar Peluso:
‘RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade.
Servidor público. Vencimentos. Proventos. Vantagem
pecuniária. Gratificação devida aos funcionários em
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 11
Relatório
AI 742.842 AGR / PR
atividade. Extensão aos aposentados. Rediscussão do
caráter geral sob fundamento de ofensa ao art. 40, § 8º, da
CF. Impossibilidade. Questão infraconstitucional. Recurso
não conhecido. Aplicação das súmulas 279, 280 e 636.
Reconhecido ou negado pelo tribunal a quo o caráter geral
de gratificação funcional ou de outra vantagem
pecuniária, perante os termos da legislação local que a
disciplina, não pode o Supremo, em recurso
extraordinário, rever tal premissa para estender ou negar
aquela aos servidores inativos com base no art. 40, § 8º, da
Constituição da República’ (RE nº 586.949/MG, Segunda
Turma, DJ de 13/3/09).
No mesmo sentido, anote-se:
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
ADMINISTRATIVO.
SERVIDOR
PÚBLICO.
PRÊMIO
DE
PRODUTIVIDADE.
IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL LOCAL (SÚMULA 280).
OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (AI
nº 657.696/MG-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra
Cármen Lúcia, DJ de 13/2/09).
‘SERVIDOR PÚBLICO INATIVO. GRATIFICAÇÃO.
INCORPORAÇÃO AOS PROVENTOS. NECESSIDADE
DE
EXAME
DA
LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO
STF. EXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO
CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF.
AGRAVO IMPROVIDO. I - Para se chegar ao exame da
alegada ofensa à Constituição, faz-se necessário analisar
normas infraconstitucionais locais, bem como o conjunto
fático-probatório constante dos autos, o que inviabiliza o
extraordinário, a teor das Súmulas 279 e 280 do STF.
5
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atividade. Extensão aos aposentados. Rediscussão do
caráter geral sob fundamento de ofensa ao art. 40, § 8º, da
CF. Impossibilidade. Questão infraconstitucional. Recurso
não conhecido. Aplicação das súmulas 279, 280 e 636.
Reconhecido ou negado pelo tribunal a quo o caráter geral
de gratificação funcional ou de outra vantagem
pecuniária, perante os termos da legislação local que a
disciplina, não pode o Supremo, em recurso
extraordinário, rever tal premissa para estender ou negar
aquela aos servidores inativos com base no art. 40, § 8º, da
Constituição da República’ (RE nº 586.949/MG, Segunda
Turma, DJ de 13/3/09).
No mesmo sentido, anote-se:
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
ADMINISTRATIVO.
SERVIDOR
PÚBLICO.
PRÊMIO
DE
PRODUTIVIDADE.
IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL LOCAL (SÚMULA 280).
OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (AI
nº 657.696/MG-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra
Cármen Lúcia, DJ de 13/2/09).
‘SERVIDOR PÚBLICO INATIVO. GRATIFICAÇÃO.
INCORPORAÇÃO AOS PROVENTOS. NECESSIDADE
DE
EXAME
DA
LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO
STF. EXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO
CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF.
AGRAVO IMPROVIDO. I - Para se chegar ao exame da
alegada ofensa à Constituição, faz-se necessário analisar
normas infraconstitucionais locais, bem como o conjunto
fático-probatório constante dos autos, o que inviabiliza o
extraordinário, a teor das Súmulas 279 e 280 do STF.
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Relatório
AI 742.842 AGR / PR
Precedentes. II - Agravo regimental improvido’ (AI nº
733.499/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro
Ricardo Lewandowski, DJ de 13/3/09).
‘AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. EXTENSÃO DE GRATIFICAÇÃO A
INATIVO.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. 1. A
controvérsia foi decidida com fundamento na legislação
local, incidência da Súmula n. 280 deste Tribunal. 2.
Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso
extraordinário. Súmula n. 279 do Supremo Tribunal
Federal. Agravo regimental a que se nega provimento’ (RE
nº 562.541/MS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro
Eros Grau, DJ de 16/5/08).
Ante o exposto, nego provimento ao agravo.”
Aduz o agravante, in verbis, que:
“(...) a lei municipal, ao excluir os aposentados da referida
vantagem, afrontou o disposto no artigo 7º da Emenda
Constitucional 41/2003, pois não se trata de gratificação em
razão de trabalho específico.
(…) o benefício foi concedido a todos os servidores,
portanto, não poderia haver tratamento diferenciado em relação
aos aposentados.
(…)
Não se coloca aqui a reanálise de provas e leis locais mas a
afronta de uma lei local à Constituição Federal” (fls. 1.361 e
1.366).
É o relatório.
6
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Precedentes. II - Agravo regimental improvido’ (AI nº
733.499/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro
Ricardo Lewandowski, DJ de 13/3/09).
‘AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. EXTENSÃO DE GRATIFICAÇÃO A
INATIVO.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. 1. A
controvérsia foi decidida com fundamento na legislação
local, incidência da Súmula n. 280 deste Tribunal. 2.
Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso
extraordinário. Súmula n. 279 do Supremo Tribunal
Federal. Agravo regimental a que se nega provimento’ (RE
nº 562.541/MS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro
Eros Grau, DJ de 16/5/08).
Ante o exposto, nego provimento ao agravo.”
Aduz o agravante, in verbis, que:
“(...) a lei municipal, ao excluir os aposentados da referida
vantagem, afrontou o disposto no artigo 7º da Emenda
Constitucional 41/2003, pois não se trata de gratificação em
razão de trabalho específico.
(…) o benefício foi concedido a todos os servidores,
portanto, não poderia haver tratamento diferenciado em relação
aos aposentados.
(…)
Não se coloca aqui a reanálise de provas e leis locais mas a
afronta de uma lei local à Constituição Federal” (fls. 1.361 e
1.366).
É o relatório.
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.842 PARANÁ
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
O Tribunal de origem entendeu que a premiação instituída pela Lei
municipal nº 11.000/04 se qualifica como uma gratificação propter
laborem.
Desse modo, conforme expresso na decisão agravada, para
ultrapassar o entendimento manifesto no acórdão recorrido acerca da
natureza jurídica da gratificação em comento e de sua possibilidade de
extensão aos servidores aposentados, seria necessário interpretar a
legislação local pertinente (Lei municipal nº 11.000/04), bem como
reexaminar as provas dos autos, o que é inviável em recurso
extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 279 e 280 desta Corte. Sobre o
tema:
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. PARCELA VARIÁVEL
DE REMUNERAÇÃO – PVR: NATUREZA DA
GRATIFICAÇÃO. QUESTÃO INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES.
AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO” (AI nº 749.436/PE-AgR, Primeira Turma,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 15/8/12).
“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR
PÚBLICO: ESTADO DE SÃO PAULO. GRATIFICAÇÕES DE
CARÁTER PRO LABORE FACIENDO: NÃO-INCLUSÃO NOS
PROVENTOS. C.F., art. 40, § 8º. I. - O Tribunal do Estado-
membro, interpretando normas locais, entendeu que a
gratificação objeto da causa não tem caráter genérico. Sendo
assim, não integra os proventos do aposentado. A interpretação
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30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.842 PARANÁ
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
O Tribunal de origem entendeu que a premiação instituída pela Lei
municipal nº 11.000/04 se qualifica como uma gratificação propter
laborem.
Desse modo, conforme expresso na decisão agravada, para
ultrapassar o entendimento manifesto no acórdão recorrido acerca da
natureza jurídica da gratificação em comento e de sua possibilidade de
extensão aos servidores aposentados, seria necessário interpretar a
legislação local pertinente (Lei municipal nº 11.000/04), bem como
reexaminar as provas dos autos, o que é inviável em recurso
extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 279 e 280 desta Corte. Sobre o
tema:
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. PARCELA VARIÁVEL
DE REMUNERAÇÃO – PVR: NATUREZA DA
GRATIFICAÇÃO. QUESTÃO INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES.
AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO” (AI nº 749.436/PE-AgR, Primeira Turma,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 15/8/12).
“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR
PÚBLICO: ESTADO DE SÃO PAULO. GRATIFICAÇÕES DE
CARÁTER PRO LABORE FACIENDO: NÃO-INCLUSÃO NOS
PROVENTOS. C.F., art. 40, § 8º. I. - O Tribunal do Estado-
membro, interpretando normas locais, entendeu que a
gratificação objeto da causa não tem caráter genérico. Sendo
assim, não integra os proventos do aposentado. A interpretação
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
AI 742.842 AGR / PR
de normas locais, pelo Tribunal local, é feita de forma soberana.
II. - Agravo não provido”(AI nº 507.710/SP-AgR, Segunda
Turma, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 16/9/05).
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. 'ADICIONAL DE
DESEMPENHO'. 1. EXTENSÃO AOS APOSENTADOS.
PRINCÍPIO DA ISONOMIA. NATUREZA DA VANTAGEM. 2.
CONTROVÉRSIA DECIDIDA À LUZ DA LEGISLAÇÃO
ESTADUAL. 1. A jurisprudência do STF é firme no sentido de
que as vantagens de natureza genérica, concedidas ao pessoal
da ativa, são extensíveis aos aposentados, em nome do
princípio da isonomia, nos termos do § 8º do art. 40 (na redação
anterior à EC 41/2003) da Magna Carta. 2. A discussão acerca da
natureza jurídica de parcelas remuneratórias devidas a
servidores públicos é de índole eminentemente
infraconstitucional. Pelo que é de incidir a Súmula 280/STF.
Agravo regimental desprovido” (RE nº 575.941/SE-AgR,
Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de
14/2/11).
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO
ESPECIAL. INTERPRETAÇÃO DAS LEIS ESTADUAIS
10.460/88, 10.872/89 E 11.865/92. SÚMULA STF 280. 1. O
Tribunal a quo, interpretando legislação estadual que trata da
matéria, entendeu que a Gratificação de Representação Especial
deveria ser estendida aos servidores inativos. 2. Para se
concluir, como pretende a parte agravante, pelo caráter
específico da gratificação em análise, necessário seria o reexame
de legislação local, o que é defeso nesta via extraordinária
(Súmula STF 280). Precedentes. 3. Agravo regimental
improvido” (AI nº 724.344/GO-AgR, Segunda Turma, Relatora a
Ministra Ellen Gracie, DJe de 9/10/09).
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
2
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AI 742.842 AGR / PR
de normas locais, pelo Tribunal local, é feita de forma soberana.
II. - Agravo não provido”(AI nº 507.710/SP-AgR, Segunda
Turma, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 16/9/05).
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. 'ADICIONAL DE
DESEMPENHO'. 1. EXTENSÃO AOS APOSENTADOS.
PRINCÍPIO DA ISONOMIA. NATUREZA DA VANTAGEM. 2.
CONTROVÉRSIA DECIDIDA À LUZ DA LEGISLAÇÃO
ESTADUAL. 1. A jurisprudência do STF é firme no sentido de
que as vantagens de natureza genérica, concedidas ao pessoal
da ativa, são extensíveis aos aposentados, em nome do
princípio da isonomia, nos termos do § 8º do art. 40 (na redação
anterior à EC 41/2003) da Magna Carta. 2. A discussão acerca da
natureza jurídica de parcelas remuneratórias devidas a
servidores públicos é de índole eminentemente
infraconstitucional. Pelo que é de incidir a Súmula 280/STF.
Agravo regimental desprovido” (RE nº 575.941/SE-AgR,
Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de
14/2/11).
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO
ESPECIAL. INTERPRETAÇÃO DAS LEIS ESTADUAIS
10.460/88, 10.872/89 E 11.865/92. SÚMULA STF 280. 1. O
Tribunal a quo, interpretando legislação estadual que trata da
matéria, entendeu que a Gratificação de Representação Especial
deveria ser estendida aos servidores inativos. 2. Para se
concluir, como pretende a parte agravante, pelo caráter
específico da gratificação em análise, necessário seria o reexame
de legislação local, o que é defeso nesta via extraordinária
(Súmula STF 280). Precedentes. 3. Agravo regimental
improvido” (AI nº 724.344/GO-AgR, Segunda Turma, Relatora a
Ministra Ellen Gracie, DJe de 9/10/09).
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
2
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Revisão de Apartes
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.842 PARANÁ
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, tive
pequena dúvida, mas a elucidei. Esses casos em que se discute o vale-
refeição, versa-se quanto a ex-empregados da Caixa Econômica Estadual,
e, no tocante a eles preservaram-se os direitos existentes à época. Não é
aquela questão que está no Pleno com empate de quatro a quatro da
atualização relativa a servidores do Estado?
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Não.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Estou acompanhando,
tendo em conta essa distinção. Vossa Excelência inclusive, no enunciado,
a aponta.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Inclusive, nestes casos, eu cito aqui a decisão tomada no Plenário
virtual.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Porque o outro caso é
de servidores propriamente ditos, e se tem o congelamento.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Então, nestes casos todos, Vossa Excelência me acompanha.
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.842 PARANÁ
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, tive
pequena dúvida, mas a elucidei. Esses casos em que se discute o vale-
refeição, versa-se quanto a ex-empregados da Caixa Econômica Estadual,
e, no tocante a eles preservaram-se os direitos existentes à época. Não é
aquela questão que está no Pleno com empate de quatro a quatro da
atualização relativa a servidores do Estado?
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Não.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Estou acompanhando,
tendo em conta essa distinção. Vossa Excelência inclusive, no enunciado,
a aponta.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Inclusive, nestes casos, eu cito aqui a decisão tomada no Plenário
virtual.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Porque o outro caso é
de servidores propriamente ditos, e se tem o congelamento.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Então, nestes casos todos, Vossa Excelência me acompanha.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.842
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE
CURITIBA - SISMUC
ADV.(A/S) : LUDIMAR RAFANHIM E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CURITIBA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CURITIBA
AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO MUNICÍPIO DE CURITIBA -
IPMC
ADV.(A/S) : ANA MARIA MAXIMILIANO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.842
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE
CURITIBA - SISMUC
ADV.(A/S) : LUDIMAR RAFANHIM E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CURITIBA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CURITIBA
AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO MUNICÍPIO DE CURITIBA -
IPMC
ADV.(A/S) : ANA MARIA MAXIMILIANO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3189048 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-13T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | EMENTA
Agravo regimental em agravo de instrumento. Servidor público. Gratificações. Extensão a inativos. Natureza jurídica da verba. Ofensa a direito local. Reexame de fatos e provas. Precedentes.
1. Não se abre a via do recurso extraordinário para o reexame de matéria ínsita ao plano normativo local ou de fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 279 e 280 desta Corte.
2. Agravo regimental não provido. | sjur221593 | - Acórdão(s) citado(s):
(GRATIFICAÇÃO, NATUREZA JURÍDICA, EXTENSÃO, SERVIDOR
INATIVO)
STF: AI 749436 AgR (1ªT), AI 507710 AgR (2ªT), RE 575941
AgR (2ªT), AI 724344 AgR (2ªT).
Número de páginas: 11.
Análise: 18/01/2013, MJC. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 742842 | [
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000280 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-MUN LEI-011000 ANO-2004\r\n LEI ORDINÁRIA DO MUNICÍPIO DE CURITIBA, PR"
] | AI-AgR | acordaos | AI 742842 AgR | [
""
] | AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CURITIBA
AGTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE CURITIBA - SISMUC
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CURITIBA
ADV.(A/S) : LUDIMAR RAFANHIM E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO MUNISÍPIO DE CURITIBA - IPMC
ADV.(A/S) : ANA MARIA MAXIMILIANO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 742 . 842",
"AI 742 . 842",
"AGR",
"/",
"PR 11 . 000 / 04",
"STJ",
"-",
"ROMS 200501606450",
"AI 742 . 842",
"STJ",
"-",
"ROMS 200501606450",
"AI 742 . 842 AGR / PR",
"AI [UNK] 594 . 887 / SP - AgR",
"AI 742 . 842 AGR / PR",
"AI [UNK] 594 . 887 / SP - AgR",
"AI 742 . 842 AGR / PR",
"AI [UNK] 360 . 265 / RJ - AgR",
"AI 742 . 842 AGR / PR",
"AI [UNK] 360 . 265 / RJ - AgR",
"AI 742 . 842 AGR / PR",
"RE [UNK] 586 . 949 / MG",
"AI [UNK] 657 . 696 / MG - AgR",
"SÚMULA 280 DO STF",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmulas 279",
"AI 742 . 842",
"RE [UNK] 586 . 949 / MG",
"AGRAVO REGIMENTAL",
"AI [UNK] 657 . 696 / MG - AgR",
"SÚMULA 280 DO STF",
"SÚMULA 279 DO STF",
"AI 742 . 842 AGR / PR",
"AI [UNK] 733 . 499 / SP - AgR",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"RE [UNK] 562 . 541 / MS - AgR",
"AI 742 . 842 AGR / PR",
"AI [UNK] 733 . 499 / SP - AgR",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"RE [UNK] 562 . 541 / MS - AgR",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 742 . 842",
"AI [UNK] 749 . 436 / PE - AgR",
"AGRAVO",
"AI [UNK] 749 . 436 / PE - AgR",
"AI 742 . 842 AGR / PR",
"AI [UNK] 507 . 710 / SP - AgR",
"Súmula 280 / STF",
"RE [UNK] 575 . 941 / SE - AgR",
"Súmula STF 280",
"AI [UNK] 724 . 344 / GO - AgR",
"AI 742 . 842 AGR / PR",
"AI [UNK] 507 . 710 / SP - AgR",
"Súmula 280 / STF",
"RE [UNK] 575 . 941 / SE - AgR",
"Súmula STF 280 )",
"AI [UNK] 724 . 344 / GO - AgR",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 742 . 842",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 742 . 842",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 742 . 842"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] , 37 e 40 parágrafo [UNK] , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] , 37 e 40 parágrafo [UNK] , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 07",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 07",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"Constituição da República ’",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"Lei Municipal [UNK] 11 . 000 / 2004",
"Lei Municipal [UNK] 11 . 000 / 2004",
"Lei Municipal [UNK] 14 . 244 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"Lei Municipal [UNK] 11 . 000 / 2004",
"Lei Municipal [UNK] 11 . 000 / 2004",
"Lei Municipal [UNK] 14 . 244 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 40 , § [UNK] , da CF",
"art . 40 , § [UNK] , da Constituição da República",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 40 , § [UNK] , da CF",
"art . 40 , § [UNK] , da Constituição da República",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] da Emenda Constitucional 41 / 2003",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] da Emenda Constitucional 41 / 2003",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei municipal [UNK] 11 . 000 / 04",
"Lei municipal [UNK] 11 . 000 / 04",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei municipal [UNK] 11 . 000 / 04",
"Lei municipal [UNK] 11 . 000 / 04",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 40",
"EC 41 / 2003",
"LEIS ESTADUAIS 10 . 460 / 88",
"10",
".",
"872",
"/",
"89",
"11",
".",
"865",
"/",
"92",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 40 (",
"EC 41 / 2003 ) da Magna Carta",
"LEIS ESTADUAIS 10 . 460 /",
"10",
".",
"872",
"/",
"89",
"11",
".",
"865",
"/",
"92",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"PARANÁ",
"MUNICÍPIO DE CURITIBA",
"Brasília",
"PARANÁ",
"MUNICÍPIO DE CURITIBA",
"PARANÁ",
"MUNICÍPIO DE CURITIBA",
"MUNICÍPIO DE CURITIBA",
"MA",
"PARANÁ",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"PARANÁ",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"MUNICÍPIO DE CURITIBA",
"PARANÁ",
"MUNICÍPIO DE CURITIBA"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE CURITIBA",
"SISMUC",
"MUNICÍPIO DE CURITIBA",
"INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO MUNISÍPIO DE CURITIBA",
"IPMC",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE CURITIBA",
"SISMUC",
"MUNICÍPIO",
"INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO MUNISÍPIO DE CURITIBA",
"IPMC",
"Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba",
"SISMUC",
"Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba",
"SISMUC",
"Sexta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE CURITIBA",
"SISMUC",
"INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO MUNISÍPIO DE CURITIBA",
"IPMC",
"Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba",
"SISMUC",
"Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba",
"SISMUC",
"Sexta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] T .",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"MA",
"[UNK] T .",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma",
"Tribunal do Estado",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma",
"Tribunal do Estado",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"STF",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"STF",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Caixa Econômica Estadual",
"Pleno",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Caixa Econômica Estadual",
"Pleno",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE CURITIBA",
"SISMUC",
"MUNICÍPIO",
"INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO MUNICÍPIO DE CURITIBA",
"IPMC",
"[UNK] Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE CURITIBA",
"SISMUC",
"MUNICÍPIO DE CURITIBA",
"INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO MUNICÍPIO DE CURITIBA",
"IPMC",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"LUDIMAR RAFANHIM",
"ANA MARIA MAXIMILIANO",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"LUDIMAR RAFANHIM",
"ANA MARIA MAXIMILIANO",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"LUDIMAR RAFANHIM",
"ANA MARIA MAXIMILIANO",
"DIAS TOFFOLI",
"Paulo Medina",
"Sepúlveda Pertence",
"Paulo Medina",
"Sepúlveda Pertence",
"Cármen Lúcia",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Cezar Peluso",
"Celso de Mello",
"Cezar Peluso",
"Cármen Lúcia",
"Cármen Lúcia",
"Ricardo Lewandowski",
"Eros Grau",
"Ricardo Lewandowski",
"Eros Grau",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Cármen Lúcia",
"DIAS TOFFOLI",
"Cármen Lúcia",
"DIAS TOFFOLI",
"Carlos Velloso",
"Ayres Britto",
"Ellen Gracie",
"Carlos Velloso",
"Ayres Britto",
"Ellen Gracie",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"LUDIMAR RAFANHIM",
"ANA MARIA MAXIMILIANO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"LUDIMAR RAFANHIM",
"ANA MARIA MAXIMILIANO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"01",
".",
"08",
".",
"2006",
"3",
"/",
"5",
"/",
"07",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"01",
".",
"08",
".",
"2006",
"3",
"/",
"5",
"/",
"07",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"11",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"11",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
"/",
"9",
"/",
"02",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
"/",
"9",
"/",
"02",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"3",
"/",
"09",
"13",
"/",
"2",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"3",
"/",
"09",
"13",
"/",
"2",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"3",
"/",
"09",
"16",
"/",
"5",
"/",
"08",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"3",
"/",
"09",
"16",
"/",
"5",
"/",
"08",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"15",
"/",
"8",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"15",
"/",
"8",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"16",
"/",
"9",
"/",
"05",
"14",
"/",
"2",
"/",
"11",
"9",
"/",
"10",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"16",
"/",
"9",
"/",
"05",
"14",
"/",
"2",
"/",
"11",
"9",
"/",
"10",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 993.848 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
AGDO.(A/S)
:ALTEMAR DUTRA
ADV.(A/S)
:OTAVIO PIVA
E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO –
ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – OFENSA
INDIRETA À CONSTITUIÇÃO – REEXAME DE FATOS E PROVAS –
IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 279/STF – INTERPRETAÇÃO DE
CLÁUSULA DE EDITAL – SÚMULA 454/STF – DIREITO LOCAL –
SÚMULA 280/STF – SUCUMBÊNCIA RECURSAL – MAJORAÇÃO
DA VERBA HONORÁRIA
–
PRECEDENTE (PLENO) –
NECESSÁRIA OBSERVÂNCIA DOS LIMITES ESTABELECIDOS NO
ART. 85, §§ 2º E 3º DO CPC –AGRAVO INTERNO IMPROVIDO.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Sessão Virtual da Segunda Turma, na
conformidade da ata de julgamentos, por unanimidade de votos, em
negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator.
Brasília, Sessão Virtual de 01 a 07 de dezembro de 2017.
CELSO DE MELLO – RELATOR
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286400.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 993.848 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
AGDO.(A/S)
:ALTEMAR DUTRA
ADV.(A/S)
:OTAVIO PIVA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se
de agravo interno, tempestivamente interposto, contra decisão que, ao
apreciar o ARE, não conheceu do recurso extraordinário a que ele se refere,
por ser este manifestamente inadmissível.
Inconformada com esse ato decisório, a parte ora agravante
interpõe o presente agravo interno, postulando o provimento do recurso
que deduziu.
Por não me convencer das razões expostas, submeto à apreciação
desta colenda Turma o presente recurso de agravo.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286401.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 993.848 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
AGDO.(A/S)
:ALTEMAR DUTRA
ADV.(A/S)
:OTAVIO PIVA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se
de agravo interno, tempestivamente interposto, contra decisão que, ao
apreciar o ARE, não conheceu do recurso extraordinário a que ele se refere,
por ser este manifestamente inadmissível.
Inconformada com esse ato decisório, a parte ora agravante
interpõe o presente agravo interno, postulando o provimento do recurso
que deduziu.
Por não me convencer das razões expostas, submeto à apreciação
desta colenda Turma o presente recurso de agravo.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286401.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 993.848 RIO
GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não
assiste razão à parte ora recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se,
com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo
Tribunal Federal na matéria ora em exame.
Na realidade, os argumentos apresentados pela parte agravante
mostram-se insuficientes para alterar o ato impugnado, pois consistem
em mera reiteração dos fundamentos anteriormente deduzidos e que
foram devidamente refutados na decisão que se busca reformar, razão
pela qual deve ser mantido o julgamento em referência, eis que o suporte
argumentativo em que se apoia o ato decisório mencionado é suficiente
para justificar a resolução do litígio recursal.
Com efeito, o recurso extraordinário deduzido nestes autos foi
interposto contra acórdão que, confirmado em sede de embargos de
declaração pelo E. Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, está
assim ementado:
“CONCURSO
PÚBLICO.
BRIGADA
MILITAR.
CONCURSO PARA O INGRESSO NO CURSO SUPERIOR DE
POLÍCIA MILITAR – CSPM DA BRIGADA MILITAR –
SPI Nº 008123-12.03/11-6 – EDITAL DA/DRESA Nº CSPM 01-
-2011/2012 (CARREIRA DE NÍVEL SUPERIOR) – CAPITÃO.
AUTOR QUE OCUPA O POSTO DE 1º TEN-PM. PROMOÇÃO
NA CARREIRA. EXIGÊNCIA DO EXAME PSICOLÓGICO QUE
SE MOSTRA ILEGAL. OFENSA AO DISPOSTO NO ART. 11,
§ 4º, DA LC-RS Nº 10.992/97. HIPÓTESE DOS AUTOS QUE
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286420.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 993.848 RIO
GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não
assiste razão à parte ora recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se,
com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo
Tribunal Federal na matéria ora em exame.
Na realidade, os argumentos apresentados pela parte agravante
mostram-se insuficientes para alterar o ato impugnado, pois consistem
em mera reiteração dos fundamentos anteriormente deduzidos e que
foram devidamente refutados na decisão que se busca reformar, razão
pela qual deve ser mantido o julgamento em referência, eis que o suporte
argumentativo em que se apoia o ato decisório mencionado é suficiente
para justificar a resolução do litígio recursal.
Com efeito, o recurso extraordinário deduzido nestes autos foi
interposto contra acórdão que, confirmado em sede de embargos de
declaração pelo E. Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, está
assim ementado:
“CONCURSO
PÚBLICO.
BRIGADA
MILITAR.
CONCURSO PARA O INGRESSO NO CURSO SUPERIOR DE
POLÍCIA MILITAR – CSPM DA BRIGADA MILITAR –
SPI Nº 008123-12.03/11-6 – EDITAL DA/DRESA Nº CSPM 01-
-2011/2012 (CARREIRA DE NÍVEL SUPERIOR) – CAPITÃO.
AUTOR QUE OCUPA O POSTO DE 1º TEN-PM. PROMOÇÃO
NA CARREIRA. EXIGÊNCIA DO EXAME PSICOLÓGICO QUE
SE MOSTRA ILEGAL. OFENSA AO DISPOSTO NO ART. 11,
§ 4º, DA LC-RS Nº 10.992/97. HIPÓTESE DOS AUTOS QUE
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Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 993848 AGR / RS
NÃO SE TRATA DE INGRESSO NA CARREIRA, MAS DE
PROMOÇÃO.
1. Preliminar de nulidade da sentença por cerceamento de defesa
rejeitada.
2. Certame interno da Brigada Militar que visa à seleção de
pessoal para o ingresso no Curso Superior de Polícia Militar da
Brigada Militar e após a conclusão do curso pelo Aluno-oficial será
declarado Capitão-PM.
3. Exigência de exame psicológico que não se mostra
legítima diante da alteração introduzida pela LC-RS nº 11.831/02 na
LC-RS nº 10.992/94 em seu art. 11, § 4º.
4. Requisito editalício previsto no item 3.14 e 7.5 que está eivado
de ilegalidade e vai afastado, sob pena de perpetuação da ofensa ao
princípio da legalidade.
Sentença reformada.
PRELIMINAR REJEITADA.
APELAÇÃO PROVIDA.”
A parte ora agravante, ao deduzir o apelo extremo em questão,
sustentou que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceitos inscritos na
Constituição da República.
Sendo esse o contexto, passo a examinar a postulação recursal em
causa. E, ao fazê-lo, observo que o recurso extraordinário revela-se
insuscetível de conhecimento, eis que incidem, na espécie, o enunciado
constante da Súmula 280/STF, que assim dispõe:
“Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário.”
(grifei)
É que, a questão ora em exame foi decidida com base no direito local
(Lei estadual nº 10.992/97), sem qualquer repercussão direta no plano
normativo da Constituição da República, configurando, por isso mesmo,
situação que inviabiliza, por completo, por efeito do que dispõe a
Súmula 280/STF, a possibilidade de utilização do recurso extraordinário.
2
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ARE 993848 AGR / RS
NÃO SE TRATA DE INGRESSO NA CARREIRA, MAS DE
PROMOÇÃO.
1. Preliminar de nulidade da sentença por cerceamento de defesa
rejeitada.
2. Certame interno da Brigada Militar que visa à seleção de
pessoal para o ingresso no Curso Superior de Polícia Militar da
Brigada Militar e após a conclusão do curso pelo Aluno-oficial será
declarado Capitão-PM.
3. Exigência de exame psicológico que não se mostra
legítima diante da alteração introduzida pela LC-RS nº 11.831/02 na
LC-RS nº 10.992/94 em seu art. 11, § 4º.
4. Requisito editalício previsto no item 3.14 e 7.5 que está eivado
de ilegalidade e vai afastado, sob pena de perpetuação da ofensa ao
princípio da legalidade.
Sentença reformada.
PRELIMINAR REJEITADA.
APELAÇÃO PROVIDA.”
A parte ora agravante, ao deduzir o apelo extremo em questão,
sustentou que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceitos inscritos na
Constituição da República.
Sendo esse o contexto, passo a examinar a postulação recursal em
causa. E, ao fazê-lo, observo que o recurso extraordinário revela-se
insuscetível de conhecimento, eis que incidem, na espécie, o enunciado
constante da Súmula 280/STF, que assim dispõe:
“Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário.”
(grifei)
É que, a questão ora em exame foi decidida com base no direito local
(Lei estadual nº 10.992/97), sem qualquer repercussão direta no plano
normativo da Constituição da República, configurando, por isso mesmo,
situação que inviabiliza, por completo, por efeito do que dispõe a
Súmula 280/STF, a possibilidade de utilização do recurso extraordinário.
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ARE 993848 AGR / RS
Cumpre ressaltar, de outro lado, que incidem, na espécie, os
enunciados constantes das Súmulas 279/STF e 454/STF, que assim
dispõem:
“Para simples reexame de prova, não cabe recurso
extraordinário.” (grifei)
“Simples interpretação de cláusulas contratuais não dá lugar
a recurso extraordinário.” (grifei)
É que, para se acolher o pleito deduzido em sede recursal
extraordinária, tornar-se-ia necessário o reexame dos fatos e das provas
constantes dos autos e a interpretação de cláusula de edital,
circunstâncias essas que obstam, como acima observado, o próprio
conhecimento do apelo extremo, em face do que se contêm nas
Súmulas 279/STF e 454/STF.
A mera análise do acórdão recorrido torna evidente que o
Tribunal “a quo”, ao proferir a decisão questionada, fundamentou as suas
conclusões em interpretação de direito local, em aspectos fático-probatórios, e
interpretação de cláusula de edital:
“O apelante inscreveu-se no concurso público sendo ocupante
do Posto de 1º Ten-PM desde 20MA195, a teor do conteúdo das fichas
de assentamentos funcionais de fls. 104-50.
Diante disso, não se trata de início na carreira da Brigada
Militar como se civil fosse, mas de progressão na carreira para acesso
ao Quadro de Oficiais de Estado Maior da Brigada Militar – QOEM
(Carreira de Nível Superior), que após a conclusão do Curso, o
Aluno-Oficial será declarado Capitão a teor do que restou expresso no
edital de abertura do certame no seu item 1.9 (fls. 17).
…...................................................................................................
3
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Cumpre ressaltar, de outro lado, que incidem, na espécie, os
enunciados constantes das Súmulas 279/STF e 454/STF, que assim
dispõem:
“Para simples reexame de prova, não cabe recurso
extraordinário.” (grifei)
“Simples interpretação de cláusulas contratuais não dá lugar
a recurso extraordinário.” (grifei)
É que, para se acolher o pleito deduzido em sede recursal
extraordinária, tornar-se-ia necessário o reexame dos fatos e das provas
constantes dos autos e a interpretação de cláusula de edital,
circunstâncias essas que obstam, como acima observado, o próprio
conhecimento do apelo extremo, em face do que se contêm nas
Súmulas 279/STF e 454/STF.
A mera análise do acórdão recorrido torna evidente que o
Tribunal “a quo”, ao proferir a decisão questionada, fundamentou as suas
conclusões em interpretação de direito local, em aspectos fático-probatórios, e
interpretação de cláusula de edital:
“O apelante inscreveu-se no concurso público sendo ocupante
do Posto de 1º Ten-PM desde 20MA195, a teor do conteúdo das fichas
de assentamentos funcionais de fls. 104-50.
Diante disso, não se trata de início na carreira da Brigada
Militar como se civil fosse, mas de progressão na carreira para acesso
ao Quadro de Oficiais de Estado Maior da Brigada Militar – QOEM
(Carreira de Nível Superior), que após a conclusão do Curso, o
Aluno-Oficial será declarado Capitão a teor do que restou expresso no
edital de abertura do certame no seu item 1.9 (fls. 17).
…...................................................................................................
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Com isso, mostra-se ilegal a exigência do exame psicotécnico
para o caso do apelante, de modo que tal requisito deve ser afastado,
sob pena de violação ao princípio da legalidade no que tange à
regra disposta no art. 11, § 4º, da LC-RS nº 10.992/97 acrescido pela
LC-RS nº 11.832/02, assim expresso, ‘in verbis’:
.......................................................................................................
Por fim, destaco que o apelante trouxe aos autos a informação de
que concluiu o Curso de Formação de Oficial e está apto para ser
promovido ao Posto de Cap-PM (fls. 259-61).”
Impõe-se registrar, por relevante, no que concerne à própria
controvérsia ora suscitada, que o entendimento exposto na presente
decisão tem sido observado em julgamentos proferidos no âmbito desta
Suprema Corte (ARE 529.219-AgR/RS, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA –
ARE 731.553-AgR/MG, Rel. Min. TEORI ZAVASCKI – ARE 784.175-
-AgR/PB, Rel. Min. ROBERTO BARROSO, v.g.):
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO.
CONCURSO
PÚBLICO.
EXAME
PSICOTÉCNICO.
IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO LOCAL,
DO REEXAME DE PROVAS E DE CLÁUSULAS EDITALÍCIAS.
SÚMULAS N. 279, 280 E 454 DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL
SE NEGA PROVIMENTO.”
(ARE 689.943-AgR/RJ, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA)
Sendo assim, e em face das razões expostas, nego provimento ao
presente agravo interno, mantendo, em consequência, por seus próprios
fundamentos, a decisão recorrida.
Majoro, ainda, em 10% (dez por cento), nos termos do art. 85, § 11,
do CPC, a verba honorária anteriormente arbitrada nestes autos, observados
4
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Com isso, mostra-se ilegal a exigência do exame psicotécnico
para o caso do apelante, de modo que tal requisito deve ser afastado,
sob pena de violação ao princípio da legalidade no que tange à
regra disposta no art. 11, § 4º, da LC-RS nº 10.992/97 acrescido pela
LC-RS nº 11.832/02, assim expresso, ‘in verbis’:
.......................................................................................................
Por fim, destaco que o apelante trouxe aos autos a informação de
que concluiu o Curso de Formação de Oficial e está apto para ser
promovido ao Posto de Cap-PM (fls. 259-61).”
Impõe-se registrar, por relevante, no que concerne à própria
controvérsia ora suscitada, que o entendimento exposto na presente
decisão tem sido observado em julgamentos proferidos no âmbito desta
Suprema Corte (ARE 529.219-AgR/RS, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA –
ARE 731.553-AgR/MG, Rel. Min. TEORI ZAVASCKI – ARE 784.175-
-AgR/PB, Rel. Min. ROBERTO BARROSO, v.g.):
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO.
CONCURSO
PÚBLICO.
EXAME
PSICOTÉCNICO.
IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO LOCAL,
DO REEXAME DE PROVAS E DE CLÁUSULAS EDITALÍCIAS.
SÚMULAS N. 279, 280 E 454 DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL
SE NEGA PROVIMENTO.”
(ARE 689.943-AgR/RJ, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA)
Sendo assim, e em face das razões expostas, nego provimento ao
presente agravo interno, mantendo, em consequência, por seus próprios
fundamentos, a decisão recorrida.
Majoro, ainda, em 10% (dez por cento), nos termos do art. 85, § 11,
do CPC, a verba honorária anteriormente arbitrada nestes autos, observados
4
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Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 993848 AGR / RS
os limites estabelecidos nos §§ 2º e 3º desse mesmo art. 85 do referido
estatuto processual civil e considerada a orientação que culminou por
prevalecer no Plenário desta Suprema Corte no recentíssimo julgamento da
AO 2.063-AgR/CE, Red. p/ o acórdão Min. LUIZ FUX.
É o meu voto.
5
Supremo Tribunal Federal
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ARE 993848 AGR / RS
os limites estabelecidos nos §§ 2º e 3º desse mesmo art. 85 do referido
estatuto processual civil e considerada a orientação que culminou por
prevalecer no Plenário desta Suprema Corte no recentíssimo julgamento da
AO 2.063-AgR/CE, Red. p/ o acórdão Min. LUIZ FUX.
É o meu voto.
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Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 993.848
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
AGDO.(A/S) : ALTEMAR DUTRA
ADV.(A/S) : OTAVIO PIVA (39646/RS)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso
de agravo, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 993.848
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
AGDO.(A/S) : ALTEMAR DUTRA
ADV.(A/S) : OTAVIO PIVA (39646/RS)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso
de agravo, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14301010 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-06T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO – REEXAME DE FATOS E PROVAS – IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 279/STF – INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULA DE EDITAL – SÚMULA 454/STF – DIREITO LOCAL – SÚMULA 280/STF – SUCUMBÊNCIA RECURSAL – MAJORAÇÃO DA VERBA HONORÁRIA – PRECEDENTE (PLENO) – NECESSÁRIA OBSERVÂNCIA DOS LIMITES ESTABELECIDOS NO ART. 85, §§ 2º E 3º DO CPC –AGRAVO INTERNO IMPROVIDO. | sjur379830 | - Acórdão(s) citado(s):
(SÚMULA 280)
AI 529219 AgR (2ªT), ARE 731553 AgR (2ªT), ARE 784175 AgR (1ªT).
(HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS, MAJORAÇÃO)
AO 2063 AgR (TP).
Número de páginas: 8.
Análise: 14/02/2018, BMP. | CELSO DE MELLO | Segunda Turma | 993848 | [
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-00085 PAR-00002 PAR-00003\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000280 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000454 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 993848 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
AGDO.(A/S) : ALTEMAR DUTRA
ADV.(A/S) : OTAVIO PIVA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 993 . 848",
"SÚMULA 279 / STF",
"SÚMULA 454 / STF",
"SÚMULA 280 / STF",
"ARE 993848 AGR / RS",
"Súmula 280 / STF",
"Súmula 280 / STF",
"ARE 993848 AGR / RS",
"Súmula 280 / STF",
"Súmula 280 / STF",
"ARE 993848 AGR / RS",
"Súmulas 279 / STF",
"454 / STF",
"Súmulas 279 / STF",
"454 / STF",
"ARE 993848 AGR / RS",
"Súmulas 279 / STF",
"454 / STF",
"Súmulas 279 / STF",
"454 / STF",
"ARE 529 . 219 - AgR / RS",
"ARE 731 . 553 - AgR / MG",
"ARE 784 . 175 - - AgR / PB",
"SÚMULAS N . 279 , 280 E 454 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"ARE 689 . 943 - AgR / RJ",
"ARE 529 . 219 - AgR / RS",
"ARE 731 . 553 - AgR / MG",
"ARE 784 . 175 - - AgR / PB",
"ARE 689 . 943 - AgR / RJ",
"ARE 993848 AGR / RS",
"AO 2 . 063 - AgR / CE",
"ARE 993848 AGR / RS",
"AO"
],
"LEGISLACAO": [
"ART . 85 , § § [UNK] E [UNK] DO CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 11 , § [UNK] , DA LC",
"10",
".",
"992",
"97",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 11 , § [UNK] , DA LC -",
"RS [UNK] 10 . 992 / 97",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LC",
"-",
"RS [UNK] 11 . 831 / 02",
"LC",
"-",
"RS [UNK] 10 . 992 / 94",
"Constituição da República",
"Lei estadual [UNK] 10 . 992 / 97",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LC",
"-",
"RS [UNK] 11 . 831 / 02",
"LC",
"-",
"RS [UNK] 10 . 992 / 94",
"Constituição da República",
"Lei estadual [UNK] 10 . 992 / 97",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 11 , § [UNK] , da LC - RS [UNK] 10 . 992 / 97",
"LC",
"-",
"RS [UNK] 11 . 832 / 02",
"art . 85 , § 11 , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 11 , § [UNK] , da LC - RS [UNK] 10 . 992 / 97",
"LC",
"-",
"RS [UNK] 11 . 832 / 02",
"art . 85 , § 11 , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"E",
"Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul",
"CSPM",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul",
"CURSO SUPERIOR DE POLÍCIA MILITAR",
"CSPM DA BRIGADA MILITAR",
"CSPM",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Brigada Militar",
"Curso Superior de Polícia Militar da Brigada Militar",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Brigada Militar",
"Curso Superior de Polícia Militar da Brigada Militar",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Brigada Militar",
"Brigada Militar",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Brigada",
"Quadro de Oficiais de",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"RS",
"Suprema",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário desta",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário desta",
"AgR",
"/",
"CE",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CELSO DE MELLO",
"ALTEMAR DUTRA",
"OTAVIO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"ALTEMAR DUTRA",
"OTAVIO PIVA",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"ALTEMAR DUTRA",
"OTAVIO PIVA",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"JOAQUIM BARBOSA",
"TEORI ZAVASCKI",
"ROBERTO BARROSO",
"CÁRMEN LÚCIA",
"JOAQUIM BARBOSA",
"TEORI ZAVASCKI",
"ROBERTO BARROSO",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CELSO DE MELLO",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"CELSO DE MELLO",
"ALTEMAR DUTRA",
"OTAVIO PIVA",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"CELSO DE MELLO",
"ALTEMAR DUTRA",
"OTAVIO PIVA",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"01",
"07 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"2011",
"/",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20MA195",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20MA195",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.022.160 GOIÁS
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:E.S.
ADV.(A/S)
:VALTER BRUNO DE OLIVEIRA GONZAGA
ADV.(A/S)
:DANIEL GUSTAVO PITA RODRIGUES
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
Ementa:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. CRIMINAL. DEMONSTRAÇÃO DO REQUISITO
DA REPERCUSSÃO GERAL. AUSÊNCIA. MERA INDICAÇÃO DOS
DISPOSITIVOS TIDOS POR VIOLADOS. PRECEDENTES. AGRAVO
REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
I - É ônus da parte recorrente apresentar, de forma fundamentada, a
existência de repercussão geral da matéria constitucional versada no
recurso extraordinário, com indicação específica das circunstâncias que
evidenciem, no caso concreto, a relevância econômica, política, social ou
jurídica, para que seja atendido o requisito previsto no art. 102, § 3°, da
CF e no art. 1.035 do CPC, requisito não observado pelo recorrente.
II - Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em sessão
virtual da Segunda Turma, na conformidade da ata de julgamentos, por
unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do
voto do Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232535.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 2
Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.022.160
PROCED. : GOIÁS
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : E.S.
ADV.(A/S) : VALTER BRUNO DE OLIVEIRA GONZAGA (15143/DF)
ADV.(A/S) : DANIEL GUSTAVO PITA RODRIGUES (240106/SP)
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217704
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.022.160
PROCED. : GOIÁS
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : E.S.
ADV.(A/S) : VALTER BRUNO DE OLIVEIRA GONZAGA (15143/DF)
ADV.(A/S) : DANIEL GUSTAVO PITA RODRIGUES (240106/SP)
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217704
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 2
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14270433 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-01T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CRIMINAL. DEMONSTRAÇÃO DO REQUISITO DA REPERCUSSÃO GERAL. AUSÊNCIA. MERA INDICAÇÃO DOS DISPOSITIVOS TIDOS POR VIOLADOS. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
I - É ônus da parte recorrente apresentar, de forma fundamentada, a existência de repercussão geral da matéria constitucional versada no recurso extraordinário, com indicação específica das circunstâncias que evidenciem, no caso concreto, a relevância econômica, política, social ou jurídica, para que seja atendido o requisito previsto no art. 102, § 3°, da CF e no art. 1.035 do CPC, requisito não observado pelo recorrente.
II - Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur379514 | Número de páginas: 2.
Análise: 07/02/2018, MJC. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 1022160 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\n ART-00102 PAR-00003\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\n\n",
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-01035\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL"
] | RE-AgR | acordaos | RE 1022160 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : E.S.
ADV.(A/S) : VALTER BRUNO DE OLIVEIRA GONZAGA
ADV.(A/S) : DANIEL GUSTAVO PITA RODRIGUES
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 022 . 160 GOIÁS",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 022 . 160",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 022 . 160"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 102 , § 3° , da CF",
"art . 1 . 035 do CPC",
"MP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"Brasília",
"GOIÁS",
"GOIÁS"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"VALTER BRUNO DE OLIVEIRA GONZAGA",
"DANIEL GUSTAVO PITA RODRIGUES",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"VALTER BRUNO DE OLIVEIRA GONZAGA",
"DANIEL GUSTAVO PITA RODRIGUES",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"VALTER BRUNO DE OLIVEIRA GONZAGA",
"DANIEL GUSTAVO PITA RODRIGUES",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA AÇÃO ORIGINÁRIA 2.223 RIO DE JANEIRO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:LUIZ DE SOUZA GOUVEA
ADV.(A/S)
:LEA MELLO SERRA DA ROCHA MOTTA
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO
EMENTA
Agravo regimental na ação originária. Fundamentos. Ausência de
impugnação. Precedentes.
1. A jurisprudência do Supremo Tribunal é firme no sentido de que a
parte deve impugnar, na petição de agravo regimental, todos os
fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu na espécie.
2. Agravo regimental do qual não se conhece, com imposição de
multa de 2% (dois por cento) sobre o valor atualizado da causa (art. 1.021,
§ 4º, do CPC).
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, em sessão virtual de 1º/12
a 7/12/2017, na conformidade da ata do julgamento, por unanimidade de
votos, em não conhecer do agravo regimental, com imposição de multa
de 2% (dois por cento), do valor atualizado da causa (art. 1.021, § 4º, do
CPC), nos termos do voto do Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
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Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 14
345
Ementa e Acórdão
AO 2223 AGR / RJ
Relator
2
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Supremo Tribunal Federal
AO 2223 AGR / RJ
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 14
346
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA AÇÃO ORIGINÁRIA 2.223 RIO DE JANEIRO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:LUIZ DE SOUZA GOUVEA
ADV.(A/S)
:LEA MELLO SERRA DA ROCHA MOTTA
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Luiz de Souza Gouvea interpõe tempestivo agravo regimental contra
decisão em que julguei improcedente a ação por ele proposta. Eis o
conteúdo da decisão agravada:
“Cuida-se de ação de cobrança movida por
desembargador do TJRJ em face do Estado do Rio de Janeiro,
com vistas a obter o pagamento de correção monetária e juros
de mora sobre parcela de abono variável.
Na inicial, o autor aduz que, embora as Leis Federais nºs
9.665/98 e 10.474/02 tenham instituído o abono variável com
efeitos financeiros a partir de 1º/1/1998, a Lei estadual nº
3.396/00, que dispôs sobre o subsídio mensal do membros do
Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro quedou-se omissa
quanto ao pagamento dessa verba aos seus magistrados; muito
embora tenha previsto que o subsídio desses últimos
equivaleria a 95% daquele pago aos ministros de tribunais
superiores.
Afirma, ainda, que a Lei estadual nº 4.631/05 determinou
que os efeitos financeiros do reajuste do valor do subsídio
retroagissem a 1º/1/1998 e que, alegando dificuldades de caixa,
o réu houve por bem iniciar o pagamento das diferenças
decorrentes da absorção de abono variável apenas em 29/11/02,
em quarenta e oito (48) parcelas fixas e mensais.
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA AÇÃO ORIGINÁRIA 2.223 RIO DE JANEIRO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:LUIZ DE SOUZA GOUVEA
ADV.(A/S)
:LEA MELLO SERRA DA ROCHA MOTTA
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Luiz de Souza Gouvea interpõe tempestivo agravo regimental contra
decisão em que julguei improcedente a ação por ele proposta. Eis o
conteúdo da decisão agravada:
“Cuida-se de ação de cobrança movida por
desembargador do TJRJ em face do Estado do Rio de Janeiro,
com vistas a obter o pagamento de correção monetária e juros
de mora sobre parcela de abono variável.
Na inicial, o autor aduz que, embora as Leis Federais nºs
9.665/98 e 10.474/02 tenham instituído o abono variável com
efeitos financeiros a partir de 1º/1/1998, a Lei estadual nº
3.396/00, que dispôs sobre o subsídio mensal do membros do
Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro quedou-se omissa
quanto ao pagamento dessa verba aos seus magistrados; muito
embora tenha previsto que o subsídio desses últimos
equivaleria a 95% daquele pago aos ministros de tribunais
superiores.
Afirma, ainda, que a Lei estadual nº 4.631/05 determinou
que os efeitos financeiros do reajuste do valor do subsídio
retroagissem a 1º/1/1998 e que, alegando dificuldades de caixa,
o réu houve por bem iniciar o pagamento das diferenças
decorrentes da absorção de abono variável apenas em 29/11/02,
em quarenta e oito (48) parcelas fixas e mensais.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 14
347
Relatório
AO 2223 AGR / RJ
Com base nisso, alega que o réu incidiu em mora no
cumprimento de obrigação legal, porquanto, além de não
obedecer ao prazo máximo estabelecido na referida lei federal
(24 parcelas), realizou o pagamento em 48 parcelas e sem
qualquer correção monetária ou juros de mora. Ademais,
argumenta que a EC nº 30/03 deu nova redação ao parágrafo 4º
do art. 82 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro, a qual
passou a dispor que ‘os vencimentos, vantagens ou qualquer
parcela remuneratória, pagos com atraso, deverão ser
corrigidos monetariamente, de acordo com os índices oficiais
aplicáveis à espécie’.
Citado, o réu ofertou contestação, na qual alegou,
preliminarmente, a competência originária do Supremo
Tribunal Federal, vez que diversos desembargadores e juízes de
primeira instância foram beneficiários do abono em questão,
tendo diversos deles ajuizado ações semelhantes.
No mérito, alega que o abono criado pela Lei nº 9.655/98
abrangeu apenas a magistratura federal e que, no Estado do Rio
de Janeiro, o abono variável somente foi criado pela Lei
estadual nº 4.631/2005 – seria este, portanto, o diploma legal a
regular a questão para juízes e desembargadores do TJRJ. Por
consequência, o direito à percepção do montante em comento
somente teria nascido quando da publicação da norma
estadual, em 28/10/05.
Quanto ao parcelamento, o réu defende que efetuou o
pagamento das parcelas referentes ao abono sem qualquer
atraso, nem quanto ao termo inicial, nem quanto ao termo final,
visto que a primeira parcela foi paga antes do advento da Lei
estadual nº 4.631/2005 e a última antes do vigésimo quarto mês
a contar desta lei. Sendo assim, não haveria que se falar em
incidência de juros de mora e correção monetária.
De todo modo, sustenta o Estado do Rio de Janeiro que já
efetuou o pagamento das quantias referentes à correção
monetária do abono variável. Por fim, suscita a prescrição
quinquenal das parcelas eventualmente devidas cinco anos
antes do ajuizamento da demanda e alega que, em caso de
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
AO 2223 AGR / RJ
Com base nisso, alega que o réu incidiu em mora no
cumprimento de obrigação legal, porquanto, além de não
obedecer ao prazo máximo estabelecido na referida lei federal
(24 parcelas), realizou o pagamento em 48 parcelas e sem
qualquer correção monetária ou juros de mora. Ademais,
argumenta que a EC nº 30/03 deu nova redação ao parágrafo 4º
do art. 82 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro, a qual
passou a dispor que ‘os vencimentos, vantagens ou qualquer
parcela remuneratória, pagos com atraso, deverão ser
corrigidos monetariamente, de acordo com os índices oficiais
aplicáveis à espécie’.
Citado, o réu ofertou contestação, na qual alegou,
preliminarmente, a competência originária do Supremo
Tribunal Federal, vez que diversos desembargadores e juízes de
primeira instância foram beneficiários do abono em questão,
tendo diversos deles ajuizado ações semelhantes.
No mérito, alega que o abono criado pela Lei nº 9.655/98
abrangeu apenas a magistratura federal e que, no Estado do Rio
de Janeiro, o abono variável somente foi criado pela Lei
estadual nº 4.631/2005 – seria este, portanto, o diploma legal a
regular a questão para juízes e desembargadores do TJRJ. Por
consequência, o direito à percepção do montante em comento
somente teria nascido quando da publicação da norma
estadual, em 28/10/05.
Quanto ao parcelamento, o réu defende que efetuou o
pagamento das parcelas referentes ao abono sem qualquer
atraso, nem quanto ao termo inicial, nem quanto ao termo final,
visto que a primeira parcela foi paga antes do advento da Lei
estadual nº 4.631/2005 e a última antes do vigésimo quarto mês
a contar desta lei. Sendo assim, não haveria que se falar em
incidência de juros de mora e correção monetária.
De todo modo, sustenta o Estado do Rio de Janeiro que já
efetuou o pagamento das quantias referentes à correção
monetária do abono variável. Por fim, suscita a prescrição
quinquenal das parcelas eventualmente devidas cinco anos
antes do ajuizamento da demanda e alega que, em caso de
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 14
348
Relatório
AO 2223 AGR / RJ
procedência da ação, que a UFIR/RJ será o índice de correção
monetária aplicável.
O juízo de 1º grau julgou procedente o pedido para
condenar o réu ‘ao pagamento de correção monetária de cada
uma das parcelas referentes à diferença de subsídio (absorção
do abono variável), a partir de cada pagamento, pelo INPC,
observada a prescrição das parcelas anteriores a 11 de março de
2003, bem como a forma de cálculo expressa na fundamentação’
(fl. 96).
O Estado do Rio de Janeiro apelou, reiterando as teses que
já havia declinado em sua contestação. Referido recurso,
todavia, foi improvido (fls. 153/158).
Ante o insucesso, interpôs recurso extraordinário (fls.
160/167), calcando-se, em síntese, na afronta aos arts. 37, incisos
X e XIII e 102, inciso I, alínea n da Constituição da República.
Obstado o trânsito na origem, houve interposição de agravo e
os autos subiram a esta Corte.
Por entender assistir razão à recorrente, conheci do agravo
e dei provimento ao extraordinário para fixar a competência do
Supremo Tribunal Federal para processar e julgar,
originariamente, esta demanda (fls. 287/291).
Reautuado o feito como ação originária, o processo foi
encaminhado para a Procuradoria-Geral da República, a qual
opinou pela improcedência da demanda (fls. 313/316).
Decido.
A problemática atinente ao pagamento de juros e correção
monetária sobre o abono variável instituído pela Lei nº 9.655/98
já foi examinada pelo Supremo Tribunal Federal, que decidiu
não serem devidos quaisquer valores a este título. In verbis:
‘Ação Originária. Correção monetária sobre o abono
variável previsto na Lei nº 9.655, de 2 de julho de 1998 e na
Lei nº 10.474, de 27 de junho de 2002. 1. Interesse peculiar
da magistratura. Competência do Supremo Tribunal
Federal (art. 102, inciso I, alínea n, da Constituição).
3
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Supremo Tribunal Federal
AO 2223 AGR / RJ
procedência da ação, que a UFIR/RJ será o índice de correção
monetária aplicável.
O juízo de 1º grau julgou procedente o pedido para
condenar o réu ‘ao pagamento de correção monetária de cada
uma das parcelas referentes à diferença de subsídio (absorção
do abono variável), a partir de cada pagamento, pelo INPC,
observada a prescrição das parcelas anteriores a 11 de março de
2003, bem como a forma de cálculo expressa na fundamentação’
(fl. 96).
O Estado do Rio de Janeiro apelou, reiterando as teses que
já havia declinado em sua contestação. Referido recurso,
todavia, foi improvido (fls. 153/158).
Ante o insucesso, interpôs recurso extraordinário (fls.
160/167), calcando-se, em síntese, na afronta aos arts. 37, incisos
X e XIII e 102, inciso I, alínea n da Constituição da República.
Obstado o trânsito na origem, houve interposição de agravo e
os autos subiram a esta Corte.
Por entender assistir razão à recorrente, conheci do agravo
e dei provimento ao extraordinário para fixar a competência do
Supremo Tribunal Federal para processar e julgar,
originariamente, esta demanda (fls. 287/291).
Reautuado o feito como ação originária, o processo foi
encaminhado para a Procuradoria-Geral da República, a qual
opinou pela improcedência da demanda (fls. 313/316).
Decido.
A problemática atinente ao pagamento de juros e correção
monetária sobre o abono variável instituído pela Lei nº 9.655/98
já foi examinada pelo Supremo Tribunal Federal, que decidiu
não serem devidos quaisquer valores a este título. In verbis:
‘Ação Originária. Correção monetária sobre o abono
variável previsto na Lei nº 9.655, de 2 de julho de 1998 e na
Lei nº 10.474, de 27 de junho de 2002. 1. Interesse peculiar
da magistratura. Competência do Supremo Tribunal
Federal (art. 102, inciso I, alínea n, da Constituição).
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349
Relatório
AO 2223 AGR / RJ
Precedentes: AO nº 1.151/SC – referendo de tutela
antecipada –, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ 18.5.2005; AO-
AgR nº 1.292/MG, Rel. Min. Carlos Velloso, Pleno
24.11.2005. 2. Correção monetária sobre o abono variável.
A própria Lei nº 10.474/2002 veda a incidência de correção
monetária ou qualquer outro tipo de atualização ou
reajuste do valor nominal das parcelas correspondentes ao
abono variável. Tal proibição também está prescrita na
Resolução nº 245 do STF, quando estabelece o pagamento
do abono variável em parcelas iguais, sem qualquer
menção à atualização monetária dos valores devidos. No
período de 1º de janeiro de 1998 até o advento da Lei nº
10.474/2002 não havia qualquer débito da União em
relação ao abono variável criado pela Lei nº 9.655/98 –
dependente, à época, da fixação do subsídio dos Ministros
do Supremo Tribunal Federal. Com a edição da Lei nº
10.474, de junho de 2002, fixando definitivamente os
valores devidos e a forma de pagamento do abono, assim
como a posterior regulamentação da matéria pela
Resolução nº 245 do STF, de dezembro de 2002, também
não há que se falar em correção monetária ou qualquer
valor não estipulado por essa regulamentação legal.
Eventuais correções monetárias já foram compreendidas
pelos valores devidos a título de abono variável, cujo
pagamento se deu na forma definida pela Lei nº
10.474/2002, em 24 (vinte e quatro) parcelas mensais,
iguais e sucessivas, a partir do mês de janeiro de 2003.
Encerradas as parcelas e quitados os débitos reconhecidos
pela lei, não subsistem quaisquer valores pendentes de
pagamento. 3. Ação julgada procedente, por maioria de
votos.’ (AO nº 1.157/PI, Tribunal Pleno, Relator o Ministro
Gilmar Mendes, DJ de 16/3/2007).
É fato que o abono criado pelas Leis nº 9.655/98 e
10.474/2002 alcançou apenas a magistratura federal e que a
legislação de regência aplicável à presente demanda é outra –
4
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Precedentes: AO nº 1.151/SC – referendo de tutela
antecipada –, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ 18.5.2005; AO-
AgR nº 1.292/MG, Rel. Min. Carlos Velloso, Pleno
24.11.2005. 2. Correção monetária sobre o abono variável.
A própria Lei nº 10.474/2002 veda a incidência de correção
monetária ou qualquer outro tipo de atualização ou
reajuste do valor nominal das parcelas correspondentes ao
abono variável. Tal proibição também está prescrita na
Resolução nº 245 do STF, quando estabelece o pagamento
do abono variável em parcelas iguais, sem qualquer
menção à atualização monetária dos valores devidos. No
período de 1º de janeiro de 1998 até o advento da Lei nº
10.474/2002 não havia qualquer débito da União em
relação ao abono variável criado pela Lei nº 9.655/98 –
dependente, à época, da fixação do subsídio dos Ministros
do Supremo Tribunal Federal. Com a edição da Lei nº
10.474, de junho de 2002, fixando definitivamente os
valores devidos e a forma de pagamento do abono, assim
como a posterior regulamentação da matéria pela
Resolução nº 245 do STF, de dezembro de 2002, também
não há que se falar em correção monetária ou qualquer
valor não estipulado por essa regulamentação legal.
Eventuais correções monetárias já foram compreendidas
pelos valores devidos a título de abono variável, cujo
pagamento se deu na forma definida pela Lei nº
10.474/2002, em 24 (vinte e quatro) parcelas mensais,
iguais e sucessivas, a partir do mês de janeiro de 2003.
Encerradas as parcelas e quitados os débitos reconhecidos
pela lei, não subsistem quaisquer valores pendentes de
pagamento. 3. Ação julgada procedente, por maioria de
votos.’ (AO nº 1.157/PI, Tribunal Pleno, Relator o Ministro
Gilmar Mendes, DJ de 16/3/2007).
É fato que o abono criado pelas Leis nº 9.655/98 e
10.474/2002 alcançou apenas a magistratura federal e que a
legislação de regência aplicável à presente demanda é outra –
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Relatório
AO 2223 AGR / RJ
qual seja, a Lei Estadual nº 4.631/2005. Ocorre que esta última
não fez outra coisa que não instituir o pagamento do abono
variável para os magistrados do Estado do Rio de Janeiro nos
exatos moldes como havia feito a União para seus juízes.
Confira-se o texto da norma estadual em comento:
‘Lei nº 4.631, de 27 de outubro de 2005.
Art. 1º – Aplica-se aos membros do Poder Judiciário
do Estado do Rio de Janeiro o disposto no art. 2º, caput, e §
1º, da Lei Federal nº 10.474, de 27 de junho de 2002.
Art. 2º – Esta Lei entrará em vigor na data de sua
publicação, revogadas as disposições em contrário.’
Conforme se nota, o ente federativo, ao conferir aos
membros do Poder Judiciário estadual o direito ao
percebimento do abono, replicou o regime previsto em âmbito
federal, determinando que se aplicassem aqui as mesmas
disposições válidas para os juízes federais.
Ora, dada a simetria entre os casos - advinda, note-se, da
própria vontade do legislador estadual, que ordenou
expressamente a aplicação das normas vigentes na esfera da
União aos magistrados fluminenses – e inexistindo previsão
legal em sentido contrário, nada mais natural e lógico que o
regime fixado nas Leis Federais nº 9.655/98 e 10.474/02 estenda-
se também aos juízes estaduais. E sendo os regimes, na sua
essência, os mesmos, a ratio decidendi que guiou esta Suprema
Corte na AO nº 1.157/PI adequa-se perfeitamente a este caso
concreto. Ora, a respeito da incidência dos juros de mora e
correção monetária sobre o abono variável introduzido pelas já
mencionadas leis federais, assim consignou o Ministro Gilmar
Mendes no voto condutor da AO nº 1.157/PI:
‘No mérito, não tenho qualquer dúvida a respeito da
total procedência da ação. Isso porque a própria Lei n.º
10.474, de 27 de junho de 2002, em seu art. 2º, § 3º,
prescreve, de forma categórica, que ‘o valor do abono
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qual seja, a Lei Estadual nº 4.631/2005. Ocorre que esta última
não fez outra coisa que não instituir o pagamento do abono
variável para os magistrados do Estado do Rio de Janeiro nos
exatos moldes como havia feito a União para seus juízes.
Confira-se o texto da norma estadual em comento:
‘Lei nº 4.631, de 27 de outubro de 2005.
Art. 1º – Aplica-se aos membros do Poder Judiciário
do Estado do Rio de Janeiro o disposto no art. 2º, caput, e §
1º, da Lei Federal nº 10.474, de 27 de junho de 2002.
Art. 2º – Esta Lei entrará em vigor na data de sua
publicação, revogadas as disposições em contrário.’
Conforme se nota, o ente federativo, ao conferir aos
membros do Poder Judiciário estadual o direito ao
percebimento do abono, replicou o regime previsto em âmbito
federal, determinando que se aplicassem aqui as mesmas
disposições válidas para os juízes federais.
Ora, dada a simetria entre os casos - advinda, note-se, da
própria vontade do legislador estadual, que ordenou
expressamente a aplicação das normas vigentes na esfera da
União aos magistrados fluminenses – e inexistindo previsão
legal em sentido contrário, nada mais natural e lógico que o
regime fixado nas Leis Federais nº 9.655/98 e 10.474/02 estenda-
se também aos juízes estaduais. E sendo os regimes, na sua
essência, os mesmos, a ratio decidendi que guiou esta Suprema
Corte na AO nº 1.157/PI adequa-se perfeitamente a este caso
concreto. Ora, a respeito da incidência dos juros de mora e
correção monetária sobre o abono variável introduzido pelas já
mencionadas leis federais, assim consignou o Ministro Gilmar
Mendes no voto condutor da AO nº 1.157/PI:
‘No mérito, não tenho qualquer dúvida a respeito da
total procedência da ação. Isso porque a própria Lei n.º
10.474, de 27 de junho de 2002, em seu art. 2º, § 3º,
prescreve, de forma categórica, que ‘o valor do abono
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Relatório
AO 2223 AGR / RJ
variável da Lei nº 9.655, de 2 de julho de 1998, é
inteiramente
satisfeito
na forma fixada neste artigo.
’ E, observe-se bem, o
referido artigo em nenhum momento trata de correção
monetária a incidir sobre o abono variável.
(…)
Da mesma forma, a Resolução nº 245, deste Supremo
Tribunal Federal, de 12 de dezembro de 2002, que ‘dispõe
sobre a forma de cálculo do abono de que trata o artigo 2º
e §§ da Lei nº 10.474, de 27 de junho de 2002’, em nenhum
momento previu qualquer incidência de correção
monetária sobre o abono.
(…)
Não se trata apenas de falta de previsão legal, o que
já seria suficientemente grave, tal como assentado em
precedentes desta Corte (ADI nº 2.093, Relator Ministro
Carlos Velloso, DJ 18.6.2004; ADIMC nº 2.105, Rel. Min.
Celso de Mello).
No caso, como se pode atestar pela expressão literal
de ser art. 2º, a própria Lei nº 10.474/2002 veda a
incidência de correção monetária ou qualquer outro tipo
de atualização ou reajuste do valor nominal das parcelas
correspondentes ao abono variável. Tal proibição também
está prescrita na Resolução nº 245 do STF, quando
estabelece o pagamento do abono variável em parcelas
iguais, sem qualquer menção à atualização monetária dos
valores devidos.’
É verdade que a Lei Estadual nº 4.631/05 não fez expressa
menção ao art. 2º, § 3º, da Lei Federal nº 10.474/02, que
estabeleceu que o pagamento da quantia em comento dar-se-ia
em parcelas fixas. Essa constatação, todavia, não possui o
condão de levar à conclusão de que, na hipótese, são devidos os
juros de mora e a correção monetária pleiteados.
Em primeiro lugar porque, consoante já dito, a ratio da Lei
Estadual nº 4.631/05 é a mesma das Leis Federais nºs 9.655/98 e
10.474/02, consistindo a primeira em uma mera remissão a esta
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AO 2223 AGR / RJ
variável da Lei nº 9.655, de 2 de julho de 1998, é
inteiramente
satisfeito
na forma fixada neste artigo.
’ E, observe-se bem, o
referido artigo em nenhum momento trata de correção
monetária a incidir sobre o abono variável.
(…)
Da mesma forma, a Resolução nº 245, deste Supremo
Tribunal Federal, de 12 de dezembro de 2002, que ‘dispõe
sobre a forma de cálculo do abono de que trata o artigo 2º
e §§ da Lei nº 10.474, de 27 de junho de 2002’, em nenhum
momento previu qualquer incidência de correção
monetária sobre o abono.
(…)
Não se trata apenas de falta de previsão legal, o que
já seria suficientemente grave, tal como assentado em
precedentes desta Corte (ADI nº 2.093, Relator Ministro
Carlos Velloso, DJ 18.6.2004; ADIMC nº 2.105, Rel. Min.
Celso de Mello).
No caso, como se pode atestar pela expressão literal
de ser art. 2º, a própria Lei nº 10.474/2002 veda a
incidência de correção monetária ou qualquer outro tipo
de atualização ou reajuste do valor nominal das parcelas
correspondentes ao abono variável. Tal proibição também
está prescrita na Resolução nº 245 do STF, quando
estabelece o pagamento do abono variável em parcelas
iguais, sem qualquer menção à atualização monetária dos
valores devidos.’
É verdade que a Lei Estadual nº 4.631/05 não fez expressa
menção ao art. 2º, § 3º, da Lei Federal nº 10.474/02, que
estabeleceu que o pagamento da quantia em comento dar-se-ia
em parcelas fixas. Essa constatação, todavia, não possui o
condão de levar à conclusão de que, na hipótese, são devidos os
juros de mora e a correção monetária pleiteados.
Em primeiro lugar porque, consoante já dito, a ratio da Lei
Estadual nº 4.631/05 é a mesma das Leis Federais nºs 9.655/98 e
10.474/02, consistindo a primeira em uma mera remissão a esta
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Relatório
AO 2223 AGR / RJ
última.
Em segundo lugar porque, conforme bem anotou o douto
membro do Parquet, o entendimento segundo o qual somente a
menção legal, estadual e expressa às normas da Lei nº 10.474/02
tornaria os preceitos desta aplicáveis no âmbito local traria
como consequência a supressão da retroatividade à qual se
referem as parcelas em causa.
Note-se: se é verdade que a Lei fluminense nº 4.631/05 não
determinou expressamente a aplicação do art. 2º, § 3º, da Lei nº
10.474/02, que estabeleceu o pagamento do abono em parcelas
fixas; é igualmente verdadeiro que também não fez remissão ao
art. 2º, § 2º, do mesmo diploma normativo, o qual apregoou que
os efeitos financeiros seriam satisfeitos em 24 parcelas mensais
e sucessivas, a partir de janeiro de 2003. Ocorre que é
exatamente o art. 2º, § 2º, que serve de base para o pedido de
incidência de juros moratórios e correção monetária, vez que
alegadamente teria ocorrido atraso no adimplemento das
parcelas por ele previstas.
Conclui-se, portanto, que o argumento da ausência de
expressa menção, por parte do normativo estadual, ao artigo 2º,
§ 3º, da Lei Federal nº 10.474/02 também não favorece a parte
autora, vez que, se não há remissão direta ao parcelamento fixo,
também não o há no que diz respeito ao parcelamento em 24
vezes que dá azo ao pedido de reconhecimento da mora no
adimplemento (o mencionado art. 2º, § 2º) .
Some-se a isso a compreensão de que não se pode impor
ao Estado obrigações desprovidas de claro e nítido
embasamento legal e o resultado, mais uma vez, é a
improcedência da ação. Essa constatação, aliás, só vem reforçar
o argumento de que a lógica e a dinâmica que orientam a
legislação federal são idênticas àquelas da legislação estadual,
devendo, pois, serem integralmente aplicadas a ela. Por fim, é
de se pontuar a inexistência do direito aos juros de mora e
correção monetária em virtude também de um outro
argumento.
Quando é que se tem, então, a instituição do direito ao
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última.
Em segundo lugar porque, conforme bem anotou o douto
membro do Parquet, o entendimento segundo o qual somente a
menção legal, estadual e expressa às normas da Lei nº 10.474/02
tornaria os preceitos desta aplicáveis no âmbito local traria
como consequência a supressão da retroatividade à qual se
referem as parcelas em causa.
Note-se: se é verdade que a Lei fluminense nº 4.631/05 não
determinou expressamente a aplicação do art. 2º, § 3º, da Lei nº
10.474/02, que estabeleceu o pagamento do abono em parcelas
fixas; é igualmente verdadeiro que também não fez remissão ao
art. 2º, § 2º, do mesmo diploma normativo, o qual apregoou que
os efeitos financeiros seriam satisfeitos em 24 parcelas mensais
e sucessivas, a partir de janeiro de 2003. Ocorre que é
exatamente o art. 2º, § 2º, que serve de base para o pedido de
incidência de juros moratórios e correção monetária, vez que
alegadamente teria ocorrido atraso no adimplemento das
parcelas por ele previstas.
Conclui-se, portanto, que o argumento da ausência de
expressa menção, por parte do normativo estadual, ao artigo 2º,
§ 3º, da Lei Federal nº 10.474/02 também não favorece a parte
autora, vez que, se não há remissão direta ao parcelamento fixo,
também não o há no que diz respeito ao parcelamento em 24
vezes que dá azo ao pedido de reconhecimento da mora no
adimplemento (o mencionado art. 2º, § 2º) .
Some-se a isso a compreensão de que não se pode impor
ao Estado obrigações desprovidas de claro e nítido
embasamento legal e o resultado, mais uma vez, é a
improcedência da ação. Essa constatação, aliás, só vem reforçar
o argumento de que a lógica e a dinâmica que orientam a
legislação federal são idênticas àquelas da legislação estadual,
devendo, pois, serem integralmente aplicadas a ela. Por fim, é
de se pontuar a inexistência do direito aos juros de mora e
correção monetária em virtude também de um outro
argumento.
Quando é que se tem, então, a instituição do direito ao
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abono variável para os membros do Poder Judiciário do Estado
do Rio de Janeiro? Com a edição da Lei Estadual nº 4.631/05, a
qual, esta sim, cuidou explicitamente do assunto, ao prever sua
criação e conferir-lhe um regime jurídico. É, portanto, com a
publicação desse diploma normativo, em 28/10/05, que nasceu
para o autor o direito à percepção da quantia em comento. Daí
porque não ser possível falar em mora no adimplemento antes
de decorridos 24 meses da publicação da referida legislação.
Contudo, o que noticia a Procuradoria-Geral do Estado do
Rio de Janeiro – no que não foi contraditada pela parte contrária
- é que a primeira parcela do abono variável foi paga antes
mesmo do advento da Lei Estadual nº 4.631/2005 e a última
antes do 24º mês a contar desta lei. Cabe salientar que eventuais
deferimentos administrativos de parcelas previamente à edição
da referida lei careciam de fundamento legal e, em função
disso, não podem ser considerados adimplemento de obrigação
positiva em seu termo certo. Por mais este motivo, não há que
se falar em inadimplemento a ensejar o direito à percepção de
juros de mora e correção monetária. Nesse exato sentido vide as
seguintes decisões monocráticas: AO nº 2.233, Relator o
Ministro Ricardo Lewandowski, DJe 29/5/17, transitado em
julgado em 14/8/17; AO nº 2.224, de minha relatoria, j. em
15/8/17; e AO nº 2.228, Relator o Ministro
Ricardo
Lewandowski, DJe 26/4/17.
Independente, pois, do ângulo pelo qual se analise a
questão, a conclusão inevitável a que se chega é a ausência de
embasamento jurídico para o direito pleiteado.
Ante o exposto, julgo improcedente a ação. Condeno o
autor ao pagamento de custas e honorários advocatícios, que
arbitro, ante o zelo do profissional, a natureza da demanda e o
tempo exigido, em 15% do valor atualizado da causa.
Publique-se.”
O agravante alega, prefacialmente, ser manifesta a competência da
Justiça Estadual para processar e julgar a presente demanda. Aduz não
encontrar-se presente interesse de toda a magistratura nacional a ensejar
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abono variável para os membros do Poder Judiciário do Estado
do Rio de Janeiro? Com a edição da Lei Estadual nº 4.631/05, a
qual, esta sim, cuidou explicitamente do assunto, ao prever sua
criação e conferir-lhe um regime jurídico. É, portanto, com a
publicação desse diploma normativo, em 28/10/05, que nasceu
para o autor o direito à percepção da quantia em comento. Daí
porque não ser possível falar em mora no adimplemento antes
de decorridos 24 meses da publicação da referida legislação.
Contudo, o que noticia a Procuradoria-Geral do Estado do
Rio de Janeiro – no que não foi contraditada pela parte contrária
- é que a primeira parcela do abono variável foi paga antes
mesmo do advento da Lei Estadual nº 4.631/2005 e a última
antes do 24º mês a contar desta lei. Cabe salientar que eventuais
deferimentos administrativos de parcelas previamente à edição
da referida lei careciam de fundamento legal e, em função
disso, não podem ser considerados adimplemento de obrigação
positiva em seu termo certo. Por mais este motivo, não há que
se falar em inadimplemento a ensejar o direito à percepção de
juros de mora e correção monetária. Nesse exato sentido vide as
seguintes decisões monocráticas: AO nº 2.233, Relator o
Ministro Ricardo Lewandowski, DJe 29/5/17, transitado em
julgado em 14/8/17; AO nº 2.224, de minha relatoria, j. em
15/8/17; e AO nº 2.228, Relator o Ministro
Ricardo
Lewandowski, DJe 26/4/17.
Independente, pois, do ângulo pelo qual se analise a
questão, a conclusão inevitável a que se chega é a ausência de
embasamento jurídico para o direito pleiteado.
Ante o exposto, julgo improcedente a ação. Condeno o
autor ao pagamento de custas e honorários advocatícios, que
arbitro, ante o zelo do profissional, a natureza da demanda e o
tempo exigido, em 15% do valor atualizado da causa.
Publique-se.”
O agravante alega, prefacialmente, ser manifesta a competência da
Justiça Estadual para processar e julgar a presente demanda. Aduz não
encontrar-se presente interesse de toda a magistratura nacional a ensejar
8
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354
Relatório
AO 2223 AGR / RJ
o deslocamento da competência para o Supremo Tribunal Federal, na
forma do art. 102, inciso I, alínea a, da Constituição Federal.
É o relatório.
9
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Supremo Tribunal Federal
AO 2223 AGR / RJ
o deslocamento da competência para o Supremo Tribunal Federal, na
forma do art. 102, inciso I, alínea a, da Constituição Federal.
É o relatório.
9
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355
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA AÇÃO ORIGINÁRIA 2.223 RIO DE JANEIRO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar, haja vista que as alegações
deduzidas no agravo são insuficientes para infirmar a fundamentação
que ampara a decisão agravada.
O agravante em momento algum cuidou de rebater os fundamentos
nos quais se ancorou o decisum questionado, limitando-se a tecer uma
série de considerações acerca da incompetência do Supremo Tribunal
Federal para processar e julgar o presente feito – questão, note-se, já
preclusa (uma vez que objeto do recurso extraordinário anteriormente
interposto) e que nem sequer foi examinada no pronunciamento
monocrático ora vergastado.
Estando essa questão preclusa e não tendo o agravante impugnado o
conteúdo efetivamente constante da decisão, é de se aplicar, ainda, a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de que a parte
deve impugnar, na petição de agravo regimental, todos os fundamentos
da decisão agravada, o que não ocorreu no caso em tela.
Nesse sentido:
“AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO
COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS
FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO
INTERNO NÃO CONHECIDO. I - Nos termos da orientação
firmada pelo Supremo Tribunal Federal, cabe à parte agravante
impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que
não ocorreu no caso. II - Agravo interno não conhecido” (ARE
nº 954.588/RS-AgR, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, DJe de 2/9/16).
“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL.
AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA AO
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA AÇÃO ORIGINÁRIA 2.223 RIO DE JANEIRO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar, haja vista que as alegações
deduzidas no agravo são insuficientes para infirmar a fundamentação
que ampara a decisão agravada.
O agravante em momento algum cuidou de rebater os fundamentos
nos quais se ancorou o decisum questionado, limitando-se a tecer uma
série de considerações acerca da incompetência do Supremo Tribunal
Federal para processar e julgar o presente feito – questão, note-se, já
preclusa (uma vez que objeto do recurso extraordinário anteriormente
interposto) e que nem sequer foi examinada no pronunciamento
monocrático ora vergastado.
Estando essa questão preclusa e não tendo o agravante impugnado o
conteúdo efetivamente constante da decisão, é de se aplicar, ainda, a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de que a parte
deve impugnar, na petição de agravo regimental, todos os fundamentos
da decisão agravada, o que não ocorreu no caso em tela.
Nesse sentido:
“AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO
COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS
FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO
INTERNO NÃO CONHECIDO. I - Nos termos da orientação
firmada pelo Supremo Tribunal Federal, cabe à parte agravante
impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que
não ocorreu no caso. II - Agravo interno não conhecido” (ARE
nº 954.588/RS-AgR, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, DJe de 2/9/16).
“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL.
AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA AO
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356
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
AO 2223 AGR / RJ
FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA
284/STF. 1. Não comporta conhecimento o agravo interno que
não impugna direta e especificamente os fundamentos
indicados na decisão monocrática de Relator. 2. Agravo
regimental não conhecido” (ARE nº 748.931/PE-AgR, Segunda
Turma, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe de 25/8/15).
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO - AUSÊNCIA DE
IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS EM QUE SE
ASSENTOU O ATO DECISÓRIO QUESTIONADO - RECURSO
IMPROVIDO. O RECURSO DE AGRAVO DEVE IMPUGNAR,
ESPECIFICADAMENTE, TODOS OS FUNDAMENTOS DA
DECISÃO AGRAVADA. - O recurso de agravo a que se referem
os arts. 545 e 557, § 1º, ambos do CPC, deve infirmar todos os
fundamentos jurídicos em que se assenta a decisão agravada. O
descumprimento dessa obrigação processual, por parte do
recorrente, torna inviável o recurso de agravo por ele
interposto. Precedentes” (RE nº 606.958/RN-AgR, Segunda
Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 10/6/11).
Em verdade, os fundamentos do recorrente, insuficientes para
modificar a decisão ora agravada, demonstram apenas inconformismo e
resistência em pôr termo ao processo, em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
Manifestamente inadmissível, não conheço do agravo regimental e,
caso seja unânime a votação, condeno a parte agravante ao pagamento de
multa de 2% (dois por cento) do valor atualizado da causa, consoante
disposto no art. 1.021, § 4º, do Código de Processo Civil.
É como voto.
2
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Supremo Tribunal Federal
AO 2223 AGR / RJ
FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA
284/STF. 1. Não comporta conhecimento o agravo interno que
não impugna direta e especificamente os fundamentos
indicados na decisão monocrática de Relator. 2. Agravo
regimental não conhecido” (ARE nº 748.931/PE-AgR, Segunda
Turma, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe de 25/8/15).
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO - AUSÊNCIA DE
IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS EM QUE SE
ASSENTOU O ATO DECISÓRIO QUESTIONADO - RECURSO
IMPROVIDO. O RECURSO DE AGRAVO DEVE IMPUGNAR,
ESPECIFICADAMENTE, TODOS OS FUNDAMENTOS DA
DECISÃO AGRAVADA. - O recurso de agravo a que se referem
os arts. 545 e 557, § 1º, ambos do CPC, deve infirmar todos os
fundamentos jurídicos em que se assenta a decisão agravada. O
descumprimento dessa obrigação processual, por parte do
recorrente, torna inviável o recurso de agravo por ele
interposto. Precedentes” (RE nº 606.958/RN-AgR, Segunda
Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 10/6/11).
Em verdade, os fundamentos do recorrente, insuficientes para
modificar a decisão ora agravada, demonstram apenas inconformismo e
resistência em pôr termo ao processo, em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
Manifestamente inadmissível, não conheço do agravo regimental e,
caso seja unânime a votação, condeno a parte agravante ao pagamento de
multa de 2% (dois por cento) do valor atualizado da causa, consoante
disposto no art. 1.021, § 4º, do Código de Processo Civil.
É como voto.
2
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14307324.
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357
Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NA AÇÃO ORIGINÁRIA 2.223
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : LUIZ DE SOUZA GOUVEA
ADV.(A/S) : LEA MELLO SERRA DA ROCHA MOTTA (117043/RJ)
AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Decisão: A Turma, por unanimidade, não conheceu do agravo
regimental, com imposição de multa de 2% (dois por cento), do
valor atualizado da causa (art. 1.021, § 4º, do CPC), nos termos
do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a
7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217633
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NA AÇÃO ORIGINÁRIA 2.223
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : LUIZ DE SOUZA GOUVEA
ADV.(A/S) : LEA MELLO SERRA DA ROCHA MOTTA (117043/RJ)
AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Decisão: A Turma, por unanimidade, não conheceu do agravo
regimental, com imposição de multa de 2% (dois por cento), do
valor atualizado da causa (art. 1.021, § 4º, do CPC), nos termos
do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a
7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217633
Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 14
358
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14317298 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-08T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, não conheceu do agravo regimental, com imposição de multa de 2% (dois por cento), do valor atualizado da causa (art. 1.021, § 4º, do CPC), nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NA AÇÃO ORIGINÁRIA | EMENTA
Agravo regimental na ação originária. Fundamentos. Ausência de impugnação. Precedentes.
1. A jurisprudência do Supremo Tribunal é firme no sentido de que a parte deve impugnar, na petição de agravo regimental, todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu na espécie.
2. Agravo regimental do qual não se conhece, com imposição de multa de 2% (dois por cento) sobre o valor atualizado da causa (art. 1.021, § 4º, do CPC). | sjur380291 | - Acórdão(s) citado(s):
(IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA, FUNDAMENTO, DECISÃO AGRAVADA)
RE 606958 AgR (2ªT), ARE 748931 AgR (2ªT), ARE 954588 AgR (TP).
Número de páginas: 14.
Análise: 26/04/2018, AMA. | DIAS TOFFOLI | Segunda Turma | 2223 | [
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-01021 PAR-00004\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL"
] | AO-AgR | acordaos | AO 2223 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : LUIZ DE SOUZA GOUVEA
ADV.(A/S) : LEA MELLO SERRA DA ROCHA MOTTA
AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AÇÃO ORIGINÁRIA 2 . 223",
"AO 2223 AGR / RJ",
"AO",
"AÇÃO ORIGINÁRIA 2 . 223",
"AÇÃO ORIGINÁRIA 2 . 223",
"AO 2223 AGR / RJ",
"AO 2223 AGR / RJ",
"AO 2223 AGR / RJ",
"AO [UNK] 1 . 151 / SC",
"AO",
"-",
"AgR [UNK] 1 . 292 / MG",
"AO [UNK] 1 . 157 / PI",
"AO 2223 AGR / RJ",
"AO [UNK] 1 . 151 / SC",
"AO",
"-",
"AgR [UNK] 1 . 292 / MG",
"AO [UNK] 1 . 157 / PI",
"AO 2223 AGR / RJ",
"AO [UNK] 1 . 157 / PI",
"AO [UNK] 1 . 157 / PI",
"AO [UNK] 1 . 157 / PI",
"AO [UNK] 1 . 157 / PI",
"ADI [UNK] 2 . 093",
"ADIMC [UNK] 2 . 105",
"Resolução [UNK] 245 do STF",
"AO 2223 AGR / RJ",
"ADI [UNK] 2 . 093",
"ADIMC [UNK] 2 . 105",
"AO 2223 AGR / RJ",
"AO 2223 AGR / RJ",
"AO [UNK] 2 . 233",
"AO [UNK] 2 . 224",
"AO [UNK] 2 . 228",
"AO 2223",
"AO [UNK] 2 . 233",
"AO [UNK] 2 . 224",
"AO [UNK] 2 . 228",
"AÇÃO ORIGINÁRIA 2 . 223",
"ARE [UNK] 954 . 588 / RS - AgR",
"AÇÃO ORIGINÁRIA 2 . 223",
"ARE [UNK] 954 . 588 / RS - AgR",
"SÚMULA 284 / STF",
"ARE [UNK] 748 . 931 / PE - AgR",
"RE [UNK] 606 . 958 / RN",
"SÚMULA 284 / STF",
"ARE [UNK] 748 . 931 / PE - AgR",
"RE [UNK] 606 . 958 / RN - AgR",
"AÇÃO ORIGINÁRIA 2 . 223",
"AÇÃO"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Leis Federais [UNK] 9 . 665 / 98",
"10",
".",
"474",
"/",
"02",
"Lei estadual [UNK] 3 . 396 / 00",
"Lei estadual [UNK] 4 . 631 / 05",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Leis Federais [UNK] 9 . 665 / 98",
"10",
".",
"474",
"/",
"02",
"Lei estadual [UNK] 3 . 396 / 00",
"Lei estadual [UNK] 4 . 631 / 05",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"EC [UNK] 30 / 03",
"parágrafo [UNK] do art . 82 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro",
"Lei [UNK] 9 . 655 / 98",
"Lei estadual [UNK] 4 . 631 / 2005",
"Lei estadual [UNK] 4 . 631 / 2005",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"EC [UNK] 30 / 03",
"parágrafo [UNK] do art . 82 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro",
"Lei [UNK] 9 . 655 / 98",
"Lei estadual [UNK] 4 . 631 / 2005",
"Lei estadual [UNK] 4 . 631 / 2005",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 37 , incisos X e XIII e 102 , inciso I , alínea n da Constituição da República",
"Lei [UNK] 9 . 655 / 98",
"Lei [UNK] 9 . 655",
"Lei [UNK] 10 . 474",
"art . 102 , inciso I , alínea n , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 37 , incisos X e XIII e 102 , inciso I , alínea n da Constituição da República",
"Lei [UNK] 9 . 655 / 98",
"Lei [UNK] 9 . 655",
"Lei [UNK] 10 . 474",
"art . 102 , inciso I , alínea n , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 10 . 474 / 2002",
"Resolução [UNK] 245 do STF",
"Lei [UNK] 10 . 474 / 2002",
"Lei [UNK] 9 . 655 / 98",
"Lei [UNK] 10 . 474",
"Resolução [UNK] 245 do STF",
"Lei [UNK] 10 . 474 / 2002",
"Leis [UNK] 9 . 655 / 98",
"10",
".",
"474",
"/",
"2002",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 10 . 474 / 2002",
"Resolução [UNK] 245 do STF",
"Lei [UNK] 10 . 474 / 2002",
"Lei [UNK] 9 . 655 / 98",
"Lei [UNK] 10 . 474",
"Resolução [UNK] 245 do",
"Lei [UNK] 10 . 474 / 2002",
"Leis [UNK] 9 . 655 / 98",
"10",
".",
"474",
"/",
"2002",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Estadual [UNK] 4 . 631 /",
"Lei [UNK] 4 . 631",
"art . [UNK] , caput , e § [UNK] , da Lei Federal [UNK] 10 . 474",
"Leis Federais [UNK] 9 . 655 / 98",
"10",
".",
"474",
"Lei n . [UNK] 10 . 474",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Estadual [UNK] 4 . 631 / 2005",
"Lei [UNK] 4 . 631",
"art . [UNK] , caput , e § [UNK] , da Lei Federal [UNK] 10 . 474",
"Leis Federais [UNK] 9 . 655 / 98",
"10",
".",
"474",
"/",
"02",
"Lei n . [UNK] 10 . 474",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 9 . 655",
"artigo [UNK] e § § da Lei [UNK] 10 . 474",
"Lei [UNK] 10 . 474 / 2002",
"Lei Estadual [UNK] 4 . 631 / 05",
"art . [UNK] , § [UNK] , da Lei Federal [UNK] 10 . 474 / 02",
"Lei",
"Estadual [UNK] 4 . 631 / 05",
"Leis",
"Federais [UNK] 9 . 655 / 98",
"10",
".",
"474",
"/",
"02",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 9 . 655",
"artigo [UNK] e § § da Lei [UNK] 10 . 474",
"Lei [UNK] 10 . 474 / 2002",
"Resolução",
"Lei Estadual [UNK] 4 . 631 / 05",
"art . [UNK] , § [UNK] , da Lei Federal [UNK] 10 . 474 / 02",
"Lei Estadual [UNK] 4 . 631 / 05",
"Leis",
"Federais [UNK] 9 . 655 / 98",
"10",
".",
"474",
"/",
"02",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 10 . 474 / 02",
"Lei fluminense [UNK] 4 . 631 / 05",
"art . [UNK] , § [UNK] , da Lei [UNK] 10 . 474 / 02",
"artigo [UNK] , § [UNK] , da Lei Federal [UNK] 10 . 474 / 02",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 10 . 474 / 02",
"Lei fluminense [UNK] 4 . 631 / 05",
"art . [UNK] , § [UNK] , da Lei [UNK] 10 . 474 / 02",
"artigo [UNK] , § [UNK] , da Lei Federal [UNK] 10 . 474 / 02",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Estadual [UNK] 4 . 631 / 05",
"Lei Estadual [UNK] 4 . 631 / 2005",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Estadual [UNK] 4 . 631 / 05",
"Lei Estadual [UNK] 4 . 631 / 2005",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , inciso I , alínea a , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , inciso I , alínea a , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 545 e 557 , § [UNK] , ambos do CPC",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO DE JANEIRO",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"Brasília",
"RIO DE JANEIRO",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"Estado do Rio de Janeiro",
"Estado do Rio de Janeiro",
"RIO DE JANEIRO",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"Estado do Rio de Janeiro",
"Estado do Rio de Janeiro",
"Estado do Rio de Janeiro",
"Estado do Rio de Janeiro",
"Estado do Rio de Janeiro",
"Estado do Rio de Janeiro",
"Estado do Rio de Janeiro",
"Estado do Rio de Janeiro",
"Estado do Rio de Janeiro",
"Estado do Rio de Janeiro",
"Estado do Rio de Janeiro",
"Estado do Rio de Janeiro",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal",
"Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"TJRJ",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"TJRJ",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"TJRJ",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"AGR",
"/",
"RJ",
"Supremo Tribunal Federal",
"TJRJ",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Estado",
"Supremo Tribunal Federal",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"2223",
"AGR",
"/",
"RJ",
"Estado do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura",
"de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"União",
"União",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"União",
"União",
"Suprema",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
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"-",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Procuradoria",
"-",
"Geral do Estado do Rio de Janeiro",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
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"Segunda Turma",
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"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
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"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Segunda Turma",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"LUIZ DE SOUZA GOUVEA",
"LEA MELLO SERRA DA ROCHA MOTTA",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"LUIZ DE SOUZA GOUVEA",
"LEA MELLO SERRA DA ROCHA MOTTA",
"DIAS TOFFOLI",
"Luiz de Souza Gouvea",
"DIAS TOFFOLI",
"LUIZ DE SOUZA GOUVEA",
"LEA MELLO SERRA DA ROCHA MOTTA",
"DIAS TOFFOLI",
"Luiz de Souza Gouvea",
"Marco Aurélio",
"Carlos Velloso",
"Gilmar Mendes",
"Marco Aurélio",
"Carlos Velloso",
"Gilmar Mendes",
"Gilmar Mendes",
"Gilmar Mendes",
"Carlos Velloso",
"Celso de Mello",
"Carlos Velloso",
"Celso de Mello",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Ricardo Lewandowski",
"DIAS TOFFOLI",
"Ricardo Lewandowski",
"DIAS TOFFOLI",
"Teori Zavascki",
"Celso de Mello",
"Teori Zavascki",
"Celso de Mello",
"DIAS TOFFOLI",
"LUIZ DE SOUZA GOUVEA",
"LEA MELLO SERRA DA ROCHA MOTTA",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"DIAS TOFFOLI",
"LUIZ DE SOUZA GOUVEA",
"LEA MELLO SERRA DA ROCHA MOTTA",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"[UNK]",
"/",
"12",
"7",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"[UNK]",
"/",
"1",
"/",
"1998",
"[UNK]",
"/",
"1",
"/",
"1998",
"29",
"/",
"11",
"/",
"02",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"[UNK]",
"/",
"1",
"/",
"1998",
"[UNK]",
"/",
"1",
"/",
"1998",
"29",
"/",
"11",
"/",
"02",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
"/",
"10",
"/",
"05",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
"/",
"10",
"/",
"05",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11 de março de 2003",
"2 de julho de 1998",
"27 de junho de 2002",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11 de março de 2003",
"2 de julho de 1998",
"27 de junho de 2002",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
".",
"5",
".",
"2005",
"24",
".",
"11",
".",
"2005",
"[UNK] de janeiro de 1998",
"junho de 2002",
"dezembro de 2002",
"janeiro de 2003",
"16",
"/",
"3",
"/",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
".",
"5",
".",
"2005",
"24",
".",
"11",
".",
"2005",
"[UNK] de janeiro de 1998",
"junho de 2002",
"dezembro de 2002",
"janeiro de 2003",
"16",
"/",
"3",
"/",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27 de outubro de 2005",
"27 de junho de 2002",
"27 de junho de 2002",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27 de outubro de 2005",
"27 de junho de 2002",
"27 de junho de 2002",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2 de julho de 1998",
"12 de dezembro de 2002",
"27 de junho de 2002",
"18",
".",
"6",
".",
"2004",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2 de julho de 1998",
"12 de dezembro de 2002",
"27 de junho de 2002",
"18",
".",
"6",
".",
"2004",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"janeiro de 2003",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"janeiro de 2003",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
"/",
"10",
"/",
"05",
"29",
"/",
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"/",
"17",
"14",
"/",
"8",
"/",
"17",
"15",
"/",
"8",
"/",
"17",
"26",
"/",
"4",
"/",
"17",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
"/",
"10",
"/",
"05",
"29",
"/",
"5",
"/",
"17",
"14",
"/",
"8",
"/",
"17",
"15",
"/",
"8",
"/",
"17",
"26",
"/",
"4",
"/",
"17",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"2",
"/",
"9",
"/",
"16",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"2",
"/",
"9",
"/",
"16",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"25",
"/",
"8",
"/",
"15",
"10",
"/",
"6",
"/",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"25",
"/",
"8",
"/",
"15",
"10",
"/",
"6",
"/",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.052.956
AMAZONAS
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:RECOFARMA INDUSTRIA DO AMAZONAS LTDA
ADV.(A/S)
:LOURDES
HELENA
PINHEIRO
MOREIRA
DE
CARVALHO
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Imposto
de renda sobre o lucro líquido. Distribuição de lucros. Antecipação.
Reexame de fatos e provas dos autos. Incidência da Súmula nºs 279 da
Corte.
1. Para ultrapassar o entendimento do Tribunal a quo e acolher a
pretensão da recorrente acerca da existência ou da ausência de parcela de
lucro que não foi objeto de antecipação, seria necessário o reexame da
causa à luz do conjunto fático e probatório constante dos autos e das
cláusulas do contrato social, o que não é permitido em sede de recurso
extraordinário. Incidência do enunciado das Súmulas nºs 279 e 454 do
STF.
2. Majoração da verba honorária em valor equivalente a 10% (dez
por cento) do total daquela já fixada (art. 85, §§ 2º, 3º e 11, do CPC),
observada a eventual concessão do benefício da gratuidade da justiça.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Edson Fachin, na conformidade da ata do julgamento e
das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento
ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14277113.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12
Ementa e Acórdão
ARE 1052956 AGR / AM
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14277113.
Supremo Tribunal Federal
ARE 1052956 AGR / AM
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12
Relatório
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.052.956
AMAZONAS
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:RECOFARMA INDUSTRIA DO AMAZONAS LTDA
ADV.(A/S)
:LOURDES
HELENA
PINHEIRO
MOREIRA
DE
CARVALHO
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Recofarma Indústria do Amazonas Ltda. interpõe tempestivo agravo
regimental contra a decisão em que neguei seguimento ao recurso, com a
seguinte fundamentação:
“DECISÃO:
Vistos.
Trata-se de agravo contra decisão que não admitiu recurso
extraordinário no qual se alega contrariedade ao artigo 153, III,
da Constituição Federal.
Anote-se parte da ementa do acórdão recorrido:
‘TRIBUTÁRIO – PROCESSUAL CIVIL – AÇÃO
ORDINÁRIA – IRRF SOBRE O LUCRO LÍQUIDO
DISTRIBUÍDO AOS SÓCIOS EM 1991 (ART. 35 DA LEI
7.713/1988) – DECADÊNCIA DO LANÇAMENTO
SUPLEMENTAR: NÃO HAVIDA. - TRIBUTO DEVIDO:
LUCROS DISTRIBUÍDOS ANTECIPADAMENTE –
EMBARGOS INFRINGENTES PROVIDOS: APELAÇÃO
NÃO PROVIDA, SENTENÇA IMPROCEDENTE
CONFIRMADA.’
Decido.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14277110.
Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.052.956
AMAZONAS
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:RECOFARMA INDUSTRIA DO AMAZONAS LTDA
ADV.(A/S)
:LOURDES
HELENA
PINHEIRO
MOREIRA
DE
CARVALHO
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Recofarma Indústria do Amazonas Ltda. interpõe tempestivo agravo
regimental contra a decisão em que neguei seguimento ao recurso, com a
seguinte fundamentação:
“DECISÃO:
Vistos.
Trata-se de agravo contra decisão que não admitiu recurso
extraordinário no qual se alega contrariedade ao artigo 153, III,
da Constituição Federal.
Anote-se parte da ementa do acórdão recorrido:
‘TRIBUTÁRIO – PROCESSUAL CIVIL – AÇÃO
ORDINÁRIA – IRRF SOBRE O LUCRO LÍQUIDO
DISTRIBUÍDO AOS SÓCIOS EM 1991 (ART. 35 DA LEI
7.713/1988) – DECADÊNCIA DO LANÇAMENTO
SUPLEMENTAR: NÃO HAVIDA. - TRIBUTO DEVIDO:
LUCROS DISTRIBUÍDOS ANTECIPADAMENTE –
EMBARGOS INFRINGENTES PROVIDOS: APELAÇÃO
NÃO PROVIDA, SENTENÇA IMPROCEDENTE
CONFIRMADA.’
Decido.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14277110.
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Relatório
ARE 1052956 AGR / AM
A irresignação não merece prosperar.
Verifica-se que o Tribunal de origem solucionou a lide com
fundamento nas provas dos autos, conforme se extrai do
seguinte fragmento do voto condutor do acórdão recorrido:
’Acontece que a demanda concreta destila ambiente
diverso do usual, pois, conforme manifestação da própria
incorporada (itens 5 e 6 de f. 49), os lucros líquidos foram,
sim, “antecipados” (o que é fato, não presunção), no curso
do ano de 1991, o que demonstra que, para além das
previsões contratuais formais, o fato gerador do art. 35 da
Lei nº 7.713/88 ocorreu no mundo fenomênico, dada a
efetiva disponibilização, sem IRRF, do lucro líquidos aos
sócios, precipuamente sua então sócia quotista
controladora (que, recebendo-os sem oposição, anuíram
tacitamente com tal destinação)’ (e-STJ Fl. 1162).
Assim, para acolher a pretensão do recorrente e
ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem acerca da
análise da distribuição de parcela de lucro entre os sócios, seria
necessário o reexame da causa à luz do conjunto fático e
probatório constante dos autos, o que não é cabível em sede de
recurso extraordinário. Incidência do enunciado da Súmula nº
279 da Corte. Nesse sentido:
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. SOCIEDADES POR
COTAS DE RESPONSABILIDADE LIMITADA. ART. 35
DA LEI N. 7.713/88. 1. PREVISÃO NO CONTRATO
SOCIAL DE IMEDIATA DISPONIBILIDADE DO LUCRO:
CONSTITUCIONALIDADE DA INCIDÊNCIA DO
IMPOSTO DE RENDA SOBRE O LUCRO LÍQUIDO. 2.
IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DAS CLÁUSULAS
CONTRATUAIS: INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 454 DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES.
AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1052956 AGR / AM
A irresignação não merece prosperar.
Verifica-se que o Tribunal de origem solucionou a lide com
fundamento nas provas dos autos, conforme se extrai do
seguinte fragmento do voto condutor do acórdão recorrido:
’Acontece que a demanda concreta destila ambiente
diverso do usual, pois, conforme manifestação da própria
incorporada (itens 5 e 6 de f. 49), os lucros líquidos foram,
sim, “antecipados” (o que é fato, não presunção), no curso
do ano de 1991, o que demonstra que, para além das
previsões contratuais formais, o fato gerador do art. 35 da
Lei nº 7.713/88 ocorreu no mundo fenomênico, dada a
efetiva disponibilização, sem IRRF, do lucro líquidos aos
sócios, precipuamente sua então sócia quotista
controladora (que, recebendo-os sem oposição, anuíram
tacitamente com tal destinação)’ (e-STJ Fl. 1162).
Assim, para acolher a pretensão do recorrente e
ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem acerca da
análise da distribuição de parcela de lucro entre os sócios, seria
necessário o reexame da causa à luz do conjunto fático e
probatório constante dos autos, o que não é cabível em sede de
recurso extraordinário. Incidência do enunciado da Súmula nº
279 da Corte. Nesse sentido:
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. SOCIEDADES POR
COTAS DE RESPONSABILIDADE LIMITADA. ART. 35
DA LEI N. 7.713/88. 1. PREVISÃO NO CONTRATO
SOCIAL DE IMEDIATA DISPONIBILIDADE DO LUCRO:
CONSTITUCIONALIDADE DA INCIDÊNCIA DO
IMPOSTO DE RENDA SOBRE O LUCRO LÍQUIDO. 2.
IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DAS CLÁUSULAS
CONTRATUAIS: INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 454 DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES.
AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14277110.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12
Relatório
ARE 1052956 AGR / AM
PROVIMENTO’ (AI nº 807.699/SP-AgR, Primeira Turma,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia , DJe de 18/3/11).
‘CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE
RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA.
SÓCIOS-COTISTAS.
RETENÇÃO
NA
FONTE.
CARACTERIZAÇÃO
DO
FATO
GERADOR.
DISPONIBILIDADE JURÍDICA OU ECONÔMICA DA
RENDA.
ART.
35
DA
LEI
7.713/1988.
INCONSTITUCIONALIDADE
CONDICIONAL.
NECESSIDADE DE SE AFERIR SE HÁ A EFETIVA
DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS. PROCESSUAL CIVIL.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REEXAME DE FATOS E
PROVAS. CLÁUSULAS CONTRATUAIS. APLICAÇÃO
DA SÚMULA 279/STF AO CASO. PECULIARIDADE. 1.
Conforme decidiu esta Corte, a norma insculpida no
artigo 35 da Lei nº 7.713/88 mostra-se harmônica com a
Constituição Federal quando o contrato social prevê a
disponibilidade econômica ou jurídica imediata, pelos
sócios, do lucro líquido apurado, na data do encerramento
do período-base (RE 172.058, rel. min. Marco Aurélio ,
Pleno, DJ de 13.10.1995). 2. Valoração, caracterização e
classificação de dados constantes nos autos, que não
importem a necessidade de reabertura da fase instrutória,
não se confundem com reexame de fatos e provas, vedado
no julgamento de recurso extraordinário. Contudo, no
caso em exame, as clausulas contratuais invocadas pela
União prevêem a possibilidade de os resultados sociais
serem destinados à conta especial, para futura
amortização ou destinação. Condicionada a distribuição à
deliberação dos sócios, competia à interessada alegar e
provar que, no caso concreto, houve a efetiva distribuição
dos resultados. Para que fosse possível concluir neste
sentido, seria necessário rever fatos e provas. Agravo
regimental ao qual se nega provimento’ (AI nº 563.948/RS-
AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14277110.
Supremo Tribunal Federal
ARE 1052956 AGR / AM
PROVIMENTO’ (AI nº 807.699/SP-AgR, Primeira Turma,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia , DJe de 18/3/11).
‘CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE
RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA.
SÓCIOS-COTISTAS.
RETENÇÃO
NA
FONTE.
CARACTERIZAÇÃO
DO
FATO
GERADOR.
DISPONIBILIDADE JURÍDICA OU ECONÔMICA DA
RENDA.
ART.
35
DA
LEI
7.713/1988.
INCONSTITUCIONALIDADE
CONDICIONAL.
NECESSIDADE DE SE AFERIR SE HÁ A EFETIVA
DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS. PROCESSUAL CIVIL.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REEXAME DE FATOS E
PROVAS. CLÁUSULAS CONTRATUAIS. APLICAÇÃO
DA SÚMULA 279/STF AO CASO. PECULIARIDADE. 1.
Conforme decidiu esta Corte, a norma insculpida no
artigo 35 da Lei nº 7.713/88 mostra-se harmônica com a
Constituição Federal quando o contrato social prevê a
disponibilidade econômica ou jurídica imediata, pelos
sócios, do lucro líquido apurado, na data do encerramento
do período-base (RE 172.058, rel. min. Marco Aurélio ,
Pleno, DJ de 13.10.1995). 2. Valoração, caracterização e
classificação de dados constantes nos autos, que não
importem a necessidade de reabertura da fase instrutória,
não se confundem com reexame de fatos e provas, vedado
no julgamento de recurso extraordinário. Contudo, no
caso em exame, as clausulas contratuais invocadas pela
União prevêem a possibilidade de os resultados sociais
serem destinados à conta especial, para futura
amortização ou destinação. Condicionada a distribuição à
deliberação dos sócios, competia à interessada alegar e
provar que, no caso concreto, houve a efetiva distribuição
dos resultados. Para que fosse possível concluir neste
sentido, seria necessário rever fatos e provas. Agravo
regimental ao qual se nega provimento’ (AI nº 563.948/RS-
AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12
Relatório
ARE 1052956 AGR / AM
Barbosa, DJe de 8/10/10) (Grifo nosso).
‘AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. 1) ART. 35 DA LEI N.
7.713/88. NECESSIDADE DE REEXAME DE FATOS E
PROVAS E DE CONTRATO SOCIAL: INCIDÊNCIA DAS
SÚMULAS 279 E 454 DO SUPREMO TRIBUNAL. 2)
QUESTÕES RELATIVAS À UTILIZAÇÃO DA TAXA
SELIC E ALEGAÇÕES DE INCORRETA APLICAÇÃO DE
LEIS ORDINÁRIAS E DE CONTRARIEDADE AO
CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL E À LEI N. 6.830/80:
OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa.
Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc.
VII, do Código de Processo Civil’ (RE nº 582.984/PR-AgR,
Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia , DJe
de 7/8/09).
Ante o exposto, nos termos do artigo 21, § 1º, do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego
seguimento ao recurso.”
Alega a agravante que o caso em tela trata da inconstitucionalidade
da cobrança do imposto de renda sobre o lucro líquido da sociedade no
tocante à parcela de lucro não antecipado no período-base de 1991, haja
vista que não há previsão, no contrato social, de distribuição automática
dos lucros apurados.
É o relatório.
4
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1052956 AGR / AM
Barbosa, DJe de 8/10/10) (Grifo nosso).
‘AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. 1) ART. 35 DA LEI N.
7.713/88. NECESSIDADE DE REEXAME DE FATOS E
PROVAS E DE CONTRATO SOCIAL: INCIDÊNCIA DAS
SÚMULAS 279 E 454 DO SUPREMO TRIBUNAL. 2)
QUESTÕES RELATIVAS À UTILIZAÇÃO DA TAXA
SELIC E ALEGAÇÕES DE INCORRETA APLICAÇÃO DE
LEIS ORDINÁRIAS E DE CONTRARIEDADE AO
CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL E À LEI N. 6.830/80:
OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa.
Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc.
VII, do Código de Processo Civil’ (RE nº 582.984/PR-AgR,
Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia , DJe
de 7/8/09).
Ante o exposto, nos termos do artigo 21, § 1º, do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego
seguimento ao recurso.”
Alega a agravante que o caso em tela trata da inconstitucionalidade
da cobrança do imposto de renda sobre o lucro líquido da sociedade no
tocante à parcela de lucro não antecipado no período-base de 1991, haja
vista que não há previsão, no contrato social, de distribuição automática
dos lucros apurados.
É o relatório.
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.052.956
AMAZONAS
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
A irresignação não merece prosperar.
Sustenta a agravante a inconstitucionalidade da cobrança do
imposto de renda sobre o lucro líquido apurado pela pessoa jurídica, uma
vez que inexiste previsão no contrato da sociedade limitada de
distribuição automática dos lucros apurados, o que faz incidir a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido da
inconstitucionalidade do art. 35 da Lei nº 7.713/88.
Conforme decidido, o Tribunal de origem, além de divergir acerca
da exata interpretação das cláusulas do contrato social da empresa
recorrente, acabou por avançar nas particularidades do caso concreto e
decidir pela constitucionalidade da exação, haja vista a existência de
prova da antecipação aos sócios do lucro líquido da entidade no período
base de 1991, conforme se extrai do seguinte trecho do voto condutor do
acórdão:
“Acontece que a demanda concreta destila ambiente
diverso do usual, pois, conforme manifestação da própria
incorporada (itens 5 e 6 de f. 49), os lucros líquidos foram, sim,
“antecipados” (o que é fato, não presunção), no curso do ano
de 1991, o que demonstra que, para além das previsões
contratuais formais, o fato gerador do art. 35 da Lei nº 7.713/88
ocorreu no mundo fenomênico, dada a efetiva disponibilização,
sem IRRF, do lucro líquidos aos sócios, precipuamente sua
então sócia quotista controladora (que, recebendo-os sem
oposição, anuíram tacitamente com tal destinação)” (e-STJ Fl.
1162).
Por sua vez, a agravante sustenta que o caso em debate “diz respeito
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Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.052.956
AMAZONAS
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
A irresignação não merece prosperar.
Sustenta a agravante a inconstitucionalidade da cobrança do
imposto de renda sobre o lucro líquido apurado pela pessoa jurídica, uma
vez que inexiste previsão no contrato da sociedade limitada de
distribuição automática dos lucros apurados, o que faz incidir a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido da
inconstitucionalidade do art. 35 da Lei nº 7.713/88.
Conforme decidido, o Tribunal de origem, além de divergir acerca
da exata interpretação das cláusulas do contrato social da empresa
recorrente, acabou por avançar nas particularidades do caso concreto e
decidir pela constitucionalidade da exação, haja vista a existência de
prova da antecipação aos sócios do lucro líquido da entidade no período
base de 1991, conforme se extrai do seguinte trecho do voto condutor do
acórdão:
“Acontece que a demanda concreta destila ambiente
diverso do usual, pois, conforme manifestação da própria
incorporada (itens 5 e 6 de f. 49), os lucros líquidos foram, sim,
“antecipados” (o que é fato, não presunção), no curso do ano
de 1991, o que demonstra que, para além das previsões
contratuais formais, o fato gerador do art. 35 da Lei nº 7.713/88
ocorreu no mundo fenomênico, dada a efetiva disponibilização,
sem IRRF, do lucro líquidos aos sócios, precipuamente sua
então sócia quotista controladora (que, recebendo-os sem
oposição, anuíram tacitamente com tal destinação)” (e-STJ Fl.
1162).
Por sua vez, a agravante sustenta que o caso em debate “diz respeito
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 1052956 AGR / AM
à tributação da PARCELA do lucro que NÃO foi antecipada no período-
base, sem que exista contrato prevendo a distribuição automática do
lucro, como confirmado pelo Tribunal local”.
Todavia, para ultrapassar o entendimento do Tribunal a quo e
acolher a pretensão da recorrente acerca da automaticidade ou não da
distribuição dos lucros ou mesmo da existência ou ausência de parcela
desse lucro não antecipada, seria necessário o reexame da causa à luz do
conjunto fático e probatório constante dos autos, o que não é permitido
em sede de recurso extraordinário. Incidência do enunciado das Súmulas
nºs 279 e 454 do STF. Além dos precedentes já citados na decisão
agravada, destaco os seguintes julgados:
“EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento.
Negativa de prestação jurisdicional. Não ocorrência. Artigo 35
da Lei nº 7.713/88. Sócio quotista. Disponibilidade jurídica.
Constitucionalidade. Ausência de imediata distribuição de
lucros. Reexame de fatos e provas dos autos. Incidência das
Súmulas nºs 279 e 454 da Corte. Precedentes. 1. A jurisdição foi
prestada pelo Tribunal de origem mediante decisão
suficientemente motivada. 2. A jurisprudência da Corte se
firmou no sentido de que a norma insculpida no art. 35 da Lei
nº 7.713/88 mostra-se harmônica com a Constituição Federal no
que diz respeito à sujeição do sócio quotista ao imposto de
renda na fonte, na hipótese em que o contrato social prevê a
disponibilidade econômica ou jurídica imediata, pelos sócios,
do lucro líquido apurado, na data do encerramento do período-
base. 3. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame de
fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 279 e 454
da Corte. 4. Agravo regimental não provido” (AI nº 590.713/DF-
AgR, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 15/10/13-
grifei).
“DIREITO TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE O LUCRO
LÍQUIDO.
SOCIEDADE
POR
QUOTAS
DE
RESPONSABILIDADE LIMITADA. CONTRATO SOCIAL.
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1052956 AGR / AM
à tributação da PARCELA do lucro que NÃO foi antecipada no período-
base, sem que exista contrato prevendo a distribuição automática do
lucro, como confirmado pelo Tribunal local”.
Todavia, para ultrapassar o entendimento do Tribunal a quo e
acolher a pretensão da recorrente acerca da automaticidade ou não da
distribuição dos lucros ou mesmo da existência ou ausência de parcela
desse lucro não antecipada, seria necessário o reexame da causa à luz do
conjunto fático e probatório constante dos autos, o que não é permitido
em sede de recurso extraordinário. Incidência do enunciado das Súmulas
nºs 279 e 454 do STF. Além dos precedentes já citados na decisão
agravada, destaco os seguintes julgados:
“EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento.
Negativa de prestação jurisdicional. Não ocorrência. Artigo 35
da Lei nº 7.713/88. Sócio quotista. Disponibilidade jurídica.
Constitucionalidade. Ausência de imediata distribuição de
lucros. Reexame de fatos e provas dos autos. Incidência das
Súmulas nºs 279 e 454 da Corte. Precedentes. 1. A jurisdição foi
prestada pelo Tribunal de origem mediante decisão
suficientemente motivada. 2. A jurisprudência da Corte se
firmou no sentido de que a norma insculpida no art. 35 da Lei
nº 7.713/88 mostra-se harmônica com a Constituição Federal no
que diz respeito à sujeição do sócio quotista ao imposto de
renda na fonte, na hipótese em que o contrato social prevê a
disponibilidade econômica ou jurídica imediata, pelos sócios,
do lucro líquido apurado, na data do encerramento do período-
base. 3. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame de
fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 279 e 454
da Corte. 4. Agravo regimental não provido” (AI nº 590.713/DF-
AgR, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 15/10/13-
grifei).
“DIREITO TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE O LUCRO
LÍQUIDO.
SOCIEDADE
POR
QUOTAS
DE
RESPONSABILIDADE LIMITADA. CONTRATO SOCIAL.
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 1052956 AGR / AM
LUCRO.
DISPONIBILIDADE. LEI 7.713/1988, ART. 35.
IMPOSSIBILIDADE DE REAPRECIAÇÃO DE PROVAS E
CLÁUSULAS CONTRATUAIS. SÚMULAS STF 279 E 454. As
razões do agravo regimental não são aptas a infirmar os
fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no
que se refere à indispensabilidade do reexame de fatos e
cláusulas contratuais, a inviabilizar o trânsito do recurso
extraordinário. Agravo regimental conhecido e não provido”
(AI nº 737.654/SP-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Rosa Weber,
DJe de 6/12/12).
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA.
LUCRO LÍQUIDO. ARTIGO 35 DA LEI N. 7.713/88. 1.
Constitucionalidade das expressões "o titular de empresa
individual" e "o sócio cotista", exceto, no tocante a esta última,
quando, segundo o contrato social, a destinação do lucro
líquido a outra finalidade que não a de distribuição não
dependa do assentimento de cada sócio. Precedentes. 2.
Entendimento diverso do adotado pelo acórdão recorrido
quanto à ocorrência ou não de efetiva distribuição do lucro
líquido aos sócios da empresa implicaria, necessariamente, o
reexame dos fatos e provas e das cláusulas contratuais que o
orientaram. Óbice das Súmulas ns. 279 e 454 do STF.
Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE
nº 591.518/CE-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Eros Grau, DJe
24/10/08).
Ainda no mesmo sentido: ARE nº 1.042.246/SP, Rel. Min. Edson
Fachin, DJe de 2/6/17; ARE nº 1.040.724/SP, Rel. Min. Roberto Barroso,
DJe de 15/5/17; RE nº 1.019.360/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de
3/3/17.
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. Determino
que, a título de honorários recursais, a verba honorária já fixada seja
acrescida do valor equivalente a 10% (dez por cento) de seu total, nos
3
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1052956 AGR / AM
LUCRO.
DISPONIBILIDADE. LEI 7.713/1988, ART. 35.
IMPOSSIBILIDADE DE REAPRECIAÇÃO DE PROVAS E
CLÁUSULAS CONTRATUAIS. SÚMULAS STF 279 E 454. As
razões do agravo regimental não são aptas a infirmar os
fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no
que se refere à indispensabilidade do reexame de fatos e
cláusulas contratuais, a inviabilizar o trânsito do recurso
extraordinário. Agravo regimental conhecido e não provido”
(AI nº 737.654/SP-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Rosa Weber,
DJe de 6/12/12).
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA.
LUCRO LÍQUIDO. ARTIGO 35 DA LEI N. 7.713/88. 1.
Constitucionalidade das expressões "o titular de empresa
individual" e "o sócio cotista", exceto, no tocante a esta última,
quando, segundo o contrato social, a destinação do lucro
líquido a outra finalidade que não a de distribuição não
dependa do assentimento de cada sócio. Precedentes. 2.
Entendimento diverso do adotado pelo acórdão recorrido
quanto à ocorrência ou não de efetiva distribuição do lucro
líquido aos sócios da empresa implicaria, necessariamente, o
reexame dos fatos e provas e das cláusulas contratuais que o
orientaram. Óbice das Súmulas ns. 279 e 454 do STF.
Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE
nº 591.518/CE-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Eros Grau, DJe
24/10/08).
Ainda no mesmo sentido: ARE nº 1.042.246/SP, Rel. Min. Edson
Fachin, DJe de 2/6/17; ARE nº 1.040.724/SP, Rel. Min. Roberto Barroso,
DJe de 15/5/17; RE nº 1.019.360/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de
3/3/17.
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. Determino
que, a título de honorários recursais, a verba honorária já fixada seja
acrescida do valor equivalente a 10% (dez por cento) de seu total, nos
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 1052956 AGR / AM
termos do art. 85, § 11, do novo Código de Processo Civil, obedecidos os
limites dos §§ 2º e 3º do citado artigo, observada, ainda, a eventual
concessão de justiça gratuita.
É como voto.
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1052956 AGR / AM
termos do art. 85, § 11, do novo Código de Processo Civil, obedecidos os
limites dos §§ 2º e 3º do citado artigo, observada, ainda, a eventual
concessão de justiça gratuita.
É como voto.
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Voto - MIN. EDSON FACHIN
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.052.956
AMAZONAS
VOTO
O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN (PRESIDENTE) -
Também eu acompanho Vossa Excelência. No estudo que houvera feito,
cheguei à conclusão que vem ao encontro do voto que Vossa Excelência
teve a gentileza de remeter aos nossos gabinetes.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.052.956
AMAZONAS
VOTO
O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN (PRESIDENTE) -
Também eu acompanho Vossa Excelência. No estudo que houvera feito,
cheguei à conclusão que vem ao encontro do voto que Vossa Excelência
teve a gentileza de remeter aos nossos gabinetes.
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12
Extrato de Ata - 12/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.052.956
PROCED. : AMAZONAS
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : RECOFARMA INDUSTRIA DO AMAZONAS LTDA
ADV.(A/S) : LOURDES HELENA PINHEIRO MOREIRA DE CARVALHO (9380/RJ,
131339/SP)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Ministros Gilmar Mendes e Ricardo
Lewandowski. Presidência do Ministro Edson Fachin. 2ª Turma,
12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Edson Fachin. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello e Dias Toffoli.
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e
Ricardo Lewandowski.
Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio
Marques.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.052.956
PROCED. : AMAZONAS
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : RECOFARMA INDUSTRIA DO AMAZONAS LTDA
ADV.(A/S) : LOURDES HELENA PINHEIRO MOREIRA DE CARVALHO (9380/RJ,
131339/SP)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Ministros Gilmar Mendes e Ricardo
Lewandowski. Presidência do Ministro Edson Fachin. 2ª Turma,
12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Edson Fachin. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello e Dias Toffoli.
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e
Ricardo Lewandowski.
Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio
Marques.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14308626 | 2017-12-12T00:00:00 | 2018-02-07T00:00:00 | A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Presidência do Ministro Edson Fachin. 2ª Turma, 12.12.2017. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Imposto de renda sobre o lucro líquido. Distribuição de lucros. Antecipação. Reexame de fatos e provas dos autos. Incidência da Súmula nºs 279 da Corte.
1. Para ultrapassar o entendimento do Tribunal a quo e acolher a pretensão da recorrente acerca da existência ou da ausência de parcela de lucro que não foi objeto de antecipação, seria necessário o reexame da causa à luz do conjunto fático e probatório constante dos autos e das cláusulas do contrato social, o que não é permitido em sede de recurso extraordinário. Incidência do enunciado das Súmulas nºs 279 e 454 do STF.
2. Majoração da verba honorária em valor equivalente a 10% (dez por cento) do total daquela já fixada (art. 85, §§ 2º, 3º e 11, do CPC), observada a eventual concessão do benefício da gratuidade da justiça. | sjur380064 | - Acórdão(s) citado(s):
(IMPOSTO DE RENDA, LUCRO LÍQUIDO)
AI 590713 AgR (1ªT), RE 591518 AgR (2ªT), AI 737654 AgR (1ªT).
- Decisões monocráticas citadas:
(IMPOSTO DE RENDA, LUCRO LÍQUIDO)
RE 1019360, ARE 1040724, ARE 1042246.
Número de páginas: 12.
Análise: 21/02/2018, MAD. | DIAS TOFFOLI | Segunda Turma | 1052956 | [
"LEG-FED LEI-007713 ANO-1988\n ART-00035\n LEI ORDINÁRIA\n\n",
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-00085 PAR-00002 PAR-00003 PAR-00011\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000454 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 1052956 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : RECOFARMA INDUSTRIA DO AMAZONAS LTDA
ADV.(A/S) : LOURDES HELENA PINHEIRO MOREIRA DE CARVALHO
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1 . 052 . 956",
"Súmula [UNK] 279 da Corte",
"Súmulas [UNK] 279",
"ARE 1052956 AGR / AM",
"ARE 1052956 AGR / AM",
"Súmula [UNK] 279 da Corte",
"SÚMULA N . 454 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"ARE 1052956 AGR / AM",
"Súmula [UNK] 279 da Corte",
"SÚMULA N . 454 DO SUPREMO",
"ARE 1052956 AGR / AM",
"AI [UNK] 807 . 699 / SP - AgR",
"SÚMULA 279 / STF",
"RE 172 . 058",
"AI [UNK] 563 . 948 / RS - AgR",
"ARE 1052956 AGR",
"AI [UNK] 807 . 699 / SP - AgR",
"SÚMULA 279 / STF",
"RE 172 . 058",
"AI [UNK] 563 . 948 / RS - AgR",
"ARE 1052956 AGR / AM Barbosa",
"SÚMULAS 279 E 454 DO SUPREMO TRIBUNAL",
"RE [UNK] 582 . 984 / PR - AgR",
"ARE 1052956 AGR / AM Barbosa",
"SÚMULAS 279 E 454 DO SUPREMO TRIBUNAL",
"RE [UNK] 582 . 984 / PR -",
"ARE 1052956 AGR / AM",
"Súmulas [UNK] 279",
"Súmulas",
"AI [UNK] 590 . 713 / DF - AgR",
"ARE 1052956 AGR / AM",
"Súmulas [UNK] 279",
"Súmulas",
"AI [UNK] 590 . 713 / DF - AgR",
"SÚMULAS STF 279",
"AI [UNK] 737 . 654 / SP - AgR",
"Súmulas ns . 279",
"RE [UNK] 591 . 518 / CE - AgR",
"ARE [UNK] 1 . 042 . 246 / SP",
"ARE [UNK] 1 . 040 . 724 / SP",
"RE [UNK] 1 . 019 . 360 / SP",
"ARE 1052956 AGR / AM",
"SÚMULAS STF 279",
"AI [UNK] 737 . 654 / SP - AgR",
"Súmulas ns . 279",
"RE [UNK] 591 . 518 / CE - AgR",
"ARE [UNK] 1 . 042 . 246 / SP",
"ARE [UNK] 1 . 040 . 724 / SP",
"RE [UNK] 1 . 019 . 360 / SP"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 85 , § § [UNK] , [UNK] e 11 , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 153 , III , da Constituição Federal",
"ART . 35 DA LEI 7 . 713 / 1988",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 153 , III , da Constituição Federal",
"ART . 35 DA LEI 7 . 713 / 1988",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"ART . 35 DA LEI N . 7 . 713 / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"ART . 35 DA LEI N . 7 . 713 / 88",
"MP n° 2",
"ART . 35 DA LEI 7 . 713 / 1988",
"artigo 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 35 DA LEI 7 . 713 / 1988",
"artigo 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 35 DA LEI N . 7 . 713 / 88",
"CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL",
"LEI N . 6 . 830 / 80",
"art . 557 , § [UNK] , c / c arts . 14 , inc . II e III , e 17 , inc . VII , do Código de Processo Civil",
"artigo 21 , § [UNK] , do",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 35 DA LEI N . 7 . 713 / 88",
"CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL",
"LEI N . 6 . 830 / 80",
"art . 557 , § [UNK] , c / c arts . 14 , inc . II e III , e 17 , inc . VII , do Código de Processo Civil",
"artigo",
"[UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"art . 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"art . 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Artigo 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"art . 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Artigo 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"art . 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200",
"LEI 7 . 713 / 1988 , ART",
"ARTIGO 35 DA LEI N . 7 . 713 / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI 7 . 713 / 1988 , ART . 35",
"ARTIGO 35 DA LEI N . 7 . 713 / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 85 , § 11 , do",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 85 , § 11 , do",
"Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"Brasília",
"Brasília",
"AMAZONAS",
"AMAZONAS"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
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"-",
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"Brasil",
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"-",
"Brasil",
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"-",
"Brasil",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"[UNK] Turma",
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"[UNK] Turma",
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],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"LOURDES HELENA PINHEIRO MOREIRA DE CARVALHO",
"Edson Fachin",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
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"DIAS TOFFOLI",
"LOURDES HELENA PINHEIRO MOREIRA DE CARVALHO",
"DIAS TOFFOLI",
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"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
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"Rosa Weber",
"Eros Grau",
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"Roberto Barroso",
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"EDSON FACHIN",
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"Ravena Siqueira",
"DIAS TOFFOLI",
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],
"TEMPO": [
"12",
"/",
"12",
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"2017",
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".",
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"09",
"1991",
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"1991",
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]
} |
Ementa e Acórdão
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 146.889 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:KELLEM FABIANE GONSALES CARVALHO
ADV.(A/S)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO
PAULO
AGDO.(A/S)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
EMENTA
Agravo regimental em habeas corpus. Processual Penal. Execução
da pena. Dias remidos. Artigo 128 da LEP. Cômputo como pena
efetivamente cumprida. Questão não analisada pelas instâncias
antecedentes. Apreciação per saltum. Impossibilidade. Dupla supressão
de instância caracterizada. Precedentes. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Edson Fachin, na conformidade da ata do julgamento e
das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento
ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14249800.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6
Relatório
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 146.889 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:KELLEM FABIANE GONSALES CARVALHO
ADV.(A/S)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO
PAULO
AGDO.(A/S)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de
Kellem Fabiane Gonsales Carvalho, apontando como autoridade coatora
a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao
agravo regimental no HC nº 387.695/SP, Relator o Ministro Nefi Cordeiro.
Narrou a impetrante que se trata
“(...) de ação de execução penal em que o reeducando
encontra-se cumprindo pena em regime Fechado, tendo lhe
sido indeferido 1/3 do tempo a ser remido e declarado remidos
12 dias do total das penas impostas correspondente a 2/3 do
período 01/09/2012 a 02/11/2012.
Ocorre que os dias remidos foram descontados do total da
pena, já retirados antes do cálculo das frações, em vez de serem
computados como pena efetivamente cumprida, como
determina o artigo 128 da LEP.
Inconformado com tal decisão, o paciente interpôs o
recurso de Agravo em Execução perante o Egrégio Tribunal de
Justiça do Estado de São Paulo, tendo sua 07ª Câmara de
Direito Criminal não conhecendo do recurso, considerando
necessária a instrução dos autos com copias do novo cálculo.
Ante o exposto, a Defesa impetrou habeas corpus ao
Superior Tribunal de Justiça, o qual foi indeferido pela 6ª Turma
daquele C. Tribunal”.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14249797.
Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 146.889 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:KELLEM FABIANE GONSALES CARVALHO
ADV.(A/S)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO
PAULO
AGDO.(A/S)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de
Kellem Fabiane Gonsales Carvalho, apontando como autoridade coatora
a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao
agravo regimental no HC nº 387.695/SP, Relator o Ministro Nefi Cordeiro.
Narrou a impetrante que se trata
“(...) de ação de execução penal em que o reeducando
encontra-se cumprindo pena em regime Fechado, tendo lhe
sido indeferido 1/3 do tempo a ser remido e declarado remidos
12 dias do total das penas impostas correspondente a 2/3 do
período 01/09/2012 a 02/11/2012.
Ocorre que os dias remidos foram descontados do total da
pena, já retirados antes do cálculo das frações, em vez de serem
computados como pena efetivamente cumprida, como
determina o artigo 128 da LEP.
Inconformado com tal decisão, o paciente interpôs o
recurso de Agravo em Execução perante o Egrégio Tribunal de
Justiça do Estado de São Paulo, tendo sua 07ª Câmara de
Direito Criminal não conhecendo do recurso, considerando
necessária a instrução dos autos com copias do novo cálculo.
Ante o exposto, a Defesa impetrou habeas corpus ao
Superior Tribunal de Justiça, o qual foi indeferido pela 6ª Turma
daquele C. Tribunal”.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14249797.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6
Relatório
HC 146889 AGR / SP
Sustentou que seria “de rigor a reforma da decisão, para homologar
os cálculos apresentados pela defesa e para determinar que os dias
remidos sejam sempre computados como pena efetivamente cumprida”.
Requereu, liminarmente, a concessão da ordem para “determinar
que os dias remidos sejam sempre computados como pena efetivamente
cumprida”.
Em 28/9/17, neguei seguimento ao habeas corpus (art. 21, § 1º, do
RISTF), ficando, por consequência, prejudicado o pedido de liminar.
Contra essa decisão a defesa interpõe, tempestivamente, o presente
agravo regimental, no qual questiona os fundamentos da decisão
agravada, bem como reitera os fundamentos suscitados na inicial da
impetração.
Instado a se manifestar, o Ministério Público Federal, em parecer da
lavra do Subprocurador-Geral da República Edson Oliveira de Almeida,
opinou pelo não provimento do recurso.
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14249797.
Supremo Tribunal Federal
HC 146889 AGR / SP
Sustentou que seria “de rigor a reforma da decisão, para homologar
os cálculos apresentados pela defesa e para determinar que os dias
remidos sejam sempre computados como pena efetivamente cumprida”.
Requereu, liminarmente, a concessão da ordem para “determinar
que os dias remidos sejam sempre computados como pena efetivamente
cumprida”.
Em 28/9/17, neguei seguimento ao habeas corpus (art. 21, § 1º, do
RISTF), ficando, por consequência, prejudicado o pedido de liminar.
Contra essa decisão a defesa interpõe, tempestivamente, o presente
agravo regimental, no qual questiona os fundamentos da decisão
agravada, bem como reitera os fundamentos suscitados na inicial da
impetração.
Instado a se manifestar, o Ministério Público Federal, em parecer da
lavra do Subprocurador-Geral da República Edson Oliveira de Almeida,
opinou pelo não provimento do recurso.
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 146.889 SÃO PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O recurso não reúne as condições para prosperar.
Transcrevo o teor do julgado proferido pelo Superior Tribunal de
Justiça:
“AGRAVO REGIMENTAL EM
HABEAS CORPUS.
EXECUÇÃO PENAL. DIAS REMIDOS. ART. 128 DA LEP.
CÔMPUTO COMO PENA EFETIVAMENTE CUMPRIDA.
ALEGAÇÃO DE INOBSERVÂNCIA DA DISPOSIÇÃO LEGAL.
NÃO CONHECIMENTO NA ORIGEM. SUPRESSÃO DE
INSTÂNCIA. AUSÊNCIA DE PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA.
DECISÃO CONSOANTE A JURISPRUDÊNCIA DO STJ.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL INEXISTENTE. DECISÃO
MANTIDA. AGRAVO IMPROVIDO.
1. Não tendo sido o recurso conhecido na origem pelo
Tribunal de Justiça por deficiência de instrução, não há como
ser apreciada a questão por esta Corte Superior, sob pena de
indevida supressão de instância.
2. Não há falar em constrangimento ilegal decorrente do
não conhecimento do agravo em execução na origem, na
medida em que devidamente fundamentado na falta de peças e
em elementos nos autos suficientes a comprovar a efetiva
inobservância do disposto no art. 128 da LEP, devendo a
decisão ser mantida por seus fundamentos.
3. Agravo regimental improvido” (anexo 6).
Com efeito, o Superior Tribunal de Justiça, deixou de apreciar a tese
relacionada à suposta inobservância do disposto no art. 128 da LEP, uma
vez que ela não foi objeto de deliberação no Tribunal de Justiça estadual,
já que o impetrante não instruiu o pedido com documentos que
comprovassem o alegado.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14249798.
Supremo Tribunal Federal
12/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 146.889 SÃO PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O recurso não reúne as condições para prosperar.
Transcrevo o teor do julgado proferido pelo Superior Tribunal de
Justiça:
“AGRAVO REGIMENTAL EM
HABEAS CORPUS.
EXECUÇÃO PENAL. DIAS REMIDOS. ART. 128 DA LEP.
CÔMPUTO COMO PENA EFETIVAMENTE CUMPRIDA.
ALEGAÇÃO DE INOBSERVÂNCIA DA DISPOSIÇÃO LEGAL.
NÃO CONHECIMENTO NA ORIGEM. SUPRESSÃO DE
INSTÂNCIA. AUSÊNCIA DE PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA.
DECISÃO CONSOANTE A JURISPRUDÊNCIA DO STJ.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL INEXISTENTE. DECISÃO
MANTIDA. AGRAVO IMPROVIDO.
1. Não tendo sido o recurso conhecido na origem pelo
Tribunal de Justiça por deficiência de instrução, não há como
ser apreciada a questão por esta Corte Superior, sob pena de
indevida supressão de instância.
2. Não há falar em constrangimento ilegal decorrente do
não conhecimento do agravo em execução na origem, na
medida em que devidamente fundamentado na falta de peças e
em elementos nos autos suficientes a comprovar a efetiva
inobservância do disposto no art. 128 da LEP, devendo a
decisão ser mantida por seus fundamentos.
3. Agravo regimental improvido” (anexo 6).
Com efeito, o Superior Tribunal de Justiça, deixou de apreciar a tese
relacionada à suposta inobservância do disposto no art. 128 da LEP, uma
vez que ela não foi objeto de deliberação no Tribunal de Justiça estadual,
já que o impetrante não instruiu o pedido com documentos que
comprovassem o alegado.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14249798.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
HC 146889 AGR / SP
Logo, a apreciação dessa questão, de forma originária, neste ensejo,
configuraria inadmissível dupla supressão de instância (v.g. RHC nº
112.705/DF, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 21/3/13).
Com efeito, este Supremo Tribunal tem assentado a impossibilidade
de, em exame per saltum, apreciar questão não analisada pelas instâncias
antecedentes, sob pena de incorrer em grave violação das regras de
competência constitucionalmente previstas.
Perfilhando esse entendimento: HC nº 111.171/DF, Primeira Turma,
de minha relatoria, DJe de 9/4/12; HC nº 103.131/SP, Primeira Turma,
Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 15/10/10; HC nº
102.783/SP, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de
28/5/10; e HC nº 96.555/MG, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim
Barbosa, DJe de 18/12/09, entre outros.
Tem-se, portanto, que as razões do ora agravante não são suficientes
para infirmar a decisão questionada.
Nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 146889 AGR / SP
Logo, a apreciação dessa questão, de forma originária, neste ensejo,
configuraria inadmissível dupla supressão de instância (v.g. RHC nº
112.705/DF, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 21/3/13).
Com efeito, este Supremo Tribunal tem assentado a impossibilidade
de, em exame per saltum, apreciar questão não analisada pelas instâncias
antecedentes, sob pena de incorrer em grave violação das regras de
competência constitucionalmente previstas.
Perfilhando esse entendimento: HC nº 111.171/DF, Primeira Turma,
de minha relatoria, DJe de 9/4/12; HC nº 103.131/SP, Primeira Turma,
Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 15/10/10; HC nº
102.783/SP, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de
28/5/10; e HC nº 96.555/MG, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim
Barbosa, DJe de 18/12/09, entre outros.
Tem-se, portanto, que as razões do ora agravante não são suficientes
para infirmar a decisão questionada.
Nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6
Extrato de Ata - 12/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 146.889
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : KELLEM FABIANE GONSALES CARVALHO
ADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Ministros Gilmar Mendes e Ricardo
Lewandowski. Presidência do Ministro Edson Fachin. 2ª Turma,
12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Edson Fachin. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello e Dias Toffoli.
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e
Ricardo Lewandowski.
Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio
Marques.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14292818
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 146.889
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : KELLEM FABIANE GONSALES CARVALHO
ADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por votação unânime, negou provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Ministros Gilmar Mendes e Ricardo
Lewandowski. Presidência do Ministro Edson Fachin. 2ª Turma,
12.12.2017.
Presidência do Senhor Ministro Edson Fachin. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello e Dias Toffoli.
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Gilmar Mendes e
Ricardo Lewandowski.
Subprocuradora-Geral da República, Dra. Cláudia Sampaio
Marques.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14292818
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14300911 | 2017-12-12T00:00:00 | 2018-02-06T00:00:00 | A Turma, por votação unânime, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Presidência do Ministro Edson Fachin. 2ª Turma, 12.12.2017. | AG.REG. NO HABEAS CORPUS | EMENTA
Agravo regimental em habeas corpus. Processual Penal. Execução da pena. Dias remidos. Artigo 128 da LEP. Cômputo como pena efetivamente cumprida. Questão não analisada pelas instâncias antecedentes. Apreciação per saltum. Impossibilidade. Dupla supressão de instância caracterizada. Precedentes. Agravo regimental não provido. | sjur379853 | - Acórdão(s) citado(s):
(SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA)
HC 96555 (2ªT), HC 102783 (1ªT), HC 103131 (1ªT), HC 111171 (1ªT), RHC 112705 (1ªT).
Número de páginas: 6.
Análise: 16/02/2018, MAD. | DIAS TOFFOLI | Segunda Turma | 146889 | [
"LEG-FED LEI-007210 ANO-1984\n ART-00128\n LEP-1984 LEI DE EXECUÇÃO PENAL"
] | HC-AgR | acordaos | HC 146889 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : KELLEM FABIANE GONSALES CARVALHO
ADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 146 . 889",
"HABEAS CORPUS 146 . 889",
"HC [UNK] 387 . 695 / SP",
"HC [UNK] 387 . 695 / SP",
"HC 146889 AGR / SP",
"HC 146889 AGR / SP",
"HABEAS CORPUS 146 . 889",
"HABEAS CORPUS 146 . 889 SÃO",
"HC 146889 AGR / SP",
"RHC [UNK] 112 . 705 / DF",
"HC [UNK] 111 . 171 / DF",
"HC [UNK] 103 . 131 / SP",
"HC [UNK] 102 . 783 / SP",
"HC [UNK] 96 . 555 / MG",
"HC 146889 AGR / SP",
"RHC [UNK] 112 . 705 / DF",
"HC [UNK] 111 . 171 / DF",
"HC [UNK] 103 . 131 / SP",
"HC [UNK] 102 . 783 / SP",
"HC [UNK] 96 . 555 / MG",
"HABEAS CORPUS 146 . 889",
"HABEAS CORPUS 146 . 889"
],
"LEGISLACAO": [
"Artigo 128 da LEP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 128 da LEP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 128 da LEP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART",
"art . 128 da LEP",
"art . 128 da LEP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 128 DA LEP",
"art . 128 da LEP",
"art . 128 da LEP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Segunda Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"[UNK] Câmara de Direito Criminal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"[UNK] Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"[UNK] Câmara de Direito Criminal",
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"[UNK] Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Ministério Público Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público Federal",
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"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
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"Superior Tribunal de Justiça",
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"Brasil",
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"STJ",
"Superior Tribunal de Justiça",
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"Brasil",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
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"ICP",
"-",
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"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
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"-",
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"SEGUNDA TURMA",
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"[UNK] Turma",
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"[UNK] Turma",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"KELLEM FABIANE GONSALES CARVALHO",
"Edson Fachin",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"KELLEM FABIANE GONSALES CARVALHO",
"DIAS TOFFOLI",
"Kellem Fabiane Gonsales Carvalho",
"Nefi Cordeiro",
"DIAS TOFFOLI",
"KELLEM FABIANE GONSALES CARVALHO",
"DIAS TOFFOLI",
"Kellem Fabiane Gonsales Carvalho",
"Nefi Cordeiro",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Edson Oliveira de Almeida",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Ricardo Lewandowski",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"DIAS TOFFOLI",
"KELLEM FABIANE GONSALES CARVALHO",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Edson Fachin",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Dias Toffoli",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Cláudia Sampaio Marques",
"Ravena Siqueira",
"DIAS TOFFOLI",
"KELLEM FABIANE GONSALES CARVALHO",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Edson Fachin",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Dias Toffoli",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Cláudia Sampaio Marques",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"12 de dezembro de 2017",
"24",
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"08",
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"2001",
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"/",
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"/",
"2017",
"01",
"/",
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"/",
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"/",
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"/",
"2012",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"01",
"/",
"09",
"/",
"2012",
"02",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
"9",
"/",
"17",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
"/",
"9",
"/",
"17",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
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"08",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
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"/",
"13",
"9",
"/",
"4",
"/",
"12",
"15",
"/",
"10",
"/",
"10",
"28",
"/",
"5",
"/",
"10",
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"/",
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"/",
"09",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
"3",
"/",
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"9",
"/",
"4",
"/",
"12",
"15",
"/",
"10",
"/",
"10",
"28",
"/",
"5",
"/",
"10",
"18",
"/",
"12",
"/",
"09",
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"/",
"08",
"/",
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"/",
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"/",
"2017",
"12",
".",
"12",
".",
"2017",
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".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.068.323 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE JUNQUEIRÓPOLIS
ADV.(A/S)
:JAIRO DOS SANTOS
ADV.(A/S)
:JOSE LUIS SILVA ABONIZIO
ADV.(A/S)
:CLAUDIA IWAKI
AGDO.(A/S)
:LEILA ANDREA NEGRINI COSTA
ADV.(A/S)
:LOREN PATRICIA DE MOURA
E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO –
ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – OFENSA
INDIRETA À CONSTITUIÇÃO – REEXAME DE FATOS E PROVAS –
IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 279/STF – DIREITO LOCAL –
SÚMULA 280/STF – SUCUMBÊNCIA RECURSAL – MAJORAÇÃO
DA VERBA HONORÁRIA
–
PRECEDENTE (PLENO) –
NECESSÁRIA OBSERVÂNCIA DOS LIMITES ESTABELECIDOS NO
ART. 85, §§ 2º E 3º DO CPC –AGRAVO INTERNO IMPROVIDO.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Sessão Virtual da Segunda Turma, na
conformidade da ata de julgamentos, por unanimidade de votos, em
negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator.
Brasília, Sessão Virtual de 01 a 07 de dezembro de 2017.
CELSO DE MELLO – RELATOR
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.068.323 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE JUNQUEIRÓPOLIS
ADV.(A/S)
:JAIRO DOS SANTOS
ADV.(A/S)
:JOSE LUIS SILVA ABONIZIO
ADV.(A/S)
:CLAUDIA IWAKI
AGDO.(A/S)
:LEILA ANDREA NEGRINI COSTA
ADV.(A/S)
:LOREN PATRICIA DE MOURA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se
de agravo interno, tempestivamente interposto, contra decisão que, ao
apreciar o ARE, não conheceu do recurso extraordinário a que ele se
refere, por ser o apelo extremo manifestamente inadmissível.
Inconformada com esse ato decisório, a parte ora agravante interpõe
o presente agravo interno, postulando o provimento do recurso que
deduziu.
Por não me convencer das razões expostas, submeto à apreciação
desta colenda Turma o presente recurso de agravo.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286258.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.068.323 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE JUNQUEIRÓPOLIS
ADV.(A/S)
:JAIRO DOS SANTOS
ADV.(A/S)
:JOSE LUIS SILVA ABONIZIO
ADV.(A/S)
:CLAUDIA IWAKI
AGDO.(A/S)
:LEILA ANDREA NEGRINI COSTA
ADV.(A/S)
:LOREN PATRICIA DE MOURA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se
de agravo interno, tempestivamente interposto, contra decisão que, ao
apreciar o ARE, não conheceu do recurso extraordinário a que ele se
refere, por ser o apelo extremo manifestamente inadmissível.
Inconformada com esse ato decisório, a parte ora agravante interpõe
o presente agravo interno, postulando o provimento do recurso que
deduziu.
Por não me convencer das razões expostas, submeto à apreciação
desta colenda Turma o presente recurso de agravo.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.068.323 SÃO
PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não
assiste razão à parte ora recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se,
com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo
Tribunal Federal na matéria ora em exame.
Na realidade, os argumentos apresentados pela parte agravante
mostram-se insuficientes para alterar o ato impugnado, pois consistem
em mera reiteração dos fundamentos anteriormente deduzidos e que
foram devidamente refutados na decisão que se busca reformar, razão
pela qual deve ser mantido o julgamento em referência, eis que o suporte
argumentativo em que se apoia o ato decisório mencionado é suficiente
para justificar a resolução do litígio recursal.
Tal como ressaltado na decisão ora agravada, o Supremo Tribunal
Federal tem enfatizado, a propósito da questão pertinente à transgressão
constitucional indireta, que, em regra, as alegações de desrespeito aos
postulados da legalidade, da motivação dos atos decisórios, do contraditório,
do devido processo legal, dos limites da coisa julgada e da prestação
jurisdicional podem configurar, quando muito, situações caracterizadoras
de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, hipóteses em que
não se revelará admissível o recurso extraordinário (AI 165.054/SP, Rel. Min.
CELSO DE MELLO – AI 174.473/MG, Rel. Min. CELSO DE MELLO –
AI 182.811/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO – AI 188.762-AgR/PR, Rel.
Min. SYDNEY SANCHES – RE 236.333/DF, Red. p/ o acórdão Min.
NELSON JOBIM, v.g.).
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11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.068.323 SÃO
PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não
assiste razão à parte ora recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se,
com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo
Tribunal Federal na matéria ora em exame.
Na realidade, os argumentos apresentados pela parte agravante
mostram-se insuficientes para alterar o ato impugnado, pois consistem
em mera reiteração dos fundamentos anteriormente deduzidos e que
foram devidamente refutados na decisão que se busca reformar, razão
pela qual deve ser mantido o julgamento em referência, eis que o suporte
argumentativo em que se apoia o ato decisório mencionado é suficiente
para justificar a resolução do litígio recursal.
Tal como ressaltado na decisão ora agravada, o Supremo Tribunal
Federal tem enfatizado, a propósito da questão pertinente à transgressão
constitucional indireta, que, em regra, as alegações de desrespeito aos
postulados da legalidade, da motivação dos atos decisórios, do contraditório,
do devido processo legal, dos limites da coisa julgada e da prestação
jurisdicional podem configurar, quando muito, situações caracterizadoras
de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, hipóteses em que
não se revelará admissível o recurso extraordinário (AI 165.054/SP, Rel. Min.
CELSO DE MELLO – AI 174.473/MG, Rel. Min. CELSO DE MELLO –
AI 182.811/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO – AI 188.762-AgR/PR, Rel.
Min. SYDNEY SANCHES – RE 236.333/DF, Red. p/ o acórdão Min.
NELSON JOBIM, v.g.).
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 1068323 AGR / SP
É por essa razão que a situação de ofensa indireta ao texto
constitucional, quando ocorrente, não bastará, só por si, para viabilizar o
acesso à via recursal extraordinária.
Nem se alegue, neste ponto, que a suposta transgressão ao
ordenamento legal – derivada da interpretação que lhe deu o Tribunal
“a quo” – teria importado em desrespeito ao princípio constitucional da
legalidade.
Não se pode desconsiderar, quanto a tal postulado, a orientação
firmada pelo Supremo Tribunal Federal, cuja jurisprudência vem
proclamando, a propósito desse tema, que o procedimento hermenêutico do
Tribunal inferior – quando examina o quadro normativo positivado pelo
Estado e dele extrai a interpretação dos diversos diplomas legais que o
compõem, para, em razão da inteligência e do sentido exegético que lhes
der, obter os elementos necessários à exata composição da lide –
não transgride, diretamente, o princípio da legalidade (AI 161.396-AgR/SP,
Rel. Min. CELSO DE MELLO – AI 192.995-AgR/PE, Rel. Min. CARLOS
VELLOSO – AI 307.711/PA, Rel. Min. CELSO DE MELLO).
É por essa razão – ausência de conflito imediato com o texto da
Constituição – que a jurisprudência desta Corte vem enfatizando que
“A boa ou má interpretação de norma infraconstitucional não enseja o
recurso extraordinário, sob color de ofensa ao princípio da legalidade (CF,
art. 5º, II)” (RTJ 144/962, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – grifei):
“A alegação de ofensa ao princípio da legalidade, inscrito
no art. 5º, II, da Constituição da República, não autoriza, só por si, o
acesso à via recursal extraordinária, pelo fato de tal alegação tornar
indispensável, para efeito de sua constatação, o exame prévio do
ordenamento positivo de caráter infraconstitucional, dando ensejo,
em tal situação, à possibilidade de reconhecimento de hipótese
2
Supremo Tribunal Federal
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ARE 1068323 AGR / SP
É por essa razão que a situação de ofensa indireta ao texto
constitucional, quando ocorrente, não bastará, só por si, para viabilizar o
acesso à via recursal extraordinária.
Nem se alegue, neste ponto, que a suposta transgressão ao
ordenamento legal – derivada da interpretação que lhe deu o Tribunal
“a quo” – teria importado em desrespeito ao princípio constitucional da
legalidade.
Não se pode desconsiderar, quanto a tal postulado, a orientação
firmada pelo Supremo Tribunal Federal, cuja jurisprudência vem
proclamando, a propósito desse tema, que o procedimento hermenêutico do
Tribunal inferior – quando examina o quadro normativo positivado pelo
Estado e dele extrai a interpretação dos diversos diplomas legais que o
compõem, para, em razão da inteligência e do sentido exegético que lhes
der, obter os elementos necessários à exata composição da lide –
não transgride, diretamente, o princípio da legalidade (AI 161.396-AgR/SP,
Rel. Min. CELSO DE MELLO – AI 192.995-AgR/PE, Rel. Min. CARLOS
VELLOSO – AI 307.711/PA, Rel. Min. CELSO DE MELLO).
É por essa razão – ausência de conflito imediato com o texto da
Constituição – que a jurisprudência desta Corte vem enfatizando que
“A boa ou má interpretação de norma infraconstitucional não enseja o
recurso extraordinário, sob color de ofensa ao princípio da legalidade (CF,
art. 5º, II)” (RTJ 144/962, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – grifei):
“A alegação de ofensa ao princípio da legalidade, inscrito
no art. 5º, II, da Constituição da República, não autoriza, só por si, o
acesso à via recursal extraordinária, pelo fato de tal alegação tornar
indispensável, para efeito de sua constatação, o exame prévio do
ordenamento positivo de caráter infraconstitucional, dando ensejo,
em tal situação, à possibilidade de reconhecimento de hipótese
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 1068323 AGR / SP
de mera transgressão indireta ao texto da Carta Política.
Precedentes.”
(RTJ 189/336-337, Rel. Min. CELSO DE MELLO)
“E é pacífica a jurisprudência do S.T.F., no sentido de não
admitir, em R.E., alegação de ofensa indireta à Constituição
Federal, por má interpretação de normas infraconstitucionais,
como as trabalhistas e processuais (…).”
(AI 153.310-AgR/RS, Rel. Min. SYDNEY SANCHES –
grifei)
Não foi por outro motivo que o eminente Ministro MOREIRA
ALVES, Relator, ao apreciar o tema pertinente ao postulado da
legalidade, em conexão com o emprego do recurso extraordinário, assim
se pronunciou:
“A alegação de ofensa ao artigo 5º, II, da Constituição, por
implicar o exame prévio da legislação infraconstitucional, é
alegação de infringência indireta ou reflexa à Carta Magna, não
dando margem, assim, ao cabimento do recurso extraordinário.”
(AI 339.607/MG, Rel. Min. MOREIRA ALVES – grifei)
Cumpre acentuar, por oportuno, que essa orientação acha-se
presentemente sumulada por esta Corte, como resulta claro da Súmula 636
do Supremo Tribunal Federal, cuja formulação possui o seguinte
conteúdo:
“Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao
princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação
pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais
pela decisão recorrida.” (grifei)
Desse modo, qualquer que seja o ângulo sob o qual se examine a
pretensão recursal deduzida pela parte ora recorrente, o fato é que
essa postulação
encontra
obstáculo
de ordem técnica na
3
Supremo Tribunal Federal
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ARE 1068323 AGR / SP
de mera transgressão indireta ao texto da Carta Política.
Precedentes.”
(RTJ 189/336-337, Rel. Min. CELSO DE MELLO)
“E é pacífica a jurisprudência do S.T.F., no sentido de não
admitir, em R.E., alegação de ofensa indireta à Constituição
Federal, por má interpretação de normas infraconstitucionais,
como as trabalhistas e processuais (…).”
(AI 153.310-AgR/RS, Rel. Min. SYDNEY SANCHES –
grifei)
Não foi por outro motivo que o eminente Ministro MOREIRA
ALVES, Relator, ao apreciar o tema pertinente ao postulado da
legalidade, em conexão com o emprego do recurso extraordinário, assim
se pronunciou:
“A alegação de ofensa ao artigo 5º, II, da Constituição, por
implicar o exame prévio da legislação infraconstitucional, é
alegação de infringência indireta ou reflexa à Carta Magna, não
dando margem, assim, ao cabimento do recurso extraordinário.”
(AI 339.607/MG, Rel. Min. MOREIRA ALVES – grifei)
Cumpre acentuar, por oportuno, que essa orientação acha-se
presentemente sumulada por esta Corte, como resulta claro da Súmula 636
do Supremo Tribunal Federal, cuja formulação possui o seguinte
conteúdo:
“Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao
princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação
pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais
pela decisão recorrida.” (grifei)
Desse modo, qualquer que seja o ângulo sob o qual se examine a
pretensão recursal deduzida pela parte ora recorrente, o fato é que
essa postulação
encontra
obstáculo
de ordem técnica na
3
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 1068323 AGR / SP
jurisprudência firmada pelo Supremo Tribunal Federal, consoante
resulta claro de decisão, que, emanada desta Corte, reflete, com absoluta
fidelidade, o entendimento jurisprudencial prevalecente no âmbito do
Tribunal:
“Inviável o processamento do extraordinário para debater
matéria infraconstitucional, sob o argumento de violação ao
disposto nos artigos 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV e 93, IX da
Constituição.
Agravo regimental improvido.”
(AI 437.201-AgR/SP, Rel. Min. ELLEN GRACIE –
grifei)
Cabe registrar, de outro lado, que incidem, na espécie, os enunciados
constantes das Súmulas 279/STF e 280/STF, que assim dispõem:
“Para simples reexame de prova, não cabe recurso
extraordinário.” (grifei)
“Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário.”
(grifei)
É que, para se acolher o pleito deduzido em sede recursal
extraordinária, tornar-se-ia necessário o reexame dos fatos e das provas
constantes dos autos, circunstância essa que obsta, como acima observado,
o próprio conhecimento do apelo extremo, em face do que se contém
na Súmula 279/STF.
Observo, ainda, que a questão ora em exame foi decidida com base
no direito local (Lei Complementar municipal nº 567/2014), sem qualquer
repercussão direta no plano normativo da Constituição da República,
configurando, por isso mesmo, situação que inviabiliza, por completo,
por efeito do que dispõe a Súmula 280/STF, a possibilidade de utilização
do recurso extraordinário.
4
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ARE 1068323 AGR / SP
jurisprudência firmada pelo Supremo Tribunal Federal, consoante
resulta claro de decisão, que, emanada desta Corte, reflete, com absoluta
fidelidade, o entendimento jurisprudencial prevalecente no âmbito do
Tribunal:
“Inviável o processamento do extraordinário para debater
matéria infraconstitucional, sob o argumento de violação ao
disposto nos artigos 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV e 93, IX da
Constituição.
Agravo regimental improvido.”
(AI 437.201-AgR/SP, Rel. Min. ELLEN GRACIE –
grifei)
Cabe registrar, de outro lado, que incidem, na espécie, os enunciados
constantes das Súmulas 279/STF e 280/STF, que assim dispõem:
“Para simples reexame de prova, não cabe recurso
extraordinário.” (grifei)
“Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário.”
(grifei)
É que, para se acolher o pleito deduzido em sede recursal
extraordinária, tornar-se-ia necessário o reexame dos fatos e das provas
constantes dos autos, circunstância essa que obsta, como acima observado,
o próprio conhecimento do apelo extremo, em face do que se contém
na Súmula 279/STF.
Observo, ainda, que a questão ora em exame foi decidida com base
no direito local (Lei Complementar municipal nº 567/2014), sem qualquer
repercussão direta no plano normativo da Constituição da República,
configurando, por isso mesmo, situação que inviabiliza, por completo,
por efeito do que dispõe a Súmula 280/STF, a possibilidade de utilização
do recurso extraordinário.
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 1068323 AGR / SP
A mera análise do acórdão recorrido torna evidente que o
E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ao proferir a decisão
questionada, fundamentou as suas conclusões em aspectos fático-
-probatórios e em interpretação de direito local:
“Com efeito, é incontroverso que a apelada labora na função de
técnica de enfermagem e os documentos acostados aos autos
evidenciam que a atividade é insalubre, tanto assim, que a apelante
regularizou o pagamento da referida verba a partir de 2014 (fls. 25).
Ademais, a apelante reconheceu expressamente que a atividade
de enfermeira executada pela apelada, desde sua admissão em
01/01/2006, é insalubre, fato atestado por laudo elaborado por
profissional especializado contratado pela própria ré (fls. 60-64).
Desse modo, em consonância com a Lei Complementar
Municipal nº 567/2014 (fls. 55-57), é devido o pagamento do
'adicional de insalubridade no importe de 20% (vinte por cento) sobre
o salário base da apelada desde sua admissão, visto que já se
encontrava exposta ao agente insalubre que poderia lhe causar
violação à integridade física e psíquica, afrontando o seu direito
fundamental à vida e à saúde (artigo 5º ‘caput’ e artigo 6º da
Constituição), aplicando-se a prescrição quinquenal aos valores
pretéritos a serem pagos.”
Impende assinalar, finalmente, por relevante, que o entendimento
ora exposto tem sido observado em julgamentos proferidos no âmbito
desta Suprema Corte (ARE 1.068.139/SP, Rel. Min. MARCO AURÉLIO –
ARE 1.074.695/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – ARE 1.080.025/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, v.g.).
Sendo assim, e em face das razões expostas, nego provimento ao
presente agravo interno, mantendo, em consequência, por seus próprios
fundamentos, a decisão recorrida.
Majoro, ainda, em 10% (dez por cento), nos termos do art. 85, § 11,
do CPC, a verba honorária anteriormente arbitrada nestes autos, observados
5
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ARE 1068323 AGR / SP
A mera análise do acórdão recorrido torna evidente que o
E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ao proferir a decisão
questionada, fundamentou as suas conclusões em aspectos fático-
-probatórios e em interpretação de direito local:
“Com efeito, é incontroverso que a apelada labora na função de
técnica de enfermagem e os documentos acostados aos autos
evidenciam que a atividade é insalubre, tanto assim, que a apelante
regularizou o pagamento da referida verba a partir de 2014 (fls. 25).
Ademais, a apelante reconheceu expressamente que a atividade
de enfermeira executada pela apelada, desde sua admissão em
01/01/2006, é insalubre, fato atestado por laudo elaborado por
profissional especializado contratado pela própria ré (fls. 60-64).
Desse modo, em consonância com a Lei Complementar
Municipal nº 567/2014 (fls. 55-57), é devido o pagamento do
'adicional de insalubridade no importe de 20% (vinte por cento) sobre
o salário base da apelada desde sua admissão, visto que já se
encontrava exposta ao agente insalubre que poderia lhe causar
violação à integridade física e psíquica, afrontando o seu direito
fundamental à vida e à saúde (artigo 5º ‘caput’ e artigo 6º da
Constituição), aplicando-se a prescrição quinquenal aos valores
pretéritos a serem pagos.”
Impende assinalar, finalmente, por relevante, que o entendimento
ora exposto tem sido observado em julgamentos proferidos no âmbito
desta Suprema Corte (ARE 1.068.139/SP, Rel. Min. MARCO AURÉLIO –
ARE 1.074.695/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – ARE 1.080.025/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX, v.g.).
Sendo assim, e em face das razões expostas, nego provimento ao
presente agravo interno, mantendo, em consequência, por seus próprios
fundamentos, a decisão recorrida.
Majoro, ainda, em 10% (dez por cento), nos termos do art. 85, § 11,
do CPC, a verba honorária anteriormente arbitrada nestes autos, observados
5
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 1068323 AGR / SP
os limites estabelecidos nos §§ 2º e 3º desse mesmo art. 85 do
referido estatuto processual civil e considerada a orientação que culminou
por prevalecer no Plenário desta Suprema Corte no julgamento da
AO 2.063-AgR/CE, Red. p/ o acórdão Min. LUIZ FUX.
Assinalo, para efeito de mero registro, que fiquei vencido no
julgamento ora mencionado, pois entendia que a ausência de
contrarrazões recursais, por
não
implicar “trabalho adicional”,
desautorizava a majoração da verba honorária.
É o meu voto.
6
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ARE 1068323 AGR / SP
os limites estabelecidos nos §§ 2º e 3º desse mesmo art. 85 do
referido estatuto processual civil e considerada a orientação que culminou
por prevalecer no Plenário desta Suprema Corte no julgamento da
AO 2.063-AgR/CE, Red. p/ o acórdão Min. LUIZ FUX.
Assinalo, para efeito de mero registro, que fiquei vencido no
julgamento ora mencionado, pois entendia que a ausência de
contrarrazões recursais, por
não
implicar “trabalho adicional”,
desautorizava a majoração da verba honorária.
É o meu voto.
6
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Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.068.323
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE JUNQUEIRÓPOLIS
ADV.(A/S) : JAIRO DOS SANTOS (341527/SP)
ADV.(A/S) : JOSE LUIS SILVA ABONIZIO (337280/SP)
ADV.(A/S) : CLAUDIA IWAKI (265846/SP)
AGDO.(A/S) : LEILA ANDREA NEGRINI COSTA
ADV.(A/S) : LOREN PATRICIA DE MOURA (277928/SP)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso
de agravo, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217740
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.068.323
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE JUNQUEIRÓPOLIS
ADV.(A/S) : JAIRO DOS SANTOS (341527/SP)
ADV.(A/S) : JOSE LUIS SILVA ABONIZIO (337280/SP)
ADV.(A/S) : CLAUDIA IWAKI (265846/SP)
AGDO.(A/S) : LEILA ANDREA NEGRINI COSTA
ADV.(A/S) : LOREN PATRICIA DE MOURA (277928/SP)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso
de agravo, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217740
Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14300976 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-06T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO – REEXAME DE FATOS E PROVAS – IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 279/STF – DIREITO LOCAL – SÚMULA 280/STF – SUCUMBÊNCIA RECURSAL – MAJORAÇÃO DA VERBA HONORÁRIA – PRECEDENTE (PLENO) – NECESSÁRIA OBSERVÂNCIA DOS LIMITES ESTABELECIDOS NO ART. 85, §§ 2º E 3º DO CPC –AGRAVO INTERNO IMPROVIDO. | sjur379797 | - Acórdão(s) citado(s):
(PRINCÍPIOS PROCESSUAIS)
AI 188762 AgR (2ªT).
(PRINCÍPIO DA LEGALIDADE)
AI 192995 AgR (2ªT), AI 161396 AgR.
(SÚMULA 279)
ARE 1068139 AgR (1ªT), ARE 1080025 AgR (1ªT), ARE 1074695 AgR (2ªT).
- Decisões monocráticas citadas:
(PRINCÍPIOS PROCESSUAIS)
AI 182811, RE 236333.
Número de páginas: 9.
Análise: 16/02/2018, BMP. | CELSO DE MELLO | Segunda Turma | 1068323 | [
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-00085 PAR-00002 PAR-00003\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000280 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n",
"LEG-MUN LCP-000567 ANO-2014\n LEI COMPLEMENTAR DO MUNICÍPIO DE JUNQUEIRÓPOLIS, SP"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 1068323 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE JUNQUEIRÓPOLIS
ADV.(A/S) : JAIRO DOS SANTOS
ADV.(A/S) : JOSE LUIS SILVA ABONIZIO
ADV.(A/S) : CLAUDIA IWAKI
AGDO.(A/S) : LEILA ANDREA NEGRINI COSTA
ADV.(A/S) : LOREN PATRICIA DE MOURA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1 . 068 . 323",
"SÚMULA 279 / STF",
"SÚMULA 280 / STF",
"AGRAVO 1 . 068 . 323",
"AGRAVO 1 . 068 . 323",
"AI 165 . 054 / SP",
"AI 174 . 473 / MG",
"AI 182 . 811 / SP",
"AI 188 . 762 - AgR / PR",
"RE 236 . 333 / DF",
"AI 165 . 054 / SP",
"AI 174 . 473 / MG",
"AI 182 . 811 / SP",
"AI 188 . 762 - AgR / PR",
"RE 236 . 333 / DF",
"ARE 1068323 AGR / SP",
"AI 161 . 396 - AgR / SP",
"AI 192 . 995 - AgR / PE",
"AI 307 . 711 / PA",
"RTJ 144 / 962",
"ARE 1068323",
"AI 161 . 396 - AgR / SP",
"AI 192 . 995 - AgR / PE",
"AI 307 . 711 / PA",
"RTJ",
"ARE 1068323 AGR / SP",
"RTJ 189 / 336 - 337",
"AI 153 . 310 - AgR / RS",
"AI 339 . 607 / MG",
"Súmula 636 do Supremo Tribunal Federal",
"ARE 1068323 AGR / SP",
"RTJ 189 / 336 - 337",
"AI 153 . 310 - AgR / RS",
"AI 339 . 607 / MG",
"Súmula 636 do Supremo Tribunal Federal",
"ARE 1068323 AGR / SP",
"AI 437 . 201 - AgR / SP",
"Súmulas 279 / STF",
"Súmula 279 /",
"Súmula 280 / STF",
"ARE 1068323 AGR / SP",
"AI 437 . 201 - AgR / SP",
"Súmulas 279 / STF",
"Súmula 279 / STF",
"Súmula 280 / STF",
"ARE 1068323 AGR",
"ARE 1 . 068 . 139 / SP",
"ARE 1 . 074 . 695 / SP",
"ARE 1 . 080 . 025 / SP",
"ARE 1068323 AGR / SP",
"ARE 1 . 068 . 139 / SP",
"ARE 1 . 074 . 695 / SP",
"ARE 1 . 080 . 025 / SP",
"ARE 1068323 AGR / SP",
"AO 2 . 063 - AgR / CE",
"ARE 1068323 AGR / SP",
"AO 2 . 063 - AgR / CE"
],
"LEGISLACAO": [
"ART . 85 , § § [UNK] E [UNK] DO CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"CF , art . [UNK] , II",
"art . [UNK] , II , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"CF , art . [UNK] , II",
"art . [UNK] , II , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Política",
"Constituição Federal",
"artigo [UNK] , II , da Constituição",
"Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Política",
"Constituição Federal",
"artigo [UNK] , II , da Constituição",
"Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] , II , XXXV , XXXVI , LIV e LV e 93 , IX da Constituição",
"Lei Complementar municipal [UNK] 567 / 2014",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] , II , XXXV , XXXVI , LIV e LV e 93 , IX da Constituição",
"Lei Complementar municipal [UNK] 567 / 2014",
"Constituição da",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar Municipal [UNK] 567 / 2014",
"artigo [UNK] ‘ caput ’ e artigo [UNK] da Constituição",
"art . 85 , § 11 , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar Municipal [UNK] 567 / 2014",
"artigo [UNK] ‘ caput ’ e artigo [UNK] da Constituição",
"art . 85 , § 11 , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"MUNICÍPIO DE JUNQUEIRÓPOLIS",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"MUNICÍPIO DE JUNQUEIRÓPOLIS",
"SÃO PAULO",
"MUNICÍPIO DE JUNQUEIRÓPOLIS"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"MUNICÍPIO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MUNICÍPIO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"AGR",
"/",
"SP",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"S",
".",
"T",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"S",
".",
"T",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Suprema Corte",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CELSO DE MELLO",
"JAIRO DOS SANTOS",
"JOSE LUIS SILVA ABONIZIO",
"CLAUDIA IWAKI",
"LEILA ANDREA NEGRINI COSTA",
"LOREN PATRICIA DE MOURA",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"JAIRO DOS SANTOS",
"JOSE LUIS SILVA ABONIZIO",
"CLAUDIA IWAKI",
"LEILA ANDREA NEGRINI COSTA",
"LOREN PATRICIA DE MOURA",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"JAIRO DOS SANTOS",
"JOSE LUIS SILVA ABONIZIO",
"CLAUDIA IWAKI",
"LEILA ANDREA NEGRINI COSTA",
"LOREN PATRICIA DE MOURA",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"SYDNEY SANCHES",
"NELSON JOBIM",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"SYDNEY SANCHES",
"NELSON JOBIM",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CARLOS VELLOSO",
"CELSO DE MELLO",
"CARLOS VELLOSO",
"CELSO DE MELLO",
"CARLOS VELLOSO",
"CELSO DE MELLO",
"CARLOS",
"VELLOSO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"SYDNEY SANCHES",
"MOREIRA ALVES",
"MOREIRA ALVES",
"CELSO DE MELLO",
"SYDNEY SANCHES",
"MOREIRA ALVES",
"MOREIRA ALVES",
"CELSO DE MELLO",
"ELLEN GRACIE",
"ELLEN GRACIE",
"CELSO DE MELLO",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"LUIZ FUX",
"CELSO DE MELLO",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"CELSO DE MELLO",
"JAIRO DOS SANTOS",
"JOSE LUIS SILVA ABONIZIO",
"CLAUDIA IWAKI",
"LEILA ANDREA NEGRINI COSTA",
"LOREN PATRICIA DE MOURA",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"CELSO DE MELLO",
"JAIRO DOS SANTOS",
"JOSE LUIS SILVA ABONIZIO",
"CLAUDIA IWAKI",
"LEILA ANDREA NEGRINI COSTA",
"LOREN PATRICIA DE MOURA",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"01",
"07 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2014",
"01",
"/",
"01",
"/",
"2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2014",
"01",
"/",
"01",
"/",
"2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.076.812
CEARÁ
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:CID FERREIRA GOMES
ADV.(A/S)
:ANDRE GARCIA XEREZ SILVA
AGDO.(A/S)
:COLIGAÇÃO CEARÁ DE TODOS
ADV.(A/S)
:WALDIR XAVIER DE LIMA FILHO
INTDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO –
MATÉRIA ELEITORAL – ALEGADA VIOLAÇÃO À PRECEITOS
CONSTITUCIONAIS –
AUSÊNCIA
DE OFENSA
DIRETA
À
CONSTITUIÇÃO
–
REEXAME DE FATOS
E
PROVAS
–
IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 279/STF – AGRAVO INTERNO
IMPROVIDO.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Sessão Virtual da Segunda Turma, na
conformidade da ata de julgamentos, por unanimidade de votos, em
negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator.
Brasília, Sessão Virtual de 01 a 07 de dezembro de 2017.
CELSO DE MELLO – RELATOR
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9
737
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.076.812
CEARÁ
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:CID FERREIRA GOMES
ADV.(A/S)
:ANDRE GARCIA XEREZ SILVA
AGDO.(A/S)
:COLIGAÇÃO CEARÁ DE TODOS
ADV.(A/S)
:WALDIR XAVIER DE LIMA FILHO
INTDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se
de agravo interno, tempestivamente interposto, contra decisão que, ao
apreciar o ARE, não conheceu do recurso extraordinário a que ele se refere,
por ser este manifestamente inadmissível.
Inconformada com esse ato decisório, a parte recorrente interpõe o
presente agravo interno, postulando o provimento do recurso que
deduziu.
Por não me convencer das razões expostas, submeto à apreciação
desta colenda Turma o presente recurso de agravo.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.076.812
CEARÁ
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:CID FERREIRA GOMES
ADV.(A/S)
:ANDRE GARCIA XEREZ SILVA
AGDO.(A/S)
:COLIGAÇÃO CEARÁ DE TODOS
ADV.(A/S)
:WALDIR XAVIER DE LIMA FILHO
INTDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se
de agravo interno, tempestivamente interposto, contra decisão que, ao
apreciar o ARE, não conheceu do recurso extraordinário a que ele se refere,
por ser este manifestamente inadmissível.
Inconformada com esse ato decisório, a parte recorrente interpõe o
presente agravo interno, postulando o provimento do recurso que
deduziu.
Por não me convencer das razões expostas, submeto à apreciação
desta colenda Turma o presente recurso de agravo.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
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738
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.076.812
CEARÁ
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não
assiste razão à parte ora recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se,
com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo
Tribunal Federal na matéria ora em exame.
Na realidade, os argumentos apresentados pela parte agravante
mostram-se insuficientes para alterar o ato impugnado, pois consistem
em mera reiteração dos fundamentos anteriormente deduzidos e que
foram devidamente refutados na decisão que se busca reformar, razão
pela qual deve ser mantido o julgamento em referência, eis que o suporte
argumentativo em que se apoia o ato decisório mencionado é suficiente
para justificar a resolução do litígio recursal.
Com efeito, tal como ressaltado na decisão ora impugnada, o
recurso extraordinário deduzido nestes autos foi interposto por Cid
Ferreira Gomes contra acórdão que, confirmado em sede de embargos de
declaração pelo E. Tribunal Superior Eleitoral, está assim ementado
(fls. 605/606):
“ELEIÇÕES 2014. AGRAVO INTERNO EM RECURSO
ORDINÁRIO. CONDUTA VEDADA A AGENTE PÚBLICO
CONSUBSTANCIADA NA DIVULGAÇÃO DE PUBLICIDADE
INSTITUCIONAL NOS 3 MESES ANTERIORES À ELEIÇÃO.
DIVULGAÇÃO DE VÍDEO QUE DESTACA OBRA REALIZADA
PELO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, EM SEU SÍTIO
ELETRÔNICO OFICIAL, DURANTE PERÍODO VEDADO PELA
LEGISLAÇÃO ELEITORAL. ALÍNEA ‘B’ DO INCISO VI DO
ART. 73 DA LEI 9.504/97. DESPROVIMENTO.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.076.812
CEARÁ
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não
assiste razão à parte ora recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se,
com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo
Tribunal Federal na matéria ora em exame.
Na realidade, os argumentos apresentados pela parte agravante
mostram-se insuficientes para alterar o ato impugnado, pois consistem
em mera reiteração dos fundamentos anteriormente deduzidos e que
foram devidamente refutados na decisão que se busca reformar, razão
pela qual deve ser mantido o julgamento em referência, eis que o suporte
argumentativo em que se apoia o ato decisório mencionado é suficiente
para justificar a resolução do litígio recursal.
Com efeito, tal como ressaltado na decisão ora impugnada, o
recurso extraordinário deduzido nestes autos foi interposto por Cid
Ferreira Gomes contra acórdão que, confirmado em sede de embargos de
declaração pelo E. Tribunal Superior Eleitoral, está assim ementado
(fls. 605/606):
“ELEIÇÕES 2014. AGRAVO INTERNO EM RECURSO
ORDINÁRIO. CONDUTA VEDADA A AGENTE PÚBLICO
CONSUBSTANCIADA NA DIVULGAÇÃO DE PUBLICIDADE
INSTITUCIONAL NOS 3 MESES ANTERIORES À ELEIÇÃO.
DIVULGAÇÃO DE VÍDEO QUE DESTACA OBRA REALIZADA
PELO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, EM SEU SÍTIO
ELETRÔNICO OFICIAL, DURANTE PERÍODO VEDADO PELA
LEGISLAÇÃO ELEITORAL. ALÍNEA ‘B’ DO INCISO VI DO
ART. 73 DA LEI 9.504/97. DESPROVIMENTO.
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9
739
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 1076812 AGR / CE
1. Segundo preceitua o ‘caput’ do art. 1.013 do CPC/2015
(art. 515, ‘caput’ do CPC/73), ao se estabelecer a profundidade da
cognição a ser exercida por este Tribunal, deve ser respeitada a
extensão fixada nas razões recursais. Além disso, consoante já decidiu
esta Corte, admite-se o enfrentamento de matéria arguida pela parte
não sucumbente em contrarrazões (RO 504-06/MT, Rel. designado
Min. DIAS TOFFOLI, DJe 6.8.2015). Portanto, fica inviável o exame
de questão não devolvida ao conhecimento deste Tribunal por meio das
razões ou contrarrazões recursais.
2. É vedada a inovação de tese recursal em Agravo Interno.
Precedentes: AgR-REspe 4190-49/MG, Rel. Min. MARIA
THEREZA DE ASSIS MOURA, DJe 31.3.2016; e AgR-AI 437-
-24/RJ, Rel. Min. LAURITA VAZ, DJe 20.6.2014.
3. O Chefe do Poder Executivo à época dos fatos é parte legítima
para figurar no polo passivo da Representação, tendo em vista que, do
acervo fático dos autos, extrai-se que a publicidade institucional
questionada foi efetivamente veiculada em sítio eletrônico oficial do
Governo do Estado, havendo, portanto, vínculo concreto entre aquele e
a conduta ilícita perpetrada.
4. O Chefe do Poder Executivo, na condição de titular do órgão
em que veiculada a publicidade institucional em período vedado, é por
ela responsável, haja vista que era sua atribuição zelar pelo conteúdo
divulgado na página eletrônica oficial do Governo do Estado.
Precedentes: AgR-REspe 500-33/SP, Rel. Min. JOÃO OTÁVIO
DE NORONHA, DJe 23.9.2014; e AgR-REspe 355-90/SP, Rel. Min.
ARNALDO VERSIANI, DJe 24.5.2010.
5. Agravo Interno desprovido.”
A parte ora recorrente, ao deduzir o apelo extremo em questão,
sustentou que o Tribunal “a quo” teria transgredido os preceitos inscritos
nos arts. 5º, XIV e XXXIII, e 37, “caput”, §§ 1º e 6º, todos da Constituição
da República.
Sendo esse o contexto, passo a examinar a postulação recursal em
causa. E, ao fazê-lo, observo que a suposta ofensa ao texto constitucional,
caso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1076812 AGR / CE
1. Segundo preceitua o ‘caput’ do art. 1.013 do CPC/2015
(art. 515, ‘caput’ do CPC/73), ao se estabelecer a profundidade da
cognição a ser exercida por este Tribunal, deve ser respeitada a
extensão fixada nas razões recursais. Além disso, consoante já decidiu
esta Corte, admite-se o enfrentamento de matéria arguida pela parte
não sucumbente em contrarrazões (RO 504-06/MT, Rel. designado
Min. DIAS TOFFOLI, DJe 6.8.2015). Portanto, fica inviável o exame
de questão não devolvida ao conhecimento deste Tribunal por meio das
razões ou contrarrazões recursais.
2. É vedada a inovação de tese recursal em Agravo Interno.
Precedentes: AgR-REspe 4190-49/MG, Rel. Min. MARIA
THEREZA DE ASSIS MOURA, DJe 31.3.2016; e AgR-AI 437-
-24/RJ, Rel. Min. LAURITA VAZ, DJe 20.6.2014.
3. O Chefe do Poder Executivo à época dos fatos é parte legítima
para figurar no polo passivo da Representação, tendo em vista que, do
acervo fático dos autos, extrai-se que a publicidade institucional
questionada foi efetivamente veiculada em sítio eletrônico oficial do
Governo do Estado, havendo, portanto, vínculo concreto entre aquele e
a conduta ilícita perpetrada.
4. O Chefe do Poder Executivo, na condição de titular do órgão
em que veiculada a publicidade institucional em período vedado, é por
ela responsável, haja vista que era sua atribuição zelar pelo conteúdo
divulgado na página eletrônica oficial do Governo do Estado.
Precedentes: AgR-REspe 500-33/SP, Rel. Min. JOÃO OTÁVIO
DE NORONHA, DJe 23.9.2014; e AgR-REspe 355-90/SP, Rel. Min.
ARNALDO VERSIANI, DJe 24.5.2010.
5. Agravo Interno desprovido.”
A parte ora recorrente, ao deduzir o apelo extremo em questão,
sustentou que o Tribunal “a quo” teria transgredido os preceitos inscritos
nos arts. 5º, XIV e XXXIII, e 37, “caput”, §§ 1º e 6º, todos da Constituição
da República.
Sendo esse o contexto, passo a examinar a postulação recursal em
causa. E, ao fazê-lo, observo que a suposta ofensa ao texto constitucional,
caso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação
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Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 1076812 AGR / CE
reclamaria – para que se configurasse – a formulação de juízo prévio de
legalidade fundado na vulneração e infringência de dispositivos de
ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com
o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte
(RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – RTJ 132/455, Rel. Min.
CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso
extraordinário.
Com efeito, o acórdão impugnado em sede recursal extraordinária,
ao decidir a controvérsia jurídica objeto deste processo, dirimiu a questão
com fundamento em legislação infraconstitucional (Lei nº 9.504/97), o que
torna incognoscível o apelo extremo.
Cabe registrar, de outro lado, que incide, na espécie, o enunciado
constante da Súmula 279/STF, que assim dispõe:
“Para simples reexame de prova, não cabe recurso
extraordinário.” (grifei)
É que, para se acolher o pleito deduzido em sede recursal
extraordinária, tornar-se-ia necessário o reexame dos fatos e das provas
constantes dos autos, circunstâncias essas que obstam, como acima
observado, o próprio conhecimento do apelo extremo, em face do que se
contém na Súmula 279/STF.
A mera análise do acórdão recorrido torna evidente que o
Tribunal “a quo”, ao proferir a decisão questionada, fundamentou as suas
conclusões em dispositivos de ordem meramente legal e em aspectos
fático-probatórios (fls. 614/622):
“10. Convém ressaltar que a existência da publicidade
institucional veiculada em período vedado ficou devidamente
constatada e registrada pelo Juiz Auxiliar da Propaganda,
Dr. ANTÔNIO SALES DE OLIVEIRA, que, no momento da
3
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reclamaria – para que se configurasse – a formulação de juízo prévio de
legalidade fundado na vulneração e infringência de dispositivos de
ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com
o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte
(RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – RTJ 132/455, Rel. Min.
CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso
extraordinário.
Com efeito, o acórdão impugnado em sede recursal extraordinária,
ao decidir a controvérsia jurídica objeto deste processo, dirimiu a questão
com fundamento em legislação infraconstitucional (Lei nº 9.504/97), o que
torna incognoscível o apelo extremo.
Cabe registrar, de outro lado, que incide, na espécie, o enunciado
constante da Súmula 279/STF, que assim dispõe:
“Para simples reexame de prova, não cabe recurso
extraordinário.” (grifei)
É que, para se acolher o pleito deduzido em sede recursal
extraordinária, tornar-se-ia necessário o reexame dos fatos e das provas
constantes dos autos, circunstâncias essas que obstam, como acima
observado, o próprio conhecimento do apelo extremo, em face do que se
contém na Súmula 279/STF.
A mera análise do acórdão recorrido torna evidente que o
Tribunal “a quo”, ao proferir a decisão questionada, fundamentou as suas
conclusões em dispositivos de ordem meramente legal e em aspectos
fático-probatórios (fls. 614/622):
“10. Convém ressaltar que a existência da publicidade
institucional veiculada em período vedado ficou devidamente
constatada e registrada pelo Juiz Auxiliar da Propaganda,
Dr. ANTÔNIO SALES DE OLIVEIRA, que, no momento da
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741
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 1076812 AGR / CE
apreciação do pedido liminar (fls. 38-40), registrou ter analisado a
suposta propaganda institucional no sítio eletrônico oficial do
Governo do Estado do Ceará e concluído que: ‘antevejo que o conteúdo
da publicidade ora achacada, veiculada no endereço eletrônico descrito
na inicial, consubstancia propaganda vedada pela Lei das Eleições,
supracitada, porquanto informa sobre ações e obras realizadas pelo
Governo Estadual, não se enquadrando, outrossim, nas
excepcionalidades legais’ (fls. 40).
…...................................................................................................
19. No entanto, conforme consignado na decisão agravada
lavrada pela eminente Ministra MARIA THEREZA, embora o TRE
do Ceará tenha concluído pela ilegitimidade passiva de CID GOMES
com base na existência de desconcentração administrativa,
evidencia-se, dos fatos e circunstâncias constantes nos autos, que a
publicidade institucional foi efetivamente publicada no sítio eletrônico
oficial do Governo do Estado do Ceará, havendo, portanto, vínculo
concreto entre a conduta ilícita perpetrada e o agravante.
20. Além do mais, não merece prosperar a argumentação de que
a parte não possuí legitimidade passiva devido à impossibilidade de
exame de sua responsabilidade sob a ótica subjetiva. Isso porque a
legitimidade é analisada à luz do direito alegado, e não do direito
provado, o qual diz respeito ao mérito.
21. Com isso, deve ser mantida a conclusão do ‘decisum’
agravado de que existe lastro probatório que fundamenta a
legitimidade de CID FERREIRA GOMES para figurar no polo
passivo da Representação.
22. Cabe esclarecer ser incontroverso nos autos que o conteúdo
divulgado na página oficial do Governo do Estado do Ceará evidencia
publicidade institucional em pleno período vedado, haja vista que
enaltece obra do Governo. O cerne da questão reside, portanto, em
saber se o governador à época dos fatos, CID FERREIRA GOMES,
seria responsável pela citada publicidade.
…...................................................................................................
25. Todavia, na hipótese versada nestes autos, CID FERREIRA
GOMES não era candidato à reeleição e, portanto, não estava na
condição de beneficiado pela conduta em referência, mas na de agente
4
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apreciação do pedido liminar (fls. 38-40), registrou ter analisado a
suposta propaganda institucional no sítio eletrônico oficial do
Governo do Estado do Ceará e concluído que: ‘antevejo que o conteúdo
da publicidade ora achacada, veiculada no endereço eletrônico descrito
na inicial, consubstancia propaganda vedada pela Lei das Eleições,
supracitada, porquanto informa sobre ações e obras realizadas pelo
Governo Estadual, não se enquadrando, outrossim, nas
excepcionalidades legais’ (fls. 40).
…...................................................................................................
19. No entanto, conforme consignado na decisão agravada
lavrada pela eminente Ministra MARIA THEREZA, embora o TRE
do Ceará tenha concluído pela ilegitimidade passiva de CID GOMES
com base na existência de desconcentração administrativa,
evidencia-se, dos fatos e circunstâncias constantes nos autos, que a
publicidade institucional foi efetivamente publicada no sítio eletrônico
oficial do Governo do Estado do Ceará, havendo, portanto, vínculo
concreto entre a conduta ilícita perpetrada e o agravante.
20. Além do mais, não merece prosperar a argumentação de que
a parte não possuí legitimidade passiva devido à impossibilidade de
exame de sua responsabilidade sob a ótica subjetiva. Isso porque a
legitimidade é analisada à luz do direito alegado, e não do direito
provado, o qual diz respeito ao mérito.
21. Com isso, deve ser mantida a conclusão do ‘decisum’
agravado de que existe lastro probatório que fundamenta a
legitimidade de CID FERREIRA GOMES para figurar no polo
passivo da Representação.
22. Cabe esclarecer ser incontroverso nos autos que o conteúdo
divulgado na página oficial do Governo do Estado do Ceará evidencia
publicidade institucional em pleno período vedado, haja vista que
enaltece obra do Governo. O cerne da questão reside, portanto, em
saber se o governador à época dos fatos, CID FERREIRA GOMES,
seria responsável pela citada publicidade.
…...................................................................................................
25. Todavia, na hipótese versada nestes autos, CID FERREIRA
GOMES não era candidato à reeleição e, portanto, não estava na
condição de beneficiado pela conduta em referência, mas na de agente
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Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 1076812 AGR / CE
público responsável pela conduta ilícita, motivo pelo qual a ele não se
aplica tal entendimento, porque não se trata de beneficiário da
conduta, mas de responsável pela publicação da matéria.
26. O § 4º do art. 73 da Lei das Eleições preceitua que o
descumprimento do que nele disposto sujeitará os responsáveis à
multa no valor de 5 a 100 mil Ufirs, além da suspensão imediata da
conduta vedada. Logo, as sanções previstas no indigitado dispositivo
legal também são aplicadas aos agentes públicos responsáveis por tal
conduta que não sejam candidatos a cargos eletivos, como acontece na
espécie; se forem candidatos, outra será a apuração de sua conduta.
…...................................................................................................
33. Nesse cenário, mantém-se o entendimento de que cabe ao
chefe do Poder Executivo o controle das atividades relacionadas ao
Governo e, ainda que com o auxílio de Secretários, deve ser mantida
sua responsabilidade, diante das atribuições que lhe são conferida.
…...................................................................................................
39. Com isso, a situação delineada nos autos atrai, a toda
evidência, a responsabilidade de CID FERREIRA GOMES pela
propaganda institucional do Governo do Estado do Ceará veiculada no
sítio oficial daquele órgão em período não permitido, haja vista que,
por ser chefe do Poder Executivo à época, era sua atribuição cuidar do
conteúdo divulgado naquele sítio.
40. Desse modo, a aplicação da multa é medida a ser mantida,
nos termos do disposto no art. 73, § 4º, c.c. o § 8º da Lei Eleitoral.”
Vê-se, portanto, que a pretensão deduzida no apelo extremo pela parte
recorrente revela-se processualmente inviável.
Impõe-se ressaltar, por necessário, que esse entendimento vem sendo
observado em sucessivos julgamentos, proferidos no âmbito desta Corte, a
propósito de questão essencialmente idêntica à que ora se examina nesta
sede recursal (ARE 1.071.171/CE, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI –
ARE 1.071.175/CE, Rel. Min. LUIZ FUX – ARE 1.071.184/CE, Rel. Min.
ALEXANDRE DE MORAES, v.g.).
5
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ARE 1076812 AGR / CE
público responsável pela conduta ilícita, motivo pelo qual a ele não se
aplica tal entendimento, porque não se trata de beneficiário da
conduta, mas de responsável pela publicação da matéria.
26. O § 4º do art. 73 da Lei das Eleições preceitua que o
descumprimento do que nele disposto sujeitará os responsáveis à
multa no valor de 5 a 100 mil Ufirs, além da suspensão imediata da
conduta vedada. Logo, as sanções previstas no indigitado dispositivo
legal também são aplicadas aos agentes públicos responsáveis por tal
conduta que não sejam candidatos a cargos eletivos, como acontece na
espécie; se forem candidatos, outra será a apuração de sua conduta.
…...................................................................................................
33. Nesse cenário, mantém-se o entendimento de que cabe ao
chefe do Poder Executivo o controle das atividades relacionadas ao
Governo e, ainda que com o auxílio de Secretários, deve ser mantida
sua responsabilidade, diante das atribuições que lhe são conferida.
…...................................................................................................
39. Com isso, a situação delineada nos autos atrai, a toda
evidência, a responsabilidade de CID FERREIRA GOMES pela
propaganda institucional do Governo do Estado do Ceará veiculada no
sítio oficial daquele órgão em período não permitido, haja vista que,
por ser chefe do Poder Executivo à época, era sua atribuição cuidar do
conteúdo divulgado naquele sítio.
40. Desse modo, a aplicação da multa é medida a ser mantida,
nos termos do disposto no art. 73, § 4º, c.c. o § 8º da Lei Eleitoral.”
Vê-se, portanto, que a pretensão deduzida no apelo extremo pela parte
recorrente revela-se processualmente inviável.
Impõe-se ressaltar, por necessário, que esse entendimento vem sendo
observado em sucessivos julgamentos, proferidos no âmbito desta Corte, a
propósito de questão essencialmente idêntica à que ora se examina nesta
sede recursal (ARE 1.071.171/CE, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI –
ARE 1.071.175/CE, Rel. Min. LUIZ FUX – ARE 1.071.184/CE, Rel. Min.
ALEXANDRE DE MORAES, v.g.).
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Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 1076812 AGR / CE
Sendo assim, e em face das razões expostas, nego provimento ao
presente agravo interno, mantendo, em consequência, por seus próprios
fundamentos, a decisão recorrida.
É o meu voto.
6
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ARE 1076812 AGR / CE
Sendo assim, e em face das razões expostas, nego provimento ao
presente agravo interno, mantendo, em consequência, por seus próprios
fundamentos, a decisão recorrida.
É o meu voto.
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Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.076.812
PROCED. : CEARÁ
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S) : CID FERREIRA GOMES
ADV.(A/S) : ANDRE GARCIA XEREZ SILVA (25545/CE, 369341/SP)
AGDO.(A/S) : COLIGAÇÃO CEARÁ DE TODOS
ADV.(A/S) : WALDIR XAVIER DE LIMA FILHO (10400/CE)
INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso
de agravo, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217750
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.076.812
PROCED. : CEARÁ
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S) : CID FERREIRA GOMES
ADV.(A/S) : ANDRE GARCIA XEREZ SILVA (25545/CE, 369341/SP)
AGDO.(A/S) : COLIGAÇÃO CEARÁ DE TODOS
ADV.(A/S) : WALDIR XAVIER DE LIMA FILHO (10400/CE)
INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso
de agravo, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217750
Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
745
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14293386 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-05T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO – MATÉRIA ELEITORAL – ALEGADA VIOLAÇÃO À PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO – REEXAME DE FATOS E PROVAS – IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 279/STF – AGRAVO INTERNO IMPROVIDO. | sjur379725 | - Decisões monocráticas citadas:
(SÚMULA 279)
ARE 1071171, ARE 1071184.
Número de páginas: 9.
Análise: 14/02/2018, BMP. | CELSO DE MELLO | Segunda Turma | 1076812 | [
"LEG-FED LEI-009504 ANO-1997\n LEI ORDINÁRIA\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 1076812 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : CID FERREIRA GOMES
ADV.(A/S) : ANDRE GARCIA XEREZ SILVA
AGDO.(A/S) : COLIGAÇÃO CEARÁ DE TODOS
ADV.(A/S) : WALDIR XAVIER DE LIMA FILHO
INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1 . 076 . 812",
"SÚMULA 279 / STF",
"AGRAVO 1 . 076 . 812",
"ARE 1076812 AGR / CE",
"RO 504 - 06 / MT",
"AgR",
"-",
"REspe 4190 - 49 / MG",
"AgR",
"-",
"AI 437 - - 24 / RJ",
"AgR",
"-",
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"AgR",
"-",
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"ARE 1076812 AGR / CE",
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"ARE 1076812 AGR / CE",
"RTJ 120 / 912",
"RTJ 132 / 455",
"Súmula 279 / STF",
"Súmula 279 / STF",
"ARE 1076812 AGR / CE",
"RTJ 120 / 912",
"RTJ 132 / 455",
"Súmula 279 / STF",
"Súmula 279 / STF",
"ARE 1076812 AGR / CE",
"ARE 1076812 AGR / CE",
"ARE 1 . 071 . 171 / CE",
"ARE 1 . 071 . 175 / CE",
"ARE 1 . 071 . 184 / CE",
"ARE 1076812 AGR / CE",
"ARE 1 . 071 . 171 / CE",
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".",
"184",
"/",
"CE",
"ARE 1076812 AGR / CE",
"ARE 1076812 AGR / CE"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"INCISO VI DO ART . 73 DA LEI 9 . 504 / 97",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ALÍNEA",
"‘ B ’ DO INCISO VI DO ART . 73 DA LEI 9 . 504 / 97",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"‘ caput ’ do",
"art . 1 . 013 do CPC / 2015",
"art . 515 , ‘ caput ’ do CPC / 73",
"arts . [UNK] , XIV e XXXIII , e 37 , “ caput ” , § § [UNK] e [UNK] , todos da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 515 , ‘ caput ’ do CPC / 73",
"arts . [UNK] , XIV e XXXIII , e 37 , “ caput ” , § § [UNK] e [UNK] , todos da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"Lei [UNK] 9 . 504 / 97",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"Lei [UNK] 9 . 504 / 97",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei das Eleições",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei das Eleições",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 73 da Lei das Eleições",
"art . 73 , § [UNK] , c . c . o § [UNK] da Lei Eleitoral",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 73 da Lei das Eleições",
"art . 73 , § [UNK] , c . c . o § [UNK] da Lei Eleitoral",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"Brasília",
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"ESTADO DO CEARÁ",
"CEARÁ",
"ESTADO DO CEARÁ",
"CEARÁ",
"CEARÁ"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"COLIGAÇÃO",
"CEARÁ DE TODOS",
"MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"COLIGAÇÃO",
"MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"COLIGAÇÃO",
"MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Superior Eleitoral",
"GOVERNO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"E",
".",
"Tribunal Superior Eleitoral",
"GOVERNO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Governo do Estado",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Governo do Estado do Ceará",
"TRE do Ceará",
"Governo do Estado do Ceará",
"Governo do Estado do Ceará",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Governo do Estado do Ceará",
"TRE do Ceará",
"Governo do Estado do Ceará",
"Governo do Estado do Ceará",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Governo do Estado do Ceará",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Governo do Estado do Ceará",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"COLIGAÇÃO CEARÁ DE TODOS",
"MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"COLIGAÇÃO",
"MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CELSO DE MELLO",
"CID FERREIRA GOMES",
"ANDRE GARCIA XEREZ SILVA",
"WALDIR XAVIER DE LIMA FILHO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CID FERREIRA GOMES",
"ANDRE GARCIA XEREZ SILVA",
"WALDIR XAVIER DE LIMA FILHO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CID FERREIRA GOMES",
"ANDRE GARCIA XEREZ SILVA",
"WALDIR XAVIER DE LIMA FILHO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"Cid Ferreira Gomes",
"CELSO DE MELLO",
"Cid Ferreira Gomes",
"CELSO DE MELLO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA",
"LAURITA VAZ",
"JOÃO OTÁVIO DE NORONHA",
"ARNALDO VERSIANI",
"DIAS TOFFOLI",
"MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA",
"LAURITA VAZ",
"JOÃO OTÁVIO DE NORONHA",
"ARNALDO VERSIANI",
"CELSO DE MELLO",
"SYDNEY SANCHES",
"CELSO DE MELLO",
"ANTÔNIO SALES DE OLIVEIRA",
"SYDNEY SANCHES",
"CELSO DE MELLO",
"ANTÔNIO SALES DE OLIVEIRA",
"CELSO DE MELLO",
"MARIA THEREZA",
"CID GOMES",
"CID FERREIRA GOMES",
"CID FERREIRA GOMES",
"CID FERREIRA GOMES",
"MARIA THEREZA",
"CID GOMES",
"CID FERREIRA GOMES",
"CID FERREIRA GOMES",
"CID FERREIRA GOMES",
"CELSO DE MELLO",
"CID FERREIRA GOMES",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"LUIZ FUX",
"ALEXANDRE DE MORAES",
"CID FERREIRA GOMES",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"LUIZ FUX",
"ALEXANDRE DE MORAES",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CID FERREIRA GOMES",
"ANDRE GARCIA XEREZ SILVA",
"WALDIR XAVIER DE LIMA FILHO",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"CELSO DE MELLO",
"CID FERREIRA GOMES",
"ANDRE GARCIA XEREZ SILVA",
"WALDIR XAVIER DE LIMA FILHO",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"01",
"07 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"2014",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"2014",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"8",
".",
"2015",
"31",
".",
"3",
".",
"2016",
"20",
".",
"6",
".",
"2014",
"23",
".",
"9",
".",
"2014",
"24",
".",
"5",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"8",
".",
"2015",
"31",
".",
"3",
".",
"2016",
"20",
".",
"6",
".",
"2014",
"23",
".",
"9",
".",
"2014",
"24",
".",
"5",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
".",
".",
".",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
1.026.592 ESPÍRITO SANTO
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
EMBTE.(S)
:NILTON NICOLAU NASSER
ADV.(A/S)
:JOVACY PETER FILHO
ADV.(A/S)
:FILIPE KNAAK SODRE
ADV.(A/S)
:CASSIO REBOUCAS DE MORAES
EMBDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
E M E N T A: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – MATÉRIA
PENAL – INOCORRÊNCIA DE CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE,
OMISSÃO OU AMBIGUIDADE – PRETENDIDO REEXAME DA
CAUSA – CARÁTER INFRINGENTE – INADMISSIBILIDADE
NO CASO – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.
OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NÃO SE REVESTEM,
ORDINARIAMENTE, DE CARÁTER INFRINGENTE
– Não se revelam cabíveis os embargos de declaração quando a
parte recorrente – a pretexto de esclarecer uma inexistente situação de
obscuridade, omissão, contradição ou ambiguidade (CPP, art. 619, e
RISTF, art. 337) – vem a utilizá-los com o objetivo de infringir o julgado
e de, assim, viabilizar um indevido reexame da causa. Precedentes.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Sessão Virtual da Segunda Turma, na
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286405.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Ementa e Acórdão
ARE 1026592 AGR-ED / ES
conformidade da ata de julgamentos, por unanimidade de votos, em
rejeitar os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator.
Brasília, Sessão Virtual de 01 a 07 de dezembro de 2017.
CELSO DE MELLO – RELATOR
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286405.
Supremo Tribunal Federal
ARE 1026592 AGR-ED / ES
conformidade da ata de julgamentos, por unanimidade de votos, em
rejeitar os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator.
Brasília, Sessão Virtual de 01 a 07 de dezembro de 2017.
CELSO DE MELLO – RELATOR
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286405.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
1.026.592 ESPÍRITO SANTO
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
EMBTE.(S)
:NILTON NICOLAU NASSER
ADV.(A/S)
:JOVACY PETER FILHO
ADV.(A/S)
:FILIPE KNAAK SODRE
ADV.(A/S)
:CASSIO REBOUCAS DE MORAES
EMBDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se de
embargos de declaração opostos a decisão que, emanada da colenda
Segunda Turma desta Suprema Corte, restou consubstanciada em
acórdão assim ementado:
“RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
COM
AGRAVO
–
AGRAVO
INTERNO
–
MATÉRIA
PENAL
–
INTEMPESTIVIDADE DO ARE – INOBSERVÂNCIA DO
PRAZO PARA INTERPOSIÇÃO DO RECURSO DE AGRAVO
EM
PROCESSO
CRIMINAL
–
PRETENDIDO
RECONHECIMENTO DE NULIDADE PROCESSUAL DIANTE
DE IMPEDIMENTO DE MAGISTRADO QUE ATUOU NA
CAUSA – PRECLUSÃO – INVIABILIDADE DO PLEITO –
AGRAVO INTERNO IMPROVIDO.”
Inconformada com esse julgamento, e sustentando a ocorrência dos
vícios a que se refere o art. 619 do CPP, a parte ora embargante interpõe o
presente recurso, objetivando provocar o reexame da causa.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286406.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
1.026.592 ESPÍRITO SANTO
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
EMBTE.(S)
:NILTON NICOLAU NASSER
ADV.(A/S)
:JOVACY PETER FILHO
ADV.(A/S)
:FILIPE KNAAK SODRE
ADV.(A/S)
:CASSIO REBOUCAS DE MORAES
EMBDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se de
embargos de declaração opostos a decisão que, emanada da colenda
Segunda Turma desta Suprema Corte, restou consubstanciada em
acórdão assim ementado:
“RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
COM
AGRAVO
–
AGRAVO
INTERNO
–
MATÉRIA
PENAL
–
INTEMPESTIVIDADE DO ARE – INOBSERVÂNCIA DO
PRAZO PARA INTERPOSIÇÃO DO RECURSO DE AGRAVO
EM
PROCESSO
CRIMINAL
–
PRETENDIDO
RECONHECIMENTO DE NULIDADE PROCESSUAL DIANTE
DE IMPEDIMENTO DE MAGISTRADO QUE ATUOU NA
CAUSA – PRECLUSÃO – INVIABILIDADE DO PLEITO –
AGRAVO INTERNO IMPROVIDO.”
Inconformada com esse julgamento, e sustentando a ocorrência dos
vícios a que se refere o art. 619 do CPP, a parte ora embargante interpõe o
presente recurso, objetivando provocar o reexame da causa.
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286406.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7
Relatório
ARE 1026592 AGR-ED / ES
Sendo esse o contexto, submeto à apreciação desta colenda Turma os
presentes embargos declaratórios.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286406.
Supremo Tribunal Federal
ARE 1026592 AGR-ED / ES
Sendo esse o contexto, submeto à apreciação desta colenda Turma os
presentes embargos declaratórios.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286406.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
1.026.592 ESPÍRITO SANTO
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Rejeito os
presentes embargos de declaração, eis que não há, no acórdão ora
impugnado, qualquer evidência de obscuridade, omissão, contradição
ou ambiguidade a sanar, circunstância essa que torna processualmente
inviável o recurso em exame.
Os embargos de declaração, como se sabe, destinam-se, precipuamente,
a desfazer obscuridades, a afastar contradições e a suprir omissões que
eventualmente se registrem na decisão impugnada. Essa modalidade
recursal só permite o reexame do ato decisório embargado, quando
utilizada com o específico objetivo de viabilizar um pronunciamento
jurisdicional de caráter integrativo-retificador, vocacionado a afastar as
situações de ambiguidade, obscuridade, omissão ou contradição e a
complementar
e
esclarecer
o conteúdo da decisão proferida
(RTJ 191/372-373 – RTJ 194/325-326, v.g.).
Desse modo, a decisão recorrida – que aprecia, como no caso, com
plena exatidão e em toda a sua inteireza, determinada pretensão jurídica –
não permite o emprego da via recursal dos embargos de declaração, sob
pena de grave disfunção jurídico-processual dessa modalidade de recurso,
eis que inocorrentes, em tal situação, os pressupostos que justificariam
a sua adequada utilização:
“Embargos
declaratórios.
Inexistência
de omissão,
contradição, obscuridade ou dúvida, no acórdão embargado
(art. 337 do RISTF).
Embargos rejeitados.”
(RTJ 134/1296, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – grifei)
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286407.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
1.026.592 ESPÍRITO SANTO
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Rejeito os
presentes embargos de declaração, eis que não há, no acórdão ora
impugnado, qualquer evidência de obscuridade, omissão, contradição
ou ambiguidade a sanar, circunstância essa que torna processualmente
inviável o recurso em exame.
Os embargos de declaração, como se sabe, destinam-se, precipuamente,
a desfazer obscuridades, a afastar contradições e a suprir omissões que
eventualmente se registrem na decisão impugnada. Essa modalidade
recursal só permite o reexame do ato decisório embargado, quando
utilizada com o específico objetivo de viabilizar um pronunciamento
jurisdicional de caráter integrativo-retificador, vocacionado a afastar as
situações de ambiguidade, obscuridade, omissão ou contradição e a
complementar
e
esclarecer
o conteúdo da decisão proferida
(RTJ 191/372-373 – RTJ 194/325-326, v.g.).
Desse modo, a decisão recorrida – que aprecia, como no caso, com
plena exatidão e em toda a sua inteireza, determinada pretensão jurídica –
não permite o emprego da via recursal dos embargos de declaração, sob
pena de grave disfunção jurídico-processual dessa modalidade de recurso,
eis que inocorrentes, em tal situação, os pressupostos que justificariam
a sua adequada utilização:
“Embargos
declaratórios.
Inexistência
de omissão,
contradição, obscuridade ou dúvida, no acórdão embargado
(art. 337 do RISTF).
Embargos rejeitados.”
(RTJ 134/1296, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – grifei)
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286407.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 1026592 AGR-ED / ES
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – INOCORRÊNCIA
DE CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE OU OMISSÃO –
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.
– Os embargos de declaração destinam-se, precipuamente,
a desfazer obscuridades, a afastar contradições e a suprir omissões
que eventualmente se registrem no acórdão proferido pelo Tribunal.
A inocorrência dos pressupostos de embargabilidade, a que se refere
o ordenamento positivo (CPP, art. 620; RISTF, art. 337), autoriza
a rejeição dos embargos de declaração, por incabíveis.”
(RHC 79.952-ED/MG, Rel. Min. CELSO DE MELLO)
O exame dos autos evidencia que o acórdão embargado apreciou,
de modo inteiramente adequado, as questões cuja análise apresentava-se
cabível, não havendo, por isso mesmo, qualquer vício a corrigir, mesmo
porque os fundamentos em que se apoiou o julgado objeto do presente
recurso revelavam-se plenamente suficientes para desautorizar a pretensão
jurídica deduzida pela parte embargante.
Sendo assim , considerando o caráter infringente de que se
reveste este recurso – que visa a um indevido reexame da causa –
e tendo em vista , também, a inocorrência dos pressupostos legais de
embargabilidade (CPP , art. 619, e RISTF , art. 337), rejeito os presentes
embargos de declaração.
É o meu voto.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286407.
Supremo Tribunal Federal
ARE 1026592 AGR-ED / ES
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – INOCORRÊNCIA
DE CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE OU OMISSÃO –
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.
– Os embargos de declaração destinam-se, precipuamente,
a desfazer obscuridades, a afastar contradições e a suprir omissões
que eventualmente se registrem no acórdão proferido pelo Tribunal.
A inocorrência dos pressupostos de embargabilidade, a que se refere
o ordenamento positivo (CPP, art. 620; RISTF, art. 337), autoriza
a rejeição dos embargos de declaração, por incabíveis.”
(RHC 79.952-ED/MG, Rel. Min. CELSO DE MELLO)
O exame dos autos evidencia que o acórdão embargado apreciou,
de modo inteiramente adequado, as questões cuja análise apresentava-se
cabível, não havendo, por isso mesmo, qualquer vício a corrigir, mesmo
porque os fundamentos em que se apoiou o julgado objeto do presente
recurso revelavam-se plenamente suficientes para desautorizar a pretensão
jurídica deduzida pela parte embargante.
Sendo assim , considerando o caráter infringente de que se
reveste este recurso – que visa a um indevido reexame da causa –
e tendo em vista , também, a inocorrência dos pressupostos legais de
embargabilidade (CPP , art. 619, e RISTF , art. 337), rejeito os presentes
embargos de declaração.
É o meu voto.
2
Supremo Tribunal Federal
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Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
1.026.592
PROCED. : ESPÍRITO SANTO
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
EMBTE.(S) : NILTON NICOLAU NASSER
ADV.(A/S) : JOVACY PETER FILHO (20101/ES, 282840/SP)
ADV.(A/S) : FILIPE KNAAK SODRE (17607/ES)
ADV.(A/S) : CASSIO REBOUCAS DE MORAES (16979/ES)
EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
Decisão: A Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de
declaração, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217705
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
1.026.592
PROCED. : ESPÍRITO SANTO
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
EMBTE.(S) : NILTON NICOLAU NASSER
ADV.(A/S) : JOVACY PETER FILHO (20101/ES, 282840/SP)
ADV.(A/S) : FILIPE KNAAK SODRE (17607/ES)
ADV.(A/S) : CASSIO REBOUCAS DE MORAES (16979/ES)
EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
Decisão: A Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de
declaração, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217705
Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14301002 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-06T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | E M E N T A: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – MATÉRIA PENAL – INOCORRÊNCIA DE CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE, OMISSÃO OU AMBIGUIDADE – PRETENDIDO REEXAME DA CAUSA – CARÁTER INFRINGENTE – INADMISSIBILIDADE NO CASO – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.
OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NÃO SE REVESTEM, ORDINARIAMENTE, DE CARÁTER INFRINGENTE
– Não se revelam cabíveis os embargos de declaração quando a parte recorrente – a pretexto de esclarecer uma inexistente situação de obscuridade, omissão, contradição ou ambiguidade (CPP, art. 619, e RISTF, art. 337) – vem a utilizá-los com o objetivo de infringir o julgado e de, assim, viabilizar um indevido reexame da causa. Precedentes. | sjur379822 | - Acórdão(s) citado(s):
(ED, REJEIÇÃO)
RHC 79952 ED (2ªT).
Número de páginas: 7.
Análise: 14/02/2018, BMP. | CELSO DE MELLO | Segunda Turma | 1026592 | [
"LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\n ART-00619\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\n\n",
"LEG-FED RGI ANO-1980\n ART-00337\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL"
] | ARE-AgR-ED | acordaos | ARE 1026592 AgR-ED | [
""
] | EMBTE.(S) : NILTON NICOLAU NASSER
ADV.(A/S) : JOVACY PETER FILHO
ADV.(A/S) : FILIPE KNAAK SODRE
ADV.(A/S) : CASSIO REBOUCAS DE MORAES
EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO",
"ARE 1026592 AGR - ED /",
"ARE 1026592 AGR -",
"ARE 1026592 AGR - ED / ES",
"ARE 1026592 AGR - ED / ES",
"RTJ 191 / 372 - 373",
"RTJ 194 / 325 - 326",
"RTJ 134 / 1296",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1 . 026 . 592",
"RTJ 191 / 372 - 373",
"RTJ 134 / 1296",
"ARE 1026592 AGR - ED / ES",
"RHC 79 . 952 - ED / MG",
"ARE 1026592 AGR - ED / ES",
"RHC 79 . 952 - ED / MG"
],
"LEGISLACAO": [
"CPP , art . 619",
"RISTF , art . 337",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 619 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 619 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 337 do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 337 do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CPP , art . 620",
"RISTF , art . 337",
"CPP , art . 619",
"RISTF ,",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CPP , art . 620",
"RISTF , art . 337",
"CPP , art . 619",
"RISTF , art . 337",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"ESPÍRITO SANTO",
"Brasília",
"Brasília",
"ESPÍRITO SANTO",
"ESPÍRITO SANTO",
"ESPÍRITO SANTO",
"ESPÍRITO SANTO",
"ESPÍRITO SANTO",
"ESPÍRITO SANTO"
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"ORGANIZACAO": [
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"PESSOA": [
"CELSO DE MELLO",
"NILTON NICOLAU NASSER",
"JOVACY PETER FILHO",
"FILIPE KNAAK SODRE",
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"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"NILTON NICOLAU NASSER",
"JOVACY PETER FILHO",
"FILIPE KNAAK SODRE",
"CASSIO REBOUCAS DE MORAES",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"NILTON NICOLAU NASSER",
"JOVACY PETER FILHO",
"FILIPE KNAAK SODRE",
"CASSIO REBOUCAS DE MORAES",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"SYDNEY SANCHES",
"AG",
"CELSO DE MELLO",
"SYDNEY SANCHES",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"NILTON NICOLAU NASSER",
"JOVACY PETER FILHO",
"FILIPE KNAAK SODRE",
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"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"CELSO DE MELLO",
"NILTON NICOLAU NASSER",
"JOVACY PETER FILHO",
"FILIPE KNAAK SODRE",
"CASSIO REBOUCAS DE MORAES",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
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"/",
"2001",
"01",
"07 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"01",
"07 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
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"12",
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"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 28.087 CEARÁ
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:CIRO BENIGNO PORTO
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:PRIMEIRA TURMA RECURSAL
DOS JUIZADOS
ESPECIAIS FEDERAIS DO CEARÁ
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. CONVERSÃO
DE UM TERÇO DE FÉRIAS EM ABONO PECUNIÁRIO A INTEGRANTE
DA MAGISTRATURA. PRINCÍPIO DA SIMETRIA. AUSÊNCIA DE
IDENTIDADE MATERIAL ENTRE O ATO RECLAMADO E O VERBETE
DA SÚMULA VINCULANTE 37. EXCEPCIONALIDADE DO DISPOSTO
NO ART. 102, I, N, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AGRAVO
REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
I – A conversão de um terço de férias em abono pecuniário a
integrante da Magistratura com fundamento no princípio da simetria não
enseja reclamação por ofensa à Súmula Vinculante 37.
II – A interpretação atual da regra do art. 102, I, n, da Constituição é
no sentido de que somente se adequam à norma em exame aquelas
demandas nas quais se demonstre a presença, cumulativamente, de dois
requisitos, quais sejam: (i) a existência de interesse de toda a
Magistratura; (ii) que esse interesse seja exclusivo dos Magistrados.
III – Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em sessão
virtual da Segunda Turma, na conformidade da ata de julgamentos, por
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232446.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11
Ementa e Acórdão
RCL 28087 AGR / CE
maioria, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do
Relator, vencidos os Ministros Gilmar Mendes e Celso de Mello.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR
2
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Supremo Tribunal Federal
RCL 28087 AGR / CE
maioria, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do
Relator, vencidos os Ministros Gilmar Mendes e Celso de Mello.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 28.087 CEARÁ
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:CIRO BENIGNO PORTO
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:PRIMEIRA TURMA RECURSAL
DOS JUIZADOS
ESPECIAIS FEDERAIS DO CEARÁ
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto pela União contra decisão monocrática, de
minha relatoria, que negou seguimento à reclamação.
Neste recurso, a agravante sustenta que a decisão afastou
indevidamente a incidência da Súmula Vinculante 37, devendo ser
revista.
É o relatório.
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232447.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 28.087 CEARÁ
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:CIRO BENIGNO PORTO
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:PRIMEIRA TURMA RECURSAL
DOS JUIZADOS
ESPECIAIS FEDERAIS DO CEARÁ
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto pela União contra decisão monocrática, de
minha relatoria, que negou seguimento à reclamação.
Neste recurso, a agravante sustenta que a decisão afastou
indevidamente a incidência da Súmula Vinculante 37, devendo ser
revista.
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232447.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 28.087 CEARÁ
V O T O
O Senhor Ministro
Ricardo Lewandowski
(Relator): Bem
examinados os autos, verifico que a decisão agravada não merece
reforma.
Por oportuno, transcrevo o inteiro teor da decisão guerreada:
“Trata-se de reclamação, com pedido liminar, ajuizada
pela União, na qual alega descumprimento da Súmula
Vinculante 37.
A União relatou que decisão proferida pelo Juízo de
origem, ao assegurar a integrante da Magistratura o direito à
conversão de um terço de suas férias em abono pecuniário sob
fundamento de isonomia e/ou simetria, violou a autoridade da
Súmula Vinculante 37, razão pela qual a decisão deve ser
cassada.
Requereu, assim, a cassação da decisão, bem como o
deferimento da liminar para suspendê-la desde já.
É o relatório. Decido.
Bem examinados os autos, impende ressaltar que a
reclamação destina-se a preservar a competência desta Suprema
Corte e a garantir a autoridade de suas decisões, ex vi do artigo
102, I, l, além de salvaguardar o estrito cumprimento das
súmulas vinculantes, nos termos do art. 103-A, § 3º, da
Constituição da República, incluído pela Emenda
Constitucional 45/2004.
Feita essa ponderação, verifica-se que a irresignação da
reclamante não merece acolhida, haja vista que o entendimento
adotado no ato reclamado não constitui ofensa à tese firmada
no enunciado 37 da Súmula Vinculante, o qual estabelece não
caber ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa,
aumentar vencimentos de servidores públicos sob o
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232448.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 28.087 CEARÁ
V O T O
O Senhor Ministro
Ricardo Lewandowski
(Relator): Bem
examinados os autos, verifico que a decisão agravada não merece
reforma.
Por oportuno, transcrevo o inteiro teor da decisão guerreada:
“Trata-se de reclamação, com pedido liminar, ajuizada
pela União, na qual alega descumprimento da Súmula
Vinculante 37.
A União relatou que decisão proferida pelo Juízo de
origem, ao assegurar a integrante da Magistratura o direito à
conversão de um terço de suas férias em abono pecuniário sob
fundamento de isonomia e/ou simetria, violou a autoridade da
Súmula Vinculante 37, razão pela qual a decisão deve ser
cassada.
Requereu, assim, a cassação da decisão, bem como o
deferimento da liminar para suspendê-la desde já.
É o relatório. Decido.
Bem examinados os autos, impende ressaltar que a
reclamação destina-se a preservar a competência desta Suprema
Corte e a garantir a autoridade de suas decisões, ex vi do artigo
102, I, l, além de salvaguardar o estrito cumprimento das
súmulas vinculantes, nos termos do art. 103-A, § 3º, da
Constituição da República, incluído pela Emenda
Constitucional 45/2004.
Feita essa ponderação, verifica-se que a irresignação da
reclamante não merece acolhida, haja vista que o entendimento
adotado no ato reclamado não constitui ofensa à tese firmada
no enunciado 37 da Súmula Vinculante, o qual estabelece não
caber ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa,
aumentar vencimentos de servidores públicos sob o
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232448.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 28087 AGR / CE
fundamento de isonomia.
A decisão reclamada não está embasada no princípio da
isonomia, mas sim na Resolução 133/2011 do Conselho
Nacional de Justiça, que reconhece a extensão das vantagens
funcionais concedidas no Estatuto do Ministério Público a
membros da Magistratura nacional e no princípio da simetria.
Isonomia não foi, portanto, o fundamento da decisão.
Assim, diferentemente do que alega a reclamante, não há
identidade entre a matéria tratada na decisão reclamada e o teor
da Súmula Vinculante tida por violada, o que evidencia a
ausência dos requisitos constitucionais para a utilização da via
reclamatória, conforme entendimento assentado nesta Suprema
Corte.
O que pretende a reclamante, em última análise, é fazer
uso do instrumento processual da reclamação como sucedâneo
recursal, finalidade essa que se revela estranha à sua destinação
constitucional (Rcl 4.381-AgR, Rel. Min. Celso de Mello,
Plenário).
De mais a mais, a jurisprudência deste Supremo Tribunal
é assente no sentido de que não se aplica o disposto no art. 102,
I, n, da Constituição Federal aos casos nos quais o objeto da
demanda não envolva direitos, interesses ou vantagens que
digam respeito, exclusivamente, à Magistratura.
A propósito, vide AO 662-MC/PE, Rel. Min. Celso de
Mello; AO 955-AgR/ES, Rel. Min. Ellen Gracie; AO 1.635-
TA/MS; e ACO 1.688/SC, Rel. Min. Dias Toffoli.
Na hipótese dos autos, vê-se que o direito pleiteado não
constitui direito, interesse ou vantagem, privativos ou
exclusivos, da Magistratura, tanto que pleiteado em razão de
simetria a ser reconhecida entre os regimes funcionais da
Magistratura e do Ministério Público, simetria esta que, por si
só, não justifica a caracterização da competência deste Supremo
Tribunal.
Vale relembrar que esta Suprema Corte tem
reiteradamente enfatizado o caráter de absoluta
excepcionalidade da incidência do art. 102, I, n, da Constituição
2
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Supremo Tribunal Federal
RCL 28087 AGR / CE
fundamento de isonomia.
A decisão reclamada não está embasada no princípio da
isonomia, mas sim na Resolução 133/2011 do Conselho
Nacional de Justiça, que reconhece a extensão das vantagens
funcionais concedidas no Estatuto do Ministério Público a
membros da Magistratura nacional e no princípio da simetria.
Isonomia não foi, portanto, o fundamento da decisão.
Assim, diferentemente do que alega a reclamante, não há
identidade entre a matéria tratada na decisão reclamada e o teor
da Súmula Vinculante tida por violada, o que evidencia a
ausência dos requisitos constitucionais para a utilização da via
reclamatória, conforme entendimento assentado nesta Suprema
Corte.
O que pretende a reclamante, em última análise, é fazer
uso do instrumento processual da reclamação como sucedâneo
recursal, finalidade essa que se revela estranha à sua destinação
constitucional (Rcl 4.381-AgR, Rel. Min. Celso de Mello,
Plenário).
De mais a mais, a jurisprudência deste Supremo Tribunal
é assente no sentido de que não se aplica o disposto no art. 102,
I, n, da Constituição Federal aos casos nos quais o objeto da
demanda não envolva direitos, interesses ou vantagens que
digam respeito, exclusivamente, à Magistratura.
A propósito, vide AO 662-MC/PE, Rel. Min. Celso de
Mello; AO 955-AgR/ES, Rel. Min. Ellen Gracie; AO 1.635-
TA/MS; e ACO 1.688/SC, Rel. Min. Dias Toffoli.
Na hipótese dos autos, vê-se que o direito pleiteado não
constitui direito, interesse ou vantagem, privativos ou
exclusivos, da Magistratura, tanto que pleiteado em razão de
simetria a ser reconhecida entre os regimes funcionais da
Magistratura e do Ministério Público, simetria esta que, por si
só, não justifica a caracterização da competência deste Supremo
Tribunal.
Vale relembrar que esta Suprema Corte tem
reiteradamente enfatizado o caráter de absoluta
excepcionalidade da incidência do art. 102, I, n, da Constituição
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 11
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 28087 AGR / CE
(ACO 359 QO/SP, Rel. Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno).
Analisando-se a questão sob outro ângulo, vê-se que a
decisão reclamada diz respeito a verba indenizatória, não se
podendo cogitar, na espécie, de aumento de vencimentos até
mesmo em razão da concessão esporádica do direito reclamado.
Ante o exposto, nego seguimento à reclamação, nos
termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno desta Corte.”
Os argumentos lançados no regimental não são capazes de afastar os
fundamentos da decisão combatida, que, por tal razão, deve ser mantida.
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
3
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Supremo Tribunal Federal
RCL 28087 AGR / CE
(ACO 359 QO/SP, Rel. Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno).
Analisando-se a questão sob outro ângulo, vê-se que a
decisão reclamada diz respeito a verba indenizatória, não se
podendo cogitar, na espécie, de aumento de vencimentos até
mesmo em razão da concessão esporádica do direito reclamado.
Ante o exposto, nego seguimento à reclamação, nos
termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno desta Corte.”
Os argumentos lançados no regimental não são capazes de afastar os
fundamentos da decisão combatida, que, por tal razão, deve ser mantida.
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
3
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Voto Vogal
08/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 28.087 CEARÁ
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:CIRO BENIGNO PORTO
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:PRIMEIRA TURMA RECURSAL
DOS JUIZADOS
ESPECIAIS FEDERAIS DO CEARÁ
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: Peço vênia
para dissentir do eminente Relator, na linha de anteriores decisões por
mim proferidas (Rcl
26.772/DF,
Rcl
27.083/CE,
Rcl
27.498/PB,
Rcl 28.280/MG, v.g.).
Em consequência, dou provimento ao presente recurso de agravo.
É o meu voto.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
08/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 28.087 CEARÁ
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:CIRO BENIGNO PORTO
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:PRIMEIRA TURMA RECURSAL
DOS JUIZADOS
ESPECIAIS FEDERAIS DO CEARÁ
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: Peço vênia
para dissentir do eminente Relator, na linha de anteriores decisões por
mim proferidas (Rcl
26.772/DF,
Rcl
27.083/CE,
Rcl
27.498/PB,
Rcl 28.280/MG, v.g.).
Em consequência, dou provimento ao presente recurso de agravo.
É o meu voto.
Supremo Tribunal Federal
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Voto Vogal
08/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 28.087 CEARÁ
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:CIRO BENIGNO PORTO
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:PRIMEIRA TURMA RECURSAL
DOS JUIZADOS
ESPECIAIS FEDERAIS DO CEARÁ
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
V O T O C O N J U N T O
nas Rcl-AgR 28.087 e na Rcl-AgR 28.089
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES: Trata-se de agravos contra
decisões monocráticas que negaram seguimento a reclamações
constitucionais propostas pela União, em face de decisões que
reconheceram a equiparação entre as carreiras da Magistratura e do
Ministério Público, para fins de conversão de um terço do período de
férias em abono pecuniário.
O relator, Min. Ricardo Lewandowski, negou seguimento às
reclamações por entender que não havia identidade material entre os atos
reclamados e a Súmula Vinculante 37, indicada como violada pela ora
agravante. Em seu voto, propõe a manutenção de sua decisão
monocrática.
Pois bem.
Peço vênia para externar minha posição.
Verifico que os Juízos reclamados decidiram que, embora o diploma
normativo disciplinador da carreira dos magistrados seja a Lei
Complementar 35/1979 (LOMAN), também lhes seriam aplicáveis as
disposições da Lei Complementar 75/1993 (Lei Orgânica do Ministério
Público da União), em razão da existência de simetria constitucional entre
as duas carreiras. Essa simetria teria sido definida administrativamente
pelo Conselho Nacional de Justiça, por meio da Resolução 133, de 21 de
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Supremo Tribunal Federal
08/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 28.087 CEARÁ
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:CIRO BENIGNO PORTO
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:PRIMEIRA TURMA RECURSAL
DOS JUIZADOS
ESPECIAIS FEDERAIS DO CEARÁ
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
V O T O C O N J U N T O
nas Rcl-AgR 28.087 e na Rcl-AgR 28.089
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES: Trata-se de agravos contra
decisões monocráticas que negaram seguimento a reclamações
constitucionais propostas pela União, em face de decisões que
reconheceram a equiparação entre as carreiras da Magistratura e do
Ministério Público, para fins de conversão de um terço do período de
férias em abono pecuniário.
O relator, Min. Ricardo Lewandowski, negou seguimento às
reclamações por entender que não havia identidade material entre os atos
reclamados e a Súmula Vinculante 37, indicada como violada pela ora
agravante. Em seu voto, propõe a manutenção de sua decisão
monocrática.
Pois bem.
Peço vênia para externar minha posição.
Verifico que os Juízos reclamados decidiram que, embora o diploma
normativo disciplinador da carreira dos magistrados seja a Lei
Complementar 35/1979 (LOMAN), também lhes seriam aplicáveis as
disposições da Lei Complementar 75/1993 (Lei Orgânica do Ministério
Público da União), em razão da existência de simetria constitucional entre
as duas carreiras. Essa simetria teria sido definida administrativamente
pelo Conselho Nacional de Justiça, por meio da Resolução 133, de 21 de
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Voto Vogal
RCL 28087 AGR / CE
junho de 2011.
Tenho entendido, nessas hipóteses, que a jurisprudência desta Corte
é no sentido de ser necessária a edição de lei específica para a
implementação da equiparação, conforme exige o art. 39, § 1º, da
Constituição, em sua redação originária. Não cabe ao Poder Judiciário
conceder benefícios a servidores públicos ao fundamento de simetria, nos
termos da Súmula 339 do STF.
Confira-se, nesse sentido, o seguinte julgado:
“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
MAGISTRADOS DO ESTADO DE SÃO PAULO. CÁLCULO
DE DIÁRIAS E AJUDA DE CUSTO. EQUIPARAÇÃO AO
CRITÉRIO UTILIZADO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 339/STF. APRECIAÇÃO DOS
ASPECTOS CONCERNENTES ÀS LEIS COMPLEMENTARES
ESTADUAIS 734/93 E 234/80. INVIABILIDADE. SÚMULA
280/STF. 1. Não havendo previsão legal de equiparação de
vencimentos entre Magistrados e Membros do Ministério
Público do Estado de São Paulo, incabível o pedido de
pagamento de diferenças de valores de diárias e de ajudas de
custo com base em suposta isonomia. Entendimento da Súmula
339/STF. 2. No caso dos autos, o Tribunal de origem asseverou
expressamente que o direito pleiteado pelos agravantes não está
amparado em lei. 3. Agravo regimental a que se nega
provimento”. (RE 581642 AgR, rel. Min. Teori Zavascki,
Segunda Turma, DJe 7.10.2013)
Esse entendimento restou pacificado no julgamento do RE-RG
592.317, tema 315 da sistemática da repercussão geral, de minha relatoria,
e consolidou-se com a edição da Súmula Vinculante 37: “Não cabe ao Poder
Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores
públicos sob o fundamento de isonomia”.
No mesmo sentido, cito decisões monocráticas da Segunda Turma
em reclamações com idêntica controvérsia: Rcl 26.072 MC, rel. Min. Edson
2
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Supremo Tribunal Federal
RCL 28087 AGR / CE
junho de 2011.
Tenho entendido, nessas hipóteses, que a jurisprudência desta Corte
é no sentido de ser necessária a edição de lei específica para a
implementação da equiparação, conforme exige o art. 39, § 1º, da
Constituição, em sua redação originária. Não cabe ao Poder Judiciário
conceder benefícios a servidores públicos ao fundamento de simetria, nos
termos da Súmula 339 do STF.
Confira-se, nesse sentido, o seguinte julgado:
“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
MAGISTRADOS DO ESTADO DE SÃO PAULO. CÁLCULO
DE DIÁRIAS E AJUDA DE CUSTO. EQUIPARAÇÃO AO
CRITÉRIO UTILIZADO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 339/STF. APRECIAÇÃO DOS
ASPECTOS CONCERNENTES ÀS LEIS COMPLEMENTARES
ESTADUAIS 734/93 E 234/80. INVIABILIDADE. SÚMULA
280/STF. 1. Não havendo previsão legal de equiparação de
vencimentos entre Magistrados e Membros do Ministério
Público do Estado de São Paulo, incabível o pedido de
pagamento de diferenças de valores de diárias e de ajudas de
custo com base em suposta isonomia. Entendimento da Súmula
339/STF. 2. No caso dos autos, o Tribunal de origem asseverou
expressamente que o direito pleiteado pelos agravantes não está
amparado em lei. 3. Agravo regimental a que se nega
provimento”. (RE 581642 AgR, rel. Min. Teori Zavascki,
Segunda Turma, DJe 7.10.2013)
Esse entendimento restou pacificado no julgamento do RE-RG
592.317, tema 315 da sistemática da repercussão geral, de minha relatoria,
e consolidou-se com a edição da Súmula Vinculante 37: “Não cabe ao Poder
Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores
públicos sob o fundamento de isonomia”.
No mesmo sentido, cito decisões monocráticas da Segunda Turma
em reclamações com idêntica controvérsia: Rcl 26.072 MC, rel. Min. Edson
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 11
Voto Vogal
RCL 28087 AGR / CE
Fachin, DJe 4.9.2017; Rcl 27.938 MC, rel. Min. Celso de Mello, DJe
25.8.2017; e Rcl 26.069 MC, rel. Min. Rosa Weber, DJe 24.8.2017; e
acórdãos da mesma Turma no ARE 95.6734 AgR, DJe 5.9.2017; e ARE
98.3405 AgR, DJe 5.9.2017, ambos de minha relatoria.
Entendo, portanto, que as decisões reclamadas violam a Súmula
Vinculante 37, do Supremo Tribunal Federal.
Nesses termos, voto pelo provimento do agravo para que as
reclamações sejam julgadas procedentes e as decisões reclamadas sejam
cassadas.
É como voto.
3
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Supremo Tribunal Federal
RCL 28087 AGR / CE
Fachin, DJe 4.9.2017; Rcl 27.938 MC, rel. Min. Celso de Mello, DJe
25.8.2017; e Rcl 26.069 MC, rel. Min. Rosa Weber, DJe 24.8.2017; e
acórdãos da mesma Turma no ARE 95.6734 AgR, DJe 5.9.2017; e ARE
98.3405 AgR, DJe 5.9.2017, ambos de minha relatoria.
Entendo, portanto, que as decisões reclamadas violam a Súmula
Vinculante 37, do Supremo Tribunal Federal.
Nesses termos, voto pelo provimento do agravo para que as
reclamações sejam julgadas procedentes e as decisões reclamadas sejam
cassadas.
É como voto.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11
Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 28.087
PROCED. : CEARÁ
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : CIRO BENIGNO PORTO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : PRIMEIRA TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS
FEDERAIS DO CEARÁ
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma, por maioria, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator, vencidos os Ministros
Gilmar Mendes e Celso de Mello. Segunda Turma, Sessão Virtual de
1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217653
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 28.087
PROCED. : CEARÁ
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : CIRO BENIGNO PORTO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : PRIMEIRA TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS
FEDERAIS DO CEARÁ
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma, por maioria, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator, vencidos os Ministros
Gilmar Mendes e Celso de Mello. Segunda Turma, Sessão Virtual de
1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217653
Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14316263 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-08T00:00:00 | A Turma, por maioria, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator, vencidos os Ministros Gilmar Mendes e Celso de Mello. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NA RECLAMAÇÃO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. CONVERSÃO DE UM TERÇO DE FÉRIAS EM ABONO PECUNIÁRIO A INTEGRANTE DA MAGISTRATURA. PRINCÍPIO DA SIMETRIA. AUSÊNCIA DE IDENTIDADE MATERIAL ENTRE O ATO RECLAMADO E O VERBETE DA SÚMULA VINCULANTE 37. EXCEPCIONALIDADE DO DISPOSTO NO ART. 102, I, N, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
I – A conversão de um terço de férias em abono pecuniário a integrante da Magistratura com fundamento no princípio da simetria não enseja reclamação por ofensa à Súmula Vinculante 37.
II – A interpretação atual da regra do art. 102, I, n, da Constituição é no sentido de que somente se adequam à norma em exame aquelas demandas nas quais se demonstre a presença, cumulativamente, de dois requisitos, quais sejam: (i) a existência de interesse de toda a Magistratura; (ii) que esse interesse seja exclusivo dos Magistrados.
III – Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur380274 | - Acórdão(s) citado(s):
(SÚMULA 339)
RE 581642 AgR (2ªT).
- Decisões monocráticas citadas:
(SÚMULA VINCULANTE 37)
Rcl 26069 MC, Rcl 26072 MC, ARE 983405 AgR, Rcl 27938 MC.
Número de páginas: 11.
Análise: 23/02/2018, BMP. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 28087 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\n ART-00102 INC-00001 LET-N\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\n\n",
"LEG-FED SUV-000037 \n SÚMULA VINCULANTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000339 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | Rcl-AgR | acordaos | Rcl 28087 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : CIRO BENIGNO PORTO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : PRIMEIRA TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DO CEARÁ
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECLAMAÇÃO 28 . 087",
"Súmula Vinculante 37",
"enunciado 37 da Súmula Vinculante",
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"AO 1 . 635 - TA / MS",
"ACO 1 . 688 / SC",
"RCL 28087 AGR / CE",
"ACO 359 QO / SP",
"RCL 28087 AGR / CE",
"ACO 359 QO / SP",
"Rcl 26 . 772 / DF",
"Rcl 27 . 083 / CE",
"Rcl 27 . 498 / PB",
"Rcl 28 . 280 / MG",
"Rcl 26 . 772 / DF",
"Rcl 27 . 083 / CE",
"Rcl 27 . 498 / PB",
"Rcl 28 . 280 / MG",
"RECLAMAÇÃO",
"Rcl",
"-",
"AgR 28 . 087",
"Rcl",
"-",
"AgR 28 . 089",
"Súmula Vinculante 37",
"Rcl",
"-",
"AgR",
"Rcl",
"-",
"AgR",
"Súmula Vinculante 37",
"RCL 28087 AGR / CE",
"Súmula 339 do STF",
"SÚMULA 339 / STF",
"SÚMULA 280 / STF",
"Súmula 339 / STF",
"RE 581642 AgR",
"RE",
"-",
"RG 592 . 317",
"Súmula Vinculante 37",
"Rcl 26 . 072 MC",
"RCL 28087",
"Súmula 339 do STF",
"SÚMULA 339 / STF",
"SÚMULA 280 / STF",
"Súmula 339 / STF",
"RE 581642 AgR",
"RE",
"-",
"RG 592 . 317",
"Súmula Vinculante 37",
"Rcl 26 . 072 MC",
"RCL 28087 AGR /",
"Rcl 27 . 938 MC",
"Rcl 26 . 069 MC",
"ARE 95 . 6734 AgR",
"ARE 98 . 3405 AgR",
"Súmula Vinculante 37 , do Supremo Tribunal Federal",
"RCL 28087 AGR",
"Rcl 27 . 938 MC",
"Rcl 26 . 069 MC",
"ARE 95 . 6734 AgR",
"ARE 98 . 3405 AgR",
"Súmula Vinculante 37 , do Supremo Tribunal Federal",
"RECLAMAÇÃO 28 . 087",
"RECLAMAÇÃO 28 . 087"
],
"LEGISLACAO": [
"ART . 102 , I , N , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"art . 102 , I , n , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 103 - A , § [UNK] , da Constituição da República",
"Emenda Constitucional 45 / 2004",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 103 - A , § [UNK] , da Constituição da República",
"Emenda Constitucional 45 / 2004",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Resolução 133 / 2011 do Conselho Nacional de Justiça",
"Estatuto",
"art . 102 , I , n , da Constituição Federal",
"art . 102 , I , n , da Constituição 2",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Resolução 133 / 2011 do",
"Estatuto do Ministério Público",
"art . 102 , I , n , da Constituição Federal",
"art . 102 , I , n , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar 35 / 1979",
"LOMAN",
"Lei Complementar 75 / 1993",
"Lei Orgânica do Ministério Público da União",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar 35 / 1979",
"LOMAN",
"Lei Complementar 75 / 1993",
"Lei Orgânica do Ministério Público da União",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 39 , § [UNK] , da Constituição",
"LEIS COMPLEMENTARES ESTADUAIS 734 / 93",
"234",
"/",
"80",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 39 , § [UNK] , da Constituição",
"LEIS COMPLEMENTARES ESTADUAIS 734 / 93",
"234",
"/",
"80",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"Brasília",
"Brasília",
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"CEARÁ",
"CEARÁ"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"RCL",
"AGR",
"/",
"CE",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"RCL",
"AGR",
"/",
"CE",
"Infraestrutura de",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"PRIMEIRA TURMA",
"União",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"PRIMEIRA TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DO CEARÁ",
"União",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"CEARÁ",
"União",
"União",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"União",
"União",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário",
"Ministério",
"Suprema",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Conselho",
"Plenário",
"Ministério Público",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal Pleno",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"PRIMEIRA TURMA",
"RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DO CEARÁ",
"União",
"Ministério Público",
"Conselho Nacional de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"PRIMEIRA TURMA",
"RECURSAL DOS",
"União",
"Ministério Público",
"Conselho Nacional de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"MINISTÉRIO PÚBLICO",
"Ministério Público do Estado de São Paulo",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"MINISTÉRIO PÚBLICO",
"Ministério Público do Estado de São Paulo",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"PRIMEIRA TURMA",
"RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DO CEARÁ",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"PRIMEIRA TURMA",
"RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DO CEARÁ",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CIRO BENIGNO PORTO",
"Gilmar Mendes",
"Celso de Mello",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Gilmar Mendes",
"Celso de Mello",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CIRO BENIGNO PORTO",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CIRO BENIGNO PORTO",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Celso de Mello",
"Celso de Mello",
"Ellen Gracie",
"Dias Toffoli",
"Celso de Mello",
"Celso de Mello",
"Ellen Gracie",
"Dias Toffoli",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Celso de Mello",
"Celso de Mello",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CIRO BENIGNO PORTO",
"CELSO DE MELLO",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CIRO BENIGNO PORTO",
"CELSO DE MELLO",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CIRO BENIGNO PORTO",
"GILMAR MENDES",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CIRO BENIGNO PORTO",
"GILMAR MENDES",
"Ricardo Lewandowski",
"Teori Zavascki",
"Edson 2",
"Teori Zavascki",
"Edson 2",
"Celso de Mello",
"Rosa Weber",
"Fachin",
"Celso de Mello",
"Rosa Weber",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CIRO BENIGNO PORTO",
"Gilmar Mendes",
"Celso de Mello",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CIRO BENIGNO PORTO",
"Gilmar Mendes",
"Celso de Mello",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"21 de",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"21 de Documento",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"junho de 2011",
"7",
".",
"10",
".",
"2013",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"junho de 2011",
"7",
".",
"10",
".",
"2013",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"4",
".",
"9",
".",
"2017",
"25",
".",
"8",
".",
"2017",
"24",
".",
"8",
".",
"2017",
"5",
".",
"9",
".",
"2017",
"5",
".",
"9",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"4",
".",
"9",
".",
"2017",
"25",
".",
"8",
".",
"2017",
"24",
".",
"8",
".",
"2017",
"5",
".",
"9",
".",
"2017",
"5",
".",
"9",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.063.958 SANTA CATARINA
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:LOIDE AGUIAR
ADV.(A/S)
:DANIELE CESCA TAMAGNO
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE
SANTA CATARINA - IPREV
ADV.(A/S)
:JEAN CARLO ROVARIS
E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – ALEGADA
VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO
EXPLÍCITO
DA
MATÉRIA
CONSTITUCIONAL – DIREITO LOCAL – SÚMULA 280/STF –
REEXAME DE FATOS
E
PROVAS
–
IMPOSSIBILIDADE
–
SÚMULA 279/STF – SUCUMBÊNCIA RECURSAL (CPC, ART. 85, § 11) –
NÃO DECRETAÇÃO, NO CASO, ANTE A INADMISSIBILIDADE
DE CONDENAÇÃO EM VERBA HONORÁRIA, POR TRATAR-SE DE
PROCESSO DE MANDADO DE SEGURANÇA (SÚMULA 512/STF E
LEI Nº 12.016/2009, ART. 25) – ABUSO DO DIREITO DE RECORRER –
IMPOSIÇÃO DE MULTA (1% SOBRE O VALOR CORRIGIDO DA
CAUSA), SE UNÂNIME A VOTAÇÃO (CPC, ART. 1.021, § 4º) – AGRAVO
INTERNO IMPROVIDO.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Sessão Virtual da Segunda Turma, na
conformidade da ata de julgamentos, por unanimidade de votos, em
negar provimento ao recurso de agravo, e, por considerá-lo
manifestamente procrastinatório, em impor, à parte agravante, multa de
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286368.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12
Ementa e Acórdão
RE 1063958 AGR / SC
1% (um por cento) sobre o valor corrigido da causa, nos termos do voto
do Relator.
Brasília, Sessão Virtual de 01 a 07 de dezembro de 2017.
CELSO DE MELLO – RELATOR
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286368.
Supremo Tribunal Federal
RE 1063958 AGR / SC
1% (um por cento) sobre o valor corrigido da causa, nos termos do voto
do Relator.
Brasília, Sessão Virtual de 01 a 07 de dezembro de 2017.
CELSO DE MELLO – RELATOR
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286368.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.063.958 SANTA CATARINA
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:LOIDE AGUIAR
ADV.(A/S)
:DANIELE CESCA TAMAGNO
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE
SANTA CATARINA - IPREV
ADV.(A/S)
:JEAN CARLO ROVARIS
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se
de agravo interno, tempestivamente interposto, contra decisão que não
conheceu do recurso extraordinário, deduzido pela parte ora recorrente,
por ser o apelo extremo manifestamente inadmissível.
Inconformada com essa decisão, a parte ora recorrente interpõe o
presente agravo interno, postulando o provimento do recurso que
deduziu.
Por não me convencer das razões expostas, submeto à apreciação
desta colenda Turma o presente recurso de agravo.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286369.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.063.958 SANTA CATARINA
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:LOIDE AGUIAR
ADV.(A/S)
:DANIELE CESCA TAMAGNO
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE
SANTA CATARINA - IPREV
ADV.(A/S)
:JEAN CARLO ROVARIS
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se
de agravo interno, tempestivamente interposto, contra decisão que não
conheceu do recurso extraordinário, deduzido pela parte ora recorrente,
por ser o apelo extremo manifestamente inadmissível.
Inconformada com essa decisão, a parte ora recorrente interpõe o
presente agravo interno, postulando o provimento do recurso que
deduziu.
Por não me convencer das razões expostas, submeto à apreciação
desta colenda Turma o presente recurso de agravo.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286369.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.063.958 SANTA CATARINA
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não
assiste razão à parte ora recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se,
com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo
Tribunal Federal na matéria ora em exame.
Na realidade, os argumentos apresentados pela parte agravante
mostram-se insuficientes para alterar o ato impugnado, pois consistem
em mera reiteração dos fundamentos anteriormente deduzidos e que
foram devidamente refutados na decisão que se busca reformar, razão
pela qual deve ser mantido o julgamento em referência, eis que o suporte
argumentativo em que se apoia o ato decisório mencionado é suficiente
para justificar a resolução do litígio recursal.
Com efeito, o recurso extraordinário deduzido nestes autos foi
interposto por Loide Aguiar contra acórdão que, confirmado em sede de
embargos de declaração pelo E. Tribunal de Justiça do Estado de Santa
Catarina, está assim ementado:
“CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. PENSÃO
POR MORTE. MILITAR DO ESTADO DE SANTA CATARINA.
AUSÊNCIA DE LEI ESPECÍFICA QUE DISCIPLINE O
PENSIONAMENTO.
MATÉRIA
REGULADA
PELA
LEGISLAÇÃO ESTADUAL GENÉRICA QUE ABRANGEU CIVIS
E MILITARES, POR FORÇA DO ART. 1º, I, DA LCE N. 129/94 E,
POSTERIORMENTE, ART. 92 DA LCE N. 412/08, OBSERVADOS
OS PARÂMETROS ESTABELECIDOS NOS ARTIGOS 47 E 73
DA REFERIDA NORMA.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286370.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.063.958 SANTA CATARINA
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não
assiste razão à parte ora recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se,
com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo
Tribunal Federal na matéria ora em exame.
Na realidade, os argumentos apresentados pela parte agravante
mostram-se insuficientes para alterar o ato impugnado, pois consistem
em mera reiteração dos fundamentos anteriormente deduzidos e que
foram devidamente refutados na decisão que se busca reformar, razão
pela qual deve ser mantido o julgamento em referência, eis que o suporte
argumentativo em que se apoia o ato decisório mencionado é suficiente
para justificar a resolução do litígio recursal.
Com efeito, o recurso extraordinário deduzido nestes autos foi
interposto por Loide Aguiar contra acórdão que, confirmado em sede de
embargos de declaração pelo E. Tribunal de Justiça do Estado de Santa
Catarina, está assim ementado:
“CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. PENSÃO
POR MORTE. MILITAR DO ESTADO DE SANTA CATARINA.
AUSÊNCIA DE LEI ESPECÍFICA QUE DISCIPLINE O
PENSIONAMENTO.
MATÉRIA
REGULADA
PELA
LEGISLAÇÃO ESTADUAL GENÉRICA QUE ABRANGEU CIVIS
E MILITARES, POR FORÇA DO ART. 1º, I, DA LCE N. 129/94 E,
POSTERIORMENTE, ART. 92 DA LCE N. 412/08, OBSERVADOS
OS PARÂMETROS ESTABELECIDOS NOS ARTIGOS 47 E 73
DA REFERIDA NORMA.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286370.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
RE 1063958 AGR / SC
No âmbito do Estado de Santa Catarina, não há lei específica
tratando sobre a pensão por morte de militares (nem mesmo foi
instituído regime próprio de previdência), sendo a matéria
disciplinada por legislação genérica que abrange civis e militares,
tanto que é que as leis estaduais que dispuseram sobre essa categoria,
sucessivamente, os vinculava ao Instituto destinado aos servidores
públicos civis.
CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. PENSÃO POR
MORTE APÓS A EC N. 41/03. SERVIDOR EM ATIVIDADE NA
DATA DO ÓBITO. FORMA DE CÁLCULO. INCIDÊNCIA DO
INCISO II DO ART. 73 DA LCE N. 412/08 E INCISO II DO § 7º
DO ART. 40, DA CRFB/88. TOTALIDADE DA REMUNERAÇÃO
DO SERVIDOR NO CARGO EFETIVO EM QUE SE DEU O
FALECIMENTO, ATÉ O LIMITE MÁXIMO ESTABELECIDO
PARA OS BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL DE
PREVIDÊNCIA SOCIAL, ACRESCIDA DE 70% DA PARCELA
EXCEDENTE. REAJUSTAMENTO DA PENSÃO NA FORMA
DO ART. 40, § 8º, DA CRFB/88. SENTENÇA CONCESSIVA DA
ORDEM REFORMADA.
A fórmula de cálculo do benefício de pensão por morte instituída
em decorrência do falecimento de servidor militar em atividade,
ocorrido após o advento da EC n. 41/03, deve observar a norma
estabelecida no art. 73, II, da LCE n. 412/08, em consonância com o
inciso II do § 7º do art. 40, da CRFB/88, devendo ser reajustada na
forma do § 8º do art. 40 da CRFB/88 (‘É assegurado o reajustamento
dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor
real, conforme critérios estabelecidos em lei’).
APELO PROVIDO. REMESSA PREJUDICADA.”
A parte ora agravante, ao deduzir o apelo extremo, sustentou que o
Tribunal “a quo” teria transgredido preceitos inscritos na Constituição
da República.
O exame da presente causa evidencia que o recurso extraordinário
não se revela viável.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286370.
Supremo Tribunal Federal
RE 1063958 AGR / SC
No âmbito do Estado de Santa Catarina, não há lei específica
tratando sobre a pensão por morte de militares (nem mesmo foi
instituído regime próprio de previdência), sendo a matéria
disciplinada por legislação genérica que abrange civis e militares,
tanto que é que as leis estaduais que dispuseram sobre essa categoria,
sucessivamente, os vinculava ao Instituto destinado aos servidores
públicos civis.
CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. PENSÃO POR
MORTE APÓS A EC N. 41/03. SERVIDOR EM ATIVIDADE NA
DATA DO ÓBITO. FORMA DE CÁLCULO. INCIDÊNCIA DO
INCISO II DO ART. 73 DA LCE N. 412/08 E INCISO II DO § 7º
DO ART. 40, DA CRFB/88. TOTALIDADE DA REMUNERAÇÃO
DO SERVIDOR NO CARGO EFETIVO EM QUE SE DEU O
FALECIMENTO, ATÉ O LIMITE MÁXIMO ESTABELECIDO
PARA OS BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL DE
PREVIDÊNCIA SOCIAL, ACRESCIDA DE 70% DA PARCELA
EXCEDENTE. REAJUSTAMENTO DA PENSÃO NA FORMA
DO ART. 40, § 8º, DA CRFB/88. SENTENÇA CONCESSIVA DA
ORDEM REFORMADA.
A fórmula de cálculo do benefício de pensão por morte instituída
em decorrência do falecimento de servidor militar em atividade,
ocorrido após o advento da EC n. 41/03, deve observar a norma
estabelecida no art. 73, II, da LCE n. 412/08, em consonância com o
inciso II do § 7º do art. 40, da CRFB/88, devendo ser reajustada na
forma do § 8º do art. 40 da CRFB/88 (‘É assegurado o reajustamento
dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor
real, conforme critérios estabelecidos em lei’).
APELO PROVIDO. REMESSA PREJUDICADA.”
A parte ora agravante, ao deduzir o apelo extremo, sustentou que o
Tribunal “a quo” teria transgredido preceitos inscritos na Constituição
da República.
O exame da presente causa evidencia que o recurso extraordinário
não se revela viável.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
RE 1063958 AGR / SC
Cumpre destacar, desde logo, que o tema concernente à alegada
transgressão ao preceito inscrito no art. 97, da Constituição, não se acha
devidamente prequestionado.
E, como se sabe, ausente o indispensável prequestionamento da matéria
constitucional, que não se admite implícito (RTJ 125/1368, Rel. Min.
MOREIRA ALVES – RTJ 131/1391, Rel. Min. CELSO DE MELLO –
RTJ 144/300, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – RTJ 153/989, Rel. Min.
CELSO DE MELLO), incidem as Súmulas 282 e 356 desta Corte.
Não ventilada, no acórdão recorrido, a matéria constitucional
suscitada pelo recorrente, deixa de configurar-se, tecnicamente, o
prequestionamento do tema, necessário ao conhecimento do recurso
extraordinário.
A configuração jurídica do prequestionamento – que traduz elemento
indispensável ao conhecimento do recurso extraordinário – decorre da
oportuna formulação, em momento procedimentalmente adequado, do
tema de direito constitucional positivo. Mais do que a satisfação dessa
exigência, impõe-se que a matéria questionada tenha sido explicitamente
ventilada na decisão recorrida (RTJ 98/754 – RTJ 116/451). Sem o
cumulativo atendimento desses pressupostos, além de outros igualmente
imprescindíveis, não se viabiliza o acesso à via recursal extraordinária,
consoante tem proclamado a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal
(RTJ 159/977).
De outro lado, e mesmo que a suposta ofensa à Constituição
houvesse surgido, originariamente, na instância recursal, derivando do
próprio acórdão recorrido, ainda assim seria imprescindível que,
mediante embargos declaratórios, o tema constitucional fosse arguido
pela parte recorrente, para que se ensejasse, ao E. Tribunal de origem, a
3
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RE 1063958 AGR / SC
Cumpre destacar, desde logo, que o tema concernente à alegada
transgressão ao preceito inscrito no art. 97, da Constituição, não se acha
devidamente prequestionado.
E, como se sabe, ausente o indispensável prequestionamento da matéria
constitucional, que não se admite implícito (RTJ 125/1368, Rel. Min.
MOREIRA ALVES – RTJ 131/1391, Rel. Min. CELSO DE MELLO –
RTJ 144/300, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – RTJ 153/989, Rel. Min.
CELSO DE MELLO), incidem as Súmulas 282 e 356 desta Corte.
Não ventilada, no acórdão recorrido, a matéria constitucional
suscitada pelo recorrente, deixa de configurar-se, tecnicamente, o
prequestionamento do tema, necessário ao conhecimento do recurso
extraordinário.
A configuração jurídica do prequestionamento – que traduz elemento
indispensável ao conhecimento do recurso extraordinário – decorre da
oportuna formulação, em momento procedimentalmente adequado, do
tema de direito constitucional positivo. Mais do que a satisfação dessa
exigência, impõe-se que a matéria questionada tenha sido explicitamente
ventilada na decisão recorrida (RTJ 98/754 – RTJ 116/451). Sem o
cumulativo atendimento desses pressupostos, além de outros igualmente
imprescindíveis, não se viabiliza o acesso à via recursal extraordinária,
consoante tem proclamado a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal
(RTJ 159/977).
De outro lado, e mesmo que a suposta ofensa à Constituição
houvesse surgido, originariamente, na instância recursal, derivando do
próprio acórdão recorrido, ainda assim seria imprescindível que,
mediante embargos declaratórios, o tema constitucional fosse arguido
pela parte recorrente, para que se ensejasse, ao E. Tribunal de origem, a
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Voto - MIN. CELSO DE MELLO
RE 1063958 AGR / SC
possibilidade de examiná-lo expressamente, observando-se, desse modo,
a jurisprudência firmada pelo Supremo Tribunal Federal:
“Prequestionamento.
Quando é o acórdão recorrido que teria ofendido implicitamente
o texto constitucional, o prequestionamento se faz mediante a
interposição de embargos declaratórios, para que se supra a omissão
quanto à questão constitucional por ele não enfrentada.
Agravo regimental a que se nega provimento.”
(RTJ 123/383, Rel. Min. MOREIRA ALVES)
“RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
TEMA
CONSTITUCIONAL,
NÃO
PREQUESTIONADO
(SÚMULAS 282 E 356).
Se a afronta à lei surge no próprio julgamento, é essencial que o
tema seja ventilado através de embargos de declaração, pois o
prequestionamento é uma das condições de admissibilidade do
extraordinário.
Agravo regimental a que se nega provimento.”
(AI 124.036-AgR/RS, Rel. Min. FRANCISCO REZEK)
Cabe registrar, no entanto, que a parte ora recorrente deixou de
assim proceder,
inviabilizando,
desse modo, por
ausência
de
prequestionamento explícito da matéria constitucional, a possibilidade
jurídico-processual de ver apreciado seu recurso extraordinário.
É preciso assinalar, ainda, no tocante às demais alegações suscitadas
no apelo extremo, que incidem, na espécie, os enunciados constantes das
Súmulas 279/STF e 280/STF, que assim dispõem:
“Para simples reexame de prova, não cabe recurso
extraordinário.” (grifei)
“Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário.”
(grifei)
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possibilidade de examiná-lo expressamente, observando-se, desse modo,
a jurisprudência firmada pelo Supremo Tribunal Federal:
“Prequestionamento.
Quando é o acórdão recorrido que teria ofendido implicitamente
o texto constitucional, o prequestionamento se faz mediante a
interposição de embargos declaratórios, para que se supra a omissão
quanto à questão constitucional por ele não enfrentada.
Agravo regimental a que se nega provimento.”
(RTJ 123/383, Rel. Min. MOREIRA ALVES)
“RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
TEMA
CONSTITUCIONAL,
NÃO
PREQUESTIONADO
(SÚMULAS 282 E 356).
Se a afronta à lei surge no próprio julgamento, é essencial que o
tema seja ventilado através de embargos de declaração, pois o
prequestionamento é uma das condições de admissibilidade do
extraordinário.
Agravo regimental a que se nega provimento.”
(AI 124.036-AgR/RS, Rel. Min. FRANCISCO REZEK)
Cabe registrar, no entanto, que a parte ora recorrente deixou de
assim proceder,
inviabilizando,
desse modo, por
ausência
de
prequestionamento explícito da matéria constitucional, a possibilidade
jurídico-processual de ver apreciado seu recurso extraordinário.
É preciso assinalar, ainda, no tocante às demais alegações suscitadas
no apelo extremo, que incidem, na espécie, os enunciados constantes das
Súmulas 279/STF e 280/STF, que assim dispõem:
“Para simples reexame de prova, não cabe recurso
extraordinário.” (grifei)
“Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário.”
(grifei)
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RE 1063958 AGR / SC
Com efeito, para se acolher o pleito deduzido em sede recursal
extraordinária, tornar-se-ia necessário o reexame dos fatos e das provas
constantes dos autos, circunstância essa que obsta, como acima observado,
o próprio conhecimento do apelo extremo, em face do que se contém na
Súmula 279/STF.
Convém referir, por oportuno, que a questão ora em exame foi
decidida com base no direito local, sem qualquer repercussão direta no
plano normativo da Constituição da República, configurando, por isso
mesmo, situação que inviabiliza, por completo, por efeito do que dispõe
a Súmula 280/STF, a possibilidade de utilização do recurso
extraordinário.
A mera análise do acórdão recorrido torna evidente que o
E. Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, ao proferir a decisão
questionada, fundamentou as suas conclusões em aspectos fático-
-probatórios e em interpretação de direito local:
“No âmbito deste ente federativo não há lei específica tratando
sobre pensão por morte de militares (nem mesmo foi instituído regime
próprio de previdência), sendo a matéria disciplinada por legislação
genérica que abrange civis e militares, tanto que é que as leis estaduais
que dispuseram sobre essa categoria, sucessivamente, os vinculava ao
Instituto destinado aos servidores públicos civis.
É o que se extrai da Lei n. 1.057/54 que, em seu art. 100,
disciplinou que ‘Por morte, os oficiais, aspirantes, sub-tenentes,
sargentos e praças que façam parte da instituição, deixarão às viúvas e
filhos a pensão estabelecida pela Montepio dos Funcionários Públicos
do Estado, na forma que a lei regular’.
No mesmo o art. 60 da Lei n. 5.522/79 previa que ‘Por morte o
policial-militar deixará aos seus beneficiários legais pensão
estabelecida pelo Instituto de Previdência do Estado (IPESC),
bem como salário-família de conformidade com a legislação
específica’.
5
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RE 1063958 AGR / SC
Com efeito, para se acolher o pleito deduzido em sede recursal
extraordinária, tornar-se-ia necessário o reexame dos fatos e das provas
constantes dos autos, circunstância essa que obsta, como acima observado,
o próprio conhecimento do apelo extremo, em face do que se contém na
Súmula 279/STF.
Convém referir, por oportuno, que a questão ora em exame foi
decidida com base no direito local, sem qualquer repercussão direta no
plano normativo da Constituição da República, configurando, por isso
mesmo, situação que inviabiliza, por completo, por efeito do que dispõe
a Súmula 280/STF, a possibilidade de utilização do recurso
extraordinário.
A mera análise do acórdão recorrido torna evidente que o
E. Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, ao proferir a decisão
questionada, fundamentou as suas conclusões em aspectos fático-
-probatórios e em interpretação de direito local:
“No âmbito deste ente federativo não há lei específica tratando
sobre pensão por morte de militares (nem mesmo foi instituído regime
próprio de previdência), sendo a matéria disciplinada por legislação
genérica que abrange civis e militares, tanto que é que as leis estaduais
que dispuseram sobre essa categoria, sucessivamente, os vinculava ao
Instituto destinado aos servidores públicos civis.
É o que se extrai da Lei n. 1.057/54 que, em seu art. 100,
disciplinou que ‘Por morte, os oficiais, aspirantes, sub-tenentes,
sargentos e praças que façam parte da instituição, deixarão às viúvas e
filhos a pensão estabelecida pela Montepio dos Funcionários Públicos
do Estado, na forma que a lei regular’.
No mesmo o art. 60 da Lei n. 5.522/79 previa que ‘Por morte o
policial-militar deixará aos seus beneficiários legais pensão
estabelecida pelo Instituto de Previdência do Estado (IPESC),
bem como salário-família de conformidade com a legislação
específica’.
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RE 1063958 AGR / SC
O art. 60 da Lei n. 6.218/83 disciplinava que ‘Por morte o
policial-militar deixará aos seus beneficiários legais pensão
estabelecida pelo Instituto de Previdência do Estado (IPESC),
bem como salário família de conformidade com a legislação
específica’.
O art. 1º da Lei Complementar Estadual n. 129/94, ao dispor
‘sobre a pensão previdenciária por morte de agente público estadual’
estabeleceu, em seu art. 1º, I, que: ‘São agentes públicos, para os
efeitos desta lei: I – os servidores públicos estatutários, civis e
militares, vinculados aos quadros de pessoal da administração direta,
autárquica e funcional do Estado;’ (…).
…...................................................................................................
Após tal regramento, no âmbito desta Unidade da Federação, a
Lei Complementar Estadual n. 412/08, atualmente em vigor, em seu
art. 101, XV, revogou a Lei n. 129/94 e o art. 92 da nova legislação,
vinculou a filiação dos militares e pensionistas e disciplinou a norma
reguladora da pensão:
…...................................................................................................
Logo, preleciona o § 1º do art. 92 da LCE n. 412/08,
que as pensões por morte deverão observar os artigos 47 e 73 da
LCE n. 412/08, nos seguintes termos:
…...................................................................................................
O art. 73, incisos I e II, da LCE n. 412/08, disciplinou a forma
de cálculo da pensão por morte, enquanto que o parágrafo único
previu que, enquanto não for editada ‘a legislação instituidora do
regime próprio de previdência dos militares do Estado de Santa
Catarina, a pensão por morte aos dependentes do militar será
concedida observadas as regras do art. 60, da Lei nº 6.218, de 10 de
fevereiro de 1983’:
…...................................................................................................
Depreende-se dos autos que o servidor ingressou no serviço
público em 3.7.84 e faleceu, na ativa, em 13.10.05, permanecendo em
atividade pouco mais de 20 anos e contando, ao tempo do óbito, com
apenas 40 (quarenta) anos de idade (fl. 18), a indicar que o instituidor
da pensão não preencheu os requisitos exigidos na EC n. 47/05 para
obter a paridade remuneratória.”
6
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RE 1063958 AGR / SC
O art. 60 da Lei n. 6.218/83 disciplinava que ‘Por morte o
policial-militar deixará aos seus beneficiários legais pensão
estabelecida pelo Instituto de Previdência do Estado (IPESC),
bem como salário família de conformidade com a legislação
específica’.
O art. 1º da Lei Complementar Estadual n. 129/94, ao dispor
‘sobre a pensão previdenciária por morte de agente público estadual’
estabeleceu, em seu art. 1º, I, que: ‘São agentes públicos, para os
efeitos desta lei: I – os servidores públicos estatutários, civis e
militares, vinculados aos quadros de pessoal da administração direta,
autárquica e funcional do Estado;’ (…).
…...................................................................................................
Após tal regramento, no âmbito desta Unidade da Federação, a
Lei Complementar Estadual n. 412/08, atualmente em vigor, em seu
art. 101, XV, revogou a Lei n. 129/94 e o art. 92 da nova legislação,
vinculou a filiação dos militares e pensionistas e disciplinou a norma
reguladora da pensão:
…...................................................................................................
Logo, preleciona o § 1º do art. 92 da LCE n. 412/08,
que as pensões por morte deverão observar os artigos 47 e 73 da
LCE n. 412/08, nos seguintes termos:
…...................................................................................................
O art. 73, incisos I e II, da LCE n. 412/08, disciplinou a forma
de cálculo da pensão por morte, enquanto que o parágrafo único
previu que, enquanto não for editada ‘a legislação instituidora do
regime próprio de previdência dos militares do Estado de Santa
Catarina, a pensão por morte aos dependentes do militar será
concedida observadas as regras do art. 60, da Lei nº 6.218, de 10 de
fevereiro de 1983’:
…...................................................................................................
Depreende-se dos autos que o servidor ingressou no serviço
público em 3.7.84 e faleceu, na ativa, em 13.10.05, permanecendo em
atividade pouco mais de 20 anos e contando, ao tempo do óbito, com
apenas 40 (quarenta) anos de idade (fl. 18), a indicar que o instituidor
da pensão não preencheu os requisitos exigidos na EC n. 47/05 para
obter a paridade remuneratória.”
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
RE 1063958 AGR / SC
Impõe-se ressaltar, por relevante, no que concerne à própria
controvérsia ora suscitada, que o entendimento exposto na presente
decisão tem sido observado em julgamentos proferidos no âmbito desta
Suprema Corte (RE 1.056.051/SC, Rel. Min. LUIZ FUX – RE 1.056.183/SC,
Rel. Min. ROBERTO BARROSO – RE 1.064.021/SC, Rel. Min. MARCO
AURÉLIO – RE 1.085.106/SC, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, v.g.):
“Agravo regimental no recurso extraordinário. Direito
previdenciário. Prequestionamento. Ausência. Pensão por morte.
Integralidade e paridade. Lei vigente ao tempo do óbito do instituidor
do benefício. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Fatos e
provas. Reexame. Impossibilidade. Precedentes.
1. É inviável o recurso extraordinário quando os dispositivos
constitucionais nele apontados como violados carecem do necessário
prequestionamento. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF.
2. O benefício previdenciário de pensão por morte se rege pelas
leis vigentes à data do óbito do instituidor do benefício.
3. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da
legislação infraconstitucional e o reexame dos fatos e das provas
constantes dos autos. Incidência das Súmulas nºs 280 e 279/STF.
4. Agravo regimental não provido.
5. Inaplicável o art. 85, § 11, do CPC, haja vista tratar-se, na
origem, de mandado de segurança (art. 25 da Lei 12.016/09).”
(RE 1.047.246-AgR/SC, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – grifei)
Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, nego
provimento ao presente agravo interno, mantendo, em consequência, por
seus próprios fundamentos, a decisão recorrida, e, tendo em vista o seu
intuito procrastinatório (CPC, art. 1.021, § 4º) e precedentes desta
Suprema Corte que aplicam a sanção processual em situações
assemelhadas (ARE 959.634-AgR/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI –
ARE 965.134-AgR/CE, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI –
ARE 980.232-AgR/SC, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, v.g.), se unânime a
votação, condeno a parte ora agravante ao pagamento, em favor da parte
7
Supremo Tribunal Federal
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RE 1063958 AGR / SC
Impõe-se ressaltar, por relevante, no que concerne à própria
controvérsia ora suscitada, que o entendimento exposto na presente
decisão tem sido observado em julgamentos proferidos no âmbito desta
Suprema Corte (RE 1.056.051/SC, Rel. Min. LUIZ FUX – RE 1.056.183/SC,
Rel. Min. ROBERTO BARROSO – RE 1.064.021/SC, Rel. Min. MARCO
AURÉLIO – RE 1.085.106/SC, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, v.g.):
“Agravo regimental no recurso extraordinário. Direito
previdenciário. Prequestionamento. Ausência. Pensão por morte.
Integralidade e paridade. Lei vigente ao tempo do óbito do instituidor
do benefício. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Fatos e
provas. Reexame. Impossibilidade. Precedentes.
1. É inviável o recurso extraordinário quando os dispositivos
constitucionais nele apontados como violados carecem do necessário
prequestionamento. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF.
2. O benefício previdenciário de pensão por morte se rege pelas
leis vigentes à data do óbito do instituidor do benefício.
3. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da
legislação infraconstitucional e o reexame dos fatos e das provas
constantes dos autos. Incidência das Súmulas nºs 280 e 279/STF.
4. Agravo regimental não provido.
5. Inaplicável o art. 85, § 11, do CPC, haja vista tratar-se, na
origem, de mandado de segurança (art. 25 da Lei 12.016/09).”
(RE 1.047.246-AgR/SC, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – grifei)
Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, nego
provimento ao presente agravo interno, mantendo, em consequência, por
seus próprios fundamentos, a decisão recorrida, e, tendo em vista o seu
intuito procrastinatório (CPC, art. 1.021, § 4º) e precedentes desta
Suprema Corte que aplicam a sanção processual em situações
assemelhadas (ARE 959.634-AgR/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI –
ARE 965.134-AgR/CE, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI –
ARE 980.232-AgR/SC, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, v.g.), se unânime a
votação, condeno a parte ora agravante ao pagamento, em favor da parte
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Voto - MIN. CELSO DE MELLO
RE 1063958 AGR / SC
ora agravada, da multa de 1% (um por cento) sobre o valor corrigido da
causa.
Não incide , no caso em exame, o que prescreve o art. 85, § 11, do
CPC, ante a inadmissibilidade de condenação em verba honorária,
por tratar-se de processo de mandado de segurança (Súmula 512/STF
e Lei nº 12.016/2009, art. 25).
É o meu voto.
8
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RE 1063958 AGR / SC
ora agravada, da multa de 1% (um por cento) sobre o valor corrigido da
causa.
Não incide , no caso em exame, o que prescreve o art. 85, § 11, do
CPC, ante a inadmissibilidade de condenação em verba honorária,
por tratar-se de processo de mandado de segurança (Súmula 512/STF
e Lei nº 12.016/2009, art. 25).
É o meu voto.
8
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12
Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.063.958
PROCED. : SANTA CATARINA
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S) : LOIDE AGUIAR
ADV.(A/S) : DANIELE CESCA TAMAGNO (164348/RJ, 60896/RS, 43379/SC)
AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA
- IPREV
ADV.(A/S) : JEAN CARLO ROVARIS (16293/SC)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso
de agravo e, por considerá-lo manifestamente procrastinatório,
impôs, à parte agravante, multa de 1% (um por cento) sobre o valor
corrigido da causa, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma,
Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217732
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.063.958
PROCED. : SANTA CATARINA
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S) : LOIDE AGUIAR
ADV.(A/S) : DANIELE CESCA TAMAGNO (164348/RJ, 60896/RS, 43379/SC)
AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA
- IPREV
ADV.(A/S) : JEAN CARLO ROVARIS (16293/SC)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso
de agravo e, por considerá-lo manifestamente procrastinatório,
impôs, à parte agravante, multa de 1% (um por cento) sobre o valor
corrigido da causa, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma,
Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217732
Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14300977 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-06T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso de agravo e, por considerá-lo manifestamente procrastinatório, impôs, à parte agravante, multa de 1% (um por cento) sobre o valor corrigido da causa, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO EXPLÍCITO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL – DIREITO LOCAL – SÚMULA 280/STF – REEXAME DE FATOS E PROVAS – IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 279/STF – SUCUMBÊNCIA RECURSAL (CPC, ART. 85, § 11) – NÃO DECRETAÇÃO, NO CASO, ANTE A INADMISSIBILIDADE DE CONDENAÇÃO EM VERBA HONORÁRIA, POR TRATAR-SE DE PROCESSO DE MANDADO DE SEGURANÇA (SÚMULA 512/STF E LEI Nº 12.016/2009, ART. 25) – ABUSO DO DIREITO DE RECORRER – IMPOSIÇÃO DE MULTA (1% SOBRE O VALOR CORRIGIDO DA CAUSA), SE UNÂNIME A VOTAÇÃO (CPC, ART. 1.021, § 4º) – AGRAVO INTERNO IMPROVIDO. | sjur379798 | - Acórdão(s) citado(s):
(PREQUESTIONAMENTO)
RTJ 131/1391, RTJ 144/300, RTJ 153/989.
(PENSÃO POR MORTE)
RE 1047246 AgR (2ªT), RE 1056051 AgR (1ªT).
(APLICAÇÃO DE MULTA)
ARE 965134 AgR (2ªT), ARE 959634 AgR (2ªT), ARE 980232 AgR (TP).
- Decisões monocráticas citadas:
(PENSÃO POR MORTE)
RE 1056183, RE 1064021, RE 1085106.
Número de páginas: 12.
Análise: 16/02/2018, BMP. | CELSO DE MELLO | Segunda Turma | 1063958 | [
"LEG-FED LEI-012016 ANO-2006\n ART-00025 ART-01021 PAR-00004\n LEI ORDINÁRIA\n\n",
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-00085 PAR-00011\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000280 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000512 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | RE-AgR | acordaos | RE 1063958 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : LOIDE AGUIAR
ADV.(A/S) : DANIELE CESCA TAMAGNO
AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA - IPREV
ADV.(A/S) : JEAN CARLO ROVARIS | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 063 . 958",
"SÚMULA 280 / STF",
"SÚMULA 279 / STF",
"SÚMULA 512 / STF",
"RE 1063958 AGR / SC",
"RE 1063958 AGR / SC",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 063 . 958",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 063 . 958",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 063 . 958",
"RE 1063958 AGR / SC",
"RE 1063958 AGR / SC",
"RE 1063958 AGR / SC",
"RTJ 125 / 1368",
"RTJ 131 / 1391",
"RTJ 144 / 300",
"RTJ 153 / 989",
"RTJ 98 / 754",
"RTJ 116 / 451",
"RTJ 159 / 977",
"RE 1063958 AGR / SC",
"RTJ 125 / 1368",
"RTJ 131 / 1391",
"RTJ",
"RTJ 153 / 989",
"RTJ 98 / 754",
"RTJ 116 / 451",
"RTJ 159 / 977",
"RE 1063958 AGR / SC",
"RTJ 123 / 383",
"AI 124 . 036 - AgR / RS",
"Súmulas 279 / STF",
"RE 1063958 AGR / SC",
"RTJ 123 / 383",
"AI 124 . 036 - AgR / RS",
"Súmulas 279 / STF",
"280 / STF",
"RE 1063958 AGR / SC",
"Súmula 279 / STF",
"Súmula 280 / STF",
"RE 1063958 AGR / SC",
"Súmula 279 / STF",
"Súmula 280 / STF",
"RE 1063958 AGR / SC",
"RE 1063958 AGR / SC",
"RE 1063958 AGR / SC",
"RE 1 . 056 . 051 / SC",
"RE 1 . 056 . 183 / SC",
"RE 1 . 064 . 021 / SC",
"RE 1 . 085 . 106 / SC",
"Súmulas [UNK] 282",
"Súmulas [UNK] 280",
"RE 1 . 047 . 246 - AgR / SC",
"ARE 959 . 634 - AgR / SP",
"ARE 965 . 134 - AgR / CE",
"ARE 980 . 232 - AgR / SC",
"RE 1 . 056 . 051 / SC",
"RE 1 . 056 . 183 / SC",
"RE 1 . 064 . 021 / SC",
"RE 1 . 085 . 106 / SC",
"Súmulas [UNK] 282",
"Súmulas [UNK] 280 e 279 / STF",
"RE 1 . 047 . 246 - AgR / SC",
"ARE 959 . 634 - AgR / SP",
"ARE 965 . 134 - AgR / CE",
"ARE 980 . 232 - AgR / SC",
"RE 1063958 AGR / SC",
"Súmula 512 / STF",
"RE 1063958 AGR / SC",
"Súmula 512 / STF",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 063 . 958",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 063 . 958"
],
"LEGISLACAO": [
"CPC , ART . 85 , § 11",
"LEI [UNK] 12 . 016 / 2009 , ART",
"CPC , ART . 1 . 021 , § [UNK]",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . [UNK] , I , DA LCE N . 129 / 94",
"ART . 92 DA LCE N . 412 / 08",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . [UNK] , I , DA LCE N . 129 / 94",
"ART . 92 DA LCE N . 412 / 08",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"EC N . 41 / 03",
"INCISO II DO ART . 73 DA LCE N . 412 / 08",
"INCISO II DO § [UNK] DO ART . 40 , DA CRFB / 88",
"ART . 40 , § [UNK] , DA CRFB / 88",
"EC n . 41 / 03",
"art . 73 , II , da LCE n . 412 / 08",
"inciso II do § [UNK] do art . 40 , da CRFB / 88",
"§ [UNK] do art . 40 da CRFB / 88",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"EC N . 41 / 03",
"INCISO II DO ART . 73 DA LCE N . 412 / 08",
"INCISO II DO § [UNK] DO ART . 40 , DA CRFB / 88",
"ART . 40 , § [UNK] , DA CRFB / 88",
"EC n . 41 / 03",
"art . 73 , II , da LCE n .",
"inciso II do § [UNK] do art . 40 , da CRFB / 88",
"§ [UNK] do art . 40 da CRFB / 88",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 97 , da Constituição",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 97 , da Constituição",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200",
"MP n° 2 . 200 -",
"Constituição da República",
"Lei n . 1 . 057 / 54",
"art . 60 da Lei n . 5 . 522 / 79",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"Lei n . 1 . 057 / 54",
"art . 60 da Lei n . 5 . 522 / 79",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 60 da Lei n . 6 . 218 / 83",
"art . [UNK] da Lei Complementar Estadual n . 129 / 94",
"Lei Complementar Estadual n . 412 / 08",
"Lei n . 129 / 94",
"artigos 47 e 73 da",
"LCE n . 412 / 08",
"art . 73 , incisos I e II , da",
"LCE n . 412 / 08",
"art . 60 , da Lei [UNK] 6 . 218",
"EC n . 47 / 05",
"MP n° 2 . 200 - 2 /",
"art . 60 da Lei n . 6 . 218 / 83",
"art . [UNK] da Lei Complementar Estadual n . 129 / 94",
"Lei Complementar Estadual n . 412 / 08",
"Lei n . 129 / 94",
"artigos 47 e 73 da LCE n . 412 / 08",
"art . 60 , da Lei [UNK] 6 . 218",
"EC n . 47 / 05",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 85 , § 11 , do CPC",
"art . 25 da Lei 12 . 016 / 09",
"CPC , art . 1 . 021 , § [UNK]",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 85 , § 11 , do CPC",
"art . 25 da Lei 12 . 016 / 09",
"CPC , art . 1 . 021 , § [UNK]",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 85 , § 11 , do CPC",
"Lei [UNK] 12 . 016 / 2009",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 85 , § 11 , do CPC",
"Lei [UNK] 12 . 016 / 2009 , art . 25",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SANTA CATARINA",
"Brasília",
"Brasília",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"ESTADO DE SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"ESTADO DE SANTA CATARINA",
"Estado de Santa Catarina",
"Estado de Santa Catarina",
"Estado de Santa Catarina",
"Estado de Santa Catarina",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA",
"IPREV",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Brasil",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Brasil",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Tribunal de Justiça do",
"Estado",
"Montepio dos Funcionários Públicos do Estado",
"Instituto de Previdência do Estado",
"IPESC",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Montepio dos Funcionários Públicos do Estado",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Brasil",
"Instituto de Previdência do Estado",
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"Instituto de Previdência do Estado",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA",
"IPREV",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA",
"IPREV",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CELSO DE MELLO",
"LOIDE AGUIAR",
"DANIELE CESCA TAMAGNO",
"JEAN CARLO ROVARIS",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"LOIDE AGUIAR",
"DANIELE CESCA TAMAGNO",
"JEAN CARLO ROVARIS",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"LOIDE AGUIAR",
"DANIELE CESCA TAMAGNO",
"JEAN CARLO ROVARIS",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"Loide Aguiar",
"CELSO DE MELLO",
"Loide Aguiar",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"MOREIRA ALVES",
"CELSO DE MELLO",
"MARCO AURÉLIO",
"CELSO DE MELLO",
"MOREIRA ALVES",
"CELSO DE MELLO",
"MARCO AURÉLIO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"MOREIRA ALVES",
"FRANCISCO REZEK",
"MOREIRA ALVES",
"FRANCISCO REZEK",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"LUIZ FUX",
"ROBERTO BARROSO",
"MARCO AURÉLIO",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CÁRMEN LÚCIA",
"LUIZ FUX",
"ROBERTO BARROSO",
"MARCO AURÉLIO",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"LOIDE",
"DANIELE CESCA TAMAGNO",
"JEAN CARLO ROVARIS",
"Edson Fachin",
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"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"CELSO DE MELLO",
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"DANIELE CESCA TAMAGNO",
"JEAN CARLO ROVARIS",
"Edson Fachin",
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"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
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"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"01",
"07 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
"01",
"07 de dezembro de 2017",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"11",
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"2017",
"24",
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"/",
"2001",
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"2017",
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"/",
"2001",
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"/",
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"2017",
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"2001",
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"12",
"/",
"2017",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
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"/",
"2001",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
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"/",
"2001",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"10 de fevereiro de 1983",
"3",
".",
"7",
".",
"84",
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".",
"10",
".",
"05",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"10 de fevereiro de 1983",
"3",
".",
"7",
".",
"84",
"13",
".",
"10",
".",
"05",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
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"/",
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"/",
"2001",
"1",
".",
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"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 974.485 MATO
GROSSO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:ESTADO DE MATO GROSSO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO ESTADO
DE MATO
GROSSO
AGDO.(A/S)
:INGRID MEIRE MOREIRA DA SILVA
ADV.(A/S)
:JEAN DA SILVA MOREIRA
Ementa:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO DE CRUZEIROS
REAIS
PARA
URV.
SERVIDOR
PÚBLICO.
REDUÇÃO
REMUNERATÓRIA. NECESSÁRIO REANÁLISE DE FATOS. DECISÃO
AGRAVADA EM CONCORDÂNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO
SUPREMO.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. AGRAVO
IMPROVIDO.
I – A controvérsia quanto a possibilidade de redução remuneratória
dos servidores do executivo estadual por conta da conversão da moeda
Cruzeiro Real em URV, foi claramente dirimida no ARE 973.848/MT, de
relatoria do Ministro Teori Zavascki.
II – A decisão recorrida está em conformidade com a jurisprudência
firmada pelo Supremo Tribunal Federal sendo necessário para discordar
do entendimento adotado pelo Tribunal a quo, reexaminar o conjunto
fático-probatório da presente lide.
III – Agravo Regimental a que se nega provimento.
IV – Aplicação de multa (art. 1.021, 4°, do CPC).
A C Ó R D Ã O
Acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em sessão
virtual da Segunda Turma, na conformidade da ata de julgamentos, por
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14231814.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6
Ementa e Acórdão
ARE 974485 AGR / MT
unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, com aplicação da
multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015, nos termos do voto do
Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 974485 AGR / MT
unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, com aplicação da
multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015, nos termos do voto do
Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR
2
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Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 974.485 MATO
GROSSO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:ESTADO DE MATO GROSSO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO ESTADO
DE MATO
GROSSO
AGDO.(A/S)
:INGRID MEIRE MOREIRA DA SILVA
ADV.(A/S)
:JEAN DA SILVA MOREIRA
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao
agravo ante a incidência da Súmula 279 desta Corte.
No recurso, a agravante alega, em suma, que “a orientação fixada
por esta Suprema Corte, no que tange à verificação de eventual perda
salarial em decorrência da conversão de cruzeiros reais em URV, não se
aplica indistintamente a todos os servidores do Poder Executivo” (págs. 5
do documento eletrônico 9).
É o relatório.
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 974.485 MATO
GROSSO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:ESTADO DE MATO GROSSO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO ESTADO
DE MATO
GROSSO
AGDO.(A/S)
:INGRID MEIRE MOREIRA DA SILVA
ADV.(A/S)
:JEAN DA SILVA MOREIRA
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao
agravo ante a incidência da Súmula 279 desta Corte.
No recurso, a agravante alega, em suma, que “a orientação fixada
por esta Suprema Corte, no que tange à verificação de eventual perda
salarial em decorrência da conversão de cruzeiros reais em URV, não se
aplica indistintamente a todos os servidores do Poder Executivo” (págs. 5
do documento eletrônico 9).
É o relatório.
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 974.485 MATO
GROSSO
V O T O
O Senhor Ministro
Ricardo Lewandowski
(Relator):
Bem
reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece
reforma, visto que a recorrente não aduz argumentos capazes de afastar
as razões nela expendidas.
Com efeito, ao analisar o agravo interposto contra decisão que
inadmitiu o RE, consignei a inviabilidade do recurso em razão da
incidência da Súmula 279 desta Corte. Contudo, a agravante, nas razões
deste regimental, não desenvolveu qualquer argumentação destinada a
refutar o referido fundamento da decisão atacada, limitando-se a reiterar
questões de mérito. Esta Corte, inclusive, já se manifestou quanto ao
objeto da presente lide no ARE 973.848 AgR/MT, de relatoria do Ministro
Teori Zavascki. Nesse sentido:
“EMENTA: ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL.
AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO
COM AGRAVO. SERVIDOR ESTADUAL. VENCIMENTOS.
CONVERSÃO EM UNIDADE REAL DE VALOR - URV.
PRECEDENTES. RE 561.836-RG (REL. MIN. LUIZ FUX,
TEMA 5). REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA
279/STF. PEDIDO DE LIMITAÇÃO TEMPORAL DO
PAGAMENTO DO ÍNDICE DE 11,98% E DE COMPENSAÇÃO
DAS
PARCELAS
COM
FUTUROS
REAJUSTES.
DISSOCIAÇÃO DO ACÓRDÃO IMPUGNADO. SÚMULA
284/STF.AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA
PROVIMENTO.” (ARE 973.848 AgR/MT, Relator Ministro Teori
Zavascki, Segunda Turma; grifei)
Com a mesma orientação, menciono, ainda, o seguinte precedente:
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11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 974.485 MATO
GROSSO
V O T O
O Senhor Ministro
Ricardo Lewandowski
(Relator):
Bem
reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece
reforma, visto que a recorrente não aduz argumentos capazes de afastar
as razões nela expendidas.
Com efeito, ao analisar o agravo interposto contra decisão que
inadmitiu o RE, consignei a inviabilidade do recurso em razão da
incidência da Súmula 279 desta Corte. Contudo, a agravante, nas razões
deste regimental, não desenvolveu qualquer argumentação destinada a
refutar o referido fundamento da decisão atacada, limitando-se a reiterar
questões de mérito. Esta Corte, inclusive, já se manifestou quanto ao
objeto da presente lide no ARE 973.848 AgR/MT, de relatoria do Ministro
Teori Zavascki. Nesse sentido:
“EMENTA: ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL.
AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO
COM AGRAVO. SERVIDOR ESTADUAL. VENCIMENTOS.
CONVERSÃO EM UNIDADE REAL DE VALOR - URV.
PRECEDENTES. RE 561.836-RG (REL. MIN. LUIZ FUX,
TEMA 5). REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA
279/STF. PEDIDO DE LIMITAÇÃO TEMPORAL DO
PAGAMENTO DO ÍNDICE DE 11,98% E DE COMPENSAÇÃO
DAS
PARCELAS
COM
FUTUROS
REAJUSTES.
DISSOCIAÇÃO DO ACÓRDÃO IMPUGNADO. SÚMULA
284/STF.AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA
PROVIMENTO.” (ARE 973.848 AgR/MT, Relator Ministro Teori
Zavascki, Segunda Turma; grifei)
Com a mesma orientação, menciono, ainda, o seguinte precedente:
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
ARE 974485 AGR / MT
“DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
SERVIDORES
PÚBLICOS. CONVERSÃO DO PADRÃO MONETÁRIO.
URV. REDUÇÃO SALARIAL RECONHECIDA PELO
TRIBUNAL DE ORIGEM. SÚMULAS 279 E 280/STF.
PRECEDENTES. 1. O Plenário do Supremo Tribunal Federal,
no julgamento do RE 561.836-RG, Rel. Min. Luiz Fux,
reconheceu que é direito dos servidores a incorporação dos
11,98%, ou do índice calculado em um processo de liquidação,
decorrentes da conversão do Cruzeiro Real em URV, quando o
cálculo considera valor discrepante do correspondente à data
do efetivo pagamento. 2. O Tribunal de origem, analisando o
Decreto estadual nº 15.860/1994, que regulamentou a conversão,
e as certidões carreadas aos autos, entendeu que o recorrido
efetivamente experimentou perda salarial. Para dissentir desse
entendimento, seriam imprescindíveis uma nova apreciação
dos fatos e do material probatório constantes dos autos, assim
como a análise da norma local aplicada ao caso, providências
que não têm lugar neste momento processual (Súmulas 279 e
280/STF). Precedente. 3. A discussão acerca da aplicação do
prazo prescricional aplicado à Fazenda Pública está restrita ao
âmbito infraconstitucional. Precedentes. 4. Agravo regimental a
que se nega provimento.” (RE 581.824/AgR, Relator Ministro
Roberto Barroso, Primeira Turma; grifei)
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. Aplico à parte
agravante multa de 5% (cinco por cento) sobre o valor atualizado da
causa (art. 1.021, § 4°, do CPC).
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 974485 AGR / MT
“DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
SERVIDORES
PÚBLICOS. CONVERSÃO DO PADRÃO MONETÁRIO.
URV. REDUÇÃO SALARIAL RECONHECIDA PELO
TRIBUNAL DE ORIGEM. SÚMULAS 279 E 280/STF.
PRECEDENTES. 1. O Plenário do Supremo Tribunal Federal,
no julgamento do RE 561.836-RG, Rel. Min. Luiz Fux,
reconheceu que é direito dos servidores a incorporação dos
11,98%, ou do índice calculado em um processo de liquidação,
decorrentes da conversão do Cruzeiro Real em URV, quando o
cálculo considera valor discrepante do correspondente à data
do efetivo pagamento. 2. O Tribunal de origem, analisando o
Decreto estadual nº 15.860/1994, que regulamentou a conversão,
e as certidões carreadas aos autos, entendeu que o recorrido
efetivamente experimentou perda salarial. Para dissentir desse
entendimento, seriam imprescindíveis uma nova apreciação
dos fatos e do material probatório constantes dos autos, assim
como a análise da norma local aplicada ao caso, providências
que não têm lugar neste momento processual (Súmulas 279 e
280/STF). Precedente. 3. A discussão acerca da aplicação do
prazo prescricional aplicado à Fazenda Pública está restrita ao
âmbito infraconstitucional. Precedentes. 4. Agravo regimental a
que se nega provimento.” (RE 581.824/AgR, Relator Ministro
Roberto Barroso, Primeira Turma; grifei)
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. Aplico à parte
agravante multa de 5% (cinco por cento) sobre o valor atualizado da
causa (art. 1.021, § 4°, do CPC).
2
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Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 974.485
PROCED. : MATO GROSSO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO
AGDO.(A/S) : INGRID MEIRE MOREIRA DA SILVA
ADV.(A/S) : JEAN DA SILVA MOREIRA (17683/O/MT)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º,
do CPC/2015, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217685
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 974.485
PROCED. : MATO GROSSO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO
AGDO.(A/S) : INGRID MEIRE MOREIRA DA SILVA
ADV.(A/S) : JEAN DA SILVA MOREIRA (17683/O/MT)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º,
do CPC/2015, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217685
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14257001 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-01T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO DE CRUZEIROS REAIS PARA URV. SERVIDOR PÚBLICO. REDUÇÃO REMUNERATÓRIA. NECESSÁRIO REANÁLISE DE FATOS. DECISÃO AGRAVADA EM CONCORDÂNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. AGRAVO IMPROVIDO.
I – A controvérsia quanto a possibilidade de redução remuneratória dos servidores do executivo estadual por conta da conversão da moeda Cruzeiro Real em URV, foi claramente dirimida no ARE 973.848/MT, de relatoria do Ministro Teori Zavascki.
II – A decisão recorrida está em conformidade com a jurisprudência firmada pelo Supremo Tribunal Federal sendo necessário para discordar do entendimento adotado pelo Tribunal a quo, reexaminar o conjunto fático-probatório da presente lide.
III – Agravo Regimental a que se nega provimento.
IV – Aplicação de multa (art. 1.021, 4°, do CPC). | sjur379518 | - Acórdão(s) citado(s):
(REMUNERAÇÃO, CONVERSÃO DE REAL EM URV)
RE 581824 AgR (1ªT), ARE 973848 AgR (2ªT).
Número de páginas: 6.
Análise: 07/02/2018, MJC. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 974485 | [
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-01021 PAR-00004\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 974485 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO
AGDO.(A/S) : INGRID MEIRE MOREIRA DA SILVA
ADV.(A/S) : JEAN DA SILVA MOREIRA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 974 . 485",
"SÚMULA 279 / STF",
"ARE 973 . 848 / MT",
"ARE 974485 AGR / MT",
"ARE 974485 AGR / MT",
"Súmula 279 desta Corte",
"ARE 973 . 848 AgR / MT",
"RE 561 . 836 - RG",
"SÚMULA 279 / STF",
"SÚMULA 284 / STF",
"ARE 973 . 848 AgR / MT",
"ARE 973 . 848 AgR / MT",
"RE 561 . 836 - RG",
"SÚMULA 284 / STF",
"ARE 973 . 848 AgR / MT",
"ARE 974485 AGR /",
"SÚMULAS 279 E 280 / STF",
"RE 561 . 836 - RG",
"Súmulas 279 e 280 / STF",
"RE 581 . 824 / AgR",
"ARE 974485 AGR / MT",
"SÚMULAS 279 E 280 / STF",
"RE 561 . 836 - RG",
"Súmulas 279 e 280 / STF",
"RE 581 . 824 / AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 1 . 021 , 4° , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Decreto estadual [UNK] 15 . 860 / 1994",
"art . 1 . 021 , § 4° , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"2001",
"Decreto estadual [UNK] 15 . 860 / 1994",
".",
"021 , § 4° , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"MATO GROSSO",
"ESTADO DE MATO GROSSO",
"ESTADO DE MATO GROSSO",
"Brasília",
"Brasília",
"MATO GROSSO",
"ESTADO DE MATO GROSSO",
"ESTADO DE MATO GROSSO",
"MATO GROSSO",
"ESTADO DE MATO GROSSO",
"ESTADO DE MATO GROSSO",
"MATO GROSSO",
"MATO GROSSO",
"MATO GROSSO",
"ESTADO DE MATO GROSSO",
"ESTADO DE MATO GROSSO",
"MATO GROSSO",
"ESTADO DE MATO GROSSO",
"ESTADO DE MATO GROSSO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Suprema Corte",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Suprema",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Fazenda Pública",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Fazenda Pública",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"INGRID MEIRE MOREIRA DA SILVA",
"JEAN DA SILVA MOREIRA",
"Teori Zavascki",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"INGRID MEIRE MOREIRA DA SILVA",
"JEAN DA SILVA MOREIRA",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"INGRID MEIRE MOREIRA DA SILVA",
"JEAN DA SILVA MOREIRA",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ricardo Lewandowski",
"Teori Zavascki",
"LUIZ FUX",
"Teori Zavascki",
"Ricardo Lewandowski",
"Teori Zavascki",
"LUIZ FUX",
"Teori Zavascki",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Luiz Fux",
"Roberto Barroso",
"Luiz Fux",
"Roberto Barroso",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"INGRID MEIRE MOREIRA DA SILVA",
"JEAN DA SILVA MOREIRA",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"INGRID MEIRE MOREIRA DA SILVA",
"JEAN DA SILVA MOREIRA",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.584 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:SERVICO FEDERAL
DE PROCESSAMENTO
DE
DADOS (SERPRO)
ADV.(A/S)
:EWERTON MARTINS DOS SANTOS
AGDO.(A/S)
:MARIA FREITAG REIS
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª
REGIÃO
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Ementa:
AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO.
ALEGAÇÃO DE PREVENÇÃO. PRECLUSÃO. REITERAÇÃO DO
PEDIDO INICIAL. SUBSISTÊNCIA DA DECISÃO AGRAVADA.
AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
I - As razões do agravo regimental são inaptas para desconstituir os
fundamentos da decisão agravada, que, por isso, se mantêm hígidos.
II - Agravo regimental a que se nega provimento, com aplicação da
multa prevista no art. 1.021, § 4°, do CPC.
A C Ó R D Ã O
Acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em sessão
virtual da Segunda Turma, na conformidade da ata de julgamentos, por
unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, com aplicação da
multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015, nos termos do voto do
Relator, com ressalva de entendimento do Ministro Dias Toffoli.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232398.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
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Voto Vogal
08/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.584 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:SERVICO FEDERAL
DE PROCESSAMENTO
DE
DADOS (SERPRO)
ADV.(A/S)
:EWERTON MARTINS DOS SANTOS
AGDO.(A/S)
:MARIA FREITAG REIS
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª
REGIÃO
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI:
O ilustre Ministro Ricardo Lewandowski negou seguimento à
reclamação, assentando a inadmissibilidade da reclamatória proposta
com fundamento nas decisões proferidas nas ADI nºs 4.357/DF e
4.425/DF, por não possuir o objeto reclamado aderência estrita com os
paradigmas.
O eminente Relator propõe a negativa de provimento ao agravo
regimental, conclusão com relação à qual peço vênia para consignar
minha ressalva.
Registro que na Rcl nº 22.012/RS, de minha relatoria, cujo
julgamento foi concluído na sessão de 5/12/2017, manifestei-me no
sentido da necessidade de o STF proceder, por meio da reclamação
constitucional, não apenas à correção do equivocado alcance conferido
pela Justiça do Trabalho ao quanto se decidiu nas ADI nºs 4.357/DF e
4.425/DF, mas também à preservação da competência do STF para julgar
matéria constitucional com repercussão geral e, nessa sistemática, fixar
tese de observância obrigatória pelos demais órgãos do Poder
Judiciário, com vistas à promoção da segurança jurídica, relativamente
ao disposto no art. 39 da Lei nº 8.177/91.
Por entender que a solução da presente reclamatória está vinculada
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:SERVICO FEDERAL
DE PROCESSAMENTO
DE
DADOS (SERPRO)
ADV.(A/S)
:EWERTON MARTINS DOS SANTOS
AGDO.(A/S)
:MARIA FREITAG REIS
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª
REGIÃO
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI:
O ilustre Ministro Ricardo Lewandowski negou seguimento à
reclamação, assentando a inadmissibilidade da reclamatória proposta
com fundamento nas decisões proferidas nas ADI nºs 4.357/DF e
4.425/DF, por não possuir o objeto reclamado aderência estrita com os
paradigmas.
O eminente Relator propõe a negativa de provimento ao agravo
regimental, conclusão com relação à qual peço vênia para consignar
minha ressalva.
Registro que na Rcl nº 22.012/RS, de minha relatoria, cujo
julgamento foi concluído na sessão de 5/12/2017, manifestei-me no
sentido da necessidade de o STF proceder, por meio da reclamação
constitucional, não apenas à correção do equivocado alcance conferido
pela Justiça do Trabalho ao quanto se decidiu nas ADI nºs 4.357/DF e
4.425/DF, mas também à preservação da competência do STF para julgar
matéria constitucional com repercussão geral e, nessa sistemática, fixar
tese de observância obrigatória pelos demais órgãos do Poder
Judiciário, com vistas à promoção da segurança jurídica, relativamente
ao disposto no art. 39 da Lei nº 8.177/91.
Por entender que a solução da presente reclamatória está vinculada
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Voto Vogal
RCL 26584 AGR / RS
não apenas ao julgado nas ADI nºs 4.357/DF e 4.425/DF, mas também à
solução da Rcl nº 22.012/RS, na qual fiquei vencido, tendo a Segunda
Turma desta Corte deliberado pela ausência de aderência estrita entre o
conteúdo do ato impugnado e os paradigmas, ressalvo meu entendmento
pessoal para acompanhar o Relator.
É como voto.
2
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RCL 26584 AGR / RS
não apenas ao julgado nas ADI nºs 4.357/DF e 4.425/DF, mas também à
solução da Rcl nº 22.012/RS, na qual fiquei vencido, tendo a Segunda
Turma desta Corte deliberado pela ausência de aderência estrita entre o
conteúdo do ato impugnado e os paradigmas, ressalvo meu entendmento
pessoal para acompanhar o Relator.
É como voto.
2
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RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:SERVICO FEDERAL
DE PROCESSAMENTO
DE
DADOS (SERPRO)
ADV.(A/S)
:EWERTON MARTINS DOS SANTOS
AGDO.(A/S)
:MARIA FREITAG REIS
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª
REGIÃO
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI:
O ilustre Ministro Ricardo Lewandowski negou seguimento à
reclamação, assentando a inadmissibilidade da reclamatória proposta
com fundamento nas decisões proferidas nas ADI nºs 4.357/DF e
4.425/DF, por não possuir o objeto reclamado aderência estrita com os
paradigmas.
O eminente Relator propõe a negativa de provimento ao agravo
regimental, conclusão com relação à qual peço vênia para consignar
minha ressalva.
Registro que na Rcl nº 22.012/RS, de minha relatoria, cujo
julgamento foi concluído na sessão de 5/12/2017, manifestei-me no
sentido da necessidade de o STF proceder, por meio da reclamação
constitucional, não apenas à correção do equivocado alcance conferido
pela Justiça do Trabalho ao quanto se decidiu nas ADI nºs 4.357/DF e
4.425/DF, mas também à preservação da competência do STF para julgar
matéria constitucional com repercussão geral e, nessa sistemática, fixar
tese de observância obrigatória pelos demais órgãos do Poder
Judiciário, com vistas à promoção da segurança jurídica, relativamente
ao disposto no art. 39 da Lei nº 8.177/91.
Por entender que a solução da presente reclamatória está vinculada
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Supremo Tribunal Federal
08/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.584 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:SERVICO FEDERAL
DE PROCESSAMENTO
DE
DADOS (SERPRO)
ADV.(A/S)
:EWERTON MARTINS DOS SANTOS
AGDO.(A/S)
:MARIA FREITAG REIS
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª
REGIÃO
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI:
O ilustre Ministro Ricardo Lewandowski negou seguimento à
reclamação, assentando a inadmissibilidade da reclamatória proposta
com fundamento nas decisões proferidas nas ADI nºs 4.357/DF e
4.425/DF, por não possuir o objeto reclamado aderência estrita com os
paradigmas.
O eminente Relator propõe a negativa de provimento ao agravo
regimental, conclusão com relação à qual peço vênia para consignar
minha ressalva.
Registro que na Rcl nº 22.012/RS, de minha relatoria, cujo
julgamento foi concluído na sessão de 5/12/2017, manifestei-me no
sentido da necessidade de o STF proceder, por meio da reclamação
constitucional, não apenas à correção do equivocado alcance conferido
pela Justiça do Trabalho ao quanto se decidiu nas ADI nºs 4.357/DF e
4.425/DF, mas também à preservação da competência do STF para julgar
matéria constitucional com repercussão geral e, nessa sistemática, fixar
tese de observância obrigatória pelos demais órgãos do Poder
Judiciário, com vistas à promoção da segurança jurídica, relativamente
ao disposto no art. 39 da Lei nº 8.177/91.
Por entender que a solução da presente reclamatória está vinculada
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Voto Vogal
RCL 26584 AGR / RS
não apenas ao julgado nas ADI nºs 4.357/DF e 4.425/DF, mas também à
solução da Rcl nº 22.012/RS, na qual fiquei vencido, tendo a Segunda
Turma desta Corte deliberado pela ausência de aderência estrita entre o
conteúdo do ato impugnado e os paradigmas, ressalvo meu entendmento
pessoal para acompanhar o Relator.
É como voto.
2
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Supremo Tribunal Federal
RCL 26584 AGR / RS
não apenas ao julgado nas ADI nºs 4.357/DF e 4.425/DF, mas também à
solução da Rcl nº 22.012/RS, na qual fiquei vencido, tendo a Segunda
Turma desta Corte deliberado pela ausência de aderência estrita entre o
conteúdo do ato impugnado e os paradigmas, ressalvo meu entendmento
pessoal para acompanhar o Relator.
É como voto.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.584 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:SERVICO FEDERAL
DE PROCESSAMENTO
DE
DADOS (SERPRO)
ADV.(A/S)
:EWERTON MARTINS DOS SANTOS
AGDO.(A/S)
:MARIA FREITAG REIS
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª
REGIÃO
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento à
reclamação.
A parte reclamante interpõe este agravo regimental pelas razões
expostas no documento eletrônico 29 e requer o provimento do recurso.
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232399.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.584 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:SERVICO FEDERAL
DE PROCESSAMENTO
DE
DADOS (SERPRO)
ADV.(A/S)
:EWERTON MARTINS DOS SANTOS
AGDO.(A/S)
:MARIA FREITAG REIS
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª
REGIÃO
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento à
reclamação.
A parte reclamante interpõe este agravo regimental pelas razões
expostas no documento eletrônico 29 e requer o provimento do recurso.
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.584 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O Senhor Ministro
Ricardo Lewandowski
(Relator):
Preliminarmente, quanto à alegada prevenção, ao examinar a medida
liminar, assim apreciei a questão:
“Registre-se, inicialmente, que, nos termos do § 1° do art.
70 do RISTF, ‘será objeto de livre distribuição a reclamação que
tenha como causa de pedir o descumprimento de súmula
vinculante ou de decisão dotada de efeito erga omnes’, como se
dá na espécie” (pág. 2 do documento eletrônico 15).
Por sua vez, a parte reclamante só veio a suscitar a matéria
novamente em sede de regimental, deixando de se manifestar por ocasião
do deferimento da liminar, razão pela qual a matéria está preclusa, nos
termos do art. 67, § 6°, do Regimento Interno do STF.
Ainda que fosse possível superar esse óbice, a Presidente desta
Suprema Corte, Ministra Cármen Lúcia, já examinou a questão da
prevenção em situação análoga à do presente caso e deixou de acolher a
proposta de redistribuição formulada na RCL 25.788 ao pontuar que:
“A alegação atual de que haveria identidade de partes
nestas reclamações não consubstancia elemento apto a induzir
prevenção e justificar a reunião de processos sob a relatoria de
um mesmo julgador .
A uma, porque os processos nos quais proferidas as
decisões reclamadas são distintos, assim como as partes que
compõem o polo ativo daquelas demandas, as quais assumem
nestas reclamações a condição de Interessadas.
A duas, porque o acolhimento da prevenção suscitada
resultaria na fixação da competência do Ministro Dias Toffoli
para julgar todas as futuras reclamações ajuizadas pelo Serpro
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AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.584 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O Senhor Ministro
Ricardo Lewandowski
(Relator):
Preliminarmente, quanto à alegada prevenção, ao examinar a medida
liminar, assim apreciei a questão:
“Registre-se, inicialmente, que, nos termos do § 1° do art.
70 do RISTF, ‘será objeto de livre distribuição a reclamação que
tenha como causa de pedir o descumprimento de súmula
vinculante ou de decisão dotada de efeito erga omnes’, como se
dá na espécie” (pág. 2 do documento eletrônico 15).
Por sua vez, a parte reclamante só veio a suscitar a matéria
novamente em sede de regimental, deixando de se manifestar por ocasião
do deferimento da liminar, razão pela qual a matéria está preclusa, nos
termos do art. 67, § 6°, do Regimento Interno do STF.
Ainda que fosse possível superar esse óbice, a Presidente desta
Suprema Corte, Ministra Cármen Lúcia, já examinou a questão da
prevenção em situação análoga à do presente caso e deixou de acolher a
proposta de redistribuição formulada na RCL 25.788 ao pontuar que:
“A alegação atual de que haveria identidade de partes
nestas reclamações não consubstancia elemento apto a induzir
prevenção e justificar a reunião de processos sob a relatoria de
um mesmo julgador .
A uma, porque os processos nos quais proferidas as
decisões reclamadas são distintos, assim como as partes que
compõem o polo ativo daquelas demandas, as quais assumem
nestas reclamações a condição de Interessadas.
A duas, porque o acolhimento da prevenção suscitada
resultaria na fixação da competência do Ministro Dias Toffoli
para julgar todas as futuras reclamações ajuizadas pelo Serpro
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 26584 AGR / RS
contra decisões emanadas do Tribunal Regional do Trabalho da
Quarta Região, tornando-o uma espécie de juiz universal
revisor daquele Tribunal em inegável contrariedade ao
princípio da livre distribuição, por promover uma distribuição
dirigida destas ações .
A pretensão deduzida pelo Embargante revela a tentativa
infundada de frustrar a livre distribuição das ações para
assegurar que suas demandas sejam sempre levadas ao
magistrado que já tenha decidido favoravelmente em causa
semelhante, o que não se pode admitir. Acrescente-se, ainda,
não corresponder à realidade a assertiva de que a Reclamação
n. 25.039/RS foi a primeira ajuizada pelo SERPRO sobre a
matéria dos autos (fl. 5). Consta do sistema de consulta
processual deste Supremo Tribunal ter sido ajuizada
previamente a Reclamação n. 25.033 contemplando a mesma
questão jurídica suscitada nesta ação, a qual foi distribuída ao
Ministro Roberto Barroso, que indeferiu a medida liminar
pleiteada em 12.9.2016”.
Passo ao exame do mérito do regimental. Consta da decisão
agravada:
“Bem examinados os autos, verifico a manifesta
inadmissibilidade desta Reclamação.
Como já mencionado, a reclamação ora em análise aponta
como paradigma o entendimento firmado pelo Supremo
Tribunal Federal no julgamento da ADI 4.357/DF, Redator
designado para o acórdão Ministro Luiz Fux.
Em 14/3/2013, o Plenário concluiu o julgamento de mérito
das Ações Diretas de Inconstitucionalidade 4.357/DF e 4.425/DF,
que foram julgadas parcialmente procedentes
‘[...] para declarar a inconstitucionalidade: a) da
expressão 'na data de expedição do precatório',
2
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Supremo Tribunal Federal
RCL 26584 AGR / RS
contra decisões emanadas do Tribunal Regional do Trabalho da
Quarta Região, tornando-o uma espécie de juiz universal
revisor daquele Tribunal em inegável contrariedade ao
princípio da livre distribuição, por promover uma distribuição
dirigida destas ações .
A pretensão deduzida pelo Embargante revela a tentativa
infundada de frustrar a livre distribuição das ações para
assegurar que suas demandas sejam sempre levadas ao
magistrado que já tenha decidido favoravelmente em causa
semelhante, o que não se pode admitir. Acrescente-se, ainda,
não corresponder à realidade a assertiva de que a Reclamação
n. 25.039/RS foi a primeira ajuizada pelo SERPRO sobre a
matéria dos autos (fl. 5). Consta do sistema de consulta
processual deste Supremo Tribunal ter sido ajuizada
previamente a Reclamação n. 25.033 contemplando a mesma
questão jurídica suscitada nesta ação, a qual foi distribuída ao
Ministro Roberto Barroso, que indeferiu a medida liminar
pleiteada em 12.9.2016”.
Passo ao exame do mérito do regimental. Consta da decisão
agravada:
“Bem examinados os autos, verifico a manifesta
inadmissibilidade desta Reclamação.
Como já mencionado, a reclamação ora em análise aponta
como paradigma o entendimento firmado pelo Supremo
Tribunal Federal no julgamento da ADI 4.357/DF, Redator
designado para o acórdão Ministro Luiz Fux.
Em 14/3/2013, o Plenário concluiu o julgamento de mérito
das Ações Diretas de Inconstitucionalidade 4.357/DF e 4.425/DF,
que foram julgadas parcialmente procedentes
‘[...] para declarar a inconstitucionalidade: a) da
expressão 'na data de expedição do precatório',
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 18
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 26584 AGR / RS
contida no § 2º do art. 100 da CF; b) dos §§ 9º e 10 do
art. 100 da CF; c) da expressão 'índice oficial de
remuneração básica da caderneta de poupança',
constante do § 12 do art. 100 da CF, do inciso II do §
1º e do § 16, ambos do art. 97 do ADCT; d) do
fraseado 'independentemente de sua natureza',
inserido no § 12 do art. 100 da CF, para que aos
precatórios de natureza tributária se apliquem os
mesmos juros de mora incidentes sobre o crédito
tributário; e) por arrastamento, do art. 5º da Lei
11.960/2009; e f) do § 15 do art. 100 da CF e de todo o
art. 97 do ADCT (especificamente o caput e os §§ 1º,
2º, 4º, 6º, 8º, 9º, 14 e 15, sendo os demais por
arrastamento
ou
reverberação
normativa)’
(Informativo STF 698).
Em 11/4/2013, o Ministro Luiz Fux proferiu, em ambos os
feitos, decisão cautelar com o seguinte teor:
‘Trata-se de petição acostada aos autos pelo
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do
Brasil na qual se noticia a paralisação do pagamento
de precatórios por alguns Tribunais de Justiça do
País, determinada após o julgamento conjunto das
Ações Diretas de Inconstitucionalidade nº 4.357 e
4.425, realizado em 14/03/2013, pelo Plenário do
Supremo Tribunal Federal. Segundo narra a peça, 'os
recursos estão disponíveis, mas a Presidência de
alguns Tribunais entendeu por paralisar os
pagamentos/levantamentos de valores enquanto não
modulados os efeitos da r. decisão'. Requer-se, em
seguida, seja determinada 'a continuidade dos
pagamentos até que o e. Plenário module os efeitos
da v. decisão, com a consequente expedição de
ofícios a todos os Tribunais de Justiça'. Pede-se ainda
sejam os entes devedores instados ao repasse e ao
3
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Supremo Tribunal Federal
RCL 26584 AGR / RS
contida no § 2º do art. 100 da CF; b) dos §§ 9º e 10 do
art. 100 da CF; c) da expressão 'índice oficial de
remuneração básica da caderneta de poupança',
constante do § 12 do art. 100 da CF, do inciso II do §
1º e do § 16, ambos do art. 97 do ADCT; d) do
fraseado 'independentemente de sua natureza',
inserido no § 12 do art. 100 da CF, para que aos
precatórios de natureza tributária se apliquem os
mesmos juros de mora incidentes sobre o crédito
tributário; e) por arrastamento, do art. 5º da Lei
11.960/2009; e f) do § 15 do art. 100 da CF e de todo o
art. 97 do ADCT (especificamente o caput e os §§ 1º,
2º, 4º, 6º, 8º, 9º, 14 e 15, sendo os demais por
arrastamento
ou
reverberação
normativa)’
(Informativo STF 698).
Em 11/4/2013, o Ministro Luiz Fux proferiu, em ambos os
feitos, decisão cautelar com o seguinte teor:
‘Trata-se de petição acostada aos autos pelo
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do
Brasil na qual se noticia a paralisação do pagamento
de precatórios por alguns Tribunais de Justiça do
País, determinada após o julgamento conjunto das
Ações Diretas de Inconstitucionalidade nº 4.357 e
4.425, realizado em 14/03/2013, pelo Plenário do
Supremo Tribunal Federal. Segundo narra a peça, 'os
recursos estão disponíveis, mas a Presidência de
alguns Tribunais entendeu por paralisar os
pagamentos/levantamentos de valores enquanto não
modulados os efeitos da r. decisão'. Requer-se, em
seguida, seja determinada 'a continuidade dos
pagamentos até que o e. Plenário module os efeitos
da v. decisão, com a consequente expedição de
ofícios a todos os Tribunais de Justiça'. Pede-se ainda
sejam os entes devedores instados ao repasse e ao
3
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 26584 AGR / RS
depósito dos recursos junto aos Tribunais locais, sob
pena de incidência do regime sancionatório.
É o relato suficiente. Decido.
A decisão do Plenário do Supremo Tribunal
Federal reconheceu a inconstitucionalidade parcial
da Emenda Constitucional nº 62/09, assentando a
invalidade de regras jurídicas que agravem a
situação jurídica do credor do Poder Público além
dos limites constitucionalmente aceitáveis. Sem
embargo, até que a Suprema Corte se pronuncie
sobre o preciso alcance da sua decisão, não se
justifica que os Tribunais Locais retrocedam na
proteção dos direitos já reconhecidos em juízo.
Carece de fundamento, por isso, a paralisação de
pagamentos noticiada no requerimento em apreço.
Destarte, determino, ad cautelam, que os
Tribunais de Justiça de todos os Estados e do
Distrito Federal deem imediata continuidade aos
pagamentos de precatórios, na forma como já
vinham realizando até a decisão proferida pelo
Supremo Tribunal Federal em 14/03/2013, segundo
a sistemática vigente à época, respeitando-se a
vinculação de receitas para fins de quitação da
dívida pública, sob pena de sequestro’ (grifei).
Em 24/10/2013, o Plenário ratificou a cautelar concedida
pelo Ministro Luiz Fux.
No entanto, observo que a decisão reclamada não se valeu
dos dispositivos declarados inconstitucionais para fundamentar
sua decisão. Transcrevo, nessa linha, os fundamentos adotados
pelo Juízo reclamado para decidir a questão:
“[...]
Não merece reparo a sentença que determina a
utilização do INPC como índice de correção
4
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Supremo Tribunal Federal
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depósito dos recursos junto aos Tribunais locais, sob
pena de incidência do regime sancionatório.
É o relato suficiente. Decido.
A decisão do Plenário do Supremo Tribunal
Federal reconheceu a inconstitucionalidade parcial
da Emenda Constitucional nº 62/09, assentando a
invalidade de regras jurídicas que agravem a
situação jurídica do credor do Poder Público além
dos limites constitucionalmente aceitáveis. Sem
embargo, até que a Suprema Corte se pronuncie
sobre o preciso alcance da sua decisão, não se
justifica que os Tribunais Locais retrocedam na
proteção dos direitos já reconhecidos em juízo.
Carece de fundamento, por isso, a paralisação de
pagamentos noticiada no requerimento em apreço.
Destarte, determino, ad cautelam, que os
Tribunais de Justiça de todos os Estados e do
Distrito Federal deem imediata continuidade aos
pagamentos de precatórios, na forma como já
vinham realizando até a decisão proferida pelo
Supremo Tribunal Federal em 14/03/2013, segundo
a sistemática vigente à época, respeitando-se a
vinculação de receitas para fins de quitação da
dívida pública, sob pena de sequestro’ (grifei).
Em 24/10/2013, o Plenário ratificou a cautelar concedida
pelo Ministro Luiz Fux.
No entanto, observo que a decisão reclamada não se valeu
dos dispositivos declarados inconstitucionais para fundamentar
sua decisão. Transcrevo, nessa linha, os fundamentos adotados
pelo Juízo reclamado para decidir a questão:
“[...]
Não merece reparo a sentença que determina a
utilização do INPC como índice de correção
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RCL 26584 AGR / RS
monetária a partir de 14.03.2013, porque em
consonância com o que dispõe a Orientação
Jurisprudencial nº 49, que determina a aplicação do
INPC, a partir desta data, verbis :
ORIENTAÇÃO
JURISPRUDENCIAL
Nº
49
ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA DOS
DÉBITOS TRABALHISTAS. A partir de
14 de março de 2013, o índice a ser
utilizado para atualização monetária dos
débitos trabalhistas deve ser o INPC,
diante
da
declaração
de
inconstitucionalidade pelo Supremo
Tribunal Federal, na ADI 4357, do uso da
TR como fator de atualização monetária.
Não há falar em afronta à coisa
julgada, considerando que o título
exequendo não estabelece qual o índice
aplicável à atualização monetária, apenas
determinando a incidência "de juros e
correção monetária na forma da lei".
Assim, deve tal definição ser
procedida na fase de liquidação/execução
observadas as regras legais vigentes.
Registro que após a decisão de
homologação do cálculo apresentado pela
ré (fl. 511), foi elaborada certidão de
cálculo pela Vara em outubro de 2014 já
adotando o INPC desde 18.07.2014,
cabendo ainda a atualização pela
observância do mesmo índice no período
anterior a partir de 14.03.2014, consoante
5
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Supremo Tribunal Federal
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monetária a partir de 14.03.2013, porque em
consonância com o que dispõe a Orientação
Jurisprudencial nº 49, que determina a aplicação do
INPC, a partir desta data, verbis :
ORIENTAÇÃO
JURISPRUDENCIAL
Nº
49
ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA DOS
DÉBITOS TRABALHISTAS. A partir de
14 de março de 2013, o índice a ser
utilizado para atualização monetária dos
débitos trabalhistas deve ser o INPC,
diante
da
declaração
de
inconstitucionalidade pelo Supremo
Tribunal Federal, na ADI 4357, do uso da
TR como fator de atualização monetária.
Não há falar em afronta à coisa
julgada, considerando que o título
exequendo não estabelece qual o índice
aplicável à atualização monetária, apenas
determinando a incidência "de juros e
correção monetária na forma da lei".
Assim, deve tal definição ser
procedida na fase de liquidação/execução
observadas as regras legais vigentes.
Registro que após a decisão de
homologação do cálculo apresentado pela
ré (fl. 511), foi elaborada certidão de
cálculo pela Vara em outubro de 2014 já
adotando o INPC desde 18.07.2014,
cabendo ainda a atualização pela
observância do mesmo índice no período
anterior a partir de 14.03.2014, consoante
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 26584 AGR / RS
requerido pelo exequente na impugnação
à sentença de liquidação apresentada em
dezembro de 2014’ (fl. 529-529v.).
Nesses termos, nego provimento ao agravo de
petição da executada (grifos no original; págs. 5-6 do
documento eletrônico 21).
Além disso, o caso não trata de pagamentos devidos pelas
Fazendas Públicas (Federal, Distrital, Estaduais ou Municipais)
disciplinados pelo art. 100 da Constituição e pelo art. 97 do
ADCT, ambos com a redação da EC 62/2009, objeto das ADIs
4.357/DF e 4.425/DF, mas de pagamento devido por empresa
privada.
Como bem observado pela Ministra Cármen Lúcia na
decisão proferida na Rcl 10.548/CE: ‘no direito brasileiro, ainda
prevalece o entendimento de que declaração judicial de
constitucionalidade ou de inconstitucionalidade circunscreve-se
à norma específica, e não à matéria’.
Ressalto, nessa linha, que o Plenário desta Corte
manifestou-se contrariamente à chamada ‘transcendência’ ou
‘efeitos irradiantes’ dos motivos determinantes das decisões
proferidas em controle abstrato de normas, como se depreende
da ementa da Rcl 3.014/SP, de relatoria do Ministro Ayres Britto:
‘RECLAMAÇÃO
CONSTITUCIONAL.
ALEGADO DESRESPEITO AO ACÓRDÃO DA
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
2.868. INEXISTÊNCIA. LEI 4.233/02, DO
MUNICÍPIO DE INDAIATUBA/SP, QUE FIXOU,
COMO
DE
PEQUENO
VALOR,
AS
CONDENAÇÕES
À
FAZENDA
PÚBLICA
MUNICIPAL ATÉ R$ 3.000,00 (TRÊS MIL REAIS).
FALTA DE IDENTIDADE ENTRE A DECISÃO
RECLAMADA E O ACÓRDÃO PARADIGMÁTICO.
6
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Supremo Tribunal Federal
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requerido pelo exequente na impugnação
à sentença de liquidação apresentada em
dezembro de 2014’ (fl. 529-529v.).
Nesses termos, nego provimento ao agravo de
petição da executada (grifos no original; págs. 5-6 do
documento eletrônico 21).
Além disso, o caso não trata de pagamentos devidos pelas
Fazendas Públicas (Federal, Distrital, Estaduais ou Municipais)
disciplinados pelo art. 100 da Constituição e pelo art. 97 do
ADCT, ambos com a redação da EC 62/2009, objeto das ADIs
4.357/DF e 4.425/DF, mas de pagamento devido por empresa
privada.
Como bem observado pela Ministra Cármen Lúcia na
decisão proferida na Rcl 10.548/CE: ‘no direito brasileiro, ainda
prevalece o entendimento de que declaração judicial de
constitucionalidade ou de inconstitucionalidade circunscreve-se
à norma específica, e não à matéria’.
Ressalto, nessa linha, que o Plenário desta Corte
manifestou-se contrariamente à chamada ‘transcendência’ ou
‘efeitos irradiantes’ dos motivos determinantes das decisões
proferidas em controle abstrato de normas, como se depreende
da ementa da Rcl 3.014/SP, de relatoria do Ministro Ayres Britto:
‘RECLAMAÇÃO
CONSTITUCIONAL.
ALEGADO DESRESPEITO AO ACÓRDÃO DA
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
2.868. INEXISTÊNCIA. LEI 4.233/02, DO
MUNICÍPIO DE INDAIATUBA/SP, QUE FIXOU,
COMO
DE
PEQUENO
VALOR,
AS
CONDENAÇÕES
À
FAZENDA
PÚBLICA
MUNICIPAL ATÉ R$ 3.000,00 (TRÊS MIL REAIS).
FALTA DE IDENTIDADE ENTRE A DECISÃO
RECLAMADA E O ACÓRDÃO PARADIGMÁTICO.
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RCL 26584 AGR / RS
1. O Supremo Tribunal Federal, ao julgar a ADI
2.868, examinou a validade constitucional da Lei
piauiense 5.250/02. Diploma legislativo que fixa, no
âmbito da Fazenda estadual, o quantum da
obrigação de pequeno valor. Por se tratar, no caso, de
lei do Município de Indaiatuba/SP, o acolhimento do
pedido da reclamação demandaria a atribuição de
efeitos irradiantes aos motivos determinantes da
decisão tomada no controle abstrato de normas. Tese
rejeitada pela maioria do Tribunal.
2. Inexistência de identidade entre a decisão
reclamada e o acórdão paradigmático. Enquanto
aquela reconheceu a inconstitucionalidade da Lei
municipal 4.233/02 'por ausência de vinculação da
quantia considerada como de pequeno valor a um
determinado número de salários mínimos, como
fizera a norma constitucional provisória (art. 87 do
ADCT)', este se limitou 'a proclamar a possibilidade
de que o valor estabelecido na norma estadual fosse
inferior ao parâmetro constitucional'.
3. Reclamação julgada improcedente’.
Ademais, a jurisprudência de ambas as Turmas deste
Tribunal é no sentido de inexistir estrita aderência entre o
conteúdo das decisões que determinam a utilização de índice
diverso da TR para atualização monetária dos débitos
trabalhistas (a partir de 14/3/2013) e o decidido no julgamento
das ADIs 4.357/DF e 4.425/DF. Nesse sentido, transcrevo as
seguintes ementas:
‘AGRAVO INTERNO NA RECLAMAÇÃO.
DÉBITOS TRABALHISTAS. APLICAÇÃO DO
ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA INPC.
ALEGAÇÃO DE OFENSA AO DECIDIDO POR
ESTA CORTE NO JULGAMENTO DAS ADIS 4.357 E
4.425. AUSÊNCIA DE IDENTIDADE ESTRITA
7
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Supremo Tribunal Federal
RCL 26584 AGR / RS
1. O Supremo Tribunal Federal, ao julgar a ADI
2.868, examinou a validade constitucional da Lei
piauiense 5.250/02. Diploma legislativo que fixa, no
âmbito da Fazenda estadual, o quantum da
obrigação de pequeno valor. Por se tratar, no caso, de
lei do Município de Indaiatuba/SP, o acolhimento do
pedido da reclamação demandaria a atribuição de
efeitos irradiantes aos motivos determinantes da
decisão tomada no controle abstrato de normas. Tese
rejeitada pela maioria do Tribunal.
2. Inexistência de identidade entre a decisão
reclamada e o acórdão paradigmático. Enquanto
aquela reconheceu a inconstitucionalidade da Lei
municipal 4.233/02 'por ausência de vinculação da
quantia considerada como de pequeno valor a um
determinado número de salários mínimos, como
fizera a norma constitucional provisória (art. 87 do
ADCT)', este se limitou 'a proclamar a possibilidade
de que o valor estabelecido na norma estadual fosse
inferior ao parâmetro constitucional'.
3. Reclamação julgada improcedente’.
Ademais, a jurisprudência de ambas as Turmas deste
Tribunal é no sentido de inexistir estrita aderência entre o
conteúdo das decisões que determinam a utilização de índice
diverso da TR para atualização monetária dos débitos
trabalhistas (a partir de 14/3/2013) e o decidido no julgamento
das ADIs 4.357/DF e 4.425/DF. Nesse sentido, transcrevo as
seguintes ementas:
‘AGRAVO INTERNO NA RECLAMAÇÃO.
DÉBITOS TRABALHISTAS. APLICAÇÃO DO
ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA INPC.
ALEGAÇÃO DE OFENSA AO DECIDIDO POR
ESTA CORTE NO JULGAMENTO DAS ADIS 4.357 E
4.425. AUSÊNCIA DE IDENTIDADE ESTRITA
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 26584 AGR / RS
ENTRE OS ACÓRDÃOS PARADIGMAS E A
DECISÃO RECLAMADA. IMPOSSIBILIDADE DE
USO DA RECLAMAÇÃO COMO SUCEDÂNEO DE
RECURSO. RECLAMAÇÃO A QUE SE NEGA
PROVIMENTO.
1. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao
julgar as ADIs 4.357 e 4.425, assentou que o art. 1º-F
da Lei nº 9.494/97, com redação dada pela Lei nº
11.960/09, ao reproduzir as regras da EC nº 62/09
quanto à atualização monetária e à fixação de juros
moratórios de créditos inscritos em precatórios, viola
o direito fundamental de propriedade (CF, art. 5º,
XXII), bem como o princípio constitucional da
isonomia (CF, art. 5º, caput, da CF), razão pela qual
se revela inconstitucional por arrastamento.
2. A aderência estrita entre objeto do ato
reclamado e o conteúdo da decisão do STF dotada de
efeito vinculante e eficácia erga omnes apontada pelo
reclamante é requisito para a admissibilidade da
reclamação constitucional. Precedentes: Rcl. 5.476-
AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de
6/11/2015; Rcl 22.024-AgR, rel. Min. Teori Zavascki,
Segunda Turma, DJe de 29/10/2015; Rcl 20.818, rel.
Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 14/10/2015;
Rcl 19.240-AgR, rel. Min. Dias Toffoli, Segunda
Turma, DJe de 14/09/2015.
3. In casu, a ratio decidendi do acórdão reclamado
constitui fundamento jurídico diverso dos que
vinculados nas ADIs 4.357 e 4.425, revelando a
ausência de identidade de temas entre o ato
reclamado e o paradigma desta Corte’.
4. A reclamação não pode ser utilizada como
um atalho processual destinado à submissão
imediata do litígio ao exame direto desta Suprema
Corte, não se caracterizando com sucedâneo recursal.
Precedentes: Rcl 10.036-AgR, rel. Min. Joaquim
8
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Supremo Tribunal Federal
RCL 26584 AGR / RS
ENTRE OS ACÓRDÃOS PARADIGMAS E A
DECISÃO RECLAMADA. IMPOSSIBILIDADE DE
USO DA RECLAMAÇÃO COMO SUCEDÂNEO DE
RECURSO. RECLAMAÇÃO A QUE SE NEGA
PROVIMENTO.
1. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao
julgar as ADIs 4.357 e 4.425, assentou que o art. 1º-F
da Lei nº 9.494/97, com redação dada pela Lei nº
11.960/09, ao reproduzir as regras da EC nº 62/09
quanto à atualização monetária e à fixação de juros
moratórios de créditos inscritos em precatórios, viola
o direito fundamental de propriedade (CF, art. 5º,
XXII), bem como o princípio constitucional da
isonomia (CF, art. 5º, caput, da CF), razão pela qual
se revela inconstitucional por arrastamento.
2. A aderência estrita entre objeto do ato
reclamado e o conteúdo da decisão do STF dotada de
efeito vinculante e eficácia erga omnes apontada pelo
reclamante é requisito para a admissibilidade da
reclamação constitucional. Precedentes: Rcl. 5.476-
AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de
6/11/2015; Rcl 22.024-AgR, rel. Min. Teori Zavascki,
Segunda Turma, DJe de 29/10/2015; Rcl 20.818, rel.
Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 14/10/2015;
Rcl 19.240-AgR, rel. Min. Dias Toffoli, Segunda
Turma, DJe de 14/09/2015.
3. In casu, a ratio decidendi do acórdão reclamado
constitui fundamento jurídico diverso dos que
vinculados nas ADIs 4.357 e 4.425, revelando a
ausência de identidade de temas entre o ato
reclamado e o paradigma desta Corte’.
4. A reclamação não pode ser utilizada como
um atalho processual destinado à submissão
imediata do litígio ao exame direto desta Suprema
Corte, não se caracterizando com sucedâneo recursal.
Precedentes: Rcl 10.036-AgR, rel. Min. Joaquim
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 18
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 26584 AGR / RS
Barbosa, Plenário, DJe 1/2/2012; Rcl 4.381-AgR, rel.
Min. Celso de Mello, Plenário, DJe 5/8/2011.
5. Agravo interno a que se nega provimento
(grifos no original; RCL 23.971/RS-AgR, Rel. Min.
Luiz Fux).
‘AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO.
APLICAÇÃO DE IPCA COMO ÍNDICE DE
CORREÇÃO DE DÉBITO TRABALHISTA.
AUSÊNCIA DE PERTINÊNCIA ESPECÍFICA DO
ATO RECLAMADO. ADIS 4.357/DF e 4.425/DF.
NÃO
CABIMENTO
DA
RECLAMAÇÃO.
PRECEDENTES. AGRAVO NÃO PROVIDO.
1. A decisão ora reclamada determinou
aplicação de IPCA como índice de correção de débito
trabalhista, questão em nenhum momento analisada
no julgamento das ADIs 4.357/DF e 4.425/DF, razão
pela qual não guarda relação de estrita pertinência
com o ato reclamado, requisito imprescindível ao
cabimento de reclamação.
2. É firme a jurisprudência do STF que
considera incabível reclamação constitucional
fundada em paradigma sem efeito vinculante e
relativo a processo do qual o reclamante não foi
parte.
3. Agravo regimental, interposto em 23.08.2016,
a que se nega provimento, com aplicação de multa
prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC’ (RCL 25.243/RS-
AgR, Rel. Min. Edson Fachin).
Assim, diante da ausência de identidade material entre os
fundamentos do ato reclamado e o que foi efetivamente
decidido na ação direta de inconstitucionalidade apontada
como paradigma, não merece seguimento a pretensão do
reclamante.
9
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RCL 26584 AGR / RS
Barbosa, Plenário, DJe 1/2/2012; Rcl 4.381-AgR, rel.
Min. Celso de Mello, Plenário, DJe 5/8/2011.
5. Agravo interno a que se nega provimento
(grifos no original; RCL 23.971/RS-AgR, Rel. Min.
Luiz Fux).
‘AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO.
APLICAÇÃO DE IPCA COMO ÍNDICE DE
CORREÇÃO DE DÉBITO TRABALHISTA.
AUSÊNCIA DE PERTINÊNCIA ESPECÍFICA DO
ATO RECLAMADO. ADIS 4.357/DF e 4.425/DF.
NÃO
CABIMENTO
DA
RECLAMAÇÃO.
PRECEDENTES. AGRAVO NÃO PROVIDO.
1. A decisão ora reclamada determinou
aplicação de IPCA como índice de correção de débito
trabalhista, questão em nenhum momento analisada
no julgamento das ADIs 4.357/DF e 4.425/DF, razão
pela qual não guarda relação de estrita pertinência
com o ato reclamado, requisito imprescindível ao
cabimento de reclamação.
2. É firme a jurisprudência do STF que
considera incabível reclamação constitucional
fundada em paradigma sem efeito vinculante e
relativo a processo do qual o reclamante não foi
parte.
3. Agravo regimental, interposto em 23.08.2016,
a que se nega provimento, com aplicação de multa
prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC’ (RCL 25.243/RS-
AgR, Rel. Min. Edson Fachin).
Assim, diante da ausência de identidade material entre os
fundamentos do ato reclamado e o que foi efetivamente
decidido na ação direta de inconstitucionalidade apontada
como paradigma, não merece seguimento a pretensão do
reclamante.
9
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232400.
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 26584 AGR / RS
Destaco, também, que a jurisprudência deste Tribunal é
firme no sentido de que a reclamação não pode ser utilizada
como sucedâneo de recurso.
Ressalto, ainda, que o Plenário desta Corte reconheceu a
validade constitucional da norma legal que inclui, na esfera de
atribuições do relator, a competência para negar seguimento,
por meio de decisão monocrática, a recursos, a pedidos ou a
ações, quando inadmissíveis, intempestivos, sem objeto ou que
veiculem pretensão incompatível com a jurisprudência
predominante neste Tribunal.
Nesse sentido, nos termos do art. 21, § 1°, do RISTF,
poderá o relator:
‘negar seguimento a pedido ou recurso
manifestamente inadmissível, improcedente ou
contrário à jurisprudência dominante ou a Súmula
do Tribunal, deles não conhecer em caso de
incompetência manifesta, encaminhando os autos ao
órgão que repute competente, bem como cassar ou
reformar, liminarmente, acórdão contrário à
orientação firmada nos termos do art. 543-B do
Código de Processo Civil’ (grifei).
Isso posto, revogo a liminar concedida e nego seguimento
a esta Reclamação (art. 21, § 1º, do RISTF)” (documento
eletrônico 52)”.
Assim, bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora
atacada não merece reforma, visto que a parte recorrente não aduz
argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Deve, assim,
ser mantida por seus próprios fundamentos.
Verifico, por fim, que o valor da causa não corresponde ao valor da
condenação objeto de impugnação pela reclamante (pág. 3 do documento
10
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RCL 26584 AGR / RS
Destaco, também, que a jurisprudência deste Tribunal é
firme no sentido de que a reclamação não pode ser utilizada
como sucedâneo de recurso.
Ressalto, ainda, que o Plenário desta Corte reconheceu a
validade constitucional da norma legal que inclui, na esfera de
atribuições do relator, a competência para negar seguimento,
por meio de decisão monocrática, a recursos, a pedidos ou a
ações, quando inadmissíveis, intempestivos, sem objeto ou que
veiculem pretensão incompatível com a jurisprudência
predominante neste Tribunal.
Nesse sentido, nos termos do art. 21, § 1°, do RISTF,
poderá o relator:
‘negar seguimento a pedido ou recurso
manifestamente inadmissível, improcedente ou
contrário à jurisprudência dominante ou a Súmula
do Tribunal, deles não conhecer em caso de
incompetência manifesta, encaminhando os autos ao
órgão que repute competente, bem como cassar ou
reformar, liminarmente, acórdão contrário à
orientação firmada nos termos do art. 543-B do
Código de Processo Civil’ (grifei).
Isso posto, revogo a liminar concedida e nego seguimento
a esta Reclamação (art. 21, § 1º, do RISTF)” (documento
eletrônico 52)”.
Assim, bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora
atacada não merece reforma, visto que a parte recorrente não aduz
argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Deve, assim,
ser mantida por seus próprios fundamentos.
Verifico, por fim, que o valor da causa não corresponde ao valor da
condenação objeto de impugnação pela reclamante (pág. 3 do documento
10
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 26584 AGR / RS
eletrônico 21), razão pela qual o corrijo, de ofício, para arbitrar o valor em
R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais), nos termos do art. 292, § 3°, do
CPC.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental e, ante a
manifesta improcedência do recurso, aplico multa de 5% (cinco por cento)
do valor atualizado da causa (art. 1.021, § 4°, do CPC).
11
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Supremo Tribunal Federal
RCL 26584 AGR / RS
eletrônico 21), razão pela qual o corrijo, de ofício, para arbitrar o valor em
R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais), nos termos do art. 292, § 3°, do
CPC.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental e, ante a
manifesta improcedência do recurso, aplico multa de 5% (cinco por cento)
do valor atualizado da causa (art. 1.021, § 4°, do CPC).
11
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 17 de 18
Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.584
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : SERVICO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS (SERPRO)
ADV.(A/S) : EWERTON MARTINS DOS SANTOS (38582/DF)
AGDO.(A/S) : MARIA FREITAG REIS
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º,
do CPC/2015, nos termos do voto do Relator, com ressalva de
entendimento do Ministro Dias Toffoli. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217645
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.584
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : SERVICO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS (SERPRO)
ADV.(A/S) : EWERTON MARTINS DOS SANTOS (38582/DF)
AGDO.(A/S) : MARIA FREITAG REIS
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º,
do CPC/2015, nos termos do voto do Relator, com ressalva de
entendimento do Ministro Dias Toffoli. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217645
Inteiro Teor do Acórdão - Página 18 de 18
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14300962 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-06T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015, nos termos do voto do Relator, com ressalva de entendimento do Ministro Dias Toffoli. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NA RECLAMAÇÃO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO. ALEGAÇÃO DE PREVENÇÃO. PRECLUSÃO. REITERAÇÃO DO PEDIDO INICIAL. SUBSISTÊNCIA DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
I - As razões do agravo regimental são inaptas para desconstituir os fundamentos da decisão agravada, que, por isso, se mantêm hígidos.
II - Agravo regimental a que se nega provimento, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4°, do CPC. | sjur379784 | - Decisão monocrática citada:
(REDISTRIBUIÇÃO, PROCESSO)
Rcl 25788.
- Veja ADI 4357, ADI 4425 e Rcl 22012 MC do STF.
Número de páginas: 18.
Análise: 15/05/2018, JRS. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 26584 | [
"LEG-FED LEI-008177 ANO-1991\n ART-00039\n LEI ORDINÁRIA\n\n",
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-00292 PAR-00003 ART-01021 PAR-00004\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\n\n",
"LEG-FED RGI ANO-1980\n ART-00067 PAR-00006\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL"
] | Rcl-AgR | acordaos | Rcl 26584 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : SERVICO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS (SERPRO)
ADV.(A/S) : EWERTON MARTINS DOS SANTOS
AGDO.(A/S) : MARIA FREITAG REIS
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECLAMAÇÃO 26 . 584",
"RECLAMAÇÃO 26 . 584",
"ADI [UNK] 4 . 357 / DF",
"4",
".",
"425",
"/",
"DF",
"Rcl [UNK] 22 . 012 / RS",
"ADI [UNK] 4 . 357 / DF",
"4",
".",
"425",
"/",
"DF",
"RECLAMAÇÃO",
"ADI [UNK] 4 . 357 / DF",
"4",
".",
"425",
"/",
"DF",
"Rcl [UNK] 22 . 012 / RS",
"ADI [UNK] 4 . 357 / DF",
"4",
".",
"425",
"/",
"DF",
"RCL 26584 AGR / RS",
"ADI [UNK] 4 . 357 / DF",
"4",
".",
"425",
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"DF",
"Rcl [UNK] 22 . 012 / RS",
"RCL 26584",
"ADI [UNK]",
"Rcl [UNK] 22 . 012 / RS",
"RECLAMAÇÃO 26 . 584",
"ADI [UNK] 4 . 357 / DF",
"4",
".",
"425",
"/",
"DF",
"Rcl [UNK] 22 . 012 / RS",
"ADI [UNK] 4 . 357 / DF",
"4",
".",
"425",
"/",
"DF",
"ADI [UNK] 4 . 357 / DF",
"4",
".",
"425",
"/",
"DF",
"Rcl [UNK] 22 . 012 / RS",
"ADI [UNK] 4 . 357 / DF",
"4",
".",
"425",
"/",
"DF",
"RCL 26584 AGR / RS",
"ADI [UNK] 4 . 357 / DF",
"4",
".",
"425",
"/",
"DF",
"Rcl [UNK] 22 . 012 / RS",
"2001",
"RCL 26584 AGR / RS",
"ADI [UNK] 4 . 357 / DF",
"4",
".",
"425",
"/",
"DF",
"Rcl [UNK] 22 . 012 / RS",
"RECLAMAÇÃO",
"RECLAMAÇÃO 26",
"RECLAMAÇÃO 26 . 584",
"RCL 25 . 788",
"RECLAMAÇÃO 26",
"RCL 25 . 788",
"RCL 26584 AGR",
"Reclamação n . 25 . 039 / RS",
"Reclamação n . 25 . 033",
"ADI 4 . 357 / DF",
"Ações Diretas de Inconstitucionalidade 4 . 357 / DF",
"4",
".",
"425",
"/",
"DF",
"Reclamação n . 25 . 039 / RS",
"Reclamação n . 25 . 033",
"ADI 4 . 357 / DF",
"Ações Diretas de Inconstitucionalidade 4 . 357 / DF",
"4",
".",
"425",
"/",
"DF",
"RCL 26584 AGR",
"Ações Diretas de Inconstitucionalidade [UNK] 4 . 357",
"RCL 26584 AGR / RS",
"Ações Diretas de Inconstitucionalidade [UNK] 4 . 357",
"425",
"RCL 26584 AGR / RS",
"RCL 26584",
"ADI 4357",
"RCL 26584 AGR",
"ADI 4357",
"ADIs 4 . 357 / DF",
"4",
".",
"425",
"/ DF",
"Rcl 10 . 548 / CE",
"Rcl 3 . 014 / SP",
"ADIs 4 . 357 / DF",
"4",
".",
"425",
"/",
"DF",
"Rcl 10 . 548 / CE",
"Rcl 3 . 014 / SP",
"ADI 2 . 868",
"ADIs 4 . 357 / DF",
"4",
".",
"425",
"/",
"DF",
"ADIS 4 . 357",
"RCL 26584",
"ADI 2 . 868",
"ADIs 4 . 357 / DF",
"4",
".",
"425 / DF",
"ADIS 4 . 357",
"425",
"RCL 26584 AGR",
"ADIs 4 . 357",
"Rcl . 5 . 476 - AgR",
"Rcl 22 . 024 - AgR",
"Rcl 20 . 818",
"Rcl 19 . 240 - AgR",
"ADIs 4 . 357",
"Rcl 10 . 036 - AgR",
"RCL 26584 AGR / RS",
"ADIs 4 . 357",
"Rcl . 5 . 476 - AgR",
"Rcl 22 . 024 - AgR",
"Rcl 20 . 818",
"Rcl 19 . 240 - AgR",
"ADIs 4 . 357",
"4",
".",
"425",
"Rcl 10 . 036 - AgR",
"Rcl 4 . 381 - AgR",
"RCL 23 . 971 / RS - AgR",
"ADIS 4 . 357 / DF",
"4",
".",
"425",
"/",
"DF",
"ADIs 4 . 357 / DF",
"4",
".",
"425",
"/",
"DF",
"RCL 25 . 243 / RS - AgR",
"RCL 26584 AGR / RS",
"Rcl 4 . 381 - AgR",
"RCL 23 . 971 / RS -",
"AgR",
"ADIS 4 . 357 / DF",
"4",
".",
"425",
"/",
"DF",
"ADIs 4 . 357 / DF",
"4",
".",
"425",
"/",
"DF",
"RCL 25 . 243 / RS - AgR",
"RCL 26584",
"RCL 26584",
"RCL 26584 AGR /",
"RECLAMAÇÃO"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 1 . 021 , § 4° , do CPC",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 39 da Lei [UNK] 8 . 177 / 91",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 39 da Lei [UNK] 8 . 177 / 91",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 39 da Lei [UNK] 8 . 177 / 91",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 39 da Lei [UNK] 8 . 177 / 91",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 /",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ 1° do art . 70 do RISTF",
"art . 67 , § 6° , do Regimento Interno do STF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ 1° do art . 70 do RISTF",
"art . 67 , § 6° , do Regimento Interno do STF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 100 da CF",
"§ 12 do art . 100 da CF",
"inciso II do § [UNK] e do § 16 , ambos do art . 97 do ADCT",
"§ 12 do art . 100 da CF",
"art . [UNK] da Lei 11 . 960 / 2009",
"§",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 100 da CF",
"§",
"§ [UNK] e 10 do art . 100 da CF",
"§ 12 do art . 100 da CF",
"inciso",
"§ 12 do art . 100 da CF",
"art . [UNK] da Lei 11 . 960 / 2009",
"§ 15 do art . 100 da CF",
"art",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Emenda Constitucional [UNK] 62 / 09",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Emenda Constitucional [UNK] 62 / 09",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 100 da Constituição",
"art . 97 do ADCT",
"EC 62 / 2009",
"LEI 4 . 233 / 02",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 100 da Constituição",
"art . 97 do ADCT",
"EC 62 / 2009",
"LEI 4 . 233 / 02",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei piauiense 5 . 250 / 02",
"Lei municipal 4 . 233 / 02",
"MP n° 2 . 200",
"Lei piauiense 5 . 250 / 02",
"Lei municipal 4 . 233 / 02",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] - F da Lei [UNK] 9 . 494 / 97",
"Lei [UNK] 11 . 960 / 09",
"EC [UNK] 62 / 09",
"CF , art . [UNK] , XXII",
"CF , art . [UNK] , caput , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] - F da Lei [UNK] 9 . 494 / 97",
"Lei [UNK] 11 . 960 / 09",
"EC [UNK] 62 / 09",
"CF , art . [UNK] , XXII",
"CF , art . [UNK] , caput , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 21 , § 1° , do RISTF",
"art . 543 - B do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 21 , § 1° , do RISTF",
"art . 543 - B do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 292 , § 3° , do CPC",
"art . 1 . 021 , § 4° , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 292 , § 3° , do CPC",
"art . 1 . 021 , § 4° , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"Distrito Federal",
"Distrito Federal",
"MUNICÍPIO DE INDAIATUBA / SP",
"MUNICÍPIO DE INDAIATUBA / SP",
"Município de Indaiatuba / SP",
"Município de Indaiatuba / SP",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"SERVICO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS",
"SERPRO",
"TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA [UNK] REGIÃO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SERVICO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS",
"SERPRO",
"TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA [UNK] REGIÃO",
"STF",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SERVICO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS",
"SERPRO",
"TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA [UNK] REGIÃO",
"STF",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"SERVICO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS",
"SERPRO",
"TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA",
"[UNK] REGIÃO",
"STF",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SERVICO",
"SERPRO",
"TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA [UNK] REGIÃO",
"STF",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"SERVICO",
"TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA [UNK] REGIÃO",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SERVICO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS",
"SERPRO",
"TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA [UNK] REGIÃO",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Suprema",
"Serpro",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Suprema Corte",
"Serpro",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"RS",
"Tribunal",
"Regional do Trabalho da Quarta Região",
"SERPRO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"RS",
"Tribunal Regional do Trabalho da Quarta Região",
"SERPRO",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Suprema Corte",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Suprema Corte",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"FAZENDA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"RS",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário",
"Plenário",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Plenário",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"AGR",
"/",
"RS",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"AGR",
"/",
"RS",
"Plenário desta",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"SERVICO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS",
"SERPRO",
"TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA [UNK] REGIÃO",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SERVICO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS",
"SERPRO",
"TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA [UNK] REGIÃO",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"EWERTON MARTINS DOS SANTOS",
"MARIA FREITAG REIS",
"Dias Toffoli",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"EWERTON MARTINS DOS SANTOS",
"MARIA FREITAG REIS",
"DIAS TOFFOLI",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"EWERTON MARTINS DOS SANTOS",
"MARIA FREITAG REIS",
"DIAS TOFFOLI",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"EWERTON MARTINS DOS SANTOS",
"MARIA FREITAG REIS",
"DIAS TOFFOLI",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"EWERTON MARTINS DOS SANTOS",
"MARIA FREITAG REIS",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"EWERTON MARTINS DOS SANTOS",
"MARIA FREITAG REIS",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"EWERTON MARTINS DOS SANTOS",
"MARIA FREITAG REIS",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ricardo Lewandowski",
"Cármen Lúcia",
"Dias Toffoli",
"Ricardo Lewandowski",
"Cármen Lúcia",
"Dias Toffoli",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Roberto Barroso",
"Luiz Fux",
"Roberto Barroso",
"Luiz Fux",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Luiz Fux",
"Luiz Fux",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Luiz Fux",
"Luiz Fux",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Rosa Weber",
"Teori Zavascki",
"Luiz Fux",
"Dias Toffoli",
"Joaquim 8",
"Rosa Weber",
"Teori Zavascki",
"Luiz Fux",
"Dias Toffoli",
"Joaquim",
"8",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Barbosa",
"Celso de Mello",
"Luiz Fux",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Luiz Fux",
"Edson Fachin",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"EWERTON MARTINS DOS SANTOS",
"MARIA FREITAG REIS",
"Dias Toffoli",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"EWERTON MARTINS DOS SANTOS",
"MARIA FREITAG REIS",
"Dias Toffoli",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"5",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"5",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"5",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"5",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
".",
"9",
".",
"2016",
"14",
"/",
"3",
"/",
"2013",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
".",
"9",
".",
"2016",
"14",
"/",
"3",
"/",
"2013",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"4",
"/",
"2013",
"14",
"/",
"03",
"/",
"2013",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"4",
"/",
"2013",
"14",
"/",
"03",
"/",
"2013",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
"/",
"03",
"/",
"2013",
"24",
"/",
"10",
"/",
"2013",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
"/",
"03",
"/",
"2013",
"24",
"/",
"10",
"/",
"2013",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
".",
"03",
".",
"2013",
"14 de março de 2013",
"outubro de 2014",
"18",
".",
"07",
".",
"2014",
"14",
".",
"03",
".",
"2014",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
".",
"03",
".",
"2013",
"14 de março de 2013",
"outubro de 2014",
"18",
".",
"07",
".",
"2014",
"14",
".",
"03",
".",
"2014",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"dezembro de 2014",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"dezembro de 2014",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
"/",
"3",
"/",
"2013",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
"/",
"3",
"/",
"2013",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
"/",
"11",
"/",
"2015",
"29",
"/",
"10",
"/",
"2015",
"14",
"/",
"10",
"/",
"2015",
"14",
"/",
"09",
"/",
"2015",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
"/",
"11",
"/",
"2015",
"29",
"/",
"10",
"/",
"2015",
"14",
"/",
"10",
"/",
"2015",
"14",
"/",
"09",
"/",
"2015",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
"/",
"2",
"/",
"2012",
"5",
"/",
"8",
"/",
"2011",
"23",
".",
"08",
".",
"2016",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
"/",
"2",
"/",
"2012",
"5",
"/",
"8",
"/",
"2011",
"23",
".",
"08",
".",
"2016",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. EM MANDADO
DE SEGURANÇA 29.083 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S)
:LEILA DE RIBEIRO URBAN
ADV.(A/S)
:RENÉ DOTTI
ADV.(A/S)
:LUIS FELIPE FREIRE LISBOA E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
INTDO.(A/S)
:CORREGEDOR NACIONAL DE JUSTIÇA
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
EMENTA
Embargos de declaração em agravo regimental em embargos de
declaração em embargos de declaração em mandado de segurança.
Inexistência de vícios a serem sanados. Questões devidamente
apreciadas no acórdão embargado. Pretensão de rediscussão da causa.
Embargos declaratórios dos quais não se conhece. Precedentes. Caráter
protelatório. Multa.
1. Inexistência dos vícios do art. 1.022 do novo Código de Processo
Civil (Lei nº 13.105/15). Não há omissão, contradição, obscuridade ou erro
material a serem sanados.
2. As questões trazidas nos declaratórios já foram apreciadas pela
Turma nos julgamentos anteriores proferidos nestes autos.
3. Embargos de declaração cujo objetivo é promover a rediscussão da
causa. Impossibilidade. Precedentes.
4. Não conhecimento dos embargos de declaração, com aplicação da
multa prevista no art. 1.026, § 2º, do atual Código de Processo Civil.
Determinação de certificação do trânsito em julgado e de pronto
arquivamento.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14307291.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 18
Ementa e Acórdão
MS 29083 ED-ED-AGR-ED / DF
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, em sessão virtual de 1º/12
a 7/12/2017, na conformidade da ata do julgamento, por unanimidade de
votos, em não conhecer dos embargos de declaração, com aplicação da
multa prevista no art. 1.026, § 2º, do Código de Processo Civil, e
determinar a certificação do trânsito em julgado e o pronto arquivamento
dos autos, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14307291.
Supremo Tribunal Federal
MS 29083 ED-ED-AGR-ED / DF
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, em sessão virtual de 1º/12
a 7/12/2017, na conformidade da ata do julgamento, por unanimidade de
votos, em não conhecer dos embargos de declaração, com aplicação da
multa prevista no art. 1.026, § 2º, do Código de Processo Civil, e
determinar a certificação do trânsito em julgado e o pronto arquivamento
dos autos, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14307291.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 18
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. EM MANDADO
DE SEGURANÇA 29.083 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S)
:LEILA DE RIBEIRO URBAN
ADV.(A/S)
:RENÉ DOTTI
ADV.(A/S)
:LUIS FELIPE FREIRE LISBOA E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
INTDO.(A/S)
:CORREGEDOR NACIONAL DE JUSTIÇA
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Cuida-se de embargos de declaração opostos em face de acórdão
proferido pela Segunda Turma desta Corte em sede de agravo regimental
em embargos de declaração em embargos de declaração em mandado de
segurança, o qual foi assim ementado:
“Agravo regimental em embargos de declaração em
embargos de declaração em mandado de segurança. Petição de
desistência. Intuito de recusa à observância da jurisprudência
da Corte. Não homologação. Mérito recursal. Serventia
extrajudicial. Permuta. Necessidade de concurso público.
Decadência. Inaplicabilidade do art. 54 da Lei nº 9.784/99.
Interinidade. Aplicação do teto de remuneração. Precedentes.
Petição de desistência não homologada e agravo regimental não
provido.
1. Nas hipóteses em que demonstrado o mero intuito de se
recusar observância a Jurisprudência pacífica da Corte, o
Supremo Tribunal tem afastado o entendimento firmado no RE
669.367 RG (Relatora para o acórdão a Ministra Rosa Weber,
Pleno, DJe de 30/10/14), segundo o qual pode a parte
impetrante manifestar desistência da ação mandamental a
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. EM MANDADO
DE SEGURANÇA 29.083 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S)
:LEILA DE RIBEIRO URBAN
ADV.(A/S)
:RENÉ DOTTI
ADV.(A/S)
:LUIS FELIPE FREIRE LISBOA E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
INTDO.(A/S)
:CORREGEDOR NACIONAL DE JUSTIÇA
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Cuida-se de embargos de declaração opostos em face de acórdão
proferido pela Segunda Turma desta Corte em sede de agravo regimental
em embargos de declaração em embargos de declaração em mandado de
segurança, o qual foi assim ementado:
“Agravo regimental em embargos de declaração em
embargos de declaração em mandado de segurança. Petição de
desistência. Intuito de recusa à observância da jurisprudência
da Corte. Não homologação. Mérito recursal. Serventia
extrajudicial. Permuta. Necessidade de concurso público.
Decadência. Inaplicabilidade do art. 54 da Lei nº 9.784/99.
Interinidade. Aplicação do teto de remuneração. Precedentes.
Petição de desistência não homologada e agravo regimental não
provido.
1. Nas hipóteses em que demonstrado o mero intuito de se
recusar observância a Jurisprudência pacífica da Corte, o
Supremo Tribunal tem afastado o entendimento firmado no RE
669.367 RG (Relatora para o acórdão a Ministra Rosa Weber,
Pleno, DJe de 30/10/14), segundo o qual pode a parte
impetrante manifestar desistência da ação mandamental a
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14307288.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 18
Relatório
MS 29083 ED-ED-AGR-ED / DF
qualquer tempo, mesmo após a sentença, independentemente
da concordância da parte impetrada. Precedentes. Pedido de
desistência não homologado.
2. A Jurisprudência da Corte se consolidou no sentido da
autoaplicabilidade do art. 236, § 3º, da CF/88, e, portanto, de
que, após a promulgação da Constituição Federal de 1988, é
inconstitucional o acesso a serviços notarial e de registro,
inclusive por remoção ou permuta, sem prévia aprovação em
concurso público.
3. O Plenário do STF, em reiterados julgamentos, assentou
o entendimento de que o prazo decadencial de 5 (cinco) anos,
de que trata o art. 54 da Lei 9.784/1999, não se aplica à revisão
de atos de delegação de serventias extrajudiciais editados após
a Constituição de 1988, sem o atendimento das exigências
prescritas em seu art. 236.
4. Aplica-se a quem detém interinamente a serventia
extrajudicial a limitação do teto prevista no art. 37, XI, da
Constituição. Precedentes.
5. Petição de desistência não homologada e agravo
regimental não provido.”
A embargante aduz que o r. acórdão teria deixado de se manifestar
“(...) sobre a existência de boa-fé processual da parte e da
faculdade conferida à embargante parta desistir do writ, a
qualquer tempo e sem anuência da autoridade coatora. Aliás, o
próprio Supremo Tribunal Federal tem entendimento sólido
sobre a temática, reiterando a possibilidade de desistência
mesmo após a prolação da sentença, conforme restou decidido
no RE 669.367, com repercussão geral configurada.
Inclusive, a decisão ora questionada faz remissão ao RE
669.367, mas não realiza a distinção do caso concreto com o caso
paradigma e, muito menos, elenca elementos comprobatórios
de suposta resistência ao cumprimento das decisões proferidas
pelo Supremo Tribunal Federal.
Em tais casos, o Código de Processo Civil qualifica a
2
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Supremo Tribunal Federal
MS 29083 ED-ED-AGR-ED / DF
qualquer tempo, mesmo após a sentença, independentemente
da concordância da parte impetrada. Precedentes. Pedido de
desistência não homologado.
2. A Jurisprudência da Corte se consolidou no sentido da
autoaplicabilidade do art. 236, § 3º, da CF/88, e, portanto, de
que, após a promulgação da Constituição Federal de 1988, é
inconstitucional o acesso a serviços notarial e de registro,
inclusive por remoção ou permuta, sem prévia aprovação em
concurso público.
3. O Plenário do STF, em reiterados julgamentos, assentou
o entendimento de que o prazo decadencial de 5 (cinco) anos,
de que trata o art. 54 da Lei 9.784/1999, não se aplica à revisão
de atos de delegação de serventias extrajudiciais editados após
a Constituição de 1988, sem o atendimento das exigências
prescritas em seu art. 236.
4. Aplica-se a quem detém interinamente a serventia
extrajudicial a limitação do teto prevista no art. 37, XI, da
Constituição. Precedentes.
5. Petição de desistência não homologada e agravo
regimental não provido.”
A embargante aduz que o r. acórdão teria deixado de se manifestar
“(...) sobre a existência de boa-fé processual da parte e da
faculdade conferida à embargante parta desistir do writ, a
qualquer tempo e sem anuência da autoridade coatora. Aliás, o
próprio Supremo Tribunal Federal tem entendimento sólido
sobre a temática, reiterando a possibilidade de desistência
mesmo após a prolação da sentença, conforme restou decidido
no RE 669.367, com repercussão geral configurada.
Inclusive, a decisão ora questionada faz remissão ao RE
669.367, mas não realiza a distinção do caso concreto com o caso
paradigma e, muito menos, elenca elementos comprobatórios
de suposta resistência ao cumprimento das decisões proferidas
pelo Supremo Tribunal Federal.
Em tais casos, o Código de Processo Civil qualifica a
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Relatório
MS 29083 ED-ED-AGR-ED / DF
decisão como não fundamentada, nos termos do art. 489, § 1º,
inciso V (...)” (fls 4-5 – documento eletrônico nº 108).
Prossegue aduzindo que
“(...) tratando-se de entendimento pacificado sobre a
matéria (possibilidade de desistência a qualquer tempo do
mandado de segurança), somente seria possível afastar o
referido posicionamento se houvesse distinção e/ou superação
do entendimento, situações inocorrentes no presente caso.
Não há prova de suposta resistência à autoridade do
Supremo Tribunal Federal, até porque não houve trânsito em
julgado, bem como os recursos interpostos foram necessários
para obtenção da tutela jurisdicional integral e adequada. Não
houve, jamais, intuito meramente protelatório.
De mais a mais, a boa-fé processual se presume e não há
nos autos qualquer indicativo de conduta desleal” (fl. 5-
documento eletrônico nº 108).
Suscita, também, omissão do acórdão embargado quanto à
consumação da decadência, pois,
“(...) embora tenha se afirmado na decisão colegiada a
inaplicabilidade do art. 54 da Lei nº 9.784/99, sob uma
justificativa de situação constitucional, há omissão em relação à
incidência da lei, notadamente da parte da decadência,
independentemente do grau hierárquico da norma violada.
Em outros termos, considerando-se que o Decreto
Judiciário nº 413/89 foi editado há mais de 20 anos, não seria
possível impugnar sua validade, sendo irrelevante se ‘a
nulidade do ato advenha de infração a dispositivo da Lei Maior,
de lei ordinária ou mesmo decreto regulamentar. O art. 54 da
Lei 9.784/99, ao fixar o prazo decadencial de 5 anos para a
Administração o direito de anular atos administrativos de que
decorram efeitos favoráveis para os destinatários, não distingue
quanto à hierarquia da norma cuja ofensa decorra a suposta
nulidade’.
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Supremo Tribunal Federal
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decisão como não fundamentada, nos termos do art. 489, § 1º,
inciso V (...)” (fls 4-5 – documento eletrônico nº 108).
Prossegue aduzindo que
“(...) tratando-se de entendimento pacificado sobre a
matéria (possibilidade de desistência a qualquer tempo do
mandado de segurança), somente seria possível afastar o
referido posicionamento se houvesse distinção e/ou superação
do entendimento, situações inocorrentes no presente caso.
Não há prova de suposta resistência à autoridade do
Supremo Tribunal Federal, até porque não houve trânsito em
julgado, bem como os recursos interpostos foram necessários
para obtenção da tutela jurisdicional integral e adequada. Não
houve, jamais, intuito meramente protelatório.
De mais a mais, a boa-fé processual se presume e não há
nos autos qualquer indicativo de conduta desleal” (fl. 5-
documento eletrônico nº 108).
Suscita, também, omissão do acórdão embargado quanto à
consumação da decadência, pois,
“(...) embora tenha se afirmado na decisão colegiada a
inaplicabilidade do art. 54 da Lei nº 9.784/99, sob uma
justificativa de situação constitucional, há omissão em relação à
incidência da lei, notadamente da parte da decadência,
independentemente do grau hierárquico da norma violada.
Em outros termos, considerando-se que o Decreto
Judiciário nº 413/89 foi editado há mais de 20 anos, não seria
possível impugnar sua validade, sendo irrelevante se ‘a
nulidade do ato advenha de infração a dispositivo da Lei Maior,
de lei ordinária ou mesmo decreto regulamentar. O art. 54 da
Lei 9.784/99, ao fixar o prazo decadencial de 5 anos para a
Administração o direito de anular atos administrativos de que
decorram efeitos favoráveis para os destinatários, não distingue
quanto à hierarquia da norma cuja ofensa decorra a suposta
nulidade’.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 18
Relatório
MS 29083 ED-ED-AGR-ED / DF
(…)
Assim sendo, pouco importa se a ofensa foi em relação ao
texto constitucional, pois, decorrido o prazo quinquenal, a
administração decai do direito de questionar a validade do ato
praticado. A decadência operou-se, indubitavelmente, como se
sucedeu no presente caso.
Desse modo, requer o pronunciamento sobre esse ponto,
porque é manifesta a ocorrência de decadência, notadamente
pelo transcurso do prazo e a aplicação do art. 54 da Lei nº
9.784/99” (fls. 7-8 – doc. eletrônico nº 108).
Aponta a existência de contradição e de omissão no decisum no
ponto relativo à sujeição ao teto remuneratório, alegando que,
“[s]egundo a decisão embargada, ‘o STF possui
entendimento consolidada de que a atividade notarial e de
registro é essencialmente distinta da atividade exercida pelos
poderes do Estado, de modo que o titular da serventia
extrajudicial não é servidor e com esse não se confunde’. (...)
Não obstante, a despeito de não ser servidor público, o
titular da serventia está sujeito ao teto remuneratório, porque ‘a
investidura em caráter de interinidade assemelha os interinos
aos servidores públicos’.
Aí surge a contradição. Com efeito, o artigo 37, dirige-se à
Administração Pública e tem como ratio o controle dos gastos
públicos, conforme já abordado na exordial e reiterado no
agravo regimental.
(…)
De outro vértice, emerge a omissão no tocante à incidência
do artigo 28 da Lei nº 8.935/1994 que trata da remuneração do
oficial da serventia. Com efeito, considerando-se que os
notários e oficiais de registro gozam de independência no
exercício de suas atribuições, têm direito à percepção dos
emolumentos integrais pelos atos praticados na serventia e só
perderão a delegação nas hipóteses previstas em lei’, não há
respaldo para limitar a remuneração ao teto constitucional.
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Supremo Tribunal Federal
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(…)
Assim sendo, pouco importa se a ofensa foi em relação ao
texto constitucional, pois, decorrido o prazo quinquenal, a
administração decai do direito de questionar a validade do ato
praticado. A decadência operou-se, indubitavelmente, como se
sucedeu no presente caso.
Desse modo, requer o pronunciamento sobre esse ponto,
porque é manifesta a ocorrência de decadência, notadamente
pelo transcurso do prazo e a aplicação do art. 54 da Lei nº
9.784/99” (fls. 7-8 – doc. eletrônico nº 108).
Aponta a existência de contradição e de omissão no decisum no
ponto relativo à sujeição ao teto remuneratório, alegando que,
“[s]egundo a decisão embargada, ‘o STF possui
entendimento consolidada de que a atividade notarial e de
registro é essencialmente distinta da atividade exercida pelos
poderes do Estado, de modo que o titular da serventia
extrajudicial não é servidor e com esse não se confunde’. (...)
Não obstante, a despeito de não ser servidor público, o
titular da serventia está sujeito ao teto remuneratório, porque ‘a
investidura em caráter de interinidade assemelha os interinos
aos servidores públicos’.
Aí surge a contradição. Com efeito, o artigo 37, dirige-se à
Administração Pública e tem como ratio o controle dos gastos
públicos, conforme já abordado na exordial e reiterado no
agravo regimental.
(…)
De outro vértice, emerge a omissão no tocante à incidência
do artigo 28 da Lei nº 8.935/1994 que trata da remuneração do
oficial da serventia. Com efeito, considerando-se que os
notários e oficiais de registro gozam de independência no
exercício de suas atribuições, têm direito à percepção dos
emolumentos integrais pelos atos praticados na serventia e só
perderão a delegação nas hipóteses previstas em lei’, não há
respaldo para limitar a remuneração ao teto constitucional.
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Relatório
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Com isso, deve-se sanar a omissão apontada” (fls. 8-9 do doc.
eletrônico nº 108).
A embargante afirma, ainda, que a decisão embargada foi omissa em
relação à situação concreta da embargante, sob os seguintes argumentos:
“Caso desfeita a permuta e, com isso, seja a embargante
retirada da titularidade do 3º Serviço de Registro de Imóveis do
Foro Central da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba,
não poderá voltar a ocupar a serventia anterior (Serviço
Distrital de São Sebastião na Comarca de Cerro Azul, Estado do
Paraná), em virtude da sua extinção.
Esse verdadeiro limbo funcional para qual o ato atacado
remeteu a embargante foi objeto de agravo regimental (…).
Não obstante tenha sido expressamente ventilada no
recurso, essa questão tão sensível e vital nem sequer foi
apreciada no julgamento do agravo regimental, sendo de rigor
que seja sanado o vício em questão.
Com efeito, não há possibilidade de retornar ao status quo
ante, de modo que a solução que melhor se adequa ao caso
concreto, em atenção ao princípio da segurança jurídica e a
existência de ato jurídico perfeito (…), requer a permanência da
embargante na titularidade do 3º Serviço de Registro de
Imóveis do Foro Central da Comarca da Região Metropolitana
de Curitiba” (fls. 10-11 – doc. eletrônico nº 108).
Requer, por fim, o acolhimento dos presentes embargos
declaratórios para o fim de sanar os vícios suscitados.
É o relatório.
5
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Com isso, deve-se sanar a omissão apontada” (fls. 8-9 do doc.
eletrônico nº 108).
A embargante afirma, ainda, que a decisão embargada foi omissa em
relação à situação concreta da embargante, sob os seguintes argumentos:
“Caso desfeita a permuta e, com isso, seja a embargante
retirada da titularidade do 3º Serviço de Registro de Imóveis do
Foro Central da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba,
não poderá voltar a ocupar a serventia anterior (Serviço
Distrital de São Sebastião na Comarca de Cerro Azul, Estado do
Paraná), em virtude da sua extinção.
Esse verdadeiro limbo funcional para qual o ato atacado
remeteu a embargante foi objeto de agravo regimental (…).
Não obstante tenha sido expressamente ventilada no
recurso, essa questão tão sensível e vital nem sequer foi
apreciada no julgamento do agravo regimental, sendo de rigor
que seja sanado o vício em questão.
Com efeito, não há possibilidade de retornar ao status quo
ante, de modo que a solução que melhor se adequa ao caso
concreto, em atenção ao princípio da segurança jurídica e a
existência de ato jurídico perfeito (…), requer a permanência da
embargante na titularidade do 3º Serviço de Registro de
Imóveis do Foro Central da Comarca da Região Metropolitana
de Curitiba” (fls. 10-11 – doc. eletrônico nº 108).
Requer, por fim, o acolhimento dos presentes embargos
declaratórios para o fim de sanar os vícios suscitados.
É o relatório.
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. EM MANDADO
DE SEGURANÇA 29.083 DISTRITO FEDERAL
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Não está presente nenhuma hipótese autorizadora da oposição dos
embargos de declaração, nos termos do art. 1.022 do novo Código de
Processo Civil (Lei nº 13.105/15).
Com efeito, o julgado embargado não incorreu em omissão, tendo-se
decidido, fundamentadamente, todos os pontos colocados em debate, nos
limites necessários ao deslinde do feito.
Cumpre ressaltar que, ao contrário do que a embargante afirma, o
alegado ponto omisso do acórdão, consistente na falta de análise sobre “a
existência de boa-fé processual da parte e da faculdade conferida à
embargante parta desistir do writ, a qualquer tempo e sem anuência da
autoridade coatora” (fl. 4 do documento eletrônico nº 108), foi
devidamente apreciado pela Segunda Turma desta Corte ao decidir, por
unanimidade, pela não homologação do pedido de desistência e pelo não
provimento do agravo regimental.
Com efeito, restou consignado, no acórdão ora embargado, que
“1. Consideradas as circunstâncias do caso, o pedido de
desistência do mandado de segurança não pode ser
homologado. Não se desconhece, certamente, o precedente
firmado no RE 669.367 RG (Rel. Min. Luiz Fux, redatora do
acórdão a Min. Rosa Weber, Pleno, DJe de 30/10/2014), segundo
o qual pode a parte impetrante manifestar desistência da ação
mandamental a qualquer tempo, mesmo após a sentença,
independentemente da concordância da parte impetrada.
Todavia, no caso, muito mais que o interesse das partes, está
em questão a própria seriedade da função jurisdicional e a
autoridade das decisões do Supremo Tribunal Federal. É que o
ato aqui atacado, emanado do Conselho Nacional de Justiça, foi
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. EM MANDADO
DE SEGURANÇA 29.083 DISTRITO FEDERAL
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Não está presente nenhuma hipótese autorizadora da oposição dos
embargos de declaração, nos termos do art. 1.022 do novo Código de
Processo Civil (Lei nº 13.105/15).
Com efeito, o julgado embargado não incorreu em omissão, tendo-se
decidido, fundamentadamente, todos os pontos colocados em debate, nos
limites necessários ao deslinde do feito.
Cumpre ressaltar que, ao contrário do que a embargante afirma, o
alegado ponto omisso do acórdão, consistente na falta de análise sobre “a
existência de boa-fé processual da parte e da faculdade conferida à
embargante parta desistir do writ, a qualquer tempo e sem anuência da
autoridade coatora” (fl. 4 do documento eletrônico nº 108), foi
devidamente apreciado pela Segunda Turma desta Corte ao decidir, por
unanimidade, pela não homologação do pedido de desistência e pelo não
provimento do agravo regimental.
Com efeito, restou consignado, no acórdão ora embargado, que
“1. Consideradas as circunstâncias do caso, o pedido de
desistência do mandado de segurança não pode ser
homologado. Não se desconhece, certamente, o precedente
firmado no RE 669.367 RG (Rel. Min. Luiz Fux, redatora do
acórdão a Min. Rosa Weber, Pleno, DJe de 30/10/2014), segundo
o qual pode a parte impetrante manifestar desistência da ação
mandamental a qualquer tempo, mesmo após a sentença,
independentemente da concordância da parte impetrada.
Todavia, no caso, muito mais que o interesse das partes, está
em questão a própria seriedade da função jurisdicional e a
autoridade das decisões do Supremo Tribunal Federal. É que o
ato aqui atacado, emanado do Conselho Nacional de Justiça, foi
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MS 29083 ED-ED-AGR-ED / DF
objeto de questionamento perante esta Corte em inúmeros
mandados de segurança semelhantes, tendo o Tribunal,
invariavelmente, denegado a ordem, tanto no Plenário, quanto
nas Turmas. O pedido de desistência, formulado após o
julgamento monocrático do mérito e às vésperas do
julgamento do agravo regimental, não traduz disposição da
parte impetrante de se conformar com o entendimento
pacificado pelo Tribunal. Pelo contrário, há indisfarçável
intenção de propor nova demanda nas instâncias ordinárias
(valendo-se do que decidiu o STF na AO 1706 AgR, Pleno, Rel.
Min. Celso de Mello, j. 18/12/2013, DJe de 18/2/2014, conferindo
ao juízo de primeiro grau a competência para processar e julgar
ações ordinárias referentes à matéria). Esse propósito, como
afirmado, faz pouco caso da seriedade e da autoridade das
decisões desta Suprema Corte sobre a matéria questionada,
sem falar que prolonga indevidamente em prejuízo da
efetividade da função jurisdicional e em benefício de quem,
segundo orientação do Tribunal, não tem razão o desfecho da
controvérsia, tantas vezes já enfrentada e decidida. O cenário
abarcado pela tese definida no julgamento do referido RE
669.367 RG pressupõe a boa-fé processual e respeito à
autoridade das decisões da Suprema Corte, as quais, como tem
afirmado a jurisprudência do Tribunal, tendem a se revestir de
manifesto caráter objetivo, produzindo efeitos expansivos para
situações semelhantes. Não se pode acolher, por isso mesmo,
pedidos de desistência de mandados de segurança com o
indisfarçado objetivo de contornar a força e a autoridade da
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.
Dessa forma, deixo de homologar o pedido de desistência
da ação formulado pela parte impetrante, ora agravante.
(...)” (destaquei).
Da mesma forma, não houve omissão no decisum quanto à tese de
decadência, conforme se verifica nos seguintes trechos destacados do
voto:
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Supremo Tribunal Federal
MS 29083 ED-ED-AGR-ED / DF
objeto de questionamento perante esta Corte em inúmeros
mandados de segurança semelhantes, tendo o Tribunal,
invariavelmente, denegado a ordem, tanto no Plenário, quanto
nas Turmas. O pedido de desistência, formulado após o
julgamento monocrático do mérito e às vésperas do
julgamento do agravo regimental, não traduz disposição da
parte impetrante de se conformar com o entendimento
pacificado pelo Tribunal. Pelo contrário, há indisfarçável
intenção de propor nova demanda nas instâncias ordinárias
(valendo-se do que decidiu o STF na AO 1706 AgR, Pleno, Rel.
Min. Celso de Mello, j. 18/12/2013, DJe de 18/2/2014, conferindo
ao juízo de primeiro grau a competência para processar e julgar
ações ordinárias referentes à matéria). Esse propósito, como
afirmado, faz pouco caso da seriedade e da autoridade das
decisões desta Suprema Corte sobre a matéria questionada,
sem falar que prolonga indevidamente em prejuízo da
efetividade da função jurisdicional e em benefício de quem,
segundo orientação do Tribunal, não tem razão o desfecho da
controvérsia, tantas vezes já enfrentada e decidida. O cenário
abarcado pela tese definida no julgamento do referido RE
669.367 RG pressupõe a boa-fé processual e respeito à
autoridade das decisões da Suprema Corte, as quais, como tem
afirmado a jurisprudência do Tribunal, tendem a se revestir de
manifesto caráter objetivo, produzindo efeitos expansivos para
situações semelhantes. Não se pode acolher, por isso mesmo,
pedidos de desistência de mandados de segurança com o
indisfarçado objetivo de contornar a força e a autoridade da
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.
Dessa forma, deixo de homologar o pedido de desistência
da ação formulado pela parte impetrante, ora agravante.
(...)” (destaquei).
Da mesma forma, não houve omissão no decisum quanto à tese de
decadência, conforme se verifica nos seguintes trechos destacados do
voto:
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
MS 29083 ED-ED-AGR-ED / DF
“(...) firmou-se no Tribunal o entendimento de que o
prazo decadencial de 5 (cinco) anos, de que trata o art. 54 da
Lei 9.784/1999 , não se aplica a situações como a dos autos , em
que se questiona a revisão de atos de delegação de serventias
extrajudiciais editados após a Constituição de 1988, sem o
atendimento das exigências prescritas no seu art. 236. Nesse
sentido, os precedentes citados: MS 28.279 DF, Rel. Min.
ELLEN GRACIE, DJe 29/4/2011 (‘Situações flagrantemente
inconstitucionais como o provimento de serventia
extrajudicial sem a devida submissão a concurso público não
podem e não devem ser superadas pela simples incidência do
que dispõe o art. 54 da Lei 9.784/1999, sob pena de subversão
das determinações insertas na Constituição Federal’); MS
28.371-AgRg, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, DJ 27/2/13 (‘a
regra de decadência é inaplicável ao controle administrativo
feito pelo Conselho nacional de Justiça nos casos em que a
delegação notarial ocorreu após a promulgação da
Constituição de 1988, sem anterior aprovação em concurso
público de provas’). A matéria foi tratada também no
julgamento do MS 28.273, Relator Min. RICARDO
LEWANDOWSKI, DJe de 21/2/2013, ocasião em que a Corte
decidiu, por unanimidade, que ‘o exame da investidura na
titularidade de cartório sem concurso público não está sujeito
ao prazo previsto no art. 54 da Lei 9.784/1999’. Eis a ementa:
‘AGRAVO REGIMENTAL. MANDADO DE
SEGURANÇA. CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA.
PROCEDIMENTO DE CONTROLE ADMINISTRATIVO.
DECADÊNCIA ADMINISTRATIVA. AFASTAMENTO DE
TITULARES DE SERVENTIAS EXTRAJUDICIAIS DA
ATIVIDADE NOTARIAL E DE REGISTRO SEM
CONCURSO PÚBLICO, MEDIANTE DESIGNAÇÃO
OCORRIDA APÓS O ADVENTO DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL DE 1988. LEGALIDADE. CONCURSO
PÚBLICO. EXIGÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO.
I – O Supremo Tribunal Federal sempre se
3
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Supremo Tribunal Federal
MS 29083 ED-ED-AGR-ED / DF
“(...) firmou-se no Tribunal o entendimento de que o
prazo decadencial de 5 (cinco) anos, de que trata o art. 54 da
Lei 9.784/1999 , não se aplica a situações como a dos autos , em
que se questiona a revisão de atos de delegação de serventias
extrajudiciais editados após a Constituição de 1988, sem o
atendimento das exigências prescritas no seu art. 236. Nesse
sentido, os precedentes citados: MS 28.279 DF, Rel. Min.
ELLEN GRACIE, DJe 29/4/2011 (‘Situações flagrantemente
inconstitucionais como o provimento de serventia
extrajudicial sem a devida submissão a concurso público não
podem e não devem ser superadas pela simples incidência do
que dispõe o art. 54 da Lei 9.784/1999, sob pena de subversão
das determinações insertas na Constituição Federal’); MS
28.371-AgRg, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, DJ 27/2/13 (‘a
regra de decadência é inaplicável ao controle administrativo
feito pelo Conselho nacional de Justiça nos casos em que a
delegação notarial ocorreu após a promulgação da
Constituição de 1988, sem anterior aprovação em concurso
público de provas’). A matéria foi tratada também no
julgamento do MS 28.273, Relator Min. RICARDO
LEWANDOWSKI, DJe de 21/2/2013, ocasião em que a Corte
decidiu, por unanimidade, que ‘o exame da investidura na
titularidade de cartório sem concurso público não está sujeito
ao prazo previsto no art. 54 da Lei 9.784/1999’. Eis a ementa:
‘AGRAVO REGIMENTAL. MANDADO DE
SEGURANÇA. CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA.
PROCEDIMENTO DE CONTROLE ADMINISTRATIVO.
DECADÊNCIA ADMINISTRATIVA. AFASTAMENTO DE
TITULARES DE SERVENTIAS EXTRAJUDICIAIS DA
ATIVIDADE NOTARIAL E DE REGISTRO SEM
CONCURSO PÚBLICO, MEDIANTE DESIGNAÇÃO
OCORRIDA APÓS O ADVENTO DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL DE 1988. LEGALIDADE. CONCURSO
PÚBLICO. EXIGÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO.
I – O Supremo Tribunal Federal sempre se
3
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
MS 29083 ED-ED-AGR-ED / DF
pronunciou no sentido de que, sob a égide da Constituição
de 1988, é inconstitucional qualquer forma de provimento
dos serviços notariais e de registro que não por concurso
público;
II – Não há direito adquirido à efetivação em
serventia vaga sob a égide da Constituição de 1988;
III – O exame da investidura na titularidade de
cartório sem concurso público não está sujeito ao prazo
previsto no art. 54 da Lei 9.784/1999, por se tratar de ato
manifestamente inconstitucional.
IV - Agravo regimental a que se nega provimento.’
É legítima, portanto, a decisão da autoridade impetrada
que considerou irregular o provimento de serventia
extrajudicial, sem concurso público, decorrente de permuta,
com ofensa ao art. 236, § 3º, da Constituição. A jurisprudência
do Plenário desta Corte foi reafirmada no julgamento do MS
28.440 AgR, de minha relatoria, na Sessão do dia 19/6/2013.”
(grifei).
Tampouco existe no julgado contradição e omissão relativamente à
sujeição ao teto remuneratório, porquanto a questão fora devida e
coerentemente apreciada no acórdão embargado, nos termos do voto do
Relator, o saudoso Ministro Teori Zavascki, que, embora tenha
ressalvado seu entendimento pessoal sobre a questão, aplicou a
orientação majoritária desta Suprema Corte. Vejamos:
“7. Quanto aos emolumentos recebidos por quem detém
interinamente a serventia extrajudicial, o ato coator entendeu
aplicável o teto de 90,25% do subsídio de Ministro do Supremo
Tribunal Federal pelas seguintes razões (doc. 8):
‘4. No que se refere ao limite da renda obtida com o
serviço notarial, conforme dispõe o artigo 3º da Lei n.
8.935/1994, dá-se a denominação de notário ou registrador
àquele a quem é delegado o exercício da atividade notarial
4
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Supremo Tribunal Federal
MS 29083 ED-ED-AGR-ED / DF
pronunciou no sentido de que, sob a égide da Constituição
de 1988, é inconstitucional qualquer forma de provimento
dos serviços notariais e de registro que não por concurso
público;
II – Não há direito adquirido à efetivação em
serventia vaga sob a égide da Constituição de 1988;
III – O exame da investidura na titularidade de
cartório sem concurso público não está sujeito ao prazo
previsto no art. 54 da Lei 9.784/1999, por se tratar de ato
manifestamente inconstitucional.
IV - Agravo regimental a que se nega provimento.’
É legítima, portanto, a decisão da autoridade impetrada
que considerou irregular o provimento de serventia
extrajudicial, sem concurso público, decorrente de permuta,
com ofensa ao art. 236, § 3º, da Constituição. A jurisprudência
do Plenário desta Corte foi reafirmada no julgamento do MS
28.440 AgR, de minha relatoria, na Sessão do dia 19/6/2013.”
(grifei).
Tampouco existe no julgado contradição e omissão relativamente à
sujeição ao teto remuneratório, porquanto a questão fora devida e
coerentemente apreciada no acórdão embargado, nos termos do voto do
Relator, o saudoso Ministro Teori Zavascki, que, embora tenha
ressalvado seu entendimento pessoal sobre a questão, aplicou a
orientação majoritária desta Suprema Corte. Vejamos:
“7. Quanto aos emolumentos recebidos por quem detém
interinamente a serventia extrajudicial, o ato coator entendeu
aplicável o teto de 90,25% do subsídio de Ministro do Supremo
Tribunal Federal pelas seguintes razões (doc. 8):
‘4. No que se refere ao limite da renda obtida com o
serviço notarial, conforme dispõe o artigo 3º da Lei n.
8.935/1994, dá-se a denominação de notário ou registrador
àquele a quem é delegado o exercício da atividade notarial
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
MS 29083 ED-ED-AGR-ED / DF
e de registro. Os demais são interinos.
4.1. O delegado não é servidor público, conforme já
reconheceu esse C. Supremo Tribunal Federal na Ação
Direta de Inconstitucionalidade 2.602.
4.2. Quando desprovido de delegado, o serviço é
revertido ao poder delegante. Em consequência, os
direitos e privilégios inerentes à delegação, inclusive a
renda obtida com o serviço, pertencem ao Poder Público.
4.3. O responsável pelo expediente de serviço
extrajudicial que não está classificado dentre os providos
por delegado é um preposto interino do Estado delegante,
e como tal não pode apropriar-se da renda de um serviço
público cuja delegação reverteu para o Estado e com o
Estado permanecerá até que nova delegação seja efetivada.
4.4. O interino escolhido dentre pessoas que não
pertencem aos quadros permanentes da administração
pública deve ser remunerado de forma justa, mas
compatível com os limites estabelecidos para a
administração pública em geral, já que atua como
preposto do Estado.
4.5. Interino não é delegado de serviço público, já
que não preenche os requisitos constitucionais ou legais
inerentes à delegação. E o princípio da isonomia, ao
contrário do que sustenta a parte impetrante, autoriza
justamente que se dê tratamento desigual aos desiguais,
com a exclusão daquele que responde precariamente por
um serviço extrajudicial da regra remuneratória prevista
no artigo 28 da Lei n. 8.935/1994.’
Apreciando a matéria em decisão monocrática tive,
oportunidade de manifestar entendimento diferente, nos
seguintes termos:
‘A retribuição dos correspondente atos se dá por via
de emolumentos, de valor preestabelecido por norma
estatal, incidente sobre cada ato praticado na serventia.
5
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e de registro. Os demais são interinos.
4.1. O delegado não é servidor público, conforme já
reconheceu esse C. Supremo Tribunal Federal na Ação
Direta de Inconstitucionalidade 2.602.
4.2. Quando desprovido de delegado, o serviço é
revertido ao poder delegante. Em consequência, os
direitos e privilégios inerentes à delegação, inclusive a
renda obtida com o serviço, pertencem ao Poder Público.
4.3. O responsável pelo expediente de serviço
extrajudicial que não está classificado dentre os providos
por delegado é um preposto interino do Estado delegante,
e como tal não pode apropriar-se da renda de um serviço
público cuja delegação reverteu para o Estado e com o
Estado permanecerá até que nova delegação seja efetivada.
4.4. O interino escolhido dentre pessoas que não
pertencem aos quadros permanentes da administração
pública deve ser remunerado de forma justa, mas
compatível com os limites estabelecidos para a
administração pública em geral, já que atua como
preposto do Estado.
4.5. Interino não é delegado de serviço público, já
que não preenche os requisitos constitucionais ou legais
inerentes à delegação. E o princípio da isonomia, ao
contrário do que sustenta a parte impetrante, autoriza
justamente que se dê tratamento desigual aos desiguais,
com a exclusão daquele que responde precariamente por
um serviço extrajudicial da regra remuneratória prevista
no artigo 28 da Lei n. 8.935/1994.’
Apreciando a matéria em decisão monocrática tive,
oportunidade de manifestar entendimento diferente, nos
seguintes termos:
‘A retribuição dos correspondente atos se dá por via
de emolumentos, de valor preestabelecido por norma
estatal, incidente sobre cada ato praticado na serventia.
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MS 29083 ED-ED-AGR-ED / DF
Ora, independentemente de ter ingressado ou não por
meio de concurso público, ou mesmo da legitimidade ou
não do exercício do cargo (tema que aqui não está em
questão) o autor é titular de serventia extrajudicial por ter
sido designado pela Corregedoria de Justiça do Estado e
recebe emolumentos pelos serviços específicos e divisíveis
que presta, sobre os quais incide taxa estadual,
independentemente de exercer a delegação de modo
definitivo ou interino. Em consequência, e por não ser um
servidor público, mas um delegatário de serviço público
que recebe emolumentos correspondentes aos serviços
prestados, Esse regime de retribuição, por sua própria
natureza, não é suscetível de qualquer equiparação com a
dos servidores públicos, notadamente no que diz respeito
a limitações de teto’ (ACO 2.338 MC, Rel. Min. Teori
Zavascki , Dje de 6/3/2014).
É essa a orientação também defendida pela Ministra
Cármen Lúcia no MS 29.109 MC/DF (Rel. Min. Cármen Lúcia , j.
27/8/2010, DJe de 6/9/2010).
Todavia, a jurisprudência majoritária do Tribunal tem
orientação contrária. A 1ª Turma tem apreciado o tema em
recentes decisões colegiadas e, de forma unânime, considera
legítima a orientação do CNJ, sob o fundamento principal de
que a investidura em caráter de interinidade assemelha os
interinos aos servidores públicos. Nesse sentido, v.g.: MS
30.180 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, j. 21/10/2014, DJe
de 21/11/2014; MS 29.192 AgRED, Min. Rel. Dias Toffoli, 1ª
Turma, j. 11/11/2014, DJe de 19/12/2014; RE 802.409, Rel. Min.
Roberto Barroso, j. 25/8/2014, Dje de 3/9/2014.
No mesmo sentido, em decisões mais antigas: MS 28.815
MC AgR/DF, Rel. Min. Luiz Fux, j. 13/8/2013, DJe de 16/8/2013;
MS 29.334/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 15/11/2010, DJe de
25/11/2010; MS 29.400/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, j.
14/11/2010, DJe de 23/11/2010; e MS 29.332/DF, Rel. Min. Marco
Aurélio, j. 23/11/2010, DJe de 01/12/2010.
6
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MS 29083 ED-ED-AGR-ED / DF
Ora, independentemente de ter ingressado ou não por
meio de concurso público, ou mesmo da legitimidade ou
não do exercício do cargo (tema que aqui não está em
questão) o autor é titular de serventia extrajudicial por ter
sido designado pela Corregedoria de Justiça do Estado e
recebe emolumentos pelos serviços específicos e divisíveis
que presta, sobre os quais incide taxa estadual,
independentemente de exercer a delegação de modo
definitivo ou interino. Em consequência, e por não ser um
servidor público, mas um delegatário de serviço público
que recebe emolumentos correspondentes aos serviços
prestados, Esse regime de retribuição, por sua própria
natureza, não é suscetível de qualquer equiparação com a
dos servidores públicos, notadamente no que diz respeito
a limitações de teto’ (ACO 2.338 MC, Rel. Min. Teori
Zavascki , Dje de 6/3/2014).
É essa a orientação também defendida pela Ministra
Cármen Lúcia no MS 29.109 MC/DF (Rel. Min. Cármen Lúcia , j.
27/8/2010, DJe de 6/9/2010).
Todavia, a jurisprudência majoritária do Tribunal tem
orientação contrária. A 1ª Turma tem apreciado o tema em
recentes decisões colegiadas e, de forma unânime, considera
legítima a orientação do CNJ, sob o fundamento principal de
que a investidura em caráter de interinidade assemelha os
interinos aos servidores públicos. Nesse sentido, v.g.: MS
30.180 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, j. 21/10/2014, DJe
de 21/11/2014; MS 29.192 AgRED, Min. Rel. Dias Toffoli, 1ª
Turma, j. 11/11/2014, DJe de 19/12/2014; RE 802.409, Rel. Min.
Roberto Barroso, j. 25/8/2014, Dje de 3/9/2014.
No mesmo sentido, em decisões mais antigas: MS 28.815
MC AgR/DF, Rel. Min. Luiz Fux, j. 13/8/2013, DJe de 16/8/2013;
MS 29.334/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 15/11/2010, DJe de
25/11/2010; MS 29.400/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, j.
14/11/2010, DJe de 23/11/2010; e MS 29.332/DF, Rel. Min. Marco
Aurélio, j. 23/11/2010, DJe de 01/12/2010.
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
MS 29083 ED-ED-AGR-ED / DF
Essa orientação foi, igualmente, adotada em decisões de
relatoria de três Ministros desta 2ª Turma: MS 29.037 MC-
AgR/DF, Rel. Min. Celso de Mello, j. 24/5/2013, DJe de
31/5/2013; MS 29.039 MC/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, j.
29/5/2013, DJe de 4/6/2013; e MS 29.573 MC-AgR/DF, Rel. Min.
Celso de Mello, j. 31/5/2013, DJe de 5/6/2013. Decidiu pela
aplicação do teto o Ministro Ricardo Lewandowski, quando
integrava a 2ª Turma, no RE 810.590 (j. 30/5/2014, Dje de
3/6/2014).
Eis o sumário das razões adotadas pelo Ministro Celso de
Mello:
‘15. O simples fato de realizarem as mesmas
atribuições dos delegatários não exclui os interinos das
limitações inerentes ao regime de direito público. Isso
porque não atuam como particulares em colaboração
como é o caso dos delegatários, mas como prepostos do
poder público, que age, por sua vez, de modo
centralizado.
16. Ao colocar titulares interinos nas atividades
notariais e de registro, o Estado as presta diretamente,
acumulando as situações de titular e prestador do serviço
o que, diga-se de passagem, só é possível na vigência da
Carta Política de 1988 de forma transitória e precária, dado
o prazo constitucional de seis meses para a efetivação da
delegação.
17. Diante desse cenário, fica mais evidente a
similitude entre as atividades dos titulares interinos de
serventias extrajudiciais e as dos agentes públicos
contemplados no art. 37, XI, da Constituição Federal’ (MS
29.037 MC-AgR/DF, Rel. Min. Celso de Mello , j. 24/5/2013,
DJe de 4/6/2013).
Na linha dessa orientação, nitidamente majoritária entre
os Ministros do Supremo Tribunal Federal e ressalvando meu
ponto de vista pessoal em outro sentido, deve ser mantido o
7
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Supremo Tribunal Federal
MS 29083 ED-ED-AGR-ED / DF
Essa orientação foi, igualmente, adotada em decisões de
relatoria de três Ministros desta 2ª Turma: MS 29.037 MC-
AgR/DF, Rel. Min. Celso de Mello, j. 24/5/2013, DJe de
31/5/2013; MS 29.039 MC/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, j.
29/5/2013, DJe de 4/6/2013; e MS 29.573 MC-AgR/DF, Rel. Min.
Celso de Mello, j. 31/5/2013, DJe de 5/6/2013. Decidiu pela
aplicação do teto o Ministro Ricardo Lewandowski, quando
integrava a 2ª Turma, no RE 810.590 (j. 30/5/2014, Dje de
3/6/2014).
Eis o sumário das razões adotadas pelo Ministro Celso de
Mello:
‘15. O simples fato de realizarem as mesmas
atribuições dos delegatários não exclui os interinos das
limitações inerentes ao regime de direito público. Isso
porque não atuam como particulares em colaboração
como é o caso dos delegatários, mas como prepostos do
poder público, que age, por sua vez, de modo
centralizado.
16. Ao colocar titulares interinos nas atividades
notariais e de registro, o Estado as presta diretamente,
acumulando as situações de titular e prestador do serviço
o que, diga-se de passagem, só é possível na vigência da
Carta Política de 1988 de forma transitória e precária, dado
o prazo constitucional de seis meses para a efetivação da
delegação.
17. Diante desse cenário, fica mais evidente a
similitude entre as atividades dos titulares interinos de
serventias extrajudiciais e as dos agentes públicos
contemplados no art. 37, XI, da Constituição Federal’ (MS
29.037 MC-AgR/DF, Rel. Min. Celso de Mello , j. 24/5/2013,
DJe de 4/6/2013).
Na linha dessa orientação, nitidamente majoritária entre
os Ministros do Supremo Tribunal Federal e ressalvando meu
ponto de vista pessoal em outro sentido, deve ser mantido o
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
MS 29083 ED-ED-AGR-ED / DF
ato atacado também nesse ponto” (grifei).
Ressalte-se que a contradição que autoriza opor o recurso aclaratório
deve ser interna à decisão, verificada entre os fundamentos do julgado e
sua conclusão, o que não ocorreu no caso em tela, conforme se observa na
motivação e na conclusão adotadas na decisão embargada.
Outrossim, não prospera a alegação de que o decisum foi omisso em
relação à situação concreta da embargante, sendo certo que se aplicou, no
julgamento do agravo regimental, bem como nos julgamentos
anteriores proferidos nestes autos, o entendimento desta Corte no
sentido de que é necessário a toda e qualquer investidura em serventia
extrajudicial, seja por remoção, seja por provimento, que se dê por meio
de concurso público.
Foi o acórdão expresso, portanto, quanto à conclusão de que
remoção realizada sem o requisito do concurso público não atende ao
preceito constitucional inserto no art. 236, § 3º, da CF/88, ainda que o
ingresso na antiga serventia tenha se dado por meio de concurso
público. Vale dizer que esta Corte não vislumbrou qualquer violação
constitucional (ou, mais especificamente, dos princípios da segurança
jurídica ou da proporcionalidade) na deliberação que, anulando a
remoção ocorrida sem concurso público, implicou a extinção do ato de
delegação de serventia extrajudicial à impetrante, uma vez que a
serventia legitimamente ocupada foi extinta.
Desse modo, ao se negar seguimento ao mandado de segurança,
ficou clara a legitimidade da decisão da autoridade impetrada, a qual se
mostrou, nos termos do voto do Ministro Teori Zavascki nos segundos
embargos de declaração nestes autos, “minuciosa quanto aos efeitos da
deliberação adotada, distinguindo situações conforme as variáveis
decorrentes de cada caso, o que não pode ser erigido em discriminação
injusta, nem ofensiva da segurança jurídica” (MS nº 29.083/DF-ED-ED,
Segunda Turma, DJe de 31/3/15).
Note-se, por fim, que a decisão embargada não padece de erro
material nem é obscura, pois a ela não faltam clareza nem certeza quanto
ao que foi decidido.
8
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ato atacado também nesse ponto” (grifei).
Ressalte-se que a contradição que autoriza opor o recurso aclaratório
deve ser interna à decisão, verificada entre os fundamentos do julgado e
sua conclusão, o que não ocorreu no caso em tela, conforme se observa na
motivação e na conclusão adotadas na decisão embargada.
Outrossim, não prospera a alegação de que o decisum foi omisso em
relação à situação concreta da embargante, sendo certo que se aplicou, no
julgamento do agravo regimental, bem como nos julgamentos
anteriores proferidos nestes autos, o entendimento desta Corte no
sentido de que é necessário a toda e qualquer investidura em serventia
extrajudicial, seja por remoção, seja por provimento, que se dê por meio
de concurso público.
Foi o acórdão expresso, portanto, quanto à conclusão de que
remoção realizada sem o requisito do concurso público não atende ao
preceito constitucional inserto no art. 236, § 3º, da CF/88, ainda que o
ingresso na antiga serventia tenha se dado por meio de concurso
público. Vale dizer que esta Corte não vislumbrou qualquer violação
constitucional (ou, mais especificamente, dos princípios da segurança
jurídica ou da proporcionalidade) na deliberação que, anulando a
remoção ocorrida sem concurso público, implicou a extinção do ato de
delegação de serventia extrajudicial à impetrante, uma vez que a
serventia legitimamente ocupada foi extinta.
Desse modo, ao se negar seguimento ao mandado de segurança,
ficou clara a legitimidade da decisão da autoridade impetrada, a qual se
mostrou, nos termos do voto do Ministro Teori Zavascki nos segundos
embargos de declaração nestes autos, “minuciosa quanto aos efeitos da
deliberação adotada, distinguindo situações conforme as variáveis
decorrentes de cada caso, o que não pode ser erigido em discriminação
injusta, nem ofensiva da segurança jurídica” (MS nº 29.083/DF-ED-ED,
Segunda Turma, DJe de 31/3/15).
Note-se, por fim, que a decisão embargada não padece de erro
material nem é obscura, pois a ela não faltam clareza nem certeza quanto
ao que foi decidido.
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Tem-se, desse modo, que o julgado embargado não incidiu em
qualquer espécie de vício a ensejar a oposição dos embargos de
declaração, previstos no art. 1.022 do CPC/2015.
A embargante pretende, em verdade, mediante a oposição destes
embargos, promover o rejulgamento da causa, fim para o qual não se
presta o recurso aclaratório. Assim, incabível o conhecimento destes
embargos de declaração em agravo regimental em embargos de
declaração em embargos de declaração em mandado de segurança.
Nesse sentido:
“Embargos de declaração nos embargos de declaração no
agravo regimental em recurso extraordinário. Segundos
embargos com que se busca a rediscussão da causa.
Impossibilidade. Caráter procrastinatório caracterizado.
Precedentes.
1. Não se conhece de segundos embargos de declaração
cujo objetivo seja promover a rediscussão da causa.
2. A embargante insiste em reiterar questões que já
foram devidamente analisadas em julgamentos anteriores,
comportamento esse claramente procrastinatório, a impedir o
regular prosseguimento do feito.
3. Não conhecimento dos embargos de declaração, com
aplicação da multa prevista no art. 1.026, § 2º, do Código de
Processo Civil” (RE nº 231.673-AgR-ED-ED/MG, Segunda
Turma, de minha relatoria, DJe de 6/4/17 – grifei).
“SEGUNDOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO –
INOCORRÊNCIA DE CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE,
OMISSÃO OU ERRO MATERIAL (CPC/15, ART. 1.022) –
PRETENDIDO REEXAME DA CAUSA
– CARÁTER
INFRINGENTE – INADMISSIBILIDADE NO CASO –
REITERAÇÃO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO –
CARÁTER PROCRASTINATÓRIO – ABUSO DO DIREITO
DE RECORRER – IMPOSIÇÃO DE MULTA NO VALOR
MÁXIMO (10% SOBRE O VALOR CORRIGIDO DA CAUSA) –
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS” (RE nº 439.834
9
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Tem-se, desse modo, que o julgado embargado não incidiu em
qualquer espécie de vício a ensejar a oposição dos embargos de
declaração, previstos no art. 1.022 do CPC/2015.
A embargante pretende, em verdade, mediante a oposição destes
embargos, promover o rejulgamento da causa, fim para o qual não se
presta o recurso aclaratório. Assim, incabível o conhecimento destes
embargos de declaração em agravo regimental em embargos de
declaração em embargos de declaração em mandado de segurança.
Nesse sentido:
“Embargos de declaração nos embargos de declaração no
agravo regimental em recurso extraordinário. Segundos
embargos com que se busca a rediscussão da causa.
Impossibilidade. Caráter procrastinatório caracterizado.
Precedentes.
1. Não se conhece de segundos embargos de declaração
cujo objetivo seja promover a rediscussão da causa.
2. A embargante insiste em reiterar questões que já
foram devidamente analisadas em julgamentos anteriores,
comportamento esse claramente procrastinatório, a impedir o
regular prosseguimento do feito.
3. Não conhecimento dos embargos de declaração, com
aplicação da multa prevista no art. 1.026, § 2º, do Código de
Processo Civil” (RE nº 231.673-AgR-ED-ED/MG, Segunda
Turma, de minha relatoria, DJe de 6/4/17 – grifei).
“SEGUNDOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO –
INOCORRÊNCIA DE CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE,
OMISSÃO OU ERRO MATERIAL (CPC/15, ART. 1.022) –
PRETENDIDO REEXAME DA CAUSA
– CARÁTER
INFRINGENTE – INADMISSIBILIDADE NO CASO –
REITERAÇÃO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO –
CARÁTER PROCRASTINATÓRIO – ABUSO DO DIREITO
DE RECORRER – IMPOSIÇÃO DE MULTA NO VALOR
MÁXIMO (10% SOBRE O VALOR CORRIGIDO DA CAUSA) –
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS” (RE nº 439.834
9
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
MS 29083 ED-ED-AGR-ED / DF
AgR-ED-ED/RS, Segunda Turma, Relator Ministro Celso de
Mello, DJe de 28/3/17 – grifei).
Ressalte-se que não se nega que o direito de ação é
constitucionalmente assegurado, o que compreende os meios a isso
inerentes, dentre os quais se inclui o inegável direito de interpor recursos.
Entretanto, no caso em tela, forçoso se mostra reconhecer que a
embargante já exerceu, à saciedade, tal direito, insistindo em reiterar
questões que já foram devidamente analisadas nos julgamentos anteriores
nestes autos, comportamento esse claramente procrastinatório, a impedir
o regular prosseguimento do feito.
Assim procedendo, a embargante, inegavelmente, interpôs recurso
manifestamente protelatório, nos exatos termos do disposto no art. 1.026,
§ 2º, do Código de Processo Civil, a justificar, destarte, o não
conhecimento destes aclaratórios e a imposição da multa cominada na
referida norma legal.
Ante o exposto, não conheço dos embargos de declaração e,
reconhecendo o caráter manifestamente protelatório do presente
recurso, condeno a embargante ao pagamento de multa de 2% (dois por
cento) sobre o valor atualizado da causa, nos termos do art. 1.026, § 2º,
do CPC/15.
Na esteira dos precedentes desta Corte para casos semelhantes ao
presente, determino a certificação do trânsito em julgado e o pronto
arquivamento dos autos.
É como voto.
10
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Supremo Tribunal Federal
MS 29083 ED-ED-AGR-ED / DF
AgR-ED-ED/RS, Segunda Turma, Relator Ministro Celso de
Mello, DJe de 28/3/17 – grifei).
Ressalte-se que não se nega que o direito de ação é
constitucionalmente assegurado, o que compreende os meios a isso
inerentes, dentre os quais se inclui o inegável direito de interpor recursos.
Entretanto, no caso em tela, forçoso se mostra reconhecer que a
embargante já exerceu, à saciedade, tal direito, insistindo em reiterar
questões que já foram devidamente analisadas nos julgamentos anteriores
nestes autos, comportamento esse claramente procrastinatório, a impedir
o regular prosseguimento do feito.
Assim procedendo, a embargante, inegavelmente, interpôs recurso
manifestamente protelatório, nos exatos termos do disposto no art. 1.026,
§ 2º, do Código de Processo Civil, a justificar, destarte, o não
conhecimento destes aclaratórios e a imposição da multa cominada na
referida norma legal.
Ante o exposto, não conheço dos embargos de declaração e,
reconhecendo o caráter manifestamente protelatório do presente
recurso, condeno a embargante ao pagamento de multa de 2% (dois por
cento) sobre o valor atualizado da causa, nos termos do art. 1.026, § 2º,
do CPC/15.
Na esteira dos precedentes desta Corte para casos semelhantes ao
presente, determino a certificação do trânsito em julgado e o pronto
arquivamento dos autos.
É como voto.
10
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Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. EM MANDADO DE
SEGURANÇA 29.083
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S) : LEILA DE RIBEIRO URBAN
ADV.(A/S) : RENÉ DOTTI (00002612/PR)
ADV.(A/S) : LUIS FELIPE FREIRE LISBOA (19445/DF, 129204/RJ) E
OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
INTDO.(A/S) : CORREGEDOR NACIONAL DE JUSTIÇA
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Decisão: A Turma, por unanimidade, não conheceu dos embargos
de declaração, com aplicação da multa prevista no art. 1.026, §
2º, do Código de Processo Civil, e determinou a certificação do
trânsito em julgado e o pronto arquivamento, nos termos do voto do
Relator. Impedido o Ministro Gilmar Mendes. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. EM MANDADO DE
SEGURANÇA 29.083
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S) : LEILA DE RIBEIRO URBAN
ADV.(A/S) : RENÉ DOTTI (00002612/PR)
ADV.(A/S) : LUIS FELIPE FREIRE LISBOA (19445/DF, 129204/RJ) E
OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
INTDO.(A/S) : CORREGEDOR NACIONAL DE JUSTIÇA
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Decisão: A Turma, por unanimidade, não conheceu dos embargos
de declaração, com aplicação da multa prevista no art. 1.026, §
2º, do Código de Processo Civil, e determinou a certificação do
trânsito em julgado e o pronto arquivamento, nos termos do voto do
Relator. Impedido o Ministro Gilmar Mendes. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217663
Inteiro Teor do Acórdão - Página 18 de 18
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14309594 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-07T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, não conheceu dos embargos de declaração, com aplicação da multa prevista no art. 1.026, § 2º, do Código de Processo Civil, e determinou a certificação do trânsito em julgado e o pronto arquivamento, nos termos do voto do Relator. Impedido o Ministro Gilmar Mendes. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | EMB.DECL. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. EM MANDADO DE SEGURANÇA | EMENTA
Embargos de declaração em agravo regimental em embargos de declaração em embargos de declaração em mandado de segurança. Inexistência de vícios a serem sanados. Questões devidamente apreciadas no acórdão embargado. Pretensão de rediscussão da causa. Embargos declaratórios dos quais não se conhece. Precedentes. Caráter protelatório. Multa.
1. Inexistência dos vícios do art. 1.022 do novo Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/15). Não há omissão, contradição, obscuridade ou erro material a serem sanados.
2. As questões trazidas nos declaratórios já foram apreciadas pela Turma nos julgamentos anteriores proferidos nestes autos.
3. Embargos de declaração cujo objetivo é promover a rediscussão da causa. Impossibilidade. Precedentes.
4. Não conhecimento dos embargos de declaração, com aplicação da multa prevista no art. 1.026, § 2º, do atual Código de Processo Civil. Determinação de certificação do trânsito em julgado e de pronto arquivamento. | sjur380140 | - Acórdão(s) citado(s):
(EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, REDISCUSSÃO, MÉRITO)
RE 439834 AgR-ED-ED (2ªT), RE 231673 AgR-ED-ED (2ªT).
Número de páginas: 18.
Análise: 11/05/2018, JRS. | DIAS TOFFOLI | Segunda Turma | 29083 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\n ART-00236 PAR-00003\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\n\n",
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-01022 ART-01026 PAR-00002\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL"
] | MS-ED-ED-AgR-ED | acordaos | MS 29083 ED-ED-AgR-ED | [
""
] | EMBTE.(S) : LEILA DE RIBEIRO URBAN
ADV.(A/S) : RENÉ DOTTI
ADV.(A/S) : LUIS FELIPE FREIRE LISBOA E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
INTDO.(A/S) : CORREGEDOR NACIONAL DE JUSTIÇA
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"MS 29083 ED -",
"MS 29083",
"RE 669 . 367 RG",
"RE 669 . 367 RG",
"MS 29083 ED - ED - AGR - ED / DF",
"RE 669 . 367",
"RE 669 . 367",
"MS 29083",
"RE 669 . 367",
"RE 669 . 367",
"MS 29083 ED -",
"MS 29083 ED - ED - AGR",
"MS 29083",
"MS 29083 ED",
"MS 29083",
"RE 669 . 367 RG",
"RE 669 . 367 RG",
"MS 29083 ED - ED - AGR",
"AO 1706 AgR",
"RE 669 . 367 RG",
"MS 29083 ED - ED - AGR - ED / DF",
"AO 1706 AgR",
"RE 669 . 367 RG",
"MS 29083",
"MS 28 . 279 DF",
"MS 28 . 371 - AgRg",
"MS 28 . 273",
"MS 29083 ED -",
"MS 28 . 279 DF",
"MS 28 . 371 - AgRg",
"MS 28 . 273",
"MS 29083 ED -",
"MS 28 . 440 AgR",
"MS 29083 ED -",
"MS 28 . 440 AgR",
"MS 29083 ED - ED - AGR - ED / DF",
"Ação Direta de Inconstitucionalidade 2 . 602 .",
"MS 29083 ED -",
"ED -",
"Ação Direta de Inconstitucionalidade 2 . 602 .",
"MS 29083 ED - ED -",
"ACO 2 . 338 MC",
"MS 29 . 109 MC / DF",
"MS 30 . 180 AgR",
"MS 29 . 192 AgRED",
"RE 802 . 409",
"MS 28 . 815 MC AgR / DF",
"MS 29 . 334 / DF",
"MS 29 . 400 / DF",
"MS 29 . 332 / DF",
"MS 29083 ED - ED - AGR - ED / DF",
"ACO 2 . 338 MC",
"MS 29 . 109 MC / DF",
"MS 29 . 192 AgRED",
"RE 802 . 409",
"MS 28 . 815 MC AgR / DF",
"MS 29 . 334 / DF",
"MS 29 . 400 / DF",
"MS 29 . 332 / DF",
"MS 29083",
"MS 29 . 037 MC - AgR / DF",
"MS 29 . 039 MC / DF",
"MS 29 . 573 MC - AgR / DF",
"RE 810 . 590",
"MS 29 . 037 MC - AgR / DF",
"MS 29083 ED - ED - AGR",
"MS 29 . 037 MC - AgR / DF",
"MS 29 . 039 MC / DF",
"MS 29 . 573 MC - AgR / DF",
"RE 810 . 590",
"MS 29 . 037 MC - AgR / DF",
"MS 29083 ED -",
"MS [UNK] 29 . 083 / DF - ED - ED",
"MS 29083 ED - ED - AGR - ED / DF",
"MS [UNK] 29 . 083 / DF - ED - ED",
"MS 29083",
"RE [UNK] 231 . 673 - AgR - ED - ED / MG",
"RE [UNK] 439 . 834",
"MS 29083 ED",
"RE [UNK] 231 . 673 - AgR - ED - ED / MG",
"RE [UNK] 439 . 834",
"MS 29083",
"AgR",
"-"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 1 . 022 do novo Código de Processo Civil",
"Lei [UNK] 13 . 105 / 15",
"art . 1 . 026 , § [UNK] , do atual Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 026 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 026 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 54 da Lei [UNK] 9 . 784 / 99",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 54 da Lei [UNK] 9 . 784 / 99",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 236 , § [UNK] , da CF / 88",
"Constituição Federal de 1988",
"art . 54 da Lei 9 . 784 / 1999",
"Constituição de 1988",
"art . 37 , XI , da Constituição",
"Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 236 , § [UNK] , da CF / 88",
"Constituição Federal de 1988",
"art . 54 da Lei 9 . 784 / 1999",
"Constituição de 1988",
"art . 37 , XI , da Constituição",
"Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 54 da Lei [UNK] 9 . 784 / 99",
"Decreto Judiciário [UNK] 413 / 89",
"Lei Maior",
"art . 54 da Lei 9 . 784 / 99",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 54 da Lei [UNK] 9 . 784 / 99",
"Decreto Judiciário [UNK] 413 / 89",
"Lei Maior",
"art . 54 da Lei 9 . 784 / 99",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 54 da Lei [UNK] 9 . 784 / 99",
"artigo 28 da Lei [UNK] 8 . 935 / 1994",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 54 da Lei [UNK] 9 . 784 / 99",
"artigo 28 da Lei [UNK] 8 . 935 / 1994",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 022 do novo Código de Processo Civil",
"Lei [UNK] 13 . 105",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 022 do novo Código de Processo Civil",
"Lei [UNK] 13 . 105 / 15",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 54 da Lei 9 . 784 / 1999",
"Constituição de 1988",
"art . 54 da Lei 9 . 784 / 1999",
"Constituição Federal",
"Constituição de 1988",
"art . 54 da Lei 9 . 784 / 1999",
"CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 54 da Lei 9 . 784 / 1999",
"Constituição de 1988",
"art . 54 da Lei 9 . 784 / 1999",
"Constituição Federal ’",
"Constituição de 1988",
"art . 54 da Lei 9 . 784 / 1999",
"CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição de 1988",
"Constituição de 1988",
"art . 54 da Lei 9 . 784 / 1999",
"art . 236 , § [UNK] , da Constituição",
"artigo [UNK] da Lei n . 8 . 935 / 1994",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição de 1988",
"Constituição de 1988",
"art . 54 da Lei 9 . 784 / 1999",
"art . 236 , § [UNK] , da Constituição",
"artigo [UNK] da Lei n . 8 . 935 / 1994",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 28 da Lei n . 8 . 935 / 1994",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 28 da Lei n . 8 . 935 / 1994",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Política de 1988",
"art . 37 , XI , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Política de 1988",
"art . 37 , XI , da Constituição Federal ’",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 236 , § [UNK] , da CF / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 236 , § [UNK] , da CF / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 022 do CPC / 2015",
"art . 1 . 026 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"CPC",
"/",
"15 , ART . 1 . 022",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 022 do CPC / 2015",
"art . 1 . 026 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"CPC",
"/",
"15 , ART . 1 . 022",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 026 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"art . 1 . 026 , § [UNK] , do CPC / 15",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"/",
"art . 1 . 026 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"art . 1 . 026 , § [UNK] , do CPC / 15",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 026 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 026 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"DISTRITO FEDERAL",
"Brasília",
"Brasília",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"Foro",
"Comarca de Cerro Azul",
"Estado do Paraná",
"Foro Central da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba",
"Estado do Paraná",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal",
"Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário do STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário do STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Serviço",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Serviço de Registro de Imóveis do Foro Central da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba",
"Serviço Distrital de São Sebastião na Comarca",
"[UNK]",
"Serviço de Registro de Imóveis",
"Foro Central da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Conselho Nacional de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Conselho Nacional de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário",
"STF",
"Pleno",
"Suprema Corte",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"STF",
"Pleno",
"Suprema",
"Suprema Corte",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Conselho nacional de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Conselho nacional de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"TOFFOLI",
"ED",
"AGR",
"-",
"ED",
"/",
"DF",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Corregedoria de Justiça do Estado",
"[UNK] Turma",
"CNJ",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
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"-",
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"[UNK] Turma",
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"[UNK] Turma",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"-",
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"-",
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"LEILA DE RIBEIRO URBAN",
"RENÉ DOTTI",
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"Cármen Lúcia",
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"Dias Toffoli",
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"Cármen Lúcia",
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"Ricardo Lewandowski",
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"Celso de Mello",
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"Teori Zavascki",
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"DIAS TOFFOLI",
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"Celso de Mello",
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"12",
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"/",
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]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 130.420 MATO GROSSO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:ELISEU AUGUSTO SICOLI
ADV.(A/S)
:RENÉ DOTTI
ADV.(A/S)
:GUSTAVO SCANDELARI
ADV.(A/S)
:LUIS OTÁVIO SALES
AGDO.(A/S)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO
HABEAS CORPUS.
OPERAÇÃO JAGUAR. CAÇA E MAUS TRATOS DE ANIMAIS
SILVESTRES. ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA. PORTE ILEGAL DE ARMA
DE FOGO. INEXISTÊNCIA DE NULIDADE. AUSÊNCIA DE
IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA.
INCIDÊNCIA DO ART. 317, § 1°, DO RISTF. AGRAVO REGIMENTAL A
QUE SE NEGA PROVIMENTO.
I - O agravante não refutou os fundamentos da decisão agravada, o
que atrai a incidência do art. 317, § 1°, do Regimento Interno do Supremo
Tribunal Federal – RISTF. Precedentes.
II - Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em sessão
virtual da Segunda Turma, na conformidade da ata de julgamentos, por
unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do
voto do Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232234.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 27
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 130.420 MATO GROSSO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:ELISEU AUGUSTO SICOLI
ADV.(A/S)
:RENÉ DOTTI
ADV.(A/S)
:GUSTAVO SCANDELARI
ADV.(A/S)
:LUIS OTÁVIO SALES
AGDO.(A/S)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão por meio da qual deneguei a
ordem de habeas corpus.
A decisão ora atacada possui o seguinte teor:
Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de Eliseu
Augusto Sicoli, contra acórdão da Sexta Turma do Superior
Tribunal de Justiça – STJ, que negou provimento ao RHC
54.215/MT, de relatoria da Ministra Maria Thereza de Assis
Moura, assim ementado:
“PROCESSUAL PENAL. CAÇA E MAUS TRATOS
DE ANIMAIS SILVESTRES. ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA.
PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO. NULIDADE DO
INQUÉRITO E DA QUEBRA DO SIGILO TELEFÔNICO
DO RECORRENTE. TESE DE QUE TERIAM SIDO
ARRIMADAS EM INVASÃO A UMA FAZENDA PELA
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL. DESCABIMENTO.
NOTITIA CRIMINIS DE AUTORIA DE BIÓLOGO QUE
FAZIA TRABALHO CONSERVACIONISTA NA REGIÃO.
DILIGÊNCIA DA POLÍCIA MILITAR QUE APENAS
CONSTATOU O QUE JÁ TINHA SIDO PRESENCIADO
PELO PROFISSIONAL QUE LÁ TRABALHAVA.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232235.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 130.420 MATO GROSSO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:ELISEU AUGUSTO SICOLI
ADV.(A/S)
:RENÉ DOTTI
ADV.(A/S)
:GUSTAVO SCANDELARI
ADV.(A/S)
:LUIS OTÁVIO SALES
AGDO.(A/S)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão por meio da qual deneguei a
ordem de habeas corpus.
A decisão ora atacada possui o seguinte teor:
Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de Eliseu
Augusto Sicoli, contra acórdão da Sexta Turma do Superior
Tribunal de Justiça – STJ, que negou provimento ao RHC
54.215/MT, de relatoria da Ministra Maria Thereza de Assis
Moura, assim ementado:
“PROCESSUAL PENAL. CAÇA E MAUS TRATOS
DE ANIMAIS SILVESTRES. ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA.
PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO. NULIDADE DO
INQUÉRITO E DA QUEBRA DO SIGILO TELEFÔNICO
DO RECORRENTE. TESE DE QUE TERIAM SIDO
ARRIMADAS EM INVASÃO A UMA FAZENDA PELA
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL. DESCABIMENTO.
NOTITIA CRIMINIS DE AUTORIA DE BIÓLOGO QUE
FAZIA TRABALHO CONSERVACIONISTA NA REGIÃO.
DILIGÊNCIA DA POLÍCIA MILITAR QUE APENAS
CONSTATOU O QUE JÁ TINHA SIDO PRESENCIADO
PELO PROFISSIONAL QUE LÁ TRABALHAVA.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232235.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 27
Relatório
HC 130420 AGR / MT
CONDUÇÃO DO INQUÉRITO PELA POLÍCIA FEDERAL
QUE TEM ATRIBUIÇÕES PARA OS FATOS. DENÚNCIA
E AÇÃO PENAL INCÓLUMES.
1 - Se a gênese de toda a investigação é notitia
criminis de autoria de biólogo que fazia trabalho
conservacionista na região dos fatos e não da diligência da
Polícia Militar Ambiental que apenas constatou o que já
tinha sido testemunhado pelo autor da notícia, é dizer, que
em uma fazenda próxima encontrava-se pessoa conhecida
(ora recorrente) por ser caçador profissional de animais
silvestres, munido de cachorros de caça, não há razão para
acolher a tese de que toda a investigação da Polícia
Federal, bem assim a denúncia e a ação penal são nulas.
2 - A assertiva da defesa de que teria havido invasão
ilegal a domicílio (a fazenda) realizada pela Polícia Militar
Ambiental e que esta seria a origem maculadora de tudo o
que foi realizado depois não prospera, pois denotado no
caso concreto tratar-se de diligência realizada cinco meses
antes de a Polícia Federal iniciar inquérito para apuração
dos fatos, sendo essa apuração o mote da denúncia e da
persecução penal.
3 - A interceptação telefônica, por sua vez, também
não deriva daquela diligência policial militar, mas dos
fortes indícios e provas colhidos no alentado inquérito da
Polícia Federal, dando conta da possível existência de
sofisticado grupo criminoso destinado à prática de caça de
animais silvestres e do porte ilegal de armas de fogo.
4 - Recurso ordinário não provido” (pág. 1 do
documento eletrônico 17).
Os impetrantes indicam, inicialmente, que
“[...] os temas do RHC são estes:
a) as diligências inaugurais realizadas pela Polícia
Militar Ambiental em imóvel rural particular (Fazenda
Taiman – Corumbá/MS) são ilícitas por violação de
domicílio (CF, art. 5º, XI). A entrada em propriedade rural
privada e não aberta ao público (que se encaixa na
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232235.
Supremo Tribunal Federal
HC 130420 AGR / MT
CONDUÇÃO DO INQUÉRITO PELA POLÍCIA FEDERAL
QUE TEM ATRIBUIÇÕES PARA OS FATOS. DENÚNCIA
E AÇÃO PENAL INCÓLUMES.
1 - Se a gênese de toda a investigação é notitia
criminis de autoria de biólogo que fazia trabalho
conservacionista na região dos fatos e não da diligência da
Polícia Militar Ambiental que apenas constatou o que já
tinha sido testemunhado pelo autor da notícia, é dizer, que
em uma fazenda próxima encontrava-se pessoa conhecida
(ora recorrente) por ser caçador profissional de animais
silvestres, munido de cachorros de caça, não há razão para
acolher a tese de que toda a investigação da Polícia
Federal, bem assim a denúncia e a ação penal são nulas.
2 - A assertiva da defesa de que teria havido invasão
ilegal a domicílio (a fazenda) realizada pela Polícia Militar
Ambiental e que esta seria a origem maculadora de tudo o
que foi realizado depois não prospera, pois denotado no
caso concreto tratar-se de diligência realizada cinco meses
antes de a Polícia Federal iniciar inquérito para apuração
dos fatos, sendo essa apuração o mote da denúncia e da
persecução penal.
3 - A interceptação telefônica, por sua vez, também
não deriva daquela diligência policial militar, mas dos
fortes indícios e provas colhidos no alentado inquérito da
Polícia Federal, dando conta da possível existência de
sofisticado grupo criminoso destinado à prática de caça de
animais silvestres e do porte ilegal de armas de fogo.
4 - Recurso ordinário não provido” (pág. 1 do
documento eletrônico 17).
Os impetrantes indicam, inicialmente, que
“[...] os temas do RHC são estes:
a) as diligências inaugurais realizadas pela Polícia
Militar Ambiental em imóvel rural particular (Fazenda
Taiman – Corumbá/MS) são ilícitas por violação de
domicílio (CF, art. 5º, XI). A entrada em propriedade rural
privada e não aberta ao público (que se encaixa na
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232235.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 27
Relatório
HC 130420 AGR / MT
definição constitucional de domicílio) então ocupada pelo
paciente e pelo corréu MARCOS MORAES DE MELO,
ocorreu sem que houvesse flagrante delito e sem a
autorização dos ocupantes (por uma ‘trilha’ da fazenda ao
lado), sendo que o portão principal havia sido fechado
com cadeado, e isso era sabido pelos agentes públicos;
b) vício de fundamentação na decisão que deferiu as
interceptações telefônicas: a medida extrema, além de ter
sido arrimada na investigação ilícita pela violação a
domicílio, teve como escopo original a apuração de crimes
apenados com detenção (caça de animais silvestres – art. 29 e
maus tratos – art. 32, ambos da Lei 9.605/98), pretextando a
existência do crime de quadrilha (CP, art. 288), o qual, por
sua natureza peculiar, poderia ser cogitado em qualquer
investigação incipiente contra mais de três (3) pessoas. Ou
seja, a imputação do crime de quadrilha retratou recurso
retórico, data venia, para viabilizar a investigação
excepcional, pois até então a autoridade policial não tinha
obtido
nada
que
pudesse
incriminar
os
investigados”(grifos no original; pág. 5 do documento
eletrônico 2).
Informam, então, que
“[...] a origem da persecução penal em sentido amplo
(Operação Jaguar) é explicada pelas diligências in loco
efetuadas pela Polícia Militar Ambiental, no dia
07.05.2009, na Fazenda Taiman (em Corumbá/MS),
realizadas sem a autorização ou consentimento do
proprietário e dos ocupantes do imóvel rural (visitantes,
caseiro, capataz, peões etc.). Estas apurações da PMA de
discutível legalidade foram fruto de uma denúncia feita
pelo biólogo, Sr. Fernando Azevedo (da ONG Pró-
Carnívoros), que dava conta da suposta existência de
caçadores profissionais de onças no Pantanal por ter
avistado uma camionete Ford/Ranger transportando cães
de caça.
8. Foi por meio desta investigação preliminar da
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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definição constitucional de domicílio) então ocupada pelo
paciente e pelo corréu MARCOS MORAES DE MELO,
ocorreu sem que houvesse flagrante delito e sem a
autorização dos ocupantes (por uma ‘trilha’ da fazenda ao
lado), sendo que o portão principal havia sido fechado
com cadeado, e isso era sabido pelos agentes públicos;
b) vício de fundamentação na decisão que deferiu as
interceptações telefônicas: a medida extrema, além de ter
sido arrimada na investigação ilícita pela violação a
domicílio, teve como escopo original a apuração de crimes
apenados com detenção (caça de animais silvestres – art. 29 e
maus tratos – art. 32, ambos da Lei 9.605/98), pretextando a
existência do crime de quadrilha (CP, art. 288), o qual, por
sua natureza peculiar, poderia ser cogitado em qualquer
investigação incipiente contra mais de três (3) pessoas. Ou
seja, a imputação do crime de quadrilha retratou recurso
retórico, data venia, para viabilizar a investigação
excepcional, pois até então a autoridade policial não tinha
obtido
nada
que
pudesse
incriminar
os
investigados”(grifos no original; pág. 5 do documento
eletrônico 2).
Informam, então, que
“[...] a origem da persecução penal em sentido amplo
(Operação Jaguar) é explicada pelas diligências in loco
efetuadas pela Polícia Militar Ambiental, no dia
07.05.2009, na Fazenda Taiman (em Corumbá/MS),
realizadas sem a autorização ou consentimento do
proprietário e dos ocupantes do imóvel rural (visitantes,
caseiro, capataz, peões etc.). Estas apurações da PMA de
discutível legalidade foram fruto de uma denúncia feita
pelo biólogo, Sr. Fernando Azevedo (da ONG Pró-
Carnívoros), que dava conta da suposta existência de
caçadores profissionais de onças no Pantanal por ter
avistado uma camionete Ford/Ranger transportando cães
de caça.
8. Foi por meio desta investigação preliminar da
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PMA (a fim de descobrir se o proprietário da camionete
objeto de denúncia era mesmo o paciente, entre outras
confirmações) que os primeiros envolvidos foram
determinados, a saber: o paciente (Dr. ELISEU) e
MARCOS ANTONIO (à época, não se cogitava nenhum
outro suspeito além destas duas [2] pessoas). Essa foi a
primeira diligência procedida pelos organismos de
apuração do Estado para a instauração de procedimento
formal de investigação.
9. Ocorre que o caráter ilícito dessa diligência
investigativa foi produto da invasão de domicílio – não
consentida – (CF, art. 5º, XI). Sem qualquer permissão ou
convite, os policiais acessaram indevidamente a Fazenda
Taiman (propriedade particular rural) – que estava
propositalmente fechada com um cadeado na porteira
principal – por uma ‘trilha’ ou estrada ‘vicinal’ da
fazenda ao lado. Conforme explicitamente declarado pela
autoridade policial em documento que compõe o IP, a
saber: Relatório de Missão do 2º Pelotão da 2ª CIA de
Polícia Militar Ambiental, assinado pelo Sgt. PM Luiz
Carlos Cavalieri Silva: ‘ao chegarmos na porteira de
entrada da fazenda a mesma estava fechada com cadeado,
sendo necessário procurarmos outra estrada (trilha)
vicinal para que pudéssemos chegar até a sede...’.
10. Tendo, a autoridade policial, ambiental vistoriado
as ‘imediações da sede’, encontrado o veículo do paciente
‘dentro de um capão (mata)’, notado a presença de
cachorros propensos à caçada e ‘entrevistado
preliminarmente’ (rectius: interrogado) o paciente e o
corréu MARCOS MORAES DE MELO, os quais teriam
dito que ‘gostavam de caçar’ – mas não que o faziam
ilicitamente, frise-se – procedeu-se a instauração do
Inquérito Policial n.º 315/09, em 09.10.2009. Não houve a
prisão de qualquer pessoa no dia da diligência da Fazenda
Taiman, pois não havia situação de flagrância: nenhum
animal silvestre havia sido abatido e as únicas pessoas
4
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PMA (a fim de descobrir se o proprietário da camionete
objeto de denúncia era mesmo o paciente, entre outras
confirmações) que os primeiros envolvidos foram
determinados, a saber: o paciente (Dr. ELISEU) e
MARCOS ANTONIO (à época, não se cogitava nenhum
outro suspeito além destas duas [2] pessoas). Essa foi a
primeira diligência procedida pelos organismos de
apuração do Estado para a instauração de procedimento
formal de investigação.
9. Ocorre que o caráter ilícito dessa diligência
investigativa foi produto da invasão de domicílio – não
consentida – (CF, art. 5º, XI). Sem qualquer permissão ou
convite, os policiais acessaram indevidamente a Fazenda
Taiman (propriedade particular rural) – que estava
propositalmente fechada com um cadeado na porteira
principal – por uma ‘trilha’ ou estrada ‘vicinal’ da
fazenda ao lado. Conforme explicitamente declarado pela
autoridade policial em documento que compõe o IP, a
saber: Relatório de Missão do 2º Pelotão da 2ª CIA de
Polícia Militar Ambiental, assinado pelo Sgt. PM Luiz
Carlos Cavalieri Silva: ‘ao chegarmos na porteira de
entrada da fazenda a mesma estava fechada com cadeado,
sendo necessário procurarmos outra estrada (trilha)
vicinal para que pudéssemos chegar até a sede...’.
10. Tendo, a autoridade policial, ambiental vistoriado
as ‘imediações da sede’, encontrado o veículo do paciente
‘dentro de um capão (mata)’, notado a presença de
cachorros propensos à caçada e ‘entrevistado
preliminarmente’ (rectius: interrogado) o paciente e o
corréu MARCOS MORAES DE MELO, os quais teriam
dito que ‘gostavam de caçar’ – mas não que o faziam
ilicitamente, frise-se – procedeu-se a instauração do
Inquérito Policial n.º 315/09, em 09.10.2009. Não houve a
prisão de qualquer pessoa no dia da diligência da Fazenda
Taiman, pois não havia situação de flagrância: nenhum
animal silvestre havia sido abatido e as únicas pessoas
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deparadas pela PMA no dia da diligência foram o paciente
e MARCOS DE MELO.
11. As investigações formais prosseguiram com a
tomada de declarações de biólogos, capatazes,
proprietário de fazendas; diligências in loco e perícias;
culminando com a quebra de sigilo telefônico dos
suspeitos (e prorrogações), em abril de 2010. Em razão das
informações obtidas com as interceptações, expediu-se
mandados de prisão temporária e de busca e apreensão,
em julho de 2010, por ordem e supervisão do Juízo de
Corumbá/MS“ (grifos no original; págs. 7-9 do documento
eletrônico 2).
Esclarecem, ainda, que
“[a] persecução penal em juízo foi deflagrada com o
oferecimento de denúncia pelo Ministério Público Federal
em 10.08.2010 contra 15 (quinze) pessoas acusadas de
envolvimento em crimes de caça ilegal de animais
silvestres, porte de arma de fogo e munições de uso
permitido e restrito, quadrilha, entre outros. Ao paciente,
foram imputados os tipos penais previstos nos arts. 29,
caput, §4º, I, e §5º; e 32, ambos da Lei n.º 9.605/98; arts. 14,
15, 16 e 18, todos da Lei n.º 10.826/03; art. 288, do CP, todos
em concurso material (CP, art. 69). Sustenta a acusação, em
síntese, que o paciente organizaria caçadas nacionais e
internacionais com o fim de abater, dentre outras espécies,
felinos de grande porte em extinção”(pág. 11 do
documento eletrônico 2).
Apontam que a denúncia foi aditada em 5/11/2012,
recebida pelo “Juízo Federal de Sinop/MT, que ensejou a
impetração de Habeas Corpus ao Eg. TRF1, autuado sob o nº
0024061-03.2013.4.01.0000/MT” (pág. 12 do documento
eletrônico 2), sendo-lhe denegada a ordem.
Irresignada, a defesa interpôs recurso ordinário ao STJ,
contudo, desprovido.
É contra essa última decisão que se volta a defesa por
meio desta impetração.
5
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deparadas pela PMA no dia da diligência foram o paciente
e MARCOS DE MELO.
11. As investigações formais prosseguiram com a
tomada de declarações de biólogos, capatazes,
proprietário de fazendas; diligências in loco e perícias;
culminando com a quebra de sigilo telefônico dos
suspeitos (e prorrogações), em abril de 2010. Em razão das
informações obtidas com as interceptações, expediu-se
mandados de prisão temporária e de busca e apreensão,
em julho de 2010, por ordem e supervisão do Juízo de
Corumbá/MS“ (grifos no original; págs. 7-9 do documento
eletrônico 2).
Esclarecem, ainda, que
“[a] persecução penal em juízo foi deflagrada com o
oferecimento de denúncia pelo Ministério Público Federal
em 10.08.2010 contra 15 (quinze) pessoas acusadas de
envolvimento em crimes de caça ilegal de animais
silvestres, porte de arma de fogo e munições de uso
permitido e restrito, quadrilha, entre outros. Ao paciente,
foram imputados os tipos penais previstos nos arts. 29,
caput, §4º, I, e §5º; e 32, ambos da Lei n.º 9.605/98; arts. 14,
15, 16 e 18, todos da Lei n.º 10.826/03; art. 288, do CP, todos
em concurso material (CP, art. 69). Sustenta a acusação, em
síntese, que o paciente organizaria caçadas nacionais e
internacionais com o fim de abater, dentre outras espécies,
felinos de grande porte em extinção”(pág. 11 do
documento eletrônico 2).
Apontam que a denúncia foi aditada em 5/11/2012,
recebida pelo “Juízo Federal de Sinop/MT, que ensejou a
impetração de Habeas Corpus ao Eg. TRF1, autuado sob o nº
0024061-03.2013.4.01.0000/MT” (pág. 12 do documento
eletrônico 2), sendo-lhe denegada a ordem.
Irresignada, a defesa interpôs recurso ordinário ao STJ,
contudo, desprovido.
É contra essa última decisão que se volta a defesa por
meio desta impetração.
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Sustentam, no mérito, que,
“enquanto o MM. Juízo de piso e o Eg. TRF1
cuidaram de descaracterizar a alegação defensiva de
ofensa
constitucional
(admitindo,
ainda
que
implicitamente, seu inegável nexo causal com a
persecução penal), o ato coator negou-lhe papel
fundamental, relegando-a a condição de medida
coadjuvante, quando muito. Contudo, conforme se
demonstrará a seguir, os indícios de autoria contra o
paciente foram confirmados por meio dessa diligência
ilícita, uma vez que, até então, nada de concreto havia
contra si: por meio dela os primeiros indícios de
materialidade delitiva foram coletados (constatação de
cães de caça, fotos, tomada da placa da caminhonete etc.).
O vínculo causal é indisfarçável, com o devido
respeito”(grifos no original; pág. 14 do documento
eletrônico 2).
Entendem, nesse sentido, que
“[...] a diligência da PMA consistiu na investigação
primeva dentro do andamento linear da persecução penal;
o alicerce oficial da cognominada ‘Operação Jaguar’,
donde se infere que sua hipotética ausência implicaria,
por lógica, a inexistência da própria ação penal (o
paciente e o corréu não teriam sido interrogados
informalmente na ocasião, não se teria a constatação
real da presença de cães de caça e não se teria associado
sua pessoa com a do corréu MARCOS ANTONIO
MORAES DE MELO, caçador experiente). A diligência da
PMA foi, portanto, o alicerce do caso penal, o que lhe
garantiu a eclosão. A partir dela é que as investigações
contra o paciente foram aprofundadas (em razão da
tomada da placa da camionete, constatação da criação de
cães de caça, fotografias batidas, e, principalmente, das
‘entrevistas preliminares’ realizadas). Foi esta diligência,
afinal, que tornou verossímil a denúncia do biólogo, Sr.
Fernando Azevedo, para respaldar a abertura de
6
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Sustentam, no mérito, que,
“enquanto o MM. Juízo de piso e o Eg. TRF1
cuidaram de descaracterizar a alegação defensiva de
ofensa
constitucional
(admitindo,
ainda
que
implicitamente, seu inegável nexo causal com a
persecução penal), o ato coator negou-lhe papel
fundamental, relegando-a a condição de medida
coadjuvante, quando muito. Contudo, conforme se
demonstrará a seguir, os indícios de autoria contra o
paciente foram confirmados por meio dessa diligência
ilícita, uma vez que, até então, nada de concreto havia
contra si: por meio dela os primeiros indícios de
materialidade delitiva foram coletados (constatação de
cães de caça, fotos, tomada da placa da caminhonete etc.).
O vínculo causal é indisfarçável, com o devido
respeito”(grifos no original; pág. 14 do documento
eletrônico 2).
Entendem, nesse sentido, que
“[...] a diligência da PMA consistiu na investigação
primeva dentro do andamento linear da persecução penal;
o alicerce oficial da cognominada ‘Operação Jaguar’,
donde se infere que sua hipotética ausência implicaria,
por lógica, a inexistência da própria ação penal (o
paciente e o corréu não teriam sido interrogados
informalmente na ocasião, não se teria a constatação
real da presença de cães de caça e não se teria associado
sua pessoa com a do corréu MARCOS ANTONIO
MORAES DE MELO, caçador experiente). A diligência da
PMA foi, portanto, o alicerce do caso penal, o que lhe
garantiu a eclosão. A partir dela é que as investigações
contra o paciente foram aprofundadas (em razão da
tomada da placa da camionete, constatação da criação de
cães de caça, fotografias batidas, e, principalmente, das
‘entrevistas preliminares’ realizadas). Foi esta diligência,
afinal, que tornou verossímil a denúncia do biólogo, Sr.
Fernando Azevedo, para respaldar a abertura de
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investigação formal.
25. Se a diligência poderia ou não ser dispensável
não é possível saber; o que se sabe sem margem de dúvida
é que ela determinou, neste caso concreto, a produção das
provas subsequentes (cfe. as provas pré-constituídas
registram) e motivou a realização de investigações
formais (IPL 315/09). A relevância de uma ilicitude
cometida por agentes do Estado não pode estar
condicionada ao apelo retórico de que: se fosse feito de
outra forma daria no mesmo. Trata-se de um juízo
hipotético, imponderável, sujeito a arbitrariedades e que
falece diante da verdade do caso concreto“ (grifos no
original; págs. 22-23 do documento eletrônico 2).
Destacam, também, que “[o]s pedidos de quebra de sigilo
formulados pela autoridade policial e pelo Ministério Público,
bem como o despacho que deferiu a medida, fizeram referência
à diligência ilícita da PMA” (págs. 25-26 do documento
eletrônico 2).
Aponta, ainda, que
“a importância da atuação preliminar da PMA foi
tamanha que, além de fundamentar a própria instauração
do Inquérito Policial n.º 315/09, subsidiou o pedido
formulado pela autoridade policial de quebra de sigilo
telefônico, o qual, por sua vez, possibilitou o flagrante. Eis
o evidente nexo causal: a justificativa para o afastamento
do sigilo de comunicações telefônicas foi construída com
apoio na diligência ilícita levada a cabo pela Polícia Militar
Ambiental” (pág. 27 do documento eletrônico 2).
Aduzem, nesse sentido, que,
“[...] ao contrário do entendimento do despacho
coator primitivo, não é possível cogitar o consentimento
do paciente e das pessoas que se encontravam nas
dependências (CP, art. 150, caput) da Fazenda Taiman, pois
a
porteira de acesso à fazenda estava
PROPOSITALMENTE TRANCADA COM UM
CADEADO, a pedido do paciente. É elementar que este
7
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investigação formal.
25. Se a diligência poderia ou não ser dispensável
não é possível saber; o que se sabe sem margem de dúvida
é que ela determinou, neste caso concreto, a produção das
provas subsequentes (cfe. as provas pré-constituídas
registram) e motivou a realização de investigações
formais (IPL 315/09). A relevância de uma ilicitude
cometida por agentes do Estado não pode estar
condicionada ao apelo retórico de que: se fosse feito de
outra forma daria no mesmo. Trata-se de um juízo
hipotético, imponderável, sujeito a arbitrariedades e que
falece diante da verdade do caso concreto“ (grifos no
original; págs. 22-23 do documento eletrônico 2).
Destacam, também, que “[o]s pedidos de quebra de sigilo
formulados pela autoridade policial e pelo Ministério Público,
bem como o despacho que deferiu a medida, fizeram referência
à diligência ilícita da PMA” (págs. 25-26 do documento
eletrônico 2).
Aponta, ainda, que
“a importância da atuação preliminar da PMA foi
tamanha que, além de fundamentar a própria instauração
do Inquérito Policial n.º 315/09, subsidiou o pedido
formulado pela autoridade policial de quebra de sigilo
telefônico, o qual, por sua vez, possibilitou o flagrante. Eis
o evidente nexo causal: a justificativa para o afastamento
do sigilo de comunicações telefônicas foi construída com
apoio na diligência ilícita levada a cabo pela Polícia Militar
Ambiental” (pág. 27 do documento eletrônico 2).
Aduzem, nesse sentido, que,
“[...] ao contrário do entendimento do despacho
coator primitivo, não é possível cogitar o consentimento
do paciente e das pessoas que se encontravam nas
dependências (CP, art. 150, caput) da Fazenda Taiman, pois
a
porteira de acesso à fazenda estava
PROPOSITALMENTE TRANCADA COM UM
CADEADO, a pedido do paciente. É elementar que este
7
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dado fático (incomum, na visão dos policiais, tanto que o
fizeram constar em relatório e depoimentos) denota a
expressa e efetiva AUSÊNCIA DE CONSENTIMENTO
com o ingresso de terceiros nos limites físicos do imóvel
rural. Por outro lado, estando os policiais já dentro da
propriedade e tendo dado início a ‘entrevistas
preliminares’ e vistorias nas imediações, o que mais o
paciente e os demais poderiam fazer? Ameaçar os
policiais, invocando o direito à propriedade para impedir
que as fotos fossem tiradas e que as demais diligências in
loco fossem feitas? Evidentemente, não se poderia esperar
tal comportamento de um cidadão comum – que, em uma
tal situação, dificilmente resiste, por medo da autoridade
que de surpresa surge no interior de sua propriedade.
32. Em suma, a garantia constitucional do domicílio
(CF, art. 5º, XI) foi maculada porque os agentes da Polícia
Militar Ambiental não estavam autorizados pelos
proprietários da fazenda Taiman (Srs. Maria Aparecida
Borges Stella e Frederico Stella), tampouco pelos outros
ocupantes como visitantes, caseiro, capataz, peões etc., a
entrarem no imóvel rural; entrada esta, aliás, que ocorreu
sorrateiramente, desde que efetivada por uma via
‘vicinal’/’trilha’ pela fazenda vizinha. Não havia ordem
judicial, tampouco ocorrera flagrante delito para o
afastamento da proteção constitucional sobre o imóvel
rural – embora seu produto tenha animado a instauração
de persecução penal contra o paciente – o crime de
quadrilha sequer poderia se cogitado pelos policiais na
ocasião, os quais depararam apenas com o paciente e o
corréu MARCOS MORAIS DE MELO – menos de 3
pessoas; nem mesmo o crime de caça ilegal de animais
silvestres, pois não havia nenhum animal abatido.
Ninguém foi preso em flagrante” (grifos no original;
págs. 28-29 do documento eletrônico 2).
Argumentam, ademais, que
“[a] medida cautelar teve como justificativa nuclear
8
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dado fático (incomum, na visão dos policiais, tanto que o
fizeram constar em relatório e depoimentos) denota a
expressa e efetiva AUSÊNCIA DE CONSENTIMENTO
com o ingresso de terceiros nos limites físicos do imóvel
rural. Por outro lado, estando os policiais já dentro da
propriedade e tendo dado início a ‘entrevistas
preliminares’ e vistorias nas imediações, o que mais o
paciente e os demais poderiam fazer? Ameaçar os
policiais, invocando o direito à propriedade para impedir
que as fotos fossem tiradas e que as demais diligências in
loco fossem feitas? Evidentemente, não se poderia esperar
tal comportamento de um cidadão comum – que, em uma
tal situação, dificilmente resiste, por medo da autoridade
que de surpresa surge no interior de sua propriedade.
32. Em suma, a garantia constitucional do domicílio
(CF, art. 5º, XI) foi maculada porque os agentes da Polícia
Militar Ambiental não estavam autorizados pelos
proprietários da fazenda Taiman (Srs. Maria Aparecida
Borges Stella e Frederico Stella), tampouco pelos outros
ocupantes como visitantes, caseiro, capataz, peões etc., a
entrarem no imóvel rural; entrada esta, aliás, que ocorreu
sorrateiramente, desde que efetivada por uma via
‘vicinal’/’trilha’ pela fazenda vizinha. Não havia ordem
judicial, tampouco ocorrera flagrante delito para o
afastamento da proteção constitucional sobre o imóvel
rural – embora seu produto tenha animado a instauração
de persecução penal contra o paciente – o crime de
quadrilha sequer poderia se cogitado pelos policiais na
ocasião, os quais depararam apenas com o paciente e o
corréu MARCOS MORAIS DE MELO – menos de 3
pessoas; nem mesmo o crime de caça ilegal de animais
silvestres, pois não havia nenhum animal abatido.
Ninguém foi preso em flagrante” (grifos no original;
págs. 28-29 do documento eletrônico 2).
Argumentam, ademais, que
“[a] medida cautelar teve como justificativa nuclear
8
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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a revelação de como as supostas caçadas de onças
pintadas (Lei n.º 9.605/98, art. 29) sucediam (modus
operandi), quem as realizava, quando e onde eram
aparentemente promovidas. O crime de quadrilha serviu,
portanto, de pretexto, data venia, para evitar a lei de
regência que proíbe interceptação em caso de crime
apenado com detenção” (grifos no original; pág. 39 do
documento eletrônico 2).
Acrescentam, nesse sentido, que
“[...] somente se aventou o crime de quadrilha em
função da hipotética prática da caça ou maus tratos. Sabe-
se que é unicamente em razão do número de agentes que
se vislumbra uma possível prática do art. 288, do CP.
Ocorre que a PMA, em sua diligência preliminar,
deparou com apenas 02 (duas) pessoas na Fazenda
Taiman. Nada se sabia sobre eventual conluio subjetivo
entre os investigados: o crime de quadrilha serviu de
pretexto retórico, com as licenças devidas, para fintar a lei
de regência que proíbe interceptação em caso de crime
apenado com detenção” (grifos no original; pág. 40 do
documento eletrônico 2).
Formulam, por essa razões, o seguinte pedido:
“Ante todo o exposto, respeitosamente, requerem:
a) A concessão da ordem para que se declare a
nulidade ab initio da ação penal, trancando-a (CPP, art.
157), considerando-se:
1) a ilicitude das diligências investigativas inaugurais
realizadas pela Polícia Militar Ambiental em imóvel rural
particular (Fazenda Taiman – Corumbá/MS), por violação
de domicílio – CF, art. 5º, XI: a entrada na propriedade
privada, que era ocupada pelo paciente e pelo corréu
MARCOS MORAES DE MELO, ocorreu de forma
clandestina (por uma ‘trilha’ da fazenda ao lado) e não
consentida (o portão principal havia sido fechado com
cadeado);
2) o vício de fundamentação na decisão que deferiu
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HC 130420 AGR / MT
a revelação de como as supostas caçadas de onças
pintadas (Lei n.º 9.605/98, art. 29) sucediam (modus
operandi), quem as realizava, quando e onde eram
aparentemente promovidas. O crime de quadrilha serviu,
portanto, de pretexto, data venia, para evitar a lei de
regência que proíbe interceptação em caso de crime
apenado com detenção” (grifos no original; pág. 39 do
documento eletrônico 2).
Acrescentam, nesse sentido, que
“[...] somente se aventou o crime de quadrilha em
função da hipotética prática da caça ou maus tratos. Sabe-
se que é unicamente em razão do número de agentes que
se vislumbra uma possível prática do art. 288, do CP.
Ocorre que a PMA, em sua diligência preliminar,
deparou com apenas 02 (duas) pessoas na Fazenda
Taiman. Nada se sabia sobre eventual conluio subjetivo
entre os investigados: o crime de quadrilha serviu de
pretexto retórico, com as licenças devidas, para fintar a lei
de regência que proíbe interceptação em caso de crime
apenado com detenção” (grifos no original; pág. 40 do
documento eletrônico 2).
Formulam, por essa razões, o seguinte pedido:
“Ante todo o exposto, respeitosamente, requerem:
a) A concessão da ordem para que se declare a
nulidade ab initio da ação penal, trancando-a (CPP, art.
157), considerando-se:
1) a ilicitude das diligências investigativas inaugurais
realizadas pela Polícia Militar Ambiental em imóvel rural
particular (Fazenda Taiman – Corumbá/MS), por violação
de domicílio – CF, art. 5º, XI: a entrada na propriedade
privada, que era ocupada pelo paciente e pelo corréu
MARCOS MORAES DE MELO, ocorreu de forma
clandestina (por uma ‘trilha’ da fazenda ao lado) e não
consentida (o portão principal havia sido fechado com
cadeado);
2) o vício de fundamentação na decisão que deferiu
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HC 130420 AGR / MT
as interceptações telefônicas: a diligência extrema, além de
ter sido arrimada na investigação ilícita da PMA, teve
como escopo original a apuração de crimes apenados com
detenção (caça de animais silvestres – art. 29 e maus tratos
– art. 32, ambos da Lei 9.605/98), pretextando a existência
do crime de quadrilha (CP, art. 288), que por sua natureza
peculiar, poderia ser cogitado em qualquer investigação
incipiente contra mais de três pessoas” (grifos no original;
págs. 45-46 do documento eletrônico 12).
Em 15/6/2016, a então relatora do feito, Ministra Cármen
Lúcia, encaminhou os autos ao Ministério Público Federal.
A Subprocuradora-Geral da República Deborah Duprat
apresentou parecer opinando pela denegação do writ. Eis a
ementa de sua manifestação:
“Habeas corpus. Operação Jaguar. Associação
criminosa constituída para a pratica de caca e maus tratos
de animais silvestres, inclusive de espécies em extinção
(onça pintada). Alegação de descumprimento a clausula
de inviolabilidade de domicilio. Rejeição. Ausência de
provas da efetiva invasão, bem como de eventual
resistência por parte do paciente. Tese de nulidade da
decisão que determinou as interceptações telefônicas.
Impossibilidade. Fundamentação suficiente e que
observou os ditames da Lei no 9.296/96. Denegação” (pág.
1 do documento eletrônico 20).
É o relatório. Decido.
Bem examinados os autos, destaco, inicialmente, que,
embora o presente writ tenha sido impetrado em
substituição a recurso extraordinário, a Segunda Turma
desta Corte não opõe óbice ao seu conhecimento. Nesse
sentido, cito os seguintes precedentes: HC 126.791-ED/RJ,
HC 126.614/SP e HC 126.808-AgR/PA, todos da relatoria
do Ministro Dias Toffoli.
Anote-se, também, que o art. 192 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal faculta ao Relator
denegar ou conceder a ordem de habeas corpus, ainda que
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as interceptações telefônicas: a diligência extrema, além de
ter sido arrimada na investigação ilícita da PMA, teve
como escopo original a apuração de crimes apenados com
detenção (caça de animais silvestres – art. 29 e maus tratos
– art. 32, ambos da Lei 9.605/98), pretextando a existência
do crime de quadrilha (CP, art. 288), que por sua natureza
peculiar, poderia ser cogitado em qualquer investigação
incipiente contra mais de três pessoas” (grifos no original;
págs. 45-46 do documento eletrônico 12).
Em 15/6/2016, a então relatora do feito, Ministra Cármen
Lúcia, encaminhou os autos ao Ministério Público Federal.
A Subprocuradora-Geral da República Deborah Duprat
apresentou parecer opinando pela denegação do writ. Eis a
ementa de sua manifestação:
“Habeas corpus. Operação Jaguar. Associação
criminosa constituída para a pratica de caca e maus tratos
de animais silvestres, inclusive de espécies em extinção
(onça pintada). Alegação de descumprimento a clausula
de inviolabilidade de domicilio. Rejeição. Ausência de
provas da efetiva invasão, bem como de eventual
resistência por parte do paciente. Tese de nulidade da
decisão que determinou as interceptações telefônicas.
Impossibilidade. Fundamentação suficiente e que
observou os ditames da Lei no 9.296/96. Denegação” (pág.
1 do documento eletrônico 20).
É o relatório. Decido.
Bem examinados os autos, destaco, inicialmente, que,
embora o presente writ tenha sido impetrado em
substituição a recurso extraordinário, a Segunda Turma
desta Corte não opõe óbice ao seu conhecimento. Nesse
sentido, cito os seguintes precedentes: HC 126.791-ED/RJ,
HC 126.614/SP e HC 126.808-AgR/PA, todos da relatoria
do Ministro Dias Toffoli.
Anote-se, também, que o art. 192 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal faculta ao Relator
denegar ou conceder a ordem de habeas corpus, ainda que
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Relatório
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de ofício, quando a matéria for objeto de jurisprudência
consolidada neste Supremo Tribunal.
Por este motivo, passo ao exame do mérito desta
impetração.
Conforme relatado, os impetrantes pleiteiam a
declaração da nulidade da ação penal alegando: (i)
violação de domicílio e (ii) ilicitude da decisão que
autorizou a interceptação de comunicações telefônicas do
paciente.
Sem razão os impetrantes.
No caso sob exame, é possível extrair, do acórdão
proferido pelo STJ que a tese da defesa foi afastada sob a
seguinte fundamentação:
“Com efeito, a tal diligência, tida pela defesa como
nula, porque teria havido invasão de domicílio, não pode,
a meu ver, data venia, ser tida como a origem viciante de
tudo o que foi produzido pela Polícia Federal e da ação
penal que foi intentada pelo Ministério Público Federal.
É que, como bem afirmam as razões recursais, foi a
Polícia Militar Ambiental que foi até a Fazenda Taiman,
em Corumbá/MS, no dia 07 de maio de 2009, mas não a
Polícia Federal, que tem atribuições para investigar crime
ambiental e delitos conexos que, aliás, somente iniciou
formalmente o inquérito em 09 de outubro de 2009, ou
seja, mais de cinco meses depois.
Extrai-se da respectiva portaria:
MARIO PAULO MACHADO NOMOTO,
Delegado de Policia Federal, lotado e em exercício
nesta Delegacia de Policia Federal em Corumbá, no
uso de suas atribuições legais e considerando os
termos do Oficio n° 0397/09-GAB/2°PJCC, oriundo
da 2ª Promotoria de Justiça da comarca de
Corumbá/MS, protocolizado no SIAPRO sob o n°
08336.011603/2009-01, de 09 de outubro de 2009,
RESOLVE:
Instaurar inquérito policial com objetivo de
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de ofício, quando a matéria for objeto de jurisprudência
consolidada neste Supremo Tribunal.
Por este motivo, passo ao exame do mérito desta
impetração.
Conforme relatado, os impetrantes pleiteiam a
declaração da nulidade da ação penal alegando: (i)
violação de domicílio e (ii) ilicitude da decisão que
autorizou a interceptação de comunicações telefônicas do
paciente.
Sem razão os impetrantes.
No caso sob exame, é possível extrair, do acórdão
proferido pelo STJ que a tese da defesa foi afastada sob a
seguinte fundamentação:
“Com efeito, a tal diligência, tida pela defesa como
nula, porque teria havido invasão de domicílio, não pode,
a meu ver, data venia, ser tida como a origem viciante de
tudo o que foi produzido pela Polícia Federal e da ação
penal que foi intentada pelo Ministério Público Federal.
É que, como bem afirmam as razões recursais, foi a
Polícia Militar Ambiental que foi até a Fazenda Taiman,
em Corumbá/MS, no dia 07 de maio de 2009, mas não a
Polícia Federal, que tem atribuições para investigar crime
ambiental e delitos conexos que, aliás, somente iniciou
formalmente o inquérito em 09 de outubro de 2009, ou
seja, mais de cinco meses depois.
Extrai-se da respectiva portaria:
MARIO PAULO MACHADO NOMOTO,
Delegado de Policia Federal, lotado e em exercício
nesta Delegacia de Policia Federal em Corumbá, no
uso de suas atribuições legais e considerando os
termos do Oficio n° 0397/09-GAB/2°PJCC, oriundo
da 2ª Promotoria de Justiça da comarca de
Corumbá/MS, protocolizado no SIAPRO sob o n°
08336.011603/2009-01, de 09 de outubro de 2009,
RESOLVE:
Instaurar inquérito policial com objetivo de
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 27
Relatório
HC 130420 AGR / MT
apurar as responsabilidades criminais decorrentes da
prática, em tese, de crime de caça ilegal profissional
de animais silvestres, previsto no art. 29, da Lei n°
9.605, de 12 de fevereiro de 1998 (Lei de Crimes
Ambientais) e crime de quadrilha, previsto no art.
288, do Código Penal, tendo em vista que Oficio n°
0397/09-GAB/2°PJCC, oriundo da 2a Promotoria de
Justiça da comarca de Corumbá/MS noticiou que no
dia 07 de maio de 2009 na Fazenda Taiman,
localizada na Estrada-Parque Pantanal Sul,
município de Corumbá/MS, um grupo de caçadores
liderados pelos Srs. Elizeu Augusto Sicole e Marcos
Antonio Moraes de Melo supostamente praticaram
caça profissional ilegal de onças a bordo do veiculo
Ford/Ranger, placas API-3952, de Cascavel/PR
utilizando-se de cães de caça, sem a devida
autorização das autoridades ambientais competentes.
Os referidos fatos estão devidamente detalhados no
Relatório de Missão do T Pelotão da 2a CIA de
Policia Militar Ambiental, elaborado pelo Sgt. PM
Luiz Carlos Cavalieri silva e relatado pelos
denunciantes biólogos Fernando Azevedo e
Henrique Vilas Concone.
Percebe-se que a notitia criminis que originou a
abertura formal do inquérito pelo DPF, é de autoria dos
biólogos Fernando Azevedo e Henrique Villas Boas
Concone, sendo certo que a missão realizada pela Polícia
Militar Ambiental foi em um segundo momento e por
conta da denúncia de Fernando Azevedo, não podendo,
pois, ser debitada àquela diligência qualquer mácula de
tudo o que veio depois. Aliás, a insistente argumentação
acerca de possível violação de domicílio, a meu ver, não
tem força para viabilizar o silogismo desenvolvido pela
defesa, porquanto é ela própria que afirma que, naquele
dia 07 de maio de 2009, não houve lavratura de auto de
prisão em flagrante, limitando-se os policiais a constatar
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apurar as responsabilidades criminais decorrentes da
prática, em tese, de crime de caça ilegal profissional
de animais silvestres, previsto no art. 29, da Lei n°
9.605, de 12 de fevereiro de 1998 (Lei de Crimes
Ambientais) e crime de quadrilha, previsto no art.
288, do Código Penal, tendo em vista que Oficio n°
0397/09-GAB/2°PJCC, oriundo da 2a Promotoria de
Justiça da comarca de Corumbá/MS noticiou que no
dia 07 de maio de 2009 na Fazenda Taiman,
localizada na Estrada-Parque Pantanal Sul,
município de Corumbá/MS, um grupo de caçadores
liderados pelos Srs. Elizeu Augusto Sicole e Marcos
Antonio Moraes de Melo supostamente praticaram
caça profissional ilegal de onças a bordo do veiculo
Ford/Ranger, placas API-3952, de Cascavel/PR
utilizando-se de cães de caça, sem a devida
autorização das autoridades ambientais competentes.
Os referidos fatos estão devidamente detalhados no
Relatório de Missão do T Pelotão da 2a CIA de
Policia Militar Ambiental, elaborado pelo Sgt. PM
Luiz Carlos Cavalieri silva e relatado pelos
denunciantes biólogos Fernando Azevedo e
Henrique Vilas Concone.
Percebe-se que a notitia criminis que originou a
abertura formal do inquérito pelo DPF, é de autoria dos
biólogos Fernando Azevedo e Henrique Villas Boas
Concone, sendo certo que a missão realizada pela Polícia
Militar Ambiental foi em um segundo momento e por
conta da denúncia de Fernando Azevedo, não podendo,
pois, ser debitada àquela diligência qualquer mácula de
tudo o que veio depois. Aliás, a insistente argumentação
acerca de possível violação de domicílio, a meu ver, não
tem força para viabilizar o silogismo desenvolvido pela
defesa, porquanto é ela própria que afirma que, naquele
dia 07 de maio de 2009, não houve lavratura de auto de
prisão em flagrante, limitando-se os policiais a constatar
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 27
Relatório
HC 130420 AGR / MT
os que os dois biólogos já haviam visto, conforme colhe-se
de seus depoimentos, no bojo do inquérito da Polícia
Federal (fls.216/218):
QUE no dia 7 de maio de 2009 o Pelotão de
PMA repassou uma denúncia de caça ilegal de onças
na região do Passo do Lontra/Abobral; QUE a equipe
chefiada pelo DEPOENTE deslocou-se até a Fazenda
São Bento; QUE nesta Fazenda encontram o
denunciante FERNANDO AZEVEDO; QUE
FERNANDO denunciou ELIZEU AUGUSTO
SICOLE e MARCOS ANTONIO MORAES DE
MELO como responsáveis pela caça ilegal de onça
na região da Fazenda Taiamá; QUE FERNANDO
AZEVEDO é o responsável pelo Projeto Pró-
Carnívoros que monitora onças através de colares
com GPS; QUE FERNANDO em razão de rodar
muito pela região passando por várias fazendas em
decorrência do referido projeto percebeu a presença
de uma caminhonete com diversos cães de caça
acomodados na carroceria; QUE FERNANDO viu
ELIZEU e MARCOS ANTONIO na caminhonete com
os cães de caça;
(...)
(...) compareceu HENRIQUE VILLAS BOAS
CONCONE, nacionalidade brasileira, união estável,
filho(a) de César Henrique Concone e Maria Helena
Villas Boas Concone, nascido(a) aos 05/02/1975,
natural de São Paulo/SP, instrução terceiro grau
completo, profissão Biólogo(a), documento de
identidade n° 03088206665/DETRAN/MS, CPF
283.866.588-00, residente na(o) Fazenda San
Francisco, bairro Zona Rural, Miranda/MS, fone
(67)32421088, celular (67)99809044, endereço
comercial na(o) Caixa Postal 42 - Miranda/MS. Aos
costumes disse nada. Compromissado na forma da
Lei e inquirido a respeito dos fatos, RESPONDEU:
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HC 130420 AGR / MT
os que os dois biólogos já haviam visto, conforme colhe-se
de seus depoimentos, no bojo do inquérito da Polícia
Federal (fls.216/218):
QUE no dia 7 de maio de 2009 o Pelotão de
PMA repassou uma denúncia de caça ilegal de onças
na região do Passo do Lontra/Abobral; QUE a equipe
chefiada pelo DEPOENTE deslocou-se até a Fazenda
São Bento; QUE nesta Fazenda encontram o
denunciante FERNANDO AZEVEDO; QUE
FERNANDO denunciou ELIZEU AUGUSTO
SICOLE e MARCOS ANTONIO MORAES DE
MELO como responsáveis pela caça ilegal de onça
na região da Fazenda Taiamá; QUE FERNANDO
AZEVEDO é o responsável pelo Projeto Pró-
Carnívoros que monitora onças através de colares
com GPS; QUE FERNANDO em razão de rodar
muito pela região passando por várias fazendas em
decorrência do referido projeto percebeu a presença
de uma caminhonete com diversos cães de caça
acomodados na carroceria; QUE FERNANDO viu
ELIZEU e MARCOS ANTONIO na caminhonete com
os cães de caça;
(...)
(...) compareceu HENRIQUE VILLAS BOAS
CONCONE, nacionalidade brasileira, união estável,
filho(a) de César Henrique Concone e Maria Helena
Villas Boas Concone, nascido(a) aos 05/02/1975,
natural de São Paulo/SP, instrução terceiro grau
completo, profissão Biólogo(a), documento de
identidade n° 03088206665/DETRAN/MS, CPF
283.866.588-00, residente na(o) Fazenda San
Francisco, bairro Zona Rural, Miranda/MS, fone
(67)32421088, celular (67)99809044, endereço
comercial na(o) Caixa Postal 42 - Miranda/MS. Aos
costumes disse nada. Compromissado na forma da
Lei e inquirido a respeito dos fatos, RESPONDEU:
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 27
Relatório
HC 130420 AGR / MT
QUE, participa do projeto do Instituto Pró-
Carnívoros; QUE implanta coleira GPS marca
TELEVILT para armazenar a localização das onças;
QUE a concentração de onça na Fazenda Taiamá é
grande; QUE capturaram 10 onças e destas 10, 3 tem
uso bem intenso da área da fazenda Taiamá; QUE
constantemente visitavam a fazenda Taiamá; QUE no
dia 07 ao fazer visita na fazenda Taiamá o portão
estava com cadeado, fato estranho, porque nunca
estava trancada; QUE as duas fazendas ficam entre a
região do Abobral e Nhecolândia; QUE chegaram na
sede da fazenda Taiamá e que localizada no capão
tinha uma caminhonete e tiveram a impressão que
estava escondida; QUE o capataz da fazenda Taiamá
chama-se MOISÉS de apelido CARUNCHO; QUE:
avistaram um canil improvisado com vários cães
americanos de caça e que não eram cachorros de
fazenda; QUE eram cerca de 10 (dez) cães, o que
indica movimento de caça; QUE a esposa de MOISÉS
recebeu o DEPOENTE e JOÃO, assistente de campo
do Projeto Pró-Carnívoros; QUE MOISÉS estava
sozinho no campo; QUE sabiam que a caminhonete
não era do capataz nem do dono da fazenda Taiamá;
QUE proprietário da Fazenda Taiamá é FREDERIDO
STELLA; QUE passaram o rádio para o biólogo
FERNANDO dizendo acreditar que era caça de
onça; QUE FERNANDO acionou a Polícia Militar
Ambiental;
Não é demais ainda trazer a contexto que as próprias
razões do recurso ordinário em questão é que mostram a
ineficácia da sua argumentação, quando afirmam, verbis
(fls. 432/433):
7. As investigações formais prosseguiram com
a tomada de declarações de biólogos, capatazes,
proprietário de fazendas; diligências in loco e
perícias; culminando com a quebra de sigilo
14
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HC 130420 AGR / MT
QUE, participa do projeto do Instituto Pró-
Carnívoros; QUE implanta coleira GPS marca
TELEVILT para armazenar a localização das onças;
QUE a concentração de onça na Fazenda Taiamá é
grande; QUE capturaram 10 onças e destas 10, 3 tem
uso bem intenso da área da fazenda Taiamá; QUE
constantemente visitavam a fazenda Taiamá; QUE no
dia 07 ao fazer visita na fazenda Taiamá o portão
estava com cadeado, fato estranho, porque nunca
estava trancada; QUE as duas fazendas ficam entre a
região do Abobral e Nhecolândia; QUE chegaram na
sede da fazenda Taiamá e que localizada no capão
tinha uma caminhonete e tiveram a impressão que
estava escondida; QUE o capataz da fazenda Taiamá
chama-se MOISÉS de apelido CARUNCHO; QUE:
avistaram um canil improvisado com vários cães
americanos de caça e que não eram cachorros de
fazenda; QUE eram cerca de 10 (dez) cães, o que
indica movimento de caça; QUE a esposa de MOISÉS
recebeu o DEPOENTE e JOÃO, assistente de campo
do Projeto Pró-Carnívoros; QUE MOISÉS estava
sozinho no campo; QUE sabiam que a caminhonete
não era do capataz nem do dono da fazenda Taiamá;
QUE proprietário da Fazenda Taiamá é FREDERIDO
STELLA; QUE passaram o rádio para o biólogo
FERNANDO dizendo acreditar que era caça de
onça; QUE FERNANDO acionou a Polícia Militar
Ambiental;
Não é demais ainda trazer a contexto que as próprias
razões do recurso ordinário em questão é que mostram a
ineficácia da sua argumentação, quando afirmam, verbis
(fls. 432/433):
7. As investigações formais prosseguiram com
a tomada de declarações de biólogos, capatazes,
proprietário de fazendas; diligências in loco e
perícias; culminando com a quebra de sigilo
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Relatório
HC 130420 AGR / MT
telefônico dos suspeitos (e prorrogações), em abril
de 2010. Em razão das informações obtidas com as
interceptações, expediu-se mandados de prisão
temporária e de busca e apreensão, em julho de 2010,
por ordem e supervisão do Juízo de Corumbá/MS.
Soa, portanto, desarrazoado, afirmar que a mera
indagação da PM Ambiental acerca de tudo o que já havia
sido constatado pelos biólogos (a camionete que não era
de ninguém daquela região e os cães de caça) possa ter
maculado toda uma gama de diligências e investigações
que vieram depois.
Nesse sentido, afirmou o Juízo de primeiro grau, com
percuciência (fls. 199/200):
Assevero, contudo, que mesmo que assim não fosse,
não vislumbro o nexo de causalidade único entre a
diligência em questão da policia ambiental com as demais
provas produzidas, de sorte que é possível inferir dos
autos que mesmo sem elas a investigação sobre os fatos
iria invariavelmente ocorrer e a apuração final seria a
mesma. Digo isso porque os autos do inquérito policial
dão conta que já era público e notório na região de
Corumbá/MS que estava havendo caça de onças, de forma
que uma hora o outra a autoridade policial daria início à
investigação dos fatos.
Demais disso mesmo sem a diligência na ‘Fazenda
Taiamá’ já era do conhecimento de testemunhas que
tinham estreito contato com a autoridade policial
ambiental a presença tanto do réu ELISEU quanto de
ANTONIO TEODORO DE MELO NETO, o ‘Tonho da
onça’, supostos caçadores de onça que estavam na região
com cães de caça. Assevero, nesse sentido, que a única
informação obtida pelos policiais ambientais com a
diligência na ‘Fazenda Taiamá’, qual seja, a presença de
ELISEU e ‘Tonho da onça’ na região com cães de caça e
veículo apropriado para as caçadas, já tinha sido obtida
momentos antes com a testemunha FERNANDO
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HC 130420 AGR / MT
telefônico dos suspeitos (e prorrogações), em abril
de 2010. Em razão das informações obtidas com as
interceptações, expediu-se mandados de prisão
temporária e de busca e apreensão, em julho de 2010,
por ordem e supervisão do Juízo de Corumbá/MS.
Soa, portanto, desarrazoado, afirmar que a mera
indagação da PM Ambiental acerca de tudo o que já havia
sido constatado pelos biólogos (a camionete que não era
de ninguém daquela região e os cães de caça) possa ter
maculado toda uma gama de diligências e investigações
que vieram depois.
Nesse sentido, afirmou o Juízo de primeiro grau, com
percuciência (fls. 199/200):
Assevero, contudo, que mesmo que assim não fosse,
não vislumbro o nexo de causalidade único entre a
diligência em questão da policia ambiental com as demais
provas produzidas, de sorte que é possível inferir dos
autos que mesmo sem elas a investigação sobre os fatos
iria invariavelmente ocorrer e a apuração final seria a
mesma. Digo isso porque os autos do inquérito policial
dão conta que já era público e notório na região de
Corumbá/MS que estava havendo caça de onças, de forma
que uma hora o outra a autoridade policial daria início à
investigação dos fatos.
Demais disso mesmo sem a diligência na ‘Fazenda
Taiamá’ já era do conhecimento de testemunhas que
tinham estreito contato com a autoridade policial
ambiental a presença tanto do réu ELISEU quanto de
ANTONIO TEODORO DE MELO NETO, o ‘Tonho da
onça’, supostos caçadores de onça que estavam na região
com cães de caça. Assevero, nesse sentido, que a única
informação obtida pelos policiais ambientais com a
diligência na ‘Fazenda Taiamá’, qual seja, a presença de
ELISEU e ‘Tonho da onça’ na região com cães de caça e
veículo apropriado para as caçadas, já tinha sido obtida
momentos antes com a testemunha FERNANDO
15
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 16 de 27
Relatório
HC 130420 AGR / MT
AZEVEDO, biólogo que contatou a polícia.
Em suma, a origem de tudo não foi a atuação da PM
Ambiental, mas o que fora visto pelos biólogos. Eles é que
deram a notitia criminis. Depois, diversas diligências, em
alentado inquérito, foram conduzidas pela Polícia Federal
e esse acervo, sim, deu base à persecução penal que, por
isso mesmo, não pode ser tida como nula.
Note-se que o mesmo trecho da argumentação do
recurso mostra também que as interceptações telefônicas
somente ocorreram depois de vários indícios e provas
colhidos, o que dá a exata noção de que as escutas
decorreram do que foi apurado no inquérito e não
naquela, então já longínqua, diligência da Polícia
Ambiental, pretérita e desalinhada com os
desdobramentos posteriores.
O quadro que se tem, afinal, levando em conta as
datas, é o seguinte: em 7 de maio de 2009, os biólogos
viram o paciente em uma camionete com cães de caça.
Desconfiados de que poderia estar recorrente
preparando-se para caçar onças, pois que já tinha essa
fama na região, acionaram a Polícia Militar Ambiental
que constatou a denúncia e fez um ‘auto de diligência’
da qual não resultou em flagrante. Cinco meses depois, a
Polícia Federal formalizou a abertura de inquérito
policial para apurar os fatos, no bojo do qual foram os
biólogos ouvidos, formalmente, bem como realizadas
diversas diligências e, por fim, realizadas escutas
telefônicas, já em abril de 2010, quase um ano depois da
tal diligência da PM Ambiental que, por isso mesmo,
não pode ser tida como gênese capaz de macular toda a
persecução penal, pois, não só não passou de uma
constatação
administrativa,
como
totalmente
desvinculada da sequência de atos que se seguiram,
como se depreende desse escorço histórico” (grifos no
original; págs. 11-14 do documento eletrônico 17).
Como bem destacou a Ministra Maria Thereza de Assis
16
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Supremo Tribunal Federal
HC 130420 AGR / MT
AZEVEDO, biólogo que contatou a polícia.
Em suma, a origem de tudo não foi a atuação da PM
Ambiental, mas o que fora visto pelos biólogos. Eles é que
deram a notitia criminis. Depois, diversas diligências, em
alentado inquérito, foram conduzidas pela Polícia Federal
e esse acervo, sim, deu base à persecução penal que, por
isso mesmo, não pode ser tida como nula.
Note-se que o mesmo trecho da argumentação do
recurso mostra também que as interceptações telefônicas
somente ocorreram depois de vários indícios e provas
colhidos, o que dá a exata noção de que as escutas
decorreram do que foi apurado no inquérito e não
naquela, então já longínqua, diligência da Polícia
Ambiental, pretérita e desalinhada com os
desdobramentos posteriores.
O quadro que se tem, afinal, levando em conta as
datas, é o seguinte: em 7 de maio de 2009, os biólogos
viram o paciente em uma camionete com cães de caça.
Desconfiados de que poderia estar recorrente
preparando-se para caçar onças, pois que já tinha essa
fama na região, acionaram a Polícia Militar Ambiental
que constatou a denúncia e fez um ‘auto de diligência’
da qual não resultou em flagrante. Cinco meses depois, a
Polícia Federal formalizou a abertura de inquérito
policial para apurar os fatos, no bojo do qual foram os
biólogos ouvidos, formalmente, bem como realizadas
diversas diligências e, por fim, realizadas escutas
telefônicas, já em abril de 2010, quase um ano depois da
tal diligência da PM Ambiental que, por isso mesmo,
não pode ser tida como gênese capaz de macular toda a
persecução penal, pois, não só não passou de uma
constatação
administrativa,
como
totalmente
desvinculada da sequência de atos que se seguiram,
como se depreende desse escorço histórico” (grifos no
original; págs. 11-14 do documento eletrônico 17).
Como bem destacou a Ministra Maria Thereza de Assis
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 17 de 27
Relatório
HC 130420 AGR / MT
Moura, as diligências de investigação tiveram origem na
denúncia feita pelos biólogos responsáveis pelo Projeto Pró-
Carnívoros, que monitora onças através de colares com GPS e
não na alegada invasão da propriedade do paciente.
Destaco, nesse sentido, que a decisão proferida pelo juízo
de origem afastou a tese de violação de domicílio sob a seguinte
fundamentação:
“Primeiro, entendo que não houve efetiva invasão
do domicilio, seja legal, seja ilegal. Do aludido relatório
da Policia Militar Ambiental de Mato Grosso do Sul,
constante de fls. 07/09 dos autos, se infere que os
policiais haviam recebido a informação de que um
conhecido caçador de onças, no caso o réu ELISEU,
estava na região em uma camionete com vários cães,
típicos do uso em caçadas. Assim, ante a fundada
suspeita de flagrante delito, os policiais se dirigiram ate
a ‘Fazenda Taiama’, local para onde os suspeitos teriam
se deslocado. Ao chegarem na porteira da propriedade
rural, os policiais constataram que ela estava trancada com
cadeado, então resolveram adentrar em uma via vicinal e
seguir ate a sede da fazenda, local em que foram recebidos
pelo acusado MARCO ANTONIO MORAIS DE MELO
(processado nos autos apartados) e posteriormente pelo
réu ELISEU AUGUSTO SICOLI. Na oportunidade,
segundo mencionado relatório, os policiais encontraram
os cães de caça em um canil naquela propriedade rural,
bem assim, a camionete relatada, que estava escondida na
mata a uns 200 (duzentos) metros da sede. Relatou-se,
inclusive, que na ocasião os suspeitos afirmaram que
gostavam de caçar, mas os policiais teriam chegado cedo.
[...]
Mas não e só.
Verifica-se dos autos que a autoridade policial
militar ambiental agiu na crença de que o réu ELISEU e
seu comparsa estavam em flagrante delito, pois sabia
que estava tendo caça de onças na região de
17
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Supremo Tribunal Federal
HC 130420 AGR / MT
Moura, as diligências de investigação tiveram origem na
denúncia feita pelos biólogos responsáveis pelo Projeto Pró-
Carnívoros, que monitora onças através de colares com GPS e
não na alegada invasão da propriedade do paciente.
Destaco, nesse sentido, que a decisão proferida pelo juízo
de origem afastou a tese de violação de domicílio sob a seguinte
fundamentação:
“Primeiro, entendo que não houve efetiva invasão
do domicilio, seja legal, seja ilegal. Do aludido relatório
da Policia Militar Ambiental de Mato Grosso do Sul,
constante de fls. 07/09 dos autos, se infere que os
policiais haviam recebido a informação de que um
conhecido caçador de onças, no caso o réu ELISEU,
estava na região em uma camionete com vários cães,
típicos do uso em caçadas. Assim, ante a fundada
suspeita de flagrante delito, os policiais se dirigiram ate
a ‘Fazenda Taiama’, local para onde os suspeitos teriam
se deslocado. Ao chegarem na porteira da propriedade
rural, os policiais constataram que ela estava trancada com
cadeado, então resolveram adentrar em uma via vicinal e
seguir ate a sede da fazenda, local em que foram recebidos
pelo acusado MARCO ANTONIO MORAIS DE MELO
(processado nos autos apartados) e posteriormente pelo
réu ELISEU AUGUSTO SICOLI. Na oportunidade,
segundo mencionado relatório, os policiais encontraram
os cães de caça em um canil naquela propriedade rural,
bem assim, a camionete relatada, que estava escondida na
mata a uns 200 (duzentos) metros da sede. Relatou-se,
inclusive, que na ocasião os suspeitos afirmaram que
gostavam de caçar, mas os policiais teriam chegado cedo.
[...]
Mas não e só.
Verifica-se dos autos que a autoridade policial
militar ambiental agiu na crença de que o réu ELISEU e
seu comparsa estavam em flagrante delito, pois sabia
que estava tendo caça de onças na região de
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 18 de 27
Relatório
HC 130420 AGR / MT
Corumba/MS, bem assim lhes foi dito, por pessoa
idônea, que ELISEU havia passado na região em uma
camionete com vários cães de caça, em direção a
‘Fazenda Taiama’.
Nessas circunstâncias, irrepreensível foi a conduta
dos policiais que se puseram no encalco do réu e foram
verificar se ele estava, de fato, caçando onças ou havia,
quem sabe, acabado de o fazer. Noto que os policiais
constaram a existência dos cães de caça na fazenda, bem
assim do veículo adaptado para o transporte daqueles
animais, contudo, por não terem encontrado armas ou
animais mortos, entenderam que não havia situação de
flagrante e, portanto, não prenderam ninguém.
Ocorre que, conforme apurado posteriormente
durante as investigações levadas a efeito pela Policia
Federal, demonstrou-se que, em tese, havia mesmo uma
quadrilha especializada em realizar ‘safaris’ naquela e em
outras regiões, sendo o réu ELISEU um dos protagonistas
do grupo. Assim sendo, com amparo nas provas
produzidas posteriormente, constato que, na verdade,
havia situação de flagrância quando da diligencia da
Policia Militar Ambiental, especialmente quanto ao
crime permanente de quadrilha, o que afasta a
contrariedade a Constituição da atuação policial, posto
que albergada por uma das hipóteses de exceção a
proteção constitucional.
Em terceiro lugar, verifico nos autos que não houve
uma efetiva negativa de permissão de entrada dos
policiais na 'Fazenda Taiama', tanto do réu ELISEU
quanto de seu comparsa ANTONIO MORAIS DE MELO
ou mesmo do gerente da fazenda. Ao contrario, o
aludido relatório e as demais provas carreadas aos autos
demonstram que eles atenderam os policiais e até com
certa ironia teriam afirmado que caçavam, sim, mas os
policiais teriam chegado cedo e com isso não haveria
prova a incriminá-los. Vejo, pois, que não houve uma
18
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HC 130420 AGR / MT
Corumba/MS, bem assim lhes foi dito, por pessoa
idônea, que ELISEU havia passado na região em uma
camionete com vários cães de caça, em direção a
‘Fazenda Taiama’.
Nessas circunstâncias, irrepreensível foi a conduta
dos policiais que se puseram no encalco do réu e foram
verificar se ele estava, de fato, caçando onças ou havia,
quem sabe, acabado de o fazer. Noto que os policiais
constaram a existência dos cães de caça na fazenda, bem
assim do veículo adaptado para o transporte daqueles
animais, contudo, por não terem encontrado armas ou
animais mortos, entenderam que não havia situação de
flagrante e, portanto, não prenderam ninguém.
Ocorre que, conforme apurado posteriormente
durante as investigações levadas a efeito pela Policia
Federal, demonstrou-se que, em tese, havia mesmo uma
quadrilha especializada em realizar ‘safaris’ naquela e em
outras regiões, sendo o réu ELISEU um dos protagonistas
do grupo. Assim sendo, com amparo nas provas
produzidas posteriormente, constato que, na verdade,
havia situação de flagrância quando da diligencia da
Policia Militar Ambiental, especialmente quanto ao
crime permanente de quadrilha, o que afasta a
contrariedade a Constituição da atuação policial, posto
que albergada por uma das hipóteses de exceção a
proteção constitucional.
Em terceiro lugar, verifico nos autos que não houve
uma efetiva negativa de permissão de entrada dos
policiais na 'Fazenda Taiama', tanto do réu ELISEU
quanto de seu comparsa ANTONIO MORAIS DE MELO
ou mesmo do gerente da fazenda. Ao contrario, o
aludido relatório e as demais provas carreadas aos autos
demonstram que eles atenderam os policiais e até com
certa ironia teriam afirmado que caçavam, sim, mas os
policiais teriam chegado cedo e com isso não haveria
prova a incriminá-los. Vejo, pois, que não houve uma
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Relatório
HC 130420 AGR / MT
ação arbitrária da autoridade policial e que, se não
expressamente, de forma velada lhes foi franqueado
acesso ao interior daquela fazenda” (grifei; págs. 12-14
do documento eletrônico 20).
Assim, não há falar em ilicitude das provas produzidas
nos autos, pois as investigações tiveram origem na denúncia do
biólogo Fernando Azevedo, existindo, portanto, justa causa
para instauração e prosseguimento da investigação criminal.
Aplica-se, ao presente caso, o entendimento firmado no
julgamento do RE 603.616-RG/RO, de relatoria do Ministro
Gilmar Mendes, cuja ementa, por oportuno, transcrevo:
“Recurso
extraordinário
representativo
da
controvérsia. Repercussão geral. 2. Inviolabilidade de
domicílio – art. 5º, XI, da CF. Busca e apreensão domiciliar
sem mandado judicial em caso de crime permanente.
Possibilidade. A Constituição dispensa o mandado judicial
para ingresso forçado em residência em caso de flagrante
delito. No crime permanente, a situação de flagrância se
protrai no tempo. 3. Período noturno. A cláusula que
limita o ingresso ao período do dia é aplicável apenas aos
casos em que a busca é determinada por ordem judicial.
Nos demais casos – flagrante delito, desastre ou para
prestar socorro – a Constituição não faz exigência quanto
ao período do dia. 4. Controle judicial a posteriori.
Necessidade de preservação da inviolabilidade domiciliar.
Interpretação da Constituição.
Proteção contra
ingerências arbitrárias no domicílio. Muito embora o
flagrante delito legitime o ingresso forçado em casa sem
determinação judicial, a medida deve ser controlada
judicialmente. A inexistência de controle judicial, ainda
que posterior à execução da medida, esvaziaria o núcleo
fundamental da garantia contra a inviolabilidade da casa
(art. 5, XI, da CF) e deixaria de proteger contra ingerências
arbitrárias no domicílio (Pacto de São José da Costa Rica,
artigo 11, 2, e Pacto Internacional sobre Direitos Civis e
Políticos, artigo 17, 1). O controle judicial a posteriori
19
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ação arbitrária da autoridade policial e que, se não
expressamente, de forma velada lhes foi franqueado
acesso ao interior daquela fazenda” (grifei; págs. 12-14
do documento eletrônico 20).
Assim, não há falar em ilicitude das provas produzidas
nos autos, pois as investigações tiveram origem na denúncia do
biólogo Fernando Azevedo, existindo, portanto, justa causa
para instauração e prosseguimento da investigação criminal.
Aplica-se, ao presente caso, o entendimento firmado no
julgamento do RE 603.616-RG/RO, de relatoria do Ministro
Gilmar Mendes, cuja ementa, por oportuno, transcrevo:
“Recurso
extraordinário
representativo
da
controvérsia. Repercussão geral. 2. Inviolabilidade de
domicílio – art. 5º, XI, da CF. Busca e apreensão domiciliar
sem mandado judicial em caso de crime permanente.
Possibilidade. A Constituição dispensa o mandado judicial
para ingresso forçado em residência em caso de flagrante
delito. No crime permanente, a situação de flagrância se
protrai no tempo. 3. Período noturno. A cláusula que
limita o ingresso ao período do dia é aplicável apenas aos
casos em que a busca é determinada por ordem judicial.
Nos demais casos – flagrante delito, desastre ou para
prestar socorro – a Constituição não faz exigência quanto
ao período do dia. 4. Controle judicial a posteriori.
Necessidade de preservação da inviolabilidade domiciliar.
Interpretação da Constituição.
Proteção contra
ingerências arbitrárias no domicílio. Muito embora o
flagrante delito legitime o ingresso forçado em casa sem
determinação judicial, a medida deve ser controlada
judicialmente. A inexistência de controle judicial, ainda
que posterior à execução da medida, esvaziaria o núcleo
fundamental da garantia contra a inviolabilidade da casa
(art. 5, XI, da CF) e deixaria de proteger contra ingerências
arbitrárias no domicílio (Pacto de São José da Costa Rica,
artigo 11, 2, e Pacto Internacional sobre Direitos Civis e
Políticos, artigo 17, 1). O controle judicial a posteriori
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 20 de 27
Relatório
HC 130420 AGR / MT
decorre tanto da interpretação da Constituição, quanto da
aplicação da proteção consagrada em tratados
internacionais sobre direitos humanos incorporados ao
ordenamento jurídico. Normas internacionais de caráter
judicial que se incorporam à cláusula do devido processo
legal. 5. Justa causa. A entrada forçada em domicílio, sem
uma justificativa prévia conforme o direito, é arbitrária.
Não será a constatação de situação de flagrância,
posterior ao ingresso, que justificará a medida. Os
agentes estatais devem demonstrar que havia elementos
mínimos a caracterizar fundadas razões (justa causa)
para a medida. 6. Fixada a interpretação de que a entrada
forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita,
mesmo em período noturno, quando amparada em
fundadas razões, devidamente justificadas a posteriori,
que indiquem que dentro da casa ocorre situação de
flagrante delito, sob pena de responsabilidade
disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de
nulidade dos atos praticados. 7. Caso concreto. Existência
de fundadas razões para suspeitar de flagrante de tráfico
de drogas. Negativa de provimento ao recurso” (grifos).
Ainda, como bem afirmou a Subprocuradora-Geral da
República Deborah Duprat,
“[n]o caso, os fatos, da maneira como postos,
revelam, primeiramente, ausência de invasão à
propriedade da fazenda Taiman por parte dos agentes da
polícia militar ambiental, uma vez que o percurso por eles
adotado – estrada vicinal – se limitou ao entorno da sede
do referido imóvel.
E mesmo que outro fosse o quadro, não haveria
qualquer ilegalidade, pois não restou demonstrado que o
paciente ou o corréu Antônio Morais manifestaram
qualquer resistência aos referidos agentes. Ao contrário,
eles foram voluntariamente recebidos pelos denunciados,
os quais, na oportunidade, chegaram até mesmo a
declarar que gostavam da atividade de caca e que só não
20
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decorre tanto da interpretação da Constituição, quanto da
aplicação da proteção consagrada em tratados
internacionais sobre direitos humanos incorporados ao
ordenamento jurídico. Normas internacionais de caráter
judicial que se incorporam à cláusula do devido processo
legal. 5. Justa causa. A entrada forçada em domicílio, sem
uma justificativa prévia conforme o direito, é arbitrária.
Não será a constatação de situação de flagrância,
posterior ao ingresso, que justificará a medida. Os
agentes estatais devem demonstrar que havia elementos
mínimos a caracterizar fundadas razões (justa causa)
para a medida. 6. Fixada a interpretação de que a entrada
forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita,
mesmo em período noturno, quando amparada em
fundadas razões, devidamente justificadas a posteriori,
que indiquem que dentro da casa ocorre situação de
flagrante delito, sob pena de responsabilidade
disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de
nulidade dos atos praticados. 7. Caso concreto. Existência
de fundadas razões para suspeitar de flagrante de tráfico
de drogas. Negativa de provimento ao recurso” (grifos).
Ainda, como bem afirmou a Subprocuradora-Geral da
República Deborah Duprat,
“[n]o caso, os fatos, da maneira como postos,
revelam, primeiramente, ausência de invasão à
propriedade da fazenda Taiman por parte dos agentes da
polícia militar ambiental, uma vez que o percurso por eles
adotado – estrada vicinal – se limitou ao entorno da sede
do referido imóvel.
E mesmo que outro fosse o quadro, não haveria
qualquer ilegalidade, pois não restou demonstrado que o
paciente ou o corréu Antônio Morais manifestaram
qualquer resistência aos referidos agentes. Ao contrário,
eles foram voluntariamente recebidos pelos denunciados,
os quais, na oportunidade, chegaram até mesmo a
declarar que gostavam da atividade de caca e que só não
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Relatório
HC 130420 AGR / MT
foi possível flagrá-los nessa atividade por terem os
policiais chegado cedo no local. E concluir de maneira
diversa implicaria indevido retorno ao acervo fático-
probatório.
Também não serve como prova suficiente de
eventual oposição ou dissenso presumido, como pretende
aqui a defesa, a mera existência de um cadeado na porta
de entrada do imóvel. Deveria, de alguma forma, o
paciente ter externado irresignação com o suposto
ingresso dos agentes. Nos autos do RE no 331.303-AgR, o
voto condutor, proferido pelo então Min. Sepúlveda
Pertence, e acolhido por unanimidade, ostenta posição
semelhante:
‘No acordão recorrido, contudo, não ha nada
que indique tenha existido resistência a entrada ou
permanência dos fiscais na empresa: em sentido
oposto, nele se assenta que 'durante a diligência
realizada, o próprio acusado fez acompanhamento
dos fiscais, como representante legal da empresa'. (f.
306).
De outro lado, não se mostra suficiente, na via
do extraordinário, 'a alegação abstrata de invasão,
nem basta a existência, por si só, de 'placas com a
descrição 'proibida a entrada de pessoas estranhas'.“
(Grifei; págs. 17-18 do documento eletrônico 20).
Ressalto, por fim, que o acórdão ora impugnado não
merece reparo no seguinte ponto:
“Quanto a ser o crime de associação criminosa
apenas um pretexto para a quebra do sigilo telefônico,
penso ser descabida a pretensão. É que, como cediço,
trata-se de medida cautelar apuratória e, como tal, decorre
da existência de indícios, razão pela qual não há como
afirmar, consoante a tese defensiva, de que teria que ter o
magistrado total certeza de que havia, naquele momento,
um crime punido com reclusão. Existiam, repita-se,
indícios fortes da prática de crimes ambientais, praticados
21
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foi possível flagrá-los nessa atividade por terem os
policiais chegado cedo no local. E concluir de maneira
diversa implicaria indevido retorno ao acervo fático-
probatório.
Também não serve como prova suficiente de
eventual oposição ou dissenso presumido, como pretende
aqui a defesa, a mera existência de um cadeado na porta
de entrada do imóvel. Deveria, de alguma forma, o
paciente ter externado irresignação com o suposto
ingresso dos agentes. Nos autos do RE no 331.303-AgR, o
voto condutor, proferido pelo então Min. Sepúlveda
Pertence, e acolhido por unanimidade, ostenta posição
semelhante:
‘No acordão recorrido, contudo, não ha nada
que indique tenha existido resistência a entrada ou
permanência dos fiscais na empresa: em sentido
oposto, nele se assenta que 'durante a diligência
realizada, o próprio acusado fez acompanhamento
dos fiscais, como representante legal da empresa'. (f.
306).
De outro lado, não se mostra suficiente, na via
do extraordinário, 'a alegação abstrata de invasão,
nem basta a existência, por si só, de 'placas com a
descrição 'proibida a entrada de pessoas estranhas'.“
(Grifei; págs. 17-18 do documento eletrônico 20).
Ressalto, por fim, que o acórdão ora impugnado não
merece reparo no seguinte ponto:
“Quanto a ser o crime de associação criminosa
apenas um pretexto para a quebra do sigilo telefônico,
penso ser descabida a pretensão. É que, como cediço,
trata-se de medida cautelar apuratória e, como tal, decorre
da existência de indícios, razão pela qual não há como
afirmar, consoante a tese defensiva, de que teria que ter o
magistrado total certeza de que havia, naquele momento,
um crime punido com reclusão. Existiam, repita-se,
indícios fortes da prática de crimes ambientais, praticados
21
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 22 de 27
Relatório
HC 130420 AGR / MT
por uma sofisticada associação de diversas pessoas. Tanto
é assim que a denúncia contempla quinze denunciados.
A fundamentação do magistrado de primeiro grau,
quando da quebra do sigilo, mostra-se adequada e
suficiente quanto à necessidade da medida invasiva,
conforme asseverado pelo acórdão ora atacado, no sentido
de que foram ‘atendidos os pressupostos exigidos pela Lei
9.296/1996, pois a investigação apontou indícios de
materialidade e autoria do crime de quadrilha (art. 288 -
CPP), com o núcleo do tipo (associar) possivelmente
formado por diversos colaboradores entre si, além dos
crimes definidos nos arts. 14, 16 e 18 da Lei 10.826/2003,
punidos com reclusão e conexos com os crimes contra a
fauna, tipificados no art. 29, caput, §4º, inciso I e §5º e art.
32 da Lei 9.605/1998, estes punidos com detenção.’ (Fl.
423)“ (págs. 14-15 do documento eletrônico 20).
Isso posto, denego a ordem (art. 192 do RISTF).
Neste agravo, discorre-se sobre as “nulidades absolutas até então
não reconhecidas: invasão de domicílio e ilicitude das interceptações
telefônicas” (grifos no original; pág. 3 do documento eletrônico 22).
É o relatório.
22
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Supremo Tribunal Federal
HC 130420 AGR / MT
por uma sofisticada associação de diversas pessoas. Tanto
é assim que a denúncia contempla quinze denunciados.
A fundamentação do magistrado de primeiro grau,
quando da quebra do sigilo, mostra-se adequada e
suficiente quanto à necessidade da medida invasiva,
conforme asseverado pelo acórdão ora atacado, no sentido
de que foram ‘atendidos os pressupostos exigidos pela Lei
9.296/1996, pois a investigação apontou indícios de
materialidade e autoria do crime de quadrilha (art. 288 -
CPP), com o núcleo do tipo (associar) possivelmente
formado por diversos colaboradores entre si, além dos
crimes definidos nos arts. 14, 16 e 18 da Lei 10.826/2003,
punidos com reclusão e conexos com os crimes contra a
fauna, tipificados no art. 29, caput, §4º, inciso I e §5º e art.
32 da Lei 9.605/1998, estes punidos com detenção.’ (Fl.
423)“ (págs. 14-15 do documento eletrônico 20).
Isso posto, denego a ordem (art. 192 do RISTF).
Neste agravo, discorre-se sobre as “nulidades absolutas até então
não reconhecidas: invasão de domicílio e ilicitude das interceptações
telefônicas” (grifos no original; pág. 3 do documento eletrônico 22).
É o relatório.
22
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 130.420 MATO GROSSO
V O T O
O Senhor Ministro
Ricardo Lewandowski
(Relator): Bem
examinados estes autos, verifico que o agravante não trouxe qualquer
argumento capaz de modificar as razões expendidas na decisão agravada,
que, por este motivo, subsiste.
Com efeito, deneguei a ordem por não vislumbrar ilicitude das
provas produzidas nos autos, uma vez que as investigações tiveram
origem na denúncia do biólogo Fernando Azevedo, existindo, portanto,
justa causa para instauração e prosseguimento da investigação criminal.
Infere-se, pois, que a insurgência ora apresentada revela o mero
inconformismo da parte com o resultado do julgamento que lhe foi
desfavorável, não havendo argumento capaz de infirmar as razões de
decidir do ato ora atacado.
Com efeito, a agravante, em seu recurso, limitou-se a transcrever as
razões já trazidas na petição inicial, sem abordar especificamente os
fundamentos constantes da decisão.
Incide no caso o § 1º do art. 317 do RISTF, que assim determina:
“Art. 317. Ressalvadas as exceções previstas neste
Regimento, caberá agravo regimental, no prazo de cinco dias
de decisão do Presidente do Tribunal, de Presidente de Turma
ou do Relator, que causar prejuízo ao direito da parte.
§ 1º A petição conterá, sob pena de rejeição liminar, as
razões do pedido de reforma da decisão agravada” (grifei).
Conforme apontado pelo Ministro Dias Toffoli ao julgar a Rcl 6.835-
AgR/SP,
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 130.420 MATO GROSSO
V O T O
O Senhor Ministro
Ricardo Lewandowski
(Relator): Bem
examinados estes autos, verifico que o agravante não trouxe qualquer
argumento capaz de modificar as razões expendidas na decisão agravada,
que, por este motivo, subsiste.
Com efeito, deneguei a ordem por não vislumbrar ilicitude das
provas produzidas nos autos, uma vez que as investigações tiveram
origem na denúncia do biólogo Fernando Azevedo, existindo, portanto,
justa causa para instauração e prosseguimento da investigação criminal.
Infere-se, pois, que a insurgência ora apresentada revela o mero
inconformismo da parte com o resultado do julgamento que lhe foi
desfavorável, não havendo argumento capaz de infirmar as razões de
decidir do ato ora atacado.
Com efeito, a agravante, em seu recurso, limitou-se a transcrever as
razões já trazidas na petição inicial, sem abordar especificamente os
fundamentos constantes da decisão.
Incide no caso o § 1º do art. 317 do RISTF, que assim determina:
“Art. 317. Ressalvadas as exceções previstas neste
Regimento, caberá agravo regimental, no prazo de cinco dias
de decisão do Presidente do Tribunal, de Presidente de Turma
ou do Relator, que causar prejuízo ao direito da parte.
§ 1º A petição conterá, sob pena de rejeição liminar, as
razões do pedido de reforma da decisão agravada” (grifei).
Conforme apontado pelo Ministro Dias Toffoli ao julgar a Rcl 6.835-
AgR/SP,
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 24 de 27
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
HC 130420 AGR / MT
“o Supremo Tribunal Federal assentou entendimento no
sentido da não subsistência do agravo regimental que se limita
a reiterar os argumentos apresentados na inicial, como
consagrado no art. 317, § 1º, do RISTF”.
Com essa mesma orientação, menciono os seguintes precedentes,
entre outros:
“AGRAVO REGIMENTAL NO
HABEAS CORPUS.
PROCESSO PENAL. TENTATIVA DE HOMICÍDIO
QUALIFICADO. PRISÃO PREVENTIVA. ALEGAÇÃO DE
EXCESSO DE PRAZO. HABEAS CORPUS INDEFERIDO NO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA: SÚMULA N. 691 DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DUPLA SUPRESSÃO DE
INSTÂNCIA. INVIABILIDADE JURÍDICA. AUSÊNCIA DE
IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DA DECISÃO AGRAVADA.
DECISÃO AGRAVADA MANTIDA. AGRAVO AO QUAL SE
NEGA PROVIMENTO.
1. Inexistindo anteriores manifestações das instâncias
precedentes sobre a matéria de fundo da impetração, a
apreciação dos pedidos da defesa implica dupla supressão de
instância, o que não é admitido conforme a jurisprudência do
Supremo Tribunal. Precedentes.
2. Sob pena de supressão de instância, não se admite a
impetração de habeas corpus neste Supremo Tribunal contra
decisão monocrática de Ministro de Tribunal Superior.
Precedentes.
3. O Agravante tem o dever de impugnar, de forma
específica, todos os fundamentos da decisão agravada, sob pena
de não provimento do agravo regimental.
4. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (HC
133.685/SP-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia).
“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS
CORPUS. TRÁFICO DE ENTORPECENTES. CONDENAÇÃO TRANSITADA
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 130420 AGR / MT
“o Supremo Tribunal Federal assentou entendimento no
sentido da não subsistência do agravo regimental que se limita
a reiterar os argumentos apresentados na inicial, como
consagrado no art. 317, § 1º, do RISTF”.
Com essa mesma orientação, menciono os seguintes precedentes,
entre outros:
“AGRAVO REGIMENTAL NO
HABEAS CORPUS.
PROCESSO PENAL. TENTATIVA DE HOMICÍDIO
QUALIFICADO. PRISÃO PREVENTIVA. ALEGAÇÃO DE
EXCESSO DE PRAZO. HABEAS CORPUS INDEFERIDO NO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA: SÚMULA N. 691 DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DUPLA SUPRESSÃO DE
INSTÂNCIA. INVIABILIDADE JURÍDICA. AUSÊNCIA DE
IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DA DECISÃO AGRAVADA.
DECISÃO AGRAVADA MANTIDA. AGRAVO AO QUAL SE
NEGA PROVIMENTO.
1. Inexistindo anteriores manifestações das instâncias
precedentes sobre a matéria de fundo da impetração, a
apreciação dos pedidos da defesa implica dupla supressão de
instância, o que não é admitido conforme a jurisprudência do
Supremo Tribunal. Precedentes.
2. Sob pena de supressão de instância, não se admite a
impetração de habeas corpus neste Supremo Tribunal contra
decisão monocrática de Ministro de Tribunal Superior.
Precedentes.
3. O Agravante tem o dever de impugnar, de forma
específica, todos os fundamentos da decisão agravada, sob pena
de não provimento do agravo regimental.
4. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (HC
133.685/SP-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia).
“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS
CORPUS. TRÁFICO DE ENTORPECENTES. CONDENAÇÃO TRANSITADA
2
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
HC 130420 AGR / MT
EM JULGADO. REGIME INICIAL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO.
AGRAVO NÃO CONHECIDO.
1.
A parte recorrente não se desincumbiu do seu
dever processual de impugnar, especificamente, todos os
fundamentos da decisão agravada, o que inviabiliza o
conhecimento do recurso. Precedentes.
2.
O Supremo Tribunal Federal não admite a
utilização do habeas corpus em substituição à ação de revisão
criminal.
3.
Hipótese em que não se verifica teratologia,
ilegalidade flagrante ou abuso de poder. Até porque, nos
termos do art. 66, III, b, da Lei de Execuções Penais, compete ao
Juízo da execução penal a análise de eventual progressão de
regime.
4.
Agravo regimental não conhecido” (HC 135.866-
AgR/SP, Rel. Min. Roberto Barroso).
“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Recurso
que não ataca o fundamento da decisão agravada. Aplicação do
art. 317, § 1º, do RISTF. Precedentes. 3. Agravo regimental a que
se nega provimento” (Rcl 8.955-AgR/SP, Plenário, Rel. Min.
Gilmar Mendes).
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
3
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Supremo Tribunal Federal
HC 130420 AGR / MT
EM JULGADO. REGIME INICIAL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO.
AGRAVO NÃO CONHECIDO.
1.
A parte recorrente não se desincumbiu do seu
dever processual de impugnar, especificamente, todos os
fundamentos da decisão agravada, o que inviabiliza o
conhecimento do recurso. Precedentes.
2.
O Supremo Tribunal Federal não admite a
utilização do habeas corpus em substituição à ação de revisão
criminal.
3.
Hipótese em que não se verifica teratologia,
ilegalidade flagrante ou abuso de poder. Até porque, nos
termos do art. 66, III, b, da Lei de Execuções Penais, compete ao
Juízo da execução penal a análise de eventual progressão de
regime.
4.
Agravo regimental não conhecido” (HC 135.866-
AgR/SP, Rel. Min. Roberto Barroso).
“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Recurso
que não ataca o fundamento da decisão agravada. Aplicação do
art. 317, § 1º, do RISTF. Precedentes. 3. Agravo regimental a que
se nega provimento” (Rcl 8.955-AgR/SP, Plenário, Rel. Min.
Gilmar Mendes).
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
3
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Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 130.420
PROCED. : MATO GROSSO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : ELISEU AUGUSTO SICOLI
ADV.(A/S) : RENÉ DOTTI (00002612/PR)
ADV.(A/S) : GUSTAVO SCANDELARI (40675/PR)
ADV.(A/S) : LUIS OTÁVIO SALES (45531/PR)
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217667
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 130.420
PROCED. : MATO GROSSO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : ELISEU AUGUSTO SICOLI
ADV.(A/S) : RENÉ DOTTI (00002612/PR)
ADV.(A/S) : GUSTAVO SCANDELARI (40675/PR)
ADV.(A/S) : LUIS OTÁVIO SALES (45531/PR)
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217667
Inteiro Teor do Acórdão - Página 27 de 27
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14257028 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-01T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NO HABEAS CORPUS | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. OPERAÇÃO JAGUAR. CAÇA E MAUS TRATOS DE ANIMAIS SILVESTRES. ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO. INEXISTÊNCIA DE NULIDADE. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. INCIDÊNCIA DO ART. 317, § 1°, DO RISTF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
I - O agravante não refutou os fundamentos da decisão agravada, o que atrai a incidência do art. 317, § 1°, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal – RISTF. Precedentes.
II - Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur379543 | - Acórdão(s) citado(s):
(AGRAVO, IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA, FUNDAMENTO, DECISÃO AGRAVADA)
Rcl 6835 AgR (TP), Rcl 8955 AgR (TP), HC 133685 AgR (2ªT), HC 135866 AgR (1ªT).
Número de páginas: 27.
Análise: 22/05/2018, JRS. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 130420 | [
"LEG-FED RGI ANO-1980\n ART-00317 PAR-00001\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL"
] | HC-AgR | acordaos | HC 130420 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ELISEU AUGUSTO SICOLI
ADV.(A/S) : RENÉ DOTTI
ADV.(A/S) : GUSTAVO SCANDELARI
ADV.(A/S) : LUIS OTÁVIO SALES
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 130 . 420",
"HABEAS CORPUS 130 . 420",
"RHC 54 . 215 / MT",
"HABEAS CORPUS 130 . 420",
"RHC 54 . 215 / MT",
"HC 130420 AGR / MT",
"HC 130420 AGR / MT",
"HC 130420 AGR / MT",
"HC 130420 AGR / MT",
"HC 130420 AGR / MT PMA",
"HC 130420 AGR / MT",
"HC 130420 AGR / MT",
"0024061",
"-",
"03",
".",
"2013",
".",
"4",
".",
"01",
".",
"0000",
"/",
"HC 130420 AGR / MT",
"HC 130420 AGR / MT",
"HC 130420 AGR / MT",
"HC 130420 AGR / MT",
"Inquérito Policial n . [UNK] 315 / 09",
"HC 130420 AGR / MT",
"HC 130420 AGR / MT",
"HC 130420 AGR / MT",
"HC 130420 AGR / MT",
"HC 130420 AGR / MT",
"HC 130420 AGR / MT",
"HC 126 . 791 - ED / RJ",
"HC 126 . 614 / SP",
"HC 126 . 808 - AgR / PA",
"HC 130420 AGR / MT",
"HC 126 . 791 - ED / RJ",
"HC 126 . 614 / SP",
"HC 126 . 808 - AgR / PA",
"HC 130420 AGR / MT",
"HC 130420 AGR / MT",
"HC 130420 AGR / MT",
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"HC 130420 AGR / MT",
"HC 130420 AGR / MT",
"HC 130420 AGR / MT",
"HC 130420 AGR / MT",
"HC 130420 AGR / MT",
"HC 130420 AGR / MT",
"HC 130420 AGR / MT",
"HC 130420 AGR / MT",
"HC 130420 AGR / MT",
"HC 130420 AGR / MT",
"HC 130420 AGR / MT",
"HC 130420 AGR / MT",
"RE 603 . 616 - RG / RO",
"HC 130420 AGR / MT",
"RE 603 . 616 - RG / RO",
"HC 130420 AGR / MT",
"HC 130420 AGR / MT",
"HC 130420 AGR / MT",
"RE no 331 . 303 - AgR",
"HC 130420 AGR / MT",
"RE no 331 . 303 - AgR",
"HC 130420 AGR / MT",
"HC 130420 AGR / MT",
"HABEAS CORPUS 130 . 420",
"Rcl 6 . 835 - AgR / SP",
"HABEAS CORPUS 130 . 420",
"Rcl 6 . 835 - AgR / SP",
"HC 130420 AGR / MT",
"SÚMULA N . 691 DO SUPREMO",
"HC 133 . 685 / SP - AgR",
"HC 130420 AGR / MT",
"SÚMULA N . 691 DO SUPREMO",
"HC 133 . 685 / SP - AgR",
"HC 130420 AGR / MT",
"HC 135 . 866 - AgR / SP",
"Rcl 8 . 955 - AgR / SP",
"HC 130420 AGR / MT",
"HC 135 . 866 - AgR / SP",
"Rcl 8 . 955 - AgR / SP",
"HABEAS CORPUS 130 . 420",
"HABEAS CORPUS 130 . 420"
],
"LEGISLACAO": [
"ART",
"art . 317 , § 1° , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CF , art . [UNK] , XI",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CF , art . [UNK] , XI",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 32 , ambos da Lei 9 . 605 / 98",
"CP , art . 288",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 32 , ambos da Lei 9 . 605 / 98",
"CP , art . 288",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CF , art . [UNK] , XI",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CF , art . [UNK] , XI",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 29 , caput , § [UNK] , I , e § [UNK] ; e 32 , ambos da Lei n . [UNK] 9 . 605 / 98",
"arts . 14 , 15 , 16 e 18 , todos da Lei n . [UNK] 10 . 826 / 03",
"art . 288 , do CP",
"CP , art . 69",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 29 , caput , § [UNK] , I , e § [UNK] ; e 32 , ambos da Lei n . [UNK] 9 . 605 / 98",
",",
"15 , 16 e 18 , todos da Lei n . [UNK] 10 . 826 / 03",
"art . 288 , do CP",
"CP , art . 69",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"IPL 315 / 09",
"CP , art . 150 , caput",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CP , art . 150 , caput",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CF , art . [UNK] , XI",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CF , art . [UNK] , XI",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n . [UNK] 9 . 605 / 98 , art",
"art . 288 , do CP",
"CPP , art . 157",
"CF , art . [UNK] , XI",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n . [UNK] 9 . 605 / 98 ,",
"art . 288 , do CP",
"CPP , art . 157",
"CF , art . [UNK] , XI",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 29",
"art . 32 , ambos da Lei 9 . 605 / 98",
"CP , art . 288",
"Lei no 9 . 296 / 96",
"art . 192 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 32 , ambos da Lei 9 . 605 / 98",
"CP , art . 288",
"Lei no 9 . 296 / 96",
"art . 192 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 29 , da Lei n° 9 . 605",
"Lei de",
"art . 288 , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 29 , da Lei n° 9 . 605",
"Lei",
"art . 288 , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , XI , da CF",
"Constituição",
"Constituição",
"Constituição",
"art . 5 , XI , da CF",
"Pacto de São José da Costa Rica",
"Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , XI , da CF",
"Constituição",
"Constituição",
"Constituição",
"art . 5 , XI , da CF",
"Pacto de São José da Costa Rica",
"Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 9 . 296 / 1996",
"art",
"arts . 14 , 16 e 18 da Lei 10 . 826 / 2003",
"art . 29 , caput , § [UNK] , inciso I e § [UNK] e art . 32 da Lei 9 . 605 / 1998",
"art . 192 do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 9 . 296 / 1996",
"arts . 14 , 16 e 18 da Lei 10 . 826 / 2003",
"art . 29 , caput , § [UNK] , inciso I e § [UNK] e art . 32 da Lei 9 . 605 / 1998",
"art . 192 do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 317 do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 317 do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 317 , § [UNK] , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP",
"art . 66 , III , b , da Lei de Execuções Penais",
"art . 317 , § [UNK] , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 66 , III , b , da Lei de Execuções Penais",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"MATO GROSSO",
"Brasília",
"MATO GROSSO",
"MATO GROSSO",
"Fazenda Taiman",
"Corumbá",
"/",
"MS",
"Fazenda Taiman",
"Corumbá",
"/",
"MS",
"Fazenda Taiman",
"Corumbá",
"/",
"MS",
"Pantanal",
"Fazenda Taiman",
"Corumbá",
"/",
"MS",
"Pantanal",
"Fazenda Taiman",
"Fazenda Taiman",
"Fazenda Taiman",
"Corumbá",
"/",
"MS",
"Sinop",
"/",
"MT",
"MT",
"Corumbá",
"/",
"MS",
"Sinop",
"/",
"MT",
"Fazenda Taiman",
"Fazenda Taiman",
"fazenda",
"Taiman",
"fazenda",
"Taiman",
"Fazenda Taiman",
"Fazenda Taiman",
"Corumbá",
"/",
"MS",
"Fazenda Taiman",
"Fazenda Taiman",
"Corumbá",
"/",
"MS",
"Operação",
"Fazenda Taiman",
"Corumbá",
"/",
"MS",
"Corumbá",
"Fazenda Taiman",
"Corumbá",
"/",
"MS",
"Corumbá",
"Fazenda Taiman",
"Estrada",
"-",
"Parque Pantanal Sul",
"município",
"de",
"Corumbá",
"/",
"MS",
"Cascavel",
"/",
"PR",
"Fazenda Taiman",
"Estrada",
"-",
"Parque Pantanal Sul",
"município",
"Corumbá /",
"MS",
"Cascavel",
"/",
"PR",
"região do",
"Passo do Lontra / Abobral",
"Fazenda São Bento",
"Fazenda Taiamá",
"São Paulo / SP",
"Fazenda San Francisco",
"Zona Rural",
"Miranda",
"/",
"MS",
"Miranda",
"/",
"MS",
"região do",
"Passo do Lontra / Abobral",
"Fazenda São Bento",
"Fazenda Taiamá",
"São Paulo / SP",
"Fazenda San Francisco",
"Zona Rural",
"Miranda",
"/",
"MS",
"Miranda",
"/",
"MS",
"Fazenda Taiamá",
"fazenda",
"Taiamá",
"fazenda",
"Taiamá",
"fazenda",
"Taiamá",
"região do Abobral",
"Nhecolândia",
"fazenda",
"Taiamá",
"fazenda",
"Taiamá",
"Fazenda",
"Taiamá",
"Fazenda",
"Taiamá",
"fazenda",
"Taiamá",
"fazenda",
"Taiamá",
"fazenda",
"Taiamá",
"região do Abobral",
"Nhecolândia",
"fazenda",
"Taiamá",
"fazenda",
"Taiamá",
"fazenda",
"Taiamá",
"Fazenda",
"Taiamá",
"Corumbá",
"/",
"MS",
"região",
"Corumbá",
"/",
"MS",
"Fazenda Taiamá",
"Fazenda Taiamá",
"Corumbá",
"/",
"MS",
"região",
"Corumbá",
"/",
"MS",
"Fazenda Taiamá",
"Fazenda Taiamá ’",
"Fazenda Taiama ’",
"Fazenda Taiama ’",
"Corumba",
"/",
"MS",
"Fazenda Taiama ’",
"Fazenda Taiama",
"Corumba",
"/",
"MS",
"Fazenda Taiama",
"Fazenda Taiama",
"fazenda Taiman",
"fazenda",
"MATO GROSSO",
"MATO GROSSO",
"MATO GROSSO",
"MATO GROSSO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"STJ",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"STJ",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Polícia Militar Ambiental",
"Polícia Militar Ambiental",
"Polícia Federal",
"Polícia Federal",
"Polícia Militar Ambiental",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Polícia Militar Ambiental",
"Polícia Federal",
"Polícia Militar Ambiental",
"Polícia Federal",
"Polícia Federal",
"Polícia Militar Ambiental",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Polícia Militar Ambiental",
"ONG",
"Pró",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Polícia Militar Ambiental",
"PMA",
"ONG",
"Pró",
"/",
"Infraestrutura de",
"Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Pelotão da [UNK] CIA de Polícia Militar Ambiental",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Pelotão da [UNK] CIA de Polícia Militar Ambiental",
"Fazenda",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PMA",
"Ministério Público Federal",
"Juízo Federal de",
"TRF1",
"STJ",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PMA",
"Ministério Público Federal",
"TRF1",
"STJ",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"TRF1",
"PMA",
"PMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"TRF1",
"PMA",
"PMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público",
"PMA",
"PMA",
"Polícia Militar Ambiental",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público",
"PMA",
"PMA",
"Polícia Militar Ambiental",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Polícia Militar Ambiental",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Polícia Militar Ambiental",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PMA",
"Polícia Militar Ambiental",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PMA",
"Polícia Militar Ambiental",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PMA",
"Ministério Público Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"STJ",
"Polícia Federal",
"Ministério Público Federal",
"Polícia Militar Ambiental",
"Polícia Federal",
"Delegacia de Policia Federal",
"[UNK] Promotoria de Justiça da comarca de Corumbá / MS",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STJ",
"Ministério Público Federal",
"Polícia Militar Ambiental",
"Polícia Federal",
"Delegacia de Policia Federal",
"[UNK] Promotoria de Justiça da comarca de Corumbá / MS",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"2a",
"Promotoria de Justiça da comarca de Corumbá / MS",
"T",
"Pelotão da 2a CIA de Policia Militar Ambiental",
"DPF",
"Polícia Militar Ambiental",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"2a Promotoria de Justiça da comarca de Corumbá / MS",
"T",
"Pelotão da 2a CIA de Policia Militar Ambiental",
"DPF",
"Polícia Militar Ambiental",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Polícia Federal",
"Pelotão",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Polícia Federal",
"Pelotão de PMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Instituto Pró - Carnívoros",
"TELEVILT",
"Projeto",
"Polícia Militar Ambiental",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Instituto Pró - Carnívoros",
"Projeto Pró - Carnívoros",
"Polícia Militar Ambiental",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PM Ambiental",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PM Ambiental",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Polícia Federal",
"Polícia Militar Ambiental",
"Polícia Federal",
"PM Ambiental",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PM Ambiental",
"Polícia Federal",
"Polícia Militar Ambiental",
"Polícia Federal",
"PM Ambiental",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Projeto",
"Policia Militar Ambiental de Mato Grosso do Sul",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Policia Militar Ambiental de Mato Grosso do Sul",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Policia Militar Ambiental",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Policia Militar Ambiental",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"ELISEU AUGUSTO SICOLI",
"RENÉ DOTTI",
"GUSTAVO SCANDELARI",
"LUIS OTÁVIO SALES",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"ELISEU AUGUSTO SICOLI",
"RENÉ DOTTI",
"GUSTAVO SCANDELARI",
"LUIS OTÁVIO SALES",
"Ricardo Lewandowski",
"Eliseu Augusto Sicoli",
"Maria Thereza de Assis Moura",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"ELISEU AUGUSTO SICOLI",
"RENÉ DOTTI",
"GUSTAVO SCANDELARI",
"LUIS OTÁVIO SALES",
"Ricardo Lewandowski",
"Eliseu Augusto Sicoli",
"Maria Thereza de Assis Moura",
"MARCOS MORAES DE MELO",
"Fernando Azevedo",
"MARCOS MORAES DE MELO",
"Fernando Azevedo",
"ELISEU",
"MARCOS ANTONIO",
"Luiz Carlos Cavalieri Silva",
"MARCOS MORAES DE MELO",
"ELISEU",
"MARCOS ANTONIO",
"Luiz Carlos Cavalieri Silva",
"MARCOS MORAES DE MELO",
"MARCOS DE MELO",
"MARCOS DE MELO",
"MARCOS ANTONIO MORAES DE MELO",
"Fernando Azevedo",
"MARCOS ANTONIO MORAES DE MELO",
"Fernando Azevedo",
"Maria Aparecida Borges Stella",
"Frederico Stella",
"MARCOS MORAIS DE MELO",
"Maria Aparecida Borges Stella",
"Frederico Stella",
"MARCOS MORAIS DE MELO",
"MARCOS MORAES DE MELO",
"MARCOS MORAES DE MELO",
"Cármen Lúcia",
"Deborah Duprat",
"Dias Toffoli",
"Cármen Lúcia",
"Deborah Duprat",
"Dias Toffoli",
"MARIO PAULO MACHADO NOMOTO",
"MARIO PAULO MACHADO NOMOTO",
"Elizeu Augusto Sicole",
"Marcos Antonio Moraes de Melo",
"Luiz Carlos Cavalieri silva",
"Fernando Azevedo",
"Henrique Vilas Concone",
"Fernando Azevedo",
"Henrique Villas Boas Concone",
"Fernando Azevedo",
"Elizeu Augusto Sicole",
"Marcos Antonio Moraes de Melo",
"Luiz Carlos Cavalieri silva",
"Fernando Azevedo",
"Henrique Vilas Concone",
"Fernando Azevedo",
"Henrique Villas Boas Concone",
"Fernando Azevedo",
"FERNANDO AZEVEDO",
"FERNANDO",
"ELIZEU AUGUSTO SICOLE",
"MARCOS",
"ANTONIO MORAES DE MELO",
"FERNANDO AZEVEDO",
"FERNANDO",
"FERNANDO",
"ELIZEU",
"MARCOS ANTONIO",
"HENRIQUE VILLAS BOAS CONCONE",
"César Henrique Concone",
"Maria Helena Villas Boas Concone",
"FERNANDO AZEVEDO",
"FERNANDO",
"ELIZEU AUGUSTO SICOLE",
"MARCOS ANTONIO MORAES DE MELO",
"FERNANDO AZEVEDO",
"FERNANDO",
"FERNANDO",
"ELIZEU",
"MARCOS ANTONIO",
"HENRIQUE VILLAS BOAS CONCONE",
"César Henrique Concone",
"Maria Helena Villas Boas Concone",
"MOISÉS",
"CARUNCHO",
"MOISÉS",
"JOÃO",
"MOISÉS",
"FREDERIDO STELLA",
"FERNANDO",
"FERNANDO",
"MOISÉS",
"CARUNCHO",
"MOISÉS",
"JOÃO",
"MOISÉS",
"FREDERIDO STELLA",
"FERNANDO",
"FERNANDO",
"ELISEU",
"ANTONIO TEODORO DE MELO NETO",
"Tonho",
"ELISEU",
"Tonho",
"FERNANDO",
"ELISEU",
"ANTONIO TEODORO DE MELO NETO",
"Tonho",
"ELISEU",
"Tonho",
"FERNANDO",
"AZEVEDO",
"Maria Thereza de Assis",
"AZEVEDO",
"Maria Thereza de Assis",
"ELISEU",
"MARCO ANTONIO MORAIS DE MELO",
"ELISEU AUGUSTO SICOLI",
"ELISEU",
"ELISEU",
"MARCO ANTONIO MORAIS DE MELO",
"ELISEU AUGUSTO SICOLI",
"ELISEU",
"ELISEU",
"ELISEU",
"ELISEU",
"ANTONIO MORAIS DE MELO",
"ELISEU",
"ELISEU",
"ELISEU",
"ANTONIO MORAIS DE MELO",
"Fernando Azevedo",
"Gilmar Mendes",
"Fernando Azevedo",
"Gilmar Mendes",
"Deborah Duprat",
"Antônio Morais",
"Deborah Duprat",
"Antônio Morais",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ricardo Lewandowski",
"Fernando Azevedo",
"Dias Toffoli",
"Ricardo Lewandowski",
"Fernando Azevedo",
"Dias Toffoli",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Cármen Lúcia",
"Cármen Lúcia",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Roberto Barroso",
"Gilmar Mendes",
"Roberto Barroso",
"Gilmar Mendes",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"ELISEU AUGUSTO SICOLI",
"RENÉ DOTTI",
"GUSTAVO SCANDELARI",
"LUIS OTÁVIO SALES",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"ELISEU AUGUSTO SICOLI",
"RENÉ DOTTI",
"GUSTAVO SCANDELARI",
"LUIS OTÁVIO SALES",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"07",
".",
"05",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"07",
".",
"05",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"09",
".",
"10",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"09",
".",
"10",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"abril de 2010",
"julho de 2010",
"10",
".",
"08",
".",
"2010",
"5",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"abril de 2010",
"julho de 2010",
"10",
".",
"08",
".",
"2010",
"5",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
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"/",
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"/",
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"08",
"/",
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"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
"/",
"6",
"/",
"2016",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
"/",
"6",
"/",
"2016",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"07 de maio de 2009",
"09 de outubro de 2009",
"09 de outubro de 2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"07 de maio de 2009",
"09 de outubro de 2009",
"09 de outubro de 2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12 de fevereiro de 1998",
"07 de maio de 2009",
"07 de maio de 2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12 de fevereiro de 1998",
"07 de maio de 2009",
"07 de maio de 2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"7 de maio de 2009",
"05",
"/",
"02",
"/",
"1975",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"7 de maio de 2009",
"05",
"/",
"02",
"/",
"1975",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"abril de 2010",
"julho de 2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"abril de 2010",
"julho de 2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"7 de maio de 2009",
"abril de 2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"7 de maio de 2009",
"abril de 2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
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"08",
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"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
"24",
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"08",
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"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
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"12",
"/",
"2017",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
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"08",
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"2001",
"1",
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"12",
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"2017",
"7",
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"12",
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"2017",
"24",
"/",
"08",
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"2001"
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Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
980.355 SANTA CATARINA
RELATOR
: MIN. EDSON FACHIN
EMBTE.(S)
:PHENIX SEGURADORA S/A
ADV.(A/S)
:PAULA CASSETTARI FLORES
ADV.(A/S)
:THIAGO ZUCCHETTI CARRION
EMBDO.(A/S)
:LEILA REGINA TECHIO
ADV.(A/S)
:JORENILDA LUCIA STUKER SCHMIDT
EMENTA:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO
REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.
OPOSIÇÃO EM 9.10.2017. SFH. SEGURO. RESPONSABILIDADE CIVIL.
REPAROS. IMÓVEL. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR.
APLICAÇÃO RETROATIVA. IMPOSSIBILIDADE.
1. Não se aplica o Código de Defesa do Consumidor aos contratos
celebrados anteriormente ao início de sua vigência, sob pena de ofensa ao
ato jurídico perfeito e, por conseguinte, ao art. 5º, XXXVI, da Constituição
Federal. Precedentes.
2. Embargos de declaração acolhidos, com efeitos infringentes, para
que, dando-se provimento a agravo regimental e recurso extraordinário,
determine-se o retorno dos autos ao Tribunal de origem, a fim de que seja
realizado novo julgamento, sem a incidência da legislação consumerista.
Majoração de honorários tornada sem efeito.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, em sessão virtual, de 1º a
7 de dezembro de 2017, sob a Presidência do Senhor Ministro Edson
Fachin, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas,
por unanimidade de votos, em acolher os embargos de declaração, com
efeitos infringentes, para dar provimento ao agravo regimental e recurso
extraordinário e determinar o retorno dos autos ao Tribunal de origem, a
fim de que seja realizado novo julgamento, sem a incidência da legislação
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14349648.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9
Ementa e Acórdão
ARE 980355 AGR-ED / SC
consumerista. Prosseguindo, tornou sem efeito a majoração de honorários
advocatícios contida no acórdão embargado, tudo nos termos do voto do
Relator
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
Ministro EDSON FACHIN
Relator
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 980355 AGR-ED / SC
consumerista. Prosseguindo, tornou sem efeito a majoração de honorários
advocatícios contida no acórdão embargado, tudo nos termos do voto do
Relator
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
Ministro EDSON FACHIN
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
980.355 SANTA CATARINA
RELATOR
: MIN. EDSON FACHIN
EMBTE.(S)
:PHENIX SEGURADORA S/A
ADV.(A/S)
:PAULA CASSETTARI FLORES
ADV.(A/S)
:THIAGO ZUCCHETTI CARRION
EMBDO.(A/S)
:LEILA REGINA TECHIO
ADV.(A/S)
:JORENILDA LUCIA STUKER SCHMIDT
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN (RELATOR): Trata-se de
embargos de declaração opostos em face de acórdão da Segunda Turma,
de minha relatoria, em que negado provimento a agravo regimental, com
majoração de verba honorária, assim ementado (eDOC-15, p. 1):
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INTERPOSIÇÃO EM
09.09.2016. INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DE LEI À LUZ
DO ART. 6º DA LEI DE INTRODUÇÃO AO CÓDIGO CIVIL.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
NEGADO
PROVIMENTO, COM MAJORAÇÃO DA VERBA
HONORÁRIA.
1. Estando em jogo no recurso extraordinário, em última
análise, a interpretação e aplicação de normas
infraconstitucionais à luz do art. 6º da Lei de Introdução ao
Código Civil, não merece trânsito o recurso extraordinário.
2. Agravo regimental que se nega provimento, com
majoração da verba honorária, nos termos do art. 85, § 11, do
CPC, devendo ser observados os §§ 2º e 3º do mesmo
dispositivo.
Nas razões recursais (eDOC-16), alega-se que o acórdão embargado
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
980.355 SANTA CATARINA
RELATOR
: MIN. EDSON FACHIN
EMBTE.(S)
:PHENIX SEGURADORA S/A
ADV.(A/S)
:PAULA CASSETTARI FLORES
ADV.(A/S)
:THIAGO ZUCCHETTI CARRION
EMBDO.(A/S)
:LEILA REGINA TECHIO
ADV.(A/S)
:JORENILDA LUCIA STUKER SCHMIDT
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN (RELATOR): Trata-se de
embargos de declaração opostos em face de acórdão da Segunda Turma,
de minha relatoria, em que negado provimento a agravo regimental, com
majoração de verba honorária, assim ementado (eDOC-15, p. 1):
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INTERPOSIÇÃO EM
09.09.2016. INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DE LEI À LUZ
DO ART. 6º DA LEI DE INTRODUÇÃO AO CÓDIGO CIVIL.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
NEGADO
PROVIMENTO, COM MAJORAÇÃO DA VERBA
HONORÁRIA.
1. Estando em jogo no recurso extraordinário, em última
análise, a interpretação e aplicação de normas
infraconstitucionais à luz do art. 6º da Lei de Introdução ao
Código Civil, não merece trânsito o recurso extraordinário.
2. Agravo regimental que se nega provimento, com
majoração da verba honorária, nos termos do art. 85, § 11, do
CPC, devendo ser observados os §§ 2º e 3º do mesmo
dispositivo.
Nas razões recursais (eDOC-16), alega-se que o acórdão embargado
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9
Relatório
ARE 980355 AGR-ED / SC
padece de omissão, na medida em que “não se manifestou quanto à
integridade da jurisprudência invocada deste Excelso Supremo Tribunal Federal
pela Embargante, relativa a casos idênticos ao presente, todos julgando
inconstitucional o vergastado entendimento do Tribunal a quo: Ag. 829.550/SC,
RE com Agr. 885.114/SC e RE com Agr. 881.778/SC”.
Intimada, a parte embargada não apresentou manifestação (eDOC-
19).
É o relatório.
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 980355 AGR-ED / SC
padece de omissão, na medida em que “não se manifestou quanto à
integridade da jurisprudência invocada deste Excelso Supremo Tribunal Federal
pela Embargante, relativa a casos idênticos ao presente, todos julgando
inconstitucional o vergastado entendimento do Tribunal a quo: Ag. 829.550/SC,
RE com Agr. 885.114/SC e RE com Agr. 881.778/SC”.
Intimada, a parte embargada não apresentou manifestação (eDOC-
19).
É o relatório.
2
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Voto - MIN. EDSON FACHIN
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
980.355 SANTA CATARINA
V O T O
O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN (RELATOR): Assiste razão à
parte embargante.
Com efeito, no acórdão proferido pelo Tribunal a quo, aplicou-se a
disciplina normativa do Código de Defesa do Consumidor à relação
contratual existente entre as partes, celebrada anteriormente ao início de
sua vigência.
Ao fazê-lo, todavia, o juízo de origem contrariou a jurisprudência
desta Corte, segundo a qual a aplicação do CDC sobre contratos
anteriores a sua vigência ofende o ato jurídico perfeito e, por conseguinte,
infringe o art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal.
Confiram-se, a esse respeito, os seguintes precedentes:
- Compromisso de compra e venda. Rescisão. Alegação de
ofensa ao artigo 5º, XXXVI, da Constituição. - Sendo
constitucional o princípio de que a lei não pode prejudicar o ato
jurídico perfeito, ele se aplica também às leis de ordem pública.
De outra parte, se a cláusula relativa a rescisão com a perda de
todas as quantias já pagas constava do contrato celebrado
anteriormente ao Código de Defesa do Consumidor, ainda
quando a rescisão tenha ocorrido após a entrada em vigor
deste, a aplicação dele para se declarar nula a rescisão feita de
acordo com aquela cláusula fere, sem dúvida alguma, o ato
jurídico perfeito, porquanto a modificação dos efeitos futuros
de ato jurídico perfeito caracteriza a hipótese de retroatividade
mínima que também é alcançada pelo disposto no artigo 5º,
XXXVI, da Carta Magna. Recurso extraordinário conhecido e
provido.
(RE 205999, Rel. Min. MOREIRA ALVES, Primeira Turma,
DJ 3.3.2000)
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
980.355 SANTA CATARINA
V O T O
O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN (RELATOR): Assiste razão à
parte embargante.
Com efeito, no acórdão proferido pelo Tribunal a quo, aplicou-se a
disciplina normativa do Código de Defesa do Consumidor à relação
contratual existente entre as partes, celebrada anteriormente ao início de
sua vigência.
Ao fazê-lo, todavia, o juízo de origem contrariou a jurisprudência
desta Corte, segundo a qual a aplicação do CDC sobre contratos
anteriores a sua vigência ofende o ato jurídico perfeito e, por conseguinte,
infringe o art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal.
Confiram-se, a esse respeito, os seguintes precedentes:
- Compromisso de compra e venda. Rescisão. Alegação de
ofensa ao artigo 5º, XXXVI, da Constituição. - Sendo
constitucional o princípio de que a lei não pode prejudicar o ato
jurídico perfeito, ele se aplica também às leis de ordem pública.
De outra parte, se a cláusula relativa a rescisão com a perda de
todas as quantias já pagas constava do contrato celebrado
anteriormente ao Código de Defesa do Consumidor, ainda
quando a rescisão tenha ocorrido após a entrada em vigor
deste, a aplicação dele para se declarar nula a rescisão feita de
acordo com aquela cláusula fere, sem dúvida alguma, o ato
jurídico perfeito, porquanto a modificação dos efeitos futuros
de ato jurídico perfeito caracteriza a hipótese de retroatividade
mínima que também é alcançada pelo disposto no artigo 5º,
XXXVI, da Carta Magna. Recurso extraordinário conhecido e
provido.
(RE 205999, Rel. Min. MOREIRA ALVES, Primeira Turma,
DJ 3.3.2000)
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9
Voto - MIN. EDSON FACHIN
ARE 980355 AGR-ED / SC
Constitui ofensa ao art. 5º, XXXVI da Constituição Federal
a aplicação do Código de Defesa do Consumidor em contrato
celebrado anteriormente à sua edição. Precedente da Turma.
Recurso extraordinário conhecido e provido.
(RE 240216, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Primeira Turma,
DJ 14.6.2002)
I. Embargos de declaração convertidos em agravo
regimental. II. Recurso extraordinário: descabimento: questão
relativa ao preenchimento dos requisitos para a propositura de
ação civil pública, de reexame inviável no RE: incidência da
Súmula 636. III. Recurso extraordinário: cabimento: tema de
direito intertemporal devidamente prequestionado. IV. Código
de Defesa do Consumidor: contrato firmado entre instituição
financeira e seus clientes referente à caderneta de poupança:
não obstante as normas veiculadas pelo Código de Defesa do
Consumidor alcancem as instituições financeiras (cf. ADIn
2.591, 7.6.2006, Pleno, Eros Grau), não é possível a sua aplicação
retroativa, sob pena de violação do art. 5º, XXXVI, da
Constituição Federal. Precedente (RE 205.999, 16.11.99, Moreira,
RTJ 173/263).
(RE 395384 ED, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE,
Primeira Turma, DJe 21.6.2007)
CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO
REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALEGADA
VIOLAÇÃO AOS ARTS. 5º, XXXV, LIV, LV, E 93, IX, DA
CONSTITUIÇÃO. OFENSA REFLEXA. APLICAÇÃO DO
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR À INSTITUIÇÕES
FINANCEIRAS.
APLICAÇÃO
RETROATIVA.
IMPOSSIBILIDADE. OFENSA AO ATO JURÍDICO PERFEITO.
AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SUBSTITUIÇÃO
PROCESSUAL. POSSIBILIDADE. AGRAVO PROVIDO
PARCIALMENTE. I - A violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da
Constituição, em regra, configura situação de ofensa
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 980355 AGR-ED / SC
Constitui ofensa ao art. 5º, XXXVI da Constituição Federal
a aplicação do Código de Defesa do Consumidor em contrato
celebrado anteriormente à sua edição. Precedente da Turma.
Recurso extraordinário conhecido e provido.
(RE 240216, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Primeira Turma,
DJ 14.6.2002)
I. Embargos de declaração convertidos em agravo
regimental. II. Recurso extraordinário: descabimento: questão
relativa ao preenchimento dos requisitos para a propositura de
ação civil pública, de reexame inviável no RE: incidência da
Súmula 636. III. Recurso extraordinário: cabimento: tema de
direito intertemporal devidamente prequestionado. IV. Código
de Defesa do Consumidor: contrato firmado entre instituição
financeira e seus clientes referente à caderneta de poupança:
não obstante as normas veiculadas pelo Código de Defesa do
Consumidor alcancem as instituições financeiras (cf. ADIn
2.591, 7.6.2006, Pleno, Eros Grau), não é possível a sua aplicação
retroativa, sob pena de violação do art. 5º, XXXVI, da
Constituição Federal. Precedente (RE 205.999, 16.11.99, Moreira,
RTJ 173/263).
(RE 395384 ED, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE,
Primeira Turma, DJe 21.6.2007)
CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO
REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALEGADA
VIOLAÇÃO AOS ARTS. 5º, XXXV, LIV, LV, E 93, IX, DA
CONSTITUIÇÃO. OFENSA REFLEXA. APLICAÇÃO DO
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR À INSTITUIÇÕES
FINANCEIRAS.
APLICAÇÃO
RETROATIVA.
IMPOSSIBILIDADE. OFENSA AO ATO JURÍDICO PERFEITO.
AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SUBSTITUIÇÃO
PROCESSUAL. POSSIBILIDADE. AGRAVO PROVIDO
PARCIALMENTE. I - A violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da
Constituição, em regra, configura situação de ofensa
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9
Voto - MIN. EDSON FACHIN
ARE 980355 AGR-ED / SC
meramente reflexa ao texto constitucional. II - A exigência do
art. 93, IX, da Constituição, não impõe seja a decisão
exaustivamente fundamentada. O que se busca é que o julgador
informe de forma clara e concisa as razões de seu
convencimento. III - Incabível a interposição de RE por
contrariedade ao art. 5º, II, da Constituição Federal, quando a
verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação
dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo
(Súmula 636 do STF). IV - Nos termos do julgamento proferido
por este Tribunal na ADI 2.591/DF, Rel. para o acórdão Min.
Eros Grau, as instituições financeiras estão alcançadas pela
incidência do Código de Defesa do Consumidor. V - A
jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que não é
possível a aplicação retroativa do Código de Defesa do
Consumidor em decorrência da existência de ato jurídico
perfeito. Precedentes. VI - Inadmissível o recurso extraordinário
se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada
no acórdão recorrido. Súmula 282 do STF. A tardia alegação de
ofensa ao texto constitucional, apenas deduzida em embargos
de declaração, não supre o prequestionamento. VII - Não se
exige, no caso de substituição processual, a autorização
expressa prevista no inciso XXI do art. 5º da CF. Precedentes.
VIII - Agravo regimental parcialmente provido para,
reajustando a decisão agravada, dar parcial provimento ao
agravo de instrumento e, nesta parte, conhecer e dar
provimento ao recurso extraordinário, afastando a aplicação
retroativa do Código de Defesa do Consumidor.
(AI 650404 AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI,
Primeira Turma, DJe 13.3.2008)
No mesmo sentido: ARE 881778 (Rel. Min. Dias Toffoli, DJe
26.5.2015); ARE 766213 AgR (Rel. Min. Roberto Barroso, DJe 1º.12.2014);
ARE 829550 AgR (Rel. Min. Roberto Barroso, DJe 23.9.2015); ARE 776685
(Rel. Min. Celso de Mello, DJe 7.3.2014); e ARE 885114 (Rel. Min. Luiz
Fux, DJe 19.5.2015).
Ante o exposto, acolho os presentes embargos de declaração e
3
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Supremo Tribunal Federal
ARE 980355 AGR-ED / SC
meramente reflexa ao texto constitucional. II - A exigência do
art. 93, IX, da Constituição, não impõe seja a decisão
exaustivamente fundamentada. O que se busca é que o julgador
informe de forma clara e concisa as razões de seu
convencimento. III - Incabível a interposição de RE por
contrariedade ao art. 5º, II, da Constituição Federal, quando a
verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação
dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo
(Súmula 636 do STF). IV - Nos termos do julgamento proferido
por este Tribunal na ADI 2.591/DF, Rel. para o acórdão Min.
Eros Grau, as instituições financeiras estão alcançadas pela
incidência do Código de Defesa do Consumidor. V - A
jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que não é
possível a aplicação retroativa do Código de Defesa do
Consumidor em decorrência da existência de ato jurídico
perfeito. Precedentes. VI - Inadmissível o recurso extraordinário
se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada
no acórdão recorrido. Súmula 282 do STF. A tardia alegação de
ofensa ao texto constitucional, apenas deduzida em embargos
de declaração, não supre o prequestionamento. VII - Não se
exige, no caso de substituição processual, a autorização
expressa prevista no inciso XXI do art. 5º da CF. Precedentes.
VIII - Agravo regimental parcialmente provido para,
reajustando a decisão agravada, dar parcial provimento ao
agravo de instrumento e, nesta parte, conhecer e dar
provimento ao recurso extraordinário, afastando a aplicação
retroativa do Código de Defesa do Consumidor.
(AI 650404 AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI,
Primeira Turma, DJe 13.3.2008)
No mesmo sentido: ARE 881778 (Rel. Min. Dias Toffoli, DJe
26.5.2015); ARE 766213 AgR (Rel. Min. Roberto Barroso, DJe 1º.12.2014);
ARE 829550 AgR (Rel. Min. Roberto Barroso, DJe 23.9.2015); ARE 776685
(Rel. Min. Celso de Mello, DJe 7.3.2014); e ARE 885114 (Rel. Min. Luiz
Fux, DJe 19.5.2015).
Ante o exposto, acolho os presentes embargos de declaração e
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9
Voto - MIN. EDSON FACHIN
ARE 980355 AGR-ED / SC
atribuo-lhes efeitos infringentes para, dando provimento ao agravo
regimental e ao recurso extraordinário, determinar o retorno dos autos ao
Tribunal de origem, a fim de que proceda a novo julgamento do recurso
de apelação, sem que incida no caso em exame a legislação consumerista.
Torno sem efeito a majoração de honorários contida no acórdão
embargado.
É como voto.
4
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Supremo Tribunal Federal
ARE 980355 AGR-ED / SC
atribuo-lhes efeitos infringentes para, dando provimento ao agravo
regimental e ao recurso extraordinário, determinar o retorno dos autos ao
Tribunal de origem, a fim de que proceda a novo julgamento do recurso
de apelação, sem que incida no caso em exame a legislação consumerista.
Torno sem efeito a majoração de honorários contida no acórdão
embargado.
É como voto.
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9
Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 980.355
PROCED. : SANTA CATARINA
RELATOR : MIN. EDSON FACHIN
EMBTE.(S) : PHENIX SEGURADORA S/A
ADV.(A/S) : PAULA CASSETTARI FLORES (44754/PR, 22455/SC)
ADV.(A/S) : THIAGO ZUCCHETTI CARRION (73123/RS)
EMBDO.(A/S) : LEILA REGINA TECHIO
ADV.(A/S) : JORENILDA LUCIA STUKER SCHMIDT (11071/SC)
Decisão: A Turma, por unanimidade, acolheu os embargos de
declaração, com efeitos infringentes, para dar provimento ao
agravo regimental e recurso extraordinário e determinar o retorno
dos autos ao Tribunal de origem, a fim de que seja realizado novo
julgamento, sem a incidência da legislação consumerista.
Prosseguindo, tornou sem efeito a majoração de honorários
advocatícios contida no acórdão embargado, tudo nos termos do voto
do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a
7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217690
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 980.355
PROCED. : SANTA CATARINA
RELATOR : MIN. EDSON FACHIN
EMBTE.(S) : PHENIX SEGURADORA S/A
ADV.(A/S) : PAULA CASSETTARI FLORES (44754/PR, 22455/SC)
ADV.(A/S) : THIAGO ZUCCHETTI CARRION (73123/RS)
EMBDO.(A/S) : LEILA REGINA TECHIO
ADV.(A/S) : JORENILDA LUCIA STUKER SCHMIDT (11071/SC)
Decisão: A Turma, por unanimidade, acolheu os embargos de
declaração, com efeitos infringentes, para dar provimento ao
agravo regimental e recurso extraordinário e determinar o retorno
dos autos ao Tribunal de origem, a fim de que seja realizado novo
julgamento, sem a incidência da legislação consumerista.
Prosseguindo, tornou sem efeito a majoração de honorários
advocatícios contida no acórdão embargado, tudo nos termos do voto
do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a
7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217690
Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14356075 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-22T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, acolheu os embargos de declaração, com efeitos infringentes, para dar provimento ao agravo regimental e recurso extraordinário e determinar o retorno dos autos ao Tribunal de origem, a fim de que seja realizado novo julgamento, sem a incidência da legislação consumerista. Prosseguindo, tornou sem efeito a majoração de honorários advocatícios contida no acórdão embargado, tudo nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | Ementa: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. OPOSIÇÃO EM 9.10.2017. SFH. SEGURO. RESPONSABILIDADE CIVIL. REPAROS. IMÓVEL. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. APLICAÇÃO RETROATIVA. IMPOSSIBILIDADE.
1. Não se aplica o Código de Defesa do Consumidor aos contratos celebrados anteriormente ao início de sua vigência, sob pena de ofensa ao ato jurídico perfeito e, por conseguinte, ao art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal. Precedentes.
2. Embargos de declaração acolhidos, com efeitos infringentes, para que, dando-se provimento a agravo regimental e recurso extraordinário, determine-se o retorno dos autos ao Tribunal de origem, a fim de que seja realizado novo julgamento, sem a incidência da legislação consumerista. Majoração de honorários tornada sem efeito. | sjur380673 | - Acórdão(s) citado(s):
(RELAÇÃO CONTRATUAL, APLICAÇÃO DO CDC)
RE 205999 (2ªT), RE 240216 (1ªT), RE 395384 ED (1ªT), AI 650404 AgR (1ªT).
- Decisões monocráticas citadas:
(RELAÇÃO CONTRATUAL, APLICAÇÃO DO CDC)
ARE 776685, ARE 766213, ARE 881778, ARE 885114, ARE 829550 AgR.
Número de páginas: 9.
Análise: 27/02/2018, MJC. | EDSON FACHIN | Segunda Turma | 980355 | null | ARE-AgR-ED | acordaos | ARE 980355 AgR-ED | [
""
] | EMBTE.(S) : PHENIX SEGURADORA S/A
ADV.(A/S) : PAULA CASSETTARI FLORES
ADV.(A/S) : THIAGO ZUCCHETTI CARRION
EMBDO.(A/S) : LEILA REGINA TECHIO
ADV.(A/S) : JORENILDA LUCIA STUKER SCHMIDT | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"ARE 980355 AGR - ED / SC",
"ARE 980355 AGR - ED / SC",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM",
"ARE 980355 AGR - ED / SC",
"Ag",
". 829 . 550 / SC",
"RE com Agr . 885 . 114 / SC",
"RE com Agr . 881 . 778 / SC",
"ARE 980355 AGR - ED / SC",
"Ag",
". 829 . 550 / SC",
"RE com Agr . 885 . 114 / SC",
"RE com Agr . 881 . 778 / SC",
"RE 205999",
"RE 205999",
"RE 240216",
"ADIn 2 . 591",
"RE 205 . 999",
"RE 395384 ED",
"RE 240216",
"ADIn 2 . 591",
"RE 205 . 999 , 16 . 11 . 99",
"RE 395384 ED",
"ARE 980355 AGR",
"Súmula 636 do STF",
"ADI 2 . 591 / DF",
"Súmula 282 do STF",
"AI 650404 AgR",
"ARE 881778",
"ARE 766213 AgR",
"ARE 829550 AgR",
"ARE 776685",
"ARE 885114",
"ARE 980355",
"Súmula 636 do STF",
"ADI 2 . 591 / DF",
"Súmula 282 do STF",
"AI 650404 AgR",
"ARE 881778",
"ARE 766213 AgR",
"ARE 829550 AgR",
"ARE 776685",
"ARE 885114",
"ARE 980355 AGR",
"ARE 980355 AGR - ED / SC"
],
"LEGISLACAO": [
"CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR",
"Código de Defesa do",
"art . [UNK] , XXXVI , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . [UNK] DA LEI DE INTRODUÇÃO AO CÓDIGO CIVIL",
"art . [UNK] da Lei de Introdução ao Código Civil",
"art . 85 , § 11 , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . [UNK] DA LEI",
"CÓDIGO CIVIL",
"art . [UNK] da Lei de Introdução ao Código Civil",
"art . 85 , § 11 , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Defesa do Consumidor",
"CDC",
"art . [UNK] , XXXVI , da Constituição Federal",
"artigo [UNK] , XXXVI , da Constituição",
"Código de Defesa do Consumidor",
"artigo [UNK] , XXXVI , da Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Defesa do Consumidor",
"CDC",
"art . [UNK] , XXXVI , da Constituição Federal",
"artigo [UNK] , XXXVI , da Constituição",
"Código de Defesa do Consumidor",
"artigo [UNK] , XXXVI , da Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , XXXVI da Constituição Federal",
"Código de Defesa do Consumidor",
"Código de Defesa do Consumidor",
"Código de Defesa do Consumidor",
"art . [UNK] , XXXVI , da Constituição Federal",
"ARTS . [UNK] , XXXV , LIV , LV , E 93 , IX , DA CONSTITUIÇÃO",
"CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR",
"art . [UNK] , XXXV , LIV e LV , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , XXXVI da Constituição Federal",
"Código de Defesa do Consumidor",
"Código de Defesa do Consumidor",
"Código de Defesa do Consumidor",
"art . [UNK] , XXXVI , da Constituição Federal",
"ARTS . [UNK] , XXXV , LIV , LV , E 93 , IX , DA CONSTITUIÇÃO",
"CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR",
"art . [UNK] , XXXV , LIV e LV , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 93 , IX , da Constituição",
"art . [UNK] , II , da Constituição Federal",
"Código de Defesa do Consumidor",
"Código de Defesa do Consumidor",
"inciso XXI do art . [UNK] da CF",
"Código de Defesa do Consumidor",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 93 , IX , da Constituição",
"art . [UNK] , II , da Constituição Federal",
"Código de Defesa do",
"Código de Defesa do Consumidor",
"inciso XXI do art . [UNK] da CF",
"Código de Defesa do Consumidor",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SANTA CATARINA",
"Brasília",
"Brasília",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
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"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
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"Brasil",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Moreira",
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"Pleno",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil"
],
"PESSOA": [
"EDSON FACHIN",
"PAULA CASSETTARI FLORES",
"THIAGO ZUCCHETTI CARRION",
"LEILA REGINA TECHIO",
"JORENILDA LUCIA STUKER SCHMIDT",
"Edson Fachin",
"EDSON FACHIN",
"EDSON FACHIN",
"EDSON FACHIN",
"PAULA CASSETTARI FLORES",
"THIAGO ZUCCHETTI CARRION",
"LEILA REGINA TECHIO",
"JORENILDA LUCIA STUKER SCHMIDT",
"EDSON FACHIN",
"EDSON FACHIN",
"PAULA CASSETTARI FLORES",
"THIAGO ZUCCHETTI CARRION",
"LEILA REGINA TECHIO",
"JORENILDA LUCIA STUKER SCHMIDT",
"EDSON FACHIN",
"EDSON FACHIN",
"EDSON FACHIN",
"MOREIRA ALVES",
"EDSON FACHIN",
"MOREIRA ALVES",
"EDSON FACHIN",
"ELLEN GRACIE",
"Eros Grau",
"SEPÚLVEDA PERTENCE",
"ELLEN GRACIE",
"Eros Grau",
"SEPÚLVEDA PERTENCE",
"EDSON FACHIN",
"Eros Grau",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Dias Toffoli",
"Roberto Barroso",
"Roberto Barroso",
"Celso de Mello",
"Luiz Fux",
"Eros Grau",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Dias Toffoli",
"Roberto Barroso",
"Roberto Barroso",
"Celso de Mello",
"Luiz Fux",
"EDSON FACHIN",
"EDSON FACHIN",
"PAULA CASSETTARI FLORES",
"THIAGO ZUCCHETTI CARRION",
"LEILA REGINA TECHIO",
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"Edson Fachin",
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"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"EDSON FACHIN",
"PAULA CASSETTARI FLORES",
"THIAGO ZUCCHETTI CARRION",
"LEILA REGINA TECHIO",
"JORENILDA LUCIA STUKER SCHMIDT",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"9",
".",
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".",
"2017",
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"7 de dezembro de",
"2017",
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"09",
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"09",
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"3",
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"2002",
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"6",
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"2006",
"21",
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"6",
".",
"2007",
"24",
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"08",
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"2001",
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"2008",
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".",
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"[UNK]",
".",
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"2015",
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"2008",
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"2015",
"[UNK]",
".",
"12",
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"2014",
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"9",
".",
"2015",
"7",
".",
"3",
".",
"2014",
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".",
"2015",
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".",
"2017",
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".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.065.705 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:SÃO
JOAQUIM
S.A
ADMINISTRAÇÃO
E
PARTICIPAÇÃO
ADV.(A/S)
:PAULO GUILHERME DE MENDONCA LOPES
AGDO.(A/S)
:VICENTE PINHEIRO VILELA
ADV.(A/S)
:THIAGO SILVA SANTOS
E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO –
ALEGADA
VIOLAÇÃO A PRECEITOS
CONSTITUCIONAIS –
REEXAME DE FATOS
E
PROVAS
–
IMPOSSIBILIDADE
–
SÚMULA 279/STF – SUCUMBÊNCIA RECURSAL – MAJORAÇÃO DA
VERBA HONORÁRIA – PRECEDENTE (PLENO) – NECESSÁRIA
OBSERVÂNCIA DOS LIMITES ESTABELECIDOS NO ART. 85, §§ 2º E 3º
DO CPC – ABUSO DO DIREITO DE RECORRER – IMPOSIÇÃO DE
MULTA (1% SOBRE O VALOR CORRIGIDO DA CAUSA), SE UNÂNIME A
VOTAÇÃO (CPC, ART. 1.021, § 4º) – AGRAVO INTERNO IMPROVIDO.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Sessão Virtual da Segunda Turma, na
conformidade da ata de julgamentos, por unanimidade de votos, em
negar provimento ao recurso de agravo, e, por considerá-lo
manifestamente procrastinatório, em impor, à parte agravante, multa de
1% (um por cento) sobre o valor corrigido da causa, nos termos do voto
do Relator.
Brasília, Sessão Virtual de 01 a 07 de dezembro de 2017.
CELSO DE MELLO – RELATOR
Supremo Tribunal Federal
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286249.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.065.705 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:SÃO
JOAQUIM
S.A
ADMINISTRAÇÃO
E
PARTICIPAÇÃO
ADV.(A/S)
:PAULO GUILHERME DE MENDONCA LOPES
AGDO.(A/S)
:VICENTE PINHEIRO VILELA
ADV.(A/S)
:THIAGO SILVA SANTOS
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se
de agravo interno, tempestivamente interposto, contra decisão que, ao
apreciar o ARE, não conheceu do recurso extraordinário a que ele se
refere, por manifestamente inadmissível.
Inconformada com essa decisão, a parte ora agravante interpõe
o presente agravo interno, postulando o provimento do recurso que
deduziu.
Por não me convencer das razões expostas, submeto à apreciação
desta colenda Turma o presente recurso de agravo.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.065.705 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:SÃO
JOAQUIM
S.A
ADMINISTRAÇÃO
E
PARTICIPAÇÃO
ADV.(A/S)
:PAULO GUILHERME DE MENDONCA LOPES
AGDO.(A/S)
:VICENTE PINHEIRO VILELA
ADV.(A/S)
:THIAGO SILVA SANTOS
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se
de agravo interno, tempestivamente interposto, contra decisão que, ao
apreciar o ARE, não conheceu do recurso extraordinário a que ele se
refere, por manifestamente inadmissível.
Inconformada com essa decisão, a parte ora agravante interpõe
o presente agravo interno, postulando o provimento do recurso que
deduziu.
Por não me convencer das razões expostas, submeto à apreciação
desta colenda Turma o presente recurso de agravo.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286250.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.065.705 SÃO
PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não
assiste razão à parte ora recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se,
com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo
Tribunal Federal na matéria ora em exame.
Na realidade, os argumentos apresentados pela parte agravante
mostram-se insuficientes para alterar o ato impugnado, pois consistem
em mera reiteração dos fundamentos anteriormente deduzidos e que
foram devidamente refutados na decisão que se busca reformar, razão
pela qual deve ser mantido o julgamento em referência, eis que o suporte
argumentativo em que se apoia o ato decisório mencionado é suficiente
para justificar a resolução do litígio recursal.
É que incide, na espécie, o enunciado constante da Súmula 279/STF,
que assim dispõe:
“Para simples reexame de prova, não cabe recurso
extraordinário.” (grifei)
Com efeito, para se acolher o pleito recursal deduzido em sede
recursal extraordinária, tornar-se-ia necessário o reexame dos fatos e das
provas constantes dos autos, circunstância essa que obsta o próprio
conhecimento do apelo extremo, em face do que se contém na
Súmula 279/STF.
Supremo Tribunal Federal
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SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.065.705 SÃO
PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não
assiste razão à parte ora recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se,
com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo
Tribunal Federal na matéria ora em exame.
Na realidade, os argumentos apresentados pela parte agravante
mostram-se insuficientes para alterar o ato impugnado, pois consistem
em mera reiteração dos fundamentos anteriormente deduzidos e que
foram devidamente refutados na decisão que se busca reformar, razão
pela qual deve ser mantido o julgamento em referência, eis que o suporte
argumentativo em que se apoia o ato decisório mencionado é suficiente
para justificar a resolução do litígio recursal.
É que incide, na espécie, o enunciado constante da Súmula 279/STF,
que assim dispõe:
“Para simples reexame de prova, não cabe recurso
extraordinário.” (grifei)
Com efeito, para se acolher o pleito recursal deduzido em sede
recursal extraordinária, tornar-se-ia necessário o reexame dos fatos e das
provas constantes dos autos, circunstância essa que obsta o próprio
conhecimento do apelo extremo, em face do que se contém na
Súmula 279/STF.
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Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 1065705 AGR / SP
A mera análise do acórdão recorrido torna evidente que o
E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ao proferir a decisão
questionada, fundamentou as suas conclusões em aspectos fático-
-probatórios:
“Além disso, pelo que se observa das fotografias juntadas aos
autos (fls. 30, 397 e 402/404), se trata de uma pequena gráfica,
situada em uma sala comercial, e não um grande comércio.
Não se pode confundir uma sala em que se vê uma única
secretária, e uma máquina copiadora (fls. 404), com uma indústria
gráfica dotada de capacidade econômica.
Logo, não se poderia impedir o direito de usucapião ao autor,
pelo fato de também utilizar o imóvel para o trabalho, invocando-se, a
respeito, a lição de Benedito Silvério Ribeiro:
‘O uso para fins outros que não o residencial é vedado pela
própria lei, não estando afastada hipótese de utilização de parte
do imóvel para comércio acanhado (oficina de pequenos
consertos, bar, artesanato, microempresa), com moradia do
usucapiente ou de sua família no local.’ (Tratado de Usucapião –
Vol. 2. 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 1049)”
Vê-se, portanto, que a pretensão deduzida no apelo extremo pela parte
agravante revela-se processualmente inviável, pois o apelo extremo não
permite que se reexaminem, nele, em face de seu estrito âmbito temático,
questões de fato ou aspectos de índole probatória (RTJ 161/992 –
RTJ 186/703), ainda mais quando tais circunstâncias, como sucede na espécie,
mostram-se condicionantes da própria resolução da controvérsia jurídica,
tal como enfatizado no acórdão recorrido, cujo pronunciamento sobre
matéria de fato reveste-se de inteira soberania (RTJ 152/612 – RTJ 153/1019 –
RTJ 158/693, v.g.).
Impende assinalar, ainda, que a interposição deste agravo interno está
a revelar um nítido intuito procrastinatório pela parte recorrente, que
2
Supremo Tribunal Federal
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ARE 1065705 AGR / SP
A mera análise do acórdão recorrido torna evidente que o
E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ao proferir a decisão
questionada, fundamentou as suas conclusões em aspectos fático-
-probatórios:
“Além disso, pelo que se observa das fotografias juntadas aos
autos (fls. 30, 397 e 402/404), se trata de uma pequena gráfica,
situada em uma sala comercial, e não um grande comércio.
Não se pode confundir uma sala em que se vê uma única
secretária, e uma máquina copiadora (fls. 404), com uma indústria
gráfica dotada de capacidade econômica.
Logo, não se poderia impedir o direito de usucapião ao autor,
pelo fato de também utilizar o imóvel para o trabalho, invocando-se, a
respeito, a lição de Benedito Silvério Ribeiro:
‘O uso para fins outros que não o residencial é vedado pela
própria lei, não estando afastada hipótese de utilização de parte
do imóvel para comércio acanhado (oficina de pequenos
consertos, bar, artesanato, microempresa), com moradia do
usucapiente ou de sua família no local.’ (Tratado de Usucapião –
Vol. 2. 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 1049)”
Vê-se, portanto, que a pretensão deduzida no apelo extremo pela parte
agravante revela-se processualmente inviável, pois o apelo extremo não
permite que se reexaminem, nele, em face de seu estrito âmbito temático,
questões de fato ou aspectos de índole probatória (RTJ 161/992 –
RTJ 186/703), ainda mais quando tais circunstâncias, como sucede na espécie,
mostram-se condicionantes da própria resolução da controvérsia jurídica,
tal como enfatizado no acórdão recorrido, cujo pronunciamento sobre
matéria de fato reveste-se de inteira soberania (RTJ 152/612 – RTJ 153/1019 –
RTJ 158/693, v.g.).
Impende assinalar, ainda, que a interposição deste agravo interno está
a revelar um nítido intuito procrastinatório pela parte recorrente, que
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Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 1065705 AGR / SP
busca, com a injustificável utilização do recurso em causa, obstar, de
maneira indevida, a execução da decisão que lhe foi desfavorável.
Tenho para mim, portanto, que o comportamento processual da
parte ora agravante traduz hipótese de evidente abusividade, apta a
justificar, por si só, a aplicação, ao caso ora em julgamento, da norma
inscrita no art. 1.021, § 4º, do CPC, que assim dispõe:
“Art. 1.021. (…)
…...................................................................................................
§
4º
Quando o agravo interno for declarado
manifestamente inadmissível ou improcedente em votação
unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o
agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por
cento do valor atualizado da causa.” (grifei)
Torna-se importante enfatizar que o disposto na regra legal em
questão, além de encontrar fundamento em razões de caráter ético-jurídico
(privilegiando, desse modo, o postulado da lealdade processual), também
busca imprimir celeridade ao processo de administração da justiça,
atribuindo-lhe um coeficiente de maior racionalidade, em ordem a conferir
efetividade à resposta jurisdicional do Estado.
Esse entendimento – que destaca a “ratio” subjacente à norma
inscrita no art. 1.021, § 4º, do CPC – põe em evidência a função inibitória
da sanção processual prevista no preceito em causa, que visa a impedir,
na hipótese nele referida, o exercício irresponsável do direito de recorrer,
neutralizando, dessa maneira, a atuação processual do “improbus litigator”.
Em suma: o abuso do direito de recorrer – por qualificar-se como
prática incompatível com o postulado ético-jurídico da lealdade processual –
constitui ato de litigância maliciosa repelido pelo ordenamento positivo,
especialmente nos casos em que a parte interpuser recurso com intuito
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ARE 1065705 AGR / SP
busca, com a injustificável utilização do recurso em causa, obstar, de
maneira indevida, a execução da decisão que lhe foi desfavorável.
Tenho para mim, portanto, que o comportamento processual da
parte ora agravante traduz hipótese de evidente abusividade, apta a
justificar, por si só, a aplicação, ao caso ora em julgamento, da norma
inscrita no art. 1.021, § 4º, do CPC, que assim dispõe:
“Art. 1.021. (…)
…...................................................................................................
§
4º
Quando o agravo interno for declarado
manifestamente inadmissível ou improcedente em votação
unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o
agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por
cento do valor atualizado da causa.” (grifei)
Torna-se importante enfatizar que o disposto na regra legal em
questão, além de encontrar fundamento em razões de caráter ético-jurídico
(privilegiando, desse modo, o postulado da lealdade processual), também
busca imprimir celeridade ao processo de administração da justiça,
atribuindo-lhe um coeficiente de maior racionalidade, em ordem a conferir
efetividade à resposta jurisdicional do Estado.
Esse entendimento – que destaca a “ratio” subjacente à norma
inscrita no art. 1.021, § 4º, do CPC – põe em evidência a função inibitória
da sanção processual prevista no preceito em causa, que visa a impedir,
na hipótese nele referida, o exercício irresponsável do direito de recorrer,
neutralizando, dessa maneira, a atuação processual do “improbus litigator”.
Em suma: o abuso do direito de recorrer – por qualificar-se como
prática incompatível com o postulado ético-jurídico da lealdade processual –
constitui ato de litigância maliciosa repelido pelo ordenamento positivo,
especialmente nos casos em que a parte interpuser recurso com intuito
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Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 1065705 AGR / SP
evidentemente protelatório, hipótese em que se legitimará a imposição de
multa.
Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, nego
provimento ao presente agravo interno, mantendo, em consequência, por
seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada, e, tendo em vista o
seu intuito procrastinatório (CPC, art. 1.021, § 4º) e precedentes desta
Suprema Corte que aplicam a sanção processual em situações
assemelhadas (ARE 959.634-AgR/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI –
ARE 965.134-AgR/CE, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI –
ARE 980.232-AgR/SC, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, v.g.), se unânime a
votação, condeno a parte ora agravante ao pagamento, em favor da parte
ora agravada, da multa de 1% (um por cento) sobre o valor corrigido da
causa.
Majoro, ainda, em 10% (dez por cento), nos termos do art. 85, § 11,
do CPC, a verba honorária anteriormente arbitrada nestes autos, observados
os limites estabelecidos nos §§ 2º e 3º desse mesmo art. 85 do referido
estatuto processual civil e considerada a orientação que culminou por
prevalecer no Plenário desta Suprema Corte no recentíssimo julgamento da
AO 2.063-AgR/CE, Red. p/ o acórdão Min. LUIZ FUX.
É o meu voto.
4
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1065705 AGR / SP
evidentemente protelatório, hipótese em que se legitimará a imposição de
multa.
Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, nego
provimento ao presente agravo interno, mantendo, em consequência, por
seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada, e, tendo em vista o
seu intuito procrastinatório (CPC, art. 1.021, § 4º) e precedentes desta
Suprema Corte que aplicam a sanção processual em situações
assemelhadas (ARE 959.634-AgR/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI –
ARE 965.134-AgR/CE, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI –
ARE 980.232-AgR/SC, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, v.g.), se unânime a
votação, condeno a parte ora agravante ao pagamento, em favor da parte
ora agravada, da multa de 1% (um por cento) sobre o valor corrigido da
causa.
Majoro, ainda, em 10% (dez por cento), nos termos do art. 85, § 11,
do CPC, a verba honorária anteriormente arbitrada nestes autos, observados
os limites estabelecidos nos §§ 2º e 3º desse mesmo art. 85 do referido
estatuto processual civil e considerada a orientação que culminou por
prevalecer no Plenário desta Suprema Corte no recentíssimo julgamento da
AO 2.063-AgR/CE, Red. p/ o acórdão Min. LUIZ FUX.
É o meu voto.
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Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.065.705
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S) : SÃO JOAQUIM S.A ADMINISTRAÇÃO E PARTICIPAÇÃO
ADV.(A/S) : PAULO GUILHERME DE MENDONCA LOPES (39291/DF,
120482/MG, 18553-A/MS, 2409-A/RJ, 98709/SP)
AGDO.(A/S) : VICENTE PINHEIRO VILELA
ADV.(A/S) : THIAGO SILVA SANTOS (337189/SP)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso
de agravo e, por considerá-lo manifestamente procrastinatório,
impôs, à parte agravante, multa de 1% (um por cento) sobre o valor
corrigido da causa, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma,
Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217737
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.065.705
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S) : SÃO JOAQUIM S.A ADMINISTRAÇÃO E PARTICIPAÇÃO
ADV.(A/S) : PAULO GUILHERME DE MENDONCA LOPES (39291/DF,
120482/MG, 18553-A/MS, 2409-A/RJ, 98709/SP)
AGDO.(A/S) : VICENTE PINHEIRO VILELA
ADV.(A/S) : THIAGO SILVA SANTOS (337189/SP)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso
de agravo e, por considerá-lo manifestamente procrastinatório,
impôs, à parte agravante, multa de 1% (um por cento) sobre o valor
corrigido da causa, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma,
Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217737
Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14300982 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-06T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso de agravo e, por considerá-lo manifestamente procrastinatório, impôs, à parte agravante, multa de 1% (um por cento) sobre o valor corrigido da causa, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – REEXAME DE FATOS E PROVAS – IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 279/STF – SUCUMBÊNCIA RECURSAL – MAJORAÇÃO DA VERBA HONORÁRIA – PRECEDENTE (PLENO) – NECESSÁRIA OBSERVÂNCIA DOS LIMITES ESTABELECIDOS NO ART. 85, §§ 2º E 3º DO CPC – ABUSO DO DIREITO DE RECORRER – IMPOSIÇÃO DE MULTA (1% SOBRE O VALOR CORRIGIDO DA CAUSA), SE UNÂNIME A VOTAÇÃO (CPC, ART. 1.021, § 4º) – AGRAVO INTERNO IMPROVIDO. | sjur379803 | - Acórdão(s) citado(s):
(APLICAÇÃO DE MULTA)
ARE 965134 AgR (2ªT), ARE 959634 AgR (2ªT), ARE 980232 AgR (TP).
Número de páginas: 7.
Análise: 16/02/2018, BMP. | CELSO DE MELLO | Segunda Turma | 1065705 | [
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-00085 PAR-00002 PAR-00003 ART-01021 \n PAR-00004\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 1065705 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : SÃO JOAQUIM S.A ADMINISTRAÇÃO E PARTICIPAÇÃO
ADV.(A/S) : PAULO GUILHERME DE MENDONCA LOPES
AGDO.(A/S) : VICENTE PINHEIRO VILELA
ADV.(A/S) : THIAGO SILVA SANTOS | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1 . 065 . 705",
"SÚMULA 279 / STF",
"Súmula 279 / STF",
"Súmula 279 / STF",
"Súmula 279 / STF",
"Súmula 279 / STF .",
"ARE 1065705",
"RTJ 161 / 992",
"RTJ 186 / 703",
"RTJ 152 /",
"ARE 1065705 AGR / SP",
"RTJ",
"RTJ 152 / 612",
"ARE 1065705",
"ARE 1065705 AGR / SP",
"ARE 1065705 AGR / SP",
"ARE 959 . 634 - AgR / SP",
"ARE 965 . 134 - AgR / CE",
"ARE 980 . 232 - AgR / SC",
"AO 2 . 063 - AgR / CE",
"ARE 1065705 AGR / SP",
"ARE 959 . 634 - AgR / SP",
"ARE 965 . 134 - AgR / CE",
"ARE 980 . 232 - AgR / SC",
"AO 2 . 063 - AgR / CE"
],
"LEGISLACAO": [
"ART . 85 , § § [UNK] E [UNK] DO CPC",
"CPC , ART . 1 . 021 , § [UNK]",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 -",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CPC , art . 1 . 021 , § [UNK]",
"art . 85 , § 11 , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CPC , art . 1 . 021 , § [UNK]",
"art . 85 , § 11 , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"São Paulo",
"São Paulo",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"SÃO JOAQUIM S . A ADMINISTRAÇÃO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SÃO JOAQUIM S . A ADMINISTRAÇÃO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"SP",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Saraiva",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"E",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Saraiva",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"AGR",
"/",
"SP",
"Supremo Tribunal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário desta",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SÃO JOAQUIM S . A ADMINISTRAÇÃO E PARTICIPAÇÃO",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CELSO DE MELLO",
"PAULO GUILHERME DE MENDONCA LOPES",
"VICENTE PINHEIRO VILELA",
"THIAGO SILVA SANTOS",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"PAULO GUILHERME DE MENDONCA LOPES",
"VICENTE PINHEIRO VILELA",
"THIAGO SILVA SANTOS",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"SÃO JOAQUIM S . A",
"PAULO GUILHERME DE MENDONCA LOPES",
"VICENTE PINHEIRO VILELA",
"THIAGO SILVA SANTOS",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"Benedito Silvério Ribeiro",
"Benedito Silvério Ribeiro",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"DIAS TOFFOLI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CÁRMEN LÚCIA",
"LUIZ FUX",
"DIAS TOFFOLI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CÁRMEN LÚCIA",
"LUIZ FUX",
"CELSO DE MELLO",
"SÃO",
"PAULO GUILHERME DE MENDONCA LOPES",
"VICENTE PINHEIRO VILELA",
"THIAGO SILVA SANTOS",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"CELSO DE MELLO",
"PAULO GUILHERME DE MENDONCA LOPES",
"VICENTE PINHEIRO VILELA",
"THIAGO SILVA SANTOS",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"01",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.065.125 ACRE
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:RAFAEL DA SILVA BRITO
ADV.(A/S)
:LUCCAS VIANNA SANTOS
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ACRE
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO
ACRE
Ementa:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CRIMINAL. AUSÊNCIA DE
IMPUGNAÇÃO DO FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA.
INOBSERVÂNCIA DO ART. 1.021, § 1°, DO CÓDIGO DE PROCESSO
CIVIL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284 DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
I – É deficiente a fundamentação do agravo regimental cujas razões
não atacam especificadamente o fundamento da decisão agravada,
consoante determina o art. 1.021, § 1°, do CPC. Incidência da Súmula
284/STF.
II – Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em sessão
virtual da Segunda Turma, na conformidade da ata de julgamentos, por
unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do
voto do Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14231981.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.065.125 ACRE
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:RAFAEL DA SILVA BRITO
ADV.(A/S)
:LUCCAS VIANNA SANTOS
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ACRE
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO
ACRE
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao
recurso extraordinário com agravo.
A parte agravante interpõe este agravo regimental pelas razões
expostas no documento eletrônico 16 e requer o provimento do recurso.
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.065.125 ACRE
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:RAFAEL DA SILVA BRITO
ADV.(A/S)
:LUCCAS VIANNA SANTOS
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ACRE
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO
ACRE
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao
recurso extraordinário com agravo.
A parte agravante interpõe este agravo regimental pelas razões
expostas no documento eletrônico 16 e requer o provimento do recurso.
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14231982.
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.065.125 ACRE
V O T O
O Senhor Ministro
Ricardo Lewandowski
(Relator): Bem
reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece
reforma, visto que a parte recorrente não aduz argumentos capazes de
afastar as razões nela expendidas.
Com efeito, não se percebe do agravo interposto (págs. 1/7 do
documento eletrônico 16) qualquer impugnação aos fundamentos da
decisão agravada, razão suficiente e determinante para impedir o
conhecimento e, em sequência, o provimento deste regimental diante da
manifesta deficiência na fundamentação do recurso, o que atrai a
aplicação da Súmula/STF 284.
No mesmo sentido, cito os seguintes julgados:
“Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO EM AGRAVO REGIMENTAL EM AÇÃO
ORIGINÁRIA. MAGISTRATURA. DIÁRIAS. CÁLCULO DE
DIFERENÇAS. INCOMPETÊNCIA DO STF. AUSÊNCIA DE
IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DA DECISÃO AGRAVADA.
REPETIÇÃO DOS FUNDAMENTOS DE RECURSO
ANTERIOR. AGRAVO PROTELATÓRIO. APLICAÇÃO DE
MULTA. DESPROVIMENTO. 1.Ambas as Turmas do Supremo
Tribunal Federal reconhecem a incompetência desta Corte para
apreciar questão relativa a diárias percebidas por magistrados.
2. Petição de mesmo teor da que foi objeto de análise pela
decisão monocrática não apenas viola o dever de impugnação
específica, como também configura expediente protelatório, a
exigir a imposição de multa, nos termos do disposto nos arts.
17, VII, e 557, § 2º, do CPC. 3.Agravo regimental a que se nega
provimento” (AO 1852 AgR-ED-AgR/PA, Rel. Min. Edson
Fachin, Primeira Turma – grifei).
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14231983.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.065.125 ACRE
V O T O
O Senhor Ministro
Ricardo Lewandowski
(Relator): Bem
reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece
reforma, visto que a parte recorrente não aduz argumentos capazes de
afastar as razões nela expendidas.
Com efeito, não se percebe do agravo interposto (págs. 1/7 do
documento eletrônico 16) qualquer impugnação aos fundamentos da
decisão agravada, razão suficiente e determinante para impedir o
conhecimento e, em sequência, o provimento deste regimental diante da
manifesta deficiência na fundamentação do recurso, o que atrai a
aplicação da Súmula/STF 284.
No mesmo sentido, cito os seguintes julgados:
“Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO EM AGRAVO REGIMENTAL EM AÇÃO
ORIGINÁRIA. MAGISTRATURA. DIÁRIAS. CÁLCULO DE
DIFERENÇAS. INCOMPETÊNCIA DO STF. AUSÊNCIA DE
IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DA DECISÃO AGRAVADA.
REPETIÇÃO DOS FUNDAMENTOS DE RECURSO
ANTERIOR. AGRAVO PROTELATÓRIO. APLICAÇÃO DE
MULTA. DESPROVIMENTO. 1.Ambas as Turmas do Supremo
Tribunal Federal reconhecem a incompetência desta Corte para
apreciar questão relativa a diárias percebidas por magistrados.
2. Petição de mesmo teor da que foi objeto de análise pela
decisão monocrática não apenas viola o dever de impugnação
específica, como também configura expediente protelatório, a
exigir a imposição de multa, nos termos do disposto nos arts.
17, VII, e 557, § 2º, do CPC. 3.Agravo regimental a que se nega
provimento” (AO 1852 AgR-ED-AgR/PA, Rel. Min. Edson
Fachin, Primeira Turma – grifei).
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14231983.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
ARE 1065125 AGR / AC
“EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECLAMAÇÃO. USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA.
INOCORRÊNCIA. AUXÍLIO-MORADIA. BENEFÍCIO NÃO
EXCLUSIVO DA MAGISTRATURA NACIONAL. AGRAVO
REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. O Supremo
Tribunal Federal ratificou entendimento no sentido de que para
a instauração de sua competência originária, com fundamento
no art. 102, I, ‘n’, da Constituição Federal, é imprescindível o
interesse (direto ou indireto) da totalidade da magistratura
nacional no julgamento da causa e que este não revele
pretensão passível de ser repetida por outras carreiras do
serviço público 2. Na hipótese dos autos, a parte Agravante não
impugnou os fundamentos da decisão agravada, limitando-se a
reproduzir as razões da reclamação. 3. Agravo regimental,
interposto em 07.12.2015, a que se nega provimento, com
previsão de aplicação da multa prevista no art. 1.021, §4º, CPC.”
(Rcl 22.235 AgR/SC, Rel. Min. Edson Fachin, Segunda Turma).
Ademais, o Código de Processo Civil de 2015, na linha do
entendimento até então firmado pelo Supremo Tribunal Federal, tornou
expressa a exigência de impugnação específica dos fundamentos da
decisão objeto de agravo interno. Por oportuno, transcrevo o art. 1.021, §
1º, do CPC:
“Art. 1.021. (...)
§ 1° Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará
especificadamente os fundamentos da decisão agravada”.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1065125 AGR / AC
“EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECLAMAÇÃO. USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA.
INOCORRÊNCIA. AUXÍLIO-MORADIA. BENEFÍCIO NÃO
EXCLUSIVO DA MAGISTRATURA NACIONAL. AGRAVO
REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. O Supremo
Tribunal Federal ratificou entendimento no sentido de que para
a instauração de sua competência originária, com fundamento
no art. 102, I, ‘n’, da Constituição Federal, é imprescindível o
interesse (direto ou indireto) da totalidade da magistratura
nacional no julgamento da causa e que este não revele
pretensão passível de ser repetida por outras carreiras do
serviço público 2. Na hipótese dos autos, a parte Agravante não
impugnou os fundamentos da decisão agravada, limitando-se a
reproduzir as razões da reclamação. 3. Agravo regimental,
interposto em 07.12.2015, a que se nega provimento, com
previsão de aplicação da multa prevista no art. 1.021, §4º, CPC.”
(Rcl 22.235 AgR/SC, Rel. Min. Edson Fachin, Segunda Turma).
Ademais, o Código de Processo Civil de 2015, na linha do
entendimento até então firmado pelo Supremo Tribunal Federal, tornou
expressa a exigência de impugnação específica dos fundamentos da
decisão objeto de agravo interno. Por oportuno, transcrevo o art. 1.021, §
1º, do CPC:
“Art. 1.021. (...)
§ 1° Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará
especificadamente os fundamentos da decisão agravada”.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14231983.
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Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.065.125
PROCED. : ACRE
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : RAFAEL DA SILVA BRITO
ADV.(A/S) : LUCCAS VIANNA SANTOS (3404/AC)
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ACRE
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ACRE
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217736
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.065.125
PROCED. : ACRE
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : RAFAEL DA SILVA BRITO
ADV.(A/S) : LUCCAS VIANNA SANTOS (3404/AC)
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ACRE
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ACRE
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217736
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14257042 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-01T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CRIMINAL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DO FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA. INOBSERVÂNCIA DO ART. 1.021, § 1°, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
I – É deficiente a fundamentação do agravo regimental cujas razões não atacam especificadamente o fundamento da decisão agravada, consoante determina o art. 1.021, § 1°, do CPC. Incidência da Súmula 284/STF.
II – Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur379557 | - Acórdão(s) citado(s):
(IMPUGNAÇÃO, FUNDAMENTOS)
AO 1852 AgR-ED-AgR (1ªT), Rcl 22235 AgR (2ªT).
Número de páginas: 5.
Análise: 07/02/2018, MJC. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 1065125 | [
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-01021 PAR-00001\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000284 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 1065125 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : RAFAEL DA SILVA BRITO
ADV.(A/S) : LUCCAS VIANNA SANTOS
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ACRE
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ACRE | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"SÚMULA 284 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"Súmula 284 / STF",
"Súmula",
"AO 1852 AgR - ED - AgR / PA",
"AO 1852 AgR - ED - AgR / PA",
"Rcl 22 . 235 AgR / SC",
"Rcl 22 . 235 AgR / SC"
],
"LEGISLACAO": [
"ART . 1 . 021 , § 1° , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL",
"art . 1 . 021 , § 1° , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 17 , VII , e 557 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 17 , VII , e 557 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , I , ‘ n ’ , da Constituição Federal",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , CPC .",
"Código de Processo Civil de 2015",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , I , ‘ n ’ , da Constituição Federal",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , CPC .",
"Código de Processo Civil de 2015",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"ESTADO DO ACRE",
"Brasília",
"ESTADO DO ACRE",
"ESTADO DO ACRE",
"ESTADO DO ACRE",
"ESTADO DO ACRE"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ACRE",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ACRE",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ACRE",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"ACRE",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"ACRE",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ACRE",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RAFAEL DA SILVA BRITO",
"LUCCAS VIANNA SANTOS",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RAFAEL DA SILVA BRITO",
"LUCCAS VIANNA SANTOS",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RAFAEL DA SILVA BRITO",
"LUCCAS VIANNA SANTOS",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ricardo Lewandowski",
"Edson Fachin",
"Ricardo Lewandowski",
"Edson Fachin",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Edson Fachin",
"Edson Fachin",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RAFAEL DA SILVA BRITO",
"LUCCAS VIANNA SANTOS",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RAFAEL DA SILVA BRITO",
"LUCCAS VIANNA SANTOS",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"07",
".",
"12",
".",
"2015",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"07",
".",
"12",
".",
"2015",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 19.022 MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
INTDO.(A/S)
:JUIZ FEDERAL
DA 1ª VARA FEDERAL
DA
SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE UBERLÂNDIA
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Ementa: SEGUNDO AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO.
REITERAÇÃO DO PEDIDO INICIAL. SUBSISTÊNCIA DA DECISÃO
AGRAVADA. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
I - As razões do agravo regimental são inaptas para desconstituir os
fundamentos da decisão agravada, que, por isso, se mantêm hígidos.
II - Agravo regimental a que se nega provimento, com aplicação da
multa prevista no art. 1.021, § 4°, do CPC.
A C Ó R D Ã O
Acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em sessão
virtual da Segunda Turma, na conformidade da ata de julgamentos, por
unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, com aplicação da
multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015, nos termos do voto do
Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232339.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 19.022 MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
INTDO.(A/S)
:JUIZ FEDERAL
DA 1ª VARA FEDERAL
DA
SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE UBERLÂNDIA
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que julgou prejudicada a
reclamação.
A reclamante interpõe este agravo regimental pelas razões expostas
no documento eletrônico 42 e requer o provimento do recurso.
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232340.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 19.022 MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
INTDO.(A/S)
:JUIZ FEDERAL
DA 1ª VARA FEDERAL
DA
SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE UBERLÂNDIA
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que julgou prejudicada a
reclamação.
A reclamante interpõe este agravo regimental pelas razões expostas
no documento eletrônico 42 e requer o provimento do recurso.
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232340.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 19.022 MINAS GERAIS
V O T O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Consta da
decisão agravada:
“Os autos foram a Procuradoria-Geral da República que
opinou pela prejudicialidade do feito, em parecer assim
ementado:
‘1. RECLAMAÇÃO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA.
DECISÃO EM EXECUÇÃO. CONCURSO PÚBLICO.
AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL. RESERVA DE
VAGAS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA.
SOBRESTAMENTO DA DECISÃO RECLAMADA
PELO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª
REGIÃO. HOMOLOGAÇÃO DO CERTAME, APÓS
O INDEFERIMENTO DA LIMINAR. EFEITO
BUSCADO PELA RECLAMANTE ALCANÇADO.
AUSÊNCIA
DE
INTERESSE
NO
PROSSEGUIMENTO DA RECLAMAÇÃO. PERDA
DE OBJETO.
1. Homologado o concurso público suspenso
pela decisão reclamada, após o sobrestamento do ato
suspensivo na origem, não há interesse no
prosseguimento do pleito reclamatório, que não
produzirá efeitos adicionais àquele já alcançado pela
reclamante.
2 Parecer pelo
reconhecimento
da
prejudicialidade da reclamação’ (pág. 1 do
documento eletrônico 39).
Nesse sentido, salientou que
‘[...]
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232341.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 19.022 MINAS GERAIS
V O T O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Consta da
decisão agravada:
“Os autos foram a Procuradoria-Geral da República que
opinou pela prejudicialidade do feito, em parecer assim
ementado:
‘1. RECLAMAÇÃO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA.
DECISÃO EM EXECUÇÃO. CONCURSO PÚBLICO.
AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL. RESERVA DE
VAGAS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA.
SOBRESTAMENTO DA DECISÃO RECLAMADA
PELO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª
REGIÃO. HOMOLOGAÇÃO DO CERTAME, APÓS
O INDEFERIMENTO DA LIMINAR. EFEITO
BUSCADO PELA RECLAMANTE ALCANÇADO.
AUSÊNCIA
DE
INTERESSE
NO
PROSSEGUIMENTO DA RECLAMAÇÃO. PERDA
DE OBJETO.
1. Homologado o concurso público suspenso
pela decisão reclamada, após o sobrestamento do ato
suspensivo na origem, não há interesse no
prosseguimento do pleito reclamatório, que não
produzirá efeitos adicionais àquele já alcançado pela
reclamante.
2 Parecer pelo
reconhecimento
da
prejudicialidade da reclamação’ (pág. 1 do
documento eletrônico 39).
Nesse sentido, salientou que
‘[...]
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232341.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 19022 AGR-SEGUNDO / MG
O pleito reclamatório em exame tem propósito
específico e impugna decisão certa, com efeitos
igualmente delimitados. Busca cassar decisão que
suspendeu o andamento do certame regido pelo
Edital nº 55/2014, para provimento de cargos de
Agente da Polícia Federal, com a alegação de
descumprimento de decisão do Supremo Tribunal
Federal.
O certame referido, entretanto, após o
encerramento do curso de formação profissional, foi
homologado, em 28 de dezembro de 2015. O único
efeito possível da eventual cassação da decisão
impugnada seria o prosseguimento do certame, o
que já ocorreu.
É válido o registro do sobrestamento da decisão
aqui impugnada, em 17 de novembro de 2014,
quando o pedido de antecipação de tutela recursal
foi deferido monocraticamente pelo Relator do
agravo de instrumento interposto pela União na
origem (AI 0065730-02.2014.4.01.0000). Como efeito
da decisão pelo sobrestamento, o concurso seguiu
sem a adoção das medidas requeridas pelo
Ministério Público, tal como pretendido pela União.
Desde então, portanto, mesmo sem a
confirmação da decisão pelo colegiado na origem o
que, pelo andamento do feito no sítio do Tribunal ,
não aconteceu até o presente momento -, obtido o
provimento buscado, não havia razão para o
prosseguimento da reclamação.
Em complemento, observa-se não ser possível
insistir no julgamento do pleito reclamatório,
vinculado especificamente à decisão suspensiva do
concurso público regido pelo edital referido, para
discussão e formação de tese que poderá impactar
em todos os concursos futuros para os cargos
policiais da Polícia Federal, se dele não advirá
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232341.
Supremo Tribunal Federal
RCL 19022 AGR-SEGUNDO / MG
O pleito reclamatório em exame tem propósito
específico e impugna decisão certa, com efeitos
igualmente delimitados. Busca cassar decisão que
suspendeu o andamento do certame regido pelo
Edital nº 55/2014, para provimento de cargos de
Agente da Polícia Federal, com a alegação de
descumprimento de decisão do Supremo Tribunal
Federal.
O certame referido, entretanto, após o
encerramento do curso de formação profissional, foi
homologado, em 28 de dezembro de 2015. O único
efeito possível da eventual cassação da decisão
impugnada seria o prosseguimento do certame, o
que já ocorreu.
É válido o registro do sobrestamento da decisão
aqui impugnada, em 17 de novembro de 2014,
quando o pedido de antecipação de tutela recursal
foi deferido monocraticamente pelo Relator do
agravo de instrumento interposto pela União na
origem (AI 0065730-02.2014.4.01.0000). Como efeito
da decisão pelo sobrestamento, o concurso seguiu
sem a adoção das medidas requeridas pelo
Ministério Público, tal como pretendido pela União.
Desde então, portanto, mesmo sem a
confirmação da decisão pelo colegiado na origem o
que, pelo andamento do feito no sítio do Tribunal ,
não aconteceu até o presente momento -, obtido o
provimento buscado, não havia razão para o
prosseguimento da reclamação.
Em complemento, observa-se não ser possível
insistir no julgamento do pleito reclamatório,
vinculado especificamente à decisão suspensiva do
concurso público regido pelo edital referido, para
discussão e formação de tese que poderá impactar
em todos os concursos futuros para os cargos
policiais da Polícia Federal, se dele não advirá
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232341.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 19022 AGR-SEGUNDO / MG
qualquer efeito prático sobre o ato que visou
invalidar’ (págs. 3-4 do documento eletrônico 39 -
grifei).
Com razão o PGR.
Isso posto, julgo prejudicada esta reclamação pela perda
de objeto (art. 21, IX, RISTF)”.
Assim, bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora
atacada não merece reforma, visto que a parte recorrente não aduz
argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Deve, assim,
ser mantida por seus próprios fundamentos.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental e, ante a
manifesta improcedência do recurso, aplico multa de 5% (cinco por cento)
do valor atualizado da causa (art. 1.021, § 4°, do CPC).
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232341.
Supremo Tribunal Federal
RCL 19022 AGR-SEGUNDO / MG
qualquer efeito prático sobre o ato que visou
invalidar’ (págs. 3-4 do documento eletrônico 39 -
grifei).
Com razão o PGR.
Isso posto, julgo prejudicada esta reclamação pela perda
de objeto (art. 21, IX, RISTF)”.
Assim, bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora
atacada não merece reforma, visto que a parte recorrente não aduz
argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Deve, assim,
ser mantida por seus próprios fundamentos.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental e, ante a
manifesta improcedência do recurso, aplico multa de 5% (cinco por cento)
do valor atualizado da causa (art. 1.021, § 4°, do CPC).
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232341.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6
Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
SEGUNDO AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 19.022
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
INTDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA 1ª VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO
JUDICIÁRIA DE UBERLÂNDIA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º,
do CPC/2015, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217634
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
SEGUNDO AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 19.022
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
INTDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA 1ª VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO
JUDICIÁRIA DE UBERLÂNDIA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º,
do CPC/2015, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217634
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14257035 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-01T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | SEGUNDO AG.REG. NA RECLAMAÇÃO | Ementa: SEGUNDO AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO. REITERAÇÃO DO PEDIDO INICIAL. SUBSISTÊNCIA DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
I - As razões do agravo regimental são inaptas para desconstituir os fundamentos da decisão agravada, que, por isso, se mantêm hígidos.
II - Agravo regimental a que se nega provimento, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4°, do CPC. | sjur379550 | Número de páginas: 6.
Análise: 02/02/2018, MJC. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 19022 | [
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-01021 PAR-00004\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL"
] | Rcl-AgR-segundo | acordaos | Rcl 19022 AgR-segundo | [
""
] | AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
INTDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA 1ª VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE UBERLÂNDIA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECLAMAÇÃO 19 . 022",
"AI 0065730 - 02 . 2014 . 4 . 01 . 0000",
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"0065730",
"-",
"02",
".",
"2014",
".",
"RCL 19022 AGR"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 1 . 021 , § 4° , do CPC",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 21 , IX , RISTF",
"art . 1 . 021 , § 4° , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"MINAS GERAIS",
"Brasília",
"MINAS GERAIS",
"MINAS"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"SEGUNDO",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"[UNK] VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"[UNK] VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE UBERLÂNDIA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"[UNK] VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE UBERLÂNDIA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
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"-",
"Geral da República",
"POLÍCIA FEDERAL",
"TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA [UNK] REGIÃO",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Procuradoria",
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"Geral da República",
"POLÍCIA",
"TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA [UNK] REGIÃO",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"União",
"Ministério Público",
"União",
"Polícia",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"União",
"Ministério Público",
"União",
"Polícia Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PGR",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PGR",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"[UNK] VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE UBERLÂNDIA",
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"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
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"REPÚBLICA",
"[UNK] VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO",
"Segunda Turma",
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"-",
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"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Edson Fachin",
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"RICARDO LEWANDOWSKI",
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"TEMPO": [
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"/",
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"/",
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"/",
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"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28 de dezembro de 2015",
"17 de novembro de 2014",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28 de dezembro de 2015",
"17 de novembro de 2014",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
"24",
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"08",
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"2001",
"11",
"/",
"12",
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"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
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"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
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"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.300 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:MARCIO TEIXEIRA
AGTE.(S)
:RAQUEL AKEMI RIBEIRO SUZUKI
AGTE.(S)
:DANIEL DA SILVA AZEVEDO
AGTE.(S)
:EDUARDO ALVES DE SOUZA
AGTE.(S)
:LEANDRO MAX BIGONHA COSTA
ADV.(A/S)
:RAFAEL DA CAS MAFFINI
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
INTDO.(A/S)
:TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Ementa:
AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO.
PROCEDÊNCIA DO PEDIDO INICIAL. APLICAÇÃO DO TEMA 485 DA
REPERCUSSÃO GERAL. SUBSISTÊNCIA DA DECISÃO AGRAVADA.
AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
I - As razões do agravo regimental são inaptas para desconstituir os
fundamentos da decisão agravada, que, por isso, se mantêm hígidos.
II - Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em sessão
virtual da Segunda Turma, na conformidade da ata de julgamentos, por
unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do
voto do Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232376.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.300 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:MARCIO TEIXEIRA
AGTE.(S)
:RAQUEL AKEMI RIBEIRO SUZUKI
AGTE.(S)
:DANIEL DA SILVA AZEVEDO
AGTE.(S)
:EDUARDO ALVES DE SOUZA
AGTE.(S)
:LEANDRO MAX BIGONHA COSTA
ADV.(A/S)
:RAFAEL DA CAS MAFFINI
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
INTDO.(A/S)
:TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que julgou procedente a
reclamação.
As partes interessadas interpõem este agravo regimental pelas
razões expostas no documento eletrônico 15 e requerem o provimento do
recurso.
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232377.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.300 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:MARCIO TEIXEIRA
AGTE.(S)
:RAQUEL AKEMI RIBEIRO SUZUKI
AGTE.(S)
:DANIEL DA SILVA AZEVEDO
AGTE.(S)
:EDUARDO ALVES DE SOUZA
AGTE.(S)
:LEANDRO MAX BIGONHA COSTA
ADV.(A/S)
:RAFAEL DA CAS MAFFINI
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
INTDO.(A/S)
:TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que julgou procedente a
reclamação.
As partes interessadas interpõem este agravo regimental pelas
razões expostas no documento eletrônico 15 e requerem o provimento do
recurso.
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232377.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.300 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Consta da
decisão agravada:
“Trata-se de reclamação, sem pedido de liminar, ajuizada
pela União contra acórdão proferido pelo Tribunal Regional
Federal da 4ª Região, nos autos da Apelação Cível 5046116-
79.2014.4.04.7100/RS, por alegado descumprimento do que
decidido por esta Corte no julgamento do RE 632.853-RG/CE,
de relatoria do Ministro Gilmar Mendes.
A reclamante narra que os interessados ingressaram na
origem com ação ordinária com pedido de antecipação de
tutela, com o objetivo de obter anulação de questões constantes
em prova de concurso para o cargo de Auditor Fiscal da Receita
Federal do Brasil (pág. 2 do documento eletrônico 1), logrando
êxito no seu intento.
Informa, ademais, que tanto a autora quanto a União
apelaram da decisão e, em 16/06/2015, a 4ª Turma do TRF da 4ª
Região, por unanimidade, deu provimento à apelação da parte
autora e negou provimento à apelação da União e ao reexame
necessário (pág. 5 do documento eletrônico 1).
É contra essa decisão que se insurge a reclamante.
Aduz que
‘[...] interpôs recurso especial, que foi
inadmitido na origem, e recurso extraordinário, que
foi considerado prejudicado, diante do julgamento
do tema 485 de repercussão geral, decisão contra a
qual a União interpôs agravo interno, que teve
provimento negado em 01/12/2016. Em seguida.
então, foram opostos embargos de declaração, ainda
pendentes de apreciação, como demonstra o
andamento processual anexo (Doc. 05).
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232378.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.300 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Consta da
decisão agravada:
“Trata-se de reclamação, sem pedido de liminar, ajuizada
pela União contra acórdão proferido pelo Tribunal Regional
Federal da 4ª Região, nos autos da Apelação Cível 5046116-
79.2014.4.04.7100/RS, por alegado descumprimento do que
decidido por esta Corte no julgamento do RE 632.853-RG/CE,
de relatoria do Ministro Gilmar Mendes.
A reclamante narra que os interessados ingressaram na
origem com ação ordinária com pedido de antecipação de
tutela, com o objetivo de obter anulação de questões constantes
em prova de concurso para o cargo de Auditor Fiscal da Receita
Federal do Brasil (pág. 2 do documento eletrônico 1), logrando
êxito no seu intento.
Informa, ademais, que tanto a autora quanto a União
apelaram da decisão e, em 16/06/2015, a 4ª Turma do TRF da 4ª
Região, por unanimidade, deu provimento à apelação da parte
autora e negou provimento à apelação da União e ao reexame
necessário (pág. 5 do documento eletrônico 1).
É contra essa decisão que se insurge a reclamante.
Aduz que
‘[...] interpôs recurso especial, que foi
inadmitido na origem, e recurso extraordinário, que
foi considerado prejudicado, diante do julgamento
do tema 485 de repercussão geral, decisão contra a
qual a União interpôs agravo interno, que teve
provimento negado em 01/12/2016. Em seguida.
então, foram opostos embargos de declaração, ainda
pendentes de apreciação, como demonstra o
andamento processual anexo (Doc. 05).
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232378.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 26300 AGR / RS
Tendo em vista a violação de decisão proferida
por esse Supremo Tribunal sob a sistemática da
repercussão geral, a União ajuíza a presente
reclamação’ (pág. 5 do documento eletrônico 1).
Alega, em síntese, que a decisão de mérito impugnada, ao
consignar ‘com precisão a absoluta compatibilidade entre o
assunto abordado em questão que se pretendia anular e o
conteúdo programático do edital do certame’, bem como ao
permitir ‘a análise do mérito de outra questão que conduziu à
sua anulação’ (pág. 7 do documento eletrônico 1), desrespeitou
a decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal no
julgamento do RE 632.853/CE, sob a sistemática da repercussão
geral, de relatoria do Ministro Gilmar Mendes.
Ao final, pugna pela cassação do referido decisum de 2°
grau.
É o relatório necessário. Decido.
Preliminarmente, deixo de solicitar informações e enviar o
feito ao Procurador-Geral da República, por entender que o
processo já está em condições de julgamento (arts. 52, parágrafo
único, e 161, parágrafo único, ambos do RISTF).
Pois bem. O art. 988 do Código de Processo Civil dispõe
que caberá reclamação para:
“I - preservar a competência do tribunal;
II - garantir a autoridade das decisões do
tribunal;
III garantir a observância de enunciado de
súmula vinculante e de decisão do Supremo Tribunal
Federal
em
controle
concentrado
de
constitucionalidade;
IV garantir a observância de acórdão proferido
em julgamento de incidente de resolução de
demandas repetitivas ou de incidente de assunção de
competência”.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232378.
Supremo Tribunal Federal
RCL 26300 AGR / RS
Tendo em vista a violação de decisão proferida
por esse Supremo Tribunal sob a sistemática da
repercussão geral, a União ajuíza a presente
reclamação’ (pág. 5 do documento eletrônico 1).
Alega, em síntese, que a decisão de mérito impugnada, ao
consignar ‘com precisão a absoluta compatibilidade entre o
assunto abordado em questão que se pretendia anular e o
conteúdo programático do edital do certame’, bem como ao
permitir ‘a análise do mérito de outra questão que conduziu à
sua anulação’ (pág. 7 do documento eletrônico 1), desrespeitou
a decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal no
julgamento do RE 632.853/CE, sob a sistemática da repercussão
geral, de relatoria do Ministro Gilmar Mendes.
Ao final, pugna pela cassação do referido decisum de 2°
grau.
É o relatório necessário. Decido.
Preliminarmente, deixo de solicitar informações e enviar o
feito ao Procurador-Geral da República, por entender que o
processo já está em condições de julgamento (arts. 52, parágrafo
único, e 161, parágrafo único, ambos do RISTF).
Pois bem. O art. 988 do Código de Processo Civil dispõe
que caberá reclamação para:
“I - preservar a competência do tribunal;
II - garantir a autoridade das decisões do
tribunal;
III garantir a observância de enunciado de
súmula vinculante e de decisão do Supremo Tribunal
Federal
em
controle
concentrado
de
constitucionalidade;
IV garantir a observância de acórdão proferido
em julgamento de incidente de resolução de
demandas repetitivas ou de incidente de assunção de
competência”.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 26300 AGR / RS
Além disso, observo que o art. 988, § 5º, II, do NCPC,
informa que a reclamação não será admitida quando proposta
para garantir a observância de acórdão de recurso
extraordinário com repercussão geral reconhecida ou de
acórdão proferido em julgamento de recursos extraordinário ou
especial repetitivos, quando não esgotadas as instâncias
ordinárias.
Com efeito, antes da entrada em vigor do CPC/2015, a
jurisprudência desta Suprema Corte era pacífica em considerar
incabíveis reclamações que apontassem como paradigma um
leading case de repercussão geral. Veja-se:
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECLAMAÇÃO.
SUCEDÂNEO
RECURSAL.
INADMISSIBILIDADE DO PARÂMETRO DE
CONTROLE. 1. A reclamação não é sucedâneo
recursal. Precedentes. 2. A jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal é firme em considerar
incabível a reclamação que indique como paradigma
recurso extraordinário julgado segundo a sistemática
da repercussão geral. 3. Agravo regimental a que se
nega provimento’ (Rcl 15.378-AgR, Rel. Min. Edson
Fachin, Primeira Turma, Dje de 11/09/2015).
‘CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO.
RECLAMAÇÃO. ALEGAÇÃO DE DESRESPEITO
DE DECISÃO PROFERIDA NO JULGAMENTO DE
MÉRITO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM
REPERCUSSÃO
GERAL
RECONHECIDA.
INADMISSIBILIDADE
DO
USO
DA
RECLAMAÇÃO COMO SUCEDÂNEO RECURSAL.
PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL A QUE
SE NEGA PROVIMENTO’ (Rcl 18.368-AgR, Rel. Min.
Teori Zavascki, Segunda Turma, DJe de 11/3/2015).
Entretanto, após a entrada em vigor do CPC/2015, passou
a ser cabível a reclamação na qual se indique como parâmetro
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232378.
Supremo Tribunal Federal
RCL 26300 AGR / RS
Além disso, observo que o art. 988, § 5º, II, do NCPC,
informa que a reclamação não será admitida quando proposta
para garantir a observância de acórdão de recurso
extraordinário com repercussão geral reconhecida ou de
acórdão proferido em julgamento de recursos extraordinário ou
especial repetitivos, quando não esgotadas as instâncias
ordinárias.
Com efeito, antes da entrada em vigor do CPC/2015, a
jurisprudência desta Suprema Corte era pacífica em considerar
incabíveis reclamações que apontassem como paradigma um
leading case de repercussão geral. Veja-se:
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECLAMAÇÃO.
SUCEDÂNEO
RECURSAL.
INADMISSIBILIDADE DO PARÂMETRO DE
CONTROLE. 1. A reclamação não é sucedâneo
recursal. Precedentes. 2. A jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal é firme em considerar
incabível a reclamação que indique como paradigma
recurso extraordinário julgado segundo a sistemática
da repercussão geral. 3. Agravo regimental a que se
nega provimento’ (Rcl 15.378-AgR, Rel. Min. Edson
Fachin, Primeira Turma, Dje de 11/09/2015).
‘CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO.
RECLAMAÇÃO. ALEGAÇÃO DE DESRESPEITO
DE DECISÃO PROFERIDA NO JULGAMENTO DE
MÉRITO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM
REPERCUSSÃO
GERAL
RECONHECIDA.
INADMISSIBILIDADE
DO
USO
DA
RECLAMAÇÃO COMO SUCEDÂNEO RECURSAL.
PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL A QUE
SE NEGA PROVIMENTO’ (Rcl 18.368-AgR, Rel. Min.
Teori Zavascki, Segunda Turma, DJe de 11/3/2015).
Entretanto, após a entrada em vigor do CPC/2015, passou
a ser cabível a reclamação na qual se indique como parâmetro
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 26300 AGR / RS
de controle um leading case de repercussão geral, desde que
esgotadas as instâncias ordinárias (art. 988, § 5º, II, do
CPC/2015).
O Supremo Tribunal Federal tem interpretado o novo
requisito do esgotamento das instâncias ordinárias, previsto no
art. 988, § 5º, II, do CPC/2015, como a necessidade de
exaurimento de todos os recursos cabíveis. Nesse sentido:
“PROCESSUAL
CIVIL.
RECLAMAÇÃO
PROPOSTA PARA GARANTIR A OBSERVÂNCIA
DE
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
COM
REPERCUSSÃO
GERAL
RECONHECIDA.
CPC/2015, ART. 988, § 5º, II. INTERPRETAÇÃO
TELEOLÓGICA.
1. Em se tratando de reclamação para o STF, a
interpretação do art. 988, § 5º, II, do CPC/2015 deve
ser fundamentalmente teleológica,
e não
estritamente literal. O esgotamento da instância
ordinária, em tais casos, significa o percurso de
todo o íter recursal cabível antes do acesso à
Suprema Corte. Ou seja, se a decisão reclamada
ainda comportar reforma por via de recurso a algum
tribunal, inclusive a tribunal superior, não se
permitirá acesso à Suprema Corte por via de
reclamação.
2. Agravo regimental não provido” (Rcl 24.686
ED-AgR/RJ, Rel. Min. Teori Zavascki; grifei).
No presente caso, observo que foram esgotadas as
instâncias ordinárias, por terem sido interpostos tanto o recurso
extraordinário, como o agravo, contra decisão que não o
admitiu.
No mérito, destaco que este Tribunal, no julgamento do
RE 632.853-RG/CE (Tema 485), de relatoria do Ministro Gilmar
Mendes, exarou o entendimento segundo o qual não compete
ao Poder Judiciário, no controle de legalidade, substituir banca
4
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Supremo Tribunal Federal
RCL 26300 AGR / RS
de controle um leading case de repercussão geral, desde que
esgotadas as instâncias ordinárias (art. 988, § 5º, II, do
CPC/2015).
O Supremo Tribunal Federal tem interpretado o novo
requisito do esgotamento das instâncias ordinárias, previsto no
art. 988, § 5º, II, do CPC/2015, como a necessidade de
exaurimento de todos os recursos cabíveis. Nesse sentido:
“PROCESSUAL
CIVIL.
RECLAMAÇÃO
PROPOSTA PARA GARANTIR A OBSERVÂNCIA
DE
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
COM
REPERCUSSÃO
GERAL
RECONHECIDA.
CPC/2015, ART. 988, § 5º, II. INTERPRETAÇÃO
TELEOLÓGICA.
1. Em se tratando de reclamação para o STF, a
interpretação do art. 988, § 5º, II, do CPC/2015 deve
ser fundamentalmente teleológica,
e não
estritamente literal. O esgotamento da instância
ordinária, em tais casos, significa o percurso de
todo o íter recursal cabível antes do acesso à
Suprema Corte. Ou seja, se a decisão reclamada
ainda comportar reforma por via de recurso a algum
tribunal, inclusive a tribunal superior, não se
permitirá acesso à Suprema Corte por via de
reclamação.
2. Agravo regimental não provido” (Rcl 24.686
ED-AgR/RJ, Rel. Min. Teori Zavascki; grifei).
No presente caso, observo que foram esgotadas as
instâncias ordinárias, por terem sido interpostos tanto o recurso
extraordinário, como o agravo, contra decisão que não o
admitiu.
No mérito, destaco que este Tribunal, no julgamento do
RE 632.853-RG/CE (Tema 485), de relatoria do Ministro Gilmar
Mendes, exarou o entendimento segundo o qual não compete
ao Poder Judiciário, no controle de legalidade, substituir banca
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 26300 AGR / RS
examinadora para avaliar respostas dadas pelos candidatos e
notas a elas atribuídas. No entanto, reconheceu-se, naquela
assentada, que, excepcionalmente, é permitido ao Judiciário
juízo de compatibilidade do conteúdo das questões do concurso
com o previsto no edital do certame. Em seu voto, o Ministro
Relator consignou que:
‘Na espécie, o acórdão recorrido divergiu desse
entendimento ao entrar no mérito do ato
administrativo e substituir a banca examinadora para
renovar a correção de questões de concurso público,
violando o princípio da separação dos poderes e a
própria
reserva
de
administração
(Verwaltungsvorbehalt).
Não se trata de controle de conteúdo das
provas ante os limites expressos no edital, admitido
pela jurisprudência do STF nas controvérsias
judiciais sobre concurso público. Ao contrário, o
acórdão recorrido, expressamente, substituiu a banca
do certame, de forma a proceder à nova correção das
questões.
Tanto a sentença quanto o aresto recorrido
reavaliaram as respostas apresentadas pelos
candidatos para determinar quais seriam os itens
corretos e falsos de acordo com a doutrina e a
literatura técnica em enfermagem . Com base nessa
literatura especializada, o acórdão recorrido
infirmou o entendimento da banca e identificou mais
de um item correto em determinadas questões do
certame, extrapolando o controle de legalidade e
constitucionalidade, para realizar análise doutrinária
das respostas.
Em outras palavras, os juízos ordinários não se
limitaram a controlar a pertinência do exame
aplicado ao conteúdo discriminado no edital, mas
foram além para apreciar os critérios de avaliação e a
5
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RCL 26300 AGR / RS
examinadora para avaliar respostas dadas pelos candidatos e
notas a elas atribuídas. No entanto, reconheceu-se, naquela
assentada, que, excepcionalmente, é permitido ao Judiciário
juízo de compatibilidade do conteúdo das questões do concurso
com o previsto no edital do certame. Em seu voto, o Ministro
Relator consignou que:
‘Na espécie, o acórdão recorrido divergiu desse
entendimento ao entrar no mérito do ato
administrativo e substituir a banca examinadora para
renovar a correção de questões de concurso público,
violando o princípio da separação dos poderes e a
própria
reserva
de
administração
(Verwaltungsvorbehalt).
Não se trata de controle de conteúdo das
provas ante os limites expressos no edital, admitido
pela jurisprudência do STF nas controvérsias
judiciais sobre concurso público. Ao contrário, o
acórdão recorrido, expressamente, substituiu a banca
do certame, de forma a proceder à nova correção das
questões.
Tanto a sentença quanto o aresto recorrido
reavaliaram as respostas apresentadas pelos
candidatos para determinar quais seriam os itens
corretos e falsos de acordo com a doutrina e a
literatura técnica em enfermagem . Com base nessa
literatura especializada, o acórdão recorrido
infirmou o entendimento da banca e identificou mais
de um item correto em determinadas questões do
certame, extrapolando o controle de legalidade e
constitucionalidade, para realizar análise doutrinária
das respostas.
Em outras palavras, os juízos ordinários não se
limitaram a controlar a pertinência do exame
aplicado ao conteúdo discriminado no edital, mas
foram além para apreciar os critérios de avaliação e a
5
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 26300 AGR / RS
própria correção técnica do gabarito oficial.
Assim, houve indevido ingresso do Poder
Judiciário na correção de provas de concurso
público, em flagrante violação à jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal’ (grifei).
Ocorre que, pelos elementos que constam dos autos, o
Juízo de primeiro grau, bem como o Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, a despeito do que decidido por esta Corte no RE
632.853-RG/CE, substituiu a banca examinadora, avaliando a
resposta mais adequada à questão formulada, com a atribuição
de ponto a alguns candidatos. Confira-se, por oportuno, a
ementa e trecho do voto condutor do acórdão reclamado, que
bem elucida a questão:
‘Quanto ao mérito, não vejo razão para alterar o
entendimento esposado na decisão que deferiu a
antecipação de tutela, na qual apreciado o mérito da
questão nos seguintes termos, que transcrevo como
fundamento de decidir:
[...]
Estas exatamente as hipóteses suscitadas na
inicial. Uma referente a flagrante incorreção do
gabarito oficial e a outra referente à ausência de
previsão do conteúdo solicitado no edital.
Assim, tenho como admissível o exame da
antecipação de tutela, como requerido.
Quanto à questão referente às formas de
aquisição dos bens públicos (questão nº 12 do
gabarito 1, correspondente à questão nº 2 do gabarito
2, questão nº 52 do gabarito 3 e questão nº 22 do
gabarito 4), não há aparente solicitação de tema não
inserido no conteúdo programático do Edital, na
medida em que o tema consta no item 12 do
conteúdo programático de Direito Administrativo,
na seguinte forma:
6
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232378.
Supremo Tribunal Federal
RCL 26300 AGR / RS
própria correção técnica do gabarito oficial.
Assim, houve indevido ingresso do Poder
Judiciário na correção de provas de concurso
público, em flagrante violação à jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal’ (grifei).
Ocorre que, pelos elementos que constam dos autos, o
Juízo de primeiro grau, bem como o Tribunal Regional Federal
da 4ª Região, a despeito do que decidido por esta Corte no RE
632.853-RG/CE, substituiu a banca examinadora, avaliando a
resposta mais adequada à questão formulada, com a atribuição
de ponto a alguns candidatos. Confira-se, por oportuno, a
ementa e trecho do voto condutor do acórdão reclamado, que
bem elucida a questão:
‘Quanto ao mérito, não vejo razão para alterar o
entendimento esposado na decisão que deferiu a
antecipação de tutela, na qual apreciado o mérito da
questão nos seguintes termos, que transcrevo como
fundamento de decidir:
[...]
Estas exatamente as hipóteses suscitadas na
inicial. Uma referente a flagrante incorreção do
gabarito oficial e a outra referente à ausência de
previsão do conteúdo solicitado no edital.
Assim, tenho como admissível o exame da
antecipação de tutela, como requerido.
Quanto à questão referente às formas de
aquisição dos bens públicos (questão nº 12 do
gabarito 1, correspondente à questão nº 2 do gabarito
2, questão nº 52 do gabarito 3 e questão nº 22 do
gabarito 4), não há aparente solicitação de tema não
inserido no conteúdo programático do Edital, na
medida em que o tema consta no item 12 do
conteúdo programático de Direito Administrativo,
na seguinte forma:
6
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 26300 AGR / RS
12. Bens públicos. Regime jurídico.
Classificações. Uso de bens públicos por
particulares. Uso privativo dos bens
públicos.
Ora, se a temática está prevista no edital, no
título bens públicos, a forma à sua aquisição não se
apresenta como conteúdo impertinente, a ensejar a
concessão de antecipação de tutela por falta de
previsão específica da forma de aquisição como
subitem a ser estudado pelos candidatos do
concurso.
Já quanto à questão referente ao art. 40, §8º, da
CF/88, que tinha como assertiva 'aos servidores
aposentados em determinado cargo, deverá ser
estendido um benefício concedido a todos os
ocupantes do referido cargo ainda em atividade',
considerada correta pela banca examinadora
(questão nº 18 do gabarito 1, correspondente à
questão nº 8 do gabarito 2, questão nº 58 do gabarito
3 e questão nº 28 do gabarito 4), está em desacordo
com a atual redação do referido dispositivo,
conforme a Emenda Constitucional nº 41/2003:
§ 8º É assegurado o reajustamento
dos benefícios para preservar-lhes, em
caráter permanente, o valor real, conforme
critérios estabelecidos em lei. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 41,
19.12.2003)
A paridade de vencimentos somente subsiste
para os servidores que ingressaram no serviço
público antes da vigência da EC nº 41/2003
conforme entendimento de Plenário do STF:
[…]
Desta forma, flagrante o erro de correção,
devendo ser atribuída aos autores a nota cabível,
considerando a questão como anulada.
7
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Supremo Tribunal Federal
RCL 26300 AGR / RS
12. Bens públicos. Regime jurídico.
Classificações. Uso de bens públicos por
particulares. Uso privativo dos bens
públicos.
Ora, se a temática está prevista no edital, no
título bens públicos, a forma à sua aquisição não se
apresenta como conteúdo impertinente, a ensejar a
concessão de antecipação de tutela por falta de
previsão específica da forma de aquisição como
subitem a ser estudado pelos candidatos do
concurso.
Já quanto à questão referente ao art. 40, §8º, da
CF/88, que tinha como assertiva 'aos servidores
aposentados em determinado cargo, deverá ser
estendido um benefício concedido a todos os
ocupantes do referido cargo ainda em atividade',
considerada correta pela banca examinadora
(questão nº 18 do gabarito 1, correspondente à
questão nº 8 do gabarito 2, questão nº 58 do gabarito
3 e questão nº 28 do gabarito 4), está em desacordo
com a atual redação do referido dispositivo,
conforme a Emenda Constitucional nº 41/2003:
§ 8º É assegurado o reajustamento
dos benefícios para preservar-lhes, em
caráter permanente, o valor real, conforme
critérios estabelecidos em lei. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 41,
19.12.2003)
A paridade de vencimentos somente subsiste
para os servidores que ingressaram no serviço
público antes da vigência da EC nº 41/2003
conforme entendimento de Plenário do STF:
[…]
Desta forma, flagrante o erro de correção,
devendo ser atribuída aos autores a nota cabível,
considerando a questão como anulada.
7
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 26300 AGR / RS
Sinale-se, ainda, que foi negado provimento ao
agravo interposto pela União contra a decisão que
deferiu a tutela antecipada.
[...]
‘ADMINISTRATIVO. APELAÇÃO.
CONCURSO PÚBLICO. ANULAÇÃO
QUESTÃO PROVA. POSSIBILIDADE.
AUSÊNCIA DE RESPOSTA CORREÇÃO.
INTERVENÇÃO PODER JUDICIÁRIO.
PARTICIPAÇÃO DO CANDIDATO POR
ORDEM JUDICIAL. APROVAÇÃO.
NOMEAÇÃO. PECULIARIDADE DO
CASO CONCRETO.
1. É possível a interferência do
Poder Judiciário na avaliação/correção de
provas quando restar evidenciado a
ilegalidade do Edital ou o seu
descumprimento
pela
banca
examinadora’ (págs. 4-5 e 13 do
documento eletrônico 3; grifei).
No caso dos autos, percebe-se que a excepcionalidade
assinalada na decisão proferida por esta Suprema Corte, sob a
sistemática da repercussão geral, não ficou caracterizada, pois
não foi feito pelos julgadores o mero juízo de compatibilidade
do conteúdo das questões do concurso com o previsto no edital
do certame, havendo, de fato, substituição da banca
examinadora pelo Poder Judiciário, que, para reconhecer o erro
de correção, foi além do controle de legalidade, fazendo
interpretação da questão e alterando as notas atribuídas aos
candidatos.
Verifica-se, portanto, que a decisão reclamada descumpriu
a orientação firmada por este Tribunal, no julgamento do RE
632.853-RG/CE (Tema 485).
Ressalto, por fim, que o art. 161, parágrafo único, do
8
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Supremo Tribunal Federal
RCL 26300 AGR / RS
Sinale-se, ainda, que foi negado provimento ao
agravo interposto pela União contra a decisão que
deferiu a tutela antecipada.
[...]
‘ADMINISTRATIVO. APELAÇÃO.
CONCURSO PÚBLICO. ANULAÇÃO
QUESTÃO PROVA. POSSIBILIDADE.
AUSÊNCIA DE RESPOSTA CORREÇÃO.
INTERVENÇÃO PODER JUDICIÁRIO.
PARTICIPAÇÃO DO CANDIDATO POR
ORDEM JUDICIAL. APROVAÇÃO.
NOMEAÇÃO. PECULIARIDADE DO
CASO CONCRETO.
1. É possível a interferência do
Poder Judiciário na avaliação/correção de
provas quando restar evidenciado a
ilegalidade do Edital ou o seu
descumprimento
pela
banca
examinadora’ (págs. 4-5 e 13 do
documento eletrônico 3; grifei).
No caso dos autos, percebe-se que a excepcionalidade
assinalada na decisão proferida por esta Suprema Corte, sob a
sistemática da repercussão geral, não ficou caracterizada, pois
não foi feito pelos julgadores o mero juízo de compatibilidade
do conteúdo das questões do concurso com o previsto no edital
do certame, havendo, de fato, substituição da banca
examinadora pelo Poder Judiciário, que, para reconhecer o erro
de correção, foi além do controle de legalidade, fazendo
interpretação da questão e alterando as notas atribuídas aos
candidatos.
Verifica-se, portanto, que a decisão reclamada descumpriu
a orientação firmada por este Tribunal, no julgamento do RE
632.853-RG/CE (Tema 485).
Ressalto, por fim, que o art. 161, parágrafo único, do
8
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 26300 AGR / RS
RISTF, permite o julgamento monocrático da reclamação pelo
relator, ‘quando a matéria for objeto de jurisprudência
consolidada do Tribunal’.
Isso posto, julgo procedente o pedido para cassar o ato
reclamado e determinar que outro seja proferido em seu lugar,
com a observância do que foi decidido por esta Corte no
julgamento do RE 632.853-RG/CE, de relatoria do Ministro
Gilmar Mendes.”.
Assim, bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora
atacada não merece reforma, visto que as recorrentes não aduzem
argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Deve, assim,
ser mantida por seus próprios fundamentos.
Ressalto, por fim, que deixo de majorar os honorários do art. 85, § 11,
do Código de Processo Civil, uma vez que não foram previamente
fixados. Assim, ante a ausência de recurso sobre o ponto, a matéria está
preclusa.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
9
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Supremo Tribunal Federal
RCL 26300 AGR / RS
RISTF, permite o julgamento monocrático da reclamação pelo
relator, ‘quando a matéria for objeto de jurisprudência
consolidada do Tribunal’.
Isso posto, julgo procedente o pedido para cassar o ato
reclamado e determinar que outro seja proferido em seu lugar,
com a observância do que foi decidido por esta Corte no
julgamento do RE 632.853-RG/CE, de relatoria do Ministro
Gilmar Mendes.”.
Assim, bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora
atacada não merece reforma, visto que as recorrentes não aduzem
argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Deve, assim,
ser mantida por seus próprios fundamentos.
Ressalto, por fim, que deixo de majorar os honorários do art. 85, § 11,
do Código de Processo Civil, uma vez que não foram previamente
fixados. Assim, ante a ausência de recurso sobre o ponto, a matéria está
preclusa.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
9
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12
Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.300
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : MARCIO TEIXEIRA
AGTE.(S) : RAQUEL AKEMI RIBEIRO SUZUKI
AGTE.(S) : DANIEL DA SILVA AZEVEDO
AGTE.(S) : EDUARDO ALVES DE SOUZA
AGTE.(S) : LEANDRO MAX BIGONHA COSTA
ADV.(A/S) : RAFAEL DA CAS MAFFINI (25953/DF, 44404/RS)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
INTDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217638
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.300
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : MARCIO TEIXEIRA
AGTE.(S) : RAQUEL AKEMI RIBEIRO SUZUKI
AGTE.(S) : DANIEL DA SILVA AZEVEDO
AGTE.(S) : EDUARDO ALVES DE SOUZA
AGTE.(S) : LEANDRO MAX BIGONHA COSTA
ADV.(A/S) : RAFAEL DA CAS MAFFINI (25953/DF, 44404/RS)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
INTDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217638
Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14257008 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-01T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NA RECLAMAÇÃO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO. PROCEDÊNCIA DO PEDIDO INICIAL. APLICAÇÃO DO TEMA 485 DA REPERCUSSÃO GERAL. SUBSISTÊNCIA DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
I - As razões do agravo regimental são inaptas para desconstituir os fundamentos da decisão agravada, que, por isso, se mantêm hígidos.
II - Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur379525 | Número de páginas: 12.
Análise: 07/02/2018, MJC. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 26300 | null | Rcl-AgR | acordaos | Rcl 26300 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : MARCIO TEIXEIRA
AGTE.(S) : RAQUEL AKEMI RIBEIRO SUZUKI
AGTE.(S) : DANIEL DA SILVA AZEVEDO
AGTE.(S) : EDUARDO ALVES DE SOUZA
AGTE.(S) : LEANDRO MAX BIGONHA COSTA
ADV.(A/S) : RAFAEL DA CAS MAFFINI
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
INTDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECLAMAÇÃO 26 . 300",
"RECLAMAÇÃO 26 . 300",
"Apelação Cível 5046116 - 79 . 2014 . 4 . 04 . 7100 / RS",
"RE 632 . 853 - RG / CE",
"Apelação Cível 5046116 - 79 . 2014 . 4 . 04 . 7100 / RS",
"RE 632 . 853 - RG / CE",
"RCL 26300 AGR / RS",
"RE 632 . 853 / CE",
"RCL",
"RE 632 . 853 / CE",
"Rcl 15 . 378 - AgR",
"Rcl 18 . 368 - AgR",
"RCL 26300 AGR / RS",
"Rcl 15 . 378 - AgR",
"Rcl 18 . 368 - AgR",
"RCL 26300 AGR / RS",
"Rcl 24 . 686 ED - AgR / RJ",
"RE 632 . 853 - RG / CE",
"RCL 26300",
"Rcl 24 . 686 ED - AgR / RJ",
"RE 632 . 853 - RG / CE",
"RCL 26300 AGR / RS",
"RCL 26300",
"RE 632 . 853 - RG / CE",
"RCL 26300 AGR / RS",
"RE 632 . 853 - RG / CE",
"RCL 26300 AGR / RS",
"RCL",
"RE 632 . 853 - RG / CE",
"RE 632 . 853 - RG / CE",
"RE 632 . 853 - RG / CE",
"RCL 26300 AGR /",
"RE 632 . 853 - RG / CE",
"RECLAMAÇÃO 26 . 300",
"RECLAMAÇÃO 26 . 300"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 988 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 52 , parágrafo único , e 161 , parágrafo único , ambos do RISTF",
"art . 988 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 988 , § [UNK] , II , do NCPC",
"CPC",
"/",
"2015",
"CPC",
"/",
"2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 988 , § [UNK] , II , do NCPC",
"CPC",
"/",
"2015",
"CPC",
"/",
"2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 988 , § [UNK] , II , do CPC / 2015",
"art . 988 , § [UNK] , II , do CPC / 2015",
"CPC",
"/",
"2015",
"art . 988 , § [UNK] , II , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 988 , § [UNK] , II , do CPC / 2015",
"art . 988 , § [UNK] , II , do CPC / 2015",
"CPC",
"/",
"2015 , ART . 988 , § [UNK] , II",
"art . 988 , § [UNK] , II , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 40 , § [UNK] , da CF / 88",
"Emenda Constitucional [UNK] 41 / 2003",
"Emenda Constitucional [UNK] 41",
"EC [UNK] 41 / 2003",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 40 , § [UNK] , da CF / 88",
"Emenda Constitucional [UNK] 41 / 2003",
"Emenda Constitucional [UNK] 41",
"EC [UNK] 41 / 2003",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 85 , § 11 , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 85 , § 11 , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA [UNK] REGIÃO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA [UNK] REGIÃO",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA [UNK] REGIÃO",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"União",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Receita Federal do Brasil",
"União",
"[UNK] Turma do TRF da [UNK] Região",
"União",
"União",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"União",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Receita Federal do Brasil",
"União",
"[UNK] Turma do TRF da [UNK] Região",
"União",
"União",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Suprema Corte",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"Suprema Corte",
"Suprema Corte",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"Suprema Corte",
"Suprema Corte",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"AGR",
"/",
"RS",
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"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
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"Brasil",
"/",
"RS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Infraestrutura de",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário do STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário do STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"União",
"Suprema Corte",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"União",
"Suprema Corte",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"RCL",
"/",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA [UNK] REGIÃO",
"Segunda Turma",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA [UNK] REGIÃO",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"MARCIO TEIXEIRA",
"RAQUEL AKEMI RIBEIRO SUZUKI",
"DANIEL DA SILVA AZEVEDO",
"EDUARDO ALVES DE SOUZA",
"LEANDRO MAX BIGONHA COSTA",
"RAFAEL DA CAS MAFFINI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"MARCIO TEIXEIRA",
"RAQUEL AKEMI RIBEIRO SUZUKI",
"DANIEL DA SILVA AZEVEDO",
"EDUARDO ALVES DE SOUZA",
"LEANDRO MAX BIGONHA COSTA",
"RAFAEL DA CAS MAFFINI",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"MARCIO TEIXEIRA",
"RAQUEL AKEMI RIBEIRO SUZUKI",
"DANIEL DA SILVA AZEVEDO",
"EDUARDO ALVES DE SOUZA",
"LEANDRO MAX BIGONHA COSTA",
"RAFAEL DA CAS MAFFINI",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Gilmar Mendes",
"Gilmar Mendes",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Edson Fachin",
"Teori Zavascki",
"Edson Fachin",
"Teori Zavascki",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Teori Zavascki",
"Gilmar Mendes",
"Teori Zavascki",
"Gilmar Mendes",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Gilmar Mendes",
"Gilmar Mendes",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"MARCIO TEIXEIRA",
"RAQUEL AKEMI RIBEIRO SUZUKI",
"DANIEL DA SILVA AZEVEDO",
"EDUARDO ALVES DE SOUZA",
"LEANDRO MAX BIGONHA COSTA",
"RAFAEL DA CAS MAFFINI",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"MARCIO TEIXEIRA",
"RAQUEL AKEMI RIBEIRO SUZUKI",
"DANIEL DA SILVA AZEVEDO",
"EDUARDO ALVES DE SOUZA",
"LEANDRO MAX BIGONHA COSTA",
"RAFAEL DA CAS MAFFINI",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"11 de dezembro de",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"16",
"/",
"06",
"/",
"2015",
"01",
"/",
"12",
"/",
"2016",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"16",
"/",
"06",
"/",
"2015",
"01",
"/",
"12",
"/",
"2016",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"09",
"/",
"2015",
"11",
"/",
"3",
"/",
"2015",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"09",
"/",
"2015",
"11",
"/",
"3",
"/",
"2015",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
".",
"12",
".",
"2003",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
".",
"12",
".",
"2003",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 978.091
PARANÁ
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:REGINA CRISTINA FERREIRA DE LIMA
ADV.(A/S)
:ANTONIO EDSON MARTINS NOGUEIRA
EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo.
Administrativo. Procurador federal. Progressão funcional. Legislação
infraconstitucional. Ofensa reflexa. Fatos e provas. Reexame.
Impossibilidade. Precedentes.
1. Não se presta o recurso extraordinário para a análise de matéria
ínsita à legislação infraconstitucional, tampouco para o reexame dos fatos
e das provas constantes dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e
279/STF.
2. Agravo regimental não provido.
3. Inaplicável o art. 85, § 11, do CPC, pois não houve prévia fixação
de honorários advocatícios na causa.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, em sessão virtual de 1°/12
a 7/12/2017, na conformidade da ata do julgamento, por unanimidade de
votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do
Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14243703.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 978.091
PARANÁ
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:REGINA CRISTINA FERREIRA DE LIMA
ADV.(A/S)
:ANTONIO EDSON MARTINS NOGUEIRA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
União interpôs tempestivo agravo regimental, em 27/10/16, contra a
decisão em que neguei seguimento ao recurso, com a seguinte
fundamentação:
“Vistos.
Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu
recurso extraordinário interposto contra acórdão da Primeira
Turma Recursal do Estado do Paraná.
Alega-se, no apelo extremo, violação dos artigos 61 e 84,
inciso VI, da Constituição Federal.
Decido.
A irresignação não merece prosperar, haja vista que o
Tribunal de origem decidiu a lide amparado na legislação local
pertinente. Assim, a afronta aos dispositivos constitucionais
suscitados no recurso extraordinário seria, se ocorresse, indireta
ou reflexa, o que é insuficiente para amparar o apelo extremo.
Além disso, o acolhimento da pretensão recursal demandaria o
reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que se
mostra incabível em sede extraordinária. Incidência das
Súmulas nºs 279 e 280 desta Corte. Sobre o tema:
‘Agravo regimental no recurso extraordinário com
agravo. Direito administrativo. Servidora pública.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 978.091
PARANÁ
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:REGINA CRISTINA FERREIRA DE LIMA
ADV.(A/S)
:ANTONIO EDSON MARTINS NOGUEIRA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
União interpôs tempestivo agravo regimental, em 27/10/16, contra a
decisão em que neguei seguimento ao recurso, com a seguinte
fundamentação:
“Vistos.
Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu
recurso extraordinário interposto contra acórdão da Primeira
Turma Recursal do Estado do Paraná.
Alega-se, no apelo extremo, violação dos artigos 61 e 84,
inciso VI, da Constituição Federal.
Decido.
A irresignação não merece prosperar, haja vista que o
Tribunal de origem decidiu a lide amparado na legislação local
pertinente. Assim, a afronta aos dispositivos constitucionais
suscitados no recurso extraordinário seria, se ocorresse, indireta
ou reflexa, o que é insuficiente para amparar o apelo extremo.
Além disso, o acolhimento da pretensão recursal demandaria o
reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que se
mostra incabível em sede extraordinária. Incidência das
Súmulas nºs 279 e 280 desta Corte. Sobre o tema:
‘Agravo regimental no recurso extraordinário com
agravo. Direito administrativo. Servidora pública.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Relatório
ARE 978091 AGR / PR
Progressão funcional. Legislação local. Ofensa reflexa.
Fatos e provas. Reexame. Impossibilidade. Precedentes. 1.
Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame dos
fatos e das provas dos autos ou a análise da legislação
local. Incidência das Súmulas nºs 279 e 280/STF. 2. Agravo
regimental não provido’ (ARE nº 846.648/MG-AgR,
Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 8/4/15).
‘PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO.
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROGRESSÃO
FUNCIONAL.
PROFESSORES.
LEIS
COMPLEMENTARES 67/1999, 144/2005 e 228/2011 DO
ESTADO DO ACRE. ANÁLISE DE DIREITO LOCAL.
SÚMULA 280/STF. REAPRECIAÇÃO DO CONJUNTO
FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. INVIABILIDADE.
SÚMULA 279/STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE
NEGA PROVIMENTO’ (ARE nº 835.809/AC-AgR,
Segunda Turma, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe de
7/11/14).
‘Agravo regimental em recurso extraordinário com
agravo. 2. Direito Administrativo. Servidor público
estadual integrante do magistério. Lei complementar
estadual nº 144/2005. 3. Aferição da viabilidade de
progressão e diferenças pecuniárias. Necessidade de
revolvimento da interpretação dada à legislação
infraconstitucional de índole local aplicável. 4. Ausência
de argumentos suficientes a infirmar a decisão recorrida.
5. Agravo regimental a que se nega provimento’ (ARE nº
833.100/AC-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro
Gilmar Mendes, DJe de 12/11/14).
‘AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. SERVIDORA
PÚBLICA MUNICIPAL. PROGRESSÃO FUNCIONAL.
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 978091 AGR / PR
Progressão funcional. Legislação local. Ofensa reflexa.
Fatos e provas. Reexame. Impossibilidade. Precedentes. 1.
Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame dos
fatos e das provas dos autos ou a análise da legislação
local. Incidência das Súmulas nºs 279 e 280/STF. 2. Agravo
regimental não provido’ (ARE nº 846.648/MG-AgR,
Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 8/4/15).
‘PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO.
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROGRESSÃO
FUNCIONAL.
PROFESSORES.
LEIS
COMPLEMENTARES 67/1999, 144/2005 e 228/2011 DO
ESTADO DO ACRE. ANÁLISE DE DIREITO LOCAL.
SÚMULA 280/STF. REAPRECIAÇÃO DO CONJUNTO
FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. INVIABILIDADE.
SÚMULA 279/STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE
NEGA PROVIMENTO’ (ARE nº 835.809/AC-AgR,
Segunda Turma, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe de
7/11/14).
‘Agravo regimental em recurso extraordinário com
agravo. 2. Direito Administrativo. Servidor público
estadual integrante do magistério. Lei complementar
estadual nº 144/2005. 3. Aferição da viabilidade de
progressão e diferenças pecuniárias. Necessidade de
revolvimento da interpretação dada à legislação
infraconstitucional de índole local aplicável. 4. Ausência
de argumentos suficientes a infirmar a decisão recorrida.
5. Agravo regimental a que se nega provimento’ (ARE nº
833.100/AC-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro
Gilmar Mendes, DJe de 12/11/14).
‘AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. SERVIDORA
PÚBLICA MUNICIPAL. PROGRESSÃO FUNCIONAL.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Relatório
ARE 978091 AGR / PR
REQUISITOS LEGAIS. SÚMULAS 279 E 280/STF. Caso em
que a resolução da controvérsia demandaria a análise da
legislação local e o reexame dos fatos e provas constantes
dos autos, o que é vedado em recurso extraordinário.
Incidência das Súmulas 279 e 280/STF. Precedentes.
Agravo regimental a que se nega provimento’ (ARE nº
715.029/MG-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro
Roberto Barroso, DJe de 4/12/13).
Tratando especificamente do tema em análise, transcrevo
o teor da decisão proferida pelo Ministro Gilmar Mendes, em
caso similar ao presente, nos autos do RE nº 888.115/DF (DJe de
29/9/15), que bem aborda a questão:
‘Trata-se de recurso extraordinário interposto com
fundamento no art. 102, III, a e b, da Constituição Federal,
no qual se alega violação aos artigos 2º; 5º, II; 37, X; 61, §1º,
II; e 169, §1º, do texto constitucional, pelo acórdão da
Turma Recursal da Seção Judiciária do Distrito Federal.
O acórdão recorrido assim assentou:
‘ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO.
PROCURADOR FEDERAL. PROCEDIMENTO
ADMINISTRATIVO
DESTINADO
À
PROMOÇÃO/PROGRESSÃO
FUNCIONAL.
OMISSÃO ILEGAL DO PROCURADOR-GERAL
FEDERAL. LEI 10.480/2002: COMPETÊNCIA DO
PROCURADOR-GERAL
FEDERAL
PARA
DISCIPLINAR E EFETIVAR AS PROMOÇÕES DOS
MEMBROS DA CARREIRA. APLICAÇÃO DO
DISPOSTO NO ART. 65 DA MEDIDA PROVISÓRIA
2.229-43/2001
NA
AUSÊNCIA
DE
REGULAMENTAÇÃO ESPECÍFICA. DECRETOS
84.690/80 E 89.310/84. PRECEDENTE TRF1.
SENTENÇA REFORMADA. RECURSO PROVIDO’
(fl. 126).
3
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Supremo Tribunal Federal
ARE 978091 AGR / PR
REQUISITOS LEGAIS. SÚMULAS 279 E 280/STF. Caso em
que a resolução da controvérsia demandaria a análise da
legislação local e o reexame dos fatos e provas constantes
dos autos, o que é vedado em recurso extraordinário.
Incidência das Súmulas 279 e 280/STF. Precedentes.
Agravo regimental a que se nega provimento’ (ARE nº
715.029/MG-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro
Roberto Barroso, DJe de 4/12/13).
Tratando especificamente do tema em análise, transcrevo
o teor da decisão proferida pelo Ministro Gilmar Mendes, em
caso similar ao presente, nos autos do RE nº 888.115/DF (DJe de
29/9/15), que bem aborda a questão:
‘Trata-se de recurso extraordinário interposto com
fundamento no art. 102, III, a e b, da Constituição Federal,
no qual se alega violação aos artigos 2º; 5º, II; 37, X; 61, §1º,
II; e 169, §1º, do texto constitucional, pelo acórdão da
Turma Recursal da Seção Judiciária do Distrito Federal.
O acórdão recorrido assim assentou:
‘ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO.
PROCURADOR FEDERAL. PROCEDIMENTO
ADMINISTRATIVO
DESTINADO
À
PROMOÇÃO/PROGRESSÃO
FUNCIONAL.
OMISSÃO ILEGAL DO PROCURADOR-GERAL
FEDERAL. LEI 10.480/2002: COMPETÊNCIA DO
PROCURADOR-GERAL
FEDERAL
PARA
DISCIPLINAR E EFETIVAR AS PROMOÇÕES DOS
MEMBROS DA CARREIRA. APLICAÇÃO DO
DISPOSTO NO ART. 65 DA MEDIDA PROVISÓRIA
2.229-43/2001
NA
AUSÊNCIA
DE
REGULAMENTAÇÃO ESPECÍFICA. DECRETOS
84.690/80 E 89.310/84. PRECEDENTE TRF1.
SENTENÇA REFORMADA. RECURSO PROVIDO’
(fl. 126).
3
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14243700.
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Relatório
ARE 978091 AGR / PR
Nas razões recursais, sustenta-se, em síntese, a
impossibilidade de um aumento real de remuneração, por
meio de um ato jurisdicional, uma vez que a matéria está
submetida a reserva legal absoluta. Ademais, alega-se
infringência ao princípio da separação dos poderes.
O COJEF/DF admitiu o recurso por vislumbrar todos
os requisitos de admissibilidade.
Decido.
Inicialmente, verifico que a jurisprudência
consolidada desta Corte é no sentido de que não viola o
princípio da separação dos poderes o controle de
legalidade dos atos administrativos realizado pelo
Judiciário.
Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados de
ambas as Turmas do STF:
‘RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
COM
AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) CONTROLE DE
LEGALIDADE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
PELO PODER JUDICIÁRIO ANÁLISE DOS
REQUISITOS LEGAIS DO ATO PRATICADO
POSSIBILIDADE AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO AO
PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES
REEXAME DE FATOS E PROVAS, EM SEDE
RECURSAL
EXTRAORDINÁRIA
INADMISSIBILIDADE RECURSO DE AGRAVO
IMPROVIDO’ (ARE 757716 AgR,’ Rel. Min. CELSO
DE MELLO, Segunda Turma, DJe 7.10.2013).
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
ATO
ADMINISTRATIVO:
POSSIBILIDADE
DE
CONTROLE
DA
LEGALIDADE PELO PODER JUDICIÁRIO.
PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO
QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (AI 796832 AgR,
4
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Supremo Tribunal Federal
ARE 978091 AGR / PR
Nas razões recursais, sustenta-se, em síntese, a
impossibilidade de um aumento real de remuneração, por
meio de um ato jurisdicional, uma vez que a matéria está
submetida a reserva legal absoluta. Ademais, alega-se
infringência ao princípio da separação dos poderes.
O COJEF/DF admitiu o recurso por vislumbrar todos
os requisitos de admissibilidade.
Decido.
Inicialmente, verifico que a jurisprudência
consolidada desta Corte é no sentido de que não viola o
princípio da separação dos poderes o controle de
legalidade dos atos administrativos realizado pelo
Judiciário.
Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados de
ambas as Turmas do STF:
‘RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
COM
AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) CONTROLE DE
LEGALIDADE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
PELO PODER JUDICIÁRIO ANÁLISE DOS
REQUISITOS LEGAIS DO ATO PRATICADO
POSSIBILIDADE AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO AO
PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES
REEXAME DE FATOS E PROVAS, EM SEDE
RECURSAL
EXTRAORDINÁRIA
INADMISSIBILIDADE RECURSO DE AGRAVO
IMPROVIDO’ (ARE 757716 AgR,’ Rel. Min. CELSO
DE MELLO, Segunda Turma, DJe 7.10.2013).
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
ATO
ADMINISTRATIVO:
POSSIBILIDADE
DE
CONTROLE
DA
LEGALIDADE PELO PODER JUDICIÁRIO.
PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO
QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (AI 796832 AgR,
4
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14243700.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12
Relatório
ARE 978091 AGR / PR
Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, DJe
23.2.2011).
Demais disso, é entendimento sumulado desta Corte
que ‘Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao
princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação
pressuponha rever a interpretação dada a normas
infraconstitucionais pela decisão recorrida.’ (Enunciado da
Súmula 636 do STF).
Igualmente, convém reproduzir o assentado pelo
Tribunal de origem:
‘Não há falar em ofensa ao princípio da
separação dos poderes, uma vez que existe previsão
legal para a promoção funcional. Até que seja
aprovado o regulamento de que trata o §2º do art. 4º
da Medida Provisória 2.229-43/2001, de 06 de
setembro de 2001, aplicam-se, para fins de
progressão funcional e promoção, as normas
vigentes na data de sua publicação (art. 65 da
Medida Provisória 2.229-43/2001)’ (fl. 126).
Ademais, ressalto que não se aplica o Enunciado da
Súmula 339 do STF na hipótese, tendo em conta que não
se trata de aumento e há previsão legal para a promoção.
Na espécie, verifico que divergir do entendimento
adotado pelo tribunal a quo demandaria o revolvimento
do acervo fático-probatório e da legislação
infraconstitucional aplicável à espécie, o que não enseja a
abertura do recurso extraordinário, uma vez que se aplica
o Enunciado da Súmula 279 do STF.
Confira-se o seguinte julgado:
‘PROCESSUAL
CIVIL.
AGRAVO
REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
VIOLAÇÃO
DOS
PRINCÍPIOS
DO
5
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14243700.
Supremo Tribunal Federal
ARE 978091 AGR / PR
Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, DJe
23.2.2011).
Demais disso, é entendimento sumulado desta Corte
que ‘Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao
princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação
pressuponha rever a interpretação dada a normas
infraconstitucionais pela decisão recorrida.’ (Enunciado da
Súmula 636 do STF).
Igualmente, convém reproduzir o assentado pelo
Tribunal de origem:
‘Não há falar em ofensa ao princípio da
separação dos poderes, uma vez que existe previsão
legal para a promoção funcional. Até que seja
aprovado o regulamento de que trata o §2º do art. 4º
da Medida Provisória 2.229-43/2001, de 06 de
setembro de 2001, aplicam-se, para fins de
progressão funcional e promoção, as normas
vigentes na data de sua publicação (art. 65 da
Medida Provisória 2.229-43/2001)’ (fl. 126).
Ademais, ressalto que não se aplica o Enunciado da
Súmula 339 do STF na hipótese, tendo em conta que não
se trata de aumento e há previsão legal para a promoção.
Na espécie, verifico que divergir do entendimento
adotado pelo tribunal a quo demandaria o revolvimento
do acervo fático-probatório e da legislação
infraconstitucional aplicável à espécie, o que não enseja a
abertura do recurso extraordinário, uma vez que se aplica
o Enunciado da Súmula 279 do STF.
Confira-se o seguinte julgado:
‘PROCESSUAL
CIVIL.
AGRAVO
REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
VIOLAÇÃO
DOS
PRINCÍPIOS
DO
5
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12
Relatório
ARE 978091 AGR / PR
CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA.
OFENSA
CONSTITUCIONAL
REFLEXA.
AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. ARE
748.371 (REL. MIN. GILMAR MENDES - TEMA 660).
ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO LOCAL E DE FATOS E
PROVAS. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 280 E 279
DO STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA
PROVIMENTO.’
(RE 680809 AgR, Rel. Min. TEORI ZAVASCKI,
Segunda Turma, DJe 25.2.2014)
Ante o exposto, conheço do recurso para negar-lhe
provimento (art. 557, caput, CPC e art. 21, §1º, RISTF).’
Nesse mesmo sentido, anote-se a seguinte decisão
monocrática que também trata especificamente do tema
versado nos presentes autos: RE nº 888.119/DF, de minha
relatoria, DJe de 5/6/15.
Ante o exposto, nos termos do artigo 21, § 1º, do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego
seguimento ao recurso.”
Insiste a agravante que houve violação dos arts. 61 e 84, inciso VI, da
Constituição Federal.
Alega que não haveria falar em incidência das Súmulas nº 279 e
280/STF no caso. Nesse tocante, aduz, in verbis, que
“(...) o mencionado art. 84, da CF, foi o fundamento para a
Turma Recursal expressamente declarar a inconstitucionalidade
do art. 11, § 2º, V, da Lei nº 10.480/02.
(…)
Destarte, resta claro que a Turma Recursal exerceu
controle difuso de constitucionalidade. Logo, se houve expressa
declaração de inconstitucionalidade do art. 11, § 2º, V, da Lei nº
10.480/02, não há que se falar, por evidência, em ofensa reflexa.
O simples fato do acórdão mencionar os Decretos nº
6
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Supremo Tribunal Federal
ARE 978091 AGR / PR
CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA.
OFENSA
CONSTITUCIONAL
REFLEXA.
AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. ARE
748.371 (REL. MIN. GILMAR MENDES - TEMA 660).
ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO LOCAL E DE FATOS E
PROVAS. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 280 E 279
DO STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA
PROVIMENTO.’
(RE 680809 AgR, Rel. Min. TEORI ZAVASCKI,
Segunda Turma, DJe 25.2.2014)
Ante o exposto, conheço do recurso para negar-lhe
provimento (art. 557, caput, CPC e art. 21, §1º, RISTF).’
Nesse mesmo sentido, anote-se a seguinte decisão
monocrática que também trata especificamente do tema
versado nos presentes autos: RE nº 888.119/DF, de minha
relatoria, DJe de 5/6/15.
Ante o exposto, nos termos do artigo 21, § 1º, do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego
seguimento ao recurso.”
Insiste a agravante que houve violação dos arts. 61 e 84, inciso VI, da
Constituição Federal.
Alega que não haveria falar em incidência das Súmulas nº 279 e
280/STF no caso. Nesse tocante, aduz, in verbis, que
“(...) o mencionado art. 84, da CF, foi o fundamento para a
Turma Recursal expressamente declarar a inconstitucionalidade
do art. 11, § 2º, V, da Lei nº 10.480/02.
(…)
Destarte, resta claro que a Turma Recursal exerceu
controle difuso de constitucionalidade. Logo, se houve expressa
declaração de inconstitucionalidade do art. 11, § 2º, V, da Lei nº
10.480/02, não há que se falar, por evidência, em ofensa reflexa.
O simples fato do acórdão mencionar os Decretos nº
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12
Relatório
ARE 978091 AGR / PR
84.669/80 e nº 89.310/84 não torna a questão recursal em reflexa.
(…)
Por fim, insta notar que o precedente invocado no decisum
agravado - RE nº 888.115/DF DJe de 29/9/15) - não espelha o
caso em tela. Ao analisar os fundamentos desse precedente
(descrito na decisão agravada) percebe-se que não houve
declaração de inconstitucionalidade naquele caso concreto, mas
somente alegação de violação aos princípios da legalidade e
separação de poderes. Logo, por ausência de identidade da
ratio decidendi, o precedente invocado não baliza a inadmissão
do recurso.”
Intimado, nos termos do art. 1.021, § 2º, do Código de Processo Civil,
o agravado manifestou-se pelo não provimento do recurso.
É o relatório.
7
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Supremo Tribunal Federal
ARE 978091 AGR / PR
84.669/80 e nº 89.310/84 não torna a questão recursal em reflexa.
(…)
Por fim, insta notar que o precedente invocado no decisum
agravado - RE nº 888.115/DF DJe de 29/9/15) - não espelha o
caso em tela. Ao analisar os fundamentos desse precedente
(descrito na decisão agravada) percebe-se que não houve
declaração de inconstitucionalidade naquele caso concreto, mas
somente alegação de violação aos princípios da legalidade e
separação de poderes. Logo, por ausência de identidade da
ratio decidendi, o precedente invocado não baliza a inadmissão
do recurso.”
Intimado, nos termos do art. 1.021, § 2º, do Código de Processo Civil,
o agravado manifestou-se pelo não provimento do recurso.
É o relatório.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 978.091
PARANÁ
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Não merece prosperar a irresignação.
Registre-se, da fundamentação do acórdão recorrido, o seguinte:
“A questão fundamental a ser decidida é a eventual
aplicação do Decreto n° 84.669/80, posteriormente alterado pelo
Decreto nº 89.310/84, como dispõe o art. 65 da Medida
Provisória nº 2.229-43/01, de modo a verificar se a autora faz jus
à promoção na carreira de Procurador Federal, da 2ª categoria
para a 1ª categoria (intermediária) e, desta última, para a
categoria especial.
Pois bem.
A carreira de Procurador Federal foi criada pelo art. 35 da
Medida Provisória nº 2.229-43/01 que, em seu art. 4º, dispôs
sobre a progressão e a promoção:
(…)
Como se vê, as progressões e as promoções devem
observar os requisitos fixados em regulamento, dispondo,
ainda, o seu art. 65 que, até que seja regulamentado seu art. 4º, §
2º, já citado, é aplicável a legislação vigente, quando da
publicação da referida Medida Provisória:
(…)
Até a edição desta medida provisória, a promoção dos
integrantes da carreira de procuradores autárquicos e outras
(art. 39, da Medida Provisória nº 2.229-43/01) era regida pelo
Decreto n° 84.669/80, posteriormente alterado pelo Decreto nº
89.310/84.
Posteriormente, a Lei nº 10.480/02 criou a Procuradoria-
Geral Federal, vinculando-a à Advocacia-Geral da União:
(…)
Essa mesma lei atribuiu ao Procurador-Geral Federal a
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 978.091
PARANÁ
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Não merece prosperar a irresignação.
Registre-se, da fundamentação do acórdão recorrido, o seguinte:
“A questão fundamental a ser decidida é a eventual
aplicação do Decreto n° 84.669/80, posteriormente alterado pelo
Decreto nº 89.310/84, como dispõe o art. 65 da Medida
Provisória nº 2.229-43/01, de modo a verificar se a autora faz jus
à promoção na carreira de Procurador Federal, da 2ª categoria
para a 1ª categoria (intermediária) e, desta última, para a
categoria especial.
Pois bem.
A carreira de Procurador Federal foi criada pelo art. 35 da
Medida Provisória nº 2.229-43/01 que, em seu art. 4º, dispôs
sobre a progressão e a promoção:
(…)
Como se vê, as progressões e as promoções devem
observar os requisitos fixados em regulamento, dispondo,
ainda, o seu art. 65 que, até que seja regulamentado seu art. 4º, §
2º, já citado, é aplicável a legislação vigente, quando da
publicação da referida Medida Provisória:
(…)
Até a edição desta medida provisória, a promoção dos
integrantes da carreira de procuradores autárquicos e outras
(art. 39, da Medida Provisória nº 2.229-43/01) era regida pelo
Decreto n° 84.669/80, posteriormente alterado pelo Decreto nº
89.310/84.
Posteriormente, a Lei nº 10.480/02 criou a Procuradoria-
Geral Federal, vinculando-a à Advocacia-Geral da União:
(…)
Essa mesma lei atribuiu ao Procurador-Geral Federal a
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 978091 AGR / PR
competência para disciplinar e efetivar as promoções e
remoções dos membros da Carreira de Procurador Federal (art.
11, § 2º, V), o que, de fato, foi exercido por meio da Portaria nº
468, em 22/11/05.
Segundo informações da União prestadas em feitos
similares, durante o lapso temporal ocorrido entre a edição da
Lei nº 10.480/02 e a Portaria n° 468/05, foram criados grupos de
estudos para analisar e propor medidas tendentes a tratamento
adequado ao assunto, pois esse era de grande complexidade,
visto que os novos ocupantes do cargo de Procurador Federal
eram oriundos de diferentes órgãos e somente utilizavam o
Decreto nº 84.669/80 (alterado pelo Decreto nº 89.310/84), que
após a edição daquela lei, não era a legislação a ser utilizada.
Diz, ainda, que posteriormente, a Portaria n° 493 - PGF, de
20/12/06, regulamentou as promoções e determinou que
somente poderiam participar do concurso de promoção os
integrantes que, ao final do período avaliativo, tivessem
cumprido interstício de 04 (quatro) anos na categoria
imediatamente inferior da carreira. Tal norma foi alterada pela
Portaria n° 613 - PGF, de 14/08/07, a qual modificou a exigência
de cumprimento do interstício para 03 (três) anos. Atualmente,
a Portaria n° 1.432, de 30/12/08, disciplina o procedimento das
promoções na carreira de Procurador Federal e reafirma a
exigência de cumprimento do interstício mínimo de 3 anos de
efetivo exercício na 2ª Categoria para as promoções para a 1ª
Categoria e acrescentou ainda a exigência de confirmação no
respectivo cargo para tais promoções (alteração efetuada pela
Portaria n° 1.056/09).
Ou seja, atendendo à disposição prevista no art. 11, § 2º, V,
da Lei nº 10.480/02, o Procurador-Geral Federal passou a
disciplinar as promoções e remoções dos membros da Carreira
de Procurador Federal, fazendo-o por meio de sucessivas
Portarias.
Resta, portanto, sindicar a validade jurídica dessa
regulamentação pela via de instrumento jurídico diverso do
decreto, bem como a competência da autoridade subscritora.”
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 978091 AGR / PR
competência para disciplinar e efetivar as promoções e
remoções dos membros da Carreira de Procurador Federal (art.
11, § 2º, V), o que, de fato, foi exercido por meio da Portaria nº
468, em 22/11/05.
Segundo informações da União prestadas em feitos
similares, durante o lapso temporal ocorrido entre a edição da
Lei nº 10.480/02 e a Portaria n° 468/05, foram criados grupos de
estudos para analisar e propor medidas tendentes a tratamento
adequado ao assunto, pois esse era de grande complexidade,
visto que os novos ocupantes do cargo de Procurador Federal
eram oriundos de diferentes órgãos e somente utilizavam o
Decreto nº 84.669/80 (alterado pelo Decreto nº 89.310/84), que
após a edição daquela lei, não era a legislação a ser utilizada.
Diz, ainda, que posteriormente, a Portaria n° 493 - PGF, de
20/12/06, regulamentou as promoções e determinou que
somente poderiam participar do concurso de promoção os
integrantes que, ao final do período avaliativo, tivessem
cumprido interstício de 04 (quatro) anos na categoria
imediatamente inferior da carreira. Tal norma foi alterada pela
Portaria n° 613 - PGF, de 14/08/07, a qual modificou a exigência
de cumprimento do interstício para 03 (três) anos. Atualmente,
a Portaria n° 1.432, de 30/12/08, disciplina o procedimento das
promoções na carreira de Procurador Federal e reafirma a
exigência de cumprimento do interstício mínimo de 3 anos de
efetivo exercício na 2ª Categoria para as promoções para a 1ª
Categoria e acrescentou ainda a exigência de confirmação no
respectivo cargo para tais promoções (alteração efetuada pela
Portaria n° 1.056/09).
Ou seja, atendendo à disposição prevista no art. 11, § 2º, V,
da Lei nº 10.480/02, o Procurador-Geral Federal passou a
disciplinar as promoções e remoções dos membros da Carreira
de Procurador Federal, fazendo-o por meio de sucessivas
Portarias.
Resta, portanto, sindicar a validade jurídica dessa
regulamentação pela via de instrumento jurídico diverso do
decreto, bem como a competência da autoridade subscritora.”
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 978091 AGR / PR
Nesses termos, consoante expresso na decisão agravada, para
ultrapassar o entendimento firmado pela Corte de origem, seria
imprescindível analisar a legislação infraconstitucional aplicável à
espécie, bem como reexaminar o quadro fático-probatório dos autos, o
que se mostra incabível em sede de recurso extraordinário. Incidência das
Súmulas nºs 636 e 279 desta Corte. Sobre o tema, além dos precedentes já
citados, confiram-se as seguintes decisões monocráticas, assim
sintetizadas:
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.
ADMINISTRATIVO.
PROCURADOR
FEDERAL.
PROGRESSÃO FUNCIONAL. PROMOÇÃO AUTOMÁTICA.
MEDIDA PROVISÓRIA 2.229-43/2001. DECRETOS 84.669/1980
E
89.310/1984.
MATÉRIA
DE
ÍNDOLE
INFRACONSTITUCIONAL.
PRECEDENTES.
AGRAVO
DESPROVIDO.” (ARE nº 701.379/SP, Relator o Ministro Luiz
Fux, DJe de 13/11/17).
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.
ADMINISTRATIVO. PROCURADOR FEDERAL. PROMOÇÃO
NA CARREIRA: IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DA
LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DE PROVAS:
SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
AGRAVO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE nº
968.426/SC, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 3/6/16).
Nesse mesmo sentido, anote-se: RE nº 988.788/ES, Relatora a
Ministra Rosa Weber, DJe de 19/9/16; ARE nº 1.040.182/PR, Relator o
Ministro Marco Aurélio, DJe de 8/5/17; e ARE nº 1.056.098/ES, Relator o
Ministro Celso de Mello, DJe de 9/8/17.
Nego provimento ao agravo regimental.
Não se aplica o art. 85, § 11, do CPC, pois não houve prévia fixação
de honorários advocatícios na causa.
É como voto.
3
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14243701.
Supremo Tribunal Federal
ARE 978091 AGR / PR
Nesses termos, consoante expresso na decisão agravada, para
ultrapassar o entendimento firmado pela Corte de origem, seria
imprescindível analisar a legislação infraconstitucional aplicável à
espécie, bem como reexaminar o quadro fático-probatório dos autos, o
que se mostra incabível em sede de recurso extraordinário. Incidência das
Súmulas nºs 636 e 279 desta Corte. Sobre o tema, além dos precedentes já
citados, confiram-se as seguintes decisões monocráticas, assim
sintetizadas:
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.
ADMINISTRATIVO.
PROCURADOR
FEDERAL.
PROGRESSÃO FUNCIONAL. PROMOÇÃO AUTOMÁTICA.
MEDIDA PROVISÓRIA 2.229-43/2001. DECRETOS 84.669/1980
E
89.310/1984.
MATÉRIA
DE
ÍNDOLE
INFRACONSTITUCIONAL.
PRECEDENTES.
AGRAVO
DESPROVIDO.” (ARE nº 701.379/SP, Relator o Ministro Luiz
Fux, DJe de 13/11/17).
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.
ADMINISTRATIVO. PROCURADOR FEDERAL. PROMOÇÃO
NA CARREIRA: IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DA
LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DE PROVAS:
SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
AGRAVO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE nº
968.426/SC, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 3/6/16).
Nesse mesmo sentido, anote-se: RE nº 988.788/ES, Relatora a
Ministra Rosa Weber, DJe de 19/9/16; ARE nº 1.040.182/PR, Relator o
Ministro Marco Aurélio, DJe de 8/5/17; e ARE nº 1.056.098/ES, Relator o
Ministro Celso de Mello, DJe de 9/8/17.
Nego provimento ao agravo regimental.
Não se aplica o art. 85, § 11, do CPC, pois não houve prévia fixação
de honorários advocatícios na causa.
É como voto.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12
Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 978.091
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : REGINA CRISTINA FERREIRA DE LIMA
ADV.(A/S) : ANTONIO EDSON MARTINS NOGUEIRA (28850/PR)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217688
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 978.091
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : REGINA CRISTINA FERREIRA DE LIMA
ADV.(A/S) : ANTONIO EDSON MARTINS NOGUEIRA (28850/PR)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217688
Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14257003 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-01T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Administrativo. Procurador federal. Progressão funcional. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Fatos e provas. Reexame. Impossibilidade. Precedentes.
1. Não se presta o recurso extraordinário para a análise de matéria ínsita à legislação infraconstitucional, tampouco para o reexame dos fatos e das provas constantes dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF.
2. Agravo regimental não provido.
3. Inaplicável o art. 85, § 11, do CPC, pois não houve prévia fixação de honorários advocatícios na causa. | sjur379520 | - Decisões monocráticas citadas:
(SÚMULA 279)
ARE 968426, RE 988788, ARE 1040182, ARE 1056098, ARE 701379.
Número de páginas: 12.
Análise: 06/02/2018, BMP. | DIAS TOFFOLI | Segunda Turma | 978091 | [
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-00085 PAR-00011\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000636 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 978091 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : REGINA CRISTINA FERREIRA DE LIMA
ADV.(A/S) : ANTONIO EDSON MARTINS NOGUEIRA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 978 . 091",
"Súmulas [UNK] 636",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 978 . 091",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 978 . 091",
"ARE 978091 AGR / PR",
"Súmulas [UNK] 279 e 280 / STF",
"ARE [UNK] 846 . 648 / MG - AgR",
"SÚMULA 280 / STF",
"SÚMULA 279 / STF",
"ARE [UNK] 835 . 809 / AC - AgR",
"ARE [UNK] 833 . 100 / AC - AgR",
"ARE 978091",
"Súmulas [UNK] 279 e 280 / STF",
"ARE [UNK] 846 . 648 / MG - AgR",
"SÚMULA 280 / STF",
"ARE [UNK] 835 . 809 / AC - AgR",
"ARE [UNK] 833 . 100 / AC - AgR",
"ARE 978091 AGR / PR",
"SÚMULAS 279",
"Súmulas 279",
"ARE [UNK] 715 . 029 / MG - AgR",
"RE [UNK] 888 . 115 / DF",
"ARE 978091 AGR / PR",
"SÚMULAS 279 E 280 / STF",
"Súmulas 279 e 280 / STF",
"ARE [UNK] 715 . 029 / MG - AgR",
"RE [UNK] 888 . 115 / DF",
"ARE 978091 AGR / PR",
"ARE 757716 AgR",
"AI 796832 AgR",
"ARE 978091 AGR / PR",
"ARE 757716 AgR",
"AI 796832 AgR",
"ARE 978091 AGR / PR",
"Súmula 636 do STF",
"Súmula 339 do STF",
"Súmula 279 do STF",
"ARE 978091 AGR / PR",
"Súmula 636 do STF",
"Súmula 339 do STF",
"Súmula 279 do STF",
"ARE 978091 AGR / PR",
"ARE 748 . 371",
"SÚMULAS 280",
"RE 680809 AgR",
"RE [UNK] 888 . 119 / DF",
"Súmulas [UNK] 279 e 280 / STF",
"ARE 748 . 371",
"SÚMULAS 280",
"RE 680809 AgR",
"RE [UNK] 888 . 119 / DF",
"Súmulas [UNK] 279 e 280 / STF",
"ARE 978091 AGR / PR 84 . 669 / 80",
"RE [UNK] 888 . 115 / DF",
"ARE 978091 AGR / PR 84 . 669 / 80",
"RE [UNK] 888 . 115 / DF",
"ARE 978091 AGR / PR",
"ARE 978091 AGR / PR",
"ARE [UNK] 701 . 379 / SP",
"SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"ARE [UNK] 968 . 426 / SC",
"RE [UNK] 988 . 788 / ES",
"ARE [UNK] 1 . 040 . 182 / PR",
"ARE [UNK] 1 . 056 . 098 / ES",
"ARE 978091 AGR / PR",
"MEDIDA PROVISÓRIA 2 . 229 - 43 / 2001",
"ARE [UNK] 701 . 379 / SP",
"SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"ARE [UNK] 968 . 426 / SC",
"RE [UNK] 988 . 788 / ES",
"ARE [UNK] 1 . 040 . 182 / PR",
"ARE [UNK] 1 . 056 . 098 / ES",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 978 . 091"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 85 , § 11 , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos 61 e 84 , inciso VI , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos 61 e 84 , inciso VI , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEIS COMPLEMENTARES 67 / 1999",
"144",
"/",
"2005",
"228",
"/",
"2011",
"ESTADO",
"Lei complementar estadual [UNK] 144 / 2005",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEIS COMPLEMENTARES 67 / 1999",
"144",
"/",
"2005",
"228",
"/",
"2011",
"Lei complementar estadual [UNK] 144 / 2005",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , a e b , da Constituição Federal",
"artigos [UNK] ; [UNK] , II ; 37 , X ; 61 , § [UNK] , II ; e 169 , § [UNK] , do texto constitucional",
"LEI 10 . 480 / 2002",
"ART . 65 DA MEDIDA PROVISÓRIA 2 . 229 - 43 / 2001",
"DECRETOS 84 . 690 / 80",
"89",
".",
"310",
"/",
"84",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , a e b , da Constituição Federal",
"artigos [UNK] ; [UNK] , II ; 37 , X ; 61 , § [UNK] , II ; e 169 , § [UNK] , do texto constitucional",
"LEI 10 . 480 / 2002",
"ART . 65 DA MEDIDA PROVISÓRIA 2 . 229 - 43 / 2001",
"DECRETOS 84 . 690 / 80",
"89",
".",
"310",
"/",
"84",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI [UNK] 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI [UNK] 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . [UNK] da Medida Provisória 2 . 229 - 43 / 2001",
"art . 65 da Medida Provisória 2 . 229 - 43 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . [UNK] da Medida Provisória 2 . 229",
"art . 65 da Medida Provisória 2 . 229 - 43 / 2001",
"MP",
"art . 557 , caput , CPC",
"art . 21 , § [UNK] , RISTF",
"artigo 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"arts . 61 e 84 , inciso VI , da Constituição Federal",
"art . 84 , da CF",
"art . 11 , § [UNK] , V , da Lei [UNK] 10 . 480 / 02",
"art . 11 , § [UNK] , V , da Lei [UNK] 10 . 480 / 02",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , caput , CPC",
"art . 21 , § [UNK] , RISTF",
"artigo 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"arts . 61 e 84 , inciso VI , da Constituição Federal",
"art . 84 , da CF",
"art . 11 , § [UNK] , V , da Lei [UNK] 10 . 480 / 02",
"art . 11 , § [UNK] , V , da Lei [UNK] 10 . 480 / 02",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"[UNK] 89 . 310 / 84",
"art . 1",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"[UNK]",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Decreto n° 84 . 669 / 80",
"Decreto [UNK] 89 . 310 / 84",
"art . 65 da Medida Provisória [UNK] 2 . 229 - 43 / 01",
"art . 35 da Medida Provisória [UNK] 2 . 229 - 43 / 01",
"art . 39 , da Medida Provisória [UNK] 2 . 229 - 43 / 01",
"Decreto n° 84 . 669 / 80",
"Decreto [UNK] 89 . 310 /",
"Lei [UNK] 10 . 480 / 02",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Decreto n° 84 . 669 / 80",
"Decreto [UNK] 89 . 310 / 84",
"art . 65 da Medida Provisória [UNK] 2 . 229 - 43 / 01",
"art . 35 da Medida Provisória [UNK] 2 . 229 - 43 / 01",
"art . 39 , da Medida Provisória [UNK] 2 . 229 - 43 / 01",
"Decreto n° 84 . 669 / 80",
"Decreto [UNK] 89 . 310 / 84",
"Lei [UNK] 10 . 480 / 02",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 10 . 480 / 02",
"Portaria n° 468 / 05",
"Decreto [UNK] 84 . 669 / 80",
"Decreto [UNK] 89 . 310 / 84",
"Portaria n° 493 - PGF",
"Portaria n° 613 - PGF",
"Portaria n° 1 . 432",
"Portaria n° 1 . 056 / 09",
"art . 11 , § [UNK] , V , da Lei [UNK] 10 . 480 / 02",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 10 . 480 / 02",
"Portaria n° 468 / 05",
"Decreto [UNK] 84 . 669 / 80",
"Decreto [UNK] 89 . 310 / 84",
"Portaria n° 493 - PGF",
"Portaria n° 613 - PGF",
"Portaria n° 1 . 432",
"Portaria n° 1 . 056 / 09",
"art . 11 , § [UNK] , V , da Lei [UNK] 10 . 480 / 02",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"DECRETOS 84 . 669 / 1980",
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"1984",
"art . 85 , § 11 , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"DECRETOS 84 . 669 / 1980",
"89",
".",
"310",
"/",
"1984",
"art . 85 , § 11 , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"PARANÁ",
"Brasília",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
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"PARANÁ",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"PARANÁ"
],
"ORGANIZACAO": [
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"UNIÃO",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"-",
"Brasil",
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"Brasil",
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"Brasil",
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"UNIÃO",
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"-",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"UNIÃO",
"UNIÃO",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"REGINA CRISTINA FERREIRA DE LIMA",
"ANTONIO EDSON MARTINS NOGUEIRA",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"REGINA CRISTINA FERREIRA DE LIMA",
"ANTONIO EDSON MARTINS NOGUEIRA",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"REGINA CRISTINA FERREIRA DE LIMA",
"ANTONIO EDSON MARTINS NOGUEIRA",
"DIAS TOFFOLI",
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"Gilmar Mendes",
"Teori Zavascki",
"Gilmar Mendes",
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"Gilmar Mendes",
"Roberto Barroso",
"Gilmar Mendes",
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"CELSO DE MELLO",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
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"TEORI ZAVASCKI",
"GILMAR MENDES",
"TEORI ZAVASCKI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Luiz Fux",
"Cármen Lúcia",
"Rosa Weber",
"Marco Aurélio",
"Celso de Mello",
"Luiz Fux",
"Cármen Lúcia",
"Rosa Weber",
"Marco Aurélio",
"Celso de Mello",
"DIAS TOFFOLI",
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"ANTONIO EDSON MARTINS NOGUEIRA",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
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"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"DIAS TOFFOLI",
"ANTONIO EDSON MARTINS NOGUEIRA",
"Edson Fachin",
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"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
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"TEMPO": [
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".",
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".",
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".",
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"24",
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".",
"2011",
"06 de setembro de 2001",
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"/",
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"08",
"/",
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"25",
".",
"2",
".",
"2014",
"5",
"/",
"6",
"/",
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"/",
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"/",
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"12",
"/",
"2017",
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"08",
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"08",
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"08",
"/",
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"/",
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"/",
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"/",
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"/",
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"/",
"8",
"/",
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"/",
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"/",
"8",
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"/",
"2001",
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"/",
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".",
"12",
".",
"2017",
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".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.070.001
PERNAMBUCO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS
SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO -
FUNAPE
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DE
PERNAMBUCO
AGDO.(A/S)
:ALESSANDRA PATRÍCIA GOMES
E SILVA
E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:FABIO SERVULO DA SILVA ALVES
ADV.(A/S)
:ERIC DE LIMA RODRIGUES
Ementa:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. SUBSISTÊNCIA DA DECISÃO
AGRAVADA. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO, COM
APLICAÇÃO DE MULTA.
I - As razões do agravo regimental são inaptas para desconstituir os
fundamentos da decisão agravada, que, por isso, se mantêm hígidos.
II - Agravo regimental a que se nega provimento, com aplicação da
multa.
A C Ó R D Ã O
Acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em sessão
virtual da Segunda Turma, na conformidade da ata de julgamentos, por
unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, com aplicação da
multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015, nos termos do voto do
Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232007.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.070.001
PERNAMBUCO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS
SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO -
FUNAPE
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DE
PERNAMBUCO
AGDO.(A/S)
:ALESSANDRA PATRÍCIA GOMES
E SILVA
E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:FABIO SERVULO DA SILVA ALVES
ADV.(A/S)
:ERIC DE LIMA RODRIGUES
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao
recurso extraordinário com agravo.
A parte agravante interpõe este agravo regimental pelas razões
expostas no documento eletrônico 9 e requer o provimento do recurso.
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.070.001
PERNAMBUCO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS
SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO -
FUNAPE
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DE
PERNAMBUCO
AGDO.(A/S)
:ALESSANDRA PATRÍCIA GOMES
E SILVA
E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:FABIO SERVULO DA SILVA ALVES
ADV.(A/S)
:ERIC DE LIMA RODRIGUES
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao
recurso extraordinário com agravo.
A parte agravante interpõe este agravo regimental pelas razões
expostas no documento eletrônico 9 e requer o provimento do recurso.
É o relatório.
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.070.001
PERNAMBUCO
V O T O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Consta da
decisão agravada:
“O agravo não merece acolhida, dado que a recorrente
deixou de atacar o fundamento da decisão agravada, o que atrai
a incidência da Súmula 287 do STF.
Com efeito, incumbe ao agravante o dever de impugnar,
de forma específica, todos os fundamentos da decisão recorrida,
sob pena de negativa de seguimento ao recurso. Inescusável,
portanto, a deficiência na elaboração da peça recursal. Com esse
entendimento, menciono julgados de ambas as Turmas desta
Corte:
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRABALHISTA.
VÍNCULO EMPREGATÍCIO. EXISTÊNCIA. AGRAVO
QUE NÃO ATACA OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO
QUE, NA ORIGEM, INADMITIU O RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. SÚMULA Nº 287 DO STF.
INCIDÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO
(ARE 935.424-AgR/SP, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira
Turma).
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL
CIVIL. AGRAVO NO QUAL NÃO SE INFIRMAM
TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO DE
INADMISSIBILIDADE
DO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO: RECURSO INCABÍVEL. SÚMULA
N. 287 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO (ARE
868.534-AgR/RO, Rel. Min. Cármen Lúcia, Segunda
Turma).
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232009.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.070.001
PERNAMBUCO
V O T O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Consta da
decisão agravada:
“O agravo não merece acolhida, dado que a recorrente
deixou de atacar o fundamento da decisão agravada, o que atrai
a incidência da Súmula 287 do STF.
Com efeito, incumbe ao agravante o dever de impugnar,
de forma específica, todos os fundamentos da decisão recorrida,
sob pena de negativa de seguimento ao recurso. Inescusável,
portanto, a deficiência na elaboração da peça recursal. Com esse
entendimento, menciono julgados de ambas as Turmas desta
Corte:
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRABALHISTA.
VÍNCULO EMPREGATÍCIO. EXISTÊNCIA. AGRAVO
QUE NÃO ATACA OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO
QUE, NA ORIGEM, INADMITIU O RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. SÚMULA Nº 287 DO STF.
INCIDÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO
(ARE 935.424-AgR/SP, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira
Turma).
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL
CIVIL. AGRAVO NO QUAL NÃO SE INFIRMAM
TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO DE
INADMISSIBILIDADE
DO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO: RECURSO INCABÍVEL. SÚMULA
N. 287 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO (ARE
868.534-AgR/RO, Rel. Min. Cármen Lúcia, Segunda
Turma).
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
ARE 1070001 AGR / PE
No mesmo sentido, cito os seguintes precedentes, entre
outros: ARE 887.116-AgR/RS, Rel. Min. Rosa Weber; ARE
897.307-AgR/PE, Rel. Min. Edson Fachin; ARE 911.256-AgR/DF,
Rel. Min. Luiz Fux; ARE 752.372-AgR/MG, de minha relatoria”.
Assim, bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora
atacada não merece reforma, visto que a parte recorrente não aduz
argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Desse modo, o
ato atacado deve ser mantido por seus próprios fundamentos.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. Aplico à parte
agravante multa de 5% (cinco por cento) sobre o valor atualizado da
causa, nos termos do art. 1.021, § 4°, do CPC, caso unânime a votação.
Havendo condenação em honorários sucumbenciais, majoro-os em 10%
do fixado anteriormente nos termos do art. 85, § 11, do CPC.
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1070001 AGR / PE
No mesmo sentido, cito os seguintes precedentes, entre
outros: ARE 887.116-AgR/RS, Rel. Min. Rosa Weber; ARE
897.307-AgR/PE, Rel. Min. Edson Fachin; ARE 911.256-AgR/DF,
Rel. Min. Luiz Fux; ARE 752.372-AgR/MG, de minha relatoria”.
Assim, bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora
atacada não merece reforma, visto que a parte recorrente não aduz
argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Desse modo, o
ato atacado deve ser mantido por seus próprios fundamentos.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. Aplico à parte
agravante multa de 5% (cinco por cento) sobre o valor atualizado da
causa, nos termos do art. 1.021, § 4°, do CPC, caso unânime a votação.
Havendo condenação em honorários sucumbenciais, majoro-os em 10%
do fixado anteriormente nos termos do art. 85, § 11, do CPC.
2
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Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.070.001
PROCED. : PERNAMBUCO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS SERVIDORES DO
ESTADO DE PERNAMBUCO - FUNAPE
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO
AGDO.(A/S) : ALESSANDRA PATRÍCIA GOMES E SILVA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : FABIO SERVULO DA SILVA ALVES (24880/PE)
ADV.(A/S) : ERIC DE LIMA RODRIGUES (29405/PE)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º,
do CPC/2015, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217743
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.070.001
PROCED. : PERNAMBUCO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS SERVIDORES DO
ESTADO DE PERNAMBUCO - FUNAPE
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO
AGDO.(A/S) : ALESSANDRA PATRÍCIA GOMES E SILVA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : FABIO SERVULO DA SILVA ALVES (24880/PE)
ADV.(A/S) : ERIC DE LIMA RODRIGUES (29405/PE)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º,
do CPC/2015, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217743
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14257078 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-01T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. SUBSISTÊNCIA DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO, COM APLICAÇÃO DE MULTA.
I - As razões do agravo regimental são inaptas para desconstituir os fundamentos da decisão agravada, que, por isso, se mantêm hígidos.
II - Agravo regimental a que se nega provimento, com aplicação da multa. | sjur379593 | - Acórdão(s) citado(s):
(PREQUESTIONAMENTO)
RE 383700 AgR (2ªT), ARE 833907 AgR (1ªT).
Número de páginas: 5.
Análise: 06/02/2018, MJC. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 1070001 | [
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-00085 PAR-00002 PAR-00003 PAR-00011\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000282 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000356 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 1070001 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO - FUNAPE
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO
AGDO.(A/S) : ALESSANDRA PATRÍCIA GOMES E SILVA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : FABIO SERVULO DA SILVA ALVES
ADV.(A/S) : ERIC DE LIMA RODRIGUES | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1 . 070 . 001",
"Súmula 287 do STF",
"SÚMULA [UNK] 287 DO STF",
"ARE 935 . 424 - AgR / SP",
"SÚMULA N . 287 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"ARE 868 . 534 - AgR / RO",
"RECURSO",
"Súmula 287 do STF",
"SÚMULA [UNK] 287 DO STF",
"ARE 935 . 424 - AgR / SP",
"SÚMULA N . 287 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"ARE 868 . 534 - AgR / RO",
"ARE 887 . 116 - AgR / RS",
"ARE 897 . 307 - AgR / PE",
"ARE 911 . 256 - AgR / DF",
"ARE 752 . 372 - AgR / MG",
"ARE 1070001 AGR / PE",
"ARE 887 . 116 - AgR / RS",
"ARE 897 . 307 - AgR / PE",
"ARE 911 . 256 - AgR / DF",
"ARE 752 . 372 - AgR / MG"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 -",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § 4° , do CPC",
"art . 85 , § 11 , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § 4° , do CPC",
"art . 85 , § 11 , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"PERNAMBUCO",
"ESTADO DE PERNAMBUCO",
"Brasília",
"PERNAMBUCO",
"ESTADO DE PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO",
"ESTADO DE PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO",
"ESTADO DE PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO",
"ESTADO DE PERNAMBUCO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO",
"FUNAPE",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO",
"FUNAPE",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO",
"FUNAPE",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO",
"FUNAPE",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO",
"FUNAPE",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"ALESSANDRA PATRÍCIA GOMES E SILVA",
"FABIO SERVULO DA SILVA ALVES",
"ERIC DE LIMA RODRIGUES",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"ALESSANDRA PATRÍCIA GOMES E SILVA",
"FABIO SERVULO DA SILVA ALVES",
"ERIC DE LIMA RODRIGUES",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"ALESSANDRA PATRÍCIA GOMES E SILVA",
"FABIO SERVULO DA SILVA ALVES",
"ERIC DE LIMA RODRIGUES",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ricardo Lewandowski",
"Luiz Fux",
"Cármen Lúcia",
"Ricardo Lewandowski",
"Luiz Fux",
"Cármen Lúcia",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Rosa Weber",
"Edson Fachin",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Fachin",
"Luiz Fux",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"ALESSANDRA PATRÍCIA GOMES E SILVA",
"FABIO SERVULO DA SILVA ALVES",
"ERIC DE LIMA RODRIGUES",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"ALESSANDRA PATRÍCIA GOMES E SILVA",
"FABIO SERVULO DA SILVA ALVES",
"ERIC DE LIMA RODRIGUES",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.047.340
PERNAMBUCO
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:ISAAC BATISTA DE CARVALHO NETO
ADV.(A/S)
:BRUNO DE ALBUQUERQUE BAPTISTA
ADV.(A/S)
:ALEXANDRE
AUGUSTO
SANTOS
DE
VASCONCELOS
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO –
ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – OFENSA
INDIRETA
À CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO
DE MERA
LEGALIDADE –
REEXAME DE FATOS
E
PROVAS
–
IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 279/STF – SUCUMBÊNCIA RECURSAL –
MAJORAÇÃO DA VERBA HONORÁRIA – PRECEDENTE (PLENO) –
NECESSÁRIA
OBSERVÂNCIA
DOS
LIMITES
ESTABELECIDOS
NO ART. 85, §§ 2º E 3º DO CPC – AGRAVO INTERNO IMPROVIDO.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Sessão Virtual da Segunda Turma, na
conformidade da ata de julgamentos, por unanimidade de votos, em
negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator.
Brasília, Sessão Virtual de 01 a 07 de dezembro de 2017.
CELSO DE MELLO – RELATOR
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286418.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.047.340
PERNAMBUCO
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:ISAAC BATISTA DE CARVALHO NETO
ADV.(A/S)
:BRUNO DE ALBUQUERQUE BAPTISTA
ADV.(A/S)
:ALEXANDRE
AUGUSTO
SANTOS
DE
VASCONCELOS
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se
de agravo interno, tempestivamente interposto, contra decisão que, ao
apreciar o ARE, não conheceu do recurso extraordinário a que ele se
refere, por manifestamente inadmissível.
Inconformada com essa decisão, a parte ora agravante interpõe
o presente agravo interno, postulando o provimento do recurso que
deduziu.
Por não me convencer das razões expostas, submeto à apreciação
desta colenda Turma o presente recurso de agravo.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286209.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.047.340
PERNAMBUCO
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:ISAAC BATISTA DE CARVALHO NETO
ADV.(A/S)
:BRUNO DE ALBUQUERQUE BAPTISTA
ADV.(A/S)
:ALEXANDRE
AUGUSTO
SANTOS
DE
VASCONCELOS
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se
de agravo interno, tempestivamente interposto, contra decisão que, ao
apreciar o ARE, não conheceu do recurso extraordinário a que ele se
refere, por manifestamente inadmissível.
Inconformada com essa decisão, a parte ora agravante interpõe
o presente agravo interno, postulando o provimento do recurso que
deduziu.
Por não me convencer das razões expostas, submeto à apreciação
desta colenda Turma o presente recurso de agravo.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.047.340
PERNAMBUCO
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não
assiste razão à parte ora recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se,
com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo
Tribunal Federal na matéria ora em exame.
Na realidade, os argumentos apresentados pela parte agravante
mostram-se insuficientes para alterar o ato impugnado, pois consistem
em mera reiteração dos fundamentos anteriormente deduzidos e que
foram devidamente refutados na decisão que se busca reformar, razão
pela qual deve ser mantido o julgamento em referência, eis que o suporte
argumentativo em que se apoia o ato decisório mencionado é suficiente
para justificar a resolução do litígio recursal.
Com efeito, tal como ressaltado na decisão ora impugnada, a
suposta ofensa ao texto constitucional, caso existente, apresentar-se-ia
por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria – para que se
configurasse – a formulação de juízo prévio de legalidade fundado na
vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não
se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como
exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY
SANCHES – RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se
inviável o trânsito do recurso extraordinário.
Com efeito, o acórdão impugnado em sede recursal extraordinária,
ao decidir a controvérsia jurídica objeto deste processo, dirimiu a
questão com fundamento em legislação infraconstitucional (Lei
Complementar nº 35/79 e Lei nº 13.242/2015), circunstância essa que
obsta o próprio conhecimento do apelo extremo.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.047.340
PERNAMBUCO
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não
assiste razão à parte ora recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se,
com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo
Tribunal Federal na matéria ora em exame.
Na realidade, os argumentos apresentados pela parte agravante
mostram-se insuficientes para alterar o ato impugnado, pois consistem
em mera reiteração dos fundamentos anteriormente deduzidos e que
foram devidamente refutados na decisão que se busca reformar, razão
pela qual deve ser mantido o julgamento em referência, eis que o suporte
argumentativo em que se apoia o ato decisório mencionado é suficiente
para justificar a resolução do litígio recursal.
Com efeito, tal como ressaltado na decisão ora impugnada, a
suposta ofensa ao texto constitucional, caso existente, apresentar-se-ia
por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria – para que se
configurasse – a formulação de juízo prévio de legalidade fundado na
vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não
se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como
exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY
SANCHES – RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se
inviável o trânsito do recurso extraordinário.
Com efeito, o acórdão impugnado em sede recursal extraordinária,
ao decidir a controvérsia jurídica objeto deste processo, dirimiu a
questão com fundamento em legislação infraconstitucional (Lei
Complementar nº 35/79 e Lei nº 13.242/2015), circunstância essa que
obsta o próprio conhecimento do apelo extremo.
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 1047340 AGR / PE
A mera análise do acórdão em referência demonstra que o órgão
judiciário de origem, para negar provimento ao recurso inominado da
parte ora agravante, apoiou-se em dispositivos de ordem meramente legal:
“Entendo que dever ser feita uma análise sistemática de alguns
dispositivos da Lei Orgânica da Magistratura.
Em seu art. 65, a LC 35/79 fala que as vantagens a serem
recebidas pelos magistrados, nas quais se incluem ajuda de custo e
diária, poderão ser outorgadas nos termos da Lei. O parágrafo
segundo do mesmo artigo, por sua vez, aduz que é vedada a concessão
de adicionais ou vantagens pecuniárias em bases e limites superiores
aos fixados em lei.
A Lei n. 13.242/2015 é justamente um exemplo de lei que limita
e condiciona o pagamento de diárias e despesas de deslocamento
‘a qualquer agente público, servidor ou membro dos Poderes’, ao teto
de R$ 700,00 (setecentos reais), conforme art. 17, XIV c/c § 6º.
Ora, o princípio da legalidade deve respaldar todos os atos da
administração pública de todos os poderes. Se a própria LOMAN
previu as vantagens e a submissão dessas vantagens aos limites e
condições legais, não há que se falar em inconstitucionalidade, mas em
atendimento ao princípio da legalidade.
Observo que após a enumeração das vantagens funcionais
atribuíveis aos magistrados, somente outorgadas ‘nos termos da lei’,
dispôs ainda o § 2º do mesmo artigo que ‘é vedada a concessão de
adicionais ou vantagens pecuniárias não previstas na presente lei, bem
como em bases e limites superiores aos nela fixados’.
A pretensão autoral, assim, esbarra na referida norma do
artigo 65 da LC 35/79, eis que pretende o afastamento da incidência
da norma do artigo 17, inciso XIV, da Lei n. 13.242/2015, lei esta que
limita e condiciona o pagamento das diárias e despesas de
deslocamento ‘a qualquer agente público, servidor ou membro dos
Poderes’, ao teto de R$ 700,00 (setecentos reais).
A limitação com gastos de pessoal prevista na Lei de Diretrizes
Orçamentárias atende ainda a Lei de Responsabilidade Fiscal
(Lei Complementar n.º 101/2000) e tem amparo no Capítulo II do
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1047340 AGR / PE
A mera análise do acórdão em referência demonstra que o órgão
judiciário de origem, para negar provimento ao recurso inominado da
parte ora agravante, apoiou-se em dispositivos de ordem meramente legal:
“Entendo que dever ser feita uma análise sistemática de alguns
dispositivos da Lei Orgânica da Magistratura.
Em seu art. 65, a LC 35/79 fala que as vantagens a serem
recebidas pelos magistrados, nas quais se incluem ajuda de custo e
diária, poderão ser outorgadas nos termos da Lei. O parágrafo
segundo do mesmo artigo, por sua vez, aduz que é vedada a concessão
de adicionais ou vantagens pecuniárias em bases e limites superiores
aos fixados em lei.
A Lei n. 13.242/2015 é justamente um exemplo de lei que limita
e condiciona o pagamento de diárias e despesas de deslocamento
‘a qualquer agente público, servidor ou membro dos Poderes’, ao teto
de R$ 700,00 (setecentos reais), conforme art. 17, XIV c/c § 6º.
Ora, o princípio da legalidade deve respaldar todos os atos da
administração pública de todos os poderes. Se a própria LOMAN
previu as vantagens e a submissão dessas vantagens aos limites e
condições legais, não há que se falar em inconstitucionalidade, mas em
atendimento ao princípio da legalidade.
Observo que após a enumeração das vantagens funcionais
atribuíveis aos magistrados, somente outorgadas ‘nos termos da lei’,
dispôs ainda o § 2º do mesmo artigo que ‘é vedada a concessão de
adicionais ou vantagens pecuniárias não previstas na presente lei, bem
como em bases e limites superiores aos nela fixados’.
A pretensão autoral, assim, esbarra na referida norma do
artigo 65 da LC 35/79, eis que pretende o afastamento da incidência
da norma do artigo 17, inciso XIV, da Lei n. 13.242/2015, lei esta que
limita e condiciona o pagamento das diárias e despesas de
deslocamento ‘a qualquer agente público, servidor ou membro dos
Poderes’, ao teto de R$ 700,00 (setecentos reais).
A limitação com gastos de pessoal prevista na Lei de Diretrizes
Orçamentárias atende ainda a Lei de Responsabilidade Fiscal
(Lei Complementar n.º 101/2000) e tem amparo no Capítulo II do
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 1047340 AGR / PE
Título VI da Constituição, não havendo que se cogitar de sua
inconstitucionalidade.
…...................................................................................................
Vale salientar que o valor das diárias não encontra
previsão expressa no Estatuto da Magistratura Federal (Lei
Complementar n.º 35/79), mas em Resoluções do CNJ (545/2015) e do
CJF (340/2015), de modo que não verifico violação da Lei de Diretrizes
Orçamentárias ao restringir o valor a ser pago sob idêntico título no
exercício financeiro corrente.”
Cabe registrar, de outro lado, que incide, na espécie, o enunciado
constante da Súmula 279/STF, que assim dispõe:
“Para simples reexame de prova, não cabe recurso
extraordinário.” (grifei)
É que, para se acolher o pleito deduzido pela parte ora agravante,
tornar-se-ia necessário o reexame dos fatos e das provas constantes dos
autos, circunstância essa que obsta, como acima observado, o próprio
conhecimento do apelo extremo, em face do que se contém na
Súmula 279/STF.
É importante referir, finalmente, por relevante, que a douta
Procuradoria-Geral da República, ao opinar nesta causa, manifestou-se
corretamente de forma contrária a pretensão da parte ora recorrente,
apoiando-se, para tanto, em fundamentos evidenciadores da inviabilidade
processual do recurso extraordinário em questão, em parecer do qual
destaco o seguinte trecho:
“Da simples leitura do aresto recorrido, das razões contidas no
extraordinário e do agravo evidencia-se que, embora efetuado o
prequestionamento, a matéria discutida na origem cinge-se à
interpretação de legislação infraconstitucional, na medida em que se
discute, sobretudo, regra contida no art. 17, XIV, da Lei 13.242/2015
(LDO), limitadora do valor das diárias pagas aos magistrados.
3
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1047340 AGR / PE
Título VI da Constituição, não havendo que se cogitar de sua
inconstitucionalidade.
…...................................................................................................
Vale salientar que o valor das diárias não encontra
previsão expressa no Estatuto da Magistratura Federal (Lei
Complementar n.º 35/79), mas em Resoluções do CNJ (545/2015) e do
CJF (340/2015), de modo que não verifico violação da Lei de Diretrizes
Orçamentárias ao restringir o valor a ser pago sob idêntico título no
exercício financeiro corrente.”
Cabe registrar, de outro lado, que incide, na espécie, o enunciado
constante da Súmula 279/STF, que assim dispõe:
“Para simples reexame de prova, não cabe recurso
extraordinário.” (grifei)
É que, para se acolher o pleito deduzido pela parte ora agravante,
tornar-se-ia necessário o reexame dos fatos e das provas constantes dos
autos, circunstância essa que obsta, como acima observado, o próprio
conhecimento do apelo extremo, em face do que se contém na
Súmula 279/STF.
É importante referir, finalmente, por relevante, que a douta
Procuradoria-Geral da República, ao opinar nesta causa, manifestou-se
corretamente de forma contrária a pretensão da parte ora recorrente,
apoiando-se, para tanto, em fundamentos evidenciadores da inviabilidade
processual do recurso extraordinário em questão, em parecer do qual
destaco o seguinte trecho:
“Da simples leitura do aresto recorrido, das razões contidas no
extraordinário e do agravo evidencia-se que, embora efetuado o
prequestionamento, a matéria discutida na origem cinge-se à
interpretação de legislação infraconstitucional, na medida em que se
discute, sobretudo, regra contida no art. 17, XIV, da Lei 13.242/2015
(LDO), limitadora do valor das diárias pagas aos magistrados.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 1047340 AGR / PE
Assim, é certo que a verificação de afronta às normas
constitucionais invocadas no apelo extraordinário impõe o prévio
exame do referido ato normativo infraconstitucional, no cotejo com a
Lei Complementar 35/1979, de forma que a ofensa à Constituição, se
existente, dar-se-ia de forma indireta ou reflexa, restando clara a
inviabilidade do recurso extremo.
Nesse sentido, aliás, a jurisprudência desse Supremo Tribunal
Federal, ilustrada na seguinte ementa:
AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO.
AUXÍLIO-MORADIA.
MAGISTRADO.
AUSÊNCIA
DE
REPERCUSSÃO
GERAL.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA
INDIRETA.
PRECEDENTES. AGRAVO IMPROVIDO. APLICAÇÃO DE
MULTA.
I – Inexistência de repercussão geral da controvérsia
acerca do direito ao pagamento de ajuda de custo na hipótese de
remoção a pedido, por não se tratar de matéria constitucional.
II – É inadmissível o recurso extraordinário quando sua
análise implica rever a interpretação de norma
infraconstitucional que fundamenta a decisão ‘a quo’. A afronta
à Constituição, se ocorrente, seria apenas indireta.
III – Agravo regimental improvido, com aplicação da
multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC.
(ARE 941561 AgR, Relator Ministro RICARDO
LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe 16 nov. 2016)
Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo.
2. Direito Processual Penal. 3. Suposta ofensa ao artigo 5º,
inciso LIII, da Constituição Federal. Princípio do juiz natural.
4. Ofensa meramente reflexa à Constituição. Interpretação dos
arts. 118 da LOMAN e 56 do Regimento Interno do Superior
Tribunal de Justiça. 5. Não ofende o princípio do juiz natural a
convocação de desembargadores, nos termos da lei, para compor
órgão fracionário de corte superior. Precedentes. 6. Situação
4
Supremo Tribunal Federal
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ARE 1047340 AGR / PE
Assim, é certo que a verificação de afronta às normas
constitucionais invocadas no apelo extraordinário impõe o prévio
exame do referido ato normativo infraconstitucional, no cotejo com a
Lei Complementar 35/1979, de forma que a ofensa à Constituição, se
existente, dar-se-ia de forma indireta ou reflexa, restando clara a
inviabilidade do recurso extremo.
Nesse sentido, aliás, a jurisprudência desse Supremo Tribunal
Federal, ilustrada na seguinte ementa:
AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO.
AUXÍLIO-MORADIA.
MAGISTRADO.
AUSÊNCIA
DE
REPERCUSSÃO
GERAL.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA
INDIRETA.
PRECEDENTES. AGRAVO IMPROVIDO. APLICAÇÃO DE
MULTA.
I – Inexistência de repercussão geral da controvérsia
acerca do direito ao pagamento de ajuda de custo na hipótese de
remoção a pedido, por não se tratar de matéria constitucional.
II – É inadmissível o recurso extraordinário quando sua
análise implica rever a interpretação de norma
infraconstitucional que fundamenta a decisão ‘a quo’. A afronta
à Constituição, se ocorrente, seria apenas indireta.
III – Agravo regimental improvido, com aplicação da
multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC.
(ARE 941561 AgR, Relator Ministro RICARDO
LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe 16 nov. 2016)
Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo.
2. Direito Processual Penal. 3. Suposta ofensa ao artigo 5º,
inciso LIII, da Constituição Federal. Princípio do juiz natural.
4. Ofensa meramente reflexa à Constituição. Interpretação dos
arts. 118 da LOMAN e 56 do Regimento Interno do Superior
Tribunal de Justiça. 5. Não ofende o princípio do juiz natural a
convocação de desembargadores, nos termos da lei, para compor
órgão fracionário de corte superior. Precedentes. 6. Situação
4
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 1047340 AGR / PE
consolidada em sede de repercussão geral. Tema n. 170.
7. Nulidade. Ausência de prejuízo. 8. Agravo regimental a que
se nega provimento.
(ARE 958411 AgR, Relator Ministro GILMAR
MENDES, Segunda Turma, DJe 17 nov. 2016)
De mais a mais, como suscitado nas contrarrazões, a
modificação do julgado impugnado, para acolhimento da pretensão
condenatória do recorrente, dependeria, necessariamente, da análise
dos fatos e do material probatório constantes dos autos, providência,
sabe-se, de todo inviável em sede de recurso extraordinário, nos termos
da Súmula 279/STF.
Ante o exposto, opina a Procuradoria-Geral da República pelo
desprovimento do agravo e pela negativa de seguimento ao recurso
extraordinário.”
Sendo assim, e em face das razões expostas, nego provimento ao presente
agravo interno, mantendo, em consequência, por seus próprios fundamentos, a
decisão recorrida.
Majoro, ainda, em 10% (dez por cento), nos termos do art. 85, § 11,
do CPC, a verba honorária anteriormente arbitrada nestes autos, observados
os limites estabelecidos nos §§ 2º e 3º desse mesmo art. 85 do referido
estatuto processual civil e considerada a orientação que culminou
por prevalecer no Plenário desta Suprema Corte no julgamento da
AO 2.063-AgR/CE, Red. p/ o acórdão Min. LUIZ FUX.
É o meu voto.
5
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1047340 AGR / PE
consolidada em sede de repercussão geral. Tema n. 170.
7. Nulidade. Ausência de prejuízo. 8. Agravo regimental a que
se nega provimento.
(ARE 958411 AgR, Relator Ministro GILMAR
MENDES, Segunda Turma, DJe 17 nov. 2016)
De mais a mais, como suscitado nas contrarrazões, a
modificação do julgado impugnado, para acolhimento da pretensão
condenatória do recorrente, dependeria, necessariamente, da análise
dos fatos e do material probatório constantes dos autos, providência,
sabe-se, de todo inviável em sede de recurso extraordinário, nos termos
da Súmula 279/STF.
Ante o exposto, opina a Procuradoria-Geral da República pelo
desprovimento do agravo e pela negativa de seguimento ao recurso
extraordinário.”
Sendo assim, e em face das razões expostas, nego provimento ao presente
agravo interno, mantendo, em consequência, por seus próprios fundamentos, a
decisão recorrida.
Majoro, ainda, em 10% (dez por cento), nos termos do art. 85, § 11,
do CPC, a verba honorária anteriormente arbitrada nestes autos, observados
os limites estabelecidos nos §§ 2º e 3º desse mesmo art. 85 do referido
estatuto processual civil e considerada a orientação que culminou
por prevalecer no Plenário desta Suprema Corte no julgamento da
AO 2.063-AgR/CE, Red. p/ o acórdão Min. LUIZ FUX.
É o meu voto.
5
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8
Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.047.340
PROCED. : PERNAMBUCO
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S) : ISAAC BATISTA DE CARVALHO NETO
ADV.(A/S) : BRUNO DE ALBUQUERQUE BAPTISTA (19805/PE)
ADV.(A/S) : ALEXANDRE AUGUSTO SANTOS DE VASCONCELOS (20304/PE)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso
de agravo, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217712
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.047.340
PROCED. : PERNAMBUCO
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S) : ISAAC BATISTA DE CARVALHO NETO
ADV.(A/S) : BRUNO DE ALBUQUERQUE BAPTISTA (19805/PE)
ADV.(A/S) : ALEXANDRE AUGUSTO SANTOS DE VASCONCELOS (20304/PE)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso
de agravo, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14300996 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-06T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – REEXAME DE FATOS E PROVAS – IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 279/STF – SUCUMBÊNCIA RECURSAL – MAJORAÇÃO DA VERBA HONORÁRIA – PRECEDENTE (PLENO) – NECESSÁRIA OBSERVÂNCIA DOS LIMITES ESTABELECIDOS NO ART. 85, §§ 2º E 3º DO CPC – AGRAVO INTERNO IMPROVIDO. | sjur379816 | - Acórdão(s) citado(s):
(HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS, MAJORAÇÃO)
AO 2063 AgR (TP).
(CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE)
RTJ 120/912, RTJ 132/455.
Número de páginas: 8.
Análise: 15/02/2018, BMP. | CELSO DE MELLO | Segunda Turma | 1047340 | [
"LEG-FED LCP-000035 ANO-1979\n LOMAN-1979 LEI ORGÂNICA DA MAGISTRATURA NACIONAL\n\n",
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-00085 PAR-00002 PAR-00003\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\n\n",
"LEG-FED LEI-013242 ANO-2015\n LEI ORDINÁRIA\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 1047340 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ISAAC BATISTA DE CARVALHO NETO
ADV.(A/S) : BRUNO DE ALBUQUERQUE BAPTISTA
ADV.(A/S) : ALEXANDRE AUGUSTO SANTOS DE VASCONCELOS
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1 . 047 . 340",
"SÚMULA 279 / STF",
"RTJ 120 / 912",
"RTJ 132 / 455",
"RTJ 120 / 912",
"RTJ 132 / 455",
"ARE 1047340 AGR / PE",
"Súmula 279 / STF",
"Súmula 279 / STF",
"ARE 1047340 AGR / PE",
"Súmula 279 / STF",
"Súmula 279 / STF",
"ARE 1047340 AGR",
"ARE 941561 AgR",
"ARE 1047340 AGR / PE",
"ARE 941561 AgR",
"ARE 1047340 AGR / PE",
"ARE 958411 AgR",
"Súmula 279 / STF",
"AO 2 . 063 - AgR / CE",
"ARE 1047340 AGR / PE",
"ARE 958411 AgR",
"Súmula 279 / STF",
"AO 2 . 063 - AgR / CE"
],
"LEGISLACAO": [
"ART . 85 , § § [UNK] E [UNK] DO CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"Lei Complementar [UNK] 35 / 79",
"Lei [UNK] 13 . 242 / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"Lei Complementar [UNK] 35 / 79",
"Lei [UNK] 13 . 242 / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Orgânica da Magistratura",
"LC 35 / 79",
"Lei n . 13 . 242 / 2015",
"LOMAN",
"artigo 65 da LC 35 / 79",
"artigo 17 , inciso XIV , da Lei n . 13 . 242 / 2015",
"Lei de Diretrizes Orçamentárias",
"Lei de Responsabilidade Fiscal",
"Lei",
"Complementar n . [UNK] 101 / 2000",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Orgânica da Magistratura",
"LC 35 / 79",
"Lei n . 13 . 242 / 2015",
"LOMAN",
"artigo 65 da LC 35 / 79",
"inciso XIV , da Lei n . 13 . 242 / 2015",
"Lei de Diretrizes Orçamentárias",
"Lei de Responsabilidade Fiscal",
"Lei Complementar n . [UNK] 101 / 2000",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Título VI da Constituição",
"Estatuto da Magistratura Federal",
"Lei Complementar n . [UNK] 35 / 79",
"Lei de Diretrizes Orçamentárias",
"art . 17 , XIV , da Lei 13 . 242 / 2015",
"LDO",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"Estatuto da Magistratura Federal",
"Lei Complementar n . [UNK] 35 / 79",
"340",
"Lei",
"art . 17 , XIV , da Lei 13 . 242 / 2015",
"LDO",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar 35 / 1979",
"Constituição",
"Constituição",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC",
"artigo [UNK] , inciso LIII , da Constituição Federal",
"Constituição",
"arts . 118 da LOMAN",
"56 do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar 35 / 1979",
"Constituição",
"Constituição",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC",
"artigo [UNK] , inciso LIII , da Constituição Federal",
"Constituição",
"arts . 118 da LOMAN",
"56 do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 85 , § 11 , do CPC",
"MP n° 2 . 200",
"art . 85 , § 11 , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"PERNAMBUCO",
"Brasília",
"PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"PE",
"Capítulo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"CNJ",
"CJF",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"CNJ",
"CJF",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
"Plenário desta Suprema Corte",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CELSO DE MELLO",
"ISAAC BATISTA DE CARVALHO NETO",
"BRUNO DE ALBUQUERQUE BAPTISTA",
"ALEXANDRE AUGUSTO SANTOS DE VASCONCELOS",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"ISAAC BATISTA DE CARVALHO NETO",
"BRUNO DE ALBUQUERQUE BAPTISTA",
"ALEXANDRE AUGUSTO SANTOS DE VASCONCELOS",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"ISAAC BATISTA DE CARVALHO NETO",
"BRUNO DE ALBUQUERQUE BAPTISTA",
"ALEXANDRE AUGUSTO SANTOS DE VASCONCELOS",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"SYDNEY SANCHES",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"SYDNEY SANCHES",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO ARE",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CELSO DE MELLO",
"GILMAR MENDES",
"LUIZ FUX",
"GILMAR MENDES",
"LUIZ FUX",
"CELSO DE MELLO",
"ISAAC BATISTA DE CARVALHO NETO",
"BRUNO DE ALBUQUERQUE BAPTISTA",
"ALEXANDRE AUGUSTO SANTOS DE VASCONCELOS",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"CELSO DE MELLO",
"ISAAC BATISTA DE CARVALHO NETO",
"BRUNO DE ALBUQUERQUE BAPTISTA",
"ALEXANDRE AUGUSTO SANTOS DE VASCONCELOS",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"01",
"07 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"16",
"nov",
".",
"2016",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"16",
"nov",
".",
"2016",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
"nov",
".",
"2016",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
"nov",
".",
"2016",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 949.000 MATO GROSSO DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
EMBTE.(S)
:FRANCISCO SEIKI ARAKAKI
EMBTE.(S)
:WALTER ARAKAKI
ADV.(A/S)
:CICERO ALVES DA COSTA
EMBDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL
DE COLONIZAÇÃO
E
REFORMA AGRÁRIA - INCRA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
Ementa: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO EM EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO
REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.
AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO.
REDISCUSSÃO
DA
MATÉRIA.
EFEITOS
INFRINGENTES.
IMPOSSIBILIDADE. TESES DEFENSIVAS SATISFATORIAMENTE
EXAMINADAS POR ESTA CORTE. RECURSO COM CARÁTER
PROTELATÓRIO.
EMBARGOS
DE
DECLARAÇÃO
NÃO
CONHECIDOS. DETERMINAÇÃO DE BAIXA IMEDIATA DOS AUTOS.
I – Ausência dos pressupostos do art. 1.022, do Código de Processo
Civil.
II – Verifica-se que o embargante busca tão somente a rediscussão da
matéria, e os embargos de declaração não constituem meio processual
adequado para a reforma do decisum, não sendo possível atribuir-lhes
efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no
caso em questão.
III – Evidencia-se o caráter protelatório do recurso. O recorrente
objetiva postergar a entrega definitiva da prestação jurisdicional.
IV – Embargos de declaração não conhecidos, com determinação de
baixa imediata dos autos à origem, independentemente da publicação
deste acórdão.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14231809.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Ementa e Acórdão
ARE 949000 AGR-ED-ED-ED / MS
A C Ó R D Ã O
Acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em sessão
virtual da Segunda Turma, na conformidade da ata de julgamentos, por
unanimidade, não conhecer dos embargos de declaração e, nos termos e
condições do art. 1.026, § 3º, do CPC, elevar a multa aplicada
anteriormente ao valor de 10% (dez por cento) do valor atualizado da
causa, com determinação de baixa dos autos à origem,
independentemente da publicação deste acórdão. Nada a prover quanto à
petição de fls. 2.350-2.350v, tudo nos termos do voto do Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
ARE 949000 AGR-ED-ED-ED / MS
A C Ó R D Ã O
Acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em sessão
virtual da Segunda Turma, na conformidade da ata de julgamentos, por
unanimidade, não conhecer dos embargos de declaração e, nos termos e
condições do art. 1.026, § 3º, do CPC, elevar a multa aplicada
anteriormente ao valor de 10% (dez por cento) do valor atualizado da
causa, com determinação de baixa dos autos à origem,
independentemente da publicação deste acórdão. Nada a prover quanto à
petição de fls. 2.350-2.350v, tudo nos termos do voto do Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 949.000 MATO GROSSO DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
EMBTE.(S)
:FRANCISCO SEIKI ARAKAKI
EMBTE.(S)
:WALTER ARAKAKI
ADV.(A/S)
:CICERO ALVES DA COSTA
EMBDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL
DE COLONIZAÇÃO
E
REFORMA AGRÁRIA - INCRA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
terceiros embargos de declaração no agravo regimental no recurso
extraordinário com agravo.
Eis a ementa do segundo acórdão embargado:
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE
OMISSÃO,
OBSCURIDADE
OU
CONTRADIÇÃO.
REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES.
IMPOSSIBILIDADE.
RECURSO
MANIFESTAMENTE
PROTELATÓRIO.
MULTA.
EMBARGOS
NÃO
CONHECIDOS . I - Ausência dos pressupostos recursais
previstos no Código de Processo Civil para oposição de
embargos. II - Busca-se tão somente a rediscussão da matéria,
no entanto, os embargos de declaração não constituem meio
processual adequado para a reforma da decisão, não sendo
possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações
excepcionais, o que não ocorre no caso em questão. III -
Embargos manifestamente protelatórios. Condenação à multa
de 2% (dois por cento) do valor atualizado da causa (art. 1.026,
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 949.000 MATO GROSSO DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
EMBTE.(S)
:FRANCISCO SEIKI ARAKAKI
EMBTE.(S)
:WALTER ARAKAKI
ADV.(A/S)
:CICERO ALVES DA COSTA
EMBDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL
DE COLONIZAÇÃO
E
REFORMA AGRÁRIA - INCRA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
terceiros embargos de declaração no agravo regimental no recurso
extraordinário com agravo.
Eis a ementa do segundo acórdão embargado:
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE
OMISSÃO,
OBSCURIDADE
OU
CONTRADIÇÃO.
REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES.
IMPOSSIBILIDADE.
RECURSO
MANIFESTAMENTE
PROTELATÓRIO.
MULTA.
EMBARGOS
NÃO
CONHECIDOS . I - Ausência dos pressupostos recursais
previstos no Código de Processo Civil para oposição de
embargos. II - Busca-se tão somente a rediscussão da matéria,
no entanto, os embargos de declaração não constituem meio
processual adequado para a reforma da decisão, não sendo
possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações
excepcionais, o que não ocorre no caso em questão. III -
Embargos manifestamente protelatórios. Condenação à multa
de 2% (dois por cento) do valor atualizado da causa (art. 1.026,
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7
Relatório
ARE 949000 AGR-ED-ED-ED / MS
§ 2°, do CPC). IV - Embargos de declaração não conhecidos”
(fls. 2.335-1.339).
A parte embargante, no intuito de demonstrar suposta omissão no
acórdão impugnado, repisa os mesmos argumentos trazidos
anteriormente. Neste sentido, afirma que a omissão no acórdão reside no
fato de não haver lei ou doutrina que “[...] preconizem a demarcação
quilombola, contra a posse particular do embargante” (fls. 2.344-2.345).
Às fls. 2.350-2.350v. a parte repisa as questões de mérito deduzidas
no recurso extraordinário.
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
ARE 949000 AGR-ED-ED-ED / MS
§ 2°, do CPC). IV - Embargos de declaração não conhecidos”
(fls. 2.335-1.339).
A parte embargante, no intuito de demonstrar suposta omissão no
acórdão impugnado, repisa os mesmos argumentos trazidos
anteriormente. Neste sentido, afirma que a omissão no acórdão reside no
fato de não haver lei ou doutrina que “[...] preconizem a demarcação
quilombola, contra a posse particular do embargante” (fls. 2.344-2.345).
Às fls. 2.350-2.350v. a parte repisa as questões de mérito deduzidas
no recurso extraordinário.
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 949.000 MATO GROSSO DO SUL
V O T O
O Senhor Ministro
Ricardo Lewandowski
(Relator):
Bem
examinados os autos, tenho que o recurso não merece acolhida.
Com efeito, tenho que a decisão ora atacada, mais uma vez, não
merece reforma, visto que a parte embargante não aduz novos
argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. A análise dos
autos demonstra que o acórdão ora atacado examinou de forma
adequada a matéria e apreciou inteiramente as questões que se
apresentavam.
Destaco, por oportuno, que, conforme preceitua o art. 1.022 do
Código de Processo Civil, existem pressupostos certos para a oposição
dos embargos de declaração, os quais, nestes autos, mostram-se ausentes.
A insurgência, na espécie, reflete, tão somente, o inconformismo da parte
embargante com o decidido.
Assim, tenho que a parte recorrente busca a rediscussão da matéria e
os embargos de declaração não constituem meio processual adequado
para a reforma do decisum, não sendo possível atribuir-lhes efeitos
infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso
em questão. Nesse sentido: RE 223.904-ED/MG, Rel. Min. Ellen Gracie;
AO 1.047-ED/RR, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 600.506-AgR-ED/GO,
Rel. Min. Cezar Peluso.
Ressalto, ademais, que a parte recorrente interpôs nesta Corte
sucessivos recursos, todos devidamente analisados e rejeitados.
Todas as questões postas sob exame nestes embargos foram
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14231811.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 949.000 MATO GROSSO DO SUL
V O T O
O Senhor Ministro
Ricardo Lewandowski
(Relator):
Bem
examinados os autos, tenho que o recurso não merece acolhida.
Com efeito, tenho que a decisão ora atacada, mais uma vez, não
merece reforma, visto que a parte embargante não aduz novos
argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. A análise dos
autos demonstra que o acórdão ora atacado examinou de forma
adequada a matéria e apreciou inteiramente as questões que se
apresentavam.
Destaco, por oportuno, que, conforme preceitua o art. 1.022 do
Código de Processo Civil, existem pressupostos certos para a oposição
dos embargos de declaração, os quais, nestes autos, mostram-se ausentes.
A insurgência, na espécie, reflete, tão somente, o inconformismo da parte
embargante com o decidido.
Assim, tenho que a parte recorrente busca a rediscussão da matéria e
os embargos de declaração não constituem meio processual adequado
para a reforma do decisum, não sendo possível atribuir-lhes efeitos
infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso
em questão. Nesse sentido: RE 223.904-ED/MG, Rel. Min. Ellen Gracie;
AO 1.047-ED/RR, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 600.506-AgR-ED/GO,
Rel. Min. Cezar Peluso.
Ressalto, ademais, que a parte recorrente interpôs nesta Corte
sucessivos recursos, todos devidamente analisados e rejeitados.
Todas as questões postas sob exame nestes embargos foram
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
ARE 949000 AGR-ED-ED-ED / MS
satisfatoriamente decididas pelo colegiado, não havendo qualquer motivo
plausível para que a parte embargante movimente, mais uma vez, a
máquina judiciária. Relembro que o acórdão originariamente embargado
concluiu que não houve a adequada impugnação à decisão que negou
provimento ao recurso extraordinário com agravo, o mesmo ocorrendo
com o próprio acórdão de fls. 2.292-2.296, que jamais teve seus
fundamentos atacados. Assim, o manejo destes embargos denota o
caráter protelatório do recurso, onde o recorrente objetiva postergar a
entrega definitiva da prestação jurisdicional.
Em julgamento proferido pela Segunda Turma, aliás, decidiu-se que
será determinada a baixa dos autos à execução, independentemente de
publicação do acórdão, nos casos em que os sucessivos embargos tenham
caráter meramente procrastinatório (AI 587.285-ED-ED-ED-ED-AgR/RJ,
Rel. Min. Celso de Mello), como ocorre no caso sob exame.
Isso posto, por reconhecer o caráter manifestamente protelatório,
não conheço destes embargos de declaração e, nos termos e condições do
art. 1.026, § 3°, do CPC, elevo a multa aplicada anteriormente ao valor de
10% (dez por cento) do valor atualizado da causa, determinando a baixa
dos autos à origem, independentemente da publicação deste acórdão.
Nada a prover quanto à petição de fls. 2.350-2.350v.
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 949000 AGR-ED-ED-ED / MS
satisfatoriamente decididas pelo colegiado, não havendo qualquer motivo
plausível para que a parte embargante movimente, mais uma vez, a
máquina judiciária. Relembro que o acórdão originariamente embargado
concluiu que não houve a adequada impugnação à decisão que negou
provimento ao recurso extraordinário com agravo, o mesmo ocorrendo
com o próprio acórdão de fls. 2.292-2.296, que jamais teve seus
fundamentos atacados. Assim, o manejo destes embargos denota o
caráter protelatório do recurso, onde o recorrente objetiva postergar a
entrega definitiva da prestação jurisdicional.
Em julgamento proferido pela Segunda Turma, aliás, decidiu-se que
será determinada a baixa dos autos à execução, independentemente de
publicação do acórdão, nos casos em que os sucessivos embargos tenham
caráter meramente procrastinatório (AI 587.285-ED-ED-ED-ED-AgR/RJ,
Rel. Min. Celso de Mello), como ocorre no caso sob exame.
Isso posto, por reconhecer o caráter manifestamente protelatório,
não conheço destes embargos de declaração e, nos termos e condições do
art. 1.026, § 3°, do CPC, elevo a multa aplicada anteriormente ao valor de
10% (dez por cento) do valor atualizado da causa, determinando a baixa
dos autos à origem, independentemente da publicação deste acórdão.
Nada a prover quanto à petição de fls. 2.350-2.350v.
2
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Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 949.000
PROCED. : MATO GROSSO DO SUL
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
EMBTE.(S) : FRANCISCO SEIKI ARAKAKI
EMBTE.(S) : WALTER ARAKAKI
ADV.(A/S) : CICERO ALVES DA COSTA (5106/MS)
EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA
- INCRA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
Decisão: A Turma, por unanimidade, não conheceu dos embargos
de declaração e, nos termos e condições do art. 1.026, § 3º, do
CPC, elevou a multa aplicada anteriormente ao valor de 10% (dez
por cento) do valor atualizado da causa, com determinação de baixa
dos autos à origem, independentemente da publicação deste acórdão.
Nada a prover quanto à petição de fls. 2.350-2.350v, tudo nos
termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de
1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217684
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 949.000
PROCED. : MATO GROSSO DO SUL
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
EMBTE.(S) : FRANCISCO SEIKI ARAKAKI
EMBTE.(S) : WALTER ARAKAKI
ADV.(A/S) : CICERO ALVES DA COSTA (5106/MS)
EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA
- INCRA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
Decisão: A Turma, por unanimidade, não conheceu dos embargos
de declaração e, nos termos e condições do art. 1.026, § 3º, do
CPC, elevou a multa aplicada anteriormente ao valor de 10% (dez
por cento) do valor atualizado da causa, com determinação de baixa
dos autos à origem, independentemente da publicação deste acórdão.
Nada a prover quanto à petição de fls. 2.350-2.350v, tudo nos
termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de
1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217684
Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14258483 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-01T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, não conheceu dos embargos de declaração e, nos termos e condições do art. 1.026, § 3º, do CPC, elevou a multa aplicada anteriormente ao valor de 10% (dez por cento) do valor atualizado da causa, com determinação de baixa dos autos à origem, independentemente da publicação deste acórdão. Nada a prover quanto à petição de fls. 2.350-2.350v, tudo nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | Ementa: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. TESES DEFENSIVAS SATISFATORIAMENTE EXAMINADAS POR ESTA CORTE. RECURSO COM CARÁTER PROTELATÓRIO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NÃO CONHECIDOS. DETERMINAÇÃO DE BAIXA IMEDIATA DOS AUTOS.
I – Ausência dos pressupostos do art. 1.022, do Código de Processo Civil.
II – Verifica-se que o embargante busca tão somente a rediscussão da matéria, e os embargos de declaração não constituem meio processual adequado para a reforma do decisum, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em questão.
III – Evidencia-se o caráter protelatório do recurso. O recorrente objetiva postergar a entrega definitiva da prestação jurisdicional.
IV – Embargos de declaração não conhecidos, com determinação de baixa imediata dos autos à origem, independentemente da publicação deste acórdão. | sjur379508 | - Acórdão(s) citado(s):
(ED, EFEITOS INFRINGENTES)
RE 223904 ED (2ªT), AO 1047 ED (TP), AI 600506 AgR-ED (2ªT).
(RECURSO PROCRASTINATÓRIO, BAIXA DOS AUTOS)
AI 587285 AgR-ED-ED-ED-ED (2ªT).
Número de páginas: 7.
Análise: 07/02/2018, MJC. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 949000 | [
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-01022 ART-01026 PAR-00003\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL"
] | ARE-AgR-ED-ED-ED | acordaos | ARE 949000 AgR-ED-ED-ED | [
""
] | EMBTE.(S) : FRANCISCO SEIKI ARAKAKI
EMBTE.(S) : WALTER ARAKAKI
ADV.(A/S) : CICERO ALVES DA COSTA
EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA - INCRA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"ARE 949000",
"ARE 949000 AGR - ED - ED - ED / MS",
"ARE 949000 AGR - ED - ED - ED / MS §",
"RE 223 . 904 - ED / MG",
"AO 1 . 047 - ED /",
"AI 600 . 506 - AgR - ED / GO",
"RE 223 . 904 - ED / MG",
"AO 1 . 047 - ED /",
"RR",
"AI 600 . 506 - AgR - ED / GO",
"ARE 949000",
"AI 587 . 285 - ED - ED",
"ARE 949000 AGR",
"AI 587 . 285 - ED - ED - ED - ED - AgR / RJ"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 1 . 022 , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 026 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 026 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 022 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 022 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 026 , § 3° , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 026 , § 3° , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 026 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 026 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"MATO GROSSO DO SUL",
"Brasília",
"Brasília",
"MATO GROSSO DO SUL",
"MATO GROSSO DO SUL",
"MATO GROSSO DO SUL",
"MATO GROSSO DO SUL",
"MATO GROSSO DO SUL",
"MATO GROSSO DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA",
"INCRA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"SEGUNDA TURMA",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA",
"INCRA",
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"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"RR",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA",
"INCRA",
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"-",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"FRANCISCO SEIKI ARAKAKI",
"WALTER ARAKAKI",
"CICERO ALVES DA COSTA",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"FRANCISCO SEIKI ARAKAKI",
"WALTER ARAKAKI",
"CICERO ALVES DA COSTA",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"FRANCISCO SEIKI ARAKAKI",
"WALTER ARAKAKI",
"CICERO ALVES DA COSTA",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ricardo Lewandowski",
"Ellen Gracie",
"Joaquim Barbosa",
"Cezar Peluso",
"Ricardo Lewandowski",
"Ellen Gracie",
"Joaquim Barbosa",
"Cezar Peluso",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Celso de Mello",
"Celso de Mello",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"FRANCISCO SEIKI ARAKAKI",
"WALTER ARAKAKI",
"CICERO ALVES DA COSTA",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"FRANCISCO SEIKI ARAKAKI",
"WALTER ARAKAKI",
"CICERO ALVES DA COSTA",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
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".",
"12",
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"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.080.425 SÃO
PAULO
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:AUTMAN LOCACAO DE VEICULOS LTDA
ADV.(A/S)
:RAQUEL BOTELHO SANTORO CEZAR
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO TRIBUTÁRIO. EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVDADE EM EXECUÇÃO FISCAL. DESISTÊNCIA DE
DEMANDAS EM CURSO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO.
SÚMULA 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. IMPOSSIBILIDADE
DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO E DA
LEGISLAÇÃO LOCAL: SÚMULAS 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME
O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Sessão Virtual do Plenário, em
conformidade com a ata de julgamento e as notas taquigráficas, por
unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental e aplicar a
multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil de 1%,
nos termos do voto da Relatora.
Brasília, 11 dezembro de 2017.
Ministra CÁRMEN LÚCIA
Presidente
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Relatório
11/12/2017
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.080.425 SÃO
PAULO
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:AUTMAN LOCACAO DE VEICULOS LTDA
ADV.(A/S)
:RAQUEL BOTELHO SANTORO CEZAR
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Presidente):
1. Em 10.10.2017, neguei seguimento ao recurso extraordinário com
agravo interposto por Autman Locação de Veículos Ltda. pela incidência
das Súmulas 279, 280 e 282 do Supremo Tribunal Federal (doc. 4).
2. Publicada essa decisão no DJe de 18.10.2017, Autman Locação de
Veículos Ltda. interpôs, em 25.10.2017, tempestivamente, agravo
regimental (doc. 5).
3. A agravante alega que “a vedação de ajuizamento de execuções de
valores ínfimos em observância ao artigo 37 da Constituição Federal – foi
comprovadamente prequestionada, de forma explícita, seja por meio de Agravo de
Instrumento, seja por meio de Embargos de Declaração ” (fl. 8, doc. 5).
Argumenta que “os fundamentos utilizados pela r. decisão agravada se
contrapõem. Em verdade, o que se pretendeu no Recurso Extraordinário foi
somente o debate da tese abordada pelo v. acórdão então recorrido, mantendo suas
premissas e não necessitando, para tanto, de reexame de provas colhidas no correr
do feito, fugindo ao caso concreto para abordar matéria meramente de direito ”
(fl. 11, doc. 5).
Assevera que “única referência feita à legislação local foi em seu parágrafo
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.080.425 SÃO
PAULO
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:AUTMAN LOCACAO DE VEICULOS LTDA
ADV.(A/S)
:RAQUEL BOTELHO SANTORO CEZAR
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Presidente):
1. Em 10.10.2017, neguei seguimento ao recurso extraordinário com
agravo interposto por Autman Locação de Veículos Ltda. pela incidência
das Súmulas 279, 280 e 282 do Supremo Tribunal Federal (doc. 4).
2. Publicada essa decisão no DJe de 18.10.2017, Autman Locação de
Veículos Ltda. interpôs, em 25.10.2017, tempestivamente, agravo
regimental (doc. 5).
3. A agravante alega que “a vedação de ajuizamento de execuções de
valores ínfimos em observância ao artigo 37 da Constituição Federal – foi
comprovadamente prequestionada, de forma explícita, seja por meio de Agravo de
Instrumento, seja por meio de Embargos de Declaração ” (fl. 8, doc. 5).
Argumenta que “os fundamentos utilizados pela r. decisão agravada se
contrapõem. Em verdade, o que se pretendeu no Recurso Extraordinário foi
somente o debate da tese abordada pelo v. acórdão então recorrido, mantendo suas
premissas e não necessitando, para tanto, de reexame de provas colhidas no correr
do feito, fugindo ao caso concreto para abordar matéria meramente de direito ”
(fl. 11, doc. 5).
Assevera que “única referência feita à legislação local foi em seu parágrafo
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7
Relatório
ARE 1080425 AGR / SP
44, argumentando que acentua a ausência de razoabilidade e economicidade a
existência de legislação própria regulando o limite máximo para propositura de
execução fiscal. Jamais pretendeu-se a análise do direito local, quer seja devido ao
fato de que há a vedação imposta pela Súmula 280, do E. STF, quer seja em razão
da ofensa constitucional ser, por si só, claramente palpável no presente caso” (fl.
13, doc. 5).
Requer o provimento do agravo regimental.
4. Em 25.10.2017, determinou-se a manifestação do agravado sobre
este recurso (doc. 7).
São Paulo sustenta que “a questão foi resolvida com fundamento na Lei
Estadual n. 14.272/2010 e com base no conjunto fático-probatório dos autos” (fl.
2, doc. 10).
Salienta que “ausente o prequestionamento da matéria constitucional
(artigo 37 da CF). Conforme se verifica nos autos, a despeito de terem sido
opostos embargos de declaração na origem, estes não trataram da norma
constitucional apontada como violada. Correta, portanto, a aplicação do óbice
constante na Súmula 282/STF” (fls. 2-3, doc. 10).
Requer o não provimento do agravo regimental.
É o relatório.
2
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44, argumentando que acentua a ausência de razoabilidade e economicidade a
existência de legislação própria regulando o limite máximo para propositura de
execução fiscal. Jamais pretendeu-se a análise do direito local, quer seja devido ao
fato de que há a vedação imposta pela Súmula 280, do E. STF, quer seja em razão
da ofensa constitucional ser, por si só, claramente palpável no presente caso” (fl.
13, doc. 5).
Requer o provimento do agravo regimental.
4. Em 25.10.2017, determinou-se a manifestação do agravado sobre
este recurso (doc. 7).
São Paulo sustenta que “a questão foi resolvida com fundamento na Lei
Estadual n. 14.272/2010 e com base no conjunto fático-probatório dos autos” (fl.
2, doc. 10).
Salienta que “ausente o prequestionamento da matéria constitucional
(artigo 37 da CF). Conforme se verifica nos autos, a despeito de terem sido
opostos embargos de declaração na origem, estes não trataram da norma
constitucional apontada como violada. Correta, portanto, a aplicação do óbice
constante na Súmula 282/STF” (fls. 2-3, doc. 10).
Requer o não provimento do agravo regimental.
É o relatório.
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Voto - MINISTRO PRESIDENTE
11/12/2017
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.080.425 SÃO
PAULO
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Presidente):
1. Razão jurídica não assiste ao agravante.
4. A alegação de contrariedade ao art. 37 da Constituição da
República foi arguida somente nos embargos de declaração,
configurando-se inovação juridicamente inaceitável por não se
caracterizar como prequestionamento para os efeitos pretendidos.
Confiram-se os seguintes julgados:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
COM
AGRAVO.
TRIBUTÁRIO.
EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. ICMS. NULIDADE DA
CDA. AUSÊNCIA DO NECESSÁRIO PREQUESTIONAMENTO.
SÚMULA 282 DO STF. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO”
(ARE n. 885.018-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira
Turma, DJe 22.8.2016).
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO.
FUNRURAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO:
SÚMULA N. 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO”
(RE n. 698.764-AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe
5.4.2013).
3. Na espécie o Tribunal de Justiça de São Paulo assentou:
“Segundo a Lei Estadual nº 14.272/2010, utilizada como
parâmetro à extinção do processo, é facultado à Administração o não
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11/12/2017
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.080.425 SÃO
PAULO
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Presidente):
1. Razão jurídica não assiste ao agravante.
4. A alegação de contrariedade ao art. 37 da Constituição da
República foi arguida somente nos embargos de declaração,
configurando-se inovação juridicamente inaceitável por não se
caracterizar como prequestionamento para os efeitos pretendidos.
Confiram-se os seguintes julgados:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
COM
AGRAVO.
TRIBUTÁRIO.
EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. ICMS. NULIDADE DA
CDA. AUSÊNCIA DO NECESSÁRIO PREQUESTIONAMENTO.
SÚMULA 282 DO STF. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO”
(ARE n. 885.018-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira
Turma, DJe 22.8.2016).
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO.
FUNRURAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO:
SÚMULA N. 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO”
(RE n. 698.764-AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe
5.4.2013).
3. Na espécie o Tribunal de Justiça de São Paulo assentou:
“Segundo a Lei Estadual nº 14.272/2010, utilizada como
parâmetro à extinção do processo, é facultado à Administração o não
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Voto - MINISTRO PRESIDENTE
ARE 1080425 AGR / SP
ajuizamento de ações e desistência daquelas já ajuizadas, cujos valores
atualizados não ultrapassem 600 UFESPs. Dessarte, ainda que
cumprido o requisito valor, faltou a vênia da credora, que claramente
não pretende dispor do crédito. Ao caso aplica-se, por analogia, a
Súmula nº 452 do STJ, sintetizada no seguinte verbete: A extinção
das ações de pequeno valor é faculdade da Administração Federal,
vedada a atuação judicial de ofício. (...) No mais, a agravante não
apontou o erro do fundamento em virtude do qual foi rejeitado o
pedido de suspensão da execução, isto é, limitou-se a alegar que o
débito desta execução está inserido na anulatória proposta, sem
tampouco fazer prova disso. Lembrando que a dita “exceção de pré-
executividade” é figura doutrinária, admitida pela jurisprudência, que
busca afastar o rigor da lei processual em questões nas quais se
discute, exclusivamente, matéria suscetível de conhecimento ex officio
ou evidente nulidade do título, independentemente de contraditório ou
de dilação probatória. Ademais, nada consta tenha a agravante
efetuado o necessário depósito elisivo da imediata exigibilidade do
crédito” (fl. 120, vol. 1).
Como assentado na decisão agravada, o exame da pretensão do
agravante exigiria o conhecimento e a análise do conjunto probatório
constante dos autos, procedimentos incabíveis em recurso extraordinário,
como se tem na Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.
A apreciação do pleito recursal exigiria também a interpretação da
legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei estadual n.
14.272/2010). A alegada contrariedade à Constituição da República, se
tivesse ocorrido, seria indireta, a inviabilizar o processamento do recurso
extraordinário. Assim, por exemplo:
“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2.
Direito Tributário. 3. Redirecionamento em nome do sócio. 4. Matéria
debatida pelo tribunal de origem restringe-se ao âmbito local. Ofensa
reflexa à Constituição Federal. Matéria infraconstitucional. 5.
Súmulas 279 e 280 do STF. 6. Ausência de argumentos capazes de
infirmar a decisão agravada. 7. Agravo regimental a que se nega
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ajuizamento de ações e desistência daquelas já ajuizadas, cujos valores
atualizados não ultrapassem 600 UFESPs. Dessarte, ainda que
cumprido o requisito valor, faltou a vênia da credora, que claramente
não pretende dispor do crédito. Ao caso aplica-se, por analogia, a
Súmula nº 452 do STJ, sintetizada no seguinte verbete: A extinção
das ações de pequeno valor é faculdade da Administração Federal,
vedada a atuação judicial de ofício. (...) No mais, a agravante não
apontou o erro do fundamento em virtude do qual foi rejeitado o
pedido de suspensão da execução, isto é, limitou-se a alegar que o
débito desta execução está inserido na anulatória proposta, sem
tampouco fazer prova disso. Lembrando que a dita “exceção de pré-
executividade” é figura doutrinária, admitida pela jurisprudência, que
busca afastar o rigor da lei processual em questões nas quais se
discute, exclusivamente, matéria suscetível de conhecimento ex officio
ou evidente nulidade do título, independentemente de contraditório ou
de dilação probatória. Ademais, nada consta tenha a agravante
efetuado o necessário depósito elisivo da imediata exigibilidade do
crédito” (fl. 120, vol. 1).
Como assentado na decisão agravada, o exame da pretensão do
agravante exigiria o conhecimento e a análise do conjunto probatório
constante dos autos, procedimentos incabíveis em recurso extraordinário,
como se tem na Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.
A apreciação do pleito recursal exigiria também a interpretação da
legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei estadual n.
14.272/2010). A alegada contrariedade à Constituição da República, se
tivesse ocorrido, seria indireta, a inviabilizar o processamento do recurso
extraordinário. Assim, por exemplo:
“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2.
Direito Tributário. 3. Redirecionamento em nome do sócio. 4. Matéria
debatida pelo tribunal de origem restringe-se ao âmbito local. Ofensa
reflexa à Constituição Federal. Matéria infraconstitucional. 5.
Súmulas 279 e 280 do STF. 6. Ausência de argumentos capazes de
infirmar a decisão agravada. 7. Agravo regimental a que se nega
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Voto - MINISTRO PRESIDENTE
ARE 1080425 AGR / SP
provimento” (ARE n. 970.269-AgR, Relator o Ministro Gilmar
Mendes, Segunda Turma, DJe 7.6.2017).
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. DIREITO TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO
FISCAL. NULIDADE DA CITAÇÃO. 1. A análise dos requisitos de
validade da citação da parte executada demanda o exame do conjunto
fático-probatório e da legislação infraconstitucional aplicável. Súmula
279 do STF. 2. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE n.
907.180-AgR, Relator o Ministro Edson Fachin, Primeira Turma,
DJe 4.3.2016).
“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2.
Direito Tributário. 3. Execução fiscal. Remissão. Controvérsia que se
reveste de índole infraconstitucional. 4. Incidência das súmulas 279,
280 e 636. 5. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE n.
680.135-AgR, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Segunda
Turma, DJe 29.5.2012).
4. Os argumentos do agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental, aplico a
multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no
percentual de 1% e deixo de aplicar o § 11 do art. 85 do Código de
Processo Civil por ausência de condenação anterior em honorários
advocatícios.
3
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ARE 1080425 AGR / SP
provimento” (ARE n. 970.269-AgR, Relator o Ministro Gilmar
Mendes, Segunda Turma, DJe 7.6.2017).
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. DIREITO TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO
FISCAL. NULIDADE DA CITAÇÃO. 1. A análise dos requisitos de
validade da citação da parte executada demanda o exame do conjunto
fático-probatório e da legislação infraconstitucional aplicável. Súmula
279 do STF. 2. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE n.
907.180-AgR, Relator o Ministro Edson Fachin, Primeira Turma,
DJe 4.3.2016).
“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2.
Direito Tributário. 3. Execução fiscal. Remissão. Controvérsia que se
reveste de índole infraconstitucional. 4. Incidência das súmulas 279,
280 e 636. 5. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE n.
680.135-AgR, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Segunda
Turma, DJe 29.5.2012).
4. Os argumentos do agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental, aplico a
multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil no
percentual de 1% e deixo de aplicar o § 11 do art. 85 do Código de
Processo Civil por ausência de condenação anterior em honorários
advocatícios.
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Extrato de Ata - 11/12/2017
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.080.425
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : AUTMAN LOCACAO DE VEICULOS LTDA
ADV.(A/S) : RAQUEL BOTELHO SANTORO CEZAR (28868/DF, 16980/ES,
201304/RJ, 329435/SP)
AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao
agravo regimental e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021
do Código de Processo Civil em de 1% , nos termos do voto da
Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Cármen Lúcia (Presidente), Celso de
Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias
Toffoli, Luiz Fux, Rosa Weber, Roberto Barroso, Edson Fachin e
Alexandre de Moraes.
p/ Doralúcia das Neves Santos
Assessora-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14204452
Supremo Tribunal Federal
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.080.425
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : AUTMAN LOCACAO DE VEICULOS LTDA
ADV.(A/S) : RAQUEL BOTELHO SANTORO CEZAR (28868/DF, 16980/ES,
201304/RJ, 329435/SP)
AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao
agravo regimental e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021
do Código de Processo Civil em de 1% , nos termos do voto da
Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Cármen Lúcia (Presidente), Celso de
Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias
Toffoli, Luiz Fux, Rosa Weber, Roberto Barroso, Edson Fachin e
Alexandre de Moraes.
p/ Doralúcia das Neves Santos
Assessora-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14204452
Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14269689 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-01T00:00:00 | O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental e aplicou a multa prevista no § 4º do art. 1.021 do Código de Processo Civil em de 1% , nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO TRIBUTÁRIO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVDADE EM EXECUÇÃO FISCAL. DESISTÊNCIA DE DEMANDAS EM CURSO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO E DA LEGISLAÇÃO LOCAL: SÚMULAS 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME O § 4º DO ART. 1.021 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. | sjur379476 | - Acórdão(s) citado(s):
(PREQUESTIONAMENTO)
RE 698764 AgR (2ªT), ARE 885018 AgR (1ªT).
(LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL)
ARE 680135 AgR (2ªT), RE 907180 AgR (1ªT), ARE 970269 AgR (2ªT).
Número de páginas: 7.
Análise: 09/02/2018, BMP. | CÁRMEN LÚCIA (Presidente) | Tribunal Pleno | 1080425 | [
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-00085 PAR-00011 ART-01021 PAR-00004\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000280 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000282 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n",
"LEG-EST LEI-014272 ANO-2010\n LEI ORDINÁRIA, SP"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 1080425 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : AUTMAN LOCACAO DE VEICULOS LTDA
ADV.(A/S) : RAQUEL BOTELHO SANTORO CEZAR
AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1 . 080 . 425",
"SÚMULA 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"SÚMULAS 279",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1 . 080 . 425",
"Súmulas 279 , 280 e 282 do Supremo Tribunal Federal",
"Súmulas 279 , 280 e 282 do Supremo Tribunal Federal",
"ARE 1080425 AGR / SP",
"Súmula 280 , do E . STF",
"Súmula 282 / STF",
"ARE 1080425 AGR / SP",
"Súmula 280 , do E . STF",
"Súmula",
"AGRAVO 1 . 080 . 425",
"SÚMULA 282 DO STF",
"ARE n . 885 . 018 - AgR",
"SÚMULA N . 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"RE n . 698 . 764 - AgR",
"SÚMULA 282 DO STF",
"ARE n . 885 . 018 - AgR",
"SÚMULA N . 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"RE n . 698 . 764 - AgR",
"ARE 1080425 AGR / SP",
"Súmula [UNK] 452 do STJ",
"Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal",
"Súmulas 279",
"ARE 1080425 AGR / SP",
"Súmula [UNK] 452 do STJ",
"Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal",
"Súmulas 279",
"ARE 1080425 AGR / SP",
"ARE n . 970 . 269 - AgR",
"Súmula 279 do STF",
"RE n . 907 . 180 - AgR",
"ARE n . 680 . 135 - AgR",
"ARE 1080425 AGR / SP",
"ARE n . 970 . 269 - AgR",
"Súmula 279 do STF",
"RE n . 907 . 180 - AgR",
"ARE n . 680 . 135 - AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"§ [UNK] DO ART . 1 . 021 DO CÓDIGO",
"§ [UNK] do art . 1 . 021 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 37 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 37 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Estadual n . 14 . 272 / 2010",
"artigo 37 da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Estadual n . 14 . 272 / 2010",
"artigo 37 da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art",
"Lei Estadual [UNK] 14 . 272 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 37 da Constituição da República",
"Lei Estadual [UNK] 14 . 272 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei estadual n . 14 . 272 / 2010",
"Constituição da República",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei estadual n . 14 . 272 / 2010",
"Constituição da República",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 1 . 021 do Código de Processo Civil",
"§ 11 do art . 85 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 1 . 021 do Código de Processo Civil",
"§ 11 do art . 85 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 1 . 021 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 1 . 021 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"São Paulo",
"São Paulo",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"AUTMAN LOCACAO DE VEICULOS LTDA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"AUTMAN LOCACAO DE VEICULOS LTDA",
"Autman Locação de Veículos Ltda .",
"Autman Locação de Veículos Ltda .",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"AUTMAN LOCACAO DE VEICULOS LTDA",
"Autman Locação de Veículos Ltda .",
"Autman Locação de Veículos Ltda .",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
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"-",
"Brasil",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"PLENÁRIO",
"Primeira Turma",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Segunda Turma",
"Tribunal de Justiça de São Paulo",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PLENÁRIO",
"AUTMAN LOCACAO DE VEICULOS LTDA",
"Plenário",
"Plenário",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal PLENÁRIO",
"AUTMAN LOCACAO DE VEICULOS LTDA",
"Plenário",
"Plenário",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RAQUEL BOTELHO SANTORO CEZAR",
"CÁRMEN LÚCIA",
"RAQUEL BOTELHO SANTORO CEZAR",
"CÁRMEN LÚCIA",
"RAQUEL BOTELHO SANTORO CEZAR",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Luiz Fux",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Luiz Fux",
"Gilmar Mendes",
"Edson Fachin",
"Gilmar Mendes",
"Gilmar Mendes",
"Edson Fachin",
"Gilmar Mendes",
"RAQUEL BOTELHO SANTORO CEZAR",
"Cármen Lúcia",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Roberto Barroso",
"Edson Fachin",
"Alexandre de Moraes",
"RAQUEL BOTELHO SANTORO CEZAR",
"Cármen Lúcia",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Roberto Barroso",
"Edson Fachin",
"Alexandre de Moraes",
"Doralúcia das Neves Santos"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"11 dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"10",
".",
"10",
".",
"2017",
"18",
".",
"10",
".",
"2017",
"25",
".",
"10",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"10",
".",
"10",
".",
"2017",
"18",
".",
"10",
".",
"2017",
"25",
".",
"10",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"25",
".",
"10",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"25",
".",
"10",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"22",
".",
"8",
".",
"2016",
"5",
".",
"4",
".",
"2013",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"22",
".",
"8",
".",
"2016",
"5",
".",
"4",
".",
"2013",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"7",
".",
"6",
".",
"2017",
"4",
".",
"3",
".",
"2016",
"29",
".",
"5",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"7",
".",
"6",
".",
"2017",
"4",
".",
"3",
".",
"2016",
"29",
".",
"5",
".",
"2012",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
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".",
"12",
".",
"2017",
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".",
"12",
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"2017",
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"08",
"/",
"2001",
"1",
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"12",
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"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 144.641 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:CAIOM EDUARDO DA SILVA BURGHETI
ADV.(A/S)
:LINCOLN DEL BIANCO DE MENEZES CARVALHO
AGDO.(A/S)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM
HABEAS
CORPUS.
PROCESSO PENAL. TRÁFICO DE DROGAS. NEGATIVA DE
RECORRER EM LIBERDADE.
DECISÃO FUNDAMENTADA.
REITERAÇÃO DELITIVA. AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO
ILEGAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
I – Prisão preventiva fundamentada na garantia da ordem pública e
da aplicação da lei penal, tendo em vista o fundado receio de reiteração
delitiva. Precedentes.
II – Agravo regimental ao qual se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em sessão
virtual da Segunda Turma, na conformidade da ata de julgamentos, por
unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do
voto do Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232251.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 144.641 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:CAIOM EDUARDO DA SILVA BURGHETI
ADV.(A/S)
:LINCOLN DEL BIANCO DE MENEZES CARVALHO
AGDO.(A/S)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão por meio da qual deneguei a
ordem neste writ (doc. eletrônico 28).
O agravante sustenta que não existe fundamento para a prisão
preventiva, pois, apesar de haver seis registros por porte de drogas para
uso próprio, todos os termos circunstanciados foram arquivados. Alega
ser primário e sem antecedentes criminais, possuindo trabalho lícito e
residência fixa.
Aduz, ainda, que o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo
reduziu a pena para 1 ano e 8 meses de reclusão, sendo “compatível com
o regime inicial aberto, que é menos gravoso do que prisão cautelar,
cumprida em estabelecimento penal equiparado ao fechado”. Por fim,
requer a concessão da ordem de habeas corpus (doc. eletrônico 29).
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232252.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 144.641 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:CAIOM EDUARDO DA SILVA BURGHETI
ADV.(A/S)
:LINCOLN DEL BIANCO DE MENEZES CARVALHO
AGDO.(A/S)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão por meio da qual deneguei a
ordem neste writ (doc. eletrônico 28).
O agravante sustenta que não existe fundamento para a prisão
preventiva, pois, apesar de haver seis registros por porte de drogas para
uso próprio, todos os termos circunstanciados foram arquivados. Alega
ser primário e sem antecedentes criminais, possuindo trabalho lícito e
residência fixa.
Aduz, ainda, que o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo
reduziu a pena para 1 ano e 8 meses de reclusão, sendo “compatível com
o regime inicial aberto, que é menos gravoso do que prisão cautelar,
cumprida em estabelecimento penal equiparado ao fechado”. Por fim,
requer a concessão da ordem de habeas corpus (doc. eletrônico 29).
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232252.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 144.641 SÃO PAULO
V O T O
O Senhor Ministro
Ricardo Lewandowski
(Relator):
Bem
reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece
reforma, visto que o recorrente não aduz argumentos capazes de afastar
as razões nela expendidas.
De início, observo que o agravante não trouxe qualquer documento
que comprove as respectivas alegações quanto aos antecedentes
criminais, à quantidade de droga apreendida e à redução da pena
imposta.
Dessa forma, o recurso se mostra carente de fundamentação,
porquanto, ao contrário do que alegado, o acórdão do Superior Tribunal
de Justiça asseverou que a condenação, no caso, foi de 5 anos e 10 meses
de reclusão, tendo consignado também a existência de outros delitos de
tráfico de drogas. No referido pronunciamento, menciona-se, ainda, que
foram encontradas com o agravante 5 porções de cocaína e 3 porções de
maconha.
Ademais, consta dos autos que foi vedado ao ora agravante o
recurso em liberdade, pelos seguintes fundamentos:
“[O] policial militar Fábio Silva de Almeida narrou que,
um popular o abordou e passou-lhe informações acerca de um
indivíduo estaria praticando o tráfico de drogas, bem como
relatou o modus operandi e as características exalas deste. Ato
contínuo, dirigiu-se para o local indicado e visualizou o
autuado, com as exatas características descritas, ocasião em que
ele, ao avistar a viatura policial, deixou o local em um bicicleta
rapidamente, com a dispensa de dois eppendorfs com cocaína.
Relatou que ele foi abordado e, no bolso da bermuda, foi
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232253.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 144.641 SÃO PAULO
V O T O
O Senhor Ministro
Ricardo Lewandowski
(Relator):
Bem
reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece
reforma, visto que o recorrente não aduz argumentos capazes de afastar
as razões nela expendidas.
De início, observo que o agravante não trouxe qualquer documento
que comprove as respectivas alegações quanto aos antecedentes
criminais, à quantidade de droga apreendida e à redução da pena
imposta.
Dessa forma, o recurso se mostra carente de fundamentação,
porquanto, ao contrário do que alegado, o acórdão do Superior Tribunal
de Justiça asseverou que a condenação, no caso, foi de 5 anos e 10 meses
de reclusão, tendo consignado também a existência de outros delitos de
tráfico de drogas. No referido pronunciamento, menciona-se, ainda, que
foram encontradas com o agravante 5 porções de cocaína e 3 porções de
maconha.
Ademais, consta dos autos que foi vedado ao ora agravante o
recurso em liberdade, pelos seguintes fundamentos:
“[O] policial militar Fábio Silva de Almeida narrou que,
um popular o abordou e passou-lhe informações acerca de um
indivíduo estaria praticando o tráfico de drogas, bem como
relatou o modus operandi e as características exalas deste. Ato
contínuo, dirigiu-se para o local indicado e visualizou o
autuado, com as exatas características descritas, ocasião em que
ele, ao avistar a viatura policial, deixou o local em um bicicleta
rapidamente, com a dispensa de dois eppendorfs com cocaína.
Relatou que ele foi abordado e, no bolso da bermuda, foi
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232253.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
HC 144641 AGR / SP
encontrado R$87,00 em notas diversas, separadas e amassadas.
Por fim, disse que um dos cães de faro da corporação logrou
êxito em encontrar, a 10 metros do local, três eppendorfs de
cocaína, três porções de maconha (6,63grs)
[...]
A custódia é recomendável pela necessidade de garantia
da ordem pública. Em fato, a imputação delitiva é de crime
grave, o qual está a permear e desestruturar a sociedade atual,
além de constituir uma mola propulsora de vários outros
delitos, não só contra o patrimônio, mas também contra a vida
humana.
No caso vertente, importante notar que o acusado é
processado por outro delito de tráfico, em trâmite nesta Vara,
em idêntica situação – droga escondida em terreno - processo
n° 264-8.2014.
Ademais, a custódia cautelar também se faz necessária pra
evitar que solto, continue a reiterar na prática do tráfico de
entorpecentes.
A custódia é recomendável, ainda, para assegurar a
aplicação da lei penal, pois a soltura do autuado nessa fase
processual poderia obstar ou, pelo menos dificultar a instrução
criminal" (pág. 2 do documento eletrônico 7).
O acórdão impugnado neste habeas corpus encontra-se assim
ementado:
“PROCESSUAL PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM
HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. RÉU
CONDENADO. REGIME FECHADO. NEGATIVA DE
RECORRER EM LIBERDADE. REITERAÇÃO DELITIVA.
NECESSIDADE DE GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO.
RECURSO DESPROVIDO.
1. Havendo prova da existência do crime e indícios
suficientes de autoria, a prisão preventiva, nos termos do art.
312 do Código de Processo Penal, poderá ser decretada para
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232253.
Supremo Tribunal Federal
HC 144641 AGR / SP
encontrado R$87,00 em notas diversas, separadas e amassadas.
Por fim, disse que um dos cães de faro da corporação logrou
êxito em encontrar, a 10 metros do local, três eppendorfs de
cocaína, três porções de maconha (6,63grs)
[...]
A custódia é recomendável pela necessidade de garantia
da ordem pública. Em fato, a imputação delitiva é de crime
grave, o qual está a permear e desestruturar a sociedade atual,
além de constituir uma mola propulsora de vários outros
delitos, não só contra o patrimônio, mas também contra a vida
humana.
No caso vertente, importante notar que o acusado é
processado por outro delito de tráfico, em trâmite nesta Vara,
em idêntica situação – droga escondida em terreno - processo
n° 264-8.2014.
Ademais, a custódia cautelar também se faz necessária pra
evitar que solto, continue a reiterar na prática do tráfico de
entorpecentes.
A custódia é recomendável, ainda, para assegurar a
aplicação da lei penal, pois a soltura do autuado nessa fase
processual poderia obstar ou, pelo menos dificultar a instrução
criminal" (pág. 2 do documento eletrônico 7).
O acórdão impugnado neste habeas corpus encontra-se assim
ementado:
“PROCESSUAL PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM
HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. RÉU
CONDENADO. REGIME FECHADO. NEGATIVA DE
RECORRER EM LIBERDADE. REITERAÇÃO DELITIVA.
NECESSIDADE DE GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO.
RECURSO DESPROVIDO.
1. Havendo prova da existência do crime e indícios
suficientes de autoria, a prisão preventiva, nos termos do art.
312 do Código de Processo Penal, poderá ser decretada para
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232253.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
HC 144641 AGR / SP
garantia da ordem pública, da ordem econômica, por
conveniência da instrução criminal ou para assegurar a
aplicação da lei penal.
2. No caso dos autos, a prisão cautelar encontra-se
devidamente fundamentada na necessidade de garantia da
ordem pública, porquanto o recorrente, condenado à pena
privativa de liberdade de 5 anos e 10 meses de reclusão,
registra anteriores passagens pelo mesmo delito de tráfico de
drogas, o que justifica sua segregação provisória, como forma
de evitar a reiteração delitiva.
3. ‘Não há lógica em deferir ao condenado o direito de
recorrer solto quando permaneceu segregado durante a
persecução criminal, se persistentes os motivos para a
preventiva’” (RHC 56.689/CE, Rel. Ministro JORGE MUSSI,
QUINTA TURMA, julgado em 15/10/2015).
4. Recurso ordinário em habeas corpus desprovido” (RHC
78.655/SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas)
Conforme consignei na decisão ora agravada:
Bem examinados os autos, entendo que o caso é de
denegação da ordem.
Isso porque, a prisão preventiva pode ser decretada como
garantia da ordem pública, da ordem econômica, por
conveniência da instrução criminal ou para assegurar a
aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do
crime e indício suficiente de autoria.
Ademais, antes de impor a segregação cautelar, o
magistrado deve verificar a possibilidade de aplicar as medidas
cautelares diversas da prisão, elencadas no art. 319 do Código
de Processo Penal, litteris:
“Art. 319. São medidas cautelares diversas da
prisão:
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e
nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar
atividades;
3
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232253.
Supremo Tribunal Federal
HC 144641 AGR / SP
garantia da ordem pública, da ordem econômica, por
conveniência da instrução criminal ou para assegurar a
aplicação da lei penal.
2. No caso dos autos, a prisão cautelar encontra-se
devidamente fundamentada na necessidade de garantia da
ordem pública, porquanto o recorrente, condenado à pena
privativa de liberdade de 5 anos e 10 meses de reclusão,
registra anteriores passagens pelo mesmo delito de tráfico de
drogas, o que justifica sua segregação provisória, como forma
de evitar a reiteração delitiva.
3. ‘Não há lógica em deferir ao condenado o direito de
recorrer solto quando permaneceu segregado durante a
persecução criminal, se persistentes os motivos para a
preventiva’” (RHC 56.689/CE, Rel. Ministro JORGE MUSSI,
QUINTA TURMA, julgado em 15/10/2015).
4. Recurso ordinário em habeas corpus desprovido” (RHC
78.655/SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas)
Conforme consignei na decisão ora agravada:
Bem examinados os autos, entendo que o caso é de
denegação da ordem.
Isso porque, a prisão preventiva pode ser decretada como
garantia da ordem pública, da ordem econômica, por
conveniência da instrução criminal ou para assegurar a
aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do
crime e indício suficiente de autoria.
Ademais, antes de impor a segregação cautelar, o
magistrado deve verificar a possibilidade de aplicar as medidas
cautelares diversas da prisão, elencadas no art. 319 do Código
de Processo Penal, litteris:
“Art. 319. São medidas cautelares diversas da
prisão:
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e
nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar
atividades;
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
HC 144641 AGR / SP
II - proibição de acesso ou frequência a determinados
lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato,
deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses
locais para evitar o risco de novas infrações;
III - proibição de manter contato com pessoa
determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao
fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer
distante;
IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a
permanência seja conveniente ou necessária para a
investigação ou instrução;
V - recolhimento domiciliar no período noturno e
nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha
residência e trabalho fixos;
VI - suspensão do exercício de função pública ou de
atividade de natureza econômica ou financeira quando
houver justo receio de sua utilização para a prática de
infrações penais;
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses
de crimes praticados com violência ou grave ameaça,
quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-
imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de
reiteração;
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para
assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a
obstrução do seu andamento ou em caso de resistência
injustificada à ordem judicial;
IX - monitoração eletrônica”.
Na espécie, verifico que o magistrado de piso
fundamentou a necessidade da prisão preventiva na garantia da
ordem pública, haja vista a existência prévia de ação penal, na
qual o recorrente responde como réu pela prática de delito da
mesma natureza, qual seja, tráfico de drogas.
Ademais, a jurisprudência deste Supremo Tribunal admite
que a prisão preventiva tenha fundamento na reiteração
criminosa como violadora da ordem pública, haja vista a
4
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Supremo Tribunal Federal
HC 144641 AGR / SP
II - proibição de acesso ou frequência a determinados
lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato,
deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses
locais para evitar o risco de novas infrações;
III - proibição de manter contato com pessoa
determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao
fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer
distante;
IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a
permanência seja conveniente ou necessária para a
investigação ou instrução;
V - recolhimento domiciliar no período noturno e
nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha
residência e trabalho fixos;
VI - suspensão do exercício de função pública ou de
atividade de natureza econômica ou financeira quando
houver justo receio de sua utilização para a prática de
infrações penais;
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses
de crimes praticados com violência ou grave ameaça,
quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-
imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de
reiteração;
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para
assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a
obstrução do seu andamento ou em caso de resistência
injustificada à ordem judicial;
IX - monitoração eletrônica”.
Na espécie, verifico que o magistrado de piso
fundamentou a necessidade da prisão preventiva na garantia da
ordem pública, haja vista a existência prévia de ação penal, na
qual o recorrente responde como réu pela prática de delito da
mesma natureza, qual seja, tráfico de drogas.
Ademais, a jurisprudência deste Supremo Tribunal admite
que a prisão preventiva tenha fundamento na reiteração
criminosa como violadora da ordem pública, haja vista a
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
HC 144641 AGR / SP
presença de registro de prática de crimes na folha de
antecedentes criminais do réu. Vejamos:
“Habeas corpus. 2. Tráfico e associação para o tráfico
com envolvimento de menores. Condenação em primeiro
grau. Negado o direito de recorrer em liberdade. Réu que
permaneceu solto durante parte da instrução criminal. 3.
Alegações: a) de ausência dos requisitos autorizadores da
custódia cautelar, previstos no artigo 312 do CPP; b)
desnecessidade da medida extrema, em razão de o
acusado ter respondido em liberdade aos atos do
processo, inexistindo fatos novos a justificar a segregação
preventiva; e c) nulidade das interceptações telefônicas
realizadas no curso da investigação criminal. 4.
Demonstrada a necessidade da prisão para garantia da
ordem pública. Evidenciada a possibilidade, concreta, de
reiteração delitiva, pois, após, ser colocado em liberdade, o
paciente continuou a praticar as mesmas condutas,
permanecendo associado e intensificando as ações
voltadas para o tráfico. 5. Nulidade das interceptações
telefônicas. Dupla supressão de instância. Matéria não
apreciada pelo Tribunal de origem, nem pelo STJ.
Precedentes. Matéria não conhecida. 6. Ausência de
constrangimento ilegal a ser reparado. Ordem
parcialmente conhecida e nesse ponto, denegada” (HC
140.733/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes).
“HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO
ORDINÁRIO. ADMISSIBILIDADE. PRECEDENTES DA
SEGUNDA TURMA. TENTATIVA DE HOMICÍDIO.
PRISÃO PREVENTIVA. MODUS OPERANDI. EXTENSO
ROL DE REGISTROS CRIMINAIS NÃO TRANSITADOS
EM JULGADO. PERICULOSIDADE DO AGENTE E
RISCO DE REITERAÇÃO CRIMINOSA. FUGA DO
DISTRITO DA CULPA. RISCO À APLICAÇÃO DA LEI
PENAL. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. ORDEM
DENEGADA. 1. A Segunda Turma desta Suprema Corte
admite a impetração de habeas corpus em substituição ao
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HC 144641 AGR / SP
presença de registro de prática de crimes na folha de
antecedentes criminais do réu. Vejamos:
“Habeas corpus. 2. Tráfico e associação para o tráfico
com envolvimento de menores. Condenação em primeiro
grau. Negado o direito de recorrer em liberdade. Réu que
permaneceu solto durante parte da instrução criminal. 3.
Alegações: a) de ausência dos requisitos autorizadores da
custódia cautelar, previstos no artigo 312 do CPP; b)
desnecessidade da medida extrema, em razão de o
acusado ter respondido em liberdade aos atos do
processo, inexistindo fatos novos a justificar a segregação
preventiva; e c) nulidade das interceptações telefônicas
realizadas no curso da investigação criminal. 4.
Demonstrada a necessidade da prisão para garantia da
ordem pública. Evidenciada a possibilidade, concreta, de
reiteração delitiva, pois, após, ser colocado em liberdade, o
paciente continuou a praticar as mesmas condutas,
permanecendo associado e intensificando as ações
voltadas para o tráfico. 5. Nulidade das interceptações
telefônicas. Dupla supressão de instância. Matéria não
apreciada pelo Tribunal de origem, nem pelo STJ.
Precedentes. Matéria não conhecida. 6. Ausência de
constrangimento ilegal a ser reparado. Ordem
parcialmente conhecida e nesse ponto, denegada” (HC
140.733/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes).
“HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO
ORDINÁRIO. ADMISSIBILIDADE. PRECEDENTES DA
SEGUNDA TURMA. TENTATIVA DE HOMICÍDIO.
PRISÃO PREVENTIVA. MODUS OPERANDI. EXTENSO
ROL DE REGISTROS CRIMINAIS NÃO TRANSITADOS
EM JULGADO. PERICULOSIDADE DO AGENTE E
RISCO DE REITERAÇÃO CRIMINOSA. FUGA DO
DISTRITO DA CULPA. RISCO À APLICAÇÃO DA LEI
PENAL. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. ORDEM
DENEGADA. 1. A Segunda Turma desta Suprema Corte
admite a impetração de habeas corpus em substituição ao
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
HC 144641 AGR / SP
recurso ordinário constitucional. Precedentes. 2. O
especial modo de execução do crime, mediante disparos
de arma de fogo em via pública que teriam resultado na
paraplegia da vítima, a desvelar a gravidade concreta da
infração, legitimam a prisão processual. Na mesma linha,
o registro de anotações penais em desfavor do paciente,
ainda que despidos de trânsito em julgado, podem, em
tese, reforçar a periculosidade do agente e o risco de
reiteração delituosa. 3. A fuga do agente do distrito da
culpa, que, segundo o Juiz da causa, teria permanecido
evadido por cerca de 10 anos, é circunstância apta a
sinalizar fundado risco à aplicação da lei penal. 4. Ordem
denegada” (pág. 141.152/CE, Rel. Min. Edson Fachin).
“PENAL E PROCESSUAL PENAL.
HABEAS
CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO
CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL PARA JULGAR HABEAS CORPUS:
CF, ART. 102, I, “D” E “I”. ROL TAXATIVO. MATÉRIA DE
DIREITO ESTRITO. INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA:
PARADOXO. ORGANICIDADE DO DIREITO. ROUBO
QUALIFICADO. FUNDADA PROBABILIDADE DE
REITERAÇÃO
NA
PRÁTICA
CRIMINOSA.
REINCIDÊNCIA ESPECÍFICA. PRISÃO CAUTELAR.
FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA.
HABEAS CORPUS
EXTINTO POR INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. 1. A
prisão preventiva pode ter como fundamento idôneo a
probabilidade de reiteração na prática criminosa.
Precedentes: HC 113.793, Segunda Turma, Relatora a
Ministra Cármen Lúcia, DJe de 28.05.13; HC 106.702,
Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de
27.05.11. 2. In casu, os pacientes foram condenados,
respectivamente, a 10 (dez) anos e 8 (oito) meses de
reclusão, e a 8 (oito) de reclusão, em regime inicial
fechado, pela prática do crime previsto no artigo 157, § 2º,
incisos I, II e V, do Código Penal. Na sentença, o
magistrado decretou a prisão preventiva, com fundamento
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Supremo Tribunal Federal
HC 144641 AGR / SP
recurso ordinário constitucional. Precedentes. 2. O
especial modo de execução do crime, mediante disparos
de arma de fogo em via pública que teriam resultado na
paraplegia da vítima, a desvelar a gravidade concreta da
infração, legitimam a prisão processual. Na mesma linha,
o registro de anotações penais em desfavor do paciente,
ainda que despidos de trânsito em julgado, podem, em
tese, reforçar a periculosidade do agente e o risco de
reiteração delituosa. 3. A fuga do agente do distrito da
culpa, que, segundo o Juiz da causa, teria permanecido
evadido por cerca de 10 anos, é circunstância apta a
sinalizar fundado risco à aplicação da lei penal. 4. Ordem
denegada” (pág. 141.152/CE, Rel. Min. Edson Fachin).
“PENAL E PROCESSUAL PENAL.
HABEAS
CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO
CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL PARA JULGAR HABEAS CORPUS:
CF, ART. 102, I, “D” E “I”. ROL TAXATIVO. MATÉRIA DE
DIREITO ESTRITO. INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA:
PARADOXO. ORGANICIDADE DO DIREITO. ROUBO
QUALIFICADO. FUNDADA PROBABILIDADE DE
REITERAÇÃO
NA
PRÁTICA
CRIMINOSA.
REINCIDÊNCIA ESPECÍFICA. PRISÃO CAUTELAR.
FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA.
HABEAS CORPUS
EXTINTO POR INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. 1. A
prisão preventiva pode ter como fundamento idôneo a
probabilidade de reiteração na prática criminosa.
Precedentes: HC 113.793, Segunda Turma, Relatora a
Ministra Cármen Lúcia, DJe de 28.05.13; HC 106.702,
Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de
27.05.11. 2. In casu, os pacientes foram condenados,
respectivamente, a 10 (dez) anos e 8 (oito) meses de
reclusão, e a 8 (oito) de reclusão, em regime inicial
fechado, pela prática do crime previsto no artigo 157, § 2º,
incisos I, II e V, do Código Penal. Na sentença, o
magistrado decretou a prisão preventiva, com fundamento
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
HC 144641 AGR / SP
na necessidade de evitar a reiteração na prática criminosa,
destacando que se trata de pacientes reincidentes
específicos, com extensas fichas de registros criminais e
que se encontravam presos pela prática de outros crimes
por ocasião da prolação da sentença condenatória. 3. A
competência originária do Supremo Tribunal Federal para
conhecer e julgar
habeas corpus
está definida,
taxativamente, no artigo 102, inciso I, alíneas “d” e “i”, da
Constituição Federal, sendo certo que o paciente não está
arrolado em nenhuma das hipóteses sujeitas à jurisdição
desta Corte. 4. Ademais, in casu, após a decretação da
prisão preventiva foi proferida sentença penal
condenatória. 5. Habeas corpus extinto por inadequação da
via eleita” (HC 122.090/DF, Rel. Min. Luiz Fux).
Ressalto, por fim, que a quaestio iuris trazida neste habeas
corpus refere-se a aplicação de jurisprudência pacífica deste STF
que não encontra divergência entre as Turmas, o que permite a
adoção do art. 192 do Regimento Interno do Supremo Tribunal
Federal – RISTF, litteris:
“Art. 192. Quando a matéria for objeto de
jurisprudência consolidada do Tribunal, o Relator poderá
desde logo denegar ou conceder a ordem, ainda que de
ofício, à vista da documentação da petição inicial ou do
teor das informações.”
Isso posto, denego a ordem (art. 192 do RISTF).
Assim, conforme já assinalado no decisum supra, verifico que o
presente recurso não merece prosperar, devendo ser mantida a decisão
por seus próprios fundamentos.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
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Supremo Tribunal Federal
HC 144641 AGR / SP
na necessidade de evitar a reiteração na prática criminosa,
destacando que se trata de pacientes reincidentes
específicos, com extensas fichas de registros criminais e
que se encontravam presos pela prática de outros crimes
por ocasião da prolação da sentença condenatória. 3. A
competência originária do Supremo Tribunal Federal para
conhecer e julgar
habeas corpus
está definida,
taxativamente, no artigo 102, inciso I, alíneas “d” e “i”, da
Constituição Federal, sendo certo que o paciente não está
arrolado em nenhuma das hipóteses sujeitas à jurisdição
desta Corte. 4. Ademais, in casu, após a decretação da
prisão preventiva foi proferida sentença penal
condenatória. 5. Habeas corpus extinto por inadequação da
via eleita” (HC 122.090/DF, Rel. Min. Luiz Fux).
Ressalto, por fim, que a quaestio iuris trazida neste habeas
corpus refere-se a aplicação de jurisprudência pacífica deste STF
que não encontra divergência entre as Turmas, o que permite a
adoção do art. 192 do Regimento Interno do Supremo Tribunal
Federal – RISTF, litteris:
“Art. 192. Quando a matéria for objeto de
jurisprudência consolidada do Tribunal, o Relator poderá
desde logo denegar ou conceder a ordem, ainda que de
ofício, à vista da documentação da petição inicial ou do
teor das informações.”
Isso posto, denego a ordem (art. 192 do RISTF).
Assim, conforme já assinalado no decisum supra, verifico que o
presente recurso não merece prosperar, devendo ser mantida a decisão
por seus próprios fundamentos.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10
Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 144.641
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : CAIOM EDUARDO DA SILVA BURGHETI
ADV.(A/S) : LINCOLN DEL BIANCO DE MENEZES CARVALHO (235857/SP)
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217669
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 144.641
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : CAIOM EDUARDO DA SILVA BURGHETI
ADV.(A/S) : LINCOLN DEL BIANCO DE MENEZES CARVALHO (235857/SP)
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217669
Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14257022 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-01T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NO HABEAS CORPUS | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL. TRÁFICO DE DROGAS. NEGATIVA DE RECORRER EM LIBERDADE. DECISÃO FUNDAMENTADA. REITERAÇÃO DELITIVA. AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
I – Prisão preventiva fundamentada na garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal, tendo em vista o fundado receio de reiteração delitiva. Precedentes.
II – Agravo regimental ao qual se nega provimento. | sjur379537 | Número de páginas: 10.
Análise: 06/02/2018, MJC. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 144641 | null | HC-AgR | acordaos | HC 144641 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : CAIOM EDUARDO DA SILVA BURGHETI
ADV.(A/S) : LINCOLN DEL BIANCO DE MENEZES CARVALHO
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 144 . 641",
"HABEAS CORPUS 144 . 641 SÃO",
"HABEAS CORPUS 144 . 641",
"HABEAS CORPUS 144 . 641",
"HC 144641 AGR / SP",
"processo n° 264 - 8 . 2014",
"HC 144641 AGR / SP",
"processo n° 264 - 8 . 2014",
"HC 144641 AGR / SP",
"RHC 56 . 689 / CE",
"RHC 78 . 655 / SP",
"HC 144641 AGR / SP",
"RHC 56 . 689 / CE",
"RHC 78 . 655 / SP",
"HC 144641 AGR / SP",
"HC 144641 AGR / SP",
"HC 144641 AGR / SP",
"HC 140 . 733 / MG",
"HC 144641 AGR / SP",
"HC 140 . 733 / MG",
"HC 144641 AGR / SP",
"HC 113 . 793",
"HC 106 . 702",
"HC 144641",
"HC 113 . 793",
"HC 106 . 702",
"HC 144641 AGR / SP",
"HC 122 . 090 / DF",
"HC 144641 AGR / SP",
"HC 122 . 090 / DF",
"HABEAS CORPUS 144 . 641",
"HABEAS CORPUS 144 . 641"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 319 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 319 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 26 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 26 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 312 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 312 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CF , ART . 102 , I , “ D ” E “ I ”",
"artigo 157 , § [UNK] , incisos I , II e V , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CF , ART . 102 , I , “ D ” E “ I ”",
"incisos I , II e V , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 102 , inciso I , alíneas “ d ” e “ i ” , da Constituição Federal",
"art . 192 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"RISTF",
"art .",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 102 , inciso I , alíneas “ d ” e “ i ” , da Constituição Federal",
"art . 192 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"QUINTA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"QUINTA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"STJ",
"SEGUNDA TURMA",
"Segunda Turma desta Suprema Corte",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STJ",
"SEGUNDA TURMA",
"Segunda Turma desta Suprema Corte",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"AGR",
"/",
"SP",
"SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"EDUARDO DA SILVA BURGHETI",
"LINCOLN DEL BIANCO DE MENEZES CARVALHO",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CAIOM EDUARDO DA SILVA BURGHETI",
"LINCOLN DEL BIANCO DE MENEZES CARVALHO",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"EDUARDO DA SILVA BURGHETI",
"LINCOLN DEL BIANCO DE MENEZES CARVALHO",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ricardo Lewandowski",
"Fábio Silva de Almeida",
"Ricardo Lewandowski",
"Fábio Silva de Almeida",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"JORGE MUSSI",
"Ribeiro Dantas",
"JORGE MUSSI",
"Ribeiro Dantas",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Gilmar Mendes",
"Gilmar Mendes",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Edson Fachin",
"Cármen Lúcia",
"Cármen Lúcia",
"Edson Fachin",
"Cármen Lúcia",
"Cármen Lúcia",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Luiz Fux",
"Luiz Fux",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CAIOM EDUARDO DA SILVA BURGHETI",
"LINCOLN DEL BIANCO DE MENEZES CARVALHO",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CAIOM EDUARDO DA SILVA BURGHETI",
"LINCOLN DEL BIANCO DE MENEZES CARVALHO",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
"/",
"10",
"/",
"2015",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
"/",
"10",
"/",
"2015",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
".",
"05",
".",
"13",
"27",
".",
"05",
".",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
".",
"05",
".",
"13",
"27",
".",
"05",
".",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.076.166 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:ADRIANO BARBOSA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:ALOYCIO RUDIGER
AGDO.(A/S)
:MUNICIPIO DE CANOAS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CANOAS
ADV.(A/S)
:IONARA LEMOS DE SIQUEIRA
Ementa:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DEVER DE IMPUGNAR TODOS
OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO DO TRIBUNAL DE ORIGEM QUE
INADMITE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INOBSERVÂNCIA.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 287 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
MAJORAÇÃO DE HONORÁRIOS. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE
NEGA PROVIMENTO, COM APLICAÇÃO DE MULTA.
I – É deficiente a fundamentação do agravo cujas razões não atacam
especificadamente todos os fundamentos da decisão do tribunal de
origem que não admite o recurso extraordinário. Incidência da Súmula
287/STF.
II – Majorada a verba honorária fixada anteriormente, nos termos do
art. 85, § 11, do CPC, observados os limites legais.
III – Agravo regimental a que se nega provimento, com aplicação da
multa prevista no art. 1.021, § 4°, do CPC.
A C Ó R D Ã O
Acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em sessão
virtual da Segunda Turma, na conformidade da ata de julgamentos, por
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232034.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Ementa e Acórdão
ARE 1076166 AGR / RS
unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, com aplicação da
multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015, nos termos do voto do
Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232034.
Supremo Tribunal Federal
ARE 1076166 AGR / RS
unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, com aplicação da
multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015, nos termos do voto do
Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.076.166 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:ADRIANO BARBOSA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:ALOYCIO RUDIGER
AGDO.(A/S)
:MUNICIPIO DE CANOAS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CANOAS
ADV.(A/S)
:IONARA LEMOS DE SIQUEIRA
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao
agravo, tendo em vista a ausência de impugnação de todos os
fundamentos da decisão do juízo de origem que não admitiu o recurso
extraordinário, o que ensejou a aplicação da Súmula 287/STF.
Os agravantes sustentam, em suma, que foram devidamente
atacados todos os fundamentos da decisão que não admitiu o recurso
extraordinário.
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232035.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.076.166 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:ADRIANO BARBOSA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:ALOYCIO RUDIGER
AGDO.(A/S)
:MUNICIPIO DE CANOAS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CANOAS
ADV.(A/S)
:IONARA LEMOS DE SIQUEIRA
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao
agravo, tendo em vista a ausência de impugnação de todos os
fundamentos da decisão do juízo de origem que não admitiu o recurso
extraordinário, o que ensejou a aplicação da Súmula 287/STF.
Os agravantes sustentam, em suma, que foram devidamente
atacados todos os fundamentos da decisão que não admitiu o recurso
extraordinário.
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232035.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.076.166 RIO
GRANDE DO SUL
V O T O
O Senhor Ministro
Ricardo Lewandowski
(Relator): Bem
reexaminados os autos, verifico que a decisão ora atacada não merece
reforma, visto que os recorrentes não aduzem argumentos capazes de
afastar as razões nela expendidas.
O recurso extraordinário foi inadmitido pelo tribunal de origem sob
os seguintes fundamentos: i) consonância do acórdão recorrido com o
entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal no Tema 339 da
repercussão geral; ii) inexistência de ofensa direta à Constituição Federal;
e iii) incidência da Súmula 279/STF.
Todavia, o agravo contra essa decisão não atacou os fundamentos
referentes à inexistência de afronta direta à Lei Maior e à incidência da
Súmula 279/STF.
Assim, como consignado na decisão ora agravada, incide na espécie
a Súmula 287/STF, tendo em vista a deficiência na fundamentação do
agravo. Com efeito, nos termos do entendimento deste Tribunal, o
agravante tem o dever de impugnar especificadamente todos os
fundamentos da decisão do juízo de origem que nega admissão ao apelo
extremo, conforme se verifica nos seguintes precedentes desta Corte:
“Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL.
AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS
FUNDAMENTOS DA DECISÃO DE INADMISSIBILIDADE
DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO: SÚMULA 287 DO
SUPREMO
TRIBUNAL
FEDERAL.
FEDERAL.
PRECEDENTES. VERBA HONORÁRIA MAJORADA EM 1%,
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232036.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.076.166 RIO
GRANDE DO SUL
V O T O
O Senhor Ministro
Ricardo Lewandowski
(Relator): Bem
reexaminados os autos, verifico que a decisão ora atacada não merece
reforma, visto que os recorrentes não aduzem argumentos capazes de
afastar as razões nela expendidas.
O recurso extraordinário foi inadmitido pelo tribunal de origem sob
os seguintes fundamentos: i) consonância do acórdão recorrido com o
entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal no Tema 339 da
repercussão geral; ii) inexistência de ofensa direta à Constituição Federal;
e iii) incidência da Súmula 279/STF.
Todavia, o agravo contra essa decisão não atacou os fundamentos
referentes à inexistência de afronta direta à Lei Maior e à incidência da
Súmula 279/STF.
Assim, como consignado na decisão ora agravada, incide na espécie
a Súmula 287/STF, tendo em vista a deficiência na fundamentação do
agravo. Com efeito, nos termos do entendimento deste Tribunal, o
agravante tem o dever de impugnar especificadamente todos os
fundamentos da decisão do juízo de origem que nega admissão ao apelo
extremo, conforme se verifica nos seguintes precedentes desta Corte:
“Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL.
AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS
FUNDAMENTOS DA DECISÃO DE INADMISSIBILIDADE
DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO: SÚMULA 287 DO
SUPREMO
TRIBUNAL
FEDERAL.
FEDERAL.
PRECEDENTES. VERBA HONORÁRIA MAJORADA EM 1%,
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232036.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
ARE 1076166 AGR / RS
PERCENTUAL QUE SE SOMA AO FIXADO NA ORIGEM,
OBEDECIDOS OS LIMITES DO ART. 85, § 2º, § 3º E § 11, DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL/2015, COM A RESSALVA DE
EVENTUAL CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA
GRATUITA, E MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%,
CONFORME ART. 1.021, § 4º, DO CÓDIGO DE PROCESSO
CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO” (ARE 1.004.705-AgR/PE, Rel. Min. Presidente,
Pleno – grifei).
“AGRAVO
INTERNO
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO.
SERVIDOR PÚBLICO. PAGAMENTO DE ADICIONAL DE
PERICULOSIDADE. AGRAVO QUE NÃO ATACA OS
FUNDAMENTOS DA DECISÃO QUE, NA ORIGEM,
INADMITIU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SÚMULA
287 DO STF. INCIDÊNCIA. RECURSO INTERPOSTO SOB A
ÉGIDE DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.
AUSÊNCIA DE CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS
NO
JUÍZO
RECORRIDO.
IMPOSSIBILIDADE DE MAJORAÇÃO NESTA SEDE
RECURSAL. ARTIGO 85, § 11, DO CPC/2015. AGRAVO
INTERNO DESPROVIDO” (ARE 715.478-AgR/RS, Rel. Min.
Luiz Fux, Primeira Turma – grifei).
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DEVER DE IMPUGNAR
TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO DO JUÍZO DE
ORIGEM QUE INADMITE RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 287 DO STF. SERVIDOR DO
TRIBUNAL ESTADUAL. PROMOÇÃO FUNCIONAL.
LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL E
REEXAME DE FATOS. SÚMULAS 279 E 280/STF. AGRAVO A
QUE SE NEGA PROVIMENTO, COM APLICAÇÃO DE
MULTA. I – O agravo não atacou todos os fundamentos da
decisão do Juízo de origem que inadmitiu o recurso
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1076166 AGR / RS
PERCENTUAL QUE SE SOMA AO FIXADO NA ORIGEM,
OBEDECIDOS OS LIMITES DO ART. 85, § 2º, § 3º E § 11, DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL/2015, COM A RESSALVA DE
EVENTUAL CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA
GRATUITA, E MULTA APLICADA NO PERCENTUAL DE 1%,
CONFORME ART. 1.021, § 4º, DO CÓDIGO DE PROCESSO
CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO” (ARE 1.004.705-AgR/PE, Rel. Min. Presidente,
Pleno – grifei).
“AGRAVO
INTERNO
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO.
SERVIDOR PÚBLICO. PAGAMENTO DE ADICIONAL DE
PERICULOSIDADE. AGRAVO QUE NÃO ATACA OS
FUNDAMENTOS DA DECISÃO QUE, NA ORIGEM,
INADMITIU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SÚMULA
287 DO STF. INCIDÊNCIA. RECURSO INTERPOSTO SOB A
ÉGIDE DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.
AUSÊNCIA DE CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS
NO
JUÍZO
RECORRIDO.
IMPOSSIBILIDADE DE MAJORAÇÃO NESTA SEDE
RECURSAL. ARTIGO 85, § 11, DO CPC/2015. AGRAVO
INTERNO DESPROVIDO” (ARE 715.478-AgR/RS, Rel. Min.
Luiz Fux, Primeira Turma – grifei).
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DEVER DE IMPUGNAR
TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO DO JUÍZO DE
ORIGEM QUE INADMITE RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 287 DO STF. SERVIDOR DO
TRIBUNAL ESTADUAL. PROMOÇÃO FUNCIONAL.
LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL E
REEXAME DE FATOS. SÚMULAS 279 E 280/STF. AGRAVO A
QUE SE NEGA PROVIMENTO, COM APLICAÇÃO DE
MULTA. I – O agravo não atacou todos os fundamentos da
decisão do Juízo de origem que inadmitiu o recurso
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
ARE 1076166 AGR / RS
extraordinário, o que o torna inviável, conforme a Súmula 287
do STF. II- Ainda que superado referido óbice, para divergir da
conclusão adotada pelo acórdão recorrido, seria necessário o
reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos e a
realização
de
nova
interpretação
da
legislação
infraconstitucional local aplicável à espécie (Resolução 11/2001-
GP, Resolução 44/2013-GP e Resolução 22/2014-GP do Tribunal
de Justiça do Estado de Santa Catarina), circunstâncias que
tornam inviável o recurso, nos termos das Súmulas 279 e 280 do
STF. III- Deixo de majorar os honorários recursais com base no
artigo 85, § 11, do CPC, haja vista tratar-se de mandado de
segurança. IV– Agravo regimental a que se nega provimento,
com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º do CPC”
(ARE 996.650-AgR/SC, de minha relatoria, Segunda Turma –
grifei).
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental e, ante a
manifesta improcedência do recurso, aplico multa no valor de 2% (dois
por cento) do valor atualizado da causa (art. 1.021, § 4°, do CPC).
Com apoio no art. 85, § 11, do Código de Processo Civil, majoro os
honorários recursais em 10% (dez por cento) do total da verba já fixada a
esse título, observados os limites legais.
3
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1076166 AGR / RS
extraordinário, o que o torna inviável, conforme a Súmula 287
do STF. II- Ainda que superado referido óbice, para divergir da
conclusão adotada pelo acórdão recorrido, seria necessário o
reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos e a
realização
de
nova
interpretação
da
legislação
infraconstitucional local aplicável à espécie (Resolução 11/2001-
GP, Resolução 44/2013-GP e Resolução 22/2014-GP do Tribunal
de Justiça do Estado de Santa Catarina), circunstâncias que
tornam inviável o recurso, nos termos das Súmulas 279 e 280 do
STF. III- Deixo de majorar os honorários recursais com base no
artigo 85, § 11, do CPC, haja vista tratar-se de mandado de
segurança. IV– Agravo regimental a que se nega provimento,
com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º do CPC”
(ARE 996.650-AgR/SC, de minha relatoria, Segunda Turma –
grifei).
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental e, ante a
manifesta improcedência do recurso, aplico multa no valor de 2% (dois
por cento) do valor atualizado da causa (art. 1.021, § 4°, do CPC).
Com apoio no art. 85, § 11, do Código de Processo Civil, majoro os
honorários recursais em 10% (dez por cento) do total da verba já fixada a
esse título, observados os limites legais.
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232036.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7
Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.076.166
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : ADRIANO BARBOSA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : ALOYCIO RUDIGER (45289/RS)
AGDO.(A/S) : MUNICIPIO DE CANOAS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CANOAS
ADV.(A/S) : IONARA LEMOS DE SIQUEIRA (65159/RS)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º,
do CPC/2015, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217749
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.076.166
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : ADRIANO BARBOSA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : ALOYCIO RUDIGER (45289/RS)
AGDO.(A/S) : MUNICIPIO DE CANOAS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CANOAS
ADV.(A/S) : IONARA LEMOS DE SIQUEIRA (65159/RS)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º,
do CPC/2015, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217749
Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14257065 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-01T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DEVER DE IMPUGNAR TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO DO TRIBUNAL DE ORIGEM QUE INADMITE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INOBSERVÂNCIA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 287 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. MAJORAÇÃO DE HONORÁRIOS. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO, COM APLICAÇÃO DE MULTA.
I – É deficiente a fundamentação do agravo cujas razões não atacam especificadamente todos os fundamentos da decisão do tribunal de origem que não admite o recurso extraordinário. Incidência da Súmula 287/STF.
II – Majorada a verba honorária fixada anteriormente, nos termos do art. 85, § 11, do CPC, observados os limites legais.
III – Agravo regimental a que se nega provimento, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4°, do CPC. | sjur379580 | - Acórdão(s) citado(s):
(IMPUGNAÇÃO, FUNDAMENTOS)
ARE 715478 AgR (1ªT), ARE 996650 AgR (2ªT), ARE 1004705 AgR (TP).
Número de páginas: 7.
Análise: 06/02/2018, MJC. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 1076166 | [
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-00085 PAR-00011 ART-01021 PAR-00001 \n PAR-00004\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000287 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 1076166 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ADRIANO BARBOSA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : ALOYCIO RUDIGER
AGDO.(A/S) : MUNICIPIO DE CANOAS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CANOAS
ADV.(A/S) : IONARA LEMOS DE SIQUEIRA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1 . 076 . 166",
"SÚMULA 287 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"Súmula 287 / STF",
"ARE 1076166",
"ARE 1076166",
"AGRAVO 1 . 076 . 166",
"Súmula 287 / STF",
"Súmula 287 / STF",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM",
"Súmula 279 / STF",
"Súmula 279 / STF",
"Súmula 287 / STF",
"SÚMULA 287 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"AGRAVO 1 . 076 . 166",
"Súmula 279 / STF",
"Súmula 279 / STF",
"Súmula 287 / STF",
"SÚMULA 287 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"ARE 1 . 004 . 705 - AgR / PE",
"SÚMULA 287 DO STF",
"ARE 715 . 478 - AgR / RS",
"SÚMULA 287 DO STF",
"SÚMULAS 279 E 280 / STF",
"ARE 1 . 004 . 705 - AgR / PE",
"SÚMULA 287 DO STF",
"ARE 715 . 478 - AgR / RS",
"SÚMULA 287 DO STF",
"SÚMULAS 279",
"ARE 1076166 AGR / RS",
"Súmula 287 do STF",
"Súmulas 279 e 280 do STF",
"ARE 996 . 650 - AgR / SC",
"ARE 1076166 AGR",
"Súmula 287 do STF",
"Súmulas 279 e 280 do STF",
"ARE 996 . 650 - AgR / SC"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 85 , § 11 , do CPC",
"art . 1 . 021 , § 4° , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"Lei Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"Lei Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 85 , § [UNK] , § [UNK] E § 11 , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL / 2015",
"ART . 1 . 021 , § [UNK] , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL",
"ARTIGO 85 , § 11 , DO CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 85 , § [UNK] , § [UNK] E § 11 , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL /",
"ART . 1 . 021 , § [UNK] , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL",
"CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL",
"ARTIGO 85 , § 11 , DO CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Resolução 11 / 2001 - GP",
"Resolução 44 / 2013 -",
"Resolução",
"artigo 85 , § 11 , do CPC",
"art . 1 . 021 , § [UNK] do CPC",
"art . 1 . 021 , § 4° , do CPC",
"art . 85 , § 11 , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Resolução 11 / 2001 - GP",
"Resolução 44 / 2013",
"Resolução",
"artigo 85 , § 11 , do CPC",
"art . 1 . 021 , § [UNK] do CPC",
"art . 1 . 021 , § 4° , do CPC",
"art . 85 , § 11 , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"MUNICÍPIO DE CANOAS",
"Brasília",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"MUNICÍPIO DE CANOAS",
"RIO GRANDE DO SUL",
"MUNICÍPIO DE CANOAS",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"MUNICÍPIO DE CANOAS",
"RIO GRANDE DO SUL",
"MUNICÍPIO DE CANOAS"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"MUNICIPIO DE",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"RS",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"AGR",
"/",
"RS",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"MUNICIPIO DE",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MUNICIPIO",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Pleno",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"MUNICIPIO",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MUNICIPIO DE",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"ADRIANO BARBOSA",
"ALOYCIO RUDIGER",
"IONARA LEMOS DE SIQUEIRA",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"ADRIANO BARBOSA",
"ALOYCIO RUDIGER",
"IONARA LEMOS DE SIQUEIRA",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"ADRIANO BARBOSA",
"ALOYCIO RUDIGER",
"IONARA LEMOS DE SIQUEIRA",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Luiz Fux",
"Luiz Fux",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"ADRIANO BARBOSA",
"ALOYCIO RUDIGER",
"IONARA LEMOS DE SIQUEIRA",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"ADRIANO BARBOSA",
"ALOYCIO RUDIGER",
"IONARA LEMOS DE SIQUEIRA",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.089.145 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:SEBASTIAO BENEDITO RIBEIRO
AGTE.(S)
:SEBASTIAO BENEDITO RIBEIRO JUNIOR
ADV.(A/S)
:DENILSON PEREIRA AFONSO DE CARVALHO
AGDO.(A/S)
:ESPÓLIO DE BENEDITA LEITE DA SILVA
AGDO.(A/S)
:APARECIDO EURIPEDES NUNES
AGDO.(A/S)
:JOAO TIAGO NETO
AGDO.(A/S)
:MARIA APARECIDA LEITE DE OLIVEIRA
ADV.(A/S)
:LUCIO CAPARELLI SILVEIRA
EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Direito
Civil e de Família. Inventário. Partilha. Princípios do contraditório e da
ampla defesa. Indeferimento de diligência probatória. Repercussão
geral. Ausência. Precedentes.
1. A afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal,
da ampla defesa, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da
prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal,
da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa
indireta ou reflexa à Constituição da República. Ressalte-se que esta
Corte, ao examinar o ARE nº 748.371/MT-RG, de relatoria do Ministro
Gilmar Mendes, DJe de 1º/8/13, reafirmou esse entendimento
2. O STF, no exame do ARE nº 639.228/RJ, Relator o Ministro Cezar
Peluso, Tema 424, concluiu pela ausência de repercussão geral do tema
relativo à suposta violação dos princípios do contraditório e da ampla
defesa nos casos de indeferimento de produção de provas no âmbito de
processo judicial, dado o caráter infraconstitucional da matéria.
3. Agravo regimental não provido.
4. Inaplicável o art. 85, § 11, do CPC, pois não houve prévia fixação
de honorários advocatícios na causa.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14249772.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11
Ementa e Acórdão
ARE 1089145 AGR / SP
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, em sessão virtual de 1º/12
a 7/12/2017, na conformidade da ata do julgamento, por unanimidade de
votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do
Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14249772.
Supremo Tribunal Federal
ARE 1089145 AGR / SP
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, em sessão virtual de 1º/12
a 7/12/2017, na conformidade da ata do julgamento, por unanimidade de
votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do
Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.089.145 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:SEBASTIAO BENEDITO RIBEIRO
AGTE.(S)
:SEBASTIAO BENEDITO RIBEIRO JUNIOR
ADV.(A/S)
:DENILSON PEREIRA AFONSO DE CARVALHO
AGDO.(A/S)
:ESPÓLIO DE BENEDITA LEITE DA SILVA
AGDO.(A/S)
:APARECIDO EURIPEDES NUNES
AGDO.(A/S)
:JOAO TIAGO NETO
AGDO.(A/S)
:MARIA APARECIDA LEITE DE OLIVEIRA
ADV.(A/S)
:LUCIO CAPARELLI SILVEIRA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Sebastião Benedito Ribeiro e Sebastião Benedito Ribeiro Junior
interpuseram tempestivo agravo regimental, em 16/11/17, contra a
decisão em que neguei seguimento ao recurso, com a seguinte
fundamentação:
“Vistos.
Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu
recurso extraordinário interposto contra acórdão da Primeira
Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de
São Paulo, assim ementado:
‘Inventário. Sucessão por irmãos. Partilha. Plano
homologado que respeitou o disposto no artigo 1.841 do
CC, conferindo ao irmão unilateral metade do quinhão
destinado aos bilaterais. Sobrinho da falecida, no entanto,
que não é herdeiro. Ausência de disposição em testamento
e de regular cessão de direitos hereditários em seu favor,
não observado o art. 1793 do CC. Discussão acerca dos
aluguéis que deve ser feita em momento oportuno, sem
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.089.145 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:SEBASTIAO BENEDITO RIBEIRO
AGTE.(S)
:SEBASTIAO BENEDITO RIBEIRO JUNIOR
ADV.(A/S)
:DENILSON PEREIRA AFONSO DE CARVALHO
AGDO.(A/S)
:ESPÓLIO DE BENEDITA LEITE DA SILVA
AGDO.(A/S)
:APARECIDO EURIPEDES NUNES
AGDO.(A/S)
:JOAO TIAGO NETO
AGDO.(A/S)
:MARIA APARECIDA LEITE DE OLIVEIRA
ADV.(A/S)
:LUCIO CAPARELLI SILVEIRA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Sebastião Benedito Ribeiro e Sebastião Benedito Ribeiro Junior
interpuseram tempestivo agravo regimental, em 16/11/17, contra a
decisão em que neguei seguimento ao recurso, com a seguinte
fundamentação:
“Vistos.
Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu
recurso extraordinário interposto contra acórdão da Primeira
Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de
São Paulo, assim ementado:
‘Inventário. Sucessão por irmãos. Partilha. Plano
homologado que respeitou o disposto no artigo 1.841 do
CC, conferindo ao irmão unilateral metade do quinhão
destinado aos bilaterais. Sobrinho da falecida, no entanto,
que não é herdeiro. Ausência de disposição em testamento
e de regular cessão de direitos hereditários em seu favor,
não observado o art. 1793 do CC. Discussão acerca dos
aluguéis que deve ser feita em momento oportuno, sem
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11
Relatório
ARE 1089145 AGR / SP
óbice à partilha. Sentença mantida. Recurso desprovido.’
No recurso extraordinário, sustenta-se violação do artigo
5º, incisos XXXV e LIV, da Constituição Federal.
Decido.
A irresignação não merece prosperar, haja vista que a
jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que
as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido
processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites
da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de
reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar
apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que
não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido:
‘AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE
OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS
DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE
OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO
IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou
assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos
postulados da legalidade, do devido processo legal, da
motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos
limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional
podem configurar, quando muito, situações de ofensa
meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância
essa que impede a utilização do recurso extraordinário.
Precedentes’ (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).
Ressalte-se, ainda, que esta Suprema Corte, em sessão
realizada por meio eletrônico, concluída em 16/6/11, no exame
do ARE nº 639.228/RJ, Relator o Ministro Cezar Peluso,
Presidente, entendeu pela ausência de repercussão geral do
tema relativo à suposta violação dos princípios do contraditório
e da ampla defesa nos casos de indeferimento de produção de
provas no âmbito de processo judicial, dado o caráter
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1089145 AGR / SP
óbice à partilha. Sentença mantida. Recurso desprovido.’
No recurso extraordinário, sustenta-se violação do artigo
5º, incisos XXXV e LIV, da Constituição Federal.
Decido.
A irresignação não merece prosperar, haja vista que a
jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que
as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido
processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites
da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de
reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar
apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que
não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido:
‘AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE
OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS
DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE
OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO
IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou
assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos
postulados da legalidade, do devido processo legal, da
motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos
limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional
podem configurar, quando muito, situações de ofensa
meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância
essa que impede a utilização do recurso extraordinário.
Precedentes’ (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).
Ressalte-se, ainda, que esta Suprema Corte, em sessão
realizada por meio eletrônico, concluída em 16/6/11, no exame
do ARE nº 639.228/RJ, Relator o Ministro Cezar Peluso,
Presidente, entendeu pela ausência de repercussão geral do
tema relativo à suposta violação dos princípios do contraditório
e da ampla defesa nos casos de indeferimento de produção de
provas no âmbito de processo judicial, dado o caráter
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11
Relatório
ARE 1089145 AGR / SP
infraconstitucional da matéria. Este julgado restou assim
ementado:
‘Agravo
convertido
em
Extraordinário.
Inadmissibilidade deste. Produção de provas. Processo
judicial. Indeferimento. Contraditório e ampla defesa.
Tema infraconstitucional. Precedentes. Ausência de
repercussão geral. Recurso extraordinário não conhecido.
Não apresenta repercussão geral recurso extraordinário
que, tendo por objeto a obrigatoriedade de observância
dos princípios do contraditório e da ampla defesa, nos
casos de indeferimento de pedido de produção de provas
em processo judicial, versa sobre tema infraconstitucional’
(DJe de 31/8/11).
Ante o exposto, nos termos do artigo 21, § 1º, do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego
seguimento ao recurso.”
Insistem os agravantes na alegação de que houve violação direta do
art. 5º, incisos XXXV e LIV, da Constituição Federal e que não se trata de
simples reexame de provas.
Aduzem, in verbis, que
“(…) houve grave cerceamento de defesa, com a ofensa
das garantias da ampla defesa e do contraditório, vez que não
pode a segunda instância condenar sem um conjunto
probatório a lhe lastrear, sendo as provas imprescindíveis para
o justo deslinde da causa”.
Em atenção ao princípio da celeridade processual e por não verificar
prejuízo para a parte agravada, deixei de abrir prazo para contrarrazões.
É o relatório.
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14249769.
Supremo Tribunal Federal
ARE 1089145 AGR / SP
infraconstitucional da matéria. Este julgado restou assim
ementado:
‘Agravo
convertido
em
Extraordinário.
Inadmissibilidade deste. Produção de provas. Processo
judicial. Indeferimento. Contraditório e ampla defesa.
Tema infraconstitucional. Precedentes. Ausência de
repercussão geral. Recurso extraordinário não conhecido.
Não apresenta repercussão geral recurso extraordinário
que, tendo por objeto a obrigatoriedade de observância
dos princípios do contraditório e da ampla defesa, nos
casos de indeferimento de pedido de produção de provas
em processo judicial, versa sobre tema infraconstitucional’
(DJe de 31/8/11).
Ante o exposto, nos termos do artigo 21, § 1º, do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego
seguimento ao recurso.”
Insistem os agravantes na alegação de que houve violação direta do
art. 5º, incisos XXXV e LIV, da Constituição Federal e que não se trata de
simples reexame de provas.
Aduzem, in verbis, que
“(…) houve grave cerceamento de defesa, com a ofensa
das garantias da ampla defesa e do contraditório, vez que não
pode a segunda instância condenar sem um conjunto
probatório a lhe lastrear, sendo as provas imprescindíveis para
o justo deslinde da causa”.
Em atenção ao princípio da celeridade processual e por não verificar
prejuízo para a parte agravada, deixei de abrir prazo para contrarrazões.
É o relatório.
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.089.145 SÃO
PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Não merece prosperar a irresignação.
A jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que a
afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla
defesa ou do contraditório, dos limites da coisa julgada ou da prestação
jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise
de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou
reflexa à Constituição Federal, o que não enseja reexame da questão em
recurso extraordinário.
Ressalte-se que esta Corte, ao examinar o ARE nº 748.371/MT-RG, de
relatoria do Ministro Gilmar Mendes, DJe de 1º/8/13, reafirmou esse
entendimento. O referido julgado foi assim ementado:
“Alegação de cerceamento do direito de defesa. Tema
relativo à suposta violação aos princípios do contraditório, da
ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo
legal. Julgamento da causa dependente de prévia análise da
adequada aplicação das normas infraconstitucionais. Rejeição
da repercussão geral.”
Nesse sentido, os seguintes precedentes:
“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. OFENSA
AOS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO, DA AMPLA
DEFESA E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. QUESTÃO
INFRACONSTITUCIONAL.
REPERCUSSÃO
GERAL
NEGADA (ARE 748.371, REL. MIN. GILMAR MENDES, TEMA
660).
DIREITO
DO
TRABALHO.
PRESCRIÇÃO
INTERCORRENTE. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL.
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.089.145 SÃO
PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Não merece prosperar a irresignação.
A jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que a
afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla
defesa ou do contraditório, dos limites da coisa julgada ou da prestação
jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise
de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou
reflexa à Constituição Federal, o que não enseja reexame da questão em
recurso extraordinário.
Ressalte-se que esta Corte, ao examinar o ARE nº 748.371/MT-RG, de
relatoria do Ministro Gilmar Mendes, DJe de 1º/8/13, reafirmou esse
entendimento. O referido julgado foi assim ementado:
“Alegação de cerceamento do direito de defesa. Tema
relativo à suposta violação aos princípios do contraditório, da
ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo
legal. Julgamento da causa dependente de prévia análise da
adequada aplicação das normas infraconstitucionais. Rejeição
da repercussão geral.”
Nesse sentido, os seguintes precedentes:
“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. OFENSA
AOS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO, DA AMPLA
DEFESA E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. QUESTÃO
INFRACONSTITUCIONAL.
REPERCUSSÃO
GERAL
NEGADA (ARE 748.371, REL. MIN. GILMAR MENDES, TEMA
660).
DIREITO
DO
TRABALHO.
PRESCRIÇÃO
INTERCORRENTE. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL.
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 1089145 AGR / SP
OFENSA REFLEXA À CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES.
AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO”
(ARE nº 863.088/DF-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro
Teori Zavascki, DJe de 27/5/15).
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO PROCESSUAL
DO TRABALHO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO.
SÚMULAS 282 E 356/STF. OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA
LEGALIDADE, DO DEVIDO PROCESSO LEGAL, DO
CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. CONTROVÉRSIA
QUE
DEMANDA
ANÁLISE
DE
LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE FATOS E PROVAS
DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF.VIOLAÇÃO
AO ART. 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO. NÃO
CARACTERIZAÇÃO. Os temas constitucionais do apelo
extremo não foram objeto de análise prévia e conclusiva pelo
Tribunal de origem. Incidência das Súmulas 282 e 356/STF. A
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal afasta o cabimento
de recurso extraordinário para o questionamento de alegadas
violações à legislação infraconstitucional sem que se discuta o
seu sentido à luz da Constituição. A solução da controvérsia
pressupõe, necessariamente, o reexame do conjunto fático-
probatório dos autos, o que torna inviável o processamento do
recurso extraordinário, nos termos da Súmula 279/STF. O
acórdão recorrido está devidamente fundamentado, embora em
sentido contrário aos interesses da parte agravante,
circunstância que não configura violação ao art. 93, IX, da
CF/88. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE nº
711.797/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Roberto
Barroso, DJe de 19/11/14).
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. REEXAME DE PROVA E
PROVA SUPERVENIENTE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA
279/STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1089145 AGR / SP
OFENSA REFLEXA À CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES.
AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO”
(ARE nº 863.088/DF-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro
Teori Zavascki, DJe de 27/5/15).
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO PROCESSUAL
DO TRABALHO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO.
SÚMULAS 282 E 356/STF. OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA
LEGALIDADE, DO DEVIDO PROCESSO LEGAL, DO
CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. CONTROVÉRSIA
QUE
DEMANDA
ANÁLISE
DE
LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE FATOS E PROVAS
DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF.VIOLAÇÃO
AO ART. 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO. NÃO
CARACTERIZAÇÃO. Os temas constitucionais do apelo
extremo não foram objeto de análise prévia e conclusiva pelo
Tribunal de origem. Incidência das Súmulas 282 e 356/STF. A
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal afasta o cabimento
de recurso extraordinário para o questionamento de alegadas
violações à legislação infraconstitucional sem que se discuta o
seu sentido à luz da Constituição. A solução da controvérsia
pressupõe, necessariamente, o reexame do conjunto fático-
probatório dos autos, o que torna inviável o processamento do
recurso extraordinário, nos termos da Súmula 279/STF. O
acórdão recorrido está devidamente fundamentado, embora em
sentido contrário aos interesses da parte agravante,
circunstância que não configura violação ao art. 93, IX, da
CF/88. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE nº
711.797/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Roberto
Barroso, DJe de 19/11/14).
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. REEXAME DE PROVA E
PROVA SUPERVENIENTE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA
279/STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 1089145 AGR / SP
PROVIMENTO. I - É inadmissível o recurso extraordinário
quando sua análise implica rever a interpretação de normas
infraconstitucionais que fundamentam a decisão a quo. A
afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. II - A alegada
afronta aos princípios constitucionais do devido processo legal,
da ampla defesa e do contraditório, da motivação dos atos
decisórios, dos limites da coisa julgada e da prestação
jurisdicional, se dependente de reexame prévio de normas
infraconstitucionais, seria indireta ou reflexa. III - O
extraordinário é recurso de fundamentação vinculada, apto a
veicular apenas os temas taxativamente previstos no art. 102,
III, da Constituição Federal, decididos em única ou última
instância. Não se inserem no seu âmbito de arguição as
questões jurídicas relacionadas à boa ou à má interpretação de
legislação ordinária e as indagações cuja solução não prescinda
do revolvimento de matéria fático-probatória. IV - Agravo
regimental a que se nega provimento” (ARE nº 681.892/MG-
AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro
Ricardo
Lewandowski, DJe de 1º/7/14).
Ademais, no tocante ao indeferimento de produção de provas, colhe-
se do voto condutor do acórdão o seguinte:
“Em primeiro lugar, deve ser afastada a preliminar de
cerceamento de defesa. Desnecessária, ao julgamento, a
produção de outras provas, suficientemente esclarecidos nos
autos os fatos alegados, em especial diante da manifestação dos
próprios apelado sem relação à inclusão de Sebastião Junior na
partilha. Frise-se ademais que ao destinatário da prova cabe
aquilatara sua pertinência, no caso não se tendo entrevisto
razão bastante à oitiva de testemunhas ou expedição de
ofícios.”
Destarte, o Tribunal de origem indeferiu a realização de outras
provas por considerá-las desnecessárias ao deslinde do feito, uma vez que
os documentos e demais provas acostados aos autos seriam suficientes
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1089145 AGR / SP
PROVIMENTO. I - É inadmissível o recurso extraordinário
quando sua análise implica rever a interpretação de normas
infraconstitucionais que fundamentam a decisão a quo. A
afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. II - A alegada
afronta aos princípios constitucionais do devido processo legal,
da ampla defesa e do contraditório, da motivação dos atos
decisórios, dos limites da coisa julgada e da prestação
jurisdicional, se dependente de reexame prévio de normas
infraconstitucionais, seria indireta ou reflexa. III - O
extraordinário é recurso de fundamentação vinculada, apto a
veicular apenas os temas taxativamente previstos no art. 102,
III, da Constituição Federal, decididos em única ou última
instância. Não se inserem no seu âmbito de arguição as
questões jurídicas relacionadas à boa ou à má interpretação de
legislação ordinária e as indagações cuja solução não prescinda
do revolvimento de matéria fático-probatória. IV - Agravo
regimental a que se nega provimento” (ARE nº 681.892/MG-
AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro
Ricardo
Lewandowski, DJe de 1º/7/14).
Ademais, no tocante ao indeferimento de produção de provas, colhe-
se do voto condutor do acórdão o seguinte:
“Em primeiro lugar, deve ser afastada a preliminar de
cerceamento de defesa. Desnecessária, ao julgamento, a
produção de outras provas, suficientemente esclarecidos nos
autos os fatos alegados, em especial diante da manifestação dos
próprios apelado sem relação à inclusão de Sebastião Junior na
partilha. Frise-se ademais que ao destinatário da prova cabe
aquilatara sua pertinência, no caso não se tendo entrevisto
razão bastante à oitiva de testemunhas ou expedição de
ofícios.”
Destarte, o Tribunal de origem indeferiu a realização de outras
provas por considerá-las desnecessárias ao deslinde do feito, uma vez que
os documentos e demais provas acostados aos autos seriam suficientes
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 1089145 AGR / SP
para tal.
Assim, aplica-se ao caso o entendimento firmado por esta Corte no
exame do ARE nº 639.228/RJ, Relator o Ministro Cezar Peluso, quando ela
concluiu pela ausência de repercussão geral do tema relativo à suposta
violação dos princípios do contraditório e da ampla defesa nos casos de
indeferimento de produção de provas no âmbito de processo judicial,
dado o caráter infraconstitucional da matéria.
Nesse sentido, anote-se:
“PROCESSUAL PENAL. AGRAVOS REGIMENTAIS NOS
RECURSOS
EXTRAORDINÁRIOS
COM
AGRAVO.
PRELIMINAR
DE
REPERCUSSÃO
GERAL.
FUNDAMENTAÇÃO
DEFICIENTE.
ÔNUS
DO
RECORRENTE.
OFENSA
AOS
PRINCÍPIOS
DO
CONTRADITÓRIO, DA AMPLA DEFESA E DO DEVIDO
PROCESSO LEGAL. QUESTÃO INFRACONSTITUCIONAL.
REPERCUSSÃO GERAL NEGADA (ARE 748.371, REL. MIN.
GILMAR MENDES, TEMA 660). INDEFERIMENTO DE
PRODUÇÃO DE PROVAS NO PROCESSO JUDICIAL.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
REPERCUSSÃO
GERAL REJEITADA NO ARE 639.228 (REL. MIN. CEZAR
PELUSO, TEMA 424). VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA CF/88.
OMISSÃO NÃO CONFIGURADA. FUNDAMENTAÇÃO DO
JULGADO RECORRIDO NOS TERMOS DAS DIRETRIZES
FIXADAS NO AI 791.292 RG (REL. MIN. GILMAR MENDES,
TEMA 339). REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 279
DO STF. AGRAVOS REGIMENTAIS A QUE SE NEGA
PROVIMENTO” (ARE nº 688.986/RS-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe de 5/10/15).
“DIREITO CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM
AGRAVO. CONSUMIDOR. DANO MORAL. PRODUÇÃO DE
PROVA PERICIAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.
MATÉRIA ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. 1. O Supremo
Tribunal Federal já decidiu pela ausência de repercussão geral
da controvérsia relativa à suposta violação aos princípios do
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1089145 AGR / SP
para tal.
Assim, aplica-se ao caso o entendimento firmado por esta Corte no
exame do ARE nº 639.228/RJ, Relator o Ministro Cezar Peluso, quando ela
concluiu pela ausência de repercussão geral do tema relativo à suposta
violação dos princípios do contraditório e da ampla defesa nos casos de
indeferimento de produção de provas no âmbito de processo judicial,
dado o caráter infraconstitucional da matéria.
Nesse sentido, anote-se:
“PROCESSUAL PENAL. AGRAVOS REGIMENTAIS NOS
RECURSOS
EXTRAORDINÁRIOS
COM
AGRAVO.
PRELIMINAR
DE
REPERCUSSÃO
GERAL.
FUNDAMENTAÇÃO
DEFICIENTE.
ÔNUS
DO
RECORRENTE.
OFENSA
AOS
PRINCÍPIOS
DO
CONTRADITÓRIO, DA AMPLA DEFESA E DO DEVIDO
PROCESSO LEGAL. QUESTÃO INFRACONSTITUCIONAL.
REPERCUSSÃO GERAL NEGADA (ARE 748.371, REL. MIN.
GILMAR MENDES, TEMA 660). INDEFERIMENTO DE
PRODUÇÃO DE PROVAS NO PROCESSO JUDICIAL.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
REPERCUSSÃO
GERAL REJEITADA NO ARE 639.228 (REL. MIN. CEZAR
PELUSO, TEMA 424). VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA CF/88.
OMISSÃO NÃO CONFIGURADA. FUNDAMENTAÇÃO DO
JULGADO RECORRIDO NOS TERMOS DAS DIRETRIZES
FIXADAS NO AI 791.292 RG (REL. MIN. GILMAR MENDES,
TEMA 339). REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 279
DO STF. AGRAVOS REGIMENTAIS A QUE SE NEGA
PROVIMENTO” (ARE nº 688.986/RS-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe de 5/10/15).
“DIREITO CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM
AGRAVO. CONSUMIDOR. DANO MORAL. PRODUÇÃO DE
PROVA PERICIAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.
MATÉRIA ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. 1. O Supremo
Tribunal Federal já decidiu pela ausência de repercussão geral
da controvérsia relativa à suposta violação aos princípios do
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 1089145 AGR / SP
contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do
devido processo legal (Tema 660). 2. O Plenário Virtual do
Supremo Tribunal Federal assentou a ausência de repercussão
geral da questão relativa à obrigatoriedade de observância das
garantias constitucionais do processo ante o indeferimento, pelo
juiz, de determinada diligência probatória. Nessa linha, veja-se
a ementa do ARE 639.228 RG, Rel. Min. Cezar Peluso (Tema
424). 3. O art. 543-A, § 5º, do CPC, bem como os arts. 326 e 327
do RI/STF, dispõe que a decisão desta Corte quanto à
inexistência de repercussão geral valerá para todos os casos que
versem sobre questão idêntica. 4. Agravo regimental a que se
nega provimento” (ARE nº 860.579/RJ-AgR, Primeira Turma,
Relator o Ministro Roberto Barroso, DJe de 6/5/15).
Nego provimento ao agravo regimental.
Não se aplica o art. 85, § 11, do Código de Processo Civil, pois não
houve prévia fixação de honorários advocatícios na causa.
É como voto.
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ARE 1089145 AGR / SP
contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do
devido processo legal (Tema 660). 2. O Plenário Virtual do
Supremo Tribunal Federal assentou a ausência de repercussão
geral da questão relativa à obrigatoriedade de observância das
garantias constitucionais do processo ante o indeferimento, pelo
juiz, de determinada diligência probatória. Nessa linha, veja-se
a ementa do ARE 639.228 RG, Rel. Min. Cezar Peluso (Tema
424). 3. O art. 543-A, § 5º, do CPC, bem como os arts. 326 e 327
do RI/STF, dispõe que a decisão desta Corte quanto à
inexistência de repercussão geral valerá para todos os casos que
versem sobre questão idêntica. 4. Agravo regimental a que se
nega provimento” (ARE nº 860.579/RJ-AgR, Primeira Turma,
Relator o Ministro Roberto Barroso, DJe de 6/5/15).
Nego provimento ao agravo regimental.
Não se aplica o art. 85, § 11, do Código de Processo Civil, pois não
houve prévia fixação de honorários advocatícios na causa.
É como voto.
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Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.089.145
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : SEBASTIAO BENEDITO RIBEIRO
AGTE.(S) : SEBASTIAO BENEDITO RIBEIRO JUNIOR
ADV.(A/S) : DENILSON PEREIRA AFONSO DE CARVALHO (205939/SP)
AGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE BENEDITA LEITE DA SILVA
AGDO.(A/S) : APARECIDO EURIPEDES NUNES
AGDO.(A/S) : JOAO TIAGO NETO
AGDO.(A/S) : MARIA APARECIDA LEITE DE OLIVEIRA
ADV.(A/S) : LUCIO CAPARELLI SILVEIRA (46685/SP)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217764
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.089.145
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : SEBASTIAO BENEDITO RIBEIRO
AGTE.(S) : SEBASTIAO BENEDITO RIBEIRO JUNIOR
ADV.(A/S) : DENILSON PEREIRA AFONSO DE CARVALHO (205939/SP)
AGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE BENEDITA LEITE DA SILVA
AGDO.(A/S) : APARECIDO EURIPEDES NUNES
AGDO.(A/S) : JOAO TIAGO NETO
AGDO.(A/S) : MARIA APARECIDA LEITE DE OLIVEIRA
ADV.(A/S) : LUCIO CAPARELLI SILVEIRA (46685/SP)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14257098 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-01T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Direito Civil e de Família. Inventário. Partilha. Princípios do contraditório e da ampla defesa. Indeferimento de diligência probatória. Repercussão geral. Ausência. Precedentes.
1. A afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. Ressalte-se que esta Corte, ao examinar o ARE nº 748.371/MT-RG, de relatoria do Ministro Gilmar Mendes, DJe de 1º/8/13, reafirmou esse entendimento
2. O STF, no exame do ARE nº 639.228/RJ, Relator o Ministro Cezar Peluso, Tema 424, concluiu pela ausência de repercussão geral do tema relativo à suposta violação dos princípios do contraditório e da ampla defesa nos casos de indeferimento de produção de provas no âmbito de processo judicial, dado o caráter infraconstitucional da matéria.
3. Agravo regimental não provido.
4. Inaplicável o art. 85, § 11, do CPC, pois não houve prévia fixação de honorários advocatícios na causa. | sjur379612 | - Acórdão(s) citado(s):
(PRINCÍPIOS PROCESSUAIS)
ARE 748371 RG, ARE 681892 AgR (2ªT), ARE 711797 AgR (1ªT), ARE 863088 AgR (2ªT).
(INDEFERIMENTO, PRODUÇÃO DE PROVAS)
ARE 639228 RG, ARE 860579 AgR (1ªT), ARE 688986 AgR (2ªT).
Número de páginas: 11.
Análise: 07/02/2018, BMP. | DIAS TOFFOLI | Segunda Turma | 1089145 | [
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-00085 PAR-00011\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 1089145 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : SEBASTIAO BENEDITO RIBEIRO
AGTE.(S) : SEBASTIAO BENEDITO RIBEIRO JUNIOR
ADV.(A/S) : DENILSON PEREIRA AFONSO DE CARVALHO
AGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE BENEDITA LEITE DA SILVA
AGDO.(A/S) : APARECIDO EURIPEDES NUNES
AGDO.(A/S) : JOAO TIAGO NETO
AGDO.(A/S) : MARIA APARECIDA LEITE DE OLIVEIRA
ADV.(A/S) : LUCIO CAPARELLI SILVEIRA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1 . 089 . 145",
"ARE [UNK] 748 . 371 / MT - RG",
"ARE [UNK] 639 . 228 / RJ",
"ARE 1089145",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1 . 089 . 145",
"AGRAVO 1 . 089 . 145",
"ARE 1089145 AGR /",
"AI [UNK] 360 . 265 / RJ - AgR",
"ARE [UNK] 639 . 228 / RJ",
"ARE 1089145 AGR /",
"AI [UNK] 360 . 265 / RJ - AgR",
"ARE [UNK] 639 . 228 / RJ",
"ARE 1089145 AGR / SP",
"ARE 1089145 AGR / SP",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1 . 089 . 145",
"ARE [UNK] 748 . 371 / MT - RG",
"ARE 748 . 371",
"ARE [UNK] 748 . 371 / MT - RG",
"ARE 748 . 371",
"ARE 1089145",
"ARE [UNK] 863 . 088 / DF - AgR",
"SÚMULAS 282",
"SÚMULA 279 / STF",
"Súmulas 282 e 356 / STF",
"Súmula 279 / STF",
"ARE [UNK] 711 . 797 / SP - AgR",
"SÚMULA 279 / STF",
"ARE 1089145 AGR / SP",
"ARE [UNK] 863 . 088 / DF - AgR",
"SÚMULAS 282",
"SÚMULA 279 / STF",
"Súmula 279 / STF",
"ARE [UNK] 711 . 797 / SP - AgR",
"SÚMULA 279 / STF",
"ARE [UNK] 681 . 892 / MG - AgR",
"ARE 1089145",
"ARE [UNK] 681 . 892 / MG - AgR",
"ARE [UNK] 639 . 228 / RJ",
"ARE 748 . 371",
"ARE 639 . 228",
"AI 791 . 292 RG",
"SÚMULA 279 DO STF",
"ARE [UNK] 688 . 986 / RS - AgR",
"ARE 1089145 AGR / SP",
"ARE [UNK] 639 . 228 / RJ",
"ARE 748 . 371",
"ARE 639 . 228",
"AI 791 . 292 RG",
"SÚMULA 279 DO STF",
"ARE [UNK] 688 . 986 / RS - AgR",
"ARE 1089145 AGR / SP",
"ARE 639 . 228 RG",
"ARE [UNK] 860 . 579 / RJ - AgR",
"ARE 1089145 AGR / SP",
"ARE [UNK] 860 . 579 / RJ - AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"Constituição da República",
"art . 85 , § 11 , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 1 . 841 do CC",
"art . 1793 do CC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 1 . 841 do CC",
"art . 1793 do CC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , incisos XXXV e LIV , da Constituição Federal",
"Constituição Federal",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , incisos XXXV e LIV , da Constituição Federal",
"Constituição Federal",
"Constituição",
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"artigo 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"art . [UNK] , incisos XXXV e LIV , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"art . [UNK] , incisos XXXV e LIV , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
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"ART . 93 , IX , DA CONSTITUIÇÃO",
"Constituição",
"art . 93 , IX , da CF / 88",
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"ART . 93 , IX , DA CONSTITUIÇÃO",
"Constituição",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"art . 102 , III , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"art . 102 , III , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 93 , IX , DA CF / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 93 , IX , DA CF / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 543 - A , § [UNK] , do CPC",
"arts . 326 e 327 do RI / STF",
"art . 85 , § 11 , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 543 - A , § [UNK] , do CPC",
"arts . 326 e 327 do RI / STF",
"art . 85 , § 11 , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
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"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
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"-",
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"-",
"Brasil"
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"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
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"SEBASTIAO BENEDITO RIBEIRO JUNIOR",
"DENILSON PEREIRA AFONSO DE CARVALHO",
"ESPÓLIO DE BENEDITA LEITE DA SILVA",
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"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"SEBASTIAO BENEDITO RIBEIRO",
"SEBASTIAO BENEDITO RIBEIRO JUNIOR",
"DENILSON PEREIRA AFONSO DE CARVALHO",
"ESPÓLIO DE BENEDITA LEITE DA SILVA",
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"SEBASTIAO BENEDITO RIBEIRO",
"SEBASTIAO BENEDITO RIBEIRO JUNIOR",
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"DIAS TOFFOLI",
"Sebastião Benedito Ribeiro",
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"Cezar Peluso",
"Celso de Mello",
"Cezar Peluso",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
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"GILMAR MENDES",
"DIAS TOFFOLI",
"Gilmar Mendes",
"GILMAR MENDES",
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"Teori Zavascki",
"Roberto Barroso",
"Teori Zavascki",
"Roberto Barroso",
"DIAS TOFFOLI",
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"Ricardo Lewandowski",
"Sebastião Junior",
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"Teori Zavascki",
"Cezar Peluso",
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"CEZAR PELUSO",
"GILMAR MENDES",
"Teori Zavascki",
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"Cezar Peluso",
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"Cezar Peluso",
"Roberto Barroso",
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"SEBASTIAO BENEDITO RIBEIRO",
"SEBASTIAO BENEDITO RIBEIRO JUNIOR",
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"Ravena Siqueira",
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"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
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} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 22.990 MARANHÃO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE TIMON
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TIMON
AGDO.(A/S)
:ANTONIA MARIA BATISTA
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 16ª
REGIÃO
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. AUSÊNCIA DE
IMPUGNAÇÃO DE FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA.
INCIDÊNCIA DO ART. 317, § 1º, DO RISTF. AGRAVO REGIMENTAL A
QUE SE NEGA PROVIMENTO.
I – A jurisprudência do STF é firme no sentido de que não cabe
reclamação contra decisão que nega seguimento a recurso extraordinário
cuja questão constitucional debatida nesta Corte Suprema não tenha
reconhecido a existência de repercussão geral (art. 1.030, § 2°, do Código
de Processo Civil).
II - O agravante não refutou todos os fundamentos da decisão
agravada, o que atrai a incidência do art. 317, § 1º, do RISTF. Precedentes.
III – Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em sessão
virtual da Segunda Turma, na conformidade da ata de julgamentos, por
unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do
voto do Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232348.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 22.990 MARANHÃO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE TIMON
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TIMON
AGDO.(A/S)
:ANTONIA MARIA BATISTA
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 16ª
REGIÃO
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental contra decisão que julgou improcedente o pedido
formulado nesta reclamação.
O agravante sustenta, em resumo, que,
“[...]
Ao contrário do firmado na decisão agravada, a Justiça do
Trabalho é incompetente para apreciar pedidos relativos à lide
entre o ente público e a pessoa física. Com efeito, o Município
de Timon, conforme vem decidindo os demais Ministros do
Supremo Tribunal Federal em total consonância com ADI
3395, são patentes ao julgar as reclamações aviadas em
demandas símiles, independentemente da existência de
regime jurídico estatutário no âmbito dos entes públicos, em
qualquer hipótese, a competência para julgamento é da
Justiça Comum. Nesse sentido, colham-se:
[…]
Destaquem-se que, Esta CORTE MÁXIMA, SUSPENDEU
QUALQUER INTERPRETAÇÃO DO ART. 114, I, DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL(matéria de competência ).
Acerca da incompetência da Justiça Laboral, as Súmulas do STJ
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232349.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 22.990 MARANHÃO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE TIMON
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TIMON
AGDO.(A/S)
:ANTONIA MARIA BATISTA
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 16ª
REGIÃO
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental contra decisão que julgou improcedente o pedido
formulado nesta reclamação.
O agravante sustenta, em resumo, que,
“[...]
Ao contrário do firmado na decisão agravada, a Justiça do
Trabalho é incompetente para apreciar pedidos relativos à lide
entre o ente público e a pessoa física. Com efeito, o Município
de Timon, conforme vem decidindo os demais Ministros do
Supremo Tribunal Federal em total consonância com ADI
3395, são patentes ao julgar as reclamações aviadas em
demandas símiles, independentemente da existência de
regime jurídico estatutário no âmbito dos entes públicos, em
qualquer hipótese, a competência para julgamento é da
Justiça Comum. Nesse sentido, colham-se:
[…]
Destaquem-se que, Esta CORTE MÁXIMA, SUSPENDEU
QUALQUER INTERPRETAÇÃO DO ART. 114, I, DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL(matéria de competência ).
Acerca da incompetência da Justiça Laboral, as Súmulas do STJ
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10
Relatório
RCL 22990 AGR / MA
nº 97 (Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar
reclamação de servidor público relativamente a vantagens
trabalhistas anteriores à instituição do regime jurídico único)
e 137 (Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar
ação de servidor público municipal, pleiteando direitos
relativos a vínculo estatutário).
Há também a OJ nº 138 da SBDI-1 do TST, que embora se
refira aos servidores públicos federais, no fundo trata da
incompetência da Justiça do Trabalho um todo para apreciar
pedidos de período posterior à instituição do RJU pelas
unidades federadas.
Nesse sentido, quanto às parcelas de FGTS do período
posterior à instituição do Regime Jurídico Único pela Lei 4.546
de 1992, substituída posteriormente pela LC nº 13/94, deve ser
declarada a incompetência absoluta desta Especializada, tendo
em vista que a parte autora possui vínculo de natureza
estatutária, ou regime jurídico híbrido administrativo-
estatutário a partir de então, por força do disposto no texto
primitivo do art. 39 da CF/88.
Note-se que o texto primitivo do caput do art. 39 da CF
ainda permanece em pleno vigor, tendo em vista que foi
declarada inconstitucional pelo STF, liminarmente, a alteração
levada a efeito pela EC 19/98, que permitia a contratação de não
estatutários pela Administração Direta, Autárquica e
Fundacional, na ADI 2135.
[…]
Assim, evidenciada a incompetência da Justiça do
Trabalho para conhecer de pedidos referentes a período
posterior à instituição do RJU, consoante rezam as Súmulas 97 e
137 do STJ, bem como a OJ nº 138 da SBDI-1 do TST, requer seja
o agravo provido, dando-se seguimento ao recurso ordinário a
fim de declará-la, extinguindo-se o processo (já que o pleito é
de FGTS) ou remetendo os autos à Justiça Comum Estadual,
sob pena de violação aos arts. 39 e 114, I, da CF.
Desse modo, por mais esta razão, cumpre reformar a
decisão monocrática, eis que procedente a insurgência e
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Supremo Tribunal Federal
RCL 22990 AGR / MA
nº 97 (Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar
reclamação de servidor público relativamente a vantagens
trabalhistas anteriores à instituição do regime jurídico único)
e 137 (Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar
ação de servidor público municipal, pleiteando direitos
relativos a vínculo estatutário).
Há também a OJ nº 138 da SBDI-1 do TST, que embora se
refira aos servidores públicos federais, no fundo trata da
incompetência da Justiça do Trabalho um todo para apreciar
pedidos de período posterior à instituição do RJU pelas
unidades federadas.
Nesse sentido, quanto às parcelas de FGTS do período
posterior à instituição do Regime Jurídico Único pela Lei 4.546
de 1992, substituída posteriormente pela LC nº 13/94, deve ser
declarada a incompetência absoluta desta Especializada, tendo
em vista que a parte autora possui vínculo de natureza
estatutária, ou regime jurídico híbrido administrativo-
estatutário a partir de então, por força do disposto no texto
primitivo do art. 39 da CF/88.
Note-se que o texto primitivo do caput do art. 39 da CF
ainda permanece em pleno vigor, tendo em vista que foi
declarada inconstitucional pelo STF, liminarmente, a alteração
levada a efeito pela EC 19/98, que permitia a contratação de não
estatutários pela Administração Direta, Autárquica e
Fundacional, na ADI 2135.
[…]
Assim, evidenciada a incompetência da Justiça do
Trabalho para conhecer de pedidos referentes a período
posterior à instituição do RJU, consoante rezam as Súmulas 97 e
137 do STJ, bem como a OJ nº 138 da SBDI-1 do TST, requer seja
o agravo provido, dando-se seguimento ao recurso ordinário a
fim de declará-la, extinguindo-se o processo (já que o pleito é
de FGTS) ou remetendo os autos à Justiça Comum Estadual,
sob pena de violação aos arts. 39 e 114, I, da CF.
Desse modo, por mais esta razão, cumpre reformar a
decisão monocrática, eis que procedente a insurgência e
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Relatório
RCL 22990 AGR / MA
divergência levantada na Reclamação Constitucional“ (grifos
no original; págs. 7-12 do documento eletrônico 19).
Por essas razões, formula o seguinte pedido:
“[...]
Diante do exposto, o Município de Timon requer seja
reconsiderada a decisão recorrida, ou recebido o presente
recurso e levado a julgamento pelo órgão colegiado, para,
anulando ou reformando o
decisum
monocrático, dar
seguimento à reclamação constitucional, acolhendo-se os
fundamentos sobre a incompetência da Justiça do Trabalho para
apreciar pedidos relativos ao vínculo administrativo
estabelecido entre o Município de Timon e o particular ”(grifos
no original; pág. 13 do documento eletrônico 13).
É o relatório necessário.
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RCL 22990 AGR / MA
divergência levantada na Reclamação Constitucional“ (grifos
no original; págs. 7-12 do documento eletrônico 19).
Por essas razões, formula o seguinte pedido:
“[...]
Diante do exposto, o Município de Timon requer seja
reconsiderada a decisão recorrida, ou recebido o presente
recurso e levado a julgamento pelo órgão colegiado, para,
anulando ou reformando o
decisum
monocrático, dar
seguimento à reclamação constitucional, acolhendo-se os
fundamentos sobre a incompetência da Justiça do Trabalho para
apreciar pedidos relativos ao vínculo administrativo
estabelecido entre o Município de Timon e o particular ”(grifos
no original; pág. 13 do documento eletrônico 13).
É o relatório necessário.
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 22.990 MARANHÃO
V O T O
O Senhor Ministro
Ricardo Lewandowski
(Relator): Bem
examinados estes autos, verifico que o agravante não trouxe qualquer
argumento capaz de modificar as razões expendidas na decisão agravada,
que, por este motivo, subsiste.
Com efeito, o pedido foi indeferido pela ausência de constatação das
circunstâncias autorizadoras da reclamação, destacando, inclusive, que,
[...]
5.
O Município de Timon/MA alega ter sido
responsabilizado pela Justiça do Trabalho por firmar contrato
administrativo com Antônia Maria Batista. Todavia, nesta
reclamação não foram juntados documentos comprobatórios
do regime jurídico estatutário ou jurídico-administrativo
entre a Interessada e o Reclamante.
Também não se tem demonstração da situação
processual do acórdão reclamado, proferido pela Segunda
Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região em
17.11.2015.
Para o cabimento de reclamação fundada no
descumprimento da decisão proferida na Ação Direta de
Inconstitucionalidade n. 3.395, é imprescindível a demonstração
pelo Reclamante do termo de posse ou do contrato
administrativo firmado com a Interessada. A ausência desses
documentos impossibilita verificar a identidade material do
alegado pelo Reclamante.
Confira-se trecho do parecer da Procuradoria-Geral da
República:
‘A despeito de intimado, o reclamante não juntou aos
autos os documentos indispensáveis ao exame da questão
de fundo: o contrato administrativo ou o termo de posse
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 22.990 MARANHÃO
V O T O
O Senhor Ministro
Ricardo Lewandowski
(Relator): Bem
examinados estes autos, verifico que o agravante não trouxe qualquer
argumento capaz de modificar as razões expendidas na decisão agravada,
que, por este motivo, subsiste.
Com efeito, o pedido foi indeferido pela ausência de constatação das
circunstâncias autorizadoras da reclamação, destacando, inclusive, que,
[...]
5.
O Município de Timon/MA alega ter sido
responsabilizado pela Justiça do Trabalho por firmar contrato
administrativo com Antônia Maria Batista. Todavia, nesta
reclamação não foram juntados documentos comprobatórios
do regime jurídico estatutário ou jurídico-administrativo
entre a Interessada e o Reclamante.
Também não se tem demonstração da situação
processual do acórdão reclamado, proferido pela Segunda
Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região em
17.11.2015.
Para o cabimento de reclamação fundada no
descumprimento da decisão proferida na Ação Direta de
Inconstitucionalidade n. 3.395, é imprescindível a demonstração
pelo Reclamante do termo de posse ou do contrato
administrativo firmado com a Interessada. A ausência desses
documentos impossibilita verificar a identidade material do
alegado pelo Reclamante.
Confira-se trecho do parecer da Procuradoria-Geral da
República:
‘A despeito de intimado, o reclamante não juntou aos
autos os documentos indispensáveis ao exame da questão
de fundo: o contrato administrativo ou o termo de posse
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 22990 AGR / MA
para demonstrar a natureza do vínculo mantido por
Antônia Maria Batista com o Município. Além disso, não
foram prestadas as informações para esclarecer essa
questão. A teor dos arts. 156, parágrafo único, do
Regimento Interno do STF1, e 13, parágrafo único, da Lei
n. 8.038/902, é necessário que a reclamação se faça
acompanhar de prova documental suficiente à
comprovação de seu conteúdo.
Ante o exposto, o parecer é pelo não conhecimento
da reclamação’ (doc. 15).
O parecer da Procuradoria-Geral da República harmoniza-
se com a jurisprudência deste Supremo Tribunal sobre a
matéria. Assim, por exemplo:
‘RECLAMAÇÃO AJUIZADA PELO MUNICÍPIO DE
SANTARÉM-PA CONTRA QUARENTA E QUATRO
DECISÕES DE MAGISTRADO TRABALHISTA.
CONTRATO TEMPORÁRIO. REGIME JURÍDICO
ADMINISTRATIVO. DESCUMPRIMENTO DA AÇÃO
DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE N. 3.395.
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. (...).
Reclamação julgada procedente em relação a vinte e uma
reclamações trabalhistas para determinar a remessa dos
autos à Justiça comum. 4. Reclamação não conhecida em
relação às demais, por ausência de cópias de contratos ou
de documentos que permitam concluir o que alegado’ (Rcl
n. 3.737, de minha relatoria, Plenário, DJe 21.8.2009).
‘AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO.
PROCESSUAL CIVIL E CONSTITUCIONAL. CAUSAS
INSTAURADAS ENTRE O PODER PÚBLICO E
SERVIDOR CONTRATADO SEM CONCURSO PÚBLICO,
ANTES DA CONSTITUIÇÃO 1988, SOB A ÉGIDE DA
CLT. AFRONTA À ADI 3.395 MC. INEXISTÊNCIA.
DEBATE ACERCA DA NATUREZA DO VÍNCULO
LABORAL DO SERVIDOR. INVIABILIDADE NESTA VIA
PROCESSUAL. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE
NEGA PROVIMENTO. 1. A pretensa violação ao
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para demonstrar a natureza do vínculo mantido por
Antônia Maria Batista com o Município. Além disso, não
foram prestadas as informações para esclarecer essa
questão. A teor dos arts. 156, parágrafo único, do
Regimento Interno do STF1, e 13, parágrafo único, da Lei
n. 8.038/902, é necessário que a reclamação se faça
acompanhar de prova documental suficiente à
comprovação de seu conteúdo.
Ante o exposto, o parecer é pelo não conhecimento
da reclamação’ (doc. 15).
O parecer da Procuradoria-Geral da República harmoniza-
se com a jurisprudência deste Supremo Tribunal sobre a
matéria. Assim, por exemplo:
‘RECLAMAÇÃO AJUIZADA PELO MUNICÍPIO DE
SANTARÉM-PA CONTRA QUARENTA E QUATRO
DECISÕES DE MAGISTRADO TRABALHISTA.
CONTRATO TEMPORÁRIO. REGIME JURÍDICO
ADMINISTRATIVO. DESCUMPRIMENTO DA AÇÃO
DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE N. 3.395.
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. (...).
Reclamação julgada procedente em relação a vinte e uma
reclamações trabalhistas para determinar a remessa dos
autos à Justiça comum. 4. Reclamação não conhecida em
relação às demais, por ausência de cópias de contratos ou
de documentos que permitam concluir o que alegado’ (Rcl
n. 3.737, de minha relatoria, Plenário, DJe 21.8.2009).
‘AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO.
PROCESSUAL CIVIL E CONSTITUCIONAL. CAUSAS
INSTAURADAS ENTRE O PODER PÚBLICO E
SERVIDOR CONTRATADO SEM CONCURSO PÚBLICO,
ANTES DA CONSTITUIÇÃO 1988, SOB A ÉGIDE DA
CLT. AFRONTA À ADI 3.395 MC. INEXISTÊNCIA.
DEBATE ACERCA DA NATUREZA DO VÍNCULO
LABORAL DO SERVIDOR. INVIABILIDADE NESTA VIA
PROCESSUAL. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE
NEGA PROVIMENTO. 1. A pretensa violação ao
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 22990 AGR / MA
entendimento firmado por esta Corte nos autos da ADI
3.395 MC depende de questão prévia relativa à natureza
do vínculo entre o ente público e o servidor, matéria que
não se revela cognoscível em sede de reclamação. 2.
Agravo regimental a que se nega provimento’ (Rcl n.
18.396-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma,
DJe 12.11.2014).
‘AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO.
PROCESSUAL CIVIL. ALEGADO DESCUMPRIMENTO
DA DECISÃO PROFERIDA NA AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE N. 3.395. INSUFICIÊNCIA
DE DOCUMENTOS PARA AFERIR A IDENTIDADE
MATERIAL DOS ACÓRDÃOS PARADIGMÁTICOS.
PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE
NEGA PROVIMENTO’ (Rcl n. 19.108-AgR, de minha
relatoria, Segunda Turma, DJe 21.5.2015).
Não comprovada a relação jurídico-estatutária entre a
Interessada e o Reclamante, ausentes os requisitos
processuais pelos quais se viabilizaria o regular trâmite da
reclamação, fundada no descumprimento da decisão proferida
pelo Supremo Tribunal Federal na Ação Direta de
Inconstitucionalidade n. 3.395” (grifei; págs. 4-10 do
documento eletrônico 9).
Infere-se, pois, que a insurgência ora apresentada revela o mero
inconformismo da parte com o resultado do julgamento que lhe foi
desfavorável, não havendo argumento capaz de infirmar as razões de
decidir da decisão ora atacada.
Com efeito, a agravante, em seu recurso, limitou-se a transcrever as
razões já trazidas na petição inicial, sem abordar especificamente os
fundamentos constantes da decisão.
Incide no caso o § 1º do art. 317 do RISTF, que assim determina:
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Supremo Tribunal Federal
RCL 22990 AGR / MA
entendimento firmado por esta Corte nos autos da ADI
3.395 MC depende de questão prévia relativa à natureza
do vínculo entre o ente público e o servidor, matéria que
não se revela cognoscível em sede de reclamação. 2.
Agravo regimental a que se nega provimento’ (Rcl n.
18.396-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma,
DJe 12.11.2014).
‘AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO.
PROCESSUAL CIVIL. ALEGADO DESCUMPRIMENTO
DA DECISÃO PROFERIDA NA AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE N. 3.395. INSUFICIÊNCIA
DE DOCUMENTOS PARA AFERIR A IDENTIDADE
MATERIAL DOS ACÓRDÃOS PARADIGMÁTICOS.
PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE
NEGA PROVIMENTO’ (Rcl n. 19.108-AgR, de minha
relatoria, Segunda Turma, DJe 21.5.2015).
Não comprovada a relação jurídico-estatutária entre a
Interessada e o Reclamante, ausentes os requisitos
processuais pelos quais se viabilizaria o regular trâmite da
reclamação, fundada no descumprimento da decisão proferida
pelo Supremo Tribunal Federal na Ação Direta de
Inconstitucionalidade n. 3.395” (grifei; págs. 4-10 do
documento eletrônico 9).
Infere-se, pois, que a insurgência ora apresentada revela o mero
inconformismo da parte com o resultado do julgamento que lhe foi
desfavorável, não havendo argumento capaz de infirmar as razões de
decidir da decisão ora atacada.
Com efeito, a agravante, em seu recurso, limitou-se a transcrever as
razões já trazidas na petição inicial, sem abordar especificamente os
fundamentos constantes da decisão.
Incide no caso o § 1º do art. 317 do RISTF, que assim determina:
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 22990 AGR / MA
“Art. 317. Ressalvadas as exceções previstas neste
Regimento, caberá agravo regimental, no prazo de cinco dias
de decisão do Presidente do Tribunal, de Presidente de Turma
ou do Relator, que causar prejuízo ao direito da parte.
§ 1º A petição conterá, sob pena de rejeição liminar, as
razões do pedido de reforma da decisão agravada” (grifei).
Conforme apontado pelo Ministro Dias Toffoli ao julgar a Rcl 6.835-
AgR/SP,
“[...] o Supremo Tribunal Federal assentou entendimento
no sentido da não subsistência do agravo regimental que se
limita a reiterar os argumentos apresentados na inicial, como
consagrado no art. 317, § 1º, do RISTF”.
Com essa mesma orientação, menciono os seguintes precedentes,
entre outros:
“AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO.
USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. NÃO CUMPRIMENTO DO REQUISITO EXIGIDO
NO ART. 317, § 1º, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL.
1. Os fundamentos da decisão agravada não foram
impugnados pelo Agravante, que se limitou a reiterar os
argumentos apresentados na inicial. 2. Decisão agravada
mantida pelos seus próprios fundamentos. 3. Agravo
regimental ao qual se nega provimento” (Rcl 9.600-AgR/PE, Rel.
Min. Cármen Lúcia).
“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Recurso
que não ataca o fundamento da decisão agravada. Aplicação do
art. 317, § 1º, do RISTF. Precedentes. 3. Agravo regimental a que
se nega provimento” (Rcl 8.955-AgR/SP, Plenário, Rel. Min.
Gilmar Mendes).
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RCL 22990 AGR / MA
“Art. 317. Ressalvadas as exceções previstas neste
Regimento, caberá agravo regimental, no prazo de cinco dias
de decisão do Presidente do Tribunal, de Presidente de Turma
ou do Relator, que causar prejuízo ao direito da parte.
§ 1º A petição conterá, sob pena de rejeição liminar, as
razões do pedido de reforma da decisão agravada” (grifei).
Conforme apontado pelo Ministro Dias Toffoli ao julgar a Rcl 6.835-
AgR/SP,
“[...] o Supremo Tribunal Federal assentou entendimento
no sentido da não subsistência do agravo regimental que se
limita a reiterar os argumentos apresentados na inicial, como
consagrado no art. 317, § 1º, do RISTF”.
Com essa mesma orientação, menciono os seguintes precedentes,
entre outros:
“AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO.
USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. NÃO CUMPRIMENTO DO REQUISITO EXIGIDO
NO ART. 317, § 1º, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL.
1. Os fundamentos da decisão agravada não foram
impugnados pelo Agravante, que se limitou a reiterar os
argumentos apresentados na inicial. 2. Decisão agravada
mantida pelos seus próprios fundamentos. 3. Agravo
regimental ao qual se nega provimento” (Rcl 9.600-AgR/PE, Rel.
Min. Cármen Lúcia).
“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Recurso
que não ataca o fundamento da decisão agravada. Aplicação do
art. 317, § 1º, do RISTF. Precedentes. 3. Agravo regimental a que
se nega provimento” (Rcl 8.955-AgR/SP, Plenário, Rel. Min.
Gilmar Mendes).
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 22990 AGR / MA
“DIREITO PROCESSUAL CIVIL. RECURSO QUE NÃO
ATACA OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA.
IRREGULARIDADE FORMAL. ART. 317, §1º, RISTF.
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. MULTA. MÁ-FÉ. NÃO
RECOLHIMENTO. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO
EM 29.6.2007.
Ausência de ataque, nas razões do agravo regimental, aos
fundamentos da decisão agravada. Não preenchimento do
requisito de regularidade formal expresso no artigo 317, § 1º, do
RISTF (a petição conterá, sob pena de rejeição liminar, as razões
do pedido de reforma da decisão agravada).
Agravo regimental conhecido e não provido” (AI 705.255-
AgR-ED-EDv-AgR/PR, Plenário, Rel. Min. Rosa Weber).
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
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Supremo Tribunal Federal
RCL 22990 AGR / MA
“DIREITO PROCESSUAL CIVIL. RECURSO QUE NÃO
ATACA OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA.
IRREGULARIDADE FORMAL. ART. 317, §1º, RISTF.
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. MULTA. MÁ-FÉ. NÃO
RECOLHIMENTO. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO
EM 29.6.2007.
Ausência de ataque, nas razões do agravo regimental, aos
fundamentos da decisão agravada. Não preenchimento do
requisito de regularidade formal expresso no artigo 317, § 1º, do
RISTF (a petição conterá, sob pena de rejeição liminar, as razões
do pedido de reforma da decisão agravada).
Agravo regimental conhecido e não provido” (AI 705.255-
AgR-ED-EDv-AgR/PR, Plenário, Rel. Min. Rosa Weber).
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
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Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 22.990
PROCED. : MARANHÃO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE TIMON
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TIMON
AGDO.(A/S) : ANTONIA MARIA BATISTA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 16ª REGIÃO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217635
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 22.990
PROCED. : MARANHÃO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE TIMON
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TIMON
AGDO.(A/S) : ANTONIA MARIA BATISTA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 16ª REGIÃO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217635
Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14257002 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-01T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NA RECLAMAÇÃO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DE FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA. INCIDÊNCIA DO ART. 317, § 1º, DO RISTF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
I – A jurisprudência do STF é firme no sentido de que não cabe reclamação contra decisão que nega seguimento a recurso extraordinário cuja questão constitucional debatida nesta Corte Suprema não tenha reconhecido a existência de repercussão geral (art. 1.030, § 2°, do Código de Processo Civil).
II - O agravante não refutou todos os fundamentos da decisão agravada, o que atrai a incidência do art. 317, § 1º, do RISTF. Precedentes.
III – Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur379519 | - Acórdão(s) citado(s):
(IMPUGNAÇÃO, FUNDAMENTOS)
Rcl 6835 AgR (TP), Rcl 8955 AgR (TP), AI 705255 AgR-ED-EDv-AgR (TP).
Número de páginas: 10.
Análise: 07/02/2018, MJC. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 22990 | [
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-01030 PAR-00002\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\n\n",
"LEG-FED RGI ANO-1980\n ART-00317 PAR-00001\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL"
] | Rcl-AgR | acordaos | Rcl 22990 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE TIMON
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TIMON
AGDO.(A/S) : ANTONIA MARIA BATISTA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 16ª REGIÃO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"ADI 3395",
"ADI 3395",
"OJ [UNK] 138 da SBDI - 1 do TST",
"ADI 2135",
"Súmulas 97",
"OJ [UNK] 138 da SBDI - 1 do TST",
"RCL 22990",
"OJ [UNK] 138 da SBDI - 1 do TST",
"ADI 2135",
"Súmulas 97 e 137 do STJ",
"OJ [UNK] 138 da SBDI - 1 do TST",
"RCL 22990 AGR / MA",
"Ação Direta de Inconstitucionalidade n . 3 . 395",
"Ação Direta de Inconstitucionalidade n . 3 . 395",
"RCL 22990 AGR / MA",
"Rcl n . 3 . 737",
"ADI 3 . 395 MC",
"Rcl n . 3 . 737",
"ADI 3 . 395 MC",
"RCL 22990 AGR / MA",
"ADI 3 . 395 MC",
"Rcl n . 18 . 396 - AgR",
"AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE N . 3 . 395",
"Rcl n . 19 . 108 - AgR",
"ADI 3 . 395 MC",
"Rcl n . 18 . 396 - AgR",
"Rcl n . 19 . 108 - AgR",
"Ação Direta de Inconstitucionalidade n . 3 . 395 ”",
"RCL 22990",
"Rcl 6 . 835 - AgR / SP",
"Rcl 9 . 600 - AgR / PE",
"Rcl 8 . 955 - AgR / SP",
"RCL 22990 AGR / MA",
"Rcl 6 . 835 - AgR / SP",
"Rcl 9 . 600 - AgR / PE",
"Rcl 8 . 955 - AgR / SP",
"AI 705 . 255 - AgR - ED - EDv - AgR / PR",
"AI 705 . 255 - AgR",
"RECLAMAÇÃO 22 . 990"
],
"LEGISLACAO": [
"ART . 317 , § [UNK] , DO RISTF",
"art . 1 . 030 , § 2° , do Código de Processo Civil",
"art . 317 , § [UNK] , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 114 , I , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 114 , I , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"LC [UNK] 13 / 94",
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"art . 39 da CF",
"EC 19",
"/",
"98",
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"art . 39 da CF",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 /",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 156 , parágrafo único , do Regimento Interno do STF1",
"13 , parágrafo único , da Lei n . 8 . 038 / 902",
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"1988",
"CLT",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"13 , parágrafo único , da Lei n . 8 . 038 / 902",
"CONSTITUIÇÃO",
"1988",
"CLT",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 317 do RISTF",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"ART . 317 , § [UNK] , DO REGIMENTO INTERNO DO",
"art . 317 , § [UNK] , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 317 , § [UNK] , do RISTF ”",
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"ART",
"artigo 317 , § [UNK] , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"artigo 317 , § [UNK] , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"MARANHÃO",
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"ORGANIZACAO": [
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"AGR",
"/",
"MA",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"/",
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"-",
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"Supremo Tribunal",
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"SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
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],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"ANTONIA MARIA BATISTA",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"ANTONIA MARIA BATISTA",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"ANTONIA MARIA BATISTA",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ricardo Lewandowski",
"Antônia Maria Batista",
"Ricardo Lewandowski",
"Antônia Maria Batista",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Antônia Maria Batista",
"Antônia Maria Batista",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Luiz Fux",
"Luiz Fux",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
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"Cármen Lúcia",
"Gilmar Mendes",
"Dias Toffoli",
"Cármen Lúcia",
"Gilmar Mendes",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Rosa Weber",
"Rosa Weber",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
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"Ravena Siqueira",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"ANTONIA MARIA BATISTA",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
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"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
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"2017",
"11 de dezembro de 2017",
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"2017",
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"24",
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"/",
"2001",
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"/",
"2001",
"24",
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"/",
"2001",
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"/",
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"/",
"2017",
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".",
"11",
".",
"2015",
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"08",
"/",
"2001",
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"/",
"2017",
"17",
".",
"11",
".",
"2015",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21",
".",
"8",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21",
".",
"8",
".",
"2009",
"24",
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"/",
"2001",
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".",
"11",
".",
"2014",
"21",
".",
"5",
".",
"2015",
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"08",
"/",
"2001",
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"2014",
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"5",
".",
"2015",
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"/",
"2001",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
".",
"6",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
".",
"6",
".",
"2007",
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"/",
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"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
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"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.072.735 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:LUIS MIGUEL NUNES GOMES DA SILVA
AGTE.(S)
:JOSE ANTONIO TEIXEIRA
ADV.(A/S)
:DANIEL ALBERTO CASAGRANDE
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
Ementa:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CRIMINAL. DESCAMINHO.
REITERAÇÃO DA TESE DO RECURSO INADMITIDO. SUBSISTÊNCIA
DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
I - As razões do agravo regimental são inaptas para desconstituir os
fundamentos da decisão agravada, que, por isso, se mantêm hígidos.
II - Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em sessão
virtual da Segunda Turma, na conformidade da ata de julgamentos, por
unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do
voto do Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232020.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.072.735 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:LUIS MIGUEL NUNES GOMES DA SILVA
AGTE.(S)
:JOSE ANTONIO TEIXEIRA
ADV.(A/S)
:DANIEL ALBERTO CASAGRANDE
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao
recurso extraordinário com agravo.
A parte agravante interpõe este agravo regimental pelas razões
expostas no documento eletrônico 10 e requer o provimento do recurso.
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232021.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.072.735 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:LUIS MIGUEL NUNES GOMES DA SILVA
AGTE.(S)
:JOSE ANTONIO TEIXEIRA
ADV.(A/S)
:DANIEL ALBERTO CASAGRANDE
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao
recurso extraordinário com agravo.
A parte agravante interpõe este agravo regimental pelas razões
expostas no documento eletrônico 10 e requer o provimento do recurso.
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232021.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.072.735 SÃO
PAULO
V O T O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Consta da
decisão agravada:
“Isso porque os dispositivos constitucionais apontados
como violados não foram prequestionados. Assim, como tem
consignado este Tribunal, por meio da Súmula 282, é
inadmissível o recurso extraordinário se a questão
constitucional versada não tiver sido apreciada no acórdão
recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para
suprir a omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula
356 do STF. Nesse sentido, destaco julgados de ambas as
Turmas desta Corte, cujas ementas transcrevo a seguir:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. OBRIGAÇÃO
DE
FAZER.
MUNICÍPIO.
DISCRICIONARIEDADE
ADMINISTRATIVA. IMPOSSIBILIDADE. MATÉRIA NÃO
DISCUTIDA NO ACÓRDÃO RECORRIDO. NÃO
OPOSIÇÃO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
APLICAÇÃO DAS SÚMULAS 282 E 356 DO STF.
REVOLVIMENTO
DE
FATOS
E
PROVAS.
INADMISSIBILIDADE. RECURSO NÃO PROVIDO.
1. Quando o tema constitucional não se apresenta
discutido no acórdão recorrido, contra o qual não houve
oposição de embargos declaratórios para ver sanada eventual
omissão, incidem na espécie as Súmulas 282 e 356 do STF.
2. Em havendo necessidade de reexame do conjunto
fático-probatório constante dos autos, para se que se chegue à
conclusão contrária àquela adotada pelo acórdão recorrido,
inviabilizado o recurso extraordinário por orientação da
Súmula 279/STF.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232022.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.072.735 SÃO
PAULO
V O T O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Consta da
decisão agravada:
“Isso porque os dispositivos constitucionais apontados
como violados não foram prequestionados. Assim, como tem
consignado este Tribunal, por meio da Súmula 282, é
inadmissível o recurso extraordinário se a questão
constitucional versada não tiver sido apreciada no acórdão
recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para
suprir a omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula
356 do STF. Nesse sentido, destaco julgados de ambas as
Turmas desta Corte, cujas ementas transcrevo a seguir:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. OBRIGAÇÃO
DE
FAZER.
MUNICÍPIO.
DISCRICIONARIEDADE
ADMINISTRATIVA. IMPOSSIBILIDADE. MATÉRIA NÃO
DISCUTIDA NO ACÓRDÃO RECORRIDO. NÃO
OPOSIÇÃO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
APLICAÇÃO DAS SÚMULAS 282 E 356 DO STF.
REVOLVIMENTO
DE
FATOS
E
PROVAS.
INADMISSIBILIDADE. RECURSO NÃO PROVIDO.
1. Quando o tema constitucional não se apresenta
discutido no acórdão recorrido, contra o qual não houve
oposição de embargos declaratórios para ver sanada eventual
omissão, incidem na espécie as Súmulas 282 e 356 do STF.
2. Em havendo necessidade de reexame do conjunto
fático-probatório constante dos autos, para se que se chegue à
conclusão contrária àquela adotada pelo acórdão recorrido,
inviabilizado o recurso extraordinário por orientação da
Súmula 279/STF.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
ARE 1072735 AGR / SP
3. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE
632.710-AgR/SP, Rel. Min. Edson Fachin, Primeira Turma –
grifei).
“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo.
Ausência de prequestionamento. Incidência das Súmulas nºs
282 e 356/STF. Tributário. Alegada nulidade dos débitos fiscais.
Matéria infraconstitucional. Necessidade de reexame dos fatos e
das provas. Súmula nº 279/STF.
1. Os dispositivos constitucionais indicados como
violados no recurso extraordinário carecem do necessário
prequestionamento, sendo certo que não foram opostos
embargos de declaração para sanar eventual omissão no
acórdão recorrido. Incidem na espécie os enunciados das
Súmulas nºs 282 e 356 do STF.
2. Para ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem
acerca da alegada nulidade dos débitos fiscais e acolher a
pretensão recursal, seria necessário o reexame da controvérsia à
luz da legislação ordinária bem como o revolvimento dos fatos
e das provas constantes dos autos, o que não se admite em sede
de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279 da
Corte.
3. Agravo regimental não provido” (ARE 883.800-AgR/SC,
Rel. Min. Dias Toffoli, Segunda Turma – grifei).
Ainda que superado esse óbice, o extraordinário não
prosperaria.
O acórdão recorrido mostra-se consentâneo com a
jurisprudência desta Corte, no sentido de que a persecução
penal quanto ao crime de descaminho prescinde da constituição
definitiva do crédito tributário. Nessa linha, transcrevo as
ementas abaixo:
“Ementa:
HABEAS
CORPUS.
DESCAMINHO.
CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO.
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1072735 AGR / SP
3. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE
632.710-AgR/SP, Rel. Min. Edson Fachin, Primeira Turma –
grifei).
“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo.
Ausência de prequestionamento. Incidência das Súmulas nºs
282 e 356/STF. Tributário. Alegada nulidade dos débitos fiscais.
Matéria infraconstitucional. Necessidade de reexame dos fatos e
das provas. Súmula nº 279/STF.
1. Os dispositivos constitucionais indicados como
violados no recurso extraordinário carecem do necessário
prequestionamento, sendo certo que não foram opostos
embargos de declaração para sanar eventual omissão no
acórdão recorrido. Incidem na espécie os enunciados das
Súmulas nºs 282 e 356 do STF.
2. Para ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem
acerca da alegada nulidade dos débitos fiscais e acolher a
pretensão recursal, seria necessário o reexame da controvérsia à
luz da legislação ordinária bem como o revolvimento dos fatos
e das provas constantes dos autos, o que não se admite em sede
de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279 da
Corte.
3. Agravo regimental não provido” (ARE 883.800-AgR/SC,
Rel. Min. Dias Toffoli, Segunda Turma – grifei).
Ainda que superado esse óbice, o extraordinário não
prosperaria.
O acórdão recorrido mostra-se consentâneo com a
jurisprudência desta Corte, no sentido de que a persecução
penal quanto ao crime de descaminho prescinde da constituição
definitiva do crédito tributário. Nessa linha, transcrevo as
ementas abaixo:
“Ementa:
HABEAS
CORPUS.
DESCAMINHO.
CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
ARE 1072735 AGR / SP
CONDIÇÃO DE PROCEDIBILIDADE DA PERSECUÇÃO
PENAL. PRESCINDIBILIDADE. PENA ACESSÓRIA.
SUSPENSÃO DA HABILITAÇÃO PARA DIREÇÃO DE
VEÍCULO AUTOMOTOR. INEXISTÊNCIA DE AMEAÇA OU
CONSTRANGIMENTO ILEGAL À LIBERDADE DE
LOCOMOÇÃO. 1. Os crimes de descaminho, cuja consumação
pressupõe a transposição das barreiras alfandegárias sem o
recolhimento dos tributos devidos pelo produto, prescindem
da constituição definitiva do crédito tributário. Vulnerados, a
partir dessa conduta, os interesses econômicos do Estado, o
produto nacional e a economia do País, o processamento dos
autos na esfera penal independe da apuração do valor
destinado à arrecadação tributária. Precedentes. 2. Nos termos
do art. 654 do Código de Processo Penal, a petição inicial de
habeas corpus
conterá a declaração da espécie de
constrangimento ilegal ao direito de locomoção, ou, em caso de
simples ameaça de coação, as razões em que se funda o seu
temor. 3. A pena acessória de inabilitação para dirigir está
devidamente justificada pela decisão impetrada. 4. Ordem
denegada” (HC 129.302/PR, Rel. Min. Teori Zavascki – grifei).
“EMENTA AGRAVO REGIMENTAL EM
HABEAS
CORPUS. DIREITO PENAL. CIGARROS. CONTRABANDO.
ARTIGO 334 DO CÓDIGO PENAL. CONSTITUIÇÃO
DEFINITIVA CRÉDITO TRIBUTÁRIO. DESNECESSIDADE. 1.
A conduta engendrada pelo paciente – importação clandestina
de cigarros – configura contrabando, e não descaminho.
Precedentes. 2. Desnecessária a constituição definitiva do
crédito tributário na esfera administrativa para configuração
dos crimes de contrabando e descaminho. Precedentes. 3.
Agravo regimental conhecido e não provido” (HC 125.847-
AgR/PR, Rel. Min. Rosa Weber).
“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL.
PENAL.
DESCAMINHO.
DESNECESSIDADE
DA
3
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1072735 AGR / SP
CONDIÇÃO DE PROCEDIBILIDADE DA PERSECUÇÃO
PENAL. PRESCINDIBILIDADE. PENA ACESSÓRIA.
SUSPENSÃO DA HABILITAÇÃO PARA DIREÇÃO DE
VEÍCULO AUTOMOTOR. INEXISTÊNCIA DE AMEAÇA OU
CONSTRANGIMENTO ILEGAL À LIBERDADE DE
LOCOMOÇÃO. 1. Os crimes de descaminho, cuja consumação
pressupõe a transposição das barreiras alfandegárias sem o
recolhimento dos tributos devidos pelo produto, prescindem
da constituição definitiva do crédito tributário. Vulnerados, a
partir dessa conduta, os interesses econômicos do Estado, o
produto nacional e a economia do País, o processamento dos
autos na esfera penal independe da apuração do valor
destinado à arrecadação tributária. Precedentes. 2. Nos termos
do art. 654 do Código de Processo Penal, a petição inicial de
habeas corpus
conterá a declaração da espécie de
constrangimento ilegal ao direito de locomoção, ou, em caso de
simples ameaça de coação, as razões em que se funda o seu
temor. 3. A pena acessória de inabilitação para dirigir está
devidamente justificada pela decisão impetrada. 4. Ordem
denegada” (HC 129.302/PR, Rel. Min. Teori Zavascki – grifei).
“EMENTA AGRAVO REGIMENTAL EM
HABEAS
CORPUS. DIREITO PENAL. CIGARROS. CONTRABANDO.
ARTIGO 334 DO CÓDIGO PENAL. CONSTITUIÇÃO
DEFINITIVA CRÉDITO TRIBUTÁRIO. DESNECESSIDADE. 1.
A conduta engendrada pelo paciente – importação clandestina
de cigarros – configura contrabando, e não descaminho.
Precedentes. 2. Desnecessária a constituição definitiva do
crédito tributário na esfera administrativa para configuração
dos crimes de contrabando e descaminho. Precedentes. 3.
Agravo regimental conhecido e não provido” (HC 125.847-
AgR/PR, Rel. Min. Rosa Weber).
“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL.
PENAL.
DESCAMINHO.
DESNECESSIDADE
DA
3
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
ARE 1072735 AGR / SP
CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO.
PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE
NEGA PROVIMENTO” (RHC 125.237-AgR/RS, Rel. Min.
Cármen Lúcia).
“Recurso ordinário em habeas corpus. 2. Crime de
descaminho. Crime formal. Desnecessidade da constituição
definitiva do tributo para consumação do delito e o início da
persecução penal. Precedentes. 3. Recurso ordinário a que se
nega provimento” (RHC 123.844/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes).
Isso posto, nego seguimento ao recurso (art. 21, § 1º, do
RISTF). ”.
Assim, bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora
atacada não merece reforma, visto que a parte recorrente não aduz
argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Deve, assim,
ser mantida por seus próprios fundamentos.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
4
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1072735 AGR / SP
CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO.
PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE
NEGA PROVIMENTO” (RHC 125.237-AgR/RS, Rel. Min.
Cármen Lúcia).
“Recurso ordinário em habeas corpus. 2. Crime de
descaminho. Crime formal. Desnecessidade da constituição
definitiva do tributo para consumação do delito e o início da
persecução penal. Precedentes. 3. Recurso ordinário a que se
nega provimento” (RHC 123.844/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes).
Isso posto, nego seguimento ao recurso (art. 21, § 1º, do
RISTF). ”.
Assim, bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora
atacada não merece reforma, visto que a parte recorrente não aduz
argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Deve, assim,
ser mantida por seus próprios fundamentos.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
4
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Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.072.735
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : LUIS MIGUEL NUNES GOMES DA SILVA
AGTE.(S) : JOSE ANTONIO TEIXEIRA
ADV.(A/S) : DANIEL ALBERTO CASAGRANDE (172733/SP)
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.072.735
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : LUIS MIGUEL NUNES GOMES DA SILVA
AGTE.(S) : JOSE ANTONIO TEIXEIRA
ADV.(A/S) : DANIEL ALBERTO CASAGRANDE (172733/SP)
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14257045 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-01T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CRIMINAL. DESCAMINHO. REITERAÇÃO DA TESE DO RECURSO INADMITIDO. SUBSISTÊNCIA DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
I - As razões do agravo regimental são inaptas para desconstituir os fundamentos da decisão agravada, que, por isso, se mantêm hígidos.
II - Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur379560 | Número de páginas: 7.
Análise: 06/02/2018, MJC. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 1072735 | null | ARE-AgR | acordaos | ARE 1072735 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : LUIS MIGUEL NUNES GOMES DA SILVA
AGTE.(S) : JOSE ANTONIO TEIXEIRA
ADV.(A/S) : DANIEL ALBERTO CASAGRANDE
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1 . 072 . 735",
"RECURSO",
"Súmula 356 do STF",
"SÚMULAS 282 E 356 DO STF",
"Súmulas 282 e 356 do STF",
"Súmula 279 / STF",
"Súmula 356 do STF",
"SÚMULAS 282 E 356 DO STF",
"Súmulas 282 e 356 do STF",
"Súmula 279 / STF",
"ARE 1072735 AGR / SP",
"RE 632 . 710 - AgR / SP",
"Súmulas [UNK] 282",
"Súmula [UNK] 279 / STF",
"Súmulas [UNK] 282",
"Súmula",
"ARE 883 . 800 - AgR / SC",
"ARE 1072735 AGR / SP",
"RE 632 . 710 - AgR / SP",
"Súmulas [UNK] 282 e 356 / STF",
"Súmula [UNK] 279 / STF",
"Súmulas [UNK] 282 e 356 do STF",
"Súmula [UNK] 279 da Corte .",
"ARE 883 . 800 - AgR / SC",
"ARE 1072735 AGR",
"HC 129 . 302 / PR",
"HC 125 . 847 - AgR / PR",
"ARE 1072735 AGR / SP",
"HC 129 . 302 / PR",
"HC 125 . 847 - AgR / PR",
"125",
".",
"237",
"-",
"AgR",
"/",
"RS",
"RHC 123 . 844 / DF",
"ARE 1072735 AGR / SP",
"RHC 125 . 237 - AgR / RS",
"RHC 123 . 844 / DF",
"AGRAVO 1 . 072 . 735"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 654 do Código de Processo Penal",
"ARTIGO 334 DO CÓDIGO PENAL",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 654 do Código de Processo Penal",
"ARTIGO 334 DO CÓDIGO PENAL",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 21 , § [UNK] , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 21 , § [UNK] , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
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"ICP",
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"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
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"ICP",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
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"Brasil",
"/",
"SP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
"/",
"SP",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"LUIS MIGUEL NUNES GOMES DA SILVA",
"JOSE ANTONIO TEIXEIRA",
"DANIEL ALBERTO CASAGRANDE",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"LUIS MIGUEL NUNES GOMES DA SILVA",
"JOSE ANTONIO TEIXEIRA",
"DANIEL ALBERTO CASAGRANDE",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"LUIS MIGUEL NUNES GOMES DA SILVA",
"JOSE ANTONIO TEIXEIRA",
"DANIEL ALBERTO CASAGRANDE",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Edson Fachin",
"Dias Toffoli",
"Edson Fachin",
"Dias Toffoli",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Teori Zavascki",
"Rosa Weber",
"Teori Zavascki",
"Rosa Weber",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Cármen Lúcia",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Gilmar Mendes",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"LUIS MIGUEL NUNES GOMES DA SILVA",
"JOSE ANTONIO TEIXEIRA",
"DANIEL ALBERTO CASAGRANDE",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"LUIS MIGUEL NUNES GOMES DA SILVA",
"JOSE ANTONIO TEIXEIRA",
"DANIEL ALBERTO CASAGRANDE",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
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"/",
"12",
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"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.089.813
MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:MUNICIPIO DE MORRO DA GARCA
ADV.(A/S)
:MARCELO RIBEIRO MACHADO
AGDO.(A/S)
:JOSE DARIO DOS SANTOS
ADV.(A/S)
:BARBARA DO NASCIMENTO FRANCA
ADV.(A/S)
:MARCOS ANTONIO ALVES PENIDO
EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Direito
Administrativo. Processo administrativo disciplinar. Doença mental
preexistente. Violação dos princípios do contraditório e da ampla
defesa. Ofensa reflexa. Fatos e provas. Reexame. Impossibilidade.
Precedentes.
1. Ausência de repercussão geral do tema relativo à suposta violação
dos princípios da legalidade, do contraditório, da ampla defesa, do
devido processo legal, bem como dos limites objetivos da coisa julgada
(ARE nº 748.371/MT, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Tema 660, DJe
de 1º/8/13).
2. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame do conjunto
fático-probatório da causa. Incidência da Súmula nº 279/STF.
3. Agravo regimental não provido, com imposição de multa de 2%
do valor atualizado da causa.
4. Majoração da verba honorária em valor equivalente a 10% (dez
por cento) do total daquela já fixada (art. 85, §§ 2º, 3º e 11, do CPC),
observada a eventual concessão do benefício da gratuidade da justiça.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
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Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 16
Ementa e Acórdão
ARE 1089813 AGR / MG
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, em sessão virtual de 1º/12
a 7/12/2017, na conformidade da ata do julgamento, por unanimidade de
votos, em negar provimento ao agravo regimental, com imposição de
multa de 2% (dois por cento) do valor atualizado da causa (art. 1.021, § 4º,
do CPC), nos termos do voto do Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
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ARE 1089813 AGR / MG
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, em sessão virtual de 1º/12
a 7/12/2017, na conformidade da ata do julgamento, por unanimidade de
votos, em negar provimento ao agravo regimental, com imposição de
multa de 2% (dois por cento) do valor atualizado da causa (art. 1.021, § 4º,
do CPC), nos termos do voto do Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
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Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.089.813
MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:MUNICIPIO DE MORRO DA GARCA
ADV.(A/S)
:MARCELO RIBEIRO MACHADO
AGDO.(A/S)
:JOSE DARIO DOS SANTOS
ADV.(A/S)
:BARBARA DO NASCIMENTO FRANCA
ADV.(A/S)
:MARCOS ANTONIO ALVES PENIDO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Município de Morro da Garça interpõe tempestivo agravo
regimental (17/11/17) contra a decisão em que neguei seguimento ao
recurso, com a seguinte fundamentação:
“Vistos.
Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu
recurso extraordinário interposto contra acórdão da 8ª Câmara
Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, assim
ementado:
‘APELAÇÃO CÍVEL – ADMINISTRATIVO –
SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL – INSTAURAÇÃO DE
PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR COM
POSTERIOR APLICAÇÃO DE PENA DE EXONERAÇÃO
– DOENÇA MENTAL PRÉ-EXISTENTE – CONJUNTO
PROBATÓRIO ROBUSTO – CONHECIMENTO DA
ADMINISTRAÇÃO SOBRE A INCAPACIDADE
ABSOLUTA DO SERVIDOR PARA OS ATOS DA VIDA
CIVIL – NULIDADE ABSOLUTA DO ATO
ADMINISTRATIVO – PROCEDÊNCIA DO PEDIDO –
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DE SUCUMBÊNCIA –
FIXAÇÃO – CRITÉRIOS. Evidenciando o conjunto
probatório que, à época da instauração do Processo
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11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.089.813
MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:MUNICIPIO DE MORRO DA GARCA
ADV.(A/S)
:MARCELO RIBEIRO MACHADO
AGDO.(A/S)
:JOSE DARIO DOS SANTOS
ADV.(A/S)
:BARBARA DO NASCIMENTO FRANCA
ADV.(A/S)
:MARCOS ANTONIO ALVES PENIDO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Município de Morro da Garça interpõe tempestivo agravo
regimental (17/11/17) contra a decisão em que neguei seguimento ao
recurso, com a seguinte fundamentação:
“Vistos.
Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu
recurso extraordinário interposto contra acórdão da 8ª Câmara
Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, assim
ementado:
‘APELAÇÃO CÍVEL – ADMINISTRATIVO –
SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL – INSTAURAÇÃO DE
PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR COM
POSTERIOR APLICAÇÃO DE PENA DE EXONERAÇÃO
– DOENÇA MENTAL PRÉ-EXISTENTE – CONJUNTO
PROBATÓRIO ROBUSTO – CONHECIMENTO DA
ADMINISTRAÇÃO SOBRE A INCAPACIDADE
ABSOLUTA DO SERVIDOR PARA OS ATOS DA VIDA
CIVIL – NULIDADE ABSOLUTA DO ATO
ADMINISTRATIVO – PROCEDÊNCIA DO PEDIDO –
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DE SUCUMBÊNCIA –
FIXAÇÃO – CRITÉRIOS. Evidenciando o conjunto
probatório que, à época da instauração do Processo
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Relatório
ARE 1089813 AGR / MG
Administrativo Disciplinar, o autor já estava acometido de
doença mental incapacitante, inclusive com avaliação
psiquiátrica realizada pela própria Secretaria de Saúde de
Minas Gerais, deve ser mantida a declaração de nulidade
do ato administrativo de exoneração, porquanto,
consoante dicção do art. 166, inciso I do Código Civil, os
atos praticados pelo absolutamente incapaz não
devidamente representado são nulos de pleno direito,
deles não decorrendo qualquer efeito jurídico. Constatada
a nulidade absoluta que macula o ato administrativo, está
o Poder Judiciário autorizado a declará-la sem que isso
implique em ofensa ao Princípio da Separação dos
Poderes. Trata-se de nulidade absoluta e não de incursão
no mérito administrativo, sobre o qual o Judiciário não
pode se pronunciar. Nas condenações impostas contra a
Fazenda Pública os honorários de sucumbência devem ser
fixados de forma equitativa, nos termos do art. 20, § 4º do
Código de Processo Civil.’
Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.
No recurso extraordinário, sustenta-se violação dos
artigos 5º, inciso LV, e 37, inciso XIV, da Constituição Federal.
Decido.
A irresignação não merece prosperar.
No que se refere ao artigo 37, inciso XIV, da Constituição
Federal, apontado como violado, carece do necessário
prequestionamento, sendo certo que os acórdãos proferidos
pelo Tribunal de origem não cuidaram da referida norma, a
qual, também, não foi objeto dos embargos declaratórios
opostos pela parte recorrente. Incidem na espécie as Súmulas
nºs 282 e 356 desta Corte. Nesse sentido, destaca-se:
‘Agravo regimental em agravo de instrumento. 2.
Prequestionamento. Ausência. Embargos de declaração
que não trataram da matéria constitucional. Súmulas 282 e
356 do STF. 3. Ofensa aos princípios da legalidade e da
2
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ARE 1089813 AGR / MG
Administrativo Disciplinar, o autor já estava acometido de
doença mental incapacitante, inclusive com avaliação
psiquiátrica realizada pela própria Secretaria de Saúde de
Minas Gerais, deve ser mantida a declaração de nulidade
do ato administrativo de exoneração, porquanto,
consoante dicção do art. 166, inciso I do Código Civil, os
atos praticados pelo absolutamente incapaz não
devidamente representado são nulos de pleno direito,
deles não decorrendo qualquer efeito jurídico. Constatada
a nulidade absoluta que macula o ato administrativo, está
o Poder Judiciário autorizado a declará-la sem que isso
implique em ofensa ao Princípio da Separação dos
Poderes. Trata-se de nulidade absoluta e não de incursão
no mérito administrativo, sobre o qual o Judiciário não
pode se pronunciar. Nas condenações impostas contra a
Fazenda Pública os honorários de sucumbência devem ser
fixados de forma equitativa, nos termos do art. 20, § 4º do
Código de Processo Civil.’
Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.
No recurso extraordinário, sustenta-se violação dos
artigos 5º, inciso LV, e 37, inciso XIV, da Constituição Federal.
Decido.
A irresignação não merece prosperar.
No que se refere ao artigo 37, inciso XIV, da Constituição
Federal, apontado como violado, carece do necessário
prequestionamento, sendo certo que os acórdãos proferidos
pelo Tribunal de origem não cuidaram da referida norma, a
qual, também, não foi objeto dos embargos declaratórios
opostos pela parte recorrente. Incidem na espécie as Súmulas
nºs 282 e 356 desta Corte. Nesse sentido, destaca-se:
‘Agravo regimental em agravo de instrumento. 2.
Prequestionamento. Ausência. Embargos de declaração
que não trataram da matéria constitucional. Súmulas 282 e
356 do STF. 3. Ofensa aos princípios da legalidade e da
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 16
Relatório
ARE 1089813 AGR / MG
prestação jurisdicional. Análise da legislação
infraconstitucional. Precedente. 4. Revisão de cláusula
contratual. Ofensa reflexa. Precedente. 5. Agravo
regimental a que se nega provimento’ (AI nº 551.533/MG-
AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes,
DJ de 3/3/06).
Ressalte-se, outrossim, que a jurisprudência desta Corte
está consolidada no sentido de que as alegações de afronta aos
princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla
defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da
prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas
infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta
ou reflexa à Constituição Federal, o que não enseja reexame em
recurso extraordinário. Sobre o tema:
‘AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE
OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS
DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE
OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO
IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou
assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos
postulados da legalidade, do devido processo legal, da
motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos
limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional
podem configurar, quando muito, situações de ofensa
meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância
essa que impede a utilização do recurso extraordinário.
Precedentes’ (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).
Além disso, o acórdão recorrido manteve a sentença de
primeiro grau que reconheceu a nulidade do procedimento
administrativo que culminou com a exoneração do autor, ora
recorrido, amparado nos seguintes fundamentos:
3
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ARE 1089813 AGR / MG
prestação jurisdicional. Análise da legislação
infraconstitucional. Precedente. 4. Revisão de cláusula
contratual. Ofensa reflexa. Precedente. 5. Agravo
regimental a que se nega provimento’ (AI nº 551.533/MG-
AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes,
DJ de 3/3/06).
Ressalte-se, outrossim, que a jurisprudência desta Corte
está consolidada no sentido de que as alegações de afronta aos
princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla
defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da
prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas
infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta
ou reflexa à Constituição Federal, o que não enseja reexame em
recurso extraordinário. Sobre o tema:
‘AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE
OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS
DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE
OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO
IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou
assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos
postulados da legalidade, do devido processo legal, da
motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos
limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional
podem configurar, quando muito, situações de ofensa
meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância
essa que impede a utilização do recurso extraordinário.
Precedentes’ (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).
Além disso, o acórdão recorrido manteve a sentença de
primeiro grau que reconheceu a nulidade do procedimento
administrativo que culminou com a exoneração do autor, ora
recorrido, amparado nos seguintes fundamentos:
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Relatório
ARE 1089813 AGR / MG
‘O cerne da discussão travada nos autos cinge-se na
análise da nulidade do ato administrativo de exoneração
do autor promovida após instauração de processo
administrativo disciplinar em seu desfavor, mas que,
segundo afirma na inicial, não pode prevalecer porque ao
tempo já era absolutamente incapaz para os atos da vida
civil por ser portador de doença mental incapacitante.
Da análise dos autos, verifica-se que o autor, após
regular aprovação em concurso público e em exame
admissional, foi nomeado e empossado em 17/02/2003 no
cargo de ‘Bombeiro Hidráulico’ e teve contra si instaurado
Processo Administrativo Disciplinar, através da Portaria n.
055/2003 de 22/10/2003, visando apurar as infrações
funcionais cometidas e indicadas na Portaria n. 043/2003,
que, após regular trâmite, culminou com sua exoneração
através da Portaria n. 061/2003 de 18/12/2003.
Embora o Município requerido defenda a tese de que
durante a tramitação do Processo Administrativo
Disciplinar não tinha conhecimento do transtorno mental
de que padecia o requerente e que tal condição não foi por
ele suscitada, tendo-lhe sido assegurado a todo o
momento o direito à ampla defesa e ao contraditório, a
prova pericial realizada nos autos desta ação não deixa
dúvida de que o autor já padecia à época de doença
mental incapacitante. Portanto, não era capaz de entender
a gravidade dos fatos que lhe estavam sendo imputados,
ainda que tenha acompanhado pessoalmente o
procedimento administrativo, atendendo às intimações
realizadas.
Colha-se da prova pericial oficial, em destaque para
os quesitos apresentados pelo autor:
(…)
E para os quesitos apresentados pelo réu:
(…)
A conclusão a que chegou o expert é corroborada
pelas demais provas dos autos, tais como o Boletim de
4
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ARE 1089813 AGR / MG
‘O cerne da discussão travada nos autos cinge-se na
análise da nulidade do ato administrativo de exoneração
do autor promovida após instauração de processo
administrativo disciplinar em seu desfavor, mas que,
segundo afirma na inicial, não pode prevalecer porque ao
tempo já era absolutamente incapaz para os atos da vida
civil por ser portador de doença mental incapacitante.
Da análise dos autos, verifica-se que o autor, após
regular aprovação em concurso público e em exame
admissional, foi nomeado e empossado em 17/02/2003 no
cargo de ‘Bombeiro Hidráulico’ e teve contra si instaurado
Processo Administrativo Disciplinar, através da Portaria n.
055/2003 de 22/10/2003, visando apurar as infrações
funcionais cometidas e indicadas na Portaria n. 043/2003,
que, após regular trâmite, culminou com sua exoneração
através da Portaria n. 061/2003 de 18/12/2003.
Embora o Município requerido defenda a tese de que
durante a tramitação do Processo Administrativo
Disciplinar não tinha conhecimento do transtorno mental
de que padecia o requerente e que tal condição não foi por
ele suscitada, tendo-lhe sido assegurado a todo o
momento o direito à ampla defesa e ao contraditório, a
prova pericial realizada nos autos desta ação não deixa
dúvida de que o autor já padecia à época de doença
mental incapacitante. Portanto, não era capaz de entender
a gravidade dos fatos que lhe estavam sendo imputados,
ainda que tenha acompanhado pessoalmente o
procedimento administrativo, atendendo às intimações
realizadas.
Colha-se da prova pericial oficial, em destaque para
os quesitos apresentados pelo autor:
(…)
E para os quesitos apresentados pelo réu:
(…)
A conclusão a que chegou o expert é corroborada
pelas demais provas dos autos, tais como o Boletim de
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 16
Relatório
ARE 1089813 AGR / MG
Ocorrência lavrado em 06/07/2003 (fls.107/108) que noticia
o incêndio provocado pelo autor na barraquinha da
Prefeitura de Morro da Graça, a avaliação realizada pela
própria Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais em
julho de 2007 após a ocorrência do referido fato (fls.
292/295) e sua posterior internação no Hospital
Psiquiátrico Galba Veloso de 07/03/2003 a 30/03/2003 (fls.
295/325), no qual foi fornecido tratamento em virtude de
distúrbio psiquiátrico - ‘psicomaníaco’, todas anteriores à
instauração do Processo Administrativo Disciplinar.
O transtorno mental de que padece o requerente é
tão grave que foi novamente internado no Hospital
Psiquiátrico Galba Veloso em 16/04/2004 até 11/05/2004
(fls. 326/353), sob a justificativa de "oferecer risco para
terceiros" e diagnóstico inicial F 0.7.8 (Outros transtornos
orgânicos da personalidade e do comportamento devidos
a doença cerebral, lesão e disfunção).
Com acerto asseverou o magistrado singular:
‘(...) Resta claro que, ao tempo da instauração
do procedimento administrativo que culminou na
exoneração do autor, então servidor público
municipal em estágio probatório, não possuía o
mesmo capacidade para entender os fatos, situação
essa que era de conhecimento, inclusive, da
administração pública municipal, vez que a própria
secretaria municipal de saúde fez o encaminhamento
do autor para o Hospital Galba Velloso, quando da
internação que antecedeu a instauração do citado
procedimento administrativo.
Comprovada não apenas a existência de doença
mental que acometia o autor quando da instauração
do procedimento administrativo, bem como que tal
doença o tornava incapaz para os atos da vida civil,
e, por fim, considerando que tal situação era de
conhecimento do próprio réu, impõe-se reconhecer a
5
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ARE 1089813 AGR / MG
Ocorrência lavrado em 06/07/2003 (fls.107/108) que noticia
o incêndio provocado pelo autor na barraquinha da
Prefeitura de Morro da Graça, a avaliação realizada pela
própria Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais em
julho de 2007 após a ocorrência do referido fato (fls.
292/295) e sua posterior internação no Hospital
Psiquiátrico Galba Veloso de 07/03/2003 a 30/03/2003 (fls.
295/325), no qual foi fornecido tratamento em virtude de
distúrbio psiquiátrico - ‘psicomaníaco’, todas anteriores à
instauração do Processo Administrativo Disciplinar.
O transtorno mental de que padece o requerente é
tão grave que foi novamente internado no Hospital
Psiquiátrico Galba Veloso em 16/04/2004 até 11/05/2004
(fls. 326/353), sob a justificativa de "oferecer risco para
terceiros" e diagnóstico inicial F 0.7.8 (Outros transtornos
orgânicos da personalidade e do comportamento devidos
a doença cerebral, lesão e disfunção).
Com acerto asseverou o magistrado singular:
‘(...) Resta claro que, ao tempo da instauração
do procedimento administrativo que culminou na
exoneração do autor, então servidor público
municipal em estágio probatório, não possuía o
mesmo capacidade para entender os fatos, situação
essa que era de conhecimento, inclusive, da
administração pública municipal, vez que a própria
secretaria municipal de saúde fez o encaminhamento
do autor para o Hospital Galba Velloso, quando da
internação que antecedeu a instauração do citado
procedimento administrativo.
Comprovada não apenas a existência de doença
mental que acometia o autor quando da instauração
do procedimento administrativo, bem como que tal
doença o tornava incapaz para os atos da vida civil,
e, por fim, considerando que tal situação era de
conhecimento do próprio réu, impõe-se reconhecer a
5
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 16
Relatório
ARE 1089813 AGR / MG
total nulidade do procedimento administrativo que
culminou na exoneração do autor do seu cargo,
impondo-se, assim, a sua reintegração com reposição
dos vencimentos a que teria direito no período de
afastamento.’ (fls. 420 v.421)
Dessa forma, não pode prevalecer o ato
administrativo de exoneração do requerente, ora apelado,
porquanto fundamentado em Processo Administrativo
Disciplinar inequivocamente nulo porque instaurado
contra servidor que sabidamente já era ao tempo da
instauração do procedimento absolutamente incapaz para
os atos da vida civil.
Como sabido, os atos praticados pelo absolutamente
incapaz não devidamente representado são nulos de pleno
direito, deles não decorrendo qualquer efeito jurídico, a
teor do disposto no art. 166, inciso I, do Código Civil.
De tal modo, demonstrado nos autos que o
requerente já se encontrava plenamente incapacitado para
exprimir sua vontade quando da instauração do Processo
Administrativo Disciplinar em seu desfavor, resta
inequívoco o vício que macula o ato administrativo e, por
isso, deve ser declarado nulo de pleno direito,
assegurando-lhe, inclusive, o direito de reintegração ao
serviço público municipal e o pagamento dos vencimentos
que deixou comprovadamente de perceber durante seu
afastamento.’
Nessa conformidade, verifica-se que o acolhimento da
pretensão recursal não prescinde do reexame do conjunto
fático-probatório constante dos autos, o que não é cabível no
âmbito do recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279
desta Suprema Corte. Sobre o tema:
‘EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM
6
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total nulidade do procedimento administrativo que
culminou na exoneração do autor do seu cargo,
impondo-se, assim, a sua reintegração com reposição
dos vencimentos a que teria direito no período de
afastamento.’ (fls. 420 v.421)
Dessa forma, não pode prevalecer o ato
administrativo de exoneração do requerente, ora apelado,
porquanto fundamentado em Processo Administrativo
Disciplinar inequivocamente nulo porque instaurado
contra servidor que sabidamente já era ao tempo da
instauração do procedimento absolutamente incapaz para
os atos da vida civil.
Como sabido, os atos praticados pelo absolutamente
incapaz não devidamente representado são nulos de pleno
direito, deles não decorrendo qualquer efeito jurídico, a
teor do disposto no art. 166, inciso I, do Código Civil.
De tal modo, demonstrado nos autos que o
requerente já se encontrava plenamente incapacitado para
exprimir sua vontade quando da instauração do Processo
Administrativo Disciplinar em seu desfavor, resta
inequívoco o vício que macula o ato administrativo e, por
isso, deve ser declarado nulo de pleno direito,
assegurando-lhe, inclusive, o direito de reintegração ao
serviço público municipal e o pagamento dos vencimentos
que deixou comprovadamente de perceber durante seu
afastamento.’
Nessa conformidade, verifica-se que o acolhimento da
pretensão recursal não prescinde do reexame do conjunto
fático-probatório constante dos autos, o que não é cabível no
âmbito do recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279
desta Suprema Corte. Sobre o tema:
‘EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM
6
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Relatório
ARE 1089813 AGR / MG
AGRAVO
REGIMENTAL.
ADMINISTRATIVO.
SERVIDOR
PÚBLICO
ESTADUAL.
PROCESSO
ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. CONTROVÉRSIA
SOBRE A OBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS DA AMPLA
DEFESA E DO CONTRADITÓRIO: IMPOSSIBILIDADE
DO REEXAME DE PROVAS E DE LEGISLAÇÃO LOCAL.
SÚMULAS N. 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO’ (ARE nº 689.777/MG-AgR, Segunda
Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 7/11/12).
‘Agravo regimental no agravo de instrumento.
Servidor público. Militar. Processo administrativo
disciplinar. Princípio do devido processo legal. Violação.
Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Reexame de
fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. O Tribunal
de origem concluiu, com base em regulamentação militar
e nos fatos e nas provas dos autos, que foi violado o
princípio do devido processo legal no processo
administrativo disciplinar. 2. Divergir desse entendimento
demandaria a análise de norma infraconstitucional e o
reexame do conjunto fático-probatório da causa, o que é
inadmissível em recurso extraordinário. Incidência da
Súmula nº 279/STF. 3. Agravo regimental não provido’ (AI
nº 720.110/PR-AgR, Primeira Turma, de minha relatoria,
DJe de 23/8/12).
‘CONSTITUCIONAL.
ADMINISTRATIVO.
AGRAVO
REGIMENTAL
EM
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. SERVIDOR PÚBLICO MILITAR.
DEMISSÃO. LEGALIDADE. APRECIAÇÃO DE
MATÉRIA FÁTICA E INTERPRETAÇÃO DA LEI
ESTADUAL 5.301/1969. SÚMULAS STF 279 E 280. 1.
Rever a conclusão do Tribunal a quo que concluiu pela
legalidade da demissão do autor, precedida de processo
administrativo disciplinar, observados os princípios
7
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1089813 AGR / MG
AGRAVO
REGIMENTAL.
ADMINISTRATIVO.
SERVIDOR
PÚBLICO
ESTADUAL.
PROCESSO
ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. CONTROVÉRSIA
SOBRE A OBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS DA AMPLA
DEFESA E DO CONTRADITÓRIO: IMPOSSIBILIDADE
DO REEXAME DE PROVAS E DE LEGISLAÇÃO LOCAL.
SÚMULAS N. 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO’ (ARE nº 689.777/MG-AgR, Segunda
Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 7/11/12).
‘Agravo regimental no agravo de instrumento.
Servidor público. Militar. Processo administrativo
disciplinar. Princípio do devido processo legal. Violação.
Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Reexame de
fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. O Tribunal
de origem concluiu, com base em regulamentação militar
e nos fatos e nas provas dos autos, que foi violado o
princípio do devido processo legal no processo
administrativo disciplinar. 2. Divergir desse entendimento
demandaria a análise de norma infraconstitucional e o
reexame do conjunto fático-probatório da causa, o que é
inadmissível em recurso extraordinário. Incidência da
Súmula nº 279/STF. 3. Agravo regimental não provido’ (AI
nº 720.110/PR-AgR, Primeira Turma, de minha relatoria,
DJe de 23/8/12).
‘CONSTITUCIONAL.
ADMINISTRATIVO.
AGRAVO
REGIMENTAL
EM
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. SERVIDOR PÚBLICO MILITAR.
DEMISSÃO. LEGALIDADE. APRECIAÇÃO DE
MATÉRIA FÁTICA E INTERPRETAÇÃO DA LEI
ESTADUAL 5.301/1969. SÚMULAS STF 279 E 280. 1.
Rever a conclusão do Tribunal a quo que concluiu pela
legalidade da demissão do autor, precedida de processo
administrativo disciplinar, observados os princípios
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 16
Relatório
ARE 1089813 AGR / MG
constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa
e do contraditório, envolve, necessariamente, a apreciação
de matéria probatória e de legislação infraconstitucional.
2. A ofensa aos postulados constitucionais da ampla
defesa, do devido processo legal, do contraditório e da
prestação jurisdicional, se existente, seria, segundo
entendimento deste Supremo Tribunal, meramente reflexa
ou indireta. Precedentes. 3. Inexistência de argumento
capaz de infirmar a decisão agravada, que deve ser
mantida pelos seus próprios fundamentos. 4. Agravo
regimental a que se nega provimento’ (AI nº 804.428/MG-
AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie,
DJe de 18/8/11).
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. DEMISSÃO DE
SERVIDOR PÚBLICO. NULIDADE DE PROCESSO
ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. IMPOSSIBILIDADE
DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA 279 DO
SUPREMO
TRIBUNAL
FEDERAL).
AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (AI
nº 712.362/PE, Primeira Turma, Relatora a Ministra
Cármen Lúcia, DJe de 4/6/10).
Ante o exposto, nos termos do artigo 21, § 1º, do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego
seguimento ao recurso. Determino que, a título de honorários
recursais, a verba honorária já fixada seja acrescida do valor
equivalente a 10% (dez por cento) do seu total, nos termos do
art. 85, § 11, do novo Código de Processo Civil, obedecidos os
limites dos §§ 2º e 3º do citado artigo.”
Insiste o agravante na alegação de que teria havido violação dos
dispositivos constitucionais apontados no recurso extraordinário.
Sustenta que os referidos dispositivos estariam prequestionados e
que a solução da lide não demandaria o reexame dos fatos e das provas
8
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1089813 AGR / MG
constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa
e do contraditório, envolve, necessariamente, a apreciação
de matéria probatória e de legislação infraconstitucional.
2. A ofensa aos postulados constitucionais da ampla
defesa, do devido processo legal, do contraditório e da
prestação jurisdicional, se existente, seria, segundo
entendimento deste Supremo Tribunal, meramente reflexa
ou indireta. Precedentes. 3. Inexistência de argumento
capaz de infirmar a decisão agravada, que deve ser
mantida pelos seus próprios fundamentos. 4. Agravo
regimental a que se nega provimento’ (AI nº 804.428/MG-
AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie,
DJe de 18/8/11).
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. DEMISSÃO DE
SERVIDOR PÚBLICO. NULIDADE DE PROCESSO
ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. IMPOSSIBILIDADE
DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA 279 DO
SUPREMO
TRIBUNAL
FEDERAL).
AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (AI
nº 712.362/PE, Primeira Turma, Relatora a Ministra
Cármen Lúcia, DJe de 4/6/10).
Ante o exposto, nos termos do artigo 21, § 1º, do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego
seguimento ao recurso. Determino que, a título de honorários
recursais, a verba honorária já fixada seja acrescida do valor
equivalente a 10% (dez por cento) do seu total, nos termos do
art. 85, § 11, do novo Código de Processo Civil, obedecidos os
limites dos §§ 2º e 3º do citado artigo.”
Insiste o agravante na alegação de que teria havido violação dos
dispositivos constitucionais apontados no recurso extraordinário.
Sustenta que os referidos dispositivos estariam prequestionados e
que a solução da lide não demandaria o reexame dos fatos e das provas
8
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Relatório
ARE 1089813 AGR / MG
constantes dos autos.
Aduz, ainda, in verbis, que
“(...) inexistiu prejuízo ao Agravado no bojo do processo
administrativo disciplinar tendo em vista que como já
ressaltado foi lhe garantido a plenitude de todos os meios
necessários para o exercício de defesa garantido
constitucionalmente. Por conseguinte, a prova pericial acostada
às ff. 387 e 413/414 que o Agravado não era portador de doença
mental à época das irregularidades apontadas no relatório da
comissão processante, ou seja, a patologia a que foi acometido
existia antes do período de sua demissão em 18.12.2003”.
Em atenção ao princípio da celeridade processual e por não verificar
prejuízo para a parte agravada, deixo de abrir prazo para contrarrazões.
É o relatório.
9
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1089813 AGR / MG
constantes dos autos.
Aduz, ainda, in verbis, que
“(...) inexistiu prejuízo ao Agravado no bojo do processo
administrativo disciplinar tendo em vista que como já
ressaltado foi lhe garantido a plenitude de todos os meios
necessários para o exercício de defesa garantido
constitucionalmente. Por conseguinte, a prova pericial acostada
às ff. 387 e 413/414 que o Agravado não era portador de doença
mental à época das irregularidades apontadas no relatório da
comissão processante, ou seja, a patologia a que foi acometido
existia antes do período de sua demissão em 18.12.2003”.
Em atenção ao princípio da celeridade processual e por não verificar
prejuízo para a parte agravada, deixo de abrir prazo para contrarrazões.
É o relatório.
9
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.089.813
MINAS GERAIS
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
Conforme expresso na decisão agravada, a jurisprudência desta
Corte está consolidada no sentido de que a afronta aos princípios da
legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório,
dos limites da coisa julgada ou da prestação jurisdicional, quando
depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas
infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à
Constituição Federal, o que não enseja reexame da questão em recurso
extraordinário.
Ressalte-se que esta Corte, ao examinar o ARE nº 748.371/MT-RG, de
relatoria do Ministro Gilmar Mendes, DJe de 1º/8/13, Tema 660,
reafirmou esse entendimento. O referido julgado foi assim ementado:
“Alegação de cerceamento do direito de defesa. Tema
relativo à suposta violação aos princípios do contraditório, da
ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo
legal. Julgamento da causa dependente de prévia análise da
adequada aplicação das normas infraconstitucionais. Rejeição
da repercussão geral.”
De resto, o acórdão recorrido foi enfático ao assentar que
“(…) a prova pericial realizada nos autos desta ação não
deixa dúvida de que o autor já padecia à época de doença
mental incapacitante. Portanto, não era capaz de entender a
gravidade dos fatos que lhe estavam sendo imputados, ainda
que tenha acompanhado pessoalmente o procedimento
administrativo, atendendo às intimações realizadas.
(…)
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.089.813
MINAS GERAIS
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
Conforme expresso na decisão agravada, a jurisprudência desta
Corte está consolidada no sentido de que a afronta aos princípios da
legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório,
dos limites da coisa julgada ou da prestação jurisdicional, quando
depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas
infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à
Constituição Federal, o que não enseja reexame da questão em recurso
extraordinário.
Ressalte-se que esta Corte, ao examinar o ARE nº 748.371/MT-RG, de
relatoria do Ministro Gilmar Mendes, DJe de 1º/8/13, Tema 660,
reafirmou esse entendimento. O referido julgado foi assim ementado:
“Alegação de cerceamento do direito de defesa. Tema
relativo à suposta violação aos princípios do contraditório, da
ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo
legal. Julgamento da causa dependente de prévia análise da
adequada aplicação das normas infraconstitucionais. Rejeição
da repercussão geral.”
De resto, o acórdão recorrido foi enfático ao assentar que
“(…) a prova pericial realizada nos autos desta ação não
deixa dúvida de que o autor já padecia à época de doença
mental incapacitante. Portanto, não era capaz de entender a
gravidade dos fatos que lhe estavam sendo imputados, ainda
que tenha acompanhado pessoalmente o procedimento
administrativo, atendendo às intimações realizadas.
(…)
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 16
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 1089813 AGR / MG
A conclusão a que chegou o expert é corroborada pelas
demais provas dos autos, tais como o Boletim de Ocorrência
lavrado em 06/07/2003 (fls.107/108) que noticia o incêndio
provocado pelo autor na barraquinha da Prefeitura de Morro
da Graça, a avaliação realizada pela própria Secretaria de
Estado de Saúde de Minas Gerais em julho de 2007 após a
ocorrência do referido fato (fls. 292/295) e sua posterior
internação no Hospital Psiquiátrico Galba Veloso de 07/03/2003
a 30/03/2003 (fls. 295/325), no qual foi fornecido tratamento em
virtude de distúrbio psiquiátrico - ‘psicomaníaco’, todas
anteriores
à instauração do Processo Administrativo
Disciplinar” (grifei).
Destarte, conforme já consignado na decisão agravada, para divergir
destas conclusões e acolher a pretensão recursal, seria imprescindível o
reexame do conjunto fático-probatório da causa, o qual não é cabível no
âmbito do recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279 desta
Suprema Corte. Sobre o tema, além dos precedentes já citados, anotem-se
os seguintes:
“DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO EM
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. POLICIAL
MIILTAR. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR.
AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. SÚMULAS
279/STF. 1. A resolução da controvérsia demanda a análise dos
fatos e provas constantes dos autos, o que é vedado em recurso
extraordinário. Incidência das Súmulas 279/STF. 2. Nos termos
do art. 85, § 11, do CPC/2015, fica majorado em 25% o valor da
verba honorária fixada anteriormente, observados os limites
legais do art. 85, §§ 2º e 3º, do CPC/2015. 3. Agravo interno a
que se nega provimento, com aplicação da multa prevista no
art. 1.021, §4º, do CPC/2015, em caso de unanimidade” (ARE nº
1.018.342/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Roberto
Barroso, DJe de 18/5/17).
“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1089813 AGR / MG
A conclusão a que chegou o expert é corroborada pelas
demais provas dos autos, tais como o Boletim de Ocorrência
lavrado em 06/07/2003 (fls.107/108) que noticia o incêndio
provocado pelo autor na barraquinha da Prefeitura de Morro
da Graça, a avaliação realizada pela própria Secretaria de
Estado de Saúde de Minas Gerais em julho de 2007 após a
ocorrência do referido fato (fls. 292/295) e sua posterior
internação no Hospital Psiquiátrico Galba Veloso de 07/03/2003
a 30/03/2003 (fls. 295/325), no qual foi fornecido tratamento em
virtude de distúrbio psiquiátrico - ‘psicomaníaco’, todas
anteriores
à instauração do Processo Administrativo
Disciplinar” (grifei).
Destarte, conforme já consignado na decisão agravada, para divergir
destas conclusões e acolher a pretensão recursal, seria imprescindível o
reexame do conjunto fático-probatório da causa, o qual não é cabível no
âmbito do recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279 desta
Suprema Corte. Sobre o tema, além dos precedentes já citados, anotem-se
os seguintes:
“DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO EM
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. POLICIAL
MIILTAR. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR.
AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. SÚMULAS
279/STF. 1. A resolução da controvérsia demanda a análise dos
fatos e provas constantes dos autos, o que é vedado em recurso
extraordinário. Incidência das Súmulas 279/STF. 2. Nos termos
do art. 85, § 11, do CPC/2015, fica majorado em 25% o valor da
verba honorária fixada anteriormente, observados os limites
legais do art. 85, §§ 2º e 3º, do CPC/2015. 3. Agravo interno a
que se nega provimento, com aplicação da multa prevista no
art. 1.021, §4º, do CPC/2015, em caso de unanimidade” (ARE nº
1.018.342/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Roberto
Barroso, DJe de 18/5/17).
“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 16
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 1089813 AGR / MG
2. Processo administrativo disciplinar. Demissão de policial
militar. 3. Alegação de inobservância dos princípios do devido
processo legal, ampla defesa e contraditório. Ofensa reflexa à
Constituição Federal. 4. Contestação de provas. Necessidade do
reexame ou revolvimento do conjunto fático-probatório.
Impossibilidade. Súmula 279. Precedentes. Jurisprudência
consolidada. 5. Ausência de argumentos capazes de infirmar a
decisão agravada. 6. Agravo regimental a que se nega
provimento” (ARE nº 958.521/SP-AgR, Segunda Turma, Relator
o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 7/2/17).
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INTERPOSIÇÃO EM
30.8.2016. DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO
MUNICIPAL. DEMISSÃO. PROCESSO ADMINISTRATIVO
DISCIPLINAR. CONTEXTO FÁTICO PROBATÓRIO. SÚMULA
279 DO STF. ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULA
280 DO STF. IMPOSSIBILIDADE. VIOLAÇÃO DO PRINCÍPIO
DA AMPLA DEFESA. REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA -
ARE
748.371.
MAJORAÇÃO
DE
HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. IMPOSIÇÃO DE MULTA. AGRAVO
REGIMENTAL DESPROVIDO . 1. É inadmissível o recurso
extraordinário quando sua análise implica rever a interpretação
de norma infraconstitucional e o reexame dos fatos e provas.
Incidência das Súmulas 279 e 280 do STF. 2. O Supremo
Tribunal Federal já assentou, sob a sistemática da repercussão
geral, que suposta ofensa aos princípios da ampla defesa e do
contraditório, quando a violação é debatida sob a ótica
infraconstitucional, não apresenta repercussão geral, o que
torna inadmissível o recurso extraordinário. (RE 748.371-RG,
Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 1º.08.2013 tema 660). 3. Agravo
regimental a que se nega provimento, com majoração de
honorários advocatícios, com base no art. 85, § 11, do CPC, e
aplicação de multa, nos termos do art. 1.021, § 4º, do CPC”
(ARE nº 976.660/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro
Edson Fachin, DJe de 22/11/16).
3
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1089813 AGR / MG
2. Processo administrativo disciplinar. Demissão de policial
militar. 3. Alegação de inobservância dos princípios do devido
processo legal, ampla defesa e contraditório. Ofensa reflexa à
Constituição Federal. 4. Contestação de provas. Necessidade do
reexame ou revolvimento do conjunto fático-probatório.
Impossibilidade. Súmula 279. Precedentes. Jurisprudência
consolidada. 5. Ausência de argumentos capazes de infirmar a
decisão agravada. 6. Agravo regimental a que se nega
provimento” (ARE nº 958.521/SP-AgR, Segunda Turma, Relator
o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 7/2/17).
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INTERPOSIÇÃO EM
30.8.2016. DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO
MUNICIPAL. DEMISSÃO. PROCESSO ADMINISTRATIVO
DISCIPLINAR. CONTEXTO FÁTICO PROBATÓRIO. SÚMULA
279 DO STF. ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULA
280 DO STF. IMPOSSIBILIDADE. VIOLAÇÃO DO PRINCÍPIO
DA AMPLA DEFESA. REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA -
ARE
748.371.
MAJORAÇÃO
DE
HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. IMPOSIÇÃO DE MULTA. AGRAVO
REGIMENTAL DESPROVIDO . 1. É inadmissível o recurso
extraordinário quando sua análise implica rever a interpretação
de norma infraconstitucional e o reexame dos fatos e provas.
Incidência das Súmulas 279 e 280 do STF. 2. O Supremo
Tribunal Federal já assentou, sob a sistemática da repercussão
geral, que suposta ofensa aos princípios da ampla defesa e do
contraditório, quando a violação é debatida sob a ótica
infraconstitucional, não apresenta repercussão geral, o que
torna inadmissível o recurso extraordinário. (RE 748.371-RG,
Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 1º.08.2013 tema 660). 3. Agravo
regimental a que se nega provimento, com majoração de
honorários advocatícios, com base no art. 85, § 11, do CPC, e
aplicação de multa, nos termos do art. 1.021, § 4º, do CPC”
(ARE nº 976.660/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro
Edson Fachin, DJe de 22/11/16).
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 16
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 1089813 AGR / MG
Manifestamente improcedente, nego provimento ao agravo
regimental e condeno a parte agravante ao pagamento de multa de 2%
(dois por cento) do valor atualizado da causa, consoante disposto no art.
1.021, § 4º, do Código de Processo Civil, caso seja unânime a votação.
Determino que, a título de honorários recursais, a verba honorária já
fixada seja acrescida do valor equivalente a 10% (dez por cento) de seu
total, nos termos do art. 85, § 11, do Código de Processo Civil, observados
os limites dos §§ 2º e 3º do citado artigo e a eventual concessão do
benefício da gratuidade da justiça.
É como voto.
4
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1089813 AGR / MG
Manifestamente improcedente, nego provimento ao agravo
regimental e condeno a parte agravante ao pagamento de multa de 2%
(dois por cento) do valor atualizado da causa, consoante disposto no art.
1.021, § 4º, do Código de Processo Civil, caso seja unânime a votação.
Determino que, a título de honorários recursais, a verba honorária já
fixada seja acrescida do valor equivalente a 10% (dez por cento) de seu
total, nos termos do art. 85, § 11, do Código de Processo Civil, observados
os limites dos §§ 2º e 3º do citado artigo e a eventual concessão do
benefício da gratuidade da justiça.
É como voto.
4
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14230832.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 16
Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.089.813
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : MUNICIPIO DE MORRO DA GARCA
ADV.(A/S) : MARCELO RIBEIRO MACHADO (105042/MG)
AGDO.(A/S) : JOSE DARIO DOS SANTOS
ADV.(A/S) : BARBARA DO NASCIMENTO FRANCA (140145/MG)
ADV.(A/S) : MARCOS ANTONIO ALVES PENIDO (60034/MG)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, com imposição de multa de 2% (dois por cento) do valor
atualizado da causa (art. 1.021, § 4º, do CPC), nos termos do voto
do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a
7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217765
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.089.813
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : MUNICIPIO DE MORRO DA GARCA
ADV.(A/S) : MARCELO RIBEIRO MACHADO (105042/MG)
AGDO.(A/S) : JOSE DARIO DOS SANTOS
ADV.(A/S) : BARBARA DO NASCIMENTO FRANCA (140145/MG)
ADV.(A/S) : MARCOS ANTONIO ALVES PENIDO (60034/MG)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, com imposição de multa de 2% (dois por cento) do valor
atualizado da causa (art. 1.021, § 4º, do CPC), nos termos do voto
do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a
7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217765
Inteiro Teor do Acórdão - Página 16 de 16
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14257101 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-01T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa de 2% (dois por cento) do valor atualizado da causa (art. 1.021, § 4º, do CPC), nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Direito Administrativo. Processo administrativo disciplinar. Doença mental preexistente. Violação dos princípios do contraditório e da ampla defesa. Ofensa reflexa. Fatos e provas. Reexame. Impossibilidade. Precedentes.
1. Ausência de repercussão geral do tema relativo à suposta violação dos princípios da legalidade, do contraditório, da ampla defesa, do devido processo legal, bem como dos limites objetivos da coisa julgada (ARE nº 748.371/MT, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Tema 660, DJe de 1º/8/13).
2. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame do conjunto fático-probatório da causa. Incidência da Súmula nº 279/STF.
3. Agravo regimental não provido, com imposição de multa de 2% do valor atualizado da causa.
4. Majoração da verba honorária em valor equivalente a 10% (dez por cento) do total daquela já fixada (art. 85, §§ 2º, 3º e 11, do CPC), observada a eventual concessão do benefício da gratuidade da justiça. | sjur379615 | - Acórdão(s) citado(s):
(PRINCÍPIOS PROCESSUAIS)
ARE 748371 RG.
(SÚMULA 279)
ARE 958521 AgR (2ªT), ARE 1018342 AgR (1ªT).
Número de páginas: 16.
Análise: 07/02/2018, BMP. | DIAS TOFFOLI | Segunda Turma | 1089813 | [
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-00085 PAR-00002 PAR-00003 PAR-00011\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 1089813 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : MUNICIPIO DE MORRO DA GARCA
ADV.(A/S) : MARCELO RIBEIRO MACHADO
AGDO.(A/S) : JOSE DARIO DOS SANTOS
ADV.(A/S) : BARBARA DO NASCIMENTO FRANCA
ADV.(A/S) : MARCOS ANTONIO ALVES PENIDO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1 . 089 . 813",
"ARE [UNK] 748 . 371 / MT",
"Súmula [UNK] 279 / STF",
"ARE 1089813 AGR / MG",
"ARE 1089813 AGR / MG",
"RECURSO",
"ARE 1089813 AGR / MG",
"Súmulas 282 e 356 do STF",
"ARE 1089813 AGR / MG",
"Súmulas 282 e 356 do STF",
"ARE 1089813",
"AI [UNK] 551 . 533 / MG - AgR",
"AI [UNK] 360 . 265 / RJ - AgR",
"ARE 1089813 AGR / MG",
"AI [UNK] 551 . 533 / MG - AgR",
"AI [UNK] 360 . 265 / RJ - AgR",
"ARE 1089813 AGR / MG",
"ARE 1089813 AGR / MG",
"ARE 1089813 AGR / MG",
"ARE 1089813 AGR / MG",
"ARE 1089813 AGR / MG",
"Súmula [UNK] 279 desta Suprema Corte",
"ARE 1089813 AGR / MG",
"Súmula [UNK] 279 desta Suprema Corte",
"ARE 1089813 AGR / MG",
"SÚMULAS N . 279",
"ARE [UNK] 689 . 777 / MG - AgR",
"Súmula [UNK] 279 / STF .",
"AI [UNK] 720 . 110 / PR - AgR",
"SÚMULAS STF 279",
"ARE 1089813 AGR / MG",
"SÚMULAS N . 279",
"ARE [UNK] 689 . 777 / MG - AgR",
"Súmula [UNK] 279 / STF",
"AI [UNK] 720 . 110 / PR - AgR",
"ARE 1089813 AGR / MG",
"AI [UNK] 804 . 428 / MG - AgR",
"SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"AI [UNK] 712 . 362 / PE",
"ARE 1089813 AGR / MG",
"AI [UNK] 804 . 428 / MG - AgR",
"SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"AI [UNK] 712 . 362 / PE",
"ARE 1089813 AGR / MG",
"ARE 1089813 AGR / MG",
"ARE [UNK] 748 . 371 / MT - RG",
"ARE [UNK] 748 . 371 / MT - RG",
"ARE 1089813",
"Súmula [UNK] 279 desta Suprema Corte",
"Súmulas",
"ARE [UNK] 1 . 018 . 342 / SP - AgR",
"ARE 1089813 AGR / MG",
"Súmula [UNK] 279 desta Suprema Corte",
"Súmulas 279 / STF",
"ARE [UNK] 1 . 018 . 342 / SP - AgR",
"ARE 1089813 AGR",
"ARE [UNK] 958 . 521 / SP - AgR",
"SÚMULA 279 DO STF",
"SÚMULA 280 DO STF",
"ARE 748 . 371",
"Súmulas 279 e 280 do STF",
"RE 748 . 371 - RG",
"ARE [UNK] 976 . 660 / SP - AgR",
"ARE 1089813 AGR / MG",
"ARE [UNK] 958 . 521 / SP - AgR",
"SÚMULA 279 DO STF",
"SÚMULA 280 DO STF",
"ARE 748 . 371",
"Súmulas 279",
"RE 748 . 371 - RG",
"ARE [UNK] 976 . 660 / SP - AgR",
"ARE 1089813 AGR / MG",
"ARE 1089813 AGR / MG"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 85 , § § [UNK] , [UNK] e 11 , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 166 , inciso I do Código Civil",
"art . 20 , § [UNK] do Código de Processo Civil",
"artigos [UNK] , inciso LV , e 37 , inciso XIV , da Constituição Federal",
"artigo 37 , inciso XIV , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 166 , inciso I do Código Civil",
"art . 20 , § [UNK] do Código de Processo Civil",
"artigos [UNK] , inciso LV , e 37 , inciso XIV , da Constituição Federal",
"artigo 37 , inciso XIV , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Portaria n . 055 / 2003",
"Portaria n . 043 / 2003",
"Portaria n . 061 / 2003",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Portaria n . 055 / 2003",
"Portaria n . 043 / 2003",
"Portaria n . 061 / 2003",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 166 , inciso I , do Código Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"I , do Código Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI ESTADUAL 5 . 301 / 1969",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI ESTADUAL 5 . 301 / 1969",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"art . 85 , § 11 , do novo Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"art . 85 , § 11 , do novo Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 85 , § 11 , do CPC / 2015",
"art . 85 , § § [UNK] e [UNK] , do CPC / 2015",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 85 , § 11 , do CPC / 2015",
"art . 85 , § § [UNK] e [UNK] , do CPC / 2015",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"art . 85 , § 11 , do CPC",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"art . 85 , § 11 , do CPC",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"art . 85 , § 11 , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"art . 85 , § 11 , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"MINAS GERAIS",
"Brasília",
"Brasília",
"MINAS GERAIS",
"Município de Morro da Garça",
"MINAS GERAIS",
"MORRO DA GARCA",
"Município de Morro da Garça",
"MINAS GERAIS",
"MINAS GERAIS",
"MUNICIPIO DE MORRO DA GARCA"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"MUNICIPIO",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"MUNICIPIO",
"[UNK] Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
"Secretaria de Saúde de Minas Gerais",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Secretaria de Saúde de Minas Gerais",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"AGR",
"/",
"MG",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Prefeitura de",
"Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais",
"Hospital Psiquiátrico Galba Veloso",
"Hospital Psiquiátrico Galba Veloso",
"Hospital Galba Velloso",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Prefeitura de",
"Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais",
"Hospital Psiquiátrico Galba Veloso",
"Hospital Psiquiátrico Galba Veloso",
"Hospital Galba Velloso",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
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"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
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"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"MG",
"Prefeitura de Morro",
"Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais",
"Hospital Psiquiátrico Galba Veloso",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Prefeitura de Morro da Graça",
"Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais",
"Hospital Psiquiátrico Galba Veloso",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"MARCELO RIBEIRO MACHADO",
"JOSE DARIO DOS SANTOS",
"BARBARA DO NASCIMENTO FRANCA",
"MARCOS ANTONIO ALVES PENIDO",
"Gilmar Mendes",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCELO RIBEIRO MACHADO",
"JOSE DARIO DOS SANTOS",
"BARBARA DO NASCIMENTO FRANCA",
"MARCOS ANTONIO ALVES",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCELO RIBEIRO MACHADO",
"JOSE DARIO DOS SANTOS",
"BARBARA DO NASCIMENTO FRANCA",
"MARCOS ANTONIO ALVES",
"DIAS TOFFOLI",
"Gilmar Mendes",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Cármen Lúcia",
"Ellen Gracie",
"Cármen Lúcia",
"Ellen Gracie",
"Cármen Lúcia",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Gilmar Mendes",
"Gilmar Mendes",
"DIAS TOFFOLI",
"Roberto Barroso",
"Roberto Barroso",
"DIAS TOFFOLI",
"Gilmar Mendes",
"Gilmar Mendes",
"Edson Fachin",
"Gilmar Mendes",
"Gilmar Mendes",
"Edson Fachin",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCELO RIBEIRO MACHADO",
"JOSE DARIO DOS SANTOS",
"BARBARA DO NASCIMENTO FRANCA",
"MARCOS ANTONIO ALVES PENIDO",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCELO RIBEIRO MACHADO",
"JOSE DARIO DOS SANTOS",
"BARBARA DO NASCIMENTO FRANCA",
"MARCOS ANTONIO ALVES PENIDO",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar",
"Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"[UNK]",
"/",
"8",
"/",
"13",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
"/",
"12",
"7",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
"/",
"12",
"7",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
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"2017",
"17",
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"11",
"/",
"17",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
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"12",
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"2017",
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"11",
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"08",
"/",
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"/",
"3",
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"06",
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"08",
"/",
"2001",
"3",
"/",
"3",
"/",
"06",
"20",
"/",
"9",
"/",
"02",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
"/",
"02",
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"2003",
"22",
"/",
"10",
"/",
"2003",
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"/",
"2003",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
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"02",
"/",
"2003",
"22",
"/",
"10",
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"2003",
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"/",
"2003",
"24",
"/",
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"/",
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"julho de 2007",
"07",
"/",
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"/",
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"30",
"/",
"03",
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"julho de 2007",
"07",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"7",
"/",
"11",
"/",
"12",
"23",
"/",
"8",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
"/",
"8",
"/",
"11",
"4",
"/",
"6",
"/",
"10",
"24",
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"08",
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"2001",
"18",
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"8",
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"11",
"4",
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"6",
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"10",
"24",
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"08",
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"2001",
"18",
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"12",
".",
"2003",
".",
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"2001",
"24",
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"08",
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"2001",
"18",
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"12",
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"2003",
"24",
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"08",
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"2001",
"11",
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"12",
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"2017",
"[UNK]",
"/",
"8",
"/",
"13",
"24",
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"08",
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"2001",
"11",
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"12",
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"2017",
"[UNK]",
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"8",
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"13",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"07",
"/",
"2003",
"julho de 2007",
"07",
"/",
"03",
"/",
"2003",
"30",
"/",
"03",
"/",
"2003",
"18",
"/",
"5",
"/",
"17",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
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"07",
"/",
"2003",
"julho de 2007",
"07",
"/",
"03",
"/",
"2003",
"30",
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"03",
"/",
"2003",
"18",
"/",
"5",
"/",
"17",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"7",
"/",
"2",
"/",
"17",
"30",
".",
"8",
".",
"2016",
"[UNK]",
".",
"08",
".",
"2013",
"22",
"/",
"11",
"/",
"16",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"7",
"/",
"2",
"/",
"17",
"30",
".",
"8",
".",
"2016",
"[UNK]",
".",
"08",
".",
"2013",
"22",
"/",
"11",
"/",
"16",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
".",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 868.570 ACRE
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S)
:JOSÉ ALEKSANDRO DA SILVA
ADV.(A/S)
:ÂNGELA MARIA FERREIRA
EMBDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ACRE
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO
ACRE
INTDO.(A/S)
:KELY PESSOA DE OLIVEIRA E SILVA
ADV.(A/S)
:BRUNO ALVES PEREIRA
DE MASCARENHAS
BRAGA
INTDO.(A/S)
:ARIVALDO BARBOSA MOREIRA
INTDO.(A/S)
:DOMICIANO SEVERINO FILHO
INTDO.(A/S)
:CARLOS LARAN TABORGA
ADV.(A/S)
:ÂNGELA MARIA FERREIRA
EMENTA
Embargos de declaração nos embargos de declaração nos embargos
de declaração no agravo regimental no recurso extraordinário com
agravo. Direito processual Civil. Majoração, nos segundos embargos de
declaração, da multa anteriormente imposta. Possibilidade.
1. Na reiteração de embargos de declaração manifestamente
protelatórios é cabível a majoração da multa prevista no art. 1.026, § 2º, do
Código de Processo Civil (art. 1026, § 3º, do CPC).
2. Embargos de declaração rejeitados.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, em sessão virtual de 1°/12
a 7/12/2017, na conformidade da ata do julgamento, por unanimidade de
votos, em rejeitar os embargos de declaração, nos termos do voto do
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Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Ementa e Acórdão
ARE 868570 AGR-ED-ED-ED / AC
Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
ARE 868570 AGR-ED-ED-ED / AC
Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
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Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 868.570 ACRE
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S)
:JOSÉ ALEKSANDRO DA SILVA
ADV.(A/S)
:ÂNGELA MARIA FERREIRA
EMBDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ACRE
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO
ACRE
INTDO.(A/S)
:KELY PESSOA DE OLIVEIRA E SILVA
ADV.(A/S)
:BRUNO ALVES PEREIRA
DE MASCARENHAS
BRAGA
INTDO.(A/S)
:ARIVALDO BARBOSA MOREIRA
INTDO.(A/S)
:DOMICIANO SEVERINO FILHO
INTDO.(A/S)
:CARLOS LARAN TABORGA
ADV.(A/S)
:ÂNGELA MARIA FERREIRA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
José Aleksandro da Silva opõe tempestivos embargos de declaração
(6/10/17) contra acórdão assim ementado:
“Embargos de declaração nos embargos de declaração no
agravo regimental no recurso extraordinário com agravo.
Segundos embargos com que se busca rediscutir a causa.
Impossibilidade. Precedentes.
1. As questões trazidas nos declaratórios já foram
discutidas no julgamento do agravo regimental, sendo certo,
também, que as referidas alegações foram rejeitadas pela Turma
no julgamento dos embargos de declaração anteriormente
opostos.
2. Não se conhece de segundos embargos de declaração
cujo objetivo seja promover a rediscussão da causa.
3. Não conhecimento dos embargos de declaração, com
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11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 868.570 ACRE
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S)
:JOSÉ ALEKSANDRO DA SILVA
ADV.(A/S)
:ÂNGELA MARIA FERREIRA
EMBDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ACRE
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO
ACRE
INTDO.(A/S)
:KELY PESSOA DE OLIVEIRA E SILVA
ADV.(A/S)
:BRUNO ALVES PEREIRA
DE MASCARENHAS
BRAGA
INTDO.(A/S)
:ARIVALDO BARBOSA MOREIRA
INTDO.(A/S)
:DOMICIANO SEVERINO FILHO
INTDO.(A/S)
:CARLOS LARAN TABORGA
ADV.(A/S)
:ÂNGELA MARIA FERREIRA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
José Aleksandro da Silva opõe tempestivos embargos de declaração
(6/10/17) contra acórdão assim ementado:
“Embargos de declaração nos embargos de declaração no
agravo regimental no recurso extraordinário com agravo.
Segundos embargos com que se busca rediscutir a causa.
Impossibilidade. Precedentes.
1. As questões trazidas nos declaratórios já foram
discutidas no julgamento do agravo regimental, sendo certo,
também, que as referidas alegações foram rejeitadas pela Turma
no julgamento dos embargos de declaração anteriormente
opostos.
2. Não se conhece de segundos embargos de declaração
cujo objetivo seja promover a rediscussão da causa.
3. Não conhecimento dos embargos de declaração, com
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Relatório
ARE 868570 AGR-ED-ED-ED / AC
majoração da multa para 10% do valor atualizado da causa (art.
1026, § 3º, do CPC).”
Insurge-se o embargante contra a majoração, prevista no art. 1.026, §
3º, do Código de Processo Civil, da multa anteriormente imposta
consoante disposto no § 2º do mesmo artigo.
Aduz, in verbis, que
“[o] acesso à justiça está previsto no artigo 5º, XXXV da
Constituição Federal que diz: ‘a lei não excluirá da apreciação
do Poder Judiciário lesão ou ameaça de direito’. Pode ser
chamado também de princípio da inafastabilidade do controle
jurisdicional ou princípio do direito de ação.
No caso vertente, o Embargante se viu tolhido de seu
direito de apresentar seu aclaratório.”
É o relatório.
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 868570 AGR-ED-ED-ED / AC
majoração da multa para 10% do valor atualizado da causa (art.
1026, § 3º, do CPC).”
Insurge-se o embargante contra a majoração, prevista no art. 1.026, §
3º, do Código de Processo Civil, da multa anteriormente imposta
consoante disposto no § 2º do mesmo artigo.
Aduz, in verbis, que
“[o] acesso à justiça está previsto no artigo 5º, XXXV da
Constituição Federal que diz: ‘a lei não excluirá da apreciação
do Poder Judiciário lesão ou ameaça de direito’. Pode ser
chamado também de princípio da inafastabilidade do controle
jurisdicional ou princípio do direito de ação.
No caso vertente, o Embargante se viu tolhido de seu
direito de apresentar seu aclaratório.”
É o relatório.
2
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 868.570 ACRE
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
No caso, foi negado seguimento ao agravo em recurso extraordinário
do ora embargante, tendo em vista a ausência de preliminar de
repercussão geral na petição do recurso extraordinário.
Em seguida, ao interpor agravo regimental, o embargante não
impugnou o fundamento da decisão então agravada, razão pela qual esta
Segunda Turma não conheceu do referido recurso.
Contra essa decisão foram opostos embargos de declaração, nos
quais foram reiterados os mesmos argumentos já deduzidos nos recursos
anteriormente interpostos. Por esse motivo, os referidos embargos foram
rejeitados, por unanimidade, com aplicação de multa de 1%, consoante
previsto no art. 1.026, § 2º, do Código de Processo Civil.
Insistindo nos mesmos fundamentos, o embargante opôs novos
embargos de declaração, dos quais não se conheceu, com majoração da
multa anteriormente cominada no patamar de 10% do valor atualizado da
causa, nos exatos termos do § 3º do citado artigo.
Conforme já anteriormente consignado, não se nega que o direito de
ação é constitucionalmente assegurado, o que compreende os meios a isso
inerentes, dentre os quais se inclui o inegável direito de interpor recursos.
Entretanto, no caso em tela, é patente que o embargante exerceu, à
saciedade, tal direito, insistindo em reiterar questões que já haviam sido
devidamente analisadas em julgamentos anteriores, o que demonstra
comportamento claramente procrastinatório.
Com efeito, não obstante a rejeição dos primeiros aclaratórios com
aplicação de multa, em função do evidente caráter protelatório daquele
recurso, novos embargos foram opostos, repisando exatamente as
mesmas alegações, àquela altura já exaustivamente tidas como
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11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 868.570 ACRE
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
No caso, foi negado seguimento ao agravo em recurso extraordinário
do ora embargante, tendo em vista a ausência de preliminar de
repercussão geral na petição do recurso extraordinário.
Em seguida, ao interpor agravo regimental, o embargante não
impugnou o fundamento da decisão então agravada, razão pela qual esta
Segunda Turma não conheceu do referido recurso.
Contra essa decisão foram opostos embargos de declaração, nos
quais foram reiterados os mesmos argumentos já deduzidos nos recursos
anteriormente interpostos. Por esse motivo, os referidos embargos foram
rejeitados, por unanimidade, com aplicação de multa de 1%, consoante
previsto no art. 1.026, § 2º, do Código de Processo Civil.
Insistindo nos mesmos fundamentos, o embargante opôs novos
embargos de declaração, dos quais não se conheceu, com majoração da
multa anteriormente cominada no patamar de 10% do valor atualizado da
causa, nos exatos termos do § 3º do citado artigo.
Conforme já anteriormente consignado, não se nega que o direito de
ação é constitucionalmente assegurado, o que compreende os meios a isso
inerentes, dentre os quais se inclui o inegável direito de interpor recursos.
Entretanto, no caso em tela, é patente que o embargante exerceu, à
saciedade, tal direito, insistindo em reiterar questões que já haviam sido
devidamente analisadas em julgamentos anteriores, o que demonstra
comportamento claramente procrastinatório.
Com efeito, não obstante a rejeição dos primeiros aclaratórios com
aplicação de multa, em função do evidente caráter protelatório daquele
recurso, novos embargos foram opostos, repisando exatamente as
mesmas alegações, àquela altura já exaustivamente tidas como
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 868570 AGR-ED-ED-ED / AC
manifestamente improcedentes.
Ora, configurado o abuso do direito de recorrer, aqui demonstrado
pela reiteração de embargos declaratórios dotados do simples propósito
de retardar a prestação jurisdicional, justificada fica a majoração prevista
no art. 1.026, § 3º, do Código de Processo Civil.
Ante o exposto, rejeito os embargos de declaração.
É como voto.
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 868570 AGR-ED-ED-ED / AC
manifestamente improcedentes.
Ora, configurado o abuso do direito de recorrer, aqui demonstrado
pela reiteração de embargos declaratórios dotados do simples propósito
de retardar a prestação jurisdicional, justificada fica a majoração prevista
no art. 1.026, § 3º, do Código de Processo Civil.
Ante o exposto, rejeito os embargos de declaração.
É como voto.
2
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Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 868.570
PROCED. : ACRE
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S) : JOSÉ ALEKSANDRO DA SILVA
ADV.(A/S) : ÂNGELA MARIA FERREIRA (1941/AC)
EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ACRE
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ACRE
INTDO.(A/S) : KELY PESSOA DE OLIVEIRA E SILVA
ADV.(A/S) : BRUNO ALVES PEREIRA DE MASCARENHAS BRAGA (25496/DF)
INTDO.(A/S) : ARIVALDO BARBOSA MOREIRA
INTDO.(A/S) : DOMICIANO SEVERINO FILHO
INTDO.(A/S) : CARLOS LARAN TABORGA
ADV.(A/S) : ÂNGELA MARIA FERREIRA (1941/AC)
Decisão: A Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de
declaração, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217681
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 868.570
PROCED. : ACRE
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S) : JOSÉ ALEKSANDRO DA SILVA
ADV.(A/S) : ÂNGELA MARIA FERREIRA (1941/AC)
EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ACRE
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ACRE
INTDO.(A/S) : KELY PESSOA DE OLIVEIRA E SILVA
ADV.(A/S) : BRUNO ALVES PEREIRA DE MASCARENHAS BRAGA (25496/DF)
INTDO.(A/S) : ARIVALDO BARBOSA MOREIRA
INTDO.(A/S) : DOMICIANO SEVERINO FILHO
INTDO.(A/S) : CARLOS LARAN TABORGA
ADV.(A/S) : ÂNGELA MARIA FERREIRA (1941/AC)
Decisão: A Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de
declaração, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217681
Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14257061 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-01T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA
Embargos de declaração nos embargos de declaração nos embargos de declaração no agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Direito processual Civil. Majoração, nos segundos embargos de declaração, da multa anteriormente imposta. Possibilidade.
1. Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios é cabível a majoração da multa prevista no art. 1.026, § 2º, do Código de Processo Civil (art. 1026, § 3º, do CPC).
2. Embargos de declaração rejeitados. | sjur379576 | Número de páginas: 7.
Análise: 08/02/2018, BMP. | DIAS TOFFOLI | Segunda Turma | 868570 | [
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-01026 PAR-00002 PAR-00003\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL"
] | ARE-AgR-ED-ED-ED | acordaos | ARE 868570 AgR-ED-ED-ED | [
""
] | EMBTE.(S) : JOSÉ ALEKSANDRO DA SILVA
ADV.(A/S) : ÂNGELA MARIA FERREIRA
EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ACRE
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ACRE
INTDO.(A/S) : KELY PESSOA DE OLIVEIRA E SILVA
ADV.(A/S) : BRUNO ALVES PEREIRA DE MASCARENHAS BRAGA
INTDO.(A/S) : ARIVALDO BARBOSA MOREIRA
INTDO.(A/S) : DOMICIANO SEVERINO FILHO
INTDO.(A/S) : CARLOS LARAN TABORGA
ADV.(A/S) : ÂNGELA MARIA FERREIRA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"ARE 868570 AGR",
"ARE 868570",
"ARE 868570 AGR - ED - ED",
"ARE 868570 AGR"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 1 . 026 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"art . 1026 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1026 , § [UNK] , do CPC",
"art . 1 . 026 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"artigo [UNK] , XXXV da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1026 , § [UNK] , do CPC",
"art . 1 . 026 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"artigo [UNK] , XXXV da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 026 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 026 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 026 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 026 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"ESTADO DO ACRE",
"Brasília",
"Brasília",
"ESTADO DO ACRE",
"ESTADO DO ACRE",
"ACRE",
"ESTADO DO ACRE",
"ACRE",
"ESTADO DO ACRE"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ACRE",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ACRE",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"ACRE",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ACRE",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"JOSÉ ALEKSANDRO DA SILVA",
"ÂNGELA MARIA FERREIRA",
"KELY PESSOA DE OLIVEIRA E SILVA",
"BRUNO ALVES PEREIRA DE MASCARENHAS BRAGA",
"ARIVALDO BARBOSA MOREIRA",
"DOMICIANO SEVERINO FILHO",
"CARLOS LARAN TABORGA",
"ÂNGELA MARIA FERREIRA",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"JOSÉ",
"ALEKSANDRO DA SILVA",
"ÂNGELA MARIA FERREIRA",
"KELY PESSOA DE OLIVEIRA E SILVA",
"BRUNO ALVES PEREIRA DE MASCARENHAS BRAGA",
"ARIVALDO BARBOSA MOREIRA",
"DOMICIANO SEVERINO FILHO",
"CARLOS LARAN TABORGA",
"ÂNGELA MARIA FERREIRA",
"DIAS TOFFOLI",
"José Aleksandro da Silva",
"DIAS TOFFOLI",
"JOSÉ ALEKSANDRO DA SILVA",
"ÂNGELA MARIA FERREIRA",
"KELY PESSOA DE OLIVEIRA E SILVA",
"BRUNO ALVES PEREIRA DE MASCARENHAS BRAGA",
"ARIVALDO BARBOSA MOREIRA",
"DOMICIANO SEVERINO FILHO",
"CARLOS LARAN TABORGA",
"ÂNGELA MARIA FERREIRA",
"DIAS TOFFOLI",
"José Aleksandro da Silva",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"JOSÉ ALEKSANDRO DA SILVA",
"ÂNGELA MARIA FERREIRA",
"KELY PESSOA DE OLIVEIRA E SILVA",
"BRUNO ALVES PEREIRA DE MASCARENHAS BRAGA",
"ARIVALDO BARBOSA MOREIRA",
"CARLOS LARAN TABORGA",
"ÂNGELA MARIA FERREIRA",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"DIAS TOFFOLI",
"JOSÉ ALEKSANDRO DA SILVA",
"ÂNGELA MARIA FERREIRA",
"KELY PESSOA DE OLIVEIRA E SILVA",
"BRUNO ALVES PEREIRA DE MASCARENHAS BRAGA",
"ARIVALDO BARBOSA MOREIRA",
"DOMICIANO SEVERINO FILHO",
"CARLOS LARAN TABORGA",
"ÂNGELA MARIA FERREIRA",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1°",
"/",
"12",
"7",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"6",
"/",
"10",
"/",
"17",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"6",
"/",
"10",
"/",
"17",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.080.729
ALAGOAS
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
ADV.(A/S)
:ANDRE LUIZ TOKARSKI BOAVENTURA
ADV.(A/S)
:MARIANA VIANA FRAGA
AGDO.(A/S)
:ANA PAULA DE AMORIM SILVA
ADV.(A/S)
:EVERILDA BRANDAO GUILHERMINO
EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo.
Processual Civil e Administrativo. Aplicação da sistemática da
repercussão geral na origem. Não conhecimento do agravo. Concurso
público. Fase pré-contratual. Competência da Justiça do Trabalho.
Precedentes.
1. É pacífica a jurisprudência da Corte quanto ao não cabimento do
agravo previsto no art. 1.042, caput, do CPC/2015 contra a decisão com a
qual o Tribunal de origem julga prejudicado o recurso extraordinário
aplicando a sistemática da repercussão geral (AI nº 760.358-QO, Rel. Min.
Gilmar Mendes).
2. É assente o entendimento, nas duas Turmas da Corte, de que
compete à Justiça laboral o julgamento das controvérsias nas quais se
discutem questões afetas à fase pré-contratual relativas às pessoas
jurídicas integrantes da administração indireta.
3. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, em sessão virtual de 1º/12
a 7/12/2017, na conformidade da ata do julgamento, por unanimidade de
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14249780.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 16
Ementa e Acórdão
ARE 1080729 AGR / AL
votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do
Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14249780.
Supremo Tribunal Federal
ARE 1080729 AGR / AL
votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do
Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14249780.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 16
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.080.729
ALAGOAS
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
ADV.(A/S)
:ANDRE LUIZ TOKARSKI BOAVENTURA
ADV.(A/S)
:MARIANA VIANA FRAGA
AGDO.(A/S)
:ANA PAULA DE AMORIM SILVA
ADV.(A/S)
:EVERILDA BRANDAO GUILHERMINO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Caixa Econômica Federal interpõe tempestivo agravo regimental
(13/11/17) contra a decisão em que neguei seguimento ao recurso, com a
seguinte fundamentação:
“Vistos.
Trata-se de agravo interposto contra a decisão que não
admitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão da 8ª
Turma do Tribunal Superior do Trabalho, assim ementado:
‘I – AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO
PELA RECLAMADA. 1. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA
DO TRABALHO. OFENSA AOS ARTS. 109, I, E 114 DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL E 113, § 2º, DO CPC
INEXISTENTE. PRECEDENTES. ÓBICE DO ART. 896, §
7º, DA CLT E SÚMULA Nº 333 DO C. TST. Esta Corte
Superior tem decidido, reiteradamente, que compete à
Justiça do Trabalho conhecer dos pedidos relacionados ao
período pré-contratual, tais como o de nomeação para
emprego público na Administração Pública após
aprovação em concurso público. Precedentes. Inviável o
processamento do recurso de revista, nos termos do art.
896, § 7º, da CLT e da Súmula nº 333 deste Tribunal. 2.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.080.729
ALAGOAS
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
ADV.(A/S)
:ANDRE LUIZ TOKARSKI BOAVENTURA
ADV.(A/S)
:MARIANA VIANA FRAGA
AGDO.(A/S)
:ANA PAULA DE AMORIM SILVA
ADV.(A/S)
:EVERILDA BRANDAO GUILHERMINO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Caixa Econômica Federal interpõe tempestivo agravo regimental
(13/11/17) contra a decisão em que neguei seguimento ao recurso, com a
seguinte fundamentação:
“Vistos.
Trata-se de agravo interposto contra a decisão que não
admitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão da 8ª
Turma do Tribunal Superior do Trabalho, assim ementado:
‘I – AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO
PELA RECLAMADA. 1. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA
DO TRABALHO. OFENSA AOS ARTS. 109, I, E 114 DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL E 113, § 2º, DO CPC
INEXISTENTE. PRECEDENTES. ÓBICE DO ART. 896, §
7º, DA CLT E SÚMULA Nº 333 DO C. TST. Esta Corte
Superior tem decidido, reiteradamente, que compete à
Justiça do Trabalho conhecer dos pedidos relacionados ao
período pré-contratual, tais como o de nomeação para
emprego público na Administração Pública após
aprovação em concurso público. Precedentes. Inviável o
processamento do recurso de revista, nos termos do art.
896, § 7º, da CLT e da Súmula nº 333 deste Tribunal. 2.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14249777.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 16
Relatório
ARE 1080729 AGR / AL
NULIDADE.
NEGATIVA
DE
PRESTAÇÃO
JURISDICIONAL. OFENSA AOS ARTS. 93, IX, DA LEI
MAIOR, 832 DA CLT E 458 DO CPC NÃO
DEMONSTRADA. A matéria tida como omissa - direito à
nomeação e concurso público - foi analisada de forma
fundamentada pelo E. Tribunal Regional. Dessa forma,
fica rejeitada a indicação de ofensa aos arts. 93, IX, da CF,
832 da CLT e 458 do CPC. 3. CONCURSO PÚBLICO.
CADASTRO RESERVA. TERCEIRIZAÇÃO DAS
ATIVIDADES INERENTES À FUNÇÃO. DIREITO
SUBJETIVO À CONTRATAÇÃO. VIOLAÇÃO DOS
ARTS. 93, IX, 170 E 173 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL,
126, 131, 333, I, DO CPC, 818 E 832 DA
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO E 12, §
1º, DA LEI Nº 8.112/1990 INEXISTENTE.
PRECEDENTES. ÓBICE DO ART. 896, § 7º, DA CLT E
SÚMULA Nº 333 DO C. TST. O E. Regional registrou que
a Autora foi aprovada, em concurso público, para a função
de arquiteta e foi preterida em razão da contratação, pela
Reclamada, de empresa terceirizada para prestar serviços
de arquitetura. Assim, ao declarar o direito subjetivo da
Autora à nomeação, o E. Regional decidiu em consonância
com a atual jurisprudência do Tribunal Superior do
Trabalho, que, alinhado com as decisões do Supremo
Tribunal Federal, tem decidido, reiteradamente, que
configura desvio de finalidade a contratação de
empregados mediante terceirização para o exercício de
atribuições de função para a qual foi realizado concurso
público específicos. Precedentes. Inviável o processamento
do recurso de revista, nos termos do art. 896, § 7º, da CLT
e da Súmula nº 333 deste Tribunal. Agravo de
instrumento de que se conhece e a que se nega
provimento. II – AGRAVO DE INSTRUMENTO
INTERPOSTO
PELA
RECLAMANTE.
INTEMPESTIVIDADE. NÃO CONHECIMENTO. O r.
despacho denegatório foi republicado, para a Autora, em
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1080729 AGR / AL
NULIDADE.
NEGATIVA
DE
PRESTAÇÃO
JURISDICIONAL. OFENSA AOS ARTS. 93, IX, DA LEI
MAIOR, 832 DA CLT E 458 DO CPC NÃO
DEMONSTRADA. A matéria tida como omissa - direito à
nomeação e concurso público - foi analisada de forma
fundamentada pelo E. Tribunal Regional. Dessa forma,
fica rejeitada a indicação de ofensa aos arts. 93, IX, da CF,
832 da CLT e 458 do CPC. 3. CONCURSO PÚBLICO.
CADASTRO RESERVA. TERCEIRIZAÇÃO DAS
ATIVIDADES INERENTES À FUNÇÃO. DIREITO
SUBJETIVO À CONTRATAÇÃO. VIOLAÇÃO DOS
ARTS. 93, IX, 170 E 173 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL,
126, 131, 333, I, DO CPC, 818 E 832 DA
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO E 12, §
1º, DA LEI Nº 8.112/1990 INEXISTENTE.
PRECEDENTES. ÓBICE DO ART. 896, § 7º, DA CLT E
SÚMULA Nº 333 DO C. TST. O E. Regional registrou que
a Autora foi aprovada, em concurso público, para a função
de arquiteta e foi preterida em razão da contratação, pela
Reclamada, de empresa terceirizada para prestar serviços
de arquitetura. Assim, ao declarar o direito subjetivo da
Autora à nomeação, o E. Regional decidiu em consonância
com a atual jurisprudência do Tribunal Superior do
Trabalho, que, alinhado com as decisões do Supremo
Tribunal Federal, tem decidido, reiteradamente, que
configura desvio de finalidade a contratação de
empregados mediante terceirização para o exercício de
atribuições de função para a qual foi realizado concurso
público específicos. Precedentes. Inviável o processamento
do recurso de revista, nos termos do art. 896, § 7º, da CLT
e da Súmula nº 333 deste Tribunal. Agravo de
instrumento de que se conhece e a que se nega
provimento. II – AGRAVO DE INSTRUMENTO
INTERPOSTO
PELA
RECLAMANTE.
INTEMPESTIVIDADE. NÃO CONHECIMENTO. O r.
despacho denegatório foi republicado, para a Autora, em
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 16
Relatório
ARE 1080729 AGR / AL
11/12/2014 (quinta-feira, dia útil). Logo, o prazo de 8 dias
para interposição de agravo de instrumento, previsto no
art. 897, "a", da CLT, começou a fluir em 12/12/2014 (sexta-
feira, dia útil) e findou em 19/12/2014 (sexta-feira, dia útil).
Todavia, o agravo de instrumento foi interposto em
22/12/2014, quando já expirado o prazo recursal. Tal
circunstância demonstra a intempestividade da
interposição do agravo de instrumento, não tendo a
Reclamante sequer aludido à ocorrência de feriado local
ou dia útil sem expediente forense e inexistindo, nos
autos, certidão que ateste tais circunstâncias. Aplicação da
Súmula nº 385 do C. TST. Agravo de instrumento de que
não se conhece, por intempestividade.’
Opostos embargos de declaração, não foram providos.
No recurso extraordinário, sustenta-se violação dos
artigos 5º, 37, caput, inciso II, 109, 114, inciso I, 169, § 1º, inciso I,
170, inciso IV, e 173, caput, § 1º, inciso II, da Constituição
Federal.
A decisão agravada negou seguimento ao recurso
extraordinário amparada, também, nos seguintes fundamentos:
‘Quanto ao mais, o Supremo Tribunal Federal tem
entendimento pacífico no sentido de que não cabe recurso
extraordinário, por ausência de repercussão geral, em
matéria de direito à nomeação de candidato aprovado em
concurso público em face de posteriores contratações
temporárias, nas hipóteses em que não fica comprovada
a preterição.
Tal entendimento foi consagrado no ARE 808.524, da
relatoria do Min. Teori Zavascki, no qual a Corte
Suprema firmou a tese de que não há repercussão geral
em relação ao ‘Tema 735’ do ementário temático de
Repercussão Geral do STF, hipótese dos autos.
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão
atinente a tema cuja repercussão geral foi negada pelo
3
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1080729 AGR / AL
11/12/2014 (quinta-feira, dia útil). Logo, o prazo de 8 dias
para interposição de agravo de instrumento, previsto no
art. 897, "a", da CLT, começou a fluir em 12/12/2014 (sexta-
feira, dia útil) e findou em 19/12/2014 (sexta-feira, dia útil).
Todavia, o agravo de instrumento foi interposto em
22/12/2014, quando já expirado o prazo recursal. Tal
circunstância demonstra a intempestividade da
interposição do agravo de instrumento, não tendo a
Reclamante sequer aludido à ocorrência de feriado local
ou dia útil sem expediente forense e inexistindo, nos
autos, certidão que ateste tais circunstâncias. Aplicação da
Súmula nº 385 do C. TST. Agravo de instrumento de que
não se conhece, por intempestividade.’
Opostos embargos de declaração, não foram providos.
No recurso extraordinário, sustenta-se violação dos
artigos 5º, 37, caput, inciso II, 109, 114, inciso I, 169, § 1º, inciso I,
170, inciso IV, e 173, caput, § 1º, inciso II, da Constituição
Federal.
A decisão agravada negou seguimento ao recurso
extraordinário amparada, também, nos seguintes fundamentos:
‘Quanto ao mais, o Supremo Tribunal Federal tem
entendimento pacífico no sentido de que não cabe recurso
extraordinário, por ausência de repercussão geral, em
matéria de direito à nomeação de candidato aprovado em
concurso público em face de posteriores contratações
temporárias, nas hipóteses em que não fica comprovada
a preterição.
Tal entendimento foi consagrado no ARE 808.524, da
relatoria do Min. Teori Zavascki, no qual a Corte
Suprema firmou a tese de que não há repercussão geral
em relação ao ‘Tema 735’ do ementário temático de
Repercussão Geral do STF, hipótese dos autos.
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão
atinente a tema cuja repercussão geral foi negada pelo
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 16
Relatório
ARE 1080729 AGR / AL
Supremo Tribunal Federal, a interposição de recurso
extraordinário para reexame deste ponto da decisão é
manifestamente inviável, a teor do que dispõe o art. 1.030,
I, ‘a’, do atual CPC.
Ante o exposto, nego seguimento ao recurso
extraordinário.’
Decido.
Inicialmente não conheço do agravo no ponto em que
impugna a negativa de seguimento do recurso extraordinário,
em parte, por aplicação da sistemática da repercussão geral, por
incabível.
Nesse sentido, colhe-se a ementa do julgado proferido na
análise do ARE n° 761.661/PB-AgR, Plenário, Relator o Ministro
Joaquim Barbosa, DJe de 28/4/14:
‘AGRAVO
REGIMENTAL.
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DECISÃO DO
TRIBUNAL A QUO QUE APLICA A SISTEMÁTICA
DA REPERCUSSÃO GERAL (ART. 543-B DO CPC).
DESCABIMENTO DO AGRAVO PREVISTO NO ART.
544 DO CPC. CABIMENTO DE AGRAVO
REGIMENTAL (OU INTERNO) PARA A ORIGEM.
IMPOSSIBILIDADE DE CONVERSÃO EM AGRAVO
REGIMENTAL.
ACÓRDÃO
RECORRIDO
PUBLICADO APÓS 19.11.2009 .
É pacífico o entendimento desta Corte de que, por
não se cuidar de juízo negativo de admissibilidade de
recurso extraordinário, não é cabível o agravo previsto no
art. 544 do Código de Processo Civil, para atacar decisão
de Presidente de Tribunal ou Turma Recursal de origem
que aplique a sistemática da repercussão geral .
A parte que queira impugnar decisão monocrática de
Presidente de Tribunal ou de Turma Recursal de origem,
proferida nos termos do art. 543-B do CPC, deve fazê-lo
por meio de agravo regimental (ou interno).
4
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1080729 AGR / AL
Supremo Tribunal Federal, a interposição de recurso
extraordinário para reexame deste ponto da decisão é
manifestamente inviável, a teor do que dispõe o art. 1.030,
I, ‘a’, do atual CPC.
Ante o exposto, nego seguimento ao recurso
extraordinário.’
Decido.
Inicialmente não conheço do agravo no ponto em que
impugna a negativa de seguimento do recurso extraordinário,
em parte, por aplicação da sistemática da repercussão geral, por
incabível.
Nesse sentido, colhe-se a ementa do julgado proferido na
análise do ARE n° 761.661/PB-AgR, Plenário, Relator o Ministro
Joaquim Barbosa, DJe de 28/4/14:
‘AGRAVO
REGIMENTAL.
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DECISÃO DO
TRIBUNAL A QUO QUE APLICA A SISTEMÁTICA
DA REPERCUSSÃO GERAL (ART. 543-B DO CPC).
DESCABIMENTO DO AGRAVO PREVISTO NO ART.
544 DO CPC. CABIMENTO DE AGRAVO
REGIMENTAL (OU INTERNO) PARA A ORIGEM.
IMPOSSIBILIDADE DE CONVERSÃO EM AGRAVO
REGIMENTAL.
ACÓRDÃO
RECORRIDO
PUBLICADO APÓS 19.11.2009 .
É pacífico o entendimento desta Corte de que, por
não se cuidar de juízo negativo de admissibilidade de
recurso extraordinário, não é cabível o agravo previsto no
art. 544 do Código de Processo Civil, para atacar decisão
de Presidente de Tribunal ou Turma Recursal de origem
que aplique a sistemática da repercussão geral .
A parte que queira impugnar decisão monocrática de
Presidente de Tribunal ou de Turma Recursal de origem,
proferida nos termos do art. 543-B do CPC, deve fazê-lo
por meio de agravo regimental (ou interno).
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 16
Relatório
ARE 1080729 AGR / AL
Inaplicável a conversão do presente recurso em
agravo regimental a ser apreciado pela origem, já que a
jurisprudência desta Corte já fixou entendimento de que
após 19.11.2009, data em que julgado o AI 760.358-QO, a
interposição do agravo previsto no art. 544 do CPC
configura erro grosseiro .
Agravo regimental a que se nega provimento’.
Ainda no mesmo sentido, as seguintes decisões
monocráticas: ARE nº 992.772/RS, Relator o Ministro Gilmar
Mendes, DJe de 20/9/16; ARE nº 951.782/RS, Relator o Ministro
Luiz Fux, DJe de 16/9/16 e ARE nº 959.611/RS, Relator o
Ministro Teori Zavascki, Dje de 13/9/16.
No mais, a irresignação não merece prosperar, uma vez
que este Supremo Tribunal Federal já assentou que é da Justiça
do Trabalho a competência para processar e julgar causas nas
quais se discutam questões relativas à fase pré-contratual, no
que se insere o processo seletivo para empregos públicos,
envolvendo particulares e pessoas jurídicas de direito privado
integrantes da administração pública indireta. Sobre o tema:
‘DIREITO MATERIAL E PROCESSUAL DO
TRABALHO. RECURSO DE REVISTA. EMPRESA
PÚBLICA. CONCURSO PÚBLICO. FASE PRÉ-
CONTRATUAL. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO
TRABALHO.
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO CPC/1973.
CONSONÂNCIA DA DECISÃO RECORRIDA COM A
JURISPRUDÊNCIA CRISTALIZADA DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO
QUE NÃO MERECE TRÂNSITO. REELABORAÇÃO DA
MOLDURA FÁTICA. PROCEDIMENTO VEDADO NA
INSTÂNCIA
EXTRAORDINÁRIA.
AGRAVO
MANEJADO SOB A VIGÊNCIA DO CPC/2015. 1. O
entendimento da Corte de origem, nos moldes do
assinalado na decisão agravada, não diverge da
5
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1080729 AGR / AL
Inaplicável a conversão do presente recurso em
agravo regimental a ser apreciado pela origem, já que a
jurisprudência desta Corte já fixou entendimento de que
após 19.11.2009, data em que julgado o AI 760.358-QO, a
interposição do agravo previsto no art. 544 do CPC
configura erro grosseiro .
Agravo regimental a que se nega provimento’.
Ainda no mesmo sentido, as seguintes decisões
monocráticas: ARE nº 992.772/RS, Relator o Ministro Gilmar
Mendes, DJe de 20/9/16; ARE nº 951.782/RS, Relator o Ministro
Luiz Fux, DJe de 16/9/16 e ARE nº 959.611/RS, Relator o
Ministro Teori Zavascki, Dje de 13/9/16.
No mais, a irresignação não merece prosperar, uma vez
que este Supremo Tribunal Federal já assentou que é da Justiça
do Trabalho a competência para processar e julgar causas nas
quais se discutam questões relativas à fase pré-contratual, no
que se insere o processo seletivo para empregos públicos,
envolvendo particulares e pessoas jurídicas de direito privado
integrantes da administração pública indireta. Sobre o tema:
‘DIREITO MATERIAL E PROCESSUAL DO
TRABALHO. RECURSO DE REVISTA. EMPRESA
PÚBLICA. CONCURSO PÚBLICO. FASE PRÉ-
CONTRATUAL. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO
TRABALHO.
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO CPC/1973.
CONSONÂNCIA DA DECISÃO RECORRIDA COM A
JURISPRUDÊNCIA CRISTALIZADA DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO
QUE NÃO MERECE TRÂNSITO. REELABORAÇÃO DA
MOLDURA FÁTICA. PROCEDIMENTO VEDADO NA
INSTÂNCIA
EXTRAORDINÁRIA.
AGRAVO
MANEJADO SOB A VIGÊNCIA DO CPC/2015. 1. O
entendimento da Corte de origem, nos moldes do
assinalado na decisão agravada, não diverge da
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Relatório
ARE 1080729 AGR / AL
jurisprudência firmada no Supremo Tribunal Federal.
Compreensão diversa demandaria a reelaboração da
moldura fática delineada no acórdão de origem, a tornar
oblíqua e reflexa eventual ofensa à Constituição,
insuscetível, como tal, de viabilizar o conhecimento do
recurso extraordinário. 2. As razões do agravo regimental
não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que
lastrearam a decisão agravada. 3. Agravo regimental
conhecido e não provido, com aplicação da penalidade
prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015, calculada à razão
de 1% (um por cento) sobre o valor atualizado da causa’
(ARE nº 969.781/DF-AgR, Primeira Turma, Relatora a
Ministra Rosa Weber, DJe de 6/12/16).
‘Agravo regimental no recurso extraordinário com
agravo. Administrativo. Concurso público. Fase pré-
contratual. Competência da justiça do trabalho. Curso de
formação. Reconhecimento do vínculo empregatício.
Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Fatos e
provas. Reexame. Impossibilidade. Precedentes. 1. É
pacífico o entendimento, nas duas Turmas da Corte, de
que compete à Justiça laboral o julgamento das
controvérsias nas quais se discutem questões afetas à fase
pré-contratual relativas às pessoas jurídicas integrantes da
administração indireta. 2. Para dissentir das conclusões do
Tribunal de origem no tocante ao reconhecimento do
vínculo empregatício, seria necessário o reexame da
legislação infraconstitucional pertinente, assim como dos
fatos e das provas dos autos, o que é inviável em recurso
extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 279 e 636/STF.
3. Agravo regimental não provido. 4. Inaplicável o art. 85,
§ 11, do CPC, pois não houve fixação prévia de honorários
advocatícios na causa’ (ARE nº 972.204/SP-AgR, Segunda
Turma, de minha relatoria, DJe de 29/8/16).
‘DIREITO DO TRABALHO E PROCESSUAL DO
6
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1080729 AGR / AL
jurisprudência firmada no Supremo Tribunal Federal.
Compreensão diversa demandaria a reelaboração da
moldura fática delineada no acórdão de origem, a tornar
oblíqua e reflexa eventual ofensa à Constituição,
insuscetível, como tal, de viabilizar o conhecimento do
recurso extraordinário. 2. As razões do agravo regimental
não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que
lastrearam a decisão agravada. 3. Agravo regimental
conhecido e não provido, com aplicação da penalidade
prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015, calculada à razão
de 1% (um por cento) sobre o valor atualizado da causa’
(ARE nº 969.781/DF-AgR, Primeira Turma, Relatora a
Ministra Rosa Weber, DJe de 6/12/16).
‘Agravo regimental no recurso extraordinário com
agravo. Administrativo. Concurso público. Fase pré-
contratual. Competência da justiça do trabalho. Curso de
formação. Reconhecimento do vínculo empregatício.
Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Fatos e
provas. Reexame. Impossibilidade. Precedentes. 1. É
pacífico o entendimento, nas duas Turmas da Corte, de
que compete à Justiça laboral o julgamento das
controvérsias nas quais se discutem questões afetas à fase
pré-contratual relativas às pessoas jurídicas integrantes da
administração indireta. 2. Para dissentir das conclusões do
Tribunal de origem no tocante ao reconhecimento do
vínculo empregatício, seria necessário o reexame da
legislação infraconstitucional pertinente, assim como dos
fatos e das provas dos autos, o que é inviável em recurso
extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 279 e 636/STF.
3. Agravo regimental não provido. 4. Inaplicável o art. 85,
§ 11, do CPC, pois não houve fixação prévia de honorários
advocatícios na causa’ (ARE nº 972.204/SP-AgR, Segunda
Turma, de minha relatoria, DJe de 29/8/16).
‘DIREITO DO TRABALHO E PROCESSUAL DO
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Relatório
ARE 1080729 AGR / AL
TRABALHO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONCURSO
PÚBLICO. DEMANDA AJUIZADA POR CANDIDATO
EM FACE DE EMPRESA SUBSIDIÁRIA DE SOCIEDADE
DE ECONOMIA MISTA. FASE PRÉ-CONTRATUAL.
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. OFENSA
AOS ARTS. 2º E 5º DA CONSTITUIÇÃO. SÚMULA
284/STF. TERCEIRIZAÇÃO. PRETERIÇÃO. DIREITO À
NOMEAÇÃO. PRECEDENTES. 1. O Plenário do Supremo
Tribunal Federal, no julgamento da ADI 3.395-MC, Rel.
Min. CEZAR PELUSO, DJ de 10/11/2006, afastou a
aplicação do art. 114, I, da CF/88, na redação conferida
pela EC 45/04, às causas entre o Poder Público e os
servidores a ele vinculados por relação jurídica estatutária.
2. Tal entendimento não se aplica às demandas
instauradas entre pessoas jurídicas de direito privado
integrantes da administração indireta e seus empregados,
cuja relação é regida pela Consolidação das Leis do
Trabalho (RE 505.816-AgR, Rel. Min. CARLOS BRITTO,
Primeira Turma, DJe de 18/5/2007), sendo irrelevante que a
ação seja relativa ao período pré-contratual, em que ainda
não há pacto de trabalho firmado entre as partes. 3.
Conforme orientação pacífica desta Corte, a ocupação
precária por terceirização para desempenho de atribuições
idênticas às de cargo efetivo vago, para o qual há
candidatos aprovados em concurso público vigente,
configura ato equivalente à preterição da ordem de
classificação no certame, ensejando o direito à nomeação
(ARE 776.070-AgR, Rel. Min. GILMAR MENDES, Segunda
Turma, DJe de 22/3/2011; ARE 649.046-AgR, Rel. Min.
LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 13/9/2012). 4. Agravo
regimental desprovido.’ (ARE nº 774.137/BA-AgR-2º
JULG, Segunda Turma, Relator o Ministro Teori Zavascki,
DJe de 29/10/14).
‘AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
7
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1080729 AGR / AL
TRABALHO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONCURSO
PÚBLICO. DEMANDA AJUIZADA POR CANDIDATO
EM FACE DE EMPRESA SUBSIDIÁRIA DE SOCIEDADE
DE ECONOMIA MISTA. FASE PRÉ-CONTRATUAL.
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. OFENSA
AOS ARTS. 2º E 5º DA CONSTITUIÇÃO. SÚMULA
284/STF. TERCEIRIZAÇÃO. PRETERIÇÃO. DIREITO À
NOMEAÇÃO. PRECEDENTES. 1. O Plenário do Supremo
Tribunal Federal, no julgamento da ADI 3.395-MC, Rel.
Min. CEZAR PELUSO, DJ de 10/11/2006, afastou a
aplicação do art. 114, I, da CF/88, na redação conferida
pela EC 45/04, às causas entre o Poder Público e os
servidores a ele vinculados por relação jurídica estatutária.
2. Tal entendimento não se aplica às demandas
instauradas entre pessoas jurídicas de direito privado
integrantes da administração indireta e seus empregados,
cuja relação é regida pela Consolidação das Leis do
Trabalho (RE 505.816-AgR, Rel. Min. CARLOS BRITTO,
Primeira Turma, DJe de 18/5/2007), sendo irrelevante que a
ação seja relativa ao período pré-contratual, em que ainda
não há pacto de trabalho firmado entre as partes. 3.
Conforme orientação pacífica desta Corte, a ocupação
precária por terceirização para desempenho de atribuições
idênticas às de cargo efetivo vago, para o qual há
candidatos aprovados em concurso público vigente,
configura ato equivalente à preterição da ordem de
classificação no certame, ensejando o direito à nomeação
(ARE 776.070-AgR, Rel. Min. GILMAR MENDES, Segunda
Turma, DJe de 22/3/2011; ARE 649.046-AgR, Rel. Min.
LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 13/9/2012). 4. Agravo
regimental desprovido.’ (ARE nº 774.137/BA-AgR-2º
JULG, Segunda Turma, Relator o Ministro Teori Zavascki,
DJe de 29/10/14).
‘AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
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Relatório
ARE 1080729 AGR / AL
EXTRAORDINÁRIO
COM
AGRAVO.
ADMINISTRATIVO.
PROCESSO
SELETIVO.
PETROBRAS.
FASE
PRÉ-CONTRATUAL.
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO.
AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO’ (ARE nº 788.593/DF-AgR, Segunda
Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 27/2/15).
Anote-se, ainda, as seguintes decisões monocráticas: ARE
nº 1.076.861/ES, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJe de
29/9/17; ARE nº 1.057.996/RO, Relator o Ministro Edson Fachin,
DJe de 25/8/17; ARE nº 678.116/DF, Relator o Ministro
Alexandre de Moraes, DJe de 8/8/17 e ARE nº 1.057.961-AL,
Relator o Ministro Roberto Barroso, DJe de 1º/8/17.
Ante o exposto, nos termos do artigo 21, § 1º, do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego
seguimento ao recurso.”
Sustenta o agravante que a matéria relativa à competência da justiça
comum ou da justiça especializada para o julgamento da causa não
estaria pacificada nesta Suprema Corte.
Aduz, in verbis, que
“4. A questão debatida, vale esclarecer, situando-se na fase
autônoma e meramente administrativa do concurso publico,
quando sequer contato há entre candidatos aprovados e
Administração Pública, conforme bem delimitado na peça de
apelo extraordinário, comporta a incidência de outros
precedentes desse e. STF, pelo que, firme nestes, a questão deve
ser dirimida na Justiça Federal, conforme preceitua o art. 109, I,
da CF/88 e suplicado no recurso obstado”.
Alega, também, que, haveria precedente da Primeira Turma desta
Corte no sentido de ser cabível recurso extraordinário contra a decisão em
que se aplica a sistemática da repercussão geral na origem.
Em atenção ao princípio da celeridade processual e por não verificar
8
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1080729 AGR / AL
EXTRAORDINÁRIO
COM
AGRAVO.
ADMINISTRATIVO.
PROCESSO
SELETIVO.
PETROBRAS.
FASE
PRÉ-CONTRATUAL.
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO.
AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO’ (ARE nº 788.593/DF-AgR, Segunda
Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 27/2/15).
Anote-se, ainda, as seguintes decisões monocráticas: ARE
nº 1.076.861/ES, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJe de
29/9/17; ARE nº 1.057.996/RO, Relator o Ministro Edson Fachin,
DJe de 25/8/17; ARE nº 678.116/DF, Relator o Ministro
Alexandre de Moraes, DJe de 8/8/17 e ARE nº 1.057.961-AL,
Relator o Ministro Roberto Barroso, DJe de 1º/8/17.
Ante o exposto, nos termos do artigo 21, § 1º, do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego
seguimento ao recurso.”
Sustenta o agravante que a matéria relativa à competência da justiça
comum ou da justiça especializada para o julgamento da causa não
estaria pacificada nesta Suprema Corte.
Aduz, in verbis, que
“4. A questão debatida, vale esclarecer, situando-se na fase
autônoma e meramente administrativa do concurso publico,
quando sequer contato há entre candidatos aprovados e
Administração Pública, conforme bem delimitado na peça de
apelo extraordinário, comporta a incidência de outros
precedentes desse e. STF, pelo que, firme nestes, a questão deve
ser dirimida na Justiça Federal, conforme preceitua o art. 109, I,
da CF/88 e suplicado no recurso obstado”.
Alega, também, que, haveria precedente da Primeira Turma desta
Corte no sentido de ser cabível recurso extraordinário contra a decisão em
que se aplica a sistemática da repercussão geral na origem.
Em atenção ao princípio da celeridade processual e por não verificar
8
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Relatório
ARE 1080729 AGR / AL
prejuízo para a parte agravada, deixo de abrir prazo para contrarrazões.
É o relatório.
9
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1080729 AGR / AL
prejuízo para a parte agravada, deixo de abrir prazo para contrarrazões.
É o relatório.
9
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 16
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.080.729
ALAGOAS
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
Anote-se, inicialmente, que, ao contrário do alegado pelo agravante,
no ARE nº 1.021.204/RO, não houve aplicação da sistemática da
repercussão geral pela Corte de origem, a qual não admitiu o recurso
extraordinário asseverando ser meramente reflexa a ofensa ao texto
constitucional. Contra essa decisão, houve agravo visando a subida do
apelo extremo, e, então, nesta Suprema Corte, determinou-se a
devolução dos autos ao Tribunal a quo em razão de já ter havido o
reconhecimento da repercussão geral da matéria nele em debate. Desse
modo, não há falar em divergência de entendimento nesta Corte sobre a
questão.
Assim, correta a decisão agravada no ponto em que não conheceu do
recurso extraordinário, tendo em vista a aplicação da sistemática da
repercussão geral pelo Tribunal de origem, nos termos da pacífica
jurisprudência desta Corte. À propósito:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO PROCESSUAL
CIVIL. AGRAVO CONTRA DECISÃO DO JUÍZO DE ORIGEM
PELA QUAL APLICADA A SISTEMÁTICA DA
REPERCUSSÃO
GERAL:
RECURSO
INCABÍVEL.
PRECEDENTES. ART. 1.042, CAPUT, DO CÓDIGO DE
PROCESSO
CIVIL/2015.
MULTA APLICADA NO
PERCENTUAL DE 1%, CONFORME ART. 1.021, § 4º, DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO
QUAL SE NEGA PROVIMENTO” ARE nº 970.233/MS-AgR,
Plenário, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 3/2/17).
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.080.729
ALAGOAS
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
Anote-se, inicialmente, que, ao contrário do alegado pelo agravante,
no ARE nº 1.021.204/RO, não houve aplicação da sistemática da
repercussão geral pela Corte de origem, a qual não admitiu o recurso
extraordinário asseverando ser meramente reflexa a ofensa ao texto
constitucional. Contra essa decisão, houve agravo visando a subida do
apelo extremo, e, então, nesta Suprema Corte, determinou-se a
devolução dos autos ao Tribunal a quo em razão de já ter havido o
reconhecimento da repercussão geral da matéria nele em debate. Desse
modo, não há falar em divergência de entendimento nesta Corte sobre a
questão.
Assim, correta a decisão agravada no ponto em que não conheceu do
recurso extraordinário, tendo em vista a aplicação da sistemática da
repercussão geral pelo Tribunal de origem, nos termos da pacífica
jurisprudência desta Corte. À propósito:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO PROCESSUAL
CIVIL. AGRAVO CONTRA DECISÃO DO JUÍZO DE ORIGEM
PELA QUAL APLICADA A SISTEMÁTICA DA
REPERCUSSÃO
GERAL:
RECURSO
INCABÍVEL.
PRECEDENTES. ART. 1.042, CAPUT, DO CÓDIGO DE
PROCESSO
CIVIL/2015.
MULTA APLICADA NO
PERCENTUAL DE 1%, CONFORME ART. 1.021, § 4º, DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO
QUAL SE NEGA PROVIMENTO” ARE nº 970.233/MS-AgR,
Plenário, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 3/2/17).
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 16
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 1080729 AGR / AL
Quanto ao mais, é de se manter a decisão agravada, a qual também
reflete a jurisprudência desta Corte, firmada em ambas as Turmas, no
sentido de que é da Justiça do Trabalho a competência para processar e
julgar causas nas quais se discutam questões relativas à fase pré-
contratual, no que se insere o processo seletivo para empregos públicos,
envolvendo particulares e pessoas jurídicas de direito privado integrantes
da administração pública indireta. Sobre o tema, além dos precedentes já
citados, anotem-se:
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INTERPOSIÇÃO EM
6.2.2017. DIREITO ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO
PARA CARGO DA TRANSPORTADORA BRASILEIRA
GASODUTO BOLÍVIA BRASIL-S.A. DISCUSSÃO SOBRE
OCORRÊNCIA DE PRETERIÇÃO. COMPETÊNCIA DA
JUSTIÇA DO TRABALHO. 1. Nos termos da orientação firmada
no STF, compete à Justiça do Trabalho dirimir as controvérsias
instauradas entre pessoas jurídicas de direito privado
integrantes da Administração indireta e seus empregados, cuja
relação é regida pela Consolidação das Leis do Trabalho,
compreendendo, inclusive, a fase pré-contratual. 2. Agravo
regimental a que se nega provimento, com previsão de
aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, CPC. Fica a parte
vencida exonerada de honorários advocatícios, nos termos da
Súmula 512 do STF” (ARE nº 1.015.362/RJ-AgR, Segunda
Turma, Relator o Ministro Edson Fachin, DJe de 29/5/17).
“DIREITO MATERIAL E PROCESSUAL DO TRABALHO.
RECURSO DE REVISTA. SOCIEDADE DE ECONOMIA
MISTA. CONCURSO PÚBLICO. FASE PRÉ-CONTRATUAL.
COMPETÊNCIA
DA
JUSTIÇA
DO
TRABALHO.
CONSONÂNCIA DA DECISÃO RECORRIDA COM A
JURISPRUDÊNCIA
CRISTALIZADA
NO
SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO QUE
NÃO MERECE TRÂNSITO. RECURSO MANEJADO EM
04.02.2016. 1. O entendimento adotado pela Corte de origem,
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14249778.
Supremo Tribunal Federal
ARE 1080729 AGR / AL
Quanto ao mais, é de se manter a decisão agravada, a qual também
reflete a jurisprudência desta Corte, firmada em ambas as Turmas, no
sentido de que é da Justiça do Trabalho a competência para processar e
julgar causas nas quais se discutam questões relativas à fase pré-
contratual, no que se insere o processo seletivo para empregos públicos,
envolvendo particulares e pessoas jurídicas de direito privado integrantes
da administração pública indireta. Sobre o tema, além dos precedentes já
citados, anotem-se:
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INTERPOSIÇÃO EM
6.2.2017. DIREITO ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO
PARA CARGO DA TRANSPORTADORA BRASILEIRA
GASODUTO BOLÍVIA BRASIL-S.A. DISCUSSÃO SOBRE
OCORRÊNCIA DE PRETERIÇÃO. COMPETÊNCIA DA
JUSTIÇA DO TRABALHO. 1. Nos termos da orientação firmada
no STF, compete à Justiça do Trabalho dirimir as controvérsias
instauradas entre pessoas jurídicas de direito privado
integrantes da Administração indireta e seus empregados, cuja
relação é regida pela Consolidação das Leis do Trabalho,
compreendendo, inclusive, a fase pré-contratual. 2. Agravo
regimental a que se nega provimento, com previsão de
aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, CPC. Fica a parte
vencida exonerada de honorários advocatícios, nos termos da
Súmula 512 do STF” (ARE nº 1.015.362/RJ-AgR, Segunda
Turma, Relator o Ministro Edson Fachin, DJe de 29/5/17).
“DIREITO MATERIAL E PROCESSUAL DO TRABALHO.
RECURSO DE REVISTA. SOCIEDADE DE ECONOMIA
MISTA. CONCURSO PÚBLICO. FASE PRÉ-CONTRATUAL.
COMPETÊNCIA
DA
JUSTIÇA
DO
TRABALHO.
CONSONÂNCIA DA DECISÃO RECORRIDA COM A
JURISPRUDÊNCIA
CRISTALIZADA
NO
SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO QUE
NÃO MERECE TRÂNSITO. RECURSO MANEJADO EM
04.02.2016. 1. O entendimento adotado pela Corte de origem,
2
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 1080729 AGR / AL
nos moldes do assinalado na decisão agravada, não diverge da
jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal
Federal. 2. As razões do agravo regimental não se mostram
aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão
agravada. 3. Agravo regimental conhecido e não provido” (ARE
nº 934.646/DF-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Rosa
Weber, DJe de 1º/8/16).
“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo.
Administrativo. Concurso público. Competência da justiça do
trabalho. Fase pré-contratual. Exame psicotécnico. Violação do
princípio da legalidade. Legislação infraconstitucional e
cláusulas editalícias. Ofensa reflexa. Fatos e provas. Reexame.
Impossibilidade. Precedentes. 1. A afronta aos princípios da
legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa, do
contraditório, dos limites da coisa julgada ou da prestação
jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal,
da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas
ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal. 2. O Tribunal,
no julgamento do AI nº 758.533/MG, Relator o Ministro Gilmar
Mendes, assentou ser possível a exigência de teste psicotécnico
como condição de ingresso no serviço público, desde que: i)
haja previsão no edital regulamentador do certame e em lei; ii)
que referido exame seja realizado mediante critérios objetivos e
iii) que se confira a publicidade aos resultados da avaliação, a
fim de viabilizar sua eventual impugnação. 3. Na hipótese,
dissentir das conclusões do Tribunal de origem exigiria o
reexame das cláusulas do edital, assim como dos fatos e das
provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 454 e 279/STF. 4. É
pacífico o entendimento, nas duas Turmas desta Corte, de que
compete à Justiça laboral o julgamento das controvérsias nas
quais se discutem questões afetas à fase pré-contratual relativas
às pessoas jurídicas integrantes da administração indireta. 5.
Agravo regimental não provido” (ARE nº 657.002/PI-AgR,
Segunda Turma, de minha relatoria, DJe de 20/5/16).
3
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ARE 1080729 AGR / AL
nos moldes do assinalado na decisão agravada, não diverge da
jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal
Federal. 2. As razões do agravo regimental não se mostram
aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão
agravada. 3. Agravo regimental conhecido e não provido” (ARE
nº 934.646/DF-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Rosa
Weber, DJe de 1º/8/16).
“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo.
Administrativo. Concurso público. Competência da justiça do
trabalho. Fase pré-contratual. Exame psicotécnico. Violação do
princípio da legalidade. Legislação infraconstitucional e
cláusulas editalícias. Ofensa reflexa. Fatos e provas. Reexame.
Impossibilidade. Precedentes. 1. A afronta aos princípios da
legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa, do
contraditório, dos limites da coisa julgada ou da prestação
jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal,
da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas
ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal. 2. O Tribunal,
no julgamento do AI nº 758.533/MG, Relator o Ministro Gilmar
Mendes, assentou ser possível a exigência de teste psicotécnico
como condição de ingresso no serviço público, desde que: i)
haja previsão no edital regulamentador do certame e em lei; ii)
que referido exame seja realizado mediante critérios objetivos e
iii) que se confira a publicidade aos resultados da avaliação, a
fim de viabilizar sua eventual impugnação. 3. Na hipótese,
dissentir das conclusões do Tribunal de origem exigiria o
reexame das cláusulas do edital, assim como dos fatos e das
provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 454 e 279/STF. 4. É
pacífico o entendimento, nas duas Turmas desta Corte, de que
compete à Justiça laboral o julgamento das controvérsias nas
quais se discutem questões afetas à fase pré-contratual relativas
às pessoas jurídicas integrantes da administração indireta. 5.
Agravo regimental não provido” (ARE nº 657.002/PI-AgR,
Segunda Turma, de minha relatoria, DJe de 20/5/16).
3
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 1080729 AGR / AL
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.
4
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ARE 1080729 AGR / AL
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.
4
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Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.080.729
PROCED. : ALAGOAS
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
ADV.(A/S) : ANDRE LUIZ TOKARSKI BOAVENTURA (30861/DF)
ADV.(A/S) : MARIANA VIANA FRAGA (30759/DF)
AGDO.(A/S) : ANA PAULA DE AMORIM SILVA
ADV.(A/S) : EVERILDA BRANDAO GUILHERMINO (6008/AL, 00926/PE)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.080.729
PROCED. : ALAGOAS
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
ADV.(A/S) : ANDRE LUIZ TOKARSKI BOAVENTURA (30861/DF)
ADV.(A/S) : MARIANA VIANA FRAGA (30759/DF)
AGDO.(A/S) : ANA PAULA DE AMORIM SILVA
ADV.(A/S) : EVERILDA BRANDAO GUILHERMINO (6008/AL, 00926/PE)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 16 de 16
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14257096 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-01T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Processual Civil e Administrativo. Aplicação da sistemática da repercussão geral na origem. Não conhecimento do agravo. Concurso público. Fase pré-contratual. Competência da Justiça do Trabalho. Precedentes.
1. É pacífica a jurisprudência da Corte quanto ao não cabimento do agravo previsto no art. 1.042, caput, do CPC/2015 contra a decisão com a qual o Tribunal de origem julga prejudicado o recurso extraordinário aplicando a sistemática da repercussão geral (AI nº 760.358-QO, Rel. Min. Gilmar Mendes).
2. É assente o entendimento, nas duas Turmas da Corte, de que compete à Justiça laboral o julgamento das controvérsias nas quais se discutem questões afetas à fase pré-contratual relativas às pessoas jurídicas integrantes da administração indireta.
3. Agravo regimental não provido. | sjur379610 | - Acórdão(s) citado(s):
(DESCABIMENTO, AGRAVO, APLICAÇÃO DA SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL, ORIGEM)
AI 760358 QO (TP), ARE 970233 AgR (TP).
(EMPREGO PÚBLICO, FASE PRÉ-CONTRATUAL, COMPETÊNCIA, JUSTIÇA DO TRABALHO)
ARE 657002 AgR (2ªT), ARE 934646 AgR (1ªT), ARE 1015362 AgR (2ªT).
Número de páginas: 16.
Análise: 07/02/2018, BMP. | DIAS TOFFOLI | Segunda Turma | 1080729 | [
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-01042\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 1080729 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
ADV.(A/S) : ANDRE LUIZ TOKARSKI BOAVENTURA
ADV.(A/S) : MARIANA VIANA FRAGA
AGDO.(A/S) : ANA PAULA DE AMORIM SILVA
ADV.(A/S) : EVERILDA BRANDAO GUILHERMINO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1 . 080 . 729",
"AI [UNK] 760 . 358 - QO",
"SÚMULA [UNK] 333 DO C . TST",
"Súmula",
"SÚMULA [UNK] 333 DO C . TST",
"ARE 1080729 AGR / AL",
"SÚMULA [UNK] 333 DO C . TST",
"Súmula [UNK] 333 deste Tribunal",
"SÚMULA [UNK] 333 DO C . TST",
"Súmula",
"ARE 1080729 AGR /",
"Súmula [UNK] 385 do C . TST",
"ARE 808 . 524",
"Súmula [UNK] 385 do C . TST",
"ARE 808 . 524",
"ARE 1080729",
"ARE n° 761 . 661 / PB - AgR",
"ARE 1080729 AGR / AL",
"ARE n° 761 . 661 / PB - AgR",
"ARE 1080729 AGR / AL",
"AI 760 . 358 - QO",
"ARE [UNK] 992 . 772 / RS",
"ARE [UNK] 951 . 782 / RS",
"ARE [UNK] 959 . 611 / RS",
"ARE 1080729 AGR / AL",
"AI 760 . 358 - QO",
"ARE [UNK] 992 . 772 / RS",
"ARE [UNK] 951 . 782 / RS",
"ARE [UNK] 959 . 611 / RS",
"ARE 1080729 AGR",
"ARE [UNK] 969 . 781 / DF - AgR",
"Súmulas [UNK] 279 e 636 / STF",
"ARE [UNK] 972 . 204 / SP - AgR",
"ARE 1080729 AGR / AL",
"ARE [UNK] 969 . 781 / DF - AgR",
"Súmulas [UNK] 279",
"ARE [UNK] 972 .",
"ARE 1080729 AGR",
"SÚMULA 284 / STF",
"ADI 3 . 395 - MC",
"RE 505 . 816 - AgR",
"ARE 776 . 070 - AgR",
"ARE 649 . 046 - AgR",
"ARE [UNK] 774 . 137 / BA - AgR -",
"ADI 3 . 395 - MC",
"RE 505 . 816 - AgR",
"ARE 776 . 070 - AgR",
"ARE 649 . 046 - AgR",
"ARE [UNK] 774 . 137 / BA - AgR - [UNK] JULG",
"ARE 1080729 AGR / AL",
"ARE [UNK] 788 . 593 / DF - AgR",
"ARE [UNK] 1 . 076 . 861 / ES",
"ARE [UNK] 1 . 057 . 996 / RO",
"ARE [UNK] 678 . 116 / DF",
"ARE [UNK] 1 . 057 . 961 - AL",
"ARE 1080729 AGR",
"ARE [UNK] 788 . 593 / DF - AgR",
"ARE [UNK] 1 . 076 . 861 / ES",
"ARE [UNK] 1 . 057 . 996 / RO",
"ARE [UNK] 678 . 116 / DF",
"ARE [UNK] 1 . 057 . 961 - AL",
"ARE 1080729 AGR /",
"ARE 1080729 AGR / AL",
"ARE [UNK] 1 . 021 . 204 / RO",
"ARE [UNK] 970 . 233 / MS - AgR",
"ARE [UNK] 1 . 021 . 204 / RO",
"ARE [UNK] 970 . 233 / MS - AgR",
"Súmula 512 do STF",
"ARE [UNK] 1 . 015 . 362 / RJ - AgR",
"Súmula 512 do STF",
"ARE [UNK] 1 . 015 . 362 / RJ - AgR",
"ARE 1080729 AGR / AL",
"ARE [UNK] 934 . 646 / DF - AgR",
"AI [UNK] 758 . 533 / MG",
"Súmulas [UNK] 454",
"ARE [UNK] 657 . 002 / PI - AgR",
"ARE 1080729 AGR / AL",
"ARE [UNK] 934 . 646 / DF - AgR",
"AI [UNK] 758 . 533 / MG",
"Súmulas [UNK] 454 e 279 / STF",
"ARE [UNK] 657 . 002 / PI - AgR",
"ARE 1080729 AGR / AL"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 1 . 042 , caput , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTS . 109 , I , E 114 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"113 , § [UNK] , DO CPC",
"ART . 896 , § [UNK] , DA CLT",
"art . 896 , § [UNK] , da CLT",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTS . 109 , I , E 114 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"113 , § [UNK] , DO CPC",
"ART . 896 , § [UNK] , DA CLT",
"art . 896 , § [UNK] , da CLT",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTS . 93 , IX , DA LEI MAIOR",
"832 DA CLT",
"458 DO CPC",
"arts . 93 , IX , da CF",
"832 da CLT",
"458 do CPC",
"ARTS . 93 , IX , 170 E 173 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"126 , 131 , 333 , I , DO CPC",
"818 E 832 DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO",
"12 , § [UNK] , DA LEI [UNK] 8 . 112 / 1990",
"ART . 896 , § [UNK] , DA CLT",
"art . 896 , § [UNK] , da CLT",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTS . 93 , IX , DA LEI MAIOR ,",
"832 DA CLT",
"458 DO CPC",
"arts . 93 , IX , da CF",
"832 da CLT",
"458 do CPC",
"ARTS . 93 , IX , 170 E 173 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"126 , 131 , 333 , I , DO CPC",
"818 E 832 DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO",
"12 , § [UNK] , DA",
"LEI [UNK] 8 . 112 / 1990",
"ART . 896 , § [UNK] , DA CLT",
"art . 896 , § [UNK] , da CLT",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 897 , \" a \" , da CLT",
"artigos [UNK] , 37 , caput , inciso II , 109 , 114 , inciso I , 169 , § [UNK] , inciso I , 170 , inciso IV , e 173 , caput , § [UNK] , inciso II , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 897 , \" a \" , da CLT",
"artigos [UNK] , 37 , caput , inciso II , 109 , 114 , inciso I , 169 , § [UNK] , inciso I , 170 , inciso IV , e 173 , caput , § [UNK] , inciso II , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 030 , I , ‘ a ’ , do atual CPC",
"ART . 543 - B DO CPC",
"ART . 544 DO CPC",
"art . 544 do Código de Processo Civil",
"art . 543 - B do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 030 , I , ‘ a ’ , do atual CPC",
"ART . 543 - B DO CPC",
"ART . 544 DO CPC",
"art . 544 do Código de Processo Civil",
"art . 543 - B do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 do CPC",
"CPC",
"/",
"1973",
"CPC",
"/",
"2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 do CPC",
"CPC",
"/",
"1973",
"CPC",
"/",
"2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC / 2015",
"art . 85 , § 11 , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC / 2015",
"art . 85 , § 11 , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTS . [UNK] E [UNK] DA CONSTITUIÇÃO",
"art . 114 , I , da CF / 88",
"EC 45 / 04",
"Consolidação das Leis do Trabalho",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTS . [UNK] E [UNK] DA CONSTITUIÇÃO",
"art . 114 , I , da CF / 88",
"EC 45 / 04",
"Consolidação das Leis do Trabalho",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"art . 109 , I , da CF / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"art . 109 , I , da CF / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 1 . 042 , CAPUT , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL / 2015",
"ART . 1 . 021 , § [UNK] , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 1 . 042 , CAPUT , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL / 2015",
"ART . 1 . 021 , § [UNK] , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Consolidação das Leis do Trabalho",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Consolidação das Leis do Trabalho",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal .",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"ALAGOAS",
"Brasília",
"Brasília",
"ALAGOAS",
"ALAGOAS",
"ALAGOAS",
"ALAGOAS",
"ALAGOAS"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"CAIXA ECONÔMICA FEDERAL",
"CEF",
"Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
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"CEF",
"Caixa Econômica Federal",
"[UNK] Turma do Tribunal Superior do Trabalho",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
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"CEF",
"Caixa Econômica Federal",
"[UNK] Turma do Tribunal Superior do Trabalho",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal Superior do Trabalho",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Corte Suprema",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Corte Suprema",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Segunda Turma",
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"-",
"Brasil",
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"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
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"Brasil",
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"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
"PETROBRAS",
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"STF",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
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"-",
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"SEGUNDA TURMA",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Plenário",
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"Segunda Turma",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
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"-",
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"-",
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"SEGUNDA TURMA",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"ANDRE LUIZ TOKARSKI BOAVENTURA",
"MARIANA VIANA FRAGA",
"ANA PAULA DE AMORIM SILVA",
"EVERILDA BRANDAO GUILHERMINO",
"Gilmar Mendes",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"ANDRE LUIZ TOKARSKI BOAVENTURA",
"MARIANA VIANA FRAGA",
"ANA PAULA DE AMORIM SILVA",
"EVERILDA BRANDAO GUILHERMINO",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"ANDRE LUIZ TOKARSKI BOAVENTURA",
"MARIANA VIANA FRAGA",
"ANA PAULA DE AMORIM SILVA",
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"DIAS TOFFOLI",
"Teori Zavascki",
"Teori Zavascki",
"Joaquim Barbosa",
"Joaquim Barbosa",
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"Teori Zavascki",
"Gilmar Mendes",
"Luiz Fux",
"Teori Zavascki",
"Rosa Weber",
"Rosa Weber",
"CEZAR PELUSO",
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"GILMAR MENDES",
"LUIZ FUX",
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"CEZAR PELUSO",
"CARLOS BRITTO",
"GILMAR MENDES",
"LUIZ FUX",
"Teori Zavascki",
"Cármen Lúcia",
"Marco Aurélio",
"Edson Fachin",
"Alexandre de Moraes",
"Roberto Barroso",
"Cármen Lúcia",
"Marco Aurélio",
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"Alexandre de Moraes",
"Roberto Barroso",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Cármen Lúcia",
"DIAS TOFFOLI",
"Cármen Lúcia",
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"Edson Fachin",
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"Rosa Weber",
"Gilmar Mendes",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
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"MARIANA VIANA FRAGA",
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"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"DIAS TOFFOLI",
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"MARIANA VIANA FRAGA",
"ANA PAULA DE AMORIM SILVA",
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"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
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"TEMPO": [
"11",
"/",
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"/",
"2017",
"[UNK]",
"/",
"12",
"7",
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"12",
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"08",
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"2001",
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"feira",
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"2014",
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"2014",
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".",
"2009",
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"2001",
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"2009",
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".",
"2009",
"20",
"/",
"9",
"/",
"16",
"16",
"/",
"9",
"/",
"16",
"13",
"/",
"9",
"/",
"16",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
".",
"11",
".",
"2009",
"20",
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"9",
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"16",
"16",
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"9",
"/",
"16",
"13",
"/",
"9",
"/",
"16",
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"08",
"/",
"2001",
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"/",
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"/",
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"/",
"8",
"/",
"16",
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"/",
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"2001",
"6",
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"/",
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"16",
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"/",
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"/",
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"18",
"/",
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"2007",
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"/",
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"13",
"/",
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"/",
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"29",
"/",
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"24",
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"2001",
"10",
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"2006",
"18",
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"2007",
"22",
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"3",
"/",
"2011",
"13",
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"9",
"/",
"2012",
"29",
"/",
"10",
"/",
"14",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
"/",
"2",
"/",
"15",
"29",
"/",
"9",
"/",
"17",
"25",
"/",
"8",
"/",
"17",
"8",
"/",
"8",
"/",
"17",
"[UNK]",
"/",
"8",
"/",
"17",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
"/",
"2",
"/",
"15",
"29",
"/",
"9",
"/",
"17",
"25",
"/",
"8",
"/",
"17",
"8",
"/",
"8",
"/",
"17",
"[UNK]",
"/",
"8",
"/",
"17",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
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"/",
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"/",
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"/",
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"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
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"2017",
"3",
"/",
"2",
"/",
"17",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"2",
".",
"2017",
"29",
"/",
"5",
"/",
"17",
"04",
".",
"02",
".",
"2016",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"2",
".",
"2017",
"29",
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"5",
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"17",
"04",
".",
"02",
".",
"2016",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
"/",
"8",
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"16",
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"/",
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"/",
"16",
"24",
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"08",
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"2001",
"[UNK]",
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"8",
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"/",
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"12",
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"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.529 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE TAUBATÉ
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
MUNICÍPIO
DE
TAUBATÉ
AGDO.(A/S)
:ELISABETE BENTO GARCIA
PROC.(A/S)(ES)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
PROC.(A/S)(ES)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
E M E N T A: RECLAMAÇÃO – ALEGADO DESRESPEITO À
AUTORIDADE DO JULGAMENTO PROFERIDO, COM EFICÁCIA
VINCULANTE, NO EXAME
DA
ADI
3.395-MC/DF
– ATO
RECLAMADO QUE TEM POR OBJETO SITUAÇÃO FUNDADA EM
VÍNCULO CELETISTA MANTIDO ENTRE SERVIDORA E O PODER
PÚBLICO – COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO –
PRECEDENTES – INADEQUAÇÃO, AINDA, DO EMPREGO DA
RECLAMAÇÃO COMO SUCEDÂNEO DE AÇÃO RESCISÓRIA, DE
RECURSOS OU DE AÇÕES JUDICIAIS EM GERAL – EXTINÇÃO DO
PROCESSO DE RECLAMAÇÃO – PRECEDENTES – RECURSO DE
AGRAVO IMPROVIDO.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Sessão Virtual da Segunda Turma, na
conformidade da ata de julgamentos, por unanimidade de votos, em
negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator.
Brasília, Sessão Virtual de 1º a 7 de dezembro de 2017.
CELSO DE MELLO – RELATOR
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14233431.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.529 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE TAUBATÉ
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
MUNICÍPIO
DE
TAUBATÉ
AGDO.(A/S)
:ELISABETE BENTO GARCIA
PROC.(A/S)(ES)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
PROC.(A/S)(ES)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): O
Ministério Público Federal, em parecer da lavra da eminente
Procuradora-Geral da República, Dra. RAQUEL ELIAS FERREIRA
DODGE, ao opinar, quanto ao mérito, pela improcedência da presente
reclamação, assim resumiu a presente causa:
“Trata de reclamação ajuizada pelo Município de
Taubaté, fls. 1/8, a fim de que seja cassado acórdão proferido pelo
Tribunal Superior do Trabalho, fls. 42/68, na Ação Rescisória
Processo 0005560-27.2013.5.15.0000.
O reclamante sustenta que a decisão reclamada, por
decidir que a Justiça do Trabalho é competente para julgar
ação movida pela ex-servidora pública temporária, incorreu em
violação à autoridade da decisão proferida pelo Supremo
Tribunal
Federal
(STF)
na
Ação
Direta
de
Inconstitucionalidade (ADI) 3.395/DF. Argumenta que a Justiça
do Trabalho não tem competência para apreciar o feito.
Requer, liminarmente, a suspensão da eficácia da decisão
reclamada; pede, ao fim, sua cassação.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14233432.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.529 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE TAUBATÉ
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
MUNICÍPIO
DE
TAUBATÉ
AGDO.(A/S)
:ELISABETE BENTO GARCIA
PROC.(A/S)(ES)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
PROC.(A/S)(ES)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): O
Ministério Público Federal, em parecer da lavra da eminente
Procuradora-Geral da República, Dra. RAQUEL ELIAS FERREIRA
DODGE, ao opinar, quanto ao mérito, pela improcedência da presente
reclamação, assim resumiu a presente causa:
“Trata de reclamação ajuizada pelo Município de
Taubaté, fls. 1/8, a fim de que seja cassado acórdão proferido pelo
Tribunal Superior do Trabalho, fls. 42/68, na Ação Rescisória
Processo 0005560-27.2013.5.15.0000.
O reclamante sustenta que a decisão reclamada, por
decidir que a Justiça do Trabalho é competente para julgar
ação movida pela ex-servidora pública temporária, incorreu em
violação à autoridade da decisão proferida pelo Supremo
Tribunal
Federal
(STF)
na
Ação
Direta
de
Inconstitucionalidade (ADI) 3.395/DF. Argumenta que a Justiça
do Trabalho não tem competência para apreciar o feito.
Requer, liminarmente, a suspensão da eficácia da decisão
reclamada; pede, ao fim, sua cassação.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14233432.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12
Relatório
RCL 26529 AGR / SP
Em decisão de fls. 84/89, o Ministro Relator indeferiu o
pedido liminar e determinou a citação da parte beneficiária,
para, querendo, contestar a reclamação.
A autoridade prolatora prestou esclarecimentos às
fls. 75/77.
A interessada Elisabete Bento Garcia, citada à fl. 102,
quedou-se inerte.
Nesse estágio vieram os autos à Procuradoria-Geral da
República para emissão de parecer.
…...................................................................................................
No que se refere à alegada violação à decisão proferida na
ADI 3.395/DF, razão não assiste ao reclamante.
No bojo da ADI 3.395/DF, o Pleno do STF referendou a
decisão liminar proferida pelo Ministro Nelson Jobim em 27/1/2005,
suspendendo ‘toda interpretação dada ao inciso I do art. 114 da CF, na
redação dada pela EC 45/2004, que inclua, na competência da Justiça
do Trabalho, a ‘[…] apreciação […] de causas que […] sejam
instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados
por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-
-administrativo’. Confira-se a ementa do acórdão publicado no DJ em
10/11/2006, por meio do qual se reconheceu a competência da Justiça
Comum:
…..........................................................................................
Com efeito, o STF reconhece a competência da Justiça
Comum para o julgamento de demandas que envolvem
servidores estatutários ou vinculados à Administração Pública
por regime jurídico-administrativo, ainda que por contratação
temporária. Ocorre que a decisão reclamada não permite constatar
identidade material entre a situação jurídica do autor da demanda
originária e aquela descrita na decisão paradigma.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14233432.
Supremo Tribunal Federal
RCL 26529 AGR / SP
Em decisão de fls. 84/89, o Ministro Relator indeferiu o
pedido liminar e determinou a citação da parte beneficiária,
para, querendo, contestar a reclamação.
A autoridade prolatora prestou esclarecimentos às
fls. 75/77.
A interessada Elisabete Bento Garcia, citada à fl. 102,
quedou-se inerte.
Nesse estágio vieram os autos à Procuradoria-Geral da
República para emissão de parecer.
…...................................................................................................
No que se refere à alegada violação à decisão proferida na
ADI 3.395/DF, razão não assiste ao reclamante.
No bojo da ADI 3.395/DF, o Pleno do STF referendou a
decisão liminar proferida pelo Ministro Nelson Jobim em 27/1/2005,
suspendendo ‘toda interpretação dada ao inciso I do art. 114 da CF, na
redação dada pela EC 45/2004, que inclua, na competência da Justiça
do Trabalho, a ‘[…] apreciação […] de causas que […] sejam
instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados
por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-
-administrativo’. Confira-se a ementa do acórdão publicado no DJ em
10/11/2006, por meio do qual se reconheceu a competência da Justiça
Comum:
…..........................................................................................
Com efeito, o STF reconhece a competência da Justiça
Comum para o julgamento de demandas que envolvem
servidores estatutários ou vinculados à Administração Pública
por regime jurídico-administrativo, ainda que por contratação
temporária. Ocorre que a decisão reclamada não permite constatar
identidade material entre a situação jurídica do autor da demanda
originária e aquela descrita na decisão paradigma.
2
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12
Relatório
RCL 26529 AGR / SP
O STF consolidou o entendimento de que, para fim de
propositura de reclamação fundada em alegada violação à
autoridade da decisão proferida pelo STF na ADI 3.395/DF, é
imprescindível prova documental da natureza estatutária ou
jurídico-administrativa do vínculo havido entre o servidor e o
Poder Público. Isso se vê, por exemplo, pelos julgados a seguir
transcritos:
..............................................................................................
No caso dos autos, não existe efetiva prova do caráter
estatutário ou jurídico-administrativo da relação havida entre
as partes, e a decisão reclamada passa ao largo da discussão sobre a
competência para a apreciação da demanda de origem. As alegações do
reclamante vão de encontro às informações constantes da petição
inicial da demanda originária e ao teor do julgado impugnado.
Restou claro no julgado impugnado, fls. 42/68, que a
relação firmada entre as partes possui natureza empregatícia,
discorrendo o Ministro Relator acerca do contrato firmado entre as
partes, ‘verbis’:
...........................................................................................
A formalização de contrato em CTPS está a sugerir sua
regência pela CLT.
Ademais, à míngua de prova da alegada natureza jurídico-
-administrativa da relação existente entre as partes e considerando que
a autoridade prolatora não enfrentou o tema da alegada incompetência
material da Justiça do Trabalho para apreciar o feito na demanda de
origem, não é possível constatação de violação à autoridade da decisão
proferida na ADI 3.395/DF, restando inviável o conhecimento da
reclamação.
Ademais, a se tratar a autora da demanda trabalhista de
origem de trabalhadora submetida ao regime celetista, como
3
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RCL 26529 AGR / SP
O STF consolidou o entendimento de que, para fim de
propositura de reclamação fundada em alegada violação à
autoridade da decisão proferida pelo STF na ADI 3.395/DF, é
imprescindível prova documental da natureza estatutária ou
jurídico-administrativa do vínculo havido entre o servidor e o
Poder Público. Isso se vê, por exemplo, pelos julgados a seguir
transcritos:
..............................................................................................
No caso dos autos, não existe efetiva prova do caráter
estatutário ou jurídico-administrativo da relação havida entre
as partes, e a decisão reclamada passa ao largo da discussão sobre a
competência para a apreciação da demanda de origem. As alegações do
reclamante vão de encontro às informações constantes da petição
inicial da demanda originária e ao teor do julgado impugnado.
Restou claro no julgado impugnado, fls. 42/68, que a
relação firmada entre as partes possui natureza empregatícia,
discorrendo o Ministro Relator acerca do contrato firmado entre as
partes, ‘verbis’:
...........................................................................................
A formalização de contrato em CTPS está a sugerir sua
regência pela CLT.
Ademais, à míngua de prova da alegada natureza jurídico-
-administrativa da relação existente entre as partes e considerando que
a autoridade prolatora não enfrentou o tema da alegada incompetência
material da Justiça do Trabalho para apreciar o feito na demanda de
origem, não é possível constatação de violação à autoridade da decisão
proferida na ADI 3.395/DF, restando inviável o conhecimento da
reclamação.
Ademais, a se tratar a autora da demanda trabalhista de
origem de trabalhadora submetida ao regime celetista, como
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Relatório
RCL 26529 AGR / SP
sugere o julgado reclamado, o reconhecimento da competência
da Justiça do Trabalho é medida alinhada ao posicionamento
do STF. (…):
…..........................................................................................
Não cabe ao STF, em sede de reclamação para a
preservação da autoridade da decisão proferida na
ADI 3.395/DF, aferir a natureza da relação jurídica de direito
material deduzida na demanda originária, como pretende o
reclamante. Isso exigiria revolvimento de matéria fático-probatória,
implicando inadmissível juízo revisional, incompatível com o
instrumento processual de especialíssima finalidade constitucional.
Nesse sentido é a pacífica jurisprudência da Corte:
…..........................................................................................
Diante do exposto, a reclamação não merece ser conhecida;
caso seja conhecida, o indeferimento do pedido é medida que se
impõe.
…...................................................................................................
A Procuradora-Geral da República opina por não
conhecimento; no mérito, por improcedência do pedido.” (grifei)
Sendo esse o contexto, submeto à apreciação desta colenda Turma o
presente recurso de agravo.
É o relatório.
4
Supremo Tribunal Federal
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RCL 26529 AGR / SP
sugere o julgado reclamado, o reconhecimento da competência
da Justiça do Trabalho é medida alinhada ao posicionamento
do STF. (…):
…..........................................................................................
Não cabe ao STF, em sede de reclamação para a
preservação da autoridade da decisão proferida na
ADI 3.395/DF, aferir a natureza da relação jurídica de direito
material deduzida na demanda originária, como pretende o
reclamante. Isso exigiria revolvimento de matéria fático-probatória,
implicando inadmissível juízo revisional, incompatível com o
instrumento processual de especialíssima finalidade constitucional.
Nesse sentido é a pacífica jurisprudência da Corte:
…..........................................................................................
Diante do exposto, a reclamação não merece ser conhecida;
caso seja conhecida, o indeferimento do pedido é medida que se
impõe.
…...................................................................................................
A Procuradora-Geral da República opina por não
conhecimento; no mérito, por improcedência do pedido.” (grifei)
Sendo esse o contexto, submeto à apreciação desta colenda Turma o
presente recurso de agravo.
É o relatório.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.529 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Entendo
não assistir razão à parte recorrente, eis que a decisão ora agravada
ajusta-se, com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo
Supremo Tribunal Federal na matéria em exame.
Tal como referido na decisão recorrida, o exame destes autos revela
que o contrato de trabalho da interessada, ora agravada, junto ao ente
reclamante, ora agravante, é regido pela CLT, a significar, portanto, que o
vínculo contratual mantido com o Poder Público possui natureza celetista,
e não estatutária.
Impende assinalar , bem por isso, que ambas as Turmas desta
Suprema Corte, ao analisarem causas essencialmente idênticas à que
emerge dos presentes autos, vieram a reconhecer a competência
da Justiça do Trabalho para processar e julgar reclamações trabalhistas que
têm por objeto direitos e vantagens decorrentes de situação fundada em
vínculo celetista mantido com o Poder Público (ARE 859.365-AgR/DF, Rel.
Min. TEORI ZAVASCKI – Rcl 25.756-AgR/SP, Rel. Min. LUIZ FUX, v.g.):
“RECLAMAÇÃO
–
AÇÃO
DIRETA
DE
INCONSTITUCIONALIDADE Nº 3.395 – COMPETÊNCIA –
JUSTIÇA DO TRABALHO. O Tribunal, ao examinar a Medida
Cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3.395,
não excluiu da Justiça Trabalhista a competência para apreciar
relação jurídica entre o Poder Público e servidor regida pela
Consolidação das Leis do Trabalho.”
(Rcl 16.025-AgR/MG, Rel. Min. MARCO AURÉLIO –
grifei)
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11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.529 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Entendo
não assistir razão à parte recorrente, eis que a decisão ora agravada
ajusta-se, com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo
Supremo Tribunal Federal na matéria em exame.
Tal como referido na decisão recorrida, o exame destes autos revela
que o contrato de trabalho da interessada, ora agravada, junto ao ente
reclamante, ora agravante, é regido pela CLT, a significar, portanto, que o
vínculo contratual mantido com o Poder Público possui natureza celetista,
e não estatutária.
Impende assinalar , bem por isso, que ambas as Turmas desta
Suprema Corte, ao analisarem causas essencialmente idênticas à que
emerge dos presentes autos, vieram a reconhecer a competência
da Justiça do Trabalho para processar e julgar reclamações trabalhistas que
têm por objeto direitos e vantagens decorrentes de situação fundada em
vínculo celetista mantido com o Poder Público (ARE 859.365-AgR/DF, Rel.
Min. TEORI ZAVASCKI – Rcl 25.756-AgR/SP, Rel. Min. LUIZ FUX, v.g.):
“RECLAMAÇÃO
–
AÇÃO
DIRETA
DE
INCONSTITUCIONALIDADE Nº 3.395 – COMPETÊNCIA –
JUSTIÇA DO TRABALHO. O Tribunal, ao examinar a Medida
Cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3.395,
não excluiu da Justiça Trabalhista a competência para apreciar
relação jurídica entre o Poder Público e servidor regida pela
Consolidação das Leis do Trabalho.”
(Rcl 16.025-AgR/MG, Rel. Min. MARCO AURÉLIO –
grifei)
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
RCL 26529 AGR / SP
“Agravo regimental na reclamação. ADI nº 3.395/DF-MC.
Vínculo de trabalho regido pela CLT. Competência da Justiça
do Trabalho. (…) Agravo regimental não provido.
…...................................................................................................
3. A ADI nº 3.395/DF-MC não alcança as causas envolvendo
vínculo de trabalho não temporário com o Poder Público regido
pela CLT, cuja competência para a apreciação pelo Poder Judiciário
recaía, conforme jurisprudência da Suprema Corte, sobre a Justiça
especializada, por força do art. 114 da CF/88, em sua redação
originária.
…...................................................................................................
6. Agravo regimental ao qual se nega provimento.”
(Rcl 19.837-AgR/MG, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – grifei)
Esse entendimento tem prevalecido em sucessivas decisões
emanadas desta Suprema Corte (Rcl 5.698-AgR-ED-ED/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX – Rcl 8.406-AgR-Segundo/PE, Rel. Min. MARCO AURÉLIO –
Rcl 16.447-AgR/MG, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – Rcl 16.458-AgR/MG,
Rel. Min. ROSA WEBER, v.g.), cuja orientação jurisprudencial, na
matéria, tem reafirmado a competência da “Justiça do Trabalho para
julgar ação que envolva o Poder Público e servidor regido pela Consolidação
das Leis do Trabalho” (ARE 846.036-AgR/DF, Rel. Min. LUIZ FUX – grifei).
Vê-se, desse modo, que o ato decisório reclamado ajusta-se,
perfeitamente, à exegese que o Supremo Tribunal Federal deu ao art. 114, I,
da Constituição no julgamento da ADI 3.395-MC/DF, Rel. Min. CEZAR
PELUSO, diretriz essa que vem sendo confirmada, em decisões
proferidas por eminentes Ministros desta Suprema Corte, em face do
mesmo contexto que emerge da presente causa (Rcl 18.322/PA, Rel.
Min. ROSA WEBER – Rcl 19.051/SC, Rel. Min. ROBERTO BARROSO –
Rcl 21.294/BA, Rel. Min. EDSON FACHIN, v.g.).
Cumpre
destacar,
por necessário,
um
outro
aspecto
que, assinalado em sucessivas decisões desta Corte, afasta a possibilidade
jurídico-processual de emprego da reclamação,
notadamente
2
Supremo Tribunal Federal
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RCL 26529 AGR / SP
“Agravo regimental na reclamação. ADI nº 3.395/DF-MC.
Vínculo de trabalho regido pela CLT. Competência da Justiça
do Trabalho. (…) Agravo regimental não provido.
…...................................................................................................
3. A ADI nº 3.395/DF-MC não alcança as causas envolvendo
vínculo de trabalho não temporário com o Poder Público regido
pela CLT, cuja competência para a apreciação pelo Poder Judiciário
recaía, conforme jurisprudência da Suprema Corte, sobre a Justiça
especializada, por força do art. 114 da CF/88, em sua redação
originária.
…...................................................................................................
6. Agravo regimental ao qual se nega provimento.”
(Rcl 19.837-AgR/MG, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – grifei)
Esse entendimento tem prevalecido em sucessivas decisões
emanadas desta Suprema Corte (Rcl 5.698-AgR-ED-ED/SP, Rel. Min.
LUIZ FUX – Rcl 8.406-AgR-Segundo/PE, Rel. Min. MARCO AURÉLIO –
Rcl 16.447-AgR/MG, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – Rcl 16.458-AgR/MG,
Rel. Min. ROSA WEBER, v.g.), cuja orientação jurisprudencial, na
matéria, tem reafirmado a competência da “Justiça do Trabalho para
julgar ação que envolva o Poder Público e servidor regido pela Consolidação
das Leis do Trabalho” (ARE 846.036-AgR/DF, Rel. Min. LUIZ FUX – grifei).
Vê-se, desse modo, que o ato decisório reclamado ajusta-se,
perfeitamente, à exegese que o Supremo Tribunal Federal deu ao art. 114, I,
da Constituição no julgamento da ADI 3.395-MC/DF, Rel. Min. CEZAR
PELUSO, diretriz essa que vem sendo confirmada, em decisões
proferidas por eminentes Ministros desta Suprema Corte, em face do
mesmo contexto que emerge da presente causa (Rcl 18.322/PA, Rel.
Min. ROSA WEBER – Rcl 19.051/SC, Rel. Min. ROBERTO BARROSO –
Rcl 21.294/BA, Rel. Min. EDSON FACHIN, v.g.).
Cumpre
destacar,
por necessário,
um
outro
aspecto
que, assinalado em sucessivas decisões desta Corte, afasta a possibilidade
jurídico-processual de emprego da reclamação,
notadamente
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
RCL 26529 AGR / SP
naqueles casos em que a parte reclamante busca a revisão de certo ato
decisório, por entendê-lo incompatível com a jurisprudência do
Supremo Tribunal. Refiro-me ao fato de que, considerada a ausência,
na espécie, dos pressupostos legitimadores do ajuizamento da
reclamação, este remédio constitucional não pode ser utilizado
como um (inadmissível) atalho processual destinado a permitir,
por razões de caráter meramente pragmático, a submissão imediata
do litígio ao exame direto desta Suprema Corte.
A reclamação, como se sabe, reveste-se de múltiplas funções, tal como
revelado por precedentes desta Corte (RTJ 134/1033, v.g.) e definido pelo
novo Código de Processo Civil (art. 988), as quais, em síntese,
compreendem (a) a preservação da competência global do Supremo
Tribunal Federal, (b) a restauração da autoridade das decisões proferidas
por esta Corte Suprema e (c) a garantia de observância da jurisprudência
vinculante deste Tribunal Supremo (tanto a decorrente de enunciado
sumular vinculante quanto a resultante dos julgamentos da Corte em sede de
controle normativo abstrato), além de atuar como expressivo meio
vocacionado a fazer prevalecer os acórdãos deste Tribunal proferidos em
incidentes de assunção de competência.
Isso significa, portanto, que a reclamação não se qualifica como
sucedâneo recursal, nem configura instrumento viabilizador do reexame
do conteúdo do ato reclamado, nem traduz meio de uniformização de
jurisprudência, eis que tais finalidades revelam-se estranhas à destinação
subjacente à instituição dessa medida processual, consoante adverte a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal:
“CONSTITUCIONAL.
PROCESSUAL
CIVIL.
RECLAMAÇÃO: NÃO É SUCEDÂNEO DE RECURSO OU DE
AÇÃO RESCISÓRIA.
I. – A reclamação não pode ser utilizada como sucedâneo de
recurso ou de ação rescisória.
3
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RCL 26529 AGR / SP
naqueles casos em que a parte reclamante busca a revisão de certo ato
decisório, por entendê-lo incompatível com a jurisprudência do
Supremo Tribunal. Refiro-me ao fato de que, considerada a ausência,
na espécie, dos pressupostos legitimadores do ajuizamento da
reclamação, este remédio constitucional não pode ser utilizado
como um (inadmissível) atalho processual destinado a permitir,
por razões de caráter meramente pragmático, a submissão imediata
do litígio ao exame direto desta Suprema Corte.
A reclamação, como se sabe, reveste-se de múltiplas funções, tal como
revelado por precedentes desta Corte (RTJ 134/1033, v.g.) e definido pelo
novo Código de Processo Civil (art. 988), as quais, em síntese,
compreendem (a) a preservação da competência global do Supremo
Tribunal Federal, (b) a restauração da autoridade das decisões proferidas
por esta Corte Suprema e (c) a garantia de observância da jurisprudência
vinculante deste Tribunal Supremo (tanto a decorrente de enunciado
sumular vinculante quanto a resultante dos julgamentos da Corte em sede de
controle normativo abstrato), além de atuar como expressivo meio
vocacionado a fazer prevalecer os acórdãos deste Tribunal proferidos em
incidentes de assunção de competência.
Isso significa, portanto, que a reclamação não se qualifica como
sucedâneo recursal, nem configura instrumento viabilizador do reexame
do conteúdo do ato reclamado, nem traduz meio de uniformização de
jurisprudência, eis que tais finalidades revelam-se estranhas à destinação
subjacente à instituição dessa medida processual, consoante adverte a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal:
“CONSTITUCIONAL.
PROCESSUAL
CIVIL.
RECLAMAÇÃO: NÃO É SUCEDÂNEO DE RECURSO OU DE
AÇÃO RESCISÓRIA.
I. – A reclamação não pode ser utilizada como sucedâneo de
recurso ou de ação rescisória.
3
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Voto - MIN. CELSO DE MELLO
RCL 26529 AGR / SP
II. – Reclamação não conhecida.”
(RTJ 168/718, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, Pleno –
grifei)
“Não cabe reclamação destinada a invalidar decisão de
outro Tribunal, que haja porventura divergido da jurisprudência do
Supremo Tribunal, firmada no julgamento de causa diferente, mesmo
em se tratando de controvérsias de porte constitucional.
Também não é a reclamação instrumento idôneo de
uniformização de jurisprudência, tampouco sucedâneo de recurso
ou rescisória, não utilizados tempestivamente pelas partes.”
(Rcl 724-AgR/ES, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI,
Pleno – grifei)
“O despacho acoimado de ofender a autoridade da decisão do
Supremo Tribunal Federal negou seguimento, por razões processuais
suficientes, ao recurso ordinário interposto contra acórdão em
mandado de segurança. Por esse fundamento não é cabível
reclamação, eis que a decisão da Corte Maior não cuida da matéria.
.......................................................................................................
A reclamação não pode servir de sucedâneo de recursos e
ações cabíveis, como decidiu esse Plenário nas Rcl Ag.Rg 1852,
relator Maurício Corrêa e Rcl Ag.Rg. 724, rel. Min. Octavio Gallotti.
(…).”
(Rcl 1.591/RN, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Pleno – grifei)
“AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. AFRONTA À
DECISÃO PROFERIDA NA ADI 1662-SP. INEXISTÊNCIA.
AUSÊNCIA DE IDENTIDADE OU SIMILITUDE DE OBJETOS
ENTRE O ATO IMPUGNADO E A EXEGESE DADA PELO
TRIBUNAL.
.......................................................................................................
A questão da responsabilidade do Estado pelas dívidas da
instituição financeira estatal revela tema afeto ao processo de execução
que tramita na Justiça do Trabalho, não guardando pertinência com o
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II. – Reclamação não conhecida.”
(RTJ 168/718, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, Pleno –
grifei)
“Não cabe reclamação destinada a invalidar decisão de
outro Tribunal, que haja porventura divergido da jurisprudência do
Supremo Tribunal, firmada no julgamento de causa diferente, mesmo
em se tratando de controvérsias de porte constitucional.
Também não é a reclamação instrumento idôneo de
uniformização de jurisprudência, tampouco sucedâneo de recurso
ou rescisória, não utilizados tempestivamente pelas partes.”
(Rcl 724-AgR/ES, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI,
Pleno – grifei)
“O despacho acoimado de ofender a autoridade da decisão do
Supremo Tribunal Federal negou seguimento, por razões processuais
suficientes, ao recurso ordinário interposto contra acórdão em
mandado de segurança. Por esse fundamento não é cabível
reclamação, eis que a decisão da Corte Maior não cuida da matéria.
.......................................................................................................
A reclamação não pode servir de sucedâneo de recursos e
ações cabíveis, como decidiu esse Plenário nas Rcl Ag.Rg 1852,
relator Maurício Corrêa e Rcl Ag.Rg. 724, rel. Min. Octavio Gallotti.
(…).”
(Rcl 1.591/RN, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Pleno – grifei)
“AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. AFRONTA À
DECISÃO PROFERIDA NA ADI 1662-SP. INEXISTÊNCIA.
AUSÊNCIA DE IDENTIDADE OU SIMILITUDE DE OBJETOS
ENTRE O ATO IMPUGNADO E A EXEGESE DADA PELO
TRIBUNAL.
.......................................................................................................
A questão da responsabilidade do Estado pelas dívidas da
instituição financeira estatal revela tema afeto ao processo de execução
que tramita na Justiça do Trabalho, não guardando pertinência com o
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Voto - MIN. CELSO DE MELLO
RCL 26529 AGR / SP
objeto da presente ação. A reclamação não pode servir de
sucedâneo de outros recursos ou ações cabíveis.”
(Rcl 1.852-AgR/RN, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA,
Pleno – grifei)
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM RECLAMAÇÃO.
CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. AUSÊNCIA DE
ARGUMENTOS NOVOS.
RECLAMAÇÃO UTILIZADA
COMO SUCEDÂNEO RECURSAL.
INEXISTÊNCIA DE
AFRONTA AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO.
.......................................................................................................
3. O instituto da Reclamação não se presta para substituir
recurso específico que a legislação tenha posto à disposição do
jurisdicionado irresignado com a decisão judicial proferida pelo juízo
‘a quo’.
.......................................................................................................
5. Agravo regimental não provido.”
(Rcl 5.465-ED/ES, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Pleno –
grifei)
“AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO.
A
RECLAMAÇÃO NÃO É SUCEDÂNEO DE RECURSO
PRÓPRIO. RECURSO IMPROVIDO.
I – A reclamação constitucional não pode ser utilizada
como sucedâneo de recurso próprio para conferir eficácia à jurisdição
invocada nos autos da decisão de mérito.
.......................................................................................................
III – Reclamação improcedente.
IV – Agravo regimental improvido.”
(Rcl
5.684-AgR/PE,
Rel.
Min.
RICARDO
LEWANDOWSKI, Pleno – grifei)
“(…) – O remédio constitucional da reclamação não pode
ser utilizado como um (inadmissível) atalho processual destinado
a permitir, por razões de caráter meramente pragmático, a
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RCL 26529 AGR / SP
objeto da presente ação. A reclamação não pode servir de
sucedâneo de outros recursos ou ações cabíveis.”
(Rcl 1.852-AgR/RN, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA,
Pleno – grifei)
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM RECLAMAÇÃO.
CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. AUSÊNCIA DE
ARGUMENTOS NOVOS.
RECLAMAÇÃO UTILIZADA
COMO SUCEDÂNEO RECURSAL.
INEXISTÊNCIA DE
AFRONTA AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO.
.......................................................................................................
3. O instituto da Reclamação não se presta para substituir
recurso específico que a legislação tenha posto à disposição do
jurisdicionado irresignado com a decisão judicial proferida pelo juízo
‘a quo’.
.......................................................................................................
5. Agravo regimental não provido.”
(Rcl 5.465-ED/ES, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Pleno –
grifei)
“AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO.
A
RECLAMAÇÃO NÃO É SUCEDÂNEO DE RECURSO
PRÓPRIO. RECURSO IMPROVIDO.
I – A reclamação constitucional não pode ser utilizada
como sucedâneo de recurso próprio para conferir eficácia à jurisdição
invocada nos autos da decisão de mérito.
.......................................................................................................
III – Reclamação improcedente.
IV – Agravo regimental improvido.”
(Rcl
5.684-AgR/PE,
Rel.
Min.
RICARDO
LEWANDOWSKI, Pleno – grifei)
“(…) – O remédio constitucional da reclamação não pode
ser utilizado como um (inadmissível) atalho processual destinado
a permitir, por razões de caráter meramente pragmático, a
5
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
RCL 26529 AGR / SP
submissão imediata do litígio ao exame direto do Supremo
Tribunal Federal. Precedentes. (…).”
(Rcl 6.534-AgR/MA, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Pleno)
Em conclusão, não se acham caracterizadas, na espécie, as situações
legitimadoras da utilização do instrumento reclamatório.
Sendo assim, em face das razões expostas, nego provimento ao presente
recurso de agravo.
É o meu voto.
6
Supremo Tribunal Federal
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RCL 26529 AGR / SP
submissão imediata do litígio ao exame direto do Supremo
Tribunal Federal. Precedentes. (…).”
(Rcl 6.534-AgR/MA, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Pleno)
Em conclusão, não se acham caracterizadas, na espécie, as situações
legitimadoras da utilização do instrumento reclamatório.
Sendo assim, em face das razões expostas, nego provimento ao presente
recurso de agravo.
É o meu voto.
6
Supremo Tribunal Federal
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Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.529
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE TAUBATÉ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TAUBATÉ
AGDO.(A/S) : ELISABETE BENTO GARCIA
PROC.(A/S)(ES) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
PROC.(A/S)(ES) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso
de agravo, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217643
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.529
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE TAUBATÉ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TAUBATÉ
AGDO.(A/S) : ELISABETE BENTO GARCIA
PROC.(A/S)(ES) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
PROC.(A/S)(ES) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso
de agravo, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217643
Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14257081 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-01T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NA RECLAMAÇÃO | E M E N T A: RECLAMAÇÃO – ALEGADO DESRESPEITO À AUTORIDADE DO JULGAMENTO PROFERIDO, COM EFICÁCIA VINCULANTE, NO EXAME DA ADI 3.395-MC/DF – ATO RECLAMADO QUE TEM POR OBJETO SITUAÇÃO FUNDADA EM VÍNCULO CELETISTA MANTIDO ENTRE SERVIDORA E O PODER PÚBLICO – COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO – PRECEDENTES – INADEQUAÇÃO, AINDA, DO EMPREGO DA RECLAMAÇÃO COMO SUCEDÂNEO DE AÇÃO RESCISÓRIA, DE RECURSOS OU DE AÇÕES JUDICIAIS EM GERAL – EXTINÇÃO DO PROCESSO DE RECLAMAÇÃO – PRECEDENTES – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. | sjur379596 | - Acórdão(s) citado(s):
(COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO, VÍNCULO CELETISTA COM O PODER PÚBLICO)
Rcl 8406 AgR-segundo (1ªT), Rcl 16025 AgR (1ªT), Rcl 16458 AgR (1ªT), Rcl 16447 AgR (1ªT), ARE 846036 AgR (1ªT), Rcl 5698 AgR-ED-ED (1ªT), ARE 859365 AgR (2ªT), Rcl 19837 AgR (2ªT), Rcl 25756 AgR (1ªT).
(CELETISTA, VÍNCULO COM O PODER PÚBLICO)
ADI 3395 MC (TP).
(RECLAMAÇÃO, SUCEDÂNEO RECURSAL)
Rcl 1591 (TP), Rcl 724 AgR (2ªT), Rcl 1852 AgR (2ªT), Rcl 5465 ED (TP), Rcl 5684 AgR (TP), Rcl 6534 AgR (TP), RTJ 168/718,.
- Decisões monocráticas citadas:
(CELETISTA, VÍNCULO COM O PODER PÚBLICO)
Rcl 18322, Rcl 21294, Rcl 19051.
Número de páginas: 12.
Análise: 02/02/2018, MJC. | CELSO DE MELLO | Segunda Turma | 26529 | null | Rcl-AgR | acordaos | Rcl 26529 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE TAUBATÉ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TAUBATÉ
AGDO.(A/S) : ELISABETE BENTO GARCIA
PROC.(A/S)(ES) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
PROC.(A/S)(ES) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECLAMAÇÃO 26 . 529",
"ADI 3 . 395 - MC / DF",
". 15",
".",
"0000",
"Ação Direta de Inconstitucionalidade ( ADI ) 3 . 395 / DF",
"Processo 0005560 - 27 . 2013 . 5",
".",
"15",
". 0000",
"Ação Direta de Inconstitucionalidade ( ADI ) 3 . 395 / DF",
"RCL 26529 AGR",
"ADI 3 . 395 / DF",
"ADI 3 . 395 / DF",
"RCL 26529 AGR / SP",
"ADI 3 . 395 / DF",
"ADI 3 . 395 / DF",
"ADI 3 . 395 / DF",
"ADI 3 . 395 / DF",
"ADI 3 . 395 / DF",
"ADI 3 . 395 / DF",
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"ADI 3 . 395 / DF",
"RECLAMAÇÃO 26 . 529",
"ARE 859 . 365 - AgR / DF",
"Rcl 25 . 756 - AgR / SP",
"AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE [UNK] 3 . 395",
"Ação Direta de Inconstitucionalidade [UNK] 3 . 395",
"Rcl 16 . 025 - AgR / MG",
"RECLAMAÇÃO 26 . 529",
"ARE 859 . 365 - AgR / DF",
"Rcl 25 . 756 - AgR / SP",
"AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE [UNK] 3 . 395",
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"ADI [UNK] 3 . 395 / DF - MC",
"Rcl 19 . 837 - AgR / MG",
"Rcl 5 . 698 - AgR - ED - ED / SP",
"Rcl 8 . 406 - AgR - Segundo / PE",
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"ADI 3 . 395 - MC / DF",
"Rcl 18 . 322 / PA",
"Rcl 19 . 051 / SC",
"Rcl 21 . 294 / BA",
"RCL 26529 AGR / SP",
"ADI [UNK] 3 . 395 / DF - MC",
"ADI [UNK] 3 . 395 / DF - MC",
"Rcl 19 . 837 - AgR / MG",
"Rcl",
"AgR -",
"Rcl 8 . 406 - AgR - Segundo / PE",
"Rcl 16 . 447 -",
"Rcl 16 . 458 - AgR / MG",
"ARE 846 . 036 - AgR / DF",
"ADI 3 . 395 - MC / DF",
"Rcl 18 . 322 / PA",
"Rcl 19 . 051 / SC",
"Rcl 21 . 294 / BA",
"RTJ 134 / 1033",
"RTJ 134 / 1033",
"RCL 26529",
"RTJ 168 / 718",
"Rcl 724 - AgR / ES",
"Rcl",
"Ag . Rg 1852",
"Rcl Ag . Rg . 724",
"Rcl 1 . 591 / RN",
"ADI 1662 - SP",
"RTJ 168 / 718",
"Rcl 724 - AgR / ES",
"Rcl Ag . Rg 1852",
"Rcl Ag . Rg . 724",
"Rcl 1 . 591 / RN",
"ADI 1662 - SP",
"RCL 26529 AGR / SP",
"Rcl 1 . 852 - AgR / RN",
"Rcl 5 . 465 - ED / ES",
"Rcl 5 . 684 - AgR / PE",
"RCL 26529 AGR /",
"Rcl 1 . 852 - AgR / RN",
"Rcl 5 . 465 - ED / ES",
"Rcl 5 . 684 - AgR / PE",
"Rcl 6 . 534 - AgR / MA",
"RCL 26529 AGR / SP",
"Rcl 6 . 534 - AgR / MA",
"RECLAMAÇÃO"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"inciso I do art . 114 da CF",
"EC 45 / 2004",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"inciso I do art . 114 da CF",
"EC 45 / 2004",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CLT",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CLT",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CLT",
"Consolidação das Leis do Trabalho",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CLT",
"Consolidação das Leis do Trabalho",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CLT",
"CLT",
"art . 114 da CF / 88",
"Consolidação das Leis do Trabalho",
"art . 114 , I , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CLT",
"CLT",
"art . 114 da CF / 88",
"Consolidação das Leis do Trabalho",
"art . 114 , I , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Processo Civil ( art . 988",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 93 , INC . IX , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 93 , INC . IX , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"MUNICÍPIO DE TAUBATÉ",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"MUNICÍPIO DE TAUBATÉ",
"MUNICÍPIO",
"TAUBATÉ",
"Taubaté",
"SÃO PAULO",
"MUNICÍPIO DE TAUBATÉ",
"MUNICÍPIO DE TAUBATÉ",
"Município de Taubaté",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"MUNICÍPIO",
"SÃO PAULO",
"MUNICÍPIO DE TAUBATÉ"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"MUNICÍPIO",
"TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO",
"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
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"Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO",
"Ministério Público Federal",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
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"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
"Pleno do",
"STF",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"STF",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"STF",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Suprema Corte",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Suprema",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"SP",
"Suprema Corte",
".",
".",
".",
"6",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Suprema Corte",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"AGR",
"/",
"SP",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"RCL",
"/",
"SP",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"SP",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Corte Maior",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Pleno",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Pleno",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Pleno",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"SEGUNDA TURMA",
"MUNICÍPIO",
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"-",
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"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CELSO DE MELLO",
"ELISABETE BENTO GARCIA",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"ELISABETE BENTO GARCIA",
"CELSO DE MELLO",
"RAQUEL ELIAS FERREIRA DODGE",
"CELSO DE MELLO",
"ELISABETE BENTO GARCIA",
"CELSO DE MELLO",
"RAQUEL ELIAS FERREIRA DODGE",
"Elisabete Bento Garcia",
"Nelson Jobim",
"Elisabete Bento Garcia",
"Nelson Jobim",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"TEORI ZAVASCKI",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"CELSO DE MELLO",
"TEORI ZAVASCKI",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"CELSO DE MELLO",
"DIAS TOFFOLI",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"ROSA WEBER",
"LUIZ FUX",
"CEZAR PELUSO",
"ROSA WEBER",
"ROBERTO BARROSO",
"EDSON FACHIN",
"DIAS TOFFOLI",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"ROSA WEBER",
"LUIZ FUX",
"CEZAR PELUSO",
"ROSA WEBER",
"ROBERTO BARROSO",
"EDSON FACHIN",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CARLOS VELLOSO",
"OCTAVIO GALLOTTI",
"Maurício Corrêa",
"Octavio Gallotti",
"ELLEN GRACIE",
"CARLOS VELLOSO",
"OCTAVIO GALLOTTI",
"Maurício Corrêa",
"Octavio Gallotti",
"ELLEN GRACIE",
"CELSO DE MELLO",
"MAURÍCIO CORRÊA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"MAURÍCIO CORRÊA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"ELISABETE BENTO GARCIA",
"Edson Fachin",
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"Gilmar Mendes",
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"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"CELSO DE MELLO",
"ELISABETE BENTO GARCIA",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"[UNK]",
"7 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
"11",
"/",
"12",
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"2017",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"11",
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"12",
"/",
"2017",
"24",
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"08",
"/",
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"/",
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"/",
"11",
"/",
"2006",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"27",
"/",
"1",
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"2005",
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"/",
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"/",
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"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
".",
".",
".",
".",
".",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
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"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
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"12",
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"24",
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"/",
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"08",
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"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.007.176 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:CONSELHO
REGIONAL
DE
ENGENHARIA
E
AGRONOMIA DO RS
ADV.(A/S)
:FERNANDO SCHIAFINO SOUTO
AGDO.(A/S)
:ADAIR SILVEIRA DIAS
ADV.(A/S)
:RAFAEL DA CAS MAFFINI
Ementa:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO.
INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. INADMISSIBILIDADE DO PREQUESTIONAMENTO
IMPLÍCITO.
MAJORAÇÃO
DE
HONORÁRIOS.
AGRAVO
REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
I – É inviável o recurso extraordinário cuja questão constitucional
nele arguida não tiver sido prequestionada. Incidência das Súmulas
282/STF e 356/STF.
II – Majorada a verba honorária fixada anteriormente, nos termos do
art. 85, § 11, do CPC, observados os limites legais.
III – Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em sessão
virtual da Segunda Turma, na conformidade da ata de julgamentos, por
unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do
voto do Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR
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Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.007.176 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:CONSELHO
REGIONAL
DE
ENGENHARIA
E
AGRONOMIA DO RS
ADV.(A/S)
:FERNANDO SCHIAFINO SOUTO
AGDO.(A/S)
:ADAIR SILVEIRA DIAS
ADV.(A/S)
:RAFAEL DA CAS MAFFINI
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao
recurso extraordinário, tendo em vista que os dispositivos constitucionais
arguidos não foram prequestionados, o que ensejou a aplicação das
Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.
O agravante alega, em suma, que as questões constitucionais
suscitadas foram devidamente prequestionadas.
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.007.176 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:CONSELHO
REGIONAL
DE
ENGENHARIA
E
AGRONOMIA DO RS
ADV.(A/S)
:FERNANDO SCHIAFINO SOUTO
AGDO.(A/S)
:ADAIR SILVEIRA DIAS
ADV.(A/S)
:RAFAEL DA CAS MAFFINI
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao
recurso extraordinário, tendo em vista que os dispositivos constitucionais
arguidos não foram prequestionados, o que ensejou a aplicação das
Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.
O agravante alega, em suma, que as questões constitucionais
suscitadas foram devidamente prequestionadas.
É o relatório.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.007.176 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O Senhor Ministro
Ricardo Lewandowski
(Relator): Bem
reexaminados os autos, verifico que a decisão ora atacada não merece
reforma, visto que o recorrente não aduz argumentos capazes de afastar
as razões nela expendidas.
Conforme consignado na decisão agravada, não houve o necessário
prequestionamento das questões constitucionais arguidas, uma vez que
não foram objeto de debate e apreciação pelo tribunal de origem. Além
disso, não foram opostos embargos de declaração para suscitar o
pronunciamento sobre o tema, não sendo aceita a tese do
prequestionamento implícito nesta Corte. Incidem no caso, portanto, as
Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido,
transcrevo ementas de julgados de ambas as Turmas deste Tribunal:
“DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO EM
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PASSE
LIVRE. TRANSPORTE PÚBLICO MUNICIPAL. USUÁRIO
PORTADOR DE DOENÇA CRÔNICA. QUESTÕES
CONSTITUCIONAIS NÃO PREQUESTIONADAS. SÚMULAS
280, 282 E 356/STF. PRECEDENTE. 1. As alegadas violações aos
preceitos constitucionais tidos por violados não foram
apreciadas pelo acórdão impugnado. Tampouco foram
opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão.
O
recurso
extraordinário
carece,
portanto,
de
prequestionamento (Súmulas 282 e 356/STF). 2. A solução da
controvérsia pressupõe, necessariamente, a análise de legislação
infraconstitucional (Súmula 280/STF), o que torna inviável o
processamento do recurso extraordinário. 3. Inaplicável o art.
85, § 11, do CPC/2015, uma vez que não é cabível, na hipótese,
condenação em honorários advocatícios (art. 25, Lei nº
12.016/2009 e Súmula 512/STF). 4. Agravo interno a que se nega
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.007.176 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O Senhor Ministro
Ricardo Lewandowski
(Relator): Bem
reexaminados os autos, verifico que a decisão ora atacada não merece
reforma, visto que o recorrente não aduz argumentos capazes de afastar
as razões nela expendidas.
Conforme consignado na decisão agravada, não houve o necessário
prequestionamento das questões constitucionais arguidas, uma vez que
não foram objeto de debate e apreciação pelo tribunal de origem. Além
disso, não foram opostos embargos de declaração para suscitar o
pronunciamento sobre o tema, não sendo aceita a tese do
prequestionamento implícito nesta Corte. Incidem no caso, portanto, as
Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido,
transcrevo ementas de julgados de ambas as Turmas deste Tribunal:
“DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO EM
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PASSE
LIVRE. TRANSPORTE PÚBLICO MUNICIPAL. USUÁRIO
PORTADOR DE DOENÇA CRÔNICA. QUESTÕES
CONSTITUCIONAIS NÃO PREQUESTIONADAS. SÚMULAS
280, 282 E 356/STF. PRECEDENTE. 1. As alegadas violações aos
preceitos constitucionais tidos por violados não foram
apreciadas pelo acórdão impugnado. Tampouco foram
opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão.
O
recurso
extraordinário
carece,
portanto,
de
prequestionamento (Súmulas 282 e 356/STF). 2. A solução da
controvérsia pressupõe, necessariamente, a análise de legislação
infraconstitucional (Súmula 280/STF), o que torna inviável o
processamento do recurso extraordinário. 3. Inaplicável o art.
85, § 11, do CPC/2015, uma vez que não é cabível, na hipótese,
condenação em honorários advocatícios (art. 25, Lei nº
12.016/2009 e Súmula 512/STF). 4. Agravo interno a que se nega
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RE 1007176 AGR / RS
provimento” (ARE 833.907-AgR/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso,
Primeira Turma).
“Agravo regimental no recurso extraordinário. Ausência
de
prequestionamento.
Prequestionamento
implícito.
Inadmissibilidade. Execução de contribuições previdenciárias.
Competência. Necessidade de revolvimento de fatos e provas.
Incidência da Súmula 279/STF. 1. A Corte Suprema não admite
a tese do chamado prequestionamento implícito, sendo certo
que, caso a questão constitucional não tenha sido apreciada
pelo Tribunal a quo, é necessária e indispensável a oposição
de embargos de declaração, os quais devem trazer a discussão
da matéria a ser prequestionada, a fim de possibilitar ao
Tribunal de origem a apreciação do ponto sob o ângulo
constitucional, sob pena de se inviabilizar o conhecimento do
recurso extraordinário. 2. Para ultrapassar o que decidido no
Tribunal de origem e acolher a tese de coisa julgada e a
competência da Justiça do Trabalho para executar a
contribuição previdenciária incidente sobre as parcelas em
discussão, seria necessário o revolvimento do conjunto fático
probatório dos autos, o qual é vedado em sede de recurso
extraordinário, a teor da Súmula 279/STF 3. Agravo regimental
não provido” (RE 383.700-AgR/PR, Rel. Min. Dias Toffoli,
Segunda Turma).
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental e, com apoio no
art. 85, § 11, do Código de Processo Civil, majoro os honorários
advocatícios em 10% (dez por cento) do total da verba já fixada a esse
título, observados os limites dos § 2° e § 3° do aludido artigo.
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 1007176 AGR / RS
provimento” (ARE 833.907-AgR/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso,
Primeira Turma).
“Agravo regimental no recurso extraordinário. Ausência
de
prequestionamento.
Prequestionamento
implícito.
Inadmissibilidade. Execução de contribuições previdenciárias.
Competência. Necessidade de revolvimento de fatos e provas.
Incidência da Súmula 279/STF. 1. A Corte Suprema não admite
a tese do chamado prequestionamento implícito, sendo certo
que, caso a questão constitucional não tenha sido apreciada
pelo Tribunal a quo, é necessária e indispensável a oposição
de embargos de declaração, os quais devem trazer a discussão
da matéria a ser prequestionada, a fim de possibilitar ao
Tribunal de origem a apreciação do ponto sob o ângulo
constitucional, sob pena de se inviabilizar o conhecimento do
recurso extraordinário. 2. Para ultrapassar o que decidido no
Tribunal de origem e acolher a tese de coisa julgada e a
competência da Justiça do Trabalho para executar a
contribuição previdenciária incidente sobre as parcelas em
discussão, seria necessário o revolvimento do conjunto fático
probatório dos autos, o qual é vedado em sede de recurso
extraordinário, a teor da Súmula 279/STF 3. Agravo regimental
não provido” (RE 383.700-AgR/PR, Rel. Min. Dias Toffoli,
Segunda Turma).
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental e, com apoio no
art. 85, § 11, do Código de Processo Civil, majoro os honorários
advocatícios em 10% (dez por cento) do total da verba já fixada a esse
título, observados os limites dos § 2° e § 3° do aludido artigo.
2
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232523.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5
Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.007.176
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO RS
ADV.(A/S) : FERNANDO SCHIAFINO SOUTO (34738/RS)
AGDO.(A/S) : ADAIR SILVEIRA DIAS
ADV.(A/S) : RAFAEL DA CAS MAFFINI (25953/DF, 44404/RS)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217698
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.007.176
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO RS
ADV.(A/S) : FERNANDO SCHIAFINO SOUTO (34738/RS)
AGDO.(A/S) : ADAIR SILVEIRA DIAS
ADV.(A/S) : RAFAEL DA CAS MAFFINI (25953/DF, 44404/RS)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217698
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14257071 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-01T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. INADMISSIBILIDADE DO PREQUESTIONAMENTO IMPLÍCITO. MAJORAÇÃO DE HONORÁRIOS. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
I – É inviável o recurso extraordinário cuja questão constitucional nele arguida não tiver sido prequestionada. Incidência das Súmulas 282/STF e 356/STF.
II – Majorada a verba honorária fixada anteriormente, nos termos do art. 85, § 11, do CPC, observados os limites legais.
III – Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur379586 | - Acórdão(s) citado(s):
(PREQUESTIONAMENTO)
RE 383700 AgR (2ªT), ARE 833907 AgR (1ªT).
Número de páginas: 5.
Análise: 07/02/2018, MJC. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 1007176 | [
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-00085 PAR-00002 PAR-00003 PAR-00011\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000282 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000356 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | RE-AgR | acordaos | RE 1007176 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO RS
ADV.(A/S) : FERNANDO SCHIAFINO SOUTO
AGDO.(A/S) : ADAIR SILVEIRA DIAS
ADV.(A/S) : RAFAEL DA CAS MAFFINI | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 007 . 176",
"SÚMULAS 282",
"Súmulas 282 / STF",
"Súmulas 282",
"Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 007 . 176",
"SÚMULAS 280 , 282 E 356 / STF",
"Súmulas 282 e 356 / STF",
"Súmula 280 / STF",
"Súmula 512 / STF",
"Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal",
"SÚMULAS 280 , 282 E 356 / STF",
"Súmulas 282 e 356 / STF",
"Súmula 280 / STF",
"Súmula 512 / STF",
"RE 1007176 AGR / RS",
"ARE 833 . 907 - AgR / RJ",
"Súmula 279 / STF",
"Súmula 279 / STF",
"RE 383 . 700 - AgR / PR",
"RE 1007176 AGR / RS",
"ARE 833 . 907 - AgR / RJ",
"Súmula 279 / STF",
"Súmula 279 / STF",
"RE 383 . 700 - AgR / PR",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 007 . 176",
"RECURSO"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 85 , § 11 , do CPC",
"MP n° 2 . 200",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 85 , § 11 , do CPC / 2015",
"art . 25 , Lei [UNK] 12 . 016 / 2009",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 85 , § 11 , do CPC / 2015",
"art . 25 , Lei [UNK] 12 . 016 / 2009",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 85 , § 11 , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 85 , § 11 , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO RS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO RS",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO RS",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Infraestrutura",
"Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Corte Suprema",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Corte Suprema",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO RS",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO RS",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"FERNANDO SCHIAFINO SOUTO",
"ADAIR SILVEIRA DIAS",
"RAFAEL DA CAS MAFFINI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"FERNANDO SCHIAFINO SOUTO",
"ADAIR SILVEIRA DIAS",
"RAFAEL DA CAS MAFFINI",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"FERNANDO SCHIAFINO SOUTO",
"ADAIR SILVEIRA DIAS",
"RAFAEL DA CAS MAFFINI",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Roberto Barroso",
"Dias Toffoli",
"Roberto Barroso",
"Dias Toffoli",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"FERNANDO SCHIAFINO SOUTO",
"ADAIR SILVEIRA DIAS",
"RAFAEL DA CAS MAFFINI",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"FERNANDO SCHIAFINO SOUTO",
"ADAIR SILVEIRA DIAS",
"RAFAEL DA CAS MAFFINI",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"11 de dezembro de 2017",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
PLENÁRIO
AG.REG. NOS EMB.DIV. NO SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 982.755 BAHIA
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:MILKLY
COMERCIO
ATACADISTA
DE
MERCADORIAS LTDA
ADV.(A/S)
:GUSTAVO LUIS DE ALBUQUERQUE CARDOSO
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA
BAHIA
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE
DIVERGÊNCIA NO SEGUNDO AGRAVO REGIMENTAL NO
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. MULTA PREVISTA NO
ART. 1.021, § 4°, DO CPC NÃO DEPOSITADA PREVIAMENTE. NÃO
IMPUGNAÇÃO DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO NÃO
CONHECIDO. MULTA APLICADA.
I – A ausência de comprovação do depósito prévio da multa prevista
pelo art. 1.024, § 4°, do CPC, impõe o não conhecimento do agravo
regimental, por não ter sido atendido o pressuposto objetivo de
recorribilidade contido no art. 1.021, § 5°, do CPC.
II – Nos termos do art. 1.021, § 1°, do CPC e do art. 317, § 1°, do
RISTF, é requisito de admissibilidade do agravo regimental a impugnação
específica de todos os fundamentos nos quais se baseou a decisão
agravada, sob pena de incidência do óbice previsto nas Súmulas 284 e
287/STF.
III – Agravo regimental não conhecido, com aplicação de multa (art.
1.021, § 4°, do CPC).
A C Ó R D Ã O
Acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em sessão
virtual do Plenário, na conformidade da ata de julgamentos, por
unanimidade, não conhecer do agravo regimental e aplicar multa no
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Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9
Ementa e Acórdão
ARE 982755 AGR-SEGUNDO-EDV-AGR / BA
valor de 5% (cinco por cento) do valor atualizado da causa (art. 1.021, § 4º,
do CPC), nos termos do voto do Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR
2
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ARE 982755 AGR-SEGUNDO-EDV-AGR / BA
valor de 5% (cinco por cento) do valor atualizado da causa (art. 1.021, § 4º,
do CPC), nos termos do voto do Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR
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Relatório
11/12/2017
PLENÁRIO
AG.REG. NOS EMB.DIV. NO SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 982.755 BAHIA
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:MILKLY
COMERCIO
ATACADISTA
DE
MERCADORIAS LTDA
ADV.(A/S)
:GUSTAVO LUIS DE ALBUQUERQUE CARDOSO
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA
BAHIA
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão por mim proferida, que não
conheceu dos embargos de divergência, em face da ausência de
comprovação do depósito prévio da multa prevista no art. 1.021, § 4°, da
Constituição, imposta pela Segunda Turma desta Corte.
No presente agravo regimental, em síntese, a parte agravante
defende a redução da indenização por danos morais a que foi condenada
em sede de ação civil pública.
É o relatório necessário.
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
PLENÁRIO
AG.REG. NOS EMB.DIV. NO SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 982.755 BAHIA
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:MILKLY
COMERCIO
ATACADISTA
DE
MERCADORIAS LTDA
ADV.(A/S)
:GUSTAVO LUIS DE ALBUQUERQUE CARDOSO
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA
BAHIA
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão por mim proferida, que não
conheceu dos embargos de divergência, em face da ausência de
comprovação do depósito prévio da multa prevista no art. 1.021, § 4°, da
Constituição, imposta pela Segunda Turma desta Corte.
No presente agravo regimental, em síntese, a parte agravante
defende a redução da indenização por danos morais a que foi condenada
em sede de ação civil pública.
É o relatório necessário.
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
11/12/2017
PLENÁRIO
AG.REG. NOS EMB.DIV. NO SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 982.755 BAHIA
V O T O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): O agravo
regimental não deve ser conhecido.
No acórdão atacado pelos embargos de divergência, a Segunda
Turma do Supremo Tribunal Federal condenou o embargante a pagar
multa no valor de 1% do valor atualizado da causa, nos termos do art.
1.021, § 4°, do CPC.
Com efeito, o art. 1.021, § 5°, do CPC dispõe, in verbis:
"§ 5° A interposição de qualquer outro recurso está
condicionada ao depósito prévio do valor da multa prevista no
§ 4°, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de
gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final”.
Entretanto, os embargos de divergência opostos estavam
desacompanhados da comprovação do necessário depósito prévio da
multa, o que impôs o não conhecimento dos embargos de divergência,
por não ter sido atendido o pressuposto objetivo de recorribilidade
contido no art. 1.021, § 5°, do CPC.
Novamente, a parte embargante interpõe presente agravo regimental
desatendendo ao mesmo pressuposto objetivo de recorribilidade, o que
impõe o não conhecimento do recurso.
Nesse sentido é a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal,
desde a vigência do CPC anterior. Confiram-se os seguintes precedentes:
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - REJEIÇÃO -
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
PLENÁRIO
AG.REG. NOS EMB.DIV. NO SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 982.755 BAHIA
V O T O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): O agravo
regimental não deve ser conhecido.
No acórdão atacado pelos embargos de divergência, a Segunda
Turma do Supremo Tribunal Federal condenou o embargante a pagar
multa no valor de 1% do valor atualizado da causa, nos termos do art.
1.021, § 4°, do CPC.
Com efeito, o art. 1.021, § 5°, do CPC dispõe, in verbis:
"§ 5° A interposição de qualquer outro recurso está
condicionada ao depósito prévio do valor da multa prevista no
§ 4°, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de
gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final”.
Entretanto, os embargos de divergência opostos estavam
desacompanhados da comprovação do necessário depósito prévio da
multa, o que impôs o não conhecimento dos embargos de divergência,
por não ter sido atendido o pressuposto objetivo de recorribilidade
contido no art. 1.021, § 5°, do CPC.
Novamente, a parte embargante interpõe presente agravo regimental
desatendendo ao mesmo pressuposto objetivo de recorribilidade, o que
impõe o não conhecimento do recurso.
Nesse sentido é a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal,
desde a vigência do CPC anterior. Confiram-se os seguintes precedentes:
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - REJEIÇÃO -
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
ARE 982755 AGR-SEGUNDO-EDV-AGR / BA
IMPOSIÇÃO DE MULTA À PARTE EMBARGANTE (CPC,
ART. 538, PARÁGRAFO ÚNICO) - EMBARGOS DE
DIVERGÊNCIA DEDUZIDOS CONTRA ESSA DECISÃO -
PRÉVIO DEPÓSITO DO VALOR DA MULTA COMO
REQUISITO DE ADMISSIBILIDADE DE NOVOS RECURSOS -
VALOR DA MULTA NÃO DEPOSITADO - EMBARGOS DE
DIVERGÊNCIA
NÃO
CONHECIDOS,
MONOCRATICAMENTE, PELO RELATOR - RECURSO DE
AGRAVO DEDUZIDO CONTRA TAL DECISÃO -
PERSISTÊNCIA DA FALTA DE DEPÓSITO DA MULTA -
RECURSO DE AGRAVO NÃO CONHECIDO. - O embargante -
quando condenado a pagar, à parte contrária, a multa a que se
refere o parágrafo único do art. 538 do CPC - somente poderá
interpor ‘qualquer outro recurso’, se efetuar o depósito prévio
do valor correspondente à sanção pecuniária que lhe foi
imposta. A ausência de comprovado recolhimento do valor da
multa importará em não conhecimento dos recursos
eventualmente interpostos, eis que a efetivação desse depósito
prévio atua como indeclinável pressuposto objetivo de
recorribilidade. Doutrina. Precedente. - A possibilidade de
imposição de multa, quando manifestamente inadmissível ou
infundado o agravo, encontra fundamento em razões de caráter
ético-jurídico, pois, além de privilegiar o postulado da lealdade
processual, busca imprimir maior celeridade ao processo de
administração da justiça, atribuindo-lhe um coeficiente de
maior racionalidade, em ordem a conferir efetividade à resposta
jurisdicional do Estado. A multa a que se refere o art. 538,
parágrafo único, do CPC, possui inquestionável função
inibitória, eis que visa a impedir, nas hipóteses referidas nesse
preceito legal, o exercício irresponsável do direito de recorrer,
neutralizando, dessa maneira, a atuação processual do
‘improbus litigator’. - A exigência pertinente ao depósito prévio
do valor da multa, longe de inviabilizar o acesso à tutela
jurisdicional do Estado, visa a conferir real efetividade ao
postulado da lealdade processual, em ordem a impedir que o
processo judicial se transforme em instrumento de ilícita
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ARE 982755 AGR-SEGUNDO-EDV-AGR / BA
IMPOSIÇÃO DE MULTA À PARTE EMBARGANTE (CPC,
ART. 538, PARÁGRAFO ÚNICO) - EMBARGOS DE
DIVERGÊNCIA DEDUZIDOS CONTRA ESSA DECISÃO -
PRÉVIO DEPÓSITO DO VALOR DA MULTA COMO
REQUISITO DE ADMISSIBILIDADE DE NOVOS RECURSOS -
VALOR DA MULTA NÃO DEPOSITADO - EMBARGOS DE
DIVERGÊNCIA
NÃO
CONHECIDOS,
MONOCRATICAMENTE, PELO RELATOR - RECURSO DE
AGRAVO DEDUZIDO CONTRA TAL DECISÃO -
PERSISTÊNCIA DA FALTA DE DEPÓSITO DA MULTA -
RECURSO DE AGRAVO NÃO CONHECIDO. - O embargante -
quando condenado a pagar, à parte contrária, a multa a que se
refere o parágrafo único do art. 538 do CPC - somente poderá
interpor ‘qualquer outro recurso’, se efetuar o depósito prévio
do valor correspondente à sanção pecuniária que lhe foi
imposta. A ausência de comprovado recolhimento do valor da
multa importará em não conhecimento dos recursos
eventualmente interpostos, eis que a efetivação desse depósito
prévio atua como indeclinável pressuposto objetivo de
recorribilidade. Doutrina. Precedente. - A possibilidade de
imposição de multa, quando manifestamente inadmissível ou
infundado o agravo, encontra fundamento em razões de caráter
ético-jurídico, pois, além de privilegiar o postulado da lealdade
processual, busca imprimir maior celeridade ao processo de
administração da justiça, atribuindo-lhe um coeficiente de
maior racionalidade, em ordem a conferir efetividade à resposta
jurisdicional do Estado. A multa a que se refere o art. 538,
parágrafo único, do CPC, possui inquestionável função
inibitória, eis que visa a impedir, nas hipóteses referidas nesse
preceito legal, o exercício irresponsável do direito de recorrer,
neutralizando, dessa maneira, a atuação processual do
‘improbus litigator’. - A exigência pertinente ao depósito prévio
do valor da multa, longe de inviabilizar o acesso à tutela
jurisdicional do Estado, visa a conferir real efetividade ao
postulado da lealdade processual, em ordem a impedir que o
processo judicial se transforme em instrumento de ilícita
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
ARE 982755 AGR-SEGUNDO-EDV-AGR / BA
manipulação pela parte que atua em desconformidade com os
padrões e critérios normativos que repelem atos atentatórios à
dignidade da justiça (CPC, art. 600) e que repudiam
comportamentos caracterizadores de litigância maliciosa, como
aqueles que se traduzem na interposição de recurso com intuito
manifestamente protelatório (CPC, art. 17, VII). Doutrina” (AI
555.571-AgR-ED-EDv-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Tribunal
Pleno).
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CONCURSO
PÚBLICO. PRETERIÇÃO. AUSÊNCIA DE DEPÓSITO PRÉVIO
DA MULTA DO ART. 1.021, § 4º, DO CPC/2015. PRESSUPOSTO
OBJETIVO DE RECORRIBILIDADE. ART. 1.021, § 5º, DO
CPC/2015. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO SOB
A ÉGIDE DO CPC/1973. DECLARATÓRIOS OPOSTOS SOB A
VIGÊNCIA DO CPC/2015. 1. Firme o entendimento desta
Suprema Corte de que o depósito prévio da multa do art. 1.021,
§ 4º, do CPC/2015 consubstancia pressuposto objetivo de
recorribilidade, a inviabilizar o conhecimento dos embargos de
declaração. 2. Na dicção do § 5º do art. 1.021 do CPC/2015, “[...]
a interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao
depósito prévio do valor da multa prevista no § 4º, à exceção da
Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que
farão o pagamento ao final”. 3. Embargos declaratórios não
conhecidos.” (ARE 969.781 AgR-ED, Rel. Min. Rosa Weber,
Primeira Turma)
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO
REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM
AGRAVO. MULTA PREVISTA NO ART. 1.021, § 4°, DO CPC,
NÃO DEPOSITADA PREVIAMENTE. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO MANIFESTAMENTE PROTELATÓRIOS.
NÃO CONHECIMENTO. MULTA APLICADA. I – A ausência
de comprovação do depósito prévio da multa prevista pelo art.
1.024, § 4°, do CPC, impõe o não conhecimento dos embargos
de declaração, por não ter sido atendido o pressuposto objetivo
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Supremo Tribunal Federal
ARE 982755 AGR-SEGUNDO-EDV-AGR / BA
manipulação pela parte que atua em desconformidade com os
padrões e critérios normativos que repelem atos atentatórios à
dignidade da justiça (CPC, art. 600) e que repudiam
comportamentos caracterizadores de litigância maliciosa, como
aqueles que se traduzem na interposição de recurso com intuito
manifestamente protelatório (CPC, art. 17, VII). Doutrina” (AI
555.571-AgR-ED-EDv-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Tribunal
Pleno).
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CONCURSO
PÚBLICO. PRETERIÇÃO. AUSÊNCIA DE DEPÓSITO PRÉVIO
DA MULTA DO ART. 1.021, § 4º, DO CPC/2015. PRESSUPOSTO
OBJETIVO DE RECORRIBILIDADE. ART. 1.021, § 5º, DO
CPC/2015. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO SOB
A ÉGIDE DO CPC/1973. DECLARATÓRIOS OPOSTOS SOB A
VIGÊNCIA DO CPC/2015. 1. Firme o entendimento desta
Suprema Corte de que o depósito prévio da multa do art. 1.021,
§ 4º, do CPC/2015 consubstancia pressuposto objetivo de
recorribilidade, a inviabilizar o conhecimento dos embargos de
declaração. 2. Na dicção do § 5º do art. 1.021 do CPC/2015, “[...]
a interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao
depósito prévio do valor da multa prevista no § 4º, à exceção da
Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que
farão o pagamento ao final”. 3. Embargos declaratórios não
conhecidos.” (ARE 969.781 AgR-ED, Rel. Min. Rosa Weber,
Primeira Turma)
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO
REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM
AGRAVO. MULTA PREVISTA NO ART. 1.021, § 4°, DO CPC,
NÃO DEPOSITADA PREVIAMENTE. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO MANIFESTAMENTE PROTELATÓRIOS.
NÃO CONHECIMENTO. MULTA APLICADA. I – A ausência
de comprovação do depósito prévio da multa prevista pelo art.
1.024, § 4°, do CPC, impõe o não conhecimento dos embargos
de declaração, por não ter sido atendido o pressuposto objetivo
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
ARE 982755 AGR-SEGUNDO-EDV-AGR / BA
de recorribilidade contido no art. 1.021, § 5°, do CPC. II –
Embargos de declaração não conhecidos, com aplicação de
multa (art. 1.026, § 2°, do CPC).” (ARE 909.858-AgR-ED, de
minha relatoria, Segunda Turma)
Cito, ainda: ARE 932.172 AgR-ED, Rel. Min. Roberto Barroso,
Primeira Turma; AI 690.487 AgR-ED, Rel. Min. Teori Zavascki, Segunda
Turma; ARE 835.035 AgR-ED-ED, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda
Turma; RE 896.638-AgR-ED-ED-ED, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda
Turma; AI 770.030-AgR-ED-ED, Rel. Min. Joaquim Barbosa (Presidente),
Tribunal Pleno.
Ademais, nos termos do art. 1.021, § 1°, do CPC e do art. 317, § 1°, do
RISTF, é requisito de admissibilidade do agravo regimental a impugnação
específica de todos os fundamentos nos quais se baseou a decisão
agravada, sob pena de incidência do óbice previsto nas Súmulas 284 e
287/STF. Veja-se a jurisprudência pacífica deste Tribunal:
“Agravo regimental nos embargos de divergência no
agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. 2.
Ausência de impugnação específica do fundamento da decisão
agravada. Súmula 287. Precedentes.
[...]
6. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE
670.489 AgR-EDv-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal
Pleno).
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROPAGANDA
ELEITORAL NEGATIVA ANTECIPADA. AUSÊNCIA DE
IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO
AGRAVADA. SÚMULA 284. 1. É inviável o processamento do
recurso quando o agravante não se desincumbe do ônus de de
impugnar especificamente os fundamentos da decisão
agravada, não restando preenchido o requisito de
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Supremo Tribunal Federal
ARE 982755 AGR-SEGUNDO-EDV-AGR / BA
de recorribilidade contido no art. 1.021, § 5°, do CPC. II –
Embargos de declaração não conhecidos, com aplicação de
multa (art. 1.026, § 2°, do CPC).” (ARE 909.858-AgR-ED, de
minha relatoria, Segunda Turma)
Cito, ainda: ARE 932.172 AgR-ED, Rel. Min. Roberto Barroso,
Primeira Turma; AI 690.487 AgR-ED, Rel. Min. Teori Zavascki, Segunda
Turma; ARE 835.035 AgR-ED-ED, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda
Turma; RE 896.638-AgR-ED-ED-ED, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda
Turma; AI 770.030-AgR-ED-ED, Rel. Min. Joaquim Barbosa (Presidente),
Tribunal Pleno.
Ademais, nos termos do art. 1.021, § 1°, do CPC e do art. 317, § 1°, do
RISTF, é requisito de admissibilidade do agravo regimental a impugnação
específica de todos os fundamentos nos quais se baseou a decisão
agravada, sob pena de incidência do óbice previsto nas Súmulas 284 e
287/STF. Veja-se a jurisprudência pacífica deste Tribunal:
“Agravo regimental nos embargos de divergência no
agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. 2.
Ausência de impugnação específica do fundamento da decisão
agravada. Súmula 287. Precedentes.
[...]
6. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE
670.489 AgR-EDv-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal
Pleno).
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROPAGANDA
ELEITORAL NEGATIVA ANTECIPADA. AUSÊNCIA DE
IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO
AGRAVADA. SÚMULA 284. 1. É inviável o processamento do
recurso quando o agravante não se desincumbe do ônus de de
impugnar especificamente os fundamentos da decisão
agravada, não restando preenchido o requisito de
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
ARE 982755 AGR-SEGUNDO-EDV-AGR / BA
admissibilidade recursal previsto no art. 317, § 1º, do RISTF.
Incidência da Súmula 284 do STF. 2 .Agravo regimental a que se
nega provimento” (ARE 923.584 AgR, Rel. Min. Edson Fachin,
Primeira Turma).
“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA
DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA AOS FUNDAMENTOS
SUFICIENTES DA DECISÃO AGRAVADA. CPC/2015, ART.
1.021, §1º. 1. Não comporta conhecimento o agravo interno que
não impugna direta e especificamente todos os motivos
indicados na decisão monocrática de Relator. 2. Agravo
regimental não conhecido. Honorários advocatícios adicionais
correspondentes a 20% do valor a esse título já fixado no
processo (CPC/2015, art. 85, § 11)” (ARE 952.773 AgR, Rel. Min.
Teori Zavascki, Segunda Turma).
No presente caso, a decisão agravada não conheceu dos embargos de
divergência, em face da ausência de comprovação do depósito prévio da
multa prevista no art. 1.021, § 4°, da Constituição, imposta pela Segunda
Turma desta Corte.
A petição de agravo, contudo, discorreu apenas sobre a redução da
indenização por danos morais à qual a parte agravante foi condenada em
sede de ação civil pública, sem impugnar o único fundamento da decisão
agravada, o que torna o agravo regimental inadmissível.
Isso posto, não conheço do agravo regimental.
Por reconhecer a manifesta inadmissibilidade do agravo regimental,
aplico multa no valor de 5% (cinco por cento) do valor atualizado da
causa (art. 1.021, § 4°, do CPC).
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ARE 982755 AGR-SEGUNDO-EDV-AGR / BA
admissibilidade recursal previsto no art. 317, § 1º, do RISTF.
Incidência da Súmula 284 do STF. 2 .Agravo regimental a que se
nega provimento” (ARE 923.584 AgR, Rel. Min. Edson Fachin,
Primeira Turma).
“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA
DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA AOS FUNDAMENTOS
SUFICIENTES DA DECISÃO AGRAVADA. CPC/2015, ART.
1.021, §1º. 1. Não comporta conhecimento o agravo interno que
não impugna direta e especificamente todos os motivos
indicados na decisão monocrática de Relator. 2. Agravo
regimental não conhecido. Honorários advocatícios adicionais
correspondentes a 20% do valor a esse título já fixado no
processo (CPC/2015, art. 85, § 11)” (ARE 952.773 AgR, Rel. Min.
Teori Zavascki, Segunda Turma).
No presente caso, a decisão agravada não conheceu dos embargos de
divergência, em face da ausência de comprovação do depósito prévio da
multa prevista no art. 1.021, § 4°, da Constituição, imposta pela Segunda
Turma desta Corte.
A petição de agravo, contudo, discorreu apenas sobre a redução da
indenização por danos morais à qual a parte agravante foi condenada em
sede de ação civil pública, sem impugnar o único fundamento da decisão
agravada, o que torna o agravo regimental inadmissível.
Isso posto, não conheço do agravo regimental.
Por reconhecer a manifesta inadmissibilidade do agravo regimental,
aplico multa no valor de 5% (cinco por cento) do valor atualizado da
causa (art. 1.021, § 4°, do CPC).
5
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9
Extrato de Ata - 11/12/2017
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NOS EMB.DIV. NO SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
COM AGRAVO 982.755
PROCED. : BAHIA
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : MILKLY COMERCIO ATACADISTA DE MERCADORIAS LTDA
ADV.(A/S) : GUSTAVO LUIS DE ALBUQUERQUE CARDOSO (17485/BA)
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Decisão: O Tribunal, por unanimidade, não conheceu do agravo
regimental e aplicou multa no valor de 5% (cinco por cento) do
valor atualizado da causa (art. 1.021, § 4º, do CPC), nos termos
do voto do Relator. Plenário, Sessão Virtual de 1.12.2017 a
7.12.2017.
Composição: Ministros Cármen Lúcia (Presidente), Celso de
Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias
Toffoli, Luiz Fux, Rosa Weber, Roberto Barroso, Edson Fachin e
Alexandre de Moraes.
p/ Doralúcia das Neves Santos
Assessora-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NOS EMB.DIV. NO SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
COM AGRAVO 982.755
PROCED. : BAHIA
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : MILKLY COMERCIO ATACADISTA DE MERCADORIAS LTDA
ADV.(A/S) : GUSTAVO LUIS DE ALBUQUERQUE CARDOSO (17485/BA)
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Decisão: O Tribunal, por unanimidade, não conheceu do agravo
regimental e aplicou multa no valor de 5% (cinco por cento) do
valor atualizado da causa (art. 1.021, § 4º, do CPC), nos termos
do voto do Relator. Plenário, Sessão Virtual de 1.12.2017 a
7.12.2017.
Composição: Ministros Cármen Lúcia (Presidente), Celso de
Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias
Toffoli, Luiz Fux, Rosa Weber, Roberto Barroso, Edson Fachin e
Alexandre de Moraes.
p/ Doralúcia das Neves Santos
Assessora-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14204402
Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14269667 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-01T00:00:00 | O Tribunal, por unanimidade, não conheceu do agravo regimental e aplicou multa no valor de 5% (cinco por cento) do valor atualizado da causa (art. 1.021, § 4º, do CPC), nos termos do voto do Relator. Plenário, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NOS EMB.DIV. NO SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NO SEGUNDO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. MULTA PREVISTA NO ART. 1.021, § 4°, DO CPC NÃO DEPOSITADA PREVIAMENTE. NÃO IMPUGNAÇÃO DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO NÃO CONHECIDO. MULTA APLICADA.
I – A ausência de comprovação do depósito prévio da multa prevista pelo art. 1.024, § 4°, do CPC, impõe o não conhecimento do agravo regimental, por não ter sido atendido o pressuposto objetivo de recorribilidade contido no art. 1.021, § 5°, do CPC.
II – Nos termos do art. 1.021, § 1°, do CPC e do art. 317, § 1°, do RISTF, é requisito de admissibilidade do agravo regimental a impugnação específica de todos os fundamentos nos quais se baseou a decisão agravada, sob pena de incidência do óbice previsto nas Súmulas 284 e 287/STF.
III – Agravo regimental não conhecido, com aplicação de multa (art. 1.021, § 4°, do CPC). | sjur379455 | - Acórdão(s) citado(s):
(RECURSO PROTELATÓRIO, RECOLHIMENTO PRÉVIO DE MULTA)
AI 690487 AgR-ED (2ªT), AI 555571 AgR-ED-EDv-AgR (TP), AI 770030 AgR-ED-ED (TP), ARE 835035 AgR-ED-ED (2ªT), RE 896638 AgR-ED-ED-ED (2ªT), ARE 932172 AgR-ED (1ªT), ARE 909858 AgR-ED (2ªT), ARE 969781 AgR-ED (1ªT).
(IMPUGNAÇÃO, FUNDAMENTOS)
ARE 923584 AgR (1ªT), ARE 670489 AgR-EDv-AgR (TP), ARE 952773 AgR (2ªT).
Número de páginas: 9.
Análise: 07/02/2018, MJC. | RICARDO LEWANDOWSKI | Tribunal Pleno | 982755 | [
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-01021 PAR-00001 PAR-00004 PAR-00005 \n ART-01024 PAR-00004\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\n\n",
"LEG-FED RGI ANO-1980\n ART-00317 PAR-00001\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000284 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000287 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR-segundo-EDv-AgR | acordaos | ARE 982755 AgR-segundo-EDv-AgR | [
""
] | AGTE.(S) : MILKLY COMERCIO ATACADISTA DE MERCADORIAS LTDA
ADV.(A/S) : GUSTAVO LUIS DE ALBUQUERQUE CARDOSO
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"Súmulas 284 e 287 / STF",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 982 . 755",
"ARE 982755 AGR",
"AI 555 . 571 - AgR - ED - EDv - AgR",
"ARE 969 . 781 AgR - ED",
"ARE 982755 AGR",
"AI 555 . 571 - AgR - ED - EDv - AgR",
"ARE 969 . 781 AgR - ED",
"ARE 909 . 858 - AgR - ED",
"ARE 932 . 172 AgR - ED",
"AI 690 . 487 AgR - ED",
"ARE 835 . 035 AgR - ED - ED",
"RE 896 . 638 - AgR - ED - ED - ED",
"AI 770 . 030 - AgR - ED - ED",
"Súmulas 284 e 287 / STF",
"ARE 670 . 489 AgR - EDv - AgR",
"ARE 982755",
"ARE 909 . 858 - AgR - ED",
"ARE 932 . 172 AgR - ED",
"AI 690 . 487 AgR - ED",
"ARE 835 . 035 AgR - ED - ED",
"RE 896 . 638 - AgR - ED - ED - ED",
"AI 770 . 030 - AgR - ED - ED",
"Súmulas 284",
"ARE 670 . 489 AgR - EDv -",
"Súmula 284 do STF",
"ARE 923 . 584 AgR",
"ARE 952 . 773 AgR",
"Súmula 284 do STF",
"ARE 923 . 584 AgR",
"ARE 952 . 773 AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"ART . 1 . 021 , § 4° , DO CPC",
"art . 1 . 024 , § 4° , do CPC",
"art . 1 . 021 , § 5° , do CPC",
"art . 1 . 021 , § 1° , do CPC",
"art . 317 , § 1° , do RISTF",
"art . 1 . 021 , § 4° , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § 4° , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § 4° , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § 4° , do CPC",
"art . 1 . 021 , § 5° , do CPC",
"art . 1 . 021 , § 5° , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § 4° , do CPC",
"art . 1 . 021 , § 5° , do CPC",
"art . 1 . 021 , § 5° , do CPC",
"CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CPC , ART . 538 , PARÁGRAFO ÚNICO",
"parágrafo único do art . 538 do CPC",
"art . 538 , parágrafo único , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CPC , ART . 538 , PARÁGRAFO ÚNICO",
"art . 538 do CPC",
"art . 538 , parágrafo único , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CPC , art . 600",
"CPC , art . 17 , VII",
"ART . 1 . 021 , § [UNK] , DO CPC / 2015",
"ART . 1 . 021 , § [UNK] , DO CPC / 2015",
"CPC",
"/",
"1973",
"CPC",
"/",
"2015",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC / 2015",
"§ [UNK] do art . 1 . 021 do CPC / 2015",
"ART . 1 . 021 , § 4° , DO CPC",
"art . 1 . 024 , § 4° , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CPC , art . 600",
"CPC , art . 17 , VII",
"ART . 1 . 021 , § [UNK] , DO CPC / 2015",
"ART . 1 . 021 , § [UNK] , DO CPC / 2015",
"CPC",
"/",
"1973",
"CPC",
"/",
"2015",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC / 2015",
"§ [UNK] do art . 1 . 021 do CPC / 2015",
"ART . 1 . 021 , § 4° , DO CPC",
"art . 1 . 024 , § 4° , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § 5° , do CPC",
"art . 1 . 026 , § 2° , do CPC",
"art . 1 . 021 , § 1° , do CPC",
"art . 317 , § 1° , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § 5° , do CPC",
"art . 1 . 026 , § 2° , do CPC",
"art",
"art . 317 , § 1° , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 317 , § [UNK] , do RISTF",
"CPC",
"/",
"2015 , ART . 1 . 021 , § [UNK]",
"CPC",
"/",
"2015 , art . 85 , § 11",
"art . 1 . 021 , § 4° , da Constituição",
"art . 1 . 021 , § 4° , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 317 , § [UNK] , do RISTF",
"CPC",
"/",
"2015 , ART . 1 .",
"CPC",
"/",
"2015 , art . 85 , §",
"art . 1 . 021 , § 4° , da Constituição",
"art . 1 . 021 , § 4° , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"BAHIA",
"ESTADO DA BAHIA",
"Brasília",
"Brasília",
"BAHIA",
"ESTADO",
"ESTADO DA BAHIA",
"BAHIA",
"ESTADO DA BAHIA",
"BAHIA",
"ESTADO DA BAHIA",
"BAHIA",
"ESTADO DA BAHIA"
],
"ORGANIZACAO": [
"PLENÁRIO",
"MILKLY COMERCIO ATACADISTA DE MERCADORIAS LTDA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PLENÁRIO",
"SEGUNDO",
"MILKLY COMERCIO ATACADISTA DE MERCADORIAS LTDA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"SEGUNDO",
"MILKLY COMERCIO ATACADISTA DE MERCADORIAS LTDA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PLENÁRIO",
"BAHIA",
"Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Fazenda Pública",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"BAHIA",
"Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Fazenda",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal Pleno",
"Suprema",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Pleno",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Tribunal Pleno",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Tribunal Pleno",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PLENÁRIO",
"MILKLY COMERCIO ATACADISTA DE MERCADORIAS LTDA",
"Plenário",
"Plenário",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"MILKLY COMERCIO ATACADISTA DE MERCADORIAS LTDA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA",
"Plenário",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"GUSTAVO LUIS DE ALBUQUERQUE CARDOSO",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"GUSTAVO LUIS DE ALBUQUERQUE CARDOSO",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"GUSTAVO LUIS DE ALBUQUERQUE CARDOSO",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Celso de Mello",
"Rosa Weber",
"Celso de Mello",
"Rosa Weber",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Roberto Barroso",
"Teori Zavascki",
"Gilmar Mendes",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Gilmar Mendes",
"Roberto Barroso",
"Teori Zavascki",
"Gilmar Mendes",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Gilmar Mendes",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Edson Fachin",
"Teori Zavascki",
"Edson Fachin",
"Teori Zavascki",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"GUSTAVO LUIS DE ALBUQUERQUE CARDOSO",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Roberto Barroso",
"Edson Fachin",
"Alexandre de Moraes",
"Doralúcia das Neves Santos",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"GUSTAVO LUIS DE ALBUQUERQUE CARDOSO",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Roberto Barroso",
"Edson Fachin",
"Alexandre de Moraes",
"Doralúcia das Neves Santos"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 274.850 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
EMBTE.(S)
:FÁBRICA DE PAPEL E PAPELÃO NOSSA SENHORA
DA PENHA S/A
ADV.(A/S)
:JOSE PAULO DE CASTRO EMSENHUBER
EMBDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
E M E N T A: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – CARÁTER
INFRIGENTE – EXCEPCIONALIDADE – INTIMAÇÃO DA PARTE
CONTRÁRIA PARA IMPUGNÁ-LOS – CORREÇÃO MONETÁRIA DE
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – LEI Nº 8.200/91, ART. 3º,
INCISO I – CONSTITUCIONALIDADE – RESTITUIÇÃO DE VALORES
NA FORMA E NOS TERMOS DE REFERIDO PRECEITO LEGAL –
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ACOLHIDOS, PARA DAR APENAS
PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
DEDUZIDO PELA UNIÃO.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Sessão Virtual da Segunda Turma, na
conformidade da ata de julgamentos, por unanimidade de votos, em
acolher os embargos de declaração, com efeitos infringentes, para
conhecer e dar parcial provimento ao recurso extraordinário deduzido
pela União Federal, em ordem a julgar procedente, em parte, a ação
ajuizada pela Fábrica de Papel e Papelão Nossa Senhora da Penha S/A,
devendo ser observado, contudo, o entendimento firmado pelo Plenário
desta Suprema Corte, quanto à constitucionalidade do art. 3º, I, da
Lei 8.200/91; em fixar em 10% (dez por cento) sobre o valor da
Supremo Tribunal Federal
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286348.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8
Ementa e Acórdão
RE 274850 AGR-ED / SP
condenação a verba honorária a ser suportada pela União Federal, tudo
nos termos do voto do Relator.
Brasília, Sessão Virtual de 01 a 07 de dezembro de 2017.
CELSO DE MELLO – RELATOR
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 274850 AGR-ED / SP
condenação a verba honorária a ser suportada pela União Federal, tudo
nos termos do voto do Relator.
Brasília, Sessão Virtual de 01 a 07 de dezembro de 2017.
CELSO DE MELLO – RELATOR
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 274.850 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
EMBTE.(S)
:FÁBRICA DE PAPEL E PAPELÃO NOSSA SENHORA
DA PENHA S/A
ADV.(A/S)
:JOSE PAULO DE CASTRO EMSENHUBER
EMBDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se
de embargos de declaração opostos a decisão que, emanada desta
colenda Turma, restou consubstanciada em acórdão assim ementado:
“Imposto de Renda pessoa jurídica. Correção monetária.
Constitucionalidade do art. 3º, I, da Lei 8.200/91. Precedente.
Regimental não provido.”
Sustenta, a embargante, na presente sede recursal, em síntese, o que
se segue:
“(…) NÃO SE DISCUTE A INCONSTITUCIONALIDADE
DA LEI 8.200/91, mas sim o reconhecimento da DIFERENÇA DE
CORREÇÃO MONETÁRIA PERANTE O IMPOSTO DE RENDA
PESSOA JURÍDICA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O
LUCRO RELATIVO AO ANO DE 1990, EM FUNÇÃO DA
VARIAÇÃO ENTRE O IPC e o BTN Fiscal, conforme pleito
formulado na exordial, que fulmina as alterações introduzidas pela
Lei 8.088/90, não discutindo em momento algum a Lei 8.200/91.”
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11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 274.850 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
EMBTE.(S)
:FÁBRICA DE PAPEL E PAPELÃO NOSSA SENHORA
DA PENHA S/A
ADV.(A/S)
:JOSE PAULO DE CASTRO EMSENHUBER
EMBDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se
de embargos de declaração opostos a decisão que, emanada desta
colenda Turma, restou consubstanciada em acórdão assim ementado:
“Imposto de Renda pessoa jurídica. Correção monetária.
Constitucionalidade do art. 3º, I, da Lei 8.200/91. Precedente.
Regimental não provido.”
Sustenta, a embargante, na presente sede recursal, em síntese, o que
se segue:
“(…) NÃO SE DISCUTE A INCONSTITUCIONALIDADE
DA LEI 8.200/91, mas sim o reconhecimento da DIFERENÇA DE
CORREÇÃO MONETÁRIA PERANTE O IMPOSTO DE RENDA
PESSOA JURÍDICA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O
LUCRO RELATIVO AO ANO DE 1990, EM FUNÇÃO DA
VARIAÇÃO ENTRE O IPC e o BTN Fiscal, conforme pleito
formulado na exordial, que fulmina as alterações introduzidas pela
Lei 8.088/90, não discutindo em momento algum a Lei 8.200/91.”
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8
Relatório
RE 274850 AGR-ED / SP
Sendo esse o contexto, submeto à apreciação desta colenda Turma os
presentes embargos de declaração.
É o relatório.
2
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RE 274850 AGR-ED / SP
Sendo esse o contexto, submeto à apreciação desta colenda Turma os
presentes embargos de declaração.
É o relatório.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 274.850 SÃO
PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se
de embargos de declaração que se revestem de caráter infringente, pois, neles,
a parte ora recorrente objetiva o reexame de pretensão anteriormente
apreciada por esta colenda Turma, quando do julgamento do RE 274.850-
-AgR/SP.
É certo que o Supremo Tribunal Federal tem advertido, em tema de
embargos de declaração, que estes não se revelam cabíveis, quando opostos
com o objetivo de infringir o julgado.
Não custa rememorar, neste ponto, consoante tenho salientado em
diversos julgamentos proferidos nesta Corte (RTJ 132/1020), que a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal não admite os embargos de
declaração, quando estes revelam o intuito do embargante de obter, em
sede absolutamente inadequada, o reexame de matéria que foi correta e
integralmente apreciada pelo acórdão impugnado:
“Os embargos de declaração não devem revestir-se de
caráter infringente. A maior elasticidade que se lhes reconhece,
excepcionalmente, em casos de erro material evidente ou de
manifesta nulidade do acórdão (RTJ 89/548 – RTJ 94/1167 –
RTJ 103/1210 – RTJ 114/351), não justifica – sob pena de grave
disfunção jurídico-processual dessa modalidade de recurso – a sua
inadequada utilização com o propósito de questionar a correção do
julgado e obter, em conseqüência, a desconstituição do ato decisório.”
(RTJ 158/993, Rel. Min. CELSO DE MELLO)
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11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 274.850 SÃO
PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se
de embargos de declaração que se revestem de caráter infringente, pois, neles,
a parte ora recorrente objetiva o reexame de pretensão anteriormente
apreciada por esta colenda Turma, quando do julgamento do RE 274.850-
-AgR/SP.
É certo que o Supremo Tribunal Federal tem advertido, em tema de
embargos de declaração, que estes não se revelam cabíveis, quando opostos
com o objetivo de infringir o julgado.
Não custa rememorar, neste ponto, consoante tenho salientado em
diversos julgamentos proferidos nesta Corte (RTJ 132/1020), que a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal não admite os embargos de
declaração, quando estes revelam o intuito do embargante de obter, em
sede absolutamente inadequada, o reexame de matéria que foi correta e
integralmente apreciada pelo acórdão impugnado:
“Os embargos de declaração não devem revestir-se de
caráter infringente. A maior elasticidade que se lhes reconhece,
excepcionalmente, em casos de erro material evidente ou de
manifesta nulidade do acórdão (RTJ 89/548 – RTJ 94/1167 –
RTJ 103/1210 – RTJ 114/351), não justifica – sob pena de grave
disfunção jurídico-processual dessa modalidade de recurso – a sua
inadequada utilização com o propósito de questionar a correção do
julgado e obter, em conseqüência, a desconstituição do ato decisório.”
(RTJ 158/993, Rel. Min. CELSO DE MELLO)
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
RE 274850 AGR-ED / SP
Ocorre, no entanto, que os presentes embargos de declaração foram
corretamente utilizados pela parte embargante, que apontou a existência,
no acórdão embargado, de obscuridade sobre a questão efetivamente
veiculada em sede recursal extraordinária e não apreciada por esta
colenda Turma.
Para que não haja prejuízo para as partes e para a definitiva resolução
da causa, impõe-se sejam acolhidos estes embargos de declaração, em
ordem a desconstituir as anteriores decisões proferidas nestes autos e,
em consequência, reapreciar o recurso extraordinário interposto pela União
Federal.
E, ao fazê-lo, verifico que o pleito deduzido em sede recursal
extraordinária deve ser acolhido
apenas
no que concerne à
constitucionalidade do art. 3º, I, da Lei nº 8.200/91, pois o Plenário desta
Suprema Corte, ao julgar o RE 201.512/MG, Red. p/ o acórdão Rel. Min.
CÁRMEN LÚCIA, firmou orientação sobre a controvérsia ora em análise,
proferindo decisão consubstanciada em acórdão assim ementado:
“CONSTITUCIONAL
E
TRIBUTÁRIO.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS REFERENTES AO
ANO-BASE
1990.
CORREÇÃO
MONETÁRIA.
CONSTITUCIONALIDADE
DA
SISTEMÁTICA
ESTABELECIDA NO ART. 3º, INC. I, DA LEI N. 8.200/1991.
RECONHECIMENTO POSTERIOR DE INCIDÊNCIA DE
ÍNDICE DIVERSO DO ADOTADO À ÉPOCA. BENEFÍCIO
TRIBUTÁRIO DIFERIDO NO TEMPO. DEDUÇÃO NA
DETERMINAÇÃO DO LUCRO REAL. OPÇÃO POLÍTICO-
LEGISLATIVA ADOTADA PARA TORNAR MENOS GRAVOSA
A CARGA TRIBUTÁRIA DECORRENTE DA ALTERAÇÃO
DE INDEXADORES ECONÔMICOS INCIDENTES NA
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RE 274850 AGR-ED / SP
Ocorre, no entanto, que os presentes embargos de declaração foram
corretamente utilizados pela parte embargante, que apontou a existência,
no acórdão embargado, de obscuridade sobre a questão efetivamente
veiculada em sede recursal extraordinária e não apreciada por esta
colenda Turma.
Para que não haja prejuízo para as partes e para a definitiva resolução
da causa, impõe-se sejam acolhidos estes embargos de declaração, em
ordem a desconstituir as anteriores decisões proferidas nestes autos e,
em consequência, reapreciar o recurso extraordinário interposto pela União
Federal.
E, ao fazê-lo, verifico que o pleito deduzido em sede recursal
extraordinária deve ser acolhido
apenas
no que concerne à
constitucionalidade do art. 3º, I, da Lei nº 8.200/91, pois o Plenário desta
Suprema Corte, ao julgar o RE 201.512/MG, Red. p/ o acórdão Rel. Min.
CÁRMEN LÚCIA, firmou orientação sobre a controvérsia ora em análise,
proferindo decisão consubstanciada em acórdão assim ementado:
“CONSTITUCIONAL
E
TRIBUTÁRIO.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS REFERENTES AO
ANO-BASE
1990.
CORREÇÃO
MONETÁRIA.
CONSTITUCIONALIDADE
DA
SISTEMÁTICA
ESTABELECIDA NO ART. 3º, INC. I, DA LEI N. 8.200/1991.
RECONHECIMENTO POSTERIOR DE INCIDÊNCIA DE
ÍNDICE DIVERSO DO ADOTADO À ÉPOCA. BENEFÍCIO
TRIBUTÁRIO DIFERIDO NO TEMPO. DEDUÇÃO NA
DETERMINAÇÃO DO LUCRO REAL. OPÇÃO POLÍTICO-
LEGISLATIVA ADOTADA PARA TORNAR MENOS GRAVOSA
A CARGA TRIBUTÁRIA DECORRENTE DA ALTERAÇÃO
DE INDEXADORES ECONÔMICOS INCIDENTES NA
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Voto - MIN. CELSO DE MELLO
RE 274850 AGR-ED / SP
ESPÉCIE. NÃO CARACTERIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMO
COMPULSÓRIO. AUSÊNCIA DE CONTRARIEDADE AOS
PRINCÍPIOS DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA, DO NÃO
CONFISCO, DA IRRETROATIVIDADE, DA ISONOMIA E
DO DIREITO ADQUIRIDO. RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO.”
O exame da presente causa evidencia que o acórdão impugnado em
sede recursal extraordinária diverge, em parte, da diretriz jurisprudencial
que esta Suprema Corte firmou na matéria em referência.
Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, acolho os
presentes embargos de declaração, com efeitos infringentes, para conhecer e
dar parcial provimento ao recurso extraordinário deduzido pela União
Federal, em ordem a julgar procedente, em parte, a ação ajuizada pela
Fábrica de Papel e Papelão Nossa Senhora da Penha S/A, devendo ser
observado, contudo, o entendimento firmado pelo Plenário desta Suprema
Corte, quanto à constitucionalidade do art. 3º, I, da Lei nº 8.200/91.
Fixo, em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, a verba
honorária a ser suportada pela União Federal.
É o meu voto.
3
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RE 274850 AGR-ED / SP
ESPÉCIE. NÃO CARACTERIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMO
COMPULSÓRIO. AUSÊNCIA DE CONTRARIEDADE AOS
PRINCÍPIOS DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA, DO NÃO
CONFISCO, DA IRRETROATIVIDADE, DA ISONOMIA E
DO DIREITO ADQUIRIDO. RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO.”
O exame da presente causa evidencia que o acórdão impugnado em
sede recursal extraordinária diverge, em parte, da diretriz jurisprudencial
que esta Suprema Corte firmou na matéria em referência.
Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, acolho os
presentes embargos de declaração, com efeitos infringentes, para conhecer e
dar parcial provimento ao recurso extraordinário deduzido pela União
Federal, em ordem a julgar procedente, em parte, a ação ajuizada pela
Fábrica de Papel e Papelão Nossa Senhora da Penha S/A, devendo ser
observado, contudo, o entendimento firmado pelo Plenário desta Suprema
Corte, quanto à constitucionalidade do art. 3º, I, da Lei nº 8.200/91.
Fixo, em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, a verba
honorária a ser suportada pela União Federal.
É o meu voto.
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Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 274.850
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
EMBTE.(S) : FÁBRICA DE PAPEL E PAPELÃO NOSSA SENHORA DA PENHA S/A
ADV.(A/S) : JOSE PAULO DE CASTRO EMSENHUBER (01531/A/DF,
181969/RJ, 72400/SP)
EMBDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Decisão: A Turma, por unanimidade, acolheu os embargos de
declaração, com efeitos infringentes, para conhecer e dar parcial
provimento ao recurso extraordinário deduzido pela União Federal,
em ordem a julgar procedente, em parte, a ação ajuizada pela
Fábrica de Papel e Papelão Nossa Senhora da Penha S/A, devendo ser
observado, contudo, o entendimento firmado pelo Plenário desta
Suprema Corte, quanto à constitucionalidade do art. 3º, I, da Lei
8.200/91; e fixou em 10% (dez por cento) sobre o valor da
condenação, a verba honorária a ser suportada pela União Federal,
tudo nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual
de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217678
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 274.850
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
EMBTE.(S) : FÁBRICA DE PAPEL E PAPELÃO NOSSA SENHORA DA PENHA S/A
ADV.(A/S) : JOSE PAULO DE CASTRO EMSENHUBER (01531/A/DF,
181969/RJ, 72400/SP)
EMBDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Decisão: A Turma, por unanimidade, acolheu os embargos de
declaração, com efeitos infringentes, para conhecer e dar parcial
provimento ao recurso extraordinário deduzido pela União Federal,
em ordem a julgar procedente, em parte, a ação ajuizada pela
Fábrica de Papel e Papelão Nossa Senhora da Penha S/A, devendo ser
observado, contudo, o entendimento firmado pelo Plenário desta
Suprema Corte, quanto à constitucionalidade do art. 3º, I, da Lei
8.200/91; e fixou em 10% (dez por cento) sobre o valor da
condenação, a verba honorária a ser suportada pela União Federal,
tudo nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual
de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217678
Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14300952 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-06T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, acolheu os embargos de declaração, com efeitos infringentes, para conhecer e dar parcial provimento ao recurso extraordinário deduzido pela União Federal, em ordem a julgar procedente, em parte, a ação ajuizada pela Fábrica de Papel e Papelão Nossa Senhora da Penha S/A, devendo ser observado, contudo, o entendimento firmado pelo Plenário desta Suprema Corte, quanto à constitucionalidade do art. 3º, I, da Lei 8.200/91; e fixou em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, a verba honorária a ser suportada pela União Federal, tudo nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | E M E N T A: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – CARÁTER INFRIGENTE – EXCEPCIONALIDADE – INTIMAÇÃO DA PARTE CONTRÁRIA PARA IMPUGNÁ-LOS – CORREÇÃO MONETÁRIA DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – LEI Nº 8.200/91, ART. 3º, INCISO I – CONSTITUCIONALIDADE – RESTITUIÇÃO DE VALORES NA FORMA E NOS TERMOS DE REFERIDO PRECEITO LEGAL – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ACOLHIDOS, PARA DAR APENAS PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO DEDUZIDO PELA UNIÃO. | sjur379774 | - Acórdão(s) citado(s):
(DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, CORREÇÃO MONETÁRIA, ÍNDICE APLICADO)
RE 201512 (TP).
Número de páginas: 8.
Análise: 16/02/2018, BMP. | CELSO DE MELLO | Segunda Turma | 274850 | [
"LEG-FED LEI-008200 ANO-1991\n ART-00003 INC-00001\n LEI ORDINÁRIA"
] | RE-AgR-ED | acordaos | RE 274850 AgR-ED | [
""
] | EMBTE.(S) : FÁBRICA DE PAPEL E PAPELÃO NOSSA SENHORA DA PENHA S/A
ADV.(A/S) : JOSE PAULO DE CASTRO EMSENHUBER
EMBDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 274 . 850",
"RE 274850 AGR - ED / SP",
"RE 274850 AGR - ED / SP",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 274 . 850",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 274 . 850",
"RE 274850 AGR - ED / SP",
"RE 274850 AGR - ED / SP",
"RE 274 . 850 - - AgR / SP",
"RTJ 132 / 1020",
"RTJ 89 / 548",
"RTJ 158 / 993",
"RE 274 . 850 - - AgR / SP",
"RTJ 132",
"RTJ",
"RTJ 158 / 993",
"RE 274850 AGR - ED / SP",
"RE 201 . 512 / MG",
"RE 274850 AGR - ED / SP",
"RE 201 . 512 / MG",
"RE 274850 AGR - ED / SP",
"RE 274850 AGR - ED / SP",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 274 . 850",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 274 . 850"
],
"LEGISLACAO": [
"LEI [UNK] 8 . 200 / 91 , ART . [UNK] , INCISO I",
"art . [UNK] , I , da Lei 8 . 200 / 91",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , I , da Lei 8 . 200 / 91",
"LEI 8 . 200 / 91",
"Lei 8 . 088 / 90",
"Lei 8 . 200 / 91",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , I , da Lei 8 . 200 / 91",
"LEI 8 . 200 / 91",
"Lei 8 . 088 / 90",
"Lei 8 . 200 / 91",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , I , da Lei [UNK] 8 . 200 / 91",
"ART . [UNK] , INC . I , DA LEI N . 8 . 200 / 1991",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , I , da Lei [UNK] 8 . 200 / 91",
"ART . [UNK] , INC . I , DA LEI N . 8 . 200 / 1991",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , I , da Lei [UNK] 8 . 200 / 91",
"MP n° 2 . 200",
"art . [UNK] , I , da Lei [UNK] 8 . 200 / 91",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , I , da Lei 8 . 200 / 91",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , I , da Lei 8 . 200 / 91",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"FÁBRICA DE PAPEL E PAPELÃO",
"NOSSA SENHORA DA PENHA S / A",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"União",
"Fábrica de Papel e Papelão Nossa Senhora da Penha S / A",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"FÁBRICA DE PAPEL E PAPELÃO NOSSA SENHORA DA PENHA S / A",
"UNIÃO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"FÁBRICA DE PAPEL E PAPELÃO NOSSA SENHORA DA PENHA S / A",
"UNIÃO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"União Federal",
"Plenário desta Suprema Corte",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"União",
"Plenário desta",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"União",
"Fábrica de Papel e Papelão Nossa Senhora da Penha S / A",
"Plenário desta",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Suprema",
"União Federal",
"Fábrica de Papel e Papelão Nossa Senhora da Penha S / A",
"Plenário desta Suprema Corte",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"FÁBRICA DE PAPEL E PAPELÃO NOSSA SENHORA DA PENHA S / A",
"UNIÃO",
"União Federal",
"Fábrica de Papel e Papelão Nossa Senhora da Penha S / A",
"Plenário",
"União Federal",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"FÁBRICA DE PAPEL E PAPELÃO NOSSA SENHORA DA PENHA S / A",
"UNIÃO",
"União Federal",
"Fábrica de Papel e Papelão Nossa Senhora da Penha S / A",
"Plenário desta Suprema Corte",
"União",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CELSO DE MELLO",
"JOSE PAULO DE CASTRO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"JOSE PAULO DE CASTRO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"JOSE PAULO DE CASTRO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"JOSE PAULO DE CASTRO EMSENHUBER",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"CELSO DE MELLO",
"JOSE PAULO DE CASTRO EMSENHUBER",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"01 a 07 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"01",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1990",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1990",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1990",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1990",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.533 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:TAP MANUTENCAO E ENGENHARIA BRASIL S/A
ADV.(A/S)
:NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES
AGDO.(A/S)
:DENILSON DOS SANTOS PINTO
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:JUIZ DO TRABALHO DA 13ª VARA DO TRABALHO
DE PORTO ALEGRE
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Ementa:
AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO.
REITERAÇÃO DO PEDIDO INICIAL. SUBSISTÊNCIA DA DECISÃO
AGRAVADA. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
I - As razões do agravo regimental são inaptas para desconstituir os
fundamentos da decisão agravada, que, por isso, se mantêm hígidos.
II - Agravo regimental a que se nega provimento, com aplicação da
multa prevista no art. 1.021, § 4°, do CPC.
A C Ó R D Ã O
Acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em sessão
virtual da Segunda Turma, na conformidade da ata de julgamentos, por
unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, com aplicação da
multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015, nos termos do voto do
Relator, com ressalva de entendimento do Ministro Dias Toffoli.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14245313.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 17
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.533 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:TAP MANUTENCAO E ENGENHARIA BRASIL S/A
ADV.(A/S)
:NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES
AGDO.(A/S)
:DENILSON DOS SANTOS PINTO
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:JUIZ DO TRABALHO DA 13ª VARA DO TRABALHO
DE PORTO ALEGRE
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento à
reclamação.
A parte reclamante interpõe este agravo regimental pelas razões
expostas no documento eletrônico 45 e requer o provimento do recurso.
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14245314.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.533 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:TAP MANUTENCAO E ENGENHARIA BRASIL S/A
ADV.(A/S)
:NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES
AGDO.(A/S)
:DENILSON DOS SANTOS PINTO
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:JUIZ DO TRABALHO DA 13ª VARA DO TRABALHO
DE PORTO ALEGRE
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento à
reclamação.
A parte reclamante interpõe este agravo regimental pelas razões
expostas no documento eletrônico 45 e requer o provimento do recurso.
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14245314.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 17
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.533 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Consta da
decisão agravada:
“Bem examinados os autos, verifico a manifesta
inadmissibilidade desta Reclamação.
Como já mencionado, a reclamação ora em análise aponta
como paradigma o entendimento firmado pelo Supremo
Tribunal Federal no julgamento da ADI 4.357/DF, Redator
designado para o acórdão Ministro Luiz Fux.
Em 14/3/2013, o Plenário concluiu o julgamento de mérito
das Ações Diretas de Inconstitucionalidade 4.357/DF e 4.425/DF,
que foram julgadas parcialmente procedentes
‘[...] para declarar a inconstitucionalidade: a) da
expressão 'na data de expedição do precatório',
contida no § 2º do art. 100 da CF; b) dos §§ 9º e 10 do
art. 100 da CF; c) da expressão 'índice oficial de
remuneração básica da caderneta de poupança',
constante do § 12 do art. 100 da CF, do inciso II do §
1º e do § 16, ambos do art. 97 do ADCT; d) do
fraseado 'independentemente de sua natureza',
inserido no § 12 do art. 100 da CF, para que aos
precatórios de natureza tributária se apliquem os
mesmos juros de mora incidentes sobre o crédito
tributário; e) por arrastamento, do art. 5º da Lei
11.960/2009; e f) do § 15 do art. 100 da CF e de todo o
art. 97 do ADCT (especificamente o caput e os §§ 1º,
2º, 4º, 6º, 8º, 9º, 14 e 15, sendo os demais por
arrastamento
ou
reverberação
normativa)’
(Informativo STF 698).
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232395.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.533 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Consta da
decisão agravada:
“Bem examinados os autos, verifico a manifesta
inadmissibilidade desta Reclamação.
Como já mencionado, a reclamação ora em análise aponta
como paradigma o entendimento firmado pelo Supremo
Tribunal Federal no julgamento da ADI 4.357/DF, Redator
designado para o acórdão Ministro Luiz Fux.
Em 14/3/2013, o Plenário concluiu o julgamento de mérito
das Ações Diretas de Inconstitucionalidade 4.357/DF e 4.425/DF,
que foram julgadas parcialmente procedentes
‘[...] para declarar a inconstitucionalidade: a) da
expressão 'na data de expedição do precatório',
contida no § 2º do art. 100 da CF; b) dos §§ 9º e 10 do
art. 100 da CF; c) da expressão 'índice oficial de
remuneração básica da caderneta de poupança',
constante do § 12 do art. 100 da CF, do inciso II do §
1º e do § 16, ambos do art. 97 do ADCT; d) do
fraseado 'independentemente de sua natureza',
inserido no § 12 do art. 100 da CF, para que aos
precatórios de natureza tributária se apliquem os
mesmos juros de mora incidentes sobre o crédito
tributário; e) por arrastamento, do art. 5º da Lei
11.960/2009; e f) do § 15 do art. 100 da CF e de todo o
art. 97 do ADCT (especificamente o caput e os §§ 1º,
2º, 4º, 6º, 8º, 9º, 14 e 15, sendo os demais por
arrastamento
ou
reverberação
normativa)’
(Informativo STF 698).
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232395.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 17
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 26533 AGR / RS
Em 11/4/2013, o Ministro Luiz Fux proferiu, em ambos os
feitos, decisão cautelar com o seguinte teor:
‘Trata-se de petição acostada aos autos pelo
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do
Brasil na qual se noticia a paralisação do pagamento
de precatórios por alguns Tribunais de Justiça do
País, determinada após o julgamento conjunto das
Ações Diretas de Inconstitucionalidade nº 4.357 e
4.425, realizado em 14/03/2013, pelo Plenário do
Supremo Tribunal Federal. Segundo narra a peça, 'os
recursos estão disponíveis, mas a Presidência de
alguns Tribunais entendeu por paralisar os
pagamentos/levantamentos de valores enquanto não
modulados os efeitos da r. decisão'. Requer-se, em
seguida, seja determinada 'a continuidade dos
pagamentos até que o e. Plenário module os efeitos
da v. decisão, com a consequente expedição de
ofícios a todos os Tribunais de Justiça'. Pede-se ainda
sejam os entes devedores instados ao repasse e ao
depósito dos recursos junto aos Tribunais locais, sob
pena de incidência do regime sancionatório.
É o relato suficiente. Decido.
A decisão do Plenário do Supremo Tribunal
Federal reconheceu a inconstitucionalidade parcial
da Emenda Constitucional nº 62/09, assentando a
invalidade de regras jurídicas que agravem a
situação jurídica do credor do Poder Público além
dos limites constitucionalmente aceitáveis. Sem
embargo, até que a Suprema Corte se pronuncie
sobre o preciso alcance da sua decisão, não se
justifica que os Tribunais Locais retrocedam na
proteção dos direitos já reconhecidos em juízo.
Carece de fundamento, por isso, a paralisação de
pagamentos noticiada no requerimento em apreço.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232395.
Supremo Tribunal Federal
RCL 26533 AGR / RS
Em 11/4/2013, o Ministro Luiz Fux proferiu, em ambos os
feitos, decisão cautelar com o seguinte teor:
‘Trata-se de petição acostada aos autos pelo
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do
Brasil na qual se noticia a paralisação do pagamento
de precatórios por alguns Tribunais de Justiça do
País, determinada após o julgamento conjunto das
Ações Diretas de Inconstitucionalidade nº 4.357 e
4.425, realizado em 14/03/2013, pelo Plenário do
Supremo Tribunal Federal. Segundo narra a peça, 'os
recursos estão disponíveis, mas a Presidência de
alguns Tribunais entendeu por paralisar os
pagamentos/levantamentos de valores enquanto não
modulados os efeitos da r. decisão'. Requer-se, em
seguida, seja determinada 'a continuidade dos
pagamentos até que o e. Plenário module os efeitos
da v. decisão, com a consequente expedição de
ofícios a todos os Tribunais de Justiça'. Pede-se ainda
sejam os entes devedores instados ao repasse e ao
depósito dos recursos junto aos Tribunais locais, sob
pena de incidência do regime sancionatório.
É o relato suficiente. Decido.
A decisão do Plenário do Supremo Tribunal
Federal reconheceu a inconstitucionalidade parcial
da Emenda Constitucional nº 62/09, assentando a
invalidade de regras jurídicas que agravem a
situação jurídica do credor do Poder Público além
dos limites constitucionalmente aceitáveis. Sem
embargo, até que a Suprema Corte se pronuncie
sobre o preciso alcance da sua decisão, não se
justifica que os Tribunais Locais retrocedam na
proteção dos direitos já reconhecidos em juízo.
Carece de fundamento, por isso, a paralisação de
pagamentos noticiada no requerimento em apreço.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 17
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 26533 AGR / RS
Destarte, determino, ad cautelam, que os
Tribunais de Justiça de todos os Estados e do
Distrito Federal deem imediata continuidade aos
pagamentos de precatórios, na forma como já
vinham realizando até a decisão proferida pelo
Supremo Tribunal Federal em 14/03/2013, segundo
a sistemática vigente à época, respeitando-se a
vinculação de receitas para fins de quitação da
dívida pública, sob pena de sequestro’ (grifei).
Em 24/10/2013, o Plenário ratificou a cautelar concedida
pelo Ministro Luiz Fux.
No entanto, observo que a decisão reclamada não se valeu
dos dispositivos declarados inconstitucionais para fundamentar
sua decisão. Transcrevo, nessa linha, os fundamentos adotados
pelo Juízo reclamado para decidir a questão:
‘[...] Reconheço, portanto, que o TST
estabeleceu um novo parâmetro de atualização. Os
créditos trabalhistas que antes eram corrigidos pela
TR (taxa referencial) passarão a ser atualizados pelo
IPCA-e (Índice de Preços ao Consumidor Amplo
Especial), com efeitos a partir de 30/06/2009, à
exceção dos precatórios já expedidos que
permanecem submetidos à modulação feita pelo STF.
No entanto, em 14/10/2015, o Ministro Dias
Toffoli, do STF, concedeu liminar nos autos da
Medida Cautelar Reclamação nº 22.012/RS, a qual
suspendeu os efeitos da decisão prolatada pelo TST,
acima transcrita. Todavia, referida decisão não
proibiu os órgãos judiciais de determinarem a
atualização monetária pelo IPCA-E. Além disso, na
decisão liminar também constou: sem prejuízo do
regular trâmite da Ação Trabalhista nº 0000479-
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232395.
Supremo Tribunal Federal
RCL 26533 AGR / RS
Destarte, determino, ad cautelam, que os
Tribunais de Justiça de todos os Estados e do
Distrito Federal deem imediata continuidade aos
pagamentos de precatórios, na forma como já
vinham realizando até a decisão proferida pelo
Supremo Tribunal Federal em 14/03/2013, segundo
a sistemática vigente à época, respeitando-se a
vinculação de receitas para fins de quitação da
dívida pública, sob pena de sequestro’ (grifei).
Em 24/10/2013, o Plenário ratificou a cautelar concedida
pelo Ministro Luiz Fux.
No entanto, observo que a decisão reclamada não se valeu
dos dispositivos declarados inconstitucionais para fundamentar
sua decisão. Transcrevo, nessa linha, os fundamentos adotados
pelo Juízo reclamado para decidir a questão:
‘[...] Reconheço, portanto, que o TST
estabeleceu um novo parâmetro de atualização. Os
créditos trabalhistas que antes eram corrigidos pela
TR (taxa referencial) passarão a ser atualizados pelo
IPCA-e (Índice de Preços ao Consumidor Amplo
Especial), com efeitos a partir de 30/06/2009, à
exceção dos precatórios já expedidos que
permanecem submetidos à modulação feita pelo STF.
No entanto, em 14/10/2015, o Ministro Dias
Toffoli, do STF, concedeu liminar nos autos da
Medida Cautelar Reclamação nº 22.012/RS, a qual
suspendeu os efeitos da decisão prolatada pelo TST,
acima transcrita. Todavia, referida decisão não
proibiu os órgãos judiciais de determinarem a
atualização monetária pelo IPCA-E. Além disso, na
decisão liminar também constou: sem prejuízo do
regular trâmite da Ação Trabalhista nº 0000479-
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 17
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 26533 AGR / RS
60.2011.5.04.0231, inclusive prazos recursais. A
interpretação cabível, assim, é que a declaração de
inconstitucionalidade da expressão equivalente a
TRD contida no caput do artigo 39 da Lei nº
8.177/1991, proferida pelo TST, permanece íntegra.
Ou seja: o objeto da decisão do STF foi obstar o efeito
erga omnes da decisão proferida pelo TST; todavia,
não se trata de decisão definitiva sobre a matéria
uma vez que não foi proferida em um processo
específico.
Logo, considerando que qualquer órgão judicial
pode efetuar controle difuso de constitucionalidade
em casos específicos, esta Seção Especializada em
Execução, nos autos da Ação Trabalhista nº 0029900-
40.2001.5.04.0201 (AP), suscitou incidente de
inconstitucionalidade da expressão equivalente a
TRD, contida no caput do art. 39 da Lei nº 8.177/1991,
perante Pleno do Tribunal Pleno do TRT da 4ª
Região, que assim julgou:
[...]
Portanto, em que pese o entendimento até então
consolidado nesta SEEX na OJ nº 49, e por política
judiciária, adoto os entendimentos firmados: a) pelo
Tribunal Superior do Trabalho no processo TST-RR-
000479-60.2011.5.04.0231 para apuração dos débitos
em geral e; b) pelo Supremo Tribunal Federal no
julgamento das ADIs 4357 e 4425 para os precatórios
já expedidos’ (págs. 6-7 do documento eletrônico 24).
Além disso, o caso não trata de pagamentos devidos pelas
Fazendas Públicas (Federal, Distrital, Estaduais ou Municipais)
disciplinados pelo art. 100 da Constituição e pelo art. 97 do
ADCT, ambos com a redação da EC 62/2009, objeto das ADIs
4.357/DF e 4.425/DF, mas de pagamento devido por empresa
privada.
4
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RCL 26533 AGR / RS
60.2011.5.04.0231, inclusive prazos recursais. A
interpretação cabível, assim, é que a declaração de
inconstitucionalidade da expressão equivalente a
TRD contida no caput do artigo 39 da Lei nº
8.177/1991, proferida pelo TST, permanece íntegra.
Ou seja: o objeto da decisão do STF foi obstar o efeito
erga omnes da decisão proferida pelo TST; todavia,
não se trata de decisão definitiva sobre a matéria
uma vez que não foi proferida em um processo
específico.
Logo, considerando que qualquer órgão judicial
pode efetuar controle difuso de constitucionalidade
em casos específicos, esta Seção Especializada em
Execução, nos autos da Ação Trabalhista nº 0029900-
40.2001.5.04.0201 (AP), suscitou incidente de
inconstitucionalidade da expressão equivalente a
TRD, contida no caput do art. 39 da Lei nº 8.177/1991,
perante Pleno do Tribunal Pleno do TRT da 4ª
Região, que assim julgou:
[...]
Portanto, em que pese o entendimento até então
consolidado nesta SEEX na OJ nº 49, e por política
judiciária, adoto os entendimentos firmados: a) pelo
Tribunal Superior do Trabalho no processo TST-RR-
000479-60.2011.5.04.0231 para apuração dos débitos
em geral e; b) pelo Supremo Tribunal Federal no
julgamento das ADIs 4357 e 4425 para os precatórios
já expedidos’ (págs. 6-7 do documento eletrônico 24).
Além disso, o caso não trata de pagamentos devidos pelas
Fazendas Públicas (Federal, Distrital, Estaduais ou Municipais)
disciplinados pelo art. 100 da Constituição e pelo art. 97 do
ADCT, ambos com a redação da EC 62/2009, objeto das ADIs
4.357/DF e 4.425/DF, mas de pagamento devido por empresa
privada.
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 17
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 26533 AGR / RS
Como bem observado pela Ministra Cármen Lúcia na
decisão proferida na Rcl 10.548/CE: ‘no direito brasileiro, ainda
prevalece o entendimento de que declaração judicial de
constitucionalidade ou de inconstitucionalidade circunscreve-se
à norma específica, e não à matéria’.
Ressalto, nessa linha, que o Plenário desta Corte
manifestou-se contrariamente à chamada ‘transcendência’ ou
‘efeitos irradiantes’ dos motivos determinantes das decisões
proferidas em controle abstrato de normas, como se depreende
da ementa da Rcl 3.014/SP, de relatoria do Ministro Ayres Britto:
‘RECLAMAÇÃO
CONSTITUCIONAL.
ALEGADO DESRESPEITO AO ACÓRDÃO DA
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
2.868. INEXISTÊNCIA. LEI 4.233/02, DO
MUNICÍPIO DE INDAIATUBA/SP, QUE FIXOU,
COMO
DE
PEQUENO
VALOR,
AS
CONDENAÇÕES
À
FAZENDA
PÚBLICA
MUNICIPAL ATÉ R$ 3.000,00 (TRÊS MIL REAIS).
FALTA DE IDENTIDADE ENTRE A DECISÃO
RECLAMADA E O ACÓRDÃO PARADIGMÁTICO.
1. O Supremo Tribunal Federal, ao julgar a ADI
2.868, examinou a validade constitucional da Lei
piauiense 5.250/02. Diploma legislativo que fixa, no
âmbito da Fazenda estadual, o quantum da
obrigação de pequeno valor. Por se tratar, no caso, de
lei do Município de Indaiatuba/SP, o acolhimento do
pedido da reclamação demandaria a atribuição de
efeitos irradiantes aos motivos determinantes da
decisão tomada no controle abstrato de normas. Tese
rejeitada pela maioria do Tribunal.
2. Inexistência de identidade entre a decisão
reclamada e o acórdão paradigmático. Enquanto
aquela reconheceu a inconstitucionalidade da Lei
municipal 4.233/02 'por ausência de vinculação da
5
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Supremo Tribunal Federal
RCL 26533 AGR / RS
Como bem observado pela Ministra Cármen Lúcia na
decisão proferida na Rcl 10.548/CE: ‘no direito brasileiro, ainda
prevalece o entendimento de que declaração judicial de
constitucionalidade ou de inconstitucionalidade circunscreve-se
à norma específica, e não à matéria’.
Ressalto, nessa linha, que o Plenário desta Corte
manifestou-se contrariamente à chamada ‘transcendência’ ou
‘efeitos irradiantes’ dos motivos determinantes das decisões
proferidas em controle abstrato de normas, como se depreende
da ementa da Rcl 3.014/SP, de relatoria do Ministro Ayres Britto:
‘RECLAMAÇÃO
CONSTITUCIONAL.
ALEGADO DESRESPEITO AO ACÓRDÃO DA
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
2.868. INEXISTÊNCIA. LEI 4.233/02, DO
MUNICÍPIO DE INDAIATUBA/SP, QUE FIXOU,
COMO
DE
PEQUENO
VALOR,
AS
CONDENAÇÕES
À
FAZENDA
PÚBLICA
MUNICIPAL ATÉ R$ 3.000,00 (TRÊS MIL REAIS).
FALTA DE IDENTIDADE ENTRE A DECISÃO
RECLAMADA E O ACÓRDÃO PARADIGMÁTICO.
1. O Supremo Tribunal Federal, ao julgar a ADI
2.868, examinou a validade constitucional da Lei
piauiense 5.250/02. Diploma legislativo que fixa, no
âmbito da Fazenda estadual, o quantum da
obrigação de pequeno valor. Por se tratar, no caso, de
lei do Município de Indaiatuba/SP, o acolhimento do
pedido da reclamação demandaria a atribuição de
efeitos irradiantes aos motivos determinantes da
decisão tomada no controle abstrato de normas. Tese
rejeitada pela maioria do Tribunal.
2. Inexistência de identidade entre a decisão
reclamada e o acórdão paradigmático. Enquanto
aquela reconheceu a inconstitucionalidade da Lei
municipal 4.233/02 'por ausência de vinculação da
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RCL 26533 AGR / RS
quantia considerada como de pequeno valor a um
determinado número de salários mínimos, como
fizera a norma constitucional provisória (art. 87 do
ADCT)', este se limitou 'a proclamar a possibilidade
de que o valor estabelecido na norma estadual fosse
inferior ao parâmetro constitucional'.
3. Reclamação julgada improcedente’.
Ademais, a jurisprudência de ambas as Turmas deste
Tribunal é no sentido de inexistir estrita aderência entre o
conteúdo das decisões que determinam a utilização de índice
diverso da TR para atualização monetária dos débitos
trabalhistas (a partir de 14/3/2013) e o decidido no julgamento
das ADIs 4.357/DF e 4.425/DF. Nesse sentido, transcrevo as
seguintes ementas:
‘AGRAVO INTERNO NA RECLAMAÇÃO.
DÉBITOS TRABALHISTAS. APLICAÇÃO DO
ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA INPC.
ALEGAÇÃO DE OFENSA AO DECIDIDO POR
ESTA CORTE NO JULGAMENTO DAS ADIS 4.357 E
4.425. AUSÊNCIA DE IDENTIDADE ESTRITA
ENTRE OS ACÓRDÃOS PARADIGMAS E A
DECISÃO RECLAMADA. IMPOSSIBILIDADE DE
USO DA RECLAMAÇÃO COMO SUCEDÂNEO DE
RECURSO. RECLAMAÇÃO A QUE SE NEGA
PROVIMENTO.
1. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao
julgar as ADIs 4.357 e 4.425, assentou que o art. 1º-F
da Lei nº 9.494/97, com redação dada pela Lei nº
11.960/09, ao reproduzir as regras da EC nº 62/09
quanto à atualização monetária e à fixação de juros
moratórios de créditos inscritos em precatórios, viola
o direito fundamental de propriedade (CF, art. 5º,
XXII), bem como o princípio constitucional da
isonomia (CF, art. 5º, caput, da CF), razão pela qual
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Supremo Tribunal Federal
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quantia considerada como de pequeno valor a um
determinado número de salários mínimos, como
fizera a norma constitucional provisória (art. 87 do
ADCT)', este se limitou 'a proclamar a possibilidade
de que o valor estabelecido na norma estadual fosse
inferior ao parâmetro constitucional'.
3. Reclamação julgada improcedente’.
Ademais, a jurisprudência de ambas as Turmas deste
Tribunal é no sentido de inexistir estrita aderência entre o
conteúdo das decisões que determinam a utilização de índice
diverso da TR para atualização monetária dos débitos
trabalhistas (a partir de 14/3/2013) e o decidido no julgamento
das ADIs 4.357/DF e 4.425/DF. Nesse sentido, transcrevo as
seguintes ementas:
‘AGRAVO INTERNO NA RECLAMAÇÃO.
DÉBITOS TRABALHISTAS. APLICAÇÃO DO
ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA INPC.
ALEGAÇÃO DE OFENSA AO DECIDIDO POR
ESTA CORTE NO JULGAMENTO DAS ADIS 4.357 E
4.425. AUSÊNCIA DE IDENTIDADE ESTRITA
ENTRE OS ACÓRDÃOS PARADIGMAS E A
DECISÃO RECLAMADA. IMPOSSIBILIDADE DE
USO DA RECLAMAÇÃO COMO SUCEDÂNEO DE
RECURSO. RECLAMAÇÃO A QUE SE NEGA
PROVIMENTO.
1. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao
julgar as ADIs 4.357 e 4.425, assentou que o art. 1º-F
da Lei nº 9.494/97, com redação dada pela Lei nº
11.960/09, ao reproduzir as regras da EC nº 62/09
quanto à atualização monetária e à fixação de juros
moratórios de créditos inscritos em precatórios, viola
o direito fundamental de propriedade (CF, art. 5º,
XXII), bem como o princípio constitucional da
isonomia (CF, art. 5º, caput, da CF), razão pela qual
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RCL 26533 AGR / RS
se revela inconstitucional por arrastamento.
2. A aderência estrita entre objeto do ato
reclamado e o conteúdo da decisão do STF dotada de
efeito vinculante e eficácia erga omnes apontada pelo
reclamante é requisito para a admissibilidade da
reclamação constitucional. Precedentes: Rcl. 5.476-
AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de
6/11/2015; Rcl 22.024-AgR, rel. Min. Teori Zavascki,
Segunda Turma, DJe de 29/10/2015; Rcl 20.818, rel.
Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 14/10/2015;
Rcl 19.240-AgR, rel. Min. Dias Toffoli, Segunda
Turma, DJe de 14/09/2015.
3. In casu, a ratio decidendi do acórdão reclamado
constitui fundamento jurídico diverso dos que
vinculados nas ADIs 4.357 e 4.425, revelando a
ausência de identidade de temas entre o ato
reclamado e o paradigma desta Corte’.
4. A reclamação não pode ser utilizada como
um atalho processual destinado à submissão
imediata do litígio ao exame direto desta Suprema
Corte, não se caracterizando com sucedâneo recursal.
Precedentes: Rcl 10.036-AgR, rel. Min. Joaquim
Barbosa, Plenário, DJe 1/2/2012; Rcl 4.381-AgR, rel.
Min. Celso de Mello, Plenário, DJe 5/8/2011.
5. Agravo interno a que se nega provimento
(grifos no original; RCL 23.971/RS-AgR, Rel. Min.
Luiz Fux).
‘AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO.
APLICAÇÃO DE IPCA COMO ÍNDICE DE
CORREÇÃO DE DÉBITO TRABALHISTA.
AUSÊNCIA DE PERTINÊNCIA ESPECÍFICA DO
ATO RECLAMADO. ADIS 4.357/DF e 4.425/DF.
NÃO
CABIMENTO
DA
RECLAMAÇÃO.
PRECEDENTES. AGRAVO NÃO PROVIDO.
1. A decisão ora reclamada determinou
7
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se revela inconstitucional por arrastamento.
2. A aderência estrita entre objeto do ato
reclamado e o conteúdo da decisão do STF dotada de
efeito vinculante e eficácia erga omnes apontada pelo
reclamante é requisito para a admissibilidade da
reclamação constitucional. Precedentes: Rcl. 5.476-
AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de
6/11/2015; Rcl 22.024-AgR, rel. Min. Teori Zavascki,
Segunda Turma, DJe de 29/10/2015; Rcl 20.818, rel.
Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 14/10/2015;
Rcl 19.240-AgR, rel. Min. Dias Toffoli, Segunda
Turma, DJe de 14/09/2015.
3. In casu, a ratio decidendi do acórdão reclamado
constitui fundamento jurídico diverso dos que
vinculados nas ADIs 4.357 e 4.425, revelando a
ausência de identidade de temas entre o ato
reclamado e o paradigma desta Corte’.
4. A reclamação não pode ser utilizada como
um atalho processual destinado à submissão
imediata do litígio ao exame direto desta Suprema
Corte, não se caracterizando com sucedâneo recursal.
Precedentes: Rcl 10.036-AgR, rel. Min. Joaquim
Barbosa, Plenário, DJe 1/2/2012; Rcl 4.381-AgR, rel.
Min. Celso de Mello, Plenário, DJe 5/8/2011.
5. Agravo interno a que se nega provimento
(grifos no original; RCL 23.971/RS-AgR, Rel. Min.
Luiz Fux).
‘AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO.
APLICAÇÃO DE IPCA COMO ÍNDICE DE
CORREÇÃO DE DÉBITO TRABALHISTA.
AUSÊNCIA DE PERTINÊNCIA ESPECÍFICA DO
ATO RECLAMADO. ADIS 4.357/DF e 4.425/DF.
NÃO
CABIMENTO
DA
RECLAMAÇÃO.
PRECEDENTES. AGRAVO NÃO PROVIDO.
1. A decisão ora reclamada determinou
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RCL 26533 AGR / RS
aplicação de IPCA como índice de correção de débito
trabalhista, questão em nenhum momento analisada
no julgamento das ADIs 4.357/DF e 4.425/DF, razão
pela qual não guarda relação de estrita pertinência
com o ato reclamado, requisito imprescindível ao
cabimento de reclamação.
2. É firme a jurisprudência do STF que
considera incabível reclamação constitucional
fundada em paradigma sem efeito vinculante e
relativo a processo do qual o reclamante não foi
parte.
3. Agravo regimental, interposto em 23.08.2016,
a que se nega provimento, com aplicação de multa
prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC’ (RCL 25.243/RS-
AgR, Rel. Min. Edson Fachin).
Assim, diante da ausência de identidade material entre os
fundamentos do ato reclamado e o que foi efetivamente
decidido na ação direta de inconstitucionalidade apontada
como paradigma, não merece seguimento a pretensão do
reclamante.
Constato, ainda, que a reclamação foi proposta com o
objetivo de garantir a autoridade de decisão proferida na Rcl
22.012-MC/RS, de relatoria do Ministro Dias Toffoli.
A jurisprudência pacífica desta Suprema Corte assentou a
impossibilidade da propositura de reclamação que tenha por
objetivo assegurar o cumprimento de decisões desprovidas de
eficácia vinculante e efeitos erga omnes.
Logo, somente são legitimados à propositura de
reclamação constitucional aqueles prejudicados por atos
contrários às decisões de eficácia vinculante e geral ou, ainda, a
parte que compôs a relação processual, onde a decisão, que se
objetiva preservar tenha alcance subjetivo, o que não ocorre na
8
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aplicação de IPCA como índice de correção de débito
trabalhista, questão em nenhum momento analisada
no julgamento das ADIs 4.357/DF e 4.425/DF, razão
pela qual não guarda relação de estrita pertinência
com o ato reclamado, requisito imprescindível ao
cabimento de reclamação.
2. É firme a jurisprudência do STF que
considera incabível reclamação constitucional
fundada em paradigma sem efeito vinculante e
relativo a processo do qual o reclamante não foi
parte.
3. Agravo regimental, interposto em 23.08.2016,
a que se nega provimento, com aplicação de multa
prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC’ (RCL 25.243/RS-
AgR, Rel. Min. Edson Fachin).
Assim, diante da ausência de identidade material entre os
fundamentos do ato reclamado e o que foi efetivamente
decidido na ação direta de inconstitucionalidade apontada
como paradigma, não merece seguimento a pretensão do
reclamante.
Constato, ainda, que a reclamação foi proposta com o
objetivo de garantir a autoridade de decisão proferida na Rcl
22.012-MC/RS, de relatoria do Ministro Dias Toffoli.
A jurisprudência pacífica desta Suprema Corte assentou a
impossibilidade da propositura de reclamação que tenha por
objetivo assegurar o cumprimento de decisões desprovidas de
eficácia vinculante e efeitos erga omnes.
Logo, somente são legitimados à propositura de
reclamação constitucional aqueles prejudicados por atos
contrários às decisões de eficácia vinculante e geral ou, ainda, a
parte que compôs a relação processual, onde a decisão, que se
objetiva preservar tenha alcance subjetivo, o que não ocorre na
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RCL 26533 AGR / RS
espécie.
No presente caso, a decisão monocrática proferida nos
autos da Rcl 22.012-MC/RS possui efeito, tão somente, inter
partes, e o reclamante não integra a relação processual no
paradigma citado e supostamente violado.
No sentido do que aqui afirmado, transcrevo a ementa do
seguinte julgado:
‘Agravo regimental em reclamação. Paradigma
extraído de processo de caráter subjetivo. Eficácia
vinculante restrita às partes nele relacionadas.
Precedentes. Ilegitimidade ativa configurada.
Reclamação utilizada como atalho processual.
Submissão da controvérsia ao exame direto do
Supremo Tribunal Federal. Inadmissibilidade.
Precedente. Agravo regimental a que se nega
provimento.
1. Por atribuição constitucional, presta-se a
reclamação para preservar a competência da Corte e
garantir a autoridade de suas decisões (art. 102,
inciso I, alínea l , CF/88), bem como para resguardar
a correta aplicação das súmulas vinculantes (art. 103-
A, § 3º, CF/88).
2. O reclamante não figura na relação
processual do paradigma apontado, o qual é de
índole subjetiva, revestindo-se de eficácia
vinculante restrita somente às partes nele
relacionadas.
3. O reconhecimento da repercussão geral tem
por precisa consequência esgotar a cognição nesta
Corte e recomendar todos os processos, principais ou
acessórios, à respectiva origem, a fim de aguardarem
pronunciamento definitivo sobre o processo-
paradigma no STF, após o que competirá à Corte de
9
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Supremo Tribunal Federal
RCL 26533 AGR / RS
espécie.
No presente caso, a decisão monocrática proferida nos
autos da Rcl 22.012-MC/RS possui efeito, tão somente, inter
partes, e o reclamante não integra a relação processual no
paradigma citado e supostamente violado.
No sentido do que aqui afirmado, transcrevo a ementa do
seguinte julgado:
‘Agravo regimental em reclamação. Paradigma
extraído de processo de caráter subjetivo. Eficácia
vinculante restrita às partes nele relacionadas.
Precedentes. Ilegitimidade ativa configurada.
Reclamação utilizada como atalho processual.
Submissão da controvérsia ao exame direto do
Supremo Tribunal Federal. Inadmissibilidade.
Precedente. Agravo regimental a que se nega
provimento.
1. Por atribuição constitucional, presta-se a
reclamação para preservar a competência da Corte e
garantir a autoridade de suas decisões (art. 102,
inciso I, alínea l , CF/88), bem como para resguardar
a correta aplicação das súmulas vinculantes (art. 103-
A, § 3º, CF/88).
2. O reclamante não figura na relação
processual do paradigma apontado, o qual é de
índole subjetiva, revestindo-se de eficácia
vinculante restrita somente às partes nele
relacionadas.
3. O reconhecimento da repercussão geral tem
por precisa consequência esgotar a cognição nesta
Corte e recomendar todos os processos, principais ou
acessórios, à respectiva origem, a fim de aguardarem
pronunciamento definitivo sobre o processo-
paradigma no STF, após o que competirá à Corte de
9
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 17
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RCL 26533 AGR / RS
origem proceder ao que dispõe o § 3º do art. 543-B do
CPC.
4. Reclamação constitucional usada como
sucedâneo de recurso colocado à disposição da parte
para se insurgir contra decisão da Corte de origem,
com o intuito de confrontar a decisão proferida no
caso concreto e o entendimento firmado no STF em
sede de repercussão geral e, caso existente matéria
nova, fazer subir a discussão da matéria à Suprema
Corte.
5. O uso da reclamação constitucional como
sucedâneo recursal é vedado pela Corte , conforme
reiterada jurisprudência: Rcl nº 11.022-DF-ED,
Tribunal Pleno, Relatora a Ministra Cármen Lúcia,
DJe de 7/4/11; Rcl nº 4.803/SP, Tribunal Pleno, de
minha relatoria, DJe de 22/10/10; Rcl nº 9.127/RJ-
AgR, Relator Ministro Ayres Britto, Tribunal Pleno,
DJe de 20/8/10; e Rcl nº 6.078/SC-AgR, Relator o
Ministro Joaquim Barbosa, Tribunal Pleno, DJe de
30/4/10, entre outros.
6. Agravo regimental a que se nega provimento’
(Rcl 14.638-AgR/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli; grifei).
Destaco, também, que a jurisprudência deste Tribunal é
firme no sentido de que a reclamação não pode ser utilizada
como sucedâneo de recurso.
Verifico, ainda, que o valor da causa não corresponde à
condenação atribuída à reclamante, razão pela qual o corrijo, de
ofício, para R$ 1.246.927,10 (um milhão, duzentos e quarenta e
seis mil, novecentos e vinte e sete reais e dez centavos), nos
termos do art. 292, § 3°, do CPC.
Por fim, deixo de condenar a reclamante ao pagamento de
honorários porquanto ausente o contraditório.
10
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RCL 26533 AGR / RS
origem proceder ao que dispõe o § 3º do art. 543-B do
CPC.
4. Reclamação constitucional usada como
sucedâneo de recurso colocado à disposição da parte
para se insurgir contra decisão da Corte de origem,
com o intuito de confrontar a decisão proferida no
caso concreto e o entendimento firmado no STF em
sede de repercussão geral e, caso existente matéria
nova, fazer subir a discussão da matéria à Suprema
Corte.
5. O uso da reclamação constitucional como
sucedâneo recursal é vedado pela Corte , conforme
reiterada jurisprudência: Rcl nº 11.022-DF-ED,
Tribunal Pleno, Relatora a Ministra Cármen Lúcia,
DJe de 7/4/11; Rcl nº 4.803/SP, Tribunal Pleno, de
minha relatoria, DJe de 22/10/10; Rcl nº 9.127/RJ-
AgR, Relator Ministro Ayres Britto, Tribunal Pleno,
DJe de 20/8/10; e Rcl nº 6.078/SC-AgR, Relator o
Ministro Joaquim Barbosa, Tribunal Pleno, DJe de
30/4/10, entre outros.
6. Agravo regimental a que se nega provimento’
(Rcl 14.638-AgR/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli; grifei).
Destaco, também, que a jurisprudência deste Tribunal é
firme no sentido de que a reclamação não pode ser utilizada
como sucedâneo de recurso.
Verifico, ainda, que o valor da causa não corresponde à
condenação atribuída à reclamante, razão pela qual o corrijo, de
ofício, para R$ 1.246.927,10 (um milhão, duzentos e quarenta e
seis mil, novecentos e vinte e sete reais e dez centavos), nos
termos do art. 292, § 3°, do CPC.
Por fim, deixo de condenar a reclamante ao pagamento de
honorários porquanto ausente o contraditório.
10
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 17
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 26533 AGR / RS
Ressalto, todavia, que eventual interposição de recurso
exigirá a intimação do beneficiário da decisão reclamada para
que se manifeste sobre o teor do recurso, podendo implicar
condenação ao pagamento da verba prevista no art. 85 do CPC
à parte sucumbente e da multa prevista no art. 1.021, § 4°, do
CPC.
No sentido do aqui afirmado, transcrevo a ementa do
seguinte julgado:
‘AGRAVO INTERNO EM RECLAMAÇÃO.
DIREITO ADMINISTRATIVO E DO TRABALHO.
REMUNERAÇÃO. SÚMULAS VINCULANTES 37 E
42.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS EM
RECLAMAÇÃO. NOVO REGIME PROCESSUAL.
CABIMENTO.
1. Não viola as Súmulas Vinculantes 37 e 42
decisão que, com base no Decreto nº 41.554/97 e Lei
nº 8.898/94, ambos do Estado de São Paulo, garante a
empregada pública cedida da Fundação Municipal
de Ensino Superior de Marília para a Faculdade de
Medicina de Marília FAMENA o percebimento de
remuneração conforme índices estabelecidos pelo
Conselho de Reitores das Universidades Estaduais
de São Paulo CRUESP. Precedentes.
2.
O CPC/2015 promoveu modificação
essencial no procedimento da reclamação, ao
instituir o contraditório prévio à decisão final (art.
989, III). Neste novo cenário, a observância do
princípio da causalidade viabiliza a condenação da
sucumbente na reclamação ao pagamento dos
respectivos honorários, devendo o respectivo
cumprimento da condenação ser realizado nos
autos do processo de origem, quando se tratar de
impugnação de decisão judicial.
3. Agravo interno a que se nega provimento’
11
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Supremo Tribunal Federal
RCL 26533 AGR / RS
Ressalto, todavia, que eventual interposição de recurso
exigirá a intimação do beneficiário da decisão reclamada para
que se manifeste sobre o teor do recurso, podendo implicar
condenação ao pagamento da verba prevista no art. 85 do CPC
à parte sucumbente e da multa prevista no art. 1.021, § 4°, do
CPC.
No sentido do aqui afirmado, transcrevo a ementa do
seguinte julgado:
‘AGRAVO INTERNO EM RECLAMAÇÃO.
DIREITO ADMINISTRATIVO E DO TRABALHO.
REMUNERAÇÃO. SÚMULAS VINCULANTES 37 E
42.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS EM
RECLAMAÇÃO. NOVO REGIME PROCESSUAL.
CABIMENTO.
1. Não viola as Súmulas Vinculantes 37 e 42
decisão que, com base no Decreto nº 41.554/97 e Lei
nº 8.898/94, ambos do Estado de São Paulo, garante a
empregada pública cedida da Fundação Municipal
de Ensino Superior de Marília para a Faculdade de
Medicina de Marília FAMENA o percebimento de
remuneração conforme índices estabelecidos pelo
Conselho de Reitores das Universidades Estaduais
de São Paulo CRUESP. Precedentes.
2.
O CPC/2015 promoveu modificação
essencial no procedimento da reclamação, ao
instituir o contraditório prévio à decisão final (art.
989, III). Neste novo cenário, a observância do
princípio da causalidade viabiliza a condenação da
sucumbente na reclamação ao pagamento dos
respectivos honorários, devendo o respectivo
cumprimento da condenação ser realizado nos
autos do processo de origem, quando se tratar de
impugnação de decisão judicial.
3. Agravo interno a que se nega provimento’
11
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 26533 AGR / RS
(grifei; Rcl 24.417-AgR/SP, Rel. Min. Roberto
Barroso).
Isso posto, nego seguimento a esta reclamação (art. 21, §
1º, do RISTF). Prejudicada, por conseguinte, a apreciação do
pedido de liminar.
O reclamante, em caso de eventual interposição de
recurso, deverá indicar as informações necessárias à citação do
beneficiário da decisão impugnada (art. 319, II, combinado com
art. 989, III, do Código de Processo Civil CPC)’ (documento
eletrônico 43).
Assim, bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora
atacada não merece reforma, visto que a parte recorrente não aduz
argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Deve, assim,
ser mantida por seus próprios fundamentos.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental e, ante a
manifesta improcedência do recurso, aplico multa de 5% (cinco por cento)
do valor atualizado da causa (art. 1.021, § 4°, do CPC), que, conforme a
decisão agravada, corresponde ao valor da condenação atribuída à
reclamante (pág. 12 do documento eletrônico 43).
12
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Supremo Tribunal Federal
RCL 26533 AGR / RS
(grifei; Rcl 24.417-AgR/SP, Rel. Min. Roberto
Barroso).
Isso posto, nego seguimento a esta reclamação (art. 21, §
1º, do RISTF). Prejudicada, por conseguinte, a apreciação do
pedido de liminar.
O reclamante, em caso de eventual interposição de
recurso, deverá indicar as informações necessárias à citação do
beneficiário da decisão impugnada (art. 319, II, combinado com
art. 989, III, do Código de Processo Civil CPC)’ (documento
eletrônico 43).
Assim, bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora
atacada não merece reforma, visto que a parte recorrente não aduz
argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Deve, assim,
ser mantida por seus próprios fundamentos.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental e, ante a
manifesta improcedência do recurso, aplico multa de 5% (cinco por cento)
do valor atualizado da causa (art. 1.021, § 4°, do CPC), que, conforme a
decisão agravada, corresponde ao valor da condenação atribuída à
reclamante (pág. 12 do documento eletrônico 43).
12
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Voto Vogal
08/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.533 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:TAP MANUTENCAO E ENGENHARIA BRASIL S/A
ADV.(A/S)
:NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES
AGDO.(A/S)
:DENILSON DOS SANTOS PINTO
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:JUIZ DO TRABALHO DA 13ª VARA DO TRABALHO
DE PORTO ALEGRE
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI:
O ilustre Ministro Ricardo Lewandowski negou seguimento à
reclamação, assentando a inadmissibilidade da reclamatória proposta
com fundamento nas decisões proferidas nas ADI nºs 4.357/DF e
4.425/DF, por não possuir o objeto reclamado aderência estrita com os
paradigmas.
O eminente Relator propõe a negativa de provimento ao agravo
regimental, conclusão com relação à qual peço vênia para consignar
minha ressalva.
Registro que na Rcl nº 22.012/RS, de minha relatoria, cujo
julgamento foi concluído na sessão de 5/12/2017, manifestei-me no
sentido da necessidade de o STF proceder, por meio da reclamação
constitucional, não apenas à correção do equivocado alcance conferido
pela Justiça do Trabalho ao quanto se decidiu nas ADI nºs 4.357/DF e
4.425/DF, mas também à preservação da competência do STF para julgar
matéria constitucional com repercussão geral e, nessa sistemática, fixar
tese de observância obrigatória pelos demais órgãos do Poder
Judiciário, com vistas à promoção da segurança jurídica, relativamente
ao disposto no art. 39 da Lei nº 8.177/91.
Por entender que a solução da presente reclamatória está vinculada
não apenas ao julgado nas ADI nºs 4.357/DF e 4.425/DF, mas também à
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Supremo Tribunal Federal
08/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.533 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:TAP MANUTENCAO E ENGENHARIA BRASIL S/A
ADV.(A/S)
:NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES
AGDO.(A/S)
:DENILSON DOS SANTOS PINTO
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:JUIZ DO TRABALHO DA 13ª VARA DO TRABALHO
DE PORTO ALEGRE
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI:
O ilustre Ministro Ricardo Lewandowski negou seguimento à
reclamação, assentando a inadmissibilidade da reclamatória proposta
com fundamento nas decisões proferidas nas ADI nºs 4.357/DF e
4.425/DF, por não possuir o objeto reclamado aderência estrita com os
paradigmas.
O eminente Relator propõe a negativa de provimento ao agravo
regimental, conclusão com relação à qual peço vênia para consignar
minha ressalva.
Registro que na Rcl nº 22.012/RS, de minha relatoria, cujo
julgamento foi concluído na sessão de 5/12/2017, manifestei-me no
sentido da necessidade de o STF proceder, por meio da reclamação
constitucional, não apenas à correção do equivocado alcance conferido
pela Justiça do Trabalho ao quanto se decidiu nas ADI nºs 4.357/DF e
4.425/DF, mas também à preservação da competência do STF para julgar
matéria constitucional com repercussão geral e, nessa sistemática, fixar
tese de observância obrigatória pelos demais órgãos do Poder
Judiciário, com vistas à promoção da segurança jurídica, relativamente
ao disposto no art. 39 da Lei nº 8.177/91.
Por entender que a solução da presente reclamatória está vinculada
não apenas ao julgado nas ADI nºs 4.357/DF e 4.425/DF, mas também à
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Voto Vogal
RCL 26533 AGR / RS
solução da Rcl nº 22.012/RS, na qual fiquei vencido, tendo a Segunda
Turma desta Corte deliberado pela ausência de aderência estrita entre o
conteúdo do ato impugnado e os paradigmas, ressalvo meu entendmento
pessoal para acompanhar o Relator.
É como voto.
2
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Supremo Tribunal Federal
RCL 26533 AGR / RS
solução da Rcl nº 22.012/RS, na qual fiquei vencido, tendo a Segunda
Turma desta Corte deliberado pela ausência de aderência estrita entre o
conteúdo do ato impugnado e os paradigmas, ressalvo meu entendmento
pessoal para acompanhar o Relator.
É como voto.
2
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Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.533
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : TAP MANUTENCAO E ENGENHARIA BRASIL S/A
ADV.(A/S) : NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES (3600/AC, 9395A/AL,
A598/AM, 1551-A/AP, 24290/BA, 16599-A/CE, 25136/DF, 15111/ES,
27024/GO, 9348-A/MA, 107878/MG, 13043-A/MS, 11065/A/MT, 15201-
A/PA, 128341-A/PB, 00922/PE, 8202/PI, 30916/PR, 136118/RJ, 725-
A/RN, 4875/RO, 372-A/RR, 80025A/RS, 23729/SC, 484A/SE, 128341/SP,
4.923-A/TO)
AGDO.(A/S) : DENILSON DOS SANTOS PINTO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 13ª VARA DO TRABALHO DE PORTO
ALEGRE
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º,
do CPC/2015, nos termos do voto do Relator, com ressalva de
entendimento do Ministro Dias Toffoli. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217644
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.533
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : TAP MANUTENCAO E ENGENHARIA BRASIL S/A
ADV.(A/S) : NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES (3600/AC, 9395A/AL,
A598/AM, 1551-A/AP, 24290/BA, 16599-A/CE, 25136/DF, 15111/ES,
27024/GO, 9348-A/MA, 107878/MG, 13043-A/MS, 11065/A/MT, 15201-
A/PA, 128341-A/PB, 00922/PE, 8202/PI, 30916/PR, 136118/RJ, 725-
A/RN, 4875/RO, 372-A/RR, 80025A/RS, 23729/SC, 484A/SE, 128341/SP,
4.923-A/TO)
AGDO.(A/S) : DENILSON DOS SANTOS PINTO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 13ª VARA DO TRABALHO DE PORTO
ALEGRE
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º,
do CPC/2015, nos termos do voto do Relator, com ressalva de
entendimento do Ministro Dias Toffoli. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217644
Inteiro Teor do Acórdão - Página 17 de 17
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14302035 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-06T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015, nos termos do voto do Relator, com ressalva de entendimento do Ministro Dias Toffoli. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NA RECLAMAÇÃO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO. REITERAÇÃO DO PEDIDO INICIAL. SUBSISTÊNCIA DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
I - As razões do agravo regimental são inaptas para desconstituir os fundamentos da decisão agravada, que, por isso, se mantêm hígidos.
II - Agravo regimental a que se nega provimento, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4°, do CPC. | sjur379846 | - Acórdão(s) citado(s):
(REGIME DE PRECATÓRIO, EMENDA CONSTITUCIONAL 62 DE 2009)
ADI 4357 (TP), ADI 4425 (TP), ADI 4425 QO (TP), ADI 4357 QO (TP).
(TRANSCENDÊNCIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES, AÇÃO DE CONTROLE ABSTRATO DE CONSTITUCIONALIDADE)
Rcl 3014 (TP).
(AUSÊNCIA DE ADERÊNCIA ESTRITA, ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA, DÉBITO, NATUREZA TRABALHISTA)
Rcl 23971 AgR (1ªT), Rcl 25243 AgR (2ªT).
(RECLAMAÇÃO, GARANTIA, AUTORIDADE, DECISÃO, PROCESSO SUBJETIVO)
Rcl 14638 AgR (TP).
(RECLAMAÇÃO, HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA)
Rcl 24417 AgR (1ªT).
- Decisões monocráticas citadas:
(REGIME DE PRECATÓRIO, EMENDA CONSTITUCIONAL 62 DE 2009)
ADI 4357, ADI 4425.
(EFEITO, DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE, NORMA ESPECÍFICA)
Rcl 10548.
- Veja Rcl 22012 do STF.
Número de páginas: 17.
Análise: 22/03/2018, AMA. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 26533 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\n ART-00100 REDAÇÃO DADA PELA EMC-62/2009\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\n\n",
"LEG-FED ADCT ANO-1988\n ART-00097 INCLUÍDO PELA EMC-62/2009\n ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS\n\n",
"LEG-FED EMC-000062 ANO-2009\n EMENDA CONSTITUCIONAL\n\n",
"LEG-FED LEI-008177 ANO-1991\n ART-00039\n LEI ORDINÁRIA\n\n",
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-00085 ART-00292 PAR-00003 ART-00319 \n INC-00002 ART-00989 INC-00003 ART-01021 \n PAR-00004\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL"
] | Rcl-AgR | acordaos | Rcl 26533 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : TAP MANUTENCAO E ENGENHARIA BRASIL S/A
ADV.(A/S) : NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES
AGDO.(A/S) : DENILSON DOS SANTOS PINTO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 13ª VARA DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECLAMAÇÃO 26 . 533",
"ADI 4 . 357 / DF",
"Ações Diretas de Inconstitucionalidade 4 . 357 / DF",
"4",
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"425",
"/",
"DF",
"ADI 4 . 357",
"Ações Diretas de Inconstitucionalidade 4 . 357 / DF",
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"425",
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"DF",
"Ações Diretas de Inconstitucionalidade [UNK] 4 . 357",
"Ações Diretas de Inconstitucionalidade [UNK] 4 . 357",
"RCL 26533 AGR / RS",
"Medida Cautelar Reclamação [UNK] 22 . 012 / RS",
"Ação Trabalhista [UNK] 0000479 - 3",
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"RS 60 . 2011 . 5 . 04 . 0231",
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"RCL 26533 AGR / RS",
"Rcl 22 . 012 - MC / RS",
"RCL 26533 AGR / RS",
"Rcl 22 . 012 - MC / RS",
"RCL 26533 AGR / RS",
"Rcl [UNK] 11 . 022 - DF - ED",
"Rcl [UNK] 4 . 803 / SP",
"Rcl [UNK] 9 . 127 / RJ - AgR",
"Rcl [UNK] 6 . 078 / SC - AgR",
"Rcl 14 . 638 - AgR / RJ",
"Rcl [UNK] 11 . 022 - DF - ED",
"Rcl [UNK] 4 . 803 / SP",
"Rcl [UNK] 9 . 127 / RJ - AgR",
"Rcl [UNK] 6 . 078 / SC - AgR",
"Rcl 14 . 638 - AgR / RJ",
"RCL 26533 AGR / RS",
"Rcl 24 . 417 - AgR / SP",
"RCL 26533 AGR / RS",
"Rcl 24 . 417 - AgR / SP",
"RECLAMAÇÃO 26 . 533",
"ADI [UNK] 4 . 357 / DF",
"4",
".",
"425",
"/",
"DF",
"Rcl [UNK] 22 . 012 / RS",
"ADI [UNK] 4 . 357 / DF",
"4",
".",
"425",
"/",
"DF",
"ADI [UNK] 4 . 357 / DF",
"4",
".",
"425",
"/",
"DF",
"RECLAMAÇÃO",
"ADI [UNK] 4 . 357 / DF",
"4",
".",
"425",
"/",
"DF",
"Rcl [UNK] 22 . 012 / RS",
"ADI [UNK] 4 . 357 / DF",
"4",
".",
"425",
"/",
"DF",
"ADI [UNK] 4 . 357 / DF",
"4",
".",
"425",
"/",
"DF",
"RCL 26533",
"Rcl [UNK] 22 . 012 / RS",
"RCL 26533 AGR / RS",
"Rcl [UNK] 22 . 012 / RS",
"RECLAMAÇÃO"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 1 . 021 , § 4° , do CPC",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 100 da CF",
"§",
"§ [UNK] e 10 do art . 100 da CF",
"§ 12 do art . 100 da CF",
"§ 12 do art . 100 da CF",
"art . [UNK] da Lei 11 . 960 / 2009",
"§ 15 do art . 100 da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 100 da CF",
"§",
"§ [UNK] e 10 do art . 100 da CF",
"§",
"inciso II do § [UNK] e do § 16 , ambos do art . 97 do ADCT",
"§ 12 do art . 100 da CF",
"art . [UNK] da Lei 11 . 960 / 2009",
"§ 15 do art . 100 da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Emenda Constitucional [UNK] 62 / 09",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Emenda Constitucional [UNK] 62 / 09",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 39 da Lei [UNK] 8 . 177 / 1991",
"art . 39 da Lei [UNK] 8 . 177 / 1991",
"art . 100 da Constituição",
"art . 97 do ADCT",
"EC 62 / 2009",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 39 da Lei [UNK] 8 . 177 / 1991",
"art . 39 da Lei [UNK] 8 . 177 / 1991",
"art . 100 da Constituição",
"art . 97 do ADCT",
"EC 62 / 2009",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI 4 . 233 / 02",
"Lei piauiense 5 . 250 / 02",
"Lei municipal 4 . 233 / 02",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI 4 . 233 / 02",
"Lei piauiense 5 . 250 / 02",
"Lei municipal 4 . 233 / 02",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] - F da Lei [UNK] 9 . 494 / 97",
"Lei [UNK] 11 . 960 /",
"EC [UNK] 62 / 09",
"CF , art . [UNK] , XXII",
"CF , art . [UNK] , caput , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 87 do ADCT",
"art . [UNK] - F da Lei [UNK] 9 . 494 / 97",
"Lei [UNK] 11 . 960 / 09",
"EC [UNK] 62 / 09",
"CF , art . [UNK] , XXII",
"CF , art . [UNK] , caput , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , inciso I , alínea l , CF / 88",
"art . 103 - A , § [UNK] , CF / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , inciso I , alínea l , CF / 88",
"art . 103 - A , § [UNK] , CF / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 543 - B do CPC",
"art . 292 , § 3° , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 543 - B do CPC",
"art . 292 , § 3° , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
". 85 do CPC",
"art . 1 . 021 , § 4° , do CPC",
"Decreto [UNK] 41 . 554 / 97",
"Lei [UNK] 8 . 898 / 94",
"CPC",
"/",
"2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CPC",
"art . 1 . 021 , § 4° , do CPC",
"Decreto [UNK] 41 . 554 / 97",
"Lei [UNK] 8 . 898 / 94",
"CPC",
"/",
"2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 21 , § [UNK] , do RISTF",
"art . 319 , II ,",
"art . 989 , III , do Código de Processo Civil CPC",
"art . 1 . 021 , § 4° , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 319 , II ,",
"art . 989 , III , do Código de Processo Civil CPC",
"art",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 39 da Lei [UNK] 8 . 177 / 91",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 39 da Lei [UNK] 8 . 177 / 91",
"MP n° 2 . 200 -",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC / 2015",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"Distrito Federal",
"Distrito Federal",
"MUNICÍPIO DE INDAIATUBA / SP",
"Município de Indaiatuba / SP",
"MUNICÍPIO DE INDAIATUBA / SP",
"Município de Indaiatuba / SP",
"Estado de São Paulo",
"Estado de São Paulo",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"PORTO ALEGRE",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"TAP MANUTENCAO E ENGENHARIA BRASIL S / A",
"[UNK] VARA DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"TAP MANUTENCAO E ENGENHARIA BRASIL S / A",
"[UNK] VARA DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"TAP MANUTENCAO E ENGENHARIA BRASIL S / A",
"[UNK] VARA DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Suprema Corte",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Presidência",
"Plenário",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Suprema Corte",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"TST",
"STF",
"STF",
"TST",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"TST",
"STF",
"STF",
"TST",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"TST",
"STF",
"TST",
"Tribunal Pleno do TRT da [UNK] Região",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"TST",
"STF",
"TST",
"Seção Especializada",
"Tribunal Pleno do TRT da [UNK] Região",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"STF",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Plenário",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Plenário",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"STF",
"Suprema Corte",
"Tribunal Pleno",
"Tribunal Pleno",
"Tribunal Pleno",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"RCL",
"AGR",
"/",
"RS",
"STF",
"Suprema Corte",
"Tribunal Pleno",
"Tribunal Pleno",
"Tribunal Pleno",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"RS",
"Fundação Municipal de Ensino Superior de Marília",
"Faculdade de Medicina de Marília",
"FAMENA",
"Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo",
"CRUESP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"RS",
"Fundação Municipal de Ensino Superior de Marília",
"Faculdade de Medicina de Marília",
"FAMENA",
"Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo",
"CRUESP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"TAP MANUTENCAO E ENGENHARIA BRASIL S / A",
"[UNK] VARA DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE",
"STF",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"TAP MANUTENCAO E ENGENHARIA BRASIL S / A",
"[UNK] VARA DO TRABALHO",
"STF",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"TAP MANUTENCAO E ENGENHARIA BRASIL S / A",
"[UNK] VARA DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"TAP MANUTENCAO E ENGENHARIA BRASIL S / A ADV",
"[UNK] VARA DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES",
"DENILSON DOS SANTOS PINTO",
"Dias Toffoli",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES",
"DENILSON DOS SANTOS PINTO",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES",
"DENILSON DOS SANTOS PINTO",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ricardo Lewandowski",
"Luiz Fux",
"Ricardo Lewandowski",
"Luiz Fux",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Luiz Fux",
"Luiz Fux",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Luiz Fux",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Dias Toffoli",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Rosa Weber",
"Teori Zavascki",
"Luiz Fux",
"Dias Toffoli",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Teori Zavascki",
"Luiz Fux",
"Dias Toffoli",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Luiz Fux",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Edson Fachin",
"Dias Toffoli",
"Edson Fachin",
"Dias Toffoli",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Dias Toffoli",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Dias Toffoli",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Roberto Barroso",
"Roberto Barroso",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES",
"DENILSON DOS SANTOS PINTO",
"DIAS TOFFOLI",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES",
"DENILSON DOS SANTOS PINTO",
"DIAS TOFFOLI",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES",
"DENILSON DOS SANTOS PINTO",
"Dias Toffoli",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES",
"DENILSON DOS SANTOS PINTO",
"Dias Toffoli",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"14",
"/",
"3",
"/",
"2013",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"14",
"/",
"3",
"/",
"2013",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"4",
"/",
"2013",
"14",
"/",
"03",
"/",
"2013",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"4",
"/",
"2013",
"14",
"/",
"03",
"/",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
"/",
"03",
"/",
"2013",
"24",
"/",
"10",
"/",
"2013",
"30",
"/",
"06",
"/",
"2009",
"14",
"/",
"10",
"/",
"2015",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
"/",
"03",
"/",
"2013",
"24",
"/",
"10",
"/",
"2013",
"30",
"/",
"06",
"/",
"2009",
"14",
"/",
"10",
"/",
"2015",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
"/",
"3",
"/",
"2013",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
"/",
"3",
"/",
"2013",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
"/",
"11",
"/",
"2015",
"29",
"/",
"10",
"/",
"2015",
"14",
"/",
"10",
"/",
"2015",
"14",
"/",
"09",
"/",
"2015",
"1",
"/",
"2",
"/",
"2012",
"5",
"/",
"8",
"/",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
"/",
"11",
"/",
"2015",
"29",
"/",
"10",
"/",
"2015",
"14",
"/",
"10",
"/",
"2015",
"14",
"/",
"09",
"/",
"2015",
"1",
"/",
"2",
"/",
"2012",
"5",
"/",
"8",
"/",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"23",
".",
"08",
".",
"2016",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"23",
".",
"08",
".",
"2016",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"7",
"/",
"4",
"/",
"11",
"22",
"/",
"10",
"/",
"10",
"20",
"/",
"8",
"/",
"10",
"30",
"/",
"4",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"7",
"/",
"4",
"/",
"11",
"22",
"/",
"10",
"/",
"10",
"20",
"/",
"8",
"/",
"10",
"30",
"/",
"4",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"5",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"5",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
1.045.905 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:LEANDRO GONÇALVES LOPES
AGTE.(S)
:ALEXANDRO GOMES NOVAES
ADV.(A/S)
:CLEITON CESAR SILVA SANTOS
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
SÃO PAULO
INTDO.(A/S)
:ILZABETE DE SOUZA ARAÚJO
ADV.(A/S)
:CLAUDIO SCHEFER JIMENEZ
INTDO.(A/S)
:ALEXANDRE BARBOSA VASCONCELOS
ADV.(A/S)
:MARCUS VINICIUS CAMILO LINHARES
ADV.(A/S)
:EDISON LORENZINI JUNIOR
INTDO.(A/S)
:JOÃO VIEIRA DE VASCONCELOS
ADV.(A/S)
:FERNANDO CELLA
E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO –
MATÉRIA PENAL
–
ALEGADA
VIOLAÇÃO A PRECEITOS
CONSTITUCIONAIS
–
REEXAME DE FATOS
E
PROVAS
–
IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 279/STF – AGRAVO INTERNO
IMPROVIDO.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Sessão Virtual da Segunda Turma, na
conformidade da ata de julgamentos, por unanimidade de votos, em
negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator.
Brasília, Sessão Virtual de 01 a 07 de dezembro de 2017.
CELSO DE MELLO – RELATOR
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
1.045.905 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:LEANDRO GONÇALVES LOPES
AGTE.(S)
:ALEXANDRO GOMES NOVAES
ADV.(A/S)
:CLEITON CESAR SILVA SANTOS
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
SÃO PAULO
INTDO.(A/S)
:ILZABETE DE SOUZA ARAÚJO
ADV.(A/S)
:CLAUDIO SCHEFER JIMENEZ
INTDO.(A/S)
:ALEXANDRE BARBOSA VASCONCELOS
ADV.(A/S)
:MARCUS VINICIUS CAMILO LINHARES
ADV.(A/S)
:EDISON LORENZINI JUNIOR
INTDO.(A/S)
:JOÃO VIEIRA DE VASCONCELOS
ADV.(A/S)
:FERNANDO CELLA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se
de agravo interno, tempestivamente interposto, contra decisão que, ao
reconsiderar anterior decisão por mim proferida e apreciar o ARE, não
conheceu do recurso extraordinário a que ele se refere, por ser o apelo
extremo manifestamente inadmissível.
Inconformada com esse ato decisório, a parte ora agravante interpõe
o presente agravo interno, postulando o provimento do recurso que
deduziu.
Por não me convencer das razões expostas, submeto à apreciação
desta colenda Turma o presente recurso de agravo.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
1.045.905 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:LEANDRO GONÇALVES LOPES
AGTE.(S)
:ALEXANDRO GOMES NOVAES
ADV.(A/S)
:CLEITON CESAR SILVA SANTOS
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
SÃO PAULO
INTDO.(A/S)
:ILZABETE DE SOUZA ARAÚJO
ADV.(A/S)
:CLAUDIO SCHEFER JIMENEZ
INTDO.(A/S)
:ALEXANDRE BARBOSA VASCONCELOS
ADV.(A/S)
:MARCUS VINICIUS CAMILO LINHARES
ADV.(A/S)
:EDISON LORENZINI JUNIOR
INTDO.(A/S)
:JOÃO VIEIRA DE VASCONCELOS
ADV.(A/S)
:FERNANDO CELLA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se
de agravo interno, tempestivamente interposto, contra decisão que, ao
reconsiderar anterior decisão por mim proferida e apreciar o ARE, não
conheceu do recurso extraordinário a que ele se refere, por ser o apelo
extremo manifestamente inadmissível.
Inconformada com esse ato decisório, a parte ora agravante interpõe
o presente agravo interno, postulando o provimento do recurso que
deduziu.
Por não me convencer das razões expostas, submeto à apreciação
desta colenda Turma o presente recurso de agravo.
É o relatório.
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Voto - MIN. CELSO DE MELLO
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
1.045.905 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não
assiste razão à parte ora recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se,
com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo
Tribunal Federal na matéria ora em exame.
Na realidade, os argumentos apresentados pela parte agravante
mostram-se insuficientes para alterar o ato impugnado, pois consistem
em mera reiteração dos fundamentos anteriormente deduzidos e que
foram devidamente refutados na decisão que se busca reformar, razão
pela qual deve ser mantido o julgamento em referência, eis que o suporte
argumentativo em que se apoia o ato decisório mencionado é suficiente
para justificar a resolução do litígio recursal.
Com efeito, tal como ressaltado na decisão ora impugnada, o
recurso extraordinário deduzido nestes autos foi interposto por Leandro
Gonçalves Lopes e Alexandro Gomes Novaes contra decisão que negou
trânsito ao apelo extremo por eles deduzido, no qual sustentaram que o
acórdão confirmado em sede de embargos de declaração pelo E. Tribunal
de Justiça do Estado de São Paulo teria transgredido preceitos inscritos na
Constituição da República.
O exame da presente causa, no entanto, evidencia que o recurso
extraordinário não se revela viável.
Cumpre salientar, desde logo, que não se revela cabível proceder, em
sede recursal extraordinária, a indagações de caráter eminentemente
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11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
1.045.905 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não
assiste razão à parte ora recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se,
com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo
Tribunal Federal na matéria ora em exame.
Na realidade, os argumentos apresentados pela parte agravante
mostram-se insuficientes para alterar o ato impugnado, pois consistem
em mera reiteração dos fundamentos anteriormente deduzidos e que
foram devidamente refutados na decisão que se busca reformar, razão
pela qual deve ser mantido o julgamento em referência, eis que o suporte
argumentativo em que se apoia o ato decisório mencionado é suficiente
para justificar a resolução do litígio recursal.
Com efeito, tal como ressaltado na decisão ora impugnada, o
recurso extraordinário deduzido nestes autos foi interposto por Leandro
Gonçalves Lopes e Alexandro Gomes Novaes contra decisão que negou
trânsito ao apelo extremo por eles deduzido, no qual sustentaram que o
acórdão confirmado em sede de embargos de declaração pelo E. Tribunal
de Justiça do Estado de São Paulo teria transgredido preceitos inscritos na
Constituição da República.
O exame da presente causa, no entanto, evidencia que o recurso
extraordinário não se revela viável.
Cumpre salientar, desde logo, que não se revela cabível proceder, em
sede recursal extraordinária, a indagações de caráter eminentemente
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Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 1045905 AGR-AGR / SP
probatório, especialmente quando se busca discutir elementos fáticos
subjacentes à causa penal.
No caso, a verificação da procedência, ou não, das alegações
deduzidas pela parte recorrente implicará necessário reexame de fatos e
de provas, o que não se admite na sede excepcional do apelo extremo.
Essa pretensão
sofre
as
restrições
inerentes ao recurso
extraordinário, em cujo âmbito não se reexaminam fatos e provas,
circunstância essa que faz incidir, na espécie, a Súmula 279 do Supremo
Tribunal Federal.
Não custa enfatizar, consoante adverte o magistério da doutrina
(ADA PELLEGRINI GRINOVER, ANTONIO MAGALHÃES GOMES
FILHO e ANTONIO SCARANCE FERNANDES, “Recursos no Processo
Penal”, p. 269/270, item n. 176, 1996, RT), que o reexame dos fatos e das
provas constitui tema estranho ao âmbito de atuação do recurso
extraordinário (Súmula 279/STF), ainda que se cuide, como no caso, de
matéria de índole penal.
A mera
análise
do acórdão recorrido
demonstra
que o
E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, no julgamento da apelação,
sustentou as suas conclusões em aspectos fático-probatórios:
“Fica adotado, a propósito, o judicioso parecer subscrito às
fls. 1.169/1.184, pelo d. Procurador de Justiça Dr. Hideo Ozaki.
Consoante bem anotou o d. Preopinante:
‘(...) A nulidade arguida pela ilicitude da prova decorrente
da interceptação telefônica carece de fundamento. A
interceptação telefônica observou os preceitos legais e desde o
início havia indícios razoáveis de que alguns dos acusados
estariam se associando para a prática de tráfico de
drogas (cf. cinco apensos do procedimento de
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1045905 AGR-AGR / SP
probatório, especialmente quando se busca discutir elementos fáticos
subjacentes à causa penal.
No caso, a verificação da procedência, ou não, das alegações
deduzidas pela parte recorrente implicará necessário reexame de fatos e
de provas, o que não se admite na sede excepcional do apelo extremo.
Essa pretensão
sofre
as
restrições
inerentes ao recurso
extraordinário, em cujo âmbito não se reexaminam fatos e provas,
circunstância essa que faz incidir, na espécie, a Súmula 279 do Supremo
Tribunal Federal.
Não custa enfatizar, consoante adverte o magistério da doutrina
(ADA PELLEGRINI GRINOVER, ANTONIO MAGALHÃES GOMES
FILHO e ANTONIO SCARANCE FERNANDES, “Recursos no Processo
Penal”, p. 269/270, item n. 176, 1996, RT), que o reexame dos fatos e das
provas constitui tema estranho ao âmbito de atuação do recurso
extraordinário (Súmula 279/STF), ainda que se cuide, como no caso, de
matéria de índole penal.
A mera
análise
do acórdão recorrido
demonstra
que o
E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, no julgamento da apelação,
sustentou as suas conclusões em aspectos fático-probatórios:
“Fica adotado, a propósito, o judicioso parecer subscrito às
fls. 1.169/1.184, pelo d. Procurador de Justiça Dr. Hideo Ozaki.
Consoante bem anotou o d. Preopinante:
‘(...) A nulidade arguida pela ilicitude da prova decorrente
da interceptação telefônica carece de fundamento. A
interceptação telefônica observou os preceitos legais e desde o
início havia indícios razoáveis de que alguns dos acusados
estariam se associando para a prática de tráfico de
drogas (cf. cinco apensos do procedimento de
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 1045905 AGR-AGR / SP
interceptação nº 050.07.053322-3/07), o que evidencia a
iniquidade da alegação defensiva’.
No tocante as prorrogações das interceptações telefônicas
observa-se que a mesma sempre foi autorizada judicialmente, após
relatório circunstanciado da autoridade policial demonstrando a
necessidade da prorrogação, ante a complexidade do delito e o número
de envolvidos (06 denunciados e outros não identificados
cf. 06 volumes do apenso de interceptação).
…...................................................................................................
Logo, a prorrogação do prazo de interceptação telefônica poderá
ocorrer, tantas vezes quantas forem necessárias, desde que
fundamentada pelo Juiz e para conveniência das investigações.
Também não procede a alegação defensiva pugnando pela
transcrição integral das gravações, mesmo porque, referida questão foi
corretamente rechaçada pelo culto magistrado, Dr. Klaus Marouell
Arroyo que bem observou que:
'Relativamente à ausência de transcrição do inteiro teor
dos diálogos interceptados durante o curso do procedimento
cautelar. Trata-se de medida despicienda, porquanto deve vir aos
autos, tão somente, as passagens de interesse da determinação da
eventual culpabilidade dos acusados, acerca das quais as partes
poderão manejar seus respectivos entendimentos para que o
Juízo, a final, forme a convicção. Não interessa ao julgamento
conversas paralelas entre os interceptados, que não dizer respeito
aos acontecimentos' (fls. 923).
…...................................................................................................
Quanto à nulidade do feito por ausência do exame
espectrográfico para confirmar se a voz era ou não dos réus, carece de
fundamento. Desnecessária a realização da perícia, mesmo porque os
telefones interceptados foram apreendidos em poder dos réus...
Ademais, os celulares interceptados (a depois apreendidos em
poder dos acusados) permitiram o desbaratamento de quadrilha de
traficantes, com apreensão de grande quantidade de entorpecentes em
3
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ARE 1045905 AGR-AGR / SP
interceptação nº 050.07.053322-3/07), o que evidencia a
iniquidade da alegação defensiva’.
No tocante as prorrogações das interceptações telefônicas
observa-se que a mesma sempre foi autorizada judicialmente, após
relatório circunstanciado da autoridade policial demonstrando a
necessidade da prorrogação, ante a complexidade do delito e o número
de envolvidos (06 denunciados e outros não identificados
cf. 06 volumes do apenso de interceptação).
…...................................................................................................
Logo, a prorrogação do prazo de interceptação telefônica poderá
ocorrer, tantas vezes quantas forem necessárias, desde que
fundamentada pelo Juiz e para conveniência das investigações.
Também não procede a alegação defensiva pugnando pela
transcrição integral das gravações, mesmo porque, referida questão foi
corretamente rechaçada pelo culto magistrado, Dr. Klaus Marouell
Arroyo que bem observou que:
'Relativamente à ausência de transcrição do inteiro teor
dos diálogos interceptados durante o curso do procedimento
cautelar. Trata-se de medida despicienda, porquanto deve vir aos
autos, tão somente, as passagens de interesse da determinação da
eventual culpabilidade dos acusados, acerca das quais as partes
poderão manejar seus respectivos entendimentos para que o
Juízo, a final, forme a convicção. Não interessa ao julgamento
conversas paralelas entre os interceptados, que não dizer respeito
aos acontecimentos' (fls. 923).
…...................................................................................................
Quanto à nulidade do feito por ausência do exame
espectrográfico para confirmar se a voz era ou não dos réus, carece de
fundamento. Desnecessária a realização da perícia, mesmo porque os
telefones interceptados foram apreendidos em poder dos réus...
Ademais, os celulares interceptados (a depois apreendidos em
poder dos acusados) permitiram o desbaratamento de quadrilha de
traficantes, com apreensão de grande quantidade de entorpecentes em
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 1045905 AGR-AGR / SP
poder dos acusados, acondicionados individualmente em porções,
dinheiro, utensílios e produtos químicos destinados ao preparo e
fabricação de drogas. A robustez dessa prova, fala por si só, sendo
desnecessária qualquer outra, o que evidencia a iniquidade do reclamo
defensivo.”
Vê-se, portanto, que a pretensão deduzida, em sede recursal
extraordinária, pela parte ora agravante revela-se processualmente inviável,
pois o recurso extraordinário não permite que se reexaminem, nele, em
face de seu estrito âmbito temático, questões de fato ou aspectos de
índole probatória (RTJ 161/992 – RTJ 186/703), ainda mais quando tais
circunstâncias, como sucede na espécie, se mostram condicionantes da
própria resolução da controvérsia jurídica, tal como enfatizado no acórdão
recorrido, cujo pronunciamento sobre matéria de fato reveste-se de inteira
soberania (RTJ 152/612
– RTJ 153/1019 – RTJ 158/693, v.g.).
Sendo assim, e em face das razões expostas, nego provimento ao
presente agravo interno, mantendo, em consequência, por seus próprios
fundamentos, a decisão recorrida.
É o meu voto.
4
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1045905 AGR-AGR / SP
poder dos acusados, acondicionados individualmente em porções,
dinheiro, utensílios e produtos químicos destinados ao preparo e
fabricação de drogas. A robustez dessa prova, fala por si só, sendo
desnecessária qualquer outra, o que evidencia a iniquidade do reclamo
defensivo.”
Vê-se, portanto, que a pretensão deduzida, em sede recursal
extraordinária, pela parte ora agravante revela-se processualmente inviável,
pois o recurso extraordinário não permite que se reexaminem, nele, em
face de seu estrito âmbito temático, questões de fato ou aspectos de
índole probatória (RTJ 161/992 – RTJ 186/703), ainda mais quando tais
circunstâncias, como sucede na espécie, se mostram condicionantes da
própria resolução da controvérsia jurídica, tal como enfatizado no acórdão
recorrido, cujo pronunciamento sobre matéria de fato reveste-se de inteira
soberania (RTJ 152/612
– RTJ 153/1019 – RTJ 158/693, v.g.).
Sendo assim, e em face das razões expostas, nego provimento ao
presente agravo interno, mantendo, em consequência, por seus próprios
fundamentos, a decisão recorrida.
É o meu voto.
4
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Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.045.905
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S) : LEANDRO GONÇALVES LOPES
AGTE.(S) : ALEXANDRO GOMES NOVAES
ADV.(A/S) : CLEITON CESAR SILVA SANTOS (286951/SP)
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
PAULO
INTDO.(A/S) : ILZABETE DE SOUZA ARAÚJO
ADV.(A/S) : CLAUDIO SCHEFER JIMENEZ (130321/SP)
INTDO.(A/S) : ALEXANDRE BARBOSA VASCONCELOS
ADV.(A/S) : MARCUS VINICIUS CAMILO LINHARES (214940/SP)
ADV.(A/S) : EDISON LORENZINI JUNIOR (160208/SP)
INTDO.(A/S) : JOÃO VIEIRA DE VASCONCELOS
ADV.(A/S) : FERNANDO CELLA (177041/SP)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso
de agravo, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217711
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.045.905
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S) : LEANDRO GONÇALVES LOPES
AGTE.(S) : ALEXANDRO GOMES NOVAES
ADV.(A/S) : CLEITON CESAR SILVA SANTOS (286951/SP)
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
PAULO
INTDO.(A/S) : ILZABETE DE SOUZA ARAÚJO
ADV.(A/S) : CLAUDIO SCHEFER JIMENEZ (130321/SP)
INTDO.(A/S) : ALEXANDRE BARBOSA VASCONCELOS
ADV.(A/S) : MARCUS VINICIUS CAMILO LINHARES (214940/SP)
ADV.(A/S) : EDISON LORENZINI JUNIOR (160208/SP)
INTDO.(A/S) : JOÃO VIEIRA DE VASCONCELOS
ADV.(A/S) : FERNANDO CELLA (177041/SP)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso
de agravo, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217711
Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14300989 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-06T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO – MATÉRIA PENAL – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – REEXAME DE FATOS E PROVAS – IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 279/STF – AGRAVO INTERNO IMPROVIDO. | sjur379810 | - Acórdão(s) citado(s):
(DESCABIMENTO, REEXAME, FATO, PROVA)
RTJ 161/992, RTJ 186/703, RTJ 152/612, RTJ 153/1019, RTJ 158/693.
Número de páginas: 7.
Análise: 15/02/2018, BMP. | CELSO DE MELLO | Segunda Turma | 1045905 | [
"LEG-FED SUMSTF-000279 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR-AgR | acordaos | ARE 1045905 AgR-AgR | [
""
] | AGTE.(S) : LEANDRO GONÇALVES LOPES
AGTE.(S) : ALEXANDRO GOMES NOVAES
ADV.(A/S) : CLEITON CESAR SILVA SANTOS
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
INTDO.(A/S) : ILZABETE DE SOUZA ARAÚJO
ADV.(A/S) : CLAUDIO SCHEFER JIMENEZ
INTDO.(A/S) : ALEXANDRE BARBOSA VASCONCELOS
ADV.(A/S) : MARCUS VINICIUS CAMILO LINHARES
ADV.(A/S) : EDISON LORENZINI JUNIOR
INTDO.(A/S) : JOÃO VIEIRA DE VASCONCELOS
ADV.(A/S) : FERNANDO CELLA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1 . 045 . 905",
"SÚMULA 279 / STF",
"ARE 1045905 AGR - AGR / SP",
"Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal",
"Súmula 279 / STF",
"ARE 1045905",
"Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal",
"Súmula 279 / STF",
"ARE 1045905 AGR",
"interceptação [UNK] 050 . 07 . 053322 - 3 / 07",
"RTJ 161 / 992",
"RTJ 186 / 703",
"RTJ",
"ARE 1045905 AGR - AGR / SP",
"RTJ 161 / 992",
"RTJ",
"RTJ",
"AGRAVO 1 . 045 . 905"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 .",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CELSO DE MELLO",
"LEANDRO GONÇALVES LOPES",
"ALEXANDRO GOMES NOVAES",
"CLEITON CESAR SILVA SANTOS",
"ILZABETE DE SOUZA ARAÚJO",
"CLAUDIO SCHEFER JIMENEZ",
"ALEXANDRE BARBOSA VASCONCELOS",
"MARCUS VINICIUS CAMILO LINHARES",
"EDISON LORENZINI JUNIOR",
"JOÃO VIEIRA DE VASCONCELOS",
"FERNANDO CELLA",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"LEANDRO GONÇALVES LOPES",
"ALEXANDRO GOMES NOVAES",
"CLEITON CESAR SILVA SANTOS",
"ILZABETE DE SOUZA ARAÚJO",
"CLAUDIO SCHEFER JIMENEZ",
"ALEXANDRE BARBOSA VASCONCELOS",
"MARCUS VINICIUS CAMILO LINHARES",
"EDISON LORENZINI JUNIOR",
"JOÃO VIEIRA DE VASCONCELOS",
"FERNANDO CELLA",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"LEANDRO GONÇALVES LOPES",
"ALEXANDRO GOMES NOVAES",
"CLEITON CESAR SILVA SANTOS",
"ILZABETE DE SOUZA ARAÚJO",
"CLAUDIO SCHEFER JIMENEZ",
"ALEXANDRE BARBOSA VASCONCELOS",
"MARCUS VINICIUS CAMILO LINHARES",
"EDISON LORENZINI JUNIOR",
"JOÃO VIEIRA DE VASCONCELOS",
"FERNANDO CELLA",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"Leandro Gonçalves Lopes",
"Alexandro Gomes Novaes",
"CELSO DE MELLO",
"Leandro Gonçalves Lopes",
"Alexandro Gomes Novaes",
"CELSO DE MELLO",
"ADA PELLEGRINI GRINOVER",
"ANTONIO MAGALHÃES GOMES FILHO",
"ANTONIO SCARANCE FERNANDES",
"Hideo Ozaki",
"ADA PELLEGRINI GRINOVER , ANTONIO MAGALHÃES GOMES FILHO",
"ANTONIO SCARANCE FERNANDES",
"Hideo Ozaki",
"CELSO DE MELLO",
"Klaus Marouell Arroyo",
"Klaus Marouell Arroyo",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"LEANDRO GONÇALVES LOPES",
"ALEXANDRO GOMES NOVAES",
"CLEITON CESAR SILVA SANTOS",
"ILZABETE DE SOUZA ARAÚJO",
"CLAUDIO SCHEFER JIMENEZ",
"ALEXANDRE BARBOSA VASCONCELOS",
"MARCUS VINICIUS CAMILO LINHARES",
"EDISON LORENZINI JUNIOR",
"JOÃO VIEIRA DE VASCONCELOS",
"FERNANDO CELLA",
"Edson",
"Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"CELSO DE MELLO",
"LEANDRO GONÇALVES LOPES",
"ALEXANDRO GOMES NOVAES",
"CLEITON CESAR SILVA SANTOS",
"ILZABETE DE SOUZA ARAÚJO",
"CLAUDIO SCHEFER JIMENEZ",
"ALEXANDRE BARBOSA VASCONCELOS",
"MARCUS VINICIUS CAMILO LINHARES",
"EDISON LORENZINI JUNIOR",
"JOÃO VIEIRA DE VASCONCELOS",
"FERNANDO CELLA",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"01",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1996",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1996",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA EXTRADIÇÃO 1.490 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:RUI JORGE PIMENTEL RODRIGUES PEREIRA OU
RUI JORGE PIMENTEL RODRIGUES OU RUI
PEREIRA
ADV.(A/S)
:LÍVIA MÔNICA DE LIMA COSTA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:GOVERNO DE PORTUGAL
Ementa: EXTRADITANDO. EQUIPARAÇÃO DA PRISÃO PARA
FINS DE EXTRADIÇÃO À PRISÃO PROVISÓRIA. INVIABILIDADE DE
CONCESSÃO DE SAÍDA TEMPORÁRIA AO PRESO PROVISÓRIO E,
POR CONSEGUINTE, TAMBÉM AO EXTRADITANDO. CABIMENTO
EXCLUSIVO DA PERMISSÃO DE SAÍDA. EXTRADIÇÃO JÁ
DEFERIDA. ANÁLISE DO CASO CONCRETO QUE NÃO JUSTIFICA A
CONCESSÃO EXCEPCIONAL DE SAÍDA TEMPORÁRIA. AGRAVO A
QUE SE NEGA PROVIMENTO.
I – A situação jurídica dos extraditandos equipara-se a dos presos
provisórios, haja vista a ausência de imposição de regime legal nos
termos da lei brasileira.
II – Ao preso provisório, a única previsão legal de saída consiste na
permissão de saída, prevista nos arts. 120/121 da Lei de Execução Penal -
LEP. Essa é cabível, nos termos da lei, nas seguintes situações: (i)
falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente,
descendente ou irmão; (ii) necessidade de tratamento médico (parágrafo
único do art. 14).
III – A saída temporária encontra fundamento nos arts. 122 a 125 da
Lei de Execução Penal. Nesses casos, a lei é expressa no sentido de que o
benefício é aplicável apenas aos condenados que cumprem pena em
regime semiaberto. No entanto, a prisão para extradição é uma prisão
processual e, em regra, é executada em regime semelhante ao fechado.
IV – Tratando-se de extraditando cuja extradição já foi deferida, com
maior razão deve ser indeferido o pleito, como garantia de sua
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232229.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
448
Ementa e Acórdão
EXT 1490 AGR / DF
efetividade.
V - Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em sessão
virtual da Segunda Turma, na conformidade da ata de julgamentos, por
unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do
voto do Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232229.
Supremo Tribunal Federal
EXT 1490 AGR / DF
efetividade.
V - Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em sessão
virtual da Segunda Turma, na conformidade da ata de julgamentos, por
unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do
voto do Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232229.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7
449
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA EXTRADIÇÃO 1.490 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:RUI JORGE PIMENTEL RODRIGUES PEREIRA OU
RUI JORGE PIMENTEL RODRIGUES OU RUI
PEREIRA
ADV.(A/S)
:LÍVIA MÔNICA DE LIMA COSTA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:GOVERNO DE PORTUGAL
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto pelo extraditando em face de decisão
monocrática, de minha lavra, que indeferiu pedido de saída temporária.
Neste recurso (fls. 382/386), o extraditando insiste nos argumentos já
refutados, bem como que deveria ser posto em liberdade, uma vez que
estão ausentes os requisitos cautelares que justificariam sua prisão.
A Procuradoria-Geral da República apresentou contrarrazões,
pleiteando o desprovimento do agravo.
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232230.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA EXTRADIÇÃO 1.490 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:RUI JORGE PIMENTEL RODRIGUES PEREIRA OU
RUI JORGE PIMENTEL RODRIGUES OU RUI
PEREIRA
ADV.(A/S)
:LÍVIA MÔNICA DE LIMA COSTA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:GOVERNO DE PORTUGAL
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto pelo extraditando em face de decisão
monocrática, de minha lavra, que indeferiu pedido de saída temporária.
Neste recurso (fls. 382/386), o extraditando insiste nos argumentos já
refutados, bem como que deveria ser posto em liberdade, uma vez que
estão ausentes os requisitos cautelares que justificariam sua prisão.
A Procuradoria-Geral da República apresentou contrarrazões,
pleiteando o desprovimento do agravo.
É o relatório.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7
450
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA EXTRADIÇÃO 1.490 DISTRITO FEDERAL
V O T O
O Senhor Ministro
Ricardo Lewandowski
(Relator): Bem
examinados os autos, verifico que a decisão agravada não merece
reforma. Por oportuno, transcrevo o inteiro teor da decisão guerreada:
“Trata-se de pedido do extraditando Rui Jorge Pimentel
Rodrigues para passar o dia dos pais em família, com sua filha.
Alega que, estando próxima a data do julgamento do pedido
extradicional, o deferimento da saída temporária se justifica por
razões humanitárias.
Invocou, ainda, precedente do Supremo Tribunal Federal
no sentido de que ao extraditando devem ser deferidos os
benefícios da lei penal.
É o relatório. Decido.
Bem examinados os autos, verifico que o pedido, a
despeito de já decorrido o dia dos pais, não está prejudicado,
pois se trata, em verdade, de apreciação de pedido de saída
temporária do extraditando. Considerando que outras situações
de saída temporária podem vir a se apresentar, passo a analisar
o mérito do pedido, que não tem condições de ser deferido.
Com efeito, primeiramente é cabível esclarecer que a
situação jurídica dos extraditandos equipara-se a dos presos
provisórios, haja vista a ausência de imposição de regime legal
nos termos da lei brasileira.
Ao preso provisório, a única previsão legal de saída
consiste na permissão de saída, prevista nos arts. 120/121 da Lei
de Execução Penal - LEP. Essa é cabível, nos termos da lei, nas
seguintes situações: (i) falecimento ou doença grave do cônjuge,
companheira, ascendente, descendente ou irmão; (ii)
necessidade de tratamento médico (parágrafo único do art. 14).
A saída temporária do dia dos pais encontra fundamento
nos arts. 122 a 125 da Lei de Execução Penal. Nesses casos, a lei
é expressa no sentido de que o benefício é aplicável apenas aos
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA EXTRADIÇÃO 1.490 DISTRITO FEDERAL
V O T O
O Senhor Ministro
Ricardo Lewandowski
(Relator): Bem
examinados os autos, verifico que a decisão agravada não merece
reforma. Por oportuno, transcrevo o inteiro teor da decisão guerreada:
“Trata-se de pedido do extraditando Rui Jorge Pimentel
Rodrigues para passar o dia dos pais em família, com sua filha.
Alega que, estando próxima a data do julgamento do pedido
extradicional, o deferimento da saída temporária se justifica por
razões humanitárias.
Invocou, ainda, precedente do Supremo Tribunal Federal
no sentido de que ao extraditando devem ser deferidos os
benefícios da lei penal.
É o relatório. Decido.
Bem examinados os autos, verifico que o pedido, a
despeito de já decorrido o dia dos pais, não está prejudicado,
pois se trata, em verdade, de apreciação de pedido de saída
temporária do extraditando. Considerando que outras situações
de saída temporária podem vir a se apresentar, passo a analisar
o mérito do pedido, que não tem condições de ser deferido.
Com efeito, primeiramente é cabível esclarecer que a
situação jurídica dos extraditandos equipara-se a dos presos
provisórios, haja vista a ausência de imposição de regime legal
nos termos da lei brasileira.
Ao preso provisório, a única previsão legal de saída
consiste na permissão de saída, prevista nos arts. 120/121 da Lei
de Execução Penal - LEP. Essa é cabível, nos termos da lei, nas
seguintes situações: (i) falecimento ou doença grave do cônjuge,
companheira, ascendente, descendente ou irmão; (ii)
necessidade de tratamento médico (parágrafo único do art. 14).
A saída temporária do dia dos pais encontra fundamento
nos arts. 122 a 125 da Lei de Execução Penal. Nesses casos, a lei
é expressa no sentido de que o benefício é aplicável apenas aos
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7
451
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
EXT 1490 AGR / DF
condenados que cumprem pena em regime semiaberto. No
entanto, a prisão para extradição é uma prisão processual e, via
de regra, é executada em regime semelhante ao fechado.
Na Questão de Ordem na Extradição 947, de minha
relatoria, decidiu-se que a situação concreta do extraditando
deve ser avaliada pelo juízo da execução penal e, se for o caso,
deve ser assegurada a progressão de regime. Entretanto,
naquele caso, havia cumulação dos títulos de prisão, o que não
ocorre nestes autos.
Assim, indefiro o pedido retro”.
Quanto aos demais fundamentos invocados no agravo, ressalto que
a Turma julgadora já decidiu, quando da apreciação do pedido de
extradição, que:
“A residência fixa, a ocupação lícita, a família brasileira e a
saúde debilitada do extraditando não são suficientes para elidir
a necessidade da custódia. Da mesma forma, não se verificam
razões humanitárias que desaconselhem a extradição.
No mais, deve ser mantida a prisão até a entrega do súdito
estrangeiro, haja vista o que dispõe o art. 84, parágrafo único,
da Lei 6.815/1980, cuja constitucionalidade vem sendo
reiteradamente confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (HC
81127, Rel. Min. Sydney Sanches; Ext 1313, Rel. Min. Dias
Toffoli). A custódia preventiva visa à efetividade da extradição e
à garantia de que o Brasil honrará compromissos assumidos
com Estados estrangeiros. No caso concreto, não é razoável
supor a submissão voluntária à Justiça de seu país de
estrangeiro que fugiu para o Brasil justamente para evitar a
manutenção da prisão em sua pátria”.
Agora, com a extradição já deferida e em vias de se concretizar, com
maior razão deve ser indeferido o pedido, como garantia da efetividade
da extradição.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232231.
Supremo Tribunal Federal
EXT 1490 AGR / DF
condenados que cumprem pena em regime semiaberto. No
entanto, a prisão para extradição é uma prisão processual e, via
de regra, é executada em regime semelhante ao fechado.
Na Questão de Ordem na Extradição 947, de minha
relatoria, decidiu-se que a situação concreta do extraditando
deve ser avaliada pelo juízo da execução penal e, se for o caso,
deve ser assegurada a progressão de regime. Entretanto,
naquele caso, havia cumulação dos títulos de prisão, o que não
ocorre nestes autos.
Assim, indefiro o pedido retro”.
Quanto aos demais fundamentos invocados no agravo, ressalto que
a Turma julgadora já decidiu, quando da apreciação do pedido de
extradição, que:
“A residência fixa, a ocupação lícita, a família brasileira e a
saúde debilitada do extraditando não são suficientes para elidir
a necessidade da custódia. Da mesma forma, não se verificam
razões humanitárias que desaconselhem a extradição.
No mais, deve ser mantida a prisão até a entrega do súdito
estrangeiro, haja vista o que dispõe o art. 84, parágrafo único,
da Lei 6.815/1980, cuja constitucionalidade vem sendo
reiteradamente confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (HC
81127, Rel. Min. Sydney Sanches; Ext 1313, Rel. Min. Dias
Toffoli). A custódia preventiva visa à efetividade da extradição e
à garantia de que o Brasil honrará compromissos assumidos
com Estados estrangeiros. No caso concreto, não é razoável
supor a submissão voluntária à Justiça de seu país de
estrangeiro que fugiu para o Brasil justamente para evitar a
manutenção da prisão em sua pátria”.
Agora, com a extradição já deferida e em vias de se concretizar, com
maior razão deve ser indeferido o pedido, como garantia da efetividade
da extradição.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232231.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7
452
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
EXT 1490 AGR / DF
Assim, os argumentos lançados no regimental não são capazes de
afastar os fundamentos da decisão combatida, que, por tal razão, deve ser
mantida.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232231.
Supremo Tribunal Federal
EXT 1490 AGR / DF
Assim, os argumentos lançados no regimental não são capazes de
afastar os fundamentos da decisão combatida, que, por tal razão, deve ser
mantida.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232231.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7
453
Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NA EXTRADIÇÃO 1.490
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : RUI JORGE PIMENTEL RODRIGUES PEREIRA OU RUI JORGE
PIMENTEL RODRIGUES OU RUI PEREIRA
ADV.(A/S) : LÍVIA MÔNICA DE LIMA COSTA (7726/RN) E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : GOVERNO DE PORTUGAL
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217632
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NA EXTRADIÇÃO 1.490
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : RUI JORGE PIMENTEL RODRIGUES PEREIRA OU RUI JORGE
PIMENTEL RODRIGUES OU RUI PEREIRA
ADV.(A/S) : LÍVIA MÔNICA DE LIMA COSTA (7726/RN) E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : GOVERNO DE PORTUGAL
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
454
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14308751 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-07T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NA EXTRADIÇÃO | Ementa: EXTRADITANDO. EQUIPARAÇÃO DA PRISÃO PARA FINS DE EXTRADIÇÃO À PRISÃO PROVISÓRIA. INVIABILIDADE DE CONCESSÃO DE SAÍDA TEMPORÁRIA AO PRESO PROVISÓRIO E, POR CONSEGUINTE, TAMBÉM AO EXTRADITANDO. CABIMENTO EXCLUSIVO DA PERMISSÃO DE SAÍDA. EXTRADIÇÃO JÁ DEFERIDA. ANÁLISE DO CASO CONCRETO QUE NÃO JUSTIFICA A CONCESSÃO EXCEPCIONAL DE SAÍDA TEMPORÁRIA. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
I – A situação jurídica dos extraditandos equipara-se a dos presos provisórios, haja vista a ausência de imposição de regime legal nos termos da lei brasileira.
II – Ao preso provisório, a única previsão legal de saída consiste na permissão de saída, prevista nos arts. 120/121 da Lei de Execução Penal - LEP. Essa é cabível, nos termos da lei, nas seguintes situações: (i) falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão; (ii) necessidade de tratamento médico (parágrafo único do art. 14).
III – A saída temporária encontra fundamento nos arts. 122 a 125 da Lei de Execução Penal. Nesses casos, a lei é expressa no sentido de que o benefício é aplicável apenas aos condenados que cumprem pena em regime semiaberto. No entanto, a prisão para extradição é uma prisão processual e, em regra, é executada em regime semelhante ao fechado.
IV – Tratando-se de extraditando cuja extradição já foi deferida, com maior razão deve ser indeferido o pleito, como garantia de sua efetividade.
V - Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur380068 | Número de páginas: 7.
Análise: 19/02/2018, BMP. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 1490 | [
"LEG-FED LEI-007210 ANO-1984\n ART-00120 ART-00121 ART-00122 ART-00125\n LEP-1984 LEI DE EXECUÇÃO PENAL"
] | Ext-AgR | acordaos | Ext 1490 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : RUI JORGE PIMENTEL RODRIGUES PEREIRA OU RUI JORGE PIMENTEL RODRIGUES OU RUI PEREIRA
ADV.(A/S) : LÍVIA MÔNICA DE LIMA COSTA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : GOVERNO DE PORTUGAL | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"Questão de Ordem na Extradição 947",
"HC 81127",
"Ext 1313",
"Questão",
"HC 81127",
"Ext 1313"
],
"LEGISLACAO": [
"arts . 120 / 121 da Lei de Execução Penal",
"LEP",
"arts . 122 a 125 da Lei de Execução Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 120 / 121 da Lei de Execução Penal",
"LEP",
"arts . 122 a 125 da Lei de Execução Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 120 / 121 da Lei de Execução Penal",
"LEP",
"arts . 122 a 125 da Lei de Execução Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 84 , parágrafo único , da Lei 6 . 815 / 1980",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 84 , parágrafo único , da Lei 6 . 815 / 1980",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"DISTRITO FEDERAL",
"Brasília",
"Brasília",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"Brasil",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"GOVERNO DE PORTUGAL",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
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"SEGUNDA TURMA",
"GOVERNO DE PORTUGAL",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"GOVERNO DE",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
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"-",
"Brasil",
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"-",
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"SEGUNDA",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Brasil",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Brasil",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
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"Segunda Turma",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RUI JORGE PIMENTEL RODRIGUES PEREIRA",
"RUI PEREIRA",
"LÍVIA MÔNICA DE LIMA COSTA",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RUI JORGE PIMENTEL RODRIGUES PEREIRA",
"RUI PEREIRA",
"LÍVIA MÔNICA DE LIMA COSTA",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RUI JORGE PIMENTEL RODRIGUES PEREIRA",
"RUI JORGE PIMENTEL RODRIGUES",
"RUI PEREIRA",
"LÍVIA MÔNICA DE LIMA COSTA",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ricardo Lewandowski",
"Rui Jorge Pimentel Rodrigues",
"Ricardo Lewandowski",
"Rui Jorge Pimentel Rodrigues",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Sydney Sanches",
"Dias Toffoli",
"Sydney Sanches",
"Dias Toffoli",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RUI JORGE PIMENTEL RODRIGUES PEREIRA",
"RUI JORGE PIMENTEL RODRIGUES",
"RUI PEREIRA",
"LÍVIA MÔNICA DE LIMA COSTA",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"JORGE PIMENTEL RODRIGUES PEREIRA",
"RUI PEREIRA",
"LÍVIA MÔNICA DE LIMA COSTA",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.466 CEARÁ
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:CINTIA MENEZES BRUNETTA
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS
FEDERAIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO
CEARÁ
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. CONCESSÃO
DE AJUDA DE CUSTO A INTEGRANTE DA MAGISTRATURA.
PRINCÍPIO DA SIMETRIA. AUSÊNCIA DE IDENTIDADE MATERIAL
ENTRE O ATO RECLAMADO E O VERBETE DA SÚMULA
VINCULANTE 37. EXCEPCIONALIDADE DO DISPOSTO NO ART. 102,
I, N, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL A QUE
SE NEGA PROVIMENTO.
I - A concessão de ajuda de custo a integrante da Magistratura com
fundamento no princípio da simetria não enseja reclamação por ofensa à
Súmula Vinculante 37.
II - A interpretação atual da regra do art. 102, I, n , da Constituição é
no sentido de que somente se adequam à norma em exame aquelas
demandas nas quais se demonstre a presença, cumulativamente, de dois
requisitos, quais sejam: (i) a existência de interesse de toda a
Magistratura; (ii) que esse interesse seja exclusivo dos Magistrados.
III - Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em sessão
virtual da Segunda Turma, na conformidade da ata de julgamentos, por
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Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11
Ementa e Acórdão
RCL 26466 AGR / CE
maioria, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do
Relator, vencidos os Ministros Gilmar Mendes e Celso de Mello.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR
2
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Supremo Tribunal Federal
RCL 26466 AGR / CE
maioria, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do
Relator, vencidos os Ministros Gilmar Mendes e Celso de Mello.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.466 CEARÁ
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:CINTIA MENEZES BRUNETTA
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS
FEDERAIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO
CEARÁ
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto pela União contra decisão monocrática, de
minha relatoria, que negou seguimento à reclamação.
Neste recurso, a agravante sustenta que a decisão afastou
indevidamente a incidência da Súmula Vinculante 37, devendo ser
revista.
É o relatório.
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232386.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.466 CEARÁ
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:CINTIA MENEZES BRUNETTA
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS
FEDERAIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO
CEARÁ
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto pela União contra decisão monocrática, de
minha relatoria, que negou seguimento à reclamação.
Neste recurso, a agravante sustenta que a decisão afastou
indevidamente a incidência da Súmula Vinculante 37, devendo ser
revista.
É o relatório.
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232386.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.466 CEARÁ
V O T O
O Senhor Ministro
Ricardo Lewandowski
(Relator): Bem
examinados os autos, verifico que a decisão agravada não merece
reforma.
Por oportuno, transcrevo o inteiro teor da decisão guerreada:
“Trata-se de reclamação, com pedido liminar, ajuizada
pela União, na qual alega descumprimento da Súmula
Vinculante 37.
A União relatou, em síntese, que decisão proferida pelo
Juízo de origem, ao assegurar a integrante da Magistratura a
percepção de ajuda de custo sob fundamento de isonomia e/ou
simetria, violou a autoridade da Súmula Vinculante 37, razão
pela qual a decisão deve ser cassada.
Requereu, assim, a anulação da decisão, bem como o
deferimento da liminar para suspendê-la desde já.
A liminar foi deferida para determinar o sobrestamento do
feito objeto destes autos, na origem, até que se conclua o
julgamento da ADI 4822, de relatoria do Ministro Marco
Aurélio.
Citado, o interessado não apresentou contestação.
A Procuradoria-Geral da República manifestou-se pela
negativa de seguimento da reclamação.
É o relatório. Decido.
Bem examinados os autos, deve-se ressaltar, inicialmente,
que a reclamação destina-se a preservar a competência desta
Suprema Corte e a garantir a autoridade de suas decisões, ex vi
do artigo 102, I, l, além de salvaguardar o estrito cumprimento
das súmulas vinculantes, nos termos do art. 103-A, § 3º, da
Constituição da República, incluído pela Emenda
Constitucional 45/2004.
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232387.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.466 CEARÁ
V O T O
O Senhor Ministro
Ricardo Lewandowski
(Relator): Bem
examinados os autos, verifico que a decisão agravada não merece
reforma.
Por oportuno, transcrevo o inteiro teor da decisão guerreada:
“Trata-se de reclamação, com pedido liminar, ajuizada
pela União, na qual alega descumprimento da Súmula
Vinculante 37.
A União relatou, em síntese, que decisão proferida pelo
Juízo de origem, ao assegurar a integrante da Magistratura a
percepção de ajuda de custo sob fundamento de isonomia e/ou
simetria, violou a autoridade da Súmula Vinculante 37, razão
pela qual a decisão deve ser cassada.
Requereu, assim, a anulação da decisão, bem como o
deferimento da liminar para suspendê-la desde já.
A liminar foi deferida para determinar o sobrestamento do
feito objeto destes autos, na origem, até que se conclua o
julgamento da ADI 4822, de relatoria do Ministro Marco
Aurélio.
Citado, o interessado não apresentou contestação.
A Procuradoria-Geral da República manifestou-se pela
negativa de seguimento da reclamação.
É o relatório. Decido.
Bem examinados os autos, deve-se ressaltar, inicialmente,
que a reclamação destina-se a preservar a competência desta
Suprema Corte e a garantir a autoridade de suas decisões, ex vi
do artigo 102, I, l, além de salvaguardar o estrito cumprimento
das súmulas vinculantes, nos termos do art. 103-A, § 3º, da
Constituição da República, incluído pela Emenda
Constitucional 45/2004.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232387.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 26466 AGR / CE
Feita essa ponderação, verifica-se que a irresignação da
reclamante não merece acolhida, haja vista que o entendimento
adotado no ato reclamado não constitui ofensa à tese firmada
no enunciado 37 da Súmula Vinculante, o qual estabelece não
caber ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa,
aumentar vencimentos de servidores públicos sob o
fundamento de isonomia.
A decisão reclamada não determinou aumento de
vencimentos com base no princípio da isonomia, mas sim, com
fulcro na Resolução 133/2011 do Conselho Nacional de Justiça,
que reconhece a extensão das vantagens funcionais concedidas
no Estatuto do Ministério Público aos membros da
Magistratura nacional e no princípio da simetria. Isonomia não
foi, portanto, o fundamento da decisão.
Assim, diferentemente do que alega a reclamante, não há
identidade entre a matéria tratada na decisão reclamada e o teor
da Súmula Vinculante tida por violada, o que evidencia a
ausência dos requisitos constitucionais para a utilização da via
reclamatória, conforme entendimento assentado nesta Suprema
Corte.
O que pretende a reclamante, em última análise, é fazer
uso do instrumento processual da reclamação como sucedâneo
recursal, finalidade essa que se revela estranha à sua destinação
constitucional (Rcl 4.381-AgR, Rel. Min. Celso de Mello,
Plenário).
De mais a mais, a jurisprudência deste Supremo Tribunal
é assente no sentido de que não se aplica o disposto no art. 102,
I, n, da Constituição Federal aos casos nos quais o objeto da
demanda não envolva direitos, interesses ou vantagens que
digam respeito, exclusivamente, à Magistratura.
A propósito, vide AO 662-MC/PE, Rel. Min. Celso de
Mello; AO 955-AgR/ES, Rel. Min. Ellen Gracie; AO 1.635-
TA/MS; e ACO 1.688/SC, Rel. Min. Dias Toffoli.
Na hipótese dos autos, vê-se que o direito pleiteado não
constitui direito, interesse ou vantagem, privativos ou
exclusivos, da Magistratura, tanto que pleiteado em razão de
2
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Supremo Tribunal Federal
RCL 26466 AGR / CE
Feita essa ponderação, verifica-se que a irresignação da
reclamante não merece acolhida, haja vista que o entendimento
adotado no ato reclamado não constitui ofensa à tese firmada
no enunciado 37 da Súmula Vinculante, o qual estabelece não
caber ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa,
aumentar vencimentos de servidores públicos sob o
fundamento de isonomia.
A decisão reclamada não determinou aumento de
vencimentos com base no princípio da isonomia, mas sim, com
fulcro na Resolução 133/2011 do Conselho Nacional de Justiça,
que reconhece a extensão das vantagens funcionais concedidas
no Estatuto do Ministério Público aos membros da
Magistratura nacional e no princípio da simetria. Isonomia não
foi, portanto, o fundamento da decisão.
Assim, diferentemente do que alega a reclamante, não há
identidade entre a matéria tratada na decisão reclamada e o teor
da Súmula Vinculante tida por violada, o que evidencia a
ausência dos requisitos constitucionais para a utilização da via
reclamatória, conforme entendimento assentado nesta Suprema
Corte.
O que pretende a reclamante, em última análise, é fazer
uso do instrumento processual da reclamação como sucedâneo
recursal, finalidade essa que se revela estranha à sua destinação
constitucional (Rcl 4.381-AgR, Rel. Min. Celso de Mello,
Plenário).
De mais a mais, a jurisprudência deste Supremo Tribunal
é assente no sentido de que não se aplica o disposto no art. 102,
I, n, da Constituição Federal aos casos nos quais o objeto da
demanda não envolva direitos, interesses ou vantagens que
digam respeito, exclusivamente, à Magistratura.
A propósito, vide AO 662-MC/PE, Rel. Min. Celso de
Mello; AO 955-AgR/ES, Rel. Min. Ellen Gracie; AO 1.635-
TA/MS; e ACO 1.688/SC, Rel. Min. Dias Toffoli.
Na hipótese dos autos, vê-se que o direito pleiteado não
constitui direito, interesse ou vantagem, privativos ou
exclusivos, da Magistratura, tanto que pleiteado em razão de
2
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232387.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 11
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 26466 AGR / CE
simetria a ser reconhecida entre os regimes funcionais da
Magistratura e do Ministério Público, simetria esta que, por si
só, não justifica a caracterização da competência deste Supremo
Tribunal.
Vale relembrar que esta Suprema Corte tem
reiteradamente enfatizado o caráter de absoluta
excepcionalidade da incidência do art. 102, I, n, da Constituição
(ACO 359 QO/SP, Rel. Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno).
Analisando-se a questão sob outro ângulo, vê-se que a
decisão reclamada diz respeito a verba indenizatória, não se
podendo cogitar, na espécie, de aumento de vencimentos até
mesmo em razão da concessão esporádica do direito reclamado.
Isso posto, nego seguimento à presente reclamação, nos
termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno desta Corte. Por
consequência, revogo a liminar anteriormente deferida.”
Os argumentos lançados no regimental não são capazes de afastar os
fundamentos da decisão combatida, que, por tal razão, deve ser mantida.
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RCL 26466 AGR / CE
simetria a ser reconhecida entre os regimes funcionais da
Magistratura e do Ministério Público, simetria esta que, por si
só, não justifica a caracterização da competência deste Supremo
Tribunal.
Vale relembrar que esta Suprema Corte tem
reiteradamente enfatizado o caráter de absoluta
excepcionalidade da incidência do art. 102, I, n, da Constituição
(ACO 359 QO/SP, Rel. Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno).
Analisando-se a questão sob outro ângulo, vê-se que a
decisão reclamada diz respeito a verba indenizatória, não se
podendo cogitar, na espécie, de aumento de vencimentos até
mesmo em razão da concessão esporádica do direito reclamado.
Isso posto, nego seguimento à presente reclamação, nos
termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno desta Corte. Por
consequência, revogo a liminar anteriormente deferida.”
Os argumentos lançados no regimental não são capazes de afastar os
fundamentos da decisão combatida, que, por tal razão, deve ser mantida.
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
3
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Voto Vogal
08/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.466 CEARÁ
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:CINTIA MENEZES BRUNETTA
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS
FEDERAIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO
CEARÁ
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: Peço vênia
para dissentir do eminente Relator, na linha de anteriores decisões por
mim proferidas (Rcl
26.772/DF,
Rcl
27.083/CE,
Rcl
27.498/PB,
Rcl 28.280/MG, v.g.).
Em consequência, dou provimento ao presente recurso de agravo.
É o meu voto.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
08/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.466 CEARÁ
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:CINTIA MENEZES BRUNETTA
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS
FEDERAIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO
CEARÁ
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: Peço vênia
para dissentir do eminente Relator, na linha de anteriores decisões por
mim proferidas (Rcl
26.772/DF,
Rcl
27.083/CE,
Rcl
27.498/PB,
Rcl 28.280/MG, v.g.).
Em consequência, dou provimento ao presente recurso de agravo.
É o meu voto.
Supremo Tribunal Federal
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Voto Vogal
08/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.466 CEARÁ
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:CINTIA MENEZES BRUNETTA
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS
FEDERAIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO
CEARÁ
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
V O T O CONJUNTO
Rcl-AgR 26.466; Rcl-AgR 27.844; Rcl-AgR 28.402
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES: Trata-se de agravos contra
decisões monocráticas que negaram seguimento a reclamações
constitucionais propostas pela União, em face de decisões que
reconheceram a equiparação entre as carreiras da Magistratura e do
Ministério Público, para fins de percepção de ajuda de custo.
O relator, Min. Ricardo Lewandowski, negou seguimento às
reclamações por entender que não havia identidade material entre os atos
reclamados e a Súmula Vinculante 37, indicada como violada pela ora
agravante. Em seu voto, propõe a manutenção de sua decisão
monocrática.
Pois bem.
Peço vênia para externar minha posição.
Verifico que os Juízos reclamados decidiram que, embora o diploma
normativo disciplinador da carreira dos magistrados seja a Lei
Complementar 35/1979 (LOMAN), também lhes seriam aplicáveis as
disposições da Lei Complementar 75/1993 (Lei Orgânica do Ministério
Público da União), em razão da existência de simetria constitucional entre
as duas carreiras. Essa simetria teria sido definida administrativamente
pelo Conselho Nacional de Justiça, por meio da Resolução 133, de 21 de
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08/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.466 CEARÁ
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:CINTIA MENEZES BRUNETTA
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS
FEDERAIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO
CEARÁ
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
V O T O CONJUNTO
Rcl-AgR 26.466; Rcl-AgR 27.844; Rcl-AgR 28.402
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES: Trata-se de agravos contra
decisões monocráticas que negaram seguimento a reclamações
constitucionais propostas pela União, em face de decisões que
reconheceram a equiparação entre as carreiras da Magistratura e do
Ministério Público, para fins de percepção de ajuda de custo.
O relator, Min. Ricardo Lewandowski, negou seguimento às
reclamações por entender que não havia identidade material entre os atos
reclamados e a Súmula Vinculante 37, indicada como violada pela ora
agravante. Em seu voto, propõe a manutenção de sua decisão
monocrática.
Pois bem.
Peço vênia para externar minha posição.
Verifico que os Juízos reclamados decidiram que, embora o diploma
normativo disciplinador da carreira dos magistrados seja a Lei
Complementar 35/1979 (LOMAN), também lhes seriam aplicáveis as
disposições da Lei Complementar 75/1993 (Lei Orgânica do Ministério
Público da União), em razão da existência de simetria constitucional entre
as duas carreiras. Essa simetria teria sido definida administrativamente
pelo Conselho Nacional de Justiça, por meio da Resolução 133, de 21 de
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Voto Vogal
RCL 26466 AGR / CE
junho de 2011.
Tenho entendido, nessas hipóteses, que a jurisprudência desta Corte
é no sentido de ser necessária a edição de lei específica para a
implementação da equiparação, conforme exige o art. 39, § 1º, da
Constituição, em sua redação originária. Não cabe ao Poder Judiciário
conceder benefícios a servidores públicos ao fundamento de simetria, nos
termos da Súmula 339 do STF.
Confira-se, nesse sentido, o seguinte julgado:
“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
MAGISTRADOS DO ESTADO DE SÃO PAULO. CÁLCULO
DE DIÁRIAS E AJUDA DE CUSTO. EQUIPARAÇÃO AO
CRITÉRIO UTILIZADO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 339/STF. APRECIAÇÃO DOS
ASPECTOS CONCERNENTES ÀS LEIS COMPLEMENTARES
ESTADUAIS 734/93 E 234/80. INVIABILIDADE. SÚMULA
280/STF. 1. Não havendo previsão legal de equiparação de
vencimentos entre Magistrados e Membros do Ministério
Público do Estado de São Paulo, incabível o pedido de
pagamento de diferenças de valores de diárias e de ajudas de
custo com base em suposta isonomia. Entendimento da Súmula
339/STF. 2. No caso dos autos, o Tribunal de origem asseverou
expressamente que o direito pleiteado pelos agravantes não está
amparado em lei. 3. Agravo regimental a que se nega
provimento”. (RE 581642 AgR, rel. Min. Teori Zavascki,
Segunda Turma, DJe 7.10.2013)
Esse entendimento restou pacificado no julgamento do RE-RG
592.317, tema 315 da sistemática da repercussão geral, de minha relatoria,
e consolidou-se com a edição da Súmula Vinculante 37: “Não cabe ao Poder
Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores
públicos sob o fundamento de isonomia”.
No mesmo sentido, cito decisões monocráticas da Segunda Turma
em reclamações com idêntica controvérsia: Rcl 26.072 MC, rel. Min. Edson
2
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Supremo Tribunal Federal
RCL 26466 AGR / CE
junho de 2011.
Tenho entendido, nessas hipóteses, que a jurisprudência desta Corte
é no sentido de ser necessária a edição de lei específica para a
implementação da equiparação, conforme exige o art. 39, § 1º, da
Constituição, em sua redação originária. Não cabe ao Poder Judiciário
conceder benefícios a servidores públicos ao fundamento de simetria, nos
termos da Súmula 339 do STF.
Confira-se, nesse sentido, o seguinte julgado:
“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
MAGISTRADOS DO ESTADO DE SÃO PAULO. CÁLCULO
DE DIÁRIAS E AJUDA DE CUSTO. EQUIPARAÇÃO AO
CRITÉRIO UTILIZADO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 339/STF. APRECIAÇÃO DOS
ASPECTOS CONCERNENTES ÀS LEIS COMPLEMENTARES
ESTADUAIS 734/93 E 234/80. INVIABILIDADE. SÚMULA
280/STF. 1. Não havendo previsão legal de equiparação de
vencimentos entre Magistrados e Membros do Ministério
Público do Estado de São Paulo, incabível o pedido de
pagamento de diferenças de valores de diárias e de ajudas de
custo com base em suposta isonomia. Entendimento da Súmula
339/STF. 2. No caso dos autos, o Tribunal de origem asseverou
expressamente que o direito pleiteado pelos agravantes não está
amparado em lei. 3. Agravo regimental a que se nega
provimento”. (RE 581642 AgR, rel. Min. Teori Zavascki,
Segunda Turma, DJe 7.10.2013)
Esse entendimento restou pacificado no julgamento do RE-RG
592.317, tema 315 da sistemática da repercussão geral, de minha relatoria,
e consolidou-se com a edição da Súmula Vinculante 37: “Não cabe ao Poder
Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores
públicos sob o fundamento de isonomia”.
No mesmo sentido, cito decisões monocráticas da Segunda Turma
em reclamações com idêntica controvérsia: Rcl 26.072 MC, rel. Min. Edson
2
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Voto Vogal
RCL 26466 AGR / CE
Fachin, DJe 4.9.2017; Rcl 27.938 MC, rel. Min. Celso de Mello, DJe
25.8.2017; e Rcl 26.069 MC, rel. Min. Rosa Weber, DJe 24.8.2017; e
acórdãos da mesma Turma no ARE 95.6734 AgR, DJe 5.9.2017; e ARE
98.3405 AgR, DJe 5.9.2017, ambos de minha relatoria.
Entendo, portanto, que as decisões reclamadas violam a Súmula
Vinculante 37, do Supremo Tribunal Federal.
Nesses termos, voto pelo provimento do agravo para que as
reclamações sejam julgadas procedentes e as decisões reclamadas sejam
cassadas.
É como voto.
3
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Supremo Tribunal Federal
RCL 26466 AGR / CE
Fachin, DJe 4.9.2017; Rcl 27.938 MC, rel. Min. Celso de Mello, DJe
25.8.2017; e Rcl 26.069 MC, rel. Min. Rosa Weber, DJe 24.8.2017; e
acórdãos da mesma Turma no ARE 95.6734 AgR, DJe 5.9.2017; e ARE
98.3405 AgR, DJe 5.9.2017, ambos de minha relatoria.
Entendo, portanto, que as decisões reclamadas violam a Súmula
Vinculante 37, do Supremo Tribunal Federal.
Nesses termos, voto pelo provimento do agravo para que as
reclamações sejam julgadas procedentes e as decisões reclamadas sejam
cassadas.
É como voto.
3
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Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.466
PROCED. : CEARÁ
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : CINTIA MENEZES BRUNETTA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO CEARÁ
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma, por maioria, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator, vencidos os Ministros
Gilmar Mendes e Celso de Mello. Segunda Turma, Sessão Virtual de
1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217641
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.466
PROCED. : CEARÁ
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : CINTIA MENEZES BRUNETTA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO CEARÁ
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma, por maioria, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator, vencidos os Ministros
Gilmar Mendes e Celso de Mello. Segunda Turma, Sessão Virtual de
1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14316269 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-08T00:00:00 | A Turma, por maioria, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator, vencidos os Ministros Gilmar Mendes e Celso de Mello. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NA RECLAMAÇÃO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. CONCESSÃO DE AJUDA DE CUSTO A INTEGRANTE DA MAGISTRATURA. PRINCÍPIO DA SIMETRIA. AUSÊNCIA DE IDENTIDADE MATERIAL ENTRE O ATO RECLAMADO E O VERBETE DA SÚMULA VINCULANTE 37. EXCEPCIONALIDADE DO DISPOSTO NO ART. 102, I, N, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
I - A concessão de ajuda de custo a integrante da Magistratura com fundamento no princípio da simetria não enseja reclamação por ofensa à Súmula Vinculante 37.
II - A interpretação atual da regra do art. 102, I, n , da Constituição é no sentido de que somente se adequam à norma em exame aquelas demandas nas quais se demonstre a presença, cumulativamente, de dois requisitos, quais sejam: (i) a existência de interesse de toda a Magistratura; (ii) que esse interesse seja exclusivo dos Magistrados.
III - Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur380280 | - Acórdão(s) citado(s):
(SÚMULA 339)
RE 581642 AgR (2ªT).
- Decisões monocráticas citadas:
(SÚMULA VINCULANTE 37)
Rcl 26069 MC, Rcl 26072 MC, Rcl 27938 MC.
Número de páginas: 11.
Análise: 22/02/2018, BMP. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 26466 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\n ART-00102 INC-00001 LET-N\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\n\n",
"LEG-FED SUV-000037 \n SÚMULA VINCULANTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL- STF\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000339 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | Rcl-AgR | acordaos | Rcl 26466 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : CINTIA MENEZES BRUNETTA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO CEARÁ
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECLAMAÇÃO 26 . 466",
"RECLAMAÇÃO",
"Súmula Vinculante 37",
"ADI 4822",
"Súmula Vinculante 37",
"Súmula Vinculante 37",
"ADI 4822",
"RCL 26466 AGR / CE",
"enunciado 37 da Súmula Vinculante",
"Rcl 4 . 381 - AgR",
"AO 662 - MC / PE",
"AO 955 - AgR / ES",
"AO 1 . 635 - TA / MS",
"ACO 1 . 688 / SC",
"RCL 26466 AGR / CE",
"enunciado 37 da Súmula Vinculante",
"Rcl 4 . 381 - AgR",
"AO 662 - MC / PE",
"AO 955 - AgR / ES",
"AO 1 . 635 - TA / MS",
"ACO 1 . 688 / SC",
"RCL 26466 AGR",
"ACO 359 QO / SP",
"ACO 359 QO / SP",
"Rcl 26 . 772 / DF",
"Rcl 27 . 083 / CE",
"Rcl 27 . 498 / PB",
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"RECLAMAÇÃO 26 . 466",
"Rcl 26 . 772 / DF",
"Rcl 27 . 083 / CE",
"Rcl 27 . 498 / PB",
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"Rcl",
"-",
"AgR 26 . 466",
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"-",
"AgR 27 . 844",
"Rcl",
"-",
"AgR 28 . 402",
"Súmula Vinculante 37",
"Rcl",
"-",
"AgR 26 . 466",
"Rcl",
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"AgR 27 .",
"Rcl",
"-",
"AgR 28 . 402",
"Súmula Vinculante 37",
"RCL 26466 AGR / CE",
"Súmula 339 do STF",
"SÚMULA 339 / STF",
"SÚMULA 280 / STF",
"Súmula 339 / STF",
"RE 581642 AgR",
"RE",
"-",
"RG 592 . 317",
"Súmula Vinculante 37",
"Rcl 26 . 072 MC",
"RCL 26466 AGR / CE",
"Súmula 339 do STF",
"SÚMULA 339 / STF",
"SÚMULA 280 / STF",
"Súmula 339 / STF .",
"RE 581642 AgR",
"RE",
"-",
"RG 592 . 317",
"Súmula Vinculante 37",
"Rcl 26 . 072 MC",
"RCL 26466 AGR / CE",
"Rcl 27 . 938 MC",
"Rcl 26 . 069 MC",
"ARE 95 . 6734 AgR",
"ARE 98 . 3405 AgR",
"Súmula Vinculante 37 , do Supremo Tribunal Federal",
"RCL 26466 AGR / CE",
"Rcl 27 . 938 MC",
"Rcl 26 . 069 MC",
"ARE 95 . 6734 AgR",
"ARE 98 . 3405 AgR",
"Súmula Vinculante 37 , do Supremo Tribunal Federal"
],
"LEGISLACAO": [
"ART . 102 , I , N , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"art . 102 , I , n , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 103 - A , § [UNK] , da Constituição da República",
"Emenda Constitucional 45 / 2004",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 103 - A , § [UNK] , da Constituição da República",
"Emenda Constitucional 45 / 2004",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Resolução 133 / 2011 do Conselho Nacional de Justiça",
"Estatuto do Ministério Público",
"art . 102 , I , n , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Resolução 133 / 2011 do",
"Estatuto do Ministério Público",
"art . 102 , I , n , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , I , n , da Constituição",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno desta Corte",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , I , n , da Constituição",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno desta Corte",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar 35 / 1979",
"LOMAN",
"Lei Complementar 75 / 1993",
"Lei Orgânica do Ministério Público da União",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar 35 / 1979",
"Lei Complementar 75 / 1993",
"Lei Orgânica do Ministério Público da União",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 39 , § [UNK] , da Constituição",
"LEIS COMPLEMENTARES ESTADUAIS 734 / 93",
"234",
"/",
"80",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 39 , § [UNK] , da Constituição",
"LEIS COMPLEMENTARES ESTADUAIS 734 / 93",
"234",
"/",
"80",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"CEARÁ",
"Brasília",
"Brasília",
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"ESTADO DO CEARÁ",
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"CEARÁ",
"CEARÁ"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"TURMA",
"SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO CEARÁ",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"AGR",
"/",
"CE",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"RCL",
"AGR",
"/",
"CE",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA",
"SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO",
"União",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO",
"União",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"União",
"União",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"União",
"União",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário",
"Supremo Tribunal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Conselho",
"Plenário",
"Supremo Tribunal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público",
"Suprema",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"CE",
"Ministério Público",
"Suprema",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS",
"SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"TURMA RECURSAL DOS",
"SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO",
"União",
"Ministério Público",
"Conselho Nacional de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO",
"União",
"Ministério Público",
"LOMAN",
"Conselho Nacional de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"MINISTÉRIO PÚBLICO",
"Ministério Público do Estado de São Paulo",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"MINISTÉRIO PÚBLICO",
"Ministério Público do Estado de São Paulo",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO CEARÁ",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO CEARÁ",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CINTIA MENEZES BRUNETTA",
"Gilmar Mendes",
"Celso de Mello",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Gilmar Mendes",
"Celso de Mello",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CINTIA MENEZES BRUNETTA",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CINTIA MENEZES BRUNETTA",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ricardo Lewandowski",
"Marco Aurélio",
"Ricardo Lewandowski",
"Marco Aurélio",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Celso de Mello",
"Celso de Mello",
"Ellen Gracie",
"Dias Toffoli",
"Celso de Mello",
"Celso de Mello",
"Ellen Gracie",
"Dias Toffoli",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Celso de Mello",
"Celso de Mello",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CINTIA MENEZES BRUNETTA",
"CELSO DE MELLO",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CINTIA MENEZES BRUNETTA",
"CELSO DE MELLO",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CINTIA MENEZES BRUNETTA",
"GILMAR MENDES",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CINTIA MENEZES BRUNETTA",
"GILMAR MENDES",
"Ricardo Lewandowski",
"Teori Zavascki",
"Edson",
"Teori Zavascki",
"Edson 2",
"Fachin",
"Celso de Mello",
"Rosa Weber",
"Fachin",
"Celso de Mello",
"Rosa Weber",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CINTIA MENEZES BRUNETTA",
"Gilmar Mendes",
"Celso de Mello",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CINTIA MENEZES BRUNETTA",
"Gilmar Mendes",
"Celso de Mello",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"21 de",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"21 de",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"junho de 2011",
"7",
".",
"10",
".",
"2013",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"junho de 2011",
"7",
".",
"10",
".",
"2013",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"4",
".",
"9",
".",
"2017",
"25",
".",
"8",
".",
"2017",
"24",
".",
"8",
".",
"2017",
"5",
".",
"9",
".",
"2017",
"5",
".",
"9",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"4",
".",
"9",
".",
"2017",
"25",
".",
"8",
".",
"2017",
"24",
".",
"8",
".",
"2017",
"5",
".",
"9",
".",
"2017",
"5",
".",
"9",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
1.048.930 RIO DE JANEIRO
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:AMIR PAPERA
ADV.(A/S)
:MONICA PAPERA DA SILVA
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
INTDO.(A/S)
:MARIA HELENA MONTEIRO PAPERA
ADV.(A/S)
:CESAR ROENICK
E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO –
MATÉRIA PENAL
–
ALEGADA
VIOLAÇÃO A PRECEITOS
CONSTITUCIONAIS – OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO –
CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – REEXAME DE FATOS E
PROVAS – IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 279/STF – AGRAVO
INTERNO IMPROVIDO.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Sessão Virtual da Segunda Turma, na
conformidade da ata de julgamentos, por unanimidade de votos, em
negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator.
Brasília, Sessão Virtual de 01 a 07 de dezembro de 2017.
CELSO DE MELLO – RELATOR
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286217.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
1.048.930 RIO DE JANEIRO
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:AMIR PAPERA
ADV.(A/S)
:MONICA PAPERA DA SILVA
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
INTDO.(A/S)
:MARIA HELENA MONTEIRO PAPERA
ADV.(A/S)
:CESAR ROENICK
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se
de agravo interno, tempestivamente interposto, contra decisão, confirmada
em sede de embargos de declaração que, ao apreciar o ARE, não
conheceu do recurso extraordinário a que ele se refere, por ser este
manifestamente inadmissível.
Inconformada com esse ato decisório, a parte recorrente interpõe o
presente agravo interno, postulando o provimento do recurso que
deduziu.
Por não me convencer das razões expostas, submeto à apreciação
desta colenda Turma o presente recurso de agravo.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
1.048.930 RIO DE JANEIRO
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:AMIR PAPERA
ADV.(A/S)
:MONICA PAPERA DA SILVA
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
INTDO.(A/S)
:MARIA HELENA MONTEIRO PAPERA
ADV.(A/S)
:CESAR ROENICK
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se
de agravo interno, tempestivamente interposto, contra decisão, confirmada
em sede de embargos de declaração que, ao apreciar o ARE, não
conheceu do recurso extraordinário a que ele se refere, por ser este
manifestamente inadmissível.
Inconformada com esse ato decisório, a parte recorrente interpõe o
presente agravo interno, postulando o provimento do recurso que
deduziu.
Por não me convencer das razões expostas, submeto à apreciação
desta colenda Turma o presente recurso de agravo.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
1.048.930 RIO DE JANEIRO
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não
assiste razão à parte ora recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se,
com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo
Tribunal Federal na matéria ora em exame.
Na realidade, os argumentos apresentados pela parte agravante
mostram-se insuficientes para alterar o ato impugnado, pois consistem
em mera reiteração dos fundamentos anteriormente deduzidos e que
foram devidamente refutados na decisão que se busca reformar, razão
pela qual deve ser mantido o julgamento em referência, eis que o suporte
argumentativo em que se apoia o ato decisório mencionado é suficiente
para justificar a resolução do litígio recursal.
Com efeito, tal como ressaltado na decisão ora impugnada, o
recurso extraordinário deduzido nestes autos foi interposto por Amir
Papera contra acórdão que, confirmado em sede de embargos de
declaração pelo E. Tribunal Regional Federal da 2ª Região, está assim
ementado:
“PENAL – APELAÇÃO DA RÉ – QUEIXA-CRIME E
DENÚNCIA – DUAS AÇÕES PENAIS EM CONEXÃO
SUBJETIVA E PROBATÓRIA – ART. 139 E ART. 140, ‘CAPUT’ E
§ 3º C/C ART. 141, II, N/F ART. 70, TODOS DO CP –
DIFAMAÇÃO E INJÚRIA QUALIFICADA – PETIÇÃO À CVM
COM OFENSAS À HONRA SUBJETIVA E OBJETIVA DE
ANALISTA DA AUTARQUIA – MATERIALIDADE E
AUTORIAS DELITIVAS COMPROVADAS – DESPROVIMENTO
DO RECURSO.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286219.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
1.048.930 RIO DE JANEIRO
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não
assiste razão à parte ora recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se,
com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo
Tribunal Federal na matéria ora em exame.
Na realidade, os argumentos apresentados pela parte agravante
mostram-se insuficientes para alterar o ato impugnado, pois consistem
em mera reiteração dos fundamentos anteriormente deduzidos e que
foram devidamente refutados na decisão que se busca reformar, razão
pela qual deve ser mantido o julgamento em referência, eis que o suporte
argumentativo em que se apoia o ato decisório mencionado é suficiente
para justificar a resolução do litígio recursal.
Com efeito, tal como ressaltado na decisão ora impugnada, o
recurso extraordinário deduzido nestes autos foi interposto por Amir
Papera contra acórdão que, confirmado em sede de embargos de
declaração pelo E. Tribunal Regional Federal da 2ª Região, está assim
ementado:
“PENAL – APELAÇÃO DA RÉ – QUEIXA-CRIME E
DENÚNCIA – DUAS AÇÕES PENAIS EM CONEXÃO
SUBJETIVA E PROBATÓRIA – ART. 139 E ART. 140, ‘CAPUT’ E
§ 3º C/C ART. 141, II, N/F ART. 70, TODOS DO CP –
DIFAMAÇÃO E INJÚRIA QUALIFICADA – PETIÇÃO À CVM
COM OFENSAS À HONRA SUBJETIVA E OBJETIVA DE
ANALISTA DA AUTARQUIA – MATERIALIDADE E
AUTORIAS DELITIVAS COMPROVADAS – DESPROVIMENTO
DO RECURSO.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 1048930 ED-AGR / RJ
I – Apelação de AMIR em face de sentença que julgou, em
conjunto, duas ações penais, por conexão subjetiva e probatória (uma
ação privada por injúria e difamação e uma ação pública por injúria
preconceituosa) e condenou AMIR pela prática dos crimes dos
arts. 139, 140, ‘caput’ e § 3º c/c art. 141, II, n/f art. 70, todos do CP, à
pena de 3 anos e 6 meses de reclusão.
II – Rejeito as preliminares: a queixa e a denúncia não são
ineptas; não é hipótese de transação penal, pois há concurso de crimes;
competência da Justiça Federal, pois a ofensa se efetivou contra
funcionário público e se referia às suas funções; inexiste imunidade de
advogado pois não se trata de ofensa proferida em juízo, mas sim
perante a administração pública; no mérito, há justa causa, não
ocorreu a decadência (entre data do protocolo da petição e da ciência da
vítima e a data da queixa e da representação ao MPF não
transcorreram 6 meses).
III – Materialidade e autoria comprovadas: a petição à CVM
contém graves ofensas à honra subjetiva e objetiva da vítima,
funcionário público, sobrinho da ré; contém elementos preconceituosos
em relação à religião da vítima (‘macumbeiro’, ‘ladrão’, ‘safado’,
‘corrupto’, etc); as ofensas guardam relações com suas funções;
presente o dolo, pois envolvia desavenças familiares acerca de herança.
Dosimetria adequada, correta a apreciação das circunstâncias do
art. 59, do CP, das causas de aumento (art. 141, II) e do concurso
formal.
IV – A falsidade da imputação não é elemento dos tipos penais
em questão, mas frise-se que a Comissão de Valores Mobiliários
concluiu não haver ‘elementos que indiquem ou comprovem conduta
funcional inadequada por parte do servidor, em que pese a gravidade
dos fatos a ele atribuídos’.
V – Apelação da ré desprovida para manter, ‘in totum’, a
sentença condenatória.”
A parte ora agravante sustenta, no apelo extremo em questão, que
o Tribunal “a quo” teria transgredido o preceito inscrito no art. 5º, LVII,
da Constituição da República.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286219.
Supremo Tribunal Federal
ARE 1048930 ED-AGR / RJ
I – Apelação de AMIR em face de sentença que julgou, em
conjunto, duas ações penais, por conexão subjetiva e probatória (uma
ação privada por injúria e difamação e uma ação pública por injúria
preconceituosa) e condenou AMIR pela prática dos crimes dos
arts. 139, 140, ‘caput’ e § 3º c/c art. 141, II, n/f art. 70, todos do CP, à
pena de 3 anos e 6 meses de reclusão.
II – Rejeito as preliminares: a queixa e a denúncia não são
ineptas; não é hipótese de transação penal, pois há concurso de crimes;
competência da Justiça Federal, pois a ofensa se efetivou contra
funcionário público e se referia às suas funções; inexiste imunidade de
advogado pois não se trata de ofensa proferida em juízo, mas sim
perante a administração pública; no mérito, há justa causa, não
ocorreu a decadência (entre data do protocolo da petição e da ciência da
vítima e a data da queixa e da representação ao MPF não
transcorreram 6 meses).
III – Materialidade e autoria comprovadas: a petição à CVM
contém graves ofensas à honra subjetiva e objetiva da vítima,
funcionário público, sobrinho da ré; contém elementos preconceituosos
em relação à religião da vítima (‘macumbeiro’, ‘ladrão’, ‘safado’,
‘corrupto’, etc); as ofensas guardam relações com suas funções;
presente o dolo, pois envolvia desavenças familiares acerca de herança.
Dosimetria adequada, correta a apreciação das circunstâncias do
art. 59, do CP, das causas de aumento (art. 141, II) e do concurso
formal.
IV – A falsidade da imputação não é elemento dos tipos penais
em questão, mas frise-se que a Comissão de Valores Mobiliários
concluiu não haver ‘elementos que indiquem ou comprovem conduta
funcional inadequada por parte do servidor, em que pese a gravidade
dos fatos a ele atribuídos’.
V – Apelação da ré desprovida para manter, ‘in totum’, a
sentença condenatória.”
A parte ora agravante sustenta, no apelo extremo em questão, que
o Tribunal “a quo” teria transgredido o preceito inscrito no art. 5º, LVII,
da Constituição da República.
2
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 1048930 ED-AGR / RJ
O recurso extraordinário em referência revela-se insuscetível de
conhecimento.
Cabe registrar, desde logo, que a suposta ofensa ao texto
constitucional, caso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a
sua constatação reclamaria – para que se configurasse – a formulação de
juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de
dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito
direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela
jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES –
RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-
se
inviável o trânsito do
recurso extraordinário.
Com efeito, o acórdão impugnado em sede recursal extraordinária,
ao decidir a controvérsia jurídica objeto deste processo, dirimiu
a questão
com fundamento
em legislação infraconstitucional,
circunstância esta que obsta o próprio conhecimento do apelo extremo.
Cumpre assinalar, de outro lado, que não se revela cabível proceder,
em sede recursal extraordinária, a indagações de caráter eminentemente
probatório, especialmente quando se busca discutir elementos fáticos
subjacentes à causa penal.
No caso, a verificação da procedência, ou não, das alegações
deduzidas pela parte recorrente implicará necessário reexame de fatos e
de provas, o que não se admite na sede excepcional do apelo extremo.
Essa pretensão
sofre
as
restrições
inerentes ao recurso
extraordinário, em cujo âmbito não se reexaminam fatos e provas,
circunstância essa que faz incidir, na espécie, a Súmula 279 do Supremo
Tribunal Federal.
3
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O recurso extraordinário em referência revela-se insuscetível de
conhecimento.
Cabe registrar, desde logo, que a suposta ofensa ao texto
constitucional, caso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a
sua constatação reclamaria – para que se configurasse – a formulação de
juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de
dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito
direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela
jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES –
RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-
se
inviável o trânsito do
recurso extraordinário.
Com efeito, o acórdão impugnado em sede recursal extraordinária,
ao decidir a controvérsia jurídica objeto deste processo, dirimiu
a questão
com fundamento
em legislação infraconstitucional,
circunstância esta que obsta o próprio conhecimento do apelo extremo.
Cumpre assinalar, de outro lado, que não se revela cabível proceder,
em sede recursal extraordinária, a indagações de caráter eminentemente
probatório, especialmente quando se busca discutir elementos fáticos
subjacentes à causa penal.
No caso, a verificação da procedência, ou não, das alegações
deduzidas pela parte recorrente implicará necessário reexame de fatos e
de provas, o que não se admite na sede excepcional do apelo extremo.
Essa pretensão
sofre
as
restrições
inerentes ao recurso
extraordinário, em cujo âmbito não se reexaminam fatos e provas,
circunstância essa que faz incidir, na espécie, a Súmula 279 do Supremo
Tribunal Federal.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 1048930 ED-AGR / RJ
Não custa enfatizar, consoante adverte o magistério da doutrina
(ADA PELLEGRINI GRINOVER, ANTONIO MAGALHÃES GOMES
FILHO e ANTONIO SCARANCE FERNANDES, “Recursos no Processo
Penal”, p. 269/270, item n. 176, 1996, RT), que o reexame dos fatos e das
provas constitui tema estranho ao âmbito de atuação do recurso
extraordinário (Súmula 279/STF), ainda que se cuide, como no caso, de
matéria de índole penal.
A mera análise do acórdão confirmado em sede de embargos de
declaração demonstra que o E. Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no
julgamento da apelação, sustentou as suas conclusões em dispositivos de
ordem meramente legal e em aspectos fático-probatórios:
“Ora, a imunidade conferida pelo art. 142, I, do CP pressupõe
ligação entre a ofensa que é irrogada, em juízo, pela parte ou seu
procurador e o interesse que está em litígio, afastando-se desde já sua
aplicação, eis que não se está a tratar de ofensa proferida em juízo, mas
sim perante a administração pública.
Ademais, a imunidade profissional garantida ao advogado pelo
Estatuto da OAB possui natureza relativa, devendo existir relação
entre a ofensa proferida e o exercício da atividade profissional,
depreendendo-se dos autos que a petição entregue à CVM, ainda que
subscrita pela paciente na qualidade de advogada, em defesa de
interesse próprio, contém expressão que, em princípio, configura
injúria preconceituosa, não se vislumbrando nenhuma ligação com o
exercício da advocacia.
…...................................................................................................
Os fatos narrados configuram os delitos de difamação e injúria,
tendo com sujeito passivo funcionário público federal, através de
petição apresentada em seu local de trabalho, relacionando-se a
difamação ao exercício de suas funções, eis que o mesmo é acusado, de
forma genérica, sem a descrição de um fato específico, de se utilizar da
CVM para roubar parte de uma herança. O fato de a paciente ser sua
tia e madrinha não desloca a competência para a justiça estadual, já
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ARE 1048930 ED-AGR / RJ
Não custa enfatizar, consoante adverte o magistério da doutrina
(ADA PELLEGRINI GRINOVER, ANTONIO MAGALHÃES GOMES
FILHO e ANTONIO SCARANCE FERNANDES, “Recursos no Processo
Penal”, p. 269/270, item n. 176, 1996, RT), que o reexame dos fatos e das
provas constitui tema estranho ao âmbito de atuação do recurso
extraordinário (Súmula 279/STF), ainda que se cuide, como no caso, de
matéria de índole penal.
A mera análise do acórdão confirmado em sede de embargos de
declaração demonstra que o E. Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no
julgamento da apelação, sustentou as suas conclusões em dispositivos de
ordem meramente legal e em aspectos fático-probatórios:
“Ora, a imunidade conferida pelo art. 142, I, do CP pressupõe
ligação entre a ofensa que é irrogada, em juízo, pela parte ou seu
procurador e o interesse que está em litígio, afastando-se desde já sua
aplicação, eis que não se está a tratar de ofensa proferida em juízo, mas
sim perante a administração pública.
Ademais, a imunidade profissional garantida ao advogado pelo
Estatuto da OAB possui natureza relativa, devendo existir relação
entre a ofensa proferida e o exercício da atividade profissional,
depreendendo-se dos autos que a petição entregue à CVM, ainda que
subscrita pela paciente na qualidade de advogada, em defesa de
interesse próprio, contém expressão que, em princípio, configura
injúria preconceituosa, não se vislumbrando nenhuma ligação com o
exercício da advocacia.
…...................................................................................................
Os fatos narrados configuram os delitos de difamação e injúria,
tendo com sujeito passivo funcionário público federal, através de
petição apresentada em seu local de trabalho, relacionando-se a
difamação ao exercício de suas funções, eis que o mesmo é acusado, de
forma genérica, sem a descrição de um fato específico, de se utilizar da
CVM para roubar parte de uma herança. O fato de a paciente ser sua
tia e madrinha não desloca a competência para a justiça estadual, já
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Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 1048930 ED-AGR / RJ
que incidem, na espécie, o artigo 109, IV da Constituição Federal e a
Súmula 147 do STJ: ‘compete à justiça federal processar e julgar os
crimes praticados contra funcionário público federal, quando
relacionados com o exercício da função’.
…...................................................................................................
Não é hipótese de oferecimento de transação penal pois há
concurso de crimes e a pena a ser considerada será o resultado da
soma, ou a exasperação das penas máximas cominadas aos delitos.
Com efeito, se desse somatório resultar um apenamento superior a
02 (dois) anos, fica afastada a competência do Juizado Especial e o
instituto da transação penal.
…...................................................................................................
Resta muito claro que, na referida petição há palavras ofensivas
à honra de MARCO ANTÔNIO e ‘animus diffamandi e injuriandi’.
São expressões de juízo de valor depreciativo e enunciados vagos
acerca de pretensas práticas criminosas por parte do querelante:
‘[...] hoje Marco Antônio é um ‘macumbeiro' e ‘ladrão' e
as duas famílias das duas irmãs da autora estão ‘ricas'; ‘Marco
Antônio é um funcionário da CVM ‘corrupto', ‘ladrão', ‘safado'
e ‘viciado em drogas ilícitas e fortes', tudo com o aval dos pais e
dos tios que fazem parte do ‘trabalho sujo' praticado por Marco
Antônio’. AMIR requer, por fim, que sejam adotadas
‘providências e soluções quanto à parte de sua herança, quanto
ao ‘trabalho sujo' praticado por Marco Antônio Papera
Monteiro, no uso de suas funções na Comissão de Valores
Mobiliários’.
Concordo com a juíza que assevera que a petição traz, em seu
bojo, ‘atitudes reprováveis pela sociedade (o consumo de drogas),
sendo, portanto, apto a ofender a reputação de MARCO ANTÔNIO
em seu ambiente de trabalho e perante os seus superiores, já que foi
dirigida ao presidente/corregedor da instituição’.
Ocorre que, na difamação não se exige que o relato seja referente
a uma ação efetivamente realizada pela vítima, nem que seja falso,
sendo suficiente que o fato que lhe é atribuído seja ofensivo a sua
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que incidem, na espécie, o artigo 109, IV da Constituição Federal e a
Súmula 147 do STJ: ‘compete à justiça federal processar e julgar os
crimes praticados contra funcionário público federal, quando
relacionados com o exercício da função’.
…...................................................................................................
Não é hipótese de oferecimento de transação penal pois há
concurso de crimes e a pena a ser considerada será o resultado da
soma, ou a exasperação das penas máximas cominadas aos delitos.
Com efeito, se desse somatório resultar um apenamento superior a
02 (dois) anos, fica afastada a competência do Juizado Especial e o
instituto da transação penal.
…...................................................................................................
Resta muito claro que, na referida petição há palavras ofensivas
à honra de MARCO ANTÔNIO e ‘animus diffamandi e injuriandi’.
São expressões de juízo de valor depreciativo e enunciados vagos
acerca de pretensas práticas criminosas por parte do querelante:
‘[...] hoje Marco Antônio é um ‘macumbeiro' e ‘ladrão' e
as duas famílias das duas irmãs da autora estão ‘ricas'; ‘Marco
Antônio é um funcionário da CVM ‘corrupto', ‘ladrão', ‘safado'
e ‘viciado em drogas ilícitas e fortes', tudo com o aval dos pais e
dos tios que fazem parte do ‘trabalho sujo' praticado por Marco
Antônio’. AMIR requer, por fim, que sejam adotadas
‘providências e soluções quanto à parte de sua herança, quanto
ao ‘trabalho sujo' praticado por Marco Antônio Papera
Monteiro, no uso de suas funções na Comissão de Valores
Mobiliários’.
Concordo com a juíza que assevera que a petição traz, em seu
bojo, ‘atitudes reprováveis pela sociedade (o consumo de drogas),
sendo, portanto, apto a ofender a reputação de MARCO ANTÔNIO
em seu ambiente de trabalho e perante os seus superiores, já que foi
dirigida ao presidente/corregedor da instituição’.
Ocorre que, na difamação não se exige que o relato seja referente
a uma ação efetivamente realizada pela vítima, nem que seja falso,
sendo suficiente que o fato que lhe é atribuído seja ofensivo a sua
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 1048930 ED-AGR / RJ
reputação; mesmo se correspondesse à verdade, o delito restaria
configurado.
Frise-se que a Procuradoria Federal Especializada junto à
Comissão de Valores Mobiliários concluiu não haver ‘elementos que
indiquem ou comprovem conduta funcional inadequada por parte do
servidor, em que pese a gravidade dos fatos a ele atribuídos
(‘p. ex.’’corrupção’) e as adjetivações utilizadas (‘p.ex.’’ladrão’)’
(fls. 15/20 do processo nº 003097953.2012.4.02.5101).
…...................................................................................................
Em relação ao dolo, restou claro que AMIR possuía ‘animus’ de
ofender, difamar e injuriar pois a conduta tinha propósitos de atingir a
vítima e sua mãe, por conta de desavenças familiares acerca de herança.”
Sendo assim, e em face das razões expostas, nego provimento ao
presente agravo interno, mantendo, em consequência, por seus próprios
fundamentos, a decisão recorrida.
É o meu voto.
6
Supremo Tribunal Federal
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ARE 1048930 ED-AGR / RJ
reputação; mesmo se correspondesse à verdade, o delito restaria
configurado.
Frise-se que a Procuradoria Federal Especializada junto à
Comissão de Valores Mobiliários concluiu não haver ‘elementos que
indiquem ou comprovem conduta funcional inadequada por parte do
servidor, em que pese a gravidade dos fatos a ele atribuídos
(‘p. ex.’’corrupção’) e as adjetivações utilizadas (‘p.ex.’’ladrão’)’
(fls. 15/20 do processo nº 003097953.2012.4.02.5101).
…...................................................................................................
Em relação ao dolo, restou claro que AMIR possuía ‘animus’ de
ofender, difamar e injuriar pois a conduta tinha propósitos de atingir a
vítima e sua mãe, por conta de desavenças familiares acerca de herança.”
Sendo assim, e em face das razões expostas, nego provimento ao
presente agravo interno, mantendo, em consequência, por seus próprios
fundamentos, a decisão recorrida.
É o meu voto.
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Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
1.048.930
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S) : AMIR PAPERA
ADV.(A/S) : MONICA PAPERA DA SILVA (75534/RJ)
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
INTDO.(A/S) : MARIA HELENA MONTEIRO PAPERA
ADV.(A/S) : CESAR ROENICK (165486/RJ)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso
de agravo, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217716
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
1.048.930
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S) : AMIR PAPERA
ADV.(A/S) : MONICA PAPERA DA SILVA (75534/RJ)
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
INTDO.(A/S) : MARIA HELENA MONTEIRO PAPERA
ADV.(A/S) : CESAR ROENICK (165486/RJ)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso
de agravo, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14300986 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-06T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO – MATÉRIA PENAL – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – REEXAME DE FATOS E PROVAS – IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 279/STF – AGRAVO INTERNO IMPROVIDO. | sjur379807 | - Acórdão(s) citado(s):
(QUESTÃO MERAMENTE LEGAL)
RTJ 120/912, RTJ 132/455.
Número de páginas: 9.
Análise: 16/02/2018, BMP. | CELSO DE MELLO | Segunda Turma | 1048930 | [
"LEG-FED SUMSTF-000279 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-ED-AgR | acordaos | ARE 1048930 ED-AgR | [
""
] | AGTE.(S) : AMIR PAPERA
ADV.(A/S) : MONICA PAPERA DA SILVA
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
INTDO.(A/S) : MARIA HELENA MONTEIRO PAPERA
ADV.(A/S) : CESAR ROENICK | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"SÚMULA 279 / STF",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1 . 048 . 930",
"ARE 1048930 ED -",
"AGR / RJ",
"ARE 1048930 ED -",
"RTJ 120 / 912",
"Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal",
"ARE 1048930 ED - AGR / RJ",
"RTJ 120 / 912",
"RTJ 132 / 455",
"Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal",
"Súmula 279 / STF",
"ARE 1048930 ED - AGR / RJ",
"Súmula 279 / STF",
"ARE 1048930 ED - AGR / RJ",
"Súmula 147 do STJ",
"ARE 1048930 ED - AGR / RJ",
"Súmula 147 do STJ",
".",
"ARE 1048930 ED - AGR / RJ"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART .",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 139 , 140 , ‘ caput ’ e § [UNK] c / c art . 141 , II , n / f art . 70 , todos do CP",
"art . 59 , do CP",
"art . [UNK] , LVII , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 139 , 140 , ‘ caput ’ e § [UNK] c / c art . 141 , II , n / f art . 70 , todos do CP",
"art . 59 , do CP",
"art . [UNK] , LVII , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 142 , I , do CP",
"Estatuto da OAB",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 142 , I , do CP",
"Estatuto da OAB",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 109 , IV da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 109 , IV da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO DE JANEIRO",
"Brasília",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO"
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"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Brasil",
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"Brasil",
"Procuradoria Federal Especializada",
"Comissão de Valores Mobiliários",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Procuradoria Federal Especializada",
"Comissão de Valores Mobiliários",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CELSO DE MELLO",
"AMIR",
"MONICA PAPERA DA SILVA",
"MARIA HELENA MONTEIRO PAPERA",
"CESAR ROENICK",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"AMIR PAPERA",
"MONICA PAPERA DA SILVA",
"MARIA HELENA MONTEIRO",
"CESAR ROENICK",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"AMIR PAPERA",
"MONICA PAPERA DA SILVA",
"MARIA HELENA MONTEIRO PAPERA",
"CESAR ROENICK",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"Amir Papera",
"CELSO DE MELLO",
"Amir Papera",
"CELSO DE MELLO",
"AMIR",
"AMIR",
"AMIR",
"AMIR",
"CELSO DE MELLO",
"SYDNEY SANCHES",
"CELSO DE MELLO",
"SYDNEY SANCHES",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"ADA PELLEGRINI GRINOVER",
"ANTONIO MAGALHÃES GOMES FILHO",
"ANTONIO SCARANCE FERNANDES",
"ANTONIO MAGALHÃES GOMES FILHO",
"ANTONIO SCARANCE FERNANDES",
"CELSO DE MELLO",
"MARCO ANTÔNIO",
"Marco",
"Antônio",
"Marco Antônio",
"Marco Antônio ’",
"AMIR",
"Marco Antônio Papera Monteiro",
"MARCO ANTÔNIO",
"MARCO ANTÔNIO",
"Marco Antônio",
"Marco Antônio",
"Marco Antônio ’",
"Marco Antônio Papera Monteiro",
"MARCO ANTÔNIO",
"CELSO DE MELLO",
"AMIR",
"AMIR",
"CELSO DE MELLO",
"AMIR PAPERA",
"MONICA PAPERA DA SILVA",
"MARIA HELENA MONTEIRO",
"CESAR ROENICK",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"CELSO DE MELLO",
"AMIR PAPERA",
"MONICA PAPERA DA SILVA",
"MARIA HELENA MONTEIRO",
"CESAR ROENICK",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"01",
"07 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1996",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1996",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
".",
".",
".",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.081.109 AMAZONAS
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:MAKRO ATACADISTA SOCIEDADE ANONIMA
ADV.(A/S)
:RODRIGO PERSONE PRESTES DE CAMARGO
AGDO.(A/S)
:EVARIM EMPREENDIMENTOS VALE
DO RIO
MADEIRA LTDA - ME
ADV.(A/S)
:EDUARDO ALEXANDRE GUEDES CIDADE
ADV.(A/S)
:ORLANDO GUALBERTO CIDADE FILHO
EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário. Prequestionamento.
Ausência. Contrato de locação comercial. Alvará de funcionamento.
Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Cláusulas contratuais.
Fatos e provas. Reexame. Impossibilidade. Precedentes.
1. É inadmissível o recurso extraordinário se os dispositivos
constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente
prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF.
2. Não se presta o recurso extraordinário para a análise da legislação
infraconstitucional, tampouco para o reexame de cláusulas contratuais ou
dos fatos e provas que compõem a lide. Incidência das Súmulas nºs 636,
454 e 279/STF.
3. Agravo regimental não provido, com imposição de multa de 2%
(art. 1.021, § 4º, do CPC).
4. Majoração da verba honorária em valor equivalente a 10% (dez
por cento) do total daquela já fixada (art. 85, §§ 2º, 3º e 11, do CPC),
observada a eventual concessão do benefício da gratuidade da justiça.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, em sessão virtual de 1º/12
a 7/12/2017, na conformidade da ata do julgamento, por unanimidade de
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14230842.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12
Ementa e Acórdão
RE 1081109 AGR / AM
votos, em negar provimento ao agravo regimental, com imposição de
multa de 2% (dois por cento) do valor atualizado da causa (art. 1.021, § 4º,
do CPC), nos termos do voto do Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 1081109 AGR / AM
votos, em negar provimento ao agravo regimental, com imposição de
multa de 2% (dois por cento) do valor atualizado da causa (art. 1.021, § 4º,
do CPC), nos termos do voto do Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
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Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.081.109 AMAZONAS
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:MAKRO ATACADISTA SOCIEDADE ANONIMA
ADV.(A/S)
:RODRIGO PERSONE PRESTES DE CAMARGO
AGDO.(A/S)
:EVARIM EMPREENDIMENTOS VALE
DO RIO
MADEIRA LTDA - ME
ADV.(A/S)
:EDUARDO ALEXANDRE GUEDES CIDADE
ADV.(A/S)
:ORLANDO GUALBERTO CIDADE FILHO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Makro Atacadista Sociedade Anônima interpõe tempestivo agravo
regimental (17/11/17) contra a decisão em que neguei seguimento ao
recurso extraordinário, com a seguinte fundamentação:
“Vistos.
Makro Atacadista Sociedade Anônima interpõe recurso
extraordinário, com fundamento na alínea ‘a’ do permissivo
constitucional, contra acórdão da 1ª Câmara Cível do Tribunal
de Justiça do Estado do Amazonas, assim ementado:
‘APELAÇÃO. CONTRATO DE LOCAÇÃO DE
IMÓVEL NÃO RESIDENCIAL. TERMO INICIAL DA
LOCAÇÃO ESTABELECIDO EM 25.01.07, DATA DA
OBTENÇÃO
DA
AUTORIZAÇÃO
DE
FUNCIONAMENTO. DOCUMENTO PÚBLICO QUE A
COMPROVA, INFIRMANDO A TESE DA APELANTE.
APELAÇÃO CONHECIDA E IMPROVIDA.’
Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.
Sustenta a recorrente violação dos artigos 5º, inciso XXXV,
37, caput, e 93, inciso IX, da Constituição Federal.
Decido.
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.081.109 AMAZONAS
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:MAKRO ATACADISTA SOCIEDADE ANONIMA
ADV.(A/S)
:RODRIGO PERSONE PRESTES DE CAMARGO
AGDO.(A/S)
:EVARIM EMPREENDIMENTOS VALE
DO RIO
MADEIRA LTDA - ME
ADV.(A/S)
:EDUARDO ALEXANDRE GUEDES CIDADE
ADV.(A/S)
:ORLANDO GUALBERTO CIDADE FILHO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Makro Atacadista Sociedade Anônima interpõe tempestivo agravo
regimental (17/11/17) contra a decisão em que neguei seguimento ao
recurso extraordinário, com a seguinte fundamentação:
“Vistos.
Makro Atacadista Sociedade Anônima interpõe recurso
extraordinário, com fundamento na alínea ‘a’ do permissivo
constitucional, contra acórdão da 1ª Câmara Cível do Tribunal
de Justiça do Estado do Amazonas, assim ementado:
‘APELAÇÃO. CONTRATO DE LOCAÇÃO DE
IMÓVEL NÃO RESIDENCIAL. TERMO INICIAL DA
LOCAÇÃO ESTABELECIDO EM 25.01.07, DATA DA
OBTENÇÃO
DA
AUTORIZAÇÃO
DE
FUNCIONAMENTO. DOCUMENTO PÚBLICO QUE A
COMPROVA, INFIRMANDO A TESE DA APELANTE.
APELAÇÃO CONHECIDA E IMPROVIDA.’
Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.
Sustenta a recorrente violação dos artigos 5º, inciso XXXV,
37, caput, e 93, inciso IX, da Constituição Federal.
Decido.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12
Relatório
RE 1081109 AGR / AM
No que se refere aos artigos 5º, inciso XXXV, e 93, inciso
IX, da Constituição, apontados como violados, carecem do
necessário prequestionamento, sendo certo que os acórdãos
proferidos pelo Tribunal de origem não cuidaram das referidas
normas, as quais, também, não foram objeto dos embargos
declaratórios opostos pela recorrente. Incidem na espécie as
Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. Nesse sentido, destaca-se:
‘AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF.
AJUDA
DE
CUSTO.
MILITAR.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA
INDIRETA.
SÚMULA 636 DO STF. AGRAVO A QUE SE NEGA
PROVIMENTO. I – Ausência de prequestionamento.
Incidência da Súmula 282 do STF. Ademais, não opostos
embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o
recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. II – Esta Corte
entende inadmissível a interposição de RE por
contrariedade ao princípio da legalidade quando a
verificação da ofensa envolva a reapreciação de
interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo
Tribunal a quo (Súmula 636 do STF). III – Agravo
regimental a que se nega provimento’ (ARE nº 800.777/RS-
AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, DJe de 29/5/14).
Ademais, a jurisprudência desta Corte está consolidada no
sentido de que as alegações de afronta aos princípios da
legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do
contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação
jurisdicional, se dependentes de reexame de normas
infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta
ou reflexa à Constituição Federal, o que não enseja reexame em
recurso extraordinário. Nesse sentido:
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RE 1081109 AGR / AM
No que se refere aos artigos 5º, inciso XXXV, e 93, inciso
IX, da Constituição, apontados como violados, carecem do
necessário prequestionamento, sendo certo que os acórdãos
proferidos pelo Tribunal de origem não cuidaram das referidas
normas, as quais, também, não foram objeto dos embargos
declaratórios opostos pela recorrente. Incidem na espécie as
Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. Nesse sentido, destaca-se:
‘AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF.
AJUDA
DE
CUSTO.
MILITAR.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA
INDIRETA.
SÚMULA 636 DO STF. AGRAVO A QUE SE NEGA
PROVIMENTO. I – Ausência de prequestionamento.
Incidência da Súmula 282 do STF. Ademais, não opostos
embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o
recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. II – Esta Corte
entende inadmissível a interposição de RE por
contrariedade ao princípio da legalidade quando a
verificação da ofensa envolva a reapreciação de
interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo
Tribunal a quo (Súmula 636 do STF). III – Agravo
regimental a que se nega provimento’ (ARE nº 800.777/RS-
AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, DJe de 29/5/14).
Ademais, a jurisprudência desta Corte está consolidada no
sentido de que as alegações de afronta aos princípios da
legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do
contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação
jurisdicional, se dependentes de reexame de normas
infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta
ou reflexa à Constituição Federal, o que não enseja reexame em
recurso extraordinário. Nesse sentido:
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Relatório
RE 1081109 AGR / AM
‘AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE
OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS
DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE
OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO
IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou
assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos
postulados da legalidade, do devido processo legal, da
motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos
limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional
podem configurar, quando muito, situações de ofensa
meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância
essa que impede a utilização do recurso extraordinário.
Precedentes’ (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).
Ressalte-se, por fim, que as instâncias de origem
decidiram a lide amparadas na legislação infraconstitucional
pertinente. Assim, a afronta aos dispositivos constitucionais
suscitados no recurso extraordinário seria, se ocorresse, indireta
ou reflexa, o que é insuficiente para amparar o apelo extremo.
Além disso, o acolhimento da pretensão recursal demandaria o
reexame do conjunto fático-probatório dos autos e das cláusulas
do contrato celebrado entre as partes, o que se mostra incabível
em sede extraordinária. Incidência das Súmulas nºs 279 e 454
desta Corte. Sobre o tema:
‘EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
CONVERSÃO
EM
AGRAVO
REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. COMPRA E
VENDA DE MADEIRA. RESCISÃO CONTRATUAL.
IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DA LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL,
DAS
CLÁUSULAS
CONTRATUAIS E DAS PROVAS INCIDÊNCIA DAS
SÚMULAS N. 279 E 454. OFENSA CONSTITUCIONAL
INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL
AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (AI nº 847.594/MG-
3
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Supremo Tribunal Federal
RE 1081109 AGR / AM
‘AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE
OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS
DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE
OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO
IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou
assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos
postulados da legalidade, do devido processo legal, da
motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos
limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional
podem configurar, quando muito, situações de ofensa
meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância
essa que impede a utilização do recurso extraordinário.
Precedentes’ (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).
Ressalte-se, por fim, que as instâncias de origem
decidiram a lide amparadas na legislação infraconstitucional
pertinente. Assim, a afronta aos dispositivos constitucionais
suscitados no recurso extraordinário seria, se ocorresse, indireta
ou reflexa, o que é insuficiente para amparar o apelo extremo.
Além disso, o acolhimento da pretensão recursal demandaria o
reexame do conjunto fático-probatório dos autos e das cláusulas
do contrato celebrado entre as partes, o que se mostra incabível
em sede extraordinária. Incidência das Súmulas nºs 279 e 454
desta Corte. Sobre o tema:
‘EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
CONVERSÃO
EM
AGRAVO
REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. COMPRA E
VENDA DE MADEIRA. RESCISÃO CONTRATUAL.
IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DA LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL,
DAS
CLÁUSULAS
CONTRATUAIS E DAS PROVAS INCIDÊNCIA DAS
SÚMULAS N. 279 E 454. OFENSA CONSTITUCIONAL
INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL
AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (AI nº 847.594/MG-
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12
Relatório
RE 1081109 AGR / AM
ED, Primeira Turma, Relator a Ministra Cármen Lúcia,
DJe de 19/9/11).
Ante o exposto, nos termos do artigo 21, § 1º, do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego
seguimento ao recurso.”
Insiste o agravante na alegação de que teria havido violação direta
dos art. 5º, inciso XXXV, 37, caput, e 93, inciso IX, da Constituição Federal,
e que não incidiriam, no caso, os óbices constantes das Súmulas nºs 282,
356, 279 e 454 desta Corte.
Aduz, ainda, in verbis, que:
“35. Com efeito, qualquer ato de concessão de Licença de
Funcionamento de estabelecimento comercial, desprovido do
‘Habite-se’, do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros
(AVCB) e da licença do Meio Ambiente, será necessariamente
ilegal e, portanto, nulo.
(…)
37. O v. acórdão de origem simplesmente atribuiu a ato
administrativo ilegal, e em especial à declaração de fls. 31/32, a
qualidade de licença de funcionamento válida, tendo mantido a
condenação imposta ao MAKRO com base nessa premissa
equivocada, em clara violação ao art. 37, da CF, a ensejar a
necessidade de provimento do recurso extraordinário
interposto pelo MAKRO.”
Em atenção ao princípio da celeridade processual e por não verificar
prejuízo para a parte agravada, deixo de abrir prazo para contrarrazões.
É o relatório.
4
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Supremo Tribunal Federal
RE 1081109 AGR / AM
ED, Primeira Turma, Relator a Ministra Cármen Lúcia,
DJe de 19/9/11).
Ante o exposto, nos termos do artigo 21, § 1º, do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego
seguimento ao recurso.”
Insiste o agravante na alegação de que teria havido violação direta
dos art. 5º, inciso XXXV, 37, caput, e 93, inciso IX, da Constituição Federal,
e que não incidiriam, no caso, os óbices constantes das Súmulas nºs 282,
356, 279 e 454 desta Corte.
Aduz, ainda, in verbis, que:
“35. Com efeito, qualquer ato de concessão de Licença de
Funcionamento de estabelecimento comercial, desprovido do
‘Habite-se’, do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros
(AVCB) e da licença do Meio Ambiente, será necessariamente
ilegal e, portanto, nulo.
(…)
37. O v. acórdão de origem simplesmente atribuiu a ato
administrativo ilegal, e em especial à declaração de fls. 31/32, a
qualidade de licença de funcionamento válida, tendo mantido a
condenação imposta ao MAKRO com base nessa premissa
equivocada, em clara violação ao art. 37, da CF, a ensejar a
necessidade de provimento do recurso extraordinário
interposto pelo MAKRO.”
Em atenção ao princípio da celeridade processual e por não verificar
prejuízo para a parte agravada, deixo de abrir prazo para contrarrazões.
É o relatório.
4
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.081.109 AMAZONAS
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
Inicialmente, reafirmo que os arts. 5º, inciso XXXV, e 93 inciso IX, da
Constituição Federal, indicados como violados no recurso extraordinário,
carecem do efetivo prequestionamento, pois, os acórdãos proferidos pelo
Tribunal de origem não cuidaram das referidas normas, as quais,
também, não foram suscitadas nos embargos declaratórios opostos pela
parte recorrente. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte.
É certo que, no caso do recurso extraordinário, para se considerar
que houve prequestionamento, não é necessário que o acórdão recorrido
tenha tratado explicitamente dos dispositivos constitucionais invocados
pela parte recorrente. É necessário, porém, que o referido acórdão tenha
versado inequivocamente sobre a matéria constitucional neles abordada,
o que não ocorreu no caso em tela.
Ressalte-se, outrossim, que a jurisprudência desta Corte é pacífica no
sentido de que, se a ofensa à Constituição surgir com a prolação do
acórdão recorrido, é necessário opor embargos declaratórios que
permitam ao Tribunal de origem apreciar o ponto sob o ângulo
constitucional.
Vale lembrar, ainda, que a Corte não admite a tese do chamado
prequestionamento implícito.
Sobre o tema, anote-se:
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ALEGADA AFRONTA
AO ART. 109, I, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AUSÊNCIA
DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356/STF.
LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA 454/STF.
COMPETÊNCIA
DOS
JUIZADOS
ESPECIAIS.
COMPLEXIDADE DA CAUSA. PRODUÇÃO PROBATÓRIA.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.081.109 AMAZONAS
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
Inicialmente, reafirmo que os arts. 5º, inciso XXXV, e 93 inciso IX, da
Constituição Federal, indicados como violados no recurso extraordinário,
carecem do efetivo prequestionamento, pois, os acórdãos proferidos pelo
Tribunal de origem não cuidaram das referidas normas, as quais,
também, não foram suscitadas nos embargos declaratórios opostos pela
parte recorrente. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte.
É certo que, no caso do recurso extraordinário, para se considerar
que houve prequestionamento, não é necessário que o acórdão recorrido
tenha tratado explicitamente dos dispositivos constitucionais invocados
pela parte recorrente. É necessário, porém, que o referido acórdão tenha
versado inequivocamente sobre a matéria constitucional neles abordada,
o que não ocorreu no caso em tela.
Ressalte-se, outrossim, que a jurisprudência desta Corte é pacífica no
sentido de que, se a ofensa à Constituição surgir com a prolação do
acórdão recorrido, é necessário opor embargos declaratórios que
permitam ao Tribunal de origem apreciar o ponto sob o ângulo
constitucional.
Vale lembrar, ainda, que a Corte não admite a tese do chamado
prequestionamento implícito.
Sobre o tema, anote-se:
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ALEGADA AFRONTA
AO ART. 109, I, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AUSÊNCIA
DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356/STF.
LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA 454/STF.
COMPETÊNCIA
DOS
JUIZADOS
ESPECIAIS.
COMPLEXIDADE DA CAUSA. PRODUÇÃO PROBATÓRIA.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
RE 1081109 AGR / AM
AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA. A
questão constitucional alegada no recurso extraordinário não
foi objeto de análise pelo Tribunal de origem. Tampouco foi
suscitada nos embargos de declaratórios opostos para sanar
eventual omissão. Incidência das Súmulas 282 e 356/STF.
Ademais, para dissentir do acórdão recorrido, necessária seria a
análise da legislação infraconstitucional pertinente (Código de
Defesa do Consumidor) e a apreciação das cláusulas constantes
do contrato celebrado entre as partes, o que não enseja a
abertura da via extraordinária. Nessas condições, a hipótese
atrai a incidência da Súmula 454/STF. O Plenário do Supremo
Tribunal Federal, no exame do ARE 640.671, julgado sob a
relatoria do Ministro Presidente, decidiu pela inexistência de
repercussão geral, por se tratar de matéria infraconstitucional,
da discussão acerca da complexidade da causa para fins de
definição da competência dos Juizados Especiais. Agravo
regimental a que se nega provimento” (ARE nº 801.373/RS-AgR,
Primeira Turma, Relator o Ministro Roberto Barroso, DJe de
3/3/15);
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
CRIMINAL.
AUSÊNCIA
DE
PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282 E 356 DO STF.
OFENSA REFLEXA AO TEXTO CONSTITUCIONAL.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. I -
Inadmissível o recurso extraordinário se a questão
constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão
recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram
opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o
recurso. Aplicáveis, portanto, as Súmulas 282 e 356 desta Corte.
II - A alegada violação aos arts. 5º, XIII e 133, ambos da
Constituição Federal, se ocorrente, poderia configurar situação
de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a
análise de legislação ordinária, o que inviabiliza o
conhecimento do recurso. III - Para se chegar à conclusão
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 1081109 AGR / AM
AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA. A
questão constitucional alegada no recurso extraordinário não
foi objeto de análise pelo Tribunal de origem. Tampouco foi
suscitada nos embargos de declaratórios opostos para sanar
eventual omissão. Incidência das Súmulas 282 e 356/STF.
Ademais, para dissentir do acórdão recorrido, necessária seria a
análise da legislação infraconstitucional pertinente (Código de
Defesa do Consumidor) e a apreciação das cláusulas constantes
do contrato celebrado entre as partes, o que não enseja a
abertura da via extraordinária. Nessas condições, a hipótese
atrai a incidência da Súmula 454/STF. O Plenário do Supremo
Tribunal Federal, no exame do ARE 640.671, julgado sob a
relatoria do Ministro Presidente, decidiu pela inexistência de
repercussão geral, por se tratar de matéria infraconstitucional,
da discussão acerca da complexidade da causa para fins de
definição da competência dos Juizados Especiais. Agravo
regimental a que se nega provimento” (ARE nº 801.373/RS-AgR,
Primeira Turma, Relator o Ministro Roberto Barroso, DJe de
3/3/15);
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
CRIMINAL.
AUSÊNCIA
DE
PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282 E 356 DO STF.
OFENSA REFLEXA AO TEXTO CONSTITUCIONAL.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. I -
Inadmissível o recurso extraordinário se a questão
constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão
recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram
opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o
recurso. Aplicáveis, portanto, as Súmulas 282 e 356 desta Corte.
II - A alegada violação aos arts. 5º, XIII e 133, ambos da
Constituição Federal, se ocorrente, poderia configurar situação
de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a
análise de legislação ordinária, o que inviabiliza o
conhecimento do recurso. III - Para se chegar à conclusão
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
RE 1081109 AGR / AM
contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o
reexame dos fatos e provas da causa, o que atrai,
inevitavelmente, a incidência da Súmula 279 desta Corte. IV -
Agravo regimental ao qual se nega provimento” (RE nº
760.160/PR-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, DJe de 3/2/14)
Ademais, colhe-se do acórdão recorrido o seguinte:
“Apenas vislumbra-se, in casu, controvérsia entre as partes
contratantes no que tange quando do termo inicial da locação,
visto que seu implemento está condicionado à obtenção do
Alvará Definitivo de Funcionamento, conforme item 2.1. do
Instrumento Particular de Contrato de Locação de Imóvel não
Residencial constante às fls. 12/30.
Em percuciente análise dos documentos instruídos nos
autos, corroboro o entendimento lançado pelo d. Juízo a quo em
sua decisão.
Primeiramente, a interpretação que se deve dar ao item 2.1
do contrato de locação, em comento, é a de que o termo inicial
do contrato será implementado a partir da concessão da
autorização para o funcionamento do estabelecimento
mercantil, e não a data da expedição do documento que
consubstancia a autorização, ou seja, o Alvará de
Funcionamento.
O segundo fundamento está consolidado na própria fé
pública que rege todos os atos da Administração Pública, visto
que, às fls. 31/34, o autor lançou documentos expedidos pela
própria municipalidade, que atestam e comprovam a data de
25.01.2007 como sendo a da concessão de autorização para
funcionamento do estabelecimento comercial Makro Atacadista
Sociedade Anônima.
Finalmente, porque a data de expedição constante em
Alvará de Funcionamento não coincidirá, necessariamente, com
a data a partir do qual a autorização de funcionamento passou a
vigorar, como restou comprovado nos autos, por documento
3
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RE 1081109 AGR / AM
contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o
reexame dos fatos e provas da causa, o que atrai,
inevitavelmente, a incidência da Súmula 279 desta Corte. IV -
Agravo regimental ao qual se nega provimento” (RE nº
760.160/PR-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, DJe de 3/2/14)
Ademais, colhe-se do acórdão recorrido o seguinte:
“Apenas vislumbra-se, in casu, controvérsia entre as partes
contratantes no que tange quando do termo inicial da locação,
visto que seu implemento está condicionado à obtenção do
Alvará Definitivo de Funcionamento, conforme item 2.1. do
Instrumento Particular de Contrato de Locação de Imóvel não
Residencial constante às fls. 12/30.
Em percuciente análise dos documentos instruídos nos
autos, corroboro o entendimento lançado pelo d. Juízo a quo em
sua decisão.
Primeiramente, a interpretação que se deve dar ao item 2.1
do contrato de locação, em comento, é a de que o termo inicial
do contrato será implementado a partir da concessão da
autorização para o funcionamento do estabelecimento
mercantil, e não a data da expedição do documento que
consubstancia a autorização, ou seja, o Alvará de
Funcionamento.
O segundo fundamento está consolidado na própria fé
pública que rege todos os atos da Administração Pública, visto
que, às fls. 31/34, o autor lançou documentos expedidos pela
própria municipalidade, que atestam e comprovam a data de
25.01.2007 como sendo a da concessão de autorização para
funcionamento do estabelecimento comercial Makro Atacadista
Sociedade Anônima.
Finalmente, porque a data de expedição constante em
Alvará de Funcionamento não coincidirá, necessariamente, com
a data a partir do qual a autorização de funcionamento passou a
vigorar, como restou comprovado nos autos, por documento
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
RE 1081109 AGR / AM
público emitido pelo órgão encarregado da autorização.”
Verifica-se, pelo excerto transcrito, que, conforme já consignado na
decisão agravada, para ultrapassar esse entendimento e acolher a
pretensão recursal, seria imprescindível a análise da legislação
infraconstitucional pertinente, do conjunto fático-probatório da causa e
das cláusulas do contrato celebrado entre as partes, o que se mostra
incabível em sede extraordinária. Incidência das Súmulas nºs 636, 279 e
454 desta Corte. Nesse sentido:
“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Direito
Civil Contrato de locação de imóvel. 3. Necessidade de
revolvimento do conjunto fático-probatório e das cláusulas
contratuais. Súmulas 279 e 454. 4. Suposta violação aos
princípios do contraditório e da ampla defesa. Ofensa reflexa. 5.
Remessa dos autos ao STJ. Impossibilidade. 6. Ausência de
argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 7. Agravo
regimental a que se nega provimento” (RE nº 1.071.857/SP-AgR,
Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de
8/11/17).
“DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL
EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. NULIDADE DE ALVARÁ
DE FUNCIONAMENTO. LEGALIDADE. REEXAME DE
PROVAS. FALECIMENTO DE UMA DAS PARTES.
SUSPENSÃO DO PROCESSO. DESCABIMENTO. 1. Hipótese
em que a resolução da controvérsia demandaria a análise de
legislação infraconstitucional local e o reexame do conjunto
fático-probatório dos autos (Súmulas 279 e 280/STF),
procedimentos inviáveis nesta fase recursal. Precedentes. 2.
Diante da ausência de repercussão na esfera patrimonial do
autor da herança, não é necessária a busca dos herdeiros
universais. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI
nº 652.254/DF-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro
Roberto Barroso, DJe de 29/3/17).
4
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Supremo Tribunal Federal
RE 1081109 AGR / AM
público emitido pelo órgão encarregado da autorização.”
Verifica-se, pelo excerto transcrito, que, conforme já consignado na
decisão agravada, para ultrapassar esse entendimento e acolher a
pretensão recursal, seria imprescindível a análise da legislação
infraconstitucional pertinente, do conjunto fático-probatório da causa e
das cláusulas do contrato celebrado entre as partes, o que se mostra
incabível em sede extraordinária. Incidência das Súmulas nºs 636, 279 e
454 desta Corte. Nesse sentido:
“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Direito
Civil Contrato de locação de imóvel. 3. Necessidade de
revolvimento do conjunto fático-probatório e das cláusulas
contratuais. Súmulas 279 e 454. 4. Suposta violação aos
princípios do contraditório e da ampla defesa. Ofensa reflexa. 5.
Remessa dos autos ao STJ. Impossibilidade. 6. Ausência de
argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 7. Agravo
regimental a que se nega provimento” (RE nº 1.071.857/SP-AgR,
Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de
8/11/17).
“DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL
EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. NULIDADE DE ALVARÁ
DE FUNCIONAMENTO. LEGALIDADE. REEXAME DE
PROVAS. FALECIMENTO DE UMA DAS PARTES.
SUSPENSÃO DO PROCESSO. DESCABIMENTO. 1. Hipótese
em que a resolução da controvérsia demandaria a análise de
legislação infraconstitucional local e o reexame do conjunto
fático-probatório dos autos (Súmulas 279 e 280/STF),
procedimentos inviáveis nesta fase recursal. Precedentes. 2.
Diante da ausência de repercussão na esfera patrimonial do
autor da herança, não é necessária a busca dos herdeiros
universais. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI
nº 652.254/DF-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro
Roberto Barroso, DJe de 29/3/17).
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
RE 1081109 AGR / AM
Manifestamente improcedente, nego provimento ao agravo
regimental e condeno a parte agravante ao pagamento de multa de 2%
(dois por cento) do valor atualizado da causa, consoante disposto no art.
1.021, § 4º, do Código de Processo Civil, caso seja unânime a votação.
Determino que, a título de honorários recursais, a verba honorária já
fixada seja acrescida do valor equivalente a 10% (dez por cento) de seu
total, nos termos do art. 85, § 11, do Código de Processo Civil, observados
os limites dos §§ 2º e 3º do citado artigo e a eventual concessão do
benefício da gratuidade da justiça.
É como voto.
5
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Supremo Tribunal Federal
RE 1081109 AGR / AM
Manifestamente improcedente, nego provimento ao agravo
regimental e condeno a parte agravante ao pagamento de multa de 2%
(dois por cento) do valor atualizado da causa, consoante disposto no art.
1.021, § 4º, do Código de Processo Civil, caso seja unânime a votação.
Determino que, a título de honorários recursais, a verba honorária já
fixada seja acrescida do valor equivalente a 10% (dez por cento) de seu
total, nos termos do art. 85, § 11, do Código de Processo Civil, observados
os limites dos §§ 2º e 3º do citado artigo e a eventual concessão do
benefício da gratuidade da justiça.
É como voto.
5
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Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.081.109
PROCED. : AMAZONAS
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : MAKRO ATACADISTA SOCIEDADE ANONIMA
ADV.(A/S) : RODRIGO PERSONE PRESTES DE CAMARGO (32214/DF,
163451/RJ, 163667/SP)
AGDO.(A/S) : EVARIM EMPREENDIMENTOS VALE DO RIO MADEIRA LTDA - ME
ADV.(A/S) : EDUARDO ALEXANDRE GUEDES CIDADE (7179/AM)
ADV.(A/S) : ORLANDO GUALBERTO CIDADE FILHO (3367/AM)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, com imposição de multa de 2% (dois por cento) do valor
atualizado da causa (art. 1.021, § 4º, do CPC), nos termos do voto
do Relator. Impedido o Ministro Gilmar Mendes. Segunda Turma,
Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217761
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.081.109
PROCED. : AMAZONAS
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : MAKRO ATACADISTA SOCIEDADE ANONIMA
ADV.(A/S) : RODRIGO PERSONE PRESTES DE CAMARGO (32214/DF,
163451/RJ, 163667/SP)
AGDO.(A/S) : EVARIM EMPREENDIMENTOS VALE DO RIO MADEIRA LTDA - ME
ADV.(A/S) : EDUARDO ALEXANDRE GUEDES CIDADE (7179/AM)
ADV.(A/S) : ORLANDO GUALBERTO CIDADE FILHO (3367/AM)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, com imposição de multa de 2% (dois por cento) do valor
atualizado da causa (art. 1.021, § 4º, do CPC), nos termos do voto
do Relator. Impedido o Ministro Gilmar Mendes. Segunda Turma,
Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217761
Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14257103 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-01T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa de 2% (dois por cento) do valor atualizado da causa (art. 1.021, § 4º, do CPC), nos termos do voto do Relator. Impedido o Ministro Gilmar Mendes. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário. Prequestionamento. Ausência. Contrato de locação comercial. Alvará de funcionamento. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Cláusulas contratuais. Fatos e provas. Reexame. Impossibilidade. Precedentes.
1. É inadmissível o recurso extraordinário se os dispositivos constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF.
2. Não se presta o recurso extraordinário para a análise da legislação infraconstitucional, tampouco para o reexame de cláusulas contratuais ou dos fatos e provas que compõem a lide. Incidência das Súmulas nºs 636, 454 e 279/STF.
3. Agravo regimental não provido, com imposição de multa de 2% (art. 1.021, § 4º, do CPC).
4. Majoração da verba honorária em valor equivalente a 10% (dez por cento) do total daquela já fixada (art. 85, §§ 2º, 3º e 11, do CPC), observada a eventual concessão do benefício da gratuidade da justiça. | sjur379617 | - Acórdão(s) citado(s):
(PREQUESTIONAMENTO IMPLÍCITO)
RE 760160 AgR (2ªT), ARE 801373 AgR (1ªT).
(SÚMULA 279)
AI 652254 AgR (1ªT), RE 1071857 AgR (2ªT).
Número de páginas: 12.
Análise: 07/02/2018, BMP. | DIAS TOFFOLI | Segunda Turma | 1081109 | [
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-00085 PAR-00002 ART-01021 PAR-00004\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000282 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000356 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000454 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | RE-AgR | acordaos | RE 1081109 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : MAKRO ATACADISTA SOCIEDADE ANONIMA
ADV.(A/S) : RODRIGO PERSONE PRESTES DE CAMARGO
AGDO.(A/S) : EVARIM EMPREENDIMENTOS VALE DO RIO MADEIRA LTDA - ME
ADV.(A/S) : EDUARDO ALEXANDRE GUEDES CIDADE
ADV.(A/S) : ORLANDO GUALBERTO CIDADE FILHO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 081 . 109 AMAZONAS",
"Súmulas [UNK] 282",
"Súmulas [UNK] 636 , 454 e 279 / STF",
"RE 1081109",
"RE 1081109",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 081 . 109",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 081 . 109",
"RE 1081109 AGR / AM",
"SÚMULAS 282",
"SÚMULA 636 DO STF",
"Súmula 282 do STF",
"Súmula 356 do STF",
"Súmula 636 do STF",
"ARE [UNK] 800 . 777 / RS - AgR",
"RE 1081109 AGR / AM",
"SÚMULAS 282",
"SÚMULA 636 DO STF",
"Súmula 282 do STF",
"Súmula 356 do STF",
"Súmula 636 do STF",
"ARE [UNK] 800 . 777 / RS - AgR",
"RE 1081109 AGR / AM",
"AI [UNK] 360 . 265 / RJ - AgR",
"AI [UNK] 847 . 594 / MG - 3",
"RE 1081109 AGR",
"AI [UNK] 360 . 265 / RJ - AgR",
"AI [UNK] 847 . 594 / MG - 3",
"RE 1081109 AGR / AM ED",
"RE 1081109 AGR / AM ED",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1 . 081 . 109",
"SÚMULAS 282",
"SÚMULA 454 / STF",
"SÚMULAS 282",
"SÚMULA 454 / STF",
"RE 1081109 AGR",
"Súmulas 282",
"Súmula 454 / STF",
"ARE 640 . 671",
"ARE [UNK] 801 . 373 / RS - AgR",
"SÚMULA 282 E 356 DO STF",
"SÚMULA 279 DO STF",
"RE 1081109 AGR / AM",
"Súmulas 282 e 356 / STF",
"Súmula 454 / STF",
"ARE 640 . 671",
"ARE [UNK] 801 . 373 / RS - AgR",
"SÚMULA 282",
"SÚMULA 279 DO STF",
"RE 1081109 AGR / AM",
"RE [UNK] 760 . 160 / PR - AgR",
"RE 1081109 AGR / AM",
"RE [UNK] 760 . 160 / PR -",
"RE 1081109 AGR / AM",
"RE [UNK] 1 . 071 . 857 / SP - AgR",
"Súmulas 279 e 280 / STF",
"AI [UNK] 652 . 254 / DF - AgR",
"RE 1081109 AGR / AM",
"RE [UNK] 1 . 071 . 857 / SP - AgR",
"Súmulas 279 e 280 / STF",
"AI [UNK] 652 . 254 / DF - AgR",
"RE 1081109 AGR / AM",
"RE 1081109 AGR / AM"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC",
"art . 85 , § § [UNK] , [UNK] e 11 , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"inciso IX , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] , inciso XXXV , 37 , caput , e 93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] , inciso XXXV , e 93 , inciso IX , da Constituição",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] , inciso XXXV , e 93 , inciso IX , da Constituição",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"SÚMULAS N . 279",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"art . [UNK] , inciso XXXV , 37 , caput , e 93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"art . 37 , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"art . [UNK] , inciso XXXV , 37 , caput , e 93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"art . 37 , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . [UNK] , inciso XXXV , e 93 inciso IX , da Constituição Federal",
"Constituição",
"ART . 109 , I , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . [UNK] , inciso XXXV , e 93 inciso IX , da Constituição Federal",
"Constituição",
"ART . 109 , I , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Defesa do Consumidor",
"arts . [UNK] , XIII e 133 , ambos da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Defesa do Consumidor",
".",
"[UNK] , XIII e 133 , ambos da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"art . 85 , § 11 , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"art . 85 , § 11 , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 021 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"Brasília",
"Brasília",
"AMAZONAS",
"AMAZONAS",
"AMAZONAS",
"AMAZONAS",
"AMAZONAS"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"MAKRO ATACADISTA SOCIEDADE ANONIMA",
"EVARIM EMPREENDIMENTOS VALE DO RIO MADEIRA LTDA - ME",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"AGR",
"/",
"AM",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"AGR",
"/",
"AM",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"MAKRO ATACADISTA SOCIEDADE ANONIMA",
"EVARIM EMPREENDIMENTOS",
"VALE DO RIO MADEIRA LTDA - ME",
"Makro Atacadista Sociedade Anônima",
"Makro Atacadista Sociedade Anônima",
"[UNK] Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MAKRO ATACADISTA SOCIEDADE ANONIMA",
"EVARIM EMPREENDIMENTOS VALE DO RIO MADEIRA LTDA - ME",
"Makro Atacadista Sociedade Anônima",
"Makro Atacadista Sociedade Anônima",
"[UNK] Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Makro Atacadista Sociedade Anônima",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Makro Atacadista Sociedade Anônima",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"STJ",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STJ",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"MAKRO ATACADISTA SOCIEDADE ANONIMA",
"EVARIM EMPREENDIMENTOS",
"VALE DO RIO MADEIRA LTDA - ME",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MAKRO ATACADISTA SOCIEDADE ANONIMA",
"EVARIM EMPREENDIMENTOS",
"VALE DO RIO MADEIRA LTDA",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"RODRIGO PERSONE PRESTES DE CAMARGO",
"EDUARDO ALEXANDRE GUEDES CIDADE",
"ORLANDO GUALBERTO CIDADE FILHO",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"RODRIGO PERSONE PRESTES DE CAMARGO",
"EDUARDO ALEXANDRE GUEDES CIDADE",
"ORLANDO GUALBERTO CIDADE FILHO",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"RODRIGO PERSONE PRESTES DE CAMARGO",
"EDUARDO ALEXANDRE GUEDES",
"ORLANDO GUALBERTO CIDADE FILHO",
"DIAS TOFFOLI",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Cármen Lúcia",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Roberto Barroso",
"Roberto Barroso",
"DIAS TOFFOLI",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"DIAS TOFFOLI",
"Gilmar Mendes",
"Roberto Barroso",
"Gilmar Mendes",
"Roberto Barroso",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"RODRIGO PERSONE PRESTES DE CAMARGO",
"EDUARDO ALEXANDRE GUEDES CIDADE",
"ORLANDO GUALBERTO CIDADE FILHO",
"Gilmar Mendes",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"DIAS TOFFOLI",
"RODRIGO PERSONE PRESTES DE CAMARGO",
"EDUARDO ALEXANDRE GUEDES CIDADE",
"ORLANDO GUALBERTO CIDADE FILHO",
"Gilmar Mendes",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"[UNK]",
"/",
"12",
"7",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"17",
"/",
"11",
"/",
"17",
"25",
".",
"01",
".",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"17",
"/",
"11",
"/",
"17",
"25",
".",
"01",
".",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
"/",
"5",
"/",
"14",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
"/",
"5",
"/",
"14",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
"/",
"9",
"/",
"02",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
"/",
"9",
"/",
"02",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
"/",
"9",
"/",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
"/",
"9",
"/",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"3",
"/",
"3",
"/",
"15",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"3",
"/",
"3",
"/",
"15",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"3",
"/",
"2",
"/",
"14",
"25",
".",
"01",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"3",
"/",
"2",
"/",
"14",
"25",
".",
"01",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"8",
"/",
"11",
"/",
"17",
"29",
"/",
"3",
"/",
"17",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"8",
"/",
"11",
"/",
"17",
"29",
"/",
"3",
"/",
"17",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
1.047.578 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:PEDRO PASSOS JUNIOR
ADV.(A/S)
:FREDERICO DONATI BARBOSA
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E
TERRITÓRIOS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO
FEDERAL E TERRITÓRIOS
E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO –
MATÉRIA PENAL
–
ALEGADA
VIOLAÇÃO A PRECEITOS
CONSTITUCIONAIS – OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO –
CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – REEXAME DE FATOS E
PROVAS – IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 279/STF – AGRAVO
INTERNO IMPROVIDO.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Sessão Virtual da Segunda Turma, na
conformidade da ata de julgamentos, por unanimidade de votos, em
negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator.
Brasília, Sessão Virtual de 01 a 07 de dezembro de 2017.
CELSO DE MELLO – RELATOR
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286213.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
1.047.578 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:PEDRO PASSOS JUNIOR
ADV.(A/S)
:FREDERICO DONATI BARBOSA
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E
TERRITÓRIOS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO
FEDERAL E TERRITÓRIOS
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se
de
agravo interno, tempestivamente interposto, contra decisão,
complementada em sede de embargos de declaração que, ao apreciar o
ARE, não conheceu do recurso extraordinário a que ele se refere, por ser
este manifestamente inadmissível.
Inconformada com esse ato decisório, a parte recorrente interpõe o
presente agravo interno, postulando o provimento do recurso que
deduziu.
Por não me convencer das razões expostas, submeto à apreciação
desta colenda Turma o presente recurso de agravo.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
1.047.578 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S)
:PEDRO PASSOS JUNIOR
ADV.(A/S)
:FREDERICO DONATI BARBOSA
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E
TERRITÓRIOS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO
FEDERAL E TERRITÓRIOS
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se
de
agravo interno, tempestivamente interposto, contra decisão,
complementada em sede de embargos de declaração que, ao apreciar o
ARE, não conheceu do recurso extraordinário a que ele se refere, por ser
este manifestamente inadmissível.
Inconformada com esse ato decisório, a parte recorrente interpõe o
presente agravo interno, postulando o provimento do recurso que
deduziu.
Por não me convencer das razões expostas, submeto à apreciação
desta colenda Turma o presente recurso de agravo.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286214.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
1.047.578 DISTRITO FEDERAL
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não
assiste razão à parte ora recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se,
com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo
Tribunal Federal na matéria ora em exame.
Na realidade, os argumentos apresentados pela parte agravante
mostram-se insuficientes para alterar o ato impugnado, pois consistem
em mera reiteração dos fundamentos anteriormente deduzidos e que
foram devidamente refutados na decisão que se busca reformar, razão
pela qual deve ser mantido o julgamento em referência, eis que o suporte
argumentativo em que se apoia o ato decisório mencionado é suficiente
para justificar a resolução do litígio recursal.
Com efeito, tal como ressaltado na decisão ora impugnada, o
recurso extraordinário deduzido nestes autos foi interposto por Pedro
Passos Junior contra acórdão que, confirmado em sede de embargos de
declaração pelo E. Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios,
está assim ementado:
“EMBARGOS INFRINGENTES – PARCELAMENTO
IRREGULAR DO SOLO URBANO – IMPEDIMENTO DE
DESEMBARGADOR – INOCORRÊNCIA – DOSIMETRIA.
I. Não é hipótese de impedimento quando não tiver sido
proferida decisão de mérito pelo magistrado, mas tão-só resolvidas
questões incidentais.
II. O lucro fácil em detrimento do patrimônio público e de
terceiros é característica inerente ao crime do artigo 5º, inciso I, e
parágrafo único, incisos I e II, da Lei nº 6.799/79.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286215.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
1.047.578 DISTRITO FEDERAL
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não
assiste razão à parte ora recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se,
com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo
Tribunal Federal na matéria ora em exame.
Na realidade, os argumentos apresentados pela parte agravante
mostram-se insuficientes para alterar o ato impugnado, pois consistem
em mera reiteração dos fundamentos anteriormente deduzidos e que
foram devidamente refutados na decisão que se busca reformar, razão
pela qual deve ser mantido o julgamento em referência, eis que o suporte
argumentativo em que se apoia o ato decisório mencionado é suficiente
para justificar a resolução do litígio recursal.
Com efeito, tal como ressaltado na decisão ora impugnada, o
recurso extraordinário deduzido nestes autos foi interposto por Pedro
Passos Junior contra acórdão que, confirmado em sede de embargos de
declaração pelo E. Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios,
está assim ementado:
“EMBARGOS INFRINGENTES – PARCELAMENTO
IRREGULAR DO SOLO URBANO – IMPEDIMENTO DE
DESEMBARGADOR – INOCORRÊNCIA – DOSIMETRIA.
I. Não é hipótese de impedimento quando não tiver sido
proferida decisão de mérito pelo magistrado, mas tão-só resolvidas
questões incidentais.
II. O lucro fácil em detrimento do patrimônio público e de
terceiros é característica inerente ao crime do artigo 5º, inciso I, e
parágrafo único, incisos I e II, da Lei nº 6.799/79.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14286215.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 1047578 ED-AGR / DF
III. A pena-base deve ser fixada acima do mínimo legal quando
subsistem circunstâncias judiciais negativas.
IV. Provimento parcial ao recurso.”
A parte ora agravante sustenta, no apelo extremo em questão, que
o Tribunal “a quo” teria transgredido os preceitos inscritos nos
arts. 127 e 129, I, da Constituição da República.
Passo a examinar a postulação recursal em causa. E, ao fazê-lo,
observo que o recurso extraordinário revela-se insuscetível de
conhecimento.
Cabe registrar, desde logo, que a suposta ofensa ao texto
constitucional, caso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a
sua constatação reclamaria – para que se configurasse – a formulação de
juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de
dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito
direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela
jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES –
RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-
se
inviável o trânsito do
recurso extraordinário.
Com efeito, o acórdão impugnado em sede recursal extraordinária,
ao decidir a controvérsia jurídica objeto deste processo, dirimiu
a questão
com fundamento
em legislação infraconstitucional
(CPP, arts. 156, II, e 234), circunstância esta que obsta o próprio
conhecimento do apelo extremo.
Cumpre assinalar, de outro lado, que não se revela cabível proceder,
em sede recursal extraordinária, a indagações de caráter eminentemente
probatório, especialmente quando se busca discutir elementos fáticos
subjacentes à causa penal.
2
Supremo Tribunal Federal
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ARE 1047578 ED-AGR / DF
III. A pena-base deve ser fixada acima do mínimo legal quando
subsistem circunstâncias judiciais negativas.
IV. Provimento parcial ao recurso.”
A parte ora agravante sustenta, no apelo extremo em questão, que
o Tribunal “a quo” teria transgredido os preceitos inscritos nos
arts. 127 e 129, I, da Constituição da República.
Passo a examinar a postulação recursal em causa. E, ao fazê-lo,
observo que o recurso extraordinário revela-se insuscetível de
conhecimento.
Cabe registrar, desde logo, que a suposta ofensa ao texto
constitucional, caso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a
sua constatação reclamaria – para que se configurasse – a formulação de
juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de
dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito
direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela
jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES –
RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-
se
inviável o trânsito do
recurso extraordinário.
Com efeito, o acórdão impugnado em sede recursal extraordinária,
ao decidir a controvérsia jurídica objeto deste processo, dirimiu
a questão
com fundamento
em legislação infraconstitucional
(CPP, arts. 156, II, e 234), circunstância esta que obsta o próprio
conhecimento do apelo extremo.
Cumpre assinalar, de outro lado, que não se revela cabível proceder,
em sede recursal extraordinária, a indagações de caráter eminentemente
probatório, especialmente quando se busca discutir elementos fáticos
subjacentes à causa penal.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 1047578 ED-AGR / DF
No caso, a verificação da procedência, ou não, das alegações
deduzidas pela parte recorrente implicará necessário reexame de fatos e
de provas, o que não se admite na sede excepcional do apelo extremo.
Essa pretensão
sofre
as
restrições
inerentes ao recurso
extraordinário, em cujo âmbito não se reexaminam fatos e provas,
circunstância essa que faz incidir, na espécie, a Súmula 279 do Supremo
Tribunal Federal.
Não custa enfatizar, consoante adverte o magistério da doutrina
(ADA PELLEGRINI GRINOVER, ANTONIO MAGALHÃES GOMES
FILHO e ANTONIO SCARANCE FERNANDES, “Recursos no Processo
Penal”, p. 269/270, item n. 176, 1996, RT), que o reexame dos fatos e das
provas constitui tema estranho ao âmbito de atuação do recurso
extraordinário (Súmula 279/STF), ainda que se cuide, como no caso, de
matéria de índole penal.
A mera análise do acórdão confirmado em sede de embargos de
declaração demonstra que o E. Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos
Territórios, no julgamento da apelação, sustentou as suas conclusões em
dispositivos de ordem meramente legal e em aspectos fático-probatórios:
“Encerrada a instrução criminal, as partes ofereceram
alegações, finais – Ministério Público (fls. 3.566/3.648) e Defesa
(fls. 3.690/3.764) e em seguida os autos foram conclusos para sentença
(fl. 3.837).
A Juíza do Conhecimento, antes de proferir a sentença,
determinou a expedição de ofício, para esclarecer ponto relevante
suscitado em preliminar pela própria Defesa do réu (fl. 3.839).
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No caso, a verificação da procedência, ou não, das alegações
deduzidas pela parte recorrente implicará necessário reexame de fatos e
de provas, o que não se admite na sede excepcional do apelo extremo.
Essa pretensão
sofre
as
restrições
inerentes ao recurso
extraordinário, em cujo âmbito não se reexaminam fatos e provas,
circunstância essa que faz incidir, na espécie, a Súmula 279 do Supremo
Tribunal Federal.
Não custa enfatizar, consoante adverte o magistério da doutrina
(ADA PELLEGRINI GRINOVER, ANTONIO MAGALHÃES GOMES
FILHO e ANTONIO SCARANCE FERNANDES, “Recursos no Processo
Penal”, p. 269/270, item n. 176, 1996, RT), que o reexame dos fatos e das
provas constitui tema estranho ao âmbito de atuação do recurso
extraordinário (Súmula 279/STF), ainda que se cuide, como no caso, de
matéria de índole penal.
A mera análise do acórdão confirmado em sede de embargos de
declaração demonstra que o E. Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos
Territórios, no julgamento da apelação, sustentou as suas conclusões em
dispositivos de ordem meramente legal e em aspectos fático-probatórios:
“Encerrada a instrução criminal, as partes ofereceram
alegações, finais – Ministério Público (fls. 3.566/3.648) e Defesa
(fls. 3.690/3.764) e em seguida os autos foram conclusos para sentença
(fl. 3.837).
A Juíza do Conhecimento, antes de proferir a sentença,
determinou a expedição de ofício, para esclarecer ponto relevante
suscitado em preliminar pela própria Defesa do réu (fl. 3.839).
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ARE 1047578 ED-AGR / DF
Ressalte-se que a determinação de diligência pelo Juiz, de ofício,
antes da prolação da sentença, é ato previsto em lei, especificamente no
artigo 156, inciso II, do Código de Processo Penal, que dispõe
‘in verbis’:
‘Art. 156. A prova dá alegação incumbirá a quem a fizer,
sendo, porém, facultado ao juiz de ofício:
(…)
II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir
sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre
ponto relevante.’
Após a realização da diligência determinada pela Juíza, foi dada
nova vista dos autos às partes para conhecimento e eventuais
alegações em face das respostas dos ofícios expedidos (fl. 3.875),
homenageando os princípios do contraditório e da ampla a defesa.
O Ministério Público se manifestou às fls. 3.876/3.877 e 3.878
verso, e a Defesa, às fls. 3.881/3.895. Em seguida foi proferida a
sentença (fls. 3.952/4.019).
Assim, foi oportunizada vista dos autos às partes e comprovado
está que a Defesa falou por último nos autos, não havendo que se falar
em violação ao princípio do contraditório ou do devido processo
legal.
Acrescente-se que a determinação de realização de diligência
pelo magistrado não fere o preceito basilar da imparcialidade do juiz,
tampouco retira a iniciativa probatória das partes, já que há previsão
legal da determinação de diligência de ofício pelo magistrado.
…...................................................................................................
A Defesa argui nulidade processual por violação ao Sistema
Acusatório pelo fato da Juíza do Conhecimento ter determinado a
realização de diligência antes da prolação da sentença, argumentando
que o artigo 234 do Código de Processo Penal é inconstitucional.
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Ressalte-se que a determinação de diligência pelo Juiz, de ofício,
antes da prolação da sentença, é ato previsto em lei, especificamente no
artigo 156, inciso II, do Código de Processo Penal, que dispõe
‘in verbis’:
‘Art. 156. A prova dá alegação incumbirá a quem a fizer,
sendo, porém, facultado ao juiz de ofício:
(…)
II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir
sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre
ponto relevante.’
Após a realização da diligência determinada pela Juíza, foi dada
nova vista dos autos às partes para conhecimento e eventuais
alegações em face das respostas dos ofícios expedidos (fl. 3.875),
homenageando os princípios do contraditório e da ampla a defesa.
O Ministério Público se manifestou às fls. 3.876/3.877 e 3.878
verso, e a Defesa, às fls. 3.881/3.895. Em seguida foi proferida a
sentença (fls. 3.952/4.019).
Assim, foi oportunizada vista dos autos às partes e comprovado
está que a Defesa falou por último nos autos, não havendo que se falar
em violação ao princípio do contraditório ou do devido processo
legal.
Acrescente-se que a determinação de realização de diligência
pelo magistrado não fere o preceito basilar da imparcialidade do juiz,
tampouco retira a iniciativa probatória das partes, já que há previsão
legal da determinação de diligência de ofício pelo magistrado.
…...................................................................................................
A Defesa argui nulidade processual por violação ao Sistema
Acusatório pelo fato da Juíza do Conhecimento ter determinado a
realização de diligência antes da prolação da sentença, argumentando
que o artigo 234 do Código de Processo Penal é inconstitucional.
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Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 1047578 ED-AGR / DF
A determinação de realização de diligência, de ofício, pelo Juiz
encontra respaldo legal nos artigos 156, inciso II, e 234 do Código de
Processo Penal:
‘Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer,
sendo, porém, facultado ao juiz de ofício:
(...)
II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir
sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre
ponto relevante.’
‘Art. 234. Se o juiz tiver notícia da existência de
documento relativo a ponto relevante da acusação ou da defesa,
providenciará, independentemente de requerimento de qualquer
das partes para sua juntada aos autos, se possível.’
Afora o respaldo legal, a jurisprudência não verifica violação ao
sistema acusatório na determinação de realização de diligência para
dirimir dúvida sobre ponto relevante, desde que seja observado o
contraditório. O que ocorreu na espécie, já que após a diligência foi
determinada a abertura de vista às partes, que tiveram oportunidade
de se manifestar acerca dos documentos juntados, conforme bem
explicitado na análise do item ‘b’ deste recurso.”
Vale observar que a questão relativa à “impossibilidade de um mesmo
representante do Ministério Público funcionar enquanto parte e parecerista em um
mesmo processo de natureza criminal”, também não se revela suscetível de
conhecimento, tal como referido na decisão por mim proferida em sede de
embargos de declaração, cabendo assinalar, por relevante, que o
entendimento ora exposto tem sido observado em julgamentos proferidos no
âmbito desta Suprema Corte (ARE 838.009/MG, Rel. Min. GILMAR
MENDES – ARE 956.372/DF, Rel. Min. GILMAR MENDES, v.g.).
5
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ARE 1047578 ED-AGR / DF
A determinação de realização de diligência, de ofício, pelo Juiz
encontra respaldo legal nos artigos 156, inciso II, e 234 do Código de
Processo Penal:
‘Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer,
sendo, porém, facultado ao juiz de ofício:
(...)
II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir
sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre
ponto relevante.’
‘Art. 234. Se o juiz tiver notícia da existência de
documento relativo a ponto relevante da acusação ou da defesa,
providenciará, independentemente de requerimento de qualquer
das partes para sua juntada aos autos, se possível.’
Afora o respaldo legal, a jurisprudência não verifica violação ao
sistema acusatório na determinação de realização de diligência para
dirimir dúvida sobre ponto relevante, desde que seja observado o
contraditório. O que ocorreu na espécie, já que após a diligência foi
determinada a abertura de vista às partes, que tiveram oportunidade
de se manifestar acerca dos documentos juntados, conforme bem
explicitado na análise do item ‘b’ deste recurso.”
Vale observar que a questão relativa à “impossibilidade de um mesmo
representante do Ministério Público funcionar enquanto parte e parecerista em um
mesmo processo de natureza criminal”, também não se revela suscetível de
conhecimento, tal como referido na decisão por mim proferida em sede de
embargos de declaração, cabendo assinalar, por relevante, que o
entendimento ora exposto tem sido observado em julgamentos proferidos no
âmbito desta Suprema Corte (ARE 838.009/MG, Rel. Min. GILMAR
MENDES – ARE 956.372/DF, Rel. Min. GILMAR MENDES, v.g.).
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Voto - MIN. CELSO DE MELLO
ARE 1047578 ED-AGR / DF
Sendo assim, e em face das razões expostas, nego provimento ao
presente agravo interno, mantendo, em consequência, por seus próprios
fundamentos, a decisão recorrida.
É o meu voto.
6
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1047578 ED-AGR / DF
Sendo assim, e em face das razões expostas, nego provimento ao
presente agravo interno, mantendo, em consequência, por seus próprios
fundamentos, a decisão recorrida.
É o meu voto.
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Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
1.047.578
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S) : PEDRO PASSOS JUNIOR
ADV.(A/S) : FREDERICO DONATI BARBOSA (17825/DF)
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E
TERRITÓRIOS
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso
de agravo, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
1.047.578
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S) : PEDRO PASSOS JUNIOR
ADV.(A/S) : FREDERICO DONATI BARBOSA (17825/DF)
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E
TERRITÓRIOS
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso
de agravo, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14300987 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-06T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO – MATÉRIA PENAL – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – REEXAME DE FATOS E PROVAS – IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 279/STF – AGRAVO INTERNO IMPROVIDO. | sjur379808 | - Decisões monocráticas citadas:
(REPRESENTANTE DO MINISTÉRIO PÚBLICO, ATUAÇÃO, PARTE, PARECERISTA)
ARE 838009, ARE 956372.
Número de páginas: 9.
Análise: 15/02/2018, BMP. | CELSO DE MELLO | Segunda Turma | 1047578 | [
"LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\n ART-00156 INC-00002 ART-00234\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-ED-AgR | acordaos | ARE 1047578 ED-AgR | [
""
] | AGTE.(S) : PEDRO PASSOS JUNIOR
ADV.(A/S) : FREDERICO DONATI BARBOSA
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"SÚMULA 279 / STF",
"ARE",
"RTJ 120 / 912",
"RTJ 132 / 455",
"ARE 1047578 ED - AGR / DF",
"RTJ 120 / 912",
"RTJ 132 / 455",
"Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal",
"Súmula 279 / STF",
"ARE 1047578",
"Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal",
"Súmula 279 / STF",
"ARE 1047578 ED - AGR / DF",
"ARE 1047578 ED -",
"ARE 838 . 009 / MG",
"ARE 956 . 372 / DF",
"ARE 1047578 ED - AGR / DF",
"ARE 838 . 009 / MG",
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"ARE 1047578 ED - AGR / DF"
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"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , inciso I , e parágrafo único , incisos I e II , da Lei [UNK] 6 . 799 / 79",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , inciso I , e parágrafo único , incisos I e II , da Lei [UNK] 6 . 799 / 79",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 127 e 129 , I , da Constituição da República",
"Constituição",
"CPP , arts . 156 , II , e 234",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 127 e 129 , I , da Constituição da República",
"Constituição",
"CPP , arts . 156 , II , e 234",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 156 , inciso II , do Código de Processo Penal",
"artigo 234 do Código de Processo Penal",
"artigo 156 , inciso II , do Código de Processo Penal",
"artigo 234 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos 156 , inciso II , e 234 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos 156 , inciso II , e 234 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"Brasília",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"DISTRITO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios",
"Ministério Público",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios",
"Ministério Público",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Ministério Público",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público",
"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Brasil",
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"Brasil",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CELSO DE MELLO",
"PEDRO PASSOS JUNIOR",
"FREDERICO DONATI BARBOSA",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"PEDRO PASSOS JUNIOR",
"FREDERICO DONATI BARBOSA",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"PEDRO PASSOS JUNIOR",
"FREDERICO DONATI BARBOSA",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"Pedro Passos Junior",
"CELSO DE MELLO",
"Pedro Passos Junior",
"CELSO DE MELLO",
"SYDNEY SANCHES",
"CELSO DE MELLO",
"SYDNEY SANCHES",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"ADA PELLEGRINI GRINOVER",
"ANTONIO MAGALHÃES GOMES FILHO",
"ANTONIO SCARANCE FERNANDES",
"ADA PELLEGRINI GRINOVER",
"ANTONIO MAGALHÃES GOMES FILHO",
"ANTONIO SCARANCE FERNANDES",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"PEDRO PASSOS JUNIOR",
"FREDERICO DONATI BARBOSA",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"CELSO DE MELLO",
"PEDRO PASSOS JUNIOR",
"FREDERICO DONATI BARBOSA",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"01",
"07 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1996",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1996",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 27.058 SANTA CATARINA
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
AGDO.(A/S)
:MOISES NEPOMUCENO DE ALMEIDA
ADV.(A/S)
:REINALDO DENIS VIANA BARBOSA
INTDO.(A/S)
:TERCEIRA
TURMA
RECURSAL
DO
JUIZADO
ESPECIAL FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO
ESTADO DE SANTA CATARINA
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
EMENTA
Agravo regimental na reclamação. RE nº 596.701/MG-RG. Ordem
de suspensão dos processos que cuidem do tema relacionado à
aplicação da regra do § 18 do art. 40 da CF/88 ao regime previdenciário
dos servidores militares inativos. Aderência estrita. Agravo regimental
não provido.
1. A decisão reclamada foi proferida posteriormente à ordem
exarada nos autos do RE nº 596.701/MG-RG, de forma a afrontar a
autoridade desta Suprema Corte e o conteúdo da decisão de suspensão
nacional dos processos que versem sobre o tema em epígrafe.
2. Há aderência estrita entre a matéria constitucional submetida à
sistemática da repercussão geral nos autos do RE nº 596.701/MG e o
debate instaurado nos autos de origem, relativo à aplicação da regra do
§ 18 do art. 40 da CF/88 ao regime previdenciário dos servidores militares
para se afastar a incidência de contribuição previdenciária sobre
proventos de aposentadoria no limite máximo estabelecido para os
benefícios do Regime Geral da Previdência Social (RGPS).
3. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
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Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8
Ementa e Acórdão
RCL 27058 AGR / SC
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, em sessão virtual de 1º/12
a 7/12/2017, na conformidade da ata do julgamento, por unanimidade de
votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do
Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14277107.
Supremo Tribunal Federal
RCL 27058 AGR / SC
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, em sessão virtual de 1º/12
a 7/12/2017, na conformidade da ata do julgamento, por unanimidade de
votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do
Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 27.058 SANTA CATARINA
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
AGDO.(A/S)
:MOISES NEPOMUCENO DE ALMEIDA
ADV.(A/S)
:REINALDO DENIS VIANA BARBOSA
INTDO.(A/S)
:TERCEIRA
TURMA
RECURSAL
DO
JUIZADO
ESPECIAL FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO
ESTADO DE SANTA CATARINA
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Cuida-se de agravo regimental interposto com o objetivo de
submeter ao crivo do colegiado do Supremo Tribunal Federal decisão
monocrática mediante a qual julguei procedente a presente ação para
cassar o acórdão prolatado pela Terceira Turma Recursal do Juizado
Especial Federal da Seção Judiciária do Estado de Santa Catarina no
Processo nº 5025245-82.2015.4.04.7200, determinando o sobrestamento
dos autos em referência, em estrita observância à ordem exarada nos
autos do RE nº 596.701/MG-RG.
A União (Fazenda Nacional) insiste na tese, apresentada em sede de
contestação, de que há preclusão do direito do reclamante de questionar a
improcedência do pedido de suspensão, porquanto o pedido de
reconsideração não teria o condão de suspender o transcurso do prazo
para a apresentação de recurso contra a decisão reclamada e, dessa
perspectiva, a interposição de recurso extraordinário no Processo nº
5025245-82.2015.4.04.7200 não constituiria providência suficiente para
afastar o trânsito em julgado da matéria. Nesse tocante, defende que:
“Consoante se verifica do andamento do referido processo
junto à justiça federal catarinense, citado na decisão agravada, o
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 27.058 SANTA CATARINA
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
AGDO.(A/S)
:MOISES NEPOMUCENO DE ALMEIDA
ADV.(A/S)
:REINALDO DENIS VIANA BARBOSA
INTDO.(A/S)
:TERCEIRA
TURMA
RECURSAL
DO
JUIZADO
ESPECIAL FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO
ESTADO DE SANTA CATARINA
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Cuida-se de agravo regimental interposto com o objetivo de
submeter ao crivo do colegiado do Supremo Tribunal Federal decisão
monocrática mediante a qual julguei procedente a presente ação para
cassar o acórdão prolatado pela Terceira Turma Recursal do Juizado
Especial Federal da Seção Judiciária do Estado de Santa Catarina no
Processo nº 5025245-82.2015.4.04.7200, determinando o sobrestamento
dos autos em referência, em estrita observância à ordem exarada nos
autos do RE nº 596.701/MG-RG.
A União (Fazenda Nacional) insiste na tese, apresentada em sede de
contestação, de que há preclusão do direito do reclamante de questionar a
improcedência do pedido de suspensão, porquanto o pedido de
reconsideração não teria o condão de suspender o transcurso do prazo
para a apresentação de recurso contra a decisão reclamada e, dessa
perspectiva, a interposição de recurso extraordinário no Processo nº
5025245-82.2015.4.04.7200 não constituiria providência suficiente para
afastar o trânsito em julgado da matéria. Nesse tocante, defende que:
“Consoante se verifica do andamento do referido processo
junto à justiça federal catarinense, citado na decisão agravada, o
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Relatório
RCL 27058 AGR / SC
que se observa é que do acórdão que julgou a apelação foi
intimada a parte em 16 de dezembro de 2015. Contra tal
decisão a reclamante não interpôs recurso adequado, hábil a
interromper o prazo recursal (embargos de declaração).
Preferiu, 15 (quinze dias) após a intimação do acórdão
embargado – fora do prazo de embargos, portanto – realizar
pedido de reconsideração, onde suscitava a necessidade de
suspensão do processo. Tendo tal pedido de reconsideração,
desprovido de efeitos interruptivos, sido rejeitado, forçoso é
reconhecer-se que o prazo para qualquer recursou se escoou,
inteiramente, na data de 14 de fevereiro de 2017, quando
terminou o prazo para propositura de recurso extraordinário ou
o incidente de uniformização cabíveis, ocorrendo o trânsito em
julgado.
Portanto, a presente reclamação, além de incabível por
força do art. 988, §5º, I, CPC, é absolutamente inútil, eis que
nada sobrestar processo já transitado em julgado. O
sobrestamento pleiteado não é hábil para fazer as vezes de
máquina do tempo, revertendo o prazo já escoado.”
Requer a reconsideração do julgado para que não seja admitida a
reclamação, em face do trânsito em julgado ocorrido ou, sucessivamente,
o provimento do agravo regimental pelo colegiado para que seja provido.
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RCL 27058 AGR / SC
que se observa é que do acórdão que julgou a apelação foi
intimada a parte em 16 de dezembro de 2015. Contra tal
decisão a reclamante não interpôs recurso adequado, hábil a
interromper o prazo recursal (embargos de declaração).
Preferiu, 15 (quinze dias) após a intimação do acórdão
embargado – fora do prazo de embargos, portanto – realizar
pedido de reconsideração, onde suscitava a necessidade de
suspensão do processo. Tendo tal pedido de reconsideração,
desprovido de efeitos interruptivos, sido rejeitado, forçoso é
reconhecer-se que o prazo para qualquer recursou se escoou,
inteiramente, na data de 14 de fevereiro de 2017, quando
terminou o prazo para propositura de recurso extraordinário ou
o incidente de uniformização cabíveis, ocorrendo o trânsito em
julgado.
Portanto, a presente reclamação, além de incabível por
força do art. 988, §5º, I, CPC, é absolutamente inútil, eis que
nada sobrestar processo já transitado em julgado. O
sobrestamento pleiteado não é hábil para fazer as vezes de
máquina do tempo, revertendo o prazo já escoado.”
Requer a reconsideração do julgado para que não seja admitida a
reclamação, em face do trânsito em julgado ocorrido ou, sucessivamente,
o provimento do agravo regimental pelo colegiado para que seja provido.
É o relatório.
2
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 27.058 SANTA CATARINA
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Conforme assentei em sede monocrática, o Processo nº 5025245-
82.2015.4.04.7200 foi decidido pela TERCEIRA TURMA RECURSAL DO
JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SANTA CATARINA/SC,
em sessão de julgamento de 13/12/2016, quando já havia sido publicada a
ordem de “suspensão
do processamento dos feitos judiciais pendentes
que versem sobre a presente questão e tramitem no território nacional,
por força do art. 1.035, § 5º, do CPC” (Rel. Min. Edson Facchin, DJe de
18/10/2016).
Destaquei ainda que Moises Nepomuceno de Almeida, ora
agravado, no prazo recursal, provocou a autoridade ora reclamada,
alertando para a ordem do STF de sobrestamento de processos sobre
temática idêntica à debatida no Processo nº 5025245-82.2015.4.04.7200.
A pretensão da União de que se obste o conhecimento desta ação
com fundamento no trânsito em julgado do Processo nº 5025245-
82.2015.4.04.7200 - anterior ao ajuizamento da presente reclamatória -
demanda que esta Suprema Corte, além de desconsiderar a atuação
diligente de Moises Nepomuceno de Almeida – ao peticionar ao TRF4
que observasse decisão obrigatória do STF pela sistemática da
repercussão geral -, valide atuação do TRF4 em insistir em descumprir a
ordem de suspensão de todos os processos sobre a temática
constitucional em debate no RE nº 596.701/MG-RG.
A presente reclamação constitui hipótese excepcional do cabimento
da reclamação para compelir os demais órgãos do Poder Judiciário a
observarem os efeitos da submissão de matéria constitucional à
sistemática da repercussão geral, tendo em vista não apenas a atuação
zelosa do autor do Processo nº 5025245-82.2015.4.04.7200 (provocando o
Judiciário de forma tempestiva e econômica), mas também
contemporaneamente – vindo a esta Suprema Corte apenas depois de
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 27.058 SANTA CATARINA
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Conforme assentei em sede monocrática, o Processo nº 5025245-
82.2015.4.04.7200 foi decidido pela TERCEIRA TURMA RECURSAL DO
JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SANTA CATARINA/SC,
em sessão de julgamento de 13/12/2016, quando já havia sido publicada a
ordem de “suspensão
do processamento dos feitos judiciais pendentes
que versem sobre a presente questão e tramitem no território nacional,
por força do art. 1.035, § 5º, do CPC” (Rel. Min. Edson Facchin, DJe de
18/10/2016).
Destaquei ainda que Moises Nepomuceno de Almeida, ora
agravado, no prazo recursal, provocou a autoridade ora reclamada,
alertando para a ordem do STF de sobrestamento de processos sobre
temática idêntica à debatida no Processo nº 5025245-82.2015.4.04.7200.
A pretensão da União de que se obste o conhecimento desta ação
com fundamento no trânsito em julgado do Processo nº 5025245-
82.2015.4.04.7200 - anterior ao ajuizamento da presente reclamatória -
demanda que esta Suprema Corte, além de desconsiderar a atuação
diligente de Moises Nepomuceno de Almeida – ao peticionar ao TRF4
que observasse decisão obrigatória do STF pela sistemática da
repercussão geral -, valide atuação do TRF4 em insistir em descumprir a
ordem de suspensão de todos os processos sobre a temática
constitucional em debate no RE nº 596.701/MG-RG.
A presente reclamação constitui hipótese excepcional do cabimento
da reclamação para compelir os demais órgãos do Poder Judiciário a
observarem os efeitos da submissão de matéria constitucional à
sistemática da repercussão geral, tendo em vista não apenas a atuação
zelosa do autor do Processo nº 5025245-82.2015.4.04.7200 (provocando o
Judiciário de forma tempestiva e econômica), mas também
contemporaneamente – vindo a esta Suprema Corte apenas depois de
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
RCL 27058 AGR / SC
verificar a insistência do TRF4 em desrespeitar a autoridade de sua
decisão em sede de repercussão geral, em prejuízo, ademais, à
continuidade de sua pretensão.
Destaco trecho da decisão ora agravada que evidencia que Moises
Nepomuceno de Almeida atuou tempestivamente junto ao TRF4 para que
se observasse a sistemática da repercussão geral no caso de seu interesse:
“Em consulta ao sistema de acompanhamento processual
do TRF4 pela numeração única, verifico que o Processo nº
5025245-82.2015.4.04.7200 foi decidido pela Terceira Turma
Recursal do Juizado Especial Federal da Seção Judiciária de
Santa Catarina/SC, em sessão de julgamento de 13/12/2016 ,
quando já havia sido publicada a ordem de suspensão do
processamento dos feitos judiciais pendentes que versem
sobre a presente questão e tramitem no território nacional, por
força do art. 1.035, §5º, do CPC (Rel. Min. Edson Fachin, DJe de
18/10/2016).
Ainda de acordo com informação obtida em consulta ao
sistema de acompanhamento eletrônico do TRF4, após
intimado, Moisés Nepomuceno de Almeida insurgiu-se no
prazo recursal a ele conferido de 15 (quinze) dias, nos autos
em referência, tornando inequívoca a ciência da autoridade
reclamada quanto à ordem de suspensão dos processos
emanada nos autos do RE nº 596.701/MG-RG.”
Somente após a recusa do TRF4 de se submeter à sistemática da
repercussão geral, mais especificamente, à eficácia da decisão proferida
pelo Ministro Edson Fachin no RE nº 596.701/MG-RG, com fundamento
no art. 1.035, § 5º, do CPC, é que se certificou o trânsito em julgado.
Por essas razões, insisto na manutenção da decisão agravada – no
sentido da procedência da reclamação -, afastando a pretensão da União
de aplicação do óbice ao conhecimento da presente reclamação com
fundamento no art. 988, § 5º, II, do CPC, porquanto ajuizada contra
despacho da autoridade reclamada em que essa se negou a dar
cumprimento à ordem de suspensão do processamento dos feitos
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RCL 27058 AGR / SC
verificar a insistência do TRF4 em desrespeitar a autoridade de sua
decisão em sede de repercussão geral, em prejuízo, ademais, à
continuidade de sua pretensão.
Destaco trecho da decisão ora agravada que evidencia que Moises
Nepomuceno de Almeida atuou tempestivamente junto ao TRF4 para que
se observasse a sistemática da repercussão geral no caso de seu interesse:
“Em consulta ao sistema de acompanhamento processual
do TRF4 pela numeração única, verifico que o Processo nº
5025245-82.2015.4.04.7200 foi decidido pela Terceira Turma
Recursal do Juizado Especial Federal da Seção Judiciária de
Santa Catarina/SC, em sessão de julgamento de 13/12/2016 ,
quando já havia sido publicada a ordem de suspensão do
processamento dos feitos judiciais pendentes que versem
sobre a presente questão e tramitem no território nacional, por
força do art. 1.035, §5º, do CPC (Rel. Min. Edson Fachin, DJe de
18/10/2016).
Ainda de acordo com informação obtida em consulta ao
sistema de acompanhamento eletrônico do TRF4, após
intimado, Moisés Nepomuceno de Almeida insurgiu-se no
prazo recursal a ele conferido de 15 (quinze) dias, nos autos
em referência, tornando inequívoca a ciência da autoridade
reclamada quanto à ordem de suspensão dos processos
emanada nos autos do RE nº 596.701/MG-RG.”
Somente após a recusa do TRF4 de se submeter à sistemática da
repercussão geral, mais especificamente, à eficácia da decisão proferida
pelo Ministro Edson Fachin no RE nº 596.701/MG-RG, com fundamento
no art. 1.035, § 5º, do CPC, é que se certificou o trânsito em julgado.
Por essas razões, insisto na manutenção da decisão agravada – no
sentido da procedência da reclamação -, afastando a pretensão da União
de aplicação do óbice ao conhecimento da presente reclamação com
fundamento no art. 988, § 5º, II, do CPC, porquanto ajuizada contra
despacho da autoridade reclamada em que essa se negou a dar
cumprimento à ordem de suspensão do processamento dos feitos
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
RCL 27058 AGR / SC
judiciais pendentes, em 18/10/2016, mesmo provocada, oportunamente,
pela parte interessada nos autos do Processo nº 5025245-82.2015.4.04.7200,
dando ciência inequívoca da decisão do STF de observância obrigatória
pelos demais órgãos do Poder Judiciário.
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
Tendo em vista a angularização da relação processual estabelecida
na presente reclamação, com a atuação profissional na representação da
parte, fixo os honorários de sucumbência em 10% (dez por cento) sobre o
valor do benefício econômico perseguido no Processo nº 5025245-
82.2015.4.04.7200 (art. 85, §2º, do CPC), cuja execução deverá ser realizada
no juízo de origem.
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RCL 27058 AGR / SC
judiciais pendentes, em 18/10/2016, mesmo provocada, oportunamente,
pela parte interessada nos autos do Processo nº 5025245-82.2015.4.04.7200,
dando ciência inequívoca da decisão do STF de observância obrigatória
pelos demais órgãos do Poder Judiciário.
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
Tendo em vista a angularização da relação processual estabelecida
na presente reclamação, com a atuação profissional na representação da
parte, fixo os honorários de sucumbência em 10% (dez por cento) sobre o
valor do benefício econômico perseguido no Processo nº 5025245-
82.2015.4.04.7200 (art. 85, §2º, do CPC), cuja execução deverá ser realizada
no juízo de origem.
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8
Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 27.058
PROCED. : SANTA CATARINA
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
AGDO.(A/S) : MOISES NEPOMUCENO DE ALMEIDA
ADV.(A/S) : REINALDO DENIS VIANA BARBOSA (42945/SC)
INTDO.(A/S) : TERCEIRA TURMA RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL
DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217649
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 27.058
PROCED. : SANTA CATARINA
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
AGDO.(A/S) : MOISES NEPOMUCENO DE ALMEIDA
ADV.(A/S) : REINALDO DENIS VIANA BARBOSA (42945/SC)
INTDO.(A/S) : TERCEIRA TURMA RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL
DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217649
Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14301009 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-06T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NA RECLAMAÇÃO | EMENTA
Agravo regimental na reclamação. RE nº 596.701/MG-RG. Ordem de suspensão dos processos que cuidem do tema relacionado à aplicação da regra do § 18 do art. 40 da CF/88 ao regime previdenciário dos servidores militares inativos. Aderência estrita. Agravo regimental não provido.
1. A decisão reclamada foi proferida posteriormente à ordem exarada nos autos do RE nº 596.701/MG-RG, de forma a afrontar a autoridade desta Suprema Corte e o conteúdo da decisão de suspensão nacional dos processos que versem sobre o tema em epígrafe.
2. Há aderência estrita entre a matéria constitucional submetida à sistemática da repercussão geral nos autos do RE nº 596.701/MG e o debate instaurado nos autos de origem, relativo à aplicação da regra do § 18 do art. 40 da CF/88 ao regime previdenciário dos servidores militares para se afastar a incidência de contribuição previdenciária sobre proventos de aposentadoria no limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral da Previdência Social (RGPS).
3. Agravo regimental não provido. | sjur379829 | - Acórdão(s) citado(s):
(MILITAR, REGIME DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA)
RE 596701 RG.
Número de páginas: 8.
Análise: 16/02/2018, MAD. | DIAS TOFFOLI | Segunda Turma | 27058 | [
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-00085 PAR-00002 ART-00988 PAR-00005 \n INC-00002 ART-01035 PAR-00005\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL"
] | Rcl-AgR | acordaos | Rcl 27058 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
AGDO.(A/S) : MOISES NEPOMUCENO DE ALMEIDA
ADV.(A/S) : REINALDO DENIS VIANA BARBOSA
INTDO.(A/S) : TERCEIRA TURMA RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECLAMAÇÃO 27 . 058",
"RE [UNK] 596 . 701 / MG",
"RE [UNK] 596 . 701 / MG",
"RE [UNK] 596 . 701 / MG",
"RCL 27058",
"Processo [UNK] 5025245 - 82 . 2015 . 4 . 04 . 7200",
"RE [UNK] 596 . 701 / MG - RG",
"Processo [UNK] 5025245 - 82 . 2015 . 4 . 04 . 7200",
"RECLAMAÇÃO 27 . 058",
"Processo [UNK] 5025245 - 82 . 2015 . 4 . 04 . 7200",
"RE [UNK] 596 . 701 / MG - RG",
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"RCL 27058 AGR / SC",
"RCL 27058 AGR / SC",
"Processo [UNK] 5025245 - 82 . 2015 . 4 .",
"Processo [UNK] 5025245 - 82 . 2015 .",
"Processo [UNK] 5025245 - 82 . 2015 . 4 . 04 . 7200",
"RE [UNK] 596 . 701 / MG - RG",
"Processo [UNK] 5025245 - 82 . 2015 . 4 . 04 . 7200",
"Processo [UNK] 5025245 - 82 . 2015 . 4 . 04 . 7200",
"Processo [UNK] 5025245 - 82 . 2015 . 4 .",
"Processo [UNK] 5025245 - 82 . 2015 . 4 .",
"RE [UNK] 596 . 701 / MG - RG",
"Processo [UNK] 5025245 - 82 . 2015 . 4 . 04 . 7200",
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"RE [UNK] 596 . 701 / MG - RG",
"RCL 27058 AGR / SC",
"Processo [UNK] 5025245 - 82 . 2015 . 4 . 04",
". 7200",
"RE [UNK] 596 . 701 / MG - RG .",
"RE [UNK] 596 . 701 / MG - RG",
"Processo [UNK] 5025245 - 82 . 2015 . 4 .",
"Processo [UNK] 5025245 - 82 . 2015 . 4 . 04 . 7200",
"Processo [UNK] 5025245 - 82 . 2015 .",
"Processo [UNK] 5025245 - 82 . 2015 . 4 ."
],
"LEGISLACAO": [
"§ 18 do art . 40 da CF / 88",
"§ 18 do art . 40 da CF / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 988 , § [UNK] , I , CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 988 , § [UNK] , I , CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 035 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 035 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 035 , § [UNK] , do CPC",
"art . 1 . 035 , § [UNK] , do CPC",
"art . 988 , § [UNK] , II , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 1 . 035 , § [UNK] , do CPC",
"art . 1 . 035 , § [UNK] , do CPC",
"art . 988 , § [UNK] , II , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 85 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 85 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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],
"LOCAL": [
"SANTA CATARINA",
"Brasília",
"Brasília",
"SANTA CATARINA",
"ESTADO DE",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
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"-",
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],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"MOISES NEPOMUCENO DE ALMEIDA",
"REINALDO DENIS VIANA BARBOSA",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"MOISES NEPOMUCENO DE ALMEIDA",
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"DIAS TOFFOLI",
"MOISES NEPOMUCENO DE ALMEIDA",
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"Edson Facchin",
"Moises Nepomuceno de Almeida",
"Moises Nepomuceno de Almeida",
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"Edson Facchin",
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"Edson Fachin",
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"DIAS TOFFOLI",
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"REINALDO DENIS VIANA BARBOSA",
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"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
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"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"DIAS TOFFOLI",
"MOISES NEPOMUCENO DE ALMEIDA",
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"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
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"2017",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
"/",
"12",
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"2017",
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"24",
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"2001",
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"2017",
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"2001",
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"2017",
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"2001",
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"16 de dezembro de 2015",
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"2017",
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"2016",
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"2016",
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"2017",
"13",
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"2016",
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"2016",
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".",
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"/",
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"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.078.220 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ILO LEANDRO BEGROW
ADV.(A/S)
:RODRIGO ZAMPOLI PEREIRA
AGDO.(A/S)
:HERLON DE AGUIAR MACEDO
ADV.(A/S)
:DONIZETE VIANA
EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo.
Processual Civil. Ação monitória fundada em nota promissória.
Prescrição. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Precedentes.
1. A questão relativa ao prazo prescricional da ação monitória
fundada em nota promissória inadimplida depende da análise da
legislação infraconstitucional pertinente, o que é incabível no âmbito do
recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 636/STF.
2. Agravo regimental não provido.
3. Majoração da verba honorária em valor equivalente a 10% (dez
por cento) do total daquela já fixada (art. 85, §§ 2º, 3º e 11, do CPC),
observada a eventual concessão do benefício da gratuidade da justiça.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, em sessão virtual de 1º/12
a 7/12/2017, na conformidade da ata do julgamento, por unanimidade de
votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do
Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10
Ementa e Acórdão
ARE 1078220 AGR / SP
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14249792.
Supremo Tribunal Federal
ARE 1078220 AGR / SP
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14249792.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.078.220 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ILO LEANDRO BEGROW
ADV.(A/S)
:RODRIGO ZAMPOLI PEREIRA
AGDO.(A/S)
:HERLON DE AGUIAR MACEDO
ADV.(A/S)
:DONIZETE VIANA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Ilo Leandro Begrow interpõe tempestivo agravo regimental
(25/10/17) contra a decisão em que neguei seguimento ao recurso, com a
seguinte fundamentação:
“Vistos.
Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu
recurso extraordinário interposto contra acórdão da Décima
Segunda Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do
Estado de São Paulo, assim ementado:
‘PRESCRIÇÃO - NOTA PROMISSÓRIA - Monitória -
Prazo que incide na hipótese que é de cinco anos, a teor do
quanto contido no art. 206, § 5°, inciso I, do CC/2002, já
que o título, mesmo sem executividade, continua
representando divida de valor constante de instrumento
particular - Aplicação analógica da súmula 18 deste
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo - Decreto de
prescrição mantido - Inteligência do art. 252 do RI deste
tribunal - Recurso desprovido.’
Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.
No recurso extraordinário, sustenta-se violação do artigo
5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14249789.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.078.220 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ILO LEANDRO BEGROW
ADV.(A/S)
:RODRIGO ZAMPOLI PEREIRA
AGDO.(A/S)
:HERLON DE AGUIAR MACEDO
ADV.(A/S)
:DONIZETE VIANA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Ilo Leandro Begrow interpõe tempestivo agravo regimental
(25/10/17) contra a decisão em que neguei seguimento ao recurso, com a
seguinte fundamentação:
“Vistos.
Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu
recurso extraordinário interposto contra acórdão da Décima
Segunda Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do
Estado de São Paulo, assim ementado:
‘PRESCRIÇÃO - NOTA PROMISSÓRIA - Monitória -
Prazo que incide na hipótese que é de cinco anos, a teor do
quanto contido no art. 206, § 5°, inciso I, do CC/2002, já
que o título, mesmo sem executividade, continua
representando divida de valor constante de instrumento
particular - Aplicação analógica da súmula 18 deste
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo - Decreto de
prescrição mantido - Inteligência do art. 252 do RI deste
tribunal - Recurso desprovido.’
Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.
No recurso extraordinário, sustenta-se violação do artigo
5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14249789.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10
Relatório
ARE 1078220 AGR / SP
Decido.
A irresignação não merece prosperar, haja vista que esta
Suprema Corte consolidou o entendimento de que a questão
relativa à incidência da prescrição está restrita à interpretação
da legislação infraconstitucional pertinente e ao exame das
provas dos autos, operações vedadas em sede de recurso
extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 279 e 636 desta
Corte. Sobre o tema:
‘AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL
CIVIL.
AÇÃO
MONITÓRIA.
PRESCRIÇÃO.
CERCEAMENTO DE DEFESA. 1. INEXISTÊNCIA DE
CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX, DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA 2. ANÁLISE DE
NORMAS
INFRACONSTITUCIONAIS.
OFENSA
CONSTITUCIONAL INDIRETA. 3. REEXAME DE FATOS
E PROVAS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. 4. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE
NEGA PROVIMENTO’ (ARE nº 737.822/DF-AgR, Segunda
Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 28/5/13).
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
PROCESSUAL
CIVIL.
AÇÃO
MONITÓRIA. TÍTULO EXECUTIVO PRESCRITO. LEI
9.079/95. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO AO DIREITO
ADQUIRIDO E AO ATO JURÍDICO PERFEITO.
MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. 1. O direito
adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, quando
objeto de verificação de cada caso concreto acerca da
ocorrência ou não de violação, não desafiam a instância
extraordinária, posto implicar análise de matéria
infraconstitucional. 2. A prescrição, posto regulada por
normas infraconstitucionais, indica que a eventual
violação à Constituição, se ocorrente, é indireta ou reflexa,
e não enseja o processamento do recurso extraordinário. 3.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14249789.
Supremo Tribunal Federal
ARE 1078220 AGR / SP
Decido.
A irresignação não merece prosperar, haja vista que esta
Suprema Corte consolidou o entendimento de que a questão
relativa à incidência da prescrição está restrita à interpretação
da legislação infraconstitucional pertinente e ao exame das
provas dos autos, operações vedadas em sede de recurso
extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 279 e 636 desta
Corte. Sobre o tema:
‘AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL
CIVIL.
AÇÃO
MONITÓRIA.
PRESCRIÇÃO.
CERCEAMENTO DE DEFESA. 1. INEXISTÊNCIA DE
CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX, DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA 2. ANÁLISE DE
NORMAS
INFRACONSTITUCIONAIS.
OFENSA
CONSTITUCIONAL INDIRETA. 3. REEXAME DE FATOS
E PROVAS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. 4. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE
NEGA PROVIMENTO’ (ARE nº 737.822/DF-AgR, Segunda
Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 28/5/13).
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
PROCESSUAL
CIVIL.
AÇÃO
MONITÓRIA. TÍTULO EXECUTIVO PRESCRITO. LEI
9.079/95. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO AO DIREITO
ADQUIRIDO E AO ATO JURÍDICO PERFEITO.
MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. 1. O direito
adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, quando
objeto de verificação de cada caso concreto acerca da
ocorrência ou não de violação, não desafiam a instância
extraordinária, posto implicar análise de matéria
infraconstitucional. 2. A prescrição, posto regulada por
normas infraconstitucionais, indica que a eventual
violação à Constituição, se ocorrente, é indireta ou reflexa,
e não enseja o processamento do recurso extraordinário. 3.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10
Relatório
ARE 1078220 AGR / SP
Deveras, mesmo afastado o óbice quanto à ausência de
prequestionamento da questão constitucional, o agravo
regimental não merece provimento, posto que a
controvérsia a respeito da aplicabilidade da ação
monitória para as dívidas não prescritas, apostas em
títulos executivos já fulminados pela prescrição, restringe-
se ao exame da norma processual infraconstitucional
aplicável à espécie. 4. In casu, o acórdão recorrido
assentou:
APELAÇÃO
CÍVEL.
EMBARGOS
MONITÓRIOS. AÇÃO MONITÓRIA EMBASADA EM
NOTA
PROMISSÓRIA
ASSINADA
PELO
EMBARGANTE. ALEGAÇÃO DE PAGAMENTO.
INEXISTÊNCIA DE PROVA DOCUMENTAL. ÔNUS
PROBATÓRIO. EFICÁCIA DA PROVA ESCRITA
DEMONSTRA A EXISTÊNCIA DA DÍVIDA. 1. É ônus do
embargante, nos termos do artigo 333, II do CPC, provar
suas alegações em sede de embargos. A nota promissória
comprova a existência de crédito em favor do autor, pois
há ausência de elementos de convicção para desfazer tal
documento. Ademais, é regra basilar em Direito, que o
pagamento se comprova com recibo, ou seja, prova
documental e não testemunhal, nada tendo sido
informado a respeito de eventual pagamento ou da
origem ilícita da dívida. 2. Os juros moratórios na ação
monitória, contam-se a partir da citação, conforme a lei
civil vigente naquela data, no caso, o CC/2002. Deram
parcial provimento. Unânime.’ 5. Agravo regimental
desprovido’ (AI nº 803.153/RS-AgR, Primeira Turma,
Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 17/4/12).
Ante o exposto, nos termos do artigo 21, § 1º, do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego
seguimento ao recurso.”
Sustenta o agravante que teria havido violação direta do art. 5º,
incisos XXXV e XXXVI, da Constituição Federal.
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1078220 AGR / SP
Deveras, mesmo afastado o óbice quanto à ausência de
prequestionamento da questão constitucional, o agravo
regimental não merece provimento, posto que a
controvérsia a respeito da aplicabilidade da ação
monitória para as dívidas não prescritas, apostas em
títulos executivos já fulminados pela prescrição, restringe-
se ao exame da norma processual infraconstitucional
aplicável à espécie. 4. In casu, o acórdão recorrido
assentou:
APELAÇÃO
CÍVEL.
EMBARGOS
MONITÓRIOS. AÇÃO MONITÓRIA EMBASADA EM
NOTA
PROMISSÓRIA
ASSINADA
PELO
EMBARGANTE. ALEGAÇÃO DE PAGAMENTO.
INEXISTÊNCIA DE PROVA DOCUMENTAL. ÔNUS
PROBATÓRIO. EFICÁCIA DA PROVA ESCRITA
DEMONSTRA A EXISTÊNCIA DA DÍVIDA. 1. É ônus do
embargante, nos termos do artigo 333, II do CPC, provar
suas alegações em sede de embargos. A nota promissória
comprova a existência de crédito em favor do autor, pois
há ausência de elementos de convicção para desfazer tal
documento. Ademais, é regra basilar em Direito, que o
pagamento se comprova com recibo, ou seja, prova
documental e não testemunhal, nada tendo sido
informado a respeito de eventual pagamento ou da
origem ilícita da dívida. 2. Os juros moratórios na ação
monitória, contam-se a partir da citação, conforme a lei
civil vigente naquela data, no caso, o CC/2002. Deram
parcial provimento. Unânime.’ 5. Agravo regimental
desprovido’ (AI nº 803.153/RS-AgR, Primeira Turma,
Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 17/4/12).
Ante o exposto, nos termos do artigo 21, § 1º, do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego
seguimento ao recurso.”
Sustenta o agravante que teria havido violação direta do art. 5º,
incisos XXXV e XXXVI, da Constituição Federal.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10
Relatório
ARE 1078220 AGR / SP
Aduz, in verbis, que
“(…) não há que se falar em ofensa ao direito
constitucional indireta e reflexa, NÃO se aplicando ao presente
caso as súmulas 279 e 636 do STF ambas divorciadas do direito
do peticionário ora agravante, tendo em vista que a nota
promissória não está prescrita em decorrência de ser um direito
pessoal constitucional em cláusulas pétreas já narrados nos
parágrafos anteriores”.
Em atenção ao princípio da celeridade processual e por não verificar
prejuízo para a parte agravada, deixo de abrir prazo para contrarrazões.
É o relatório.
4
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14249789.
Supremo Tribunal Federal
ARE 1078220 AGR / SP
Aduz, in verbis, que
“(…) não há que se falar em ofensa ao direito
constitucional indireta e reflexa, NÃO se aplicando ao presente
caso as súmulas 279 e 636 do STF ambas divorciadas do direito
do peticionário ora agravante, tendo em vista que a nota
promissória não está prescrita em decorrência de ser um direito
pessoal constitucional em cláusulas pétreas já narrados nos
parágrafos anteriores”.
Em atenção ao princípio da celeridade processual e por não verificar
prejuízo para a parte agravada, deixo de abrir prazo para contrarrazões.
É o relatório.
4
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.078.220 SÃO
PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
A pretensão não merece acolhida.
Colhe-se do acórdão recorrido o seguinte:
“2. Irrepreensível a r. sentença de primeiro grau, que deve
ser confirmada por seus próprios e jurídicos fundamentos, os
quais ficam inteiramente adotados como razão de decidir pelo
desprovimento do recurso, a teor do quanto previsto pelo
artigo 252 do Regimento Interno deste Egrégio Tribunal de
Justiça.
E isso porque o prazo prescricional incidente na hipótese
(monitória fundada em nota promissória inadimplida) realmente é
de cinco anos, e não de dez, como defendido pelo apelante.
Tal ocorre porque referido título, mesmo tendo perdido
sua executividade, (três anos), continua sendo documento
particular representativo de dívida liquida, a teor do quanto
contido do artigo 206, §5º,, inciso I, do Código Civil.”
Destarte, conforme já consignado na decisão agravada, a matéria
relativa ao prazo prescricional da ação monitória fundada em nota
promissória inadimplida depende da análise da legislação
infraconstitucional pertinente, o que é incabível no âmbito do recurso
extraordinário. Sobre o tema:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL.
AÇÃO MONITÓRIA. PRESCRIÇÃO. CERCEAMENTO DE
DEFESA. 1. INEXISTÊNCIA DE CONTRARIEDADE AO ART.
93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA 2. ANÁLISE
DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS. OFENSA
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.078.220 SÃO
PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
A pretensão não merece acolhida.
Colhe-se do acórdão recorrido o seguinte:
“2. Irrepreensível a r. sentença de primeiro grau, que deve
ser confirmada por seus próprios e jurídicos fundamentos, os
quais ficam inteiramente adotados como razão de decidir pelo
desprovimento do recurso, a teor do quanto previsto pelo
artigo 252 do Regimento Interno deste Egrégio Tribunal de
Justiça.
E isso porque o prazo prescricional incidente na hipótese
(monitória fundada em nota promissória inadimplida) realmente é
de cinco anos, e não de dez, como defendido pelo apelante.
Tal ocorre porque referido título, mesmo tendo perdido
sua executividade, (três anos), continua sendo documento
particular representativo de dívida liquida, a teor do quanto
contido do artigo 206, §5º,, inciso I, do Código Civil.”
Destarte, conforme já consignado na decisão agravada, a matéria
relativa ao prazo prescricional da ação monitória fundada em nota
promissória inadimplida depende da análise da legislação
infraconstitucional pertinente, o que é incabível no âmbito do recurso
extraordinário. Sobre o tema:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL.
AÇÃO MONITÓRIA. PRESCRIÇÃO. CERCEAMENTO DE
DEFESA. 1. INEXISTÊNCIA DE CONTRARIEDADE AO ART.
93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA 2. ANÁLISE
DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS. OFENSA
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 1078220 AGR / SP
CONSTITUCIONAL INDIRETA. 3. REEXAME DE FATOS E
PROVAS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. 4. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO” (ARE nº 737.822/DF-AgR, Segunda Turma,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 28/5/13).
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO MONITÓRIA.
TÍTULO EXECUTIVO PRESCRITO. LEI 9.079/95. ALEGAÇÃO
DE VIOLAÇÃO AO DIREITO ADQUIRIDO E AO ATO
JURÍDICO PERFEITO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL.
1. O direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada,
quando objeto de verificação de cada caso concreto acerca da
ocorrência ou não de violação, não desafiam a instância
extraordinária, posto implicar análise de matéria
infraconstitucional. 2. A prescrição, posto regulada por normas
infraconstitucionais, indica que a eventual violação à
Constituição, se ocorrente, é indireta ou reflexa, e não enseja o
processamento do recurso extraordinário. 3. Deveras, mesmo
afastado o óbice quanto à ausência de prequestionamento da
questão constitucional, o agravo regimental não merece
provimento, posto que a controvérsia a respeito da
aplicabilidade da ação monitória para as dívidas não prescritas,
apostas em títulos executivos já fulminados pela prescrição,
restringe-se ao exame da norma processual infraconstitucional
aplicável à espécie. 4. In casu, o acórdão recorrido assentou:
APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS MONITÓRIOS. AÇÃO
MONITÓRIA EMBASADA EM NOTA PROMISSÓRIA
ASSINADA PELO EMBARGANTE. ALEGAÇÃO DE
PAGAMENTO. INEXISTÊNCIA DE PROVA DOCUMENTAL.
ÔNUS PROBATÓRIO. EFICÁCIA DA PROVA ESCRITA
DEMONSTRA A EXISTÊNCIA DA DÍVIDA. 1. É ônus do
embargante, nos termos do artigo 333, II do CPC, provar suas
alegações em sede de embargos. A nota promissória comprova
a existência de crédito em favor do autor, pois há ausência de
elementos de convicção para desfazer tal documento. Ademais,
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1078220 AGR / SP
CONSTITUCIONAL INDIRETA. 3. REEXAME DE FATOS E
PROVAS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. 4. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO” (ARE nº 737.822/DF-AgR, Segunda Turma,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 28/5/13).
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO MONITÓRIA.
TÍTULO EXECUTIVO PRESCRITO. LEI 9.079/95. ALEGAÇÃO
DE VIOLAÇÃO AO DIREITO ADQUIRIDO E AO ATO
JURÍDICO PERFEITO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL.
1. O direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada,
quando objeto de verificação de cada caso concreto acerca da
ocorrência ou não de violação, não desafiam a instância
extraordinária, posto implicar análise de matéria
infraconstitucional. 2. A prescrição, posto regulada por normas
infraconstitucionais, indica que a eventual violação à
Constituição, se ocorrente, é indireta ou reflexa, e não enseja o
processamento do recurso extraordinário. 3. Deveras, mesmo
afastado o óbice quanto à ausência de prequestionamento da
questão constitucional, o agravo regimental não merece
provimento, posto que a controvérsia a respeito da
aplicabilidade da ação monitória para as dívidas não prescritas,
apostas em títulos executivos já fulminados pela prescrição,
restringe-se ao exame da norma processual infraconstitucional
aplicável à espécie. 4. In casu, o acórdão recorrido assentou:
APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS MONITÓRIOS. AÇÃO
MONITÓRIA EMBASADA EM NOTA PROMISSÓRIA
ASSINADA PELO EMBARGANTE. ALEGAÇÃO DE
PAGAMENTO. INEXISTÊNCIA DE PROVA DOCUMENTAL.
ÔNUS PROBATÓRIO. EFICÁCIA DA PROVA ESCRITA
DEMONSTRA A EXISTÊNCIA DA DÍVIDA. 1. É ônus do
embargante, nos termos do artigo 333, II do CPC, provar suas
alegações em sede de embargos. A nota promissória comprova
a existência de crédito em favor do autor, pois há ausência de
elementos de convicção para desfazer tal documento. Ademais,
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 1078220 AGR / SP
é regra basilar em Direito, que o pagamento se comprova com
recibo, ou seja, prova documental e não testemunhal, nada
tendo sido informado a respeito de eventual pagamento ou da
origem ilícita da dívida. 2. Os juros moratórios na ação
monitória, contam-se a partir da citação, conforme a lei civil
vigente naquela data, no caso, o CC/2002. Deram parcial
provimento. Unânime. 5. Agravo regimental desprovido” (AI nº
803.153/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux,
DJe de 17/4/12).
Nego provimento ao agravo regimental.
Determino que, a título de honorários recursais, a verba honorária já
fixada seja acrescida do valor equivalente a 10% (dez por cento) de seu
total, nos termos do art. 85, § 11, do Código de Processo Civil, observados
os limites dos §§ 2º e 3º do citado artigo e a eventual concessão do
benefício da gratuidade da justiça.
É como voto.
3
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Supremo Tribunal Federal
ARE 1078220 AGR / SP
é regra basilar em Direito, que o pagamento se comprova com
recibo, ou seja, prova documental e não testemunhal, nada
tendo sido informado a respeito de eventual pagamento ou da
origem ilícita da dívida. 2. Os juros moratórios na ação
monitória, contam-se a partir da citação, conforme a lei civil
vigente naquela data, no caso, o CC/2002. Deram parcial
provimento. Unânime. 5. Agravo regimental desprovido” (AI nº
803.153/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux,
DJe de 17/4/12).
Nego provimento ao agravo regimental.
Determino que, a título de honorários recursais, a verba honorária já
fixada seja acrescida do valor equivalente a 10% (dez por cento) de seu
total, nos termos do art. 85, § 11, do Código de Processo Civil, observados
os limites dos §§ 2º e 3º do citado artigo e a eventual concessão do
benefício da gratuidade da justiça.
É como voto.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10
Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.078.220
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : ILO LEANDRO BEGROW
ADV.(A/S) : RODRIGO ZAMPOLI PEREIRA (7198/O/MT, 302569/SP)
AGDO.(A/S) : HERLON DE AGUIAR MACEDO
ADV.(A/S) : DONIZETE VIANA (309151/SP)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217755
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.078.220
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : ILO LEANDRO BEGROW
ADV.(A/S) : RODRIGO ZAMPOLI PEREIRA (7198/O/MT, 302569/SP)
AGDO.(A/S) : HERLON DE AGUIAR MACEDO
ADV.(A/S) : DONIZETE VIANA (309151/SP)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217755
Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14257066 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-01T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Processual Civil. Ação monitória fundada em nota promissória. Prescrição. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Precedentes.
1. A questão relativa ao prazo prescricional da ação monitória fundada em nota promissória inadimplida depende da análise da legislação infraconstitucional pertinente, o que é incabível no âmbito do recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 636/STF.
2. Agravo regimental não provido.
3. Majoração da verba honorária em valor equivalente a 10% (dez por cento) do total daquela já fixada (art. 85, §§ 2º, 3º e 11, do CPC), observada a eventual concessão do benefício da gratuidade da justiça. | sjur379581 | - Acórdão(s) citado(s):
(LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL)
AI 803153 AgR (1ªT), ARE 737822 AgR (2ªT).
Número de páginas: 10.
Análise: 08/02/2018, BMP. | DIAS TOFFOLI | Segunda Turma | 1078220 | [
"LEG-FED LEI-013105 ANO-2015\n ART-00085 PAR-00002 PAR-00003 PAR-00011\n CPC-2015 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000636 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 1078220 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ILO LEANDRO BEGROW
ADV.(A/S) : RODRIGO ZAMPOLI PEREIRA
AGDO.(A/S) : HERLON DE AGUIAR MACEDO
ADV.(A/S) : DONIZETE VIANA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1 . 078 . 220",
"Súmula [UNK] 636 / STF",
"ARE 1078220 AGR / SP",
"ARE 1078220 AGR / SP",
"súmula 18 deste Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"súmula 18 deste Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"ARE 1078220 AGR / SP",
"SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"ARE [UNK] 737 . 822 / DF - AgR",
"ARE 1078220 AGR / SP",
"SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"ARE [UNK] 737 . 822 / DF - AgR",
"ARE 1078220 AGR / SP",
"AI [UNK] 803 . 153 / RS - AgR",
"AI [UNK] 803 . 153 / RS - AgR",
"ARE 1078220 AGR / SP",
"súmulas 279 e 636 do STF",
"ARE 1078220 AGR / SP",
"súmulas 279 e 636 do STF",
"SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"ARE [UNK] 737 . 822 / DF - AgR",
"ARE 1078220 AGR / SP",
"SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"ARE [UNK] 737 . 822 / DF - AgR",
"AI [UNK] 803 . 153 / RS - AgR",
"ARE 1078220",
"AI [UNK] 803 . 153 / RS - AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 85 , § § [UNK] , [UNK] e 11 , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 206 , § 5° , inciso I , do CC / 2002",
"artigo [UNK] , inciso XXXVI , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 206 , § 5° , inciso I , do CC / 2002",
"artigo [UNK] , inciso XXXVI , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 93 , INC . IX , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"LEI 9 . 079 / 95",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 93 , INC . IX , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"LEI 9 .",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 333 , II do CPC",
"CC",
"/",
"2002",
"artigo 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"art . [UNK] , incisos XXXV e XXXVI , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 333 , II do CPC",
"CC",
"/",
"2002",
"artigo 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"art . [UNK] , incisos XXXV e XXXVI , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 206 , § [UNK] , , inciso I , do Código Civil .",
"ART . 93 , INC . IX , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 206 , § [UNK] , , inciso I , do Código Civil .",
"ART . 93 , INC . IX , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI 9 . 079 / 95",
"Constituição",
"artigo 333 , II do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI 9 . 079 / 95",
"Constituição",
"artigo 333 , II do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CC",
"/",
"2002",
"art . 85 , § 11 , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CC",
"/",
"2002",
"art . 85 , § 11 , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Décima Segunda Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Décima Segunda Câmara de Direito Privado",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"SP",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"SP",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"ILO LEANDRO BEGROW",
"RODRIGO ZAMPOLI PEREIRA",
"HERLON DE AGUIAR MACEDO",
"DONIZETE VIANA",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"ILO LEANDRO BEGROW",
"RODRIGO ZAMPOLI PEREIRA",
"HERLON DE AGUIAR MACEDO",
"DONIZETE VIANA",
"DIAS TOFFOLI",
"Ilo Leandro Begrow",
"DIAS TOFFOLI",
"ILO LEANDRO BEGROW",
"RODRIGO ZAMPOLI PEREIRA",
"HERLON DE AGUIAR MACEDO",
"DONIZETE VIANA",
"DIAS TOFFOLI",
"Ilo Leandro Begrow",
"Cármen Lúcia",
"Cármen Lúcia",
"Luiz Fux",
"Luiz Fux",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Cármen Lúcia",
"Cármen Lúcia",
"DIAS TOFFOLI",
"Luiz Fux",
"Luiz Fux",
"DIAS TOFFOLI",
"ILO LEANDRO BEGROW",
"RODRIGO ZAMPOLI PEREIRA",
"HERLON DE AGUIAR MACEDO",
"DONIZETE VIANA",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"DIAS TOFFOLI",
"ILO LEANDRO BEGROW",
"RODRIGO ZAMPOLI PEREIRA",
"HERLON DE AGUIAR MACEDO",
"DONIZETE VIANA",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"[UNK]",
"/",
"12",
"7",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"25",
"/",
"10",
"/",
"17",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"25",
"/",
"10",
"/",
"17",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
"/",
"5",
"/",
"13",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
"/",
"5",
"/",
"13",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
"/",
"4",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
"/",
"4",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
"/",
"5",
"/",
"13",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
"/",
"5",
"/",
"13",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
"/",
"4",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
"/",
"4",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.064.866
MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO
HORIZONTE
AGDO.(A/S)
:SMP PARTICIPACOES LTDA
ADV.(A/S)
:DANIEL DOS SANTOS ANDRADE
Ementa:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. TAXA DE COLETA
DE LIXO. REITERAÇÃO DA TESE DO RECURSO INADMITIDO.
SUBSISTÊNCIA DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO A QUE SE NEGA
PROVIMENTO.
I - As razões do agravo regimental são inaptas para desconstituir os
fundamentos da decisão agravada, que, por isso, se mantêm hígidos.
II - Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em sessão
virtual da Segunda Turma, na conformidade da ata de julgamentos, por
unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do
voto do Relator.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14231977.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.064.866
MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO
HORIZONTE
AGDO.(A/S)
:SMP PARTICIPACOES LTDA
ADV.(A/S)
:DANIEL DOS SANTOS ANDRADE
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao
recurso extraordinário com agravo.
A parte agravante interpõe este agravo regimental pelas razões
expostas no documento eletrônico 6 e requer o provimento do recurso.
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14231978.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.064.866
MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO
HORIZONTE
AGDO.(A/S)
:SMP PARTICIPACOES LTDA
ADV.(A/S)
:DANIEL DOS SANTOS ANDRADE
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao
recurso extraordinário com agravo.
A parte agravante interpõe este agravo regimental pelas razões
expostas no documento eletrônico 6 e requer o provimento do recurso.
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14231978.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.064.866
MINAS GERAIS
V O T O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Consta da
decisão agravada:
“A pretensão recursal não merece acolhida.
Destaca-se do voto condutor do acórdão recorrido (págs.
132-135 do documento eletrônico 1):
“Firmadas essas considerações iniciais e para a adequada
resolução dos pontos controvertidos suscitados pelas partes, é
relevante destacar que, ao tempo do lançamento tributário
impugnado nos autos, as questões concernentes ao serviço de
limpeza urbana de Belo Horizonte eram disciplinadas pela Lei
Municipal n°. 2.968/1978, que prescrevia:
[…]
A análise das proposições normativas informa que a coleta
dos resíduos sólidos especiais era realizada pela
Superintendência de Limpeza Urbana em caráter facultativo,
mediante a cobrança do preço público relativo à prestação de
serviço extraordinário.
Ocorre que, ao enumerar os requisitos necessários a
obtenção do licenciamento ambiental, o ente público impôs a
contratação de empresa de coleta e transporte em relação aos
resíduos sólidos especiais ou, alternativamente, o
cadastramento da empresa no serviço extraordinário da SLU,
nos seguintes termos:
[…]
Em face dessa circunstância, a autora veio a firmar
contrato de prestação de serviço de coleta de resíduos especiais
com empresa particular, conforme evidenciado às f. 34,
dispensando o serviço da SLU.
Todavia, conquanto a efetiva prestação haja sido
outorgada à terceiro, o Município de Belo Horizonte veio a
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14231979.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.064.866
MINAS GERAIS
V O T O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Consta da
decisão agravada:
“A pretensão recursal não merece acolhida.
Destaca-se do voto condutor do acórdão recorrido (págs.
132-135 do documento eletrônico 1):
“Firmadas essas considerações iniciais e para a adequada
resolução dos pontos controvertidos suscitados pelas partes, é
relevante destacar que, ao tempo do lançamento tributário
impugnado nos autos, as questões concernentes ao serviço de
limpeza urbana de Belo Horizonte eram disciplinadas pela Lei
Municipal n°. 2.968/1978, que prescrevia:
[…]
A análise das proposições normativas informa que a coleta
dos resíduos sólidos especiais era realizada pela
Superintendência de Limpeza Urbana em caráter facultativo,
mediante a cobrança do preço público relativo à prestação de
serviço extraordinário.
Ocorre que, ao enumerar os requisitos necessários a
obtenção do licenciamento ambiental, o ente público impôs a
contratação de empresa de coleta e transporte em relação aos
resíduos sólidos especiais ou, alternativamente, o
cadastramento da empresa no serviço extraordinário da SLU,
nos seguintes termos:
[…]
Em face dessa circunstância, a autora veio a firmar
contrato de prestação de serviço de coleta de resíduos especiais
com empresa particular, conforme evidenciado às f. 34,
dispensando o serviço da SLU.
Todavia, conquanto a efetiva prestação haja sido
outorgada à terceiro, o Município de Belo Horizonte veio a
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14231979.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
ARE 1064866 AGR / MG
realizar o lançamento da TCR em face da autoria, respaldado
nos termos da Lei Municipal n°. 8.147/2000, que prescreve:
[…]
Partindo da análise conjunta das previsões normativas, o
Município depreende que a exigência de contratação de
empresa para coleta dos resíduos sólidos especiais – faculdade
conferida pela lei em relação a contratação da SLU, com
remuneração mediante o pagamento de preço público – não se
confunde com o serviço de coleta de resíduos sólidos urbanos,
posto à disposição do contribuinte e remunerado mediante a
cobrança da taxa”.
Percebe-se do trecho transcrito que, para se chegar à
conclusão contrária à adotada pelo Tribunal a quo, seria
necessário, além do reexame do conjunto fático-probatório
constante dos autos, o que encontra óbice na Súmula 279 desta
Corte, a reinterpretação de normas infraconstitucionais locais
(Leis Municipais 2.968/1978 e 8.147/2000), o que atrai a
incidência da Súmula 280 deste Tribunal. Inviável, portanto, o
recurso extraordinário. Com esse entendimento, cito o AI
531.823-AgR/RJ, de relatoria do Ministro Joaquim Barbosa, cuja
ementa segue transcrita:
“CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. TAXA DE COLETA
DE LIXO. COBRANÇA CONCOMITANTE AO DEVER DE
CONTRATAR EMPRESA PRIVADA PARA REMOVER LIXO
QUE SUPERASSE CERTA QUANTIDADE. MUNICÍPIO DO
RIO DE JANEIRO. ACÓRDÃO QUE CONCLUI NÃO HAVER
MOTIVAÇÃO PARA A CUMULAÇÃO DE OBRIGAÇÕES.
OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA OU REFLEXA.
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. O Tribunal de
origem entendeu incabível o dever de contratação de empresa
privada para coleta de lixo cuja quantidade superasse marca
previamente definida, cumulado com a cobrança simultânea de
taxa destinada a custear serviço público de coleta de lixo e
resíduos. Para tanto, o acórdão recorrido baseou-se na
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14231979.
Supremo Tribunal Federal
ARE 1064866 AGR / MG
realizar o lançamento da TCR em face da autoria, respaldado
nos termos da Lei Municipal n°. 8.147/2000, que prescreve:
[…]
Partindo da análise conjunta das previsões normativas, o
Município depreende que a exigência de contratação de
empresa para coleta dos resíduos sólidos especiais – faculdade
conferida pela lei em relação a contratação da SLU, com
remuneração mediante o pagamento de preço público – não se
confunde com o serviço de coleta de resíduos sólidos urbanos,
posto à disposição do contribuinte e remunerado mediante a
cobrança da taxa”.
Percebe-se do trecho transcrito que, para se chegar à
conclusão contrária à adotada pelo Tribunal a quo, seria
necessário, além do reexame do conjunto fático-probatório
constante dos autos, o que encontra óbice na Súmula 279 desta
Corte, a reinterpretação de normas infraconstitucionais locais
(Leis Municipais 2.968/1978 e 8.147/2000), o que atrai a
incidência da Súmula 280 deste Tribunal. Inviável, portanto, o
recurso extraordinário. Com esse entendimento, cito o AI
531.823-AgR/RJ, de relatoria do Ministro Joaquim Barbosa, cuja
ementa segue transcrita:
“CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. TAXA DE COLETA
DE LIXO. COBRANÇA CONCOMITANTE AO DEVER DE
CONTRATAR EMPRESA PRIVADA PARA REMOVER LIXO
QUE SUPERASSE CERTA QUANTIDADE. MUNICÍPIO DO
RIO DE JANEIRO. ACÓRDÃO QUE CONCLUI NÃO HAVER
MOTIVAÇÃO PARA A CUMULAÇÃO DE OBRIGAÇÕES.
OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA OU REFLEXA.
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. O Tribunal de
origem entendeu incabível o dever de contratação de empresa
privada para coleta de lixo cuja quantidade superasse marca
previamente definida, cumulado com a cobrança simultânea de
taxa destinada a custear serviço público de coleta de lixo e
resíduos. Para tanto, o acórdão recorrido baseou-se na
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14231979.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
ARE 1064866 AGR / MG
legislação local. No caso em exame, eventual violação
constitucional, se existente, seria indireta ou reflexa. Agravo
regimental ao qual se nega provimento”.
Isso posto, nego seguimento ao recurso (art. 21, § 1°, do
RISTF).”.
Assim, bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora
atacada não merece reforma, visto que a parte recorrente não aduz
argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Deve, assim,
ser mantida por seus próprios fundamentos.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14231979.
Supremo Tribunal Federal
ARE 1064866 AGR / MG
legislação local. No caso em exame, eventual violação
constitucional, se existente, seria indireta ou reflexa. Agravo
regimental ao qual se nega provimento”.
Isso posto, nego seguimento ao recurso (art. 21, § 1°, do
RISTF).”.
Assim, bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora
atacada não merece reforma, visto que a parte recorrente não aduz
argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Deve, assim,
ser mantida por seus próprios fundamentos.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.064.866
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE
AGDO.(A/S) : SMP PARTICIPACOES LTDA
ADV.(A/S) : DANIEL DOS SANTOS ANDRADE (126664/MG)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.064.866
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE
AGDO.(A/S) : SMP PARTICIPACOES LTDA
ADV.(A/S) : DANIEL DOS SANTOS ANDRADE (126664/MG)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão
Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217735
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14257073 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-01T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. TAXA DE COLETA DE LIXO. REITERAÇÃO DA TESE DO RECURSO INADMITIDO. SUBSISTÊNCIA DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
I - As razões do agravo regimental são inaptas para desconstituir os fundamentos da decisão agravada, que, por isso, se mantêm hígidos.
II - Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur379588 | Número de páginas: 6.
Análise: 06/02/2018, MJC. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 1064866 | [
"LEG-MUN LEI-002968 ANO-1978\n LEI ORDINÁRIA MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE, MG\n\n",
"LEG-MUN LEI-008147 ANO-2000\n LEI ORDINÁRIA MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE, MG"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 1064866 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE
AGDO.(A/S) : SMP PARTICIPACOES LTDA
ADV.(A/S) : DANIEL DOS SANTOS ANDRADE | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1 . 064 . 866",
"AI 531 . 823 - AgR / RJ",
"ARE 1064866 AGR / MG",
"ARE 1064866 AGR / MG"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Municipal n° . 2 . 968 / 1978",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Municipal n° . 2 . 968 / 1978",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Municipal n° . 8 . 147 / 2000",
"Leis Municipais 2 . 968 / 1978",
"8",
".",
"147",
"/",
"2000",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Municipal n° . 8 . 147 / 2000",
"Leis Municipais 2 . 968 / 1978",
"8",
".",
"147",
"/",
"2000",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 21 , § 1° , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 /"
],
"LOCAL": [
"MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE",
"Brasília",
"MINAS GERAIS",
"MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE",
"MINAS GERAIS",
"MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE",
"MUNICÍPIO",
"BELO HORIZONTE",
"MINAS GERAIS",
"Belo Horizonte",
"Município de Belo Horizonte",
"Belo Horizonte",
"Município de Belo Horizonte",
"MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO",
"MINAS GERAIS",
"MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE",
"BELO HORIZONTE",
"MINAS GERAIS",
"MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE",
"MUNICÍPIO",
"BELO HORIZONTE"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"MUNICÍPIO",
"SMP PARTICIPACOES LTDA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MUNICÍPIO",
"SMP PARTICIPACOES LTDA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SMP PARTICIPACOES LTDA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Superintendência de Limpeza Urbana",
"SLU",
"SLU",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Superintendência de Limpeza Urbana",
"SLU",
"SLU",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"MG",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"AGR",
"/",
"MG",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SMP PARTICIPACOES LTDA",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"DANIEL DOS SANTOS ANDRADE",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"DANIEL DOS SANTOS ANDRADE",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"DANIEL DOS SANTOS ANDRADE",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Joaquim Barbosa",
"Joaquim Barbosa",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"DANIEL DOS SANTOS ANDRADE",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"DANIEL DOS SANTOS ANDRADE",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.510 CEARÁ
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:CARLOS LEONARDO TEIXEIRA CARNEIRO
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS
FEDERAIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO CEARÁ
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. CONCESSÃO
DE DIÁRIAS A INTEGRANTE DA MAGISTRATURA. PRINCÍPIO DA
SIMETRIA. AUSÊNCIA DE IDENTIDADE MATERIAL ENTRE O ATO
RECLAMADO E O VERBETE DA SÚMULA VINCULANTE 37.
EXCEPCIONALIDADE DO DISPOSTO NO ART. 102, I, N, DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA
PROVIMENTO.
I - A concessão de diárias a integrante da Magistratura com
fundamento no princípio da simetria não enseja reclamação por ofensa à
Súmula Vinculante 37.
II - A interpretação atual da regra do art. 102, I, n, da Constituição é
no sentido de que somente se adequam à norma em exame aquelas
demandas nas quais se demonstre a presença, cumulativamente, de dois
requisitos, quais sejam: (i) a existência de interesse de toda a
Magistratura; (ii) que esse interesse seja exclusivo dos Magistrados.
III – Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em sessão
virtual da Segunda Turma, na conformidade da ata de julgamentos, por
maioria, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do
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Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11
Ementa e Acórdão
RCL 26510 AGR / CE
Relator, vencidos os Ministros Gilmar Mendes e Celso de Mello.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR
2
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Supremo Tribunal Federal
RCL 26510 AGR / CE
Relator, vencidos os Ministros Gilmar Mendes e Celso de Mello.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.510 CEARÁ
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:CARLOS LEONARDO TEIXEIRA CARNEIRO
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS
FEDERAIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO CEARÁ
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto pela União contra decisão monocrática, de
minha relatoria, que negou seguimento à reclamação.
Neste recurso, a agravante sustenta que a decisão afastou
indevidamente a incidência da Súmula Vinculante 37, devendo ser
revista.
É o relatório.
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Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.510 CEARÁ
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:CARLOS LEONARDO TEIXEIRA CARNEIRO
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS
FEDERAIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO CEARÁ
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto pela União contra decisão monocrática, de
minha relatoria, que negou seguimento à reclamação.
Neste recurso, a agravante sustenta que a decisão afastou
indevidamente a incidência da Súmula Vinculante 37, devendo ser
revista.
É o relatório.
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232390.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.510 CEARÁ
V O T O
O Senhor Ministro
Ricardo Lewandowski
(Relator): Bem
examinados os autos, verifico que a decisão agravada não merece
reforma.
Por oportuno, transcrevo o inteiro teor da decisão guerreada:
“Trata-se de reclamação, com pedido liminar, ajuizada
pela União, na qual alega descumprimento da Súmula
Vinculante 37.
A União relatou, em síntese, que decisão proferida pelo
Juízo de origem, ao assegurar a integrante da Magistratura a
percepção de diárias sob fundamento de isonomia e/ou
simetria, violou a autoridade da Súmula Vinculante 37, razão
pela qual a decisão deve ser cassada.
Requereu, assim, a anulação da decisão, bem como o
deferimento da liminar para suspendê-la desde já.
A liminar foi deferida para determinar o sobrestamento do
feito objeto destes autos, na origem, até que se conclua o
julgamento da ADI 4822, de relatoria do Ministro Marco
Aurélio.
Citado, o interessado não apresentou contestação.
A Procuradoria-Geral da República manifestou-se pela
negativa de seguimento da reclamação.
É o relatório. Decido.
Bem examinados os autos, deve-se ressaltar, inicialmente,
que a reclamação destina-se a preservar a competência desta
Suprema Corte e a garantir a autoridade de suas decisões, ex vi
do artigo 102, I, l, além de salvaguardar o estrito cumprimento
das súmulas vinculantes, nos termos do art. 103-A, § 3º, da
Constituição da República, incluído pela Emenda
Constitucional 45/2004.
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232391.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.510 CEARÁ
V O T O
O Senhor Ministro
Ricardo Lewandowski
(Relator): Bem
examinados os autos, verifico que a decisão agravada não merece
reforma.
Por oportuno, transcrevo o inteiro teor da decisão guerreada:
“Trata-se de reclamação, com pedido liminar, ajuizada
pela União, na qual alega descumprimento da Súmula
Vinculante 37.
A União relatou, em síntese, que decisão proferida pelo
Juízo de origem, ao assegurar a integrante da Magistratura a
percepção de diárias sob fundamento de isonomia e/ou
simetria, violou a autoridade da Súmula Vinculante 37, razão
pela qual a decisão deve ser cassada.
Requereu, assim, a anulação da decisão, bem como o
deferimento da liminar para suspendê-la desde já.
A liminar foi deferida para determinar o sobrestamento do
feito objeto destes autos, na origem, até que se conclua o
julgamento da ADI 4822, de relatoria do Ministro Marco
Aurélio.
Citado, o interessado não apresentou contestação.
A Procuradoria-Geral da República manifestou-se pela
negativa de seguimento da reclamação.
É o relatório. Decido.
Bem examinados os autos, deve-se ressaltar, inicialmente,
que a reclamação destina-se a preservar a competência desta
Suprema Corte e a garantir a autoridade de suas decisões, ex vi
do artigo 102, I, l, além de salvaguardar o estrito cumprimento
das súmulas vinculantes, nos termos do art. 103-A, § 3º, da
Constituição da República, incluído pela Emenda
Constitucional 45/2004.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232391.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 26510 AGR / CE
Feita essa ponderação, verifica-se que a irresignação da
reclamante não merece acolhida, haja vista que o entendimento
adotado no ato reclamado não constitui ofensa à tese firmada
no enunciado 37 da Súmula Vinculante, o qual estabelece não
caber ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa,
aumentar vencimentos de servidores públicos sob o
fundamento de isonomia.
A decisão reclamada não determinou aumento de
vencimentos com base no princípio da isonomia, mas sim, com
fulcro na Resolução 133/2011 do Conselho Nacional de Justiça,
que reconhece a extensão das vantagens funcionais concedidas
no Estatuto do Ministério Público aos membros da
Magistratura nacional e no princípio da simetria. Isonomia não
foi, portanto, o fundamento da decisão.
Assim, diferentemente do que alega a reclamante, não há
identidade entre a matéria tratada na decisão reclamada e o teor
da Súmula Vinculante tida por violada, o que evidencia a
ausência dos requisitos constitucionais para a utilização da via
reclamatória, conforme entendimento assentado nesta Suprema
Corte.
O que pretende a reclamante, em última análise, é fazer
uso do instrumento processual da reclamação como sucedâneo
recursal, finalidade essa que se revela estranha à sua destinação
constitucional (Rcl 4.381-AgR, Rel. Min. Celso de Mello,
Plenário).
De mais a mais, a jurisprudência deste Supremo Tribunal
é assente no sentido de que não se aplica o disposto no art. 102,
I, n, da Constituição Federal aos casos nos quais o objeto da
demanda não envolva direitos, interesses ou vantagens que
digam respeito, exclusivamente, à Magistratura.
A propósito, vide AO 662-MC/PE, Rel. Min. Celso de
Mello; AO 955-AgR/ES, Rel. Min. Ellen Gracie; AO 1.635-
TA/MS; e ACO 1.688/SC, Rel. Min. Dias Toffoli.
Na hipótese dos autos, vê-se que o direito pleiteado não
constitui direito, interesse ou vantagem, privativos ou
exclusivos, da Magistratura, tanto que pleiteado em razão de
2
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Supremo Tribunal Federal
RCL 26510 AGR / CE
Feita essa ponderação, verifica-se que a irresignação da
reclamante não merece acolhida, haja vista que o entendimento
adotado no ato reclamado não constitui ofensa à tese firmada
no enunciado 37 da Súmula Vinculante, o qual estabelece não
caber ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa,
aumentar vencimentos de servidores públicos sob o
fundamento de isonomia.
A decisão reclamada não determinou aumento de
vencimentos com base no princípio da isonomia, mas sim, com
fulcro na Resolução 133/2011 do Conselho Nacional de Justiça,
que reconhece a extensão das vantagens funcionais concedidas
no Estatuto do Ministério Público aos membros da
Magistratura nacional e no princípio da simetria. Isonomia não
foi, portanto, o fundamento da decisão.
Assim, diferentemente do que alega a reclamante, não há
identidade entre a matéria tratada na decisão reclamada e o teor
da Súmula Vinculante tida por violada, o que evidencia a
ausência dos requisitos constitucionais para a utilização da via
reclamatória, conforme entendimento assentado nesta Suprema
Corte.
O que pretende a reclamante, em última análise, é fazer
uso do instrumento processual da reclamação como sucedâneo
recursal, finalidade essa que se revela estranha à sua destinação
constitucional (Rcl 4.381-AgR, Rel. Min. Celso de Mello,
Plenário).
De mais a mais, a jurisprudência deste Supremo Tribunal
é assente no sentido de que não se aplica o disposto no art. 102,
I, n, da Constituição Federal aos casos nos quais o objeto da
demanda não envolva direitos, interesses ou vantagens que
digam respeito, exclusivamente, à Magistratura.
A propósito, vide AO 662-MC/PE, Rel. Min. Celso de
Mello; AO 955-AgR/ES, Rel. Min. Ellen Gracie; AO 1.635-
TA/MS; e ACO 1.688/SC, Rel. Min. Dias Toffoli.
Na hipótese dos autos, vê-se que o direito pleiteado não
constitui direito, interesse ou vantagem, privativos ou
exclusivos, da Magistratura, tanto que pleiteado em razão de
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 11
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 26510 AGR / CE
simetria a ser reconhecida entre os regimes funcionais da
Magistratura e do Ministério Público, simetria esta que, por si
só, não justifica a caracterização da competência deste Supremo
Tribunal.
Vale relembrar que esta Suprema Corte tem
reiteradamente enfatizado o caráter de absoluta
excepcionalidade da incidência do art. 102, I, n, da Constituição
(ACO 359 QO/SP, Rel. Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno).
Analisando-se a questão sob outro ângulo, vê-se que a
decisão reclamada diz respeito a verba indenizatória, não se
podendo cogitar, na espécie, de aumento de vencimentos até
mesmo em razão da concessão esporádica do direito reclamado.
Isso posto, nego seguimento à presente reclamação, nos
termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno desta Corte. Por
consequência, revogo a liminar anteriormente deferida.”
Os argumentos lançados no regimental não são capazes de afastar os
fundamentos da decisão combatida, que, por tal razão, deve ser mantida.
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RCL 26510 AGR / CE
simetria a ser reconhecida entre os regimes funcionais da
Magistratura e do Ministério Público, simetria esta que, por si
só, não justifica a caracterização da competência deste Supremo
Tribunal.
Vale relembrar que esta Suprema Corte tem
reiteradamente enfatizado o caráter de absoluta
excepcionalidade da incidência do art. 102, I, n, da Constituição
(ACO 359 QO/SP, Rel. Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno).
Analisando-se a questão sob outro ângulo, vê-se que a
decisão reclamada diz respeito a verba indenizatória, não se
podendo cogitar, na espécie, de aumento de vencimentos até
mesmo em razão da concessão esporádica do direito reclamado.
Isso posto, nego seguimento à presente reclamação, nos
termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno desta Corte. Por
consequência, revogo a liminar anteriormente deferida.”
Os argumentos lançados no regimental não são capazes de afastar os
fundamentos da decisão combatida, que, por tal razão, deve ser mantida.
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
3
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Voto Vogal
08/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.510 CEARÁ
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:CARLOS LEONARDO TEIXEIRA CARNEIRO
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS
FEDERAIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO CEARÁ
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
V O T O C O N J U N T O
nas Rcl-AgR 26.510; Rcl-AgR 26.936; Rcl 28.124; Rcl-AgR 28.157; Rcl-AgR
28.373; RcL-AgR 28.417
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES: Trata-se de agravos contra
decisões monocráticas que negaram seguimento a reclamações
constitucionais propostas pela União, em face de decisões que
reconheceram a equiparação entre as carreiras da Magistratura e do
Ministério Público, para fins de percepção de diárias.
O relator, Min. Ricardo Lewandowski, negou seguimento às
reclamações por entender que não havia identidade material entre os atos
reclamados e a Súmula Vinculante 37, indicada como violada pela ora
agravante. Em seu voto, propõe a manutenção de sua decisão
monocrática.
Pois bem.
Peço vênia para externar minha posição.
Verifico que os Juízos reclamados decidiram que, embora o diploma
normativo disciplinador da carreira dos magistrados seja a Lei
Complementar 35/1979 (LOMAN), também lhes seriam aplicáveis as
disposições da Lei Complementar 75/1993 (Lei Orgânica do Ministério
Público da União), em razão da existência de simetria constitucional entre
as duas carreiras. Essa simetria teria sido definida administrativamente
pelo Conselho Nacional de Justiça, por meio da Resolução 133, de 21 de
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08/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.510 CEARÁ
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:CARLOS LEONARDO TEIXEIRA CARNEIRO
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS
FEDERAIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO CEARÁ
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
V O T O C O N J U N T O
nas Rcl-AgR 26.510; Rcl-AgR 26.936; Rcl 28.124; Rcl-AgR 28.157; Rcl-AgR
28.373; RcL-AgR 28.417
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES: Trata-se de agravos contra
decisões monocráticas que negaram seguimento a reclamações
constitucionais propostas pela União, em face de decisões que
reconheceram a equiparação entre as carreiras da Magistratura e do
Ministério Público, para fins de percepção de diárias.
O relator, Min. Ricardo Lewandowski, negou seguimento às
reclamações por entender que não havia identidade material entre os atos
reclamados e a Súmula Vinculante 37, indicada como violada pela ora
agravante. Em seu voto, propõe a manutenção de sua decisão
monocrática.
Pois bem.
Peço vênia para externar minha posição.
Verifico que os Juízos reclamados decidiram que, embora o diploma
normativo disciplinador da carreira dos magistrados seja a Lei
Complementar 35/1979 (LOMAN), também lhes seriam aplicáveis as
disposições da Lei Complementar 75/1993 (Lei Orgânica do Ministério
Público da União), em razão da existência de simetria constitucional entre
as duas carreiras. Essa simetria teria sido definida administrativamente
pelo Conselho Nacional de Justiça, por meio da Resolução 133, de 21 de
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Voto Vogal
RCL 26510 AGR / CE
junho de 2011.
Tenho entendido, nessas hipóteses, que a jurisprudência desta Corte
é no sentido de ser necessária a edição de lei específica para a
implementação da equiparação, conforme exige o art. 39, § 1º, da
Constituição, em sua redação originária. Não cabe ao Poder Judiciário
conceder benefícios a servidores públicos ao fundamento de simetria, nos
termos da Súmula 339 do STF.
Confira-se, nesse sentido, o seguinte julgado:
“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
MAGISTRADOS DO ESTADO DE SÃO PAULO. CÁLCULO
DE DIÁRIAS E AJUDA DE CUSTO. EQUIPARAÇÃO AO
CRITÉRIO UTILIZADO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 339/STF. APRECIAÇÃO DOS
ASPECTOS CONCERNENTES ÀS LEIS COMPLEMENTARES
ESTADUAIS 734/93 E 234/80. INVIABILIDADE. SÚMULA
280/STF. 1. Não havendo previsão legal de equiparação de
vencimentos entre Magistrados e Membros do Ministério
Público do Estado de São Paulo, incabível o pedido de
pagamento de diferenças de valores de diárias e de ajudas de
custo com base em suposta isonomia. Entendimento da Súmula
339/STF. 2. No caso dos autos, o Tribunal de origem asseverou
expressamente que o direito pleiteado pelos agravantes não está
amparado em lei. 3. Agravo regimental a que se nega
provimento”. (RE 581642 AgR, rel. Min. Teori Zavascki,
Segunda Turma, DJe 7.10.2013)
Esse entendimento restou pacificado no julgamento do RE-RG
592.317, tema 315 da sistemática da repercussão geral, de minha relatoria,
e consolidou-se com a edição da Súmula Vinculante 37: “Não cabe ao Poder
Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores
públicos sob o fundamento de isonomia”.
No mesmo sentido, cito decisões monocráticas da Segunda Turma
em reclamações com idêntica controvérsia: Rcl 26.072 MC, rel. Min. Edson
2
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Supremo Tribunal Federal
RCL 26510 AGR / CE
junho de 2011.
Tenho entendido, nessas hipóteses, que a jurisprudência desta Corte
é no sentido de ser necessária a edição de lei específica para a
implementação da equiparação, conforme exige o art. 39, § 1º, da
Constituição, em sua redação originária. Não cabe ao Poder Judiciário
conceder benefícios a servidores públicos ao fundamento de simetria, nos
termos da Súmula 339 do STF.
Confira-se, nesse sentido, o seguinte julgado:
“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
MAGISTRADOS DO ESTADO DE SÃO PAULO. CÁLCULO
DE DIÁRIAS E AJUDA DE CUSTO. EQUIPARAÇÃO AO
CRITÉRIO UTILIZADO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 339/STF. APRECIAÇÃO DOS
ASPECTOS CONCERNENTES ÀS LEIS COMPLEMENTARES
ESTADUAIS 734/93 E 234/80. INVIABILIDADE. SÚMULA
280/STF. 1. Não havendo previsão legal de equiparação de
vencimentos entre Magistrados e Membros do Ministério
Público do Estado de São Paulo, incabível o pedido de
pagamento de diferenças de valores de diárias e de ajudas de
custo com base em suposta isonomia. Entendimento da Súmula
339/STF. 2. No caso dos autos, o Tribunal de origem asseverou
expressamente que o direito pleiteado pelos agravantes não está
amparado em lei. 3. Agravo regimental a que se nega
provimento”. (RE 581642 AgR, rel. Min. Teori Zavascki,
Segunda Turma, DJe 7.10.2013)
Esse entendimento restou pacificado no julgamento do RE-RG
592.317, tema 315 da sistemática da repercussão geral, de minha relatoria,
e consolidou-se com a edição da Súmula Vinculante 37: “Não cabe ao Poder
Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores
públicos sob o fundamento de isonomia”.
No mesmo sentido, cito decisões monocráticas da Segunda Turma
em reclamações com idêntica controvérsia: Rcl 26.072 MC, rel. Min. Edson
2
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Voto Vogal
RCL 26510 AGR / CE
Fachin, DJe 4.9.2017; Rcl 27.938 MC, rel. Min. Celso de Mello, DJe
25.8.2017; e Rcl 26.069 MC, rel. Min. Rosa Weber, DJe 24.8.2017; e
acórdãos da mesma Turma no ARE 95.6734 AgR, DJe 5.9.2017; e ARE
98.3405 AgR, DJe 5.9.2017, ambos de minha relatoria.
Entendo, portanto, que as decisões reclamadas violam a Súmula
Vinculante 37, do Supremo Tribunal Federal.
Nesses termos, voto pelo provimento do agravo para que as
reclamações sejam julgadas procedentes e as decisões reclamadas sejam
cassadas.
É como voto.
3
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Supremo Tribunal Federal
RCL 26510 AGR / CE
Fachin, DJe 4.9.2017; Rcl 27.938 MC, rel. Min. Celso de Mello, DJe
25.8.2017; e Rcl 26.069 MC, rel. Min. Rosa Weber, DJe 24.8.2017; e
acórdãos da mesma Turma no ARE 95.6734 AgR, DJe 5.9.2017; e ARE
98.3405 AgR, DJe 5.9.2017, ambos de minha relatoria.
Entendo, portanto, que as decisões reclamadas violam a Súmula
Vinculante 37, do Supremo Tribunal Federal.
Nesses termos, voto pelo provimento do agravo para que as
reclamações sejam julgadas procedentes e as decisões reclamadas sejam
cassadas.
É como voto.
3
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08/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.510 CEARÁ
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:CARLOS LEONARDO TEIXEIRA CARNEIRO
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS
FEDERAIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO CEARÁ
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: Peço vênia
para dissentir do eminente Relator, na linha de anteriores decisões por
mim proferidas (Rcl
26.772/DF,
Rcl
27.083/CE,
Rcl
27.498/PB,
Rcl 28.280/MG, v.g.).
Em consequência, dou provimento ao presente recurso de agravo.
É o meu voto.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
08/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.510 CEARÁ
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:CARLOS LEONARDO TEIXEIRA CARNEIRO
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS
FEDERAIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO CEARÁ
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: Peço vênia
para dissentir do eminente Relator, na linha de anteriores decisões por
mim proferidas (Rcl
26.772/DF,
Rcl
27.083/CE,
Rcl
27.498/PB,
Rcl 28.280/MG, v.g.).
Em consequência, dou provimento ao presente recurso de agravo.
É o meu voto.
Supremo Tribunal Federal
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Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.510
PROCED. : CEARÁ
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : CARLOS LEONARDO TEIXEIRA CARNEIRO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO CEARÁ
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma, por maioria, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator, vencidos os Ministros
Gilmar Mendes e Celso de Mello. Segunda Turma, Sessão Virtual de
1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217642
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 26.510
PROCED. : CEARÁ
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : CARLOS LEONARDO TEIXEIRA CARNEIRO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO CEARÁ
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma, por maioria, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator, vencidos os Ministros
Gilmar Mendes e Celso de Mello. Segunda Turma, Sessão Virtual de
1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14316267 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-08T00:00:00 | A Turma, por maioria, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator, vencidos os Ministros Gilmar Mendes e Celso de Mello. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NA RECLAMAÇÃO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. CONCESSÃO DE DIÁRIAS A INTEGRANTE DA MAGISTRATURA. PRINCÍPIO DA SIMETRIA. AUSÊNCIA DE IDENTIDADE MATERIAL ENTRE O ATO RECLAMADO E O VERBETE DA SÚMULA VINCULANTE 37. EXCEPCIONALIDADE DO DISPOSTO NO ART. 102, I, N, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
I - A concessão de diárias a integrante da Magistratura com fundamento no princípio da simetria não enseja reclamação por ofensa à Súmula Vinculante 37.
II - A interpretação atual da regra do art. 102, I, n, da Constituição é no sentido de que somente se adequam à norma em exame aquelas demandas nas quais se demonstre a presença, cumulativamente, de dois requisitos, quais sejam: (i) a existência de interesse de toda a Magistratura; (ii) que esse interesse seja exclusivo dos Magistrados.
III – Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur380278 | - Decisões monocráticas citadas:
(SÚMULA VINCULANTE 37)
Rcl 26069 MC, Rcl 26072 MC, ARE 983405 AgR, Rcl 27938 MC.
Número de páginas: 11.
Análise: 22/02/2018, BMP. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 26510 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\n ART-00102 INC-00001 LET-N INC-00001\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\n\n",
"LEG-FED SUV-000037 \n SÚMULA VINCULANTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000339 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | Rcl-AgR | acordaos | Rcl 26510 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : CARLOS LEONARDO TEIXEIRA CARNEIRO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO CEARÁ
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECLAMAÇÃO 26 . 510",
"RCL 26510 AGR / CE",
"RCL 26510 AGR / CE",
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"RECLAMAÇÃO 26",
"Súmula Vinculante 37",
"Súmula Vinculante 37",
"ADI 4822",
"RCL 26510 AGR /",
"enunciado 37 da Súmula Vinculante",
"Rcl 4 . 381 - AgR",
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"AO 955 - AgR / ES",
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"enunciado 37 da Súmula Vinculante",
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"ACO 1 . 688 / SC",
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"SÚMULA 339 / STF",
"SÚMULA 280 / STF",
"Súmula 339 / STF",
"RE 581642 AgR",
"RE",
"-",
"RG 592 . 317",
"Súmula Vinculante 37",
"Rcl 26 . 072 MC",
"RCL 26510 AGR / CE",
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"Rcl 26 . 069 MC",
"ARE 95 . 6734 AgR",
"ARE 98 . 3405 AgR",
"Súmula Vinculante 37 , do Supremo Tribunal Federal",
"RCL 26510 AGR / CE",
"Rcl 27 . 938 MC",
"Rcl 26 . 069 MC",
"ARE 95 . 6734 AgR",
"ARE 98 . 3405 AgR",
"Súmula Vinculante 37 , do Supremo Tribunal Federal",
"Rcl 26 . 772 / DF",
"Rcl 27 . 083 / CE",
"Rcl 27 . 498 / PB",
"Rcl 28 . 280 / MG",
"Rcl 26 . 772 / DF",
"Rcl 27 . 083 / CE",
"Rcl 27 . 498 / PB",
"Rcl 28 . 280 / MG"
],
"LEGISLACAO": [
"ART . 102 , I , N , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"art . 102 , I , n , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 103 - A , § [UNK] , da Constituição da República",
"Emenda Constitucional 45 / 2004",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 103 - A , § [UNK] , da Constituição da República",
"Emenda Constitucional 45 / 2004",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Resolução 133 / 2011 do Conselho Nacional de Justiça",
"Estatuto do Ministério Público",
"art . 102 , I , n , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Resolução 133 / 2011 do Conselho Nacional de Justiça",
"Estatuto do Ministério Público",
"art . 102 , I , n , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , I , n , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , I , n , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar 35 / 1979",
"LOMAN",
"Lei Complementar 75 / 1993",
"Lei Orgânica do Ministério Público da União",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar 35 / 1979",
"LOMAN",
"Lei Complementar 75 / 1993",
"Lei Orgânica do Ministério Público da União",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 39 , § [UNK] , da Constituição",
"234",
"/",
"80",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 39 , § [UNK] , da Constituição",
"LEIS COMPLEMENTARES ESTADUAIS 734 / 93",
"234",
"/",
"80",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"CEARÁ",
"Brasília",
"Brasília",
"SEÇÃO",
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"CEARÁ",
"SEÇÃO JUDICIÁRIA DO CEARÁ",
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"CEARÁ"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"TURMA",
"SEÇÃO JUDICIÁRIA DO CEARÁ",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS",
"União",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA",
"SEÇÃO JUDICIÁRIA DO CEARÁ",
"União",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"União",
"União",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"União",
"União",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário",
"Supremo Tribunal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO CEARÁ",
"União",
"Ministério Público",
"Conselho Nacional de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS",
"SEÇÃO JUDICIÁRIA DO CEARÁ",
"União",
"Ministério Público",
"Conselho Nacional de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"MINISTÉRIO PÚBLICO",
"Ministério Público do Estado de São Paulo",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"MINISTÉRIO PÚBLICO",
"Ministério Público do Estado de São Paulo",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO CEARÁ",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"TURMA RECURSAL DOS",
"SEÇÃO JUDICIÁRIA",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"TURMA",
"SEÇÃO JUDICIÁRIA DO CEARÁ",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CARLOS LEONARDO TEIXEIRA CARNEIRO",
"Gilmar Mendes",
"Celso de Mello",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Gilmar Mendes",
"Celso de Mello",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CARLOS LEONARDO TEIXEIRA CARNEIRO",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CARLOS LEONARDO TEIXEIRA CARNEIRO",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ricardo Lewandowski",
"Marco Aurélio",
"Ricardo Lewandowski",
"Marco Aurélio",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Celso de Mello",
"Celso de Mello",
"Ellen Gracie",
"Dias Toffoli",
"Celso de Mello",
"Celso de Mello",
"Ellen Gracie",
"Dias Toffoli",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Celso de Mello",
"Celso de Mello",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CARLOS LEONARDO TEIXEIRA CARNEIRO",
"GILMAR MENDES",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CARLOS LEONARDO TEIXEIRA CARNEIRO",
"GILMAR MENDES",
"Ricardo Lewandowski",
"Teori Zavascki",
"Edson",
"Teori Zavascki",
"Edson 2",
"Fachin",
"Celso de Mello",
"Rosa Weber",
"Fachin",
"Celso",
"Rosa Weber",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CARLOS LEONARDO TEIXEIRA CARNEIRO",
"CELSO DE MELLO",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CARLOS LEONARDO TEIXEIRA CARNEIRO",
"CELSO DE MELLO",
"CARLOS LEONARDO TEIXEIRA CARNEIRO",
"Gilmar Mendes",
"Celso de Mello",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CARLOS LEONARDO TEIXEIRA CARNEIRO",
"Gilmar Mendes",
"Celso de Mello",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"21 de",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"21 de",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"junho de 2011",
"7",
".",
"10",
".",
"2013",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"junho de 2011",
"7",
".",
"10",
".",
"2013",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"4",
".",
"9",
".",
"2017",
"25",
".",
"8",
".",
"2017",
"24",
".",
"8",
".",
"2017",
"5",
".",
"9",
".",
"2017",
"5",
".",
"9",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"4",
".",
"9",
".",
"2017",
"25",
".",
"8",
".",
"2017",
"24",
".",
"8",
".",
"2017",
"5",
".",
"9",
".",
"2017",
"5",
".",
"9",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 27.818 BAHIA
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:RIVIA CAROLE NASCIMENTO DE MORAES REIS
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:JUIZ FEDERAL
DA 22ª VARA
DO JUIZADO
ESPECIAL FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DA
BAHIA
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. CONCESSÃO
DE LICENÇA-PRÊMIO A MAGISTRADO. PRINCÍPIO DA SIMETRIA.
AUSÊNCIA DE IDENTIDADE MATERIAL ENTRE O ATO
RECLAMADO E O VERBETE DA SÚMULA VINCULANTE 37.
EXCEPCIONALIDADE DO DISPOSTO NO ART. 102, I, N , DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA
SEGUIMENTO.
I – A concessão de licença-prêmio a integrante da Magistratura com
fundamento no princípio da simetria não enseja reclamação por ofensa à
Súmula Vinculante 37.
II – A interpretação atual da regra do art. 102, I, n , da Constituição é
no sentido de que somente se adequam à norma em exame aquelas
demandas nas quais se demonstre a presença, cumulativamente, de dois
requisitos, quais sejam: (i) a existência de interesse de toda a
Magistratura; (ii) que esse interesse seja exclusivo dos Magistrados.
III – Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em sessão
virtual da Segunda Turma, na conformidade da ata de julgamentos, por
maioria, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232433.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11
Ementa e Acórdão
RCL 27818 AGR / BA
Relator, vencidos os Ministros Gilmar Mendes e Celso de Mello.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232433.
Supremo Tribunal Federal
RCL 27818 AGR / BA
Relator, vencidos os Ministros Gilmar Mendes e Celso de Mello.
Brasília, 11 de dezembro de 2017.
RICARDO LEWANDOWSKI – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232433.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11
Relatório
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 27.818 BAHIA
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:RIVIA CAROLE NASCIMENTO DE MORAES REIS
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:JUIZ FEDERAL
DA 22ª VARA
DO JUIZADO
ESPECIAL FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DA
BAHIA
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto pela União contra decisão monocrática, de
minha relatoria, que negou seguimento à reclamação.
Neste recurso, a agravante sustenta que a decisão afastou
indevidamente a incidência da Súmula Vinculante 37, devendo ser
revista.
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232434.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 27.818 BAHIA
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:RIVIA CAROLE NASCIMENTO DE MORAES REIS
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:JUIZ FEDERAL
DA 22ª VARA
DO JUIZADO
ESPECIAL FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DA
BAHIA
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
R E L A T Ó R I O
O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de
agravo regimental interposto pela União contra decisão monocrática, de
minha relatoria, que negou seguimento à reclamação.
Neste recurso, a agravante sustenta que a decisão afastou
indevidamente a incidência da Súmula Vinculante 37, devendo ser
revista.
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232434.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 27.818 BAHIA
V O T O
O Senhor Ministro
Ricardo Lewandowski
(Relator): Bem
examinados os autos, verifico que a decisão agravada não merece
reforma.
Por oportuno, transcrevo o inteiro teor da decisão guerreada:
“Ementa: RECLAMAÇÃO. CONCESSÃO DE LICENÇA-
PRÊMIO A MAGISTRADA. PRINCÍPIO DA SIMETRIA.
AUSÊNCIA DE IDENTIDADE MATERIAL ENTRE O ATO
RECLAMADO E O VERBETE DA SÚMULA VINCULANTE 37.
EXCEPCIONALIDADE DO DISPOSTO NO ART. 102, I, N , DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. RECLAMAÇÃO A QUE SE
NEGA SEGUIMENTO.
I A concessão de licença-prêmio a integrante da
Magistratura com fundamento no princípio da simetria não
enseja reclamação por ofensa à Súmula Vinculante 37.
II A interpretação atual da regra da art. 102, I, n, da
Constituição é no sentido de que somente se adequam à norma
em exame aquelas demandas nas quais se mostra a presença,
cumulativamente, de dois requisitos, quais sejam: (i) a
existência de interesse de toda a magistratura; (ii) que esse
interesse seja exclusivo dos magistrados.
III Reclamação a que se nega seguimento.
Trata-se de reclamação, com pedido liminar, ajuizada pela
União, na qual alega descumprimento da Súmula Vinculante
37, que também incidiria nas hipóteses de extensão de verbas
indenizatórias.
Relatou que decisão proferida pelo juízo de origem, ao
assegurar a integrante da Magistratura a percepção de licença-
prêmio sob fundamento de isonomia e/ou simetria, violou a
autoridade da Súmula Vinculante 37, razão pela qual a decisão
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232435.
Supremo Tribunal Federal
11/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 27.818 BAHIA
V O T O
O Senhor Ministro
Ricardo Lewandowski
(Relator): Bem
examinados os autos, verifico que a decisão agravada não merece
reforma.
Por oportuno, transcrevo o inteiro teor da decisão guerreada:
“Ementa: RECLAMAÇÃO. CONCESSÃO DE LICENÇA-
PRÊMIO A MAGISTRADA. PRINCÍPIO DA SIMETRIA.
AUSÊNCIA DE IDENTIDADE MATERIAL ENTRE O ATO
RECLAMADO E O VERBETE DA SÚMULA VINCULANTE 37.
EXCEPCIONALIDADE DO DISPOSTO NO ART. 102, I, N , DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. RECLAMAÇÃO A QUE SE
NEGA SEGUIMENTO.
I A concessão de licença-prêmio a integrante da
Magistratura com fundamento no princípio da simetria não
enseja reclamação por ofensa à Súmula Vinculante 37.
II A interpretação atual da regra da art. 102, I, n, da
Constituição é no sentido de que somente se adequam à norma
em exame aquelas demandas nas quais se mostra a presença,
cumulativamente, de dois requisitos, quais sejam: (i) a
existência de interesse de toda a magistratura; (ii) que esse
interesse seja exclusivo dos magistrados.
III Reclamação a que se nega seguimento.
Trata-se de reclamação, com pedido liminar, ajuizada pela
União, na qual alega descumprimento da Súmula Vinculante
37, que também incidiria nas hipóteses de extensão de verbas
indenizatórias.
Relatou que decisão proferida pelo juízo de origem, ao
assegurar a integrante da Magistratura a percepção de licença-
prêmio sob fundamento de isonomia e/ou simetria, violou a
autoridade da Súmula Vinculante 37, razão pela qual a decisão
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232435.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 27818 AGR / BA
deve ser cassada.
Requereu, assim, a anulação da decisão, bem como o
deferimento da liminar para suspendê-la desde já.
É o relatório. Decido.
Bem examinados os autos, impende ressaltar que a
reclamação destina-se a preservar a competência desta Suprema
Corte e a garantir a autoridade de suas decisões, ex vi do artigo
102, I, l, além de salvaguardar o estrito cumprimento das
súmulas vinculantes, nos termos do art. 103-A, § 3º, da
Constituição da República, incluído pela Emenda
Constitucional 45/2004.
Feita essa ponderação, verifica-se que a irresignação da
reclamante não merece acolhida, haja vista que o entendimento
adotado no ato reclamado não constitui ofensa à tese firmada
no enunciado 37 da Súmula Vinculante, o qual estabelece não
caber ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa,
aumentar vencimentos de servidores públicos sob o
fundamento de isonomia.
A decisão reclamada não determinou aumento de
vencimentos com base no princípio da isonomia, mas sim com
fulcro na Resolução 133/2011 do CNJ, que reconhece a extensão
das vantagens funcionais concedidas no Estatuto do Ministério
Público aos membros da Magistratura nacional e no princípio
da simetria. Isonomia não foi, portanto, o fundamento da
decisão.
Assim, diferentemente do que alega a reclamante, não há
identidade entre a matéria tratada na decisão reclamada e o teor
da Súmula Vinculante tida por violada, o que evidencia a
ausência dos requisitos constitucionais para a utilização da via
reclamatória, conforme entendimento assentado nesta Suprema
Corte.
O que pretende a reclamante, em última análise, é fazer
uso do instrumento processual da reclamação como sucedâneo
recursal, finalidade essa que se revela estranha à sua destinação
constitucional (Rcl 4.381-AgR, Rel. Min. Celso de Mello,
Plenário).
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 14232435.
Supremo Tribunal Federal
RCL 27818 AGR / BA
deve ser cassada.
Requereu, assim, a anulação da decisão, bem como o
deferimento da liminar para suspendê-la desde já.
É o relatório. Decido.
Bem examinados os autos, impende ressaltar que a
reclamação destina-se a preservar a competência desta Suprema
Corte e a garantir a autoridade de suas decisões, ex vi do artigo
102, I, l, além de salvaguardar o estrito cumprimento das
súmulas vinculantes, nos termos do art. 103-A, § 3º, da
Constituição da República, incluído pela Emenda
Constitucional 45/2004.
Feita essa ponderação, verifica-se que a irresignação da
reclamante não merece acolhida, haja vista que o entendimento
adotado no ato reclamado não constitui ofensa à tese firmada
no enunciado 37 da Súmula Vinculante, o qual estabelece não
caber ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa,
aumentar vencimentos de servidores públicos sob o
fundamento de isonomia.
A decisão reclamada não determinou aumento de
vencimentos com base no princípio da isonomia, mas sim com
fulcro na Resolução 133/2011 do CNJ, que reconhece a extensão
das vantagens funcionais concedidas no Estatuto do Ministério
Público aos membros da Magistratura nacional e no princípio
da simetria. Isonomia não foi, portanto, o fundamento da
decisão.
Assim, diferentemente do que alega a reclamante, não há
identidade entre a matéria tratada na decisão reclamada e o teor
da Súmula Vinculante tida por violada, o que evidencia a
ausência dos requisitos constitucionais para a utilização da via
reclamatória, conforme entendimento assentado nesta Suprema
Corte.
O que pretende a reclamante, em última análise, é fazer
uso do instrumento processual da reclamação como sucedâneo
recursal, finalidade essa que se revela estranha à sua destinação
constitucional (Rcl 4.381-AgR, Rel. Min. Celso de Mello,
Plenário).
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 11
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RCL 27818 AGR / BA
De mais a mais, a jurisprudência deste Supremo Tribunal
é assente no sentido de que não se aplica o disposto no art. 102,
I, n, da Constituição Federal aos casos nos quais o objeto da
demanda não envolva direitos, interesses ou vantagens que
digam respeito, exclusivamente, à magistratura.
A propósito, vide AO 662-MC/PE, Rel. Min. Celso de
Mello; AO 955-AgR/ES, Rel. Min. Ellen Gracie; AO 1.635-
TA/MS; e ACO 1.688/SC, Rel. Min. Dias Toffoli.
Na hipótese dos autos, vê-se que o direito pleiteado não
constitui direito, interesse ou vantagem, privativos ou
exclusivos, da magistratura, tanto que pleiteado em razão de
simetria a ser reconhecida entre os regimes funcionais da
Magistratura e do Ministério Público, simetria esta que, por si
só, não justifica a caracterização da competência deste Supremo
Tribunal.
Vale relembrar que esta Suprema Corte tem
reiteradamente enfatizado o caráter de absoluta
excepcionalidade da incidência do art. 102, I, n, da Constituição
(ACO 359 QO/SP, Rel. Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno).
Analisando-se a questão sob outro ângulo, vê-se que a
decisão reclamada diz respeito a verba indenizatória, não se
podendo cogitar, na espécie, de aumento de vencimentos até
mesmo em razão da concessão esporádica do direito reclamado
pela magistrada.
Ante o exposto, nego seguimento à presente reclamação,
nos termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno desta Corte.”
Os argumentos lançados no regimental não são capazes de afastar os
fundamentos da decisão combatida, que, por tal razão, deve ser mantida.
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
3
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Supremo Tribunal Federal
RCL 27818 AGR / BA
De mais a mais, a jurisprudência deste Supremo Tribunal
é assente no sentido de que não se aplica o disposto no art. 102,
I, n, da Constituição Federal aos casos nos quais o objeto da
demanda não envolva direitos, interesses ou vantagens que
digam respeito, exclusivamente, à magistratura.
A propósito, vide AO 662-MC/PE, Rel. Min. Celso de
Mello; AO 955-AgR/ES, Rel. Min. Ellen Gracie; AO 1.635-
TA/MS; e ACO 1.688/SC, Rel. Min. Dias Toffoli.
Na hipótese dos autos, vê-se que o direito pleiteado não
constitui direito, interesse ou vantagem, privativos ou
exclusivos, da magistratura, tanto que pleiteado em razão de
simetria a ser reconhecida entre os regimes funcionais da
Magistratura e do Ministério Público, simetria esta que, por si
só, não justifica a caracterização da competência deste Supremo
Tribunal.
Vale relembrar que esta Suprema Corte tem
reiteradamente enfatizado o caráter de absoluta
excepcionalidade da incidência do art. 102, I, n, da Constituição
(ACO 359 QO/SP, Rel. Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno).
Analisando-se a questão sob outro ângulo, vê-se que a
decisão reclamada diz respeito a verba indenizatória, não se
podendo cogitar, na espécie, de aumento de vencimentos até
mesmo em razão da concessão esporádica do direito reclamado
pela magistrada.
Ante o exposto, nego seguimento à presente reclamação,
nos termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno desta Corte.”
Os argumentos lançados no regimental não são capazes de afastar os
fundamentos da decisão combatida, que, por tal razão, deve ser mantida.
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
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Voto Vogal
08/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 27.818 BAHIA
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:RIVIA CAROLE NASCIMENTO DE MORAES REIS
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:JUIZ FEDERAL
DA 22ª VARA
DO JUIZADO
ESPECIAL FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DA
BAHIA
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
V O T O C O N J U N T O
nas Rcl-AgR 27.818 e na RcL-AgR 28.201
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES: Trata-se de agravos contra
decisões monocráticas que negaram seguimento a reclamações
constitucionais propostas pela União, em face de decisões que
reconheceram a equiparação entre as carreiras da Magistratura e do
Ministério Público, para fins de percepção de licença-prêmio.
O relator, Min. Ricardo Lewandowski, negou seguimento às
reclamações por entender que não havia identidade material entre os atos
reclamados e a Súmula Vinculante 37, indicada como violada pela ora
agravante. Em seu voto, propõe a manutenção de sua decisão
monocrática.
Pois bem.
Peço vênia para externar minha posição.
Verifico que os Juízos reclamados decidiram que, embora o diploma
normativo disciplinador da carreira dos magistrados seja a Lei
Complementar 35/1979 (LOMAN), também lhes seriam aplicáveis as
disposições da Lei Complementar 75/1993 (Lei Orgânica do Ministério
Público da União), em razão da existência de simetria constitucional entre
as duas carreiras. Essa simetria teria sido definida administrativamente
pelo Conselho Nacional de Justiça, por meio da Resolução 133, de 21 de
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Supremo Tribunal Federal
08/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 27.818 BAHIA
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:RIVIA CAROLE NASCIMENTO DE MORAES REIS
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:JUIZ FEDERAL
DA 22ª VARA
DO JUIZADO
ESPECIAL FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DA
BAHIA
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
V O T O C O N J U N T O
nas Rcl-AgR 27.818 e na RcL-AgR 28.201
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES: Trata-se de agravos contra
decisões monocráticas que negaram seguimento a reclamações
constitucionais propostas pela União, em face de decisões que
reconheceram a equiparação entre as carreiras da Magistratura e do
Ministério Público, para fins de percepção de licença-prêmio.
O relator, Min. Ricardo Lewandowski, negou seguimento às
reclamações por entender que não havia identidade material entre os atos
reclamados e a Súmula Vinculante 37, indicada como violada pela ora
agravante. Em seu voto, propõe a manutenção de sua decisão
monocrática.
Pois bem.
Peço vênia para externar minha posição.
Verifico que os Juízos reclamados decidiram que, embora o diploma
normativo disciplinador da carreira dos magistrados seja a Lei
Complementar 35/1979 (LOMAN), também lhes seriam aplicáveis as
disposições da Lei Complementar 75/1993 (Lei Orgânica do Ministério
Público da União), em razão da existência de simetria constitucional entre
as duas carreiras. Essa simetria teria sido definida administrativamente
pelo Conselho Nacional de Justiça, por meio da Resolução 133, de 21 de
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Voto Vogal
RCL 27818 AGR / BA
junho de 2011.
Tenho entendido, nessas hipóteses, que a jurisprudência desta Corte
é no sentido de ser necessária a edição de lei específica para a
implementação da equiparação, conforme exige o art. 39, § 1º, da
Constituição, em sua redação originária. Não cabe ao Poder Judiciário
conceder benefícios a servidores públicos ao fundamento de simetria, nos
termos da Súmula 339 do STF.
Confira-se, nesse sentido, o seguinte julgado:
“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
MAGISTRADOS DO ESTADO DE SÃO PAULO. CÁLCULO
DE DIÁRIAS E AJUDA DE CUSTO. EQUIPARAÇÃO AO
CRITÉRIO UTILIZADO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 339/STF. APRECIAÇÃO DOS
ASPECTOS CONCERNENTES ÀS LEIS COMPLEMENTARES
ESTADUAIS 734/93 E 234/80. INVIABILIDADE. SÚMULA
280/STF. 1. Não havendo previsão legal de equiparação de
vencimentos entre Magistrados e Membros do Ministério
Público do Estado de São Paulo, incabível o pedido de
pagamento de diferenças de valores de diárias e de ajudas de
custo com base em suposta isonomia. Entendimento da Súmula
339/STF. 2. No caso dos autos, o Tribunal de origem asseverou
expressamente que o direito pleiteado pelos agravantes não está
amparado em lei. 3. Agravo regimental a que se nega
provimento”. (RE 581642 AgR, rel. Min. Teori Zavascki,
Segunda Turma, DJe 7.10.2013)
Esse entendimento restou pacificado no julgamento do RE-RG
592.317, tema 315 da sistemática da repercussão geral, de minha relatoria,
e consolidou-se com a edição da Súmula Vinculante 37: “Não cabe ao Poder
Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores
públicos sob o fundamento de isonomia”.
No mesmo sentido, cito decisões monocráticas da Segunda Turma
em reclamações com idêntica controvérsia: Rcl 26.072 MC, rel. Min. Edson
2
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Supremo Tribunal Federal
RCL 27818 AGR / BA
junho de 2011.
Tenho entendido, nessas hipóteses, que a jurisprudência desta Corte
é no sentido de ser necessária a edição de lei específica para a
implementação da equiparação, conforme exige o art. 39, § 1º, da
Constituição, em sua redação originária. Não cabe ao Poder Judiciário
conceder benefícios a servidores públicos ao fundamento de simetria, nos
termos da Súmula 339 do STF.
Confira-se, nesse sentido, o seguinte julgado:
“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
MAGISTRADOS DO ESTADO DE SÃO PAULO. CÁLCULO
DE DIÁRIAS E AJUDA DE CUSTO. EQUIPARAÇÃO AO
CRITÉRIO UTILIZADO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 339/STF. APRECIAÇÃO DOS
ASPECTOS CONCERNENTES ÀS LEIS COMPLEMENTARES
ESTADUAIS 734/93 E 234/80. INVIABILIDADE. SÚMULA
280/STF. 1. Não havendo previsão legal de equiparação de
vencimentos entre Magistrados e Membros do Ministério
Público do Estado de São Paulo, incabível o pedido de
pagamento de diferenças de valores de diárias e de ajudas de
custo com base em suposta isonomia. Entendimento da Súmula
339/STF. 2. No caso dos autos, o Tribunal de origem asseverou
expressamente que o direito pleiteado pelos agravantes não está
amparado em lei. 3. Agravo regimental a que se nega
provimento”. (RE 581642 AgR, rel. Min. Teori Zavascki,
Segunda Turma, DJe 7.10.2013)
Esse entendimento restou pacificado no julgamento do RE-RG
592.317, tema 315 da sistemática da repercussão geral, de minha relatoria,
e consolidou-se com a edição da Súmula Vinculante 37: “Não cabe ao Poder
Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores
públicos sob o fundamento de isonomia”.
No mesmo sentido, cito decisões monocráticas da Segunda Turma
em reclamações com idêntica controvérsia: Rcl 26.072 MC, rel. Min. Edson
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Voto Vogal
RCL 27818 AGR / BA
Fachin, DJe 4.9.2017; Rcl 27.938 MC, rel. Min. Celso de Mello, DJe
25.8.2017; e Rcl 26.069 MC, rel. Min. Rosa Weber, DJe 24.8.2017; e
acórdãos da mesma Turma no ARE 95.6734 AgR, DJe 5.9.2017; e ARE
98.3405 AgR, DJe 5.9.2017, ambos de minha relatoria.
Entendo, portanto, que as decisões reclamadas violam a Súmula
Vinculante 37, do Supremo Tribunal Federal.
Nesses termos, voto pelo provimento do agravo para que as
reclamações sejam julgadas procedentes e as decisões reclamadas sejam
cassadas.
É como voto.
3
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Supremo Tribunal Federal
RCL 27818 AGR / BA
Fachin, DJe 4.9.2017; Rcl 27.938 MC, rel. Min. Celso de Mello, DJe
25.8.2017; e Rcl 26.069 MC, rel. Min. Rosa Weber, DJe 24.8.2017; e
acórdãos da mesma Turma no ARE 95.6734 AgR, DJe 5.9.2017; e ARE
98.3405 AgR, DJe 5.9.2017, ambos de minha relatoria.
Entendo, portanto, que as decisões reclamadas violam a Súmula
Vinculante 37, do Supremo Tribunal Federal.
Nesses termos, voto pelo provimento do agravo para que as
reclamações sejam julgadas procedentes e as decisões reclamadas sejam
cassadas.
É como voto.
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Voto Vogal
08/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 27.818 BAHIA
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:RIVIA CAROLE NASCIMENTO DE MORAES REIS
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:JUIZ FEDERAL
DA 22ª VARA
DO JUIZADO
ESPECIAL FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DA
BAHIA
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: Peço vênia
para dissentir do eminente Relator, na linha de anteriores decisões por
mim proferidas (Rcl
26.772/DF,
Rcl
27.083/CE,
Rcl
27.498/PB,
Rcl 28.280/MG, v.g.).
Em consequência, dou provimento ao presente recurso de agravo.
É o meu voto.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
08/12/2017
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 27.818 BAHIA
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:RIVIA CAROLE NASCIMENTO DE MORAES REIS
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S)
:JUIZ FEDERAL
DA 22ª VARA
DO JUIZADO
ESPECIAL FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DA
BAHIA
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: Peço vênia
para dissentir do eminente Relator, na linha de anteriores decisões por
mim proferidas (Rcl
26.772/DF,
Rcl
27.083/CE,
Rcl
27.498/PB,
Rcl 28.280/MG, v.g.).
Em consequência, dou provimento ao presente recurso de agravo.
É o meu voto.
Supremo Tribunal Federal
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Extrato de Ata - 11/12/2017
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 27.818
PROCED. : BAHIA
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : RIVIA CAROLE NASCIMENTO DE MORAES REIS
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA 22ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL
DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DA BAHIA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma, por maioria, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator, vencidos os Ministros
Gilmar Mendes e Celso de Mello. Segunda Turma, Sessão Virtual de
1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 14217651
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 27.818
PROCED. : BAHIA
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : RIVIA CAROLE NASCIMENTO DE MORAES REIS
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA 22ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL
DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DA BAHIA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma, por maioria, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator, vencidos os Ministros
Gilmar Mendes e Celso de Mello. Segunda Turma, Sessão Virtual de
1.12.2017 a 7.12.2017.
Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.
Ravena Siqueira
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14316261 | 2017-12-11T00:00:00 | 2018-02-08T00:00:00 | A Turma, por maioria, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator, vencidos os Ministros Gilmar Mendes e Celso de Mello. Segunda Turma, Sessão Virtual de 1.12.2017 a 7.12.2017. | AG.REG. NA RECLAMAÇÃO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. CONCESSÃO DE LICENÇA-PRÊMIO A MAGISTRADO. PRINCÍPIO DA SIMETRIA. AUSÊNCIA DE IDENTIDADE MATERIAL ENTRE O ATO RECLAMADO E O VERBETE DA SÚMULA VINCULANTE 37. EXCEPCIONALIDADE DO DISPOSTO NO ART. 102, I, N , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA SEGUIMENTO.
I – A concessão de licença-prêmio a integrante da Magistratura com fundamento no princípio da simetria não enseja reclamação por ofensa à Súmula Vinculante 37.
II – A interpretação atual da regra do art. 102, I, n , da Constituição é no sentido de que somente se adequam à norma em exame aquelas demandas nas quais se demonstre a presença, cumulativamente, de dois requisitos, quais sejam: (i) a existência de interesse de toda a Magistratura; (ii) que esse interesse seja exclusivo dos Magistrados.
III – Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur380272 | - Acórdão(s) citado(s):
(SÚMULA 339)
RE 581642 AgR (2ªT).
- Decisões monocráticas citadas:
(SÚMULA VINCULANTE 37)
Rcl 26069 MC, Rcl 26072 MC, ARE 983405 AgR, Rcl 27938 MC.
Número de páginas: 11.
Análise: 22/02/2018, BMP. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 27818 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\n ART-00102 INC-00001 LET-N\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\n\n",
"LEG-FED SUV-000037 \n SÚMULA VINCULANTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\n\n",
"LEG-FED SUMSTF-000339 \n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | Rcl-AgR | acordaos | Rcl 27818 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : RIVIA CAROLE NASCIMENTO DE MORAES REIS
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA 22ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DA BAHIA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECLAMAÇÃO 27 . 818",
"RCL 27818 AGR / BA",
"RCL 27818 AGR",
"Súmula Vinculante 37",
"Súmula Vinculante 37",
"Súmula Vinculante 37",
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"RECLAMAÇÃO 27 . 818",
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"Súmula Vinculante 37",
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"Rcl 4 . 381 - AgR",
"RCL 27818 AGR",
"enunciado 37 da Súmula Vinculante",
"Rcl 4 . 381 - AgR",
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"AO 662 - MC / PE",
"AO 955 - AgR / ES",
"AO 1 . 635 - TA / MS",
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"ACO 359 QO / SP",
"RCL 27818",
"AO 662 - MC / PE",
"AO 955 - AgR / ES",
"AO 1 . 635 - TA / MS",
"ACO 1 . 688 / SC",
"ACO 359 QO / SP",
"Rcl",
"-",
"AgR 27 . 818",
"RcL",
"-",
"AgR 28 . 201",
"Súmula Vinculante 37",
"RECLAMAÇÃO 27 . 818",
"Rcl",
"-",
"AgR 27 . 818",
"RcL",
"-",
"AgR 28 . 201",
"Súmula Vinculante 37",
"RCL 27818 AGR / BA",
"Súmula 339 do STF",
"SÚMULA 339 / STF",
"SÚMULA 280 / STF",
"Súmula 339 / STF",
"RE 581642 AgR",
"RE",
"-",
"RG 592 . 317",
"Súmula Vinculante 37",
"Rcl 26 . 072 MC",
"RCL 27818",
"Súmula 339 do STF",
"SÚMULA 339 / STF",
"SÚMULA 280 / STF",
"Súmula 339 / STF",
"RE 581642 AgR",
"RE",
"-",
"RG 592 . 317",
"Súmula Vinculante 37",
"Rcl 26 . 072 MC",
"RCL 27818 AGR / BA",
"Rcl 27 . 938 MC",
"Rcl 26 . 069 MC",
"ARE 95 . 6734 AgR",
"ARE 98 . 3405 AgR",
"Súmula Vinculante 37 , do Supremo Tribunal Federal",
"RCL 27818 AGR / BA Fachin",
"Rcl 27 . 938 MC",
"Rcl 26 . 069 MC",
"ARE 95 . 6734 AgR",
"ARE 98 . 3405 AgR",
"Súmula Vinculante 37 , do Supremo Tribunal Federal",
"Rcl 26 . 772 / DF",
"Rcl 27 . 083 / CE",
"Rcl 27 . 498 / PB",
"Rcl 28 . 280 / MG",
"Rcl 26 . 772 / DF",
"Rcl 27 . 083 / CE",
"Rcl 27 . 498 / PB",
"Rcl 28 . 280 / MG"
],
"LEGISLACAO": [
"ART . 102 , I , N , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"art . 102 , I , n , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 102 , I , N , DA CONSTITUIÇÃO",
"art . 102 , I , n , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 102 , I , N , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"art . 102 , I , n , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 103 - A , § [UNK] , da Constituição da República",
"Emenda Constitucional 45 / 2004",
"Resolução 133 / 2011 do CNJ",
"Estatuto do Ministério Público",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 103 - A , § [UNK] , da Constituição da República",
"Emenda Constitucional 45 / 2004",
"Resolução 133 / 2011 do CNJ",
"Estatuto do Ministério Público",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , I , n , da Constituição Federal",
"art . 102 , I , n , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , I , n , da Constituição Federal",
"art . 102 , I , n , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar 35 / 1979",
"LOMAN",
"Lei Complementar 75 / 1993",
"Lei Orgânica do Ministério Público da União",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar 35 / 1979",
"LOMAN",
"Lei Complementar 75 / 1993",
"Lei Orgânica do Ministério Público da União",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 39 , § [UNK] , da Constituição",
"AGRAVO",
"LEIS COMPLEMENTARES ESTADUAIS 734 / 93",
"234",
"/",
"80",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 39 , § [UNK] , da Constituição",
"LEIS COMPLEMENTARES ESTADUAIS 734 / 93",
"234",
"/",
"80",
"MP n° 2 . 200",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"BAHIA",
"Brasília",
"Brasília",
"BAHIA",
"BAHIA",
"BAHIA",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"BAHIA",
"BAHIA"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"[UNK] VARA DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL",
"SEÇÃO JUDICIÁRIA DA BAHIA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"[UNK] VARA DO JUIZADO ESPECIAL",
"SEÇÃO JUDICIÁRIA DA BAHIA",
"União",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"BAHIA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"[UNK] VARA DO JUIZADO",
"SEÇÃO JUDICIÁRIA DA BAHIA",
"União",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"BAHIA",
"União",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"União",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"BA",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"BA",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"AGR",
"/",
"BA",
"Ministério Público",
"Suprema Corte",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal",
"Ministério Público",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"[UNK] VARA",
"SEÇÃO JUDICIÁRIA DA BAHIA",
"União",
"Ministério Público",
"Conselho Nacional de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"[UNK] VARA DO JUIZADO",
"SEÇÃO JUDICIÁRIA DA BAHIA",
"União",
"Ministério Público",
"Conselho Nacional de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"MINISTÉRIO PÚBLICO",
"Ministério Público do Estado de São Paulo",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"MINISTÉRIO PÚBLICO",
"Ministério Público do Estado de São Paulo",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Fachin",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"BAHIA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"[UNK] VARA DO JUIZADO",
"SEÇÃO JUDICIÁRIA DA BAHIA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"BAHIA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"[UNK] VARA DO JUIZADO",
"SEÇÃO JUDICIÁRIA DA BAHIA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"[UNK] VARA DO JUIZADO",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"[UNK] VARA DO JUIZADO",
"SEÇÃO JUDICIÁRIA DA BAHIA",
"Segunda Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RIVIA CAROLE NASCIMENTO DE MORAES REIS",
"Gilmar Mendes",
"Celso de Mello",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Gilmar Mendes",
"Celso de Mello",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RIVIA CAROLE NASCIMENTO DE MORAES REIS",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Celso de Mello",
"Celso de Mello",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Celso de Mello",
"Ellen Gracie",
"Dias Toffoli",
"Celso de Mello",
"Celso de Mello",
"Ellen Gracie",
"Dias Toffoli",
"Celso de Mello",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RIVIA CAROLE NASCIMENTO DE MORAES REIS",
"GILMAR MENDES",
"Ricardo Lewandowski",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RIVIA CAROLE NASCIMENTO DE MORAES REIS",
"GILMAR MENDES",
"Ricardo Lewandowski",
"Teori Zavascki",
"Edson 2",
"Teori Zavascki",
"Edson 2",
"Celso de Mello",
"Rosa Weber",
"Celso de Mello",
"Rosa Weber",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RIVIA CAROLE NASCIMENTO DE MORAES REIS",
"CELSO DE MELLO",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RIVIA CAROLE NASCIMENTO DE MORAES REIS",
"CELSO DE MELLO",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RIVIA CAROLE NASCIMENTO DE MORAES REIS",
"Gilmar Mendes",
"Celso de Mello",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RIVIA CAROLE NASCIMENTO DE MORAES REIS",
"Gilmar Mendes",
"Celso de Mello",
"Edson Fachin",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Ravena Siqueira"
],
"TEMPO": [
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11 de dezembro de 2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"21 de",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"21 de",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"junho de 2011",
"7",
".",
"10",
".",
"2013",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"junho de 2011",
"7",
".",
"10",
".",
"2013",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"4",
".",
"9",
".",
"2017",
"25",
".",
"8",
".",
"2017",
"24",
".",
"8",
".",
"2017",
"5",
".",
"9",
".",
"2017",
"5",
".",
"9",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"4",
".",
"9",
".",
"2017",
"25",
".",
"8",
".",
"2017",
"24",
".",
"8",
".",
"2017",
"5",
".",
"9",
".",
"2017",
"5",
".",
"9",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2017",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"12",
".",
"2017",
"7",
".",
"12",
".",
"2017",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |