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Ficheiro Sóror Mariana Alcoforado - Capa.png thumb right 110px Sóror Mariana Alcoforado. atribuída à freira portuguesa Sóror Mariana Alcoforado 1640 - 1723 , natural de Beja, a autoria de cinco cartas de amor dirigidas ao Marquês de Chamilly, passadas através da janela do Convento e datadas da época em que o oficial francês serviu em Portugal, país ao qual chegou em 1665. A sua obra Cartas Portuguesas tornou-se num famoso clássico da literatura universal.
Conta a lenda que quando a cidade de Beja era uma pequena localidade de cabanas rodeada de um compacto matagal, uma serpente assassina era o maior problema da população. A solução para este dilema passou por assassinar a serpente, feito alcançado deixando um touro envenenado na floresta onde habitava a serpente. devido a esta lenda que existe um touro representado no brasão da cidade.
Número de habitantes 1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011 2021 19 587 23 099 23 875 25 382 30 058 30 810 37 143 42 113 42 703 43 119 36 384 38 246 35 827 35 762 35 854 33 394 Número de habitantes por Grupo Etário 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011 2021 0-14 Anos 8 117 10 531 10 346 11 359 12 854 11 399 10 753 8 215 8 640 6 620 5 161 5 374 4 721 15-24 Anos 4 982 5 218 6 108 7 822 7 846 8 454 7 349 5 190 5 542 5 150 4 931 3 571 3 506 25-64 Anos 10 895 12 186 12 550 15 543 18 959 19 835 21 630 17 465 18 420 17 876 18 395 19 347 17 305 ou 65 Anos 1 314 1 516 1 459 1 883 2 473 2 864 3 387 4 040 5 644 6 181 7 275 7 562 7 862 Número de habitantes que tinham a residência oficial neste município à data em que os censos se realizaram. De 1900 a 1950 os dados referem-se à população presente no município à data em que eles se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente.
O clima na cidade de Beja é mediterrânico Csa, segundo a classificação climática de K ppen-Geiger , influenciado pela distância à costa. Tem Invernos suaves e Verões quentes e longos. A neve não é muito comum, mas por vezes pode nevar em períodos mais frios do inverno. A máxima em Janeiro é de 14 C e em Julho é de 32,8 C. A mínima é de 5 C em Janeiro e de 16 C em Julho e em Agosto. A média anual anda à volta dos 17 C. A precipitação total anual média é de 572 mm. A temperatura mais alta registada foi 45.4 C e a mais baixa -5.5 C. fonte Instituto de Meteorologia. Os dados não aparecem na tabela porque não fazem parte do período 1971-2000 .
As principais fontes de rendimento são os serviços, o comércio e a agricultura, antes destacava-se a cultura do trigo, atualmente desenvolvem-se a do olival e da vinha. A cidade está pouco industrializada, mas tem muito potencial para o ser. Em Beja estão instaladas duas importantes Empresas Públicas a EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, SA. e a ANA Aeroporto de Beja.
Ficheiro Carmelo do Sagrado Coracao de Jesus Beja.JPG thumb Carmelo do Sagrado Coração de Jesus Beja . Ermida de Santo André. Igreja de Santo Amaro. Arco romano junto ao Castelo de Beja. Ficheiro Beja.Santo Amaro.jpg thumb Igreja Matriz de Santa Maria da Feira. Ficheiro Beja, Alentejo, Portugal, 27 September 2005.jpg thumb Escultura de Noémia Cruz última companheira de Jorge Vieira em Beja. Parque da Cidade. Museu Rainha Dona Leonor, vista exterior. Museu Rainha Dona Leonor, exposição de utensílios pré-históricos.
Carmelo do Sagrado Coração de Jesus Castelo de Beja Pelourinho de Beja Sé de Beja Igreja do Salvador Ermida de Santo André Villa romana de Pisões Hospital da Misericórdia Igreja da Misericórdia de Beja Igreja de Nossa Senhora do Pé da Cruz Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres de Beja Igreja de Santo Amaro Igreja Matriz de Santa Maria da Feira Monumento ao prisioneiro político desconhecido
Arquivo Distrital de Beja Arquivo Municipal Biblioteca Municipal de Beja José Saramago Casa da Cultura Conservatório Regional do Baixo Alentejo Espaço Museológico Rua do Sembrano Galeria dos Escudeiros Museu Botânico da ESAB IPBeja Museu Jorge Vieira Casa das Artes Museu Rainha Dona Leonor Museu Regional de Beja Núcleo Visigótico Praça de Touros Teatro Municipal Pax Julia
Complexo Desportivo Fernando Mamede Campos Sintéticos 1 2 Estádio Dr. Flávio dos Santos Campos de Ténis Pavilhão Santa Maria Pavilhão Gimnodesportivo Piscina Municipal descoberta Piscina coberta Parque de Campismo
Escola EB 2,3 Santiago Maior Escola EB 2,3 Mário Beirão Escola EB 2,3 Santa Maria Escola Secundária D. Manuel I Escola Secundária Diogo Gouveia Conservatório Regional do Baixo Alentejo
Este museu foi criado em 1927 e 1928 no antigo Convento de Nossa Senhora da Conceição da Ordem de Santa Clara extinto em 1834 , e tem vindo a expandir gradualmente a sua coleção. O edifício um convento franciscano foi estabelecido em 1459 por Fernando de Portugal, Duque de Viseu e de Beja ao pé do seu palácio ducal. As obras continuaram até 1509. A coleção do museu divide-se em três áreas distintas arqueologia, ourivesaria e pintura. Na arqueologia podemos encontrar machados de pedra polida, e lápides funerárias epigrafadas da Idade da Pedra do período romano encontra-se capitéis, numismática e cerâmica comum alguns vestígios da ocupação árabe e do período medieval encontram-se principalmente fragmentos de edifícios civis e religiosos da cidade. Os vestígios paleocristãos encontram-se no núcleo visigótico do museu, na igreja de Santo Amaro. A ourivesaria do museu é constituída por prataria do século XVI ao século XIX principalmente de origem sacra, mas também existem exemplares da civil. Uma peça que sobressai é uma escrivaninha em prata branca do século XVI oferecida pelo rei D. Manuel I à cidade. Na pintura, o museu possui uma coleção de pinturas do século XV ao século XVII das escolas portuguesa, espanhola e flamenga.
O Núcleo Museológico da Rua do Sembrano integra um conjunto de estruturas arqueológicas que permitem, apesar de se tratar de uma área restrita no conjunto da estrutura urbana de Beja, entrever alguns momentos da história desta cidade e o modo como o espaço aqui foi evoluindo. As escavações arqueológicas, efetuadas durante as décadas de 80 e 90 do século XX, colocaram a descoberto vestígios que se estendem, cronologicamente, desde a Pré-História até à poca Contemporânea. Os mais antigos, alguns fragmentos cerâmicos, apontam para uma ocupação deste local que remonta à Idade do Cobre ou Período Calcolítico, no 3 milénio a.C.. , porém, da Idade do Ferro, na segunda metade do 1 milénio a.C., o conjunto mais importante de elementos aqui recuperados, destacando-se, para além de um significativo conjunto de objetos, um troço de uma robusta muralha construída em pedra ligada com argila, que delimitava o perímetro do povoado deste período, ficando comprovada a teoria segundo a qual já existiria no local onde atualmente se ergue Beja um importante aglomerado urbano antes da presença romana. Esta construção pode hoje ser observada através de uma estrutura em forma de grade de grandes dimensões, abarcando a quase totalidade do piso do Núcleo Museológico, com o chão em vidro, possibilitando uma leitura da zona arqueológica fora do comum. possível, igualmente, observar algumas estruturas do período romano, nomeadamente os vestígios de umas termas de pequena dimensão, possivelmente parte de uma habitação romana ou constituindo um estabelecimento com exploração comercial. Para além desta componente, o Núcleo integra ainda uma exposição de caráter permanente, na qual podem ser observados objetos retirados das escavações realizadas no sítio, abarcando todos os períodos desde a Idade do Ferro até à poca Contemporânea, fornecendo, por isso, um resumo sobre a história da cidade, e exposições de caráter temporário, relacionadas com a arqueologia e o património histórico da região. O projeto de arquitetura é da autoria do arquiteto Fernando Sequeira Mendes e junto à entrada do edifício pode ser admirado um painel de azulejos de grande dimensão, que recupera o tema da água na cidade antiga, da autoria do artista plástico Rogério Ribeiro.
Ovibeja - Feira de atividades agrícolas, pecuárias, artesanais e turísticas. Ruralbeja e Feira de Santa Maria Beja Romana Castelo de Beja no interior. Semana Académica do IPBeja Receção Caloiro do IPBeja Terras de Cante - Festival Internacional de Tunas Universitárias Cidade de Beja Semana de Música para o Natal Coro de Câmara de Beja Vinipax Beja Wine Night Festival Internacional de BD de Beja Festival do Amor Festival Terras sem Sombra Artshots - Workshops de Arte e Comunicação Multimédia IPBeja Infomedia - semana de Multimédia na Escola Secundária Diogo de Gouveia Festival de Bandas da Cidade de Beja Rastafest - Festival da Diversidade Palavras Andarilhas Encontro de Coros de Beja Coro de Câmara de Beja
Os jornais locais são o Diário do Alentejo e o Correio do Alentejo. Os outros órgãos de comunicação social são Rádio Voz da Planície 104.5 FM , Rádio Pax 101.4 FM , Rádio Boa Onda rádio por internet . ESDGtv televisão interna da ESDG
Coro do Carmo de Beja Associação Cultural e Recreativa Zona Azul Coro de Câmara de Beja Associação Trovadores de Beja - Tuna Universitária de Beja Sociedade Filarmónica Capricho Bejense Arruaça - Associação Juvenil Grupo Coral e Instrumental Trigo Limpo Ideias em Comum - Associação Cultural Zarcos - Associação de Músicos de Beja
Núcleo do Sporting Clube de Portugal de Beja Associação Cultural e Recreativa Zona Azul Associação de Patinagem do Alentejo Beja Atlético Clube Clube Desportivo de Beja Clube de Patinagem de Beja Clube de Radiomodelismo de Beja Despertar Sporting Clube Casa do Benfica de Beja Judo Clube de de Beja Centro de Cultura e Desporto do Bairro de N Sr. da Conceição Clube Airsoft de Beja TTBAVENTURA - Clube de Todo Terreno e Bicicleta de Beja CNB - Clube de Natação de Beja Beja Basket Clube BBC Associação de Karaté de Beja AKB
Associação de Motociclistas Cristãos CMA Beja Agrupamento 641 do Corpo Nacional de Escutas Clube de Modelismo da Escola Mário Beirão Grupo 234 de Beja da Associação dos Escoteiros de Portugal Grupo Motard de Beja Associação de Motociclistas Cristãos - CMA Chapter de Beja NERBE AEBAL-Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral Cáritas Diocesana de Beja
Data V V V V V V V V V V V V V V V Participação FEPU APU CDU PS GDUP CDS-PP PCP m-l AD PPD PSD PPM UDP BE PCTP MRPP IND PSD CDS CH IL A 1976 49,04 4 33,67 3 5,07 - 4,95 - 1,61 - 1979 56,51 5 20,09 1 AD 18,68 1 AD AD 2,18 - 0,46 - 1982 51,67 4 26,55 2 15,72 1 1,94 - 1985 51,09 4 27,60 2 15,58 1 2,17 - 1989 42,80 4 29,74 2 4,54 - 16,46 1 2,01 - 1993 45,97 3 35,70 3 2,34 - 12,23 1 1997 43,29 4 37,73 3 1,69 - 10,15 - 3,09 - 2001 42,56 3 38,03 3 1,85 - 12,32 1 1,64 - 2005 41,79 3 33,71 3 1,03 - 17,25 1 2,69 - 2009 41,66 3 45,72 4 1,59 - 4,98 - 2,93 - 1,08 - 2013 43,42 4 41,65 3 PPD PSD CDS-PP a 4,38 - 6,21 - 2017 37,61 3 46,25 4 3,19 - 5,38 - 3,43 - 2021 32,84 3 39,14 3 AD 18,53 1 AD AD 1,69 - 5,44 - AD AD a O BE apoiou a lista independente Por Beja com Todos nas eleições de 2013
Data PCP PS PSD CDS UDP APU CDU AD FRS PRD PSN BE PAN PàF L CH IL 1976 46,84 28,96 8,36 5,41 3,60 1979 APU 19,79 AD AD 2,62 51,82 20,84 1980 FRS 1,99 47,96 23,32 20,72 1983 27,75 12,72 5,20 1,33 48,67 1985 20,79 15,32 2,26 1,57 43,91 11,11 1987 CDU 20,17 26,86 1,87 1,33 38,53 5,28 1991 29,94 29,36 2,34 30,31 0,71 1,13 1995 45,23 16,13 4,21 0,84 30,02 1999 43,42 15,59 4,30 30,24 0,15 2,47 2002 41,48 22,60 3,82 24,84 2,64 2005 48,81 13,71 3,92 23,36 6,08 2009 31,88 16,58 6,95 27,87 11,64 2011 27,65 26,71 8,58 24,34 5,72 0,71 2015 36,77 PàF PàF 23,46 9,14 0,89 22,03 0,47 2019 35,42 15,84 2,58 23,11 9,97 2,20 0,89 2,59 0,61
Freguesias do município de Beja. O Município de Beja está dividido em 12 freguesias Freguesias do município de Beja Freguesia Residentes 2011 Residentes 2021 Albernoa e Trindade 1032 889 Baleizão 902 884 Beja Salvador e Santa Maria da Feira 11133 10703 Beja Santiago Maior e São João Baptista 14015 13371 Beringel 1301 1189 Cabeça Gorda 1386 1126 Nossa Senhora das Neves 1747 1525 Salvada e Quintos 1352 1181 Santa Clara de Louredo 864 747 Santa Vitória e Mombeja 981 788 São Matias 569 511 Trigaches e São Brissos 572 487 Total 35854 33401
Município de BejaBraga é a cidade portuguesa capital do Distrito de Braga e da sub-região do Cávado NUT III , pertencendo à região do Norte NUT II . sede do Município de Braga que tem uma área total de 183,40 km2, 193 324 habitantes em 2021 e uma densidade populacional de 1 054 habitantes por km2, subdividido em 37 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Amares, a leste pela Póvoa de Lanhoso, a sudeste por Guimarães, a sul por Vila Nova de Famalicão, a oeste por Barcelos e a noroeste por Vila Verde. Braga possui uma história bimilenar que se iniciou na Roma Antiga, quando foi fundada em como Bracara Augusta em homenagem ao imperador romano Augusto . Braga possui um vasto património cultural, cujo ex-líbris é o Santuário do Bom Jesus do Monte, Património Mundial da UNESCO. Em 2012 foi distinguida como Capital Europeia da Juventude e em 2018 foi Cidade Europeia do Desporto. Desde 2017 pertence à rede de Cidades Criativas da UNESCO, na categoria Media Arts, e em 2021 foi eleita Melhor Destino Europeu do Ano, depois de ter ficado em 2 lugar em 2019.
Na gíria popular é conhecida como Cidade dos Arcebispos. Durante séculos o seu Arcebispo foi o mais importante na Península Ibérica é ainda detentor do título de Primaz das Espanhas. A ação dos arcebispos ao longo da história é, de longe, o maior factor no desenvolvimento da cidade e região. Conta com figuras como São Pedro de Rates, -45 d.C. , São Martinho de Dume, São Geraldo e São Frutuoso de Montélios os patronos da cidade, assinalados a 5 de Dezembro, dia da cidade , os registos são mantidos fielmente a partir da reconquista em 1071 até hoje. A Roma Portuguesa no o arcebispo D. Diogo de Sousa, influenciado pela sua visita à cidade de Roma, desenha uma nova cidade onde as praças e igrejas abundam tal como em Roma. A este título está também associado o facto de existirem inúmeras igrejas por km em Braga. , ainda, considerada como o maior centro de estudos religiosos em Portugal. O Paiz Bracarense assim chamada no século XVIII, devido a um particularismo legal remontando ás origens de Portugal sobre o domínio temporal da cidade de Braga. Na prática a cidade pertencia á Sé Primacial mas legalmente estava aberta a questão se a cidade estava ou não sujeita a correção régia até á 1 República. A Cidade Barroca durante o , com a investidura de D. José de Bragança, iniciou-se um processo de cosmopolitização para promover o estatuto da cidade. Nesta renovação urbana destacou-se o arquiteto André Soares que transformou Braga no Ex-Libris do Barroco em Portugal. A Cidade Romana que no tempo dos romanos era a maior e mais importante cidade situada no território onde seria Portugal. Ausónio, ilustre letrado de Bordéus e prefeito da Aquitânia, incluiu Bracara Augusta entre as grandes cidades do Império Romano. A Capital do Minho ou o Coração do Minho, por estar localizada no centro desta província. Braga reúne um pouco de todo o Minho e todo o Minho tem um pouco de Braga. A cidade está estreitamente ligada a todo o Minho a Norte situa-se o tradicional Alto Minho, a Este o Parque Nacional da Peneda-Gerês, a Sul as terras senhoriais de Basto e o industrial Ave e a Oeste o litoral marítimo Minhoto. A Cidade dos Três Sacro-Montes são santuários situados a Sudeste da cidade numa cadeia montanhosa, e são pela ordem Este a Sul O Bom Jesus, Sameiro e a Falperra Sta. Maria Madalena e Sta. Marta das Cortiças . A cidade da Juventude, que apesar de ser das cidades mais antiga de Portugal desde 32 a.C. é um município com uma percentagem significativa de jovens. Em 2012, celebrou-se a Braga 2012 - Capital Europeia da Juventude. Braga - A Cidade Encantadora, foi eleita pelo jornal The Guardian a cidade mais encantadora de Portugal. A cultura e a gastronomia estão entre as qualidades destacadas pela publicação britânica.
Os vestígios da presença humana na região vêm de há milhares de anos, como comprovam vários achados. Um dos mais antigos é a Mamoa de Lamas, um monumento megalítico edificado no período Neolítico. No entanto, apenas se consegue provar a existência de aglomerados populacionais em Braga na Idade do Bronze. Caracterizam-se por fossas e cerâmicas encontradas em Alto da Cividade, local onde existiria uma povoação e por uma necrópole que terá existido na zona dos Granjinhos. Na Idade do Ferro, desenvolveram-se os chamados castros. Estes eram próprios de povoações que ocupavam locais altos do relevo. Os celtas eram os seus habitantes e, nesta região em particular, habitavam os Brácaros , que dariam nome à cidade, após a sua fundação e os romanos terem forçado as populações descerem ao vale.
272x272px No decurso do , a região foi percorrida pelas legiões romanas. Após a conquista definitiva do noroeste peninsular pelo imperador Augusto, esse manda edificar a cidade de Braga em , com a designação de Bracara Augusta, em homenagem a aliança entre o imperador romano Augusto e o povo indígena os Bracari. A cidade tornar-se-ia capital da província da Galécia e integraria os três conventos do Noroeste peninsular e parte do Convento de Clúnia, com uma população de aproximadamente tributários livre nas 24 cividade no ano 25. Desta época data também a criação do bispado de Bracara Augusta, segundo a lenda, São Pedro de Rates foi o primeiro bispo bracarense entre os anos 45 e 60, ordenado pelo apóstolo Santiago Maior que teria vindo da Terra Santa e foi martirizado quando convertia povos aderentes à religião romana no noroeste da Península Ibérica. Mas, só no ano 385 é que o papa Sirício faz referência à metropolitana de Bracara Augusta.
A cidade foi descrita como próspera pelo poeta Ausónio, no século IV. Entre 402 e 470 ocorreram as Invasões Germânicas da Península Ibérica, e a área foi conquistada pelos Suevos, povo germânico da Europa Central. De acordo com os registros, a cidade foi protegida por uma muralha, em uso desde o século III, e o antigo anfiteatro romano foi reaproveitado para a construção de uma fortaleza. Em 410, os suevos estabeleceram um reino que englobava a extinta região da Galécia hoje Galiza, norte de Portugal, parte das Astúrias e das províncias de Leão e Zamora, e se prolongava até ao rio Tejo e fizeram de Bracara capital. Este reino foi fundado por Hermerico e durou mais de 150 anos. No entanto, a partida dos Vândalos e a chegada dos Visigodos trouxeram uma nova instabilidade à região. Entre 419 e 422, Braga foi ameaçada pelos vândalos e começou a preparar-se para um cerco, fechando as suas portas e recusando-se a abri-las isso levou à destruição dos campos circundantes. No entanto, entre 429 e 455, os suevos recuperaram a sua força militar, reforçando o seu domínio na Galécia e na Lusitânia. Em 455, enquanto o rei visigodo Teodorico II saqueava Braga, destruindo por completo muitos registos históricos e arqueológicos, o rei suevo Requiário I escapava da cidade, ferido, para o Porto. Ainda temos registos de uma lista de dioceses e paróquias de Braga, feita em 570, no entanto. Por volta de 584, os visigodos assumiram o controlo permanente da Galécia dos suevos, e Braga tornou-se somente uma capital de província, sendo dominada pelo Reino Visigótico durante 130 anos. A Península Ibérica no Os registos históricos mostram, até agora, que o primeiro bispo conhecido de Braga se chamava Paternus, que viveu no final do século IV, e temos também registos de um bispo chamado Balconius 415-447 , que esteve presente quando o clero ibérico recebeu, em 435, um padre germânico da Arábia Petreia acompanhado de vários gregos com notícias do Concílio de feso 431 . Balconius também foi contemporâneo e correspondente do Papa Leão I. A tradição, no entanto, afirma que São Pedro de Rates foi o primeiro bispo de Braga.São Martinho de DumeBraga teve um papel importante na cristianização da Península Ibérica. No início do século V, Paulus Orosius amigo de Agostinho de Hipona escreveu várias obras teológicas que expunham a fé cristã. Enquanto graças à obra de São Martinho de Braga, os suevos da Península Ibérica renunciaram às heresias arianas e priscilianas durante dois sínodos aqui realizados no século VI. Também vale a pena notar que Requiário, o rei suevo, também foi o primeiro rei germânico na Europa a se converter ao cristianismo calcedônio, anterior à conversão de Clóvis dos Francos. Outras tentativas de elevar o estatuto religioso de Braga fora realizadas, nomeadamente a tentativa de levar relíquias de S. Estevão, da Terra Santa até Braga, por Avito de Braga e Paulus Orosius. Por ordem do rei Ariamiro foi realizado o concílio de Braga, entre 1 de Maio de 561 a 563, tendo sido presidido por Lucrécio, bispo titular de Bracara. Seguido em 572, no reino de Miro, pelo segundo concílio de Braga, presidido por São Martinho de Dume, bispo de Dume e de Braga. Destes concílios resultaram grandes reformas, principalmente no mundo eclesiástico e linguístico, destacando-se a criação do ritual bracarense e a abolição de elementos linguísticos pagãos, como os dias da semana Lunae dies, Martis dies, Mercurii dies, Jovis dies, Veneris dies, Saturni dies e Solis dies, por Feria secunda, Feria tertia, Feria quarta, Feria quinta, Feria sexta, Sabbatum, Dominica Dies, donde derivam os modernos dias em língua portuguesa e galega. A transição dos reinados visigóticos para a conquista muçulmana da Península Ibérica foi muito obscura, representando um período de declínio para a cidade. Os mouros capturaram brevemente Braga no início do século VIII, mas foram repelidos pelas forças cristãs sob Alfonso III das Astúrias em 868 com ataques intermitentes até 1040, quando foram definitivamente expulsos por Fernando I de Leão e Castela. Como consequência, o bispado foi restaurado em 1070 o primeiro novo bispo Pedro, começou a reconstruir a Catedral que foi modificada muitas vezes durante os séculos seguintes .
Califado Omíada em 716 A entrada dos mouros na Península ocorreu com o desembarque em Gibraltar a 27 de abril de 711 de Tárique - general do governador de Tánger Muça ibne Noçáir - liderando um exército de homens. Quatro anos depois, em 715, os mouros atingem e tomam Braga provocando grande destruição, dada a sua importância religiosa. Segundo o estudioso Adalberto Alves, provavelmente o nome árabe de Braga era Saquiate . Após alguns avanços e recuos, a diocese bracarense foi transferida para Lugo. A resistência cristã recuou de forma mais permanente até ficar confinada numa pequena zona montanhosa das Astúrias. No ano 868, com o rei das Astúrias Afonso III, o processo da reconquista cristã ganha novo ímpeto e a cidade de Braga é integrada durante alguns anos no Reino das Astúrias, tal como o Porto e mais tarde - em 878 - Coimbra. Quando, após a sua morte, Afonso III o Grande do Reino das Astúrias dividiu o seu reino entre os seus filhos em 908, ele atribuiu o Reino da Galiza a Ordonho da Galiza, que estabeleceu a sua capital em Braga. O século seguinte é marcado, após um período de paz, por diversas destruições sangrentas de Almançor, governador mouro de Córdova, para tentar inverter o avanço da reconquista cristã até Coimbra e Toledo. Verifica-se uma vasta destruição muçulmana, em 985, por Almançor e seu exército, que arrasou até às fundações e saqueou as cidades, e outros territórios, do Porto e Braga, retirando para sul do Douro nesse ano, uma razia semelhante às realizadas em todo o norte da Península, e que incluiu a destruição e ocupação por vários meses de Barcelona, Leon, Astorga, e depois Santiago de Compostela em 997, esta com milhares de escravos, obrigados a carregar a pé os grandes sinos da basílica demolida, colocados depois como candeeiros na mesquita de Córdova. nesta época que o domínio cristão se torna mais permanente no norte do actual território português, fechando a página da islamização.Braga, c. 1600, retirado da obra 284x284px
No a cidade é reorganizada, provavelmente com a nova designação de Braga. iniciada a construção da muralha citadina e da Sé, por ordem do bispo D. Pedro de Braga, sobre restos de um antigo templo romano dedicado à deusa sis, que teria mais tarde sido convertido numa igreja cristã. A cidade desenvolve-se em torno da Sé, ficando restringida ao perímetro amuralhado. Na fundação do segundo Condado Portucalense, Braga foi oferecida como dote, por Afonso VI de Leão e Castela, à sua filha D. Teresa, no seu casamento com D. Henrique de Borgonha. Estes últimos foram senhores da cidade entre 1096 a 1112. Em 1112, doam a cidade aos Arcebispos. Esta doação foi, mais tarde reiterada quando D. Afonso Henriques agradece o suporte diplomático pelo Arcebispo D. Paio Mendes no Vaticano, com o Papa Alexandre III, que levou à promulgação da Bula Manifestis Probatum, em 1179, reconhecendo Portugal como um Reino independente. Deste modo, o novo rei concedeu grandes privilégios à cidade de Braga entregando-a ao controlo direto da Igreja, tornando-a basicamente num feudo pessoal do Arcebispo. Este particularismo legal dava grande independência á cidade, sendo que, na prática, a cidade pertencia á Sé Primacial mas legalmente a questão se a cidade estava ou não sujeita a correção régia ficou sem resolução até á 1 República. Por exemplo, quando as Ordenações Filipinas aboliram o ofício de Tabeliães Gerais, ficou explicito que havia a exceção de Braga deixando o notariado de Braga sobe o controlo do Arcebispado. Com a elevação do bispado bracarense a arcebispado, a cidade readquire uma enorme importância a nível Ibérico. O arcebispo Diego Gelmírez de Santiago de Compostela, com medo da ascensão da Sé de Braga, rouba as relíquias dos santos bracarenses, incluindo o corpo de S. Frutuoso, na tentativa de diminuir a importância religiosa da cidade, as relíquias só retornaram a Braga no . Tradição oral remete que Gelmírez saiu da cidade de noite numa carroça conduzida por um burro.Mapa da Batalha do Carvalho d Este entre tropas portuguesas e napoleónicas 290x290px Sob o reinado de D. Dinis, a muralha citadina é requalificada, começando a construção da torre de menagem. Mais tarde, foram adicionadas nove torres, de planta quadrangular, à muralha existente, concluindo-se também o Castelo de Braga em torno da torre de menagem existente. Já no reinado de D. João I foi realizada na cidade uma reunião das Cortes Gerais do Reino, em 1387, onde são instituídas sisas gerais em todo o reino para cobrir as despesas com a guerra contra Castela e explicita a forma de pagamento do imposto. Este monarca foi o último a requalificar a muralha, apesar de ainda haver várias modificações ao longo dos tempos, nomeadamente quando se rasgou várias novas portas para dentro da cidade culminando com a 7 portas que subsistiram até a muralha ser demolida. No , o Arcebispo de Braga D. Diogo de Sousa modifica a cidade profundamente, introduzindo-lhe ruas, praças, novos edifícios, provocando-lhe também o crescimento para além do perímetro amuralhado. Do ao XVIII, por intermédio de vários arcebispos, os edifícios de traça medieval vão sendo apagados e substituídos por edifícios de arquitetura religiosa da época. D. Luís de Sousa foi outro principal arcebispo que, entre outros méritos, mandou reconstruir a Igreja da Paróquia de São Victor, mandou ampliar o Campo de S. Ana, a reconstruir a Igreja de S. Vicente, reedificar a Capela de S. Sebastião e, por ultimo, construir da Igreja dos Congregados que seria mais tarde monumentalizada para a versão atual da Basílica dos Congregados. Igualmente, sobre os seus auspícios deste arcebispo diplomata, o cónego do Cabido de Braga, João Meira Carrilho, mandou construir a Capela da Congregação do Oratório que existia dentro do Campo de S. Ana. Esta antiga capela seria de particular interesse, não só pela sua planta arquitetónica seria totalmente circular , mas também por possuir toda uma arcada circundante cujas colunas seriam de origem romana . A antiga fortaleza construída no topo do anfiteatro romano ainda existia no século XVIII uma descrição deste foi feita no reinado de D. Maria I , na parte sul de Maximinos, mas o tempo cobrou o seu preço e os vestígios acima do solo foram desaparecendo e agora é um sítio arqueológico. No , Braga por intermédio da inspiração artística de André Soares transforma-se no Ex-Libris do Barroco em Portugal. Nos fins deste século, surge em várias edificações o Neoclássico com Carlos Amarante. Mais uma vez, por intermédio de vários arcebispos, principalmente D. Rodrigo de Moura Teles, os edifícios religiosos são novamente alterados com a introdução do Barroco e o Neoclássico e é iniciada a construção do Santuário do Bom Jesus do Monte, em 1722. Em 1758, Braga, como muitos outros lugares, foi incluída no censo solicitado pela monarquia, sob o 1 Marquês de Pombal. Esses registros são conhecidos como Memórias Paroquiais que podem ser consultadas através de várias fontes. Rua Júlio Lima, a 3 de abril de 1937, na inauguração da luz elétrica Nos cem anos que se seguem, irrompem conflitos devidos às invasões francesas e lutas liberais. Em 20 de março de 1809 a cidade é palco da Batalha do Carvalho d Este e vítima de vários saques realizados pelas tropas napoleónicas. A cidade viria a ser reocupada a 5 de abril pelo general José António Botelho de Sousa, comandante das forças portuguesas no Minho. Em 1834, com o fim das lutas liberais, são expulsas várias ordens religiosas de Braga, deixando o seu espólio para a cidade. Em consequência da Revolta da Maria da Fonte na Póvoa de Lanhoso, área sob jurisdição do quartel militar bracarense, a cidade é palco de importantes confrontos entre o povo e as autoridades. No final do , o centro da cidade deixa a área da Sé de Braga e passa para a Avenida Central. Em 1875, é inaugurado pelo rei D. Luís a linha e estação dos comboios de Braga. No , dá-se a revolução dos transportes e das infraestruturas básicas, reformula-se a Avenida da Liberdade, de onde se destaca o Theatro Circo e os edifícios do lado nascente. Em 28 de Maio de 1926, o general Gomes da Costa inicia nesta cidade a Revolução de 28 de Maio de 1926. Por fim, no final deste século, Braga sofre um grande desenvolvimento e cresce a um ritmo bastante elevado. também conhecida por muitos por Capital do Minho.
Relevo do município type ExternalData, service geomask, ids Q83247 Situada no coração do Minho, a cidade de Braga encontra-se numa região de transições de Este para Oeste, entre serras, florestas e leiras aos grandes vales, planícies e campos verdejantes. Terras construídas pela natureza e moldadas pelo Homem. Físicamente situa-se a 41 32 N 08 25 O, no Noroeste da Península Ibérica, precisamente entre o Rio Douro e o Rio Minho. Ocupando 183,51 km , e variando entre 20 a 572 metros de altitude, o município é bastante diversificado. O terreno a Norte situado na margem esquerda do Rio Cávado, é semi-plano, graças ao grande vale do Rio Cávado. A parte Este caracteriza-se por montanhas, tais como a Serra do Carvalho 479 m , Serra dos Picos 566 m , Monte do Sameiro 572 m e o Monte Sta Marta 562 m . Entre a Serra do Carvalho e a Serra dos Picos nasce o Rio Este, formando o vale d Este, já a Sul da Serra dos Picos desenvolve-se o planalto de Sobreposta-Pedralva. A Sul, como a Oeste o terreno é um misto de montanhas, colinas e médios vales. O centro da cidade situa-se no alto da colina de Cividade 215 m , desenvolvendo-se para o vale do Rio Cávado a Norte e Oeste, e para o vale do Rio Este a Este e Sul. O território bracarense pertence a duas bacias hidrográficas, a bacia hidrográfica do rio Cávado a Norte e a bacia hidrográfica do rio Ave a Sul. O rio Cávado, de caudal médio, é o elemento hidrográfico predominante a Norte, existindo também diversas ribeiras que desaguam neste. O território a Sul é marcado pelo rio Este e seus diversos afluentes, como o rio Veiga, todos de pequeno caudal. O solo, dado pertencer ao sistema montanhoso do Gerês e a sua proximidade ao Oceano Atlântico, é bastante rico em água. O município é predominantemente urbano, principalmente em torno da cidade. As áreas rurais que outrora predominavam, hoje, confinam-se aos limites do município. ainda de salientar que as colinas de maior cota e as montanhas encontram-se cobertas por manchas florestais, apesar da pressão urbana e dos fogos florestais que sucederam nos últimos anos.
O clima em Braga, pelo facto de se situar entre serras e o Oceano Atlântico, é tipicamente atlântico temperado, ou seja, com quatro estações bem definidas. Os Invernos são amenos e pluviosos , e geralmente com ventos moderados de Sudoeste. O vento pode também soprar do Norte, normalmente forte, o que geralmente provoca uma grande descida da temperatura, estes ventos são designados como Nortadas. Em anos frios ocorre a queda de neve, havendo temperaturas mínimas médias de -3 C. O último nevão na cidade foi em 9 de Janeiro de 2009. As Primaveras são tipicamente amenas, com grandes aberturas e ventos suaves. As brisas matinais ocorrem com maior frequência, principalmente nas maiores altitudes. No vale do Cávado, a baixa altitude, é normal existirem os nevoeiros matinais. De salientar o mês de Maio que é bastante propício às trovoadas, devido ao aquecimento do ar húmido com a chegada do Verão. Os verões são quentes e soalheiros com ventos suaves d Este. Nos dias mais frescos, podem ocorrer espontaneamente chuvas de curta duração, estas chuvas são bastante importantes para a vegetação da região, pois reabastece os lençóis de água o que torna a região rica em vegetação durante o ano inteiro, pela qual é conhecida por Verde Minho. Os Outonos são amenos e pluviosos, geralmente com ventos moderados. As maior e menor temperaturas registadas em Braga no período 1971-2000 foram 39,4 C e -4,1 C. Porém, há registos de -6,3 C em 2001 e 41,3 C em 1943 fonte Instituto de Meteorologia . Enquanto a temperatura desce, aumenta a pluviosidade. Existe uma maior frequência de nevoeiros, principalmente no vale do Cávado onde ocorrem os nevoeiros matinais mais densos. Tabela climática de Braga Temperatura Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média Máxima registada C 24,0 23,5 29,5 31,0 35,5 38,5 38,5 39,5 38,5 33,5 28,5 24,1 Média Máxima C 13,7 14,8 17,6 18,3 21,1 25,4 27,8 28,0 25,5 20,9 16,8 14,4 20,4 Média C 9,0 9,9 12,3 13,2 15,8 19,5 21,4 21,4 19,4 15,9 12,3 10,2 15,0 Média minima C 4,3 4,9 7,0 7,9 10,4 13,5 14,9 14,7 13,2 10,8 7,7 6,0 9,6 Mínima registada C -6,4 -4,5 -5,0 -1,2 -0,5 3,3 7,5 6,7 3,8 2,5 -1,7 -2,5 Precipitação Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total Total mm 176,4 114,8 121,6 130,8 112,9 48,6 22,0 34,0 81,7 191,7 193,9 220,2 1448,6 Dados referentes entre 1981 até 2010. Fonte Instituto de Meteorologia, IP Portugal
Número de habitantes 1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011 2021 48 420 50 962 55 424 58 339 60 836 57 019 60 761 75 846 84 142 92 938 96 918 125 472 141 256 169 192 181 494 193 324 Número de habitantes que tinham a residência oficial neste município à data em que os censos se realizaram. Número de habitantes por Grupo Etário 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011 2021 0-14 Anos 19 439 20 069 18 362 22 555 26 430 28 028 34 105 36 180 39 005 33 459 30 733 29 667 26 753 15-24 Anos 10 971 11 890 11 507 13 224 14 669 17 593 15 469 17 515 25 651 27 483 26 642 22 098 21 976 25-64 Anos 24 518 25 409 23 989 27 006 30 471 33 254 37 430 36 010 50 973 68 016 89 053 105 835 109 422 ou 65 Anos 3 088 3 241 2 917 3 617 4 167 4 902 5 934 6 515 9 843 12 298 17 764 23 894 35 173 Obs De 1900 a 1950 os dados referem-se à população presente no município à data em que eles se realizaram Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente População estrangeira 2021 no município de Braga 12 718 6,57 da população . Paises de origem Brasil 7 773 Itália 980 Ucrânia 443. O município é densamente povoado, com 989,6 hab km e 193349 habitantes 2021 , é um dos mais populosos de Portugal e é um dos mais jovens da Europa. A maioria da população concentra-se na área urbana, onde a densidade atinge cerca de 10 000 hab km . Colors id lightgrey value gray 0.9 id darkgrey value gray 0.7 id sfondo value rgb 1,1,1 id barraH value rgb 0.3,0.3,0.9 id barraM value rgb 0.9,0.3,0.3 ImageSize width 500 height 420 PlotArea left 100 bottom 50 top 30 right 15 DateFormat x.y Period from -10000 till 10000 TimeAxis orientation horizontal AlignBars justify ScaleMajor gridcolor darkgrey increment 2000 start -10000 ScaleMinor gridcolor lightgrey increment 500 start -10000 BackgroundColors canvas sfondo BarData bar null bar 85- text 85 e mais anos bar 80-84 text 80 a 84 anos bar 75-79 text 75 a 79 anos bar 70-74 text 70 a 74 anos bar 65-69 text 65 a 69 anos bar 60-64 text 60 a 64 anos bar 55-59 text 55 a 59 anos bar 50-54 text 50 a 54 anos bar 45-49 text 45 a 49 anos bar 40-44 text 40 a 44 anos bar 35-39 text 35 a 39 anos bar 30-34 text 30 a 34 anos bar 25-29 text 25 a 29 anos bar 20-24 text 20 a 24 anos bar 15-19 text 15 a 19 anos bar 10-14 text 10 a 14 anos bar 5-9 text 5 a 9 anos bar 0-4 text 0 a 4 anos PlotData color barraH width 16 align left bar 85- from -533 till 0 bar 80-84 from -1034 till 0 bar 75-79 from -1930 till 0 bar 70-74 from -2513 till 0 bar 65-69 from -2805 till 0 bar 60-64 from -3875 till 0 bar 55-59 from -5086 till 0 bar 50-54 from -5795 till 0 bar 45-49 from -6659 till 0 bar 40-44 from -6785 till 0 bar 35-39 from -7093 till 0 bar 30-34 from -7128 till 0 bar 25-29 from -6592 till 0 bar 20-24 from -5640 till 0 bar 15-19 from -5458 till 0 bar 10-14 from -5207 till 0 bar 5-9 from -5422 till 0 bar 0-4 from -5041 till 0 color barraM bar 85- from 0 till 1429 bar 80-84 from 0 till 1979 bar 75-79 from 0 till 2828 bar 70-74 from 0 till 3179 bar 65-69 from 0 till 3327 bar 60-64 from 0 till 4399 bar 55-59 from 0 till 5421 bar 50-54 from 0 till 6276 bar 45-49 from 0 till 7173 bar 40-44 from 0 till 7489 bar 35-39 from 0 till 7715 bar 30-34 from 0 till 7536 bar 25-29 from 0 till 6857 bar 20-24 from 0 till 5783 bar 15-19 from 0 till 5259 bar 10-14 from 0 till 4924 bar 5-9 from 0 till 5194 bar 0-4 from 0 till 4770 PlotData bar 85- at -533 fontsize S text 533 shift -25,-4 bar 80-84 at -1034 fontsize S text 1034 shift -25,-4 bar 75-79 at -1930 fontsize S text 1930 shift -25,-4 bar 70-74 at -2513 fontsize S text 2513 shift -25,-4 bar 65-69 at -2805 fontsize S text 2805 shift -25,-4 bar 60-64 at -3875 fontsize S text 3875 shift -25,-4 bar 55-59 at -5086 fontsize S text 5086 shift -25,-4 bar 50-54 at -5795 fontsize S text 5795 shift -25,-4 bar 45-49 at -6659 fontsize S text 6659 shift -25,-4 bar 40-44 at -6785 fontsize S text 6785 shift -25,-4 bar 35-39 at -7093 fontsize S text 7093 shift -25,-4 bar 30-34 at -7128 fontsize S text 7128 shift -25,-4 bar 25-29 at -6592 fontsize S text 6592 shift -25,-4 bar 20-24 at -5640 fontsize S text 5640 shift -25,-4 bar 15-19 at -5458 fontsize S text 5458 shift -25,-4 bar 10-14 at -5207 fontsize S text 5207 shift -25,-4 bar 5-9 at -5422 fontsize S text 5422 shift -25,-4 bar 0-4 at -5041 fontsize S text 5041 shift -25,-4 bar 85- at 1429 fontsize S text 1429 shift 8,-4 bar 80-84 at 1979 fontsize S text 1979 shift 8,-4 bar 75-79 at 2828 fontsize S text 2828 shift 8,-4 bar 70-74 at 3179 fontsize S text 3179 shift 8,-4 bar 65-69 at 3327 fontsize S text 3327 shift 8,-4 bar 60-64 at 4399 fontsize S text 4399 shift 8,-4 bar 55-59 at 5421 fontsize S text 5421 shift 8,-4 bar 50-54 at 6276 fontsize S text 6276 shift 8,-4 bar 45-49 at 7173 fontsize S text 7173 shift 8,-4 bar 40-44 at 7489 fontsize S text 7489 shift 8,-4 bar 35-39 at 7715 fontsize S text 7715 shift 8,-4 bar 30-34 at 7536 fontsize S text 7536 shift 8,-4 bar 25-29 at 6857 fontsize S text 6857 shift 8,-4 bar 20-24 at 5783 fontsize S text 5783 shift 8,-4 bar 15-19 at 5259 fontsize S text 5259 shift 8,-4 bar 10-14 at 4924 fontsize S text 4924 shift 8,-4 bar 5-9 at 5194 fontsize S text 5194 shift 8,-4 bar 0-4 at 4770 fontsize S text 4770 shift 8,-4 TextData fontsize M pos 230,15 text Número de indivíduos fontsize S pos 10,3 text Pirâmide etária em 2008. A azul indivíduos masculinos, a vermelho indivíduos femininos. Fonte INE. fontsize L pos 220,405 text Pirâmide etária A população bracarense é constituída por 78 954 indivíduos do sexo masculino e 85 238 indivíduos do sexo feminino. O grupo etário dos 0 aos 25 anos representava 35 da população total, enquanto 54 da população tinha entre 26 a 64 anos, o grupo etário dos idosos representava 11 . A população é maioritariamente portuguesa, mas existem também comunidades imigrantes, nomeadamente brasileiros, africanos principalmente oriundos das antigas colónias portuguesas, chineses e europeus de leste. No que diz respeito a habitação, em Braga há 70 268 alojamentos Censos de 2001 , valor excedentário se tivermos em consideração o conceito clássico de família 51 173 agregados . No entanto, estas 19 095 habitações sobrantes não estão todas em excesso na realidade, muitas delas destinam-se a residência temporária, normalmente associadas a estudantes, a trabalhadores temporários e a estrangeiros que exercem a sua actividade profissional na cidade. Existe também um grande número de habitações que pertencem a cidadãos residentes no estrangeiro que as utilizam quando regressam periodicamente a Portugal. O constante crescimento populacional e o aumento da habitação individual associado à não constituição de uma família clássica são também realidades que justificam este facto na sociedade bracarense. As 19 095 habitações atrás referidas, representam em média uma capacidade para 60 000 indivíduos, o que faz com que a população real de Braga esteja próxima de um valor intermédio situado entre os 174 000 indivíduos e os 230 000 indivíduos. O município cresceu 16,2 entre 1991 a 2001, o maior crescimento registou-se nas antigas freguesias suburbanas hoje urbanas , por exemplo Nogueira 124,6 , Frossos 68,4 , Real 59,8 , Lamaçães 50,9 . As previsões apontam para que Braga seja um dos municípios com maior crescimento nos próximos anos. A evolução demográfica entre 1801 a 2021 Colors id lightgrey value gray 0.9 id darkgrey value gray 0.7 id sfondo value rgb 1,1,1 id barra value rgb 0.6,0.7,0.8 ImageSize width 640 height 300 PlotArea left 50 bottom 50 top 20 right 20 DateFormat x.y Period from 0 till 210000 TimeAxis orientation vertical AlignBars justify ScaleMajor gridcolor darkgrey increment 20000 start 0 ScaleMinor gridcolor lightgrey increment 5000 start 0 BackgroundColors canvas sfondo BarData bar 1800 bar 1801 text 1801 bar 1849 text 1849 bar 1900 text 1900 bar 1911 text 1911 bar 1920 text 1920 bar 1930 text 1930 bar 1940 text 1940 bar 1950 text 1950 bar 1960 text 1960 bar 1970 text 1970 bar 1981 text 1981 bar 1991 text 1991 bar 2001 text 2001 bar 2011 text 2011 bar 2021 text 2021 bar 2031 PlotData color barra width 25 align left bar 1801 from 0 till 30552 bar 1849 from 0 till 40004 bar 1900 from 0 till 58339 bar 1911 from 0 till 60836 bar 1920 from 0 till 57019 bar 1930 from 0 till 60761 bar 1940 from 0 till 75846 bar 1950 from 0 till 84142 bar 1960 from 0 till 92938 bar 1970 from 0 till 96220 bar 1981 from 0 till 125472 bar 1991 from 0 till 141256 bar 2001 from 0 till 164192 bar 2011 from 0 till 181494 bar 2021 from 0 till 193349 PlotData bar 1801 at 30552 fontsize S text 30.552 shift -14,5 bar 1849 at 40004 fontsize S text 40.004 shift -14,5 bar 1900 at 58339 fontsize S text 58.339 shift -14,5 bar 1911 at 60836 fontsize S text 60.836 shift -14,5 bar 1920 at 57019 fontsize S text 57.019 shift -14,5 bar 1930 at 60761 fontsize S text 60.761 shift -14,5 bar 1940 at 75846 fontsize S text 75.846 shift -14,5 bar 1950 at 84142 fontsize S text 84.142 shift -14,5 bar 1960 at 92938 fontsize S text 92.938 shift -14,5 bar 1970 at 96220 fontsize S text 96.220 shift -14,5 bar 1981 at 125472 fontsize S text 125.472 shift -18,5 bar 1991 at 141256 fontsize S text 141.256 shift -18,5 bar 2001 at 164192 fontsize S text 164.192 shift -18,5 bar 2011 at 181494 fontsize S text 181.494 shift -18,5 bar 2021 at 193333 fontsize S text 193.333 shift -18,5 TextData fontsize S pos 20,20
Edifício da Câmara Municipal na Praça do Município, datada do século XVIII. Administrativamente o município de Braga, de código administrativo 03 03, fica no distrito de Braga de código administrativo 03, e é capital do mesmo. limitado a norte pelo município de Amares, a leste pela Póvoa de Lanhoso, a sueste por Guimarães, a sul por Vila Nova de Famalicão, a oeste por Barcelos e a noroeste por Vila Verde. Possui uma Câmara Municipal, presidida por Ricardo Rio desde 2013. A Câmara Municipal é composta, para além do presidente, por nove vereadores. Existe uma Assembleia Municipal que é o órgão legislativo do município, constituída por um presidente e dois secretários, sessenta e três deputados e os Presidentes de junta de freguesia.
O Município de Braga está subdividido em 37 freguesias Nome População 2021 rea km Densidade hab km Adaúfe 3 587 10,81 331,8 Arentim e Cunha 1 406 5,72 245,8 Braga Maximinos, Sé e Cividade 15 092 2,57 5872,4 Braga São José de São Lázaro e São João do Souto 14 793 2,44 6 062,7 Braga São Vicente 13 976 2,55 5 480,8 Braga São Vítor 32 877 4,08 8 058,1 Cabreiros e Passos São Julião 2 082 4,8 433,75 Celeirós, Aveleda e Vimieiro 6 743 7,56 891,9 Crespos e Pousada 1 231 7,34 167,7 Escudeiros e Penso Santo Estêvão e São Vicente 1 823 8,04 226,7 Espinho 1 057 4,48 235,9 Esporões 1 713 4,74 361,4 Este São Pedro e São Mamede 4 067 9,8 415 Ferreiros e Gondizalves 9 978 4,26 2 342,3 Figueiredo 1 150 2,03 566,5 Gualtar 6 761 2,74 2467,5 Guisande e Oliveira São Pedro 1 072 4,71 227,6 Lamas 852 1,25 681,6 Lomar e Arcos 7 266 4,02 1807,5 Merelim São Paio , Panóias e Parada de Tibães 5 258 5,36 981 Merelim São Pedro e Frossos 3 845 3,15 1 220,6 Mire de Tibães 2 344 4,36 537,6 Morreira e Trandeiras 1 364 4,54 300,4 Nogueira, Fraião e Lamaçães 15 017 8,4 1787,7 Nogueiró e Tenões 5 947 4,43 1342,4 Padim da Graça 1 418 3,39 418,3 Palmeira 5 700 8,88 641,9 Pedralva 1 060 8,07 131,4 Priscos 1 256 3,65 344,1 Real, Dume e Semelhe 13 686 8,46 1617,7 Ruilhe 1 110 2,2 504,5 Santa Lucrécia de Algeriz e Navarra 909 6,22 146,1 Sequeira 1 741 4,35 400,2 Sobreposta 1 267 5,98 211,9 Tadim 1 267 2,68 472,8 Tebosa 1 082 2,59 417,8 Vilaça e Fradelos 1 552 2,8 554,3 Mapa com as freguesias de Braga Desde a reorganização administrativa de 2013, o município de Braga está subdividido em 37 freguesias.
Braga possui onze protocolos de cooperação. Clermont-Ferrand, Puy-de-Dôme, França Puteaux, Altos do Sena, França Manaus, Brasil Niterói, Brasil Rio de Janeiro, Brasil Bissorã, Oio, Guiné-Bissau Astorga, Castela e Leão, Espanha. A cidade de Braga possui laços com Astorga há mais de dois mil anos, como evidencia a construção da Geira para encurtar distâncias entre estas. Veliko-Tarnovo, Bulgária Cluj-Napoca, Roménia Ivano-Frankivsk Ucrânia Santa Fé, Argentina Cuenca, Ecuador
Cavaquinho ou braguinha, instrumento criado pelos Biscainhos que chegou ao Hawai, dando origem ao ukelele O artesanato bracarense há muito que ultrapassou as fronteiras do país. Na música, os cavaquinhos, violas, guitarras nomeadamente a Viola Braguesa . interessante notar que será este instrumento a dar origem ao famoso ukelele ao ser levado por emigrantes portugueses para o Hawai. Na Arte Sacra as representações bíblicas e a Vela Votiva de Braga são os ex-libris. Embora estes quatro sejam famosos, o artesanato Bracarense é mais diversificado, os artigos de linho panos, colchas, cortinados , os bordados, a cestaria, miniaturas em madeira, farricocos também em cêra , bijuteria, ferro forjado sinos, miniaturas, material para agricultura , as louças típicas de Braga coloridas e de forma atractiva, entre outros, são artigos tradicionais que facilmente se encontram nas ruas, ruelas ou nas zonas rurais nas imediações.
Braga, como o resto do Minho tem uma gastronomia riquíssima. O bacalhau assume-se como o prato de peixe favorito, a cidade é famosa pelas suas inúmeras receitas de bacalhau bacalhau à Narcisa, bacalhau à Minhota Braga , bacalhau à moda de Braga . O arroz de Pato, as papas de sarrabulho com rojões, a tripa enfarinhada, os farinhotes, os enchidos de sangue, o cabrito à moda de Braga, as frigideiras do Cantinho ou as da Sé, os rojões à moda do Minho, o frango pica no chão, o vinho verde, o Pudim Abade de Priscos, o toucinho do céu, o bolo rei escangalhado, fidalguinhos, pederneiras, suplícios, paciências, entre muitos outros, fazem de Braga uma cidade de sabores.
Iluminação da Arcada durante as festividades do S. João Festa de São João em Braga Os primeiros registos do S. João de Braga datam de 1515, data que pela primeira vez a Câmara Municipal assume a sua realização, mas que agregam muitos elementos comprovadamente mais antigos, como por exemplo a Procissão dos Santos do Mês de Junho, onde tradicionalmente aparece o carro com a Dança do Rei David, que apesar do nome, é de inspiração moçárabe. De salientar também, a presença de lavradeiras ostentando as Velas Votivas de Braga cumprindo a tradição de a oferecer ao São João pela graça concedida . Estas festas repetem-se anualmente no mês de Junho. Semana Santa Páscoa Durante toda essa semana os altares das Igrejas, cada um invocando uma cena da Paixão de Cristo, encontram-se decorados com flores e velas. Esta semana atrai muitos turistas à cidade. Os visitantes procuram essencialmente as grandes procissões nocturnas que se caracterizam pelas centenas de figurantes. Na quarta-feira realiza-se a tradicional Procissão da burrinha, na quinta-feira a procissão de Ecce Homo e, na Sexta-feira Santa, a solene Procissão Teofórica do Enterro do Senhor. Em todas elas se recriam quadros da história religiosa. No sábado à noite, é habitual uma sessão de fogo-de-artifício, onde rebenta uma figura de homem, simbolizando o suicida Judas, que traíra Jesus. Após a Vigília Pascal da madrugada de Domingo de Páscoa, conjuntos de pessoas saem de todas as igrejas da cidade para anunciarem a todas as casas a Ressurreição de Jesus, dando uma Cruz especialmente decorada a beijar aos residentes. Dia da Cidade Celebra-se no dia de São Geraldo, padroeiro da cidade de Braga, a 5 de Dezembro. uma celebração de cariz oficial, com sessão solene e entrega de medalhas da cidade, não havendo festa popular. De salientar ainda a especial decoração da Capela de São Geraldo na Sé Catedral, que neste dia é enfeitada com fruta. Festas dos Patronos Por toda a cidade, cada paróquia celebra a festa do seu patrono. São particularmente conhecidas as de São Vicente e da Cónega nome dado à zona ao fundo do Campo da Vinha e Rua da Boavista , bem como as de Nogueiró e Nogueira, com festividades e costumes significativos, como por exemplo os moletinhos no dia de São Vicente e São José de São Lázaro , a 22 de janeiro e 19 de março, respetivamente. Festas Académicas do Enterro da Gata A primeira referência na imprensa relativamente ao Enterro da Gata reenvia-nos ao distante ano de 1889 e vem publicada no jornal Aurora do Minho com o título pomposo de Enterro Xistoso. Lá se conta como um grupo de estudantes para festejar o fim do ano e enterrar a gata fizeram um enterro xistoso e novo na espécie. A academia bracarense era então representada pelos estudantes do Liceu Nacional hoje Escola Secundária Sá de Miranda , que estava sediado no Convento dos Congregados. No estudo solicitado em 1989 pela Associação Académica da Universidade do Minho ao director da Biblioteca Pública de Braga, Dr. Henrique Barreto Nunes, concluiu-se que o 1. Enterro da Gata se havia realizado em Maio de 1889. Assim, e passados exactamente 100 anos sobre o seu nascimento, era retomada a tradição, agora nas mãos dos estudantes da jovem Universidade do Minho. A gata representa o indesejado insucesso escolar. feito um velório em que a Gata é transportada pelas artérias da cidade seguida por um séquito que não pára de chorar a finada. As festas têm a duração de uma semana e realizam-se todos os anos no início do mês de Maio. Festas Académicas do 1. de Dezembro os Estudantes da Cidade de Braga no ano de 1640, com o intuito de comemorar a restauração da independência, saíram à rua. No meio da folia, estes jovens assaltaram galinheiros e celebraram o acontecimento bebendo e comendo um prato típico de frango, o Pica No Chão vulgo, cabidela . A tradição do jantar do 1. de Dezembro é ainda seguida pelos estudantes da cidade, juntamente com uma Récita que conta com a participação dos Grupos Culturais da Universidade do Minho. Procissão dos Passos A Procissão dos Passos, organizada anualmente no Domingo de Ramos pela Irmandade de Santa Cruz, é o primeiro grande cerimonial da Semana Santa de Braga. Instituída no ano de 1597 pelo Arcebispo D. Frei Agostinho de Jesus, é plausivelmente a segunda mais antiga do género em Portugal. O objetivo desta procissão é reconstituir o caminho os passos de Jesus Cristo desde o Pretório até ao Calvário. Por isso mesmo, ainda hoje, a procissão cumpre o itinerário dos Passos calvários espalhados no centro histórico. O ponto alto ocorre quando o préstito atinge o largo Carlos Amarante, defronte da igreja de Santa Cruz, onde é pronunciado o sermão do Encontro, momento catequético-devocional introduzido em 1946. Após esta encenação, a procissão prossegue a sua marcha, agora com o andor de Nossa Senhora da Soledade incorporado. Num passado não muito distante, a procissão era antecedida por grupos de farricocos, vestidos de túnicas roxas, e hordas de penitentes que se flagelavam em público. Em memória destas figuras, abre a procissão um farricoco, carregando uma trompeta. Realiza-se em Real terceiro Domingo antes da Páscoa , Celeirós segundo Domingo antes da Páscoa , Cabreiros terceiro Domingo de Quaresma e Braga Domingo de Ramos . Procissão do Corpo de Deus A primeira manifestação pública, é uma forma de afirmarem publicamente a sua crença no Santíssimo Sacramento da Eucaristia, isto é, que o pão e vinho se transubstancian efectivamente no Corpo e Sangue de Cristo. , por isso, uma procissão diferente das restantes aqui não há quadros explicativos da história religiosa, apenas a expressão do culto ao Santíssimo Sacramento, transportado pelo Arcebispo. Foi nesta procissão em Braga que, em 1923, pela primeira vez se mostraram ao público os Escuteiros do Corpo Nacional de Escutas, pelo que é tradicional que nesta procissão os Escuteiros apenas constituam corpo participativo, ao invés de apenas contribuírem para a sua organização como na Semana Santa. Braga Romana Guarda prétoriana de patrulha na Braga Romana Nestas festividades, inventadas já no século XXI, que decorrem anualmente no início do mês de Junho, são recriados alguns aspetos da vida no tempo da República Romana, com representações e simulações variadas. Peregrinações ao Sameiro Realizam-se no primeiro Domingo de Junho, último Domingo de Agosto e 8 de Dezembro. Festa em Honra do Divino Espírito Santo - Uma das festas mais antigas da cidade de Braga, realizada na freguesia de Nogueira. Peregrinação à Sra. da Cabeça Mire de Tibães segundo Domingo de Julho Romaria de Santa Marta Realiza-se nos Montes da Falperra e Santa Marta, dia vinte e nove de Julho. As festas e eventos culturais são uma constante quase semanal por toda a região e Braga não escapa a isso, com o barulho de sinos, foguetes e música a sinalizar a festa mais próxima.
Ao longo dos séculos a música em Braga foi profundamente marcada pela música popular, folclore e música religiosa ou Sacra. Em 1961, a instalação do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian abre os horizontes musicais da cidade. Nas décadas seguintes assiste-se a uma expansão musical, que continua a crescer nos nossos dias com o surgimento da Licenciatura em Música na Universidade do Minho. Na cidade existem ainda várias instituições de referência nomeadamente a Orquestra Câmara do Minho, Orquestra Câmara de Braga, a Orquestra Filarmónica de Braga, o Conservatório Calouste Gulbenkian de Braga, o Orfeão de Braga, o Coro da Sé de Braga, o Coro de Pais do Conservatório Calouste Gulbenkian de Braga, o Coro Gregoriano de Braga, a Banda de Musical de S. Miguel de Cabreiros, o Coro Académico da Universidade do Minho, a escola de música Conservatório Bomfim, cerca de 23 ranchos folclóricos, entre outros. Braga, tem-se também afirmado no panorama da música moderna portuguesa com o surgimento desde os anos 1980 de várias bandas de referência. Como incentivo a este tipo de música, a Câmara Municipal de Braga criou no estádio 1. de Maio várias salas de ensaio. Simultâneamente existem também inúmeros concursos musicais dos quais se destaca por exemplo o Concurso de Bandas Amadoras do Braga Parque.
No município de Braga existem 15 imóveis classificados como Monumentos Nacionais, 33 como Edifícios de interesse público e 20 em vias de classificação. Arco da Porta Nova
Domus de Santiago Museu Pio XII Cividade Fonte do dolo São Lázaro Ruínas romanas das Carvalheiras Sé Termas romanas de Maximinos Alto da Cividade Teatro romano do Alto da Cividade Cividade Balneário Pré-Romano de Bracara Maximinos Mosaico Romano no Museu de D. Diogo de Sousa um dos mais antigos do Norte de Portugal Insula nos terrenos do Museu de D. Diogo de Sousa Insula romana sob edifício da Escola da Sé Sé Ruínas romanas inseridas no edifício da Bibliopólis Ruínas Romanas do Edifício das Frigideiras do Cantinho Troço de muralha do Baixo Império na base da Torre da Capela de Nossa Senhora da Glória Mercado romano e basílica paleo-cristã observáveis numa cripta, sob a capela da Sé Catedral Tramo da muralha romana da Quinta do Fujacal Edifício romano de Santo António das Travessas Edifício Municipal Via Romana XVII com origem no limite leste da cidade e, atravessando o Barroso, passa em Acquae Flaviae Chaves , de onde prossegue para Astorga Em fase de classificação pelo IPPAR Via Romana XVIII ou Via Nova Geira localizada a nordeste da cidade, fazendo a ligação mais directa com Asturica Augusta Astorga . Monumento nacional e em fase de preparação de candidatura a Património da Humanidade pela UNESCO Via Romana XIX- unia as cidades de Braga, Ponte de Lima, Tude Tui , Turoqua Pontevedra , Aquis Celenis Caldas de Reis , Iria, Martiae, Lucus Augusti Lugo e Asturica Augusta Astorga . Basílica de São Martinho de Dume datada do Ruínas de Palácio Suevo - Edifício da época das invasões dos povos bárbaros, localizado na Santa Marta das Cortiças
Santuário de Nossa Senhora do Sameiro A cidade de Braga, por ser uma das cidades cristãs mais antigas do mundo, possui um vasto património religioso. As igrejas abundam no seu centro Histórico à semelhança de Roma. Do seu património evidencia-se o Santuário do Sameiro e, pela antiguidade, a Basílica de São Martinho de Dume ver arqueologia , datada do e a Capela de São Frutuoso do período Visigótico, classificada como Monumento Nacional. No entanto, foi no que se construiu o ex-libris da cidade, a Sé Catedral de Braga. A Sé está estritamente ligada a Braga e faz parte da sua História, reúne uma grande diversidade de estilos arquitectónicos, o estilo românico estilo inicial , o estilo gótico capela dos Reis , estilo manuelino exterior da cabeceira da igreja principal , o estilo renascentista Igreja da Misericórdia de Braga , o estilo Barroco altares de algumas capelas e os órgãos e coro da Igreja principal , o Neoclássico Claustro , entre outros de menor expressão. Outro conjunto urbano multi-arquitectónico de enorme valor é o Paço Episcopal Bracarense, palácio dos Arcebispos de Braga situado nas proximidades da Sé. Com arquitectura medieval, destaca-se ainda a Igreja de Santa Eulália, a Igreja de São Sebastião, a Igreja de São João do Souto e a Capela dos Coimbras. Do estilo renascentista, a maior referência é a Igreja de São Paulo, de fachada alta e sóbria, terminada em frontão triangular, vazada por uma só porta em arco redondo, por duas janelas e um óculo. Ainda no mesmo período, o Arcebispo Diogo de Sousa altera a arquitectura da cidade, com a abertura de novos espaços urbanos e a construção de vários edifícios religiosos. Pelo facto de muitos desses edifícios só terem sido concluídos nos séculos seguintes, surgiram na sua arquitectura influências de outros estilos, como o barroco ou neoclássico, cujos trabalhos são em grande parte são da autoria de Carlos Amarante e de André Soares. Da autoria do Arquitecto e Engenheiro Carlos Amarante são o Convento do Pópulo, a Igreja de São Vicente, repleta de elementos do barroco, e a Igreja de São Marcos onde se destacam as estátuas dos apóstolos. O arquitecto André Soares projectou o magnífico Convento dos Congregados, a obra mais emocionada palavras do especialista Robert Smith, e a Igreja de Santa Maria Madalena de estilo rocaille. Interior da igreja do Mosteiro de Tibães ornamentada com talha de José de Santo António Vilaça Já o Santuário do Bom Jesus do Monte, uma das referências do barroco europeu e Património Cultural Mundial da Unesco, é da autoria destes dois grandes arquitectos bracarenses. Desta época datam também a actual igreja do Mosteiro de Tibães, casa mãe da Congregação Beniditina para Portugal e Brasil, e a Igreja da Santa Cruz em estilo barroco maneirista. Das obras do , sobressai a Basílica do Sameiro, templo central do trio dos Sacro-Montes Bom Jesus-Sameiro-Falperra , de estilo neoclássico que possui no seu interior um altar-mor em granito branco polido, e o sacrário em prata. Dos grandes artistas bracarenses de arte religiosa, destaca-se José de Santo António Vilaça, grande mestre da talha dourada. A sua obra é marcada por traços pessoais e decorada a ouro. Grande parte dos ornamentos em talha que se encontram nas igrejas bracarenses são da sua autoria. Dada a importância da sua obra, certas figuras ligadas à arte defendem a candidatura da sua obra a património da humanidade. E Marceliano de Araújo que trabalhou tanto a madeira como a pedra Fonte do Pelicano , sendo conhecido pelo seu trabalho em talha dourada da Igreja da Penha, famosa também pelos seus azulejos do século XVIII da autoria de Policarpo de Oliveira Bernardes. Em termos de cruzeiros, o mais imponente é o Cruzeiro de Tibães, de estilo renascentista erudito, possui também traços típicos dos restantes cruzeiros bracarenses e está classificado como Monumento Nacional desde 1910. Além destes, refere-se ainda pela monumentalidade, o Cruzeiro do Campo das Hortas e o Cruzeiro de Sant Ana, também classificados como Monumento Nacional. 215px 500px 215px Vista panorâmica do Santuário do Bom Jesus do Monte
Palácio do Raio Largo do Paço Datada da Alta Idade Média, a Ponte do Porto que nos chega aos nossos dias sofreu várias reconstruções, devido às cheias do rio Cávado. visível na parte mais sensível às cheias a reconstrução em estilo gótico da Baixa Idade Média última reconstrução Arco da Porta Nova obra de André Soares, classificada como Monumento Nacional desde 1910. Sé Arcada Edifício do Banco de Portugal, do arquiteto Moura Coutinho. Elevador do Bom Jesus Em fase de classificação pelo IPPAR e de preparação de candidatura a Património da Humanidade pela UNESCO Casa de Infias ou Casa de Vale de Flores São Vicente Casa de Santa Cruz do Igo Em fase de classificação pelo IPPAR Casa dos Coimbra. Casa dos Crivos ou Casa das Gelosias São João do Souto Casa dos Paivas ou da Roda, edifício renascentista do . Casa e Quinta de São Brás da Torre incluindo capela, jardim e mata Em fase de classificação pelo IPPAR Casa Grande das Hortas ou Palácio das Hortas. Casa Rolão Edifícios da Biblioteca Pública de Braga Edifício da Câmara Municipal de Braga Sé Edifício do Recolhimento de Santa Maria Madalena ou das Convertidas- Em fase de classificação pelo IPPAR Estádio 1. de Maio Em fase de classificação pelo IPPAR Estádio Municipal de Braga, do arquiteto Eduardo Souto de Moura - Em fase de classificação pelo IPPAR Edifício da Farmácia Brito, do arquiteto Moura Coutinho- Avenida da Liberdade Palacete dos Vilhenas Coutinhos antigo tribunal Palácio do Raio, de André Soares. Palácio dos Biscainhos Ponte de Prado São Paio de Merelim Ponte do Porto Rua de São Geraldo e Antigo Convento das Freiras Em fase de classificação pelo IPPAR Sete Fontes de S. Victor Sistema de Captação do Sistema de gua do São Vítor Theatro Circo, do arquiteto Moura Coutinho.
Castelo da D. Chica. O imóvel encontra-se num estado de abandono e degradação O Castelo de Braga e as muralhas medievais, são as maiores expressões arquitectónicas militares da cidade. A Torre de menagem do antigo Castelo de Braga, que foi ingloriamente demolido em 1906, é o principal remanescente desta construção erguida sob o reinado de D. Dinis. De planta quadrada, esta torre em estilo gótico, ergue-se a aproximadamente trinta metros de altura, dividida internamente em três pavimentos. No alto, uma janela geminada e matacães nos vértices. No topo uma coroa de ameias. Na torre e no alçado oeste, as pedras-de-armas de D. Dinis. Destaca-se ainda a enorme quantidade de símbolos inscritos nas faces das paredes internas e externas. Estes símbolos, segundo o povo medieval, protegeria a cidade de invasores. Da muralha medieval constituída por nove torres, subsistem ainda três torres, a Torre de Santiago, a Torre de São Sebastião e a Torre da Porta Nova. O Castelo do Bom Jesus e o Castelo da D. Chica são edifícios apalaçados com alguma influência arquitectónica militar, de características eclécticas sobre um estilo romântico. O Castelo da D. Chica, projectado pelo arquitecto Ernesto Korrodi, é um exemplar inspirado nos castelos apalaçados bávaros. Museu da Imagem
Museu Pio XII A cidade bimilenar de Braga, que atravessou épocas distintas, é detentora de um património rico e variado de tradições e costumes seculares, de artes antigas, marcadas profundamente pela presença do clero. Parte deste acervo está exposta nos museus, e é fruto de anos investigação e preservação. O Museu Regional de Arqueologia D. Diogo de Sousa e o Museu Pio XII possuem uma enorme colecção arqueológica. As colecções, na grande maioria, são provenientes de escavações realizadas em Braga, de acordo com critérios científicos actuais. No Museu Regional de Arqueologia D. Diogo de Sousa destaca-se a colecção de miliários, considerada a melhor de toda a Europa. Existem também núcleos museológicos com o objectivo de expor ruínas arqueológicas , entre os quais o Núcleo Museológico de Lamas, a Fonte do dolo ou as Termas romanas de Maximinos são exemplo disso ver secção de Arqueologia . Os museus Museu Pio XII, Tesouro-Museu da Sé Catedral e Museu do Mosteiro de Tibães são museus mistos. Estes museus de origem religiosa expõem de uma maneira geral o património religioso, arqueológico, histórico, cultural, e artístico da região. O Palácio dos Biscaínhos convertido em museu, é um espaço onde se pode apreciar o quotidiano da nobreza setecentista. As artes, ao longo das últimas décadas, foram o tema principal para abertura de novos museus na cidade. O Museu Nogueira da Silva, gerido pela Universidade do Minho, detém variadas colecções de arte. O Museu Medina expõe a maior colecção de obras, mais de uma centena, de Henrique Medina. O Museu dos Cordofones está ligado à arte dos cordofones. Na área da fotografia, o Museu da Imagem reúne uma vasto espólio herdado das antigas casas fotográficas da cidade sobre Braga e tem exposições regulares de fotógrafos conceituados. O Theatro Circo, reconstruído recentemente, possui também uma zona museológica. A cidade de Braga possui um património de valor incalculável, mas só parte deste se encontra nos seus museus. Durante o , com a extinção de vários conventos, casas senhoriais, entre outros por parte do governo da época, deu-se a deslocalização deste espólio bracarense para vários museus de Lisboa. Segundo o governo de então Braga não tinha condições para acolher e preservar este legado, mas se num futuro as possuísse, este seria devolvido à cidade. Actualmente a cidade já possui equipamentos para o seu acolhimento e é unânime entre os bracarenses que o mesmo deverá retornar a Braga.
Theatro Circo O Theatro Circo, inaugurado em 1911, é a mais prestigiada sala de espectáculos bracarense. A sala principal do Theatro Circo, de estilo italiano, possui mil lugares e um dos melhores sistemas de som da Europa. O Espaço Alternativo, teatro da Portugal Telecom, e o Teatro de bolso do TUM Teatro da Universidade do Minho são também salas de espectáculos ligadas ao teatro. Ao longo das últimas décadas, face ao crescimento de cidade, foram construídos vários auditórios. Estes teatros multiusos modernos têm um grande impacto na sociedade bracarense, não só como espaços culturais, mas também como espaços aptos para a realização de conferências, congressos, palestras e apresentações. Dos grandes auditórios bracarenses, destaca-se o Grande Auditório do PEB Parque de Exposições de Braga com 1200 lugares, o Auditório de Estádio Municipal de Braga e o Auditório A1 da Universidade do Minho. Existem também outros auditórios na cidade, que embora de menor dimensão têm grande actividade ao nível cultural, destes destaca-se o auditório da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, o Auditório Municipal Galécia, o Auditório Instituto Português da Juventude, o Auditório Adelina Caravana do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, o Auditório do Museu D. Diogo de Sousa e os vários auditórios da Universidade do Minho e da Universidade Católica. O cinema São Geraldo, inaugurado em 1 de junho de 1950, uma das primeiras salas do país, com vocação exclusiva para a projeção de filmes, foi ao longo de décadas a sala de cinema dos bracarenses. Esta mítica sala está fechada. O antigo cinema vai ser requalificado. As obras devem começar em Abril de 2016 e o espaço vai passar a contar com um mercado urbano, um hotel e uma zona que poderá acolher os serviços da Junta de Freguesia de São Lázaro. Hoje em dia, os espaços a funcionar na cidade são os cinemas Cinemax com sete salas de projecção e os cinemas Lusomundo com nove. Existe também o cinema GoldCenter, mas possui apenas uma sala.
Bom Jesus jardim envolvente da gruta Campo das Hortas Campo Novo Praça de Mouzinho de Albuquerque Jardim de Santa Bárbara Monte N Sr da Consolação - Nogueró Jardins do Bom Jesus Largo da Senhora-A-Branca Largo do Paço Largo S. João do Souto Largo de São Paulo Braga Parque da Ponte Praça da República Praça do Município Rossio da Sé Praça Conde de Agrolongo Campo da Vinha Largo da Estação de Caminhos de Ferro
Ver também Lista de estátuas de Braga Francisco Sanches Conde de Agrolongo Busto na Praça Conde de Agrolongo Campo da Vinha D. João Peculiar Estátua no Lago de São Paulo Domingos Pereira Busto no Largo de Infias. Francisco Sanches Estátua do escultor Salvador Barata Feyo, inaugurada em Março de 1955, no Largo São João do Souto. Santos da Cunha Estátua na Praça do Condestável. Irmãos Roby Monumento Comemorativo em granito da autoria do escultor Zeferino Couto com a forma do mapa de frica com altos relevos em bronze dos dois irmãos, na Avenida Central, inaugurado no dia 3 de Julho de 1955. João Penha Monumento Comemorativo com busto, no Largo João Penha Largo do Rechicho . Marchal Gomes da Costa Estátua do escultor Salvador Barata Feyo, inaugurada em 28 de Maio de 1966, na Praça Conde de Agrolongo Campo da Vinha . Papa Pio XII Estátua no Largo da Senhora-a-Branca. Inaugurada em 15 de Maio de 1957. Escultura de Raul Xavier. D. Pedro V Estátua da Praça de Mouzinho de Albuquerque Campo Novo da autoria do escultor Teixeira Lopes, pai. Monumento evocativo à Santidade Papa João Paulo II Situado na avenida Central, assinala a vinda do Papa a Braga em 1982. constituído por três elementos uma placa circular, um muro que significa a linha do olhar, e a cripta constituída por três pirâmides que significa os três sacro-montes de Braga Bom Jesus, Sameiro e Falperra . Monumento evocativo ao 25 de Abril Celebra a liberdade e democracia. Situa-se na entrada do Parque da Ponte. Monumento bimilenário de Braga Comemoração dos dois mil anos da cidade de Braga. Monumento a Santa Maria de Braga Situa-se na avenida Porfírio da Silva, o monumento é constituído pela imagem embutida numa espécie de capela, e os brasões dos concelhos da Arquidiocese de Braga. Monumento aos Arcebispos de Braga Localiza-se no Rossio da Sé. Monumento evocativo à Força Aérea Portuguesa Monumento oferecido pela Força Aérea Portuguesa à cidade de Braga, nas comemorações dos 54 anos da instituição realizadas em Braga 2006 . O monumento foi concebido sobre o lema O querer voar, e simbolicamente águia institucional e os três eixos fundamentais da vida céu, mar e terra. Localiza-se na avenida General Carrilho da Silva Pinto, o General Carrilho da Silva Pinto foi um militar bracarense de grande honra na Força Aérea Portuguesa. Monumento evocativo das seis vias romanas que saíam da Bracara Augusta - Localizado na praça de Santiago, junto ao Museu Pio XII. Inaugurado em 30 de Maio de 2008. O monumento é uma réplica de um marco miliário, em aço corten, produzida pelo arquitecto Pedro Nogueira.
Vista do Elevador do Bom Jesus Braga no tempo dos romanos era conhecida por ser a cidade com mais estradas na Península. Nessa época possuía uma via com características de auto-estrada, a Geira, projectada para ser um percurso rápido e sem grandes desníveis, tinha várias portagens ao longo do trajecto, albergues e troca de cavalos verdadeiras estações de serviço . Muitos séculos mais tarde, a cidade volta a estar na vanguarda com a inauguração em 1875, pelo Rei D. Luís, da linha e estação dos caminhos de ferro de Braga. Sete anos depois, em 25 de Março de 1882, é inaugurado também o Elevador do Bom Jesus que juntamente com uma linha de um pequeno comboio a vapor ligava o elevador à avenida Central na cidade. Nessa época foi também introduzido o Carro Americano. Mais tarde, em 5 de Outubro de 1914, tanto a linha do pequeno comboio a vapor como o Carro Americano foram substituídos pelos Elétricos de Braga. Hoje a nível rodoviário a cidade possui um conjunto de largas avenidas que diluem o trânsito nas várias direcções, é de salientar a Rodovia Praça do Condestável, avenida da Imaculada Conceição, avenida João XXI, avenida João Paulo II que atravessa a cidade de Oeste para Este. Braga possui também uma circular importante que distribui o trânsito citadino. A circular conecta importantes vias a via-rápida de Prado variante à EN101 liga as populações a norte, Prado e Vila Verde, a variante do Fojo liga a zona Este e posteriormente pela EN103 à Póvoa de Lanhoso e a Vieira do Minho, a sul conecta a variante à EN14 que liga à A11 para Guimarães e posteriormente todo o vale do Ave, vale do Sousa e Terras de Basto e à A3 para Vila Nova de Famalicão e Porto, a Oeste liga a A11 para Barcelos e Apúlia Esposende e à A3 para Valença e Galiza. Está igualmente projectada a variante do Cávado que ligará as populações do Noroeste e Amares, e a variante de Gualtar que ligará o novo hospital da cidade à zona Este e Póvoa de Lanhoso. Diariamente circulam milhares de automóveis na circular urbana e variantes de acesso à cidade, o que resulta em alguns congestionamentos principalmente nas horas de ponta. Na área dos transportes em massa, o município é servido pelos transportes públicos TUB. A TUB possui uma frota de 116 viaturas, de cor azul e branca. A rede cobre todo o município com 1553 paragens, e 277,6 km em 76 linhas onde anualmente se percorre 5.089 milhões de quilómetros com 22.556 milhões de passageiros. Está previsto a curto prazo o alargamento desta rede aos municípios vizinhos de Vila Verde e Amares. Braga possui também uma central de camionagem junto à circular urbana, onde existem ligações regionais diárias para todo Minho, ocidente de Trás-os-Montes e Alto Douro, e Douro Litoral. Na central podem também ser encontradas ligações diárias pela rede Expresso e Renex para todo país e semanais para a Europa. A nível de transportes aéreos possui um aeródromo, constituído por um heliporto e uma pista 950x25 metros utilizada por aviões com capacidade máxima de 25 passageiros. Os aeroportos internacionais mais próximos são Aeroporto Francisco Sá Carneiro 50 km , Aeroporto da Portela 350 km , e na vizinha Galiza o Aeroporto de Vigo 125 km Os dois grandes portos marítimos nas proximidades são o Porto de Viana 50 km e o Porto de Leixões 50 km . Em termos de transportes ferroviários existem três estações de passageiros, a estação principal com seis linhas em Maximinos, a estação de Tadim e a estação de Arentim, ambas de linha dupla e um Terminal de Mercadorias em Aveleda. As estações de passageiros fornecem ligações entre si e até ao Porto em comboio urbano eléctrico , para a restante linha do Minho é em comboio regional diesel . A estação principal fornece ainda ligações diárias em Alfa Pendular para várias cidades de Portugal. Está confirmado pela Rede Ferroviária de Alta Velocidade a instalação de uma estação do TGV na cidade, que fará ligações directas ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro e a Vigo na Galiza, ligando também às cidades do Porto e de Lisboa e à futura linha Lisboa-Madrid. 20px Autoestradas Destinos A 3 IP 1 E-1 20px Porto - A 7 Vila Nova de Famalicão - Braga - A 27 Ponte de Lima - Valença - 20px Espanha A 11 IC 14 20px A 28 Apúlia Esposende - Barcelos - Braga A 11 IP 9 20px Braga - A 7 Guimarães - A 42 Lousada - A 4 Penafiel CSB Celeirós - Nogueira 20px Via rápidas Destinos EN 101 São Vicente - Vila de Prado Estradas Nacionais Destinos EN 14 Porto - Vila Nova de Famalicão - Braga EN 101 Valença - Monção - Arcos de Valdevez - Ponte da Barca - Vila Verde - Braga - Guimarães - Felgueiras - Amarante - Mesão Frio EN 103 Viana do Castelo - Barcelos - Braga - Póvoa do Lanhoso - Vieira do Minho - Montalegre - Boticas - Chaves - Vinhais - Bragança EN 201 Valença - Ponte de Lima - Vila de Prado - Braga
Edifício do Banco de Portugal do arquitecto Moura Coutinho Braga é uma cidade extremamente dinâmica, com uma intensa actividade económica nas áreas do comércio e serviços, ensino e investigação, construção civil, informática e novas tecnologias, turismo e vários ramos da indústria e do artesanato. A população economicamente activa em 2001 foi 51,9 , ou seja, 85 194 indivíduos. Distribuído nos seguintes sectores 893 indivíduos no sector primário, 31 374 sector secundário, 47 031 sector terciário dos quais 24655 indivíduos estavam ligadas a actividades económicas. O sector primário, tem vindo a diminuir gradualmente devido à expansão urbana. Hoje subsistem as viniculturas, floricultura, empresas ligadas à floresta e extracção de pedra, a agricultura tradicional é algo em vias de extinção, uma vez que se limita a ser uma actividade caseira e é mantida essencialmente por pessoas de idade avançada. O sector secundário é bastante diversificado, mas é marcado por empresas ligadas à tecnologia, à indústria metalúrgica, à construção civil e à transformação de madeira. A indústria do software é a nova força industrial Bracarense, considerada por muitos a Silicon Valley Portuguesa. Este sucesso deve-se especialmente à Universidade do Minho, que desde 1976 forma profissionais nesta área. Também são importantes as indústrias ligadas à religião, Braga é um importante centro produtor de imagens de santos, paramentaria e sinos. Os sinos de Braga estão espalhados um pouco por todo o mundo, de todos esses locais destaca-se, por exemplo, a Catedral de Notre-Dame de Paris. Existem vários parques industriais e centros empresariais na periferia da cidade, tais como Complexo Grundig Blaupunkt, centro empresarial de Ferreiros, centro empresarial e parque industrial de Frossos, centro empresarial e parque industrial de Celeirós e parque industrial de Adaúfe. Com a construção em Braga do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia INL ver Investigação Tecnologia e a implantação do Instituto de Desenvolvimento Empresarial do Atlântico, empreendimento da Ideia Atlântico, onde estão a instaladas várias dezenas empresas de base tecnológica, prevê-se um grande impulso no crescimento deste sector na economia bracarense. Rua do Souto O sector terciário é o sector económico mais forte, razão pela qual Braga é designada como a capital do comércio em Portugal. Do seu Centro Histórico foi retirado o trânsito e pode desfrutar-se da maior área pedonal do país, onde convivem lado a lado as esplanadas, os serviços, o comércio local e as lojas das grandes cadeias internacionais, formando todo este conjunto um centro comercial gigante ao ar livre. Na periferia da cidade existe uma enorme variedade de superfícies comerciais, que vão desde os comuns hipermercados e lojas, às mega-lojas de música e filmes, electrodomésticos, bricolage e construção, entre outros. Está também implantado em Celeirós o Mercado Abastecedor da Região de Braga MARB . População economicamente activa em 2001 CAE 0 sector primário CAE 1 a 4 sector secundário CAE 5 a 9 sector terciário CAE 5 a 9 actividade económica A Associação Comercial de Braga e Associação Industrial do Minho AIM sedeadas em Braga, são órgãos vitais ao apoio e desenvolvimento das empresas Bracarenses e empresas da região do Minho. Já o PME Portugal Associação das Micro, Pequenas e Médias Empresas de Portugal é uma associação, sedeada em Braga, de apoio às micro, pequenas e médias empresas, a nível nacional. O Parque de Exposições de Braga PEB com 45 000 m oferece infra-estruturas para feiras, exposições e congressos a nível nacional e internacional. Com uma moderna circular urbana em todo o seu perímetro e rasgada por largas Avenidas, Braga reúne todas as condições para continuar a ser uma das cidades de referência no contexto económico luso-galaico.
A investigação e a tecnologia são áreas em franco desenvolvimento na cidade de Braga. Desde a criação da Universidade do Minho, instituição que se tem destacado pela sua juventude e inovação, a cidade de Braga passou de cidade conservadora, a cidade dinâmica, criativa e tecnologica. Tal facto obrigou à criação de grandes infraestruturas de suporte, nomeadamente redes de fibra óptica Braga possui actualmente a mais extensa rede de fibra óptica do país e parques tecnológicos. Estando em fase de implementação o projecto TechValley, que inclui a construção de um parque tecnológico de excelência para Braga, na região estão previstos ainda mais dois parques nas proximidades desta cidade, o Parque da Inovação e Conhecimento Vila Verde a Norte, e o AvePark Caldas das Taipas a Sul, todos em parceria com a Universidade do Minho. Do projecto TechValley, destaca-se ainda o Instituto de Desenvolvimento Empresarial do Atlântico, empreendimento da Ideia Atlântico, localizado na Variante do Fojo, que contem várias valências, entre elas um Centro de Incubação, um Centro de Negócios, uma infra-estrutura de Escritório Virtual e um espaço onde estão alojadas várias dezenas de empresas de Base Tecnológica. A Agência Portuguesa de Investimento classificou-o como Projecto de Interesse Nacional PIN , o primeiro da região. As instituições de ensino universitário bracarenses são grandes estruturas de investigação. A Universidade do Minho possui vários centros, núcleos e institutos de investigação nas áreas de Informática, Ciências da Saúde, Biomédica, Biologia, Física, Química, Matemática, Engenharia, Arqueologia e nas ciências socioculturais em áreas como Direito, Estudos da Criança, entre outros. A Universidade Católica Portuguesa possui também, nos seus campi, várias Unidades de Investigação na área das ciências socioculturais. A cidade de Braga é considerada por muitos como a Silicon Valley Portuguesa devido às inúmeras empresas ligadas ao software, algumas delas de grande renome como a Primavera Software empresa portuguesa líder na produção de software em Portugal e entre as 500 empresas europeias com maior potencial de crescimento , Mobicomp empresa portuguesa líder no desenvolvimento de soluções de negócio assentes em tecnologias de computação e comunicações móveis ou a Edigma empresa portuguesa líder na gestão de projectos digitais e interactividade . Existem também grandes centros tecnológicos e de investigação noutras áreas, a BOSCH CM Portugal, que é a maior fábrica de produção de auto-rádios, sistemas de navegação e derivados da Europa, está nas dez maiores empresas exportadoras nacionais, é também um grande centro de investigação e desenvolvimento de engenharia electrónica. Esta unidade da BOSCH CM desenvolve todos os seus produtos desde o protótipo até ao produto final, ou seja desde do layout da placa de circuito impresso PCB até ao design do produto. A Cachapuz, do Grupo Bilanciai, é também uma empresa de excelência em termos de desenvolvimento e inovação. O Grupo Bilanciai é o maior grupo mundial de balanças e sistemas de pesagens. O maior grupo português de alumínios, o Grupo Navarra, em homenagem à freguesia que viu crescer a empresa, é um importante grupo que aposta na investigação e no progresso tecnológico no seu sector. Estas empresas, como muitas outras, são o motor da tecnologia e investigação privada na cidade de Braga. O mais recente investimento na área da investigação em Braga é o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia INL , também conhecido por Instituto Ibérico de Investigação e Desenvolvimento. A implantação deste mega instituto deveu-se às características singulares da cidade, atrás referidas, e é o resultado de um acordo de cooperação entre os governos português e espanhol na área de investigação e tecnologia. Com um investimento anual de 30 milhões de euros, esta estrutura irá dedicar-se à investigação na área das nanotecnologias e possuirá várias oficinas, laboratórios, uma biblioteca, auditórios e um espaço para instalar visitantes de curta duração. Será também dotado com um centro de ciência viva para que seja mostrado à população o trabalho que lá será desenvolvido.
Nível de escolaridade da população A média do nível de ensino na cidade de Braga é superior ao nível nacional. Em 2001 44 da população tinha pelo menos o nono ano escolaridade mínima obrigatória . Com o nível de ensino superior existiam 23 660 indivíduos 14 , com uma superioridade feminina. A percentagem com menos do nono de escolaridade era de 64 , é de relembrar que 19 da população tinha menos de catorze anos. O analfabetismo em 2001 foi de 5 8 286 indivíduos , menos 1,9 que em 1991. O analfabetismo Bracarense é maioritariamente feminino, 6007 indivíduos. Ao nível superior, a cidade possui duas grandes universidades Universidade Católica Portuguesa Esta universidade nasceu em Braga em 1967 e foi a primeira Escola Superior não estatal a conferir graus Académicos de licenciatura e doutoramento em Portugal. Braga foi também a sede da primeira escola particular do território que havia de ser Portugal. Já em 1072, segundo Avelino de Jesus da Costa, havia um mestre-escola para ensinar os alunos que quisessem acorrer à Escola do Cabido que funcionava junto da Sé de Braga. nesta tradição que se coloca a mais prestigiada instituição privada de ensino superior em Portugal. Seminário Arquidiocesano Universidade do Minho Foi fundada em Braga em 1973 e iniciou a sua actividade académica em 1975 76. uma das então denominadas Novas Universidades, que mudaram profundamente o cenário do ensino superior Português. Esta instituição, tem-se distinguido ao longo da sua História também pela singularidade das suas tradições académicas. Os estudantes desta universidade envergam um Traje Académico próprio, designado por tricórnio nome que vem do chapéu que lhe pertence . De origem seiscentista, este traje encontra-se retratado em painéis de azulejos sobre a vida estudantil bracarense, no edifício que alberga actualmente a reitoria da UM, no Largo do Paço em Braga. O privilégio do seu uso foi concedido na época pelo Rei, aos estudantes do extinto colégio S. Paulo de Braga. Estas vestes são compostas por sapatos pretos lisos, meias pretas, bermudas, camisa, casaco, capa e chapéu tricórnio. Escola Superior de Desporto de Braga Aprovada dia 24 de Setembro de 2010 em Conselho de Ministros, a Escola Superior de Desporto de Braga era uma instituição privada, de interesse público, que iria funcionar no Parque Municipal de Exposições e Desportos de Braga e utilizará vários equipamentos municipais, designadamente o Estádio 1. de Maio, a Pista Coberta de Atletismo, o Complexo de Piscinas, e o Pavilhão Gimnodesportivo Municipal, entre outros. A Declaração de interesse público aprovada pelo Conselho de Ministros não foi confirmada pelo Ministério do Ensino Superior, pelo que a escola não ai abrir. A cidade possuiu uma longa tradição na formação de pilotos de aeronaves. O Aero Club de Braga, desde a sua fundação em 1935, forma pilotos de aeronaves e pára-quedistas. uma instituição com uma longa história e com grande contributo para a aviação em Portugal. Em 2012 é criada a Aeronautical Sciences Academy da Universidade do Minho UMASA , uma academia de ensino superior, com reconhecimento internacional, que tem como objectivo a formação, investigação e desenvolvimento nas ciências aeronáuticas. Ao nível do ensino básico, secundário e profissional destacam-se também várias instituições de prestígio A Academia Bracarense é uma reputada escola de moda a nível nacional. A academia participa em várias feiras, campeonatos, salões de moda internacional, como o Salon Prêt a Porter de Paris a maior e mais conceituada feira mundial de moda ou o Mondial Coiffure Beauté de Paris maior campeonato mundial de cabeleireiros e estética . O Liceu Nacional Sá de Miranda, que marcou o ensino secundário no , designado hoje em dia como Escola Secundária Sá de Miranda, foi durante grande parte da década de noventa a maior escola do país, com mais de seis mil alunos. A cidade tem no total sete escolas secundárias públicas e algumas escolas privadas. Existem também várias Escolas Profissionais tuteladas pelo Ministério da Educação, a EsproMinho-Escola Profissional do Minho, a Escola Profissional Profitecla, a Escola Profissional Europeia e a Escola Profissional de Braga. Ao nível de equipamentos tutelados pelo IEFP Instituto de Emprego e Formação Profissional destaca-se o Centro de Formação Profissional de Braga, mais conhecido por Mazagão. Ao nível de equipamentos de ensino básico o município está também estrategicamente bem equipado. Conta com treze escolas EB 2,3, noventa e uma escolas do primeiro ciclo e sessenta e três estabelecimentos de ensino pré-escolar. Em termos de ensino privado, as escolas mais conhecidas são o Colégio João Paulo II, Externato Infante D. Henrique, o Colégio Dom Diogo de Sousa, o Colégio Luso-Internacional de Braga - CLIB e o Externato Paulo VI. O Município de Braga tem também à disposição da população os seguintes equipamentos educativos Escola de Educação Rodoviária A Escola Rodoviária de Braga foi criada com o objectivo de sensibilizar os mais jovens para os perigos da sinistralidade, nas vertentes preventiva e formativa. Quinta Pedagógica de Braga A Quinta Pedagógica de Braga é uma antiga quinta tradicional minhota, com cerca de dois hectares e meio, que foi reestruturada com o objectivo de reforçar a educação ambiental e o consequente contacto do Homem com a natureza. Esta estrutura tem equipamentos nas áreas da pecuária, agrícola tradicional e vitivínicola. Possui também um bosque, um parque de merendas, uma área de confecção alimentar e um laboratório de experiências ambientais.
Data V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V V Participação PS CDS-PP PPD PSD FEPU APU CDU PCTP MRPP GDUP PPM PCP m-l UDP BE AD PRD PSR PSD-CDS PH MPT IND NC CH IL PAN L A 1976 30,76 3 27,51 3 19,60 2 10,79 1 1,86 - 2,14 - 1,00 - 0,52 - 1979 49,31 5 20,66 2 15,96 1 9,28 1 1,00 - 0,86 - 1982 52,33 5 AD AD 10,23 1 0,99 - AD 0,72 - 32,05 3 1985 45,01 4 37,04 4 9,99 1 0,56 - 0,73 - 3,80 - 1989 54,20 7 5,47 - 29,14 4 6,69 - 0,56 - 1,04 - 1993 50,18 7 6,01 - 28,56 3 11,60 1 0,93 - 1997 50,31 6 7,63 1 27,31 3 9,14 1 0,96 - 0,81 - 2001 47,72 6 AD AD 8,80 1 1,26 - AD 3,03 - 35,25 4 BE 2005 44,50 6 PPD PSD CDS-PP 7,06 - 1,01 - 4,37 - 38,86 5 0,50 - 2009 44,71 6 AD AD 6,34 - AD 4,02 - 41,99 5 0,72 - 2013 32,83 4 8,76 1 1,36 - 46,71 6 5,32 - 2017 27,93 3 9,61 1 4,84 - 52,05 7 1,17 - 2021 30,69 4 6,72 1 4,20 - 42,89 6 4,66 - 2,92 - 2,74 - 0,61 - AD
Data PS CDS PSD PCP UDP AD APU CDU FRS PRD PSN BE PAN PàF L CH IL 1976 37,51 26,73 19,40 6,13 1,47 1979 33,03 AD AD APU 1,16 44,78 14,76 1980 FRS 0,73 46,99 12,84 33,14 1983 42,60 16,49 20,63 0,46 14,25 1985 21,67 12,26 26,37 0,79 13,59 19,96 1987 27,76 4,95 47,34 CDU 1,10 9,60 4,25 1991 34,09 4,61 47,70 7,84 0,50 1,08 1995 45,58 10,34 32,70 0,50 7,44 0,31 1999 44,57 9,04 31,62 8,44 0,47 2,33 2002 39,98 8,73 38,80 6,43 2,87 2005 45,51 8,10 27,93 6,98 6,59 2009 39,14 9,00 28,96 6,71 10,57 2011 29,85 11,24 37,20 7,32 5,99 0,76 2015 31,05 PàF PàF 7,48 10,48 0,96 40,48 0,75 2019 34,21 3,62 31,08 5,78 11,17 3,24 1,01 0,90 1,18 2022 40,13 1,6 31,68 3,84 5,08 1,7 1,23 5,73 5,86
Almeno Gonçalves, ator e encenador português. André Soares é considerado o maior arquitecto português em rococó. António Eduardo Vilaça, Ministro dos Negócios Estrangeiros e Ministro da Marinha e Ultramar Carlos Amarante foi engenheiro e arquitecto. Autor da igreja do Bom Jesus. João Antunes foi um importante arquiteto acreditado como sendo o principal introdutor do barroco em Portugal. Autor da Sacristia da Sé de Braga e da Igreja da Santa Engrácia Panteao Nacional em Lisboa. Iva Domingues, apresentadora de televisão portuguesa. Diogo Dalot, futebolista português. Domingos Pereira, foi um político português. Foi nomeado três vezes presidente do Ministério primeiro-ministro de Portugal. Elísio de Moura foi um médico psiquiatra português e primeiro bastonário da Ordem dos Médicos. Francisco Sanches foi um ilustre Médico, filósofo e matemático. Gabriel Pereira de Castro foi um escritor português.. Irmã Maria Estrela Divina foi uma religiosa terciária, nasceu a 4 de Agosto de 1904 e faleceu a 5 de Outubro de 1961. Encontra-se sepultada na Sé de Braga. Irmãos Roby foram dois irmãos que morreram nas campanhas de pacificação de frica no início do . João Penha foi um poeta, português. Jorge Miranda, professor catedrático jubilado. José de Santo António Vilaça foi um escultor beneditino do . Maria Ondina Braga foi uma escritora Portuguesa. Paulo Orósio foi um historiador, teólogo e apologista cristão. Tomaz de Figueiredo é considerado por muitos um dos mais notáveis escritores portugueses do . Sebastião Alba aka Dinis Albano foi um poeta português moçambicano que nasceu e viveu a maior parte da sua vida em Braga. Afonso Gomes de Lira, que foi Alcaide-mor de Braga. António Variações, Fiscal, Amares, foi um cantor e compositor. João Peres de Aboim, Aboim da Nóbrega, Vila Verde, trovador e uma das figuras de maior relevo político na época de D. Afonso III de quem foi seu valido. Foi sub-signifer de 1250 a 1255, mordomo da rainha em 1254 a 1259, mordomo-mor entre 1264 e 1279, tenente de Ponte de Lima em 1259, e de vora ou do Alentejo de 1270 até 1284. Gualdim Pais, Amares, Grão-Mestre da Ordem dos Templários em Portugal, no tempo de Afonso Henriques, fundou a cidade de Tomar, os Castelos de Almourol, de Idanha, de Monsanto e de Pombal. Egas Fafes de Lanhoso, Ponte Vila Verde , Rico-Homem e confirmante de diplomas régios, entre 1146 e 1160, de Dom Afonso I. Gonçalo Viegas, Ponte Vila Verde , filho do precedente, e primeiro Grão Mestre da Ordem de São Bento de Avis Estêvão Soares da Silva neto de Egas Fafes, e arcebispo de Braga. Francisco de Campos de Azevedo Soares, Coucieiro, Vila Verde, foi um político e juiz português. Presidente da Câmara Municipal de Braga 1856 a 1857 , Governador Civil do Distrito em 1862, Conselheiro de Sua Majestade foi elevado à Grandeza, como 1. Conde de Carcavelos em 1889.
Conde D. Henrique de Borgonha e sua esposa Teresa de Leão sepultados na Sé de braga. Francisco de Sá de Miranda, poeta falecido em 1558 em Amares. Caetano Brandão Conde de Agrolongo Cónego Luciano Afonso dos Santos Diogo de Sousa Frei Bartolomeu dos Mártires Gaspar de Bragança São Geraldo de Moissac, Arcebispo e Santo padroeiro da cidade de Braga. João Peculiar São Martinho de Dume, Bispo de Dume e de Braga. Moura Coutinho Papa João XXI Andreea Cristina António Nogueira da Silva, comerciante filantrópico foi feito cidadão honorário da cidade. Entre outras coisas financiou a requalificação e o fim das obras da Basílica dos Congregados e foi co-fundador da Universidade Católica. Apos a sua morte a sua casa, juntamente com a sua vasta coleção de bens, tornou-se na Casa Museu Nogueira da Silva. Gonçalo Martins de Abreu fundador da casa dos Abreus, e general no Torneio de Arcos de Valdevez. Orlando Costa, ator português.
Estádio 1. de Maio Alguns dos principais clubes desportivos de Braga são o Sporting Clube de Braga, o Hóquei Clube de Braga e o Académico Basket Clube. Internacionalmente, Braga é conhecido pela equipa de futebol do Sporting de Braga, devido às constantes participações da equipa nas competições europeias. Para além deste, Braga tem também outros clubes de futebol, mas de menor dimensão. A seleção amadora de futebol de Braga conquistou em 2011 a Taça das Regiões da UEFA, juntando-se assim à Taça Intertoto de 2007 conquistada pelo Sporting de Braga no conjunto dos títulos internacionais conquistados pelas equipas de futebol do município. A cidade também possui a Associação de Futebol de Braga. Para além do futebol, Braga tem equipas e associações de outras modalidades como o hóquei, basquetebol, andebol, atletismo, entre outros.
Estádio Municipal de Braga Arq Souto Moura Eng. Rui Furtado Parque Natural do Bom Jesus lago grande Estádio 1. de Maio Estádio Municipal de Braga - Considerado a pérola do Euro 2004, recebeu inúmeros prémios Café A Brasileira - Um dos mais emblemáticos cafés da cidade fundado em 1907 Kartódromo Internacional de Braga Circuito Vasco Sameiro Autódromo Aeródromo de Braga Parque Radical de Maximinos Complexo desportivo da Rodovia Parque da Ponte Parque Natural do Bom Jesus do Monte Praia fluvial de Adaúfe Praia fluvial de Navarra Praia fluvial de Crespos Praia fluvial de Palmeira Praia fluvial de São Paio Merelim Complexo de Piscinas da Rodovia Complexo de Piscinas de Maximinos Complexo de Piscinas do Parque da Ponte Complexo de Piscinas das Parretas
www.monumentos.pt https mudalowcost.com mudancas-braga Kartódromo Internacional de Braga Categoria Rede de Cidades Criativas da UNESCO Categoria Municípios da Região do NorteBacalhau à Brás Bacalhau à Brás ou também Bacalhau à Braz é um típico prato português de bacalhau. Sendo um dos pratos mais populares confeccionados com este peixe, consiste em bacalhau desfiado, batata palha frita, cebola frita às rodelas finas, ovo mexido, azeitonas e salsa picada. muito consumido em Portugal e também em Macau. O excelente sabor depende da relação dos componentes da receita, principalmente a quantidade de cebola em relação ao bacalhau e o azeite usado para efetuar este prato. A receita foi criada por um taberneiro do Bairro Alto, em Lisboa, de nome Brás ou Braz, como era uso escrever nessa época . A sua popularidade levou-o a atravessar a fronteira com a Espanha, sendo por vezes possível encontrá-lo também em ementas espanholas sob designações como revuelto de bacalao a la portuguesa ou bacalao dorado.
Bacalhau dourado, o original A receita de bacalhau à Brás Categoria Pratos portugueses de bacalhau Categoria Pratos com batataBruno Frank Stuttgart, 13 de junho de 1878 - Beverly Hills, 20 de junho de 1945 foi um escritor alemão. Como romancista inspirou-se em Thomas Mann, mostrando, no entanto particular tendência para enredos de suspense. Na dramaturgia, mostra apurado sentido para efeito de cena.
Frank, Bruno Categoria Sepultados no Forest Lawn Memorial Park Glendale Baixo VougaLocalização da Região de Aveiro - NUT III O Baixo Vouga foi uma sub-região estatística portuguesa, parte da Região do Centro Região das Beiras , integrada apenas por municípios do Distrito de Aveiro. Limitava a norte com a sub-região do Grande Porto e do Entre Douro e Vouga, a leste com Dão-Lafões, a sul com o Baixo Mondego e a oeste com o Oceano Atlântico. Tinha uma área de 1802,3 km e uma população de censos de 2011 . Compreendia 11 concelhos gueda Albergaria-a-Velha Anadia Aveiro Sede da CIM Estarreja lhavo Murtosa Oliveira do Bairro Ovar Sever do Vouga Vagos No Baixo Vouga localizavam-se 10 cidades Albergaria-a-Velha, gueda, Anadia, Aveiro, Esmoriz município de Ovar , Estarreja, Gafanha da Nazaré município de lhavo , lhavo, Oliveira do Bairro e Ovar. Compreendia a porção correspondente à foz da bacia do Rio Vouga.
Lista de concelhos por NUTS Categoria NUTS 3 de PortugalLocalização da sub-região do Baixo Alentejo O Baixo Alentejo é uma sub-região estatística portuguesa NUTS III, parte da Região Alentejo e do Distrito de Beja. Limita a norte com o Alentejo Central, a leste com a Espanha, a sul com o Algarve e a oeste com o Alentejo Litoral. Tem uma área de 8.505 km e uma população estimada em habitantes 2011 . Com a reforma de 1 de janeiro de 2015 esta NUT não sofreu alterações na sua geografia.
Compreende 13 concelhos Aljustrel Almodôvar Alvito Barrancos Beja Sede da CIM Castro Verde Cuba Ferreira do Alentejo Mértola Moura Ourique Serpa Vidigueira Beja, Serpa e Moura possuem a categoria de cidades.
Categoria NUTS 3 de PortugalBom Despacho é um município brasileiro do estado de Minas Gerais, localizado na Região Geográfica Intermediária de Divinópolis, na região do Alto São Francisco, a 768 metros de altitude. Com uma área de 1.213,5 km , fica a 156 km de Belo Horizonte. considerada polo para algumas cidades de pequeno porte próximas tendo recebido em 2015 o título de 4 melhor cidade de pequeno porte de Minas Gerais. Está interligada aos principais centros urbanos da região por rodovias asfaltadas como a BR-262 e MG-164, esta última liga o município a BR-040.
A Vila de Bom Despacho em 1881. O processo de ocupação do município se iniciou em meados de 1770,quando foi erguida a Igreja Cruz do Monte.Nas imediações da Igreja foram erguidas construções,que ajudaram na formação do Arraial da Nossa Senhora do Bom Despacho. Em 1812 o Arraial atingiu a condição de instituição civil.O Município se emancipou em 1 de junho 1912 desmembrando-se de Santo Antônio do Monte. A história de Bom Despacho tem origem nos tempos do Brasil colonial, onde a vasta região da capitania de Minas Gerais era, em grande parte, coberta por densas florestas. Local de desbravamento pelos bandeirantes, o território, de acordo com indícios arqueológicos, foi habitado originalmente por índios cataguás. A região foi ocupada por portugueses e luso-brasileiros nos fins do século XVI. Entre os primitivos exploradores, podem ser citados Sebastião Marinho 1592 o capitão-mor João Pereira de Souza Botafogo 1596 Afonso Sardinha e João de Prado 1594 a 1599 e Félix Jaques 1616 . Nos tempos das bandeiras, Minas foi explorada através de várias incursões, motivadas pelo aprisionamento de indígenas, pela necessidade de mapeamento ou pela busca de ouro, metais e pedras preciosas. Todavia, nenhuma dessas incursões resultaram no povoamento do território, que só deu indícios no século XVII, quando bandeirantes paulistas descobriram minas de ouro no Vale do Tripuí e a região recebeu grande quantidade de pessoas. Neste período, a extração aurífera oferecia rápida possibilidade de enriquecimento. Assim, o forte contingente populacional que afluiu para a região contribuiu para a formação de vários centros urbanos, entre eles, Ouro Preto, Sabará, Diamantina e Pitangui, vila próxima à região onde hoje situa-se Bom Despacho. Os primeiros achados de ouro em Pitangui compreendem os anos 1694 a 1702, quando milhares de pessoas se dirigiram para a localidade. Em poucos anos, Pitangui tornaria-se Vila de Nossa Senhora da Piedade de Pitangui, centro difusor das incursões e povoamentos do Alto São Francisco. Uma comitiva liderada por Antônio Rodrigues Velho - conhecido como Velho da Taipa, um dos fundadores de Pitangui, José de Campos Bicudo e Gervásio de Campos Bicudo, resultou na exploração de grande parte das terras onde hoje se localiza Bom Despacho. Ao que tudo indica, através de uma carta de sesmaria, datada de 1715, Gervásio, minerador e sertanista, foi o primeiro a possuir o título destas terras. No entanto, embora não tendo encontrado documentos que indiquem a história dessa sesmaria, sabe-se que Gervásio retornou à São Paulo, sua cidade, por volta de 1725 e as terras tornaram-se devolutas. A título de curiosidade, um dos companheiros de entradas do Velho da Taipa era Manoel Picão Camacho, figura que se encontra presente nas crônicas e contos que relatam as origens de Bom Despacho. Apesar de sua presença na região, e um rio próximo ter sido denominado com seu nome, Picão Camacho também conhecido como Picão Camargo não fixou residência na região, nem foi um dos primeiros homens civilizados a andar nas terras de Bom Despacho, como já se acreditou segundo a tradição oral. Em 1736, Gomes Freire de Andrade, governador da capitania de Minas, promoveu o povoamento do oeste mineiro, autorizando a formação de duas bandeiras particulares para invadir o quilombo de Campo Grande, localizado no atual Centro-Oeste de Minas. A partir disto, vários caminhos foram abertos ao redor do território e, em 1737, sesmarias foram concedidas a capitães donatários, iniciando o povoamento da região. Ademais, na segunda metade do século XVIII, a economia de Minas entrou numa nova fase. Com o declínio da produção aurífera, mineradores e garimpeiros saíram da vila de Pitangui, em busca de novos meios de subsistência. Dava-se início à corrida para os sertões , na procura de terras propícias para lavoura e criação de gado. Assim surgiam as primeiras fazendas de gado e o espaço começou a ser ocupado. Contudo, como demonstra Queiroz, a região já era povoada por aldeias de escravizados fugitivos. Os quilombos eram não só um local de refúgio para os negros submetidos à escravidão, mas também de resistência. Segundo Orlando de Freitas, até esse período, o território de Bom Despacho era conhecido por meio de três divisões referentes à localização. Eram as Paragens do Rio Lambari, Paragens do Rio Picão e Paragens do Rio São Francisco . Nestas áreas, entre os rios São Francisco e o Lambari, haviam diferentes quilombos, fator importante para o povoamento do que hoje é Bom Despacho. Todavia, a existência deles atrapalhava o processo de ocupação da região. Por isso, o governador Gomes Freire, entre 1755 e 1770, ofereceu recompensas em terras e dinheiro para aqueles que combatessem os quilombolas do local. Destarte, entre os anos 1755 e 1800, dezenas de pessoas, principalmente provindas de Pitangui, dirigiram-se a atual região de Bom Despacho. A ocupação efetiva da região se deu através da chegada, em 1758, de uma das equipes responsáveis por combater quilombolas. Capitães do mato e suas tropas, junto com milícias de Pitangui, começaram a debelar os quilombos e, em busca de abrigo e proteção, estabeleceram-se na atual região da Cruz do Monte, situada na Tabatinga. Local que servia, ainda, como um posto de observação para os combatentes. De acordo com Freitas, o número de milicianos que se dirigiram para as paragens do Picão foi grande. Um pequeno número de povoadores ficou conhecido, entre eles os alferes Barnabé Alves, Custódio Vieira Lanhoso, Luís Ribeiro da Silva e dois capitães, João Gonçalves Paredes e Pedro Vaz de Melo. Em pouco tempo, uma ermida seria construída no local. Segundo a historiadora Sônia Queiroz, em 1765 a região já possuía 24 casas, cujos habitantes dedicavam-se à pecuária e agricultura para fins de subsistência. Nos tempos seguintes, as terras ocupadas pelos primeiros povoadores foram, aos poucos, sendo subdivididas e compradas por outros proprietários. interessante observar que a concessão de sesmarias era vinculada ao número de escravos possuídos pelo requisitante. A região integrava a Sesmaria do Picão, cujo dono era João Gonçalves Paredes. O território foi vendido ao alferes português Luís Ribeiro da Silva em 1772, e denominado como Campo Alegre. O alferes, ao contrário do que já se acreditou, não foi o fundador de Bom Despacho mas, de fato, doou as terras para o Patrimônio de Nossa Senhora do Bom Despacho, onde já existia uma capela e o processo de povoamento já havia se iniciado. Luís Ribeiro foi, por outro lado, um dos fundadores da Irmandade de Nossa Senhora do Bom Despacho, cujo objetivo era levantar fundos para a reforma da ermida. Surgia, paulatinamente, um povoado que com o tempo perdeu seu nome original, passando a ser chamado de Tabatinga. O nome Bom Despacho foi o primeiro nome do arraial nos trâmites eclesiásticos e judiciais. Nos tempos do Brasil colonial, a Igreja desempenhava um importante papel junto ao governo. Assim, era comum que os núcleos populacionais tivessem grande participação eclesiástica. A designação Bom Despacho designava, assim, o conjunto religioso do povoado, uma vez que era a capela o ponto de referência local. Na tradição oral, há controvérsias a respeito do nome. Uma vertente o atribui à devoção do fundador da capela, Luís Ribeiro da Silva que, como outros portugueses, era procedente da Província do Minho, norte de Portugal, local onde o culto a Nossa Senhora do Bom Despacho era fervoroso. Outra corrente afirma que a denominação surgiu na ocasião de uma seca prolongada, ocorrida entre 1767 e 1770, penalizando pessoas, animais e lavouras. Então os devotos de Nossa Senhora do Bom Despacho fizeram súplicas e orações pedindo chuva. Por terem suas súplicas atendidas, começaram a chamar o arraial de Nossa Senhora do Bom Despacho do Picão que, aos poucos, tomava forma. Na época, a principal atividade econômica desenvolvida na região era a criação de gado, a produção de rapadura e aguardente, além das culturas de arroz, milho, mandioca e algodão. Além de Luís Ribeiro da Silva, outros nomes foram apontados nas fontes como os principais povoadores de Bom Despacho, entre eles Domingos Luís de Oliveira, Manuel Ribeiro da Silva e o Padre Vilaça, que chegaram na localidade por volta de 1765. Manuel Ribeiro foi, inclusive, o responsável pelo surgimento da fazenda Ribeiro, mais tarde Engenho do Ribeiro. Em 1813 foram registrados alguns dados estatísticos de Bom Despacho que demonstravam uma população estimada em 1.532 habitantes. Destes, os livres eram 559 brancos 492 mulatos e 41 negros. Além de 416 negros e 24 mulatos escravizados. Na época, o arraial já contava com um professor particular, Miguel Furtado de Mendonça, responsável pela educação dos filhos da aristocracia rural, que dominava a região. Em 1853, foi fundado o primeiro estabelecimento comercial do arraial, a Casa Assumpção. O proprietário era Faustino Antônio Assumpção, e seu comércio era famoso por vender um pouco de tudo tecidos, ferragens, armarinho, material de construção, bebidas, cereais, açougue, verduras, óleo lubrificante, brinquedos, caixão ou seja, uma infinidade de mercadorias. Posteriormente, em seu lado externo, a casa de comércio ainda teria uma bomba de gasolina. O pequeno distrito começou a se denvolver ao longo dos anos 1800 e não demoraria muito para o tema da emancipação surgir. Em 1880, a freguesia de Bom Despacho desmembrou-se de Pitangui, passando a pertencer ao município de Inhaúma, atual Santo Antônio do Monte. Neste período, Bom Despacho tinha como vigário o famoso italiano Nicolau ngelo Del Duca. Defensor do local, uniu um grupo de cidadãos para defender a independência municipal. O padre foi uma liderança entre a população e requereu durante anos, junto com a comunidade, a elevação do arraial à categoria de Vila. No entanto, o tema já perambulava pela Assembleia Provincial em 1872, quando o Deputado Gustavo Xavier Capanema discursou em favor da elevação da freguesia a vila. Um dos argumentos usados por Capanema foi a presença de fazendeiros abastados no povoado, todos, inclusive, possuidores de escravos. Em 1900 foi inaugurada uma bica de água, instalada num paredão de pedra na região central da freguesia. Realizada por meio do Vigário Nicolau Del Duca, a Biquinha configurou-se como um dos marcos iniciais da Vila de Nossa Senhora do Bom Despacho. O local era usado para descanso de bandeirantes e aventureiros nos tempos mais antigos, e passou a ser utilizado pelas lavadeiras, para o abastecimento das casas próximas e espaço de lazer para muitas crianças.
Em 30 de agosto de 1911, através da Lei n 556, Bom Despacho foi elevada a categoria de município. Neste contexto, a cidade possuía apenas dois mil habitantes na área urbana e dezesseis mil em todo o território. Em 1912 a Vila foi efetivamente instalada e seu primeiro grupo de vereadores foi eleito. Procedeu-se a instalação da Câmara Municipal, cujo presidente era o coronel Faustino Antônio de Assunção Filho. Naquele momento, outras figuras de Bom Despacho também presenciavam satisfeitas com o acontecimento, entre eles Gustavo Lopes Cançado, Faustino Assunção Teixeira, Aníbal Gontijo, Pedro de Paula Gontijo, Manuel Marques Gontijo, Francisco Lopes Cardoso, Antônio Marques Gontijo Sobrinho, Gervique José da Silva, capitão José Antônio Cardoso, coronel Segismundo Marques Gontijo, Flávio Xavier Lopes Cançado, Antônio Marques Gontijo, Joaquim Alves de Carvalho, Alfredo Alves Machado, Antônio Guerra da Silva, Antônio Lopes Cançado.
Nos anos subsequentes, entre 1912 e 1920, foi criada a primeira escola pública estadual, o Grupo Escolar de Bom Despacho - atual Escola Municipal Coronel Praxedes. Também foram criados o Fórum, a Cadeia, o Clube Bom Despacho, o Aeroclube, e foi fundada a Companhia Força e Luz de Bom Despacho e a construção da Santa Casa. No início da década de 1920, consolidou-se a construção da Estrada de Ferro Paracatu que trouxe desenvolvimento social, urbano e cultural para Bom Despacho. Um empreendimento deste porte custou, além de recursos financeiros, recursos humanos. Desta forma, muitos trabalhadores migraram para a cidade em busca de emprego na ferrovia. Para recebê-los, foram erguidos galpões para alojamento de funcionários, oficinas de reparo das locomotivas, o Escritório Central e uma Vila Operária dos Funcionários da Estrada de Ferro Paracatu, construída em 1927. A Estação Ferroviária foi inaugurada em 21 de outubro de 1921 e marcou um período de desenvolvimento urbano, econômico, social e cultural da cidade. Com a unificação das estradas férreas pelo acordo firmado entre o Governo Federal e o Estadual, o Escritório Central e as oficinas passaram, então, para Divinópolis. Disto, decorreu o esvaziamento da Vila Operária. Todavia, em julho de 1931, Flávio Cançado Filho, prefeito de Bom Despacho na época, conseguiu junto à Olegário Maciel, bom-despachense e governador de Minas, a implantação do Sétimo Batalhão de Caçadores Mineiros da Força Pública do Estado de Minas Gerais a ser instalado na vila. A partir daí, as 97 casas da Vila Operária foram ocupadas por Caçadores Mineiros, denominando-se Vila Militar. Ainda nos anos 20, a cidade iniciou a construção da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Bom Despacho. Idealizada pelo Pe. Augusto Ferreira de Andrade, a construção da Matriz demandou mais de vinte anos, sendo dificultada pelas interpéries do tempo nas estações de chuva, e pela instabilidade econômica da época. A igreja foi erguida com a ajuda de toda a população. Operários da Estrada de Ferro Paracatu, soldados do Batalhão, e os mais variados cidadãos contribuíram de alguma forma, a população participou efetivamente para a construção, seja trabalhando de forma voluntária, através de campanhas para arrecadação de doações, rifas, leilões, barraquinhas e quermesses. Desta forma, num misto de fé e força de vontade, Bom Despacho se uniu em prol da efetivação da nova Igreja, consolidada em 1948. A partir dos anos 2000, a cidade recebeu sua primeira universidade, a FUNPAC Fundação Universidade Presidente Antônio Carlos, posteriormente chamada de UNIPAC, ALIS e atual UNA, oferecendo diversos cursos superiores a população. Foi instalado, ainda, o SESC-Laces, pólo de entretenimento e lazer em Bom Despacho. Mais recentemente, a cidade foi agraciada com um hemocentro para atender os habitantes com problemas renais e a Universidade Aberta do Brasil UAB, que oferece ensino de qualidade à distância e gratuito.
O relevo predominante na região de Bom Despacho são as formas planas, onde também são observadas as planícies fluviais dos Rios São Francisco, Pará, Picão e Indaiá, caracterizados por terraços e várzeas, com ocorrência de áreas de permeabilidade acentuada, sujeitas as inundações periódicas. Tais características geomorfológicas conferem à região uma topografia geral pouco acidentada. A vegetação, por sua vez, se for excluído as áreas reflorestadas com eucalipto, as pastagens e as áreas onde se desenvolve a agricultura, as formações vegetais de ocorrência no município são compostas por cerrado, campo cerrado, capoeira, campos e matas ciliares ou de galeria. A rede hidrográfica bom-despachense tem como principais cursos de água, o São Francisco e o Lambari, na fronteira leste, e os rios Capivari, Machados e Picão, entre outros cursos de menor vulto. De modo geral, o município é bem servido de recursos hídricos. Tem como pertencentes ao município o distrito do Engenho do Ribeiro, além dos povoados da Passagem, Mato Seco, Capivari dos Macedos, Retiro dos Agostinhos, Capivari dos Eleutérios, Capivari dos Alves, Capivari dos Marçal, Córrego Areado, Lagoa do José Luís, Povoado do Vilaça, Extrema, Pulador, gua Doce, Ermo e Povoado da Garça. Bom Despacho faz divisas com sete municípios, são eles Martinho Campos, Leandro Ferreira, Araújos, Santo Antônio do Monte, Moema, Luz e Dores do Indaiá. O governo de Minas Gerais divide o território estadual em dez regiões de planejamento. Bom Despacho está localizado na Região VI, Centro-Oeste de Minas, onde é o 4 município mais populoso.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia INMET , referentes ao período de 1981 a 1984 e a partir de 1986, a menor temperatura registrada em Bom Despacho foi de em 23 de maio de 1999, e a maior atingiu em 19 de outubro de 1987. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de milímetros mm em 20 de novembro de 2001. Outros grandes acumulados iguais ou superiores a foram em 13 de janeiro de 1991, em 21 de outubro de 1997, em 24 de dezembro de 1986, em 18 de dezembro de 2011, em 4 de janeiro de 1994, em 16 de maio de 1994, em 14 de outubro de 1983, em 5 de dezembro de 2016, em 28 de janeiro de 1991 e em 3 de março de 2005. Janeiro de 1991, com , foi o mês de maior precipitação.
De acordo com a estimativa do IBGE, em julho de 2018 o município tinha habitantes. O último censo demográfico, realizado em 2010, apontou uma população de 45.624 habitantes, sendo a maior parte com idade entre 20 e 39 anos, cerca de 32 . Logo em seguida está a faixa etária de 0 a 19 anos com 30,5 , dos 40 aos 59 anos com 25,5 e as pessoas acima de 60 anos representam 12 da população total. Ademais, cerca de 94,1 da população reside na cidade. Os outros 5,9 moram na área rural do município. Em Bom Despacho cerca de 49,6 dos habitantes são homens e 50,4 mulheres Base Censo 2010 . O perfil econômico atualizado do Município, atualizado até 2017, pode ser encontrado aqui Evolução da população de Bom Despacho Ano Habitantes Variação Urbana Rural Masculina Feminina 1767 1.532 440 escravos 1532 1813 1.513 1830 2.328 53,86 1912 16.000 587 2.000 14.000 1940 22.166 38,53 1941 15.000 8.000 7.000 1950 25.269 1,73 1960 23.580 46,65 11.802 11.778 1970 27.298 14,50 1980 29.347 7,50 1981 29.815 1,59 1982 30.378 1,88 1983 30.943 1,86 1984 31.506 1,82 1985 32.068 1,78 1986 32.172 0,32 1987 33.709 4,78 1988 33.700 -0,03 1989 34.232 1,58 1990 34.743 1,49 1991 35.330 1,69 30.823 4.507 17.624 17.706 1992 35.760 1,22 1993 36.736 2,73 1994 37.150 1,13 1995 37.559 1,10 1996 37.699 0,37 34.298 3.401 18.693 19.006 1997 38.137 1,16 1998 38.512 0,98 1999 38.883 2,73 2000 39.943 0,96 37.221 2.722 19.873 20.070 2001 40.490 3,14 2002 40.914 1,04 2003 41.364 1,09 2004 42.310 2,28 2005 42.833 1,23 2006 43.353 1,21 2007 42.260 -2,52 39.494 2.660 20.863 21.192 2008 43.898 3,87 2009 44.265 0,83 2010 45.624 3,07 42.963 2.661 22.625 22.999 2011 46.060 0,95 2012 46.482 0,91 2013 48.350 4,01 2014 48.802 0,93 24.165 24.637 2015 49.236 0,88 2016 49.650 0,84 2017 50.042 0,78 2018 50.166 0,24 2019 50.605 0,87 Fonte Laércio Rodrigues Bom Despacho, Origem e Formação.1968. Imprensa Oficial de Minas Gerais. Inclui populações do Doce Moema e Araújos. Demais anos, IBGE Inclui população dos então distritos de Moema e Araújos Em decorrência de emancipação, exclui as populações de Moema e Araújos Estes números foram extraídos do livro O Bispado do Aterrado - Dados históricos e estatísticos de todas as suas paróquias com ilustrações. 1941. Tip. Diocesana de Luz. Edição fac-similar - 2018 - Luz. Inclui a população de Moema, mas não Araújos. Isto talvez explique a diferença com relação aos números de 1.940 e 1.950.
Católica 37.611 pessoas Evangélica 5.839 pessoas Sem Religião 1.204 pessoas Umbanda 3.000 pessoas
Na década de 1920, Bom Despacho recebeu duas colônias de imigrantes estrangeiros de nacionalidade predominantemente alemã. Nos dias de hoje, a tradição e a história destes imigrantes está quase totalmente esquecida. O fluxo de estrangeiros para terras brasileiras havia diminuído bastante como consequência da Primeira Guerra Mundial 1914-1918 , mas cresceu devido à situação dos países europeus após o conflito. Por meio do ministério da agricultura do então Presidente do Estado de Minas Gerais, Artur Bernardes, e do então prefeito de Bom Despacho, Faustino Assunção, foram implantadas nas terras do município, a Colônia lvaro da Silveira em 1920 e a Colônia David Campista em 1921.
Evolução do PIB nominal e comparação com Brasil Bom Despacho Brasil Ano R Crescimento R Crescimento IPCA 2018 x bilhão 6.800 trilhões 3,69 3,7455 2017 1,211 bilhão 5,30 6.558 trilhões 4,66 2,9473 2016 1,150 bilhão 9,83 6.266 trilhões 4,43 6,2881 2015 1,047 bilhão 5,36 6.000 trilhões 3,84 10,6735 2014 993,7 milhões 7,21 5.778 trilhões 8,38 6,4076 2013 926,8 milhões 14,20 5.331 trilhões 10.73 5,9108 2012 811,5 milhões 14,82 4.814 trilhões 10,00 5,8386 2011 706,7 milhões 12,12 4.376 trilhões 12,64 6,5031 2010 630,3 milhões 53,95 3.885 trilhões 101,65 5,9090 2005 409,4 milhões 117,53 2.170 trilhões 79,03 - 2000 188,2 milhões - 1.199 trilhões - Fonte IBGE, 2019 Evolução do PIB de Bom Despacho - preços correntes - 2012 e 2017 Setor Ano 2012 2013 2014 2015 2016 2017 R R R R R R Total - R milhões 811,8 100 926,8 100 993,7 100 1.047,3 100 1.150,4 100 1.211,3 100 Agropecuária - R milhões 59,4 7,4 80,7 8,8 83,3 8,4 75,7 7,1 123,2 10,7 92,2 7,6 Administração Pública Defesa, Educação e Saúde e Seguridade Social - R milhões 123,3 15,2 139,4 15 153,7 15,4 172 16,3 185,2 16,1 198,3 16,4 Impostos líquidos a preços correntes - R milhões 77,8 9,6 85 9,2 89,2 9 95,7 9,4 106,6 9,3 123,9 10,3 Indústria - R milhões 139,6 17,1 148,5 16 157,7 15,9 157,1 15 160,9 14 190,3 15,7 Serviços e comércio - R milhões 411,7 50,7 473 51 509,6 51,3 546,8 52,2 574,2 49,9 606,6 50 PIB per capita - R mil 17.464,94 19.169,38 20.362,65 21.272,95 23.170,21 24.209,87 Fonte IBGE, 2019
Principais produtos agrícolas - 2017 Produto Produção t rea colhida ha Eficiência t ha Cana de açúcar 117.600 2.100 56 Milho 8.850 1.550 5,70 Soja 5.208 1.980 2,63 Laranja 1.800 60 30 Mandioca 1.400 70 20 Feijão 1.020 400 2,55 Cebola 1.000 25 40 Melância 570 19 30 Alho 72 6 12 Banana 48 2 24 Borracha 36 12 3 Limão 15 1 15 Arroz 12 5 2,4 Fonte IBGE, 2019 Pecuária 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Aquicultura - Tilápia Kg - 700 600 500 400 - - Bovino - cabeças 80.296 81.104 83.893 89.374 92.546 86.317 84.568 Vaca ordenhada - cabeças 26.454 27.471 29.061 30.074 32.317 17.800 17.200 Leite de vaca x 1000 litros 57.141 65.211 67.734 65.766 68.421 73.445 73.950 Bubalino - cabeças 106 180 166 213 105 202 242 Caprino - cabeças 120 110 - 81 65 120 115 Codorna - cabeças - - - - - 100 110 Ovos de codorna x 1000 dúzias - - - - - 2 3 Equino - cabeças 1.862 1.516 - 1.348 1.103 2.200 2.260 Galináceo - cabeças 755.700 997.934 1.015.717 1.004.704 986.204 953.000 975.000 Galinha - cabeças 273.000 293.987 322.594 313.204 323.204 318.500 306.603 Mel de abelha - Kg 11.800 11.000 10.500 12.800 13.000 9.150 10.500 Muares - cabeça 89 - - - - - - Ovino - cabeças 118 58 69 53 79 160 172 Suíno - cabeças 30.000 28.000 56.116 30.725 30.000 55.210 55.500 Fonte IBGE, 2020.
Bom Despacho, até 2010, contava com uma população economicamente ativa ocupada de 23.653 pessoas. Já a população economicamente ativa desocupada era de 1.781 pessoas. A inativa era de 7.856 pessoas. Características da mão de obra - Bom Despacho 2000 2010 dos ocupados com ensino fundamental completo 43,38 57,31 dos ocupados com ensino médio completo 29,25 40,00 dos ocupados com rendimento de até 1 salário mínimo 44,53 11,38 dos ocupados com rendimento de até 2 salário mínimo 77,24 66,86 Percentual dos ocupados com rendimento de até 5 salários mínimo 91,95 92,68 Fonte Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2013. Em torno de 12,59 das pessoas com idade de 18 anos ou mais e ocupadas no município, em 2010, trabalhavam no setor agropecuário, 0,11 na indústria extrativa, 14,09 na indústria de transformação, 8,26 no setor de construção, 0,98 nos setores de utilidade pública, 18,39 no comércio e 41,51 no setor de serviços. No ano de 2013 havia em Bom Despacho 10.808 empregos formais, isto é, empregos com carteira assinada. Em 2014 esse número aumentou para 11.331. Emprego - Bom Despacho 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Nov 2019 Admissões 4.180 4.539 4.617 5.725 5.556 5.788 6.907 6.662 5.706 4.255 4.467 4.917 4.672 Demissões 4.109 4.408 4.281 5.362 5.434 5.417 5.938 6.461 5.782 4.354 4.502 4.846 4.431 Criação líquida de emprego 71 131 336 363 122 371 969 201 -72 -99 -35 71 241 Fonte CAGED 2019. Saldo do emprego formal com ajustes - Bom Despacho 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Nov 2019 -20 188 423 528 253 437 1.007 254 -64 -86 -31 87 241 Fonte RAIS, 2019. Número de empregos formais - Bom Despacho 2013 2014 2015 2016 2017 2018 10.808 11.331 11.281 11.081 11.187 11.177 Fonte RAIS, 2020. Número de empregos formais em 2018 - setor Setor Masculino Feminino Total Extração mineral 29 2 31 Indústria de transformação 1.339 851 2.190 Serviços industriais de utilidade pública 1 1 2 Construção civil 343 36 379 Comércio 1.700 1.304 3.004 Serviços 1.549 1.878 3.427 Administração Pública 291 829 1.120 Agropecuária 787 237 1.024 Total 6.039 5.138 11.177 Fonte RAIS, MTPS - 2019 Número de empregos formais em 2018 - faixa etária Faixa etária Masculino Feminino Total 14 a 17 anos 98 70 168 18 a 24 anos 1.136 945 2.081 25 a 29 anos 904 782 1.686 30 a 39 anos 1.570 1.455 3.025 40 a 49 anos 1.169 1.122 2.291 50 a 64 anos 1.065 746 1.811 Acima de 65 anos 97 18 115 Total 6.039 5.138 11.177 Fonte RAIS, MTPS - 2019 Remuneração média de empregos formais em 2018 - setor R Setor Masculino Feminino Total Extração mineral 1.557,61 1.448,08 1.550,54 Indústria de transformação 1.760,59 1.326,43 1.594,79 Serviços industriais de utilidade pública 1.532,35 1.908,00 1.720,18 Construção civil 1.561,78 1.537,62 1.559,47 Comércio 1.712,31 1.343,90 1.551,83 Serviços 2.287,93 1.833,12 2.038,93 Administração Pública 2.541,75 2.150,34 2.252,63 Agropecuária 1.549,87 1.250,35 1.481,45 Total 1.881,63 1.649,26 1.774,90 Fonte RAIS, MTPS - 2019 Remuneração média de empregos formais em 2018 - faixa etária R Faixa etária Masculino Feminino Total 14 a 17 anos 781,40 710,57 751,78 18 a 24 anos 1.315,79 1.189,68 1.258,64 25 a 29 anos 1.726,65 1.567,24 1.652,18 30 a 39 anos 2.045,33 1.818,51 1.936,85 40 a 49 anos 2.206,27 1.817,06 2.015,60 50 a 64 anos 2.122,44 1.832,35 2.003,68 Acima de 65 anos 2.024,70 1.980,93 2.018,03 Total 1.881,63 1.649,26 1.774,90 Fonte RAIS, MTPS - 2019
A renda per capita média de Bom Despacho cresceu 25,1 no intervalo entre o ano 2000 e 2010, ao passar de R 647,07 para R 809,90. O ndice de Gini é um indicador utilizado para medir o grau de concentração de renda em uma sociedade. Numericamente, varia de 0 a 1, quanto mais perto de 0 menor a desigualdade de renda e, por outro lado, quanto mais próximo de 1 maior a desigualdade de renda. Bom Despacho obteve um Gini de 0,59 em 2000 e 0,49 no ano de 2010. Ou seja, neste período houve queda da desigualdade de renda entre as pessoas. A proporção de pessoas pobres, isto é, indivíduos com renda domiciliar per capita inferior a R 140,00 a preços de agosto de 2010 , alcançou 2,96 da população total. Indicadores sociais - Bom Despacho 2000 2010 Renda per capita em R 647,07 809,90 de extremamente pobres 2,35 0,66 de pobres 13,29 2,96 ndice de Gini 0,59 0,49 Fonte Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, 2013. O ndice de Desenvolvimento Humano IDH-M de Bom Despacho divulgado em 2010 alcançou nota de 0,750, o que situa esse município na faixa de desenvolvimento humano alto IDH-M entre 0,700 e 0,799 . A dimensão que mais contribuiu para o IDH-M de Bom Despacho foi o item Longevidade, com índice de 0,861. Logo depois veio a Renda, com índice de 0,742, e em seguida a Educação, com índice de 0,661. Com isso, Bom Despacho ocupa a 551 posição entre os 5.565 municípios brasileiros, isto significa que a cidade faz parte dos primeiros 10 daqueles municípios com melhor desenvolvimento humano no País. ndice de Desenvolvimento Humano - Bom Despacho 2000 2010 IDH-M 0,665 0,750 IDH-M Educação 0,529 0,661 IDH-M Longevidade 0,786 0,861 IDH-M Renda 0,706 0,742 Fonte Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, 2013.
Prefeitura Municipal de Bom Despacho Receita Total- R milhões 2014 2015 2016 2017 2018 Receita Total 86.042 98.401 116,9 120,9 125,8 Crescimento anual - 14,3 18,8 3,4 4,0 Fonte Secretaria Municipal de Planejamento, 2019.
Prefeitura Municipal de Bom Despacho Receita Tributária - R milhões 2014 2015 2016 2017 2018 IPTU 4,2 5,1 6,1 6,5 6,7 ISS 4,4 6,0 6,2 7,2 7,8 ITBI 2,6 2,2 2,0 2,1 2,1 Total 11,2 13,3 14,3 15,8 16,6 Variação - 18,7 7,5 10,5 5 Fonte Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, 2019.
Prefeitura Municipal de Bom Despacho - Fundeb 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Fundeb R 9.930.038,82 10.336.395,65 11.518.146,82 11.612.819,65 9.144.057,20 15.513.664,82 Variação - 4,09 11,43 0,82 -21,25 69,65 Fonte Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, 2020.
Prefeitura Municipal de Bom Despacho - Receitas com ICMS e IPVA - R milhões 2014 2015 2016 2017 2018 2019 ICMS 13.203.661,46 14.108.199,40 16.034.724,49 17.979.380,40 18.042.456,79 19.992.269,47 IPVA 5.004.687,05 5.856.887,98 6.533.439,41 6.626.962,36 7.664.544,64 6.520.349,63 Total 18.208.348,51 19.965.087,38 22.568.163,90 24.606.342,76 25.707.001,43 26.512.619,10 Variação - 9,64 13,03 9,03 4,47 3,13 Fonte Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, 2020.
Prefeitura Municipal de Bom Despacho Fundo de Participação dos Municípios - FPM 2014 2015 2016 2017 2018 Transferência - FPM R 23,1 milhões R 24,5 milhões R 28,5 milhões R 27,5 milhões R 29,3 milhões Crescimento - 6,0 16,3 -3,5 6,5 Fonte Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, 2019.
Prefeitura Municipal de Bom Despacho Despesa Total - R milhões 2014 2015 2016 2017 2018 Despesa Total 76,3 94,2 106,0 112,0 117,2 Fonte Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, 2019.
Prefeitura Municipal de Bom Despacho Aplicação de recursos na Saúde e Educação Limite mínimo 2014 2015 2016 2017 2018 Saúde - 15 29,1 24,8 26,7 30,9 32,9 Educação - 25 27,1 28,0 28,7 28,4 27,3 Fonte Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, 2019.
Em Bom Despacho, até 2010, havia 14.546 domicílios particulares permanentes, ou seja, imóveis exclusivamente para habitação. Já em 2015, o número de residências urbanas e rurais era, respectivamente, 18.708 e 1.759 Cemig . Ademais, o município contava com cerca de 200 km de vias urbanas, sendo responsáveis por abrigar um tráfego de 26.922 veículos. Referente a estrutura dos domicílios 93,4 tinham coleta de lixo, 98,6 eram abastecidos com água, 92,1 possuíam esgotamento sanitário adequado, 98,2 serviço de energia elétrica e 32,8 acesso à internet 2010 . Total de vias pavimentadas - Bom Despacho Ano Até 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Total pavimentado - km 150 153,16 160,23 164,11 176,73 179,87 184,37 Total pavimentado - 75 76,5 80,1 82 88,3 89,9 92,1 Variação anual - km - 3,16 7,07 3,88 12,62 3,14 4,50 Fonte Secretaria Municipal de Obras Públicas, 2019. Iluminação pública - Total de pontos Ano Até 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Total de pontos - unidades 6.767 7.047 7.107 7.516 7.957 8.085 8.441 8.584 Variação anual - unidades - 280 60 409 441 128 356 143 Fonte Secretaria Municipal de Obras Públicas, 2019
Taxa de Mortalidade Infantil - por 1.000 nascidos vivos Região Ano 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Bom Despacho 18,9 13,2 12,5 18,4 8,4 10,5 11,4 12,1 13,7 10,4 10,8 Minas Gerais 14,7 14 13,2 13 12,7 12,1 11,3 11,4 11,5 11,4 11 Fonte Ministério da Saúde, 2019. Número de Unidades Básicas de Saúde - Bom Despacho Ano 2012 2013 2018 N 8 10 15 Fonte Secretaria Municipal de Saúde, 2019 Principais causas de óbito em Bom Despacho Causas Número de óbitos entre 2008-2018 1 Aparelho respiratório 384 2 Aparelho circulatório 285 3 Aparelho digestivo 137 4 Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas 106 5 Doenças infecciosas e parasitárias 83 6 Neoplasias tumores 76 7 Doenças no sangue, transtornos imunitários 35 8 Aparelho geniturinário 34 9 Lesões, envenenamentos e causas externas 27 10 Sinais e achados anormais em exames clínicos e laboratoriais 21 11 Sistema nervoso 13 12 Doenças no período perinatal 12 13 Outras doenças 14 TOTAL 1.227 Fonte Datasus, 2019. Pacientes aguardando cirurgia no dia 1 de janeiro Especialidade Ano 2017 2018 2019 2020 CIRURGIA GERAL 63 81 21 3 CIRURGIA GINECOL GICA 239 146 15 4 CIRURGIA ORTOP DICA 79 113 66 17 CIRURGIA OTORRINOLARINGOLOGIA 163 139 60 17 CIRURGIA VASCULAR 4 109 18 1 CIRURGIA PL STICA 36 7 7 11 CIRURGIA CATARATA 63 72 3 0 TOTAL 647 667 190 53 Fonte Secretaria Municipal da Saúde de Bom Despacho, 31 de dezembro 2019. Desde 2013 a Prefeitura municipal vem investindo quantias significativas para terminar com as filas de espera para cirurgias eletivas. o sucesso se consolidou em 2019 quando o número médio de pacientes novos, por mês, foi de 86 e o número de cirurgias realizadas foi de 98. O fato de o número de cirurgias realizadas ser maior do que o número de pessoas que entraram na fila de cirurgia mostra que houve uma diminuição do estoque fila de espera . De fato, 190 pacientes foram transferidos de 2018 para 2019. Destes, em números, 137 foram operados juntos com todos os 1.028 que entraram em 2019. Na prática, como entraram 86 por mês, e restaram 53 para o ano seguinte 2020 , isto significa que, em média, em Bom Despacho espera menos de um mês para fazer uma cirurgia eletiva. No entanto, deve-se notar que alguns pacientes podem, excepcionalmente, esperar muito mais do que isto. Muitas vezes até mais de um ano. Isto acontece principalmente por dois motivos. O primeiro é quando o paciente não tem condições clínicas para se submeter à cirurgia. Ele fica na fila à espera de uma melhora. Outro caso é quando os hospitais disponíveis não têm condições de realizar as cirurgias. Algumas vezes falta o especialista, outras vezes faltam as condições técnicas, como CTI especializado, por exemplo. Há, finalmente, o caso em que os pacientes são operados em mutirão. o que acontece, tipicamente, com catarata. Normalmente são operados de 30 a 60 pacientes de uma só vez. Nestes casos, quando a demanda é pequena, o paciente espera até que um grupo de forme. Em Bom Despacho o costume é ter um mutirão de catarata por mês. No entanto, pode acontecer de a demanda ser muito reduzida. Neste caso, é possível que se salte um mês. São fatos como estes que explicam por que, embora o tempo médio de espera seja diminuto tipicamente menos de um mês , alguns pacientes poderão esperar bem mais do que isto. Custo médio por cirurgia em 2018 e 2019 Ano Total de cirurgias Dispêndio total Custo médio por cirurgia 2018 1.639 R 1.507.395,17 R 919,70 2019 1.166 R 2.043.478,44 R 1.752,55 Fonte Secretaria Municipal da Saúde de Bom Despacho, 31 de dezembro 2019. Com o programa dirigido a acabar com as filas de cirurgia, de início houve um aumento de demanda. Isto aconteceu por dois motivos. O primeiro é que pacientes que não entravam na fila passaram a entrar quando viram que a fila estava andando. Outro motivo foi a atração exercida na região. Pacientes de outras cidades que perderam as esperanças de serem atendidas em seu municípios se transferiram para Bom Despacho para fazer a cirurgia. Estas transferências muitas vezes são fictícias. O paciente usa o endereço da cada de um parente ou de um amigo para parecer que reside aqui. Desta forma consegue acesso rápido aos serviços do SUS ofertados em Bom Despacho. Depois de um certo tempo, houve tanto a diminuição do estoque antigo declarado fila , quando do estoque oculto pessoas que estavam fora das filas por desesperança . Com isto a demanda foi se reduzindo. No quadro acima, nota-se que baixou de 1.639 em 2018 para 1.166 em 2019 -28,9 . No entanto, o custo médio por cirurgia aumentou de R 919,70 para R 1.752,55 90,5 . Isto se deve ao fato de o Município passou a ofertar diretamente cirurgias de complexidade mais alta que são de obrigação do Estado de Minas. Como este não as executa, o Município passou a executá-las. Outro motivo foi o fato de que a Santa Casa local aumentou sua capacidade para operar casos mais complexos. Isto se mostra claro no caso das cirurgias ortopédicas. Casos que envolvem a aplicação de placas e outros materiais artificiais não eram operados aqui, mas no último ano 2019 muitos passaram a ser. Também por isto o custo médio da cirurgia aumentou. Destas forma, o dispêndio total com cirurgias eletivas no Município passou de R 1.507.395,17 em 2018 para R 2.043.478,44 em 2019. Portanto, houve um aumento de 3,5,5 .
Composição da rede de ensino em 2018 Escola Quantidade Matrículas em creches Matrículas em pré-escolas Matrículas anos iniciais fundamental Matrículas anos finais fundamental Matrículas ensino médio Matrículas EJA Matrículas da educação especial TOTAL Total 35 1.188 1.159 3.221 2.596 1.770 779 243 10.956 Públicas 25 1.064 988 2.748 2.309 1.614 721 116 9.560 Municipais 15 1.064 988 1.589 47 0 0 36 3.724 Estaduais 10 0 0 1.159 2.262 1.614 721 80 5.836 Privadas 10 124 171 473 287 156 58 127 1.396 Fonte Censo Escolar INEP, 2018. Evolução do número de matrículas - Rede Municipal Ano 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Regular Integral Total Regular Integral Total Matrículas 3.378 3.409 3.622 3.567 3.547 3.624 3.727 1.460 5.187 3.867 1.372 5.239 Variação - 0,9 6,2 -1,5 -0,6 2,2 2,84 - - 3,75 - 6,02 1 Fonte Secretaria Municipal de Educação, 2020. Em 2018, 28,1 dos alunos da rede municipal estudavam em horário integral. Em 2019 o número caiu para 26,1 . Este fenômeno de diminuição de alunos em horário integral acompanha o fenômeno da diminuição de matrículas que se nota nos anos de 2015 e 2016, bem como a estabilização em 2019 primeiro, há uma aumento brusco no número de matrículas, depois, uma redução. Isto parece refletir a evolução da economia e seus saltos. Quando a economia enfrenta períodos difíceis, os pais tiram seus filhos das escolas privadas e levam para as escolas públicas quando a economia dá sinais de melhoras, o movimento contrário ocorre. Esta é uma provável explicação para o aumento do número de matrículas não seguir um crescimento linear, compatível com o crescimento vegetativo da população. Número de alunos da área rural atendidos pelo transporte escolar Ano 2013 2018 2019 Alunos 360 658 594 Fonte Secretaria Municipal de Educação, 2020. Ideb - Bom Despacho Ideb Observado Metas Rede de Ensino Ano 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2007 2009 2011 2013 2015 2017 Ensino estadual, 4 série e 5 ano 5.3 6.0 6.5 6.6 6.6 7.0 4.6 4.9 5.3 5.6 5.8 6.1 Ensino estadual, 8 série e 9 ano 3.3 4.1 4.5 4.8 4.6 4.6 3.1 3.2 3.5 3.9 4.3 4.6 Ensino estadual, 3 série do médio - - - - - 4.2 - - - - - - Ensino municipal, 4 série e 5 ano 4.4 5.9 5.9 6.1 6.1 6.4 4.6 4.9 5.3 5.6 5.8 6.1 Ensino Público Estadual e Municipal 4.8 6.0 6.2 6.3 6.3 6.7 4.6 4.9 5.3 5.5 5.8 6.1 Fonte INEP, 2019. A taxa de analfabetismo entre a população de 15 anos ou mais de idade era 9,4 no ano 2000. Em 2010 a taxa foi reduzida, situada nos 5,8 . Em Bom Despacho, até 2010, havia 3.564 pessoas com nível superior completo. O município conta com um centro universitário, além de várias faculdades de ensino presencial e à distância. Indicadores da Educação 1991 2000 2010 da população com 18 anos ou mais com ensino fundamental completo 24,67 36,87 52,22 da população de 5 a 6 anos frequentando a escola 34,42 89,01 100 da população de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental 49,13 79,57 87,21 da população de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo 19,29 55,52 64,11 da população de 18 a 20 anos com ensino médio completo 10,33 29,05 46,04 Fonte Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, 2013. A cidade a partir de 2016 passou a ter um câmpus do Centro Universitário UNA, que conta com 17 cursos de diversas áreas do conhecimento.
O quadro abaixo mostra como a evolução das variadas atividades esportivas têm trazido benefícios para a saúde da população, para sua integração social, e também na arrecadação do ICMS esportivo. Evolução do número de participantes em atividades esportivas e receita do ICMS Esportivo Ano 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Participantes 4.465 13.978 15.520 17.432 16.487 18.652 17.351 18.578 Variação - 213,0 19,6 12,3 -5,4 13,1 -6,9 7,0 Colocação 48 11 2 3 4 9 12 NI Receita R 5.0053,75 103.776,45 155.003,73 184.890,08 213.421,86 130.788,12 166.260,99 NI Modalidades Caminhada, Ciclismo, Futebol De Campo, Futsal, Voleibol, Dama, Ginástica Alongamento, atletismo, basquete, natação, capoeira, xadrez Voleibol, Futebol Society, Futebol de campo, Futsal, Dama, Corrida Maratona, Capoeira, Ciclismo, Caminhada, Ginástica Laboral, Queimada, Handebol, Ginástica Aeróbica, Corrida De Estafetas, Tai Chi Chuan, Ginástica Artística, Ninjutsu, Basquete, Jiu-Jitsu, Kung-Fu, Muay Thai, Skate, Orientação, Mountain Bike, Xadrez, Ginástica Acrobática, Natação, Peteca, Triatlo e Xadrez Voleibol, Futebol Society, Futsal, Dama, Corrida Maratona, Capoeira, Ciclismo, Caminhada, Ginástica Laboral, Queimada, Handebol, Ginástica Aeróbica, Corrida De Estafetas, Tai Chi Chuan, Ginástica Artística, Ninjutsu, Basquete, Jiu-Jitsu, Kung-Fu, Muay Thai, Skate, Orientação, Mountain Bike, Xadrez, Ginástica Acrobática, Natação, Peteca, Triatlo, Futebol de Campo, Basquete Voleibol, Futebol Society, Futsal, Dama, Corrida Maratona, Capoeira, Ciclismo, Caminhada, Ginástica Laboral, Queimada, Handebol, Ginástica Aeróbica, Corrida De Estafetas, Tai Chi Chuan, Ginástica Artística, Ninjutsu, Basquete, Jiu-Jitsu, Kung-Fu, Muay Thai, Skate, Orientação, Mountain Bike, Xadrez, Ginástica Acrobática, Natação, Peteca, Triatlo, Futebol De Campo e fisiculturismo leibol, Futebol Society, Futebol De Campo, Futsal, Dama, Corrida Maratona, Capoeira, Ciclismo, Caminhada, Ginástica Laboral, Queimada, Handebol, Ginástica Aeróbica, Corrida De Estafetas, Tai Chi Chuan, Ginástica Artística, Ninjutsu, Basquete, Jiu-Jitsu, Kung-Fu, Muay Thai, Skate, Orientação, Mountain Bike, Xadrez, Ginástica Acrobática, Natação, Peteca, Triatlo Voleibol, Futebol Society, Futsal, Dama, Corrida Maratona, Capoeira, Ciclismo, Caminhada, Ginástica Laboral, Futebol De Campo, Arremesso Lançamento, Recreação, Bocha, Queimada, Handebol, Ginástica Aeróbica, Corrida De Estafetas, Tai Chi Chuan, Ginástica Artística, Ninjutsu, Basquete, Jiu-Jitsu, Kung-Fu, Muay Thai, Skate, Orientação, Mountain Bike, Xadrez, Ginástica Acrobática, Natação, Peteca, Triatlo Voleibol, Futebol Society, Futsal, Dama, Corrida Maratona, Capoeira, Ciclismo, Caminhada, Ginástica Laboral, Futebol De Campo, Arremesso Lançamento, Recreação, Cabo De Guerra, Queimada, Handebol, Ginástica Aeróbica, Corrida De Estafetas, Tai Chi Chuan, Ginástica Artística, Ninjutsu, Basquete, Jiu-Jitsu, Kung-Fu, Muay Thai, Skate, Orientação, Mountain Bike, Xadrez, Ginástica Acrobática, Natação, Peteca, Triatlo Voleibol, Futebol Society, Futsal, Dama, Corrida Maratona, Capoeira, Ciclismo, Caminhada, Ginástica Laboral, Futebol De Campo, Arremesso Lançamento, Recreação, Cabo De Guerra, Queimada, Handebol, Ginástica Aeróbica, Corrida De Estafetas, Tai Chi Chuan, Ginástica Artística, Basquete, Jiu-Jitsu, Kung-Fu, Muay Thai, Skate, Orientação, Mountain Bike, Xadrez, Ginástica Acrobática, Natação, Peteca, Triatlo Fonte Secretaria Municipal de Esportes, 2020. Em 2017 o Governo de Minas desviou dinheiro do Município. No caso do ICMS Esportivo, o desvio foi de 2 3 do valor devido.
Prêmio Mineiro de Excelência em Gestão Pública Municipal Realizado pelo Governo de Minas Gerais e o Instituto Qualidade Minas no biênio 2013-2014 Prêmio Cidades Sustentáveis Realizado pela Rede Nossa São Paulo, Instituto Ethos, Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Brasileiras, em 2014 Prêmio Municiência Realizado pela Confederação Nacional dos Municípios, em 2015
Antônio Dias Maciel Cecília Ferramenta Chico Ferramenta Hugo Marques Gontijo Hugo Modesto Gontijo Nílson Gontijo Santos Olegário Maciel Renato Augusto Waldemar Chaves de Araújo Waldir Silva Walmir José de Almeida
Lista de prefeitos de Bom Despacho Aeroporto de Bom Despacho Colônia lvaro da Silveira Colônia David Campista
Página Oficial da Prefeitura Municipal Página Oficial da Câmara Municipal Bom Despacho no IBGE Cidades Minas em Números - Economia Minas em Números - Social Minas em Números - Demografia Minas em Números - Histórico Minas em Números - Informações Categoria Fundações em Minas Gerais em 1911Localização da Beira Interior Sul. A Beira Interior Sul foi uma sub-região estatística portuguesa, parte da região estatística do Centro e do distrito de Castelo Branco. Limitava a norte com a Cova da Beira e a Beira Interior Norte, a leste com a Espanha, a sul com a Espanha e o Alto Alentejo e a oeste com o Pinhal Interior Sul. Ficheiro Idanha-a-Nova.JPG miniaturadaimagem 262x262px Campina de Idanha Tem uma área de 2 063 km e uma população de habitantes censos de 2011 . Compreendia 4 concelhos da província histórica da Beira Baixa Castelo Branco Sede da CIM Idanha-a-Nova Penamacor Vila Velha de Ródão Ficheiro Distance view of the first set of stairs.jpg miniaturadaimagem 261x261px Jardim do Paço Episcopal, ex-líbris de Castelo Branco A Beira Interior Sul foi extinta aquando da reformulação do mapa das NUT-III, em 2013, tendo todos os seus municípios passado a integrar a então criada sub-região da Beira Baixa, juntamente com os concelhos de Oleiros e Proença-a-Nova.
Lista de concelhos por NUTS Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa Categoria NUTS 3 de PortugalBaixo MondegoLocalização do Baixo Mondego O Baixo Mondego foi uma sub-região estatística portuguesa, parte da Região do Centro Região das Beiras , do Distrito de Coimbra e do Distrito de Aveiro. Limitava a norte com o Baixo Vouga e com o Dão-Lafões, a leste com o Pinhal Interior Norte, a sul com o Pinhal Litoral e a oeste com o Oceano Atlântico. Tinha uma área de 2062 km e uma população de habitantes censos de 2011 . Compreendia 9 concelhos Cantanhede Coimbra Coimbra Coimbra - Sede Condeixa-a-Nova Coimbra Figueira da Foz Coimbra Mealhada Aveiro Mira Coimbra Montemor-o-Velho Coimbra Penacova Coimbra Soure Coimbra
Lista de concelhos por NUTS Categoria NUTS 3 de PortugalBeira Interior NorteLocalização daBeira Interior Norte A Beira Interior Norte foi uma sub-região estatística portuguesa, parte da Região do Centro Região das Beiras e do Distrito da Guarda. Limitava a norte com o Douro, a leste com a Espanha, a sul com a Beira Interior Sul e com a Cova da Beira e a oeste com a Serra da Estrela e com Dão-Lafões. Tinha uma área de 4251 km e uma população de habitantes censos de 2011 . Compreendia 9 concelhos Almeida Vila Celorico da Beira Vila Figueira de Castelo Rodrigo Vila Guarda Cidade Sede da CIM Manteigas Vila Mêda Cidade Pinhel Cidade Sabugal Cidade Trancoso Cidade
Lista de concelhos por NUTS Categoria NUTS 3 de PortugalBelo Horizonte é um município brasileiro e a capital do estado de Minas Gerais. Sua população estimada pelo IBGE para 1. de julho de 2021 era de habitantes, sendo o sexto município mais populoso do país, o terceiro da Região Sudeste e primeiro de seu estado. Com uma área de aproximadamente 331 km , possui uma geografia diversificada, com morros e baixadas. Com uma distância de 716 quilômetros de Brasília, é a segunda capital de estado mais próxima da capital federal, depois de Goiânia. Cercada pela Serra do Curral, que lhe serve de moldura natural e referência histórica, foi planejada e construída para ser a capital política e administrativa do estado mineiro sob influência das ideias do positivismo, num momento de forte apelo da ideologia republicana no país. Sofreu um inesperado crescimento populacional acelerado, chegando a mais de um milhão de habitantes com quase setenta anos de fundação. Entre as décadas de 1930 e 1940, ocorreu também o avanço da industrialização, além de muitas construções de inspiração modernista, notadamente as casas do bairro Cidade Jardim, que ajudaram a definir a fisionomia da cidade. A capital mineira é sede da terceira concentração urbana mais populosa do país. Belo Horizonte já foi indicada pelo Population Crisis Commitee, da ONU, como a metrópole com melhor qualidade de vida na América Latina e a 45. entre as 100 melhores cidades do mundo dados de 2008 . Em 2010, a cidade gerou 1,4 do PIB do país, e, em 2013, era o quarto maior PIB entre os municípios brasileiros, responsável por 1,53 do total das riquezas produzidas no país. Uma evidência do desenvolvimento da cidade nos últimos tempos é a classificação da revista América Economía, na qual, já em 2009, Belo Horizonte aparecia como uma das dez melhores cidades latino-americanas para fazer negócios, segunda do Brasil atrás de São Paulo e à frente de cidades como Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba. Belo Horizonte é classificada como uma metrópole e exerce significativa influência nacional, seja do ponto de vista cultural, econômico ou político. Conta com importantes monumentos, parques e museus, como o Museu de Arte da Pampulha, o Museu de Artes e Ofícios, o Museu de Ciências Naturais da PUC Minas, o Circuito Cultural Praça da Liberdade, o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, o Mercado Central e a Savassi, e eventos de grande repercussão, como o Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua FIT-BH , o Verão Arte Contemporânea VAC , o Festival Internacional de Curtas e o Encontro Internacional de Literaturas em Língua Portuguesa. também nacionalmente conhecida como a capital nacional dos botecos, por existirem mais bares per capita do que em qualquer outra grande cidade do Brasil.
Logo após a proclamação da república, em 1889, os republicanos de Curral del Rei decidiram mudar o nome da vila. Em reunião numa casa próxima de onde fica a Igreja de Boa Viagem, sugeriram o nome Novo Horizonte. Por sugestão de Luiz Daniel Cornélio da Cerqueira, professor de português e responsável pela alfabetização de crianças da vila, foi considerado também o nome Belo Horizonte. Descartado pela maioria, o nome só foi adotado após escolha pessoal do então governador, João Pinheiro. Após a transferência da capital, Belo Horizonte passa a se chamar Cidade Minas, até que o nome sugerido por Luiz Daniel voltou a ser oficial em 1901.
O reconhecimento da presença dos povos originários na região foi observado pelo padre João Aspicuelta Navarro, em 1555, por meio de uma carta que este redigiu sobre os nativos nos campos e nas florestas. A população originária que habitou o atual estado de Minas Gerais está relacionada com o tronco linguístico macro-jê, os povos conhecidos como tapuias, alcunha concedida pelos seus inimigos tupis. As ocupações indígenas no território mineiro, nos séculos XVI e XVII foram esparsas e comunidades com a mesma identificação ocupavam áreas distintas. Os povos que viveram mais próximos da atual cidade de Belo Horizonte foram os cataguás, goianás, guarachués e botocudos. Os cataguás ou cataguases eram tapuias, e foram um povo extremamente relevante para Minas Gerais, que marcavam presença no território desde o início do período colonial, visto que o estado era conhecido como Campos Gerais dos Cataguases e Minas Gerais dos Cataguases. Acerca da população dos goianás e guarachués não há muita informação escrita, pois foram menos documentados pelas fontes portuguesas e nacionais e sofreram a descontinuidade de seus saberes ancestrais, dado seu extermínio. Os goianás viviam nas áreas da comarca do Rio das Velhas, mais especificamente próximos ao rio. Por serem mais pacíficos e acessíveis ao convívio com o homem branco, lutaram ao lado dos bandeirantes nas batalhas travadas em Minas no século XVII. Os guarachués habitavam a região da comarca de Vila Rica e foram vítimas dos bandeirantes na busca pelo ouro. O termo significa guará vagaroso, pois estes andavam com os lobos guará. Ficheiro MC.NEG.8.7-197.tif esquerda miniaturadaimagem Pataxós em Belo Horizonte, 1984. Autoria Mana Coelho. Acervo Museu Histórico Abílio Barreto Os botocudos pertenciam ao tronco linguístico macro-jê e o nome se deve aos ornamentos que utilizavam no lábio e nas orelhas com rodelas, os botoques, uma designação pejorativa e generalizante de povos tão distintos. Outras denominações são boruns, aimorés e bugres. Uma das tradições que estes povos preservavam era o rito da antropofagia e eram considerados os perigosíssimos tapuais do período colonial . A presença desses grupos é relatada desde o século XVI até XX por fontes históricas primárias, com designações variadas. Os botocudos eram um dos povos que não utilizavam louças de barro, o que diminui as informações acerca da alimentação, arte e vivência social que apresentavam. Além disso, os bugres eram povos nômades e se locomoviam constantemente pelo território. O nome dessa comunidade é generalista e estes integraram diversas outras tribos ao longo do tempo, entre estes, o que ocupou a região próxima à capital, a comunidade Pataxó. Os pataxós pertencem ao tronco macro-jê e são originários da região sul da Bahia. Sua existência foi documentada pela primeira vez em uma expedição de Salvador Correa de Sá em 1577, quando os encontrou nas proximidades do Rio Doce. Na contemporaneidade há uma diferenciação entre os grupos pataxós de Minas Gerais e da Bahia, sendo o último os Pataxó-hã-hã-hães. O nome é uma autodenominação utilizada por esse grupo, que se relaciona com a água. Além disso, seu idioma é o Patxohã, língua ancestral que querem avivar, que se integra na família linguística dos Maxakalí. Apesar de serem historicamente um povo seminômade, na atualidade estes vivem em regiões delimitadas. Uma das razões da migração dos nativos no século XX para o território mineiro é o Fogo de 51, uma ação violenta da polícia baiana contra a aldeia em que viviam, como também a demarcação do Parque Nacional do Monte Pascoal em 1961. Além, dos pataxós, outras populações indígenas vivem na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a exemplo dos aranãs, xakriabás, kaxixós, karajás, guaranis e kamakã. Dados do censo do IBGE de 2010 indicam que mais de sete mil pessoas se identificaram como indígenas somente em Belo Horizonte.
Até o século XVI, o atual estado de Minas Gerais era habitado por índios do tronco linguístico macro-jê. A partir desse século, essas tribos foram quase exterminadas pela ação dos bandeirantes procedentes principalmente da vila de São Paulo de Piratininga, que chegaram à região em busca de escravos e de pedras preciosas. Na imensa faixa de terras ao largo do Rio das Velhas assenhoradas pelo bandeirante Paulista Bartolomeu Bueno da Silva mais tarde Anhanguera II , veio seu primo e futuro genro, João Leite da Silva Ortiz, à procura de ouro. Ele ocupou, em 1701, a Serra dos Congonhas mais tarde Serra do Curral e suas encostas, onde estabeleceu a Fazenda do Cercado, base do núcleo do Curral del Rei. No local, desenvolveu uma pequena plantação e criou gado, com numerosa escravatura. O povoamento aos poucos foi se firmando, de forma tal que, em 1707, já aparecia citada em documentos oficiais. Em 1711, a carta de sesmaria foi obtida por Ortiz, com a concessão da área que começava do pé da Serra do Curral, até a Lagoinha, estrada que vai para os currais da Bahia, que será uma légua, e da dita estrada correndo para o rio das Velhas três léguas por encheio. Conforme trecho da carta de sesmaria, à ortografia da época, concedida por Antônio Albuquerque Coelho de Carvalho Ortiz dedicou-se especialmente ao plantio de roças, criação e negociação de gado, trabalhos de engenho e, provavelmente, a mineração de ouro nos córregos. O progresso da fazenda atraiu outros moradores, e um arraial começou a se formar, tornando-se um dos pontos de concentração dos rebanhos transitados pelo registro das Abóboras, vindos do sertão da Bahia e do São Francisco para o abastecimento das zonas auríferas. Apoiado na pequena lavoura, na criação e comercialização de gado e na fabricação de farinha, o arraial progrediu. A topografia da região favoreceu o estabelecimento de uma povoação dada à agricultura e à vida pastoril. Os habitantes deram o nome de Curral del Rei, por causa do cercado ou curral ali existente, em que se reunia o gado que havia pago as taxas do rei, segundo a tradição corrente. O arraial contava com umas 30 ou 40 cafuas cobertas de sapé e pindoba, entre as quais foi erguida uma capelinha situada à margem do córrego Acaba-Mundo onde hoje se encontra a catedral , tendo à frente um cruzeiro e ao lado um rancho de tropas. Algumas poucas fábricas, ainda primitivas, instalaram-se na região, onde se produzia algodão e se fundia ferro e bronze. Das pedreiras, extraía-se granito e calcário, e frutas e madeiras eram comercializadas para outros locais. Das trinta ou quarenta famílias inicialmente existentes, a população saltou para a marca de 18 mil habitantes. Em 1750, por ordem da Coroa, foi criado o distrito de Nossa Senhora da Boa Viagem do Curral, então sede da freguesia do mesmo nome instituída de fato em 1718 em torno de capela ali construída pelo Padre Francisco Homem, filho de Miguel Garcia Velho. Elevado à condição de freguesia em 1780, mas ainda subordinado a Sabará, o Curral del Rei englobava as regiões ou curatos de Sete Lagoas, Contagem, Santa Quitéria Esmeraldas , Buritis, Capela Nova do Betim, Piedade do Paraopeba, Brumado, Itatiaiuçu, Morro de Mateus Leme, Neves, Aranha e Rio Manso. No centro do arraial, os devotos ergueram a Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem. Com a extinção dos curatos, a jurisdição do Curral del Rei viu-se novamente reduzida ao primeiro arraial, com sua população de 2.500 habitantes, que chegou a moradores já ao fim do século XIX. O seguinte trecho do relatório enviado à Cúria de Mariana pelo vigário Pe. Francisco de Paula Arantes, conservada a ortografia, relata a paisagem característica da região à época Porém, enquanto Vila Rica, Sabará, Serro Frio e outros núcleos mineradores se constituíam em centros populosos e ricos, Curral del Rei e sua vocação para o comércio do gado sertanejo estacionou em seu desenvolvimento, não oferecendo lucro que fixasse ao solo uma população como a de outros lugares. O apogeu de Ouro Preto perdurou até o fim do século XVIII, quando as jazidas esgotaram-se e o ciclo do ouro deu lugar à pecuária e à agricultura, criando novos núcleos regionais e inaugurando uma nova identidade estadual. A então capital de Minas Gerais, a cidade de Ouro Preto, não apresentava alternativas viáveis ao desenvolvimento físico urbano, o que gerou a necessidade da transferência da capital para outra localidade. Com a República e a descentralização federal, as capitais tiveram maior relevo ganhava vigor a ideia de mudança da sede do governo mineiro, pois a antiga Ouro Preto era travada pela topografia. O governador Augusto de Lima encaminhou a questão ao Congresso Mineiro, que, reunido em Barbacena, em sessão de 17 de dezembro de 1893, indicou pela lei n. 3, adicional à Constituição Estadual, a disposição de que a mudança da capital ocorresse para local que reunisse as condições ideais. Cinco localidades foram sugeridas Juiz de Fora, Barbacena, Paraúna, Várzea do Marçal e Belo Horizonte. A comissão técnica, chefiada pelo engenheiro Aarão Reis, julgou em igualdade de condições Belo Horizonte e Várzea do Marçal, decidindo-se ao final pela última localidade. Voltou o Congresso a se pronunciar, e depois de novos e extensivos debates, instituiu-se que a capital fosse construída nas terras do arraial de Belo Horizonte. O local escolhido oferecia condições ideais estava no centro da unidade federativa, a 100 km de Ouro Preto, o que muito facilitava a mudança acessível por todos os lados embora circundado de montanhas rico em cursos d água possuidor de um clima ameno, numa altitude de 800 metros. A área destinada à nova capital parecia um grande anfiteatro entre as Serras do Curral e de Contagem, contando com excelentes condições climatológicas, protegida dos ventos frios e úmidos do sul e dos ventos quentes do norte, e arejada pelas correntes amenas do oriente que vinham da serra da Piedade ou das brisas férteis do oeste que vinham do vale do Rio Paraopeba. Era um grande vale cercado por rochas variadas e dobradas, com longa e perturbada história geológica, solos rasos, pouco desenvolvidos, de várias cores, às vezes arenosos e argilosos, com idade aproximada de 1 bilhão e 650 milhões de anos. Em 1893, o arraial foi elevado à categoria de município e capital de Minas Gerais, sob a denominação de Cidade de Minas. Em 1894, foi desmembrado do município de Sabará. No mesmo ano, os trabalhos de construção foram iniciados pela Comissão Construtora da Nova Capital, chefiada por Aarão Reis, com o prazo de 5 anos para o término dos trabalhos. Com o aumento populacional causado pela construção da Nova Capital, a administração da cidade se tornou mais complexa, o que exigia uma força policial para garantir a ordem e tranquilidade dos moradores. Nesse sentido, Aarão Reis tomou providências e o delegado especial de Sabará, capitão Antônio Lopes de Oliveira, que se tornaria mais conhecido como Major Lopes, assumiu a segurança do Arraial. Em maio de 1895, Aarão Reis foi substituído pelo engenheiro Francisco de Paula Bicalho. Em 12 de dezembro de 1897, em ato público solene, o então presidente de Minas, Crispim Jacques Bias Fortes, inaugurou a nova capital. A cidade, que já contava com 10 mil habitantes em sua inauguração, custou aos cofres estaduais a importância de 36 mil contos de réis. Em 1901, a Cidade de Minas teve seu nome modificado para o atual, em virtude da dualidade de nomes, já que o distrito e a comarca se chamavam Belo Horizonte.
Projetada pelo engenheiro Aarão Reis entre 1894 e 1897, Belo Horizonte foi uma das primeiras cidades brasileiras planejadas algumas fontes a citam como primeira outras como terceira, após Teresina e Aracaju e até a quarta, sendo Petrópolis a primeira . Elementos chaves do seu traçado incluem uma malha perpendicular de ruas cortadas por avenidas em diagonal, quarteirões de dimensões regulares e uma avenida em torno de seu perímetro, a Avenida do Contorno. Trecho do relatório escrito por Aarão Reis, engenheiro-chefe da Comissão Construtora da Nova Capital, sobre a planta definitiva de Belo Horizonte, aprovada pelo Decreto n 817 de 15 de abril de 1895 Planta geral da cidade de Belo Horizonte 1895 Entretanto, Aarão Reis não queria a cidade como um sistema que se expandiria indefinidamente. Entre a paisagem urbana e a natural foi prevista uma zona suburbana de transição, mais solta, que articulava os dois setores através de um bulevar circundante, a Avenida do Contorno, bastante flexível e que se integrava perfeitamente na composição essencial. A concepção do plano fundia as tradições urbanísticas americanas e europeias do século XIX. O tabuleiro de xadrez da primeira era corrigido por meio das amplas artérias oblíquas, e espaços vazios, uma preocupação constante com as perspectivas monumentais que provinha do Velho Mundo, com marcadas influências de Haussmann. Ficheiro Afonsopena1900.jpg thumb Praça Sete e Avenida Afonso Pena em 1908, nos primeiros anos de Belo Horizonte. Acervo Museu Histórico Abílio Barreto Belo Horizonte surgia como uma tentativa de síntese urbana no final do século XIX. O objetivo de se criar uma das maiores cidades brasileiras do século XX era atingido. Porém, o plano de Belo Horizonte pertencia a sua época, seu conceito estava embasado em fundamentos do século anterior. O projeto da cidade foi inspirado no modelo das mais modernas cidades do mundo, como Paris e Washington. Os planos revelavam algumas preocupações básicas, como as condições de higiene e circulação humana. A cidade foi dividida em três principais zonas a área central urbana, a área suburbana e a área rural. A área central urbana receberia toda a estrutura urbana de transportes, educação, saneamento e assistência médica, e abrigaria os edifícios públicos dos funcionários estaduais. Ali também deveriam se instalar os estabelecimentos comerciais. Seu limite era a Avenida do Contorno, que à época se chamava 17 de Dezembro. A região suburbana, formada por ruas irregulares, deveria ser ocupada mais tarde e não recebeu de imediato a infraestrutura urbana. A área rural seria composta por cinco colônias agrícolas com inúmeras chácaras e funcionaria como um cinturão verde, abastecendo a cidade com produtos hortigranjeiros. Para a concretização do projeto, o arraial de Curral del Rei foi completamente destruído, com a transferência de seus habitantes para outro local. Sem condições de adquirir os terrenos valorizados da área central, os antigos moradores foram empurrados para fora da cidade, principalmente para Venda Nova. Acreditava-se que os problemas sociais seriam evitados com a retirada dos operários após a conclusão das obras, o que na prática não ocorreu. A cidade foi inaugurada às pressas, ainda inacabada. Os operários, em meio às obras, não foram retirados e, sem lugar para ficar, formaram favelas na periferia da cidade, juntamente com os antigos moradores do Curral del Rei.
A expansão urbana extrapolou em muito o plano original. Quando foi iniciada sua construção, os idealizadores do projeto previram que a cidade alcançaria a marca de 100 mil habitantes apenas quando completasse 100 anos. Essa falta de visão se repetiu em toda a história da cidade, que jamais teve um planejamento consistente que previsse os desafios da grande metrópole que se tornaria. A nova capital foi o maior problema do governo do Estado no início do regime construída após vencer muitos obstáculos, ela permaneceu em relativa estagnação devido à crise financeira. Ligações ferroviárias com o sertão e o Rio de Janeiro puseram a cidade em comunicação com o interior e a capital do país. O desenvolvimento foi mínimo até 1922. Pelas proclamadas virtudes de seu clima, a cidade tornou-se atrativa, especialmente para o tratamento da tuberculose multiplicaram-se os hospitais, pensões e hotéis, mas até 1930 exerceu função quase estritamente administrativa. Foi também na década de 1920 que surgiu em Belo Horizonte a geração de escritores de raro brilho que iria se destacar no cenário nacional. Carlos Drummond de Andrade, Ciro dos Anjos, Pedro Nava, Alberto Campos, Emílio Moura, João Alphonsus, Milton Campos, Belmiro Braga e Abgar Renault se encontravam no Bar do Ponto, na Confeitaria Estrela ou no Trianon para produzir os textos que revolucionaram a literatura brasileira. Nos anos 1930, Belo Horizonte se consolidava como capital, não isenta de críticas e de louvores. Deixava de ser uma teoria urbanística para ser uma conquista humana, algo para ser não somente visto, mas para ser vivido também. Nesta época o município já contava com 120 000 habitantes e passava por problemas de ocupação, gerando uma crise de carência de serviços públicos. Necessitava de um novo planejamento para que se recuperasse a cidade moderna. Entre as décadas de 1930 e 1940 ocorreu o avanço da industrialização, além da criação do Conjunto Arquitetônico da Pampulha, inaugurado em 1943 por encomenda do então prefeito Juscelino Kubitschek. O conjunto da Pampulha reuniu os maiores nomes do modernismo brasileiro, com projetos de Oscar Niemeyer, pinturas de Portinari, esculturas de Alfredo Ceschiatti e jardins de Roberto Burle Marx. Ao mesmo tempo, o arquiteto Sylvio de Vasconcellos também criou muitas construções de inspiração modernista, notadamente as casas do bairro Cidade Jardim, que ajudaram a definir a fisionomia da cidade. Na década de 1950, a população da cidade dobrou novamente, passando de 350 mil para 700 mil habitantes. Como resposta ao crescimento desordenado, o prefeito Américo René Gianetti deu início à elaboração de um Plano Diretor para Belo Horizonte. Na década de 1960, muitas demolições foram feitas, transformando o perfil da cidade, que passou, então, a ter arranha-céus e asfalto no lugar de árvores. Belo Horizonte ganhou ares de metrópole. A conurbação da cidade com municípios vizinhos se ampliou. Ainda neste período, a cidade atingiu mais de um milhão de habitantes. Nessa época, os espaços vazios do município praticamente se esgotaram e o crescimento populacional passou a se concentrar nos municípios conurbados a Belo Horizonte, como Sabará, Ibirité, Contagem, Betim, Ribeirão das Neves e Santa Luzia. Na tentativa de resolver os problemas causados pelo crescimento desordenado, foi instituída a Região Metropolitana de Belo Horizonte e foi criado o Plambel, que desencadeou diversas ações visando a conter o caos metropolitano.
Ficheiro Belo Horizonte MG .tif miniaturadaimagem Belo Horizonte, década de 1970. Arquivo Nacional A década de 1980 foi marcada pela valorização da memória da cidade, com a alteração na orientação do crescimento. Vários edifícios de importância histórica foram tombados. Foi iniciada a implantação do metrô de superfície. Iniciada em 1984 e concluída em 1997, a canalização do Ribeirão Arrudas pôs fim ao problema das enchentes ao centro da capital. Contudo, vários problemas surgiram e alguns permaneceram. Um deles foi a degradação da Lagoa da Pampulha, um dos principais cartões-postais da cidade, que se tornara um lago praticamente morto devido à poluição de suas águas. A cidade foi palco ainda de grandes manifestações visando a queda da ditadura militar no Brasil, sob a liderança de Tancredo Neves, na época governador do estado. A fisionomia urbana foi novamente alterada com a proliferação de prédios em estilo pós-moderno, especialmente na afluente Zona Sul da cidade, graças à influência de um grupo de arquitetos liderado por olo Maia. Na mesma década, a cidade também passou a ser servida pelo Aeroporto Internacional de Confins, localizado no município de Confins, a 38 km do centro da capital. Em 1980, aproximadamente pessoas tomaram a então Praça Israel Pinheiro conhecida como Praça do Papa para receber o próprio Papa João Paulo II. Diante da multidão de fiéis e da vista privilegiada da cidade, o papa ali exclamou Pode-se olhar as montanhas e Belo Horizonte, mas sobretudo quando se olha para vocês, é que se deve dizer que belo horizonte , o que provavelmente colaborou para que a praça ficasse conhecida hoje por este nome. Parque Tecnológico de Belo Horizonte, implantado no começo do século XXI No início da década de 90, a cidade era marcada pela pobreza e degradação, com 11 da sua população marcada pela miséria absoluta e com 20 das crianças sofrendo de desnutrição. O restante da década de 1990 foi marcada pela valorização dos espaços urbanos e pelo reforço da estrutura administrativa do município, com a aprovação em 1990 da Lei Orgânica do Município e do Plano Diretor da cidade, em 1996. A gestão municipal se democratizou com a realização anual do Orçamento participativo. O desafio ainda em curso diz respeito ao fortalecimento da gestão integrada da Região Metropolitana de Belo Horizonte, que reúne 34 municípios que devem cooperar entre si para a resolução de seus problemas comuns. Espaços públicos como a Praça da Liberdade, a Praça da Assembleia e o Parque Municipal, que se encontravam abandonados e desvalorizados, foram recuperados e a população voltou a frequentá-los e a cuidar de sua preservação. Desde o início do século XXI, Belo Horizonte tem se destacado pelo desenvolvimento do setor terciário da economia o comércio, a prestação de serviços e setores de tecnologia de ponta destaque para as áreas de biotecnologia e informática . Alguns dos investimentos recentes nesses setores são a implantação do Parque Tecnológico de Belo Horizonte, do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento do Google para a América Latina e do centro de convenções Expominas. O turismo de eventos, com a realização de congressos, convenções, feiras, eventos técnico-científicos e exposições, tem fomentado o crescimento dos níveis de ocupação da rede hoteleira e do consumo dos serviços de bares, restaurantes e transportes. A cidade também vem experimentando sucesso no setor artístico-cultural, principalmente pela políticas públicas e privadas de estímulo desse setor, como a realização de eventos fixos em nível internacional e o crescimento do número de salas de espetáculos, cinemas e galerias de arte. Por tudo isso, a cada ano a cidade se consolida como um novo polo nacional de cultura.
Visão noturna de Belo Horizonte a partir do Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, onde estão situadas as maiores altitudes do município De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE, o município pertence às regiões geográficas intermediária e imediata de Belo Horizonte. Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião de Belo Horizonte, que por sua vez estava incluída na Mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte. Belo Horizonte apresenta um relevo bem acidentado. Seu ponto culminante se localiza na Serra do Curral, dentro do Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, com altitude máxima de metros. Por outro lado, a altitude mais baixa é de 673 metros e está situada na foz do Ribeirão do Onça, que deságua no Rio das Velhas. A área oficial de Belo Horizonte, de acordo com a resolução mais recente do IBGE, é de quilômetros quadrados km , porém a Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte PRODABEL , que pertence à prefeitura, fornece um valor um pouco maior, de .
Localizado na Bacia do São Francisco, Belo Horizonte não é banhado por nenhum grande rio, mas por seu solo passam ribeirões e vários córregos, em sua maioria canalizados. A capital é atendida por duas sub-bacias, do Ribeirão Arrudas e do Ribeirão da Onça, afluentes do Rio das Velhas. O Ribeirão Arrudas atravessa a cidade de oeste para leste. Mais ao norte, integrando a bacia do Onça, corre o Ribeirão Pampulha, represado para formar o reservatório de igual nome, um dos recantos de turismo e lazer da cidade. O Ribeirão Arrudas deságua no município de Sabará e o Ribeirão da Onça no município de Santa Luzia, ambos no Rio das Velhas. Os trajetos dos córregos e ribeirões não foram utilizados como referências naturais na composição do traçado da área urbana planejada inicialmente, embora estivessem à vista em vários trechos da cidade em seus primeiros anos. Todos eles seriam progressivamente canalizados em seus percursos dentro do perímetro da Avenida do Contorno. Belo Horizonte está em uma região de contato entre séries geológicas diferentes do proterozoico, compostas de rochas cristalinas, o que dá ao território paisagens diferenciadas. Insere-se na grande unidade geológica conhecida como cráton do São Francisco, referente ao extenso núcleo crustal do centro-leste do Brasil, estável tectonicamente no final do paleoproterozoico e margeando áreas que sofreram regeneração no neoproterozoico. Predominam as rochas arqueanas integrantes do Complexo Belo Horizonte e sequências supracrustais do período paleoproterozoico. O domínio do Complexo Belo Horizonte integra a unidade geomorfológica denominada Depressão de Belo Horizonte, que representa cerca de 70 do território da capital mineira e tem sua área de maior expressão ao norte da calha do Ribeirão Arrudas. O domínio das sequências metassedimentares tem sua área de ocorrência a sul da calha do Ribeirão Arrudas, constituindo cerca de 30 do território de Belo Horizonte. As características deste domínio são as diversidades litológicas e o relevo acidentado que encontra expressão máxima na Serra do Curral, limite sul do município. Engloba uma sucessão de camadas de rochas de composição variada, representada por itabiritos, dolomitos, quartzitos, filitos e xistos diversos, de direção geral nordeste-sudeste e mergulho para o sudeste. As serras de Belo Horizonte são ramificações da Cordilheira do Espinhaço e pertencem ao grupo da Serra do Itacolomi. Contornando o município estão as Serras de Jatobá, José Vieira, Mutuca, Taquaril e Curral.