text
stringlengths
100
47.8k
Ficheiro Bahia satélite strm.png esquerda miniaturadaimagem Imagem de satélite do relevo baiano com escala altimétrica. Cerca de setenta por cento do território do estado se localizam de 300 a 900 m e 23 inferiores a 300 m. O quadro morfológico abrange três unidades a baixada litorânea, o rebordo do planalto e o planalto. A baixada litorânea é um bloco de terras localizadas aquém de 200 m de altitude. Elevam-se aí, predominando as praias e os areões da orla litorânea, solos de aspecto tabular, os denominados tabuleiros areníticos. Para o interior, esses terrenos dão lugar a um cinturão de colinas e morros argiláceos, de terreno maciço, razoavelmente produtivo, principalmente no Recôncavo, onde se localiza o conhecido massapê baiano. Tanto o cinturão dos morros e colinas como a dos tabuleiros são atravessadas diagonalmente pelos rios que correm do planalto no decorrer deles prolongam-se grandes planícies aluviais várzeas vulneráveis a cheias que lhes revitalizam diariamente os terrenos com o assentamento de novos aluviões. A borda do planalto eleva-se instantaneamente a oeste das colinas e morros, compondo um cinturão de solos muito montanhosos, através da qual sobe da baixada para o planalto. Ao norte de Salvador, a borda do planalto some, porque a passagem entre planalto e baixada se faz levemente. O planalto compreende boa parte do estado e se encontra subdividido em cinco divisões bastante distintas planalto sul-baiano, do Espinhaço, depressão são-franciscana, planalto ocidental e pediplano. O planalto sul-baiano, cortado em rochas cristalinas antigas, localiza-se no sudeste do estado. Sua área, entre 800 e 900 m de altitude média, aparece suavemente ondulada, com grandes vales de profundidade achatada. No entanto, os rios de Contas e Paraguaçu cavaram em seu centro profundos vales, subdividindo-o em três divisões o planalto de Conquista, no sul o de Itiruçu, no centro e o de Cruz das Almas, no norte. O Espinhaço é formado por um cinturão de terrenos altos 1.300 m de média e 1.850 m no pico das Almas, seu ponto mais alto que atravessa o estado de norte a sul pelo centro. Sua área ora ocorre como enfileiramentos acidentados cristas de quartzo , ora como altitudes tabulares ou cuestas. Estas últimas dominam na parte leste e norte, compondo um grande bloco de formas suaves, chamado chapada Diamantina. A depressão são-franciscana prolonga-se a oeste do Espinhaço, com inclinação similar, ou seja, compondo cinturão de direção norte-sul. Formam-na terrenos de pequena elevação 400 m em média e razoavelmente aplainadas, que com leve inclinação descem para o rio São Francisco. No decorrer dos vales de certos tributários do curso médio desse rio, principalmente os rios Corrente e Grande, a depressão se dirige para oeste, extensões em formato de dedos. No fundo da depressão se encontra a planície aluvial do São Francisco, diariamente transbordada por suas cheias. O planalto ocidental, formado por rochas sedimentares, eleva-se a oeste da depressão são-franciscana, com uma altitude superior a 850 m. Seu topo regular apresenta-lhe aspecto tabular e a caracterização de grande chapadão, a que é aplicada a designação geral de Espigão Mestre. O pediplano abarca toda a parte nordeste do planalto baiano. Aí se estendem grandes áreas que se dispõem levemente para a costa, a leste, e para o canal do São Francisco, ao norte, com 200 e 500 m de altitude. Esses terrenos apresentam o exemplar característico de clima semi-árido, visto em todo o interior da região Nordeste imensos planaltos nas quais aparecem, aqui e ali, picos e maciços ermos inselbergs . Compõem o subsolo dessa região rochas cristalinas antigas, exceto um cinturão de formações sedimentares, que do Recôncavo lança para o norte, cedendo lugar a várias chapadas areníticas também designadas tabuleiros. O território baiano compreende três importantes gêneros de solos. O primeiro gênero, paupérrimo, abrange boa parte do estado, especialmente a chapada Diamantina, a bacia hidrográfica do São Francisco, as partes meridional e oeste, e porção do Recôncavo. Não é propício para o plantio da maior parte dos produtos agrários, sendo mais apropriado para a pecuária. O massapê, terreno argiloso, usualmente preto o melhor solo da Bahia é ótimo para a cacauicultura. Encontram-se, principalmente, no Recôncavo, na região cacaueira e ao norte, nos vales dos rios Real, Vaza-Barris e Itapicuru. Enfim, os solos de calcário. Abarcam somente dez por cento do território da Bahia e se encontram na porção central do estado.
Classificação Climática de K ppen-Geiger Três tipos climáticos aparecem na Bahia o clima cálido e chuvoso sem estação seca, o clima tórrido e orvalhado com estação seca de inverno e o clima semi-árido quente, reconhecidos no sistema de K ppen pelos símbolos Af, Aw e BSh, nesta ordem. O primeiro predomina no decorrer do litoral, com temperaturas médias anuais de mais de 23 C e totais pluviométricos acima de 1.500 mm. O segundo identifica todo o interior, exceto a porção norte e do vale do São Francisco. Possui temperaturas médias anuais que oscilam entre 18 C nas regiões mais altas e 22 C nas zonas mais rebaixadas, e totais pluviométricos similares a mil milímetros. O terceiro tipo climático se encontra no norte do estado e no vale do São Francisco. As temperaturas médias anuais ultrapassam 24 C e mesmo 26 C, no entanto, a pluviosidade está abaixo de 700 mm. Cerca de 64 do território baiano é coberto por caatingas, 16 por cerrados, 18 por florestas e dois por cento por campos. As florestas aparecem na área litorânea e abrangem uma faixa de terra cujo comprimento oscila entre cem quilômetros no Recôncavo e 250 km no vale do rio Pardo . No lado oeste aparecem como matas perenes, no centro como semidecíduas e no lado oeste como decíduas agrestes. A mais importante área de ocorrência de cerrados constitui o planalto ocidental. Outras manchas, menores, ocorrem em meio às regiões de caatinga. Os campos ocorrem ainda no planalto ocidental, compondo uma curta mancha inclinada na direção norte-sul. As caatingas cobrem o restante do estado, ou seja, boa parte de seu interior. Todos esses gêneros de vegetação acham-se atualmente bem alterados por intervenção do homem. Ficheiro Parque Nacional da Chapada Diamantina - Bahia - Brasil 4 .jpg miniaturadaimagem Poço Encantado, um lago subterrâneo no Parque Nacional da Chapada Diamantina. Os rios da Bahia fazem parte de dois grupos o primeiro pertence ao São Francisco e seus tributários. Dentre esses últimos merecem destaque os tributários da margem esquerda, que tem suas nascentes no planalto ocidental Carinhanha, Correntes, Grande e seu afluente, o Preto . O segundo grupo abrange os rios que descem diretamente ao Atlântico Mucuri, Jequitinhonha, Pardo, Contas, Paraguaçu, Itapicuru e Vaza Barris . Os dois grupos compreendem, na região semi-árida, rios de regime temporário. A fauna baiana é abundante e variada. Nas regiões de floresta úmida, especialmente no Parque Nacional do Descobrimento, podem ser encontradas espécies ameaçadas de extinção, como o macuco, que constitui uma ave da família das codornas. Dentre os mamíferos existem preguiças-de-coleira e onças-pintadas. Já no Parque Nacional da Chapada Diamantina podem ser encontradas muitas espécies de anfíbios, répteis e aves que somente tem na região.
Ficheiro Praia Barra do Gil em Itaparica 02.JPG esquerda miniaturadaimagem A Ilha de Itaparica, que está inserida na APA Baía de Todos os Santos. Segundo dados de 2002, existiam 128 unidades de conservação UC cadastradas no estado, que são instituídas por legislações federais, estaduais ou municipais. Dessas, destaca-se a quantidade de áreas de proteção ambiental APA , 36 ao todo, por ser uma categoria de UC em que a adequação e orientação às atividades humanas são mais flexíveis. Há, ainda, a categoria de reserva particular do patrimônio natural RPPN , que aparece como opção de preservação em propriedade privada e totaliza 46 unidades. As áreas preservadas baianas cobrem os diferentes biomas presentes no estado cerrado, caatinga e floresta Mata Atlântica . Esta última conta com maior percentual de unidades de conservação, devido ao divulgado estado de fragmentação e degradação. Além dessas formas de estabelecer áreas protegidas, há os parques estaduais e nacionais, também protegidas por lei. São sete nacionais Marinho dos Abrolhos, Chapada Diamantina, Descobrimento, Grande Sertão Veredas também localizado em Minas Gerais -, Monte Pascoal e Nascentes do Rio Parnaíba também localizado no Piauí, Maranhão e Tocantins e Pau Brasil e três estaduais Serra do Conduru, Morro do Chapéu e Sete Passagens . Entretanto, nem sempre o meio ambiente está livre de poluição na Bahia. Acidentes e crimes ambientais como queimadas, contaminação por metais pesados e derramamento de petróleo e de outros derivados de combustíveis fósseis são alguns dos principais problemas ambientais baianos. O caso mais recente ocorreu na Praia de Caípe, no município de São Francisco do Conde, onde cerca de 2,5 metros cúbicos de óleo provenientes da Refinaria Landulpho Alves vazaram, provocando não só impactos ambientais como econômicos.
A população do estado da Bahia no censo demográfico de 2010 era de habitantes, sendo a 4. unidade da federação mais populosa do país, concentrando cerca de 7,3 da população brasileira e apresentando uma densidade demográfica de 24,82 moradores por quilômetro quadrado a 15. maior do Brasil . De acordo com este mesmo censo demográfico, 72,07 dos habitantes viviam na zona urbana e os 27,93 restantes na rural. Ao mesmo tempo, 50,93 eram do gênero feminino e 49,07 do masculino, tendo uma razão de sexo de 96,35. Em dez anos, o estado registrou uma taxa de crescimento populacional de 7,27 . O ndice de Desenvolvimento Humano da Bahia é considerado médio conforme o PNUD. Segundo o último Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, divulgado em 2013, com dados relativos a 2010, o seu valor era de 0,660, estando na 22. colocação ao nível nacional e na quinta ao regional. Considerando-se o índice de longevidade, seu valor é de 0,663 4. , o do valor de renda é 0,663 22. e o de educação é de 0,555 25. . O coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social, é de 0,49 e a incidência da pobreza de 43,47 . A taxa de fecundidade da Bahia é de 2,05 filho por mulher, uma das mais baixas do Brasil. Dos 417 municípios considerando a divisão municipal na época , apenas dois tinham população acima dos quinhentos mil Salvador e Feira de Santana, no nordeste do estado. Outros catorze tinham entre 100 001 e 500 000, dezesseis mais de 100 000, 27 de a , 126 de a , 179 de a , 60 de a e nove de a . Sua capital, Salvador, com seus 2 675 656 habitantes, concentrava 99,00 da população estadual, além de possuir a 1. maior densidade demográfica 3859,35 hab. km , quase cinco vezes maior que Feira de Santana o município com a 6. maior densidade, , enquanto Jaborandi, no sudoeste, tinha a menor densidade 0,94 hab. km . A população da Bahia tem altas quantidades de negros e mulatos, que se concentram no Recôncavo, além de inúmeros caboclos, que prevalecem no planalto. A distribuição populacional possui fortes diferenças regionais. No Recôncavo e na região cacaueira são registrados densidades com mais de cem pessoas por quilômetro quadrado. Já em extensas áreas do interior, a colonização se torna reduzida, despencando esses índices para mais de 15hab. km2 chapadões, chapada Diamantina e sertão semi-árido .
O catolicismo é a religião dominante no estado. Em Salvador, foi erguida a primeira igreja católica em solo brasileiro, graças a Catarina Paraguaçu, onde hoje é o bairro da Graça. A capital baiana possui centenas de templos católicos, sendo, a cidade, a sede do governo católico no país, morada do Arcebispo Primaz. A padroeira do estado é Nossa Senhora da Conceição da Praia, cujo templo é alvo de culto. Apesar disso, o mais famoso culto no estado é o culto ao Senhor do Bonfim, que é considerado popularmente como padroeiro. Possui, ainda, o centro de peregrinação de Bom Jesus da Lapa, alvo de romarias anuais, além das igrejas seculares do Recôncavo, com suas novenas. Possui a Arquidiocese de São Salvador da Bahia, a Arquidiocese de Vitória da Conquista, Arquidiocese de Feira de Santana. Dentro do catolicismo baiano, as figuras das freiras Joana Angélica, Irmã Dulce, e Irmã Lindalva. O sincretismo com as religiões de origem africana, que na Bahia mais que em qualquer outra parte do país se mantiveram vivas, veio a misturar o candomblé com o catolicismo como nos casos da Irmandade da Boa Morte e da Irmandade dos Homens Pretos e outras variantes cristãs. Surgiram, então, religiões mistas, como a cabula e a umbanda. Sobressaem, neste campo, a figura cultuada de Mãe Menininha do Gantois, e terreiros como o Ilê Axé Opô Afonjá, além de toda uma cultura que permeia as crenças do povo baiano. Desde o início do , a Bahia é palco de missões evangélicas protestantes, que redundaram na capital na fundação do Colégio Dois de Julho e na presença de missionários como Henry John McCall especificamente em Cachoeira .
A população da Bahia é composta basicamente por caucasianos, mestiços, afro-brasileiros e povos indígenas. O estado foi povoado por portugueses e demais imigrantes latino-americanos uruguaios, venezuelanos, cubanos e haitianos , norte-americanos estadunidenses , europeus espanhóis, alemães e franceses , africanos e asiáticos árabes e japoneses . Hoje residem no estado da Bahia pouco mais de 37 mil indígenas, que se distribuem em 17 grupos, que abrangem área de 325 643 hectares de extensão. Um total de trinta áreas já está demarcado em definitivo pela Fundação Nacional do ndio FUNAI . Dessas, merece destaque a mais extensa, a reserva indígena Caramuru-Paraguassu, localizada entre os municípios de Pau Brasil, Camacan e Itaju do Colônia. Segundo pesquisa de autodeclaração do censo de 2010, 21,98 dos baianos haviam se declarado brancos, 59,47 pardos, 16,95 pretos, 1,15 amarelos e 0,40 indígenas, além dos não declarados 0,04 . 99,93 foram brasileiros 99,91 natos e 0,02 naturalizados e 0,07 estrangeiros. Dentre os brasileiros, 0,25 naturais do Sul e 99,36 em demais regiões, sendo 96,34 do Nordeste 93,64 do próprio estado , 2,64 do Sudeste, 0,28 do Centro-Oeste e 0,10 do Norte. Entre os estados de origem dos imigrantes, o Distrito Federal possuía o maior percentual de residentes 5,11 , acompanhado por Espírito Santo 4,42 , São Paulo 4,13 , Goiás 3,64 , Sergipe 3,39 e Rondônia 2,43 .
Um estudo genético realizado no Recôncavo baiano confirmou o alto grau de ancestralidade africana na região. Foram analisadas pessoas da área urbana dos municípios de Cachoeira e Maragojipe, além de quilombolas da área rural de Cachoeira. A ancestralidade africana foi de 80,4 , a europeia 10,8 e a indígena 8,8 . Segundo dados da Funasa, 25,8 mil indígenas viviam no estado em 2006. Um estudo genético realizado na população de Salvador confirmou que a maior contribuição genética da cidade é a africana 49,2 , seguida pela europeia 36,3 e indígena 14,5 . Outro estudo ainda revela que, em relação aos ciganos, a Bahia é o estado brasileiro onde há a maior quantidade de grupos vivendo, segundo pesquisa inédita do IBGE. Um estudo genético autossômico de 2015 encontrou a seguinte composição para Salvador 50,5 de ancestralidade africana, 42,4 de ancestralidade europeia e 5,8 de ancestralidade indígena. Os pesquisadores explicaram que eles coletaram mais amostras de indivíduos que vivem em ambientes mais pobres. Outro estudo do mesmo ano 2015 encontrou níveis semelhantes em Salvador 50,8 de ancestralidade africana, 42,9 de ancestralidade europeia e 6,4 de ancestralidade indígena. Um outro estudo genético, também de 2015, encontrou a seguinte composição em Salvador 50,8 de contribuição europeia, 40,5 de contribuição africana e 8,7 de contribuição indígena. Em Ilhéus, um estudo genético de 2011 encontrou a seguinte composição 60,6 de contribuição europeia, 30,3 de contribuição africana e 9,1 de contribuição indígena. Outro estudo recente demostra a crescente importância de conceitos de herança Africana, do reconhecimento de ligações genealógicas e a ancestralidade, da memória coletiva, e do patrimônio cultural às políticas raciais baianas.
Municípios baianos inseridos em algum nível da hierarquia urbana brasileira. Além de suas funções de capital político-administrativa porto e pólo industrial a cidade de Salvador também atua como megalópole regional de um grande território abrangendo quase todo o território baiano e também todo o estado de Sergipe e o extremo sul do Piauí. Somente as regiões norte e sul ligadas a Recife, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, nessa ordem, ficam fora do domínio da influência econômica de Salvador. No entanto, sob sua influência direta está somente o Recôncavo. As cidades mais importantes do estado atuam como outros vários pólos econômicos, principalmente no sertão. Constituem elas Feira de Santana, nos arredores do Recôncavo Itabuna e Ilhéus, na região cacaueira Jequié e Vitória da Conquista, no altiplano e Juazeiro, à beira meridional do São Francisco. Demais cidades principais constituem Alagoinhas, Paulo Afonso, Itamaraju, Camaçari, Bom Jesus da Lapa, Jacobina e Valença. A Região Metropolitana de Salvador, também conhecida como Grande Salvador e pela sigla RMS, foi instituída pela lei complementar federal número 14, de 8 de junho de 1973. A Região Metropolitana de Feira de Santana RMFS foi sancionada pelo governador Jaques Wagner em 6 de julho de 2011 pela Lei Complementar Estadual n 35 LCE 35 2011 , e entrou em vigor a partir do dia 7 de julho de 2011, dia em que a lei foi publicada no Diário Oficial. A Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento do Polo Petrolina e Juazeiro é uma região integrada de desenvolvimento econômico, criada pela lei complementar n. 113, de 19 de setembro de 2001, e regulamentada pelo decreto n. 4 366, de 9 de setembro de 2002.
Integrante da federação brasileira, é uma unidade federativa autônoma, sob os limites da constituição federal, com os três poderes próprios executivo, judiciário e legislativo , além do Ministério Público do Estado da Bahia MPBA , eleições diretas periódicas para cargos do executivo e legislativo, símbolos oficiais e data magna estabelecidas na Constituição estadual de 1989. A capital estadual é o município de Salvador, e Cachoeira é a segunda capital do estado, de acordo com a Lei Estadual 10.695 de 2007, que estabeleceu que todos os anos, no dia 25 de junho, o governo estadual é transferido para a cidade, em reconhecimento histórico pelas lutas na Independência da Bahia. A história da política no estado brasileiro da Bahia confunde-se, muitas vezes, com a política do país e boa parte dela equivale à mesma, uma vez que Salvador, por muitos anos, foi a capital da Colônia. Contando sempre com expoentes no cenário político nacional, a Bahia é um dos mais representativos estados da federação. Durante o período imperial, contou com diversos primeiros-ministros na fase republicana, estiveram à frente de vários movimentos nacionais baianos como Rui Barbosa, Cezar Zama, Aristides Spínola e outros. Na República Velha, dominou o cenário estadual José Joaquim Seabra durante a Era Vargas surgiu a figura de Juracy Magalhães e em contraposição, com a redemocratização do pós-guerra, o socialista Octávio Mangabeira. Durante o regime militar, surgiu a figura de Antônio Carlos Magalhães, que dominou o cenário político estadual por três décadas, com breve derrota para Waldir Pires, na década de 1980, ocupando o cargo de senador, quando de sua morte. Tal fenômeno político ganhou a denominação de Carlismo.
O Poder Executivo baiano é exercido pelo governador do estado, que é eleito em sufrágio universal e voto direto e secreto pela população para mandatos de até quatro anos de duração, podendo ser reeleito para mais um mandato. A atual sede é o Palácio de Ondina, situado no bairro de Ondina, desde 1967. Antigamente, a sede do governo baiano era o Palácio Rio Branco, localizado na Praça Municipal, e foi construída em 1549 ano da fundação da cidade de Salvador, em 1549 tornando-se sede do governo e residência oficial do primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa. Em janeiro de 1908, foi transformada em residência oficial dos governadores do estado. Depois do Palácio Rio Branco, a sede do governo baiano foi o Palácio da Aclamação, localizado no bairro do Campo Grande, até ser estabelecida a atual sede. O Poder Legislativo da Bahia é unicameral, exercido pela Assembleia Legislativa da Bahia, localizado no Palácio Luís Eduardo Magalhães. constituída pelos representantes do povo deputados estaduais eleitos em votação direta para o mandato de quatro anos. Ela possui 63 deputados estaduais. No Congresso Nacional, a representação baiana é de 3 senadores e 39 deputados federais. Cabe, à Assembleia Legislativa, com a sanção aprovação do governador do estado, dispor sobre todas as matérias de competência do estado. O Tribunal de Contas, através de seus conselheiros, auxilia a Assembleia Legislativa na apreciação das contas prestadas anualmente pelo governador do estado, no julgamento das contas dos administradores e demais responsáveis fundações, empresas etc. por dinheiro, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo poder público estadual e as contas que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público. Além deste, possui o Tribunal de Contas dos Municípios TCM , que auxilia as Câmaras municipais na apreciação das contas dos respectivos executivos. A maior corte do Poder Judiciário estadual é o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, localizado em prédio denominado Palácio da Justiça, situado no Centro Administrativo da Bahia. A Justiça do Trabalho está ligada à Quinta região, que compreende todo o estado e possui sede na capital. A Justiça Federal está vinculada à primeira região com sede em Brasília.
O sistema eleitoral na Bahia repete o nacional. Os mandatos eletivos duram quatro anos, e as eleições estaduais e federais alternam com as municipais a cada dois anos. O eleitorado baiano é composto por votantes, segundo dados referentes às eleições de 2012, o que representa o quarto maior colégio eleitoral do país. Sua capital, Salvador, é o município com maior número de eleitores , seguido de Feira de Santana e Vitória da Conquista . O município com menor número de eleitores é Lajedinho, com . Tratando-se sobre partidos políticos, todos os 35 partidos políticos brasileiros possuem representação no estado. Conforme informações divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral TSE , com base em dados de abril de 2016, o partido político com maior número de filiados na Bahia é o Partido do Movimento Democrático Brasileiro PMDB , com membros, seguido do Democratas DEM , com membros e do Partido dos Trabalhadores PT , com filiados. Completando a lista dos cinco maiores partidos políticos no estado, por número de membros, estão o Partido Progressista PP , com membros e o Partido Trabalhista Brasileiro PTB , com membros. Ainda de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, o Partido Novo NOVO e o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado PSTU são os partidos políticos com menor representatividade na unidade federativa, com 24 e 275 filiados, respectivamente.
A Bahia, assim como todos os outros estados brasileiros, está politicamente dividida em municípios. Ao total, existem 417 municípios baianos, o que torna a Bahia o quarto maior estado segundo a quantidade de municípios. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE divide as unidades federativas do Brasil em regiões geográficas intermediárias e regiões geográficas imediatas para fins estatísticos de estudo, agrupando os municípios conforme aspectos socioeconômicos. As regiões geográficas intermediárias foram apresentadas em 2017, com a atualização da divisão regional do Brasil, e correspondem a uma revisão das antigas mesorregiões, que estavam em vigor desde a divisão de 1989. As regiões geográficas imediatas, por sua vez, substituíram as microrregiões. A divisão de 2017 teve o objetivo de abranger as transformações relativas à rede urbana e sua hierarquia ocorridas desde as divisões passadas, devendo ser usada para ações de planejamento e gestão de políticas públicas e para a divulgação de estatísticas e estudos do IBGE. Deste modo, há 10 regiões geográficas intermediárias e 35 regiões geográficas imediatas no estado. Uma outra divisão, desta vez para fins de coordenação de ações de promoção turística, o Programa de Desenvolvimento do Turismo PRODETUR subdividiu o território baiano em zonas turísticas, as quais são Baía de Todos os Santos, Costa dos Coqueiros, Costa do Dendê, Costa do Cacau, Costa das Baleias, Costa do Descobrimento, Caminhos do Oeste, Caminhos do Sertão, Caminhos do Sudoeste, Chapada Diamantina, Lagos e cânions do São Francisco, Vale do Jiquiriçá e Vale do São Francisco. Até meados da década de 2000, o Governo da Bahia agrupava os municípios baianos segundo características econômicas, formando as regiões Metropolitana de Salvador, Extremo Sul, Oeste, Serra Geral, Litoral Norte, Sudoeste, Litoral Sul, Médio São Francisco, Baixo-médio São Francisco, Irecê, Chapada Diamantina, Recôncavo Sul, Piemonte da Diamantina, Paraguaçu e Nordeste. Atualmente, essa divisão foi substituída pelos 26 Territórios de Identidade, a saber Irecê, Velho Chico, Chapada Diamantina, Sisal, Litoral Sul, Baixo Sul, Extremo Sul, Itapetinga, Vale do Jiquiriçá, Sertão do São Francisco, Oeste Baiano, Bacia do Paramirim, Sertão Produtivo, Piemonte do Paraguaçu, Bacia do Jacuípe, Piemonte da Diamantina, Semiárido Nordeste II, Agreste de Alagoinhas Litoral Norte, Portal do Sertão, Vitória da Conquista, Recôncavo, Médio Rio de Contas, Bacia do Rio Corrente, Itaparica, Piemonte Norte do Itapicuru, Metropolitana de Salvador. A Bahia também é repartida em 26 partes pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos Conerh , que, para gestão das bacias hidrográficas e dos recursos hídricos, criou as 26 regiões hidrográficas, chamadas de Regiões de Planejamento e Gestão das guas RPGA .
A Bahia responde por quase trinta por cento do produto interno bruto do Nordeste brasileiro e por mais da metade das exportações da região. o sétimo estado brasileiro que mais produz riqueza. A economia do estado baseia-se na indústria química, petroquímica, informática, automobilística e suas peças , agropecuária mandioca, grãos, algodão, cacau e coco , mineração, turismo e nos serviços. Existe o importante Polo petroquímico de Camaçari, onde funciona, entre outros empreendimentos, a montadora Ford, estando o complexo industrial localizado na cidade de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, e que foi a primeira indústria automobilística a se instalar na região, em 2001. As atividades agropecuárias ocupam cerca de setenta por cento da população ativa do estado. Um bom indicador de suas atividades econômicas é sua pauta de exportação, composta, no ano de 2012, principalmente por petróleo refinado 18,77 , pastas químicas de madeira à soda ou sulfato 10,82 , soja 8,33 , algodão cru 6,32 e farelo de soja 4,36 .
No setor primário, a agricultura está dividida em grande lavoura comercial, a pequena lavoura comercial e a agricultura de subsistência. O estado se destaca na produção de algodão, cacau, soja e frutas tropicais como coco, mamão, manga, banana e guaraná, além de também produzir cana-de-açúcar, laranja, feijão e mandioca, entre outros. A grande lavoura está baseada há décadas nas culturas da cana-de-açúcar onde é integrada com modernas usinas e cacau, e mais atualmente, na soja e no algodão. Entre as pequenas culturas comerciais, a mandioca, o coco-da-baía, o fumo, o café, o agave, a cebola, dendê e consequente azeite de dendê são as produções em destaque. As culturas de subsistência estão em todo o território, sendo que a cultura da mandioca é a mais importante, seguida pelo feijão, o milho, o café e a banana. O estado é conhecido por ter uma baixa qualidade nas condições de trabalho, por usar sistemas arcaicos de produção extrativistas e semiextrativistas e por explorar excessivamente a mão de obra. Cultivo de cacau em Ilhéus A Bahia é o primeiro produtor nacional de coco, manga, guaraná, sisal e mamona. Também é o segundo maior produtor de cacau, algodão, banana e mamão, o 4 maior produtor de café e laranja, o 6 maior produtor de soja e tem produções relevantes de feijão e mandioca, mais voltados para a subsistência do que para a comercialização. A região de Ilhéus-Itabuna é uma das mais propícias áreas para o cultivo do cacau em toda a Bahia. Além de ser um dos principais produtores de cacau, junto com o Pará, é também o principal exportador de cacau no Brasil, porém a produção declinou nos últimos anos vítima de pragas como a vassoura-de-bruxa. Tem bons índices também na produção de milho e cana-de-açúcar. Outra região do estado que merece a devida atenção é aquela compreendida pelo Rio São Francisco, conhecida também como Vale do São Francisco, compreendendo as cidades de Juazeiro, Curaçá, Casa Nova, Sobradinho, dentre outras. A região é a maior produtora de frutas tropicais do país essa fruticultura é irrigada, tem crescido e exporta para os mercados europeu, asiático e estadunidense. Recentemente, o cultivo da soja, milho, arroz, café e algodão aumentou substancialmente no oeste do estado, principalmente na área do cerrado, que apresenta terreno plano e propício à mecanização, com perfil produtivo intensivo. Também importante elemento da economia baiana, a pecuária bovina ocupa, hoje, o sexto lugar nacional, enquanto a caprina registra, atualmente, os maiores números do setor em todo o Brasil, mas também se destacando os rebanhos de ovinos. Já as atividades extrativas vegetais têm pequena participação na economia baiana. Entretanto, tem reservas consideráveis de minérios e de petróleo. A mineração baseia-se essencialmente na produção de ouro, cobre, magnesita, cromita, sal-gema, barita, manganês, chumbo, urânio, ferro, talco, columbita, prata, cristal de rocha e zinco. As minas de magnesita a céu aberto em Brumado são a terceira maior do mundo e dão condição para ser a maior produção deste minério no Brasil. O mesmo município é, também, o segundo produtor de talco no país.
aerogeradores da cadeia eólica situada no Polo Industrial de Camaçari, o maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul. O município de Camaçari, sozinho, é responsável por 20 do PIB do estado. A Bahia tinha em 2018 um PIB industrial de R 54,0 bilhões, equivalente a 4,1 da indústria nacional e empregando 364.603 trabalhadores na indústria. Os principais setores industriais são Construção 23,3 , Serviços Industriais de Utilidade Pública, como Energia Elétrica e gua 17,5 , Derivados de Petróleo e Biocombustíveis 16,2 , Químicos 10 e Alimentos 4,5 . Estes 5 setores concentram 71,8 da indústria do estado. A indústria é relativamente bem distribuída, abrigando os mais mais variados segmentos desse setor. Representa uma grande força econômica no estado. Está voltado para os setores da química e petroquímica, agroindústria, informática, automobilística e suas peças, alimentos, mineração, borracha e plástico, metalurgia, couro e calçados, higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, energia eólica, celulose e papel e bebidas. Na região Metropolitana de Salvador, estão concentradas a maioria das indústrias no Polo Industrial de Camaçari, maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul e que já nasceu planejado na década de 1970, cujo foco inicial era o setor petroquímico e com o passar dos anos diversificou sua produção. Em relação ao valor de transformação industrial, a Bahia saltou da nona para a sexta posição no ranqueamento nacional em 2005. Há municípios do interior que se destacam por ser um grande polo produtivo, como de bebidas em Alagoinhas papel e celulose em Eunápolis e Mucuri calçados em Itapetinga, Serrinha e Amargosa agroindústria em Juazeiro etc. O Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso, no rio São Francisco, é um conjunto das usinas Paulo Afonso I, II, III, IV e Apolônio Sales, as quais são operadas pela Eletrobras Chesf Para fomentar a pesquisa e desenvolvimento tecnológico, foi lançado o projeto de um grande parque tecnológico em Salvador. Chamado de Parque Tecnológico da Bahia, tem, como prioridades, a tecnologia da informação e comunicação TIC , a robótica e a energia. A primeira área do complexo foi inaugurada em 2012. Outro ponto de desenvolvimento tecnológico, a primeira biofábrica do país se encontra na cidade sertaneja de Juazeiro, no vale do Rio São Francisco. A indústria, o comércio e os domicílios baianos contam com abundante suprimento de energia elétrica, fornecido principalmente pelo Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso e pelas hidrelétricas de Sobradinho e Itapebi, que, juntas, produzem quase seis mil megawatts de energia. No campo da energia a partir dos hidrocarbonetos, o estado é dos maiores produtores nacionais de petróleo e gás natural. Há um importante polo de refino de petróleo e biocombustíveis em São Francisco do Conde, na região metropolitana de Salvador, onde está localizada a Refinaria Landulpho Alves, a primeira construída no Brasil e que foi responsável por manter a Bahia como o maior produtor de petróleo por décadas, e vários oleodutos e terminais em seu entorno para a chegada e escoamento da produção.
O turismo é uma destacada atividade econômica baiana, uma vez que o setor é responsável por 7,5 do produto interno bruto PIB estadual e emprega uma cadeia gigantesca que engloba os estabelecimentos do setor do turismo, como hotéis, bares, restaurantes e agências de viagem. No cenário nacional, o turismo baiano tem a fatia de 13,2 do PIB turístico nacional, a segunda maior porcentagem. Foram 5,29 milhões de turistas brasileiros e 558 mil turistas estrangeiros que visitaram o estado em 2011. Morro de São Paulo, atração da Costa do Dendê Elevador Lacerda, em Salvador O estado é um dos principais destinos turísticos do Brasil, sendo o estado que mais recebe turistas na região Nordeste, com um fluxo de 11 milhões de visitantes em 2011, segundo estudo realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Fipe . Além da ilha de Itaparica e Morro de São Paulo, há um grande número de praias entre Ilhéus e Porto Seguro, na costa sul. O litoral norte, na área de Salvador, esticando para a beira com Sergipe, transformou-se num destino turístico importante, o qual ficou conhecido como Linha Verde. A Costa do Sauípe se destaca como o maior complexo de hotéis-resorts do Brasil. No ecoturismo, se destaca a Chapada Diamantina. Na região, está o melhor roteiro turístico do país, localizado no Vale do Pati Lençóis , segundo apontou o Ministério do Turismo em 2010. Nele, cerca de 500 mil turistas, brasileiros e estrangeiros, passam anualmente. Segundo a pesquisa Hábitos de Consumo do Turismo Brasileiro 2009, realizada pelo Vox Populi em novembro de 2009, a Bahia é o destino turístico preferido dos brasileiros, já que 21,4 dos turistas que pretendiam viajar nos dois anos seguintes optariam pelo estado. A vantagem é grande em relação aos concorrentes Pernambuco, com 11,9 , e São Paulo, com 10,9 , estavam, respectivamente, em segundo e terceiro lugares nas categorias pesquisadas. Já em 2010, foi escolhida pelo jornal americano The New York Times como um dos 31 destinos que mereciam ser visitados em 2010. O estado foi o único do Brasil a integrar o ranking. A diversidade de atrativos no estado incitou o planejamento governamental, que estabeleceu zonas turísticas para definições necessárias ao desenvolvimento do ramo turístico e para identificação das potencialidades por meio do Programa de Desenvolvimento do Turismo PRODETUR . Em 2002, eram sete zonas Costa dos Coqueiros, Baía de Todos-os-Santos, Costa do Dendê, Costa do Cacau, Costa do Descobrimento, Costa das Baleias e Chapada Diamantina. Isso mostra o destaque para o turismo no litoral, mas também aponta um importante polo no interior, a Chapada Diamantina. Formação geográfica em que chegam anualmente 500 mil visitantes, que gastam meio bilhão de reais ao conhecer as cidades de Lençóis, Andaraí, Rio de Contas, Mucugê e Palmeiras. Mais tarde, foram criadas novas zonas, interiorizando o planejamento turístico, a saber Caminhos do Oeste, Caminhos do Sertão, Caminhos do Sudoeste, Lagos e cânions do São Francisco, Vale do Jiquiriçá e Vale do São Francisco.
A saúde na Bahia não é das melhores do país problemas típicos da saúde brasileira ocorrem no estado. Algumas doenças têm altos índices de doentes, como o câncer de mama, que, de acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, atinge cerca de dois mil novos casos anualmente. Apesar disso, certas práticas que poderiam salvar muitas vidas não são comuns no estado, a exemplo da doação de órgãos. 60 das famílias baianas se recusam a doar órgãos de parentes, índice bem maior do que a média nacional, que é de 25 .Hospital da Bahia, hospital particular localizado na capital Entre as doenças mais comuns, estão a dengue e a meningite, as quais estão alastrando-se por todo o território baiano e não apenas infectam os baianos, mas também provocam a morte. Na parte da estrutura, destacam-se, na capital o Hospital Geral do Estado HGE Hospital Geral Roberto Santos HGRS Hospital do Subúrbio, que funciona sob gestão de parceria público-privada, conceito inédito no Brasil Hospital Santo Antônio fundado por Irmã Dulce Hospital Sarah Kubitschek Hospital Manoel Victorino Hospital Santa Izabel Hospital Ana Nery, referência nas áreas de cardiologia, cirurgia vascular, hemodiálise e transplante de órgãos Hospital Couto Maia, referência em doenças infecciosas e parasitárias, Hospital São Rafael Hospital da Bahia Hospital Especializado Octávio Mangabeira HEOM Hospital Martagão Gesteira, referência no atendimento às mais diversas especialidades pediátricas Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos COMHUPES, mantido pela Universidade Federal da Bahia através do Sistema Universitário de Saúde Hospital Aristides Maltez, instituição referência no diagnóstico e tratamento do câncer no Brasil e que atende, prioritariamente, pacientes do Sistema nico de Saúde SUS entre outros. O Hospital Geral Clériston Andrade HGCA , em Feira de Santana, destaca-se por ser o maior hospital público, porta aberta, do interior do estado no atendimento de média e alta complexidade. As sociedades científicas Academia de Medicina da Bahia e Academia de Medicina de Feira de Santana desenvolvem e publicam as pesquisas médicas dos especialistas baianos.
Ficheiro Faculdade de Medicina da Bahia Salvador 2019-8603.jpg esquerda miniaturadaimagem A UFBA teve início com a fundação da Faculdade de Medicina da Bahia em 1808, a escola de medicina mais antiga do Brasil. A Bahia possui um longo histórico na área de educação, desde os primeiros jesuítas que já no instalaram escolas em Salvador, então a capital da Colônia. Educadores de renome como Abílio Cezar Borges, Ernesto Carneiro Ribeiro e Anísio Teixeira capitanearam o proscênio educacional do país. A escola pública na Bahia é basicamente estadual e municipal, sendo que o município tem uma preocupação maior com a ensino fundamental primeira à quarta série e o governo estadual com a educação fundamental também, mas só da quinta à oitava série, além do ensino médio. O governo federal tem pouca participação na formação direta da população, porém, muitos recursos utilizados por estas instituições escolares são provenientes dos fundos federais. Atualmente, a Bahia conta com doze universidades, sendo quatro públicas estaduais UNEB, UEFS, UESB e UESC , seis públicas federais UFBA, UFRB, UNIVASF, UNILAB, UFSB e UFOB e duas privadas UCSal e UNIFACS , além dos institutos federais, o IFBA e o IF-BAIANO. De acordo com um ranking realizado e divulgado pela Folha de S.Paulo, em 2012, a Universidade Federal da Bahia aparece como a segunda melhor pontuação entre as universidades públicas do norte e nordeste, atrás da federal pernambucana, e em 12. lugar no país inteiro, e na frente da Universidade Estadual do Maranhão. Em outro ranqueamento publicado no mesmo ano, feito pelo Ministério da Educação MEC a partir do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes ENADE , a Universidade Estadual de Feira de Santana foi classificada como a melhor universidade das regiões norte e nordeste e a 15. do país em cursos com a nota cinco.
Ficheiro Barragem da Pedra do Cavalo.jpg miniaturadaimagem Barragem da Pedra do Cavalo. A cachoeira de Paulo Afonso, no limite com Alagoas, cuja descarga média é de 5 000 metros cúbicos por segundo, abastece as quatro usinas da CHESF Companhia Hidrelétrica do São Francisco , Paulo Afonso I, II, III e IV. Com um potencial somado de 3.501.800kW, vendem energia para todo o Nordeste. A Usina Hidrelétrica Pedra do Cavalo 1983 está localizada no trecho superior das cidades gêmeas de São Félix e Cachoeira, a 110 quilômetros da capital, e foi erguida com dinheiro do Programa de Valorização da gua do Rio Paraguaçu. Além de produzir energia, assegura água potável para Salvador e Feira de Santana água bruta para complexos industriais, como Aratu e Camaçari términos das cheias diárias em cidades ao longo dos rios e soluções para a questão do assoreamento o rio antes novamente navegável. A barragem 143m constitui uma das mais elevadas da América do Sul. A hidrelétrica de Itaparica está localizada no limite com Pernambuco, a mais de cinquenta quilômetros do complexo Paulo Afonso, e iniciou suas operações em 1988. Sua potência final era de 2 500 MW e, na década de 1990, a usina de Xingó, também localizada no rio São Francisco, estava em construção com capacidade de 3 000 MW.
BR-324, a principal ligação entre Feira e Salvador Porto de Ilhéus Aeroporto Internacional de Salvador Feira de Santana é o eixo polarizador do sistema rodoviário estadual e é por onde passam as vias principais a BR-242, que liga Salvador ao oeste baiano e à capital federal a BR-101, de sentido norte sul, com traçado paralelo ao litoral a BR-116, que liga a metrópole ao sudoeste além da BR-324, que liga Feira de Santana a Salvador. Outras rodovias estaduais e federais atendem ao tráfego de longa distância ou atendem às sedes dos municípios, fazendo parte de um sistema combinado que se complementa a exemplo da BR-110, BR-415, BR-407, BA-052, BA-099 e BA-001 essas duas últimas são rodovias estaduais litorâneas . A Bahia conta com quatro portos, sendo o de Aratu, o de Ilhéus e o de Salvador marítimos e o de Juazeiro fluvial. O de Ilhéus é o maior exportador de cacau do Brasil e também grande importador. Na cidade, também está em processo de construção o Porto Sul, com a expectativa de ser um dos maiores portos do Brasil em movimentação de cargas. A Bahia conta com dez aeroportos operando com voos regulares, sendo o Internacional Dois de Julho, também conhecido como Internacional de Salvador Deputado Luís Eduardo Magalhães, o oitavo aeroporto mais movimentado do Brasil, o primeiro do Nordeste e estando entre os 20 maiores da América Latina, respondendo por mais de trinta por cento do movimento de passageiros dessa região do país em 2011. Os outros são Aeroporto de Barreiras, em Barreiras Aeroporto João Durval Carneiro, em Feira de Santana Aeroporto Jorge Amado, em Ilhéus Aeroporto Horácio de Mattos, em Lençóis Aeroporto de Paulo Afonso, em Paulo Afonso Aeroporto de Porto Seguro, em Porto Seguro Aeroporto Pedro Otacílio Figueiredo, em Vitória da Conquista Aeroporto de Valença, em Valença e Aeroporto de Teixeira de Freitas, em Teixeira de Freitas. O Aeroporto de Una-Comandatuba recebe muitos voos fretados. A Bahia é cortada por várias ferrovias. Entre elas, estão a Estrada de Ferro Bahia-Minas, que vai de Caravelas, na Bahia, ao norte de Minas Gerais e a Viação Férrea Federal do Leste Brasileiro, que integrava a Bahia com os estados de Minas Gerais, Sergipe, Pernambuco e Piauí. Além dessas duas interestaduais, existem a Estrada de Ferro de Nazaré e a de Ilhéus. Esta última possuía projetos de expansão para chegar a Vitória da Conquista e para se ligar a outras ferrovias do estado e à E. F. Bahia-Minas. Todas essas linhas férreas já não estão mais em atividade. Atualmente, está sendo construída a Ferrovia de Integração Oeste-Leste FIOL , com extensão de 1 527 quilômetros, que servirá de importante ponto de escoamento da produção de minérios e grãos do estado através do Porto Sul, no sul do estado. Ela também se conectará com a Ferrovia Norte-Sul em Tocantins, formando um grande corredor logístico. Durante a primeira gestão de Dilma Rousseff, foram planejadas mais duas ferrovias cortando a Bahia a Ferrovia Salvador-Recife, com extensão de 893 quilômetros e que atravessa municípios dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco, onde fazia conexão com a Ferrovia Transnordestina e a Ferrovia Belo Horizonte-Salvador, com extensão de 1 350 quilômetros e que atravessa 52 municípios da Bahia e Minas Gerais, estabelecendo uma conexão com o Porto de Aratu, na Região Metropolitana de Salvador. O transporte de alta capacidade de passageiros por trilhos foi implantado no estado com o Metrô de Salvador, após 14 anos de construção e indícios de superfaturamento. O funcionamento foi iniciado em junho de 2014 e a conclusão das duas linhas licitadas está determinada pelo edital para acontecer em 2017.
Governador Jaques Wagner na comemoração de 50 anos da COELBA, em 16 de abril de 2010. Ficheiro Torre da TV Itapuan vista da Escola Politécnica da UFBa.jpg miniaturadaimagem A torre da TV Itapoan, vista da Escola Politécnica da UFBA, em 2011 A empresa de energia elétrica, que compreende o estado da Bahia, constitui a Neoenergia Coelba e os serviços de abastecimento e venda de gás canalizado no estado da Bahia são realizados pela Companhia de Gás da Bahia. O estado conta com outros serviços básicos. Na Bahia, existem várias empresas responsáveis pelo abastecimento de água. Em boa parte dos municípios baianos, a empresa responsável por água e saneamento básico esgoto é a Empresa Baiana de guas e Saneamento Embasa . Outros municípios são abastecidos por outras empresas ou por empresas do próprio município um exemplo ocorre em Juazeiro, na região norte do estado, cuja empresa responsável pelo abastecimento de água é o Serviço de gua e Saneamento Ambiental SAAE . O estado da Bahia é o quarto do Brasil em quantidade de dispositivos móveis ativos 17 033 298 , após São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A cidade de Salvador tem a maior teledensidade número de acessos por 100 habitantes , com 198,44 acessos para cada 100 pessoas. Os códigos de discagem direta a distância, DDD, para realizações para números do estado são 71, 73, 74, 75 e 77. Os principais veículos da imprensa baiana são o tradicional jornal A Tarde, que também possui uma emissora de rádio A Tarde FM jornal Correio, TV Bahia e outras emissoras que retransmitem a Rede Globo no interior do estado, todas elas empresas da Rede Bahia o jornal Tribuna da Bahia a emissora de TV Band Bahia, e a emissora de rádio BandNews FM em Salvador e as emissoras de televisão TV Aratu afiliada do SBT , TV Educativa da Bahia esta mantida pelo governo estadual através da IRDEB , TV Itapoan e a TV Cabrália ambas filiadas da Rede Record . Destacam-se os grupos de mídia baianos a Rede Bahia, o Grupo Aratu, o Grupo A Tarde e o Grupo Metrópole, que mantém o Jornal da Metrópole e a emissora de rádio.
Ficheiro Carros da PMBA.jpg miniaturadaimagem Viaturas da PMBA. esquerda As mais importantes unidades militares sediadas na Bahia são no Exército Brasileiro, a Bahia pertence ao Comando Militar do Nordeste, se encontrando localizada em Salvador a matriz da 6. Região Militar, assim como o 19. Batalhão de Caçadores na Marinha do Brasil, em Salvador se encontra a matriz do 2. Distrito Naval, bem como a Base Naval de Aratu, a Escola de Aprendizes de Marinheiros, dissolvida em 1973, e o Hospital Naval Na Força Aérea Brasileira, a Bahia faz parte do Cindacta III, merecendo destaque no estado a Base Aérea de Salvador e o 1. Esquadrão do 7. Grupo de Aviação São Cristóvão , em Salvador. Segundo a Constituição Federal de 1988 e a Estadual de 1989, os órgãos reguladores da segurança pública no estado da Bahia são a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e a Pol. Civil. Ficheiro Viaturas da Polícia Civil da Bahia.jpg miniaturadaimagem Renovação da frota de 2010 esquerda De acordo com dados do Mapa da Violência 2012 , publicado pelo Instituto Sangari e pelo Ministério da Justiça, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes, que era de 3,3 em 1980, subiu para 37,7 em 2009 ficando acima da média nacional, que era de 27,0 . Entre 2000 e 2010, o número de homicídios subiu de 1223 para 5287. Em geral, a Bahia subiu dezesseis posições na classificação nacional das unidades federativas por taxa de homicídios, passando da 23. em 2000 para a 7. em 2010. A Região Metropolitana de Salvador possuía taxas mais de quatro mil vezes maiores que a do estado - 739,4 , enquanto, no interior, o mesmo era mais de 21,3 maior que a média estadual - 346,1 . Em 2000, 25 municípios, de cinco a dez mil habitantes, registravam uma taxa de homicídios de 5,0, mas ela subiu para 15,6 em sessenta cidades em 2010. Considerando-se todos esses municípios, totalizam-se 37,7. Desde a época em que o estado era razoavelmente tranquilo em 2000 a violência aumentou ligeiramente em todo o território do estado, com vários polos elevadamente conurbados. Conforme o Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros 2008 , também publicado pelo Instituto Sangari, as cidades baianas que apresentavam as maiores taxas de homicídios por grupo de cem mil habitantes eram Porto Seguro 85,8 , Simões Filho 69,7 , Itabuna 68,6 , Juazeiro 56,4, , Lauro de Freitas 53,8 , Camaçari 44,6 , Candeias 44,5 , Ilhéus 40,1 , Vitória da Conquista 37,4 , Itabela 36,8 , Itororó 36,4 , Salvador 36,1 , Remanso 35,4 , Curaçá 34,2 , Uruçuca 33,5 , Dias d vila 33,2 , Camacan 33,1 , Santa Luzia 32,8 , Casa Nova 32,6 , Ipiaú 32,1 , Belmonte 30,9 , Entre Rios 30,8 , Arataca 30,6 e Pau Brasil 30,1 .
Baiana do acarajé e seu tabuleiro Diferentemente da satirização feita pelos grandes meios de comunicação, o dialeto falado na Bahia, segundo alguns linguistas, seria parte integrante do grupo sulista, sendo, portanto, um dialeto próprio, não fazendo parte dos dialetos do nordeste. Algumas de suas gírias soam estranhas para outras regiões do país, como os famosos oxente, massa no sentido de coisa boa e aonde utilizado para negar uma frase . No campo do artesanato da Bahia, destacam-se a cerâmica decorativa, marca da influência indígena, a renda de bilros e outros tipos de bordados, bonecas de pano, os santeiros e carrancas, objetos feitos de couro, metal, pedras e os destinados à cozinha, como o pilão e gamela. Alguns museus da Bahia são Museu Afro-Brasileiro, Museu de Arte da Bahia, Museu de Arte Moderna da Bahia, Memorial dos Governadores Bahia, Museu Carlos Costa Pinto, Museu Henriqueta Catharino, Fundação Casa de Jorge Amado e Museu Geológico da Bahia. No interior do estado, destacam-se o Museu Histórico de Jequié, com um importante acervo sobre a história e cultura da região sudoeste o Museu do Recolhimento dos Humildes em Santo Amaro, de arte sacra a Fundação Hansen Bahia, em Cachoeira e o centro cultural Dannemann, em São Félix, com sua Bienal do livro do Recôncavo. Do candomblé ou do tabuleiro da baiana do acarajé, da culinária afro-baiana brotam o acarajé, o abará, o vatapá e tantos pratos temperados pelo azeite de dendê, festejando os santos, como o caruru, ou festejando a vida, como a moqueca e o mingau. Já o interior do estado, é marcado pela sua cultura do couro, pela sua culinária sertaneja, pelas suas festas e manifestações e pelo vaqueiro, onde surgiu no interior do estado a partir de 1550, sendo a primeira fixação do homem no interior da Bahia e de todo Nordeste Brasileiro. O vaqueiro foi o responsável por formar a cultura sertaneja.
Cozinha sertaneja da Bahia, iguarias típicas e originárias do interior do estado. A culinária da Bahia é uma das mais diversificadas do Brasil, com muitas variações, desde a culinária sertaneja, até a mais conhecida, que é aquela produzida no Recôncavo e em todo o litoral da Bahia praticamente composta de pratos de origem africana, diferenciados pelo tempero mais forte, à base de azeite de dendê, leite de coco, gengibre, frutos do mar, pimenta de várias qualidades e muitos outros que não são utilizados em outros estados do Brasil. Essa culinária, porém, não chega a representar 30 do que seus habitantes consomem diariamente. As iguarias dessa vertente africana da culinária estão reservadas, pela tradição e hábitos locais, às sextas-feiras como por exemplo a moqueca, vatapá, caruru, xinxim de galinha e às comemorações de datas institucionais, religiosas ou familiares. No dia a dia, o baiano alimenta-se de pratos herdados da vertente portuguesa, ou então de pratos no que se costuma chamar de culinária sertaneja. São receitas que não levam o dendê e ingredientes como frutos do mar por exemplo, que é muito presente na culinária afro-baiana.
Ficheiro Fachada da Biblioteca Pública do Estado da Bahia.jpg miniaturadaimagem Biblioteca Pública do Estado da Bahia, o maior acervo da região. esquerda Entre as diversas instituições culturais presentes no estado estão a o Gabinete Português de Leitura, o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, a Associação Baiana de Medicina, a Associação Baiana de Imprensa, as seções baianas da Associação Brasileira de Escritores e da Ordem dos Advogados. Dentre as bibliotecas da capital merecem destaque a Universidade Federal da Bahia, a Biblioteca Pública do Estado, o Mosteiro de São Bento, a Biblioteca Infantil Monteiro Lobato, a Biblioteca Teixeira de Freitas e a Biblioteca do Departamento Estadual de Estatística, da Petrobras e das entidades culturais supramencionadas. Muitas cidades do interior possuem pequenas bibliotecas públicas. Entre os muitos museus, os seguintes museus de Salvador se destacam em Salvador pela importância e vantagem de suas coleções Museu Afro-Brasileiro e Museu de Arqueologia e Etnologia, ambos localizados na tradicional faculdade de Medicina Museu de Arte da Bahia Museu de Arte Sacra, localizado no tradicional convento das Carmelitas Descalças Museu de Arte Sacra Monsenhor Aquino Barbosa, na basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia Museu Abelardo Rodrigues Solar do Ferrão , com exposição de arte sacra e popular Museu Carlo Costa Pinto, de talheres e mobiliário e o Museu do Carmo, a igreja e convento da Ordem Primeira do Carmo. Outro museu muito interessante no estado é o Vanderlei de Pinho no Recôncavo.
Ficheiro Fachada da Igreja do Senhor do Bonfim.jpg miniaturadaimagem Igreja Nosso Senhor do Bonfim, em Salvador. O mais importante atrativo de Salvador está em sua arquitetura, constituída por igrejas, fortalezas, palácios e tradicionais solares. Do total de 165 igrejas, as mais notáveis são a catedral 1656 de Nossa Senhora da Conceição da Praia 1739-1765 a igreja 1708-1750 e o Convento de São Francisco 1587 , Possui uma riqueza de talha dourada e azulejaria portuguesa, a igreja da Ordem Terceira de São Francisco 1703 e a igreja do Senhor do Bonfim 1745-1754 . Entre as muitas fortalezas, os mais importantes de Salvador são a fortaleza e farol de Santo Antônio da Barra 1598 , a de São Marcelo século XVII , a do Barbalho ou de Nossa Senhora do Monte do Carmo 1638 e a de Monte Serrat. Entre os palácios destacam-se o paço arquiepiscopal da Sé, o do Saldanha e o solar do conde dos Arcos. Dentre outros monumentos, destacam-se os seguintes a casa de Gregório de Matos, a casa onde faleceu Castro Alves Colégio Ipiranga , o Solar do Unhão, o paço municipal, Solar Marbak, do Berquó, a terra natal de Ana Néri Cachoeira , Castelo Garcia D vila Mata de São João , Santa Casa, local de nascimento de Teixeira de Freitas Cachoeira .
Ficheiro Bloco da capoeira circuito Campo Grande Salvador.jpg miniaturadaimagem Bloco da Capoeira, Circuito Campo Grande 2008 esquerda O carnaval constitui a principal festividade da capital, trazendo anualmente muitos turistas de todo o Brasil e do estrangeiro. Entre as festas mais populares estão Santa Bárbara de dezembro , Conceição da Praia 8 de dezembro , Santa Luzia 13 de dezembro , dos Santos Reis de 5 a 6 de janeiro , Iemanjá 2 de fevereiro , Divino Espírito Santo de segunda a domingo após a Assunção , todas em Salvador. E também as festas de Nossa Senhora de Santana 18 de janeiro a 3 de fevereiro , em Feira de Santana, e Nossa Senhora da Vitória 15 de agosto , em Ilhéus. As mais importantes procissões são Senhor Bom Jesus dos Navegantes 1. de janeiro , Senhor dos Passos segunda sexta-feira da Quaresma e Nossa Senhora do Monte Serrat 2 de setembro . Outras festas importantes são a lavagem do Bonfim quinta-feira antes do segundo domingo após a Epifania , sábado e domingo do Bonfim, segunda-feira da Ribeira após domingo do Bonfim , quadrilha do Rio Vermelho dois domingos antes da festa mais popular do país , Carnaval e Dois de Julho dia da Independência . As expressões folclóricas do município são abundantes e diversificadas, incluindo candomblé, capoeira e ritmos populares. No interior do estado também existem determinados pontos turísticos, como a cidade histórica de Cachoeira, o parque nacional de Paulo Afonso com seu salto e a hidrelétrica de mesmo nome, a estância hidromineral de Cipó e, na costa, parque nacional do Monte Pascoal. Também na costa, todas as praias da Costa do Descobrimento se destacam.
Ficheiro CastroAlves.jpg miniaturadaimagem Castro Alves Escritores baianos possuem relevância histórica ao aparecerem como representantes maiores do Barroco no Brasil Gregório de Matos, Botelho de Oliveira e Frei Itaparica. Na Bahia, apareceram, também, as primeiras academias literárias no país a Academia dos Esquecidos 1724-1725 e a Academia Brasílica dos Renascidos 1759 . Cabe salientar que, na época, havia os cronistas-mor nomeados pelo rei de Portugal e que as academias eram tidas como seguidoras da moda das academias em Portugal mas também representariam algum tipo de sentimento nativista do meio intelectual, já bastante desenvolvido em território baiano. No período mais recente, temos uma Bahia pródiga de autores imortais, como Castro Alves, Adonias Filho, Jorge Amado, e João Ubaldo Ribeiro. Os dois últimos são autores excepcionais, de literatura fácil e rica de detalhes sobre a Bahia. São, ao mesmo tempo, radiografias da vida no estado. No entanto, ao se falar em romances, a produção está reduzida, restringe-se a pequenos versos e passagens que remontam o estilo medieval e a famosos romances, como o Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge Amado, publicado em 1958. A obra é um retorno ao ciclo do cacau, entrando no universo de coronéis, jagunços e prostitutas que desenham o horizonte da sociedade cacaueira da época. Na década de 1920, na então rica e pacata Ilhéus, ansiando por progressos, com intensa vida noturna litorânea, entre bares e bordéis, desenrola-se o drama, que acaba por tornar-se uma explosão de folia e luz, cor, som, sexo e riso. Paralelamente, a literatura de cordel persiste principalmente no sertão, onde violeiros transmitem a tradição cordelista por meio de sua cantoria.
O cinema na Bahia é promovido e incentivado pela Diretoria de Artes Visuais e Multimeios DIMAS , além da Associação Baiana de Cinema e Vídeo ABCV ABD-BA , membro da Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas. Ficheiro Anúncio para a XXXIV Jornada Internacional de Cinema da Bahia.jpg miniaturadaimagem Anúncio da XXXIV Jornada Internacional de Cinema da Bahia esquerda Na Bahia, ocorrem vários festivais e encontros de cinema e cineclubismo, entre eles Bahia Afro Film Festival, em Salvador Encontro Baiano de Animação, em Salvador. Feira Mostra Filmes, em Feira de Santana Festival Brasilidades, em Feira de Santana Festival Nacional de Vídeo A Imagem em 5 Minutos, em Salvador FIM Festival da Imagem em Movimento, em Salvador Jornada Internacional de Cinema da Bahia, em Salvador Mostra Cinema Conquista, em Vitória da Conquista Seminário Internacional de Cinema e Audiovisual, em Salvador e Vale Curtas Festival Nacional de Curtas-Metragens do Vale do São Francisco, em Juazeiro e Petrolina. Também há várias produções cinematográficas nacionais que possuem como tema a Bahia ou algo a ela relacionado, a exemplo de Cidade Baixa e Paí, . O estado também é berço de grandes nomes do cinema nacional, como os atores Lázaro Ramos, Wagner Moura, Luís Miranda, Priscila Fantin, João Miguel, Othon Bastos, Antonio Pitanga pai dos também atores Rocco e Camila Pitanga e Emanuelle Araújo e os cineastas Glauber Rocha e Roberto Pires. A TVE Bahia exibe às sextas-feiras, a sessão de filmes Sextas Baianas. E a DIMAS exibe a sessão Quartas Baianas, especialmente dedicada ao resgate e à valorização da produção local, com entrada franca, na Sala Walter da Silveira, às quartas-feiras, às 8h da noite.
Ficheiro Praia da Barra na véspera do Carnaval 2008 de Salvador.jpg miniaturadaimagem Praia do Farol da Barra cheia de banhistas, um dia antes da abertura do carnaval de 2008 Nas últimas décadas, a Bahia tem sido um verdadeiro celeiro musical. Surgiram muitos artistas músicos, instrumentistas, cantores, compositores e intérpretes de grande influência no cenário musical nacional e internacional. Tendo a maior cidade das Américas durante muitos séculos, sua capital foi local dos nascimentos, a partir da influência africana, do samba de roda, seu filho samba, o lundu e outros tantos ritmos, movidos por atabaques, berimbaus, marimbas espalhando-se pelo resto do Brasil, e ganhando o mundo. Na Bahia nasceram expoentes brasileiros do samba, do pagode, do tropicalismo, do rock brasileiro, da bossa nova, axé e samba-reggae. Alguns dos principais nomes são Dorival Caymmi, João Gilberto, Astrud Gilberto, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa, Maria Bethânia, Tom Zé, Novos Baianos, Raul Seixas, Marcelo Nova, Pitty, Bira do Sexteto do Jô , Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Luiz Caldas, Margareth Menezes, Dinho do Mamonas Assassinas etc.
No estado nasceram os medalhistas olímpicos Robson Conceição, Hebert Conceição, Beatriz Ferreira e Adriana Araújo no boxe Isaquias Queiroz e Erlon Silva no canoísmo Ana Marcela Cunha na maratona aquática Edvaldo Valério na natação, Nilton Oliveira no basquete e Ricardo no vôlei de praia. Também são oriundos do estado o campeão mundial de boxe Acelino Popó Freitas, medalhistas em Mundiais como Allan do Carmo na maratona aquática Breno Correia na natação e o campeão da Indy Tony Kanaan no automobilismo. Ficheiro Itaipava Arena - March 2013.jpg miniaturadaimagem Arena Fonte Nova, em Salvador esquerda As competições de futebol na Bahia são regidas pela Federação Bahiana de Futebol FBF , fundada em 1903. A sua principal competição profissional é o Campeonato Baiano de Futebol, o mais antigo do Nordeste e segundo mais antigo do Brasil, disputado desde 1905. Além disso, a Federação patrocina anualmente o Campeonato Baiano Intermunicipal de Futebol, entre as diversas associações de futebol dos municípios baianos. Os maiores clubes de futebol da Bahia e reconhecidos nacionalmente são o Bahia e o Vitória, ambos de Salvador. O Bahia, maior vencedor da história do Campeonato Baiano, campeão brasileiro em 1959 e 1988, um dos fundadores do Clube dos 13, e atualmente, disputa a Série A do Campeonato Brasileiro. No cenário nacional, há muito tempo está restrito aos dois clubes da capital. Nas séries do Campeonato Brasileiro de Futebol, ultimamente, os outros clubes baianos só participam devido a vagas asseguradas ao estado pelo regulamento da competição.
Ficheiro Vaquejada de Serrinha 2009.jpg miniaturadaimagem Vaquejada de Serrinha em 2009 Na Bahia, ocorrem várias festas durante o ano todo. As principais são a Lavagem do Senhor de Bonfim, o Carnaval da Bahia e as diversas micaretas que ocorrem no ano todo sendo este evento momesco fora de época uma criação baiana. Há também a Festa junina São João com destaque para a cidade de Cruz das Almas onde acontece a tradicional guerra de espadas e Irecê que todos os anos trazem grandes atrações da música brasileira. Ainda tem a tradicional Vaquejada de Serrinha, que acontece sempre junto ao feriado de 7 de setembro. Em Salvador, acontece sempre, no começo do ano, o Festival de Verão de Salvador. Em Vitória da Conquista, durante o inverno, acontece o Festival de Inverno Bahia. Tendo como sua principal característica moderna o trio elétrico, o Carnaval da Bahia teve seu incremento a partir desta invenção de Dodô e Osmar. O negro reconquista sua identidade e ganha força nos Filhos de Gandhi, o Olodum, e blocos como o Ilê Aiyê, que une música ao trabalho social. O Carnaval de Salvador, considerado o maior carnaval de rua do mundo, atrai anualmente 2 milhões de foliões em seis dias de festa. Durante o período do carnaval de Salvador, dezenas dos cantores mais famosos do Brasil desfilam nos trios elétricos, como Ivete Sangalo, Daniela Mercury e muitos outros. Mas também há as festas de momo no interior, com destaque para Barreiras, Canavieiras, Palmeiras e Porto Seguro. Feriados estaduais Data Nome Observações 2 de julho Independência da Bahia Em comemoração ao fato histórico ocorrido nesta data.
Lista de municípios da Bahia Por área total Por área urbanizada Por população Dialeto baiano Capitania da Bahia Capitania de Ilhéus Capitania de Porto Seguro
Página do Governo do Estado da Bahia Página da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia Página do Tribunal de Justiça da Bahia Bahia nas estatísticas oficiais do IBGE Atlas digital da Bahia PDF com dados sobre municípios baianos, inclusive com mapas detalhados Categoria Fundações no Brasil em 1823Blaise Pascal Clermont-Ferrand, Paris, foi um matemático, escritor, físico, inventor, filósofo e teólogo francês. Prodígio, Pascal foi educado por seu pai. Os primeiros trabalhos de Pascal dizem respeito às ciências naturais e ciências aplicadas. Contribuiu significativamente para o estudo dos fluidos. Ele esclareceu os conceitos de pressão atmosférica e vácuo, estendendo o trabalho de Evangelista Torricelli. Pascal escreveu textos importantes sobre o método científico. Aos 19 anos inventou a primeira máquina de calcular, chamada de máquina de aritmética, depois roda de pascalina e finalmente pascalina. Construiu cerca de vinte cópias na década seguinte. Matemático de primeira linha, criou dois novos campos de pesquisa primeiro, publicou um tratado de geometria projetiva aos dezesseis anos então, em 1654, ele desenvolveu um método de resolver o problema dos partidos, que, dando origem, no decorrer do século XVIII, ao cálculo das probabilidades, influenciou fortemente as teorias económicas modernas e as ciências sociais. Depois de uma experiência mística que experimentou em novembro de 1654, dedicou-se à reflexão filosófica e religiosa, sem renunciar ao trabalho científico. Após uma experiência religiosa no final de 1654, ele começou a escrever obras que se tornariam influentes nos campos da filosofia e da teologia. Suas duas obras mais famosas datam desse período as Provinciais e os Pensamentos, a primeira ambientada no conflito entre jansenistas e jesuítas. Nos Pensamentos, sua obra magna, Pascal adianta vários temas que seriam tratados na filosofia contemporânea, tais como a finitude do sujeito, as antinomias kantianas, críticas à metafísica escolástica e cartesiana, e diversos temas do existencialismo. Em 8 de julho de 2017, em uma entrevista ao jornal italiano La Repubblica, o Papa Francisco anunciou que Blaise Pascal merece a beatificação e que planeja iniciar o procedimento oficial.
Blaise Pascal era filho de tienne Pascal, professor de matemática, e de Antoinette Begon. Perdeu a sua mãe com três anos de idade. Seu pai tratou da sua educação por ele ser o único filho do sexo masculino, orientando-o com vistas ao desenvolvimento correto da sua razão e do seu juízo. O recurso aos jogos didácticos era parte integrante desse ensino que incluía disciplinas tão variadas como história, geografia e filosofia. O talento precoce de Blaise Pascal para as ciências físicas levou a família a Paris, onde ele se consagrou ao estudo da matemática. Acompanhou o pai quando este foi transferido para Rouen e lá realizou as primeiras pesquisas no campo da Física. Suas experiências sobre sons resultaram em um pequeno tratado 1634 . No ano seguinte chega à dedução de 32 proposições de geometria estabelecidas por Euclides. Publica Essay pour les coniques 1640 , obra na qual está formulado o célebre teorema de Pascal. Blaise Pascal contribuiu decisivamente para a criação de dois novos ramos da matemática a Geometria Projetiva e a Teoria das probabilidades. Em Física, estudou a mecânica dos fluidos, e esclareceu os conceitos de pressão e vácuo, ampliando o trabalho de Evangelista Torricelli. ainda o autor de uma das primeiras calculadoras mecânicas, a Pascaline, e de estudos sobre o método científico. Como matemático, interessou-se pelo cálculo infinitesimal, pelas sequências, tendo enunciado o princípio da recorrência matemática. O cálculo diferencial e integral de Newton e Leibniz que seria a base da física clássica foi inspirado em um tratado publicado por Blaise Pascal sobre os senos num quadrante de um círculo onde buscou a integração da função seno, que também viria a ser a base da matemática moderna. Criou um tipo de máquina de calcular que chamou de La pascaline 1642 , uma das primeiras calculadoras mecânicas que se conhece, conservada no Museu de Artes e Ofícios de Paris. Anders Hald escreveu Para aliviar o trabalho do seu pai como agente fiscal, Pascal inventou uma máquina de calcular para adição e subtração assegurando sua construção e venda. Seguindo o programa de Galileu e Torricelli, refutou o conceito de horror ao vazio. Os seus resultados geraram numerosas controvérsias entre os aristotélicos tradicionais. Em 1646 a família converte-se ao Jansenismo. De volta a Paris 1647 , influenciado pelas experiências de Torricelli, enunciou os primeiros trabalhos sobre o vácuo e demonstrou as variações da pressão atmosférica. A partir de então, desenvolveu extensivas pesquisas utilizando sifões, seringas, foles e tubos de vários tamanhos e formas e com líquidos como água, mercúrio, óleo, vinho, ar, etc., no vácuo e sob pressão atmosférica. Em 1651 o seu pai morreu. Na sequência de uma experiência mística, em finais 1654, faz a sua segunda conversão e abandona as ciências para se dedicar exclusivamente à filosofia e à teologia, num período marcado pelo conflito entre jansenistas e jesuítas. No ano seguinte, recolhe-se à abadia de Port-Royal-des-Champs, centro do jansenismo. Só voltaria às ciências após novo milagre 1658 . São desse período as suas principais contribuições no campo filosófico-religioso As cartas provinciais 1656-1657 , conjunto de 18 cartas escritas em defesa do jansenista Antoine Arnauld - oponente dos jesuítas que estava em julgamento pelos teólogos de Paris - e Pensamentos, fragmentos reunidos e publicados postumamente 1670 , onde foi concebida sua defesa ao cristianismo. Nos Pensamentos encontra-se também a sua frase mais citada O coração tem suas razões, que a própria razão desconhece. Blaise Pascal - Retrato por anónimo do Século XVII. Como teólogo e escritor destacou-se como um dos mestres do racionalismo e irracionalismo modernos, e sua obra influenciou os ingleses Charles e John Wesley, fundadores da Igreja Metodista. Pascal aperfeiçoou o barômetro de Torricelli e, na matemática, com o Traité du triangle arithmétique Tratado do triângulo aritmético, mais conhecido como triângulo de Pascal , de 1654, estabeleceu, juntamente com Pierre de Fermat, as bases da teoria das probabilidades e da análise combinatória, que o holandês Huygens desenvolveria posteriormente 1657 . Entre 1658 e 1659, escreveu sobre o ciclóide e a sua utilização no cálculo do volume de sólidos. Após obter resultado sobre os quadrados dos cicloides publicados em 1658, desafiou matemáticos da época a solucionarem problemas relacionados aos ciclóides e chegarem aos resultados por ele já alcançados. Um dos seus tratados sobre hidrostática, Traité de l équilibre des liqueurs, só foi publicado um ano após sua morte 1663 . Pascal também esclareceu os princípios barométricos, da prensa hidráulica e da transmissibilidade de pressões. Estabeleceu o princípio de Pascal que diz em um líquido em repouso ou equilíbrio, as variações de pressão transmitem-se igualmente e sem perdas para todos os pontos da massa líquida. o princípio de funcionamento do macaco hidráulico. Na Mecânica é homenageado com a unidade de tensão mecânica ou pressão Pascal 1Pa 1 N m 105 N m 1 bar . Pascal, que sempre teve uma saúde frágil, adoeceu gravemente em 1659. Morreu em 19 de agosto de 1662, dois meses após completar 39 anos. Seu corpo foi sepultado na Igreja de Saint- tienne-du-Mont, Ilha de França, Paris na França.
O triângulo de Pascal. Cada número representa a soma dos dois directamente acima dele. O triângulo demonstra muitas propriedades matemáticas, além de mostrar os coeficientes binomiais. Pascal continuou a influenciar a matemática ao longo de sua vida. Seu Traité du triangle arithmétique Tratado sobre o Triângulo aritmético de 1653 descreveu uma apresentação tabular conveniente para os coeficientes binomiais, agora chamado triângulo de Pascal. O triângulo também pode ser representado 0 1 2 3 4 5 6 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 3 4 5 6 2 1 3 6 10 15 3 1 4 10 20 4 1 5 15 5 1 6 6 1 Ele define os números no triângulo por recursão Chame o número na m 1 -ésima linha e na n 1 -ésima coluna por tmn. Então tmn tm-1,n tm,n-1, para m 0, 1, 2... e n 0, 1, 2... As condições de contorno são tm, 1 0, t 1, n para m 1, 2, 3... e n 1, 2, 3... O gerador t00 1. Pascal conclui com a prova, Em 1654, solicitado por um amigo interessado em problemas de jogos, ele correspondeu-se com Pierre de Fermat sobre o assunto e desta colaboração nasceu a teoria matemática das probabilidades. O amigo era Antoine Gombaud e o problema específico foi o de dois jogadores que querem terminar um jogo mais cedo e, dadas as atuais circunstâncias do jogo, querem dividir as apostas de forma justa, com base na chance que cada um tem de ganhar o jogo a partir desse ponto. A partir desta discussão, a noção de valor esperado foi introduzida. Pascal mais tarde nos seus Pensées usou um argumento probabilístico, a Aposta de Pascal para justificar a crença em Deus e uma vida virtuosa. O trabalho realizado por Fermat e Pascal para o cálculo de probabilidades estabeleceu os fundamentos importantes para a formulação de Leibniz do cálculo infinitesimal.
A grande contribuição de Pascal para a filosofia da matemática veio com o seu De l Esprit géométrique Do Espírito Geométrico , originalmente escrito como um prefácio para um livro de geometria para um dos famosos Petites écoles de Port-Royal Escolinhas de Port-Royal . O trabalho ficou inédito até mais de um século após sua morte. Aqui, Pascal estudou a questão da descoberta de verdades, argumentando que o ideal de um tal método seria encontrar todas as proposições sobre as verdades já estabelecidas. Ao mesmo tempo, no entanto, ele alegou que isso era impossível porque tais verdades estabelecidas exigiriam outras verdades para apoiá-las os primeiros princípios, portanto, não podiam ser alcançadas. Com base nisso, Pascal argumentou que o procedimento utilizado em geometria era tão perfeito quanto possível, com alguns princípios assumidos e outras proposições desenvolvidas a partir deles. No entanto, não havia nenhuma maneira de saber se os princípios assumidos eram, de fato, verdade. Pascal também utilizou o De l Esprit géométrique para desenvolver uma teoria da definição. Ele distingue entre as definições que são rótulos convencionais definidas pelo escritor e definições que estão dentro da linguagem e compreendidas por todos, pois naturalmente designam seu referente. O segundo tipo seria característica da filosofia do essencialismo. Pascal afirmou que apenas as definições do primeiro tipo são importantes para a ciência e a matemática, argumentando que esses campos devem adotar a filosofia do formalismo, tal como formulado por Descartes. No De l Art de persuader Sobre a Arte da Persuasão , Pascal estudou de forma mais profunda o método axiomático da geometria, especificamente a questão de como as pessoas vem a ser convencidas dos axiomas sobre os quais conclusões posteriores se baseiam. Pascal concordou com Montaigne que alcançar a certeza nestes axiomas e as conclusões através de métodos humanos é impossível. Ele afirmou que esses princípios só podem ser apreendidos através da intuição, e que este fato ressaltou a necessidade de submissão a Deus na busca de verdades.
Ficheiro Pascal s Barrel.png miniaturadaimagem Uma ilustração do experimento apócrifo do barril de Pascal Pascal contribuiu para vários campos da física, principalmente os campos da mecânica dos fluidos e pressão. Em homenagem a suas contribuições científicas, o nome de Pascal foi dado à unidade de pressão SI e à lei de Pascal um importante princípio da hidrostática . Ele introduziu uma forma primitiva de roleta e a roda da roleta em sua busca por uma máquina de movimento perpétuo.
Seu trabalho nas áreas de hidrodinâmica e hidrostática é centrado nos princípios dos fluidos hidráulicos. Suas invenções incluem a prensa hidráulica usando pressão hidráulica para multiplicar a força e a seringa. Ele provou que a pressão hidrostática não depende do peso do fluido, mas da diferença de elevação. Ele demonstrou esse princípio anexando um tubo fino a um barril cheio de água e enchendo o tubo com água até o nível do terceiro andar de um edifício. Isso fez com que o barril vazasse, no que ficou conhecido como o experimento do barril de Pascal.
Em 1647, Pascal soube dos experimentos de Evangelista Torricelli com barômetros. Tendo replicado um experimento que envolvia colocar um tubo cheio de mercúrio de cabeça para baixo em uma tigela de mercúrio, Pascal questionou qual força mantinha algum mercúrio no tubo e o que preenchia o espaço acima do mercúrio no tubo. Na época, a maioria dos cientistas, incluindo Descartes, acreditava em um plenum, i. e. alguma matéria invisível preencheu todo o espaço, em vez de um vácuo. A natureza abomina o vácuo. Isso se baseava na noção aristotélica de que tudo em movimento era uma substância, movida por outra substância. Além disso, a luz passou pelo tubo de vidro, sugerindo que uma substância como o éter, em vez de vácuo, preenchia o espaço. Puy de Dôme Seguindo mais experimentações neste sentido, em 1647 Pascal produziu Experiences nouvelles touchant le vide Novos experimentos com o vácuo , que detalhou regras básicas que descrevem em que grau vários líquidos podem ser sustentados pela pressão do ar. Também forneceu razões pelas quais era de fato um vácuo acima da coluna de líquido em no tubo do barômetro. Este trabalho foi seguido por Récit de la grande expérience de l équilibre des liqueurs Relato do grande experimento no equilíbrio em líquidos publicado em 1648. O vácuo Torricelliano descobriu que a pressão do ar é igual ao peso de 30 polegadas de mercúrio. Se o ar tem um peso finito, a atmosfera da Terra deve ter uma altura máxima. Pascal raciocinou que, se for verdade, a pressão do ar em uma montanha alta deve ser menor do que em uma altitude mais baixa. Ele morava perto da montanha Puy de Dôme, com 4.790 pés 1.460 m de altura, mas sua saúde era fraca, então não podia escalá-la. Em 19 de setembro de 1648, depois de muitos meses de estímulos amigáveis, mas insistentes, de Pascal, Florin Périer, marido da irmã mais velha de Pascal, Gilberte, foi finalmente capaz de realizar a missão de averiguação vital para a teoria de Pascal. O relato, escrito por Périer, diz O tempo estava perigoso no sábado passado... mas por volta das cinco horas daquela manhã... o Puy-de-Dôme estava visível... então decidi tentar. Várias pessoas importantes da cidade de Clermont me pediram para avisá-los quando eu faria a subida... Fiquei muito feliz em tê-los comigo nesta grande obra... ... às oito horas nos encontramos nos jardins dos Padres Minim, que tem a elevação mais baixa da cidade. ... Primeiro eu derramei 16 libras de mercúrio... em um vaso... depois peguei vários tubos de vidro... cada um com mais de um metro de comprimento e hermeticamente selado em uma extremidade e aberto na outra... então coloquei-os no vaso de mercúrio ... Eu descobri que a prata rápida tinha 26 e 3 1 2 linhas acima do mercúrio no vaso... Repeti a experiência mais duas vezes enquanto estava no mesmo lugar... eles produziram o mesmo resultado cada vez... Prendi um dos tubos ao vaso e marquei a altura do mercúrio e... pedi ao Padre Chastin, um dos Irmãos Minim... para ver se alguma mudança deveria ocorrer durante o dia... Pegando o outro tubo e uma porção do mercúrio... eu caminhei até o topo do Puy-de-Dôme, cerca de 500 braças acima do mosteiro, onde após a experiência... descobri que o mercúrio atingiu uma altura de apenas 23 e 2 linhas... Repeti o experimento cinco vezes com cuidado... cada um em diferentes pontos do cume... encontrei a mesma altura de mercúrio... em cada caso...Pascal replicou a experiência em Paris carregando um barômetro até o topo da torre do sino da igreja de Saint-Jacques-de-la-Boucherie, uma altura de cerca de 50 metros. O mercúrio caiu duas linhas. Em resposta à plenista Estienne Noel, Pascal escreveu, ecoando noções contemporâneas de ciência e falseabilidade Para mostrar que uma hipótese é evidente, não basta que dela decorram todos os fenômenos ao contrário, se ela leva a algo ao contrário de um único dos fenômenos, isso basta para estabelecer a sua falsidade. As cadeiras Blaise Pascal são dadas a cientistas internacionais de destaque para conduzir suas pesquisas na região de Ile de France.
Máscara mortuária de Blaise Pascal. Em honra de suas contribuições científicas, o nome Pascal foi dado à unidade SI de pressão, a uma linguagem de programação, à lei de Pascal um importante princípio da hidrostática , e o triângulo de Pascal e a aposta de Pascal ainda levam o seu nome. O desenvolvimento de Pascal da teoria da probabilidade foi a sua contribuição mais influente para a matemática. Originalmente aplicada ao jogo de azar, hoje é extremamente importante na economia, especialmente na ciência atuarial. John Ross escreveu A teoria das probabilidades e as descobertas após essa mudaram a nossa forma de encarar a incerteza, risco, tomada de decisão, e a capacidade de um indivíduo ou da sociedade de influenciar o curso dos eventos futuros.. No entanto, deve notar-se que Pascal e Fermat, embora fazendo um trabalho inicial importante na teoria das probabilidades, não desenvolveram o campo muito mais longe. Christiaan Huygens, aprendendo do tema a partir da correspondência de Pascal e Fermat, escreveu o primeiro livro sobre o assunto. Mais tarde, pessoas que continuaram o desenvolvimento da teoria incluem Abraham de Moivre e Pierre-Simon Laplace. Na literatura, Pascal é considerado um dos autores mais importantes do período clássico francês e é lido hoje como um dos maiores mestres da prosa francesa. Seu uso da sátira e do humor influenciou polemistas posteriores. O conteúdo de sua obra literária é mais lembrado por sua forte oposição ao racionalismo de René Descartes e a afirmação simultânea que a principal filosofia de compensação, o empirismo, também era insuficiente para determinar verdades importantes. Na filosofia, a influência de Pascal foi ampla, influenciando grande parte dos filósofos franceses subsequentes. Para além dos franceses, destacamos autores como Friedrich Nietzsche e S ren Kierkegaard, filósofos influenciados por Pascal. Na França, prestigiosos prêmios anuais, são dadas bolsas de investigação científica Blaise Pascal a proeminentes cientistas internacionais para realizar a sua investigação na região de le de France. Uma das universidades de Clermont-Ferrand, França - Universidade Blaise Pascal - é nomeada em sua homenagem.
Categoria Filósofos cristãos Categoria Filósofos da França Categoria Físicos da França Categoria Geómetras Categoria Inventores da França Categoria Jansenistas Categoria Matemáticos da França Categoria Matemáticos do século XVII Categoria Naturais de Clermont-Ferrand Categoria Pioneiros da computaçãoO número 1012, denominado , é o número natural que corresponde à designação de milhão de milhões. Sua nomenclatura varia conforme seja adotada a escala longa ou a escala curta embora o termo bilião seja utilizado no português europeu para representar 1012, no português do Brasil, a expressão bilhão corresponde a mil milhões, ou seja, 109. As palavras billion, trillion e quadrillion estão atestadas no francês médio. No francês do século XVI cada unidade correspondia a um milhão de vezes a unidade anterior. Em inglês americano, cada unidade corresponde a mil vezes a anterior. Este número aparece na literatura antiga, na forma de uma miríade de miríades de miríades nos escritos de Procópio, possivelmente querendo dizer um número tão grande que não pode ser contado, quando Procópio diz que o imperador bizantino Justiniano matou um trilhão de pessoas.
Diferentes quantidades do bilião bilhão FLIP dúvida linguística bilião e outros grandes números Dicionário Priberam definição de bilião Emprego dos algarismos árabes Categoria Números inteirosA Bélgica , oficialmente Reino da Bélgica em neerlandês Koninkrijk Belgi em francês Royaume de Belgique em alemão K nigreich Belgien , é um país situado na Europa ocidental. um dos membros fundadores da União Europeia UE , inclusive hospedando a sede, bem como as de outras grandes organizações internacionais, como a Organização do Tratado do Atlântico Norte OTAN . A Bélgica tem uma área de quilômetros quadrados e uma população de cerca de 10,7 milhões de habitantes. Ocupando a fronteira cultural entre a Europa germânica e a Europa latina, a Bélgica é basicamente constituída por dois grupos linguísticos os flamengos, falantes do holandês, e os valões, que falam francês, além de um pequeno grupo de pessoas que falam a língua alemã. As duas maiores regiões da Bélgica são a região de língua holandesa de Flandres, no norte, com 59 da população e a região francófona da Valónia, no sul, habitada por 31 dos belgas. A Região de Bruxelas, oficialmente bilíngue, é um enclave de maioria francófona na região flamenga e tem 10 da população. Uma pequena comunidade de língua alemã existe no leste da Valónia. A diversidade linguística da Bélgica e conflitos políticos e culturais são refletidos na história política e no complexo sistema de governo do país. O nome Bélgica é derivado de Gália Belga, uma província romana na parte setentrional da Gália, que era habitada pelos belgas, uma mistura de povos Celtas e Germânicos. Historicamente, Bélgica, Holanda e Luxemburgo eram conhecidos como os Países Baixos, nome utilizado para designar uma área um pouco maior do que o atual grupo de países chamado Benelux. Do final da Idade Média até ao , o país era um próspero centro de comércio e cultura. A partir do até a Revolução Belga em 1830, muitas batalhas entre as potências europeias foram travadas na área da atual Bélgica, fazendo com que o país fosse apelidado de campo de batalha da Europa, reputação reforçada pelas duas Guerras Mundiais. Após a sua independência, a Bélgica logo participou da Revolução Industrial e, no final do , possuía várias colônias na frica. A segunda metade do foi marcada pela ascensão de conflitos comunais entre os flamengos e os valões, alimentados por diferenças culturais e por uma evolução econômica assimétrica entre a Flandres e a Valónia. Estes conflitos, ainda ativos, têm causado profundas reformas do Estado unitário ex-belga para um estado federal.
O nome Bélgica é derivado de Gália Belga, uma província romana na parte setentrional da Gália, que era habitada pelos belgas, uma mistura de povos Celtas e Germânicos.
A Gália Bélgica, uma província do Império Romano na parte setentrional da Gália que, antes de invasão romana em , era habitada pelos belgas, uma mistura de povos celtas e germânicos. A imigração gradual de francos, uma tribo germânica, durante o levou a área ao domínio dos reis merovíngios. Uma mudança gradual de poder durante o levou o reino dos francos a evoluir para o Império Carolíngio. Ib. e-book 2004 NetLibrary, Boulder, Colorado, United States, ISBN 0-8204-7283-2 Also print edition ISBNDB.com 2004-06-30 or Peterlang.com 2005 , ISBN 0-8204-7647-1 Localização da Gália Bélgica dentro do Império Romano O Tratado de Verdun em 843 dividiu a região na Frância Oriental e Ocidental e, portanto, em um conjunto de feudos mais ou menos independentes que, durante a Idade Média, eram vassalos do rei da França ou do Sacro Imperador Romano-Germânico. Muitos desses feudos estavam unidos nos Países Baixos Borgonheses dos séculos XIV e XV. O imperador Carlos V estendeu a união pessoal das Dezessete Províncias na década de 1540, tornando-se muito mais do que uma união pessoal pela Pragmática Sanção de 1549 e aumento da sua influência sobre o Principado-Bispado de Liège. A Guerra dos Oitenta Anos 1568-1648 dividiu os Países Baixos entre as Províncias Unidas do Norte Belgica Foederata em latim e dos Países Baixos do Sul Belgica Regia . Os últimos foram sucessivamente governados pelos espanhóis e pelos Habsburgos austríacos e foram os precursores da Bélgica moderna. Este foi o palco das guerras franco-espanhola e franco-austríaca durante os séculos XVII e XVIII. Após as campanhas de 1794 nas guerras revolucionárias francesas, os Países Baixos incluindo territórios que nunca estiveram nominalmente sob o domínio dos Habsburgos, como o Principado-Bispado de Liège foram anexados pela Primeira República Francesa, terminando com o domínio austríaco na região. A reunificação dos Países Baixos como Reino Unido dos Países Baixos ocorreu com dissolução do Primeiro Império Francês em 1815, após a derrota de Napoleão.
Episódio da Revolução Belga de 1830 1834 , por Egide Charles Gustave Wappers. Museu de Arte Antiga, Bruxelas Em 1830, a Revolução Belga levou à separação das províncias do sul dos Países Baixos e ao estabelecimento de uma Bélgica independente católica, burguesa, francófona e neutra, sob um governo provisório e um congresso nacional. Desde a elevação de Leopoldo I ao cargo de rei em 21 de julho de 1831 que agora é celebrado como Dia Nacional da Bélgica , o país tem sido uma monarquia constitucional e uma democracia parlamentar, com uma constituição laica baseada no código Napoleônico. Embora o direito ao voto tenha sido inicialmente restrito, o sufrágio universal para os homens foi introduzido após a greve geral de 1893 com voto plural até 1919 e para as mulheres em 1949. Os principais partidos políticos do foram o Partido Católico e o Partido Liberal, com o Partido do Trabalho da Bélgica emergindo no final do . O francês era originalmente a única língua oficial adotada pela nobreza e burguesia belga. O idioma progressivamente perdeu a sua importância global conforme o neerlandês passou a ser reconhecido também. Esse reconhecimento tornou-se oficial em 1898 e em 1967 uma versão em neerlandês da constituição belga foi legalmente aceita.
A Conferência de Berlim de 1885 cedeu o controle de todo o Estado Livre do Congo para o rei como sua propriedade privada. Por volta de 1900, houve uma crescente preocupação internacional com o tratamento extremo e selvagem dado à população congolesa durante o domínio de Leopoldo II, para quem o Congo era principalmente uma fonte de receita da produção de marfim e borracha. Em 1908, esse clamor levou o Estado belga a assumir a responsabilidade pelo governo da colônia, que passou a se chamar Congo Belga. Multidões aplaudem as tropas britânicas entrando em Bruxelas, 4 de setembro de 1944, no final da Segunda Guerra Mundial O Império Alemão invadiu a Bélgica em 1914 como parte do Plano Schlieffen para atacar a França, sendo que boa parte dos combates na Frente Ocidental da Primeira Guerra Mundial ocorreram na parte ocidental do país. Os meses iniciais da guerra ficaram conhecidos como o Estupro da Bélgica, devido aos excessos violentos cometidos pelos alemães. A Bélgica assumiu as colônias alemãs de Ruanda-Urundi os atuais países Ruanda e Burundi durante a guerra e elas foram mandatadas para a Bélgica em 1924 pela Liga das Nações. Após a Primeira Guerra Mundial, os distritos prussianos de Eupen e Malmedy foram anexados pelos belgas em 1925, fazendo com que a presença de uma minoria de língua alemã se tornasse um fato. O país foi novamente invadido pela Alemanha em 1940 e foi ocupado até a sua libertação pelos Aliados em 1944. Após a Segunda Guerra Mundial, uma greve geral forçou o rei Leopoldo III, que muitos viam como colaborador da Alemanha durante a guerra, a abdicar em 1951. O Congo Belga alcançou a independência em 1960, durante a Crise do Congo Ruanda-Burundi conquistaram a sua independência dois anos depois. A Bélgica aderiu à Organização do Tratado do Atlântico Norte OTAN como membro fundador e formou o grupo Benelux com os Países Baixos e Luxemburgo. A Bélgica tornou-se um dos seis membros fundadores da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço em 1951 e da Comunidade Europeia da Energia Atômica e da Comunidade Econômica Europeia em 1957. Esta última é agora a União Europeia, organização internacional cujas principais administrações e instituições são hospedadas pela Bélgica, como a Comissão Europeia, o Conselho da União Europeia e as sessões extraordinárias e de comissões do Parlamento Europeu.
Imagem de satélite do território belga A Bélgica tem uma área de km , distribuídos por três regiões físicas principais a planície costeira localizada a noroeste , o planalto central e as elevações das Ardenas situadas a sudeste . A planície costeira consiste principalmente de dunas de areia e polders. Os polders são áreas de terra a uma altitude próxima de ou inferior ao nível do mar, e que foram ganhas ao mar, do qual estão protegidas por diques ou são, mais longe do litoral, campos drenados por meio de canais. A segunda região física, o planalto central, fica mais no interior. uma área pouco acidentada, cuja altitude sobe lentamente à medida que se afasta do litoral, com muitos vales férteis e irrigada por muitos cursos de água. Também pode-se encontrar aqui algum terreno mais acidentado, incluindo grutas e pequenas gargantas. A terceira região física, as Ardenas, é um pouco mais acidentada que as outras duas. Trata-se de planalto densamente florestado, muito rochoso e não muito adequado para a agricultura, que se estende até ao nordeste da França. aqui que a maior parte da vida selvagem da Bélgica pode ser encontrada. nas Ardenas que está situado o ponto mais elevado da Bélgica o Signal de Botrange, com apenas 694 metros de altura. Os dois principais rios da Bélgica são o Escalda e o Mosa. Esses são fundamentais para tornar prósperas cidades como Tournai, Gante, Antuérpia, Bruges, Liège e Namur.
Bélgica pela classificação climática de K ppen-Geiger O clima é oceânico com precipitação significativa em todas as estações classificação climática de K ppen-Geiger Cfb , como a maioria do noroeste da Europa. A temperatura média é mais baixa em janeiro em 3 C e mais alta em julho em 18 C. A precipitação média por mês varia entre 54 mm entre fevereiro e abril, para 78 mm em julho. As médias dos anos de 2000 a 2006 mostram temperaturas mínimas diárias de 7 C e máximas de 14 C e precipitação mensal de 74 mm estes estão cerca de 1 C e quase 10 milímetros acima dos valores normais do século passado, respectivamente.
Mapa da Bélgica por densidade populacional No início de 2007 quase 92 da população belga de 11,35 milhões era de cidadãos belgas e cerca de 6 era de cidadãos de outros países membros da União Europeia. Os cidadãos estrangeiros foram predominantemente italianos , franceses , holandeses , marroquinos , espanhóis , turcos e alemães .
Línguas oficiais A Bélgica tem três idiomas oficiais, que estão na ordem da população falante nativa na Bélgica o neerlandês, francês e alemão. Um certo número de línguas minoritárias não oficiais são faladas também. Como não existe censo, não existem dados estatísticos oficiais sobre a distribuição ou o uso das três línguas oficiais da Bélgica ou de seus dialetos. No entanto, vários critérios, incluindo a língua s dos pais, da educação, ou do estatuto de segunda língua de origem estrangeira, podem fornecer valores sugeridos. Uma estimativa de 59 da população belga fala holandês muitas vezes coloquialmente referido como flamengo e o francês é falado por 40 da população. O total de falantes do holandês é de 6,23 milhões, concentrados na região da Flandres no norte, enquanto os falantes de francês compreendem 3,32 milhões na Valônia. A Comunidade de língua alemã é composta de 73 mil pessoas no leste da Região da Valônia, cerca de 10 mil alemães e 60 mil cidadãos belgas são falantes do alemão. Cerca de 23 mil falantes do alemão vivem em municípios próximos a comunidade oficial germanófona. Tanto o Francês Belga quanto o Holandês Belga têm diferenças menores em nuances de vocabulário e semântica das variedades faladas, respectivamente, na Holanda e na França. Muitas pessoas ainda falam dialetos flamengos em seu ambiente local. Dialetos da região da Valônia, juntamente com a língua picarda, não são utilizados na vida pública.
Desde a independência do país, o catolicismo romano, contrabalançado por fortes movimentos de pensamento livre, teve um papel importante na política da Bélgica. No entanto a Bélgica é, em grande parte, um país secular e, como previsto na constituição, laico com liberdade de religião, e o governo geralmente respeita este direito na prática. Durante o reinado de Alberto I e Balduíno, a monarquia teve o catolicismo profundamente enraizado. Simbólica e materialmente, a Igreja Católica permanece em posição favorável. Em janeiro de 2001, surgiu uma nova entidade, cuja natureza jurídica na qual foi constituída, traz em seu próprio nome a sua finalidade zelar por Direitos Humanos Sem Fronteiras Internacionais e, sediada em Bruxelas, participa conceitualmente promovendo o reconhecimento das religiões ou das religiões reconhecidas, definindo caminhos para a religião islã adquirir tratamento equivalente ao conferido às religiões judaica e protestante. A religião hindú, ainda minoritária segue na busca desse estatuto. A religião budista deu os primeiros passos em direção ao reconhecimento legal em 2007. De acordo com a pesquisa 2001 Survey and Study of Religion, 47 da população se identificou como pertencente à Igreja Católica, enquanto que o Islã é a segunda maior religião, com 3,5 . Uma pesquisa de 2006 considerou a região dos Flandres mais religiosa do que a Valônia, sendo que 55 dos entrevistados se consideravam religiosos e 36 acreditavam que Deus criou o mundo. Segundo pesquisa do Eurobarômetro, em 2005, 43 dos cidadãos belgas responderam que acreditam que existe um Deus, enquanto 29 responderam que acreditam que existe algum tipo de espírito ou força vital e 27 disseram que não acreditam que haja algum tipo de espírito, Deus ou força vital. Basílica do Sagrado Coração em Koekelberg, Bruxelas Uma estimativa de 2008 mostrou que 6 da população belga, cerca de pessoas, é muçulmana 98 sunitas . Os muçulmanos constituem 25,5 da população de Bruxelas, 4,0 dos habitantes da Valônia e 3,9 dos Flandres. A maioria dos muçulmanos belgas vivem nas grandes cidades, como Antuérpia, Bruxelas e Charleroi. Os marroquinos são o maior grupo de imigrantes na Bélgica, com pessoas. Os turcos são o terceiro maior grupo e, o segundo maior grupo étnico muçulmano, com pessoas. Além disso, cerca de 10 mil sikhs também estão presentes na Bélgica.
Quase toda a população belga é urbana, 97 em 2004. A densidade populacional da Bélgica é de 342 habitantes por quilômetro quadrado, uma das mais elevadas da Europa, após a dos Países Baixos e alguns microestados, como Mônaco. A área mais densamente habitada é o Diamante Flamengo, delineado pelas aglomerações de Antuérpia-Lovaina-Bruxelas-Gent. As Ardenas têm a menor densidade. Em 2006, a região flamenga tinha uma população de cerca de , com Antuérpia , Ghent e Bruges suas cidades mais populosas Valônia tinha , com Charleroi , Liège e Namur suas cidades mais populosas. Bruxelas tem habitantes em 19 comunas, duas das quais têm mais de 100 mil habitantes.
Parlamento Federal da Bélgica A Bélgica é uma monarquia constitucional, popular e uma democracia parlamentar. O parlamento bicameral federal é composto de um senado e uma câmara dos deputados. O primeiro é composto por 40 políticos eleitos diretamente e 21 representantes designados pelos parlamentos das 3 Comunidades, 10 senadores cooptados e os filhos do rei, como senadores por direito. Os 150 deputados da câmara são eleitos por um sistema de votação proporcional em 11 circunscrições eleitorais. A Bélgica é um dos poucos países que tem o voto compulsório e, portanto, detém um dos maiores índices de comparecimento às urnas em todo o mundo. O rei atualmente Filipe I é o chefe de estado, embora dispondo de prerrogativas limitadas. Ele nomeia os ministros, incluindo o primeiro-ministro, que têm a confiança da câmara dos deputados para formar o governo federal. O número de ministros de falantes do holandês e do francês são iguais, conforme prescrito pela constituição. O sistema judicial é baseado no sistema romano-germânico e tem origem no Código Napoleônico.
Vista do bairro europeu de Bruxelas, considerada a capital de facto da União Europeia Os belgas têm sido fortes defensores da integração europeia e a maioria dos aspectos das suas políticas externa, económica e comercial são coordenados através da União Europeia UE . A união aduaneira da Bélgica no pós-guerra com os Países Baixos e Luxemburgo abriu o caminho para a formação da Comunidade Europeia precursora da UE , da qual a Bélgica foi membro fundador. Bruxelas é considerada a capital de facto da UE, com uma longa história de acolhimento de várias das principais instituições da UE, como as sedes oficiais da Comissão Europeia, do Conselho da União Europeia e do Conselho Europeu, bem como uma das sedes do Parlamento Europeu. Em 2013, esta presença gerou cerca de 250 milhões de euros 8,3 do PIB regional e 121 mil empregos 16,7 do emprego regional .
Caça F-16 da Força Aérea da Bélgica As forças armadas belgas possuem soldados. Em 2010, o país tinha um orçamento de 1,12 do PIB . O comando de suas forças é unificado, sendo subordinado ao ministro da defesa e ao chefe de defesa. Invadido pela Alemanha nas duas guerras mundiais, o país, para melhorar sua defesa, firmou pactos de cooperação com seus vizinhos europeus. Em 1948, por exemplo, a nação assinou o Tratado de Bruxelas e entrou então para a Organização do Tratado do Atlântico Norte. Assim como outros países da Europa, a Bélgica nos últimos anos tem adotado uma política de reduzir seu efetivo das forças armadas, assim como a quantidade de equipamentos, como parte de um programa de redução de gastos governamentais.
A Bélgica está subdividida em duas regiões, cada uma com cinco províncias, e uma terceira região, a Região de Bruxelas-Capital contendo a capital Bruxelas. Há ainda a divisão em comunidades linguísticas neerlandesa, com instituições coincidentes com as da região flamenga francesa, não se confundindo com a Valónia, e germanófona, no extremo leste dessa região . Aqui se encontram listadas por região, com as suas capitais Região da Flandres Antuérpia Antwerpen em neerlandês - Antuérpia Brabante Flamengo Vlaams Brabant - Lovaina Flandres Ocidental West-Vlaanderen - Bruges Flandres Oriental Oost-Vlaanderen - Gante Limburgo Limburg - Hasselt Região da Valónia Brabante Valão Brabant wallon em francês - Wavre Hainaut Hainaut - Mons Liège Liège - Liège Luxemburgo Luxembourg - Arlon Namur Namur - Namur
A Bélgica é um país heterogêneo dividido em três línguas Neerlandês, cuja variante local é conhecida como flamengo Flandres, no norte Francês Valónia, no sul Alemão numa pequena região no leste do país . Essa divisão linguística causa conflitos na Bélgica em Flandres há atualmente um número importante de pessoas querendo se separar da Valónia, não só por motivos de diferença linguística, mas também por causa de incompatibilidade económica. Alguns querem um federalismo muito avançado, outros a independência e ainda outros querem se unir aos Países Baixos Holanda .
Centro financeiro de Bruxelas A economia fortemente globalizada da Bélgica e sua infraestrutura de transporte são integradas com o resto da Europa. A sua localização no coração de uma região altamente industrializada ajudou a torná-la a 15 maior nação comercial do mundo em 2007. A economia é caracterizada por uma força de trabalho altamente produtiva, um PNB alto e por exportações per capita mais elevadas. Os principais produtos importados pela Bélgica são alimentos, maquinaria, diamantes, petróleo e derivados, químicos, vestuário e têxteis. Os principais produtos belgas exportados são automóveis, produtos alimentícios, ferro e aço, diamantes lapidados, têxteis, plásticos, produtos de petróleo e de metais não ferrosos. A economia da Bélgica está fortemente orientada para os serviços e mostra uma dupla natureza a região flamenga tem uma economia dinâmica e a Valônia tem uma economia menos desenvolvida. Um dos membros fundadores da União Europeia, a Bélgica apoia fortemente uma economia aberta e o alargamento das competências das instituições da UE para integrar as economias dos membros do bloco. Desde 1922, através da União Econômica Belgo-Luxemburguesa, Bélgica e Luxemburgo têm sido um mercado único de comércio com a união aduaneira e monetária. A Bélgica foi o primeiro país continental europeu a entrar na Revolução Industrial, no início do . Liège e Charleroi desenvolveram rapidamente a mineração e a siderurgia, que floresceram até meados do no vale do Sambre-Mosa, o sillon industriel , fizeram da Bélgica uma das três maiores nações mais industrializadas do mundo entre 1830-1910. No entanto, por volta de 1840, a indústria têxtil da Flandres entrou em grave crise e a região passou fome entre 1846-1850. Porto da Antuérpia Após a Segunda Guerra Mundial, Gante e Antuérpia experimentaram uma rápida expansão das indústrias química e petrolífera. As crises do petróleo de 1973 e 1979 levaram a economia do país e entrar em um processo de recessão foi particularmente prolongado na Valônia, onde a indústria do aço tinha se tornado menos competitiva e experimentou um forte declínio. Nas décadas de 1980 e 1990, o centro econômico do país continuou em deslocamento para o norte e, agora, está concentrado na área populosa chamada Diamante Flamengo. Até o final da década de 1980, as políticas macroeconômicas belga resultaram em uma dívida acumulada de cerca de 120 do PIB. Em 2006, o orçamento foi equilibrado e a dívida pública foi equivalente a 90,30 do PIB. Em 2005 e 2006, as taxas de crescimento real do PIB foram de 1,5 e 3,0 , respectivamente, ligeiramente acima da média para a zona Euro. As taxas de desemprego de 8,4 em 2005 e 8,2 em 2006 também estavam perto da média da área.
Hospital central de Mouscron Os belgas gozam de boa saúde. De acordo com as estimativas de 2012, a expectativa de vida média é de 79,65 anos. Desde 1960, a expectativa de vida, em linha com a média europeia, cresce dois meses por ano. A morte na Bélgica se deve principalmente a distúrbios cardíacos e vasculares, neoplasias, distúrbios do sistema respiratório e causas não naturais de morte acidentes, suicídio . Causas não naturais de morte e câncer são as causas mais comuns de morte para as mulheres de até 24 anos e homens até 44 anos de idade. Os cuidados de saúde na Bélgica são financiados através de contribuições para a segurança social e tributação. O seguro de saúde é obrigatório. Os cuidados de saúde são prestados por um sistema público e privado misto de médicos independentes e hospitais públicos, universitários e semiprivados. O serviço de saúde é pago pelo paciente e reembolsado posteriormente pelas instituições de seguro de saúde, mas existem categorias inelegíveis de pacientes e serviços , os chamados sistemas de pagamento de terceiros. O sistema de saúde belga é supervisionado e financiado pelo governo federal, pelos governos regionais da Flandres e da Valônia e a Comunidade alemã também possui supervisão e responsabilidades indiretas .
Universidade Católica de Leuven A educação é obrigatória dos 6 aos 18 anos de idade para os belgas. Entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico OCDE em 2002, a Bélgica tinha a terceira maior proporção de jovens de 18 a 21 anos matriculados na educação pós-secundária 42 . Embora cerca de 99 da população adulta seja alfabetizada, é crescente a preocupação com o analfabetismo funcional. O Programa Internacional de Avaliação de Alunos PISA , coordenado pela OCDE, atualmente classifica a educação da Bélgica como a 19 melhor do mundo, sendo significativamente superior à média da OCDE. A comunidade flamenga pontua visivelmente acima das comunidades francesa e alemã. Espelhando a estrutura dual da paisagem política belga do , caracterizada pelos partidos Liberal e Católico, o sistema educacional é segregado em um segmento secular e um segmento religioso. O ramo escolar secular é controlado pelas comunidades, as províncias ou os municípios, enquanto o ensino religioso, principalmente o ramo católico, é organizado pelas autoridades religiosas, embora subsidiado e supervisionado pelas comunidades.
Em 2021, a Bélgica tinha, em energia elétrica renovável instalada, em energia hidroelétrica, em energia eólica 19 maior do mundo , em energia solar 19 maior do mundo , e em biomassa.
Apesar de suas divisões políticas e linguísticas, a região correspondente à Bélgica atual tem visto o florescimento de grandes movimentos artísticos que tiveram enorme influência sobre a arte e a cultura europeia. Hoje em dia, até certo ponto, a vida cultural está concentrada dentro de cada região linguística do país e uma variedade de barreiras fizeram uma esfera cultural compartilhada entre as duas partes menos pronunciada. Desde 1970, não há universidades ou faculdades bilíngues no país, exceto a Academia Real Militar e do Academia Marítima da Antuérpia. Não há uma organização midiática ou grande organização cultural ou científica que represente as duas comunidades principais do país.
Waffles belgas Muitos restaurantes belgas altamente renomados podem ser encontrados nos mais influentes guias de restaurantes, como o Guia Michelin. A Bélgica é famosa pela cerveja, chocolate, waffles e batatas fritas com maionese. As batatas fritas originaram-se na Bélgica, embora seu exato lugar de origem ainda seja incerto. Os pratos nacionais são bife e batatas fritas com salada e mexilhões com batatas fritas. Marcas de chocolate e bombons belgas, como Côte d Or, Neuhaus, Leonidas e Godiva são famosas, assim como seus produtores independentes, como Burie e Del Rey, na Antuérpia, e de Mary s, em Bruxelas. A Bélgica também produz mais de 1100 variedades de cerveja. A cerveja trapista Westvleteren Brewery tem sido repetidamente classificada como a melhor cerveja do mundo. A maior cervejaria do planeta em volume de produção é a Anheuser-Busch InBev, sediada em Lovaina.
Estádio Rei Balduíno, em Bruxelas Desde os anos 1970, clubes e federações esportivas são organizadas separadamente dentro de cada comunidade linguística do país. O futebol é um dos esportes mais populares em ambas as partes da Bélgica, juntamente com o ciclismo, tênis, natação e judô. Os belgas mantêm o maior número de vitórias no Tour de France do que qualquer outro país, com exceção da França. Eles também têm o maior número de vitórias no Campeonato Mundial de Ciclismo de Estrada da UCI. Philippe Gilbert é o campeão mundial de 2012. Outro bem conhecido ciclista belga Tom Boonen. Jean-Marie Pfaff, um ex-goleiro belga, é considerado um dos maiores jogadores da história do futebol. A Bélgica e os Países Baixos já sediaram o Campeonato Europeu de Futebol de 2000 e a Bélgica sediou o Campeonato Europeu de Futebol de 1972.
Data Nome em português Nome local Observações 6 de dezembro Dia de São Nicolau SinterklaasSaint-Nicolas
Also editions 1913, London, 1921 D. Unwin and Co., New York also published 1921 as Belgium from the Roman invasion to the present day, The Story of the nations, 67, T. Fisher Unwin, London, Facsimile reprint of a 1902 edition by the author, London Facsimile reprint of a 1909 edition by the author, London
Ficheiro Common alcoholic beverages.jpg miniaturadaimagem Uma seleção de bebidas alcoólicas vinho tinto, uísque de malte, cerveja, vinho espumante, cerveja, licor de cereja e vinho tinto 250x250px Garrafas de cachaça, uma bebida alcoólica brasileira. As bebidas alcoólicas são bebidas que contêm etanol em sua composição, produzido pela fermentação de açúcares contidos em frutas, grãos ou caules como a cana-de-açúcar. Na maior parte dos países trata-se de uma droga lícita, muito embora seja uma droga psicoativa do tipo depressora e haja restrições para seu consumo em diversos níveis, especialmente no que tange a idade legal para seu consumo. O consumo excessivo de bebidas alcoólicas leva à embriaguez e à ressaca, podendo levar ainda o indivíduo a desenvolver doenças como o alcoolismo, cirrose hepática e mais de 10 tipos distintos de câncer. Apesar dos malefícios causados à saúde humana e das milhares de mortes que o álcool causa no trânsito, muitos países ainda permitem a publicidade de bebidas alcoólicas e o álcool é costumeiramente celebrado por jovens e pela música. Pessoas que não ingerem bebidas alcoólicas são chamadas de abstêmios.
No Egito e na Babilônia foram encontrados relatos de sua utilização, datados de 6 000 anos atrás. Foram os árabes que incluíram a destilação, aumentando assim a eficácia das bebidas, na Idade Média. No entanto, existe uma grande diversidade de atitudes diante das bebidas alcoólicas. Se, para alguns, as bebidas alcoólicas fazem parte do dia a dia e das principais comemorações além de constituírem importante fonte de renda e de impostos , para outros, notadamente as civilizações que seguem a religião islâmica, as bebidas alcoólicas são estritamente proibidas.
Foi comprovado que o consumo não moderado de álcool está associado a um maior risco de doença de Alzheimer e outras doenças senis, angina de peito, fraturas e osteoporose, diabetes, úlcera duodenal, cálculo biliar, hepatite A, linfomas, pedras nos rins, Transtorno Bipolar, síndrome metabólica, câncer no pâncreas, doença de Parkinson, artrite reumática e gastrite. O consumo não moderado também pode dificultar a memória e o aprendizado, e até piora a pontuação em testes de QI. Todavia, um estudo sobre vinhos publicado na American Journal of Clinical Nutrition descobriu que vinhos sem álcool possuem os mesmos benefícios do vinho comum, e que o álcool pode reduzir os benefícios. Acredita-se que sejam os flavonoides presentes no vinho da uva que protegem contra doenças do coração e alguns tipos de câncer. Porém, um estudo recente veio demonstrar que o consumo de álcool é culpado por mais casos de cancro do que se julgaria. Segundo o estudo, mais de casos de câncer da mama e quase casos de câncer da boca estariam relacionados com o hábito do consumo de álcool na Austrália.
O teor alcoólico ou gradação alcoólica expressa a percentagem de álcool em um líquido. Em relação a bebidas alcoólicas este percentual é expresso em teor volumétrico medido com o densímetro. A maior ou menor dose calórica das bebidas está associada à quantidade de álcool e de açúcares por ml. Entretanto, quem se preocupa com as calorias não deve se orientar somente pela relação kcal ml, mas sim pela quantidade de doses que consome. Por exemplo, beber cerveja pode levar ao maior consumo de calorias do que ingerir vodka, visto que comumente consumimos maiores doses de cerveja e geralmente em maior quantidade. Por outro lado, pesquisas indicam que o efeito térmico da digestão do álcool é notadamente mais elevado que o de outros macronutrientes, permitindo a ingestão controlada de bebidas alcoólicas mesmo em dietas de perda de peso e ou ganho muscular.
Consumo moderado de álcool é o termo usado para se referir ao uso de bebidas alcoólicas que não ultrapassa o limite estabelecido. Também são usados os termos consumo responsável e consumo inteligente. No entanto, não existe um padrão único adotado no mundo. Cada país segue parâmetros diferentes. Segundo o instituto norte-americano NIAAA National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism , o consumo moderado tem limites diferentes para homens, mulheres e idosos. Homens no máximo 4 doses por dia ou 14 doses por semana Mulheres e idosos 65 anos ou mais no máximo 3 doses por dia ou 7 doses por semana. Já para a OPAS Organização Pan-Americana da Saúde , o padrão é de, no máximo, 20g de álcool por dia. Uma latinha de cerveja com 350ml tem, por exemplo, 14g de álcool. Assim como uma dose de destilado com 45ml e uma taça de vinho com 150ml de bebida. Se o consumo de bebida alcoólica ultrapassar o limite estabelecido, pode trazer consequências nocivas como comportamento violento, no curto prazo, e consumo abusivo e dependência de bebida alcoólica, no longo prazo.
O mercado publicitário da indústria do álcool é um dos mais rentáveis do mercado brasileiro, movimentando segundo análise de 2008 cerca de 1 bilhão de reais ano, mas no entanto fazendo com que cada vez mais adolescentes busquem auxílio para se manterem longe da bebida Os aspectos nocivos do álcool incitam debates sobre a publicidade do setor, que hoje possui regras cada vez mais rígidas. Mas, apesar disso, inúmeras celebridades figuram em anúncios de bebidas alcoólicas num mercado extremamente competitivo.
Portal de Saúde da UE - lcool Categoria Drogas depressorasO Brasil Colônia, ou Brasil colonial, existiu entre o século XVI e o início do XIX, quando o atual território brasileiro abrigava colônias do Reino de Portugal, fazendo parte de um conceito mais amplo a América Portuguesa. Brasil Colônia Colonial não se remete a uma entidade única, ao atual país, mas são termos anacrônicos, categorias da análise historiográfica baseadas no Estado do Brasil uma província ultramarina do Reino de Portugal , referindo-se às colônias na América Portuguesa que passaram a integrar, em 1815, o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. O processo de colonização durou da primeira metade do século XVI até a primeira metade do século XIX, tendo variações geográficas ao longo de seus quase três séculos de existência, como a existência do Estado do Maranhão, criado em 1621 a partir da repartição norte da América Portuguesa, que foi incorporado ao Estado do Brasil em 1775. Portanto, o termo Brasil Colônia é anacrônico e meramente indicativo do período histórico colonial. Durante este período, nunca o atual território brasileiro teve o título ou designação oficial de colônia. Igualmente, nunca foram utilizadas outras designações hoje frequentemente usadas como referência do Brasil colonial, como Principado do Brasil, Vice-Reino do Brasil ou Vice-Reinado do Brasil. Durante o processo de colonização, o atual Brasil teve apenas duas designações oficiais Estado do Brasil e Reino do Brasil. Antes de 1500 ano da chegada dos europeus , o território que hoje é chamado de Brasil era habitado por indígenas. Em contraste com as fragmentadas possessões espanholas vizinhas, as possessões portuguesas, construídas na América do Sul, mantiveram a sua unidade e integridade territorial e linguística mesmo após a independência, dando origem ao maior país da região. A grandeza do atual território brasileiro, construída desde o período colonial, foi resultado da interiorização da metrópole portuguesa no território sul-americano, especialmente após o descobrimento de ouro nos sertões. A economia do período colonial brasileiro foi caracterizada pelo tripé monocultura, latifúndio e mão de obra escrava, e, apesar das grandes diferenças regionais, manteve-se, no período colonial, a unidade linguística, tendo se formado, nessa época, o povo brasileiro, junção e miscigenação de europeus, africanos e indígenas do Brasil, formando uma cultura autóctone característica.
A chegada dos europeus na América 1492 e o Tratado de Tordesilhas 1494 consolidaram o domínio espanhol no Atlântico Norte e restava a Portugal explorar o Atlântico Sul além da costa africana e encontrar o caminho para as ndias pelo sul do Bojador. A viagem de Cabral às ndias de 1500 depois do retorno de Vasco da Gama tinha a missão de consolidar o domínio português naquela região e os contatos comerciais iniciados por Vasco da Gama em Calecute. Como escreve Charles Ralph Boxer 2002, p. 98-100 Ficheiro Pedro Alvares Cabral.jpg miniaturadaimagem Pedro lvares Cabral desembarcou em Porto Seguro no litoral sul da Bahia em 22 de abril de 1500, tornando a região colônia do Reino de Portugal. Em oposição a este pressuposto há historiadores que defendem a hipótese de que os conhecimentos de Martin Behaim teriam sido decisivos para salvaguardar a Terra Firma os territórios do Brasil das ambições espanholas, delineando uma estratégia astuciosa de despiste a fim de os dissuadir de tal pretensão abrindo-lhes as portas à exploração na América do Sul de espaços de menor interesse do Estado. Estavam cientes de que os territórios do Brasil eram bem mais frutuosos. O negócio da tal madeira vermelha não era, nem de perto nem de longe, o que maior interesse tinha. De 1500 a 1530, o contato dos portugueses com o Brasil pareceu limitar-se a expedições rápidas para coleta e transporte de pau-brasil e também de patrulha. Já devia ter ocorrido, no entanto, algumas tentativas de colonização, pois em 15 de julho de 1526 o rei D. Manuel I autorizou Pero Capico, capitão de uma capitania do Brasil, a regressar a Portugal porque lhe era acabado o tempo de sua capitania. A Capico, que era técnico de administração colonial, tinha sido confiada a Feitoria de Itamaracá, no atual estado de Pernambuco. Em 1531, devido à ameaça francesa, o rei Dom João III designou o fidalgo Martim Afonso de Sousa para comandar uma expedição ao Brasil. No ano seguinte, é fundada a vila de São Vicente. Também em 1532, Bertrand d Ornesan, o barão de Saint Blanchard, tentou estabelecer um posto de comércio em Pernambuco. Com o navio A Peregrina, pertencente ao nobre francês, o capitão Jean Duperet tomou a Feitoria de Igarassu e a fortificou com vários canhões, deixando-a sob o comando de um certo senhor de La Motte. Meses depois, na costa da Andaluzia na Espanha, os portugueses capturaram a embarcação francesa, que estava atulhada com 15 mil toras de pau-brasil, três mil peles de onça, 600 papagaios e 1,8 tonelada de algodão, além de óleos medicinais, pimenta, sementes de algodão e amostras minerais. E no exato instante em que A Peregrina era apreendida no mar Mediterrâneo, o capitão português Pero Lopes de Sousa combatia os franceses em Pernambuco. Retomada a feitoria, os soldados franceses foram presos e La Motte foi enforcado. Após ser informado da missão que A Peregrina realizara em Pernambuco, Dom João III decidiu começar a colonização do Brasil, dividindo o seu território em capitanias hereditárias.
Desembarque de Pedro lvares Cabral em Porto Seguro no ano de 1500. leo sobre tela de Oscar Pereira da Silva 1922 . O litoral norte brasileiro foi visitado por Vicente Yá ez Pinzón e Diego de Lepe em janeiro e fevereiro do ano de 1500, respectivamente. Segundo algumas fontes, Pinzón, teria sido o primeiro europeu a chegar ao território agora chamado Brasil, atingindo o Cabo de Santo Agostinho no litoral de Pernambuco em 26 de janeiro de 1500. Apesar das controvérsias acerca dos locais exatos de desembarque dos navegadores espanhóis, os seus contatos com os índios potiguares foram violentos. Contudo, a navegação de navios espanhóis ao longo da costa americana não produziu consequências. A chegada de Pinzón pode ser vista como um simples incidente da expansão marítima espanhola. A terra de Vera Cruz, que hoje corresponde ao Brasil, foi reivindicada pelo Império Português em 22 de abril de 1500, com a chegada da frota portuguesa comandada por Pedro lvares Cabral a Porto Seguro. A primeira expedição com objetivo exclusivo de explorar o território localizado por Cabral foi a frota de três caravelas comandadas por Gonçalo Coelho, que zarpou de Lisboa em 10 de maio de 1501, levando a bordo Américo Vespúcio possivelmente por indicação do banqueiro florentino Bartolomeu Marchionni , autor do único relato conhecido dessa viagem e que até poucas semanas antes servia os Reis Católicos da Espanha.
Indiretamente, a concorrência entre franceses e portugueses deixou marcas na costa brasileira. Foram construídas fortificações por ambas as facções nos trechos mais ricos e proveitosos para servir de proteção em caso de ataque e para armazenamento do pau-brasil à espera do embarque. As fortificações não duravam muito, apenas alguns meses, o necessário para que se juntasse a madeira e embarcasse. Obrigados a trabalhar como escravos até a morte, os nômades eram feitos reféns de suas próprias armas. A exploração do pau-brasil era uma atividade que tinha necessariamente de ser nômade, pois a floresta era explorada intensivamente e rapidamente se esgotava, não dando origem a nenhum núcleo de povoamento regular e estável. E foram justamente a instabilidade e a insegurança do domínio português sobre o atual Brasil que estiveram na origem direta da expedição de Martim Afonso de Sousa, nobre militar lusitano, e a posterior cessão dos direitos régios a doze donatários, sob o sistema das capitanias hereditárias.
Um engenho de açúcar em Pernambuco colonial, por Frans Post. A colonização européia foi efetivamente iniciada em 1534, quando D. João III dividiu o território em quatorze capitanias hereditárias, doadas a doze donatários, que podiam explorar os recursos da terra, mas ficavam encarregados de povoar, proteger e estabelecer o cultivo da cana-de-açúcar os direitos e deveres dos capitães-donatários eram regulamentados pelas cartas de foral, servindo o Foral da Capitania de Pernambuco ou Nova Lusitânia de modelo aos forais das demais capitanias. No entanto esse arranjo se mostrou problemático, uma vez que apenas as capitanias de Pernambuco e São Vicente prosperaram e entre 1534 e 1536 ocorreu o primeiro conflito entre portugueses e espanhóis na América Latina, a Guerra de Iguape. Então, em 1549 o rei atribuiu um governador-geral para administrar toda a América Portuguesa. Os portugueses assimilaram algumas das tribos nativas, enquanto outras foram escravizadas ou exterminadas por doenças europeias para as quais não tinham imunidade, ou em longas guerras travadas nos dois primeiros séculos de colonização, entre os grupos indígenas rivais e seus aliados europeus. O açúcar era um produto de grande aceitação na Europa, onde alcançava grande valor de venda. Após as experiências positivas de cultivo na atual região Nordeste, com a cana adaptando-se bem ao clima e ao solo, teve início o plantio em larga escala. Seria uma forma de Portugal lucrar com o comércio, além de começar o povoamento de sua colônia americana. Em meados do século XVI, quando o açúcar de cana tornou-se o mais importante produto de exportação da colônia, os portugueses deram início à importação de escravos africanos, comprados nos mercados escravistas da frica ocidental e trazidos, inicialmente, para lidar com a crescente demanda internacional do produto, durante o chamado ciclo do açúcar. No início do século XVII, Pernambuco, então a mais próspera das capitanias, era a maior e mais rica área de produção de açúcar do mundo.
A costa brasileira, sem marca de presença portuguesa além de uma ou outra feitoria abandonada, era terra aberta para os navios do corso os corsários de nações não contempladas na divisão do mundo no Tratado de Tordesilhas. Há notícias de corsários holandeses e ingleses, mas foram os franceses os mais ativos na costa brasileira. Para tentar evitar estes ataques, Portugal organizou e enviou ao atual Brasil as chamadas expedições guarda-costas, em 1516 e 1526, com poucos resultados. corsária de René Duguay-Trouin na baía de Guanabara, em Setembro de 1711, durante a Batalha do Rio de Janeiro. De qualquer forma, os franceses se incomodaram com as expedições de Cristóvão Jacques, encarregado das expedições guarda-costas, achando-se prejudicados e sem que suas reclamações fossem atendidas, Francisco I 1515-1547 , então Rei da França, deu a Jean Ango, um corsário, uma carta de marca que o autorizava a atacar navios portugueses para se indenizar dos prejuízos sofridos. Isso fez com que D. João III, rei de Portugal, enviasse a Paris António de Ataíde, o conselheiro de estado, para obter a revogação da carta, o que foi feito, segundo muitos autores, à custa de presentes e subornos. Logo recomeçaram as expedições francesas. O rei francês, em guerra contra o imperador Carlos V, do Sacro Império Romano-Germânico podia moderar os súditos, pois sua burguesia tinha interesses no comércio clandestino e porque o governo dele se beneficiava indiretamente, já que os bens apreendidos pelos corsários eram vendidos por conta da Coroa. As boas relações continuariam entre França e Portugal, e da missão de Rui Fernandes em 1535 resultou a criação de um tribunal de presas franco-português na cidade de Baiona, embora de curta duração, suspenso pelas divergências nele verificadas. Henrique II, rei da França filho de Francisco I , iria proibir em 1543 expedições a domínios de Portugal. Até que se deixassem outra vez tentar e tenham pensado numa França Antártica, uma efêmera colônia estabelecida no Rio de Janeiro, ou numa França Equinocial, quando fundaram no Maranhão o povoado que deu origem à cidade de São Luís.
Batalhas dos Guararapes, episódios decisivos na Insurreição Pernambucana, são consideradas a origem do Exército Brasileiro. Ignorando o Tratado de Tordesilhas de 1494, os portugueses, através de expedições conhecidas como bandeiras, paulatinamente avançaram sua fronteira colonial na América do Sul para onde se situa a maior parte das atuais fronteiras brasileiras, tendo passado os séculos XVI e XVII defendendo tais conquistas contra potências rivais europeias. Desse período destacam-se os conflitos que rechaçaram as incursões coloniais francesas no Rio de Janeiro em 1567 e no Maranhão em 1615 e expulsaram os holandeses do nordeste Nova Holanda , sendo o conflito com os holandeses parte integrante da Guerra Luso-Holandesa. As invasões francesas do Brasil registram-se desde os primeiros tempos da colonização portuguesa, chegando até ao ocaso do século XIX. Inicialmente dentro da contestação de Francisco I de França ao Tratado de Tordesilhas, ao arguir o paradeiro do testamento de Adão e incentivar a prática do corso para o escambo do pau-brasil C salpinia echinata , ainda no século XVI evoluiu para o apoio às tentativas de colonização no litoral do Rio de Janeiro 1555 e na costa do Maranhão 1594 . Entre os anos de 1630 e 1654, o Nordeste brasileiro foi alvo de ataques e fixação de neerlandeses. Interessados no comércio de açúcar, os neerlandeses implantaram um governo no território. Sob o comando de Maurício de Nassau, permaneceram lá até serem expulsos em 1654. Nassau desenvolveu diversas obras em Pernambuco, modernizando o território. Durante o seu governo, Recife foi a mais cosmopolita cidade de toda a América.
Guerra dos Emboabas, autor desconhecido . Zumbi dos Palmares, herói da resistência negra contra a escravidão. Em função da exploração exagerada da metrópole, ocorreram várias revoltas e conflitos neste período Guerra de Iguape Ocorreu entre os anos de 1534 e 1536, na região de São Vicente, São Paulo. A força portuguesa, liderados por Pero de Góis, ao desembarcar na barra de Icapara, em Iguape, foram recebidos sob o fogo da artilharia, sendo desbaratada, em um local conhecido como entrincheiramento de Iguape. Na retirada, os sobreviventes foram surpreendidos pelas forças espanholas emboscadas na foz da barra do Icapara, onde os remanescentes pereceram, sendo gravemente ferido o seu capitão Pero de Góis, por um tiro de arcabuz. No dia seguinte, Ruy Garcia de Moschera e o Bacharel de Cananeia, aliados aos espanhóis, embarcaram em um navio francês, capturado em Cananeia e atacaram a vila de São Vicente, que saquearam e incendiaram, deixando-a praticamente destruída, matando dois terços dos seus habitantes. Foi o primeiro confronto entre europeus portugueses e espanhóis na América do Sul Insurreição Pernambucana ocorreu no contexto da ocupação holandesa, culminando com a expulsão dos holandeses da região Nordeste do país Guerra dos Emboabas os bandeirantes paulistas queriam exclusividade na exploração do ouro nas minas que encontraram Entraram em choque com os imigrantes reinóis ou seja vindos da metrópole portuguesa que estavam explorando o ouro das minas Guerra dos Mascates que se registrou de 1710 a 1711 na então Capitania de Pernambuco. Guerra Guaranítica espanhóis e portugueses apoiados pelos ingleses entram em conflito com os índios guaranis catequizados pelos jesuítas, de 1751 a 1758 Revolta de Filipe dos Santos ocorrida em Vila Rica, representou a insatisfação dos donos de minas de ouro com a cobrança do quinto e das Casas de Fundição. O líder Filipe dos Santos Freire foi preso e condenado à morte pela coroa portuguesa Revolta de Beckman Ocorreu em fevereiro de 1684, no Estado do Grão-Pará e Maranhão, liderado pelos irmãos Manuel e Tomas Beckman, apenas reivindicando melhorias na administração colonial, o governo português reprimiu violentamente o movimento Inconfidência Mineira 1789 liderada por Tiradentes, os inconfidentes mineiros eram contra a execução da Derrama e o domínio português. O movimento foi descoberto pelo Rainha de Portugal na época D.Maria I e os líderes condenados Conjuração Baiana 1798 Também conhecida como Revolta dos Alfaiates. Revolta de caráter emancipacionista ocorrida na então Capitania da Bahia. Foi punida duramente pela Coroa de Portugal.
Largo do Pelourinho em Salvador, capital colonial entre 1549 e 1763. Ficheiro Muzzi reedificacao recolhimento parto.jpg miniaturadaimagem esquerda Pintura de Francisco Muzzi, sobre a reconstrução do Recolhimento de Nossa Senhora do Parto, onde se vê Mestre Valentim entregando os planos de reconstrução ao Vice Rei D. Luis de Vasconcelos 1789 . Prevendo a possível invasão do território por potências rivais, a Coroa portuguesa inicia no Brasil um método administrativo já utilizado no Arquipélago da Madeira a capitania. A instalação das primeiras capitanias no litoral brasileiro traz consigo uma consequência trágica os conflitos com os indígenas do litoral que, se até então foram aliados de trabalho, neste momento passam a ser um entrave, uma vez que disputavam com os recém-chegados o acesso às melhores terras. Destes conflitos entre portugueses e ameríndios o saldo é a mortandade indígena causada por confrontos armados ou por epidemias diversas. Em 1548, após a tentativa fracassada de estabelecer as capitanias hereditárias, a coroa portuguesa estabeleceu em suas possessões coloniais na América um Governo-Geral como forma de centralizar a administração, tendo mais controle da colônia. O primeiro governador-geral foi Tomé de Sousa, que recebeu a missão de combater os indígenas rebeldes, aumentar a produção agrícola na colônia, defender o território e procurar jazidas de ouro e prata. Também começavam a existir câmaras municipais, órgãos políticos compostos pelos homens bons. Estes eram os ricos proprietários que definiam os rumos políticos das vilas e cidades. O povo não podia participar da vida pública nesta fase. As instituições municipais eram compostas por um alcaide que tinha funções administrativas e judiciais, juízes ordinários, vereadores, almotacés e os homens bons. As juntas do povo decidiam sobre diversos assuntos da Capitania. Salvador, fundada em 1549, foi a primeira sede do Estado do Brasil, situada na entrada da Baía de Todos-os-Santos, uma região bastante acidentada do litoral. A escolha do local teve como objetivo criar uma administração centralizada para o estado colonial português, em um ponto mais ou menos equidistante das extremidades do território e com favoráveis condições de assentamento e defesa e teve também relação com a economia açucareira, uma vez que a Capitania de Pernambuco era o principal centro produtivo da colônia. Em 1572, foi criado a unidade administrativa Governo do Norte com capital em Salvador, durante o reinado de Dom Manuel União Ibérica Dinastia Filipina , sendo extinto em 1577, cessando o sistema dual, ficando o Rio de Janeiro novamente subordinado a Bahia. Foi então nomeado governador-geral e uno Lourenço da Veiga. Na época de 1615, o fidalgo Alexandre de Moura, inicia a proteção e colonização da região amazônica, realizando a conquista da foz do rio Amazonas, batizando a região indígena do extremo-norte chamada Mairi moradia dos indígenas Tupinambás e Pacajás sob comando do cacique Guaimiaba no território colonial português Conquista do Pará ou Império das Amazonas 1615 1621 , localizado na então Capitania do Maranhão 1534-1621 . Em 1616, na tentativa de assegurar o domínio na Amazônia Oriental e proteger a região das incursões de holandeses e ingleses em busca de especiarias como as drogas do sertão , os portugueses através da expedição militar Feliz Lusitânia, comandada por capitão Francisco Caldeira Castelo Branco, fundaram próximo ao igarapé do Piry ou Bixios do Pirizal em 12 de janeiro de 1616 a mando do rei da União Ibérica Dinastia Filipina Dom Manuel I o fortim em madeira chamado Forte do Presépio e a capela da padroeira Nossa Senhora de Belém ou Santa Maria de Belém, iniciando o povoado colonial homônimo à expedição militar atual cidade paraense de Belém , próximo ao entreposto comercial do cacicado marajoara . A partir de 1577 Salvador voltou a ser capital geral colonial por mais de dois séculos, porém, durante a primeira das Invasões holandesas no Brasil, o então Governador de Pernambuco Matias de Albuquerque foi nomeado Governador-Geral do Estado do Brasil, administrando a colônia a partir de Olinda entre 1624 e 1625. Em 1763, a sede do governo colonial foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro. Ressalte-se que, com a ascensão de outras regiões econômicas, outros estados coloniais foram criados, como o Estado do Maranhão e Piauí e o Estado do Grão-Pará e Rio Negro, com capitais respectivamente em São Luís e Belém. Desta forma, administrativamente, o território colonial português no atual Brasil dispôs de cinco sedes até 1775 Salvador, Olinda e Rio de Janeiro no Estado do Brasil São Luís no Estado do Maranhão e Piauí e Belém no Estado do Grão-Pará e Rio Negro. Evolução territorial do Brasil no período colonial Ficheiro Brazil 1534 .svg 1534Capitanias hereditárias Ficheiro Mapa-brasil-1616 -Criação-Capitania do Maranhão-Capitania do Grão-Pará.png Década de 1610 Ficheiro Brazil 1572 .svg 1621Dois estados Ficheiro Brazil 1709 .svg 1709Expansão além do Tratado de Tordesilhas Ficheiro Brazil 1789 .svg 1815Fim do período colonial
Olinda foi o local mais rico do Brasil Colonial da sua criação até a Invasão Holandesa, quando foi depredada. A base da economia colonial era o engenho de açúcar. O senhor de engenho era um fazendeiro proprietário da unidade de produção de açúcar. Utilizava a mão de obra africana escrava e tinha como objetivo principal a venda do açúcar para o mercado europeu. Além do açúcar, destacou-se, também, a produção de tabaco e de algodão. As plantações ocorriam no sistema de plantation, ou seja, eram grandes fazendas produtoras de um único produto, utilizando mão de obra escrava e visando o comércio exterior. O Brasil se tornou o maior produtor mundial de açúcar nos séculos XVI e XVII. As principais regiões açucareiras eram Pernambuco, Bahia e São Vicente São Paulo . O Pacto Colonial imposto pelo Reino de Portugal estabelecia que os estados coloniais localizados no atual Brasil só podiam fazer comércio com a metrópole, não devendo concorrer com produtos produzidos lá. Logo, o Brasil não podia produzir nada que a metrópole produzisse. O monopólio comercial foi, de certa forma, imposto pelo governo da Inglaterra a Portugal, com o objetivo de garantir mercado aos comerciantes ingleses. A Inglaterra havia feito uma aliança com Portugal, oferecendo apoio militar em meio a uma guerra pela sucessão da Coroa Espanhola e ajuda diplomática a Portugal e em troca os portugueses abriram seus portos a manufaturas britânicas, já que Portugal não tinha grandes indústrias. Nessa época, Portugal e suas colônias, inclusive o Brasil, foram abastecidas com tais produtos. Portugal se beneficiava do monopólio, mas o país era dependente comercialmente da Inglaterra. O Tratado de Methuen foi uma das alianças luso-britânicas. A colônia vendia metais, produtos tropicais e subtropicais a preços baixos, estabelecidos pela metrópole, e comprava dela produtos manufaturados e escravos a preços bem mais altos, garantindo assim o lucro de Portugal em qualquer das transações.
Ouro Preto, uma das principais vilas formadas durante o ciclo do ouro. A cidade preserva sua arquitetura colonial e é Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade. Foram os bandeirantes os responsáveis pela ampliação do atual território brasileiro além do tratado de Tordesilhas. Os bandeirantes penetravam além da linha fronteiriça imposta pelo tratado, procurando índios para aprisionar e jazidas de ouro e diamantes. Foram os bandeirantes que encontraram as primeiras minas de ouro nas regiões dos atuais estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Brasileiro da época do ciclo do ouro. Brasil, século XVIII. Ao final do século XVII, as exportações de açúcar brasileiro começaram a declinar, mas a descoberta de ouro pelos bandeirantes na década de 1690, abriu um novo ciclo para a economia extrativista da colônia, promovendo uma febre do ouro no Brasil, que atraiu milhares de novos colonos, vindos não só de Portugal, mas também de outras colônias portuguesas ao redor do mundo, o que por sua vez acabou gerando conflitos como a Guerra dos Emboabas , entre os antigos colonos e os recém-chegados. Após a descoberta das primeiras minas de ouro, o rei de Portugal tratou de organizar sua extração. Interessado nesta nova fonte de lucros, já que o comércio de açúcar passava por uma fase de declínio, ele começou a cobrar o quinto do ouro, imposto equivalente a um quinto 20 de todo o ouro que fosse encontrado no Brasil. Esse imposto era cobrado nas casas de fundição de ouro dessa forma, a cobrança dos impostos era mais rigorosa. Prisão de Tiradentes, o único condenado à morte pelo envolvimento com a Inconfidência Mineira. 197x197px A descoberta de ouro e o início da exploração das minas nas regiões auríferas Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás provocaram uma verdadeira corrida do ouro para estas regiões. Procurando trabalho na região, desempregados de várias regiões do Império Português partiram em busca do sonho de ficar rico da noite para o dia. Cidades começaram a surgir e o desenvolvimento urbano e cultural aumentou muito nestas regiões. Foi neste contexto que apareceu um dos mais importantes artistas plásticos do Brasil o Aleijadinho. Vários empregos surgiram nestas regiões, diversificando o mercado de trabalho na região aurífera. Para acompanhar o desenvolvimento da região sudeste da colônia, e impedir a evasão fiscal e o contrabando de ouro, Portugal transferiu a capital do Estado do Brasil para o Rio de Janeiro. Para garantir a manutenção da ordem colonial interna, além da defesa do monopólio de exploração econômica do Brasil, o foco da administração colonial portuguesa se concentrou em manter sob controle e erradicar as principais formas de rebelião e resistência dos escravos a exemplo do Quilombo dos Palmares e em reprimir todo movimento por autonomia ou independência política como a Inconfidência Mineira . No final de 1807, forças espanholas e francesas ameaçaram a segurança de Portugal Continental, fazendo com que o Príncipe Regente D. João, em nome da rainha Maria I, transferisse a corte real de Lisboa para o Brasil. O estabelecimento da corte portuguesa trouxe o surgimento de algumas das primeiras instituições brasileiras, como bolsas de valores locais e um banco nacional, e acabou com o monopólio comercial que Portugal mantinha sob o Brasil, liberando as trocas comerciais com outras nações, o que pôs fim ao período colonial brasileiro.
Igreja de São Francisco em Salvador, Bahia, uma das mais ricas expressões do barroco brasileiro. Ficheiro Velho entregando carta de amor à uma mulher mulata. Obra de Carlos Julião.jpg miniaturadaimagem Velho entregando carta de amor a uma jovem mulata. Obra de Carlos Julião. Século XVIII. Os naturais do Brasil eram portugueses diferenciavam-se dos ameríndios e dos escravos que não tinham direitos de cidadania. Nesta época o vocábulo brasileiro designava apenas o nome dos comerciantes de pau brasil. Só depois da independência do Brasil se pode diferenciar brasileiros e portugueses, visto que é um anacronismo chamar brasileiro a quem morreu português antes da independência. Distinguia-se o cidadão português natural do Brasil dos outros portugueses da metrópole e províncias ultramarinas português de Angola, português de Macau, português de Goa, etc. designando-o de Português do Brasil, Luso Americano ou pelo nome da cidade de nascimento. A partir do o termo reinóis era usado popularmente no Brasil para designar os portugueses nascidos em Portugal e os distinguir daqueles nascidos no Brasil. Dentro do Brasil podiam-se diferenciar os cidadãos em nível regional, por exemplo os pernambucanos dos baianos, no entanto a nível nacional e a nível internacional eram todos conhecidos como portugueses. Os escravos davam o nome de mazombo aos filhos de portugueses nascidos no Brasil, e mais tarde a qualquer europeu. A sociedade no período açúcar era marcada pela grande diferenciação social. No topo da sociedade, com poderes políticos e econômicos, estavam os senhores de engenho. Abaixo, aparecia uma camada média formada por pessoas livres feitores, capatazes, padres, militares, comerciantes e artesãos e funcionários públicos. E na base da sociedade estavam os escravos, de origem africana, tratados como simples mercadorias e responsáveis por quase todo trabalho desenvolvido na colônia. Casa-grande típica A casa-grande era a residência da família do senhor de engenho. Nela moravam, além da família, alguns agregados. O conforto da casa grande contrastava com a miséria e péssimas condições de higiene das senzalas habitações dos escravos . Era uma sociedade patriarcal, pois o senhor de engenho exercia um grande poder social. As mulheres tinham poucos poderes e nenhuma participação política, deviam apenas cuidar do lar e dos filhos.
Frutas brasileiras, por Albert Eckhout século XVII Os portugueses que vieram para o Brasil tiveram que alterar seus hábitos alimentares. O trigo, por exemplo, foi substituído pela farinha de mandioca, o mais importante alimento da colônia. A mandioca, de origem indígena, foi adotada no Brasil por africanos e portugueses, sendo usada para fazer bolos, sopas, beijus ou simplesmente para se comer misturada ao açúcar. Além da farinha, no engenho também se consumiam carne-seca, milho, rapadura, arroz, feijão e condimentos como pimenta e azeite de dendê. As verduras, as frutas, a manteiga e os queijos eram raros e só entravam na alimentação dos ricos. Mas não faltavam doces, que eram consumidos em grande quantidade, tanto no campo como nas cidades. Alimentação diferente experimentaram os moradores de Recife e Olinda durante a invasão holandesa 1624-1625 e 1630-1654 , uma vez que vinha da Holanda o toucinho, manteiga, azeite, vinho, aguardente, peixe seco, bacalhau, trigo, carne salgada, fava, ervilha, cevada e feijão. Tanto nas casas mais humildes como nas dos senhores de engenho, as refeições eram feitas utilizando a mão, devido à ausência de garfo, este só começando a integrar o dia a dia a partir o . Outro costume de todas as classes era o de comer sentado no chão. As bebidas alcoólicas consumidas eram principalmente a bagaceira e o vinho, trazidos de Portugal. Nos engenhos de açúcar logo foi descoberto o vinho de cana, ou seja, o caldo de cana fermentado, muito apreciado pelos escravos. Na primeira metade do descobriu-se que os subprodutos da produção do açúcar, o melaço e as espumas, misturados com água fermentavam e podiam ser destilados obtendo-se a cachaça. Ela também podia ser fabricada com o vinho de cana. Devido ao baixo preço e facilidade de produção, aos poucos foi caindo no gosto da população, ao menos entre os escravos e as pessoas de baixo poder aquisitivo. Com o tempo, as classes abastadas foram paulatinamente também adotando a cachaça.
Ficheiro India tupi.jpg miniaturadaimagem ndia Tupi e seu filho. Obra de Albert Eckhout. Brasil, 1641. A tese mais aceita é que os povos indígenas do continente americano são descendentes de caçadores asiáticos que cruzaram o estreito de Bering passando da Sibéria para a América do Norte. Os mais antigos povoadores do atual território brasileiro chegaram há aproximadamente 12 mil anos. Contudo, foi encontrado em Lagoa Santa Minas Gerais o crânio de uma mulher de traços negroides, batizada de Luzia, que viveu há anos. Deste modo, alguns pesquisadores consideram provável que populações negroides também tenham vivido na América, e que estas foram exterminadas ou assimiladas pelos povos mongoloides muitos séculos antes da chegada dos europeus. Estima-se que, no início da colonização portuguesa, cerca de quatro milhões de ameríndios viviam no atual território brasileiro. Encontravam-se divididos em diversos grupos étnico-linguísticos tupi-guaranis região do litoral , macro-jê ou tapuias região do Planalto Central , aruaques Amazônia e caraíbas Amazônia .
O território brasileiro não foi imediatamente ocupado pelos portugueses a partir de sua chegada ao Brasil em 1500. A colonização começou somente a partir de 1532. Antes disso, havia apenas feitorias nas quais o pau-brasil era armazenado esperando os navios que vinham da Metrópole. Apenas alguns degredados, desertores e náufragos haviam se estabelecido em definitivo no Brasil, vivendo e se miscigenando com as tribos indígenas. Ao contrário do que muitos pensam, os primeiros colonos não foram só ladrões, assassinos ou prostitutas mandados para o Brasil. A maioria era composta por camponeses pobres, agregados de um pequeno nobre que vinha estabelecer engenhos e plantações de cana-de-açúcar no Brasil. Apenas alguns poucos eram criminosos, em geral pessoas perseguidas pela Igreja por sua falta de moral ou por cometerem pequenos delitos judeus, cristãos-novos, bígamos, sodomitas, padres sedutores, feiticeiras, visionários, blasfemadores, impostores de todas as espécies. Ficheiro Soldado se despede da moça que chora. Obra de Carlos Julião.jpg miniaturadaimagem Soldado do regimento de infantaria de Moura, de partida para o Brasil, despedindo-se de moça que chora. Obra de Carlos Julião c. 1767 .
Nos primeiros dois séculos de colonização XVI XVII , relativamente poucos portugueses migraram para o Brasil, não mais que cem mil. Em meados do século XVI, Portugal tinha uma população bastante pequena, de somente 1,5 milhão de habitantes, e os portugueses estavam empenhados em povoar as ilhas atlânticas e em se expandir da frica à sia, havendo pouco excedente populacional exportável. Ademais, a produção do açúcar no Brasil não era atrativa para os portugueses comuns, uma vez que o estabelecimento de um engenho exigia altos investimentos, com os quais apenas os mais abastados tinham condições de arcar. O Brasil era pouco atrativo para os portugueses mais pobres, pois não era do interesse dos camponeses europeus se submeterem ao trabalho massacrante nos engenhos de cana, trabalho este que acabou sendo exercido largamente por escravos. Na década de 1690, bandeirantes paulistas finalmente encontraram ouro no atual estado de Minas Gerais, ao longo de uma linha que se estende entre as atuais Ouro Preto e Diamantina. A notícia se espalhou e o povoamento de Minas deu-se muito rapidamente
Celebrações da Semana Santa em Pirenópolis, tradição do século XVIII com Moteto pelo Coro e Orquestra Nossa Senhora do Rosário Se por um lado a sociedade mineira transformou-se num importante fator de atração, Portugal passou a ter um forte fator de expulsão, especialmente na província do Minho. No século XVIII, a produção de milho espalhou-se no Norte de Portugal, melhorando significativamente a alimentação da população e, consequentemente, gerou taxas de crescimento populacional relativamente elevadas. Como a economia no Norte de Portugal era baseada na pequena propriedade rural, o crescimento da população forçou muitos portugueses mais pobres do Minho a migrarem para o Brasil, de modo a não sobrecarregar a economia local. O surto migratório que se deu de portugueses do Minho em direção às áreas mineradoras da colônia foi tão intenso que Portugal teve de baixar três leis proibindo a migração de pessoas do Noroeste português para o Brasil, nos anos de 1709, 1711 e 1720. Em relação à lei editada em 1720, autoridades portugueses afirmaram Tendo sido o mais povoado, o Minho hoje é um estado no qual não há pessoas suficientes para cultivar a terra ou prover para os habitantes. Segundo dados do IBGE, 600 mil portugueses migraram para o Brasil, entre 1701 e 1760. Celso Furtado estimou, para todo o século XVIII, um número entre 300 e 500 mil portugueses. Maria Luiza Marcilio apontou um número intermediário 400 mil. C. R. Boxer considerou esses números exagerados, que, para ele, seriam de 3 mil a 4 mil portugueses ao ano, no período mais movimentado da corrida do ouro. Após 1720, a imigração não teria superado 2 mil pessoas ao ano, devido à introdução do passaporte. De qualquer maneira, nunca haviam chegado tantos portugueses ao Brasil, até então. As ilhas dos Açores eram uma região mais pobre de Portugal e com excesso de habitantes. Em consequência, várias vezes o governo português recrutou grupos de açorianos e os enviou para regiões de fronteira. Entre 1748 e 1754, em torno de 6 mil açorianos foram enviados para Santa Catarina e Rio Grande do Sul, para garantirem a posse portuguesa da região, historicamente disputada com a Espanha. Em 1750, o Tratado de Tordesilhas deixou de vigorar com a assinatura do Tratado de Madri quando as Coroas estabeleceram novos limites fronteiriços para a divisão territorial nas colônias sul-americanas, onde rios e montanhas seriam usados para a demarcação. Em 1808, com a transferência da Coroa Portuguesa para o Brasil Colônia, foi oficialmente extinto o sistema administrativo de Governo-Geral. Também pôs fim ao pacto colonial, levando a Abertura dos Portos às Nações Amigas. Iniciou-se a integração política da Amazônia as capitais Belém e Manaus com o Estado do Brasil.
Ficheiro Sinagoga-kahal-zur-israel-recife.jpg miniaturadaimagem Sinagoga Kahal Zur Israel, em Recife. Primeira sinagoga das Américas. Os Judeus tinham importante participação na sociedade portuguesa desde a Idade Média. Na época do descobrimento do Brasil havia em Portugal um grande número de judeus, incluindo muitos que foram expulsos da Espanha em 1492. Em 1497 o rei D. Manuel I, pressionado pelos espanhóis, expulsa os judeus de Portugal, ao mesmo tempo em que determina que os judeus que se declarassem cristãos poderiam continuar no país tendo os mesmos direitos que os demais portugueses. Assim surgiu a figura do Cristão-Novo ou Criptojudeu, que se declarava cristão em público, mas continuava a praticar o judaísmo às escondidas..Consultado em 12 de Fevereiro de 2021. A partir de então os judeus portugueses passam a ser vitimas de vários atos de intolerância como, por exemplo, o massacre de Lisboa de 1506. Essa nova situação de perseguição religiosa fez com que muitos Judeus portugueses fugissem para o Brasil, vindo a fundar em Pernambuco a primeira Sinagoga da América, a Sinagoga Kahal Zur Israel. A colonização era um verdadeiro combate, pois além dos perigos naturais que a nova terra oferecia, os colonos tinham que enfrentar também as populações indígenas. Logo, cristãos-novos e cristãos-velhos, que na Europa generalizadamente se odiavam, por falarem ambos o português, por padecerem de vicissitudes análogas e encerrarem interesses comuns, praticamente se irmanam na conquista do solo brasileiro. Seria esta a única alternativa passível de sucesso. Muitos marranos e cristãos-novos participaram de alguma forma nas expedições que dilataram a colonização para o Norte, para o Oeste e para o Sul, pois participações importantes de elementos de sangue judeu são notadas nas conquistas do Rio Grande, do Rio de Janeiro, da Paraíba, de Sergipe e do Maranhão. Alguns Judeus dessa época se tornaram grandes senhores de engenho como o judeu Diogo Fernandes Santiago e sua esposa Branca Dias, que fez de sua casa um centro de ensino do Judaísmo. No século XVIII, com o desenvolvimento da mineração na colônia, milhares de portugueses se deslocaram para a região das Minas Gerais, entre eles, um número considerável de cristãos-novos. De fato, muitos desses cristãos-novos já não mantinham mais ligações com o judaísmo, mas, por serem ricos comerciantes e mineiros, eram acusados de praticar judaísmo por seus inimigos e acabavam tendo os seus bens confiscados. No final do século XVIII, já não havia mais relatos de pratica de judaísmo no Brasil. Todos haviam se convertido ao Cristianismo ou saído da colônia, o que faz com que muitos brasileiros atualmente possuam, mesmo sem saber, origens de judeus portugueses.
Entrada de escravos africanos no Brasil Período 1500-1700 1701-1760 1761-1829 1830-1855 Quantidade O tráfico internacional de escravos da frica subsaariana para o Brasil foi um movimento migratório, embora forçado. Seu início ocorreu na segunda metade do século XVI, e desenvolveu-se no século XVIII, atingiu seu ápice por volta de 1845 até ser extinto em 1850. Ficheiro Juliao11.JPG miniaturadaimagem Mulheres negras do Brasil colonial em dia de festa. Obra de Carlos Julião. Século XVIII. O tráfico negreiro foi uma atividade altamente lucrativa e contou, até 1850, com amparo legal. Iniciou oficialmente em 1559, quando a metrópole portuguesa decidiu permitir o ingresso de escravos vindos da frica no Brasil. Antes disso, porém, transações envolvendo escravos africanos já ocorriam no Brasil, sendo a escassez de mão de obra um dos principais argumentos dos colonos. A escravidão era utilizada nas mais desenvolvidas sociedades da frica Subsaariana antes mesmo do início do tráfico negreiro para a América e do envolvimento com as potências europeias. Escravos negros eram comumente transportados através do Saara e vendidos no norte da frica por mercadores muçulmanos. Estes escravos podiam ser pessoas capturadas nas guerras tribais, escravizadas por dívidas não pagas ou mesmo filhos de outros escravos por várias gerações. A necessidade de trabalhadores escravos na América aumentou a procura de escravos de modo que passaram a ser organizados grupos que entravam pelo interior da frica Subsaariana com o único propósito de capturar pessoas de outras nações para serem vendidas como escravos nos portos do litoral. A maior parte dos escravos africanos provinham de lugares como Angola, Guiné, Benim, Nigéria e Moçambique. Eram mais valorizados, para os trabalhos na agricultura, os negros Bantos ou Benguela ou Bangela ou do Congo, provenientes do sul da frica, especialmente de Angola e Moçambique, e tinham valor os vindo do centro oeste da frica, os negros minas ou da Guiné, que receberam este nome por serem embarcados no porto de São Jorge de Mina, na atual cidade de Elmina, e eram, por outro lado, mais aptos para a mineração, trabalho o qual já se dedicavam na frica Ocidental. Por ser a Bahia mais próxima da Costa da Guiné frica Ocidental do que de Angola, a maioria dos negros baianos são Minas. Os traficantes trocavam os escravos por produtos como fumo, armas e aguardentes. Os escravos comprados eram transportados nos chamados navios negreiros principalmente para as cidades do Rio de Janeiro, Salvador, Recife e São Luís. As péssimas condições sanitárias existentes nas embarcações, que vinham superlotadas, faziam com que muitos escravos morressem, entretanto, a maior parte das mortes ocorria no transporte desde o local de captura até o porto africano de embarque. Quando desembarcavam em solo brasileiro, os escravos africanos ficavam de quarentena enquanto recuperavam a saúde e engordavam para serem vendidos em praça pública. A maior parte ainda viajava a pé para as regiões mais distantes do interior onde havia minas ou plantações. Os escravos homens, jovens, mais fortes e saudáveis eram os mais valorizados. Havia um grande desequilíbrio demográfico entre homens e mulheres na população de escravos. No período 1837-1840, os homens constituíam 73,7 e as mulheres apenas 26,3 da população escrava. Além disto, os donos de escravos não se preocupavam com a reprodução natural dos escravizados, pois era mais barato comprar escravos recém trazidos pelo tráfico internacional do que gastar com a alimentação de crianças. Ao todo, entraram no Brasil aproximadamente quatro milhões de africanos na forma de escravos.
Ficheiro Frans Post - Vilarejo.jpg miniaturadaimagem Vilarejo da época do Brasil Holandês. Obra do pintor Frans Post. Durante a colonização, um número impreciso de pessoas com origens em outras partes do mundo, além de Portugal e do Continente Africano, se fixaram no território que hoje corresponde ao Brasil. Embora a presença espanhola no Brasil durante o período colonial tenha sido importante em algumas regiões específicas, ela foi frequentemente ignorada ou mesmo negada. O historiador Capistrano de Abreu, em seu clássico A História do Brasil, de 1883, chegou mesmo a afirmar que os espanhóis não tiveram nenhuma importância na formação histórica brasileira ou, se a tiveram, ela foi menor do que a dos franceses. O próprio IBGE afirma que houve um exagero da parte do autor. A presença de colonos espanhóis no Sul do Brasil foi histórica e demograficamente densa, como salienta o IBGE. Isto porque grande parte da região Sul do atual Brasil foi uma zona de disputa entre Portugal e a Espanha e, como não havia barreiras naturais impedindo a movimentação de pessoas exceto o Rio Uruguai a oeste , por séculos houve ali uma convivência frequentemente conflituosa entre lusos e hispânicos. O antropólogo Darcy Ribeiro escreveu que os gaúchos dos pampas Surgem da transfiguração étnica das populações mestiças de varões espanhóis e lusitanos com mulheres guarani, demonstrando a importância do elemento espanhol na formação da população na zona fronteiriça entre o Brasil, a Argentina e o Uruguai. Um estudo genético realizado pela FAPESP chegou mesmo a concluir que os espanhóis tiveram uma maior importância na formação étnica dos gaúchos do Sul do Brasil do que os próprios portugueses. Outro povo que se estabeleceu no Brasil colonial foi oriundo dos Países Baixos. Os neerlandeses invadiram diferentes partes do Brasil, a mais duradoura invasão ocorreu em Pernambuco, onde permaneceram por 24 anos de 1630 a 1654 . Existem mitos, especulações e até um certo romantismo em relação à presença holandesa no Brasil. Até hoje esse tema levanta discussões, quase sempre suscitando o imaginário de como seria o Brasil atualmente se tivesse sido colonizado pelos holandeses. Em relação a uma possível contribuição holandesa para a formação da população brasileira, não existem dados sobre quantos holandeses permaneceram no Nordeste após a retomada do domínio português na região, tampouco se eram em número suficiente para ter deixado algum legado minimamente importante após apenas 24 anos de presença. Um estudo genético, porém, abre a possibilidade de ter havido alguma contribuição holandesa para a formação da população do Nordeste, com base numa análise do cromossomo Y. Durante o período de dominação holandesa, não foram poucos os casamentos entre holandeses oficiais da WIC e brasileiras pertencentes a aristocracia açucareira da época, e ainda muito mais numerosas as uniões informais entre os praças da WIC com negras, índias, mestiças e brancas pobres. Autores do período afirmam não terem sido poucos os colonos holandeses livres que se dedicavam à agricultura. Os franceses também invadiram as regiões onde atualmente ficam parte do então Estado do Maranhão atual Maranhão e do Rio de Janeiro. Ficaram muito pouco tempo no Brasil, foram rapidamente expulsos, mas alguns deles deixaram filhos tidos com mulheres indígenas. Porém, assim como no caso dos holandeses, não existe nenhuma comprovação factível que os franceses tenham tido qualquer influência considerável na formação do povo brasileiro. Portugal sempre foi muito preocupado em impedir a entrada de europeus de outras nacionalidades no Brasil. Foi só em 1808, com o fim ao pacto colonial e a abertura dos portos transferência da Coroa Portuguesa ao Brasil e encerramento do Governo-Geral que foi permitida a entrada de cidadãos de outras nacionalidades no país. Até então, somente portugueses e escravos africanos podiam entrar de forma livre na colônia. Com a exceção da região de disputa de fronteira do Sul, onde a presença espanhola foi marcante, no resto do Brasil a presença de outros povos, além de portugueses e de africanos, foi bastante exígua. Tal fato só se alterou no século XIX, quando permitiu-se a migração de outros grupos para o país. O Brasil se mostrava muito diferente dos Estados Unidos. A Inglaterra não se preocupava em limitar a entrada de não ingleses nas suas colônias da América do Norte. Desde os primórdios da colonização do atual Estados Unidos, além dos ingleses, diferentes nacionalidades europeias para lá se deslocaram, como suecos, espanhóis, alemães, irlandeses, escoceses, holandeses, franceses, além de diversas etnias de escravos africanos. No Brasil, as origens da população colonial eram bem menos diversificadas, compostas basicamente de portugueses e de diferentes etnias africanas, além de índios. Todavia, os diferentes cruzamentos entre esses povos davam ao Brasil, desde o período colonial, um caráter de sociedade multi-étnica. A partir do século XIX, a população do Brasil se diversificou mais, quando para o país passou a se dirigir correntes migratórias de origens relativamente diversificadas. Todavia, mais de 80 do fluxo migratório para o Brasil veio de apenas três países Portugal, Itália e Espanha. Nos Estados Unidos, por outro lado, os imigrantes vinham de quase todos os cantos da Europa.
Nova Friburgo durante sua colonização 1820-1830 . Os primeiros grupos de imigrantes não lusos e não africanos chegaram ao Brasil, de forma organizada, somente depois da abertura dos portos de 1808. Excetuando os portugueses e alguns poucos estrangeiros que se tornaram súditos de Portugal, os primeiros imigrantes voluntários a vir para o Brasil após a abertura dos portos foram os chineses de Macau que chegaram ao Rio de Janeiro em 1808. Cerca de 300 chineses foram trazidos pelo governo do príncipe regente futuro rei Dom João VI com o objetivo de introduzir o cultivo de chá no Brasil. Eles tiveram importante participação na aclimatação de plantas feitas pelo recém-criado Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Entretanto, a mão de obra livre de imigrantes estrangeiros ainda era considerada dispensável pelos grandes fazendeiros. Na primeira metade do século XIX ainda desembarcaram no Brasil cerca de um milhão e 300 mil africanos subsaarianos, certamente o maior grupo de imigrantes recebido neste período. O primeiro movimento organizado, contratado pelo governo brasileiro, de imigrantes europeus foi a imigração suíça para a região serrana do Rio de Janeiro. Em 16 de maio de 1818, o príncipe regente baixou um decreto autorizando o agente do Cantão de Friburgo, Sebastião Nicolau Gachet, a estabelecer uma colônia de cem famílias de imigrantes suíços. Entre 1819 e 1820, chegaram ao Brasil 261 famílias de colonos suíços, 161 a mais do que havia sido combinado nos contratos, totalizando 1 686 imigrantes. A sua maioria era composta de suíços de cultura e língua francesa. Os imigrantes estabeleceram-se na fazenda do Morro Queimado, situada na então vila de Cantagalo. A região era conhecida pelo seu clima ameno e relevo acidentado, o mais semelhante que poderia haver no Rio de Janeiro com a Suíça. Muitos dos imigrantes suíços logo abandonaram seus lotes e se dispersaram por toda a região serrana e centro-norte do estado do Rio de Janeiro, em busca de terras férteis e mais acessíveis.
Posição e magnitude relativa dos estratos sociais no Brasil colonial. A classes dominantes, devido a seu pequeno tamanho, são representadas por uma linha. Conforme Darcy Ribeiro, em Teoria do Brasil 1975 , a estratificação social do Brasil Colônia era mais simples. Havia as classes dominantes, os livres e os escravos. As classes dominantes se dividiam em um patronato e em um patriciado burocrático. O primeiro compreendia, por um lado, um patronato senhorial, aqueles cujo poder decorria da propriedade de grandes fazendas de açúcar, por exemplo e minas como as de ouro, em Minas Gerais e, por outro, um patronato parasitário, dedicado ao comércio de escravos, à usura e à importação e exportação de mercadorias em geral. O patriciado burocrático, por sua vez, envolvia aqueles cujo poder advinha do exercício do mando político, na qualidade de agentes da potência colonial. Ocupavam cargos, entre eles os de governantes, comandantes militares e eclesiásticos de alto escalão. relevante ressaltar que os dois componentes da classe dominante patronato e patriciado , bem como os subdivisões do patronato, persistiram ao longo dos anos e existem no Brasil contemporâneo. Os livres eram um setor intermediário entre as elites dominantes e os escravos. Formavam um grupo pouco numeroso de pobres, mestiços e mulatos que sobreviviam em atividades auxiliares ou complementares, entre elas o pequeno artesanato, a pequena lavoura de subsistência, o pastoreio, entre outras. Também se engajavam em corpos militares, oficiais ou não, com fins à repressão de revoltas indígenas ou escravas como a destruição do quilombo dos Palmares por Domingos Jorge Velho . Os escravos, na base da pirâmide, eram o contingente mais numeroso.
Lista de governadores-gerais do Brasil Império Português Cronologia da colonização portuguesa na América Colonização portuguesa da América Colonização portuguesa da frica Estado da ndia Capitanias do Brasil Cronologia da colonização da América Descobrimento do Brasil Estado do Brasil Estado do Maranhão História do Brasil
Livros Sousa, Gabriel Soares de 1987 . Tratado descritivo do Brasil em 1587. São Paulo Ed. Nacional Brasília INL. . Trabalhos acadêmicos Páginas web
A construção do Brasil. Editora Vera Cruz 1824 - A Primeira Constituição Brasileira Constituição Política do Império do Brasil das Grandezas do Brasil, de Ambrósio Fernandes Brandão Biblioteca Virtual do Estudante de Língua Portuguesa Pimenta, João Paulo Garrido. Portugueses, americanos, brasileiros identidades políticas na crise do Antigo Regime luso-americano. Almanack braziliense, n 03, 2006 O município no Brasil-Colônia A incidência do ISS no local da prestação Período da história do Brasil Pré-cabralino antiguidade à 1500 Brasil Colônia 1500 à 1822 Império do Brasil 1822 à 1889 Categoria Colonização da América Categoria Império Português Categoria Século XVI no Brasil Categoria Século XVII no Brasil Categoria Década de 1800 no Brasil Categoria Década de 1810 no Brasil Categoria Década de 1820 no Brasil Categoria Estados e territórios fundados em 1500 Categoria Estados e territórios extintos em 1815Behaviorismo radical é uma filosofia da ciência do comportamento desenvolvida por B. F. Skinner. Refere-se à filosofia por trás da análise do comportamento, e deve ser distinguido do behaviorismo metodológico que tem uma ênfase intensa em comportamentos observáveis por sua inclusão de pensamento, sentimento e outros eventos privados na análise da psicologia humana e animal. A pesquisa em análise do comportamento é chamada de análise experimental do comportamento e a aplicação do campo é chamada de análise do comportamento aplicada ACA , que foi originalmente denominada modificação do comportamento.
O behaviorismo radical herda do behaviorismo a posição de que a ciência do comportamento é uma ciência natural, a crença de que o comportamento animal pode ser estudado de forma lucrativa e comparado com o comportamento humano, uma forte ênfase no ambiente como causa do comportamento e uma ênfase nas operações envolvidas na modificação do comportamento. O behaviorismo radical não afirma que os organismos são tabula rasa cujo comportamento não é afetado por dotes biológicos ou genéticos. Em vez disso, afirma que os fatores experienciais desempenham um papel importante na determinação do comportamento de muitos organismos complexos, e que o estudo desses assuntos é um importante campo de pesquisa por direito próprio.
Wyatt, W. Joseph 2001 . Some Myths about Behaviorism That Are Undone in B.F. Skinner s The Design of Cultures . Behavior and Social Issues, 11 1, pp. 28 30. Gaynor, Scott T. 2004 . Skepticism of caricatures B.F. Skinner turns 100. The Skeptical Inquirer, 28 1 , pp. 26 29.