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Tenerife Carnaval de Tenerife Gobierno de Canarias Gran Canaria O sitio oficial de turismo das Ilhas Canárias na Internet Questão das Canárias séc. XIV-XV in Artigos de apoio Infopédia em linha . Porto Porto Editora, 2003-2020. consult. 2020-01-30 18 09 32 Canárias Como Território Estratégico nos Interesses Portugueses Durante a União Ibérica, por Javier Luis lvarez Santos, Universidad de La Laguna Perspectiva gloval das viagens dos portugueses às Canárias no âmbito dos descobrimentos e expansão portuguesa. Uma questão adiada até Alcaçovas-Toledo 1479-80 , por Isabel L. Morgado de S. e Silva, Comunicação apresentada nas Segundas Jornadas Rubicenses. Seis siglos de vínculo Europeo y Atlântico, 31 Maio 2 Junho 2001. Ayuntamento de Yaiza, Lanzarote Canarias Categoria Regiões ultraperiféricas da União EuropeiaCeuta é uma cidade autónoma da Espanha situada na margem africana da desembocadura oriental do estreito de Gibraltar, na pequena península de Almina, em frente a Algeciras e ao território britânico de Gibraltar, situadas no lado oposto do estreito. O território constitui um enclave espanhol no território de Marrocos, com o qual faz fronteira a oeste e sudoeste, e é rodeado a norte, leste e sul pelo mar Mediterrâneo. Do lado de Marrocos, as zonas fronteiriças pertencem à prefeitura de Fahs-Anjra a oeste e a província de M diq-Fnideq, a sudoeste, ambas na região de Tânger-Tetuão-Al Hoceima. A cidade marroquina mais próxima, situada junto ao único posto fronteiriço, é Fnideq. O território tem de área e segundo dados de janeiro de 2011, tinha habitantes . A população é composta sobretudo de cristãos e muçulmanos, havendo também uma comunidade judaica e uma pequena comunidade hindu. As zonas urbanizadas situam-se no istmo e em parte no chamado Campo Exterior, na parte mais continental, a oeste do istmo. O centro urbano e os bairros mais antigos situam-se perto do porto e na encosta do Monte Hacho, que domina a cidade. Graças à sua situação estratégica, o porto de Ceuta tem um importante papel na passagem do Estreito, assim como nas comunicações entre o Mar Mediterrâneo e o Oceano Atlântico. Devido ao relevo acidentado e à escassez de água, energia e matérias primas, tanto o setor primário, à exceção das pescas, como o secundário, têm pouco peso na economia local e até mesmo o setor da construção está muito restringido devido à escassez de solo. O estatuto de zona franca e uma série de vantagens fiscais favorecem um intenso comércio. Em 2010 o Produto Interno Bruto de Ceuta foi de euros. O território foi constituído cidade autónoma em 1995, apesar de a constituição espanhola de 1978 reconhecer o direito a constituir-se como comunidade autónoma. Desde 2004, está em preparação um novo estatuto de autonomia que converteria Ceuta numa comunidade autónoma. Não obstante, no que diz respeito ao ensino superior, ainda depende da Universidade de Granada e judicialmente está adstrita ao Tribunal Superior de Justiça da Andaluzia, Ceuta e Melilla, com sede em Granada.
A origem do nome remonta à designação dada pelos romanos aos sete montes da região sete irmãos . Septem foi deformado sucessivamente para Sept, Cepta e Seuta. Os geógrafos e historiadores da Antiguidade não citam o topónimo da localidade, mas um deles, Pompónio Mela, relatava as peculiaridades orográficas do ocidente de Almina, com os seus sete pequenos montes simétricos a que chamou de Sete Irmãos. Pela sua semelhança fonética pensa-se que Ceuta derivou de Septem, arabizado como Sebta.
Vestígios arqueológicos fenícios junto à fachada da catedral Restos da basílica paleocristã de Ceuta Os primeiros vestígios de ocupação humana remontam a No os fenícios fundam a cidade de Abila no promontório onde atualmente se situa a catedral. Abyla é posteriormente ocupada por gregos da Fócida, que a rebatizaram de Hepta Adelfos. Em , Cartago conquista a cidade, que passa a ser um domínio púnico. Em , na sequência da rendição de Cartago no fim da Segunda Guerra Púnica, a cidade é cedida ao Reino da Numídia. Em passa a fazer parte da Mauritânia. Este reino foi anexado no Império Romano em pelo imperador Calígula e Ceuta passa a fazer parte da província romana da Mauritânia. Quando Cláudio dividiu essa província em duas, a cidade passou a integrar a Mauritânia Tingitana.
Após quatro séculos de domínio romano, Ceuta é tomada em 429 pelos vândalos comandados pelo seu rei Genserico. Em 534 o general do Império Bizantino Belisário reconquista Septem, durante as campanhas norte-africanas da Recuperatio Imperii empreendidas pelo imperador Justiniano. A cidade serve de base para a organização da conquista das costas de Málaga e do que veio a ser a província bizantina da Espânia. A domínio bizantino seria breve, caindo a cidade em mãos dos Visigodos após a retirada dos bizantinos. Em 709 a cidade é conquistada pelo califado omíada, devido a conflitos internos entre os visigodos. Segundo algumas lendas, a queda da cidade deveu-se à sublevação do Conde Julião, uma figura de origem obscura que era governador da cidade quando a cidade foi conquistada pelos omíadas comandados por Muça ibne Noçáir e Tárique, com os quais teria chegado a acordo para se render. Em 788 dá-se a invasão pelo emirado Idríssida. Em 931, o califa omíada conquista Ceuta para o Califado de Córdova. Algumas décadas depois sofreu a divisão do Califado em reinos de taifas, e em 1024 encontrava-se sob o domínio da Taifa de Málaga. Em 1061, o líder Sucute, o Barguata proclamou o estado independente da Taifa de Ceuta, que é conquistada em 1084 pelos Almorávidas comandados por Iúçufe ibne Taxufine. Em 1147 a cidade passa para o Califado Almóada. No mesmo ano ocorre o martírio de e dos seus companheiros. banhos árabes, na Praça da Paz Em 1232 Ceuta é conquistada pela Taifa de Múrcia, mas logo no ano seguinte a cidade tornou-se independente. A independência terminou em 1236, com a ocupação dos Merínidas. Em 1242 foi tomada pelos Haféssidas. Em 1249 Ceuta passa a ser governada pelos azáfidas. Segundo o Tratado de Monteagudo, assinado em 1291 entre os reinos de Castela e Aragão, a cidade ficou na zona de influência de Castela. Em 1305, fazendo então parte do Reino Nacérida de Granada, Ceuta entra no jogo da política mediterrânica de Castela. No entanto, em 1309 é conquistada novamente pelos Merínidas com apoio de Aragão. Nos anos seguintes, os Merínidas enfrentam vários ataques à cidade lançados pelo reino de Granada. Em 1310, os azáfidas voltam a tomar o controlo, que perderiam novamente em 1314 para os Merínidas. Os azáfidas voltam a recapturá-la em 1315. Em 1327 ocorre nova reconquista por parte dos Merínidas. Cerca de 1384 o reino de Granada volta a tomar a cidade, que é cercada pelos Merínidas, que logram retomá-la em 1386. Apesar de todas as peripécias militares a que esteve sujeita ao longo da Idade Média, Ceuta era uma das cidades mais importantes do Ocidente muçulmano, estimando-se que tivesse chegado a ter cerca de habitantes, superando assim cidades como Valência, Málaga, Jerez, Saragoça, Maiorca, Almeria ou inclusivamente Granada antes do período nacérida, o que é de certa forma notável devido à escassez de água. Essa escassez não parece ter condicionado o desenvolvimento da cidade, devido aos ceutenses se terem tornado mestres no seu aproveitamento. O autor muçulmano Alançari relatava no início do que existiram 25 fontes públicas em Ceuta e se bem que algumas fossem naturais, os historiadores acreditam que a maior parte tivessem que ser artificiais. O geógrafo andalusino do Albacri menciona a existência de um aqueduto, que segundo a tradição local teria sido construído pelo Conde Julião no .
A conquista portuguesa de Ceuta representada em azulejos na Estação de São Bento, Porto A 21 de agosto de 1415 tropas portuguesas comandadas pelo rei acompanhado pelos seus filhos Duarte, Pedro e Henrique desembarcaram no que são atualmente as praias de Santo Amaro e conquistam a cidade para Portugal. Diante das disputas de vários capitães para ficarem com o governo da cidade depois da conquista, Pedro de Meneses apresentou-se ao rei com um pau chamado aleo, usado num jogo popular na época, e quando lhe perguntou se era suficientemente forte para tomar a seu cargo a responsabilidade do governo de Ceuta terá respondido Senhor, este pau basta-me para defender Ceuta de todos os seus inimigos . Pedro de Meneses foi então nomeado primeiro governador e capitão-geral de Ceuta. O pau Aleo ainda hoje se encontra no santuário de Nossa Senhora de frica e passou de mão em mão por todos os governadores que estiveram no comando da praça jurando defender a cidade tal como o fez Pedro de Meneses. Num tratado assinado com o rei de Fez, este reconheceu Ceuta como portuguesa. No mundo cristão, a cidade foi reconhecida como possessão portuguesa nos tratados das Alcáçovas 1479 e de Tordesilhas 1494 . Ceuta tornou-se diocese em 1417 por bula do . A partir de 1645 a diocese de Ceuta deixou de pertencer a Portugal, e passou a ser espanhola. Gravura de Septa na obra Civitates Orbis Terrarum , de Braun e Hogenberg, 1572 No contexto da Dinastia Filipina, que se seguiu à morte de em 1580, Ceuta manteve a administração portuguesa, tal como Tânger e Mazagão. Todavia, quando da Restauração Portuguesa em 1640 não aclamou o Duque de Bragança como rei de Portugal, ficando sob domínio espanhol. A situação foi oficializada em 1668 com o Tratado de Lisboa, assinado entre os dois países e que pôs fim à guerra da Restauração, no entanto, a cidade decidiu manter a sua bandeira que é composta por gomos brancos e pretos, à semelhança da bandeira da cidade de Lisboa, ostentando ao centro o escudo português. A cidade é cercada entre 1694 e 1724 pelo sultão alauita Mulei Ismail. Em 1704, apesar de cercada por terra, resiste aos ataques da armada inglesa que . Os marroquinos atacaram por terra, ao mesmo tempo que uma frota anglo-holandesa bombardeia a cidade e tenta um desembarque. Em 1721, Mulei Ismail aproveitou o caos que se vivia em Espanha para desalojar os espanhóis da costa marroquina, tomando, an Miguel de Ultramar Mamora , Larache, mas não logrou apoderar-se de Ceuta. Após a morte de Mulei Ismail ainda houve cercos marroquinos à cidade entre 1725 e 1728, em 1732, 1757 e 1790-1791. Em 1812 a Junta da Cidade é convertida num ayuntamiento constitucional. Em 1859 1860 assiste-se à chamada Guerra de frica, durante a qual os limites da cidade são expandidos.
Monumento do Llano Amarillo Em 1912 é instaurado o Protetorado Espanhol em Marrocos. Em 1925 Ceuta fica independente da . A Guerra Civil Espanhola chegou a Ceuta logo no seu primeiro dia. A sublevação foi levada a cabo na cidade na madrugada de 17 para 18 de julho de 1936 por tropas do tenente-coronel Juan Yag e e não encontrou grande resistência. Militares leais ao governo e personalidades da Frente Popular, como Antonio López Sánchez-Prado, foram posteriormente fuzilados depois de terem sido submetidos a simulacros de julgamentos. Ceuta teve grande importância durante os primeiros meses do conflito como ponto de passagem do Exército do Norte de frica na ocupação da Espanha peninsular. Em 1956 dá-se a independência de Marrocos e, consequentemente, o fim do protetorado. Ceuta serve de base para a retirada das tropas dos territórios emancipados. Em 1978 a nova constituição espanhola, como outras anteriores, reconhece Ceuta como território integrante da nação espanhola, integrando-a no novo modelo de organização territorial, com a previsão da possibilidade de constituir-se em comunidade autónoma. Em 1995 é promulgado o Estatuto de Autonomia da cidade, que juntamente com Melilla passa a ter o estatuto de cidade autónoma. Depois de 80 anos sem ser visitada por qualquer monarca espanhol, os reis espanhóis Juan Carlos e Sofia fizeram uma visita oficial a Ceuta a 5 de novembro de 2007.
Monte Hacho A morfologia do terreno de Ceuta deve-se à orogenia alpina, que fracionou esta terra até à grande plataforma do Saara. O seu principal acidente orográfico da cidade é o Monte Hacho, formado por um anticlinal e com de altura, embora no interior o ponto mais alto se situe a . O resto do território é constituído por um istmo que une aquele monte com o continente africano e com a ilhota de Santa Catarina Santa Catalina . O istmo é constituído por terreno metamórfico de composição geológica complexa, com cinco áreas distintas, cujo elemento principal é a serra de Anyera, que corre paralela à costa e que nos arredores da cidade é chamada de Mulher Morta Mujer Muerta ou, em árabe, Jbel Musa ou Djebel Moussa e em Adrar Musa . Tradicionalmente considerada a divisória entre as águas do Mediterrâneo e do Atlântico, Ceuta está rodeada por mar, que forma duas baías, uma a norte, virada para a Península Ibérica, e outra a sul, virada para Marrocos. Os xistos e ardósias impermeáveis que constituem o terreno da península ceutense dificultam a formação de bolsas de água no subsolo. Apesar disso, constata-se que ao longo da história existiram fontes, embora todas elas situadas no Campo Exterior, como a da Teja, o ribeiro das Bombas, a fonte do Raio, etc.
O clima é do tipo mediterrânico, caracterizado por temperaturas amenas e precipitação irregular e matizado principalmente por dois fatores o relevo e o mar que a rodeiam. O relevo, representado pelo Jbel Musa, atua como uma cortina ante os ventos atlânticos carregados de humidade, e a influência marítima faz com que as temperaturas sejam amenas, tanto no verão como no inverno. A média anual não ultrapassa os . As temperaturas máximas absolutas registam-se em julho, enquanto as mínimas ocorrem em janeiro ou fevereiro, sendo comum que desçam a 3 C. A diferença de temperatura entre as águas que separam o Estreito e os ventos carregados de humidade procedentes do Atlântico fazem com que a chuva seja abundante, ultrapassando os 800 mm anuais. O regime de precipitações é muito irregular, com um máximo no inverno e grande aridez entre os meses de maio e setembro. A humidade relativa também é elevada, sendo a média anual 84 .
Flora em Ceuta A vegetação sofreu impactos negativos derivados das necessidades defensivas da povoação, que obrigava a manter o Campo Exterior despojado. Durante muitas épocas da história, foram levados a cabo desmatamentos sistemáticos nas vizinhanças do recinto muralhado. A necessidade de solo urbanizável também provocou a perda de espaços vegetais. A espécie arbórea característica da região era o sobreiro, ainda visível em Benzú. Contudo, o processo de degradação devido à ação humana fez com que os bosques secundários sejam constituídos por pinheiros e eucaliptos, fruto de sucessivas reflorestações. A primeira reflorestação com pinheiros foi feita nas proximidades da ermida de Santo António. O choupo foi a árvore mais corrente nos séculos XVIII e XIX, sendo substituído no presente pela acácia, dracena, dragoeiro e algumas espécies americanas e asiáticas plantadas no primeiro quartel do , como a . Outras espécies características da paisagem da região são o palmito Chamaerops humilis , a figueira-da-índia Opuntia ficus-indica e outras próprias do . Fauna cavala, um dos símbolos de Ceuta os ceutenses são conhecidos popularmente como caballas cavalas , principalmente nas regiões próximas do outro lado do estreito, como La Línea de la Concepción, Algeciras e Estepona As fontes clássicas mencionam a existência de elefantes e grandes felinos que, juntamente como as gazelas, chacais e o macaco-de-gibraltar ou da Berbéria estes dois últimos ainda presentes nas proximidades constituíam as espécies de mamíferos mais característicos da área. Atualmente essa fauna desapareceu por completo, mas ainda estão presentes outras espécies, como o porco-espinho Hystrix cristata , a tartaruga-grega Testudo graeca em espanhol tartaruga moura , a raposa ou o javali. Os céus são frequentados por muitos milhares de aves, que os cruzam nas suas migrações periódicas. O meio marinho, ainda que também afetado pela ação do homem, exibe ainda uma grande riqueza de espécies, a qual é comprovada tanto cientificamente como percorrendo a lota e os mercados.
Segundo dados oficiais de janeiro de 2011, o território de Ceuta tinha habitantes. A maioria da população é composta sobretudo de cristãos de origem ibérica, havendo também habitantes de origem magrebina que são muçulmanos, uma comunidade judaica e uma pequena minoria de hindus. O idioma oficial e mais usado é o , mas a população muçulmana também fala , numa variante exclusivamente oral denominada dari a árabe marroquino , a qual não é reconhecida oficialmente.
A Rua da Companía del Mar em baixo e o Passeio das Palmeiras em cima Vista noturna do ayuntamiento de Ceuta Casa dos Dragões Club Náutico e sede da Autoridade Portuária Porto de recreio A constituição espanhola de 1978 estabelece na sua disposição transitória quinta A denominação oficial do território é Cidade Autónoma de Ceuta, desde a aprovação do Estatuto de Autonomia, a lei orgânica publicada oficialmente em 14 de março de 1995, e que entrou em vigor no dia seguinte. Este estatuto possibilita que não se dupliquem os cargos políticos na cidade, pois os cargos municipais passaram a ser simultaneamente autonómicos regionais . Desta forma, os vereadores são também deputados autonómicos e o Presidente de Ceuta é simultaneamente o alcaide chefe do executivo municipal . O plenário municipal é simultaneamente o parlamento autonómico, denominado Asamblea de Ceuta. Desde finais de 2005 está em projeto a reforma do Estatuto de Autonomia que, além de assumir mais competências, a cidade passaria a denominar-se Comunidade Autónoma, equiparando-se completamente ao resto das comunidades espanholas.
Alcaides de Ceuta desde a restauração da democracia em Espanha Alcaide Mandato Partido Clemente Calvo Pecino independente Ricardo Mu oz Rodríguez 1981-1983 UCD Francisco Fraiz Armada 1983-1985 PSOE Aurelio Puya Rivas 1985-1987 Fructuoso Miaja Sánchez 1987-1991 PSOE Francisco Fraiz Armada 1991-1994 2 mandato Basilio Fernández López 1994-1995 PFC Alcaides-presidentes Alcaide Mandato Partido Basilio Fernández López 1995-1996 PFC Jesús Cayetano Fortes Ramos 1996-1999 PP Antonio Sampietro Casarramona 1999-2001 Juan Jesús Vivas Lara 2001-... PP
A composição do parlamento autonómico após as eleições de 2011 foi a seguinte Partido Vereadores Partido Popular PP 65,20 18 14,34 4 Partido Socialista Operário Espanhol PSOE 11,65 3
Cidades geminadas com Ceuta Aci Catena Itália Algeciras Espanha Alhaurín de la Torre Espanha Cádis Espanha Guadalajara México Melilla Espanha Santarém Portugal
A fronteira marroquina em Benzú, com o Jbel Musa ao fundo Desde os anos 1970 que o governo marroquino reivindica a inclusão de Melilla e de Ceuta no seu território, bem como das possessões espanholas menores limítrofes com Marrocos, as chamadas plazas de soberanía. O governo espanhol nunca estabeleceu negociações de nenhum tipo, pois considera esses territórios como parte do seu território nacional. A acreditar numa sondagem levada a cabo em 2007, 88 dos espanhóis considera igualmente que Ceuta e Melilla são cidades espanholas. O estatuto de Ceuta e Melilla tem suscitado por parte de meios britânicos e marroquinos comparações com as reclamações territoriais de Espanha sobre Gibraltar, um enclave sob administração britânica na margem norte do estreito homónimo. Essas comparações são rejeitadas pelo governo espanhol e pelos habitantes de Melilla e Ceuta baseando-se no argumento de que aquelas cidades já eram parte integrante de Espanha antes da existência do reino marroquino, sucessor do Sultanato de Marrocos do , enquanto Gibraltar é um território ultramarino colónia cujo estatuto foi definido no Tratado de Utrecht de 1713-1714, que colocou Gibraltar sob a tutela do Reino Unido sem nunca ter feito parte integrante daquele país. A contrário das possessões espanholas no Norte de frica, Gibraltar encontra-se na lista de territórios a descolonizar da ONU. Contudo Marrocos rejeita esses argumentos, e a posse de Ceuta, Melilla e das plazas de soberanía é uma das teses da ideologia nacionalista do Grande Marrocos. A Conferência Islâmica 57 estados membros , a União Africana 54 estados membros e a Liga rabe 23 estados membros consideram Ceuta território marroquino. A norma ISO 3166-1 reserva o código EA como código de país para Ceuta e Melilha.
Catedral Andor de Nossa Senhora da Esperança em frente à Igreja de Santa Maria de frica, durante uma procissão da Semana Santa Baluarte da Couraça Alta, parte das Muralhas Reais Catedral Consagrada à Assunção de Maria, foi construída sobre uma mesquita do período muçulmano. Durante o cerco de 30 anos na viragem do para o serviu de hospital de campanha. A última remodelação data de 1949. Destacam-se a Capela do Santíssimo, com um retábulo barroco, os frescos de Miguel Bernardini, três grandes telas e a imagem da Virgem Capitã, de origem portuguesa . Tem um portal neoclássico de mármore negro. O interior tem três naves e um grande coro na parte dianteira. Santuário e Igreja de Santa Maria de frica Construído no , sofreu várias remodelações posteriores, a mais importante das quais no . A imagem da Virgem parece ser bizantina e foi doada pelo Infante D. Henrique. Artisticamente não tem grande relevância, mas reveste-se de grande importância espiritual. Outros edifícios religiosos Igrejas de São Francisco, Nossa Senhora dos Remédios, Espírito Santo, Santo António e Nossa Senhora do Vale primeira igreja construída pelos portugueses antigo convento de Nossa Senhora do Socorro sinagoga de Bet-El. Muralhas Reais As partes mais antigas, mais interiores, datam do e as mais recentes do . A parte mais importante foi construída pelos portugueses e reconstruída pelos espanhóis em 1674 e 1705. Atualmente acolhem o Museu da Cidade, instalado no Revelim de Santo Inácio. Há também galerias subterrâneas escavadas para a defesa da cidade. Muralhas do Passeio das Palmeiras Troço norte das antiga muralhas da cidade. Basílica romana tardia Datada de meados do , tem um museu anexo. Na Praça da Paz encontra-se os restos de um balneário árabe hamam atípico, de planta em ziguezague, com quatro divisões, paralelas duas a duas. Foi construído entre os séculos XII e XIII. Palácio Municipal ou Assembleia Construído em 1926, nele se conserva o Pendão Real. O Salão do Trono e o Salão de Sessões têm um cuidado artesoado e frescos de Mariano Bertuchi. O pendão é de seda de damasco vermelho e roxo, bordado por D. Filipa para maior brilho da coroa lusitana. Ostenta o escudo de Portugal como símbolo da cidade desfila com as autoridades nos dias da festa do Corpo de Deus e tem honras de Capitão-General. Parque Marítimo do Mediterrâneo Parque Marítimo do Mediterrâneo e Povoado Marinheiro Foi desenhado pelo arquiteto e artista espanhol César Manrique construído em terrenos reclamados ao mar, parte da sua área é preenchida com água do mar. Nele se encontra o Grande Casino de Ceuta. Auditório Da autoria do arquiteto português lvaro Siza Vieira. Monumento aos Caídos na Guerra de frica Situado na Praça de frica, foi erigido em homenagem aos caídos da guerra de 1859-1860. Tem de altura e na parte inferior apresenta baixos-relevos em bronze da autoria do escultor Antonio Susillo . Tem uma cripta que não está aberta ao público. Monumento e Praça do Tenente Ruiz Considerado um dos recantos mais belos da cidade, abre-se para a Calle Real Rua Real . Foi construído em homenagem ao ceutense Jacinto Ruiz y Mendoza, um dos heróis do levantamento de 2 de maio de 1808 em Madrid contra as forças napoleónicas. Estátuas do antigo Jardim de São Sebastião Situadas no coração da cidade, representam o trabalho, as artes gráficas, a indústria, o comércio, a navegação e frica. Monumento a Hércules Par de esculturas que flanqueiam a entrada do porto. Outros lugares e edifícios Edifício Trujillo, Casa dos Dragões, porto desportivo, Parque de Santo Amaro com a azenha Fuente de Lomas , Fonte do Sarchal, Forte e antiga Ermida de Santo Amaro, Monumento ao tenente-coronel González Tablas, praias da Ribera, Chorrillo, Sarchal e Santo Amaro.
Muralhas Merínidas Muralhas Merínidas Conjunto de e torreões do construídas durante a ocupação dos Merínidas. O amplo recinto foi uma cidadela e albergue, refúgio de guarnições, forasteiros e tropas que se viam obrigadas a passar a noite fora do centro urbano da cidade medieval. As muralhas constituem um dos restos monumentais mais importantes do passado histórico de Ceuta, Dos quase originais só resta o flanco ocidental, com cerca de 500 metros, vários baluartes e duas torres gémeas que demarcam da chamada Porta de Fez. Fortaleza do Monte Hacho Situada no monte homónimo, crê-se que é de origem bizantina e foi consolidada na época dos Omíadas. Os portugueses conservaram-na, mas a construção atual foi levada a cabo pelos espanhóis nos séculos XVIII e XIX. No lado ocidental a fortificação era complementada pelos chamados fortes neomedievais. Forte do Sarchal, que serviu como prisão feminina Fortes neomedievais Situados na zona montanhosa que fecha a península, na zona fronteiriça com Marrocos, foram construídos em meados do , quando após o fim da guerra com Marrocos e a assinatura do tratado de paz de Wad-Ras 1860 , se decidiu dotar a fronteira com uma série de torres de vigia para prevenir possíveis agressões exteriores. Foram assim erigidos os fortins de Piniés, Francisco de Assis o rei consorte , Isabel II abaixo do qual se encontra um miradouro com esplêndidas vistas sobre o Estreito e a Península Ibérica , Príncipe Afonso, Benzú este já inexistente , Aranguren, Mendizábal, Renegado, Anyera e Serralho. Este último deve o seu nome ao facto de ter sido usado pelo sultão Moulay Ismail durante o cerco que manteve entre 1694 e 1727. Castelo do Desnarigado Castelo do Desnarigado Construído no , embora tenha antecedentes dos séculos X e XVI. De estilo neomedieval, desde a década de 1980 que alberga um museu militar que mostra coleções de objetos relacionados com a história militar de Ceuta. Cristo de Medinaceli Imagem guardada na Igreja de Santo Ildefonso, em Barriada del Príncipe. Monumento do Llano Amarillo Obelisco comemorativo do Juramento del Llano Amarillo, um episódio que antecedeu a Guerra Civil Espanhola, no qual os generais amotinados liderados por Juan Yag e acertaram os últimos detalhes do levantamento contra a República. Originalmente erigido em Ketama em 1940, foi transladado para o sopé do Monte Hacho pedra por pedra em 1962. A sua conservação ou demolição é tema de controvérsia, pois juntamente com monólito Paso del Estrecho, os Pies de Franco e o mastro do Ca onero Dato, é um dos únicos monumentos ainda existentes em Ceuta evocativos do franquismo. Todos esses símbolos do franquismo se encontram e mau estado de conservação. Outros lugares e edifícios Antiga estação ferroviária, ermida de Santo António do Tojal com um miradouro na sua parte anterior , mesquita de Muley el-Mehdi construída em 1937 , farol de Punta Almina, Barriada e praias de Benzú na costa do Estreito, com típicas casas de chá e Calamocarro. Graças à prosperidade económica vivida na cidade desde o princípio do , há uma série de edifícios que se enquadram num estilo modernista muito próprio, cujo expoente foi José Blein. Entre as obras deste arquiteto, destacam-se o edifício da antiga Junta del Puerto, atualmente a sede da Autoridade Portuária de Ceuta, e a antiga central de autocarros, hoje transformada na esquadra central da polícia.
A cidade conta com um hospital de construção recente, o Hospital Universitário de Ceuta e de vários centros de saúde, tanto públicos pelo menos quatro como privados. Há pelo menos 16 escolas colegios públicos e 5 privadas e 6 institutos de ensino. A Universidade de Granada tem um campus em Ceuta, onde funcionam uma faculdade de educação e ciências humanas e um escola universitária de enfermagem. A Universidade Nacional de Educação à Distância UNED tem igualmente uma sede na cidade. Existem pelo menos quatro bibliotecas a Pública Municipal, a da Obra social Caja Madrid, a Histórico Militar e a Pública do Estado.
Vista da zona do porto Ceuta está ligada com o resto de Espanha apenas através do porto e Heliporto de Algeciras e do Aeroporto de Málaga-Costa del Sol. Entre o primeiro e Ceuta operam ferryboats de quatro companhias. O trajeto tem uma duração aproximada de 45 minutos e efetuam-se entre 15 a 20 travessias diariamente entre as 06 00 e as 23 00. Os transportes aéreos são assegurados por helicópteros, que operam entre o Heliporto de Ceuta, Algeciras e Málaga. Na linha Ceuta-Málaga há quatro ligações diárias em ambos os sentidos entre as 07 15 e as 20 15 a viagem dura 35 minutos. A viagens entre Algeciras e Ceuta duram 7 minutos. Tanto em Málaga como em Algeciras há serviços de comboio e autocarro para diversos pontos de Espanha. Na Estação de Málaga-María Zambrano é possível viajar para Madrid e Barcelona em comboio de alta velocidade. Estação marítima O único meio de transporte de passageiros autorizado a passar a fronteira entre Ceuta e Marrocos é o automóvel privado, embora também se possa cruzar a fronteira a pé. As cidades importantes marroquinas mais próximas são Tetuão 40 km a sul e Tânger cerca de 70 km a oeste . O serviço de autocarros urbanos tem nove linhas.
Além da imprensa periódica espanhola com circulação nacional, existem dois jornais em Ceuta o El Faro e El Pueblo de Ceuta. Além das cadeias de televisão espanholas com cobertura nacional, a cidade conta com dois canais locais a Ceuta televisión e a Radio Televisión Ceuta. Esta última tem também um canal de rádio.
Museu do Revelim de Santo Inácio, na Rua Camões Museu Militar do Castelo do Desnarigado Museu Municipal de Ceuta Instalado num edifício construído em 1900 no centro urbano, alberga o Instituto de Estudios Ceutíes, duas salas de exposições temporárias e cinco de exposições permanentes. Museu do Revelim de Santo Inácio Instalado numa fortificação do , na Praça de Armas do Conjunto Monumental das Muralhas Reais. Museu Militar do Castelo do Desnarigado Instalado num forte com origens nos séculos X e XVI, o edifício atual data do e é de estilo neomedieval. Contém coleções de objetos relacionados com a história militar de Ceuta. Museu Militar da Legião Contém uma coleção de objetos dos terços da Legião Espanhola. Museu Militar de Regulares Contém uma coleção de objetos do Corpo de Regulares, uma força militar criada em 1911 com pessoal nativo. Museu Militar de Cavalaria Contém uma coleção de objetos do Corpo de Cavalaria Museu da Autoridade Portuária Contém uma coleção de objetos relacionados com a história do porto de Ceuta. Museo Catedralicio A catedral tem um pequeno museu com peças como casulas e capas pluviais dos séculos XVI a XIX, incunábulos, livros de canto, bulas e esculturas. Museu da Basílica Tardorromana Museu moderno construído junto aos restos da basílica romana datada do . Entre as peças expostas encontra-se um sarcófago romano descoberto na década de 1970 na Praça da Constituição, diversos tipos de enterramentos, peças da Madraça al-Yadida e cerâmicas de várias épocas. A antiga basílica faz parte do museu, bem como um algibe cisterna medieval perfeitamente conservado.
Corazones de pollo corações de galinha Na gastronomia ceutense destacam-se principalmente os pratos de peixes, especialmente os tunídeos, sobretudo secos atum, sarda em espanhol bonito , o volaó peixe-voador , etc. O peixe frito e os mariscos são também populares. Outro clássico da cidade é o pincho moruno lit espetada mulata , espetadas de carne adobada marinada picante com várias especiarias. Apesar de popular em toda a Espanha, onde tem sido adulterado e industrializado, para alguns apreciadores o verdadeiro pincho moruno só se encontra em Ceuta, onde teve a sua origem. Também dignos de destaque são os caracóis e os típicos corazones de pollo corações de galinha , que tanto são consumidos em sanduíches como em espetadas ou no prato e são temperados de forma semelhante aos pinchos morunos. Um fruto popular que não é comum encontrar noutros locais de Espanha é o figo-da-índia em espanhol chumbo .
Praia da Ribera, com o Baluarte da Couraça Alta e a catedral ao fundo Futebol Ao longo da sua história Ceuta teve várias equipas representativas. A primeira que se destacou foi o Ceuta Sport, fundado em 1932 e que em 1941 mudou o seu nome para Sociedad Deportiva Ceuta. Foi o clube mais mais premiado do Campeonato Hispanomarroquí, bem como a primeira equipa ceutense a participar numa Copa do Rei e a chegar à Segunda Divisão Espanhola, tendo chegado a disputar numa ocasião a subida à Primeira Divisão. Em 1956 o SD Ceuta fundiu-se com o Atlético Tetuán para formarem o Club Atlético de Ceuta, que também jogou várias temporadas na Segunda Divisão, disputando uma vez a subida à Primeira Divisão. A equipa desceu para as categorias regionais nos finais dos anos 1960. Em 1970 foi fundada a Agrupación Deportiva Ceuta que chegou a competir uma vez na Segunda Divisão antes de ter sido extinta em 1992 devido a problemas económicos. Atualmente 2011 , a equipa local mais bem colocada é a Asociación Deportiva Ceuta, fundada em 1996, que nunca foi além da Segunda Divisão B.
Carnaval de 2013 A Irmandande do Encontro numa procissão de Terça-Feira Santa Carnaval Geralmente comemorado em fevereiro, começa com o Concurso de Agrupamentos Carnavalescos nas modalidades , Chirigota e Comparsa. Decorre também um festival gastronómico, La mejilloná, onde se podem desgustar pratos de mexilhão por preços módicos e assistir às atuações dos agrupamentos carnavalescos. Há um desfile de mascarados, a Gran Cabalgata de disfraces e a festa termina com El entierro de La Caballa, que finaliza a festa do Deus Momo. Semana Santa Durante a qual são feitas procissões onde participam as irmandades e confrarias da cidade. 13 de junho Dia da Romaria de Santo António. 5 de agosto Dia da padroeira . 2 de setembro Feriado regional e municipal. 10 de outubro Dia do padroeiro . 1 de novembro Dia de Todos-os-Santos e Dia da Mochila. Dia festivo em que é tradição visitar o cemitério para depor flores nos túmulos dos defuntos, a que se junta a tradição de ir para o campo com mochilas levando fruta da época e frutos secos. Eid al Adha Uma das festas mais importantes do calendário muçulmano, também conhecida com Festa do Sacrifício e Festa do Cordeiro, comemora-se em Ceuta desde 2010. Dado reger-se pelo calendário lunar, a sua data no calendário gregoriano varia de ano para ano.
Recensão As Décadas de Ceuta 1385-1460 , coordenação por Maria Helena da Cruz Coelho e Armando Luís de Carvalho Homem, População e Sociedade, CEPESE, Porto, vol. 30, 2018 Categoria Localidades da Espanha Categoria Estados e territórios fundados em 1995 Categoria Municípios da Espanha por nome Categoria Cidades do Califado de CórdovaMelilha ou Melilla em espanhol Melilla em berbere Mritch ou Mri em árabe é uma cidade autônoma espanhola localizada no norte da frica, às margens do Mar Mediterrâneo. Aninhada no coração da região do Rife, tem uma população de 86.487 habitantes INE 2019 e apresenta várias peculiaridades fruto da sua posição geográfica e da sua história, tanto na composição da sua população, como na sua atividade económica, e em sua cultura, fruto da convivência de cristãos, muçulmanos e judeus desde o século XIX. Estende-se por cerca de 12 km de superfície na parte oriental do Cabo das Três Forcas. Faz fronteira marítima com o Mar de Alborão a leste e com Marrocos por terra, especificamente com as comunas de Mariguari e Farkhana a norte e oeste e com a cidade de Beni Ansar a sul. Também está incluído na zona geográfica natural de Guelaya. Possui uma fortaleza, Melilla La Vieja, construída entre os séculos XVI e XVIII, equipada com armazéns, cisternas, baluartes, fossos, fortes, grutas, minas, capelas uma delas, a única obra religiosa gótica em frica e hospitais, que o tornam o mais completo desta margem do Mediterrâneo, para além dos fortes exteriores neo-medievais, construídos durante o século XIX. O patrimônio arquitetônico da cidade, localizado no chamado Ensanche de Melilla, é considerado um dos melhores expoentes do estilo modernista espanhol do início do século XX.
A cidade de Melilha remonta sua história ao estabelecimento no século VII a. C. de comerciantes fenícios que aproveitaram sua privilegiada localização próxima ao Estreito de Gibraltar e às rotas comerciais do Mediterrâneo ocidental para prosperar, alcançando seu esplendor até o século II a. C. Com a decadência fenícia e cartaginesa, o território permaneceu abandonado até que, a partir do século VII, foi ocupado por uma população berbere, integrando o califado de Córdova e mantendo estreitas relações com Al-Andalus. A expansão dos portugueses e castelhanos no norte do reino de Fez durante o século XV culminou na entrada de Pedro Estopi án na cidade em 1497, quando a cidade passou a depender do ducado de Medina-Sidonia e, a partir de 1556, da coroa hispânica. Em 1497, passou a depender da Coroa de Castela. Em 1860, o Tratado de Wad-Ras estabeleceu os limites fronteiriços da cidade com o sultanato de Marrocos, sendo desde então até o primeiro terço do século XX, cenário de combates intermitentes que desencadearam a Guerra do Rif. A última estátua de Franco na Melilha, Espanha
Governo municipal de Melilha, situada na Praça de Espanha. A Constituição espanhola de 1978 estabeleceu, em sua disposição transitória quinta, que As cidades de Ceuta e Melilha poderão constituir-se em Comunidades Autónomas se assim o decidam seus respectivos governos municipais. Desde a aprovação do Estatuto de Autonomia de Melilha Lei Orgânica 2 1995, de 13 de março , a cidade é considerada Cidade Autónoma. Antes de passar a ser cidade autónoma, Melilha pertencia à província de Málaga, região da Andaluzia.
Mapa de Melilla Melilha possui o estatuto de cidade autónoma desde 1995. Desde então, os seus presidentes foram Ignacio Velázquez PP Enrique Palacios Grupo Mixto Mustafa Hamed Moh CpM Juan José Imbroda Ortiz PP
Melilha está subdividida em oito bairros barrios Barrio de Medina Sidonia Barrio del Real Barrio de la Victoria Barrio de los Héroes de Espa a Barrio del General Gómez Jordana Barrio del Príncipe de Asturias Barrio del Carmen Barrio de La Paz
Página oficial da cidade autónoma de Melilha Categoria Localidades da Espanha Categoria Estados e territórios fundados em 1995 frica do Sul, oficialmente República da frica do Sul, é um país localizado no extremo sul da frica, entre os oceanos Atlântico e ndico, com quilômetros de litoral. limitado pela Namíbia, Botsuana e Zimbábue ao norte Moçambique e Essuatíni a leste e com o Lesoto, um enclave totalmente rodeado pelo território sul-africano. O país é conhecido por sua biodiversidade e pela grande variedade de culturas, idiomas e crenças religiosas. A Constituição reconhece 11 línguas oficiais. Duas dessas línguas são de origem europeia o africâner, uma língua que se originou principalmente a partir do neerlandês e que é falado pela maioria dos brancos e mestiços sul-africanos, e o inglês sul-africano, que é a língua mais falada na vida pública oficial e comercial, mas é apenas o quinto idioma mais falado em casa. Considerado uma economia de renda média alta pelo Banco Mundial, o país é considerado um mercado emergente. A economia sul-africana é a segunda maior do continente atrás apenas da Nigéria e a 25 maior do mundo PPC . Multiétnico, o país possui as maiores comunidades de europeus, indianos e mestiços da frica. Apesar de 70 da população sul-africana ser composta por negros, este grupo é bastante diversificado e abrange várias etnias que falam línguas bantas, um dos idiomas que têm estatuto oficial. No entanto, cerca de um quarto da população está desempregada e vive com menos de 1,25 dólar por dia. A frica do Sul é uma democracia constitucional, na forma de uma república parlamentar ao contrário da maioria das repúblicas parlamentares, os cargos de chefe de Estado e chefe de governo são mesclados em um presidente dependente do parlamento. um dos poucos países africanos que nunca passaram por um golpe de Estado ou entraram em uma guerra civil depois do processo de descolonização, além de ter eleições regulares sendo realizadas por quase um século. A grande maioria dos negros sul-africanos, no entanto, foram completamente emancipados apenas depois de 1994, após o fim do regime do apartheid. Durante o século XX, a maioria negra lutou para recuperar os seus direitos, que foram suprimidos durante décadas pela minoria branca, dominante política e economicamente, uma luta que teve um grande papel na história e recente do país. O país é um dos membros fundadores da União Africana, da Organização das Nações Unidas ONU e da Nova Parceria para o Desenvolvimento da frica NEPAD , além de ser membro do Tratado da Antártida, do Grupo dos 77, da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul, da União Aduaneira da frica Austral, da Organização Mundial do Comércio OMC , do Fundo Monetário Internacional FMI , do G20, do G8 5 e é uma das nações BRICS. Tem ainda a melhor infraestrutura e a segunda maior economia do continente.
Mzansi, derivado do xossa substantivo umzantsi que significa sul, é um nome coloquial para a frica do Sul, enquanto alguns partidos políticos pan-africanistas preferem o termo Azania.
A frica do Sul contém alguns dos mais antigos sítios arqueológicos e fósseis humanos do mundo. Vários restos de fósseis foram recuperados a partir de uma série de cavernas na província de Gauteng. A área é um Patrimônio Mundial pela UNESCO e foi denominada o Berço da Humanidade. Os locais incluem Sterkfontein, que é um dos mais ricos territórios de fósseis hominídeos no mundo. Outros locais incluem Swartkrans, Caverna de Gondolin, Kromdraai, Caverna Coopers e Malapa. O primeiro fóssil de hominídeo descoberto na frica, a Criança de Taung, foi encontrado perto da cidade de Taung, na província Noroeste, em 1924. Outros restos de hominídeos foram recuperados a partir de sítios de Makapansgat em Limpopo, Cornelia e Florisbad no Estado Livre, Caverna Border em KwaZulu-Natal, na embocadura do rio Klasies em Eastern Cape e Pinnacle Point, Elandsfontein e na Caverna Die Kelders em Western Cape. Esses sítios indicam que várias espécies de hominídeos viviam na frica do Sul há cerca de três milhões de anos, entre eles o Australopithecus africanus.
san usando um método primitivo de criar fogo Os assentamentos de povos de língua bantu, que eram agricultores e pastores que manejavam ferro, já estavam presentes ao sul do rio Limpopo agora a fronteira norte com Botswana e Zimbabwe nos séculos IV e V. Eles deslocaram-se, conquistaram e absorveram os povos khoisan, khoikhoi e san. Os bantus se moveram lentamente em direção ao sul ao longo do tempo. Os primeiros sinais de siderurgia na atual província KwaZulu-Natal datam de cerca de 1050. O grupo meridional era o povo xhosa, cuja linguagem incorpora certos traços linguísticos dos povos khoisan anteriores. Os xhosa chegaram ao rio Great Fish, na atual Província do Cabo Oriental. Como eles migravam, essas populações maiores da Idade do Ferro deslocavam ou assimilavam os povos anteriores. Em Mpumalanga, vários círculos de pedra foram encontrados junto a arranjos de pedras que tem sido chamado Calendário de Adão.
Caravelas S. Cristóvão e S Pantaleão a cruzar o Cabo das Tormentas Na época do contato europeu, o grupo étnico dominante eram os povos bantu que migraram de outras partes da frica cerca de mil anos antes. Os dois principais grupos eram os xhosas e os zulu. Em 1487, o explorador português Bartolomeu Dias liderou a primeira viagem europeia a desembarcar em território que atualmente faz parte da frica do Sul. Em 4 de dezembro, Dias desembarcou em Walfisch Bay agora conhecido como Walvis Bay, na atual Namíbia . Antes disto, em 1485, Diogo Cão tinha chegado a Cabo Cross, 160 km a norte de Walvis bay. Depois de 8 de janeiro de 1488, impedido de prosseguir ao longo da costa por conta de tempestades, Dias navegou em alto mar e passou o ponto mais meridional da frica sem vê-lo. Ele chegou até a costa oriental de frica, no que chamou de Rio do Infante, provavelmente o atual rio Groot, em maio de 1488, mas em seu retorno, viu o Cabo, que chamou de primeira Cabo das Tormentas. Mais tarde, o rei João II de Portugal rebatizou o ponto para Cabo da Boa Esperança, uma vez que levava às riquezas das ndias Orientais. A façanha de Dias foi posteriormente imortalizada por Luís de Camões no poema épico Os Lusíadas 1572 .
Zulus atacam um acampamento bôer em fevereiro de 1838 britânica para o Reino Zulu durante a Batalha de Isandhlwana, a primeira da Guerra Anglo-Zulu Em 1652, um século e meio após a descoberta da Rota Marítima do Cabo, a Companhia Holandesa das ndias Orientais fundou uma estação de abastecimento que mais tarde viria ser a Cidade do Cabo. A Cidade do Cabo tornou-se uma colônia britânica em 1806. A colonização europeia expandiu-se na década de 1820 com os Bôeres colonos de origem Holandesa, Flamenga, Francesa e Alemã enquanto os colonos Britânicos se assentaram no norte e no leste do país. Nesse período, conflitos surgiram entre os grupos Xhosa, Zulu e Afrikaners que competiam por território. Durante a década de 1830, cerca de doze mil bôeres mais tarde conhecido como Voortrekkers partiram da Colônia do Cabo, onde tinham sidos submetidos ao controle britânico. Eles migraram para as regiões que mais tarde se tornariam Natal, Estado Livre de Orange e Transvaal. Os bôeres fundaram a República Sul-Africana atual Gauteng, Limpopo, Mpumalanga e províncias do oeste e do norte e o Estado Livre de Orange Free State . A descoberta de diamantes, em 1867, e de ouro, em 1884, no interior do país, iniciou a Revolução Mineral e o aumento do crescimento econômico e da imigração. Isto intensificou a subjugação dos povos indígenas pelos sul-africanos europeus. A luta para controlar esses importantes recursos econômicos foi um fator decisivo nas relações entre os europeus e os nativos e também entre os bôeres e os britânicos.
Winston Churchill direita ao lado de outros soldados britânicos capturados por forças bôeres durante a Segunda Guerra dos Bôeres As repúblicas bôeres resistiram com sucesso às invasões britânicas durante a Primeira Guerra dos Bôeres 1880 1881 usando táticas de guerrilha, que foram bem adaptados às condições locais. Os britânicos voltaram com um número maior de homens, com mais experiência e com uma nova estratégia na Segunda Guerra dos Bôeres 1899 1902 , mas sofreram pesadas perdas durante os conflitos, apesar de terem sido os vencedores. Dentro do país, as políticas antibritânicas entre brancos sul-africanos focavam na independência. Durante os períodos coloniais holandês e britânico, a segregação racial era majoritariamente informal, apesar de algumas legislações terem sido promulgadas para controlar o estabelecimento e a livre circulação de povos nativos. Oito anos após o fim da Segunda Guerra dos Bôeres e após quatro anos de negociação, uma lei do parlamento britânico Ato da frica do Sul de 1909 criou a União Sul-Africana em 31 de maio de 1910. A União era um domínio britânico que incluía as antigas colônias holandesas do Cabo e de Natal, bem como as repúblicas do Estado Livre de Orange e de Transvaal. A Lei das Terras dos Nativos de 1913 restringiu severamente a propriedade de terra por negros nessa época os nativos controlavam apenas 7 do território do país. A quantidade de terra reservada para os povos indígenas foi mais tarde ligeiramente aumentada.
Placa em uma praia de Durban, em 1989, indica em inglês, africâner e zulu se tratar de uma área de banho reservada para uso exclusivo por integrantes do grupo racial branco Em 1931, a União tornou-se efetivamente independente do Reino Unido, com a promulgação do Estatuto de Westminster. Em 1934, o Partido Sul-Africano e o Partido Nacional se fundem para formar o Partido Unido, buscando a reconciliação entre os africânderes e os brancos anglófonos. Em 1939, o partido se divide sobre a entrada da União na Segunda Guerra Mundial como uma aliada do Reino Unido, uma decisão que os seguidores do Partido Nacional se opuseram. Em 1948, o Partido Nacional foi eleito e chegou ao poder. Esse grupo político, sob a liderança do pastor e primeiro-ministro Daniel François Malan, reforçou a segregação racial, que já tinha começado sob o domínio colonial holandês e britânico. O Governo Nacionalista classificou todos os povos em três raças, com direitos e limitações desenvolvidas para cada uma. A minoria branca controlava a muito maior maioria negra. A segregação legalmente institucionalizada ficou conhecida como apartheid. Enquanto a minoria branca sul-africana usufruía do mais alto padrão de vida de toda a frica comparável aos de nações de países desenvolvidos ocidentais , a maioria negra ficou em desvantagem em quase todos os aspectos, como renda, educação, habitação e expectativa de vida. A Carta da Liberdade, adotada em 1955 pela Aliança do Congresso, exigiu uma sociedade não racial e o fim da discriminação. A frica do Sul abandonou a Commonwealth em 1961, na sequência de um referendo onde, obviamente, só pôde participar a comunidade branca que ditou a proclamação da república. Apesar da oposição dentro e fora do país, o governo manteve o regime do apartheid. No início do século XX alguns países e instituições ocidentais começaram a boicotar os negócios com o país por causa das suas políticas de opressão racial e de direitos civis. Após anos de protestos internos, ativismo e revolta de sul-africanos negros e de seus aliados, finalmente, em 1990, o governo sul-africano iniciou negociações que levaram ao desmantelamento das leis de discriminação e às eleições democráticas de 1994. O país então aderiu à Comunidade das Nações. Em 1983, é adotada uma nova constituição que garante uma política de direitos limitados às minorias asiáticas, mas continua a excluir os negros do exercício dos direitos políticos e civis. A maioria negra, portanto, não tinha direito de voto nem representação parlamentar. O partido branco dominante, durante a era do apartheid, é o Partido Nacional, enquanto a principal organização política negra era o Congresso Nacional Africano ANC , que durante quase cinquenta anos foi considerado ilegal.
Frederik de Klerk à esquerda e Nelson Mandela que viria a se tornar o primeiro presidente negro do país em 1994 se cumprimentam no Fórum Econômico Mundial de 1992 em Davos, na Suíça Sul-africanos assistindo a um dos jogos da Copa do Mundo FIFA de 2010 Mais tarde, em 1990, sob a liderança do presidente F. W. de Klerk, o governo sul-africano começa a desmantelar o sistema do apartheid, libertando Nelson Mandela, líder do ANC, e aceitando legalizar esta organização, bem como outras antiapartheid. Os passos seguintes no sentido da união nacional são dados em 1991. A abertura das negociações entre os representantes de todas as comunidades, com o objetivo de elaborar uma Constituição democrática, marca o fim de uma época perturbada na frica do Sul que iniciou-se em 1948 e teve seu fim em 1990, 42 anos, época esta chamada de Apartheid, que numa tradução para o português seria segregação racial. No dia 10 de abril de 1993, um dos principais líderes do movimento negro da frica do Sul, Chris Hani, morreu vítima de dois tiros, diante da própria residência. O que seus assassinos não previram é que essa morte acabaria por acelerar o fim do apartheid. No mesmo ano, o governo e a oposição negra acordam nos mecanismos que garantam a transição para um sistema político não discriminatório. criado um comitê executivo intermediário, com maioria negra, para supervisionar as primeiras eleições multipartidárias e multirraciais, e é criado, também, um organismo que fica encarregado de elaborar uma Constituição que garanta o fim do Apartheid. Em abril de 1994 são realizadas as primeiras eleições multirraciais da história sul-africana. O ANC ganha as eleições e Nelson Mandela, formando um Governo de unidade nacional, torna-se o primeiro presidente sul-africano negro. No período pós-apartheid, o desemprego tem sido extremamente alto quanto o país tem lutado para lidar com as muitas mudanças. Enquanto muitos negros subiram para as classes média e alta, a taxa global de desemprego de negros piorou entre 1994 e 2003. A pobreza entre os brancos, antes rara, aumentou. Além disso, o atual governo tem se esforçado para alcançar uma disciplina monetária e fiscal para garantir tanto a redistribuição da riqueza quanto o crescimento econômico. Desde o governo liderado pelo ANC ter assumido o poder, o ndice de Desenvolvimento Humano IDH do país diminuiu, apesar de ter aumentado progressivamente até meados da década de 1990. Alguns atribuem isto à pandemia de HIV AIDS e ao fracasso do governo em tomar medidas para enfrentar o problema nos primeiros anos. Em maio de 2008, motins deixaram mais de sessenta pessoas mortas. O Centro pelo Direito à Moradia contra Despejos estimou que mais de cem mil pessoas foram expulsas de suas casas. Os migrantes e refugiados que procuram asilo no país eram os principais alvos, mas um terço das vítimas era de cidadãos sul-africanos. Em uma pesquisa de 2006, o Projeto de Migração Sul-Africano concluiu que os sul-africanos são os que mais se opõem à imigração em todo o mundo. Em 2008, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados estimou mais de duzentos mil refugiados que receberam asilo na frica do Sul, quase quatro vezes mais do que no ano anterior. Essas pessoas vieram principalmente do Zimbábue, embora muitos também venham do Burundi, República Democrática do Congo, Ruanda, Eritreia, Etiópia e Somália. A concorrência em empregos, oportunidades de negócios, serviços públicos e habitação levou a uma tensão entre refugiados e as comunidades que os acolheram. Apesar da xenofobia ainda é um problema no país, a violência recente não tem sido tão generalizada como foi inicialmente temido.
Imagem de satélite da frica do Sul The Map Library . A frica do Sul está localizada no extremo sul do continente africano, com uma região costeira que se estende por mais de km, sendo também banhada por dois oceanos Atlântico e ndico . Com uma extensão territorial de 1 219 912 km , o país é o 25. maior do mundo em área. A frica do Sul tem uma paisagem variada. Na parte ocidental, estende-se um grande planalto composto em parte por deserto e em parte por pastagens e savanas, cortado pelo curso do rio Orange e do seu principal afluente, o Vaal. A sul, erguem-se as cordilheiras do Karoo e, a leste, o Drakensberg, a maior cadeia montanhosa da frica meridional, onde situa-se o ponto mais elevado do país no Mafadi com 3450 metros, na fronteira frica do Sul-Lesoto. A norte, o curso do rio Limpopo serve de fronteira com o Botsuana e o Zimbabué. O clima varia entre uma pequena zona de clima mediterrânico, no extremo sul, na região do Cabo, a desértico a noroeste. No Drakensberg há áreas com clima de montanha e neve nos pontos mais elevados, comumente no inverno. Em 1998, através da Lei n. 118, foi criado o Conselho Sul-africano de Nomes Geográficos, com o objetivo de propor a mudança dos nomes de cidades, províncias e acidentes geográficos, substituindo nomes em Inglês e em Africâner por nomes baseados em línguas africanas. Muitas alterações já foram aprovadas, outras estão em estudo. Em breve, as grandes cidades do país poderão ser conhecidas como Tshwane Pretória , Nelson Mandela Bay Port Elizabeth , KwaKhangela Durban , Mangaung Bloemfontein , eMonti East London , Mbombela Nelspruit e Polokwane Pietersburg , dentre outras.
frica do Sul de acordo com a classificação climática de K ppen-Geiger A frica do Sul tem, em geral, um clima temperado, em parte por estar rodeada pelos oceanos Atlântico e ndico em três lados, pela sua localização climática mais leve no hemisfério sul e devido à altitude média, que sobe de forma constante em direção ao norte em direção ao equador e mais para o interior. Devido a esta topografia variada e pela influência oceânica, o país tem uma grande variedade de zonas climáticas. As zonas climáticas variam desde o deserto do Namibe, no noroeste, ao clima subtropical, no leste, ao longo da fronteira com Moçambique e com o Oceano ndico. Do leste, a terra sobe rapidamente sobre uma escarpa de montanha em direção ao planalto interior conhecida como Highveld. Embora a frica do Sul seja classificada como semiárida, há uma variação considerável no clima, bem como na topografia. O extremo sudoeste tem um clima muito semelhante ao do Mediterrâneo, com invernos chuvosos e verões quentes e secos, que acolhe o famoso bioma Fynbos de pastagem e florestas. Essa área também produz a maior parte do vinho na frica do Sul. Esta região também é particularmente conhecida por seu vento, que sopra intermitente por quase todo o ano. A força deste vento torna o Cabo da Boa Esperança especialmente traiçoeiro para os marinheiros, causando muitos naufrágios. Mais a leste, na costa sul, a precipitação é distribuída mais uniformemente ao longo do ano, produzindo uma paisagem verde. Esta área é conhecida popularmente como a Rota dos Jardins. A província de Estado Livre é particularmente plana devido ao fato de estar centralizada no planalto. No norte do rio Vaal, o Highveld torna-se melhor regado e não experimenta extremos de calor subtropical. Joanesburgo, no centro do Highveld, está em metros e recebe uma precipitação anual de 760 milímetros. Os invernos nesta região são frios, embora a neve seja rara. As altas montanhas Drakensberg, que formam a escarpa sudeste do Highveld, oferecem oportunidades limitadas de esqui no inverno. O lugar mais frio na frica do Sul é Sutherland, no oeste das montanhas Roggeveld, onde as temperaturas de inverno podem alcançar -15 C. O interior profundo tem as temperaturas mais elevadas a temperatura de 51,7 C foi registrada em 1948 no Cabo do Norte Kalahari perto de Upington. Imagem Namaqualand, Goegap 1035.jpg Flores da primavera em Namaqualândia. Imagem CampsBayFromLionsHead.jpg Praia de Camps Bay, na Cidade do Cabo. Imagem South Africa - Drakensberg 16261357780 .jpg Drakensberg, a mais alta cordilheira do país. Imagem P1000678.JPG reas protegidas da região floral do Cabo. Imagem Upland South Africa Savanna.jpg Savana perto de Pietermaritzburg.
elefantes-africanos no Parque Nacional Kruger Campo de flores no Parque Nacional West Coast A frica do Sul assinou a Convenção sobre Diversidade Biológica em 4 de junho de 1994 e ratificou a convenção em 2 de novembro de 1995. O país produziu posteriormente uma Estratégia Nacional de Biodiversidade e um Plano de Ação, que foi recebido pela convenção em 7 de junho de 2006. O país está em sexto lugar entre os dezessete países megadiversos do mundo. Inúmeros mamíferos são encontrados na região das savanas, como leões, leopardos, rinocerontes-brancos, gnus-azuis, cudos, impalas, hienas, hipopótamos e girafas. A maior parte da área de savana localiza-se no nordeste do país, como no Parque Nacional Kruger e na Reserva Mala Mala, bem como no extremo norte da Biosfera Waterberg. A frica do Sul abriga muitas espécies endêmicas, como o criticamente ameaçado coelho-bosquímano Bunolagus monticularis , do Karoo. Não há nenhuma estimativa recente sobre o número de espécies de fungos registradas na frica do Sul. Até 1945, mais de espécies de fungos incluindo as espécies formadoras de líquen tinham sido registradas e, após mais de sessenta anos de exploração adicional, esse número tende a ser muito mais elevado. Em 2006, o número total de tipos de fungos que existem na frica do Sul foi conservadoramente estimado em cerca de duzentas mil espécies, mas essa estimativa não levou em conta fungos associados a insetos. Se estiver correta, então o número de fungos da frica do Sul supera o de espécies de plantas. Pelo menos em alguns dos principais ecossistemas sul-africanos, um percentual extremamente elevado de fungos são altamente específicos das plantas nas quais ocorrem. O número de fungos sul-africanos que são endêmicos e o número dos que estão em perigo devem, portanto, ser muito mais elevado que o número de plantas ameaçadas. A estratégia de biodiversidade do país e o plano de ação não mencionam os fungos. Com mais de vinte mil espécies de plantas diferentes, ou cerca de 10 de todas as espécies vegetais conhecidas na Terra, a frica do Sul é particularmente rica em diversidade de plantas. O bioma predominante na frica do Sul é a pradaria, onde a cobertura vegetal é dominada por diferentes gramíneas, arbustos baixos e árvores de acácia. A vegetação torna-se ainda mais escassa no noroeste, devido à baixa pluviosidade. Existem várias espécies de suculentas que armazenam água, como as aloes e euphorbias na área seca de Namaqualândia. As pradarias lentamente se transformam em um mato alto de cerrado no nordeste do país, com um crescimento mais denso. Há um número significativo de baobás nesta área, perto da extremidade norte do Parque Nacional Kruger.
Mapa da densidade populacional na frica do Sul. frica do Sul é uma nação de cerca de 58,8 milhões de pessoas de diversas origens, culturas, línguas e religiões. O último censo foi realizado em 2011 e o próximo será em 2022. O Statistics South Africa classifica a população em cinco categorias raciais pelas quais as pessoas podem se classificar. No meio do ano 2009 os valores estimados para essas categorias foram negros com 80,2 , brancos com 8,4 , coloured mestiços com 8,8 e indianos e asiáticos com 2,5 da população. A frica do Sul tem onze línguas oficiais. Mesmo com o crescimento populacional da frica do Sul na última década principalmente devido à imigração , o país tinha uma taxa de crescimento populacional anual de -0,501 em 2008 est. CIA , incluindo a imigração. A CIA estima que a população em 2009 na frica do Sul tenha começado a crescer novamente, a uma taxa de 0,281 . A frica do Sul é o lar de cerca de cinco milhões de imigrantes ilegais, incluindo cerca de três milhões de zimbabuanos. Uma série de motins anti-imigrantes ocorreram na frica do Sul em 11 de maio de 2008. frica do Sul abriga uma considerável população de refugiados e requerentes de asilo. Segundo a World Refugee Survey 2008, publicado pelo Comitê estadunidense para Refugiados e Imigrantes, esta população era de aproximadamente pessoas em 2007. Grupos de refugiados e requerentes de asilo que somam mais de dez mil pessoas incluídas do Zimbábue , República Democrática do Congo e Somália . Estas populações viviam principalmente em Joanesburgo, Pretória, Durban, Cidade do Cabo e Port Elizabeth. Assim como em muitos países africanos, a frica do Sul vem experimentando uma fuga de cérebros nos últimos vinte anos. Isso acreditado como potencialmente prejudicial para a economia regional, e é quase certamente prejudicial para o bem-estar da maioria das pessoas que dependem da infra-estrutura de saúde, tendo em conta a epidemia de HIV AIDS. A fuga de cérebros na frica do Sul tende a demonstrar contornos raciais naturalmente, dado o legado de distribuição de competências da frica do Sul e tem, portanto, resultado em grandes comunidades de brancos sul-africanos no exterior.
A maior cidade é Joanesburgo. Cidade do Cabo, Durban, Bloemfontein e Pretória são outras cidades importantes. A administração oficial governo, tribunais, presidência e parlamento encontra-se dispersa por Pretória sede do Poder Executivo , Cidade do Cabo sede do Poder Legislativo e Bloemfontein sede do Poder Judiciário .
De acordo com o censo nacional de 2001, os cristãos representavam 79,7 da população do país. Isso inclui cristãos zion 11,1 , pentecostais carismáticos 8,2 , católicos romanos 7,1 , metodistas 6,8 , holandeses reformados 6,7 , anglicanos 3,8 membros de outras igrejas cristãs representavam outros 36 da população. Os muçulmanos representam 1,5 da população, hindus cerca de 1,3 , e judeus 0,2 . 15,1 não tinha qualquer filiação religiosa, 2,3 tinha outra religião e 1,4 não estavam especificados. Igrejas Indígenas Africanas eram os maiores entre os grupos cristãos. Acredita-se que muitas das pessoas que alegaram ter nenhuma afiliação com qualquer religião organizada, respeitam as religiões tradicionais indígenas. Muitos povos têm práticas religiosas sincréticas, combinando influências cristãs e indígenas. Não há nenhuma evidência de que o islã tenha tido contato com os povos zulu, swazi ou xhosa da costa leste, antes da era colonial. Muitos sul-africanos muçulmanos são descritos como mestiços, nomeadamente na província de Cabo Ocidental, especialmente aqueles cujos ancestrais vieram como escravos do arquipélago indonésio os malaios do Cabo . Outros são descritos como indianos, nomeadamente em KwaZulu-Natal, incluindo aqueles cujos antepassados vieram como comerciantes do sul da sia eles têm sido acompanhados por outros povos de outras partes da frica, assim como brancos ou negros naturalizados sul-africanos. Sul-africanos muçulmanos afirmam que sua fé é a religião que mais cresce em conversão no país. A população hindu foi primeiramente estabelecida durante o período colonial britânico, mas depois as ondas de imigração da ndia, também têm contribuíram para o aumento dessa população. A maioria dos Hindus são etnicamente do Sul da sia. Outras religiões minoritárias na frica do Sul são sikhismo, o jainismo e a Fé Bahá í.
O Statistics South Africa define cinco categorias raciais pelas quais as pessoas podem se classificar no censo. As estimativas do censo de 2011 para estas categorias foi negros africanos com 79,2 , brancos com 8,9 , coloured mestiço com 8,9 , indiano ou asiático com 2,5 e outros não especificado com 0,5 . O primeiro censo na frica do Sul, feito em 1911, mostrou que os brancos representavam 22 da população esse número caiu para 16 da população em 1980. Grupos populacionais dominantes na frica do Sul De longe, a maior parte da própria população é classificada como africana ou negra, mas esse grupo populacional não é culturalmente e ou linguisticamente homogêneo. Os principais grupos étnicos negros incluem os zulus, xhosas, basothos basotho do sul , bapedi basotho do norte , vendas, tswanas, tsongas, suázis e ndebeles, os quais falam as línguas bantu. A população coloured multirraciais está concentrada principalmente na região do Cabo e vem de uma combinação de origens étnicas, como os brancos, khois, sans, griquas, chineses e malaios. Os sul-africanos brancos são principalmente descendentes de holandeses, alemães, franceses huguenotes, britânicos e outros colonos europeus e judeus. A ancestralidade não europeia, principalmente africana e asiática, encontra-se presente nos descendentes dos colonos holandeses, conforme estudo de 2007 o percentual médio de ancestralidade não europeia encontrado foi de 6 . Cultural e linguisticamente, eles são divididos em africânderes, que falam africâner, e os grupos de brancos anglófonos. A população branca tem diminuído, devido à baixa taxa de natalidade e à emigração entre os fatores que influem na decisão dessa população de emigrar, muitos citam a elevada taxa de criminalidade e as políticas de ação afirmativa do governo. Desde 1994, aproximadamente 440 mil sul-africanos brancos emigraram permanentemente do país. Apesar dos elevados níveis de emigração, alguns imigrantes europeus se instalaram no país nesse período. Até 2005, estima-se que 212 mil cidadãos britânicos estavam residindo na frica do Sul. Até 2011, esse número pode ter crescido para quinhentos mil. Alguns zimbabuanos brancos emigraram para a frica do Sul. Alguns dos membros mais nostálgicos da comunidade são conhecidos na cultura popular como Whenwes, por causa da frase when we were in Rhodesia... , que eles costumam dizer ao relembrar suas vidas na antiga Rodésia. Existe também na frica do Sul uma comunidade emigrante considerável de portugueses, nomeadamente oriundos da Ilha da Madeira, sendo parte substancial já de segunda geração. A população indiana chegou à frica do Sul como trabalhadores contratados para trabalhar nas plantações de açúcar em Natal no final do século XIX e início do século XX. Eles vieram de diferentes partes do subcontinente indiano, seguiam religiões diferentes e falavam línguas distintas. Um grave distúrbio entre indianos e zulus eclodiu em 1949 na cidade de Durban. Existe também um grupo significativo de sul-africanos chineses cerca de cem mil pessoas e vietnamitas cerca de cinquenta mil pessoas . Em 2008, o Superior Tribunal de Pretória determinou que os sul-africanos chineses que chegaram ao país antes de 1994 deviam ser reclassificados como mestiços. Como resultado desta decisão, cerca de doze a quinze mil dos cidadãos etnicamente chineses que chegaram antes de 1994 o que representa de 3 a 5 do total da população chinesa no país , será capaz de se beneficiar de políticas de igualdade racial do governo.
Mapa mostrando as principais A frica do Sul tem onze línguas oficiais africâner, inglês, ndebele, sesotho do norte, sesotho do sul, swazi, tswana, tsonga, venda, xhosa e zulu. Em número de línguas oficias, o país é o terceiro, apenas atrás da Bolívia e da ndia. Apesar de todas as línguas serem formalmente iguais, algumas línguas são faladas mais do que outras. De acordo com o Censo Nacional de 2001, as três línguas mais faladas em casa são o zulu 23,8 , o xhosa 17,6 e o africâner 13,3 . Não obstante o fato de que o inglês é reconhecida como a língua do comércio e da ciência, sendo falada em casa por apenas 8,2 dos sul-africanos em 2001, uma percentagem ainda menor do que em 1996 8,6 . O país também reconhece oito outros idiomas não oficiais fanagalo, khwe, lobedu, nama, ndebele do norte, phuthi, san e a língua gestual sul-africana. Estas línguas não oficiais podem ser usadas em utilizações oficiais em áreas limitadas, onde foi determinado que essas línguas são predominantes. No entanto, suas populações não são significadamente grandes para exigirem o reconhecimento nacional. Muitas das línguas não oficiais dos povos san e khoikhoi possuem dialetos regionais que se estendem em direção ao norte da Namíbia e de Botswana, além de outros lugares. Esses povos, que são uma população fisicamente distinta de outros africanos, tem sua própria identidade cultural com base em suas sociedades de caçadores-coletores. Eles têm sido marginalizados, em grande medida, e muitas das suas línguas estão em perigo de extinção. Muitos sul-africanos brancos também falam outras línguas europeias, tais como português falado também por angolanos e moçambicanos negros , alemão e grego, embora alguns asiáticos e indianos na frica do Sul falam línguas asiáticas, como o tâmil, hindi, guzerate, urdu e telugo. O francês é ainda falada pelos franceses sul-africanos, especialmente em lugares como a Franschhoek, onde existem muitos sul-africanos de origem francesa.
Favela em Soweto, Joanesburgo Segundo uma pesquisa para o período 1998-2000 elaborada pela Organização das Nações Unidas, a frica do Sul foi classificada em segundo lugar em assassinatos e em primeiro para assaltos e estupros per capita. As estatísticas oficiais mostram que 52 pessoas são assassinadas todos os dias na frica do Sul. O número relatado de estupros por ano é de 55 000 e estima-se que quinhentos mil estupros são cometidos anualmente no país. O total de crimes per capita é o 10 entre os sessenta países no conjunto de dados. O estupro é um problema comum na frica do Sul. Em uma pesquisa de 2009, um em cada quatro homens sul-africanos admitiram ter estuprado alguém. Uma em cada três das quatro mil mulheres inquiridas pela Comunidade da Informação, Capacitação e Transparência disse que tinha sido violada no ano passado. A frica do Sul tem uma das maiores incidências de estupros de crianças e bebês no mundo. Em um levantamento realizado entre 1500 crianças escolares no township de Soweto, um quarto de todos os meninos entrevistados disseram que jackrolling, um termo para estupro em grupo, era algo divertido. A classe média do país busca segurança em condomínios fechados. Muitos emigrantes da frica do Sul também afirmam que o crime foi um grande motivador para eles saírem do país. O crime contra a comunidade agrícola continua a ser um grande problema. Outro problema enfrentado pelo país é a forte desigualdade social e econômica as cidades sul-africanas Buffalo City, Johannesburgo e Ekurhuleni foram apontadas como as mais desiguais do mundo, segundo relatório da ONU divulgado em 2010.
Estátua de Nelson Mandela no Union Buildings, a residência oficial do presidente, em Pretória Parlamento da frica do Sul na Cidade do Cabo, a capital legislativa. A frica do Sul tem três capitais Cidade do Cabo, a maior das três, é a capital legislativa Pretória é a capital administrativa e Bloemfontein é a capital judiciária. frica do Sul tem um parlamento bicameral o Conselho Nacional de Províncias câmara alta , tem noventa membros, enquanto a Assembleia Nacional câmara baixa tem quatrocentos membros. Os membros da Câmara dos Deputados são eleitos numa base populacional por representação proporcional metade dos membros são eleitos por listas nacionais e a outra metade são eleitos em listas provinciais. Dez membros são eleitos para representar cada província no Conselho Nacional das Províncias, independentemente da população da província. Eleições para ambas as câmaras são realizadas a cada cinco anos. O governo é formado na casa mais baixa, e o líder do partido maioritário na Assembleia Nacional é o presidente. Desde o fim do apartheid em 1994, a política sul-africana tem sido dominado pelo Congresso Nacional Africano ANC , que foi o partido dominante, com 60-70 dos votos. O principal adversário do governo do ANC é o partido da Aliança Democrática, que recebeu 22,2 dos votos na eleição de 2014 e 16,7 nas eleições de 2009. O partido anteriormente dominante, o Novo Partido Nacional, que introduziu o apartheid através do seu predecessor, o Partido Nacional, optou por se fundir com o ANC, em 9 de abril de 2005. Outro grande partido político representado no Parlamento é o Lutadores pela Liberdade Econômica, que foi criado em 2013 e ganhou 6,6 dos votos em 2014. Desde 2004, o país teve muitos milhares de protestos populares, alguns violentos, tornando-se, de acordo com um acadêmico, o país mais rico em protesto no mundo. Em 2008, a frica do Sul foi classificada na 5 entre 48 países da frica subsaariana pelo ndice Ibrahim de Governança Africana. A frica do Sul teve bons resultados nas categorias de Estado de Direito, Transparência e Corrupção e Participação e Direitos Humanos, mas perdeu pontos pelo seu desempenho relativamente pobre em Saúde e Segurança. O ndice Ibrahim é uma medida global de governança africana, com base em uma série de variáveis que refletem o sucesso com que os governos entregam bens políticos essenciais aos seus cidadãos.
Interior da Corte Constitucional da frica do Sul, em Joanesburgo As principais fontes de direito sul-africanas são o direito mercantil romano-holandês e o direito pessoal baseado no direito comum inglês, como as importações de assentamentos holandês e do colonialismo britânico. A primeira lei europeia na frica do Sul foi trazida pela Companhia das ndias Orientais Holandesas e é chamada de direito romano-neerlandês. Foi importado antes da codificação do direito europeu no Código Napoleônico e é comparável em muitos aspectos, a lei escocesa. Este foi seguido, no século XIX pelo direito inglês, tanto comum quanto legal. A partir de 1910 com a unificação, a frica do Sul tinha seu próprio parlamento, que aprovaram leis específicas para a frica do Sul. Durante os anos do apartheid, a cena política do país foi dominado por figuras como B. J. Vorster e P. W. Botha, bem como membros da oposição, como Harry Schwarz, Joe Slovo e Helen Suzman. O sistema judicial é composto por tribunais de magistrados, que tratam de casos criminais e cíveis menores, os Tribunais Superiores, que são tribunais de competência genérica para áreas específicas, o Supremo Tribunal de Recurso, que é a mais alta corte constitucional em todas os temas e o Tribunal Constitucional, que cuida apenas das questões constitucionais. De acordo com uma pesquisa realizada para o período de 1998-2000 e compilada pelas Nações Unidas, a frica do Sul foi classificada em segundo lugar em assassinato e em primeiro em assaltos e estupros per capita entre todos os países pesquisados. Cerca de cinquenta assassinatos são cometidos todos os dias no país. Até março de 2009, houve assassinatos no país, enquanto o Reino Unido registrou 662 no mesmo período. A indústria da segurança privada na frica do Sul é a maior do mundo, com cerca de nove mil empresas cadastradas e quatrocentos mil seguranças particulares ativos registrados, mais do que a polícia e o exército sul-africanos juntos.
Caça Saab JAS 39 Gripen da Força Aérea da frica do Sul A Força Nacional de Defesa da frica do Sul SANDF foi criada em 1994, como uma força voluntária composta pela antiga South African Defence Force, as forças dos grupos nacionalistas africanos Umkhonto we Sizwe e Exército de Libertação do Povo Azanian , e as forças de defesa antigo Bantustão. O SANDF é subdividido em quatro ramos, o exército, a força aérea, a marinha e o Serviço Médico Sul-Africano. Nos últimos anos, a SANDF se tornou uma grande força de paz no continente africano, e esteve envolvido em operações no Lesoto, na República Democrática do Congo, no Burundi, entre outros. Tem também participado como parte das forças de paz multinacional da ONU. A frica do Sul é o único país africano que conseguiu desenvolver com sucesso armas nucleares. E tornou-se o primeiro país com poder nuclear seguido pela Ucrânia , a desmontar e renunciar voluntariamente ao seu programa no processo de assinatura do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares TNP , em 1991. O país desenvolveu um programa de armas nucleares na década de 1970. De acordo com o ex-presidente sul-africano F. W. de Klerk, a decisão de construir uma dissuasão nuclear foi tomada já em 1974 em um contexto de uma ameaça expansionista soviética. A frica do Sul pode ter realizado um teste nuclear sobre o Atlântico em 1979, apesar de Klerk afirmar que o país nunca havia realizado um teste nuclear clandestino. Seis dispositivos nucleares foram concluídos entre 1980 e 1990, mas todos foram destruídos antes da frica do Sul assinar o TNP em 1991.
Jacob Zuma reunido com os outros líderes dos BRICS durante a 9 reunião de cúpula do G20, realizada em Brisbane, na Austrália, em 2014 Enquanto era a União Sul-Africana, o país foi o membro fundador da Organização das Nações Unidas ONU . O então primeiro-ministro sul-africano, Jan Smuts, escreveu o preâmbulo da Carta das Nações Unidas. O país é um dos membros fundadores da União Africana UA , e tem a segunda maior economia de todos os membros dessa organização. A frica do Sul também é um membro fundador da Nova Parceria para o Desenvolvimento da frica NEPAD , da UA. O país tem desempenhado um papel fundamental como mediador de conflitos entre nações africanas na última década, como no Burundi, na República Democrática do Congo, nas Ilhas Comores e no Zimbabwe. Após o fim do regime do apartheid, a frica do Sul foi readmitida na Commonwealth britânica. O país é um membro do Grupo dos 77 e presidiu a organização em 2006. A frica do Sul também é membro da Comunidade para o Desenvolvimento da frica Austral SADC , da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul, da União Aduaneira da frica Austral, do Tratado da Antártida, da Organização Mundial do Comércio OMC , do Fundo Monetário Internacional FMI , do G20 e do G8 5. O presidente sul-africano Jacob Zuma e o ex-presidente chinês, Hu Jintao, atualizaram os laços bilaterais entre os dois países em 24 de agosto de 2010, quando foi assinado o Acordo de Pequim, que antecipou a elevação da parceria estratégica da frica do Sul com a China para uma parceria estratégica global em temas econômicos e políticos, como o reforço do intercâmbio entre os respectivas partes governantes e legisladores. Em abril de 2011, a frica do Sul entrou oficialmente para o grupo de países BRICS Brasil-Rússia- ndia-China , identificado pelo presidente Zuma como os maiores parceiros comerciais do país e também como os maiores parceiros comerciais da frica como um todo. Zuma afirmou que os países membros do BRICS também iriam trabalhar de forma coordenada através da ONU, do Grupo dos Vinte G20 e do Fórum de Diálogo ndia-Brasil- frica do Sul IBAS .
Mapa das nove províncias da frica do Sul A frica do Sul encontra-se dividida em nove províncias desde 1994. A tabela seguinte indica, para cada uma das nove províncias, o seu código oficial ISO 3166-2 ZA, o nome em português, inglês e africâner, e a capital. As províncias encontram-se divididas em municípios metropolitanos e distritos municipais estes últimos encontram-se subdivididos em municípios locais e zonas de gestão distrital. A delimitação dos municípios encontra-se inscrita na Constituição, portanto cada alteração implica uma emenda a última ocorreu em abril de 2006. CódigoISO Português Inglês Africâner Capital ZA-WC Cabo Ocidental Western Cape Wes-Kaap Cidade do Cabo ZA-EC Cabo Oriental Eastern Cape Oos-Kaap Bisho ZA-NC Cabo Setentrional Northern Cape Noord-Kaap Kimberley ZA-FS Estado Livre Free State Vrystaat Bloemfontein ZA-GT Gauteng - - Joanesburgo ZA-NL Kwazulu-Natal - - Pietermaritzburg ZA-LP Limpopo - - Polokwane ZA-MP Mpumalanga - - Nelspruit ZA-NW Noroeste North-West Noord-Wes Mafikeng
A Bolsa de Valores de Joanesburgo, em Sandton, a maior bolsa de valores do continente africano A frica do Sul é um país de nível econômico médio, situado entre a Argentina e a Colômbia. O país é muito dependente da mineração em 2019, o país era o maior produtor mundial de platina, cromo e manganês, o 2 maior produtor mundial de titânio, o 11 maior produtor mundial de ouro, o 3 produtor mundial de vanádio, o 6 maior produtor mundial de minério de ferro, o 11 maior produtor mundial de cobalto, o 15 maior produtor mundial de fosfato, e o 12 maior produtor do mundo de urânio. O país é um dos 10 maiores produtores do mundo de diamante 7 lugar em 2016 Em 2018, o país foi o 7 maior produtor mundial de carvão 252,3 milhões de toneladas e o 6 maior exportador 88 milhões de toneladas . Na agricultura, em 2018, o país produziu 19,3 milhões de toneladas de cana-de-açúcar 14 maior produtor do mundo , 12,5 milhões de toneladas de milho 12 maior produtor do mundo , 1,9 milhão de toneladas de uva 11 maior produtor do mundo , 1,7 milhão de toneladas de laranja 11 maior produtor do mundo e 397 mil toneladas de pera 7 maior produtor do mundo ,além de ter grandes produções de outros produtos, como batata, trigo, soja, semente de girassol, maçã, entre outros, tendo uma agricultura bem diversificada, com cultivos tanto de países tropicais, como de países frios. Com as uvas, o país produz vinho foi o 9 maior produtor do mundo em 2018. Com a semente de girassol, produz óleo em 2018, o país foi o 10 maior produtor do mundo de óleo de girassol. Na pecuária, o país foi o 11 maior produtor mundial de lã em 2019. Em 2019 o país tinha a 42 indústria mais valiosa do mundo 41,4 bilhões de dólares , de acordo com o Banco Mundial. Neste ano o país foi o 22 maior produtor de veículos do mundo 0,6 milhões e o 26 maior produtor de aço 6,3 milhões de toneladas . Pela classificação da ONU a frica do Sul é um país de renda média, com uma oferta abundante de recursos, com bem desenvolvidos setores financeiro, jurídico, de comunicações, energia e transportes, uma bolsa de valores que está entre as vinte melhores do mundo, e uma moderna infraestrutura de apoio a uma distribuição eficiente das mercadorias a grandes centros urbanos em toda a região. A frica do Sul ocupa 32 posição no mundo em termos de PIB PPC , de acordo com dados de 2009. A sua integração na economia é muito forte e constitui uma base essencial para o seu desenvolvimento. O desenvolvimento avançado do país está no entanto concentrado em torno de quatro áreas metropolitanas Cidade do Cabo, Port Elizabeth, Durban e Pretória Johannesburgo. Fora destes quatro centros econômicos, o desenvolvimento é limitado e a pobreza ainda é prevalente, apesar dos esforços do governo. Por conseguinte, a grande maioria de sul-africanos são pobres. No entanto, as principais zonas marginais têm experimentado um crescimento rápido nos últimos tempos. Essas áreas incluem Mossel Bay para Plettenberg Bay área de Rustenburg, área de Nelspruit, Bloemfontein, Cape West Coast e o Litoral Norte de KwaZulu-Natal. O desemprego é extremamente elevado e a desigualdade de renda é aproximadamente igual à do Brasil residindo uma das razões mais salientes no facto de boa parte das empresas importantes serem capital-intensivas, não trabalho intensivas. Durante o período de 1995 2003, o número de empregos formais diminuiu e o emprego informal aumentou, o desemprego global se agravou. Principais produtos de exportação da frica do Sul em 2019 Joanesburgo, a cidade mais rica do país e de todo o continente africano, responsável por 33 do PIB sul-africano e por 10 do PIB da frica Empregados empacotando peras para exportação em uma fábrica no Vale de Ceres, no Cabo Ocidental O rendimento médio domiciliar sul-africano diminuiu consideravelmente entre 1995 e 2000. Quanto à desigualdade racial, o Statistics South Africa informou que, em 1995, o agregado familiar médio branco ganhou quatro vezes mais do que uma família média negra. Em 2000, a família média branca ganhou seis vezes mais do que o agregado familiar médio negro. As políticas de ação afirmativa para a igualdade racial têm estimulado um aumento na riqueza econômica dos negros e o nascimento de uma emergente classe média negra. Outros problemas são a criminalidade, a corrupção e a epidemia de HIV AIDS. A frica do Sul sofre com carga relativamente pesada regulação global, comparada aos países desenvolvidos. A propriedade e a interferência estatal impõe barreiras à entrada em muitas áreas. Regulamentações trabalhistas restritivas têm contribuído para o mal-estar do desempregado. O governo de 1994 herdou uma economia minada por longos anos de conflito interno e por sanções externas. O governo absteve-se de recorrer ao populismo econômico. A inflação foi derrubada, as finanças públicas estavam estabilizados e alguns capitais estrangeiros foram atraídos. No entanto, o crescimento foi ainda baixo. No início de 2000, o então Presidente Thabo Mbeki prometeu promover o crescimento econômico e o investimento estrangeiro através do relaxamento de leis trabalhistas restritivas, acelerando o ritmo de privatização e o corte de gastos governamentais desnecessários. Suas políticas enfrentam forte oposição dos sindicatos. De 2004 em diante o crescimento econômico aumentou significativamente, assim como a formação de emprego e aumento de capital. frica do Sul é o maior produtor e consumidor de energia no continente africano. Refugiados de países pobres vizinhos incluem muitos imigrantes provenientes da República Democrática do Congo, Moçambique, Zimbabwe, Malawi e outros, que representam uma grande parcela do setor informal. Com elevados níveis de desemprego entre os pobres sul-africanos, a xenofobia é prevalente e muitas pessoas nascidas na frica do Sul se sentem ressentidos com os imigrantes que são vistos como pessoas que privam a população nativa de postos de trabalho, um sentimento que tem tido credibilidade pelo fato de que muitos empregadores Sul Africano têm empregado os migrantes de outros países para salários mais baixos do que os cidadãos sul-africanos, especialmente na construção civil, turismo, agricultura e indústrias de serviços domésticos. Os imigrantes ilegais são também fortemente envolvidos no comércio informal. No entanto, muitos imigrantes na frica do Sul continuam a viver em condições precárias e a política de imigração do sul-africana tornou-se cada vez mais restritivas desde 1994. Os principais parceiros comerciais internacionais da frica do Sul, além de outros países africanos, incluem a Alemanha, os Estados Unidos, a China, o Japão, o Reino Unido e a Espanha. As principais exportações do país incluem o milho, diamantes, frutas, ouro, açúcar, metais, minerais, e lã. Máquinas e equipamentos de transporte constituem mais de um terço do valor das importações do país. Outras importações incluem produtos químicos, produtos manufatura dos e petróleo. Recentemente a frica do Sul foi incluída no grupo de países emergentes com economias promissoras, os BRICS.
Montanha da Mesa, vista da Baía da Mesa Em 2018, A frica do Sul foi o 36 país mais visitado do mundo, com 10,4 milhões de turistas internacionais. As receitas do turismo, neste ano, foram de US 8,9 bilhões. A frica do Sul é um destino turístico popular, com cerca de 860 mil visitantes mensais março de 2008 , dos quais cerca de 210 mil são de fora do continente Africano. Em 2013, a frica do Sul recebeu catorze milhões visitantes internacionais. O turismo representa entre 1 e 3 do PIB sul-africano suporta mais de 10 dos postos de trabalho no país, de acordo com o World Travel Tourism Council. A perda de florestas significa uma perda de habitat para a vida selvagem também. Cerca de 90 da vida selvagem na frica do Sul pode ser encontrada atualmente apenas em parques e reservas nacionais, que podem ser visitadas durante safaris. Entre os animais encontrados, estão mamíferos, répteis, anfíbios e aves. Em contrapartida, apenas 34 da vida vegetal no país está localizado em áreas protegidas. Uma das vertentes turísticas mais importantes no país é o ecoturismo, cujo objetivo é o beneficiar o país sem afetar o meio ambiente da nação, promovendo e apoiando a sua biodiversidade. Em vez de atrair estrangeiros que entram uma nação africana para caçar, a ideia é promover um safaris fotográficos, para uma clientela com maior consciência ecológica. O ecoturismo pode ajudar a conservar a biodiversidade e aliviar a pobreza na frica do Sul através da criação de empregos locais.
Telescópios do South African Astronomical Observatory SAAO em Sutherland, na província do Cabo Setentrional Vários desenvolvimentos científicos e tecnológicos importantes originaram-se na frica do Sul. O primeiro transplante de coração humano foi realizado pelo cirurgião cardíaco Christiaan Barnard no Hospital Groote Schuur em dezembro de 1967 Max Theiler desenvolveu uma vacina contra a febre amarela Allan McLeod Cormack pioneira da tomografia computadorizada por raios-x e Aaron Klug que desenvolveu técnicas cristalográficas de microscopia eletrônica. Com exceção de Barnard, todos os avanços citados foram reconhecidos com Prêmios Nobel. Sydney Brenner ganhou mais recentemente, em 2002, por seu trabalho pioneiro em biologia molecular. Mark Shuttleworth fundou uma das primeiras empresas de segurança na internet, a Thawte, que foi posteriormente comprada pela líder mundial VeriSign. Apesar dos esforços do governo para incentivar o empreendedorismo em biotecnologia, outros campos de alta tecnologia e TI, não há outras empresas inovadoras notáveis fundadas na frica do Sul. um objetivo expresso do governo a transição da economia sul-africana para torná-la mais dependente da alta tecnologia, com base na constatação de que a frica do Sul não pode competir com as economias do Extremo Oriente na manufatura, nem pode usufruir de sua riqueza mineral perpetuamente. A frica do Sul cultivou uma comunidade astronômica em expansão. O país abriga o Grande Telescópio Sul-Africano, o maior telescópio óptico no hemisfério sul. A frica do Sul está construindo atualmente a Telescópio de Array Karoo como parte do projeto de 1,5 bilhão de euros Square Kilometre Array. Em 25 de maio de 2012, foi anunciado que as sedes do Telescópio Square Kilometer Array serão divididas entre locais na frica do Sul e na Austrália Nova Zelândia.
Universidade de Witwatersrand Universidade da Cidade do Cabo A educação na frica do Sul é a segunda melhor do continente africano, perdendo apenas para Cabo Verde. Na época do apartheid, os estudantes de todos os grupos étnicos da frica do Sul iam com frequência a escolas próprias para cada etnia. Fora isso, os menores caucasianos de dezoito anos que falavam inglês e africânder, apesar de serem obrigados a estudar as duas línguas, iam com frequência a instituições de ensino adequadas a cada etnia. Considerando cada menor de dezesseis anos, o governo pagava muito mais caro com a educação dos caucasianos do que a dos não caucasianos. Entre os sete e os dezesseis anos, o ensino era obrigatório para os menores caucasianos de dezoito anos. Cerca de 90 deles iam diariamente a escolas da rede pública de ensino. O resto ia para escolas da rede particular controladas pelo Estado. Mais de 55 terminavam o ensino médio. Os menores mestiços ou asiáticos de dezoito anos eram obrigados a se dirigirem à escola, entre os sete aos catorze anos, desde que habitassem áreas que dispusessem desta facilidade. Em diversas dessas regiões não existiam escolas e salas de aula para os mestiços e os asiáticos. Aproximadamente 99 desses menores de dezoito anos ia para educandários religiosos controlados pelo Estado. Mais de 10 dos menores mestiços de dezoito anos e 25 dos indianos alcançavam o ensino médio. Até 1981 a legislação não obrigava que os menores africanos de dezesseis anos fossem com frequência a instituições de ensino. Desde então, os conselhos locais podiam requerer que o governo nacional solicitasse o comparecimento dos menores de sua área, de seis a quinze anos, para instituições de ensino, 20 dos menores africanos iam a instituições de ensino. Entre as principais universidades da frica do Sul estão a Universidade da Cidade do Cabo, a Universidade do Noroeste, Universidade de Fort Hare, a Universidade de Pretória, a Universidade de Stellenbosch e a Universidade de Witwatersrand.
O impacto da AIDS tem causado uma queda na expectativa de vida do país A expansão da SIDA síndrome da imunodeficiência adquirida, AIDS no Brasil é um problema alarmante no país, chegando a atingir 31 das mulheres grávidas em 2005 e uma taxa de infecção nos adultos estimada em 20 . A ligação entre HIV, um vírus transmitido principalmente por contato sexual, e SIDA foi negado há muito tempo pelo presidente Thabo Mbeki e pelo ministro da saúde Manto Tshabalala-Msimang, que insiste que as muitas mortes no país são causadas por má nutrição, e muita pobreza, e não pelo HIV. Em 2007, em resposta a pressões internacionais, o governo fez esforços para combater a SIDA. A SIDA afeta principalmente aqueles que são sexualmente ativos e é muito mais presente na população negra. A maioria das mortes são de pessoas economicamente ativas, resultando em muitas famílias perdendo sua principal fonte de renda. Isso tem resultado em muitos órfãos pela SIDA que em muitos casos dependem do estado para suporte financeiro e médico. estimado que há 1,2 milhões de órfãos na frica do Sul. Muitas pessoas mais velhas também perdem o apoio dos membros mais jovens da família. Cerca de cinco milhões de pessoas estão infectadas pela doença. A frica do Sul, mesmo com muitos problemas envolvendo a saúde pública, abriga o maior hospital do mundo, o Hospital Chris Hani Baragwanath, com 173 hectares de área, camas e funcionários. Esse hospital fica na área de Soweto, Joanesburgo.
Gautrain, uma linha de trem que liga Joanesburgo à Pretória e ao Aeroporto Internacional Oliver Tambo No setor dos transportes, o país conta com uma rede de km de ferrovias e km de rodovias, dos quais km estão pavimentados e 239 km são classificados como autoestradas. O país conta com 567 aeroportos a 11 maior rede aeroviária do mundo em 2012 e seus maiores portos marítimos estão localizados nas cidades de Cidade do Cabo, Durban, Port Elizabeth, Richards Bay, Baía de Saldanha. Após tentativas frustradas por parte do governo de estimular a construção pela iniciativa privada da capacidade de geração de energia do país, a empresa estatal fornecedora de energia Eskom começou a ter deficiência de capacidade na geração de energia elétrica e infraestrutura de distribuição em 2007. Essa falta levou à incapacidade de atender às demandas da indústria e dos consumidores em todo o país, resultando em apagões. Inicialmente a falta de capacidade foi provocada por uma falha na Central Nuclear Koeberg, mas uma falta generalizada de capacidade de produzir energia devido ao aumento da demanda tornou-se evidente desde então. A fornecedora tem sido amplamente criticada por não planejar adequadamente e construir a capacidade de geração elétrica de forma suficiente, embora o governo tenha admitido que é culpado por se recusar a aprovar o financiamento para investimento em infraestrutura. Usina termoelétrica em Middelburg, Mpumalanga A crise foi resolvida depois de alguns meses, mas a margem entre a demanda nacional e a capacidade disponível ainda é baixa especialmente em horários de pico , e estações de energia estão sob pressão, de modo que uma outra fase de apagões é provável se alguma parte do sistema de fornecimento for interrompida por qualquer motivo. O governo e a Eskom estão planejando novas usinas, por um custo para o consumidor sul-africano. A concessionária de energia planeja ter 20 mil megawatts de energia nuclear em sua matriz até 2025. Em 2021, a frica do Sul tinha, em energia elétrica renovável instalada, em energia hidroelétrica, em energia eólica 30 maior do mundo , em energia solar 21 maior do mundo , e em biomassa.
Não existe uma única cultura sul-africana, devido à diversidade étnica do país, e cada grupo racial tem a sua própria identidade cultural. Isto pode ser apreciado nas diferenças na alimentação, na música e na dança entre os vários grupos. Há, no entanto, alguns traços unificadores.
Um elande retratado em uma pintura rupestre encontrada em Drakensberg A arte sul-africana inclui os mais antigos objetos artísticos do mundo, que foram descobertos em uma caverna do país e foram datados em 75 mil anos de idade. As tribos dispersas de povos khoisan que se deslocaram para a frica do Sul em torno de a.C. tinham sua própria expressão artística, vista hoje em uma infinidade de pinturas rupestres. Eles foram substituídos pelos povos bantu nguni com suas próprias formas de arte. Novas formas artísticas evoluíram nas vilas e cidades a arte dinâmica, que usa de tiras de plástico a aros de bicicleta. A arte popular holandesa com influências dos africânderes trekboers e os artistas brancos urbanos seguiram mudando as tradições europeias a partir de 1850 e também contribuíram para essa mistura eclética, que continua a evoluir ainda hoje.
Nadine Gordimer, escritora sul-africana ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura de 1991 A literatura sul-africana surge a partir de uma história social e política única. Um dos primeiros romances bem conhecidos escritos por um autor negro em um idioma africano foi Mhudi, de Solomon Tshekisho Plaatje, escrito em 1930. Durante os anos 1950, a revista Drum tornou-se um viveiro de sátiras políticas, ficção e ensaios, dando voz à cultura negra urbana. Entre os autores sul-africanos brancos mais notáveis estão Alan Paton, que publicou o romance Cry, the Beloved Country em 1948. Nadine Gordimer se tornou a primeira sul-africana a ser agraciada com o Prêmio Nobel de Literatura em 1991. Seu romance mais famoso, July s People, foi lançado em 1981. J. M. Coetzee ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 2003. Na época da atribuição do prêmio, a Academia Sueca afirmou que Coetzee em inúmeros disfarces retrata o envolvimento surpreendente do estranho. As peças de Athol Fugard regularmente estrearam nos cinemas fringe da frica do Sul, Londres The Royal Court Theatre e Nova York. A obra The Story of an African Farm 1883 , de Olive Schreiner, foi uma revelação na literatura vitoriana é anunciado por muitos como a introdução de feminismo na forma de romance.
Cozinha tradicional sul-africana A cultura sul-africana é diversa alimentos de muitas culturas são apreciados por todos e especialmente comercializados para os turistas que desejam provar a grande variedade da culinária do país. A culinária sul-africana é fortemente baseada na carne grelhada enquanto um evento social tipicamente sul-africano conhecido como um braai ou churrasco . O país também se tornou um grande produtor de vinhos, sendo que alguns dos seus melhores vinhedos encontram-se em vales em torno de Stellenbosch, Franschhoek, Paarl e Barrydale, no Cabo Ocidental.
Existe uma grande diversidade na música da frica do Sul. Muitos músicos negros que cantavam em africâner ou inglês durante o apartheid passaram a cantar em línguas africanas tradicionais, e desenvolveram um estilo único chamado kwaito. Digna de nota é Brenda Fassie, que alcançou fama graças à sua canção Weekend Special, cantada em inglês. Músicos tradicionais famosos são os Ladysmith Black Mambazo, e o Quarteto de Cordas do Soweto executa música clássica com sabor africano. Os cantores sul-africanos brancos e mestiços tendem a evitar temas musicais tradicionais africanos, preferindo estilos mais europeus. Existe um bom mercado para música africâner, que cobre todos os gêneros da música ocidental.
frica do Sul e México no estádio Soccer City, em Joanesburgo, durante a Copa do Mundo FIFA de 2010 Os esportes mais populares da frica do Sul são o rugby, o críquete e o hóquei em campo hóquei de grama, no português brasileiro . Outros esportes com prática significativa são natação, atletismo, golfe, boxe, tênis e netball. Apesar do futebol ser mais praticado entre os jovens e estar em crescimento no país , outros esportes como o basquete, o surf e o skate estão cada vez mais populares. Entre os atletas de futebol sul-africanos que jogaram em grandes clubes estrangeiros estão Steven Pienaar, Lucas Radebe, Philemon Masinga, Benni McCarthy, Aaron Mokoena e Delron Buckley. A frica do Sul sediou a Copa do Mundo FIFA de 2010 e o presidente da Fifa, Sepp Blatter, premiou o país com uma nota 9 de uma escala de até 10 por sediar o evento esportivo com êxito. Entre as personalidades de boxe sul-africanas mais famosas estão Jacob Matlala, Vuyani Bungu, Welcome Ncita, Dingaan Thobela, Gerrie Coetzee e Brian Mitchell. O surfista de Durba, Jordy Smith, ganhou o torneio Billabong J-Bay de 2010, tornando-se o surfista número um do mundo. A frica do Sul é a casa de Jody Scheckter, um campeão da Fórmula Um de automobilismo em 1979. Famosos jogadores sul-africanos de críquete incluem Herschelle Gibbs, Graeme Smith, Jacques Kallis, J. P. Duminy. Os Springboks em uma parada de ônibus, após a vitória na Copa do Mundo de Rugby de 2007 A frica do Sul também produziu inúmeros jogadores de rugby de classe mundial, incluindo François Pienaar, Joost van der Westhuizen, Danie Craven, Frik du Preez, Naas Botha e Bryan Habana. O país sediou e venceu a Copa do Mundo de Rugby de 1995 e venceu a Copa do Mundo de Rugby de 2007, na França. Após sediar a Copa do Mundo de Rugby de 1995, o país foi o anfitrião e o vencedor do Campeonato Africano das Nações de 1996. A frica do Sul também recebeu a Copa do Mundo de Críquete de 2003. A equipe de natação de Roland Schoeman, Lyndon Ferns, Darian Townsend e Ryk Neethling conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Verão de 2004, quebrando simultaneamente o recorde mundial no revezamento 4x100 m livre. Penelope Heyns ganhou o ouro olímpico nos Jogos Olímpicos de 1996, em Atlanta. Em 2012, Oscar Pistorius se tornou o primeiro homem duplamente amputado a competir nos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres. No golfe, Gary Player é geralmente considerado como um dos maiores golfistas de todos os tempos, tendo conquistado o Career Grand Slam, um dos cinco jogadores que já alcançaram tal feito. Outros jogadores sul-africanos que ganharam grandes torneios são Bobby Locke, Ernie Els, Retief Goosen, Trevor Immelman, Louis Oosthuizen e Charl Schwartzel.
Feriados Dia Nome em português Nome local Notas 1 de Janeiro Dia de Ano Novo New Year s Day 21 de Março Dia dos Direitos Humanos Human Rights Day Festa móvel Sexta-Feira Santa Good Friday Festa móvel Segunda-Feira de Páscoa Easter Monday 27 de Abril Dia da Liberdade Freedom Day Comemora as primeiras eleições livres pós-Apartheid. 1 de Maio Dia do Trabalhador Worker s Day 16 de Junho Dia da Juventude Youth Day Comemora os distúrbios de Soweto 9 de Agosto Dia Nacional da Mulher National Women s Day 24 de Setembro Dia da Herança Heritage Day Dia em que os sul-africanos comemoram a diversidade do país 16 de Dezembro Dia da Reconciliação Day of Reconciliation 25 de Dezembro Natal Christmas Day 26 de Dezembro Dia da Boa-Vontade Day of Goodwill
A History of South Africa, Third Edition. Leonard Thompson. Yale University Press. 1 March 2001. 384 pages. ISBN 0-300-08776-4. Economic Analysis and Policy Formulation for Post-Apartheid South Africa Mission Report, Aug. 1991. International Development Research Centre. IDRC Canada, 1991. vi, 46 p. Without ISBN Emerging Johannesburg Perspectives on the Postapartheid City. Richard Tomlinson, et al. 1 January 2003. 336 pages. ISBN 0-415-93559-8. Making of Modern South Africa Conquest, Segregation and Apartheid. Nigel Worden. 1 July 2000. 194 pages. ISBN 0-631-21661-8. South Africa A Narrative History. Frank Welsh. Kodansha America. 1 February 1999. 606 pages. ISBN 1-56836-258-7. South Africa in Contemporary Times. Godfrey Mwakikagile. New Africa Press. February 2008. 260 pages. ISBN 978-0-9802587-3-8. The Atlas of Changing South Africa. A. J. Christopher. 1 October 2000. 216 pages. ISBN 0-415-21178-6. The Politics of the New South Africa. Heather Deegan. 28 December 2000. 256 pages. ISBN 0-582-38227-0. Twentieth-Century South Africa. William Beinart Oxford University Press 2001, 414 pages, ISBN 0-19-289318-1
Governo Turismo Essuatíni em suázi eSwatini , oficialmente Reino de Essuatíni em suázi Umbuso weSwatini , anteriormente conhecido como Suazilândia, é um país da frica Austral, limitado a leste por Moçambique e em todas as outras direções pela frica do Sul. Suas capitais são Mebabane administrativa e Lobamba legislativa . O país e seu povo recebem seus nomes de Mswati II, um rei do em cujo reinado o território de Essuatíni foi expandido e unificado. Essuatíni é um país em desenvolvimento com uma economia pequena, baseada na agropecuária. Porém o país não é autossuficiente na produção de alimentos, sendo exportador da cana-de-açúcar e abrigando importantes reservas de carvão mineral. Seu PIB per capita é de US , classificando a nação com renda média-baixa. Como membro da União Aduaneira da frica Austral e do Mercado Comum da frica Oriental e Austral, o seu principal parceiro comercial local é a frica do Sul a fim de garantir a estabilidade econômica, a moeda essuatiniana, o lilanguéni, está indexada ao rand sul-africano, que também é moeda oficial de Essuatíni . Os principais parceiros comerciais no exterior são os Estados Unidos e a União Europeia. A maior parte do emprego do país é fornecida pelos setores agrícola e manufatureiro. Essuatíni é membro da Comunidade de Desenvolvimento da frica Austral, da União Africana, da Commonwealth e das Nações Unidas. A saúde pública enfrenta uma catástrofe, com um terço da população adulta sendo portadora do vírus da AIDS SIDA em português europeu uma das mais altas taxas de contaminação do mundo . A população suázi é bastante jovem, com uma idade média de vinte anos e pessoas com catorze anos ou menos, que constitui 37 do seu total de habitantes. A taxa atual de crescimento populacional no país é de 1,2 . O país possui a décima segunda menor expectativa de vida do mundo, 58 anos. Esse pequeno e montanhoso país do sul da frica, sem saída para o mar, é uma das poucas monarquias remanescentes no continente, sendo esta uma diarquia absoluta, governada conjuntamente pelo Ngwenyama rei, o chefe de Estado administrativo e pela Ndlovukati rainha mãe, a chefe de Estado nacional desde 1986. A sociedade, patriarcal e formada por clãs, admite a poligamia. A atual constituição foi adotada em 2005. Em abril de 2018, o país mudou o seu nome de Reino da Suazilândia para Reino de Essuatíni, que significa terra dos suázi na língua suázi ao invés de Swaziland, proveniente do inglês , durante os eventos de comemoração dos 50 anos de independência do país.
Artefatos indicam atividades humanas na região de Essuatíni, datadas do início da Idade da Pedra, cerca de 200 000 anos atrás. Estes artefatos foram encontrados em por todo o país. Pinturas pré-históricas de arte rupestre, que datam de c. 27 000 anos atrás até o século XIX, também foram encontradas em vários partes do país. Os primeiros habitantes conhecidos da região foram caçadores-coletores de origem Khoisan. Eles foram amplamente substituídos pelos Nguni durante as grandes migrações bantas. Esses povos são originários das regiões dos Grandes Lagos da frica oriental e central. As evidências da agricultura e do uso do ferro datam de cerca do século IV. Pessoas que falam línguas ancestrais às atuais línguas Sotho e Nguni começaram a se estabelecer no mais tardar no século XI.
Segundo a tradição, a origem dos suázis data do e resultou de um grupo que, sob a hegemonia do clã Dlamini, se separou do conjunto de bantos que então migravam para o sul, ao longo da costa de Moçambique. O grupo se fixou numa região entre Pongola e o rio Usutu. O rei Sobhuza I morreu em 1836, acredita-se que seu sucessor, Mswati Mswazi II, deu seu próprio nome à tribo. A expansão branca na região, porém, levou o rei ceder as terras ao norte do rio dos Crocodilos à República do Lydenburg, em 1846. Nessa época o rei Mswazi foi forçado a buscar ajuda britânica contra os zulus. A partir de 1880, a penetração branca resultou em numerosas concentrações de terras, minérios, pastagens e até estradas de ferro e iluminação pública, facilitadas pelo rei Mbandzeni. Em 1888, os suázis consentiram no estabelecimento de um governo local provisório, formado por representantes do governo britânico, sul-africano e suázi, mas em 1893 recusaram uma proposta para instituir ali uma administração sul-africana. No ano seguinte, no entanto, foi assinado um acordo que estabelecia a administração sul-africana em anexação do território suázi. Após a Guerra dos Bôeres e a instituição do controle britânico sobre Transvaal em 1903, os suázis passaram a ser administrados pelo governador do Transvaal e, em 1906, pelo alto comissário britânico para a Basutolândia, Bechuanalândia e Suazilândia. Os britânicos negaram, em 1949, o pedido de incorporação da Suazilândia pela União-Sul-Africana. Em 1963 promulgou-se na Suazilândia uma constituição que concedia aos suázis uma autonomia limitada. Quatro anos depois, foi proclamado o Reino da Suazilândia sob proteção britânica. Finalmente em 6 de setembro de 1968, o país conquistou plena independência. Em 1973 e novamente em 1977 o rei Sobhuza II dissolveu o Parlamento e aboliu a constituição, que, em ambas as ocasiões, foi substituída por uma nova num prazo de dois anos. Após a morte do monarca, em 1982, seu filho adolescente Makhosetive foi nomeado príncipe herdeiro e coroado como o rei Mswati III apenas em 1986. Sob sua liderança o país ingressou numa fase de relativo progresso econômico, com um importante incremento dos investimentos estrangeiros e da atividade turística. Pressionado pela oposição, o rei iniciou um processo de democratização no país, com uma série de alterações no sistema eleitoral. Em 1993, realizaram-se as primeiras eleições pluripartidárias do país. Em 1996, uma conflituosa greve geral exigiu o fim da monarquia absolutista. Mswati III nomeou como primeiro-ministro Barnabas Dlamini e instalou um Comitê de Revisão Constitucional CRC . Em novembro de 2000, mais uma greve geral por democracia foi duramente reprimida pela polícia. A oposição rejeitou, em janeiro de 2001, o projeto de reformas elaborado pelo CRC. Em maio, o governo proibiu a circulação de duas publicações independentes. A decisão é considerada ilegal pela Alta Corte de Justiça, que a anula. Em junho, decreto real concede poderes ao governo para proibir livros, jornais e revistas. A medida provoca fortes reações contrárias, e o governo dos Estados Unidos ameaçou retirar a ajuda econômica ao país. Em julho, o primeiro-ministro anunciou a revogação do decreto. Em 2002, Mario Masuku, líder da oposição, foi inocentado da acusação de incentivar rebelião contra o Estado. A Alta Corte de Justiça ordenou sua libertação, após dois anos preso. Na sequência, o Parlamento derrotou a proposta de compra de um jato de 45 milhões de dólares para o rei. O valor era mais que o dobro do orçamento nacional de saúde. Em 2003, os sindicatos chamam greve geral pela redução dos poderes do rei. Em julho de 2005, o rei assinou a nova Constituição, que entrou em vigor em fevereiro do ano seguinte. O texto mantém a proibição de partidos e impede processos contra a monarquia. Em setembro de 2005, Mswati escolhe uma moça de 17 anos para ser sua 13 mulher. Poucas semanas antes, ele havia anulado a proibição de prática de sexo por mulheres de menos de 18 anos, vigente por quatro anos no país para combater a AIDS. Em 19 de abril de 2018, Mswati oficialmente mudou o nome da Suazilândia para Essuatíni durante as comemorações do quinquagésimo aniversário da independência do país. O novo nome, Essuatíni, significa terra dos suázis em suázi.
Essuatíni é um pequeno país interior da frica Austral, limitado a leste por Moçambique e em todas as outras direcções pela frica do Sul. Salto de Mantenga O território divide-se em quatro regiões topográficas longitudinais, do ocidente para o oriente o Alto Veld, o Médio Veld, o Baixo Veld e o Lubombo. O Alto Veld, que compreende um terço do território, é uma continuação da cordilheira sul-africana de Drakensberg. Consiste num maciço com altitude média de 1 100 a 1 400 metros, onde fica o pico de Emlembe 1 860 m , ponto culminante do país. O Médio Veld é um planalto com altitudes entre 600 e 760 m e corresponde a um quarto do território do país. O Baixo Veld forma uma superfície sedimentar mais plana, situada entre 150 e 300 m de altitude e com solos férteis. O Lubombo, que ocupa apenas nove por cento do território, é um pequeno maciço com altitude entre 600 e 820 m. Cortam-no as gargantas escavadas por três do principais rios, que atravessam o país de oeste para leste Umbuluzi, Usutu e Ingwavuma. O clima é temperado nas áreas montanhosas, com média de 15 C, e subtropical nas planícies, com 22 C de média anual. As chuvas são abundantes em todo o país e aumentam com a altitude. A estação úmida é o verão, de outubro a março. Os rios são caudalosos graças às chuvas abundantes. Os rios perenes mais importantes, o Lomati, o Mkhondvo e o Komati, nascem na frica do Sul, atravessam o país em direção ao oceano ndico, apresentam alto potencial hidrelétrico e irrigam os grandes canaviais e pomares de cítricos do Médio Veld e do Baixo Veld. A fauna foi bastante reduzida pela caça predatória e pela expansão da agricultura. Há hipopótamos, zebras, antílopes e, em pequeno número, leões e macacos.
Segundo dados de 2007, a população de Essuatíni ultrapassa os 1,1 milhão de habitantes, conferindo a este país uma densidade de 70 habitantes por quilômetro quadrado. Apenas 25 vive nas cidades, atualmente. Os suázis compreendem cerca de 90 da população. Os 10 restantes da população são quase todos zulus. O país tem também uma minoria de sul-africanos, asiáticos, europeus e moçambicanos. Cerca de três quartos da população é cristã, enquanto vinte por cento são animistas. Além da capital, Mebabane, outras cidades importantes são Lobamba e Manzini.
O suázi é uma língua bantu do grupo angune, falada em Essuatíni e na frica do Sul. Tem 2,5 milhões de falantes e é ensinado nas escolas. uma língua oficial de Essuatíni, juntamente com o inglês, e uma das línguas oficiais da frica do Sul. O inglês é o meio de comunicação nas escolas e na realização de negócios, incluindo a imprensa. Cerca de 76 mil pessoas no país falam zulu. O tsonga, que é falado por muitas pessoas em toda a região, é falado por cerca de 19 mil pessoas em Essuatíni. O africâner também é falado por alguns residentes de ascendência africânder. O português foi introduzido como uma terceira língua nas escolas, devido a grande comunidade de falantes de português oriundos de Moçambique ou das regiões Norte e Centro de Portugal.
O Cristianismo é a religião predominante em Essuatíni, uma vez que 82,70 da população declara-se cristã. Cerca de 40 da população é adepta da Igreja Sionista, que professa uma mistura de cristianismo e o culto aos ancestrais indígenas. Os protestantes também constituem parte dos cristãos, seguidos de perto pelo catolicismo romano, professado por 20 dos habitantes. Também destacam-se os mórmons. Cerca de 10 da população é muçulmana e há pequenos grupos de judeus e bahá ís. A Constituição não trata especificamente de garantir a liberdade religiosa, mas esse direito é geralmente respeitado pelo governo e as relações entre grupos religiosos são amigáveis.
O Reino do Essuatíni é uma monarquia absoluta. A constituição de 1978 atribui o poder executivo e legislativo supremo ao rei, que é o chefe de Estado. Exerce o poder executivo um gabinete por ele nomeado e chefiado atualmente pelo primeiro-ministro Ambrose Mandvulo Dlamini, que recebeu o cargo do Rei Mswati III em 27 de outubro de 2018. Ele sucedeu o interino Vincent Mhlanga, tendo este ocupado a posição governamental no lugar de Barnabas Sibusiso Dlamini, que ficou pela segunda vez no cargo entre 23 de outubro de 2008 e 4 de setembro de 2018, vindo a falecer em 28 de setembro de 2018. O Parlamento bicameral se limita a debater as propostas do governo e a aconselhar o rei. O Parlamento compõe-se da Assembleia Nacional, composta de 65 membros 55 eleitos por voto direto e 10 nomeados pelo rei e do Senado, composto de trinta membros dez eleitos pela assembleia e vinte nomeados . O rei é o chefe de Estado administrativo e nomeia os primeiros ministros do país e vários representantes de ambas as câmaras o Senado e a Câmara da Assembleia no parlamento de Essuatíni, enquanto a rainha mãe é a chefe de Estado nacional, servindo como guardiã dos rituais da nação e presidindo o rito anual de Umhlanga. As eleições são realizadas a cada cinco anos para eleger a Câmara dos Deputados e a maioria do Senado. Os eventos mais importantes do país são o Umhlanga realizado nos meses de agosto e setembro e o Incwala a dança da realeza realizada em dezembro janeiro . Os partidos políticos são proibidos. Em eleições os candidatos concorrem apenas como independentes ao Parlamento e podem ser destituídos pelo rei. O rei Mswati III está no posto desde 1986 e a crítica ao soberano é punida severamente.
Distritos de Essuatíni Essuatíni é dividido em quatro distritos Hhohho Lubombo Manzini Shishelweni
Cena rural próxima a Mebabane, capital administrativa do país A economia baseia-se sobretudo na agricultura de subsistência, sobretudo de milho. A atividade agrícola contribui com cerca de vinte por cento do produto nacional bruto e emprega quase setenta por cento da força de trabalho. Não suázis e europeus controlam as grandes plantações de cana-de-açúcar, o principal cultivo de exportação, cítricos e abacaxi. Os grandes rebanhos bovinos, símbolo tradicional de riqueza, são uma das principais causas da perda de vegetação e da erosão do solo. Entre os recursos minerais estão depósitos de asbestos, ferro, carvão e diamantes. A exportação de minério de ferro de Ngwenya cessou em 1980, e vem declinando a importância da extração mineral, embora grandes quantidades de carvão, diamante e ouro continuem a ser extraídas. A eletricidade é gerada pela queima de carvão ou por usinas hidrelétricas. A indústria representa cerca de um quinto do produto nacional bruto e emprega pouco mais de dez por cento da mão de obra do país. O processamento de produtos agrícolas, florestais e pecuários é o principal setor industrial. Outras indústrias importantes são a têxtil e a de confecções. O país tem uma boa malha rodoviária. Uma ferrovia, originalmente construída para a exportação de minério de ferro por Maputo, em Moçambique, foi estendida para se ligar à rede ferroviária sul-africana, tanto no norte quanto no sul do país. O aeroporto de Matsapa conecta-se por voos regionais com várias cidades de Moçambique e da frica do Sul.
Embora as condições de saúde do país sejam relativamente precárias, a taxa de mortalidade infantil vem diminuindo. Os serviços médicos são em geral melhores do que os oferecidos pela maioria dos países africanos, e a tuberculose e a esquistossomose são os principais problemas de saúde. O analfabetismo atinge cerca de trinta por cento da população. A Universidade de Essuatíni foi fundada em 1964. Há no país vários jornais diários em inglês e um em suázi.
A educação em Essuatíni se inicia com a educação pré-escolar para crianças, ensino fundamental, médio e ensino médio para educação geral e treinamento GET , e universidades e faculdades de nível superior. A educação pré-escolar é geralmente para crianças de 5 anos ou menos depois disso, um aluno pode se matricular em uma escola primária em qualquer lugar do país. Em Essuatíni, os centros de atendimento e educação na primeira infância ECCE assumem a forma de pré-escolas ou pontos de atendimento de bairro NCPs . No país 21,6 das crianças em idade pré-escolar têm acesso à educação infantil. A educação primária em Essuatíni começa aos seis anos de idade. um programa de sete anos que culmina com um exame de fim de escola primária, chamado SPC, aplicado na 7 série, que se consiste numa avaliação local administrada pelo Conselho de Exames, por meio das escolas. A educação primária é do 1 ao 7 ano. O sistema de ensino médio e secundário em Essuatíni é um programa de cinco anos. Há um exame público externo Certificado Júnior em que os alunos devem avançar para o nível secundário sênior. O Conselho de Exames de Essuatíni ECESWA administra este exame. No final do nível secundário sênior, os alunos fazem um exame público para obter o Certificado Geral de Educação Secundária de Essuatíni SGCSE e o Certificado Geral Internacional de Educação Secundária IGCSE , que é credenciado pelo Cambridge International Examination CIE . Algumas escolas oferecem o programa de Estudos Avançados AS em seu currículo. Existem 830 escolas públicas, incluindo escolas primárias, secundárias e secundárias. Existem também 34 escolas privadas reconhecidas. O maior número de escolas está na região de Hhohho. A educação em Essuatíni é gratuita no nível primário, principalmente da primeira à quarta série e também gratuita para crianças órfãs e vulneráveis, mas não é obrigatória.
A expectativa de vida no país é uma das mais baixas no mundo cerca de 39 anos , uma vez que um terço da população adulta é portadora do vírus HIV. o país que mais apresenta casos proporcionais de AIDS no planeta, com 26 da população adulta. Em 2010, os dados da Unaids continuaram a apontar o país com maior índice de contaminação mundial e em níveis ainda maiores - 26,1 . Em 2006, na faixa dos 15 aos 49 anos, o índice era de 33,4 . Em 2010, a contaminação na faixa etária entre 25 e 29 anos chegou a 46 dos suázis. A poligamia é usada para explicar parte do índice de contaminação da população pelo vírus HIV. Os homens de Essuatíni têm em média cinco companheiras, seja por meio do casamento ou relações informais.
Cabana tradicional aldeia em Essuatíni, em agosto de 2006 O evento cultural mais conhecido de Essuatíni, é o anual Reed Dance. O país foi submetido ao rito da castidade o umchwasho até 19 de agosto de 2005. Essuatíni é um país profundamente polígamo. Mswati III, o atual rei, coroado com a idade de 18 anos, casou-se nove vezes, além de duas outras noivas. Seu pai, Sobhuza II, que reinou de 1921-1982, tinha 120 esposas. Mswati III declarou que a poligamia não era propício para a propagação do HIV entre a população em um país onde o número de pessoas HIV positivas é de aproximadamente 40 . Existem muitas clínicas, hospitais e estabelecimentos de atendimento à saúde. Mas muitos suázis preferem confiar na Medicina Tradicional Africana. Então o rei, ele decidiu criar um estabelecimento Mananga, onde um membro envia para as mulheres o conhecimento e poderes ocultos que curassem doenças. Essuatíni tem um número de escritores cujas línguas variam de inglês para suázi, através do Zulu. Os mais conhecidos são os escritores Sarah Mkhonza, que se aposentou à força em Essuatíni em 2003, Matsebula Stanley que é também um importante economista de Essuatíni, e James Shadrack Mkhulunylwa Matsebula, poeta e historiador de renome. Até 2009, o ranking mundial sobre a liberdade de imprensa fixadas anualmente pelo Repórteres Sem Fronteiras de Essuatíni é a 144 de 175 países. Uma situação difícil tem sido observada. Feriados Data Nome em português Nome local Observações 1 de janeiro Ano novo 9 a 12 de abril Semana Santa 19 de abril Aniversário do atual Rei Mswati 25 de abril Festa da Bandeira 1 de maio Dia dos Trabalhadores 29 de maio Ascensão do Senhor 20 de julho Aniversário do Rei Sobhuza II 6 de setembro Dia da Independência Somhlolo 24 de outubro Dia das Nações Unidas 24 e 25 de dezembro Natal
The Kingdom of Eswatini - Site oficial do turismo do país em inglês Swazi Live - Site para negócios em Essuatíni em inglês Site oficial governamental de Essuatíni em inglês Comores, oficialmente União das Comores, . é um país independente da frica Austral, localizado no extremo norte do canal de Moçambique na costa oriental da frica. Sua capital e maior cidade é Moroni, na Grande Comore. Comores é o quarto menor país africano em área territorial. A população é estimada em . Embora especule-se que o nome Comores se origine de povos árabes que teriam primeiro chegado às ilhas, o nome na verdade é oriundo da polinésia antiga, dos povos da Melanésia que se estabeleceram nas ilhas. O nome Comores foi tomado da antiga palavra polinésia Chammoras, significando um de seus outros assentamentos. Estes habitantes tinham sua própria língua, que foi parcialmente influenciada pelos árabes que chegaram posteriormente. A União de Comores tem três línguas oficiais comoriano, árabe e francês. Como uma nação formado em uma encruzilhada de diferentes civilizações, o arquipélago é conhecido por sua cultura e história diversificada. O arquipélago foi primeiramente habitado por falantes do idioma bantu que vieram da frica Oriental, seguidos por imigrantes árabes e austronésios. Oficialmente, além de muitas ilhas pequenas, o país é composto por três grandes ilhas do arquipélago de Comores Grande Comore Ngazidja , Mohéli Mwali e Anjouan Nzwani . A nação também reivindica a ilha de Maiote que, no entanto, nunca foi administrada pelo governo comorense. Em vez disso, Maiote continua a ser administrada pela França atualmente como um departamento ultramarino , uma vez que foi a única ilha do arquipélago a votar contra a independência em 1974. A França, desde então, tem vetado no Conselho de Segurança das Nações Unidas resoluções que reafirmariam a soberania de Comores sobre a ilha. Além disso, Maiote tornou-se um departamento ultramarino e uma região da França em 2011, após um referendo popular aprovado por maioria esmagadora. Tornou-se parte do Império Colonial Francês no final do antes de se tornar independente em 1975. Desde que declarou a independência, o país sofreu mais de 20 golpes de Estado ou tentativas de golpe, com vários chefes de Estado assassinados. Juntamente com esta constante instabilidade política, a população das Comores vive com a pior desigualdade de renda de qualquer país, com um coeficiente de Gini acima de 60 , ao mesmo tempo em que possui um dos piores ndices de Desenvolvimento Humano do mundo. Em 2008, cerca de metade da população das Comores vivia abaixo da linha da pobreza, com menos de US 1,25 por dia. A região insular francesa de Maiote, que é o território mais próspero no Canal de Moçambique, é o principal destino dos imigrantes ilegais comorenses que fogem do seu país. As Comores é um estado membro da União Africana, Francofonia, Organização para a Cooperação Islâmica, Liga rabe da qual é o estado mais meridional, sendo o único estado membro da Liga rabe com um clima tropical e também inteiramente dentro do Hemisfério Sul e a Comissão do Oceano ndico.
Acredita-se que os primeiros habitantes humanos das Ilhas Comores tenham sido colonos austronésios viajando de barco de ilhas no sudeste da sia. Essas pessoas chegaram o mais tardar no , a data do mais antigo sítio arqueológico conhecido, encontrado em Nzwani, embora tenha sido postulado o início da colonização já no primeiro século. As ilhas das Comores eram povoadas por uma sucessão de povos da costa da frica, da Península Arábica e do Golfo Pérsico, do Arquipélago Malaio e de Madagascar. Os colonos de língua bantu chegaram às ilhas como parte da maior expansão Bantu que ocorreu na frica durante o primeiro milênio. Segundo a mitologia pré-islâmica, um jinni espírito lançou uma joia, que formou um grande inferno circular. Este tornou-se o vulcão Karthala, que criou a ilha de Grande Comoro. O desenvolvimento das Comores é dividido em fases. A primeira fase registrada de forma confiável é a fase Dembeni do nono ao décimo século , durante a qual cada ilha manteve uma única aldeia central. Do décimo primeiro ao décimo quinto século, o comércio com a ilha de Madagascar e mercadores do Oriente Médio floresceu, aldeias menores surgiram e as cidades existentes se expandiram. Muitos comorenses podem traçar suas genealogias aos antepassados de Iêmen, principalmente Hadramaute, e Omã.
Segundo a tradição local, em 632, ao ouvir sobre o Islã, os ilhéus teriam enviado um emissário, Mtswa-Mwindza, para Meca - mas quando chegou lá, o profeta Maomé havia morrido. No entanto, após uma estadia em Meca, ele retornou a Ngazidja e liderou a conversão gradual de seus ilhéus ao islamismo. Entre os primeiros relatos da frica Oriental, as obras de Almaçudi descrevem as primeiras rotas comerciais islâmicas, e como a costa e as ilhas eram frequentemente visitadas por muçulmanos, incluindo mercadores persas e árabes e marinheiros em busca de coral, âmbar, marfim, ouro e escravos. Eles também trouxeram o Islã para os zanjes, incluindo as Comores. Como a importância das Comores cresceu ao longo da costa da frica Oriental, tanto pequenas como grandes mesquitas foram construídas. Apesar de sua distância da costa, as Comores estão situadas ao longo da costa suaíli na frica Oriental. Era um importante centro de comércio e uma importante localização em uma rede de cidades comerciais que incluía Quíloa, na atual Tanzânia, Sofala uma saída para o ouro do Zimbábue , em Moçambique, e Mombaça, no Quênia. Após a chegada dos portugueses no início do e o subsequente colapso dos sultanatos da frica Oriental, o poderoso sultão de Omã Ceife ibne Sultão começou a derrotar os holandeses e portugueses. Seu sucessor, Saíde ibne Sultão, aumentou a influência dos árabes de Omã na região, transferindo sua administração para Zanzibar, que estava sob o domínio de Omã. No entanto, as Comores permaneceram independentes e, embora as três ilhas menores fossem geralmente unificadas politicamente, a maior ilha, Ngazidja, era dividida em vários reinos autônomos ntsi . Na época em que os europeus mostraram interesse nas Comores, os ilhéus estavam bem posicionados para tirar proveito de suas necessidades, fornecendo inicialmente navios da rota para a ndia e, mais tarde, escravos para as ilhas de plantação nas Ilhas Mascarenhas.
Os exploradores portugueses visitaram primeiramente o arquipélago em 1503. As ilhas forneceram provisões ao forte português em Moçambique durante o . Em 1793, os guerreiros malgaxes de Madagascar começaram a atacar as ilhas em busca de escravos. Nas Comores, foi estimado em 1865 que até 40 da população consistia de escravos. A França estabeleceu pela primeira vez o domínio colonial nas Comores em 1841. Os primeiros colonizadores franceses desembarcaram em Maiote, e Andriantsoly também conhecido como Andrian Tsouli, o Sakalava Dia-Ntsoli, o Sakalava de Boina, e o rei malgaxe de Maiote assinaram o Tratado de Abril de 1841, que cedeu a ilha às autoridades francesas. As Comores serviram como uma estação de caminho para os comerciantes que navegavam para o Extremo Oriente e a ndia até a abertura do Canal de Suez reduzir significativamente o tráfego que passava pelo Canal de Moçambique. As mercadorias nativas exportadas pelas Comores eram cocos, gado e tartaruga. Colonos franceses, empresas francesas e comerciantes árabes ricos estabeleceram uma economia baseada em plantações que usava cerca de um terço das terras para exportação. Após sua anexação, a França converteu Maiote em uma colônia de plantação de açúcar. As outras ilhas logo foram transformadas, e as principais culturas de baunilha, café, cacau e sisal foram introduzidas. Uma praça pública em Moroni em 1908. Em 1886, Mohéli foi colocado sob proteção francesa pelo seu sultão Mardjani Abdou Cheikh. Nesse mesmo ano, apesar de não ter autoridade para fazê-lo, o sultão Said Ali de Bambao, um dos sultanatos de Ngazidja, colocou a ilha sob proteção francesa em troca do apoio francês de sua reivindicação à ilha inteira, que manteve até sua abdicação. em 1910. Em 1908, as ilhas foram unificadas sob uma única administração Colônia de Maiote e Dependências e colocadas sob a autoridade do governador colonial francês de Madagascar. Em 1909, o sultão Said Muhamed de Anjouan abdicou em favor do domínio francês. Em 1912, a colônia e os protetorados foram abolidos e as ilhas tornaram-se uma província da colônia de Madagascar. Um acordo foi alcançado com a França em 1973 para as Comores se tornar independente em 1978. Os deputados de Maiote se abstiveram. Referendos foram realizados em todas as quatro ilhas. Três votaram pela independência por grandes margens, enquanto Maiote votou contra e permanece sob administração francesa. Em 6 de julho de 1975, no entanto, o parlamento comoriano aprovou uma resolução unilateral declarando independência. Ahmed Abdallah proclamou a independência do Estado Comoriano tat Comorien e tornou-se seu primeiro presidente.
Os próximos 30 anos foram um período de turbulência política. Em 3 de agosto de 1975, menos de um mês após a independência, o presidente Ahmed Abdallah foi afastado do cargo em um golpe armado e substituído pela Frente Nacional Unida do membro das Comores, Said Mohamed Jaffar. Meses depois, em janeiro de 1976, Jaffar foi deposto em favor de seu ministro da Defesa Ali Soilih. Neste momento, a população de Maiote votou contra a independência da França em dois referendos. A primeira, realizada em 22 de dezembro de 1974, obteve 63,8 de apoio à manutenção dos laços com a França, enquanto a segunda, realizada em fevereiro de 1976, confirmou o voto com esmagadores 99,4 . As três ilhas restantes, governadas pelo presidente Soilih, instituíram uma série de políticas socialistas e isolacionistas que logo estreitaram as relações com a França. Em 13 de maio de 1978, Bob Denard voltou para derrubar o presidente Soilih e restabelecer Abdallah com o apoio dos governos francês, rodesiano e sul-africano. Durante o breve governo de Soilih, ele enfrentou sete tentativas adicionais de golpe até que ele foi finalmente forçado a deixar o cargo e assassinado. Em contraste com Soilih, a presidência de Abdallah foi marcada pelo governo ditatorial e aumentou a adesão ao Islã tradicional. O país foi renomeado para República Islâmica Federal das Comores République Fédérale Islamique des Comores . Abdallah continuou como presidente até 1989, quando, temendo um provável golpe de Estado, ele assinou um decreto ordenando que a Guarda Presidencial, liderada por Bob Denard, desarmasse as forças armadas. Logo após a assinatura do decreto, Abdallah foi supostamente assassinado a tiros em seu escritório por um oficial militar descontente, apesar de fontes posteriores afirmarem que um míssil antitanque foi lançado em seu quarto e o matou. Embora Denard também estivesse ferido, suspeita-se que o assassino de Abdallah era um soldado sob seu comando. Poucos dias depois, Bob Denard foi evacuado para a frica do Sul por paraquedistas franceses. Said Mohamed Djohar, meio-irmão mais velho de Soilih, tornou-se presidente e serviu até setembro de 1995, quando Bob Denard retornou e tentou outro golpe. Desta vez, a França interveio com os paraquedistas e forçou Denard a se render. Os franceses removeram Djohar para Reunião, e Mohamed Taki Abdoulkarim, apoiado por Paris, tornou-se presidente eleito. Ele liderou o país de 1996, durante uma época de crises trabalhistas, repressão do governo e conflitos separatistas, até sua morte em novembro de 1998. Ele foi sucedido pelo presidente interino Tadjidine Ben Said Massounde. As ilhas de Anjouan e Mohéli declararam sua independência das Comores em 1997, em uma tentativa de voltar a tornarem-se uma colônia francesa, mas a França rejeitou o pedido, levando a confrontos sangrentos entre tropas federais e insurgentes separatistas. Em abril de 1999, o coronel Azali Assoumani, chefe do Estado-Maior do Exército, tomou o poder em um golpe sem derramamento de sangue, derrubando o presidente interino Massounde, alegando fraca liderança diante da crise. Este foi o 18 golpe de Estado ou tentativa de golpe desde a independência das Comores em 1975. Azali não conseguiu consolidar o poder e restabelecer o controle sobre as ilhas, o que foi alvo de críticas internacionais. A União Africana, sob os auspícios do presidente Thabo Mbeki da frica do Sul, impôs sanções a Anjouan para ajudar a negociar e a reconciliar. O nome oficial do país foi mudado para a União das Comores e um novo sistema de autonomia política foi instituído para cada ilha. Azali deixou o cargo em 2002 para concorrer à eleição democrática do Presidente das Comores, que ele ganhou. Sob a pressão internacional em curso, como um governante militar que originalmente chegou ao poder pela força, e nem sempre foi democrático enquanto estava no cargo, Azali liderou as Comores através de mudanças constitucionais que permitiram novas eleições. A Lei de Responsabilidades foi aprovada no início de 2005, que define as responsabilidades de cada órgão governamental e está em processo de implementação. As eleições de 2006 foram ganhas por Ahmed Abdallah Mohamed Sambi, um clérigo muçulmano sunita apelidado de Ayatollah pelo tempo que passou estudando o Islã no Irã. Azali honrou os resultados das eleições, permitindo assim a primeira troca pacífica e democrática de poder para o arquipélago. O coronel Mohammed Bacar, um ex-policial treinado na França, tomou o poder como presidente em Anjouan em 2001. Ele organizou uma votação em junho de 2007 para confirmar sua liderança que foi rejeitada como ilegal pelo governo federal de Comores e pela União Africana. Em 25 de março de 2008, centenas de soldados da União Africana e das Comores capturaram Anjouan, controlado pelos rebeldes, geralmente recebido pela população houve relatos de centenas, senão milhares, de pessoas torturadas durante o mandato de Bacar. Alguns insurgentes foram mortos e feridos, mas não há números oficiais. Pelo menos 11 civis ficaram feridos. Alguns funcionários foram presos. Bacar fugiu em uma lancha para o território de Maiote, no Oceano ndico, em busca de asilo. Seguiram-se protestos antifranceses nas Comores. Desde a independência da França, as Comores experimentaram mais de 20 golpes de Estado ou tentativas de golpes. Após as eleições no final de 2010, o ex-vice-presidente Ikililou Dhoinine foi empossado como presidente em 26 de maio de 2011. Um membro do partido governista, foi apoiado nas eleições pelo atual presidente Ahmed Abdallah Mohamed Sambi. Dhoinine é o primeiro presidente das Comores da ilha de Mohéli. Após as eleições de 2016, Azali Assoumani tornou-se presidente para um terceiro mandato.
Mapa das Comores e Maiote Uma mesquita localizada em Moroni As Comores são formadas por Ngazidja Grande Comore , Mwali Mohéli e Nzwani Anjouan , três ilhas principais no arquipélago das Comores, bem como muitas ilhotas menores. As ilhas são oficialmente conhecidas por seus nomes em língua comorense, embora fontes internacionais ainda usem seus nomes franceses dados entre parênteses . A capital e maior cidade do país, Moroni, está localizada em Ngazidja. O arquipélago está situado no Oceano ndico, no Canal de Moçambique, entre a costa africana mais próxima de Moçambique e da Tanzânia e Madagáscar, sem fronteiras terrestres. Com 1862 km , as Comores são um dos menores países do mundo. As Comores reivindicam km de águas territoriais. Os interiores das ilhas variam de montanhas íngremes a colinas baixas. Ngazidja é o maior do arquipélago das Comores, aproximadamente igual em área para as outras ilhas combinadas. também a ilha mais recente e, portanto, tem solo rochoso. Os dois vulcões da ilha, o Monte Karthala ativo e La Grille dormente , e a falta de bons portos são características distintivas de seu terreno. Mwali, com capital em Fomboni, é a menor das quatro ilhas principais. Nzwani, cuja capital é Mutsamudu, tem uma forma distintiva triangular causada por três cadeias montanhosas - Sima, Nioumakélé e Jimilimé - que emanam de um pico central, o Monte N Tingui 1575 m . As ilhas do Arquipélago das Comores foram formadas por atividade vulcânica. O Monte Karthala, um vulcão de escudo ativo localizado em Ngazidja, é o ponto mais alto do país, com 2361 metros. Ele contém o maior pedaço de floresta tropical desaparecida das Comores. Karthala é atualmente um dos vulcões mais ativos do mundo, com uma pequena erupção em maio de 2006, e erupções anteriores em abril de 2005 e 1991. Na erupção de 2005, que durou de 17 a 19 de abril, 40 mil cidadãos tiveram que evacuar, e o lago da cratera na caldeira do vulcão foi destruído por 3 a 4 km. As Comores também reivindicam as Ilhas Esparsas e as Ilhas Gloriosas, atualmente parte das Terras Austrais e Antárticas Francesas. As Ilhas Gloriosas foram administradas pelas Comores coloniais antes de 1975, e por isso são por vezes consideradas parte do Arquipélago das Comores. O Banco do Geyser, uma antiga ilha no arquipélago das Comores, atualmente um recife submerso, está geograficamente localizado nas Ilhas Esparsas, mas foi anexado por Madagascar em 1976 como um território não reclamado. As Comores e a França ainda visualizam o Banco do Geyser como parte das Ilhas Gloriosas e, portanto, parte de sua zona econômica exclusiva. Além dessas ilhas, as Comores reclamam a ilha de Maiote, a ilha mais a leste do arquipélago, e atualmente administrada como um departamento ultramarino da França.
O clima é geralmente tropical e ameno, e as duas estações principais são distinguíveis por sua chuva. A temperatura atinge uma média de 29 30 C em março, o mês mais quente na estação chuvosa chamado localmente de kashkazi kaskazi, que significa monção norte, que vai de dezembro a abril , e uma média baixa de 19 C na estação fria e seca kusi, que significa monção sul, que ocorre de maio a novembro . As ilhas raramente são sujeitas a ciclones.
As ilhas abrigam uma ecorregião única, conhecida como Florestas das Comores. Estas ilhas vulcânicas são ricas em vida selvagem com espécies endêmicas, incluindo quatro espécies de aves ameaçadas de extinção que vivem no Monte Karthala. Tanto a flora como a fauna são semelhantes a Madagáscar, embora existam mais de 500 espécies de plantas endémicas das Comores. Há mais pássaros, mamíferos e répteis do que se esperaria encontrar em uma ilha do Oceano ndico, incluindo lêmures, como nas proximidades de Madagascar. As espécies endêmicas incluem 21 espécies de aves, 9 espécies de répteis e duas espécies de morcegos frugívoros Pteropus livingstonii e Rousettus obliviosus . Outros mamíferos incluem o lêmure-de-mangusto Eulemur mongoz e uma subespécie do morcego das Seychelles Pteropus seychellensis comorensis . Em dezembro de 1952, um exemplar do peixe Coelacanth foi re-descoberto na costa de Comores. A espécie de 66 milhões de anos foi considerada extinta até sua primeira aparição em 1938 na costa sul-africana. Entre 1938 e 1975, 84 espécimes foram capturados e registrados.
Com 885 701 habitantes, as Comores são um dos países menos populosos do mundo, mas também um dos mais densamente povoados, com uma média de 275 habitantes por km . Em 2001, 34 da população era considerada urbana, mas espera-se que cresça, já que o crescimento da população rural é negativo, enquanto o crescimento da população em geral ainda é relativamente alto. Quase metade da população das Comores tem menos de 15 anos. Os principais centros urbanos do país incluem Moroni, Mutsamudu, Domoni, Fomboni e Tsémbéhou. Existem entre 200 mil e 350 mil imigrantes comorenses vivendo na França, a maioria em Marselha, embora também haja muitos imigrantes comorenses em Paris e Lyon. As ilhas das Comores compartilham principalmente origens árabes africanas. Um dos maiores grupos étnicos nas várias ilhas de Comores continua a ser os Shirazis. As minorias incluem os malgaxes cristãos e indianos, bem como outras minorias, na maioria descendentes dos primeiros colonizadores franceses. Os chineses também estão presentes em partes de Grande Comore especialmente Moroni . Uma pequena minoria branca de franceses com outros descendentes europeus ou seja, holandeses, ingleses e portugueses vive nas Comores. A maioria dos franceses deixou o país após a independência em 1975.
O idioma mais falada nas Comores é o comoriano, conhecido localmente como Shikomori. uma língua relacionada ao suaíli, com quatro variantes diferentes Shingazidja, Shimwali, Shinzwani e Shimaore sendo faladas em cada uma das quatro ilhas. Tanto o alfabeto árabe quanto o latino é usado, sendo o árabe o mais usado, e uma ortografia oficial foi desenvolvida recentemente para o alfabeto latino. rabe e francês também são línguas oficiais, juntamente com o comoriano. O árabe é amplamente usado como segunda língua, sendo a língua do ensino do Alcorão. O francês é a língua administrativa e a língua de toda a educação formal não corânica.
Ficheiro Mosque in Moroni, Comoros 3923026238 .jpg miniaturadaimagem Uma mesquita em Moroni, nas Comores. O islamismo sunita é a religião mais praticada, representando 99 da população. Uma minoria da população das Comores, principalmente imigrantes franceses, é cristã católica romana. Comores é o único país de maioria muçulmana na frica Austral e o segundo território de maioria muçulmana mais meridional depois do território francês de Maiote.
As Comores são uma república presidencialista federal com um sistema multipartidário. O Presidente das Comores é chefe de Estado e chefe de governo. A Constituição das Comores foi aprovada por referendo em 23 de dezembro de 2001. Anteriormente governada por uma ditadura militar, a transferência de poder de Azali Assoumani para Ahmed Abdallah Mohamed Sambi em maio de 2006 foi um divisor de águas como a primeira transferência pacífica na história das Comores. O Poder Executivo é exercido pelo governo. O poder legislativo é representado pela Assembleia da União, que possui 33 membros eleitos para um mandato de cinco anos. O preâmbulo da constituição garante uma inspiração islâmica no governo, um compromisso com os direitos humanos, vários direitos específicos enumerados, e a democracia, um destino comum para todos os Comorianos. Cada uma das ilhas de acordo com o Título II da Constituição tem uma grande autonomia na União, incluindo as suas próprias constituições ou Lei Fundamental , presidente e Parlamento. A presidência e a Assembleia da União são distintas de cada um dos governos das ilhas. A presidência da União gira entre as ilhas. Mohéli detém a atual presidência rotativa, e por isso Ikililou Dhoinine é presidente da União Grand Comore e Anjouan seguem em mandatos de quatro anos. O sistema legal comoriano baseia-se na lei islâmica, no Código Napoleônico francês e no direito consuetudinário. Os anciãos da aldeia, conhecidos como kadis ou tribunais civis resolvem a maioria das disputas. O judiciário é independente do legislativo e do executivo. O Supremo Tribunal funciona como um Conselho Constitucional na resolução de questões constitucionais e na supervisão de eleições presidenciais. Como Supremo Tribunal de Justiça, o Supremo Tribunal também arbitra em casos em que o governo é acusado de prática ilegal. O Supremo Tribunal é composto por dois membros selecionados pelo presidente, dois eleitos pela Assembleia da União e um pelo conselho de cada ilha. Cerca de 80 do orçamento anual do governo central é gasto no complexo sistema eleitoral do país, que prevê um governo semi-autônomo e presidente para cada uma das três ilhas e uma presidência rotativa para o governo geral da União. Um referendo ocorreu em 16 de maio de 2009 para decidir se haveria uma redução na pesada burocracia política do governo. 52,7 dos eleitores votaram e 93,8 dos votos foram aprovados pelo referendo. O referendo faria com que o presidente de cada ilha se tornasse um governador e os ministros se tornassem conselheiros.
Em novembro de 1975, as Comores se tornaram o 143 membro das Nações Unidas. O novo país foi definido como abrangendo todo o arquipélago, embora os cidadãos de Maiote decidissem se tornar cidadãos franceses e manter sua ilha como um território francês. As Comores repetidamente pressionaram sua reivindicação a Maiote antes da Assembleia Geral das Nações Unidas, que adotou uma série de resoluções sob o título Questão da Ilha Comoriana de Maiote, opinando que Maiote pertence às Comores sob o princípio de que a integridade territorial de territórios coloniais devem ser preservados após a independência. Como uma questão prática, no entanto, essas resoluções têm pouco efeito e não há probabilidade previsível de que Maiote se torne parte de facto das Comores sem o consentimento do seu povo. Mais recentemente, a Assembleia manteve esse item em sua agenda, mas o deferiu de ano para ano sem tomar medidas. Outros órgãos, incluindo a Organização da Unidade Africana, o Movimento dos Países Não Alinhados e a Organização da Cooperação Islâmica, questionaram a soberania francesa sobre Maiote. Para acabar com o debate e evitar a integração à força na União das Comores, a população de Maiote optou por se tornar um departamento ultramarino e uma região da França em um referendo de 2009. O novo estatuto entrou em vigor em 31 de março de 2011 e Maiote foi reconhecida como uma região ultraperiférica pela União Europeia em 1 de janeiro de 2014. Esta decisão integra Maiote com a França. As Comores são membros da União Africana, da Liga rabe, do Banco Mundial, do Fundo Monetário Internacional, da Comissão do Oceano ndico e do Banco Africano de Desenvolvimento. Em maio de 2013, a União das Comores tornou-se conhecida por interpor um recurso ao Gabinete do Procurador do Tribunal Penal Internacional relativo ao ataque israelita de 31 de maio de 2010 à Flotilha de Ajuda Humanitária com destino à Faixa de Gaza. Em novembro de 2014, o Promotor do TPI acabou decidindo que os eventos constituíam crimes de guerra, mas não atendiam aos padrões de gravidade de levar o caso ao TPI. A taxa de emigração de trabalhadores qualificados foi de cerca de 21,2 em 2000.
Os recursos militares das Comores consistem de um pequeno exército permanente e uma força policial de 500 membros, bem como uma força de defesa de 500 membros. Um tratado de defesa com a França fornece recursos navais para a proteção de águas territoriais, treinamento de militares comorianos e vigilância aérea. A França mantém alguns oficiais seniores presentes nas Comores a pedido do governo. A França mantém uma pequena base marítima e um Destacamento da Legião Estrangeira Francesa em Maiote. Uma vez que o novo governo foi instalado em maio-junho de 2011, uma missão de peritos do Centro Regional da ONU para a Paz e o Desarmamento na frica chegou às Comores e produziu diretrizes para a elaboração de uma política de segurança nacional, que foram discutidas pelas autoridades de defesa nacional e pela sociedade civil.
As Comores são divididas em ilhas autónomas. Cada ilha está dividida em comunas. Por razões administrativas, as comunas estão agrupadas em prefeituras, distribuídas da seguinte forma Grande Comore Ngazidja , capital Moroni - 8 prefeituras Anjouan Ndzuwani , capital Mutsamudu - 5 prefeituras Moheli Mwali , capital Fomboni - 3 prefeituras.
Vista do porto e da cidade de Mutsamudu As Comores são um dos países mais pobres do mundo. O crescimento econômico e a redução da pobreza são as principais prioridades do governo. Com uma taxa de 14,3 , o desemprego é considerado muito alto. A agricultura, incluindo a pesca, a caça e a silvicultura, é o principal setor da economia e 38,4 da população ativa está empregada no setor primário. Altas densidades populacionais, até por quilômetro quadrado nas zonas agrícolas mais densas, para uma economia agrícola ainda predominantemente rural, podem levar a uma crise ambiental no futuro próximo, especialmente considerando a alta taxa de crescimento populacional. Em 2004, o crescimento real do PIB das Comores foi de 1,9 e o PIB real per capita continuou a diminuir. Essas quedas são explicadas por fatores que incluem investimento em declínio, quedas no consumo, aumento da inflação e um aumento no desequilíbrio comercial devido, em parte, à queda nos preços das culturas de rendimento, especialmente baunilha. Um mercado em uma rua da capital, Moroni A política fiscal é limitada por receitas fiscais instáveis, uma massa salarial do funcionalismo público inchado e uma dívida externa que está muito acima do limiar dos países pobres altamente endividados. A filiação à zona do franco, a principal âncora da estabilidade, ajudou, no entanto, a conter as pressões sobre os preços domésticos. As Comores têm um sistema de transporte inadequado, uma população jovem e em rápido crescimento e poucos recursos naturais. O baixo nível educacional da força de trabalho contribui para um nível de atividade econômica de subsistência, alto desemprego e uma grande dependência de doações e assistência técnica estrangeiras. A agricultura contribui com 40 do PIB, emprega 80 da força de trabalho e fornece a maior parte das exportações. As Comores são o maior produtor mundial de ylang-ylang e um grande produtor de baunilha. O governo do país atualmente luta para melhorar a educação e o treinamento técnico, privatizar empreendimentos comerciais e industriais, melhorar os serviços de saúde, diversificar as exportações, promover o turismo e reduzir o alto índice de crescimento populacional.
Existem 15 médicos para 100 000 pessoas. A taxa de fertilidade era de 4,7 por mulher adulta em 2004. A expectativa de vida ao nascer é de 67 anos para mulheres e 62 anos para homens.
Uma pré-escola em Anjouan Quase toda a população educada das Comores frequentou escolas corânicas em algum momento de suas vidas, muitas vezes antes da escola regular. Aqui, meninos e meninas são ensinados sobre o Alcorão e memorizam. Alguns pais escolhem especificamente essa educação inicial para compensar as escolas francesas que as crianças geralmente frequentam mais tarde. Desde a independência e a expulsão dos professores franceses, o sistema educacional tem sido prejudicado pela falta de treinamento de professores e resultados ruins, embora a estabilidade recente possa permitir melhorias substanciais. Os sistemas de educação pré-colonização em Comores concentraram-se em habilidades necessárias, como agricultura, pecuária e tarefas domésticas. A educação religiosa também ensinou às crianças as virtudes do islamismo. O sistema educacional sofreu uma transformação durante a colonização no início de 1900, que trouxe educação secular baseada no sistema francês. Isto foi principalmente para crianças da elite. Depois que Comores ganhou a independência em 1975, o sistema educacional mudou novamente. O financiamento para os salários dos professores foi perdido e muitos entraram em greve. Assim, o sistema de educação pública não funcionou entre 1997 e 2001. Desde a obtenção da independência, o sistema educacional também passou por uma democratização e existem opções para aqueles que não a elite. O número de matrículas também cresceu. Em 2000, 44,2 das crianças de 5 a 14 anos frequentavam a escola. Há uma falta geral de instalações, equipamentos, professores qualificados, livros didáticos e outros recursos. Os salários dos professores são frequentemente muito atrasados que muitos se recusam a trabalhar. Antes de 2000, os estudantes que procuravam o ensino superior ou uma formação universitária tinham que sair do país, no entanto, no início dos anos 2000, a primeira universidade foi criada no país. Isso serviu para ajudar o crescimento econômico e para combater a saída de muitas pessoas instruídas que não retornavam às ilhas para trabalhar. Cerca de 57 da população é alfabetizada no alfabeto latino, enquanto mais de 90 são alfabetizados no alfabeto árabe o total de alfabetização é estimado em 77,8 . A língua comoriana não possui alfabeto padrão, mas tanto o alfabeto árabe quanto o latino são usados.
As mulheres tradicionais de Comores usam vestidos coloridos parecidos com sari, chamados shiromani, e aplicam uma pasta de sândalo e coral chamada msinzano em seus rostos. A roupa masculina tradicional é uma saia longa colorida e uma camisa branca longa.
O traje tradicional vestido por um marido em um grande casamento ada nas Comores. Existem dois tipos de casamentos em Comores, o Mna dabo pequeno casamento e o ada grande casamento . O pequeno casamento é um simples casamento legal. pequeno, íntimo e barato. O dote da noiva é nominal. O pequeno casamento, entretanto, é apenas um espaço reservado até que o casal possa pagar o ada, ou grande casamento. As marcas do grande casamento são deslumbrantes joias de ouro, duas semanas de celebração e um enorme dote de noivado. O noivo deve pagar a maior parte das despesas para este evento, e a família da noiva normalmente paga apenas um terço da do noivo. O grande casamento pode custar até o equivalente a . Muitos homens não conseguem pagar por um grande casamento até o final dos 40 anos. O grande casamento é um símbolo do status social nas ilhas Comores. A conclusão de um casamento ada também aumenta muito a posição de um homem na hierarquia das Comores. Um homem de Comores só pode usar certos elementos da vestimenta nacional ou ficar de pé na primeira fila da mesquita se tiver um grande casamento. Além disso, não se é totalmente considerado homem até que ele tenha um casamento ada. O ada é frequentemente criticado por causa de sua grande despesa para um país com pobreza intensa, mas ao mesmo tempo é uma fonte de coesão social e a principal razão pela qual os imigrantes comorenses na França e em outros países continuam as remessas para sua terra natal. Cada vez mais, os casamentos também estão sendo tributados para fins de desenvolvimento das aldeias, de modo que os efeitos não são totalmente negativos.