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Travassô foi uma freguesia portuguesa do concelho de Águeda, com 7,75 km² de área e 1 589 habitantes (2011). A sua densidade populacional era 205 hab/km². Foi sede de uma freguesia extinta (agregada), em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada à freguesia de Óis da Ribeira, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Travassô e Óis da Ribeira. Geografia Localizada na zona ocidental do concelho, Travassô tem como vizinhos as localidades de Segadães a norte, Trofa a nordeste, Águeda a sueste e Óis da Ribeira a sul, e os concelhos de Aveiro a oeste e Albergaria-a-Velha a norte. As fronteiras com Aveiro e Albergaria-a-Velha são definidas por rios: a primeira pelo rio Águeda e a segunda pelo Vouga. História No lugar de Almear existia um antigo farol, dai o seu nome Almenara, Alumiar e finalmente Almear. Teve um ilustre filho da terra chamado Laudelino Miranda Melo que, entre outras coisas, escreveu o livro: "Travassô e Alquerubim e Outras Localidades da Região Vouga" (Gráfica Aveirense, 1942). O seu nome está associado à principal rua do lugar de Almear, a sua casa ainda existe e sobre um dos seus lados em azulejo(quem vem no sentido Aveiro-Agueda) pode ler-se: ALMENARA. No referido livro, escreveu sobre o farol que existiu em Almear o seguinte: "Senhores, tudo isto é muito curioso!: - estradas no fundo de lagos fundos; barcos que subiam os rios e mal se lhes viam os mastros; pontes construídas umas sobre as outras… (isto tudo relativamente há pouco tempo, 150 anos mais ou menos!) e ainda existem pessoas a pôrem em dúvida que, há mil ou mil e duzentos anos, águas salgadas chegassem a Segadães (*), e que em Almear houvesse farol, e em Alquerubim houvesse salinas… Como se tudo isto não fosse tão natural!… e como se o que ainda hoje se pode constatar, e que mencionámos, não fosse muito ilucidativo!… " População Média do País no censo de 2001: 0/14 Anos-16,0%; 15/24 Anos-14,3%; 25/64 Anos-53,4%; 65 e mais Anos-16,4% Média do País no censo de 2011: 0/14 Anos-14,9%; 15/24 Anos-10,9%; 25/64 Anos-55,2%; 65 e mais Anos-19,0% (Fonte: INE) Património Igreja de São Miguel (matriz) Capelas de Nossa Senhora do Amparo (ou da Lapa), de Cabanões, de São Caetano e de Santa Luzia Via-sacra em Travassô Lugares Travassô Travassô de Baixo Travassô de Cima Cabanões Almear Associações Orquestra Filarmónica 12 de Abril; Agrupamento de Escuteiros de Travassô; Associação Desportiva de Travassô; Jardim Social; Patronato de Nossa Senhora das Dores Ligações externas Antigas freguesias de Águeda
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São Martinho de Bougado foi uma freguesia portuguesa do concelho da Trofa, com 12,98 km² de área e 15 190 habitantes (2011). Densidade: 1 170,3 hab/km². Foi sede de uma freguesia extinta (agregada) em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, para, em conjunto com Santiago de Bougado, formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Bougado (São Martinho e Santiago). População Nos censos de 1864 a 1991 fazia parte do concelho de Santo Tirso Média do País no censo de 2001: 0/14 Anos-16,0%; 15/24 Anos-14,3%; 25/64 Anos-53,4%; 65 e mais Anos-16,4% Média do País no censo de 2011: 0/14 Anos-14,9%; 15/24 Anos-10,9%; 25/64 Anos-55,2%; 65 e mais Anos-19,0%
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Usina Hidrelétrica Jatobá, usina hidrelétrica em projeto no Rio Tapajós, no Pará, Brasil Jatobá – uma árvore originalmente encontrada na Amazônia e Mata Atlântica brasileiras, nome também utilizado para todas espécies do gênero. Jatobá – Um personagem ficcional na novela América, exibida pela Rede Globo Pessoas Rosana Jatobá – jornalista brasileira Localidades Jatobá (Maranhão) Jatobá (Pernambuco) Jatobá (Patos) Jatobá (Dom Basílio) Desambiguação Desambiguações de topônimos Desambiguações de espécies
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Gradiz foi uma freguesia portuguesa do município de Aguiar da Beira, com 12,75 km² de área e 159 habitantes (2011). Densidade: 12,5 hab/km². História Foi sede de uma freguesia extinta (agregada) em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada à freguesia de Sequeiros, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Sequeiros e Gradiz. Geografia Localizada na extremidade norte do município, Gradiz tem como vizinhos as localidades de Sequeiros a sueste e Aguiar da Beira a sul e o município de Sernancelhe a norte. População Antigas freguesias de Aguiar da Beira
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Santos João Batista — canonizado como São João Batista João, o Apóstolo João, o Evangelista João de Patmos — autor do Apocalipse João e Paulo — mártires cristãos João Crisóstomo João IV de Constantinopla — conhecido como São João, o Jejuador João Clímaco João Damasceno João de Capistrano John Fisher — canonizado como São João Fisher João de Deus João da Cruz João Ogilvie João de Ravena João Sarkander João de Brito Dom Bosco — canonizado como São João Bosco Papa João Paulo II Papa João XXIII João Leonardo João de Castilho João Berchmans Papa João I Geografia Antígua e Barbuda São João (Antígua e Barbuda) Brasil Municípios Distritos e bairros São João (Feira de Santana), Bahia São João (Volta Redonda), Rio de Janeiro São João (Porto Alegre), Rio Grande do Sul São João (Santa Maria), Rio Grande do Sul São João Novo, São Roque, São Paulo Ilhas Virgens Americanas São João (Ilhas Virgens Americanas) Haiti São João do Sul (Haiti) Porto Rico São João (Porto Rico) Portugal Freguesias Outras subdivisões portuguesas São João da Pesqueira — concelho Outros Véspera de São João Joao Desambiguações de topônimos
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Santana do Mato é uma freguesia portuguesa do município de Coruche, com 103,06 km² de área e 945 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é . A freguesia foi criada pela lei nº 43/84, de 31 de dezembro, com lugares desanexados da freguesia de Coruche. Demografia A população registada nos censos foi: História É de salientar a forma como se escreve Santa Ana do Mato – é uma povoação que remonta, não se sabe ao certo, ao século XIV. Pela carta do Padre Manuel de Matos da Silva, datada de 30 de Abril de 1758, a freguesia de Santa Ana do Mato possuía 98 fogos e 305 pessoas de comunhão e 58 menores; junto da igreja apenas se acolhiam 10 pessoas, mas pela freguesia havia moradas espalhadas pelas sesmarias. Era seu orago a gloriosa Santa Ana que, segundo a lenda, foi encontrada no meio do mato, daí a associação de palavras Santa Ana do Mato. O padre da freguesia era "capelão de curar", tendo "de próprio" 4 moios de pão meados de centeio e 20 mil réis de rendimento uns anos por outros. Tinha juiz de vintena e escrivão da mesma. Colhia apenas centeio, tendo o campo coberto de mato. Servia-se do correio de Montemor-o-Novo. Passou a pertencer ao concelho de Coruche a partir do ano de 1490. É nos nossos dias uma povoação do concelho de Coruche, distrito de Santarém. Situada a 13 km de Coruche e 60 km de Évora é sede de freguesia com o mesmo nome desde 1985 (já havia sido sede de freguesia paroquial no século XV). É uma zona essencialmente ou quase totalmente agrícola, onde predominam culturas tais como: tomate, arroz, trigo, centeio, cevada, aveia, uva, produtos hortícolas, etc. Predomina como actividade mais produtiva nos meses quentes do ano a extração da cortiça (tirada de cortiça). Atividades económicas Extração de lenha e cortiça, produção de carvão e agricultura diversa. Festas e romarias Santa Ana (Julho) Património cultural e edificado Igreja de Santa Ana Fontanário Fontes de Pau e do Povo Cruzeiro da Igreja Sobreiro da Herdade da Afeiteira Artesanato Artigos em cortiça Freguesias de Coruche
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Santiago Maior é uma freguesia portuguesa do município de Alandroal, com 112,99 km² de área e 1881 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é . Localizada no sudoeste do concelho, a freguesia de Santiago Maior tem por vizinhos as freguesias de São Pedro a nordeste e Capelins a leste e os concelhos de Reguengos de Monsaraz a sul e Redondo a oeste. Pertenceu, até 1836, ao extinto concelho de Terena. Fazem parte desta freguesia as localidades de Aldeia dos Marmelos, Aldeia das Pias, Aldeia da Venda, Orvalhos, Cabeça de Carneiro, Seixo e Casas Novas de Mares. Demografia A população registada nos censos foi: Freguesias do Alandroal
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Maria (mãe de Jesus) Geografia Argentina Buenos Aires — antigamente chamada Santa Maria Brasil Rio Santa Maria — rio do estado do Rio Grande do Sul Santa Maria (Distrito Federal) — região administrativa do Distrito Federal Municípios Santa Maria (Rio Grande do Norte) Santa Maria (Rio Grande do Sul) Bairros Santa Maria (Aracaju) Santa Maria (Belo Horizonte) Santa Maria (Timóteo) Santa Maria (Osasco) Santa Maria (Santos) Chile Santa María (Chile) — comuna da província de San Felipe de Aconcágua Cabo Verde Santa Maria (Cabo Verde) — localidade Colômbia Santa María (Colômbia) — município de Boyacá Santa María (Huila) — município El Salvador Santa María (El Salvador) — município Santa María Ostuma — em La Paz Estados Unidos Santa Maria (Califórnia) — município Santa Maria (Texas) — município Guatemala Santa María (vulcão) Itália Nicarágua Santa María (Nicarágua) — município Panamá Santa María (distrito do Panamá) — distrito da província de Herrera Paraguai Santa María (Paraguai) — distrito do departamento de Misiones Peru Santa María (Peru) Portugal Ilha de Santa Maria — ilha nos Açores Freguesias Santa Maria (Bragança) Santa Maria (Celorico da Beira) Santa Maria (Covilhã) Santa Maria (Estremoz) Santa Maria (Lagos) Santa Maria (Manteigas) Santa Maria (Óbidos) Santa Maria (Odemira) Santa Maria (Serpa) Santa Maria (Tavira) Santa Maria (Torres Novas) Santa Maria (Trancoso) Música Santamaria (banda de Portugal) Santa Maria (banda da Rússia) História Santa Maria (nau) — navio de Cristóvão Colombo na descoberta da América N/T Santa Maria — paquete portugues entre 1953 e 1973 Futebol Santa Maria Futebol Clube — clube português amador Desambiguações de topônimos
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História Rainhas Branca de Anjou — rainha consorte de Aragão como esposa de Jaime II de Aragão Branca de Artésia — rainha consorte de Navarra como esposa de Henrique I de Navarra e regente de Joana I de Navarra Branca da Borgonha — rainha consorte de França e Navarra como esposa de Carlos IV de França Branca de Bourbon — rainha consorte de Castela como esposa de Pedro I de Castela Branca de Castela — rainha consorte de França como esposa de Luis VIII de França e regente de São Luís da França Branca de Namur — rainha consorte da Suécia e Noruega como esposa de Magno IV da Suécia Branca I de Navarra — rainha reinante de Navarra e rainha consorte da Sicília Branca II de Navarra — rainha de jure de Navarra e princesa das Astúrias Nobres Branca da Bretanha — dama de Brie-Comte-Robert Branca de Castela (1319–1375) — senhora do Mosteiro de Las Huelgas Branca de Espanha — arquiduquesa da Áustria Branca de França, Duquesa de Orleães — princesa francesa Branca de Monferrato — duquesa de Saboia Geografia Branca (Albergaria-a-Velha) — freguesia no concelho de Albergaria-a-Velha, Portugal Branca (Coruche) — freguesia no concelho de Coruche, Portugal Filmes Branca de Neve (filme de 2000) — filme português Branca de Neve (filme de 2001) — filme americano-canadense Branca de Neve (filme de 2012) — filme mudo franco-espanhol Personagens Branca de Neve (Disney) — personagem da Disney Livros Branca de Neve — conto de fadas dos Irmãos Grimm Branca-ursina — espécies de plantas Desambiguações de antropônimos Desambiguações de história
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Albufeira é uma cidade portuguesa pertencente ao Distrito de Faro, sub-região (NUT III) e região (NUT II) do Algarve, com cerca de 31 000 habitantes. É sede do Município de Albufeira com de área e habitantes (censo de 2021), subdividido em 4 freguesias. O município é limitado a oeste e noroeste pelo município de Silves, a nordeste e leste por Loulé e a sul tem uma ampla costa no Oceano Atlântico. Por conta de uma vida noturna (bares, discotecas, restaurantes de renome) vibrante, festas frequentes e algumas das mais belas praias de Portugal, Albufeira converteu-se num dos maiores polos turísticos do país, destacando-se por consequência como a cidade portuguesa com maior número de estrangeiros residentes, com 22,5% da população permanente tendo nascido no exterior, nomeadamente em outros países europeus. Uma pesquisa do site Cheerfulway elegeu Albufeira como o melhor lugar para se viver em Portugal. Albufeira detém também um recorde do Guinness: no Reveillon de 2009-2010, realizou-se, na Praia dos Pescadores, o Maior Brinde do Mundo, com 25 mil pessoas a brindar a passagem de ano. Etimologia O topónimo Albufeira provém da palavra árabe البحيرة (al-Buħayra), designação do séc. VIII, que significa a lagoa ou pelo mar, ou, segundo outros especialistas, castelo do mar, dispondo-se altaneira e em anfiteatro sobre o mar. Do período Árabe perduram as ruelas estreitas, o velho castelo e as casas muito brancas com as suas açoteias e arcos. História A área atual do município de Albufeira encontra-se ocupada pelo homem pelo menos desde o ano 2000 a.C. Os Romanos deram-lhe a designação de Baltum, e os Árabes. que ocuparam em 716, denominaram-na Albuar ou Albuhera. O seu castelo, praticamente inexpugnável devido à sua posição estratégica, foi o último reduto árabe a cair nas mãos do rei Afonso III de Portugal, que assinalou a vitória com a prática de crueldades desnecessárias. Submetida Albufeira em 1249, logo em 1250 foi doada à ordem de Avis. Findos os cinco séculos de presença árabe podemos falar de uma profunda alteração da realidade urbana e rural que ainda hoje constituem verdadeiro legado árabe. Foram os decisivos avanços nas técnicas agrícolas (nora, açudes, hortas, etc.) são por outro lado, as casas brancas com açoteias e as ruas tortuosas, para além de inúmeras influências linguísticas. D. Manuel I outorgou-lhe foral novo a 20 de agosto de 1504. Albufeira ficou quase totalmente destruída pelo sismo de 1 de novembro de 1755: uma grande onda submergiu totalmente a parte baixa da vila, onde ficaram em pé 27 casas e essas prestes a ruir. Quando o mar se retirou, os sobreviventes acorreram à igreja, localizada perto da vila, um novo abalo, porém fez ruir a vasta nave que sepultou sob os seus escombros os seus 227 ocupantes. Uma nova calamidade ocorreu em Albufeira, no século XIX, devido à maldade humana, na ocasião das lutas liberais a guerrilha miguelista do Remexido cercou os militantes da guerrilha liberal refugiados nesta vila à qual foi posto impiedoso cerco que culminou com incêndio devastador e a morte, a 27 de julho de 1833, de 174 membros da população de todas as idades e condições sociais. A partir da década de 1960, Albufeira tornou-se numa grande estância turística de renome internacional. A localidade foi elevada a cidade através de lei de 23 de agosto de 1986. Geografia Temperatura do ar Uma brisa marítima costuma refrescar a temperatura média anual do Algarve que é de 17,7ºC (12ºC em Janeiro e até cerca dos 30ºC em Agosto). A região conta com mais de 3.000 horas de sol (mais de 300 dias) durante o ano o que a torna um destino favorito para quem aprecia um clima tão agradável. O inverno é ameno. Freguesias O município de Albufeira está dividido em 4 freguesias: Demografia De acordo com os dados do INE o distrito de Faro registou em 2021 um acréscimo populacional na ordem dos 3.7% relativamente aos resultados do censo de 2011. No concelho de Albufeira esse acréscimo rondou os 8.2%. (Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste município à data em que os censos se realizaram.) ★ De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no município à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente. Economia A partir de meados do século XIX verificou-se um desenvolvimento da economia graças à actividade piscatória. Nas primeiras décadas do século XX registou-se um aumento acentuado da exportação de peixe e de frutos secos. A vila tinha, então, cinco fábricas que empregavam 700 a 800 pessoas, sobretudo mulheres de pescadores. Porém, da década de 1930 à década de 1950, registaram-se tempos de decadência, as armações de pesca arruinaram-se, as fábricas fecharam, as embarcações desapareceram e muitas casas foram abandonadas. A população ficou reduzida à metade e a pesca tornou-se novamente numa actividade de subsistência. No início da década de 1960, assistiu-se ao despertar de Albufeira para o fenómeno turístico, quando foi procurada por turistas internacionais, mas foi sobretudo com os ingleses que prosperou. Desde então, desenvolveu-se bastante a indústria hoteleira na cidade. Na década de 1980, verificou-se um enorme surto urbanístico, tendo a cidade crescido para nascente, local para onde se transferiu a maior parte dos serviços administrativos, incluindo a Câmara Municipal. Albufeira ocupa actualmente a primeira posição no ranking nacional dos municípios com maior captação de impostos por habitante (1021,40€), ultrapassando os valores de grandes áreas como Lisboa e Porto. Da povoação de longa tradição piscatória com uma próspera indústria de exportação de peixe, resta o porto de abrigo, junto à marina de Albufeira, com os seus coloridos barcos de pesca artesanal, os quais partilham o espaço com as embarcações que se dedicam aos passeios marítimos pela costa e à visita das fabulosas grutas marinhas. Atualmente, Albufeira e o seu município assumem-se como um dos principais centros turísticos do país, oferecendo quase 30km de costa e mais de duas dezenas de praias muito diversificadas entre si, tanto no que toca ao enquadramento natural, como em termos de ocupação e oferta turística. Embora os equipamentos turísticos, bem como a animação noturna, sejam dos mais afamados do Algarve, convivem ainda par a par com uma outra realidade:a das aldeias tranquilas, onde subsistem artes manuais como a azulejaria, o cobre talhado ou a tapeçaria de esparto, envolvidas por pomares de sequeiro com amendoeiras em flor. Património Património no município Património civil Azenha de Paderne Estádio João Campos Fonte de Paderne Moradia em Mem Moniz - Casa de Paderne Museu do Barrocal Ponte medieval de Paderne Parque Zoomarine Torre do Relógio: Considerada um dos ex-libris da c idade, este é certamente, um local a visitar. Localizada na Rua Bernardino Sousa, esta antiga torre muçulmana encontra-se integrada no edifício da antiga cadeia comarcã. Já no século XIX foi-lhe implantada uma original coroa em ferro onde se encontra o sino das horas. Do cimo desta torre, poderá desfrutar de uma vista privilegiada sobre a cidade. Património militar Bateria de Albufeira Castelo de Albufeira Castelo de Paderne Torre da Medronheira Torre Velha Património natural Olheiros de Água Doce Património religioso Convento de Nossa Senhora da Orada Igreja Matriz: Situada na Rua da Igreja Nova, a Matriz de Albufeira foi construída no Século XVIII (1782), tendo substituído a antiga matriz (originalmente mesquita árabe) que ruiu com o terramoto de 1755. Esta Igreja, de uma só nave, é do estilo Neoclássico e apresenta 4 capelas laterais, a ca pela baptismal, o coro, dois púlpitos e duas salas laterais. No altar-mor, é de realçar o belíssimo retábulo do pintor albufeirense Samora Barros (séc. XX), que serve de pano de fundo à imagem da padroeira de Albufeira, N.ª Sr.ª da Conceição. No cimo do arco da porta principal, podemos encontrar a cruz de Aviz, representativa da ordem Religiosa e Militar a que Albufeira pertenceu.Situada na Rua da Igreja Nova, a Matriz de Albufeira foi construída no Século XVIII (1782), tendo substituído a antiga matriz (originalmente mesquita árabe) que ruiu com o terramoto de 1755. Capela da Misericórdia : Em plena Rua Henrique Calado, encontramos esta antiga mesquita árabe, utilizada depois como capela dos Alcaides do Castelo. Restaurada em 1499, adoptou entretanto o nome de Capela da Misericórdia. Foi parcialmente destruída pelo terramoto de 1755, tendo sido posteriormente recuperada. Conserva até hoje o portal gótico, o arco triunfal e abside. No interior, recomendamos uma visita ao retábulo de talha, representativo da imagem de N.ª Sr.ª da Visitação e do Senhor Morto, bem como, ao túmulo de Rui Dias, suposto Alcaide do castelo. Igreja de S. Sebastião: Na Praça Miguel Bombarda, encontramos esta igreja, construída em meados do séc. XVIII. Apresentando traços arquitectónicos de raiz popular, podemos destacar no seu exterior a belíssima cúpula e 2 portais: o lateral debruado por cantarias de estilo manuelino e o principal, talhado em estilo barroco. Na sua nave única, encontramos um retábulo de madeira proveniente da segunda metade do século XVIII, seis imagens de santos em madeira e uma imagem em pedra. Igreja de Sant'Ana: No largo Jacinto d’Ayet, encontramos um belo exemplar da arquitectura religiosa do séc. XVIII, a Igreja de Sant’Ana. Na capela-mor, encontramos um retábulo em madeira, da autoria dos mestres João Baptista e Francisco Xavier Guedelha. Dignas de atenção são ainda uma imagem de Cristo crucificado e um retábulo representativo de N.ª Sr.ª das Dores. Edifício da Misericórdia de Albufeira Ermida de Nossa Senhora da Guia (Albufeira) Igreja Paroquial da Guia/Igreja de Nossa Senhora da Visitação Ermida de Nossa Senhora da Assunção Ermida de Nossa Senhora do Pé da Cruz Igreja Matriz de Paderne Ermida de Nossa Senhora do Pé da Cruz Igreja Paroquial de S. José de Ferreiras Miradouros Dentro da cidade os melhores miradouros são os mirantes do Rossio e o Bem Parece. Existem muitas grutas e túneis a explorar, como por exemplo: a Cerro do Malpique, o Lajem do Cónego, a Cova do Xorino, entre outros locais. Em Olhos de Água pode encontrar, entre outros, o Miradouro do parque, o Miradouro do Farol e o Miradouro da falésia. Cultura Museus Museu Municipal de Arqueologia de Albufeira O Museu Municipal de Arqueologia abriu ao público no dia 20 de Agosto de 1999. Localiza-se no núcleo antigo da cidade de Albufeira, no local anteriormente designado por Praça de Armas, actual Praça da República. O edifício onde se encontra instalado, constituído por dois pisos, numa zona de grande afluência turística, funcionou como Câmara Municipal até finais da década de oitenta do século XX, tendo sido recuperado e reabilitado para albergar as funções de museu, integrando o património arqueológico existente. As funções sociais do Museu consistem na conservação, preservação, reconstituição e divulgação do espólio arqueológico do município, para fins de estudo, educação e de lazer. O discurso museográfico organiza-se de forma diacrónica, apresentando a evolução histórica do município desde o período Pré-Histórico até ao século XVII. O museu dispõe de uma área de exposição permanente e no piso superior, de um espaço vocacionado para a realização de exposições temporárias. Integra a Rede Portuguesa de Museus desde 2003, usufruindo das vantagens inerentes da sua integração, tais como incentivos de apoio nas diferentes áreas de acção do Museu, nomeadamente apoio técnico, rentabilização dos recursos logísticos, técnicos e financeiros. Situado na Zona Antiga da cidade, na Praça da República, o Museu de Arqueologia é composto por quatro núcleos históricos relativos aos seguintes períodos: pré-história, romano, visigótico-islâmico e idade moderna. Refira-se que o Museu ocupa o espaço dos antigos Paços do Concelho e que, para além da exposição arqueológica permanente, oferece aos seus visitantes uma sala de exposições temporárias e um serviço de visitas guiadas ao Centro Antigo da cidade. Museu de Arte Sacra (Igreja de São Sebastião) Templo construído em meados do séc. XVIII, a Igreja de São Sebastião vale pela beleza do edifício em si, mas também por um interessante núcleo museológico de arte sacra, que pode ser visitado durante todo o ano. Folclore Tal como existe um pouco em Portugal, Albufeira apresenta as suas danças tradicionais com as atuações de variados ranchos folclóricos existentes no município. O corridinho alma algarvia é a dança tradicional algarvia que nunca irá faltar. Galerias Galeria de Arte Pintor Samora Barros A Galeria que recebe o nome de um dos cidadãos mais ilustres de Albufeira, situa-se na Antiga Central Eléctrica, datando este edifício do princípio do século passado. Em 1988, foi sujeito a obras de reabilitação e transformado em Galeria de Arte. Possui dois pisos e vãos exteriores em arco, o que possibilita a iluminação natural de todo o edifício. Da sua fachada, ressaltam os azulejos e motivos exteriores, da autoria do pintor albufeirense, Samora Barros. José Ricardo Júdice Samora Barros nasceu a 3 de abril de 1887 e frequentou o curso de Pintura da Escola de Belas Artes, em Lisboa, onde recebeu vários prémios honoríficos. Adepto das ideias liberais, não só ficou ligado à história de Albufeira pela vertente artística, mas também por se ter dedicado de alma e coração à valorização e defesa da sua terra natal, participando activamente na vida social e politica da cidade. Galeria Municipal Inaugurada em 1997, a Galeria Municipal localiza-se na Rua do Município e está integrada no edifício da Câmara Municipal. Possui uma arquitectura contemporânea de estilo singular, caracterizando-se pelos seus dois pisos em galeria. Por aqui passam diversas exposições maioritariamente dedicadas a artistas locais. Trata-se de um espaço de cultura onde as artes locais podem ser contempladas durante todo o ano. Lugares de Interesse Turístico Centro Antigo Tal como o próprio nome indica, esta é a zona mais antiga da cidade, é aqui que encontramos algumas das casas e prédios mais antigos que tendem a ter as fachadas mais tradicionais. O centro antigo de Albufeira tem uma grande escolha na restauração, desde restaurantes típicos portugueses, a restaurantes ingleses e irlandeses, snack bars e bons restaurantes de comida asiática. Muitos dos restaurantes servem cozinha tradicional portuguesa, com uma grande variedade de peixe e marisco, apanhados perto da praia dos Pescadores. Perto da Praia dos Pescadores pode encontrar magnificas esplanadas estrategicamente colocadas para poder desfrutar de cada hora de sol. Também poderá encontrar bares que servem, entre outros, cocktails coloridos, nesta zona nobre de Albufeira a vida noturna na época turística (março-outubro) é verdadeiramente fervilhante. Nas suas férias em Albufeira pode comprar artesanato local, desde joalharia, bijutaria, roupas, pinturas e olaria a preços muito baixos. Oura Localizada a dois quilómetros de Albufeira, está a área conhecida como Rua da Oura (The Strip) – Av. Sá Carneiro. É muito movimentada na época alta, e encontram-se aqui uma grande variedade de lojas, restaurantes e bares. A vida nocturna é muito animada, onde os bares estão abertos ao longo de toda a noite com muita música. Este "Strip" não é uma zona exclusivamente de peões. Olhos de Água Olhos de Água é uma povoação de origens piscatórias, 5km a nascente de Albufeira, sede de município. Área mais prestigiada de Albufeira. Em Olhos de Água pode visitar a famosa Praia da Falésia (segunda melhor praia de Portugal), a Praia dos Olhos de Água, a histórica Torre da Medronheira, os belíssimos Olheiros de Água Doce, o mercado com peixe fresco, pode saborear pratos de peixe e marisco nos restaurantes típicos e fazer compras nas muitas lojas também com artesanato local. É em Olhos de Água que estão localizados os melhores hotéis de 4* e 5* do município. A Praia de Olhos de Água é a única Praia no município de Albufeira em que ainda é possível ver os barcos de pesca a subir na rampa dos barcos e as barracas dos pescadores. Hoje em dia, ainda é possível (aproximadamente às 22h30) ter a experiência de poder ver chegar à Praia dos Olhos de Água um barco com peixe fresco ainda a saltar nas redes e comprar diretamente ao pescador. Existem várias festas e eventos no largo dos pescadores, principalmente na época balnear.Lugares de Interesse Turístico Artesanato Na área do município de Albufeira há trabalhos de carepa de milho e fabrico de capachos. Praias Albufeira tem cerca 30 km de costa. Na época balnear de 2015, Albufeira volta a ser recordista das Bandeiras Azuis da Europa, conquistando este ano 25 galardões, tendo sido o município português com mais distinções. Praias com Bandeira azul Praia dos Salgados Praia da Galé - Oeste Praia da Galé - Leste Praia Manuel Lourenço Praia do Evaristo Praia do Castelo Praia da Coelha Praia de São Rafael Praia dos Arrifes Praia dos Pescadores Praia do Forte de São João ou "Alemães" Praia do Inatel Praia de Santa Eulália Praia dos Aveiros Praia da Oura Praia da Oura-Leste Praia Maria Luísa Praia dos Olhos De Água Praia do Barranco das Belharucas Praia da Falésia - Açoteias ou Praia da Falésia Praia da Falésia - Alfamar Praia da Rocha Baixinha Nascente Praia da Rocha Baixinha Poente ou dos "Tomates" Bandeira Dourada ou Qualidade de Ouro Praia dos Salgados Praia da Galé - Oeste Praia da Galé - Leste Praia Manuel Lourenço Praia do Evaristo Praia do Castelo Praia da Coelha Praia de São Rafael Praia dos Arrifes Praia do Peneco Praia dos Pescadores Praia de Santa Eulália Praia dos Aveiros Praia da Oura Praia da Oura-Leste Praia Maria Luísa Praia do Barranco das Belharucas Praia da Falésia - Alfamar Praia da Rocha Baixinha Nascente Praia da Rocha Baixinha Poente ou dos "Tomates" Outras praias Praia da Balaia Praia do Peneco Feiras, Festas e Romarias, Eventos, Desporto Agenda municipal Janeiro Paderne Medieval Fevereiro Festa das Cenouras ou de Pau Roxo - 4 de fevereiro Cross Internacional das Amendoeiras em Flor - Pista de Cross das Açoteias, Junho Festas em honra de São Pedro - 29 de junho Marchas Populares em Albufeira e em Olhos de Água Mostra Tradicional das Artes do Barrocal em Paderne Julho Festival Al’buhera e Feira de Artesanato, em Albufeira Festa do Polvo em Olhos de Água Agosto Festa do Frango na Guia - 1.º fim de semana Festa da Sardinha, em Olhos de Água - 2.º fim de semana Festas em honra de Nossa Senhora da Orada - 14 e 15 de agosto Comemorações do Dia do Município, em Albufeira - 20 de agosto Festival de Rancho Folclórico, em Olhos de Água Setembro Festas em honra do Beato Vicente de Albufeira - 3 de setembro Festas do Pescador, em Albufeira - 1º Fim de semana Outubro Festas em Honra de São Vicente de Albufeira - Dia 3 Mostra dos frutos secos em Paderne Novembro Feira franca - 29 de novembro Festas do Magusto na Guia e em Paderne. Dezembro Festa de Fim de Ano, em Albufeira - Dia 31 Paderne Medieval Clubes e Associações Entre os clubes desportivos da cidade, destacam-se o Imortal Desportivo Clube e o FC Ferreiras. Ambos os clubes já participaram nos campeonatos nacionais de Futebol, sendo que o Imortal Desportivo Clube participou nos campeonatos profissionais na primeira década de 2000. No Basquetebol, conquistou por duas vezes o Campeonato Nacional de Basquetebol (Actual CNB1). Política Eleições autárquicas Eleições legislativas Personalidades destacadas São Vicente de Albufeira (o Frei Vicente de Santo António) que se fez eremita da Ordem de Santo Agostinho e missionário no Japão, tendo sido martirizado no ano de 1632 em Nagasaki. Foi beatificado na Igreja Católica pelo Papa Pio IX. Barão de Albufeira Samora Barros (Albufeira, 3 de abril de 1887 — Albufeira, 1972, chamado José Ricardo Júdice de Samora Barros), filho da ilustre família algarvia Júdice Samora, foi um pintor do Naturalismo. Pintou paisagens da região, marinhas e entre os seus trabalhos contam-se dezenas de retratos.[1] Tem colaboração em publicações periódicas, de que é exemplo a II série da revista Alma nova. João Barreto Bailote (1913-1986), pintor autodidacta, só aos 35 anos começou a pintar a óleo. A notoriedade do pintor está ligada ao desenvolvimento turístico de Albufeira. Foi o primeiro turista britânico que veio a Albufeira, Mr. Taylor , que serviu de mecenas ao pintor. Em 1948, João Bailote visitou a Inglaterra, mas só no ano seguinte, graças ao convívio com um pintor sueco, Hullander, Bailote pôde dispor dos instrumentos necessários à experiência pictórica. Em 1950 foi, por sua vez, à Suécia, onde trabalhou com Hullander. João Bailote é fundamentalmente um expressionista moderno, criador de uma pintura de solidão, através da miragem de uma vila desértica. Os seus triunfos de pintor principiaram praticamente em 1952, quando expôs em Estocolmo. Tem hoje óleos seus espalhados pela Suécia, Inglaterra, pela Alemanha e pelos EUA; a sua neta Maria Paulo Bailote foi sua aluna, também é pintora e artista plástica e nos últimos anos optou por residir em Albufeira. Sisley Dias é um actor e modelo, que viveu muitos anos em Albufeira. Sisley começou como actor na série Morangos com Açúcar onde protagonizou o papel de Nuno. Depois dos Morangos participou também na novela Flor do Mar, onde protagonizou o papel de Rui Nicolau, na telenovela Sentimentos, protagonizando o papel de Sebastião Coutinho, e actualmente na novela Laços de Sangue protagonizando o papel de Tiago Nogueira. João Mota é um modelo e desportista, participante no programa de televisão Secret Story - Casa dos Segredos (2ª edição) e na série Morangos com Açúcar. Diogo Sousa jogador de futebol com formação no FC Ferreiras e Imortal DC. Atualmente é guarda-redes do Sporting Clube de Portugal. Filipa Sousa representou Portugal no Festival Eurovisão da Canção 2012, realizado em Baku, Azerbaijão, com o tema “Vida Minha”. Firmino João Martins (1925-2021) — Ferroviário e sindicalista, prisioneiro político do Estado Novo Geminações Albufeira possui acordos de geminação com: Sal, Ilha do Sal, Cabo Verde Fife, Escócia Linz, Áustria Galeria Ver também Algarve Lista de percursos pedestres de pequena rota em Portugal Ligações externas Edição online do jornal regional Postal do Algarve Edição papel do jornal regional Postal do Algarve História de Albufeira
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Mitologia cristã é corpo mitológico, esteja ele no Cânon bíblico ou não, das religiões cristãs. Um mito cristão é uma história que os cristãos consideram ter profundo significado religioso. Problematização conceitual O termo mitologia designa tanto o estudo, como a totalidade dos mitos. Com o positivismo filosófico (ver Émile Durkheim) as mitologias foram consideradas uma forma de conhecimento primitivo, ultrapassada primeiro pela Metafísica e depois pela Ciência. O termo, portanto, passou a indicar religiões do passado, com clara conotação negativa. Exemplos de mitologias, além da cristã, são: a Mitologia greco-romana e a mitologia nórdica. Sendo assim, o termo mitologia cristã é normalmente utilizado por quem não acredita na religião cristã. Embora os estudiosos concordem que toda religião é formada por um conjunto de mitos, lendas e ritos. A mitologia cristã inclui o corpo de histórias que se acumularam sobre os personagens do Novo Testamento, assim como da vida dos santos. As histórias bíblicas sobre Pôncio Pilatos são exemplos de mitologia cristã. Muitos detalhes de hagiografias estão nos padrões de mitografia cristã. Essas histórias ilustram temas cristãos, podendo eles estarem ou não na Bíblia. Outras histórias que foram eternizadas para ensinar valores ou tradições espirituais cristãs, também podem ser incluídas na categoria de mitologia cristã, como as histórias de São Jorge e São Valentim. Mitologemas bíblicos Mitologema, de acordo com a definição de Károly Kerényi, significa o elemento mínimo reconhecível de um complexo de material mítico. Ou seja, uma pequena parte do mito que possui identidade própria. Seguem-se alguns mitologemas cristãos. Cristo e Cristologia O Cristianismo, como seu próprio nome indica, é uma religião fundada a partir do evento de Cristo. Cristo, entretanto, nada deixou escrito: seus ensinamentos foram fixados na escrita por seus apóstolos, seja através de Evangelhos, Cartas, Profecias ou História dos Apóstolos. Percebe-se, portanto, que o mitologema "Cristo" é o mais importante da mitologia cristã. Seguem algumas das características principais deste mitologema: a) a concepção milagrosa de Cristo e o seu nascimento pela Virgem Maria; b) o batismo de Jesus; c) a Tentação de Cristo por Satanás; d) a Transfiguração de Jesus; e) a Parábolas de Jesus; f) a Última Ceia; g) a morte de Jesus; h) a ressurreição de Jesus; i) a Ascensão de Jesus e j) a descida do Espírito Santo sobre os discípulos de Jesus depois da Ascensão. Os relatos dos Evangelhos sobre Jesus Cristo - sua vida e morte - são combinados, na mitologia cristã, com a narrativa de como a teologia cristã "passou a ser", i.e., tornou-se realidade entre os crentes, fez-se carne, veio à terra. Escatologia cristã A palavra "escatologia" é derivada de duas palavras gregas que significam "último" e "estudo", respectivamente: ἔσχατος e λογία. Portanto, significa o estudo dos "acontecimentos últimos". A mitologia cristã é inteiramente orientada pela Parousia (ver Epístolas paulinas) - isto é, pelo retorno de Cristo, ou pelo "acontecimento último" (a salvação ou a condenação) -, chegando o último livro bíblico, o Apocalipse de João - a ser inteiramente dedicado a ela. Para pesquisas mais detalhadas sobre o tema, ver: A vinda do anticristo, A Segunda vinda de Cristo, A ressurreição dos mortos, O Juízo Final e A criação definitiva e total do Reino de Deus na Terra. Comparação de mitologemas judaicos e cristãos Igualdades Cosmogonia Revolução de Satanás contra Deus e seu lançamento para a Terra que ainda não tinha recebido as transformações dos 7 dias () O relato da criação em 7 dias (7 Etapas) () A narrativa de Éden () Origens A Queda do homem: Embora o livro de Gênesis não menciona explicitamente o pecado original, muitos cristãos interpretam a queda como a origem do pecado original. Arca de Noé A Torre de Babel: a origem e a divisão das nações e línguas A vida de Abraão O Êxodo dos hebreus do Egito Conquista dos hebreus da Terra Prometida O período dos profetas hebraicos. Um exemplo é a parte apócrifa do Livro de Daniel (14:1-30; excluídos do cânone protestante), que conta a história de Bel e o dragão (veja Adições em Daniel). Diferenças Querigma judaico cristão: Cristo, a pedra angular da boa nova Mitologemas cristãos fora da bíblia São exemplos de mitologemas cristãos não mencionados no cânone bíblico: Textos apócrifos Versões da mitologia cristã usada pelo Cristianismo Gnóstico; O mito da criação Valentiniana envolvendo Sofia e o demiurgo; O mito da criação maniqueísta; Os contos gnósticos de Jesus, alguns dos quais apresentam uma visão Docetica de Jesus. Veja: evangelhos gnósticos. Histórias dos apócrifos; Milagres e santificação Madre Teresa de Calcutá Outros mitologemas Histórias tradicionais como a do rei de Edessa, Abgar; Histórias sobre artefatos como o Santo Graal, Lança do destino e Santo Sudário de Turim. Elaborações ou acréscimos às história bíblicas, como contos sobre Salomé, dos Três Reis Magos, e Dimas, o ladrão que se arrependeu, durante a sua crucificação junto com Jesus; Nomes e detalhes biográficos sobre as pessoas sem nome na Bíblia; Entidades da mitologia cristã Fazem parte da mitologia cristã, entidades como: Trindade - Jesus, Deus, Espírito Santo -, anjos, santos, demônios e espíritos de demônios. Também fazem parte da mitologia cristã, entidades como: anjo da morte, arcanjos, anjo da guarda, querubins, serafins, anciães celestiais, dragões, feras de sete cabeças, homens gigantes, beemotes, jumento-falante, serpente-falante, serpente-bípede, árvore da vida, maná, cajados virando serpentes, água virando sangue, pessoas voltando dos mortos, o Sol parando por horas, abertura do Mar Vermelho, bruxas, anjos dormindo com humanas, pessoas que passam dias no estômago de uma baleia, entre outros. Interpretação bíblica Tratamentos literários das histórias bíblicas, como Paraíso Perdido, de John Milton; Tratamentos literários da teologia cristã ou escatologia, como A Divina Comédia, de Dante Alighieri; Contos sobre os santos (hagiografia), cuja historicidade é duvidosa, como São Cristóvão e Santa Catarina de Alexandria; Algumas histórias miraculosas de alguns santos no livro A Lenda Dourada de Jacobus de Voragine; As lendas sobre o Rei Artur e outros contos medievais sobre a busca do Santo Graal; Histórias lendárias de igrejas cristãs, contos das Cruzadas e paladinos de Carlos Magno no romance medieval; Lendas dos Cavaleiros Templários e o Priorado de Sião. A Linhagem de Jesus Histórias sobre pessoas que fazem pacto com satanás, como Fausto. Ver também Deus Altíssimo (ou Jeová, Javé, Javeh) - Salmos 83:18; (Judaísmo). Deus (Pai, Filho, e Espírito Santo) no Catolicismo e em outras religiões do cristianismo. Demonologia Angelologia Mitologia cristã Cristianismo Religião Mitologia
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Torrão é uma freguesia portuguesa pertencente ao município de Alcácer do Sal e distrito de Setúbal, contando com uma área de 372,39 km2 e 1936 habitantes (censos de 2021). A sua densidade populacional é de . História A vila do Torrão, sede da freguesia, teve Foral Manuelino em 20 de Dezembro de 1512, tornando-se sede de concelho. Constituído, em 1801, pelas freguesias de Torrão, Odivelas e Santa Margarida do Sado, este concelho tinha 2413 habitantes e pertencia à Comarca de Setúbal. Durante o século XIX, o concelho torranense foi integrado no concelho de Alvito, pertencente ao Distrito de Beja, com a exceção de Santa Margarida do Sado, que transitou para o Concelho de Ferreira do Alentejo. No entanto, em 1871, a freguesia do Torrão passa a integrar o concelho de Alcácer do Sal, que fez parte do distrito de Lisboa até à criação do distrito de Setúbal. Pouco depois, em 1936, a freguesia de São Romão do Sado seria incorporada na do Torrão. Geografia Localização Torrão é uma das seis freguesias de Alcácer do Sal, localizando-se no sudeste deste concelho da zona sul do distrito de Setúbal. A vila sede desta freguesia dista 26,542 km da sede de concelho, 63 km da sede de distrito, Setúbal e 92,5 km da capital portuguesa Lisboa, em linha recta. Em tempos fazendo parte da antiga província do Baixo Alentejo, ao pertencer ao concelho de Alcácer do Sal, Torrão faz parte da região do Alentejo (NUTS II), mais concretamente ao Alentejo Litoral (NUTS III), apesar de não chegar a tocar no Oceano Atlântico Nos limites da freguesia do Torrão, unem-se os distritos de Setúbal, Évora e Beja e consequentemente das NUTS III Alentejo Litoral, Alentejo Central e Baixo Alentejo. A vila do Torrão é atravessada pela Estrada Nacional n.º 2 e tocada pelo rio Xarrama, que passa junto à vila, alimentando a jusante, a Barragem Engenheiro Trigo de Morais (também designada de Barragem de Vale do Gaio). É na freguesia do Torrão que o rio Xarrama, proveniente de Évora, desagua no rio Sado e este atravessa a parte sudoeste da freguesia. O Torrão é delimitado pelos concelhos de Viana do Alentejo a nordeste, por Alvito a leste, por Ferreira do Alentejo a sul, e por Grândola a sul e a oeste. Torrão faz fronteira apenas com uma freguesia do seu concelho, Alcácer do Sal (Santa Maria do Castelo e Santiago) e Santa Susana (anteriormente com a extinta Santiago), a noroeste. A nordeste, a freguesia torranense está limitada pela freguesia de Alcáçovas, concelho de Viana do Alentejo, distrito de Évora. Já a leste surge o distrito de Beja e a freguesia de Vila Nova da Baronia, concelho de Alvito, seguindo-se a sul Odivelas, concelho de Ferreira do Alentejo. Ainda a sul o limite é a freguesia de Azinheira dos Barros e São Mamede do Sádão e, já a oeste, Grândola e Santa Margarida da Serra (anteriormente com a extinta Grândola), ambas no concelho de Grândola. Em 2012, a freguesia do Torrão era a terceira maior de Portugal, com . Torrão só era superada em termos de área pela também salaciense Santa Maria do Castelo, com 435,31 km² e pela albicastrense Penamacor, com 373,50 km², ficando à frente dos 363,90 km² da sadina Grândola. Já em 2013, devido à reforma administrativa nacional, Torrão passou a ser, em termos de área, a sexta maior freguesia do país, caindo três lugares. Demografia A população registada nos censos foi: Em 1801, a freguesia do Torrão tinha 1686 habitantes nos seus limites e, juntamente com as freguesias de Odivelas e Santa Margarida do Sado, compunha o Concelho do Torrão, de 2413 habitantes. Este concelho pertencia à Comarca de Setúbal, na Província da Estremadura. Na altura, a então freguesia de São Romão (do Sádão) fazia parte do Concelho de Alcácer do Sal e contava 1190 residentes. Já em 1849, desagregado o concelho torranense, a freguesia do Torrão (1817 habitantes) passa a integrar, juntamente com as freguesias de Odivelas, Alvito e Vila Nova da Baronia, o Concelho de Alvito, no Distrito de Beja, pertencente à Província do Alentejo. No mesmo distrito, o Concelho de Ferreira (do Alentejo) acolhia a freguesia de Santa Margarida do Sado. Nessa altura, a freguesia de São Romão (do Sádão) contava 1217 habitantes e ainda pertencia ao Concelho de Alcácer do Sal, do Distrito de Lisboa, na Província da Estremadura. Passando para o ano de 1868, a freguesia do Torrão, de 2088 habitantes, mantém-se integrada no Concelho de Alvito, no Distrito Administrativo de Beja. Nesta altura a freguesia de (São Romão do) Sádão, que contava 1004 habitantes, ainda pertencia ao Concelho de Alcácer do Sal, que se encontrava no agora Distrito Administrativo de Lisboa. Quando chega o ano de 1878, a freguesia do Torrão, então com 2075 residentes, já pertencia ao Concelho de Alcácer do Sal, no Distrito Administrativo de Lisboa, tal como a freguesia de São Romão do Sádão, com 844 habitantes. A mudança deveu-se a um Decreto de 3 de Abril de 1871. Mantendo-se no Concelho de Alcácer do Sal, no agora Distrito de Lisboa, ambas as freguesias continuam a ver a sua população aumentar. Em 1890, a freguesia do Torrão já conta 2203 habitantes e a de São Romão do Sádão, 800 residentes. Já em 1900, Torrão apresenta 2153 habitantes e a sua vizinha salaciana contava então 978. Apesar de nos Censos entre 1911, 1920 e 1930 a freguesia de São Romão do Sádão aparecer anexada à freguesia do Torrão, a sua extinção oficial só é feita pelo Decreto-Lei n.º , de 31 de Dezembro de 1936, sendo incorporada na do Torrão. No ano de 1930, o Concelho de Alcácer do Sal, já surge integrado no entretanto criado Distrito de Setúbal. Curiosamente, no Censo de 1940, depois de extinta em 1936 e de vários Censos em que foi agrupada com a do Torrão, a agora freguesia de São Romão do Sado volta a surgir como freguesia autónoma, com 2092 habitantes, espalhados por vários locais como Algalé, Barragem de Vale de Gaio, Benagazil, Casa Branca, Crujeira Nova, Herdade dos Frades, Parchanas, Pontes, Portancho, Portinho, Porto de Rei, Quinta de Cima, Quinta de D. Rodrigo, Rio de Moinhos, Salema, Salema de baixo, Sanchares, São Bento, São Domingos, São Romão do Sado, Vale de Lachique, Vale de Romeiras, Várzea Redonda e Xamarrinha, para além de outros isolados e dispersos. Em 1940, já a freguesia do Torrão tinha 4489 habitantes, distribuídos por localidades como Couvelo à Estrada das Barras, Herdade do Montinho Negro, Herdade da Pena, Herdade de Soberanas de Baixo, Monte do Outeiro, Monte da Serra, Nossa Senhora do Bom Sucesso, São Soeiro, Soberanas de Pinheiro, Torrão, Vale Bom, Vale de Médico e Vale de Paraíso de Baixo, entre outros. Chegado o ano de 1970, o Censo relativo à freguesia do Torrão identifica a vila do Torrão, com 2139 habitantes, a Aldeia de Rio de Moinhos, com 290 residentes, e a Aldeia de São Romão que conta 57 habitantes. Para além da Ermida de Nossa Senhora do Bom Sucesso, as restantes aglomerações são denominadas "Monte", com destaque para a de Monte da Quinta de Cima, com cem habitantes, e o Monte das Parchanas, que contava 93 residentes. Economia Produtos regionais São vários os produtos que podem ser certificados como genuinamente originários da freguesia do Torrão, recebendo protecção legislativa nacional e, a maioria, da União Europeia, seja por DOP (Denominação de Origem Protegida), por IGP (Indicação Geográfica Protegida), por VR (Vinho Regional) ou por ETG (Especialidade Tradicional Garantida). Azeite do Alentejo Interior (DOP) — Neste capítulo destaca-se naturalmente o papel da Cooperativa Agrícola dos Olivicultores de Torrão. Uma parte significativa da área da freguesia do Torrão, neste caso a única representante do concelho de Alcácer do Sal, está integrada na zonas de produção deste azeite. Azeite do Alentejo (IGP) — Ainda em processo de registo a nível europeu. Pertencendo ao concelho de Alcácer do Sal, a freguesia do Torrão faz parte de duas áreas geográficas de produção deste azeite. Queijo Serpa (DOP) — No concelho de Alcácer do Sal, apenas a freguesia do Torrão faz parte da área geográfica definida para a produção deste queijo de ovelha, uma área que chegou a ser denominada Região Demarcada. Vinho da Península de Setúbal (IGP) — Todo o distrito de Setúbal, e consequentemente o Torrão, é a área geográfica de produção de vinícolas de Indicação Geográfica Protegida denominada Península de Setúbal (IGP), que pode ser usada para a identificação de vinho branco, tinto, rosé ou rosado, frisante, espumante e licoroso e ainda vinagre de vinho. No entanto, as terras torranenses não fazem parte das zonas de produção dos vinhos com Denominação de Origem da Península de Setúbal (IGP), Palmela (DO) e Setúbal (DO) De referir que a Península de Setúbal (IGP) veio substituir a área anteriormente denominada zona do Vinho regional Terras do Sado (desatualizado). sendo "Vinho regional" uma referência que dispensa a utilização de IGP - Indicação Geográfica Protegida. Mel Multiflorado De notar ainda que a freguesia do Torrão não pertence à área de produção de indicação geográfica de Vinho regional Alentejano apesar de um mapa interactivo, no sítio da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana, dar a entender que a maior parte das terras torranenses, particularmente as situadas a sul da Estrada Nacional 5 e da Estrada Municipal 543 e a leste da Estrada Nacional 2, possam fazer parte desta área de produção. No entanto, a produção de "Vinho regional Alentejano" está restringida aos distritos de Beja, Évora e Portalegre. Pertencendo ao concelho de Alcácer do Sal, e ao distrito de Setúbal, a freguesia do Torrão faz parte de duas áreas geográficas de produção de carne com Denominação de Origem Protegida: Carnalentejana (DOP), seja como "Carne de Vitela", "Carne de Vitelão", "Carne de Novilha", "Carne de Novilho", "Vaca" ou "Touro"; Carne da Charneca (DOP), seja como "Carne de Vitela" ou "Carne de Novilho"; Carne Mertolenga (DOP), seja como Carne de Vitela", "Carne de Novilha" ou "Carne de Novilho". Cabrito do Alentejo (IGP) A freguesia do Torrão é uma das freguesias de Álcácer do Sal que fazem parte da área da Indicação Geográfica Protegida deste cabrito. Borrego do Baixo Alentejo (IGP). No que diz respeito a este borrego, a freguesia do Torrão é a única do concelho de Alcácer do Sal a fazer parte da sua zona de Indicação Geográfica Protegida. Borrego de Montemor-o-Novo (IGP) — De notar ainda que no ano de 2002, a nível nacional, entrou em fase de pedido de registo, para que a IGP do Borrego de Montemor-o-Novo passasse a incluir, entre outras, a freguesia do Torrão. Carne de Porco Alentejano (DOP) — A freguesia do Torrão faz parte da área geográfica de produção da Denominação de Origem Protegida para o Porco Alentejano. De notar ainda os presuntos e as dianteiras paletas, onde três referências se destacam: Presunto do Alentejo (DOP) e Paleta do Alentejo (DOP); Presunto de Campo Maior e Elvas (IGP) e Paleta de Campo Maior e Elvas (IGP); Presunto de Santana da Serra (IGP) e Paleta de Santana da Serra (IGP). Caça Uma vasta a área da freguesia do Torrão está ou esteve já constituída como zona onde se permite a caça, sendo exemplo: Zona de caça municipal do Torrão, com a área de 2469 ha; Zona de caça municipal de Porto d’El-Rei, com a área de 268 ha; Zona de caça turística: da Herdade de Algalé, com 1486 ha; da Herdade Cortes da Venda, de 579 ha; das Cortes do Meio, com 287 ha; das Herdades de Murzela e Pampilhais, com 722 ha; de Valongo, com 903 ha; Zona de caça associativa: da Herdade de Vale de Ranas, com 391 ha; da Herdade das Sesmarias da Francisca, com 263 ha; das Cortes e Valbom, com 595 ha; Herdade das Parchanas e outras, com 1200 ha; de Fontainhas e outras, com 2027 ha; da Herdade de Porto Carro, com 501 ha; da Herdade de Benagazil, com 193 ha; da Herdade de Portancho,com 474 ha; de Rio de Moinhos com 1420 ha; da Fonte do Paraíso I, com 455 ha; da Fonte do Paraíso II, com 370 ha. Cultura Museu Etnográfico do Torrão Biblioteca Maria Rosa Colaço Grupo de Cantares Feminino do Xarrama Grupo Coral Alma Alentejana Grupo Coral do Torrão Banda Filarmónica do Torrão Xarrama Adventure Grupo 4L SociedadeFut Futsal Danças Sevilhanas Ballet Brasão Património Dominado pelas construções religiosas, o património do Torrão remonta à pré-histórica Idade do Cobre, com passagem pela Império Romano. Há diversos bens patrimoniais classificados na freguesia. Há também outros que estiveram com processo de classificação pelo IGESPAR: Igreja de Nossa Senhora de Albergaria ou Igreja da Misericórdia do Torrão. Habitação na Rua das Freiras, n.º 8. Existem várias marcas da presença romana por estas paragens, como a Calçadinha Romana,, situada no local onde iria ser construído o Centro Escolar do Torrão, além de um conjunto de tanques, cerâmica, uma cisterna e três esqueletos da época romana., encontrados numa área de dispersão de cerca de 500 m². Em termos de património classificado pelo IGESPAR, a freguesia do Torrão tem cinco bens classificados como de Interesse Público: Igreja de Nossa Senhora da Assunção (IIP), ou "Igreja Matriz do Torrão". Este templo que foi classificado como Imóvel de Interesse Público em 1933, tendo mantido solitariamente esse destaque local por quase 80 anos. Monte da Tumba (SIP) ou "Povoado fortificado do Monte da Tumba". É o mais antigo (edificado entre 2500 e 2000 a.C.) e o mais recente a ser classificado. Depois de descoberto no início dos anos 80, foi classificado como Sítio de Interesse Público em 2013. Igreja e Convento de São Francisco (MIP). O Convento de São Francisco e a respectiva Igreja de São Francisco foram considerados Monumento de Interesse Público em 2012, terminando a exclusividade da Igreja Matriz na lista dos bens classificados da freguesia torranense. Ermida de Nossa Senhora do Bom Sucesso (MIP) ou Capela de Nossa Senhora do Bom Sucesso. Esta ermida, incluindo a antiga casa dos romeiros, foi classificada Monumento de Interesse Público em 2012. Encontra-se numa colina sobranceira à vila. Foi fundada em 1758. É de destacar a pia baptismal, o Altar-Mor e a arte sacra no seu interior. Ermida de São João dos Azinhais (MIP) ou Capela de Arranas. Apesar de se encontrar parcialmente em ruínas, foi classificada como Monumento de Interesse Público em 2013. A sua origem remonta, pelo menos, ao século VII e ao domínio dos Visigodos. Convento de Nossa Senhora da Graça Portal Manuelino da Rua das Freiras Capela de São João Nepomuceno. Também chamada de Capela de S. João da Ponte Complexo de São Faústo. Complexo composto por uma ermida, um moinho e uma anta. Igreja Nossa Senhora do Carmo. Edifício onde se situa hoje a Junta de Freguesia (também Posto de Turismo do Torrão) e a Biblioteca Maria Rosa Colaço. Estação Romana da Fonte Santa Calçadinha Romana Ponte Romana sobre o Rio Xarrama. Organizações associativistas Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Torrão. ADT - Associação para o Desenvolvimento de Torrão. Sociedade 1º de Janeiro Torranense. Associação Desportiva Torino Torranense. Rio de Moinhos Futebol Clube. Centro Social e Paroquial do Torrão. Centro Social de Rio de Moinhos. Santa Casa da Misericórdia do Torrão. Associação de Caçadores da Freguesia do Torrão. Clube de Caçadores e Pescadores da Ribeira do Sado. Associação de Caçadores do Bom Sucesso. Associação de Caçadores de Vale da Ursa. Universidade Sénior do Torrão. Personalidades ilustres Visconde do Torrão Bernardim Ribeiro José Mamede Ferreira Maria Rosa Colaço Ver também Topónimos celtas em Portugal Batalha de Alcácer do Sal Distrito de Setúbal Alentejo Litoral Ligações externas Sítio da Junta de Freguesia do Torrão A freguesia do Torrão no sítio da Câmara Municipal de Alcácer do Sal Informações sobre o Posto de Turismo do Torrão Extensão de Saúde Torrão do Centro de Saúde Alcácer do Sal ADT - Associação para o Desenvolvimento de Torrão Blogue da Banda Filarmónica Torranense Blogue da XarramAdventure - BTT Team Torrão na Entidade Regional de Turismo do Alentejo LitoralAcesso 2012-08-22.Nota: a "Igreja da Misericórdia do Torrão" é erradamente apresentada com fotografias da "Igreja Matriz do Torrão" e esta, por sua vez, com imagens da "Antiga Igreja de Nossa Senhora do Carmo". Roteiro "Espelhos de Água" do Centro de Iniciativas Turísticas da Associação de Desenvolvimento do Litoral AlentejanoNota: Museu fechado ao domingo. Informação sobre o Museu Etnográfico do Torrão na Turismo Alentejo. Acesso 2012-08-15 Sítio da Turismo do Alentejo C.I.M.A.L. – Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral Alentejo Litoral - Portal regional Torrão do Alentejo-arqueologia, história e património [file:///C:/Users/Utilizador/Downloads/Documentos_para_a_Historia_do_Mosteiro_C.pdf Documentos para a História do Mosteiro / Convento de Nossa Senhora da Graça da Vila do Torrão, António Rafael Carvalho]
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Serra de Santo António é uma freguesia portuguesa do município de Alcanena, com 14,62 km² de área e 633 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é . A freguesia foi criada pelo decreto nº 4149, de 26/04/1918, com lugares da freguesia de Minde. Demografia A população registada nos censos foi: Coletividades Grupo Recreativo "Os Unidos da Serra" Cov'Altas - Associação Cultural e Ambiental Centro de Bem Estar Social de Serra de Santo António (IPSS) "Riders on the Storm" (grupo informal que desenvolve acividades associadas ao uso da bicicleta) Pontos de interesse Paisagem natural (destaque para o Miradouro e Estrada para as Grutas) Património construído em pedra seca Percursos pedestres e de BTT sinalizados Gastronomia Grutas de Alvados e de Santo António na vizinhança, em Alvados Parapente As gentes e falas Indústrias locais Têxtil (fabricação de vestuário em malha) Trabalhos em pedra Lacticínios Lagar de azeite Panificação Produção de mel Ligações externas Página da freguesia no portal do município Freguesias de Alcanena
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Bárrio é uma freguesia portuguesa do município de Alcobaça. A freguesia de Bárrio tornou-se independente a 29 de Maio de 1933, sendo, até então, um lugar da freguesia de Cela. A freguesia conta com várias colectividades que se empenham na difusão das vertentes desportivas e culturais: a União Recreativa do Bárrio, associação de Monte de Bois, Associação de Cultura e Desporto de Pedralhos, Associação Desportiva do Pinhal Fanheiro e Grupo Desportivo de Mendalvo. No que diz respeito à educação, os alunos têm ao seu dispor uma escola do 1.º ciclo do ensino básico com quatro salas de aula. As escolas de Monte de Bois e de Valbom encontram-se desactivadas. População Criada pelo decreto nº 22.594, de 29/05/1933, com lugares desanexados da freguesia de Cela Criada pelo decreto nº 22.594, de 29/05/1933, com lugares desanexados da freguesia de Cela Actividades Económicas O Bárrio tem deixado pouco a pouco o seu potencial agrícola, possuindo, neste momento, algumas indústrias, na sua maioria cerâmica. Locais de Interesse A estação Arqueológica de Parreitas e o Museu Monográfico, a visitar na sede da Junta de Freguesia. Freguesias de Alcobaça
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Prazeres de Aljubarrota foi uma freguesia portuguesa do município de Alcobaça, com 27,04 km² de área e 4 235 habitantes (2011). Densidade: 156,6 hab/km². Foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada à freguesia de São Vicente de Aljubarrota, para formar uma nova freguesia denominada Aljubarrota. População Lugares A freguesia incluía ainda os seguintes lugares: Boavista Cadavosa Carrascal Carvalhal de Aljubarrota Casal de Além Casal da Eva Casal do Rei Covões Chiqueda, ou "Chequeda" ou "Chaqueda" Fonte do Ouro Ganilhos Lagoa do Cão Lameira Longras Moleanos, ou "Molianos" (partilhada com a freguesia de Évora de Alcobaça) Ponte Jardim Quinta Nova Riba Fria Antigas freguesias de Alcobaça
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Moita pode ser: Moita - município no distrito de Setúbal, Portugal Moita - freguesia no concelho de Anadia, Portugal Moita - freguesia no concelho da Marinha Grande, Portugal Moita - freguesia no concelho da Moita, Portugal Moita - freguesia no concelho do Sabugal, Portugal Moita do Norte - freguesia no concelho de Vila Nova da Barquinha, Portugal Moïta - comuna francesa no departamento da Alta Córsega Desambiguação
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Samouco é uma vila e freguesia portuguesa pertencente ao município de Alcochete, com 4,76 km² de área{{citar web|url= http://www.dgterritorio.pt/ficheiros/cadastro/caop/caop_download/caop_2013_0/areasfregmundistcaop2013_2|título= Carta Administrativa Oficial de Portugal CAOP 2013|publicado= IGP Instituto Geográfico Português|acessodata= 10 de dezembro de 2013|notas= descarrega ficheiro zip/Excel|arquivourl= https://web.archive.org/web/20131209063645/http://www.dgterritorio.pt/static/repository/2013-11/2013-11-07143457_b511271f-54fe-4d21-9657-24580e9b7023$$DB4AC44F-9104-4FB9-B0B8-BD39C56FD1F3$$43EEE1F5-5E5A-4946-B458-BADF684B3C55$$file$$pt$$1.zip|arquivodata= 2013-12-09|urlmorta= yes}} e 3344 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é . É caracterizada por um núcleo urbano compacto, malha urbana casuística e um forte querer das suas gentes no gosto pela sua terra que transparece no forte movimento associativo existente. Beneficiando de privilegiadas características ribeirinhas, destaque para a praia fluvial e a proximidade com a área protegida da Fundação das Salinas de Samouco, e a poucos minutos de Lisboa, o Samouco reúne condições singulares de atracão de novos habitantes. A povoação sede da freguesia e que lhe deu o nome, Samouco, foi elevada à categoria de vila em 28 de janeiro de 2005. Demografia A população registada nos censos foi: Autarquia Carlos Pereira Cardoso, do PS, presidiu à Junta de Freguesia do Samouco de 2001 a 2005. António Almeirim, do PCP, foi re-eleito para Presidente da Junta de Freguesia do Samouco a 29 de Setembro de 2013 até 2017, depois de dois primeiros mandatos (2005-2009; 2009-2013). Leonel Cristóvão Cunha Fina, do PS, eleito em outubro de 2021, é o atual Presidente da Junta de Freguesia. Origens Históricas "As escavações arqueológicas efetuadas durante a construção da Ponte Vasco da Gama revelaram uma abundante indústria lítica no Sítio da Conceição, que remonta ao Paleolítico Médio, confirmando a presença humana na área que hoje corresponde aos limites da freguesia de Samouco derivam de: As origens de Samouco e os significados atribuídos ao nome “Samouco” são: 1-Paleo-hebraico "Samekh": O mesmo que O 2-Latim "Samoquo" = O mesmo que O O alfabeto paleo-hebraico tem 22 letras e era escrito da direita para a esquerda, sendo a décima quinta um O. Samekh ou Simketh é a décima quinta letra de muitos abjads semitas incluindo o fenício Samek, hebreu Samekh, o aramaico Semkat. O alfabeto Árabe, contudo usa uma letra baseada no fenício Sin para representar S, contudo este glifo toma o lugar de Samekh na ordem tradicional Abadji do alfabeto árabe. A letra fenícia deu lugar à grega Xi. Contudo, o seu nome deu lugar a letra ‘sigma’ que os judeus trouxeram para o alfabeto ibérico quando incluíram a letra S.  A data estimada para a escrita paleo-hebraica situa-se em 800 a.C.. Durante o século III a.C., os judeus começaram a usar uma forma estilizada, “quadrada”, do alfabeto aramaico, usada pelo Império Persa (e que, por sua vez, havia sido adotada pelos assírios) , enquanto os samaritanos continuavam a usar uma forma de escrita paleo-hebraica chamada alfabeto samaritano. Após a queda do Império Persa em 330 a.C, os judeus usaram ambos os scripts antes de se estabelecerem na forma assíria quadrada.Talvez seja esta última, a data referência para o nome de Samouco. Parece ser essa a mensagem contida no nome Samekh (Samouco)” O mesmo que O” do alfabeto paleo-hebraico Com o aparecimento de pequenos povoamentos ribeirinhos, entre eles a povoação de Samouco em 1241, a maior parte deles relacionados com a exploração de Salinas e consequente produção de sal. O povoamento do então lugar de Samouco teve então início nos séculos XII e XIII tendo como base a fixação de pessoas, atraídas pelo trabalho existente na exploração das quintas existentes no território, cuja produção agrícola abastecia Lisboa. O território que atualmente corresponde à freguesia de Samouco sempre foi bastante fértil e propício ao cultivo de vinhas, laranjas, figos, trigo e centeio, batatas e cebolas. Destaque também para o negócio do corte de mata e pinhal que foi também bastante lucrativo. A proximidade com o rio revelou-se um fator importante, quer para o transporte dos produtos agrícolas produzidos, quer na formação de núcleos urbanos neste local desde meados do século XIII até princípios do século XIV." Cultura Possui várias actividades culturais, distribuídas por várias associações, como a ADS (Associação Desportiva Samouquense), a Sociedade Filarmónica Progresso e Labor Samouquense, o Sport Club do Samouco, a Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos do Samouco. A Banda do Samouco, congregada na Sociedade Filarmónica Progresso e Labor Samouquense (SFPLS), tem mais de 50 membros e é internacionalmente conhecida, tendo sido fundada a 1 de Dezembro de 1919. A Banda é contratada anualmente para animar as corridas de touros no Campo Pequeno em Lisboa, tendo já tido actuações um pouco por toda a Europa com actuações também em outras zonas lusófonas por todo o Mundo como os Açores e o Brasil, e especialmente em Espanha nas Fiestas de Las Angustias em Ayamonte. A SFPLS possui ainda um Grupo Coral também muito reputado, que conta com actuações um pouco por todo o país e ainda além fronteiras como na Catedral de Santiago de Compostela, em Viena de Áustria , Praga e Paris. Nesta pequena vila nasceram alguns artistas escritores poetisas e pintores . Temos também  de referir o enriquecimento cultural  da nossa freguesia. Marisa Fina,  conterrânea, lançou no dia 21 de Janeiro de 2018, o seu primeiro livro de poesia de nome DUM SPIRO SPERO, apresentação essa que teve lugar no Salão Nobre da Junta de Freguesia do Samouco. Deixando aqui as palavras deixadas pela autarquia e pelo Presidente Pedro Ferreira que presidiu e acompanhou o apresentação  do mesmo, passa -se a citar : "O Samouco ficou hoje mais rico culturalmente, e a Junta de Freguesia agradece. Obrigado Marisa. "Enquanto respirares, continua a ter esperança.” Este tipo de acontecimentos que também marcam a vida de uma terra.'' Paisagem e património A vila é conhecida pela sua praia fluvial na foz do Tejo com vista para a Ponte Vasco da Gama, sendo uma zona de comércio e passagem por pescadores, mercadores e especialmente apanhadores de amêijoas e caranguejos. É também zona de passagem de aviadores, polícias e militares da Força Aérea, devido à sua proximidade com a Base Aérea n.º 6. Possui também vários monumentos apetecíveis de ver e visitar, como o Mirante, o Coreto, o Memorial do Chafariz, a Igreja de São Braz e a estátua do Cavador, juntamente com construções recentes como o Parque das Merendas, o Novo Centro de Saúde, a Sede da Junta de Freguesia, e o Parque e Ginásio da Praia. Destaque ainda para as antigas casas senhoriais e de quinta em pleno centro histórico como a Quinta do Braga, hoje sede da junta de freguesia, e a Quinta de São Brás, hoje uma unidade hoteleira para eventos. Religião e Festividades O seu Santo Padroeiro é São Brás, realizando-se a sua festa a 3 de fevereiro. No entanto, a festa Grande é feita em Honra de [Nossa Senhora do Carmo], festas essas a cargo da Associaçãode Festas Populares do Samouco, o seu dia é o 16 de julho mas é costume as festas realizarem-se da segunda sexta-Feira de Julho até à terça-Feira seguinte. As festas são tempo de afluência populacional à vila especialmente, de pessoas vindas da Margem Sul, do distrito de Setúbal, e da Grande Lisboa, dando grande destaque ao Concerto da Banda da S.F.P.L.S., à Procissão de Nossa Senhora do Carmo, às Largadas de Toiros e à Homenagem da Charanga da S.F.P.L.S. a Nossa Senhora dentro da Igreja no sábado à noite. Salinas do Samouco "O Complexo das Salinas do Samouco é constituído por uma área de 360 hectares, sendo um local de alimentação, refúgio e nidificação para milhares de aves onde se destacam espécies como a chilreta, o pernilongo e o borrelho-de-coleira-interrompida. Atualmente, as salinas de Samouco apresentam-se como o salgado com a maior riqueza e abundância de aves durante o período de preia-mar de todo o Tejo. A sua importância crescente deve-se, essencialmente, a dois aspetos: em primeiro lugar tem sido alvo de manutenção constante desde 1995 e, em segundo lugar, os outros salgados encontram-se ao abandono e são explorados para captura de camarinha, o que faz com que os níveis de água sejam inadequados para utilização, por parte das aves limícolas. A sua proximidade à maior e mais importante Zona Húmida de Portugal o Estuário do Tejo, faz com que as salinas constituam um ótimo local de abrigo para muitas aves aquáticas que durante as suas migrações, encontram nos diferentes tanques, um ótimo local para se alimentarem e repousarem. Já na época de nidificação, as aves encontram condições ideias para se reproduzirem. Destaca-se ainda a continuidade da produção de sal e de flor de sal que continua a laborar numa das marinhas." Freguesias de Alcochete Vilas de Portugal
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Localidades Brasil Pereiro (Ceará) Freguesias de Portugal Pereiro (Alcoutim) Pereiro (Mação) Pereiro (Pinhel) Pereiro (Tabuaço) Outros Pereiro (árvore), nativa da caatinga brasileira Desambiguações de topônimos
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Carnota é uma freguesia portuguesa do município de Alenquer, com 18,09 km² de área e 1565 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é . Demografia A população registada nos censos foi: Política A freguesia de Carnota é administrada por uma junta de freguesia, liderada por Nuno Pedro Correia Lopes Granja, eleito nas eleições autárquicas de 2009 pelo Partido Socialista. Existe uma assembleia de freguesia, que é o órgão deliberativo, constituída por 9 membros. O partido mais representado na Assembleia de Freguesia é o PS com 6 membros (maioria absoluta), seguida da Coligação Pela Nossa Terra (PSD/CDS-PP/PPM/MPT) com 2 e da CDU com um. Esta assembleia elegeu os 2 vogais da Junta de Freguesia (neste caso, o secretário e o tesoureiro). O presidente da Assembleia de Freguesia é Helder José Tomás Rodrigues. História John Athelstane Smith foi o 1º Conde da Carnota por Decreto de D. Luís I de Portugal de 9 de Agosto de 1870. A sua irmã foi a segunda mulher de João Carlos de Saldanha Oliveira e Daun, 1º Duque de Saldanha. Património Igreja de Santa Ana e Cruzeiro Capela de Santo António Capela da Senhora do Amparo Capela da Senhora das Angústias Quinta do Chafariz Quinta das Antas Moinhos da Serra Freguesias de Alenquer
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Triana foi uma freguesia portuguesa do município de Alenquer, com 34,01 km² de área e 4 134 habitantes (2011). Densidade: 121,6 hab/km². Era uma das duas freguesias (a par de Santo Estêvão) que constituíam a vila de Alenquer. Foi extinta (agregada) em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada à freguesia de Santo Estêvão, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Alenquer (Santo Estêvão e Triana) com sede en Santo Estêvão. População ★ Em 1984 foram desanexados lugares para criar a freguesia do Carregado {| ! colspan="16" | Nº de habitantes |- |Censo | align="center" | 1864 | align="center" | 1878 | align="center" | 1890 | align="center" | 1900 | align="center" | 1911 | align="center" | 1920 | align="center" | 1930 | align="center" | 1940 | align="center" | 1950 | align="center" | 1960 | align="center" | 1970 | align="center" | 1981 | align="center" | 1991 | align="center" | 2001 | align="center" | 2011 |- bgcolor="white" |Habit | align="right" | 2 063 | align="right" | 2 228 | align="right" | 2 866 | align="right" | 3 019 | align="right" | 2 837 | align="right" | 3 022 | align="right" | 3 247 | align="right" | 3 112 | align="right" | 3 483 | align="right" | 3 647 | align="right" | 3 397 | align="right" | 3 593 | align="right" | 2 819 | align="right" | 3 532 | align="right" | 4 134 |- bgcolor="white" |Varº | align="right" | | align="right" | +8% | align="right" | +29% | align="right" | +5% | align="right" | -6% | align="right" | +7% | align="right" | +7% | align="right" | -4% | align="right" | +12% | align="right" | +5% | align="right" | -7% | align="right" | +6% | align="right" | -22% | align="right" | +25% | align="right" | +17% |- bgcolor="white" Grupos etários em 2001 e 2011 Património Igreja Matriz de Alenquer ou Igreja de Nossa Senhora da Assunção de Triana Conjunto de edifícios e instalações da antiga Fábrica Nova da Romeira Marco de cruzamento no Casal Alvarinho Marco de légua no sítio denominado Casal do Canha Património Arquitectónico Não Classificado Capela de Santo António Palácio dos Lobos Convento de São Julião/Quinta de São Paulo Quinta da Bemposta Quinta do Porto Quinta do Roberto ou do Fiandal Quinta de Santo António Quinta do Barreiro Moinho da Forca (ruínas) Aqui encontram-se, entre muitas localidades, as de: Albarróis e Cheganças. Curiosidades Históricas O primeiro casamento realizado nesta freguesia (de que há registo, atualmente), foi realizado a 8 de Janeiro de 1666, e é referente a André Dias com Isabel Rodrigues. Antigas freguesias de Alenquer Triana
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Cerejais é uma freguesia portuguesa do município de Alfândega da Fé, com 17,0 km² de área e 160 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é . Nesta freguesia transmontana situa-se o Santuário do Imaculado Coração de Maria. Toponímia O topónimo é conhecido desde o século IX, com as variantes Ceresales, Cersares e Cersales, que aparecem registadas na Portugaliae Monumenta Historica, surge associado a uma das principais produções do concelho: A Cereja. De facto, a origem do nome está relacionada com a existência de uma grande quantidade de cerejais ou de cerdeiros. Demografia A população registada nos censos foi: Santuário do Imaculado Coração de Maria Começou a ser construído em 1961. Com uma arquitectura contemporânea, destaca-se pela ligação a Fátima: a principal imagem de culto veio de lá, o espaço tem uma cruz comemorativa dos 70 anos das aparições e uma representação da loca (sítio onde os três pastorinhos receberam duas das três visitas do anjo) semelhante à que existe naquela cidade. Freguesias de Alfândega da Fé
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Sendim da Ribeira foi uma freguesia portuguesa do município de Alfândega da Fé, com 14,79 km² de área e 92 habitantes (2011). Densidade: 6,2 hab/km². Foi extinta (agregada) em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada à freguesia de Parada, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Parada e Sendim da Ribeira com sede em Parada. População Localidades A Freguesia era composta por 2 aldeias: Sardão Sendim da Ribeira Antigas freguesias de Alfândega da Fé
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Imunologia é o ramo da biologia que estuda o sistema imunitário (ou imunológico) de todos os organismos. Ele lida, entre outras coisas, com o funcionamento fisiológico do sistema imune de um indivíduo no estado sadio ou não, mal funcionamento do sistema imune em casos de doenças imunológicas (doenças autoimunes, hipersensitividade, deficiência imune rejeição pós enxerto); características físicas, químicas e fisiológicas dos componentes do sistema imune in vitro, in situ e in vivo. O ramo da imunologia que estuda a sua interação com o comportamento e o sistema neuroendócrino chama-se psiconeuroimunologia. História O conceito de Imunologia foi criado pelo biólogo Elie Metchnikoff em 1882. Após espetar uma larva transparente de estrela-do-mar com o acúleo de uma roseira, Metchnikoff verificou um acumulo de células cercando a ponta afiada, 24 horas após a injúria. Uma resposta activa (inexistente naquela época - ver Teoria dos Humores) dos organismos foi então proposta, baseada nas observações da Fagocitose (termo cunhado pelo próprio Metchnikoff). Esta atividade seria fundamental na manutenção da integridade dos organismos, sendo que a defesa aparece como um fenômeno secundário. A ideia de "balas mágicas" foi proposta pela primeira vez por Paul Ehrlich, que, no início do século XX, postulou que, se fosse possível um composto que visasse seletivamente um organismo causador de doenças, então uma toxina para esse organismo poderia ser entregue junto com o agente de seletividade. Ele e Élie Metchnikoff receberam o Prêmio Nobel de 1908 em Fisiologia ou Medicina por este trabalho, que levou a um tratamento eficaz contra a sífilis em 1910. Na década de 1970, o mieloma múltiplo do câncer de células B era conhecido. Entendeu-se que todas essas células B cancerosas produzem um único tipo de anticorpo (uma paraproteína ). Este foi utilizado para estudar a estrutura dos anticorpos, mas ainda não foi possível produzir anticorpos idênticos específicos para um determinado antígenio. Em 1975, Georges Köhler e César Milstein conseguiram fazer fusões de linhas celulares de mieloma com células B para criar hibridomas que poderiam produzir anticorpos específicos para antígenos conhecidos e que fossem imortalizados. Eles dividiram o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1984 pela descoberta. Em 1988 Greg Winter e sua equipe foram pioneiros nas técnicas para humanizar os anticorpos monoclonais, eliminando as reações que muitos anticorpos monoclonais causaram em alguns pacientes. Em 2018 James P. Allison e Tasuku Honjo receberam o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina por sua descoberta da terapia do câncer pela inibição da regulação imunológica negativa, por meio de anticorpos monoclonais que impedem as ligações inibitórias. Diversos anticorpos monoclonais foram então produzidos para impedir o término da resposta inflamatória e prolongar o ataque ao câncer, como por exemplo a expressão PD1 da célula CD8+ que quando liga ao epítopo PD-L1 da célula, faz cessar o ataque da CD8+. Conceito As células responsáveis pela imunidade são os linfócitos e os fagócitos. Os linfócitos podem apresentar-se como linfócitos T ou linfócitos B (estes são responsáveis pela produção de anticorpos), as células T citotóxicas (CD8) destroem células infectadas por vírus e os linfócitos T auxiliares (CD4) coordenam as respostas imunes. Além das defesas internas existem também defesas externas (Ex: pele – barreira física, ácidos gordos e comensais). As defesas externas são a primeira barreira contra muitos organismos agressores. No entanto, muitos conseguem penetrar, activando assim as defesas internas do organismo. O sistema imune pode sofrer um desequilíbrio que se apresenta como imunodeficiência, hipersensibilidade ou doença auto-imune. As respostas imunes podem ser adaptativas ou inatas: as respostas adaptativas reagem melhor cada vez que encontram um determinado patógeno e a resposta inata, ao contrário da adaptativa, sempre dá a mesma resposta mesmo quando é exposta várias vezes ao patógeno. Os fagócitos coordenam as respostas inatas e os linfócitos coordenam as respostas imunes adaptativas. Os principais componentes do sistema imune são as células T, células B, linfócitos grandes granulares (células NK), fagócitos mononucleares (monócitos), neutrófilos, eosinófilos, basófilos, mastócitos (denominação dos basófilos infundidos nos tecidos), plaquetas e células teciduais. Os linfócitos T e B são responsáveis pelo reconhecimento específico dos antigénios. Cada célula B está geneticamente programada para codificar um receptor de superfície específico para um determinado antígeno, os linfócitos T constituem várias subpopulações diferentes com uma variedade de funções. As células citotóxicas reconhecem e destroem outras células que se tornaram infectadas. Essas células são: Ta¹, Ta², Tc e LGG. As células auxiliares que controlam a inflamação são: basófilos, mastócitos e plaquetas. Os basófilos e mastócitos possuem granulosidades no seu citoplasma e uma série de mediadores que provocam inflamação nos tecidos circundantes. As plaquetas também podem liberar mediadores inflamatórios quando activadas durante a trombogénese ou por complexos antígeno-anticorpo. As moléculas envolvidas no desenvolvimento da resposta imune compreendem os anticorpos e as citosinas, produzidas pelos linfócitos, e uma ampla variedade de outras moléculas conhecidas como proteínas de fase aguda, porque as suas concentrações séricas elevam-se rapidamente durante a infecção. As moléculas que promovem a fagocitose são conhecidas como opsoninas. O sistema complementar é um conjunto de aproximadamente 20 proteína séricacieínas séricas cuja principal função é o controle do processo inflamatório. As proteínas deste sistema promovem a fagocitose, controlam a inflamação e interagem com os anticorpos na resposta imune. As citosinas são moléculas diversas que fornecem sinais para os linfócitos, fagócitos e outras células do organismo. Todas as citosinas são proteínas ou péptidos, algumas contendo glicoproteínas. Os principais grupos de citosinas são: interferons (IFNs) (limitam a propagação de certas infecções virais), interleucinas (ILs) (a maioria delas está envolvida na indução de divisão e diferenciação de outras células), fatores estimuladores de colónias (CSFs) (divisão e diferenciação das células-tronco na medula óssea e dos precursores dos leucócitos sanguíneos), quimiocinas (direcciona a movimentação das células pelo organismo) e outras citosinas (são particularmente importantes nas reacções inflamatórias e citotóxicas). Anticorpos Os anticorpos são glicoproteínas produzidas quando a célula-mestra reconhece a presença de um antígeno. Essa, um linfócito, é um tipo de leucócito dividido em dois grupos que irão variar de acordo com a necessidade ou não da passagem pelo timo para a maturação. Linfoide, bilobado e esponjoso, o timo é um órgão situado acima do coração e logo atrás do esterno. Os linfócitos T precisam passar pelo timo e não formam anticorpos, mas atuam na imunidade celular. Os linfócitos B, por sua vez, não precisam passar pelo timo, e são responsáveis pela produção dos anticorpos conhecidos como circulantes, responsáveis pela imunidade humoral. As moléculas de anticorpos tem a forma de um Y e são constituídas de quatro cadeias de aminoácidos, sendo duas delas leves e curtas, e duas pesadas e longas, que são unidas por pontes dissulfídicas. A sequência de aminoácidos de um anticorpo é igual em todos eles, sendo variável somente em uma parte que irá determinar a especificidade desse anticorpo, representando ainda a região de combinação com os antígenos. Quando formado, o linfócito, mesmo imaturo, já apresenta os anticorpos específicos e, ao encontrar o antígeno específico para os anticorpos, ambos se unem. Neste processo, o linfócito é ativado e passa pela divisão e diferenciação. O linfócito é, então, multiplicado produzindo os plasmócitos e as células de memória. Enquanto os primeiros produzem os anticorpos circulantes, os últimos são responsáveis por circular secretando anticorpos. Os principais anticorpos produzidos no corpo humano são: IgG: anticorpo mais abundante do plasma, o único capaz de atravessar a placenta, neutralização de toxinas, predomina nas respostas secundárias. (Anticorpo de memória); IgA: presente na lágrima, na saliva, nas secreções do trato digestivo, respiratório e urogenital, assim como no leite materno; IgM: é o primeiro anticorpo a ser produzido, sendo muito importante na neutralização de agentes infecciosos, resposta imuno aguda (primária); IgE: participa da defesa contra parasitas, especialmente contra helmintos, sendo responsável também pelo desencadeamento de alergias; IgD: anticorpo menos abundante do plasma, tem suas funções pouco conhecidas. Anticorpos monoclonais Em 1975, Georges Kohler e Cesar Milstein planejaram um método para a preparação do anticorpo monoclonal (Ac mo) ou Monoclonal antibodies (mab or moAb), através da fusão da célula B ativada normal produtora de anticorpo com uma célula do mieloma (uma célula b plasmática cancerosa). Neste evento, produziram uma célula híbrida (hibridoma), que possuía as propriedades de crescimento imortal da célula do mieloma e secretava o Ac produzido pela célula B. Os clones resultantes das células do hibridoma que secretam grandes quantidades de Ac mo podem ser indefinidamente cultivadas. Os hibridomas de células B são produzidos utilizando polietilenoglicol (PEG) para fusionar as células do mieloma com as células B de animais que foram imunizados com o Ag, através do qual se deseja produzir os anticorpos. As células do mieloma contribuem para o crescimento imortal das células fusionadas, e as células B contribuem com a informação genética para a síntese do Ac específico de interesse. Os Ac mo são muito úteis como reagentes para diagnóstico, exames de imagem e procedimentos terapêuticos na clínica médica. Para diagnóstico, podem ser utilizados na detecção de gravidez, diagnóstico de numerosos microrganismos patogênicos, medidas de níveis sanguíneos de várias drogas, tipagem sanguínea, tipagem de antígenos de histocompatibilidade, caracterização fenotípica de diversos tipos celulares e detecção de antígenos produzidos por determinados tumores. Por exemplo, para esse propósito, Ac mo radiomarcados podem ser utilizados in vivo na detecção ou localização de antígenos tumorais, permitindo diagnósticos precoces de alguns tumores primários ou metastáticos nos pacientes. Na imunoterapia, o Ac mo específico para um determinado Ag tumoral de superfície, acoplado com um quimio ou radioterápico, pode ser potente agente terapêutico. Antígenos Os antígenos são as substâncias que estimulam a produção dos anticorpos e, além disso, que reagem especificamente com eles. Essa substância pode ser uma proteína, um polissacarídeo ou um complexo que contenha as duas substâncias citadas. Os antígenos, normalmente, são os vírus, as bactérias, substâncias presentes na saliva de insetos inoculadas por suas picadas, ou ainda por porções de alimentos que não são totalmente digeridas. O reconhecimento do antígeno é a base principal de todas as respostas imunes adaptativas. O ponto essencial a ser considerado com relação ao antígeno é que a estrutura é a força iniciadora e condutora de todas as respostas imunes. O sistema imune evoluiu com a finalidade de reconhecer os antígenos e destruir e eliminar a sua fonte. Quando o antígeno é eliminado, o sistema imune é desligado. A seleção clonal envolve a proliferação de células que reconhecem um antígeno específico. Quando um antígeno se liga às poucas células que podem reconhecê-lo, estas são rapidamente induzidas a proliferar e em poucos dias existirá uma quantidade suficiente delas para elaborar uma resposta imune adequada. Quando os antígenos são macromoléculas estas possuem regiões específicas de ligação ao antígeno denominadas de determinantes antigênicos ou epítopos. A maioria dos linfócitos T reconhecem antígenos peptídicos que estão ligados e são apresentados pelas moléculas do complexo de Histocompatibilidade maior (MHC). Os linfócitos B usam os anticorpos ligados à membrana para reconhecer uma ampla variedade de antígenos, incluindo proteínas, polissacarídeos, lipídios. Os antígenos podem ser reconhecidas pelas células T, células B ou ambas através de receptores representados por anticorpo ou TCR (receptor de célula T) particular. Antígeno completo ou imunógeno: é capaz de ativar uma resposta imune; Antígeno incompleto: não é capaz de ativar uma resposta imune. Antígenos T-independentes. São aqueles que possuem a capacidade de estimular células B a produzirem anticorpos sem a necessidade da ativação da célula T auxiliar, que normalmente dá o segundo sinal para a deflagração da resposta imune (o primeiro sinal é dado pelo antígeno). Em geral são polímeros com numerosos determinantes antigênicos repetidos e não produzem memória imunológica. Interação antígeno-anticorpo Os antígenos possuem estruturas químicas que favorecem a complementaridade com o anticorpo, através de ligações não-covalentes. Essas interações são semelhantes ao que acontece com reações envolvendo enzimas. Portanto são reversíveis e possuem afinidades diferentes com diversas substâncias. Como um anticorpo pode se relacionar com antígenos com afinidades diversas, ele pode ligar-se com um que não seja o seu antígeno de melhor complementariedade através de ligações mais fracas com regiões semelhantes, mas não idênticas, àquele que o induziu. Essa ligação é chamada de reação cruzada. Superantígenos Normalmente um antígeno T-dependente é capaz de ativar apenas uma pequena fração de células T (ativação monoclonal ou oligoclonal). Porém, existem alguns antígenos que podem ativar vários clones de células T. Esses antígenos capazes de fazer uma ativação policlonal são chamados de superantígenos. Eles ligam-se fora da fenda de ligação do MHC e à cadeia β do TCR e respondem de modo forte. Essa superestimulação é responsável pela seleção negativa de alguns tipos de células T no Timo. Outras Definições Diferentes sistemas efectores estão disponíveis para controlar a enorme diversidade de patogenes. Neutralização - os anticorpos podem combater os patogenes simplesmente por se ligarem a eles; Fagocitose – internalização do material estranho, que sofre uma endocitose no fagossomo; Reações citotóxicas – são direcionadas contra células muito grandes para sofrerem fagocitose. As células de defesa direccionam os seus grânulos para a célula-alvo, as células-alvo serão lesadas em suas membranas externas pela perfurina. Algumas células citotóxicas também podem sinalizar para as células-alvo que então iniciam um processo de autodestruição, conhecido como apoptose. O processo de migração celular é controlado pelas quimiocinas na superfície do endotélio das vénulas dos tecidos inflamados. As quimiocinas activam as células circulantes promovendo a sua ligação ao endotélio e iniciando a migração dos leucócitos através deste. Quando o sistema imune se defronta com um patogene extracelular o seu objectivo é destruí-lo e neutralizar os seus produtos. Nas respostas intracelulares, os linfócitos T destroem a célula infectada ou determinam que a própria célula parasitada destrua o parasita por si própria. O princípio da vacinação está baseado em dois elementos fundamentais da resposta imune adaptativa: memória e especificidade. O objectivo no desenvolvimento da vacina é alterar o patogene ou as suas toxinas de tal modo que eles se tornem inócuos sem perderem a antigenicidade. O sistema imune pode sofrer um desequilíbrio, esta falência do sistema imune pode ocasionar: Imunodeficiência - resposta imune ineficiente; Hipersensibilidade - resposta imune exagerada; Doenças auto-imunes – reacção inadequada aos antigénios autólogos. Inflamação - Termo utilizado para referir-se à série de eventos que acompanham uma resposta imune e apresentam diversas características, incluindo edema local, eritema (devido à dilatação capilar), dor e calor. Essas características constituem a consequência coletiva da liberação de citocinas, quimiocinas e aminas vasoativas dos macrófagos e mastócitos em resposta ao encontro inicial com um patógeno. Os subprodutos da ativação do complemento também contribuem para a resposta inflamatória, promovendo a quimiotaxia dos neutrófilos, bem como a ativação dos mastócitos. Todos esses mediadores inflamatórios ajudam a recrutar os neutrófilos e as proteínas plasmáticas ao local de infecção, induzindo vasodilatação dos vasos sanguíneos próximos ao local de infecção e atuando como fatores quimiotáticos para os neutrófilos do sangue circulante. As células e o líquido adicionais que se acumulam no local de uma infecção (e que contribuem para o edema observado), o aumento da vermelhidão da pele na área e a hipersensibilidade associada constituem a reação inflamatória clássica. Ver também Imunossenescência Sistema imunitário Ligações externas Ciência Viva - Imunologia Imunologia.com.br Divisões da biologia Biomedicina
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Freixo da Serra é uma localidade portuguesa do município de Gouveia, na província da Beira Alta, região do Centro e sub-região da Serra da Estrela, com 4,62 km² de área e 99 habitantes (2011). Densidade: 21,4 hab/km². Pertenceu ao concelho de Linhares até 24 de Outubro de 1855, altura em que passou para o município de Gouveia. Foi sede de uma freguesia extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, para, em conjunto com Figueiró da Serra, formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Figueiró da Serra e Freixo da Serra com a sede em Figueiró da Serra. População {| ! colspan="16" | Totais e grupos etários |- |Censo | align="center" | 1864 | align="center" | 1878 | align="center" | 1890 | align="center" | 1900 | align="center" | 1911 | align="center" | 1920 | align="center" | 1930 | align="center" | 1940 | align="center" | 1950 | align="center" | 1960 | align="center" | 1970 | align="center" | 1981 | align="center" | 1991 | align="center" | 2001 | align="center" | 2011 |- bgcolor="white" |Habit | align="right" | 502 | align="right" | 537 | align="right" | 603 | align="right" | 625 | align="right" | 592 | align="right" | 495 | align="right" | 582 | align="right" | 565 | align="right" | 524 | align="right" | 393 | align="right" | 239 | align="right" | 224 | align="right" | 168 | align="right" | 138 | align="right" | 99 |- bgcolor="white" |Varº | align="right" | | align="right" | +7% | align="right" | +12% | align="right" | +4% | align="right" | -5% | align="right" | -16% | align="right" | +18% | align="right" | -3% | align="right" | -7% | align="right" | -25% | align="right" | -39% | align="right" | -6% | align="right" | -25% | align="right" | -18% | align="right" | -28% |- bgcolor="white" Por idades em 2001 e 2011 Património Igreja de Nossa Senhora da Expectação (igreja Matriz do século XVIII); Capela de Santo António; Cruzeiro existente no Largo do Adro; Antiga Casa do Forno Comunitário (que alberga atualmente o Museu Etnográfico de Freixo da Serra - Museu Padre Dr. Jorge Gouveia). Personalidades destacadas Laurindo de Jesus Marques (1924 - 2019), sacerdote Ligações externas Museu Etnográfico de Freixo da Serra Antigas freguesias de Gouveia Antigas freguesias de Linhares
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Ribamondego é uma freguesia portuguesa do município de Gouveia, na província da Beira Alta, região do Centro e sub-região da Serra da Estrela, com 7,55 km² de área e 317 habitantes (2011). A sua densidade populacional é de 42 hab/km². Esta freguesia designou-se Cabra até 1954, tendo sido, até ao início do século XIX, vila e sede de concelho. Era constituído apenas por uma freguesia e tinha, em 1801, 254 habitantes. População ★ Pelo decreto nº 39.973, de 20/12/1954, mudou a designação de Cabra para Ribamondego {| ! colspan="17" | Totais e grupos etários |- |Censo | align="center" | 1864 | align="center" | 1878 | align="center" | 1890 | align="center" | 1900 | align="center" | 1911 | align="center" | 1920 | align="center" | 1930 | align="center" | 1940 | align="center" | 1950 | align="center" | 1960 | align="center" | 1970 | align="center" | 1981 | align="center" | 1991 | align="center" | 2001 | align="center" | 2011 | align="center" | 2021 |- bgcolor="white" |Nº Habit | align="right" | 497 | align="right" | 501 | align="right" | 654 | align="right" | 707 | align="right" | 776 | align="right" | 723 | align="right" | 703 | align="right" | 777 | align="right" | 760 | align="right" | 643 | align="right" | 417 | align="right" | 400 | align="right" | 332 | align="right" | 338 | align="right" | 317 | align="right" | 262 |- bgcolor="white" Por idades em 2001, 2011 e 2021 Património cultural Igreja Matriz de Ribamondego, com os seus altares em talha dourada, orago – S. Jerónimo Capela de Santo António, considerada monumento nacional Pelourinho de Alto Pina Ponte Romana da Ribeira Associações recreativas e colectividades Liga de Amigos de Ribamondego Festas e romarias 13 de Junho – Festas de Santo António. 3.ª Semana de Agosto – Festas do Senhor do Calvário. Gastronomia Borrego Assado e Arroz Doce. Freguesias de Gouveia Antigos municípios do distrito da Guarda
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Vinhó é uma localidade portuguesa do município de Gouveia, na província da Beira Alta, região do Centro e sub-região da Serra da Estrela, com 578 habitantes (Censos 2011) numa área de 7,86 km² (densidade populacional: 73,5 hab/km²). Dista 4 km de Gouveia e 50 km da Guarda, capital do distrito. Vem mencionada nas inquirições de 1258, dizendo ser um couto limitado por padrões, coutado por D. Afonso Henriques. Foi sede de uma freguesia extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, para, em conjunto com Moimenta da Serra, formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Moimenta da Serra e Vinhó com a sede em Moimenta da Serra. Pela aldeia passava a Estrada Real que ligava Coimbra à Guarda. A agricultura e a indústria dos lanifícios deram lugar ao sector dos serviços, que ocupa actualmente a maioria da população ativa. População {| ! colspan="16" | Totais |- |Censo | align="center" | 1864 | align="center" | 1878 | align="center" | 1890 | align="center" | 1900 | align="center" | 1911 | align="center" | 1920 | align="center" | 1930 | align="center" | 1940 | align="center" | 1950 | align="center" | 1960 | align="center" | 1970 | align="center" | 1981 | align="center" | 1991 | align="center" | 2001 | align="center" | 2011 |- bgcolor="white" |Habit | align="right" | 746 | align="right" | 826 | align="right" | 839 | align="right" | 889 | align="right" | 993 | align="right" | 837 | align="right" | 801 | align="right" | 1 011 | align="right" | 932 | align="right" | 907 | align="right" | 722 | align="right" | 815 | align="right" | 753 | align="right" | 624 | align="right" | 578 |- bgcolor="white" |Varº | align="right" | | align="right" | +11% | align="right" | +2% | align="right" | +6% | align="right" | +12% | align="right" | -16% | align="right" | -4% | align="right" | +26% | align="right" | -8% | align="right" | -3% | align="right" | -20% | align="right" | +13% | align="right" | -8% | align="right" | -17% | align="right" | -7% |- bgcolor="white" Por grupos etários em 2001 e 2011 Património Igreja Matriz de Vinhó - destaque para a capela do Menino Jesus da Tia Baptista Capelas de S. João Baptista, S. Pedro, S. Lourenço e do Imaculado Coração de Maria Monumentos a Nossa Senhora de Assunção e a Nossa Senhora de Fátima Sepulturas medievais Fonte de Santa Clara Brasão do Solar dos Botto Machado Coletividades Rancho Folclórico de Vinhó Sporting Clube de Vinhó Centro Social e Paroquial de Vinhó Infraestruturas desportivas Campo de futebol do Sporting Clube de Vinhó Polidesportivo Piscina (aberta no período de verão) Percursos pedestres “Rota dos Penedos Mouros” e “Caminhos da Fé” Festas e Romarias Janeiro: Cantar das Janeiras pelo Rancho Folclórico de Vinhó Carnaval: Convívio d' A Banda 18 de Maio: Dia da Tia Baptista Junho: Festejos do Senhor da Agonia Julho: Festival Internacional de Folclore 15 de Agosto: Dia de Nossa Senhora de Assunção Personagens ilustres Conde de Vinhó João Saraiva Corte-Real (1913 - 1982) - General da Força Aérea Portuguesa Antigas freguesias de Gouveia
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Belona (), na mitologia romana, é a deusa da guerra, de origem etrusca. Pode ter sido a deusa da guerra original dos romanos, anterior ao sincretismo com a cultura helênica, após o qual foi identificada com a deusa grega Ênio; é uma das poucas divindades apenas puramente romanas como Liber Pater (Baco) e Maia. Por maiores que sejam a analogia de Marte como deus romano da guerra, Belona era a fúria da guerra, ou seja a carnificina enquanto que Marte um deus também ligado aos armamentos, a virilidade e ao árduo trabalho, denotando portanto, este como um "deus soldado" (considerando que o homem da guerra era muitas vezes o homem do campo). Deu origem ao substantivo feminino belona, para designar guerra e a palavras como "bélico". Ela acompanhava Marte na batalha e foi considerada, por diferentes autores, sua irmã, esposa ou filha. Também foi (como no seu templo em Óstia) raramente sincretizada com Cibele (Magna Mater). Todas as sessões do senado romano relacionadas à guerra estrangeira eram conduzidas no Templo de Belona, fora do pomério, a antiga área murada de Roma. O poeta romano Tibulo descreveu como sua amante Delia cultuava Belona: ela cortava seus braços, e cobria a estátua da deusa com seu sangue. Amiano Marcelino, ao descrever a derrota romana na Batalha de Adrianópolis, diz que "Belona, soprando sua triste trombeta, enfurecia-se mais ferozmente que de costume, para infligir o desastre aos romanos". O atributo de Belona é uma espada e ela é representada usando um elmo e armada com uma lança e uma tocha. Festivais em homenagem a Belona aconteciam nos dias 3 de Junho e 24 de Março Ver também Ênio Deusas romanas Deusas da guerra
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Pombal (edifício) — para a criação de pombos Brasil Pombal (Paraíba) — município Pombal Esporte Clube — da cidade brasileira de Pombal Tiradentes (Minas Gerais) — cidade antigamente chamada Pombal Pombal (Praça dos Três Poderes) — monumento em Brasília Portugal Pombal (Portugal) — cidade no distrito de Leiria Pombal (freguesia) — freguesia no concelho de Pombal Pombal (Alfândega da Fé) — freguesia Pombal (Carrazeda de Ansiães) — freguesia Sebastião José de Carvalho e Melo (1699—1782) — mais conhecido como Marquês de Pombal, primeiro—ministro do rei português . Desambiguações de topônimos
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A Ilha é uma antiga freguesia portuguesa do município de Pombal e paróquia da Diocese de Coimbra, com 16,20 km² de área e 1 931 habitantes (2011). A sua densidade populacional era 119,2 hab/km². Esta freguesia localiza-se a oeste do concelho, fazendo fronteira com o concelho de Leiria. A freguesia da Ilha foi criada em 1989 a partir da divisão da freguesia da Mata Mourisca. A primeira ermida no território que constitui hoje a freguesia, foi construída no ano de 1677, sendo aqui enterradas as vítimas martirizadas pelos soldados aquando das Invasões Francesas. A freguesia da Ilha é reconhecida pela qualidade do seu artesanato de bracejo e da cestaria. Pela última Reorganização administrativa do território das freguesias, de acordo com a Lei nº 11-A/2013 de 28 de Janeiro, esta freguesia juntamente com as freguesias de Guia e Mata Mourisca passou a constituir a União das freguesias de Guia, Ilha e Mata Mourisca com sede em Mata Mourisca. O passado fortemente rural desta freguesia, principalmente minifúndio, foi substituído nas últimas duas décadas pela construção civil, estando aqui sediadas dezenas de pequenas empresas dedicadas a esta actividade. Nesta aldeia encontram-se associações culturais tais como BFI(Banda Filarmónica Ilhense) e Rancho da Ilha. Património A Ilha possui também um rico património cultural através da arte do bracejo, sendo uma arte singular do Concelho de Pombal estando frequentemente em todas os eventos culturais do Concelho e outros. A Cooperativa das Cestinhas da Ilha, instituição que preserva esta arte, surgiu da vontade de 5 artesãs de preservar a arte do bracejo! Partindo de relatos de uma residente da freguesia da Ilha, Pombal, o artesanato feito a partir do bracejo surgiu nesta zona de uma brincadeira. Não se sabendo datas em concreto, numa primeira fase os utensílios produzidos cingiam-se ao cofo e alcofa de duas asas. Nos anos 30 do século XX, começam a surgir os capachos e assim se foram desenvolvendo novos produtos ao longo dos tempos. A arte em bracejo é, assim, uma manifestação da utilização das fibras vegetais, na criação de cofos, alcofas, capachos, esteirões e outros utensílios e objetos de decoração. Para saber mais acerca dos produtos descritos, visite a nossa galeria de imagens. in "A Arte em Bracejo na Ilha dos Cestos" Outros Locais de Interesse Capela de São Brás na Água Formosa Parque de Lazer da Ilha Tradições Gastronomia: – Torresmos, Sopa de Vaca e Carneiro Cozido. Artesanato: – Cestaria, Olaria, Pintura em Cerâmica, Artesanato de Bracejo e Tapeçaria. Festas e Romarias: – Festa da Chouriça em Janeiro, S.Brás em Fevereiro, S. José em Março e Imaculada Conceição em Agosto. Associações Grupo Desportivo da Ilha Fundado em 2 de Maio de 1975, conta com aproximadamente 400 associados e dedica-se à prática de Futebol de Onze (Seniores, Juvenis e Juniores). Associação de Caçadores da Ilha Fundada em 1990, conta com aproximadamente 76 associados e dedica-se à prática de Caça e Tiro aos Pratos. Entidades de Carácter Social e Associativo Agrupamento Semi Breves Associação Desportiva Recreativa e Cultural de Água Formosa Associação Desportiva e Recreativa Filarmónica Ilhense Cooperativa dos Cestinhos da Ilha Rancho Etno Popular da Ilha Associação Recreativa Cultural Escoura Associação Recreativa e Cultural de Promoção Social (ARCUPS) Associação Recreativa e Cultural dos Helenos (ARCULHE) Centro Social e Paroquial da Ilha Comissão Melhoramentos do Lugar da Ilha População Criada pela Lei n.º 77/89 , de 28 de Agosto, com lugares da freguesia de Mata Mourisca. Ligações externas Portal da União de Freguesias Guia, Ilha e Mata Mourisca Antigas freguesias de Pombal
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Vermoil é uma freguesia portuguesa do município de Pombal, com 21,71 km² de área e 2 656 habitantes (2011). A sua densidade populacional é de 122,3 hab/km². Localiza-se na parte sul do concelho de Pombal e possui nas proximidades uma estação de caminho de ferro (Linha do Norte) que, embora situada noutra freguesia, assumiu o nome de Vermoil. População História De origem medieval, foi aqui fundado um hospício que mais tarde foi transformado em hospital. Este foi entregue aos cuidados dos monges beneditinos pertencentes ao Mosteiro de Agra da Portela, termo de Vermoim. A acção dos monges beneditinos na região contribuiu de forma importante para o desenvolvimento da localidade, o que levou a população, reconhecida, a escolher para nome da terra a designação de "Alcamem de Vermoim". Este nome foi evoluindo até à designação actual da freguesia: Vermoil. Património Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Conceição - Apresenta uma fachada interessante. É de salientar um prato de oferendas seiscentista, tipo holandês com o pecado original em relevo, como fundo. Ermida de Nossa Senhora da Nazaré - Na aldeia de Ranha de São João. De notar uma pequena escultura de São Jorge a matar um dragão. Museu João de Barros Outros locais de interesse Vinhedos de Vermoil Casa da Quinta dos Claros - residência de João de Barros Capela de Santo António - onde foi sepultado João de Barros Outeiro da Calvaria - ruínas romanas Tradições Gastronomia: borrego e tortulhos. Artesanato: tanoaria, trabalhos em madeira, tecelagem, cestaria e esculturas. Feira: mensal, dia 7. Festas e Romarias: Senhor dos Passos no domingo antes da Páscoa, São Jorge em Abril, S. João em Junho, Senhora da Boa Viagem no primeiro domingo de Agosto, Senhora da Nazaré a 15 de Agosto e Sagrado Coração de Jesus no quarto domingo de Agosto, Senhora da Conceição a 8 de Dezembro. Ligações externas Freguesias de Pombal Paróquias de Portugal com orago de Maria
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Castedo foi uma freguesia portuguesa do concelho de Alijó, com 13,52 km² de área e 373 habitantes (2011). Densidade: 27,6 hab/km². Foi extinta (agregada) em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada à freguesia de Cotas, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Castedo e Cotas da qual é sede. Castedo, que dista cinquenta e quatro quilómetros de Vila Real, sede de distrito, e seis quilómetros de Alijó, sede de concelho, está situada muito perto da margem direita do rio Douro, na parte sul do concelho. Localidade de remoto povoamento, hoje relativamente pouco habitada, mas em que aqueles que revelam o seu inegável amor à terra que os viu nascer ou que adoptaram viver. População (Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.) Agremiações Centro Recreativo e Cultural de Castedo do Douro Rancho Folclórico Zés Pereiras de Castedo do Douro Equipa de Futebol Festas e romarias Nossa Senhora das Dores (último Domingo de Julho) S.João (24 de Junho) Património Igreja Matriz Capela de Santo António Capela de Santa Marinha Casas Brasonadas e Senhoriais Chafariz da Praça Alminhas Casa dos Pinheiro da Veiga com capela
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Santa Eugénia é uma freguesia portuguesa do município de Alijó, com 9,14 km² de área e 333 habitantes (2011). A sua densidade populacional é 36,4 hab/km². População (Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.) Freguesias de Alijó
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Arcozelo (Barcelos) — freguesia no concelho de Barcelos, Portugal Arcozelo (Gouveia) — freguesia no concelho de Gouveia, Portugal Arcozelo (Ponte de Lima) — freguesia no concelho de Ponte de Lima, Portugal Arcozelo (Vila Nova de Gaia) — freguesia no concelho de Vila Nova de Gaia, Portugal Arcozelo (Vila Verde) — freguesia no concelho de Vila Verde, Portugal Arcozelo das Maias — freguesia no concelho de Oliveira de Frades, Portugal Aldeia de Arcozelo — centro cultural em Paty do Alferes, Rio de Janeiro, Brasil Desambiguações de topônimos
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Cabanelas é uma freguesia portuguesa do município de Vila Verde, com 6,21 km² de área e 1973 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é . Está situada na margem direita do rio Cávado, próximo da margem direita da ribeira de Moure, distando 12 km da sede de concelho. Demografia A população registada nos censos foi: História É de 1108 o documento escrito, referente a uma troca feita por Dona Maria Nunes, de haveres que tinha na "villa vocábulo Sancta Eolalia de Cabanelas". Pertenceu ao concelho de Prado, após a extinção deste concelho, por decreto de 24 de Outubro de 1855, passou para o concelho de Vila Verde. A paróquia de Santa Eulália de Cabanelas era abadia da apresentação dos condes de Prado (Marqueses de Minas) no termo da Vila de Prado. A abadia de Cabanelas apresentava o vigário de São Gens de Macarome (freguesia até à extinção do concelho de Prado em 1855) e que tinha na época 30 fogos. A paróquia de São Gens de Macarome, actualmente extinta, foi anexada à paróquia de Santa Eulália de Cabanelas. Antes de Cabanelas ter pertencido à apresentação dos condes do Prado, era do padroeiro real. Património Igreja Matriz Cruzeiro de Cabanelas - Cruzeiro matriz que data de 1614 (um dos mais antigos do concelho), Fonte das Carrancas (1741), Capela de Nossa Senhora da Conceição (reconstruída nos fins do Século XVIII e ampliada em 1994) Capela de Santa Ana Ponte de Cabanelas Lugares Aldeia Boa Vista Casal Conchada Cruto Igreja Eiras Espinheira Fial Fonte Gaião Lagoa Moinhos Monte Monte de São Gens Poços Portuzelo Regalde Santa Ana São Salvador Souto Souto de São Gens Tilheira Velha Tráz-outeiro Freguesias de Vila Verde Antigas freguesias de Prado Paróquias de Portugal com orago de Santa Eulália
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Gême é uma freguesia portuguesa do município de Vila Verde, com 2,47 km² de área e 521 habitantes (2021). A sua densidade populacional é de 210,9 hab/km². População História Pertencia ao concelho de Pico de Regalados. Após a extinção deste concelho, por decreto de 24 de Outubro de 1855, passou para o concelho de Vila Verde. Património Igreja de Gême (São Cláudio) Capela de Santa Engrácia Lugares Aldeia Bouça Casal Couto Igreja Monte Passos Portela Rego Sá senra Souto Valado Freguesias de Vila Verde Antigas freguesias de Pico de Regalados
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Loureira é uma freguesia portuguesa do município de Vila Verde, com 1,87 km² de área e 1 106 habitantes (2021). A sua densidade populacional é de 591,4 hab/km². População História Pertencia ao concelho de Vila Chã, posteriormente designado Vila Chã e Larim. Em 24 de Outubro de 1855, aquele concelho foi extinto e a paróquia passou para o concelho de Vila Verde. Toponímia A sua evolução toponímica é deveras curiosa, tendo o nome desta aldeia sofrido várias transformações, de tal modo que por volta do século XIV Loureira e Vila Verde tinham a mesma designação: Villa Viridi. Santa Eolalia de Lalin é o primeiro topónimo documentado, com referência ao ano de 960. Desde então, a freguesia chamou-se Lalini (1053), Sancta Eolalia de Lalim (1145), Lalim (1220), Sancta Ovaie de Villa Verde (1258), Vila Viridi (1320) e S. Ovaia de Vila Verde (1528). Alguns investigadores defendem que o actual nome de Loureira surge apenas a partir de 1528. Certo é que Eulália e Olaia são a mesma e única figura religiosa e, por isso, tanto aparece um como outro nome associado àquela santa virgem e mártir. Património Igreja de Santa Eulália (Igreja Paroquial) Pontos de interesse Zona de Lazer da Ponte Nova (Praia Fluvial) Praia Fluvial do Vau Lugares Aldeia; Bacelo; Campos; Covelo; Cruzeiro; Esparide; Lampada; Lampadela; Paço; Vau; Venda. Festividades Santa Eulália é a santa padroeira da Loureira, sendo uma das maiores festividades desta freguesia em sua honra. Arraial do Emigrante Associações Nesta freguesia há alguns grupos sociais tais como; catequese Agrupamento de Escuteiros 1058 da Loureira Freguesias de Vila Verde Antigas freguesias de Vila Chã e Larim Antigas freguesias de Vila Chã Paróquias de Portugal com orago de Santa Eulália
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Pedregais foi uma freguesia portuguesa do concelho de Vila Verde, com 2,76 km² de área e 331 habitantes (2011). Densidade: 119,9 hab/km². População História Pertenceu ao concelho de Penela do Minho, outrora designado (Portela de Penela). Desde a extinção deste concelho, por decreto de 24 de Outubro de 1855, que integra o de Vila Verde. Foi uma freguesia alterada (agregada) em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, para, em conjunto com Duas Igrejas, Rio Mau, Goães, Godinhaços, Azões e Portela das Cabras, formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias da Ribeira do Neiva. Património Igreja românica de Pedregais Lugares Airó, Arieiro, Assento, Casa Nova, Cristelos, Eido, Fonte, Fortinhães, Longras, Madalena, Paço, Paredes, Pigeiro, Pregal, Ribeiro, Rouco e Sabroso. Antigas freguesias de Vila Verde Antigas freguesias de Penela do Minho
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Sande foi uma freguesia portuguesa do município de Vila Verde, com 4,39 km² de área e 591 habitantes (2011). Densidade: 134,6 hab/km². População História Pertenceu ao concelho de Pico de Regalados e quando este foi extinto, por decreto de 24 de Outubro de 1855, passou para o concelho de Vila Verde. Foi uma freguesia extinta (agregada) em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, para, em conjunto com Vilarinho, Barros e Gomide, formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Sande, Vilarinho, Barros e Gomide. Lugares Barranheira, Bouças, Cabo de Vila, Calvário, Cantarinhos, Carreiras, Quartas, Casal, Igreja, Junqueira, Lomba, Passos, Penouços, , Sande de Baixo, Sande de Cima, São Pedrinho, Souto e Vilar. Antigas freguesias de Vila Verde Antigas freguesias de Pico de Regalados
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Soutelo é uma freguesia portuguesa do município de Vila Verde, com 4,71 km² de área e 2 128 habitantes (2021). A sua densidade populacional é de 451,8 h/km². População Património Casa da Torre (legada à Companhia de Jesus pelos Viscondes da Torre em 1950) Pelourinho de Larim (situado na Casa da Torre) Igreja de Soutelo (estilo barroco, reedificada na segunda metade do século XVIII) Santuário de Nossa Senhora do Alívio (estilo neogótico) Ponte do Bico História Aqui vivia, e era senhora desta vila (de Larim na altura), a riquíssima D. Flâmula (ou Chama) senhora também de outras muitas vilas e castelos. Era sobrinha da celebre condessa Mumadona Dias, senhora de Guimarães e fundadora do mosteiro de S. Mamede e tia de D. Ramiro II de Leão. Foi sede do concelho de Larim juntamente com a freguesia de Turiz e uma parte da freguesia da Lage. Em 1840 pertencia ao concelho de Vila Chã e Larim. Quando este foi extinto em 24 de Outubro de 1855, passou para o concelho de Vila Verde. Lugares Ameal, Bouça, Burgueiros, Cachada, Calvário, Casal, Cerdeira, Codeçoso, Cruz, Devesa, Eira Velha, Fonte, Fontela, Fundevila, Gandra, Igreja, Lagoa, Larim, Lerdeira, Padrão, Poça, Quelha da Igreja, Ribeira, Sampaio, Souto e Torre. Nascente do Gestal Nas proximidades da confluência entre o rio Homem e o rio Cávado, no lugar da Ribeira, encontra-se uma nascente hidromineral, conhecida como Nascente do Gestal. A construção da mina está datada de 1915. É uma água sulfúrea, com formas reduzidas de enxofre na sua estrutura química principal e virtudes terapêuticas pouco estudadas. Ver também Nossa Senhora do Alívio Ligações externas
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Balança (do latim bis - dois e linx - prato) é um instrumento que mede a massa de um corpo. A unidade usual para massa é o kg, por se tratar de uma unidade do SI. Portanto, o correto é dizer que as balanças medem as massas dos corpos e objetos, não o peso deles.. Contudo, embora a função primária da balança seja medir a massa, há balanças que, por meio de relações matemáticas simples, podem informar o valor aproximado do peso de um corpo. O peso é uma grandeza de força física, e duas unidades comumente utilizadas para representá-la são o N e o kgf. Quando calculado em Newtons (a partir de uma massa dada em quilogramas), o peso corresponde à massa do corpo multiplicada pelo valor da aceleração da gravidade, que é de aproximadamente 9,80665 m/s² (a gravidade também precisa estar em unidades do SI). Desta forma, uma pessoa que possua massa de 55 kg terá um peso aproximado de 539,36575N. Usos Biólogo - Pesagem de meios de cultura, substâncias, organismos, etc; Biomédico - pesagem de pessoas em clínicas, hospitais etc.; Farmacêutico - pesagem de medicamentos e diversas drogas utilizadas como fármaco; Alimentício - pesagem de alimentos tais como frutas, grãos e carnes; Comercial - pesagem de pessoas (como em academias de ginástica, em centros desportivos etc.) e de bens em pequena escala (tais como materiais de construção, alimentos vendidos em mercados etc.); Industrial - pesagem de bens em maior escala, tais como veículos e grandes lotes de madeiras, metais, alimentos enlatados, carregamentos de minério etc.; Metrológico - verificação de rastreabilidade em massas-padrão e calibração de balanças menos precisas. Nutricionista - pesagem de pessoas em clínicas, hospitais, pesagem de alimentos em restaurantes etc.; Educacional - Balanças rústicas construídas por estudantes no processo de ensino-aprendizagem em aulas de ciência. Simbólico - Como signo da medida da justiça para no Egito Antigo. Classificação Existem diversas maneiras de se classificar as balanças, de acordo com o critério adotado. Pelo tipo Quanto ao tipo, uma balança pode ser: Analítica - quando se destina à análise de determinada grandeza sob certas condições ambientais; De precisão - quando seu mecanismo possui elevada sensibilidade de leitura e indicação; Industrial - quando se destina a medições de cargas muito pesadas; Contagem - quando se trata de uma balança de contagem, ela permite contar e pesar peças individuais de um lote de forma rápida e precisa. Rodoviária - quando se destina à medição do peso de veículos em trânsito. As balanças analíticas e de precisão são mais frequentemente utilizadas em laboratórios e na indústria farmacêutica. Pelo dispositivo de funcionamento Uma balança pode ser dotada de um dos seguintes dispositivos internos de funcionamento: Mecânico - quando o dispositivo é composto por elementos mecânicos tais como molas, cabos tensores, hastes rígidas, componentes hidráulicos, pneumáticos etc.; Eletrônico - quando o dispositivo é composto por elementos eletrônicos, tais como células de carga, circuitos integrados, microprocessadores etc.; Híbrido - quando o dispositivo é composto por elementos mecânicos e por elementos eletrônicos. Balança Eletrônica Nas balanças eletrônicas, a massa é obtida da seguinte maneira: O corpo é colocado sobre um prato ou bandeja (geralmente fabricada em aço inoxidável); Por estar posicionado sobre uma célula de carga, o prato exerce uma compressão sobre a mesma; Funcionando como um transdutor, a célula de carga capta a intensidade da compressão e a converte em um sinal elétrico de intensidade diretamente proporcional à da compressão sofrida; O sinal elétrico é enviado a um microprocessador que então interpreta o sinal. Quanto mais intenso for o sinal elétrico recebido, maior será a leitura feita pelo microprocessador e, consequentemente, maior a massa calculada por ele; O microprocessador envia sua leitura para um mostrador, que exibe a massa calculada. Balança de dois pratos e pesagens de valores inteiros Uma balança de dois pratos é aquela onde se colocam pesos (confeccionados geralmente de metal) de um lado e no outro lado se coloca o que se deseja pesar. É possível também colocar pesos nos dois pratos. Para valores inteiros, é possível representar os números usando-se pesos cujos valores são potências de 3, de 1 até . Por exemplo, usando-se os pesos , e unidades (apenas um peso de cada valor!), é possível representar os valores inteiros de 1 até 13 (as somas correspondem aos pesos colocados no mesmo prato da balança que o objeto a ser pesado, enquanto as diferenças são os contrapesos, ou seja, os pesos colocados no outro prato). Assim: De um modo geral, usando-se pesos de , , ,, , podemos pesar em uma balança valores inteiros de até . Naturalmente que, para pesagens mais precisas, podemos usar valores maiores expressando-se as quantidades em unidades submúltiplas de peso. Por exemplo, 1 Kg pode ser expresso como 1000 gramas. Ver também Dinamômetro Ligações externas Artigos históricos Artigos didáticos Como funciona uma balança de braços iguais (simulador). Acesso em 25/03/2011. Como construir uma balança com canudos de refresco (aula). Acesso em 25/03/2011. Como construir uma balança analítica (aula). Acesso em 25/03/2011. Balança tríplice escala virtual, simulador didático (simulador). Acesso em 15/05/2011. Instrumentos de medida
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Medas é uma localidade portuguesa do concelho de Gondomar, com 12,47 km² de área e 2 129 habitantes (2011). A sua densidade populacional é de 203,3 hab/km². Pertenceu ao concelho de Aguiar de Sousa antes de passar para o município de Gondomar. Foi sede de uma freguesia extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, para, em conjunto com Melres, formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Melres e Medas com a sede em Melres. A freguesia era constituída pelas localidades de Medas, Broalhos, Pombal e Vila Cova. Entre as colectividades desta localidade estão o Medense Futebol Clube, o Rancho Foclórico "As Ceifeiras" de Santa Maria de Medas, Sociedade Columbófila Dez de Junho(Desporto, Cultura & Recreio) e o AJAM. A destacar nesta povoação como locais de interesse, a marina de Pombal, as Piscinas Municipais de Medas, o Pavilhão Gimnodesportivo de Medas,o Parque de Campismo "Campidouro" que se situa numa das encostas Sul do povoado com o Rio Douro e a Sede Social da S.C. Dez de Junho com apresentações regulares de dança, música e teatro. População Património Igreja de Nossa Senhora da Natividade (matriz) Capelas de Nossa Senhora de Canas e do Divino Salvador Castelo da Fisga Serra de Açores Antigas freguesias de Gondomar Antigas freguesias de Aguiar de Sousa
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Álvaro é uma freguesia portuguesa do município de Oleiros, com 33,63 km² de área e 226 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é . A aldeia está integrada na Rede de Aldeias do Xisto. História Foi sede de concelho entre 1514 e 1836. Integrava as freguesias de Álvaro, Amieira, Madeirã e Sobral. Tinha, em 1801, 2117 habitantes. Álvaro foi uma comenda da Ordem de Malta em Portugal. Nota: Por decreto de 7 de setembro de 1895 foram desanexados lugares desta freguesia e incluídos na freguesia de Machio, do concelho de Pampilhosa da Serra, Distrito de Coimbra (Fonte: INE) Património Capela da Misericórdia de Álvaro Igreja de S. Tiago Maior (matriz) Capelas de S. João, de S. Sebastião, de S. Gens, fr S. Pedro, de Nossa Senhora dos Aflitos, de Santo Amaro, de Santo António, de S. Tiago, de S. Domingos, de S. Lourenço, de S. Bartolomeu e de Santa Bárbara Ermida de Nossa Senhora da Consolação Pontes romanas (nas ribeiras de Alvelos e da Gaspalha) Fragmentos do pelourinho Casa-Celeiro da Comenda da Ordem de Malta Casa de David da Silva Trecho da albufeira do Barragem do Cabril Praia fluvial Ligações externas Mapa da Aldeia Freguesias de Oleiros Antigos municípios do distrito de Castelo Branco Aldeias do Xisto
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Sarnadas de São Simão é uma freguesia portuguesa do município de Oleiros, com 28,53 km² de área e 167 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é . Da freguesia fazem ainda parte as localidades anexas de Cardosa, Silvosa e Vinha. Demografia A população registada nos censos foi: Património Igreja Matriz de S. Simão Capelas de S. Sebastião e de Nossa Senhora da Conceição Fonte Velha Forno público Lagar de azeite Moinhos de água Freguesias de Oleiros Antigas freguesias de Sarzedas
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Edson Arantes do Nascimento (Três Corações, 23 de outubro de 1940 – São Paulo, 29 de dezembro de 2022), mais conhecido como Pelé, foi um futebolista brasileiro que atuou como atacante. Descrito como o "Rei do Futebol", é amplamente considerado como o maior atleta de todos os tempos. Em 2000, foi eleito Jogador do Século pela Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS) e foi um dos dois vencedores conjuntos do prêmio Melhor Jogador do Século da FIFA. Nesse mesmo ano, Pelé foi eleito Atleta do Século pelo Comitê Olímpico Internacional. De acordo com a IFFHS, é o segundo maior goleador da história do futebol em jogos oficiais, tendo marcado 765 gols em 812 partidas. No total foram 1283 gols em 1363 jogos (incluindo amistosos não-oficiais), um recorde mundial do Guinness. Durante sua carreira, chegou a ser durante um período o atleta mais bem pago do mundo. Pelé começou a jogar pelo Santos Futebol Clube aos quinze anos de idade, e pela Seleção Brasileira aos dezesseis. Durante sua carreira na Amarelinha, sagrou-se campeão de três edições da Copa do Mundo FIFA: 1958, 1962 e 1970, sendo o único a fazê-lo como jogador. Contando os gols oficiais, Pelé é, ao lado de Neymar, o maior goleador da história da Seleção Brasileira, com 77 gols em 92 jogos. Em clubes, ele é o maior artilheiro da história do Santos e os levou a várias conquistas, com destaque para duas Copas Libertadores da América e dois Mundiais Interclubes, vencidos em 1962 e 1963. Conhecido por conectar a frase "jogo bonito" ao futebol, a "ação eletrizante e a propensão a objetivos espetaculares" de Pelé fizeram dele uma estrela rapidamente, e sua equipe fez turnês internacionais, a fim de aproveitar ao máximo sua popularidade. Após se aposentar em 1977, tornou-se embaixador mundial do futebol e fez muitos trabalhos de atuação e comerciais. Em janeiro de 1995, foi nomeado ministro do esporte no governo Fernando Henrique Cardoso. Em 2010, foi nomeado presidente honorário do New York Cosmos. Com média de quase um gol por partida ao longo de sua carreira, Pelé era especialista em chutar a bola com qualquer um dos pés, além de antecipar os movimentos de seus oponentes em campo. Embora atuasse predominantemente como atacante, ele podia recuar e assumir um papel de playmaker, fornecendo assistências com sua visão e habilidade de passe. Considerado um jogador completo, também tinha como característica a qualidade no drible para passar pelos adversários. No Brasil, Pelé é aclamado como herói nacional por suas realizações no futebol e por seu apoio franco a políticas que melhoram as condições sociais dos pobres. Ao longo de sua carreira e aposentadoria, recebeu vários prêmios individuais e de equipe por seu desempenho em campo, suas conquistas recordes e seu legado no esporte. Primeiros anos Edson Arantes do Nascimento nasceu em 23 de outubro de 1940 em Três Corações, Minas Gerais, Brasil, sendo filho do jogador João Ramos do Nascimento, mais conhecido como Dondinho, e Celeste Arantes. É o mais velho de dois irmãos. Pelé recebeu seu primeiro nome em homenagem ao inventor estadunidense Thomas Edison, de quem Dondinho era fã. Seus pais decidiram remover o "i" e chamaram-no de "Edson", mas houve um erro na certidão de nascimento, levando muitos documentos a mostrar seu nome como "Edison", não "Edson", como é chamado. Ele foi originalmente alcunhado de "Dico" por sua família. Edson recebeu o apelido "Pelé" durante seu tempo de escola por conta da forma que pronunciava o nome de seu jogador favorito, o goleiro Bilé do Vasco da Gama de São Lourenço, time inspirado no homônimo carioca, o qual falava de forma equivocada. Pelé não gostava do apelido, e chegou a brigar com o colega de sala que inicialmente lhe atribuíra a alcunha. Em sua autobiografia, Pelé afirmou que não tinha ideia do que o nome significava, nem seus velhos amigos. Além da afirmação de que o nome é derivado de Bilé, e que significa "milagre" em hebreu (פֶּ֫לֶא), a palavra não tem nenhum significado em português. Aos 3 anos Pelé muda-se com sua família para o estado de São Paulo, onde viveria quase toda sua vida em diferentes cidades. A primeira delas, Bauru, onde viviam na pobreza e Pelé ganhava algum dinheiro extra trabalhando em lojas de chá. Ensinado a jogar futebol pelo seu pai, não tinha dinheiro para comprar uma bola de futebol adequada, e geralmente jogava com uma meia recheada com jornal e amarrada com uma corda ou ainda jogava com uma toranja. A primeira equipe de Pelé foi o Sete de Setembro, equipe que jogava na terra batida, batizada em referência à rua que fazia esquina com a casa de Pelé. Do Sete de Setembro Pelé foi para o Ameriquinha, onde calçou chuteiras pela primeira vez, e foi campeão do Torneio Início local. Com 13 anos, Pelé começou a jogar pelo "Baquinho", equipe infantojuvenil do Bauru Atlético Clube, que conquistou dois campeonatos infantojuvenis. Pelé era o caçula da equipe. O time do Bauru apresentava uma grande superioridade sobre seus adversários: num dos jogos, chegou a ganhar de 21–0, com Pelé sendo um dos artilheiros, com sete gols. No primeiro ano de atuação, a equipe foi campeã com seis rodadas de antecipação. Pelé já chamava a atenção na época, com muitos espectadores vindo aos jogos para assistir o garoto. O "Baquinho" foi convidado em 1954 a se apresentar na preliminar de um jogo da segunda divisão do Campeonato Paulista, enfrentando o campeão infantojuvenil de São Paulo. O time de Bauru venceu a partida por 12–1, com cinco gols de Pelé, que foi destaque em jornal local da cidade. A equipe do "Baquinho" se desfez em 1955, e os garotos resolveram criar uma nova equipe, dessa vez para jogar futebol de salão. Deram o nome à equipe de "Radium", em referência ao Radium Futebol Clube, da cidade de Mococa. O futebol de salão tinha acabado de se tornar popular em Bauru quando Pelé começou a jogar. Ele fez parte da primeira competição de futsal na região. Pelé e sua equipe ganharam o primeiro campeonato e vários outros. Pelé se destacou nesses campeonatos; a superioridade técnica do garoto sobre os demais era tamanha que a Liga de Futebol Amador determinou que Pelé só poderia atuar no gol ou na zaga. Se passasse do meio-campo com a bola, seria falta para o adversário. De acordo com Pelé, o futsal apresentou desafios difíceis; ele disse que era muito mais rápido do que o futebol na grama e que os jogadores eram obrigados a pensar mais rápido, uma vez que todo mundo está perto de todo mundo em campo. Pelé creditou o futebol de salão por ajudá-lo a pensar melhor e mais rápido. Além disso, o futebol de salão permitiu-lhe jogar com adultos quando tinha cerca de 14 anos de idade. Em um dos torneios em que participou, foi inicialmente considerado muito jovem para jogar, mas enfim se tornou o artilheiro da competição com quatorze ou quinze gols; "isso me deu muita confiança", afirmou posteriormente. Em 1956, Pelé recebeu uma proposta do Bangu Atlético Clube, que foi recusada por Celeste, mãe de Pelé, que não queria que ele fosse "para uma cidade grande", em suas próprias palavras. Pelé também foi convidado a jogar no Esporte Clube Noroeste, de Bauru. Waldemar de Brito, seu técnico no Bauru Atlético Clube, se opôs a ideia, com receio que Pelé se lesionasse jogando pelo Noroeste. Brito sugeriu então a ida ao Santos Futebol Clube. A mãe de Pelé inicialmente era contra a ideia, já que não desejava que Pelé se tornasse um jogador de futebol; ela acabou sendo convencida, e Pelé foi com Brito para a cidade de Santos. Carreira em clubes Santos Em 1956, Brito levou Pelé para a cidade de Santos para experimentar jogar para o time profissional Santos Futebol Clube, dizendo à administração do Santos que o jovem de quinze anos seria "o maior jogador de futebol do mundo". Pelé impressionou o treinador do Santos, Luís Alonso Pérez (Lula) no Estádio Urbano Caldeira, e assinou um contrato profissional com o clube em junho de 1956. Pelo contrato, Pelé recebia um salário de seis mil cruzeiros, valor que enviava para sua mãe. Pelé inicialmente atuou na equipe amadora do Santos, marcando 13 gols em 13 jogos. Ele fez a sua estreia profissional em 7 de setembro de 1956, com quinze anos, contra o Corinthians de Santo André e teve um bom desempenho em uma vitória de 7–1, marcando o primeiro gol de sua carreira profissional durante a partida. Zaluar, goleiro do Corinthians, mandou fazer um cartão de apresentação após se aposentar e começar a trabalhar como corretor, no qual se identificava como "goleiro do primeiro gol de Pelé". Pelé iniciou a temporada de 1957 na reserva, por ser considerado ainda muito jovem, e por ter como concorrente na posição Emmanuele Del Vecchio, principal referência no ataque santista. Mesmo atuando na reserva, Pelé chamou a atenção de dirigentes gaúchos no início do ano, quando o Santos visitou o Rio Grande do Sul. O Brasil de Pelotas tentou trocar seu atacante Joaquinzinho por Pelé, o que foi negado pelo treinador santista. Já o Grêmio chegou a consultar o Santos sobre a possibilidade de empréstimo de Pelé. Pelé começou a se destacar nacionalmente no Torneio Rio-São Paulo de 1957. Neste, foi o artilheiro da equipe, junto com Dorval, não obstante ter entrado como reserva em mais da metade das partidas disputadas. No início de junho, Pelé contava contava com 30 jogos e 18 gols, entre partidas amistosas e oficiais. Nesse mês, o Santos formou com o Vasco da Gama um combinado para disputar o Torneio Internacional do Morumbi, organizado pelo São Paulo para ajudar na construção do seu estádio. Como os jogos do combinado seriam no Maracanã, optou-se por se utilizar a camisa vascaína. Na primeira partida, contra o português Belenenses, Pelé marca três gols na goleada por 6–1. Pelé ainda marcaria um gol na partida seguinte, contra o Flamengo, e outro gol na última partida do combinado, contra o São Paulo, totalizando cinco gols em três partidas. As atuações do jogador foram elogiadas pela imprensa, que vaticinava o "nascimento do futuro craque da Seleção", e chamaram a atenção do treinador da Seleção Brasileira, Sylvio Pirillo. Um mês depois de finalizado o torneio, Pelé foi convocado pela primeira vez para a Seleção, tendo apenas dez meses de carreira. As atuações do jogador também chamaram atenção do Vasco, que tentou sem sucesso contratá-lo por duas vezes naquele ano. Curiosamente, Pelé por diversas vezes já se declarou vascaíno. Em 1967, quando ainda atuava pelo Santos, afirmou que o Vasco era seu time de coração, em entrevista para o Museu da Imagem e do Som. Em entrevista em 1977, declarou que "o time do meu coração sempre foi o Vasco". Em 2020, ao ser questionado se era vascaíno, Pelé afirmou: "Fui não, sou Vasco ainda". Em 2021, Pelé foi agraciado com o título de sócio honorário do Vasco. Com a convocação a Seleção e a venda de Del Vecchio ao Verona, Pelé consolidou sua posição como titular no ataque santista, assumindo a camisa de número 10. Alçado a posição de titular, Pelé se sagrou artilheiro do Campeonato Paulista de 1957, com 17 gols — a primeira artilharia de um total onze na competição, recorde até hoje não batido. Pelé seria o artilheiro do Santos no ano, com 57 gols marcados. Em 1958, o primeiro torneio oficial disputado pelo Santos foi o Torneio Rio-São Paulo de 1958, no qual a equipe ficou apenas na 7.ª posição. Pelé foi o artilheiro da equipe, junto com Pepe, com oito gols. Nesse torneio, Pelé teve atuação destacada em partida contra o America, o que lhe rendeu a alcunha de "Rei", que levaria para o resto da carreira. O confronto foi vencido pelo Santos por 5–3, com quatro gols marcados por Pelé. A atuação do jogador impressionou o jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues, que se encontrava no Maracanã assistindo ao jogo. Rodrigues escreveu uma crônica em homenagem a Pelé, chamada "A realeza de Pelé". Nela, o dramaturgo escreveu que "Pelé leva sobre os demais jogadores uma vantagem considerável — a de se sentir rei, da cabeça aos pés". Se referindo ainda ao complexo de vira-lata e a Copa do Mundo FIFA de 1958, que viria a se realizar nos meses seguintes na Suécia, Nelson Rodrigues afirma: "Com Pelé no time, e outros como ele, ninguém irá para a Suécia com a alma dos vira-latas. Os outros é que tremerão diante de nós". Nesse ano Pelé conquistaria seu primeiro grande título com o Santos, com a conquista do Campeonato Paulista. Pelé iria terminar o torneio como artilheiro da competição com 58 gols, um recorde que permanece até hoje. Ele calcula que tenha jogado mais de cem partidas naquele ano, entre Santos, Seleção Brasileira e o time do Exército. Pelé marcou 80 gols em 1958, chegando ao seu 100.º gol durante o Campeonato Paulista. Suas atuações nesse ano lhe renderam o interesse da italiana Inter de Milão, que tentou contratá-lo; o negócio acabou não avançando em razão da revolta dos torcedores com a possível saída do jogador. No ano seguinte, o Santos fez uma grande excursão pela América, visitando 7 diferentes países da América do Sul, Central e do Norte. Foram 14 partidas disputas por Pelé, com 15 gols. Na primeira partida da excursão, contra o peruano Sport Boys, Pelé marcou seu primeiro gol fora do Brasil com a camisa santista — ele marcaria ainda outro gol na vitória por 3–0. Em toda a sua carreira pelo Santos, Pelé marcaria 361 gols no estrangeiro, com média superior a um gol por jogo. Após voltar ao Brasil e disputar alguns amistosos, a equipe faturou o Torneio Rio-São Paulo com um triunfo por 3–0 sobre o Vasco da Gama. Pelé foi o vice-artilheiro do Santos na competição, com 6 gols em 7 jogos. Terminado o torneio, o Santos partiu para outra excursão, dessa vez para a Europa. A excursão passou por 9 países, com 22 jogos num intervalo de 44 dias; uma média de uma partida a cada dois dias. Pelé foi um grande destaque na excursão, sendo o artilheiro santista, com com 28 gols em 22 jogos. Dentre suas atuações, destacam-se seu gol na derrota de 3–2 contra a Inter de Milão, no qual driblou quatro adversários antes de finalizar, e as goleadas de 7–1 sobre a mesma Inter, com quatro gols de Pelé, e 5–1 contra o Barcelona, com dois gols de Pelé. Na goleada sobre a Inter, Pelé foi aplaudido de pé pela torcida adversária. Suas atuações despertaram o interesse da Inter, que chegou a sondar o Santos, que recusou o negócio. Durante a viagem, Pelé marcou seu gol 200.º, na vitória de 6–0 sobre o Hamburgo. O jogo mais aguardado da excursão era contra o Real Madrid, tetracampeão europeu e com uma equipe considerada uma das melhores de todos os tempos. A partida terminou com vitória madrilenha por 5–3. Pelé marcou o primeiro gol da partida, e foi elogiado pelo treinador do Real Madrid, Luis Carniglia. O então presidente do clube merengue, Santiago Bernabéu, visitou Pelé após a partida, e cogitou sua contratação, mas acabou desistindo por considerá-lo jovem demais. Segundo parte da imprensa europeia, o Real Madrid tentaria contratar Pelé ainda no final daquele ano, para substituir Raymond Kopa. A venda nunca se concretizou; o dirigente merengue Raimundo Saporta afirmou anos depois que Real Madrid e Santos chegaram a firmar cláusula de venda, que nunca foi acionada. Após voltar da Europa, o Santos disputou o Campeonato Paulista. O ataque santista marcou 155 gols nesse campeonato, recorde que se mantém até hoje, com Pelé marcando 46 gols e conquistando a artilharia pela terceira vez seguida. Santos e Palmeiras terminaram o campeonato empatados, e foi decidido que o critério de desempate seria a realização de três partidas entre eles. Após dois empates, a vitória palmeirense no último jogo selou o campeonato do Palmeiras, ficando o Santos com o vice-campeonato. Durante o Campeonato Paulista, Pelé marcou o gol que considera como o mais memorável de sua carreira, no Estádio Conde Rodolfo Crespi, em partida contra o Clube Atlético Juventus, em 2 de agosto. No lance, ao receber um lançamento de um companheiro, Pelé aplicou, de costas, uma meia lua em seu marcador, sem deixar a bola tocar no chão, e na sequência chapelou três adversários, incluindo o goleiro, concluindo o lance sem deixar a bola cair. Como não há imagens de vídeo do jogo, Pelé pediu que uma animação de computador fosse feita com esta finalidade específica. Cinco décadas depois, uma placa foi colocada no estádio em homenagem ao lance. Durante o torneio, Pelé também atuou como goleiro, na vitória de 4–2 sobre o Comercial Futebol Clube. Aos 19 minutos do segundo tempo, o goleiro Lalá se lesionou, sendo substituído por Pelé. Segundo o jornal Folha de São Paulo, Pelé — que não foi vazado enquanto atuando como goleiro — efetuou "cinco defesas que podem ser consideradas difíceis, principalmente para quem não é goleiro". O jogador tinha o costume de jogar como arqueiro nos "rachões" da equipe, tendo atuando mais três vezes ao longo da carreira como goleiro — não sofrendo gols em nenhuma delas. No final do ano, o Santos iniciou a disputa da Taça Brasil de 1959. Por ser o atual campeão paulista, a equipe entrava na disputa já nas semifinais da competição. O clube santista eliminou o Grêmio nas semifinais, enfrentando o Bahia na final, em uma melhor de três. Na primeira partida, disputada na Vila Belmiro, vitória do Bahia, por 3–2. Pelé marcou um dos gols do Santos. O Santos venceu a segunda partida, na Fonte Nova, por 2–0, novamente com um gol de Pelé. Pelé se lesionou antes da derradeira e última partida, após torcer o pé durante o treino. Pai Santana, na época massagista do Bahia, famoso por seus "trabalhos espirituais" que supostamente favoreciam sua equipe e prejudicavam os adversários, afirma ter feito um "trabalho" para retirar Pelé do jogo final. Questionado se não tinha remorso de supostamente ter feito Pelé torcer o pé, Pai Santana afirmou: "Não. Ele chateava muito a gente. Ele ganhava tudo! Então tinha que torcer [o pé] mesmo". O Bahia venceu o Santos por 3–1, no Maracanã, e sagrou-se campeão brasileiro de 1959. Em 1960, o Santos voltou a excursionar na Europa, disputando 18 jogos em sete países. Pelé foi o artilheiro santista na excursão, com 24 gols. Durante a excursão, o Santos venceu o Troféu Gialorosso, ao bater a equipe da Roma por 3–2, com um gol de Pelé, e o Torneio de Paris, derrotando o Stade de Reims e o Racing Club de France. Pelé marcou em ambos os jogos, destacando-se seu gol na partida contra o Stade de Reims, no qual driblou cinco adversários antes de tocar na saída do goleiro adversário. Terminada a excursão, o Santos voltou ao Brasil para disputar o Campeonato Paulista de Futebol, o qual viria a conquistar. Pelé marcou 34 gols na campanha, se sagrando o artilheiro do torneio. Pelé também foi o artilheiro do Santos no ano, com 61 gols. O ano de 1961 foi uma temporada extremamente prolífica para Pelé, que marcou 110 gols. No início do ano, o Santos rodou a América, disputando 13 partidas em cinco países diferentes. Pelé foi o vice-artilheiro da equipe, com 10 gols. Durante a excursão, a equipe conquistou o Torneio Triangular da Costa Rica, goleando as equipes do Deportivo Saprissa e Club Sport Herediano, com gol de Pelé em ambos as partidas, e o Torneio Pentagonal de Guadalajara. Na volta ao Brasil, a equipe disputou o Torneio Rio-São Paulo, ficando em 5.º lugar; Pelé foi o vice-artilheiro santista, com oito gols. Nesse torneio, Pelé marcou um dos seus gols mais famosos, contra o Fluminense, no Maracanã: recebeu a bola na entrada da sua própria área, e correu o comprimento do campo, driblando seis adversários, antes de chutar a bola, além do goleiro. Uma placa foi encomendada com uma dedicação para "o gol mais bonito da história do Maracanã", dando origem à expressão "gol de placa", que viraria sinônimo de um gol espetacular. Terminado o torneio, o Santos voltou a excursionar, dessa vez pela Europa, disputando 19 jogos em 7 países. Pelé foi o artilheiro da excursão, junto com Coutinho, ambos com 22 gols. Nessa viagem, o Santos perdeu de 2–1 para o Olympiacos; o feito do clube grego acabou sendo imortalizado em seu hino, que cita o "Santos de Pelé". Voltando ao Brasil, o Santos viria a conquistar novamente o Campeonato Paulista e pela primeira vez a Taça Brasil, que posteriormente foi reconhecida pela CBF como um Campeonato Brasileiro. Pelé foi o artilheiro de ambas as competições, com 47 gols no Paulista e sete gols na Taça Brasil. O título da Taça Brasil qualificou o Santos para a disputa da Copa Libertadores da América no ano seguinte. Enquanto disputava os dois torneios, o Santos ainda viajou a Argentina e ao Chile, disputando quatro jogos. Pelé foi o artilheiro da excursão, com cinco gols. As grandes atuações de Pelé em 1961 fizeram com que o jogador fosse disputado pelas italianas Inter, Juventus e Milan; ambas ofereceram 600 milhões de liras pelo jogador, valor recorde para a época — a transferência mais cara até então teve como quantia 250 milhões de liras. As três propostas foram recusadas pelo Santos; segundo o jornal italiano La Repubblica, Angelo Moratti, presidente da Inter, pretendia fazer uma oferta superior aos 600 milhões, mas ficou receoso da reação da sociedade italiana diante de tal valor. Se uma das propostas tivesse sido aceita, teria sido até os dias atuais a maior valorização entre os recordes de transferência — crescimento de 140%. O assédio desses clubes pela contratação de Pelé incomodou o então Presidente da República Jânio Quadros. Ele externou sua preocupação em um bilhete endereçado com urgência a João Mendonça Falcão, presidente do Conselho Nacional de Desportos, afirmando que lhe preocupava "a reiterada contratação de futebolistas brasileiros por clubes estrangeiros", apontando que os europeus desejavam "importar Pelé". Para o então Presidente, esse processo levaria a um "enfraquecimento da seleção campeã"; terminava o bilhete afirmando que aguardava providências de Falcão. A solução engendrada por Jânio Quadros foi declarar Pelé um "tesouro nacional", e com isso impedir sua ida ao exterior. O ato do Presidente foi objeto de críticas na época, que apontavam a inconstitucionalidade de se privar Pelé de seus direitos constitucionais. Em 1962, o Santos iniciou a temporada excursionando pela América do Sul, visitando Equador, Peru, Uruguai e Argentina. Na Argentina, o Alvinegro disputou o Triangular de Buenos Aires, goleando o Racing, que era o atual campeão argentino, por 8–3, com um tento de Pelé. A equipe disputou 10 jogos, e Pelé marcou 8 gols, incluindo um triplete contra a equatoriana LDU. Segundo a imprensa brasileira, a presença de Pelé em Guayaquil, no Equador, causou tamanho frenesi na torcida local que a marinha equatoriana destacou uma patrulha para protegê-lo. Esse ano viria a ser a temporada de maior sucesso do Santos na Copa Libertadores; a equipe foi sorteada para o Grupo Um, ao lado de Cerro Porteño, Deportivo Municipal Bolívia, vencendo todos os jogos de seu grupo, com exceção de um (um empate em 1–1 fora de casa contra o Cerro). O Santos derrotou o Universidad Católica na semifinal e enfrentou o campeão de 1961, o Peñarol, na final. Pelé marcou dois gols na partida do playoff, para garantir o primeiro título de um clube Brasileiro. Durante a competição, Pelé ainda se recuperava da lesão que o tirara da Copa do Mundo de 1962, razão pela qual não atuou em diversos jogos da fase final. Pelé marcaria um total de quatro gols no torneio. Terminada a Libertadores, o Santos enfrentou o Benfica pela Copa Intercontinental de 1962. Segundo o regulamento da competição, o título seria disputado em duas partidas; no caso de uma vitória para cada clube, uma terceira partida seria disputada para se decidir o campeão. Pelé foi figura fundamental na conquista do título inédito: marcou dois gols na vitória de 3–2 no Maracanã e um triplete na vitória de 5–2 em Lisboa. O seu gol segundo gol na partida foi considerado o mais bonito daquele confronto: Pelé driblou cinco jogadores, incluindo o goleiro, antes de finalizar. A atuação de Pelé foi destacada pela imprensa brasileira e portuguesa: o brasileiro Gazeta Esportiva inseriu a legenda "não há nem pode haver melhor" sobre a foto de Pelé, e o português A Bola, ao sintetizar as razões da derrota benfiquista, afirmou em sua manchete: "todas as razões e mais uma, de quatro letras: PELÉ". A partida em Lisboa seria considerada por Pelé como sua maior atuação na carreira, e a atuação coletiva do Santos como a melhor da história do clube. Sobre o desempenho santista, o ex-meia do Benfica José Augusto afirmou sua equipe foi "atropelada" e que os jogadores do Santos estavam "inspiradíssimos", elegendo ainda a equipe brasileira como a melhor que o Benfica enfrentou em sua história. Aproveitando que já se encontrava na Europa, o Santos iniciou uma mini-excursão pelo continente, visitando três países em cinco cinco dias. Pelé foi o artilheiro santista, com cinco gols em três jogos. Na volta ao Brasil, o clube viria a defender com sucesso o Campeonato Paulista. Pelé marcou 37 gols no torneio, e nele marcou seu gol de número 500, no empate por 3–3 entre Santos e São Paulo. No final do ano, a equipe disputou a Taça Brasil, entrando diretamente nas semifinais, por ter sido o campeão do ano anterior. Após um empate e uma vitória sobre o Sport, o Santos se classificou para a final que, por falta de calendário, foi disputada em 1963. A final, disputada contra o Botafogo, era aguardada com muita ansiedade, já que Santos e Botafogo formavam a base da Seleção Brasileira campeã mundial naquele ano — estiveram em campo 11 jogadores que atuaram na Copa do Mundo. O confronto foi denominado pela imprensa de "maior jogo do mundo". No primeiro jogo, vitória santista por 4–3, no Pacaembu; no segundo jogo, no Maracanã, vitória botafoguense, por 3–1. O terceiro e derradeiro confronto foi novamente disputado no Maracanã, e o Santos teve uma grande atuação, vencendo por 5–0, com dois gols de Pelé e se sagrando campeão. A exibição santista foi aplaudida pelos torcedores botafoguenses presentes no estádio. Ainda em 1962, Real Madrid, Juventus e Manchester United tentaram, sem sucesso, a contratação de Pelé. Após a conquista da Taça Brasil, no início de 1963, o Santos iniciou o ano fazendo uma pequena excursão no Chile e no Peru, disputando cinco jogos com equipes locais. Pelé foi o artilheiro da excursão, marcando dez gols. Voltando ao Brasil, a equipe venceu o Torneio Rio-São Paulo de 1963. Pelé teve grande atuação na competição: marcou em 8 de 9 jogos, com duas tripletas (São Paulo 2–6 Santos e Santos 5–1 Olaria), marcando ainda um gol na final contra o Flamengo, sagrando-se o artilheiro do torneio, com 14 gols. Finalizado o torneio, o Santos voltou a excursionar pela Europa, disputando 10 jogos em 4 países diferentes. Pelé foi novamente o artilheiro santista, com 10 gols. De volta ao solo brasileiro, a equipe iniciou a disputa do Campeonato Paulista; ao final da temporada, o Santos terminaria em 3.º, com Pelé o artilheiro do torneio com 22 gols — sua sétima artilharia consecutiva do Campeonato Paulista. Como campeão da Libertadores de 1962, o Santos se qualificou automaticamente para a fase semifinal da Copa Libertadores da América de 1963. O primeiro confronto do Santos seria contra o Botafogo. Antes do primeiro jogo, disputado no Pacaembu, a equipe do Botafogo entregou a Pelé um cartão de prata com os dizeres: "Ao Catedrático do Futebol. A Homenagem da Academia Botafoguense". A partida terminou empatada em 1–1, com um gol de Pelé. Na partida seguinte, no Maracanã, o Santos exibiu uma grande atuação, goleando o Botafogo por 4–0, com três gols de Pelé. Com sua atuação na semifinal, Pelé se tornou o primeiro jogador a marcar quatro gols nessa fase da competição, recorde que seria igualado posteriormente por Albeiro Usuriaga, em 1989, Borja em 2016 e Bruno Henrique em 2021. A final da Libertadores seria disputada contra o argentino Boca Juniors. O Santos iniciou a série final ao vencer, por 3–2, na primeira fase e derrotou o Boca Juniors por 2–1, na La Bombonera, com um gol de Pelé, sagrando-se bicampeão continental. Com o título, o Alvinegro foi enfrentar o Milan, campeão europeu, na disputa do Mundial Interclubes de 1963. No primeiro jogo, vitória do Milan por 4–2, com os dois gols santistas marcados por Pelé. Durante a partida, Pelé, Zito e Calvet se lesionaram, e não jogaram os demais confrontos. Com uma vitória por 4–2 no segundo jogo e por 1–0 no terceiro jogo, o Santos foi bicampeão mundial. O Santos iniciou o ano de 1964 disputando a Taça Brasil de 1963, que, por falta de calendário, só foi finalizada no ano seguinte. Por ser campeão paulista, o Santos entrou na fase semifinal do torneio, enfrentando o Grêmio, campeão gaúcho. A equipe avançou a final após derrotar os gaúchos por 3–1, no Estádio Olímpico, com um gol de Pelé, e por 4–3, com um tripleta de Pelé, no Pacaembu. Ao final do segundo jogo, Pelé ainda iria para o gol, substituindo o goleiro Gilmar, que fora expulso. A final do torneio se deu contra o Bahia, campeão baiano. Era a terceira final entre Santos e Bahia pela Taça Brasil, com um título para cada: em 1959, o Bahia fora campeão em cima do Santos; em 1961, fora o Santos campeão em cima dos baianos. O Santos teve grande atuação na primeira partida, no Pacaembu, goleando o Bahia por 6–0, com dois gols de Pelé. No jogo de volta, na Fonte Nova, nova vitória santista, por 2–0, com ambos os gols marcados por Pelé. Com as vitórias, sagrou-se o Santos tricampeão brasileiro. Sobre o título santista, o jornal A Gazeta Esportiva escreveu que o Santos fora "infinitamente superior" ao Bahia e que fez por merecer "o honroso galardão de super-campeão do Brasil". Pelé foi o artilheiro santista do torneio, com 8 gols. Terminada a Taça Brasil, o Santos excursionou pela América do Sul. Essa excursão não teve o sucesso das anteriores: o Santos sofreu duas goleadas nos dois primeiros jogos (5–1 para o Independiente, da Argentina, e 5–0 para o Peñarol, do Uruguai), recuperando-se posteriormente, com 5 vitórias em 6 jogos. Pelé marcou dois gols na excursão. Nelson Rodrigues criticou as constantes excursões internacionais da equipe, afirmando que o Santos "virou saco de pancada" — em referência as goleadas sofridas para o Independiente e Penãrol — e que adquiria "o vício de perder". Para o cronista, a equipe perdia "porque deixou de ser um time brasileiro", transformando-se numa "equipe internacional"; afirmou que, ao seu ver, "baixou no Santos o tédio desesperador de tantas viagens", questionando o estímulo que teria a equipe jogando contra adversários "que mudam de sotaque três vezes por semana". Retornando ao Brasil, o Santos disputou o Torneio Rio-São Paulo de 1964. Em homenagem ao apoio da torcida carioca nos títulos mundiais de 1962 e 1963, na partida contra o Fluminense cada jogador da equipe santista — com exceção do goleiro Gilmar — entrou vestindo a camisa de um clube carioca. Pelé vestiu a camisa do Olaria. Pelas constantes partidas no Maracanã, o Santos foi nomeado por Nelson Rodrigues como "o mais carioca dos times"; segundo ele, o clube "só por um equívoco crasso e ignaro nasceu em Vila Belmiro", e que a torcida carioca "só falta carregá-lo no colo e passear com Pelé na bandeja, triunfalmente"; concluiria desejando que Santos conseguisse naturalizar-se carioca, o que tornaria "uma equipe imbatível e eterna." Ao final do torneio, o Santos estava empatado em pontos com o Botafogo, e o título seria decidido no melhor de três jogos. Por falta de datas, no entanto, apenas um jogo foi realizado — vitória de 3–2 do Santos, no Maracanã — declarando-se ambos campeões. Pelé marcou 3 gols na competição. Após o Torneio-Rio São Paulo, o Santos se lançou novamente a um excursão internacional. Primeiro disputou três jogos na Argentina, com três vitórias e uma derrota. Pelé foi o artilheiro da equipe, com três gols. Da Argentina, foi a França, para disputar o Torneio de Paris de Futebol. O Santos foi eliminado no torneio após perder por 3–1 para o Borussia Dortmund, empatando em 1–1 com o Stade de Reims na disputa de 3.º lugar. O Santos ainda disputaria um amistoso contra o Saint-Étienne (vitória por 4–3) e o Borussia Mönchengladbach, na Alemanha (vitória por 2–1). Pelé não participou dos jogos dessa excursão. Em sua volta ao Brasil, a equipe iniciou a disputa do Campeonato Paulista, que viria a conquistar. Pelé foi o artilheiro da competição — sua 8.ª artilharia seguida do torneio — com 34 gols. Dentre as vitórias santistas no campeonato, destacam-se os 11–0 sobre o Botafogo de Ribeirão Preto, com oito gols de Pelé, seu recorde pessoal num único jogo, e a goleada de 7–4 contra o Corinthians, com quatro gols de Pelé e três de Coutinho — a dupla foi considerada "infernal" pelo jornal Folha de S. Paulo. Curiosamente, Osvaldo Brandão era o técnico nas duas goleadas: Brandão era o técnico do Botafogo nos 11–0, e no jogo seguinte assumiu o Corinthians, perdendo de 7–4. Enquanto disputava o Campeonato Paulista, o Santos participou da Copa Libertadores da América e da Taça Brasil de 1964. Por ser o campeão do ano anterior, o Santos entrou na fase semifinal da Libertadores, enfrentando o argentino Independiente. A equipe perdeu os dois jogos, e foi eliminada. Pelé, contundido, não participou das partidas. A disputa entre Santos e Independiente é rodeada de suspeitas sobre uma suposta interferência de Julio Grondona, na época presidente do Independiente, sobre a arbitragem; gravações reveladas em 2015 mostram Grondona sugerindo que o árbitro da partida, Leo Horn, e os bandeiras, teriam sido selecionados com o objetivo de ajudar a equipe argentina, que viria a ser campeã da edição daquele ano. Na Taça Brasil, o Santos entrou nas quartas de finais, por ter sido o campeão do ano anterior. Pelé, recuperado da lesão que o tirara da Libertadores, ajudou a equipe a conquistar seu 4.º título nacional, sendo o artilheiro santista, com 7 gols. O atacante teve atuação destacada no primeiro jogo da final, contra o Flamengo, marcando três dos quatro gols santistas, na vitória por 4–1. Ao final da temporada, Pelé seria novamente o artilheiro da equipe, com 58 gols no total. O Santos iniciou o ano de 1965 novamente excursionando pela América do Sul. Em janeiro, a equipe venceu o Torneio Hexagonal do Chile, e Pelé foi o artilheiro santista, com seis gols em cinco jogos. A partida de destaque do Torneio se deu entre a equipe santista e a Seleção Tchecoslovaca, que na época era a vice-campeã mundial. O Santos venceu a partida por 6–4, com três gols de Pelé, em disputa classificada pela imprensa chilena como "o jogo do século". Sobre Pelé, o jornal Terceira Hora escreveu em manchete que o jogador "é de outro mundo". A atuação do Santos nessa partida é considerada como uma das melhores da história do clube. Em fevereiro daquele ano, o clube estreava na Copa Libertadores da América de 1965, com uma goleada de 5–1 sobre a Universidad de Chile, com dois gols de Pelé. A equipe avançou até as semifinais e enfrentou o Peñarol em uma revanche da final de 1962. Depois de dois jogos, um playoff foi necessário para quebrar o empate. Ao contrário de 1962, o Peñarol saiu vitorioso e eliminou o Santos por 2–1. Pelé seria, no entanto, o artilheiro do torneio, com sete gols. Enquanto disputava a Libertadores, o Santos participou do Torneio 4.º Centenário de Caracas, sendo o campeão após uma vitória sobre uma equipe local e outra vitória sobre o Independiente da Argentina. Pelé marcou 4 gols nos 2 jogos. Também durante a Copa Libertadores, a equipe participou do Torneio Rio-São Paulo, competição que ganhara em 1964. Em razão dos múltiplos torneios que participava, muitas das partidas do Rio-São Paulo foram disputadas por uma equipe santista mista ou reserva. Pelé disputou apenas 6 das 9 partidas; não obstante, foi o artilheiro do torneio, com cinco gols marcados. Foi nesse campeonato que Pelé marcou seu gol de número 700, na vitória por 5–2 sobre o Fluminense. A equipe alvinegra ficou na 4.ª colocação do torneio. Logo após o término do Torneio Rio-São Paulo, o Santos embarcou em nova excursão, dessa vez pelo Brasil. Pelé marcou catorze gols em apenas seis partidas, tendo feito cinco gols na goleada de 9–4 sobre o Clube do Remo. Durante a excursão, a equipe alvinegra foi convidada para disputar a partida inaugural do Estádio Manuel Ferreira, em Assunção, contra o Club Olimpia. A partida terminou empatada, em 2–2, com um gol de Pelé. Finalizada a excursão, o Santos defendeu seu título paulista, se sagrando bicampeão do Campeonato Paulista. Pelé foi novamente o artilheiro, com 49 gols. Ainda no início do Campeonato Paulista, um grupo de empresários de Maceió convidou o Santos para enfrentar o CRB, então campeão estadual, em partida cercada de expectativas pela torcida local. O primeiro tempo terminou em 0 a 0, e um jogador do CRB supostamente teria provocado Pelé, questionando que "o pessoal veio ver o rei, e cadê o rei?". No segundo tempo, o Santos marcou seis gols, com dois de Pelé, vencendo a partida por 6–0. Em agosto daquele ano, o Santos disputou o Torneio Quadrangular de Buenos Aires. Organizado pelos rivais River Plate e Boca Juniors, foram convidados para a disputa Santos e Real Madrid. O Santos venceu ambos os argentinos, e faria a final contra os espanhóis; o Real Madrid, contudo, se retirou do torneio sem maiores explicações, consagrando então o time alvinegro como o campeão. Pelé foi o artilheiro do torneio, junto com o companheiro Coutinho e o húngaro naturalizado espanhol Puskás, todos com dois gols cada. No final do ano, o Santos viria a ganhar ainda a Taça Brasil de 1965, reconhecida pela CBF em 2010 como um campeonato brasileiro. Pelé marcou duas vezes no torneio; um gol no jogo de volta da semifinal contra o Palmeiras, e outro no jogo de volta da final, contra o Vasco. O Santos, por ser o campeão paulista, entrava na fase final do torneio (assim como o campeão do extinto Estado da Guanabara). A temporada de 1965 se revelaria uma temporada extremamente prolífica para Pelé, que marcou 96 gols — seu terceiro melhor ano em número de gols, só atrás de 1959 e 1961. O Santos iniciou o ano de 1966 excursionando na África e na América. Foram visitados seis países — Costa do Marfim, Argentina, El Salvador, Venezuela, Peru e Chile — e disputadas 12 partidas, com cinco vitórias, quatro empates e três derrotadas. Pelé foi o principal artilheiro da excursão, com 11 gols marcados. O primeiro confronto se deu na Costa do Marfim, na cidade de Abidjan, contra a equipe Stad Club Abidjan, a atual campeã nacional. A partida ficou famoso por ter sido a última disputada pelo quinteto de ataque Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe, apelidado de "ataque dos sonhos". O Santos venceu a partida por 7–1, com dois gols de Pelé. O "ataque dos sonhos" marcou 314 gols entre 1960 e 1966; destes, Pelé fez 118. Segundo Pelé, a eficiência do quinteto de ataque foi uma das razões pelas quais pode chegar aos mil gols. Pelé foi recebido com pompas; um jornal local apresentou em sua capa a manchete "O Rei chegou à Abidjan", e o público presente no estádio gritava "O Rei! O Rei!" cada vez que o jogador pegava na bola. Segundo o Jornal do Brasil, Pelé chorou na chegada ao aeroporto, ao perceber a multidão que esperava para recepcioná-lo. Durante a excursão, o Santos disputou com o Botafogo a Taça Círculo de Periódicos Esportivos, em Caracas, em um jogo duplo. O Botafogo foi campeão com um placar agregado de 5–1; Pelé foi o único marcador santista. Terminada a excursão, o Santos iniciou sua campanha no Torneio Rio-São Paulo. Pelé, que acabara de se casar com Rosemeri dos Reis Cholbi, foi liberado de participar do torneio, para aproveitar sua lua de mel. O Santos viria a se sagrar campeão do torneio, em conjunto com Corinthians, Vasco e Botafogo. Após a Copa do Mundo FIFA de 1966, o Santos foi convidado para disputar o Torneio de Nova York, em Nova Iorque. A abertura do Torneio se deu com um esperado confronto entre Santos e Benfica, ambos bases de suas seleções nacionais. O Santos goleou o Benfica por 4–0, com atuação destacada de Pelé; o jogador participou de dois gols dos companheiros e marcou seu próprio gol, encobrindo um dos defensores e driblando outro antes de arrematar no ângulo oposto do goleiro. Após o gol, a torcida americana invadiu o campo para abraçar Pelé, que teve que abandonar o jogo para que a partida continuasse, sendo substituído por Salomão. O confronto teve um público de 25.670 espectadores, recorde de público de futebol nos Estados Unidos. A vitória santista foi encarada no Brasil como um "vingança" contra Portugal, que meses antes eliminara a Seleção Brasileira na Copa do Mundo, e uma prova de que o futebol brasileiro ainda seria o melhor do mundo. Em terras portuguesas, a vitória do Santos também foi qualificada como uma "vingança do futebol brasileiro". Parte da imprensa brasileira ficou incomodada com as comparações entre Pelé e Eusébio, atacante da seleção portuguesa e astro do Benfica; Nelson Rodrigues afirmou, após a partida, que "os valores foram repostos na sua verdadeira hierarquia", e que Eusébio, apesar de excelente jogador, "nada tem que chegue aos pés do gênio Pelé". Destacando a vitória, a imprensa brasileira usou de hipérboles, afirmando que Benfica fora "surrado" (Jornal do Brasil), "massacrado" (A Gazeta Esportiva), "arrasado" e que tomara "um banho" (Jornal dos Sports). Após a vitória sob o Benfica, o Santos venceu o AEK da Grécia por 1–0, sagrando-se campeão do torneio. Em 1968, o mexicano Emilio Azcárraga Vidaurreta, dono da empresa de comunicação Telesistema Mexicano e do Estádio Azteca, enviou um representante ao Brasil para tentar contratar Pelé. O presidente do Santos, insatisfeito com o gesto, denunciou o representante de Azcárraga à Polícia Federal, alegando que o emissário "perturbava o esporte brasileiro". O então ministro da Justiça, Luís Antônio da Gama e Silva, prometeu investigar o caso. Segundo o representante de Azcárraga, a proposta teria sido feito a Pelé um ano antes, e previa sua ida ao México apenas em 1970, após a Copa do Mundo. No início de 1969, o Santos excursionou na África, jogando em seis países africanos. A primeira etapa da viagem se deu em Pointe-Noire, na República do Congo. O deslocamento da equipe santista do aeroporto ao hotel serviu como um desfile de Pelé, que seguiu sozinho em um carro conversível, enquanto o resto da delegação seguia em um ônibus. Segundo Gilberto Marques, único jornalista brasileiro a cobrir a excursão, a presença de Pelé provocava uma "euforia quase inacreditável" no público. Em Pointe-Noire o Santos jogaria contra um combinado da província da cidade, em partida que foi apelidada pela imprensa local como "o jogo do século". O Santos venceu o confronto por 3–0, com um gol de Pelé, que foi muito aplaudido por sua atuação; o público foi de trinta mil espectadores, quase metade da população de oitenta mil habitantes. A partida seguinte ocorreu em Brazavile, capital do Congo, em confronto com a seleção nacional. O primeiro tempo terminou em 2–0 para os locais; no segundo tempo, Pelé marcou uma tripleta, garantindo a vitória santista. Após mais uma vitória brasileira, dessa vez sobre a equipe reserva da seleção congolesa, o Santos voltou a enfrentar a seleção principal do país. Nessa partida, Pelé fez dois gols, o que não evitou a primeira derrota santista contra uma equipe africana, terminando o placar em 3–2 para a seleção do Congo. Segundo o meio campista santista Lima, os jogadores congoleses "se jogavam no chão" e "choravam" pelo resultado; já o jornalista Gilberto Marques escreveu que a vitória resultou no "maior carnaval da história" da capital do Congo, descrevendo o ocorrido como um episódio de "histeria coletiva". Em homenagem à vitória, o dia da partida — 23 de janeiro — foi declarado Dia Nacional do Esporte, feriado em todo o país. O Santos continuou sua excursão, indo então para a Nigéria, país que se encontrava envolto em uma guerra civil. A excursão inicialmente não passaria pela Nigéria; o acordo para jogar no país ocorreu quando o Santos já estava em solo africano, disputando os jogos em Brazavile. Segundo o antropólogo José Paulo Florenzano, o governo militar do general Yakubu Gowon teria utilizado a equipe santista como uma "propaganda de guerra", para transmitir à opinião pública nacional e internacional que a situação estava sob controle, apesar da guerra civil. A partida foi cercada por muita expectativa e interesse, com a imprensa local noticiando o confronto como "o maior acontecimento esportivo dos últimos anos". O adversário enfrentado era a Seleção Nigeriana, e a partida terminou empatada em 2–2, com dois gols de Pelé, que teve "ótima atuação", segundo Gilberto Marques. Da Nigéria o Santos partiu para Moçambique, voltando então para a Nigéria. A partida, contra a Seleção do Estado do Centro Oeste, seria realizada em Benin. Como Benin se encontrava na fronteira da região separatista de Biafra, um cessar-fogo teria sido negociado entre a Nigéria e as forças separatistas para que o confronto pudesse ocorrer. O suposto cessar-fogo não foi noticiado pela imprensa brasileira na época, sendo mencionado apenas mais de trinta anos depois, em matéria da revista Placar por ocasião do quinquagenário de Pelé em 1990. Declarações de alguns jogadores do Santos confirmariam o ocorrido: o goleiro Gilmar e o atacante Coutinho afirmam que tão logo o avião do Santos zarpara, fora possível ouvir os tiros, o que indicaria que guerra tinha reiniciado. A versão acabou se popularizando, e mesmo sendo divulgada pela imprensa internacional; a revista Time chegou a afirmar em 2005 que o cessar-fogo fora de três dias. Essa versão, contudo, é contestada pelo jornalista britânico de origem nigeriana Olaojo Aiyegbayo, que afirma que dois dos principais jornais do país não mencionaram qualquer cessar-fogo em suas matérias sobre a partida. Aiyegbayo ainda aponta que o suposto cessar-fogo não é mencionado em uma biografia de Pelé lançada em 1977, mas o evento é mencionado em outra biografia, de 2007 — muitos anos depois da matéria da revista Placar. O antropólogo José Paulo Florenzano apresenta tese semelhante, argumentando que Benin estava sob domínio da Nigéria, e que a região onde decorriam os confrontos localizava-se a cerca de cento e trinta quilômetros de distância da cidade. Para Florenzano, a narrativa de um cessar-fogo é " inverossímil". Em 1970, Pelé ameaçou sair do Santos, após notícias de que a próxima renovação contratual teria um desconto em suas luvas, em razão de um suposto débito seu com o clube. Enquanto discutia sua situação contratual, seu empresário afirmou que fora procurado por dois empresários estrangeiros, que desejavam comprar seu passe em nome de um clube mexicano, de nome não revelado. Segundo Pelé, ele recebia uma proposta do México "cada 15 dias", em suas palavras. Como o suposto clube mexicano nunca foi revelado, a revista Placar chegou a questionar a veracidade da história. Em 1971, Pelé disputou sua milésima partida, em Paramaribo, capital do Suriname. Até então, apenas três jogadores tinham atingido tal marca: o goleiro soviético Lev Yashin, o ponta inglês Stanley Matthews e o atacante brasileiro Arthur Friedenreich. Antes da partida, Pelé recebeu diversas homenagens; em seu discurso, pede ao governador ao representante da Rainha inglesa que concedam perdão a alguns jogadores punidos pela liga local, pedido que é atendido. O confronto, contra a equipe do Transvaal, terminou em 4–1 para o time santista, com um gol de Pelé, de pênalti. O lucro do jogo foi utilizado pelos organizadores do evento para iniciar a construção de um viaduto, nomeado Pelé em homenagem ao jogador. Milésimo gol Um dos momentos mais cultuados de sua carreira é o milésimo gol, anotado em 19 de novembro de 1969, em uma partida contra o Vasco da Gama, quando Pelé marcou a partir de um pênalti, no Estádio do Maracanã. Marcado o pênalti, seu nome passou a ser gritado no Maracanã, até mesmo pela torcida vascaína. Pelé chutou no canto esquerdo de Andrada, que chegou a tocar na bola, mas não conseguiu evitar o gol. Ao cair e perceber que a bola tinha entrado, Andrada socou a grama, enquanto Pelé comemorava o gol, em imagem considerada histórica. Andrada permaneceu no chão por mais um tempo, e só levantou ao ser erguido por um companheiro. O goleiro no dia anterior tinha manifestado o desejado de evitar o gol número mil; anos mais tarde, afirmou sobre o evento que "o gol veio e em pouco tempo você vai se acostumando e você acaba o adotando como um filho". Feito o gol, Pelé correu para a bola, beijando-a. O jogador foi cercado por jornalistas e carregado por dirigentes do Santos. Pelé dedicou o gol às "crianças, "pessoas pobres" e "velhinhos cegos". O discurso foi criticado por alguns, que esperavam uma fala contra a ditadura militar brasileira, que um ano antes tinha editado o Ato Institucional n.º 5 (AI-5), considerado o mais duro dos atos institucionais do regime militar. O jogo foi suspenso por 20 minutos, e Pelé deu uma volta olímpica no estádio, com uma camisa do Vasco com número "1000" nas costas. New York Cosmos Após a temporada de 1974 (19.ª com o Santos), Pelé se aposentou de clubes brasileiros, embora tenha continuado a jogar ocasionalmente pelo Santos em partidas oficiais competitivas. Em 1974, Pelé convocou uma auditoria para conhecer sua situação financeira e descobriu estar em dificuldades financeiras. O patrimônio do Rei estava no vermelho, devido a uma série de maus negócios, especialmente na administração da Fiolax, uma fabricante de peças de borracha, da qual Pelé era sócio e que devia milhões de dólares. Segundo Pelé: "Eu devia milhões, estava determinado a pagar minhas dívidas e eu sabia que jogar futebol era de longe a melhor coisas que eu podia fazer". Dois anos mais tarde, ele saiu de sua semi-aposentadoria para assinar com o New York Cosmos, da North American Soccer League (dos Estados Unidos) para a temporada de 1975. A ideia de contratá-lo foi dos irmãos turcos Nesuhi Ertegün e Ahmet Ertegün, que convenceram o dono da Warner Communications, Steve Ross a investir no Rei. Ross mandou o inglês Clive Toye negociar com Pelé. Entre 1971 e 1975, Toye tentou por diversas vezes contratar Pelé, tendo como empecilhos a resistência do governo brasileiro na saída do astro e o interesse de clubes europeus. Para convencer Pelé e o governo brasileiro, o secretário de estado dos Estados Unidos, Henry Kissinger, enviou um telegrama ao chanceler brasileiro Antonio Azeredo da Silveira, pedindo ajuda para convencer Pelé, alegando que a contratação contribuiria para estreitar as relações entre os países. Azeredo então entrou em contato com Pelé, que aceitou a proposta. O Cosmos anunciou oficialmente a contratação de Pelé em 10 de junho de 1975. Dezoito dias depois, Pelé se encontraria com o presidente americano, Gerald Ford, na Casa Branca. Segundo arquivos sigilosos liberados ao público, a conversa entre Ford e Pelé girou em torno do baixo rendimento da seleção americana, e a expectativa de que Pelé poderia "estimular o futebol profissional bem como o interesse geral no esporte dentro do país". Em seu livro Pelé: A importância do Futebol, Pelé afirma que o acordado era 1 milhão de dólares por sete anos. As cifras apontadas pela imprensa variavam entre 2,8 milhões, 4,5 milhões e até 7 milhões de dólares por três anos de contrato. O NY Times esclareceu que o contrato era de 7 milhões, mas 2 milhões eram de impostos. Ou seja, o Rei ganhou 5 milhões de dólares por três anos de contrato. A divergência se devia ao cálculo utilizado. Pelé era apontado na época como o atleta mais bem pago do mundo. O contrato com o Cosmos previa ainda explorar comercialmente a imagem de Pelé. Como o time na época pertencia à Warner Communications, Pelé foi nomeado para o cargo de relações públicas da empresa. Pelé estreou no Cosmos em 15 de junho de 1975, num empate em 2–2 contra o Dallas Tornado, no Downing Stadium. A partida atraiu imensa atenção por todo o país: o confronto foi transmitido para trinta países pela rede CBS, uma das maiores dos Estados Unidos, e teve público de dez milhões de pessoas, um recorde para jogos de futebol na época. Segundo o jornal New York Daily News, às 10h da manhã já se formavam filas para a compra de ingressos, que chegaram a ser vendidos quase que pelo triplo do valor por cambistas. A partida foi acompanhada por 152 fotógrafos, quantidade superior ao número de fotógrafos envolvidos na posse do presidente americano Jimmy Carter, dois anos depois. Pelé teve atuação destacada no jogo: fez um gol, deu uma assistência e por diversas vezes permitiu que seus companheiros ficassem cara a cara com o goleiro adversário. Apesar de já ter passado bastante de sua melhor fase, Pelé foi creditado com o aumento significativo da sensibilização e do interesse do público no esporte nos Estados Unidos. A média de público da liga americana no ano de 1974 era de 10 mil torcedores por partida; em 1975, com Pelé, o Cosmos teve média de 34 mil torcedores por partida. Durante sua primeira aparição pública em Boston, ele foi ferido por uma multidão de fãs que o cercaram e fora evacuado em uma maca. Pelé marcou 37 gols e fez trinta assistências jogando pelo Cosmos. Com Pelé em campo, foram quebrados três recordes de público: no dia 9 de abril de 1976, 58 128 pessoas estiveram presentes, recorde de público da liga; no dia 9 de junho de 1977, o público foi de 62 394, recorde para o futebol nos Estados Unidos; finalmente, em 14 de agosto de 1977, 77 691 pessoas estiveram presentes para o jogo que marcou o recorde de público para futebol na América do Norte. Em 1975, uma semana antes da Guerra Civil Libanesa, Pelé jogou um amistoso pelo clube libanês Nejmeh SC contra uma equipe de estrelas da Liga Libanesa de Futebol, marcando dois gols que não foram incluídos em sua contagem oficial. No dia do jogo, quarenta mil espectadores estavam no estádio de manhã cedo para assistir ao jogo. Na esperança de criar um mesmo tipo de sensibilização na República Dominicana, ele e a equipe do Cosmos jogaram em uma partida de exibição contra a equipe haitiana Violette AC, no Estadio Olímpico Félix Sánchez, em 3 de junho de 1976, onde mais de 25 mil fãs assistiram-no marcar um gol nos últimos segundos da partida, levando o Cosmos a uma vitória por 2–1. Ele levou o Cosmos à conquista do campeonato estadunidense de 1977, na sua terceira e última temporada com o clube. Em 1 de outubro de 1977, Pelé encerrou a sua carreira em uma partida de exibição entre o Cosmos e o Santos. O Santos chegou a Nova Iorque depois de derrotar o Seattle Sounders, em Nova Jérsei, por 2–0. A partida foi jogada na frente de uma multidão no Estádio dos Giants e foi transmitida nos Estados Unidos pelo programa Wide World of Sports, da American Broadcasting Company, bem como em todo o mundo. O pai e a esposa de Pelé assistiram à partida, bem como Muhammad Ali e Bobby Moore. Em seu discurso de despedida, Pelé pediu que o público repetisse com ele três vezes a palavra love (amor); o ato serviu de inspiração a Caetano Veloso para compor a canção "Love Love Love". Carreira na Seleção Brasileira Após se destacar jogando pelo combinado Vasco-Santos no Torneio Internacional do Morumbi, Pelé foi convocado pelo técnico Sylvio Pirillo para a disputa da Copa Roca (atual Superclássico das Américas), torneio disputado entre a Seleção Brasileira e a Seleção Argentina em dois jogos. Na época, com a excursão de grandes clubes brasileiros para o exterior, o técnico brasileiro encontrava dificuldades para escalar a equipe nacional. Dessa forma, Pirllo optou por convocar a maioria dos atletas do futebol paulista; entre esses, Pelé. Pelé estreou pela seleção no primeiro jogo do confronto, em 7 de julho de 1957, no Maracanã, entrando com a camisa número 13 no segundo tempo, substituindo Del Vecchio. Naquela partida, ele marcou seu primeiro gol pelo Brasil aos 16 anos e nove meses, sendo o jogador mais jovem a realizar tal feito. O momento do gol foi registrado em foto, considerada histórica; sobre a foto, o goleiro argentino da partida, Amadeo Carrizo, afirmou: "Agora que vejo a foto e vou me dando conta do que significou depois esse rapazinho ao futebol mundial, me assombro. Este era Pelé!" O Brasil perdeu o confronto por 2–1. A atuação de Pelé foi elogiada pelo Jornal dos Sports, que afirmou o jogador deu "alento novo aos companheiros", emprestando "um sentido mais agressivo à vanguarda". No segundo confronto, Pelé começou como titular, utilizando a camisa de número 8, e novamente marcou um gol. O Brasil venceu por 2–0 e foi declarado campeão. A Copa Roca foi o primeiro título de internacional de Pelé, e o seu primeiro título com a Seleção Brasileira. O jornal Estado de S. Paulo elegeu Pelé o melhor em campo, afirmando que "o atacante santista está destinado a ser um notável futebolista". O Jornal dos Sports destacou Pelé como "um dos realces da ofensiva brasileira"; seu colunista, Mário Rodrigues, afirmou que Pelé "É indicação certa para a Copa do Mundo". Pelé disputaria ainda quatro jogos pela Seleção antes da Copa do Mundo de 1958, sendo titular em três e reserva no outro. Copa do Mundo de 1958 Antes da convocação final a Copa do Mundo FIFA de 1958, a CBD contratou o psicólogo João Carvalhaes para submeter os atletas a testes de "avaliação de inteligência e equilíbrio psicológico". Pelé marcou 68 de 123 pontos, o que motivou Carvalhaes a recomendar a comissão técnica que não levasse Pelé, por ser "obviamente infantil" e não possuir senso de responsabilidade suficiente para um jogo coletivo. A recomendação não foi seguida, e Pelé integrou o elenco que iria para a Suécia. Sobre o ocorrido, o jogador comentou, décadas depois, que não se sentia "muito responsável" com 17 anos, e que só pensava "em jogar" e que tudo "era uma festa"; pontuou, contudo, que jogadores mais experientes da equipe, como Didi, Nílton Santos e Gilmar, "carregavam o peso". Foi nesta Copa que Pelé começou a usar uma camisa com o número 10. Isto foi resultado de uma desorganização: os líderes da Federação Brasileira não enviaram o número das camisas dos jogadores e cabia à FIFA escolher quais então seriam usados no mundial, ficando Pelé com a número 10. Pelé foi reserva nas duas primeiras partidas do torneio, só vindo a jogar no terceiro confronto. Há versões contraditórias sobre a razão de Pelé ter iniciado a Copa na reserva. A versão mais comum afirma que com o empate em 0 a 0 contra a Inglaterra, o Brasil se viu obrigado a vencer sua terceira partida, contra a União Soviética. A necessidade de uma vitória fez com que os líderes do elenco — Bellini, Nílton Santos e Didi — se reunissem com o técnico Feola, o convencendo a escalar Pelé e Garrincha. Já outros apontam que essa versão é fantasiosa; Pelé era titular da Seleção antes da Copa do Mundo, e só iniciou o torneio como reserva em razão de lesão que sofreu em amistoso contra o Corinthians. Na ocasião, Pelé saiu contundido após disputar a bola com o lateral esquerdo Ari Clemente; Clemente acabou ficando conhecido posteriormente com o jogador que quase tirou Pelé da Copa do Mundo. Os jornalistas Mário Filho e Ruy Castro afirmam que Pelé recebeu um pontapé de Ari; Ruy Castro escreveu que "não era sua [Ari] primeira tentativa de esquartejamento [de Pelé]". Ari, por outro lado, afirma que não houve intenção sua no lance. Em 2008, Pelé afirmou que a lesão foi "casual", e que Ari "não teve intenção". Não obstante, Pelé na época pediu para não disputar a Copa, em razão da lesão, mas foi convencido a continuar com o elenco pelo massagista Mário Américo. Pelé e Garrincha foram fundamentais na vitória por 2–0: Garrincha marcou o primeiro gol, e Pelé deu assistência ao segundo gol de Vavá, além de ter acertado uma bola na trave. Ao iniciar a partida, Pelé se tornou o jogador mais jovem do torneio e, na época, o mais jovem a jogar uma Copa do Mundo. No jogo seguinte, Pelé foi novamente fundamental, marcando o gol da vitória sobre o País de Gales. No lance, Pelé recebe um lançamento de Didi, e ao dominar a bola e perceber a marcação de um defensor, aplica-lhe um lençol, e sem deixar a bola cair, arremata de pé esquerdo no canto do goleiro. O gol foi considerado o mais bonito do torneio pelo revista Placar; para o jornalista Celso Unzelte, o tento foi "antológico". Segundo Pelé, ele por muito tempo considerou o gol como o mais bonito de sua carreira. O gol contra o País de Gales, o primeiro de Pelé na competição, tornou-o o mais jovem goleador de tempos com dezessete anos e 239 dias. Nas semifinais, nova atuação destacada: Pelé marcou três gols na vitória por 5–2 sobre a França, tornando-se o mais jovem da história da Copa do Mundo a fazê-lo. Em 29 de junho de 1958, se tornou o jogador mais jovem a disputar a final da Copa do Mundo aos dezessete anos e 249 dias. Ele marcou dois gols nessa final quando o Brasil venceu a Suécia por 5–2 em Estocolmo. Seu primeiro gol, em que aplicou um chapéu num zagueiro antes de chutar para o canto da rede, foi escolhido como um dos melhores gols da história das Copas. Sobre este segundo gol, o jogador sueco Sigge Parling comentaria mais tarde: "Quando Pelé marcou o quinto gol daquela final, tenho que ser sincero e dizer que aplaudi". Quando a partida terminou, Pelé desmaiou em campo e foi reanimado por Garrincha. Ele então se recuperou e se emocionou pela vitória, chorando enquanto estava sendo parabenizado por seus companheiros de equipe, em imagem considerada marcante na história do torneio. Ele terminou o torneio com seis gols em quatro jogos disputados, empatado em segundo lugar, atrás apenas de Just Fontaine. Pelé também foi nomeado para a seleção do campeonato. A imprensa proclamou Pelé a maior revelação da Copa e ele recebeu retroativamente a Bola de Prata como o segundo melhor jogador do torneio, atrás de Didi. Copa América Pelé também jogou na Copa América, na época chamado de Campeonato Sul-Americano de Futebol. Na edição de 1959, ele foi eleito o melhor jogador do torneio, além de ser o artilheiro com oito gols, com o Brasil ficando em segundo lugar. O campeonato de 1959 foi a única Copa América disputada por Pelé em toda sua carreira. Seleção Brasileira do Exército Em 1959, Pelé foi convocado para servir ao 6.º Grupo de Artilharia de Costa Motorizado, em Praia Grande, como soldado. Benedito Ruy Barbosa, biógrafo do jogador, acredita que a convocação de Pelé tenha se dado de forma proposital, "para chamar a atenção para o Exército e para as Forças Armadas", em suas próprias palavras. Pelé disputou várias partidas com a Seleção Brasileira do Exército, e foi campeão sul-americano, marcando o gol decisivo no jogo final contra a Seleção Militar da Argentina. Com a camisa do Exército, Pelé atuou em 10 partidas, marcando 14 gols. Em 2010, em comemoração ao seu septuagésimo aniversário, o Exército Brasileiro homenageou o atleta, com a inauguração do "Espaço Pelé" no Museu do Desporto do Exército. Copa do Mundo de 1962 Quando a Copa do Mundo de 1962 começou, Pelé já era considerado o melhor jogador do mundo. Na primeira partida do torneio no Chile, contra o México, Pelé foi fundamental para a vitória por 2–0: o primeiro gol veio de um lançamento seu para Zagallo, após escapar da marcação. Logo após o primeiro gol, Pelé parte com a bola da intermediária, dribla quatro adversários e conclui, de pé direito, no canto do goleiro mexicano, selando a vitória brasileira. A revista Placar descreveu a jogada que resultou no gol como "criativa, inteligente, maliciosa e desconcertante". O goleiro mexicano, Antonio Carbajal, anos depois se disse "feliz por ter sofrido um gol do jogador de futebol mais perfeito que já vi jogar em mais de oito décadas de vida". Pelé se machucou no jogo seguinte enquanto tentava um chute de longa distância contra a Tchecoslováquia. Isso o manteria fora do resto da competição e forçou o técnico Aymoré Moreira a fazer sua única mudança de escalação no torneio. O substituto foi Amarildo, que teve um bom desempenho. No entanto, foi Garrincha quem assumiu o papel de líder e levou o Brasil ao seu segundo título da Copa do Mundo, depois de vencer a Tchecoslováquia na final em Santiago. Copa do Mundo de 1966 Pelé era o jogador de futebol mais famoso do mundo durante a Copa do Mundo FIFA de 1966, realizada na Inglaterra, e o Brasil uniu alguns campeões mundiais como Garrincha, Gilmar e Djalma Santos com a adição de outras estrelas como Jairzinho, Tostão e Gérson, o que gerou grandes expectativas para eles. Entretanto, foi eliminado na primeira rodada, disputando apenas três partidas. A Copa do Mundo foi marcada, entre outras coisas, por faltas graves em Pelé que o deixaram ferido pelos defensores búlgaros e portugueses. Pelé marcou o primeiro numa cobrança de falta contra a Bulgária, tornando-se o primeiro jogador a marcar em três Copas do Mundo FIFA consecutivas. A partida contra a Bulgária seria a última em que Pelé e Garrincha atuariam juntos na Seleção Brasileira. O Brasil nunca perdeu uma partida com Pelé e Garrincha em jogo — foram 40 jogos disputados por eles, com 36 vitórias e quatro empates. Pelé se lesionou na partida contra a Bulgária, e não participou do segundo jogo contra a Hungria. Seu treinador afirmou que, após o primeiro jogo, sentiu que "todo time tratará ele [Pelé] da mesma maneira". O Brasil perdeu o jogo e Pelé, apesar de ainda em recuperação, foi levado de volta pelo técnico brasileiro Vicente Feola para a partida crucial contra Portugal no Goodison Park, em Liverpool. Feola mudou toda a defesa, incluindo o goleiro, enquanto no meio-campo voltou à formação do primeiro jogo. Durante o jogo, o zagueiro português João Morais cometeu duas faltas seguidas sobre Pelé, que saiu de campo em razão das entradas. O jogador não foi expulso pelo árbitro George McCabe, decisão vista posteriormente como um dos piores erros de arbitragem da história da Copa do Mundo. João Havelange, presidente da CBD, reclamou publicamente da arbitragem do torneio, de quem chamou de "lastimável" e culpou pela violência exibida nos jogos. Pelé teve que retornar e permanecer em campo mancando pelo resto do jogo, já que o time já havia feito todas as substituições possíveis. Após este jogo, Pelé anunciou a intenção de não mais jogar a Copa do Mundo, segundo ele por não ter sorte no torneio — em referência às lesões naquele ano e em 1962, que o impediram de participar de todas as partidas da competição. Pelé afirma que a eliminação na Copa de 1966 foi a maior tristeza de sua vida. Segundo o companheiro de seleção Jairzinho, a decisão de Pelé chocou a todos os jogadores da equipe. Pelé acabaria por mais tarde voltar atrás e disputar a Copa do Mundo de 1970. Copa do Mundo de 1970 Pelé foi convocado para a seleção no início de 1969. Ele recusou a princípio, mas depois aceitou e jogou em seis partidas das eliminatórias para a Copa do Mundo, marcando seis gols. Durante as Eliminatórias, Pelé teve rusgas com o então técnico da Seleção, João Saldanha. A primeira discordância entre eles se deu em razão do posicionamento do jogador em campo: Saldanha escalava Pelé em uma posição mais avançada, enquanto o jogador preferia jogar mais recuado. Em entrevista na época, Pelé afirmou que não poderia, após tanto tempo jogando de uma forma, mudar sua maneira de jogar "de uma hora para outra". Décadas mais tarde, ele afirmou que Saldanha "não entendia muito de futebol". Saldanha também acusou publicamente Pelé de ser míope, o que supostamente lhe traria dificuldades em cabecear e enxergar a bola em jogos noturnos; o técnico então colocou-o na reserva em razão do fato. Pelé, de fato, era míope: o ex-jogador já confirmou que nasceu com a condição, e que tinha 1,5 grau na vista direta e 2,5 graus na vista esquerda, em 1970. Ele, contudo, negou que a miopia atrapalhasse seu rendimento em jogos noturnos. Pelé acabou utilizando lentes de contato no final de sua carreira. Faltando dois meses para a Copa do Mundo, Saldanha foi demitido, e em seu lugar foi contratado o jovem Zagallo, com apenas três anos de carreira como técnico. A imprensa brasileira tratou a demissão como resultado de um processo de desgaste entre Saldanha e a CBD, amplificado pelo fato de ter colocado Pelé na reserva. Saldanha também entrou em conflito com o então Presidente da República, Garrastazu Médici, mas não há documentos que comprovem a suposta interferência de Médici na Seleção Brasileira. Já esperava-se que a Copa do Mundo FIFA de 1970, realizada no México, fosse a última de Pelé. O Brasil apresentou grandes mudanças para este torneio em relação à equipe de 1966, pois jogadores como Garrincha, Nílton Santos, Valdir Pereira, Djalma Santos e Gilmar já haviam se aposentado. Apesar disso, a Seleção Brasileira da Copa do Mundo de 1970, com jogadores como Pelé, Rivellino, Jairzinho, Gérson, Carlos Alberto Torres, Tostão e Clodoaldo, é frequentemente considerada a maior equipe de futebol da história. Curiosamente, essa formação não era a desejada por Zagallo; o treinador entendia que Pelé e Tostão não poderiam atuar juntos. Em razão disso, Pelé inicialmente foi escalado por Zagallo na reserva, entrando apenas no segundo tempo, no lugar de Tostão. A formação da Copa de 1970, na verdade, surgiu de uma votação popular feita pela revista Placar. Temeroso que a seleção fosse vaiada em seu jogo de despedida, no Maracanã, Zagallo resolveu testar a formação da pesquisa no segundo tempo da partida contra a Áustria; o Brasil ganhou por 1–0, e esse esquema acabou sendo utilizado por todo o torneio. Pelé foi muito festejado pela torcida local ao chegar no México. Milhares esperavam o desembarque da Seleção no Aeroporto Internacional de Guadalajara, e Pelé foi muito aplaudido quando apareceu na porta do avião. O público lhe jogou um sombrero, vestido por Pelé, que passou a dar autógrafos por um longo período de tempo. A vinda de Pelé ao México foi cercada de cuidados com sua segurança. No país mexicano circulava a informação de que o guerrilheiro venezuelano Victor Alfonso Zambrano, preso no país, tentaria sequestrar o jogador. Em razão da suposta ameaça, a Seleção Brasileira passou a ser vigiada pela polícia mexicana. Segundo Rivellino, "tinha sempre um carro atrás da gente"; sobre Pelé, afirmou que "ele era praticamente escoltado". No Brasil chegou-se a ser sugerido que um sósia de Pelé acompanhasse a comitiva. Zambrano negou que estivesse planejando sequestrar Pelé, mas afirmou que "estudantes de esquerda realmente tiveram esta ideia". Durante a Copa, os cinco jogadores ofensivos Jairzinho, Pelé, Gérson, Tostão e Rivellino criaram um ataque excepcional, com Pelé tendo o protagonismo no caminho do time até a final. Todos os jogos do Brasil no torneio (exceto a final) foram disputados em Guadalajara e, na primeira partida contra a Tchecoslováquia, Pelé ajudou o Brasil na vitória por 2–1, dando assistência ao gol de Gérson e depois marcando. Ao marcar contra a Tchecoslováquia, Pelé se tornou o único jogador, ao lado do alemão Uwe Seeler, a marcar gols em quatro edições consecutivas de Copas do Mundo (1958, 1962, 1966 e 1970). Décadas mais tarde, Miroslav Klose, Cristiano Ronaldo e Lionel Messi se juntariam ao seleto grupo. Ainda na partida contra a Tchecoslováquia, Pelé tentou encobrir o goleiro Ivo Viktor com um chute próximo do meio de campo, perdendo por pouco o gol. Tal lance entrou para a história das Copas como "o gol que Pelé não fez" e até os dias atuais continua sendo frequentemente lembrado pela mídia brasileira. O Brasil venceu a partida por 4–1. O jogo seguinte do Brasil foi cercado de expectativas, já que a equipe iria enfrentar a Inglaterra, então atual campeã mundial. Pela força das seleções, a partida chegou a ser apelidada de "real final" do torneio. No primeiro tempo, Jairzinho foi lançado em velocidade e cruzou a bola para Pelé, que próximo do gol, cabeceou a bola mirando o chão. Certo que seu cabeceamento resultaria em gol, Pelé gritou "gol!" logo após cabecear; o goleiro inglês, Gordon Banks, contudo, mergulhou de uma trave à outra e conseguiu tocar na bola, desviando-a do gol. A defesa, pela sua dificuldade e plasticidade, ficou conhecida como "Defesa do Século", e é frequentemente apontada como a maior defesa da história do futebol. No segundo tempo da partida, Pelé dominou um cruzamento de Tostão antes de passar a bola para Jairzinho, que marcou o único gol. Contra a Romênia, Pelé marcou dois gols, com o Brasil vencendo por um placar final de 3–2. Nas quartas de final contra o Peru, o Brasil venceu por 4–2, com ele dando o passe para Tostão no terceiro gol. Na semifinal, o Brasil enfrentou o Uruguai pela primeira vez desde a final da Copa do Mundo FIFA de 1950. Jairzinho colocou o Brasil na frente fazendo dois gols e Pelé deu o passe para Rivellino fazer o terceiro na vitória por 3–1. Durante essa partida, ele fez uma de suas jogadas mais famosas. Tostão passou a bola para Pelé e o goleiro do Uruguai, Ladislao Mazurkiewicz, tomou conhecimento e saiu da linha para tentar pegar a bola antes dela chegar ao atacante brasileiro. No entanto, Pelé chegou primeiro e enganou Mazurkiewicz com uma um drible de corpo, não tocando na bola e deixando-a rolar a esquerda do goleiro, enquanto ele foi para a direita. Ele então correu ao redor do arqueiro para recuperar a bola e chutou para o gol, errando por pouco. O lance é considerado como um dos mais bonitos e lembrados da história da Copa do Mundo. O jogo também ficou famoso pela cotovelada de Pelé no uruguaio Dagoberto Fontes, que chegou a cambalear com a pancada. O árbitro, contudo, marcou falta do uruguaio. Segundo Fontes, a cotovelada fora um revide de Pelé, já que em lance anterior ele pisara na perna do brasileiro. Para o uruguaio, ter levado uma cotovelada de Pelé, "o melhor jogador do mundo", em suas palavras, fora motivo de orgulho. O Brasil jogou contra a Itália na final no Estádio Azteca na Cidade do México. Pelé marcou o primeiro gol com um cabeceamento depois de ultrapassar o zagueiro italiano Tarcisio Burgnich. Após o centésimo gol do Brasil em Copas, o salto de alegria de Pelé nos braços do companheiro de equipe Jairzinho ao comemorar o gol é considerado um dos momentos mais emblemáticos da história da Copa do Mundo. Ele deu assistência ao terceiro gol, marcado por Jairzinho, e ao quarto de Carlos Alberto. O último gol do jogo é frequentemente considerado o melhor de todos dessa equipe, pois apenas dois jogadores não participaram dele. A jogada culminou em Pelé fazendo um passe às cegas que seguiu a trajetória de corrida de Carlos Alberto. Ele veio correndo por trás e chutou a bola para marcar. O Brasil venceu a partida por 4–1, mantendo a Taça Jules Rimet indefinidamente, e Pelé recebeu a Bola de Ouro como jogador do torneio. Burgnich, que marcou Pelé durante a final, foi citado dizendo: "Eu disse a mim mesmo antes do jogo: 'ele é feito de pele e ossos como todo mundo' — mas eu estava errado". Após o apito final, o zagueiro italiano Roberto Rosato correu em direção a Pelé, para lhe pedir a camisa. Segundo a esposa de Rosato, o jogador tinha como sonho ter a camisa do brasileiro, e teve que disputá-la com a multidão que invadiu o campo. Em 2002, a camisa foi leiloada por 157 750 libras. Despedida da Seleção Pelé decidiu se aposentar da Seleção Brasileira em 1971. Sua despedida ocorreu em dois jogos — um em São Paulo, no Morumbi, e outro no Rio de Janeiro, no Maracanã. A primeira partida se deu no Morumbi, contra a Áustria, em 11 de julho. A partida terminou empatada em 1–1, com o gol brasileiro marcado por Pelé — seu último gol vestindo a camisa brasileira. Pelé atuou apenas no primeiro tempo, e no intervalo deu uma volta olímpica no estádio com uma coroa na cabeça, aos gritos de "Pelé, Pelé" dos torcedores. O público foi estimado em mais de 110 mil pessoas. Sua última partida foi em 18 de julho de 1971 contra a Iugoslávia, no Maracanã. Como ocorrera em São Paulo, Pelé atuou apenas no primeiro tempo, e deu a volta olímpica no intervalo da partida. Enquanto corria pelo estádio, o público gritava "Fica Pelé!". Um avião sobrevoou o estádio, com uma faixa com os dizeres "Viva o Rei". Sua última atuação pela seleção teve público de 138 575 torcedores. Com Pelé em campo, a equipe brasileira conseguiu 84 vitórias, 15 empates e 14 derrotas. A camisa da última partida oficial de Pelé foi leiloada em 2019 por 30 mil euros (cerca de 137 500 reais). Como Pelé continuou atuando profissionalmente pelo Santos, se especulou uma possível volta do jogador para a disputa da Copa do Mundo FIFA de 1974. Pelé, no entanto, rechaçou uma volta, afirmando que seria melhor se aposentar naquele momento, "quando todo mundo quer que eu fique", do que se aposentar posteriormente, "quando todos acharem que está na hora". Pelé ainda atuaria mais duas vezes com a camisa da seleção, em partidas não oficiais: uma em 1976, em amistoso contra o Flamengo, que teve sua renda revertida aos familiares de Geraldo Cleofas, meia do clube carioca que havia falecido no mesmo ano, e em 1990, em um amistoso contra o "Resto do Mundo", que marcou a comemoração do seu cinquentenário. Estilo de jogo Pelé também é conhecido por conectar a frase "jogo bonito" com o futebol. Um artilheiro prolífico, ele era conhecido por sua capacidade de antecipar adversários na área e acabar com chances com um tiro preciso e poderoso com o pé. Pelé também era um jogador de muito treinamento e um atacante completo, com visão e inteligência excepcionais, reconhecido por seu passe preciso e capacidade de se unir aos colegas de equipe e dar assistência. Em seu início de carreira, ele jogou em uma variedade de posições de ataque. Embora ele geralmente trabalhasse dentro da grande área como um segundo atacante ou centroavante, sua ampla gama de habilidades também lhe permitia jogar em um papel mais retraído, como atacante interno ou segundo atacante, ou fora de campo. Em sua carreira posterior, ele assumiu um papel mais profundo como playmaker atrás dos atacantes, muitas vezes atuando como meia-atacante. O estilo de jogo único de Pelé combinava velocidade, criatividade e habilidade técnica com força física, resistência e capacidade atlética. Sua excelente técnica, equilíbrio, talento, agilidade e habilidades de drible permitiram que ele vencesse adversários com a bola, e frequentemente o via usando mudanças súbitas de direção e fintas elaboradas para passar por jogadores, como seu movimento de marca registrada, o "drible da vaca". Outro de seus movimentos de assinatura foi a "paradinha". Apesar de sua estatura relativamente pequena (1,73 m) ele se destacou no ar, devido à sua precisão de rumo, tempo e altitude. Reconhecido por seus chutes, ele também foi um cobrador de faltas e pênalti, embora muitas vezes ele se abstivesse de fazer pênaltis, afirmando acreditar ser uma maneira covarde de marcar. Pelé também era conhecido por ser um jogador justo e altamente influente, que se destacou por sua liderança carismática e esportividade em campo. Seu caloroso abraço com Bobby Moore após o jogo contra a Inglaterra na Copa do Mundo de 1970 é visto como a personificação do espírito esportivo, com o The New York Times afirmando a imagem "Capturou o respeito que dois grandes jogadores tiveram um pelo outro. Como eles trocaram camisas, toques e olhares, o espírito esportivo entre eles é tudo na imagem. Nada de regozijo, nenhum bombardeio de Pelé. Nenhum desespero, nenhum derrotismo de Bobby Moore". Segundo seu companheiro de seleção Rivellino, "era impressionante a energia positiva [de Pelé]". Pelé também ganhou a reputação de ser um jogador decisivo para suas equipes, devido a sua tendência de marcar gols cruciais em partidas importantes. Vida pessoal Vida acadêmica e relacionamento com outros esportes Em 1970, Pelé ingressou na Faculdade de Educação Física da Universidade Metropolitana de Santos para estudar o recém criado curso de licenciatura em educação física, o concluindo quatro anos depois. Seu diploma, recebido oficialmente em 10 de janeiro de 1974, encontra-se no Memorial das Conquistas, em Santos. Durante o curso, Pelé se destacou em outros esportes, principalmente o vôlei e o basquete. Em 2013, Pelé recebeu um registro profissional do Conselho Regional de Educação Física de São Paulo, e em agosto de 2018 recebeu da instituição o título de doutor honoris causa. Em 1982, aos 41 anos, Pelé competiu no salto em distância no World Sports Masters, um evento beneficente realizado na Suécia. Ele saltou 4,91 metros, e ficou longe da primeira colocação. Relacionamentos e filhos Em sua primeira biografia, Eu Sou Pelé (1961), Pelé afirmou que iria "morrer solteiro"; segundo ele, por não saber se as mulheres gostavam "de mim, como o homem que sou, ou se querem apenas o Pelé". Sua previsão, contudo, não se concretizou: em 21 de fevereiro de 1966 Pelé se casou com Rosemeri dos Reis Cholbi. Em sua lua de mel, Pelé foi recebido pelo Papa Paulo VI, em audiência na Biblioteca Apostólica Vaticana, em local tradicionalmente reservado a encontros com estadistas. Pelé e Rosemeri tiveram três filhos: Kelly Cristina (1967), Jennifer (1978) e o também jogador Edinho (1970). O casal se separou em 1980. Entre 1981 e 1986 namorou a apresentadora Xuxa, que na época ainda era modelo. Em 1990 começou a namorar a cantora Assíria Nascimento, com quem se casou em 1994 e teve gêmeos, Joshua e Celeste (1996). O casal se divorciou em 2008. Em 2010 começou a namorar a empresária Marcia Aoki, se casando em 2016. Além disso, Pelé teve duas filhas fora do casamento. Sandra Regina Machado (1964–2006) foi fruto de uma traição com a empregada doméstica Anisia Machado, da época em que ainda namorava Rosemeri, que se tornaria sua primeira esposa. O jogador nunca quis conhecê-la e, após anos lutando nos tribunais, Sandra conseguiu ser reconhecida como filha através do teste de DNA em 1996. Mesmo legalmente reconhecida, Pelé não quis contato com Sandra, que morreu em 2006 vitima de um câncer sem conseguir apoio do jogador para o tratamento. A postura de Pelé lhe rendeu muitas críticas. Já Flávia Kurtz (1970) foi fruto de outro caso extraconjugal com a jornalista Lenita Kurtz, a qual também conseguiu reconhecimento nos tribunais. Segundo Pelé, Rosemeri tinha conhecimento de seus relacionamentos extraconjugais. Política Ao longo de sua carreira — ocorrida em sua maior parte durante a ditadura militar brasileira — Pelé evitou posicionar-se politicamente, o que lhe rendeu críticas. Afirma o jornalista esportivo Paulo César Vasconcellos que "nesse momento da história [ditadura militar] isso [ausência de posicionamento político] vai pesar muito contra ele [Pelé]". Já o ex-companheiro de Seleção Paulo Cezar Caju afirma que Pelé tinha "o comportamento do negro sim senhor", segundo ele característico do "negro submisso, que aceita tudo, que não contesta, que não critica, que não julga". Como a ditadura militar utilizava a imagem da Seleção Brasileira como propaganda do regime, Pelé já foi acusado de ter servido como "garoto-propaganda" da ditadura. Pelé nega o rótulo; segundo ele, sua posição como jogador impedia-o de fazer concessões. Sobre sua suposta proximidade com os Presidentes do regime militar, afirmou que "cumprimentar um presidente era um gesto pessoal. Não significava apoiar a ditadura". Para o historiador Fernando Luiz Vale Castro, o Pelé como "produto de marketing" exigia "a necessidade de certas omissões por conta dessa posição que ocupava". Opinião semelhante é compartilhada pelo jornalista Juca Kfouri, que afirma que Pelé "sendo quem ele era, não poderia afinal voltar as costas ao Presidente da República". Logo após a Copa do Mundo de 1970, Pelé atuou como representante do governo militar no México na inauguração da Plaza Brasil (hoje Guadalajara Plaza), em Guadalajara, criada em homenagem ao time brasileiro. Em carta endereçada ao Presidente Emílio Garrastazu Médici, Pelé agradece a "honra em representar V. Exa." e de representar "esse ilustre Governo", afirmando que a viagem "se constituiu numa das mais marcantes experiências de minha vida". Pelo caráter oficial da viagem, Pelé e sua esposa Rose receberam passaportes diplomáticos, e tiveram suas despesas pagas pelo governo brasileiro. Dias antes dessa viagem, Pelé visitou o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) de São Paulo, responsável pelos interrogatórios e ações de combate do regime militar. Pelé visitou o diretor-geral do órgão, e lá contou que em jogos realizados no México e Colômbia fora "assediado por comunistas", para que assinasse "manifestos contra o governo brasileiro". Segundo Pelé, ele não concordou "por ser contrário ao comunismo". Pelé ainda se prontificou a fazer pronunciamentos afirmando ser contrário ao comunismo, se o governo julgasse conveniente. Na ocasião, alguns presos do DOPS tentaram com que Pelé assinasse um manifesto pedindo a libertação de presos políticos; Pelé alegou que "nem sequer tomara conhecimento do referido documento". Apesar dos acenos ao regime militar, Pelé foi por este investigado entre 1972 e 1985. Documentos tornados públicos do Ministério da Aeronáutica e do Serviço Nacional de Informações (SNI) revelaram que os militares investigaram seus negócios imobiliários e a suposta militância de um dos seus funcionários. Os documentos indicam que, no início da década de 80, o governo militar temia que Pelé adentrasse na vida política, sobretudo em uma aproximação com o Partido Democrático Trabalhista (PDT) de Leonel Brizola. A decisão de Pelé de se aposentar da Seleção Brasileira em 1971, mas continuar jogando pelo Santos, não agradou ao regime militar. Dias antes de sua aposentadoria, o jornal O Estado de S. Paulo noticiou que "alguns setores do governo consideram a sua saída da seleção um ato de indisciplina esportiva". Em 1972, o Presidente Médici tentou convencer Pelé de voltar atrás em sua aposentadoria, o que foi recusado pelo jogador. A insistente recusa de Pelé em voltar a atuar pela seleção nacional levou parte da opinião pública a retratar Pelé como alguém ganancioso, que havia trocado a seleção para ganhar dinheiro. Já para o antropólogo José Paulo Florenzano, a recusa de Pelé levou à ditadura militar e a CBD a jogar a opinião pública contra o jogador. No início de 1974, Pelé reclamou que sua aposentadoria da seleção estaria sendo usada para "jogar a opinião pública contra a minha pessoa". Dois meses depois, Pelé foi visitado por dois ministros do governo, e mais uma vez reafirmou a decisão de seguir aposentado. Décadas mais tarde, ao comentar sua recusa em participar da Copa do Mundo de 1974, Pelé afirmou que sua recusa em voltar a jogar pela seleção se deu como uma forma de boicote contra a ditadura militar, que estava "prejudicando demais o povo", em suas próprias palavras. Em 1976, Pelé estava em uma viagem patrocinada pela Pepsi em Lagos, na Nigéria, quando ocorreu a tentativa de golpe militar daquele ano. Ele ficou preso em um hotel junto com Arthur Ashe e outros tenistas, que estavam participando do torneio interrompido no WCT de Lagos. Pelé e sua equipe acabaram deixando o hotel para ficar na residência do embaixador do Brasil, pois não podiam deixar o país por alguns dias. Mais tarde, o aeroporto foi aberto e ele deixou o país disfarçado de piloto. Em 1984, Pelé apoiou o movimento Diretas Já. Inicialmente, o ex-atleta apareceu na televisão com uma réplica da Taça Jules Rimet, declarando apoio ao movimento. Segundo Pelé, a Taça Jules Rimet representaria a "outra Copa" que o Brasil deveria ganhar — as eleições diretas. Dias depois, enquanto filmava o filme "Pedro Mico", Pelé foi abordado pelo fotógrafo da revista Placar, Ronaldo Kotscho, que tentou convencê-lo a vestir uma camisa da Seleção Brasileira com os dizeres "Diretas Já!". Segundo Kotscho, Pelé recusou a proposta; Kotscho então exibiu a camisa para as pessoas no set de filmagem, acabando por convencer o atleta a vesti-la. A foto de Pelé com a camisa foi estampada na capa da revista; sobre a foto, Pelé posteriormente afirmou que o ato foi um "gol de placa", e que "ajudou o povo brasileiro no caminho pela liberdade". Em 1995, o presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso o nomeou para o cargo de Ministro do Esporte. Durante esse período, ele propôs uma legislação para reduzir a corrupção no futebol brasileiro, que ficou conhecida como "Lei Pelé". Ele deixou o cargo em 2001 depois de ser acusado de envolvimento em um escândalo de corrupção que roubou 700 mil dólares da UNICEF. Foi alegado que o dinheiro dado à empresa de Pelé para uma partida beneficente não foi devolvido após o cancelamento, apesar de nada ter sido provado e ter sido negado pela UNICEF. Enquanto era ministro extraordinário do Esporte, recebeu militantes do Movimento Marcha contra o Racismo perto dos 300 anos da morte de Zumbi dos Palmares em 1995 e defendeu a eleição de políticos negros para o Congresso Nacional diante dos problemas da desigualdade racial no Brasil e da sensação de descrédito da população com políticos envolvidos em escândalos à época. Em reação às declarações feitas, o então presidente da Câmara dos Deputados Luís Eduardo Magalhães (filiado ao Partido da Frente Liberal e deputado federal pela Bahia) prometeu "fazer uma guerra". Décadas depois, em 2020, o rapper e compositor Emicida relembrou tal passagem, ao lado de outras, para criticar a forma como a imprensa caracterizou Pelé como "alienado", quando teria se posicionado como uma pessoa negra "vencedora" ("o Rei") justamente em um país marcado pelo racismo. Em junho de 2013, ele foi criticado pelo público por suas opiniões conservadoras. Durante os protestos de 2013 no Brasil, Pelé pediu que as pessoas "esquecessem as manifestações" e apoiassem a Seleção Brasileira. Pelé alega que sua crítica não fora direcionada aos protestos, mas sim uma defesa dos jogadores da Seleção Brasileira, que segundo ele, "não têm culpa de que tenhamos políticos corruptos". Filantropia e atividade empresarial Em 1994, Pelé foi nomeado Embaixador da Boa Vontade da UNESCO. A área mais notável da vida de Pelé desde o fim de sua carreira no futebol é o seu trabalho como embaixador. Em 1992, ele foi nomeado embaixador da ONU de ecologia e meio ambiente. Além disso, Pelé apoiou várias causas de caridade, como Action for Brazil's Children, Gols Pela Vida, Aldeias Infantis SOS, The Littlest Lamb, Prince's Rainforests Project e muito mais. Em 12 de agosto de 2012, Pelé participou da cúpula olímpica da fome de 2012, organizada pelo primeiro-ministro britânico David Cameron em 10 Downing Street, Londres, parte de uma série de esforços internacionais que tentaram responder ao retorno da fome como um grande problema global. Em 2016, Pelé leiloou mais de 1,6 mil itens de uma coleção que acumulou ao longo de décadas e arrecadou 3,6 milhões de libras para caridade. Em 2018, Pelé fundou sua própria organização de caridade, a Fundação Pelé, que se esforça para capacitar crianças carentes e desprivilegiadas de todo o mundo. Em 1993, ele acusou publicamente o presidente da CBF Ricardo Teixeira de corrupção, depois que a companhia de televisão de Pelé foi rejeitada em uma disputa pelos direitos domésticos do Brasil à Copa do Mundo de 1994. As acusações levaram a uma disputa de oito anos entre os dois. Como consequência do caso, o presidente da FIFA João Havelange, proibiu Pelé do sorteio da Copa do Mundo da FIFA de 1994 em Las Vegas. Considerou-se que as críticas à proibição afetaram negativamente as chances de Havelange se reeleger como presidente da FIFA em 1994. Pelé foi olheiro para o Fulham Football Club, clube da Premier League, em 2002. Saúde e morte Em 1977, a imprensa brasileira informou que Pelé teve seu rim direito removido. Em novembro de 2012, passou por uma operação no quadril. Entretanto, em 2016, afirmou que houve um erro médico nesta cirurgia, o que levou à necessidade de outra cirurgia corretiva em 2015. Por conta da nova cirurgia, em dezembro de 2017, ele apareceu em uma cadeira de rodas no sorteio da Copa do Mundo de 2018 em Moscou, onde foi fotografado com o presidente russo Vladimir Putin e Diego Maradona. Um mês depois, desmaiou de exaustão e foi levado para o hospital. Sua saúde debilitada impediu-o de participar da Copa do Mundo FIFA de 2018, a primeira Copa desde 1958 sem sua presença — seja como jogador, garoto-propaganda do torneio, comentarista ou convidado. Em fevereiro de 2020, seu filho Edinho afirmou que o pai apenas se locomovia com ajuda de um andador e que se sentia deprimido com a situação, evitando aparecer em público. Em agosto de 2021, Pelé foi diagnosticado com câncer no cólon. Em dezembro de 2022, divulgou-se que o tratamento quimioterápico não era responsivo e que foi substituído por um tratamento paliativo. Após um mês internado no Hospital Israelita Albert Einstein, Pelé morreu no dia 29 de dezembro de 2022, às 15h27, vítima de falência múltipla de órgãos em decorrência da progressão do câncer. Na mesma data, o Governo federal do Brasil decretou luto oficial de três dias. Seu corpo foi velado nos dias 2 e 3 de janeiro de 2023 dentro da Vila Belmiro e depois enterrado no Memorial Necrópole Ecumênica. Legado Pelé é um dos jogadores mais elogiados da história e é frequentemente classificado como o melhor jogador de sempre. Entre seus contemporâneos, o astro holandês Johan Cruyff afirmou: "Pelé foi o único jogador de futebol que ultrapassou os limites da lógica". O capitão do Brasil na Copa do Mundo de 1970, Carlos Alberto Torres, opinou: "Seu grande segredo foi a improvisação. Essas coisas que ele fez foram em um momento. Ele tinha uma percepção extraordinária do jogo". Tostão, seu parceiro de ataque na Copa do Mundo de 1970: "Pelé foi o maior — ele foi simplesmente impecável. E fora do campo, ele está sempre sorrindo e otimista. Você nunca o vê mal-humorado. Ele adora ser o Pelé". Seu companheiro de equipe Clodoaldo comentou sobre a adulação que ele testemunhou: "Em alguns países eles queriam tocá-lo, em alguns eles queriam beijá-lo. Em outros, até beijavam o chão em que ele caminhava. Eu achava lindo, lindo". Seu também companheiro de equipe Pepe afirma que "nunca mais vai aparecer nada igual ao Pelé", e que Pelé seria tão completo como atleta que "se quisesse jogar no gol, teria sido o maior goleiro de todos os tempos". Capitão campeão da Copa de 1974 pela Alemanha Ocidental, Franz Beckenbauer comentou, "Pelé é o maior jogador de todos os tempos. Ele reinou supremo por 20 anos. Não há ninguém para comparar com ele". A ex-estrela do Real Madrid e da Hungria, Ferenc Puskás, afirmou: "O maior jogador da história foi Di Stéfano. Recuso-me a classificar Pelé como jogador. Ele estava acima disso". Just Fontaine, atacante francês e artilheiro da Copa do Mundo de 1958: "Quando vi Pelé jogar, senti que deveria pendurar minhas chuteiras". O capitão da Inglaterra, campeão da Copa de 1966, Bobby Moore, comentou: "Pelé foi o jogador mais completo que já vi, ele tinha tudo. Dois pés bons. Magia no ar. Rápido. Poderoso. Poderia derrotar pessoas com habilidade. Poderia superar pessoas. Com apenas um metro e meio de altura, ele parecia um atleta gigante em campo. Equilíbrio perfeito e visão impossível. Ele foi o maior porque ele poderia fazer qualquer coisa e tudo em um campo de futebol. Lembro-me de Saldanha, o técnico, ser perguntado por um jornalista brasileiro quem era o melhor goleiro de sua equipe. Ele disse Pelé. O homem poderia jogar em qualquer posição". Seu companheiro de seleção e também campeão mundial, o goleiro Gordon Banks, declarou: "Ele foi um jogador excepcional, algo especial. Eu joguei contra alguns excelentes jogadores, e ele foi o melhor jogador contra quem já joguei". O ex-atacante do Manchester United e membro da equipe vencedora da Inglaterra na Copa do Mundo de 1966, Bobby Charlton, afirmou: "Eu às vezes sinto que o futebol foi inventado para esse jogador mágico". Durante a Copa do Mundo de 1970, quando o defensor do Manchester United, Paddy Crerand (que fazia parte do painel do ITV) foi convidado: "Como você soletra Pelé?", Ele respondeu: "Fácil: D-E-U-S". Pelé foi muito celebrado pela imprensa internacional durante a Copa do Mundo de 1970: Gerst Borst, da agência Süd, afirmou que "viu o maior jogador de futebol da minha vida"; Vittorio Notarnicola, do Corriere della Sera, que "jamais vi um fenômeno igual"; já para Alan Hoby, do Sunday Express, "temos de admitir que ele é o único Rei". Reconhecimento Desde que se aposentou, Pelé continuou sendo elogiado por jogadores, treinadores, jornalistas e outros. O meia-atacante brasileiro Zico, que representou o Brasil nas Copas do Mundo de 1978, 1982 e 1986, afirmou: "Este debate sobre o jogador do século é absurdo. Só existe uma resposta possível: Pelé. Ele é o melhor jogador de todos os tempos, e de longe, devo acrescentar". O francês Michel Platini, três vezes vencedor do Ballon d'Or, disse: "Há Pelé, o homem, e depois Pelé, o jogador. E jogar como Pelé é jogar como Deus". Jogador conjunto do século da FIFA, Diego Maradona afirmou: "É uma pena que nunca nos demos bem, mas ele era um jogador incrível". Romário, vencedor da Copa do Mundo FIFA de 1994: "É inevitável que eu admire Pelé. Ele é como um Deus para nós". Cristiano Ronaldo, cinco vezes campeão da Ballon d'Or, disse: "Pelé é o melhor jogador da história do futebol, e haverá apenas um Pelé"; José Mourinho, bicampeão da UEFA Champions League comentou: "Eu acho que ele é o futebol. Você tem o especial de verdade — Sr. Pelé". O presidente honorário do Real Madrid e ex-jogador Alfredo Di Stéfano, opinou: "O melhor jogador de todos os tempos? Pelé. Lionel Messi e Cristiano Ronaldo são grandes jogadores com qualidades específicas, mas Pelé foi melhor". Pelé foi muito celebrado por jornalistas, escritores e prosistas brasileiros. Nelson Rodrigues, responsável pela alcunha de "Rei", escreveu diversas crônicas sobre o jogador. Segundo Rodrigues, Pelé era um "gênio indubitável", comparando-o a Michelangelo, Homero e Dante Alighieri. Pelé foi objeto de linhas de importantes escritores brasileiros, como Carlos Drummond de Andrade, Luis Fernando Verissimo, Rachel de Queiroz, Vinicius de Moraes, Fernando Sabino, dentre inúmeros outros. Drummond, em famosa frase, escreveu que "O difícil, o extraordinário, não é fazer mil gols, como Pelé. É fazer um gol como Pelé", comparando ainda seu futebol a uma "comida de arte (…) que atinge o paladar de todos". Já para Luis Fernando Verissímo, "Pelé era bom até amarrando a chuteira". Escritores sul-americanos também eram fãs do jogador; o peruano ganhador do Nobel de Literatura, Mario Vargas Llosa, afirmou em entrevista em 2008 que "não me emocionei tanto com alguém como foi com Pelé", ao descrever a partida do jogador que assistira no Maracanã. Já o uruguaio Eduardo Galeano escreveu sobre Pelé que aqueles que tiveram "a sorte de vê-lo jogar, recebemos dele oferendas de rara beleza: momentos desses tão dignos de imortalidade que a gente pode acreditar que a imortalidade existe". Apresentando a Pelé o Prêmio Laureus do Esporte Mundial, o ex-presidente sul-africano Nelson Mandela disse: "Observá-lo jogar era observar o deleite de uma criança combinado com a extraordinária graça de um homem por inteiro". O político e cientista político estadunidense Henry Kissinger declarou: "O desempenho em um nível alto em qualquer esporte deve exceder a escala humana comum. Mas a performance de Pelé transcendeu a da estrela comum tanto quanto a estrela excede a performance comum". Depois que um repórter perguntou se sua fama era comparada à de Jesus, Pelé brincou: "Há partes do mundo em que Jesus Cristo não é tão conhecido". O artista Andy Warhol afirmou, "Pelé é um dos poucos que contradizem minha teoria: em vez de quinze minutos de fama, ele terá quinze séculos". Barney Ronay, escrevendo ao The Guardian sobre a importância do jogador, comentou, "O que é certo é que Pelé inventou esse jogo, a ideia do estrelato esportivo global individual, de uma forma que agora é irrepetível" e enfatizou seu papel como um dos primeiros grandes ídolos negros mundiais dos esportes. Em 1999, a Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS) elegeu Pelé o Jogador do Século. Nesse mesmo ano, o Comitê Olímpico Internacional o elegeu o atleta do século. Segundo a IFFHS, Pelé é o maior goleador do mundo, marcando 1281 gols em 1363 jogos, incluindo amistosos não oficiais e jogos de turnê. Em 1999, a revista Time nomeou Pelé uma das 100 pessoas mais importantes do século XX. Enquanto ainda jogava, ele foi por um período o atleta mais bem pago no mundo. Seu "jogo eletrizante e a propensão a objetivos espetaculares" fizeram dele uma estrela em todo o mundo. Para tirar o máximo proveito de sua popularidade, suas equipes fizeram turnês internacionais. Durante sua carreira, ele ficou conhecido como "O Pérola Negra", "O Rei do Futebol", "O Rei Pelé" ou simplesmente "O Rei". Em 2014, a cidade de Santos inaugurou o Museu Pelé, que exibe uma coleção de 2,4 mil objetos referentes ao jogador. Aproximadamente 22 milhões de dólares foram investidos na construção do museu, alojado em uma mansão do século XIX. Em 1995, Pelé foi admitido à Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial especial. Em 1997, ele recebeu o título honorário de Cavaleiro do Império Britânico da rainha Isabel II em uma investidura no Palácio de Buckingham. Pelé também ajudou a inaugurar a final da Copa do Mundo FIFA de 2006, ao lado da supermodelo Claudia Schiffer. Em novembro de 2007, Pelé esteve em Sheffield, Inglaterra, para marcar o 150.º aniversário do clube de futebol mais antigo do mundo, Sheffield Football Club. Ele foi o convidado de honra no jogo de aniversário do Sheffield contra a Inter de Milão em Bramall Lane. Como parte de sua visita, ele abriu uma exposição que incluiu a primeira exibição pública em 40 anos das regras originais do futebol manuscritas. Ele fez o sorteio para os grupos de qualificação para as finais da Copa do Mundo FIFA de 2006. Em 1 de agosto de 2010, ele foi apresentado como Presidente Honorário de um New York Cosmos revivido, com o objetivo de formar um time na Major League Soccer. Em agosto de 2011, a ESPN informou que o Santos estava pensando em tirá-lo da aposentadoria para uma participação especial na Copa do Mundo de Clubes da FIFA de 2011, mas isso se provou falso. Em 2009, Pelé apoiou a candidatura do Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos de Verão de 2016. Em julho de 2009, ele liderou a apresentação do Rio 2016 na Associação de Comitês Olímpicos Nacionais da África, em Abuja, na Nigéria. Em 12 de agosto de 2012, ele apareceu na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Verão de 2012 em Londres, após a seção de entrega para a próxima cidade-sede dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016, no Rio de Janeiro. O verbete "pelé" foi incluído no dicionário Michaelis em 26 de abril de 2023, significando "que ou aquele que é fora do comum, que ou quem em virtude de sua qualidade, valor ou superioridade não pode ser igualado a nada ou a ninguém". Popularidade e imagem comercial Durante toda a sua carreira, Pelé gozou de uma imensa popularidade. Essa popularidade pode ser medida pelo número de crianças registradas como "Edson": em 1950, antes de iniciar sua carreira, eram pouco mais de 43 mil crianças batizadas com o nome no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; em 1970 eram mais de 111 mil, crescimento reputado ao jogador. Sua popularidade o levou a ser "garoto-propaganda" de várias marcas famosas, nos mais variados ramos — a única restrição era não associar sua imagem à bebidas alcoólicas e cigarros. Para o historiador Fernando Luiz Vale Castro, "Pelé foi, para a literatura especializada, o primeiro jogador produto. O primeiro que vivia da imagem, não só do futebol". Pelé começou a explorar seu nome como um "produto comercial" na década de 1960, consolidando a marca comercial "Pelé". Após se aposentar, continuou explorando comercialmente seu nome, o que lhe permitiu continuar em evidência mesmo após retirar-se dos campos. Segundo Pelé, com sua ida aos Estados Unidos, para jogar pelo Cosmos, passou a estudar marketing esportivo. José Carlos Kanner, que comprou a marca "Pelé" em 2009, afirmou que ela valeria seiscentos milhões de reais em 2010. Um estudo realizado em 2006 projetou que a marca poderia render negócios da ordem de um bilhão de dólares ao ano. Apesar dos valores, a opinião de especialistas é de que a marca não foi bem trabalhada por muito tempo. Em 2012, ela passou a ser administrada pela "Legends 10", empresa estadunidense. Em 2013, pesquisa internacional sobre popularidade de celebridades apontou Pelé como uma personalidade esportiva mundialmente conhecida, mesmo em países com pouca tradição no futebol. No Brasil, Pelé foi a personalidade esportiva mais reconhecida entre todas da pesquisa. Em 2015, sua imagem estava associada a quinze empresas ou produtos em todo o mundo, número superior à da Seleção Brasileira. Em 2019, estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts apontou Pelé como o brasileiro mais famoso no mundo. Pelé é reputado por muitos como o brasileiro mais famoso de todos os tempos, bem como uma das personalidades mais famosas dos tempos atuais e um dos mais procurados e valorizados "garotos-propaganda" do mundo. Rivalidade com Maradona Apesar de não terem sido contemporâneos em campo, Pelé e Diego Maradona protagonizaram uma forte rivalidade, sobretudo a partir do século XXI, sobre qual dos dois seria o melhor jogador da história. A rivalidade entre os dois é considerada como uma das maiores do futebol. No início de sua carreira, Maradona era fã de Pelé: em 1979, quando tinha dezoito anos e ainda era considerado uma promessa, se reuniu com o brasileiro, após revelar a um jornalista da revista argentina El Gráfico seu desejo de conhecer Pelé. Segundo o jornalista, Guillermo Blanco, um dos sonhos de Maradona era conhecer Pelé. A revista promoveu o encontro, estampando em sua manchete "Maradona realizou seu sonho". Naquela época, Maradona afirmava que procurava imitar Pelé, declarando que ele era o melhor de todos os tempos. Em 1982, após ter atuado em sua primeira Copa do Mundo e ter trocado o Boca Juniors pelo Barcelona, Maradona passou a ser comparado a Pelé, bem como apontado como possível "sucessor" do brasileiro. Ainda naquela época, Maradona rejeitava as comparações, afirmando que Pelé era insuperável, e que fora o maior jogador que vira jogar. As constantes comparações irritaram Pelé, que em 1986 afirmou que elas não faziam sentido, já que Maradona não era ambidestro como ele, tampouco fazia gols de cabeça. As críticas de Pelé azedaram as relações entre ambos, e Maradona passou a criticar a proximidade de Pelé com a FIFA, afirmando que esse "vendeu o coração à FIFA e à cartolagem". Pelé, por sua vez, criticava a dependência química de Maradona, rotulando-o como "mau exemplo". Apesar das trocas de acusações entre os jogadores, a imprensa argentina considerava Pelé como o maior jogador de todos os tempos. Em 1990, quando Pelé foi contratado para ser colunista do jornal Diario Clarín, foi apresentado como "aquele que foi o melhor da história do futebol". Segundo Ronaldo George Helal, sociólogo que estudou a cobertura da imprensa portenha das Copas do Mundo de 1970 a 2006, a rivalidade entre ambos não existia até o final da década de 1990, com a imprensa argentina considerando Pelé como o maior de todos os tempos e Maradona seu "herdeiro". Títulos e recordes Estatísticas O número de gols de Pelé é frequentemente relatado pela FIFA como sendo 1281 gols em 1363 jogos. Este número inclui gols marcados em amistosos de clubes, como as turnês internacionais que Pelé completou com o Santos e o New York Cosmos, e alguns jogos que disputou para as equipes das Forças Armadas Brasileiras enquanto ainda jogava no Brasil. Ele foi incluso no Guinness World Records por mais gols marcados no futebol. Nas estatísticas oficiais, a temporada em que Pelé mais balançou as redes pelo Santos foi o ano de 1958, quando anotou 66 gols. O alemão Gerd Müller quebrou seu recorde na temporada 1972/1973, por apenas um gol, pelo Bayern de Munique; o recorde atual de mais gols em uma única temporada por uma única equipe pertence ao argentino Lionel Messi, que marcou 72 vezes na temporada 2011/2012, pelo FC Barcelona. Além disso, de acordo com jornal espanhol As, Pelé aparece na segunda posição entre os jogadores com mais gols em cobranças de falta a partir de um chute direto (ou seja, o gol precisa ter saído de um chute direto, sem que outro jogador tocasse na bola antes ou depois da cobrança), com setenta gols marcados desta forma. Sumário Os números de Pelé diferem entre as fontes principalmente devido a jogos amigáveis. A tabela a seguir é um sumário de fontes que inclui dados dos sites oficiais do Santos e da FIFA, entre outros. Bibliografia Ligações externas !Mais Teoria da História na Wiki (Wikiconcurso de edição)
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São João de Negrilhos é uma freguesia portuguesa do município de Aljustrel, na região do Alentejo, com 77,02 km² de área e 1 482 habitantes (2011). A sua densidade populacional é de 19,2 hab/km². Descrição Na freguesia existem duas aldeias, Jungeiros e Montes Velhos, sendo esta última composta pelos agregados da Aldeia Nova e Aldeia Velha. A economia está centrada na agricultura, principalmente culturas arvenses de sequeiro, e regadio de tomate, milho, girassol, pimento, espargos e morangos. Conta igualmente com produção pecuária, de ovinos, caprinos e bovinos. História A referência mais antiga conhecida à povoação é um censo populacional de 1532, sendo então denominada de Aldeia de Negrilhos. Neste documento é descrita como estando situada a poente da vila de Aljustrel, a uma distância de légua e meia. A Igreja Paroquial foi construída no século XVI, sendo provavelmente também deste período a Ermida de Santa Margarida. A freguesia foi descrita nas memórias paroquiais de 1758, transcritas pelo padre João Rodrigues Lobato na sua obra Aljustrel Monografia, publicada em 1983: «A freguesia de São João de Negrilhos fica na província do Alentejo, Arcebispado de Évora, comarca da vila de Ourique, e termo da vila de Aljuster. [sic] E pertence ao Ducado de Aveiro. E tem setenta vizinhos, ou fogos, e duzentos e trinta pessoas maiores, e menores oitenta. Está situada em uma campina, junto de um rio chamado do Roxo, e distante do mesmo mil passos, em um alto, e deste se descobrem a vila de Aljuster que dista uma légua e a vila de Messejana que dista duas léguas. Não tem termo e é sujeita à vila de Aljuster e compreende duas chamadas aldeia, uma se chama aldeia dos Jungeiros, e tem dezoito vizinhos e outra aldeia de Montes Velhos e tem onde vizinhos, e tudo o mais são herdades, e compreende o número supra. Está situada [a igreja] no meio da freguesia e não tem mais moradores que as casas do Pároco, e Sacristão, e distante mil passos uma herdade chamada das Fontainhas [posteriormente denominada de São João]». Descrevem-se depois os santuários existentes na freguesia, e os estragos provocados pelo Sismo de 1755: «O seu Orago é São João de Negrilhos, e acho notícia ser antigamente, Sam Joam de Los Grilhos [Joannes in vinculis - São João na prisão]. A igreja tinha três altares, e o altar Mor é de Nossa Senhora do Rosário, e das Almas; não tinha nave nem tem irmandade alguma e tem a Imagem de São Pedro e São Sebastião. O Pároco é Capelão Curado, e é da Ordem de Sant'Iago, e tem de renda dez quarteiros de trigo, e oito quarteiros de cevada, e dez mil réis em dinheiro, tudo pago pela comenda da vila de Aljuster. E tem uma ermida de Santa Margarida, e está situada um quarto de légua distante da igreja paroquial; e em o dia da santa que é aos vinte de Julho acodia muita gente; mas no século presente é menos o concurso. Os frutos da terra em maior abundância é trigo, centeio e cevada. Serve-se do correio da vila de Messejana, que dista duas láguas. E está sujeita às justiças da vila de Aljuster, que dista uma légua. Dista da cidade de Évora, capital do Arcebispado doze léguas; e de Lisboa, capital do reino dezassete por terra e três por mar. E no terramoto de 1755, padeceu grande ruína a Igreja Paroquial por que caiu «à fundamentis» [até aos alicerces] e ainda está no mesmo estado, os ofícios divinos se celebram em uma casa junto à igreja por licença do Ex.mo Arcebispo de Évora; a igreja de Santa Margarida também ficou arruinada e não houve mais ruína considerável». Finalmente, faz-se um retrato geográfico da freguesia, e da sua fauna: «Não tem serra, mas está situada no meio de duas charnecas, uma chamada das Naves, e tem distância de duas léguas de comprido e légua e meia de largura e toda inclusa, e a outra se chama dos Fornos da Cal, ou dos Nabos, com o mesmo comprimento e largura e tem toda a qualidade de matos. E há abundância de de caça; coelhos, lebres e perdizes e também lobos, e raposas, e alguns porcos montezes. O seu temperamento é cálido e húmido. Tem um rio chamado do Roxo, tem a sua origem junto da cidade de Beja. [...] Tem sete léguas e passa pela freguesia de Santa Vitória, e Ervidel, ambas termo da cidade de Beja; e por esta de São João, e de Nossa Senhora do Roxo e dos Barros, que é donde acaba». População Património Ermida de Santa Margarida Igreja Paroquial de São João de Negrilhos Bibliografia
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Charneca de Caparica é uma vila portuguesa do concelho de Almada, tendo sido sede da extinta freguesia portuguesa com o mesmo nome, com 23,14 km² de área e correspondendo a cerca de 35% da área do município de Almada. Segundo os Censos 2011, possui uma população residente de 29 763 habitantes, o que representa um aumento de cerca de 46% em relação ao Censos 2001. Foi destacada da freguesia da Caparica em 4 de Outubro de 1985 (Lei nº 125/85) e elevada à categoria de vila em 2 de Julho de 1993 (Lei nº 35/93). O seu território integra hoje a União de freguesias de Charneca de Caparica e Sobreda. População Criada pela Lei n.º 125/85, de 4 de Outubro, com lugares da freguesia da Caparica Média do País no censo de 2001: 0/14 Anos-16,0%; 15/24 Anos-14,3%; 25/64 Anos-53,4%; 65 e mais Anos-16,4% Média do País no censo de 2011: 0/14 Anos-14,9%; 15/24 Anos-10,9%; 25/64 Anos-55,2%; 65 e mais Anos-19,0% Localidades Fazem parte da freguesia da Charneca de Caparica as seguintes localidades: Aroeira Marisol Vale Bem Pinheirinho Quintinhas Marco Cabaço Vale Cavala Casal do Poço Lagoa Vale do Rosal Vale Fetal Quinta Nova Quinta do Texugo Palhais Botequim Barriga Regateira Quinta da Morgadinha Sinopse histórica Além de referências dispersas à ocupação humana em “terras de Charneca”, de um modo geral relacionadas com as situações de pastoreio e caça grossa nos prados e nos matos que constituíam a principal cobertura vegetal do território, e à incursão dos visigodos, romanos e árabes na procura do ouro lá para os lados da Lagoa, onde depois laboraram as minas da Adiça, a referência documental mais segura diz respeito ao Convento de Nossa Senhora da Rosa. Este convento que teve inicialmente a designação de Convento da Cela-Velha foi fundado em 1410 por Mendo Gomes de Seabra em terrenos doados por D. João I para que nele fundasse um convento que albergaria eremitas religiosos de São Paulo. Toma posteriormente o nome de Convento de Nossa Senhora da Rosa devido a uma santa imagem que terá chegado intacta às imediações do convento, vinda desde o mar pelo esteiro acima num dia de forte tempestade. Cerca de 1559 os padres da Companhia de Jesus do Colégio de Santo Antão, de Lisboa, adquirem a D. Margarida Landim de Maia, viúva de Pedro Barriga que fora guarda-mor da Casa da Moeda, terras de mato num local designado “Pico do Cardo”, no limite da freguesia de Caparica, terrenos que foram ampliados pela doação de Afonso Botelho. Aí constroem uma casa ampla que juntamente com alguns casebres já existentes vão utilizar como lugar de repouso e de convalescença para os padres professores do Colégio de Santo Antão. Decorre o ano de 1570. Para evitar os perigos da peste que grassa em Lisboa para esta Quinta, mais tarde designada Quinta de Vale do Rosal, vem o Padre Inácio de Azevedo (actualmente beatificado pela Igreja Católica) com um esquadrão de noviços fazerem a sua preparação física e espiritual para seguirem os caminhos da evangelização do Brasil. Após cinco meses de estadia nesta Quinta partem para o Brasil, mas quando chegam às imediações das Ilhas Canárias são atacados por corsários calvinistas e martirizados. Ficaram recordados para a posteridade como os “Quarenta Mártires do Brasil”. A partir do ano de 1570 de tantos sucessos, ou até um pouco antes, a partir de finais de 1569, Fernão Mendes Pinto terá vindo passar longos períodos de tempo na Quinta de Vale de Rosal, na Charneca de Caparica, isolando-se das suas muitas actividades que desempenhava em Almada, onde escreve de memória a sua obra máxima “Peregrinação”. No último quartel de século XVIII muitos nobres e senhores endinheirados deixam Lisboa devido às epidemias e pestes agravadas pelas consequências do Terramoto de 1755, procurando ares lavados e puros para construírem as suas quintas. Muitas dessas quintas são construídas em terras da Charneca. Quinta de Monserrate, Quinta da Regateira e Quinta de Cima entre outras. Património natural Mata Nacional dos Medos Na extrema sul do Município de Almada, em Charneca de Caparica, situa-se o verdadeiro pulmão de toda a região - a Mata Nacional dos Medos (Reserva Botânica da Mata Nacional dos Medos), integrada no Pinhal do Rei que faz parte da Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica. Património construído Quinta de Vale do Rosal A sua origem data de 1559 quando os padres da Companhia de Jesus do Colégio de Santo Antão constroem uma casa ampla e utilizam outros casebres já existentes em terras de Charneca de Caparica. A esta granja e casas é dado o nome de Quinta de Vale do Rosal destinada para convalescença dos seus doentes e para retiro espiritual Em 1570 e durante cerca de cinco meses instalam-se nesta Quinta o Padre Inácio de Azevedo (actualmente beatificado pela Igreja Católica) com um esquadrão de noviços que aqui vêm fazer a sua preparação física e espiritual para depois seguirem os caminhos da evangelização do Brasil. Na viagem são atacados por corsários calvinistas sendo martirizados e mortos todos os religiosos que nela seguiam, a 15 de Julho de 1570. A partir do ano de 1570, Fernão Mendes Pinto terá vindo passar longos períodos de tempo na Quinta de Vale de Rosal, na Charneca de Caparica, onde escreve de memória a sua obra máxima “Peregrinação”, obra que termina em 1578. Cerca do ano de 1659, é levantado, por iniciativa do Padre Procurador-Geral do Brasil, um cruzeiro numa brenha da Quinta de Vale de Rosal, no local onde outrora existira uma cruz tosca de madeira. Quando a 4 de Outubro de 1910 é declarada a Implantação da República na vila de Almada a propriedade da Quinta de Vale de Rosal é assaltada tendo sido incendiada a capela e furtado ou destruído todos os bens a que puderam deitar mão. A 16 de Outubro de 1916 um comerciante de Lisboa, de nome João Carlos, adquiriu a Quinta de Vale de Rosal em hasta pública e desde aí a Quinta de Vale Rosal manteve-se pertença das diversas gerações da família Ramalho Carlos que têm cuidado meticulosamente da sua preservação patrimonial. Quinta da Regateira Foi construída em terrenos abrangidos pelo lençol freático de Vale da Rosa. Pertenceu a Domingos Rosa. Posteriormente foi de Domingos dos Santos e mais tarde de Mr. John (Senhor João, o inglês) que vendeu nos finais de século XIX a Luís Álvaro, estabelecido na Cova da Piedade, sendo actualmente propriedade dos seus herdeiros. Tem adossada à casa principal a Ermida de Bom Jesus, devota ao Senhor do Bonfim e datada de 1746. Quinta de Monserrate Originalmente conhecida por “Quinta do Banha” a que muitos chamam “Palácio do Sola”, por ter pertencido no século XIX a Francisco António Ferreira, conhecido por “Sola”, por herança dos seus avós. Tinha no seu pátio principal uma capela votiva a Nossa Senhora de Monserrate, muito embora fosse também venerada com especial devoção a imagem de S. Luís, Rei de França. A sua construção original data do terceiro quartel do século XVIII, cerca do ano de 1783. A Quinta de Monserrate foi, posteriormente, propriedade do General Manuel António de Araújo Veiga, senhor de grande fortuna com que enriqueceu a Quinta em obras de arte. Encontra-se hoje em dia completamente vandalizada e em precário estado de conservação. Quinta de Cima Foi mandada construir de raiz no século XVIII por Feliciano Velho Oldenberg, nobre de origem austro-húngara, cavaleiro fidalgo da Casa Real e Escrivão da Mesa da Consciência no reinado de D. José I. Tinha uma ermida integrada no edifício principal votiva de São Miguel. Aquando da queda em desgraça do Marquês de Pombal, com a morte de D. José I e a subida ao trono de D. Maria I, depois do ano de 1777, Feliciano Velho Oldenberg terá deixado a Quinta de Cima que ficou ao abandono por um longo período de tempo. A Quinta de Cima foi propriedade de António Febrero Antunes, também conhecido por “António de Évora”, que em 2 de Junho de 1928, com João Baptista Carneiro Zagalo, haviam fundado a “Empresa de Camionetes Piedense”. A Quinta de Cima foi posteriormente vendida ao Conde Friedrich Graf von Merveldt, de nacionalidade alemã, que mandou fazer importantes obras de restauro desde a sua aquisição em 1958 até nela habitar a partir de Julho de 1960. Nunca dispôs esta Quinta de luz eléctrica nem de água canalizada, recorrendo a um gerador a gasóleo próprio e aos poços de água existentes na propriedade. A Quinta de Cima devido à nacionalidade do seu proprietário e à sua grande capacidade empreendedora ficou popularmente conhecida por “Quinta do Alemão”. Encontra-se em muito mau estado de conservação, degradada e abandonada. Outras quintas da Charneca Quinta do Alvarez Quinta dos Silvérios Quinta do Dominguinhos Quinta do Sequeira Quinta do Ti Joaquim Coelho Quinta do Caldeireiro Quinta de São Vicente Quinta do Senhor Enfermeiro Quinta dos Medronheiros Quinta do Relógio Monte da Cruz (Cruzeiro de Vale de Rosal) Foi mandado levantar em 1659 pelo padre Procurador-Geral do Brasil numa brenha da Quinta de Vale do Rosal no local onde outrora existira uma cruz tosca de madeira. Tem por objectivo assinalar às gerações vindouras aqueles que pela sua fé foram martirizados e mortos, os “Quarenta Mártires do Brasil”. Património religioso Capela de Nossa Senhora da Assunção Fica anexa à antiga residência dos padres da Companhia de Jesus, na Quinta de Vale do Rosal. Pertenceu primeiro ao Colégio de Santo Antão e, depois, ao de Campolide, ambos dos mesmos padres. Foi mandada construir com a ajuda de Martim Gonçalves da Câmara, escrivão da puridade de D. Sebastião, e em atenção ao seu irmão padre Luiz Gonçalves que gostava muito desta Quinta. É uma capela de três altares, onde no altar-mor foi colocado um retábulo em madeira representando a Assunção da Virgem Maria, a quem a capela se tornou votiva. Os frontais dos altares feitos em azulejos tinham a data de 1568. Nos dois laterais – à direita o fundador da Ordem, Santo Inácio de Loyola, e à esquerda a viva representação do martírio do Padre Inácio de Azevedo e dos seus companheiros. A capela de Vale do Rosal foi reedificada parcialmente no ano de 1889 e o restante no ano de 1890, à época em que era Superior o reverendíssimo Padre José da Cruz, a quem sucedeu o Padre Joaquim Abreu Campo Santo. O fogo que foi lançado na Quinta aquando da Implantação da República destruiu praticamente a totalidade da capela, que tem vindo a ser reconstruída e recuperada pelos actuais proprietários. Ermida do Bom Jesus (Quinta da Regateira) Encontra-se adossada ao edifício principal da Quinta da Regateira, na Charneca de Caparica. Tem porta para o exterior, para a antiga Estrada Real, o que pressupõe a intenção dos proprietários, pelo menos em determinadas ocasiões, de a abrirem ao povo. Tem a data de 1746 gravada no portal principal que coincide com a que está pintada em azulejos colocados na frontaria da Quinta que pertenceu a Domingos Rosa, depois a Domingos dos Santos e é, actualmente, propriedade dos herdeiros de Luís Álvaro. A ermida é devota ao Senhor do Bonfim. No ano de 1927 a Capela do Bom Jesus, pertencente à Quinta da Regateira e a pedido do seu proprietário Luiz Álvaro e por sentença patriarcal, é erigida a oratório público sob a invocação do Senhor do Bonfim, atendendo a “que a mencionada capela satisfaz às condições exigidas pelos Sagrados Cânones”. Esta sentença é proferida pelo Cardeal D. António I com data de 19 de Outubro de 1927. No ano de 1990 encontrava-se esta capela em avançado estado de degradação os seus proprietários tomaram a decisão de a mandar recuperar tendo os frescos existentes nas paredes e no tecto sido devidamente restaurados. Capela de São José A Capela de São José, situada na rua com o mesmo nome do santo, foi mandada construir pelo Padre António Candal, capelão da Maternidade Alfredo da Costa, em terreno próprio e a expensas suas e de uma subscrição pública. Votiva de São José, foi inaugurada no ano de 1973. Além da imagem do padroeiro, na capela existem ainda as imagens do Imaculado Coração de Maria e do Sagrado Coração de Jesus, laterais ao altar-mor, e uma imagem de Santo António junto a uma escultura da aparição de Nossa Senhora de Fátima aos três pastorinhos. Esta capela está aberta ao culto público aos Sábados e Domingos. Igreja Paroquial da Imaculada Conceição A Igreja Paroquial da Charneca de Caparica é votiva da Imaculada Conceição. Foi realizada a Primeira Missa em 25 de Dezembro de 1960, ainda a construção não estava totalmente terminada. Na sequência dos acontecimentos na Índia, em 19 de Dezembro de 1961, e tendo ficado prisioneiro em Goa o jovem charnequense António Palmeirim, sua mãe prometeu se ele regressasse salvo e escorreito oferecer uma imagem de Nossa Senhora de Fátima para um altar da Igreja da Charneca de Caparica. Quando do regresso a Portugal de António Palmeirim, depois de libertado pelas tropas de Nehru, sua mãe ofereceu à Igreja, conforme havia prometido, uma magnífica imagem talhada em madeira do Brasil. Ermida de São Miguel Está esta ermida adossada no espaço arquitectónico do corpo principal e residencial da Quinta de Cima. Tem porta para o pátio central de mesma. Terá sido muito rica em talha dourada de que ainda existem vestígios, embora em estado de elevada degradação. É votiva de São Miguel. Não existindo já fisicamente recorremos a registos escritos e a recolhas orais para referenciar dois outros templos religiosos que já existiram em Charneca de Caparica. Igreja Conventual de Nossa Senhora da Rosa Fazia parte do Convento de Nossa Senhora da Rosa, pertença dos frades paulistas que se estabeleceram, na Charneca de Caparica. Desta igreja existe apenas pedras que faziam parte do arco transepto, muito danificado, cravado nas paredes laterais de uma piscina que foi construída num loteamento feito nos terrenos onde outrora se situou o Convento. Capela de Nossa Senhora de Monserrate Situada no pátio da Quinta de Monserrate, na Charneca de Caparica. Além da Padroeira, nela se venerava com especial devoção a imagem de São Luís, Rei de França. Na primeira metade do século XIX, pertencia a Francisco António Ferreira, conhecido por "Sola". Embora seja da tradição que a imagem de Nossa Senhora de Monserrate é uma Virgem negra, acontece que a que estava na capela da Quinta de Monserrate era a imagem de uma Virgem branca. Durante muitos anos, antes da construção da Igreja Paroquial da Charneca de Caparica, era dada missa nesta capela com autorização do pároco do Monte de Caparica. Hoje, desta capela, poucos vestígios existem. Património imaterial Os Cabazeiros Foi por certo para fugir à dureza do trabalho dos campos que alguém com mais imaginação e destreza manual se lançou na arte de fazer entrançados cabazes de canas, que as havia muitas nos imensos canaviais da Charneca. Este trabalho de artesão que se realiza no seio de um número reduzido de famílias charnequenses – a dos “Rego”, a dos “Talego” e poucas mais – ganha dimensão significativa e importância no rendimento familiar quando os cabazes começam a ser vendidos para Lisboa, para os laboratórios da indústria farmacêutica que os utilizam como embalagem dos medicamentos para exportação. Cabazeiros da Charneca No Botequim: o Carlos do Rego e o João do Rego Na Quinta da Bica: o Joaquim do Rego Em Palhais: o Rui do Rego, o José Filipe Talego e o Fernando Talego No Casal: o António do Rego e o João Talego Fazem-se cabazes de asas torcidas e de variados formatos, cabazes propriamente ditos e canoas de diversos tamanhos. Os maiores são mandados para Lisboa e os cabazes mais pequenos utilizados para acondicionarem amoras, medronhos, figos e cachos de uva que são vendidos porta-a-porta ou nos mercados da Costa de Caparica, Cova da Piedade e de Cacilhas. O fabrico de cabazes tem à época tamanha importância local que a empresa “Camionetes Piedense” que servia transportes públicos à população da Charneca com ligação a Cacilhas resolve colocar depois de 1953 neste percurso o carro 29, uma Berliet carroçada em França e que dispõe de uma ampla bagageira no tejadilho adequada ao transporte dos referidos cabazes com destino a Lisboa, via Cacilhas. Coletividades Amigos do Atletismo da Charneca de Caparica Associação de Escoteiros de Portugal - Grupo 173 Associação de Moradores da Aroeira Casa do Benfica de Charneca de Caparica Charneca de Caparica Futebol Clube Clube Recreativo dos Amigos da Quinta da Saudade - CRAQS Clube Recreativo Charnequense - colectividade centenária (fundada em 31 de Janeiro de 1910) Clube de Patinagem Artística de Charneca de Caparica Corpo Nacional de Escutas - Agrupamento 467 Grupo Desportivo e Recreativo da Quinta Nova Grupo Teatral e Folclórico da Quinta da Morgadinha Real Clube de Vale Cavala Sociedade Recreativa do Bairro da Bela Vista União Columbófila de Charneca de Caparica Vitória Clube das Quintinhas Instituições de Solidariedade Social Apoio Fraterno Associação Almadense "Rumo ao Futuro" Centro Social Comunitário e Paroquial de S. José Comissão Unitária de Reformados e Idosos de Charneca de Caparica - CURPIC Lar Padre Roberto Sequeira Ligações externas Grupo dos Amigos da Charneca de Caparica Movimento "Charneca DE Caparica e não Charneca da Caparica" no Facebook UNICA Universidade Sénior
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Parada militar - desfile militar Parada musical - uma seleção de canções populares de cada região/país Parada de ônibus - ponto em que ônibus/autocarros param para o embarque e desembarque de passageiros Parada - passeata em comemoração de um marco importante da história de um local. Parada ferroviária - paragem ferroviária de menor importância. Localidades Parada (Alfândega da Fé) Parada (Almeida) Parada (Arcos de Valdevez) Parada (Bragança) Parada (Carregal do Sal) Parada (Monção) Parada (Paredes de Coura) Parada (Vila do Conde) Parada (Santiago) Parada (São Pedro de Alva) Ou ainda: Parada de Cima - aldeia na freguesia de Fonte de Angeão, concelho de Vagos Ver também Paradela Desambiguação
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Freineda é uma freguesia portuguesa do município de Almeida, com 29,24 km² de área e 188 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é . Demografia A população registada nos censos foi: Património Edificado: Casa Wellington - casa solarenga do século XVIII; Fontanário e Tanque - século XIX; Fonte de Mergulho - século XIX; Antigo Edifício dos Correios - século XX (Estado Novo) Religioso: Igreja Matriz - século XVIII (Barroco); Capela de Santa Eufémia - finais do século XVIII/XIX (características tardo-barrocas); Cruzeiro - século XVIII/XIX; Arqueológico e Etnográfico: Sepulturas Antropomórficas cavadas na rocha no sítio dos Cabaços - Medieval; Alpendre de Feira - século XVIII/XIX; Natural e de Lazer: Açude do Porto de S. Miguel no Rio Côa Freguesias de Almeida Freguesias fronteiriças de Portugal
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Monteperobolso foi uma freguesia portuguesa do município de Almeida, com 7,97 km² de área e 59 habitantes (2016). A sua densidade populacional é de 7,2 hab/km². Foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada às freguesias de Castelo Mendo, Ade e Mesquitela, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Castelo Mendo, Ade, Monteperobolso e Mesquitela da qual é sede. População ★ No censo de 1864 figura no concelho de Sabugal. Passou para o actual concelho por decreto de 07/12/1870 i) 0 aos 14 anos; ii) 15 aos 24 anos; iii) 25 aos 64 anos; iv) 65 e mais anos Património Edificado: Fonte do Lugar (Mergulho com Tanque) - século XVIII; Fonte da Ribeira Bispo (Mergulho com tanque) - século XVIII; Pequenos núcleos de Arquitectura Popular residencial e agrícola Religioso: Igreja Matriz - século XVIII/XIX; Capela de S. Brás - século XIX; Capela de Vale do Seixo - século XIX; Capela do Senhor dos Aflitos - século XIX Antigas freguesias de Almeida
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Vale de Coelha foi uma freguesia portuguesa do município de Almeida, com 5,71 km² de área e 43 habitantes (2011). A sua densidade populacional foi de 7,5 hab/km². Foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada à freguesia de Malpartida, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Malpartida e Vale de Coelha com sede em Malpartida. Vale de Coelha é uma pequena aldeia da Beira Interior Portuguesa, junto a Espanha. Vive essencialmente da agricultura e pecuária e é uma das mais pequenas freguesias portuguesas, em população. População i) 0 aos 14 anos; ii) 15 aos 24 anos; iii) 25 aos 64 anos; iv) 65 e mais anos Património Classificado: Pelourinho de Vale de Coelha - século XIV/XV Edificado: Marco com o Escudo Coroado - século XVI/XV; Pontão sobre a Ribeira dos Tourões - Medieval Religioso: Igreja Matriz - século XII (Românico) Arqueológico e Etnográfico: Forno comunitário - século XVIII/XIX; Sepulturas Antropomórficas cavadas na rocha em Pailobo no sítio das Fátimas - Medieval; Ruínas da Atalaia - século XVIII Tempestade de 6 de julho de 1876 Conta-se na aldeia que em 6 de julho de 1876 houve uma grande tempestade e o pároco e o regedor foram fulminados por um raio à porta da igreja, "ficando instantaneamente mortos". Antigas freguesias de Almeida
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Obá() é o Orixá africana do Rio Oba ou rio Níger, primeira esposa de Xangô, identificada no jogo do merindilogum pelos odu odi, obeogundá e ossá. Guerreira, veste vermelho e branco, usa escudo, Arco e flecha Ofá. Obaxilê é a senhora da "Sociedade Elecô", porém no Brasil esta sociedade passou a cultuar egungum. Deste modo, Obaxilê é a senhora da sociedade lesse-orixá. Obá representa as águas revoltas dos rios. As pororocas, as águas fortes, o lugar das quedas são considerados domínios de Obá. Ela também controla o barro, água parada, lama, lodo e as enchentes. Trabalha junto com Nanã. Representa também o aspecto masculino das mulheres (fisicamente) e a transformação dos alimentos de crus em cozidos. É também a dona da roda. Orixá, feminina, energética, temida, e forte, considerada mais forte que muitos Orixás masculinos, vencendo na luta Oxalá, Oiá, Oxumarê, Exu e Orumilá. Lenda Obá foi a primeira mulher de Xangô. Há duas versões para que tenha cortado a própria orelha: numa delas o fez por ter sido ludibriada por Oxum ; noutra, a intenção era puramente o sacrifício. Nas duas versões, Obá corta a própria orelha por amor a Xangô. Quando se manifesta nos terreiros, esconde o defeito com a mão. Seus símbolos são a espada, o escudo, o ofá e o iruquerê. Segundo suas lendas, Obá lutou contra inúmeros Orixás, derrotando vários deles. Obá teria derrotado Exu, Oxumarê, Omolu e Orunmilá, e tornou-se temida por todos os deuses, tendo sido derrotada apenas por Ogum, tornando-se assim sua esposa. Ao lado de Ogum, quando este foi enfrentar Xangô, encantou-se pelo oponente e abandonou Ogum para se entregar ao outro. Obá nunca havia visto alguém como Xangô, ela via nele tudo o que sonhava para si. Existem algumas versões do grande encontro de Xangô e de Obá, em uma dessas versões ela é a líder de todas as mulheres e a senhora de Elecô, mas em todas, as evidências dizem que o amor entre os dois era desmedido e que nada ofuscava sua relação. Da união entre Obá e Xangô nasceu Opará, Orixá que em certos casos é sintetizada com Oxum. Xangô e Obá Outra versão para a união de Xangô e Obá transcorre em um culto nos arredores da cidade de Elecô. Uma sociedade restrita, onde apenas mulheres podem participar dos rituais. Obá é a fundadora desta sociedade que cultua a ancestralidade feminina individual. Nenhum homem poderia sequer assistir o ritual do segredo, sob risco de ser punido por Obá com a própria vida. Segundo Adelmir Barbosa dos Santos em seu livro Yabás, "Certo dia, em uma das noites de culto, Xangô caminhava alegremente e dançava ao som do batá, quando percebeu ao longe um aglomerado de mulheres, realizando uma cerimônia sob as ordens da enérgica Obá." Xangô era muito curioso se aproximou da cena, para observar à espreita. Prontamente se encantou com a rara beleza de Obá, que apesar de não ser tão jovem era a mais bela mulher que ele já vira. No momento de distração Xangô foi notado. As mulheres o cercara, e ele foi levado à presença da orixá. Esta lhe comunicou que era grave sua falta e que o preço por violar o culto sagrado de Elecô era a morte. Mas a própria Obá que encantou-se com a inigualável beleza de Xangô, e relutou em aplicar a sentença de morte, usando de sua supremacia no culto para ditar nova regras: "Todo homem, que violar o culto, se for do agrado, da senhora do culto, deverá unir-se a ela como marido ou aceitar a pena de morte" Xangô não pensou duas vezes, seria poupado da sentença e ainda sim possuiria a grande deusa por quem havia se apaixonado. A cerimônia de união de Xangô e Obá foi realizada dentro dos limites de Elecô. Foi o inicio de uma grande paixão. A deusa guerreira e justiceira, que pune os homens que maltratam mulheres, descobriu um sentimento novo por um homem que ia muito além do ódio. A rainha de Elecô aprendeu a amar e ser amada. Nasceu, dessa grande paixão, uma criança, uma menina, chamada Opará, bela, justiceira e feroz como os pais. Foi ela quem prosseguiu com o culto de Elecô. Embora, em suas lendas, posteriormente Obá tenha se transformado em um rio, essa orixá também está relacionada ao fogo e é considerada por muitos como o Xangô fêmea, no que possui também as características desse orixá. Obá é saudada como o Orixá do ciúme no que tange os relacionamentos intempestivos entre casais. Obá é a deusa da guerra e do poder, seu culto está relacionado ao rio Obá, as águas em seu culto fazem referência aos afetos (cujo simbolismo, em outras mitologia, encontra correlações estreitas). Seu culto no Brasil é confundido ao de Oiá, em algumas versões, sua irmã. Obá quando em fúria transborda, agita-se; Obá é a senhora da sociedade Elecô. Tudo relacionado a Obá é envolto em um clima de mistérios. Obá nasceu do ventre rasgado de Iemanjá após o incesto de Orugã. Era cultuada como a grande Deusa protetora do poder feminino, por isso também é saudada como Iá Abá e mantém estreitas relações com as Iami-Ajé, é a "Iami Ebê", é a "Iá Abicu". Desta forma é ela a encarregada de enviar ao mundo as crianças que nascem como castigo para seus pais. O que Xangô representa para os mortos masculinos, Obá representa para as mulheres mortas. Assim, ela é representante suprema da ancestralidade feminina. Orixás masculinos
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Fazendas de Almeirim é uma vila e freguesia portuguesa do município de Almeirim, com 58,3 km² de área e 6352 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é . A principal povoação da freguesia, a homónima Fazendas de Almeirim, foi elevada à categoria de vila em 16 de agosto de 1991, passando a denominar-se Vila de Fazendas de Almeirim. A freguesia foi criada pelo decreto-lei 40.812, de 19/10/1956, com lugares das freguesias de Almeirim e Raposa. Demografia A população registada nos censos foi: Património Paço Real dos Negros, incluindo uma azenha e terrenos confinantes Heráldica Armas - Escudo equipolado de verde e prata, a primeira peça de prata carregada de uma trompa de caça de vermelho e as restantes de um cacho de uvas de púrpura folhado de verde. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com a legenda a negro, em maiúsculas : “ FAZENDAS DE ALMEIRIM “. Bandeira - Esquartelada de branco e púrpura, cordões e borlas de prata e púrpura. Haste e lança de ouro. Selo: circular, com as peças do escudo sem a indicação de cores e metais, tudo envolvido por dois círculos concêntricos, onde corre a legenda: "Junta de Freguesia de Fazendas de Almeirim - Almeirim".
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Rosário é uma freguesia portuguesa do município de Almodôvar, na região do Alentejo, com 60,69 km quadrados de área e 608 habitantes (2011). A sua densidade populacional é de 10 hab/km². Conhecida é a freguesia também por ser o assento aristocrático da família nobre "Marques de Milfonte". População Património Igreja do Rosário ou Igreja Paroquial do Rosário Freguesias de Almodôvar
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Porto Rico pode remeter aos seguintes artigos da Wikipédia: Porto Rico - território dependente associado aos Estados Unidos. Porto Rico - município do estado do Paraná, Brasil. Ou ainda: Puerto Rico (Caquetá) - um município colombiano localizado no departamento de Caquetá. Puerto Rico (Meta) - um município colombiano localizado no departamento de Meta. Puerto Rico (Misiones) - um município argentino localizado no departamento Libertador General San Martín, província de Misiones. Puerto Rico (jogo de tabuleiro) - um jogo de tabuleiro. Puerto Rico Islanders Football Club - um clube de futebol profissional de Porto Rico. Desambiguação Desambiguações de topônimos
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Alvaiázere é um município português pertencente ao distrito de Leiria, na província da Beira Litoral integrando a Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria no Centro de Portugal, com 6 239 habitantes. Com sede na vila de Alvaiázere, o município de Alvaiázere tem de área e habitantes (2021), subdividido em 5 freguesias. O município de Alvaiázere é limitado a norte pelo município de Ansião, a nordeste e leste por Figueiró dos Vinhos, a sueste por Ferreira do Zêzere, a sudoeste por Ourém e a oeste por Pombal.Dista 53 km da cidade de Leiria a sua capital de distrito, via EN 356 / EN 113 Etimologia Freguesias O município de Alvaiázere está dividido em 5 freguesias: Almoster Alvaiázere (sede) Maçãs de Dona Maria Pelmá Pussos São Pedro Extintas Em 2013, devido à reforma administrativa nacional, foram extintas três das, até então, 7 freguesias do município alvaiazerense: Maçãs de Caminho, agora parte de Alvaiázere Rego da Murta, agora parte de Pussos São Pedro Pussos, agora parte de Pussos São Pedro História O município de Alvaiázere foi extinto entre 1895 e 1898 (Decreto de 7 de Setembro de 1895 e Decreto de 13 de Janeiro de 1898) passando, neste breve período, Almoster e Maçãs de Caminho a fazer parte do município de Ansião e Pelmá a estar anexada ao município de Vila Nova de Ourém. Já Maçãs de Dona Maria foi sede de concelho que seria extinto, por Decreto de 24 de Outubro de 1855, passando a fazer parte do concelho de Figueiró dos Vinhos. No entanto, o Decreto de 7 de Setembro de 1895 implicaria a sua anexação a Ansião para o Decreto de 13 de Janeiro de 1898 determinar a passagem para Alvaiázere. Evolução da População do Município (Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste município à data em que os censos se realizaram.) (Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no município à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente) Política Eleições autárquicas Eleições legislativas Geografia Situado na zona nordeste do distrito de Leiria, o município de Alvaiázere está em contacto com os municípios leirienses de Pombal (oeste), Ansião (norte) e Figueiró dos Vinhos (nordeste e leste), fazendo fronteira a sul com o distrito de Santarém, concretamente com os escalabitanos municípios de Ferreira do Zêzere (sueste) e Ourém (sudoeste). Em tempos pertencendo as terras alvaiazerenses à antiga província da Beira Litoral, era a fronteira entre Alvaiázere e Ferreira do Zêzere (nas freguesias de Pelmá e Pussos São Pedro) que também definia então parte da separação entre a Beira Litoral e o Ribatejo. Entre 2002 e 2013, Alvaiázere encontrou-se no sudoeste da sub-região estatística Pinhal Interior Norte (NUTS III), parte da Região Centro (NUTS II). Desde 2013 o município de Alvaiázere faz parte da entidade intermunicipal Região de Leiria (NUTS III), parte integrante da Região Centro (NUTS II). Estando em contacto, a sul, com Ourém e Ferreira do Zêzere, Alvaiázere faz fronteira com a entidade intermunicipal Médio Tejo. Em termos de geomorfologia, no município destaca-se a Serra de Alvaiázere, atingindo os 618 metros de altitude, inserida num pequeno maciço calcário que integra o Maciço de Sicó, que se destaca em relação a outras duas unidades: a Serra de Sicó (noroeste) e a Serra de Monte de Vez (norte). Cerca de 47 % do concelho de Alvaiázere foi classificado na Rede Natura 2000 como parte do Sítio Sicó / Alvaiázere, correspondendo à maior fatia concelhia (24 %) deste sítio. Clima O clima desta região insere-se no domínio bioclimático pré-atlântico, apresentando características típicas do clima mediterrâneo com verões quentes e secos[...], centrados essencialmente nos meses de julho e agosto e com um regime anual de precipitação marcadamente mediterrâneo com valores muito reduzidos (10 mm / 16 mm) ou mesmo nulos. Os meses de janeiro e dezembro são os meses que apresentam valores de precipitação mais elevados, na ordem dos 140 mm (Rego da Murta) a 180 mm (Alvaiázere).[...] No que concerne à temperatura, o regime anual é simples e os valores médios oscilam entre os 10 °C em janeiro e os 20 °C em agosto. Os meses mais quentes apresentam valores de temperatura máxima média a rondar os 30 °C, enquanto que os meses mais frios apresentam temperaturas mínimas médias na ordem dos 2 °C. Património Bens classificados Em termos de património classificado sob alçada da Direção-Geral do Património Cultural, o município de Alvaiázere tem três bens classificados de Interesse Público: Pelourinho de Alvaiázere (IIP), classificado como Imóvel de Interesse Público em 1933, entretanto destruído. Pelourinho de Maçãs de Dona Maria (IIP), classificado como Imóvel de Interesse Público em 1933. Cruzeiro Filipino de Maçãs de Dona Maria (IIP), classificado como Imóvel de Interesse Público em 2002. Personalidades ilustres Visconde de Sousel Barão de Alvaiázere Fernando Lopes (1935—2012), cineasta português Percursos Pedestres Alvaiázere possui uma rede de percursos pedestres que totaliza cerca de 120 km devidamente sinalizados e homologados pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal. Ao todo a Rede de Percursos do Concelho de Alvaiázere apresenta 6 percursos de Pequena Rota (PR) e por um percurso de Grande Rota (GR): GR 35 - Grande Rota do Concelho de Alvaiázere (53 km) PR 1 AVZ - Por trilhos de Al-Baizir (9,3 km) PR 2 AVZ - Encantos do Vale da Mata (9,3 km) PR 3 AVZ - Percurso da Grande Fórnea (14,57 km) PR 4 AVZ - Percurso Pedestre dos Megalapiás (13,4 km) PR 5 AVZ - Percurso Pedestre da Ribeira do Tordo (9,15 km) PR 6 AVZ - Encontros entre o sagrado e o profano (8,5 km) Economia Produtos regionais Chícharo de Alvaiázere, a leguminosa (Lathyrus sativus) foi considerada pela Associação Nacional de Municípios e de Produtores para a Valorização e Qualificação dos Produtos Tradicionais Portugueses como um dos Produtos Tradicionais Portugueses. Em 2016 são dois os produtos que podem ser genuinamente originados no município de Alvaiázere, que recebem protecção legislativa a nível nacional e da União Europeia, ambos por DOP de Denominação de Origem Protegida. Azeites do Ribatejo (DOP). Apesar de não pertencer ao Ribatejo, o município de Alvaiázere faz parte da área geográfica definida para a produção destes azeites. Queijo Rabaçal (DOP). O município de Alvaiázere faz parte da área geográfica definida para a produção deste queijo de ovelha e cabra. Turismo Alvaiázere faz parte da Turismo Centro de Portugal, mais concretamente no pólo de marca turística "Coimbra", sendo que o único local referenciado por esta entidade para visitar em abril de 2016 era o Museu Municipal de Alvaiázere. Geminações O município de Alvaiázere é geminado, desde 2008, com a seguinte cidade: Matola, Maputo, Moçambique Ver também Lista de património edificado em Alvaiázere Bibliografia Ligações externas Municípios do distrito de Leiria Alvaiázere
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Esta é uma lista de acrónimos médicos, utilizados na língua portuguesa: AIDS (Bra.) - sigla inglesa de Síndroma de Imuno-Deficiência Adquirida, sida AVC - Acidente Vascular Cerebral ECG - Electrocardiograma EEG - Electroencefalograma GECA - Gastroenterocolite aguda TAC - Tomografia Axial Computorizada USG - Ultra-sonografia ITU - Infecção do Trato Urinário TB - Tuberculose PTI - Purpura Trombocitopenica Idiopática Medicos Acronimos Acrónimos acrónimos
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O magnésio é um elemento químico de símbolo Mg de número atômico 12 com massa atômica 24 u (12 prótons e 12 nêutrons). É um metal alcalinoterroso, pertencente ao grupo (ou família) 2 (anteriormente chamada IIA), sólido nas condições ambientais. É o oitavo elemento mais abundante na crosta terrestre, onde constitui cerca de 2,5% da sua massa, e o nono no Universo conhecido, no seu todo. Esta abundância do magnésio está relacionada com o facto de se formar facilmente em supernovas através da adição sequencial de três núcleos de hélio ao carbono (que é, por sua vez, feito de três núcleos de hélio). A alta solubilidade dos iões de magnésio na água assegura-lhe a posição como terceiro elemento mais abundante na água do mar. É empregado principalmente como elemento de liga com o alumínio. Outros usos incluem flashes fotográficos, pirotecnia e bombas incendiárias. O magnésio foi descoberto em 1755 pelo escocês Joseph Black na cidade de Magnesia. Principais características O magnésio é um metal bastante resistente e leve, aproximadamente 30% menos denso que o alumínio. Possui coloração prateada, perdendo seu brilho quando exposto ao ar, por formar óxido de magnésio. Quando pulverizado e exposto ao ar se inflama produzindo uma chama branca. Reage com a água somente se estiver em ebulição, formando hidróxido de magnésio e liberando hidrogênio. Aplicações O elemento magnésio e suas diversas substâncias servem para diversas aplicações no dia-a-dia, sendo os principais: Os compostos de magnésio, principalmente seu óxido, são usados como material refratário em fornos para a produção de ferro e aço, metais não ferrosos, cristais e cimento; Os compostos de magnésio são também aplicados na agricultura, como auxiliar condicionante da fotossíntese. O uso principal do metal é como elemento de liga com o alumínio, empregando-a para a produção de recipientes de bebidas, componentes de automóveis como aros de roda e maquinarias diversas. O magnésio também é usado para eliminar o enxofre do aço e ferro; Aditivo em propelentes convencionais; Obtenção de fundição nodular (Fe-Si-Mg); Agente redutor na obtenção de urânio e outros metais a partir de seus sais; O hidróxido ( leite de magnésia ), o cloreto, o sulfato ( sal de Epsom ) e o citrato são empregados em medicina, como laxante e antiácido; O pó de carbonato de magnésio ( MgCO3 ) é utilizado por atletas como ginastas, alpinistas e levantadores de peso para eliminar o suor das mãos e segurar melhor os objetos; Implante eletrônico sem fio feito de um substrato de seda e uma bobina de magnésio que aumenta a temperatura do tecido apenas suficiente para matar as bactérias Staphylococcus aureus, e depois dissolutivo no interior do corpo sem causar danos; Outros usos incluem flashes fotográficos, pirotecnia, bombas incendiárias e granadas de luz (flashbang). O Mg também é encontrado em alimentos como vegetais e cereais. Recentes pesquisas indicam o Magnésio como responsável por retardar o envelhecimento celular, além de ser responsável por inúmeras funções metabólicas intracelulares. Papel biológico O magnésio é importante para a vida, tanto animal como vegetal. A clorofila é uma substância complexa de porfirina-magnésio que intervem na fotossíntese. É um elemento químico essencial para o ser humano. A maior parte do magnésio no organismo encontra-se nos ossos e, seus íons desempenham papéis de importância na atividade de muitas coenzimas e, em reações que dependem da ATP. Também exerce um papel estrutural, o íon de Mg2+ tem uma função estabilizadora para a estrutura de cadeias de ADN e ARN. Dependendo do peso e da altura, a quantidade diária necessária e recomendada varia entre 300 e 350 mg, quantidade que pode ser obtida facilmente, visto o magnésio estar presente na maioria dos alimentos, principalmente, nas folhas verdes das hortaliças, nas sementes, nozes, leguminosas e cereais integrais. Contudo, a agricultura intensiva produz alimentos carentes neste mineral. O aumento na ingestão de cálcio, proteína, vitamina D e álcool, bem como o estresse físico e psicológico aumentam as necessidades de magnésio. A sua carência nos humanos pode causar: agitação, anemia, anorexia, ansiedade, mãos e pés gelados, perturbação da pressão sanguínea (tanto com hipertensão como hipotensão), insónia, irritabilidade, náuseas, fraqueza e tremores musculares, nervosismo, desorientação, alucinações, cálculos renais e taquicardia. Essencial para a fixação correta do cálcio no organismo; a deficiência de magnésio pode causar endurecimento das artérias e calcificação das cartilagens, articulações e válvulas cardíacas; sua carência pode causar descalcificação nos ossos (osteoporose). Seu excesso (em nível de nutriente) nos humanos pode causar: rubor facial, hipotensão, fraqueza muscular, náuseas, insuficiência respiratória, boca seca e sede crônica. História O nome é originário de Magnésia, que em grego designava uma região da Tessália. O escocês Joseph Black, reconheceu o magnésio como um elemento químico em 1755. Em 1808 Sir Humphry Davy obteve o metal puro mediante a eletrólise de uma mistura de magnésia e HgO (óxido de mercúrio). Abundância e obtenção O magnésio é o oitavo elemento mais abundante na crosta terrestre. Não é encontrado livre na natureza, porém entra na composição de mais de 60 minerais, sendo os mais importantes industrialmente os depósitos de dolomita, magnesita, brucita, carnallita, serpentina, kainita e olivina. O metal é obtido principalmente pela eletrólise do cloreto de magnésio ( MgCl2 ), método que já foi empregado por Robert Bunsen, obtendo-o de salmoura e água de mar. Isótopos O Mg-26 é um isótopo estável empregado nas datações geológicas, como o Al-26, do qual é originário. Nas inclusões ricas em cálcio e alumínio (CAI em inglês) de alguns meteoritos (os objetos mais antigos do sistema solar) se tem encontrado quantidades de Mg-26 maiores do que o esperado, atribuindo-se o fato ao decaimento do Al-26. Como estes objetos se desprenderam em etapas anteriores à formação dos planetas e asteroides, não sofreram os processos geológicos que fizeram desaparecer as estruturas contraindicas formadas a partir das inclusões e, portanto, guardaram a informação acerca da idade do sistema solar. Nestes estudos se compara as proporções Mg-26/Mg-24 e Al-27/Mg-24, para determinar dessa maneira, de forma indireta, a relação Al-26/Al-27 inicial da amostra no momento em que esta se separou das regiões de pó da névoa pré solar, determinando o início da formação do nosso sistema solar. Precauções O magnésio é extremamente inflamável, especialmente quando está pulverizado. Reage rapidamente, com liberação de calor, em contato com o ar, motivo pelo qual deve ser manipulado com precaução. O fogo produzido pelo magnésio, portanto, não deverá ser apagado através do uso de água. Na indústria química, o magnésio também é utilizado em diversos processos participando diretamente na composição dos produtos elaborados bem como no auxílio do tratamento de efluentes gerados por esses mesmas atividades industriais. Ligações externas
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O cálcio é um elemento químico, símbolo Ca, de número atómico 20 (20 prótons e 20 elétrons) e massa atómica 40u. É um metal da família dos alcalino-terrosos, pertencente ao grupo 2 da classificação periódica dos elementos químicos. Foi isolado pela primeira vez em 1808, em uma forma impura, pelo químico britânico Humphry Davy mediante a eletrólise de uma amálgama de mercúrio (HgO) e cal (CaO). Características principais O cálcio é um metal alcalino-terroso, mole, maleável e dúctil que arde com chama vermelha formando óxido de cálcio e nitreto. As superfícies são de coloração branca prateada que rapidamente se tornam levemente amareladas quando expostas ao ar, finalmente com coloração cinza ou branca devido à formação de hidróxido ao reagir com a umidade ambiental. Reage violentamente com a água para formar o hidróxido de cálcio, Ca(OH)2, com desprendimento de hidrogênio. Papel biológico O cálcio (Ca2+) é um elemento regulador universal que acopla intimamente os sinais bióticos e abióticos primários a muitos processos celulares, permitindo que plantas e animais se desenvolvam e se adaptem aos estímulos ambientais. Nas plantas, a liberação de cálcio é essencial para o estabelecimento de endossimbioses micorrízicas arbusculares, que fixam nitrogênio e liberam fosfato. Cientistas descobriram o papel crucial do cálcio na modulação do hormônio do crescimento das plantas auxina. O cálcio pode ser liberado pelo núcleo do meristema apical da raiz - a região da raiz em crescimento. O cálcio é armazenado no Retículo nucleoplasmático no núcleo das células. Atua como mediador intracelular, cumprindo uma função de segundo mensageiro como, por exemplo, o íon Ca2+, que intervém na contração dos músculos. Também está implicado no controle de algumas enzimas quinases que realizam funções de fosforilação como, por exemplo, na proteína quinase C (PKC). O cálcio participa de funções enzimáticas de maneira similar à do magnésio em processos de transferência do fosfato como, por exemplo, a enzima fosfolipase (A2). Ainda interfere nos processos de transcrição, ativação de genes e apoptose. O cálcio é o metal mais abundante no corpo humano, especialmente na forma de compostos como o carbonato de cálcio. De aproximadamente gramas de cálcio encontrados em um adulto, gramas estão nos tecidos ósseos. Os 90 gramas restantes são utilizados para diversas funções, tais como: atividades das membranas celulares, contrações musculares, impulsos nervosos, controle de acidez do sangue, divisão celular, controle hormonal e na coagulação sanguínea. Os íons de cálcio, enquanto ferramentas úteis à coagulação, são muito importantes na conversão de protrombina em trombina, e posteriormente o fibrinogênio em fibrina, a qual formará a malha fibrosa conhecida por coágulo. História O cálcio, do latim calcium, foi isolado pela primeira vez em 1808, em uma forma impura, pelo químico britânico Humphry Davy mediante a eletrólise de uma amálgama de mercúrio (HgO) e cal (CaO). Davy misturou cal umedecida com óxido de mercúrio que colocou sobre uma lâmina de platina, o anodo, e submergiu uma parte de mercúrio no interior da pasta funcionando como catodo. Na eletrólise obteve uma amálgama que destilada originou um resíduo sólido facilmente oxidável. Davy não ficou convencido de que havia obtido cálcio puro. Posteriormente, Robert Bunsen em 1854 e Augustus Matthiessen em 1856 obtiveram o metal por eletrólise do cloreto de cálcio (CaCl2) e, Henri Moissan obteve o cálcio com uma pureza de 99% por eletrólise do iodeto de cálcio (CaI2). Muitos compostos contendo cálcio já eram conhecidos desde a antiguidade pelos indianos, egípcios, gregos e romanos. Os romanos já preparavam a cal, ou calx (óxido de cálcio, CaO) desde o século I; em 975 d.C., o gipso desidratado (gesso, CaSO4) já era citado na literatura da época para "engessar" pernas e braços quebrados; O gesso, como a cal, já era utilizado para alvenaria. Abundância e ocorrência É o quinto elemento em abundância na crosta terrestre (1,6% em massa) e cerca de 8% da crosta da Lua. Não é encontrado em estado nativo na natureza, estando sempre como constituinte de rochas ou minerais de grande interesse industrial, como as que apresentam em sua composição carbonatos (mármore, calcita, calcário e dolomita) e sulfatos (gipso, alabastro) a partir dos quais se obtêm a cal viva, o estuque, o cimento, etc. Outros minerais que o contêm são a fluorita (fluoreto), apatita (um fluorfosfato da cálcio) e granito (rochas silicatadas). Na forma pura, o cálcio se apresenta como um metal de baixa dureza, prateado, que reage facilmente com o oxigênio presente no ar e na água. Ciclo bio-geoquímico O cálcio é naturalmente encontrado em forma de fosfatos ou carbonatos nas rochas, e fica, quando dissolvido por ação das águas das chuvas, disponível aos seres vivos, fazendo parte dos esqueletos, conchas, carapaças, paredes celulares das células vegetais, cascas calcárias de ovos, além de atuar em alguns processos fisiológicos, tais como a contração muscular e a coagulação do sangue nos vertebrados. No entanto, com a morte desses seres vivos, o cálcio é devolvido ao ambiente. Toneladas de calcário são utilizadas com frequência para a correção da acidez do solo, nomeadamente nos cerrados brasileiros, procedimento que, ao mesmo tempo, libera o cálcio para uso pela vegetação e pelos animais. Estudos recentes têm demonstrado que a queima de combustíveis fósseis, tais como o carvão e o petróleo, vem contribuindo cada vez mais para aumentar a acidez do oceanos. Esse processo liberta gás carbônico(CO2) na atmosfera, que, absorvido pela água, se transforma em ácido carbónico (H2CO3), alterando a dinâmica da hidrosfera. A ação desse ácido afeta diretamente o esqueleto calcário de muitos organismos aquáticos. Como consequência, os seres vivos, componentes da biosfera, sofrem perturbações e o equilíbrio das cadeias tróficas é quebrado. Obtenção industrial e utilidades O cálcio na forma pura e isolada pode ser obtido pela eletrólise ígnea do cloreto de cálcio (CaCl2) anidro (subproduto do processo Solvay) fundido: cátodo: Ca2+ + 2 e– → Ca anodo:  2Cl– → Cl2 (gás) + 2e– Atualmente, ele é obtido pela fusão da cal com alumínio metálico. Na indústria, o cálcio metálico é largamente utilizado para eliminar gases residuais em tubos de vácuo, entrando também como agente redutor na preparação de metais como tório, urânio, zircônio etc. É usado também como desoxigenador, dessulfurizador e descarbonizador de várias ligas metálicas; encontra usos como componente de ligas de alumínio, de berílio, de cobre, de chumbo, de magnésio, e outras. Os compostos de cálcio são usados na fabricação de uma enorme variedade de produtos que vai de tintas a fertilizantes. Em processos industriais como na curtição de couros e no refino do petróleo, utiliza-se o óxido de cálcio (CaO), sendo este último preparado pela decomposição térmica do carbonato de cálcio (CaCO3). Uma vez hidratado, o CaO forma a cal hidratada, cuja suspensão em água é muito usada como uma tinta branca de baixo custo para pintar paredes e meio-fio de ruas. O giz, um material mole feito de calcário finamente pulverizado, é nada mais do que carbonato de cálcio (CaCO3) de baixa dureza, que se formou como uma lama no fundo de um antigo oceano. O óxido de cálcio ou a cal (CaO) entra na composição de mais de 90% de todos os vidros comercializados, que têm a seguinte composição: cerca de 72% de sílica (da areia), 13% de óxido de sódio, Na2O, a partir do Na2CO3, cerca de 11% de CaO, a partir de calcário, e 4% de outros ingredientes. A maioria dos vidros planos, recipientes de vidro, lâmpadas e muitos outros objetos industriais e de arte ainda são feitos assim, com os mesmos materiais, há centenas de anos. Esse tipo de vidro é barato e bem resistente, podendo ser moldado e fundido facilmente. Isótopos O cálcio tem seis isótopos estáveis, dos quais o Ca-40 é o mais abundante (97%). O Ca-40 e o Ar-40 são produtos da desintegração do K-40. O segundo é usado para a determinação da idade de rochas em geologia pela datação radiométrica; porém, a prevalência do isótopo Ca-40 na natureza tem impedido de fazer o mesmo com o cálcio. Diferentemente de outros isótopos cosmogênicos produzidos na atmosfera terrestre, o Ca-41 se origina por ativação neutrônica do Ca-40, formando-se nas camadas mais superficiais do solo, onde o bombardeio de nêutrons é suficientemente intenso. Além disso, o Ca-41 tem recebido uma atenção dos cientistas porque se desintegra em K-41, um indicador crítico das anomalias do sistema solar. Nutrição O cálcio é essencial para a transmissão nervosa, coagulação do sangue e contração muscular; atua também na respiração celular, além de garantir uma boa formação e manutenção de ossos e dentes. Por sua presença na formação óssea o cálcio é um dos elementos mais abundantes no corpo humano. Outras funções Recentemente foi descoberto que o cálcio ajuda na produção dos líquidos linfáticos. Segundo estudo sueco do Instituto Karolinska, o consumo diário de cerca de  mg de cálcio reduz em 25% o risco de morrer de qualquer doença e 23% o de morrer em decorrência de problemas cardiovasculares. Deficiência Por ser essencial para o funcionamento do organismo, quando existe deficiência de cálcio na corrente sanguínea (por má alimentação, questões hormonais ou outros motivos) o corpo tende a repor a deficiência retirando cálcio dos ossos. A deficiência de cálcio pode levar a osteopenia e osteoporose, na qual os ossos se deterioram e há um aumento no risco de fraturas, especialmente nos ossos mais porosos. Sua deficiência também pode causar agitação, unhas quebradiças, propensão a cáries, depressão, hipertensão, insônia, irritabilidade, dormência no corpo e palpitações. Excesso O excesso pode ocasionar as conhecidas "pedras" no rim, que são na verdade pequenos aglomerados de uma substância conhecida como oxalato de cálcio. Este tipo de formação é mais comum em decorrência da ingestão de cálcio de origem mineral (presente no solo e consequentemente na água de determinadas regiões) e também em alguns suplementos alimentares, já que este tipo de cálcio não é muito bem absorvido pelo organismo. Ingestão de água em quantidade suficiente ajuda evitar as pedras nos rins. Consumir cálcio em excesso também pode ocasionar a redução de outros minerais, como magnésio. O excesso também pode causar anorexia, dificuldade de memorização, depressão, irritabilidade e fraqueza muscular. Biodisponibilidade do Cálcio Dietético O cálcio (Ca) dietético é fundamental para a saúde óssea. Tanto o teor como a biodisponibilidade do elemento nos alimentos devem ser considerados. Este artigo objetiva sumarizar os fatores envolvidos na absorção e destacar os alimentos com melhor disponibilidade do Ca. Este é absorvido principalmente no jejuno e o pH baixo parece favorecer sua absorção, que é maior no crescimento, na gestação/lactação e na carência de Ca ou fósforo (P), e menor no envelhecimento. As maiores fontes, e com melhor absorção, são os laticínios bovinos. Outros alimentos apresentam concentrações elevadas de Ca, mas com biodisponibilidade variável: os ricos em ácidos oxálico e fítico apresentariam uma menor absorção, enquanto que os ricos em carboidratos teriam uma absorção maior. Por apresentarem uma biodisponibilidade do Ca mais próxima da do leite bovino, o leite de outros animais, o de soja enriquecido e alguns vegetais, em quantidades adequadas, poderiam ser usados como alternativas a este. Necessidade diária A ingestão diária recomendada de cálcio varia com a idade: Os principais alimentos fontes de cálcio são: 100 g de alga hijiki 1400 mg de cálcio; 100 g de gergelim (tahine ou leite de gergelim): 975 mg de cálcio; 100 g de semente de Chia: 616 mg de cálcio; 100 g Tofu (queijo de soja): 128 mg de cálcio; 100 g de salsa 203 mg de cálcio; 100 g de grão de bico 150 mg de cálcio; 100 g Leite de vaca: 118 mg de cálcio hortaliças da espécie Brassica oleracea (couves): como brócolis, couve-flor, couve, repolho; algas marinhas, amêndoas, feijões; verduras verde escuras (com exceção do espinafre, devido ao alto teor de ácido oxálico). Exercícios físicos Exercícios físicos que envolvam impulsionamento de peso (ex.: halterofilismo, caminhada e basquetebol) contribuem para a fixação de cálcio nos ossos. Especialmente na adolescência (até os 22 anos), já na idade adulta os exercícios mantêm e podem aumentar a massa óssea em 1 ou 2%. Absorção O cálcio é absorvido pelo intestino. Uma alimentação muito líquida ou muito rica em fibras pode acelerar a passagem do cálcio pelo intestino diminuindo a absorção. O corpo absorve apenas cerca de 500 mg de cálcio por vez; portanto, a ingestão de cálcio deve ser distribuída ao longo do dia. A vitamina D (que é um hormônio ativado pela exposição ao sol) é essencial para a absorção desse nutriente, sem o qual não há absorção adequada do cálcio. Interação com proteínas Consumo excessivo de proteína estimula a eliminação de cálcio através da urina. Interação com outros nutrientes Para que possamos absorver o cálcio é necessário Vitamina D. O sódio se liga ao cálcio gerando um composto que não é absorvido pelo corpo. Pessoas com deficiência de cálcio devem evitar o consumo excessivo de sódio (encontrado no sal de cozinha e diversos alimentos industrializados). Estudos mostraram que a ingestão de 3 mg de boro por dia pode reduzir a excreção de cálcio em 44%. O ferro também se liga ao cálcio diminuindo a absorção. O gergelim é uma grande fonte de cálcio, apresenta oito vezes mais cálcio que o leite (ex.: tahine). Uma das funções do cálcio é diminuir a acidez causado pelo excesso de proteína no organismo, isto é, dietas com excesso de proteína inibe a absorção do cálcio e provoca osteoporose. Uma alimentação muito ácida, como refrigerantes, carnes, leites e derivados, deve ser evitada por pessoas com deficiência do mineral. O ácido oxálico, encontrado com maior predominância na mandioca, espinafre, cenoura e rabanete, se liga ao cálcio, portanto o consumo contínuo destes alimentos deve ser evitado em pessoas com deficiência de cálcio. Suplementos de cálcio ingeridos juntamente com alimentos ricos em ácido oxálico podem fazer com que o oxalato de cálcio se precipite. O oxalato de cálcio precipitado é conhecido como pedras nos rins (cálculo renal). O ácido oxálico também é encontrado em menor quantidade na couve de folhas e de bruxelas, alho, feijão, batata-doce, brócolis e agrião, no entanto muitos destes últimos possuem quantidade significativas de cálcio. Deve-se observar também que a cenoura é uma das principais fontes vegetais de vitamina A, a abóbora poderia substituí-la em uma dieta. Ácido fítico - Interage negativamente com o Cálcio. Água - Beber água em quantidade suficiente para gerar 2 a 2,5 litros de urina diariamente ajuda a evitar que o cálcio consumido inadequadamente se precipite no sistema linfático. Outras interações Medicamentos a base de Glicocorticóide, usados por exemplo no tratamento da asma, diminuem a absorção de cálcio. Suplementação Pelo fato do cálcio reagir de forma diferenciada com diversos minerais, deve-se tomar cuidado na sua suplementação, que deve ser acompanhada por um especialista. O uso excessivo de cálcio origem mineral também pode ocasionar depósitos no organismo. É recomendado cautela na escolha dos diversos suplementos disponíveis no mercado. Além da filtração, que evita a entrada de partículas maiores no organismo, deve-se observar o processo de refino, que retira metais pesados eventualmente presentes no ambiente onde o cálcio foi extraído. Ligações externas PEIXOTO, E. M. A. Elemento químico: cálcio. Química Nova na Escola, n. 20 nov. 2004. Acesso em 21 fev. 2017.
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O cobalto (do alemão Kobold, duende, demônio das minas) é um elemento químico, símbolo Co, número atômico 27 (27 prótons e 27 elétrons) e massa atómica 58,93 uma, encontrado em temperatura ambiente no estado sólido. É um metal de transição situado no grupo 9 (anteriormente denominado VIIB) da Classificação Periódica dos Elementos. É utilizado para a produção de superligas usadas em turbinas de gás de aviões, ligas resistentes a corrosão, aços rápidos, carbetos, ferramentas de diamante e baterias de íon lítio. O Co-60, radioisótopo é usado como fonte de radiação gama em radioterapia e esterilização de alimentos. Características principais O cobalto é um metal que apresenta característica ferromagnética. Sua temperatura de Curie é de 1388 K (1114,85 °C, 2038,73 °F) . Normalmente é encontrado junto com o níquel, e ambos fazem parte dos meteoritos de ferro. É um elemento químico essencial para os mamíferos em pequenas quantidades. O Co-60, um radioisótopo, é um importante traçador e agente no tratamento do câncer. O cobalto metálico é normalmente constituído de duas formas alotrópicas com estruturas cristalinas diferentes: hexagonal e cúbica centrada nas faces, sendo a temperatura de transição entre ambas de 722 K. Apresenta estados de oxidação baixos. Os compostos nos quais o cobalto possui um estado de oxidação de +IV são pouco comuns. O estado de oxidação +II é muito frequente, assim como o +III (embora em menor escala, essencialmente presente em compostos de coordenação). Também existem complexos importantes com o cobalto apresentando estado de oxidação +1. Aplicações ligas metálicas: superligas usadas em pás de turbinas a gás, turbinas de aviões, ligas resistentes a corrosão, aços rápidos, carbetos e ferramentas de diamante. Ímãs do tipo (Alnico) e em cintas magnéticas Catálise do petróleo e indústria química. Revestimentos metálicos por eletrodeposição devido ao seu aspecto, dureza e resistência à corrosão. Secante para pinturas: tintas e vernizes. Revestimento base de esmaltes vitrificados. Pigmentos: cobalto preto e cobalto verde. Eletrodos de baterias elétricas. Cabos de aço de pneumáticos. O Co-60, radioisótopo é usado como fonte de radiação gama em radioterapia, esterilização de alimentos (pasteurização fria) e radiografia industrial para o controle de qualidade de metais (detecção de fendas). Papel biológico O cobalto em pequena quantidade é um elemento químico essencial para numerosos organismos, incluindo os humanos. A presença de quantidades entre 0,13 e 0,30 ppm no solo melhora sensivelmente a saúde dos animais de pastoreio. O cobalto é um componente central da Vitamina B12. Existem diferentes versões moleculares desta vitamina. Hidroxicobalamina é uma versão natural desta vitamina, feita por alguns tipos de bactéria assim como a Metilcobalamina que é encontrada também em alguns alimentos. Ambas as versões também são encontradas e usadas na forma de suplemento. Cianocobalamina é uma versão sintética desta vitamina. Apresenta absorção pelo organismo diminuta em comparação a que ocorre pela Metilcobalamina. História Compostos de cobalto têm sido utilizados por séculos por transmitir uma cor azul ao vidro e cerâmicas. O Cobalto foi detectado em esculturas egípcias e pedras preciosas persas do terceiro milênio A.C., nas ruinas de Pompéia (destruída em 79 A.C.) e na China da dinastia Tang (618-907) e Dinastia Ming (1368–1644). O elemento foi descoberto por Georg Brandt. A data do descobrimento é incerta, variando nas diversas fontes entre 1730 e 1737. Brandt foi capaz de demonstrar que o cobalto era o responsável pela coloração azul do vidro, que previamente era atribuído ao bismuto. O nome do elemento é proveniente do alemão kobalt ou kobold, que significa espírito maligno ou demônio das minas, chamado assim pelos mineiros devido a sua toxicidade, e os problemas que ocasionava eram semelhantes aos do níquel, contaminando e degradando os elementos que se desejava extrair. Uma outra possível etimologia desta palavra é atribuída aos mineiros Harz e Erzgebirgechitze, que sentiram-se logrados, já que, além de não possuir o valor esperado, este metal era nocivo à saúde e à prata (metal que ocorre junto com o cobalto); segundo a lenda, acreditavam os mineiros que um duende roubava a prata, deixando o cobalto em seu lugar. Durante o século XIX, entre 70 e 80% da produção mundial de cobalto era obtido na fábrica norueguesa Blaafarveværket do industrial prussiano Benjamin Wegner. Em 1938 John Livingood e Glenn Seaborg descobriram o cobalto-60. A primeira máquina de radioterapia, bomba de cobalto, foi construída no Canadá por uma equipe liderada por Ivan Smith e Roy Errington, utilizada num paciente em 27 de outubro de 1951. O equipamento atualmente se encontra exposto no Saskatoon Cancer Centre, na cidade de Saskatoon (Saskatchewan). Abundância e obtenção O metal não é encontrado em estado nativo, mas em diversos minerais, razão pela qual é extraído normalmente junto com outros produtos, especialmente como subproduto do níquel e do cobre. Os principais minérios de cobalto são a cobaltita, eritrina, cobaltocalcita e skuterudita. Os maiores produtores de cobalto são a República Democrática do Congo, a República Popular da China, a Zâmbia, a Rússia e a Áustria. Fonte: USGS. Um quadro diferente surge quando se analisam as empresas que administram minas de cobalto. Segundo reportagem publicada pela revista especializada illuminem, os principais produtores são empresas constituídas no Reino Unido (Glencore e Eurasian Natural Resources) e na China (China Molybdenum e Metorex). Os acionistas chineses, por sua vez, controlam as duas empresas que representam 13,8% da produção mundial e cerca de 24% da produção produzida por grandes empresas conhecidas e ativas. Por outro lado, as empresas constituídas na República Democrática do Congo controlam apenas 3,5% da produção global. Compostos Devido aos vários estados de oxidação que apresenta, existem numerosos compostos de cobalto. Os óxidos CoO (temperatura de Néel 291 K) e Co3O4 (temperatura de Néel 40 K) são ambos antiferromagnéticos a baixas temperaturas. Isótopos O cobalto natural contém um único isótopo estável, o Co-59. Se tem caracterizado 22 radioisótopos sendo os mais estáveis Co-60, o Co-57 e o Co-56 com meias-vidas de 5,2714 anos, 271,79 dias e 70,86 dias, respectivamente. Os demais isótopos radioativos apresentam meias vidas inferiores a 18 horas e a maioria menos de 1 segundo. A massa atómica dos isótopos do cobalto oscila entre 50 uma (Co-50) e 73 uma (Co-73). Os isótopos mais leves que o estável (Co-59) se desintegram principalmente por captura eletrônica originando isótopos de ferro, e os mais pesado que o isótopo estável se desintegram por emissão beta originando isótopos de níquel. O cobalto-60 é usado em radioterapia em substituição ao rádio devido ao seu menor preço. Produz raios gamas com energias de 1,17 MeV e 1,33 MeV. Como fonte para unidades de cobaltoterapia possui aproximadamente quinze centímetros de diâmetro por dois de altura (Forma de um cilindro). Tais tipos de fonte provocam a aparição de zonas de penumbra (por causa de sua extensão) nas bordas do campo de irradiação. O metal tende a produzir um pó muito fino que dificulta a proteção frente a radiação. A fonte de Co-60 tem uma vida útil de aproximadamente 5 anos, porém superado este tempo continua sendo muito radioativo, motivo pelo qual estas fontes tem perdido, em certa medida, sua popularidade no ocidente. Precauções O cobalto metálico em pó finamente dividido é tóxico. Os compostos de cobalto geralmente devem ser manipulados com cuidado devido à ligeira toxicidade do metal. O Co-60 é radioativo e a exposição a sua radiação pode provocar câncer. Na ingestão de Co-60 ocorre a acumulação de alguma quantidade nos tecidos, que é eliminada muito rapidamente. Numa eventual guerra nuclear, a emissão de nêutrons converteria o cobalto em Co-60 multiplicando os efeitos da radiação após a explosão, prolongando no tempo os efeitos da contaminação radioativa. Com este propósito se desenham algumas armas nucleares denominadas armas sujas (do inglês dirty bomb). A Máquina do Juízo Final, do filme Dr. Strangelove, e a lista do cobalto, da série National Kid, fazem alusão a esta bomba de cobalto. Em tempos de paz, o risco provém da inadequada manipulação ou manutenção das unidades de radioterapia. Ver também Acetato de cobre (II) Acetato de ferro (III) Azol Acetato de cromo (II) Vitamina b12 Ligações externas Enciclopedia Libre - Cobalto Los Alamos National Laboratory - Cobalto WebElements.com - Cobalto London celebra 50 años de Radioterapia con Cobalt-60 (pdf)
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O (do grego, krípton, que significa oculto) é um elemento químico de símbolo Kr de número atómico e 36 (36 prótons (ou Protões) e 36 elétrons (ou Eletrões) ) e de massa atómica igual a 83,8 u. À temperatura ambiente, o crípton encontra-se no estado gasoso. É um elemento do grupo dos gases nobres, 18 (VIIIA ou 0) da Classificação Periódica dos elementos. Foi descoberto em 1898 por William Ramsay e Morris Travers em resíduos da evaporação do ar líquido. Sua principal aplicação é para a fabricação de lâmpadas incandescentes e fluorescentes. Características principais O crípton é um gás nobre incolor, inodoro, insípido, de muito pequena reatividade, caracterizado por um espectro de linhas verde e vermelha-alaranjada muito brilhante. É um dos produtos da fissão nuclear do urânio. O crípton sólido é branco, de estrutura cristalina cúbica centrada nas faces, igual aos demais gases nobres. Para propósitos práticos, pode-se considerá-lo um gás inerte, mesmo que existam compostos seus formados com o flúor. Além disso, pode formar hidratos com a água, de forma que seus átomos ficam enclausurados na rede de moléculas de água. Também se têm sintetizado solvatos com hidroquinona e fenol. Em combinação com o flúor, quando submetido à descarga elétrica em baixa temperatura (-150 °C), forma o fluoreto de criptônio KrF2, sólido cristalino branco que se decompõe espontaneamente em temperaturas normais. Aplicações A definição do metro era, entre 1960 e 1983, baseada na radiação emitida pelo átomo excitado de crípton; na verdade, o metro era definido como 1.650.763,73 vezes o comprimento de onda da emissão vermelha-alaranjada de um átomo de Kr-86. É usado, isolado ou misturado com néon e árgon: em lâmpadas fluorescentes; em sistemas de iluminação de aeroportos, já que o alcance da luz vermelha emitida é maior que a comum inclusive em condições climatológicas adversas; e nas lâmpadas incandescentes de filamento de tungsténio de projectores cinematográficos. O laser de crípton é usado em medicina para cirurgia da retina do olho. O isótopo Kr-81m é usado no estudo do pulmão pela medicina nuclear. O crípton é usado em análises químicas incorporando o gás em sólidos, processo no qual se formam criptonatos cuja atividade é sensível às reacções químicas produzidas na superfície da solução. Também é usado flash fotográficos para fotografias de alta velocidade, na detecção de fugas em depósitos selados e para excitar o fósforo de fontes de luz sem alimentação externa de energia. História Foi descoberto em 1898, por William Ramsay e Morris Travers, em resíduos de evaporação do ar líquido. Em 1960, a Oficina Internacional de Pesos e Medidas definiu o metro em função do comprimento de onda da radiação emitida pelo isótopo Kr-86 em substituição à barra padrão. Em 1983 a emissão do crípton foi substituída pela distância percorrida pela luz em 1/ segundos. Abundância e obtenção É um gás raro na atmosfera terrestre, da ordem de 1 ppm. É encontrado entre os gases vulcánicos e águas termais e em diversos minerais em quantidades muito pequenas. Pode-se extraí-lo do ar por liquefação fracionada. Na atmosfera do planeta Marte se tem encontrado o crípton na concentração de 0,3 ppm. Compostos Já foram preparados, em condições especiais, alguns compostos de criptônio, dos quais o único que forma uma molécula neutra e estável é o difluoreto de criptônio (KrF2). Isótopos O crípton natural é constituído por 6 isótopos e foram caracterizados 17 isótopos radioativos. O isótopo Kr-81 é produto de reacções atmosféricas com outros isótopos naturais, é radioactivo e tem uma vida média de 250 mil anos. Como o xénon, o crípton é extremamente volátil e escapa com facilidade das águas superficiais, por isso é usado para datar antigas águas subterrâneas (50 mil a 800 mil anos). O isótopo Kr-85 é um gás inerte radioactivo de 10,76 anos de vida média, produzido na fissão do urânio e do plutônio. As fontes deste isótopo são os testes nucleares (bombas), os reatores nucleares e o reprocessamento das barras de combustíveis dos reactores. Tem-se detectado um forte gradiente deste isótopo entre os hemisférios norte e sul, sendo as concentrações detectadas no pólo norte 30% mais altas do que as do pólo sul. ROCHA-FILHO, Romeu C.; CHAGAS, Aécio Pereira. Sobre os nomes dos elementos químicos, inclusive dos transférmios. Quím. Nova, São Paulo, v. 22, n. 5, 1999 . Disponível em: . Acesso em: 21 Dez 2018. Ligações externas
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O paládio é um elemento químico de símbolo Pd e de número atómico igual a 46 (46 prótons e 46 elétrons). À temperatura ambiente, o paládio encontra-se no estado sólido. Características principais O paládio é um metal branco prateado parecido com a platina, não se oxida com o ar, e é o elemento do grupo da platina de menor densidade e menor ponto de fusão. É macio e dúctil quando aquecido, aumentando consideravelmente sua dureza e resistência quando trabalhado a frio. Pode dissolver-se em ácido sulfúrico, H2SO4, e em ácido nítrico, HNO3. Também pode ser dissolvido, mesmo que lentamente, em ácido clorídrico (HCl) em presença de cloro ou oxigênio. Este elemento pode absorver grandes quantidades de hidrogênio molecular, H2, à temperatura ambiente (até 900 vezes de seu volume), o que é usado para purificá-lo. Acredita-se que o processo forme Pd2H. Os estados de oxidação mais comuns do paládio são +2 e +4 e sua massa atômica de 106,4. Aplicações Aplica-se na indústria elétrica, na fabricação de contatos em sistemas eletromecânicos, como por exemplo relés. Na indústria química e farmacêutica usa-se como catalisador de reações de hidrogenação e na indústria petrolífera, o paládio é importante na catálise de fracções de petróleo destilado. O elemento também se aplica em algumas ligas metálicas usadas em medicina dentária ou odontologia. Em joalheria, o paládio é endurecido com uma pequena fracção de rutênio ou ródio, ou pode ser usado como descolorizante do ouro, dando origem ao chamado "ouro branco". História William Hyde Wollaston registrou a descoberta de um novo metal nobre em julho de 1802 em seu caderno de laboratório e o nomeou paládio em agosto do mesmo ano. Wollaston purificou o suficiente do material e o ofereceu, sem o ter nomeado, em uma pequena loja do Soho em abril de 1803. Após uma crítica dura de Richard Chenevix de que o paládio seria uma liga de platina e mercúrio, Wollaston ofereceu uma recompensa anônima de 20 libra esterlinas por 20 grão da "liga" de paládio sintético. Chenevix recebeu a Medalha Copley em 1803 após publicar seus experimentos com o paládio. Wollaston publicou a descoberta do ródio em 1804 e menciona parte de seu trabalho com o paládio. Ele revelou que era o descobridor do paládio em uma publicação de 1805. O elemento foi nomeado por Wollaston em 1802 em homenagem ao asteróide 2 Pallas, que havia sido descoberto dois meses antes. Wollaston encontrou o paládio em um minério de platina bruto da América do sul, pela dissolução do minério em água régia e neutralizando a solução com hidróxido de sódio. Ele precipitou a platina como hexacloroplatinato de amônia após adicionar cloreto de amônia. Ele então adicionou cianeto de mercúrio para formar o composto cianeto de paládio, que foi aquecido para extrair o metal. O cloreto de paládio já foi prescrito como um tratamento para a tuberculose a uma concentração de 0,065 g por dia (aproximadamente um miligrama por quilo do corpo). Este tratamento tinha muitos efeitos adversos e foi posteriormente substituído por drogas mais eficientes. Por volta do ano 2000, o suprimento russo de paládio para o mercado global foi repetidamente atrasado e interrompido porque a cota de exportação não era garantida na época, por razões políticas. O subsequente pânico do mercado levou o preço a aumentar até o valor recorde de $1100 por troy ounce em janeiro de 2001. Por volta desta época, a Ford Motor Company, temendo uma interrupção na produção de veículos devido a falta do paládio, armazenou grandes quantidades do metal adquiridos ao preço máximo. Quando os preços caíram no início de 2001, a Ford perdeu quase um bilhão de dólares. A demanda mundial pelo elemento aumentou de 100 toneladas em 1990 para quase 300 toneladas em 2000. A produção global de paládio a partir de minas era de 222 toneladas em 2006 de acordo com o United States Geological Survey. A maior parte do paládio é usada em conversores catalíticos na indústria automobilística. Atualmente o preço do paládio já atingiu um preço record de $1800 por troy ounce em Outubro de 2019, tornando-se o material precioso mais caro do grupo dos 4 metais mais preciosos. Na atualidade, existem preocupações sobre o suprimento contínuo de paládio devido aos conflitos na Ucrânia, em função de eventuais sanções que a Rússia poderia sofrer que reduziria a exportação do elemento levando a um déficit no mercado mundial. Na ficção No filme Homem de Ferro o paládio é o metal usado por Tony Stark para manter fragmentos de metal longe de seu coração, após um ataque sofrido por terroristas, acompanhado de um eletroímã em seu peito. O paládio é o componente central do reator Arc, uma pequena estrutura que agia como fonte de energia para o eletroímã e para as armaduras do Homem de Ferro. No filme Homem de Ferro 2 Stark substituiu o paládio por um novo elemento químico sintetizado por ele, para evitar a intoxicação gerada pelo paládio em seu corpo. Cloreto de Paladio Cloreto de paládio (II), ou cloreto paladioso, também conhecido como dicloreto de paládio, é o composto químico com a fórmula PdCl2. PdCl2 é um material comum de partida para a química do paládio - catálises baseadas em paládio são de particular valor em síntese orgânica. É preparado pela cloração do paládio. Compostos Fluoreto: Fluoreto de paládio(II) Cloreto: Cloreto de paládio(II) Brometo: Brometo de paládio(II) Iodeto: Iodeto de paládio(II)
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O césio () é um elemento químico de símbolo Cs e número atómico 55, com massa atômica de 132,9 u. Trata-se de um metal alcalino macio de cor prateada-dourada, com um ponto de fusão de 28,44 °C (301,59 K), um dos únicos cinco metais elementares que se podem encontrar em estado líquido a temperatura ambiente. As suas propriedades físicas e químicas assemelham-se às do rubídio e às do potássio. É extremamente reactivo e pirofórico, reagindo com a água a temperaturas de até . É o elemento químico menos electronegativo e só tem um isótopo estável, o césio-133. É obtido principalmente pela extracção do mineral polucita, enquanto que os seus radioisótopos, em especial o césio-137 que é um produto de fissão, é obtido dos resíduos produzidos pelos reactores nucleares. Foi descoberto em 1860 pelos cientistas alemães Robert Bunsen e Gustav Kirchhoff por meio do método de análise espectral. O seu nome deriva do latim caesius, que significa "céu azul". As primeiras aplicações a pequena escala deste elemento foram feitas em tubos de vácuo e células fotoeléctricas. Em 1967, com base na definição da velocidade da luz de Einstein que a caracteriza como a dimensão mais constante do universo, o Sistema Internacional de Unidades isolou duas emissões de ondas específicas do espectro do césio-133 para definir as medidas do segundo e do metro. Desde então o césio tem sido habitualmente utilizado em relógios atómicos de alta precisão. Desde os anos 1990 a sua principal aplicação foi na forma de formiato de césio para fluidos de perfuração, mas o elemento é também utilizado em aplicações eléctricas, electrónicas e químicas. O isótopo radioactivo césio-137 apresenta uma meia-vida de cerca de 30 anos e é usado em aplicações médicas, industriais e hidrológicas. O elemento apresenta uma ligeira toxicidade, e é considerado um metal perigoso, portanto os seus radioisótopos apresentam um risco para a saúde se libertados no ambiente. Características principais O espectro eletromagnético tem duas linhas brilhantes na região azul do espectro junto com diversas outras linhas no vermelho, amarelo, e no verde. Este metal é macio, dúctil, de coloração ouro prateado. O césio é o mais eletropositivo , o mais alcalino e o de menor potencial de ionização entre todos os elementos, à exceção do frâncio. O césio é o menos abundante dos cinco metais alcalinos radioativos. Tecnicamente o frâncio é o metal alcalino menos comum (menos de trinta gramas na terra inteira) e, sendo altamente radioativo, sua abundância pode ser considerada como zero em termos práticos. Junto com o gálio e o mercúrio, o césio é um dos poucos metais que se encontra no estado líquido na temperatura ambiente (líquido acima de 28,5 °C). O césio reage explosivamente com a água fria (pirofórico) e , também, com o gelo em temperaturas acima de -116 °C. O hidróxido de césio obtido , (CsOH) é a base mais forte conhecida e ataca o vidro. Aplicações Dentre as principais aplicações atuais deste elemento químico, destacam-se as seguintes: Cs-133 é utilizado na construção de relógios atômicos, os quais são referência para a determinação da unidade de tempo do Sistema Internacional de Unidades: o segundo; Cs-134 foi usado na hidrologia como medida de determinação da produção de césio nas indústrias de energia nuclear. Este isótopo de césio é usado com essa finalidade porque, apesar de ser menos comum que o Cs-133 ou o Cs-137, é produzido unicamente por reações nucleares. O Cs-135 também foi usado com essa função; Da mesma maneira que os outros elementos do grupo 1, o césio tem uma grande afinidade pelo oxigênio e, por isso, é usado como "getter " em tubos de vácuo; Este metal também é usado em células fotoelétricas porque ioniza-se quando exposto a luz; É usado como catalisador na hidrogenação de certos compostos orgânicos; Isótopos radioativos de césio são usados no campo médico para tratar de certos tipos de câncer; O fluoreto de césio é usado extensivamente na química orgânica como base e como fonte de íons fluoretos. Este metal tem sido usado mais recentemente em sistemas de propulsão iônica. História O césio foi descoberto por Robert Bunsen e Gustav Kirchhoff em 1860 numa água mineral de Dürkheim, Alemanha, através de análise espectrográfica. Sua identificação foi baseada nas linhas azuis brilhantes do seu espectro, sendo o primeiro elemento descoberto por análise espectral. O primeiro metal de césio foi produzido em 1881. Desde 1967 o Sistema Internacional de Medidas ( SI ) tem definido o segundo como ciclos da radiação que corresponde a transição entre dois níveis de energia do átomo de césio-133, no estado fundamental. Historicamente, o primeiro e mais importante uso do césio tem sido na pesquisa e desenvolvimento de aplicações químicas e elétricas. Ocorrência O césio existe na lepidolita, polucita ( silicato de alumínio e césio hidratado ) e em outras fontes. Uma das fontes mundiais mais significativas deste metal são encontradas no Lago Bernic em Manitoba ( Canadá ). São estimados nesta região depósitos de 300 mil toneladas de polucita com uma média de 20% de césio. Minerais de césio também são encontrados nos Estados Unidos ( Dakota do Sul e Maine ), África Austral ( Karib ) e em Zimbábue (Bikita). O césio é obtido por eletrólise do cianeto fundido ou de numerosas outras maneiras. Césio excepcionalmente puro, no estado gasoso , pode ser obtido pela decomposição térmica do nitreto de césio. Os principais compostos de césio são os seus cloretos e nitratos. Isótopos O césio tem 32 isótopos conhecidos, quantidade maior do que qualquer outro elemento, exceto o frâncio. As massas atômicas destes isótopo variam de 114u a 145 u. Mesmo que este elemento apresente o maior número de isótopos, tem somente um isótopo natural estável: Cs-133. O radioisótopo Cs-137 foi usado em estudos hidrológicos, do mesmo modo que o 3H (trítio). O Cs-137 pode advir da detonação de armas nucleares, de emissões de centrais nucleares, como ocorreu na explosão da usina de Chernobyl em 1986, do vazamento de refrigeradores de reatores nucleares, através de defeito do isolamento do combustível produzido e do mau gerenciamento de rejeitos hospitalares, como ocorreu no acidente radiológico de Goiânia-GO. A partir de 1954, com o início dos testes nucleares, o Cs-137 liberado para a atmosfera passou a ser detectado. Uma vez que o Cs-137 entra na atmosfera, prontamente é absorvido pela água e, como consequência, pelo solo. O radioisótopo Cs-137 apresenta uma meia-vida de aproximadamente 30 anos. Césio-137 O Césio-137, assim como qualquer outro isótopo, possui forte tendência para fixar-se no solo, porém possui alta mobilidade somente em solos orgânicos, o que não ocorre em solos minerais, facilitando a sua bioacumulação em plantas e dificultando sua lixiviação para rios e lagos. Sua retenção é predominante em solo rico em minerais micáceos. Esse isótopo do césio foi o responsável por causar o acidente radiológico de Goiânia, considerado um dos maiores acidentes radioativos já ocorridos. Precauções O césio metálico é altamente explosivo em água fria. Alguns de seus radioisótopos são altamente perigosos para o ambiente e para os humanos. O hidróxido de césio é uma base extremamente forte, e ataca o vidro. O Cs-137 é perigoso à saúde humana por causar infertilidade e câncer em pequenas doses. Os principais sintomas de contaminação são náusea, vômito, diarreia e tonturas, sintomas clássicos da síndrome aguda da radiação, podendo causar insuficiência da medula óssea, lesões dérmicas e até mesmo levar ao óbito. Os íons de césio podem causar bloqueio nos canais de potássio de membranas biológicas, onde adquire característica bioacumulativa, inutilizando a funcionalidade da bomba de sódio/potássio. Los Alamos National Laboratory - Caesium Ligações externas
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O gadolínio (nomeado em homenagem ao químico Johan Gadolin) é um elemento químico de símbolo Gd e de número atómico igual a 64 (64 prótons e 64 elétrons), com massa atómica 157,25 u. À temperatura ambiente, o gadolínio encontra-se no estado sólido. Faz parte do grupo das terras raras. Foi descoberto em 1880 por Jean Charles Galissard de Marignac. Características principais O gadolínio é uma terra rara, branco prateado, maleável, dúctil com um brilho metálico. Cristaliza na forma hexagonal que é a forma alfa, à temperatura ambiente. Quando aquecido a 1508 K transforma-se na sua forma beta, que é uma estrutura cristalina cúbica de corpo centrado. Ao contrário dos demais elementos terras raras, o gadolínio é relativamente estável no ar seco, porém perde o brilho rapidamente no ar úmido formando um óxido que adere frouxamente a superfície que, se for retirado, expõe a superfície a uma oxidação adicional. O gadolínio reage lentamente com a água e é solúvel em ácido diluído. O gadolínio tem a mais elevada secção de captura de nêutrons térmicos conhecido entre os elementos, 49,000 barns, porém tem uma rápida taxa de perda de efetividade , limitando utilidade como barras de controle em centrais de fissão nuclear. O gadolínio torna-se supercondutor abaixo de uma temperatura crítica de 1,083 K (-272,067 Celsius). É fortemente magnético à temperatura ambiente, pelo fato de ser o único metal a apresentar propriedades ferromagnéticas, à exceção dos metais de transição do período 4 da tabela periódica. Aplicações Cristais de gadolínio e ítrio têm aplicações em micro-ondas. Compostos de gadolínio são usados para a produção de fosfório, ativador de cor em tubos de TV coloridas. Soluções de compostos de gadolínio são usadas como contrastes intravenosos para realçar imagens em ressonância magnética. O gadolínio é usado para a manufatura de compact discs ( CDs ) e memórias de computador. É usado como componente de materiais para a fabricação de telescópios a lasers. O gadolínio possui propriedades metalúrgicas incomuns. Em quantidades pequenas, próximas de 1% , adicionado a ligas de ferro , crômio ou outras, melhora a facilidade de trabalho com estas ligas e aumenta a resistência a corrosão e as elevadas temperaturas. História O gadolínio foi assim nomeado a partir do mineral gadolinita, por sua vez nomeado em homenagem ao químico e geólogo finlandês Johan Gadolin. Em 1880, o químico suíço Jean Charles Galissard de Marignac observou linhas espectroscópicas, devidas à presença do gadolínio, em amostras de didímio e gadolínia (óxido de gadolínio). Como se percebeu que a gadolínia era um óxido de um novo elemento, é-lhe creditada a descoberta do gadolínio. O químico francês Paul Émile Lecoq de Boisbaudran, em 1886, trabalhando independentemente de Marignac, separou o gadolínio metálico do óxido de gadolínio. Ocorrência O gadolínio nunca é encontrado livre na natureza, porém ocorre em diversos minerais como a monazita e a bastnasita, que são óxidos. É preparado, atualmente, por técnicas como troca iônica e extração de solvente, ou por redução de seu fluoreto anidro com cálcio metálico. Compostos Os principais compostos do gadolínio são: Fluoretos: GdF3 Cloretos: GdCl3 Brometos: GBr3 Iodetos: GdI3 Óxidos: Gd2O3 Sulfetos: Gd2S3 Nitretos: GdN Isótopos O gadolínio natural é composto por 6 isótopos estáveis: 154Gd, 155Gd, 156Gd, 157Gd, 158Gd, 160Gd e 1 radioisótopo, o 152Gd , sendo o 158Gd o mais abundante (abundância natural de 24,84%). Foram descritos trinta radioisótopos, sendo os mais estáveis o 160-Gd com uma meia-vida de 1,3 · 1021 anos, o 152Gd com uma meia-vida de 1,08 · 1014 anos e o 150Gd com uma meia-vida de 1,79 · 106 anos. Todos os demais isótopos radioativos apresentam meias-vidas abaixo de 74.7 anos, e a maioria destes com meias-vidas abaixo de 24,6 segundos. Este elemento tem 4 metaestáveis, sendo os mais estáveis o 143mGd ( t½ 110 segundos), o 145mGd ( t½ 85 segundos) e o 141mGd ( t½ 24,5 ). O primeiro modo de decaimento antes do isótopo mais estável, 158Gd, é a captura eletrônica, e o primeiro modo após é a emissão beta menos. Os primeiros produtos de decaimento antes do 158Gd são os isótopos do elemento Eu (Európio) e os primeiros produtos após são os isótopos do elemento Tb (térbio). Papel biológico Complexos de Gadolínio são utilizados como contrastes em RMN, entretanto relata-se que é um estimulante do metabolismo. Em animais aquáticos provoca danos nas membranas celulares. Precauções Como os demais lantanídios, os compostos do gadolínio apresentam toxicidade de baixa a moderada, embora sua toxicidade não fosse investigada em detalhe. Ligações externas
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O (também conhecido como volfrâmio ou wolfrâmio) é um elemento químico de símbolo W e número atômico 74. Um metal de cor branco cinza sob condições padrão, quando não combinado (o tungstênio é encontrado na natureza apenas combinado com outros elementos). Foi identificado como um novo elemento em 1781, e isolado pela primeira vez como metal em 1783. Os seus minérios mais importantes são a volframita e a scheelita. O elemento livre é notável pela sua robustez, especialmente pelo fato de possuir o mais alto ponto de fusão de todos os metais e o segundo mais alto entre todos os elementos, a seguir ao carbono. Também notável é a sua alta densidade, 19,3 vezes maior do que a da água, comparável às do urânio e ouro, e muito mais alta (cerca de 1,7 vezes) que a do chumbo. O tungstênio com pequenas quantidades de impurezas é frequentemente frágil e duro, tornando-o difícil de trabalhar. Contudo, o tungstênio muito puro é mais dúctil, e pode ser cortado com uma serra de metais. A forma elementar não combinada é usada sobretudo em aplicações eletrônicas. As muitas ligas de tungstênio têm numerosas aplicações, destacando-se os filamentos de lâmpadas incandescentes, tubos de raios X (como filamento e como alvo), e superligas. A dureza e elevada densidade do tungstênio tornam-no útil em aplicações militares como projéteis penetrantes. Os compostos de tungstênio são geralmente usados industrialmente como catalisadores. O tungstênio é o único metal da terceira série de transição que se sabe ocorrer em biomoléculas, usadas por algumas espécies de bactérias. É o elemento mais pesado que se sabe ser usado por seres vivos. Porém, o tungstênio interfere com os metabolismos do molibdênio e do cobre, e é algo tóxico para a vida animal. História Os primeiros relatos de que se sabe hoje fazerem referência a ocorrências deste elemento remontam ao século XVI. Nessa altura, os mineiros que extraíam minério de estanho nos Montes Metalíferos relatavam a existência de um mineral que acompanhava o minério de estanho, e que reduzia o rendimento da extração deste metal a partir do minério. Johann Gottlob Lehmann, em 1761, foi o primeiro a fundir cristais puros de volframita em nitrato de sódio. A existência do tungstênio seria proposta, pela primeira vez, em 1779, por Peter Woulfe, o qual após examinar a volframita, concluiu que este mineral continha uma nova substância. Em 1781, Carl Wilhelm Scheele descobriu que um novo ácido, o ácido túngstico, podia ser obtido a partir da scheelita (então chamada tungstenita). Scheele e Torbern Bergman sugeriram que poderia ser possível obter um novo metal por meio da redução deste ácido. Em 1783, Juan José e Fausto Delhuyar descobriram um ácido obtido da volframita que era idêntico ao ácido túngstico. Mais tarde nesse mesmo ano, na Espanha, os irmãos conseguiram isolar o tungstênio por meio da redução do seu ácido com carvão vegetal, sendo-lhes creditada a descoberta deste elemento, publicada em setembro de 1783 na obra Analisis quimico del volfram, y examen de un nuevo metal,que entra en su composicion. As primeiras aplicações do tungstênio começaram a ser desenvolvidas em meados do século XIX, química (1847) e aços (1855), e no início do século XX, filamentos (1903) e carbetos (1913). Durante a Segunda Guerra Mundial, o tungstênio teve um papel significativo nos negócios políticos de bastidores. Portugal, como principal produtor europeu do elemento, foi pressionado por ambos os lados, devido às suas jazidas de minério de volframita. A resistência do tungstênio a altas temperaturas e a sua capacidade de aumentar a resistência de ligas metálicas tornavam-no uma matéria-prima importante para a indústria do armamento. Etimologia O termo "tungstênio" tem origem nos termos nórdicos tung sten, significando "pedra pesada", utilizados por Axel Fredrik Cronstedt em 1757 para designar o mineral que hoje se designa scheelita, descoberto na Suécia em 1750. É usado em muitas línguas como nome deste elemento. O termo "volfrâmio" (ou "wolfrâmio"), usado em muitas línguas europeias (sobretudo línguas eslavas e germânicas), deriva do mineral volframita. Este, por seu lado, deriva do alemão "wolf rahm" ("fuligem de lobo", "creme de lobo"), o nome dado ao tungstênio por Johan Gottschalk Wallerius em 1747, e do qual derivou também o símbolo químico do elemento, W. "Wolf rahm" por sua vez deriva de "Lupi spuma", o nome usado por Georg Agricola para este elemento em 1546, traduzido para português como "espuma" ou "creme de lobo" (a etimologia não é certa), e é uma referência às grandes quantidades de estanho perdidas na extração deste metal devido à presença de volframita no minério que continha o estanho. Características Propriedades físicas O tungstênio na sua forma impura é um metal de cor branca a cinza, frequentemente frágil e difícil de trabalhar, mas quando puro, pode ser facilmente trabalhado. Pode ser cortado com uma serra de metais, forjado, trefilado, extrudido ou sinterizado. Dentre todos os metais na forma pura, o tungstênio tem o mais alto ponto de fusão (3 422 °C), a menor pressão de vapor e (a temperaturas acima de 1 650 °C) a maior resistência à tração. Apresenta o menor coeficiente de expansão térmica entre todos os metais puros. A pequena expansão térmica e os elevados ponto de fusão e resistência do tungstênio devem-se a ligações covalentes fortes formadas entre os átomos de tungstênio pelos elétrons 5d. A ligação de pequenas quantidades de tungstênio com o aço aumenta muito a resistência deste último. O tungstênio, quando exposto ao ar, forma na sua superfície um óxido (sempre trióxido de tungstênio, WO3) protetor quando formado entre os 327 e os 400 °C, porém pode ser oxidado em alta temperatura. Propriedades químicas O tungstênio elementar é resistente ao ataque de ácidos, bases e oxigénio. O estado de oxidação mais comum do tungstênio é +6, porém exibe todos os estados de oxidação desde −2 até +6. A combinação típica do tungstênio é com o oxigênio, formando trióxido de tungstênio amarelo, WO3, solúvel em soluções aquosas alcalinas originando íons tungstato, WO42-. Os carbetos de tungstênio (W2C e WC) são produzidos ao aquecer tungstênio em pó com carbono. W2C é resistente ao ataque químico, embora reaja fortemente com o cloro para formar hexacloreto de tungstênio (WCl6). Em solução aquosa, o tungstato dá origem a heteropoliácidos e ânions de polioxometalato sob condições neutras ou ácidas. À medida que o tungstato é submetido à ação do ácido, começa por produzir-se "paratungstato A", um íon solúvel e metaestável, W7O24−6, que com o tempo se converte no ânion menos solúvel "paratungstato B", H2W12O42−10. A acidificação adicional produz o ânion muito solúvel metatungstato, H2W12O40−6, após o que é atingido o equilíbrio. O íon metatungstato existe na forma de um agrupamento simétrico de doze octaedros tungstênio-oxigênio conhecidos como ânion de Keggin. Muitos outros ânions existem como espécies metaestáveis. A inclusão de um átomo diferente, como o fósforo, no lugar dos dois hidrogênios centrais do metatungstato, produz uma ampla variedade de heteropoliácidos, como o ácido fosfotúngstico (H3PW12O40). O trióxido de tungstênio pode formar compostos de intercalação com os metais alcalinos. Estes compostos são conhecidos como bronzes; um exemplo é o bronze de sódio-tungstênio. Isótopos O tungstênio de ocorrência natural consiste de cinco isótopos cujas meias-vidas são tão longas que podem ser considerados estáveis. Teoricamente, todos eles decaem para isótopos do elemento 72 (háfnio) por emissão alfa, mas tal apenas foi observado para o 180W com uma meia-vida de (1,8 ± 0.2)×1018 anos; em média, isto resulta em cerca de duas emissões alfa do 180W em um grama de tungstênio natural, por ano. Não foi observado o decaimento dos outros isótopos de ocorrência natural, restringindo as suas meias-vidas a: 182W, T1/2 > 8,3×1018 anos 183W, T1/2 > 29×1018 anos 184W, T1/2 > 13×1018 anos 186W, T1/2 > 27×1018 anos Foram caracterizados outros 30 radioisótopos artificiais, dos quais os mais estáveis são 181W com meia-vida de 121,2 dias, 185W com meia-vida de 75,1 dias, 188W com meia-vida de 69,4 dias, 178W com meia-vida de 21,6 dias, e 187W com meia-vida de 23,72 h. Todos os restantes isótopos radioativos têm meias-vidas menores do que 3 horas, e a maioria deles tem meias-vidas abaixo dos 8 minutos. O tungstênio tem também 4 meta-estados, sendo o mais estável 179mW (T½ 6,4 minutos). Ação biológica O tungstênio, com número atômico 74, é o mais pesado elemento químico que se sabe ser biologicamente funcional, seguido pelo iodo (Z = 53). Embora não o seja nos eucariotas, o tungstênio é usado por algumas bactérias. Por exemplo, enzimas chamadas oxirredutases usam o tungstênio de modo similar ao molibdênio ao usarem-no num complexo tungstênio-pterina com molibdopterina (a molibdopterina, apesar do nome, não contém molibdênio, mas pode formar complexos tanto com o molibdênio como com o tungstênio usados pelos seres vivos). As enzimas utilizadoras do tungstênio tipicamente reduzem ácidos carboxílicos a aldeídos. Contudo, as oxirredutases de tungstênio podem também catalisar oxidações. A primeira enzima que se descobriu requerer tungstênio requer também selênio, e neste caso o par tungstênio-selênio pode funcionar de modo análogo ao par molibdênio-enxofre de algumas enzimas que requerem cofator de molibdênio. Sabe-se que uma das enzimas da família das oxirredutases que por vezes usa o tungstênio (a formato desidrogenase H bacteriana) usa uma versão selênio-molibdênio da molibdopterina. Embora se saiba que uma xantina desidrogenase bacteriana contendo tungstênio pode conter tungstênio-molibdopterina, bem como selênio não ligado a proteína, não foi ainda descrito de modo definitivo um complexo tungstênio-selênio. Outros efeitos bioquímicos No solo, o tungstênio metálico oxida produzindo-se o ânion tungstato. Pode ser importado de modo seletivo ou não seletivo por alguns organismos procariotas e poderá substituir o molibdato em certas enzimas. O seu efeito sobre a ação destas enzimas é em alguns casos inibitório e em outros positivo. Pensa-se que uma enzima portadora de tungstato nos eucariotas seria inerte. A química do solo determina como o tungstênio é polimerizado; solos alcalinos causam tungstatos monomêricos; solos ácidos causam tungstatos poliméricos. O tungstato de sódio e o chumbo foram estudados pelo seu efeito sobre as minhocas. Descobriu-se que o chumbo era letal em doses baixas e que o tungstato de sódio era muito menos tóxico, mas o tungstato inibia completamente a sua capacidade reprodutiva. O tungstênio foi estudado como antagonista metabólico do cobre biológico, num papel similar à ação do molibdênio. Descobriu-se que os tetratiotungstatos podem ser usados como compostos de quelação do cobre biológico, de modo similar aos tetratiomolibdatos. Aplicações Aproximadamente metade do tungstênio é consumido para a produção de materiais duros (carbeto de tungstênio), sendo a outra aplicação importante o seu uso em ligas e aços. Menos de 10% é usado na produção de compostos químicos. Materiais duros O tungstênio é usado sobretudo na produção de materiais duros baseados no carbeto de tungstênio (WC), um dos carbetos mais duros, com um ponto de fusão de 2 777 °C. WC é um bom condutor elétrico, mas W2C não tanto. WC é usado na fabricação de abrasivos resistentes ao desgaste, ferramentas de corte e lâminas de perfuradoras, serras circulares, e ferramentas de fresadoras e tornos mecânicos usadas nas indústrias de metal-mecânica, transformação de madeira, mineração, petróleo e construção e representa cerca de 60% do consumo atual de tungstênio. A indústria de joalheria fabrica anéis de carbeto de tungstênio sinterizado, compósitos de carbeto/metal de tungstênio, e também de tungstênio metálico. Por vezes os fabricantes e retalhistas referem-se ao carbeto de tungstênio como um metal, mas trata-se realmente de um material cerâmico. Por causa da dureza do carbeto de tungstênio, os anéis feitos deste material são extremamente resistentes à abrasão, e mantêm um acabamento brilhante por muito mais tempo que os anéis feitos com tungstênio metálico. Contudo, os anéis de carbeto de tungstênio são frágeis, e podem fissurar com um impacto forte. Ligas A dureza e densidade do tungstênio são utilizadas para obtenção de ligas de metais pesados. Um bom exemplo é o aço rápido, que pode conter até 18% de tungstênio. O ponto de fusão do tungstênio torna-o um bom material para aplicações como bocal do motor de foguetes Superligas contendo tungstênio, como Hastelloy e Estelite, são usadas nas lâminas de turbinas e em peças e revestimentos resistentes ao desgaste. Armamento O tungstênio, geralmente em liga com níquel e ferro ou cobalto para formar ligas pesadas, é usado em penetradores por energia cinética como alternativa ao urânio empobrecido, em aplicações nas quais as propriedades pirofóricas do urânio não são requeridas (por exemplo em munições de armas ligeiras concebidas para penetrarem proteções pessoais). De igual modo, as ligas de tungstênio têm sido também utilizadas em obuses de artilharia, granadas e mísseis, para criar estilhaços supersônicos. O tungstênio também tem sido usado em explosivos de metal inerte denso, na forma de pó denso para reduzir danos colaterais ao mesmo tempo que aumenta a letalidade dos explosivos num raio pequeno. Aplicações químicas O sulfeto de tungstênio (IV) é um lubrificante de alta temperatura e é um componente dos catalisadores de hidrodessulfurização. MoS2 é mais vulgarmente usado em tais aplicações. Os óxidos de tungstênio são usados em esmaltes cerâmicos e os tungstatos de cálcio/magnésio são largamente usados em lâmpadas fluorescentes. Cristais de tungstatos são usados como cintiladores em física nuclear e medicina nuclear. Outros sais de tungstênio são usados nas indústrias química e de curtumes. A incorporação de tungsténio aumenta as propriedades catalíticas dos catalisadores de óxidos mistos do tipo Mo5O14 para a oxidação do propileno em ácido acrílico. O ácido tungstofosfórico suportado pode ser usado como catalisador. Outros usos Aplicações que requerem a sua alta densidade incluem dissipadores de calor, pesos, contrapesos, lastros de quilha para iates, lastros de cauda para aviões comerciais, e lastros em carros de corrida da NASCAR e Fórmula 1. É um material ideal para uso em maços para rebitagem, onde a massa necessária para obter bons resultados pode ser conseguida com uma barra compacta. Ligas de alta densidade de tungstênio com níquel, cobre ou ferro são usadas em dardos de alta qualidade (para permitir um menor diâmetro e logo agrupamentos mais apertados) ou em iscas artificiais (contas de tungstênio permitem que a mosca se afunde rapidamente). Alguns tipos de cordas de instrumentos musicais são enroladas com fios de tungstênio. A sua densidade, semelhante à do ouro, permite que o tungstênio seja usado em joalheria como uma alternativa ao ouro ou à platina. O tungstênio metálico é mais duro que as ligas de ouro (embora não tão duro como o carbeto de tungstênio), e é hipoalergênico, o que o torna útil para a fabricação de anéis resistentes aos riscos, especialmente em desenhos com acabamento escovado. Eletrônica Dado que retém a sua resistência a altas temperaturas e tem alto ponto de fusão, o tungstênio elementar é usado em muitas aplicações de alta temperatura, como filamentos de lâmpadas, tubos de raios catódicos e válvulas termiônicas, resistências de aquecimento, e tubeiras de foguetes. O seu alto ponto de fusão torna o tungstênio também apropriado para usos aeroespaciais e a altas temperaturas como aplicações em soldagem, notavelmente na soldagem TIG (também chamada de soldagem de tungstênio gás inerte). Devido a suas propriedades condutoras e relativa inércia química, o tungstênio é usado em elétrodos, e nas extremidades emissoras de instrumentos de feixe de elétrons que usam canhões de emissão de campo tais como microscópios eletrônicos. Em eletrônica, o tungstênio é usado como material de interligação em circuitos integrados, entre o material dielétrico dióxido de silício e os transístores. É usado em películas metálicas, que substituem a cablagem usada na eletrônica convencional por um revestimento de tungstênio (ou molibdênio) sobre silício. A estrutura eletrônica do tungstênio torna-o um dos principais materiais usados em alvos de raios X, e também para blindagem de radiações de alta energia (como na indústria radiofarmacêutica para conter amostras radioativas de fluorodesoxiglicose. O pó de tungstênio é usado como material de enchimento em plásticos compósitos, que são usados como substitutos não tóxicos do chumbo em balas, e escudos antirradiação. Dado que a expansão térmica deste elemento é semelhante à do vidro borossilicato, é usado na fabricação de vedantes de juntas vidro-metal. A temperatura de transição para a supercondutividade do tungstênio puro, é menor do que 0,01 K, contudo, várias ligas de tungstênio têm temperaturas de transição de até alguns K e são por vezes utilizadas em circuitos supercondutores de baixa temperatura. Ocorrência e produção O tungstênio é encontrado nos minerais volframita (tungstato de ferro-manganês, FeWO4/MnWO4), scheelita (tungstato de cálcio, CaWO4), ferberita, stolzita e hubnerita. Importantes depósitos destes minerais situam-se na Bolívia, na Califórnia e Colorado (Estados Unidos), na China, na Áustria, em Portugal (Mina da Panasqueira), na Rússia e na Coreia do Sul (com a China produzindo aproximadamente 75% da demanda mundial). Em 2008, produziram-se aproximadamente 62 200 toneladas de concentrados de tungstênio. O tungstênio é extraído dos seus minérios em várias etapas. O minério acaba por ser convertido em óxido de tungstênio (IV) (WO3), o qual é aquecido com hidrogênio ou carbono para produzir pó de tungstênio. Por causa do elevado ponto de fusão do tungstênio, não é comercialmente viável moldar lingotes de tungstênio. Em vez disso, o tungstênio em pó é misturado com pequenas quantidades de níquel ou outro metal pulverizado, e sinterizado. Durante o processo de sinterização, o níquel difunde-se no tungstênio produzindo uma liga. O tungstênio também pode ser extraído pela redução com hidrogênio do hexafluoreto de tungstênio (WF6): WF6 + 3 H2 → W + 6 HF ou decomposição pirolítica: WF6 → W + 3 F2 (ΔHr = +) O tungstênio não é negociado por contratos de futuros e não pode ser seguido nas bolsas como a London Metal Exchange. O preço do metal puro era cerca de 20 075 dólares por tonelada em outubro de 2008. Precauções Dado que o tungstênio é raro e os seus compostos geralmente inertes, os efeitos do tungstênio sobre o ambiente são limitados. A dose letal mediana LD50 depende fortemente do animal e do método de administração e varia de 59 mg/kg (intravenosa, coelho) a 5 000 mg/kg (pó de tungstênio metálico, intraperitoneal, ratos). Pedido de patente O tungstênio é único entre os elementos por ter sido objeto de procedimentos legais. Em 1928, um tribunal dos Estados Unidos rejeitou a tentativa da General Electric para patenteá-lo, revogando a patente dos Estados Unidos nº #1 082 933 concedida em 1913 a William D. Coolidge. Ligações externas Los Alamos National Laboratory - Tungsten Palavras que diferem em versões da língua portuguesa
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Brandoa foi uma freguesia portuguesa do município da Amadora, com 2,22 km² de área e 17 805 habitantes (2011). Densidade: 8 020,3 hab/km². Foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo agregado a freguesia de Alfornelos, para formar uma nova freguesia denominada Encosta do Sol. População Criada pela Lei 45/79 , de 11 de Setembro História As primeiras referências que existem sobre este local datam de 1575. Nos arredores de Lisboa havia uma quinta de nome Brandoa. O nome da quinta teve origem nos seus proprietários – Dr.º Jerónimo Vaz Brandão e mais tarde a sua filha Maria Brandoa. Brandoa é uma palavra de origem céltica, que advém do nome feminino, cuja forma mais antiga, tem como terminação o ditongo nasal ão que passa ao, exemplo: Brandão / Brandoa. A quinta pertenceu sucessivamente a várias famílias, estando no final da década de 50 (1958/1959) na posse da família Freitas que, devido a problemas financeiros, hipotecam a quinta por 800 contos. Data também dessa altura o início do loteamento ilegal. Em meados de 1960 dá-se início ao processo de construção clandestina. Este processo está directamente relacionado com o surto emigratório das populações do campo para a cidade, o que veio provocar uma falta de resposta da grande cidade ao problema da habitação. A Brandoa era uma zona de fácil acesso, pois encontrava-se na periferia da cidade e nos limites do Concelho de Oeiras, local pouco vigiado pelos fiscais camarários. A 1ª fase de construção foi na vertente da Paiã, sendo os construtores, na maioria operários da construção civil, os próprios habitantes dos prédios. Em 1961 a Câmara Municipal de Oeiras publica vários anúncios nos jornais e editais, alertando para o facto de toda a construção na zona da Brandoa ser clandestina e se encontrar por isso sujeita a demolição. Mas estes avisos não evitaram a proliferação dos prédios. Em 1962 devido ao número de prédios já edificados (360) a Câmara propõe, pela primeira vez, a urbanização desta área. Mas a resolução do problema tarda em chegar. Em 1969 verifica-se o desmoronamento de um prédio de 6 andares. A partir desta data a Brandoa é o centro das atenções das entidades públicas e órgãos de comunicação social nacionais e estrangeiros. As entidades camarárias e governamentais são então chamadas a "responder" pelo desenvolvimento de um bairro clandestino com as dimensões da Brandoa. A Câmara manda embargar todos os prédios em construção. A Brandoa passa então a ser denominada o "maior bairro clandestino da Europa". Em 1971 já existe no Bairro uma Comissão de Moradores que reivindica alguns melhoramentos, como é o caso da água, electricidade, saneamento básico e asfaltamento das vias de comunicação. No ano seguinte iniciam-se algumas obras de saneamento básico. Em 1973 é constituído o Gabinete do Plano da Brandoa, que faz o levantamento do cadastro da propriedade e que classifica os edifícios com o objectivo de efectuar obras de melhoramentos. O trabalho deste Gabinete nunca chegou a ser concluído. E as condições de vida da população residente não sofreram alterações significativas. É também a partir deste período que o Movimento Associativo começa a desenvolver-se nas suas variadas componentes (social, cultural e desportiva). No dia 1 de Novembro de 1975, o Padre Sidónio Peixe assume a responsabilidade Pastoral da Brandoa. A sua presença e preserverança, foi decisiva para a evolução da Brandoa. Escolhe como Padroeira, Santa Teresinha do Menino Jesus. Foi-lhe atribuído o nome de uma Avenida, junto à Igreja Paroquial, já em 2012. Em 1979 é criado o Município da Amadora e no ano seguinte em 22 de Fevereiro, toma posse a primeira Junta de Freguesia da Brandoa. A Freguesia da Brandoa é então constituída por sete Bairros: Azinhaga dos Besouros; Casal de Alfornelos; Rua de Alfornelos; Urbanização de Alfornelos; 11 de Março; Quinta da Laje; e Brandoa. É a partir da década de 80 que se começam a fazer sentir as melhorias nas condições de vida da população residente. São criadas infra-estruturas básicas e equipamentos sociais como creches, o Edifício do ATL, a escolas, parques infantis, centro de apoio à população idosa, constroem-se e mantêm-se espaços verdes. Inicia-se o processo de urbanização e legalização dos prédios. A nova construção obedece já a regras de planeamento urbanístico, devidamente legalizados. Em 1989, foi inaugurado o Edifício da Igreja Paroquial. A pouco e pouco, a Brandoa começa a transformar-se, quer no seu aspecto físico, quer ao nível da população residente. As necessidades agora são outras e a Junta de Freguesia tem tentado responder aos anseios da população, dinamizando e apoiando uma série de actividades no âmbito cultural, recreativo e desportivo, possibilitando à população residente uma melhor qualidade de vida e tentando que esta localidade não seja apenas um dormitório da grande cidade. Em 1997 procedeu-se à divisão administrativa da Freguesia dando origem à nova Freguesia de Alfornelos, vem transformar a realidade física e social da Brandoa, que passou a ser constituída apenas pelos Bairros da Brandoa, Casal e Rua de Alfornelos. No ano 2002, na Brandoa esteve a funcionar o espaço de internet e serviços, espaços verdes ou públicos urbanos, equipamentos para a terceira idade, o Parque Urbano da Paiã, ligações rodoviárias e ligações ao nível da rede viária entre o troço da Brandoa - Falagueira e o Casal da Mira são algumas das ocupações já definidas neste Programa. Em 2004 com a construção do Bairro da Urbanização do Casal da Mira deu-se início à expansão da zona norte da Freguesia onde se situa o Dolce Vita Tejo e um bairro residencial. No ano 2005 foi acabado o projecto de construção o Jardim Luís de Camões, financiado pelo projecto da Uniao Europeia, entretanto do ano 2006 o projecto deixou de receber o apoio e espaço foi fechado. Como alternativa a câmara sugeriu espaço da câmara municipal da amadora que fica perto da estação da Amadora. Em 2002 com a aprovação do PROQUAL (Programa Integrado de Qualificação das Áreas Suburbanas da Área Metropolitana de Lisboa) para a Brandoa, está a proceder-se à requalificação sócio-urbanística. Deste modo, prevê-se a criação de um Centro de Juventude, um Centro Cívico que terá um Centro de Dia e Centro de Convívio e Lazer. Neste equipamento, vamos instalar associações da Brandoa, um Pavilhão Polidesportivo e criar o Jardim Luís de Camões e zonas envolventes, um novo Mercado, uma nova escola que integrará creche, jardim de infância, ATL e 1º Ciclo do Ensino Básico, um centro de escritórios Ligações externas Antigas freguesias da Amadora
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Venda Nova foi uma freguesia portuguesa do município da Amadora, com 1,18 km² de área e 8 359 habitantes (2011). Densidade: 7 083,9 hab/km². O território da Venda Nova pertenceu à freguesia de Benfica até esta ser amputada, em 1886, da parte exterior à nova Estrada da Circunvalação de Lisboa. A estrada passou a constituir o limite fiscal da capital, consubstanciado com a construção das Portas de Benfica, posto onde a guarda fiscal cobrava taxas pela entrada em Lisboa de mercadorias provenientes dos concelhos limítrofes. A freguesia da Venda Nova foi criada em 12 de julho de 1997, por desanexação da então freguesia da Falagueira-Venda Nova, a qual foi renomeada na mesma altura para Falagueira. Foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada à freguesia de Falagueira, para recriar a freguesia denominada Falagueira-Venda Nova. Tem por orago Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. População Criada pela Lei 37/97 , de 12 de Julho, com lugares desanexados da freguesia da Falagueira História Desde os anos 1930 a área da Venda Nova era a mais fortemente industrializada do concelho da Amadora, que se constituía ao longo da linha de comboio Lisboa-Sintra. Localizavam-se ali indústrias como a Electroarco, J.B.Corsino, Bertrand, Sigma, Le Petite, Laboratórios Andrade, Nobre e Silva, Titan, Marcel Bon, Móveis Sousa Braga, etc. A união das empresas CEL–CAT, a Sorefame e a Electroarco deu origem ao Parque Industrial da Venda Nova. A zona tornou-se uma área de dormitórios, com uma construção de casas sem qualidade, rápida e de rendas baratas, associadas ao construtor J. Pimenta. Antigas freguesias da Amadora
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Ansiães é uma freguesia portuguesa do município de Amarante, com 27,19 km² de área e 516 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é . Património Pousada de São Gonçalo ou Pousada do Marão Casa da Cal em Ansiães pertence a família Teixeira Ribeiro da Cunha há cerca de dez séculos Demografia A população registada nos censos foi: Freguesias de Amarante
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Freixo de Baixo foi uma freguesia portuguesa do concelho de Amarante, com 5,86 km² de área e 1 434 habitantes (2011). Densidade: 244,7 hab/km². Foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada à freguesia de Freixo de Cima, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Freixo de Cima e de Baixo com sede em Freixo de Cima. População História A paróquia de Freixo de Baixo é de fundação muito antiga, tendo pertencido ao Mosteiro dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, fundado por Gotinha Godins, e seu marido D. Egas Hermigues, "o Bravo". Pensa-se que já existia em 1120. A Igreja Românica de Freixo de Baixo é uma das mais ricas deste estilo artístico no Concelho de Amarante. É considerada Monumento Nacional desde 1935 e tem data de construção do séc. XII. Devido à sua ampla torre defensiva, inclui-se no grupo das Obras Religiosas Fortificadas. Tanto o interior como o exterior do templo são de uma beleza incontestável. Merecem ainda destaque as casas da Torre da Faia e de Alvelos, construídas em quintas que no século XV eram propriedade do Abade Comendatário do Freixo, D. Francisco de Queirós. A casa de Alvelos, grande casa nobre do século XVII, foi solar da família Magalhães e Meneses, mais tarde Condes de Alvelos e Condes de Vilas Boas. Os seus descendentes venderam-na em finais do século XIX à família Costa, mais tarde feitos Viscondes de Alvelos. A casa sofreu amplas obras de beneficiação durante os séculos XIX e XX. A Casa da Torre da Faia, é um solar de estilo barroco simples. Distribui-se por três pisos (loja, andar nobre e sobrado), destacando-se a torre de quatro pisos, a escada principal de dois corpos ao centro da fachada, e a capela com altar neoclássico. A capela original foi fundada em 1673 por Jerónimo Ferraz Homem, cujo sobrinho Gaspar Pinto Ferraz era casado com a dona da casa. O neto deste, Gaspar Pinto de Magalhães Ferraz Homem, terá erigido o conjunto actual na primeira metade do século XVIII .A propriedade manteve-se na família Pinto Ferraz, até princípios do século XIX, tendo sido então deixada em testamento aos proprietários da Casa de Alvelos. Foi herdada pelo filho mais velho do Conde de Alvelos, o General Fernando de Magalhães e Menezes, que a deixou à sua filha Adelaide Vilalava de Magalhães e Menezes de Vilas Boas. Por morte desta passou a casa ao seu sobrinho José de Magalhães e Menezes Forjaz, 3.º Conde de Vilas Boas, com usufruto para um outro sobrinho Rolando van Zeller. Foi adquirida em 1987 por Fernanda Cunha de Magalhães e Menezes -filha do 3.º Conde de Vilas Boas- e Rui Thessen Ortigão de Oliveira, e constituída uma sociedade agrícola. O conjunto foi recuperado entre 1987 e 1996, sob projecto do Arquitecto Fernando Maia Pinto. Na altura a casa estava parcialmente arruinada, supostamente devido a um incêndio durante a ocupação francesa, mantendo-se apenas a torre e cozinhas em estado habitável. O interior é por isso novo, não se tendo optado por recriar estilística ou arquitectonicamente o interior de um solar setecentista. A capela foi restaurada na mesma altura por Paulo Ludgero de Castro, num trabalho substancialmente mais fidedigno que o realizado na restante casa. Património Igreja do Salvador (Freixo de Baixo) Antigas freguesias de Amarante
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Madalena foi uma freguesia portuguesa do concelho de Amarante, com 1,56 km² de área e 1 956 habitantes (2011). A sua densidade populacional é de 1 253,8 hab/km². Incluía parte da cidade de Amarante. Foi vila e sede do concelho de Gestaçô entre 1514 e o início do século XIX. O município e a freguesia sede designavam-se na altura Gestaçô, passando a freguesia a designar-se Madalena nos anos 30 do século XX. Não deve ser confundida com a freguesia de Gestaçô, do concelho de Baião. Esta tinha, no século XIX a designação de Campo de Gestaçô. Foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada às freguesias de São Gonçalo, Cepelos e Gatão, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Amarante (São Gonçalo), Madalena, Cepelos e Gatão com sede em São Gonçalo. População Antigas freguesias de Amarante
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Economia Real (plural: "reais ou réis") é a denominação de várias moedas: Real (moeda brasileira) — moeda atual do Brasil Real (moeda portuguesa) — moeda de Portugal até 1911 Real (antiga moeda brasileira) — antiga moeda do Brasil Real espanhol — antiga moeda da Espanha Desporto Real Madrid Club de Fútbol — de Madrid, Espanha Real Betis Balompié — de Sevilha, Espanha Real Salt Lake — de Sandy, Utah, Estados Unidos Real Brasília Futebol Clube — do Distrito Federal, Brasil Associação Esportiva Real — de Roraima, Brasil Geografia Municípios da Comunidade Valenciana, Espanha Real (Valência) El Real de Gandia Freguesias portuguesas Real (Amarante) Real (Braga) Real (Castelo de Paiva) Real (Penalva do Castelo) Outros usos Número real — matemática Real Academia de Samba — escola de samba de Porto Alegre Real Transportes Aéreos — antiga companhia aérea brasileira, comprada pela Varig Real (álbum) — da banda L'Arc-en-Ciel Desambiguações de topônimos
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Vila Caiz é uma freguesia portuguesa do município de Amarante, com 8,52 km² de área{{citar web|url= http://www.dgterritorio.pt/ficheiros/cadastro/caop/caop_download/caop_2013_0/areasfregmundistcaop2013_2 |título= Carta Administrativa Oficial de Portugal CAOP 2013 |publicado= IGP Instituto Geográfico Português|acessodata= 10 de dezembro de 2013|notas= descarrega ficheiro zip/Excel|arquivourl= https://web.archive.org/web/20131209063645/http://www.dgterritorio.pt/static/repository/2013-11/2013-11-07143457_b511271f-54fe-4d21-9657-24580e9b7023$$DB4AC44F-9104-4FB9-B0B8-BD39C56FD1F3$$43EEE1F5-5E5A-4946-B458-BADF684B3C55$$file$$pt$$1.zip|arquivodata= 2013-12-09|urlmorta= yes}} e 2849 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é . É dos maiores núcleos populacionais das freguesias do concelho de Amarante. História "Caiz" vem do árabe “cafiz”, medida de capacidade agrária para grãos ou sólidos usada antigamente. Os pagamentos aos senhorios eram feitos em cahizes ou cafizes.. A Freguesia de Vila Caiz terá sido outrora vila, couto e honra pertencente ao antigo concelho de Santa Cruz de Riba Tâmega até ao Liberalismo. Nunca foi sede do concelho de Santa Cruz de Ribatâmega. Até 1855 teve casa da câmara, cadeia, pelourinho, não tinha capitão-mor mas sim sargento-mor as autoridades próprias de uma honra, dependia sempre da sede do concelho de Santa Cruz de Ribatâmega em Vila Meã. A “honra” de Vila Caiz pertenceu aos senhores donatários da freguesia de Unhão, no concelho de Felgueiras. No lugar do Castelo Velho existiu um castro lusitano, ligado a inúmeras lendas, como o penedo da moura, o penedo da janela, o penedo da cabrita e o curioso penedo da gruta.. Sobre esta freguesia diz José Augusto Vieira em “O Minho Pitoresco” (1886): “A igreja paroquial é um templo regular e bem tratado, sendo a sua construção do séc. XVIII. Na aldeia de Coura existe também uma capela dedicada a S. Pedro e extremando o concelho com o do Marco eleva-se em um vistoso píncaro a capela de Nossa Senhora da Graça, santuário cuja origem se ignora, sabendo-se apenas que tivera eremitas em tempos afastados não os tendo já, porém, em 1721 por o não permitirem os arcebispos de Braga. Nesse ano, diz o “Santuário Mariano”, a igreja era bonita e tinha uma galilé elegante. Em nossos tempos caíu a ermida em abandono, de que veio tirá-la o padre António Augusto Pinto de Magalhães, conseguindo pelos seus esforços realizar uma transformação completa da vetusta ermida, a ponto de fazer dela um dos mais belos santuários marianos do Minho”. . Como descoberta mais recente mas aliada ao "pedaço" de história mais antigo, no lugar de Vilarinho foi referenciada uma necrópole lusitano-romana. Esta descoberta juntou o nome de Vila Caiz e Amarante a locais como ( Coimbra, Reguengo, Borba, Réus e Sevilha entre outros) na recolha e estudo da ocupação do Império Romano nomeadamente da circulação dos Divos de Claudio na Península Ibérica.. Geografia A Freguesia de Vila Caiz dista aproximadamente 12 km da sede do concelho, situando-se na zona sudoeste e limítrofe do concelho de Amarante estabelecendo assim transição entre o concelho de Amarante e Marco de Canaveses. Vila Caiz é fortemente marcada pelo seu acentuado relevo geográfico. Possui em sua geografia o facto de ser banhada pelo Rio Tâmega na sua zona de altitude mais baixa (Vilarinho e Passinhos), e possuir um dos pontos mais altos do Concelho de Amarante (excluindo a cadeia montanhosa do Marão e Aboboreira) a Senhora da Graça a uma altura de (460.415 m) com a Serra de Santa Cruz na sua envolvência.. Solo maioritariamente granitíco. Demografia A população registada nos censos foi: Apesar de duplicar a sua população de 1930 a 1991, Vila Caiz também denota o elevado número de emigração verificado nas décadas anteriores e atuais para países europeus como a Alemanha, França, Suíça, Andorra e Luxemburgo. Atividades Profissionais/Laboração As principais atividades da freguesia são a agricultura (patronal/familiar) presente em todas os lugares, da qual se destaca a produção de vinhos que neste caso já conta com montra internacional por parte de determinadas entidades produtoras. Outros setores importantes são a construção civil, a transformação de madeiras, e o pequeno comércio. Educação/Estabelecimentos de Ensino Escola EB-1 da Igreja- Infantário até ao 4ºano; Infantário e Escola EB-1 de Vilarinho- Infantário até ao 4ºano (atualmente inativos); Escola EB 2,3 Vila Caiz Agrupamento de Escolas Amadeo S. Cardozo- Ensino Básico (5ºano ao 9ºano); Transportes Públicos Autocarros- É feito serviço local para a sede de concelho, Amarante, não esquecendo o transporte para os locais em redor da freguesia. O autocarro assume assim um papel fundamental junto da população, principalmente a mais idosa e a mais jovem. Locais de Destaque Miradouro da Senhora da Graça (com vista deslumbrante para a Serra da Aboboreira e alcançe de vista aos concelhos limitrofes a Amarante); Capela da Nossa Senhora da Graça; Igreja Matriz datada séc XVIII (Orago S.Miguel); Lagar dos "Mouros" no lugar de Coura; Percurso da extinta Linha do Tâmega ( Livração-Amarante); Estação de C.F de Vila Caiz ( Situada no lugar de Vilarinho, a principal estação intermédia no percurso da Linha do Tâmega); Capela de Passinhos ( Orago S.Julião); Rio Tâmega (Pesca, Natureza e Naútica); Solares (Pena, Passinhos etc...); Serra de Santa Cruz (Passeios Pedestres de Montanha); Pavilhão Gimnodesportivo de Vila Caiz; Ponte de Baia ( Ponte Semi-Férrea Centenária pertencente à extinta Linha do Tâmega); Complexo Desportivo do Grupo Desportivo de Vila Caíz. Instituições/Associações/Clubes/Recreio/Cultura Grupo Cultural e Desportivo de Vila Caiz- Representante máximo do desporto (Futebol) da freguesia e dos maiores do concelho de Amarante. Dispõe de vários escalões de formação/modalidades. A nível sénior milita na Associação de Futebol de Porto- Divisão de Honra; C. Caçadores S. Cruz Ribatâmega- realça o fomento, divulgação das boas normas e prática da modalidade cinegética; Centro Ofícios e Artes Tradicionais (COART) “O Penedo do Corvo”- Divulgação e prática de Artes e Ofícios Tradicionais. Organização de eventos, teatro e aulas de Música; Centro Cívico e Social de Vila Caiz- O Centro Cívico e Social de Vila Caiz é uma Instituição Social que tem como finalidade a solidariedade social além Freguesia; Grupo de Bombos de Vila Caiz- Animação de festas e romarias com as tradicionais "arruadas" de bombos. Rancho Folclórico de Vilarinho- Representante, praticante e divulgador da "mui nobre"'' arte Etnográfica Folclórica. Visualizações e atuações a nível nacional e internacional. Associação Desportiva de Vilarinho- fomenta e dispõe de atividades aos seus associados e público em geral. Associação VITFUT- Criada em 2017, fomenta e dispõe de atividades para o público para incrementar a cultura e desporto. Festas e Romarias Festa em Honra de Nª Sra. da Graça- 1° Domingo de Agosto; Festa em Honra de São Julião (Passinhos) - Em Janeiro; Festa em Honra de São Miguel- 29 de Setembro Freguesias de Amarante
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O é um elemento químico de símbolo Po e de número atómico igual a 84 (84 prótons e 84 elétrons), com massa atómica 209 u. Pertence ao grupo VIA ou 16 da classificação periódica dos elementos. À temperatura ambiente, o polônio encontra-se no estado sólido. O polônio quando misturado ou em liga com o berílio pode ser empregado como uma fonte de nêutrons. Foi descoberto por Pierre e Marie Curie, em 1898, e por isso tem nome homenageando a Polónia, terra natal da segunda. Características principais Este elemento é radioativo, dissolvendo-se facilmente em ácidos diluídos, porém só é levemente solúvel em álcalis. É quimicamente semelhante ao bismuto e ao telúrio, sendo mais eletropositivo que o telúrio e o selênio, elementos da mesma família. O polônio-210 é um metal volátil, de baixo ponto de fusão, por isso, 50% se evapora após 45 horas numa temperatura de 326 K. Este isótopo é emissor de partículas alfa que apresenta uma meia-vida de 138,39 dias. Um miligrama deste metalóide emite tantas partículas alfa quanto 5 gramas de rádio. Um único grama de polônio-210 gera 140 watts de energia térmica. Uma grande quantidade de energia é liberada pela deterioração de apenas meio grama, alcançando rapidamente uma temperatura acima de 750 K. Alguns Curies de polônio emitidos criam um fulgor azulado causado pela excitação do ar circunvizinho Aplicações Po - Fonte de partículas alfa (foi usado na experiência de Rutherford, que levou ao modelo do átomo nucleado). Fonte de nêutrons (bombardeio de núcleos com partículas alfa emitidas pelo polônio e seguidas da emissão de nêutrons). Baterias termonucleares de satélites. Outros usos Este elemento tem sido usado em dispositivos que eliminam cargas estáticas produzidas nas indústrias de laminação de papel, laminação de plásticos e fiação de fibras sintéticas na indústria têxtil, entre outras. As fontes de qualquer decaimento beta são geralmente mais usadas e menos perigosas. O polônio é usado em escovas que removem a poeira acumulada em filmes fotográficos. O polônio nestas escovas é selado, assim controlando e minimizando o perigo da radiação. Pequenas quantidades adicionadas às velas ( eletrodos de ignição de motores de combustão interna ) melhoram o desempenho destes dispositivos. O polônio é proposto para ser usado como gerador termoelétrico em satélites artificiais e sondas espaciais. Como quase toda a radiação alfa pode facilmente ser parada por recipientes comuns e, ao colidir contra as superfícies destes libera energia, o polônio é pesquisado para ser usado como uma fonte de calor para a fabricação de pilhas termoelétricas de pouco peso que seriam usadas em satélites artificiais. O polônio é usado no tabaco com arsênico e naftalina,que é uma das principais causas de câncer para quem fuma. História Chamado de rádio F, foi descoberto por Marie Curie e Pierre Curie, em 1898, sendo mais tarde renomeado para polônio em homenagem à Polônia, país natal de Marie. Naquela época, a Polônia estava sob domínio do Império Russo, portanto não era reconhecida como uma nação. Este elemento foi o primeiro a ser descoberto pelo casal Curie quando investigavam a causa da radioatividade da pechblenda. A pechblenda, após a remoção do urânio e do rádio, era mais radioativo que o urânio e o rádio juntos. Este fato os impeliu a procurar o novo elemento. Foi também usado como veneno em 2006 na forma de polônio-210 para matar o antigo espião russo do KGB, Alexander Litvinenko, que acabou por falecer em Londres no dia 23 de Novembro do mesmo ano. Ocorrência O polônio é um elemento raro na natureza, sendo encontrado nos minérios de urânio em aproximadamente 100 microgramas por tonelada e recentemente, por volta do ano de 1976, foram descobertos pelo cientista Robert Gentry presentes nas pedras de granito das profundezas da Terra (resultado publicado na revista Science de 15 de outubro de 1976). Sua abundância natural é calculada em aproximadamente 0,2% do rádio. Em 1934, uma experiência demonstrou que quando o bismuto natural (Bi-209) é bombardeado com nêutrons ocorre a produção do Bi-210, que é a mãe do polônio. O polônio pode ser criado em quantidades de miligramas mediante este procedimento, usando o fluxo elevado de nêutrons encontrado nos reatores nucleares. Composto por polônio Hidreto: Hidreto de polônio (II) Fluoreto: Fluoreto de polônio(II) Cloreto: Cloreto de polônio(II) Brometo: Brometo de polônio(II) Iodeto: Iodeto de polônio(II) Isótopos Todos os isótopos de polônio são radioativos. Existem 25 isótopos conhecidos do polônio, com números de massa que variam de 194 a 218. O Po-210 é o isótopo natural mais comum, com uma meia-vida de 134,8 dias. O Po-209 ( meia-vida de 103 anos ) e o Po-208 ( meia-vida de 2,9 anos ) podem ser obtidos pelo bombardeamento do chumbo ou berílio com partículas alfa, próton ou deutério num ciclotron. Entretanto, a produção destes isótopos é muito cara. Precauções O polônio é um elemento radioativo e tóxico e o seu manuseio é muito perigoso. Mesmo o manuseio de miligramas ou microgramas de polônio-210 é considerado perigoso, e requer a utilização de um equipamento de segurança especial usado com procedimentos restritivos. Os danos diretos ocorrem da absorção de energia, proveniente da desintegração de partículas alfas, pelos tecidos. O máximo de polônio permitido para um corpo humano ingerir e de somente 0,03 microcuries, que é equivalente a uma partícula que pesa somente 6,8 x 10−12 gramas. Considerando o mesmo peso, o polônio é 2,5 × 1011 mais tóxico que o gás cianídrico (HCN). A concentração máxima permitida no ar de compostos solúveis é de aproximadamente 2 × 10−11 microcuries por centímetro cúbico. Uma das principais fontes de contaminação humana por polônio é o tabaco (é misturado com arsênico,naftalina e iodo no tabaco,é um dos principais fatores que causa câncer no tabaco). Referências Ver também Alexander Litvinenko Ligações externas
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O neptúnio (português europeu) ou netúnio (português brasileiro) (em homenagem ao planeta Netuno) é um elemento químico sintético de símbolo Np, com número atômico 93 (93 prótons e 93 elétrons). A sua massa atómica é 237,0482 u. À temperatura ambiente, o neptúnio encontra-se no estado sólido. É o quarto elemento da família dos actinídeos. É um elemento metálico, radioativo, prateado, pertencente à série dos elementos de transição interna, sendo o primeiro elemento transurânico sintético. Seu isótopo mais estável, Np-237, é um subproduto de reatores nucleares e produção de plutônio. Pode ser usado na composição de equipamentos para a detecção de nêutrons e como combustível nuclear. O primeiro isótopo de neptúnio foi sintetizado na Universidade da Califórnia, Berkeley por Edwin McMillan e Philip Abelson em 1940. O neptúnio é encontrado em minérios de urânio. Características principais O neptúnio é um metal de aspecto prateado, razoavelmente reativo. É encontrado em,pelo menos, três formas estruturais: Neptúnio alfa: ortorrômbico, densidade  kg/m³; Neptúnio beta (acima de 280 oC): tetragonal, densidade (313 oC)  kg/m³; Neptúnio gama (acima de 577 oC), cúbico, densidade (600 oC)  kg/m³. Este elemento apresenta 4 estados de oxidação iônicos quando em solução: Np+3 (púrpura pálido), semelhante ao íon do terra rara Pm+3; Np+4 (amarelo esverdeado); NpO2+ (verde azulado): NpO2+2 (rosa pálido). O neptúnio apresenta as fórmulas tri e tetra-haletos como NpF3, NpF4, NpCl4, NpBr3, NpI3, e óxidos de várias composições como os encontrados no sistema urânio-ED8, incluindo Np3O8 e NpO2. Aplicações Detector de nêutrons: Pode ser usado na composição de equipamentos para a detecção de nêutrons. Produtor de Pu-238: Se irradiarmos netúnio-237 com um nêutrons, ele irá captura-ló criando Np-238, que por sua vez tem uma meia-vida de 2,1 dias e por decaimento beta negativo decai para Pu-238, sendo utilizado em geradores termoelétricos. Arma nuclear: Netúnio é físsil e teoricamente pode ser utilizado em armas nucleares. Em setembro, 2002, pesquisadores da Universidade da Califórnia conduziram programas de pesquisa para o desenvolvimento de armas de destruição maciça utilizando o neptúnio. Criaram a primeira massa crítica nuclear utilizando uma esfera de netúnio-237, que se revelou superior ao plutônio (Pu-239) ou urânio(U-235). História O neptúnio (relativo ao planeta Netuno) foi descoberto pela primeira vez por Edwin McMillan e Philip Abelson em 1940. A descoberta foi feita no Laboratório de Radiação Crocker da Universidade da Califórnia em Berkeley, Estados Unidos, onde a equipe produziu o isótopo de neptúnio Np-239 (meia-vida de 2,4 dias) bombardeando urânio com nêutrons acelerados num ciclotron. Foi o primeiro elemento transurânico produzido sinteticamente e o primeiro elemento do grupo dos actinídeos transurânicos descoberto. Ocorrência Quantidades traços de neptúnio são encontrados naturalmente como produto de decaimento das reações de transmutação, em minérios de urânio. O Np-237 é produzido pela redução do NpF3 com vapor de bário ou lítio em torno de  °C e, frequentemente, extraído como subproduto da produção de plutônio num reator nuclear. Isótopos 19 radioisótopos de neptúnio foram identificados, sendo os mais estáveis Np-237 com uma meia-vida de 2,14 milhões de anos, Np-236 com meia-vida de 154,000 anos, e Np-235 com meia-vida de 396,1 dias. Todos os demais isótopos radioativos apresentam meias-vidas abaixo de 4,5 dias, e a maioria deles com meias-vidas inferiores a 50 minutos. Este elemento apresenta também 4 meta estados, sendo o mais estável o Np-236m (t½ 22,5 horas). As massas atômicas dos isótopos de neptúnio variam de 225,0339 u (Np-225) até 244,068 u (Np-24 4). O principal modo de decaimento antes do isótopo mais estável, Np-237, é a captura eletrônica (muitos com emissão alfa), e o modo de decaimento dos isótopos posteriores ao mais estável é a emissão beta. Os produtos de decaimento anteriores ao Np-237 são os isótopos do elemento 92 (urânio) (porém, aqueles com emissão alfa, produzem o elemento 91, protactínio), e os produtos primários após o mais estável são os isótopos do elemento 94 (plutônio). Bibliografia A Guide to the Elements - Revised Edition, Albert Stwertka, (Oxford University Press; 1998). ISBN 0-19-508083-1 ROCHA-FILHO, Romeu C.; CHAGAS, Aécio Pereira; Sobre os nomes dos elementos químicos, inclusive dos transférmios, Quím. Nova, São Paulo, v. 22, n. 5, 1999. Disponível online, Acesso em: 10 Set 2007. Referências Ligações externas Los Alamos National Laboratory's Chemistry Division: Periodic Table - Neptunium (também usado como referência) (também usado como referência) (também usado como referência)
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Guido van Rossum (Haarlem, ) é um matemático e programador de computadores holandês, mais conhecido por ser o autor da linguagem de programação Python. Na comunidade Python, ele é conhecido como Benevolent Dictator for Life (BDFL), o que significa que ele continua a supervisionar o processo de desenvolvimento do Python, tomando decisões quando necessário. Entretanto, em julho de 2018, ele anunciou que estaria se afastando deste função devido a desentendimentos com a equipe de desenvolvimento da linguagem Python. A discussão se deu por conta de discordâncias entre Rossum e a equipe de desenvolvedores, relacionada às novas propostas de atualização (PEP572) que romperia com os padrões de sintaxe da linguagem. A equipe alegava que "a sintaxe não ficaria tão boa para os padrões de Python". De acordo com equipe do Python no Brasil, Guido van Rossum se afasta somente desta função mas continua à frente do projeto. Biografia Guido van Rossum estudou matemática na Universidade de Amsterdã, naquela época conheceu as linguagens ALGOL 60 e Pascal. Ele lembra que toda a programação nos gigantescos mainframes eram feitos com cartões perfurados. Havia um grupo de estudantes de física cuja linguagem favorita era Fortran, então havia uma séria discussão sobre ALGOL, Pascal e Fortran. Guido van Rossum obteve seu mestrado na Universidade de Amsterdã em 1982. Mais tarde, trabalhou em vários institutos de pesquisa, incluindo o Centrum Wiskunde & Informatica (CWI), em Amsterdã; o National Institute of Standards and Technology (NIST), em Gaithersburg (Maryland), e a Corporation for National Research Initiatives (CNRI), em Reston (Virgínia). Trabalhou no desenvolvimento da linguagem de programação ABC, descendente da linguagem Simula. Sobre a origem do Python, Van Rossum escreveu em 1996: Em 1999, Van Rossum submeteu uma proposta de financiamento a DARPA chamada de Computer Programming for Everybody (Programação de computadores Para Todos), na qual ele definiu seus objetivos para a linguagem Python: uma linguagem fácil e intuitiva enquanto que ainda sendo tão poderosa quanto as maiores competidoras Código aberto, para que qualquer um possa contribuir para o desenvolvimento código que fosse tão inteligível quanto inglês adequada para tarefas diárias, permitindo um tempo de desenvolvimento mais curto Muitas dessas ambições foram realizadas desde então. Python cresceu e se tornou uma linguagem de programação popular, particularmente no meio da Internet. Em 2002, Guido recebeu o Prêmio por Avanços em Software Livre de 2001 concedido pela FSF na conferência FOSDEM em Bruxelas, Bélgica. De 2005 a 2012, Van Rossum foi empregado do Google, onde passava metade do tempo desenvolvendo a linguagem Python. Em janeiro de 2013, começou a trabalhar para Dropbox. Em 2020, Rossum junta-se à Microsoft onde passa a atuar como Distinguished Engineer, com liberdade para continuar a desenvolver a linguagem Python, em sintonia com as políticas da Microsoft de se aproximar mais da comunidade Open Source. “I decided that retirement was boring,” van Rossum wrote in announcing he had joined the Developer Division at Microsoft. “To do what? Too many options to say! But it’ll make using Python better for sure (and not just on Windows :-). There’s lots of open source here. Watch this space.” Guido van Rossum é irmão de Just van Rossum, um conhecido designer de caracteres tipográficos, que fez a fonte que é usada no logo "Python Powered". Guido é casado com Kim Knapp, e é pai de Orlijn. Ligações externas Programadores dos Países Baixos Alunos da Universidade de Amsterdã Python Pessoas do software livre Naturais de Haarlem
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Amares foi uma freguesia portuguesa sede do município de Amares, com 1,37 km² de área e 1 550 habitantes (2011). Densidade: 1 131,4 hab/km². População História Foi a freguesia sede do concelho de Entre Homem e Cávado, extinto em 31 de Dezembro de 1853, após essa designação terminar, passou a ser a sede do concelho de Amares. Foi sede de uma freguesia extinta (agregada) em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada à freguesia de Figueiredo, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Amares e Figueiredo. Património Pelourinho de Amares
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Brasil Barreiros (Pernambuco) — município Barreiros (São José) — bairro em Santa Catarina Unidos de Barreiros — escola de samba de Vitória, Espírito Santo. Galiza Barreiros (Galiza) — município Portugal Freguesias Barreiros (Amares) Barreiros (Valpaços) Barreiros (Viseu) Cidades Barreiro Bairros Barreiros (Póvoa de Varzim) Desporto Estádio do Marítimo — também chamado de Estádio dos Barreiros Desambiguações de topônimos
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Rendufe (Amares) - freguesia do concelho de Amares, Portugal Rendufe (Guimarães) - freguesia do concelho de Guimarães, Portugal Rendufe (Ponte de Lima) - freguesia do concelho de Ponte de Lima, Portugal Desambiguação
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Braga (Rio Grande do Sul) — cidade brasileira Bragas — tipo de calças usadas na Antiguidade Portugal Braga — cidade Braga (Maximinos, Sé e Cividade) — freguesia Braga (São José de São Lázaro e São João do Souto) — freguesia Distrito de Braga — sediado na cidade homónima Arquidiocese de Braga — circunscrição eclesiástica católica Sporting Clube de Braga — clube de futebol Joaquim Rodrigues Braga — pintor conhecido como Braga Pintor Desambiguações de topônimos
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Avelãs de Cima é uma freguesia portuguesa do município de Anadia, com 40,58 km² de área e 1953 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é . Foi vila e sede de concelho até ao início do século XIX. Era constituído pelas freguesias de Arcos e Avelãs de Cima. Tinha, em 1801, 2130 habitantes. Demografia A população registada nos censos foi: Património Capela de Nossa Senhora das Neves e Fontanário Igreja de São Pedro (matriz) Cruzeiro Núcleo de casas de inícios de Novecentos Capelas de Nossa Senhora do Livramento, de São Simão, de Nossa Senhora dos Remédios, de Pereiro e de São Miguel da Mata Lagares de azeite e azenhas Choupo Lapas escavadas na rocha Pombais História Administrativa Avelãs de Cima começou por pertencer ao importante município de Vouga. Em 1288, tinha Julgado, a par de Esgueira. Pertenceu sucessivamente à infanta Dona Beatriz, a Gil de Océm, a seu filho Martim de Océm, ao infante Dom Pedro, e finalmente, em 1449 ou inícios de 1450, a Rui Borges. Avelãs de Cima formava, com as terras de Ferreiros e Ílhavo, o chamado senhorio de Carvalhais, que se manteve na posse dos Borges e seus descendentes até ao século XIX. Foi concelho medieval, com imenso território que alcançava Famalicão e terras que ficavam junto a Vila Nova de Monsarros, Ancas e S. Lourenço do Bairro. Teve Foral Velho dos reis D. Dinis e D. Afonso, mas, em 10 de Janeiro de 1514, recebeu Foral Novo de D. Manuel I. Havia de extinguir-se, em 1836, a favor da restauração do concelho de Anadia, povoação que chegou a pertencer-lhe, ainda que por um breve período. Avelãs de Cima, freguesia, foi constituída por terras também importantes ao tempo pela sua situação geográfica, riqueza do solo, povoamento e desenvolvimento económico: Pereiro que foi Couto e minúsculo concelho, e Boialvo, que foi Ouvidoria do termo do concelho de Aveiro, e igualmente minúsculo concelho, dois enclaves, administrativamente falando. Eram três concelhos integrados no mesmo espaço de uma paróquia. Desde 1836, a freguesia, a maior de todo o concelho, está integrada no concelho de Anadia, distrito de Aveiro, província da Beira Litoral. Pertence hoje à Comarca de Anadia que, em 1835, era apenas um Julgado. (Já integrou também a Comarca e Provedoria de Esgueira, entre 1533 e 1762, ano em que passava para a Provedoria de Aveiro). Nesta freguesia chegou a haver duas varas de juízes: uma no Couto do Pereiro, que era da Universidade de Coimbra, e outra na Ouvidoria de Boialvo, que era da Correição do ouvidor de Montemor-o-Velho. Religiosamente, desde o dealbar da nacionalidade sempre pertenceu à Diocese de Coimbra, até que foi criada a de Aveiro (12 de Abril de 1774), mas, com a sua extinção (Setembro de 1882), regressava a Coimbra, até que, depois de várias tentativas, em 16 de Janeiro de 1938, era restaurada a Diocese de Aveiro, sendo nomeado seu bispo, D. João Evangelista de Lima Vidal, que tomou posse solene no dia 11 de Dezembro. É constituída por 16 lugares, com gente briosa e bairrista. A prova disso é que não há um único lugar, digno desse nome, que não tenha a sua capela, de construção mais antiga, secular, ou mais recente, com o padroeiro ou padroeira de sua devoção, se mais moderna, ou de seus antepassados, se mais antigas.
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Vilarinho do Bairro é uma freguesia portuguesa do município de Anadia, com 25,56 km² de área e 2491 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é . História Vilarinho do Bairro é uma terra bastante antiga. Existem referências a Vilarinho do Bairro já na primeira metade do século XI. Em 1149, na relação das propriedades do mosteiro da Vacariça, que ficavam entre os rios Vouga e Mondego. Vilarinho, tal qual Óis, não surgia acompanhada do sobrenome determinativo “Bairro”. Aliás, em 1061, Vilarinho (do Bairro) é referenciada apenas como “ad partem solis ocasum Vilarinum (“Portugalia Munumenta Histórica Diplomata”, página 357). De resto, os párocos, quando faziam os assentos, por 1600, grafavam apenas Vilarinho. Vilarinho do Bairro foi do bispado de Coimbra, de padroado régio, conforme consta do respectivo rol, entre várias outras igrejas. Há uma das terras que hoje integra a freguesia, Levira, que foi doada ao Mosteiro da Vacariça, tal como acontecia com Lázaro, ambas citadas em documento, datado de 1020, fazendo limite com Vilarinho do Bairro. Como também fazia Samia (Samel), também já há referências a Vilarinho do Bairro na primeira metade do século XI. Terra era importante pois o rei D. Manuel I concedeu-lhe foral, aos seis dias de Março de 1514, constante de onze folhas, criando assim um pequeno concelho. Nesse Foral que concedia alguma alforria administrativa aos habitantes, vêm mencionadas terras e lugares que venceram pelo menos quinhentos anos e outras que terão desaparecido. Estão no primeiro caso: Torres que produzia pão, vinho e linho, com que pagavam ao senhorio, o rei, (Torres, tal qual Vilarinho, pertencia, no século XIV a Martim Lourenço da Cunha, terras que recebera de D. Afonso IV, por carta de 3 de Fevereiro de 1355, por troca com Pombeiro da Beira). Refira-se que esta terra foi designada, primeiro, de Turres, mais tarde “Torres de Barro” para se fixar apenas em Torres, passadas algumas centúrias. Melada (surge como “mallada”), com um casal; Pedreiras, com três casais; Azenha, com um casal, de Álvaro Eanes que pagava de foro um alqueire de trigo. Outros nomes de terras surgem na jurisdição de Vilarinho do Bairro, umas que integraram o concelho e desapareceram. Por exemplo: Póvoa do Sete, Casal do Paço, Pontava, onde havia dois casais; Freixial, Casal da Pena, onde havia dois casais; Arneirinho, onde havia um moinho e o foreiro, João Eanes, pagava de foro um capão, um alqueire de trigo e a nona parte de tudo o que era produzido; na Portela, pagava o foreiro um alqueire de trigo e outro de centeio. Alguns foros, pagos em cereais, tinham de ser feitos “polla medida de Sangalhos” (isto é, pela medida de Sangalhos). Outras terras, hoje das maiores, como Poutena, Banhos, Azenhas, Samel e Levira não surgem no foral. Vilarinho do Bairro voltava a ser concelho pelo Decreto de 8 de Outubro de 1836, constante da reforma de Passos Manuel, mas por poucos dias. Da manta de retalhos que era o concelho de Anadia, com pequeníssimos concelhos, o de Vilarinho do Bairro, era o maior, a seguir ao de Sangalhos. Tinha então 385 fogos e 1820 habitantes. Todavia, o Decreto de 6 de Novembro do mesmo ano, verificou-se nova reforma administrativa, sendo extinto o concelho de Vilarinho do Bairro, freguesia que passou a integrar o de São Lourenço do Bairro. Entretanto, o Decreto de 31 de Dezembro de 1853 colocava-a definitivamente no concelho de Anadia. Demografia A população registada nos censos foi: Património Igreja de São Miguel (matriz) Capelas do Espírito Santo, de Santa Maria Madalena, de Nossa Senhora do Desterro, de Santo António, de Nossa Senhora da Boa Morte, de São João, de Nossa Senhora das Febres, de Nossa Senhora da Conceição, de Santa Marinha, de São Geraldo, de São Gregório, de São Bartolomeu e de Nossa Senhora do Livramento Casas seiscentistas e setecentista em Vilarinho Quinta do Ribeirinho Lugares do Banho e da Azenha Freguesias de Anadia Antigos municípios do distrito de Aveiro
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Nossa Senhora da Conceição é uma freguesia urbana do município e cidade de Angra do Heroísmo, com 2,47 km² de área e 3 378 habitantes (2011), o que corresponde a uma densidade populacional de 1 504,9 hab/km². Localiza-se na parte leste da cidade. Cronologia 1568/1578 – Data indicada como sendo a do início da construção do Forte de São Sebastião a mando do rei D. Sebastião de Portugal homenagem a quem ficou sob a invocação do santo de mesmo nome; 1572 – D. Sebastião de Portugal, atendendo a uma exposição da Câmara Municipal de Angra, determinou a construção de dois fortes, um no Porto de Pipas e outro nos Fanais, em detrimento do que lhe havia sido proposto erguer na ponta do Monte Brasil, por "pessoas que tinham muita notícia e experiência das obras de fortificação". 1576 – Data em que os fortes do Porto de Pipas e do Baía do Fanal|Fanais já se encontravam em condições de uso. Para a sua construção são enviados pela coroa de Portugal ao corregedor de Angra, Diogo Álvares Cardoso as plantas para as fortificações acompanhadas do pedido de maior brevidade na sua execução. O seu terreno, sobranceiro à enseada, foi adquirido a Pedro do Canto e Castro, sendo nomeado como alcaide-mor, Manuel Corte Real. 1799 – Fundação do Império do Espírito Santo da Rua Nova. 1895 – Fundação do Império do Espírito Santo do Corpo Santo. 1901 – Fundação do Império do Espírito Santo dos Inocentes da Guarita. 1959 – Fundação do Império do Espírito Santo dos Remédios. 1991 – Fundação do Império do Espírito Santo do Bairro Social do Lameirinho. População {| ! colspan="17" | Nº de habitantes / Variação entre censos |- | align="center" | 1864 | align="center" | 1878 | align="center" | 1890 | align="center" | 1900 | align="center" | 1911 | align="center" | 1920 | align="center" | 1930 | align="center" | 1940 | align="center" | 1950 | align="center" | 1960 | align="center" | 1970 | align="center" | 1981 | align="center" | 1991 | align="center" | 2001 | align="center" | 2011 | align="center" | 2021 |- bgcolor="white" | align="right" | 3757 | align="right" | 3516 | align="right" | 3425 | align="right" | 3468 | align="right" | 3151 | align="right" | 3151 | align="right" | 3222 | align="right" | 3828 | align="right" | 4285 | align="right" | 5395 | align="right" | 5644 | align="right" | 4142 | align="right" | 4754 | align="right" | 4509 | align="right" | 3717 | align="right" | 3377 |- bgcolor="white" ! colspan="1"| | align="right" | -6% | align="right" | -3% | align="right" | +1% | align="right" | -9% | align="right" | +0% | align="right" | +2% | align="right" | +19% | align="right" | +12% | align="right" | +26% | align="right" | +5% | align="right" | -27% | align="right" | +15% | align="right" | -5% | align="right" | -18% | align="right" | -9% |- bgcolor="white" Grupos etários em 2001, 2011 e 2021 Património edificado Forte de São Sebastião (Angra do Heroísmo) Império do Espírito Santo do Outeiro Império do Espírito Santo da Rua Nova Império do Espírito Santo do Corpo Santo Império do Espírito Santo dos Inocentes da Guarita Império do Espírito Santo dos Remédios Império do Espírito Santo do Bairro Social do Lameirinho Freguesias de Angra do Heroísmo
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Santa Bárbara é uma freguesia rural açoriana do município de Angra do Heroísmo, com 16,43 km² de área e 1 274 habitantes (2011), o que corresponde a uma densidade populacional de 77,5 hab/km². Situa-se na costa sudoeste da ilha Terceira, a cerca de 13 km da cidade de Angra do Heroísmo, com um território que se estende da costa até à cumeeira da Serra de Santa Bárbara, a maior elevação da ilha com 1 021 metros de altitude máxima. Santa Bárbara foi uma das primeiras freguesias constituídas no concelho de Angra, em data anterior a 1489 e ainda em vida de Jácome de Bruges, o primeiro capitão-do-donatário na Capitania de Angra. Até finais do século XIX foi denominada Santa Bárbara das Nove Ribeiras, já que o seu núcleo inicial se situou em torno da Ribeira das Nove. Descrição geral A freguesia de Santa Bárbara localiza-se no sudoeste da ilha Terceira, ocupando um território grosseiramente triangular que se estende desde as arribas da costa sudoeste da ilha até às cumeeiras da Serra de Santa Bárbara, a mais de 900 m de altitude acima do nível médio do mar. Confina a nordeste com a freguesia das Doze Ribeiras, da qual é separada pelo curso da Ribeira das Dez; a norte, ao longo do bordo da Caldeira de Santa Bárbara, nas cumeeiras da Serra de Santa Bárbara, com a freguesia dos Altares; a sueste é separado da freguesia das Cinco Ribeiras pelo curso da Ribeira da Praia. A costa da Terceira no litoral de Santa Bárbara é constituída por uma falésia quase vertical, que sobe de leste para oeste dos 50 m até próximo dos 100 m de altura, formando uma barreira quase inacessível entre o povoado e o mar. Esta subida gradual em direcção ao oeste reflecte-se no próprio povoado, o qual, a partir da Ribeira da Praia, sobe rapidamente em direcção ao oeste, particularmente no troço da Ladeira da Pacheca e da Ribeira do Manuel Vieira, sendo a Rua de Diante (leste) mais baixa do que a Rua de Trás (oeste). O território da freguesia está instalado sobre a encosta sul da Serra de Santa Bárbara, que, sendo um estrato-vulcão, é essencialmente uma estrutura tronco-cónica e imprime um elevado declive àquela zona da ilha (cerca de 10% na zona costeira; > 50% nas encostas superiores da montanha, acima dos 750 m de altitude). O território da freguesia é atravessado por um conjunto de linhas de fractura radiais, centradas na caldeira do Vulcão de Santa Bárbara. Sobre essas fracturas instalaram-se cones de bagacinas basálticas, alguns de dimensão apreciável, correspondentes a erupções secundárias resultantes da ascensão de magma basáltico muito fluido pelas caixas de falha. Em consequência, pontuam a freguesia um considerável número de cones adventícios do grande vulcão da Serra de Santa Bárbara: o Pico das Dez, o Pico Agudo, o Pico Catarina Vieira, o das Serretas, o do Vale Verde, o do Brandão, o do Enes, o do Miradouro, o da Vigia e o dos Constantinos, entre outros de menor expressão. A maioria daqueles cones está recoberta por floresta, com relevo para as matas de Eucalyptus globulus e matos de Pittosporum undulatum. Ao contrário do que acontece nas vertentes oeste e norte do Vulcão de Santa Bárbara, na encosta sul estão ausentes as manifestações de vulcanismo secundário de natureza traquítica, pelo que não existe qualquer doma nem é relevante o recobrimento pomítico. Em consequência desta geomorfologia, o substrato basáltico encontra-se coberto por uma camada em geral pouco espessa de cinzas vulcânicas de natureza basáltica, resultado das projecções dos cones existentes na região, a que se juntam, especialmente na zona mais alta e no extremo oeste da freguesia, um delgada camada de pedra-pomes esbranquiçada, proveniente dos últimos episódios eruptivos da fase de vulcanismo secundário do Maciço de Santa Bárbara, com erupções centrada na parte alta da Serreta. A riqueza e profundidade dos solos permitiu que a propriedade da terra se traduzisse na divisão do território em cerrados rodeados por muros de pedra basáltica, quase todos de configuração rectangular, formando um mosaico de grande regularidade que reflecte na sua génese as dadas de terras dos tempos do povoamento. As únicas excepções a este padrão de uso dos solos surgem na zona mais alta da freguesia, onde os baldios foram arroteados na década de 1970 formando extensas pastagens permanentes separadas por bosquetes de Cryptomeria japonica, e no extremo sueste, a sul do Pico dos Enes, onde uma escoada basáltica com pouco recobrimento piroclástico deu origem a regossolos, na maior parte esqueléticos, levando ao aparecimento de solos que bordam nas suas características o típico biscoito das ilhas açorianas. Aí, a propriedade divide-se em pequenas parcelas, rodeando os frequentes afloramentos rochosos, numa situação semelhante à que se verifica ao longo do litoral da vizinha freguesia das Cinco Ribeiras. A exposição da freguesia a oeste e sudoeste, direcção dos ventos dominantes, associada à altitude do povoado, situado entre os 150 e 300 m acima do nível médio do mar, imprime a Santa Bárbara um clima oceânico do tipo Cfb na classificação climática de Köppen-Geiger. Na parte mais alta da freguesia, os nevoeiros são frequentes e persistentes, principalmente quando estão presentes massas de ar tropical marítimo com humidade relativa próxima da saturação e o vento sopra dos quadrantes sul ou sudoeste. Em resultado da inclinação do terreno, a rede de drenagem da freguesia é muito densa, sendo o seu território atravessado pelas seguintes ribeiras: além da do Hospital ou da Canada da Praia que separa a freguesia da paróquia de Nossa Senhora do Pilar das Cinco Ribeiras, a de Manuel Vieira, a das Seis, a das Sete, a das Oito e a das Nove. Dada a inclinação do terreno, as ribeiras apresentam um regime torrencial extremo, o que já deu origem a diversas inundações, algumas das quais causaram a morte a muitos habitantes da freguesia. Estrutura urbana e demografia A estrutura do povoamento na freguesia de Santa Bárbara é do tipo linear, orientado ao longo das principais vias de comunicação, com a grande maioria das habitações concentradas ao longo da estrada que liga Angra do Heroísmo ao oeste da ilha. Um segundo eixo de povoamento, perpendicular ao primeiro, segue o curso da Ribeira das Sete, descendo até quase ao litoral pela Canada da Ajuda e prolongando-se em altitude pela Canada do Açougue e Canada do Poço até ao seu entroncamento com o Caminho de Cima, a estrada que liga as Doze Ribeiras à Terra Chã. Com muito menor expressão, o povoado prolonga-se em altitude, também perpendicularmente à estrada principal, ao longo da Canada dos Terreiros. A partir de 1864, ano em que se realizou o primeiro recenseamento pelos modernos critérios demográficos, a evolução da população da freguesia foi a seguinte: Fonte: DREPA (Aspectos demográficos - Açores 1978) e Serviço Regional de Estatística dos Açores (SREA).a) Inclui a população do então lugar das Cinco Ribeiras, actualmente uma freguesia autónoma. Grupos etários em 2001, 2011 e 2021 A evolução da freguesia de Santa Bárbara foi marcada pela emigração, primeiro para o Brasil, depois para os Estados Unidos da América e finalmente para o Canadá, e pelas consequências do terramoto de 1 de Janeiro de 1980, que causou grandes danos no parque habitacional da localidade. Ao longo do século XX, a população da freguesia foi controlada pelas políticas de imigração dos Estados Unidos: a entrada em vigor do Johnson-Reed Act, fixando quotas que excluíam quase totalmente os cidadãos portugueses, restrição que se prolongou até depois da Segunda Guerra Mundial, induziu um forte crescimento da população que se prolongou até meados da década de 1960; depois, graças à facilitação da emigração açoriana para os Estados Unidos em consequência do Kennedy-Pastore Act, a população entrou em declínio, tendo entretanto estabilizado. Economia Santa Bárbara tem como principais actividades económicas a agro-pecuária, o comércio, os serviços, a construção civil, oficinas auto, carpintaria, marcenaria e serração de madeiras. O artesanato inclui a produção de queijo, de bordados, de colchas, de vimes, a tecelagem, a tanoaria e as miniaturas em madeira. História O povoamento da zona oeste da ilha Terceira iniciou-se nos finais do século XV, quando as terras das vertentes da Serra de Santa Bárbara foram distribuídas em sesmaria por João Vaz Corte-Real, então capitão-do-donatário em Angra, prosseguindo a política de distribuição de terras naquela zona que havia sido iniciada por Jácome de Bruges. A maioria dos povoados a oeste de Angra apenas ficaram estruturados na década de 1510, mas a paróquia de Santa Bárbara das Nove Ribeiras já existia como entidade autónoma no ano de 1489, sendo a única existente na jurisdição de Angra quando Jácome de Bruges era capitão-do-donatário na ilha. Um dos primeiros documentos que identificam a localidade de Santa Bárbara data desta época e refere que João Vaz Corte Real, pelo ano de 1486, passou uma carta de dadas de terras a um tal Bastião, filho de João Esteves, tecelão e morador nas Nove Ribeiras. Aquele documento identifica o povoado de Santa Bárbara, ao estabelecer a delimitação das terras "dadas", e refere também os lugares de Doze Ribeiras (então parte da paróquia) e dos Biscoitos. Os condicionalismos da topografia local, e especialmente a escassez de nascentes de água, levou a que o povoamento assumisse ali um carácter linear, ao longo do caminho que partindo de Angra se dirigia para oeste. Os povoadores fixaram-se nas margens das ribeiras, nas imediações do local onde estas eram atravessadas por aquele caminho, pois sendo a região muito pobre em nascentes, os habitantes eram obrigados a recorrer à água das ribeiras, elas também efémeras, já que durante o Verão raramente correm. Em consequência das restrições ao abastecimento de água apontadas, o povoamento da vasta zona do sudoeste da Terceira, que vai de São Bartolomeu dos Regatos até à Serreta, no extremo oeste da ilha, ficou assim estruturada em torno das ribeiras, as quais foram numeradas de leste para oeste, isto é de Angra para a Serreta, dando origem a topónimos como Cinco Ribeiras, Nove Ribeiras ou Doze Ribeiras. O centro administrativo e religioso da região acabou por se centrar na igreja de Santa Bárbara, às Nove Ribeiras, sendo formada, em data anterior a 1489, uma imensa paróquia que ia desde a Cruz das Duas Ribeiras até ao Biscoito da Serreta. Inicialmente denominada Santa Bárbara das Nove Ribeiras, por ter o seu núcleo principal Às Nove Ribeiras, a paróquia estendia-se por toda a costa sudoeste da ilha Terceira, desde a Cruz da Duas Ribeiras até ao Biscoito da Fajã, confinando aí com a paróquia de São Roque dos Altares. Nesta paróquia ficava a maior serrania da ilha, a qual ficou conhecida por Serra de Santa Bárbara (inicialmente era referida por Serra Gorda), nome que ainda mantém apesar de hoje se encontrar dividida pelo território de sete freguesias distintas, resultado da progressiva subdivisão das paróquias originais. À medida que o povoamento se foi estruturando, a freguesia de Santa Bárbara foi sendo repartida em curatos e depois em paróquias autónomas, precursoras das actuais freguesias. A paróquia de Santa Bárbara, para além território da actual freguesia homónima, compreendia na sua extensão original as actuais freguesias de Nossa Senhora do Pilar das Cinco Ribeiras, de São Jorge das Doze Ribeiras e de Nossa Senhora dos Milagres da Serreta. Ao longo dos séculos, a freguesia de Santa Bárbara alcançou uma considerável importância, assumindo-se como o principal centro urbano do oeste da Terceira. Essa importância alimentou o desejo de ver a freguesia elevada a cabeça de concelho, o que nunca se chegou a concretizar, mas permitiu ser sede de um julgado autónomo, com juiz ordinário. Para além disso, foi um pólo económico importante naquela parte da Terceira, com uma população empreendedora e dinâmica. Francisco Ferreira Drumond, escrevendo em meados do século XIX, descreve da seguinte forma a freguesia e as suas gentes: Os habitantes de Santa Bárbara das Nove Ribeiras ocupam-se pela maior parte na cultura dos campos, que apesar de elevados e desabrigados dos ventos gerais são mui produtivos; há também grande número de oficiais de ferreiro, carpinteiros, fragueiros, cabouqueiros, canteiros e galocheiros [...]. A freguesia toda padece de muita falta de águas e de peixe, por ter somente mui pequeno porto denominado das Cinco. A costa é toda alcantilada e pouco defendida aquela parte da ilha de qualquer tentativa hostil. Gozam estes povos a fama de mui discretos e deles se costuma dizer "Um de Santa Bárbara vale por sete de Coimbra".. A Igreja de Santa Bárbara das Nove Ribeiras As ermidas Para além da Igreja Paroquial, existe na freguesia de Santa Bárbara a Ermida de Nossa Senhora da Ajuda, um pequeno templo construído à beira-mar no fim da Canada da Ajuda (a que aliás empresta o nome). A ermida da Ajuda foi edificada antes de 1545, ano de que data a primeira referência escrita à sua existência. A sua traça foi profundamente alterada aquando da sua reconstrução em 1877. Nesta ermida existe uma imagem quinhentista de Nossa Senhora da Ajuda, em pedra, que seguindo uma tradição comum em relação a múltiplas imagens marianas nos Açores, teria dado à costa frente ao sítio onde foi edificada a ermida. Outra versão da mesma lenda dá a imagem como encontrada dentro de um caixote encalhado numa das poças da beira-mar. A imagem terá sido levada para a igreja paroquial, mas depois, inexplicavelmente, aparecia numa lapinha de uma rocha no local onde hoje está a ermida, com diversas testemunhas afirmando terem-na visto ser transportada por anjos. Teria sido em consequência do reiterado desejo da imagem ser colocada naquele lugar que a ermida foi construída. Numa laje de basalto existente no fundo da Ribeira das Sete, próximo da ermida, existe uma cavidade natural com a forma de uma pegada humana, apontada pela crença popular como resultado da aparição da imagem na ribeira, que ali teria deixado uma pegada impressa na rocha. A cavidade é conhecida como Pezinho de Nossa Senhora, o que durante séculos fez do local um concorrido ponto de romaria, com construção de uma casa anexa à ermida para abrigo dos romeiros. Na freguesia existiu também uma ermida de Nossa Senhora do Desterro, junto à Canada do Miradouro, então designada Canada dos Poços, ignorando-se a causa da sua demolição. A Ermida de Santo António, mandada construir pelo padre António Machado Borges junto à Grota das Nove, desapareceu totalmente, pois foi mandada demolir pelo coronel Barbosa, por se situar em terras de sua propriedade. A construção do Império do Espírito Santo de Santa Bárbara data dos finais do século XIX. A Sociedade e a Filarmónica A sociedade da freguesia, denominada Sociedade Recreio de Santa Bárbara, foi fundada a 3 de Dezembro de 1876, sendo uma das mais antiga agremiações musicais da ilha Terceira, tendo já sido feitas várias melhoramentos ao longo dos anos. Já a Filarmónica, foi fundada a 4 de Dezembro de 1877, dia da padroeira da freguesia, Santa Bárbara, pelo professor João Rodrigues. Desde a sua fundação já estreou seis fardas, contando com a actual. A Guerra Civil e o barão de Santa Bárbara Durante as Guerras Liberais a freguesia de Santa Bárbara foi sede do 7.º dos distritos militares em que António José de Sousa Manuel de Menezes Severim de Noronha, o 7.º Conde de Vila Flor, dividiu a ilha Terceira. Foi comandante deste distrito militar o coronel Bernardo da Fonseca, que atingiria depois o posto de brigadeiro e que por decreto da rainha D. Maria II de Portugal seria agraciado com o título de barão de Santa Bárbara, em lembrança do seu comando na ilha Terceira. O seu filho usou o mesmo título. O abastecimento de água A freguesia de Santa Bárbara, tal como os restantes povoados instalados nas encostas do Maciço de Santa Bárbara, sempre padeceu de falta de água durante o período de estiagem. A rapidez do escoamento, bem marcada pela densa rede hidrográfica local, e a porosidade da formação, leva a que a presença de nascentes seja restrita a pequenas fontes superficiais, em geral alimentadas por turfeiras, que se esgotam após alguns meses sem chuvadas significativas. Em consequência, ao longo da história da freguesia foram seguidas diversas estratégias para armazenamento e distribuição de água nativa, as quais, goradas as tentativas de obter caudais suficientes em galerias escavadas nas encostas mais elevadas da Serra, levaram ao aparecimento de cisternas (chamadas localmente poços) com paredes e fundo revestidos a barro e recobertas por uma abóbada de pedra-pomes. As cisternas eram alimentadas pela água recolhida dos telhados, funcionando como complemento da água recolhida das ribeiras e das nascentes. Nas estiagens mais prolongadas, as populações eram obrigadas a recorrer às turfeiras de altitude, indo buscar água a alguns quilómetros de distância ao chamado Poço Negro e à Caldeira detrás da Serra. No século XIX a Junta de Paróquia, com o apoio dos Serviços de Obras Públicas de Angra do Heroísmo, então empenhados num ambicioso projecto de dotar as freguesias de chafarizes abastecidos a partir de nascentes de altitude, montou na Ribeira das Sete uma bica para abastecimento dos moradores da freguesia. Face à insuficiência das nascentes para garantir os caudais necessários para os chafarizes que se pretendia construir, em 1878 foi iniciada a construção do Reservatório de Santa Bárbara. Este reservatório é uma grande cisterna de duas células implantada nas margens da Ribeira das Sete, em plena encosta da Serra de Santa Bárbara, num terreno baldio sobranceiro ao povoado. Desse reservatório, durante mais de um século o único do género existente na ilha Terceira, partia o primeiro ramal de encanamento para a freguesia. O Reservatório, hoje visitável e integrado num pequeno parque, é uma notável construção em alvenaria de pedra, com os seus compartimentos iguais e simétricos recobertos por grandes abóbadas de pedra. A obra custou à época 16$450 réis insulanos, uma quantia avultadíssima para as finanças públicas da época. O Reservatório serviu a freguesia até ao sismo de 1 de Janeiro de 1980, alimentando inicialmente uma rede de canos de barro interligando arquinhas de onde se fazia a distribuição para os chafarizes públicos. Os chafarizes, por sua vez, alimentavam tanques que permitiam que o gado bebesse. Apenas na década de 1980 foi instalada uma rede domiciliária de distribuição de água, alimentada a partir de captações situadas na zona central da ilha, substituindo o Reservatório. O terramoto de 1980 O sismo de 1 de Janeiro de 1980 atingiu fortemente a freguesia, destruindo 358 casas e causando 1 200 desalojados. A igreja paroquial ficou danificada, não oferecendo condições de segurança para nela se realizarem os actos litúrgicos, os quais passaram a ter lugar no salão paroquial e depois no salão da Sociedade Filarmónica. A igreja e a maioria das casas foram reconstruídas mantendo, no essencial, a traça original. Personalidades ligadas à freguesia Nasceram naquela localidade, ou estiveram de alguma forma ligadas à freguesia de Santa Bárbara, diversas personalidades relevantes. Entre estas contam-se: Bastião Roiz, um escultor de imagens santos em cedro-do-mato, no século XVI, de que se conhecem alguns exemplares de grande qualidade, entre os quais uma imagem de Cristo e uma de São Bartolomeu. Bernardo da Fonseca, 1.º barão de Santa Bárbara; João Francisco Goulart, pároco da freguesia durante muitos anos e promotor de reconstrução da igreja paroquial; Domingos Augusto Borges, político que exerceu as funções de governador civil do Distrito Autónomo de Angra do Heroísmo Fernando Augusto Borges, irmão do anterior, general e político que se distinguiu como comandante das forças expedicionárias que submeteram os revoltosos de 1931 João Lourenço da Rocha, sacerdote. Património construído Igreja de Santa Bárbara, um edifício do século XV Império do Divino Espírito Santo (Santa Bárbara), do século XIX Ermida de Nossa Senhora da Ajuda e Casa dos Romeiros Reservatório de Água Património natural Serra de Santa Bárbara, Pico das Serretas, Pico dos Porcos, Pico da Praia, Pico do Vale Verde, Pico dos Constantinos, Pico do Brandão, Pico do Enes, Pico das Dez, Pico da Vigia, Pico Agudo, Pico Catarina Vieira, Pico do Miradouro, Ribeira das Sete, Ribeira das Nove, Ribeira das Oito, Ribeira das Seis Ribeira de Manuel Vieira Ribeira do Hospital Referências Francisco Ferreira Drummond (1990), Apontamentos Topográficos, Políticos, Civis e Eclesiásticos para a História das nove Ilhas dos Açores servindo de suplemento aos Anais da Ilha Terceira. Angra do Heroísmo, Instituto Histórico da Ilha Terceira: p. 298. Jerónimo Emiliano de Andrade (1891), Topographia ou Descripção Physica, Política, Civil, Ecclesiastica, e Historica da Ilha Terceira dos Açores, Parte Primeira, offerecida á Mocidade Terceirense (segunda edição, anotada por José Alves da Silva). Angra do Heroísmo, Livraria Religiosa Editora: pp. 361–364. Pedro de Merelim (1974), As 18 paróquias de Angra. Sumário Histórico. Angra do Heroísmo: pp. 45–71. Ligações externas Freguesias de Angra do Heroísmo
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Catolicismo Lúcia de Siracusa — conhecida como Santa Luzia Dia de Santa Luzia — celebração católica Brasil Municípios Santa Luzia (Bahia) Santa Luzia (Maranhão) Santa Luzia (Minas Gerais) Santa Luzia (Paraíba) Santa Luzia d'Oeste — no estado de Rondônia Santa Luzia do Norte — no estado de Alagoas Santa Luzia do Itanhi — no estado de Sergipe Bairros Santa Luzia (Coronel Fabriciano) Santa Luzia (Juiz de Fora) Santa Luzia (Manaus) Santa Luzia (Manhuaçu) Santa Luzia (Ribeirão Pires) Outras subdivisões Santa Luzia (José Bonifácio) — povoado no estado de São Paulo Santa Luzia do Cariri — distrito em Serra Branca Cabo Verde Ilha de Santa Luzia Portugal Santuário Diocesano do Sagrado Coração de Jesus (Viana do Castelo) — conhecido como Santuário de Santa Luzia Freguesias Santa Luzia (Ourique) Santa Luzia (Tavira) Santa Luzia (Angra do Heroísmo) Santa Luzia (São Roque do Pico) Santa Luzia (Funchal) Santa Luzia (Mealhada) Desambiguações de topônimos
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Design de moda é a arte da aplicação do design e da estética ou a beleza natural de roupas e acessórios. O design de moda é influenciado por latitudes culturais e sociais, e variam ao longo do tempo e lugar. Os designers de moda trabalham de várias maneiras no desenho de vestuário e acessórios, por causa do tempo necessário para colocar uma peça de vestuário no mercado e têm por vezes que prever a evolução dos gostos dos consumidores. O curso também, pode promover o designer em varias áreas, como O trabalho em empresas, lojas, por conta própria entre outras formas de trabalho. Esse trabalho requer muita atenção para saber o que está na "Moda", porém não necessariamente se trabalha com a produção de roupas, o designer pode trabalhar com fotografia, com consultoria, com produção de desfiles (nessa área, geralmente, a lucratividade é maior quando o designer de moda é chamado apenas para coordenar o trabalho). Há um grande crescimento de mercado para um profissional de design de moda, uma vez que a demanda por produtos relacionados ao mundo da moda cresceu progressivamente nos últimos anos. Atualmente, como o profissional não atua somente na produção de roupas, a procura para se ter um designer de moda é cada vez maior. Apesar da concorrência acentuada, um designer pode facilmente se destacar dos outros profissionais pela criatividade. O mercado tem procurado profissionais que tenham bastante prática, por isso estar sempre em contato com a profissão é muito importante. O mercado de design de moda, na profissão de fotógrafo, pode vir a pagar de R$ 15 000 a 25 000 por cada trabalho ou desfile. E uma coisa boa, é que essa parte do design não é tão procurado pelo fato de muitas pessoas não gostarem de fotografia. O que abre muito as portas para o designer. Os designers de moda tentam desenhar roupas que são funcionais, bem como esteticamente agradáveis. Eles devem considerar que é possível vestir a roupa e as situações em que será usada. Eles têm uma grande variedade de combinações de materiais para trabalhar e uma ampla gama de cores, padrões e estilos para escolher. Embora a maioria das roupas usadas para o dia-a-dia fique em uma estreita faixa de estilos convencionais, as roupas incomuns são geralmente procuradas para ocasiões especiais, tais como os vestidos de festas. Algumas roupas são feitas especificamente para um indivíduo, como no caso da alta-costura ou alfaiataria sob medida. Hoje, a maioria das roupas são projetadas para o mercado de massa, especialmente casual e dia-a-dia. Design de moda pelo mundo Brasil O design de moda no Brasil tem evoluído nas últimas décadas. Na décadas de 60 e 70 nomes marcantes foram Dener Pamplona de Abreu e Zuzu Angel. Recentemente nomes como Carlos Tufvesson, Fause Haten, Walério Araújo, Alexandre Herchcovitch, Ronaldo Fraga e Oskar Metsavaht vêm contribuindo para a área. No segmento de acessórios (adorno) o belorizontino Roberto
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Ansião é uma vila portuguesa do distrito de Leiria, na província da Beira Litoral e integrando a Região de Leiria no Centro de Portugal, com cerca de 2 700 habitantes. É sede do município de Ansião com 176,09 km² de área e 11 645 habitantes (2021) , subdividido em 6 freguesias. O município é limitado a nordeste pelo município de Penela, a leste por Figueiró dos Vinhos, a sul por Alvaiázere, a oeste por Pombal e a noroeste por Soure. Dista da cidade de Leiria 57 km à sua capital de distrito,via IC8 /A1, 48 km da cidade de Coimbra via A13 e a 112 km da cidade de Castelo Branco via IC8. Ansião teve foral manuelino em 1514 e foi feita vila por D. Afonso VI. Freguesias As freguesias de Ansião são as seguintes: Alvorge Ansião (sede) Avelar (vila) Chão de Couce Pousaflores Santiago da Guarda Património Pelourinho de Ansião Padrão seiscentista de Ansião Residência Senhorial dos Castelo Melhor Política Eleições autárquicas Eleições legislativas População do Município (Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste município à data em que os censos se realizaram.) (Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no município à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente) Geminações O município de Ansião é geminado com as seguintes cidades: Santos, São Paulo, Brasil Erbach Odenw. (Hessen) Le Pont-de-Beauvoisin, Isere, França Kaarina, Turku, Filandia Mosteiros, Ilha do Fogo, Cabo Verde Jičín, Jičín, República Checa Ansião Ansiãol
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Torre de Vale de Todos foi uma freguesia portuguesa do concelho de Ansião e paróquia da Diocese de Coimbra, com 11,14 km² de área e 411 habitantes (2011). Densidade: 36,9 hab/km². Foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo o seu território sido agregado à freguesia de Ansião. População História Até ao início do século XIX constitutiu o couto de Vale de Todos. O primeiro documento conhecido que refere o nome desta localidade, data do reinado de D. Afonso Henriques (1162) em plena luta entre Cristãos e Muçulmanos (Reconquista Cristã), nesta região da Ladeia, onde haveria uma torre de defesa avançada de Coimbra (como aconteceu noutras localidades vizinhas), então a cidade capital do reino em formação. O seu nome, muito provavelmente, veio da existência dessa torre defensiva. Tratando-se de uma elevação natural, na parte Sul da Ladeia, esta probabilidade ganha grande credibilidade, apesar de não se encontrar nos arredores da povoação qualquer vestígio dessa construção, a não ser no próprio nome da povoação. Aquando do seu povoamento, há o registo da Quinta de Vale de Todos que o Chantre de Coimbra, João Joanes, doou à Sé de Braga. Pertenceu, sucessivamente, a Penela, ao termo de Coimbra e, muito mais tarde, ao concelho de Ansião. A sua população vive, sobretudo, da actividade agrícola: produção de cereais, azeite, vinho, criação de gado e produção de queijo, já que integra a zona demarcada do famoso Queijo do Rabaçal. Em Torre de Vale de Todos, é local obrigatório de visita a Igreja Paroquial de N.ª Sr.ª da Graça, igreja que se supõe de fundação quinhentista, sendo alterada ao longo dos séculos. O seu interior é de uma só nave, coberta por um tecto de três planos. Mas a sua maior preciosidade é a escultura de Nossa Senhora da Graça, de meados do século XVI. Em pedra de Ançã, policromada, esta peça de grande valor artístico é da autoria do grande Mestre conimbricense João de Ruão, e já tem inclusive saído para exposições de nível nacional e internacional. Ainda no interior da Igreja, merece igualmente a atenção do visitante, a escultura em pedra quinhentista da Santíssima Trindade (no Altar-Mor); e as Imagens seiscentistas, também em pedra, de São Gregório e Santo António. O traçado rural das ruas e as habitações humildes da parte antiga da povoação são outro atractivo do lugar da Torre, donde se tem uma vista panorâmica bastante agradável. Antigas freguesias de Ansião
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Paio de Córdova — santo do tempo da reconquista da península Ibérica. Topónimos Portugal São Paio (Arcos de Valdevez) — freguesia extinta no concelho de Arcos de Valdevez São Paio (Gouveia) — freguesia no concelho de Gouveia São Paio (Guimarães) — freguesia no concelho de Guimarães São Paio (Melgaço) — freguesia no concelho de Melgaço São Paio de Gramaços — freguesia no concelho de Oliveira do Hospital São Paio de Jolda — freguesia no concelho de Arcos de Valdevez São Paio de Merelim — freguesia extinta no concelho de Braga São Paio do Mondego (anteriormente São Paio de Farinha Podre) — freguesia extinta no concelho de Penacova. São Paio de Oleiros — freguesia no concelho de Santa Maria da Feira. São Paio de Seide — freguesia no concelho de Vila Nova de Famalicão. São Paio de Sequeiros ou Sequeiros (Amares) — freguesia extinta no concelho de Amares. São Paio de Vila Meã ou Vila Meã (Vila Nova de Cerveira) — freguesia no concelho Vila Nova de Cerveira São Paio da Torreira ou Torreira — freguesia no concelho de Murtosa São Paio de Vizela (anteriormente São Paio de Ribavizela) — freguesia no concelho de Vizela Desambiguações de topônimos
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Carralcova foi uma freguesia portuguesa do concelho de Arcos de Valdevez, com 9,35 km² de área e 124 habitantes (2011). Densidade: 13,3 hab/km². Foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada à freguesia de Grade, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Grade e Carralcova com sede em Grade. População Média do País no censo de 2001: 0/14 Anos-16,0%; 15/24 Anos-14,3%; 25/64 Anos-53,4%; 65 e mais Anos-16,4% Média do País no censo de 2011: 0/14 Anos-14,9%; 15/24 Anos-10,9%; 25/64 Anos-55,2%; 65 e mais Anos-19,0% Antigas freguesias de Arcos de Valdevez
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Grade foi uma freguesia portuguesa do concelho de Arcos de Valdevez, com 4,61 km² de área e 393 habitantes (2011). Densidade: 85,2 hab/km². Foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada à freguesia de Carralcova, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Grade e Carralcova da qual é sede. População Património Torre de Grade ou Torre do Faro Antigas freguesias de Arcos de Valdevez
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Paçô é uma freguesia portuguesa do município de Arcos de Valdevez, com 4,6 km² de área{{citar web|url= http://www.dgterritorio.pt/ficheiros/cadastro/caop/caop_download/caop_2013_0/areasfregmundistcaop2013_2 |título= Carta Administrativa Oficial de Portugal CAOP 2013 |publicado= IGP Instituto Geográfico Português|acessodata= 10 de dezembro de 2013|notas= descarrega ficheiro zip/Excel|arquivourl= https://web.archive.org/web/20131209063645/http://www.dgterritorio.pt/static/repository/2013-11/2013-11-07143457_b511271f-54fe-4d21-9657-24580e9b7023$$DB4AC44F-9104-4FB9-B0B8-BD39C56FD1F3$$43EEE1F5-5E5A-4946-B458-BADF684B3C55$$file$$pt$$1.zip|arquivodata= 2013-12-09|urlmorta= yes}} e 970 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é . Toponímia De acordo com o linguista José Pedro Machado, o topónimo «paçô» provém do baixo-latim, do étimo palatiolum,'' que significa «pequeno palácio». Este tipo de topónimo é comum a outras localidades e lugares do Norte de Portugal, contando-se ainda com variantes noutras partes do país, como é o caso de Palaçoulo. Demografia A população registada nos censos foi: Praia do Paçô ou dos Ingleses O acesso à praia, entre campos verdejantes, alimenta a curiosidade. A sul, ergue-se a colina de Montedor, com o seu farol. Em estado de abandono, mas conservando a imponência de outros tempos, o Forte do Paçô é um bom exemplar da arquitectura militar seiscentista. Possui um areal considerável, galardoado há vários anos com bandeira azul, mar com pouca ondulação e formações rochosas nos extremos da praia. Preserva ainda um conjunto de casas de pedra (uma dela convertida em casa de férias), exemplares da arquitectura popular, que serviam para guardar antigos apetrechos de pesca. Freguesias de Arcos de Valdevez
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Sabadim é uma freguesia portuguesa do município de Arcos de Valdevez, com 8,33 km² de área e 410 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é . Demografia A população registada nos censos foi: Ver também Casa do Pomar Casa do Trogal Freguesias de Arcos de Valdevez
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São Paio de Jolda (oficialmente Jolda (São Paio)) é uma freguesia portuguesa do município de Arcos de Valdevez, com 1,7 km² de área e 316 habitantes (censo de 2021) A sua densidade populacional é Demografia A população registada nos censos foi: Freguesias de Arcos de Valdevez
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Vilela foi uma freguesia portuguesa do concelho de Arcos de Valdevez, com 3,27 km² de área e 196 habitantes (2011). Densidade: 59,9 hab/km². Foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada às freguesias de São Cosme e São Damião e Sá, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Vilela, São Cosme e São Damião e Sá com sede em São Cosme e São Damião. População 100px|Evolução da População 1864 / 2011]] Património Ponte medieval de Vilela Antigas freguesias de Arcos de Valdevez
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Celavisa é uma freguesia portuguesa do município de Arganil, com 15,27 km² de área e 142 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é . É vila e foi sede de concelho entre 1217 e 1836. Era constituído apenas por uma freguesia e tinha, em 1801, 691 habitantes. Demografia A população registada nos censos foi: História Tal como a maior parte das localidades do Concelho de Arganil, Celavisa partilha, também do importante legado histórico deixado pelo povo romano aquando da ocupação da península ibérica. Assim, visitar Celavisa é conhecer uma terra na qual o tempo foi deixando a sua marca. O seu património arquitetónico e natural permite-nos reconhecer todo o legado histórico deixado pelo Romanos neste Concelho aquando da sua ocupação da Península Ibérica É Vila e foi sede de Concelho de 1217 até 1836, passando a partir de 1855 a fazer parte do Concelho de Arganil. A partir de 1930 começam a ser implementadas importantes obras na freguesia. Em 1932 começa a ser instituído o ensino básico na aldeia a partir da inauguração da sua escola primária. E é então que em 1936 pelas 16h00 é implementada a luz elétrica na localidade, permitindo melhores condições aos seus habitantes. Em 28 de Junho de 1949 é inaugurada a sede da junta de Freguesia de Celavisa, facto que mereceu especial atenção no jornal “A Comarca de Arganil”. Património Capelas de Santo António, de Nossa Senhora da Conceição, de S. Domingos, de S. João do Deserto, do Mártir S. Sebastião e da Senhora da Boa Viagem Três casas seiscentistas Lugar de Travessas Freguesias de Arganil Antigos municípios do distrito de Coimbra
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São Martinho da Cortiça é uma freguesia portuguesa do município de Arganil, com 31,54 km² de área e 1188 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é . Está situada no seu extremo noroeste, a 13 km de Arganil, e faz fronteira a sudoeste com o concelho de Vila Nova de Poiares, a noroeste com o de Penacova e a nordeste com o de Tábua. Demografia A população registada nos censos foi: Povoações A freguesia é constituída por 24 aldeias: Ponte da Mucela, Mucelão, Sobreira, Quinta da Cortiça, Cavaleiro , Teixugueira, Carapinhal, Cortiça, São Martinho da Cortiça, Vale de Matouco, Vale de Moinho, Fronhas, Saíl, Fonte Furada, Vale de Espinho, Portela da Urgueira, Urgueira, Pombeiras, Abrunheira, Sanguinheda, Catraia dos Poços, Olival da Mina, Vale de São Martinho e Poços. Descrição A freguesia é rasgada ao meio pela EN 17., conhecida por estrada da Beira, que tem a sua origem na antiga via romana que ligava Coimbra a Salamanca, passando pela vizinha Bobadela. Desde períodos anteriores à fundação da Nacionalidade que contribui para o aparecimento de povoações à sua beira.Também passa pela freguesia o IC6. junto a Catraia dos Poços a 3 Km de São Martinho da Cortiça. Já o Rio Alva, que corre a seus pés, não desempenhou aqui o papel que tomou noutras povoações a montante. É que a partir do Sarzedo o curso do rio tornava-se caprichoso, hesitante, atormentado, parecendo em alguns sítios regressivo. O amontoado era tão sinuoso que o rio se desnorteava, ia por onde podia, torcido, afogando-se na paisagem imponente. As povoações ausentaram-se assim das suas margens e tornaram-se pouco dependentes do Alva. Em 1985 com a construção da barragem das Fronhas parte deste belo vale do Alva foi submergido pela sua albufeira. Em seu lugar espraia-se agora um interessante espelho de água, com um potencial turístico ainda pouco aproveitado que os amantes da pesca desportiva bem conhecem. Estamos na Casconha, onde com excepção dos vales e melhores várzeas, a subjacente ossatura rochosa é revestida por delgada manta de solo arável, coberta muitas vezes por floresta. História A primeira referência histórica à igreja de S. Martinho, em outro tempo da Sanguinheda, remonta ao ano de 1141, altura em que a freguesia pertencia à herdade de Pombeiro e Souto Seco, instituída pela rainha D. Teresa em 1126. Nesta altura estaria já situada no Passal, um sítio ermo na parte traseira da colina em que assenta a povoação de S. Martinho, entre a Cortiça e a Sanguinheda. Foi construída como tantas outras fora do povoado, ao lado da antiga estrada da Beira, para ficar no meio da sua vasta circunscrição eclesiástica. Depois de ter pertencido ao senhorio de Arganil, foi incluída em 1355 no senhorio de Pombeiro, concedido por escambo a Martim Lourenço da Cunha pelo rei D. Afonso IV, ao qual se manteve intimamente ligada até meados do século XIX. Em finais do século XV, Artur da Cunha, senhor de Pombeiro, desmembrou os lugares de Sanguinheda e Carapinha para constituir o senhorio da Sanguinheda, que deu territorial, mas não política nem judicialmente ao seu terceiro filho, Simão da Cunha. A Sanguinheda era então a sede das funções comunais e a partir de 2 de Novembro de 1513, data em que o rei D. Manuel I lhe deu carta de foral, passou a ser sede de concelho. Aí estava o pelourinho e a casa da câmara, onde tinha assento o juiz, o vereador, o escrivão da câmara e outro do judicial e órfãos. As restantes povoações da freguesia continuaram a fazer parte do concelho de Pombeiro, entretanto instituído. Por volta de 1598, por estar a igreja em sítio descampado, sujeita a roubos e ruína iminente, reformou-se a capela de Santo Amaro da Cortiça, para onde se transferiu o Santíssimo. Aqui esteve por mais de vinte anos, onde se fundou a Irmandade do Santíssimo Sacramento, em 1602. Não sendo, porém, a capela um sítio próprio para a matriz, o prior D. Nuno Castelo Branco, filho bastardo do senhor de Pombeiro, adquiriu e doou o terreno para a construção de um novo edifício na Póvoa de S. Martinho. A igreja foi benzida a 28 de Maio de 1624, transferindo-se definitivamente a sede da freguesia da Sanguinheda para a Póvoa de S. Martinho, actualmente S. Martinho da Cortiça. Foi freguesia muito fustigada durante a terceira invasão francesa, em 1811, onde se deu luta aos franceses desmontando-se um dos arcos da ponte da Mucela durante a sua retirada, e durante as lutas liberais, onde a povoação da Cortiça foi incendiada em 1832 pelos absolutistas na sequência da “queima da pólvora”, incidente regional em que os liberais fizeram explodir 20 carros de pólvora na Catraia dos Poços. A 6 de novembro de 1836 foi extinto o concelho da Sanguinheda, assim como o de Pombeiro, passando a freguesia de S. Martinho, até aqui constituída por parte deste e a totalidade daquele, a fazer parte do concelho de Farinha Podre. A freguesia passou depois para o concelho de Tábua a 31 de dezembro de 1853, até que foi transferida definitivamente para o concelho de Arganil a 24 de outubro de 1855. Em 1843 surgiu a primeira botica, em 1861 o primeiro estabelecimento de ensino primário, e ainda antes de 1884 a primeira delegação postal, primeiros sinais de progresso. Dada a sua localização junto do porto da Raiva foi terra de negociantes e almocreves. As explorações de minérios como a prata e chumbo estão bem documentadas em finais do século passado. A partir da década de quarenta apareceram as primeiras indústrias ligadas à exploração e transformação de resina e madeiras, e mais recentemente indústrias ligadas à pecuária e laticínios e as empresas de construção civil. Equipamentos A freguesia possui os seguintes equipamentos sociais: O Centro Escolar inaugurado a 7 de setembro de 2008, Edifício da Extensão de Saúde inaugurado no dia 17 de Junho de 2018, Centro de Dia, Igreja Matriz, Junta de Freguesia e Posto de Correios inaugurado a 14 de setembro de 1952, Centro Cultural de São Martinho, Cemitério, Árvores Classificadas, Campo de Futebol, Pavilhão Gimnodesportivo, Casa do Povo, Multibanco, Zona Industrial do Vale do Fogo, a Barragem das Fronhas, o Pelourinho da Saguinheda e a Capela de Santo Amaro na Cortiça. Comércio Em termos de pontos comerciais, a freguesia possui: O Talho, Banco, Padaria, Farmácias, Mini Mercados, Florista, Clínica de Analises e Clínica Dentaria, Cafés, Restaurantes, Cabeleireiras, Seguros, Gabinete de Contabilidade o Grupo Desportivo e Cultural de S.Martinho da Cortiça, Associação Projecto Radical, Casa do Povo IPSS e União Recreativa e Cultural da Urgueira, Comissão de Melhoramentos da Cortiça, Associação Clube Recreativo da Sobreira. Património Capelas de Nossa Senhora do Rosário, de S. Nicolau e da Senhora da Guia Fragmentos do pelourinho de Sanguinheda Igreja Matriz de São Martinho Personalidades célebres António Dias da Cunha, empresário e antigo presidente do Sporting Clube de Portugal. Freguesias de Arganil Paróquias de Portugal com orago de São Martinho
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O surrealismo ou sobrerrealismo foi um movimento artístico e literário nascido em Paris na década de 1920, inserido no contexto das vanguardas que viriam a definir o modernismo no período entre as duas Grandes Guerras Mundiais. Reúne artistas anteriormente ligados ao dadaísmo ganhando dimensão mundial. Fortemente influenciado pela Psicanálise de Sigmund Freud (1856-1939), o surrealismo enfatiza o papel do inconsciente na atividade criativa. Um dos seus objetivos foi produzir uma arte que, segundo o movimento, estava sendo destruída pelo racionalismo. O poeta e crítico André Breton (1896-1966) era o principal líder e mentor deste movimento. A palavra surrealismo supõe-se ter sido criada em 1917 pelo poeta Guillaume Apollinaire (1886-1918), jovem artista ligado ao cubismo, e autor da peça teatral As Mamas de Tirésias (1917), considerada uma precursora do movimento. Um dos principais manifestos do movimento é o Manifesto Surrealista, de 1924. Além de Breton, seus representantes mais conhecidos são Antonin Artaud, no teatro, Luis Buñuel, no cinema, e Max Ernst, René Magritte e Salvador Dalí, no campo das artes plásticas. Visão surrealista Dentre as características deste estilo estão a combinação do representativo, do abstrato, do irreal e do inconsciente. Entre muitas das suas metodologias estão a colagem e a escrita automática. Segundo os surrealistas, a arte deve libertar-se das exigências da lógica e da razão e ir além da consciência cotidiana, procurando expressar o mundo do inconsciente e dos sonhos. No manifesto e nos textos escritos posteriores, os surrealistas rejeitam a chamada ditadura da razão e valores burgueses como pátria, família, religião, trabalho e honra. Humor, sonho e a contra-lógica são recursos a serem utilizados para libertar o homem da existência utilitária. Segundo esta nova ordem, as ideias de "bom gosto" e "decoro" devem ser subvertidas. Mais do que um movimento estético, o surrealismo é uma maneira de enxergar o mundo, uma vanguarda artística que transcende a arte. Busca restaurar os poderes da imaginação, castrados pelos limites do utilitarismo da sociedade burguesa, e superar a contradição entre objetividade e subjetividade, tentando consagrar uma poética da alucinação, de ampliação da consciência. Breton declara no Primeiro Manifesto sua crença na possibilidade de reduzir dois estados aparentemente tão contraditórios, sonho e realidade, “a uma espécie de realidade absoluta, de sobre-realidade [surrealité]”. A escrita automática procura buscar o impulso criativo artístico através do acaso e do fluxo de consciência despejado sobre a obra. Procura-se escrever no momento, sem planejamento, de preferência como uma atividade coletiva que vai se completando. Uma pessoa escreve algo num papel e outro completa, mas não de maneira lógica, passando a outro que dá sequência. O filme Um Cão Andaluz, de Luis Buñuel, por exemplo, é formado por partes de um sonho de Salvador Dalí e outra parte do próprio diretor, sem necessariamente objetivar-se uma lógica consciente e de entendimento, mas um discurso inconsciente que procura dialogar com outras leituras da realidade. Esse e outros métodos, no entanto, não eram exercícios gratuitos de caráter estético, mas, como disse Octavio Paz, seu propósito era subversivo: abolir esta realidade que uma sociedade vacilante nos impôs como a única verdadeira. Para além de criar uma arte nova, criar um homem novo. Imagens poéticas e significado Grande parte da estética surrealista apoia-se na concepção de imagem poética de Pierre Reverdy, segundo a qual a imagem nasce não da comparação, mas da aproximação entre duas realidades afastadas. E quanto mais distantes forem as realidades aproximadas, mais forte será a imagem poética. Reverente distancia mais ainda o mundo captado pelos sentidos e o mundo criado pela poesia. Além disso, a linguagem surrealista faz grande uso de descontextualizações, esvazia-se um significante de seu significado para atingir novos e inusitados significados. Herança de Arthur Rimbaud, procuram o desregramento também das relações de significação para a emersão de uma nova linguagem. Há uma busca da expressão por meio de uma linguagem não-instrumental e uma associação de liberdade à ruptura do discursiva. História Em 1929, os surrealistas publicam um segundo manifesto e editam a revista A Revolução Surrealista. Entre os artistas ligados ao grupo em épocas variadas estão os escritores franceses, Antonin Artaud (1896-1948), também dramaturgo, Paul Éluard (1895-1952), Louis Aragon (1897-1982), Jacques Prévert (1900-1977) e Benjamin Péret (1899-1959), que viveu no Brasil. Entre os escultores encontram-se os italianos Alberto Giacometti (1901-1960), o pintor italiano Vito Campanella (1932), assim como os pintores espanhóis Salvador Dali (1904-1989), Juan Miró (1893-1983) e Pablo Picasso, o pintor belga René Magritte (1898-1967), o pintor alemão Max Ernst (1891-1976) e o cineasta espanhol Luis Buñuel (1900-1983). Nos anos 30, o movimento internacionaliza-se e influencia muitas outras tendências, conquistando adeptos em países da Europa e nas Américas, tendo Breton assinado um manifesto com Leon Trotski na tentativa de criar um movimento internacional que lutava pela total liberdade na arte - FIARI: o Manifesto por uma Arte Revolucionária Independente. No Brasil, o surrealismo é uma das muitas influências assimiladas pelo modernismo. Década de 1930 Salvador Dalí e René Magritte criaram as mais reconhecidas obras pictóricas do movimento. Dalí entrou para o grupo em 1929, e participou do rápido estabelecimento do estilo visual entre 1930 e 1935. O surrealismo como movimento visual, tinha encontrado um método: expor a verdade psicológica ao despir objetos ordinários de sua significância normal, a fim de criar uma imagem que ia além da organização formal ordinária. Em 1932, vários pintores surrealistas produziram obras que foram marcos da evolução da estética do movimento: La Voix des Airs, de Magritte, é um exemplo deste processo, no qual são vistas três grandes esferas representando sinos pendurados sobre uma paisagem. Outra paisagem surrealista do mesmo ano é Palais Promontoire, de Tanguy, com suas formas líquidas. Formas como estas se tornaram a marca registrada de Dali, particularmente com sua obra A Persistência da Memória, na qual relógios de bolso derretem. Segunda Guerra Mundial A Segunda Guerra Mundial provou ser disruptiva para o surrealismo. Os artistas continuaram com as suas obras, incluindo Magritte. Muitos membros do movimento continuaram a corresponder-se e a encontrar-se. Em 1960, Magritte, Duchamp, Ernst e Man Ray encontraram-se em Paris. Apesar de Dali não se relacionar mais com Breton, ele não abandonou os seus motivos dos anos 30, incluindo referências à sua obra "Persistência do Tempo" numa obra posterior. O trabalho de Magritte tornou-se mais realista na sua representação de objetos reais, enquanto mantinha o elemento de justaposição, como na sua obra Valores Pessoais (1951) e Império da Luz (1954). Magritte continuou a produzir obras que entraram para o vocabulário artístico, como Castelo nos Pireneus, que faz uma referência a Voix de 1931, na sua suspensão sobre a paisagem. Algumas personalidades do movimento Surrealista foram expulsas e vários destes artistas, como Roberto Mattam continuaram próximos ao surrealismo como ele mesmo se definiu. Surrealismo em Portugal O surrealismo surge nos horizontes culturais portugueses a partir de 1936, "em experiências literárias «automáticas» realizadas por António Pedro e alguns amigos". Em 1940 o mesmo António Pedro expõe com António Dacosta (e Pamela Boden): " A exposição reunia dezasseis pinturas de Pedro, dez de Dacosta e seis esculturas abstratas de Pamela Boden [...]. O surrealismo de que se falara até então vagamente, desde 1924, [...] irrompia nesta exposição, abrindo a pintura nacional para outros horizontes que ali polemicamente se definiam". Grupo Surrealista de Lisboa Em 1947 Cândido Costa Pinto, que desde 1942 seguia uma linha estética surrealista, contacta, em Paris, com o recém-organizado Grupo Surrealista; André Breton sugere-lhe a organização de um grupo idêntico em Portugal. É deste desafio que irá nascer o "Grupo Surrealista de Lisboa". "Vespeira, Fernando Azevedo, António Domingues e João Moniz Pereira, [...] os poetas Mário Cesariny de Vasconcelos, [...] Alexandre O'Neill e José Augusto França [...] constituíram o núcleo inicial do movimento aglutinado em Outubro de 1947 e que logo contou com a colaboração e animação de António Pedro. [...] O primeiro ato do grupo ainda em formação foi romper com Cândido Costa Pinto", por ter exposto uma pintura nas salas do SNI. A primeira e única exposição do grupo teve lugar em 1949. Participaram António Pedro, António Dacosta, Fernando Azevedo, Moniz Pereira, Vespeira, Alexandre O'Neill, e José Augusto França, além de dois Cadavre Exquis de Vespeira e Fernando Azevedo e outro, de grandes dimensões, de António Domingues, Fernando Azevedo, António Pedro, Vespeira, Moniz Pereira. A exposição foi motivo de escândalo e alvo de ameaças policiais. A primeira proposta de capa do catálogo, que pretendia inserir-se na campanha eleitoral de Norton de Matos (de oposição ao regime de Salazar), foi proibida pela censura. A iniciativa agitou o meio artístico lisboeta que, no mesmo ano e no seguinte, teve mais duas exposições da índole semelhante, realizadas por um grupo dissidente, Os Surrealistas, composto por Mário Cesariny, Cruzeiro Seixas, Mário-Henrique Leiria, António Maria Lisboa, H. Risques Pereira, Fernando José Francisco, Pedro Oom, João Artur da Silva, Carlos Eurico da Costa, Fernando Alves dos Santos, António Paulo Tomaz, "com menor interesse plástico embora notável proposição poética". A exposição do Grupo Surrealista de Lisboa e as restantes, de Os Surrealistas, marcaram o fim do movimento, "ficando apenas os seus componentes em ações pessoais e isoladas". Vespeira e Azevedo prosseguiram, ao longo de 1950 e 1951, uma obra pictórica de qualidade, expondo em 1952 na Casa Jalco, ao Chiado: "uma exposição de «óleo, fotografia, guache, desenho, ocultação, colagem, linóleo» constituída por três «Primeiras exposições Individuais» de Fernando de Azevedo, Fernando de Lemos e Vespeira", e que os artistas dedicaram ao precursor do movimento, António Pedro. Técnicas surrealistas Os surrealistas usaram diferentes técnicas para ativar seu inconsciente, uma delas é o cadáver exquis (requintado cadáver), uma técnica baseada na aleatoriedade e na coralidade, que envolve a colaboração de vários artistas: um deles começa a operação traçando um desenho, uma figura, que deve ser ignorada pelos outros; a folha deve ser passada a todos os participantes, um por um, que por sua vez formarão uma figura e assim por diante. Outras técnicas frequentemente utilizadas pelos pintores desse movimento são: Frottage (esfregar); Grattage (arranhando, raspando); Colagem; Assemblage; Dripping (Max Ernst é o primeiro a usar essa técnica, que ficou famosa após a Segunda Guerra Mundial por Jackson Pollock). Essas técnicas permitiram aos artistas liberar forças criativas cheias de sugestões e evocações, menos teóricas e mais inconscientes e espontâneas. Ver também André Breton Antonin Artaud Arte moderna Benjamin Péret Frida Kahlo Leonora Carrington Luis Buñuel Manifesto por uma Arte Revolucionária Independente Manifesto Surrealista Mario Pedrosa Modernismo Octavio Paz Psicanálise Remedios Varo René Magritte Salvador Dalí Vanguarda Bibliografia Em português DUROZOI e LECHERNERBONNIER. El Surrealismo. Guadarrama, Madri, 1974. ADES, Dawn. O Dada e o Surrealismo. Labor do Brasil, Barcelona, 1976?. SENA, Jorge. Manifestos do Surrealismo. Moraes, SP, 1979. GIMENEZ-FRONTIN, J. El Surrealismo. Montesino, Barcelona, 1983. FARIAS, José Niraldo. O Surrealismo na Poesia de Jorge de Lima. PUC/RGS, Porto Alegre, 2003. BRETON, André, Manifestos do Surrealismo. Rio de Janeiro, Editora Nau, 2001 PERET, Benjamin, Amor sublime, São Paulo: Brasiliense, 1985. ARGAN, Giulio Carlo, Arte moderna, São Paulo: Companhia das Letras, 1992. PONGE, Robert (org.), Surrealismo e nuovo mundo, Porto Alegre: Editora da Universidade Federal do Rio do Sul. 1999. Em espanhol BÉHAR, Henry. Sobre Teatro Dada y Surrealista. Barcelona: Barral, 1971. Bréton, André. El Surrealismo: Puntos de Vista y Manifestaciones. Barcelona: Barral, 1977. PAZ, Octavio. Las Peras del Olmo. Barcelona, Seix Barral, 1990 DUROZOI e LECHERNERBONNIER. El Surrealismo. Guadarrama, Madri, 1974. ADES, Dawn. O Dada e o Surrealismo. Labor do Brasil, Barcelona, 1976?. SENA, Jorge. Manifestos do Surrealismo. Moraes, SP, 1979. GIMENEZ-FRONTIN, J. El Surrealismo. Montesino, Barcelona, 1983. FARIAS, José Niraldo. O Surrealismo na Poesia de Jorge de Lima. PUC/RGS, Porto Alegre, 2003. Ligações externas Artigo surrealismo França-Brasil Notas sobre o movimento surrealista no Brasil Sérgio Lima - Notas acerca do movimento surrealista no Brasil Oliveira, Cléa de Vanguardas européias: o surrealismo em Portugal. Ou: do automatismo psíquico à portuguesa – O’ Neil e o abandono vigiado. Surrealismo Movimentos da poesia moderna
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Lester Willis Young (Woodville, Mississippi, 27 de agosto de 1909 - Nova Iorque, 15 de março de 1959) foi um saxofonista-tenor norte-americano. Lester, cuja alcunha era "Prez", cresceu numa família família de músicos de relevo. O seu irmão, Lee Young foi um baterista notável e vários dos outros membros da família eram músicos profissionais. A família mudou-se para Nova Orleães, Luisiana, quando Lester era ainda uma criança. O pai ensinou-lhe a tocar trompete, violino e bateria além de saxofone. Saiu da banda familiar em 1927 porque se recusou a ir em tournée pelo Sul dos Estados Unidos, onde as leis de Jim Crow estavam em vigor. Tornou-se proeminente nos anos 30, tocando num estilo relaxado que contrastava vivamente com a abordagem agressiva de Coleman Hawkins, o saxofonista-tenor mais importante da época. Com efeito, quando Young saiu da banda de Count Basie para substituir Hawkins na banda de Fletcher Henderson, o seu estilo aborreceu tanto os fãs de Henderson que rapidamente saiu para ir tocar com Andy Kirk. Mais tarde regressou à banda de Basie. Visto que o jazz já tinha um "rei do swing" com Benny Goodman, um "duque" com Duke Ellington, e um "conde" com Count Basie, Lester Young ficou conhecido como Pres (diminutivo de "presidente"), nome que lhe foi dado por Billie Holiday. Ele devolveu o favor chamando à cantora "Lady Day". Young virou-se para o bebop nos anos 40. No entanto, depois da Segunda Guerra Mundial começou a sofrer de problemas mentais e alcoolismo, em geral atribuídos a maus-tratos racistas que teria recebido durante a guerra no exército americano, onde era frequente não ser autorizado a tocar o seu saxofone. Apesar disso, manteve uma grande qualidade na interpretação. É geralmente considerado um dos maiores músicos de jazz de todos os tempos. Saxofonistas de jazz Saxofonistas dos Estados Unidos Clarinetistas de jazz Clarinetistas dos Estados Unidos Músicos afro-americanos
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Coura foi uma freguesia portuguesa do concelho de Armamar, com 5,45 km² de área e 48 habitantes (2016). Densidade: 9,3 hab/km². Foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo o seu território sido agregado à freguesia de Armamar. População Ligações externas Antigas freguesias de Armamar
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Santa Cruz é uma freguesia portuguesa do município de Armamar, com 7,88 km² de área e 173 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é . Até 30 de agosto de 1995, a sua designação oficial era Santa Cruz de Lumiares. Santa Cruz de Lumiares, ou Santa Cruz, fica na parte sul do Município. Tudo leva a crer que a villa rustica tenha tido um templo a Santa Cruz e daí o nome da localidade. O nome de Santa Cruz de Lumiares já existia no século XII e provém do facto de ter sido dependente do Couto de Lumiares, uma vez que aparece nos limites dele em 1161 e as inquirições de 1258 (D. Afonso III) também o confirmam. Da freguesia faz ainda parte o lugar de Vila Nova, situado mais a sul. Economia A agricultura que se pratica é de subsistência e em regime de minifúndio. Cultiva-se batata, cereal, fruta e vinho. Nos últimos anos tem-se intensificado a produção de maçã em extensos pomares que introduzem mudanças ao nível da paisagem. A pastorícia, atividade que vem de tempos remotos, ainda vai representando algo na economia da freguesia mas já muito longe da realidade de outros tempos. Do património histórico da freguesia fazem parte a igreja paroquial, a capelinha da Sra. da Livração (1874), capela Miradouro da Sra. da Saúde, em Vila Nova na serra do mesmo nome e a capela do Espírito Santo, também em Vila Nova. Destaque especial merece a capela de São Gregório pela importância que o culto associado a este monumento tem, não só a nível da freguesia mas também do Município. A Feira e Romaria a São Gregório acontece a 12 de março e tem longínquas tradições que interessa preservar. Vila Nova, a outra localidade da freguesia tem origens no século XII ou até mesmo antes da Nacionalidade nalgum prédio rústico. Neste lugar são tradição as indústrias caseiras de laticínios e carne como resultado da atividade da pastorícia. Vila Nova é conhecida por ser a terra dos queijinhos de cabra e de outro produto que é um dos melhores rótulos da gastronomia de Armamar, o Cabritinho. Com pastagens de excelente qualidade, Vila Nova está muito ligada à pastorícia com criação de gado caprino. Antigamente outras atividades artesanais aproveitavam todos os recursos da pastorícia, caso das mantas de burel, que eram feitas em São Martinho e Lumiares, terras de fiadores e cardadores. Os pastores usavam-nas no inverno atadas aos ombros, em conjunto com polainos de junco feitos em Vila Nova e que os protegiam dos frios e das grandes nevadas. Outra das indumentárias dos pastores era a palhoça (ou croça), espécie de sobretudo feito em junco ou palha de centeio e que servia para os proteger da chuva. Demografia A população registada nos censos foi: Ligações externas Freguesias de Armamar
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O Grêmio Recreativo Cultural e Escola de Samba Gaviões da Fiel Torcida (G.R.C.E.S. Gaviões da Fiel Torcida) é a maior torcida organizada do Sport Club Corinthians Paulista e também uma escola de samba da cidade de São Paulo. Fundada em 1969, localiza-se no bairro do Bom Retiro, contando com mais de 140 mil associados. Foi a primeira torcida organizada do Brasil a ter uma estrutura administrativa interna regida por regras estatutárias. Na Gaviões os departamentos de Carnaval e os ligados ao futebol fazem parte de uma mesma entidade. A torcida teve um grande crescimento, e muitos de seus membros se envolveram em brigas de torcedores, o que chegou a levar o Ministério Público a pedir a extinção da entidade em 1997. A agremiação chegou a ter suspensas por liminar as suas atividades como torcida. História A Gaviões foi criada em 1969, mas desde 1965 já vinham sendo realizadas reuniões entre torcedores corintianos com o objetivo de criar uma entidade que pudesse não apenas atuar como uma torcida organizada, mas também tivesse atuação na área político-administrativo do Corinthians. Seu principal objetivo, à época, era o de derrubar o dirigente Wadih Helu, presidente do clube desde 1961. Flávio La Selva foi o sócio número um dos Gaviões da Fiel. Desde o começo, integrantes da agremiação participavam ativamente dos desfiles de escola de samba, inicialmente como uma ala da Vai-Vai, escola que também possui as mesmas cores do Corinthians. No início, a sede era numa garagem na Zona Norte, sendo transferida posteriormente para a Rua Santa Efigênia, no ano de 1974, sendo esta a primeira sede social da entidade. Em 1975 a torcida passou a desfilar no desfile oficial de blocos da cidade de São Paulo, desfile este que venceria doze vezes, em treze anos de disputa.No ano de 1978 foi inaugurada a quadra atual, no Bom Retiro. A Gaviões passou a desfilar como escola de samba em 1989, ficando em segundo lugar no grupo 1 (atual grupo de acesso). Em 1990, terminou a disputa em nono lugar, entre dez escolas, e foi rebaixada. Porém em 1991 ganhou o Grupo de Acesso, ficando em oitavo Lugar no Grupo Especial de 1992. Em 1993, a escola ficou em quinto lugar com o enredo A Chave do Tempo, e em 1994 a escola foi vice campeã só atrás da Rosas de Ouro campeã naquele ano.No ano seguinte sendo campeã pela primeira vez em 1995, com um enredo que até hoje é lembrado por muitos e também entre os sambistas de São Paulo, Coisa Boa é pra Sempre. Graças ao inusitado fato de até então ser ao mesmo tempo uma escola de samba e uma torcida, a Gaviões ganhou muita visibilidade no Carnaval, não só em São Paulo, mas também atraindo a curiosidade de gente de outros estados, como o Rio de Janeiro, por exemplo, bem como ganhando a simpatia também dos torcedores do Corinthians, mesmo os que torciam para outras escolas. Em 1996 a escola foi a quarta colocada com enredo "Quem Viver Verá o Vinte Virar" assinado pelo carnavalesco Raul Diniz. Em 1997 a Escola foi a quinta colocada com o enredo "Mundo da Rua". Já em 1998 a escola fez uma de suas muitas homenagens ao Corinthians. Em 1999, vence novamente o Carnaval com o enredo "O Príncipe Encoberto ou a busca de S. Sebastião na Ilha de São Luís do Maranhão", terminando empatada com a Vai-Vai. Nesse ano, teria vencido sozinha se houvesse critérios de desempate. No ano 2000 a escola foi a última a desfilar naquela noite, apresentando o enredo "Um Voo Para a Liberdade", no Carnaval temático dos 500 anos de Descobrimento do Brasil. Em 2001 a escola apostou num investimento muito grande sobre o seu carnaval,com carros alegóricos e fantasias com um ótimo acabamento e muito com muito luxo,além de ter sido a escola que teve o abre-alas na época mais caro do que de todos as outros escolas adversarias."Mitos e Magias na Triunfante Odisseia da Criação" que fala da origem da criação do mundo foi a aposta da escola de samba com o carnavalesco que daí então era Jorge Marcos Freitas a escola só consegui novamente um quarto lugar.Mesmo assim do título ficou com a Nenê de Vila Matilde Em 2002, a escola teve como seu tema , Xeque-Mate, que fazia uma homenagem ao jogo de xadrez e ainda aproveitava para fazer duras críticas políticas e sociais, foi inclusive usado no horário político,assim tornou-se campeã novamente do carnaval paulistano.Saindo praticamente campeã do Anhembi. No ano de 2003 a escola sagrou-se bi-campeã do carnaval paulistano com enredo que falava sobre as cinco regiões do Brasil."As Cinco Deusas Encantadas na Corte do Rei Gavião" Novamente com a assinatura de Jorge Freitas. Para 2004, quase dez anos após o seu primeiro título no Grupo Especial e já consolidada como uma das maiores escolas de samba de São Paulo, a Gaviões da Fiel era favorita para um tricampeonato consecutivo, quando, em meio ao seu desfile sobre os 450 anos da cidade de São Paulo, um carro alegórico que falava sobre a "revolução corintiana" teve problemas no seu eixo, tendo uma alegoria que representava um jogador do Corinthians ficado presa na caixa de som e no relógio do Sambódromo, chegando até mesmo a derrubar este último. Isso fez a escola estourar o tempo em cinco minutos, perdendo oito pontos no total, além de levar algumas notas baixas no quesito evolução, terminando aquele desfile em último lugar. Em 2005, a Gaviões teve alguns problemas novamente na saída do desfile, mas contou com a ajuda da Liga que permitiu-lhe mais tempo para começar o desfile, fazendo assim com que a escola vencesse novamente o Grupo de Acesso. O ano de 2006 foi o primeiro em que duas escolas ligadas à torcidas organizadas estiveram ao mesmo tempo no Grupo Especial: a Gaviões (primeira a desfilar na sexta-feira) e a Mancha Verde (penúltima da madrugada de sábado para domingo). A Gaviões, porém, ganhou na Justiça o direito de participar normalmente do campeonato no Grupo Especial e a Mancha Verde então disputou sozinha durante dois anos o grupo das escolas desportivas. Nesse ano, havia um temor entre alguns sambistas de que brigas entre torcidas organizadas pudessem atrapalhar o espetáculo. Por isso, o regulamento passou a prever que as escolas de torcida deveriam desfilar num dia em separado (no caso, a madrugada de domingo para segunda), disputando assim, num grupo à parte, o Grupo Especial das Escolas de Samba Desportivas. Porém, faltando menos de uma semana para o carnaval, a Gaviões da Fiel conseguiu uma liminar que garantia que ela disputasse o título do Grupo Especial, abrindo o desfile de sexta-feira. Este deveria ser um desfile de recomeço, porém a escola acabou estourando o tempo regulamentar, causando perda de pontos. Na apuração, a escola ainda foi punida em mais pontos: por mostrar o escudo do Corinthians em um de seus carros alegóricos (mesmo tendo ganho na justiça o direito de exibi-lo), e por uma suposta propaganda em outro carro alegórico (a marca da empresa de geradores apareceu durante o desfile, quando deveria ter sido escondida), perdendo no total quatro pontos. A isto, somado ao fato de os jurados terem dado notas muito baixas a escola, como, por exemplo, no quesito Bateria, resultou em outro rebaixamento. A diretoria da escola, chegou a afirmar que abandonaria os desfiles de escola de samba da Liga-SP. Em 2007, a Gaviões da Fiel desfilou pelo Grupo de acesso com quatro carros alegóricos e 3.000 componentes. O enredo dedicado ao padre José de Anchieta contribuiu para que a Gaviões da Fiel se sagrasse novamente campeã da Categoria de Acesso. Para 2008, inicialmente havia duas possibilidades: a Gaviões deveria participar do Grupo Especial das Escolas Esportivas juntamente com a Mancha Verde, ou poderia haver a possibilidade de a escola competir no tradicional Grupo Especial, resguardada pela mesma liminar que lhe garantiu este direito em 2006. No entanto, em julho de 2007, após uma nova reunião da LigaSP, ficou decidido que tal divisão seria extinta, voltando as escolas participantes desse grupo a disputar o Grupo Especial. Para o carnaval daquele ano, a Gaviões teve como tema a cidade de Santana do Parnaíba, que fica na região metropolitana de São Paulo. Como então campeã do grupo de acesso, foi a primeira escola a desfilar. A escola impressionou com suas alegorias e fantasias luxuosas, porém, apresentou um nível abaixo em relação a outras agremiações e, até mesmo, em relação a desfiles seus anteriores. Novamente, seus integrantes tiveram que correr no final do desfile para não ultrapassar o tempo máximo (65 min), o que resultou na perda de pontos nos quesitos evolução e harmonia. O resultado foi um tímido 11° lugar. Para o carnaval 2009, a Gaviões trouxe o carnavalesco Zilkson Reis, vindo da Mocidade Alegre e o diretor de carnaval Igor Carneiro. Nesse ano, o enredo "O sonho comanda a vida, quando o homem sonha,o mundo avança", a escola falou da invenção da roda e homenageou seu torcedor mais ilustre e mais amado: o piloto brasileiro Ayrton Senna, que é até hoje, homenageado pelo clube, classificando-se em 4° lugar, retornando ao desfile das campeãs após 5 anos. Em 2010, a escola homenageou o centenário do Corinthians, com o enredo "Corinthians... Minha vida, minha história, meu amor!". Além disso, houve a troca de madrinha de bateria, saindo Lívia Andrade e entrando Sabrina Sato. Durante a apuração, os torcedores, revoltados com as notas do quesito Enredo, jogaram garrafas na pista do Sambódromo, após a revolta dos dirigentes da escola. A escola terminou em 5º lugar. Em 2011, apresentou como enredo a cidade de Dubai. Mesmo não apresentando um enredo que tenha caído ao gosto da torcida, a escola fez um desfile técnico e ficou novamente com a 5ª colocação. No ano de 2012, a escola homenageou o ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. O homenageado que se recuperava de um tumor na laringe, por recomendação médica, não participou do desfile, assistindo-o pela televisão em sua residência. Gravou, no entanto, um vídeo agradecendo a homenagem da escola, vídeo este que foi reproduzido em um telão no último carro alegórico, onde desfilou sua mulher. A bateria desfilou fantasiada de Lula operário e, ainda no recuo, se transformou em presidente. Apesar da escola ter vindo com luxo e com um enredo bem desenvolvido, teve problemas em sua evolução, obtendo uma nota 8.9, obtendo nota máxima somente em bateria e enredo. Antes do clássico contra o Palmeiras no dia 25 de março de 2012, torcedores corintianos e palmeirenses, brigaram na Avenida Inajar de Souza, e dois palmeirenses morreram. A Federação Paulista de Futebol proibiu a Gaviões da Fiel e a Mancha Alviverde de entrarem nos estádios da cidade com qualquer material que levasse o nome dessas duas torcidas, até que o caso da briga das torcidas fosse apurado. O presidente da Gaviões, Donizete, passou 18 dias preso, acusado de omissão. Em 2013, a escola abordou a história da propaganda e da publicidade brasileira no enredo: "Ser Fiel é a alma do negócio", desenvolvido pelo mago das cores Max Lopes. Diferente de outros anos a escola veio muito colorida. Empatou em número de pontos com a Nenê de Vila Matilde e com a X-9 Paulistana. No desempate, obteve a 9ª posição. Ainda em fevereiro de 2013, torcedores corintianos, membros da agremiação, foram presos na Bolívia, após a tragédia no estádio de Oruro na Bolívia, onde um adolescente boliviano foi morto por um sinalizador disparado pela torcida. Em abril de 2013, a Gaviões elegeu novo presidente. No Carnaval de 2014 homenageou um dos grandes ídolos do futebol mundial: Ronaldo Fenômeno, relembrando a história de vida do ex-atleta, sua infância pobre em Bento Ribeiro. Para o Carnaval de 2015, a agremiação apresentou o enredo "No jogo enigmático das cartas, desvendem os mistérios e façam suas apostas, pois a sorte está lançada!", onde contou a história do baralho, levando truques e magias para o desfile. A escola empolgou o público e permaneceu em primeiro lugar durante metade da apuração, mas perdeu pontos nos quesitos Mestre-Sala e Porta-Bandeira, Fantasia e Evolução, caindo para o 9º lugar. Em 2016 a escola levou ao Anhembi o enredo "É fantástico! Imagine, admire e sinta". A tradicional escola mostrou um belo desfile ao responder a pergunta: "o que é fantástico?". Com um grande desfile a escola levantou as arquibancadas lotadas de torcedores que esperavam ansiosos, na apuração a escola obteve algumas notas baixas principalmente em Evolução e Harmonia terminando em 7º lugar. Para 2017, a Fiel escolheu para seu desfile, retratar os migrantes que foram para São Paulo e ajudaram no desenvolvimento da cidade. A escola mostrou como os povos de outros estados chegaram à capital paulista e fizeram da cidade seu novo lar, lembrou as dificuldades, as conquistas e a superação do povo que mesmo com o coração cheio de saudades fez de São Paulo a grande metrópole que ela é hoje. A escola terminou a apuração em 9º lugar chegando a estar entre as 5 primeiras colocadas, mas com alguns erros em seu desfile a Gaviões ficou fora das campeãs. Os Gaviões da Fiel apresentaram o enredo que será levado para o Anhembi em 2018: “Guarus – Na Aurora da Criação, a Profecia Tupi... Prosperidade e Paz aos Mensageiros de Rudá” que contou, sob a visão da mitologia tupi, a saga dos índios Guarus, que deram origem ao nome do município de Guarulhos, importante cidade da região metropolitana de São Paulo. A escola fez um desfile com uma estética renovada em relação aos anos anteriores, característica do novo carnavalesco Sidnei França, já na apuração perdeu pontos em fantasias que eram esperados devidos a alguns problemas no desfile terminando assim na sétima posição na classificação final. A escola de samba vai levar para a avenida em 2019 o enredo "A saliva do santo e o veneno da serpente", que conta a história, lendas, benefícios e malefícios do tabaco. A Fiel vai reeditar o enredo de 1994 e apresentar no próximo carnaval, no ano que foi apresentado deu para a escola o vice-campeonato. Com um desfile apoteótico a agremiação obteve bom desempenho na pista e o principal a festa nas arquibancadas, com um desfile histórico a escola esbanjou luxo nas fantasias, mas em alegorias houve falhas de acabamento, provocadas pelas fortes chuvas daquela semana. Com uma comissão de frente impactante e uma boa evolução os Gaviões fizeram um desfile não apenas histórico mas também premiado, porém acabou na nona colocação. Para 2020, chamou a atenção por contratar o badalado carnavalesco carioca Paulo Barros, o que certamente credenciava a Gaviões ao título ou senão ao desfile das campeãs. Fez uma grande apresentação, com uma plástica belíssima e conjuntos de fantasias primorosos, no entanto, a comissão de frente, em que as fantasias dos componentes pegariam fogo, deu problema e um deles não incendiou. No entanto, para muitos, aquele seria o único ponto negativo de um desfile arrebatador. Porém, durante a apuração, a escola, mais uma vez, foi julgada com um rigor acima da média e viu a chance do título escapar logo nos primeiros quesitos. Acabou ficando com um injustíssimo 11º lugar. A agremiação chegou a renovar com Paulo Barros, o que animou sua torcida. Só que, de forma inesperada, o carnavalesco foi substituído por Zilkson Reis tempos depois. Passado esse período de troca-troca, a Gaviões anunciou que em 2021 teria o enredo "BASTA", que falaria sobre as injustiças e protestaria sobre o preconceito. Com o adiamento dos desfiles para abril de 2022, por conta da COVID-19, os Gaviões sofreram uma baixa após as agressões ao carnavalesco responsável pelo projeto, que foi brutalmente atacado por um membro da escola. Passado o choque, no dia 23 de abril, a escola, que foi a segunda a desfilar e estava sob a desconfiança dos amantes do samba e de torcedores por conta das recentes polêmicas envolvendo Zilkson e uma possível crise financeira, fez um desfile surpreendente, mas pecou na plástica de suas alegorias. Na apuração, perdeu pontos principalmente no quesito em que era julgado os carros alegóricos e ficou em 8º lugar. 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