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O Alentejo Central divida-se nos seguintes 14 municípios Alandroal Arraiolos Borba Estremoz vora Montemor-o-Novo Mora Mourão Portel Redondo Reguengos de Monsaraz Vendas Novas Viana do Alentejo Vila Viçosa
O Alentejo Central compreende as seguintes seis cidades Borba Estremoz vora Montemor-o-Novo Reguengos de Monsaraz Vendas Novas
Categoria Alentejo Categoria Sub-regiões do Alentejo Categoria Sub-regiões de PortugalUm é um dispositivo transdutor que converte um sinal elétrico em ondas sonoras correspondentes. O tipo de alto-falante mais utilizado na atualidade é o alto-falante dinâmico, inventado em 1925 por Edward W. Kellogg e Chester W. Rice. O alto-falante dinâmico opera no mesmo princípio básico de um microfone dinâmico, mas ao contrário, para produzir som a partir de um sinal elétrico. São divididos em faixas de frequência de trabalho em tweeter agudos , mid-range ou squawker médios , extended range médios e graves e woofer graves . Alto-falantes do tipo full-range gama cheia são capazes de reproduzir todas as frequencias de sons audíveis Há muitas décadas é um produto usado amplamente no mundo nos mais variados setores e a um custo relativamente acessível. Também dá a vantagem de poder ser recondicionado, mesmo por amadores, já que é uma peça um tanto frágil. Pode rasgar o cone ou queimar.
Até os anos 20 do século XX existiam somente os fonógrafos mecânicos. Estes eram dispositivos a corda que consistiam de um cone corneta acústica e, na base deste, um diafragma que vibrava quando a agulha passava pelos sulcos dos discos. A amplificação era mecânica, e não tinham potência sonora suficiente para serem ouvidos em grandes ambientes. Com o advento da válvula termoiônica, houve a necessidade de se criar um dispositivo capaz de transformar os sinais elétricos amplificados pelas válvulas em sinais sonoros estes dispositivos são os alto-falantes ou altifalantes, que surgiram em meados de 1924, inicialmente para os fonógrafos elétricos, logo em seguida para os receptores de rádio. Os fonógrafos elétricos já possuíam maior potência, pois a agulha fonocaptora gerava uma vibração equivalente ao som gravado nos sulcos do disco, vibração esta que era convertida em sinais elétricos, amplificados por um transformador de tensão que fazia o diafragma de um alto-falante vibrar, porém com maior volume que o som gerado originalmente pelo fonocaptor mecânico. Já os fonógrafos eletrônicos possuíam, além de maior potência, maior qualidade sonora, pois como nos fonógrafos mecânico e elétrico, as vibrações dos sulcos do disco iam para a agulha que era ligada a um diafragma, porém este diafragma transformava através de um cone móvel sobre uma bobina dentro de um ímã minúsculo, a vibração mecânica em ondas elétricas, o sinal era transportado até uma válvula eletrônica pré amplificadora, onde ganhava maior potência, para em seguida ir para uma segunda válvula, agora amplificadora. A válvula de potência entregava o sinal elétrico muitas vezes amplificado a um transformador de potência, que induzia a tensão elétrica na bobina central do alto-falante, presa a um cone de papel. A bobina estava inserida num ímã potente, e, dentro de seu campo magnético, quando a tensão gerava uma corrente elétrica, a bobina vibrava na mesma freq ência da agulha fonocaptora, porém com maior intensidade, transferindo esta vibração para o cone de papel, fazendo o ar vibrar e consequentemente gerando o som audível à plena potência. Surgiu, assim, o alto-falante de bobina móvel, desenvolvido pelos norte-americanos em 1924 por Chester Rice e Edward Kellogg. A simplicidade de sua construção mecânica e a boa qualidade de reprodução sonora possibilitadas pelo novo dispositivo fizeram com que ele permanecesse praticamente inalterado até hoje. Uma curiosidade é que muitos escrevem auto-falante, um erro. uma peça passiva recebe sinal e nao automática. Daí ser um alto-falante,que toca ou fala alto.
Caixa acústica onde observam-se os alto-falantes e, em amarelo, o divisor de frequências. No alto-falante ocorre a transformação inversa àquela do microfone a corrente elétrica é transformada em vibrações mecânicas do ar, reconstituindo o som inicial. Para tanto, é necessário o uso de uma bobina, um diafragma um cone circular ou elíptico, geralmente de papelão ou polipropileno , um ímã permanente ou um eletroímã e uma suspensão chamada centragem. O diafragma fica preso à carcaça de metal por meio de um sistema de suspensão de borracha ou espuma localizado ao redor de sua borda externa. Na parte central do cone fica a bobina, posicionada entre os pólos de um ímã permanente e em suspensão pela centragem aranha , um disco de tecido ondulado grosso coberto com resina que com a borda do cone faz o trabalho da suspensão,da vibração. Liga-se o enrolamento da bobina aos fios de saída do amplificador. A corrente elétrica nos condutores fios , induz um campo magnético na bobina que interage com o campo natural do ímã permanente, criando uma reação de atração ou repulsão - conseq entemente gerando o movimento do diafragma. Esse deslocamento cria uma perturbação ritmada no ar onda sonora . Em termos de qualidade sonora vale destacar que o falante tem seu som mais otimizado quando associado a uma caixa acústica ou espaço fechado que o envolva. Porquê aí se terá a acústica necessária,uma pressão aérea que fará o som mais forte e bonito. Não é errado dizer,tecnicamente, que um falante sem caixa compartimento esteja incompleto. Tipos de alto-falantes Alto-falante dinâmico ou de bobina móvel Aquele em que uma bobina móvel, ligada mecanicamente a um diafragma flexível, se move pela ação de forças magnéticas. Alto-falante eletrostático Alto-falante em que a membrana elástica é acionada por forças eletrostáticas. Alto-falante piezoelétrico Funcionam através do princípio da piezoeletricidade, convertendo sinais elétricos aplicados em materiais cerâmicos em vibrações. Por suas características são mais usados na reprodução de sons agudos. Tweeter Full-range Woofer
Alta-fidelidade Altura música Aparelho de som Audição Audiofilia Baixa fidelidade Caixa acústica - diferentes tipos de caixas acústicas e suas propriedades Engenharia acústica Estereofonia Impedância Potência de áudio Thiele Small - parâmetros de um alto-falante que descrevem sua característica Timbre
Manual de Caixas-acusticas E Alto-falantes. Francisco Ruiz Vassallo, Editora Hemus, 2005. ISBN 9788528905533 Adicionado em 9 de setembro de 2015. Categoria Tecnologia musical Categoria Som Categoria Componentes elétricos Categoria Engenharia do somOs Açores ou Região Autónoma dos Açores é uma região e arquipélago situada no Oceano Atlântico, tendo habitantes censo de 2021 , sendo a sétima região mais populosa do país, com uma densidade populacional de , sendo a quarta maior área urbana do país, e uma área total de , sendo a sexta região mais extensa do país. uma das sete regiões de Portugal, constituída por 155 freguesias, compreendendo em 19 municípios e sendo no mesmo tempo constituída pela mesma e única subregião, tendo o mesmo nome. O Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores é um dos dois governos regionais autónomos nacionais, que coordena as políticas da região.
Com quase seis séculos de presença humana continuada, os Açores granjearam um lugar importante na História de Portugal e na história do Atlântico constituíram-se em escala para as expedições dos Descobrimentos e para naus da chamada Carreira da ndia, das frotas da prata, e do Brasil contribuíram para a conquista e manutenção das praças portuguesas do Norte de frica quando da crise de sucessão de 1580 e das Guerras Liberais 1828-1834 constituíram-se em baluartes da resistência durante as duas Guerras Mundiais, em apoio estratégico vital para as forças Aliadas, mantendo-se, até aos nossos dias, num centro de comunicações e apoio à aviação militar e comercial. O descobrimento do arquipélago dos Açores, tal como o da Madeira, é uma das questões mais controversas da história dos Descobrimentos. Entre as várias teorias sobre este facto, algumas assentam na apreciação de vários mapas genoveses produzidos desde 1351, os quais levam os historiadores a afirmar que já se conheciam aquelas ilhas aquando do regresso das expedições às ilhas Canárias realizadas cerca de 1340-1345, no reinado de Afonso IV de Portugal. Outras referem que o descobrimento das primeiras ilhas São Miguel, Santa Maria, Terceira foi efectuado por marinheiros ao serviço do Infante D. Henrique, embora não haja qualquer documento escrito que por si confirme e comprove tal facto. A apoiar esta versão existe apenas um conjunto de escritos posteriores, baseados na tradição oral, que se criou na primeira metade do . Algumas teses mais arrojadas consideram, no entanto, que a descoberta das primeiras ilhas ocorreu já ao tempo de Afonso IV de Portugal e que as viagens feitas no tempo do Infante D. Henrique não passaram de meros reconhecimentos. Adicionalmente, alegadamente, foram recentemente descobertos templos escavados nas rochas datados do , de possível autoria cartaginesa. Estas alegadas descobertas estão a ser contestadas por especialistas. O que se sabe concretamente é que Gonçalo Velho chegou à ilha de Santa Maria em 1431, decorrendo nos anos seguintes o re descobrimento - ou reconhecimento - das restantes ilhas do arquipélago dos Açores, no sentido de progressão de leste para oeste. Uma carta do Infante D. Henrique, datada de 2 de Julho de 1439 e dirigida ao seu irmão D. Pedro, é a primeira referência segura sobre a exploração do arquipélago. Nesta altura, as ilhas das Flores e do Corvo ainda não tinham sido descobertas, o que aconteceria apenas cerca de 1450, por obra de Diogo de Teive. Entretanto, o Infante D. Henrique, com o apoio da sua irmã D. Isabel de Portugal, Duquesa da Borgonha, mandou povoar a ilha de Santa Maria. Caravela Vera Cruz a entrar no Porto de Pipas, Angra do Heroísmo Desembarque espanhol na ilha Terceira durante a crise de sucessão de 1580 Primeiro mapa dos Açores com todas as ilhas do Arquipélago por Abraham Ortelius e Luís Teixeira 1584 Base das Lajes na ilha Terceira Grupo de Golfinhos junto ao Monte Brasil, com o Vulcão da Serra de Santa Bárbara como pano de fundo, ilha Terceira Os portugueses começaram a povoar as ilhas por volta 1432, oriundos principalmente do Algarve, do Alentejo, da Estremadura e do Minho, tendo-se registado, em seguida, o ingresso de flamengos, bretões e outros europeus e norte-africanos. Desde logo e dada a necessidade de defesa das pessoas, da manutenção de uma posição estratégica portuguesa no meio do Atlântico e da imensa riqueza que por esta terra passava vinda do Império Português e mais tarde também do Império Espanhol, as ilhas açorianas foram fortemente fortificadas praticamente desde o início do povoamento. Assim encontra-se nas ilhas 161 infra-estruturas militares entre castelos, fortalezas, fortes, redutos e trincheiras, distribuídas da seguinte forma 78 na Terceira, 26 na ilha de São Miguel, 15 na ilha de São Jorge, 12 na ilha das Flores, 12 na ilha de Santa Maria, 7 na ilha Graciosa, 7 na ilha do Faial e 4 na ilha do Pico. Sabe-se, porém, que muitos desses imigrantes que povoaram Açores teriam sido cristãos-novos, isto é, judeus sefarditas que foram obrigados a converter-se pelas perseguições da Igreja Católica. Através das Ordenações Afonsinas, Portugal procurou atrair tanto judeus quanto flamengos para o arquipélago, mediante a distribuição de terras. Assim, longe da Europa continental, esses grupos ficariam livres das perseguições religiosas. No processo do povoamento das restantes ilhas, principalmente do Faial, Pico, Flores e São Jorge, faz-se notar a presença de um número alargado de flamengos, cuja presença se veio a reflectir na produção artística e nos costumes e modos de exploração das terras. De recordar o nome de Joss van Hurtere, capitão flamengo, a quem foi confiado o povoamento de parte da ilha do Faial a cidade da Horta recebeu do seu patronímico a sua designação toponímica. Existe ainda uma freguesia do concelho da Horta chamada Flamengos, para além dos moinhos e dos modelos da exploração agrária. Tal como no arquipélago da Madeira, a administração das ilhas açorianas foi feita através do sistema de capitanias, à frente das quais estava um capitão do donatário. As primeiras capitanias constituíram-se nas ilhas de São Miguel e de Santa Maria. Em 1450, na sequência da progressão ocidental do descobrimento das ilhas, foi criada uma outra capitania na ilha Terceira a administração desta ilha foi atribuída também a um flamengo, de seu nome Jácome de Bruges. As restantes ilhas também se encontravam sob administração de capitanias. A administração e assistência espiritual das ilhas ficou subordinada à Ordem de Cristo, que detinha também o senhorio temporal das ilhas, mas a presença de outras ordens religiosas não deixou de se fazer notar no processo de povoamento desde o início, como no caso dos Franciscanos em Santa Maria e Terceira desde a década de 1490 do . O clima do arquipélago açoriano é menos quente quando comparado com o do arquipélago da Madeira. Para que os colonos pudessem cultivar as terras foi necessário desbastar densos arvoredos que proporcionavam matéria-prima para exportação, para produção escultórica cedro e para a construção naval. O cultivo de cereais e a criação de gado foram as actividades predominantes, com o trigo a registar uma produção considerável. A produção de pastel e a sua industrialização para exportação destinada a tinturaria também desempenhou um papel relevante na economia do arquipélago. A exploração do pastel e da urzela, esta também para tinturaria, atingiu o seu auge precisamente quando a produção de cana-de-açúcar tentada mas sem grandes resultados económicos e de trigo entraram em decadência. No , também as matérias-primas tintureiras sofreriam uma recessão, sendo substituídas pelo linho e laranjas, que, por seu lado, registaram um impulso extraordinário. Nesta altura, foi introduzida a produção de milho, sendo esta significativa para as melhorias alimentares da população e também como apoio à pecuária. A primeira exportação de laranjas surgiu no , numa altura em que foi também introduzida a cultura da batata. Em finais de Setecentos, regista-se o início de uma das mais expressivas e emblemáticas actividades económicas açorianas a caça ao cachalote e a outros cetáceos. Na ilha de São Miguel, tanto a produção de chá como a produção do tabaco, revelar-se-iam muito importantes para a economia da ilha. No , os Açores já tinham uma população suficientemente grande para que a Coroa portuguesa incentivasse a emigração de famílias açorianas para terras brasileiras, sobretudo para a parte meridional da então sua colónia na América do Sul. No século seguinte, os Açores vão ter um papel muito importante no ressurgimento da pesca do bacalhau. Os pescadores açorianos emigrados nos Estados Unidos foram quem introduziu a técnica de pesca à linha em dóris usada pelos pescadores português no Grand Bank até aos anos 1960. de se notar que os açorianos sempre almejaram conquistar uma maior autonomia política e administrativa, o que, durante séculos, foi negado, dando ensejo a alguns movimentos em favor da emancipação do arquipélago. As regiões autónomas foram consagradas na Constituição Portuguesa de 1976. Trata-se de um estatuto político-administrativo especial reservado aos arquipélagos dos Açores e da Madeira, devido às suas condições geográficas - e, em consequência, socioeconómicas - especiais. Nos termos da Constituição, a autonomia regional não afecta a integridade da soberania do Estado. Compete às regiões autónomas legislar em todas as matérias que não sejam da reserva dos órgãos de soberania e que constem do elenco de competências contido nos seus Estatutos Político-Administrativos pronunciar-se nas mais diversas matérias que lhes digam respeito e exercer poder executivo próprio, em áreas como a promoção do desenvolvimento económico e da qualidade de vida, a defesa do ambiente e do património, e a organização da administração regional. Os órgãos de governo próprio de cada região são a Assembleia Legislativa e o Governo Regional. A primeira é eleita por sufrágio universal directo e tem poderes fundamentalmente legislativos, além de fiscalizar os actos do Governo Regional. O presidente do Governo Regional é nomeado pelo Representante da República, que para tal considera os resultados eleitorais, e é o responsável pela organização interna do órgão e por propor os seus elementos. As atribuições do Governo Regional são fundamentalmente de ordem executiva. O representante da República é o representante do chefe do Estado em cada região autónoma. nomeado pelo presidente da República, após consulta ao Conselho de Estado. Cabe-lhe assinar e mandar publicar os decretos da Assembleia e do Governo Regional, tendo, no entanto, o direito de veto, que pode ser ultrapassado por votação qualificada da Assembleia Legislativa. O mandato do Representante da República tem a duração do mandato do presidente da República.
Os grupos central e oriental vistos do espaço imagem MODIS do Satélite TERRA da NASA Topografia dos Açores imagem gerada a partir dos dados altimétricos da missão SRTM NASA Os Açores são um arquipélago que, embora situado precisamente sobre a Dorsal Média Atlântica, devido à sua proximidade com o continente europeu e à sua integração política na República Portuguesa e na União Europeia é geralmente englobado na Europa. O arquipélago situa-se no nordeste do Oceano Atlântico entre os 36 e os 43 de latitude Norte e os 25 e os 31 de longitude Oeste. Os territórios mais próximos são a Península Ibérica, a cerca de a leste, a Madeira a a sueste, São Pedro e Miquelão a noroeste, a Nova Escócia a a noroeste e a Bermuda a a sudoeste. Integra a região biogeográfica da Macaronésia. As coordenadas geográficas das principais localidades dos Açores são as seguintes Local Lat. N Long. W Vila do Corvo 39 40.1 31 06.5 Santa Cruz das Flores 39 27.2 31 07.2 Lajes das Flores 39 22.6 31 09.9 Santa Cruz da Graciosa 39 05.0 27 59.9 Praia da Vitória 38 43.9 27 03.5 Velas 38 40.8 28 12.3 Angra do Heroísmo 38 39.0 27 13.4 Calheta 38 36.0 28 00.7 Vila do Topo 38 32.5 27 45.6 Horta 38 32.0 28 37.3 Cais do Pico 38 31.7 28 19.2 Lajes do Pico 38 23.9 28 15.4 Ponta Delgada 37 44.1 25 40.3 Ilhéus das Formigas 37 17.0 24 53.0 Vila do Porto 36 56.7 25 08.9
A Montanha do Pico, a montanha mais alta de Portugal com os seus 2351 m acima do nível médio do mar O arquipélago dos Açores é constituído por nove ilhas principais divididas em três grupos distintos Grupo Ocidental Corvo Flores Grupo Central Faial Graciosa Pico São Jorge Terceira Grupo Oriental Santa Maria São Miguel Caldeira, Vale das Furnas, Povoação O Grupo Oriental inclui também um grupo de rochedos e recifes oceânicos, situados a nordeste de Santa Maria, chamado ilhéus das Formigas, ou simplesmente Formigas, que em conjunto com o recife do Dollabarat, constitui a Reserva Natural do Ilhéu das Formigas, um dos locais mais importantes para conservação da biosfera marinha no nordeste do Atlântico. O ponto mais alto do arquipélago situa-se na ilha do Pico - e daí o seu nome, a Montanha do Pico - com uma altitude de 2352 m. A orografia açoriana apresenta-se muito acidentada, com linhas de relevo orientadas na direcção leste-oeste, coincidentes com as linhas de fractura que estão na génese das ilhas. Este arquipélago faz parte da cordilheira submarina que se estende desde a Islândia para sul e sudoeste, com orientação sensivelmente paralela à inflexão das costas continentais. A origem vulcânica dos Açores tem a sua expressão máxima na ilha de São Miguel, no famoso Vale das Furnas e teve a sua mais recente actividade terrestre no Vulcão dos Capelinhos, na Ilha do Faial, em 1957-1958. No mar, a última erupção verificou-se ao largo da Serreta ilha Terceira em 1998-2000. Fajã do Ouvidor, a grandiosidade das falésias, Norte Grande O clima é temperado, registando-se temperaturas médias de 13 C no Inverno e 24 C no Verão. A Corrente do Golfo, que passa relativamente perto, mantém as águas do mar a uma temperatura média entre os 17 C e os 23 C. O ar é húmido com humidade relativa média de cerca de 75 . As ilhas são visitadas com relativa frequência por tempestades tropicais, incluindo algumas com intensidade suficiente para serem consideradas furacões.
O arquipélago dos Açores foi formado por actividade vulcânica durante o final do Terciário. A primeira ilha a surgir acima da linha média da água do mar foi Santa Maria, há cerca de 8,1 milhões de anos Ma , durante o Mioceno. Seguiram-se, por ordem cronológica, São Miguel 4,1 Ma , Terceira 3,52 Ma , Graciosa 2,5 Ma , Flores 2,16 Ma , Faial 0,7 Ma , Corvo 0,7 Ma , São Jorge 0,55 Ma e, a mais jovem, o Pico 0,27 Ma .
Lagoa do Caldeirão, ilha do Corvo A sua localização na zona central do Atlântico Norte fez com que as ilhas açorianas constituíssem durante séculos uma autêntica encruzilhada nas rotas transatlânticas. Na fase da navegação à vela, devido ao regime de ventos e correntes que obrigava à volta do largo, as embarcações provenientes do Atlântico Sul da ndia, Extremo Oriente e outras partes da sia, de frica, do Brasil e outras partes da América do Sul e das Caraíbas das chamadas ndias Ocidentais faziam uma larga rotação no sentido dos ponteiros do relógio que as trazia até às proximidades do Grupo Ocidental, cruzando depois o arquipélago em direcção à Europa. esse o percurso que ainda hoje faz a navegação de recreio, utilizando como ponto de apoio o porto da Horta, ilha do Faial. Com o aparecimento da navegação a vapor, os portos dos Açores, particularmente os de Ponta Delgada e Horta, os únicos com molhes de protecção e cais acostáveis de dimensão apreciável, assumiram importante papel no fornecimento de carvão. Com o advento da aviação, os Açores cedo ganharam importância como ponto de apoio. As primeiras travessias aéreas do Atlântico escalaram os Açores, e a Horta, com a sua baía abrigada e ligações telegráficas intercontinentais via cabo submarino, foi uma importante escala nas ligações entre a Europa e a América por hidroavião os clippers no período imediatamente anterior à Segunda Guerra Mundial. Terminada a guerra, a base norte-americana da ilha de Santa Maria rapidamente se transformou num aeroporto internacional e centro de escalas técnicas para as aeronaves que cruzavam o Atlântico entre as Américas, o sul da Europa, o norte de frica e o Médio Oriente. Igual papel, mas para a aviação militar, teve e continua a ter a Base das Lajes, na ilha Terceira, onde, após a saída do contingente britânico chegado em 1943, se instalou um destacamento militar dos Estados Unidos naquela que é a Base rea n. 4 da Força Aérea Portuguesa ainda em pleno funcionamento . As discussões em torno do papel geo-estratégico dos Açores e da função do arquipélago como ponto de fronteira entre as esferas de interesse norte-americana e europeia ainda assume papel relevante na discussão política açoriana e na postura da classe política face aos interesses portugueses no Atlântico. As questões em torno da alocação de contrapartidas concedidas pelos Estados Unidos pela utilização da Base Aérea das Lajes, na ilha Terceira têm ocupado, embora de forma estéril, a actividade parlamentar e são presença constante na negociação com Portugal e com os Estados Unidos. Mais recentemente, o facto de as águas da zona económica exclusiva ZEE dos Açores serem de longe as maiores da União Europeia, com os seus , e por isso constituírem o grosso das chamadas águas ocidentais da União, tem levado a acesos debates sobre as vantagens da integração açoriana na União Europeia. Nos termos dos tratados em vigor, e do projecto de tratado para a Constituição Europeia, a gestão dos recursos biológicos marinhos é competência exclusiva da União, o que levou já à abertura parcial da pesca entre as 100 e as 200 milhas náuticas a embarcações comunitárias contra a vontade do governo açoriano. Para se compreender a posição do arquipélago atente-se nas seguintes distâncias medidas ao longo da ortodrómica grande círculo a partir de um ponto sito no centro geográfico dos Açores 38 35 N 28 05 W Funchal, Madeira - 1 206 km Lisboa - 1 643 km Mizen Head, Irlanda - 2 011 km Cape Race, Terra Nova e Labrador, Canadá - 2 253 km Londres - 2 595 km Praia, Cabo Verde - 2 668 km Paris - 2 673 km Reiquejavique, Islândia - 2 871 km Hamilton, Bermuda - 3 371 km Boston, Mass, EUA - 3 618 km Nova Iorque, N. I, EUA - 3 889 km João Pessoa, PB, Brasil - 4 994 km Brasília - 6 385 km.
Ano D D D D D D D D D D D D D D D PPD PSD PS CDS-PP PCP APU CDU MDP CDE UDP PRD PSN B.E. PAN AA L CH IL AD 1975 59,3 5 26,9 1 3,5 1,9 2,3 1976 49,5 4 33,6 2 10,7 1,5 1979 52,0 3 30,0 2 7,3 3,1 APU 1,7 1980 57,0 4 27,3 1 4,5 3,1 1,3 1983 54,5 3 31,1 2 4,7 3,1 0,6 1985 48,3 3 20,1 1 6,5 4,4 1,2 15,2 1 1987 66,7 4 20,0 1 3,3 2,3 0,3 0,5 3,0 1991 64,1 4 25,8 1 3,4 1,3 0,4 0,4 1995 47,8 3 37,6 2 9,4 1,8 0,4 1999 35,8 2 53,3 3 5,6 1,7 1,1 2002 45,4 3 41,0 2 8,4 1,4 1,4 2005 34,4 2 53,1 3 4,0 1,7 2,9 2009 35,7 2 39,7 3 10,3 2,2 7,3 2011 47,4 3 25,7 2 12,1 2,5 4,4 0,8 2015 36,1 2 40,4 3 AA 2,5 7,8 0,9 3,9 0,4 2019 30,2 2 40,1 3 4,8 2,4 8,0 2,6 0,9 0,8 0,7 2022 AD 42,8 3 AD 1,5 4,3 1,4 0,9 5,9 4,1 33,9 2
Ano D D D D D D D D D D D D PPD PSD PS CDS-PP PCP APU CDU PPM B.E. CDA PAN CH IL 1976 53,8 27 32,8 14 7,5 2 2,2 1980 57,3 30 27,3 12 4,5 1 3,2 1984 56,4 28 24,2 13 7,9 2 5,3 1 0,0 1988 48,6 26 35,5 22 7,0 2 3,8 1 0,2 1992 53,6 28 36,4 21 2,3 1 4,6 1 1996 41,0 24 45,8 24 7,4 3 3,5 1 2000 32,5 18 49,2 30 9,6 2 4,8 2 CDA 1,4 0,8 2004 57,0 31 2,8 0,3 1,0 36,8 21 2008 30,3 18 49,9 30 8,7 5 3,1 1 0,5 1 3,3 2 2012 33,0 20 49,0 31 5,7 3 1,9 1 0,1 1 2,3 1 0,6 2016 30,9 19 46,4 30 7,2 4 2,6 1 0,9 1 3,7 2 1,4 2020 33,7 21 39,1 25 5,5 3 1,7 2,3 1 0,1 1 3,8 2 1,9 1 5,1 2 1,9 1
Angra do Heroísmo uma das principais cidades açorianas e sede da Diocese de Angra, na Ilha Terceira ao fundo, o Monte Brasil Fajã de São João, falésias, vila da Calheta, na ilha de São Jorge Politicamente, os Açores são desde 1976 uma região autónoma integrada na República Portuguesa. A Região Autónoma dos Açores é dotada de governo próprio e de uma ampla autonomia legislativa, consubstanciada na Constituição da República Portuguesa e no Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores. Os órgãos de Governo próprio são a Assembleia Legislativa, um parlamento unicamaral composto por 57 deputados eleitos por sufrágio universal e directo cada quatro anos última eleição a 14 de Outubro de 2012 , e o Governo Regional, de legitimidade parlamentar, composto por um presidente do Governo, um vice-presidente, e por sete secretários regionais. A República Portuguesa é especialmente representada nos Açores por um representante da República, nomeado pelo presidente da República. Este cargo foi criado pela revisão constitucional de 2004, a qual extinguiu o cargo de ministro da República, criando em sua substituição um representante da República, nomeado pelo presidente da República, por sua iniciativa, ouvido o Conselho de Estado, e com mandato coincidente ao presidencial. Este novo dispositivo constitucional produziu efeitos com o termo do mandato de Jorge Sampaio como presidente da República, em Março de 2006. O juiz conselheiro lvaro José Brilhante Laborinho Lúcio entrou na história como o último ministro da República, sendo sucedido pelo juiz conselheiro José António Mesquita como representante da República. As ilhas não têm existência jurídica no ordenamento territorial açoriano, excepto na lei eleitoral, na qual servem de base para os círculos eleitorais, facto que tem levantado críticas visto que promove a sobre-representação das ilhas menos populosas na Assembleia Legislativa e distorce a proporcionalidade, e na existência de um órgão consultivo denominado Conselho de Ilha. A subdivisão administrativa principal do arquipélago é, pois, feita ao nível dos seus 19 municípios. Para além dos municípios listados no quadro abaixo, existiram nos Açores, até à reforma administrativa do , os seguintes Topo hoje integrado no município da Calheta de São Jorge Praia da Graciosa hoje integrado no município de Santa Cruz da Graciosa São Sebastião hoje integrado no município de Angra do Heroísmo Capelas hoje integrado no município de Ponta Delgada e gua de Pau hoje integrado no município da Lagoa . As freguesias que foram sedes daqueles municípios recuperaram, pelo Decreto Legislativo Regional n. 29 2003 A, de 24 de junho, da Assembleia Legislativa, a categoria de vila. As populações de Capelas e freguesias vizinhas reivindicam a restauração daquele município. Por sua vez os municípios subdividem-se em freguesias, com excepção do do Corvo onde, dada a sua pequenez, o Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores estabelece que as funções cometidas àquele nível da administração no restante território são exercidas directamente pelos correspondentes órgãos municipais. A área e a distribuição da população por cada ilha e município são as seguintes Divisão administrativa, área e população Ilha Município rea km População 1991 População 2001 População 2011 População 2021 Variação1991 2001 Variação2001 2011 Variação2011 2021 DensidadePop. 2001 hab km DensidadePop. 2011 hab km DensidadePop. 2021 hab km Santa Maria 97,2 5922 5578 5547 5406 -5,8 -0,6 -2,6 57,4 57,1 XX,X Vila do Porto 97,2 5922 5578 5547 5406 -5,8 -0,6 -2,6 57,4 57,1 XX,X São Miguel 746,8 125915 131609 137699 133288 4,5 4,6 -3,3 176,2 184,4 XX,X Lagoa 45,6 12900 14126 14430 14189 9,5 2,2 -1,7 311,8 316,4 XX,X Nordeste 99,9 5490 5291 4920 4368 -3,6 -7,0 -11,5 52,1 49,2 XX,X Ponta Delgada 233,0 61989 65854 68748 67229 6,2 4,4 -2,3 277,3 295,1 XX,X Povoação 108,0 7323 6726 6314 5791 -8,2 -6,1 -8,5 61,3 58,5 XX,X Ribeira Grande 180,2 27163 28462 32032 31388 4,8 12,5 -2,3 158,2 177,8 XX,X Vila Franca do Campo 78,0 11050 11150 11255 10323 0,9 0,9 -8,1 140,9 144,3 XX,X Terceira 402,2 55706 55833 56062 53234 0,2 0,4 -5,7 138,6 139,4 XX,X Angra do Heroísmo 241,0 35270 35581 34976 33771 0,9 -1,7 -4,6 146,2 145,1 XX,X Praia da Vitória 161,3 20436 20252 21086 19463 -0,9 4,1 -7,5 124,4 130,7 XX,X Graciosa 61,2 5189 4780 4393 4090 -7,9 -8,1 -6,8 78,1 71,8 XX,X Santa Cruz da Graciosa 61,2 5189 4780 4393 4090 -7,9 -8,1 -6,8 78,1 71,8 XX,X São Jorge 245,8 10219 9674 8998 8373 -5,3 -7,0 -8,7 39,4 36,6 XX,X Calheta 126,3 4512 4069 3617 3437 -9,8 -11,1 -8,9 31,5 28,6 XX,X Velas 117,4 5707 5605 5381 4936 -1,8 -4,0 -8,6 47,2 45,8 XX,X Pico 447,7 15202 14806 14144 13879 -2,6 -4,5 -1,9 33,1 31,6 XX,X Lajes do Pico 155,3 5563 5041 4701 4340 -9,4 -6,7 -7,9 31,5 30,3 XX,X Madalena 147,1 5964 6136 6049 6319 2,9 -1,4 4,5 41,3 41,1 XX,X São Roque do Pico 142,4 3675 3629 3394 3220 -1,3 -6,5 -5,0 25,3 23,8 XX,X Faial 173,1 14920 15063 15038 14331 1,0 -0,2 -4,4 87,0 86,9 XX,X Horta 173,1 14920 15063 15038 14331 1,0 -0,2 -4,4 87,0 86,9 XX,X Flores 141,7 4329 3995 3791 3428 -7,7 -5,1 -9,6 28,2 25,8 XX,X Lajes das Flores 70,0 1701 1502 1503 1408 -11,7 0,0 -6,4 21,5 21,5 XX,X Santa Cruz das Flores 70,9 2628 2493 2288 2020 -5,1 -8,2 -11,8 34,8 32,3 XX,X Corvo 17,1 393 425 430 384 8,1 1,2 -10,7 25,0 25,1 XX,X Vila do Corvo 17,1 393 425 430 384 8,1 1,2 -10,7 25,0 25,1 XX,X Açores 2332,74 237795 241763 246102 236413 1,7 1,8 -4,2 103,6 105,5 XXX,X Fonte Serviço Regional de Estatística dos Açores SREA .
Distribuição da População por Grupos Etários Ano 0-14 Anos 15-24 Anos 25-64 Anos 65 Anos 1900 82312 42968 108397 22141 1911 81519 38269 99307 23119 1920 77641 38573 92932 22277 1930 83091 47075 103086 20138 1940 94043 53166 118379 20415 1950 97724 58194 139963 21396 1960 108393 51909 145322 21852 1970 93790 47235 118985 25005 1981 72258 43050 100630 27472 1991 62857 39924 105339 29675 2001 51767 41092 117585 31319 2011 44197 34731 135466 32378 2021 34553 28239 134512 39109 População residente População presente 1900-1950 Miradouro da Vigia da Baleia, aspecto do ordenamento do povoamento ao longo da costa Contrariando a tendência verificada nas últimas décadas, a população residente atingiu habitantes em 2021, menos 4,2 face a 2011. Nos anos 2001 e 2011 verificou-se crescimentos moderados da população residente 1,7 e 1,8 , respetivamente , situando-se em habitantes em 2001 e habitantes em 2011. Porém, o acréscimo de população não está distribuído de forma equilibrada pelas diferentes ilhas, havendo variações negativas expressivas nas ilhas Graciosa, Flores e Santa Maria, denotando uma tendência de concentração da população nas ilhas onde se localizam as principais funções administrativas e económicas. O crescimento demográfico que se tem verificado nos últimos anos poderá ser explicado, em grande medida, pelos fluxos migratórios, que têm registado valores positivos, por via do decréscimo acentuado da emigração e do aumento da imigração, dado que o saldo natural tem vindo a declinar. O crescimento concentrou-se essencialmente na ilha de São Miguel. O crescimento no Faial é meramente conjuntural e resulta da deslocação de trabalhadores da construção civil resultante das obras de reconstrução do sismo de 9 de Julho de 1998. Qualquer que seja o cenário considerado, estima-se que a população dos Açores continuará a crescer lentamente nos próximos anos. Em termos da evolução da estrutura da população por grandes grupos etários, e com base nos últimos recenseamentos e nas projecções existentes, observa-se que o crescimento demográfico tende a concentrar-se no grupo correspondente à população potencialmente activa 15-64 anos , por contrapartida do grupo etário relativo aos jovens, mantendo-se praticamente inalterado o peso relativo dos idosos no contexto da população residente nos Açores. A tendência na próxima década é para se acentuar o envelhecimento da população residente, em virtude, sobretudo, da diminuição do peso relativo dos jovens resultante do efeito conjugado da diminuição das taxas de natalidade fecundidade e do aumento da esperança de vida. Com efeito, através da análise comparada de alguns indicadores demográficos, verifica-se que a evolução destes indicadores tem sido decrescente nos últimos anos. A taxa de mortalidade geral mantém-se praticamente constante, com o valor anual na vizinhança dos 11 óbitos por mil habitantes. No que se refere à mortalidade infantil, nos Açores continua a verificar-se uma tendência decrescente tendo atingido os 2,9 por mil nascimentos em 2003. Relativamente ao número de casamentos verificados em 2003, constata-se que se verificou um aumento do número de casamentos, contrariando a tendência decrescente dos anos anteriores. Em termos finais, as projecções demográficas apontam para uma estabilização ou decréscimo populacional, associados a um continuado envelhecimento das estruturas demográficas, resultante da diminuição das taxas de fecundidade natalidade e do aumento da esperança de vida. Esta tendência tem vindo a ser atenuada pela inversão do comportamento migratório, que, desde meados dos anos noventa, tem registado valores positivos associado, sobretudo, a um aumento da imigração. A Região Autónoma dos Açores poderá ser uma das regiões que mais beneficiará com a entrada de estrangeiros, desde que os níveis médios de fecundidade apresentados sejam mantidos, contrariando a acentuada tendência de decréscimo de residentes. Estas alterações na dinâmica demográfica levantam sérias questões e desafios a nível económico e social, já que a sociedade será cada vez mais diversificada e envelhecida o que, não só compromete as gerações futuras, como provoca alterações nos hábitos de consumo, nas relações sociais e na economia. O aumento da população activa exercerá pressões no mercado de trabalho, no sentido de se criarem mais postos de trabalho, e provocará uma distribuição desigual da população entre os centros urbanos e o meio rural. O aumento da imigração também acentuará a pressão sobre o mercado de trabalho, daí que seja fundamental o seguimento de políticas de formação e requalificação profissional dos activos.
Açorianos durante uma festividade religiosa Do ponto de vista genético, a população dos Açores é bastante semelhante à população de Portugal continental, de onde se originou a maior parte dos seus povoadores. Foram detectadas, de forma reduzida, influências de outras populações europeias particularmente do Norte da Europa , de populações do Oriente Próximo, do Norte da frica e da frica subsariana. Analisando o DNA mitocondrial de açorianos oriundos de três regiões do arquipélago oriental, ocidental e central , 81,3 apresentavam DNA mitocondrial de origem europeia, 11,3 de origem africana e 7,5 do Oriente Próximo ou de origem judaica. O grupo que mais apresentou contribuições não europeias foi o oriental cerca de 25 , a maior parte africanas 18,2 . No grupo central, por outro lado, as contribuições não europeias ficaram em 15 , a maior parte judaica ou do Oriente Próximo 10 , enquanto a contribuição africana ficou em 5 . O grupo ocidental foi aquele que apresentou menor grau de ascendências não europeias 6,5 , a maior parte africanas. Em relação às linhagens masculinas, também houve uma predominância de contribuições europeias, porém mais uma vez foram detectadas contribuições africanas, do Oriente Próximo judaica e até mesmo indiana 1,1 . Os documentos históricos revelam que os Açores foram povoados sobretudo por portugueses, e as regiões do Algarve, Alentejo e Minho eram destacadas como fornecedoras de colonos. Também foi relatada a presença de povoadores oriundos do arquipélago da Madeira, assim como de indivíduos de origem judaica. A presença de pessoas oriundas de outros países da Europa também é relatada, com particular destaque para povoadores flamengos, que terão tido maior presença nas ilhas centrais, especialmente na Ilha do Faial. A presença de escravos mouriscos e negros também é amplamente documentada. As linhagens tipicamente africanas encontradas nos habitantes dos Açores, apesar da frequência reduzida, são as mais elevadas dentro da população portuguesa, o que denota uma possível maior integração dos escravos negros na população açoriana.
O Produto Interno Bruto PIB dos Açores atingiu, em 2002, os 2400 milhões de euros, segundo os dados mais recentes das contas regionais. Atendendo a que, em relação ao ano anterior, registou um crescimento nominal 8,2 superior à média nacional 4,8 , a Região reforçou notoriamente a sua importância relativa no todo nacional. Em resultado deste comportamento da economia regional, a partir de 2002, os Açores deixam de ser a última região NUTS II do país em termos do PIB per capita. Constata-se uma convergência real do PIB per capita com a média nacional e a da União Europeia, representando agora 82 do valor médio nacional. Relativamente à comparação com a União Europeia, após a entrada de dois novos Estados Membros, Bulgária e Roménia, podemos verificar que a Paridade de Poder de Compra em percentagem da Europa a 27, baixou de 71,3 em 2002 para 65,9 em 2004, quebrando o ciclo de crescimento. Em comparação com a média nacional, este indicador situa-se em 88 da média nacional quando dez anos antes era de 77, crescendo neste período de uma forma mais ou menos constante. Em termos da repartição setorial do valor acrescentado bruto na produção de bens e serviços, nos últimos anos em que se dispõe de informação estatística, regista-se um certo reforço do sector terciário, por contrapartida de uma menor expressão relativa dos restantes sectores de actividade económica.
A evolução do mercado de trabalho nos Açores tem-se caracterizado por um aumento continuado da população activa, maior actividade do segmento feminino da população e a manutenção de taxas de desemprego relativamente reduzidas, indiciadoras de uma situação de quase pleno emprego. Tomando o último ano completo em que se dispõe de informação, observa-se que, em 2003, a taxa de desemprego rondou os 2,9 . Os Açores são a segunda região da União Europeia depois do Tirol, ustria que naquele período temporal apresentou a taxa de desemprego mais baixa. Em termos de repartição sectorial da população empregada, é o sector dos serviços que absorve a maioria dos empregados, mantendo ainda algum peso relativo o sector primário da economia.
Ao nível da variação dos preços no consumo, a taxa de inflação na Região tem apresentado valores baixos e enquadrados na tendência geral do país e da Europa comunitária. Em 2004, a taxa de variação média dos últimos doze meses, do índice de preços no consumidor, foi de 2,7 nos Açores.
A execução orçamental relativa ao ano de 2004 atingiu plenamente os objectivos inicialmente traçados, na medida em que foi assegurada uma contenção efectiva nas despesas de funcionamento da administração regional 2,1 e, ao mesmo tempo, registou-se uma taxa de crescimento das despesas de investimento 6,5 , superior às observadas nos últimos cinco anos. A Conta da Região relativa a 2004, excluindo as contas de ordem, apresentará um saldo positivo da ordem dos 22 milhões de euros, fundamentalmente, em consequência de diversos ajustamentos efectuados em sede das receitas fiscais geradas na Região e, também, da contenção imprimida às despesas de funcionamento. Efectivamente, registou-se uma melhoria significativa no rácio de cobertura das despesas de funcionamento pelas receitas próprias da Região, o qual passou de 90,2 para 98,2 , entre 2003 e 2004. No âmbito das receitas da Região, foram as receitas próprias, com um valor de 497,2 milhões de euros, que registaram uma taxa de crescimento mais significativa, 11,2 , observando, igualmente, um acréscimo do seu peso relativo no total da receita, o qual passou de 63,1 , em 2003, para 65,9 , em 2004. No cômputo das receitas próprias, salientam-se as receitas fiscais cuja execução atingiu os 488,7 milhões de euros, mais 14,9 do que o respectivo valor de 2003. Os dois grandes agregados da despesa pública - funcionamento e plano de investimentos - mantiveram em 2004 uma estrutura semelhante à que detinham em 2003, traduzindo uma ligeira alteração que se considera positiva, já que se registou um aumento de cerca de um ponto percentual no peso relativo das despesas de investimento por contrapartida das despesas de funcionamento. O plano de investimentos atingiu uma execução de 226,1 milhões de euros, o que traduz uma taxa de crescimento de 6,1 , relativamente a 2003 e uma excelente taxa de realização de 97,2 , se não considerarmos as dotações do plano que estavam consignadas à receita da reprivatização da EDA Electricidade dos Açores, SA e ao pagamento de bonificações de juro do crédito à habitação, cuja transferência não foi efectuada em 2004.
O volume de produção de leite recebido nas fábricas situa-se num patamar da ordem de 500 milhões de litros. O leite industrializado é consumido predominantemente na forma de UHT. O queijo representa o produto lácteo mais significativo, registando evolução positiva, mesmo nos anos de redução de matéria-prima. A produção de carne tem registado, nos anos mais recentes, uma evolução tendencialmente positiva. O sentido desta evolução é comum aos diversos tipos de carnes. Todavia a intensidade fica a dever-se, fundamentalmente, à carne de bovino para exportação, cujo crescimento a vem aproximando dos níveis atingidos antes da crise de 1997. A evolução no crescimento das carnes para consumo nas próprias ilhas caracteriza-se mais pela moderação e regularidade.
A atividade piscatória, medida pelo pescado descarregado nos portos, traduz-se em volumes da ordem de 10 mil toneladas anuais, às quais correspondem valores brutos de produção na ordem de 26 milhões de euros. Anualmente, registam-se variações específicas nas condições em que se desenvolvem as actividades no sector, observando-se flutuações significativas de preços. As diferentes variedades de pescado mais tradicional restante pescado no quadro abaixo ocupam o lugar mais representativo, sendo a componente da pesca de tunídeos a que apresenta maior sensibilidade a condições de produção. O número de pescadores matriculados situa-se na ordem de 4 milhares e o das embarcações na de 1 600 unidades. Procurando observar a actual tendência de evolução destes factores produtivos, através de alguns rácios, verificar-se-á uma tendência no sentido do aumento de dimensão medida pela tonelagem média por embarcação e por pescador matriculado.
Senhor Santo Cristo dos Milagres no Convento da Esperança, em Ponta Delgada, Ilha de São Miguel Costa Norte de São Jorge, ao fundo a Fajã da Ponta Furada O conjunto da hotelaria tradicional, mais o turismo em espaço rural somaram, no ano de 2004, a capacidade de alojamento de cerca de 8000 camas, em resultado de um crescimento assinalável da oferta de alojamento turístico, que se fez sentir essencialmente nos últimos quatro anos. A procura tem vindo a aumentar sistematicamente todos os anos, tanto em termos de dormidas, como em termos de receitas. De 1996 a 2004, o número de dormidas cresceu 124 e as receitas totais 148 . Hoje, mais de 50 da oferta hoteleira foi construída de novo e a parte restante foi, em mais de 50 , profundamente remodelada e reestruturada. De 1996 a 2004 houve um salto significativo no mercado da procura. Portugal, em 1996, representava 71 do volume total de dormidas, enquanto que em 2004 representava apenas 51 . evidente que embora a promoção turística em Portugal seja sempre uma preocupação dominante, com o aumento da oferta hoteleira e dada a forte sazonalidade do mercado nacional torna-se cada vez mais importante diversificar a procura. Em 2004 o mercado sueco representou 16 da procura, logo seguido do mercado norueguês com cerca de 8,3 e do mercado alemão com 7,1 . Desde 2015, e após a liberalização do espaço aéreo, que permitiu à Ryanair e Easyjet atualmente apenas a Ryanair voa para as ilhas de São Miguel e Terceira - transportadores aéreas lowcost - o destino Açores tornou-se mais acessível e popular. Atualmente é um dos destinos preferidos dos portugueses para férias. A liberalização do transporte aéreo doméstico para os Açores, que ocorreu no final do primeiro trimestre de 2015, o investimento na promoção que tem sido realizado e a melhoria das acessibilidades inter-ilhas, têm vindo a contribuir efetivamente para este crescimento.
A evolução das indústrias transformadoras, observável através das estatísticas das empresas, aponta no sentido de um processo de crescimento acompanhado de mudanças nas estruturas produtivas, pelo menos em termos de dimensão. Efetivamente, ao mesmo tempo que o volume de negócios foi registando, nos últimos anos, intensidades de crescimento a níveis significativos, o número de empresas e de pessoal ao serviço, ao contrário, foi decrescendo. Atendendo que no processo de decrescimento destes elementos produtivos, o do número de pessoal foi proporcionalmente superior ao das próprias empresas, verificou-se, logicamente, um aumento na dimensão média das respectivas estruturas. Apesar desta evolução, a dimensão média das empresas das indústrias transformadoras continua a ser inferior à média das empresas da economia portuguesa. De facto, segundo os últimos dados, a média de pessoal empregado por unidade produtiva nos Açores situou-se em 10 trabalhadores por empresa, enquanto o mesmo rácio, a nível do país, atingia 12. A reduzida dimensão também é observável em termos de volume médio de negócios das empresas industriais, cuja rentabilidade fica mais dependente das margens que sejam possíveis em termos de redução de custos.
As fontes de energia primária utilizadas continuam a basear-se nos combustíveis fósseis importados fuel, gasóleo, gasolina . Todavia, as fontes de energia renováveis como a energia hídrica, a geotérmica e a eólica têm registado evoluções positivas, aproximando-se nos anos mais recentes de cerca de um décimo do total de energia consumida. A produção de energia eléctrica tem crescido a ritmos significativos, situando-se as respectivas taxas médias anuais à volta de 7 . A produção de origem térmica continua a ser dominante, porém as energias renováveis representam já uma quota próxima de um quinto do total. No que respeita à utilização de eletricidade, o consumo doméstico representa a componente mais significativa, mas os consumos comerciais e de serviços têm-se revelado mais dinâmicos nos últimos anos. Os consumos industriais têm-se caracterizado por uma certa estabilidade, apenas acompanhando a evolução média geral dos últimos anos.
Nos últimos anos, a produção local de cimento tem contribuído com cerca de 55 do total de cimento utilizado nas obras. Em anos anteriores situou-se numa quota de cerca de 60 . As licenças de obras para habitação, representam cerca de três quartos do total de licenças concedidas para obras nos Açores.
No sector comercial, registou-se uma evolução com crescimento de atividade mais baseada na criação de novas unidades de serviços do que no aumento de capacidade e modernização das existentes. Efetivamente, os dados estatísticos apontam para crescimento do volume de negócios significativo, ao mesmo tempo que crescem os números de empresas e de pessoal ao serviço. Aliás, a intensidade de crescimento de pessoal ao serviço foi muito próxima da do crescimento do número de empresas, mantendo-se praticamente constante o rácio de pessoal por empresa. Este rácio de cerca de 5 pessoas ao serviço por empresa, confirma a forte presença de pequenas unidades empresariais e o carácter atomístico deste tipo de serviços. Atendendo às características do sector comercial, em termos nacionais, as diferenças entre as estruturas nas diversas regiões resultarão mais de pequenas diferenças de evolução e adaptações circunstanciais, do que de factores estruturais como a dimensão que se evidenciam mais em organizações de produção material e industrial. As vendas de automóveis novos, em 2004, tiveram um comportamento positivo, invertendo a tendência anterior. Em 2004, a venda de automóveis ligeiros nos Açores representou cerca de 77 da venda total de automóveis novos.
Os dados disponíveis sobre os movimentos de passageiros apontam no sentido de uma tendência de redução de tráfego nos transportes colectivos terrestres e de aumento nos transportes marítimos e aéreos. Os movimentos de passageiros nos aeroportos vêm revelando alterações na sua composição segundo os diversos tipos de tráfego. O tráfego de passageiros interno na prática inter-ilhas é ainda o que regista maior número de frequências, mas já não tem o predomínio que registava habitualmente e nos anos de 2002 e de 2003, representou percentagens inferiores a metade do tráfego total. Por outro lado, os tráfegos com o exterior territorial e internacional , apesar de continuarem mais sensíveis a influências de conjuntura, apresentam tendências de crescimento superiores em média. Será particularmente o caso do tráfego internacional, o que se mostra consistente com a evolução da procura turística. Observando-se a frequência de movimentos de passageiros nos aeroportos em relação ao número de habitantes residentes, verifica-se que nos Açores há uma elevada intensidade no uso do modo de transporte aéreo, quando se faz a comparação com o Continente através do mesmo indicador. Esta diferença de intensidade estará logicamente relacionada com as características diferentes da geografia física em ambos os territórios. As cargas movimentadas nos portos, atingem cerca de 2,7 milhões de toneladas, todavia o volume das movimentadas nos aeroportos não chega a representar 1 daquelas. O tráfego postal situa-se num patamar de cerca de 10 milhões de objetos, enquanto o número de postos telefónicos existentes continua a crescer de forma mais intensa.
No ano letivo de 2002 03 registou-se um forte crescimento no número de inscrições na Educação Pré-Escolar e uma continuada preferência pelo Ensino Profissional, que originou uma inversão da tendência negativa que se vinha a verificar no volume de inscrições matrículas a nível global. Na generalidade, o volume de matrículas nos níveis do Ensino Básico e no Ensino Secundário continuam a tendência descendente que se tem vindo a verificar ultimamente, registando, no nível do Ensino Secundário, um valor superior a menos 5,5 dos valores verificados no ano anterior. A taxa de escolarização apresenta valores crescentes em todas as idades, apesar da população escolar ter vindo a diminuir. Este aumento é mais significativo nas idades da Educação Pré-Escolar e a partir dos 14 anos. Da observação da evolução destas taxas, verifica-se um alargamento do leque de idades com taxas dos 100 , presentemente representativas das idades de escolaridade obrigatória. O aproveitamento escolar, medido através da taxa de transição aprovação oscila entre os 82,8 no 4. ano de escolaridade e os 45,5 no 12. ano, confirmando um maior aproveitamento escolar nos ciclos do ensino geral e obrigatório do que no secundário.
Os dados sobre os serviços prestados nos hospitais e centros de saúde apontam no sentido de evoluções consideráveis. Nos atos clínicos regista-se uma participação significativa de recursos humanos e uma utilização crescente de meios complementares de diagnóstico e terapêutica. Os actos registados em profilaxia inoculações globais correspondem a vacinações praticadas nos centros de saúde. O volume de atos situa-se na ordem de oitenta milhares mas, embora seja aplicado predominantemente com preocupações de prevenção de doenças em crianças com idade inferior a um ano, é fortemente condicionado por particularidades e campanhas específicas a nível local. Os serviços de urgência têm registado, nos últimos anos, uma procura mais expressiva do que os de consulta. Esta evolução terá sido mais significativa no âmbito dos centros de saúde do que no dos hospitais. Os movimentos de internamento nos hospitais e centros de saúde têm mantido características de certa estabilidade, situando-se a demora média em 7 ou 8 dias e a taxa de ocupação à volta de 62 . Os meios complementares de diagnóstico ultrapassam os dois milhões de exames e análises, enquanto os meios complementares de terapêutica correspondem a mais de trezentos mil atos. A evolução destes meios tem registado crescimentos médios significativos. Todavia, é possível observar uma ligeira tendência para à realização do ato terapêutico corresponder, em média, uma menor utilização de exames e análises. O pessoal em atividade nos serviços dos hospitais e dos centros de saúde situa-se na ordem de quatro milhares de profissionais. A evolução geral tem registado um alargamento efetivo de quadros, destacando-se um certo reforço de médicos, enfermeiros e técnicos de diagnóstico e terapêutica.
O número de pensionistas da Segurança Social nos Açores situa-se na ordem dos 47 milhares de indivíduos. Os beneficiários em vida por velhice, que recebem pensões em substituição de retribuições do trabalho, representam cerca de 52 do total os beneficiários em vida, mas inválidos por acidente ou doença antes da idade da reforma por velhice, representam cerca de 30 do total e, finalmente, as famílias de beneficiários por morte destes representam cerca de 18 .
Os museus e as bibliotecas públicas representam meios privilegiados de desenvolvimento de ações culturais, seja pelas capacidades patrimoniais e funcionais existentes, seja pelos diversos públicos que podem atrair. Observando as evoluções das procuras sobre aqueles equipamentos culturais, por parte de visitantes nos museus e de utilizadores nas bibliotecas, verifica-se que existe atualmente uma tendência de crescimento em qualquer uma delas. Todavia, se a tendência da procura de visitantes aos museus prossegue a um ritmo mais regular e dentro de um mesmo padrão das estruturas existentes, já a procura de utilizadores nas bibliotecas revela, depois de uma ligeira quebra nos finais da década de noventa, uma intensificação do crescimento nos anos mais recentes, refletindo, pelo menos em parte, a transição do funcionamento da biblioteca pública de Ponta Delgada das antigas para as novas instalações, no histórico Colégio dos Jesuítas. Observando agora a evolução intra-anual para os mesmos tipos de equipamentos culturais, verifica-se que a procura nos museus intensifica-se nos meses de Verão, enquanto a procura nas bibliotecas, ao contrário, é maior nas outras estações. Para esta diferença entre as distribuições ao longo do ano contribuirá significativamente a componente de turistas que visitam os museus, enquanto nas bibliotecas será mais a componente de estudantes para leituras integradas na sua formação académica ao longo do ano escolar. Durante o ano de 2003, os apoios financeiros às atividades culturais, enquadrados juridicamente pelo Decreto Legislativo Regional n. 22 97 A, de 4 de Novembro, atingiram um montante na ordem de 480 mil euros.
Portas de Ponta Delgada, Ilha de São Miguel Ermida de Nossa Senhora dos Anjos, Ilha de Santa Maria O arquipélago dos Açores tem um rico e diversificado património edificado, os elementos mais representativos do qual se encontram classificados e constam da lista de património edificado nos Açores. Está em curso a realização pelo Instituto Açoriano de Cultura, por contrato com o Governo Regional dos Açores, do inventário completo do património cultural imóvel das ilhas, o qual, à medida que vai sendo concluído em cada concelho, é editado em volume próprio. Nos termos de decreto do parlamento açoriano, funciona na Direção Regional da Cultura um Registo Regional de Bens Classificados, o qual pode ser consultado via Internet. Pela Resolução n. 126 2004, de 9 de Setembro foi publicada a listagem global dos imóveis que se encontravam classificados à data de entrada em vigor do diploma que nos Açores actualmente enquadra o regime jurídico dos bens classificados, o Decreto Legislativo Regional n. 29 2004 A, de 24 de Agosto.
As atividades desportivas nos Açores, enquadradas pelas federações associativas das diversas modalidades, vêm movimentando um número significativo de atletas e agentes responsáveis. O número de inscritos na época de 2002 2003 aproximou-se de cerca de 20 milhares de atletas praticantes e de 800 treinadores. Os dados anteriores resultam de um processo de crescimento assinalável já que, nos últimos dez anos, o número de atletas praticamente duplicou e as condições de enquadramento técnico poderão traduzir-se pelo rácio de 24 atletas por cada treinador, por contrapartida a um rácio inicial de 46 atletas. Em termos de representatividade das diversas modalidades poderão agrupar-se dois conjuntos segundo as características Desportivas mais individuais, que atraem largas centenas ou mesmo à volta de um milhar de praticantes, como os 606 de xadrez, 613 de natação, 614 de karaté, 808 de ténis, 873 de judo, 1 050 de atletismo e 1 208 de ténis de mesa Ou de jogo em equipa envolvendo praticantes em número superior ou na ordem dos milhares, como os 1 142 de andebol, 1267 de basquetebol, 2332 de voleibol e os 5 584 de futebol.
A análise sucinta que a seguir se apresenta foi preparada a partir do documento Relatório do Estado do Ambiente - 2003, produzido em Setembro de 2004, da responsabilidade da então Secretaria Regional do Ambiente.
Nos Açores, as necessidades de água para uso urbanos são as mais significativas, representando cerca de 56 das necessidades totais, seguindo-se a indústria e a agropecuária, com um peso de cerca de 20 . O turismo, a energia e os restantes usos representam ainda um valor pouco significativo, cerca de 3 . As águas subterrâneas constituem a principal origem de água, satisfazendo, mais de 97 das diferentes utilizações. As disponibilidades existentes estão estimadas em cerca de 1 520 milhões de metros cúbicos, considerando-se 10 deste valor como disponibilidade útil. As maiores disponibilidades situam-se nas ilhas do Pico e de São Miguel e as menores no Corvo, Graciosa e Santa Maria. Relacionando as necessidades com as disponibilidades, regista-se maior pressão sobre os recursos disponíveis nas ilhas Graciosa, Terceira e São Miguel. A nível das águas superficiais, designadamente as lagoas, para além do valor paisagístico, turístico e ecológico, constituem-se como reservas estratégicas de água, sendo a garantia da sua qualidade um dos desafios da gestão dos recursos hídricos. De acordo com análise e classificações efetuadas a 17 lagoas, a maioria regista situações de poluição mais ou menos acentuada, derivada de contaminação difusa por atividades agro-pecuárias e de fertilização pouco racional, donde a importância dos projetos em curso e a iniciar relativos à construção de açudes, reflorestação das faixas adjacentes às linhas de água, entre outras ações, no sentido de se reverter esta situação. Quanto às águas subterrâneas, estas não apresentam problemas acentuados de qualidade, embora, pontualmente, possam advir alguns problemas derivados da sobre-exploração de aquíferos, com a consequente intrusão salina, do excesso de nitratos e da contaminação microbiológica relacionados com a poluição difusa, proporcionada pela exploração agropecuária. No caso particular das águas balneares, de um modo geral a maioria das zonas balneares apresenta uma qualidade de água bastante razoável, o que tem originado uma classificação adequada para ostentação de bandeira azul. No que diz respeito ao abastecimento de água às populações, o nível de atendimento é próximo dos 100 , em termos de infra-estruturas de abastecimento. Todavia, pontualmente, por via de factores aleatórios e de perda de águas nas redes, existe cerca de 13 da população com abastecimento irregular durante o ano. A qualidade da água fornecida nem sempre satisfaz os parâmetros de qualidade exigidos se, por um lado, mais de 84 da população servida se encontrava servida por sistemas de tratamento, por outro, cerca de 80 da água distribuída era apenas sujeita a desinfecção por cloragem, sem um controle significativo. No que concerne à existência de sistemas de drenagem de águas residuais, o nível do atendimento era de cerca de 38 correspondendo os restantes 62 a fossas sépticas individuais. O nível de atendimento relativamente ao tratamento de águas residuais correspondia apenas a 24 da população, valor relativamente reduzido face às metas fixadas.
A produção de RSU tem vindo a aumentar, tendo atingido cerca de 118,5 mil toneladas, em 2003, sendo cerca de 50 produzido em São Miguel, 20 na Terceira e o restante nas outras ilhas. A produção diária de RSU por habitante atinge já os 1,37 kg, sendo a maior parte constituída por matéria orgânica, seguida de material de embalagem, reforçando a necessidade de recolha seletiva, com o objectivo de reciclar e valorizar estes materiais. Em termos de tratamento e destino final, pese embora a construção de aterros controlados e a implementação da recolha seletiva, em 2003 verificou-se ainda que cerca de 6 dos resíduos foram depositados em vazadouros sem controlo e 13 em vazadouros controlados.
Observa-se ainda a inexistência de destino final adequado para os resíduos industriais, verificando-se uma fraca adesão por parte dos industriais de entrega de mapas de registo das quantidades produzidas. Em relação aos resíduos hospitalares, têm tido o tratamento adequado, designadamente os considerados perigosos, que são objecto de incineração e ou tratamento químico.
Das diversas formas de poluição existentes, o ruído é uma das que assumem uma expressão nos Açores. Todavia, a existência de algumas reclamações de particulares indicia a possibilidade de situações pontuais de um nível sonoro ambiente acima do desejado. A elaboração de um conjunto significativo de mapas de ruído, a aquisição de equipamentos de medição, permite dispor no futuro próximo de instrumentos de monitorização e de apoio ao ordenamento do território.
Os indicadores normalmente utilizados para a caracterização da qualidade do ar são o dióxido de enxofre SO2 , óxidos de azoto NOx , Monóxido de carbono CO e partículas em suspensão. Existem outros poluentes, como o Ozono troposférico O3 , que resultam de reações químicas entre poluentes primários. Estudos realizados indicam que as concentrações são inferiores aos limites estabelecidos na legislação.
Azorina vidalii, autêntico fóssil vivo, foto tirada na Fajã das Almas, ilha de São Jorge, Açores. Em termos da biodiversidade, estão identificadas 702 espécies exóticas de flora, das quais 36 com carácter invasor. Em termos de fauna, estão inventariadas 47 espécies exóticas, distinguindo-se 5 espécies invasoras, destacando-se nestas últimas o designado escaravelho japonês. No conjunto do arquipélago estão protegidas 115 espécies, verificando-se, no entanto, 215 espécies ameaçadas.
A rede Natura 2000 engloba 38 locais, com uma área aproximada de 45,5 mil ha, enquanto as áreas protegidas distribuem-se por 31 locais, ocupando uma área de 68,4 mil ha. Estão definidos 23 Sítios de Importância Comunitária SIC , que abrangem uma área total de 11,8 mil hectares, 15 Zonas de Proteção Especial ZPE , com uma área de 11,8 mil ha e está a ser ultimado o Plano Sectorial para a Rede Natura 2000.
As áreas protegidas incluem áreas terrestres, águas interiores e marinhas em que a fauna, a flora, a paisagem, os ecossistemas ou outras ocorrências naturais apresentam, pela sua raridade, valor ecológico ou paisagístico, importância científica, cultural e social. As condições climatéricas associadas ao isolamento geográfico, ao relevo e às características geológicas das ilhas deram origem a uma grande variedade de biótopos, ecossistemas e paisagens, que propiciam a existência de um elevado número de habitats que albergam uma grande diversidade de espécies. A vegetação natural das ilhas açorianas compreende um vasto número de espécies originárias do Período Terciário, na sua maioria endémicas e com estatuto de proteção. A laurissilva, cuja origem está relacionada com as florestas húmidas do Terciário existentes no Sul da Europa e desaparecidas há milhões de anos aquando das últimas glaciações, é uma floresta com um índice de endemismos muito elevado. Para além das espécies de maior porte, possui uma camada sub-arbustiva, geralmente muito densa, de grandes fetos e arbustos, alguns dos quais também endémicos. As ilhas foram colonizadas pelo homem nos finais do e o coberto vegetal foi consideravelmente alterado desde então. Das espécies de plantas vasculares existentes, conhecem-se presentemente 66 endémicas, encontrando-se ainda um elevado número de endemismos noutros grupos. A diversidade de comunidades vegetais permite que comunidades de aves terrestres endémicas se distribuam ao longo de toda a área. Encontram-se também em todas as ilhas cerca de 300 espécies endémicas de artrópodes, distribuídas em habitais muito diversificados, tais como cavidades vulcânicas, campos de lava, florestas naturais, etc. Este grupo taxonómico encontra-se sujeito a algumas pressões por parte de atividades humanas, uma vez que não encontra protegido. A pouca proteção de que beneficia resulta directamente da classificação das áreas protegidas nas várias ilhas da Região. Em relação aos mamíferos, ocorrem nos Açores, de forma natural, 25 espécies, maioritariamente marinhas, 24 das quais correspondem a cetáceos baleias e golfinhos e a outra consiste numa espécie endémica terrestre, que é o único mamífero autóctone do arquipélago o Morcego-dos-Açores Nyctalus azoreum . Como forma de salvaguarda do património natural existente, foi criada uma rede regional de áreas protegidas, ocupando uma área de 53 700 ha. A primeira área protegida data de 1972 Caldeira, ilha do Faial . Desde então, foram criadas mais áreas protegidas, abrangendo cerca de 13 da área total da Região. As áreas protegidas dos Açores - Rede de reas Protegidas dos Açores - têm vindo a ser objecto de desenvolvimento de Planos de Ordenamento e Gestão, com o objectivo de definir a política de salvaguarda e conservação do património. Os planos pretendem constituir um instrumento de apoio e promoção ao ordenamento e gestão das áreas protegidas, com vistas à salvaguarda dos recursos naturais à conservação da qualidade paisagística e à conciliação das atividades humanas.
Alfredo Bensaúde 1856 - 1941 - professor universitário, reformador do ensino tecnológico em Portugal, foi o fundador e primeiro diretor do Instituto Superior Técnico IST Antero de Quental 1842 - 1891 - poeta. Augusto de Almeida Monjardino 1871 - 1941 - médico e político, fundador e primeiro diretor da Maternidade Alfredo da Costa MAC . Aurélio Quintanilha 1892 - 1987 - professor universitário e cientista de renome internacional nas áreas da genética, da biologia dos fungos e da cultura do algodoeiro. Aristides Moreira da Mota 1855 - 1942 - político, advogado e professor liceal. Azevedo Neves 1877 - 1955 - médico e político. Carlos César 1956 - presidente do Governo Regional dos Açores. Curry Cabral 1844 - 1920 - médico, investigador e professor. Dias de Melo 1925 - 2008 - autor e escritor. Eliseu Pereira dos Santos 1983 - campeão europeu de futebol por Portugal em 2016. Ernesto do Canto 1831 - 1900 - historiador, bibliófilo e político português que se distinguiu pela organização e publicação do Arquivo dos Açores. Francisco de Lacerda 1869 - 1934 - musicólogo, compositor e maestro. Gil Montalverne de Sequeira 1859 - 1931 - médico e político. Hélder Fragueiro Antunes 1963 - empresário, engenheiro e ex-piloto de corridas. Jaime Gama 1947 - político, deputado e Presidente da Assembleia da República 2005-2011 . Jorge Ferreira 1955 - cantor popular português internacional, radicado nos Estados Unidos. José do Canto 1820 - 1898 - grande proprietário, intelectual e bibliófilo. José Bruno Tavares Carreiro 1880 - 1957 - jurista, jornalista, escritor e político autonomista açoriano. Manuel de Arriaga 1840 - 1917 - primeiro Presidente eleito da República Portuguesa 1911-1915 . Mota Amaral 1943 - presidente do Governo da Região Autónoma dos Açores 1976-1995 , e Presidente da Assembleia da República 9. legislatura . Natália Correia 1923 - 1993 - poeta, intelectual e ativista social e deputada 1980-1991 . Autora da letra do Hino dos Açores. Nicolau Anastácio de Bettencourt 1872-1941 - médico e investigador. Nuno Bettencourt 1966 - guitarrista, membro da banda Extreme, Pedro da Silveira 1922 - 2003 - poeta, crítico literário e investigador, membro da Seara Nova. Pedro Resendes Pauleta 1973 - jogador de futebol. Raul Bensaúde 1866 - 1938 - médico gastroenterologista em Paris que se destacou como iniciador da Proctologia. O seu nome ficou associado ao de Pierre-Emile Launois ao propor uma explicação para a adenolipomatose simétrica, atualmente conhecida como de Launois-Bensaúde. Roberto Mesquita 1871 - 1923 - poeta. Roberto Ivens 1850 - 1898 - oficial da armada, administrador colonial e explorador do continente africano. Teles Palhinha 1871 - 1957 - botânico e professor universitário a quem se deve a exploração sistemática da flora açoriana. Teófilo Braga 1843 - 1924 - escritor e 2. Presidente da República Portuguesa. Vitorino Nemésio 1901 - 1978 - escritor e professor universitário. As Três Ilhoas Antônia da Graça, Júlia Maria da Caridade, Helena Maria de Jesus são três irmãs açorianas que embarcaram no Brasil por volta de 1723 e fundaram importantes e nobres famílias.
Katy Perry 1984 - cantora norte-americana, com três trisavós açorianos. Nelly Furtado 1978 - cantora, compositora e atriz canadiana, filha de açorianos. Tom Hanks 1956 - ator norte-americano, bisneto de açoriano. Daniel Silva 1956 - escritor norte-americano, filho de açorianos. Lília Cabral 1957 - atriz brasileira, filha de açoriana.
Brasões de armas dos municípios dos Açores A Região Autónoma dos Açores dispõe de brasão de armas, bandeira, selo e hino próprios. São os seguintes os diplomas legais que regulam a heráldica açoriana Decreto Regional n. 4 79 A, de 10 de Abril - Aprova os símbolos heráldicos da Região Autónoma dos Açores. Decreto Regulamentar Regional n. 13 79 A, de 18 de Maio - Aprova a Bandeira dos Açores e a música do Hino dos Açores, regulando o uso da bandeira e a forma como deve ser hasteada. Alterado pelo Decreto Regulamentar Regional n. 15 2002 A, de 31 de Maio Decreto Regulamentar Regional n. 47 80 A, de 15 de Outubro - Aprova a versão oficial do selo da Região Autónoma dos Açores. Decreto Regulamentar Regional n. 49 80 A, de 21 de Outubro - Aprova a letra do Hino dos Açores. Regulamenta o Decreto Regional n. 4 79 A, de 10 de Abril. Decreto Regulamentar Regional n. 51 80 A, de 31 de Outubro - Aprova a versão oficial da descrição completa do brasão de armas dos Açores. Decreto Legislativo Regional n. 21 2006 A, de 7 de Julho - Aprova o regime jurídico da utilização dos símbolos heráldicos da Região Autónoma dos Açores, proibindo a sua utilização para fins comerciais. A utilização dos símbolos heráldicos rege-se pelas mesmas normas que regem a utilização dos símbolos nacionais, devendo contudo ser dada precedência a estes.
As Insígnias Honoríficas Açorianas visam distinguir, em vida ou a título póstumo, os cidadãos ou as pessoas coletivas que se notabilizarem por méritos pessoais ou institucionais, atos, feitos cívicos ou por serviços prestados à Região Autónoma dos Açores. A atribuição das Insígnias Honoríficas Açorianas têm lugar no Dia dos Açores, em sessão solene presidida pelos Presidentes da Assembleia Legislativa e do Governo Regional.
Sítio oficial do Governo da Região Autónoma dos Açores Turismo dos Açores Guia Turístico dos Açores Projecto CLIMAAT - Clima e Meteorologia das Ilhas Atlânticas Sítio de vídeos do Arquipélago dos Açores mostrando lugares, sua cultura, usos, costumes e tradições youtube.com Categoria NUTS 1 de Portugal Categoria NUTS 2 de Portugal Categoria NUTS 3 de Portugal Categoria Arquipélagos do Oceano Atlântico Categoria Regiões ultraperiféricas da União Europeia Categoria Ilhas vulcânicas Categoria Descobertas geográficas de PortugalIntegral como região sob a curva. Definição de limite. Análise é o ramo da matemática que lida com os conceitos introduzidos pelo cálculo diferencial e integral, medidas, limites, séries infinitas e funções analíticas. Surgiu da necessidade de prover formulações rigorosas às ideias intuitivas do cálculo, sendo hoje uma disciplina muito mais ampla cujos tópicos são tratados em uma subdivisão chamada análise real. Se a Análise surgiu do estudo dos números e funções reais, sua abrangência cresceu de forma a estudar os números complexos, bem como espaços mais gerais, tais como os espaços métricos, espaços normados e os espaços lineares topológicos ELT . Embora seja difícil definir exatamente o que seja análise matemática e delinear precisamente seu objeto de estudo, pode-se dizer grosseiramente que a análise se dedica ao estudo das propriedades topológicas em estruturas algébricas.
Arquimedes usou o método da exaustão para calcular a área de um círculo encontrando a área de polígonos regulares com cada vez mais lados. Esse foi um antigo e informal exemplo de limite, um dos conceitos mais básicos em análise matemática. A análise matemática foi desenvolvida formalmente no século XVII, durante a Revolução Científica, mas muitas das suas ideias remontam aos matemáticos de tempos anteriores. Os primeiros resultados em análise estiveram implicitamente presentes nos primórdios da matemática grega antiga. Por exemplo, uma soma geométrica infinita está implícita no paradoxo da dicotomia de Zeno.Mais tarde, matemáticos gregos tais como Eudoxo e Arquimedes fizeram uso mais explícito, mas informal, dos conceitos de limite e convergência quando usaram o método da exaustão para calcular áreas e volumes de regiões e sólidos. O primeiro uso explícito de infinitesimais aparece na obra O Método dos Teoremas Mecânicos, de Arquimedes, que foi redescoberta no século XX.Na sia, o matemático chinês Liu Hui usou o método da exaustão no século III d.C para encontrar a área de um círculo. No século V, Zu Chongzhi estabeleceu um método que mais tarde viria a ser redescoberto no oeste, e que é agora conhecido por princípio de Cavalieri, para encontrar o volume de uma esfera.No século XII, o matemático indiano Bh skara II forneceu exemplos de derivadas e usou o que agora se conhece por teorema de Rolle. No século XVIII, Euler introduziu a noção de função. A análise real começou a emergir como disciplina independente quando o matemático boêmio Bernard Bolzano introduziu a definição moderna de continuidade em 1816. No século XIX, Cauchy ajudou a assentar o cálculo infinitesimal em fundamentos lógicos firmes com a introdução do conceito de sucessão de Cauchy. Foi ele também que iniciou a teoria formal da análise complexa. Poisson, Liouville, Fourier e outros mais estudaram as equações em derivadas parciais e a análise harmônica. Com as contribuições destes e de outros matemáticos como Weierstrass, foi-se estabelecendo a ideia moderna de rigor matemático.
Análise real tradicionalmente, a teoria das funções de uma variável real é o ramo da análise matemática que lida com números reais e as funções de valor e variável reais. Análise complexa tradicionalmente, a teoria das funções de uma variável complexa é o ramo da análise matemática que investiga funções de números complexos. Análise funcional é o ramo da análise matemática que estuda principalmente espaços vetoriais dotados de algum tipo de estrutura relacionada a limites por exemplos, as definições de produto interno, norma, espaço topológico etc. e os operadores lineares agindo sobre estes espaços e respeitando essas estruturas num sentido apropriado. Equações diferenciais são equações matemáticas para uma função desconhecida de várias variáveis que relacionam os valores da própria função e as suas derivadas de várias ordens. Teoria da medida é o ramo que estuda as medidas de conjuntos, fornecendo maneiras sistemáticas de atribuir um número a cada subconjunto apropriado desse conjunto, número esse intuitivamente interpretado como o seu tamanho. Análise numérica é o estudo de algoritmos que usam aproximações numéricas em oposição às manipulações simbólicas de aplicação geral no estudo de problemas de análise matemática.
Análise real, a que lida com o corpo dos números reais Análise complexa, a dedicada ao estudo do corpo dos números complexos Análise funcional, a aplicada ao estudo do comportamento das funções Análise harmônica, a que se ocupa da composição de funções a partir das componentes harmônicas Análise numérica, o estudo de algoritmos e técnicas de cálculo numérico aplicados aos problemas de matemática contínua Análise não padronizada Cálculo estocástico Medida matemática Geometria diferencial Topologia diferencial Aritmetização da análiseO automobilismo também conhecido como corridas de automóveis ou desporto motorizado é um desporto relacionado com competição com automóveis. um dos desportos mais populares do mundo e talvez aquele em que a comercialização seja mais intensa e de forte influência midiática. Apesar de o regulamento do COI Comitê Olímpico Internacional prever que qualquer esporte, disciplina ou evento em que o desempenho dependa essencialmente de propulsão mecânica não será aceito , desde 2011 o automobilismo é reconhecido como esporte pela entidade máxima olímpica.
As corridas de automóveis iniciaram-se quase imediatamente depois da construção dos primeiros carros movidos a gasolina bem sucedidos influenciados pelas já populares corridas de carro de corrida.
Ficheiro 1894 paris-rouen - albert lemaître peugeot 3hp 1st.jpg thumb Georges Lemaître ganhou a corrida Paris-Rouen com seu carro Peugeot de 3HP. Em 1894, foi organizada a primeira competição na França pela revista parisiense Le Petit Journal entre Paris para Ruão , um teste de confiabilidade para determinar o melhor desempenho, na época foi chamada de Concours des Voitures sans Chevaux Competição de Carros sem Cavalos . 69 carros começaram a corrida de 50 km que iria determinar os classificados para a corrida principal de 127 km, apenas 25 se classificaram. O conde Jules-Albert de Dion foi o primeiro a chegar em Ruão no tempo de 6 horas e 48 minutos, numa velocidade média de 19 km h, contudo sua vitória não foi contabilizada já que o seu carro continha um acessório proibido, por essa razão o título da corrida foi dado a Georges Lemaître, que chegou na segunda colocação.
Camille Jenatzy a bordo do La Jamais Contente Em 1895 realizou-se a primeira corrida propriamente dita, entre Paris e Bordéus. A corrida tinha um trajeto de 1 178 km e 46 concorrentes, mas apenas 22 deles iniciaram a prova. O primeiro a chegar foi mile Levassor, mas foi desclassificado porque o seu carro não obedecia às exigências da competição. Assim, o prêmio foi para o segundo colocado. A primeira corrida de automóveis na América, num percurso de 54,36 milhas, teve lugar em Chicago, a 2 de novembro de 1895. Frank Duryea venceu, em 10h23mim, sobrepondo-se a três carros movidos a gasolina e a dois elétricos. O veículo elétrico La Jamais Contente, de aerodinâmica automotiva avançada e projetado por Camille Jenatzy, foi o primeiro automóvel a superar a velocidade de 100 km h, em Paris a 29 de Abril de 1899.
Com a construção de automóveis e as corridas dominadas pela França, o clube automóvel francês ACF , realizou algumas grandes corridas internacionais, em geral partindo ou chegando a Paris e tendo a outra extremidade noutra grande cidade na Europa ou na França. Estas corridas de grande sucesso terminaram em 1903 quando Marcel Renault se envolveu num acidente fatal perto de Angoulême durante a corrida Paris - Madrid. Oito mortes levaram o governo francês a interromper a corrida em Bordéus e a banir as corridas de estrada em 1900.
Ficheiro 1913 Indianapolis 500.jpg thumb 500 Milhas de Indianápolis de 1913 Devido a grande quantidade de acidentes que as corridas de rua causava, muitas cidades chegaram a proibir corridas de rua, viu-se que era mais seguro se realizar corridas em espaços fechados, muitos desses espaços eram os hipódromos utilizados para corridas de cavalos, no Knoxville Raceway é relatado que existiam corridas de carros desde o século XIX. Nos Estados Unidos, em 1903, baseados no formato oval dos hipódromos é construído o Milwaukee Mile, considerado o primeiro autódromo do mundo, em 1907 é construído o oval de Brooklands na Inglaterra que foi o primeiro circuito feito especialmente para corridas de carros, contando, inclusive, com inclinação nas curvas, em 1909 é construído o Indianapolis Motor Speedway nos Estados Unidos. Em 1922 é construído o Circuit de Spa-Francorchamps na Bélgica, em 1923 o Circuit de la Sarthe na França, em 1927 o circuito de N rburgring na Alemanha, em 1929 o Autodromo Nazionale Monza na Itália.
Os assistiram à diferenciação radical dos veículos desportivos a partir dos carros de estrada de luxo, com a Delage, a Auto Union, a Mercedes-Benz, a Delahaye e a Bugatti a construir veículos aerodinâmicos dotados de motores com mais de 450 kW de potência, com o auxílio de superchargers múltiplos. O máximo peso autorizado era de 760 kg, uma regra diametralmente oposta aos regulamentos modernos de competição. Era necessário o uso intenso de ligas de alumínio para conseguir baixar o peso e, no caso do Mercedes, até a tinta foi removida para satisfazer as limitações no peso.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial houve um rápido crescimento do automobilismo no mundo, numa forma de unificar as corridas de Grand Prix foi criada em 1950 a Fórmula 1, em 1953 o Campeonato Mundial de Resistência foi criado, contando com vários grupos de corrida, em 1973 foi criado o Campeonato Mundial de Rali.
Ficheiro Lap 1, Turn 1 Canada 2008.jpg thumb 300px Começo da prova do Grande Prêmio do Canadá de 2008. A Fórmula 1 é uma das mais conhecidas modalidades automobilísticas. O desporto automotor é regulado mundialmente pela FIA - Fédération Internationale de l Automobile - Federação Internacional do Automóvel, que promove e homologa os carros, as pistas e as condições das corridas. O evento máximo organizado pela FIA é a Fórmula 1. Cada nação que organiza este tipo de esporte tende a organizar também uma instituição filiada à FIA que homologa e regula o automobilismo em seu território. No Brasil a Confederação Brasileira de Automobilismo CBA e em Portugal a Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting FPAK , são as instituições responsáveis por isso.
O Código de Automobilismo também regula as sinalizações usadas durante as competições. Quando algo que ocorre na pista necessita da atenção de todos os pilotos, são exibidas bandeiras coloridas próximas ao acontecimento ou na linha de chegada largada ou especificamente para algum piloto. Os pilotos também podem ser avisados pelo rádio, pelos chamados spotters, mas como estes avisos normalmente são críticos e o rádio pode apresentar problemas durante a competição, usa-se o método das bandeiras que é mais prático e seguro. As bandeiras são mais habitualmente usadas para avisar os pilotos sobre a entrada ou a saída do safety car na pista. As bandeiras usadas atualmente são Bandeira Descrição 50px Bandeira amarelaPerigo logo a frente. Reduza a velocidade 50px Bandeira azulDê passagem o retardatário a um carro mais veloz que quer ultrapassar Atualmente, o piloto deverá permitir a passagem até três curvas após lhe ser mostrada a bandeira ou arrisca penalizações. 50px Bandeira verdePista livre. Geralmente mostrada após o Safety Car sair da pista ou após um trecho em bandeira amarela. 50px Bandeira vermelhaCorrida paralisada. Devido a acidente, chuva ou má condição da pista. 50px Bandeira listrada em amarelo e vermelhoCuidado leo na pista ou pista escorregadia. 50px Bandeira brancaCarro lento em pista. Pode ser um monolugar, uma ambulância ou qualquer outro carro de serviço na pista. Nas categorias norte-americanas, esta bandeira indica a última volta. 50px Bandeira xadrez ou quadriculada Fim da prova. 50px Bandeira metade preta, metade branca na diagonalO piloto tomou alguma atitude antidesportiva, a qual deve ser corrigida o mais rápido possível para não haver desclassificação. 50px Bandeira pretaDesclassificação do piloto ao qual foi indicada. 50px Bandeira preta com um círculo laranjaAlgum problema técnico. O piloto deverá voltar as boxes.
Ficheiro Wembley Stadium Race of Champions - geograph.org.uk - 1155822.jpg thumb left Estádio de Wembley, adaptado para evento de automobilismo. Ficheiro Ims aerial.jpg thumb direita Visão aérea do Indianapolis Motor Speedway que combina circuito oval com misto. O evento automobilístico pode ser realizado em autódromos, circuitos fechados construídos especificamente para as provas de velocidade e habilidades de condução dos veículos, ou circuitos de rua, como o do Grande Prêmio de Mônaco. Os autódromos podem ser ovais como o Talladega Superspeedway nos Estados Unidos, misto, com várias curvas e retas como o de Autódromo do Estoril em Portugal e combinado oval com misto os chamados rovais como o circuito de Indianápolis também nos Estados Unidos. O piso pode variar entre asfalto, terra, ou uma combinação dos dois, tanto em circuitos mistos, quando nos ovais. Também podem ser usados estádios adaptados como na Race of Champions, algumas divisões da NASCAR, de sprint cars, ou em competições de speedway. As categorias e modalidades como os ralis que colocam à prova a resistência de condutores e veículos usam pistas e circuitos em vários terrenos. Os fora de estrada usam terrenos acidentados naturais ou preparados.
Existem várias categorias de competição no desporto automotivo. Todas as categorias devem ser adequadas as regulações do Appendix J do Código Internacional de Automobilismo. Veja também Lista de competições do automobilismo internacional Lista de competições automobilísticas por país
Um carro moderno de Fórmula 1 Carro da IndyCar Series. As corridas de monoposto ou monolugares, muitas vezes conhecidos por Fórmulas são talvez o aspecto mais bem conhecido do automobilismo, com carros desenhados especificamente para corridas de alta velocidade. As rodas não são cobertas, e os carros têm asas aerodinâmicas à frente e atrás para produzir uma força para baixo e aumentar a adesão à pista. As corridas de monoposto realizam-se em circuitos especialmente construídos, ou em circuitos citadinos fechados para o efeito. Muitas das corridas de monoposto na América do Norte têm lugar em circuitos ovais como a Indy Racing League. As mais bem conhecidas corridas de monoposto são as de Fórmula 1, que se desenvolvem num campeonato do mundo anual em que participam alguns dos principais fabricantes de automóveis e de motores do mundo, numa batalha que é tanto tecnológica como de desempenho na pista. Na América do Norte, os carros Champ Cars e os da Fórmula Indy assemelham-se aos de F1 mas são sujeitos a muito mais restrições. Existem outras categorias de monoposto, incluindo as corridas de karts que empregam pequenas máquinas de baixo custo em pequenas pistas. Muitos dos melhores pilotos da actualidade iniciaram as suas carreiras nos karts.
Carro de rali Os ralis, ou rallyes são corridas de carros de produção profundamente modificados em estradas públicas fechadas ou em áreas sem estrada. Um rali típico tem lugar em várias etapas, que os participantes podem analisar antes da competição. O navegador co-piloto usa as notas tiradas durante o reconhecimento para ajudar o piloto a completar a etapa o mais depressa possível. A competição é geralmente baseada nos tempos, embora ultimamente tenham aparecido algumas etapas com competição directa. O principal campeonato de ralis é o Campeonato Mundial de Rali WRC , mas também existem campeonatos regionais e muitos países têm os seus próprios campeonatos nacionais. Há alguns ralis famosos o Rali de Monte Carlo ou o Rali de San Remo. Outro acontecimento semelhante a um rali na realidade um raide é o Rali Dakar. Existem ainda muitas categorias de ralis menores, populares entre os amadores, constituindo a base dos desportos motorizados. Há que considerar também o Rali Rota dos Vinhos Verdes, uma das mais importantes provas de Regularidade Histórica para Automóveis Antigos e Clássicos que se realiza anualmente em Portugal. As Regularidades Históricas cada vez assumem mais adeptos e aficcionados em todo o mundo e possibilitam uma nova abordagem desta temática.
Ficheiro 957bWoU.jpg thumb Corrida de sprint cars em circuito de terra. As corridas em piso de terra estão dividas em duas grandes categorias corridas em circuitos fechados geralmente designada de offroad ou corrida em terrenos abertos, em etapas em linha, designadas por provas de todo-o-terreno.
Ver também Off-Road em Portugal Neste tipo de corridas participam geralmente carros modificados para a dureza do piso, consistindo em completar um determinado número de voltas a um circuito que poderá ser totalmente em terra recebendo em Portugal a designação de Autocross , pistas mistas de terra e asfalto Ralicross , ou pistas em terra, disputadas por carros especialmente concebidos para esse fim Kartcross . No Brasil também existe uma categoria chamada Velocidade na Terra, onde veículos correm em circuitos fechados, de terra batida, sem os tradicionais obstáculos dos Ralies, onde vence quem primeiro completar o número de voltas estipuladas. Os principais campeonatos regionais são disputados no Paraná e em Santa Catarina, onde os carros são divididos em diversas categorias, quer sejam KartCross, Formula Tubolar, Marcas, Turismo, Novatos, Hot Dodge, Stock Car, Fusca Velocidade e Autocross. Ficheiro Volkswagen Fusca n82.jpg alt Fusca em uma corrida de velocidade na terra. direita miniaturadaimagem 220x220px Fusca Velocidade durante uma bateria de Velocidade na Terra em Mafra SC . Ao redor do mundo, há ainda a categoria chamada de rallycross, que é uma corrida com vários carros de rali, todos simultaneamente em um circuito fechado geralmente de terra, embora também haja rallycross em pistas com asfalto , vence quem chegar na frente ao final do número de voltas estipuladas. Um dos campeonatos mais famosos de rallycross é o Campeonato Mundial de Rallycross, organizado pela FIA. Ficheiro Toomas Heikkinen Audi S1 EKS RX quattro 27527547322 .jpg esquerda miniaturadaimagem Uma corrida de rallycross do Campeonato Mundial de Rallycross em 2016, na Noruega.
Ficheiro Bajaclass10.jpg thumb Baja 1000 no México. As provas de todo o terreno é praticada em percursos que atravessam campos, montanhas, alagados, pedreiras, desertos e outros terrenos que proporcionem dificuldades para sua transposição. Os carros utilizados são normalmente do tipo jipe, com tração nas quatro rodas ou Buggy s especialmente concebidos para o efeito. Neste tipo de provas, é comum participarem também motos, camiões e quad s ou moto-quatro . A maioria de provas deste género concentra-se em duas grandes categorias as provas designadas de Cross-Country ou Bajas e os Rali-Raide. A grande diferença entre estas categorias encontra-se na extensão da prova e na exigência mecânica da mesma. As provas de Cross-Country ou Bajas são provas que decorrem numa geografia mais ou menos limitada, com a duração média entre 1 e 3 dias, e um parque de assistência fixo. Este tipo de provas constituem a maior parte dos troféus de competições todo-o-terreno nacionais. São exemplos deste tipo de provas a Baja Portalegre 1000 ou o Rali Transibérico, em Portugal, o Rally dos Sertões no Brasil ou a Baja 1000 no México. Já as provas Rali-Raide são marcadas por longas provas classificativas, estendendo-se por mais de uma semana, atravessando países ou continentes, exigindo parques de assistência que vão-se deslocando de acordo com o percurso da prova. Os principais factores que ditam a classificação final são a regularidade e fiabilidade dos equipamentos em detrimento da velocidade de ponta. São exemplo destes ralis o Rali Dakar, o Rali Rota da Seda ou o frica Eco Race. A prova 24 horas de Todo-o-Terreno de Fronteira consiste numa corrida num circuito fechado mas de perfil cross-country designado de Terródromo , no qual participam todo o tipo de automóveis desde jipes, SUV s a carros citadinos correndo durante 24 horas, apenas com paragens para reabastecimentos, troca de pilotos ou manutenção, vencendo a equipa que conseguir o maior n de voltas durante esse período. a prova do género mais conceituada internacionalmente.
Ficheiro Trophée Andros.jpg thumb left Troféu Andros na França Nesta modalidade participam carros com configurações semelhantes às dos carros de rali, em circuitos em piso de terra, que se encontra geralmente coberto de neve ou gelo. O troféu mais conceituado é o Troféu Andros disputado, em circuitos nos Alpes e Pirenéus.
Pikes Peak International Hill Climb nos Estados Unidos As Rampas ou Corridas de Montanha, corresponde numa etapa em linha partida diferente da chegada disputada com declive ascendente, cujo objetivo é o de efetuar o menor tempo do percurso. Cada veículo efetua o trajeto sozinho em modalidade semelhante aos ralis . Este tipo de provas é aberto a praticamente todos os automóveis desde Fórmulas, carros de Turismo ou GT, Sport-Protótipos Barquetas , Clássicos ou até carrinhas Desafio Ford Transit . As provas de maior reconhecimento são a Rampa da Falperra em Braga, Portugal ou a Subida Internacional de Pikes Peak nos Estados Unidos.
Ficheiro 24 Hours of Le Mans 2008 warm up lap.jpg thumb As 24 Horas de Le Mans. Nesta modalidade as versões de produção de carros de desporto e protótipos competem em circuitos fechados. As corridas desenrolam-se, em regra, em distâncias longas, em provas conhecidas como corridas de endurance ou corridas de resistência . Os carros são conduzidos por equipas de dois, três ou quatro condutores que se revezam de vez em quando. Devido às grandes diferenças entre os carros desportivos normais vulgo GT s e os protótipos de competição, uma única corrida envolve geralmente várias classes diferentes. Nos Estados Unidos, organiza-se a IMSA SportsCar Championship, incluindo classes GT, GTS e duas classes de protótipos. Uma competição semelhante foi criada na Europa em 2004, com assinalável sucesso entre os concorrentes que preenchem grids com cerca de 50 carros denominada de Campeonato Mundial de Endurance da FIA. Corridas famosas de carros de desporto são, por exemplo, as 24 Horas de Le Mans, as 12 Horas de Sebring, os 1 000 km de Monza, 24 Horas de SPA, 1 000 km de N rburgring, 24 Horas de Daytona e a Mil Milhas Brasileiras. A FIA organiza um campeonato, chamado de FIA GT, com carros divididos em 4 classes GT1, GT2, GT3 e NGT.
Ficheiro Daytona 2008 Earnhardt.jpg thumb Daytona 500 de 2008, principal corrida da NASCAR. Em seu conceito original, as corridas de stock cars consistiam em competições em que se usavam carros comuns sem nenhuma adaptação para corridas, contudo hoje em dia este termo não se designa a essas competições, já que os carros de stock cars são projetados exclusivamente para corridas, esse tipo de corrida é popular principalmente nos Estados Unidos, contudo existem categorias expressivas no Canadá, Brasil, Argentina, no México, na Grã-Bretanha e na Oceania, a principal característica dessa competição é o uso de circuitos ovais de terra ou asfalto para as corridas. A maior categoria de stock cars é a NASCAR, a sua série principal é a NASCAR Sprint Cup Series, e a mais famosa corrida da série é a Daytona 500. A organização NASCAR também organiza a Nationwide Series uma liga inferior de stock cars e a Camping World Truck Series, de pickup, além de sancionar outras categorias menores regionais nos Estados Unidos. A NASCAR organiza ainda a série Featherlite de carros modificados, com carros muito modificados a partir da estrutura básica dos stock cars, através da adição de motores poderosos, pneus largos e chassis leve de rodas livres. Mas a série mais antiga da NASCAR continua a ser a que tem maior apelo junto do público. No Brasil, a principal categoria é a Stock Car Brasil e na Argentina a Turismo Carretera. GP espanhol de 2013
Consiste em corridas em circuitos fechados, em pisos de asfalto ou terra, disputadas apenas por caminhões apenas a parte motorizada , cujo objetivo é efetuar um determinado número de voltas no menor tempo. No Brasil, tal modalidade é representada pela Copa Truck, um aprimoramento da extinta 1 Copa Brasil de Caminhões, ocorrida na cidade de Cascavel, no Paraná, e que culminou com a morte de Jeferson Ribeiro da Fonseca. Foi em 1993, ainda com o nome de Racing Truck, a categoria foi criada por Aurélio Batista Félix. O reconhecimento do trabalho veio em 1996, com a homologação da categoria e a criação do Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck.
Ficheiro BLOODHOUND LSR 06.jpg thumb Carro-foguete Bloodhound SSC. Carro de dragster Nas corridas lineares drag racing , ou também conhecidas como corridas de arrancada, o objetivo é completar uma certa distância, tradicionalmente um quarto de milha 1 320 pés ou 402 m , no mais curto espaço de tempo possível. Os veículos utilizados variam entre o carro de todos os dias e o dragster. As velocidades e os tempos diferem, naturalmente, de classe para classe. Um carro vulgar pode completar os 402 m em 15 segundos, ao passo que um dragster poderoso pode cobrir a mesma distância em 4,5 segundos e atingir 530 km h 330 m h . As corridas lineares foram iniciadas, enquanto desporto, por Wally Parks, no início dos anos 1950, por intermédio da NHRA National Hot Rod Association , que é o maior corpo organizativo do desporto automóvel no mundo inteiro. A NHRA foi formada com o objetivo de afastar as pessoas das corridas de rua. Corridas de rua ilegais não são corridas lineares. Ao acelerar até aos 530 km h, um dragster poderoso puxa 4,5 g de aceleração, e quando os travões e os paraquedas estão em ação, o condutor experimenta uma aceleração negativa de 4g mais do que os tripulantes do vaivém espacial . Um único dragster pode ser ouvido a 13 km, e pode gerar uma leitura sismográfica de 1,5 - 2 na escala de Richter. dados dos NHRA Mile High Nationals de 2001, e de testes realizados em 2002 pelo Centro Nacional de Sismologia dos EUA. As corridas lineares realizam-se frequentemente em competição direta entre dois carros, com o vencedor de cada ronda a passar à ronda seguinte. Nas classes profissionais é sempre o primeiro a chegar à meta que ganha. Nas classes amadoras, existe um handicap aos carros mais lentos é dada uma vantagem que usa um índice, e os carros que correm mais rapidamente que o seu índice permite, rebentam e perdem. As corridas lineares são populares principalmente nos Estados Unidos.
Ficheiro Monterey Historic.jpg thumb Corrida de carros clássicos em Laguna Seca. Modalidade em franca expansão, as corridas para carros clássicos reúnem veículos que fizeram a historia do automobilismo desportivo entre o final da Segunda Guerra Mundial e meados dos anos setenta. O regulamento varia de país para país, mas normalmente rege-se pelo Anexo J da época dos carros, ou pelo mais restritivo Anexo K, concebido exclusivamente para este tipo de competições. Actualmente entre outras provas, disputa-se um campeonato internacional de Fórmula 1 TGP , um outro para protótipos de Grupo C, outro para protótipos e GT s anteriores a 1980 e ainda inúmeras outras competições que vão dos carros de turismo até aos Rallyes. As mais importantes competições de Clássicos na Europa são sem dúvida as 24 Horas de Le Mans Classic e o circuito de Goodwood, onde desde o público aos mecânicos e comissários, todos têm que fazer parte do cenário, sendo obrigatório envergar uma indumentária da época das corridas disputadas. Em Portugal disputam-se dois campeonatos de velocidade para clássicos CNVC e TNCV divididos em inúmeras subclasses, entre as quais a Taça 1300. O CNVC é dominado pelos Ford Escort RS com motor Cosworth BDG e pelos Porsche Carrera RSR. O TNCV é o feudo dos antigos protótipos de Grupo 5, aparecendo carros tão espectaculares como os Lola T70 Chevy V8, March 74S, Lola T282, Lola T212, Chevron B19 e B21. Existe também um campeonato nacional de ralis para clássicos e ainda um elevado número de ralis de regularidade para viaturas clássicas.
Ficheiro WTCC 2006 Race 10 Curitiba later.jpg thumb WTCC, categoria de carros de turismo. Tal como nos ralis, nas corridas de carros de turismo competem carros de produção altamente modificados mas, ao contrário do que acontece em ralis, no turismo os carros correm ao mesmo tempo, uns contra os outros, geralmente em circuitos fechados. Existe um campeonato internacional de carros de turismo, o Campeonato Mundial de Carros de Turismo WTCC, World Touring Car Championship e a maior parte dos países têm os seus próprios campeonatos nacionais. Entre os mais conhecidos contam-se o British Touring Car Championship BTCC, Campeonato Britânico de Carros de Turismo , o Deutsche Tourenwagen Meisterschaft DTM, Campeonato Alemão de Carros de Turismo , Stock Car V8 no Brasil e os V8 Supercars V8 Supercarros na Austrália. No Brasil há o Campeonato Brasileiro de Turismo, juntamente talvez até à sombra com a Stock Car.
Ficheiro 2008gplbFdrift.JPG thumb Campeonato de drift. Neste tipo de corridas, o objetivo é fazer deslizar a traseira do carro de forma controlada, sendo cada piloto avaliado em diversos parâmetros velocidade máxima atingida, ângulo médio de deslize, a proximidade aos pontos de aproximação, a distância ao carro da frente, entre outros. Este tipo de corridas surgiu no Japão onde é uma modalidade bastante popular, tendo-se tornado globalmente conhecida após filmes como The Fast and the Furious Tokyo Drift no Brasil Velozes e Furiosos Desafio em Tóquio em Portugal Velocidade Furiosa - Ligação Tóquio . Um dos campeonatos de drift mais reconhecidos pelo mundo é a Fórmula Drift.
Corrida de karts O karting é a categoria mais elementar do automobilismo pelo facto dos veículos karts serem preparados a baixo custo especificamente para corridas. Por ser pequeno, chama a atenção de crianças e por isso pode ser considerado a porta de entrada dos pilotos profissionais no desporto sendo a categoria de base do automobilismo. O karting é também famoso por atrair amantes do automobilismo. As corridas acontecem em kartódromos, pistas específicas para a prática do karting.
Desde o começo das competições, acidentes são comuns no automobilismo, os mais conhecidos deles foram a Tragédia de Le Mans em 1955 e o Grande Prêmio de San Marino de 1994 quando faleceu o piloto Ayrton Senna, entre outros acidentes.
Dentre os principais eventos automobilísticos se destacam o Grande Prêmio de Mônaco Fórmula 1 , 500 Milhas de Indianápolis IndyCar Series , Daytona 500 NASCAR , 24 Horas de Le Mans Turismo Endurance - WEC , 24 Horas de Daytona Turismo Endurance - IMSA , Rali Dakar Rali , Bathurst 1000 V8 Supercars , entre outras.
Da era moderna dos Jogos Olímpicos, o esporte a motor fez parte apenas duas vezes a primeira, na edição de Paris, em 1900, na forma de um conjunto de demonstrações de diversas modalidades a segunda e única oficial -, oito anos mais tarde, em Londres, que envolveu três eventos de motonáutica. Em 2003, a Federação Internacional do Automóvel FIA recusou-se a assinar o Código Mundial Anti-doping, o que quebrou de vez a relação do Comité Olímpico Internacional COI com a FIA. Em 2011, a FIA, através da figura de seu presidente, Jean Todt, conseguiu voltar a estreitar relações com o COI, manifestando-se a favor das regras do comitê, incluindo o Código Mundial Anti-doping. No dia 9 de dezembro de 2011, em carta assinada pelo presidente da entidade olímpica, Jacques Rogge, o automobilismo recebeu o reconhecimento provisório do Comitê Olímpico Internacional. O documento tem validade de dois anos. Durante este período, a FIA terá que seguir algumas diretrizes, como garantir o desenvolvimento esportivo no mundo, e fortalecer regras para a prática do esporte, e criar uma comissão de atletas, para que o reconhecimento definitivo do COI possa ser dado novamente ao automobilismo. Em 11 de janeiro de 2012, a Federação Internacional de Automobilismo FIA foi reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional COI como uma federação esportiva e assinou a Carta Olímpica. Apesar disso, porém, o então presidente do COI, Jacques Rogge, descartou qualquer possibilidade de integrar o automobilismo aos Jogos Olímpicos. No seu entender, o conceito que temos é que os jogos são competições entre atletas e não entre equipamentos. Apesar de haver um enorme respeito pelas corridas de carro, elas não serão incluídas no programa olímpico , explicou. Mas, além disso, o maior entrave para que o automobilismo entre no programa dos jogos é o fato de não ser praticado por muitas mulheres. Segundo a Carta Olímpica, que foi assinada pela FIA, para entrar no programa olímpico, a modalidade deve ser praticada por homens em pelo menos 75 países, em quatro continentes diferentes, e por mulheres de 40 países, em três continentes distintos.
Localização da sub-região do Alto Alentejo O Alto Alentejo é uma sub-região portuguesa situada no centro-leste do país, pertencendo à região do Alentejo. Tem uma extensão total de 6.230 km2, 104.930 habitantes em 2021 e uma denisdade populacional de 17 habitantes por km2. Está composta por 15 municípios e 69 freguesias, sendo a cidade de Portalegre a cidade administrativa e um dos principais núcleos urbanos da sub-região. Com 14.318 habitantes na sua área urbana e 22.368 habitantes em todo o município, é a segunda maior cidade, a seguir de Elvas com 14.438 habitantes, e o maior município da sub-região, sendo limitada a norte com a Beira Baixa, a oeste com a região espanhola da Estremadura, a sul com o Alentejo Central, a sudoeste com a Lezíria do Tejo e a noroeste com o Médio Tejo.
Ficheiro Portalegre-CCBY-1.jpg miniaturadaimagem 242x242px Vista de Portalegre, capital do distrito que praticamente coincide com o Alto Alentejo Compreende 15 concelhos Alter do Chão Vila Arronches Vila Avis Vila Campo Maior Vila Castelo de Vide Vila Crato Vila Elvas Cidade Fronteira Vila Gavião Vila Marvão Vila Monforte Vila Nisa Vila Ponte de Sor Cidade Portalegre Cidade Sousel Vila Ficheiro Elvas September 2013-31.jpg miniaturadaimagem 242x242px Centro histórico de Elvas, cidade Património da Humanidade Os principais núcleos urbanos são as cidades de Elvas habitantes , Portalegre habitantes , Ponte de Sor 8 700 habitantes e a vila de Campo Maior 7 800 habitantes .Ficheiro Flickr - nmorao - Regional 5552, Castelo de Vide, 2009.04.13.jpg miniaturadaimagem 241x241px Serra de São Mamede, no concelho de Castelo de Vide
Olivença, município pertencente de facto à comunidade espanhola da Estremadura, e de jure à região portuguesa do Alto Alentejo, é reivindicada por Portugal desde o século XIX, pelo qual existe uma corrente de opinião que advoga que Olivença é um concelho português do Alto Alentejo.
Categoria Alentejo Categoria Sub-regiões do Alentejo Categoria Sub-regiões de PortugalO Alentejo Litoral é uma sub-região portuguesa situada no sudoeste do país, pertencendo à Região do Alentejo. Tem uma extensão total de 5.308 km2, 96.485 habitantes em 2021 e uma denisdade populacional de 18 habitantes por km2. Está compostada por cinco municípios e 31 freguesias, tendo Grândola a localização administrativa da sub-região. O maior núcleo urbano se encontra em Sines, com 13.109 na sua área urbana e com 14.200 em todo o município, tornando-se a maior cidade do Alentejo Litoral, que é limitada a noroeste com a rea Metropolitana de Lisboa, a nordeste com o Alentejo Central, a leste com o Baixo Alentejo, a sul com o Algarve e a oeste com o Oceano Atlântico.
O Alentejo Litoral divida-se nos seguintes cinco municípios Alcácer do Sal Grândola Odemira Santiago do Cacém Sines
Sines, 13200 habitantes Vila Nova de Santo André, 10647 habitantes Alcácer do Sal, 6700 habitantes Santiago do Cacém, 6403 habitantes
Grândola, 6800 habitantes São Teotónio Odemira , 6439 habitantes Vila Nova de Milfontes Odemira , 5031 habitantes Cercal do Alentejo Santiago do Cacém , 3362 habitantes Odemira, 3119 habitantes Alvalade Santiago do Cacém , 2098 habitantes Ermidas-Sado Santiago do Cacém , 2020 habitantes
O Alentejo Litoral representa mais de 40 da oferta da região, apresentando 5 409 camas. Representa cerca de 30 das dormidas da região, no total de 400.000.
Categoria NUTS 3 de PortugalAdolf Hitler Braunau am Inn, 20 de abril de 1889 Berlim, 30 de abril de 1945 , por vezes em português Adolfo Hitler, foi um político alemão que serviu como líder do Partido Nazista Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei NSDAP , Chanceler do Reich de 1933 a 1945 e F hrer líder da Alemanha Nazista de 1934 até 1945. Como ditador do Reich Alemão, ele foi o principal instigador da Segunda Guerra Mundial na Europa e figura central do Holocausto. Hitler nasceu na ustria, então parte do Império Austro-Húngaro, e foi criado na cidade de Linz. Mudou-se para a Alemanha em 1913 e serviu com distinção no exército alemão durante a Primeira Guerra Mundial. Juntou-se ao Partido Alemão dos Trabalhadores, precursor do Partido Nazista, em 1919, e tornou-se seu líder em 1921. Em 1923, organizou um golpe de estado em Munique para tentar tomar o poder. O fracassado golpe resultou na prisão de Hitler. Enquanto preso, ele ditou seu primeiro trabalho literário, a sua autobiografia e manifesto político, Mein Kampf Minha Luta . Quando foi solto da cadeia, em 1924, Hitler ganhou apoio popular pela Alemanha com sua forte oposição ao Tratado de Versalhes e promoveu suas ideias de pangermanismo, antissemitismo e anticomunismo, com seu carisma e forte propaganda. Ele frequentemente criticava os sistemas capitalista e comunista como sendo partes de uma conspiração judia. Em 1933, o Partido Nazista tornou-se o maior partido eleito no Reichstag, com seu líder, Adolf Hitler, sendo apontado Chanceler da Alemanha no dia 30 de janeiro do mesmo ano. Após novas eleições, ganhas por sua coalizão, o Parlamento aprovou a Lei habilitante de 1933, que começou o processo de transformar a República de Weimar na Alemanha Nazista, uma ditadura de partido único totalitária e autocrática de ideologia nacional socialista. Hitler pregava a eliminação dos judeus da Alemanha e o estabelecimento de uma Nova Ordem para combater o que ele via como injustiças pós-Primeira Grande Guerra, numa Europa dominada pelos britânicos e franceses. Em seus primeiros seis anos no poder, a economia alemã recuperou-se da Grande Depressão, as restrições impostas ao país após a Primeira Guerra Mundial foram ignoradas e territórios na fronteira, lar de milhões de Volksdeutsche alemães étnicos , foram anexados ações que deram a ele grande apoio popular. Hitler queria estabelecer o Lebensraum espaço vital para o povo alemão. Sua política externa agressiva é considerada um dos motivos que levaram a Europa e o mundo à segunda grande guerra. Ele iniciou um grande programa de reindustrialização e rearmamento da Alemanha em meados da década de 1930 e então, a 1 de setembro de 1939, ordenou a invasão da Polônia, resultando numa declaração de guerra por parte do Reino Unido e da França alguns dias depois. Em junho de 1941, Hitler ordenou a invasão da União Soviética. Em meados de 1942, a Wehrmacht as forças armadas nazistas e as tropas do Eixo já ocupavam boa parte da Europa continental, do Norte da frica e quase um quarto do território soviético. Contudo, após falharem em conquistar Moscou e serem derrotados em Stalingrado, as forças nazistas começaram a retroceder. A entrada dos Estados Unidos na guerra ao lado dos Aliados forçou a Alemanha a ficar na defensiva, acumulando uma série de derrotas a partir de 1943. Nos últimos dias do conflito, durante a Batalha de Berlim em 1945, Hitler se casou com sua amante de longa data, Eva Braun. No dia 30 de abril de 1945, os dois cometeram suicídio para evitar serem capturados pelo exército vermelho. Seus corpos foram queimados e enterrados. Uma semana mais tarde a Alemanha se rendeu formalmente. Sob a liderança de Adolf Hitler, com uma ideologia racialmente motivada, o regime nazista perpetrou um dos maiores genocídios da história da humanidade, matando pelo menos 6 milhões de judeus e milhares de outras pessoas que Hitler e seus seguidores consideravam como Untermenschen sub-humanos e socialmente indesejáveis. Os nazistas também foram responsáveis pela morte de mais de 19,3 milhões de civis e prisioneiros de guerra. Além disso, no total, 29 milhões de soldados e civis morreram como resultado do conflito na Europa durante a Segunda Guerra Mundial. O número de fatalidades neste conflito foi sem precedentes e ainda é uma das guerras mais mortais da história.
Seu pai, Alois Hitler Sr. 1837 1903 , era filho ilegítimo de Maria Anna Schicklgruber. Seu registro de batismo não trazia o nome do seu pai, então Alois inicialmente assumiu o sobrenome da mãe, Schicklgruber. Em 1842, Johann Georg Hiedler casou-se com Maria Anna. Alois foi criado na família do irmão de Georg, Johann Nepomuk Hiedler. Em 1876, Alois foi legitimado e seu registro de batismo foi averbado por um padre para registrar Johann Georg Hiedler como pai de Alois registrado como Georg Hitler . Alois assumiu então o sobrenome Hitler, também escrito e soletrado como Hiedler, H ttler ou Huettler. O sobrenome Hitler é provavelmente baseado em aquele que vive em uma cabana alemão H tte para cabana . O oficial nazista Hans Frank sugeriu que a mãe de Alois era empregada doméstica na casa de uma família judia em Graz, e que o filho de 19 anos desta família, Leopold Frankenberger, seria o pai de Alois. Mas nenhum Frankenberger foi registrado em Graz neste período e nenhum documento comprova a existência de Leopold Frankenberger, então a maioria dos historiadores consideram que a ideia de que o avô de Hitler era judeu é falsa.
Adolf Hitler com aproximadamente um ano de idade c. 1889 90 Adolf Hitler nasceu em 20 de abril de 1889 em Braunau am Inn, uma cidade da ustria-Hungria hoje em dia localizada na ustria , próximo à fronteira do Império Alemão. Ele era um dos seis filhos nascidos de Alois Hitler e Klara P lzl 1860 1907 . Três dos seus irmãos Gustav, Ida e Otto morreram ainda na infância. Quando Hitler tinha apenas três anos, sua família se mudou para Passau, na Alemanha. Lá ele adquiriu um dialeto bávaro, que trouxe uma marca reconhecível a sua voz. A família retornou para a ustria e se assentou em Leonding em 1894 e em junho de 1895 Alois se aposentou em Hafeld, próximo de Lambach, onde ele passou a criar abelhas. Hitler estudou numa Volksschule escola pública próximo a Fischlham. A mudança para Hafeld coincidiu com um aumento nos conflitos pai-filho causados pela recusa de Hitler de se conformar à estrita disciplina de sua escola. A ideia da fazenda de abelhas de Alois Hitler em Hafeld terminou em fracasso e em 1897 a família se mudou para Lambach. Aos oito anos de idade Hitler começou a ter aulas de canto e chegou a se apresentar no coral de sua igreja. Neste período até considerou virar padre. Em 1898 retornou novamente para Leonding. A morte do seu irmão mais novo, Edmund, devido ao sarampo, em 1900, afetou muito Hitler. Ele mudou de uma pessoa confiável, extrovertida e um aluno consciencioso para um rapaz taciturno e desapegado que batia de frente com seus pais e professores. Hitler em 1899, com nove ou dez anos Alois havia feito sucesso na carreira como funcionário público da alfândega e queria que seu filho seguisse seus passos. Hitler escreveu mais tarde que seu pai o levou até o escritório em que trabalhava, dizendo que este evento deu origem a um antagonismo irreconciliável entre pai e filho, já que ambos tinham temperamento forte. Ignorando a vontade do filho de frequentar uma escola clássica e se tornar um artista, Alois enviou Hitler para um Realschule uma escola secundária em Linz em setembro de 1900. Hitler rebelou-se contra esta decisão e no livro Mein Kampf afirmou que propositalmente foi mal na escola, esperando que uma vez que seu pai visse o pouco progresso que fazia na escola técnica ele o deixaria perseguir seu sonho numa escola artística. Como muitos austríacos alemães, Hitler começou a desenvolver ideias nacionalistas pan-germânicas desde muito jovem. Ele expressava apoio à Alemanha, desprezando a decadente Monarquia de Habsburgo e seu império multiétnico. Hitler e seus amigos cumprimentavam-se com Heil e cantavam o Deutschlandlied em vez do hino imperial austríaco. Após a repentina morte de Alois em 3 de janeiro de 1903, o desempenho de Hitler na escola deteriorou-se e a mãe dele permitiu que abandonasse os estudos naquele momento. Ele então se matriculou em uma Realschule em Steyr em setembro de 1904, onde seu comportamento e desempenho escolar melhoraram. Em 1905, após passar no exame final, Hitler deixou a escola sem ambições de aprofundar os estudos ou fazer planos de carreira.
A casa em que Hitler passou parte da sua adolescência, em Leonding, na ustria foto tirada em 1984 . Desde 1905, Hitler passou a viver uma vida boêmia em Viena, financiada pela pensão de órfão que recebia e do apoio proveniente de sua mãe. Ele teve vários trabalhos, incluindo o de pintor, vendendo aquarelas de locais turísticos de Viena. A Academia de Belas-Artes o rejeitou em 1907 e em 1908, afirmando que ele era inapto para pintura. O diretor da academia sugeriu que Hitler estudasse arquitetura, que também era do seu interesse, mas ele não tinha as qualificações acadêmicas já que não tinha terminado a escola secundária. Em 21 de dezembro de 1907, sua mãe morreu de câncer de mama aos 47 anos. Hitler acabou ficando sem dinheiro e foi forçado a viver em abrigos para sem-tetos. No tempo que vivia lá, Viena era um viveiro de preconceito religioso e racismo. O medo de serem sobrepujados por imigrantes vindos do leste Europeu era grande e o prefeito populista Karl Lueger explorava a retórica antissemita para fins políticos. O nacionalismo alemão estava em alta no distrito de , onde Hitler vivia. O nacionalista Georg Ritter von Sch nerer, que advogava o pangermanismo, antissemitismo, antieslavismo e anticatolicismo, era uma grande influência para Hitler. Ele lia jornais como o Deutsches Volksblatt, que espalhava preconceito e cultivava o medo dos cristãos de serem inundados pelo influxo de judeus do leste. Hitler também lia jornais que pregavam o darwinismo social e exploravam algumas das ideias dos filósofos Nietzsche, Le Bon e Schopenhauer. Era hostil ao que ele via como Germanofobia Católica e demonstrou admiração por Martinho Lutero. Uma aguarela pintada por Adolf Hitler, em 1914 A origem do antissemitismo de Hitler e a primeira vez que ele a expressou é motivo de debates. Ele afirmou no Mein Kampf que se tornou um antissemita em Viena. Seu amigo próximo, August Kubizek, afirmou que Hitler era um convicto antissemita antes de deixar Linz. Várias fontes dão evidência que Hitler tinha amigos judeus quando jovem no começo da sua estadia em Viena. O historiador Richard J. Evans diz que historiadores agora geralmente concordam que seu notório e assassino antissemitismo surgiu com força após a derrota alemã na Primeira Grande Guerra, como uma paranoia da Dolchsto legende lenda da punhalada pelas costas . Hitler recebeu a parte final da pensão do seu pai em maio de 1913 e se mudou para Munique, no sul da Alemanha. Historiadores acreditam que ele deixou Viena para fugir do alistamento do exército austro-húngaro. Hitler mais tarde afirmou que não queria servir no exército austríaco devido à alta miscigenação das forças armadas. Após ser julgado inapto para o serviço ele falhou em um exame físico em Salzburgo em 5 de fevereiro de 1914 retornou para Munique.
Hitler na extrema direita, sentado com seus camaradas do Regimento de Infantaria Bávaro c. 1914 18 . Quando eclodiu a Primeira Guerra Mundial, Hitler vivia em Munique e, embora fosse um cidadão austríaco, ele se voluntariou no Exército da Baviera. Um relatório feito pelas autoridades bávaras em 1924 diz que Hitler serviu no exército local por erro tecnicamente, como austríaco, ele não podia servir no exército alemão . Ele se juntou ao 16 Regimento Reserva de Infantaria Bávara 1 Companhia do Regimento , servindo como mensageiro na Frente Ocidental na França e na Bélgica, passando quase metade de seu tempo no quartel-general do regimento em Fournes-en-Weppes, bem atrás das linhas de frente. Ele esteve presente nas batalhas de Ypres, do Somme onde foi ferido , de Arras e em Passchendaele. Ele foi condecorado por bravura, recebendo a Cruz de Ferro, de segunda classe, ao fim de 1914. Sob recomendação do oficial judeu Hugo Gutmann, Hitler recebeu outra medalha, a Cruz de Ferro de primeira classe, em 4 de agosto de 1918, uma condecoração raramente dada a um soldado de sua patente Gefreiter . Ele também recebeu o Distintivo de Ferido em 18 de maio de 1918. A folha de serviço de Hitler, no geral, foi exemplar, mas nunca foi promovido além de Cabo, que era a patente mais alta oferecida a um estrangeiro no exército alemão à época. Adolf Hitler como um soldado da Primeira Grande Guerra 1914 1918 . Durante seu serviço no quartel-general, Hitler continuou seu trabalho como artista, fazendo desenhos e ilustrações para o jornal do exército. Durante a batalha do Somme, em outubro de 1916, ele foi ferido na coxa quando um disparo de artilharia caiu perto de sua posição. Hitler passou dois meses em um hospital em Beelitz, retornando ao seu regimento em 5 de março de 1917. Em 15 de outubro de 1918, ele foi cegado temporariamente por gás mostarda durante um ataque e foi hospitalizado em Pasewalk. Enquanto estava lá, Hitler foi informado da derrota da Alemanha. Segundo ele próprio, ao receber esta notícia, sofreu novamente por cegueira devido à tristeza. Hitler descreveu seu tempo na guerra como a maior das experiências. Ele foi muito elogiado por seus oficiais superiores devido à bravura que demonstrava. A experiência em combate reforçou seu patriotismo, fazendo dele um nacionalista apaixonado. Hitler ficou chocado com a capitulação da Alemanha em novembro de 1918. A amargura a respeito do colapso do esforço de guerra moldou sua ideologia. Como muitos outros nacionalistas alemães e veteranos de guerra, ele acreditava no Dolchsto legende a teoria da punhalada nas costas , que consistia na ideia de que o exército alemão, invicto no campo de batalha, fora traído e apunhalado pelas costas pela liderança política civil e pelos marxistas, que mais tarde foram chamados pelos nazistas de criminosos de novembro. O Tratado de Versalhes de 1919 julgou que a Alemanha era a única responsável pela guerra e portanto deveria ser severamente punida. O país perdeu várias partes do seu território e a região estratégica da Renânia foi desmilitarizada. O tratado também impôs pesadas sanções econômicas e exigiu que o país pagasse grandes reparações para as nações vencedoras. Muitos alemães viram o tratado como uma humilhação injusta. O rancor com o Tratado de Versalhes, junto com a grave crise econômica, social e política do pós-guerra na Alemanha seria explorado por Hitler para fins políticos.
A carteira de membro de Hitler do Partido Alemão dos Trabalhadores Após a primeira guerra mundial, Hitler retornou para Munique. Sem uma educação formal ou prospectos de carreira, ele decidiu permanecer no exército. Em julho de 1919, ele foi apontado como Verbindungsmann agente de inteligência da Aufkl rungskommando Comando de Reconhecimento do Reichswehr o novo exército alemão , com o propósito de influenciar outros soldados e se infiltrar no Partido Alemão dos Trabalhadores DAP . Enquanto monitorava as atividades do DAP, Hitler foi atraído pelo fundador do partido, Anton Drexler, e sua retórica antissemita, nacionalista, anticapitalista e antimarxista. Drexler favorecia um governo forte e ativo, uma versão não judaica do socialismo como ele descrevia , e solidariedade entre os membros da sociedade. Impressionado com as capacidades oratórias de Hitler, Drexler o convidou para se juntar ao DAP. Hitler aceitou a 12 de setembro de 1919, tornando-se o membro n 555 o partido havia começado a contagem de membros no número 500 para dar a impressão de ser maior do que realmente era . No DAP, Hitler conheceu Dietrich Eckart, um dos fundadores do partido e membro da ocultista Sociedade Thule. Eckart se tornou um dos mentores de Hitler, trocando ideias com ele e o apresentando à alta sociedade de Munique. Para aumentar seu apelo popular, o DAP mudou seu nome para Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães NSDAP, ou Partido Nazista . Hitler desenhou a bandeira do partido colocando uma suástica preta dentro de um círculo branco com um fundo vermelho. Hitler foi formalmente dispensado pelo exército em 31 de março de 1920 e começou a trabalhar em tempo integral no Partido Nazista NSDAP . O quartel-general do partido era em Munique, um viveiro do sentimento nacionalista alemão antigoverno determinado a esmagar o marxismo e minar a autoridade da República de Weimar. Em fevereiro de 1921 já acostumado a falar para grandes públicos ele se dirigiu a uma plateia de mais de 6 000 numa noite. Para divulgar a reunião, dois caminhões cheios de partidários do seu movimento dirigiram por Munique balançando suásticas e distribuindo panfletos nazistas. Hitler ganhou notoriedade por seus grandes e polêmicos discursos contra o Tratado de Versalhes, rivais políticos e especialmente contra os marxistas-comunistas e os judeus. Hitler posando para uma câmera durante um discurso, em 1930 Em junho de 1921, enquanto Hitler e Eckart estavam em uma viagem para angariar fundos em Berlim, um motim irrompeu na sede do NSDAP em Munique. Membros do comitê executivo queriam fundir a legenda com os rivais do Partido Socialista Alemão DSP , que também era de extrema-direita. Hitler retornou para Munique em 11 de julho e, com raiva, renunciou a sua filiação do partido. Os membros do comitê sabiam que a demissão da sua principal figura pública e orador significaria o fim do partido. Hitler anunciou que ele retornaria à legenda na condição de que ele substituiria Drexler na liderança do partido e o quartel-general deles permaneceria em Munique. O comitê aceitou e ele formalmente retornou ao NSDAP em 26 de julho como o membro n 3 680. Hitler continuou a enfrentar oposição dentro do próprio NSDAP entre seus principais oponentes estava Hermann Esser, que fora expulso do partido. Foram impressos mais de 3 000 panfletos criticando Hitler, acusando-o de ser um traidor. Nos dias seguintes, Hitler discursou em vários locais sempre lotados e se defendeu, atacando Esser, sempre recebendo estrondosos aplausos. Sua estratégia foi bem-sucedida e em uma reunião com a cúpula do partido, em 29 de julho, foram concedidos a ele poderes absolutos dentro do Partido Nazista, substituindo Drexler, numa votação de 533 a 1. Os discursos cáusticos de Hitler na cervejaria de Munique começaram a atrair grandes multidões com muita frequência. Ele utilizava táticas populistas, incluindo o uso de bodes expiatórios, que ele culpava por todas as dificuldades econômicas dos seus ouvintes. Hitler usava o magnetismo pessoal e seu entendimento da psicologia das multidões quando falava com o público. Ele sabia como falar e o que falar e em qual momento. Historiadores notam o efeito hipnótico da oratória de Hitler, manipulando as massas. Alfons Heck, um ex-membro da Juventude Hitlerista, mais tarde afirmou Contudo, alguns visitantes que encontraram Hitler em privado notavam que sua aparência e comportamento não eram nada impressionantes. Entre seguidores que o apoiaram desde o início incluem-se Rudolf Hess, o ex piloto Hermann G ring e o capitão do exército Ernst R hm. Hitler recrutou R hm para organizar e comandar o grupo paramilitar conhecido como Sturmabteilung SA , que servia como braço armado do partido, protegendo as reuniões e os líderes nazistas e também atacava oponentes políticos. Uma influência importante sobre o pensar de Hitler aconteceu durante o período da Aufbau Vereinigung, um grupo conspiratório formado por russos brancos como eram chamados os monarquistas contrarrevolucionários do antigo Império Russo exilados e nacionais-socialistas no início. Este grupo, financiado por líderes industriais ricos, introduziu a Hitler a ideia de uma conspiração judaica internacional, ligada ao movimento bolchevique.
Os réus do julgamento do Putsch da Cervejaria. Da esquerda para a direita Pernet, Weber, Frick, Kiebel, Ludendorff, Hitler, Bruckner, R hm e Wagner Em 1923, Hitler se aproximou do general Erich Ludendorff, que também era veterano da primeira guerra mundial, para tentar tomar o poder na Baviera através de um golpe conhecido como Putsch da Cervejaria . O Partido Nazista se inspirou no fascismo italiano como modelo para sua aparência, estilo e até políticas. Hitler queria emular a Marcha sobre Roma de Benito Mussolini, feita em 1922, dando seu próprio golpe em Munique, desafiando o governo central em Berlim. Hitler e Ludendorff buscaram apoio do Staatskommissar comissário do estado Gustav Ritter von Kahr, o de facto governador da Baviera. Contudo, Kahr, junto com o chefe de polícia Hans Ritter von Seisser e o general do exército Otto von Lossow, queriam tentar seu próprio golpe e instituir no país uma ditadura militar sob sua liderança, sem a participação de Hitler. Em 8 de novembro de 1923, Hitler e vários membros da SA invadiram uma reunião pública, organizada por Kahr, onde 3 000 pessoas estavam reunidas na B rgerbr ukeller, uma grande cervejaria de Munique. Interrompendo o discurso de Kahr, ele anunciou que a revolução nacional havia começado e declarou a formação de um novo governo com Ludendorff. Numa sala nos fundos, Hitler, com uma pistola em mãos, exigiu apoio de Kahr, Seisser e Lossow. Eles, temporariamente, concordaram. As tropas de Hitler inicialmente conseguiram ocupar o quartel-general do Reichswehr e da polícia, mas Kahr e seus colegas retiraram seu apoio e fugiram. As forças de segurança da Baviera decidiram não apoiar Hitler. No dia seguinte, os nazistas marcharam da cervejaria até o prédio do ministério da guerra bávaro para derrubar o governo local, mas a polícia estava preparada e abriu fogo contra as multidões, dispersando-os. Dezesseis membros do NSDAP e quatro policiais morreram no fracassado golpe. Sobrecapa do livro Mein Kampf 1926 27 . Hitler fugiu para a casa de Ernst Hanfstaengl, um membro do partido, e lá chegou a considerar o suicídio. Ele estava deprimido, mas calmo quando foi preso pelas autoridades locais em 11 de novembro de 1923 sob acusação de alta traição. Foi levado a corte popular de Munique e seu julgamento começou em fevereiro de 1924. Alfred Rosenberg assumiu interinamente a liderança do partido. Hitler usou o julgamento em seu benefício, usando a publicidade que a tentativa de golpe fracassada lhe trouxe. Ele discursou em defesa própria e chamou a atenção de muita gente para sua causa. Ainda assim, em 1 de abril, Hitler foi sentenciado a cinco anos de prisão em Landsberg. Lá, ele foi muito bem tratado pelos guardas e foi permitido que recebesse constantes visitas de camaradas do NSDAP, além de cartas e encomendas de apoiadores. Após ser perdoado pela Suprema Corte da Baviera, foi liberado da cadeia em 20 de dezembro de 1924, sob objeções do procurador-geral do estado. Incluindo o tempo da prisão preventiva, Hitler ficou apenas um pouco mais de um ano na prisão. Enquanto estava preso em Landsberg, Hitler ditou boa parte do seu livro Mein Kampf Minha Luta originalmente chamado de Quatro anos e meio de Lutas contra Mentiras, Estupidez e Covardia para o seu ajudante, Rudolf Hess. O livro, dedicado ao membro da Sociedade Thule e amigo Dietrich Eckart, era uma autobiografia e exposição de suas ideologias. O livro detalhou os planos de Hitler para transformar a sociedade alemã em uma baseada na raça. Algumas passagens do livro deixavam explícita a ideia de genocídio. Publicado em dois volumes, em 1925 e 1926, vendeu pelo menos 228 000 cópias entre 1925 e 1932. Um milhão de cópias foram vendidas em 1933, o primeiro ano de Hitler no poder. Pouco antes de Hitler poder entrar com um pedido de condicional, o governo da Baviera tentou extraditá-lo para a ustria. Contudo, o Chanceler da ustria, Rudolf Ramek, recusou o pedido, argumentando que o serviço no exército alemão tornara nula sua cidadania austríaca. Hitler renunciou a sua cidadania austríaca em 7 de abril de 1925.
No época em que Hitler foi solto da cadeia, a situação política na Alemanha havia se tornado menos combativa e a situação da economia havia melhorado, limitando as oportunidades políticas de Hitler para agitação política. Como resultado do golpe fracassado, o Partido Nazista e suas organizações filiadas foram banidas da Baviera. Após um encontro com Heinrich Held, então primeiro-ministro bávaro, em 4 de janeiro de 1925, Hitler concordou em respeitar a autoridade do estado e prometeu que buscaria poder político agora apenas por meios democráticos. Um mês depois da reunião, o Partido Nazista deixou de ser banido e voltou à ativa. Hitler, contudo, foi barrado de fazer discursos públicos, mas este banimento foi suspenso também em 1927. Para avançar suas ambições políticas, apesar destes contratempos, Hitler nomeou Gregor Strasser, Otto Strasser e Joseph Goebbels para organizar e fazer crescer o Partido Nazista no norte da Alemanha. Um grande organizador, Gregor Strasser dirigiu um curso político mais independente, enfatizando os elementos socialistas do programa do partido. Em 29 de outubro de 1929, na Terça-Feira Negra, a bolsa de valores dos Estados Unidos quebrou. O impacto atingiu o mundo todo, inclusive a Alemanha. Várias empresas fecharam as portas, resultando em milhares de desempregados. Bancos faliram, causando um colapso parcial do sistema financeiro da nação. Hitler e os nazistas tomaram vantagem da situação emergencial para angariar apoio ao partido. Eles prometeram ao povo repudiar o Tratado de Versalhes, fortalecer a economia e garantir empregos e oportunidades.
A Grande Depressão forneceu a Hitler uma ótima oportunidade política. Os alemães estavam ambivalentes sobre a república parlamentarista, que enfrentava forte oposição de extremistas de esquerda e direita. Já os partidos moderados não conseguiam competir com os radicais. No referendo de 1929, o povo alemão votou, por grande maioria, repudiar o pagamento de reparações de guerra estipulados no Tratado de Versalhes. A ideologia nazista, neste período, ganhou muito apoio popular. As eleições de setembro de 1930 resultaram na quebra da grande coalizão, substituindo a administração do país por um governo de minoria. O chanceler Heinrich Br ning, do Partido do Centro, governava a nação por meio de decretos emergenciais do presidente Paul von Hindenburg. Governar por decreto acabou pavimentando o caminho para uma forma de governo mais autoritária. O Partido Nazista saiu da obscuridade e conquistou 18,3 dos votos ou 6 409 600 de pessoas e 107 assentos no parlamento nas eleições de 1930, tornando-se a segunda maior bancada no Reichstag. Hitler com membros do Partido Nazista no prédio Brown, em Munique, em dezembro de 1930 Hitler teve uma participação proeminente no julgamento de dois oficiais do Reichswehr, os tenentes Richard Scheringer e Hans Ludin, ao fim de 1930. Eles foram acusados de serem membros do Partido Nazista a filiação partidária era proibida aos militares . A acusação disse que os nazistas eram extremistas e o advogado de defesa, Hans Frank, chamou Hitler para testemunhar. Em 25 de setembro de 1930, Hitler afirmou novamente que buscaria poder político apenas pela via democrática. Seu discurso neste julgamento chamou atenção do corpo de oficiais do exército e muitos lá passaram a apoiá-lo. As medidas de austeridade do chanceler Br ning trouxe poucos resultados e eram tremendamente impopulares. Hitler explorou isso em suas mensagens políticas para o povo, falando especialmente às classes mais baixas que eram mais extensamente afetadas pela hiperinflação e a retração econômica. Assim, os nazistas conquistaram bastante apoio de fazendeiros, veteranos de guerra e trabalhadores da classe média. Apesar de Hitler ter renunciado a sua cidadania austríaca em 1925, demorou cerca de sete anos para ele se tornar cidadão alemão. Isso significava que, na prática, ele era um apátrida e não podia se candidatar a um cargo público e até podia ser deportado. Em 25 de fevereiro de 1932, o ministro do interior de Brunswick, Dietrich Klagges, que era membro do Partido Nazista, nomeou Hitler como administrador da delegação do estado para o Reichsrat em Berlim, fazendo de Hitler um cidadão de Brunswick, e assim um alemão. Em 1932, agora como pleno cidadão alemão, Hitler concorreu contra Paul von Hindenburg nas eleições presidenciais. A 27 de janeiro de 1932, ele fez um discurso no Clube Industrial de D sseldorf e lá conquistou apoio dos principais empresários industriais alemães. Hindenburg tinha apoio de vários partidos nacionalistas, monarquistas, católicos e republicanos, e até mesmo dos Sociais Democratas. Hitler usou como slogan de campanha a frase Hitler ber Deutschland Hitler sobre a Alemanha , uma referência às suas ambições políticas e sua campanha, sendo que ele viajava muito de aeronave pelo país. Ele foi um dos primeiros políticos a usar viagens de avião para fins políticos e utilizava este método rápido de viagem de forma eficiente. Hitler terminou em segundo lugar nesta eleição, ganhando cerca de 36 dos votos ou 13 418 517 de pessoas . Apesar de ele ter perdido o pleito para Hindenburg, esta eleição estabeleceu Hitler como uma figura forte na política alemã.
A ausência de um governo eficiente fez com que dois políticos influentes, Franz von Papen e Alfred Hugenberg, junto com vários industriais e empresários, escrevessem uma carta para Hindenburg. Os signatários pediram para o presidente apontar Adolf Hitler como líder do governo independente dos partidos parlamentares, dizendo que isso iria encantar milhões de pessoas. Hitler, na janela da Chancelaria do Reich, sendo ovacionado por seus apoiadores na sua investidura como Chanceler, em 30 de janeiro de 1933. Hindenburg desprezava Hitler, mas foi ficando sem opções, com o governo no Parlamento à beira do colapso, sem base política para se sustentar. Relutantemente, o presidente decidiu concordar em indicar Hitler para o cargo de chanceler chefe de governo após duas turbulentas eleições parlamentares em julho e novembro de 1932 que não tinham conseguido formar um governo de maioria. Hitler liderou uma coalizão, que durou pouco tempo, formada pelo Partido Nazista e os apoiadores de Alfred Hugenberg do Partido Popular Nacional Alemão DNVP . Em 30 de janeiro de 1933, um novo gabinete foi formado e oficializado no escritório do presidente Hindenburg. O Partido Nazista ganhou três postos no governo Hitler passou a ser o chanceler, Wilhelm Frick o Ministro do Interior do país e Hermann G ring o Ministro do Interior da Prússia. Hitler queria estes postos ministeriais pois ele almejava controlar por completo a polícia alemã.
Como chanceler, Hitler trabalhou para impedir que os oponentes do Partido Nazista se unificassem e tentassem formar um governo de coalizão de maioria contra ele. A oposição, contudo, não conseguia se unificar, com os comunistas e socialistas não se entendendo com os partidos sociais democratas de esquerda. Com o impasse político se acentuando no Reichstag, Hitler pediu para o presidente Hindenburg dissolver o parlamento e convocar novas eleições para março. Em 27 de fevereiro de 1933, o prédio do Reichstag pegou fogo e ficou parcialmente destruído. Hermann G ring culpou os comunistas pelo atentado. De fato, um comunista holandês Marinus van der Lubbe foi capturado dentro do edifício. De acordo com o historiador britânico Sir Ian Kershaw, o consenso entre os acadêmicos era que van der Lubbe possivelmente foi mesmo o responsável pelo incêndio. Outros, contudo, incluindo William L. Shirer e Alan Bullock, acreditam que os próprios nazistas foram os responsáveis, em uma operação de bandeira falsa. Por insistência de Hitler, Hindenburg aprovou o Decreto do Incêndio do Reichstag de 28 de fevereiro de 1933, que suspendeu vários direitos civis e permitiu que o governo fizesse prisões sem mandato judicial. O decreto era permitido devido ao Artigo 48 da Constituição de Weimar, que dava ao presidente poderes emergenciais para proteger a população e manter a ordem pública. As atividades do Partido Comunista Alemão KPD foram reprimidas e mais de 4 000 comunistas foram presos. Além da campanha política, o Partido Nazista engajou em violência paramilitar nas ruas e espalhou propaganda anticomunista antes das próximas eleições. No dia do pleito, a 6 de março de 1933, os nazistas conquistaram 43,9 dos votos ou de pessoas e se tornaram o maior partido no Parlamento. Ainda assim, o partido de Hitler não tinha maioria absoluta para formar um governo de maioria, necessitando fazer outra coalizão com o DNVP.