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https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/06/10/verificamos-video-mulher-protestos-educacao/
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#Verificamos: Vídeo em que mulher xinga professores é antigo e não tem relação com protestos pela educação
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2019-06-10
Circula pelas redes sociais um vídeo em que uma mulher ataca dois professores enquanto caminha pela rua. A legenda indica que as críticas ocorreram porque seu filho teria sido incentivado por um deles a ir a uma manifestação promovida pelo PT. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Mãe fica brava com professores que incentivou (sic) o filho a ir em passeata do PT” Legenda de vídeo que, até as 12 horas de 10 de junho de 2019, tinha mais de 74 mil compartilhamentos e 1,8 milhão de visualizações no Facebook O vídeo analisado pela Lupa não tem relação com as manifestações em defesa da educação que ocorreram nos dias 15 e 30 de maio de 2019, como a legenda dá a entender. A gravação é antiga e começou a circular em novembro de 2018, logo depois do segundo turno das eleições – ou seja, antes de Jair Bolsonaro (PSL) assumir o cargo de presidente da República. O post que circula pelo Facebook omite essa informação e tem data de publicação de 31 de maio, posterior aos protestos mais recentes. Em nenhum momento a mulher fala que um dos professores obrigou seu filho a ir a uma “passeata do PT”. Na verdade, ela grita: “A senhora é professora ou sindicalista? A senhora é professora ou comunista? A senhora é professora ou aliciadora de menores? A senhora é da CUT? É um braço do PT?” A mulher também chama os professores de “doutrinadores”. Depois, vira-se para as pessoas que estão filmando, supostamente alunos, e diz que os estudantes estão sendo usados como “massa de manobra” e que são “idiotas úteis”.
https://piaui.folha.uol.…res-destaque.jpg
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['MAURÍCIO MORAES']
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['#VERIFICAMOS', 'BOLSONARO', 'CUT', 'EDUCACAO', 'ESCOLA SEM PARTIDO', 'ESCOLAS', 'FACEBOOK', 'JAIR BOLSONARO', 'MANIFESTAÇÕES', 'NO FACEBOOK', 'PROFESSORES', 'PROTESTOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/06/08/meio-ambiente-salles-araujo/
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Meio Ambiente: Salles exagera sobre coleta de lixo, e Araújo nega mudanças climáticas
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2019-06-08
O combate ao aquecimento global não é prioridade no governo de Jair Bolsonaro. Tanto o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, quanto o de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, têm feito declarações públicas em que contestam a relevância do tema. Salles compareceu a uma sessão no Senado, referente ao Dia Mundial do Meio Ambiente, e destacou que a pasta cuidará prioritariamente de problemas urbanos e de licenciamento ambiental, além de rever unidades de conservação para resolver conflitos. Araújo, por sua vez, questionou informações referentes às mudanças climáticas em sessão na Câmara na última semana. A Lupa checou algumas declarações recentes dos dois ministros. Confira: “[Resíduo sólido e lixo] Também outro quadro em que até hoje não se avançou, quer seja na análise municipal do tema – ou seja, como estão os municípios brasileiros –, quer seja com relação a políticas públicas de outros entes federativos sobre o tema” Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, em pronunciamento na Sessão do Dia Mundial do Meio Ambiente no Senado, em 6 de junho de 2019 Os dados do estudo “Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil”, realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), mostram que a quantidade de resíduos sólidos urbanos (RSU) coletados em 2017 cresceu 32% na comparação com 2010. Em 2017, foram coletados 71,6 milhões de toneladas de RSU, enquanto, em 2010, foram recolhidos 54,1 milhões de toneladas. Além disso, os estudos da Abrelpe apontam ainda que o número de municípios com iniciativas de coleta seletiva aumentou 22% de 2010 para 2017. No levantamento mais recente divulgado pela entidade, 3.923 cidades tinham coleta seletiva, o que correspondia a 70,4% do total de municípios no Brasil. Em 2010, o número era menor: 3.205 – o equivalente a 57,6% das cidades brasileiras. Em 2010, com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) ficou estabelecida a política de logística reversa, ou seja, o setor empresarial passou a ser responsável pelo descarte de seus produtos ou de resíduos derivados deles. Desde então, a destinação adequada de embalagens de agrotóxicos, por exemplo, aumentou no país. Em 2010, foram descartadas corretamente 31.266 toneladas de embalagens. Esse número aumentou para 44.512 em 2017. Além da reciclagem, os resíduos sólidos podem ser descartados em lixões, aterros controlados ou aterros sanitários. Os dados do Panorama divulgados pela Abrelpe indicam que o número de aterros sanitários no Brasil é maior do que a quantidade de aterros controlados e lixões. Em 2017, existiam 2.218 aterros sanitários, 1.742 aterros controlados e 1.610 lixões. Procurado para comentar, o ministro Ricardo Salles não retornou. “O governo, no caso específico do [Ministério do] Meio Ambiente, representado aqui pelo ministro, não nega a existência de mudanças climáticas” Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, em pronunciamento na Sessão do Dia Mundial do Meio Ambiente no Senado, em 6 de junho de 2019 Embora o ministro Ricardo Salles não tenha negado a ocorrência de mudanças climáticas, deu pouca importância ao tema em manifestações anteriores. Além de minimizar o impacto do aquecimento global na agenda do governo, ele colocou em dúvida o papel do homem na elevação de temperatura no planeta. Logo após ser nomeado como ministro do Meio Ambiente, em dezembro do ano passado, Salles afirmou, em entrevista à Folha de S.Paulo, que o debate sobre aquecimento global não deveria ser priorizado. “A discussão se há ou não há aquecimento global é secundária”, declarou. “Porque as questões tangíveis de preservação do meio ambiente, havendo ou não havendo aquecimento global, têm que ser feitas. Portanto, essa discussão neste momento é inócua.” Já no governo, questionou a responsabilidade dos seres humanos nas alterações climáticas, durante audiência na Comissão do Meio Ambiente do Senado, em 27 de março. “As variações climáticas são perceptíveis, seja o regime de chuvas, nível do oceano, enfim, há uma série de critérios que nós poderíamos elencar aqui exaustivamente”, disse. “A discussão a seguir é: qual é o percentual de contribuição das atividades humanas para esse aquecimento? Quanto disso é decorrente da atividade humana e quanto é consequência natural da dinâmica do planeta, da natureza? Nesse aspecto, (…) há verdades absolutas e há questões de bom senso e de equilíbrio de parte a parte.” Outros integrantes do governo, no entanto, como o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, colocam em dúvida a própria existência do aquecimento global. Em declarações públicas, Araújo tem questionado estudos cientîficos sobre o tema. Chegou a dizer que o aumento da temperatura registrado pelos pesquisadores se deveu à localização das estações de medição, que estariam hoje em áreas mais urbanizadas e, portanto, mais quentes (veja abaixo). “Muitas estações [meteorológicas nos Estados Unidos] que até os anos 1930,1940, ficavam no meio mato, hoje ficam no asfalto. É óbvio que aquela estação vai registrar um aumento de temperatura” Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores, em reunião da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara, dia 29 de maio de 2019 Em 2009, um levantamento feito pelo site surfacestations.org, do jornalista Anthony Watts, mostrou que mais de 800 estações meteorológicas de superfície estariam em locais inapropriados que poderiam causar distorções em medições históricas. No mesmo ano, um estudo científico mostrou que as estações em questão mostraram variações históricas de temperatura máxima inferiores à média das estações americanas. Ou seja, o estudo citado pelo ministro já foi refutado há quase 10 anos. O levantamento de Watts, que não tem formação científica em meteorologia ou física, questionava a confiabilidade das medições históricas pela localização, visto que muitas delas estavam em áreas asfaltadas, ou próximas de fontes emissoras de calor como exaustores de sistemas de ar-condicionado. No mesmo ano, o professor de física da Universidade da Carolina do Norte Matthew J. Menne revisou o levantamento de Watts. Embora Menne aponte que, de fato, as características de exposição das estações em questão estejam “longe do ideal”, o estudo mostrou que as medições feitas por elas mostram uma variação de temperatura máxima ligeiramente inferior a de estações em condições adequadas. O estudo conclui que, ao contrário do que o levantamento de Watts sugere, o conjunto de dados históricos de temperatura não foi afetado significativamente pela urbanização ou pela localização inadequada de estações metereológicas. Em 2011, estudo do doutor Richard Müller, professor de física na Universidade de Berkeley que se dedica a avaliar dúvidas colocadas por céticos das mudanças climáticas, também concluiu que as ilhas de calor não influem na medição histórica de temperatura. Vale pontuar, ainda, que as medições de temperatura não se baseiam somente em medições de temperatura em terra. Dados que confirmam que o planeta está ficando mais quente também são fornecido por satélites que medem a temperatura da atmosfera, por avaliações da temperatura da água dos oceanos, pela quantidade de gelo glacial e por inúmeras outras métricas. Procurado para comentar, Araújo não retornou. “O que se verifica é que basicamente todos os modelos [de mudança climática do IPCC], desde o começo dos anos 1990, têm previsto uma mudança muito abrupta de temperatura que não tem se verificado” Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores, em reunião da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara, dia 29 de maio de 2019 Ao contrário do que o ministro afirma, as medições atuais de temperatura média global estão dentro das previsões realizadas já no primeiro relatório do Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), de 1990. No Anexo I do relatório, está previsto um aumento de temperatura entre 0,8°C e 0,4°C até o ano de 2020 – dependendo das ações de mitigação realizadas a partir de então. Segundo o instituto Berkeley Earth, o crescimento da temperatura média do planeta está dentro dessa margem. Em 1990, ano que o relatório foi publicado, a temperatura média global esteve 0,361°C acima da temperatura de referência utilizada pelo instituto. Em 2018, esse valor foi de 0,774°C. Ou seja, uma crescimento de 0,413°C. É importante pontuar que 1990 foi um ano mais quente que os anteriores, e 2018 foi um ano mais frio – e, ainda assim, teve a quarta maior média de temperatura na série histórica. Quando comparamos a média de cinco anos anteriores, essa diferença cresce para 0,574ºC. Esses números aumentam quando consideramos somente a temperatura em terra firme, ou seja, descontamos as medições da temperatura em oceanos. Esse valor cresceu de 0,603ºC em 1990 para 1,126ºC em 2018. Veja todos os dados aqui.
https://piaui.folha.uol.…m-sem-título.jpg
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['CHICO MARÉS', 'MAURÍCIO MORAES', 'NATHÁLIA AFONSO']
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['AQUECIMENTO GLOBAL', 'ERNESTO ARAÚJO', 'ITAMARATY', 'MEIO AMBIENTE', 'MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES', 'MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE', 'MUDANÇA CLIMÁTICA', 'RICARDO SALLES']
2021-05-14
['EXAGERADO', 'VERDADEIRO, MAS', 'FALSO', 'FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/06/07/verificamos-dinheiro-venezuela-inflacao/
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#Verificamos: É falso que dinheiro tenha sido descartado na Venezuela por desvalorização pela inflação
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2019-06-07
Circula nas redes sociais uma imagem de notas de dinheiro espalhadas na sarjeta de uma rua. A legenda afirma que o registro foi feito na Venezuela e que o dinheiro é “inútil” e “não serve mais para nada” por conta da inflação. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Esta é uma rua na Venezuela. Isso é dinheiro na sarjeta. É inútil. Bem vindo ao socialismo e ao comunismo onde a inflação é tão alta que o dinheiro não serve mais para nada e não existem mais comércio e empresários que suportem isso!!!!” Legenda de imagem que até as 16h do dia 7 de junho de 2019 tinha cerca de 500 compartilhamentos (aqui) no Facebook A informação verificada pela Lupa é falsa. Apesar de a fotografia ter sido feita na Venezuela, o dinheiro que aparece na rua não foi descartado por conta da inflação. Na realidade, são cédulas de Bolívar Forte, moeda que saiu completamente de circulação em dezembro de 2018. O Bolívar Forte foi substituído pelo Bolívar Soberano em agosto de 2018. O registro que circula em redes sociais como se fosse de um descarte de moeda nacional desvalorizada por causa da inflação é, na realidade, uma imagem feita após uma agência do Banco Bicentenario, na cidade de Mérida, ter sido saqueada por bandidos, em março deste ano. Ou seja, as notas estavam espalhadas por conta da ação criminosa e já não possuíam valor. Originalmente, a publicação se tornou viral nos Estados Unidos e foi checada pela plataforma Snopes. Checagem semelhante foi feita pelo E-Farsas.
https://piaui.folha.uol.…enezuelatopo.png
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['PLÍNIO LOPES']
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['#VERIFICAMOS', 'BOLÍVAR REAL', 'BOLÍVAR SOBERANO', 'DESINFORMAÇÃO', 'DINHEIRO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'NO FACEBOOK', 'REDES SOCIAIS', 'VENEZUELA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/06/06/verificamos-freixo-auxilio-imovel/
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#Verificamos: É falso que Freixo recebe auxílio-moradia mesmo vivendo em imóvel funcional
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2019-06-06
Circula nas redes sociais uma publicação afirmando que o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) recebe verba de auxílio-moradia mesmo morando em um imóvel funcional da Câmara Federal. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Deputado Marcelo Freixo, do PSOL, mora no imóvel funcional da Câmara e mesmo assim recebe a verba de auxílio moradia” Imagem publicada no Facebook que, até as 14h, já tinha sido compartilhada por pelo menos 10 mil pessoas no Facebook A informação analisada pela Lupa é falsa. O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) recebeu o auxílio-moradia nos meses de fevereiro e março de 2019. No dia 02 de abril, ele passou a ocupar um imóvel funcional e, desde então, não recebe mais a verba do auxílio-moradia. De acordo com as regras da Câmara Federal, o deputado tem direito ao benefício, no valor mensal de R$4.253, quando não consegue ocupar um dos 432 imóveis funcionais disponíveis em Brasília. A publicação original foi feita no final de abril na página do Movimento Brasil Livre do Rio de Janeiro (MBL-RJ), mas excluída depois que os criadores perceberam o erro. Em nota oficial, no dia 02 de maio, o movimento afirmou que foi “induzido ao erro” porque o site da Câmara não mostrava o período em que os benefícios estavam ativos e que o movimento se desculpava com o deputado e com os seguidores. Em publicação no Facebook, o próprio Marcelo Freixo afirmou que o MBL “teve que voltar atrás de mais uma mentira” e que ele estava “avaliando as medidas judiciais a serem adotadas”. Nos comentários, um dos coordenadores do movimento voltou a pedir desculpas pelo ocorrido. O deputado David Miranda (PSOL-RJ) também foi alvo das denúncias do MBL. Com situação semelhante ao colega Freixo, o deputado recebeu auxílio-moradia em fevereiro e até a metade de março quando passou a utilizar o imóvel funcional.
https://piaui.folha.uol.…reixomblcapa.png
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['PLÍNIO LOPES']
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['#VERIFICAMOS', 'AUXÍLIO-MORADIA', 'CÂMARA DOS DEPUTADOS', 'DEPUTADO FEDERAL', 'FACEBOOK', 'FACEBOOK JOURNALISM PROJECT', 'FREIXO', 'IMÓVEL FUNCIONAL', 'MARCELO FREIXO', 'MBL', 'NO FACEBOOK', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'PSOL', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICADO']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/06/06/bolsonaro-sbt-petroleo/
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No SBT, Bolsonaro erra ao falar sobre atentado que sofreu, petróleo e Lei da Anistia
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2019-06-06
O presidente Jair Bolsonaro foi entrevistado no quadro “Dois Dedos de Prosa” do Programa do Ratinho, no SBT, na última terça-feira (3). Na conversa, ele defendeu a reforma da Previdência e enumerou algumas das medidas tomadas nos cinco primeiros meses do seu governo. A Lupa checou algumas falas. Veja o resultado: “Alguém tentou entrar na Câmara dos Deputados no mesmo dia e na mesma hora do evento [a facada]. Aí pintou o nome do cara [Adélio Bispo de Oliveira, autor do atentado] no painel lá” Jair Bolsonaro, presidente da República, em entrevista ao Programa do Ratinho, do SBT, em 4 de junho de 2019 De acordo com a Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados, não houve uma tentativa de entrada na Casa com o nome de Adélio Bispo de Oliveira, autor do atentado contra Bolsonaro em Juiz de Fora (MG), no dia 6 de setembro do ano passado, mesma data da ocorrência. O registro ocorreu por um erro de um recepcionista que trabalha na Câmara, que, a pedido da própria polícia legislativa, tentava verificar visitas anteriores de Adélio ao local. Ao saber do atentado contra o então candidato, a polícia legislativa pediu à recepção da Câmara que acessasse o sistema, com o objetivo de obter informações sobre outros momentos em que Adélio tivesse ido à Casa. Foram encontrados dois registros, ambos em 6 de agosto de 2013. O recepcionista que fazia a busca, então, decidiu incluir o CPF de Adélio no sistema, para atualizar o cadastro, e acabou abrindo, de forma equivocada, um novo registro de entrada dele no local. O caso foi arquivado. Procurada para comentar, a assessoria da Presidência não retornou. “A anistia valeu só pra eles [a esquerda], a anistia em 79; pros militares, pro lado de cá, não valeu” Jair Bolsonaro, presidente da República, em entrevista ao Programa do Ratinho, do SBT, em 4 de junho de 2019 A Lei da Anistia, sancionada em 29 de agosto de 1979 pelo então presidente João Batista Figueiredo, livrou de punição todas as pessoas que cometeram crimes políticos “ou conexos com estes” e crimes eleitorais entre 2 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979, o que inclui boa parte do período da ditadura. Além de permitir a volta de militantes ao país e a libertação dos que estavam detidos, a lei livrou também os militares de serem investigados e punidos por tortura e desaparecimento de presos políticos no regime. Isso está definido já no artigo 1º e no parágrafo 1º, que incluem entre os beneficiados desde os servidores da administração direta e indireta e de fundações vinculadas ao poder público até os servidores dos poderes Legislativo e Judiciário, militares e dirigentes e representantes sindicais. “Sob o argumento da conexidade criminal, explicitada no artigo 1º, parágrafo 1º, da Lei de Anistia, foram considerados beneficiários agentes públicos que nem sequer haviam sido processados pelos crimes praticados”, explica o relatório da Comissão Nacional da Verdade, criada em 2012, no governo Dilma Rousseff, para investigar violações de direitos humanos praticadas por agentes públicos na ditadura. Foram considerados como “conexos” todos os crimes relacionados com crimes políticos ou praticados por motivação política. Além disso, nem todos os que foram presos políticos do regime militar foram beneficiados pela Lei de Anistia. O parágrafo 2º afirma que não seriam atingidos aqueles condenados por terrorismo, assalto, sequestro e atentado pessoal. Procurada para comentar, a assessoria da Presidência não retornou. “Nós temos um potencial enorme de óleo no Brasil. Nós somos aqui quase uma Arábia Saudita ou mais aqui dentro” Jair Bolsonaro, presidente da República, em entrevista ao Programa do Ratinho, do SBT, em 4 de junho de 2019 Dados da Administração e Informação de Energia (EIA), dos Estados Unidos, mostram que o Brasil tem uma reserva equivalente a 13 bilhões de barris de óleo. A Arábia Saudita tem 266 bilhões de barris. Ou seja, o volume de reservas do país árabe é 20 vezes o brasileiro. O Brasil não é, portanto, “quase uma Arábia Saudita” em relação ao potencial de extração de óleo. Procurada para comentar, a assessoria da Presidência não retornou. “O Brasil não pode ter 15 mil sindicatos” Jair Bolsonaro, presidente da República, em entrevista ao Programa do Ratinho, do SBT, em 4 de junho de 2019 De acordo com o Cadastro Nacional de Entidades Sindicais, mantido pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o Brasil tem 16.935 sindicatos com registro ativo. Portanto, o número real de sindicatos no país é 12,9% maior do que o afirmado por Jair Bolsonaro. Deste total, 11.636 são de trabalhadores e 5.299 de empregadores. Procurada para comentar, a assessoria da Presidência não retornou. “A violência [baixou] no último trimestre 24%” Jair Bolsonaro, presidente da República, em entrevista ao Programa do Ratinho, do SBT, em 4 de junho de 2019 Dados do Monitor da Violência, mantido pelo G1 e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostram que o Brasil registrou uma queda de 24% no total de mortes violentas no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com a publicação, o país teve 10.324 assassinatos em janeiro, fevereiro e março de 2019 contra 13.552 nos mesmos meses de 2018. São 3,2 mil mortes a menos no mesmo recorte temporal. Porém, os dados do ano passado já mostravam uma tendência de redução. Em 2018, o total de morte violentas caiu 13% em relação à 2017 – 51.589 contra 59.128 mortes. Foi o menor número de vítimas registrado desde 2012. “Nós cortamos 21 mil cargos entre cargos de comissão e outros assemelhados” Jair Bolsonaro, presidente da República, em entrevista ao Programa do Ratinho, do SBT, em 4 de junho de 2019 O governo federal determinou a extinção de 21 mil cargos comissionados e gratificações por meio do Decreto nº 9.725, de 13 de março de 2019. O corte, entretanto, ocorre em várias etapas e será concluído apenas no dia 31 de julho deste ano.
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['MAURÍCIO MORAES', 'PLÍNIO LOPES']
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['ADÉLIO BISPO DE OLIVEIRA', 'ANISTIA', 'ARÁBIA SAUDITA', 'CARGO COMISSIONADO', 'ENTREVISTA', 'JAIR BOLSONARO', 'LEI DA ANISTIA', 'PETRÓLEO', 'PRESIDÊNCIA', 'PROGRAMA DO RATINHO', 'RATINHO', 'SBT', 'SINDICATOS', 'VIOLÊNCIA']
2021-05-14
['FALSO', 'FALSO', 'FALSO', 'SUBESTIMADO', 'VERDADEIRO, MAS', 'VERDADEIRO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/06/05/verificamos-cartaz-erros-ortografia/
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#Verificamos: É montagem cartaz com erros de ortografia em ato pró-Bolsonaro
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2019-06-05
Circula pelas redes sociais foto de uma manifestante segurando um cartaz com erros de ortografia em um dos atos de apoio ao presidente Jair Bolsonaro ocorridos em maio. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Sou há favor dos corte na educassão governo já ivesti muinto (sic)” Cartaz em imagem publicada no Facebook que, até as 16h, já tinha sido compartilhada por pelo menos 90 pessoas A imagem analisada pela Lupa foi modificada digitalmente, sendo inserida a frase em questão, que contém erros de ortografia. A foto original, publicada na conta de Twitter do BuzzFeedBR, mostra uma manifestante segurando um cartaz com os seguintes dizeres: “Chamem o cabo e o soldado. Vergonha do STF!”. O registro foi feito no dia 26 de maio de 2019, quando brasileiros foram às ruas para manifestar seu apoio ao governo Bolsonaro. Essa informação foi também foi verificada pelo Aos Fatos e pela AFP.
https://piaui.folha.uol.…ducamanicapa.png
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['NATHÁLIA AFONSO']
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['#VERIFICAMOS', 'BOLSONARO', 'CORTE', 'DESINFORMAÇÃO', 'EDUCACAO', 'FACEBOOK', 'FACEBOOK JOURNALISM PROJECT', 'FAKE', 'FAKE NEWS', 'FOTO FALSA', 'INFORMAÇÃO FALSA', 'JAIR BOLSONARO', 'MANIFESTAÇÃO', 'MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO', 'MONTAGEM', 'NO FACEBOOK', 'PRESIDENTE', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICADO']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/06/04/verificamos-suposto-uso-drogas-protestos-educacao/
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#Verificamos: Imagens de suposto uso de drogas não foram feitas em protestos pela educação
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2019-06-04
Circula pelas redes sociais uma montagem de fotos que mostra manifestantes com bonés da Central Única dos Trabalhadores (CUT) ou camisetas da União da Juventude Socialista (UJS), supostamente fumando maconha. A legenda afirma que os registros foram feitos nos protestos em defesa da educação, em maio. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Começam as manifestações pela ‘educação’. Não esqueça seu baseado e o abadá da CUT. #Canalhas imundos.” Legenda de montagem que, até as 15h do dia 4 de junho de 2019, tinha mais de 21 mil compartilhamentos no Facebook As imagens analisadas pela Lupa circulam na internet desde 2015. É falso, portanto, que essas estejam relacionadas às manifestações em defesa da educação que ocorreram nos dias 15 e 30 de maio de 2019. Em 2015, ocorreram atos em defesa da então presidente Dilma Rousseff (PT), que já era alvo de pedidos de impeachment e acabou afastada da presidência em agosto de 2016. Uma pesquisa reversa de imagens no Google mostra que sites contrários aos protestos já exibiam a montagem com as quatro fotos naquele ano, acusando as pessoas retratadas de fumarem maconha. Uma checagem semelhante foi feita pelos sites E-Farsas e Estadão Verifica.
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['MAURÍCIO MORAES']
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['CUT', 'DROGAS', 'EDUCACAO', 'FACEBOOK', 'MACONHA', 'MANIFESTAÇÃO', 'MANIFESTAÇÕES', 'NO FACEBOOK', 'PROTESTO', 'PROTESTOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/06/04/saneamento-basico-rede/
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Saneamento básico: Amoêdo e Freixo debatem tema com erros e acertos em rede social
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2019-06-04
Nesta segunda-feira (3), a Medida Provisória (MP 868/2018) que propunha um novo marco regulatório para o saneamento básico no país perdeu a validade. Apresentada pelo Poder Executivo, a medida concentrava na Agência Nacional de Águas (ANA) a responsabilidade de editar normas sobre o tema, criava um comitê para articular investimentos e alterava as formas de contratação das empresas que prestam serviços nesta área. O assunto motivou um debate entre o empresário e fundador do partido Novo João Amoêdo e o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) no Facebook na última semana. Citando dados do Brasil e modelos utilizados em diferentes cidades ao redor do mundo, os dois defenderam seus pontos de vista sobre a privatização do saneamento no Brasil e outros tópicos relacionados ao assunto. A Lupa verificou algumas das informações que eles utilizaram em suas publicações. Veja o resultado: “Vamos trazer essa discussão para o Brasil? No Rio de Janeiro, qual município lidera o ranking de saneamento? Niterói, que (…) é operado pela iniciativa privada” João Amoêdo, presidente do Novo, em seu Facebook no dia 28 de maio de 2019 O ranking do saneamento básico de 2018 do Instituto Trata Brasil mostra que Niterói, de fato, está na frente dos demais municípios do Rio de Janeiro analisados. No levantamento, divulgado no ano passado com dados de 2016, a cidade ficou na 19ª posição no ranking. O serviço de saneamento em Niterói é administrado pela concessionária Águas de Niterói desde novembro de 1999. No entanto, o ranking do Trata Brasil leva em consideração apenas as 100 maiores cidades do país, ou seja, desconsidera outros cerca de 5,4 mil municípios brasileiros. A segunda cidade fluminense a aparecer na lista é Petrópolis, na 27ª posição. “Entre os 15 primeiros [municípios no ranking do Trata Brasil], existe apenas um prestador privado, e não é o de Niterói” Marcelo Freixo, deputado federal, em seu Facebook no dia 28 de maio de 2019 A única cidade entre as 15 mais bem colocadas no ranking do saneamento básico de 2018 do Trata Brasil cujo saneamento é operado por uma empresa privada é Limeira, no interior de São Paulo. Lá, as operações estão sob a responsabilidade da BRK Ambiental, empresa privada com investimentos em mais de 180 cidades do país. O município ocupa a 6ª posição do ranking do Trata Brasil, que considera apenas as 100 maiores cidades do país. Em sua publicação do Facebook, o deputado federal cita especificamente os dados do Instituto Trata Brasil. “Sete dos 14 municípios que estão em melhores condições para alcançar a universalização do serviço no Brasil estão sob gestão da iniciativa privada” João Amoêdo, presidente do Novo, em seu Facebook no dia 28 de maio de 2019 Dos 14 municípios que estão “em melhores condições para alcançar a universalização” do saneamento básico, apenas um está sob a gestão da iniciativa privada: Limeira, no interior de SP. A cidade tem seu serviço de saneamento operado pela BRK Ambiental. Os dados são do ranking do saneamento básico de 2018 do Instituto Trata Brasil, que analisa as 100 maiores cidades brasileiras. Procurada para comentar, a assessoria de Amoêdo afirmou que ele utilizou dados do ranking divulgado pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes) em 2017, com 231 municípios com mais de 100 mil habitantes. Na época, de fato, sete dos 14 municípios classificados pela Abes como em melhores condições para universalização do serviço eram geridos pela iniciativa privada. A informação, no entanto, está desatualizada. Em 2018, a associação divulgou um novo ranking sobre o tema, dividido entre cidades de grande porte e de médio e pequeno porte. Na primeira lista, observados os 14 melhores colocados, nenhum dos municípios tem seus serviços de saneamento operados por empresa privada. Na segunda, apenas uma cidade – Matão (SP) – entre as 14 contava com a participação da iniciativa privada na operação do saneamento. Atualização feita no dia 04 de junho de 2019 às 13h: A assessoria de João Amoêdo informou, em nota, que houve uma ampliação do número de cidades de grande porte na categoria “Rumo à Universalização” de 2017 a 2018. “Entre os 80 municípios (de pequeno, médio e grande porte) estão 12 cidades (15% do total) que possuem concessões ou parceria com a iniciativa privada.” “Já na capital [Rio de Janeiro], operada pela estatal Cedae (…)” João Amoêdo, presidente do Novo, em seu Facebook no dia 28 de maio de 2019 O Rio de Janeiro, de fato, tem os serviços de saneamento básico operados pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae). Contudo, ela não é a única prestadora de serviço da cidade. Concessionária constituída pela BRK Ambiental e pelo Grupo Águas do Brasil, a “Zona Oeste Mais Saneamento” atende 22 bairros da zona oeste da cidade, entre eles Deodoro, Realengo e Vila Kennedy. “Já na capital [Rio de Janeiro] (…) a coleta de esgoto atende a menos que 70% da população” João Amoêdo, presidente do Novo, em seu Facebook no dia 28 de maio de 2019 Os dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (Snis) mostram que 86% dos cariocas eram atendidos com esgotamento sanitário em 2017. Segundo o sistema, gerenciado pela Secretaria Nacional de Saneamento, 5.606.350 pessoas na capital tinham seu esgoto coletado. Naquele ano, o IBGE estimou que o Rio de Janeiro tinha 6.520.266 habitantes. Os dados mencionados por João Amoêdo só estão corretos analisando apenas a coleta de esgoto realizada pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae). Segundo o Instituto Trata Brasil, 66,18% dos cariocas tem coleta de esgoto realizada pela Cedae. Procurada para comentar, a assessoria de Amoêdo afirmou que ele se referia “claramente a atuação da Cedae na cidade.” “Cidades como Berlim (…) que privatizaram seus sistemas, estão reestatizando” Marcelo Freixo, deputado federal, em seu Facebook no dia 28 de maio de 2019 O Water Remunicipalisation Tracker (WRT), iniciativa mantida por institutos que observam a influências das empresas privadas nos serviços públicos europeus, afirma que Berlim nunca teve seus sistemas de saneamento completamente privatizados. A cidade teve uma parceria público-privada, de 1998 até 2011, quando, em plebiscito, os berlinenses decidiram que a administração dos serviços deveria voltar ao poder público. Em 1998, o Senado de Berlim, órgão que administra a cidade, vendeu 49,9% das ações da companhia de saneamento para duas empresas privadas: RWE Aqua Ltd. e Vivendi Environment (mais tarde chamada de Veolia). De acordo com as professoras Ana Lúcia Brito, da área de Urbanismo da UFRJ, e Sonaly Cristina Rezende, do programa de pós-graduação em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos da UFMG, “a cidade de Berlim manteve o controle da gestão; as decisões centrais teriam de ser tomadas em uma comissão mista, na qual o governo tinha a maioria.” As duas pesquisam o saneamento básico e as experiências internacionais sobre o tema. Segundo o estudo apresentado por elas, apesar de o poder público manter maioria tanto no conselho, quanto no percentual de ações da companhia, “os parceiros privados eram as forças dominantes.” Treze anos mais tarde, em um referendo a população de Berlim votou a favor da proposta de remunicipalizar o sistema de saneamento. Segundo WRT, 666.235 pessoas votaram pela proposta “os berlinenses querem sua água de volta”. Atualmente, o poder executivo da capital da Alemanha é responsável pelas ações de saneamento da cidade. Procurada para comentar, a assessoria do deputado Marcelo Freixo afirmou que Berlim passou por um processo de venda e, posteriormente, compra de parte de uma companhia pública municipal que controlava o saneamento da cidade – e não de uma parceria público-privada (PPP). “Daí a pertinência do termo remunicipalização usado para o caso, já que a empresa voltou a ser municipal e pública”, diz a nota. “Berlim nunca teve o sistema privatizado e sim uma empresa de controle público, com 50,1% de capital público e 49,9% com a iniciativa privada. A parceria durou 15 anos. (…)” João Amoêdo, presidente do Novo, em seu Facebook no dia 28 de maio de 2019 Segundo o WRT, o governo berlinense vendeu 49,9% das ações da companhia de saneamento para iniciativa privada, realizando uma parceria público privada. As empresas RWE Aqua Ltd. e Vivendi Environment (mais tarde, Veolia) receberam, cada uma, 24,95% das ações. Enquanto isso, o poder público mantinha 50,1% das ações e, segundo relatos da época, maioria no conselho decisório da companhia. No entanto, “os parceiros privados eram as forças dominantes”, de acordo com artigo publicado pelas professoras Ana Lúcia Brito e Sonaly Cristina Rezende, que pesquisam o tema na UFRJ e na UFMG, respectivamente. O acerto berlinense durou 14 anos e terminou em 2012, quando, após um referendo, a cidade comprou de volta as ações da companhia de saneamento. “(…) Após um plebiscito, Berlim pagou 1,3 bilhão de euros para estatizar completamente o saneamento. Uma dívida que durará 30 anos para ser paga” João Amoêdo, presidente do Novo, em seu Facebook no dia 28 de maio de 2019 Segundo o WRT, Berlim precisou pagar 1,3 bilhão de euros às duas empresas para romper o contrato e voltar a administrar o serviço de saneamento. O observatório afirma, ainda, que o valor foi financiado por meio de um empréstimo de 30 anos e deverá ser pago com as tarifas cobradas dos moradores de Berlim que utilizam os serviços. “A Agência Federal da Concorrência Alemã condenou a empresa de água de Berlim a reduzir os seus preços em 18%, considerando abusivo o aumento de tarifas” Marcelo Freixo, deputado federal, em seu Facebook no dia 28 de maio de 2019 Em 2012, após o referendo que decidiu pela remunicipalização do saneamento de Berlim, a Agência Federal da Concorrência Alemã condenou a empresa de águas da cidade a reduzir suas tarifas em 18%. Os valores praticados até então foram considerados abusivos. Á época, a empresa ainda era uma parceria público-privada entre a cidade e as empresas Veolia e RWE. A informação consta no artigo das professoras Ana Lucia Britto (UFRJ) e Sonaly Cristina Rezende (UFMG). “Cidades, como (…) Paris (…), que privatizaram seus sistemas, estão reestatizando” Marcelo Freixo, deputado federal, em seu Facebook no dia 28 de maio de 2019 Paris decidiu remunicipalizar o serviço de saneamento básico em novembro de 2008. Segundo o WRT, a Câmara Municipal votou pelo encerramento do contrato com as empresas Veolia e Suez, que cuidavam do serviço na cidade havia 150 anos. A multinacional Veolia começou a atuar em Paris em 1860, enquanto a Suez iniciou suas atividades na capital francesa em 1985. Depois do contrato encerrado, a empresa pública Eau de Paris começou a operar o sistema da cidade em 1º de janeiro de 2010. A plataforma do WRT informa que a decisão de remunicipalizar o sistema de saneamento da cidade foi resultado de uma promessa eleitoral feita pelo prefeito. “Cidades como (…) Buenos Aires, que privatizaram seus sistemas, estão reestatizando” Marcelo Freixo, deputado federal, em seu Facebook no dia 28 de maio de 2019 A capital da Argentina, Buenos Aires, de fato, passou pela privatização, voltou atrás e remunicipalizou o serviço. O consórcio Águas Argentinas SA (AASA) – liderado pelas empresas Lyonnaise des Eaux e Águas de Barcelona – recebeu, em 1993, uma concessão para administrar o saneamento da capital argentina. Em 2006, o governo cancelou a concessão e devolveu a responsabilidade dos serviços para a empresa pública Agua y Saneamientos Argentinos (AySA). “Já em Buenos Aires (…) período de concessão para a iniciativa privada, [foi] marcado por descumprimentos contratuais pelo governo e pela empresa (…)” João Amoêdo, presidente do Novo, em seu Facebook no dia 28 de maio de 2019 Buenos Aires utilizou por 13 anos (1993 a 2006) a iniciativa privada para operar seu sistema de saneamento básico. A gestão, de fato, foi marcada pelo endividamento e por descumprimentos de contrato. Segundo um estudo da empresa GO Associados, baseado no livro Water, Politics and Money: A Reality Check on Privatization (2011), do escritor Manuel Schiffler, a concessionária não atingiu as metas estabelecidas, enquanto o governo foi incapaz de reajustar as tarifas como estava acertado, por conta da desvalorização da moeda argentina e da crise no país. O consórcio Águas Argentinas (AASA) solicitou empréstimos em 1994, 1995 e 1999. Os valores correspondiam a uma dívida de U$ 700 milhões em 2002. “Nos Estados Unidos, os serviços permanecem majoritariamente (85%) administrados pelos municípios como serviços públicos, sendo apenas 15% [dos serviços] delegados a empresas privadas” Marcelo Freixo, deputado federal, em seu Facebook no dia 28 de maio de 2019 Um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado em 2017 – com base no livro Water, Politics and Money: A Reality Check on Privatization (2015), do escritor Manuel Schiffler -, indica que, de fato, os serviços de saneamento que atendem 85% da população americana são administrados por empresas públicas. As companhias de saneamento privadas atendem, portanto, apenas 15% da população. Mas quando observada a proporção de municípios que utilizam serviços de empresas privadas, a diferença é maior: somente 6% deles delegam o saneamento básico a esse tipo de companhia. Procurada, a assessoria de Freixo afirmou que a questão central do debate é que o “serviço público predomina sobre o privado nos Estados Unidos.” “50% da população não tem acesso a saneamento [no Brasil]” João Amoêdo, presidente do Novo, em seu Facebook no dia 27 de maio de 2019 Os dados do Instituto Trata Brasil mostra que 47,64% da população tem acesso à coleta de esgoto. Segundo a entidade, 89,76% da população do Norte não tem acesso à coleta de esgoto. “Chile: 94% das empresas de saneamento são privadas” João Amoêdo, presidente do Novo, em seu Facebook no dia 27 de maio de 2019 Segundo um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), os agentes privados representam 94% do setor de saneamento no Chile (página 28). Seguindo o modelo regional, o saneamento chileno regula a tarifa cobrada pela população com base nos indicadores de eficiência. “[No Chile] 99,9% da população tem acesso a saneamento” João Amoêdo, presidente do Novo, em seu Facebook no dia 27 de maio de 2019 Um estudo da Confederação Nacional da Indústria, com base na pesquisa Políticas e institucionalidad en materia de agua potable y saneamento en América Latina y el Caribe, afirma que os níveis de cobertura de água e esgoto são universais no Chile, e o tratamento de esgoto está “próximo a 100%”. No entanto, o mesmo estudo afirma que o desenvolvimento do saneamento básico no país teve grande influência do sistema público, controlado pelo Serviço Nacional de Obras Sanitárias (Sendos) de 1977 a 1990. No período, a cobertura do serviço de água cresceu de 78% para 98%, enquanto o esgotamento sanitário aumentou de 52% para 82%. O serviço não incluía o tratamento de esgoto, à época. “No ritmo atual, o Brasil só terá saneamento básico universal em 2060” João Amoêdo, presidente do Novo, em seu Facebook no dia 29 de maio de 2019 O dado utilizado pelo fundador do Novo diz respeito a uma estimativa feita pela Confederação Nacional da Indústria. Em abril deste ano, a entidade afirmou que, caso se mantenham os mesmos valores de investimento, o saneamento básico universal só será alcançado em 2060 no Brasil. A CNI diz, ainda, que o gasto do Brasil com infraestrutura caiu pela terceira vez consecutiva e estima que o investimento necessário em infraestrutura seja de R$ 21,6 bilhões ao ano. Em 2017, o Brasil investiu apenas R$ 10,9 bilhões, segundo a CNI. De acordo com o Trata Brasil, o custo para a universalização dos serviços de saneamento (água, esgoto, resíduos e drenagem) é de R$ 508 bilhões, no período de 2014 a 2033. “Como se sabe, o gasto com saneamento é discricionário (não obrigatório)” João Amoêdo, presidente do Novo, em seu Facebook no dia 29 de maio de 2019
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['NATHÁLIA AFONSO']
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['ÁGUA', 'ALEMANHA', 'ARGENTINA', 'BERLIM', 'BUENOS AIRES', 'CEDAE', 'CHILE', 'COLETA DE ESGOTO', 'ECONOMIA', 'ESGOTO', 'ESTADOS UNIDOS', 'FRANÇA', 'PARIS', 'PRIVATIZAÇÃO', 'PRIVATIZAR', 'RANKING DE SANEAMENTO', 'SANEAMENTO', 'SANEAMENTO BÁSICO', 'TRATA BRASIL', 'TRATAMENTO DE ESGOTO']
2021-05-14
['VERDADEIRO, MAS', 'VERDADEIRO', 'FALSO', 'VERDADEIRO, MAS', 'SUBESTIMADO', 'EXAGERADO', 'VERDADEIRO, MAS', 'VERDADEIRO', 'VERDADEIRO', 'VERDADEIRO', 'VERDADEIRO', 'VERDADEIRO', 'VERDADEIRO, MAS', 'VERDADEIRO', 'VERDADEIRO', 'VERDADEIRO, MAS', 'AINDA É CEDO PARA DIZER', 'VERDADEIRO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/06/03/verificamos-gleisi-hoffmann-desemprego/
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#Verificamos: É falso que Gleisi Hoffmann defendeu desemprego em massa
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2019-06-03
Circula pelas redes sociais o trecho de um vídeo em que a presidente do PT, ex-senadora e atual deputada federal, Gleisi Hoffmann, estaria defendendo o desemprego em massa. Uma legenda “informa” que a gravação vazou e mostra uma reunião de cúpula do partido. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “BOMBA! É o fim de Gleisi Hoffmann! Vídeo que acaba com a petista de vez. Vazou um vídeo de reunião de cúpula; e a senadora petista diz que querem é desemprego em massa” Legenda de vídeo que, até as 16h30 do dia 3 de junho de 2019, tinha 740 compartilhamentos no Facebook e 7,7 mil visualizações O vídeo compartilhado foi editado e teve alguns trechos subtraídos. A Lupa analisou as imagens originais, sem cortes, e concluiu que em nenhum momento Gleisi Hoffmann defendeu o desemprego em massa no país. A gravação que circula pelas redes sociais também não é um “vazamento” de uma reunião de cúpula do PT, mas a transmissão ao vivo de um evento público que não ocorreu “no último sábado”, mas sim em 2017. As duas informações checadas pela Lupa são, portanto, falsas. As imagens foram extraídas de uma live transmitida em 8 de julho de 2017, no lançamento da Frente Suprapartidária por Eleições DIretas Já, em Curitiba. Durante a sua fala, Gleisi critica a reforma trabalhista do governo Michel Temer (MDB), que estava prestes a ser aprovada pelo Senado. Ela compara o então projeto a mudanças ocorridas no México e faz uma crítica às estatísticas exibidas pelo país. Segundo ela, a reforma mexicana criou uma série de vagas de baixa remuneração e com menos direitos. Gleisi diz: “O México tem hoje 2% de desempregados. Quem olha para a estatística acha que está correto. Só que o México está miserável, porque, ao invés de dar emprego e melhorar as condições de vida das pessoas, precarizou os empregos bons que tinha”. Este trecho foi subtraído na publicação que circula atualmente no Facebook. Em seguida, ela fala o que aparece no vídeo. “Nós não queremos desemprego estatístico. Nós queremos ‘desemprego efetivo’, e as pessoas ganhando um salário decente”, afirmou. Ou seja, a petista vê as estatísticas do México como enganadoras, porque acredita que mascaram a condição ruim no mercado de trabalho naquele país. Além de Gleisi, o então senador Roberto Requião (MDB-PR) e outras autoridades participaram do evento, que foi transmitido nas páginas no Facebook dos dois parlamentares e na da Liderança do PT na Assembleia Legislativa do Paraná. O vídeo está disponível na plataforma desde o dia do evento. Uma checagem semelhante foi feita pelo site Boatos.org.
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['MAURÍCIO MORAES']
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['#VERIFICAMOS', 'CONTEÚDO FALSO', 'DESEMPREGO', 'DESINFORMAÇÃO', 'FAKE NEWS', 'GLEISI HOFFMANN', 'NO FACEBOOK', 'PETISTA', 'PT', 'REFORMA TRABALHISTA']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/06/02/verificamos-protestos-lula/
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#Verificamos: Faixa ‘Lula está preso injustamente’ não foi usada em protestos contra cortes na educação
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2019-06-02
Circula nas redes sociais foto supostamente registrada nos protestos pela educação, na última quinta-feira (30). A foto mostra faixa com os dizeres “Lula está preso injustamente”. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Resumo das manifestações de hoje [30 de maio de 2019]: 1% educação, 4% maconha, 5% não sabem porque estão ali, 90% Lula livre” Legenda de imagem publicada no Facebook, com 1,1 mil compartilhamentos até o dia 2 de junho de 2019 A imagem analisada pela Lupa não é das manifestações desta quinta-feira (30), e sim de um protesto que pedia o deferimento da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2018. Lula não teve seu pedido aprovado, e foi substituído na campanha do ano passado por Fernando Haddad. A marcha foi realizada no dia 15 de agosto de 2018, em Brasília.
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['CHICO MARÉS']
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['#VERIFICAMOS', '30/05', 'DESINFORMAÇÃO', 'EDUCACAO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA', 'LULA', 'LULA LIVRE', 'MANIFESTAÇÕES', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PROTESTOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/06/01/barroso-aborto-evasao-ensino-medio/
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Barroso erra dados sobre criminalização do aborto e evasão no ensino médio
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2019-06-01
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso destacou alguns dos desafios para o desenvolvimento do Brasil em entrevista ao programa Central GloboNews, na última quarta-feira (29). Além de discutir os problemas da educação e da economia, ele falou sobre o papel do STF, acusado muitas vezes de legislar ao tomar decisões sobre temas polêmicos, como a criminalização da homofobia. A Lupa checou algumas das falas do ministro. Confira o resultado: “Nenhum país desenvolvido do mundo criminaliza [o aborto]” Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), em entrevista ao Central GloboNews em 29 de maio de 2019 Embora a maioria dos países desenvolvidos permita o aborto até o terceiro mês de gestação, alguns deles, como a Irlanda do Norte, ainda mantêm leis que punem o encerramento da gestação. A lei também prevê o encarceramento para quem fizer aborto em outros países europeus, como Polônia, Andorra, Malta, San Marino e Lichtenstein. Enquanto na Polônia e em Lichtenstein o aborto é permitido em alguns casos e criminalizado nas situações não previstas pela legislação, a lei proíbe a prática totalmente em Andorra, Malta e San Marino. Os dados vêm de um levantamento periódico feito pela organização não-governamental Centro pelos Direitos Reprodutivos (Center for Reproductive Rights, em inglês). Na Irlanda do Norte, o aborto é ilegal e só ocorre em circunstâncias muito específicas, como se a mulher correr risco físico ou mental com a gestação. A desobediência pode ser punida com a prisão. O país não foi incluído na Lei do Aborto de 1967, que permite o encerramento da gravidez no resto do Reino Unido (Inglaterra, Escócia e País de Gales). Mesmo com essa mudança, há restrições para o aborto nos três países. O mesmo ocorre em outros países desenvolvidos, como Finlândia, Islândia e Japão, onde o aborto ilegal não é tratado como crime, mas o término da gravidez só pode ser realizado nos casos previstos em lei. Procurado para comentar, o ministro afirmou que sua frase “está bem próxima dos fatos, mas deveria ter tido o acréscimo do advérbio praticamente” e que “de fato, (…) Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido, Canadá, Holanda, Espanha etc. NÃO criminalizam [o aborto].” “A evasão no ensino médio: 40% dos jovens em idade para o ensino médio, 16 a 19 anos, se não me engano, estão fora [da escola]” Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), em entrevista ao Central GloboNews em 29 de maio de 2019 Segundo dados divulgados em 2017 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ligado ao Ministério da Educação, a evasão escolar no ensino médio no Brasil foi de 12,9% entre os alunos matriculados no 1º ano, de 12,7% entre os estudantes do 2º ano e de 6,8% para o 3º ano. Os números integram os indicadores de fluxo escolar na educação básica e consideram o período de 2014 e 2015. A evasão escolar representa a quantidade de matriculados em determinada etapa de ensino que desistem dos estudos no ano corrente. Já um estudo do Todos pela Educação aponta que 36,5% dos jovens de 19 anos ainda não tinham concluído o ensino médio em 2018. Esse número inclui tanto os que já abandonaram a escola (62%) como os que estão ainda matriculados no ensino fundamental, no médio ou na educação para jovens e adultos (38%), mas têm defasagem de série e ainda não conseguiram encerrar a educação básica. Portanto, o percentual de jovens de 19 anos fora da escola, efetivamente, é um pouco menor: 22%. O mesmo levantamento afirma que 24,2% dos adolescentes de 16 anos não concluíram o ensino fundamental. Nesse caso, 77% continuaram a frequentar a escola e 23% já abandonaram. Isso significa que 5,5% dos jovens de 16 anos estavam fora da escola. Procurado, o ministro afirmou que baseou sua fala em uma reportagem do G1 que citava o mesmo estudo mencionado pela Lupa e que “ao reler o documento original, do Todos pela Educação, verifico que o percentual se refere à não conclusão, e não à evasão.” Barroso também citou um levantamento feito pelo “Instituto Unibanco, com base em estudo disponibilizado pela OCDE, afirma que ‘40% da população brasileira entre 25 e 34 anos não possui o Ensino Médio completo.'” “Nós começamos com a educação pública no Brasil, e a universalizá-la, 100 anos depois dos Estados Unidos” Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), em entrevista ao Central GloboNews em 29 de maio de 2019 Há uma diferença de 28 anos – e não de um século, como disse o ministro Barroso – entre os marcos legais definidos pelos Estados Unidos e pelo Brasil para universalizar a educação. Nos Estados Unidos, isso só se tornou possível a partir de 1918, quando todos os estados criaram leis que exigiam que todas as crianças precisavam estudar. Ainda assim, até a década de 1930 muitos dos estados não haviam conseguido cumprir as determinações legais, segundo estudo de Michael S. Katz, da Fundação Educacional Phi Delta Kappa. No Brasil, essa diretriz veio pela primeira vez com a Constituição de 1946, que tornou o ensino primário obrigatório e gratuito. Isso foi aprofundado com o 1º Plano Nacional de Educação, elaborado em 1962 por Anísio Teixeira para o ministro da Educação, Darcy Ribeiro, no governo do presidente João Goulart. O documento definia como uma de suas metas a matrícula de 100% das crianças de 7 a 11 anos no ensino primário até 1970. Procurado, Barroso disse que baseou sua afirmação em reportagem publicada pela revista Exame, escrita pelo autor do livro País Mal Educado, que faz essa mesma consideração. “Em 1960, o Brasil tinha duas vezes e meia a renda [per capita] da Coreia do Sul” Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), em entrevista ao Central GloboNews em 29 de maio de 2019 O Brasil tinha uma renda 1,5 vezes maior do que a da Coreia do Sul em 1960, de acordo com estimativas feitas para essa época pelo Banco de Dados do Projeto Maddison de 2018, ligado à Universidade de Groningen, na Holanda. Isso representa uma diferença de 40% em relação ao número citado por Barroso. O dado é calculado dividindo-se o valor do Produto Interno Bruto (PIB) pela população de cada país no período analisado. Em 1960, os sul-coreanos tinham uma renda per capita de US$ 1.487, enquanto os brasileiros conseguiam US$ 2.280. A Coreia do Sul conseguiu superar o Brasil pela primeira vez em 1974, quando chegou a US$ 4.612 contra US$ 4.540. A diferença entre os dois países aumentou progressivamente nos anos posteriores. Procurado, o ministro disse que ouviu a comparação em uma “apresentação pública feita pelo professor e ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, em 15 de março deste ano” e que ela poderia “ser confirmada com ele a qualquer tempo.” “Hoje, o Brasil tem um terço da renda [per capita] da Coreia do Sul” Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), em entrevista ao Central GloboNews em 29 de maio de 2019 Os números mais recentes do Banco Mundial, de 2017, mostram que a diferença entre a renda per capita do Brasil e da Coreia do Sul de fato chegou a três vezes naquele ano. Enquanto os brasileiros tiveram uma renda per capita de US$ 9.812, os coreanos conseguiram US$ 29.742 – um resultado 3,03 vezes maior. “A criminalização [do aborto], segundo pesquisa da Organização Mundial da Saúde, não diminui o número de abortos, apenas impede que ele seja feito em condições minimamente adequadas” Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), em entrevista ao Central GloboNews em 29 de maio de 2019 O estudo “Aborto inseguro: Estimativas globais e regionais da incidência de aborto inseguro e mortalidade associada em 2008“, publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2011, estimou que 21,6 milhões de abortos inseguros ocorreram em 2008 no mundo. A maioria foi feita em países em desenvolvimento, onde há restrições ou proibições para o término da gravidez. Isso resultou em 47 mil mortes, equivalentes a 13% de todos os óbitos de mães naquele ano. “Mais escolaridade não significa, no Brasil, mais produtividade” Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), em entrevista ao Central GloboNews em 29 de maio de 2019 O fato de o aumento do nível de educação não se refletir em crescimento da produtividade no Brasil está entre os itens analisados no estudo “Percepções da Crise” da FGV Social, centro de políticas sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Uma das tabelas do documento compara a quantidade de anos de estudo do Brasil e da Coreia do Sul com os ganhos de produtividade em cada um dos países, de 1965 a 2010. Os resultados confirmam o que disse Barroso.
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['MAURÍCIO MORAES']
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['ABORTO', 'COREIA DO SUL', 'ECONOMIA', 'EDUCACAO', 'ENSINO MÉDIO', 'EVASÃO', 'LUÍS ROBERTO BARROSO', 'MINISTRO', 'RENDA PER CAPITA', 'STF', 'SUPREMO', 'SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL']
2021-05-14
['FALSO', 'FALSO', 'EXAGERADO', 'EXAGERADO', 'VERDADEIRO', 'VERDADEIRO', 'VERDADEIRO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/06/01/verificamos-ciro-bolsonaro/
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#Verificamos: É falso que Ciro Gomes tenha declarado apoio a Bolsonaro
null
2019-06-01
Circula nas redes sociais foto do ex-candidato à Presidência pelo PDT Ciro Gomes usando uma camiseta com imagem do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Na legenda, é dito que Gomes cansou da “esquerda e do centrão” e decidiu apoiar o presidente. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Reconheço que a esquerda e o centrão querem atrasar este país. A partir de hoje estou com Bolsonaro” Frase atribuída a Ciro Gomes em imagem publicada no Facebook que, até as 15h do dia 31 de maio, tinha sido publicada por mais de 2,3 mil pessoas A imagem e a declaração analisadas pela Lupa são falsas. A assessoria de Ciro Gomes, em nota, negou a veracidade da declaração e da imagem. “Infelizmente muitas fake news foram e estão sendo criadas contra Ciro Gomes para confundir a opinião pública. Ciro é absolutamente crítico aos valores que o governo Bolsonaro representa e segue na luta para apresentar ao povo brasileiro um projeto nacional de desenvolvimento que realmente ajude a fazer o Brasil crescer”, diz o texto enviado pela assessoria do pedetista.
https://piaui.folha.uol.…olsonarotopo.png
null
['CHICO MARÉS']
[]
['#VERIFICAMOS', 'APOIO', 'BOLSONARO', 'CENTRÃO', 'CIRO', 'CIRO GOMES', 'DESINFORMAÇÃO', 'ESQUERDA', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'JAIR BOLSONARO', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/30/bolsonaro-live-ministros/
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Erros e acertos de Bolsonaro e ministros no 1º mês de lives no Facebook
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2019-03-30
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) gosta de redes sociais. No início de março, anunciou que passaria a fazer transmissões ao vivo no Facebook para se comunicar com a população. As lives ocorrem toda quinta-feira, às 19h, na companhia de ministros e assessores. Em março, nem sempre o conteúdo que teve mais de 5 milhões de visualizações refletiu dados precisos. Veja: “Grande parte da mídia achava que ele [Cesare Battisti] era um pobre coitado” Jair Bolsonaro (PSL), presidente do Brasil, no Facebook em 28.mar.2019 Desde 2007, quando o italiano Cesare Battisti foi preso no Brasil, ao menos quatro meios de comunicação – entre eles os três maiores jornais do país – defenderam, em editoriais, que ele fosse extraditado para a Itália. No editorial de 29 de janeiro de 2009, a Folha classificou como “infeliz” a decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de conceder asilo a Battisti. Disse que ela expunha “o Brasil, voluntária e gratuitamente, ao risco de incidente diplomático”. No mesmo ano, o O Estado de S.Paulo criticou o então ministro da Justiça, Tarso Genro, dizendo que “despropósitos” eram “a marca de sua gestão” e que o ex-ministro demonstrava “desconhecer o funcionamento do Estado de Direito” ao conceder asilo ao italiano condenado por assassinatos. O Globo, por sua vez, publicou que “ao proteger um assassino transmutado em refugiado político, (…) [Genro] pôs o governo brasileiro no meio de um imbróglio com o governo italiano.” Por fim, na revista CartaCapital, o diretor de redação, Mino Carta, escreveu que a mídia estava certa ao criticar a extradição negada. Para ele, o Brasil exibia “ao mundo ignorância, falta de sensibilidade diplomática e irresponsabilidade política, ao afrontar um estado democrático amigo”. Em 2011, quando Lula decidiu não entregar Battisti às autoridades, o Estadão publicou novamente um editorial, classificando o italiano como um “delinquente comum” e a decisão como uma “desastrada iniciativa”. Battisti teve seu asilo revogado em 2017, foi preso na Bolívia em 2019 e, na última segunda (25), confessou envolvimento nos quatro assassinatos pelos quais foi condenado. Procurada, a assessoria de Bolsonaro não retornou. “O cartão [de crédito] corporativo da Presidência tinha gasto mais de 16% em janeiro de 2019 do que em janeiro de 2018. Esqueceram que nós estávamos vivendo o período da posse” General Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, no Facebook em 7.mar.2019 Não há dados no Portal da Transparência que comprovem que o aumento de gastos no cartão corporativo tenha ocorrido por conta da cerimônia de posse de Bolsonaro. Dos R$ 525,4 mil gastos pela Secretaria de Administração da Presidência em janeiro de 2016 (valor que supera em 12% o de janeiro de 2018, em totais corrigidos pelo IPCA), R$ 510,1 mil (ou 97,1% do total) estão sob sigilo. Ou seja, não é possível saber com o que foram gastos – nem quem recebeu os valores. Além disso, os gastos continuaram em alta em fevereiro, quando já não havia cerimônia de posse presidencial. No mês passado, a secretaria desembolsou R$ 620 mil, um crescimento de 18,6% em relação à janeiro, e de 13,3% na comparação com fevereiro do ano passado. Desse valor, R$ 616,9 mil (99,5%) estão sob sigilo. Vale ressaltar ainda que, em janeiro de 2015, quando também houve cerimônia de posse presidencial, os gastos com cartão corporativo caíram com relação ao mesmo mês de 2014. Procurada, a assessoria do general Heleno não retornou. “Como um todo, global, a despesa com cartões corporativos baixou 28%” Jair Bolsonaro (PSL), presidente do Brasil, no Facebook em 7.mar.2019 Segundo o Portal da Transparência, em janeiro e fevereiro de 2019, foram gastos R$ 5,1 milhões com os cartões corporativos, considerando todos os órgãos do governo. Nos mesmos meses de 2018, foram R$ 7,1 milhões (corrigidos pelo IPCA.). Isso representa uma queda de 28,4%. “Vale lembrar que, no ano passado [2018], o mesmo instituto [o Ibope] falou que eu perderia para todo mundo no segundo turno” Jair Bolsonaro (PSL), presidente do Brasil, no Facebook em 21.mar.2019 Nem todas as pesquisas do Ibope antes do primeiro turno mostraram Bolsonaro perdendo a eleição presidencial de 2018. No segundo turno, inclusive, todos os levantamentos indicavam que o atual presidente venceria Fernando Haddad (PT). Nas oito pesquisas realizadas antes de 7 de outubro, o Ibope simulou 32 cenários de 2º turno envolvendo Bolsonaro. Vinte deles mostravam empate ou empate técnico. Nove apontavam derrotas de Bolsonaro, e três, vitórias dele – todas contra Marina. No segundo turno, foram três levantamentos e a pesquisa de boca de urna. No primeiro, feito em 15 de outubro, Bolsonaro aparecia com 59% dos votos válidos. No dia 23, 57% e no dia 27, 54% – vencendo, portanto, em todos os cenários. Na boca de urna, o Ibope indicou que Bolsonaro teria 56% dos votos válidos. Ele foi eleito com 55%. Vale pontuar que é metodologicamente incorreto comparar uma pesquisa realizada antes da eleição com o resultado final, visto que a intenção de voto tende a variar ao longo do tempo. Procurada, a assessoria de Bolsonaro não respondeu. “[Com a reforma da Previdência,] O parlamentar vai se aposentar com o teto do INSS, ao todo R$ 5,8 mil” Jair Bolsonaro (PSL), presidente do Brasil, no Facebook em 7.mar.2019 Se aprovada a proposta de reforma da Previdência, os políticos não terão mais regime especial de aposentadoria e passarão a integrar o Regime Geral de Previdência Social (RGPS). Nele, precisam cumprir as regras de idade mínima (65 anos para homens e 62 para mulheres) e tempo de contribuição (35 anos). Além disso, terão o benefício limitado ao teto do INSS (hoje, R$ 5.839,45). Atualmente, a aposentadoria de congressistas segue regras especiais: a idade mínima é menor, e o benefício, proporcional ao tempo de mandato, não-limitado pelo teto do INSS. Mas vale dizer que os congressistas que já estão no regime especial – reeleitos em 2018 ou eleitos antes disso – ainda podem optar por seguir assim. Ou seja, a reforma não valeria para todos os congressistas. Só para os que estão em primeiro mandato e os que se elegerem no futuro. “Tivemos missão de paz naquele país [Moçambique] na década de 90” General Otávio Rêgo Barros, porta-voz da Presidência, no Facebook em 21.mar.2019 O Brasil, de fato, participou de uma missão de paz em Moçambique em 1994. A Onumoz foi estabelecida pela Organização das Nações Unidas para garantir o cumprimento do acordo de paz assinado no país africano em 1992. Segundo o Exército, “o Brasil contribuiu para a missão com um total de 26 observadores militares, 67 observadores policiais, uma unidade médica e uma companhia de infantaria, composta de 170 militares”. “[A mudança do brasão no passaporte brasileiro] Está dentro do programa [de metas] de 100 dias (…) de governo” Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores, no Facebook em 14.mar.2019
https://piaui.folha.uol.…olsonarolive.png
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['CHICO MARÉS', 'NATHÁLIA AFONSO', 'GILBERTO SCOFIELD JR.']
[]
['APOSENTADORIA', 'AUGUSTO HELENO', 'BOLSONARO', 'CARTÃO CORPORATIVO', 'CESARE BATTISTI', 'ERNESTO', 'ERNESTO ARAÚJO', 'FOLHA DE S.PAULO', 'GENERAL AUGUSTO HELENO', 'GENERAL OTÁVIO RÊGO BARROS', 'HELENO', 'IBOPE', 'JAIR BOLSONARO', 'MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES', 'MISSÃO DE PAZ', 'OTÁVIO RÊGO BARROS', 'PARLAMENTARES', 'PASSAPORTE BRASILEIRO', 'PORTA-VOZ', 'POSSE', 'PREVIDÊNCIA', 'PSL', 'REFORMA DA PREVIDÊNCIA', 'RÊGO BARROS', 'RELAÇÕES EXTERIORES']
2021-05-14
['EXAGERADO', 'INSUSTENTÁVEL', 'VERDADEIRO', 'EXAGERADO', 'VERDADEIRO, MAS', 'VERDADEIRO', 'VERDADEIRO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/29/verificamos-pabllo-vittar-tvglobo/
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#Verificamos: É falso que Pabllo Vittar apresentará programa infantil na TV Globo
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2019-03-29
Circula nas redes sociais que a cantora Pabllo Vittar teria fechado um contrato de cinco anos com a TV Globo para apresentar o programa TV Criança Gay. O quadro substituiria o atual programa de Fátima Bernardes e exibiria “conteúdos sexuais, homossexuais e sobre ideologia de gênero” para o público infantil. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Isso mesmo, o cantor Pabllo Vittar fechou um contrato de 5 anos com a Globo para apresentar o programa TV Criança Gay” Publicação que, até as 18h do dia 29 de março de 2019, tinha sido compartilhada ao menos uma centena de vezes no Facebook A informação verificada pela Lupa é falsa. Procurada, a assessoria de imprensa da TV Globo informou que se trata de “fake news. E uma antiga”. De fato, o boato circula no Facebook desde abril do ano passado. Em novembro de 2017, o site e-farsas chegou a publicar checagem semelhante. À época, no entanto, o programa se chamaria Pabllo Kids – e não TV Criança Gay – e seria uma versão atual do antigo “Xou da Xuxa”. Já na versão que se espalhou em 2019, é dito que “o objetivo do programa é induzir as crianças a praticarem o homossexualismo de forma indiscriminada, mesmo que não sejam homossexuais”.
https://piaui.folha.uol.…às-15.20.07.png
null
['CLARA BECKER']
[]
['#VERIFICAMOS', 'AGÊNCIA LUPA', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'GLOBO', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PABLLO VITTAR', 'PROGRAMA INFANTIL', 'TV GLOBO', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/29/guedes-previdencia-senado/
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Paulo Guedes erra ao falar sobre o aumento do déficit da Previdência
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2019-03-29
A ida do ministro da Economia, Paulo Guedes, à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado na tarde da quarta-feira (27) ajudou a derrubar o Índice da Bolsa de Valores em 3,57% e fez com que o dólar fechasse próximo a R$ 4. Na audiência, Guedes errou ao falar sobre déficit da Previdência, crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e pirâmide populacional, entre outros temas. Veja a seguir as checagens: “O déficit [da Previdência] aumenta R$ 40 bilhões a cada ano” Paulo Guedes, ministro da Economia, em audiência realizada no Senado no dia 27 de março de 2019 O Relatório Resumido da Execução Orçamentária de dezembro de 2018 mostrou que, entre 2017 e 2018 (dado mais recente disponível), o déficit da Previdência aumentou R$ 17 bilhões – número abaixo dos R$ 40 bilhões citados pelo ministro no Senado. Vale destacar, no entanto, que os relatórios produzidos pelo Tesouro Nacional tiveram a metodologia alterada recentemente. O relatório de dezembro de 2018 já traz os dados com a nova metodologia para 2017 e 2018, o que permitiu a comparação acima. O relatório de dezembro de 2017, feito com a norma antiga, mostrava que o déficit da Previdência naquele ano tinha sido de R$ 256 bilhões. O de 2016 apontou um déficit de R$ 216 bilhões. Logo, entre esses dois anos, a alta foi de R$ 40 bilhões. Mas essa metodologia já não está vigente. Veja todos os dados sobre esse assunto aqui. Procurada, a assessoria de Paulo Guedes aformou que o déficit da previdência cresceu em média R$ 36,5 bilhões no período de 2016 a 2018. No entanto, é equivocado calcular uma média entre resultados apurados utilizado metodologias diferentes, como neste caso. “Durante três quartos do século passado, [o Brasil] cresceu 7,4%” Paulo Guedes, ministro da Economia, em audiência realizada no Senado no dia 27 de março de 2019 A série histórica do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil ao longo do século 20 mostra que o país cresceu, em média, 5,6% ao ano entre 1900 e 1975. O último quarto do século, que vai de 1975 a 2000, registrou uma taxa média mais baixa, de 3,4%. Fazem parte desse período os anos 1980, chamados de “década perdida” por conta de problemas econômicos, como a hiperinflação, a explosão da dívida externa e a recessão. Quando se leva em conta esses números, o país teve um crescimento médio do PIB de 5% em todo o século passado. Os dados do PIB até 1946 são estimativas. Depois dessa data, eles passaram a ser feitos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e, a partir de 1990, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Procurada para comentar esta checagem, a assessoria de Paulo Guedes informou que o crescimento brasileiro, de 1950 até 1975, foi de 7,4%. De acordo com o ministério, o dado é o mais confiável disponível, uma vez que o Brasil só começou a a publicar informações sobre o PIB em 1949. O número, no entanto, se refere a um quarto de século. Em sua fala, Guedes disse que o crescimento de 7,4% havia ocorrido em três quartos do século passado. “A média de crescimento [do Brasil] nos últimos 30 anos está abaixo de 2%” Paulo Guedes, ministro da Economia, em audiência realizada no Senado no dia 27 de março de 2019 No período que vai de 1988 a 2018, o Brasil teve uma média de crescimento do PIB de 2,2% ao ano, de acordo com dados do IBGE. A série histórica, disponível no site, vai até 2016. Para o cálculo da média dos últimos 30 anos, citados pelo ministro, foram incluídos os crescimentos de 2017, de 1%, e de 2018, de 1,1%. Houve retração em 1990 (-4,3%), 1992 (-0,5%), 2009 (-0,1%), 2015 (-3,8%) e 2016 (-3,6%), o que puxou a média do período citado por Guedes para baixo. Os anos 2000 tiveram as mais altas taxas de crescimento, chegando a 7,5% em 2010, e a 6,1% em 2007. Procurada, a assessoria de Paulo Guedes disse que o ministro quis ilustrar que o crescimento foi “consistentemente muito baixo” e que a conclusão seria a mesma se ele tivesse falado o número correto. “A pirâmide demográfica brasileira está virando, na verdade, um losango. Já virou” Paulo Guedes, ministro da Economia, em audiência realizada no Senado no dia 27 de março de 2019 O site do IBGE mostra a pirâmide populacional do Brasil em 2018 (ano mais recente disponível) e a forma abaixo – extraída desse site – não é um losango. De acordo com o Wolfram MathWorld, losango é um quadrilátero formado por quatro lados de igual comprimento, com dois ângulos agudos e dois obtusos. Procurada, a assessoria de Paulo Guedes informou que o percentual de jovens está diminuindo no país. “Ao se referir à figura geométrica losango, o que se quer ilustrar é que a base da pirâmide populacional não é mais composta pela maior proporção populacional, e está diminuindo continuamente.” “O envelhecimento [no Brasil] está em torno de 10%, 11%, [considerando] os idosos como fração da população” Paulo Guedes, ministro da Economia, em audiência realizada no Senado no dia 27 de março de 2019 Dados do IBGE mostram que, em 2018, os idosos correspondiam a 13% da população brasileira – percentual acima do citado pelo ministro no Senado. O número faz parte de um estudo de Projeções da população do país e de seus estados que foi divulgado em julho do ano passado. Segundo o instituto, a estimativa é de que a população com mais de 60 anos chegue a 32% do total de brasileiros em 2060.
https://piaui.folha.uol.…guedessenado.png
null
['NATHÁLIA AFONSO', 'MAURÍCIO MORAES']
[]
['APOSENTADORIA', 'APOSENTADORIA DE MILITARES', 'APOSENTADORIA DE POLÍTICOS', 'BRASIL', 'CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO', 'ECONOMIA', 'GUEDES', 'IDOSOS', 'MINISTÉRIO', 'MINISTÉRIO DA ECONOMIA', 'MINISTRO', 'PAULO GUEDES', 'PEC DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA', 'PIRÂMIDE DEMOGRÁFICA', 'PREVIDÊNCIA', 'PREVIDÊNCIA SOCIAL', 'REFORMA DA PREVIDÊNCIA']
2021-05-14
['FALSO', 'EXAGERADO', 'EXAGERADO', 'FALSO', 'SUBESTIMADO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/28/verificamos-marielle-filiado-pt/
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#Verificamos: Suspeito de assassinar Marielle Franco não é filiado ao PT
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2019-03-28
Circula em redes sociais que “o assassino” da vereadora Marielle Franco seria filiado ao PT. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Engraçado. Depois que foi descoberto que o assassino de Marielle era do PT, parece que finalmente ela morreu. Ninguém fala mais nada” Texto de imagem publicada no Facebook que, até às 16 h do dia 28 de março de 2019, já tinha mais de 7,3 mil compartilhamentos Dois suspeitos foram presos pelo assassinato de Marielle – o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz. Nenhum deles consta na lista de filiados do PT disponível no site do Tribunal Superior Eleitoral. No Rio de Janeiro, há três filiados ao partido que têm o nome “Ronnie”, mas nenhum deles é o homem detido pela morte da vereadora do PSOL. Elcio Queiroz, por sua vez, é filiado ao Democratas (DEM) no RJ desde 2011. No dia 12 de março, quando a polícia civil prendeu os dois suspeitos, o jornal O Globo publicou que o DEM tinha a intenção de expulsá-lo por “descumprimento dos deveres éticos previstos estatutariamente”. No entanto, ele continua na lista mais recente de filiados da sigla disponível no site do TSE.
https://piaui.folha.uol.…esuspeitospt.png
null
['NATHÁLIA AFONSO']
[]
['#VERIFICAMOS', 'CASO MARIELLE', 'DEM', 'DEMOCRATA', 'ÉLCIO VIEIRA DE QUEIROZ', 'FACEBOOK', 'FACEBOOK JOURNALISM PROJECT', 'INFORMAÇÃO FALSA', 'MARIELLE', 'MARIELLE FRANCO', 'NO FACEBOOK', 'PT', 'RONNIE LESSA', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICADO']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/28/verificamos-labio-leporino/
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#Verificamos: É falso que médicos americanos buscam pacientes com lábio leporino para operar no Hospital Militar
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2019-03-28
Circula nas redes sociais que 12 médicos americanos estariam dispostos a operar lábios leporinos ou fendas palatinas em um Hospital Militar, mas que faltariam pacientes para as cirurgias. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Caso conheçam alguém com Lábio Leporino e/ou Fenda Palatina, informa-se que existem 12 médicos americanos dispostos a operar no hospital militar, mas só existem 71 pacientes e são necessários 135 pacientes para operar na próxima semana” Publicação que, até as 18h do dia 28 de março de 2019, tinha sido compartilhada ao menos 8 mil vezes no Facebook A informação analisada pela Lupa é falsa. Há publicações circulando atualmente em redes sociais com dois números de telefone atribuídos ao Hospital Militar onde as cirurgias seriam realizadas. Nenhum deles existe. No primeiro, o código de Discagem Direta à Distância (DDD) indicado é 222, que não existe no Brasil. Além disso, o número de telefone propriamente dito tem sete dígitos – um a menos do que o padrão brasileiro atual. Já o segundo número indicado tem o DDD de Porto Alegre, mas, ao ser discado, uma mensagem afirma que ele não existe. Em uma terceira versão, mais antiga, o número divulgado era, de fato, o do Hospital da Polícia Militar em Belo Horizonte. À época, o diretor-geral do Instituto de Previdência dos Servidores Militares (IPSM) de Minas Gerais, coronel Vinícius Rodrigues de Oliveira Santos, publicou esclarecimento e chamou a mensagem de “irresponsável”. A instituição não estava realizando os procedimentos afirmados pela publicação, nem mantinha qualquer convênio com médicos americanos para tal. Esse boato está nas redes sociais desde janeiro de 2016 e já rodou a América Latina, atingindo usuários de Chile, Argentina, Colômbia, México e Equador. Checagens semelhantes foram feitas pelos sites Boatos.org e G1.
https://piaui.folha.uol.…eporinotopo2.png
null
['CLARA BECKER']
[]
['#VERIFICAMOS', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'HOAX', 'HOSPITAL MILITAR', 'LÁBIO LEPORINO', 'LÁBIOS LEPORINOS', 'MÉDICOS', 'MÉDICOS AMERICANOS', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'SAÚDE', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/28/verificamos-asfaltamento-br-319/
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#Verificamos: É falso que governo Bolsonaro concluiu asfaltamento da BR-319 entre Manaus e Porto Velho
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2019-03-28
Uma montagem com duas fotos que circula nas redes sociais mostra o que seria o antes e depois da Rodovia Álvaro Maia (BR-319), na Amazônia. Segundo a publicação, em três meses, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) terminou o asfaltamento da rodovia, o que não ocorreu em “16 anos” do PT no poder. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “BR-319 Manaus/Porto Velho: 3 meses de governo [estrada asfaltada]. PT: 16 anos no poder [caminhões atolados na rodovia]” Legenda de montagem que, até as 13h do dia 28 de março de 2019, tinha sido compartilhada mais de 16 mil vezes no Facebook. O governo atual não terminou de asfaltar toda a BR-319, que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO). A pavimentação de cerca de 400 quilômetros da rodovia entre as duas cidades, o chamado “trecho do meio”, ainda espera pelo licenciamento ambiental e pela elaboração do projeto. Há asfalto apenas nas áreas próximas às duas cidades. Além disso, a rodovia não está entre as estradas que terão prioridade de investimentos da União. Em 29 de janeiro, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, apresentou um plano de investimentos de mais de R$ 100 bilhões em rodovias federais nos próximos quatro anos. O asfaltamento da BR-319 não faz parte desse pacote de obras. O ministro reuniu-se em 5 de fevereiro com governadores e parlamentares da bancada do Amazonas, de Rondônia e de Roraima e disse que estavam reservados R$ 100 milhões no Orçamento de 2019 para iniciar o licenciamento ambiental e a elaboração do projeto de asfaltamento dos trechos ainda de terra da estrada. A promessa, no entanto, foi de que o trabalho estará concluído em 2020. “A BR-319 é para além deste governo”, disse Freitas. No dia 27 de março, entidades que defendem a pavimentação da BR-319, lideradas pela Associação dos Amigos e Defensores da BR-319, fizeram um protesto para pressionar por uma solução para a rodovia, que segue sem asfaltamento em sua maior parte. Eles levaram um bolo de lama até o quilômetro zero. O grupo programou outro ato para o dia 5 de abril. A estrada era completamente asfaltada na sua inauguração, há 43 anos, mas acabou abandonada e perdeu a maior parte dessa cobertura. A foto da montagem que mostra um atoleiro é antiga e não há confirmação de que seja da rodovia. A primeira publicação exibida pelo serviço de busca TinEye tem data de 23 de abril de 2008, e o registro aparece em um fotolog que não menciona o nome da estrada. De acordo com o Google Imagens, a mesma foto aparece em uma apresentação de slides sobre o Mato Grosso, feita no serviço SlideShare, em 7 de maio de 2008. Nos anos posteriores a foto foi associada a duas outras estradas federais: a BR-163, que atravessa o Mato Grosso e outros estados; e a BR-230, a rodovia Transamazônica.
https://piaui.folha.uol.…ras-destaque.jpg
null
['MAURÍCIO MORAES']
[]
['#VERIFICAMOS', 'AMAZONAS', 'AMAZÔNIA', 'BOLSONARO', 'BR-319', 'ESTRADAS', 'FACEBOOK', 'INFRAESTRUTURA', 'JAIR BOLSONARO', 'MANAUS', 'NO FACEBOOK', 'OBRAS', 'PORTO VELHO', 'PSL', 'RODOVIA', 'RONDÔNIA', 'TARCÍSIO GOMES DE FREITAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/28/bolsonaro-datena-ditadura/
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Bolsonaro: ‘2 de abril de 1964 não existe’ no Diário do Congresso. Será?
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2019-03-28
Em entrevista concedida ao programa Brasil Urgente na quarta-feira (27), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) falou sobre o aniversário do golpe militar de 1964 – que considera não ter ocorrido – e sobre a crise entre seu filho Carlos Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM). Propôs, por exemplo, que se buscasse informações sobre registros históricos da sessão do Congresso no dia 2 de abril de 1964, algo que, segundo ele, seria inexistente graças a um movimento parlamentar do PT. Também sugeriu que ditaduras militares nunca acabam de forma pacífica – em nenhuma parte do mundo. Depois falou sobre China e economia. A Lupa verificou algumas de suas frases. Veja a seguir: “Se você for procurar o Diário do Congresso de 2 de abril de 1964, ele não existe mais” Jair Bolsonaro, presidente da República, em entrevista concedida ao programa Brasil Urgente, da Band, em 27 de março de 2019 O Diário do Congresso da sessão do dia 2 de abril de 1964, publicado no dia seguinte, está disponível para consulta no site do Senado Federal. É falso, portanto, dizer que ele é inexistente. É possível, também, ouvir a gravação sonora da sessão em arquivo disponível no site da Câmara. Há, portanto, pelo menos dois sites oficiais nos quais é possível consultar na íntegra o documento citado por Bolsonaro. Procurada, a assessoria do presidente disse que não comentaria as checagens. “Via Projeto de Decreto Legislativo, proposto pelo PT e apoiado por quase todos, dois ou três votaram contra, resolveram tornar inexistente a sessão de 2 abril de 1964” Jair Bolsonaro, presidente da República, em entrevista concedida ao programa Brasil Urgente, da Band, em 27 de março de 2019 A Resolução 4/2013 do Congresso Nacional – que não é um projeto de Decreto Legislativo, como mencionado pelo presidente no programa de TV – anulou “a declaração de vacância da Presidência da República efetuada pelo Presidente do Congresso Nacional durante a segunda sessão conjunta de 2 de abril de 1964”. Ou seja, ela não impede que o documento seja estudado, visualizado ou conhecido pela população brasileira nem faz com que a sessão seja “inexistente”. Apenas susta os efeitos da decisão tomada na sessão. Como o presidente em questão, João Goulart, morreu 37 anos antes da aprovação desta resolução, seu valor é meramente simbólico. Além disso, a Resolução 4/2013 não foi proposta pelo PT. É de autoria dos senadores Pedro Simon (MDB-RS) e Randolfe Rodrigues (então filiado ao PSOL-AP), e foi subscrita por outros 96 congressistas. Procurada, a assessoria do presidente disse que não comentaria as checagens. “Onde você viu, no mundo, uma ditadura entregar para a oposição de forma pacífica o governo? Só no Brasil. Então não houve ditadura” Jair Bolsonaro, presidente da República, em entrevista concedida ao programa Brasil Urgente, da Band, em 27 de março de 2019 Há diversos casos de trocas de poder pacíficas entre regimes autoritários e democráticos. Na América Latina, o caso brasileiro não foi único. No Chile, por exemplo, a transição da ditadura de Augusto Pinochet para a democracia constitucional ocorreu de forma pacífica. Em 1988, a ditadura chilena propôs à população um plebiscito para conceder mais oito anos de mandato a Pinochet e essa possibilidade foi derrotada. Pinochet não contestou o resultado e, em 1990, o Chile empossou seu primeiro presidente democraticamente eleito após o golpe de 1973, Patricio Aylwin. Na Espanha, após a morte do ditador Francisco Franco, em 1975, o rei Juan Carlos I assumiu o poder e iniciou um processo de redemocratização, que culminou com eleições gerais em 1977 e a elaboração de uma nova Constituição em 1978. Outro exemplo é o fim da ditadura comunista na Alemanha Oriental. Após protestos contra o governo e a derrubada do muro de Berlim, os alemães orientais tiveram sua primeira e última eleição verdadeiramente democrática em março de 1990. Em outubro, o congresso democraticamente eleito decidiu extinguir o país e se fundir à Alemanha Ocidental, fundando a atual Alemanha. Procurada, a assessoria do presidente disse que não comentaria as checagens. “Não foi falado em Pinochet, ditadura, nada no Chile. Me aponte um áudio, um vídeo nesse sentido. Não teve nada disso” Jair Bolsonaro, presidente da República, em entrevista concedida ao programa Brasil Urgente, da Band, em 27 de março de 2019 Ao chegar ao Chile para uma visita oficial no último dia 21 de março, Bolsonaro declarou que não falaria nem sobre a ditadura chilena nem sobre o general Augusto Pinochet, que a comandou entre os anos de 1973 e 1990. De fato, não há registros de qualquer menção a esses assuntos nas entrevistas concedidas por ele nem nos pronunciamentos que fez durante os dias em que esteve no Chile. Mas, ao longo de sua carreira política, Bolsonaro defendeu e homenageou ditadores da América Latina, inclusive Pinochet. A mais recente menção do presidente a generais latinos ocorreu na posse do novo diretor da usina Itaipu Binacional, o também general Joaquim Silva e Luna, em fevereiro deste ano. Na ocasião, Bolsonaro afirmou que a construção da usina só foi possível por causa dos militares e citou o general Alberto Stroessner, a quem chamou de “um homem de visão, um estadista”. Stroessner comandou a ditadura paraguaia de 1954 até 1989. No período, de acordo com a Comissão da Verdade do país, 336 pessoas desapareceram, mais de 19 mil foram presas e outras 20 mil, torturadas. Pinochet, por sua vez, foi lembrado por Bolsonaro em pelo menos oito discursos que fez na Câmara dos Deputados. Em 1998, quando o ex-ditador chileno foi preso em Londres, ele comunicou à Câmara que mandaria um fax para o então primeiro-ministro britânico, Tony Blair, pedindo sua libertação. Em 2013, quando o golpe chileno completou 40 anos, Bolsonaro declarou o seguinte: “Quero parabenizar Pinochet, que evitou que o Chile se tornasse também uma Cuba, uma ditadura”. O presidente recorrentemente enaltece a atuação das Forças Armadas no período em que comandaram o Brasil, de 1964 a 1985, e critica a Comissão Nacional da Verdade, criada para apurar casos de assassinatos e de desaparecimentos durante o período da ditadura militar. Nos anos 2000, chegou a colocar cartazes na porta de seu gabinete na Câmara com a frase “Quem procura osso é cachorro”, uma alusão à busca por ossadas de desaparecidos na Guerrilha do Araguaia. Os dizeres foram utilizados pela oposição chilena para protestar contra a visita do presidente brasileiro na semana passada. No dia 24 de março, Sebastián Piñera, presidente do Chile, afirmou que não compartilhava das ideias do mandatário brasileiro sobre o período de ditaduras na América Latina. Piñera citou a frase sobre o Araguaia e disse que as manifestações do brasileiro sobre o tema são “tremendamente infelizes.” “O que meu filho [Carlos Bolsonaro] botou [em redes sociais] foi ‘Por que o Rodrigo Maia está nervoso?’. Nada mais além disso” Jair Bolsonaro, presidente da República, em entrevista concedida ao programa Brasil Urgente, da Band, em 27 de março de 2019 No dia 21 de março, o vereador Carlos Bolsonaro (PSL) compartilhou, em suas contas no Twitter e no Instagram, trecho de uma nota divulgada na noite anterior pelo ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro. Nela, lia-se o seguinte: “Talvez alguns entendam que o combate ao crime pode ser adiado indefinidamente, mas o povo brasileiro não aguenta mais”. Eram palavras do ministro, após saber que a discussão de seu projeto anti-crime havia sido adiada por Maia. Ao compartilhar esse trecho, Carlos tuitou a seguinte frase: “Há algo bem errado que não está certo!”. No Instagram, deixou a pergunta citada por Bolsonaro no programa de TV: “Por que o Presidente da Câmara anda tão nervoso?”. Os posts foram publicados no dia em que a Justiça Federal do Rio de Janeiro ordenou a prisão preventiva do ex-ministro e ex-governador do Rio Moreira Franco, sogro de Maia. Dias antes, Maia e Bolsonaro haviam trocado farpas sobre a falta de articulação política do governo em defesa da reforma da Previdência. Procurada, a assessoria do presidente disse que não comentaria as checagens. “[O Brasil foi] Um dos primeiros [países] a reconhecer o governo Guaidó” Jair Bolsonaro, presidente da República, em entrevista concedida ao programa Brasil Urgente, da Band, em 27 de março de 2019 Os Estados Unidos e o Brasil foram os primeiros países a reconhecer Juan Guaidó como “legítimo presidente interino da Venezuela”. Às 10h47 do dia 23 de janeiro, Trump informou em sua conta no Twitter que reconhecia Guaidó no cargo. Bolsonaro publicou conteúdo semelhante às 11h13. Em seu tuíte, o presidente brasileiro informou que o país apoia “política e economicamente o processo de transição para que a democracia e a paz social volte à Venezuela”. “[A China] É nosso primeiro parceiro comercial no mundo. O seguinte é os Estados Unidos” Jair Bolsonaro, presidente da República, em entrevista concedida ao programa Brasil Urgente, da Band, em 27 de março de 2019 Dados do Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços confirmam a frase do presidente. Em janeiro e fevereiro de 2019, a China aparece em primeiro lugar tanto no ranking de exportações (com US$ 8.320,87 milhões) quanto no de importações (US$ 7.703,21 milhões). Os Estados Unidos ficam em segundo nas duas listas, com US$ 4.466,31 milhões e US$ 4.346,1 milhões, respectivamente.
https://piaui.folha.uol.…onaro-datena.png
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['CHICO MARÉS', 'MAURÍCIO MORAES']
[]
['BAND', 'BOLSONARO', 'BRASIL URGENTE', 'CONGRESSO', 'DITADURA MILITAR', 'ECONOMIA', 'GOLPE MILITAR', 'JAIR BOLSONARO', 'JOSÉ LUIZ DATENA', 'POLÍTICA', 'PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA', 'PRESIDENTE', 'RODRIGO MAIA']
2021-05-14
['FALSO', 'FALSO', 'FALSO', 'VERDADEIRO, MAS', 'FALSO', 'VERDADEIRO', 'VERDADEIRO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/27/verificamos-ditadura-vala/
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#Verificamos: Imagem de ossadas em vala clandestina não é do Brasil, e sim da Argentina
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2019-03-27
Circula nas redes sociais uma imagem que mostra homens escavando um local onde há esqueletos humanos. A publicação afirma que se trata de ossadas que teriam sido enterradas durante a ditadura militar brasileira. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Em São Paulo, arqueólogos escavaram a Vala de Perus que foi utilizada para descartar corpos durante a ditadura militar, foram mais de 1.000 ossadas encontradas. Se vc acha que há razões para comemorar essa data, procure um psicólogo!” Imagem que até às 16h40 do dia 27 de março de 2019 já tinha mais de 3,6 mil compartilhamentos no Facebook A imagem verificada pela Lupa não é da “vala de Perus”, mas sim de uma escavação feita na região de San Vicente, Córdoba, na Argentina. Assim, não se refere à ditadura militar brasileira. A escavação registrada na foto, feita pela Equipe Argentina de Antropologia Forense (EAAF), iniciou em 2002. Um jornal argentino apontou que 135 cadáveres foram retirados da vala clandestina em 2003. Desses, 60 mostravam “traços de mortes violentas”, o que, segundo a publicação, poderia indicar que as mortes ocorreram durante o período da ditadura militar argentina. A chamada vala de Perus, citada na publicação, fica no cemitério Dom Bosco, em Perus, bairro da zona norte de São Paulo. O local foi descoberto em 1990, quando 1.049 ossadas não-identificadas foram retiradas de uma vala clandestina. O cemitério foi inaugurado em 1971 e, segundo registros, recebia corpos de indigentes e pessoas não-identificadas. Quatro ossadas retiradas da vala de Perus foram identificadas por um grupo de trabalho comandado pela Comissão dos Mortos e Desaparecidos Políticos. A mais recente é de Dimas Antonio Casemiro, identificada em dezembro de 2018. Ele desapareceu em 1971.
https://piaui.folha.uol.…/03/capa1964.png
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['NATHÁLIA AFONSO']
[]
['#VERIFICAMOS', 'DESINFORMAÇÃO', 'DITADURA', 'DITADURA MILITAR', 'FACEBOOK', 'FACEBOOK JOURNALISM PROJECT', 'FAKE NEWS', 'FOTO FALSA', 'INFORMAÇÃO FALSA', 'MILITARES', 'MORTOS', 'NO FACEBOOK', 'PERUS', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'REGIME MILITAR', 'SÃO PAULO', 'VALA', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICADO']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/27/michelle-dilma-lua-sol/
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#Verificamos: Michelle Bolsonaro e Dilma Rousseff não disseram que a lua é mais importante do que o sol
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2019-03-27
Circulam nas redes sociais imagens da primeira-dama Michelle Bolsonaro e da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) acompanhadas de uma frase que elas teriam dito em público, enaltecendo o sol em detrimento da lua. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “A lua é muito mais importante que o sol, porque ela vem a (sic) noite, quando está escuro. Já o sol aparece de dia, quando já está tudo claro, ou seja, não tem utilidade nenhuma” Frase atribuída à primeira-dama Michelle Bolsonaro em post publicado no Facebook (aqui) que, até as 15h do dia 27 de março, já tinha sido compartilhado 117 vezes Frase atribuída à ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em post publicado no Facebook (aqui) que, até as 15h do dia 27 de março, já tinha sido compartilhado 17 vezes É falso que a primeira-dama e a ex-presidente tenham dito em público a frase analisada pela Lupa. Na verdade, trata-se de uma anedota do mulá Nasrudin, presente na coletânea de sátiras reunidas no livro “As gaiatices do Incrível Mulá Nasrudin”, escrito pelo mestre da tradição sufi Idries Shah. Nasrudin foi um mulá satírico sufi que viveu na Turquia e é bastante conhecido no Oriente, especialmente entre os sufistas. E foi como um dos maiores estudiosos do sufismo que o indiano Idries Shah decidiu reunir em livro estas anedotas. As frases difundidas como de autoria da atual primeira-dama brasileira e/ou pela ex-presidente fazem parte da parábola “Mais útil”: “Nasrudin entrou na casa de chá e declarou: – A lua é mais útil do que o sol. – Por quê, mulá? – Precisamos mais de luz durante a noite do que durante o dia” Há uma construção semelhante – em tom de piada – no programa de televisão do Chaves. Em um dos capítulos, uma personagem diz que “a luz elétrica é mais importante do que o sol porque ela aparece a noite, quando está escuro e clareia tudo. Já o sol aparece de dia quando tudo está claro, ou seja, não tem função nenhuma”. Checagens semelhantes foram publicadas pelos sites Boatos.org e Aos Fatos.
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['GILBERTO SCOFIELD JR.']
[]
['#VERIFICAMOS', 'BOLSONARO', 'DILMA', 'DILMA ROUSSEFF', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'IDRIES SHAH', 'LUA', 'MICHELLE', 'MICHELLE BOLSONARO', 'NASRUDIN', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PIADA', 'PSL', 'PT', 'SÁTIRA', 'SOL']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/27/doria-band-seguranca/
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Em entrevistas, Doria erra ao falar sobre PCC e teleaudiência de presos
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2019-03-27
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), tem se posicionado como líder dos estados no apoio à reforma da Previdência. Em 23 de março, ele almoçou com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), que cobrou do presidente Jair Bolsonaro (PSL) maior articulação política do Palácio do Planalto em defesa da medida. Doria disse que apoia Maia e confia na sua conduta. Recentemente, o governador paulista também deu entrevistas para a BandNews e a Rádio Bandeirantes. Checamos algumas das frases ditas por ele nessas ocasiões. Veja, a seguir, o resultado: “Todos os presídios de São Paulo (…) já têm as salas de teleaudiência” João Doria, governador de São Paulo, em entrevista à BandNews em 19 de março de 2019 O estado de São Paulo conta com 37 salas de teleaudiência em presídios, de acordo com informações enviadas por e-mail pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). O órgão diz ainda que está prevista a instalação de outras duas, sem precisar a data em que isso será feito. Esse número é bem menor do que o das atuais 171 unidades prisionais existentes no estado, das quais 86 são penitenciárias. Portanto, não há salas de teleaudiência em todos os presídios, como disse Doria. Na verdade, se considerados apenas os estabelecimentos penais dessa categoria, 43% do total contam com essa tecnologia para interrogatório de detentos. Existem outras 25 salas de teleaudiência no estado, localizadas em fóruns e Tribunais de Justiça. O projeto de instalação dessas salas começou na década passada, mas o ritmo de criação de novas unidades está praticamente paralisado desde 2013. Procurada, a assessoria de Doria informou que vai ampliar o número de presídios que contam com salas de teleaudiência. “Ele [Márcio França] descumpriu uma medida judicial que determinava que o comando do PCC, o Marcola e outros líderes fossem transferidos para prisões federais” João Doria, governador de São Paulo, em entrevista à BandNews no dia 19 de março de 2019 Na verdade, a transferência de Marcos William Herbas Camacho, o Marcola, líder da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), e de outros 21 integrantes da organização criminosa não ocorreu no ano passado porque houve violação de sigilo das informações sobre o procedimento. O juiz responsável pela análise da solicitação, Paulo Eduardo de Almeida Sorci, da 5ª Vara das Execuções Criminais, decidiu adiar a medida, em despacho do dia 14 de dezembro de 2018. Logo, não houve nenhuma determinação judicial que o governador Márcio França (PSB) teria descumprido, como afirmou Doria. O Ministério Público pediu a transferência em 28 de novembro de 2018, segundo dados do processo disponíveis no site do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). A decisão veio após uma investigação ter mostrado a existência de um plano de resgate da cúpula do PCC, detida na Penitenciária 2, em Presidente Venceslau, no interior do estado. Embora a solicitação corresse em segredo de Justiça, reportagem da Folha de S.Paulo, em 2 de dezembro, revelou o requerimento feito pela promotoria. No despacho publicado em 14 de dezembro, o juiz Paulo Sorci afirmou não haver mais condições para executar o procedimento. “A divulgação pública (nacional) simplesmente destruiu o sigilo imprescindível para a possível adoção da transferência da cúpula organização criminosa”, escreveu. Em outro trecho, Sorci chamou o vazamento de “surreal” e criticou o trabalho da imprensa, acrescentando que isso teve como consequência o planejamento de atentados contra um promotor e um coordenador de presídios. “O país da piada pronta precisa efetivamente contar com uma imprensa totalmente séria e responsável. Um jornalismo que precise, talvez, melhor refletir sobre o seu verdadeiro papel na divulgação de informações envolvendo o combate ao crime organizado”, afirmou o juiz. Ao concluir, Sorci ponderou que era preciso esperar pela saída temporária dos 33 mil presos em regime semiaberto, que ocorreu por conta das festividades de Natal e Ano-Novo, antes de se realizar a transferência. Segundo ele, o estado não tinha como monitorar eletronicamente os milhares de “presos soltos” naquele período, que poderiam ser um risco para a operação. A transferência ocorreu apenas em 13 de fevereiro. Na época, Doria fez a mesma afirmação e foi contestado por França. “Enquanto estive como governador, não houve nenhuma decisão da Justiça, apenas pedido do Ministério Público, sem decisão judicial”, disse o ex-governador, por meio de sua assessoria. Procurada, a assessoria de Doria afirmou que o governador se referia à “decisão do juiz Paulo Sorci, da 5ª Vara das Execuções Criminais de São Paulo, que determinou em novembro de 2018 a transferência imediata de integrantes da cúpula da facção criminosa para um presídio federal”. A única decisão do juiz Sorci que menciona a transferência de alguns integrantes do PCC, em novembro, não cita Marcola e os principais membros da cúpula da organização criminosa. A medida é anterior ao requerimento feito pelo MP para que os líderes passassem a cumprir pena em presídios federais de segurança máxima – o que só foi determinado por Sorci este ano. “Acho que mais de 60% da Assembleia Legislativa de São Paulo teve renovação” João Doria, governador de São Paulo, em entrevista à Rádio Bandeirantes no dia 20 de março de 2019 O site da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo informa que a renovação da Casa foi de 54% nas eleições de 2018 – e não de “mais de 60%”, como afirmou o governador de São Paulo, João Doria. Dos 94 deputados estaduais, 43 foram reeleitos e outros 51 foram eleitos – desses, 48 se elegeram para o cargo pela primeira vez. Procurada, a assessoria de Doria informou que o próprio governador afirmou na entrevista que poderia estar equivocado. “Todo o sistema de balsas será privatizado” João Doria, governador de São Paulo, em entrevista à Rádio Bandeirantes no dia 20 de março de 2019 Essa promessa feita pelo governador de São Paulo, João Doria, já é meta do político desde sua campanha para o cargo. No dia 15 de outubro, Doria criticou o tempo de espera das balsas e afirmou que, caso eleito, iria privatizar as balsas, visando implementar “serviços de qualidade” aos usuários do transporte. Em seu primeiro mês como governador, Doria encaminhou para a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) um projeto de lei que visava desestatizar a Dersa – Desenvolvimento Rodoviário S/A, que controla as balsas do estado. Atualmente, o PL está em tramitação urgente dentro da Casa. Procurada, a assessoria de Doria informou que o Conselho Gestor de PPPs e Concessõe do Governo do Estado já autorizou a concessão dos serviços de oito travessias litorâneas. A previsão é de que até o final deste ano seja fechado o resultado do edital. “A arrecadação do estado [de São Paulo] apresentou, em janeiro, (…) um crescimento moderado” João Doria, governador de São Paulo, em entrevista à BandNews no dia 19 de março de 2019 O Relatório da Receita Tributária mais recente disponível, de fevereiro de 2019, traz os dados referentes a janeiro. No primeiro mês de governo de João Doria, o estado de São Paulo arrecadou R$ 19,7 bilhões. O valor representa um aumento de 1,7% em relação ao mesmo mês de 2018, em valores corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O documento destaca ainda um crescimento de 1,5% ao comparar os 12 meses que vão de fevereiro de 2018 a janeiro de 2019 com o período anterior. A arrecadação do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), cujo pagamento pode ser feito com desconto em janeiro, contribuiu para o resultado positivo. Ao todo, R$ 6,5 bilhões tiveram essa origem e representaram 33% das receitas obtidas pela estado no mês. “[Janaína Paschoal ] Deputada estadual mais bem votada no país na história” João Doria, governador de São Paulo, em entrevista à Rádio Bandeirantes no dia 20 de março de 2019
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['MAURÍCIO MORAES', 'NATHÁLIA AFONSO']
[]
['ALESP', 'ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE SÃO PAULO', 'BALSA', 'DORIA', 'GOVERNO', 'GOVERNO DE SÃO PAULO', 'GOVERNO DE SP', 'JOAO DORIA', 'MÁRCIO FRANÇA', 'PRESÍDIOS', 'PRIVATIZAÇÃO', 'PSDB', 'PSDB-SP', 'SÃO PAULO', 'SEGURANÇA', 'SEGURANÇA PÚBLICA', 'SP', 'TRANSPORTE', 'TRANSPORTE PÚBLICO']
2021-05-14
['FALSO', 'FALSO', 'EXAGERADO', 'DE OLHO', 'VERDADEIRO', 'VERDADEIRO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/26/verificamos-lava-jato-eua/
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#Verificamos: É falso que Procurador-Geral dos EUA disse que Lava Jato atende a interesses americanos
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2019-03-26
Circula nas redes sociais que o Procurador-Geral dos Estados Unidos teria “rompido o silêncio” e afirmado que a Operação Lava Jato foi criada para atender a interesses norte-americanos. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Procurador Geral dos EUA rompe o silêncio e diz que a Lava Jato foi criada para atender interesse dos Estados Unidos!” Publicação que, até as 18h do dia 26 de março de 2019, tinha sido compartilhada 13 mil vezes no Facebook A informação verificada pela Lupa é falsa. O texto que acompanha o vídeo menciona frases que não foram ditas por Kenneth Blanco em sua fala no evento reproduzido na publicação. O cargo atribuído a ele também está errado. Na gravação de três minutos, extraída de um Webcast promovido pelo Atlantic Council em julho de 2017, Blanco fala sobre o relacionamento entre as procuradorias americana e brasileira e suas atuações em investigações recentes. Ele chega a citar resoluções de crimes financeiros e de corrupção que tiveram a cooperação entre os dois escritórios como ponto central. Segundo Blanco, a relação é “íntima” e “construída à base de confiança”. Em nenhum momento ele fala sobre os objetivos da criação da Lava Jato ou mesmo que eles tenham relação com “interesses americanos”. Essa expressão não consta no vídeo em questão. O texto do post verificado pela Lupa também acusa Blanco de ter admitido que o “relacionamento íntimo entre procuradores dos EUA e do Brasil na Lava-Jato é feito de forma clandestina com o objetivo de se apoderarem do patrimônio público do povo brasileiro, como o Pré-sal e própria Petrobras”. O que ele afirma é que a cooperação entre os dois escritórios não depende apenas “de procedimentos oficiais, como tratados de assistência jurídica mútua, que geralmente levam tempo e recursos consideráveis para serem escritos, traduzidos, transmitidos oficialmente e respondidos”. Como exemplo de outros procedimentos adotados, Blanco cita ligações telefônicas para solicitações de ajuda em relação às investigações, feitas de uma procuradoria a outra. Além disso, não cita o pré-sal e menciona a Petrobras apenas ao descrever o caso do ex-presidente Lula. Leia aqui a íntegra do pronunciamento. No evento, intitulado “Lições do Brasil: Crise, Corrupção e Cooperação Geral”, Blanco se apresenta como Procurador-geral Assistente em Exercício pela Divisão Criminal do Departamento de Justiça americano. O cargo é o máximo da Divisão Criminal, um dos escritórios subordinados à Procuradoria-Geral dos EUA. Ou seja: Blanco não era, e nem nunca foi, o Procurador-Geral americano, cargo hoje exercido por William Barr e, à época da gravação, por Jeff Sessions. Originalmente, ele é um dos procuradores-adjuntos assistentes da Divisão Criminal e também ministra aulas na escola de Direito da Universidade Georgetown.
https://piaui.folha.uol.…radoreuatopo.png
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['CLARA BECKER']
[]
['#VERIFICAMOS', 'ESTADOS UNIDOS', 'EUA', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'LAVA JATO', 'PETROBRAS', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'REDES SOCIAIS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/26/verificamos-canibal-canada/
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#Verificamos: É falso que canibal comeu 23 entregadores de pizza, seis testemunhas de Jeová e dois carteiros nos últimos sete anos
null
2019-03-26
Circula nas redes sociais que a polícia de Houston, nos Estados Unidos, teria prendido um homem responsável pelo desaparecimento de ao menos 31 pessoas na última década. O criminoso, supostamente chamado Ivan Fedorovitch Yanukovych, teria admitido que atacava entregadores de pizza, testemunhas de Jeová e carteiros para comê-los. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Canibal comeu 23 entregadores de pizza, seis testemunhas de Jeová, dois carteiros nos últimos sete anos” Publicação que, até as 15h do dia 22 de março de 2019, tinha sido compartilhada 32 mil vezes no Facebook A informação analisada pela Lupa é falsa. Não há registro de caso semelhante na imprensa americana. O boato tem origem em um site satírico canadense, o World News Daily Report, que no dia 12 de fevereiro deste ano publicou artigo intitulado “Canibal comeu 23 entregadores de pizza, seis testemunhas de Jeová e dois carteiros nos últimos sete anos”. Este site é conhecido por publicar histórias inventadas envolvendo crimes bárbaros, hábitos sexuais bizarros ou acidentes estranhos. Apesar de um disclaimer no pé da página alertar que o conteúdo é satírico e ficcional, muitas pessoas levaram a sério e republicaram. O texto chegou a ser traduzida em diversas línguas, além do português, como o alemão, por exemplo. Além disso, a foto de Ivan Fedorovitch Yanukovych circula na internet desde pelo menos 2010, de acordo com a ferramenta TinEye. A imagem chegou a ilustrar outras “notícias” como a história de um romeno que levou a sua esposa morta para um último jantar romântico. Checagem semelhante foi feita pelo site e-farsas.com
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['CLARA BECKER']
[]
['#VERIFICAMOS', 'ANTROPOFAGIA', 'CANIBAL', 'CANIBALISMO', 'CARTEIROS', 'ENTREGADOR DE PIZZA', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'TESTEMUNHAS DE JEOVÁ', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/26/verificamos-adega-lula/
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#Verificamos: Não é de Lula adega mostrada em vídeo que circula nas redes sociais
null
2019-03-26
Circula nas redes sociais vídeo mostrando uma adega que pertenceria ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Querem conhecer uma das adegas de Lula, o presidente quase analfabeto dos pobres? Lula, que tirou milhões da pobreza?” Legenda de vídeo publicado no Facebook (aqui e aqui) que, até as 20h do dia 25 de março, já tinha sido compartilhado 1,7 mil vezes É falso que a adega mostrada no vídeo analisado pela Lupa pertença ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na verdade, ela faz parte do restaurante Durski, em Curitiba, de propriedade do chef e empresário Junior Durski – um dos sócios da rede de hamburguerias Madero. Fotos da adega publicadas em reportagens (ver aqui, aqui e aqui) mostram cenário idêntico ao do vídeo. Além disso, alguns dos vinhos raros citados nas imagens também estão na lista de bebidas no site do restaurante. O vídeo foi feito por um visitante da adega e não menciona nem o nome de Lula, nem o de Durski. É afirmado, entretanto, que se trata de uma das melhores adegas do Brasil e que fica em Curitiba. Vale lembrar que o ex-presidente não tem propriedades na capital paranaense e nunca morou na cidade – embora esteja, atualmente, preso lá. Esta informação também foi verificada pelo site Boatos.org.
https://piaui.folha.uol.…ulaadegatopo.png
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['CHICO MARÉS']
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['#VERIFICAMOS', 'ADEGA', 'ADEGA DO LULA', 'CORRUPÇÃO', 'DESINFORMAÇÃO', 'DURSKI', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'JUNIOR DURSKI', 'LAVA JATO', 'LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA', 'LULA', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VINHO']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/25/verificamos-bolsonaro-impeachment-temer/
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#Verificamos: É falso que Bolsonaro votou a favor de arquivamento de denúncias contra Temer
null
2019-03-25
Circula nas redes sociais foto do presidente Jair Bolsonaro (PSL) acompanhada de texto dizendo que ele votou “contra o impeachment” do ex-presidente Michel Temer (MDB). Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Será que dá para apagar aquele vídeo que votei contra o impeachment do Temer (…)” Texto em imagem publicada no Facebook, que até as 17h do dia 25 de março de 2019, havia sido compartilhada 4,6 mil vezes Ao longo de seus dois anos e meio de mandato, Michel Temer (MDB) não chegou a ser alvo de um processo de impeachment. Ele foi, na verdade, denunciado por crime de corrupção passiva duas vezes, por parte da Procuradoria-Geral da República (PGR). Nesse caso, pela legislação, Temer deveria ser afastado da presidência para que o julgamento prosseguisse, mas o afastamento precisaria ser autorizado pela Câmara. Nas duas ocasiões, o plenário da Casa votou contra a aceitação da denúncia, mas Jair Bolsonaro (então deputado federal pelo PSC-RJ) votou a favor do prosseguimento. A primeira denúncia foi apresentada no dia 26 de junho de 2017 pelo procurador-geral à época, Rodrigo Janot. A comissão que analisou o caso apresentou parecer indeferindo a ação. O parecer foi votado em plenário no dia 2 de agosto. Bolsonaro votou contra o indeferimento, ou seja, a favor do prosseguimento da ação. O parecer, no entanto, foi aprovado por 267 votos a 227, livrando Temer do processo. Um mês depois dessa votação, em 14 de setembro de 2017, o ex-presidente foi denunciado pela segunda vez. Novamente, uma comissão analisou o caso e votou pelo indeferimento da ação. Bolsonaro, mais uma vez, votou contra o indeferimento e, assim como na votação anterior, o parecer foi aprovado, desta vez por 251 votos a 233. “(…) E o outro que eu dizia que era um crime uma pessoa se aposentar somente aos 65 anos de idade?” Texto em imagem publicada no Facebook, que até as 17h do dia 25 de março de 2019, havia sido compartilhada 4,6 mil vezes Em discurso feito quando ainda era deputado federal, Bolsonaro declarou o seguinte: “A expectativa de vida no Nordeste está na casa dos 70 anos. Querer aprovar uma reforma com 65 anos [como idade mínima para aposentadoria], é, no mínimo, uma falta de humanidade. Querer uma contribuição de 49 anos, isso é um crime.” Ele comentava a proposta de reforma da previdência do então presidente Michel Temer, a PEC 287/2016, que estabelecia, inicialmente, idade mínima de 65 anos e 49 anos de contribuição para receber a aposentadoria integral. Durante a tramitação do projeto, o limite de idade foi reduzido para 62 anos para mulheres e a contribuição mínima para aposentadoria integral passou para 40 anos. A PEC 6/2019, apresentada pelo poder Executivo em fevereiro, prevê uma idade mínima de 62 anos para mulheres, 65 anos para homens e aposentadoria integral após 40 anos de contribuição.
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['CHICO MARÉS']
[]
['#VERIFICAMOS', 'AFASTAMENTO', 'BOLSONARO', 'CÂMARA', 'CÂMARA FEDERAL', 'CONGRESSO', 'DENÚNCIA', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'IMPEACHMENT', 'JAIR BOLSONARO', 'MICHEL TEMER', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PREVIDÊNCIA', 'REFORMA DA PREVIDÊNCIA', 'TEMER', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO', 'VERDADEIRO, MAS']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/25/verificamos-maia-chile-brasileiro/
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#Verificamos: É falso que Rodrigo Maia não pode presidir a Câmara porque nasceu no Chile
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2019-03-25
Circula pelas redes sociais a “informação” de que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não nasceu no Brasil e, por isso, não poderia ocupar a liderança de uma das casas do Congresso Nacional. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Rodrigo Maia não nasceu no Brasil (…)” Texto que acompanha a imagem que até as 16h do dia 25 de março de 2019 já tinha mais de 7,6 mil compartilhamentos no Facebook O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, é natural de Santiago, capital do Chile. Ele nasceu no dia 12 de junho de 1970. Mas Rodrigo não é considerado estrangeiro pelas autoridades nacionais. Ele foi (naturalizado) registrado brasileiro no mesmo ano de seu nascimento, no consulado do Brasil em Santiago. Esta medida está prevista na Constituição Federal para nascidos no exterior que sejam filhos de pais brasileiros. Com esse registro, eles são considerados brasileiros natos pela lei nacional. À época, o pai de Rodrigo, César Maia, estava exilado no Chile e, segundo entrevista ao jornal Nexo, decidiu registrar os filhos desta forma porque “pensava em voltar ao Brasil”. A Constituição considera brasileiros natos os filhos de pai ou mãe brasileiros nascidos no exterior, desde que registrados em “repartição brasileira competente” ou que venham a residir no Brasil e optem pela nacionalidade brasileira após a maioridade. O Ministério das Relações Exteriores informa que filhos de brasileiros nascidos no exterior que não atendam a essas exigências são considerados estrangeiros pelas autoridades nacionais. “(…) e não pode ser o Presidente da Câmara” Texto que acompanha a imagem que até às 16h do dia 25 de março de 2019 já tinha mais de 7,6 mil compartilhamentos no Facebook Rodrigo Maia é brasileiro nato. E segundo o artigo 12 da Constituição Federal de 1988, brasileiros natos podem assumir cargos em diversos níveis, incluindo presidente da Câmara dos Deputados. Isso significa que Rodrigo Maia não descumpriu nenhuma lei brasileira e sua eleição para presidente da Casa é permitida de acordo com a legislação brasileira. Uma checagem semelhante foi feita pelo Aos Fatos. Nota: esta reportagem faz parte do projeto de verificação de notíciasno Facebook. Dúvidas sobre o projeto? Entre em contato direto com o Facebook.
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['NATHÁLIA AFONSO']
[]
['#VERIFICAMOS', 'CÂMARA', 'CÂMARA DOS DEPUTADOS', 'CESAR MAIA', 'CHILE', 'DEM', 'DEPUTADO FEDERAL', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FACEBOOK JOURNALISM PROJECT', 'FALSO', 'INFORMAÇÃO FALSA', 'NO FACEBOOK', 'RODRIGO MAIA', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['VERDADEIRO', 'FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/25/verificamos-poco-artesiano-exercito-nordeste/
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#Verificamos: É antiga foto de poço artesiano perfurado pelo Exército em cidade do Nordeste
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2019-03-25
Circula em redes sociais a foto de um militar do Exército diante de um poço artesiano que acaba de ser perfurado. A legenda “informa” que isso ocorreu no dia 8 de março, na cidade de Caicó, no Rio Grande do Norte. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “O Exército Brasileiro conseguiu, ontem, encontrar água ao perfurar um poço em Caicó, no Nordeste. A água jorrou com força e foi encontrada em um terreno onde atualmente funciona um complexo de creches cujo abastecimento hídrico é feito por caminhão pipa. Alguém viu isso na televisão ou no jornal?” Legenda de imagem que, até as 14h do dia 25 de março de 2019, tinha sido compartilhada mais de 71 mil vezes no Facebook A informação verificada pela Lupa é falsa. O poço artesiano registrado na imagem foi perfurado no dia 22 de setembro de 2015, e não em 8 de março de 2019, conforme indica a publicação. A foto realmente foi feita na cidade de Caicó, no Rio Grande do Norte. Na época, diante da seca que atingia a cidade, a prefeitura de Caicó contratou o 1º Batalhão de Engenharia e Construção (BEC) do Exército para fazer poços e minimizar os problemas com o abastecimento de água. As fotos da perfuração circularam em blogs locais, que citam a assessoria de comunicação da prefeitura como autora das imagens. A obra foi feita na área do antigo Hospital Psiquiátrico Milton Marinho, fechado em 2006 após denúncias de maus tratos e mortes de pacientes nos anos anteriores.Há um vídeo no YouTube que mostra o momento da perfuração. Outro poço artesiano foi feito na cidade pelo 1º BEC, nas imediações do fórum municipal.
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['MAURÍCIO MORAES']
[]
['#VERIFICAMOS', 'EXÉRCITO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'FORÇAS ARMADAS', 'MILITARES', 'NO FACEBOOK', 'NORDESTE', 'NOTÍCIA FALSA', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'SECA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/25/erros-acertos-alcolumbre-maia/
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Senado, previdência, turismo e homofobia: erros e acertos de Alcolumbre e Maia
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2019-03-25
Na última semana, os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Rodrigo Maia, concederam entrevistas e falaram sobre suas atuações no Congresso. Eleito pela primeira vez ao cargo, Alcolumbre participou do Roda Viva, onde criticou antecessores. Maia, por sua vez, foi o entrevistado do Em foco com Andréia Sadi e também falou à BandNews. A Lupa acompanhou o que eles disseram e checou a veracidade de algumas frases. Veja o resultado: “É a primeira vez que um senador de primeiro mandato é eleito presidente [do Senado]” Davi Alcolumbre, presidente do Senado Federal, em entrevista ao programa Roda Viva no dia 18 de março O antecessor de Davi Alcolumbre na presidência do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), também estava em seu primeiro mandato quando foi eleito presidente do Senado. Eunício se elegeu senador em 2010, com mandato até fevereiro de 2019. A única diferença é que Davi assumiu a presidência no seu quinto ano de mandato, e Eunício no sétimo. Nos últimos 20 anos, outros dois senadores foram eleitos para presidir a Casa em seu primeiro mandato: Ramez Tebet (MDB-MS, entre 2001 e 2003) e Jader Barbalho (MDB-PA, em 2001). Procurado, Alcolumbre não se manifestou. “Nunca um presidente do Senado visitou [o Ministério da Defesa]” Davi Alcolumbre, presidente do Senado Federal, em entrevista ao programa Roda Viva no dia 18 de março Em 5 de setembro de 2018, o então ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, recebeu o senador Eunício de Oliveira (MDB-CE), então presidente do Senado, no Ministério da Defesa. Assim, Alcolumbre não foi o único presidente da Casa a visitar o titular da pasta, como afirmou no Roda Viva. Procurado, Alcolumbre não se manifestou. “O Senado tem devolvido, ao longo dos últimos anos, recursos para o Tesouro, uma média de R$ 200 milhões a R$ 250 milhões nos últimos cinco anos” Davi Alcolumbre, presidente do Senado Federal, em entrevista ao programa Roda Viva no dia 18 de março Nos últimos cinco anos, o Senado devolveu uma média de R$ 229,3 milhões ao Tesouro Nacional. Esses valores dizem respeito ao dinheiro reservado ao funcionamento da Casa no orçamento, mas que não chega a ser utilizado. Em 2013, o montante alcançou R$ 300,5 milhões. Em 2016, o ano com a menor poupança dos últimos cinco, foram devolvidos R$ 94,7 milhões. As informações foram extraídas do Siga Brasil pela assessoria de imprensa do Senado. “Nós temos 7 milhões de habitantes no campo (…) e 9 milhões de aposentados [rurais]” Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, em entrevista à BandNews, no dia 20 de março de 2019 Segundo o Censo de 2010, o número de habitantes na zona rural brasileira é de 29,8 milhões. Esse é o dado mais recente, e representa 15,6% da população total verificada pelo IBGE à época, de 190,8 milhões de habitantes. A população do campo se encontra em queda, em números absolutos, desde 1970, quando o total de pessoas vivendo em zonas rurais era de 41,6 milhões (44% do total da época, 94,5 milhões). Já o número de aposentadorias rurais emitidas era de 6,976 milhões, segundo o Boletim Estatístico da Previdência Social de janeiro de 2019. O total de beneficiários da previdência, que inclui pensionistas por morte e pessoas que recebem auxílios como o auxílio-doença e o auxílio-reclusão, atinge o patamar citado por Maia: 9,501 milhões. Procurado, Maia não retornou. “[Rio de Janeiro] Sempre foi a porta de entrada do turismo [no país]” Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, em entrevista à BandNews, no dia 20 de março de 2019 Segundo dados do Ministério do Turismo, desde 1995, a principal porta de entrada de turistas estrangeiros no Brasil é o estado de São Paulo. Em 2017, último ano com informações disponíveis, 2,144 milhões chegaram ao país por SP, enquanto 1,355 milhões chegaram pelo Rio de Janeiro. Também são portas de entrada relevantes no país o Rio Grande do Sul (1,270 milhões) e o Paraná (896 mil). Ao todo, 6,588 milhões de turistas desembarcaram no país naquele ano. Segundo o ministério, entre 1989, data mais antiga disponível, e 1992, o RJ foi o principal ponto de entrada de turistas no país. Nos anos de 1993 e 1994, a entrada de turistas foi maior pelo Rio Grande do Sul. Vale pontuar que a porta de entrada não é, necessariamente, o destino final. Procurado, Maia não retornou. “Aprovamos a criminalização da homofobia na Câmara, e o Senado rejeitou” Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, em entrevista ao programa Em foco com Andréia Sadi no dia 20 de março de 2019
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['CHICO MARÉS', 'CLARA BECKER', 'NATHÁLIA AFONSO']
[]
['CÂMARA', 'CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA', 'DAVI ALCOLUMBRE', 'HOMOFOBIA', 'PREVIDÊNCIA', 'REFORMA DA PREVIDÊNCIA', 'RODRIGO MAIA', 'SENADO', 'TURISMO']
2021-05-14
['FALSO', 'FALSO', 'VERDADEIRO', 'FALSO', 'FALSO', 'VERDADEIRO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/22/verificamos-assessora-marielle-digitais/
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#Verificamos: É falso que digitais de assessora de Marielle foram achadas no carro dos assassinos da vereadora
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2019-03-22
Circula em redes sociais a “informação” de que impressões digitais de uma das assessoras de Marielle Franco (Psol) foram encontradas na maçaneta da porta do carro utilizado pelos assassinos da vereadora. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “As impressões digitais de uma das assessoras de Marielle são encontradas na maçaneta da porta do carro dos assassinos” Informação que até as 16h do dia 22 de março de 2019 tinha quase 5 mil compartilhamentos no Facebook A informação verificada pela Lupa é falsa. O carro utilizado pelos assassinos de Marielle nunca foi encontrado. Assim, não é possível que impressões digitais de uma das assessoras da vereadora tenham sido descobertas na maçaneta do veículo. Em entrevista no dia 12 de março de 2019, o delegado Giniton Lages, que era responsável pelo caso, disse que a última movimentação do automóvel detectada pela Polícia Civil ocorreu no dia 2 de dezembro de 2018. O inquérito cita câmeras de monitoramento como a origem dessa informação. Contudo, o delegado também afirmou que, na noite do assassinato, uma das assessoras que acompanhavam Marielle chegou a tocar a maçaneta do veículo dos assassinos. Ela teria confundido com um carro que havia solicitado por aplicativo. Isso também foi visto em imagens de câmeras de monitoramento próximas ao local. Vale ressaltar, ainda, que a assessora que tocou o carro dos assassinos não é Fernanda Chaves, assessora de Marielle que estava dentro do carro da vereadora quando os disparos foram efetuados. No dia 12 de março, o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz foram presos, suspeitos de assassinarem a vereadora Marielle Franco em março de 2018. O inquérito segue em sigilo.
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null
['NATHÁLIA AFONSO']
[]
['#VERIFICAMOS', 'CASO MARIELLE', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FACEBOOK JOURNALISM PROJECT', 'FALSO', 'GINITON LAGES', 'INFORMAÇÃO FALSA', 'MARIELLE', 'MARIELLE FRANCO', 'NO FACEBOOK', 'PSOL', 'RIO DE JANEIRO', 'VEREADORA', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICADO']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/21/verificamos-aecio-gilmar/
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#Verificamos: É antiga e não ‘confirma crimes’ gravação de conversa telefônica entre Gilmar e Aécio
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2019-03-21
Circula nas redes sociais a gravação de uma conversa telefônica entre o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. A legenda afirma que a conversa é “bomba atômica prestes a explodir”. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Bomba atômica prestes a explodir! PF intercepta ligação telefônica entre Aécio e Gilmar Mendes, com confirmação de crimes entre ambos” Vídeo publicado no Facebook e no Twitter no dia 20 de março que, até as 16h30 do dia 21 de março, já tinha sido compartilhado e retuitado mais de 1,2 mil vezes A gravação analisada pela Lupa é de 2017, e não menciona qualquer crime. Nela, Aécio pede um favor a Gilmar Mendes. O então senador solicita que o ministro ligue para Flexa Ribeiro (PSDB-PA), que também era senador, e recomende a votação de um determinado projeto – que não é detalhado no telefonema, mas, segundo o jornal O Globo, versaria sobre abuso de autoridade. Na gravação, feita pela Polícia Federal (PF) no dia 26 de abril de 2017, Aécio diz o seguinte: “Gilmar, você sabe um telefonema que você poderia dar que me ajudaria na condução lá? Era o Flexa, viu”. Gilmar responde que falará com ele e explica que também conversou com Antônio Anastasia (PSDB-MG) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) sobre o assunto. Aécio, então, diz que Flexa é um dos três representantes do PSDB em comissão que discute o tema e reitera a Gilmar que ele deve orientá-lo a acompanhar sua posição porque “ele [Flexa] não é muito assim de entender a profundidade da coisa”. Aécio explica, ainda, sua estratégia: votar o texto-base e depois apresentar propostas contrárias como destaques, “para dar uma satisfação para a bancada”. Gilmar afirma que vai ligar para Flexa, e a ligação acaba.
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['CHICO MARÉS']
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['#VERIFICAMOS', 'AÉCIO', 'AÉCIO NEVES', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'GILMAR', 'GILMAR MENDES', 'JUSTIÇA', 'LIGAÇÃO', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'O GLOBO', 'PF', 'POLÍCIA FEDERAL', 'SENADO', 'SENADO FEDERAL', 'STF', 'SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/21/verificamos-bolsonaro-ronnie-lessa/
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#Verificamos: Denunciado por homicídio de Marielle não morava em uma das casas de Bolsonaro
null
2019-03-21
Circula nas redes sociais a informação de que a casa onde morava o policial militar reformado Ronnie Lessa, um dos suspeitos de matar a vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), constaria na declaração de bens do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “A casa onde mora o matador de Marielle e Anderson pertence ao presidente Bolsonaro, está na declaração de bens dele ao TSE” Publicação que, até as 17h30 do dia 13 de março de 2019, tinha sido compartilhada ao menos mil vezes no Facebook Ronnie Lessa, apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) como autor dos disparos contra a vereadora Marielle Franco, é vizinho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), mas sua casa não está no nome do presidente. Segundo o jornal O Globo, o inquérito da Polícia Civil que investiga o caso especifica que Lessa reside na casa 65/66 do Condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca, zona Oeste do Rio de Janeiro. Reportagens de Folha de São Paulo e Época confirmam que a casa geminada alugada por Lessa é a de número 65/66. Essa casa não consta na declaração de bens do presidente Bolsonaro ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo o TSE, Bolsonaro é proprietário de duas casas no condomínio Vivendas da Barra: uma de número 36 e outra de número 56. Elas foram declaradas no valor de R$603,8 mil e R$ 400 mil, respectivamente. A informação também foi verificada pelo jornal O Globo e pelo site Aos Fatos.
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null
['CLARA BECKER']
[]
['#VERIFICAMOS', 'BARRA DA TIJUCA', 'BOLSONARO', 'DECLARAÇÃO DE BENS', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'JAIR BOLSONARO', 'MARIELLE', 'MARIELLE FRANCO', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PSL', 'PSOL', 'RIO DE JANEIRO', 'RJ', 'RONNIE LESSA', 'TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL', 'TSE', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VIVENDAS DA BARRA']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/21/verificamos-estrada-bolsonaro-nordeste-rj/
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#Verificamos: Foto de ‘2ª estrada que Bolsonaro inaugurou no Nordeste’ mostra rodovia no RJ
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2019-03-21
Circula nas redes sociais uma foto que mostra uma estrada em obras, acompanhada de uma legenda que “informa” que se trata da segunda rodovia inaugurada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) no Nordeste em menos de dez dias. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Bolsonaro destaca 2ª inauguração de rodovia em menos de 10 dias no Nordeste” Legenda de imagem que, até as 12h do dia 20 de março de 2019, tinha sido compartilhada mais de 34 mil vezes no Facebook A foto que viralizou nas redes sociais mostra, na verdade, um trecho da BR-101 na altura do estado do Rio de Janeiro – não no Nordeste. Segundo o site da concessionária Autopista Fluminense, que administra a rodovia no norte do estado, entre Niterói e Campos de Goytacazes, está sendo feita uma obra de duplicação, prevista em contrato. Na página oficial da empresa, constam que á foram concluídos 126 quilômetros entre Campos de Goytacazes e Macaé e entre Casimiro de Abreu e Rio Bonito. Outros 46 quilômetros estão previstos, mas aguardam licenciamento ambiental. Uma foto do mesmo local aparece em notícia publicada no dia 13 de janeiro de 2017 – bem antes da posse do presidente Jair Bolsonaro – no site do Diário de Macaé. O texto fala sobre como a duplicação pode desafogar o trânsito entre aquela cidade e o Rio de Janeiro. Ainda há outro sinal de que a imagem não foi feita no Nordeste: a presença de um ônibus da Auto Viação 1001, empresa de transporte que atua apenas em rotas no Sul e no Sudeste. Em fevereiro, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, inaugurou em Alagoas um trecho duplicado de 34 quilômetros da BR-101 – local que não tem qualquer relação com o que consta na imagem analisada pela Lupa. No Twitter, o presidente Jair Bolsonaro comentou a ação do ministro: “Essa é a segunda inauguração de rodovia que fazemos no Nordeste em menos de 10 dias”. A obra, no entanto, havia sido paralisada em 2012 e retomada em 2017 – ainda no governo do ex-presidente Michel Temer (MDB). A outra inauguração citada por Bolsonaro foi a de um trecho de 79 quilômetros da BR-235, na divisa entre Bahia e Sergipe, ocorrida em 16 de fevereiro. A obra, que corresponde ao lote 1, começou no governo da presidente Dilma Rousseff (PT), em 2014. Houve uma paralisação em 2015 e o trabalho recomeçou em 2016, no governo Temer.
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null
['MAURÍCIO MORAES']
[]
['#VERIFICAMOS', 'BOLSONARO', 'FAKE NEWS', 'FOTO', 'JAIR BOLSONARO', 'NORDESTE', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'OBRAS', 'PSL', 'RODOVIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/20/verificamos-lula-suzano/
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#Verificamos: É falsa foto que mostra atirador de Suzano fazendo a letra ‘L’, de Lula, com a mão
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2019-03-20
Circula pelas redes sociais imagem que mostra um dos atiradores responsáveis pela morte de oito pessoas em Suzano (SP) com os dedos polegar e indicador desenhando a letra “L” de Lula. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Tirem suas próprias conclusões” Legenda de imagem que, até as 17h do dia 20 de março de 2019, tinha sido compartilhada mais de 7,6 mil vezes no Facebook A imagem analisada pela Lupa é uma montagem. Na foto original, retirada do Facebook de Guilherme Taucci Monteiro, o adolescente faz um gesto obsceno para a câmera. Horas antes do ataque à escola de Suzano, o atirador publicou uma série de fotos em que, inclusive, mostra a sua arma. Uma delas foi a imagem utilizada para fazer a montagem associando o criminoso à presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR). A conta de Guilherme no Facebook foi apagada depois do massacre, mas reportagem do site Metrópoles publicou as últimas fotos postadas por ele. No último dia 13, Guilherme, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, 25, mataram oito pessoas na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), e depois cometeram suicídio. A Lupa já desmentiu, também, que o atirador estivesse usando a camisa do Bolsonaro, montagem que foi realizada com foto do mesmo álbum.
https://piaui.folha.uol.…iatirador675.png
null
['CLARA BECKER']
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['#VERIFICAMOS', 'DESINFORMAÇÃO', 'ESCOLA RAUL BRASIL', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'GLEISI', 'GLEISI HOFFMANN', 'GUILHERME TAUCCI', 'LULA', 'MASSACRE DE SUZANO', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PT', 'RAUL BRASIL', 'SUZANO', 'TIROTEIO EM ESCOLAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/20/verificamos-trump-bolsonaro-outdoor/
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#Verificamos: É falsa imagem que mostra Trump e Bolsonaro em outdoor digital
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2019-03-20
Circula pelas redes sociais imagem que mostra os presidentes do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL), e dos Estados Unidos, Donald Trump, em um outdoor digital. O telão exibe também a hashtag #BolsoTrump. Legenda que acompanha a imagem diz que a cena foi capturada na Times Square, um dos principais pontos turísticos de Nova York, nos Estados Unidos. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Vai vendo! Times Square, agora há pouco! A esquerdalha toda se coçando de raiva!” Legenda de imagem que, até as 14h do dia 20 de março de 2019, tinha sido compartilhada mais de 3,1 mil vezes no Facebook A imagem analisada pela Lupa é uma montagem feita por meio do serviço Photofunia, que permite personalizar cenários pré-definidos. A opção escolhida para colocar a imagem de Trump e Bolsonaro foi o “City Centre” (centro da cidade, em português). Usando o serviço de busca reversa por imagem Tin Eye, encontramos 240 versões desta mesma imagem, com outras pessoas ou propagandas aparecendo no telão. O Photofunia indica como fonte da imagem original uma conta do Flickr da empresa POAD, que desenvolve publicidade customizada e conta com escritórios em Hong Kong e Cingapura. A foto usada para as montagens, no entanto, não está mais disponível no serviço. O local retratado não é a Times Square, em Nova York. Um passeio virtual pelo ponto turístico no Google Maps mostra que ali não há prédios iguais aos que aparecem na cena.
https://piaui.folha.uol.…poutdoorTOPO.png
null
['MAURÍCIO MORAES']
[]
['#BOLSOTRUMP', '#VERIFICAMOS', 'BOLSONARO', 'CASA BRANCA', 'DESINFORMAÇÃO', 'DONALD TRUMP', 'ENCONTRO', 'ESTADOS UNIDOS', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'JAIR BOLSONARO', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'OUTDOOR', 'RELAÇÕES EXTERIORES', 'RELAÇÕES INTERNACIONAIS', 'TIMES SQUARE', 'TRUMP', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/20/verificamos-marielle-cnbb/
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#Verificamos: É falso que PSOL tenha se reunido com a CNBB para discutir ‘canonização de Marielle’
null
2019-03-20
Esta publicação foi corrigida às 15h12 do dia 20 de março de 2019. Veja abaixo. Circula nas redes sociais a ‘informação’ de que o PSOL marcou reunião com a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para discutir a canonização da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), assassinada em março do ano passado. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “O PSOL se reúne nesta quarta-feira para discutir juntamente [com] a CNBB para a canonização de Marielle Franco” Imagem publicada no Facebook que, até as 12h30 do dia 20 de março de 2019, tinha 180 compartilhamentos A “informação” que consta na imagem analisada pela Lupa partiu de um perfil falso da jornalista Mônica Bergamo, colunista da Folha de S. Paulo, no Twitter, identificado como “Mônica Bengamo”. O perfil verdadeiro da jornalista, @monicabergamo, não publicou nada a respeito de uma suposta canonização de Marielle Franco. Correção às 14h55 do dia 20 de março de 2019: A assessoria da bancada do PSOL na Câmara entrou em contato com a Lupa e corrigiu informação prestada pela assessoria de imprensa do partido. Informou que haverá, sim, uma reunião entre deputados e deputadas do partido e a direção da CNBB, para discutir o monitoramento de lideranças religiosas por parte do governo. A canonização de Marielle não estará na pauta. A assessoria classificou essa “informação” como “mau gosto” e “desrespeito”. Mais cedo, a assessoria do partido informou que não haveria reunião ou pedido de canonização, e que o PSOL pede “apenas Justiça e que os mandantes do crime sejam identificados e punidos”. (Por WhatsApp, a assessoria do PSOL confirmou que a direção do partido não tem nenhuma reunião marcada com a CNBB para esta quarta-feira e que não pede a canonização da vereadora. “Não há nenhuma reunião marcada do PSOL com a CNBB, nem qualquer pedido de canonização. O PSOL tem pedido apenas Justiça e que os mandantes do crime sejam identificados e punidos”, diz nota enviada pela assessoria)
https://piaui.folha.uol.…ellecnbbTOPO.png
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['CHICO MARÉS']
[]
['#VERIFICAMOS', 'CANONIZAÇÃO', 'CNBB', 'CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL', 'CONTAS FAKE', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'MARIELLE', 'MARIELLE FRANCO', 'MÔNICA BERGAMO', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'TWITTER', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/20/verificamos-moro-flavio-bolsonaro-marielle/
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#Verificamos: É falso que Moro tenha afastado promotor que investigava Flávio Bolsonaro e delegado do caso Marielle
null
2019-03-20
Circula nas redes sociais a “informação” de que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, teria afastado o promotor Cláudio Calo das investigações relativas às movimentações financeiras suspeitas observadas tanto nas contas do senador e ex-deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) quanto de seu ex-assessor parlamentar na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Fabrício Queiroz. Ainda de acordo com a mesma “notícia”, Moro também teria retirado o delegado Giniton Lages das investigações referentes ao assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), morta a tiros, no centro da capital fluminense, em março de 2018. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Moro afasta promotor que investigava Flávio Bolsonaro (…)” Texto que, até as 12h do dia 19 de março, já tinha sido compartilhado mais de 350 vezes no Facebook A primeira parte da informação que consta na imagem analisada pela Lupa é falsa. Por lei, o Ministério Público é um órgão independente do Poder Executivo. Isso significa que o ministro Sérgio Moro não tem a prerrogativa de decidir pelo afastamento de qualquer promotor ou procurador – seja no estado do Rio de Janeiro ou em qualquer outra unidade da federação. No dia 4 de fevereiro deste ano, o promotor Cláudio Calo, da 24ª Promotoria de Investigação Penal (PIP) do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), foi designado para investigar as movimentações financeiras do senador, ex-deputado estadual e também filho do presidente Jair Bolsonaro, assim como as de seu ex-assessor parlamentar. No mesmo dia, no entanto, reportagem da revista Veja mostrou que Calo interagia com integrantes da família Bolsonaro nas redes sociais. Ele chegou até a postar no Twitter um comentário sobre o caso Flávio, que investigaria. Na rede social, escreveu o seguinte: “O fato de haver fracionamento de depósitos bancários e em dinheiro gera suspeitas, mas, por si, não é crime de lavagem, pois pode a origem do dinheiro ser lícita”, escreveu o promotor. Um dia depois da publicação da Veja, Calo pediu afastamento do caso. Disse que havia se encontrado meses antes com o senador Flávio Bolsonaro para debater, segundo ele próprio, “questões relacionadas com a segurança pública”. E acabou sendo substituído – por determinação do próprio MP-RJ – pelo promotor Luís Otávio Figueira Lopes, da 25ª PIP. “(…) Agora [Moro] afasta delegado que investigou assassinos de Marielle” Texto que, até as 12h do dia 19 de março, já tinha sido compartilhado mais de 350 vezes no Facebook Assim como afirmado anteriormente, o Ministério da Justiça também não tem qualquer ingerência sobre a Polícia Civil do Rio de Janeiro. Ela está subordinada ao governo do Estado do RJ. Por conta disso, o atual ministro, o ex-juiz Sérgio Moro, também não tem, por lei, qualquer prerrogativa para solicitar o afastamento de um delegado de um determinado caso. Giniton Lages, que investigou os assassinatos da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, foi afastado do caso em 13 de março deste ano, no dia seguinte da operação que prendeu os principais suspeitos do crime – o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira de Quadros. O anúncio de seu afastamento foi feito pelo governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), que disse que Giniton fará um intercâmbio na Itália. Segundo Witzel, o intercâmbio foi um “prêmio” pelo trabalho realizado na investigação.
https://piaui.folha.uol.…às-11.01.57.png
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['CHICO MARÉS']
[]
['#VERIFICAMOS', 'BOLSONARO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'FLÁVIO BOLSONARO', 'MARIELLE', 'MARIELLE FRANCO', 'MORO', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PSL', 'PSOL', 'SERGIO MORO', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS']
2021-05-14
['FALSO', 'FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/20/bolsonaro-trump-encontro/
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Bolsonaro se contradiz sobre Base de Alcântara e exagera ao falar de ICMS
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2019-03-20
Vontade de ampliar a cooperação e o comércio bilateral. Críticas ao socialismo e uma intenção conjunta de encontrar uma solução definitiva para a crise na Venezuela. Esses foram os principais pontos do pronunciamento feito à imprensa pelos presidentes do Brasil, Jair Bolsonaro, e dos Estados Unidos, Donald Trump, em Washington nesta terça-feira (19). Ao longo das últimas horas, a Lupa acompanhou de perto declarações dadas por ambos em decorrência da realização desse encontro bilateral. Confira, a seguir, o resultado das checagens: “Na vertente da defesa e da cooperação espacial, assinamos o acordo de salvaguardas tecnológicas, o que viabilizará o Centro de Lançamento de Alcântara” Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, em pronunciamento feito em conjunto com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 19 de março de 2019 Embora agora defenda o lançamento comercial de satélites americanos na base de Alcântara, no Maranhão, em 2001, quando era deputado federal, Bolsonaro votou contra acordo semelhante. Em 31 de outubro daquele ano, a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara analisou um relatório do deputado Waldir Pires. O texto defendia a aprovação de um entendimento entre os dois países para uso da base. Bolsonaro foi o único parlamentar a se posicionar contra o acordo. “Louvo a competência do Deputado Waldir Pires, mas por outras razões que, no momento, preservo-me de citar, voto contrariamente ao projeto”, disse, na ocasião. No mês anterior, Bolsonaro também havia criticado a ideia em discurso realizado no plenário da Casa. “O senhor Geraldo Quintão [ministro da Defesa na época] sustentou o tempo todo a posição, própria do seu governo e do governo americano, de que deveríamos abrir mão de parte da nossa soberania para ganharmos alguns milhões de dólares por ano, não alugando o Centro de Lançamento de Alcântara, mas, na verdade, alienando-o.” Ao finalizar, citou uma frase do ex-presidente americano George Washington: “Não pode haver maior erro do que esperar favores reais de uma nação a outra.” Procurada, a assessoria de Bolsonaro informou que o presidente não comentaria a checagem. “Em média no Brasil, o ICMS de combustível tem 30%” Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, em uma live feita via Facebook no dia 18 de março de 2019 Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) mostram que o peso do ICMS no custo da gasolina realmente tangencia o total dito pelo presidente no Facebook. Chega a 29,5%. Mas para os outros combustíveis derivados do petróleo, o impacto é bem mais baixo. Para o diesel 500, o ICMS é de 14,8%. Para o diesel S10, de 14,7%. E, para o gás liquefeito de petróleo (GLP), de 14,3% – ou seja, cifras que ficam abaixo da metade do valor mencionado pelo presidente. Dados da Fecombustíveis mostram que o peso do ICMS no etanol oscila entre 12% e 32% do custo final, dependendo da unidade da federação. A entidade não especifica o peso médio do tributo em todo o país. Procurada, a assessoria de Bolsonaro informou que o presidente não comentaria a checagem. “Hoje o Brasil tem um presidente que não é antiamericano, caso inédito nas últimas décadas” Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, em pronunciamento feito em conjunto com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 19 de março de 2019 Dados oficiais de Exportação e Importação do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços mostram que a relação entre EUA e Brasil tem sido profícua e vem crescendo nas últimas décadas. Em 1997, por exemplo, as exportações brasileiras para os americanos foram de US$ 9,2 bilhões. No ano passado, ultrapassaram US$ 28,7 bilhões. Já as importações feitas pelo Brasil dos EUA aumentaram de US$13,6 bilhões para US$28,9 bilhões no mesmo período. As duas altas não teriam sido possíveis sem políticas públicas e posicionamentos presidenciais de aproximação entre as duas nações. O Sistema Concórdia, mantido pelo Itamaraty, mostra que, desde 1995, ao menos 79 atos conjuntos, incluindo acordos, cooperações técnicas, memorandos de entendimento e cartas de intenções, foram firmados entre os dois países. Vale lembrar, por exemplo, que em 2000, os então presidentes, Fernando Henrique Cardoso e Bill Clinton, assinaram o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas, permitindo o uso comercial da base de Alcântara, no Maranhão, para o lançamento de satélites, mísseis e foguetes americanos. O texto, no entanto, foi rejeitado pelo Congresso em 2001. FHC também se engajou nas negociações em favor da Área de Livre Comércio das Américas, proposta que tinha o objetivo de eliminar barreiras alfandegárias de 34 países americanos, e defendida pelo governo americano. Luiz Inácio Lula da Silva e DIlma Rousseff fizeram diversas visitas oficiais aos EUA. Dados do Departamento de Estado dos EUA mostram que esteve oito vezes em território americano durante o período em que ocupou a Presidência e que sua sucessora visitou os EUA outras três vezes. Ambos se hospedaram na Blair House, em Washington, em 2007 e 2015, respectivamente – mesmo local onde Bolsonaro se hospedou na atual viagem. Nos últimos 30 anos, as relações entre Brasil e Estados Unidos tiveram seu ponto de maior atrito diplomático em 2013, quando veio à tona a informação de que Dilma havia sido espionada pela Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA, na sigla em inglês). A espionagem, no entanto, não foi motivada por um possível sentimento antiamericano por parte da governante brasileira e acabou sendo diplomaticamente sanada. Na época, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República publicou uma nota dizendo que o caso havia sido “superado” e que os EUA e o Brasil tornariam “cada vez mais forte a sua parceria estratégica, que está baseada no respeito mútuo e no desenvolvimento de seus povos”. Nenhum dos presidentes se disse publicamente antiamericano enquanto exercia mandato ou governou de forma a afastar as relações com os americanos. Procurada, a assessoria de Bolsonaro informou que o presidente não iria comentar. “[O nosso país, os EUA,] está tendo um desempenho melhor do que jamais teve economicamente” Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, em pronunciamento feito em conjunto com o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, em 19 de março de 2019 Embora o momento econômico dos Estados Unidos seja positivo, há momentos no passado recente do país em que a economia americana mostrou desempenho melhor. Os EUA fecharam 2018 com um taxa de 3,9% de desemprego, um crescimento de 2,9% no PIB e uma inflação de 1,9% ao ano. Em 1952, por exemplo, todos esses índices foram melhores – o que já serve para classificar como falsa a afirmação do presidente americano. Desde 1930, o PIB americano cresceu mais de 2,9% em 51 dos 89 anos analisados. Na mesma série histórica, a inflação foi mais baixa do que a observada no ano passado em 34 dos 89 anos, e o desemprego foi menor em 14 deles. O índice Dow Jones caiu 5,9% entre o início e o fim de 2018, embora tenha subido 22,5% em 2017, o primeiro ano de Trump à frente da Casa Branca. O bom desempenho observado em 2017 não foi, no entanto, inédito. Entre 1995 e 1997, por exemplo, a Bolsa de Nova York subiu acima desse patamar por dois anos seguidos. “Junto com os EUA, o Brasil foi um dos primeiros países a reconhecer o legítimo presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó” Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, em pronunciamento feito em conjunto com o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, em 19 de março de 2019 Os Estados Unidos e o Brasil foram os primeiros países a reconhecer Juan Guaidó como “legítimo presidente interino da Venezuela”. Às 10h47 do dia 23 de janeiro, Trump informou em seu Twitter que reconhecia Guaidó no cargo. Bolsonaro postou conteúdo semelhante às 11h13. Em seu tuíte, Bolsonaro informou que o Brasil apoia “política e economicamente o processo de transição para que a democracia e a paz social volte à Venezuela”. “[A Venezuela] há pouco era um dos países mais ricos da América do Sul” Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, em pronunciamento feito em conjunto com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 19 de março de 2019 Segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), a Venezuela era o segundo país mais rico da América do Sul em 1998, último ano antes do ex-presidente Hugo Chávez chegar ao poder. À época, o PIB per capita venezuelano era de US$ 12 mil, em poder de paridade de compra. Apenas a Argentina, com um PIB per capita de US$ 12,3 mil, estava à frente. Vinte anos depois, em 2018, o FMI estima o PIB per capita da Venezuela em US$ 10,9 mil, também em poder de paridade de compra. Esse é o terceiro total mais baixo do continente. Só supera os registrados por Guiana e Bolívia.
https://piaui.folha.uol.…arosalaooval.jpg
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['CHICO MARÉS', 'CLARA BECKER', 'MAURÍCIO MORAES', 'NATHÁLIA AFONSO']
[]
['ACORDO', 'ALCÂNTARA', 'ANTIAMERICANO', 'BILL CLINTON', 'BOLSONARO', 'BRASIL', 'COMBUSTÍVEL', 'DILMA', 'DILMA ROUSSEFF', 'DONALD TRUMP', 'ENCONTRO BILATERAL', 'ESTADOS UNIDOS', 'EUA', 'FERNANDO HENRIQUE CARDOSO', 'GOVERNO VENEZUELANO', 'GUAIDÓ', 'ICMS', 'JAIR BOLSONARO', 'JUAN GUAIDÓ', 'LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA', 'LULA', 'PRESIDENTE', 'PSL', 'TRUMP', 'VENEZUELA', 'VENEZUELANOS']
2021-05-14
['CONTRADITÓRIO', 'EXAGERADO', 'FALSO', 'FALSO', 'VERDADEIRO', 'VERDADEIRO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/18/verificamos-lula-livre-drogas/
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#Verificamos: É montagem foto que mostra homem preso usando camiseta do ‘Lula Livre’
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2019-03-18
Circula nas redes sociais foto que mostra um homem encostado em um veículo com drogas ilícitas no porta-malas. Ele estaria vestindo uma camisa vermelha com os dizeres “Lula Livre”. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Já imaginaram se esse cidadão tivesse com a camisa do Bolsonaro? Seria matéria para um Globo Repórter inteiro!” Texto que acompanha imagem que, até às 14h30 do dia 18 de março de 2019, já tinha mais de 17 mil compartilhamentos no Facebook A imagem analisada pela Lupa é uma montagem. A foto original mostra que o homem estava vestindo uma camisa vermelha (aqui e aqui) sem qualquer menção ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em outubro de 2018, a Polícia Rodoviária Estadual do Ceará prendeu Ricelio Vieira de Figueiredo, que transportava cerca de 200 kg de maconha em um fundo falso dentro de um carro. Veja foto tirada na ocasião: Na época, o homem confessou que comprou a droga no Distrito Federal e estava transportando a carga para o Paraíba. Checagem semelhante foi feita pelo site Aos Fatos.
https://piaui.folha.uol.…redrogasTOPO.png
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['NATHÁLIA AFONSO']
[]
['#VERIFICAMOS', 'BOLSONARO', 'CEARÁ', 'DESINFORMAÇÃO', 'DROGAS', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'JAIR BOLSONARO', 'LULA', 'LULA LIVRE', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'POLÍCIA', 'POLÍCIA CIVIL', 'PSL', 'PT', 'TRÁFICO DE DROGAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/15/verificamos-publicidade-governo/
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#Verificamos: É falso que orçamento federal para publicidade seja de apenas R$ 150 milhões para 2019
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2019-03-15
Circula nas redes sociais gráfico que “informa” que, entre 2000 e 2016, o governo gastou mais de R$ 30 bilhões com publicidade – e que o orçamento para este ano é de somente R$ 150 milhões. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Valores gastos com publicidade nos governos de FHC (em azul [R$ 4,8 bi]), do PT (em vermelho [R$ 29,7 bi]) (…)” Texto que acompanha gráfico publicado no Facebook, que, até as 18h30 do dia 14 de março, contava com pelo menos 70 compartilhamentos Os números citados para os anos de PSDB e PT são reais. Como o gráfico indica, os números são do Instituto de Acompanhamento da Publicidade (IAP), entidade paraestatal que monitorava os gastos com publicidade do governo federal até março de 2017. São considerados todos os gastos do governo federal, incluindo a administração indireta (empresas estatais, autarquias, fundações, etc). Vale pontuar, entretanto, que o próprio gráfico mostra apenas os três últimos anos do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). O jornalista Fernando Rodrigues monitorava, via Lei de Acesso à Informação, e publicava periodicamente esses dados, primeiro em seu blog no UOL e, posteriormente, em seu site, Poder360. Segundo a última edição do levantamento, do início de 2017, o governo federal gastou R$ 29,7 bilhões entre 2003 e 2016 (que corresponde às gestões petistas e aos primeiros meses do governo de Michel Temer). Entre 2000 e 2002, três últimos anos de Fernando Henrique, os gastos foram de R$ 4,9 bilhões. Isso representa uma média anual de R$ 2,1 bilhões na era petista e de R$ 1,6 bilhão no final da era tucana. Os valores foram corrigidos pela inflação, usando o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), com referência a dezembro de 2016. Criado em 1999, o IAP teve suas atividades encerradas em março de 2017. Desde aquele ano, não há uma entidade que realize o monitoramento das despesas do governo com publicidade. Segundo o Poder360, o custo anual do instituto era de R$ 1,4 milhão, menos de 0,1% do total gasto pelo governo com propaganda em 2016. “(…) Valor orçado para ser gasto esse ano no governo do Bolsonaro (em verde [R$ 150 milhões])” Texto que acompanha gráfico publicado no Facebook, que, até as 18h30 do dia 14 de março, contava com pelo menos 70 compartilhamentos Segundo o Siga Brasil, portal de dados orçamentários do Senado Federal, o valor orçado para 2019 em publicidade institucional do governo federal é de R$ 478,4 milhões – mais do que o triplo citado no gráfico analisado pela Lupa. Esse valor se refere somente à administração direta, ou seja, não estão sendo consideradas as empresas públicas, autarquias, fundações, etc – cujos gastos com propaganda não estão no orçamento geral da União. Portanto, o valor não pode ser comparado com os dados citados na checagem acima. De acordo com o Siga, a administração direta gastou R$ 8,2 bilhões entre 2003 e 2018, em valores corrigidos pelo IPCA. Isso representa uma média de R$ 513,8 milhões ao ano. Ou seja, o valor orçado para 2019 é apenas ligeiramente menor do que o gasto médio anual de governos anteriores. Em comparação com os gastos do ano passado (R$ 423,9 milhões), a previsão é de um crescimento de 12,4%.
https://piaui.folha.uol.…adeprinttopo.png
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['CHICO MARÉS']
[]
['#VERIFICAMOS', 'BOLSONARO', 'DESINFORMAÇÃO', 'DILMA', 'DILMA ROUSSEFF', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'FERNANDO HENRIQUE', 'FERNANDO HENRIQUE CARDOSO', 'FERNANDO RODRIGUES', 'GOVERNO FEDERAL', 'IAP', 'JAIR BOLSONARO', 'LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA', 'LULA', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PODER360', 'PROPAGANADA', 'PSDB', 'PSL', 'PT', 'PUBLICIDADE. PUBLICIDADE ESTATAL', 'SECOM', 'TUCANOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['VERDADEIRO, MAS', 'FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/15/verificamos-flavio-bolsonaro-porte/
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#Verificamos: É falso que Flávio Bolsonaro tenha proposto legalização do porte de armas
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2019-03-15
Circula nas redes sociais a “informação” de que o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), teria apresentado um projeto de lei legalizando o porte de armas. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “(…) Flávio Bolsonaro envia projeto que legaliza porte de armas no Brasil” Título de reportagem publicada pelo site Plantão Brasil, que, segundo a ferramenta Buzzsumo, tinha 2,4 mil interações no Facebook até as 13h do dia 15 de março O título da reportagem analisada pela Lupa é falso. No dia 13 de março, data do massacre na Escola Municipal Professor Raul Brasil, em Suzano (SP), o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) apresentou projeto de lei que autoriza a instalação de fábricas civis destinadas ao fabrico de armas e munições de guerra no país. O projeto não dispõe sobre porte de armas. Até a publicação desta checagem, este foi o único projeto de lei apresentado pelo senador, que tomou posse em fevereiro deste ano. Atualmente, o Decreto 24.602, de 1934, proíbe a instalação de fábricas civis de armas em território nacional, exceto sob autorização do governo federal. Pelo projeto de Flávio, a instalação dessas fábricas seria permitida, e caberia ao governo autorizar, com base em alguns requisitos. O texto do conteúdo publicado pelo site Plantão Brasil traz as informações corretas, e foi copiado integralmente do site Brasil 247 – que, por sua vez, baseou-se em texto do jornal O Globo. O título, porém, é falso e não tem relação com o conteúdo da reportagem.
https://piaui.folha.uol.…akeportetopo.png
null
['CHICO MARÉS']
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['#VERIFICAMOS', 'ARMAMENTOS', 'ARMAS', 'BANCADA DA BALA', 'BOLSONARO', 'DESINFORMAÇÃO', 'FÁBRICAS DE ARMAS', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'FLÁVIO', 'FLÁVIO BOLSONARO', 'INDÚSTRIA DE ARMAMENTOS', 'MUNIÇÕES', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PORTE DE ARMAS', 'POSSE DE ARMAS', 'PSL', 'SENADO', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/14/verificamos-fux-ditadura/
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#Verificamos: É falso que Fux tenha suspendido auxílio para anistiados da ditadura
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2019-03-14
Circula nas redes sociais a “informação” de que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux deferiu, a pedido do presidente Jair Bolsonaro, uma cautelar provisória suspendendo o auxílio de cerca de 2 mil anistiados da ditadura. A publicação ainda afirma que, em sua decisão, o ministro teria declarado que “não faz sentido manter o financiamento, já que todos estão economicamente bem de vida”. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Ministro Luiz Fux deferiu uma cautelar provisória, a pedido do presidente eleito, para a suspensão do financiamento de anistiados da ditadura” Publicação que, até as 17h30 do dia 14 de março de 2019, tinha sido compartilhada mais de 44 mil vezes no Facebook A “informação” de que Luiz Fux deferiu uma medida cautelar provisória suspendendo o auxílio dos anistiados da Ditadura é falsa. Procurada pela Lupa, a assessoria de imprensa do STF afirmou que não há processo no tribunal sobre o tema em questão. Também não foi possível encontrar a decisão no sistema de consulta pública do órgão. Além disso, o conteúdo que circula nas redes sociais também “detalha” que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e os artistas Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Marieta Severo seriam beneficiários do auxílio. Contudo, esses nomes não constam na relação dos beneficiários da Comissão de Anistia, atualizada em 26 de fevereiro de 2019. As anistias políticas foram regulamentadas pela Lei nº 10.559/02, que define as regras para a obtenção de indenizações mensais ou em parcela única daqueles que foram considerados perseguidos pelo Estado brasileiro entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988. O cancelamento do benefício aos anistiados também já foi atribuído à ministra Damares Alves e desmentido pela Lupa.
https://piaui.folha.uol.…ditaduraTOPO.png
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['CLARA BECKER']
[]
['#VERIFICAMOS', 'ANISTIADOS', 'BOLSONARO', 'CAETANO VELOSO', 'CHICO BUARQUE', 'COMISSÃO DE ANISTIA', 'DESINFORMAÇÃO', 'DITADURA', 'DITADURA MILITAR', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'FALSO', 'FERNANDO HENRIQUE CARDOSO', 'GILBERTO GIL', 'IMAGEM FALSA', 'INFORMAÇÃO FALSA', 'JAIR BOLSONARO', 'LUIZ FUX', 'MARIETA SEVERO', 'MINISTROS DO STF', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'STF', 'SUPREMO TRIBUNAL FEDER', 'TRIBUNAL', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/14/verificamos-bolsonaro-carnaval/
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#Verificamos: É falso que vídeo explícito postado por Bolsonaro tenha sido gravado no exterior
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2019-03-14
Circula nas redes sociais a “informação” de que uma perícia teria descoberto que o vídeo de conteúdo explícito publicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) no carnaval deste ano teria sido gravado no exterior. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “A perícia mostrou que o vídeo que o Bozo (sic) postou é americano!” Imagem e que, até as 13h30 do dia 14 de março, já tinha sido compartilhada mais de 290 vezes no Facebook A frase que consta na postagem analisada pela Lupa é falsa. O vídeo de conteúdo explícito que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) publicou no dia 6 de março de 2019 foi gravado em São Paulo, durante o desfile do bloco de carnaval BloCU. Voltado para o público LGBT, o BloCU desfilou na região da Praça da Sé dois dias antes do tuíte do presidente. Há fartas evidências que atestam isso. Os dois protagonistas do vídeo foram entrevistados pelo jornal Folha de S.Paulo, e disseram que aquele foi “um ato contra o conservadorismo e contra a colonização dos nossos corpos e nossas práticas sexuais”. A organização do BloCU também publicou nota depois da divulgação da gravação, criticando o presidente por usar “um fato isolado” do carnaval “na tentativa de incitar o ódio à comunidade LGBT+”. O vídeo em questão, divulgado por Bolsonaro durante o carnaval, tem cerca de 40 segundos. Nele, um homem urina na nuca de outro durante performance em cima de um ponto de táxi.
https://piaui.folha.uol.…enshowerTOPO.png
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['CHICO MARÉS']
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['#VERIFICAMOS', 'BLOCO DE CARNAVAL', 'BOLSONARO', 'CARNAVAL', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FACEBOOK JOURNALISM PROJECT', 'FAKE NEWS', 'FALSO', 'INFORMAÇÃO FALSA', 'JAIR BOLSONARO', 'LGBT', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PSL', 'SÃO PAULO', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/14/verificamos-bolsonaro-marielle/
lupa
#Verificamos: É falso que Bolsonaro tenha classificado indignação pela morte de Marielle como ‘mimimi’
null
2019-03-14
Circula nas redes sociais a “informação” de que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) teria declarado que não entendia o porquê de “tanto mimimi” em relação à morte da vereadora Marielle Franco (PSOL). Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Não sei porque tanto mimimi… foi apenas mais uma mulher negra que tombou! É a vida amigo” Frase atribuída ao presidente Jair Bolsonaro em imagem que, até às 14h do dia 14 de março de 2019, já tinha mais de 2,2 mil compartilhamentos no Facebook Não existe registro público de qualquer espécie que comprove que o presidente Jair Bolsonaro tenha dito essa frase sobre a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), assassinada no dia 14 de março de 2018, no centro do Rio de Janeiro. Vale destacar inclusive que, por pelo menos um mês, o então pré-candidato à Presidência da República se absteve de comentar publicamente o crime. Veja a retrospectiva montada a seguir: Em 15 de março de 2018, no dia seguinte à morte de Marielle, a assessoria de Bolsonaro foi procurada e afirmou que a opinião do político era “polêmica demais” para ser exposta. Cinco dias depois, em 20 de março, ao falar sobre o assunto pela primeira vez, num breve comentário registrado pelo jornal O Dia, Bolsonaro disse o seguinte: “Eu me resguardo o direito de permanecer em silêncio nesse caso e aguardo a conclusão das investigações”. Afirmava que qualquer posicionamento seu seria distorcido contra ele. No dia 23 daquele mês, em entrevista ao site Poder360, o ex-deputado afirmou mais uma vez que preferia permanecer em silêncio para não polemizar o assunto. Foi só em abril do ano passado que Bolsonaro, que Bolsonaro afirmou que Marielle Franco era mais uma entre diversas vítimas da violência observada no Rio de Janeiro. Ao jornal O Globo, ele disse o seguinte: “para a democracia [o assassinato de Marielle], não significa nada. Mais uma morte no Rio de Janeiro”. Em maio, Bolsonaro voltou a falar do caso, em entrevista a veículos de comunicação de Minas Gerais. Adotou um tom mais crítico. Declarou que a comoção pela morte da vereadora era “demagogia” e que o caso não deveria ser tratado de forma diferente dos demais. Textualmente disse: “não há diferença da minha vida, pra tua, pra Marielle. Não tem diferença nenhuma, somos todos cidadãos. Até por isso fui contra a lei do feminicídio”. Mas Bolsonaro nunca usou publicamente o termo “mimimi” para tratar da morte de Marielle Franco. Essa informação também foi verificada pelo Aos Fatos.
https://piaui.folha.uol.…lemimimiTOPO.png
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['NATHÁLIA AFONSO']
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['#VERIFICAMOS', 'BOLSONARO', 'CASO MARIELLE', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FACEBOOK JOURNALISM PROJECT', 'FAKE', 'FALSO', 'IMAGEM', 'IMAGEM FALSA', 'INFORMAÇÃO FALSA', 'JAIR BOLSONARO', 'MARIELLE', 'MARIELLE FRANCO', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PSL', 'PSOL', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/14/verificamos-marielle-lula-queiroz/
lupa
#Verificamos: É montagem foto de ex-policial suspeito de matar Marielle usando camiseta de Lula
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2019-03-14
Circula nas redes sociais uma foto do ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) como motorista do veículo usado no assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL), vestindo uma camiseta com foto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Olha o perfil do assassino de Marielle. Não é montagem nem fake, ok?” Imagem que, até as 12h do dia 14 de março de 2019, tinha sido compartilhada mais de 200 vezes no Facebook A foto analisada pela Lupa é uma montagem. A imagem original estava no perfil de Élcio Vieira de Queiroz no Facebook. Nela, o ex-policial militar usa uma camiseta cinza com estampa não relacionada à política. Após sua prisão, no dia 12 de março, o perfil foi apagado da rede social. Élcio foi preso no dia 12 de março, acusado pelo MP-RJ de ter conduzido o veículo usado no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ). O autor dos disparos, segundo o MP-RJ, seria o policial militar reformado Ronnie Lessa. Essa informação também foi verificada pelo site Boatos.org.
https://piaui.folha.uol.…irozlulaTOPP.png
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['CHICO MARÉS']
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['#VERIFICAMOS', 'ASSASSINATO', 'CASO MARIELLE', 'DESINFORMAÇÃO', 'ÉLCIO VIEIRA DE QUEIROZ', 'EX-PRESIDENTE', 'FACEBOOK', 'FACEBOOK JOURNALISM PROJECT', 'FAKE NEWS', 'FALSO', 'FOTO FALSA', 'IMAGEM FALSA', 'INFORMAÇÃO FALSA', 'LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA', 'LULA', 'MARIELLE', 'MARIELLE FRANCO', 'MONTAGEM', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'RONNIE LESSA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/13/verificamos-suzano-massacre/
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#Verificamos: É montagem foto que mostra atirador de Suzano usando camisa de Bolsonaro
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2019-03-13
Circula nas redes sociais foto que mostra um dos atiradores responsáveis pela morte de oito pessoas em Suzano, município de São Paulo, vestindo uma camisa com o rosto do presidente Jair Bolsonaro. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Bolsonaro fazendo história. Luiz Henrique de Castro, autor da chacina de Suzano” Imagem que, até às 18h30 do dia 13 de março de 2019, já tinha sido compartilhada mais de 270 vezes no Facebook A foto analisada pela Lupa é uma montagem. A imagem original mostra o atirador Guilherme Taucci Monteiro – e não Luiz Henrique de Castro – com uma camisa com os dizeres “NYC”. O vestuário que o adolescente aparece usando não faz nenhuma referência ao presidente Jair Bolsonaro (PSL). A fotografia em questão foi publicada nas redes sociais pelo jovem horas antes do massacre. Guilherme, de 17 anos, e Luiz Henrique, de 25 anos, invadiram a Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), mataram oito pessoas e feriram outras nove. A investigação da Polícia Civil de São Paulo indica que, após cometer os assassinatos, Guilherme matou Luiz Henrique e cometeu suicídio.
https://piaui.folha.uol.…olsonaroTOPO.png
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['NATHÁLIA AFONSO']
[]
['#VERIFICAMOS', 'BOLSONARO', 'DESINFORMAÇÃO', 'ESCOLA', 'FACEBOOK', 'FACEBOOK JOURNALISM PROJECT', 'FAKE NEWS', 'FALSO', 'GOVERNO DE SÃO PAULO', 'GOVERNO DE SP', 'GUILHERME TAUCCI MONTEIRO', 'IMAGEM', 'JAIR BOLSONARO', 'LUIZ HENRIQUE DE CASTRO', 'MASSACRE', 'NO FACEBOOK', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'SÃO PAULO', 'SUZANO', 'TIROTEIO', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICADO']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/12/verificamos-flavio-bolsonaro-marielle/
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#Verificamos: É falso que Flávio Bolsonaro tenha homenageado suspeito de matar Marielle
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2019-03-12
Circula nas redes sociais a “informação” de que o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, teria homenageado Ronnie Lessa, suspeito do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ). A homenagem teria sido feita quando Flávio era deputado estadual no Rio de Janeiro. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Assassino da Marielle (…) foi condecorado pelo filho [de Bolsonaro] na Alerj [Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro]” Imagem que foi publicada no Facebook e compartilhada mais de cem vezes até as 16h do dia 12 de março de 2019 O senador e ex-deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) não homenageou o policial militar reformado Ronnie Lessa, apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como autor dos disparos que mataram a vereadora Marielle Franco (PSOL). Esse fato pode ser constatado por meio de uma busca no site da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Lessa foi homenageado pela Alerj em 23 de novembro de 1998. Ele recebeu uma Moção de Congratulação, Aplausos e Louvor do então deputado estadual Pedro Fernandes (PFL) – avô do atual secretário de Educação do Estado do Rio de Janeiro, também chamado Pedro Fernandes (PDT). O filho mais velho de Bolsonaro se elegeu deputado estadual pela primeira vez em 2002, e tomou posse no ano seguinte. Ronnie Lessa, que mora no mesmo condomínio que o presidente Jair Bolsonaro (PSL), foi preso nesta terça-feira (12), apontado pelo MP-RJ como autor dos disparos contra Marielle. Vale destacar que Flávio homenageou, em duas ocasiões, o ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar Adriano Magalhães da Nóbrega, suspeito de integrar a organização miliciana Escritório do Crime, além de empregar sua mãe e sua esposa em seu gabinete. O MP-RJ não descartou, em entrevista coletiva nesta terça, participação do Escritório do Crime ou de outras milícias no assassinato de Marielle. Em 2003, o filho mais velho do presidente apresentou uma moção de louvor ao capitão. Dois anos depois, apresentou projeto de lei que concedeu a Medalha Tiradentes ao ex-militar.
https://piaui.folha.uol.…leronnieTOPO.png
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['CHICO MARÉS']
[]
['#VERIFICAMOS', 'ALERJ', 'ASSASSINATO', 'ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO', 'BOLSONARO', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'FLÁVIO BOLSONARO', 'HOMENAGEM', 'MARIELLE', 'MARIELLE FRANCO', 'MILÍCIAS', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PEDRO FERNANDES', 'PSL', 'PSOL', 'RONNIE LESSA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/11/verificamos-obama-soldados/
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#Verificamos: Não é de Obama discurso que associa soldados às liberdades democráticas
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2019-03-11
Circula nas redes sociais discurso atribuído a Barack Obama, no qual é dito que as liberdades que temos existem “graças aos soldados”. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “É graças aos soldados, e não aos sacerdotes, que podemos ter a religião que desejamos. É graças aos soldados, e não aos jornalistas, que temos liberdade de imprensa (….) É graças aos soldados, e não aos políticos, que podemos votar” Discurso atribuído ao ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama, que até as 19h do dia 11 de março de 2019, já tinha mais de 3 mil compartilhamentos no Facebook O texto analisado pela Lupa não é um discurso de Barack Obama, e sim um poema de Charles M. Province, publicado originalmente em 1970. O ex-presidente americano tampouco citou esse poema em alguma cerimônia do Memorial Day, como diz o conteúdo analisado, ou em qualquer outro momento durante sua presidência. É possível constatar isso procurando trechos do poema no arquivo do ex-presidente. Este conteúdo também foi verificado pelos sites G1 e Boatos.org.
https://piaui.folha.uol.…asoldadoTOPO.png
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['CHICO MARÉS']
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['#VERIFICAMOS', 'BARACK OBAMA', 'DEMOCRACIA', 'DESINFORMAÇÃO', 'DISCURSO', 'ESTADOS UNIDOS', 'EUA', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'LIBERDADE', 'NOTÍCIA FALSA', 'OBAMA', 'SOLDADOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/11/verificamos-bolsonaro-guaido/
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#Verificamos: É falsa troca de tuítes entre Bolsonaro e Guaidó sobre “se autoproclamar presidente”
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2019-03-11
Circula nas redes sociais uma suposta troca de tuítes entre o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o autoproclamado presidente interino da Venezuela Juan Guaidó. Nesta conversa, Bolsonaro faz indireta ao ator José de Abreu sobre “se autoproclamar presidente”, mas é respondido de forma crítica pelo venezuelano. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Se autoproclamar presidente é fácil, quero ver governar. Boa noite a todos!” Suposto tuíte do presidente Jair Bolsonaro, do dia 8 de março, com mais de 2,4 mil compartilhamentos no Facebook até as 15h do dia 11 de março de 2019 O tuíte analisado pela Lupa não foi publicado no perfil oficial de Bolsonaro. No dia 8 de março, data na qual a publicação teria sido feita, ele publicou ou republicou oito conteúdos. Foram quatro tuítes sobre previdência e dois sobre o Dia Internacional da Mulher, um retuíte de um conteúdo publicado por página do próprio governo sobre parcerias público-privadas e “um abraço” ao deputado federal Vinícius Poit (Novo-SP). É possível constatar, também, que Bolsonaro tampouco apagou qualquer publicação deste dia. O perfil do twitter Desbloqueando JB, que replica automaticamente todas as publicações do presidente (e mantém no ar quando apagadas), não mostra outros tuítes além dos citados. O mesmo vale para a ferramenta Tweets de Bolso, do site Aos Fatos, que compila publicações do presidente – incluindo conteúdos que, posteriormente, podem ser apagados. “Um chefe de estado não exerce a democracia pelo Twitter” Suposto tuíte do autodeclarado presidente interino da Venezuela Juan Guaidó, do dia 8 de março, com mais de 2,4 mil compartilhamentos no Facebook até as 15h do dia 11 de março de 2019 O tuíte de Guaidó também é falso. No dia 8 de março, ele tuitou nove vezes, mas em nenhuma ocasião falou sobre Bolsonaro ou sobre o Brasil. Além disso, na imagem analisada pela Lupa, a publicação do venezuelano aparece como resposta ao tuíte do presidente brasileiro – que, como mostrado acima, não existiu. Segundo a busca avançada do Twitter, as duas contas nunca interagiram diretamente – ou seja, respondendo uma a outra. Entretanto, os dois políticos já mencionaram um ao outro na rede social. Bolsonaro mencionou Guaidó em uma ocasião, em 20 de fevereiro, falando sobre entrega de ajuda humanitária. Já o venezuelano mencionou o presidente brasileiro em três ocasiões, todas elas de forma positiva. Essa informação também foi verificada pelo site Boatos.org.
https://piaui.folha.uol.…aroguaido675.png
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['CHICO MARÉS']
[]
['#VERIFICAMOS', 'AUTOPROCLAMAÇÃO', 'BOLSONARO', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'GUAIDÓ', 'JAIR BOLSONARO', 'JOSÉ DE ABREU', 'JUAN GUAIDÓ', 'NOTÍCIA FALSA', 'TWITTER', 'VENEZUELA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'ZÉ DE ABREU']
2021-05-14
['FALSO', 'FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/10/verificamos-estadao-arruinar-bolsonaro/
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#Verificamos: É falso que repórter do Estadão tenha dito que pretende ‘arruinar Flávio Bolsonaro e o governo’
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2019-03-10
Circula nas redes sociais a “notícia” de que a repórter Constança Rezende, do jornal O Estado de S.Paulo, teria dito que sua intenção profissional “é arruinar Flávio Bolsonaro e o governo”. Flávio é senador pelo PSL-RJ e filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Ele vem sendo investigado pelo núcleo de combate à corrupção do Ministério Público Federal por conta de sua movimentação financeira e também no âmbito eleitoral por suposta falsificação de documento público e lavagem de dinheiro. Sempre que procurado para comentar o assunto, diz ser vítima de perseguição política e repudia aquilo que considera ser uma tentativa de imputar irregularidades e crimes onde não há. A “informação” sobre a repórter do Estadão foi publicada pelo site Terça Livre, que reúne ativistas conservadores e simpatizantes da família Bolsonaro, repercutindo postagem anterior feita numa página em francês. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho da Lupa: “Jornalista do Estadão: ‘a intenção é arruinar Flávio Bolsonaro e o governo'” Título de postagem feita pelo site Terça Livre e que, até as 20h45 do dia 10 de março de 2019, já tinha 70.434 interações no Facebook, segundo a ferramenta CrowdTangle A aspa utilizada pelo site no título de sua reportagem é falsa. A citação atribuída à repórter não aparece sequer na transcrição que a própria página faz de toda a conversa que a jornalista do Estadão teria supostamente mantido em inglês com um estrangeiro, sobre a investigação envolvendo Flávio Bolsonaro. Veja a seguir registros de toda a tradução e transcrição oferecida pelo próprio Terça Livre sobre o assunto: Além disso, no áudio oferecido pelo site, não é possível escutar nenhuma vez a frase pinçada para o título da “reportagem” analisada pela Lupa. Quando acessada a versão em francês do material, publicada pelo site Mediapart, encontra-se a transcrição da conversa em inglês. Nela, a frase do título postado pelo Terça Livre também não aparece. Na gravação do diálogo, Constança não fala em “intenção” de arruinar o governo ou o presidente. A conversa, em inglês, tem frases truncadas e com pausas. Apenas trechos selecionados foram divulgados. Em determinado momento, a repórter avalia que “o caso pode comprometer” e “está arruinando Bolsonaro”, mas não relaciona seu trabalho a nenhuma intenção nesse sentido. O que levou o jornal a publicar uma nota sobre o assunto na noite deste domingo (10). O Estadão ainda destaca que o site falsamente atribui à repórter a publicação da primeira reportagem sobre as investigações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sobre a movimentação atípica de R$ 1,2 milhão nas contas de um ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro. O autor da primeira reportagem, lembra o jornal, foi o jornalista Fábio Serapião, também de O Estado de S.Paulo. Por fim, o jornal informa que Constança Rezende não deu entrevista nem dialogou com o jornalista francês citado pelo Terça Livre. As frases da gravação foram retiradas de uma conversa que ela teve em 23 de janeiro deste ano com uma pessoa que se apresentou como Alex MacAllister, que seria um “suposto estudante interessado em fazer um estudo comparativo entre Donald Trump e Jair Bolsonaro”. *Esta checagem poderá ser atualizada a qualquer momento.
https://piaui.folha.uol.…às-20.34.32.png
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['EQUIPE LUPA']
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['#VERIFICAMOS', 'BOLSONARO', 'COAF', 'CONSTANÇA REZENDE', 'ESTADÃO', 'ESTADO DE S.PAULO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'FLÁVIO BOLSONARO', 'JAIR BOLSONARO', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PSL', 'TERÇA LIVRE', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/07/distrito-federal-deputados/
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Erros e acertos da bancada do DF no primeiro mês de trabalho na Câmara
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2019-03-07
O monitoramento da qualidade do discurso dos congressistas pode indicar se eles estão cumprindo as promessas de campanha e se estão utilizando dados corretos ao defender posições públicas e projetos de lei. No último mês, a Lupa acompanhou de perto a bancada do Distrito Federal na Câmara dos Deputados e analisou 92 discursos feitos por oito políticos no plenário da Casa. A deputada Paula Belmonte (PPS) não falou frases passíveis de verificação e, por essa razão, não consta no levantamento. Veja a seguir o resultado da avaliação de frases dos demais sete deputados: “Todos os servidores públicos federais que adentraram o serviço público a partir de 2003 já têm como teto para as suas aposentadorias o mesmo teto estabelecido para a iniciativa privada, para os celetistas” Erika Kokay (PT), deputada federal pelo Distrito Federal, em sessão na Câmara no dia 13 de fevereiro de 2019 A regra que aplica o teto da Previdência às aposentadorias de servidores federais, a Lei 12.618/2012, vale para quem tenha ingressado no serviço público “a partir do início da vigência do regime de Previdência complementar”. A Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp) foi criada em setembro de 2012 e oficialmente entrou em funcionamento no dia 4 de fevereiro de 2013, quando seu regulamento foi aprovado. Logo, a aplicação do teto vale, para funcionários que ingressaram em carreiras da União depois de 4 de fevereiro de 2013, e não de 2003. Pela nova regra, servidores que ganham mais do que o teto da Previdência e pretendem se aposentar com valores que superam o teto podem contribuir para a Funpresp. Quem não fizer essa contribuição, se aposentará com, no máximo, o teto do INSS – hoje fixado em R$ 5.829,45. Procurada para comentar esta checagem, a deputada afirmou que participou dessa matéria como deputado e sabe que a mudança aconteceu em 2013. “O decreto [9.690/2019] apenas limitou a possibilidade que já existia na lei [sobre quem poderia ou não decretar sigilo a uma informação]” Bia Kicis (PSL), deputada federal pelo Distrito Federal, em sessão na Câmara no dia 19 de fevereiro de 2019 O decreto 9.690/2019 não visava estabelecer limites de quem poderia ou não decretar sigilo sobre uma determinada informação. Na verdade, buscava o oposto: ampliar os limites já estabelecidos em decreto anterior – ainda que dentro das possibilidades previstas na Lei de Acesso à Informação (LAI). O decreto 7.724/2012 fixou que as prerrogativas para decretar sigilo nos graus ultrassecreto e secreto não poderiam ser delegadas. Ou seja, apenas presidente, vice-presidente, ministros, embaixadores e comandantes das Forças Armadas, no caso do grau ultrassecreto, e também titulares de autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista, no caso do grau secreto, poderiam fazê-lo. Em 23 de janeiro, no entanto, o então presidente em exercício General Hamilton Mourão publicou o decreto 9.690/2019. Ele buscava permitir que essas prerrogativas fossem delegadas para comissionados de alto escalão – DAS 101.6, para o grau ultrassecreto, e DAS 101.5 ou superior, para o grau secreto. Ou seja, os limites para a classificação de documentos sigilosos seriam ampliados. A LAI permite a delegação. Em 26 de fevereiro, o presidente Jair Bolsonaro publicou decreto que revogou essas mudanças e manteve as delegações proibidas. Por WhatsApp (ver aqui e aqui), a deputada respondeu que não se referia ao decreto 7.724/2012, mas apenas a LAI. “O fato é que o decreto suspenso pelo Congresso impunha limite à autorização legal, enquanto o decreto de 2012 que foi repristinado traz uma vedação que extrapola os termos da lei”, disse. “Durante os primeiros dias de trabalho, eu já protocolei 25 projetos de lei” Luis Miranda (DEM), deputado federal pelo Distrito Federal, em sessão na Câmara no dia 7 de fevereiro de 2019 Até o dia 07 de fevereiro, quando fez este discurso, o deputado Luis Miranda havia protocolado oito projetos de lei – não 25 como afirmou em sessão na Câmara. Além dos PLs, o congressista também tinha apresentado outras oito propostas legislativas, como requerimentos e projetos de resolução. Ele não apresentou projetos de lei entre os dias 7 de fevereiro e 1 de março. Entre as proposições apresentadas, está, por exemplo, o PL 33/2019, que visa a institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral no Brasil. Outra proposta do deputado pretende alterar o Código de Trânsito Brasileiro, permitindo que jovens de 16 anos possam dirigir caso estejam acompanhados de pais ou responsável legal. Atualizado às 21h do dia 7 de março de 2019: Procurado para comentar esta checagem, o deputado informou que pretende protocolar mais de 25 projetos de lei neste mandato. Segundo o congressista, houve um erro de semântica em sua fala na Câmara. “Dos nossos estudantes, 40,8% não concluem o ensino médio na idade correta” Professor Israel Batista (PV), deputado federal pelo Distrito Federal, em sessão na Câmara no dia 14 de fevereiro de 2019 Levantamento divulgado em dezembro pela ONG Todos Pela Educação mostra que, em 2018, 40,8% dos estudantes não concluíram o Ensino Médio com 19 anos – idade considerada adequada para que o aluno encerre essa etapa do ensino. Além disso, segundo a entidade, 24,1% das crianças não concluem o ensino fundamental. “Aqui em Brasília, na Capital do País — pasmem! —, só em 2018, foram registrados 14.985 casos de violência contra as mulheres” Flávia Arruda (PR), deputada federal pelo Distrito Federal, em sessão na Câmara no dia 25 de fevereiro de 2019 Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, 14.985 ocorrências de violência doméstica foram registradas em 2018. Ainda houve 673 casos de violência sexual e 28 feminicídios consumados. “O Ministério do Esporte (…) já não existe mais – agregou-se a outro Ministério” Julio Cesar Ribeiro (PRB), deputado federal pelo Distrito Federal, em sessão na Câmara no dia 07 de fevereiro de 2019 No dia 2 de janeiro, o ministro Osmar Terra assumiu como líder do Ministério da Cidadania, que engloba os ex-ministérios do Esporte, da Cultura e do Desenvolvimento Social. Atualmente, o antigo Ministério do Esporte tem status de Secretaria Especial do Esporte. Em novembro de 2018, antes de Bolsonaro assumir como presidente, ele já havia sinalizado a possibilidade do Ministério do Esporte fundir com uma outra pasta. “São R$ 112,22 bilhões por ano [na educação]” Celina Leão (PP), deputada federal pelo Distrito Federal, em sessão na Câmara no dia 14 de fevereiro de 2019
https://piaui.folha.uol.…ra-deputados.png
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['CHICO MARÉS', 'NATHÁLIA AFONSO']
[]
['APOSENTADORIA', 'BIA KICIS', 'CÂMARA DOS DEPUTADOS', 'CELINA LEÃO', 'CONGRESSO', 'CONGRESSO NACIONAL', 'DEPUTADOS', 'DEPUTADOS FEDERAIS', 'DF', 'DISTRITO FEDERAL', 'EDUCACAO', 'EDUCAÇÃO SUPERIOR', 'ENSINO MÉDIO', 'ERIKA KOKAY', 'ESPORTE', 'FLÁVIA ARRUDA', 'JULIO CESAR RIBEIRO', 'KOKAY', 'LAI', 'LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO', 'LUIS MIRANDA', 'MINISTÉRIO DO ESPORTE', 'MULHER', 'MULHERES', 'PL', 'PP', 'PR', 'PRB', 'PREVIDÊNCIA', 'PREVIDÊNCIA SOCIAL', 'PROFESSOR ISRAEL BATISTA', 'PROJETOS DE LEI', 'PSL', 'PT', 'PV', 'VIOLENCIA CONTRA MULHER']
2021-05-14
['FALSO', 'FALSO', 'EXAGERADO', 'VERDADEIRO', 'VERDADEIRO', 'VERDADEIRO, MAS', 'VERDADEIRO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/01/verificamos-armas-honduras/
lupa
#Verificamos: É falso que Honduras proíba cidadãos de terem armas
null
2019-03-01
Circula nas redes sociais uma imagem, com texto em inglês, que compara as leis sobre posse de armas e as taxas de homicídios em Honduras e na Suíça. Embora os dois lugares contem com população semelhante – 9 milhões de pessoas no país latinoamericano e 8,2 milhões no europeu -, seus índices de violência são muito diferentes. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Em Honduras, possuir armas é proibido” Trecho da legenda da imagem que circulava nas redes sociais em 1º de março de 2019. Não é proibido ter armas em Honduras. O Congresso Nacional daquele país, aprovou em 19 de junho de 2000, a Lei de Controle de Armas de Fogo, Munições, Explosivos e Outros Similares. A norma reconhece o direito de propriedade e porte de armas para cidadãos e estrangeiros residentes, desde que atendam às condições legais para isso. Estão liberados revólveres e pistolas, fuzis e até mesmo escopetas semiautomáticas. Em 2007, o decreto nº 69 limitou a posse a no máximo cinco armas e fixou regras para o porte. Um levantamento da organização suíça Small Arms Survey estima que existam 1,1 milhão de armas nas mãos de civis em Honduras. Desse total, 475 mil seriam registradas e 696 mil foram adquiridas ilegalmente. Isso representa uma taxa de 14,1 armas a cada 100 habitantes. O índice só fica abaixo do registrado nas Bahamas (18,76) na América Central. “[Honduras] é o país com maior taxa de homicídios” Segundo trecho da legenda da imagem que circulava nas redes sociais em 1º de março de 2019. Embora a taxa de homicídios de Honduras seja a segunda maior do mundo, o país com maior número de mortes intencionais é El Salvador. Naquele país houve 82,84 homicídios dolosos por 100 mil habitantes em 2016, segundo dados do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC). Em Honduras, foram registrados 56,5 homicídios dolosos por 100 mil habitantes em 2016. A Venezuela ficou na terceira posição, com índice de 56,3 por 100 mil habitantes. Um estudo do Small Arms Survey aponta que 80% dos 42.497 assassinatos registrados em Honduras tinham sido causados por armas de fogo de janeiro de 2005 a junho de 2013. A análise aponta que a maior parte das mortes aconteceu em grandes centros urbanos, no litoral e nas fronteiras. Por isso, teriam como principal causa os conflitos entre gangues e o tráfico de drogas. “Na Suíça, possuir armas é obrigatório” Terceiro trecho da legenda da imagem que circulava nas redes sociais em 1º de março de 2019. Não há na legislação da Suíça qualquer obrigatoriedade para que os cidadãos tenham armas. O país permite o porte e a posse para cidadãos e estrangeiros residentes, por meio da lei federal 514,54. O artigo 8º determina que é preciso ter uma licença de armas de fogo para fazer a aquisição, o que só é concedido se a pessoa atender aos critérios estabelecidos. Entre eles estão não ser menor de 18 anos e não ter registro criminal por um delito cometido mais de uma vez. Mesmo para manter uma arma obtida por herança é necessário solicitar uma licença. “[A Suíça] é o país com menor taxa de homicídios” Quarto trecho da legenda da imagem que circulava nas redes sociais em 1º de março de 2019. O país com menor taxa de homicídios intencionais em 2016 foi Lichtenstein, que não teve nenhuma morte registrada naquele ano. Em seguida vêm Japão, com 0,28 homicídios dolosos por 100 mil habitantes, e Islândia, com índice de 0,30 por 100 mil. Cingapura (0,32), Eslovênia (0,48), Indonésia (0,50) e Noruega (0,51) também ficaram à frente da Suíça, com 0,54 homicídios intencionais por 100 mil habitantes.
https://piaui.folha.uol.…mas-destaque.jpg
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['MAURÍCIO MORAES']
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['#VERIFICAMOS', 'ARMA DE FOGO', 'ARMAMENTO', 'ARMAS', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FACEBOOK JOURNALISM PROJECT', 'FAKE NEWS', 'FALSAS', 'FALSO', 'HOMICÍDIO', 'HOMICÍDIOS', 'HONDURAS', 'IMAGEM FALSA', 'NO FACEBOOK', 'NOTÍCIA FALSA', 'PORTE DE ARMA', 'PORTE DE ARMAS', 'POSSE DE ARMA', 'POSSE DE ARMAS', 'SEGURANÇA', 'SUÍÇA', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICADO']
2021-05-14
['FALSO', 'FALSO', 'FALSO', 'FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/01/verificamos-misseis-fronteira/
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#Verificamos: É antiga foto que mostra ‘mísseis na fronteira com o Brasil’
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2019-03-01
Circula nas redes sociais a “informação” de que a Venezuela teria posicionado mísseis na fronteira com o Brasil desde o dia 22 de fevereiro de 2019. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Exclusivo – Venezuela Posiciona Mísseis S-300 na Fronteira com o Brasil” Reportagem publicada pelo site DefesaNet e que, até às 16h do dia 1 de março de 2019, já tinha mais de 13 mil interações no Facebook, segundo o CrowdTangle A Lupa não analisou o conteúdo da reportagem, mas fotografia que acompanha o texto e mostra soldados com armas é antiga. Foi publicada em junho de 2018 pelo site América Militar. A foto em questão foi divulgada naquela época com o título: “Brigada de Defesa Aérea dos Llanos”. Localizada no norte da América do Sul, Llanos é uma região que ocupa parte do território da Venezuela e da Colômbia. A Lupa questionou órgãos brasileiros sobre o posicionamento de mísseis na fronteira entre o Brasil e a Venezuela – e isso não foi confirmado. A Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República informou, por telefone, que não tinha esse dado. O Ministério da Defesa afirmou, em nota, que não existia informação oficial sobre essa suposta ação venezuelana.
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['NATHÁLIA AFONSO']
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['#VERIFICAMOS', 'BRASIL', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'FALSO', 'FRONTEIRA', 'FRONTEIRAS', 'GOVERNO VENEZUELANO', 'GUERRA', 'IMAGEM FALSA', 'INFORMAÇÃO FALSA', 'MADURO', 'MÍSSEIS', 'NICOLAS MADURO', 'NO FACEBOOK', 'VENEZUELA', 'VENEZUELANOS', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICADO']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/01/verificamos-bolsonaro-marun-itaipu/
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#Verificamos: É falso que Bolsonaro indicou Carlos Marun para cargo em Itaipu
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2019-03-01
Circula nas redes sociais uma imagem em que se vê uma foto do ex-deputado e ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo de Michel Temer (MDB), Carlos Marun (MDB), acompanhada de uma legenda que “informa” que ele foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) para ocupar um cargo na usina hidrelétrica Itaipu Binacional. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Bolsonaro indica Marun (…) para diretoria de Itaipu” Trecho da legenda da imagem que, até as 11h do dia 1º de março de 2019, tinha sido compartilhada mais de 3,2 mil vezes no Facebook Foi o ex-presidente Temer – e não Jair Bolsonaro – quem indicou Carlos Marun para o posto de membro do conselho de Itaipu Binacional. A exoneração e nomeação do ex-ministro para o cargo saíram no Diário Oficial da União no dia 31 de dezembro de 2018, último dia do governo do ex-presidente. De acordo com a publicação, Marun exercerá o mandato de conselheiro da hidrelétrica até 16 de maio de 2020. Em 27 de dezembro, pouco antes de começar o novo governo, um documento assinado pelo então futuro ministro da Casa Civil de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni, pedia a cada ministério que fizesse a revisão dos atos dos últimos 60 dias do governo Temer. No dia 2 de janeiro, Lorenzoni afirmou que Bolsonaro tinha refletido sobre a nomeação de Marun e decidido respeitar a decisão de Temer. Em entrevista coletiva concedida após a cerimônia de posse do general Joaquim Silva e Luna como diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, em 26 de fevereiro, Bolsonaro mostrou-se confuso ao ser perguntado sobre a permanência de Marun no conselho da hidrelétrica. “O Marun não foi… está mantido?”, disse. Depois, confirmou que o ex-ministro continuaria no cargo. “Está mantido, no conselho. Foi indicação do presidente Temer e o compromisso nosso é daqui para frente.” “(…) acusado de desvio de 16 milhões (…)” Segundo trecho da legenda da imagem que, até as 11h do dia 1º de março de 2019, tinha sido compartilhada mais de 3,2 mil vezes no Facebook. Marun é de fato réu, junto com outros 13 acusados, em uma ação civil de improbidade administrativa que apura o desvio de R$ 16,6 milhões. Ele era presidente da Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul (Agehab) quando, segundo o Ministério Público Estadual, o órgão agiu de má fé ao não preencher cargos por concurso e privilegiar a terceirizada Dighito com contratos superfaturados. O processo corre na 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, em Campo Grande (MS), e foi aberto em 11 de julho de 2013. Segundo o site do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, desde o dia 18 de fevereiro de 2019 está em fase final, aguardando a decisão do juiz responsável. Marun disse ser inocente e ter certeza de sua absolvição.
https://piaui.folha.uol.…ipu-destaque.jpg
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['MAURÍCIO MORAES']
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['#VERIFICAMOS', 'BOLSONARO', 'CARLOS MARUN', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'HIDRELÉTRICA', 'ITAIPU BINACIONAL', 'JAIR BOLSONARO', 'MARUN', 'MDB', 'MICHEL TEMER', 'NOMEAÇÕES POLÍTICAS', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PSL', 'USINA HIDRELÉTRICA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS']
2021-05-14
['FALSO', 'VERDADEIRO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/22/verificamos-bolsonaro-deportacao/
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#Verificamos: É falso que brasileiros ilegais nos EUA serão denunciados pelo consulado do Brasil para deportação
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2019-03-22
Circula nas redes sociais a “informação” de que, a pedido do presidente americano Donald Trump, os consulados do Brasil nos Estados Unidos irão denunciar os brasileiros que vivem ilegalmente no país para serem deportados mais rapidamente. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Parabéns aos brasileiros ilegais dos EUA onde a votação em Bolsonaro superou 70%: agora vocês serão denunciados pelo próprio consulado brasileiro para deportação mais rápida” Publicação que, até as 15h do dia 22 de março de 2019, tinha sido compartilhada 255 vezes no Facebook Procurado pela Lupa, o Itamaraty afirmou que a informação é falsa. Em nota, o órgão esclareceu que “consulados brasileiros existem e funcionam para atender a cidadãos brasileiros no exterior, nunca para, de nenhum modo, denunciá-los.” Em visita aos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que “a maioria dos imigrantes não têm boas intenções, nem quer o melhor ou fazer o bem ao povo americano”, em entrevista ao canal de televisão Fox News. Posteriormente, ele pediu desculpas pela declaração e disse que foi um “equívoco ou ato falho”. Um dos filhos do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), também deu declarações contrárias aos imigrantes brasileiros. “Um brasileiro ilegalmente fora do país é problema do Brasil, isso é vergonha nossa, para a gente”, disse. Criticado pela fala, ele disse que havia sido mal interpretado e que já trabalhou ao lado de “mexicanos e peruanos” em lanchonetes dos EUA por alguns meses, quando viajou ao país como estudante. Além disso, a revista Veja noticiou que uma proposta para facilitar a deportação de brasileiros em situação irregular tramita no Ministério das Relações Exteriores. Entretanto, isso não significa que o governo denunciaria imigrantes ilegais para as autoridades americanas. Pela proposta, ilegais já presos nos Estados Unidos poderiam ser deportados sem a necessidade de assinar a Autorização de Retorno ao Brasil (ARB), que hoje é necessária.
https://piaui.folha.uol.…nsulado1topo.png
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['CLARA BECKER']
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['#VERIFICAMOS', 'BOLSONARO', 'CONSULADO', 'DENÚNCIA', 'DEPORTAÇÃO', 'DESINFORMAÇÃO', 'DONALD TRUMP', 'EMBAIXADA', 'ESTADOS UNIDOS', 'EUA', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'IMIGRAÇÃO', 'IMIGRAÇÃO ILEGAL', 'IMIGRANTES ILEGAIS', 'ITAMARATY', 'JAIR BOLSONARO', 'MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'RELAÇÕES EXTERIORES', 'RELAÇÕES INTERNACIONAIS', 'TRUMP', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-23
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/21/ernesto-araujo-crescimento-inovacao/
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Ernesto Araújo erra ao falar do crescimento do Brasil no século XX e da posição de Israel nos rankings de inovação
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2019-03-21
Na semana que antecedeu a viagem do presidente Jair Bolsonaro (PSL) aos Estados Unidos, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, deu uma aula magna para os estudantes do Instituto Rio Branco e concedeu uma entrevista à Rádio Gaúcha. Nas duas ocasiões, defendeu uma política externa mais direcionada por valores do que por interesses comerciais – e um alinhamento mais nítido com os americanos. A Lupa checou algumas das frases ditas por Araújo nos dois eventos. Veja o resultado a seguir: “O Brasil (…) foi o país que mais cresceu no mundo mais ou menos entre 1900 e 1975” Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, na aula magna concedida no Instituto Rio Branco em 11 de março de 2019 Não há dados mundiais sobre crescimento econômico que permita comparar dados de todos os países ao longo do período mencionado pelo ministro. Os números disponíveis para boa parte do século 20 vêm de estimativas, muitas vezes incompletas. Por isso, a frase de Ernesto Araújo é classificada pela Lupa como insustentável. Em 2006, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou o livro Estatísticas do Século XX, uma compilação de dados sobre o Brasil para aquele período. De acordo com o estudo, entre 1900 e 1999, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita do país cresceu quase 12 vezes, atingindo uma média de 3,5% ao ano. Esse resultado, no entanto, foi superado por Japão, Taiwan, Finlândia, Noruega e Coreia. Ainda de acordo com o IBGE, o período de maior crescimento do PIB per capita ocorreu entre 1920 e 1980. Tanto antes como depois disso houve estagnação econômica no país. Outra base de dados que faz estimativas históricas sobre o PIB, o The Maddison Project, tem informações sobre todos os anos do período citado por Araújo para apenas 29 países. Nesse caso, a nação que mais cresceu foi a Venezuela – cuja riqueza produzida aumentou 63 vezes entre 1900 e 1975. O Brasil ficou em segundo lugar no ranking, com um aumento de 37 vezes no mesmo intervalo de tempo. Procurada para comentar esta checagem, a assessoria de imprensa do Ministério das Relações Exteriores não respondeu. “Depois dos Estados Unidos, [Israel] é o país com mais capacidade de inovação, de startups” Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, em entrevista concedida à Rádio Gaúcha no dia 15 de março de 2019 De acordo com rankings elaborados por sites independentes, Israel não é o segundo país com maior número de startups no mundo. O Startup Ranking, catálogo que analisa startups de 188 países, coloca os Estados Unidos em primeiro lugar (com 46.615 startups), seguido pela Índia (com 6.184). Nessa lista, Israel aparece em 13º lugar, com 814 empresas do tipo. O país aparece até mesmo atrás do Brasil, que fica na 10ª posição (com 1.076 startups) O Startup Blink, que avalia a qualidade do ecossistema de inovação, lista os países com as empresas consideradas mais relevantes e também põe os Estados Unidos como líderes no ranking. Eles vêm seguidos de Reino Unido e Canadá. Israel ocupa a quarta posição. O Brasil fica em 39º lugar. Uma organização israelense sem fins lucrativos que acompanha esse cenário, a Central Nacional de Startups (Start-Up Nation Central, em inglês), identificou que foram abertas 700 startups naquele país em 2017, enquanto 408 fora fecharam no mesmo ano. Os resultados mostram que, nos últimos anos, menos empresas têm sido abertas e uma quantidade cada vez maior tem encerrado suas atividades. Procurada, a assessoria de imprensa do ministério das Relações Exteriores não respondeu. “[O Brasil] É um dos países que mais emitem turismo para lá [os EUA], que mais gastam e, portanto, deixam recursos na economia americana” Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, em entrevista concedida à Rádio Gaúcha no dia 15 de março de 2019 Segundo estatísticas oficiais, o Brasil está na lista dos dez países que mais turistas mandam para os EUA e dos que mais gastam por lá. Dados do Escritório Nacional para Viagens e Turismo do governo americano (NTTO, na sigla em inglês), mostram que 1,9 milhão de brasileiros viajaram para os EUA em 2017. Isso representa 2,5% dos 76,9 milhões de visitantes estrangeiros nos Estados Unidos. O Brasil é o oitavo país no ranking de nacionalidades que mais visitaram a país naquele ano, atrás de Canadá, México, Reino Unido, Japão, China, Coreia do Sul e Alemanha. Os turistas brasileiros também estão entre os que mais gastam nos Estados Unidos. De acordo com a Associação de Viagens dos Estados Unidos (US Travel Association, na sigla em inglês), o Brasil ficou em sétimo lugar no ranking dos visitantes com mais despesas no país. Em 2017, foram US$ 11,4 bilhões, o que equivale a 4,6% de um total de US$ 251 bilhões. A lista é liderada por China (14%), Canadá (8,5%), México (8,3%), Japão (6,6%), Reino Unido (6,2%) e Índia (5,8%) “Um dos maiores emissores [de turistas internacionais](…) são os Estados Unidos.” Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, em entrevista concedida à Rádio Gaúcha no dia 15 de março de 2019 Dados do Banco Mundial mostram que os Estados Unidos são o quarto maior país em número de turistas que deixam sua nação em todo o planeta, atrás da China, da Alemanha e de Hong Kong. Em 2017 (último dado disponível), foram 87,7 milhões de viagens a partir dos Estados Unidos para outros países. Como o mesmo indivíduo pode realizar mais de uma viagem no ano, em algumas nações, como Alemanha e Hong Kong, o número de viajantes supera a população do país.
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['MAURÍCIO MORAES', 'CHICO MARÉS']
[]
['ECONOMIA', 'ERNESTO ARAÚJO', 'ESTADOS UNIDOS', 'EUA', 'INOVAÇÃO', 'ISRAEL', 'ITAMARATY', 'MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES', 'PIB', 'RELAÇÕES EXTERIORES', 'RELAÇÕES INTERNACIONAIS', 'STARTUPS', 'TURISMO', 'VARIAÇÃO DO PIB', 'VISTO']
2021-05-23
['FALSO', 'VERDADEIRO', 'VERDADEIRO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/15/verificamos-padre-armas/
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#Verificamos: É falso que padre Fábio de Melo tenha escrito que ‘as armas não matam’
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2019-03-15
Circula nas redes sociais texto atribuído ao padre Fábio de Melo sobre o massacre de Suzano (SP), ocorrido no último dia 13. No texto, o padre teria escrito que “as armas não matam, o que mata é a ausência de amor”. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “As armas não matam, o que mata é a ausência de amor” Texto atribuído ao padre Fábio de Mello (aqui e aqui) que, até as 18h do dia 15 de março de 2019, tinha sido compartilhada ao menos 6,5 mil vezes no Facebook O texto analisado pela Lupa não é de autoria do padre Fábio de Melo, que desmentiu o boato através de sua conta no Twitter. “O texto que está viralizado sobre o atentado em Suzano, cujo título é ‘O melhor texto que já li sobre o acontecimento de ontem’ não foi escrito por mim”, disse. O líder católico chegou a escrever sobre o acontecimento, como ele próprio confirmou em suas redes sociais. Em momento algum, porém, disse que “os meninos não mataram porque o porte de armas é um projeto do atual governo” ou que “as armas não matam o que mata é ausência de amor”. Curiosamente, um trecho do texto original do religioso chegou a ser incluídos no texto falso: “a violência é o desdobramento de carências afetivas, da necessidade de ser visto e ser notado, ainda que da pior maneira”. Abaixo, o texto original completo escrito pelo padre: Essa verificação também foi feita pelos sites G1 e Boatos.org.
https://piaui.folha.uol.…fabiodemello.png
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['CLARA BECKER']
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['#VERIFICAMOS', 'ARMAS', 'ATENTADO', 'ATIRADORES', 'DESINFORMAÇÃO', 'EDUCACAO', 'FÁBIO DE MELLO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'MASSACRE DE SUZANO', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PADRE FÁBIO DE MELLO', 'RELIGIÃO', 'SEGURANÇA PÚBLICA', 'SUZANO', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VIOLÊNCIA']
2021-05-23
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/12/verificamos-foto-bolsonaro-marielle/
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#Verificamos: Homem que aparece sorrindo em foto com Bolsonaro não é suspeito de ter matado Marielle
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2019-03-12
Circula nas redes sociais uma foto em que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) aparece de terno e gravata, ao lado do filho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e perto de um homem sorridente, de camisa polo preta, que está sendo identificado como o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz. Élcio é suspeito de ter dirigido o carro que foi usado pelos assassinos da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ). Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Na foto, Élcio, que executou Marielle Franco junto com Ronnie, parece descontraído ao lado de Eduardo e Jair Bolsonaro” Frase que acompanha imagem em postagem que, até as 18h30 do dia 12 de março de 2019, já tinha mais de 500 compartilhamentos no Facebook O homem identificado na foto analisada pela Lupa não é Élcio Vieira de Queiroz, apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) como motorista do carro usado no assassinato de Marielle. Trata-se do vice-presidente da Associação dos Policiais Militares Portadores de Deficiência do Estado de São Paulo (APMDFESP), Wladimir Garcia de Menezes. A foto foi feita em 4 de abril de 2017, durante formatura de sargentos da Polícia Militar paulista em curso superior tecnólogo. Além de Menezes, de Bolsonaro e de seu filho, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP, à esquerda do presidente), estão presentes na imagem o deputado estadual Coronel Telhada (PP-SP, à direita do presidente) e o sargento da PM Rogério Praxedes Marcolino (à direita de Menezes). Algumas versões dessa mesma foto circulam nas redes identificando Praxedes como o policial militar reformado Ronnie Lessa, apontado pelo MP-RJ como responsável pelos disparos contra Marielle. Essa informação também foi verificada pelo site Aos Fatos.
https://piaui.folha.uol.…marielleTOPO.png
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['CHICO MARÉS']
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['#VERIFICAMOS', 'ASSASSINATO', 'BOLSONARO', 'CASO MARIELLE', 'CRIME', 'DESINFORMAÇÃO', 'ÉLCIO VIEIRA DE QUEIROZ', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'JAIR BOLSONARO', 'MARIELLE', 'MARIELLE FRANCO', 'MINISTÉRIO PÚBLICO', 'MINISTÉRIO PÚBLICO DO RIO DE JANEIRO', 'MP', 'MPRJ', 'NOTÍCIA FALSA', 'RONNIE LESSA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VIOLÊNCIA']
2021-05-23
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/03/11/verificamos-tuite-ditadura/
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#Verificamos: Não é de jornalista do Estadão tuíte que diz que ‘o Brasil virou uma ditadura’
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2019-03-11
Em vídeo publicado no Facebook, o site Terça Livre exibiu um tuíte que teria sido escrito pela repórter Constança Rezende, do jornal O Estado de S. Paulo. No texto, a jornalista teria dito que o Brasil virou uma ditadura, além de citar o assassinato da vereadora do PSOL Marielle Franco, no ano passado, como exemplo disso. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Vamos ver de quem nós estamos falando. Nós estamos falando dessa jornalista aqui, que falou que o Brasil virou uma ditadura. Que com a morte da Marielle deixou isso bem claro” Trecho de live do Terça Livre que, até as 14h00 do dia 11 de março de 2019, tinha sido compartilhada mais de 730 vezes no Facebook O tuíte atribuído à jornalista Constança Rezende é falso. A postagem exibida em vídeo pelo Terça Livre foi publicada por uma conta fake, que não pertence à repórter. Não há selo de verificação, por exemplo, que garante a autenticidade do conteúdo compartilhado por pessoas públicas. O texto também traz problemas de pontuação e acentuação e uso inapropriado de letras maiúsculas e minúsculas. Denunciado como falso para o Twitter, o perfil @constancarezen, responsável pela publicação, foi suspenso pela rede social. A conta oficial de Constança, que tem o selo de verificação, é @constancarezend. A repórter foi mencionada recentemente em uma notícia falsa publicada pelo site Terça Livre. A página acusou a jornalista de dizer, em uma entrevista internacional, que pretendia arruinar o senador Flávio Bolsonaro (PSL). A transcrição da fala, no entanto, mostra que isso jamais ocorreu. Constança escreveu reportagens sobre movimentações suspeitas investigadas pelo Ministério Público quando Flávio Bolsonaro era deputado estadual no Rio de Janeiro. O jornal O Estado de S. Paulo também verificou esta informação.
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['MAURÍCIO MORAES']
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['#VERIFICAMOS', 'ALLAN TERÇA LIVRE', 'BOLSONARO', 'CONSTANÇA REZENDE', 'DESINFORMAÇÃO', 'ESTADÃO', 'ESTADO DE S.PAULO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'JAIR BOLSONARO', 'MARIELLE', 'MARIELLE FRANCO', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'TERÇA LIVRE', 'TWITTER', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-23
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/26/verificamos-ba-tratores-bolsonaro/
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#Verificamos: É falso que governo da BA escondeu tratores ‘enviados por Bolsonaro’ para não serem entregues
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2021-02-26
Circula nas redes sociais a informação de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) enviou diversos tratores para o estado da Bahia, mas o governador Rui Costa (PT) teria “escondido” os veículos para não entregar aos pequenos agricultores. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Olha aqui quantos tratores e eles não entregaram, o governador do Estado não entregou. Numa área escondida de Salvador, o governo federal mandou para os pequenos agricultores, fazer o seu plantio, cuidar da sua terra. Olha aí quantos tratores! Tratores que o governo federal Jair Messias Bolsonaro enviou e eles não entregaram. Vocês aí do interior, que têm sua rocinha, olha aí quantas máquinas, simplesmente o governo do estado não entregou” Vídeo publicado no Facebook que, até as 17h30 de 26 de fevereiro de 2021, tinha mais de 8,9 mil compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. Os tratores que aparecem nas imagens foram adquiridos e entregues em julho de 2020, por meio de emendas de deputados federais e estaduais. Além disso, de acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Rural da Bahia (SDR), os veículos não estavam “escondidos”, mas sim aguardando vistoria para serem entregues, em seguida, aos municípios contemplados. O registro original que circula nas redes sociais foi publicado em 17 de agosto de 2020, pelo Instagram de um ex-candidato a vereador de Salvador (BA). Na ocasião, a Secretaria de Desenvolvimento Rural da Bahia (SDR) emitiu nota afirmando que os veículos não estavam “abandonados”, mas sim estacionados no Centro de Formação da própria secretaria, no bairro de Itapuã, em Salvador. “O motivo de estarem nesse local é porque, antes de serem entregues e liberados para cada município, os equipamentos são levados para um espaço público, para que sejam vistoriados, emitidos os Termos de Cessão. O embarque para cada município é feito de forma escalonada”, explica. Os tratores foram entregues em atos públicos pelo governador da Bahia, Rui Costa (PT), no mês de julho, totalizando 190 tratores, em três entregas distintas: a primeira, com 18 veículos, foi feita em 28 de julho, e somou o total de R$ 1,64 milhão. Em 29 de julho, o governo entregou outros 105 tratores, com um investimento de aproximadamente R$ 12 milhões, a 91 municípios. A última etapa de entregas ocorreu um dia depois, com mais 67 tratores agrícolas, representando um montante de cerca de R$ 5,2 milhões. A reportagem entrou em contato com Ernando Peixoto, ex-candidato a vereador de Salvador nas eleições 2020, pelo PRTB. Por WhatsApp, confirmou a autoria do vídeo. Entretanto, ao ser questionado sobre a nota do governo da Bahia, não quis comentar. “Deus sabe de tudo e ver [sic] tudo”. Em agosto do ano passado, a Lupa fez uma checagem similar. Na ocasião, um vídeo foi compartilhado nas redes sociais afirmando que diversas ambulâncias, supostamente enviadas pelo presidente Jair Bolsonaro, estavam “abandonadas” em um pátio da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab). Os veículos estavam aguardando vistoria para serem liberados e não tinham sido enviados pelo governo federal, mas sim adquiridos com recursos de emendas de deputados estaduais.
https://piaui.folha.uol.…-at-11.53.49.jpg
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['ÍTALO RÔMANY']
[]
['#VERIFICAMOS', 'AGRICULTOR FAMILIAR', 'BAHIA', 'DESINFORMAÇÃO', 'EMENDAS PARLAMENTARES', 'ENVIO DE TRATORES', 'ERNANDO PEIXOTO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'GOVERNO DA BAHIA', 'GOVERNO FEDERAL', 'JAIR BOLSONARO', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'RUI COSTA', 'SALVADOR', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/25/verificamos-pazuello-santarem-covid/
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#Verificamos: Visita de Pazuello a Santarém (PA) não mudou quadro de pandemia da Covid-19 na cidade
null
2021-02-25
Esta publicação foi corrigida às 17h40 do dia 26 de fevereiro de 2021. Veja abaixo. Circula nas redes sociais que o município de Santarém (PA) apresentou uma melhora no número de casos de Covid-19 com a visita do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em 18 de fevereiro. Segundo a publicação, 20 pacientes infectados ficaram curados “imediatamente”. Além disso, devido à visita de Pazuello, a prefeitura encerrou o lockdown que tinha decretado na cidade. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Eduardo Pazuello, General do Exército e Ministro da Saúde do Brasil, foi até Santarém-PA e operou um verdadeiro milagre. Por semanas, o Governador do Pará e o Prefeito da cidade estavam decretando Lockdown, fechando tudo e divulgando várias mortes por COVID. Foi só Pazuello dizer que estava chegando e 20 pacientes ficaram, imediatamente, curados da doença”. Legenda de post publicado no Instagram que, até as 15h de 25 de fevereiro de 2021, tinha mais de 485 curtidas A informação analisada pela Lupa é falsa. Dados da Secretaria Municipal de Saúde de Santarém mostram que, no dia em que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, esteve no município, em 18 de fevereiro, o número de recuperados pela Covid-19 foi de 28. Esse dado sofreu pouca alteração nos últimos sete dias anteriores à visita de Pazuello. Entre 12 e 18 de fevereiro, a média diária de pacientes que se recuperaram foi de 26. Ou seja, é inverídico afirmar que esse número se deu exclusivamente por causa do ministro. Além disso, não houve redução no número de pessoas internadas ou de casos de Covid-19 em Santarém com a presença de Pazuello. No dia da visita, 18 de fevereiro, a cidade tinha 123 pacientes internados em leitos clínicos para Covid-19 e mais 50 em leitos de UTI. Esses dados não diferem da média dos últimos sete dias (12 a 18 de fevereiro), que foi de 50,4 internos em leitos clínicos e de 123,9 em leitos de UTI. Sobre o número de infectados, o município registrou 39 notificações e 2 óbitos na data da visita. A média dos sete dias anteriores foi de 32 casos e 4,3 mortes por Covid-19. O último boletim divulgado pela Prefeitura de Santarém, em 24 de fevereiro, mostra que a cidade tem 59 pacientes internados em leitos de UTI e mais 106, em leitos clínicos. Foram confirmados 50 novos casos e 8 óbitos. Ou seja, mesmo após a visita do ministro, os dados mostram que a Covid-19 continua se alastrando no município. A visita de Pazuello se deu a pedido do prefeito Nélio Aguiar (DEM), em ofício enviado em 11 de fevereiro. O anúncio da visita foi feito em 17 de fevereiro. Na cidade, o ministro participou, ao lado do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), da entrega do novo Hospital de Campanha de Santarém. A unidade abriu mais 60 leitos clínicos exclusivos para tratamento de Covid-19 na região. Correção às 16h do dia 26 de fevereiro de 2021: A etiqueta foi reavaliada e alterada de “exagerado” para “falso”. “[…] E, assim que [o ministro da Saúde] chegou, terminou o Lockdown” Legenda de post publicado no Instagram que, até as 15h de 25 de fevereiro de 2021, tinha mais de 485 curtidas A informação analisada pela Lupa é verdadeira, mas o fim do lockdown em Santarém não se deu exclusivamente por causa da presença do ministro Pazuello na cidade. As medidas foram tomadas baseadas em um decreto estadual, publicado em 18 de fevereiro, que mudou, de preto para vermelho, a bandeira sobre a situação da pandemia da Covid-19 nos municípios que fazem parte do Baixo Amazonas, incluindo Santarém. Em 13 de fevereiro, a gestão municipal publicou o decreto 645/2021, prorrogando, até 19 de fevereiro, as medidas de lockdown na cidade. Desde o dia 31 de janeiro Santarém vem adotando medidas mais duras, por causa de um decreto estadual que mudou, de vermelho para preto, a bandeira do município. Checagem similar foi feita por Aos Fatos.
https://piaui.folha.uol.…at-18.17.401.jpg
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['ÍTALO RÔMANY']
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['#VERIFICAMOS', 'COVID-19', 'DESINFORMAÇÃO', 'EDUARDO PAZUELLO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'HELDER BARBALHO', 'ISOLAMENTO SOCIAL', 'LEITOS DE UTI', 'LOCKDOWN', 'MINISTRO DA SAÚDE', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'PANDEMIA', 'PARÁ', 'PAZUELLO', 'SANTARÉM', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO', 'VERDADEIRO, MAS']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/25/verificamos-cloroquina-gripe-espanhola/
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#Verificamos: É falso que cloroquina foi recomendada como forma de tratamento durante gripe espanhola
null
2021-02-25
Circula pelas redes sociais que a cloroquina foi usada pela população durante a pandemia de gripe espanhola como tratamento. O texto circula junto com uma foto de um anúncio que recomenda o tratamento com um comprimido de “chloro quinino” para melhorar os sintomas da gripe. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Desde 1918… só os médicos formados no período petista não sabem…” Texto em imagem que, até às 11h do dia 25 de fevereiro de 2021, tinha sido compartilhado por 1,5 mil pessoas no Facebook A informação analisada pela Lupa é falsa. A cloroquina foi sintetizada em 1934, ou seja, depois da pandemia de gripe espanhola. Sendo assim, não seria possível esse medicamento ter sido utilizado como forma de tratamento para pessoas infectadas. Na verdade, o anúncio que circula pelo Facebook fala sobre “chloro quinino”, ou cloridrato de quinino, uma droga diferente da cloroquina. Além disso, essa droga não é eficaz contra a gripe, assim como a cloroquina não é eficaz contra a Covid-19. O anúncio foi publicado originalmente em 3 novembro de 1918 no jornal “Minas Geraes”, segundo o livro “A bailarina da morte: A gripe espanhola no Brasil”, de Lilia Schwarcz e Heloisa Murgel. O texto foi feito por uma farmácia mineira que pretendia vender o cloridrato de quinino mesmo sem que o remédio tivesse eficácia comprovada para gripe espanhola. Em setembro de 2020, o jornalista Ancelmo Goes, do jornal O Globo, reproduziu o anúncio em sua coluna. A gripe espanhola teve duas grandes ondas em 1918. Ao todo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a epidemia infectou um terço da população do planeta, o que corresponde a cerca de 500 milhões de pessoas. No Brasil, os primeiros registros de infectados surgiram em setembro de 1918. Segundo a Fiocruz, as autoridades brasileiras desconheciam medicamentos eficazes no tratamento da doença e a recomendação era evitar aglomerações. “Nos jornais multiplicavam-se receitas: cartas enviadas por leitores recomendavam pitadas de tabaco e queima de alfazema ou incenso para evitar o contágio e desinfetar o ar. Com o avanço da pandemia, sal de quinino, remédio usado no tratamento da malária e muito popular na época, passou a ser distribuído à população, mesmo sem qualquer comprovação científica de sua eficiência contra o vírus da gripe”, diz o texto. A cloroquina e a chloro quinina são medicamentos diferentes. Segundo o Conselho Federal de Química, o cloridrato de quinina, também conhecido como chloro quinino, é de origem natural, produzido a partir de cascas da árvore de cinchona, e foi descoberto em 1820. A cloroquina, por sua vez, é de origem sintética, e foi desenvolvida em 1934. Eles apresentam fórmula molecular, fórmula estrutural e massa molecular diferentes. Ambos são usados no tratamento de malária.
https://piaui.folha.uol.…oroquinacapa.png
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['NATHÁLIA AFONSO']
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['#VERIFICAMOS', 'CLOROQUINA', 'FACEBOOK', 'FACEBOOK JOURNALISM PROJECT', 'GRIPE ESPANHOLA', 'INFORMAÇÃO FALSA', 'NO FACEBOOK', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICADO']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/24/verificamos-doria-reducao-salario-servidores-aposentados/
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#Verificamos: É falso que Doria propôs redução de 20% no salário dos servidores e aposentados
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2021-02-24
Circula pelo WhatsApp a imagem de uma suposta notícia do site G1 dizendo que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), propôs a redução de 20% do salário dos servidores estaduais ativos, aposentados e pensionistas, por seis meses. A ideia seria votada pelos deputados estaduais na Assembleia Legislativa na última segunda-feira (22). Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “Governador Doria propõe redução de 20% nos salários dos servidores públicos por 06 meses. A proposta inclui ativos, aposentados e pensionistas. Projeto segue para votação na assembleia legislativa do estado semana, 22/02/2021” Imagem que circula pelo WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa. O governador João Doria não apresentou nenhum projeto de lei para reduzir em 20% a remuneração dos funcionários públicos ativos, aposentados e pensionistas. Uma busca na Ordem do Dia da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) mostra que não houve sessão em 22 de fevereiro, quando a votação supostamente seria realizada, segundo o post. Na terça-feira (23), também não havia nenhuma proposta aguardando votação com esse teor na 16ª sessão ordinária ou na 4ª e na 5ª sessões extraordinárias. Em nota, a assessoria de imprensa do governo de São Paulo afirmou que é falso que Doria tenha proposto a redução de salário dos funcionários públicos e aposentados. Na área de Pesquisa de Proposições da Alesp, também não há nenhuma iniciativa com esse teor. No ano passado, por causa da pandemia, Doria assinou o Decreto nº 64.937, que definia a redução de despesas com pessoal. A medida suspendeu o pagamento antecipado do 13º salário e do abono de um terço das férias, além de bonificações por resultado, enquanto durasse o estado de calamidade pública da pandemia. Os benefícios foram pagos, contudo, junto com o 13º, em dezembro. O decreto foi revogado em janeiro deste ano. Embora a imagem que circula no WhatsApp traga o logotipo do site G1, o portal não publicou nenhuma reportagem sobre esse tema. Trata-se, na verdade, de uma pegadinha. Primeiro aparece listado o endereço do G1 e, em seguida, outro link. Na versão original da mensagem, esse endereço podia ser clicado e levava a uma página com uma imagem do palhaço Tiririca, com a seguinte frase: “É mentira, abestado!!!”. Como foi feito um print, a pessoa só percebe que se trata de uma brincadeira se digitar o link completo, de 112 caracteres, no navegador — o que é improvável. Uma versão semelhante dessa verificação foi feita pelo Boatos.org.
https://piaui.folha.uol.…res-destaque.jpg
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['MAURÍCIO MORAES']
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['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSWHATSAPP', 'APOSENTADOS', 'GOVERNADOR DE SÃO PAULO', 'GOVERNO DE SÃO PAULO', 'JOAO DORIA', 'NO WHATSAPP', 'NOTÍCIA FALSA', 'PEGADINHA', 'PENSIONISTAS', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'PSDB', 'SERVIDOR PÚBLICO', 'SERVIDORES', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO WHATSAPP', 'VERIFICADO', 'WHATSAPP']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/24/verificamos-cnn-nbc-invasor-capitolio/
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#Verificamos: Não há provas de que CNN e NBC ‘bancaram’ invasor do Capitólio
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2021-02-24
Circula pelas redes sociais que uma das pessoas que invadiram o Capitólio dos Estados Unidos, no dia 6 de janeiro, foi paga pela CNN e NBC News para participar do ato. A publicação apresenta o print de um conteúdo com foto publicado em um site norte-americano e sugere que o invasor é “Antifa”, abreviação para antifascista, e que recebeu das emissoras o montante de 70 mil dólares. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Um dos invasores do Capitólio (…) foi pago pela @CNN e @NBCNews. Quem está surpreso? 70 MIL DÓLARES (mais de 380 mil reais).” Texto em post publicado no Facebook que, até as 13h30 do dia 24 de fevereiro de 2021, tinha mais de 300 compartilhamentos A informação analisada pela Lupa foi retirada de contexto. O homem que aparece na foto da publicação, acusado de ser um dos invasores do Capitólio dos Estados Unidos, é o cinegrafista John Sullivan. Ele documentou as manifestações contra o resultado das eleições presidenciais que culminaram com a invasão do centro legislativo norte-americano em Washington, D. C., e vendeu os direitos de uso dessas gravações para a CNN e para a NBC. Isso não quer dizer, no entanto, que as emissoras pagaram a ele para participar do ato, como sugere o post. Ao jornal New York Post, um porta-voz da CNN confirmou que a emissora foi contatada a respeito de um vídeo feito por uma testemunha ocular dos tumultos no Capitólio. “A empresa firmou um contrato de uma semana para uso de 44 segundos do conteúdo principal, que foi atribuído à testemunha no ar. Quando seu papel no evento foi posteriormente questionado, a empresa informou aos funcionários que parassem de usar o vídeo”, disse o porta-voz. O recibo da venda dessas imagens — no valor de 35 mil dólares para cada uma das emissoras — foi, inclusive, apresentado pelo advogado de defesa de Sullivan como prova de que ele estava nas manifestações como jornalista, e não como manifestante. Em 14 de janeiro, Sullivan foi preso acusado de ter participado e encorajado o ataque. Ele, por sua vez, alega que apenas observou e documentou a manifestação. Também alega atuar como jornalista para o site Insurgence USA. Entretanto, consta no arquivo da denúncia contra o cinegrafista que ele não tem credenciais de imprensa e não é afiliado a qualquer organização jornalística. As gravações feitas pelo cinegrafista atraíram a atenção de líderes conservadores, entre eles o advogado do ex-presidente Donald Trump, Rudolph W. Giuliani. Pelas redes sociais, Giuliani afirmou que o movimento Antifa teria sido o verdadeiro responsável pelo ataque ao Capitólio — e não os apoiadores de Trump insatisfeitos com a vitória do democrata Joe Biden. Sites de notícias dos Estados Unidos relataram que a mídia de direita passou a difundir a teoria de que os manifestantes pró-Trump foram levados à violência pela esquerda e por agitadores antifascistas. Conforme checagem feita pelo Politifact, não existem evidências de que a invasão do prédio em Washington foi liderada por ativistas Antifa disfarçados. Nas redes sociais, apoiadores de Trump alegaram falsamente que algumas das figuras símbolos seriam ativistas de esquerda. No entanto, essas alegações foram desmentidas. Em um dos casos, por exemplo, um símbolo do jogo eletrônico Dishonored foi confundido com a foice e martelo do comunismo. Uma reportagem feita pelo jornal Washington Post mostrou que, embora John Sullivan tenha sido taxado como ativista Antifa, ele não é exatamente bem quisto por grupos de esquerda. Em entrevista ao jornal, um dos fundadores do movimento Black Lives for Humanity afirmou que ele “explorou os negros, lucrou com nossa dor e prejudicou o movimento”.
https://piaui.folha.uol.…io_destaque_.jpg
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['CAROL MACÁRIO']
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['#VERIFICAMOS', 'AÇÃO ANTIFASCISTA', 'ANTIFA', 'ANTIFASCISMO', 'CAPITÓLIO', 'DESINFORMAÇÃO', 'DONALD TRUMP', 'ELEIÇÕES ESTADOS UNIDOS', 'ESTADOS UNIDOS', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'INVASÃO DO CAPITÓLIO', 'JOE BIDEN', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'TRUMP', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['VERDADEIRO, MAS']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/23/verificamos-vacinas-covid-19-cegueira-reino-unido/
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#Verificamos: Relatos de eventos adversos não provam que vacinas contra Covid-19 causaram cegueira no Reino Unido
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2021-02-23
Circula pelas redes sociais que pelo menos cinco pessoas ficaram cegas no Reino Unido depois de tomarem vacinas contra a Covid-19. A publicação diz ainda que os imunizantes causaram problemas oculares em 600 pessoas. São citadas como supostas responsáveis pelos problemas as vacinas da Pfizer/BioNTech e da Universidade de Oxford/AstraZeneca, adotadas naquele país. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Vacinas Causam 600 Novos Casos De Doenças Oculares E Deixam 5 Pessoas Cegas, De Acordo Com O Governo Do Reino Unido” Título de texto publicado pelo site ContraFatos que, até as 12h de 23 de fevereiro de 2021, tinha 190 compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. Os relatos sobre doenças oculares e cegueira após a vacinação do Reino Unido são preliminares e não devem ser interpretados como uma consequência da aplicação dos imunizantes. O alerta é feito pelo próprio governo britânico, no relatório que contabiliza esses e outros eventos adversos suspeitos. Os dados vêm de um sistema da Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA, na sigla em inglês), os Yellow Cards (Cartões Amarelos, em português). “É, portanto, importante que as reações adversas suspeitas descritas neste relatório não sejam interpretadas como efeitos colaterais comprovados das vacinas de Covid-19”, diz o texto. Equivalente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) brasileira, a MHRA acompanha de perto a aplicação das vacinas contra Covid-19 no Reino Unido. O órgão encoraja todas as pessoas a relatarem qualquer problema identificado após a vacinação, mesmo se não forem profissionais de saúde. “Pedimos que qualquer suspeita seja informada, mesmo se o responsável pelo relato não tiver segurança de que foi causada pela vacina”, explica a MHRA, no site que traz todos os dados sobre os Cartões Amarelos recebidos desde o início da vacinação contra o novo coronavírus. Trata-se, portanto, de uma informação inicial que será investigada. “Parte do nosso papel de monitoramento inclui revisar relatos de efeitos colaterais suspeitos”, diz a MHRA. “Alguns eventos poderiam ter ocorrido de qualquer forma, independentemente da vacinação. Isso acontece quando milhões de pessoas são vacinadas, e especialmente quando a maior parte das vacinas é aplicada nas pessoas mais idosas e nas pessoas que têm doenças subjacentes.” De acordo com a versão mais recente do relatório da MHRA, que traz dados apurados entre 8 de dezembro de 2021 e 7 de fevereiro, foram aplicadas no Reino Unido 8 milhões de doses da vacina da Pfizer/BioNTech e 5 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca. A agência recebeu e analisou 24.207 Cartôes Amarelos sobre o imunizante da Pfizer/BioNTech, citando 70.314 reações suspeitas, e 20.428 referentes à Oxford/AstraZeneca, com 73.883 reações suspeitas. A conclusão foi que a maioria dos problemas relatados refere-se a reações no local da aplicação e a sintomas generalizados similares aos de uma gripe, como dor de cabeça, calafrios, fadiga, náusea, febre, tontura, fraqueza, dores musculares e taquicardia. “Após o uso em larga escala dessas vacinas no Reino Unido, a maioria das reações adversas suspeitas até agora confirmam o perfil de segurança visto nos ensaios clínicos”, informa a MHRA no relatório. “Para os casos de outras condições médicas reportadas em associação temporal com a vacinação, a evidência disponível não sugere que a vacina tenha causado o evento.”
https://piaui.folha.uol.…gas-destaque.jpg
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['MAURÍCIO MORAES']
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['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSCOVID', 'EFEITOS COLATERAIS', 'FACEBOOK', 'NO FACEBOOK', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'REAÇÃO', 'REAÇÃO ADVERSA', 'REAÇÃO ADVERSA GRAVE', 'REAÇÃO ADVERSA LEVE', 'REAÇÕES', 'REINO UNIDO', 'VACINA CONTRA COVID-19', 'VACINA CONTRA O NOVO CORONAVÍRUS', 'VACINA COVID-19', 'VACINA DA COVID', 'VACINA DA COVID-19', 'VACINA DA PFIZER', 'VACINA DE OXFORD', 'VACINAS', 'VACINAS RNA', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICADO']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/23/verificamos-petrobras-demitiu-funcionarios/
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#Verificamos: É falso que general Luna demitiu 300 funcionários da Petrobras ‘ligados a José Dirceu’
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2021-02-23
Circula pelo WhatsApp um áudio que diz que funcionários da Petrobras supostamente ligados ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu estariam passando informações para governadores sobre os preços dos combustíveis. Por essa razão, o general Joaquim Silva e Luna, novo presidente da empresa, teria demitido 300 funcionários e decidido desocupar um andar inteiro do prédio principal para dar espaço para agentes da Polícia Federal e do Exército. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “Disse que até às 11 horas ele [general Luna] tinha demitido do prédio central da Petrobras 300 funcionários. Demitido para a rua. O que tinha de gente que recebia e tava lá na folha de pagamento não faz ideia. E mandou a Petrobras, eu conheço o prédio dela, tem 22 andares. Ele mandou desocupar um andar inteiro, um andar inteiro e botou a inteligência do Exército e a Polícia Federal (…)” Áudio que circula pelo WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa. A assessoria de imprensa da Petrobras informou que não demitiu 300 funcionários e nem desocupou um andar para colocar agentes da Polícia Federal e do Exército. Procurada, a assessoria de imprensa da Polícia Federal também disse que não tem informações de agentes que estariam ocupando um andar do prédio da estatal. “Eventuais solicitações de cessão de servidor para qualquer entidade da administração direta ou indireta são sempre avaliadas nos termos da lei”, afirmou a assessoria. O áudio que circula pelo WhatsApp começou a ser compartilhado após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciar que trocaria o atual presidente da estatal, o economista Roberto Castello Branco, pelo general Joaquim Silva e Luna, na última sexta-feira (19). Contudo, essa troca ainda não foi efetuada. Ou seja, o general nem sequer tomou posse como presidente da Petrobras, quanto mais demitiu funcionários da empresa. Nesta terça-feira (23), Bolsonaro disse que não está brigando com a empresa, mas que demanda mais “transparência e previsibilidade” da Petrobras. “(…) Diz que tá uma zoada tão grande lá em Brasília que você não faz ideia…que o Bolsonaro ficou horrorizado do que ele descobriu da Petrobrás. Ela tem vários e vários funcionários ligados ainda a Zé Dirceu, aquele petista, que eles se reportam a todos os governadores do Brasil. É uma maracutaia que eles fazem para a gasolina e o óleo diesel estarem a esse preço. Só para favorecer o imposto estadual. Quanto mais alto o combustível ficar, melhor para o imposto estadual, que eles ganham mais. É tudo gente dentro da Petrobrás que faz a transação” Áudio que circula pelo WhatsApp A assessoria de imprensa da Petrobras comunicou que a informação de que funcionários da empresa são “ligados” ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu “não tem qualquer fundamento”. Procurado, Dirceu também negou o esquema relatado no áudio. Entre dezembro e fevereiro, o custo do barril de petróleo cresceu 35% no mercado internacional, o que elevou o preço dos combustíveis — e não uma “maracutaia” de governadores com funcionários da empresa.
https://piaui.folha.uol.…/petrobras-1.png
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['NATHÁLIA AFONSO']
[]
['#VERIFICAMOSWHATSAPP', 'INFORMAÇÃO FALSA', 'JAIR BOLSONARO', 'NO WHATSAPP', 'PETROBRAS', 'POLÍCIA FEDERAL', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO WHATSAPP', 'WHATSAPP']
2021-05-14
['FALSO', 'FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/23/anuncio-medicos-pela-vida-covid-19/
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Em anúncio, grupo de médicos usa informações falsas para defender tratamento ineficaz contra Covid-19
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2021-02-23
Um grupo chamado Médicos pela Vida publicou um informe publicitário em alguns dos principais jornais impressos do país nesta terça-feira (23), com um manifesto em defesa do “tratamento precoce” contra a Covid-19. O texto usa informações falsas ao citar hidroxicloroquina, azitromicina, ivermectina e outras drogas como eficazes em pacientes com o novo coronavírus. Segundo os profissionais, haveria evidências científicas que comprovam os benefícios do uso desses remédios, mas não há qualquer estudo de metodologia rigorosa que tenha chegado a essa conclusão. O site em que o manifesto foi publicado não disponibiliza formulários para contato com responsáveis e apresentou instabilidade em vários momentos desta terça-feira. A Lupa checou algumas das frases do manifesto. A associação foi procurada para comentar as checagens, mas não respondeu. Veja o resultado: “Dentre as abordagens disponíveis na literatura médica para a COVID-19, existe o chamado ‘tratamento precoce'” Trecho de manifesto publicado por um grupo de médicos como anúncio em jornais impressos em 23 de fevereiro de 2021 Não há evidência na literatura médica que comprove a eficácia do chamado ‘tratamento precoce’ contra a Covid-19. Logo, não é correto considerar essa receita uma “abordagem disponível”. Essa suposta solução, que usaria uma combinação de hidroxicloroquina, azitromicina e zinco, entre outros medicamentos, foi tema de uma série de pesquisas que demonstraram não haver benefício no uso dessas drogas contra a doença, seja de forma preventiva ou para curar casos leves, moderados ou graves. A eficácia de um tratamento só pode ser realmente comprovada com estudos científicos que usam uma metodologia rigorosa. Para isso, são necessárias duas características principais: randomização (ou seja, a escolha aleatória dos pacientes) e duplo-cego (quando nem os médicos, nem os pacientes sabem quem está recebendo o remédio ou o placebo). Também é preciso que os resultados sejam publicados em uma revista científica, o que só ocorre depois da revisão dos dados por especialistas no assunto. As pesquisas feitas sob essas condições não mostraram benefício na aplicação do “tratamento precoce” para pacientes infectados pelo novo coronavírus. Em julho do ano passado, cientistas brasileiros publicaram um artigo no The New England Journal of Medicine (NEJM) mostrando que hidroxicloroquina, combinada ou não com azitromicina, não trouxe qualquer benefício para pacientes leves ou moderados com Covid-19 — ou seja, a doença se desenvolveu da mesma forma para os que tomaram o remédio e para os que receberam placebo. A droga foi administrada quatro dias depois de essas pessoas serem expostas ao vírus, de modo randomizado e com duplo-cego. Foram recrutados 667 participantes em 55 hospitais. Um estudo mais recente, publicado em novembro pela revista The Lancet, chegou à mesma conclusão. Pesquisadores do Qatar, do Reino Unido e da Austrália analisaram os efeitos da hidroxicloroquina, com ou sem azitromicina, em pacientes não-graves da Covid-19. Ao todo, 456 participantes dividiram-se em três grupos, com randomização e duplo-cego. Não houve diferença entre os resultados obtidos para cada um deles, mostrando que os remédios não trouxeram benefícios. Outra pesquisa publicada no NEJM, em junho, por cientistas norte-americanos, mostrou que tomar hidroxicloroquina preventivamente não evitou a contaminação pelo SARS-CoV-2. O estudo também foi randomizado e com duplo-cego e contou com 821 participantes nos Estados Unidos e no Canadá. Em fevereiro de 2021, a NEJM publicou uma pesquisa feita na Espanha, na qual os pesquisadores receitaram o medicamento para pessoas que tiveram contato com pacientes diagnosticados com Covid-19. Novamente, os testes mostraram que a droga não foi eficaz como profilaxia. As únicas referências positivas ao tratamento preventivo na literatura médica vêm de dois tipos de estudos que não podem ser vistos como conclusivos. O primeiro deles é a análise em laboratório do desempenho da droga, que não reproduz as condições existentes no corpo humano e apenas indica a necessidade de pesquisas mais aprofundadas. O segundo são os estudos observacionais, nos quais os resultados podem chegar a conclusões enganosas e sua comprovação também só pode ocorrer com a realização de novas pesquisas, randomizadas e com duplo-cego. “(…) há disponível nos sites https://hcqmeta.com, https://ivmmeta.com, https://c19study.com/, https://c19ivermectin.com/?s=08, https://copcov.org e https://c19legacy.com/?s=08 a compilação de diversos estudos e estatísticas envolvendo drogas utilizadas como parte do arsenal terapêutico, entre outros trabalhos disponíveis em bases de dados científicos confiáveis.” Trecho de manifesto publicado por um grupo de médicos como anúncio em jornais impressos em 23 de fevereiro de 2021 O conteúdo dos sites hcqmeta.com e ivmmeta.com, citados no manifesto, remete aos mesmos estudos que constam em outro site mencionado, o c19study.com. Ou seja, não são várias meta-análises, mas apenas duas: uma de hidroxicloroquina e outra de ivermectina, ambas do c19study.com. Essas análises não têm nenhum rigor científico. Leandro Tessler, professor do Instituto de Física Gleb Wataghin e membro do Grupo de Estudos de Desinformação em Redes Sociais (Edres) da Unicamp, explicou que o suposto estudo é uma meta-análise, ou seja, uma análise feita com base em outros trabalhos existentes. Isso, em si, não é o problema: esse tipo de estudo, quando feito de maneira adequada, é importante para a avaliação da eficácia de medicamentos. O problema é que, nesse caso, a análise é feita sem metodologia e rigor científico. A primeira questão é que, quando se vai fazer uma meta-análise, os estudos levados em consideração precisam ter pesos diferentes, de acordo com a qualidade de cada estudo. “Um estudo mal feito não entra, e um estudo que tem 50% de qualidade entra com um peso de 50%. Mas o C19Study dá o mesmo peso para todos, ou seja, um estudo padrão ouro entra com o mesmo peso de uma opinião”, explicou o professor. Uma segunda questão é que estudos científicos precisam ser chancelados por revistas científicas e passar pela revisão por pares (peer review). “No C19Study, eles misturam pré-prints [não publicados em revistas nem revisados por pares] com erros graves, que provavelmente nunca serão publicados, com outros estudos.” Outro problema do trabalho do c19study.com é a forma como foi definido o chamado p-valor, uma estimativa do resultado obtido ser ou não fruto do acaso, foi avaliado. Um p-valor próximo de 0 significa que o resultado provavelmente é relevante, e existem técnicas para se calcular esse indicador. “O que o C19Study faz não é seguir essa técnica. Ele simplesmente multiplica os diferentes p-valores, obtendo valores muito baixos, para garantir que o resultado dele é bom. Tudo bobagem”, afirmou Tessler. Como esse número está sempre entre 0 e 1, quando dois p-valores são multiplicados, o resultado é sempre menor do que as duas variáveis. Entre os links citados, ainda está o https://copcov.org, estudo do professor Nicholas White, da Universidade de Oxford. Não há, até o momento, resultados desse estudo, conforme o National Institutes of Health (NIH), a agência de pesquisa biomédica do departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos. “Os relatos de cidades e estados que adotaram as medidas para intervenção precoce na Covid-19 têm mostrado bons resultados, com a diminuição da carga sobre os sistemas de saúde” Trecho de manifesto publicado por um grupo de médicos como anúncio em jornais impressos em 23 de fevereiro de 2021 Ainda não há estudos científicos que avaliem como o tratamento precoce da Covid-19 influenciou no número de casos da doença em estados e cidades brasileiras. O que existe, até o momento, são reportagens jornalísticas que tentam traçar paralelos entre o tratamento precoce estabelecido em algumas regiões com a situação epidemiológica daquela área. Em janeiro de 2021, por exemplo, o UOL publicou um levantamento mostrando que de 10 municípios com mais de 100 mil habitantes que distribuíram o “kit covid”, nove tiveram taxas de mortalidade maiores do que a média estadual. Foram elas: Goiânia (GO), Campo Grande (MS), Natal (RN), Cuiabá (MT), Boa Vista (RR), Jundiaí (SP), Gravataí (RS), Itajaí (SC) e Cachoeirinha (RS). Na época, a única exceção foi Parintins, no Amazonas. Enquanto o estado teve 159 óbitos por 100 mil habitantes, o município registrou 157 óbitos por 100 mil habitantes. “(…) utilizando uma combinação de drogas, visando reduzir o número de pacientes que progridem para fases mais graves da doença (…).” Trecho de manifesto publicado por um grupo de médicos como anúncio em jornais impressos em 23 de fevereiro de 2021 Embora analgésicos, anti-inflamatórios, anticoagulantes e antibióticos sejam usados para minimizar sintomas ou tratar infecções secundárias da Covid-19, esses medicamentos não diminuem a carga viral e não têm ação efetiva contra o novo coronavírus. Até o momento, não há comprovação científica de que uma combinação de fórmulas de fato contribua para que a doença não evolua para um quadro mais grave. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são insuficientes as evidências disponíveis sobre os benefícios do uso de cloroquina ou hidroxicloroquina e da ivermectina, por exemplo, drogas sugeridas pelo grupo que assina o manifesto como eficazes, seja de forma associada ou isolada, para reduzir a progressão da doença. É o caso de um estudo randomizado, publicado em julho do ano passado no periódico The New England Journal of Medicine, que mostrou que pacientes com sintomas leves ou moderados não tiveram melhora no estado clínico depois tomar hidroxicloroquina, sozinha ou associada a azitromicina. Procurado pela Lupa, um dos autores do estudo, o médico Israel Silva Maia, pesquisador do Instituto de Pesquisa do Hospital do Coração de São Paulo, confirmou que, até o momento, não foi concluído nenhum ensaio clínico que comprove que um ou mais medicamentos, juntos, diminuem a progressão da Covid-19. “O que se tem são estudos observacionais e que precisam ser qualificados”, disse, por telefone. “Seria interessante que o grupo que assina o manifesto e acredita em um tratamento precoce produzisse pesquisa e estimulasse a população a participar de estudos para efetivamente ter uma resposta. Até agora, não temos”. Já o médico infectologista Estevão Urbano, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), afirmou, por telefone, que não há eficácia no conjunto de medicamentos no tratamento da Covid-19. “Muito controverso isso tudo, os estudos que mostram benefícios são de má qualidade. Os de boa qualidade, feitos com metodologia científica, são geralmente contrários aos uso. Neste momento não dá para falar que seja efetiva, precisaríamos de mais estudos para comprovar”.
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['CAROL MACÁRIO', 'ÍTALO RÔMANY', 'MARCELA DUARTE', 'MAURÍCIO MORAES', 'NATHÁLIA AFONSO']
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['CIÊNCIA', 'CORONAVÍRUS', 'COVID', 'COVID-19', 'DESINFORMAÇÃO', 'ESTUDO', 'FAKE NEWS', 'MÉDICOS PELA VIDA', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'PESQUISA']
2021-05-14
['FALSO', 'FALSO', 'AINDA É CEDO PARA DIZER', 'FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/22/verificamos-semana-do-presidente-sbt/
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#Verificamos: Rumor sobre volta de ‘A Semana do Presidente’ no SBT é antigo e não se concretizou
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2021-02-22
Circula pelas redes sociais que o SBT voltará a exibir A Semana do Presidente, programa que foi ao ar entre 1981 e 1996. De acordo com a publicação, a volta do quadro para a grade da emissora seria uma “ordem de Silvio Santos”, que teria dito ser necessário destacar as ações do atual governo. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Por ordem de Sílvio Santos, o SBT voltará a exibir ‘A Semana do Presidente’, programa de grande sucesso durante o regime militar. O dono do SBT diz que é necessário destacar o trabalho do governo Jair Bolsonaro. Gostou?” Texto em post publicado no Facebook que, até as 13h30 do dia 22 de fevereiro de 2021, tinha sido compartilhado mais de 780 vezes A informação analisada pela Lupa é falsa, e tira de contexto uma reportagem publicada no início de 2020. Até o momento, não há nenhuma previsão de que o quadro volte a ser exibido no SBT. O programa também não consta na grade de programação do canal de TV aberta. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da emissora, por meio de nota no WhatsApp. A publicação tira de contexto uma notícia que circulou no começo do ano passado. O colunista Flávio Ricco publicou no UOL, em 14 de fevereiro de 2020, que o fundador do SBT, o empresário e apresentador Silvio Santos, teve a ideia de retomar o miniprograma — exibido nos anos 1980 e 1990. Segundo Ricca, o piloto de uma nova versão de A Semana do Presidente chegou a ser editada, mas Silvio Santos não teria gostado do piloto e suspendeu o projeto ainda no final de fevereiro. Na época, uma reportagem da Revista Veja, publicada em 26 de fevereiro de 2020, disse ainda que todos da família do empresário, incluindo duas de suas filhas, Patricia e Renata Abravanel, eram contra a ideia. As informações não foram confirmadas, e nem negadas, pelo SBT. O quadro A Semana do Presidente foi exibido pela emissora pela primeira vez em 1981, mesmo ano em que o SBT recebeu a concessão para operar. O general do exército João Figueiredo (1918-1999) era presidente na época — ele foi o último presidente do regime militar no Brasil, e governou de 1979 a 1985. O programa, custeado pelo governo, seguiu na programação após a redemocratização, sendo cancelado em 1996, quando Fernando Henrique Cardoso (PSDB) estava à frente do país. Era exibido no intervalo do Programa Silvio Santos, no ar até hoje, e mostrava um resumo das ações dos chefes do Executivo. De acordo com o projeto Memórias da Ditadura, durante o regime militar o quadro foi usado para aumentar a popularidade do governo.
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['CAROL MACÁRIO']
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['#VERIFICAMOS', 'A SEMANA DO PRESIDENTE', 'BOLSONARO', 'DESINFORMAÇÃO', 'DITADURA', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'REGIME MILITAR', 'SBT', 'SILVIO SANTOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/22/verificamos-flordelis-daniel-silveira/
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#Verificamos: É falso que Flordelis votou a favor de manutenção de prisão de Daniel Silveira
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2021-02-22
Circula nas redes sociais que a deputada federal Flordelis (PSD-RJ) votou a favor da manutenção da prisão do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), preso em flagrante ao publicar vídeo com ataques ao STF. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “[Deputada federal Flordelis] votou pela prisão de Daniel Silveira” Legenda de post publicado no Facebook que, até as 14h de 22 de fevereiro de 2021, tinha mais de 615 compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. A deputada federal Flordelis não participou da votação que manteve, por 364 votos favoráveis, a prisão do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ). O sistema de votação da Câmara Federal confirma que não houve voto da parlamentar na sessão de sexta-feira (19). Pelo Instagram, a assessoria de Flordelis informou que ela ausentou-se da votação no Congresso Nacional por causa de um “mal-estar”. Na nota publicada nas redes sociais, a assessoria explica que o mal estar foi sequela por um AVC sofrido por ela anteriormente e que, por isso, faltou à sessão. Sobre a prisão de Daniel Silveira, a assessoria da deputada diz que seu posicionamento político é “a favor de uma saída que consolidasse o respeito ao Estado Democrático de Direito, ao STF e a todas as suas Instituições, confiando que a Câmara faria a melhor escolha política”. Daniel Silveira foi preso em flagrante na última terça-feira (16), por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O motivo é a divulgação de um vídeo em que Silveira defende medidas antidemocráticas, como o AI-5, e instiga a adoção de medidas violentas contra ministros do STF. Com 364 votos a favor da prisão e 130 contra, a Câmara dos Deputados decidiu manter a prisão do parlamentar. Checagem similar foi feita por Aos Fatos.
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['ÍTALO RÔMANY']
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['#VERIFICAMOS', 'AI-5', 'ALEXANDRE DE MORAES', 'CÂMARA FEDERAL', 'CONGRESSO NACIONAL', 'DANIEL SILVEIRA', 'DESINFORMAÇÃO', 'DITADURA MILITAR', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'FLORDELIS', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PRISÃO EM FLAGRANTE', 'PSD', 'PSL', 'STF', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VOTAÇÃO NA CÂMARA']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/22/verificamos-daniel-silveira-magalu-negros/
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#Verificamos: Vídeo no qual Daniel Silveira diz que ‘só contrata brancos’ foi editado e tirado de contexto
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2021-02-22
Circula pelo WhatsApp um vídeo do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) dizendo que só iria contratar pessoas brancas para o seu gabinete, excluindo pessoas negras deste processo seletivo. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “No meu gabinete, eu só vou contratar pessoas brancas, caucasianas, sem nenhum traço elevado de melanina em sua pele. Qualquer coisa acima do que difere brancos de negros eu não aceitarei, não quero negro no meu gabinete” Vídeo que circula pelo WhatsApp O vídeo que circula pelo WhatsApp foi editado para tirar de contexto uma fala do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ). Em setembro de 2020, o parlamentar postou um vídeo em sua conta no YouTube criticando a decisão da varejista Magazine Luiza de abrir um processo seletivo apenas para negros. Para defender seu posicionamento, Daniel inicia a gravação dando um exemplo hipotético. Ele diz que iria contratar apenas pessoas brancas para seu gabinete. Entretanto, logo em seguida, ele afirma que esse tipo de seleção seria considerado racismo. O vídeo que circula nas redes é somente um trecho de 30 segundos desse vídeo, no qual ele fala seu exemplo hipotético — de um total de 16 minutos. “Eu só fiz essa fala no início para ver como boçal é, como repugnante é”, afirma Daniel, logo após dizer que só contrataria brancos. Ao longo da gravação, o deputado federal critica qualquer tipo de separação por raça para processos seletivos —incluindo ações afirmativas — para trabalho. Ele afirma que esse preconceito e disscriminação não ocorre apenas para a raça negra, mas que brancos também sentem essa segregação por conta de sua cor. “E muitas pessoas vão chegar e falar: ‘por que você é contra os negros?’ Claro que não. Meu padastro era negro, minha mãe teve… branco foi só o meu pai, meu falecido pai, né. Os namorados da minha mãe todos depois foram negros. Todos. Tenho vários amigos negros. No meu gabinete, o meu melhor amigo tá lá, negro”, disse. Em 2020, a rede varejista Magazine Luiza abriu um programa de trainee destinado só para candidatos negros. Silveira e outros deputados de direita criticaram a ação como “racismo reverso”. O Ministério Público do Trabalho (MPT) chegou a ser acionado, mas deu ganho de causa à companhia, entendendo que a ação foi uma “reparação histórica”, e não pode ser enquadrada na Lei do Racismo, de 1989. O deputado foi preso em flagrante na última terça-feira (16), por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O motivo é a divulgação de um vídeo em que Silveira defende medidas antidemocráticas, como o AI-5, e instiga a adoção de medidas violentas contra ministros do STF. Com 364 votos a favor da prisão e 130 contra, a Câmara dos Deputados decidiu manter a prisão do parlamentar.
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['NATHÁLIA AFONSO']
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['#VERIFICAMOSWHATSAPP', 'DANIEL SILVEIRA', 'INFORMAÇÃO FALSA', 'MAGALU', 'MAGAZINE LUIZA', 'MINISTROS DO STF', 'NO WHATSAPP', 'PROGRAMA', 'STF', 'WHATSAPP']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/22/vacina-hiv-brasil/
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Vacina contra HIV: conheça os mitos e as verdades sobre o imunizante em teste no Brasil
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2021-02-22
Enquanto o mundo celebra a chegada da vacina contra a Covid-19 em tempo recorde, um outro imunizante, também aguardado, chega à terceira fase de testes: a vacina contra o vírus HIV. Nos últimos 40 anos, desde que os primeiros casos foram relatados nos Estados Unidos em 1981, cerca de 33 milhões de pessoas morreram em decorrência da Aids em todo o mundo. O número evidencia a letalidade do vírus, responsável por uma das epidemias mais mortais do planeta. Só no Brasil, o Boletim Epidemiológico mais recente do Ministério da Saúde mostrou que, desde a década de 1980, o vírus causou a morte de 349.784 pessoas. O HIV ataca diretamente o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças, causando uma condição chamada de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, ou Aids. Ele se espalha por meio de fluidos corporais e afeta células específicas do sistema imunológico, conhecidas como células CD4 ou células T. Depois que destrói essas células, o organismo se torna incapaz de lutar contra outros patógenos. Nem todas as pessoas que contraem o vírus, contudo, desenvolvem a doença. Apesar de não existir cura, atualmente há tratamentos capazes de reduzir a multiplicação do vírus, evitando que muitas pessoas soropositivas desenvolvam a Aids. O Brasil é um dos oito países onde será testada uma fórmula para prevenir a infecção pelo HIV. O estudo já está na fase três de testes — é a terceira vez nos últimos 20 anos que uma pesquisa chega a essa etapa — e os pesquisadores estão otimistas. A vacina contra o HIV em teste no Brasil é feita a partir da combinação de dois imunizantes: Ad26.Mos4.HIV e Bivalent gp140. Ambas são resultado de uma pesquisa chamada Mosaico, realizada ao mesmo tempo nos Estados Unidos, Espanha, Polônia, Peru, México, Brasil, Argentina e Itália. O estudo é coordenado pela Rede de Ensaios de Vacinas contra o HIV (HVTN, na sigla em inglês) e financiado pela farmacêutica Janssen, da Johnson & Johnson. Esses imunizantes, associados, devem estimular uma resposta imunológica ampla o suficiente para reduzir os riscos de infecção pelo HIV. A vacina Ad26 é produzida a partir de adenovírus 26, um tipo de vírus comum que causa resfriados. Esse adenovírus foi atenuado e contém parte do DNA do vírus inseridas dentro dela. Esse imunizante é projetado para “dizer” ao corpo para produzir proteínas semelhantes às encontradas no HIV. Dessa forma, o sistema imunológico do corpo poderá responder às cópias dessas proteínas do HIV e reconhecer as mesmas proteínas do vírus para combatê-lo no futuro. Essa metodologia é similar a alguns produtos usados contra a Covid-19, como o imunizante da Universidade de Oxford com a farmacêutica AstraZeneca. Já a vacina Bivalent gp140, ou vacina proteica, é feita de proteínas sintéticas similares a uma estrutura encontrada na superfície do HIV. Quando elas estão presentes no corpo, o sistema imunológico pode reconhecê-las e “lutar” contra o vírus em caso de exposição ao HIV real. No Brasil, existem oito centros de pesquisa da Mosaico nas cidades de Belo Horizonte, Curitiba, Manaus, Rio de Janeiro e São Paulo. Desde que o recrutamento de voluntários começou, em dezembro do ano passado, cerca de 40 pessoas já tomaram a primeira dose. No total, 3,8 mil pessoas participarão do estudo. Dessas, 1,2 mil serão voluntários brasileiros. O recrutamento segue aberto até julho deste ano. Responsável pelo braço do estudo no Brasil, o pesquisador Jorge Andrade Pinto, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), explicou, por telefone, que o HIV é extremamente complexo e por isso a comunidade científica tem se debruçado, há quatro décadas, no desenvolvimento de uma vacina. “Existe uma diversidade de HIVs, são 9 subtipos, além das formas recombinantes, que se misturam entre si. Essa variabilidade são obstáculos ao desenvolvimento do imunizante. Passados 40 anos, o fato de ainda não termos uma fórmula mostra a medida da complexidade do vírus”, afirmou. A notícia sobre a participação de voluntários brasileiros no estudo gerou comoção nas redes sociais. A Lupa verificou as principais dúvidas e peças de desinformação que circularam pelas redes sociais acerca da pesquisa. Confira: “Nenhuma vacina para o HIV dps de 40 anos de pesquisa. (…) Um vírus aparece misteriosamente e dentro de um ano cria-se uma vacina e se espera que todos nós a tomemos. Não, obrigada” Post no Twitter publicado em 6 de fevereiro de 2021 A comparação feita no tuite é inadequada, uma vez que o HIV e o SARS-Cov-2 são organismos completamente diferentes. Há diversos fatores que tornam o desenvolvimento de uma vacina contra o HIV mais difícil do que um imunizante contra a Covid-19, incluindo as características dos dois vírus e a existência de produtos contra vírus similares. Um dos motivos é que o HIV, em particular, é um vírus que sofre muitas mutações. “Os antígenos considerados importantes para se produzir resposta imune eficiente ficam muito bem escondidos na partícula viral. Além disso, é um vírus que acomete células do sistema imune – o que não é o caso do SARS-Cov-2”, observa o professor Aguinaldo R. Pinto, o chefe do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Alexandre Cunha dos Santos, presidente do Grupo de Apoio de Prevenção à Aids de Santa Catarina (Gapa), explica que uma das propriedades do HIV é se “disfarçar” de anticorpo, o que torna a criação de defesas contra ele consideravelmente mais difícil. “O que acontece é que o vírus tem um capsídeo ao redor. Esse capsídeo se disfarça como uma célula e o corpo, então, não o reconhece como estranho. É como se usasse uma máscara e ‘fingisse’ ser uma célula do nosso corpo. É por isso que depois que uma pessoa foi infectada, nem o anticorpo consegue identificar o vírus”, disse. Apesar das dificuldades, desde o começo dos anos 1990 existem pesquisas para uma fórmula capaz de fazer com que o corpo humano combata o vírus. Em 1992, dez anos depois dos primeiros casos identificados na Califórnia, existiam 14 vacinas em vários estágios de experiências clínicas humanas. No entanto, muitas dessas tentativas foram descartadas Já o SARS-Cov-2, vírus que causa a Covid-19, é um tipo de coronavírus. Nos últimos 20 anos, dois organismos muito similares causaram epidemias localizadas que geraram preocupação na comunidade científica: o SARS-Cov, que causa a SARS, e o MERS-Cov, que causa a MERS. Vacinas contra esses dois vírus já estavam em desenvolvimento desde então, mas não foram concluídas porque essas duas epidemias foram contidas. “Como a doença sumiu, as empresas não tiveram interesse em continuar financiando estudos. Mas se aprendeu muita coisa”, afirmou Aguinaldo, por WhatsApp. Por fim, vale pontuar que a imensa maioria das pessoas infectadas pelo SARS-Cov-2 se curam após um determinado período. No caso do HIV, mesmo que a pessoa não desenvolva a Aids, o vírus persiste no organismo do paciente para o resto da vida, com raríssimas exceções. “Primeira vez que uma vacina para HIV vai para fase três (…)” Post no Twitter publicado em 5 de fevereiro de 2021 Pelo menos cinco grandes pesquisas para desenvolver uma vacina foram realizadas desde que o vírus foi identificado, no começo dos anos 1980. Dessas, duas chegaram à fase três de testes, ambas desenvolvidas na Tailândia: a HVTN 501, no final dos anos 1990, e a Alvac/Aidsvax, realizada entre 2005 e 2009. “A eficácia desta última ficou em cerca de 31%. Não foi brilhantemente eficaz, apesar de ser um número aceitável”, avalia o professor Jorge Andrade Pinto, pesquisador responsável pelo estudo na UFMG. Segundo ele, a vacina que está sendo testada neste momento tem uma estratégia mais avançada em relação às anteriores: “tem mais de uma frente de estímulo imunogênico, ou seja, são duas ao mesmo tempo. São imunizantes de vetor viral, como algumas das que estão sendo utilizadas contra a Covid-19 [a vacina da Janssen e da Astrazeneca]” “O HIV (…) jamais foi isolado” Post no Twitter publicado em 7 de fevereiro de 2021 O HIV foi isolado pela primeira vez em 1983, dois anos depois que 270 casos de um tipo de deficiência imunológica grave foram relatados nos Estados Unidos. Em 1982, o termo Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) foi usado pela primeira vez e, em maio do ano seguinte, o cientista Luc Montagnier, do Instituto Pasteur, na França, isolou o vírus causador da doença. Em 2008, Montagnier e a pesquisadora Françoise Barré-Sinoussi receberam o Prêmio Nobel de Medicina pela descoberta. Em 2018, a revista Nature publicou um artigo sobre a história da descoberta do HIV e revelou que, em menos de dois anos, pelo menos três grupos de cientistas isolaram e caracterizaram o HIV-1, mostrando uma associação do vírus com a Aids e sugerindo um nexo causal. “Mais de 32 milhões de pessoas morreram em decorrência do HIV. 38 milhões vivem com o vírus. Ainda não tem cura” Post no Twitter publicado em 3 de fevereiro de 2021 Os dados mais recentes do Unaids, programa das Nações Unidas para ajudar nações no combate à Aids, indicam que 32,7 milhões de pessoas morreram em todo o mundo em decorrência de doenças relacionadas à Síndrome da Imunodeficiência Adquirida desde o início da epidemia, no começo dos anos 1980, até o de 2019. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 38 milhões de pessoas vivem com o HIV atualmente — dados de 2019, as informações de 2020 ainda não foram disponibilizadas. A OMS também estimou que cerca de 1,7 milhão de pessoas foram infectadas somente no ano de 2019. Embora os tratamentos atuais sejam capazes de controlar o HIV, ainda não existe cura definitiva — ou seja, se uma pessoa contrai o vírus, conviverá com ele para sempre . A principal razão para isso, mesmo depois de 40 anos de estudos, reside na biologia do vírus, caracterizado pela capacidade de mutação e de atacar os mecanismos de defesa natural do organismo. “Já se sabe o mecanismo de replicação, já se tem o mapeamento e genoma do vírus. O problema é que ele se ‘disfarça’”, explicou, por telefone, o presidente do Grupo de Apoio de Prevenção à Aids de Santa Catarina (Gapa), Alexandre Cunha dos Santos. “A fase de teste da vacina de HIV, deve durar uns anos (…)” Post no Twitter publicado em 6 de fevereiro de 2021 A fase 3 de testes da vacina contra o HIV no Brasil terá duração de 30 meses. Segundo informações da Faculdade de Medicina da UFMG, responsável pelo recrutamento de 120 voluntários, o estudo duplo cego terá a participação total de 3.800 pessoas em diferentes partes do mundo. Todas serão avaliadas por uma equipe de médicos e passarão por exames físicos e laboratoriais antes de serem aprovadas para participar do programa. Os participantes serão sorteados e divididos igualmente entre grupo placebo e grupo ativo, e somente um comitê externo saberá quem recebeu placebo e quem recebeu vacina. No total, os voluntários receberão quatro doses da vacina num intervalo de três meses. Segundo Andrade, responsável pela pesquisa no Brasil, as duas primeiras doses serão apenas com o imunizante de vetor viral. As doses restantes serão uma fórmula contendo as duas vacinas, a de vetor viral e a proteica. O acompanhamento será feito de três em três meses e, depois, a cada 6 meses. “(…) [A vacina contra o HIV deve ser testada] Só em profissionais do sexo” Post no Twitter publicado em 6 de fevereiro de 2021 O critério para ser voluntário dos testes no Brasil não tem a ver com profissão, ou seja, profissionais do sexo podem ou não se voluntariar. A principal exigência é que os participantes sejam pessoas do sexo masculino — incluindo mulheres trans — que mantenham relação com pessoas do mesmo sexo. Outros critérios são que esses voluntários tenham entre 18 e 60 anos de idade, não estejam infectados pelo HIV e também que não usem a profilaxia pré-exposição, a PrEP — esse tratamento consiste em tomar diariamente um medicamento que impede que o vírus se espalhe pelo corpo, caso infectado. “[A vacina contra o HIV] É algo revolucionário e eu concordo, mas exigir que os participantes sejam apenas Gays ou trans me fez lembrar do preconceito que as pessoas têm, da história de que HIV/AIDS foi um castigo de Deus para os gays” Post no Twitter publicado em 3 de fevereiro de 2021 No Brasil, os testes estão sendo realizados somente com pessoas do sexo masculino — incluindo mulheres trans — que mantém relações sexuais com outras pessoas do mesmo sexo. Contudo, isso ocorre porque, especificamente no Brasil, este grupo é o que está mais exposto à contaminação pelo vírus. “A transmissão, aqui, é majoritariamente entre esse grupo. É uma questão pragmática, precisa verificar a eficácia, e não tem a ver com preconceito”, explica o coordenador da pesquisa.
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['CAROL MACÁRIO']
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['AIDS', 'CIÊNCIA', 'HIV', 'PESQUISA', 'SAÚDE', 'VACINA', 'VACINA CONTRA HIV', 'VACINA DO HIV']
2021-05-14
['FALSO', 'FALSO', 'FALSO', 'VERDADEIRO', 'VERDADEIRO', 'FALSO', 'VERDADEIRO, MAS']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/19/cdc-mortes-covid-19-eua/
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#Verificamos: É falso que CDC inflou em 1.600% o número de mortes por Covid-19 nos EUA
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2021-02-19
Circula nas redes sociais a informação de que um estudo comprova que o Centro para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) inflou em 1.600% o número de mortes por Covid-19 nos Estados Unidos. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Novo estudo afirma que o CDC inflou em 1.600% o número de mortes por Coronavírus” Título de texto publicado pelo site Stylo Urbano A informação analisada pela Lupa é falsa. O estudo em questão faz uma interpretação equivocada das estatísticas publicadas por um levantamento que é feito pelo CDC. Os autores do artigo presumem que as mortes que mencionam apenas Covid-19 (sem outras comorbidades) podem ser contadas, o que supostamente estaria errado. O estudo foi publicado em outubro de 2020 e, de lá para cá, foi desmentido pela instituição e por outros pesquisadores. O estudo questiona se uma mudança na orientação fornecida pelo CDC sobre o preenchimento de atestados de óbito teria mudado o número de mortes atribuídos à Covid-19. Os autores do estudo chamaram a orientação do CDC, publicada em março de 2020, de “uma alteração caprichosa na coleta de dados compromete a precisão, qualidade, objetividade, utilidade e integridade de seus dados publicados”. O documento do CDC, de 24 de março de 2020, explica a criação de um novo código para ser incluído em certidões de óbitos, com o objetivo de capturar com precisão os dados de mortalidade pelo novo coronavírus. “Covid-19 deve ser relatado na certidão de óbito para todos os falecidos onde a doença causou ou se presume que causou ou contribuiu para a morte. Os certificadores devem incluir o máximo de detalhes possível com base em seu conhecimento do caso, registros médicos, exames laboratoriais etc”, aponta. De acordo com o estudo, se o CDC tivesse usado as diretrizes de 2003, o total de óbitos por Covid-19 seria consideravelmente menor do que o relatado atualmente. Como parâmetro, afirma que os dados do CDC mostram que apenas 6% das 161.392 fatalidades por Covid-19, na ocasião em que o estudo foi publicado, não mencionavam qualquer comorbidade. Ou seja, na verdade, o CDC deveria contabilizar somente 9.684 óbitos por Covid-19, em vez de 161.392. Essa interpretação é completamente equivocada: isso significa que uma pessoa que morreu de insuficiência respiratória causada pelo novo coronavírus, por exemplo, não deveria ser contabilizada como uma vítima da doença. Como a Lupa explicou em setembro de 2020, em 6% das mortes, o novo coronavírus foi a única causa mencionada nos atestados de óbitos, ou seja, não havia nenhuma outra condição relatada. Nos outros 94% dos casos, outras ocorrências são mencionadas junto à Covid-19. Isso inclui, contudo, sintomas relacionados à própria doença, como pneumonia e insuficiência respiratória, além de comorbidades que podem ter contribuído, mas que não foram a causa principal. Em nota, a assessoria do CDC explicou que o número de mortes por Covid-19 não seria substancialmente diferente sob a orientação anterior. “Tanto as antigas quanto as novas diretrizes colocam uma ênfase na importância de relatar uma sequência causal lógica, começando com a causa imediata e voltando à causa subjacente (a doença ou lesão que inicia a cadeia de eventos que levam à morte)”. O CDC publica semanalmente dados sobre condições adicionais presentes em pacientes que morreram com Covid-19. Essas outras doenças ou condições encontradas em um paciente são chamadas de comorbidades. As informações são coletadas de atestados de óbitos que podem ter uma ou mais causas ou condições listadas que contribuíram para a morte do paciente, conforme determinado com base na experiência médica. A causa básica da morte é a condição que deu início a uma série de eventos que culminou com a morte da pessoa. O último levantamento mostra mais de 460 mil óbitos por Covid-19 nos Estados Unidos. À rede norte-americana ABC, o diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, Anthony Fauci, reforçou as informações oficiais do CDC. “Isso não significa que alguém com hipertensão ou diabetes que morre de Covid não morreu de Covid-19.” Checagem similar foi feita por veículos internacionais, como o USA Today e Politifact.
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['ÍTALO RÔMANY']
[]
['#VERIFICAMOS', 'CORONAVÍRUS', 'COVID-19', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'NOTÍCIAS FALSAS COVID', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/19/verificamos-ministros-stf-auxilio-alimentacao/
lupa
#Verificamos: É falso que ministros do STF recebem R$ 90 mil por mês de auxílio alimentação
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2021-02-19
Circula pelas redes sociais que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) recebem R$ 90 mil de auxílio alimentação por mês. A publicação é acompanhada de uma montagem com fotos de alguns dos ministros, entre eles Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Você luta por um pão na chapa e um pingado. E os togados recebem R$ 90.000,00 POR MÊS de auxílio alimentação. Está tudo errado.” Texto em post no Facebook que, até as 17h do dia 19 de fevereiro de 2021, tinha sido compartilhado por 4,6 mil pessoas A informação analisada pela Lupa é falsa. Nenhum dos 11 ministros do STF recebe auxílio alimentação. No menu Transparência do site do STF, é possível consultar a folha de pagamento de todos os servidores do Supremo Tribunal Federal. Os dados mais recentes são de novembro de 2020. No caso dos ministros ativos, sete deles recebem um salário bruto de R$ 45.856,13 (Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso, Marco Aurélio Mello e Rosa Maria Weber), três no valor de R$ 39.293,32 (Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e Luiz Edson Fachin) e um deles tem remuneração de R$ 34.054,21 (Kassio Nunes Marques) por mês. De acordo com o detalhamento dos créditos, eles não recebem nenhum tipo de auxílio – nem de alimentação nem de moradia. Desde 2016, cinco ministros solicitaram algum tipo de auxílio, a maioria referente a diárias de viagem pelo Brasil e exterior e um relacionado a indenização por transporte. Entre 2020 e 2017, somente o ministro Dias Toffoli recebeu um total de R$ 124.952,4 (R$ 12.677,55 em 2020; R$ 61.799,24 em 2019; R$ 43.343,74 em 2018 e 7.131,87 em 2017) por despesas com diárias. Procurada pela Lupa, a assessoria de comunicação do STF confirmou, por telefone, que os ministros não recebem benefício para alimentação.
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['CAROL MACÁRIO']
[]
['#VERIFICAMOS', 'AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'MINISTROS', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'STF', 'SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/19/verificamos-e-falso-calendario-de-vacinacao-contra-covid-19-de-pessoas-entre-55-74-anos-em-marco/
lupa
#Verificamos: É falso calendário de vacinação contra Covid-19 de pessoas entre 55 a 74 anos em março
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2021-02-19
Circula pelo WhatsApp uma mensagem que supostamente traz o calendário da primeira fase de imunização de idosos contra a Covid-19. O texto atribui um dia diferente de vacinação para cada idade, começando em 1º de março para as pessoas de 74 anos e terminando em 26 de março com aqueles que têm 55 anos. O atendimento ocorreria apenas de segunda a sexta-feira. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “Repassando: Primeira fase de imunização dos Idosos 01 de março – 74 anos 02 de março – 73 anos (…) 25 de março – 56 anos 26 de março – 55 anos Se vc não chegou nessas faixas etárias, algum amigo ou familiar seu com certeza sim, repasse vc tbem” Texto que circula pelo WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa. A mensagem traz um cronograma que não respeita as orientações do Ministério da Saúde para vacinação dos grupos prioritários contra Covid-19. Informe técnico da pasta mostra que não está prevista, por enquanto, a imunização de pessoas entre 55 e 59 anos que não apresentam determinadas comorbidades (pág. 37) e não se enquadram entre as populações-alvo definidas pela pasta (pág. 40), como profissionais de saúde, pessoas com deficiência e povos indígenas. Em nota, o Ministério da Saúde informou que, apesar de estados e municípios terem autonomia para realizar a distribuição de vacinas e definir a ordem em que isso será feito, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) prevê ciclos de vacinação de acordo com grupos prioritários. Cada cidade, no entanto, pode se organizar da maneira mais apropriada para atender a realidade local. Os documentos com orientações e normas do Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19 estão disponíveis no site do ministério. Como o texto que circula no WhatsApp não indica em qual cidade esse calendário seria seguido, a mensagem tem provocado confusão em diferentes municípios. Várias prefeituras já desmentiram essa publicação, como Alegrete (RS), Araguaína (TO), Arapongas (PR), Araraquara (SP), Atibaia (SP), Boa Vista (RR), Caldas (MG), Cascavel (PR), Catanduva (SP), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Igrejinha (RS), Linhares (ES), Navegantes (SC), Paraíba do Sul (RJ), Paraty (RJ), Passo Fundo (RS), Pelotas (RS), Porto Velho (RO), Santa Maria de Jetibá (ES), São José dos Pinhais (PR), Sinop (MT), Tupã (SP) e Vitória (ES), além dos governos do Distrito Federal, de Goiás e de São Paulo. Uma checagem semelhante foi feita pelo Boatos.org.
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['MAURÍCIO MORAES']
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['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSCOVID', '#VERIFICAMOSWHATSAPP', 'ASTRAZENECA', 'CAMPANHA DE VACINAÇÃO', 'COMORBIDADES', 'CORONAVAC', 'COVID-19', 'IDOSOS', 'IMUNIZAÇÃO', 'NO WHATSAPP', 'PANDEMIA', 'PLANO NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'SINOVAC', 'VACINA', 'VACINA CONTRA COVID-19', 'VACINA DA SINOVAC', 'VACINA DE OXFORD', 'VACINAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO WHATSAPP', 'VERIFICADO', 'WHATSAPP']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/19/verificamos-anvisa-vacinas-covid/
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#Verificamos: É falso que diretor da Anvisa alertou para ‘riscos’ de vacinas contra Covid-19 usadas no Brasil
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2021-02-19
Circula pelas redes sociais que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) teria emitido um alerta sobre os riscos das vacinas contra a Covid-19 que estão sendo utilizadas no Brasil. O texto circula junto com um vídeo do diretor-presidente da agência, Antônio Barra Torres. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “O que fazer quando a própria ANVISA alerta sobre os riscos das vacinas utilizadas no Brasil?” Legenda de vídeo compartilhado no Instagram que, até às 17h do dia 19 de fevereiro de 2021, tinha sido visualizado por mais de 12 mil pessoas A informação analisada pela Lupa é falsa. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não emitiu nenhum alerta sinalizando um possível risco das vacinas que estão sendo utilizadas no Brasil atualmente. O vídeo que circula pelo Instagram foi editado e a legenda que acompanha a gravação distorce a fala do diretor-presidente da agência, Antônio Barra Torres. No dia 10 de fevereiro, Torres concedeu uma entrevista à CNN e comentou sobre o artigo 5 da Medida Provisória (MP) 1.003/2020, que obriga a Anvisa a conceder autorização temporária de uso emergencial para a importação, a distribuição e o uso de “qualquer vacina contra a Covid-19” após cinco dias do pedido do laboratório. Essa determinação vale apenas para produtos que tenham sido aprovados por pelo menos uma de nove autoridades sanitárias estrangeiras listadas na MP. Atualmente, o prazo é de 10 dias para a análise, e não há obrigação de aprovação caso a vacina já tenha sido liberada por órgãos sanitários estrangeiros. Torres considerou a aprovação dessa medida seria considerada um “risco sanitário grave”. Ele disse ainda que a Anvisa tem servidores qualificados para realizar análises e conceder as autorizações necessárias para o uso seguro de vacinas para os brasileiros. Contudo, ele não se referia às duas vacinas contra Covid-19 que já estão em utilização no Brasil — a Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica Sinovac, e a Covidshield, desenvolvida pela Universidade de Oxford com a AstraZeneca. Ambas as vacinas passaram por análises preliminares para registro dos imunizantes no Brasil e foram consideradas seguras para o uso. As bulas estão disponíveis no site da Anvisa para consulta. No dia 4 de fevereiro, a MP foi aprovada no Congresso Nacional e seguiu para sanção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) — o que ainda não aconteceu. Durante entrevista à CNN, Torres disse também que conversou com Bolsonaro e disse para ele que o artigo 5 deveria ser vetado do texto. Essa informação também foi desmentida pelo Estadão Verifica e pela CNN.
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['NATHÁLIA AFONSO']
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['#VERIFICAMOS', 'ANVISA', 'BOATOS', 'COVID-19', 'FACEBOOK', 'FACEBOOK JOURNALISM PROJECT', 'INFORMAÇÃO FALSA', 'NO FACEBOOK', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VACINA DA COVID-19', 'VACINAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICADO']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/19/verificamos-testes-pcr-covid/
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#Verificamos: É falso que 97% dos resultados dos testes PCR para Covid-19 são falsos positivos
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2021-02-19
Circula nas redes sociais a informação de que testes PCR para Covid-19 geram 97% de falsos positivos como resultado. De acordo com a publicação, de cada 100 pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus, somente 3 estariam realmente infectadas. O texto diz ainda que esse tipo de teste não é confiável, porque pode identificar outros vírus, como o da gripe, e validar o resultado como positivo para Covid-19. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “PCR gera falsos positivos de até 97%, ou seja, de 100 pessoas diagnosticadas com Coronavírus, apenas 3 têm Coronavírus” Trecho de mensagem compartilhada no WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa. Não há estudos científicos que comprovem que 97% dos resultados de testes PCR são falsos positivos. Além disso, os testes PCR usados neste momento de pandemia são específicos para identificar o vírus da Covid-19, ou seja, não conseguem identificar outros vírus, como o H1N1. A doutora em microbiologia Karine Lourenço, do CT Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), explicou, por telefone, que os testes PCR são “extremamente sensíveis”, e que, mesmo numa carga viral baixa, é possível identificar o vírus. “Eu trabalho com PCR para outros vírus há mais de oito anos, então essa informação não procede”, diz. O virologista e professor da USP Paulo Eduardo Brandão também reafirma que os testes PCR têm elevadíssimas sensibilidade e especificidade. “A PCR criticada é a usada no mundo todo e recomendada pela OMS”. A mensagem que circula no WhatsApp vem com um link que apresenta um “estudo” que comprovaria a afirmação. Na verdade, trata-se de um texto não publicado em revista científica, escrito por um grupo de 22 cientistas que se diz “independente”. Segundo a publicação, se alguém é testado por PCR como positivo quando um limite de 35 ciclos ou mais é usado, a probabilidade de que essa pessoa esteja realmente infectada é inferior a 3%. A análise é feita a partir de uma ‘revisão’ de um artigo publicado em janeiro de 2020 na revista científica Eurosurveillance sobre testes PCR. Entretanto, essas informações não necessariamente comprovam que 97% dos testes PCR geram falsos positivos. Além disso, a própria revista científica Eurosurveillance, em resposta, explicou que as alegações detalhadas com respeito a falhas científicas no artigo foram revisadas por um grupo de cinco especialistas de laboratório. “Os especialistas consultados confirmaram que o artigo foi cientificamente adequado para seu propósito e para os dados e materiais limitados disponíveis neste estágio inicial da pandemia”. O virologista Ben Neuman, da Texas A&M University-Texarkana, explicou à plataforma de checagem Politifact, dos Estados Unidos, que os testes de PCR funcionam duplicando o material genético em ciclos até que os traços do vírus se tornem mais facilmente detectáveis. Se houver uma grande presença de vírus na amostra, menos ciclos serão necessários para detectá-lo, diz. A quantidade de ciclos necessária para determinar se um paciente é positivo varia entre os diferentes tipos de testes. O teste PCR em tempo real para diagnóstico de Covid-19 tem aproximadamente 45 ciclos, segundo a pesquisadora Karine Lourenço. Se um paciente cujo teste positivo tenha sido dado num ciclo 16, a carga viral contida nele é maior do que um paciente que recebeu positivo num ciclo 35, por exemplo. Ambos terão resultados “positivos”, o que diferencia é a carga viral — a concentração do vírus no organismo, o que não tem relação direta, necessariamente, com a gravidade dos sintomas. O pesquisador Zilton Vasconcelos, do Laboratório de Alta Complexidade do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), afirma, por exemplo, que o teste molecular deve ser realizado entre o terceiro e sétimo dia de sintomas para aumentar a chance de detecção do RNA viral. “Um teste negativo não descarta a infecção, apenas indica que naquele momento sua carga viral é indetectável”, diz. A mesma informação é compartilhada pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC), que diz que o teste PCR avalia a presença de RNA viral na amostra. A entidade explica ainda que um único resultado não detectado com RT-PCR para SARS-CoV-2 não exclui o diagnóstico da Covid-19. Vários fatores como coleta inadequada da amostra, tipo de amostra biológica, tempo decorrido entre a coleta e o início dos sintomas, e oscilação da carga viral podem influenciar o resultado do exame. “Sempre que houver discordância com o quadro clínico epidemiológico, o exame de RT-PCR deve ser repetido em outra amostra do trato respiratório”, diz. “Os outros 97 podem ter fragmentos ou vírus inteiros que podem ser de Coronavírus por já terem tido, podem ser de gripes, Resfriados, H1N1, H3N2, etc. Para os testes de PCRS todo fragmento de Vírus é detectado como Coronavírus, o PCR foi criado exatamente para isso, não tendo validade nenhuma para servir para detectar o Coronavírus” Trecho de mensagem compartilhada no WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa. A pesquisadora Karine Lourenço, do CT Vacinas, explica que, “de forma alguma” o teste PCR, exclusivo para Covid-19, é capaz de identificar outros vírus, como o da gripe. Neste caso, é utilizado um alvo específico que tem o mesmo código genético do SARS-CoV-2. “Se o paciente está com influenza, por exemplo, não será detectável. Neste caso, são necessários testes específicos para esses vírus”. O professor da USP Paulo Eduardo Brandão afirma que os PCRs não demonstram vírus infeccioso, mas sim a presença do RNA viral. “Cada RT-PCR tem que ser ajustado para cada organismo-alvo: gripe, coronavírus, bactérias etc”. A afirmação também é confirmada por José Manuel Bautista, professor de Biologia Molecular e um dos coordenadores do laboratório de detecção do novo coronavírus da Universidad Complutense de Madrid, em entrevista à plataforma de checagem Maldita, da Espanha. “Está demonstrado em muitas publicações. Há outros PCR gerais para detectar outros coronavírus, mas os que são usados agora são altamente específicos”. Checagem similar foi feita por Aos Fatos. Na Irlanda, o boato também foi desmentido pelo TheJournal.ie.
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['ÍTALO RÔMANY']
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['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSWHATSAPP', 'COVID-19', 'CT VACINAS', 'DESINFORMAÇÃO', 'DIAGNÓSTICO DE COVID-19', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'FALSO NEGATIVO', 'FALSO POSITIVO', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'PANDEMIA', 'RNA VIRAL', 'RT-PCR', 'SARS-COV-2', 'SWAB', 'TESTES PCR', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'WHATSAPP']
2021-05-14
['FALSO', 'FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/18/verificamos-lima-duarte-suplemento-dores-articulares/
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#Verificamos: É falso que Lima Duarte recomenda suplemento contra dores articulares
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2021-02-18
Circula pelas redes sociais um texto supostamente publicado pelo portal G1, que diz que o ator Lima Duarte revelou não sentir mais dores articulares após tomar um suplemento médico chamado Artrofim. “Os meus resultados foram impressionantes, 1 dia após tomar a primeira cápsula, já consegui me movimentar super melhor, e as dores sumiram parcialmente”, teria dito o ator. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Lima Duarte revela o fim das dores em matéria exclusiva! Clique abaixo e acesse a matéria completa!” Texto de site em circulação no Facebook que, até as 17h de 18 de fevereiro de 2021, tinha mais de 34,5 mil compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. Lima Duarte jamais tomou Artrofim e também nunca fez propaganda para a empresa fabricante do suplemento. Também é falsa a entrevista com um depoimento do artista. Em nota, a assessoria de imprensa do ator afirmou que ele teve a sua imagem usada indevidamente. Duarte também desmentiu a história em vídeos publicados no seu perfil oficial no Instagram, em 1º de setembro e em 14 de outubro do ano passado. “Eu não recomendo nada. É mentira. É fake news”, disse. “São uns canalhas.” A atriz Laura Cardoso também é citada na propaganda de modo indevido, segundo Duarte. Uma publicação compartilhada por Lima Duarte (@__limaduarteoficial) A reportagem sobre o suplemento também é falsa. Apesar de usar o logotipo do G1 e um design semelhante, a página está em um endereço que não tem nenhuma relação com o portal. O próprio site afirmou que jamais publicou o texto, em checagem sobre um conteúdo semelhante feita em dezembro. A publicação usa ainda os logotipos da revista Veja, do portal Terra, da Rede Globo, da MSN e do portal UOL, mas nenhum desses locais produziu reportagens sobre os supostos benefícios do Artrofim. O texto cita um médico, o “ortopedista Paulo Trindade”, para dar credibilidade ao suplemento. Esse profissional teria sido o responsável por recomentar o produto para Lima Duarte. A foto em que ele aparece, no entanto, foi extraída de uma clínica dos Estados Unidos e mostra o urologista Matthew Shahbandi. A reportagem menciona ainda um estudo clínico com o Artrofim, mas não existe nenhuma pesquisa feita sobre o produto — que não tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Reclamações contra a BioHigh, fabricante do suplemento, acumulam-se no site ReclameAqui. Até a publicação desta checagem, havia 191 queixas. A empresa aparecia com nota 4,6, que significa que não é recomendada. Das pessoas que protestaram, apenas 9,5% disseram que voltariam a fazer negócio com a BioHigh. Boa parte delas arrependeu-se da compra e pediu a devolução do dinheiro. Não é a primeira vez que empresas de suplementos de saúde usam sites piratas e forjam depoimentos de celebridades para vender outros produtos de qualidade duvidosa. A Lupa verificou três propagandas falsas de produtos para articulação, memória e diabetes usando o nome do médico Dráuzio Varella. A imagem do apresentador Luciano Huck também foi usada indevidamente para vender uma pílula para “melhorar a imunidade”. Nenhum deles tem registro na Anvisa ou qualquer comprovação de eficácia.
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['MAURÍCIO MORAES']
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['#VERIFICAMOS', 'ARTROFIM', 'DOR', 'FACEBOOK', 'G1', 'LIMA DUARTE', 'MONTAGEM', 'NO FACEBOOK', 'NOTÍCIA FALSA', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'PROPAGANDA FALSA', 'SUPLEMENTO', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICADO']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/18/verificamos-huck-daniel-silveira/
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#Verificamos: Fotos de Luciano Huck com deputado federal Daniel Silveira são montagens
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2021-02-18
Circulam nas redes sociais fotos do apresentador Luciano Huck, da TV Globo, ao lado do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), preso em flagrante ao publicar vídeo com ataques ao STF. Registros de Huck ao lado de personalidades são publicados por internautas todas as vezes que surge algum escândalo ou polêmica com famosos, sugerindo que dá ‘azar’ ser fotografado com o apresentador. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “É MUITA FALTA DE SORTE” Legenda de post no Facebook que, até as 13h de 18 de fevereiro de 2021, tinha mais de 1,7 mil compartilhamentos A imagem analisada pela Lupa é uma montagem. O rosto do deputado federal Danial Silveira (PSL-RJ) foi inserido de forma grosseira em uma foto do apresentador Luciano Huck ao lado do chef Junior Durski, presidente da rede de restaurantes Madero. O registro é do fotógrafo Gianne Carvalho e foi publicado no site da jornalista Luciana Rangel, em 26 de setembro de 2017. O encontro ocorreu durante a inauguração da centésima unidade da rede, no Rio de Janeiro. Apesar da montagem, não foram encontradas fotos reais do apresentador ao lado do deputado federal na imprensa. Fotos reais de Luciano Huck ao lado de personalidades se tornam um “meme”, uma vez que diversas celebridades e políticos com as quais o apresentador tirou fotos passaram por algum tipo de problema em suas carreiras. Tudo começou após internautas afirmarem que Luciano Huck apagou fotos do Instagram ao lado do então senador Aécio Neves (PSDB-MG), em 2017. Na ocasião, o tucano estava envolvido num escândalo de corrupção, após publicação de gravação onde pedia dinheiro à empresa JBS. O deputado federal Daniel Silveira foi preso em flagrante na terça-feira (16), por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O motivo é a divulgação de um vídeo em que Silveira defende medidas antidemocráticas, como o AI-5, e instiga a adoção de medidas violentas contra ministros do STF. A prisão foi confirmada pelo plenário da corte, na quarta-feira (17), e deve ser votada nesta quinta (18) na Câmara. “Daniel Silveira não falha um” Legenda de post no Facebook que, até as 13h de 18 de fevereiro de 2021, tinha mais de 760 compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. O registro original foi feito durante o Fórum Econômico Mundial 2019, em Davos. Huck aparece ao lado do então ministro da Justiça, Sergio Moro. A publicação foi registrada nos stories do Instagram do apresentador e veiculada em diversas publicações (confira aqui, aqui e aqui).
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['ÍTALO RÔMANY']
[]
['#VERIFICAMOS', 'AÉCIO NEVES', 'ALEXANDRE DE MORAES', 'CHEF JUNIOR DURSKI', 'DANIEL SILVEIRA', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'LUCIANO HUCK', 'MEME', 'MONTAGEM', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'SERGIO MORO', 'STF', 'TV GLOBO', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO', 'FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/17/verificamos-bolivia-refinarias-petrobras/
lupa
#Verificamos: É falso que Bolívia não pagou por refinarias da Petrobras que foram nacionalizadas
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2021-02-17
Circula pelas redes sociais que, em 2006, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deixou Evo Morales, então presidente da Bolívia, invadir as instalações da Petrobras naquele país e se apropriar delas, sem pagar por isso. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “[Evo Morales] invadiu as instalações da Petrobrás em seu país [Bolívia] (…)” Trecho de post publicado no Facebook que, até as 13h de 17 de fevereiro de 2021, tinha mais de 47 mil compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é verdadeira. Em 1º de maio de 2006, no final do primeiro mandato de Lula, o então presidente da Bolívia, Evo Morales, nacionalizou toda a exploração de petróleo e gás no país e reativou a empresa Yacimientos Petroliferos Fiscales Bolivianos (YPFB), que ficou responsável pela produção de hidrocarbonetos. Isso foi feito por meio do Decreto nº 28.701, batizado como “Héroes del Chaco”. Com isso, as empresas estrangeiras que faziam esse serviço, como a Petrobras, tiveram as suas instalações ocupadas por militares. O controle dessas unidades teve de ser entregue à YPFB, mas a mudança não ocorreu de forma imediata. O decreto estabeleceu um prazo de 180 dias para que a situação fosse regularizada. A companhia brasileira tinha duas refinarias de petróleo no país e decidiu vendê-las. A transferência do controle de ambas para a YPFB só foi concluída em junho de 2007, após meses de negociações entre os dois países para a compra das instalações pela Bolívia. “(…) e sem pagar nada ficou com a empresa.” Trecho de post publicado no Facebook que, até as 13h de 17 de fevereiro de 2020, tinha mais de 47 mil compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. A Bolívia pagou uma indenização de US$ 112 milhões à Petrobras pela transferência das duas refinarias para a YPFB, depois de mais de um ano de negociação com o governo brasileiro. A estatal boliviana assumiu formalmente a posse das unidades depois de quitar a segunda e última parcela do pagamento, de US$ 56 milhões, em 26 de junho de 2007. A primeira parcela foi quitada 15 dias antes, em 11 de junho daquele ano. Em um primeiro momento, em setembro de 2006, o governo boliviano afirmou que não pagaria nada pelas refinarias. A justificativa foi de que a Petrobras havia lucrado US$ 320 milhões acima do que a lei boliviana permitia. Quando adquiriu as duas unidades, em 1999, a companhia brasileira pagou US$ 102 milhões. Logo, o lucro obtido teria superado essa quantia. A Petrobras alegou que havia feito investimentos no país. As duas partes negociaram até chegarem à proposta de US$ 112 milhões, feita em maio de 2007, que acabou sendo aceita. Uma versão similar dessa desinformação foi checada pela Lupa em fevereiro de 2020. Na época, circulou um tuíte falso atribuído ao ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmando que o PT havia doado uma “refinaria de gás” para a Bolívia.
https://piaui.folha.uol.…s-refinarias.jpg
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['MAURÍCIO MORAES']
[]
['#VERIFICAMOS', 'BOLÍVIA', 'EVO MORALES', 'FACEBOOK', 'GÁS', 'GOVERNO LULA', 'LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA', 'LULA', 'NO FACEBOOK', 'PETROBRAS', 'PETRÓLEO', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'PT', 'REFINARIAS', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICADO', 'YPFB']
2021-05-14
['VERDADEIRO', 'FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/17/verificamos-vacinas-rna-eficacia/
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#Verificamos: É falso que vacinas de RNA mantidas em baixas temperaturas não têm eficácia
null
2021-02-17
Circula nas redes sociais que as vacinas da Covid-19 que precisam estar armazenadas a uma temperatura de -80ºC não são, de fato, vacinas. Elas seriam, segundo o post, “agentes de transfecção” que alteram o material genético do ser humano. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Qualquer vacina que precise ser enviada e armazenada a -80ºC não é uma vacina. É um agente de transfecção, mantido vivo para infectar suas células e transferir material genético. Não os deixe enganar você. Isso é manipulação genética de humanos em grande escala” Legenda de post publicado no Facebook que, até as 14h de 17 de fevereiro de 2021, tinha mais de 240 compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. As vacinas que usam a tecnologia RNA, a exemplo dos imunizantes da Pfizer/BioNTech e Moderna, precisam estar armazenadas em uma temperatura baixa devido à sensibilidade da molécula RNA, que pode perder a sua eficácia caso não esteja estabilizada na temperatura correta. Outras vacinas não precisam estar armazenadas a temperaturas similares porque são desenvolvidas com outras tecnologias. Além disso, imunizantes desenvolvidos com essa plataforma não têm a capacidade de “manipular geneticamente” células humanas, como diz o post. Por e-mail, a professora Santuza Teixeira, do Departamento de Bioquímica e Imunologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), explica que as vacinas de RNA possuem moléculas de mRNA (ou RNA mensageiro) sensíveis na sua composição, as quais sofrem degradação com facilidade. “Isso porque o papel dos RNAs nas células exige exatamente isso: o RNA tem que ser produzido, utilizado para guiar a síntese de proteínas e degradado rapidamente para que proteínas diferentes possam ser produzidas em seguida”. Um dos grandes desafios das vacinas de RNA, diz, é o de encontrar uma formulação que permita que essas moléculas se mantenham estáveis enquanto elas não são internalizadas pelas células do indivíduo vacinado. Por isso, a necessidade de baixas temperaturas no armazenamento. À AP News, a professora Julie Swann, da North Carolina State University, também explica que a razão pela qual a vacina RNA deve ser armazenada em uma temperatura tão fria é por causa da tecnologia usada. “Eles não podem garantir que ela mantenha sua potência se ficar mais quente por períodos mais longos”, diz. A vacina da Pfizer/BioNTech precisa ser armazenada em uma temperatura de -75ºC, e por ser guardada por até seis meses nessa temperatura. Já o imunizante da empresa Moderna tem uma certa vantagem em relação à concorrente, podendo ser conservada em uma temperatura entre -25ºC e -15ºC. O pesquisador Daniel Bargieri, do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, explica, por e-mail, que essa diferença depende de que tipo de nanopartícula estaria sendo usada nas formulações de cada imunizante. Essa partícula serve como “veículo” para que o RNA entre nas células. “Ainda que a Pfizer e a Moderna utilizem o mesmo tipo de mRNA, elas usam nanopartículas lipídicas diferentes. A Moderna usa uma tecnologia chamada Lipid H, e a Pfizer usa uma tecnologia chamada Acuitas ALC-0315. Provavelmente as diferenças de temperatura são devido às diferenças na composição das nanopartículas lipídicas usadas”. Outro ponto levantado pelo pesquisador é em relação à diferença de quantidade de mRNA em cada uma delas. “É possível que isso tenha também impacto para a diferença de tempo que essas vacinas resistem em temperaturas mais altas”. Em geral, as vacinas são sensíveis a variações de temperaturas, mas não exigem temperaturas tão baixas. A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) explica que as vacinas são conservadas entre 2°C e 8°C. É o caso do imunizante da CoronaVac, desenvolvido pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. O motivo é o tipo de tecnologia usado, a de vírus inativado, uma das mais tradicionais entre os imunizantes. Esse tipo de tecnologia é mais resistente ao calor. As vacinas que usam a tecnologia RNA não alteram o código genético do ser humano, e não interagem com o DNA humano. Elas usam um RNA mensageiro, ou mRNA, que pode ser descrito como uma “instrução” genética que é “lida” pelos ribossomos das células. A partir dessa “mensagem”, eles passam a produzir proteínas particulares do novo coronavírus — as chamadas proteínas spike — que são lançadas no organismo. Elas não têm a capacidade de causar Covid-19 sozinhas, mas servem para “ensinar” o sistema imunológico a se defender contra o vírus real. Em outra checagem sobre assunto similar feita pela Lupa, o médico Gilmar Reis, professor do Departamento de Medicina da PUC Minas, reafirmou que a vacina não tem qualquer efeito no DNA da célula. “As vacinas não modificam nem o nosso mRNA, nem o nosso código genético, de forma alguma. O que elas fazem é provocar uma resposta imunológica do organismo frente àquele corpo estranho, sem riscos de alterações genéticas”. De acordo com Gilmar, manipulação genética seria pegar, por exemplo, o núcleo de uma célula e colocá-lo em outra. “[Isso] não ocorre com as vacinas, visto que elas atuam no sistema imunológico para impedir ou retardar a chegada do vírus às células e, portanto, não provocam modificações no código genético das pessoas”.
https://piaui.folha.uol.…02833_1920-1.jpg
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['ÍTALO RÔMANY']
[]
['#VERIFICAMOS', 'ALTERAÇÃO DE DNA', 'ARMAZENAMENTO DE VACINA', 'CONSERVAÇÃO DE VACINA', 'CORONAVAC', 'COVID-19', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'IMUNIZANTE', 'INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS DA USP', 'MOLÉCULA RNA', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'PANDEMIA', 'RNA MENSAGEIRO', 'VACINA', 'VACINA DA COVID-19', 'VACINA MODERNA', 'VACINA PFIZER', 'VACINA RNA', 'VACINAS RNA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/17/verificamos-golpe-carrefour-iphone/
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#Verificamos: Golpistas usam nome do Carrefour e prometem iPhone para roubar dados de usuários
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2021-02-17
Circula pelas redes sociais uma suposta promoção do Carrefour. Em mensagem que circula no WhatsApp, o usuário é encorajado a acessar um site com uma “pesquisa” da rede de supermercados, na qual deve inserir dados pessoais. Segundo o site, quem participa pode participar de um sorteio para ganhar um iPhone 12 Pro. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “Hoje, 17 fevereiro, 2021, você foi escolhido para participar de nossa pesquisa. Você levará apenas um minuto e receberá um prêmio fantástico: um iPhone 12 Pro! Cada Quarta feira nós escolhemos aleatoriamente 50 usuários para dar a eles a chance de ganhar prêmios incríveis. O prêmio de hoje é um iPhone 12 Pro! Haverá 50 vencedores sortudos. Esta pesquisa visa melhorar a qualidade do atendimento aos nossos usuários e sua participação será recompensada 100%. Você só tem 3 minutos e 37 segundos, para responder a esta pesquisa! Apresse-se, o número de prêmios disponíveis é limitado!” Link que circula pelo WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa e estimula o usuário a cair em um golpe. A assessoria de imprensa do Carrefour informou que a página de promoção que está circulando pelo WhatsApp é “fake” e não tem relação com a empresa. Para evitar cair em golpes, a assessoria recomenda que os usuários estejam atentos e vejam se as informações compartilhadas sobre a empresa estão nos perfis oficiais do Carrefour ou no seu site. O golpe aplicado utiliza a prática de phishing para enganar os usuários. Esse conceito é usado para identificar um golpe no qual os golpistas tentam obter dados pessoais e financeiros de um usuário, pela utilização combinada de meios técnicos e engenharia social. Em seu Instagram, a SaferNet publicou um vídeo dando dicas de como evitar cair em golpes desse tipo. Há vários indícios de falsidade do site. Primeiro, ele está registrado em um domínio registrado de forma anônima, que não é de propriedade do Carrefour. Além disso, ele menciona um suposto “programa de lealdade” que não existe. Segundo a assessoria de imprensa da companhia, o único programa de fidelidade disponível é o aplicativo “Meu Carrefour”, que oferece benefícios para clientes em forma de descontos imediatos ou cupons. Essa informação também foi verificada pelo Boatos.org.
https://piaui.folha.uol.…arrefourcapa.png
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['NATHÁLIA AFONSO']
[]
['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSWHATSAPP', 'CARREFOUR', 'GOLPE', 'INFORMAÇÃO FALSA', 'NO WHATSAPP', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO WHATSAPP', 'WHATSAPP']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/12/verificamos-lula-nazismo-fascismo-video/
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#Verificamos: É falso que Lula defende nazismo e fascismo em ‘vídeo guardado a sete chaves’
null
2021-02-12
Circula pelo WhatsApp um vídeo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que teria sido guardado a sete chaves pelo partido, e foi supostamente “revelado” pelo ex-ministro Antonio Palocci – condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato. Nas imagens, Lula afirma que o PT precisa de filiados porque tem de convencer as pessoas a negarem a política, optando por fascismo, nazismo ou “qualquer outra coisa, menos democracia”. Ele também defende que as pessoas destruam tudo o que o Estado faz e cita estratégias para a campanha eleitoral, como discutir política cultural. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “ESTE VÍDEO FOI GUARDADO A SETE CHAVES PELO PT E ENTREGUE PELO PALOCCI” Vídeo compartilhado pelo WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa. O ex-presidente Lula não defendeu o nazismo e o fascismo no evento que deu origem ao vídeo, nem pediu a destruição do estado. A gravação foi editada para distorcer a fala do político. As imagens também não estavam guardadas “a sete chaves”. Elas podem ser assistidas na íntegra na própria página do PT no Facebook. Lula fez o discurso em 27 de setembro de 2017, durante o lançamento de uma campanha de filiação do partido. Logo no começo do vídeo, ele explica por que acredita que é importante que as pessoas participem do partido. O nazismo e o fascismo são citados como o que pode acontecer quando não há debate na política. “O PT precisa convencer as pessoas de que não existe saída para o Brasil e para qualquer país do mundo fora da política. Ou seja, o PT tem que ser um partido que enfrenta essa discussão contra a negação da política. Fora da política nós teremos fascismo, nazismo, qualquer outra coisa, menos democracia, menos participação popular. Por isso que é importante as pessoas participarem do PT”, diz. A fala tem o sentido oposto da que foi mostrada no vídeo que circula no WhatsApp. O ex-presidente fala ainda da importância de os jovens entrarem no partido e participarem politicamente dentro da legenda. Também diz que o PT é um partido democrático, que convive com a diversidade e que se preocupa com a cultura. Na metade do vídeo, Lula começa a falar sobre a perda da soberania nacional, causada em parte, na sua opinião, pela desindustrialização do país. Defende ainda a democratização dos meios de comunicação e pede para que o partido seja autofinanciado. No final, destaca o compromisso do PT com as lutas sociais. Em nota, a assessoria de imprensa de Lula afirmou que o vídeo foi pesadamente editado e manipulado para criar frases nunca ditas pelo ex-presidente. “Foi montado e circula em grupos, em geral de simpatizantes de Bolsonaro e da Lava Jato, como arma para estimular o ódio político contra Lula e o PT”, informou. A gravação circula nas redes sociais pelo menos desde 2018. Em nota publicada naquele ano, o Instituto Lula afirma que se trata de uma montagem bem mal feita. “Reparem que no vídeo fake, Lula se ‘teletransporta’ de um lado a outro da mesa. São os cortes que o criador de fake news faz para tirar trechos da fala do ex-presidente”, diz o texto. Uma versão similar dessa verificação foi feita por Fato ou Fake, Projeto Comprova, Estadão Verifica e Aos Fatos.
https://piaui.folha.uol.…-sete-chaves.jpg
null
['MAURÍCIO MORAES']
[]
['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSWHATSAPP', 'ESQUERDA', 'FASCISMO', 'FILIAÇÃO PARTIDÁRIA', 'LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA', 'LULA', 'NAZISMO', 'NO WHATSAPP', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'PT', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO WHATSAPP', 'VERIFICADO', 'VÍDEO', 'VÍDEO EDITADO', 'VÍDEO FALSO', 'WHATSAPP']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/12/verificamos-whatsapp-atualizacao/
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#Verificamos: É falso que nova atualização do WhatsApp permite que aplicativo tenha acesso a fotos dos usuários
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2021-02-12
Circula pelas redes sociais que a nova atualização da política de privacidade do WhatsApp fará com que o aplicativo tenha acesso a imagens, vídeos e mensagens enviadas pelos usuários, mesmo aquelas que já foram deletadas, podendo republicar quando desejar. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “Lembre-se, amanhã começa a nova regra do Whatsap que permite que você use suas fotos !! Lembre-se que o prazo é hoje !!! Pode ser usado em ações judiciais contra você. Tudo o que você postou pode ser postado a partir de hoje, até mesmo mensagens excluídas. Não custa nada mais do que um simples copiar / colar, melhor estar seguro do que ser violado. Não dou permissão ao Whatsap ou a qualquer organização associada ao Whatsap, como Facebook e Instagram, para usar minhas imagens, informações, mensagens, fotos, mensagens excluídas, arquivos, etc. Isso é real” Texto que circula pelo WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa. Mesmo após a nova atualização da Política de Privacidade do WhatsApp, o aplicativo não poderá ter acesso e tornar públicas imagens enviadas pelos usuários. Em seu blog, a empresa explicou que a privacidade e a segurança das mensagens e chamadas dos usuários continuam iguais após a atualização dos Termos e da Política de Privacidade. Todos os conteúdos enviados pelo WhatsApp são protegidos com criptografia de ponta a ponta, ou seja, quando uma pessoa encaminha uma mensagem, ela é criptografada e somente será descriptografada quando chegar ao destinatário. Isso torna impossível a empresa ler ou ouvir o que é dito. “As mensagens e ligações são protegidas com um cadeado exclusivo e somente você e seus destinatários têm acesso à chave especial para destrancá-lo e ler as mensagens. Todo esse processo acontece automaticamente, não é necessário ativar configurações ou estabelecer conversas secretas especiais para garantir a segurança de suas mensagens”, explica o WhatsApp em seu blog. Além disso, a empresa não mantém o registro das ligações ou das mensagens enviadas entre os usuários. Procurada, a assessoria de imprensa do WhatsApp informou que a mensagem que circula é “integralmente falsa”. Em 4 de janeiro, o WhatsApp implementou mudanças em suas Políticas de Privacidade. Desde então, o aplicativo passou a compartilhar informações com outras empresas do grupo Facebook, incluindo número, modelo, marca e operadora do telefone utilizado, endereço IP dos acessos (o que pode servir como uma forma de geolocalização), dados sobre transferências financeiras realizadas na plataforma, status e lista de contatos. Contudo, mensagens trocadas na ferramenta não serão compartilhadas — até porque o WhatsApp sequer tem acesso a elas. Segundo o WhatsApp, essas alterações estão sendo feitas para “fornecer, melhorar, entender, personalizar, oferecer suporte e anunciar nossos serviços”. Críticos da plataforma, contudo, entendem a mudança como uma forma de invasão da privacidade dos usuários. A princípio, todos os usuários da plataforma deveriam aceitar essa atualização até o dia 8 de fevereiro. Contudo, o WhatsApp decidiu prolongar a data de aceitação para dar tempo dos usuários “entenderem as mudanças”. O novo prazo vence no dia 15 de maio. Caso o usuário não aceite essa atualização, sua conta no aplicativo será congelada
https://piaui.folha.uol.…whatsappcapa.png
null
['NATHÁLIA AFONSO']
[]
['#VERIFICAMOSWHATSAPP', 'ATUALIZAÇÃO DO WHATSAPP', 'INFORMAÇÃO FALSA', 'NO WHATSAPP', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO WHATSAPP', 'WHATSAPP']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/11/verificamos-estudo-mascaras-microbios-cancer/
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#Verificamos: É falso que estudo ‘prova’ que máscaras acumulam micróbios que podem causar câncer
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2021-02-11
Circula pelas redes sociais que o uso de máscaras no longo prazo provocaria uma contaminação de bactérias nos pulmões, causando posteriormente câncer. O artigo diz que essa conclusão veio de uma pesquisa publicada na edição de fevereiro da revista Cancer Discovery por um grupo de cientistas. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Estudo diz que uso de máscara a longo prazo cria micróbios que contribuem para o câncer de pulmão” Título de texto do site Stylo Urbano que, até as 12h30 de 11 de fevereiro de 2021, tinha mais de 1,5 mil compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. O estudo, liderado pelo pesquisador Leopoldo Segal, foi publicado na revista Cancer Discovery e não analisou o uso de máscaras em nenhum momento. Em nota, a Escola Grossman de Medicina da Universidade de Nova York, instituição onde Segal leciona e o estudo foi conduzido, contestou a associação feita pelo texto que circula nas redes sociais. “Foram feitas tentativas, mostradas pela mídia, de ligar um estudo (…) a afirmações de que o uso prolongado de máscaras aumenta os níveis de micróbios pulmonares, leva a inflamação dos pulmões e contribui para a patologia de câncer de pulmão. Isso é impreciso, e qualquer tentativa de relacionar as descobertas do estudo do Dr. Segal ao uso de máscaras é falaciosa”, diz o texto. A pesquisa de Segal verificou como microorganismos presentes no sistema respiratório inferior afetavam o prognóstico — ou seja, a chance de cura — de pacientes com câncer de pulmão. Os resultados mostraram que aqueles que tinham um prognóstico pior possuíam uma maior quantidade de bactérias no sistema respiratório inferior, na comparação com as pessoas com melhor chance de se recuperarem da doença. A pesquisa em nenhum momento analisou os motivos para a presença maior ou menor de bactérias nos pulmões. Além disso, a análise ocorreu entre março de 2013 e outubro de 2018, ou seja, muito antes da pandemia. Foram observados 148 pacientes. Os cientistas que realizaram o estudo também usaram camundongos para analisar a relação das bactérias com o câncer. Máscaras não são citadas em nenhum momento do texto. De acordo com os autores, o estudo pode ter implicações no tratamento da doença. Eles destacam, contudo, que é necessário saber mais sobre a interação entre as bactérias do sistema respiratório inferior e o câncer. Em entrevista por e-mail à Reuters, que também checou um post com essa desinformação, Segal afirmou que não há nenhuma base científica para suspeitar que o uso de máscaras aumenta a quantidade de bactérias que chega aos pulmões. Segundo ele, as principais fontes desses microorganismos são a boca e a orofaringe (parte posterior da garganta). A quantidade que chega ao pulmão depende mais da higiene bucal e da ingestão de comida. Uma versão semelhante dessa checagem foi feita por Reuters, Maldita.es, Aos Fatos e Health Feedback.
https://piaui.folha.uol.…ios-destaque.jpg
null
['MAURÍCIO MORAES']
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['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSCOVID', 'BACTÉRIA', 'CÂNCER', 'CÂNCER DE PULMÃO', 'COVID-19', 'FACEBOOK', 'MÁSCARA', 'MÁSCARA CASEIRA', 'NO FACEBOOK', 'PANDEMIA', 'PESQUISA CIENTÍFICA', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'PULMÃO', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICADO']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/11/verificamos-lira-prisao-2a-instancia/
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#Verificamos: É falso que Arthur Lira ‘destravou’ votação da PEC da prisão em 2ª instância
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2021-02-11
Circula nas redes sociais que o presidente da Câmara Federal, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), ‘destravou’ a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê prisão após condenação em 2ª instância. De acordo com o post, o parecer foi aprovado por 50 votos favoráveis na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “O que Maia sentou em cima, Lira destrava. Prisão em 2ª Instância passa na CCJ 50×12 votos” Legenda de post publicado no Facebook que, até as 17h de 11 de fevereiro de 2021, tinha mais de 250 compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. O novo presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL), não ‘destravou’ nenhuma votação referente à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 199/2019, que prevê prisão após condenação em segunda instância. A proposta se encontra, atualmente, em Comissão Especial destinada a discutir o tema. Até o momento, não houve reuniões na Comissão este ano sobre o assunto, segundo agenda oficial publicada no site da Câmara. O placar de 50 a 12, no qual se refere o post, trata-se do resultado da votação que ocorreu em 20 de novembro de 2019, na Comissão de Constituição e Justiça. A responsabilidade de colocar o assunto em pauta na comissão não é do presidente da Casa, e sim do presidente da própria comissão — na época, Felipe Francischini (PSL-PR). Como os deputados consideraram a proposta constitucional, ela seguiu para a comissão especial, conforme determina o regimento interno. Contudo, os trabalhos foram interrompidos por causa da pandemia da Covid-19. Autor da PEC, Alex Manente (Cidadania-SP), apresentou em outubro requerimento de urgência para a reabertura imediata da comissão especial que analisa o tema. O que é? Segundo o texto da proposta, os recursos às cortes superiores deixam de existir, e são substituídos por “ações revisionais”, consideradas como um ato independente. Assim, nenhuma ação criminal tramitaria além da segunda instância, o que permitiria a prisão já nessa etapa do processo para pessoas condenadas. Atualmente, a possibilidade de recursos se estende ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em 7 de novembro de 2019, o STF decidiu que o cumprimento da pena só deve começar após esgotamento de todos os recursos. A decisão favoreceu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que estava preso em Curitiba por causa da Operação Lava Jato. Esse entendimento já mudou em diversas ocasiões desde 2009, quando a questão chegou ao plenário da corte pela primeira vez. Após tramitação na comissão especial, a PEC precisa ser aprovada pelo plenário da Câmara. Como se trata de mudança na Constituição, são necessários 308 votos para a aprovação. Depois disso, a PEC é remetida ao Senado. Somente após aprovação nas duas casas legislativas ela é promulgada pelo presidente do Congresso — ao contrário das leis ordinárias, não cabe ao presidente da República sancioná-las.
https://piaui.folha.uol.…ccj-destaque.jpg
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['ÍTALO RÔMANY']
[]
['#VERIFICAMOS', 'ALEX MANENTE', 'ARTHUR LIRA', 'CÂMARA FEDERAL', 'CCJ', 'COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA', 'CONGRESSO NACIONAL', 'DESINFORMAÇÃO', 'EX-PRESIDENTE LULA', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'FELIPE FRANCISCHINI', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PEC DA PRISÃO', 'PRISÃO EM 2ª INSTÂNCIA', 'RODRIGO MAIA', 'SENADO FEDERAL', 'STF', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/11/verificamos-natalia-pasternak/
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#Verificamos: Vídeo que circula no Whatsapp distorce falas e informações sobre a pesquisadora Natália Pasternak
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2021-02-11
Circula pelo WhatsApp um vídeo falando sobre a microbiologista e presidente do Instituto Questão de Ciência, Natália Pasternak. A gravação afirma que a pesquisadora é contra os testes capazes de identificar pessoas infectadas pelo novo coronavírus e que não tem registro no Conselho Federal de Biologia — e que, por isso, seria um “falsa bióloga”. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “Ela diz não para todos os tratamentos possível para o coronavírus” Vídeo compartilhado no Whatsapp A informação analisada pela Lupa é falsa. Na verdade, o que a pesquisadora Natália Pasternak diz ser contra tratamentos que não tem eficácia comprovada contra a Covid-19, como ivermectina ou hidroxicloroquina. Em junho do ano passado, Pasternak foi entrevistada no programa Roda Viva, da TV Cultura, e explicou o que acredita ser o melhor tratamento que o médico pode dar para o seu paciente neste momento. “Se ele [médico] tiver essa tranquilidade, ele vai poder dizer para ele mesmo e para o paciente: ‘olha tão falando mesmo desse tratamento aqui, mas a gente não sabe se esse tratamento vai te fazer bem ou vai te fazer mal ou não vai te fazer nada. Enquanto a gente não souber, eu prefiro tratar você da maneira que eu sei que vai funcionar’ e isso é diferente de não tratar. Então acho que isso também foi uma confusão muito grande que foi criada. Então ficava: ‘ah, melhor dar cloroquina do que nada’. Não, não, não. Quem é que não está fazendo nada? As pessoas estão sendo tratadas com o melhor tratamento disponível baseado em evidências científicas, as pessoas estão sendo tratadas, estão sendo hospitalizadas, estão recebendo oxigênio, estão recebendo ventilação mecânica, estão recebendo medicamentos de suporte, mas não estão recebendo medicamento específico porque não existe medicamento específico”, disse. “Ela é contra a cloroquina. É contra a ivermectina. É contra a ozonioterapia [no tratamento da Covid-19]” Vídeo compartilhado no Whatsapp Em suas redes sociais e em entrevistas, Natália Pasternak já afirmou em diversos momentos que a cloroquina, a ivermectina e a ozonioterapia não são formas eficazes de tratar pacientes com Covid-19. Esse posicionamento da pesquisadora tem como base estudos feitos com as drogas que mostram que elas, de fato, não auxiliam no tratamento de infectados com o novo coronavírus. No site Instituto Questão de Ciência, Natália escreveu alguns artigos falando o motivo da cloroquina ser uma droga não aconselhável para o tratamento da doença. Em dezembro, a pesquisadora disse que o kit covid (hidroxicloroquina e azitromicina) no tratamento da Covid-19 tinha a mesma eficácia de balas de jujuba. Ela também criticou a indicação da ivermectina, uma vez que a droga não tem eficácia comprovada. O mesmo aconteceu quando a ozonioterapia surgiu no radar de conspiradores que apontavam o tratamento como a cura da Covid-19. Não há comprovação científica de que a ivermectina auxilie no tratamento de Covid-19. Embora alguns estudos, feitos in vitro ou com um número pequeno de participantes, tenham sugerido resultados positivos, não há nenhum ensaio clínico com um número significativo de voluntários que tenha apontado a eficácia do remédio contra o novo coronavírus. Na última semana, a Merck, uma das farmacêuticas que produz o medicamento, publicou texto afirmando que a droga não é eficaz no combate à doença. Já a hidroxicloroquina, no início da pandemia, parecia uma droga promissora. Contudo, diversos estudos randomizados e duplo-cegos com um número relevante de voluntários mostraram, posteriormente, que a droga não é eficaz no tratamento ou prevenção da Covid-19 em nenhum estágio da doença. Por fim, ao contrário da ivermectina e da hidroxicloroquina, que são tratamentos reconhecidamente eficazes para outras doenças, a ozonioterapia não é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) como tratamento para nenhuma enfermidade. Ela só pode ser aplicada para fins experimentais, seguindo os devidos protocolos clínicos, segundo resolução de 2018. “[Natália Pasternak] É contra os testes” Vídeo compartilhado no Whatsapp A pesquisadora nunca disse ser “contra os testes”. Pelo contrário: Pasternak sustenta que a estratégia mais eficiente de se combater a doença envolve a testagem em massa e o rastreio dos contatos das pessoas infectadas — política aplicada, por exemplo, na Coreia do Sul e na Nova Zelândia. O que a bióloga disse ser contra é a venda de testes sorológicos, os quais ela considera ineficientes para detectar a doença, em farmácias. Questionada sobre a disponibilidade de testes no Brasil em entrevista ao programa Roda Viva, ela advertiu sobre o diagnóstico por meio dos testes rápidos vendidos em farmácia, especificamente. Na mesma resposta, porém, ela reforçou que os testes de RT-PCR são importantes para diagnosticar a doença e que a falta deles atrapalha a resposta do poder público à pandemia. “É grave a gente não ter os testes de RT-PCR disponíveis, principalmente para profissionais de saúde na rede pública, porque esse é o teste que a gente faz diagnóstico. A gente não faz diagnóstico com sorologia, com teste rápido”, disse. Ela pontuou que esse é o único teste que detecta a presença do vírus no organismo. “A gente comprou pouquíssimos insumos para poder ter esse teste disponível no Brasil. Isso foi uma escolha do ‘desgoverno’ federal, que não comprou os insumos e não distribuiu para os estados e municípios”, complementou Pasternak criticou, especificamente, os testes sorológicos vendidos em farmácias. “Ninguém precisa se preocupar com o fato deles [testes rápidos vendidos em farmácias] serem inacessíveis para boa parte da população porque eles não servem para nada. Não comprem”, disse. Testes RT-PCR, ou apenas PCR, são aqueles realizados por laboratórios, no qual material biológico é coletado das vias aéreas do paciente com um swab, ou cotonete. Esse tipo de teste é capaz de detectar a presença do DNA do vírus no corpo, ou seja, ele é capaz de mostrar se a pessoa está com a doença no momento da coleta. Esse tipo de exame é o mais indicado para Covid-19, e tem alto índice de acerto. Já os testes sorológicos vendidos em farmácia não detectam a presença do DNA do vírus, e sim a presença de anticorpos contra o vírus no sangue. Assim, não detectam se a pessoa está ou não infectada. Procurada, a assessoria de imprensa do instituto Questão de Ciência disse que o “vídeo distorce completamente as falas de Natalia Pasternak sobre o assunto, pois tira do contexto suas críticas aos exames rápidos de farmácia, colocando-a como contrária a todo tipo de técnica de diagnóstico”. “[Pasternak] Também diz que é bióloga, mas não tem registro no Conselho Federal de Biologia” Vídeo compartilhado no Whatsapp Pasternak, de fato, não tem registro no Conselho Federal de Biologia (CFBio). Contudo, não há obrigatoriedade de registro no CFBio para o exercício de atividades de docência, pesquisa e divulgação científica. Segundo a lei 6.684/1979, que regulamenta o exercício da profissão de biólogo, essa certificação é exigida para atividades como a execução de laudos e pareceres periciais. Ou seja: não estar registrado no conselho não significa que a pessoa não é bióloga. Segundo seu currículo na plataforma Lattes, Pasternak se formou em Ciências Biológicas na USP e é doutora em Microbiologia, também pela USP. A universidade confirmou a veracidade das informações prestadas. Segundo a assessoria de imprensa do instituto Questão de Ciência, a pesquisadora optou por não realizar o registro no CFBio. “Não há tal exigência [registro no CFBio] para a realização dos relevantes trabalhos que desenvolve”, disse.
https://piaui.folha.uol.…/nataliacapa.png
null
['NATHÁLIA AFONSO']
[]
['#VERIFICAMOSWHATSAPP', 'COVID-19', 'INFORMAÇÃO FALSA', 'INSTITUTO QUESTÃO DE CIÊNCIA', 'NATÁLIA PASTERNAK', 'NO WHATSAPP', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'TESTES PARA CORONAVÍRUS', 'TRATAMENTO COVID-19', 'TRATAMENTO DO NOVO CORONAVÍRUS', 'WHATSAPP']
2021-05-14
['FALSO', 'VERDADEIRO', 'FALSO', 'VERDADEIRO, MAS']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/10/verificamos-mara-moteis-presos/
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#Verificamos: É falso que Maranhão vai bancar ‘motéis para presos’ durante pandemia
null
2021-02-10
Circula pelas redes sociais que o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), fechou um contrato “milionário” para a construção de “motel para presos” no estado. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “PARECE PIADA, MAS NÃO É! Flávio Dino fecha contrato milionário para construção de motel para presos em plena pandemia” Texto em post publicado no Facebook que, até as 13h30 do dia 10 de fevereiro de 2021, tinha mais de 1,8 mil compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. O governo do Maranhão autorizou, em 28 de janeiro, a construção de módulos íntimos, e não de “motéis”, em 11 unidades prisionais do estado. Esses espaços servem, entre outras coisas, para que a população carcerária receba visitas conjugais, mas também são usados para encontros dos presos com familiares e amigos. Essas visitas são previstas na Lei de Execução Penal (artigo 41) e fazem parte da lista de direitos do preso — ou seja, o governo estadual é obrigado a construir esses espaços. Diferentemente do que sugere o post, a verba para construção desses módulos é federal, proveniente do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen). Não se trata, portanto, de uma despesa do estado do Maranhão. Esse recurso foi aprovado pelo governo federal em 2018, antes da pandemia do novo coronavírus, com o objetivo de cumprir as diretrizes de engenharia e arquitetura do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. De acordo com essas diretrizes, penitenciárias, colônias penais (agrícola, industrial ou similar) e cadeias públicas são obrigadas (página 46) a oferecer esses módulos aos presos. Esses locais devem ser isolados e não podem oferecer contato dos visitantes com o resto da população prisional. Em nota, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) do Maranhão explicou que, no final de 2017, o Funpen liberou recursos para o Governo do Maranhão, por meio da Seap, para que fossem feitas adequações necessárias nas unidades prisionais do Estado. Em junho de 2018, diz o texto, iniciou-se o processo administrativo para a execução de obras utilizando esses recursos, incluindo a Portaria Unificada da Penitenciária Regional de São Luís; 19 galpões multiuso para o desenvolvimento de atividades de trabalho e educação dos internos; e a construção dos módulos de encontro íntimo. Ainda segundo a Seap, a execução de obras com recursos federais está condicionada às Diretrizes Básicas para a Arquitetura Penal do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, órgão subordinado ao Ministério da Justiça. “Licitações que envolvam custos arcados com verba federal só podem ser realizadas após aprovação técnica pelo órgão responsável pela liberação dos valores. (…) Após diversas deliberações e readequações, a equipe de engenharia do Departamento Penitenciário Federal (Depen), do Ministério da Justiça, aprovou o projeto básico para a construção dos 22 módulos”. Essa aprovação aconteceu no ano passado, quando a licitação para execução das obras foi aberta em agosto de 2020. A empresa vencedora do edital, a Etech Construções Ltda, foi anunciada em dezembro do ano passado, com contrato no valor de R$ 1.315.152,10 para a construção de 22 módulos com três salas íntimas cada em 11 presídios diferentes no Maranhão. O contrato foi assinado em 28 de janeiro e a empreiteira tem até dois meses para finalizar as obras. De acordo com a Defensoria Pública do Estado do Maranhão, a construção desses espaços atende a uma recomendação do Conselho Penitenciário do estado, que constatou essa deficiência em algumas unidades prisionais. Em nota publicada na última terça (9), o defensor público Bruno Dixon de Almeida Maciel e o promotor de justiça e presidente do Conselho Penitenciário do Estado do Maranhão, Pedro Lino Silva Curvelo, escreveram que a expansão dos módulos de visita íntima é uma “medida voltada à garantia de espaço adequado e seguro para a manutenção dos vínculos afetivos das pessoas presas com os seus familiares”. Também afirmaram que “o respeito aos direitos fundamentais dos presos e de seus familiares é fundamental para o êxito do processo de ressocialização do sentenciado, devolvendo-o como uma pessoa melhor para a sociedade.” Atualmente, a população carcerária do estado do Maranhão é de 12.368 pessoas. O estado conta com 155 módulos para encontros afetivos e familiares.
https://piaui.folha.uol.…hão_destaque.jpg
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['CAROL MACÁRIO']
[]
['#VERIFICAMOS', 'COMUNISTA', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'FLÁVIO DINO', 'MARANHÃO', 'MOTEL', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PANDEMIA', 'PRESÍDIO', 'PRESOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VISITA ÍNTIMA']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/10/verificamos-mariana-gross-flamengo/
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#Verificamos: É de 2019 vídeo que mostra Mariana Gross em aglomeração com torcedores do Flamengo
null
2021-02-10
Circula nas redes sociais um vídeo que mostra a jornalista da TV Globo Mariana Gross, apresentadora do RJ TV, em aglomeração com torcedores do Flamengo, todos sem máscara. Segundo os posts, a gravação teria sido feita durante a vitória por 2 a 0 do rubro-negro em cima do rival Vasco, na última quinta-feira (4). Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “MARIANA GROSS COMEMORANDO a vitoria do Flamengo (deve ser o time dela né) sobre o Vasco. Ela PODE SE AGLOMERAR PARA FESTEJAR, mas na edição do RJTV manda você ficar em casa entendeu ??” Legenda de post publicado no Facebook que, até as 18h de 10 de fevereiro de 2021, tinha mais de 60 compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. O vídeo que circula nas redes sociais é de novembro de 2019, durante a final da Libertadores, em Lima, no Peru. Logo, não tem nenhuma relação com o contexto da pandemia da Covid-19, doença que só foi descoberta em 2020. A apresentadora Mariana Gross, segundo o blog do Léo Dias, estava de folga e aproveitou o momento junto com os torcedores do Flamengo, que conquistou o campeonato por 2×1 contra o River Plate. Em sua conta oficial no Twitter, a apresentadora confirmou que o registro foi feito durante a final da Libertadores em 2019. “Esse vídeo foi gravado em novembro de 2019. Em Lima. Não havia epidemia ainda. Uso máscara diariamente e atribuo a isso o fato de não ter tido covid até o momento”, explica. A Lupa já verificou conteúdos similares envolvendo outras personalidades. Em janeiro deste ano, circulou nas redes sociais uma foto da jornalista Renata Vasconcellos, âncora do Jornal Nacional, com Patrícia Poeta e outras atrizes, todas sem máscaras. A imagem era de 2013. Checagem similar foi feita por AFP Checamos.
https://piaui.folha.uol.…oss-flamengo.jpg
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['ÍTALO RÔMANY']
[]
['#VERIFICAMOS', 'AGLOMERAÇÃO', 'COVID-19', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'FINAL DA LIBERTADORES 2019', 'FLAMENGO', 'LIBERTADORES 2019', 'LIMA', 'MARIANA GROSS', 'MÁSCARA', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'PANDEMIA', 'PERU', 'RUBRO-NEGRO', 'TV GLOBO', 'VASCO', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/10/verificamos-outdoors-elogio-doria/
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#Verificamos: É falso que governo de SP pagou R$ 400 milhões para espalhar outdoors com elogio a Doria
null
2021-02-10
Circula pelas redes sociais que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), gastou R$ 400 milhões dos impostos paulistas para distribuir outdoors por 14 estados. Neles, haveria uma mensagem de apoio ao político, com o seguinte texto: “Parabéns, Doria. V de Vacina, V de Vitória”. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Doria pega 400milhões dos impostos paulistas e monta em 14estados do BR outdoor gigante escrito ‘Parabens Doria V de Vacina V de Vitoria'” Texto em post publicado no Facebook que, até as 16h de 10 de fevereiro de 2021, tinha mais de 21 mil compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. O governo de São Paulo não espalhou outdoors com mensagem favorável a Doria e à vacina contra a Covid-19 por 14 estados, a um custo de R$ 400 milhões. De acordo com o Portal da Transparência do Estado de São Paulo, não houve nenhum pagamento de publicidade neste ano e o total empenhado (reservado) para essa função em janeiro somou R$ 4,9 milhões. Em 2020, o gasto total com propaganda e publicidade institucional ficou em R$ 65 milhões. Além disso, não foi encontrado nenhum contrato com essa finalidade na lista de empresas que prestam serviços para a administração estadual. Em nota, a Secretaria de Comunicação do estado afirmou se tratar de uma mensagem falsa, que tem circulado pelas redes sociais em diferentes versões. Uma delas mostrava a foto de um outdoor em Campo Grande (MS), com uma frase semelhante à do post analisado pela Lupa: “Parabéns, João Doria. V de Vitória, de Vacina, de Verdade. Vacina para todos”. A peça publicitária, no entanto, foi produzida por uma agência da cidade, a TopMídiaMS, e não foi custeada pelo governo paulista. Por e-mail, Vinicius Squinelo, representante da TopMídiaMS, esclareceu que a campanha com esse outdoor realmente existiu, mas foi custeada totalmente pela empresa e só ocorreu em Campo Grande. “Ela teve um custo global de R$ 11 mil”, escreveu. “Nunca recebemos um real do governo de São Paulo, prefeitura de São Paulo, ou qualquer representante ou similar dos mesmos.” Squinelo disse que não tem nenhuma filiação partidária e nenhuma ligação pessoal ou empresarial com o governo paulista. Uma versão semelhante dessa checagem foi feita por Estadão Verifica e Aos Fatos.
https://piaui.folha.uol.…oes-destaque.jpg
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['MAURÍCIO MORAES']
[]
['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSCOVID', 'FACEBOOK', 'GOVERNADOR', 'GOVERNADOR DE SÃO PAULO', 'JOAO DORIA', 'NO FACEBOOK', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'PSDB', 'PUBLICIDADE', 'SÃO PAULO', 'SP', 'VACINA', 'VACINA CONTRA COVID-19', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICADO']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/10/verificamos-procuradores-stf-teori/
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#Verificamos: Troca de mensagens entre procuradores federais não tem relação com morte do ministro do STF Teori Zavascki
null
2021-02-10
Circula nas redes sociais um trecho de diálogo entre procuradores do Ministério Público Federal (MPF), parte da Operação Spoofing, da Polícia Federal. Nas mensagens, eles criticam o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF). Naquele dia, ele determinou que investigações sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Operação Lava Jato saíssem das mãos do então juiz Sergio Moro e fossem para o STF. A publicação sugere que, por causa deste fato, os procuradores estariam por trás do acidente aéreo que vitimou Teori, em 2017. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “E aí o avião do ministro caiu!!” Legenda de post publicado no Facebook que, até as 13h de 10 de fevereiro de 2021, tinha mais de 310 compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. O diálogo que vem sendo compartilhado nas redes sociais foi feito em 22 de março de 2016 (ver página 5), em troca de mensagens no Telegram entre procuradores do Ministério Público Federal (MPF), divulgadas em arquivos da Operação Spoofing. Na ocasião, os procuradores criticaram a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki de enviar as investigações sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Operação Lava Jato para o STF. Entretanto, essa troca de mensagens não tem nenhuma relação com o acidente aéreo que vitimou Teori, em 19 de janeiro de 2017 — quase 10 meses após a troca de mensagens. Na época, as investigações sobre Lula já tinham voltado para Curitiba, por decisão do próprio ministro. Além disso, a Polícia Federal, a Aeronáutica e o Ministério Público Federal descartaram sabotagem no incidente. Na troca de mensagens, a procuradora Laura Tessler comenta, às 21h54, uma notícia veiculada na Globo News de que Teori determinou que o então juiz Sérgio Moro enviasse para o STF as investigações da Operação Lava Jato que envolviam Lula. O motivo, segundo Teori, eram as interceptações telefônicas do ex-presidente. Moro havia derrubado sigilo e divulgado trechos que incluíam diálogos de Lula com a então presidente Dilma Rousseff (PT). Com base na jurisprudência, o ministro do STF destacou que cabia somente à Corte decidir sobre a necessidade de desmembramento de investigações que envolviam autoridades com prerrogativa de foro, a exemplo de Dilma. Nas mensagens seguintes no Telegram, os procuradores comentam sobre o fato. O procurador Deltan Dallagnol chegou a escrever que a decisão estava “soando como puxão de orelha”. Em outro trecho, um dos procuradores diz ainda: “É reação típica do Teori. Ele é um cara pequeno”. Teori, entretanto, determinou em 13 de junho de 2016 que as mensagens interceptadas em março pela Polícia Federal a pedido de Moro não poderiam ser utilizadas como prova. Dessa forma, com a decisão, as investigações de Lula na Lava Jato retornaram para Curitiba. Teori morreu em um acidente aéreo em 19 de janeiro de 2017, enquanto viajava de São Paulo para Paraty, no litoral sul do Rio de Janeiro. Como o ministro era relator das investigações da Lava Jato no STF, as mais variadas teorias da conspiração surgiram na época, todas indicando que o avião teria sido sabotado por diferentes grupos políticos. A Polícia Federal do Rio de Janeiro, por meio do Grupo de Bombas e Explosivos, não detectou sinais de explosivos, produtos químicos ou de que tenha ocorrido um incêndio interno. O Cockpit Voice Recorder (CVR), popularmente conhecido como “caixa-preta”, foi localizado “sem danos físicos”, segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). As gravações foram utilizadas na investigação realizada pelo Cenipa, concluída em janeiro de 2018 e disponível publicamente para leitura. O relatório concluiu que houve “desorientação espacial” do piloto por causa das más condições climáticas. O MPF também investigou o caso e concluiu, em janeiro de 2019, que as causas do acidente decorreram de “imperfeições de condução do voo, por parte do piloto, o qual, desprovido de qualquer intenção de causar o sinistro, violou, não obstante, deveres objetivos de cuidado”. A Operação Spoofing investiga a invasão de dispositivos eletrônicos de autoridades, incluindo Moro e Dallagnol. Na terça-feira (9), a 2ª Turma do STF manteve a decisão do ministro Ricardo Lewandowski que garantiu à defesa do ex-presidente Lula o compartilhamento das mensagens apuradas pela operação que lhe digam respeito, e as que tenham relação com investigações e ações penais contra ele movidas na 13ª Vara Federal de Curitiba. Checagem similar foi feita por Aos Fatos.
https://piaui.folha.uol.…ori-destaque.jpg
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['ÍTALO RÔMANY']
[]
['#VERIFICAMOS', 'AERONÁUTICA', 'DESINFORMAÇÃO', 'EX-PRESIDENTE LULA', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'LULA', 'MINISTRO DO STF', 'MPF', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'OPERAÇÃO LAVA JATO', 'OPERAÇÃO SPOOFING', 'POLÍCIA FEDERAL', 'SERGIO MORO', 'STF', 'TELEGRAM', 'TEORI ZAVASCKI', 'TROCA DE MENSAGENS PELO TELEGRAM', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/10/rossieli-roda-viva/
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Rossieli erra ao falar sobre políticas educacionais adotadas por outros países na pandemia
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2021-02-10
Na última segunda-feira (8), o secretário estadual de Educação de São Paulo, Rossieli Soares, foi o entrevistado no programa Roda Viva, da TV Cultura. Durante a conversa, ele falou sobre a volta às aulas no estado e comparou essa retomada com políticas adotadas por outros países, como o Reino Unido. A Lupa selecionou algumas informações ditas pelo secretário. Veja o resultado: “Se você pegar a palavra do primeiro-ministro inglês, eles reconhecem na Europa, por exemplo, que um dos grandes erros foi não ter aberto as escolas antes” Rossieli Soares, secretário estadual de Educação de São Paulo, em entrevista no programa Roda Viva, da TV Cultura, em 8 de fevereiro de 2020 O primeiro-ministro inglês, Boris Johnson, jamais afirmou que foi um erro não ter aberto as escolas antes. Não há nenhuma declaração dele nesse sentido. O Reino Unido fechou os estabelecimentos de ensino em março, no início da pandemia, e fez a reabertura no segundo semestre do ano passado. Com o grande aumento de casos provocado por uma segunda onda no país, os locais voltaram a ser fechados em janeiro deste ano. Em artigo publicado no jornal Mail on Sunday em 8 de agosto, Johnson afirmou que o fechamento das escolas no início da pandemia foi necessário. “Em março, não tivemos opção a não ser fechar as escolas para todas as crianças, exceto as vulneráveis e os filhos de trabalhadores de serviços essenciais, como parte de nosso esforço mais amplo para proteger o NHS [sistema de saúde britânico] e salvar vidas”, escreveu. No artigo, ele classificou o esforço das famílias e professores em migrar para o ensino remoto como “hercúleo” e disse que isso sempre o deixará orgulhoso. Ao falar da retomada do ensino presencial, ele diz que o Reino Unido se encontrava em um momento diferente, em que havia sido feito grande progresso na luta contra o coronavírus. Segundo o primeiro-ministro, o número de casos ativos havia caído de 157 mil, no início de maio, para 28 mil no começo de agosto. Ele destacou ainda que cientistas passaram a saber mais sobre o vírus, descobrindo, por exemplo, que a Covid-19 é menos perigosa para crianças do que para os adultos. Em novembro, a alta de casos forçou um novo lockdown no Reino Unido, mas as escolas continuaram abertas. “Não vamos deixar que o vírus cause nenhum dano adicional ao futuro das nossas crianças”, declarou Johnson, na ocasião. “Eu disse, no verão, que tínhamos um dever moral de reabrir nossas escolas tão logo fosse seguro fazer isso, e elas serão o último elemento (…) da nossa sociedade a fechar novamente.” O descontrole no número das infecções, no entanto, levou a mais um lockdown em janeiro. Dessa vez, as escolas voltaram a ser fechadas, com previsão de permanecer nessa condição pelo menos até 8 de março. “E porque temos que fazer tudo o que pudermos para evitar a disseminação da doença, escolas primárias, escolas secundárias e universidades por toda a Inglaterra devem mudar para o ensino remoto a partir de amanhã, exceto para crianças vulneráveis e os filhos de trabalhadores essenciais”, disse o primeiro-ministro, em um pronunciamento na TV. Procurada, a assessoria de imprensa da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo afirmou que Boris Johnson é um dos líderes nacionais mais vocais pela abertura das escolas durante a pandemia da Covid-19. “Ele deixa claro que, com as informações disponíveis à época, esse foi o caminho a ser seguido, entretanto, a posição dele é justamente a de que, com o avanço dos conhecimentos a respeito do assunto, a abertura das escolas virou um ‘dever moral’”, diz a nota. “Posso falar da volta às aulas na África por exemplo, que voltou muito antes da gente” Rossieli Soares, secretário estadual de Educação de São Paulo, em entrevista no programa Roda Viva, da TV Cultura, em 8 de fevereiro de 2020 O continente africano tem um total de 54 países e pelo menos dez deles optaram por não voltar completamente com o ensino presencial até o momento. Essa informação consta no painel da Unesco do dia 02 de fevereiro, última atualização disponível para consulta. Em cinco deles, todas escolas estão fechadas. Segundo a ferramenta, autoridades do Sudão, Chade, República Democrática do Congo e Zimbábue decidiram fechar instituições de ensino e optaram por ensino a distância. Na Argélia, as autoridades suspenderam todas as aulas. Em outros cinco países, há aulas em algumas regiões, mas as escolas estão fechadas em outras. O painel da Unesco mostra que, atualmente, essa é a situação no Egito, Gana, Uganda, Angola e Moçambique. É importante pontuar que o efeito da pandemia na África foi consideravelmente menos severo do que no Brasil. Segundo a última edição do relatório epidemiológico da Organização Mundial da Saúde (OMS), de 2 de fevereiro, em 59 países e territórios do continente (incluindo oito países africanos considerados parte da região Mediterrâneo Oriental pela OMS), o número total de casos de Covid-19 foi de 3,6 milhões, com 90,6 mil mortes. O continente tem uma população de 1,3 bilhão de pessoas. O mesmo relatório mostra que foram 9,1 milhões de casos no Brasil, e 222 mil mortes. Procurada, a assessoria de imprensa da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo afirmou que a maioria dos países da África voltou às aulas parcialmente ou completamente, e que apenas quatro ainda estão totalmente fechados. “A média mundial de paralisação das aulas foi de 22 semanas no mundo. Nós estamos em 43 no Brasil” Rossieli Soares, secretário estadual de Educação de São Paulo, em entrevista no programa Roda Viva, da TV Cultura, em 8 de fevereiro de 2020 Em janeiro, a Unesco informou que a média mundial do fechamento de escolas foi de 22 semanas, o que equivale a 5,5 meses. Esse número considera casos em que apenas parte das escolas de um determinado país estão fechadas — quando esses casos são desconsiderados, a média cai para 14 semanas. Em 25 de janeiro, o painel da Unesco mostra que as escolas brasileiras estiveram fechadas por 40 semanas. “Hoje nós temos 31% dos jovens de 18 a 24 anos desempregados no nosso país” Rossieli Soares, secretário estadual de Educação de São Paulo, em entrevista no programa Roda Viva, da TV Cultura, em 8 de fevereiro de 2020
https://piaui.folha.uol.…2/secretario.png
null
['MAURÍCIO MORAES', 'NATHÁLIA AFONSO']
[]
['CORONAVÍRUS', 'COVID', 'COVID-19', 'EDUCACAO', 'GOVERNO DE SÃO PAULO', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'PANDEMIA', 'REABERTURA DE ESCOLAS', 'RODA VIVA', 'ROSSIELI', 'ROSSIELI SOARES', 'SÃO PAULO', 'TV CULTURA', 'VOLTA ÀS AULAS']
2021-05-14
['FALSO', 'EXAGERADO', 'VERDADEIRO', 'VERDADEIRO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/09/verificamos-wwf-queimadas-amazonia/
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#Verificamos: É falso que WWF patrocinou queimadas na Amazônia
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2021-02-09
Circula pelas redes sociais que a organização não-governamental (ONG) World Wildlife Fun (WWF) patrocinou incêndios na Amazônia. O post é acompanhado de um vídeo que mostra cenas de queimadas, de algumas pessoas sendo presas e, também, de trechos de uma coletiva de imprensa da Polícia Civil do Pará. Nessa entrevista, os policiais afirmam ter interceptado ligações telefônicas e comprovado que alguns brigadistas de Alter do Chão (PA) tinham contratos com a WWF. Segundo os policiais, esses brigadistas venderam 40 imagens ao custo de R$ 70 mil cada para a ONG. Com essas fotos, a WWF conseguiu financiamentos e doações, como, por exemplo, de Leonardo DiCaprio, que contribuiu com 500 mil dólares. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “CONFIRMADO: BOLSONARO ESTAVA CERTO!!! A ong WWF estava sim patrocinando o fogo na Amazônia. Teve quebra do sigilo telefônico e bancário, dos incendiarios da reserva de Alter do Chão. Divulguem bastante esse vídeo, a extrema imprensa não vai divulgar.” Texto em vídeo publicado no Facebook que, até as 13h30 do dia 8 de fevereiro de 2021, tinha mais de 2,6 mil visualizações A informação analisada pela Lupa é falsa. Não há, até o momento, nenhuma confirmação oficial de quem foram os culpados pelos incêndios em uma Área de Preservação Permanente (APP) na região de Alter do Chão, no Pará, em 2019. A WWF não é considerada suspeita por ter patrocinado essas queimadas. Dois inquéritos para apurar o crime foram abertos, um por parte da Polícia Civil paraense e outro encabeçado pela Polícia Federal (PF). O inquérito da PF foi concluído em agosto do ano passado e indicou que não havia definição clara de autoria. Já a investigação da Polícia Civil do Pará (PCPA) segue em segredo de justiça, conforme informou, em nota, a corporação. Diferentemente do que afirma o post, em nenhum dos casos a ONG WWF-Brasil foi chamada para prestar informações. Em nota, a organização informou que em nenhum momento a organização ou qualquer um de seus funcionários ou dirigentes foi investigada ou indiciada, “tampouco processada em ação judicial que questione esses acontecimentos”. A peça de desinformação refere-se à prisão, feita pela PCPA, de quatro pessoas ligadas a brigadas de incêndio em 26 de novembro de 2019 numa operação chamada Fogo do Sairé. Na época, os brigadistas voluntários do Instituto Aquífero Alter do Chão foram acusados de iniciar focos de incêndio e vender fotos dessas queimadas para a WWF-Brasil, com quem supostamente tinham contrato exclusivo. De acordo com a gravação da coletiva de imprensa da PCPA naquela ocasião, os policiais afirmaram que os suspeitos “venderam 40 imagens para a WWF para uso exclusivo por R$ 70 mil, e a WWF conseguiu doações como do ator Leonardo DiCaprio no valor de US$ 500 mil para auxiliar as ONGs no combate às queimadas na Amazônia”. Essas afirmações foram feitas no dia da prisão, ou seja, em 26 de novembro de 2019, mas vêm sendo compartilhadas como se fossem atuais. Naquele ano, o caso foi usado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para culpar o envolvimento de ONGs ambientalistas nas chamas. Contudo, um dia depois que a operação da PCPA foi deflagrada, o Ministério Público Federal (MPF) de Santarém (PA) requisitou acesso integral ao inquérito e informou que a Polícia Federal já vinha investigando casos de incêndios criminosos na região. “Na investigação federal, nenhum elemento apontava para a participação de brigadistas ou organizações da sociedade civil”, diz a nota do MPF. “Ao contrário, a linha das investigações federais, que vem sendo seguida desde 2015, aponta para o assédio de grileiros, ocupação desordenada e para a especulação imobiliária como causas da degradação ambiental em Alter.” O delegado da Polícia Civil responsável pela operação foi substituído três dias depois da coletiva e os quatro brigadistas suspeitos foram soltos. Uma reportagem do jornal O Estado de São Paulo de 2019 mostrou que o inquérito da Polícia Civil apontava conversas interceptadas entre quatro brigadistas, mas nenhuma delas apresentava indício de que eles seriam responsáveis por incêndios. O inquérito tampouco detalhava, à época das prisões, nenhuma perícia, testemunha ou imagens conclusivas sobre o caso. A Folha de São Paulo também revelou, em 2019, que os grampos telefônicos que embasaram a prisão haviam sido tirados de contexto no inquérito da Polícia Civil. Segundo a reportagem, a investigação foi baseada em depoimentos de militares e ruralistas. A WWF-Brasil negou ter recebido qualquer doação do ator Leonardo DiCaprio, como afirmaram os policiais na coletiva de imprensa. Em 2019, a receita total da WWF-Brasil foi de R$ 63 milhões. Desse total, 69,4% foram provenientes da Rede WWF, ou seja, organizações que fazem parte da WWF em todo o mundo. A ONG também afirmou não ter comprado nenhuma foto dos brigadistas que foram presos à época: “o fornecimento de fotos por qualquer parceiro da organização é inerente à comprovação das ações realizadas e complementam a prestação de contas”, escreveu a assessoria de comunicação da WWF-Brasil. Em relação ao contrato com brigadistas, a organização explicou que, na verdade, manteve um contrato de parceria de caráter técnico financeiro com o Instituto Aquífero Alter do Chão. No período entre 2018 e 2020, repassou R$ 70.654,360 para viabilizar a aquisição de equipamentos para a Brigada, “que foi selecionada porque atuava no apoio ao combate a incêndios florestais, em parceria com o Corpo de Bombeiros desde 2018”. Esse conteúdo também foi verificado pelo Aos Fatos e pelo Boatos.org.
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['CAROL MACÁRIO']
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['#VERIFICAMOS', 'ALTER DO CHÃO', 'AMAZÔNIA', 'BRIGADA DE INCÊNDIO DE ALTER DO CHÃO', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'INCÊNDIO', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'ONG', 'QUEIMADAS', 'QUEIMADAS NA AMAZÔNIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'WWF-BRASIL']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/09/verificamos-idosa-morreu-vacinada/
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#Verificamos: Vídeo de 2018 é tirado de contexto para dizer que idosa morreu após ser vacinada
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2021-02-09
Circula nas redes sociais um vídeo de uma reportagem da TV Record de Goiás que mostra que uma senhora de 71 anos morreu após ser vacinada. Apesar de não especificar qual foi o imunizante, os compartilhamentos sugerem que o fato ocorreu por causa da vacina contra a Covid-19. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Mulher morre imediatamente depois da vacina” Legenda de post publicado no Facebook que, até as 14h de 9 de fevereiro de 2021, tinha mais de 43 mil compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é antiga e não tem relação com a Covid-19. O vídeo que circula nas redes sociais é de uma reportagem da Record TV Goiás, exibida em abril de 2018. O fato ocorreu em Goiânia (GO), após uma senhora de 71 anos ser vacinada contra a gripe H1N1. De acordo com a secretaria de Saúde de Goiânia, laudo médico informou que a idosa morreu devido a um infarto não relacionado com a vacina. Segundo a reportagem, Maria Batista da Silva, de 71 anos, esteve no posto de saúde, passou por um atendimento médico e, logo em seguida, tomou a vacina contra a gripe H1N1. Ao sair, passou mal a 100 metros do local, sendo atendida prontamente por terceiros e pela equipe médica do posto de saúde. Segundo a família, a idosa era hipertensa, se vacinava todos os anos e nunca apresentou reações. À reportagem da Record Goiás, Grécia Pessoni, então diretora de imunização da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, informou que o laudo do Serviço de Verificação de Óbito da senhora indicou infarto agudo do miocárdio como motivo. A Sociedade Brasileira de Imunizações explica em seu site que os principais efeitos e ações adversas da vacina da gripe são manifestações locais como dor e vermelhidão, que ocorrem em cerca de 15% a 20% dos pacientes. Em alguns casos podem ocorrer febre, mal-estar e dor muscular. Checagem similar foi feita por Aos Fatos e Estadão Verifica.
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['ÍTALO RÔMANY']
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['#VERIFICAMOS', 'COVID-19', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'GOIÂNIA', 'GOIÁS', 'H1N1', 'IMUNIZANTE', 'INFARTO', 'INFLUENZA A', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PANDEMIA', 'RECORD GOIÁS', 'SECRETARIA DE SAÚDE DE GOIÂNIA', 'TV RECORD', 'VACINA DA COVID-19', 'VACINA DA GRIPE', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/08/verificamos-cartoon-network-tom-jerry/
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#Verificamos: É falso que Cartoon Network tirou Tom e Jerry do ar após considerar desenho ‘politicamente incorreto’
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2021-02-08
Circula pelas redes sociais que o canal Cartoon Network tirou da grade de exibição o desenho Tom e Jerry por considerá-lo “politicamente incorreto”. A animação teria sido tirada do ar por conter muitas cenas de violência, o que seria um “péssimo exemplo” para as crianças. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Numa vitória da turma do ‘politicamente correto’, Cartoon Network tira ‘Tom e Jerry’ do ar” Título de texto no site Jornal da Cidade Online que, até as 16h30 de 8 de fevereiro de 2021, tinha mais de 11 mil compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. O desenho Tom e Jerry continua a fazer parte da grade de programação do Cartoon Network e não há qualquer intenção de tirá-lo do ar. A assessoria de imprensa do canal afirmou, em nota, que a animação é exibida todos os dias no bloco da manhã. A grade de programação disponível no site do Cartoon Network mostra que O Show de Tom e Jerry vai ao ar às 6 horas, de segunda a sexta-feira, e às 7h15, aos sábados e domingos. Filmes da franquia de animação serão exibidos como um especial a partir de 15 de fevereiro, de segunda a sexta, às 22 horas, aos sábados, das 13h às 16h e aos domingos, das 20h às 22h. Essa programação está relacionada à estreia de Tom & Jerry: O Filme nos cinemas, prevista para 18 de fevereiro. Outro canal pago do grupo Warner Media, o Boomerang, exibe uma programação diária ainda maior do desenho. Os curtas podem ser vistos de segunda a sexta, às 7h, às 12h e às 17h. Nos finais de semana, Tom e Jerry vai ao ar às 9h e às 21h30.
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['MAURÍCIO MORAES']
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['#VERIFICAMOS', 'ANIMAÇÃO', 'CARTOON NETWORK', 'CENSURA', 'DESENHO', 'FACEBOOK', 'JORNAL DA CIDADE ONLINE', 'NO FACEBOOK', 'NOTÍCIA FALSA', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'TEXTO FALSO', 'TOM E JERRY', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICADO', 'WARNER']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/08/verificamos-usp-estudo-coronavirus/
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#Verificamos: É falso que estudo da USP comprovou eficácia da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19
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2021-02-08
Circula pelas redes sociais que um estudo da Universidade de São Paulo (USP) comprovou a eficácia do uso da hidroxicloroquina e da azitromicina no tratamento da Covid-19. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “COVID-19: estudo da USP comprova eficácia da hidroxicloroquina e da azitromicina” Título de texto publicado no site “Mídia sem máscara” que, até às 13h do dia 08 de fevereiro de 2021, tinha sido compartilhado por mais de mil pessoas no Facebook A informação analisada pela Lupa é falsa. O estudo da USP mencionado no texto tinha como objetivo avaliar se a adição de colchicina ao tratamento padrão para Covid-19 conseguiria tratar pacientes infectados com o novo coronavírus. A pesquisa começou em abril de 2020 e, naquela época, o Hospital das Clínicas da USP em Ribeirão Preto — local onde o ensaio clínico foi realizado — tinha como protocolo de tratamento institucional o uso de hidroxicloroquina, azitromicina e heparina. Contudo, a pesquisa buscava observar como a adição da colchicina iria beneficiar os pacientes que participaram do teste. O ensaio clínico randomizado contou com 72 pacientes que foram divididos em dois grupos, uma parte tomou colchicina e a outra tomou placebo. Por conta do protocolo em vigor, todos tomaram hidroxicloroquina, azitromicina e heparina ao longo do período do teste. Por essa razão, os resultados sinalizados no estudo apontam como a inclusão da colchicina pode influenciar o tratamento da Covid-19. Em nenhum momento o estudo afirma que a hidroxicloroquina e a azitromicina são eficazes no combate à doença, como afirma o título analisado pela Lupa. Desde agosto de 2020, esses medicamentos não são utilizados como protocolos no hospital da USP. O resultado da pesquisa foi que a colchicina reduziu o tempo de necessidade de oxigênio suplementar e o tempo de hospitalização do grupo que tomou esse medicamento. No grupo, a morte foi um evento incomum e, por essa razão, não foi possível garantir que o medicamento reduz a mortalidade de Covid-19. Entre aqueles que tomaram a colchicina, o efeito adverso mais presente foi diarreia. “De modo geral, a colchicina é considerada segura. Mas é importante ressaltar que, no caso da COVID-19, os benefícios foram observados apenas em pacientes hospitalizados e com algum nível de comprometimento pulmonar. Não recomendamos o uso indiscriminado do fármaco, nem para prevenção e nem para tratar sintomas leves da doença”, disse Paulo Louzada Junior, professor da FMRP-USP e coautor do artigo, em texto publicado pela Agência Fapesp. Apesar do resultado positivo, esse medicamento ainda não tem eficácia comprovada no tratamento do novo coronavírus. Os autores do ensaio clínico apontam a necessidade de um estudo com mais pessoas para confirmar os benefícios e ver como essa droga se comporta em casos mais graves da doença. A colchicina é um anti-inflamatório usado no tratamento de doenças como gota. Assim como a dexametasona, outra droga considerada promissora, o medicamento não age diretamente contra o vírus, e sim contra a chamada “tempestade de citocina”, resposta exacerbada do sistema imune que pode causar sintomas graves. Esse quadro é relativamente comum entre pacientes com quadros graves de Covid-19.
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['NATHÁLIA AFONSO']
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['#VERIFICAMOS', 'BOATO', 'CORONAVÍRUS', 'COVID-19', 'DESCINFORMACIÓN', 'FACEBOOK', 'FACEBOOK JOURNALISM PROJECT', 'HIDROXICLOROQUINA', 'INFORMAÇÃO FALSA', 'MEDICAMENTOS', 'NO FACEBOOK', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'TRATAMENTO COVID-19', 'USP', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICADO']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/08/verificamos-amazonas-covid-pazuello/
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#Verificamos: Amazonas não teve redução de óbitos por Covid-19 durante visita de Pazuello ao estado
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2021-02-08
Circula nas redes sociais a informação de que, na semana em que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, esteve no Amazonas, entre 23 e 29 de janeiro, o estado teve uma redução no número de óbitos por Covid-19. Sem especificar datas, a mensagem diz ainda que o estado chegou a confirmar somente uma morte pelo novo coronavírus. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação: “Segundo o governo de Manaus, todo dia estava morrendo 140 pessoas no Amazonas, só foi Bolsonaro mandar o ministro da Saúde ir para Manaus visitar os hospitais, que ontem morreu [sic] 46 pessoas no estado todo, sendo que 2 de Covid-19. E Hoje morreu [sic] 39 pessoas no estado todo, sendo que 1 de Covid-19. Mais aonde [sic] estava [sic] aquelas mortes todas? […] Pq será? Pq o ministro da Saúde está no Amazonas” Trecho de mensagem compartilhada no WhatsApp A informação analisada pela Lupa é falsa. Dados da Fundação de Vigilância Sanitária em Saúde mostram que não houve redução nos óbitos por Covid-19 no Amazonas na semana em que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, esteve no estado, entre 23 e 29 de janeiro de 2020. Em nenhum dia, nesse período, o estado registrou apenas uma morte por Covid-19, como diz o post que circula nas redes. A média móvel de óbitos por Covid-19 no Amazonas, na semana entre 23 e 29 de janeiro, foi de 129,1, sendo, no total, 904 óbitos registrados. A título de comparação, na semana anterior, de 16 a 22 de janeiro, esse índice foi de 120,9, com 846 óbitos notificados. Em Manaus, também houve aumento no número de mortes por Covid-19. Enquanto que, na semana de 23 e 29 de janeiro, a média móvel foi de 98,6, na semana anterior foi de 92,1. Em números absolutos, o número subiu de 645 para 690. Em 26 de janeiro, o UOL publicou reportagem que mostrou que o estado registrou o recorde na média móvel em toda a pandemia —139 óbitos por Covid-19. O ministro da Saúde desembarcou em Manaus em 23 de janeiro, numa tentativa de amenizar críticas feitas ao governo federal pela atuação no enfrentamento à pandemia. O estado do Amazonas vem enfrentando uma crise sanitária, na qual chegou a faltar oxigênio nos hospitais. Na ocasião, a assessoria do ministério informou que Pazuello ficaria em Manaus para acompanhar as ações executadas no enfrentamento à Covid-19. O retorno do ministro a Brasília se deu no dia 29. O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu pedido da Procuradoria-Geral da República e abriu inquérito para investigar a crise em Manaus. Em 4 de fevereiro, Pazuello prestou depoimento à Polícia Federal (PF). Segundo o último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Amazonas, foram confirmados 72 óbitos por Covid-19 no sábado (6). No total, o estado registra 9.003 mortes desde o início da pandemia.
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['ÍTALO RÔMANY']
[]
['#VERIFICAMOS', 'AMAZONAS', 'COVID-19', 'CRISE SANITÁRIA EM MANAUS', 'DESINFORMAÇÃO', 'EDUARDO PAZUELLO', 'ESTADO DO AMAZONAS', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'FALTA DE OXIGÊNIO', 'MINISTÉRIO DA SAÚDE', 'MINISTRO DA SAÚDE', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'ÓBITOS POR COVID', 'PANDEMIA', 'PAZUELLO', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/05/verificamos-vacinas-morte-estados-unidos/
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#Verificamos: É falso que vacinas contra Covid-19 causaram a morte de 181 pessoas nos Estados Unidos
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2021-02-05
Circula pelas redes sociais que vacinas contra a Covid-19 causaram a morte de 181 pessoas nos Estados Unidos. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “181 americanos morreram em razão das vacinas contra covid em apenas duas semanas” Texto em post publicado no Facebook que, até as 15h30 do dia 5 de fevereiro de 2021, tinha sido compartilhado 121 compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. Até o momento, não foi registrada nenhuma morte causada por vacina contra a Covid-19 nos Estados Unidos. O relatório mais recente do Sistema de Notificações de Reações Adversas a Vacinas (Vaers, na sigla em inglês), administrado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e pelo Food and Drug Administration (FDA) dos EUA, indica que até 18 de janeiro foram registrados 197 óbitos por causas diversas de pessoas que tomaram a vacina. Essas mortes, diz o relatório, “não devem ser assumidas como causalmente relacionadas à vacinação” (página 33). O relatório foi divulgado em 27 de janeiro. A maior parte dos óbitos registrados no período — 129 — ocorreu entre residentes de centros de cuidados intensivos, como lares para idosos, por exemplo, onde a taxa de mortalidade é alta em razão da idade ou de comorbidades. Isso quer dizer, de acordo com o documento, que apesar da vacinação, a morte dessa população por diferentes causas é um evento esperado. O Vaers também documentou mortes de pessoas que moram em residências comunitárias e têm menos de 65 anos: 28 no total. Dentre esses casos, 11 tiveram a autópsia concluída e o exame indicou, na maioria das vezes, problemas cardíacos. Esses dados foram rastreados pelo V-safe, um aplicativo de monitoramento criado pelo CDC por meio do qual pessoas que foram vacinadas podem trocar mensagens, receber lembretes e fornecer informações sobre eventuais reações pós-vacina. Em 22 de janeiro, um subcomitê sobre segurança de vacinas da Organização Mundial da Saúde (OMS) se reuniu para revisar dados sobre mortes relatadas em idosos que receberam a vacina da Pfizer, especificamente. A conclusão foi que, a partir das informações disponíveis até o momento, não há qualquer aumento inesperado ou desfavorável de fatalidades em idosos após a vacina. “Os relatos estão de acordo com as taxas esperadas de mortalidade por todas as causas na população de idosos frágeis, e as informações disponíveis não confirmam um papel contributivo da vacina nos eventos fatais relatados”. Os norte-americanos começaram a ser vacinados em 14 de dezembro do ano passado, quando foram aplicadas as primeiras doses do imunizante desenvolvido pela Pfizer-BioNTech. De lá para cá, 35,2 milhões de doses já foram aplicadas, incluindo as da vacina da Moderna, também aprovada para uso emergencial no país em dezembro de 2020. Em 15 de janeiro, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças publicou um primeiro relatório sobre as reações alérgicas registradas após a primeira dose da vacina da Pfizer-BioNTech, aplicadas entre os dias 14 e 23 de dezembro. Segundo o estudo, entre 1.893.360 pessoas que receberam a fórmula, 4.393 tiveram reação alérgica. Dessas, 175 relataram casos graves, incluindo anafilaxia. Nenhuma morte foi registrada.
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['CAROL MACÁRIO']
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['#VERIFICAMOS', '#VERIFICAMOSCOVID', 'CORONAVÍRUS', 'COVID', 'COVID-19', 'DESINFORMAÇÃO', 'ESTADOS UNIDOS', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'IMUNIZANTE', 'MORTE', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'NOVO CORONAVÍRUS', 'PFIZER', 'VACINA', 'VACINA DA PFIZER', 'VACINA MODERNA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/05/verificamos-cid-gomes-aposentadoria-suplentes/
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#Verificamos: É falso que Cid Gomes se afastou do Senado para permitir aposentadoria especial para suplentes
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2021-02-05
Circula pelas redes sociais que o senador Cid Gomes (PDT-CE) pediu afastamento duas vezes no Senado para que seus suplentes – Prisco Bezerra (PDT-CE) e Júlio Ventura (PDT-CE) – assumissem por períodos de seis meses. Com isso, os dois ganhariam o direito de se aposentar como senadores, apesar de exercerem o cargo apenas por um curto período. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “Olha a malandragem de Cid Gomes..Ele se licenciou do cargo de senador para o seu suplente Prisco Bezerra assumiu por 6 meses a cadeira, e com isso Prisco Bezerra já pode se aposentar como senador da républica , agora Cidoca pede afastamento novamente , quem assume é seu segundo suplente o empresário, *Júlinha Ventura *, mais um camarada que irá se aposentar como senador por ficar no cargo durante 6 meses” Texto em post do Facebook que, até as 17h de 5 de fevereiro de 2021, tinha mais de 16 mil compartilhamentos A informação analisada pela Lupa é falsa. Nenhum senador pode pedir a aposentadoria depois de ficar apenas seis meses no cargo, sendo titular ou suplente. Desde a reforma da Previdência (Emenda Constitucional nº 103/19), promulgada em novembro de 2019, os parlamentares que não contribuíam para o sistema anterior só podem se aposentar pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), pelas mesmas regras dos trabalhadores da iniciativa privada. Ou seja, mulheres precisam ter idade mínima de 62 anos e homens, de 65 anos, além de 20 anos de contribuição. O senador Cid Gomes afastou-se do cargo apenas uma vez, por motivos pessoais, de dezembro de 2019 a abril de 2020. Em nota, a assessoria de imprensa do parlamentar afirmou que ele ficou sem receber remuneração do Senado no período. “Com a licença, assumiu o mandato o primeiro suplente, Prisco Bezerra, que não fez opção pela previdência parlamentar e sequer optou pelo plano de saúde oferecido pelo Senado”, diz o texto. Bezerra assumiu depois que as novas regras da Previdência já estavam em vigor. O segundo suplente, Júlio Ventura, jamais assumiu o cargo. Antes da reforma, os parlamentares podiam ingressar no Plano de Seguridade Social dos Congressistas (PSSC). Isso permitia que se aposentassem aos 60 anos, recebendo o valor integral dos subsídios, desde que tivessem contribuído durante 35 anos de mandato, ou uma quantia proporcional, se o período fosse menor. Nesse último caso, o cálculo seria equivalente a 1/35 por ano completo de mandato. Logo, mesmo quando esse sistema estava em vigor, não era possível se aposentar ocupando o cargo só por alguns meses. Com a reforma da Previdência, no entanto, não é mais possível entrar no PSSC. Apenas senadores que já tinham ingressado antes nesse plano podem se aposentar pelas condições antigas – foram criadas regras de transição para esses casos. Os novos senadores ou os que não tinham aderido ainda ao PSSC são obrigados a se aposentar pelo INSS. A assessoria de Gomes informou que ele não recebe nenhuma aposentadoria como ex-governador do Ceará, como ex-deputado ou como ex-prefeito e não optou pelo PSSC. Ele contribui para o INSS.
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['MAURÍCIO MORAES']
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['#VERIFICAMOS', 'APOSENTADORIA', 'APOSENTADORIA DE POLÍTICOS', 'CEARÁ', 'CID GOMES', 'CONGRESSO NACIONAL', 'FACEBOOK', 'INSS', 'JÚLIO VENTURA', 'NO FACEBOOK', 'PDT', 'PRISCO BEZERRA', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'REFORMA DA PREVIDÊNCIA', 'SENADO', 'SENADOR', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIA', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICADO']
2021-05-14
['FALSO']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/05/verificamos-variante-coronavirus-manaus/
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#Verificamos: Não há estudos que mostram maior letalidade ou imunidade a vacinas de variante do novo coronavírus
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2021-02-05
Circula pelas redes sociais uma imagem com diversas informações sobre a variante do novo coronavírus identificada em Manaus, no Amazonas. O texto afirma que o vírus é “70% fatal” e que as vacinas contra a Covid-19 que estão sendo aplicadas nos brasileiros não serão capazes de imunizar a população contra essa nova variante. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “O vírus da Covid que está em Manaus (…) é 70% fatal” Texto em imagem que, até às 13h do dia 04 de fevereiro de 2021, tinha sido compartilhado por 100 pessoas no Facebook Os pesquisadores da Fiocruz Amazônia ainda estão desenvolvendo uma pesquisa para averiguar a letalidade da variante do novo coronavírus que surgiu em Manaus. Contudo, até o momento, nenhum dado oficial foi divulgado. Sendo assim, qualquer informação que circula pelas redes sociais sobre esse assunto deve ser analisada com cautela. Os primeiros casos da Covid-19 no Amazonas foram detectados em março de 2020 e, desde aquela data, o monitoramento e a caracterização genética do vírus têm sido feitos pelo Laboratório de Virologia da Fiocruz Amazônia. Conforme o vírus se espalha pela população, pode apresentar mutações e foi o que, de fato, aconteceu no Amazonas. Até o dia 13 de janeiro, o laboratório já sequenciou 250 genomas no estado, sendo que 177 foram encontrados em Manaus. Segundo a nota técnica da Fiocruz Amazônia, no dia 30 de dezembro de 2020, os pesquisadores identificaram um possível caso de reinfecção. Eles realizaram o sequenciamento e no dia 13 de janeiro veio a confirmação de que o vírus analisado na amostra era uma nova variante, que foi denominada como P.1. O caso foi então imediatamente notificado às autoridades de saúde. Ao analisar as amostras, os pesquisadores identificaram um aumento na frequência da variante P.1 no Amazonas. Até o dia 13 de janeiro, 91% das amostras sequenciadas no estado tinham a variante do novo coronavírus. No entanto, até o momento, não se sabe exatamente por que essa variante passou a predominar nessa região. Em janeiro, o pesquisador Felipe Naveca, do Instituto Leônicas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), afirmou que a variante tem como uma de suas características uma mutação na região da proteína spike, estrutura do vírus responsável pela sua entrada na célula humana. Essa poderia ser uma das explicações para o grande contágio no Amazonas. Outros pesquisadores ponderam, no entanto, que o aumento dos casos poderia estar relacionado às festas de final de ano. “E a vacina que tomamos não será imuni [a variante do novo coronavírus]” Texto em imagem que, até às 13h do dia 04 de fevereiro de 2021, tinha sido compartilhado por 200 pessoas no Facebook Até o momento, não é possível afirmar que as vacinas contra o novo coronavírus aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não são capazes de imunizar a população contra essa nova variante. Os institutos responsáveis pelo desenvolvimento desses imunizantes ainda estão realizando pesquisas sobre o assunto. A assessoria de imprensa do Instituto Butantan – que produz a CoronaVac – informou que está realizando estudos em relação à variante identificada no Amazonas, ao mesmo tempo em que a Sinovac avalia variantes encontradas na Inglaterra e na África do Sul. A Fiocruz – que está produzindo a vacina da Universidade de Oxford/AstraZeneca – disse que encaminhou amostras da variante para a Universidade de Oxford. Até o momento, o resultado da análise não foi divulgado. Em janeiro, dados sobre duas vacinas – Novavax e J&J – mostraram que os imunizantes têm menor eficácia contra algumas variantes do novo coronavírus, como a surgida na África do Sul e no Reino Unido. Porém isso não significa que a pessoa que recebeu a vacina esteja completamente desprotegida e capaz de ser infectada pelo vírus. Mesmo assim, as duas empresas já começaram a trabalhar na formulação de uma nova vacina para barrar a disseminação deste vírus. Por telefone, o coordenador do Instituto Questão de Ciência e doutor em Microbiologia pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), Luiz Gustavo de Almeida, lembrou que algumas vacinas que usam a tecnologia do vírus inativado – como é o caso da CoronaVac, por exemplo – ensinam o sistema imunológico a reconhecer outras estruturas do coronavírus além da proteína spike, o que pode possibilitar uma resposta imunológica correta do organismo mesmo se houver mudança nessa característica.
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['NATHÁLIA AFONSO']
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['#VERIFICAMOS', 'BOATO', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FACEBOOK JOURNALISM PROJECT', 'NO FACEBOOK', 'PROJETO DE VERIFICAÇÃO', 'VARIANTE', 'VARIANTE DO NOVO CORONAVÍRUS', 'VERIFICAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE FATOS', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK', 'VERIFICADO']
2021-05-14
['INSUSTENTÁVEL', 'INSUSTENTÁVEL']
https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2021/02/05/verificamos-rn-estragar-vacina/
lupa
#Verificamos: É falso que governo do RN deixou estragar 4 mil doses da vacina da Covid-19
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2021-02-05
Circula nas redes sociais a informação de que o governo do Rio Grande do Norte desperdiçou 4 mil doses da vacina contra a Covid-19. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa: “1 ano de pandemia e nem uma geladeira essa criatura [Fátima Bezerra] providenciou. 4.000 doses estragadas” Legenda de post publicado no Facebook que, até as 17h de 4 de fevereiro de 2021, tinha 486 compartilhamentos É falso que o governo do Rio Grande do Norte tenha deixado estragar 4 mil doses da vacina CoronaVac, contra a Covid-19. O número se refere à estimativa de perda operacional de 5% e consta de nota técnica publicada em 18 de janeiro pela Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Norte (Sesap-RN). A estimativa, também chamada de reserva técnica, não é exclusividade do estado e é estabelecida em norma técnica federal ― inclusive prevista no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (página 39), do Ministério da Saúde. A perda operacional de doses da vacina pode ocorrer por diversos motivos, como quebra de frasco, problemas no transporte ou mal acondicionamento das vacinas. No caso do Rio Grande do Norte, a estimativa feita foi de 5%, o que corresponderia a quase 4 mil doses, já que devem ser vacinadas 39.258 pessoas na primeira etapa de vacinação da Covid-19. Mas isso não quer dizer que o estado deixou “estragar” esse total. De acordo com o Plano Nacional de Imunização Contra a Covid-19, para vacinar todas as pessoas que estão incluídas na Fase I, são necessárias 31 milhões de doses de vacina. O número leva em conta a necessidade de duas doses em cada pessoa mais 5% de perda operacional. O cálculo é feito com base na vacina da AstraZeneca/Oxford. O documento explica, por exemplo, que a estimativa de perda operacional é de 10% para o imunizante da Pfizer, pois demanda outra tecnologia de armazenamento, a exemplo de freezers com capacidade de armazenamento de 70 graus negativos. Em nota, a Sesap-RN informou que pode não acontecer a perda, o que permitirá ampliar a distribuição das doses a mais pessoas que estão previstas como prioridade. “Este percentual em estoque, indicado pelo Programa Nacional de Imunização, torna-se imprescindível para que se possa repor as doses que por ventura possam ser ‘perdidas’, visando garantir a vacinação do público estimado nesta etapa”, explica. Apesar disso, o Ministério Público Federal diz que vai investigar a possível perda operacional de vacinas no Rio Grande do Norte. Segundo o procurador da República Kleber Martins, que abriu o procedimento de apuração, a nota técnica da Sesap causou “perplexidade” na população “porque lhe permitiu inferir que o órgão de saúde máximo do Estado aceitava com elevada naturalidade que mais de 4 mil doses de um dos itens mais importantes do mundo na atualidade fossem simplesmente perdidas durante a vacinação, diz.
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['ÍTALO RÔMANY']
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['#VERIFICAMOS', 'ARMAZENAMENTO DE VACINA', 'ASTRAZENECA', 'CORONAVAC', 'COVID-19', 'DESINFORMAÇÃO', 'FACEBOOK', 'FAKE NEWS', 'FÁTIMA BEZERRA', 'GOVERNO DO RIO GRANDE DO NORTE', 'IMUNIZANTE', 'NOTÍCIAS FALSAS', 'PANDEMIA', 'PERDA OPERACIONAL DE VACINA', 'PFIZER', 'PLANO NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO', 'RIO GRANDE DO NORTE', 'SESAP', 'SESAP-RN', 'VACINA DA COVID-19', 'VACINAÇÃO', 'VERIFICAÇÃO DE NOTÍCIAS NO FACEBOOK']
2021-05-14
['FALSO']