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2h24m ## Em jogo dramático, Sharapova desbanca a atual campeã Wozniacki No duelo entre a força dos golpes de Maria Sharapova e a regularidade de Caroline Wozniacki, a russa se impôs, venceu um duelo dramático, com altos e baixos, Publicidade 2h24m No duelo entre a força dos golpes de Maria Sharapova e a regularidade de Caroline Wozniacki, a russa se impôs, venceu um duelo dramático, com altos e baixos, Embalada Com uma disposição absurda para chegar nas bolas e uma técnica refinada, Amanda Anisimova alcançou, aos 17 anos e 87ª do mundo, a primeira fase de oitavas... Segue o baile Se Taylor Fritz, de 21 anos e 50º do mundo, é apontado como uma das principais apostas da nova geração do tênis americano, Roger Federer, 16 anos mais velho... Nesta quinta-feira, Alexander Zverev teve trabalho para avançar à terceira rodada do Aberto da Austrália. Tanto que precisou de cinco sets para despachar... Heptacampeã Se não foi tão fácil quanto na estreia, diante da alemã Tatjana Maria, a segunda partida da heptacampeã Serena Williams foi, digamos, uma aula mais completa. Caiu de pé Apesar da enorme diferença de ranking, Bia Maia (195ª do mundo) não se intimidou diante da número 2, a alemã Angelique Kerber. A melhor brasileira da atualidade, Rumo ao hepta Foi mais difícil que o esperado, mas Roger Federer avançou, nesta quarta-feira, à terceira rodada do Aberto da Austrália. Em sua 16ª vitória seguida em... Quem é? Dona de cinco títulos de Grand Slams, um deles justamnte em Melbourne, em 2008, e ex-número 1 do mundo, Maria Sharapova é, obviamente, uma das jogadoras... Sem ceder sets Caroline Wozniacki venceu a nona partida consecutiva no Aberto da Austrália. Nesta quarta-feira, a dinamarquesa derrotou a sueca Johanna Larsson, por 6/1... Vice-campeão do US Open de 2014, Kei Nishikori teve enorme trabalho para vencer a estreia no Aberto da Austrália. E só avançou porque o rival, que venera... 3 a 0 Novak Djokovic começou bem a disputa pelo heptacampeonato no Aberto da Austrália. E a primeira vítima do sérvio foi o qualifier americano Mitchell Krueger... Rumo ao octa Serena Williams não entrava na quadra central do Aberto da Austrália desde janeiro de 2017,quando conquistou o heptacampeonato. Um ano depois, se ausentou... Istomin Denis Istomin, número 101 do mundo, já andou aprontando das suas no Aberto da Austrália, especialmente há dois anos, quando desbancou, na segunda rodada, Pelo segundo ano consecutivo, Bia Maia está na segunda rodada do Aberto da Austrália. A vítima da vez foi a americana Bernarda Pera (68ª do mundo), derrotada... Um dos principais nomes da nova geração, o grego Stefanos Tsitsipas teve trabalho para avançar no Aberto da Austrália. Nesta segunda-feira, o 14º favorito...
2019-01-19T09:34:49Z
https://blogs.oglobo.globo.com/ultimatum/post/com-entrada-do-guitarrista-ev-martel-manowar-passa-ser-50-brasileiro.html
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Coisa nossa ## Com a entrada do guitarrista E.V. Martel, Manowar passa a ser 50% brasileiro O quarteto americano Manowar anunciou nesta terça-feira, primeiro dia do ano, o guitarrista brasileiro E.V. Martel (antes conhecido como Evandro Moraes) como seu novo guitarrista, no lugar de Karl Logan. Depois de integrar a banda por mais de 20 anos, Logan foi acusado, em outubro, de posse de material pornográfico envolvendo menores, e sumariamente desligado da banda. Para sua turnê de despedida, que começa em Tel Aviv, Israel, no dia 25 de fevereiro, a banda, que desde 2017 já conta com o baterista Marcus Castellani, também brasileiro, também terá Evandro. O músico é integrante da banda-tributo Kings of Steel, de São Paulo, classificada no comunicado oficial como "o único cover oficial do Manowar". No texto, o baixista e CEO da banda, Joey DeMaio, exalta as qualidades do novo integrante, que responde dizendo que é uma "honra além das palavras" passar a ser membro da banda que homenageava. Ele segue o caminho de músicos como Tim Ripper Owens, que foi convidado para o Judas Priest após anos cantando em uma banda que os homenageava (a história foi contada no filme "Rock star" de 2001, com Mark Wahlberg e Jennifer Aniston), e o filipino Arnel Pìneda, que desde 2007 é o cantor oficial do Journey (descoberto através do YouTube). Além dos dois integrantes do Manowar, o Brasil está representado no mundo do heavy metal por músicos como Kiko Loureiro, guitarrista do Megadeth, e Aquiles Priester, baterista do WASP (este, nascido na África do Sul).
2019-01-19T09:34:29Z
http://eventos.oglobo.globo.com/educacao-360/2015/ajuda/
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# Ajuda É preciso ingresso ou convite para circular pelas áreas do Educação 360, na Escola Sesc? Sim. O acesso será limitado a quem estiver inscrito nas atividades ao longo dos dias 11 e 12 de setembro. As inscrições são gratuitas. Como devo me inscrever para assistir às palestras e estudos de caso? Ao optar por participar do evento, você deverá preencher a sua ficha de inscrição com alguns dados pessoais e selecionar quais palestra (s) ou estudo (s) de caso quer participar. Você pode escolher quantas quiser, só não é possível selecionar duas atividades que aconteçam ao mesmo tempo. Você pode escolher quantas quiser, só não é possível selecionar duas atividades que aconteçam ao mesmo tempo. Qual a idade mínima para participar do evento? A idade mínima para participar do Educação 360 é 16 anos. Quais os canais oficiais de contato com o Educação 360? Os canais oficiais de contato com o Educação 360 são o site do evento (www.educacao360.com) e seu perfil oficial no Facebook (fb.com/eventoeducacao360). Como chegar ao local? A Escola Sesc de Ensino Médio fica localizada à Avenida Ayrton Senna, 5677, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Há estacionamento no local? Sim, haverá estacionamento gratuito no Barra Music, em frente ao local do evento. Não há estacionamento na Escola Sesc de Ensino Médio. É permitido levar animais de estimação? Não é permitida a entrada de animais em todo o espaço da Escola Sesc de Ensino Médio. Qual a programação completa do Educação 360? A programação será divulgada no dia 15 de agosto. Caso haja interesse em algum projeto, como devo entrar em contato com os representantes? Você pode procurá-los logo após a palestra. Tenho um projeto interessante para apresentar. Como proceder para participar das próximas edições do Educação 360? Você pode enviar seu projeto para o e-mail eventoeducacao360@gmail.com. Como chegar ao evento por transporte público? Sugerimos traçar sua rota a partir de aplicativos como Google Maps ou o Vá de Ônibus. Há serviço de alimentação no local? Quais as formas de pagamento aceitas? Sim. Débito e dinheiro. Há serviço de guarda-volumes no local? Não oferecemos este serviço durante o evento. Qual o horário de funcionamento do local? Tanto na sexta, dia 11, quanto no sábado, dia 12, a abertura do evento acontecerá às 9h e o encerramento às 19h30. ## Fale Conosco Dúvidas ou sugestões? Envie um e-mail para educacao360.socialmedia@gmail.com
2019-01-22T11:16:38Z
http://eventos.oglobo.globo.com/educacao-360/2015/fique-por-dentro/
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Publicidade GDA © 1996 - 2012. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.
2019-01-22T11:25:20Z
http://eventos.oglobo.globo.com/educacao-360/2015/fique-por-dentro/confira-como-foi-o-primeiro-dia-do-educacao-360/
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- Marjo Kyllönen, secretaria de Educação de Helsinque, na Finlândia, conversa com público depois de palestrar Foto: Cristina Lacerda - Estudo de caso é apresentado na sala Educomunicação e Educação Integral Foto: Cristina Lacerda - Biblioteca se transformou para receber o público do Educação 360 Foto: Cristina Lacerda - Óculos de realidade virtual põe o público em contato nova forma de ensino Foto: Cristina Lacerda - Ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, dá palestra sobre ética Foto: Cristina Lacerda - Pedro Bial media debate sobre mitos e fatos na educação Foto: Cristina Lacerda - Teatro do Educação 360 se ilumina no início da noite Foto: Cristina Lacerda - A sala "Personalização: Como Colocar o Aluno Centro" recebeu o estudo de caso do Geek, empresa de plataforma digital Foto: Cristina Lacerda - Orquestra Maré do Amanhã se apresenta Foto: Cristina Lacerda - Fernando Gabeira discute mitos e fatos na educação Foto: Cristina Lacerda - Mesa de debate é mediada por Pedro Bial Foto: Cristina Lacerda - Estudo de caso é discutido na sala Tecnologia Foto: Cristina Lacerda - Biblioteca recebe mais uma discussão Foto: Cristina Lacerda - A neurocientista Adriana Foz fala sobre o projeto Cuca Legal Foto: Cristina Lacerda - Alunos da rede pública assistem palestra junto com secretária de Educação do Rio, Helena Bomeny Foto: Cristina Lacerda - Helena Bomeny, secretaria de Educação do Rio, assiste explanação Foto: Cristina Lacerda - Projeto Ginásio Experimental Olímpico é apresentado Foto: Cristina Lacerda
2019-01-22T10:27:41Z
http://eventos.oglobo.globo.com/educacao-360/2015/fique-por-dentro/confira-o-segundo-dia-do-educacao-360/
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- "Como a Inglaterra se tornou referência na formação de líderes escolares" é discutido Foto: Renata Mello - Biblioteca recebe palestra que trata do caso da Amazônia, que utilizou a tecnologia para encurtar distâncias Foto: Renata Mello - Debate acontece na sala "Personalização: Como colocar o aluno no Centro" Foto: Renata Mello - Palestra sobre estudantes superdotados e o programa da Prefeitura do Rio Foto: Renata Mello - Jornais O Globo e Extra são distribuídos gratuitamente Foto: Renata Mello - Alunos experimentam os óculos 3D Foto: Renata Mello - Participante lê o jornal O Globo durante o evento Foto: Renata Mello - Realidade virtual é apresentada por expositor Foto: Renata Mello - Experiência da Cohab é contada na sala Teconologia Foto: Renata Mello - Sala "Novo Professor" lota para a exposição de estudo de caso Foto: Renata Mello - Projeto Âncora é apresentado para público do Educação 360 Foto: Renata Mello - Luciano Meira, um dos sócios da Joy Street, fala sobre gameficação Foto: Renata Mello
2019-01-22T10:26:00Z
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A função da escola na vida dos estudantes no século 21 foi tema da mesa de debate "Novos alunos, velhos alunos? E o papel das competências socioemocionais", com Mozart Ramos Neves, diretor de Articulação e Inovação do Instituto Ayrton Senna e secretário de Educação de Pernambuco entre 2004 e 2006, e Luiz Carlos Freitas, professor da Faculdade de Educação da Unicamp e autor de sete livros, com mediação do jornalista Antônio Gois, colunista do jornal O Globo especializado em Educação.
2019-01-22T10:25:45Z
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Para implementar a inovação, Helena Singer, assessora especial do ministro da Educação Renato Janine Ribeiro, e Cesar Nunes, pesquisador da Unicamp e especialista em Desenvolvimento e Avaliação da Criatividade, disseram que não há uma receita pronta, mas certamente inclui alguns ingredientes: discussão e construção coletiva, autonomia para a comunidade acadêmica e vontade real de colocar novas técnicas em prática. "A forma de organizar a escola, metodologia, a relação com a comunidade são formas mais alinhadas com os desafios do século XXI, um mundo que as tecnologias de comunicação revolucionou, no qual as relações do mundo do trabalho são muito mais imprevisíveis do que eram antes. A gente espera que daqui a algum tempo a maior parte das instituições educativas estejam mais alinhadas com esses desafios" afirmou Helena.
2019-01-22T11:40:23Z
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Um dos maiores estudiosos sobre o sistema de ensino chinês, Jiang Xueqin, mostrou como o país precisa iniciar uma cruzada em busca da criatividade. Em palestra magna, ele ressaltou o quanto os chineses são bons em disciplina, mas precisam se esforçar para uma maior integração com a nova realidade global. Escritor e professor, Xueqin é formado em Literatura Inglesa pela Universidade de Yale (EUA) e criou um programa de estudos a partir de duas das escolas mais prestigiadas na China para levar aos alunos valores pouco destacados no atual sistema de ensino, como cidadania e pensamento crítico.
2019-01-22T10:37:26Z
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"Escola pública é de pobre", "o jovem não dá valor à educação" e "as novas tecnologias atrapalham os estudos". Você certamente já ouviu essas máximas por aí. Por isso, a mesa especial da TV Globo "Educação: mitos e fatos" foi inteiramente dedicada a destrinchar essas ideias. Mediados pelo jornalista e apresentador Pedro Bial, a diretora de escola da rede municipal carioca Eliane Ferreira, o jornalista e escritor Fernando Gabeira, o integrante do coletivo Educ-ação, André Gravatá, e o professor da UFF e fundador do observatório das favelas, Jailson de Souza e Silva, conversaram sobre os temas por cerca de uma hora. Assista ao debate na íntegra!
2019-01-22T10:58:20Z
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"É como se, na falta do médico, contratássemos um enfermeiro para fazer a cirurgia. Fazemos isso todo dia no campo da Educação". A frase de Paula Louzano, doutora em Política Educacional pela Universidade de Harvard, não foi proferida como uma provocação isolada, mas um alerta para a urgência de se repensar o processo de formação de docentes no Brasil. O tema foi alvo de debate no encontro internacional Educação 360, na mesa "O professor que precisamos. Como formá-lo, hoje e amanhã". Além de Paula Louzano, a mesa contou com a presença da educadora Beatriz Cardoso, doutora em Educação pela Universidade de São Paulo (FE-USP) e diretora executiva do Laboratório de Educação. A mediação ficou por conta de Paulo Camargo, jornalista especializado em Educação.
2019-01-22T10:55:23Z
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A gestora de educação de Helsinque, capital da Finlândia, Marjo Kyllönen, veio ao Brasil mostrar que em time que está ganhando se mexe, sim. Ela abriu a segunda edição do seminário internacional Educação 360. "As crianças que hoje estão na 1ª série ainda vão estar no mercado de trabalho em 2070. E o mundo está cada vez mais global, digital e imprevisível. Pensar e resolver problemas não é mais suficiente. Hoje, qualquer pessoa pode acessar e mudar uma informação. E ainda agimos como se o professor guardasse o cálice sagrado do conhecimento", analisou a educadora.
2019-01-22T10:27:30Z
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Publicidade Avenida Ayrton Senna, 5677 GDA © 1996 - 2012. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.
2019-01-22T10:27:53Z
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Jiang XueqinEscritor e professor, é formado em Literatura Inglesa pela Universidade de Yale e criou um programa de estudos na China para trazer aos alunos valores como a criatividade, a cidadania e o pensamento crítico. Marjo KyllönenPós-doutora em Educação e secretária da Educação de Helsinque, na Finlândia, defende a 'Escola do Futuro', conceito que promete revolucionar o sistema educacional como conhecemos. Renato Janine RibeiroAtual ministro da Educação, é professor titular da disciplina Ética e Filosofia Política na USP. Tem 18 livros publicados. Recebeu o Prêmio Jabuti 2001, na área de ensaios e ciências humanas, pela obra 'A sociedade contra o social: o alto custo da vida pública no Brasil'. Zygmunt BaumanO polonês é uma das maiores referências intelectuais de educação por todo o mundo. Aos 89 anos, ministra aulas na London School of Economics e palestras discutindo os efeitos da modernidade sobre as pessoas. André GravatáMembro do coletivo Educação, e coautor do livro 'Volta ao mundo em 13 escolas'. É cofundador do movimento Entusiasmo (ME), uma iniciativa que provoca transformação por meio da educação. Beatriz CardosoDiretora Executiva do Laboratório de Educação, atua como educadora desde 1978 e é Doutora em Educação pela Universidade de São Paulo (FE-USP). Cesar Augusto Amaral NunesEspecialista em desenvolvimento e avaliação de criatividade, pensamento crítico e resolução de problemas. Autor do de mais de 400 objetos de aprendizagem, vários cursos a distância e instrumentos para avaliação. Eliane FerreiraDiretora de Escola da Rede Pública Municipal do Rio de Janeiro, atou em diversas funções com atendimento na educação infantil, de jovens e adultos moradores de periferias. Fernando GabeiraJornalista, escritor e ambientalista brasileiro, com décadas de dedicação à política brasileira. Helena SingerAssessora Especial do Ministro da Educação, é doutora em Sociologia. Recebeu o prêmio jovem cientista pelo livro Discursos Desconcertados: sobre experiências escolares de resistência. Jailson de Souza e SilvaTem experiência de pesquisas e trabalhos publicados na Estudos e Políticas Urbanas, atuando principalmente nos temas: políticas sociais, favelas, periferias, violência, educação e tráfico de drogas. Luiz Carlos de FreitasProfessor Titular da Faculdade de Educação da UNICAMP, Mestre em Educação pela Universidade Católica de Chile, Doutor em Ciências pela USP, Pós-doutorado em Educação pela USP. Mozart Neves RamosEngenheiro químico, doutor e pós-doutor em Química, tem uma extensa bagagem na área educacional e atualmente é diretor de Articulação e Inovação do Instituto Ayrton Senna. Nelson PrettoProfessor da Faculdade de Educação da UFBA, ativista, Conselheiro e ex-Secretário regional da SBPC (2011/2015), membro da Acadêmia de Ciências da Bahia, editor da Revista entreideias: educação, cultura e sociedade Paula LouzanoPesquisadora, doutora em Política Educacional pela Universidade de Harvard, e pós-doutorada no Centro de Estudos e Pesquisas em Políticas Públicas em Educação da Faculdade de Educação da USP. Zeca de MelloGraduado em Filosofia e Teologia, foi padre durante 10 anos. Em suas aulas aborda temas como: Educação Humanística para Lideranças, Inteligência Espiritual, entre outros. Antônio Gois [Mediador]Colunista do GLOBO especializado em Educação, já recebeu os prêmios Esso e Embratel com matérias sobre o tema. Antônio Simão [Mediador]Consultor, professor e palestrante nas áreas de Educação e Cultura, em especial educação a distância, mídias educacionais, tecnologias interativas, museus interativos, tecnologias assistivas e áreas afins. Octavio Guedes [Mediador]Diretor de Redação do Jornal EXTRA, onde trabalha desde a criação do jornal, em 1998. Em abril de 2013, assumiu como âncora do CBN Rio. Ele é formado pela Universidade Federal Fluminense, com pós-graduação em jornalismo pela ESPM. Paulo de Camargo [Mediador]Jornalista na área de educação há 20 anos, escreveu nas principais publicações pedagógicas brasileiras e atua também como consultor de projetos de comunicação e educação. Pedro Bial [Mediador]Experiente jornalista e apresentador de TV, com programas voltados para o público jovem. Além de escritor, foi correspondente internacional da Rede Globo na década de 1990.
2019-01-22T11:13:11Z
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2019-01-22T10:26:54Z
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# Ajuda Quando e onde acontece o Educação 360? O Educação 360 acontece nos dias 23 e 24 de setembro, na Escola Sesc de Ensino Médio, Jacarepaguá - RJ. É preciso ingresso ou convite para circular pelas áreas do Educação 360? Não é necessário estar inscrito nas atividades dos dias 23 e 24 de setembro para circular pelo espaço do evento. Como funcionarão as inscrições? As inscrições podem ser feitas na aba ‘Programação’ a partir de 08/09. Há serviço de guarda-volumes no local? Não há serviço de guarda-volumes no Educação 360. Quais documentos devo apresentar no acesso ao evento? É necessário apresentar documento de identidade com foto. Tenho um projeto interessante para apresentar. Como proceder para participar das próximas edições do Educação 360? Você pode enviar seu currículo para educacao360.socialmedia@gmail.com Qual é o horário do Educação 360? Nos dois dias de evento, a abertura acontecerá às 9h e o encerramento às 19h30. Quais são as atrações do Educação 360? O Educação 360 traz palestras Magnas, mesas de debates com estudos de casos, oficinas interativas e documentários. Menores podem entrar acompanhados? A idade mínima para participar do Educação 360 é 16 anos. Menores de 18 anos podem entrar acompanhados de responsável, mas os dois teriam que estar inscritos nas palestras. Há estacionamento no local? Será possível estacionar gratuitamente no UPTOWN Barra - Av. Ayrton Senna, 5.500, com transfer para o evento a cada 30 minutos. Não há estacionamento na Escola Sesc de Ensino Médio. É permitido levar animais de estimação? Não é permitido a entrada de animais em todo o espaço da Escola Sesc de Ensino Médio.
2019-01-22T11:16:22Z
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2019-01-22T11:25:06Z
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Na terceira edição do Educação 360, grandes nomes da educação mundial se reuniram hoje - e também se encontrarão amanhã, na Escola SESC de Ensino Médio para discutir o tema sob muitos pontos de vista. O dia começou com Maria Helena Guimarães, secretária executiva do MEC, palestrando sobre os principais desafios da educação no Brasil, e como um salto educacional conseguiria elevar o bem-estar social e combater as desigualdades."Precisamos estabelecer duas linhas: uma de formação inicial e outra de formação continuada, que seriam os dois grandes eixos da formação de professores", disse ela. Para Maria Helena, é imprescindível que o ambiente escolar se transforme, e que novas práticas sejam colocadas em sala de aula. O Instituto Alana, que defende condições para a vivência plena da infância, falou sobre sua luta contra a publicidade direcionada a crianças e como o diálogo com empresas tem alcançado grandes resultados. Andréa Mota, uma das convidadas do bate-papo, questionou: "Como é que a gente continua fazendo tudo isso - sucesso, lucro, a empresa funcionar de forma sustentável?". Na mesa de debates Educação e Cultura, três estudos de caso trouxeram à tona discussões sobre o papel da família na educação dos filhos e alternativas escolares. "Se o nosso sonho é transformar a sociedade, de que adianta criar a nossa bolha?", levantou Ana Bocchini, do Coletivo Escola do Amazonas (CEFA). O dia também contou com oficinas sobre realidade aumentada e holografia aplicada nas salas de aula, além de duas oficinas da Arena Acredite, que instigou professores e alunos a encararem de frente os maiores desafios da educação contemporânea e arregaçarem as mangas para fazerem a diferença! Ao fim do dia, recebemos o celebrado Manuel Castells, que palestrou sobre as universidades em uma perspectiva global, suas diferenças no que tange a história e cultura de cada país, bem como os aspectos que são comuns a todas: "Uma função essencial da universidade é a formação de um novo tipo de personalidade, flexível e adaptável", provocou o sociólogo. Para fechar esse dia em grande estilo, Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva, Ricardo Henriques e Valquíria Batista de Assis conversaram com o público sobre o lançamento do documentário 'Era Uma Vez Outra Escola', do Canal Futura. Amanhã tem mais! Fique ligado nas nossas redes sociais e confira toda a programação no site para não perder nada - lembrando que o Educação 360 tem transmissão em tempo real. Acompanhe com a gente.
2019-01-22T10:27:38Z
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*Evento trouxe importantes palestrantes para debater o cenário atual da educação* O Educação 360, evento com mesas redondas e palestras magnas sobre o universo estudantil, aconteceu nos dias 23 e 24 de setembro, na Escola SESC de Ensino Médio, em Jacarepaguá. Com o propósito de discutir o cenário atual da educação e debater os diferentes temas que permeiam este campo, grandes nomes da sociologia pós-moderna foram convidados a participar do debate. Estiveram presentes no evento Manuel Castells, Maria Helena Guimarães, Michel Maffesoli, Antonio Nóvoa e outros nomes de peso para a educação. Ao todo, foram 14 mesas redondas; 27 palestras, apresentações e debates; e 63 palestrantes, debatedores e mediadores, que tinham como propósito repensar o modelo atual de educação no País e no mundo. Os assuntos envolviam desde o papel do aluno como protagonista, currículo e avaliação, os avanços e a importância do livro infantil até realidade aumentada e experimentos com aplicativos e novas plataformas. O sucesso foi tanto que cerca de 3 mil pessoas compareceram ao local para ouvir o que esses pensadores tinham a dizer. A todos que participaram e acompanharam o evento pelas redes sociais ou pelo site, o nosso muito obrigada e nos vemos no próximo Educação 360! No vídeo, você acompanha detalhes do encontro.
2019-01-22T10:27:11Z
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*O jornalista Antônio Góis mostra como diretores transformaram suas escolas com práticas e métodos inovadores em cinco cidades do Brasil* Durante o Encontro Internacional Educação 360, o Canal Futura lançará a série de reportagens especiais “Era uma vez outra escola”. Conduzidas pelo jornalista Antônio Góis, as matérias apresentam diretores que transformaram suas escolas com práticas e métodos inovadores em cinco cidades brasileiras: São Luis dos Montes Belos (GO), Campinas (SP), Campo Alegre (AL), Rio de Janeiro e Teresópolis (RJ). Enquanto o professor tem papel fundamental no aprendizado dos alunos, o diretor da escola também enfrenta diversos desafios – muitas vezes desconhecidos - no âmbito da gestão. Esse profissional é capaz de transformar de imediato a realidade de uma instituição de ensino através de sua liderança e é este lado que as reportagens irão revelar. “Entender a escola é o primeiro caminho para falar de educação. Pesquisamos experiências de ‘virada’, onde a decisão do diretor foi fundamental para mudar o cenário adverso que a escola enfrentava. O Futura quer mostrar que o envolvimento da comunidade e o engajamento dos alunos na apropriação do espaço da escola é transformador, por isso o lançamento da série no Educação 360 faz todo o sentido”, afirma o coordenador de Jornalismo do Futura, José Brito. A inspiração para a série surgiu da história do Diego Lima, vencedor do prêmio Educador Nota Dez de 2015. Ele assumiu a direção de uma escola pública em São Paulo que era notícia por seus péssimos resultados e constantes atos de violência entre alunos e contra professores. Ele tem registros de tudo o que viu quando chegou: vasos sanitários quebrados, salas com sinais de incêndio, cadeiras detonadas, um jardim inutilizado pela escola porque foi ocupado pelo tráfico. Ao assumir a escola, ele conversou com pais, professores, funcionários e conseguiu reformar a escola antes do início do ano letivo. Gravou todo o processo de transformação física do colégio e discutiu com os alunos um novo código disciplinar, que deu voz aos jovens. Assim como Diego, a diretora Escola Municipal Alcino Francisco da Silva, Paloma de Souza mostra no primeiro episódio da série como mudou a realidade do colégio, localizado em uma área rural e carente de Teresópolis. Todo o trabalho de reformulação na gestão de Paloma está baseado no incentivo à leitura e à escrita: aulas interdisciplinares envolvem alunos e corpo docente, os projetos de leitura englobam atividades que estimulam as crianças a levar livros para atividades com os pais, extrapolando os limites da sala de aula e transformando a escola em um espaço de conhecimento e lazer para as crianças e a comunidade. A inscrição é gratuita e pode ser feitas por aqui. As vagas são limitadas, então garanta já o seu lugar!
2019-01-22T10:25:26Z
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*Manuel Castells, Maria Helena, Michel Maffesoli e António Nóvoa vêm ao Brasil para debater o futuro da educação. Além deles, outros nomes que vivenciam e pensam a educação sob diferentes e novos pontos de vista também participam das demais atividades* Prepare-se para ouvir os maiores nomes da educação mundial nos próximos dias 23 e 24 de setembro, no encontro internacional Educação 360. O evento, que é uma realização dos jornais O Globo e Extra, se propõe a reunir a sociedade para discutir os rumos da educação, conhecer novas ideias e bons exemplos, iniciativas que estão dando certo, no Brasil e no mundo, para que sirvam de inspiração. O evento começa com a palestra magna de Maria Helena Guimarães, professora e socióloga. Em sua fala,a atual secretária-executiva do Ministério da Educação vai abordar os principais desafios da educação no Brasil, passando pela forma como os conhecimentos são passados aos alunos e a formação dos professores até as inovações tecnológicas, o mercado de trabalho e as relações interpessoais. Além de Maria Helena, o espanhol Manuel Castells, referência quando o assunto é sociedade em rede, falará sobre a imensa capacidade da sociedade atual em gerar, transformar e aplicar novos conhecimentos. Castells destaca a importância da universidade como instituição centralizadora nesse processo, uma vez que é parte fundamental na formação das pessoas. Entretanto, o sociólogo questiona esse desempenho nos dias de hoje. No dia 24, o dia começa com a palestra magna do francês Michel Maffesoli e seus pensamentos sobre a pós-modernidade. Lá, ele irá expor seus estudos sobre a educação com o intuito de somar e a introdução dos jovens na sociedade sem a necessidade castrá-los. O pensador explicará a diferença entre educação e iniciação como formas de introduzir o jovem à sociedade com civilidade. Finalizando o dia, o historiador e reitor honorário da Universidade de Lisboa, António Nóvoa, se apresentará falando sobre a impossibilidade das dicotomias dentro da educação e sobre a necessidade de um novo modelo de educação que una realidades e conhecimentos de sala aula a conteúdos humanitários. Para ele, é necessário valorizar uma “terceira educação” em que é gerada uma consciência de civilidade com uma nova inteligência de mundo e a pedagogia com humanidade. Além das Palestras Magnas, o evento também terá Mesas de Debates com apresentação de Estudos de Casos e as Oficinas Interativas, reunindo as novas tecnologias, entretenimento e conteúdo. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas por aqui. As vagas para algumas atividades já esgotaram, então, garanta o seu lugar ao lado dos maiores pensadores da atualidade.
2019-01-22T10:38:49Z
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*Nesta edição, você também poderá botar a mão na massa no Educação 360. Participe!* Esse ano temos uma novidade no Educação 360, você vai poder botar a mão na massa e nos ajudar em uma das oficinas. Isso mesmo! Procuramos apaixonados por educação para serem os facilitadores na oficina Arena Acredite. Para participar, basta responder a pergunta "Por que discutir a Educação é discutir o futuro do país?", através desse formulário. As respostas serão analisadas pelo André Bello, coordenador da oficina, que irá selecionar as 5 respostas mais contagiantes. O resultado dos 05 selecionados será divulgado na quarta-feira, dia 22 de setembro, às 13h. **Requisitos**: - Morador da cidade do Rio de Janeiro - Maior de 18 anos - Disponibilidade para o treinamento no dia 22 de setembro em horário a ser definido e também para as 2 oficinas que acontecem no dia 23 de setembro de 11h30 às 13h e 16 às 16h30. **Quem procuramos**: Apaixonados por Educação. O mais importante é terem um bom relacionamento interpessoal, pois vão ter que moderar o grupo, registrar os insigths gerados ao longo das conversas e energizar os demais participantes. Naturalmente devem ter apreço e entusiasmo pelos temas tratados. **Treinamento**: Será realizado na véspera do evento, em horário a ser definido.
2019-01-22T10:50:51Z
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Grandes momentos marcaram esse sábado! Foram dois dias intensos e dedicados a pensar e discutir esse assunto tão amplo que é a educação! O sábado foi repleto de palestras, mesas de debate e oficinas de manhã até o início da noite, reunindo públicos de todas as idades em auditórios lotados. Para o sociólogo francês Michel Maffesoli, "o aqui e o agora é uma das grandes características dessa cultura contemporânea, juvenil". Foi ele quem abriu o ciclo de palestras do dia com "Da educação moderna a iniciação pós-moderna", onde refletiu sobre educar e socializar na juventude atual: "Estamos passando da era do eu para a era do nós, o tempo das tribos". As mesas de debate também foram espaço de muita reflexão. Jonilda Ferreira, na mesa O Aluno Como Protagonista, trouxe a Matemática Criativa como estudo de caso. Ela, que levava seus alunos a supermercados, postos de gasolina e pizzarias para ensinar suas lições, explicou que "Assim fomos formando nossos campeões: mostrando a matemática desmitificada, tirando o mito do 'eu não sei matemática'". A atriz Andrea Beltrão, que participou da mesa Mitos & Fatos | Quantidade X Qualidade – Educação de Qualidade para Todos É Impossível, da TV Globo, defendeu que "O esporte e arte são fundamentais na escola"e que "A arte é uma forma de oxigenação" para uma platéia repleta de apaixonados por educação. Já na mesa Currículo e Avaliação, Carlos Henrique Pimenta falou sobre os processos de aprendizado no Colégio Sesc Teófilo Otoni: "Tentamos trabalhar de maneira interdisciplinar para que o aluno veja onde possa aplicar o conhecimento." O Reitor da Universidade de Lisboa António Nóvoa também discutiu as dicotomias na educação e falou sobre "Uma Pedagogia com Humanidade Dentro", destacando os "quatro pilares da escola ativa: caminhos, cooperação comunicação e criação". O professor ressaltou ainda que, "Precisamos construir essa alegria do trabalho, a alegria do conhecimento". Uma experiência e tanto! Com muita satisfação e com a certeza de termos juntos motivado novos pensares sobre a educação, nós encerramos essa edição do Educação 360 com mais uma frase de António Nóvoa: "Para educar alguém, precisamos da humanidade toda." Até a próxima!
2019-01-22T10:49:23Z
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2019-01-22T11:08:16Z
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2019-01-22T10:48:53Z
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** ** - Sebastião Salgado foi eleito Personalidade do Ano pelo Prêmio Faz Diferença Foto: Gabriel de Paiva - Carlos Nobre recebe prêmio das mãos de Ana Lúcia Azevedo e Luiz Antonio Novaes Foto: Fabio Rossi - Cristina Alves e Paulo Novis entregam prêmio a Silvio Crestana, da Embrapa Foto: Fabio Rossi - Ana Cristina Reis e Helena Celestino entregam prêmio a Gloria Kalil, vencedora na categoria Moda Foto: Marco Antonio Teixeira - Sueli Monteiro de Carvalho representa torcida do Flemango e recebe prêmio de Ascânio Seleme e Antônio Nascimento Foto: Fabio Rossi - Os editores Jason Vogel e Valquíria Daher entregam prêmio a Daniel Dias Foto: Alexandre Cassiano - Sandra Cohen, Daniela Pinheiro, filha do diplomata Paulo Sérgio Pinheiro, e Sérgio Fadul na entrega do Prêmio Faz Diferença Foto: André Coelho - Joaquim Barbosa, ex-ministro do STF, recebe o prêmio na categoria País, de Silvia Fonseca e João Roberto Marinho Foto: Fabio Rossi - Heloisa Buarque de Hollanda durante a premiação Foto: Marcos Ramos - Amélia Gonzalez e Léa Cristina, editoras de O Globo, entregam prêmio a Carla Grasso, da Vale do Rio Doce Foto: Fabio Rossi - Camila Pitanga e Wagner Moura são premiados na categoria Revista da TV Foto: Gabriel de Paiva - Sebastião Salgado e Evandro Teixeira com alunos da Escola de Fotógrafos Populares Foto: Gabriel de Paiva - Renato Moreira de Carvalho, pai de Sirley Dias, a doméstica agredida por pitboys na Barra da Tijuca durante a premiação Foto: Marco Antonio Teixeira - Gabriela Goulart e Artur Xexéo entregam prêmio a Selton Mello Foto: André Coelho - Rosa Maria Araujo e Sergio Cabral recebem o prêmio na categoria Segundo Caderno / Música, das mãos de Aluizio Maranhão e do presidente da Fecomércio, Orlando Diniz Foto: Fabio Rossi - Carla Lencastre e Cora Ronai entregam prêmio a Edwin Luisi na categoria Segundo Caderno/Teatro Foto: Marco Antonio Teixeira **PERSONALIDADE DO ANO: Sebastião Salgado** O fotógrafo Sebastião Salgado fez diferença pelo trabalho realizado junto a sua mulher, Lélia, à frente do Instituto Terra. Eles plantaram mais de um milhão de árvores em Aimorés (MG), no Vale do Rio Doce, e treinaram agricultores. Naquele ano, o instituto gerava cerca de 80 empregos diretos e injetava 2,8 milhões de euros por ano na economia da cidade. O primeiro projeto socioambiental desenvolvido em sua terra natal tinha o objetivo de chegar a dois milhões de árvores para recuperar a superfície inteira da fazenda que pertenceu à sua família. A ideia do replantio foi de sua esposa e, assim, o local se tornou uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), a primeira no país em área totalmente degradada. O trabalho de recuperação de vegetação e educação ambiental se estendeu para municípios que fazem fronteira com o Espírito Santo e inspirou produtores mineiros e capixabas a replicar a iniciativa para recuperar nascentes e preservar cursos d'água. **Vencedores de outras categorias** **Ciência/História** Carlos Nobre **Economia** Embrapa **Ela** Glória kalil **Esportes** A torcida do flamengo **Megazine** Daniel dias **Mundo** Paulo sérgio de m. S. Pinheiro **País** Joaquim barbosa **Prosa & Verso** Heloisa buarque de hollanda **Razão social** Vale do rio doce **Revista da TV** Wagner moura e camila pitanga **Revista O Globo** Escola de fotógrafos populares **Rio** Renato moreira de carvalho **Segundo Caderno/Cinema** Selton Mello **Segundo Caderno/Música** Sérgio Cabral e Rosa Maria Araújo Segundo Caderno/Teatro Edwin Luisi
2019-01-22T10:29:00Z
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Moça do tempo do ‘Jornal Nacional’ desde abril de 2015, Maria Júlia Coutinho conseguiu vencer o preconceito e gerou identificação imediata com o telespectador Conquista e superação são as palavras escolhidas por Maria Júlia Coutinho, a Maju, para definir o ano de 2015. Não à toa. Desde que assumiu a função de “moça do tempo” do “Jornal Nacional”, em abril do ano passado, a jornalista pode ser comparada a um furacão, com direito a trovoadas e relampejos, mas céu limpo no fim do dia. — O ano passado me acostumou mal — avalia. Com jeito descontraído, sotaque paulistano e aquela simpatia que cria identificação imediata com o espectador, Maju, de 37 anos, foi um sopro de ar fresco no jornalístico apresentado por William Bonner e Renata Vasconcellos. Espontânea, se mostrou ao mesmo tempo corajosa — ou seria ousada? — em muitas situações, como quando definiu a intensidade da chuva como “chuvica”, “chuvona” ou “chuva de ioiô” (aquela que vai e volta). — Meu, eu acho o máximo poder ser eu mesma ali, fazer do jeito que acredito, sem encenação. Lógico que tenho bom senso. Mas procuro seguir meu coração e ser honesta, embora isso soe bastante piegas (risos) — diz, bem-humorada. Dos 40 segundos iniciais, ela ganhou dois minutos e meio para comentar as circunstâncias climáticas. E, apesar da chuva de elogios, precisou lidar também com uma maré braba: em julho, foi alvo de preconceito explícito através de comentários racistas na página do “Jornal Nacional” no Faceboook — das mesmas pessoas que, tempos depois, viriam a insultar as atrizes Cris Vianna e Taís Araújo. — Apesar de já ter sido xingada na infância, fiquei surpresa ao passar por isso agora, em pleno ano de 2015. Mas me surpreendi comigo mesma, saí de uma maneira muito elegante. Estou no divã há décadas e até dei parabéns à minha analista, porque ela me ajudou a ser esta pessoa que hoje o público considera forte. Não sou a Mulher Maravilha, mas me acho muito segura — comenta ela, que ganhou apoio instantâneo dos colegas de trabalho, que posaram com cartazes #SomostodosMaju. Sobre a vitória, Maju a vê atrelada ao peso da responsabilidade. Sabe que inspira pessoas e quer tirar o melhor proveito disso: — Eu me sinto honrada, agradecida. Não quero parecer arrogante, mas é muito bom quando as pessoas dizem que sou exemplo de garra e dedicação. É uma responsabilidade ser uma referência. Tenho que ser responsável. Diante de tantas novidades em sua vida, Maju só ficou na dívida com uma coisinha: ainda não conheceu Bonner pessoalmente. — A Renata eu conheci do prêmio do “Domingão do Faustão", mas o Bonner ainda não — conta ela, que ainda não fez planos para o 2016. — Meus planos são os planos do meu chefe.
2019-01-22T10:25:00Z
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Adriana Esteves A Carminha de “Avenida Brasil” (2013) definitivamente não foi o limite para Adriana Esteves. Depois de fazer “Babilônia” (2014) e “Felizes para sempre” (2015), a atriz comoveu o público como a sofrida Fátima, da série “Justiça”. Presa ao longo de sete anos por um crime que não cometeu, a personagem reconstrói a vida e chega a perdoar o vizinho que a incriminou. Com esta interpretação, depois de dar vida a vilãs e figuras divertidas em novelas e séries, a atriz deu mais uma prova de versatilidade. Jô Soares Presença marcante na TV desde o humorístico “Família Trapo” (1967), Jô Soares pegou a audiência de surpresa ao anunciar o fim do “Programa do Jô”. Aos 78 anos, o apresentador, escritor e diretor teatral diz que tomou a decisão a fim de evitar o desgaste de um formato que ele mesmo ajudou a popularizar no Brasil, o talk-show. Após 28 anos à frente de programas de entrevistas, Jô, que comandou o “Jô Soares onze e meia”, no SBT, antes de seguir para a Globo, em 2000, prepara um novo livro, mas já disse que a TV ainda será uma de suas prioridades. José Luiz Villamarim Há alguns anos, o mineiro José Luiz Villamarim vem chamando a atenção pela sofisticação de suas obras. Em 2016, o diretor por trás de “O canto da Sereia” (2013) e “Amores roubados” (2014) e “O rebu” (2014) brindou o espectador com duas produções excepcionais: os dramas “Justiça” e “Nada será como antes”. Nos trabalhos dirigidos por Villamarim, destacam-se a atuação naturalista dos atores em um processo que ele gosta de definir como “artesanal”, e a preferência do diretor por cenários que fujam do eixo Rio-São Paulo. Votação encerrada. Jurados na categoria **Segundo Caderno/+TV**: - Patrícia Kogut (Colunista e crítica de TV, O GLOBO) - Artur Xexéo (Colunista, O GLOBO) - Cleo Guimarães (Colunista, O GLOBO) - Maju Coutinho (Jornalista, vencedora do prêmio Faz Diferença 2015 nesta categoria)
2019-01-22T10:26:06Z
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2016 foi “o” ano de Marina Ruy Barbosa. A atriz foi campeã de audiência em vários sentidos. Na televisão, foi o rosto mais cobiçado em comerciais. Apareceu 5.745 vezes entre 1º de janeiro e 10 de dezembro, segundo levantamento da empresa Controle da Concorrência, que faz monitoramento do mercado publicitário brasileiro. A ruiva desbancou o jogador de futebol Neymar (4.004 inserções) e a modelo Aline Riscado (3.790), respectivamente como segundo e terceira no ranking. Marina, que em 2016 emendou dois trabalhos de destaque na TV Globo — a novela “Totalmente demais” e a minissérie “Justiça” —, foi também a atriz que teve os itens de figurino mais desejados pelo público da emissora. Tanto os looks usados por Elisa quanto os de Isabela viraram objeto de desejo. Para completar, o cabelo de Marina foi o mais popular na Central de Atendimento ao Telespectador (CAT) nos meses de março e abril, quando a novela estava no ar, e no mês de agosto, vez da minissérie. — O ano de 2016 foi muito especial, não apenas pelas conquistas em si, mas porque tive a chance de colher bons frutos do meu trabalho. É a melhor prova de que, apesar de ter um caminho longo pela frente, estou no rumo certo. Ver o reconhecimento de trabalhos com “Totalmente demais” e “Justiça”, tão díspares e desafiadores, renova a minha energia para desempenhar esse ofício que tanto amo. 2017 será também um ano de muito trabalho. Sou movida a isso. Não tem apenas a ver com a minha idade. Sou assim! Mil projetos, tem livro, cinema... e, claro, um espaço para as boas surpresas que o destino possa me reservar — diz Marina. Influenciadora digital (ela tem 17 milhões de seguidores no Instagram), Marina, que gosta de ler poesias (cita de cor poemas de Cecília Meireles e Mario Quintana), foi convidada pela Companhia das Letras para fazer um livro. Ainda sem título definido, a obra tem previsão de lançamento para o segundo semestre deste ano. “Será um livro voltado para a galera da minha idade. Estou escrevendo algumas partes com a ajuda de uma editora. É um pouquinho de tudo: histórias que vivi, dicas de profissão e uma seleção de poesias de que eu gosto. O livro é um projeto para incentivar os jovens a gostarem tanto de poesia quanto eu gosto”, adiantou Marina, em entrevista à Revista O GLOBO em dezembro do ano passado. Da literatura à moda, Marina circula com desenvoltura pelos dois segmentos. Em outubro do ano passado, seus looks deram o que falar durante a moda parisiense, e ela acabou se firmando como ícone fashion. Nas redes sociais, ela costuma postar fotos dos modelitos e contar um pouco sobre as histórias das marcas e dos estilistas. “Tenho uma responsabilidade de passar informação. Tem uma galera que associa a moda a algo fútil. Para mim, é uma forma de expressão”, disse a atriz. E ela só tem 21 anos.
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O Prêmio Faz Diferença, uma iniciativa do GLOBO em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), chega à 16ª edição reconhecendo o trabalho, a dedicação e o talento de brasileiros, que, nas mais diversas áreas de atuação, serviram de inspiração para o país e o mundo em 2018. E você, leitor, é nosso convidado a participar, indicando, com o seu voto, os que mais se sobressaíram em cada categoria. A votação popular, que pode ser feita através deste site, vai até o dia 27 de janeiro. Na hora de votar, certifique-se de que está logado no site do GLOBO, através do seu cadastro de usuário da Globo.com. A exemplo das versões anteriores, jornalistas de cada uma das editorias do GLOBO selecionaram as três pessoas, instituições ou empresas que mais se destacaram nas páginas do jornal este ano pela atuação em suas áreas. A Firjan apresentou três empresas para a categoria Desenvolvimento do Rio, num reconhecimento àquelas que mais conseguiram aliar visão de negócios, respeito aos funcionários e ao meio ambiente e ênfase em projetos sociais. Foram três indicados em cada uma das 16 categorias: País, Rio, Economia, Desenvolvimento do Rio, Mundo, Esportes, Sociedade/Diversidade, Sociedade/Ciência e Saúde, Sociedade/Educação, Segundo Caderno/Livros, Segundo Caderno/TV, Segundo Caderno/Cinema, Segundo Caderno/Teatro, Segundo Caderno/Música, Segundo Caderno/Artes Visuais e Ela, que foram submetidos a um júri. Os vencedores serão escolhidos pelos votos de jornalistas do GLOBO, de dirigentes da Firjan, dos ganhadores do ano passado e do público. O Faz Diferença premiará também a Personalidade do Ano, que será escolhida por um júri especial formado por cinco jornalistas do GLOBO (Alan Gripp, Ancelmo Gois, Lauro Jardim, Merval Pereira e Míriam Leitão) e pelo presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira. Nesta categoria não há voto popular. As personalidades que mais se destacaram em 2018 serão conhecidas no dia 16 de fevereiro, quando O GLOBO publicará um caderno especial. A cerimônia de premiação acontecerá em março.
2019-01-22T10:36:19Z
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2019-01-22T10:28:09Z
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Votar Votação aberta até **27/01/19** Jurados na categoria **Desenvolvimento do Rio**: - Maria Fernanda Delmas (Editora executiva de integração) - Carlos Fernando Gross (Vice-presidente da Firjan) - Luiz Césio Caetano Alves (Presidente do Conselho Empresarial de Responsabilidade Social da Firjan) - Claudio Nogueira, diretor de RH da SubSea 7 (Empresa vencedora do prêmio Faz Diferença 2017 nesta categoria)
2019-01-22T10:27:04Z
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Votar Votação aberta até **27/01/19** Jurados na categoria **Economia**: - Luciana Rodrigues (Editora de Economia) - Maria Fernanda Delmas (Editora executiva de integração) - Aluízio Maranhão (Editor de Opinião) - Fernanda Giannasi (Auditora fiscal do trabalho e vencedora do prêmio Faz Diferença 2017 nesta categoria)
2019-01-22T10:26:27Z
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Votar Votação aberta até **27/01/19** Jurados na categoria **Ela**: - Bruno Astuto (Editor da revista Ela) - Joana Dale (Editora assistente da revista Ela) - Marina Caruso (Colunista) - Lenny Niemeyer (Estilista e vencedora do prêmio Faz Diferença 2017 nesta categoria)
2019-01-22T10:28:26Z
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Votar Votação aberta até **27/01/19** Jurados na categoria **Esportes**: - Márvio dos Anjos (Editor de Esportes) - Carlos Eduardo Mansur (Colunista) - Marcelo Barreto (Colunista) - Alan Ruschel, Neto e Follmann (Jogadores de futebol e vencedores do prêmio Faz Diferença 2017 nesta categoria)
2019-01-22T10:25:09Z
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Antar DavidsonFilho de pai brasileiro, mora nos Estados Unidos e foi o primeiro a denunciar o sofrimento de crianças brasileiras separadas dos seus pais na fronteira pela "política de tolerância zero" do governo americano. Num abrigo para menores de Tucson, no Arizona, dava aulas de inglês, orientação vocacional e capoeira — esta, segundo ele, muito popular até com os mais rebeldes. Decepcionado com as condições do abrigo, deixou o trabalho e relatou à imprensa sua experiência. Erika RossiA brasileira faz parte dos trabalhadores humanitários que resistem às tentativas do governo da Hungria de desencorajá-los de sua missão: ajudar migrantes e refugiados. Há nove anos, ela se mudou para Budapeste a fim de contribuir para a proteção dos solicitantes de asilo. Já fez de quase tudo pela causa, incluindo acampar por dois meses numa Kombi para levar mantimentos à fronteira com a Sérvia, mesmo sob o risco de sofrer punições da Justiça húngara, que criminalizou a assistência a refugiados. Paolo PariseEm São Paulo conhecido como padre Paulo, é coordenador da Missão Paz, que presta assistência a imigrantes de cerca de 80 nacionalidades. O italiano, hoje com 51 anos, veio pela primeira vez ao Brasil em 1991, mas já trabalhava com imigrantes desde os 19 anos. Aqui, já atuou na periferia paulistana ajudando migrantes internos, sobretudo nordestinos, e também está ao lado de sírios, haitianos e venezuelanos que buscam vida melhor na maior cidade brasileira.
2019-01-22T10:25:32Z
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Votar Votação aberta até **27/01/19** Jurados na categoria **País**: - Maiá Menezes (Editora de País) - Pedro Dias Leite (Editor executivo) - Paulo Celso Pereira (Diretor da Sucursal Brasília) - Luís Carlos Batista (marido de Heley de Abreu Batista, professora e vencedora do prêmio póstumo Faz Diferença 2017 nesta categoria)
2019-01-22T11:31:24Z
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Votar Votação aberta até **27/01/19** Jurados na categoria **Rio**: - Gabriela Goulart (Editora de Rio) - Alexandre Freeland (Editor executivo) - Fábio Gusmão (Editor do Núcleo Digital) - Roberto de Oliveira Ferreira (Professor e vencedor do prêmio Faz Diferença 2017 nesta categoria)
2019-01-22T10:28:38Z
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Votar Votação aberta até **27/01/19** Jurados na categoria **Segundo Caderno/Artes Visuais**: - Rubens Paiva (Editor de Arte) - Nani Rubin (Editora assistente de Cultura) - Leo Aversa (Colunista) - Abraham Palatnik (Artista plástico e vencedor do prêmio Faz Diferença 2017 nesta categoria)
2019-01-22T10:58:17Z
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Votar Votação aberta até **27/01/19** Jurados na categoria **Segundo Caderno/Cinema**: - Fátima Sá (Editora de Cultura) - André Miranda (Editor de Vídeo) - Inês Amorim (Editora de Rio Show) - Vladimir Brichta (Ator e vencedor do prêmio Faz Diferença 2017 nesta categoria)
2019-01-22T11:33:15Z
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Votar Votação aberta até **27/01/19** Jurados na categoria **Segundo Caderno/Livros**: - Bolívar Torres (Repórter especializado em livros) - Renata Izaal (Editora de Gastronomia) - Cora Ronai (Colunista) - Silviano Santiago (Escritor e vencedor do prêmio Faz Diferença 2017 nesta categoria)
2019-01-22T10:28:23Z
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Votar Votação aberta até **27/01/19** Jurados na categoria **Segundo Caderno/Música**: - Fátima Sá (Editora de Cultura) - Bernardo Araújo (Crítico musical) - Sergio Maggi (Editor de Redes Sociais) - Anitta (Cantora e vencedora do prêmio Faz Diferença 2017 nesta categoria)
2019-01-22T10:50:27Z
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Votar Votação aberta até **27/01/19** Jurados na categoria **Segundo Caderno/Teatro**: - Fátima Sá (Editora de Cultura) - Milton Calmon Filho (Editor dos Jornais de Bairros) - Arnaldo Bloch (Colunista) - José Celso Martinez Corrêa (Diretor de teatro e vencedor do prêmio Faz Diferença 2017 nesta categoria)
2019-01-22T10:29:35Z
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Votar Votação aberta até **27/01/19** Jurados na categoria **Segundo Caderno/TV**: - Patrícia Kogut (Colunista e crítica de TV) - Marcelo Balbio (Editor de Boa Viagem) - Artur Xexéo (Colunista) - Pedro Bial (Apresentador e vencedor do prêmio Faz Diferença 2017 nesta categoria)
2019-01-22T10:38:58Z
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Votar Votação aberta até **27/01/19** Jurados na categoria **Sociedade/Diversidade**: - Eduardo Graça (Editor de Sociedade) - Flavia Barbosa (Editora executiva) - Letícia Sorg (Editora executiva) - Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank (Ator e atriz, vencedores do prêmio Faz Diferença 2017 nesta categoria)
2019-01-22T11:03:34Z
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Votar Votação aberta até **27/01/19** Jurados na categoria **Sociedade/Educação**: - Josy Fischberg (Editora assistente de Sociedade) - Antônio Gois (Colunista) - William Helal (Editor de Acervo e Qualificação) - Representante da Escola Municipal Infante Dom Henrique (Vencedora do prêmio Faz Diferença 2017 nesta categoria)
2019-01-22T11:40:19Z
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O Prêmio Faz Diferença, uma iniciativa do GLOBO em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), chega à 16ª edição reconhecendo o trabalho, a dedicação e o talento de brasileiros, que, nas mais diversas áreas de atuação, serviram de inspiração para o país e o mundo em 2018. E você, leitor, é nosso convidado a participar, indicando, com o seu voto, os que mais se sobressaíram em cada categoria. A votação popular, que pode ser feita através deste site, vai até o dia 27 de janeiro. Na hora de votar, certifique-se de que está logado no site do GLOBO, através do seu cadastro de usuário da Globo.com. A exemplo das versões anteriores, jornalistas de cada uma das editorias do GLOBO selecionaram as três pessoas, instituições ou empresas que mais se destacaram nas páginas do jornal este ano pela atuação em suas áreas. A Firjan apresentou três empresas para a categoria Desenvolvimento do Rio, num reconhecimento àquelas que mais conseguiram aliar visão de negócios, respeito aos funcionários e ao meio ambiente e ênfase em projetos sociais. Foram três indicados em cada uma das 16 categorias: País, Rio, Economia, Desenvolvimento do Rio, Mundo, Esportes, Sociedade/Diversidade, Sociedade/Ciência e Saúde, Sociedade/Educação, Segundo Caderno/Livros, Segundo Caderno/TV, Segundo Caderno/Cinema, Segundo Caderno/Teatro, Segundo Caderno/Música, Segundo Caderno/Artes Visuais e Ela, que foram submetidos a um júri. Os vencedores serão escolhidos pelos votos de jornalistas do GLOBO, de dirigentes da Firjan, dos ganhadores do ano passado e do público. O Faz Diferença premiará também a Personalidade do Ano, que será escolhida por um júri especial formado por cinco jornalistas do GLOBO (Alan Gripp, Ancelmo Gois, Lauro Jardim, Merval Pereira e Míriam Leitão) e pelo presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira. Nesta categoria não há voto popular. As personalidades que mais se destacaram em 2018 serão conhecidas no dia 16 de fevereiro, quando O GLOBO publicará um caderno especial. A cerimônia de premiação acontecerá em março.
2019-01-22T10:26:21Z
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# Ajuda Como faço para participar do Rio Gastronomia, no Jockey Club Brasileiro? A entrada é gratuita para circular pelas áreas do Rio Gastronomia, no Jockey Club Brasileiro. Para assistir as aulas dos chefs, no entanto, é preciso se inscrever no horário e tema desejado no site do Clube Sou + Rio antecipadamente. A programação já está disponível em nosso site e em breve as inscrições estarão abertas. Confira: https://clubesoumaisrio.oglobo.globo.com/ Como funciona o Prêmio Rio Show de Gastronomia? Quando ele será divulgado? O prêmio escolhe os melhores restaurantes do Rio em diversas categorias. Será divulgado no dia 21 de agosto. Como é o funcionamento dos restaurantes participantes da seção de quiosques durante o Circuito Gastronômico? Os restaurantes não estarão com seus cardápios completos durante o evento. Cada quiosque participante escolhe sua forma de pagamento. Caso queira confirmar antecipadamente, sugerimos entrar em contato com as filias dos restaurantes para consulta. Quando e onde acontecem as feijoadas do concurso “Feijoada Nota 10”? O concurso acontece durante todo o mês de agosto e é realizado nas quadras das escolas de samba. A programação está disponível em nosso site. ## Informações Úteis Horários de Funcionamento Circuito Rio Gastronomia - 21, 22, 23 e 27, 28, 29 e 30 de agosto Horário: Quinta - 16h às 22h // Sextas - 16h às 23h // Sábados - 12h às 23h // Domingos - 12h às 21h. Roteiro Gastronômico - De 01 a 30 de agosto Horário: De acordo com o funcionamento de cada estabelecimento participante. Horário: Quinta - 16h às 22h // Sextas - 16h às 23h // Sábados - 12h às 23h // Domingos - 12h às 21h. Roteiro Gastronômico - De 01 a 30 de agosto Horário: De acordo com o funcionamento de cada estabelecimento participante. Mais informações 1. Fique atento aos horários das programações; 2. Use roupas confortáveis; 3. Não há guarda volumes no local; 4. Não será permitida a entrada com garrafas, objetos cortantes ou que apresentam riscos à segurança do público; 5. O estacionamento é terceirizado e pago, sujeito à lotação; 6. Prefira o transporte público: metrô, ônibus ou taxi; Boa diversão! 2. Use roupas confortáveis; 3. Não há guarda volumes no local; 4. Não será permitida a entrada com garrafas, objetos cortantes ou que apresentam riscos à segurança do público; 5. O estacionamento é terceirizado e pago, sujeito à lotação; 6. Prefira o transporte público: metrô, ônibus ou taxi; Boa diversão! ## Fale Conosco Dúvidas ou sugestões? Envie um e-mail para riogastronomia.socialmedia@gmail.com
2019-01-22T11:09:48Z
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2019-01-22T16:52:34Z
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2019-01-22T11:16:16Z
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Nos 7 dias de evento abertos ao público, mais de 70.000 pessoas passaram pelo Jockey para prestigiar a gastronomia carioca. Foram muitas opções de boa comida, incluindo quiosques de alguns dos melhores restaurantes do Rio e dos badalados foodtrucks. Roland Villard, Danio Braga, Nanda de Lamare, além do trio de chefs do programa The Taste Brasil, André Mifano, Claude Troigros e Felipe Bronze, foram algumas das celebridades gastronômicas que deram ao evento uma dimensão ainda maior com suas aulas e palestras. O público pôde não apenas degustar de todas as receitas apresentadas, mas, em alguns casos, colocar a mão na massa. Os shows do Rio Gastronomia também foram um caso à parte. A começar pela dupla Andy Summers, do The Police, e Rodrigo Santos, do Barão Vermelho, abrindo o evento, no dia 21, passando por Evandro Mesquista & Fabulous TAB, Bondesom, Marina Elali, Mart'nália, Rodrigo Sha e Rodrigo Lampreia, que encerra o Festival. Muito obrigado a todos os participantes, chefs, professores, profissionais, além de um agradecimento especial para nossos patrocinadores e apoiadores que fazem conosco deste evento, o maior evento de gastronomia do país. Com toda certeza, temos um encontro marcado no próximo ano, com mais surpresas, mais aromas e, claro, grandes sabores.
2019-01-22T10:27:57Z
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Junto com a sócia Cristiane Preciado, Eduardo Preciado é o proprietário do restaurante japonês Minimok, que funciona desde 2002 e já conta com unidades na Barra, Ipanema e Leblon. O conceito de bistrô intimista é levado a sério pelos donos e pelo sushiman paulista Carlos Ohata, para remeter ainda mais às origens japonesas, sem esquecer, claro, esse intercâmbio carioca. Na aula do Rio Gastronomia, a dupla Edu Preciado e Carlos Ohata falaram sobre bebida e comida. Preciado ficou a cargo dos saquês, e abriu para degustação do público. Ohata fez o prato principal, Ebi no Sumissô.
2019-01-22T10:45:03Z
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7,971
Uma seleção das delícias que marcaram o Rio Gastronomia este ano! No eBook lançando pelo jornal O Globo estão reunidas 50 das receitas ensinadas no evento, todas com dicas de vinhos para acompanhar. O download do livro digital pode ser feito pelo link http://glo.bo/1rLFtMV. Lá é possível encontrar um apanhado de dicas e o passo a passo de pratos de chefes renomados, como Roberta Sudbrack, Katia Barbosa, Felipe Bronze e Claude Troisgros. As receitas de camarões com abacaxi ao curry vermelho, do chefe “thai” David Zisman (com direito a passo a passo do curry), e o mocotó de vitela do chefe Danio Braga, um dos grandes nomes da cozinha italiana, são ensinadas. Não poderiam ficar de fora a salada de batata frita do Gula Gula nem o segredo da linha de tartare do Gero, com cortes feitos só na faca, mais rústicos do que a versão francesa – contados pelo italiano Luca Gozani.
2019-01-22T10:26:15Z
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O chef Olivier Cozan trouxe toda sua família para a aula "Entre crepes de galetes", no auditório principal do Rio Gastronomia, no Jockey Club. Também pudera: a plateia estava lotada de crianças e, à espreita, pais, tios e avós observavam orgulhosos. Foi a vez dos pequenos colocarem a mão na massa e prepararem seus próprios crepes. Com ingredientes às mãos, a garotada se divertiu, montando os pratos mais coloridos e criativos que passaram por aqui. Confira a galeria de fotos com imagens dessa pequena experiência gastronômica.
2019-01-22T10:25:22Z
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2019-01-22T11:07:45Z
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Na sexta-feira, o Rio Gastronomia foi marcado pela presença do trio de chefs mais aguardado pelo público: André Mifano, Claude Troigros e Felipe Bronze, apresentadores e mentores do reality show The Taste Brasil. Apesar da parceria já estar consolidada, esta foi a primeira vez que os três cozinharam juntos! Para a plateia completamente lotada no auditório do Jockey, eles prepararam um prato cada um durante a aula. Claude Troigros foi o responsável pela entrada. Sua composição foi o carpaccio de vieira com batata-doce agridoce. Em seguida, André Mifano fez um ravióli de joelho de porco como prato principal. Fechando a aula, Felipe Bronze ficou a cargo da sobremesa, claro. Ele ensinou um bolo de amendoim com doce de leite e cocada nitro, usando o nitrogênio, sua marca. Cada participante presente na aula pôde provar o sabor dos pratos e conferir o cheiro e a textura dos alimentos.
2019-01-22T10:27:34Z
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2019-01-22T10:48:32Z
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Ana RoldãoNascida em Portugal, adotou o Brasil para viver. Além de chef, é historiadora e consultora nas áreas de marketing e gestão de patrimônio cultural. Andrea HenriqueCozinha saudável é seu mote de trabalho. Especialista em receitas veganas e raw food que unem saúde e novos sabores e conceitos. Andrea Panzacchi e William BarãoApaixonado por sorvetes, o italiano, da Vero, revolucionou o gosto pelos gelados no Rio. Com ele no evento, o barman William Barão, do SOBE. Arthur SauerO chef tem renomados restaurantes, nacionais e internacionais em seu currículo. Da Enoteca Pinchiorri, em Florença, na Itália, ao Grupo Fasano, no Rio e em São Paulo. Bruno Moreira LeiteAtualmente é mestrando em Ciência Gastronômicas pela Universidade Nova de Lisboa e sua área de pesquisa engloba temas tão diversos como a Gastronomia Molecular e a Cozinha Luso-Brasileira. Carlos Ohata e Edu PreciadoA dupla, do restaurante Minimok, vai contar e mostrar um pouco do resultado da constante pesquisa que fazem em torno da cozinha japonesa. Carol FigueiredoChef e sócia do restaurante Market, em Ipanema. Carol defende que a cozinha saudável pode, sim, ser muito saborosa. Claude Troisgros, Felipe Bronze e André MifanoJuntos na TV, Claude Troisgros - o francês com alma brasileira, Felipe Bronze - um dos principais chefs da gastronomia brasileira - e André Mifano - paulista apaixonado pela culinária italiana - dispensam maiores comentários. Daniel LameirãoGraduado em gastronomia, o chef carioca comanda as cozinhas da Deli Delícia e vai reunir as melhores combinações, dicas e macetes para se construir um sanduíche de sucesso em sua aula. Danio BragaReferência em gastronomia no Brasil, o italiano é dono do Sollar Búzios e responde pela cozinha da pousada de luxo Locanda della Mimosa. David ZismanEm uma aula cheia de aromas, o chef especializado em comida tailandesa vai ensinar a magia do curry em suas mais variadas versões. Dionísio ChavesCarregando o título de sommerlier brasileiro mais premiado, o carioca é também dono do restaurante italiano Duo, na Barra, e da Bottega del Vino, no Leblon. EcochefsCiça Roxo, Teresa Corção e Ana Salles fazem parte do grupo de cozinheiros com responsabilidade socioambiental, o Ecochefs. Fabiana D´AngeloBrigadeiro é tão bom que saiu do balcão e conquistou os salões mais elegantes. No evento, a chef vai mostrar o porquê do seu fazer tanto sucesso. Fabiane AlheiraÉ especialista em Nutrição no Senac RJ e atua também na área de Gestão de Restaurantes, Controle de Qualidade e Alimentação Saudável. Guga RochaChef de cozinha, pesquisador, escritor e apresentador de televisão, ele ficou conhecido por se especializar na culinária dos quilombos brasileiros. José HonoratoFormou-se como sommelier de cervejas pelo Senac-RJ. É consultor para restaurantes, bares e supermercados, elaborando cartas de cerveja. Também é o embaixador da Moa Beer no Brasil. Katia e Bianca BarbosaMãe e filha juntas vão mostrar as mais diversas - e gostosas - variações do arroz. Luca GozzaniQuem já provou não esquece: os tartares do Gero são verdadeiras joias da gastronomia e o chef da casa vai ensinar seus truques em uma aula imperdível. Manu ZappaEla já liderou a cozinha do Hotel Hilton, em Londres e passou por cursos na Índia, Marrocos, Tailândia e Malásia. É boa de papo e de fogão. Marcelo ScofanoÉ especialista em azeites, formado como desgustador profissional pelo IFAPA. Além disso, é Ecochef pertencente ao Instituto Maniva e professor no Senac Rio. Maria VictoriaQuem não gosta de bolo? A chef carioca se especializou no assunto e vai ensinar todos os truques de um bolo perfeito. Nanda De LamareResponsável pela cozinha do Gula Gula, "comandante gastronômica" das 17 unidades da rede. Natália SantosChef da Unilever no Brasil, é graduada em Nutrição e pós-graduada em Gastronomia. No evento, falará sobre algumas tendências gastronômicas e como aplicá-las no dia a dia em aula oferecida pela Knorr. Olivier Cozan O chef, nascido na Bretanha, é um supercraque dos crepes. Este ano, abriu o Crepe Nouveau, especializado na receita francesa. Pedro de ArtagãoVencedor na categoria "melhor doce" em 2014, o chef vai falar sobre a cozinha franco-carioca. Pedro SiqueiraNovidade que está dando o que falar na cidade, o chef vai apresentar receitas "com selo de pureza". Rafael CardosoO Ator, que teve destaque na novela Império vivendo o chef Vicente, é apaixonado por cozinha e divide suas experiências gastronômicas no Blog "Pura Mesa", além de ser sócio do restaurante "Puro". Roberta SudbrackFamosa por escolher sempre um ingrediente 100% brasileiro para elaborar receitas naturalmente sofisticadas, a chef gaúcha não se cansa de quebrar tabus na cozinha. Roland VillardFrancês, há 18 anos no comando do estrelado restaurante Le Pré Catelan, é o único chef da América Latina a integrar a Academia Francesa de Culinária. Yasmin YonashiroSommelière de saquês entre as mais conceituadas do país, ela está à frente do tradicional restaurante Naga.
2019-01-22T11:23:33Z
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2019-01-22T11:29:17Z
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2019-01-22T11:20:47Z
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### Ceviche de Vieiras com Batata-doce Agridoce #### Chef: Claude Troisgos (Olympe) 16/09/2015 / ATUALIZADO 16/09/2015 **Caldo** **INGREDIENTES:** - 350ml de água - 80g de açúcar - 2 barras de canela - 3 cravos - 2 anis-estrelado - 100g de gengibre fatiado - suco de 2 limões-sicilianos **MODO DE FAZER:** - Ferver todos os ingredientes por 5 minutos. **Batata-doce** **INGREDIENTES:** **MODO DE FAZER:** - Cortar uma batata com pele em lâminas longas, de 1milímetro de espessura. Ferver as lâminas neste caldo durante 3 e 4 minutos e retirar. Guardar. **Vieiras** **INGREDIENTES:** - 8 vieiras bem frescas limpas - Sal e pimenta a gosto **MODO DE FAZER:** - Fatiar as vieiras em fatias de 2 milímetros de espessura. **FINALIZAÇÃO:** - Dispor uma lâmina de batata doce no prato, colocar as vieiras em cima e cobrir com mais uma lâmina de batata-doce. - Decorar com brotos e flores orgânicas comestíveis.
2019-01-22T10:30:29Z
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### Espuma de cocada #### Chef: Felipe Bronze (Oro) 15/09/2015 / ATUALIZADO 15/09/2015 - Foto: **Espuma de cocada** **INGREDIENTES:** - 5 litros de leite de coco - 1 lata de leite condensado - 2l de leite - 2kg de coco ralado - 1kg de açúcar - 1l de água **MODO DE PREPARO:** - Em uma panela com fogo baixo, junte o açúcar, a água e o leite. Quando dissolver o açúcar, agregue todos os ingredientes, exceto coco ralado, e cozinhe por 15 minutos. - Junte o coco ralado, tampe a panela e deixe até que esfrie. Com ajuda de uma thermomix, bata a base por 5 minutos e passe por peneira fina. - Quando fria, passe para uma garrafa de sifão feixe e coloque duas cargas. Guarde em frio por 15 minutos antes de usar. Despeje a espuma sobre um banho de nitrogênio. Sirva imediatamente. **Bolo de Amendoim** **INGREDIENTES:** - 10 claras - 2 gemas - 250g de açúcar - 250g de amendoim - 60ml de leite integral - 20g de farinha de trigo **MODO DE PREPARO:** - Em uma panela, leve o açúcar em fogo médio até que caramelize. Estenda esse caramelo sobre um tapete de silicone até que esfrie. - Leve o amendoim ao forno até ganhar cor. Deixe esfriar. Junte todos os ingredientes em um liquidificador e bata por um minuto. - Passe o líquido por uma peneira e complete o sifão dando 3 cargas. Deixe descansando por 15 minutos em frio. - Em um copo descartável, despeje a base ocupando 1/3 do copo, leve imediatamente ao microondas por 40 segundos na temperatura máxima. Retire do micro-ondas e deixe esfriar com a boca para baixo. Com ajuda de uma faca, remova o bolinho.
2019-01-22T11:07:26Z
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### Farofa com Gema Perfeita e Azeitonas em Pó #### Chef: Gisela Abrantes (Senac) 16/09/2015 / ATUALIZADO 16/09/2015 **Farofa** **INGREDIENTES:** - 50g de farinha de mandioca flocada - 25g de manteiga - 1 dente de alho - Sal e pimenta - Brotos de salsa para decorar **MODO DE PREPARAR:** - Doure o alho na manteiga, acrescente a farinha e tempere **Gema perfeita** **INGREDIENTES:** **MODO DE PREPARAR:** - Coloque água numa panela e desligue ao ferver. - Coloque, dentro da panela, uma concha com a gema de ovo caipira, por 1 minuto e 30 segundos. Retire a concha, escorra a água e reserve a gema. **Azeitona em pó** **INGREDIENTES:** **MODO DE PREPARAR:** - Retire o caroço das azeitonas e leve, por 120ºC, por 30 minutos ao forno ou até secarem. - Deixe esfriar, coloque num saco e passe um rolo até ficarem trituradas. **MONTAGEM:** - Num copinho, coloque a farofa, a gema, o pó de azeitona, sal, pimenta e decore com brotos de salsa.
2019-01-22T10:27:49Z
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16/09/2015 / ATUALIZADO 16/09/2015 **Massa** **INGREDIENTES:** - 1kg de farinha de sarraceno - 50g de ghee - 400ml de água filtrada - Sal e açúcar a gosto **MODO DE FAZER:** - Misturar delicadamente os ingredientes até a massa ficar homogênea **Recheio salgado** **INGREDIENTES:** - 200g de queijo emmental - 2 fatias de presunto royale - 1 ovo **Recheio de brigadeiro belga** **INGREDIENTES:** - 50g de ghee - 200g de chocolate belga - 200g de leite condensado **MODO DE FAZER:** - Misturar os ingredientes em uma panela a fogo baixo e mexer até dar o ponto de brigadeiro satisfatório
2019-01-22T10:25:50Z
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### Mousse Romeu e Julieta #### Chef: Rafael Cardoso (Puro) 16/09/2015 / ATUALIZADO 16/09/2015 **INGREDIENTES:** - 200ml de creme de leite fresco - 200g de leite condensado - 450g de Philadelphia - Raspas de 1/2 limão - ½ colher (sopa) de essência de baunilha (opcional) - 300g de goiabada cremosa - Gelatina (opcional) **MODO DE FAZER:** - Bata o Philadelphia até ficar bem cremoso e reserve. - Bata o creme de leite até o ponto de chantilly, adicione o leite condensado, o Philadelphia, as raspas de limão e a essência de baunilha e misture. - Coloque em copinhos e deixe resfriar. Na hora de servir, finalize com a goiabada cremosa.
2019-01-22T10:27:15Z
http://eventos.oglobo.globo.com/rio-gastronomia/2015/receitas/ravioli-contemporaneo/
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16/09/2015 / ATUALIZADO 16/09/2015 **Recheio de peixe** **INGREDIENTES:** - 300g de filé de peixe branco (robalo, cherne, namorado) - 3 colheres de cenoura ralada - 1 alho-poró cortado em rodelinhas bem finas (só a parte branca) aferventados em água e sal por 5 minutos e escorrido - 4 tomates picados sem semente e sem casca - 5 colheres de sopa de azeite - Sal - 1 colher de sobremesa de pimenta dedo de moça picada sem as sementes - 3 colheres de sopa de manjericão picado **MODO DE FAZER:** - Em uma panela, coloque o azeite, deixe esquentar, coloque a cenoura, o alho-poró, mexa durante 1 minuto e acrescente os tomates. - Acrescente o sal e a pimenta dedo-de-moça. Coloque o peixe. Deixe cozinhar nesse molho, por 2 minutos de cada lado. Acrescente o manjericão. Reserve. - Depois de frio, com as mãos, faça pedacinhos do filé de peixe. Divida em quatro porções iguais. Reserve o molho. ** ** **Purê de feijão verde fresco** **INGREDIENTES:** - 100g de feijão verde fresco - 300ml de água - 2 talos de aipo sem os fios, pois serão usados depois - 2 colheres de sopa de azeite - 4 colheres de sopa de castanha de baru picada e ligeiramente torrada. - 4 colheres de sobremesa de farinha PANKO - 4 colheres de sobremesa de queijo parmesão de ótima qualidade ralado - Sal **MODO DE FAZER:** - Em uma panela pequena, coloque a água, o sal e o aipo. Deixe ferver e coloque os feijões. Deixe cozinhar até que estejam bem macios. Retire do fogo. Reserve a água. Deixe esfriar. Para fazer o purê, coloque no liquidificador os feijões, o aipo e meia xícara da água do cozimento. Bata para formar um purê de consistência suave, mas firme, que se mantenha sobre a massa. Caso seja necessário, coloque mais um pouquinho de água. Corrija o sal e coloque 2 colheres de sopa de azeite. Misture. Reserve. **Massa** Caso queira usar massa fresca feita em casa, são 100g de farinha de trigo para um ovo. Usaremos massa fresca industrializada de boa qualidade. Aproximadamente 500g. **COZIMENTO:** - Cozinhe a massa de acordo com as instruções da embalagem, em água fervendo e sal. - Cozinhe um pedaço de cada vez para que não grude uma na outra. Retire da panela e estique sobre um pano limpo. Cozinhe todos os pedaços. Corte-os em quadrados de 5 cm de lado. Serão usados 3 quadrados em cada porção. No caso de 4 pessoas serão 12 pedaços. **MONTAGEM:** No fundo de um prato, coloque: Um quadrado de massa, um pedacinho de peixe com o molho em que foi cozido cobrindo o pedacinho de peixe, para que fique suculento, outro quadrado de massa, de modo que as pontas se desencontrem. Sobre ele, o purê de feijão com uma colher de sopa do baru picado por cima. Cubra com mais um quadrado de massa desencontrando as pontas. Cubra este último com uma colher de sobremesa de parmesão misturado com uma colher de chá de farinha PANKO. Leve ao forno para esquentar e gratinar, colocando numa travessa untada e em banho-maria. **Pesto de rúcula** **INGREDIENTES:** - 2 xícaras de folhas de rúcula bem lavadas, secas e sem os talos - 1/2 xícara, aproximadamente, de azeite. - Sal **MODO DE FAZER:** - Bata no liquidificador até formar uma pasta. Reserve. **Coulis de tomate** **INGREDIENTES:** - 4 tomates sem pele e sem semente - Sal - 1 pitada de açúcar **MODO DE FAZER:** - Bata no liquidificador até formar um creme. Reserve. - O pesto de rúcula e o coulis de de tomate são opcionais . Mas farão toda a diferença na hora da finalização do prato. - Sirva os raviólis bem quentes com os molhos frios ao lado.
2019-01-22T10:26:31Z
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# O evento Considerado o maior evento de gastronomia do país, o Rio Gastronomia chegou, em 2015, à sua 5ª edição ainda mais charmoso. O Circuito Rio Gastronomia, de 20 (Prêmio Rio Show de Gastronomia) a 30 de agosto, reuniu no Jockey Club Brasileiro mais de 70 mil pessoas que prestigiaram quiosques de restaurantes premiados, como Gero, Irajá, Pomar Orgânico, Aconchego Carioca, Entretapas, Tenkai, Sawasdee Bistrô, Colombo, Osteria Dell'Angolo e Laguiole; uma amostra do que há de melhor na produção familiar fluminense na Feira de Sabores; os melhores Foodtrucks do momento, como o da chef Roberta Sudbrack e o novíssimo do Gula Gula; e a novidade do ano: a Feira da Cachaça. Isso tudo, sem falar, é claro, das mais de 80 aulas, degustações e palestras de profissionais top da gastronomia nacional. O evento também tomou conta da cidade. Fora do Jockey, o Roteiro Gastronômico com mais de 400 restaurantes oferecendo menus a preços especiais durante todo o mês de agosto, o concurso Feijoada Nota 10 nas quadras das escolas de samba e aulas de gastronomia no Fashion Mall. Enquanto aguardamos ansiosos a edição de 2016, confira todos os registros do evento através dos perfis oficias do Rio Gastronomia no Facebook, Instagram e Twitter. O prêmio Rio Show de Gastronomia abre o evento, no dia 20, e é uma noite de grandes emoções. Este ano será a 13a edição desta tradicional premiação do jornal O GLOBO, que reúne chefs, gourmets e donos de restaurantes de toda a cidade em torno da eleição dos melhores restaurantes, bares, lanchonetes, chefs e tudo o mais que envolve este delicioso universo. Quem será o grande vencedor de 2015? O momento mais esperado é a revelação do melhor restaurante que, este ano, será anunciado pela apresentadora da TV Globo, a jornalista Ana Paula Araújo. Atualmente são 32 categorias, divididas em dois grupos, cada um com dez jurados, entre jornalistas, artistas, músicos e gourmets em geral. A crítica de gastronomia do GLOBO, Luciana Fróes, vota nos dois grupos seguindo critérios que julgam o conjunto da obra de cada concorrente. Este ano, há duas novas categorias: hambúrguer e comida da madrugada. Além das categorias tradicionais, há também um prêmio especial, concedido a pessoas ou associações que se destacaram durante o ano e escolhido pela equipe de jornalistas da revista Rio Show, do GLOBO. O restaurante Ibérico, por seu projeto de sustentabilidade, ganhou no ano passado, e em 2013, quem venceu foi o grupo dos ecochefs. O Prêmio Rio Show de Gastronomia elegeu em 2015, numa noite de grandes emoções, o que há de melhor na gastronomia carioca. Esta que foi a 13ª edição da tradicional premiação do Jornal O GLOBO reuniu chefs, gourmets e donos de restaurantes de toda a cidade. O momento mais esperado foi a revelação do melhor restaurante que, este ano, foi anunciado pela apresentadora da TV Globo, a jornalista Ana Paula Araújo. São 32 categorias, sendo duas especiais: feijoada e personalidade da gastronomia, e as demais divididas em dois grupos, cada um com dez jurados. Duas novas categorias entraram na disputa: melhor hambúrguer e melhor da madrugada. Conheça os vencedores do 13º Prêmio Rio Show de Gastronomia:
2019-01-22T10:44:33Z
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Baixe o aplicativo Menu for Tourist e tenha acesso aos cardápios dos restaurantes e trucks do Rio Gastronomia. Ao chegar ao evento utilize o aplicativo para escolher o seu prato e agilizar seu pedido. Nunca mais tenha problemas para comer fora de casa. O Menu for Tourist te ajuda a achar o restaurante mais próximo e saber exatamente quanto vai gastar. ;) Aplicativo disponível para: App Store Google Play
2019-01-22T11:07:01Z
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Todo o dia é dia de colocar a mão na massa no Rio Gastronomia. E hoje foi em grande estilo: os inscritos para o encontro com Claude Troisgros e Roberta Sudbrack conferiram de perto duas das receitas queridinhas dos chefs e acompanharam todo o processo. Antes mesmo de ficar com água na boca, a plateia de mais de 200 pessoas degustou e aprovou o resultado. Entre outros destaques, no auditório Ela Gourmet, a historiadora portuguesa Ana Roldão mostrou que história e gastronomia têm tudo a ver e contou um pouco sobre como os doces portugueses foram abrasileirados ao longo do processo de colonização brasileira e também sobre as receitas que surgiram desse caldeirão cultural. Também no mesmo auditório, a barista Nina Rodrigues trouxe uma apresentação sobre o processo de degustação do café - desde o plantio até o consumo, com oferecimento do Café Orfeu. No espaço Fecomércio RJ, o chef Alexandre Henriques, da Gruta de Santo Antônio, compartilhou a receita especialíssima de Bacalhau Espiritual. Ao final, os participantes da oficina "mão na massa" degustaram o resultado com harmonização da cerveja Therezópolis Diamante, perfeita para esse tipo de prato. A atração musical da noite ficou por conta do show de Matheus VK, com seu repertório irreverente e cheio de personalidade. Já conferiu as próximas atrações do Rio Gastronomia? Não perca tempo e programe-se, porque o evento vai até domingo! Confira a lista completa de atrações aqui.
2019-01-22T11:39:12Z
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O penúltimo dia de Rio Gastronomia trouxe debates super conscientes e, claro, muita mão na massa. No espaço Fecomércio RJ, o chef Pedro de Artagão e o cozinheiro José Hugo Celidônio compartilharam seus truques de mestre com o grupo que se inscreveu para a oficina "Mão na Massa". No auditório ao lado, o destaque foi a aula do "Banco Rio de Alimentos", com degustação de bolinho de capim limão e suco de maracujá com repolho roxo - tudo feito com muito carinho pela chef Neide Marco, com alimentos reaproveitados e em perfeito estado. No auditório Ela Gourmet, os bate-papos foram comandados por Sério Bloch, com a estreia da série "Na boca do povo", e também com o lançamento do livro "Rio, Paisagem Gastronômica", com texto da crítica gastronômica Luciana Fróes, que reúne entrevistas com chefs renomados na cena carioca, além de imagens inéditas da cidade. Para fechar a noite, o Samba do Mosquito trouxe clássicos do gênero e levantou o público na Praça Riotur. Amanhã é o último dia pra conferir o melhor da gastronomia carioca por aqui. Os melhores restaurantes, barzinhos, foodtrucks, petiscos, produtores e talentos gastronômicos da cidade em um só lugar. Não perca tempo e garanta já o seu ingresso!
2019-01-22T10:27:00Z
http://eventos.oglobo.globo.com/rio-gastronomia/2016/fique-por-dentro/programacao-intensa-anima-o-ultimo-dia-de-rio-gast/
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Quem veio a um dos sete dias de Rio Gastronomia pode confirmar: teve programação para todos os gostos e paladares. Oficina de molhos franceses, bate-papo sobre comida vegana, palestra com receitas espertíssimas para o preparo do cupim, restaurantes que variam da alta gastronomia até a mais deliciosa gastronomia de rua, além de uma feira de produtores com itens fresquinhos vindos diretamente da fonte foram algumas das atrações que passaram pelos armazéns 3 e 4 do Pier Mauá. Entre as atrações do dia no auditório Ela Gourmet, Alana Rox compartilhou com os inscritos sua experiência de mais de 12 anos como vegana. Ela aproveitou a oportunidade para lançar seu livro "Vida Vegana", com receitas que desenvolveu ao longo dessa caminhada. "Ser vegana pra mim é uma missão de vida", explica. O auditório também recebeu um papo animado sobre os nutricosméticos. As nutricionistas Patrícia Gomes e Mariana Jara comandaram a conversa que desmistificou muitos pontos sobre as "mágicas" cápsulas. "Os nutricosméticos são a cereja do bolo. Eles só fazem efeito se o seu corpo estiver saudável", defendem. No auditório SENAC foi dia de fazer a criançada colocar a mão na massa. A oficina "Do fim ao início", comandada pelo chef Fred Monnier, ensinou aos pequenos as práticas básicas da culinária. Mais tarde, o auditório recebeu o chef Daniel Lameirão, da Deli Delícia, para ensinar sobre as diferenças entre salmão defumado, lox e gravlax. Ao final, claro, o público degustou e comprovou os diferentes sabores entre os preparos. Os inscritos no auditório SENAC também puderam degustar a barriga de porco com purê de abóbora preparada pelo chef Jimmy McManis, do Ogrostronomia, feitos a base de cerveja Therezópolis. Pra fechar não só a noite, mas a temporada 2016 do Rio Gastronomia, Rodrigo Santos trouxe para o palco da praça Riotur os maiores sucessos do Barão Vermelho. E você, já está ansioso pela próxima edição? Confira a cobertura completa desse ano nas nossas redes (Facebook, Instagram e Twitter) e aguarde pelas novidades!
2019-01-22T10:27:19Z
http://eventos.oglobo.globo.com/rio-gastronomia/2016/fique-por-dentro/rio-gastronomia-reune-mais-de-40-mil-visitantes-em/
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Os Armazéns 3 e 4 do Pier Mauá receberam, entre 04 e 13 de novembro, a 6ª edição do Rio Gastronomia! O evento mais uma vez aproximou os principais chefs da culinária carioca do grande público, ocupando a irresistível e revitalizada Zona Portuária do Rio. De casa nova, o Rio Gastronomia teve o dobro de espaço da edição anterior - aproximadamente 13 mil m² de área ocupada - além de oferecer aos visitantes a deslumbrante vista da Baía de Guanabara. Ao todo, foram 143 aulas de gastronomia gratuitas, divididas entre os auditórios Senac, Ela Gourmet, Espaço Therezópolis e Espaço Kids. O público pode ainda se deliciar com 17 restaurantes, 13 foodtrucks, 04 opções de comida de rua, 09 bares, além de conhecer os 21 produtores na Feira de Sabores. Nomes como Guga Rocha, Claude Troisgros, Pedro Artagão, Roberta Sudbrack, Felipe Bronze e Kátia Barbosa passaram por lá. Pra encerrar cada dia de programação em grande estilo, o palco Riotur recebeu grandes atrações musicais, como Moraes Moreira e Rodrigo Santos. No vídeo, você confere alguns desses momentos inesquecíveis.
2019-01-22T10:27:22Z
http://eventos.oglobo.globo.com/rio-gastronomia/2016/fique-por-dentro/sabor-e-saude-abrem-a-segunda-semana-de-rio-gastro/
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A segunda semana de Rio Gastronomia começou fervendo! Entre os destaque, Rita Lobo dividiu com o público do auditório Ela Gourmet suas experiências e percepções sobre alimentação saudável. "Comida de verdade é comida sem rótulo", definiu. Entre cliques com os fãs e autógrafos nos seus livros, a apresentadora do canal GNT também apresentou seu mais novo lançamento: um azeito leve e frutado que em breve estará à venda. Outro destaque do dia foi o papo com Morena Leite, chef do restaurante do Capim Santo, no auditório Senac. A baiana trouxe como tema a cozinha tropical e apostou na tapioca como ingrediente principal do prato preparado para uma plateia com mais de 200 pessoas. Os inscritos provaram, além do prato com tapioca, um brigadeiro de capim limão - marca registrada do restaurante. O espaço do Senac também recebeu, entre outros convidados, o chef Leonardo Paixão, que apresentou os segredos da culinária contemporânea mineira em três pratos com ingredientes principais diferentes: lula, cordeiro e polvo. O público inscrito, claro, saboreou e aprovou a criação do chef. Para participar, basta se inscrever no credenciamento do evento até 30 minutos antes das palestras e oficinas. Garanta jã o seu espaço, porque todas as atrações são sujeitas a lotação. Pra fechar a noite, Diogo Nogueira levantou o público com um show com grandes sucessos da sua carreira e da história do samba - nada mais carioca! Já conferiu a programação dessa última semana de evento? Não perca tempo e garanta já seu ingresso!
2019-01-22T10:28:13Z
http://glab.oglobo.globo.com/rionarua/show/oriente/
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## Oriente | Tiago Tosh **Oriente** Formado pelos MCs Chino e Nissin, além do beatbox Geninho e o violinista clássico Nobru, Oriente foi formado em 2009 em batalhas de rima em Niterói (RJ) e estreou com o primeiro álbum em 2011. Lançado de forma independente, “Desorientado” apresentou o sucesso “O Vagabundo E A Dama” e foi seguido por dois álbuns, que já renderam ao Oriente mais de 350 milhões de visualizações no Youtube. **Artista: Tiago Tosh** Tiago Pereira da Silva Gomes, conhecido no mundo da arte e pelos amigos como TOSH, é um artista com a consciência em expansão.
2019-01-17T13:38:48Z
http://infograficos.oglobo.globo.com/brasil/grafico-coligacoes.html
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# O mapa das coligações ## Dos 16 mil candidatos a prefeito no Brasil, 13 mil têm o apoio de outros partidos. Analisamos todas as coligações nos mais de 5,5 mil municípios. O resultado é um emaranhado de ligações de todos com todos, mas também com alguns padrões. O PMDB, por exemplo, lançou não apenas mais candidatos, como buscou o maior número de apoio. O PT é quem mais participa das coligações lideradas pelo PMDB. #### CANDIDATOS # PCdoB *1.658* candidatos a prefeito *95,3%* coligados com um ou mais partidos ##### Participação das legendas nas coligações do candidato a prefeito # O mapa das Coligações Fábio Vasconcellos Vinicius Machado Luciano Sartorio Dos 16 mil candidatos a prefeito no Brasil, 13 mil têm o apoio de outros partidos. Analisamos **todas as coligações** nos mais de 5,5 mil municípios. O resultado é um emaranhado de ligações de todos com todos, mas também com alguns padrões. O PMDB, por exemplo, lançou não apenas mais candidatos, como buscou o maior número de apoio. O PT é quem mais participa das coligações lideradas pelo PMDB. Leia a matéria ### Entenda o Gráfico O *tamanho do círculo*representa o volume de ligações do partido do candidato com outras legendas. A *posição do círculo*revela a importância do partido no total de coligações. Quanto mais central, mais relacionado ele está. A *largura do fio*representa a frequência do apoio recebido pelo partido. *Passe o mouse*sobre os círculos para ver as frequências das coligações. *Clique*para ver detalhes das coligações. Veja a **versão interativa** com todos os partidos acessando este especial no computador # Como os partidos distribuem suas parcerias políticas Na rede de coligações, o PMDB ocupa a parte central porque tem o maior número de associação com os partidos. Em torno dele gravitam outras legendas igualmente importantes, como PSD, PSDB e PDT. O PT ocupa uma posição secundária. ### PMDB PT  |  648 coligações Apesar de ter rompido com o PMDB no plano federal, o PT está presente em 648 coligações de candidatos peemedebistas. ## PMDB O PMDB lançou mais candidatos a prefeito e buscou também o maior número de parceiros políticos nas suas coligações. ### PT PCdoB  |  286 coligações Nas coligações dos candidatos do PT, o PCdoB está presente em 37% das vezes. O PDT, segunda maior relação, em 28%. ## PT Dos grandes partidos, é o que apresenta a menor taxa de candidatos coligados: 77% ou seja, 768 petistas concorrem com o apoio de outras legendas. ### PSD PSDB  |  413 coligações Entre as coligações do PSD, a maior presença é do PSDB (32%). Em seguida vêm PP e DEM. ## PSD É o terceiro partido com o maior número de candidatos a prefeito. Dos mais de 1,3 mil candidatos, 95% estão coligados. ### PSDB DEM  |  604 coligações O DEM é quem mais aparece nas coligações com o PSDB. Em seguida vem o PSD e o PP. ## PSDB O partido apresenta a maior taxa de candidatos coligados: 95,6%. São mais de 1,6 mil candidatos concorrendo ao cargo de prefeito no país. # Partidos Coligados e o perfil das coligações A maior parte das coligações nas eleições para prefeito este ano tem entre 2 e 4 partidos (34,7%), seguido de grupos formados com 5 ou até 7 legendas (28%). ### O Perfil das Coligações Um percentual muito reduzido de partidos lançam candidatos sem o apoio de coligações. ### Os 15 partidos com mais candidatos e o percentual de coligados O PSOL é o partido que mais concorre sem coligações partidárias. Mais de 84% dos candidatos da legenda estão sozinhos no pleito. O PT também apresenta um proporção maior de candidatos isolados quando comparado com o PMDB. # AS MAIS FREQUENTES PARTICIPAÇÕES EM COLIGAÇÕES Considerando todos os partidos que lançaram candidatos a prefeito com o apoio de coligações, é possível identificar as legendas com maior presença nesses apoios. Entre os dez principais relações, sete são ocupadas por candidatos do PMDB, e a sua principal relação em valores absolutos é com o PT, seguido do DEM. ## A maior coligação do Brasil tem *24* partidos ### Candidato Andre Luiz Coelho Merlo ### Cidade Governador Valadares (Minas Gerais) ### Partido PSDB ### Coligação *“Valadares tem jeito”* PSDB - PRB - PP - PDT - PTB - PMDB - PSL - REDE - PSC - PPS - DEM - PSDC - PRTB - PR - PHS - PMN - PMB - PTC - PSB - PV - PPL - PSD - SD - PROS Partidos buscam sempre ter o maior número de apoios para limitar a força dos adversários. É o caso do candidato do PSDB de Governador Valadares, que conta com aliança de mais 23 partidos. Seus três adversários do PT, PEN e PRB concorrem sem coligações.
2019-01-19T17:15:38Z
https://infograficos.oglobo.globo.com/brasil/o-efeito-cabral.html
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# O Efeito Cabral ## Como as investigações sobre o ex-governador, preso há um ano, revelaram o esquema de corrupção sistêmica no governo do Rio ## O Efeito Cabral Como as investigações sobre o ex-governador, preso há um ano, revelaram o esquema de corrupção no governo do Rio Em 2015, porém, Cabral voltou ao noticiário ao ser citado por delatores da Andrade Gutierrez na **Lava-Jato.** Segundo executivos, Cabral cobrava propina de 5% dos contratos. Que 5% é esse? Que história é essa de que esses 5% era algo que vigia no governo? Que maluquice é essa? Sérgio Cabral, em depoimento ao juiz Marcelo Bretas 10 de julho de 2017 Além de Cabral, a Polícia Federal prendeu, no mesmo dia, os **ex-secretários Wilson Carlos** (Governo, na foto) e **Hudson Braga** (Obras). **O setor de Obras** foi o primeiro núcleo do governo Cabral a ter esquema de corrupção revelado pela Lava-Jato. No mês seguinte, a mulher de Cabral, **Adriana Ancelmo**, foi presa. Seu escritório de advocacia era usado para lavar dinheiro. Não comprei com nenhum objetivo de lavar dinheiro, e sim de presentear a minha mulher. Era sobra de campanha, o que foi um grande erro meu. Sérgio Cabral, em depoimento Eles contaram que usaram contas bancárias no exterior para **ocultar US$ 100 milhões de Cabral**, Wilson Carlos e Carlos Miranda. A delação dos Chebar gerou a **Operação Eficiência**, em janeiro de 2017. Depois de desvendar o esquema de propina na área de **Obras**, a investigação chegou ao setor de **Transportes**. Em junho, a Operação Ponto Final revelou que empresas de **ônibus** pagaram **R$ 144 milhões em propina** a Cabral. Em março de 2017, o Superior Tribunal de Justiça **prendeu e afastou** cinco conselheiros do TCE-RJ, delatados pelo ex-presidente do tribunal. O grupo é acusado de **receber propina** para não denunciar irregularidades nos contratos do governo do estado. Até hoje, os conselheiros não voltaram ao tribunal. No entanto, **outros personagens da festa** na França ainda seriam identificados com o avanço das investigações. As investigações apontaram que Nuzman e Cabral atuaram juntos para **comprar votos** para trazer as **Olimpíadas **para o Rio de Janeiro. Eles são acusados de receber propina de **empresários de ônibus**. O esquema da Fetranspor envolveu ao menos R$ 131 milhões em propina, segundo o MPF. Cabral e outros envolvidos negam as acusações. Até agora, o ex-governador virou réu em 16 processos. **Foi condenado em três processos na primeira instância**. ### Reportagem #### Juliana Castro e Marco Grillo ### Edição #### Daniel Lima e Gabriel Cariello ### Arte #### Ana Luiza Costa ### Desenvolvimento #### Wérick Vieira CRÉDITOS: O Globo
2019-01-19T17:17:55Z
http://infograficos.oglobo.globo.com/brasil/os-numeros-do-setor-de-saneamento.html
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Os números do setor de saneamento CRÉDITOS: Fonte: CNI, com base em dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS)
2019-01-19T16:59:59Z
http://infograficos.oglobo.globo.com/cultura/a-batalha-das-biografias.html
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# A batalha das biografias ## Entenda os detalhes jurídicos, leia artigos e relembre os detalhes do debate sobre a liberação de biografias não autorizadas. ### Conheça a polêmica O debate sobre biografias não autorizadas esquentou no final de 2013. Apesar de a ação movida pela Associação Nacional dos Editores de Livros (Anel) no Supremo Tribunal Federal contra artigos do Código Civil que protegem os biografados estar em andamento desde 2012, o assunto ganhou força no dia 2 de outubro, quando Ancelmo Gois publicou, em sua coluna no GLOBO, a posição do Procure Saber, grupo presidido por Paula Lavigne, contra a demanda dos profissionais do livro, que foi reforçada por artigos de alguns de seus membros mais ilustres (Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil) no GLOBO. Reunimos os capítulos principais desta história aqui, incluindo os textos publicados por editores e escritores rebatendo os argumentos dos músicos. ### Seleção de artigos ### Paulo Cesar de Araújo diz que lançará edição atualizada de biografia sobre Roberto Carlos O escritor Paulo Cesar de Araújo comemorou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de acabar com a exigência de autorização prévia para publicação de biografias e anunciou que lançará uma edição atualizada do seu livro sobre o cantor Roberto Carlos, que teve a distribuição barrada. ### STF vota pelo fim da autorização prévia de biografias Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votaram em unanimidade pela liberdade da publicação e venda de biografias, mesmo sem autorização da pessoa enfocada na obra. Estava em julgamento a ação proposta pela Associação Nacional dos Editores de Livros (Anel) contra artigos do Código Civil que proíbem a divulgação e publicação de livros com fatos sobre uma pessoa sem autorização dela ou da família, no caso de mortos. Para a ministra, a regra é inconstitucional. e empresário 10/06 ### Afonso Borges O que está em jogo não é a tal intimidade, à qual os personagens contrários à liberdade de expressão clamam. O que está em jogo, de verdade, é grana. "Quem entra nesta jogo sabe que não vai ter privacidade, nunca. O que está em jogo é quanto eles vão receber para que se falem dele. O que está em jogo é quanto os herdeiros vão receber para que se conte a história do parente morto. É só grana. Nada mais. [...] Em qualquer país sério, vale a liberdade de expressão, ou seja, quem quiser, escreva, filme, grave o que quiser, sobre quem quiser. Se a pessoa se sentir atingida, ultrajada, ou ferida em seus brios, entre na Justiça e brigue por seus direitos."Leia o artigo Site O Globo ### Batalha judicial entre Roberto Carlos e biógrafo vira livro Paulo Cesar de Araújo lança o livro "O réu e o rei - Minha história com Roberto Carlos, em detalhes", em que relata como foi a briga judicial, inclusive com detalhes sobre a audiência criminal em que o autor esteve frente à frente com Roberto Carlos, e na qual o juiz Tércio Pires deu um disco para o cantor e pediu para tirar uma foto. Ouvido pelo GLOBO, Pires diz que o episódio não aconteceu como relato por Araújo. ### Roberto Carlos pede ao STF para participar do processo das biografias O cantor Roberto Carlos entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal para que possa participar — por meio de seu Instituto Amigo — das discussões do processo sobre a publicação de biografias no Brasil. Se aceito, o instituto participará na figura de “amicus curiae”, ou seja, como interessado na causa, inclusive com direito à sustentação oral de seus argumentos no dia do julgamento. ### Câmara aprova projeto que permite publicação de biografias sem autorização A Câmara aprovou, em votação simbólica, um projeto de lei que permite a publicação de biografias de personalidades públicas sem que o autor precise pedir autorização ao biografado. Para passar a valer, o projeto têm ainda de ser aprovado pelo Senado e ser sancionado pela Presidência da República. 06/11 ### Jason Tércio A vida privada é um importante ramo de pesquisa histórica praticada no mundo todo” “Temas como vestuário, trabalho doméstico, tipos de alimentação, hábitos à mesa, higiene, a intimidade no quarto revelam costumes e valores de uma época. Portanto, historiadores brasileiros também são afetados pelas restrições atuais. [...] Os artistas da Procure Saber estão confundindo biografia com bisbilhotice de revistas de fofoca, às quais eles abrem prazerosamente suas casas para mostrar a beleza de seus móveis, decorações, piscinas, quartos. O trabalho dos biógrafos é outro: buscar a essência de seu personagem, com todas as suas contradições e complexidades. Entender isso é fundamental para se avançar na discussão.”Ler artigo completo Site O Globo ### Biografias: as raízes da controvérsiaQuando me lançei, três anos atrás, na missão de escrever a primeira biografia do extraordinário Mário de Andrade, ainda em andamento, eu preferi esquecer o Código Civil, Roberto Carlos e sua cruzada obscurantista Sempre houve proibição parcial ou total de livros no mundo, em qualquer país, por motivos religiosos, políticos e morais. Até Harry Porter e a pedra filosofal foi proibido em alguns estados norte-americanos e queimado por grupos fundamentalistas no México, sob a acusação de promover bruxaria. Mas são situações excepcionais em democracias modernas. Não conheço nenhum Estado democrático contemporâneo que tenha uma aberração jurídico-cultural como o artigo 20 do nosso Código Civil, que impede até a comercialização de um livro sem autorização. Sabe-se que leis não significam necessariamente avanços e conquistas. Este é um exemplo de óbvio retrocesso. Diante da intimidação e dificuldades permitidas pelo Código Civil, alguns autores de biografias anunciaram ter desistido de escrever livros do gênero. Mas a melhor atitude é resistir, insistir, não se curvar a essa legislação talibanesca, defendida por alguns músicos famosos. Quando me lançei, três anos atrás, na missão de escrever a primeira biografia do extraordinário Mário de Andrade, ainda em andamento, eu preferi esquecer o Código Civil, Roberto Carlos e sua cruzada obscurantista. O principal argumento em jogo, direito à privacidade, é uma conquista universal do mundo moderno, consagrado por lei na maioria dos países. Compreende-se que em seu nome, muitos políticos brasileiros apoiem a censura às biografias, por fazerem na vida pública o que fazem na privada... Mas o problema está muito além dessa dicotomia. Desde o século XVIII, e especialmente a partir de meados do século XX, a vida privada é um importante ramo de pesquisa histórica praticada no mundo todo. Temas como vestuário, trabalho doméstico, tipos de alimentação, hábitos à mesa, higiene, a intimidade no quarto revelam costumes e valores de uma época. Portanto, historiadores brasileiros também são afetados pelas restrições atuais. Ao invocar a privacidade para censurar o conteúdo de biografias, o grupo de artistas e alguns herdeiros de biografados já mortos querem, portanto, manipular uma parte da história cultural do Brasil, como se o legado de vidas públicas fosse um patrimônio particular. O caso de Gloria Perez, sempre citado pelos artistas, é uma apelação emocional descabida, pois não teve nada a ver com invasão de privacidade. A novelista impetrou uma ação cautelar para impedir a distribuição de um livro escrito pelo assassino da filha dela, contando seu relacionamento com a vítima e sua versão do crime, antes do julgamento. E felizmente o livro foi interditado. O próprio conceito de privacidade é relativo. Pessoas públicas de qualquer área perdem o direito à privacidade absoluta, por conta da permanente visibilidade social de suas atividades. E a publicação, em livro, de uma informação íntima que seja comprovadamente verdadeira, já divulgada por outros meios ou, se inédita, que conste de arquivo público, não é tecnicamente invasão de privacidade. Os artistas da Procure Saber estão confundindo biografia com bisbilhotice de revistas de fofoca, às quais eles abrem prazerosamente suas casas para mostrar a beleza de seus móveis, decorações, piscinas, quartos. O trabalho dos biógrafos é outro: buscar a essência de seu personagem, com todas as suas contradições e complexidades. Entender isso é fundamental para se avançar na discussão. Na raiz dessa controvérsia provinciana está a nossa falta de tradição no gênero biográfico. Ao contrário do mundo anglo-americano, no Brasil as biografias só tomaram impulso a partir de meados do século XX, com as obras de Edgard Cavalheiro, Raimundo de Menezes, Francisco de Assis Barbosa, Lúcia Miguel Pereira, Luiz Viana Filho, Raimundo Magalhães Júnior. Mas ainda demorou até a década de 1990 para esse gênero literário se consolidar no mercado editorial brasileiro. Outro motivo histórico tem a ver com uma visão limitada em relação à importância dos livros e da educação para a evolução de uma sociedade. Essa visão remonta aos tempos coloniais, quando os portugueses e a Igreja Católica controlaram durante quase 300 anos a circulação de livros (e ideias) e subestimaram a educação. Enquanto os colonizadores espanhóis criaram já no século XVI as primeiras universidades (Peru, México, República Dominicana, Bolívia, Colômbia e Equador), no Brasil a primeira universidade (não faculdade) foi a USP, em 1934! Esta situação é agravada por um puritanismo mal disfarçado e uma ânsia hipócrita de manter as aparências – daí as restrições moralistas e cafonas apresentadas por herdeiros de biografados e até por músicos que se dizem libertários. Talvez essa mentalidade esteja mudando, como indica o amplo repúdio da opinião pública à cruzada da Procure (não) Saber. Os biógrafos, por sua vez, sairão desta polêmica mais responsáveis, mais cuidadosos, e conscientes de que biografar pessoas vivas é uma tarefa mais complicada, sujeita a concessões e autocensura. Mesmo numa narrativa despretenciosa e superficial, informações relacionadas à honra ou à dignidade devem ser comprovadas por mais de uma fonte, de preferência não oral. Geralmente, por cacoete jornalístico, biógrafos superestimam as fontes orais, quando na verdade o documento escrito ou audiovisual tem muito mais credibilidade, porque a lembrança de fatos remotos é sempre uma versão passível de equívocos ou até de distorções deliberadas. 06/11 ### Zuenir Ventura Essa aliança de artistas deixou como saldo imagens arranhadas e relações estremecidas” “Essa parceria [Roberto Carlos e Caetano Veloso] foi responsável por um dos momentos mais emocionantes da música brasileira, quando o Rei foi visitar Caetano no exílio de Londres, em 1970, e de lá saiu com inspiração para a bela canção-homenagem “Debaixo dos caracóis dos seus cabelos”. Porém, em termos de ação política conjunta, é difícil a dupla ter futuro. De um lado, o Rei, um moita, cheio de segredos, mistérios e cismas. De outro, Caetano, transparente, franco, expansivo, exibido e sem papas na língua.”Ler artigo completo Site O Globo ### Terá valido a pena?Até agora, essa aliança de artistas deixou como saldo imagens arranhadas e relações estremecidas, sem falar no estigma de ter trazido à cena o fantasma da censura prévia Fui cobrado por ter escrito há 15 dias que a polêmica sobre as biografias “já deu o que tinha que dar” e que ninguém mais iria convencer ninguém que já não estivesse convencido. Como, parodiando Machado de Assis, “sofro de tédio à controvérsia”, quando elas viram bate-boca, propunha que se aguardasse então a decisão da Justiça. Estava enganado, as discussões continuaram e ficaram ainda mais acirradas. Esqueci que no Brasil polêmica acaba em polêmica, isto é, não acaba, uma dá início a outra, como agora, com a aparente mudança de posição do Procure Saber e o real racha entre seus integrantes. A novidade é a transferência das divergências para o âmbito dos próprios membros do grupo, a julgar pelo que tem vazado para a imprensa. Zózimo Barroso do Amaral noticiaria assim: “Não convidem para a mesma mesa Roberto Carlos e Caetano Veloso.” Essa parceria foi responsável por um dos momentos mais emocionantes da música brasileira, quando o Rei foi visitar Caetano no exílio de Londres, em 1970, e de lá saiu com inspiração para a bela canção-homenagem “Debaixo dos caracóis dos seus cabelos”. Porém, em termos de ação política conjunta, é difícil a dupla ter futuro. De um lado, o Rei, um moita, cheio de segredos, mistérios e cismas. De outro, Caetano, transparente, franco, expansivo, exibido e sem papas na língua. O desacordo interno surgiu com a destituição de Paula Lavigne como porta-voz do grupo e sua substituição por um hábil advogado da confiança de Roberto, junto com um “gerenciador de crises” para orientar o “vídeo do recuo”. A partir de uma experiência pessoal, acho que foi uma injustiça. A culpa pelo ruído entre os dois e pela desunião da turma não deve ser atribuída a Paula, que, apesar da fama, é mais conciliadora do que briguenta (peço licença para uma revelação: Caetano ficou 15 anos sem falar comigo por causa do “1968”. Um dia, ela pegou os dois pelas mãos, disse “Vamos deixar de viadagem” e jogou um nos braços do outro). Discute-se agora para descobrir se a nova posição do Procure Saber é uma disfarçada confissão de derrota, um recuo estratégico em face da desaprovação da sociedade (também a Academia Brasileira de Letras decidiu apoiar no STF a ação dos editores de livros) ou se, como advertiu Merval Pereira, é uma proposta mais perigosa do que a anterior porque contém um maquiavélico “efeito colateral”, capaz de amordaçar por extensão a imprensa. Rompendo um demorado silêncio, Roberto Carlos criticou publicamente a “posição mais radical” adotada até então. Poderia então, já que se mostra menos radical, aceitar a sugestão do editor Roberto Feith e retirar a proibição ao livro sobre ele. O que pensam os colegas sobre o discurso do novo porta-voz? Até agora, essa aliança de artistas deixou como saldo imagens arranhadas e relações estremecidas, sem falar no estigma de ter trazido à cena o fantasma da censura prévia. Terá valido a pena tanto desgaste, inclusive para as biografias dos envolvidos? O objetivo não era preservá-las? ### Roberto Carlos deixa a Associação Procure Saber O cantor Roberto Carlos não faz mais parte do grupo Procure Saber. O comunicado veio de seu empresário, Dody Sirena. Cicão Chies, sócio de Sirena na empresa DC Set, também deixa a vice-presidência da Associação. As razões que levaram o Rei e sua corte a se desligarem do Procure Saber estão relacionadas às discordâncias geradas pela forma com que foi conduzido o debate sobre as biografias não autorizadas. **+ Entrevista de Paula Lavigne sobre a saída de Roberto Carlos e o Procure Saber** 05/11 ### Roberto Feith O papel do protagonista da História na construção da nossa ideia de nacionalidade está no cerne da ação movida pela Anel” “Não está em discussão o direito do cidadão anônimo, daquele que não tem acesso à mídia, ao formador de opinião. Ao contrário. O debate é sobre a tese de que a trajetória de Getúlio, Garrincha ou Noel Rosa, a de Lula, Pelé ou Caetano Veloso fazem parte da construção da nossa ideia de Nação.”Ler artigo completo Site O Globo ### Vidas privadas, interesse públicoNosso compromisso é não só com a liberdade de expressão e o direito de acesso à história, mas também com o rigor e a qualidade na informação A nova postura do pessoal do Procure Saber, se manifestando contra a exigência de autorização prévia para as biografias, é muito bem-vinda. Como disse Gilberto Gil com a eloquência e o brilho de sempre, “o debate nos faz bem, nos amadurece, nos faz mais humanos, mais humildes”. A discussão nos fez avançar e ganhou o interesse coletivo. Claro que, para dar corpo à nova postura, seria muito bom se Roberto Carlos retirasse sua proibição à publicação da biografia do Paulo César Araújo, obra de qualidade e seriedade reconhecidas e que foi retirada das livrarias pelo Rei sem que até hoje se informasse o motivo para tal medida. Mas avançamos, como também foi um avanço deixar de lado determinadas propostas aventadas por parte, e não todos, os integrantes do Procure Saber, tal como o pagamento do “dízimo” aos biografados ou a possibilidade de algumas personalidades públicas, como artistas, terem o direito de veto às biografias, e outros, como políticos, não. Fica, entretanto, faltando uma última questão para a construção de um consenso duradouro. Nos seus depoimentos os integrantes do Procure Saber não fazem menção à ideia de que, como grandes nomes da cultura, como protagonistas da vida nacional, sua história também faz parte da história de todos nós; que o acesso de historiadores e escritores às suas trajetórias deve ser pensado no contexto do direito dos brasileiros de acederem à história do seu país. Para colocar a questão de forma mais direta, o debate sobre privacidade proposto pelos Procure Saber não tem sentido sem incorporar a discussão sobre a necessidade de tratamento distinto para figuras de grande dimensão pública. No seu depoimento, Gilberto Gil disse que “quando nos sentimos invadidos, julgamos que temos o direito de nos preservar e, de certa forma, de preservar todos os que de alguma maneira não têm, como nós, acesso à mídia, ao Judiciário, aos formadores de opinião”. Me desculpe, Gil, mas não está em discussão o direito do cidadão anônimo, daquele que não tem acesso à mídia, ao formador de opinião. Ao contrário. O debate é sobre a tese de que a trajetória de Getúlio, Garrincha ou Noel Rosa, a de Lula, Pelé ou Caetano Veloso fazem parte da construção da nossa ideia de Nação. O papel do protagonista da História na construção da nossa ideia de nacionalidade está no cerne da ação movida pela Associação Nacional dos Editores contra a censura às biografias. É preciso, entretanto, reiterar que os editores defendem o direito da publicação de informações comprovadamente verídicas, apuradas dentro da lei, no melhor espírito do rigor editorial, historiográfico e jornalístico. Nosso compromisso é não só com a liberdade de expressão e o direito de acesso à história, mas também com o rigor e a qualidade na informação. Gil disse que “queremos, sim, garantias contra os ataques, os excessos, as mentiras, os aproveitadores”. Nada mais justo. Quem escrever ou publicar mentiras deve responder por isto, e, para tal, existem leis contra a infâmia e a difamação. 03/11 ### Adriana Calcanhoto Concordo com Roberto Carlos” “Diferentes pessoas vivendo a mesma coisa nunca contarão a mesma história, cada uma terá a sua versão. Então acho que entendo o que Roberto Carlos quer dizer.”Ler artigo completo Site O Globo ### Concordo com Roberto CarlosEm um ponto: diferentes pessoas vivendo a mesma coisa nunca contarão a mesma história, cada uma terá a sua versão Em um ponto. Algumas passagens de uma biografia só mesmo o biografado é capaz de contar, só ele viveu aquilo daquele jeito. Diferentes pessoas vivendo a mesma coisa nunca contarão a mesma história, cada uma terá a sua versão. Então acho que entendo o que Roberto Carlos quer dizer. Grande parte da minha biografia, por exemplo, contando ninguém acredita. Vamos a um episódio qualquer. Em 1987, em Porto Alegre, fiquei nua no show da Rita Lee no Gigantinho. Fato. Está nas páginas, na minha biografia e nas das milhares de pessoas que estavam no show. Está na biografia da minha mãe, embora ela na época não tenha achado a me-nor graça. Na tarde do show ensaiei com a própria Rita, no palco vazio, a performance. Ela na frente dizendo: — Sobe aqui, caminha por esta marcação no chão, tá vendo? Faz este caminho marcado com fita-crepe. Aqui nesta estrelinha desenhada no chão, você vem, bem na ponta do palco, abre a capa e fica nua pra 12 mil pessoas, falô? — Só isso? — Só, meu. Disparei para arranjar uma capa. Sapato de saltão, ou sapatão de salto, se preferirem, gel pra espetar o cabelo blonde... — O quê? Ah, sim, tô saindo sim. Vou ali no Gigantinho ficar pelada, não demoro, não. Voltei para o ginásio. Nada foi muito complicado, calcei os sapatos e estava pronta. Fiquei assistindo debaixo do palco, à Rita cantando, inteiramente encapetada, incrível ver dali. Omitirei detalhes porque me basta o inevitável e não quero que advogados achem que estou publicando aqui parte da biografia dela e não da minha. Estou aqui humildemente inaugurando o gênero “autobiografias desautorizadas pela memória da própria escritora”. Daqueles fatos lembro bem, ou melhor, jamais esqueceria. Rita fazendo um showzaço, Suely Aguiar, a melhor produtora do Brasil, ali ao lado… Já pensou? Um dia trabalhar com a Sue, ser uma dessas cantoras bem doidas com quem ela trabalha? Rita chamou a Miss Brasil 2000 ao palco. Subi, caminhei pela marcação, cheguei à estrelinha, fui até bem a ponta, abri a capa e fiquei nua para as 15, 12, 15, nunca sei, mil pessoas. Então virei para a banda e abri a capa para os músicos, não adianta, fui educada assim. Isso é o que consta na minha biografia, nas páginas, com muitas testemunhas. Desci e já no corredor dos vestiários em direção ao camarim… — Adriana, você é a Adriana? — Sim, você sabe que sim, acabou de me ver no palco. — Não tem roupa nenhuma mesmo aí debaixo dessa capa? — Não, você sabe que não. Com licença, por favor? — Olha, eu fui advogado da Elis Regina e de outras estrelas da mú… — Dá licença, por favor? — E tava pensando… se a gente… Eu não via jeito de escapar. O homem era enorme, estava bêbado e me encurralava contra a parede. Meu camarim, o úuultimo do corredor. Segurando a capa com as mãos e com os saltos altíssimos, não tinha ângulo para dar um golpe, digamos, baixo, e continuar equilibrada. Todas as atenções voltadas para o palco. Passou um vulto pelo corredor e pensei “estou salva”, mas, como não voltou, concluí “estou frita”. Poderia aparecer alguém agora, meu Deus, um segurança, um biógrafo dando sopa, sei lá. De repente, do nada, no começo do corredor, Suely acende as luzes e pergunta: — Meu, tá tudo bem aí? Corri pro camarim tentando não perder o equilíbrio, o topete e a pose, em vão. Nem “muito obrigada, Suely” eu disse. Mas ela virou o “meu anjo Suely”, e daquele monstro o que ela fez eu jamais soube. Dela também fiquei sem saber, mas nunca a esqueci. Creio então que o rei está certo, há passagens sobre as quais só o biografado poderá falar, ou parecerão, se escritas por outra pessoa, no meu caso, por exemplo, ficção — científica. Mas concordo mesmo é com Joaquim Barbosa e Ana Maria Machado (e o seu livrinho) e acho que o importante mesmo é a conversa. Precisamos debater, atualizar, aprimorar as leis e, sobretudo, cumpri-las. Calúnias, difamações, inverdades e afins devem pesar no bolso de quem as publica, são inaceitáveis. P.S. Anos depois, 2002 mais precisamente, no Rio, em reunião no escritório do meu novo empresário, depois de conversarmos, ele disse: — Tô animado, vamos lá. Vou chamar a sua produtora…Vem cá, Sue! Sue? Como Sue? Não tinha entendido que Leo e Sue trabalhavam juntos. No show da Rita estava ocupada abrindo a capa, não me detive a certos detalhes, e, aos que me detive, cala-te boca. Mas Sue seria aquela Sue, a Sue-ly Aguiar, o meu anjo Suely? Ela aparece na porta com um sorriso: — E aí, meu? Não posso contar essa história que choro toda vez. 03/11 ### Caetano Veloso Felizmente estamos todos sofrendo por ter ousado abrir o diálogo.” “A defesa da intimidade é assunto palpitante no mundo atual. Não apenas a facilidade de entrar em correspondência eletrônica exibida pelas novas tecnologias, mas também casos como o esforço inglês de conter os terríveis abusos a que chegou sua imprensa tradicionalmente bisbilhoteira. Claro que o princípios luminosos da liberdade de expressão e do direito à informação reagiriam, como reagiram e reagirão, à ameaça que esse mundo novo apresenta. A discussão está longe de ter chegado a um termo. Não seria a mera retirada dos dois artigos do Código Civil que daria a última palavra sobre o assunto entre nós.”Ler artigo completo Site O Globo ### CódigoRC só apareceu agora, quando da mudança de tom. Apanhamos muito da mídia e das redes, ele vem de Rei É incrível que se queira dar agora a impressão de que os artistas reunidos na associação Procure Saber tenham mudado de posição quanto à questão das biografias. Se é para dizer que devemos equilibrar os dois princípios constitucionais — o do direito de livre expressão (na verdade o de informação) e o direito à privacidade —, isso já foi feito por Paula Lavigne em entrevista ao “Estadão” e em aparição no programa “Saia Justa”. O artigo de Gil que saiu no GLOBO ao lado de uma entrevista de Joaquim Barbosa (em que a edição enfatizava uma oposição que, se lidos os dois textos, era mais uma complementaridade na busca do fiel da balança) já apontava para o amadurecimento, entre nós, da discussão sobre o assunto. Eu próprio, em minhas afirmações mais definidoras, disse que os artigos 20 e 21 do Código Civil não eram bons e mereciam uma reescritura. Atribuí a Roberto Carlos o fato de ter sido obrigado a chegar até ali. Eu, que sempre me posicionara contra a exigência de aprovação prévia para biografias. Hoje (sexta) leio que um administrador de crises sugere que a Procure Saber seja desfeito, já que a mácula de atitude de censores pode sumir das imagens dos artistas, que são mais amados por grandes feitos ao longo de muitos anos do que odiados por uma campanha inglória, mas não da de uma associação. Bem, o mínimo que posso dizer é que justamente meu desprezo pela ideia de cuidar de minha imagem como quem a programa para obter aprovação é o mesmo que me leva a tender para a liberação das biografias e a olhar com desconfiança para o conselho do especialista. O que me interessa nessa confusão toda é o avanço que nossa sociedade pode ter ao deparar-se com esse quase-impasse. O pequeno artigo de Ruy Castro (não apenas um biógrafo ilustre como o pioneiro na guerra pública contra a necessidade de autorização) na “Folha” de hoje mostra, em termos simples, a inutilidade do novo discurso moderado. Mais veemente do que ele, Jânio de Freitas, um jornalista de histórico glorioso, viu na recente virada estratégica um desrespeito pior aos princípios democráticos do que na radicalidade dos primeiros pronunciamentos: ambos, Castro e Freitas, veem sobretudo dissimulação. Para mim, ressalta o fato de que não há novidade conceitual nenhuma, como já disse no primeiro parágrafo. Pode-se dizer que Roberto Carlos esteja se dirigindo ao público num tom de quem admite que o tema seja discutido, não como quem veta a hipótese de qualquer relativização da obrigatoriedade de autorização prévia. Mas isso porque Roberto era tido e sabido como o inimigo número um da invasão da privacidade. É notório que não era o meu caso, mas também ficou claro não ser o de Gil, Paulinha ou Djavan, por exemplo. A defesa da intimidade é assunto palpitante no mundo atual. Não apenas a facilidade de entrar em correspondência eletrônica exibida pelas novas tecnologias, mas também casos como o esforço inglês de conter os terríveis abusos a que chegou sua imprensa tradicionalmente bisbilhoteira. Claro que o princípios luminosos da liberdade de expressão e do direito à informação reagiriam, como reagiram e reagirão, à ameaça que esse mundo novo apresenta. A discussão está longe de ter chegado a um termo. Não seria a mera retirada dos dois artigos do Código Civil que daria a última palavra sobre o assunto entre nós. Felizmente estamos todos sofrendo por ter ousado abrir o diálogo. O mero reconhecimento da importância do tema nos deveria tornar tolerantes com os vacilos, as imprecisões, as atitudes suspeitas de quem quer que tente tratar do assunto. Mas, se o tom unilateral que tomou a imprensa me causou alguma revolta, as notas e matérias que deixam entrever manobras suspeitas provocam considerável mal-estar. O artigo de Fernanda Torres na “Folha” diz o que eu gostaria de dizer, se minha cabeça fosse centrada como a dela. Ela diz: “Sou a favor da liberação”. Mas: “Por outro lado, alguns limites merecem atenção”. E, depois de afirmar não ser justo que um criminoso lucre com o crime que cometeu, conclui que o parágrafo que se queria adicionar ao artigo 20 demanda revisão. Já há propostas de mudança nisso. A coisa vai andar. Luta iniciada pel Procure Saber. Kakay é advogado de RC, não fala oficialmente pela associação. E RC só apareceu agora, quando da mudança de tom. Apanhamos muito da mídia e das redes, ele vem de Rei. É o normal da nossa vida. Chico era o mais próximo da posição dele; eu, o mais distante. De minha parte, apesar de toda a tensão, continuo achando que estamos progredindo. Assunto global quente, o Brasil não pode tratar tolamente. 2/11 ### Arnaldo Bloch Se o indivíduo é dono da própria história, como é que se vai escrever a História das Civilizações?” “Um fã do compositor alemão Richard Wagner pode se aborrecer com o fato de ele ter sido um antissemita confesso, e, sobretudo, de sua obra ter sido usada como trilha sonora dos campos de concentração. Um judeu pode se aborrecer ainda mais, e renunciar ao deleite de uma abertura de “Tannhäuser”. Cada um na sua.”Ler artigo completo Site O Globo ### Ainda biografiasUma pergunta para Roberto Carlos: se o indivíduo é dono da própria história, como é que se vai escrever a História das Civilizações? Z uenir disse que o assunto tinha se esgotado. Caetano respondeu que o assunto ainda tinha muito o que dar. Ambos têm razão. O assunto esgotou a paciência pública, mas não se esgotou no mérito, se é que algum assunto humano possa se esgotar. Mesmo que o pleito do Procure Saber perca visibilidade após a autocrítica divulgada esta semana pelo grupo (com o vídeo de Gil e Roberto Carlos), continuará no ar o desconforto e, nos tribunais, a guerra. Como já escrevi, com candura, minha opinião sobre o mérito semanas atrás, vou deixar desta vez o mérito para lá e entrar num outro terreno: a expectativa que a idolatria incute num fã e as consequências de conhecê-lo como pessoa. E uma pergunta dirigida especialmente a Roberto Carlos: se o indivíduo é dono da própria história, como é que se vai escrever a História das Civilizações? Baseada somente na autoimagem de seus expoentes e coadjuvantes? Um fã do compositor alemão Richard Wagner pode se aborrecer com o fato de ele ter sido um antissemita confesso, e, sobretudo, de sua obra ter sido usada como trilha sonora dos campos de concentração. Um judeu pode se aborrecer ainda mais, e renunciar ao deleite de uma abertura de “Tannhäuser”. Cada um na sua. Eu ouço Wagner com devoção, sem deixar de lamentar suas posições e o sofrimento dos que passaram pelos campos ou tiveram parentes torturados pelo uso perverso da arte como moldura da ideação racista. O exemplo é radical só para ser emblemático. Caetano, Chico e Gil nada têm a ver com o Terceiro Reich. Ao contrário, estão associados a um passado de rica contestação, mais ou menos ideológica, política ou comportamental. Mas, nos dias de hoje, quando a democracia é queridinha tanto de contestadores quanto de anarco-capitalistas, a posição de Caetano, Gil e Chico a favor da censura prévia provocou um anticlímax parecido com o que um judeu melômano pode sentir ao descobrir, pela primeira vez, os pecados de Richard Wagner. O que é natural: mitos são cobrados como mitos e não como pessoas. Quando chega a uma certa longevidade, o vulto do mito se converte em narrativa fechada: nela só entra aquilo que reitera ou homologa a superfície. Na visão do fã, os atos e os fatos do passado estão para o mito como um núcleo está para um átomo. O mito contestador do sistema será sempre um contestador do sistema. Um democrata não pode questionar nenhum matiz do conceito de liberdade sem virar o demo. Para o fã começar a entender que um mito não se encerra em si é preciso explodir o núcleo e provocar um tipo de fissão, o que resulta numa terrível confusão (ou confissão?) de ideias e sentimentos. Pois envolve a aceitação de que se trata, ali, de gente, além ou aquém do mito. Um mito não defende interesses pessoais (a não ser nas narrativas sobre os deuses da antiguidade). E, na questão em debate, essa pessoalidade extrapola os limites de discussão de ideias: não há como dissociar o interesse pessoal do debate intelectual. Do contrário, haveria passeatas com duzentos mil artistas, empresários, mendigos e médicos, contra o risco de suas vidas serem abduzidas por um biógrafo. A obra de Caetano, Gil e Chico e até suas biografias pessoais, autorizadas, desautorizadas, censuradas, liberadas, de punho próprio, fragmentadas, virtuais ou transcendentais vão sobreviver com folga a esse momento. A explosão do núcleo do mito é salutar para se entender um ser humano de forma mais abrangente, e entender também a época em que vive. Polanski não deixou de ganhar Oscar por ter sido odiado como vil estuprador (as desculpas de mãe e filha só vieram recentemente). Andy Warhol em muitos aspectos era um sacana. Woddy Allen sobreviveu à pecha de seviciador de enteada. Por mais que se fale de suas piores e melhores facetas, mantém-se o mistério sobre sua real personalidade. Por isso, aliás, a ideia de uma biografia definitiva, reivindicada por alguns autores e editores, é uma perfeita tolice. Por mais que se escrevam biografias sobre um indivíduo, a verdade de um ser será, no máximo, tangenciada. Por isso é tão bom que se conheça o máximo possível de versões, incluindo o viés lendário, o imaginário coletivo, o folclore, os bons textos e os textos indigentes. Certa vez, decepcionado com o fato de Gilberto Gil ter vendido os direitos de uma música sua (sobre liberdade digital) para um anúncio de um poderoso banco na televisão, eu lhe enviei um e-mail, como fã e também como jornalista. Gil respondeu com muita serenidade falando justamente do choque entre a expectativa de um fã e a realidade de cada um, suas diferentes necessidades em diversos momentos, e suas relações variáveis com os valores, monetários ou morais. Na época publiquei a conversa na internet e não houve grilo. Foi o tipo de diálogo que não encerra questão alguma, mas que muito diz do caráter transitório dos fenômenos. Quanto a Roberto Carlos, é um caso mais complexo, tratado com brilho por José Miguel Wisnik, num texto comovente, daqueles que não estão sujeitos a revisões de posição semanais. Talvez porque Wisnik, apesar de grande artista e intelectual a anos-luz da vaidade, esteja mais preocupado com a arte e o pensar do que com aquilo que se diz da sua vida pessoal. Melhor para a sua vida. E, também, para a sua arte e o seu pensar. 01/11 ### Fernanda Torres Sou a favor da liberação.” “A liberdade de expressão está sob ameaça em muitos países latino-americanos. No Brasil, a imprensa se mantém alerta para qualquer movimento que interfira em direitos conquistados. É um tema sagrado para os meios de comunicação e entendo o porquê de a contenda ter tomado contornos tão radicais. ”Leia a íntegra do artigo do site da Folha da S. Paulo 01/11 ### Ruy Castro Agradeci e recusei delicadamente todas as propostas.” “Nos últimos 20 anos, fui convidado --pelas próprias pessoas ou por seus herdeiros-- a escrever a biografia de pelo menos quatro divas do teatro, vários compositores e músicos, um poeta, um costureiro, um cineasta, dois cartunistas, uma lenda da televisão, atletas, empresários, políticos, dois banqueiros e até a saga de duas fascinantes famílias.”Leia a íntegra do artigo do site da Folha da S. Paulo 30/11 ### Jânio de Freitas Mudar de opinião não é o mesmo que negar haver ostentado outra opinião.” “A primeira atitude bastaria, até por honestidade intelectual, aos cantores e compositores que se deixaram levar para a segunda, agora. E até pagaram por pretensa assessoria especial para isso, reabrindo um assunto que se esvaziava, como lhes convinha. ”Leia a íntegra do artigo do site da Folha da S. Paulo ### Procure Saber tira Paula Lavigne da linha de frente Os próximos passos do Procure Saber estão sendo planejados pelo advogado do Rei, Antonio Carlos de Almeida Castro, com ajuda do consultor Mario Rosa. Paula Lavigne se comprometeu a não se manifestar mais sobre as biografias em nome da associação. Teriam sido eles, em conversa com os artistas, que prepararam o texto gravado por Roberto, Gil e Erasmo Carlos com o novo posicionamento do grupo. O vídeo foi gravado com equipamento e por técnicos da produtora paulista Mixer. Mas, a empresa nega que seu diretor-executivo e fundador, João Daniel Tikhomiroff, tenha participado da produção do vídeo. Tikhomiroff, porém, fará a direção do especial de RC para a TV Globo pelo terceiro ano consecutivo. 30/10 ### Francisco Bosco A verdadeira oposição é entre o direito à informação e o direito à intimidade.” “O direito à informação é um direito que incide diretamente sobre o outro. É portanto ele que se choca contra o direito à intimidade. Ora, mascarar a verdadeira oposição e opor o direito à intimidade ao direito à livre expressão é uma prestidigitação que legitima imediatamente a acusação de censura aos que defendem a prevalência daquele.”Ler artigo completo Site O Globo ### O público e o privado VUm bom equilíbrio seria liberar as biografias não autorizadas junto à definição dos parâmetros legais correspondentes A menos que surja um fator novo, essa deve ser a minha última coluna sobre a questão das biografias. Considero minha posição agora bastante formada e esclarecida. Hoje vou comentar alguns aspectos que rondaram a discussão e, por fim, encaminhar o sentido da discussão que penso deve ser realizada para o estabelecimento dos novos parâmetros legais. A meu ver, foi notável no debate público via imprensa o não reconhecimento da legitimidade da discussão por parte dos defensores peremptórios da liberação das biografias. Os “defensores da liberdade” foram desde o início os que se comportaram da maneira mais autoritária. Vou analisar aqui duas de suas estratégias discursivas. A primeira foi a suposta oposição, martelada ad nauseam, entre o direito à liberdade de expressão e o direito à intimidade. Essa oposição, entretanto, é no mínimo problemática, senão falsa, como penso. A verdadeira oposição é entre o direito à informação e o direito à intimidade. Mas por que essa oposição nunca foi nem sequer aventada? O direito de livre expressão é afim ao direito à intimidade. Ambos dizem respeito ao indivíduo. Expressar-se é uma atividade que parte do si, do indivíduo, e se dirige ao mundo (o pref. ex-, em latim, como o eks, em grego, significam um movimento de dentro para fora). Já o direito à informação é diferente. Ele é um direito que incide diretamente sobre o outro. É portanto ele que se choca contra o direito à intimidade. Ora, mascarar a verdadeira oposição e opor o direito à intimidade ao direito à livre expressão é uma prestidigitação que legitima imediatamente a acusação de censura aos que defendem a prevalência daquele. O outro recurso empregado foi o uso, também ad nauseam, da expressão “figura pública”. É entretanto importante observar, primeiramente, que a expressão é capciosa, pois anula, em seus próprios termos, a dimensão privada da vida do indivíduo que participa da esfera pública. Uma “figura pública” seria um indivíduo já de saída expropriado de seu direito à intimidade. Aqui um problema e uma constatação. Problema: que figura não é pública? Que indivíduo não participa da esfera pública? Constatação: como observa o professor de direito civil Anderson Schreiber (no que considero o melhor artigo entre todos os que li sobre o assunto): “A Constituição de 1988 protege como direitos fundamentais a honra, a imagem e a privacidade de todas as pessoas (art. 5º, inciso X) — sem nenhuma ressalva ou atenuação, registre-se, em relação às chamadas ‘pessoas públicas’”. Conversando com as pessoas que defendiam imediatamente a liberação das biografias, pude constatar que, para elas, o biografável era sempre o outro (efeito, justamente, da expressão “figura pública”). Questionadas sobre se julgavam que o Estado deveria assegurar que informações privadas de sua vida poderiam se tornar públicas, vacilavam. Ora, que mentalidade é essa, que legisla em causa alheia? Foi péssimo para o debate que sobre seu centro tenha pairado desde o início (e ainda mais agora) a figura de Roberto Carlos. Os caprichos paranoicos desse histórico obscurantista causaram compreensível resistência geral. Mas a resistência deveria ser ao obscurantismo que ele representa e pratica, e não ao debate, que por definição é o seu contrário. Como disse na coluna passada, concluí que, no cômputo de benefícios e prejuízos, no caso específico das biografias, o respeito à vida privada deve ser considerado importantíssimo, mas não decisivo. Penso que um bom equilíbrio seria liberar as biografias não autorizadas junto a um aprofundamento da reflexão sobre os limites entre privado e público e a definição dos parâmetros legais correspondentes. “Em alguns países, por exemplo”, informa Anderson Schreiber, “não se reconhece violação à privacidade ou à honra na menção a dados que já constam de registros públicos (processos judiciais, administrativos etc.), ou já foram divulgados pelo próprio biografado em ocasiões públicas pretéritas, ou, ainda, foram legitimamente obtidas em entrevistas com pessoas identificadas. De outro lado, a transcrição em biografias não autorizadas de trechos de cartas particulares tem sido, em muitos países, considerada violação à privacidade, por infração ao sigilo de correspondência. O mesmo se tem entendido em relação ao uso de dados constantes de prontuários médicos ou de procedimentos sigilosos, ou ainda de informações relativas à intimidade sexual do biografado.” É essa a discussão que deve ser encaminhada, em vez do tudo ou nada, da histeria das letras de caixa-alta, dos “censores” versus “libertários”. Geralmente, o radicalismo é superficial. O ponto do meio é mais profundo. 30/10 ### José Dirceu No Brasil, a Justiça não é nada cega em se tratando de mídia e é raro se observar a garantia ao direito de resposta.” “O receio do Judiciário de colocar uma empresa de comunicação no banco dos réus se torna ainda mais latente em tempos de exibição pela TV dos julgamentos da suprema corte. Os processos de reparação não andam e raramente um jornal ou uma revista é condenado, assegurando o direito de resposta a quem teve sua honra ameaçada em reportagens tendenciosas.”Leia a íntegra do artigo do site da Folha da S. Paulo 29/10 ### Associação Procure Saber Nunca quisemos exercer qualquer censura.” “Temos o dever de buscar nossos direitos. Sem censura prévia. Sem a necessidade de que se autorize por escrito quem quer falar de quem quer que seja. Não negamos que esta vontade de evitar a exposição da intimidade, da nossa dor, ou da dor dos que nos são caros, em dado momento nos tenha levado a assumir uma posição mais radical.” #### Assista ao manifesto Ler artigo completo ### O manifesto Nós somos artistas, passamos a vida a tentar interpretar o sentimento das pessoas, ou, ao menos, a desnudar os nossos. Passamos a vida inteira a falar de amor e do amor. Nem por isto somos experts no assunto. Falamos com sinceridade e com emoção, tentando ser simples e tentando representar, com alguma leveza, a alma das pessoas que nos acompanham ao longo do tempo. Quando nos sentimos invadidos, julgamos que temos o direito de nos preservar, e, de certa forma preservar a todos os que de alguma maneira não têm, como nós temos, o acesso à mídia, ao Judiciário, aos formadores de opinião. Não é uma decisão fácil, mas ela passa por um juízo íntimo e julgamos ter o direito de saber o que de privado, de particular existe em cada um de nós, nas nossas vidas. Este é um ponto que não podemos delegar a ninguém: decidir o que nos toca a cada qual intimamente, decidir o que nos constrange e nos emociona. Nunca quisemos exercer qualquer censura; ao contrário, o exercício do direito à intimidade é um fortalecimento do direito coletivo. Só existiremos enquanto sociedade se existirmos enquanto pessoas. Se nos sentirmos ultrajados, temos o dever de buscar nossos direitos. Sem censura prévia. Sem a necessidade de que se autorize por escrito quem quer falar de quem quer que seja. Não negamos que esta vontade de evitar a exposição da intimidade, da nossa dor, ou da dor dos que nos são caros, em dado momento nos tenha levado a assumir uma posição mais radical. Mas a reflexão sobre os direitos coletivos e a necessidade de preservá-los, não só o direito à intimidade, à privacidade, mas também o direito à informação, nos leva a considerar que deve haver um ponto de equilíbrio entre eles. Queremos, e não abro mão do direito à privacidade e à intimidade, a nossa e a dos que podem sofrer por estarem ligados a nós. Mas queremos também afastar toda e qualquer hipótese de censura prévia. Queremos, sim, garantias contra os ataques, os excessos, as mentiras, os aproveitadores. Confiamos que o Poder Judiciário há de encontrar uma maneira de conciliar o direito constitucional à privacidade com o direito, também fundamental, de informação. Foi por acreditar que este debate seria melhor com a participação de toda a sociedade que nos juntamos, vários colegas artistas, em defesa destas ideias. O direito ao debate nos faz melhor, nos amadurece, nos faz mais humanos e humildes. Agradecemos a todos os que se expuseram conosco, que tiveram suas vidas expostas em nome de uma ideia e que por isto foram chamados de censores. Nós estamos onde sempre estivemos: pregando a liberdade, o direito às ideias, o direito de sermos cidadãos que têm uma vida comum, que têm família e que – acreditem - sofrem e amam, às vezes a dois ou na solidão, sem compartilhar com todos, momentos que são nossos. Por acreditar nesta fantástica conquista do direito à intimidade é que colocamos nossa cara a tapa, com todo o respeito, no entanto, à liberdade de informação. Nossa vida é nossa melhor defesa. E se aqui nos exprimimos, o fazemos não só em nosso próprio nome mas em nome daqueles, homens e mulheres, que não possuem o acesso que temos. Em nome de todos os que querem o direito de preservar esta belíssima conquista constitucional, a nossa privacidade, a nossa intimidade, é que esperamos que o Poder Judiciário e os demais Poderes sejam a nossa voz, a voz de todos. Não queremos calar a ninguém. Só queremos o que a Constituição já nos garante, o direito de nos defender e de nos preservar. 28/10 ### Paulo Cesar de Araújo Há 45 anos tudo em torno de Roberto Carlos é com o controle dele.” “Não foi um trecho do livro que incomodou Roberto Carlos. RC é um artista que sofre de transtorno obsessivo compulsivo e uma das características desse transtorno é controlar tudo em torno de si. [....] Desde 65, a luz se acende se ele manda acender, e apaga se ele manda apagar. Quando ele viu esse livro sendo lançado por um autor que ele não conhecia, contanto tudo sem que ele tivesse participação, ele sentiu como se o chão tivesse fugido aos seus pés. RC não precisou ler o livro. Ele ficou incomodado pela existência de um livro não autorizado que chegou co força no mercado." #### Trecho de Paulo Cesar de Araújo no Programa Roda Viva 27/10 ### Roberto Carlos Eu estou escrevendo a minha história e informando muito mais do que qualquer outra fonte." "O biógrafo também pesquisa uma história que está feita. Que está feita pelo biografado. Então ele na verdade ele não cria uma história. Ele faz um trabalho e narra aquela história que não é dele. Que é do biografado. E partir do que ele escreve, ele passa a ser dono da história. E isso não é certo." #### Trecho da entrevista ao Fantástico 27/10 ### Caetano Veloso Não temos nada na lei que leve a imprensa a pensar duas vezes. Nem as punições nem a velocidade dos julgamentos intimidam ninguém." "O que ambiciono, ao dar as costas às minhas antigas ideias simplistas a respeito, é um aprofundamento da discussão. Sinto-me à vontade na posição de desafiar o poder da imprensa. É minha cara. A exigência feita por Ana Maria Machado de que deixemos de brigar por contraste de posições e passemos a tomar conta do respeito às pessoas, que a indústria da notícia escandalosa agride, calou fundo. É nesse panorama que convido as pessoas razoáveis a pensarem comigo. Nada muito diferente do que quer a presidente da ABL: que não ajamos como se a democracia tivesse que escolher entre a censura e a difamação. Será que o tom histérico da imprensa e a psicopatia coletiva das redes são a palavra final?"Ler artigo completo Site O Globo ### Em FortalezaTodos repetem a frase 'é proibido proibir', da canção em que ecoei as paredes de Paris em 68 — que por sua vez ecoavam algum surrealista do início do século XX Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/cultura/em-fortaleza-10550570#ixzz2j1t9iygX © 1996 - 2013. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização. O ministro Marco Aurélio Mello me chamou de jurista. Jurista, eu? Ele teve a argúcia de acrescentar imediatamente “baiano” ao título que me concedeu. Percebi em tudo um tom carinhoso, mas agora só se quer ver ironias ferinas e desavenças. Todos repetem a frase “é proibido proibir”, da canção em que ecoei as paredes de Paris em 68 — que por sua vez ecoavam algum surrealista do início do século XX. Sobre ela já fiz longa reflexão em texto de resposta a Ariano Suassuna, quando este escreveu uma tardia catilinária contra o tropicalismo. Não vou repeti-la aqui: quem quiser saber que procure em “O mundo não é chato”. Aliás, a primeira coisa que me ocorreu quando li o ministro sobre mim foi brincar com o fato de que ele é mais moço do que eu: as boas maneiras pedem que se respeitem os mais velhos. Mas isso já faz mais de uma semana e eu adoraria voltar a falar do livro de Chico Amaral sobre a música de Milton ou começar a falar das “Cartas de marear”, de Helio Eichbauer. Infelizmente, ao contrário do que disse Zuenir, o assunto das biografias ainda não deu o que tinha de dar. Na verdade, depois da piada de Zuenir a imprensa intensificou a atitude tropa de choque. A tal ponto que pensei em pôr minha máscara de black bloc e enfrentar os ataques ditos não letais e assim proteger os manifestantes pacíficos que se chamam Chico, Djavan, Marisa, Erasmo, Gil, servindo-lhes de vanguarda militar informal. Mas sou da paz. O artigo de Ana Maria Machado deveria ser lido por quem quer que se interesse pelo assunto (pelo visto nas folhas e nas redes, o interesse é enorme, embora não pareça ser pelo que é discutível na questão, e sim pela oportunidade de agredir quem ganhou prestígio no Brasil, país que ainda precisamos tanto provar que não vale nada nem poderá nunca valer nada). Ela fala do instinto de autodefesa desenvolvido por quem sofreu demasiadas vezes a violência do uso ilegítimo da palavra escrita. Como jurista baiano, tendo a pensar que o PL 393, ao falar em “divulgação de imagens, escritos e informações com finalidade biográfica” dá demasiada ênfase à liberdade de informação, omitindo completamente qualquer possibilidade de proteção da intimidade. A barulheira que a imprensa faz impede que pensemos com cuidado sobre esse problema. “Divulgação” é termo muito vago e “imagem” nos leva logo a pensar em filmes e minisséries invasivos e rentáveis. Muitos põem a liberdade de expressão acima do direito à privacidade. Mas notemos que, da grande imprensa, só o “Estadão” (que não tem editora de livros) admite que se considere o equilíbrio entre esses dois direitos constitucionais. O resto diz apenas que o direito de informar é absoluto. Nunca quis censura prévia de coisa nenhuma. Mesmo a biografia de Roberto Carlos não foi censurada previamente. Um juiz, valendo-se do que o Código Civil admite, pôde pedir a suspensão das vendas. Depois as partes fizeram um acordo. Solidarizo-me com meus colegas. Ao ver notas sobre supostos dramas familiares de jovens atores (com avanços sobre motivos íntimos não confirmados por nenhum dos envolvidos), penso no que disse Ana Maria: nas revistas e sites invadem-se intimidades e a nossa discussão parece ater-se aos livros biográficos. Seja como for, o PL 393 agrava a situação de quem está exposto a isso, já que não temos nada na lei que leve a imprensa a pensar duas vezes. Nem as punições nem a velocidade dos julgamentos intimidam ninguém. O que ambiciono, ao dar as costas às minhas antigas ideias simplistas a respeito, é um aprofundamento da discussão. Sinto-me à vontade na posição de desafiar o poder da imprensa. É minha cara. A exigência feita por Ana Maria Machado de que deixemos de brigar por contraste de posições e passemos a tomar conta do respeito às pessoas, que a indústria da notícia escandalosa agride, calou fundo. É nesse panorama que convido as pessoas razoáveis a pensarem comigo. Nada muito diferente do que quer a presidente da ABL: que não ajamos como se a democracia tivesse que escolher entre a censura e a difamação. Será que o tom histérico da imprensa e a psicopatia coletiva das redes são a palavra final? Acho que Chico, Gil e eu não estarmos em posição confortável reafirma nosso histórico, ao invés de desmenti-lo. Eu desconfiaria se os três estivéssemos, ao mesmo tempo, tendo apoio unânime. Nelson Motta, biógrafo, defende força na indenização, que não repara o sofrimento do ofendido mas dói no bolso do ofensor. Não somos um bando de censores. Livros à mancheia e manda o povo pensar. Mas pensar. Em Fortaleza, entre voos longos e show puxado, não posso fazê-lo bem. Embora seja maravilha estar aqui. Mas tento e recomendo. ### Filme de Glauber Rocha sobre enterro de Di Cavalcanti está censurado há 34 anos O filme ganhou o Prêmio Especial do Júri do Festival de Cannes, em 1977, antes que a Justiça proibisse a exibição em território nacional. A filha de Di considerou a obra desrespeitosa, por mostrar o pai morto. 25/10 ### Nelson Motta Sou a favor da liberdade e da responsabilidade.” “Em países civilizados, os processos são rápidos, e as indenizações, pesadas, que funcionam como ameaça aos picaretas e estímulo à responsabilidade dos escritores. Por isso qualquer biografia é censurada previamente, não pelo biografado, mas pelos advogados das editoras, para que tudo que está escrito possa ser provado e demonstrado e nada possa motivar um processo milionário. Tem funcionado até agora, ninguém fala em mudar.”Ler artigo completo Site O Globo ### Juízo final digitalA única certeza futura é que nenhuma biografia, por melhor ou pior que seja, vai ser o juízo final do biografado No debate sobre biografias sou a favor da liberdade e da responsabilidade, mas tenho pensado muito sobre a maior das privacidades, a da dor e do sofrimento humano, que talvez seja mais uma discussão moral do que legal. Expor as delícias, as conquistas, os gozos, as indecências, os excessos e as vilanias de personagens públicos pode ser discutível, mas quais os limites para a exposição da intimidade de alguém, famoso ou anônimo, na dor de uma perda pessoal, vitimado por uma doença, uma violência, uma humilhação, perenizando seu sofrimento ? Entre o fato e sua narrativa, não há lei para a medida certa, só a busca da verdade, a honestidade das fontes e pesquisas, a moderação da linguagem. É inaceitável que a dor das vitimas gere ganhos para criminosos, como o assassino de Daniela Perez. Nos Estados Unidos e na Inglaterra a lei é clara: condenados não podem explorar a sua notoriedade e seu crime, seja em livros, filmes ou documentários. Não há lei brasileira sobre isso. Em países civilizados, os processos são rápidos, e as indenizações, pesadas, que funcionam como ameaça aos picaretas e estímulo à responsabilidade dos escritores. Por isso qualquer biografia é censurada previamente, não pelo biografado, mas pelos advogados das editoras, para que tudo que está escrito possa ser provado e demonstrado e nada possa motivar um processo milionário. Tem funcionado até agora, ninguém fala em mudar. Se a Justiça brasileira é lenta e atrasada, não é adequando a lei ao seu atraso que ela vai melhorar. Mas na era da internet, mesmo quando um livro ou filme difamatório é tirado de circulação por decisão judicial logo após seu lançamento, já é tarde demais, tudo já está nas nuvens eternas da rede. Não é proibido proibir, é inútil. No capitalismo, resta ao ofendido a reparação em dinheiro, que não paga o sofrimento, mas castiga os malfeitores. Na sociedade da informação e do espetáculo circulam na rede tantas mentiras, boatos, lendas, calúnias e difamações sobre todo mundo, que a única certeza futura é que nenhuma biografia, por melhor ou pior que seja, vai ser o juízo final do biografado. 24/10 ### Geneton Moraes Neto O problema não são os artistas. Os problemas não são os biógrafos. O problema é a lei." "Editoras estão com medo de publicar não apenas biografias, mas simples reportagens em livro, por temor da lei da mordaça biográfica. Qual é o autor que vai suar a camisa durante meses e meses, anos e anos, para, no fim das contas, ter o trabalho condenado a mofar no fundo de uma gaveta? Basta que o biografado - ou seus herdeiros - implique com um parágrafo, um detalhe, uma frase. Pronto! Acabou. Já era. Basta para que o livro vá para a fogueira - simbólica ou literal. Dezenas de livros estão deixando de ser publicados. Não é exagero. Instala-se o silêncio, no lugar da palavra. E, seja qualquer for o argumento que se use para justificá-lo, silêncio nunca foi bom para o Jornalismo ou a História de um país. Nunca." Site O Globo ### Fica dramática a situação do Brasil!Editoras estão com medo de publicar não apenas biografias, mas simples reportagens em livro, por temor da lei da mordaça ....E,como diria Galvão Bueno, aos quarenta e dois minutos do segundo tempo de um daqueles jogos em que nada dá certo, "fica dramática a situação do Brasil !". "Por quê?" - dirá o leitor imaginário, já assustado com a súbita referência a um narrador esportivo num debate tão pouco esportivo quanto este sobre a publicação de biografias. Responderei, para esclarecer logo o mal entendido: "Fica dramática a situação do Brasil!", sim, porque a lei esdrúxula que submete a publicação de biografias à aprovação dos biografados ou seus herdeiros já produz efeitos colaterais graves. Ninguém me contou, eu vi: editoras estão com medo de publicar não apenas biografias, mas simples reportagens em livro, por temor da lei da mordaça biográfica. Qual será o próximo passo? Quem sai perdendo, no fim das contas, é aquela velha senhora tão querida e tão mal compreendida - Dona Democracia da Silva Xavier. Não é exagero dizer: o artigo do Código Civil que torna possível o veto a biografias é um estupendo desserviço ao país. Qual é o autor que vai suar a camisa durante meses e meses, anos e anos, para, no fim das contas, ter o trabalho condenado a mofar no fundo de uma gaveta? Basta que o biografado - ou seus herdeiros - implique com um parágrafo, um detalhe, uma frase. Pronto! Acabou. Já era. Basta para que o livro vá para a fogueira - simbólica ou literal. Resultado: dezenas de livros estão deixando de ser publicados. Não é exagero. Instala-se o silêncio, no lugar da palavra. E, seja qualquer for o argumento que se use para justificá-lo, silêncio nunca foi bom para o Jornalismo ou a História de um país. Nunca. Never. A trajetória de figuras públicas - e de anônimas, também - se confunde, sim, com a trajetória do Brasil. Biografias pessoais podem, então, jogar luzes sobre a história. Jogam. Já o silêncio não joga nada sobre nada. Produz treva e vazio. Por que, então, submeter as biografias ao vexame da censura? (Não há outra palavra. O efeito prático da lei é a censura, sim ). O problema não são os artistas. Os problemas não são os biógrafos. O problema é a lei. Por que não se muda a lei, consensualmente, então? Tudo podia ser tão simples. O fogo cruzado deste debate há de trazer bons resultados - para biógrafos e biografados. O enorme choque de opiniões faz parte das dores do parto. Democracia dá trabalho. Mas um rebento pode estar a caminho. Ah, antes que alguém atire a primeira pedra: nem preciso lembrar que a privacidade é direito irrevogável de todo brasileiro, vivo ou morto. Mas é absurdo imaginar que toda biografia seja invasão de privacidade. Não é. Neste debate, a figura dos biógrafos foi "demonizada". Correm o risco de serem vistos como abutres famintos que investem sobre a vida alheia em busca do vil metal. Falso, falso, falso. Grandes nomes da música brasileira foram igualmente "crucificados" porque, para surpresa geral, se declararam a favor da autorização prévia. Há uma grande novidade, desta vez: Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, ícones de uma geração, parecem estar do lado errado. Estão. Tensão entre jornalistas e artistas é saudável. Eu diria: saudabilíssima. Jornalista não deve pensar como artista - felizmente. E artista não deve pensar como jornalista - ainda bem! Quando pensa como artista, o jornalista trai o jornalismo. E o artista trairá a arte se pensar como jornalista. Neste exato momento, alguém levanta a mão na plateia imaginária para dizer que estou brandindo argumentos a favor da liberação incondicional das biografias porque sou jornalista. Não e não. Arrisco-me, até, a fazer uma declaração que, no fim das contas, depõe contra o Jornalismo: em figuras como Gilberto Gil, em Caetano Veloso, em Chico Buarque, o importante é a música que eles produziram ou produzem. Certamente, fizeram o país "andar para a frente" e dar um passo para se livrar dos atoleiros mentais do subdesenvolvimento. São "gigantes" - pelo que criaram. O importante, repito, é o que produziram: não é o que eles disseram eventualmente a um jornalista. Ou o que um jornalista - biógrafo ou não - possa escrever sobre eles. De qualquer maneira, é claro que eventuais biografias de figuras públicas como eles pode ajudar a iluminar este palco fascinante e sofrido por onde se move o Brasil. O que se quer, em uma palavra, é luz. Lastimavelmente, luz não rima com "autorização" para o exercício do jornalismo (biografia é um produto jornalístico). Sou razoavelmente insuspeito para falar. Faço jornalismo há quatro décadas (uma língua maldosa perguntaria: não seria hora de procurar um estábulo confortável para repousar os ossos cansados? ). Não tenho, no entanto, contemplação com o jornalismo. Falo aqui, em nome "estritamente pessoal". Jornalistas cometem uma vasta coleção de pecados. Jogam, despudoradamente, notícia no lixo. Julgam-se, na maioria, muitíssimo mais importantes do que realmente são. Pecam pela pretensão delirante ou pela vaidade descabida. Mas, independentemente desse rol de pecados, a maioria esmagadora toma cuidado com o que faz. Já deixei de publicar trechos de uma entrevista de Roberto Carlos porque ele pediu. Minha pergunta tocava num tema pessoal: um trauma sofrido por ele na infância. Em respeito à privacidade do entrevistado, o trecho ficou de fora. Engoli o sapo. Ainda assim, entrei na "lista negra" do Rei. Uma produtora me disse que Roberto Carlos não me daria outra entrevista. Acontece. Já ouvi indiscrição de Caetano Veloso. Não publiquei porque a indiscrição foi dita fora da entrevista. Poderia ter publicado. Resisti à tentação. Engoli o “auto-sapo”. Chico Buarque não gostou nem um pouco de ver uma chamada do “Fantástico” trombeteando uma declaração inofensiva que ele me dera numa entrevista: confirmou que tem um meio-irmão alemão - a quem nunca encontrou. Bem humorado, disse: "Meu pai teve um filho alemão antes de se casar. Depois, perdeu-o de vista, porque voltou ao Brasil, onde se casou. Uma vez, quando eu estava em Berlim, tive a impressão de estar vendo um irmão em alguma parte - alguém que parecesse comigo ou com ou com o meu pai. O engraçado é que sempre perguntavam ao meu pai - que era muito branco de pele: "Por acaso o senhor é filho de alemão?. E ele dizia: "Não. Sou pai de um..." Quando me preparava para a entrevista, vi esta história sobre o meio-irmão num perfil de Chico Buarque publicado num número antigo da revista “Realidade”. Perguntei. Chico Buarque respondeu - mas quando, dias depois, viu a chamada do programa com a voz de trovão de Cid Moreira, quase caiu para trás. Se ele tivesse pedido para que este trecho - inofensivo - não fosse incluído, eu teria tirado. A entrevista foi ao ar. Chico cortou relações - já quase inexistentes - com o “Fantástico”, programa em que eu trabalhava, na época. Reclamou de sensacionalismo. Engoli o sapo. Acontece. Com ou sem entrevista, o importante não é o que ele disse ou deixou de dizer. É o que ele compôs. Por fim: jornalistas (por extensão, biógrafos) respeitam a privacidade, sim. Feitas estas ressalvas e cometidas estas pequenas confissões sobre cenas de bastidores do jornalismo, pergunta-se: os artistas que defendem a autorização para publicação de entrevistas estão equivocados? Estão equivocadíssimos. Agarraram-se a um monstrengo que abre o caminho para o silêncio e a proibição. O terrível, o dramátrico, o trágico - para o Brasil, para o jornalismo e para a história - é que, na prática, a exigência de autorização prévia para publicação de biografias, defendida por tantos artistas, pode servir para proteger ditadores, políticos corruptos, torturadores etc.etc. Eis um efeito colateral danoso. O STF pode declarar inconstitucional o tal artigo que sujeita as biografias à autorização de biografados e herdeiros. Tomara que declare. O Congresso pode derrubá-lo. Tomara que derrube. Tudo deveria ser tão simples. Primeiro: que se liberem as biografias. Segundo: que se respeite incondicionalmente a privacidade, a imagem, a honra, seja o que for. Quem cometer abuso que responda diante da lei. É assim em todas as democracias. Por que diabos teria de ser diferente aqui? Do jeito que foi concebida, a lei é uma imensa pedra no meio do caminho do Brasil. Não é exagero: uma imensa pedra no meio do caminho. Poeta Drummond, acorde! Venha tirar esta pedra. Venha repetir aqueles belos versos: "À sombra do mundo errado, murmuraste um protesto tímido..." É o que resta fazer. 23/10 ### Ana Maria Machado Que tal exigir mecanismos de reparação eficazes? Como manda o livrinho?" "Um pedido de reparação tem de correr onde se publicou o texto, uma cidade grande, com muitos processos a serem examinados por poucos juízes. Não dá tempo. Prescreve antes. Sempre a lesma lerda . Não se respeita o direito à reparação, tão sagrado quanto o da liberdade de expressão ou da privacidade. [...] Que tal exigir mecanismos de reparação eficazes? Como manda o livrinho [a Constituição]. Não por antecipação. Mas pela rápida punição da ofensa. Tem efeito didático. Duvido que os abusos continuem se os ofensores tiverem de pagar caro por eles. Mas então a polêmica deve ir mais fundo e constatar que a Constituição não distingue os abusos praticados nas biografias dos veiculados na mídia. O que valer para um tipo de texto tem de valer para outro."Ler artigo completo Site O Globo ### As biografias, o livrinho e a lesma lerdaO que está em jogo vai muito além de bisbilhotices ou das manias de um Rei Não dá para achar que a democracia tem de escolher entre censura prévia e difamação, obrigando a engolir uma para evitar a outra. Ou entre liberdade de expressão e respeito à privacidade e à honra pessoal. Não posso crer que pessoas inteligentes achem que artistas que encarnaram o melhor de nosso espírito na resistência à ditadura tenham virado censores truculentos, ou estejam a fim de tirar casquinha em ganhos alheios. Tampouco me convence que gente do calibre moral de Chico Buarque defenda mesmo que a História se baseie em biografias que devam ser aprovadas pelo biografado ou herdeiros, ou lhes pagar para poder difamar. Não faz sentido. A energia gasta nessa discussão está gerando bastante calor, mas pouca luz. Nessa hora lembro de meu pai. E do livrinho, como chamava a Constituição. Quando eu era criança, lá em casa falava-se muito em consultar o livrinho. Proponho o mesmo: vamos ao livrinho. Foi o que o SNEL fez, com sua Adin sobre artigos do Código Penal que estão servindo para que nossa paquidérmica Justiça seja veloz como a lebre na proibição de livros, enquanto, como a tartaruga, deixa prescrever casos de difamação pela mídia, após investigações que se arrastam como lesmas lerdas. O SNEL resolveu perguntar ao STF se isso está certo. Afinal, o que diz o livrinho? Não sou jurista. Só consulto o livrinho: “São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.” Tudo junto, num artigo só. Então, como não se discute o direito à reparação? Se uma revista semanal publicar uma mentira - como uma denúncia contra um inocente - no dia seguinte os jornais repercutem, depois o telejornal repete, mostra portas fechadas à guisa de comprovação, afirma que o acusado não foi encontrado. Após meses sem que a investigação encontre qualquer indício, o processo pode ser arquivado. Nunca o autor da denúncia terá de explicar de onde ela saiu: o sigilo da fonte é sagrado. Ninguém conhecerá os interesses escusos de quem plantou a acusação. O cidadão pode ser inocentado. Mas já estará destroçado e poucos saberão de sua comprovada vida sem mácula. O interesse jornalístico na defesa é menor. A pecha fica para sempre. Um pedido de reparação tem de correr onde se publicou o texto, uma cidade grande, com muitos processos a serem examinados por poucos juízes. Não dá tempo. Prescreve antes. Sempre a lesma lerda . Não se respeita o direito à reparação, tão sagrado quanto o da liberdade de expressão ou da privacidade. O exemplo não envolve a intimidade de artistas. Mas o mecanismo é igual. E mais um bicho entra em cena: gato escaldado tem medo de água fria. Os gatos setentões querem se defender de biografias não autorizadas. Já foram chamuscados por revistas de fofocas, entrevistas deturpadas, declarações truncadas, irresponsabilidade, falta de profissionalismo. Queimados por repórteres, descontam nos biógrafos. Afinal, a meio caminho entre jornalismo e literatura. Que tal exigir mecanismos de reparação eficazes? Como manda o livrinho. Não por antecipação. Mas pela rápida punição da ofensa. Tem efeito didático. Duvido que os abusos continuem se os ofensores tiverem de pagar caro por eles. Mas então a polêmica deve ir mais fundo e constatar que a Constituição não distingue os abusos praticados nas biografias dos veiculados na mídia. O que valer para um tipo de texto tem de valer para outro. O que está em jogo vai muito além de bisbilhotices ou das manias de um Rei. *Ana Maria Machado é escritora e presidente da Academia Brasileira de Letras* 22/10 ### Francisco Bosco A confusão entre público e privado reina na cultura, no jornalismo, nas redes sociais, na web em geral e até em políticas de Estado." "Pessoas publicam material de autopromoção no mural dos outros no Facebook; nosso celular toca sábado de manhã para nos fazer ouvir uma mensagem gravada de alguma empresa vendendo produtos; o governo dos EUA espiona milhões de mensagens privadas; pessoas são perseguidas e agredidas por práticas — sexuais, comportamentais, morais — de sua vida privada, etc. etc. Biografias participam dessa dissolução [dos limites entre público e privado], embora sem dúvida fortaleçam, ao mesmo tempo, a esfera pública pela construção crítica da memória. Compreendo e aceito, portanto, a posição dos que, como Wisnik, no cômputo de benefícios e prejuízos, defendem sua liberação."Ler artigo completo site O Globo ### O público e o privado IVA proposta de pagamento de royalties aos biografados é equivocada Hoje vou abordar dois aspectos da questão das biografias: o comercial e o cultural. Um ponto que tem sido enfatizado até aqui pelo grupo Procure Saber — ou pelo que a imprensa selecionou entre seus argumentos — foi a proposta de pagamento de royalties aos biografados. Penso que ela é equivocada. Vou explicar por quê. No direito autoral, o autor deve obter uma porcentagem do lucro advindo da exploração comercial de sua obra. Se um editor publica o seu livro, deve lhe pagar parte da receita das vendas. Se um intérprete grava a sua música, idem. Se uma emissora de rádio a toca, ibidem. Toda vez que houver reprodução dessa obra, com finalidade comercial, o pagamento é devido. Mas o pressuposto é que a obra seja reproduzida, isto é, explorada em sua integridade formal. Se, entretanto, um crítico de literatura escreve um ensaio sobre a obra de um autor, a cobrança é indevida, pois se trata de uma nova obra, logo uma nova autoralidade (essa sim deve receber royalties de sua editora). Os limites entre a reprodução de uma obra e o que deve ser considerado uma nova obra não são claros, e se tornaram mais confusos com o surgimento de novas tecnologias. Assim, por exemplo, se alguém faz um mashup, usando uma parte de uma obra e misturando-a com partes de outras obras, estamos diante de reprodução ou nova autoralidade? Na minha opinião, de nova autoralidade, diante da qual não cabe pagamento de direitos nem mesmo necessidade de autorização. Pois bem, sob esse aspecto da autoralidade, o que é uma biografia? Se é que se pode considerar a vida de um biografado uma forma, ela necessariamente não é reproduzida numa biografia. Uma biografia se serve de fragmentos da vida de um indivíduo (Barthes lhes chamava “biografemas”) e os seleciona, edita, compõe, interpreta, perfazendo uma nova forma, logo uma nova obra e, consequentemente, nova autoralidade. Portanto, quanto à autoralidade, uma biografia está para uma vida assim como um texto crítico está para a obra que explora. Não cabe divisão de direito autoral entre biógrafo e biografado porque só o primeiro é autor de uma biografia. O segundo “apenas” serviu de base para essa nova construção. Resta decidir se é justo servir-se da vida privada de alguém para fins públicos. Se defendi a soberania decisória do indivíduo sobre a dimensão privada de sua vida é porque os limites entre público e privado têm sido enfraquecidos, com consequências muitas vezes ruins tanto para a esfera pública quanto para a vida privada. Ao contrário, desejo uma sociedade altamente rigorosa, aberta e participativa na esfera pública; e ao mesmo tempo discreta, independente, respeitosa quanto à vida privada. Liberdade não significa a mesma coisa nas dimensões pública e privada. Na pública, a liberdade de cada indivíduo depende das práticas dele e dos demais indivíduos, e por isso todos devem prestar contas sobre elas. Na dimensão privada, a liberdade de cada indivíduo é antes garantida por sua independência em relação às práticas dos demais. Entretanto, a confusão entre público e privado reina na cultura, no jornalismo, nas redes sociais, na web em geral e até em políticas de Estado. Jogadores de futebol são denunciados e ameaçados por beberem em horários de folga; pessoas publicam material de autopromoção no mural dos outros no Facebook; nosso celular toca sábado de manhã para nos fazer ouvir uma mensagem gravada de alguma empresa vendendo produtos; o governo dos EUA espiona milhões de mensagens privadas; pessoas são perseguidas e agredidas por práticas — sexuais, comportamentais, morais — de sua vida privada, etc. etc. É esse o pano de fundo em relação ao qual eu escrevo quando insisto no fortalecimento dos limites entre público e privado, e não na sua dissolução. Essa dissolução não leva a uma sociedade mais democrática e livre, e sim a uma sociedade mais moralista, persecutória, infantilizada, acusatória, vigilante — logo menos livre. Biografias participam dessa dissolução, embora sem dúvida fortaleçam, ao mesmo tempo, a esfera pública pela construção crítica da memória. Compreendo e aceito, portanto, a posição dos que, como Wisnik, no cômputo de benefícios e prejuízos, defendem sua liberação. Penso que Caetano, Gil, Chico e Mautner não entraram no debate com uma posição inarredável sobre a questão das biografias, mas, assim como eu, com a proposta de discuti-la a fundo, sem demagogia ou preconceito, e movidos sobretudo pelo sentimento da importância do respeito à vida privada. Compartilho com Chico a perplexidade com o fato de essa importância ser desprezada pela maioria, justo no momento em que novas tecnologias e possibilidades tornam tão necessário o seu fortalecimento. 21/10 ### Adriana Barsotti Nossos gigantes da MPB deveriam saber que não se controla a informação na era da internet." "Assim que a polêmica das biografias voltou à tona, posts no Facebook ofereciam gratuitamente semana passada a biografia censurada “Roberto Carlos em detalhes”, do historiador Paulo Cesar de Araújo. Há também versões para download da obra em sites de compartilhamento. Enquanto versões piratas circulam pela rede, o cantor mantém trancados os 11 mil exemplares da obra que conseguiu retirar de circulação. Além disso, há outros meios de se publicar uma biografia hoje em dia: de blogs a posts no Twitter, não há mais limites para a circulação da informação."Ler artigo completo ### As biografias além dos livros O duelo de gigantes que dominou o mundo literário brasileiro semana passada nos leva a crer que haveria fila na porta das editoras caso elas pudessem publicar livremente as biografias de Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil e Djavan, artistas do grupo Procure Saber. A entidade, como todos já sabem, defende dois artigos do Código Civil que proíbem a divulgação de informações pessoais em biografias em casos em que a honra seja atingida ou quando as obras se destinarem a fins comerciais. Editores enriqueceriam do dia para a noite, edições se esgotariam em tempo recorde e biógrafos passariam a viver nababescamente. Afinal, quem não disputaria a tapa um exemplar de uma biografia que desvendasse as aventuras e desventuras de nossos mitos da MPB? A lista de livros mais vendidos no Brasil nos mostra que não seria bem assim. Quem lidera a venda de biografias é o bispo Edir Macedo, com “Nada a perder 2: meus desafios diante do impossível”, segundo volume da trilogia em que o líder da Igreja Universal do Reino de Deus e principal acionista da TV Record conta a história de sua vida. A primeira parte de “Nada a Perder” já vendeu, até o momento, cerca de 1,4 milhão de cópias. E ainda está prevista uma terceira e última sequência da biografia. Lançado em agosto, o segundo volume está em primeiro lugar na lista de não-ficção e há sete semanas na relação dos mais vendidos. O primeiro deixou para trás as vendas das biografias de Steve Jobs, Danuza Leão e Eike Batista. Os brasileiros, pelo visto, estão mais propensos a pagar para conhecer os detalhes da vida do bispo que já foi para a cadeia acusado de charlatanismo, curandeirismo e estelionato do que para saber sobre a intimidade de Roberto Carlos, que já recorreu à Justiça três vezes para impedir a circulação de obras em que era retratado, inclusive um trabalho acadêmico sobre a Jovem Guarda. O segundo ponto é que os nossos gigantes da MPB, principalmente Gil, defensor do Creative Commons, deveriam saber que não se controla a informação na era da internet. Assim que a polêmica das biografias voltou à tona, posts no Facebook ofereciam gratuitamente semana passada a biografia censurada “Roberto Carlos em detalhes”, do historiador Paulo Cesar de Araújo. Há também versões para download da obra em sites de compartilhamento. Enquanto versões piratas circulam pela rede, o cantor mantém trancados os 11 mil exemplares da obra que conseguiu retirar de circulação. Além disso, há outros meios de se publicar uma biografia hoje em dia: de blogs a posts no Twitter, não há mais limites para a circulação da informação. Ela está muito além dos livros. ### Vagner Fernandes A tragédia conduz à compreensão do início da trajetória da artista [Clara Nunes] que revolucionou a MPB com sua estética e seu canto arrebatadores." "O homicídio e a consequente pressão social sofrida fez com que Clara deixasse Caetanópolis, o que aponta e define, portanto, a tragédia como elemento fundamental em sua mudança para Belo Horizonte. Se não fosse o episódio, talvez nunca tivesse sido descoberta por um dono de uma barraquinha de quermesse do conhecido bairro da Renascença e participado dos programas de auditório da Rádio Inconfidência. Ou ainda investido no concurso A Voz de Ouro ABC, que revelava novas grandes vozes da cena artística e em cuja etapa mineira foi vencedora, levando-a a assinar contrato com a gravadora Odeon, da qual nunca sairia."Ler artigo completo Site O Globo ### Sobram argumentos, falta sensatez Causa-me estranheza que os personagens-líderes do Procure Saber venham se manifestar publicamente em apoio a Roberto Carlos, cuja vida sempre foi acompanhada por veículos de comunicação como uma verdadeira novela Em meio ao embate público estabelecido entre o Procure Saber, autores e editores, sobram argumentos e falta sensatez por parte dos que se julgam donos da verdade e da história. Conto aqui a parte que me cabe nesta discussão. Às vésperas de finalizar a biografia “Clara Nunes, guerreira da utopia” fui surpreendido com uma informação que me fez alterar todo o rumo inicial da obra e compreender os motivos que teriam levado, de fato, a artista mineira a deixar a interiorana cidade de Caetanópolis (ex-Cedro, então distrito de Paraopeba), onde nasceu, em direção a Belo Horizonte, na qual começaria a sua escalada rumo ao estrelato. Em 1957, um dos irmãos de Clara cometera um homicídio em nome de sua honra. Ela fora, portanto, pivô involuntário de um crime praticado por um membro da família. De imediato, busquei amigos, parentes e vizinhos da artista em busca de esclarecimentos sobre o episódio. Não encontrei eco em nenhuma das fontes procuradas. Persistente, achei o contato do próprio irmão e, numa curta conversa por telefone, pedi uma entrevista. Cauteloso, ele disse que me retornaria. Dias depois, no entanto, um filho e, logo em seguida, um advogado entraram em contato condicionando-me: “ele fala desde que o homicídio não seja abordado”. Claro, recusei a proposta e comuniquei à editora. A Ediouro, com quem assinara contrato, decidiu comprar a briga e publicar a obra. O compositor Paulo César Pinheiro, um dos mais nobres e respeitados do país, com quem Clara foi casada, sendo seu único herdeiro, já que o casal não teve filhos, leu a obra antes de ser publicada e, para minha surpresa, foi de uma sensatez e cordialidade inigualáveis: “Há muitas coisas de que não gosto. Por mim seriam suprimidas, mas não vou censurar uma obra, pois que lutei muito contra a ditadura”, disse ele. “Clara Nunes, guerreira da Utopia” vendeu cerca de 20 mil exemplares e teve duas reimpressões. Paulo César Pinheiro e muitos amigos fotógrafos, que me cederam registros da artista gratuitamente, jamais lançaram mão da mesquinhez provinciana e capitalista difundida pelo Procure Saber para devassar a minha conta bancária e verificar quanto havia sido depositado de Direitos Autorais por conta das vendas do trimestre. Revelo: tive mais ônus do que bônus, parafraseando Djavan. Não fiquei rico com os 10% de repasse do preço de capa que a editora me concedia. Em cada unidade vendida a R1 49,90, ganhei R1 4,90. Nos acordos em que se negocia um quantitativo muito grande de livros o valor do preço de capa pode ser reduzido. Ganha-se, no entanto, os mesmos 10%. Façam as contas. Durante quatro anos, como muitos colegas biógrafos já relataram, gastei com passagens aéreas, hospedagens, telefonemas, alimentação, fotocópias, compra de livros, de material audiovisual, entre outros itens. Por coragem e crença na veracidade das informações constantes, tive o apoio da editora para publicar o livro, aliás esgotado. Diante da recusa de todos em conceder entrevistas sobre um homicídio praticado numa pequena cidade do interior das Gerais, parti rumo ao Fórum de Paraopeba em busca de documentação comprobatória com que pudesse me respaldar em uma possível abordagem do assunto. Encontrei. Nos documentos, cujas cópias me foram feitas, pois que integravam um processo sem segredo de Justiça, estavam descritos detalhes que me ajudariam a explicar a saída da cantora da cidade natal em direção à capital mineira. O homicídio e a consequente pressão social sofrida fez com que Clara deixasse Caetanópolis, o que aponta e define, portanto, a tragédia como elemento fundamental em sua mudança para Belo Horizonte. Se não fosse o episódio, talvez nunca tivesse sido descoberta por um dono de uma barraquinha de quermesse do conhecido bairro da Renascença e participado dos programas de auditório da Rádio Inconfidência. Ou ainda investido no concurso A Voz de Ouro ABC, que revelava novas grandes vozes da cena artística e em cuja etapa mineira foi vencedora, levando-a a assinar contrato com a gravadora Odeon, da qual nunca sairia. A tragédia conduz à compreensão do início da trajetória da artista que revolucionou a MPB com sua estética e seu canto arrebatadores. Na ocasião de lançamento da obra fui ameaçado de processo por parte dos familiares que se recusaram a abordar um tema cuja cidade inteira tinha conhecimento. Não inventei nada, os documentos judiciais comprovaram tudo. Apurei e chequei informações, cruzei os dados, busquei fontes das mais variadas categorias, sobretudo primárias e secundárias, para que o assunto fosse tratado de forma absolutamente responsável. Grupos de fãs ortodoxos acusaram-me publicamente de leviandade, sob a justificativa de que eu teria destruído moralmente a personagem, contribuindo para a degenerescência de sua imagem. Rebati todas as críticas com documentos, como condiz a um pesquisador e, no meu caso, a um jornalista. Pois toda a biografia é, sim, uma grande reportagem, gostem ou não Roberto, Erasmo, Chico, Caetano, Gil, Djavan e Milton. E sob essa perspectiva, acusarem biógrafos de lutarem pela imposição e manutenção da expropriação do direito à privacidade soa incoerente à medida que veículos de comunicação também estariam ferindo o referido direito ao publicarem perfis não autorizados e/ou outras reportagens, cujo tema seja um personagem público, de interesse da coletividade, que tenha contribuído para a construção da história de um país. Como num clássico exemplo-clichê muito usado em faculdades de jornalismo, cachorro que morde gente nunca será manchete de jornal. Mas o contrário certamente ganhará as primeiras páginas do noticiário. Seguindo o mesmo princípio, ninguém se interessa em biografar um personagem do cotidiano que em nada explica (ou interfere) a evolução social, cultural, política ou econômica de uma nação. Escrever sobre Collor e não dizer que ele sofreu um impeachment pelas atrocidades que cometeu é manipular a história. E ninguém tem esse direito, nem mesmo ele. Tudo foi noticiado e está arquivado nos centros de documentação de qualquer redação ou biblioteca do Brasil. No que tange ao Procure Saber, causa-me estranheza que os personagens-líderes dessa frente venham se manifestar publicamente em apoio a Roberto Carlos, cuja vida sempre foi acompanhada (e comentada) por veículos de comunicação de todo o país, como uma verdadeira novela. Roberto nunca primou pela discrição. Pelo contrário, sempre fez questão, como a maior parte das lideranças do Procure Saber, pela exposição midiática que lhe proporciona surfar nos mais diferentes segmentos do mercado financeiro-capitalista brasileiro, inclusive o imobiliário. Não me parece que a violação aos direitos da personalidade, a qual todos desse grupo tanto defendem, seja, de fato, a força motriz por que brigam. Ainda que o seja unicamente continuam a incorrer num equívoco incomensurável, pois que não levam em conta a alteridade como condição essencial para a composição dos direitos da personalidade, conforme assinala o filósofo e teórico Charles Taylor. A alteridade é “o reconhecimento do ser humano como entidade única e diferenciada de seus pares, que só ganha forma com a existência do outro”. Portanto, para individualizar é necessário o coletivo. O eu-individual é nulo e sua existência só se dá mediante o contato com o todo. Não dá para serem metonímicos Roberto, Erasmo, Caetano, Chico, Gil, Djavan e Milton. Apesar de celebridades, vocês só e tampouco, como eu, existem por causa do coletivo. 20/10 ### Caetano Veloso Quero biografias não autorizadas de Sarney ou Roberto Marinho mas sofro por ver Gloria Perez diante de um livro escrito pelo assassino de sua filha." "Preciso esclarecer que não acho que possa haver biografias não autorizadas de políticos mas não de artistas. Reconheço que há uma diferença, cujo exemplo máximo é a informação sobre a saúde de um chefe de Estado: foi errado o governo venezuelano ocultar a verdade sobre a saúde de Hugo Chávez. Contudo dizer que quero biografias não autorizadas de Sarney ou Roberto Marinho mas sofro por ver Gloria Perez diante de um livro escrito pelo assassino de sua filha significa apenas que tendo a querer que biografias sejam livres, mas, se informações sobre Collor ou Jango estimulam essa inclinação, casos como o de Gloria me chamam a atenção para o outro lado do conflito."Ler artigo completo Site O Globo ### Chico, Paula e euO próprio Chico chamou a atenção da Procure Saber para o fato de que a tomada de posição em conjunto poderia causar problemas de princípios para algum ou alguns de nós. Quem informa colunas de fofoca nem sempre sabe o que é dito nas reuniões. Não fiquei nada chocado com o vídeo em que Chico fala de Roberto Carlos a Paulo Cesar de Araújo. Era uma fala breve e neutra, em meio a uma entrevista longa, feita há 20 anos, da qual é natural que Chico não se lembrasse. Mas ele já pediu desculpas ao entrevistador. Importante é a discussão sobre as supostas declarações de Chico à “Última Hora”, em que ele teria falado mal de Gil e de mim. Li e gostei de “Eu não sou cachorro, não”. Estou seguro de que Chico não fez tais declarações sobre nós, naquela época, num jornal daqueles. Pode parecer estranho que eu tenha lido esse trecho e não lhe tenha dado importância. O livro já começa mostrando que quer derrubar mitos e quebrar tabus. Como alguns dos temas tinham sido os do tropicalismo (a atenção à música tida como de baixa qualidade etc.), eu tomava distância do que lia. Não o reli recentemente. Mas sei que senti a mão pesada, embora a desculpasse por tratar-se de um esforço de fazer contrapeso ao já consagrado.. A questão das biografias sempre foi essencial para Chico. Se entendi bem, ele tem mais interesse nisso do que em Ecad ou Procure Saber. Qualquer insinuação de barganha com Roberto Carlos para que este apoiasse as mudanças na gestão coletiva da arrecadação de direitos é injusta com todos nós _ mas principalmente com Chico. O respeito à vida privada das pessoas _ que é o que move Pedro Cardoso em suas falas públicas _ sempre foi um tema que Chico teve no coração e externou em falas definidas. O próprio Chico chamou a atenção da Procure Saber para o fato de que a tomada de posição em conjunto poderia causar problemas de princípios para algum ou alguns de nós. Quem informa colunas de fofoca nem sempre sabe o que é dito nas reuniões. Eis o que me diz agora Chico: "Mais que a questão da privacidade do Roberto Carlos, eu queria tomar partido dele contra os ataques da imprensa estes anos todos. Também apanhei sozinho de toda a imprensa, 20 anos atrás, por ter criticado a crítica musical do país. Fui por isso chamado de censor, autoritário e até de stalinista. Desta vez, pelo menos, tive o prazer de falar no GLOBO, sem contestação, da censura espontânea da TV Globo nos anos 70. E a 'Folha' de hoje, ao dar a matéria em que respondo ao biógrafo do Roberto Carlos, suprimiu o parágrafo em que eu citava os esquadrões da morte na redação da 'Última Hora' de São Paulo, propriedade do Frias. E os censores somos sempre nós". Preciso esclarecer que não acho que possa haver biografias não autorizadas de políticos mas não de artistas. Reconheço que há uma diferença, cujo exemplo máximo é a informação sobre a saúde de um chefe de Estado: foi errado o governo venezuelano ocultar a verdade sobre a saúde de Hugo Chávez. Contudo dizer que quero biografias não autorizadas de Sarney ou Roberto Marinho mas sofro por ver Gloria Perez diante de um livro escrito pelo assassino de sua filha significa apenas que tendo a querer que biografias sejam livres, mas, se informações sobre Collor ou Jango estimulam essa inclinação, casos como o de Gloria me chamam a atenção para o outro lado do conflito. São os dois gigantes de que Paula Lavigne falou no "Saia Justa": de um lado, a liberdade de informação; de outro, o direito à privacidade. De todo modo, Marinho não foi político. Meia página da "Folha" exibia, sob minha imagem, a palavra "caetaneando" para divulgar um projeto do grupo que controla o Teatro Folha. Era uma "oficina" que cobrava de quem se inscrevesse R$ 3.600. Pedi pra parar. Vieram com texto que diz "não é biografia". Sintomático que justo eu apareça com tanta frequência nas arengas. E que tudo tenha afinal caído sobre Paula Lavigne. Paula foi escolhida pelos conselheiros por causa de sua capacidade de fazer as coisas andarem. Não está ali por ser minha empresária ou por ter sido minha mulher. É quase apesar disso. Só fez justiça a ela o Paulo Nogueira, editor do site Diário do Centro do Mundo. Os xingamentos e as distorções não podem esconder o fato de que sua beleza, seu carisma e sua sinceridade deram vida ao programa de TV a que foi. E que é sua coragem que a leva a pôr a cara a tapa. Nossos erros foram pescados e artificialmente conectados para nos desqualificar. Mas ela e eu, com nossos problemas privados, podemos ser força pública útil, mesmo em desacordo sobre o centro da discussão. O GLOBO constrangido! Por Chico ou por mim? Creio que o caso dele com a TV Globo é fato inconteste. E minha opinião sobre a matéria a respeito de vândalos e professores é mesmo de que foi tendenciosa. Bios?: Francisco, Wisnik e Mautner falam por mim (notem que os três não dizem a mesma coisa: Bosco: privacidade; Mautner: futurologia; Wisnik: vozes livres). ### José Miguel Wisnik Sou da opinião de que a produção de biografias não deve ser regulada por um dispositivo de autorização pessoal do biografado ou sua família, como acontece atualmente. [Um dispositivo de autorização pessoal do biografado] pode servir tanto para impedir infâmias quanto para travar o processo de conhecimento envolvido no gênero biográfico, e submetê-lo ao arbítrio pessoal dos diretamente implicados. Nada garante, em princípio, que esse arbítrio seja mais justo que o do biógrafo. A figura pública, enquanto pública, passa a fazer parte de uma narrativa coletiva que produzirá versões sobre ela, como sobre sua obra, e a circulação de biografias interessa à cultura, que não deixa de ser uma guerra de versões civilizada -- quando o é. O sujeito que se tornou publicamente autor de sua vida torna-se, ao mesmo tempo, e quase na mesma medida, personagem dos outros.Ler artigo completo Site O Globo ### Esta é sua vidaEstaríamos fadados, para lutar contra a biografia chapa marrom, a viver sob o signo do silêncio? Não é segredo, embora invisível de tão óbvio, que as matérias culturais na imprensa brasileira passaram a se pautar predominantemente, desde um tempo que talvez possa ser datado como o das duas últimas décadas, pelos itens vendagem, comportamento, moda e polêmica de superfície. A mercantilização da cultura é muito mais antiga, está longe de ser só brasileira, mas passou a ser ostensiva e causou um estrago considerável nesse país pouco letrado na média, onde os problemas são medidos com mão pesada na balança de um prato só. Por isso também o imbróglio das biografias é um pacote tão difícil de desembrulhar, e as questões aparentes não são necessariamente as que estão em questão. Para ir diretamente ao ponto mais invocado da discórdia, sou da opinião de que a produção de biografias não deve ser regulada por um dispositivo de autorização pessoal do biografado ou sua família, como acontece atualmente. Este pode servir tanto para impedir infâmias quanto para travar o processo de conhecimento envolvido no gênero biográfico, e submetê-lo ao arbítrio pessoal dos diretamente implicados. Nada garante, em princípio, que esse arbítrio seja mais justo que o do biógrafo. A figura pública, enquanto pública, passa a fazer parte de uma narrativa coletiva que produzirá versões sobre ela, como sobre sua obra, e a circulação de biografias interessa à cultura, que não deixa de ser uma guerra de versões civilizada _ quando o é. O sujeito que se tornou publicamente autor de sua vida torna-se, ao mesmo tempo, e quase na mesma medida, personagem dos outros. O quadro se complica no já citado panorama pautado pelos itens comportamento, moda, polêmica de superfície e vendagem, que afetam as duas partes, biógrafos e biografados, num mundo em que um imaginário individualista fez o gênero biográfico saltar para um plano de destaque no mercado editorial. Na falta do dispositivo pessoal e prévio de controle da produção de biografias, tem que haver outros. A liberdade é, sim, a consciência do limite. Chico Buarque tocou num problema crucial, ao se perguntar sobre quem responsabiliza o irresponsável que atribui a alguém palavras que ele não disse, entrevistas que ele não deu, que chancelou fontes que não têm crédito e fez tudo isso verossímil. Para aumentar a novela, o exemplo que ele deu foi contestado em parte, numa demonstração em ato das disparidades entre os fatos e as versões, ao mesmo tempo em que ele tem razão no que diz sobre o jornal "Última Hora" (fui colunista em 1975, e sei bem que o jornal de 1974 era radicalmente diferente do de 1970). Independente desse caso concreto, há graus e graus entre a calúnia mais vil e a tendenciosidade incompetente. A primeira é passível de julgamento formal, embora o funcionamento jurídico brasileiro não tenha nem a contundência nem a agilidade correspondentes a essa ordem mercurial dos acontecimentos. A tendenciosidade incompetente teria que passar, por sua vez, pela regulação do próprio sistema cultural, pela sintonia crítica que deveria ser capaz de identificá-la. Algo que se tornou difícil num contexto marcado _ volto ao meu refrão _ por comportamento, vendagem, polêmica de superfície e moda. Chegamos finalmente ao tema da privacidade inviolável. Ele oscila entre ser tratado no plano genérico de um princípio ideal ou no plano excessivamente defensivo do tabu (a palavra inviolável, várias vezes invocada, sugere um fechamento hermético que não é da ordem da porosidade real entre a vida pública e a vida privada, especialmente no Brasil, avassalada, é verdade, pela realidade obscena que quer devassar tudo). Ele é certamente o ponto gritante da guerra entre a liberdade de expressão confundida com liberdade de mercado (ponha nisso, para não perder o costume, polêmica de superfície, vendagem, moda e comportamento) e direito à intimidade (essa instância preciosa da vida e cada vez mais rara para todos). Mas, se procurarmos saber, não vamos acabar achando que a novela em cartaz não está muito referida e subordinada ao segredo do Rei? O Rei sofre de uma amputação que não deve ser nomeada, como a proferição de um vazio insuportável. O silêncio público sobre a falta de que sofre o Rei é um daqueles segredos que todos conhecem. Os súditos do Rei parecem acolher o segredo do Rei, e isso faz parte do pacto íntimo que ele faz com o seu público. O Rei acha que a biografia estragaria tudo, embora o público o amasse ainda mais se ele desse a revelar o segredo que todos sabem. É doloroso, mas é a vida. O Imperador do Quinto Império da Bossa Nova, fechado em seu castelo vertiginoso e desértico, também não autoriza o livro que o consagra. Estaríamos fadados, para lutar contra a biografia chapa marrom, a viver sob o signo do silêncio imposto dos maiores, caucionado pela mais luminosa corte e coorte de músicos que esse país produziu? ### Arnaldo Bloch Meu livro, em sua opinião [de Fernando Sabino], deveria seguir este eixo e engordá-lo com mais dados, mas sem qualquer desvio no caminho traçado. "Aceitei o trato com ressalvas tímidas sobre liberdade e recebi dele uma lista de contatos que o perfilado achava serem úteis para a pesquisa. Porém, nas semanas seguintes, percebi que na tal lista faltavam figuras centrais, ainda vivas, de sua trajetória, e as incluí no meu planejamento. Uma delas era a última esposa de Sabino, Lygia Marina. Em contato futuro com a secretária do escritor, muito lealmente informei os nomes das pessoas com quem tinha conversado fora do escopo sugerido. [...] Finalmente, recebi, de terceiras vias, o recado de que, em vistas de minha conversa com Lygia, eu me preparasse para ser cobrado judicialmente por qualquer tipo de injúria. Nunca mais vi Sabino."Ler artigo completo Site O Globo ### Biografia e castigoChico Buarque me ligou para contestar um trecho no qual Lygia Marina diz que 'Lígia', de Tom, era dedicada a ela Entre os anos de 1999 e 2000, período em que a legislação censora de 2002 ainda não estava em vigor, trabalhei dia e noite numa biografia de Fernando Sabino para a saudosa coleção Perfis do Rio, da editora Relume Dumará, cuja série inclui, entre dezenas de outras, uma bio autorizada de Chico Buarque escrita pela colega Regina Zappa. A primeira pessoa que procurei foi, obviamente, Sabino, que aceitou um encontro no Café Ubaldo, no segundo piso da extinta livraria Letras & Expressões de Ipanema. O então recluso autor estava no fundo do café e me recebeu com a costumeira cortesia, falou de seus tempos da Manchete e, sobre nosso assunto, abriu a conversa: _ Bloch, essa coisa de biografia de gente viva é um problemão. Por que você não espera que eu morra? Aí, faz sentido. Apesar dessa restrição algo zombeteira, Sabino não se opunha a me ajudar, desde que acompanhasse, passo a passo, o trabalho. _ Claro que uma crítica ou outra sempre escapa numa biografia, mas minha vida está toda contada nos livros, o que você vai ouvir das pessoas são uns detalhes a mais. Eu lera toda a obra de Sabino. Nas crônicas e contos, muitos fios podiam ser puxados, embora as diferentes edições expurgassem nomes que se tornaram indesejados. Dos três romances, "O encontro marcado" era já um retrato agudo dos anos de juventude em Minas, época na qual preocupações existenciais e políticas estavam no centro. "O menino no espelho" concentrava-se na memória de infância, ao passo que "O tabuleiro de damas", espécie de novela autobiográfica, traçava o legado que Sabino gostaria que se cristalizasse e o representasse para sempre. Meu livro, em sua opinião, deveria seguir este eixo e engordá-lo com mais dados, mas sem qualquer desvio no caminho traçado. Aceitei o trato com ressalvas tímidas sobre liberdade e recebi dele uma lista de contatos que o perfilado achava serem úteis para a pesquisa. Porém, nas semanas seguintes, percebi que na tal lista faltavam figuras centrais, ainda vivas, de sua trajetória, e as incluí no meu planejamento. Uma delas era a última esposa de Sabino, Lygia Marina. Em contato futuro com a secretária do escritor, muito lealmente informei os nomes das pessoas com quem tinha conversado fora do escopo sugerido. Depois disso, verifiquei que o segundo encontro com ele _ quando eu visitaria o mítico apartamento na Rua Canning _ não estava mais marcado. Finalmente, recebi, de terceiras vias, o recado de que, em vistas de minha conversa com Lygia, eu me preparasse para ser cobrado judicialmente por qualquer tipo de injúria. Nunca mais vi Sabino. O escritor teve, contudo, a hombridade de não tomar qualquer providência no sentido de impedir que o trabalho prosseguisse. Lygia, por sinal, foi só elogios ao ex-marido, não revelando nenhum detalhe que pudesse constrangê-lo. Trazia, apenas, dados interessantes sobre o período em que o mineiro entrou em estado de adoração pela ex-ministra Zélia Cardoso de Mello, e sobre a tristeza que se abateu sobre ele com as mortes de Paulo Mendes Campos, Hélio Pellegrino, Otto Lara Resende e Rubem Braga, acontecidas em período aproximado da saraivada de críticas que recebeu pelo livro sobre Zélia, iniciando-se, aí, seu estado de reclusão. O livro "Fernando Sabino/Reencontro" foi lançado em 2000. Recebeu boas críticas, foi saudado por acadêmicos e teve uma venda moderada. Chico Buarque (atualmente no centro do debate) me telefonou um dia para queixar-se de um trecho no qual Lygia defende que a canção "Lígia", de Tom Jobim, era dedicada a ela. No telefonema, Chico garantiu que não era nada disso, pois fora ele mesmo que mexera na letra original, cujos versos eram outros. Agradeci a correção, prometi mudar tudo na edição seguinte, e o fiz. De resto, Sabino jamais se queixou do perfil, no qual, sem a sua colaboração ou autorização, construí um jogo de mote e glosa com a palava "Encontro" para ditar a esfera de cada capítulo. Cerquei, em depoimentos de terceiros, textos e material de imprensa, os fatos de sua vida e de sua personalidade, "pelas beiradas", trazendo à luz abordagens pelas quais até hoje muita gente me agradece. Algumas, sobretudo no terreno subjetivo, só faziam engrandecer em humanidade o personagem perfilado, em que pesassem algumas sombras, ou, como ele dizia, "trompaços" que a vida de cada um reserva. Soube por terceiros que Sabino em essência gostou do livro, embora alguns trechos mais corrosivos o tenham aborrecido. Não encontrou ali, contudo, nenhuma ofensa à sua honra, apesar de não ser aquele, exatamente, o retrato que pretendia deixar à posteridade. Mas ele sabia que era apenas um entre tantos retratos que seu vulto inspira. Anos depois, entrei em outra aventura, a de lidar, expressamente, com a memória coletiva de minha família. No livro, contrapus o real ao lendário, acreditando que uma verdade maior emerge quando o imaginário se soma ao rigor. Uns viram como declaração de amor abrangente em que luzes e sombras se cruzam. Outros viram como crime vil. Respeito ambos e a mim, que, na química do omelete, quebrei uns bons ovos. Sem arrependimento, aceito, em paz, as bênçãos e o castigo. ### François Dosse Para um biógrafo fica impossível trabalhar com textos autorizados ou supervisionados, ou que dependam dos sentimentos dos biografados. É colocar uma mordaça no pesquisador." “Mas isso tudo é muito doido! Fico surpreso em relação à democracia brasileira e ao direito de expressão no país. Para um historiador e um biógrafo, fica impossível trabalhar com textos autorizados ou supervisionados, ou que dependam dos sentimentos dos biografados. É colocar uma mordaça no pesquisador.” [...] “Por que as pessoas não podem ser pagas para fazer o seu trabalho? Aliás, são mal pagas, mesmo aqui na França. Eu levo em média três anos para escrever uma biografia, e poderia ganhar muito mais escrevendo um ensaio rápido.” [...] “Nora nunca me impôs nenhuma restrição. Diante da sua generosidade, eu até lhe propus que revisasse as partes mais delicadas [da biografia]. Mas ele se recusou, com uma magnífica grandeza intelectual. Em nome da minha liberdade de escrita, quis ler o material apenas depois de publicado. [...] “Uma biografia não é apenas uma encenação da vida do biografado, é também uma encenação da relação entre o biógrafo e o biografado. E, para que ela possa acontecer, é preciso que haja esta liberdade. Além do mais, a biografia não é puramente factual. É um gênero impuro, que tem sua parte de criatividade, de fantasia, ou seja: de criação literária." 18/10 ### Fernanda Godoy O direito à liberdade de expressão é inegociável, não admite exceções, e tem que ser garantido na Constituição, como, aliás, já acontece no Brasil." "Submetê-lo a parâmetros ou a critérios é negar a liberdade de expressão. Quem cometer abusos, caluniar ou causar danos morais estará sujeito a pagar o preço, financeiro e/ou legal, de seus erros. Qualquer outro tipo de controle é censura, ponto final."Ler artigo completo Site O Globo ### Liberdade inegociável O debate sobre o direito a escrever biografias livremente, sem autorização prévia nem acordo comercial com o biografado ou com seus herdeiros, está trazendo vários benefícios à esfera pública no país, a começar pela explicitação do que está em jogo, em termos de liberdade de expressão. É fundamental que avance a compreensão de que a liberdade de expressão está acima de interesses pessoais, de crenças religiosas, de idiossincrasias, vergonhas ou desejos de proteger a privacidade. Parece saudável que a opinião pública deixe de se guiar pelo que dizem Chico Buarque ou Caetano Veloso, e que, picuinhas à parte, as opiniões de cada um sejam entendidas no contexto de seus interesses e suscetibilidades. Podemos amar Chico ou Roberto Carlos, mas não abrir mão do direito à liberdade de expressão, que é absoluto, para acomodar seu direito à privacidade. O direito à liberdade de expressão é inegociável, não admite exceções, e tem que ser garantido na Constituição, como, aliás, já acontece no Brasil. Submetê-lo a parâmetros ou a critérios é negar a liberdade de expressão. Quem cometer abusos, caluniar ou causar danos morais estará sujeito a pagar o preço, financeiro e/ou legal, de seus erros. Qualquer outro tipo de controle é censura, ponto final. Nestes tempos em que todos têm a ilusão do controle de sua imagem, especialmente as celebridades e os candidatos a celebridade, com minucioso trabalho de construção de imagem no Facebook, no Instagram, no Twitter, a tentativa de censura é ainda mais perigosa. A censura a um livro pode rapidamente pular para jornais, revistas, sites e qualquer outra forma pública de difusão da informação. É preciso fechar a porta à censura. Na Flip de 2005, Salman Rushdie, um dos autores a pagar maior preço individual pela liberdade de expressão em nossos tempos, defendeu o direito à publicação das caricaturas de Maomé em jornais dinamarqueses, a grande polêmica daquele momento. Rushdie é um defensor extremado da liberdade, ao limite da iconoclastia, da blasfêmia. No Brasil, é bem provável que não precisemos chegar a esses extremos. Mas os limites não podem ser colocados previamente. ### Arthur Dapieve A vida é porosa. Público e privado são categorias que, sobretudo na criação artística, trocam fluidos quase o tempo inteiro. Cabe ao jornalista ou ao biógrafo analisar o tecido." "Um ou dois dias depois de morrer, em dezembro de 1791, Mozart foi enterrado numa vala comum nos arredores de Viena. Ele passara a vida atolado em dívidas. Entre uma composição e outra, escrevia cartas, muitas cartas: humilhantes para os credores, suplicantes para os futuros credores, angustiadas para o pai Leopold, escatológicas para a irmã apelidada Nannerl, pornográficas para a esposa Constanze. Dívidas são problemas particulares, e cartas, naturalmente, são correspondência privada. No entanto, sem elas teríamos menos vislumbres da complexidade do gênio de Mozart."Ler artigo completo Site O Globo ### A vida é porosaPúblico e privado são categorias que, sobretudo na criação artística, trocam fluidos quase o tempo inteiro O Brasil é um país singular onde músicos que vivem da liberdade de expressão e de informação atuam politicamente contra a liberdade de expressão e de informação alheia. Situação análoga, forçoso dizer, à de jornalistas que buscam restringir a prática da profissão aos possuidores de diploma em um curso universitário de Jornalismo. Os artigos 20 e 21 do Código Civil estabelecem estar a publicação de biografias sujeita à autorização do personagem ou de seus herdeiros. A Associação Nacional dos Editores de Livros entendeu que tais artigos se chocam com a liberdade de expressão, que “é livre ou independe de censura ou licença”. Projetos que eliminariam a distorção patinam no Congresso. A Anel entrou com ação direta de inconstitucionalidade no STF. Como a lei está, todos os perfis e biografias à venda no Brasil são “autorizados”, independentemente de leitura prévia ou autorização formal. Isso não os invalida, claro, mas restringe a oferta ao leitor. O Procure Saber se mobilizou para manter os artigos e propor uma emenda que preveja participação financeira na venda das biografias. No discurso do grupo, abundam as palavras “fortuna”, “fofoca” e “intimidade”. A primeira diz mais sobre a realidade desses músicos do que sobre a dos biógrafos. A segunda, se for calúnia, deve levar ao processo e eventual condenação do autor mentiroso. Na terceira é que está o busílis. Ninguém nega que vidas de pessoas públicas têm uma dimensão íntima. Não há, entretanto, consenso possível sobre onde ela está. Em abril, Roberto Carlos tentou proibir “Jovem Guarda: moda, música e juventude”, de Maíra Zimmermann. Difícil imaginar no que o livro invadiria sua privacidade. Há um argumento recorrente no surto censório do Procure Saber. Ele já estava presente no acordo judicial entre a editora Planeta e o mesmo Roberto, em 2007, quando “Roberto Carlos em detalhes”, de Paulo Cesar de Araújo, foi retirado de circulação. Em termos simples, o argumento é “minha vida me pertence (minha obra é que é pública)”. Qual o Procure Saber, que age como se o Código Civil se aplicasse apenas à classe artística, vou passar de passagem pelas implicações dos artigos 20 e 21 para a memória política do país. Personagens de grande intimidade com o dinheiro público nos agradecem. Pronto, passei. Vou me ater, então, a considerações sobre pesquisa musical. A vida é porosa. Público e privado são categorias que, sobretudo na criação artística, trocam fluidos quase o tempo inteiro. Cabe ao jornalista ou ao biógrafo analisar o tecido, separando o que é significativo para a história particular que quer contar do que é calúnia, maledicência ou mera invasão de privacidade. Como jornalista há quase 30 anos, não é de hoje que reflito sobre a questão. Como autor de um livro sobre Renato Russo publicado em 2000, que não chega, pelo tamanho e pela ambição, a ser uma biografia, mas sim um perfil, o meu ângulo esteve claro o tempo todo: a vida pessoal de Renato me interessava na medida em que me ajudava a entender sua obra. Outros autores poderão pensar diferentemente. Lembro-me que uma crítica publicada cobrava-me “fatos picantes” e não análise poética. Por falar em lembrança, nada como um pouco de perspectiva histórica para baixarmos a bola. Os dois exemplos a seguir dizem respeito a compositores estrangeiros há muito falecidos. Se sujeitos ao Código Civil brasileiro, porém, seus herdeiros poderiam enxergar invasão de privacidade ou prejuízo de imagem na sua divulgação. Um ou dois dias depois de morrer, em dezembro de 1791, Mozart foi enterrado numa vala comum nos arredores de Viena. Ele passara a vida atolado em dívidas. Entre uma composição e outra, escrevia cartas, muitas cartas: humilhantes para os credores, suplicantes para os futuros credores, angustiadas para o pai Leopold, escatológicas para a irmã apelidada Nannerl, pornográficas para a esposa Constanze. Dívidas são problemas particulares, e cartas, naturalmente, são correspondência privada. No entanto, sem elas teríamos menos vislumbres da complexidade do gênio de Mozart. Em agosto de 1910, Mahler pegou um trem e foi se encontrar com Freud em Leiden, na Holanda, onde o Pai da Psicanálise passava férias. Não se sabe o que conversaram durante as quatro horas de caminhada no dia 26. Sabe-se, contudo, o que levou o compositor até ali: ele descobrira que sua mulher, Alma, estava tendo um caso com o jovem arquiteto Walter Gropius. Mahler tinha outro problema no coração: endocardite infecciosa. Morreria no maio seguinte, aparentemente apaziguado por Freud. Doença, infidelidade e redenção ajudam a compreender a sua Nona Sinfonia. As relações entre vidas e obras rendem debates sem fim entre estudiosos e fãs. É por isso que a riqueza cultural de um país se faz, entre outras coisas, pela convivência entre autobiografias, biografias autorizadas e biografias não autorizadas. Cabe ao leitor decidir qual ou, ou melhor ainda, quais ler. Tutelá-lo é típico de regimes autoritários. ### Hermínio Bello de Carvalho Viramos uma espécie de mictório público, onde qualquer um pode mijar em cima, sem que alguém saque um talonário de multas para punir o infrator.” "A coisa foi ficando mais difícil ao surgir a tal categoria a que já me referi, e a ser reconhecida pelo ministério do Trabalho: a do “herdeiro”. Essa figura que surge das sombras para, de alguma forma, levar alguma vantagem pecuniária em cima de alguém que se dedique a escarafunchar a nossa cultura. Essa figura sinistra tem sim o poder de embargar um livro. Enfim: aonde quero chegar? Como sou um bestalhão e ingênuo, continuo acreditando em certas instituições. Um dia, um “herdeiro” (ou meio herdeiro) de Mãe Quelé foi aos jornais declarar que eu havia ficado com o espólio de Clementina, daí a filha dela estar morrendo à mingua, sem qualquer assistência. Ele, o difamador, ostentava corrente de ouro e navegava pela vida a bordo, se não me engano, de uma Mercedes Benz."Ler artigo completo Site O Globo ### Procuro saberÉ censura uma pessoa pública (ou não) ser objeto de um livro, e negar ao autor o direito de publicá-lo A discussão me atrai, sobretudo porque ainda não a vi tratada pelo seu viés cultural. Desde menino sou atraído por biografias, autorizadas ou não. E também por autobiografias. Fico arrepiado em lembrar o que Ruy Castro passou com seu livro sobre Garrincha, interditado pelas filhas do jogador. E agora me deparo com a notícia de que a biografia de Noel Rosa continua interditada pela sua família, herdeira de sua história. Tão logo surgiram rumores de que o Roberto Carlos iria judicialmente retirar de circulação a sua bela biografia, tratei de comprar logo uns 3 exemplares. Ótimo e respeitoso livro, por sinal. A biografia de Clementina de Jesus está sendo negociada com seus “herdeiros”, uma nova profissão a ser reconhecida pelo Ministério do Trabalho. Mas vamos lá, ao tal viés cultural. Foi com o pseudônimo de Quincas Laranjeiras, violonista muito admirado por Villa-Lobos, que Sergio Cabral iniciou sua carreira de biógrafo tendo Pixinguinha como foco de sua pesquisa. Contextualizemos: 1978, a Presidência da República era ocupada pelo General Ernesto Geisel, Nei Braga era o Ministro da Educação e Cultura e a Funarte, recém-fundada, tinha na Presidência o escritor José Candido de Carvalho (“O Coronel e o lobisomem”) e Roberto Parreira na direção executiva. Nessa mesma época o Macalé e o Sergio Ricardo pensaram numa sociedade sem fins lucrativos a que chamamos sombras: Tom Jobim foi eleito presidente e eu o seu vice. E nessa mesma época o Albino Pinheiro inventou o Seis e Meia, e me levou para estruturar artisticamente o projeto. Passo ao largo dessa história, já bastante conhecida (ou não?), reduzindo-a ao essencial: inventei um Projeto Pixinguinha, que outra coisa não era senão um macro filhote do “Seis e meia” do Albino, e que a Funarte adotou como uma espécie de carro-chefe graças à visão do Roberto Parreira, faça-se justiça a ele. Acabei alocado numa Assessoria para Projetos Especiais da Funarte, e a história toma outro rumo: pensei num projeto de apoio à pesquisa e conseqüente publicação de biografias. A Funarte já tinha em sua equipe o pesquisador Ari Vasconcellos. Deve-se a ele, bem antes de minha entrada na Instituição, a edição de livros importantíssimos como “Figuras e Coisas da Música Popular Brasileira”, de Jota Efegê; “Ary Barroso”, de Mário de Moraes; “O choro”, de Alexandre Gonçalves Pinto; “Na roda de samba”, um clássico de Francisco Guimarães, o celebrado “Vagalume”; “Chiquinha Gonzaga”, de Marisa Lira e “Samba”, de Orestes Barbosa. Não foi pouca coisa, não. Sobretudo se levarmos em conta que Ari já publicara em 1964 um alentado “Panorama da Música Brasileira”, em dois volumes – e em 1977 o “Raízes da Música Popular Brasileira”. Trabalhava muito esse Ari Vasconcelos. Quando Carlos Lacerda assumiu a governança do Estado, instalou o Museu da Imagem e do Som, instituição idealizada por Mauricio Quadros, que foi nomeado primeiro diretor daquela Casa. E quem soprou no ouvido de Mauricio a ideia dos depoimentos gravados pelo MIS? Nosso Ari Vasconcellos. Mas não vamos esquecer que o rancoroso e talentosíssimo J. Ramos Tinhorão já estava na área desde 1966, e o Jornal do Brasil, façamos justiça, tinha uma equipe de responsabilidade abordando assuntos da música popular . E lá militava o jovem Sergio Cabral, ainda sem nenhum livro publicado – e aí temos que retornar ao assunto Funarte, porque só bem depois ela institucionalizaria o Projeto Lucio Rangel de Monografias. Ela, a Funarte, estava ainda provisoriamente instalada no Museu Nacional de Belas Artes. O “Pixinguinha, vida e obra” não só inaugurava a carreira de biografo de Sergio Cabral, como também abriu caminho para a edição do “Filho de Ogun Bexinguento” – livro da dupla Marilia T. Barboza da Silva e Arthur L. de Oliveira Filho, menção honrosa do mesmo concurso nacional de monografias que premiara, com justiça, nosso grande Sergio. O projeto Lucio Rangel de Monografias viria no rastro do sucesso de outro Projeto, o Pixinguinha. E aí sim a coisa tomou vulto: foram 30 (trinta!) títulos publicados, uma comissão de críticos e pesquisadores escolhendo os temas que mereceriam sofrer abordagem. Havia uma linha conceitual direcionando as escolhas: vamos priorizar as figuras marginais de nossa cultura, tipo Assis Valente e Wilson Batista, para ficarmos em apenas dois exemplos. Peraí, lembremos mais: Paulo da Portela, Silas de Oliveira, Cartola, Candeia, Garoto, Radamés Gnattali. Passaram-se os tempos, o filão ganhou musculatura. Mas a coisa foi ficando mais difícil ao surgir a tal categoria a que já me referi, e a ser reconhecida pelo ministério do Trabalho: a do “herdeiro”. Essa figura que surge das sombras para, de alguma forma, levar alguma vantagem pecuniária em cima de alguém que se dedique a escarafunchar a nossa cultura. Essa figura sinistra tem sim o poder de embargar um livro. Enfim: aonde quero chegar? Como sou um bestalhão e ingênuo, continuo acreditando em certas instituições. Um dia, um “herdeiro” (ou meio herdeiro) de Mãe Quelé foi aos jornais declarar que eu havia ficado com o espólio de Clementina, daí a filha dela estar morrendo à mingua, sem qualquer assistência. Ele, o difamador, ostentava corrente de ouro e navegava pela vida a bordo, se não me engano, de uma Mercedes Benz. Não que ele tenha usufruído esses bens às custas de Quelé, coitada: já velhinha, sobrevivia às custas de shows em casas noturnas pequenas, e não havia como intervir na situação. Clementina era território com diversos donos, o que se podia fazer era às escondidas. Essa história, eu sei, ainda vai sair em livro. Quem se sentir prejudicado por certo irá atrás do “prejuízo” ao ler esse final inglório da grande Dama. Quando foi publicada a matéria citada no parágrafo anterior, fiz o que devia: mandei uma carta ao jornal, que se negou a publicá-la. O editor do caderno explicava que “não queria criar polêmica”. Ou seja: que eu me conformasse com a difamação. Fui pro computador, escrevi um livreco sobre o assunto, o editei às minhas custas e mandei para alguns amigos. Nenhuma nota nos jornais. Mas, para muitos, esse meu retrato desfocado e cheio de estrias na alma terá me causado danos. Fico à vontade para tocar no assunto: o “Timoneiro”, meu perfil biográfico assinado por Alexandre Pavan, jamais sofreu interferência de minha parte em sua elaboração, e só o li depois de publicado. Fui sim entrevistado por ele diversas vezes, para desfazer dúvidas sobre episódios controversos como o Projeto Pixinguinha. Está longe de ser uma biografia “chapa branca”. Até porque não havia nenhum corpo dentro do armário pra se esconder: as portas foram abertas, sem fantasias. Contraditoriamente, respeito a opinião de Gilberto Gil e, agora, do Chico Buarque quando se refere ao direito de privacidade. Se um “biógrafo” se aventurar a escrever a biografia de uma pessoa que seja, por natureza, polêmica – sabe-se o resultado. Vai escarafunchar os lençóis amarrotados do biografado, com quem dormiu ao longo da vida, vasculhar gavetas metafóricas em busca de pistas que o conduzam a aspectos, digamos, “degradantes” da personalidade enfocada, buscar guimbas de maconha nos cinzeiros, drogas camufladas nas meias – toda sorte de “desvios” que fazem, sim, a delícia de um tipo de leitor que existe no mercado – leitor que nunca irá, por exemplo, comprar a monografia de Paulo da Portela ou Radamés Gnattali. Mas esse direito à privacidade que ganhe, dentro dos fóruns legais, musculatura suficiente que permita ao difamado defender-se amplamente e ressarcir-se dos danos causados à sua vida pessoal. A biografia do político José Dirceu, recentemente publicada, mereceu uma análise na revista Piauí que destrói a credibilidade do autor do trabalho, tal a soma de erros apontados naquele trabalho. Não sei que rumo tomou o caso. Não tenho qualquer simpatia pelo biografado, diga-se de passagem. Mas temos que nos reconhecer como personagens que fazem parte desse mundinho a que se convencionou rotular de “pessoas públicas”, em torno das quais grassam histórias mergulhadas em espessas nuvens de maledicências – e é esse o preço, afinal, eu se paga quando somos , por natureza, instigadores e fadados a mergulhar, sem proteção, nas águas escuras onde a nossa cultura se charfunda. E aí viramos uma espécie de mictório público, onde qualquer um pode mijar em cima, sem que alguém saque um talonário de multas para punir o infrator. Experimente entrar numa banca de jornais e veja o número de revistinhas ordinárias especializadas em explorar esse veio que existe desde que o mundo é mundo. Um culto ao narcisismo que beira o ridículo. Lembro da “Coluna da Candinha” na extinta Revista do Rádio, década de 50, auge da popularidade do rádio. Vivi isso na pele: aos 16 anos será repórter de uma revistinha de rádio, e publiquei uma matéria sensacionalista, que revelavam segredo guardado a sete chaves: quem era o grande amor de Marlene. Quem? A mãe dela. Mais ridículo e ingênuo impossível. Enfim: que se processo o caluniador. Pague-se esse preço: caso contrário, estaremos sendo censores. E a censura nos conduz a uma outra vertente que dela emana: a auto-censura. Proibimo-nos de expressar nossas verdades. E logo nós, artistas, que vivemos da invenção, que usufruímos da vida o que ela nos oferece do bom e também do pior. Derrapamos, às vezes, quando nos sentimos agredidos – ou quando agridem uma pessoa a quem devotamos admiração e respeito. Nelson Motta teria violado esse direito à privacidade a que se referem Gilberto Gil e Chico Buarque ao escrever a biografia de Tim Maia? E a vida daquele cantor e compositor poderia ser abordada de outra forma? E Cazuza? Em nenhum momento a família interditou qualquer obra que enfocasse a vida pessoal do compositor. Enfim: biografias só autorizadas é censura, sim. É censura uma pessoa pública (ou não) ser objeto de um livro, e negar ao autor o direito de publicá-lo. Pior ainda: é querer intervir em sua elaboração, tornando a obra uma biografia “chapa branca”. Quando falei do Projeto Lucio Rangel de Monografias, foi porque encontrei minha querida Ligia Santos, filha do legendário Donga (“Pelo telefone”) – uma das poucas fontes primárias que ainda podem falar de alguns contemporâneos de seu pai – como é o caso de João da Bahiana. As “fontes primárias” (aquelas que conviveram diretamente com figuras já desaparecidas) estão rareando. Quase todos os contemporâneos de Mário de Andrade já se foram. Há pouco, perdemos o cenógrafo Fernando Pamplona, aos 87 anos. Quem melhor escreveria sobre Joãosinho Trinta, seu discípulo, e a quem considerava um gênio? Entendo que o assunto é polêmico, e que a discussão, em nenhum momento, privilegiou esse viés cultural que tanto defendo. Aguardemos os livros sobre Wilson Batista (Rodrigo Alzuguir, o autor) e um outro sobre Clementina: “Quelé: a voz da cor”, de Felipe Castro, Janaina Marquesini, Luana Costa, Maria Kobayashi e Raquel Munhoz. Aposto nesses jovens pesquisadores. Termino com uma recomendação: não percam o musical “Clementina, cadê você”. O autor? Pedro Murad. A direção, de Duda Maia. Imperdível. 18/10 ### Marco Aurélio Mello Soube que um jurista baiano, Caetano Veloso, está excomungando uma máxima, a de que é proibido proibir." “É o Código Civil de 2002 [que poderia levar à censura prévia], e já sob os ares democráticos da Constituição de 1988. Soube que um jurista baiano, Caetano Veloso, está excomungando uma máxima, a de que é proibido proibir. Agora, em pleno século XXI... De início [uma pessoa pública] abdica [da sua privacidade]. Mas essa é uma matéria em aberto, nós ainda vamos decidir a respeito. Não estou adiantando meu ponto de vista. Agora, o que eu sempre digo é que o homem público é um livro aberto. Aquela biografia não autorizada, do José Dirceu [escrita por Otávio Cabral], por exemplo, não é importante? Nós não precisamos de memória no país? Será que alguém que teve uma projeção pública pode pretender se colocar numa redoma, se enclausurar? Aí é que está o grande problema. Vamos decidir se, no caso, vinga a liberdade de expressão e a liberdade de informação, ou se vinga a privacidade maior, inclusive autorizando o juiz a censurar [a biografia]. ### Jorge Mautner Tiraram a palavra amor [da bandeira brasileira] não por maldade, mas para que o povo brasileiro não pensasse que a República iria se imiscuir na vida privada." "O critério da intimidade, do foro íntimo e da origem da lei de autorização de biografias, se baseia principalmente neste cuidado: para que amigos, amigas, filhos, netos, parentes, citados em suas longas biografias por causa de sua longa importância histórica, não sejam prejudicados. A liberdade é em primeiro lugar liberdade individual, daí decorrem as outras liberdades, tais como a liberdade chamada libertária, que é a utopia do anarquismo irrestrito, a liberdade com sacanagem, que se chama libertinagem, a liberdade liberticida, que é inclusive suicida e homicida. Vejam quantas variedades de liberdade existem, e no entanto ela sempre volta pra seu sentido original, aquele que é acolhido no confessionário das igrejas, dos templos, das mesquitas, das sinagogas, e em todos os rituais religiosos que têm esta liberdade individual em alta consideração."Ler artigo completo Site O Globo ### A liberdade individualEssa discussão sobre biografias autorizadas ou não me parece ser quase provinda de um mundo extraterrestre Camille Desmoulins, durante a Revolução Francesa, sentenciou: “o preço da liberdade é a eterna vigilância”. Logo em seguida, foi guilhotinado pela Revolução. O preceito da liberdade é sagrado. Essa discussão sobre biografias autorizadas ou não me parece ser quase provinda de um mundo extraterrestre. A internet abriga todas estas simultaneidades: você pode inventar uma biografia de qualquer pessoa, pode caluniá-la, pode inclusive forjar artigos assinados por colunistas famosos sem que sejam da autoria deles. Estou totalmente ao lado das intenções do Procure Saber. Para mim, o que Roberto Carlos, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque fizeram e fazem para a História do Brasil e para a História da Humanidade faz com que eu, de olhos fechados, assine o que eles assinarem. E ainda mais quando coincide com o meu pensamento. Os fundadores da nossa República, Floriano Peixoto e Benjamin Constant, tiveram o cuidado de tirar a palavra amor da frase de Augusto Comte que está inscrita em nossa bandeira. A frase original de Comte é: o amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim. Tiraram a palavra amor não por maldade, mas para que o povo brasileiro não pensasse que a República iria se imiscuir na vida privada. O critério da intimidade, do foro íntimo e da origem da lei de autorização de biografias, se baseia principalmente neste cuidado: para que amigos, amigas, filhos, netos, parentes, citados em suas longas biografias por causa de sua longa importância histórica, não sejam prejudicados. A liberdade é em primeiro lugar liberdade individual, daí decorrem as outras liberdades, tais como a liberdade chamada libertária, que é a utopia do anarquismo irrestrito, a liberdade com sacanagem, que se chama libertinagem, a liberdade liberticida, que é inclusive suicida e homicida. Vejam quantas variedades de liberdade existem, e no entanto ela sempre volta pra seu sentido original, aquele que é acolhido no confessionário das igrejas, dos templos, das mesquitas, das sinagogas, e em todos os rituais religiosos que têm esta liberdade individual em alta consideração. Também me lembra uma piada, real, que é descrita no livro do Milovan Dilas intitulado “Conversações com Stálin”, em que ele narra um acontecimento no Mar Negro, onde dois oficiais da KGB, polícia política secreta da URSS, estavam sentados em uma mesa enquanto, em outra, estavam sentadas duas senhoras bem idosas, inglesas, que haviam trabalhado a vida inteira como exemplares cidadãs britânicas impecáveis, e que guardaram um dinheirinho para passar suas férias, já bem idosas, no Mar Negro. A piada, real, consistia no seguinte: “vamos ver quem entre nós dois consegue em primeiro lugar formular uma acusação terrível, passível de prisão, sobre estas duas senhoras”. E, por incrível que pareça, conseguiram achar, embaralhar fatos e condenar aquelas duas inocentes senhoras. Comparam sempre nossa jurisprudência com países europeus. Para mim, o grande exemplo é a República Popular da China, portanto não entendo o que querem. Não se preocupem, eu adoro ler biografias, minha vida toda foi nutrida por informações de História. Todos ficarão satisfeitos daqui a pouquíssimo tempo, quando implantarem em nossos neurônios os implantes acoplados a robôs sensitivos e tudo então estará simultaneizado. Nossos pensamentos, desejos, sem doenças, com longevidade cada vez maior e o ser humano finalmente mergulhará no novo sistema nervoso, e com todas as biografias instantaneizadas para todos 17/10 ### Herdeiras de Paulo Leminski Pela inclusão de trechos nas biografias que violam a intimidade e honra do poeta, bem como da própria família" "Não houve qualquer ação judicial para impedir a publicação das referidas biografias", mas sim um "mero comunicado encaminhado à editora Nossa Cultura declarando que os familiares não autorizavam a publicação pela ausência de autorização expressa aos escritores para inclusão de imagens e poemas de Paulo Leminski, direitos pertencentes às herdeiras, garantidos pela Lei de Direitos Autorais.” [...] "A ênfase no álcool, sua leitura de uma ‘precariedade’ de bens em nossa casa (você nunca ouviu falar em contracultura?) as observações exageradas sobre ‘falta de banho’, que corresponde a um período de maiores excessos, mas que foi superada, enfim, tudo isso serve para criar uma imagem bem negativa do Paulo". (trecho de email para Toninho Vaz). No dia 11/10, o biógrafo Toninho Vaz entrou na Justiça contra as herdeiras. ### Mário Magalhães Você propõe mesmo dar uns caraminguás aos netos do Médici?" "Concordo: é inaceitável a impunidade de biógrafo leviano ou criminoso que difunda informação “infamante ou mentirosa”. Mas a decisão tem de ser da Justiça, e não de censura prévia. Se o Judiciário é lento e a lei dócil com difamadores, aperfeiçoemos ambos. Somos contra o indulto de Natal porque, entre milhares de presos, meia dúzia foge? Crimes pontuais não devem abolir direitos coletivos. O conhecimento da história consagra-se como direito humano. Roberto Carlos é, sim, dono da vida dele. Mas não é dono da história." + Leia também o post Caixa-preta de um biógrafo falido (debate público, confissões privadas) publicado no blog do autor.Ler artigo completo Site O Globo ### Meu caro ChicoCrimes pontuais não devem abolir direitos coletivos; Roberto Carlos é, sim, dono da vida dele, mas não é dono da história Caríssimo Chico Buarque, eis o artigo do Código Civil que o grupo Procure Saber, ao qual você pertence, batalha para eternizar: “Salvo se autorizadas [...], a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais”. Quando você lançou a obra-prima “Apesar de você”, o ditador Médici presidia o Brasil. Era um tempo em que agentes públicos torturavam milhares de pessoas. Hoje, para biografar o general, só com autorização dos herdeiros. Dá para pensar no rame-rame laudatório que eles exigiriam? A legislação em vigor permite que Fernando Collor barre uma biografia não autorizada, em nome de sua “boa fama”. Idem o juiz Lalau e o torturador Brilhante Ustra. É assim porque a lei vale para todos, artistas ou não. Pense bem: a prerrogativa de contar a história passou ao coronel Ustra. No seu elegante artigo “Penso eu”, generoso com meu livro “Marighella — O guerrilheiro que incendiou o mundo”, você menciona, sem título, uma biografia do Cabo Anselmo. Conheço três obras focadas no infiltrado que entregou a mulher grávida para repressores da ditadura a matarem (ela se chamava Soledad, e não Consuelo; todos tropeçamos, não somente os biógrafos). As de 1984 e 99, com depoimentos mentirosos do covarde, assemelham-se a autobiografias. A de 81 é um breve perfil independente. A tragédia: publicado ainda durante a ditadura, este livro poderia ser proibido hoje, na democracia, amparado no Código Civil de 2002. A norma obscurantista transfere a Anselmo o poder de definir o conteúdo de uma biografia. Concordo: é inaceitável a impunidade de biógrafo leviano ou criminoso que difunda informação “infamante ou mentirosa”. Mas a decisão tem de ser da Justiça, e não de censura prévia. Se o Judiciário é lento e a lei dócil com difamadores, aperfeiçoemos ambos. Somos contra o indulto de Natal porque, entre milhares de presos, meia dúzia foge? Crimes pontuais não devem abolir direitos coletivos. O conhecimento da história consagra-se como direito humano. Roberto Carlos é, sim, dono da vida dele. Mas não é dono da história. Biografias são reportagens, que constituem gênero do jornalismo. Pagar royalties a personagens descaracteriza biografias não autorizadas — você propõe mesmo dar uns caraminguás aos netos do Médici? Se defende que as filhas do Garrincha recebam pelo trabalho árduo do biógrafo, já pensou em remunerá-las, por ter citado o Mané junto com Pelé, Didi, Pagão e Canhoteiro? “O futebol”, sua música, não tem também “fins comerciais”? A imprensa de “fins comerciais” publica perfis. E se o Sarney e o Bolsonaro resolverem cobrar? Devemos reeditar a censura de outrora ou persistir no bom combate a ela? Chico, perdoe o tom. Você merece interlocutores do “tempo da delicadeza” evocado em “Todo o sentimento”. Aceite um abraço e o carinho deste fã irrevogável. 17/10 ### Chico Buarque Errei e por isto lhe peço desculpas" "Eu não me lembrava de ter dado entrevista alguma a Paulo Cesar de Araújo, biógrafo de Roberto Carlos. Agora fico sabendo que sim, dei-lhe uma entrevista em 1992. Pelo que ele diz, foi uma entrevista de quatro horas onde falamos sobre censura, interrogatórios, diversas fases e canções da minha carreira. Ainda segundo ele, uma das suas perguntas foi sobre a minha relação com Roberto Carlos nos anos 60. No meio de uma entrevista de quatro horas, vinte anos atrás, uma pergunta sobre Roberto Carlos talvez fosse pouco para me lembrar que contribuí para sua biografia. De qualquer modo, errei e por isto lhe peço desculpas. Quanto à matéria da "Última Hora", mantenho o que disse. Eu não falaria com a "Última Hora" de 1970, que era um jornal policial, supostamente ligado a esquadrões da morte. Eu não daria entrevista a um jornal desses, muito menos para criticar a postura política de Caetano e Gil, que estavam no exílio. Mas o biógrafo não hesitou em reproduzi-la em seu livro, sem se dar o trabalho de conferi-la comigo. Só se interessou em me ouvir a fim de divulgar o lançamento do seu livro. Não, Paulo Cesar de Araújo, eu não falava com repórteres da "Última Hora" em 1970. Para sua informação, a entrevista que dei ao Mario Prata em 1974 foi para a "Última Hora" de Samuel Wainer, então diretor de redação, que evidentemente nada tinha a ver com a "Última Hora" de 1970, que você tem como fonte". 17/10 ### Paulo Cesar de Araújo E esta entrevista, com duração de quatro horas, foi gravada, filmada e fotografada.” “Foi com grande espanto que li declaração de Chico Buarque aqui no GLOBO, afirmando que jamais me deu uma entrevista. Ou seja, ele alega que eu teria faltado com a verdade ao incluí-lo entre as fontes listadas na biografia “Roberto Carlos em detalhes”. Ocorre que Chico Buarque foi, sim, uma das 175 pessoas que entrevistei para a pesquisa que resultou naquele livro. O artista certamente se esqueceu, mas ele me recebeu em sua casa, na Gávea, na tarde de 30 de março de 1992. E esta entrevista, com duração de quatro horas, foi gravada, filmada e fotografada.” #### Assista à entrevista de Chico Buarque ao biógrafo Ler artigo completo Site O Globo ### De seu amável interrogadorAutor da biografia 'Roberto Carlos em detalhes' e do livro 'Eu não sou cachorro, não' contesta afirmações de Chico Buarque a seu respeito Foi com grande espanto que li, quarta, declaração de Chico Buarque aqui no GLOBO, afirmando que jamais me deu uma entrevista. Ou seja, ele alega que eu teria faltado com a verdade ao incluí-lo entre as fontes listadas na biografia “Roberto Carlos em detalhes”. Ocorre que Chico Buarque foi, sim, uma das 175 pessoas que entrevistei para a pesquisa que resultou naquele livro. O artista certamente se esqueceu, mas ele me recebeu em sua casa, na Gávea, na tarde de 30 de março de 1992. E esta entrevista, com duração de quatro horas, foi gravada, filmada e fotografada. Falamos muito sobre censura, interrogatórios — creio que por isso ele escreveu, junto com o autógrafo que me deu na capa do disco “Construção”: “Para o Paulo, meu amável interrogador, com um abraço do Chico Buarque. Rio, março/92.” Naquela entrevista, Chico me falou sobre as principais fases e canções de sua carreira. Uma de minhas perguntas foi sobre sua relação com Roberto Carlos nos anos 60, quando ambos representavam polos opostos na nossa música popular — suas frases estão reproduzidas na página 184 da biografia que escrevi. No seu artigo o cantor também negou uma declaração dele que reproduzo no meu livro anterior, “Eu não sou cachorro, não”. No livro eu cito a fonte: “Última Hora-SP”, 28/06/1970 — mesmo jornal para o qual, em 1974, o próprio Chico daria uma famosa entrevista, sob o pseudônimo de Julinho da Adelaide. Esta entrevista está no seu site. Resumindo: no seu artigo, Chico dá a entender que o jornal era desprezível, mas ele falava, sim, com seus repórteres. Pois bem. Ele disse no artigo ser impossível ter “criticado Caetano e Gil, então no exílio, por denegrirem a imagem do país no exterior”. Ocorre que a crítica registrada na “Última Hora” não tinha este viés nacionalista. O que ele criticava era o fato de os baianos usarem a condição de exilados para sensibilizar os ingleses e fazer sucesso: “Nos cartazes de publicidade que eles mandaram imprimir, consta que foram banidos do país. Isso é ridículo, querer vencer pela pena.” Registre-se que na época Chico andava mesmo afastado de Gil e Caetano por conta de rusgas desde a eclosão do tropicalismo — o que Chico confirmou ao “Pasquim”, em 1970. Trecho: “Eu perdi o contato com eles, perdi a amizade deles. Então eu não entendo mais se o Caetano é o mesmo que eu conheci”. Nesse mesmo papo com o “Pasquim”, Chico se mostrou também desconfiado da gravação de “Carolina”, feita por Caetano. “Eu ouvi o disco uma vez só e confesso que não gostei e não quis ouvir mais porque é um problema em que eu não estava a fim de ficar pensando: será que ele gravou de boa-fé ou de má-fé?” Portanto, neste contexto, acho bastante possível ele ter feito também aquela declaração sobre os baianos na “Última Hora”. Por isso, incluí sua declaração no livro. Faz parte do meu ofício de historiador. ### Programa Saia Justa Os biógrafos falaram que não ganham dinheiro. Não sei até que ponto os autores ganham tão pouco assim.” "A gente está num conflito de gigantes, estamos num conflito de dois direitos fundamentais, de liberdade de expressão e da privacidade. Mas sobre direito à privacidade ninguém quer falar. A gente está discutindo o ser-humano. Eu lido com uma associação de artistas, não são empresários ou advogados. Eu estou apanhando demais, sem direito de discutir. Vim aqui para ser ouvida. Tem um que fala que eu fui à Brasília dar tapa nas costas do Renan Calheiros por causa de um projeto de lei. A gente não é um poder, somos artistas. Não é lobby, é emoção. Um artista lida com emoção. Como você vai julgar o Roberto Carlos, um cara que tem assumidamente uma doença?" #### Trecho do Programa Saia Justa com Paula Lavigne 16/10 ### Gerald Thomas Quem compôs “É proibido proibir” não pode proibir.” “Infelizmente o nosso destino não é um tango amistoso entre nossos biógrafos e críticos. Quem dera fosse! Fazer parte da vida pública também significa ter desagradáveis surpresas e curvas em estradas nem sempre desejáveis. Seja como for, curvas e calombos fazem parte dessa ‘obra de arte total’ e merecem constar numa biografia — goste o biografado ou não. Faz parte. Simplesmente faz parte.” 16/10 ### Francisco Bosco O debate na imprensa, quase sem exceção, tem sido marcado por uma recusa a efetivamente aprofundar os problemas, tomando como decidido o que justamente está por se estabelecer” "Um ponto importante e lamentável: alegar que uma figura pública, meramente pelos benefícios que isso lhe traz (reconhecimento e, em alguns casos, dinheiro), deve arcar com o ônus da expropriação de sua dimensão privada e do escrutínio moral da coletividade — isso não é argumento jurídico, nem filosófico, isso é pura vingança imaginária. Seu motor é o ressentimento. Diante disso, é preciso evocar a célebre frase de Nietzsche: “É preciso proteger os fortes contra os fracos”. Não estou dizendo que essa é a única razão para se defender a exposição plena de um indivíduo à coletividade. É apenas a mais sórdida."Ler artigo completo Site O Globo ### O público e o privado IIIGostaria que os defensores incondicionais e peremptórios da liberação das biografias se dispusessem a encarar as complexidades de questões , em vez de ficar repisando a tecla da acusação de censura Recentemente, uma nova biografia sobre Marx afirma que o filósofo teria tido um filho não assumido com a empregada que trabalhava em sua casa. É um fato — se for mesmo um fato, como tudo indica — significativo e de interesse geral: o influente pensador da luta de classes comportando-se como um senhor de engenho. No mínimo, ensina alguma coisa sobre as contradições entre teoria e práxis. Agora imaginemos que Marx estivesse vivo. Pergunto: que ele seja uma “figura pública” deve implicar que o Estado assegure o direito a que ele tenha sua vida devassada e devastada em nome do interesse coletivo? Tamanho poder da coletividade sobre o indivíduo é mesmo fortalecedor do espírito democrático? Gostaria que os defensores incondicionais e peremptórios da liberação das biografias se dispusessem a encarar as complexidades de questões como essas, em vez de ficar repisando a tecla da acusação de censura aos que propõem discutir o mérito. Ao contrário, o debate na imprensa, quase sem exceção, tem sido marcado por uma recusa a efetivamente aprofundar os problemas, tomando como decidido o que justamente está por se estabelecer e condenando até moralmente os que ousam contestar o suposto consenso ou examinar o mérito em profundidade antes de tirar conclusões sobre ele. De minha parte, continuarei aqui a desconstruir argumentos reducionistas e juízos maniqueístas. Os defensores da liberação argumentam que o biografado pode reivindicar reparação na Justiça em casos de calúnia e difamação. Mas isso não dá conta do problema. No exemplo citado acima, não é a calúnia o problema, e sim a verdade, cujo efeito é devastador para o indivíduo. Esse efeito é realmente civilizatório, obra de uma sociedade aberta e democrática? A palavra mais usada pelos defensores da liberação é “censura”, e sua comparação mais frequente é aquela entre uma sociedade que protege a privacidade do indivíduo e sociedades ditatoriais. Contudo, sociedades ditatoriais são justamente aquelas que pretendem anular o indivíduo em nome do coletivo. Censor, por sua vez, é o poder que pretende sufocar os indivíduos de participarem livremente da esfera pública, contestando seu governo e interferindo nos seus caminhos. Ora, resta por estabelecer se a vida privada de um indivíduo considerado uma “figura pública” deve ser ela mesma considerada pública. Antes que se estabeleça esse difícil ponto, falar em censura é uma petição de princípio. Um ponto importante e lamentável: alegar que uma figura pública, meramente pelos benefícios que isso lhe traz (reconhecimento e, em alguns casos, dinheiro), deve arcar com o ônus da expropriação de sua dimensão privada e do escrutínio moral da coletividade — isso não é argumento jurídico, nem filosófico, isso é pura vingança imaginária. Seu motor é o ressentimento. Diante disso, é preciso evocar a célebre frase de Nietzsche: “É preciso proteger os fortes contra os fracos”. Não estou dizendo que essa é a única razão para se defender a exposição plena de um indivíduo à coletividade. É apenas a mais sórdida. Não concordo com o também repisado argumento de que políticos não devem ser poupados. Políticos devem ter suas responsabilidades imputadas por seus feitos públicos, e não privados. Uma aventura sexual do presidente americano Clinton o expôs, com sua família, a uma das maiores humilhações públicas que alguém pode sofrer e colocou a nação inteira em crise. De novo: o que há de liberdade e democracia nisso? (Em tempo: casos como o de DSK devem ser considerados públicos, pois, penso, perde-se o direito à privacidade no momento em que se comete uma infração à lei.) Não concordo ainda com a separação que alguns, como Caetano Veloso, fazem entre artistas e políticos. Defender direitos diversos para uns e outros é inadmissível por definição, além de configurar um juízo moral prévio e simplista que coloca uns como bons e outros como maus. Isto posto, noto que Caetano escreveu aqui uma coluna rara, no presente contexto, por sua ponderação, e com cujo sentido geral me identifico: “o direito à intimidade deve complicar o de livre expressão”. Resta portanto a ser aprofundada uma discussão sobre os limites entre o privado e o público, a vida e a obra e o conflito de interesses entre o indivíduo e a coletividade. Não li quase ninguém na imprensa disposto a ou capaz de discutir esses pontos em profundidade. O debate tem sido mais profundo alhures: pensadores como Alberto Pucheu, Roberto Correa dos Santos, Pedro Duarte, Fred Coelho (a maior parte tende a discordar de mim) vêm formulando os problemas com a necessária profundidade e a honestidade intelectual de se considerar como ponto de partida a existência de um problema, não de um fato consumado. ### Luiz Schwarcz O Procure Saber escolheu o vilão errado e ofendeu os profissionais do livro ao defender a permissão apenas da publicação gratuita dos livros, apresentando editores e escritores como argentários e pilantras profissionais.” "Quando o livro “Estrela solitária” estava para ser publicado, uma matéria foi veiculada no “Fantástico” chamando atenção para o livro. As filhas do Garrincha, que não haviam se manifestado até então, me procuraram, através de um advogado, e, sem ler uma página sequer do livro, demandaram pagamento de direitos e ameaçaram com um pedido de indenização. O representante da família, a essas alturas, não falava em “imagem denegrida”, mas em “ajudar o Natal das meninas”. Como não aceitamos acordo — por julgarmos que a biografia enaltecia o jogador como o melhor de todos os tempos e tratava do alcoolismo, conhecido por todos, de maneira ética —, seguimos em frente com a publicação. A partir daí fomos processados, com a família exigindo o pagamento de direitos autorais — como se a vida de um antepassado pertencesse a seus herdeiros — e reclamando da imagem do jogador supostamente denegrida pelo livro, de cujos rendimentos gostariam de participar."Ler artigo completo Site Blog da Companhia ### Um editor de biografiasPor Luiz Schwarcz Falei recentemente com o Chico Buarque sobre o assunto das biografias mais de uma vez. Como ele agora escreveu publicamente, utilizando-se de exemplos sensíveis à história da Companhia das Letras, “condenada” a pagar uma larga soma de indenização à família de Garrincha, preciso vir a público esclarecer minha posição e contar, pela primeira vez, minha versão de toda esta história. Quando o livro Estrela solitária estava para ser publicado, uma matéria foi veiculada no Fantástico chamando atenção para o livro. As filhas do Garrincha, que não haviam se manifestado até então, me procuraram, através de um advogado, e, sem ler uma página sequer do livro, demandaram pagamento de direitos e ameaçaram com um pedido de indenização. O representante da família, a essas alturas, não falava em “imagem denegrida”, mas em “ajudar o Natal das meninas”. Como não aceitamos nenhum acordo — por julgarmos que a biografia enaltecia o jogador como o melhor de todos os tempos e tratava do alcoolismo, conhecido por todos, de maneira absolutamente ética –, seguimos em frente com a publicação. A partir daí fomos processados, com a família exigindo, ao mesmo tempo, o pagamento de direitos autorais — como se a vida de um antepassado pertencesse a seus herdeiros — e reclamando da imagem do jogador supostamente denegrida pelo livro, de cujos rendimentos gostariam de participar. A partir daí, uma longa e custosa história se instaurou e, em segunda instância, Estrela solitária foi retirado de circulação, sem que todas as etapas do julgamento estivessem concluídas — situação que só a nossa lei permite. Assim como permite que um juiz ameace “quebrar” uma editora, ao ter amplos poderes para arbitrar a indenização. A biografia de Garrincha só voltou a circular mediante um volumoso acordo, e sem nenhuma condenação. Com o pagamento realizado, nem a capa ou muito menos o conteúdo voltou a preocupar as herdeiras. O fato é que a atual lei brasileira permite, singularmente, que se instaure um balcão de negócios, arbitrariedades e malversações. Sei que Chico discorda da capa que escolhi pessoalmente para o livro do Ruy Castro. Estrela solitária termina com o triste fim do jogador, isolado e alcoólatra. Julguei que não devia, como editor, publicar um livro com tal força dramática colocando Garrincha com as mãos erguidas junto às pombas da Praça de Milão, foto que, aliás, teria sido a escolhida pelo autor. Aceito o julgamento público, confiante de que segui critérios editoriais corretos. O oposto significaria fugir da história para proteger a imagem de um ídolo nacional. Pela lei vigente, os herdeiros se transformam em historiadores, editores e, desculpe-me, censores, sim. A foto que utilizamos foi retirada de arquivos públicos e, se não me falha a memória, havia sido previamente publicada em jornal. Existia uma muito pior para o Garrincha, capa de um jornal importante, com o ídolo desfilando no Carnaval, em carro alegórico, completamente entregue ao álcool. A família na época permitiu o desfile e a aparição do jogador na avenida. De quem é a culpa, então? Quem ajuda a moldar a vida e a cultura de um país, seja no futebol, na música ou na política, tem, desde sempre, menor controle de sua vida pública. Sempre foi assim, de Cleópatra a Maria Callas, passando por Getúlio Vargas e pelos ídolos do iê-iê-iê. A defesa da privacidade no mundo contemporâneo deveria nos unir, mas o custo que a lei brasileira cobra é inaceitável, é muito pior. Espero que um dia escritor e editor se juntem na defesa das duas causas: a da liberdade de expressão necessária para a nossa profissão, e a da privacidade possível no mundo atual. O “Procure saber” escolheu o vilão errado e ofendeu os profissionais do livro ao defender a permissão apenas da publicação gratuita dos livros pela internet, apresentando editores e escritores como argentários e pilantras profissionais. Além do Chico Buarque, Gil e Caetano foram publicados com muita honra pela Companhia das Letras e me conhecem bem. Agora, que o pagamento à família de Garrincha justificado pela fragilidade das leis brasileiras de defesa da liberdade de expressão foi indevido, sem dúvida nenhuma foi. E que divergências não abalam amizades como as que tenho com Chico Buarque e Caetano Veloso, é certeza e nunca esteve em discussão. 16/10 ### Chico Buarque Li que os herdeiros do Garrincha conseguiram uma alta indenização da Companhia das Letras. Não sei quanto foi, mas acho justo.” "Pensei que o Roberto Carlos tivesse o direito de preservar sua vida pessoal. Parece que não. Também me disseram que sua biografia é a sincera homenagem de um fã. Lamento pelo autor, que diz ter empenhado 15 anos de sua vida em pesquisas e entrevistas com não sei quantas pessoas, inclusive eu. Só que ele nunca me entrevistou."Ler artigo completo Site O Globo ### Penso euPensei que o Roberto Carlos tivesse o direito de preservar sua vida pessoal. Parece que não. Pensei que o Roberto Carlos tivesse o direito de preservar sua vida pessoal. Parece que não. Também me disseram que sua biografia é a sincera homenagem de um fã. Lamento pelo autor, que diz ter empenhado 15 anos de sua vida em pesquisas e entrevistas com não sei quantas pessoas, inclusive eu. Só que ele nunca me entrevistou. O texto de Mário Magalhães sobre o assunto das biografias me sensibilizou. Penso apenas que ele forçou a mão ao sugerir que a lei vigente protege torturadores, assassinos e bandidos em geral. Ele dá como exemplo o Cabo Anselmo, de quem no entanto já foi publicada uma biografia. A história de Consuelo, mulher e vítima do Cabo Anselmo, também está num livro escrito pelo próprio irmão. Por outro lado, graças à lei que a associação de editores quer modificar, Gloria Perez conseguiu recolher das livrarias rapidamente o livro do assassino de sua filha. Da excelente biografia de Carlos Marighella, por Mário Magalhães, ninguém pode dizer que é chapa-branca. Se fosse infamante ou mentirosa, ou mesmo se trouxesse na capa uma imagem degradante do Marighella, poderia ser igualmente embargada, como aliás acontece em qualquer lugar do mundo. Como Mário Magalhães, sou autor da Companhia das Letras e ainda me considero amigo do seu editor Luiz Schwarcz. Mas também estive perto do Garrincha, conheci algumas de suas filhas em Roma. Li que os herdeiros do Garrincha conseguiram uma alta indenização da Companhia das Letras. Não sei quanto foi, mas acho justo. O biógrafo de Roberto Carlos escreveu anteriormente um livro chamado “Eu não sou cachorro não”. A fim de divulgar seu lançamento, um repórter do “Jornal do Brasil” me procurou para repercutir, como se diz, uma declaração a mim atribuída. Eu teria criticado Caetano e Gil, então no exílio, por denegrirem a imagem do país no exterior. Era impossível eu ter feito tal declaração. O repórter do “JB”, que era também prefaciador do livro, disse que a matéria fora colhida no jornal “Última Hora”, numa edição de 1971. Procurei saber, e a declaração tinha sido de fato publicada numa coluna chamada Escrache. As fontes do biógrafo e pesquisador eram a “Última Hora”, na época ligada aos porões da ditadura, e uma coluna cafajeste chamada Escrache. Que eu fizesse tal declaração, em pleno governo Médici, em entrevista exclusiva para tal coluna de tal jornal, talvez merecesse ser visto com alguma reserva pelo biógrafo e pesquisador. Talvez ele pudesse me consultar a respeito previamente e tirar suas conclusões. Mas só me procuraram quando o livro estava lançado. Se eu processasse o autor e mandasse recolher o livro, diriam que minha honra tem um preço e que virei censor. Nos anos 70 a TV Globo me proibiu. Foi além da Censura, proibiu por conta própria imagens minhas e qualquer menção ao meu nome. Amanhã a TV Globo pode querer me homenagear. Buscará nos arquivos as minhas imagens mais bonitas. Escolherá as melhores cantoras para cantar minhas músicas. Vai precisar da minha autorização. Se eu não der, serei eu o censor. 16/10 ### Ernesto Rodrigues Até hoje a venda do livro não cobriu o adiantamento que recebi da editora.” "A propósito, como prova transparente de que nós, biógrafos, não somos os capitalistas predadores denunciados por Djavan, até pensei em propor, aos líderes do Procure Saber, trocar toda a receita que obtive pela venda da biografia de João Havelange nos últimos sete anos pelos direitos de uma, apenas uma música de Chico ou de Gil, meus preferidos. Não o fiz. Seria crime de estelionato."Ler artigo completo Site O Globo ### Procurei saberNão há incoerência ou equívoco que já não tenha sido exposto no inventário desse enorme estrago que Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil e Roberto Carlos estão anexando às suas biografias Como biógrafo de Ayrton Senna e de João Havelange, sinto-me muito bem representado nos artigos e depoimentos publicados recentemente sobre a posição do grupo Procure Saber. Não há absurdo, incoerência ou equívoco que já não tenha sido exposto no inventário desse enorme estrago que Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil e Roberto Carlos, entre outros, estão anexando voluntariamente às suas respectivas biografias. Resta, no entanto, uma pergunta: o que — de bom, ruim, controverso ou polêmico — esses quatro gigantes da MPB querem evitar tão intensamente que seja publicado e que já não tenha sido dito ou contado em centenas de entrevistas, reportagens, livros, documentários e programas de rádio e televisão produzidos sobre eles — com ou sem as respectivas anuências — nas últimas décadas? Uma simples consulta ao que já é público nos permitiria contar muito bem a história pessoal e profissional de cada um deles. E com intimidades que eles próprios decidiram compartilhar com seus milhões de admiradores. O que mais aconteceu que não sabemos? João Havelange, como mostro no filme “Conversa com JH”, investiu contra o livro que escrevi sobre a vida dele disposto a impedir que eu desse espaço aos seus críticos e adversários, mostrasse a importância de Pelé na sua chegada à presidência da Fifa em 1974, reconstituísse a derrota política que ele sofreu na definição da sede da Copa de 2002 e, principalmente, sequer mencionasse as suspeitas sobre o que só seria confirmado pela Justiça da Suíça seis anos depois da publicação do livro: a propina de mais de US$ 20 milhões que ele e seu ex-genro Ricardo Teixeira receberam da ISL, empresa de marketing pertencente à Adidas. Havelange e Teixeira, até onde eu sei, não são signatários do Procure Saber. Mas seria compreensível, ainda que não necessariamente justificável, que, por motivos semelhantes, personalidades públicas brasileiras como, por exemplo, o deputado Paulo Maluf e os senadores Renan Calheiros e José Sarney, para citar apenas algumas biografias certamente cabeludas, comungassem das preocupações que inspiram o movimento Procure Saber. Mas Chico? Caetano? Gil? Jorge Mautner? Não acredito, sinceramente, que exista algo de grave para se esconder na vida desses geniais brasileiros. Da mesma forma, não acredito que Chico, Caetano, Gil e Roberto, lá no fundo e do alto de suas poderosas arrecadações de direitos, acreditem que um biógrafo possa fazer fortuna, no Brasil, contando a história da vida deles ou de qualquer outra pessoa. A propósito, como prova transparente de que nós, biógrafos, não somos os capitalistas predadores denunciados por Djavan, até pensei em propor, aos líderes do Procure Saber, trocar toda a receita que obtive pela venda da biografia de João Havelange nos últimos sete anos pelos direitos de uma, apenas uma música de Chico ou de Gil, meus preferidos. Não o fiz. Seria crime de estelionato. Até hoje a venda do livro não cobriu o adiantamento que recebi da editora. 15/10 ### Pedro Doria Como entender o Brasil sem compreender Getúlio? Não basta. Onde está a grande biografia de Carlos Lacerda? De Juscelino Kubitschek?” "O Brasil como o compreendemos, hoje, nasce dos estudos de um pequeno grupo de intelectuais que vão de Mario de Andrade a Gilberto Freyre passando por gente como Sérgio Buarque, pai de Chico. Conhecer a história da vida destas pessoas não é apenas um exercício de voyeurismo. É também compreender o mundo em que se formaram, o que permite uma leitura mais compreensiva de suas obras, de seus feitos. Ao mergulhar no universo de seu personagem, não é só ele que o biógrafo encontra. O retrato de uma época surge, retrato muito mais tangível porque está ligado à vida de alguém. Como essa pessoa vê, como ela reage, como sente."Ler artigo completo Site O Globo ### Claro que é censuraDiscutir se desejamos proibir um tipo de obra é legítimo. Mas perdemos muito se deixamos de ter Biografias O nome é censura. Mais especificamente, censura prévia. É quando uma obra é avaliada antes de se tornar pública e um grupo tem o poder de decidir se ela pode ou não ser lida. Esta é a discussão que um grupo de artistas liderados por Caetano Veloso, Chico Buarque e Gilberto Gil nos propõe. É uma discussão legítima. No meio do caminho, aos artistas se juntou gente séria e para lá de respeitável, como o filósofo e colunista do GLOBO Francisco Bosco. Em uma democracia, podemos levantar qualquer discussão. Eles sugerem que seria legítimo censurar para que a intimidade de alguns seja preservada. Então vamos conversar, mergulhar na questão. Só o que eles não podem é reinventar a língua. Fingir que não é de censura que falamos. Nós, brasileiros, já pagamos um preço mais alto do que imaginamos por conta desta censura. Porque a censura a biografias no Brasil já é fato. Estão proibidas há alguns anos. Não por lei. Mas como juízes o suficiente já proibiram a circulação de livros assim, editores os evitam a não ser que as famílias se comprometam a não processar. Biografias são, quase sempre, caras de fazer e exigem um esforço grande demais. Não são apenas as editoras que as evitam. Jornalistas também. Escrevi dois livros de história. Não encararia uma biografia, ainda mais de personagem do século XX para cá. Uma biografia honesta, afinal, sempre mencionará passos que o biografado, ou seus herdeiros, prefeririam não tornar públicos. Alguns, mesmo assim, consentem. São a exceção. É evidente: esconder aquilo que nos envergonha é humano. Esconder o que pode afetar outros, também. O preço que a sociedade paga é alto. É impressionante que um personagem do quilate de Getúlio Vargas só esteja ganhando sua primeira biografia densa agora. Como entender o Brasil sem compreender Getúlio? Não basta. Onde está a grande biografia de Carlos Lacerda? De Juscelino Kubitschek? Não são caso único. Entre as décadas de 1930 e 60, o Brasil teve uma grande geração de arquitetos. Oscar Niemeyer, Affonso Eduardo Reidy, os irmãos MMM Roberto. O Brasil como o compreendemos, hoje, nasce dos estudos de um pequeno grupo de intelectuais que vão de Mario de Andrade a Gilberto Freyre passando por gente como Sérgio Buarque, pai de Chico. Conhecer a história da vida destas pessoas não é apenas um exercício de voyeurismo. É também compreender o mundo em que se formaram, o que permite uma leitura mais compreensiva de suas obras, de seus feitos. Ao mergulhar no universo de seu personagem, não é só ele que o biógrafo encontra. O retrato de uma época surge, retrato muito mais tangível porque está ligado à vida de alguém. Como essa pessoa vê, como ela reage, como sente. Quando nossa intimidade é invadida, dói. Todos temos segredos. Aquelas coisas que nos causaria desconforto se tornadas públicas. Mas não é à toa que o Brasil é a única democracia ocidental que cogita formalizar a proibição a biografias não autorizadas. No conflito entre direitos, tão natural ao Estado de leis, frequentemente os direitos da sociedade se sobrepõem aos direitos do indivíduo. Podemos e devemos ter uma conversa sobre o assunto. Que bom que, finalmente, estamos tendo essa conversa, já que antes a proibição informal era acompanhada do silêncio. De um lado está o desconforto, talvez até o sofrimento, de alguns. Do outro está o silêncio a respeito de quem somos. Sim: a nós, brasileiros, está sendo negada informação essencial para que compreendamos o que forma nossa identidade. Falando claramente: Caetano importa. Caetano Veloso importa faz cinco décadas. Gil importa. Chico importa. Porque um país é feito por aqueles que escapam à curva mediana e interferem. Provocam. Atiçam. Transformam. Precisamos de gente como Caetano. Como Marighella. Como Lacerda. Porque não importa se vêm da direita, da esquerda ou de nenhum lado. E, quando esse tipo de gente surge, precisamos entender também o como e o por quê. Precisamos, ao menos, se desejamos nos compreender. Precisamos também de uma Justiça mais capaz de indenizar quem o merece. Mas essa é outra discussão. É hora de encerrar a censura prévia no Brasil. 15/10 ### Gilberto Gil Os interessados em que vidas pessoais sejam livremente retratadas, transformadas em ativos comerciais de grande valor para a montagem do espetáculo midiático” "Nós da associação Procure Saber, no âmbito do nosso pequeno foro e em que pesem as tantas dúvidas e posições entre nós, resolvemos exercer o nosso direito democrático de associação, de opinião e de manifestação, levando a público o nosso propósito de defender o direito à privacidade como elo importante da cadeia da cidadania soberana, chamando a atenção de toda a sociedade para a necessidade de amplo e profundo debate em torno desse tema, da delicada situação em que se encontra esse prato da balança do direito civil em nosso tempo, a privacidade, o que ela significa, o que ainda é possível fazer para que ela tenha sentido, para que os que ainda nela creem e confiam possam encontrar nas regras, nas normas e nas leis alguma garantia."Ler artigo completo Site O Globo ### O direito à privacidade como elo da cidadaniaO debate afinal toma corpo, podendo contribuir para posicionamentos mais conscientes e mais equilibrados sobre que tipo de vida queremos Quando o STF vier a julgar a ação de inconstitucionalidade movida pela Associação Nacional dos Editores de Livros contra o artigo do Código Civil que prevê a autorização para biografias comercializadas, os juízes estarão, mais uma vez, diante do dilema da Justiça, dos dois pratos da balança e qual deles fazer pesar mais com sua força. A liberdade de expressão de um lado e o direito à privacidade do outro, e cada juiz, ainda uma vez, diante do ato de decidir pela garantia de ambos estabelecida na Carta Magna. Ora, se preferirem dar ganho de causa à Adin dos editores, fortemente apoiada pelos meios de comunicação (TVs em especial), estarão contrariando os que, do outro lado, clamam pela garantia do seu direito à privacidade. Se a estes contemplarem com seu voto, estarão contrariando os primeiros, os grandes interessados em que vidas pessoais sejam livremente retratadas, transformadas em ativos comerciais de grande valor para a montagem do espetáculo midiático que está, hoje em dia, para muito além do interesse público na circulação da informação, o jornalismo. Independentemente do que venha a decidir o STF em relação à questão, nós da associação Procure Saber, no âmbito do nosso pequeno foro e em que pesem as tantas dúvidas e posições entre nós, resolvemos exercer o nosso direito democrático de associação, de opinião e de manifestação, levando a público o nosso propósito de defender o direito à privacidade como elo importante da cadeia da cidadania soberana, chamando a atenção de toda a sociedade para a necessidade de amplo e profundo debate em torno desse tema, da delicada situação em que se encontra esse prato da balança do direito civil em nosso tempo, a privacidade, o que ela significa, o que ainda é possível fazer para que ela tenha sentido, para que os que ainda nela creem e confiam possam encontrar nas regras, nas normas e nas leis alguma garantia. O debate afinal toma corpo, podendo contribuir para posicionamentos mais conscientes, mais maduros e mais equilibrados sobre que tipo de vida queremos e podemos viver, se os indivíduos nos confins de suas vidas privadas ainda devem ser levados em conta, ainda reconhecidos e respeitados em seus direitos ou se já não importam mais. Temos tido sempre justificado apreço pelos que, ao longo da História, se mostram capazes de compreender os dilemas e contradições da vida em sociedade e que, apesar da dor e do sofrimento dessa condição trágica, estão dispostos a reconhecer de que lado estão. Como disse Francisco Bosco referindo-se ao dilema entre o interesse público e o privado, em seu escrito neste jornal, semana passada, é o princípio da soberania decisória sobre a vida privada que deve prevalecer. É a mesma, nossa opinião. 15/10 ### Janio de Freitas Muito mais do que autorização e participações financeiras, trata-se de uma forma de negação da própria liberdade de palavra.” "Se consagrada a proibição não autorizada, em livro, do que uma celebridade julgue inconveniente a seu respeito, por que continuaria permitida a mesma publicação, sem prévio consentimento, em jornal e em revista? Ambos com tiragens e repercussão muito mais imediatas e maiores que as do livro. Os vitoriosos da primeira prepotência por certo passariam ao ataque à contradição. E assim em diante, mudando-se apenas as levas de interessados." ### Supremo convoca audiência pública sobre biografias A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), convocou audiência pública para debater a publicação de biografias não autorizadas. A questão é discutida na ação direta de inconstitucionalidade impetrada pela Associação Nacional dos Editores de Livros (Anel). A associação questiona a constitucionalidade dos artigos 20 e 21 do Código Civil. A Anel argumenta que a norma contraria a liberdade de expressão e de informação, e pede que o Supremo declare que não é preciso autorização do biografado para a publicação dos livros. A audiência será nos dias 21 e 22 de novembro. 14/10 ### Grupo de Ação Parlamentar Pró-Música (GAP) "O GAP esclarece que é a favor da liberdade de expressão e contrário à necessidade de autorização para biografias e à obrigatoriedade de pagamento aos biografados. [....] Parece-nos que o Brasil poderia se beneficiar muito de um modelo autorregulatório que consolide melhores práticas para os setores editorial e jornalístico, inclusive com a criação de canais e foros mais efetivos para denúncias e avaliação de condutas, além da necessária atuação do Poder Judiciário. Esta combinação tem rendido bons frutos no campo da publicidade."Ler artigo completo Site O Globo “O GAP (Grupo de Ação Parlamentar Pró-Música) esclarece que é a favor da liberdade de expressão e contrário à necessidade de autorização para biografias e à obrigatoriedade de pagamento aos biografados. Ao mesmo tempo, o GAP manifesta sua solidariedade aos integrantes do Procure Saber que receberam ataques, muitas vezes de cunho pessoal, desnecessários para a discussão pública do assunto. O tema é relevante e o debate a seu respeito tem sido muito produtivo. Já se pronunciaram, em vários sentidos, diversos biógrafos, editores, artistas e jornalistas, e a maioria das contribuições lançou luzes sobre esse assunto tão complexo. Outros, porém, optaram por desqualificar pessoalmente quem pensa de outro modo e ousa não ser tão cheio de certezas. Opinião não é ofensa, e o debate deve ser sempre sobre ideias. É possível ter um pensamento diferente sobre determinado assunto e seguir respeitando as opiniões — e as pessoas. O GAP parabeniza todos aqueles que ingressaram no debate de modo respeitoso, e cumprimenta seus amigos do Procure Saber pela coragem costumeira no posicionamento público — ainda que, nesse caso específico, as opiniões dos dois grupos não coincidam em sua totalidade. O impulso que o tema ganhou nos últimos dias é muito oportuno. Este é um bom momento para discutirmos se as salvaguardas que a lei brasileira dispõe para a defesa da privacidade são adequadas. Também é fundamental debater se as indenizações por dano moral vêm cumprindo seu papel, e ainda como obter maior homogeneidade no exame dos fatores que devem ser considerados para uma eventual condenação e para sua quantificação. São necessárias, ainda, novas regras para o direito de resposta. No mais, parece-nos que o Brasil poderia se beneficiar muito de um modelo autorregulatório que consolide melhores práticas para os setores editorial e jornalístico, inclusive com a criação de canais e foros mais efetivos para denúncias e avaliação de condutas, além da necessária atuação do Poder Judiciário. Esta combinação tem rendido bons frutos no campo da publicidade. Este é, para nós, o melhor caminho — a aproximação das partes interessadas, e não o enfrentamento. E esse é o nosso entendimento, após saudáveis debates internos, sem prejuízo das sutilezas das opiniões pessoais de cada um de nós.” 14/10 ### Joaquim Barbosa Ninguém está interessado em proibir simplesmente a forma de produzir.” "O ideal seria liberdade total de publicação, com cada um assumindo os riscos. Quem causar dano deve responder financeiramente. [...] Sinto um certo desconforto na seguinte situação: um grande artista, um grande músico, compositor, que ainda vive e vê subitamente uma biografia devastadora sobre a sua vida, a sua intimidade. É disso que se cuida. Eu defendo, neste caso, indenização pesada. Ninguém está interessado em proibir simplesmente a forma de produzir.” 13/10 ### Caetano Veloso Censor, eu? Nem morta! Na verdade a avalanche de pitos, reprimendas e agressões só me estimula a combatividade.” "Sou sim a favor de podermos ter biografias não autorizadas de Sarney ou Roberto Marinho. Mas as delicadezas do sofrimento de Gloria Perez e o perigo de proliferação de escândalos são tópicos sobre os quais o leitor deve refletir. A atitude de Roberto (Carlos) foi útil para nos trazer até aqui: creio que os termos do Código Civil merecem ser mudados, mas entre a chapa-branca e o risco marrom devem valer considerações como as de Francisco Bosco.”Ler artigo completo Site O Globo ### CordialAprendi, em conversas com amigos compositores, que, no cabo de guerra entre a liberdade de expressão e o direito à privacidade, muito cuidado é pouco Tenho um coração libertário. Sou o típico coroa que foi jovem nos anos 60. Recebi anteontem o e-mail de um cara de quem gosto muito — e que é jornalista — com proposta de entrevista por escrito sobre a questão das biografias. Para refrescar minha memória, ele anexou um trecho de fala minha em 2007. Ali eu me coloco claramente contra a exigência de autorização prévia por parte de biografados. E pergunto: “Vão queimar os livros?” Achei aquilo minha cara. Todos que me conhecem sabem que essa é minha tendência. Na casa de Gil, ao fim de uma reunião com a turma da classe, eu disse, faz poucos meses, que “quem está na chuva é para se molhar” e “biografias não podem ser todas chapa-branca”. Então por que me somo a meus colegas mais cautelosos da associação Procure Saber, que submetem a liberação das obras biográficas à autorização dos biografados? Mudei muito pouco nesse meio-tempo. Mas as pequenas mudanças podem ter resultados gritantes. Aprendi, em conversas com amigos compositores, que, no cabo de guerra entre a liberdade de expressão e o direito à privacidade, muito cuidado é pouco. E que, se queremos que o Brasil avance nessa área, o simplismo não nos ajudará. O modo como a imprensa tem tratado o tema é despropositado. De repente, Chico, Milton, Djavan, Gil, Erasmo e eu somos chamados de censores porque nos aproximamos da posição de Roberto Carlos, querendo responder ao movimento liderado pela Anel (Associação Nacional dos Editores de Livros), que criou uma Adin (ação direta de inconstitucionalidade) contra os artigos 20 e 21 do Código Civil, que protegem a intimidade de figuras públicas. Repórter da “Folha” cita trechos de algo dito por Paula Lavigne em outro contexto para responder a sua carta de leitor. Logo a “Folha”, que processou, por parodiá-la, o blog Falha de S.Paulo. A sede com que os jornais foram ao pote terminou dando ao leitor a impressão de que meus colegas e eu desencadeamos uma ação, quando o que aconteceu foi que nos vimos no meio de uma ação deflagrada por editoras, à qual vimos que precisávamos responder com, no mínimo, um apelo à discussão. Censor, eu? Nem morta! Na verdade a avalanche de pitos, reprimendas e agressões só me estimula a combatividade. Tenho dito a meus amigos que os autores de biografias não podem ser desrespeitados em seus direitos de informar e enriquecer a imagem que podemos ter da nossa sociedade. Pesquisam, trabalham e ganham bem menos do que nós (mas não nos esqueçamos das possibilidades do audiovisual). Não me sinto atraído pelo excesso de zelo com a vida privada e muito menos pela ideia de meus descendentes ficarem com a tarefa de manter meu nome “limpo”. Isso lhes oferece uma motivação de segunda classe para suas vidas. Também neguinho pode vir a ter um neto que seja muito careta e queira fazer dele o burguês respeitável que ele não foi nem quis ser. Mas diante dos editoriais candentes, das palavras pesadas e, sobretudo, das grosserias dirigidas a Paula Lavigne, minha empresária, ex-mulher e mãe de dois dos meus três filhos maravilhosos, tendo a ressaltar o que meu mestre Jorge Mautner sintetizou tão bem nos versos “Liberdade é bonita mas não é infinita /Me acredite: liberdade é a consciência do limite”. Mautner é pelo extremo zelo com a intimidade. Autores americanos foram convocados para repisar a ferida do sub-vira-lata. Nada mais útil à campanha. (Americanos são vira-latas mas têm uma história revolucionária com a qual não nos demos o direito de competir.) Sou sim a favor de podermos ter biografias não autorizadas de Sarney ou Roberto Marinho. Mas as delicadezas do sofrimento de Gloria Perez e o perigo de proliferação de escândalos são tópicos sobre os quais o leitor deve refletir. A atitude de Roberto foi útil para nos trazer até aqui: creio que os termos do Código Civil merecem ser mudados, mas entre a chapa-branca e o risco marrom devem valer considerações como as de Francisco Bosco. Ex-roqueiros bolsonaros e matérias do GLOBO tipo olha-os-baderneiros para esconder a força que a luta dos professores ganhou na cidade me tiram a vontade de crer em opções fora da esquerda entalada. Me empobrecem. Ficaremos todos mais ricos se virmos que o direito à intimidade deve complicar o de livre expressão. E se avançarmos sem barretadas aos americanos. Ouve-se aqui minha voz individual. Quiçá perguntem: ué, os jornais deram espaço, pediram entrevistas: Tá chiando de quê? Pois é. Meu ritmo. Roberto, Chico, Milton e os outros estão mais firmes: nunca defenderam nada diferente. Esperei o Procure Saber buscar seu timbre, olhei em volta e deixei pra falar aqui. No evento, Barbosa discursou por 15 minutos e respondeu a perguntas de jornalistas, inclusive sobre a possibilidade de se candidatar à Presidência da República. 11/10 ### Barbara Gancia A esta altura, o oportunismo e a ganância de Paula Lavigne e Flora Gil são conhecidos até do papa." "E as madames negociando: sr. Rouanet entra na sala, sr. Rouanet sai. Sr. Rouanet toma um táxi ou vai ao banheiro e elas firmes. Ninguém dá um pio, afinal estamos falando de mitos. E elas são folclóricas. Mas tem limite: são os direitos sagrados expressos na Constituição. Mexeu nisso, aquele abraço" 11/10 ### Nana Caymmi É uma ignorância proibir quando nossa juventude precisa conhecer seus ídolos.” "Isso é um absurdo. Sempre fui a favor da liberdade, desde o episódio da biografia de Garrincha, do Roberto Carlos. Se você quer ser artista, sua vida se torna pública. Proibir biografias é falta do que fazer, vem da invenção da máquina de lavar. Estão todos velhos (os artistas que são contra biografias não autorizadas), deveriam se sentir honrados por ter gente interessada na vida delas. É uma ignorância proibir quando nossa juventude precisa conhecer seus ídolos. Não tem porque esconder nada, a não ser que estejam envolvidos com tráfico de drogas, de mulheres, de órgãos, de crianças, e a gente não saiba. Quem enriquece com livro no Brasil? O negócio é que, onde tem dinheiro envolvido, essa turma está atrás. Tenho amigos como Sérgio Cabral, Ruy Castro que vivem disso, não é assim.” 11/10 ### Aldir Blanc Sou inteiramente a favor da liberdade de biografias, e contra todo e qualquer tipo de censura. Quem se sentir caluniado que processe o biógrafo. A liberdade de expressão vem em primeiro lugar.” "Isso é um absurdo. Sempre fui a favor da liberdade, desde o episódio da biografia de Garrincha, do Roberto Carlos. Se você quer ser artista, sua vida se torna pública. Proibir biografias é falta do que fazer, vem da invenção da máquina de lavar. Estão todos velhos (os artistas que são contra biografias não autorizadas), deveriam se sentir honrados por ter gente interessada na vida delas. É uma ignorância proibir quando nossa juventude precisa conhecer seus ídolos. Não tem porque esconder nada, a não ser que estejam envolvidos com tráfico de drogas, de mulheres, de órgãos, de crianças, e a gente não saiba. Quem enriquece com livro no Brasil? O negócio é que, onde tem dinheiro envolvido, essa turma está atrás. Tenho amigos como Sérgio Cabral, Ruy Castro que vivem disso, não é assim.” 11/10 ### Ruy Castro Se eu pagar dízimo, posso falar da perna mecânica do Roberto Carlos?” "O Procure Saber faz uma campanha antidemocrática que pode render frutos, afinal eles são famosos e têm acesso a políticos. E isso é uma ameaça não só para biógrafos, mas também historiadores, jornalistas, ensaístas, para toda a produção intelectual do país. O Brasil não pode ficar impedido de saber sua História só porque Roberto Carlos não quer que saibamos de sua perna mecânica. [...] É a melhor biografia já feita até hoje de um compositor brasileiro (referindo-se à biografia de Noel Rosa escrita por Carlos Didier e João Máximo), mas está impedida de circular. Enquanto não for assegurada minha independência, não quero fazer biografias. Outros biógrafos também pensam assim. A maior prejudicada é a história brasileira.” 11/10 ### Antonio Cicero Me parece razoável a tese de que o biografado mereça receber alguma percentagem dos direitos autorais.” "Sou a favor da liberação de biografias não autorizadas, sendo que, caso o biografado se considere caluniado, tenha o direito de processar o biógrafo. Mas me parece razoável a tese de que o biografado mereça receber alguma percentagem dos direitos autorais.” 10/10 ### Aydano André Motta Os neodefensores da censura são seres especiais, abençoados, e merecem biografias caudalosas, diversas, produzidas por toda a eternidade.” "Caetano, Gil, Djavan, todos eles, gigantes da cultura brasileira que após construir a vida e o prestígio sobre o nobre alicerce do combate a toda sorte de censura, resolveram exercer o podre poder de atentar contra a liberdade de expressão. [...] Tudo sob o constrangedor argumento da invasão de privacidade, ofensa ao bom senso do distinto público — mas sobretudo à própria inteligência dos gênios da nossa MPB. O nome desse jogo aqui é outro: poder. O controle absoluto sobre um patrimônio construído tijolo por tijolo, em desenhos mágicos, mas que virou tesouro de todos os brasileiros. Os neodefensores da censura são seres especiais, abençoados, e merecem biografias caudalosas, diversas, produzidas por toda a eternidade, para que sejam conhecidos e celebrados pelas mais remotas gerações.” Leia também a coluna de Aydano publicada no dia 17/10.Ler artigo completo 10/10 ### Procure pagar Dá para imaginar o colorido da fila em frente àquele prédio de bacanas na Delfim Moreira, diante de toda a opulenta beleza do Atlântico na versão Leblon. Um índio — descido de uma estrela colorida, brilhante —, o embaixador do Haiti — que é aqui, ou não é aqui —, peruas, piranhas, herdeiros de Tim Maia — sem grilos, sem desespero, sem tédio, sem fim —, o pessoal da Bossa Nova — que é foda —, e, só porque a novela voltou, vários parentes de Petit, o Menino do Rio, do dragão tatuado no braço, calção corpo aberto no espaço. Mais adiante, numa ladeira de paralelepípedos no Alto Leblon, diante de um endereço discreto e sofisticado, vai serpentear outra fila, esta exclusiva de mulheres. Carolina, Lily Braun, a Rita, Cecília, a Morena de Angola, Maninha, a mãe do guri, até aquela sem nome, a mais bonita das cabrochas dessa ala, a favorita do mestre-sala, que brincava de princesa e acostumou na fantasia. Em São Conrado, a calçada em frente a outro prédio de abastados também ficará ocupada por uma turma improvável. O rei da brincadeira (ê, José), o rei da confusão (ê, João), Madalena sentada numa pedra comendo farinha seca, os herdeiros de Chacrinha, todo mundo da Portela, e, benza Deus, a torcida do Flamengo! Porque — para continuar na poesia — pau que dá em Chico, dá em Francisco. E em Caetano, Gil, Djavan, todos eles, gigantes da cultura brasileira que após construir a vida e o prestígio sobre o nobre alicerce do combate a toda sorte de censura, resolveram exercer o podre poder de atentar contra a liberdade de expressão. Se o infame Procure Saber não quer que nenhum biógrafo ganhe dinheiro com a história e as histórias dos próceres da nossa música, então eles, os artistas, precisam entrar na dança. Não ganharam dinheiro esculpindo preciosidades com personagens os mais variados? Então, vambora pagar os dividendos a quem de direito! Vai sair barato, diante do vexame encenado por eles, artistas celebrados por gerações de brasileiros, que se outorgaram o direito de determinar o que pode ser escrito aqui e ali. Tudo sob o constrangedor argumento da invasão de privacidade, ofensa ao bom senso do distinto público — mas sobretudo à própria inteligência dos gênios da nossa MPB. O nome desse jogo aqui é outro: poder. O controle absoluto sobre um patrimônio construído tijolo por tijolo, em desenhos mágicos, mas que virou tesouro de todos os brasileiros. Os neodefensores da censura são seres especiais, abençoados, e merecem biografias caudalosas, diversas, produzidas por toda a eternidade, para que sejam conhecidos e celebrados pelas mais remotas gerações. Mas, em plena esquina dos 70 anos, autores geniais de obras festejadas mundo afora, que descrevem encantos e contradições da alma brasileira, meteram-se a aprendizes de Roberto Carlos, numa faceta absolutamente lamentável: a censura de livros. O Rei, inclusive, permitiu-se autorizar medida tragicamente emblemática, com exemplares de “Roberto Carlos em detalhes”, a biografia impecável escrita pelo professor Paulo César de Araújo: mandou queimá-los. Sim, livros na fogueira, como no Reich. Felizmente, a controvérsia surgiu antes da oportunidade para atitude semelhante. Ainda que o tal Procure Saber colecione suas próprias barbaridades. Debatendo-se numa dramática falta de argumentos para defender o capricho que inventaram, os líderes do movimento invocaram Guilherme de Pádua. Sim, um dos assassinos de Daniella Perez, que, pouco antes de ser condenado pelo crime revoltante, teve o descaramento de lançar um livro com sua versão do episódio e, claro, ilações para tentar criminalizar a vítima. Ato abjeto, repugnante, desprezível. Citar a patologia de um vilão de almanaque não contribui para o diálogo. Tampouco melhora a posição dos censores neófitos, voluntariamente igualados à elite mais brasileira, aquela que só pensa no próprio patrimônio. Um passeio pelo conjunto de obras dos geniais artistas reduzidos à mesquinharia do Procure Saber exige mais grandeza. Amanhã há de ser outro dia. 10/10 ### Alceu Valença A ideia de royalties para os biografados ou herdeiros me parece imoral.” "Fala-se muito em biografias oportunistas, difamatórias, mas acredito que a grande maioria dos nossos autores estão bem distantes desse tipo de comportamento. Arrisco em dizer que cercea-los seria uma equivocada tentativa de tapar, calar, esconder e camuflar a história no nosso tempo e espaço. Imaginem a necessidade de uma nova Comissão da Verdade daqui a uns 20 anos. Assim entramos em outro conceito, igualmente amplo, delicado e precioso: liberdade de expressão. Aliás, tão grandioso que deveria estar na frente de qualquer questão. Eficiência e celeridade processual são princípios que devemos reivindicar para garantia dos nossos direitos. Evitar a prática de livros ofensivos e meramente oportunistas através do Poder Judiciário é uma saída muito mais eficaz e coerente com os fundamentos democráticos. Definitivamente, a questão não é financeira. A ideia de royalties para os biografados ou herdeiros me parece imoral. Falem mal, mas me paguem...(?) é essa a premissa??? Nem tudo pode se resumir ao vil metal!” ### Biografia Pirata de Caetano Veloso no Facebook Editora cria ‘biografia pirata’ de Caetano no Facebook. Espaço recebe colaborações de internautas, que enviam material sobre a vida do cantor. 9/10 ### José Dirceu Acho que os que estão defendendo que não seja permitida biografia não autorizada têm razões.” "Acredito que os biografados tenham sua razão de pedir que seja autorizada (a biografia). Mas nós precisamos tomar cuidado porque precisamos respeitar sempre a liberdade de quem quiser escrever com as restrições que a lei impõe. Mas acho que os que estão defendendo que não seja permitida biografia não autorizada têm razões. Vamos debater, ver como evolui isso. Tem um projeto na Câmara autorizando, mudando a lei, e tem a ação no Supremo. Acho ruim colocar no Supremo isso. Acho que é bom deixar formar uma opinião na sociedade, formar o direito, deixar os tribunais decidirem, formando jurisprudência, porque acho que precisa ter algum limite. [...] Estou muito dividido porque a minha experiência não é boa. Foi publicada uma biografia não autorizada a meu respeito. Nunca falei uma palavra sobre ela e não vou falar. Não coloquei nenhum obstáculo. Todos os que me ligaram dizendo que foram procurados para ser entrevistados eu disse "dê a entrevista". Mas o resultado não foi bom.” 9/10 ### Marta Suplicy "A decisão não será nossa. A minha posição é de escutar todos os interessados. De um lado são os artistas que se organizaram para se posicionar, organizados, contrários. Ontem (terça-feira) eu ouvi os escritores que estão em Frankfurt. Eu posso até virtualmente ter uma posição, mas isso depende dos deputados. Esse debate vai ser muito quente. É um debate da sociedade. Artistas versus escritores” 9/10 ### Francisco Bosco O Estado deve garantir que um indivíduo tenha o sentido de sua existência determinado por qualquer outro indivíduo?” "A oposição entre biografias com e sem fins lucrativos apenas turva o ponto central (se não único) da questão. Este ponto é o conflito entre as dimensões pública e privada, coletiva e individual: um indivíduo deve ter ou não soberania decisória sobre a dimensão privada de sua vida? Uma vez estabelecido esse ponto, a questão da lucratividade deve ser regida como os demais direitos de autor.”Ler artigo completo Site O Globo ### O público e o privado IINos últimos dias, a questão da lei das biografias no Brasil reacendeu novamente e muitos argumentos equivocados foram convocados. Volto à questão para fazer uma limpeza da situação argumentativa Já mencionei aqui o preceito de Valéry, segundo o qual antes de uma investigação teórica é recomendada uma “limpeza da situação verbal”. Nos últimos dias, a questão da lei das biografias no Brasil reacendeu novamente e muitos argumentos equivocados foram convocados. Volto à questão para fazer uma limpeza da situação argumentativa. Em entrevista à CBN, Paulo Cesar de Araújo, autor da biografia não autorizada sobre Roberto Carlos, lembrou, entre outros argumentos, que o gênero biográfico existe desde a Antiguidade. E, instado a comentar o posicionamento do grupo de artistas capitaneado por Paula Lavigne — que se diz contra a comercialização de biografias não autorizadas, mas não contra a sua publicação, caso não haja fins lucrativos —, lembrou o trabalho imenso de um biógrafo, bem como sugeriu que os artistas defendessem então a finalidade não lucrativa de suas próprias obras. Os argumentos são todos impertinentes. Em primeiro lugar, a longevidade de um gênero, de uma prática ou de uma lei não serve como fundamento, sob nenhum aspecto, para a defesa de sua manutenção. De maneira semelhante, muitos têm observado que nos EUA as biografias são liberadas. Ora, desde quando a legislação dos EUA pode ser defendida como fundamento, per se, para a reprodução, entre nós, de qualquer prática? Nesse caso, a improcedência do argumento ainda é tristemente colonizada. Voltando aos comentários de Paulo Cesar, sua lembrança do trabalho do biógrafo é tão óbvia e verdadeira quanto deslocada. Aqui, a impertinência descende da impertinência da diferença proposta pelo grupo de Paula Lavigne: a oposição entre biografias com e sem fins lucrativos apenas turva o ponto central (se não único) da questão. Este ponto é o conflito entre as dimensões pública e privada, coletiva e individual: um indivíduo deve ter ou não soberania decisória sobre a dimensão privada de sua vida? Uma vez estabelecido esse ponto, a questão da lucratividade deve ser regida como os demais direitos de autor. O colunista da “Folha de S.Paulo” André Barcinski sugeriu uma contradição entre a postura de Gilberto Gil quando ministro, a favor dos Creative Commons, e sua defesa de uma suposta lógica privatista na questão das biografias. Essa contradição não existe, pois o que está em jogo é justamente a defesa da dimensão privada como não sendo um commons, isto é, não sendo uma dimensão comum, pública. A licença Creative Commons flexibiliza os direitos sobre obras públicas, tendo como objetivo torná-las o mais coletivas possível. Barcinski sugere também uma contradição entre o passado de Chico Buarque, um dos autores mais censurados pela ditadura brasileira, e sua presente posição de suposto censor. Mais uma vez, a contradição é falsa. Uma censura é inaceitável porque versa sobre matéria de natureza pública. Um cidadão é censurado quando o Estado impede que ele intervenha na situação pública. Ora, novamente, o que está em jogo é a discussão sobre se a matéria biográfica — a vida do biografado — deve ou não ser considerada passível de expropriação pela coletividade, os direitos sobre ela pertencendo ao coletivo, não ao indivíduo. Antes de estabelecer esse ponto, chamar Chico Buarque de censor é uma petição de princípio. (Em tempo: já li ótimos textos de Barcinski e acho excelente a biografia de Paulo Cesar sobre Roberto Carlos.) Ruy Castro, de quem li com grande proveito boa parte das biografias, costuma dizer que não lida com ideias, e sim com fatos. A observação não é, a rigor, verdadeira. O que há de factual em entrevistar uma pessoa de 80 anos sobre um episódio ocorrido em sua juventude? Biografias têm na coleta de depoimentos uma base fundamental de seu resultado. Ora, depoimentos podem até evocar fatos, mas não são, eles mesmos, fatos. Esse esclarecimento epistemológico é importante para lembrar que biografias são interpretações da vida de alguém. A questão que se coloca, novamente, é: o Estado deve garantir que um indivíduo tenha o sentido de sua existência determinado por qualquer outro indivíduo? Assim, não faz sentido dizer que as pessoas que são contra a mudança da lei desejam que só haja biografias “chapa-branca” no Brasil. O ponto é aquém: elas não consideram que a dimensão privada da existência deva ser objeto de escrutínio e juízo público. Consideram que só o deve ser aquilo que tem natureza pública. Ninguém nega que as dimensões privada e pública se cruzam, e que o estudo daquela pode esclarecer essa. Mas é preciso pesar o conflito de interesses e decidir qual lado prevalece. Na minha opinião, como já disse em coluna anterior, é o princípio da soberania decisória sobre a vida privada que deve prevalecer. 9/10 ### Benjamin Moser Achei as declarações suas e da Paula, exigindo censura prévia de biografias, escandalosas, indignas de uma pessoa que tanto tem dado para a cultura do Brasil.” "É um tipo de censura que você talvez não reconheça por não ser a de sua época. Não obriga artistas a deixarem o país, não manda policiais aos teatros para bater nos atores. Mas que é censura, é. E muito mais eficaz do que a que existia na ditadura. Naquela época, as obras eram censuradas, mas existiam. Hoje, nem chegam a existir." 9/10 ### Jon Lee Anderson É uma pena que o povo russo não tenha acesso a um tipo de informação fundamental para ajudar a criar uma democracia mais madura.” "O “não autorizado” significa que o livro não foi feito em conjunto com o biografado, não necessariamente que ele é antagônico ou que se propõe a trazer casos escabrosos sobre uma celebridade. Há sempre alguma violação de privacidade em uma biografia, e se ela vai ultrapassar a linha tênue ou não depende da ética do biógrafo. A sociedade não pode controlar essa situação, especialmente quando ela tem relação com figuras políticas, as quais a população tem o direito de conhecer profundamente em troca do poder que lhes é concedido.”Ler artigo completo Site O Globo ### Biógrafo de Che Guevara diz que Brasil se aproxima de Rússia, China e Irã quando restringe biografiasJon Lee Anderson vê com preocupação a mobilização de artistas contra a liberação de relatos de suas vidas Uma resposta à cultura da celebridade ou um luta com motivação política? Repórter de uma das principais revistas do mundo, a “New Yorker”, o americano Jon Lee Anderson vê com preocupação a mobilização em defesa de restrições para que se publiquem biografias no Brasil, lembrando que não são apenas os artistas beneficiados, mas também políticos. Anderson é biógrafo de Che Guevara (“Che, uma biografia”, de 1997, lançado pela editora Objetiva) e vem ao Rio em novembro para ministrar uma oficina de reportagem promovida pela Fundação Gabriel García Márquez para o Novo Jornalismo Ibero-Americano, em parceria com as revistas “piauí” e “Serrote” e o Instituto Moreira Salles. Em entrevista ao GLOBO, por e-mail, Anderson diz que, pela lei atual, o Brasil se aproxima de Rússia, China e Irã quanto à liberdade de expressão. #### Está em debate hoje, no Brasil, o direito de se lançar biografias: de um lado, há os que defendem a liberdade de expressão; do outro, os que dizem que privacidade não pode ser comercializada. Como o senhor enxerga essa discussão? Este debate me lembra um que aconteceu na França, alguns anos atrás, e que terminou com restrições severas às possibilidades de fotógrafos retratarem pessoas. Por exemplo, se você publicasse a imagem de uma pessoa numa manifestação de rua, tecnicamente ela poderia ir à Justiça porque você não lhe pediu permissão. O debate das biografias é similar. Num tempo em que a internet parece acabar com as fronteiras e em que a cultura do tabloide de celebridades conduziu a uma mídia fortemente invasiva, esses debates são reflexo de uma luta para se controlar as representações do indivíduo. Neste sentido, é compreensível que o debate seja travado, mas não estou certo se essas são as razões no Brasil. Trata-se de uma resposta a um fenômeno cultural ou há motivações políticas por trás? #### O senhor vê esses dois lados, da liberdade e da privacidade, como naturalmente excludentes? Eu não acho que sejam excludentes. Há muitos exemplos de biografias “não autorizadas” bem-intencionadas e de bom gosto. O “não autorizado” significa que o livro não foi feito em conjunto com o biografado, não necessariamente que ele é antagônico ou que se propõe a trazer casos escabrosos sobre uma celebridade. Há sempre alguma violação de privacidade em uma biografia, e se ela vai ultrapassar a linha tênue ou não depende da ética do biógrafo. A sociedade não pode controlar essa situação, especialmente quando ela tem relação com figuras políticas, as quais a população tem o direito de conhecer profundamente em troca do poder que lhes é concedido. #### Mas qual é a relevância de histórias privadas para um leitor? Por que jornalistas estão sempre tentando trazer a público aspectos privados de seus personagens? Figuras públicas têm enorme influência sobre as vidas das pessoas. Os “astros” não só habitam a imaginação das pessoas graças à cultura do cinema, mas também aparecem o tempo todo em campanhas para jeans, perfumes, brinquedos ou qualquer outro produto que lhe ofereça acordos de publicidade. Essa influência enorme e a opulência que a acompanha conduzem a um interesse generalizado do público. Muitos correspondem a esse interesse, inclusive aos aspectos mais lascivos, participando de reality shows na TV, em que suas vidas privadas são expostas em troca de dinheiro. Já em relação aos políticos, aí eu entendo que deve ser um direito público, em uma democracia, de se saber o máximo possível sobre as pessoas que representam o cidadão. #### Hoje, a legislação brasileira protege o desejo do biografado ou de sua família. Mas alguns dizem que o governo deveria ter o poder de interferir em alguns casos em que não há justificativa para não se autorizar o lançamento da biografia. Outros já falam que apenas o leitor tem o direito de decidir o valor de um livro. Para você, é possível definir quem é responsável por autorizar ou não a publicação de uma biografia? No mundo ideal, o público teria o bom gosto para decidir o que deve ser considerado como decente ou não numa biografia. Em geral, desconfio de governos tentando intervir nesta área. Na Rússia de Putin, por exemplo, não é possível escrever uma biografia reveladora sobre ele, então os livros são publicados apenas fora do país. É uma pena que o povo russo não tenha acesso a um tipo de informação fundamental para ajudar a criar uma democracia mais madura em que franqueza e honestidade por parte de seus líderes deveriam ser uma obrigação. #### Se a legislação brasileira se aplicasse a outros países, algumas histórias como “Frank Sinatra está resfriado”, de Gay Talese; “Shout!”, de Philip Norman, sobre os Beatles; e até o seu “Che” poderiam nunca ter sido publicadas. O quão ruim seria para o leitor? Seria muito ruim. Como se vivêssemos numa sociedade orwelliana ou, em comparação com o mundo real, seria algo equivalente em maior ou menor grau a situações comuns em países como Rússia, Irã, China, Cuba, Sudão, Zimbábue, Síria e Arábia Saudita, alguns dos países mais repressivos do mundo. 8/10 ### Laurentino Gomes Foi lindo, comovente mesmo, ver artistas circulando pelo Congresso, dando tapinhas nas costas de Renan Calheiros, para defender seus interesses.” "Nós, jornalistas, escritores e biógrafos, entendemos que toda pessoa tem direito à proteção legal de sua imagem contra difamações, calúnias ou injúrias. Isso, no entanto, não autoriza ninguém a impedir a circulação de um livro ou reportagem. Deixem que jornalistas, escritores e biógrafos trabalhem. Se eles mentirem ou cometerem injustiças, que seja punidos de acordo com a lei. Mas sem censura!” 7/10 ### Paula Lavigne "Pior do que não saber, é saber errado. A imprensa divulga de forma errada os propósitos do grupo. É uma campanha desigual, onde a mídia distorce os nossos objetivos por interesses próprios. “Lei Roberto Carlos?” Quem propõe mudar a lei é a Associação dos Editores, Anel. Não somos a favor de proibir ou censurar. Somos contra a violação da intimidade e da privacidade de uma pessoa, direitos dos mais caros e delicados da nossa Constituição.” + Leia também entrevista de Paula Lavigne ao jornal Folha de S. Paulo. 5/10 ### João Máximo É só comparar a conta bancária de Roberto Carlos (que Deus a conserve...) com o que Paulo César Araújo e sua editora perderam ao contar-lhe vida e obra.” "Compreende-se que Roberto Carlos impeça que livros sobre ele ou a Jovem Guarda sejam publicados. Mas que um artista com a inteligência e a sensibilidade de Djavan engrosse o coro dos defensores das ‘biografias autorizadas’ é, no mínimo, decepcionante. Mais que isso, beira o primarismo alegar que ‘nós não somos um país desenvolvido’ para rebater o argumento de que o Brasil é a única democracia do mundo onde se condiciona o biógrafo à vontade do biografado. Compreende-se, também, que a maioria de nossos deputados e senadores não queira mudar as regras do jogo. Quem deve, teme. Mas que um querido artista, como esta coluna referiu-se a Djavan, diga que biógrafos e editores ganham fortunas enquanto aos biografados restam o sofrimento e a indignação, é insidioso. É só comparar a conta bancária de Roberto Carlos (que Deus a conserve...) com o que Paulo César Araújo e sua editora perderam ao contar-lhe vida e obra. Fiquemos assim: processe-se o biógrafo que injurie, calunie, difame ou fira a verdade em qualquer medida; mas respeite-se o que, ao biografar seriamente um homem público brasileiro, contribua de alguma forma para contar um pouco da História do Brasil.” 4/10 ### Djavan Editores e biógrafos ganham fortunas enquanto aos biografados resta o ônus do sofrimento e da indignação” "A liberdade de expressão, sob qualquer circunstância, precisa ser preservada. Ponto. No entanto, sobre tais biografias, do modo como é hoje, ela, a liberdade de expressão, corre o risco de acolher uma injustiça, a medida em que privilegia o mercado em detrimento do indivíduo; editores e biógrafos ganham fortunas enquanto aos biografados resta o ônus do sofrimento e da indignação. Nos países desenvolvidos, você pode abrir um processo. No Brasil também, com uma enorme diferença: nós não somos um país desenvolvido. A sugestão de se estabelecer um percentual oriundo da venda desse produto destinado ao biografado me parece razoável, mesmo acreditando que ninguém queira ver sua vida exposta publicamente de maneira predatória por dinheiro. Essa medida, de certo modo, desmotivaria a edição desenfreada dessas biografias e nos lembraria a todos que ter direitos implica ter deveres também.” 3/10 ### Francisco Bosco Cada sujeito deve ter o direito de decidir sobre o que de sua vida tornará público.” "Pensando em âmbito geral, as noções de público e privado, bem como as relações entre eles, foram desestabilizadas pela esfera digital. É muito importante estabelecer princípios éticos que orientem redefinições da legislação e das condutas pessoais cotidianas (nas redes sociais, por exemplo, muitas pessoas demonstram discernimento nulo quanto aos limites entre público e privado). Alguns dos episódios mais importantes da política mundial recente dizem respeito a esse problema. Whistleblowers, como Assange e Snowden, pretendem tornar públicos documentos e informações velados que dizem respeito ao interesse público (os Estados, por sua vez, reivindicam para si um estatuto, autocontraditório, de instâncias privadas — ou secretas, que seria o público mantido privado por interesses estratégicos).”Ler artigo completo Site O Globo ### O público e o privado Voltou-se a discutir, nestas últimas semanas, a legislação brasileira sobre biografias. O Projeto de Lei 393/2011, do deputado Newton Lima (PT-SP), propõe uma mudança no artigo 20 do Código Civil, para que biografias não precisem de autorização quando seus personagens tiverem “notoriedade pública”. Tenho observado que a perspectiva predominante nessa discussão opõe o interesse coletivo à sanha gananciosa dos “herdeiros” — mas esses interesses não são os únicos em jogo, nem tampouco é essa a oposição fundamental da questão, e finalmente os meios para se evitarem abusos e fortalecer uma free culture passam por outros caminhos. A oposição fundamental em jogo nesse problema é aquela entre o público e o privado, isto é, o coletivo e o indivíduo. O art. 5º, inciso X, da Constituição Federal de 1988 garante serem “invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas”. Sou convictamente a favor desse princípio. Cada sujeito deve ter o direito de decidir sobre o que de sua vida tornará público e o que dela pertencerá ao domínio privado. Sobre esta última dimensão, só o sujeito deve ter poder — o Estado, advogando o interesse da coletividade, não deve poder cruzar essa fronteira. Muitos criticam esse princípio opondo-lhe o art. 220, § 2º, da Constituição, que proíbe qualquer censura de natureza política, ideológica e artística. Mas a “censura” em questão não incide sobre nenhum desses âmbitos; o político é o domínio público por definição, e o ideológico e o artístico referem-se ao direito que cada sujeito tem de manifestar suas próprias ideias, formas ou afetos. É fundamentalmente diverso o pleiteado direito de tornar públicos os fatos (na verdade, a interpretação deles) que um outro sujeito determinou privados. Pensando em âmbito geral, as noções de público e privado, bem como as relações entre eles, foram desestabilizadas pela esfera digital. É muito importante estabelecer princípios éticos que orientem redefinições da legislação e das condutas pessoais cotidianas (nas redes sociais, por exemplo, muitas pessoas demonstram discernimento nulo quanto aos limites entre público e privado). Alguns dos episódios mais importantes da política mundial recente dizem respeito a esse problema. Whistleblowers, como Assange e Snowden, pretendem tornar públicos documentos e informações velados que dizem respeito ao interesse público (os Estados, por sua vez, reivindicam para si um estatuto, autocontraditório, de instâncias privadas — ou secretas, que seria o público mantido privado por interesses estratégicos). Já o Estado dos EUA mantém um programa avançado de espionagem de seus cidadãos e de cidadãos estrangeiros, violando suas intimidades privadas em nome do interesse público (na verdade, interesse do Estado). Note-se a contradição entre protestar contra essa violação por parte do Estado e, ao mesmo tempo, defender, no caso das biografias, a violação da intimidade de um indivíduo em nome do interesse coletivo. Embora, é claro, as razões sejam diversas, o princípio é o mesmo. Argumenta-se que indivíduos cujas trajetórias intervieram na história coletiva perdem, por isso, o direito ao privado. Mas essa intervenção se dá por meio de suas obras, isto é, da parte de suas vidas que dedicaram à esfera pública. É em boa medida hipócrita o argumento de que a proibição de biografias não autorizadas impede a construção da memória cultural e social do Brasil. Pode-se construir essa memória valendo-se apenas de obras, informações e documentos públicos. Se não se o faz como se deveria, talvez seja pela infantilização cultural que necessita tanto do privado (embora sejam práticas diversas, um mesmo contexto infantilizador abrange histórias pessoais, reality shows e a onipresente lógica das celebridades: esses últimos são pura esfera privada). Não é verdade, portanto, que a oposição decisiva seja aquela entre herdeiros e a coletividade. O jogo de interesses é múltiplo e inclui ainda entidades comerciais, como editoras. Não se trata tampouco de negar que as histórias de vida se cruzam com a História, ajudando a esclarecê-la — mas o princípio que deve prevalecer, neste caso, é o da soberania do indivíduo sobre a dimensão privada de sua vida. Para se produzir uma free culture (magistralmente estudada e defendida por Lawrence Lessig), deve-se ampliar a esfera pública, e não invadir a privada. Deve-se, por exemplo, reduzir o prazo de copyrights (limitando assim eventuais abusos de herdeiros), estimular licenças flexíveis como os creative commons, aumentar o campo do fair use, reconhecer as apropriações criativas de obras sob copyright etc. Mas sem perder de vista a diferença fundamental entre o público e o privado. ### Ancelmo Gois reativa o debate Sabe aquele grupo “Procure saber”, que reúne grandes estrelas da MPB e atuou na questão do direito autoral? Vai ganhar personalidade jurídica e entrar numa nova batalha pra lá de polêmica. Pretende ingressar no STF ao lado daqueles, como Roberto Carlos, que são contra a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4.815. Ajuizada pela Associação Nacional dos Editores de Livros (Anel), a ADI pede o fim da necessidade de autorização dos biografados para a publicação de livros. A produtora Paula Lavigne, ex-mulher de Caetano Veloso, sustenta que “não se trata de censura”: — O que queremos é combater os aproveitadores e agressores da honra alheia. Ela cita o caso de Guilherme de Pádua, assassino de Daniela Perez, que escreveu o livro “A história que o Brasil desconhece”, sobre o crime. ### Liberdade de expressão X direito à privacidade Advogados e juristas expõem aspectos da lei com relação à publicação de biografias não autorizadas. A discussão foi iniciada após a Associação Nacional dos Editores de Livros (Anel) mover ação de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal contra artigos do Código Civil que impedem a publicação de biografias em casos que “atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.” Veja a seguir a opinião de advogados e juristas ### O que está na Lei #### O Código Civil de 2002 Art. 20 Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes. Art. 21 A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma. #### A Constituição de 1988 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; Leia também: Privacidade X Informação na Constituição de 1988 ### Seleção de artigos e notícias ### O que pensam os 17 'expositores' da audiência pública no STF 13/11 ### Carlos Ayres Britto Biografia é relato de vida já acontecida ou de desfrute já exaurido do direito à intimidade, vida privada e vida social genérica.” "Biografia é apenas um retrato falado do modo pelo qual o direito ao desfrute já se consumou. Modo a que o biógrafo teve acesso. Nada tem a ver com interceptação de escuta telefônica, uso de teleobjetiva em recintos privados, enfiar-se por debaixo de camas alheias, esconder-se em armários de terceiros ou qualquer outra forma de interrupção, perturbação ou obstrução do desfrute em causa. Contudo, se o biógrafo descamba para o campo da invencionice, ou então da coleta de dados tão maliciosamente distorcidos a ponto de ofender a honra do biografado, além de causar a este prejuízos de ordem “material, moral ou à imagem”, o que pode ocorrer em termos jurídicos? Bem, o que pode ocorrer não é senão a aplicabilidade das normas constitucionais que falam do direito de resposta e de indenização."Ler artigo completo ### Biografia não é invasão de privacidadeÉ relato de vida já acontecida ou de desfrute já exaurido do direito à intimidade, vida privada e vida social genérica Em linguagem dicionarizada, “bio” é termo designativo de vida, assim como “grafar” é termo designativo de escrever. Sendo que biografar é escrever a vida de outrem. Mais precisamente, biografar é conhecer a trajetória de vida de uma terceira pessoa para o fim de relato e divulgação. Vida do biografado: a) em isolamento ou consigo mesmo (intimidade); b) vida em interação com pessoas mais próximas em afeto e confiança (privacidade); c) vida com os seres humanos em geral (vida social genérica). Acresça-se: biografar é atividade que implica pesquisa, entrevistas, análise, relato metódico ou descrição esquematizada, publicação. Atividade intelectual, na medida em que exigente de um tipo de elaboração mental que o povo bem denomina de queima de pestanas ou emprego de massa cinzenta. A demandar do biógrafo “acesso à informação” e respectivo repasse, “manifestação do pensamento” e, naturalmente, “expressão da atividade intelectual (...) e de comunicação”. Que são direitos constitucionalmente adjetivados de “fundamentais” e de pronto qualificados como conteúdos do princípio da “liberdade”. Liberdade, além do mais, expressamente concedida sob a cláusula da inviolabilidade. Ocorre que também sob a marca registrada da fundamentalidade e da inviolabilidade foi que a nossa Constituição conferiu o direito subjetivo à “intimidade”, “vida privada”, “honra” e “imagem” das pessoas. Com o que se tem um confronto de direitos que obriga o intérprete a conhecer a forma pela qual a própria Constituição conciliou as duas categorias de dispositivos. Espécie de opção entre o certo e o certo, no pressuposto de que ela, Constituição, se deseja aplicada em todos os seus comandos. Mas aplicada por modo a sacrificar a amplitude desse ou daquele direito que, sem tal redução de conteúdo, terminaria por nulificar a aplicabilidade do outro, ou até de muitos outros. É o caso da censura prévia ou da antecipada autorização de quem se veja como alvo de empreitada biográfica, pela óbvia razão de que: a) censura prévia é trancafiar numa só masmorra o pensamento, a informação e toda forma de expressão intelectual, científica, artística e de comunicação; b) autorização prévia para se deixar biografar é mal disfarçada autobiografia ou exógena imposição de rumos ao biógrafo. Pelo que, para a devida conciliação das coisas, o conceito de intimidade e vida privada somente pode traduzir o direito a um livre desfrute. Não mais que isto. Mas livre desfrute, no sentido de não embaraçado, não interrompido, não obstruído no curso mesmo de sua efetivação. Ora, biografar não é descrição de vida futura. É relato de vida já acontecida ou de desfrute já exaurido do direito à intimidade, vida privada e vida social genérica. É apenas um retrato falado do modo pelo qual o direito ao desfrute já se consumou. Modo a que o biógrafo teve acesso. Nada tem a ver com interceptação de escuta telefônica, uso de teleobjetiva em recintos privados, enfiar-se por debaixo de camas alheias, esconder-se em armários de terceiros ou qualquer outra forma de interrupção, perturbação ou obstrução do desfrute em causa. Contudo, se o biógrafo descamba para o campo da invencionice, ou então da coleta de dados tão maliciosamente distorcidos a ponto de ofender a honra do biografado, além de causar a este prejuízos de ordem “material, moral ou à imagem”, o que pode ocorrer em termos jurídicos? Bem, o que pode ocorrer não é senão a aplicabilidade das normas constitucionais que falam do direito de resposta e de indenização. De parelha com aquelas que legitimam o Código Penal a criminalizar condutas caluniosas, difamatórias ou injuriosas. Fora deste visual jurídico, penso que resultaria frustrado o modo pelo qual a Constituição se desejou conciliadamente aplicada em temas tão sensíveis. ### ABL vai ao STF contra censura às biografias não autorizadas A Academia Brasileira de Letras (ABL) decidiu ingressar como “amicus curiae” na ação direta de inconstitucionalidade (Adin) que a Associação Nacional dos Editores de Livros (Anel) move no Supremo Tribunal Federal, contra a censura às biografias não autorizadas. Ingressar como "amicus curiae" significa que, embora não faça parte do caso, a ABL se prontifica a fornecer informações à suprema corte que possam auxiliá-la ao tomar sua decisão final.A presidente Ana Maria Machado já havia se manifestado na imprensa a favor da biografias não autorizadas, e vários imortais já haviam assinado um manifesto junto a biógrafos. 25/10 ### Anderson Schreiber À luz da Constituição, nenhuma solução absoluta (carta branca para biógrafos ou poder de proibição por biografados) pode ser adotada, em favor nem de um lado nem de outro.” "Numerosos parâmetros têm sido propostos mundo afora para essa delicada avaliação, seja por meio de leis, de precedentes judiciais, de recomendações de órgãos públicos de proteção da privacidade ou mesmo de diretivas emitidas por entidades de autorregulamentação, em cuja composição se combinam representantes do mercado editorial, da indústria cinematográfica, dos sindicatos de atores, dos sindicatos de escritores e de outros entes interessados, além da própria sociedade civil. Em alguns países, por exemplo, não se reconhece violação à privacidade ou à honra na menção a dados que já constam de registros públicos (processos judiciais, administrativos etc.), ou já foram divulgados pelo próprio biografado em ocasiões públicas pretéritas, ou, ainda, foram legitimamente obtidas em entrevistas com pessoas identificadas. De outro lado, a transcrição em biografias não autorizadas de trechos de cartas particulares tem sido, em muitos países, considerada violação à privacidade, por infração ao sigilo de correspondência. O mesmo se tem entendido em relação ao uso de dados constantes de prontuários médicos ou de procedimentos sigilosos, ou ainda de informações relativas à intimidade sexual do biografado."Ler artigo completo ### A questão da biografia: de quem é a razão? Os jornais têm dado destaque, nas últimas semanas, ao duelo de opiniões em torno do problema das biografias não autorizadas. De um lado, celebridades argumentam que a autorização prévia do biografado, ou de seus herdeiros, é imprescindível para evitar violações à sua privacidade e à sua reputação, que podem advir de livros sensacionalistas, que se disponham a veicular informações falsas ou expor sua intimidade. De outro lado, biógrafos e editoras alegam que exigir tal autorização como condição para a publicação de biografias significa aniquilar esse importante gênero literário, de valor histórico e informativo. Investem, por isso, contra o "direito brasileiro", que, segundo tem repetido a maior parte da imprensa, "impede atualmente a publicação de biografias sem autorização prévia do biografado". Daí derivaria uma urgente necessidade de aprovar o Projeto de Lei nº 393/2011, que dispensa a autorização do biografado para a publicação de biografias no Brasil. Em que pese o esforço dos defensores desse projeto de lei, ele não resolverá, de modo algum, o problema das biografias não autorizadas no Brasil. O projeto de lei se lima acrescentar um parágrafo ao Código Civil que terá a seguinte redação: "A mera ausência de autorização não impede a divulgação de imagens, escritos e informações com finalidade biográfica de pessoa cuja trajetória pessoal, artística ou profissional tenha dimensão pública ou esteja inserida em acontecimentos de interesse da coletividade". Em outras palavras, a simples ausência de autorização do biografado não será suficiente para impedir a publicação de uma biografia. Ocorre que o direito brasileiro já não proíbe a publicação de biografias (ou de quaisquer outras obras literárias, históricas ou jornalísticas) pela simples falta de autorização da pessoa retratada ou mencionada no texto. É preciso entender bem o que diz, e como é interpretada, a atual legislação brasileira nessa matéria. A Constituição de 1988 protege como direitos fundamentais a honra, a imagem e a privacidade de todas as pessoas (art. 5º, inciso X) - sem nenhuma ressalva ou atenuação, registre-se, em relação às chamadas "pessoas públicas". Protege igualmente a livre expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação - incluindo a atividade dos biógrafos e editoras -, vedando a censura (art. 5º, IX). Os dois lados da disputa, portanto, encontram amparo no texto constitucional. Significa dizer que, à luz da Constituição, nenhuma solução absoluta (carta branca para biógrafos ou poder de proibição por biografados) pode ser adotada, em favor nem de um lado nem de outro. A polêmica jurídica surge porque, ao tratar do tema no seu artigo 20, o Código Civil de 2002 afirma: "Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais". Em resumo, para o Código Civil, a autorização da pessoa retratada afasta, como era de esperar, qualquer possibilidade de reclamação em juízo. Mas o Código Civil não proíbe toda e qualquer publicação sem autorização. Para que a publicação não autorizada seja proibida ela precisaria, segundo a literalidade do artigo 20, atingir "a honra, a boa fama ou a respeitabilidade" ou se destinar "a fins comerciais". Interpretando esse artigo, os tribunais brasileiros já vêm concluindo, há muito tempo, que a simples finalidade comercial da publicação não justifica a proibição da publicação se ela estiver amparada em um fim constitucional de informar o público ou de exprimir a liberdade artística ou intelectual. É por conta desse entendimento jurisprudencial que os jornais (que têm fins comerciais) não precisam solicitar autorização de toda e qualquer pessoa que vem mencionada ou retratada em uma reportagem. Para que a publicação seja proibida - ou para que gere indenização se já tiver sido veiculada - os tribunais brasileiros exigem a demonstração de que restou lesada a honra ou a privacidade do retratado. O mesmo vale para as biografias. “Quando o Poder Judiciário brasileiro proíbe a circulação de uma biografia não autorizada, não o faz ao simples argumento de que aquela biografia não foi autorizada pelo biografado. O principal argumento dessas decisões judiciais é que o biografado - ou seus familiares no caso das biografias póstumas - foram atingidos em sua honra ou em sua intimidade. O que significa ser atingido em sua honra ou em sua intimidade? É isso que se tem discutido detidamente nos países que têm conduzido discussões sérias e não superficiais sobre o problema das biografias não autorizadas, discussão que transcende o mundo editorial para alcançar documentários cinematográficos, programas televisivos e a própria liberdade de imprensa. “ Numerosos parâmetros têm sido propostos mundo afora para essa delicada avaliação, seja por meio de leis, de precedentes judiciais, de recomendações de órgãos públicos de proteção da privacidade ou mesmo de diretivas emitidas por entidades de autorregulamentação, em cuja composição se combinam representantes do mercado editorial, da indústria cinematográfica, dos sindicatos de atores, dos sindicatos de escritores e de outros entes interessados, além da própria sociedade civil. Em alguns países, por exemplo, não se reconhece violação à privacidade ou à honra na menção a dados que já constam de registros públicos (processos judiciais, administrativos etc.), ou já foram divulgados pelo próprio biografado em ocasiões públicas pretéritas, ou, ainda, foram legitimamente obtidas em entrevistas com pessoas identificadas. De outro lado, a transcrição em biografias não autorizadas de trechos de cartas particulares tem sido, em muitos países, considerada violação à privacidade, por infração ao sigilo de correspondência. O mesmo se tem entendido em relação ao uso de dados constantes de prontuários médicos ou de procedimentos sigilosos, ou ainda de informações relativas à intimidade sexual do biografado. Esses parâmetros não reduzem a avaliação das biografias não autorizadas a uma fórmula matemática, mas ajudam a trazer segurança aos dois lados em disputa. O Projeto de Lei nº 393/2011, que se tem debatido com opiniões inflamadas de um lado e de outro, não resolverá o problema das biografias não autorizadas no Brasil. A proposta erra o alvo, já que, mesmo se restar aprovada no Congresso, os tribunais continuarão retirando biografias não autorizadas de circulação ao argumento de que houve lesão à honra e à privacidade do biografado, avaliação que continuará a ser puramente subjetiva e guiada não raro pelos valores individuais do magistrado. O que deveria estar ganhando destaque nos jornais não é a "guerra" de opiniões entre celebridades - que já ameaça reduzir um tema tão importante a chamadas sensacionalistas, que consistem justamente no grande temor dos biografados e também dos biógrafos -, mas sim os critérios objetivos para identificar lesão à honra ou à privacidade das pessoas retratadas em biografias. Urge redirecionar o debate para identificar, a partir dos valores jurídicos e culturais da sociedade brasileira, que parâmetros específicos devem ser seguidos nessa disputa, em que não há espaço para soluções absolutas, já que, a rigor, os dois lados têm razão. ### Votação na Câmara Líderes da Câmara pedem urgência na votação do Projeto de Lei do deputado Newton Lima de 15/02/2011. Conheça os detalhes do projeto. Acompanhe a tramitação do Projeto no site da Câmara dos Deputados 22/10 ### Gustavo Binenbojm Tem o indivíduo o monopólio sobre a narrativa da sua trajetória de vida?” "É claro que pessoas públicas não têm a sua esfera de privacidade e intimidade reduzida a zero. Como todos nós, elas tomam decisões soberanas sobre as informações de sua vida privada que desejam tornar públicas ou manter sob reserva. Mas, como todos nós, elas não detêm controle absoluto sobre as informações que possam ser legalmente apuradas ou voluntariamente reveladas pelos seus detentores. A vida de figuras públicas é parte integrante da historiografia social. Contá-la é um direito de todos, independentemente de censura ou licença, como assegura a Constituição. Conhecê-la é uma forma de controle social sobre o poder e a influência que tais figuras exercem sobre todos os cidadãos. O mecanismo da autorização prévia, forma velada de censura privada, é simplesmente inconstitucional.”Ler artigo completo Site O Globo ### Falso dilema O debate que se instaurou no Brasil sobre a possibilidade de publicação de obras biográficas sem o consentimento dos personagens biografados tem sido pautado por uma falsa dicotomia entre liberdade de expressão e direito à privacidade. Não é disso que se trata. A questão é mais singela do que um suposto dilema filosófico entre a livre circulação de ideias e informações e a soberania do individuo sobre sua vida privada. O problema em discussão é o seguinte: tem o indivíduo o monopólio sobre a narrativa da sua trajetória de vida? Ao exigir a prévia autorização do biografado (ou de seus herdeiros) para a divulgação de escritos a seu respeito, o art. 20 do Código Civil responde que sim. Note-se que não se está aqui a cogitar do conteúdo da obra; a autorização pode ou não ser concedida ao inteiro alvedrio do personagem retratado, sem relação necessária com a proteção de sua intimidade. Cuida-se apenas do agrado ou desagrado do protagonista dos fatos com a versão do biógrafo. Embora editado já na plena vigência da Constituição democrática de 1988, o Código Civil (que é uma lei ordinária) criou um monopólio das autobiografias no país. Salvo com o beneplácito, quase sempre oneroso e parcial do biografado, as heterobiografias são um gênero virtualmente banido entre nós. Além das cifras vultosas negociadas muitas vezes por puro interesse argentário, a lei em vigor gera ao menos dois outros efeitos nocivos ao chamado livre mercado de ideias: (I) um efeito silenciador, que condena anos e anos de pesquisas sérias e responsáveis dos autores aos escaninhos das editoras; (II) um efeito distorsivo, resultante da filtragem de documentos e depoimentos pelo crivo do biografado. Surge então o argumento da preservação da vida privada dos biografados. Trata-se de um falso argumento. Ninguém está a defender a prática de atos ilícitos por parte de pesquisadores, historiadores ou escritores. Não se cogita da subtração de documentos reservados, da invasão de computadores que contenham dados sigilosos, da violação de comunicação privada, nem do ingresso em recintos domiciliares, que representam o asilo inviolável do indivíduo. O trabalho de pesquisa histórica se realiza no limite da legalidade, pelo resgate de depoimentos esquecidos, por entrevistas com pessoas envolvidas nos fatos em apuração, pela busca lícita de documentos em arquivos públicos ou privados. Um jurista português me disse certa vez, com aquele raciocínio literal e cortante que é próprio da cultura lusitana: “O anonimato é para os anônimos!” O raciocínio inverso, no entanto, não pode ser levado ao extremo. É claro que pessoas públicas não têm a sua esfera de privacidade e intimidade reduzida a zero. Como todos nós, elas tomam decisões soberanas sobre as informações de sua vida privada que desejam tornar públicas ou manter sob reserva. Mas, como todos nós, elas não detêm controle absoluto sobre as informações que possam ser legalmente apuradas ou voluntariamente reveladas pelos seus detentores. A vida de figuras públicas é parte integrante da historiografia social. Contá-la é um direito de todos, independentemente de censura ou licença, como assegura a Constituição. Conhecê-la é uma forma de controle social sobre o poder e a influência que tais figuras exercem sobre todos os cidadãos. O mecanismo da autorização prévia, forma velada de censura privada, é simplesmente inconstitucional. 22/10 ### Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay Não é liberdade de expressão que está em jogo, mas o direito à informação e à privacidade.” "Há três categorias de pessoas: os agentes públicos, as pessoas com notoriedade e o cidadão comum. O agente público, por exemplo, está abrindo mão da intimidade, então podem ser expostas não só questões públicas, como também íntimas. Mas no Brasil, tradicionalmente, a intimidade dos políticos é preservada. Entre as pessoas com notoriedade, um advogado que se notabiliza por grandes causas, por exemplo, tem direito à intimidade. Ninguém precisa saber das taras dele ou como a família dele vive. Pessoas que não são agentes públicos nem têm notoriedade possuem muito mais direito à intimidade, mas provavelmente ninguém vai querer fazer a biografia delas. O direito à intimidade e à privacidade foi duramente conquistado, não podemos abrir mão dele.”Ler entrevista completa Site O Globo #### Para o senhor, proibir biografias não autorizadas ameaçaria a liberdade de expressão? Houve mau uso da discussão. Pessoas extremamente preparadas e sérias passaram a tratar do tema de forma jocosa, citando frases como “É proibido proibir”, fazendo pouco caso de quem sempre lutou pela liberdade de expressão no país. Estão fugindo da discussão central, que é a ponderação de dois valores constitucionais muito caros. Não é liberdade de expressão que está em jogo, mas o direito à informação e à privacidade. A biografia é o relato da vida de alguém, e não a opinião sobre essa vida. Portanto, trata-se do direito à informação, não da liberdade de expressão. #### Como o senhor avalia esse debate? O simples fato de ter se iniciado essa discussão é extremamente rico. Vai haver agora uma audiência pública no STF, isso é perfeito num tema dessa relevância. O direito à informação é importante e é constitucional, mas o direito à privacidade também é. Chamar de Lei Roberto Carlos é um marketing que está pegando, mas ele não propõe lei nenhuma. A discussão está enviesada. Pessoas sérias, que sempre lutaram pela liberdade de expressão, agora estão lutando pelo direito à privacidade. #### O senhor acha que pessoas públicas têm o mesmo direito à privacidade que o cidadão comum? Há três categorias de pessoas: os agentes públicos, as pessoas com notoriedade e o cidadão comum. O agente público, por exemplo, está abrindo mão da intimidade, então podem ser expostas não só questões públicas, como também íntimas. Mas no Brasil, tradicionalmente, a intimidade dos políticos é preservada. Entre as pessoas com notoriedade, um advogado que se notabiliza por grandes causas, por exemplo, tem direito à intimidade. Ninguém precisa saber das taras dele ou como a família dele vive. Pessoas que não são agentes públicos nem têm notoriedade possuem muito mais direito à intimidade, mas provavelmente ninguém vai querer fazer a biografia delas. O direito à intimidade e à privacidade foi duramente conquistado, não podemos abrir mão dele. #### Para o senhor, biografias com detalhes íntimos de celebridades deveriam ser censuradas? Não, não pode existir censura prévia. Sou contra. A lei como está preserva quem se sente ofendido, ela não é antecipatória. Não acho necessário ter uma autorização prévia do biografado. Mas o autor depois terá que assumir a responsabilidade. A pessoa terá o direito de entrar na Justiça e de impedir a circulação do livro. Ainda que ela tenha notoriedade, suas questões íntimas não devem ser expostas. #### Na opinião do senhor, os políticos deveriam ser poupados de ter suas intimidades expostas? Vou dar um exemplo: na França, o país da liberdade, o médico do François Mitterrand, depois da morte dele, publicou uma biografia contando a vida do ex-presidente na doença. A família entrou na Justiça e conseguiu tirar o livro de circulação. A Justiça entendeu que era muita intimidade. Não estou dizendo que tem que ser assim no Brasil, mas é preciso analisar caso a caso. O cidadão tem o direito de saber como o político vive e com que ele gasta, mesmo porque ele recebe dinheiro público. Mas não há no Brasil o costume de apimentar os hábitos sexuais dos políticos, ao contrário dos Estados Unidos e da Inglaterra. #### As celebridades não renunciam a essa privacidade quando se expõem todos os dias na mídia? Por que as pessoas acham que têm o direito de saber da vida sexual de quem está na TV todos os dias? Precisamos analisar caso a caso. Vamos discutir os limites da privacidade, da intimidade. Essa discussão baixou um pouco de nível, mas o debate no STF tende a ser de excelente nível, mesmo porque será na presença de ministros. É o direito de informação que está em jogo, ninguém quer tolher o direito à expressão. Mas, numa biografia, a informação deve ser precisa. A discussão é boa. 21/10 ### Ronaldo Lemos Desprezar a separação de poderes é tão inconstitucional quanto proibir biografias.” "Com todo respeito à ação da Associação Nacional dos Editores de Livros (Anel), que pede que o Supremo resolva a questão (e com a qual concordo em substância), essa matéria deveria ser resolvida pelo Congresso Nacional e não pelo Judiciário. Um país em que o Congresso se distancia dos grandes debates nacionais e obriga a Justiça a 'legislar' é um país com alguma disfunção.” 18/10 ### Newton Lima Alguns políticos tinham a preocupação que um livro sobre suas histórias poderia revelar coisas que eles não gostariam que fossem reveladas.” "Foi bom os artistas trazerem essa discussão. [...] no meu entendimento [o plenário do Supremo] considerará que a Lei que o Congresso aprovou em 2002, introduzindo a censura prévia, vai ser considerada inconstitucional. Eles [os biografados] são pessoas públicas que fazem a história, constroem a história e todos nós temos o direito de conhecer essas histórias nas suas diversas versões” Publicado originalmente aqui 16/10 ### Marco Antonio Campos Reduzir a dignidade a uma indenização é uma visão empobrecedora.” "A Constituição Federal escolheu que a privacidade é um dos atributos da dignidade humana. Parece-me que reduzir a dignidade à uma indenização é uma visão empobrecedora. Para o Roberto Carlos, se ele vai ganhar R$ 1 milhão ou R$ 5 milhões, isso não paga a dignidade dele. Ele prefere usar a tutela inibitória, é um direito dele” Publicado originalmente aqui ### Supremo convoca audiência pública sobre biografias A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), convocou audiência pública para debater a publicação de biografias não autorizadas. A questão é discutida na ação direta de inconstitucionalidade impetrada pela Associação Nacional dos Editores de Livros (Anel). A associação questiona a constitucionalidade dos artigos 20 e 21 do Código Civil. A Anel argumenta que a norma contraria a liberdade de expressão e de informação, e pede que o Supremo declare que não é preciso autorização do biografado para a publicação dos livros. A audiência será nos dias 21 e 22 de novembro. ### Giorgio Vasari: o primeiro biógrafo de artistas **Há 463 anos, escritor deu origem à tradição de misturar vida e obra de personalidades que segue polêmica até hoje** Não fosse por um italiano nascido em 1511, ninguém saberia hoje que o pintor Paolo Uccello abandonou uma obra num mosteiro porque o abade lhe enchia diariamente de queijo. E Uccello, vejam só, odiava queijo. Não se saberia também que Polidoro de Caravaggio foi morto por um aprendiz que "gostava mais do dinheiro do mestre do que do próprio mestre". Nem que Leonardo da Vinci, para quem era mais "estimável ser filósofo do que cristão", considerava-se tão magnânimo que certa vez não aceitou um pagamento em moedas de baixo valor, dizendo: "Não sou pintor de vinténs". Muito menos que Michelangelo era pouco cauteloso nas palavras. Para um menino, sobre quem lhe disseram que estava começando nas artes, retrucou: "Percebe-se". Já para um amigo que apareceu vestindo uma roupa nova, disse: "Como estás bonito! Se fosses bonito por dentro tanto quanto se vê por fora, seria ótimo para a tua alma". Histórias como essas, que misturam detalhes da vida pessoal com descrições sobre como foram realizadas as obras de 133 artistas renascentistas, são conhecidas hoje pelo trabalho de Giorgio Vasari. Pintor, arquiteto e escritor, Vasari ficou conhecido como o primeiro biógrafo de artistas, como aquele que deu origem à história da arte ao publicar, em 1550, o livro "Vidas dos artistas". _ O Vasari, quando gostava de alguém, era mais amoroso no relato. Mas, quando não gostava, tinha uma navalha que mostrava a vida do sujeito _ diz Angela Ancora, crítica de arte e diretora da Escola de Belas Artes da UFRJ. _ Acabou se notabilizando como o primeiro biógrafo de artistas, mas ele também foi um pintor sem relevância e teve uma importância grande por ter sido a primeira pessoa a fazer algo parecido com um salão de artes. Como era admirador de Michelangelo, organizou uma exposição para arrecadar fundos e poder levar, escondido, o corpo do artista de Roma para Florença. Antes de Vasari, não havia modelos para biografias assim. Até então, conhecia-se o trabalho de nomes como o grego Plutarco e os romanos Tácito e Suetônio, que escreveram entre os séculos I e II relatos sobre imperadores, políticos ou figuras ilustres de suas épocas. O que Vasari fez de diferente foi traçar relação entre a obra e a vida do biografado, ainda de forma tímida em questões pessoais, mas já com detalhes que seriam fundamentais para se compreender melhor o porquê de algumas pinturas ou esculturas serem como são. Vasari começava seus textos com uma breve introdução que fazia um resumo de como via seus personagens. Para tratar do pintor Botticelli, ele primeiro escreveu: "A natureza esforça-se por dar o talento a muitos e, em contraposição, lhes dá a negligência, porque eles, não pensando no fim da vida, muitas vezes adornam os asilos com sua morte assim como em vida adornam o mundo com suas obras". Mais à frente, concluiu a biografia de um dos mais representativos pintores de Florença dizendo que ele "por fim, ficando velho e sem serventia, arrastava-se com duas muletas, não podendo fazer nada, doente e decrépito". Era o tipo de descrição que não deve ter deixado seus herdeiros felizes. Mosaico da Toscana Por outro lado, com outros por quem tinha mais consideração, Vasari escolhia palavras amorosas. Depois de uma longa introdução em que explicava como os escultores antigos tinham "espíritos estúpidos e grosseiros", ele abre uma exceção para Donatello, chamado de "agradável", "amável", "benigno", "cortês", "humilde" etc. etc. etc. No texto dedicado ao escultor florentino, Vasari diz que ele abdicou de uma propriedade rural recebida como presente por um admirador porque não queria se preocupar com questões mundanas como contas e as demandas dos camponeses vizinhos. "Preferia morrer de fome a ter de pensar nelas", escreveu. Sobre Da Vinci, considerado pelo autor como uma representação da "própria divindade", Vasari escreveu a estratégia para fazer a modelo de seu famoso quadro "Mona Lisa" sorrir. Ele teria contratado bufões, "para eliminar aquela melancolia tão frequente na pintura e nos retratos". _ Ele considerava a Toscana como uma região abençoada pelos céus, como se Deus tivesse mandado para lá os maiores gênios da Humanidade _ diz a escritora Ivone Castilho Benedetti, que traduziu "Vidas dos artistas" para a versão brasileira lançada em 2011 pela editora WMF Martins Fontes. _ Ele acabou ficando mais conhecido como biógrafo de artistas, mas acho que, no fundo, seu objetivo era outro. Ele queria fazer um mosaico de personagens para construir um retrato maravilhoso da arte renascentista. Mas, como ele tinha charme para escrever, uma sedução no texto, ficou célebre pelas biografias. A intenção de glorificar seus personagens fica clara ao se deter sobre o título original da obra de Vasari: "Vidas dos mais excelentes arquitetos, pintores e escultores italianos, de Cimabue até nossos tempos". Giovanni Cimabue, que viveu entre os séculos XIII e XIV, é o primeiro biografado do livro, aquele que nasceu "para trazer as primeiras luzes à arte da pintura". O último é Michelangelo, único artista ainda vivo quando da publicação da primeira edição, simplesmente porque Vasari tinha um certo carinho por ele. Melhor dizendo, tinha veneração. "O Céu o mandou aqui embaixo para servir de exemplo na vida, nos costumes e nas obras, para que aqueles que se miram nele, imitando-o, possam aproximar-se da eternidade". _ As descrições seguiam uma mentalidade diferente do que acontece hoje. Naquela época, jamais alguém se aventuraria em terrenos espinhosos, como a eventual homossexualidade de alguém. E todos eles se conheciam e sabiam. Mas eram tabus nos quais ninguém tocava _ diz Ivone. _ Houve, porém, um ou outro caso no livro de Vasari em que se pode enxergar algo distinto. Ele descreveu o que dizia ser o mau-caratismo do pintor Andrea dal Castagno e reproduziu a lenda de que ele teria matado o também pintor Domenico Veneziano. No entanto, segundo consta, Veneziano morreu quatro anos depois de Andrea dal Castagno. Mas é preciso entender que se vivia numa época em que leis, crimes e desvios tinham pesos e critérios diferentes dos de hoje. Vivemos numa sociedade em que tudo parece poder e dever ser transformado em espetáculo, em nome da liberdade de expressão. Dois enfoques para a arte Vasari morreu em 1574, aos 62 anos, com boa reputação e um padrão de vida bastante confortável. Sem querer glória para si _ o próprio, apesar de pintor, não se colocou em "Vidas dos artistas" _ é lembrado até hoje como o pai da história da arte e como precursor de gerações de biógrafos que se seguiram pelos séculos. Mais de 460 anos após seu livro ser lançado, é inimaginável para todos aqueles que estudam a arte renascentista não ter os relatos de Vasari. _ Há dois enfoques possíveis para se entender o trabalho de um artista. A obra em si já tem uma carga como objeto, que independe da vida de quem a fez. Caravaggio chegou a matar um homem, mas ele foi o maior barroco que nós tivemos. A obra de Caravaggio fala do artista, que passa por cima da ética e da moral _ explica Angela Ancora. _ Mas outra possibilidade é observar a vida de quem fez aquela obra, para agregar informações e trazer subsídios que ajudam na compreensão do trabalho. São dois enfoques, e nenhum é mais importante do que o outro. O arquiteto e pintor que virou escritor O italiano Giorgio Vasari nasceu em Arezzo, em 1511. Seguiu uma carreira de pintor, fazendo afrescos, painéis e quadros, como o autorretrato ao lado. Também desenvolveu uma série de trabalhos de arquitetura, entre eles o palácio que hoje abriga a Galeria dos Ofícios, em Florença. Mas sua obra mais notável é mesmo o livro "Vida dos artistas", cuja primeira edição foi lançada em 1550. Nele, estão relatos sobre renascentistas como Michelangelo, Donatello e Leonardo Da Vinci. Vasari morreu em 1574, em Florença. ### O caso Roberto Carlos Roberto Carlos é um dos personagens principais da luta contra as biografias não autorizadas. A voz principal que tenta influenciar o Congresso para que os artigos não sejam modificados, como defendem associações de escritores. Apesar de sua posição ser conhecida há muitos anos, o músico, em geral discreto e afeito à ação fora dos holofotes em defesa de suas convicções, acabou vindo a público para explicar que não é contra obras biográficas não autorizadas, apesar de só aceitá-las "com ajustes e conversa". Reunimos aqui lances do Rei no tabuleiro da polêmica. ### Livro notificado em 2013 **“Jovem Guarda: Moda, Música e Juventude", de Maíra Zimmermann** Dissertação de mestrado de Maíra Zimmermann recebeu uma notificação extrajudicial em abril de 2013. Professora da FAAP Maíra fala do surgimento do mercado consumidor dolescente nos anos 60. Tiragem: mil exemplares. ### Livro retirado de circulação em 2007 **“Roberto Carlos em detalhes”, de Paulo Cesar de Araújo** Em 2007, Roberto Carlos consegue retirar das livrarias os exemplares da biografia de Paulo Cesar de Araújo a seu respeito. Leia matéria completa aqui **+ Uma caça aos exemplares do livro proibido** O resultado da busca dos livros por sebos do país, onde chegam a custar 800 reais, e a possibilidade das 11 mil unidades recolhidas terem ido parar em galpão de Diadema, em São Paulo. **+ Autor da biografia fala ao Roda Viva** Paulo César Araújo, autor da biografia censurada pelo Rei, participa do programa Roda Viva e enxerga a proibição do Rei como necessidade absoluta de controle. Assista ao trecho do Roda Vida ### Reedição de DVD proibida **Trilogia de Roberto Farias ** As edições em DVD oficiais dos três longas-metragens campeões de bilheteria estrelados pelo Rei também não podem mais ser vendidas. O motivo: um desacordo comercial entre o cantor e o cineasta Roberto Farias, produtor e diretor da trilogia vista por mais de 9 milhões de pagantes entre 1967 e 1971.Leia matéria completa aqui Roberto Carlos em ritmo de aventura Roberto Carlos e o diamante cor-de-rosa A trezentos quilômetros por hora ### Livro apreendido em 1979 **“O Rei e Eu”, de Nichollas Mariano** Em 1979, Roberto Carlos censurou o livro de seu secretário, que trabalhara com ele por 11 anos. Após dois anos de batalha judicial entre Roberto Carlos e o editor, Roberto Goldkorn, o livro foi apreendido na gráfica antes mesmo de ser distribuído. “Perdemos tudo: carro, casa, editora, dinheiro”, lembra Roberto Goldkorn. Já o autor, Nichollas Mariano, foi condenado a 1 ano e meio de prisão.Leia a reportagem de Jotabê Medeiros no site do jornal O Estado de S. Paulo ### A posição do Rei na batalha das biografias Entre outubro e novembro de 2013, Roberto Carlos se pronunciou publicamente duas vezes sobre o assunto. A primeira foi uma entrevista exibida no Fantástico, em 27/10; a segunda em um vídeo da Associação Procure Saber, no dia 29/10. RC em entrevista ao Fantástico RC em vídeo do Procure Saber
2019-01-19T17:31:09Z
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# Os personagens de Henfil ## Veja algumas figuras criadas pelo cartunista, que faria 70 anos na próxima quarta-feira 01 #### Fradim Os fradins Baixinho e Cumprido (com “u” mesmo) eram uma forma de Henfil ironizar a educação religiosa, cheia de tabus, que recebeu desde cedo. O primeiro, que Henfil dizia ser inspirado nele próprio, era insolente, violento, pornográfico e combatia a hipocrisia do mundo pela ironia. Já o Cumprido é o artista antes de se libertar da educação católica: religioso, careta, carola e medroso, mas também lírico romântico e sonhador. Eles nasceram em 1964, mesmo ano em que a ditadura, que Henfil tanto combateu.
2019-01-19T16:25:49Z
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# Os personagens de Henfil ## Veja algumas figuras criadas pelo cartunista, que faria 70 anos na próxima quarta-feira 05 #### Cangaceiro Zeferino O cangaceiro Zeferino Ribamar das Mercês nasceu em 1º de abril de 1969, no “Jornal dos Sports”, e logo se tornou muito popular. Henfil dizia que a figura de um coronel nordestino era inspirado na figura de seu pai, que chegou a ser prefeito de Bocaiúva, no interior de Minas Gerais, durante o Estado Novo. O cangaceiro era um estereótipo do valentão nordestino, machista e chegado em uma pinga. Também costumava direcionar sua libido para a Graúna, que não costumava oferecer resistência ao companheiro da Turma da Caatinga.
2019-01-19T16:33:36Z
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# Os personagens de Henfil ## Veja algumas figuras criadas pelo cartunista, que faria 70 anos na próxima quarta-feira 01 #### Fradim Os fradins Baixinho e Cumprido (com “u” mesmo) eram uma forma de Henfil ironizar a educação religiosa, cheia de tabus, que recebeu desde cedo. O primeiro, que Henfil dizia ser inspirado nele próprio, era insolente, violento, pornográfico e combatia a hipocrisia do mundo pela ironia. Já o Cumprido é o artista antes de se libertar da educação católica: religioso, careta, carola e medroso, mas também lírico romântico e sonhador. Eles nasceram em 1964, mesmo ano em que a ditadura, que Henfil tanto combateu.
2019-01-19T17:02:08Z
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# Os personagens de Henfil ## Veja algumas figuras criadas pelo cartunista, que faria 70 anos na próxima quarta-feira 02 #### Graúna A Graúna se tornaria um dos personagens mais famosos de Henfil. Analfabeta, era sabida como poucos. Por isso seu criador a usava para criticar os problemas do Brasil: a desigualdade social, a indústria da seca, o coronelismo, o desmatamento — e até mesmo o milagre econômico propagandeado pelo regime militar. Também era uma forma de fazer piada com o “Sul maravilha”, como dizia Henfil. É um exemplo do traço minimalista do artista. Seu corpo era composto basicamente por um ponto de exclamação.
2019-01-19T16:31:08Z
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# Os personagens de Henfil ## Veja algumas figuras criadas pelo cartunista, que faria 70 anos na próxima quarta-feira 03 #### Mascotes de futebol Com a grande popularidade que conquistou no período em que trabalhou no “Jornal dos Sports”, nos anos 1960, Henfil teve seus personagens adotados pelas torcidas cariocas. Eles são usados até hoje como símbolos dos times. O Flamengo ganhou o Urubu, uma apropriação da piada racista das torcidas rivais. O Vasco ficou com o Bacalhau; o Fluminense, o Pó-de-arroz; e o Ameriquinha, com a torcida cada vez menor, ganhou o Gato Pingado. Logo depois desse período, Henfil entraria para o “Pasquim.”
2019-01-19T17:11:47Z
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# Os personagens de Henfil ## Veja algumas figuras criadas pelo cartunista, que faria 70 anos na próxima quarta-feira 04 #### O bode Orelana Toda a cultura do bode vinha dos livros e jornais que usava para se alimentar — literalmente. O bode Francisco de Orelana, companheiro da Graúna e do cangaceiro Zeferino, era uma ironia com a figura do “intelectual de gabinete”, com o qual Henfil adorava fazer piada. Inspirado em um intelectual baiano, inclusive fisicamente, sua roupa se resumia a um chapéu-coco. Diante da relação que a Graúna às vezes matinha com Zeferino, fazia de tudo para deixá-la mais consciente sobre seus direitos como mulher. Claro que ela não levava a sério.
2019-01-19T16:25:32Z
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# Os personagens de Henfil ## Veja algumas figuras criadas pelo cartunista, que faria 70 anos na próxima quarta-feira 06 #### Ubaldo, o paranóico Este personagem era uma sátira da paranóia e da desconfiança surgidas com a perseguição política do regime militar, e surgiu já nos tempos do “Pasquim”, no mesmo momento do desaparecimento de Vladimir Herzog, morto nos porões da ditadura. Em uma tirinha clássica, Ubaldo pega um táxi e, ao ser perguntado pelo taxista aonde vai, ele responde com medo: “Pra casa da minha mãe! Eu só saio de casa pra ir pra casa da mamãe! Da minha casa para a casa da minha mãe, da casa da minha mãe para a minha casa... JURO!”.
2019-01-19T17:34:31Z
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# South Park - Viva o politicamente incorreto! 20 anos de South Park! Em 13 de agosto de 1997, dois universitários do Colorado resolveram atender aos pedidos da internet e dar continuação ao seu curta de animação, fazendo surgir uma série recheada de humor negro. "South Park" é um dos desenhos mais antigos ainda no ar, atrás apenas de “Os Simpsons” (1989), e acaba de lançar sua 20ª temporada! matt stone Trey Parker 26/05/1971 Matthew Richard Stone (Matt Stone), nasceu em Houston, Texas. Ele é animador, roteirista, diretor cinematográfico, dublador e ator. Já em South Park fica resposável por dublar duas das quatro crianças da animação: Kyle e Kenny. 19/10/1969 Randolph Severn Parker III (Trey Parker), nasceu em Conifer, Colorado. Ele é animador, diretor, produtor, roteirista, dublador, ator e músico. Em South Park, já dublou 17 personagens e ainda dá voz a Stan e Cartman. Curiosidade Sobre os Fundadores Muitos não devem saber, mas essa dupla já dirigiu e atuou em alguns filmes. “Baseketball” (1998) “Team America” (2004) Em Baseketball (Sem trapaça não tem graça) fizeram o papel de Joe Cooper (Trey) e Doug Remer (Matt), responsaveis por criar um esporte novo de rua. Foram os diretores e roteiristas dessa animação e deram suas vozes para alguns dos personagens. Origem de South Park “Jesus vs. Santa”, de 1995, é um dos primeiros vídeos virais da internet. Trey e Matt se conheceram na Universidade do Colorado, em uma turma de cinema. O primeiro projeto deles foi em 1992, chamado de “The Spirit of Christmas”, uma animação feita com recortes de papel e fotografia. Em 1995, lançaram um segundo curta. A animação foi tão popular que se tornou um dos primeiros vídeos virais da internet. Para diferenciar os dois curtas homônimos, a produção de 1992 ficou conhecida como "Jesus vs Frosty", e a de 1995, “Jesus vs. Santa”. Com a popularidade de “Jesus vs. Santa”, a Comedy Central encomenda seis episódios e a série estreia na TV em 13 de agosto de 1997. South Park no Brasil Sua primeira aparição na televisão brasileira foi o filme transmitido pelo SBT. Muitos vão dizer que o Tio Silvio ficou louco, mas sim, o filme “South Park – Maior, Melhor & Sem Cortes” passou na Tela de Sucesso do SBT em 2004. Por causa de sua linguagem ofensiva, o filme não agradou mães, pais e avós que assistiam com as crianças. Choveram reclamações no SBT, mas a emissora argumentou que a classificação do filme era 18 anos. Curiosidade Sobre os personagens Entenda um pouco sobre a criação dos personagens, e como surgiram as ideias. eric Cartman Matt Stone e Trey Parker eram fãs de Archie Bunker, ator da série dos anos 1970 “Tudo em Família” (All in the Family). Cartman foi uma homenagem ao ator em forma de um garoto egocêntrico, racista e imaturo de 8 anos de idade. FAmília Stan A família Stan recebeu os mesmos nomes dos pais (Randy e Sharon) e da irmã (Shelley) de Trey. FAmília kYLE A família Kyle recebeu os nomes dos pais (Gerard e Sheila) de Matt Stone. por que kenny sempre morre? Kenny foi inspirado em um amigo de infância de Trey. Era a criança mais pobre do bairro e sempre usava um casaco laranja. O Kenny da vida real faltava a escola por dias e os colegas diziam brincando que ele tinha morrido. Outro Fato Sobre as Mortes de Kenny Após cada morte, Kenny sempre renasce depois de um parto e acorda em sua cama. E o mais estranho é que aparentemente ele e seus pais lembram de sua morte trágica. Entretanto existe outra pessoa que sabe ou sente isso. Cartman, o gordinho malcriado, é o unico que sempre lembra das mortes de Kenny. Origem da Mãe de Cartman A mãe de Cartman recebeu seu nome da ex-noiva de Trey, Liane Adamo. Durante seu noivado ele a flagrou na cama com outro homem, o que nos faz entender o porquê da personalidade obscena da personagem. chewbacca em south park Em todo episódio de Halloween sempre surge alguém vestido de Chewbacca. E ele sempre é o ganhador do torneio de fantasia. Presidente Brasileiro O ex-presidente Lula aparece quando a Terra é ameaçada por um bandido alienígena. Após matarem o vilão, líderes mundiais resolvem dividir o dinheiro roubado. Quando a polícia intergalática chega, Lula diz não saber de nenhum dinheiro. Jogos O desenho de maior sucesso no mundo não poderia deixar de aparecer no mundo dos games. South Park Chef’s Luv shack Foi o primeiro jogo da animação. Criado para Nintendo 64 em 1998, foi adaptado para PC e Playstation anos depois. O segundo jogo foi lançado em 1999 para Nintendo 64, depois levado para PC, Playstation e Deamcast. South Park Rally Let´s Go Tower Defense Play Lançado em 1999, faz uma paródia com Mario Kart. Lançado para Nintendo 64 e Dreamcast, depois adaptado para Playstation. Lançado em 2009, teve uma boa repercussão e poucas criticas. Foi feito unicamente para o console Xbox 360. Tenorman´s Revenge The Stick of Truth Feito pela Microsoft Studios, assim como “South Park: Let’s Go Tower Defense Play”, foi lançado em 2012, somente para Xbox Live. Lançado em 2014 pela Ubisoft, tem versões em PlayStation 3, Xbox 360 e PC. OS NOVOS GAMES! The Fractured but Whole Lançado no inicio de 2017 para Xbox One, Ps4 e PC. Assim como o jogo anterior, é um RPG onde você está ajudando o time de Super-Heróis de South Park. Phone destroyer Lançado este ano, foi o primeiro jogo para mobile. Em poucos dias a versão beta chegou na casa de 1 milhão de downloads. Nessa história, você se junta a Cartman e seu objetivo é destruir... telefones! Gostou? Então saiba que também tem a opção PvP (jogador contra jogador). Quiz Descubra quem dos protagonistas você é! 20 anos de South Park! Em 13 de agosto de 1997, dois universitários do Colorado resolveram atender aos pedidos da internet e dar continuação ao seu curta de animação, fazendo surgir uma série recheada de humor negro. "South Park" é um dos desenhos mais antigos ainda no ar, atrás apenas de “Os Simpsons” (1989), e acaba de lançar sua 20ª temporada! matt stone 26/05/1971 Matthew Richard Stone (Matt Stone), nasceu em Houston, Texas. Ele é animador, roteirista, diretor cinematográfico, dublador e ator. Já em South Park fica resposável por dublar duas das quatro crianças da animação: Kyle e Kenny. Trey Parker 19/10/1969 Randolph Severn Parker III (Trey Parker), nasceu em Conifer, Colorado. Ele é animador, diretor, produtor, roteirista, dublador, ator e músico. Em South Park, já dublou 17 personagens e ainda dá voz a Stan e Cartman. Curiosidade Sobre os Fundadores Muitos não devem saber, mas essa dupla já dirigiu e atuou em alguns filmes. “Baseketball” (1998) Em Baseketball (Sem trapaça não tem graça) fizeram o papel de Joe Cooper (Trey) e Doug Remer (Matt), responsaveis por criar um esporte novo de rua. “Team America” (2004) Foram os diretores e roteiristas dessa animação e deram suas vozes para alguns dos personagens. Origem de South Park “Jesus vs. Santa”, de 1995, é um dos primeiros vídeos virais da internet. Trey e Matt se conheceram na Universidade do Colorado, em uma turma de cinema. O primeiro projeto deles foi em 1992, chamado de “The Spirit of Christmas”, uma animação feita com recortes de papel e fotografia. Em 1995, lançaram um segundo curta. A animação foi tão popular que se tornou um dos primeiros vídeos virais da internet. Para diferenciar os dois curtas homônimos, a produção de 1992 ficou conhecida como "Jesus vs Frosty", e a de 1995, “Jesus vs. Santa”. Com a popularidade de “Jesus vs. Santa”, a Comedy Central encomenda seis episódios e a série estreia na TV em 13 de agosto de 1997. South Park no Brasil Sua primeira aparição na televisão brasileira foi o filme transmitido pelo SBT. Muitos vão dizer que o Tio Silvio ficou louco, mas sim, o filme “South Park – Maior, Melhor & Sem Cortes” passou na Tela de Sucesso do SBT em 2004. Por causa de sua linguagem ofensiva, o filme não agradou mães, pais e avós que assistiam com as crianças. Choveram reclamações no SBT, mas a emissora argumentou que a classificação do filme era 18 anos. Curiosidade Sobre os personagens Entenda um pouco sobre a criação dos personagens, e como surgiram as ideias. eric Cartman Matt Stone e Trey Parker eram fãs de Archie Bunker, ator da série dos anos 1970 “Tudo em Família” (All in the Family). Cartman foi uma homenagem ao ator em forma de um garoto egocêntrico, racista e imaturo de 8 anos de idade. FAmília Stan A família Stan recebeu os mesmos nomes dos pais (Randy e Sharon) e da irmã (Shelley) de Trey. FAmília kYLE A família Kyle recebeu os nomes dos pais (Gerard e Sheila) de Matt Stone. por que kenny sempre morre? Kenny foi inspirado em um amigo de infância de Trey. Era a criança mais pobre do bairro e sempre usava um casaco laranja. O Kenny da vida real faltava a escola por dias e os colegas diziam brincando que ele tinha morrido. Outro Fato Sobre as Mortes de Kenny Após cada morte, Kenny sempre renasce depois de um parto e acorda em sua cama. E o mais estranho é que aparentemente ele e seus pais lembram de sua morte trágica. Entretanto existe outra pessoa que sabe ou sente isso. Cartman, o gordinho malcriado, é o unico que sempre lembra das mortes de Kenny. Origem da Mãe de Cartman A mãe de Cartman recebeu seu nome da ex-noiva de Trey, Liane Adamo. Durante seu noivado ele a flagrou na cama com outro homem, o que nos faz entender o porquê da personalidade obscena da personagem. chewbacca em south park Em todo episódio de Halloween sempre surge alguém vestido de Chewbacca. E ele sempre é o ganhador do torneio de fantasia. Presidente Brasileiro O ex-presidente Lula aparece quando a Terra é ameaçada por um bandido alienígena. Após matarem o vilão, líderes mundiais resolvem dividir o dinheiro roubado. Quando a polícia intergalática chega, Lula diz não saber de nenhum dinheiro. Jogos O desenho de maior sucesso no mundo não poderia deixar de aparecer no mundo dos games. South Park Foi o primeiro jogo da animação. Criado para Nintendo 64 em 1998, foi adaptado para PC e Playstation anos depois. Chef’s Luv shack O segundo jogo foi lançado em 1999 para Nintendo 64, depois levado para PC, Playstation e Dreamcast. South Park Rally Lançado em 1999, faz uma paródia com Mario Kart. Lançado para Nintendo 64 e Dreamcast, depois adaptado para Playstation. Let´s Go Tower Defense Play Lançado em 2009, teve uma boa repercussão e poucas criticas. Foi feito unicamente para o console Xbox 360. Tenorman´s Revenge Feito pela Microsoft Studios, assim como “South Park: Let’s Go Tower Defense Play”, foi lançado em 2012, somente para Xbox Live. The Stick of Truth Lançado em 2014 pela Ubisoft, tem versões em PlayStation 3, Xbox 360 e PC. OS NOVOS GAMES! The Fractured but Whole Lançado no inicio de 2017 para Xbox One, Ps4 e PC. Assim como o jogo anterior, é um RPG onde você está ajudando o time de Super-Heróis de South Park. Phone destroyer Lançado este ano, foi o primeiro jogo para mobile. Em poucos dias a versão beta chegou na casa de 1 milhão de downloads. Nessa história, você se junta a Cartman e seu objetivo é destruir... telefones! Gostou? Então saiba que também tem a opção PvP (jogador contra jogador). Quiz Descubra quem dos protagonistas você é!
2019-01-19T17:17:26Z
http://infograficos.oglobo.globo.com/economia/evolucao-do-pib-1.html
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# A evolução do PIB e seus componentes ## Compare o histórico trimestral do Produto Interno Bruto (PIB) e de oito de seus componentes desde 1996 ### O que é PIB? O cálculo do **Produto Interno Bruto** (PIB) busca medir a atividade econômica e é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. A conta inclui apenas bens e serviços finais, ou seja o serviço intermediário é descontado, para evitar contagem dupla. Isso significa, por exemplo, que para calcular a produção de um carro desconta-se o consumo de aço. O cálculo do PIB no Brasil é feito sob três dimensões: produção, demanda e renda. ### Entenda o cálculo #### Produção - ##### Impostos sobre produtos Sem considerar os subsídios #### Demanda / Consumo - ##### Formação bruta de capital fixo - ##### Variação dos estoques Indicador de investimento - ##### Exportação menos importação de bens e serviços #### Renda - ##### Remuneração dos empregados Inclui benefícios sociais - ##### Rendimento misto bruto Rendimentos dos trabalhadores autônomos - ##### Excedente operacional Lucro de empresas Renda de aluguéis Rendimento de aplicações financeiras Pagamento de dividendo das empresas ### Variação anual do PIB ### Evolução do PIB nas quatro principais bases de comparação CRÉDITOS: Desenvolvimento: Anderson Campos | Arte: Vinícius Machado | Edição: Daniel Lima | Fonte: IBGE
2019-01-19T16:26:19Z
http://infograficos.oglobo.globo.com/economia/faca-voce-mesmo-uma-cortina-de-fuxicos/na-medida-20321.html
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# Faça você mesmo: uma cortina de miçangas ## Dizem que trabalhos manuais são para quem tem talento. De certa forma, é. Mas para quem gosta de uma decoração personalizada para casa, é possível fazer ornamentos sem ter maiores habilidades. Um deles é a cortina de miçangas. Elas ficam bem em salas, cozinhas, quartos, banheiros e dão um toque hype. A técnica consiste em pegar uma linha que pode ser de náilon, metal ou tecido e ir colocando pedrinhas, miçangas, flores de tecido, fuxicos e qualquer outro item que você curtir. As duas grandes dicas são: amarre bem as pontas para que as peças não caiam e antes de começar a montagem, faço um esboço. Isso lhe ajudará a visualizar e se organizar melhor. Veja o passo a passo e tenha a sua própria cortina. 01 #### Na medida O primeiro passo é medir a altura da porta. O ideal é não fazer a cortina até o chão, então, dois terços de altura está bom. Meça também a largura e imagine uma distância de cinco a 10 centímetros entre os fios. Reprodução da internet
2019-01-19T16:32:34Z
http://infograficos.oglobo.globo.com/economia/marcas-dos-cariocas.html
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# Marcas dos cariocas # As grandes campeãs Confira quais empresas foram as mais lembradas nos cinco anos da pesquisa Marcas dos Cariocas. # Top 3 invictas Veja em quais categorias o trio vencedor se manteve estável desde o início do levantamento. # As vencedoras de 2014 Saiba quem são as top 5 na pesquisa feita este ano com mais de dois mil cariocas em 39 categorias. ## As grandes campeãs Realizada desde 2010, uma iniciativa de O Globo com o grupo Troiano de Branding, a pesquisa Marcas dos Cariocas apresenta um balanço de seus cinco anos, mostrando quais produtos e serviços foram os campeões em suas categorias mais vezes. Confira. ### Academias de Ginástica #### Bodytech ### Agências de Turismo #### CVC ### Alimentos congelados #### Sadia ### Artigos esportivos #### Nike ### Automóvel (fabricantes) #### Volkswagen ### Banco #### Itaú ### Cartão de Crédito #### Visa ### Clínicas e Hospitais #### Rede D'or ### Cia aérea #### TAM ### Cosméticos #### Natura ### Eletrodomésticos #### Brastemp ### Escola de Idiomas #### Cultura Inglesa ### Farmácias #### Pacheco ### Higiene Pessoal #### Natura ### Lojas exclusivas de móveis e decoração #### Tok&Stok ### Operadora de Celular #### Vivo ### Planos de Saúde #### Unimed ### Postos de combustível #### BR Petrobrás ### Produtos de limpeza para casa #### Omo ### Protetor Solar #### Sundown ### Shopping Center #### Barra Shopping ### Sorvete #### Kibon ### Respeitam o meio ambiente #### Natura ## Top 3 invictas Nestes cinco anos, o levantamento, indicou que, em algumas categorias, o trio vencedor se manteve estável no pódio. Veja quais são esses vencedores. ### Alimentos congelados ### Artigos esportivos ### Bancos ### Cartões de crédito ### Cosméticos ### Planos de saúde ### Postos de combustível ### Produtos de limpeza para casa ### Sorvetes ## As vencedoras de 2014 Neste ano, a pesquisa Marcas dos Cariocas, mais uma vez, ouviu moradores do Rio de Janeiro para descobrir quais seus produtos e serviços favoritos em 39 categorias. Confira aqui o ranking dos cinco primeiros em cada área. ### Academias de ginástica ### Agências de Turismo ### Alimentos congelados ### Artigos esportivos ### Automóvel (fabricantes) ### Banco ### Cartão de crédito ### Cerveja ### Clínicas e hospitais ### Cia Aérea ### Computador ### Cosméticos ### Eletrodomésticos ### Eletroeletrônicos ### Escola de idiomas ### Farmácias ### Fast food ### Produtos infantis ### Higiene Pessoal ### Móveis e Decoração ### Marcas de luxo ### Moda feminina ### Operadora de celular ### TV por assinatura ### Planos de saúde ### Postos de combustível ### Produtos de limpeza para casa ### Protetor Solar ### Refrigerante ### Seguros ### Shopping Center ### Sites de compras ### Sorvetes ### Supermercado ### Universidades ### Respeitam o meio ambiente ### Respeitam o consumidor ### 'A cara da copa do mundo' ### 'A cara do Rio' CRÉDITOS: Interface: Marcelo Coimbra | Desenvolvimento: Thaís Leão
2019-01-19T16:25:36Z
http://infograficos.oglobo.globo.com/economia/promessas-ao-vento.html
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# Veja o que aconteceu com as empresas de Eike ## Valor dos negócios encolheu R$ 113 bi Dois anos após pedido de recuperação da OGPar, grupo de Eike Batista enfrenta nova grande crise Dois anos após pedido de recuperação da OGPar, grupo de Eike Batista enfrenta nova grande crise
2019-01-19T16:51:06Z
http://infograficos.oglobo.globo.com/ELA/cinco-programas-imperdiveis-do-verao-2015/piquenique-do-amelia-gastro-23458.html
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- 1 #### Joatinga entre 7h e 11h - 2 #### Ferro e farinha - 3 #### Canastra Bar - 4 #### Jardim Royal - 5 #### Piquenique do Amélia Gastrô Anna Clara Carvalho / Divulgação #### Piquenique do Amélia Gastrô O bufê que faz quitutes lindos e delícia, criados pela chef Juliana Mendes, tem o pacote piquenique, que aliás é o carro-chefe deles. Com cardápio leve (vai de cuscuz a sanduichinho) e décor caprichado (almofadões, pallets, arranjos) feito pela arquiteta Fernanda Vargas combinar um evento ao ar livre com eles é programa garantido para um fim de tarde. A dica de lugar é o Parque Guinle, lugar simpático, com lago cheio de patinhos em Laranjeiras e que nunca está cheio. http://www.ameliagastro.com/ 5 5
2019-01-19T16:25:18Z
https://infograficos.oglobo.globo.com/esportes/a-copa-do-mundo-em-imagens.html
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# A copa do mundo em imagens ## O Brasil nas Copas: Em fotos Galeria com imagens do ACERVO O Globo reúne as melhores fotos da seleção brasileira e da torcida em todos os mundiais, desde 1950, com trechos de reportagens antigas e depoimentos de fotógrafos e jornalistas esportivos ### VEJA MAIS: ### Créditos: **Organização**: William Helal Filho **Curadoria**: André Sarmento **Pesquisa**: Centro de Documentação Infoglobo **Textos**: Matheus Meyohas e William Helal Filho **Interface**: Fernando Lopes **Desenvolvimento**: Wérick Vieira
2019-01-19T17:23:24Z
http://infograficos.oglobo.globo.com/esportes/como-funciona-o-wct.html
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# Como funciona o WCT # O Circuito O WCT (World Championship Tour) é a elite do surfe mundial, promovido pela ASP (Associação de Surfistas Profissionais) e formado por 34 surfistas. Em cada etapa, se juntam a eles dois convidados, compondo 36 competidores por evento. Em 2014, foram 11 etapas ao redor do mundo, com os surfistas contando seus nove melhores resultados no ranking final. # As etapas Os 36 surfistas são divididos em 12 baterias de três competidores com os vencedores avançando direto para a terceira fase. Os outros 24 são divididos em outras 12 baterias. Quem vence avança para a terceira fase, quem perde fica com a 25ª posição. Na terceira fase, são novamente 12 baterias. O vencedor vai à quarta fase, enquanto o perdedor termina o evento em 13º lugar. Na quarta fase, o vencedor avança direto às quartas de final, enquanto os perdedores disputam a quinta fase. Quem vence na quinta etapa passa às quartas de final. Quem perde termina em 9º. Das quartas até a final, são disputadas baterias de dois competidores. # Ranking do Ano # Baterias e notas As baterias duram, normalmente 30 minutos. O tempo pode ser alterado dependendo das condições do mar. ## O SURFISTA Cada competidor pode pegar até 15 ondas, contando apenas as notas de suas duas melhores ondas. ## AS NOTAS Cinco juízes observam cada bateria, dando notas de 0 a 10 para a onda surfada. A maior e a menor nota são descartadas. A média das três restantes dá a pontuação de cada onda. # Pontuação Os surfistas somam pontos a cada etapa. Ao fim do ano, os 22 primeiros se classificam para o WCT do ano seguinte, junto a outros 10 atletas classificados pelo ranking do WQS, a divisão de acesso, e outros dois surfistas – normalmente competidores que se machucaram durante o ano – que recebem convites para toda a temporada. ## A PONTUAÇÃO DE CADA ETAPA # As etapas de 2014 ### Veja também CRÉDITOS: Textos: Renato de Alexandrino | Interface: Vinicius Machado | Desenvolvimento: Thaís Leão
2019-01-19T16:25:08Z
http://infograficos.oglobo.globo.com/esportes/como-se-forma-a-onda-de-nazare.html
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# Como se forma a onda de Nazaré ## O Canhão da Nazaré é um desfiladeiro submarino localizado na costa de Nazaré, em Portugal. Ligado à falha da Nazaré-Pombal, o Canhão começa a se formar a 500 metros da costa e se estende por 211 quilômetros em direção ao alto mar, com profundidade de 50 metros próximo da costa até cinco mil metros na Planície Abissal Ibérica. CRÉDITOS: O Globo
2019-01-19T16:26:02Z
http://infograficos.oglobo.globo.com/rio/as-dez-favelas-mais-populosas-do-rio/favela-de-rio-das-pedras-14557.html
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# As dez favelas mais populosas do Rio ## O Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o mais recente divulgado pelo instituto, revelou que o Rio de Janeiro tem o título de cidade com a maior população em favelas do país. Segundo os dados, 1.393.314 pessoas moravam nas 763 favelas do Rio até aquele ano. Dos seus 6.323.037 habitantes, 22,03% viviam nesse tipo de local. Se comparados com os dados do Censo 2000 do IBGE (quando o instituto identificou 1.092.283 moradores de favelas no Rio, ou 18,65% dos 5.857.904 residentes do município), o crescimento da população em comunidades em dez anos foi de 27,5%. Enquanto a cidade considerada regular, excetuando os moradores das favelas, cresceu a um ritmo oito vezes menor, apenas 3,4%, passando de 4.765.621 para 4.929.723 em dez anos. 02 #### Favela de Rio das Pedras A Favela de Rio das Pedras, a segunda maior do Rio, teve expansão ainda mais rápida que a da Rocinha: segundo o censo, a favela tinha 54.793 moradores em 2010, o que já daria à comunidade a terceira posição entre as mais populosas do Brasil. Mas, levado em conta que a favela forma um complexo com a comunidade Associação de Moradores e Amigos de Rio das Pedras, essa população era ainda maior, de 63.482 pessoas. Em 2000, segundo os dados do IPP, com base no Censo daquele ano, as duas áreas tinham 42.735 habitantes, 48,5% a menos. Custodio Coimbra/O Globo
2019-01-19T17:11:45Z
http://infograficos.oglobo.globo.com/rio/as-marcas-dos-cariocas.html
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# A cara do Rio Marcas campeãs traduzem a diversidade do Rio, que une praia, cachoeira, verde e agitação urbana Havaianas Calçados Kibon Sorvetes Coca Cola Bebidas Matte Leão Bebidas Adidas Artigos esportivos # Respeito ao meio ambiente Mais empresas percebem que preservar os recursos naturais garante a sustentabilidade do negócio Natura Cosméticos Nestlé Alimentos O Boticário Cosméticos Samsung Eletrodomésticos e Eletroeletrônicos Unilever Cuidados pessoais # Respeito ao consumidor Vencedores valorizam não só o bom atendimento na hora de vender, mas também depois que o cliente já está com o produto em mãos Nestlé Alimentos Samsung Eletrodomésticos e Eletroeletrônicos Apple Eletroeletrônicos Brastemp Eletrodomésticos Natura Cosméticos # As vencedoras de 2015 Confira as cinco primeiras do ranking em cada uma das categorias de produtos ou serviços Academias de Ginástica Smart Fit Bodytech Curves Gym Center Cia Athletica Agências de turismo CVC decolar.com Hotel Urbano Submarino Viagens TAM Viagens Alimentos congelados Sadia Perdigão Seara Friboi Forno de Minas Artigos esportivos Nike Adidas Olympikus Mizuno Reebok Automóveis Volkswagen Honda Fiat Toyota Hyundai Bancos Itaú Caixa Econômica Federal Bradesco Banco do Brasil Santander Cartões de crédito Visa Mastercard Itaucard American Express Credicard Cervejas Antarctica Heineken Brahma Skol Budweiser Clínicas e hospitais Rede D'Or Hospital Pasteur Casa de Saúde São José Perinatal Hospital Samaritano Companhias aéreas TAM Gol American Airlines Azul Emirates Computador Apple Samsung Dell HP Sony Cosméticos Natura O Boticário Avon L'Oréal Nivea Eletrodomésticos Brastemp Samsung LG Electrolux Consul Eletroeletrônicos Samsung Apple Sony Motorola LG Escolas de idiomas Cultura Inglesa CCAA Wizard Brasas Aliança Francesa Farmácias Pacheco Ultrafarma Venancio Droga Raia Drogasmil Fast-food McDonald's Subway Burger King Spoleto Bob's Higiene pessoal Johnson & Johnson Dove Oral B Colgate Protex Limpeza da casa Omo Veja Bombril Ariel Ypê Luxo Calvin Klein Ferrari Rolex Louis Vuitton Armani Moda feminina C&A Riachuelo Leader Marisa Renner Móveis e decoração Tok&Stok Toque a Campainha CasaShopping Etna Todeschini Operadoras de celular Vivo Nextel Claro TIM Oi Planos de saúde Bradesco Saúde Amil Unimed SulAmérica Golden Cross Postos de combustível BR Ipiranga Shell Carrefour Texaco Produtos infantis Johnson & Johnson Nestlé Natura Pampers Hipoglós Protetor solar Sundown Natura Nivea L'Oréal Cenoura&Bronze Refrigerantes Coca-Cola Guaraná Antarctica Pepsi Mineirinho Fanta Seguros Porto Seguro SulAmérica Seguros Bradesco Seguros Seguros Itaú Amil Shoppings BarraShopping NorteShopping Nova América RioSul Shopping Tijuca Sites de compras Americanas.com Submarino Netshoes Ponto Frio Mercado Livre Sorvetes Kibon Nestlé Häagen-Dazs Garoto Los Paleteros Supermercados Guanabara Carrefour Extra Pão de Açúcar Mundial TV por assinatura Sky NET GVT Claro TV Oi TV Universidades PUC UFRJ Estácio de Sá Uerj UFF
2019-01-19T17:39:23Z
http://infograficos.oglobo.globo.com/rio/futuro-a-beira-mar.html
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# Futuro à beira-mar ## Museu do Amanhã, que deve ser inaugurado em 3 meses, faz parte da operação urbana que renovará a zona portuária da cidade. # SINTONIA COM O AMBIENTE O museu está sendo construído de acordo com as premissas da arquitetura sustentável. Como escolher materiais reciclados de alta durabilidade, que não agridam o ambiente e que sejam produzidos próximos ao local da obra, por exemplo # O LOCAL O Museu do Amanhã será construído no Píer Mauá, do arquiteto Oscar Weinschenck. O píer fez parte do projeto de ampliação do porto, com o objetivo de receber os estrangeiros para a Copa do Mundo de 1950. A obra teve início em 1948, mas só foi entregue em 1953 # POR DENTRO # COBERTURA ## Como funciona o mecanismo Cada aleta está conectada a um pistão hidráulico que a levanta conforme a necessidade. A cobertura do edifício terá ao todo 6 mil placas fotovoltaicas instaladas nas “asas”. Para captar maior energia, as aletas rotacionariam de acordo com a posição do sol. Veja como elas se movimentam: # A PROPOSTA A temática das exposições se apoia em dois grandes eixos narrativos: no campo da Sustentabilidade, perguntamos ao visitante “como poderemos viver?”; e na Convivência, “como queremos viver?”. As exposições terão como objetivo conscientizar sobre o futuro e a necessidade de adotar atitudes mais éticas nos quase # A EXPOSIÇÃO PERMANENTE 5 perguntas norteiam o percurso narrativo: Cosmos: De onde viemos? Terra: Quem Somos? Antropoceno: Onde estamos? Amanhã: Para onde vamos? Amanhã que queremos: Como queremos ir? # COMO VAI FICAR # O AUTOR # Santiago Calatrava ao redor do mundo O espanhol é o autor do projeto arquitetônico do Museu do Amanhã. Ele se inspirou no meio ambiente para desenhar as linhas do edifício, principalmente nas formas da Mata Atlântica. Veja ao lado outras obras de Calatrava. CRÉDITOS: Infografia: Renato Carvalho, Rubens Paiva | Interface: Vinicius Machado, Nathany Santos | Desenvolvimento: Thaís Leão
2019-01-19T16:39:46Z
https://infograficos.oglobo.globo.com/rio/os-armazens-da-zona-portuaria.html
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6,029
# Os armazéns da Zona Portuária ## São 17 construções erguidas há mais de cem anos # Mapa | A localização dos galpões # Galeria | Os galpões do porto Os armazéns da Pier Mauá servem hoje como terminal de passageiros e para eventos. Projeto é abri-los a atividades culturais, de lazer e comerciais O novo boulevard do Porto passará em frente aos armazéns, do 1 ao 8. Trilhos do VLT estão sendo instalados no traçado da área de lazer Aula de canto do Armazém da Utopia: espaço, no Armazém 6, é usado para atividades culturais, cursos e oficinas abertas à comunidade O armazém, há cinco anos ocupado por atrações culturais, está em disputa entre o Pier Mauá e o Instituto Ensaio Aberto Armazéns próximos à Rodoviária Novo Rio são usados para a operação portuária Os galpões perto da Novo Rio são alguns que estão em pior estado de conservação. Nova Avenida Rodrigues Alves passa junto a eles A via expressa, ao lado do Porto, terá três faixas em cada sentido, além de duas faixas de BRT
2019-01-19T17:30:41Z
https://infograficos.oglobo.globo.com/rio/verao-de-a-a-z.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsdiaria
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12,718
# Verão de A a Z ## De A a Z, o abecedário do verão. # Verão de A a Z # Açaí. Ele voltou, como uma rajada de vento Como foi com o yogoberry, já virou febre: a cada esquina tem uma loja oferecendo a fruta do Norte com mil e um toppings. Vale paçoca, castanha, leite ninho e mesmo leite condensado. Em Ipanema, no Posto 9, acabou de abrir um quiosque da rede OakBerry. Na orla, dá para encontrar também em carrinhos de ambulantes. # Boca de Lobo e o governador no xadrez Na política, a estação começa pegando fogo. O estado termina o ano sem governador: preso pela operação Boca de Lobo no Palácio Laranjeiras, considerado nossa Versalhes, Luiz Fernando Pezão segue detido em Niterói, onde já foi flagrado de bermuda e chinelos. O governador nega as acusações. A Lava-Jato também passou um “rodo” na Alerj, que tem dez deputados presos. # Coral vivo, a cor do momento Nas vitrines, só dá esse tom de laranja meio dourado. Inspirado no fundo do mar, é a Cor do Ano Pantone para 2019. “Simbolizando a busca inata pela alegria e a necessidade por otimismo, Pantone Living Coral corporifica nosso desejo por se expressar se divertindo”, diz a empresa, que desde 2000 escolhe a cor que é tendência na moda, no design e na cultura. # Drone que filma e também dá tiro Com um discurso que mira na segurança, o governador eleito Wilson Witzel causou polêmica ao anunciar que pretende usar em operações policiais drones que filmam e atiram em pleno voo. Ele mesmo voou até Israel para avaliar a compra do equipamento. # Escola (de samba) sem partido O enredo é mais ou menos assim. Era uma vez a Operação Furna da Onça, que prendeu o deputado Chiquinho da Mangueira (PSC), presidente da verde e rosa. Aí o aplicativo Uber dispersou e cortou o patrocínio dos desfiles das escolas de samba. De carona, o prefeito Marcelo Crivella diminuiu a subvenção dada às agremiações, que, de pires na mão, cancelaram eventos. Para piorar, os ensaios técnicos na Sapucaí também estão fora do calendário pré-carnavalesco. # Futmesa: futevôlei + tênis de mesa Neymar e Ronaldinho Gaúcho apareceram praticando o esporte e, claro, ele caiu nas graças de jogadores e artistas. Agora é visto até em escola. No jogo, vale subir na mesa de pingue-pongue. “Você só precisa dominar a bola sem usar braços e mãos. Vale cabeça, pés, joelhos. E a bola só pode quicar na mesa, não pode cair no chão”, explica Deco Perricellii, professor de educação física do Colégio PH da Barra. # Gim com tudo: hibisco, pepino, carambola... O destilado meio retrô (era sucesso nos anos 80) continua em alta, só que com misturas mais ousadas. No Astor, tem uma com Matcha (o chá das cerimônias japonesas). Aliás, a varanda do bar em Ipanema será ocupada até fevereiro pela marca Tanqueray, que lançou ali um rótulo que leva laranjas de Sevilha e flor de laranjeira. Ainda em Ipanema, o recém-aberto Gin O’Clock criou drinques com hibisco, cardamomo, carambola e até pepino. # Handsurf e bodysurf, a onda sem prancha O jacaré no mar hoje é chamado de bodysurf, com direito a seus primeiros campeonatos no estado. No Rio, o “aquaman” JC Rodrigues, que costuma ser visto deslizando nas ondas do Posto 5, em Copacabana, tenta levantar patrocínio para fazer um torneio na Zona Sul. Ele também é adepto do handsurf, praticado com uma luvinha, bem popular em Maceió e que cresce por aqui. # Inseto, que no Rio é sinônimo de... mosquito Infelizmente, nem todas as notícias da estação são boas: a explosão de casos de chicungunha no Rio este ano já configura um quadro epidêmico, de acordo com a Fiocruz, sendo que a situação deve piorar agora no verão, quando aumenta a proliferação do Aedes aegypti. Dengue, zika e febre amarela também preocupam. # Jacaré: nosso mais novo menino do Rio O animal já parou até em guia do Rio para estrangeiros. Mas, antes disso, foi visto em piscinas e ruas do Recreio, onde fica seu habitat, o Canal das Tachas. Lá, eles chegam a ter mais de três metros. Há poucos dias, um foi flagrado passeando pela Ciclovia Tim Maia, no Joá. Hoje, há tours, como o da Sou+Carioca, que levam cariocas e turistas para ver jacarés nos canais e lagoas da região. # Kombuchá: sensação iniciada por naturebas A bebida viva de origem chinesa chegou pelas mãos de pessoas ligadas à alimentação saudável que optam por fazer tudo em casa. Tanto que o probiótico proliferou com o compartilhamento do excedente, assim como o kefir (que parece requeijão). Fermentado, gaseificado e avinagrado, é encontrado em feiras como Junta Local e em em lojas de sucos. # LGBTQI+: carnaval de rua e a anti-homofobia Foliões e blocos como o Boitolo, Me Enterra na Quarta e o coletivo Ocupa Carnaval planejam uma rede de apoio para encaminhar denúncias sobre abusos, assédio, machismo e violência na festa de rua. O assunto é sério, e a homofobia e a transfobia não ficarão de fora: cartilhas sobre esses temas serão divulgadas em fevereiro. # Museu Nacional: férias escolares sem dinossauros A tragédia vai deixar um vazio nas férias da garotada. Hoje o palácio da Quinta é um grande sítio arqueológico, com acesso apenas a pesquisadores autorizados. Dá para admirar seu antigo acervo só virtualmente, num tour pela plataforma Google Arts & Culture. # Na chapa (fria): assim é feito o sorvete tipo crepe Começou a pipocar uma invencionice gelada importada de São Paulo que é feita na hora: é o sorvete na chapa. Numa placa resfriada a menos 30 graus, é colocada uma base ao leite, que ganha o ali o sabor escolhido. “Essa base não leva conservantes e pode ganhar chocolate, frutas...”, explica Gabriel Farto, do foodtruck Senhor Farto. # Ovo: estrelado pela alta gastronomia Nunca se falou tanto nele; mas desde que seja o “ovo perfeito”. O antigo poché agora se chama ovo mollet: na Brasserie Mimolette, no Leblon, o ovo com gema mole é servido empanado, sobre ragu de cogumelos, com azeite de trufa branca. A nova casa da chef Roberta Sudbrack — Sud, o pássaro verde café —, no Jardim Botânico, tem ovo caipira frito no forno à lenha. # Patinete para ir à praia e também ao trabalho O equipamento elétrico chegou chegando. Na orla, já disputa espaço com as bikes laranjinhas. Até porque podem ser alugados por meio de um sistema muito semelhante. Tanto a Yellow como a Tembici começaram a operar o serviço este mês. “Já vou de patinete do trabalho para casa”, diz Ivan Alves, de 20 anos, recepcionista de um hotel em Ipanema. # Quiosques com menu assinado Chefs fazem um “ocupa orla” . Acaba de ser aberto em Ipanema o Marea, de Rogério Fasano. A chef Kátia Barbosa, que inaugurou há um mês por lá o quiosque Só Tapioca?, abriu ontem, na divisa entre Leme e Copacabana, uma filial do Aconchego Carioca. Na Barra, a novidade é o Bar & Co, dedicado à alta coquetelaria, da mixologista Jéssica Sanchez. # Retornável: canudo, copo e o que mais vier Com a proibição do canudo de plástico, vieram os alternativos. No Zazá Bistrô Tropical, em Ipanema, os drinques são tomados em modelos de vidro, laváveis. Mas há os de ferro, os de bambu... Muita gente entrou na onda do verão consciente e também carrega agora o seu próprio copo. # Shortinho estampado do Cristiano Ronaldo O craque português é cheio de jogadas de estilo. E acaba de pegar por aqui o short curto estampado (no caso dele, Armani) com o qual já desfilou pelas praias da Europa. “Não uso nem mais sunga. O short é fácil de secar e depois é só colocar uma camiseta e continuar na rua”, explica o jogador do Vasco Guilherme Costa, que outro dia vestia em Ipanema um modelo com desenhos... de canecas de chope. # Temos nosso próprio tempo... Será um verão com influência do El Niño. Isso quer dizer que as temperaturas devem ficar acima da média. “Vai ser um verão quente”, avisa a meteorologista Marina Vieira, do Climatempo. # Unicórnio que faz nº 2 de slime com purpurina É a junção de três fenômenos: unicórnio, slime e purpurina. Traduzindo para os adultos: existe um brinquedo que é um unicórnio que solta uma geleca (o cocô) purpurinada. Aliás, a família Córnio não para de crescer. Tem gatocórnio, pandacórnio, sereiacórnio... # Vivendas da Barra: casa de Bolsonaro e point A entrada do condomínio onde mora o presidente eleito Jair Bolsonaro está sempre cheia de gente, fora os jornalistas de plantão. Até ambulantes circulam por lá. # Wilson Witzel: duplo W no Palácio Guanabara Espécie de azarão na eleição para o governo do estado, o ex-juiz federal, candidato pelo PSC, assume em 1º de janeiro. Witzel começou o processo eleitoral com 1% das intenções de voto e venceu com 59,87%. Desta vez, o antecessor não estará lá para passar o bastão. # “XuVerão” para refrescar a noite na Lapa A turma do Circo Voador tem sempre uma bossa no verão para amenizar o calor. Já instalou piscina Toni uma vez e, anteontem, começou a funciona por lá um conjunto de duchas ao ar livre, ou o “XuVerão”. Sexta que vem, aliás, tem show do Barão Vermelho. # Youtube politicamente correto: Luccas Neto O carioca de 26 anos, idolatrado entre a garotada, antes xingava e pintava o caneco na rede. Depois de sofrer reprovações, como quando apareceu comendo guloseimas gigantes, apagou vídeos e contratou pedagogos. Ele é irmão de outro fenômeno, Felipe Neto. # Zona nas praias, um mal da estação Barracas de camping demais, lixeiras de menos, carros parados irregularmente, flanelinhas cobrando idem. A prefeitura garante que a Operação Verão começou em outubro. A Guarda Municipal diz que já retirou 296 barracas e orientou exatas 1.395 pessoas sobre cães que circulavam nas areias. Além disso, foram coibidas 148 práticas esportivas, como altinho e frescobol, em horário ou local proibido. Na prática, não é o que rola na orla... **Créditos** **Reportagem:** Ludmilla de Lima **Fotos:** Guito Moreto, Paulo Moreira e Ricardo Mendonça **Desenvolvimento:** Gabriel Valverde e Ana Costa
2019-01-19T16:47:59Z
https://infograficos.oglobo.globo.com/sociedade/saude/sete-maneiras-para-alavancar-o-desejo-sexual.html
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# Sete maneiras para alavancar o desejo sexual ## Uma verdade não tão atraente é que nem sempre é fácil ficar excitado depois de um dia inteiro de trabalho, cuidados com a casa ou com os filhos. E outros fatores contribuem para o problema, incluindo estresse, fumo e desequilíbrio hormonal. A boa notícia é que há algumas recomendações de especialistas para aumentar a libido. 01 #### Carregue uma foto do companheiro ##### Ou de alguém interessante... Um estudo da antropóloga Helen Fisher, da Universidade Rutgers, dos EUA, descobriu que quando pessoas olham para a foto do seu amado por 30 segundos ou mais, o cérebro começa a produzir dopamina, um potente estimulador da libido. Provavelmente, um bom número de mulheres diria que olhar a foto de Ryan Gosling também é útil. Divulgação
2019-01-19T16:53:03Z