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Oceania Lista de Estados soberanos Lista de Estados soberanos e territórios dependentes da Oceania Missões diplomáticas de Fiji
Kiribati, Quiribáti ou Quiribati em inglês Kiribati, ou em gilbertês, Kiribati, , oficialmente República de Kiribati em inglês Republic of Kiribati em gilbertês Ribaberiki Kiribati , é um país soberano composto por 33 ilhas, com atóis e recifes espalhados por uma vasta área ao centro do oceano Pacífico, abrangendo da Micronésia à Polinésia. o único país do mundo com territórios nos quatro hemisférios da Terra. Apesar disso, seu território terrestre total, somado, coloca-o entre os menores países do mundo. o primeiro país do mundo a mudar de ano, na ilha de Kiritimati, devido ao fuso horário UTC 14 , de modo que a República de Quiribáti é o país mais adiantado em questão de horário. Compreende alguns arquipélagos grupos de ilhas de oeste para leste, a ilha de Banaba, as ilhas Gilbert, as ilhas Fênix e quase a totalidade das Espórades Equatoriais, à excepção de algumas possessões estadunidenses ao norte do arquipélago. Quiribáti tem fronteira marítima com as Ilhas Marshall, a noroeste com as possessões dos Estados Unidos das ilhas Howland e Baker, a norte com as três possessões dos Estados Unidos nas Espórades, também a norte Kingman, Palmyra e Jarvis com o território francês da Polinésia Francesa, a sudeste com as Ilhas Cook e a possessão neozelandesa de Toquelau, a sul com Tuvalu, também a sul e com Nauru, a oeste. Sua capital é o atol de Taraua Tarawa, em inglês por vezes indicada como sendo especificamente o conjunto de ilhas de Taraua do Sul South Tarawa em inglês , outras vezes como o próprio atol de Taraua que inclui Taraua do Sul . considerado um dos países mais suscetíveis às mudanças climáticas e ao consequente aumento do nível dos oceanos. Especula-se que a existência do país esteja, assim, ameaçada, estando as ilhas de Quiribáti condenadas a desaparecer.
Declaração de um protetorado sobre Abemama pelo capitão Davis em 1892. Destroços de avião Japonês em Kiribati As Ilhas Gilbert eram habitadas há pelo menos 4 mil ou 5 mil anos por alguns habitantes da sia que falavam a atual língua oficial de Kiribati, o gilbertês, antes de terem qualquer contacto com europeus, provavelmente espanhóis, no século XVI. As ilhas foram batizadas em 1820 por um almirante da Estónia, Adam Johann von Krusenstern e pelo seu capitão francês Louis Duperrey, em homenagem ao capitão britânico Thomas Gilbert, que tinha descoberto o arquipélago em 1788. Pescadores de joaninhas e mercadores de escravos começaram a visitar as ilhas em grande número no século XIX e a confusão resultante fomentou vários conflitos e a introdução de doenças. Num esforço para restaurar a ordem, em 1892, as ilhas tornaram-se um protectorado britânico, juntamente com as ilhas Ellice, e passaram a ser uma colónia em 1916. Nos anos que seguiram, os britânicos incorporaram as ilhas da Linha e as ilhas Fénix à colónia, à qual deram estatuto autónomo em 1971. Em 1978, as Ellice Islands tornaram-se o estado independente de Tuvalu e a independência de Quiribáti seguiu-se a 12 de Julho de 1979. Com a independência, os Estados Unidos entregaram à nova república a ilha Fênix e quase todas as ilhas da Linha. Kiribati é um arquipélago formado por 33 ilhas de coral e vários atóis e era cortado pela Linha Internacional de Data. Quando em Bairiki oeste do país era manhã de domingo, no leste do país era manhã de sábado. Esta situação alterou-se em 1995, pelo realinhamento da Linha Internacional de Data, fazendo com que Kiribati seja o país mais oriental do Mundo. Assim, a Ilha Caroline, que foi o primeiro território do Mundo a entrar no terceiro milénio, foi renomeada Ilha do Milénio. Em março de 2008, o país criou o terceiro maior parque marinho do mundo. Menos de três meses depois, em 5 de junho, Dia mundial do meio ambiente, seu presidente Anote Tong, pediu ajuda à comunidade internacional para evacuar o país antes que ele desapareça, devido aos efeitos do aquecimento global.
O clima de Kiribati é equatorial oceânico A maioria das ilhas do Arquipélago de Gilbert, Line e de Fênix estão localizados em zona seca de um clima equatorial oceânico. O clima de Kiribati é dependente de duas áreas uma intertropical, que determina o nível de precipitação nos atóis do Norte e do Pacífico Sul, que determina o nível de precipitação nos atóis do Sul. Nestes dois conceitos, também estão ligados duas anomalias - o fenômeno de El Ni o e de La Ni a. Durante o El Ni o, a zona de convergência intertropical se move para o norte em direção à linha do Equador e durante o La Ni a se move para o sul em direção à linha do Equador. Nos atóis do norte, localizados no Arquipélago de Gilbert e Ilhas da Linha, a precipitação é maior que nos atóis do sul. As chuvas do Kiribati variam por ano de mm no sul, mm no norte, mm nas Ilhas da Linha e 800 mm em Cantol, Ilha Fénix. Os furacões ocorrem raramente, o índice é baixo. Kiribati está sendo ameaçado pelo aquecimento global, incluindo o aumento do nível do mar, motivo pelo qual o então presidente Tong cogitou em comprar terras de Fiji e deslocar a população.
O Kiribati é um Estado soberano, sendo uma república democrática representativa. O sistema político moderno de Kiribati é formado com base no sistema colonial, existente na ilha há quase um século. Após a independência, em 12 de julho de 1979, foi adotada pela Constituição da República de Kiribati um sistema político com traços de uma república presidencial e uma república parlamentar, que, de acordo com seus compiladores, acreditam melhor refletir a estrutura sócio-política igualitária da sociedade gilbertesa, na qual a equalização geral aparece como um princípio de organização da vida social. O Parlamento de Kiribati, chamado Maneaba ni Maungatabu, é eleito de quatro em quatro anos e consiste de 45 representantes. Maneaba é também o nome dado às casas de reuniões em todas as comunidades locais. O presidente é em tempos diferentes chefe de estado e chefe de governo, e tem a designação de te Beretitenti pronuncia-se te peresitensi . Cada uma das 21 ilhas habitadas possui um conselho local que é responsável pelos assuntos quotidianos. A exceção é Taraua em inglês e quiribati, Tarawa , onde existem três conselhos Betio, Taraua do Sul e Taraua do Norte. e Tabiteuea, onde existem dois conselhos Tabiteuea-Norte e Tabiteuea-Sul. Ficheiro KiribatiPresidential Residence.jpg Residência presidencial do Kiribati na cidade de Taraua. Ficheiro KiribatiParliamentHouse.jpg Casa do parlamento de Kiribati na cidade de Taraua do Sul. Ficheiro Kiribati House of Assembly.jpg Antiga casa da Assembleia política de Kiribati en Bairiki.
Imagem-satélite de Kiribati Kiribati estava dividido em 6 distritos até sua independência Banaba Espórades Equatoriais Central Gilberts Northern Gilberts Southern Gilberts Taraua Atualmente Kiribati administrativamente está dividido em 5 distritos. As Ilhas Gilbert estão divididas em 4 distritos, enquanto as Ilhas Fênix e Line estão agrupadas em 1 distrito único. Ilhas Gilbert Kiribati Central Kiribati do Norte Kiribati do Sul Taraua do Sul Ilhas da Linha e Fênix Linha Fênix
Onotoa, distrito das Ilhas Gilbert. A República do Kiribati é membro das Nações Unidas e da Commonwealth a Comunidade de Nações, antiga Comunidade Britânica . Consiste num conjunto de 33 atóis de coral, agrupados em três grupos de ilhas, no centro do Oceano Pacífico. De oeste para este temos o grupo das ilhas de Gilbert 17 , as Ilhas Fénix 8 e as ilhas da Linha 8 , excluindo três da parte norte deste grupo que são território dos Estados Unidos. Taraua em inglês e quiribati gilbertês, Tarawa é a capital com habitantes , dividida em três centros administrativos Bairiki executivo , Ambo legislativo e Betio judiciário . Fica situada no atol de Taraua, no norte das Ilhas Gilbert. Kiribati tem uma área de 811 km e só 20 das ilhas são habitadas. As ilhas do grupo Fenix não têm uma população permanente. Banaba antiga ilha Oceano também faz parte do Kiribati e é a mais rica das ilhas. As ilhas que constituem Kiribati, estão dispersas por uma extensão de 5 milhões de quilómetros quadrados no Pacífico. O seu ponto mais alto tem apenas 81 m, e situa-se na ilha Banaba. Já foram colônias e protectorados britânicos e estiveram ocupadas pelos japoneses durante a Segunda Guerra Mundial, sendo retomadas pelas tropas dos EUA depois da violenta Batalha de Taraua, em novembro de 1943.
Ficheiro Rotjan - McKean Dives 1 and 2 124 .JPG 250px thumb left Cardume de Caranx sexfasciatus, ilhas Fénix. Principais produtos de exportação de Kiribati em 2019 . O Kiribati possui uma economia baseada na agricultura e na pesca. Sendo composto por 33 pequenos atóis, o país possui poucos recursos naturais. As jazidas comercialmente viáveis de fosfato de Banaba, importantes para a economia até à década de 1970, esgotaram-se aquando da independência do Reino Unido em 1979, não se conhecendo mais nenhumas jazidas minerais no país. A sua principal indústria é a pesca, um setor crucial na economia do país graças às receitas das licenças de pesca pagas pelos navios estrangeiros que operam no interior da sua enorme zona económica exclusiva ZEE , rica em recursos marinhos. Apesar do solo pobre e da pequena área do país, a agricultura desempenha um papel importante na economia, nomeadamente na produção de copra, um dos principais produtos de exportação do Kiribati. O turismo representa menos de do PIB do país, que em média recebeu anualmente entre três a quatro mil visitantes entre 2005 2009. As remessas dos marinheiros kiribatianos a trabalhar em navios estrangeiros são também importantes para a economia do país, tendo ascendido a AU 11,6 milhões em 2009. O fraco desenvolvimento económico do país deve-se à sua escassa infraestrutura, escassez de mão de obra especializada e grande distância geográfica dos mercados consumidores internacionais. A economia do Kiribati depende grandemente das ajudas externas concedidas ao abrigo de programas internacionais de apoio ao desenvolvimento, que representam cerca de do seu PIB 2010 . Em maio de 2011, um relatório do Fundo Monetário Internacional FMI descreveu o impacto da Grande Recessão sobre o país da seguinte forma o Kiribati foi afetado pela grande crise global através da queda nas remessas e do grande declínio do valor do seu fundo de pensões e do seu fundo soberano - o Revenue Equalization Reserve Fund RERF . O aumento nos preços dos alimentos e combustíveis em 2008 já teve um impacto negativo sobre a atividade económica. A vulnerabilidade às mudanças climáticas, incluindo a erosão costeira, também aumentou.Gráfico sobre a demografia de Kiribati
O país tem uma população de 120 mil habitantes censo 2020 que vivem principalmente no grupo das ilhas Gilbert, no atol de Taraua. Os povos nativos são majoritariamente micronésios, existindo uma pequena minoria polinésia. A etnia majoritária é a dos i-kiribati, ou gilberteses. Em termos religiosos, o Kiribati é de maioria cristã, com cerca de 58 da população a seguir o catolicismo romano, por influência de missionários europeus e cerca de 30 são protestantes, sendo o resto ateus.
Nativos nas Espórades Equatoriais. O censo quiribatiano em 2020 estimou uma população de . Os povos vivem em aldeias feitas de materiais obtidos de coqueiros e pandanus. As frequentes secas dificultam a agricultura em larga escala, por isso, os ilhéus recorrem ao mar em busca de sustento e subsistência. Nos últimos anos, um grande número de cidadãos foram transferidos para a ilha urbana de Taraua.
A população de Kiribati tem uma expectativa de vida de 60 anos 57 para as homens e 63 para mulheres . Infelizmente, na região está presente a tuberculose. Em 1990-2007 havia 23 médicos para mil pessoas, porém foram transferidos cubanos especializados na área. Devido a isso, a taxa de mortalidade infantil é de 54 mortes para mil nascimentos.
Ficheiro University of South Pacific, Kiribati Campus, outside.jpg thumb 250x250px direita Universidade do Pacífico Sul, campus Kiribati.O Ministério da Educação é o órgão responsável pela coordenação do sistema nacional de educação, incumbindo das atividades de administração e serviços de supervisão do setor educacional no país. A educação formal é composta por níveis de educação pré-escolar 1 a 6 anos de idade , secundário júnior 7 a 9 anos de idade e o secundário sênior 10 a 13 anos de idade . A educação primária é gratuita e obrigatória nos seis primeiros anos. O sistema de ensino inclui tanto escolas públicas como privadas, existindo, ainda, algumas escolas missionárias que estão sendo lentamente absorvidas pelo sistema público. O país possui um total de 94 escolas primárias, 24 escolas secundárias juniores e 16 escolas secundárias sêniors. As escolas de segundo grau do governo são a King George V School, Elaine Bernacchi School, Tabiteuea North Senior Secondary School e Melaengi Tabai Secondary School. A escola Tabiteuea North, em Eita, também é conhecida como Teabike College. O ensino superior e técnico estão se expandindo. O país possui um campus da Universidade do Pacífico Sul, localizado em Taraua. Nenhuma das instituições de ensino superior do país está listada entre as 10 melhores universidades da Oceania, de acordo com a classificação do QS World University Rankings de 2021.
gilbertês. Os quiribatianos recebem influência da cultura ocidental, com próprias danças e artes marciais. O estilo único de cultura de Kiribati, mostra crenças sobre fantasmas e criaturas mágicas.
Buki, dança regional de Kiribati. comum, em Kiribati, a música folclórica, baseada em torno do canto ou em outras formas de vocalização, acompanhado de percussão corporal. No país, são conhecidas, canções sobre paixão, patriotismo, religião. Os instrumentos mais utilizados em Quiribáti são a guitarra e o tambor.
Kiribati tem estilos únicos de dança, caracterizado em oito tipos principais, dentre eles, Ruoia dividido em três formas sutis Te Kemai - para homens Te Kabuti - para mulheres e Te wa ni Banga - para povos do atol de Abemama , Bino, Kaimatoa conhecida como a dança da força, pois exige resistência física , Buki dança caracterizada para mulheres, que vestem saias de dez quilogramas durante o espetáculo , Tirere realizado com uma vara e Te Rebwe para base ao batimento de temporização .
Data Feriado 1 de janeiro Ano-Novo 8 de março Dia Internacional da Mulher Festa móvel Sexta-Feira Santa Festa móvel Páscoa Festa móvel Segunda-feira de Páscoa 18 de abril Dia Mundial da Saúde 11 de julho Dia do Evangelho 12 de julho Independência 7 de agosto Dia da Juventude 10 de dezembro Dia dos Direitos Humanos 25 de dezembro Natal 26 de dezembro Boxing Day 31 de dezembro Véspera de Ano-Novo
Lista de Estados soberanos Lista de Estados soberanos e territórios dependentes da Oceania Missões diplomáticas de Kiribati Categoria Países subdesenvolvidosA Libéria, oficialmente República da Libéria, é uma república presidencialista localizada na frica Ocidental. Faz fronteira ao norte com a Serra Leoa e Guiné, a leste com a Costa do Marfim e a sul e oeste com o Oceano Atlântico. Segundo o censo de 2008, a população do país é de habitantes, divididos em uma área de quilômetros quadrados. A cidade de Monróvia é sua capital. A Libéria possui um clima quente equatorial, com chuvas intensas na estação chuvosa e ventos na estação seca. A vegetação é composta, na maior parte, por florestas de mangue, enquanto o interior é escassamente povoado de florestas, com predominância de pastagens secas. A história da Libéria é única entre as nações africanas. um dos dois únicos países da frica Subsaariana, juntamente com a Etiópia, sem raízes na colonização europeia. Foi fundada e colonizada por escravos americanos libertos com a ajuda de uma organização privada chamada American Colonization Society, entre 1821 e 1822, na premissa de que os ex-escravos americanos teriam maior liberdade e igualdade nesta nova nação. Escravos libertos dos navios negreiros também foram enviados para a Libéria, em vez de serem repatriados para seus países de origem. Estes colonos criaram um grupo de elite da sociedade da Libéria, e, em 1847, fundaram a República da Libéria, que instituiu um governo inspirado nos Estados Unidos, nomeando Monróvia como sua capital, homenageando James Monroe, o quinto presidente dos Estados Unidos e um proeminente defensor da colonização. Um golpe militar liderado em 1980 derrubou o então presidente William Richard Tolbert, Jr., marcando o início de um período de instabilidade que levou a duas guerras civis no país, deixando milhares de mortos e devastando a economia do país. Hoje, a Libéria está a recuperar dos efeitos nefastos da guerra civil e as perturbações económicas conexas, e que está rapidamente se recuperando como Mali e Etiópia.
O nome Libéria significa liberdade. Os colonos recém-chegados formaram um novo grupo étnico chamado américo-liberianos. No entanto, a introdução de uma nova mistura étnica resultou em tensões étnicas com as outras dezesseis principais etnias que já residiam na Libéria. A partir do século XVI até 1822, exploradores e comerciantes europeus tinham vários nomes para a Libéria, variando pela linguagem. Durante o comércio de especiarias, a Libéria foi chamada de Costa da Pimenta Malagueta ou Costa da Pimenta. Ganhou seu nome de Pimenta Malagueta devido a esta especiaria encontrada na área rural do território, apelidada de grãos do paraíso, já que era uma especiaria rara e em alta demanda em toda a Europa. No século XVIII, exploradores ingleses referiram-se ao país como a Costa do Barlavento por notoriamente inavegável, as águas agitadas ao largo da costa de Cabo Palmas, na ponta do sul da Libéria, que eram de difícil navegação para os navios europeus.
O nascimento da Libéria ocorreu no século XIX em resultado da ação da Sociedade Americana de Colonização, organização criada por Robert Finley nos Estados Unidos em 1816, cujo objetivo era levar para a frica negros livres ou negros que tinham sido libertos da escravatura. De acordo com uma opinião prevalecente em alguns setores da população dos Estados Unidos da época, os negros não seriam nunca capazes de se integrar na sociedade do país. O regresso a frica seria uma solução para evitar certos perigos imaginados como resultado da presença negra, como o casamento interracial ou a criminalidade. Em 1821, a Sociedade Americana de Colonização conseguiu adquirir uma parcela de terra perto da área do Cabo Mesurado, onde se fixariam os primeiros colonos negros oriundos dos Estados Unidos. Em 1824 a colónia recebeu o nome de Libéria do latim, terra livre . Ficheiro Joseph Jenkins Roberts.jpg thumb 150px esquerda Joseph Jenkins Roberts, primeiro presidente da Libéria. A 26 de julho de 1847 a Libéria declarou a sua independência, tornando-se o primeiro país da frica a se tornar independente. O país dotou-se de uma constituição decalcada da Constituição dos Estados Unidos, adoptando símbolos nacionais bandeira, brasão de armas e lema que reflectem a origem e experiência dos fundadores do país nos Estados Unidos. O primeiro Presidente do país foi Joseph Jenkins Roberts, um negro natural do estado da Virginia. O partido True Whig dominou a vida política desde o nascimento do país até 1980. O estabelecimento dos colonos americanos no território não se fez pacificamente, tendo sido contestado pelas populações negras autóctones, que foram excluídas da cidadania até 1904. A soberania do Estado sobre o interior foi difícil devido à contestação destas populações, para além do facto do país se ter confrontado com as ambições territoriais da Grã-Bretanha e da França. Com estes países a Libéria assina em 1892 e 1911 respectivamente tratados que definiram as fronteiras atuais. A Libéria enfrentou também dificuldades financeiras que foram atenuadas por empréstimos concedidos pelos Estados Unidos e pela Grã-Bretanha. Durante a Primeira Guerra Mundial a Libéria declarou guerra à Alemanha agosto de 1917 . Nos anos vinte o país atravessou uma crise financeira que foi mitigada graças a um empréstimo de cinco milhões de dólares por parte da empresa Firestone em troca de uma concessão de terras para as plantações de borracha da companhia. Em 1943, a Libéria elegeu como presidente William V. S. Tubman, reeleito nas sucessivas sete eleições e que faleceu no exercício do mandato em 1971. Este período foi marcado por uma aproximação com os Estados Unidos e pelas tentativas de proporcionar à população um melhor nível de vida, utilizando os rendimentos proporcionados pela exploração do minério de ferro para construir novas escolas, hospitais e estradas. O sucessor de Tubman, William Tolbert Jr., governou o pais até 1980, quando foi deposto e executado a mando do sargento Samuel Kanyon Doe. Nas eleições de 1985, os candidatos da oposição foram impedidos de participar do pleito e Doe é eleito presidente. Em 1989, guerrilheiros da Frente Patriótica Nacional da Libéria iniciaram uma rebelião para derrubar o governo. No ano seguinte, o presidente Doe é preso e executado por guerrilheiros de uma facção rival da NPFL.
A Libéria é um país basicamente plano, com altitudes fracas, sendo o seu ponto mais elevado o Monte Wuteve com metros. A região costeira é baixa e arenosa, possuindo lagunas. Na proximidades do Cabo Monte 305 m , a noroeste, a costa é mais recortada. No interior da Libéria situam-se densas florestas tropicais o país possui 40 da floresta tropical da frica Ocidental . O clima da Libéria é o clima equatorial, com temperaturas médias de 25 C em Monróvia. No interior e no norte de país registram amplitudes térmicas significativas. A estação seca decorre entre novembro e abril. Já a estação chuvosa ocorre entre maio e outubro. A chuva é mais intensa junto à costa, diminuindo para o interior. Os principais problemas de meio ambiente que a Libéria atravessa são o desflorestamento, a erosão do solo e a poluição da costa.
Mulheres negras indígenas em 1910 Segundo dados de Julho de 2006 a população da Libéria é de 3 042 004 habitantes. Em resultado dos conflitos recentes no país, estima-se que vivam 238 500 refugiados liberianos nos países vizinhos. A maioria dos habitantes da Libéria pertence a um dos 16 grupos étnicos indígenas. O mais significativo destes grupos é o dos Kpelle que habita na região central e ocidental do país. Estes 16 grupos podem ser enquadrados em quatro grandes grupos linguísticos mendetan, mande-fu, africano ocidental e kru. Cerca de 2,5 dos habitantes são descendentes dos negros dos Estados Unidos que se fixaram no país no século XIX, sendo conhecido como américo-liberianos americo-liberians . Outros 2,5 descendem de negros das Caraíbas que foram escravos. A Libéria possui comunidades de indianos, libaneses e naturais de outros estados da frica Ocidental. Apesar de o inglês ser a língua oficial, esta não é a língua habitual da maior parte da população.
Ficheiro Voinjamamosque.jpg esquerda thumb Mesquita em Voinjama, cidade ao nordeste do país De acordo com Censo de 2008, promovido pelo CIA World Factbook, 85,6 da população declara-se como sendo cristã, 12,2 declaram-se muçulmanos, 0,6 seguem religiões tradicionais, 0,2 têm outras religiões e 1,4 não possuem religião. Uma multidão de diversas confissões protestantes como as denominações Luterana, Batista, Episcopal, Presbiteriana, Pentecostal, Metodista Unida, Episcopal Metodista Africana Em inglês AME e Sião Episcopal Metodista Africano AME Sião formam a maior parte da população cristã, seguida por adeptos da Igreja Católica Romana e outros cristãos não protestantes. A maioria dessas denominações cristãs foi trazida por colonos afro-americanos que se mudaram dos Estados Unidos para a Libéria através da Sociedade Americana de Colonização American Colonization Society , enquanto alguns são indígenas - especialmente pentecostais e evangélicos protestantes. O protestantismo era originalmente associado a colonos negros americanos e seus descendentes américo-liberianos, enquanto os povos nativos mantinham suas próprias formas animistas de religião tradicional africana. Os povos indígenas foram submetidos a missionários cristãos, bem como aos esforços américo-liberianos para fechar a lacuna cultural por meio da educação. Isto provou ser bem sucedido, deixando os cristãos uma maioria no país. Os muçulmanos compreendem 12,2 da população, amplamente representada pelos grupos étnicos Mandingo e Vai. Sunitas, Xiitas, Ahmadiyas, Sufis e muçulmanos não confessionais constituem a maior parte dos muçulmanos liberianos. As religiões indígenas tradicionais são praticadas por 0,5 da população, enquanto 1,5 não tem religião. Um pequeno número de pessoas é bahá í, hindu, sikh ou budista. Enquanto cristãos, muitos liberianos também participam de sociedades secretas indígenas tradicionais baseadas em gênero, como Poro para homens e Sande para mulheres. A sociedade feminina Sande pratica a circuncisão feminina. A Constituição prevê a liberdade de religião, e o governo geralmente respeita esse direito. Embora a separação entre igreja e o Estado seja determinada pela Constituição, a Libéria é considerada um Estado cristão na prática. As escolas públicas oferecem estudos bíblicos, embora os pais possam optar por seus filhos. O comércio é proibido por lei aos domingos e feriados cristãos importantes. O governo não exige que empresas ou escolas desculpem os muçulmanos pelas orações de sexta-feira.
Os quatro milhões de habitantes da Libéria falam um total de 31 idiomas. A única língua oficial é o inglês, dividido em quatro ou cinco dialetos. O inglês e seus dialetos são as únicas línguas faladas na Libéria que não pertencem ao ramo de línguas nigero-congolesas. Os idiomas da Libéria pertencem a quatro famílias linguísticas coroa, l nsiatlanttinen, mandês e indo-europeia. Em 2006, 70 mil pessoas falavam inglês na Libéria. As línguas mais faladas são o kpelle 487 mil falantes em 1991 , Bassa 406 mil falantes em 2006 , Klao 213 mil falantes em 2006 e mann 188 mil falantes em 2006 . O dialeto oriental de Mandinka é uma língua imigrante e é falada por 38 mil pessoas.
Ficheiro Liberian Capitol Building.jpg thumb Capitólio da Libéria em Monróvia. A Libéria é uma república governada pela Constituição de 6 de Janeiro de 1986, que substituiu a constituição de 1847. O chefe de estado é o Presidente, eleito para um mandato de seis anos, sendo também o chefe de governo. O Presidente nomeia os membros do seu governo, que devem ser confirmados pelo Senado. O poder legislativo é exercido pela Assembleia Nacional, parlamento bicameral constituído pelo Senado e pelas Câmara dos Representantes. O Senado é composto por trinta membros eleitos para um mandato de nove anos e a Câmara dos Representantes por sessenta e quatro membros eleitos para seis anos. A constituição de 1986 instituiu um regime multipartidário. Os principais partidos liberianos são Alliance for Peace and Democracy APD , Coalition for the Transformation of Liberia COTOL , Congress for Democratic Change CDC , Liberian Action Party LAP , Liberty Party LP , National Patriotic Party NPP e o Unity Party UP . A Libéria é membro fundador da Organização das Nações Unidas ONU , sendo membro da União Africana UA , da Comunidade Económica dos Estados da frica Ocidental ECOWAS , do Banco Africano de Desenvolvimento e do Movimento Não Alinhado.
A Libéria encontra-se dividida em quinze condados counties . frente de cada condado encontra-se um superintendente que é nomeado pelo Presidente da Libéria. Os condados da Libéria e as suas respectivas capitais apresentadas entre parênteses são direita Bomi Tubmanburg Bong Gbarnga Gbarpolu Bopolu Grand Bassa Buchanan Grand Cape Mount Robertsport Grand Gedeh Zwedru Grand Kru Barclayville Lofa Voinjama Margibi Kakata Maryland Harper Montserrado Bensonville Nimba Sanniquellie River Cess River Cess River Gee Fish Town Sinoe Greenville .
Principais produtos de exportação da Libéria em 2019 . Ficheiro Monrovia Street2.jpg thumb Rua de Monróvia, a capital nacional. A economia da Libéria assenta na agricultura, sector do qual vive a maioria da população. Os principais cultivos agrícolas do país são o arroz, a mandioca, o café e o cacau estes dois últimos produtos são as principais exportações agrícolas do país . Apesar de a maioria da população se empregar neste sector, a Libéria não é autossuficiente do ponto de vista alimentar. Historicamente as principais exportações do país são a borracha, o ferro e a madeira. A Libéria possui jazidos de minério de ferro nos Montes Bomi a noroeste da capital , Monte Nimba e perto do rio Mano. O sector de exportação do ferro sofreu consideravelmente em resultado do golpe de estado de 1980 e por causa da menor procura internacional desse minério no período subsequente. A indústria liberiana é de pequena escala e inclui unidades de esfarelamento e lavagem do ferro, fábricas para transformação da borracha, bem como fábricas de materiais de construção e de bens de consumo têxteis, calçado, etc. . Uma importante fonte de divisas da Libéria é oriunda da venda das taxas de registo de navios. Muitos navios estrangeiros estão registrados sob a bandeira liberiana, aproveitando os baixos valores oferecidos pela nação africana. A guerra civil de 1989-2003 provocou a fuga do investimento estrangeiro e de empresários da Libéria, muitos dos quais são oriundos do Líbano e da ndia. Para além disso, as Nações Unidas decretaram o embargo dos diamantes e da madeira da Libéria. O bloqueio à exportação de madeira foi levantado pela ONU em Junho de 2006 e espera-se que seja feito o mesmo em relação aos diamantes. A guerra civil provocou também a destruição das infraestruturas do país. Atualmente o país sofre com índices altos de desemprego. O novo governo da Libéria eleito em janeiro de 2006 pretende reconstruir a danificada economia nacional. Numa tentativa de se fomentar a transparência e a melhor aplicação do dinheiro público foi instituído no país o Governance and Economic Management Program GEMAP já durante o período do governo provisional de 2003-2006.
Em seu relatório anual de 2010, a organização não governamental Transparência Internacional TI identificou a Libéria como a nação mais corrupta do mundo. O maior dado verificável de corrupção, de acordo com a entidade, são os serviços públicos. Verificou-se que, ao procurar a atenção de um prestador de serviços públicos, aproximadamente 89 da população do país tinha de pagar um suborno.
Ficheiro Liberian students.jpg thumb 200px direita Estudantes estudam à luz de velas no condado de Bong. A Universidade da Libéria é a maior universidade do país e está sediada em Monróvia. Inaugurada em 1862, é um dos mais antigos institutos de educação superior da frica, organizada com base no modelo ocidental. A segunda guerra civil, ocorrida entre 1989 e 1996, danificou severamente a universidade. A reconstrução da instituição iniciou somente após a restauração da paz. A universidade conta com seis institutos, incluindo uma faculdade de medicina e faculdade de direito. A Universidade Cuttington foi criada pela Igreja Episcopal dos Estados Unidos em 1889, por meio de Samuel David Ferguson. A instituição foi estabelecida para o ensino dos filhos dos colonos Africano-Americanos e liberianos indígenas. Sua sede está localizada em Suakoko, no condado de Bong, 190 quilômetros ao norte de Monróvia. a mais antiga faculdade particular na Libéria. Em 2009, foi refundada a Universidade Tubman, por Ellen Johnson-Sirleaf, no condado de Maryland, tornando-se a segunda universidade pública na Libéria. Seu nome é uma homenagem a William Tubman, ex-presidente da Libéria. Segundo estatísticas publicadas pela UNESCO em 2004, 65 das crianças em idade escolar estavam matriculadas em escolas de ensino primário, um aumento significativo comparado ao ano anterior da estatística. Estatísticas também mostram um número substancial de crianças mais velhas voltando aos estudos primários. Em média, as crianças atingem 10 anos de escolaridade, sendo 11 anos para meninos e 8 para as meninas. Por lei, crianças dos 5 aos 11 anos são obrigados a freq entar a escola.
frica Lista de países Missões diplomáticas da Libéria Categoria Libéria Categoria Países subdesenvolvidosA Serra Leoa, oficialmente República da Serra Leoa em inglês Republic of Sierra Leone , ou , , é um país da frica Ocidental. delimitada pela Guiné a norte e nordeste, pela Libéria a sudeste, e pelo Oceano Atlântico a sudoeste. Abrange uma área total de e sua população em 2021 era estimada em 6,8 milhões de habitantes. O país tem um clima tropical, com um ambiente diversificado variando de savana para florestas tropicais. uma república constitucional que compreende quatro províncias, tendo Freetown como capital e outras cidades notáveis como Bo, Kenema, Koidu e Makeni. O país abriga a universidade mais antiga da frica Ocidental, Fourah Bay College, fundada em 1827, além de possuir o terceiro maior porto natural do mundo. Em 1462, a área do atual território do país foi visitada pelo explorador português Pedro de Sintra, que a nomeou Serra Leoa. O país tornou-se um importante centro do comércio transatlântico de escravos até 11 de março de 1792, quando Freetown foi fundada pela Companhia da Serra Leoa, como forma de servir como um lar para ex-escravos do Império Britânico. Após a conferência de Berlim 1884-1885 , o Reino Unido decidiu que era preciso estabelecer maior domínio sobre as áreas do interior e, assim, instituiu o Protetorado da Serra Leoa. Com essa mudança, o Império Britânico passa a expandir seu aparato administrativo na região, recrutando cidadãos britânicos para ocupar postos na administração colonial e excluindo os krios de suas posições no governo, além de expulsá-los das áreas residenciais mais cobiçadas de Freetown. Entre 1991 e 2002 ocorreu a Guerra Civil da Serra Leoa, que devastou o país e resultou na morte de aproximadamente pessoas. Grande parte da infraestrutura do país foi destruída, e mais de dois milhões de pessoas deslocadas em países vizinhos como refugiados principalmente para a Guiné, que recebeu mais de refugiados serra-leoneses. A população serra-leonesa compreende cerca de 16 grupos étnicos, cada um com sua própria língua e dialetos. Os dois maiores e mais influentes são os timenés e os mandês. Embora o idioma inglês seja o oficial, o krio é a principal língua de comunicação entre os diferentes grupos étnicos, falado por cerca de 90 dos habitantes. A religião muçulmana é a predominante, sendo praticada por 60 da população, enquanto as religiões locais são professadas por 30 e o cristianismo por 10 dos habitantes. O país é classificado como um dos mais tolerantes no mundo, no quesito religioso.
Originalmente, o nome do país é atribuído à passagem do explorador português Pedro de Sintra pelo território da frica Ocidental, ocorrida em 1462. Com este nome, Sintra referia-se à toda região montanhosa situada ao sul de Freetown, hoje conhecida como Montanhas do Leão. Pouco após a passagem do explorador pela região, este nome passou a ser usado como topônimo para identificar todo o litoral da atual área ocidental de frica. Conforme o cosmógrafo e militar português Duarte Pacheco Pereira, Pedro de Sintra denominou a região com esta identificação considerando a paisagem serrana, que lhe parecia agreste e selvagem, e ele metaforicamente a associava a um leão. Ainda que a origem do nome seja atribuída a Pedro de Sintra, esta informação já foi contestada. Segundo o historiador serra-leonês Cecil Magbaily Fyle, o nome do país é oriundo da denominação dada por outro explorador português desconhecido, ainda antes de 1462, com Sintra tendo sido responsável apenas pela documentação do território em um mapa de navegação. Outra passagem, atribuída a Luís de Cadamosto, afirma que um grupo de portugueses, durante as trovoadas, ouviram trovões rugindo como um leão, vindo da montanha, com o vento soprando da montanha para o mar, daí a razão pela qual nomearam a região com este nome. Durante o século XVI, marinheiros ingleses passaram a identificar a região como Sierra Leone. Seu nome moderno é derivado da grafia italiana, que foi introduzida pelo explorador Alvise Cadamosto, alinhado à então República de Veneza e, posteriormente, copiado por outros cartógrafos europeus.
Cerâmica pré-histórica encontrada na Serra Leoa Achados arqueológicos mostram que Serra Leoa foi habitada continuamente por pelo menos anos, absorvendo sucessivas ondas migratórias provenientes de outras partes de frica. O uso do ferro veio a ser introduzido na região por volta do e a agricultura passou a ser praticada por tribos do litoral por volta do ano 1000. Com o tempo, o clima transmudou consideravelmente, alterando limites entre diferentes zonas ecológicas e afetando a migração e a conquista da região. Com base na historiografia tradicional, conclui-se que os habitantes viveram com vários conquistadores sucessivos. No entanto, de acordo com estudos linguísticos, os povos sherbros, timenés e limbas têm suas vivências, nas áreas costeiras, registradas há muito tempo. Além disso, povos falantes de línguas mandês, como os mendés, vais e lokos, também tiveram suas longínquas vivências na região exaradas. A densa floresta tropical e o ambiente pantanoso do lugar eram considerados impenetráveis. A mosca tsé-tsé, que transmitia uma doença fatal para os cavalos e o gado zebu usado pelo povo mandês, se abrigava na região. Este fato acabou por proteger os nativos, evitando a conquista do território pelos mandês e outros impérios africanos e, ainda, limitando a influência do Império do Mali sob a localidade. O Islã acabou por ser introduzido por comerciantes, mercadores e migrantes sossos, vindos do norte e do leste e ligados ao Império Sosso, tendo sido amplamente adotado no século XVIII.
A Serra Leoa foi uma das primeiras nações de frica Ocidental a ter contato com os povos europeus no século XV. Pedro de Sintra, explorador português, mapeou as colinas onde agora está situado o porto de Freetown, em 1462, acabando por influenciar em sua etimologia. A tradução, na língua espanhola, desta formação geográfica atribuída a Sintra tornou-se conhecida como Serra Leoa. Mais tarde, esta tradução foi adaptada e, com erros ortográficos, tornou-se o nome atual do país. Mapa da Serra Leoa em 1732 Logo após a expedição de Sintra, os comerciantes portugueses chegaram ao porto. Em 1495, eles construíram um posto comercial fortificado na costa. Exploradores ligados à República dos Países Baixos e ao Reino da França também estabeleceram comércio na região. Inicialmente, o ouro e o marfim eram o principal atrativo dos portugueses, neerlandeses e franceses, sendo comercializados em particular. Entretanto, a partir da década de 1550, os escravos se tornaram o principal interesse dos europeus, com cada uma destas nações utilizando Serra Leoa como um ponto estratégico para o comércio de escravos. Muitos destes escravos eram trazidos por comerciantes africanos de áreas interioranas que passavam por guerras e conflitos por território. Em 1562, o Reino da Inglaterra iniciou o Comércio Triangular, momento no qual se obteve o registro de que o almirante Sir John Hawkins, da Marinha Real Britânica, transportou trezentos escravos africanos - adquiridos pela espada e em parte por outros meios - para a colônia espanhola de Santo Domingo, em Hispaniola, para a área do Mar do Caribe, para as ilhas das ndias Ocidentais e para outras regiões das novas colônias da América, onde ele os vendeu. Estima-se que, entre 1668 e 1807, mais de 50.000 escravos foram exportados da Ilha Bunce, uma pequena extensão de terra situada no Rio Serra Leoa, com posição estratégica na navegação de navios oceânicos advindos da Europa. No século XVII, os portugueses foram expulsos pelos comerciantes ingleses. Por iniciativa da Companhia Comercial britânica, foi fundada a cidade de Freetown, que passou a servir de refúgio para os escravos fugitivos das Américas, amparados pelo não reconhecimento da escravidão na Inglaterra.
No final do século XVIII, época marcada pela conquista da independência pelos Estados Unidos, muitos afro-americanos em situação de escravatura reivindicaram a proteção da Coroa Britânica. Havia milhares de lealistas negros - pessoas de ascendência africana que se juntaram às forças militares britânicas durante a Guerra Revolucionária Americana. Muitos desses lealistas foram escravos que escaparam para se juntar aos britânicos, atraídos por promessas de liberdade emancipação . A documentação oficial, conhecida como Livro dos Negros, cataloga milhares de escravos libertos que os britânicos evacuaram dos Estados Unidos e reassentaram em colônias existentes em outras partes da América do Norte Britânica do norte ao Canadá ao sul das ndias Ocidentais , com outros passando a viver na própria Inglaterra. Este cenário culminou na criação do Comitê de Ajuda aos Pobres Negros, uma organização de caridade londrina fundada em 1786, cujo objetivo maior era o de fornecer sustento para pessoas de origem africana e asiática que passavam por dificuldades ou que estivessem envoltas em situação de vulnerabilidade social. O trabalho do Comitê incluía, também, campanhas de promoção da abolição da escravidão em todo o Império Britânico. Nesta época, surgiu o nome coletivo Black Poor, o qual se referia a residentes indigentes de Londres que eram de ascendência negra. O núcleo da comunidade era formado por pessoas que haviam sido trazidas para Londres como resultado do comércio de escravos no Atlântico. O número de Black Poor foi aumentado por escravos que fugiram de seus donos e encontraram refúgio nas comunidades de Londres. Os defensores do sistema escravocrata acusaram os Black Poor de serem responsáveis por uma grande proporção dos crimes cometidos no século XVIII em Londres. Embora a comunidade mais ampla incluísse algumas mulheres, os Black Poor parecem ter consistido exclusivamente de homens, alguns dos quais desenvolveram relacionamentos com mulheres locais e muitas vezes se casaram com elas. O casamento interracial mostrou-se extremamente criticado entre a sociedade inglesa. Boa parte dos ingleses acreditavam que transferi-los para a Serra Leoa os tiraria da pobreza, sendo que a proposta de reassentamento dos Black Poor na Serra Leoa partiu inicialmente do entomologista Henry Smeathman, atraindo o interesse de ativistas humanitários como Granville Sharp, que viu na proposta um meio de mostrar ao movimento pró-escravidão que os negros poderiam contribuir para o funcionamento da nova colônia da Serra Leoa. Funcionários da Coroa Britânica logo passaram a defender a proposta de reassentamento dos Black Poor. William Pitt, primeiro-ministro e líder do Partido Conservador, tinha um interesse ativo na proposta porque a via como um meio de repatriar os Black Poor para a frica, sob a afirmação de ser necessário que eles fossem enviados a algum lugar, e não mais sofressem para infestar as ruas de Londres. A Serra Leoa passou a ser encarada, ainda, como uma alternativa para resolver o problema demográfico da entrada de centenas de escravos libertos, dando-lhes uma pátria. Assim sendo, em janeiro de 1787, o Atlantic e o Belisarius zarparam para a Serra Leoa, mas o mau tempo os obrigou a desviar para Plymouth, durante a qual cerca de 50 passageiros morreram. Outros 24 ficaram feridos e 23 fugiram. Eventualmente, com um pouco mais de recrutamento, 411 passageiros navegaram para a Serra Leoa em abril de 1787. No trajeto entre Plymouth e Serra Leoa, 96 passageiros vieram a falecer. Ilustração de escravos libertos chegando à Serra Leoa 1835 Naquele ano, a Coroa Britânica fundou um assentamento na Serra Leoa chamado de Província da Liberdade. Cerca de 400 negros e 60 brancos chegaram a Serra Leoa em 15 de maio de 1787, sendo que nos 60 anos seguintes foram seguidos por cerca de ex-escravos de toda a frica Ocidental e por outros milhares de nativos emigrados. Depois que eles estabeleceram-se na Província da Liberdade, a maior parte do primeiro grupo de colonos morreu devido a doenças e guerras com outros povos africanos especialmente, os timenés , que resistiram à sua ocupação. Quando os navios os deixaram em setembro, seu número havia sido reduzido para 276 pessoas, sendo 212 homens negros, 30 mulheres negras, 5 homens brancos e 29 mulheres brancas. Os colonos que permaneceram invadiram as terras de um chefe africano local, de que modo que ele retaliou atacando o assentamento. Os colonos negros foram capturados e direcionados a comerciantes inescrupulosos, tendo sido vendidos como escravos. Os colonos restantes foram forçados a se armar para sua própria proteção, consistindo em um número de apenas 64 pessoas, composto por 39 homens negros, 19 mulheres negras e seis mulheres brancas. Os 64 colonos restantes estabeleceram uma segunda cidade, chamada de Granville. Após a Revolução Americana, mais de 3.000 lealistas negros também se estabeleceram na Nova Escócia, onde finalmente receberam terras. Eles fundaram Birchtown, mas enfrentaram invernos rigorosos e discriminação racial nas proximidades de Shelburne. Thomas Peters pressionou as autoridades britânicas por mais ajuda, junto com o abolicionista britânico John Clarkson. Como resultado, a Sierra Leone Company foi estabelecida para realocar os lealistas negros que queriam se estabelecer em frica Ocidental. Em 1792, quase 1.200 pessoas da Nova Escócia cruzaram o Atlântico para construir a segunda e única permanente colônia da Serra Leoa, o assentamento de Freetown, em 11 de março daquele ano. Na Serra Leoa, eles eram vistos como colonizadores, sendo chamados de Colonizadores da Nova Escócia. John Clarkson inicialmente proibiu os sobreviventes de Granville Town de se juntarem ao novo assentamento, culpando-os pelo desaparecimento de Granville Town. Os colonizadores da Nova Escócia construíram Freetown nos estilos que conheciam de suas vidas na América. Eles também continuaram com a moda e os costumes americanos. Além disso, muitos continuaram a praticar o Metodismo em Freetown. Na década de 1790, os colonos, incluindo mulheres adultas, votaram pela primeira vez nas eleições. Em 1792, em um movimento que anulou os movimentos sufragistas das mulheres na Grã-Bretanha, os chefes de todas as famílias da colônia serra leonesa - dos quais um terço eram mulheres - receberam o direito ao voto. Os colonos negros na Serra Leoa acabaram por desfrutar de muito mais autonomia do que seus equivalentes brancos nos países europeus. Enquanto os imigrantes negros elegiam diferentes níveis de representação política, desde tithingmen, que representavam cada uma dúzia de colonos, até hundreders, que representavam uma proporção maior da população, este tipo de representação não havia sido alcançada ainda na Nova Escócia.
O processo inicial de construção da sociedade em Freetown acabou por se revelar, no entanto, em uma luta árdua. A Coroa não fornecia suprimentos e provisões básicas suficientes e os colonizadores, assim como em outras partes de frica, eram continuamente ameaçados pelo comércio ilegal de escravos e pelo risco iminente de reescravidão. A Sierra Leone Company, controlada por investidores de Londres, recusou-se a permitir que os colonos tomassem posse total da terra. Em 1799, alguns dos colonos se revoltaram. A Coroa subjugou a revolta trazendo forças de mais de 500 maroons jamaicanos, transportados da cidade de Cudjoe via Nova Escócia em 1800. Liderados pelo coronel Montague James, os maroons jamaicanos na Serra Leoa ajudaram as forças coloniais a reprimir a revolta e, no processo, garantiram as melhores casas e fazendas. Em 1 de janeiro de 1808, Thomas Ludlam, governador da Sierra Leone Company e um importante abolicionista, renunciou à sua função. Isso encerrou seus 16 anos de gestão na Colônia. Com este acontecimento, a Coroa Britânica reorganizou a Sierra Leone Company sob o nome de Instituição Africana, cujo direcionamento deu-se, especialmente, à melhoria da economia local. Seus membros representavam tanto os britânicos que esperavam inspirar os empresários locais quanto os interessados na Macauley Babington Company, que detinha o monopólio britânico do comércio da Serra Leoa. Após a abolição do comércio de escravos, em 1807, tripulações britânicas foram designadas a levar milhares de africanos anteriormente escravizados para Freetown, depois de libertá-los de navios negreiros ilegais. Esses africanos libertos eram de muitas áreas da frica, mas principalmente da costa oeste. Ainda que a pretensão tenha sido a de levá-los para estabelecerem-se em Freetown, muitos africanos libertos acabaram por serem vendidos como aprendizes para os colonos brancos e os maroons jamaicanos. Outros, que não foram vendidos como aprendizes, foram obrigados a ingressar na Marinha Britânica. Separados de suas várias pátrias e tradições, os reescravizados foram forçados a assimilar os estilos ocidentais dos colonos, o que incluía a mudança de nome - para que soasse mais ocidental. Embora alguns tenham acatado essas mudanças por considerá-las parte da comunidade, outros não as aceitavam e desejavam manter suas próprias identidades. A colônia de Freetown 1856 O assentamento da Serra Leoa em 1800 detinha uma característica única, pois a população era composta de africanos deslocados que foram trazidos para a colônia após a abolição britânica do comércio de escravos em 1807. Após a chegada à Serra Leoa, cada liberto recebia um registro em número, que continha as informações sobre suas qualidades físicas, cuja descrição também era inserida no Registro de Africanos Libertados. No entanto, muitas vezes a documentação era extremamente subjetiva, o que resultava em afirmações imprecisas, tornando-as difíceis de rastreamento. Além disso, as diferenças entre o Registro de Africanos Libertados de 1808 e a Lista de Negros Capturados de 1812 que emulava o documento de 1808 revelaram algumas disparidades nas entradas dos libertos, especificamente nos nomes. Isto ocorreu, também, devido a muitos libertos terem sido obrigados a mudar seus nomes de batismo para versões anglicizadas, o que contribuiu para a dificuldade em rastreá-los depois que chegaram a Serra Leoa. No início do século XIX, Freetown serviu como residência do governador colonial britânico da região, que também administrava a Costa do Ouro atual Gana e os assentamentos de Gâmbia. A Serra Leoa desenvolvia-se como o centro educacional de frica Ocidental Britânica. Os britânicos estabeleceram o Fourah Bay College em 1827, que rapidamente se tornou atrativa para os africanos de língua inglesa na costa oeste. Por mais de um século, Fourah Bay College foi a única universidade de estilo europeu no oeste da frica Subsaariana, recebendo a alcunha de Atenas da frica Ocidental devido sua boa reputação acadêmica. Foi desta instituição que saiu Christian Cole, o primeiro advogado africano a trabalhar nos tribunais da Inglaterra. Os britânicos interagiam principalmente com os krios em Freetown, que faziam a maior parte do comércio com os povos tribais do interior. Além disso, os krios com instrução educacional eram colocados, pela Coroa britânica, nos altos postos da administração colonial, ocupando vários cargos no governo local, dando-lhes status e posições bem remuneradas. Após a Conferência de Berlim de 1884-1885, o Reino Unido decidiu que precisava estabelecer mais domínio sobre as áreas do interior, para satisfazer o que foi descrito pelas potências europeias como ocupação efetiva de territórios. Em 1896, os britânicos anexaram essas áreas, declarando-as o Protetorado da Serra Leoa. As fronteiras foram demarcadas com a Guiné Francesa e a Libéria. Com essa mudança, a metrópole começou a expandir sua administração na região, recrutando cidadãos britânicos para cargos e exonerando os krios de funções no governo e até mesmo de áreas residenciais benquistas em Freetown. Logo após a anexação do interior do território ao Protetorado da Serra Leoa, um novo imposto criado pelo governo colonial foi instituído. O imposto se revelou um entrave para os residentes do Protetorado, motivando 24 chefes tribais a assinarem uma petição endereçada à Coroa, explicando os efeitos adversos deste novo tributo em suas sociedades. Uma resistência armada formou-se no norte em 1898, com Bai Bureh, líder timené, tendo sido identificado pelo governo colonial como o principal instigador das ações hostis contra a metrópole. Naquele mesmo ano, os mendés aderiram à resistência na parte sul, iniciando a Guerra do Imposto sobre Cabanas. Os britânicos continham unidades de apoio e uma forte brigada naval, com base no Regimento das ndias Ocidentais, além de tropas africanas lideradas por oficiais britânicos sob a base do Batalhão de Serra Leoa - vinculado à Força Real da Fronteira da frica Ocidental - e domínio sob a Polícia da Serra Leoa e forças locais. O líder timené Bai Bureh, em 1898, após sua rendição, sentado em seu traje tradicional com um lenço nas mãos, enquanto um soldado da Força Real da Fronteira da frica Ocidental da Serra Leoa monta guarda ao lado dele Por vários meses, os lutadores de Bai Bureh tiveram vantagem sobre as forças britânicas, mas os guerreiros da resistência sofreram centenas de fatalidades. Bai Bureh finalmente se rendeu em 11 de novembro de 1898. Embora o governo britânico recomendasse leniência, o coronel Frederic Cardew, governador militar do Protetorado, ordenou que 96 guerreiros da resistência fossem enforcados. A derrota das forças de resistência na Guerra do Imposto sobre Cabanas pôs fim à oposição armada organizada e favoreceu o fortalecimento do colonialismo na Serra Leoa. Bai Bureh foi exilado na Costa do Ouro, onde hoje é Gana, junto a outras figuras notáveis do conflito, como Bai Sherbro c.1830 1912 e Nyagua c.1842-1906 . Entretanto, a resistência e a oposição assumiram outras formas, especialmente em distúrbios intermitentes em larga escala. Em 1924, o governo do Reino Unido dividiu Serra Leoa em uma colônia e um protetorado, com diferentes sistemas políticos constitucionalmente definidos para cada um. A colônia era Freetown e sua área costeira o Protetorado foi definido como as áreas do interior dominadas pelos chefes locais. O antagonismo entre as duas entidades aumentou para um debate acalorado em 1947, quando propostas foram apresentadas para a adoção de um único sistema político para a Colônia e o Protetorado. A maioria das propostas era advinda de líderes do Protetorado, cuja população superava em muito a da colônia. Os krios, liderados por Isaac Wallace-Johnson, se opuseram às propostas, pois elas teriam resultado na redução de seu poder político na Colônia. A escravidão doméstica, que permaneceu sendo praticada pelas elites africanas locais, foi legalmente abolida em 1928. Em 1935, os britânicos concederam o monopólio da exploraçaõ de minerais ao Sierra Leone Selection Trust, administrado pela De Beers e ligada a Cecil Rhodes. O monopólio, programado para durar 98 anos, fomentou a expansão da mineração de diamantes no leste, atraindo trabalhadores de outras partes do país.
Em 1951, líderes do protetorado de diferentes grupos, incluindo Sir Milton Margai, Lamina Sankoh, Siaka Stevens, John Karefa-Smart, Sir Albert Margai, Amadu Wurie e Sir Banja Tejan-Sie se juntaram aos poderosos chefes supremos no protetorado para formar o Partido Popular da Serra Leoa SLPP , principal organização político-partidária do protetorado. Liderado por Sir Milton Margai, o SLPP negociou com os britânicos e a colônia dominada pelos Krios, visando alcançar a independência. A elite do protetorado foi instada a unir forças com os chefes supremos, em face da intransigência dos krios. Posteriormente, Sir Milton Margai venceu os líderes da oposição e os krios tidos como moderados, para alcançar a independência do Reino Unido. Em novembro de 1951, Margai supervisionou a elaboração de uma nova constituição, responsável por unir as legislaturas separadas da Colônia e do Protetorado e forneceu uma estrutura para a descolonização. Dois anos após, em 1953, Serra Leoa recebeu poderes ministeriais locais, com Margai sendo eleito ministro-chefe da Serra Leoa. A nova constituição garantiu ao país um sistema parlamentar dentro da Comunidade das Nações. Em maio de 1957, Serra Leoa realizou sua primeira eleição parlamentar. O SLPP, que era então o partido político mais popular na colônia da Serra Leoa, além de ser apoiado pelos poderosos chefes supremos nas províncias, ganhou a maioria dos assentos no Parlamento e Margai foi reeleito Ministro-Chefe com uma vitória esmagadora. A Grã-Bretanha começou a abandonar sua colônia na frica Ocidental após a Segunda Guerra Mundial. Em 20 de abril de 1960, Milton Margai liderou uma delegação da Serra Leoa com 24 membros, em conferências constitucionais realizadas com o Governo da Rainha Elizabeth II do Reino Unido e o Secretário Colonial Britânico Iain Macleod. Os eventos faziam parte das negociações de independência realizadas em Londres. Na conclusão das negociações, em 4 de maio de 1960, o Reino Unido concordou em conceder a independência à Serra Leoa em 27 de abril de 1961. Em 1961, a Colônia de Freetown e o Protetorado da Serra Leoa se fundiram, formando o estado independente da Serra Leoa, com Sir Milton Margai tornando-se o primeiro primeiro-ministro do país. Inicialmente, a nova nação foi chamada de Reino da Comunidade, mantendo um sistema parlamentar de governo e sendo um membro da Comunidade das Nações. O líder do partido de oposição Congresso de Todo o Povo APC, na sigla em inglês , Siaka Stevens, junto com Isaac Wallace-Johnson, outro crítico declarado do novo governo, foram presos e colocados em prisão domiciliar em Freetown, junto com outros dezesseis acusados de perturbar a celebração de independência. Em maio de 1962 a Serra Leoa realizou sua primeira eleição geral como nação independente. O Partido Popular da Serra Leoa SLPP ganhou uma pluralidade de assentos no parlamento e Milton Margai foi reeleito como primeiro-ministro. Nos anos posteriores, Serra Leoa concentrou-se, politicamente, como um Estado de direito, com separação de poderes, instituições políticas multipartidárias e estruturas representativas razoavelmente viáveis. Seus vários grupos étnicos viram-se representados no governo por funcionários nomeados. A economia se desenvolveu bem e o estado usou as receitas que recebeu do minério de ferro e diamantes, entre outras coisas, para desenvolver a educação.
As eleições nacionais de 1967, ainda que fortemente contestadas, deu ao Congresso de Todo o Povo APC uma pequena maioria no parlamento. Como resultado, o líder do partido, Siaka Stevens, foi empossado como primeiro-ministro em 21 de março de 1967. Poucas horas após assumir o cargo, Stevens foi deposto em um golpe militar sem derramamento de sangue, liderado pelo general David Lansana, comandante das Forças Armadas da Serra Leoa. Ele era um aliado próximo de Albert Margai, que o havia nomeado para o cargo em 1964. David Lansana colocou Stevens em prisão domiciliar em Freetown e insistiu que a determinação deste como primeiro-ministro deveria aguardar a eleição dos representantes tribais para a Câmara. Após sua libertação, Stevens foi para o exílio na Guiné. Em 23 de março de 1967, um grupo de oficiais militares do Exército da Serra Leoa, liderado pelo Brigadeiro-General Andrew Juxon-Smith, anulou esta ação com outro golpe de estado. Eles tomaram o controle do governo, prendendo Lansana e suspendendo os efeitos jurídicos da constituição. O grupo criou o Conselho Nacional de Reforma CNR , com Andrew Juxon-Smith como seu presidente e Chefe de Estado do país. Ficheiro All People s Congress political rally Sierra Leone 1968.jpg thumb esquerda 260px Um comício político do Congresso de Todo o Povo APC na cidade de Kabala em 1968. Em 18 de abril de 1968, um grupo de soldados de baixa patente do Exército da Serra Leoa, que se autodenominava Movimento Revolucionário Anticorrupção ACRM , liderado pelo general-de-brigada John Amadu Bangura, derrubou a junta do Conselho Nacional de Reforma CNR . A junta do Movimento Revolucionário Anticorrupção ACRM ordenou a prisão de vários membros sêniores do CNR, restabelecendo a constituição e seus efeitos jurídicos e devolvendo o poder a Siaka Stevens, que finalmente assumiu o cargo de primeiro-ministro. Siaka Stevens assumiu o poder novamente em 1968, sob uma forte campanha contra a plataforma de reunir as tribos sob os princípios socialistas. Sob a pressão de várias tentativas de golpe, reais ou percebidas, o governo de Stevens adotou um viés autoritário, de modo que ele retirou o partido SLPP da política competitiva. Para manter o apoio dos militares, Stevens nomeou John Amadu Bangura, bastante popular, como chefe das Forças Armadas da Serra Leoa. Bangura já havia liderado o movimento militar que derrubou o Conselho Nacional de Reforma CNR e levou Stevens de volta ao poder. Em novembro de 1968, a agitação nas províncias levou Stevens a declarar estado de emergência em todo o país. A esta altura, o descontentamento com as políticas de Stevens atingia boa parte do núcleo militar, e o brigadeiro-general John Amadu Bangura era considerado a única pessoa que poderia controlar Stevens. O exército era devoto a Bangura e isso o tornava potencialmente perigoso para Stevens. Em janeiro de 1970, Bangura foi preso e acusado de conspirar um golpe contra o governo Stevens, além de traição contra o Estado. Após um julgamento que durou alguns meses, Bangura foi condenado e sentenciado à morte. Em 29 de março de 1970, os pedidos de clemência do militar foram negados e este se recusou a ser levado à forca. Bangura foi espancado até a morte e ácido concentrado foi derramado em seus restos mortais. Para evitar que as pessoas tornassem Bangura um mártir, Stevens ordenou que seu corpo fosse enterrado em um local não revelado, que posteriormente foi pavimentado como a estrada Kissy. A execução de Bangura levou um grupo de soldados leais ao general a realizar um motim em Freetown e em outras partes do país, em oposição ao governo de Stevens. Dezenas de soldados foram condenados à prisão por uma corte marcial. Entre os condenados estava Foday Sankoh. Ainda sob o governo Stevens, Serra Leoa adotou uma nova constituição em abril de 1971, sob o qual o presidente substituiu o monarca como chefe de Estado. As eleições parciais de 1972 foram demasiadamente contestadas pelo SLPP, principal partido de oposição, de modo que as eleições gerais de 1973 foram boicotadas pelo grupo partidário. Isto culminou na conquista de 84 dos 85 assentos parlamentares pelo APC. O boicote do SLPP às eleições de 1973 e a nova configuração do parlamento acabaram por refletir nos anos posteriores. Em 1978, o parlamento, dominado pelo APC, aprovou uma nova constituição que tornava o país um estado de partido único. A constituição de 1978 fez do Congresso de Todo o Povo APC o único partido político legal na Serra Leoa, levando a outra grande manifestação contra o governo em muitas partes do país, que também foi reprimida pelo exército e pela força política de Stevens. Siaka Stevens aposentou-se da política em novembro de 1985, após dezoito anos no poder, de modo que o APC nomeou Joseph Saidu Momoh como seu sucessor. Como único candidato, Momoh foi eleito presidente sem oposição, tornando-se o segundo presidente da Serra Leoa. Os anos sob o governo Momoh foram marcados por casos de corrupção, com o presidente buscando desvencilhar sua imagem destes acontecimentos através da demissão de vários ministros sêniores. Momoh também implementou um código de conduta para líderes políticos e funcionários públicos, o que lhe rendeu apoio entre os serra-leoneses. Em 1987, mais de 60 funcionários do governo foram presos, incluindo o vice-presidente Francis Minah, que foi destituído do cargo, por suposta conspiração de um golpe de Estado. Francis Minah foi julgado e condenado à forca, tendo sido executado em 1989.
Em outubro de 1990, devido à crescente pressão dentro e fora do país por reformas políticas e econômicas, o presidente Momoh criou uma comissão de revisão constitucional para avaliar a constituição unipartidária de 1978. Com base nas recomendações da comissão, o sistema multipartidário foi restabelecido, o que se deu mediante a aprovação de uma nova constituição pelo parlamento, que entrou em vigor em outubro de 1991. A brutal guerra civil que estava ocorrendo na vizinha Libéria desempenhou um papel significativo no início dos combates na Serra Leoa. Especula-se que Charles Taylor, então líder da Frente Patriótica Nacional da Libéria FPNL , teria ajudado a formar a Frente Revolucionária Unida FRU na Serra Leoa, sob o comando de Foday Saybana Sankoh, ex-militar que havia sido preso em 1970. Foday Sankoh havia passado por treinamento de guerrilha na Líbia. Taylor objetivava que o FRU atacasse as bases das tropas de manutenção da paz dominadas pela Nigéria na Serra Leoa, que se opunham ao seu movimento rebelde na Libéria. O primeiro ataque da Frente Revolucionária Unida FRU deu-se em 23 de março de 1991, em Kailahun, um distrito ao leste, rica em diamantes. O governo da Serra Leoa, que passava por sérios problemas econômicos e de corrupção, foi incapaz de oferecer uma resistência significativa. Após um mês de guerra civil, a FRU controlava grande parte das províncias do leste, ricas em diamantes. Desde o início, o recrutamento de meninos-soldados foi uma das estratégias dos rebeldes. Em 29 de abril de 1992, um grupo de soldados do Exército da Serra Leoa promoveu um golpe militar. Joseph Momoh foi enviado para o exílio na Guiné e o Conselho Nacional de Administração Provisória CNAP foi estabelecido. Dezenas de soldados leais ao presidente deposto foram presos. A constituição foi suspensa, os partidos políticos foram banidos e a liberdade de expressão e de imprensa foram limitadas. Soldados passaram a deter poderes ilimitados de detenção administrativa sem acusação ou julgamento, e contestações contra tais detenções em tribunal foram impedidas. Com a deterioração da estrutura do Estado e o esmagamento da oposição civil, Serra Leoa virou um local propício ao tráfico de armas, munições e drogas. guerra civil O Conselho Nacional de Administração Provisória estabeleceu relações com a Comunidade Económica dos Estados da frica Ocidental CEDEAO , reforçando apoio às tropas do Grupo de Monitoramento desta organização que lutavam na Libéria. Em 28 de dezembro de 1992, uma suposta tentativa de golpe contra o Conselho Nacional de Administração Provisória foi repelida. Vários oficiais juniores do exército, liderados por Mohamed Lamin Bangura, foram identificados como responsáveis pelo plano de golpe. O pelotão de fuzilamento promoveu a execução de dezessete soldados do exército serra-leonês, incluindo Mohamed Bangura. Vários membros proeminentes do governo Momoh, que estavam detidos na prisão de Pa Demba Road, também foram executados. As tentativas do Conselho Nacional de Administração Provisória em repelir a atuação da Frente Revolucionária Unida FRU no país provaram-se ineficazes. Em 1994, o grupo guerrilheiro já controlava grande parte da província oriental, rica em diamantes, e estavam nos arredores de Freetown. Em resposta, o Conselho Nacional de Administração Provisória contratou várias centenas de mercenários ligados à empresa privada sul-africana Executive Outcomes. Pouco tempo depois, os combatentes da FRU recuaram e voltaram a ocupar enclaves ao longo das fronteiras do país. Em 16 de janeiro de 1996, após cerca de quatro anos à frente do CNAP, o militar Valentine Strasser foi preso no Quartel-General da Defesa e levado ao exílio em um helicóptero militar, primeiramente em Conacri e, depois, em Londres. Com a deposição de Strasser, Julius Maada Bio, também militar, assumiu a liderança do Conselho Nacional de Administração Provisória CNAP , convocando novas eleições gerais naquele mesmo ano, as quais foram vencidas por Ahmad Tejan Kabbah, do Partido Popular da Serra Leoa SLPP . Como uma de suas medidas preliminares, o governo Kabbah convidou o principal líder da Frente Revolucionária Unida FRU , Foday Sankoh, a uma abertura de diálogo, visando frear a guerra civil e iniciar negociações de paz. Porém, em 25 de maio de 1997, outro golpe de estado bem sucedido, articulado por militares liderados pelo Cabo Tamba Gborie, levou Ahmad Kabbah a buscar exílio na Guiné, resultando na criação do Conselho Revolucionário das Forças Armadas CRFA . Johnny Paul Koroma, aliado de Tamba Gborie que encontrava-se detido, foi libertado da prisão e alçado ao posto de presidente. A constituição foi suspensa, manifestações foram proibidas e a mídia privada foram fechadas. A Frente Revolucionária Unida RUF foi convidada a juntar-se ao novo governo, com Foday Sankoh tornando-se vice-presidente. Em poucos dias, a capital serra-leonesa recebeu combatentes do grupo guerrilheiro, que passou a compor o novo governo da junta numa coalizão CRFA-FRU. Em julho de 1997, a Commonwealth decidiu pela suspensão da Serra Leoa da comunidade. Nove meses depois, em 1998, a junta foi derrubada por forças do Grupo de Monitoramento da CEDEAO, lideradas pela Nigéria, que restabeleceu o governo de Ahmad Kabbah, democraticamente eleito. Em 19 de outubro de 1998, 24 soldados do exército da Serra Leoa foram executados por um pelotão de fuzilamento, após terem sido condenados em uma corte marcial, devido seus envolvimentos no golpe orquestrado em 1997 contra Kabbah. A Organização das Nações Unidas respondeu com o envio de soldados de paz em 1999, buscando auxiliar no restauro da ordem. Entretanto, com a retirada das forças nigerianas, Sankoh e a FRU entraram em confronto com as tropas da ONU, quando o acordo de paz efetivamente entrou em colapso, resultando na crise dos reféns e mais combates entre o grupo guerrilheiro e o governo. A operação Kukri, firmada entre Gana, ndia, Nigéria e Reino Unido terminaram o cerco de forma bem-sucedida. A intervenção militar do Reino Unido contribuiu significativamente para a sustação da guerra civil serra-leonesa. Ao momento da condução da Operação Palliser - que visava originalmente apenas evacuar cidadãos estrangeiros do país - os britânicos acabaram por tomar medidas militares para além daquelas previstas em seu mandato original. O Exército Britânico, em conjunto a administradores e políticos, permaneceram no país e promoveram o treinamento das forças armadas, melhoria da infraestrutura do país e administração de ajuda financeira e material. Calcula-se que entre 1991 e 2001 cerca de 50.000 pessoas foram mortas na guerra civil da Serra Leoa e outras centenas de milhares tornaram-se refugiadas na Guiné e na Libéria. Em janeiro de 2002, a guerra foi declarada encerrada. Ahmad Kabbah foi reeleito presidente em 2002, tendo iniciado um processo de desarmamento que perdurou até 2004. Em dezembro de 2005, as forças de paz da ONU retiraram-se do país.
Em sua história recente, o país enfrentou uma epidemia provocada pelo vírus Ebola entre 2014 e 2016. A epidemia teve um impacto significativo no país, levando Serra Leoa a declarar estado de emergência e a adoção de uma quarentena nacional de três dias, chamada de Ouse to Ouse Tock. Em 16 de março de 2016, a Organização Mundial da Saúde OMS declarou a nação livre do vírus ebola. Nos últimos anos, a política do país tem se mantido estável. Eleições livres e multipartidárias, supervisionadas por entidades internacionais, tem sido realizadas desde o fim da guerra civil. As ações e os crimes de guerra registrados durante a guerra civil foram julgados em um Tribunal Especial, cuja atuação recebeu apoio da ONU. Entre as deliberações do Tribunal Especial, estão a condenação do ex-presidente liberiano Charles Taylor, por sua intervenção nos acontecimentos na Serra Leoa e a suspensão do embargo de armas ao país. A Serra Leoa também teve boa parte de sua dívida externa perdoada por credores internacionais. A nação também tem firmado sua política internacional na aproximação com os países ocidentais. Com a propositura da Declaração sobre orientação sexual e identidade de gênero das Nações Unidas em 2008, Serra Leoa foi um dos 57 países membros da ONU a patrocinar uma declaração contrária ao reconhecimento destes direitos. Posteriormente, em 2011, ao lado de Ruanda e Fiji, Serra Leoa mudou sua posição perante a Assembleia Geral da ONU, passando a ser signatária da declaração, sendo o primeiro e único país de frica Ocidental a fazê-lo.
Serra Leoa está localizada na costa oeste de frica, situada principalmente entre as latitudes 7 e 10 N a pequena área fica ao sul do 7 e longitudes 10 e 14 W. A área total é de km , sendo km de superfície terrestre e 120 km de água, fazendo da nação a 119 maior do mundo em área territorial. O país tem quatro regiões geográficas distintas. No leste predomina o planalto, intercalado com altas montanhas, onde o Monte Bintumani - ponto mais elevado do país - atinge 1.948 metros. A parte superior da bacia de drenagem do rio Moa está localizado no sul da região. Seu território é abrangido por um único fuso horário, sendo este o UTC 0. O país faz fronteira com a Guiné ao norte e nordeste, a Libéria ao sul e sudeste e o Oceano Atlântico a oeste. Seus maiores limites fronteiriços são com a Guiné 794 quilômetros , seguido do Oceano Atlântico e Libéria, com 402 e 299 quilômetros, respectivamente.
O centro do país é uma região de planícies de baixa altitude, que contêm florestas, matas, bush e campos agrícolas, que ocupa cerca de 43 da área terrestre da Serra Leoa. A parte norte desta foi classificada pelo World Wildlife Fund, como parte da ecorregião guineense mosaico floresta-savana, enquanto o sul é dominado por planícies florestadas de chuva e terra. Serra Leoa tem cerca de 400 quilômetros de limites com o Oceano Atlântico, dando-lhe recursos marinhos abundantes e um potencial turístico. A costa litorânea tem áreas de baixa altitude e pântano. A região que encobre a capital do país fica em uma península costeira, situada ao lado do Porto Nacional da Serra Leoa. Ficheiro Tiwai Island River.jpg thumb direita Rio Moa em Tiwai. O país se divide em quatro regiões geográficas Província do Norte, Província Oriental, Província do Sul e a rea do Oeste que são subdivididas em quatorze distritos. Sua economia está voltada principalmente para a mineração, especialmente diamantes. O país está entre os maiores produtores mundiais de titânio e bauxita, sendo também um grande produtor de ouro. Na região está um dos maiores depósitos mundiais de rutilo. Apesar desta riqueza natural, 70 de sua população vive na extrema pobreza, de acordo com dados de 2004. O principal curso de água em sua hidrografia é o Rio Moa, com uma extensão de 425 quilômetros, para além de outros rios.
O clima presente na Serra Leoa é o tropical, que pode ser registrado como um clima tropical de monções. O território do país também os efeitos dos climas equatorial e tropical de savana, dada sua proximidade geográfica com países e territórios dominados por estes tempos meteorológicos. Por conta disto, há o posicionamento de que o clima tropical existente na Serra Leoa pode ser descrito como uma transição entre um clima de floresta tropical continuamente úmido e um clima de savana tropical. Existem duas estações definidas bem definidas, que determinam o ciclo agrícola estação seca, de novembro a maio, quando ventos frescos e secos sopram do Deserto do Saara e estação chuvosa, de junho a outubro. Dezembro e janeiro são os meses mais frios do ano, embora as temperaturas ainda possam ultrapassar os 40 C, a umidade relativamente baixa a moderada torna o calor nesta época do ano mais tolerável. Por outro lado, março e abril são tidos como os meses com maior influência da estação seca, com temperaturas em torno de 33 C a 36 C, além de uma umidade sólida de 50 , tornando o índice de calor superior à temperatura real. A temperatura mínima média é de 16 C e a máxima média é de 36 C, sendo que a temperatura média fica em torno de 26 C. A precipitação média é mais elevada na costa litorânea, registrando entre 3000 mm a 5000 mm por ano. Ao mover-se para o interior do país, até a fronteira leste, a precipitação diminiu, com média registrada entre 2.000 a 2500 mm anualmente. Ao longo de sua costa litorânea, as chuvas podem chegar a 495 cm, tornando-a um dos lugares mais úmidos da costa oeste de frica.
Até 2002, a Serra Leoa não dispunha de um sistema de manejo florestal devido à guerra civil que causou dezenas de milhares de mortes. As taxas de desmatamento aumentaram 7,3 desde o fim da guerra civil. Por força de lei, desde 2003 há 55 áreas protegidas, encobrindo 4,5 do território serra-leonês. O país tem espécies conhecidas de plantas superiores, 147 mamíferos, 626 aves, 67 répteis, 35 anfíbios e 99 espécies de peixes. A Fundação para a Justiça Ambiental documentou que o número de pescas ilegais em navios nas águas serra-leonesas se multiplicaram nos últimos anos. A quantidade de pesca ilegal tem empobrecido significativamente unidades populacionais de peixes, privando as comunidades piscatórias locais de um importante recurso para a sobrevivência. A situação é particularmente grave, uma vez que a pesca constitui a única fonte de renda para muitas comunidades em um país que ainda se recupera de mais de uma década de guerra civil. Em junho de 2005, a Sociedade Real para a Proteção das Aves RSPB e a Bird Life Internacional passaram a apoiar o setor conservacionista sustentável da Serra Leoa, em projetos de desenvolvimento florestal no sudeste do país, um importante fragmento da sobrevivência da floresta tropical na Serra Leoa. As áreas protegidas do país incluem reservas florestais, parques florestais e reservas naturais.
Ano Habitantes Fonte Statistics Sierra Leone SSL A população da Serra Leoa, conforme dados do Worldometer em 2021, era de habitantes 111 habitantes por quilômetro quadrado , com 43,3 da população definida como urbana. A densidade populacional varia muito, segundo a região. O West Area Urban, incluindo Freetown, a capital e maior cidade, tem uma densidade populacional de pessoas por quilômetro quadrado, enquanto que o maior distrito em área territorial, Koinadugu, tem uma densidade baixa, de 21,4 pessoas por quilômetro quadrado. O país possui uma taxa de crescimento populacional de 2,216 ao ano 2015 . A população do país é majoritariamente jovem, com a idade média sendo de 19,4 anos. Como resultado da migração para as cidades, a população está cada vez mais urbana, com uma taxa estimada de crescimento da urbanização de 2,9 ao ano. De acordo com a Pesquisa Mundial de Refugiados de 2008, publicado pelo Comitê dos Estados Unidos para Refugiados e Imigrantes, Serra Leoa registrou refugiados e requerentes de asilo, no final de 2007. Cerca de refugiados liberianos retornaram voluntariamente à Libéria, ao longo de 2007. Dos restantes refugiados na Serra Leoa, quase todos eram liberianos. O país tem sido uma fonte e um destino notável de refugiados, uma vez que a guerra civil deslocou internamente cerca de 2 milhões de pessoas, com quase 0,5 milhão buscando refúgio em nações vizinhas 370.000 serra-leoneses fugiram para a Guiné e 120.000 para a Libéria .
Segundo dados de 2019 da Central Intelligence Agency CIA , a maioria dos serra-leoneses são pertencentes aos grupos étnicos Temne 35,4 da população e Mende 30,8 da população , existindo ainda minorias étnicas como os Limba 8,8 , Kono 4,3 , Korankoh 4 , Fullah 3,8 , Mandingo 2,8 e Loko e Sherbro, com 2 e 1,9 da população, respectivamente. Descendentes de escravos jamaicanos libertos, que se estabeleceram na região de Freetown no final do século XVIII, são conhecidos no país como krios, consistindo em 1,2 da população. Outros 5 integram outros grupos étnicos. As estimativas mais recentes indicam que os maiores aglomerados urbanos da Serra Leoa são a capital, Freetown 800,6 mil habitantes , Bo 174,3 mil , Kenema 143,1 mil , Koidu 124,6 mil e Makeni 87,6 mil .
Ficheiro Sierra Leone village woman.jpg thumb direita Mulher da etnia Mandês no Distrito de Kailahun Ao contrário de outros países africanos, os conflitos religiosos e étnicos na Serra Leoa são muito raros, devido a relação geralmente amigável entre as religiões na sociedade serra-leonesa, que contribuiu para a liberdade religiosa. A constituição do país garante a liberdade democrática na fé, em particular, o governo defende a disposição, e reage fortemente à natureza religiosa de abusos discriminatórios. Não há dados confiáveis sobre o número exato dos que praticam grandes religiões no país. No entanto, a maioria das fontes estimam que a população é de 60 de muçulmanos, 30 cristã, e 10 dos praticantes de religiões tradicionais indígenas e tribais. Não há informações sobre o número de ateus no país. Existem ainda muitas práticas sincréticas, e até 20 da população pratica uma mistura de islamismo com as religiões tradicionais indígenas e o cristianismo. Historicamente, a maior parte da população muçulmana concentra-se nas áreas ao norte do país, enquanto os cristãos se localizam majoritariamente no sul, sendo comum o casamento interreligioso. No entanto, a guerra civil de onze anos resultou em grandes movimentações populacionais. A crença no Cristianismo começou a ser difundida no , quando os primeiros missionários católicos chegaram à costa oeste da frica. Há ainda, uma considerável comunidade hinduísta. A maior comunidade hindu vive em Freetown. O Governo não estabelece condições para o reconhecimento, registro ou regulação de grupos religiosos e permite a instrução religiosa nas escolas públicas. Os estudantes podem optar por participar de classes de orientação muçulmana ou cristã. O Conselho Interreligioso da Serra Leoa IRC , composto por líderes cristãos e muçulmanos, desempenha um papel importante na sociedade civil e é responsável em promover a tolerância religiosa no país.
O inglês é a língua oficial, ensinada nas escolas e usada nas instituições públicas, governo, comércio e na mídia. O krio derivado do inglês e de várias línguas tribais africanas é a língua do povo krio, sendo a língua mais falada em praticamente todas as partes da Serra Leoa. O krio é falado por mais de 90 da população do país, e une todos os diferentes grupos étnicos, especialmente no comércio e nas interações uns com os outros. Existem também outras línguas, com o mende, limba e temne sendo as mais faladas.
O Parlamento da Serra Leoa é unicameral, com 124 assentos, sendo que cada um dos catorze distritos sendo 12 distritos rurais, e a capital, Freetown, dividida em dois distritos do país tem sua representação. 112 membros são eleitos simultaneamente às eleições presidenciais, e outros 12 assentos são ocupados por chefes supremos de cada um dos 12 distritos administrativos do país. O parlamento atual é composto de três partidos políticos O Congresso de Todo o Povo APC ganhou 59 dos 112 assentos parlamentares o Partido Popular da Serra Leoa SLPP ganhou 43 assentos e o Movimento Popular para a Mudança Democrática PMDC ocupou 10 assentos. Para ser candidato a membro do Parlamento, a pessoa deve ser um cidadão serra-leonês, ter pelo menos 21 anos de idade, e ser capaz de falar, ler e escrever o inglês num grau de proficiência que lhe permita participar ativamente nos processos no Parlamento e não deve ter qualquer condenação criminal. Desde a independência em 1961, a política da Serra Leoa tem sido dominada por dois partidos políticos principais, o Partido Popular da Serra Leoa e o Congresso de Todo o Povo. Outros partidos políticos menores também têm existido, mas sem um apoio significativo. O Poder Judicial da Serra Leoa é exercido pelo Judiciário, chefiado pelo Chefe de Justiça e compreendendo a Suprema Corte da Serra Leoa, que é a mais alta corte do país. Sua decisão, portanto, não pode ser objeto de recurso. O Judiciário consiste ainda, no Supremo Tribunal de Justiça, no Tribunal de Recurso, nos tribunais magistrados e nos tribunais tradicionais em aldeias rurais. O presidente nomeia e o parlamento aprova juízes para os três tribunais. O Poder Judiciário tem competência em todas as questões civis e criminais em todo o país. O atual presidente da Suprema Corte é Desmond Babatunde Edwards, no cargo desde dezembro de 2018.
A aplicação da lei é principalmente da responsabilidade da Polícia da Serra Leoa que, por sua vez, é subordinada ao Ministério de Assuntos Internos. A Polícia da Serra Leoa foi estruturada pela colônia britânica em 1894, consistindo numa das forças policiais mais antigas da frica Ocidental, e positivada na constituição da nação. Sua estrutura é voltada para a prevenção de crimes, proteção da vida e da propriedade, identificar e investigar criminosos, garantir a manutenção da ordem pública e da segurança e proteção e melhoramento do acesso à justiça. A polícia é chefiada pelo Inspetor-Geral da Polícia, cuja nomeação dar-se-á pelo presidente do país, com Ambrose Sovula atualmente no cargo. dividida internamente em seis distritos policiais Freetown Oeste, Freetown Leste, Noroeste, Nordeste, Sul e Leste, com um número total de cerca de membros. Policial feminina da Serra Leoa Embora a constituição serra-leonesa tenha formalizado sua força policial em sua constituição, este conjunto de normas não regula o uso da força pela Polícia da Serra Leoa, prevendo apenas que sua utilização deve ocorrer em medidas razoáveis, justificáveis e nas circunstâncias do caso. Por força de sua constituição, Serra Leoa proíbe qualquer forma de tortura, maus-tratos ou condições análogas como instrumento de sanção penal, tendo ainda abolido a pena de morte para todos os crimes, em 2021. Desde 2015 está em operação o Conselho Independente de Reclamações da Polícia, visando supervisionar o uso da força policial no país, com esta supervisão sendo de competência, também, da Comissão Nacional para a Democracia e os Direitos Humanos. O Relatório de Crime e Segurança Anual de 2020, compilado pelo Conselho Consultivo de Segurança no Exterior OSAC - de origem estadunidense - indica que Serra Leoa oferece baixa ameaça quanto ao terrorismo e média ameaça quanto a violência política, religiosa ou étnica. Entre os crimes mais comuns descritos por este relatório, estão o tráfico de drogas, roubos, invasões à domicílios, agressões, estupros e violência doméstica. O relatório conclui que Serra Leoa apresenta taxa de criminalidade comparável à de outros países de frica Ocidental. Ainda assim, a taxa de homicídio intencional é de 1,71 a cada 100 mil habitantes, a oitava menor de frica, conforme dados de 2016 do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime UNODC . O país é signatário do Protocolo Facultativo à Convenção da ONU contra a tortura 1985 e ratificou o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos PIDCP . Também aderiu ao Estatuto de Roma, tornando-se um de seus estados-membros em 1998. Em âmbito regional, Serra Leoa é signatário do Protocolo de Malabo sobre o Tribunal Africano de Justiça e Direitos Humanos e da Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos 1981 . Tratando-se sobre os direitos individuais e condições especiais, o país não detém legislação proibindo a discriminação contra pessoas com deficiência e nem possui qualquer ato normativo que ofereça proteção específica a estas pessoas. O ordenamento jurídico do país não exige acessibilidade em edifícios ou assistência a pessoas com deficiência. Em 2008, com a propositura da Declaração sobre orientação sexual e identidade de gênero das Nações Unidas por um grupo liderado pelos Países Baixos e França, um segundo grupo de países contrários ao reconhecimento destes direitos promoveu outra declaração, indo contra os direitos LGBTQIA . Inicialmente, Serra Leoa juntou-se ao segundo grupo. Posteriormente, perante a Assembleia Geral da ONU, o país mudou sua posição. Embora tenha dado seu apoio à declaração em favor dos direitos LGBTQIA , as relações afetivas entre homens são ilegais no país, com previsão de sanção penal.
As Forças Armadas da República da Serra Leoa RSLAF, na sigla em inglês , são as forças armadas unificadas, responsáveis pela segurança territorial da fronteira da Serra Leoa e pela defesa dos interesses nacionais no âmbito das suas obrigações internacionais. As forças armadas foram formadas após a independência em 1961, com base em elementos da antiga Força Real Britânica da Fronteira Ocidental da frica, presente no país. As Forças Armadas da Serra Leoa consistem em cerca de 15.500 efetivos, compreendendo-se pelo Exército da Serra Leoa, Marinha da Serra Leoa e a Ala Aérea da Serra Leoa. O Presidente da Serra Leoa é o Comandante em chefe das Forças Armadas, sendo o Ministro da Defesa responsável pela política de defesa e pela formulação das Forças Armadas. O atual Ministro da Defesa do país é o major Alfred Paolo Conteh. Os militares da Serra Leoa também têm um Chefe do Estado-Maior de Defesa, um oficial militar uniformizado, responsável pela administração e controle operacional dos militares. Quando Serra Leoa conquistou a independência em 1961, a Força Militar Real da Serra Leoa foi criada a partir do Batalhão da Serra Leoa da Força da Fronteira da frica Ocidental. Os militares assumiram o controle em 1968, levando o Conselho Nacional de Reforma ao poder. Em 19 de abril de 1971, quando Serra Leoa se tornou uma república, as Forças Militares Reais da Serra Leoa foram renomeadas para Força Militar da República da Serra Leoa RSLMF . As forças armadas permaneceram uma organização de serviço único até 1979, quando a Marinha da Serra Leoa foi estabelecida. Em 1995, o Quartel-General da Defesa foi estabelecido e a Ala Aérea da Serra Leoa formada. A Força Militar da República da Serra Leoa foi renomeada como Forças Armadas da República da Serra Leoa.
O Ministério de Relações Exteriores e Cooperação Internacional da Serra Leoa é o órgão responsável pela política externa do país. A nação tem relações diplomáticas estabelecidas com países como Reino Unido, China, Rússia, Israel e Quênia. O governo mantém um total de 16 embaixadas e altas comissões em todo o mundo. Serra Leoa tem boas relações com o Ocidente, incluindo os Estados Unidos, e manteve laços históricos com o Reino Unido e outras ex-colônias britânicas por ser membro da Commonwealth. O Reino Unido desempenhou um papel importante no fornecimento de ajuda à ex-colônia, juntamente com ajuda administrativa e treinamento militar, ao momento em que interveio para encerrar a Guerra Civil em 2000. As relações da Serra Leoa com o Brasil e Portugal também são cordiais, sendo que o Brasil proveu uma doação de R 25 milhões a agências da ONU para o combate ao vírus ebola no país em 2014. O governo do ex-presidente Siaka Stevens buscou relações mais estreitas com outros países da frica Ocidental no âmbito da Comunidade Económica dos Estados da frica Ocidental CEDEAO , uma política mantida pelo atual governo. A Serra Leoa, junto com a Libéria e a Guiné, formam a União do Rio Mano MRU , destinada principalmente a implementar projetos de desenvolvimento e promover a integração econômica regional entre os três países. Serra Leoa também é membro das Nações Unidas e de suas agências especializadas, da União Africana, do Banco Africano de Desenvolvimento BAD , da Organização para a Cooperação Islâmica OIC e do Movimento Não-Alinhado. O país é membro do Tribunal Penal Internacional com um Acordo de Imunidade Bilateral de proteção para com os militares dos Estados Unidos. O país tem atuado em missões de manutenção da paz da ONU, especialmente na Missão de Estabilização Integrada Multidimensional, no Mali, na Força Provisória da ONU no Líbano e na Força de Segurança Provisória da ONU na área de Abyei, entre o Sudão e Sudão do Sul.
Províncias da Serra Leoa A República da Serra Leoa é composta por cinco regiões Província do Norte, Província do Noroeste, Província do Sul, Província do Leste e a rea do Oeste, sendo que esta última abrange a capital do país, Freetown, e possui status de província. Estas quatro províncias e a rea do Oeste são consideradas subdivisões de primeiro nível. As províncias são divididas em distritos provinciais, os quais são considerados subdivisões de segundo nível. Há 16 distritos provinciais no país. Os distritos provinciais, por sua vez, estão divididos em 186 chefias, tradicionalmente lideradas por chefes supremos, reconhecidos pela administração britânica em 1896 na altura da organização do Protectorado da Serra Leoa. No contexto da governança local, os distritos são governados como localidades. Cada um tem um conselho distrital local eleito diretamente para exercer autoridade e realizar funções em nível local. No total, há dezenove conselhos locais e treze conselhos distritais, um para cada um dos doze distritos e um para a rea Rural Ocidental. Seis cidades também elegem conselhos locais. Os seis municípios incluem Freetown - que funciona como governo local para o Distrito Urbano da rea Ocidental - Bo, Bonthe, Kenema, Koidu e Makeni. Província ou região Distritos Localização Centro administrativokeskus População VL2015 Província do Sul Pujehun, Bo, Bonthe e Moyamba 100px Bo Província do Leste Kailahun, Kenema e Kono 100px Kenema Província do Noroeste Cambia, Karene e Port Loko 100px Port Loko Província do Norte Bombali, Coinadugu, Falaba e Toncolili 100px Makeni rea do Oeste West Area Rural e Freetown 100px Freetown Total 14 distritos - Freetown
Principais produtos de exportação de Serra Leoa em 2019 . Serra Leoa detém uma economia de mercado relativamente aberta, sendo tida como a 157 maior do mundo, com um PIB PPC de US 13,425 bilhões em 2019. Em termos de PIB per capita, o país apresenta um total de U 1.718 estimativa de 2019 , um dos índices mais baixos do mundo, caracterizando-o como extremamente pobre no sentido econômico. Conforme dados da Central Intelligence Agency, em 2017 a taxa de crescimento real do PIB foi de 3,7 , com a inflação atingindo 14,8 em 2019. Os Relatórios de Desenvolvimento Humano, do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas, apontam que o investimento estrangeiro direto corresponderam a 5,3 do PIB em 2019 e que apenas 15,2 da mão de obra do país é qualificada, considerando-se a população acima de quinze anos de idade. Mina de diamantes na Serra Leoa A moeda é o leone. O banco central é o Banco da Serra Leoa. O país opera uma flutuação da taxa de câmbio do sistema, e moedas estrangeiras podem ser trocadas em qualquer um dos bancos comerciais, de câmbio reconhecido. O uso do cartão de crédito é limitado, utilizado, sobretudo, no turismo. O desemprego é alto, principalmente entre os jovens. A agricultura é o maior responsável pela composição do PIB, tendo respondido, em 2017, por 60,7 dos proventos econômicos e constituindo-se no setor de maior empregabilidade, com 80 da população trabalhando nesta área. Destaca-se o arroz, que vem a compor a maior parte das produções agrícolas. Cerca de dois terços da população estão diretamente envolvidas na agricultura de subsistência. O país é rico em minerais como diamante, ferro, platina e bauxita, com as atividades extrativistas sendo gerenciadas, em grande parte, por sociedades estrangeiras. Boa parte das indústrias compreendem instalações para a transformação dos produtos agrícolas e florestais e de diamantes, sendo que o crescimento da produção industrial foi de 15,5 em 2017. O crescimento econômico do país é impulsionado pela mineração, porém, até 2014 o país dependia de ajuda externa para complementar seu orçamento. A indústria contribui com 6,5 do PIB. A dívida pública da Serra Leoa diminuiu significativamente ao longo do século XXI graças ao alívio da dívida contraída por países pobres altamente endividados e a uma iniciativa multilateral de perdão de dívidas. Em 2014, a dívida do país compreendia 24,9 do PIB, uma diminuição considerável desde 2005, quando a dívida externa comprometia 140 do PIB.
O setor de turismo no país é administrado pelo Ministério do Turismo e Assuntos Culturais. Trata-se de um setor pouco explorado economicamente, de modo que pouco contribui para a economia serra-leonesa. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, aproximadamente 8.000 serra-leoneses estão empregados na indústria do turismo. O ponto de entrada principal é o Aeroporto Internacional de Freetown, com as principais atrações turísticas consistindo em praias, reservas naturais e montanhas.
Escola secundária na cidade de Pendembu O sistema educacional serra-leonês é dividido em quatro estágios educação primária com duração de seis anos, educação secundária júnior de três anos, três anos de educação secundária sênior ou educação vocacional técnica e quatro anos de universidade ou outra educação superior. A educação no país é legalmente obrigatória para todas as crianças a partir dos três anos de idade, no nível primário, e de seis anos de idade no ensino secundário geral. Entretanto, a falta de escolas e professores no país tem resultado numa educação desigual. O analfabetismo atinge aproximadamente dois terços da população adulta do país. Durante a guerra civil que desolou o país, 1 270 escolas primárias foram destruídas, o que resultou em 67 de crianças em idade escolar vivendo fora das instituições de ensino. Desde então, a educação tem atingido resultados consideráveis nos últimos anos, com a duplicação das matrículas nas escolas primárias entre 2001 e 2005, e a reconstrução de muitas escolas, desde o fim da guerra. Os estudantes de escolas primárias possuem geralmente, idades entre 6 a 12 anos, e nas escolas secundárias, a idade escolar varia entre 13 a 18 anos. A educação primária, para além de obrigatória, é oferecida em escolas públicas situadas em todas as regiões do país. Em 2007, os distritos de Kenema e Tonkolili eram os que possuíam o maior número de escolas primárias estruturadas, com 559 e 489, respectivamente. Classe secundária na cidade de Koidu Na Serra Leoa, há três universidades. O Fourah Bay College é a mais antiga destas, fundada em 1827, sendo, ainda, a primeira instituição de ensino superior a operar na frica Ocidental. Há ainda a Universidade de Makeni - instituição de ensino superior católica e privada e a Universidade de Njala, localizada no distrito de Bo, estabelecida como Estação Agrícola Experimental em 1910 e tornando-se uma universidade em 2005. faculdades de formação de professores e seminários religiosos são encontrados em muitas partes do país. Nenhuma das instituições do país está listada entre as 100 melhores universidades da frica, de acordo com a classificação do QS World University Rankings de 2021.
A saúde é de responsabilidade do poder público, sendo gerida em âmbito nacional pelo Ministério da Saúde. Desde abril de 2010, o governo instituiu a Iniciativa Unidade Livre de Saúde, que se compromete a fornecer serviços gratuitos para mulheres grávidas e lactantes, além de crianças menores de 5 anos. Esta política tem sido apoiada pelo Reino Unido e é reconhecido como um movimento progressivo que outros países africanos poderão seguir. Cerca de 16,1 do PIB nacional é voltado para despesas e investimentos em saúde pública, o que se revela a maior porcentagem entre os países da frica Subsaariana. Hospital Kailahun em 2004 A expectativa de vida ao nascer é estimada em 60,19 anos em 2021, fazendo do país a 218 nação no quesito expectativa de vida. No geral, as mulheres serra-leonesas vivem em torno de 5,49 anos a mais que os homens serra-leoneses. As estimativas para a mortalidade infantil na Serra Leoa estão entre as mais altas do mundo Conforme dados de 2021, para cada 1.000 nascidos vivos, cerca de 65,34 crianças não sobrevivem. Assim, o país ocupa a 6 posição entre as nações com maiores índices de mortalidade infantil, lista essa que é liderada pelo Afeganistão 106,75 , Somália 88,03 e República Centro-Africana 84,22 . O índice de mortalidade infantil é maior entre bebês do sexo masculino 73,97 óbitos do que entre bebês do sexo feminino 56,45 óbitos . Apesar de deter uma das mais altas taxas de mortalidade neonatal, o índice registrado no país vem diminuindo ao longo dos anos, uma vez que, em 2012, foram contabilizadas 77 mortes a cada 1.000 nascimentos. O país sofre de surtos epidêmicos de doenças como febre amarela, cólera, meningite e febre de Lassa. Conforme o President s Malaria Initiative PMI , toda a população residente na Serra Leoa é vulnerável à malária, o que a torna endêmica no país. A prevalência de HIV AIDS na população é de 1,5 , superior à média mundial de 1 , mas inferior à média de 6,1 na frica Subsaariana. A ebola é muito recorrente e o país enfrenta uma epidemia de ebola. um dos locais do mundo com maior prevalência desta doença, juntamente com a República Democrática do Congo, Sudão, Uganda e Sudão do Sul. De acordo com um relatório de 2013 do Fundo das Nações Unidas para a Infância UNICEF , cerca de 88 das mulheres na Serra Leoa foram submetidas a mutilação genital feminina nos últimos anos. A densidade de profissionais da saúde no país mostra-se relativamente baixa, registrando-se em 2011 apenas 0,06 médicos a cada 1.000 habitantes. A taxa de prevalência de obesidade na população adulta é de 8,7 2016 , enquanto crianças com idade inferior a cinco anos e abaixo do peso correspondiam a 13,5 em 2019. Todas as dez principais causas de mortes no país estão relacionadas a doenças, sendo as principais delas a malária, infecções respiratórias superiores, infecções neonatais e deficiências nutricionais.
Serra Leoa é o 188 maior consumidor da energia do planeta. Entre as nações africanas, apenas o Chade, República Centro-Africana, São Tomé e Príncipe e Comores consomem menos energia que o país. A matriz energética serra-leonesa é baseada em fontes renováveis, sobretudo a energia hidrelétrica. A produção de energia a partir de fontes não renováveis também é significativa, especialmente no interior do país. Entretanto, a utilização de fontes não renováveis como o petróleo e o gás natural, na produção de energia, é praticamente inexistente. Após a Guerra Civil, a infraestrutura do país estava em más condições e falhas de energia eram comuns. Em 2019, cerca de 26 da população serra-leonesa tinha acesso à eletricidade. Na área urbana, o acesso à eletricidade é maior que na área rural, com 52 e 6 , respectivamente. Dos habitantes atendidos por energia elétrica, 10 ficavam na capital Freetown e os 90 restantes do país usavam 2 da eletricidade nacional. A maioria da população depende de combustíveis de biomassa para sua sobrevivência diária, com lenha e carvão usados mais prevalentemente, cerca de 23 da capacidade instalada total. A conclusão da primeira fase da Usina Hidrelétrica de Bumbuna II, em 2009, e a conclusão de duas grandes usinas movidas a diesel - com apoio estrangeiro - em 2010 e 2011 melhoraram significativamente o fornecimento de eletricidade. A produção de eletricidade no país é relativamente baixa. Conforme dados de 2016, são produzidos cerca de 300 milhões de kWh por ano. Em contrapartida, o consumo de energia elétrica se revela na mesma faixa do que é produzido 279 milhões de kWh a cada ano 2016 . Por conta disto, o país não registra exportações de energia, já que sua produção é voltada para o atendimento interno. A Serra Leoa detém um bom potencial para o uso de energia solar e hidrelétrica, mas a utilização ainda está em desenvolvimento. Eletricidade proveniente de fontes renováveis representam apenas 26 do total instalado, segundo dados de 2017.
Existem vários sistemas de transporte na Serra Leoa, que tem uma infraestrutura rodoviária, aérea e aquática, incluindo uma rede de rodovias e vários aeroportos. Existem 11 300 quilômetros de rodovias na Serra Leoa, dos quais apenas 904 quilômetros são pavimentados cerca de 8 das estradas . As estradas da Serra Leoa ligam o país a Conacri e Monróvia, na Guiné e Libéria, respectivamente. Serra Leoa possui o maior porto natural do continente africano, permitindo o transporte marítimo internacional através do Queen Elizabeth II Quay, na área de Cline Town, no leste de Freetown, ou através do Government Wharf, no centro de Freetown. Existem 800 quilômetros de canais na Serra Leoa, dos quais 600 quilômetros são navegáveis durante todo o ano. As principais cidades portuárias são, além da capital do país, Bonthe, na Ilha Sherbro, e Pepel. Estrada entre os distritos de Kenema e Kailahun Existem dez aeroportos regionais e território serra-leonês e um aeroporto internacional. O Aeroporto Internacional de Lungi, localizado na cidade costeira de Lungi, no norte da Serra Leoa, é o principal aeroporto para viagens domésticas e internacionais. Passageiros atravessam o rio para heliportos de Aberdeen, em Freetown, por hovercraft, balsa ou um helicóptero. Helicópteros também estão disponíveis do aeroporto para outras grandes cidades do país. O aeroporto foi pavimentado e as pistas possuem mais de 3.047 metros. Os outros aeroportos têm pistas não pavimentadas e sete têm pistas de 914 a 1.523 metros de comprimento. os dois restantes têm pistas mais curtas. Serra Leoa aparece na lista da União Europeia de países proibidos no que diz respeito à certificação das companhias aéreas. Isso significa que nenhuma companhia aérea registrada na Serra Leoa pode operar serviços de qualquer tipo dentro da União Europeia. Isto é devido a padrões de segurança abaixo do padrão exigido pela União Europeia, impedindo qualquer companhia aérea do país de ofertar voos para cidades de países que compõem o bloco. Os voos destinados à Europa são ofertados por companhias aéreas registradas nos Países Baixos, Bélgica, França e Turquia.
Os meios de comunicação na Serra Leoa começaram com a introdução da primeira prensa móvel da frica no início do . Uma forte tradição jornalística desenvolveu-se com a criação de alguns jornais. Na década de 1860, o país tornou-se um centro do jornalismo da frica, com profissionais que viajavam ao país de todos os lugares do continente. Ao fim do , a indústria entrou em declínio e quando o rádio foi introduzido na década de 1930, ele tornou-se o meio de comunicação principal do país. O Serviço de Transmissão da Serra Leoa SLBS foi criado pelo governo em 1934, tornando-se a primeira emissora de rádio em língua inglesa do oeste da frica. Em 1963 o SLBS iniciou a transmissão para TV, alcançando todos os distritos do país em 1978. De acordo com a legislação promulgada em 1980, todos os jornais devem registrar-se no Ministério da Informação e pagar taxas de registro consideráveis. A Lei do libelo criminal, incluindo a Lei do libelo sedutor de 1965, é usada para controlar o que é publicado na mídia. Em 2018, Serra Leoa estava na 79 posição de 179 países no ndice de Liberdade de Imprensa da organização Repórteres Sem Fronteiras. A mídia impressa não é amplamente popular e acessível na Serra Leoa, especialmente fora dos limites Freetown e outras grandes cidades, em parte devido aos baixos níveis de alfabetização no país. Entre 1939 e 1984, existiram 31 periódicos em circulação no país, mas esse número caiu para 15 jornais publicados diariamente ou semanalmente em 2007. Entre os leitores de jornais, os jovens costumam ler jornais semanalmente e pessoas mais velhas diariamente. A maioria dos jornais é gerido de forma privada e frequentemente critica o governo. O padrão do jornalismo impresso tende a ser baixo devido à falta de capacitação, e as pessoas confiam menos nas informações publicadas em jornais do que as encontradas no rádio.
Ficheiro Sierra Leone Koindu dance.jpg thumb 200px Uma dança Koindu. As formas tradicionais de música folclórica são populares no interior da Serra Leoa, mas a música popular ocidental também tomou conta das cidades do país. Muitos instrumentos musicais são comuns a muitas nações. Entre estes, destaca-se o tambor Sangbai, também conhecido como yimbei e jimberu pelos povos Koranko e Fula, respectivamente. Ele é encontrado em todo o país e acaba por assumir várias formas, sendo utilizado por muitos grupos étnicos. Trata-se de um tambor de madeira, tocado com as mãos e equipado com uma extensão de chocalho. Outros instrumentos musicais notáveis encontrados em Serra Leoa incluem o Bundu, o Bote e o Drum. O Bundu é um tambor cilíndrico de madeira manipulado pelas mulheres sandes, uma sociedade de iniciação feminina. O Bote também é um tambor, porém, em forma de tigela e tocado por uma vara, estando associado aos Sossos. Já o Drum é uma baqueta compilada na forma da letra L, utilizada para bater tambores. A dança é uma das formas de arte mais reconhecidas internacionalmente na Serra Leoa. A Trupe Nacional de Dança da Serra Leoa já ganhou fama na Feira Mundial de Nova Iorque de 1964 a 1965. Diferentes comunidades do país têm seus próprios estilos de dança e muitos grupos também têm danças cerimoniais. Várias danças peculiares são praticadas por grupos sociais do país, como os Wunde, os Sandes e os Gola.
A literatura serra-leonesa tem como pano de fundo a história do povo, a situação socioeconômica, a natureza e os valores tradicionais. Embora o país tenha uma rica tradição oral, a ficção escrita não se desenvolveu de fato até o século XX. No entanto, algumas obras literárias já apareceram no século XIX, como os livros e panfletos de Africanus Horton e uma obra sobre a história da ABC Sibthorpe na Serra Leoa. Até pouco antes da independência, a literatura era acessada principalmente por meio de jornais impressos, com destaque para o Weekly News, que disponibilizava uma ampla seção literária, especialmente aquelas oriundas do mundo ocidental. Os primeiros escritores serra-leoneses conhecidos na contemporaneidade foram Adelaide Casely-Hayford, que foi uma das primeiras poetisas a tratar sobre a frica subsaariana e a sociedade serra-leonesa em seus poemas, além de George Crispin e Jacon Stanley Davi. Em meados da década de 1950, Thomas Decker promoveu o uso da linguagem krio na literatura nacional, compilando poemas folclóricos, traduzindo obras de Shakespeare para o krio e publicando seus próprios poemas e peças. Dada sua iniciativa, a literatura em língua krio começou a se espalhar. Entre os poetas, escritores e demais artistas serra-leoneses ligados à literatura estão Yulisa Amadu Maddy, autora de No Past No Present no Future, Yema Lucilda Hunter - cujo romance histórico Road to Freedom é baseado na busca pela liberdade por ex-escravos, Muctarr Mustapha, Wilfred Taylor, Delphine King e Syl Cheney-Coker - este último mais conhecido por sua obra Last Harmattan of Alusine Dunbar. O dramaturgo serra-leonês Mohamed Sheriff foi premiado em um concurso da BBC em 2006. Embora não exista um edifício teatral no país, as peças e espetáculos são populares entre a população e comumente apresentadas em praças e e outros espaços públicos. Há muita literatura sobre a temática da guerra civil na Serra Leoa. Destes, as memórias do ex-soldado infantil Ishmael Beah, A Long Way Gone Memoirs of a Boy Soldier, são as mais conhecidas. Outro trabalho notável sobre o período de guerra civil serra leonês é Black Man s Grave Letters from Sierra Leone, uma coleção de cartas escritas por cidadãos do país durante a Guerra Civil.
Ficheiro Temne. Ode-Lay Mask Brooklyn Museum.jpg thumb esquerda 150px Máscara Odelay do povo Temé, Brooklyn Museum. Historicamente, a arte visual serra-leonesa consistia em artesanato. Máscaras de madeira com figuras humanas ou de animais costumam ser feitas para várias danças. Um ornamento típico é uma máscara alongada de cômoros com um penteado alto ornamentado e vários colares. As esculturas de marfim são especialmente populares entre os sherbros também chamados de bollons e os temnes que habitam a costa litorânea e partes do norte do país. Esculturas serra-leonesas conhecidas também incluem figuras humanas feitas de pedra-sabão chamada nomoli. Elas são usadas em rituais locais voltados a uma boa colheita, mas no passado provavelmente eram usadas na adoração dos mortos e em rituais de fertilidade. Os mendets, que habitam as partes sul e leste do país, tecem roupas de algodão em azul, marrom e branco. Roupas feitas à mão são um símbolo significativo de riqueza e são usadas em várias cerimônias e rituais. Os temnets que habitam o norte, por outro lado, tecem roupas coloridas tingidas com nós.
O arroz é o alimento básico na Serra Leoa e é consumido em praticamente todas as refeições diárias. O arroz é preparado de várias maneiras, e coberto com uma variedade de molhos feitos a partir de alguns recheios, feitos de folhas de batata, folhas de mandioca, corchorus, sopa de quiabo, peixe frito e ensopado de amendoim. Ao longo das ruas das vilas e cidades de toda a Serra Leoa, encontram-se alimentos compostos por frutas e vegetais, entre os quais mangas, laranjas, abacaxis, bananas, cerveja de gengibre, batata e mandioca fritas com molho de pimenta, pão, milho assado ou espetos de carne grelhada ou camarão. A cerveja de gengibre é tipicamente uma bebida caseira não alcoólica, feita de gengibre puro e adoçada com açúcar, com cravo-da-índia e suco de lima às vezes adicionados para dar sabor. O poyo é uma bebida popular da Serra Leoa. um vinho de palma doce, levemente fermentado, sendo encontrado em bares nas cidades e aldeias de todo o país. Os ensopados são parte fundamental da gastronomia serra-leonesa, tendo a folha de mandioca sido considerada o prato nacional do país. Freq entemente, o cozido é servido com arroz jollof, arroz branco, banana, akara, inhame ou mandioca. O mafê, também chamado de ensopado de amendoim ou sopa de amendoim, também é comum em algumas regiões do país.
O futebol é o esporte mais popular na Serra Leoa. O país nunca participou de qualquer edição da Copa do Mundo FIFA. Em maio de 2021, o ranking mundial da FIFA classificava a Seleção de Futebol do país como a 114 melhor do mundo. Na Copa Africana de Nações, a Serra Leoa se classificou duas vezes, mas em ambas as ocasiões não conseguiu avançar do bloco inicial. Em 2016, as ligas de futebol do país ainda estavam se recuperando dos efeitos da epidemia de Ebola, que havia restringido os jogos nos dois anos anteriores. A Serra Leoa participou dos Jogos Olímpicos de Verão onze vezes desde 1968, mas nunca alcançou lugares de medalha. Alguns atletas no mundo nasceram ou possuem ascendência serra-leonesa, como Eunice Barber, natural de Freetown e que fugiu do país durante a guerra civil, tendo competido pela França nos eventos desportivos internacionais. Além do futebol, outras modalidades desportivas populares no país são o basquete e o beisebol, comum em algumas cidades. A herança cultural britânica se reflete na popularidade do críquete no país. Em 2016, Serra Leoa ganhou o ouro no críquete na Segunda Divisão Africana. Muitos outros esportes e jogos tradicionais também são praticados na Serra Leoa. Um jogo de tabuleiro chamado mancala também é popular no país, assim como em outras nações da região.
Data Nome Descrição 1 de janeiro Dia de Ano Novo 27 de abril Dia da Independência Independência da Serra Leoa do Império Britânico, em 1961. 25 de dezembro Natal 26 de dezembro Boxing Day Março ou abril Semana Santa Crucificação de Jesus Páscoa Segunda-feira de Páscoa Festa Cristã da Ressurreição 1 Shawwal Eid al-Fitr Fim do Ramadã 10 Dhu al-Hijjah Festa do Sacrifício Festa Muçulmana do Sacrifício 12 Rabi al-Awwal Mulude Aniversário do profeta Maomé
A Gâmbia, oficialmente República da Gâmbia, é um pequeno país da frica Ocidental que rodeia o curso inferior do Rio Gâmbia. Tem uma pequena extensão de litoral Atlântico, a oeste, e uma extensa fronteira com o Senegal, que cerca a Gâmbia por todos os demais lados. Sua capital é Banjul. A língua oficial é o inglês. Os portugueses foram o primeiro povo europeu a decidir estabelecer uma colônia no Rio Gâmbia, ponto estratégico no comércio de escravos. Em 1765, a Gâmbia tornou-se colônia britânica. Em 1965, a Gâmbia tornou-se independente do Reino Unido. Entre 1982 e 1989, esteve unida ao país vizinho, sob o nome de Senegâmbia. Desde que se tornou um país independente, a Gâmbia teve apenas três presidentes Dawda Jawara, que comandou o país por três décadas, até 2004 o governante Yahya Jammeh, que ascendeu ao poder ao comandar o golpe que derrubou seu antecessor e Adama Barrow eleito por eleições diretas em 2016. A economia da Gâmbia é centrada na agricultura, pecuária, pesca e principalmente no turismo. Em Julho de 2017, a população era de 2 051 363 de habitantes.
Plano do Forte de Gâmbia na Ilha James Selo de 1880 Gâmbia formou parte do Império do Gana assim como do Império Songai. Os primeiros testamentos escritos que se têm da região provêm de alguns textos escritos por comerciantes árabes, nos séculos IX e X, quando os comerciantes árabes criaram uma rota comercial, que comercializou escravos, ouro e marfim. No , os portugueses herdaram este comércio estabelecendo uma rota de comércio do Império do Mali, o qual era pertencente à zona da época. Em 1588, António Prior do Crato vendeu os direitos de exclusividade de comércio na região do rio Gâmbia aos ingleses, direitos que foram confirmados pela rainha Elizabeth I. No ano de 1618 o rei inglês Jaime I deu a concessão de comércio na região de Gâmbia e da Costa do Ouro a uma companhia inglesa. Entre 1651 e 1661 partes da atual Gâmbia estiveram sob domínio da Curlândia, na época do príncipe Jacob Kettler, vassalo da Polónia-Lituânia. Desde o final do e durante todo o XVIII a região dos rios Senegal e Gâmbia foi alvo da disputa entre ingleses e franceses. Em 1783 o Tratado de Paris deu a posse do rio Gâmbia aos ingleses, mas os franceses retiveram um enclave na região que só foi cedido ao Reino Unido em 1857. Mais de 3 milhões de escravos foram enviados desta região para as colónias na América. Em 1807, a escravatura foi abolida no Império Britânico, para tentar que os britânicos terminassem com o comércio de escravos na Gâmbia. Para isso, criaram o posto militar de Bathurst hoje Banjul em 1816. Nos anos seguintes, Banjul estava submetida à jurisdição do governador britânico na Serra Leoa. Em 1888, a Gâmbia converteu-se numa colónia autónoma e, um ano mais tarde, em colónia real. A Gâmbia ficou independente do Reino Unido em 1965. Em 1970, Dawda Kairaba Jawara se converteu no primeiro presidente do novo estado e foi reeleito em 1972 e 1977. Depois da independência, a Gâmbia melhorou seu desenvolvimento económico graças ao aumento nos preços de sua principal matéria de exportação, o amendoim, e ao desenvolvimento do turismo internacional. Em 1982, junto com Senegal, a Gâmbia formou a Confederação de Senegâmbia. O presidente Jawara foi derrotado em 1994 por Yahya Jammeh, quem estabeleceu uma ditadura. Jammeh foi reeleito em 2001 e revogou a lei que proibia a existência de partidos opositores. Em 23 de novembro de 2010, a Gâmbia rompe todas as suas relações diplomáticas, económicas e políticas com o Irão.
A Gâmbia é um dos menores países da frica. Trata-se de uma longa faixa de terra pantanosa que se estende ao longo de cerca de 320 km para o interior da frica ocidental mas nunca atinge os 50 km de largura, ao longo das duas margens do rio Gâmbia, navegável em todo o seu curso gambiano. O país também inclui a ilha de Saint Mary, na foz do Gâmbia, onde se ergue a capital, Banjul, e a ilha James, que foi declarada Património Mundial pela UNESCO. O clima é tropical, semelhante aos do vizinho Senegal, do sul do Mali e do norte do Benim. De junho a novembro há uma estação quente e bastante chuvosa. De novembro a maio as temperaturas são mais baixas e a estação é seca. Cerca de 56,1 das terras do país são cultiváveis. De terra cultivável permanente há 41 culturas permanentes 0,5 pastagem permanente 14,6 . São dados de 2011. A fatia equivalente de área florestal é representada por 43,9 . Os assentamentos são encontrados espalhados ao longo do rio Gâmbia as maiores comunidades, incluindo a capital de Banjul, e a maior cidade do país, Serekunda, são encontradas na foz do rio Gambia ao longo da costa atlântica.
Banjul, a capital do país O país possui pouco mais de 2 milhões de habitantes 2017 , o que revela uma densidade de 140 habitantes por quilómetro quadrado. O país, apesar de possuir um território muito limitado, de apenas 11 295 quilómetros quadrados, apresenta diversas etnias. Grande parte da população é composta pelos mandingas 42 , seguidos pelos fulas, com 18 , os uolofes 16 , os diúlas 10 , os seraulis 9 e ainda outras etnias que, somadas, respondem por 5 dos gambianos. 99 da população é negra. Apenas 1 é branca, descendente principalmente de europeus, entre outros povos. O levantamento de 2007 indica que 56 da população do país vive nas cidades. A taxa de analfabetismo preocupa muito as autoridades, por ser muito alta, 57,5 . Apenas 42,5 da população acima dos 15 anos é alfabetizada. Eis alguns dados sobre a demografia gambiana Mortalidade Infantil 74,2 1 000 nascidos vivos 166 Fecundidade 4,23 filhos por mulher Crescimento Demográfico 2,3 ao ano Expectativa de vida 59,4 anos. Expectativa de vida masculina 58,6 anos. Expectativa de vida feminina 60,3 anos.
Em 2013, a Central de Inteligência Americana forneceu que 95,7 da população seguia o Islã como religião, 4,2 seguiam o cristianismo e de ateus apresentava 0,1 . Quem promoveu a religião islâmica para a bacia da Senegâmbia, incluindo a Gâmbia, foram os comerciantes árabes berberes que regularmente atravessavam o deserto do Saara desde o ano 1000. Após a morte do profeta Maomé em 632, o Islã alcançou o norte da frica. No , o Futa Toro, no Senegal, foi convertido ao islamismo. No mesmo século, o movimento puritano almorávida fez uma aparição entre as tribos berberes do sul da Mauritânia e fez um forte impacto religioso lá. Foram essas pessoas convertidas que lançaram os fundamentos da religião na Gâmbia e no Senegal. Os primeiros viajantes comentaram favoravelmente a piedade, a bolsa e as características das importantes cidades comerciais. Por outro lado, eles também observaram a continuação dos costumes e cerimônias tradicionais que eram inaceitáveis para o Islã. Parece que o Islã no vale da Gâmbia antes de 1800 era pouco mais do que uma crença imperial de grande prestígio que existia lado a lado com os cultos de outros deuses. Poucos governantes poderiam escapar da necessidade de tirar o poder e a legitimidade das religiões tradicionais. Muitas pessoas adoraram nas mesquitas e sacrificaram às divindades locais. Foi principalmente por esta razão que, na última parte do , os jiadistas gambianos, como Maba Diakhou e Foday Kabba Dumbuya, castigaram governantes nominalmente muçulmanos por suas práticas religiosas relaxadas em seus estados e, assim, travaram as Guerras Soninquê-Marabuto que grassaram na Gâmbia por toda parte o colocando o Islã em uma nova base. Os cristãos por sua vez, passaram a existir em Gâmbia com práticas durante e depois da ocupação britânica nos séculos XVIII, XIX e XX, mesmo sendo minoria na representação religiosa.
Yahya Jammeh, ex-presidente do país A vigente Constituição de Gâmbia foi aprovada, depois de um referendo, em 16 de janeiro de 1997, após um golpe de estado em 1994 que dissolveu o Parlamento e derrogou a Constituição de 1970. A Gâmbia é uma República presidencialista. O Presidente da República é eleito por sufrágio universal para um período de cinco anos. O poder legislativo reside na Assembleia Nacional composta por quarenta e oito membros, dos que 43 são eleitos por sufrágio universal, e cinco os escolhe o Presidente da República. O poder executivo está dividido entre o Chefe do Estado e o Presidente do Governo, nomeado pela Assembleia entre uma trinca eleita pelo Presidente da República. O poder judiciário articula-se em volta do Tribunal Supremo que se organiza administrativamente segundo o modelo francês. O novo presidente em Julho de 2017 lançou um projeto que poderá mudar a atual constituição do país.
A divisão administrativa da Gâmbia é feita num primeiro plano por divisões. Depois, numa divisão paralela, que se mantém desde a independência do país em 1965, está dividido em reas de Governo Local, que por sua vez se dividem em distritos. Existem 5 divisões e uma cidade, Banjul, com esse estatuto Banjul capital Lower River Central River North Bank Upper River Western Subdivisões da Gâmbia
Principais produtos de exportação de Gâmbia em 2019 . A Gâmbia é um estado agrícola economicamente subdesenvolvido, no qual 30 do PIB é fornecido pela agricultura, que emprega cerca de 75 da população ativa cerca de 20 a mais que no início dos anos 90 . A principal cultura agrícola é tradicionalmente o amendoim, que serve como principal fonte de câmbio 40 do valor das exportações . A indústria é pouco desenvolvida e representada por pequenas e médias empresas. Existem empresas para a produção de materiais de construção, cerveja e refrigerantes, descascamento e processamento de amendoim. O artesanato é desenvolvido - curativos em couro, cerâmica e outros. O setor de serviços responde por 3,3 do PIB. O turismo está se desenvolvendo rapidamente, fornecendo um influxo de moeda forte no país.. A Gâmbia não tem recursos naturais ou minerais confirmados, e tem uma agricultura pouco desenvolvida. Aproximadamente 75 de sua população depende do cultivo da terra ou da criação de animais para subsistência. As atividades industriais principais são o processamento de amendoim, peixes e peles. O comércio de reexportação era uma atividade económica importante, porém o aumento de fiscalização do governo a partir de 1999 e a instabilidade da moeda do país, o dalasi, fez com que esta atividade sofresse redução. As belezas naturais do país e a proximidade com a Europa tornaram-no um destino turístico importante. Sua economia era a 194a do mundo em 2007.
Feriados Data Nome em português Nome local 18 de fevereiro Dia da Independência Independence Day Festa móvel Sexta-feira Santa Holy Friday 1 de maio Dia do trabalho Worker s Day 15 de agosto Dia da Assunção Assumpcion s Day
Categoria Países subdesenvolvidosLesoto ou Lessoto oficialmente Reino do Lesoto em inglês Kingdom of Lesotho é um pequeno país da frica Austral. Um enclave incrustado na frica do Sul, montanhoso e sem saída para o mar, o país é o antigo reino da Bassutolândia, um dos países etnicamente mais homogêneos da frica 99 de sua população é da etnia basoto. O país vive da agricultura e criação de ovelhas na cordilheira do Drakensberg, que domina a maior parte do território e atingem mais de 3 mil metros de altitude. bastante dependente da frica do Sul o dinheiro enviado por seus cidadãos empregados nas minas e fábricas sul-africanas representa 26 do PIB.
No século XVI os basothos se estabeleciam na região da Transvaal hoje frica do Sul , em decorrência de conflitos com a etnia zulu. No século XIX, os habitantes da Bassutolândia travam guerras contra os bôeres. Em 1869 o Lesoto passa a ser protetorado do Reino Unido, e se converte em colônia em 1884. Em 1966 o país se torna independente, sob o nome de Reino do Lesoto. O chefe Moshoeshoe II assume seu reinado. A partir da década de 1970, o Lesoto dá asilo político a muitos sul-africanos contrários ao regime de segregação racial do país, o Apartheid. O general Justin Lekhanya dá um golpe em 1986, assumindo a chefia do governo e, quatro anos depois, depõe o rei Moshoeshoe II e o substitui por seu filho, o príncipe Letsie. O general é deposto em 1991 e, em 1995, Letsie renuncia, levando Moshoeshoe a reassumir o trono. Com a morte do rei, em 1996, seu filho volta ao poder, agora como Letsie III. Eleições gerais realizadas em maio de 1998 dão vitória ao partido governista Congresso para a Democracia de Lesoto LCD , que obtém 78 das 80 cadeiras da Assembleia Nacional, e elege seu líder Bethuel Pakalitha Mosisili para primeiro-ministro. A oposição alega fraude e protesta. A escalada de manifestações, nos meses seguintes, leva, em setembro, à intervenção militar da frica do Sul, que envia 600 soldados ao país, e de Botsuana, que participa com 300 soldados. A ação militar, requisitada por Mosisili sem conhecimento do rei Letsie III - que é impedido pelo primeiro-ministro de falar à população -, deixa aproximadamente 110 mortos e prejuízo de US 10 milhões.
Ficheiro Snowfall Lesotho 2.jpg thumb esquerda Neve na localidade de Moteng Pass, no distrito de Mokhotlong. O Lesoto tem cerca de 30 355 km e caracteriza-se, geograficamente, pela sua meseta montanhosa, com os cumes formados por lava basáltica. A meseta é cortada por diversos vales e rios. Lesoto possui cerca de 80 do seu território acima dos 1 800 metros de altitude, sendo o único país do mundo a ter toda a sua área acima da altitude de 1 000 metros. O ponto mais baixo do país possui exatos 1 400 metros de altitude e está localizado na confluência entre o rio Makhaleng e o rio Orange, próximo à vila de Mahuleng, no distrito de Mohale s Hoek. Dessa forma, o Lesoto é o país que possui a maior altitude mínima do mundo, que é superior à altitude máxima ponto culminante de 56 países ver lista de países por ponto mais alto . Tem um clima temperado, com invernos frescos e secos e verões quentes e úmidos, nas partes mais baixas, e clima frio e com neve nas partes mais elevadas, com precipitações mais elevadas nestas áreas. O seu ponto mais elevado é o monte Thabana-Ntlenyana, com cerca de 3 482 m. O limite a leste é a cordilheira Drakensberg, fazendo fronteira com a província sul-africana de KwaZulu-Natal. Apenas uma faixa da fronteira noroeste tem suaves colinas, com uma pequena área de planícies. Rios principais Os rios principais são o Orange e o Caledom, nascendo em um planalto entre 2 750 e 3 350 metros de altura e o Makhaleng, um importante afluente para o Orange.
De acordo com o censo de 2016, o Lesoto tem uma população total de 2 007 201. Da população, 34,17 viviam em áreas urbanas e 65,83 em áreas rurais. A capital do país, Maseru, corresponde por cerca de metade da população urbana total. A distribuição por sexo é de 982 133 homens e 1 025 068 mulheres. Relatório da ONU de 2004 apontou que 18 da população do país era portadora do vírus HIV e em 2005, outra informação alarmante mais de 25 das mulheres grávidas possuíam o vírus da doença. Esta situação assustadora levou o governo a oferecer testes gratuitos de AIDS para toda a população.
Cerca de 90 da população do Lesoto é cristã. Os protestantes representam 45 da população do país, sendo 26 evangélicos e outros grupos protestantes, como os anglicanos, e 19 de outros ramos do protestantismo. Os católicos representam 45 da população religiosa, formando o maior grupo cristão do Estado. Outras religiões, tais como o muçulmanos, hindus, budistas, bahá ís e membros de religiões tradicionais africanas compreendem os restantes 10 da população.
O Lesoto é um país governado por uma Monarquia constitucional, com dois órgãos legislativos o Senado e a Assembleia Nacional. No entanto, o rei não tem poderes executivos, nem legislativos. País marcado por violentos confrontos em 1998, no seguimento de eleições controversas, em 2002 foram de novo realizadas eleições parlamentares, mas de forma pacífica. Ficheiro Maseru Panorama 1-2007.jpg thumb centro 800px Vista panorâmica de Maseru, capital do país.
A sua localização geográfica faz o país ter maiores laços econômicos e políticos com a frica do Sul. Lesoto faz parte de várias organizações regionais como a Comunidade Sul Africano de Desenvolvimento SADC , da União Aduaneira Sul Africano SACU e a União Africana UA . Lesoto também é membro ativo da ONU e Commonwealth países com laços britânicos tendo também relações internacionais significativas com os EUA, Reino Unido, Alemanha e China. Na esfera internacional, Lesoto reconhece o Estado da Palestina e do Cosovo.
O reino do Lesoto se encontra dividido em 10 distritos Distritos do Lesoto. Divisiões administrativas do país Distrito Capital rea km População censo 2006 1 Berea Teyateyaneng 2 222 250 006 2 Butha-Buthe Butha-Buthe 1 767 110 320 3 Leribe Hlotse 2 828 293 369 4 Mafeteng Mafeteng 2 119 192 621 5 Maseru Maseru 4 279 431 998 6 Mohale s Hoek Mahale s Hoek 3 530 176 928 7 Mokhotlong Mokholong 4 075 97 713 8 Qacha s Nek Qacha s Nek 2 349 69 749 9 Quthing Quthing 2 916 124 048 10 Thaba-Tseka Thaba-Tseka 4 270 129 881
A sua economia tem por base a agricultura, em particular a de subsistência, como culturas de milho, sorgo, trigo e feijão. Nas zonas mais altas é criado gado caprino e ovino, extraindo-se lã e mohair, como sub produtos. Tem como principal recurso natural a água, que em boa parte é exportada para a frica do Sul. O Lesoto depende da frica do Sul para grande parte de sua atividade econômica O Lesoto importa 85 dos bens que consome da frica do Sul, incluindo a maioria dos insumos agrícolas. As famílias dependem muito das remessas de membros da família que trabalham na frica do Sul em minas, fazendas e como empregadas domésticas, embora o emprego na mineração tenha diminuído substancialmente desde os anos 90. O Lesoto é membro da União Aduaneira da frica Austral SACU e as receitas da SACU representaram aproximadamente 26 do PIB total em 2016. O Lesoto também ganha royalties do governo sul-africano pela água transferida para a frica do Sul a partir de um sistema de barragens e reservatórios no Lesoto.
Segundo estimativas de 2014, 85 das mulheres e 68 dos homens com mais de 15 anos eram alfabetizados. Em 2018, este número passou a cerca de 79,4 da população total, sendo que 88,3 das mulheres e 70,1 dos homens detinham alfabetização. Como tal, o Lesoto detém uma das taxas de alfabetização mais altas da frica, em parte porque Lesoto investe mais de 12 do seu PIB em educação. Ao contrário da maioria de outros países africanos, no Lesoto, a alfabetização feminina 84,93 excede a alfabetização masculina 67,75 em 17,18 . De acordo com um estudo realizado pelo Consórcio da frica Austral e Oriental para Monitoramento da Qualidade Educacional, cerca de 37 dos alunos da sexta série no Lesoto idade média de 14 anos estão no nível quatro ou acima, no quesito leitura, sendo que um aluno neste nível de alfabetização vincula e interpreta as informações de um texto com mais facilidade. Embora a educação não seja obrigatória, o Governo do Lesoto está implementando gradativamente um programa de educação primária gratuito. O ensino superior no país é ofertado especialmente pela Universidade Nacional do Lesoto, a principal e mais antiga instituição acadêmica do país, tendo sido fundada em 1945. A expectativa de vida escolar, do ensino primário ao ensino superior, era de 12 anos de estudos em 2018. Os homens estudam, em média, 12 anos de suas vidas, enquanto a média feminina de estudo é de 13 anos. Em 2019, a despesa total com educação, pelo país, foi de 7 de seu Produto Interno Bruto PIB , sendo a 14 maior taxa de investimento no setor educacional entre os países do mundo.
Entre os instrumentos musicais tradicionais, estão o lekolulo, uma espécie de flauta usada por meninos de pastoreio o Setolo-Tolo, tocado por homens usando a boca e o Thomo, com cordas musicais. O hino nacional do Lesoto é Lesotho Fat e La Bo-ntata Rona, que, literalmente, se traduz em Lesotho, terra de nossos pais. O estilo tradicional de habitação em Lesoto é chamado de mokhoro. Muitas casas mais antigas, especialmente em pequenas cidades e aldeias, são deste tipo, com paredes geralmente construídas a partir de grandes pedras coladas. Tijolos de barro e blocos de concreto especialmente também são usados, com telhados de colmo, embora muitas vezes sejam substituídos por telhas onduladas. O traje tradicional gira em torno da manta Basotho, uma espessa cobertura feita principalmente de lã. Os cobertores são onipresentes em todo o país durante todas as estações, e usado de forma diferente para homens e mulheres. O Festival Morija Arts Cultural é um festival de artes e música de origem Sesoto. Ele é realizado anualmente na cidade histórica de Morija, onde os primeiros missionários chegaram em 1833.
Divisão do Ministério das Relações Exteriores do Brasil responsável pelas relações bilaterais com Lesoto Categoria Países subdesenvolvidosAs Seicheles ou Seychelles em inglês e francês, Seychelles em seichelense, Sesel , oficialmente República das Seicheles ou Seychelles, são um país insular localizado no Oceano ndico ocidental, constituído por 115 ilhas distribuídas entre vários arquipélagos localizados a norte e nordeste de Madagáscar. Fazem parte das Seicheles as Ilhas Seicheles propriamente ditas, as Ilhas Amirante, as ilhas Farcuar, as ilhas Aldabra e algumas outras ilhas dispersas. Além de Madagáscar, os seus vizinhos mais próximos são as Maurícias, a sudeste, as Comores e Maiote, a sudoeste, e as Ilhas Gloriosas, a sul. A capital do país é Vitória. As Seicheles estavam desabitadas antes de serem encontradas pelos europeus no século XVI. Enfrentou interesses franceses e britânicos concorrentes, até ficar sob controle britânico total no final do século XIX. Desde a proclamação da independência do Reino Unido em 1976, o país passou de uma sociedade amplamente agrícola para uma economia diversificada baseada no mercado, caracterizada pelo rápido crescimento das atividades de serviços, setor público e turismo. De 1976 até 2015, o PIB nominal cresceu quase sete vezes e a paridade do poder de compra aumentou quase dezesseis vezes. Desde o final de 2010, o governo tomou medidas para incentivar o investimento estrangeiro. Hoje, as Seicheles possuem o maior PIB per capita entre todas as nações africanas. o primeiro e único país africano com ndice de Desenvolvimento Humano considerado muito alto, além de ter uma das maiores renda per capita da frica. e o único país africano classificado como economia de alta renda pelo Banco Mundial. Apesar de sua relativa prosperidade, a pobreza permanece generalizada e o país tem um dos níveis mais altos de desigualdade econômica e distribuição desigual de riqueza, com a classe alta e dominante comandando uma vasta proporção da riqueza do país. A cultura e sociedade das Seicheles é uma mistura eclética de influências francesas, inglesas e africanas, com infusões mais recentes de elementos chineses e indianos. O país é membro das Nações Unidas, da União Africana, da Comunidade de Desenvolvimento da frica Austral e da Commonwealth.
Embora mareantes austronésios ou mercadores árabes possam ter sido os primeiros a visitar as desabitadas Seicheles, o primeiro registro europeu conhecido do avistamento das ilhas ocorreu em 1502, pelo almirante português Vasco da Gama, que atravessou as Ilhas Amirante, nomeando-as em honra de si próprio ilhas do Almirante . A primeira visita a terra registrada e a primeira descrição escrita do arquipélago deve-se à tripulação do East Indiaman inglês Ascension em 1609. Fazendo parte da rota comercial entre a frica e a sia, as ilhas eram ocasionalmente utilizadas por piratas até os franceses iniciarem o controlo do arquipélago em 1756, quando a Pedra da Possessão foi colocada pelo Capitão Nicholas Morphey. As ilhas foram nomeadas em honra de Jean Moreau de Séchelles, Ministro das Finanças de Luís XV. Os britânicos disputaram o controle das ilhas com os franceses entre 1794 e 1812. Jean Baptiste Quéau de Quincy, o administrador francês das Seicheles durante os anos da guerra com o Reino Unido, preferiu não resistir quando os navios inimigos chegaram. Em vez disso, Quincy negociou com sucesso a capitulação aos Britânicos, que conferiu aos colonos uma posição privilegiada de neutralidade. Finalmente, a Grã-Bretanha acabou assumindo o controle total após a rendição das Ilhas Maurícias em 1812, o que foi formalizado em 1814 no Tratado de Paris. As Seicheles tornaram-se uma colónia realenga separada das Maurícias em 1903 e a independência foi conseguida em 1976, sob a forma de república inserida no Commonwealth. Em 1977, um golpe de estado depôs o primeiro presidente da república, James Mancham, substituindo-o por France Albert René. A constituição de 1979 declarou um estado socialista uni-partidário, e assim permaneceu até 1991. O primeiro rascunho da nova constituição não obteve os 60 de votos requeridos em 1992, mas uma versão emendada foi aprovada em 1993. Nas eleições presidenciais de Julho de 1993, o até então ditador Albert René foi eleito com 59 dos votos totais. Atualmente a República de Seicheles tem um sistema político multipartidário, constituído por um presidente, como chefe de Estado e Governo, que dirige um gabinete de 13 ministros. Já o Poder Legislativo é atribuído à Assembleia Nacional, com 32 membros.
As densas florestas da ilha de Mahé Uma nação insular, as Seicheles localizam-se a noroeste de Madagáscar e a 1 593 km a leste de Mombaça, no Quénia, entre 4-5 graus a sul do Equador e entre as longitudes de 55 e 56 graus leste. O número de ilhas do arquipélago é muitas vezes dado como 115, mas a Constituição da República das Seicheles lista 155. As ilhas, segundo a Constituição, estão divididas em vários grupos 42 ilhas graníticas, num grupo interior, que se estende num raio de 90 km de Mahé, a maior ilha do arquipélago e onde se encontra a capital Vitória, com altitudes que chegam aos 940 metros. Em ordem decrescente de tamanho Mahé, Praslin, Silhouette, La Digue, Curieuse, Félicité, Frégate, St. Anne, North, Cerf, Marianne, Grand S ur, Thérèse, Aride, Conception, Petite S ur, Cousin, Cousine, Long, Récif, Round Praslin , Anonyme, Mamelles, Moyenne, Ile aux Vaches Marines, L Islette, Beacon Ile Sèche , Cachée, Cocos, Round Mahé , L Ilot Frégate, Booby, Chauve Souris Mahé , Chauve Souris Praslin , Ile La Fouche, Hodoul, L Ilot, Rat, Souris, St. Pierre Praslin , Zavé, Harrison Rocks Grand Rocher . Dois cayos de coral e areia a norte das ilhas graníticas Denis e Bird. Duas ilhas coralinas a sul das graníticas Co tivy e Platte. 29 ilhas coralinas no grupo das Amirantes, a oeste das graníticas Desroches, Poivre Atoll que inclui três ilhas Poivre, Florentin e South Island , Alphonse, D Arros, St. Joseph Atoll incluindo 14 ilhas St. Joseph Ile aux Fouquets, Ressource, Petit Carcassaye, Grand Carcassaye, Benjamin, Bancs Ferrari, Chiens, Pélicans, Vars, Ile Paul, Banc de Sable, Banc aux Cocos e Ile aux Poules , Marie Louise, Desnoeufs, African Banks compreendendo duas ilhas African Banks e South Island , Rémire, St. François, Boudeuse, Etoile, Bijoutier. 67 ilhas coralinas sobrelevadas no Grupo Aldabra, a oeste do Grupo Farcuar Atol de Aldabra, Património Mundial da UNESCO compreendendo 46 ilhas Grande Terre, Picard, Polymnie, Malabar, Ile Michel, Ile Esprit, Ile aux Moustiques, Ilot Parc, Ilot Emile, Ilot Yangue, Ilot Magnan, Ile Lanier, Champignon des Os, Euphrate, Grand Mentor, Grand Ilot, Gros Ilot Gionnet, Gros Ilot Sésame, Heron Rock, Hide Island, Ile aux Aigrettes, Ile aux Cèdres, Iles Chalands, Ile Fangame, Ile Héron, Ile Michel, Ile Squacco, Ile Sylvestre, Ile Verte, Ilot Déder, Ilot du Sud, Ilot du Milieu, Ilot du Nord, Ilot Dubois, Ilot Macoa, Ilot Marquoix, Ilots Niçois, Ilot Salade, Middle Row Island, Noddy Rock, North Row Island, Petit Mentor, Petit Mentor Endans, Petits Ilots, Pink Rock e Table Ronde , Assumption, Astove e Atol de Cosmoledo compreendendo 19 ilhas Menai, Ile du Nord West North , Ile Nord-Est East North , Ile du Trou, Go lettes, Grand Polyte, Petit Polyte, Grand Ile Wizard , Pagode, Ile du Sud-Ouest South , Ile aux Moustiques, Ile Baleine, Ile aux Chauve-Souris, Ile aux Macaques, Ile aux Rats, Ile du Nord-Ouest, Ile Observation, Ile Sud-Est e Ilot la Croix . 13 ilhas coralinas no Grupo Farcuar, a sul-sudoeste das Amirantes Atol de Farcuar que compreende 10 ilhas Bancs de Sable, Déposés, Ile aux Go lettes, Lapins, Ile du Milieu North, Manaha South, Manaha Middle, Manaha, North Island, e South Island , Atol Providence compreendendo duas ilhas Providence e Bancs Providence e St Pierre. As ilhas coralinas espalham-se numa área até 1 200 km de nordeste a sudoeste, são planas e sem nenhuma água doce. O clima é tropical com humidade elevada, sendo mais fresco entre Maio e Setembro devido às monções vindas do sudeste. A monção noroeste é de Março a Maio, tendo temperaturas mais mornas. As chuvas têm precipitações médias de 2800 mm em Mahé, ao nível do mar, e 3 550 mm nas montanhas.
Coco-do-mar Praslin Tartaruga-gigante Dipsochelys hololissa A legislação ambiental das Seicheles é muito estrita, e todo o turismo projectado está sujeito a uma revisão ambiental e a um longo processo de consulta com o público e os conservacionistas. As ilhas são líderes mundiais em turismo sustentável. O resultado final deste desenvolvimento sustentável é um ambiente natural intacto e estável, que atrai visitantes com grande poder financeiro 150 000 em 2007 mais do que turismo de massas de curta duração. Desde 1993 uma lei garante aos cidadãos o direito a um ambiente limpo, ao mesmo tempo que os obriga a proteger esse ambiente. O país detém o recorde da maior percentagem de terra sob protecção natural quase 50 da área de terra total das Seicheles. Anse Source d Argent em La Digue Tal como muitos ecossistemas insulares frágeis, as Seicheles viram a perda de biodiversidade durante o início da colonização, incluindo o desaparecimento das tartarugas-gigantes das ilhas graníticas, o abate das florestas costeiras e de média altitude, e a extinção de espécies como o Zosterops erythropleurus, o periquito-das-Seicheles e o crocodilo-de-água-salgada. No entanto, as extinções aqui foram muito menores que em ilhas como as Maurícias ou o Havai, em parte graças a um menor período de ocupação humana desde 1770 . As Seicheles são hoje em dia conhecidas pelos casos de sucesso na protecção da sua flora e fauna. O raro papagaio-preto-das-Seicheles, o pássaro nacional do país, está agora protegido. As ilhas graníticas das Seicheles são o lar de cerca de 75 espécies vegetais endémicas, a que se somam mais cerca de 25 espécies do grupo Aldabra. particularmente bem conhecido o coco-do-mar, uma espécie de palmeira que cresce apenas na ilha Praslin e na sua vizinha Curieuse. Por vezes alcunhado de noz do amor devido à sua forma sugestiva, o coco-do-mar é a maior semente do mundo. A árvore-medusa encontra-se apenas em alguns locais, hoje em dia. Esta estranha e antiga planta resistiu a todos os esforços efectuados para a sua propagação. Outras espécies vegetais únicas incluem a gardénia-de-wrights, encontrada apenas na Reserva Especial da Ilha de Aride. As tartarugas-gigantes-de-aldabra povoam agora muitas das ilhas das Seicheles, sendo a população de Aldabra a maior do mundo. Estes quelónios peculiares podem ser encontrados até como grupos populacionais vivendo em cativeiro. Foi reportado que as ilhas graníticas das Seicheles abrigam espécies distintas de tartaruga-gigante-das-Seicheles, mas o estado actual das diferentes populações não é claro. As Seicheles abrigam algumas das maiores colónias de aves marinhas do mundo. A vida marinha em volta das ilhas, em especial as ilhas coralíferas mais remotas, pode ser espectacular. Mais de espécies de peixes foram registadas. Desde que a utilização de arpões e dinamite na pesca foi banida devido aos esforços dos conservacionistas locais nos anos 1960, a vida selvagem deixou de temer os snorkelers e mergulhadores. O branqueamento de corais em 1998 infelizmente danificou muitos recifes, mas alguns mostram uma recuperação saudável por exemplo na Ilha de Silhouette .
Demografia de Seicheles entre 1961 e 2003 x 1000 Habitantes As Seicheles têm 99 545 habitantes, na sua maioria concentrados na ilha de Mahé, onde se situa a capital. O arquipélago era desabitado até ao , sendo actualmente a população descendente dos colonizadores franceses e de imigrantes indianos, africanos e chineses.
O Francês e o inglês são os idiomas oficiais do país, seguido pelo seichelense, que se baseia no francês e é o idioma mais falado nas Seicheles, seguido pelo francês e inglês, sendo que 87 da população fala Seichelense, 51 fala francês e 38 fala inglês, que é usado principalmente como a língua de negócios e do comércio.
De acordo com dados de 2019, cerca de 94 da população é cristã, mas há outras religiões também como o Hinduísmo que representa 2 da população e o Islã, representando apenas 1 da população, e cerca de 2 da população declara não seguir nenhuma religião.
As Seicheles são uma república presidencialista. O presidente é escolhido por voto popular, e fica no mandato por um período de cerca de cinco anos. A Assembleia Nacional ou Assemblée Nationale, é constituída por 34 membros, dos quais 25 são eleitos diretamente pelo voto popular, enquanto os nove lugares restantes são nomeados proporcionalmente de acordo com o percentual de votos recebidos por cada partido. Todos os membros servem cinco anos. Faz parte da Commonwealth, da Francofonia e da Comissão do Oceano ndico.
O País está dividido em 25 distritos, todos localizados em um grupo de ilhas chamado ilhas internas. As ilhas externas Zil Elwannyen Sesel não pertencem a nenhum distrito.
Aeroporto Internacional de Seicheles em Mahé, em Destaque o Airbus A300 Praia La Digue, uma das praias mais visitadas do país Principais produtos de exportação das Ilhas Seychelles em 2019 . Em 1971, com a abertura do Aeroporto Internacional de Seicheles, o turismo tornou-se uma indústria significativa, dividindo essencialmente a economia entre plantações e turismo. O setor de turismo pagou melhor e o setor de plantações da economia declinou em destaque e o turismo se tornou a principal indústria das Seicheles. O turismo emprega aproximadamente 30 da força trabalhadora do país e 70 das receitas em moeda forte. Nos últimos anos, o governo incentivou o investimento estrangeiro para atualizar hotéis e outros serviços. Esses incentivos deram origem a uma enorme quantidade de investimento em projetos imobiliários e novas propriedades de resort, como o projeto TIME, distribuído pelo Banco Mundial, juntamente com o projeto predecessor MAGIC. Apesar de seu crescimento, a vulnerabilidade do setor turístico foi ilustrada pela forte queda de 1991 1992, devido em grande parte à Guerra do Golfo. Desde então, o governo passou a reduzir a dependência do turismo, promovendo o desenvolvimento da agricultura, pesca, manufatura em pequena escala e, mais recentemente, o setor financeiro offshore, por meio do estabelecimento da Autoridade de Serviços Financeiros e da promulgação de vários atos legislativos como a Lei Internacional de Prestadores de Serviços Corporativos, a Lei Internacional das Empresas de Negócios, a Lei de Valores Mobiliários, a Lei de Fundos Mútuos e Hedge Fund, entre outras . Mesmo assim, as Seicheles são um dos países mais ricos da frica, pertencendo, junto com Argélia, Tunísia, Gabão, Botsuana, Maurício e Líbia, à lista dos únicos seis países com IDHs elevados do continente e junto com Guiné Equatorial, possui a maior renda per capita da frica, com mais de US 27 000.
Pescadores seichelenses após a pesca A sociedade seichelense é essencialmente matriarcal. As mães tendem a ter um papel dominante no lar, controlando a maioria das despesas correntes e ocupando-se dos interesses das crianças. As mães solteiras são a norma social, e a lei obriga os pais a assegurar a alimentação dos filhos. Os homens são importantes pela capacidade de ganhar dinheiro, mas o seu papel doméstico é relativamente periférico. As mulheres mais velhas podem habitualmente contar com o suporte financeiro dos membros da família que vivem em casa ou contribuições dos ganhos dos filhos crescidos.
Feriados Data Nome em português Nome local Observações 18 de junho Dia Nacional Fête nationale National Day Adoptado pela Constituição 29 de junho Independência Indépendance Independence
PortalBrasil.net Seicheles Imagens das Seicheles Sesel.net - The Seychelles Forum Divisão da frica II - Itamaraty Divisão do Ministério das Relações Exteriores do Brasil responsável pelas relações bilaterais com Seicheles Fotos das Seicheles Vídeos sobre a história e a natureza de Seicheles com fotografia aérea Categoria Países e territórios de língua oficial inglesa Categoria Países e territórios de língua oficial francesaA ilha Tromelin, por vezes também chamada le de Sable, é uma pequena ilha francesa no Oceano ndico, localizada a 15 52 S e 54 25 E, cerca de 700 km a norte da Reunião, e desabitada. O seu vizinho mais próximo é Madagáscar, a oeste, seguindo-se-lhe as ilhas Cargados Carajos, dependentes da Maurícia, a leste. A ilha faz parte do grupo insular designado por Mascarenhas e está localizada na bacia oceânica das Mascarenhas. A França e a Maurícia têm mantido negociações sobre um possível condomínio em Tromelin. Em 2010, os dois países chegaram a um acordo sobre a gestão conjunta da ilha, sem prejuízo sobre a reivindicação territorial da Maurícia sobre este território insular.
Mapa das ilhas Esparsas Conhecida desde o século XVI, Tromelin nunca teve ocupação efetiva. A 31 de julho de 1761 naufragou na ilha o navio negreiro Utile, carregado de escravos provenientes de Madagáscar a caminho da ilha Maurícia. Parte da tripulação salvou-se e abandonou a ilha numa embarcação construída com os salvados do navio. Transportou apenas os brancos que se salvaram. Os 60 escravos sobreviventes ficaram abandonados na ilha, de onde apenas 15 anos depois, a 29 de novembro de 1776, foram recuperados os 8 sobreviventes. O navio que os recuperou era a corveta Dauphine, do comandante Jacques Marie Boudin de Tromelin de La Nuguy, em honra de quem a ilha foi rebaptizada antes era simplesmente conhecida por ilha Sable, isto é Areia . A ilha foi incorporada a partir de 1814 na possessão francesa da ilha Reunião. De 1960 a 2004 foi administrada pelo prefeito da Reunião embora sob a tutela do Ministro do Ultramar de França . A partir de 3 de Janeiro de 2005, a ilha Tromelin, considerada como domínio privado do Estado francês, é administrada, em nome da República Francesa, pelo administrador das Terras Austrais e Antárticas Francesas TAAF - Terres Australes et Antarctiques Françaises com sede em Saint Pierre, na Reunião. Administrativamente a ilha está integrada nas chamadas les parses Ilhas Esparsas em conjunto com as ilhas sob administração francesa do Canal de Moçambique Bassas da ndia, Europa, as Gloriosas e João da Nova . A sua pequena dimensão aproximadamente 1,0 km , com um perímetro de praias que se alonga por apenas 3,7 km em torno da ilha e o solo arenoso nunca permitiram uma efetiva ocupação humana. A altitude máxima é de 7 m acima do nível do mar. Em 1954 foi construída uma pista de aterragem, não pavimentada, com 1050 m de comprido por 35 m de largura, e instalado equipamento de apoio farol e radiobaliza . A ilha é apenas visitada esporadicamente, nela residindo apenas o pessoal técnico de apoio à importante estação meteorológica ali instalada. O seu território é reserva natural, constituindo um santuário para reprodução de aves e tartarugas-verdes. A ilha está considerada como rea Importante para a Preservação de Aves pela BirdLife International. A França reclama um mar territorial de 12 e uma zona económica exclusiva de 200 milhas náuticas en torno da ilha. A soberania francesa sobre o território é disputada pela República da Maurícia que considera Tromelin como parte do seu território.
Informação sobre os territórios ultramarinos franceses em francês . O naufrágio da Utile e os escravos esquecidos de Tromelin em francês . Imagens e informação sobre Tromelin em francês . Tromelin, la isla de los malgaches resilientes em castehano Categoria Ilhas das Terras Austrais e Antárticas Francesas Categoria Ilhas do ndico Categoria Ilhas disputadas Categoria Territórios disputados pela França Categoria Territórios disputados pela Maurícia Categoria Relações entre França e Maurícia Categoria Ilhas desabitadas da Maurícia Categoria Ilhas desabitadas das Terras Austrais e Antárticas Francesas Categoria reas Importantes para a Preservação de Aves das Terras Austrais e Antárticas FrancesasFicheiro Iles eparses de l ocean Indien.png thumb 250px Localização das Ilhas Dispersas do Oceano ndico 1 Bassas da ndia 2 Ilha Europa 3 Ilhas Gloriosas 4 João da Nova 5 Tromelin KM Comores, MG Madagáscar, MU Maurícia, MZ Moçambique, RE Reunião, YT Maiote As Ilhas Gloriosas les Glorieuses são um pequeno arquipélago francês no Oceano ndico, dependente das Terras Austrais e Antárticas Francesas, com apenas 4,2 km . O seu vizinho mais próximo é Madagáscar, a sueste e a sudoeste, seguindo-se-lhe as Seicheles, a norte. Atualmente, estão desabitadas. As ilhas são administradas como parte das Ilhas Esparsas do Oceano ndico pelo administrador superior das Terras Austrais e Antárticas Francesas TAAF .
Gloriosas Categoria Ilhas desabitadas das Terras Austrais e Antárticas Francesas Categoria Arquipélagos do Oceano ndico Categoria Territórios disputados pela França Categoria Territórios disputados por Madagáscar Categoria Relações entre França e Madagáscar Gloriosas em inglês Mauritius, em francês Maurice, em crioulo mauriciano Moris , oficialmente República das Ilhas Maurícias ou República de Maurício , em francês République de Maurice, em crioulo mauriciano Repiblik Moris , é um país insular do oceano ndico, a cerca de 2 mil km da costa sudeste do continente africano. O país inclui as ilhas Maurícia e Rodrigues, a 560 km a leste da ilha Maurícia, e as ilhas exteriores Agalega e as ilhas de São Brandão, conhecidas também como Cargados Carajos . O país também reivindica o Arquipélago de Chagos, que faz parte do Território Britânico do Oceano ndico, e também reivindica a ilha de Tromelin, que faz parte das Terras Austrais e Antárticas Francesas. As ilhas Maurícia e Rodrigues fazem parte das Ilhas Mascarenhas, junto com a vizinha Reunião, um departamento ultramarino francês. A área do país é de 2 040 km . A capital e maior cidade é Porto Luís. O país é membro da Comunidade das Nações, da Francofonia e da União Africana. Anteriormente uma colónia neerlandesa 1638 1710 e uma colónia francesa 1715 1810 , as Ilhas Maurícias tornaram-se uma possessão colonial britânica em 1810 e assim permaneceram até 1968, ano em que adquiriram a independência. A colónia da Coroa Britânica de Maurício integrou os territórios atuais das Ilhas Maurícia, Rodrigues, as ilhas exteriores de Agalega, São Brandão, Arquipélago de Chagos e Seicheles. Em 1903 foi criada a colônia de Seicheles e em 1965 o arquipélago de Chagos tornou-se uma entidade separada. A soberania sobre o arquipélago de Chagos é disputada entre Maurício e o Reino Unido. O Reino Unido extirpou o arquipélago do território mauriciano em 1965, três anos antes da independência de Maurício. O Reino Unido gradualmente despovoou o arquipélago e arrendou a ilha principal, Diego Garcia, aos Estados Unidos. O acesso ao arquipélago é proibido a turistas ocasionais, os media e os seus antigos habitantes. As Maurícias também reivindicam a soberania sobre a ilha de Tromelin á França. O povo mauriciano é multiétnico, multirreligioso, multicultural e multilíngue. O governo da ilha segue o sistema parlamentarista de Westminster, o país é altamente classificadas em democracia, em liberdade económica e política. O ndice de Desenvolvimento Humano de Maurícia é o mais alto da frica. A Maurícia é conhecida pela sua flora e fauna variadas, com muitas espécies endémicas da ilha. A ilha é amplamente conhecida como a única casa conhecida do dodô, que, juntamente com várias outras espécies de aves, foi extinta por atividades humanas relativamente pouco depois do assentamento da ilha. Maurícia é o único país da frica onde o hinduísmo é a religião mais praticada. A administração usa o inglês como idioma principal, embora não haja uma língua oficial definido e sejam também usados pela população o francês, o inglês e o crioulo mauriciano.