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2,024 | Lei nº 15.004, de 16.10.2024 Publicada no DOU de 17.10.2024 | Confere o título de Capital Nacional da Biodiversidade Marinha ao Município de Guarapari, no Estado do Espírito Santo. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L15004.htm | L15004Presidência da RepúblicaCasa CivilSecretaria Especial para Assuntos JurídicosLEI Nº
15.004, DE 16 DE OUTUBRO DE 2024Confere o título de Capital Nacional da Biodiversidade Marinha ao
Município de Guarapari, no Estado do Espírito Santo.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço
saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1º Fica conferido o título de Capital Nacional da
Biodiversidade Marinha ao Município de Guarapari, no Estado do Espírito
Santo.Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.Brasília, 16 de outubro de 2024; 203º da Independência e 136º da República.LUIZ
INÁCIO LULA DA SILVAMaria Osmarina Marina da Silva Vaz de LimaEste texto não substitui o publicado no DOU de
17.10.2024.* |
2,024 | Lei nº 15.003, de 16.10.2024 Publicada no DOU de 17.10.2024 | Inscreve o nome de André Pinto Rebouças no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L15003.htm | L15003Presidência da RepúblicaCasa CivilSecretaria Especial para Assuntos JurídicosLEI Nº
15.003, DE 16 DE OUTUBRO DE 2024Inscreve o nome de André Pinto Rebouças no Livro de Heróis e Heroínas da
Pátria.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço
saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1º Fica inscrito o nome de André Pinto Rebouças,
conhecido como André Rebouças, no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria,
depositado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília.Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.Brasília, 16 de outubro de 2024; 203º da Independência e 136º da República.LUIZ
INÁCIO LULA DA SILVAMacaé Maria Evaristo dos SantosAnielle Francisco da SilvaEnrique Ricardo LewandowskiEste texto não substitui o publicado no DOU de
17.10.2024.* |
2,024 | Lei nº 15.002, de 16.10.2024 Publicada no DOU de 17.10.2024 | Denomina “Rodovia Alberto Dauaire” o trecho da rodovia BR-356 entre as cidades de São João da Barra e Campos dos Goytacazes, no Estado do Rio de Janeiro. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L15002.htm | L15002Presidência da RepúblicaCasa CivilSecretaria Especial para Assuntos JurídicosLEI Nº
15.002, DE 16 DE OUTUBRO DE 2024Denomina “Rodovia Alberto Dauaire” o trecho da rodovia BR-356 entre as
cidades de São João da Barra e Campos dos Goytacazes, no Estado do Rio
de Janeiro.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço
saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1º Esta Lei denomina “Rodovia Alberto Dauaire” o
trecho da rodovia BR-356 entre as cidades de São João da Barra e Campos dos
Goytacazes, no Estado do Rio de Janeiro.Art. 2º É denominado “Rodovia Alberto Dauaire” o trecho
da rodovia BR-356 entre as cidades de São João da Barra e Campos dos
Goytacazes, no Estado do Rio de Janeiro.Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.Brasília, 16 de outubro de 2024; 203º da Independência e 136º da República.LUIZ
INÁCIO LULA DA SILVAJosé Renan Vasconcelos Calheiros FilhoEste texto não substitui o publicado no DOU de
17.10.2024.* |
2,024 | Lei nº 15.001, de 16.10.2024 Publicada no DOU de 17.10.2024 | Altera as Leis nºs 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), e 10.973, de 2 de dezembro de 2004, para estabelecer requisitos mínimos de transparência pública e controle social em matéria educacional. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L15001.htm | L15001Presidência da RepúblicaCasa CivilSecretaria Especial para Assuntos JurídicosLEI Nº
15.001, DE 16 DE OUTUBRO DE 2024Altera as Leis nºs 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional), e 10.973, de 2 de dezembro de 2004, para
estabelecer requisitos mínimos de transparência pública e controle
social em matéria educacional.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço
saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1º Esta Lei altera asLeis nºs 9.394, de 20 de dezembro de 1996(Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), e10.973, de 2 de dezembro de 2004,
para estabelecer requisitos mínimos de transparência pública e controle
social em matéria educacional.Art. 2º ALei nº 9.394,
de 20 de dezembro de 1996(Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional), passa a vigorar com as seguintes alterações:“Art. 3º
..........................................................................................................................................................................................................................XV –garantia do
direito de acesso a informações públicas sobre a gestão da
educação.” (NR)“Art. 5º
.......................................................................................................§ 1º
.................................................................................................................................................................................................................................V –garantir aos
pais, aos responsáveis e aos estudantes acesso aos resultados das
avaliações de qualidade e de rendimento escolar nas instituições de
ensino, diretamente realizadas por ele ou em parceria com
organizações internacionais............................................................................................................”
(NR)“Art. 14-A. A União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão, como
princípios de gestão de suas redes de ensino, a transparência e o
acesso à informação, devendo disponibilizar ao público, em meio
eletrônico, informações acessíveis referentes a:I – número de vagas disponíveis e preenchidas por instituição de
ensino, lista de espera, quando houver, por ordem de colocação, e,
no caso de instituições federais, especificação da reserva de vagas,
nos termos daLei nº 12.711, de 29 de agosto
de 2012;II – bolsas e auxílios para estudo e pesquisa concedidos a
estudantes, a professores e a pesquisadores;III – atividades ou projetos de pesquisa, extensão e inovação
tecnológica finalizados e em andamento, no caso de instituições de
educação superior;IV – estatísticas relativas a fluxo e a rendimento escolares;V – execução física e financeira de programas, de projetos e de
atividades direcionados à educação básica e superior financiados com
recursos públicos, renúncia fiscal ou subsídios tributários,
financeiros ou creditícios, discriminados de acordo com a
denominação a eles atribuída nos diplomas legais que os instituíram;VI – currículo profissional e acadêmico dos ocupantes de cargo de
direção de instituição de ensino e dos membros dos conselhos de
educação, observadas as disposições daLei nº 13.709, de 14 de agosto
de 2018(Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais);VII – pautas e atas das reuniões do Conselho Nacional de Educação e
dos conselhos de educação dos Estados e do Distrito Federal.”“Art. 56.As
instituições públicas de educação superior obedecerão ao princípio
da gestão transparente e democrática, assegurada a existência de
órgãos colegiados deliberativos, dos quais participarão os segmentos
da comunidade institucional, local e regional............................................................................................................”
(NR)“Art. 72. As receitas
e as despesas com manutenção e desenvolvimento do ensino serão
apuradas e publicadas:I – nos balanços do poder público e nos relatórios a que se refere o§ 3º do art. 165 da
Constituição Federal;II – nos sítios eletrônicos do Ministério da Educação e dos órgãos
gestores da educação pública de cada ente federado subnacional.Parágrafo único. Deverão ser publicados, de forma específica, dados
relativos a:I – receitas próprias, de convênios ou de doações das instituições
federais de ensino;II – gestão e execução dos recursos do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação (Fundeb);III – repasses de recursos públicos a instituições de ensino
conveniadas para oferta da educação escolar.” (NR)“Art. 77.
...........................................................................................................................................................................................................................V –não tenham como
dirigente agente político de Poder ou do Ministério Público,
dirigente de órgão ou entidade da administração pública de qualquer
esfera governamental, ou seu cônjuge, companheiro ou parente em
linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau.....................................................................................................................§ 3ºAs escolas
comunitárias, confessionais ou filantrópicas deverão disponibilizar
ao público, em meio eletrônico, nos termos de regulamento,
informações acessíveis referentes a:I – recursos financeiros públicos diretamente recebidos e objetivos
a serem alcançados por meio da sua utilização;II – caso certificadas como entidades beneficentes, nos termos daLei Complementar nº 187, de 16 de dezembro de 2021:a) comprovação da certificação e respectivo prazo de validade;b) número de bolsas integrais e parciais concedidas de acordo com o
disposto naLei Complementar nº 187, de 16
de dezembro de 2021, bem como os critérios
utilizados para sua concessão.” (NR)Art. 3º O art. 27-A daLei nº 10.973, de 2 dezembro de 2004,
passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo único:“Art. 27-A.
...................................................................................................Parágrafo único.As informações sobre prestação de contas de
recursos repassados com base nesta Lei serão acessíveis ao público,
conforme o disposto naLei nº 12.527, de 18 de
novembro de 2011(Lei de Acesso à Informação).” (NR)Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação, assegurado aos entes federados o prazo de 1 (um) ano, contado
dessa data, para cumprimento do disposto noart. 14-A da Lei nº 9.394, de 20 de
dezembro de 1996(Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional).Brasília, 16 de outubro de 2024; 203º da Independência e 136º da República.LUIZ
INÁCIO LULA DA SILVACamilo Sobreira de SantanaSimone Nassar TebetEste texto não substitui o publicado no DOU de
17.10.2024.* |
2,024 | Lei nº 15.000, de 15.10.2024 Publicada no DOU de 16.10.2024 | Declara o educador Anísio Teixeira Patrono da Escola Pública Brasileira. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L15000.htm | L15000Presidência da RepúblicaCasa CivilSecretaria Especial para Assuntos JurídicosLEI Nº
15.000, DE 15 DE OUTUBRO DE 2024Declara o educador Anísio Teixeira Patrono da
Escola Pública Brasileira.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1º É declarado Patrono da Escola Pública Brasileira
o educador Anísio Teixeira.Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.Brasília, 15 de outubro de 2024; 203º da Independência e 136º da República.LUIZ INÁCIO LULA DA SILVAMacaé Maria Evaristo dos SantosCamilo Sobreira de SantanaEste texto não substitui o publicado no DOU de
16.10.2024.* |
2,024 | Lei nº 14.999, de 15.10.2024 Publicada no DOU de 16.10.2024 | Inscreve o nome de Eduardo Henrique Accioly Campos no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L14999.htm | L14999Presidência da RepúblicaCasa CivilSecretaria Especial para Assuntos JurídicosLEI Nº
14.999, DE 15 DE OUTUBRO DE 2024Inscreve o nome de Eduardo Henrique Accioly Campos
no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1º Fica inscrito o nome de Eduardo Henrique Accioly
Campos no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, que se encontra no Panteão
da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, localizado na Praça dos Três
Poderes, em Brasília.Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.Brasília, 15 de outubro de 2024; 203º da Independência e 136º da República.LUIZ INÁCIO LULA
DA SILVAMacaé Maria Evaristo dos SantosEste texto não substitui o publicado no DOU de
16.10.2024.* |
2,024 | Lei nº 14.998, de 15.10.2024 Publicada no DOU de 16.10.2024 | Institui o Dia Nacional da Música Gospel. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L14998.htm | L14998Presidência da RepúblicaCasa CivilSecretaria Especial para Assuntos JurídicosLEI Nº
14.998, DE 15 DE OUTUBRO DE 2024Institui o Dia Nacional da Música Gospel.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1º Fica instituído o Dia Nacional da Música Gospel,
a ser comemorado, anualmente, no dia 9 de junho, em todo o território
nacional.Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.Brasília, 15 de outubro de 2024; 203º da Independência e 136º da República.LUIZ
INÁCIO LULA DA SILVAMarcio Tavares dos SantosEste texto não substitui o publicado no DOU de
16.10.2024.* |
2,024 | Lei nº 14.997, de 15.10.2024 Publicada no DOU de 16.10.2024 | Reconhece como manifestação da cultura nacional a Festa do Sairé, realizada no distrito de Alter do Chão, no Município de Santarém, no Estado do Pará. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L14997.htm | L14997Presidência da RepúblicaCasa CivilSecretaria Especial para Assuntos JurídicosLEI Nº
14.997, DE 15 DE OUTUBRO DE 2024Reconhece como manifestação da cultura nacional a
Festa do Sairé, realizada no distrito de Alter do Chão, no Município de
Santarém, no Estado do Pará.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1º Fica reconhecida como manifestação da cultura
nacional a Festa do Sairé, realizada no distrito de Alter do Chão, no
Município de Santarém, no Estado do Pará.Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.Brasília, 15 de outubro de 2024; 203º da Independência e 136º da República.LUIZ
INÁCIO LULA DA SILVAMarcio Tavares dos SantosMacaé Maria Evaristo dos SantosAna Carla Machado LopesEste texto não substitui o publicado no DOU de
16.10.2024.* |
2,024 | Lei nº 14.996, de 15.10.2024 Publicada no DOU de 16.10.2024 | Reconhece as expressões artísticas charge , caricatura, cartum e grafite como manifestações da cultura brasileira. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L14996.htm | L14996Presidência da RepúblicaCasa CivilSecretaria Especial para Assuntos JurídicosLEI Nº
14.996, DE 15 DE OUTUBRO DE 2024Reconhece as expressões artísticascharge,
caricatura, cartum e grafite como manifestações da cultura brasileira.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1º Ficam reconhecidos acharge, a caricatura,
o cartum e o grafite como manifestações da cultura brasileira, cabendo ao
poder público garantir sua livre expressão artística e promover sua
valorização e preservação.Art. 2º Para os efeitos desta Lei, considera-se:I –charge: ilustração humorística que envolve a caricatura de 1 (um)
ou mais personagens, feita com o objetivo de satirizar algum acontecimento
da atualidade;II – caricatura: tipo de desenho que, caracterizado pelos excessos, pelas
formas e pelos traços deformados, apresenta uma pessoa ou situação de forma
grotesca ou cômica;III – cartum: desenho satírico, caricato ou humorístico, que ironiza pessoas
ou comportamentos humanos, normalmente divulgado em jornais e revistas e
composto de 1 (um) ou mais quadros;IV – grafite: expressão da arte urbana em forma de desenho e escrituras em
que o artista cria uma linguagem intencional para interferir na cidade, com
o aproveitamento de espaços públicos, como paredes, muros, fachadas,
viadutos e ruas.Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.Brasília, 15 de outubro de 2024; 203º da Independência e 136º da República.LUIZ
INÁCIO LULA DA SILVAMarcio Tavares dos SantosMacaé Maria Evaristo dos SantosEste texto não substitui o publicado no DOU de
16.10.2024.* |
2,024 | Lei nº 14.995, de 10.10.2024 Publicada no DOU de 10.10.2024 - Edição extra | Institui o Programa Acredita no Primeiro Passo e o Programa de Mobilização de Capital Privado Externo e Proteção Cambial – Programa Eco Invest Brasil; altera a Lei nº 13.999, de 18 de maio de 2020, para instituir o Programa de Crédito e Financiamento de Dívidas de Microempreendedores Individuais e Microempresas – Procred 360; institui o Programa de Renegociação de Dívidas de Microempreendedores Individuais, Microempresas, Empresas de Pequeno Porte e Sociedades Cooperativas –Desenrola Pequenos Negócios; cria linha de crédito especial para financiar a aquisição de veículos destinados à renovação da frota utilizada na prestação de serviços de táxi; altera a Medida Provisória nº 2.196-3, de 24 de agosto de 2001, e as Leis nºs 7.827, de 27 de setembro de 1989, 10.735, de 11 de setembro de 2003, 12.087, de 11 de novembro de 2009, 13.340, de 28 de setembro de 2016, 13.606, de 9 de janeiro de 2018, 14.042, de 19 de agosto de 2020, 14.165, de 10 de junho de 2021, e 14.166, de 10 de junho de 2021; e dá outras providências. Mensagem de veto | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L14995.htm | L14995Presidência da RepúblicaCasa CivilSecretaria Especial para Assuntos JurídicosLEI Nº
14.995, DE 10 DE OUTUBRO DE 2024Mensagem
de vetoInstitui o Programa Acredita no Primeiro
Passo e o Programa de Mobilização de Capital Privado Externo e Proteção
Cambial – Programa Eco Invest Brasil; altera a Lei nº 13.999, de 18 de maio
de 2020, para instituir o Programa de Crédito e Financiamento de Dívidas de
Microempreendedores Individuais e Microempresas – Procred 360; institui o
Programa de Renegociação de Dívidas de Microempreendedores Individuais,
Microempresas, Empresas de Pequeno Porte e Sociedades Cooperativas
–Desenrola Pequenos Negócios; cria linha de crédito especial para financiar
a aquisição de veículos destinados à renovação da frota utilizada na
prestação de serviços de táxi; altera a Medida Provisória nº 2.196-3, de 24
de agosto de 2001, e as Leis nºs 7.827, de 27 de setembro de 1989, 10.735,
de 11 de setembro de 2003, 12.087, de 11 de novembro de 2009, 13.340, de 28
de setembro de 2016, 13.606, de 9 de janeiro de 2018, 14.042, de 19 de
agosto de 2020, 14.165, de 10 de junho de 2021, e 14.166, de 10 de junho de
2021; e dá outras providências.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço
saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:CAPÍTULO IDO PROGRAMA ACREDITA NO
PRIMEIRO PASSOSeção IDisposições PreliminaresArt. 1ºÉ instituído
o Programa Acredita no Primeiro Passo, no âmbito do Ministério do
Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, com a
finalidade de gerar oportunidades de inclusão produtiva, aumento da renda
pelo trabalho, qualidade de vida e participação social para as famílias em
situação de vulnerabilidade socioeconômica inscritas no Cadastro Único para
Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).Art. 2ºO Programa Acredita
no Primeiro Passo terá foco em territórios de alta vulnerabilidade
socioeconômica e priorizará sua atuação junto a pessoas com deficiência,
mulheres, jovens, negros e membros de populações tradicionais e ribeirinhas
inscritos no CadÚnico.§ 1º Ato do Poder Executivo federal disporá sobre os objetivos, os eixos
estruturantes, as ações, a governança, a execução e a avaliação do Programa
Acredita no Primeiro Passo.§ 2º O Programa Acredita no Primeiro Passo deverá ter seus objetivos
definidos de forma clara, objetiva e mensurável, com especificação de meta
anual de inclusão produtiva, aumento de renda, qualidade de vida e
participação social das famílias em situação de vulnerabilidade
socioeconômica inscritas no CadÚnico.§ 3º Os objetivos do Programa Acredita no Primeiro Passo para o ano
subsequente serão definidos e publicados até o dia 31 de dezembro de cada
ano.§ 4º No primeiro ano de vigência desta Lei, deverá ser publicado diagnóstico
detalhado do problema, com utilização de indicadores numéricos que reflitam
a inclusão produtiva, a renda, a qualidade de vida e a participação social
do público-alvo, explicitando a situação atual que servirá de base para a
construção dos objetivos referidos no § 2º deste artigo.§ 5º O diagnóstico previsto no § 4º deste artigo deverá incluir a
metodologia utilizada para coleta de dados e cálculo dos indicadores, de
forma a garantir a transparência do processo.§ 6º Até o final de cada ano, será publicado o resultado da avaliação da
política pública realizada no ano anterior, incluída, entre outros aspectos,
análise de impacto econômico e social, de eficiência e de efetividade.§ 7º A avaliação da política pública referida no § 6º deste artigo será
realizada pelo Tribunal de Contas da União, e o seu resultado deverá ser
encaminhado ao Congresso Nacional.§ 8º Deverão ser publicados, em página da internet de acesso público, os
critérios objetivos de seleção dos beneficiários, incluídos as informações
detalhadas sobre o processo de seleção e os requisitos necessários para
participação no Programa Acredita no Primeiro Passo.Art. 3ºPara a execução do
Programa Acredita no Primeiro Passo, poderão ser firmados contratos,
convênios, acordos de cooperação, termos de execução descentralizada,
instrumentos de transferência fundo a fundo, ajustes ou outros instrumentos
congêneres com a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios e os
seus respectivos órgãos e entidades, inclusive consórcios públicos, e com
instituições privadas, na forma estabelecida na legislação pertinente.Art. 4ºAs eventuais
despesas do Programa Acredita no Primeiro Passo serão de natureza
discricionária e ficarão sujeitas à disponibilidade orçamentária e
financeira.§ 1º As despesas decorrentes da implementação e da execução do Programa
Acredita no Primeiro Passo, nos termos desta Lei, serão custeadas por aporte
da União nas dotações orçamentárias relacionadas, observados os limites de
movimentação, de empenho e de pagamento da programação orçamentária e
financeira anual.§ 2º O Programa Acredita no Primeiro Passo poderá ser custeado por outras
fontes de recursos destinadas pelos Estados, pelo Distrito Federal, pelos
Municípios ou por instituições privadas, inclusive por meio de captação de
doações para essa finalidade.§ 3º É a União autorizada a estabelecer mecanismos de mobilização de capital
externo e proteção cambial nas captações de recursos pelas instituições
financeiras destinadas a operações de microcrédito produtivo orientado no
âmbito do Programa Acredita no Primeiro Passo.Seção IIDa Garantia a Operações de
Crédito no âmbito do Programa Acredita no Primeiro PassoArt. 5ºA garantia a
operações de crédito no âmbito do Programa Acredita no Primeiro Passo terá a
finalidade de garantir, direta ou indiretamente, o risco de operações de
crédito concedidas por instituições financeiras ou pelas entidades
autorizadas de que trata oart. 3º da Lei nº 13.636,
de 20 de março de 2018, para os beneficiários do Programa
Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO), nos termos do § 1º do
art. 1º da referida Lei, inscritos no CadÚnico.Art. 6º A garantia de operações de crédito no âmbito do Programa Acredita no
Primeiro Passo:I – será operacionalizada por meio do Fundo Garantidor de Operações (FGO),
de que trata aLei
nº 12.087, de 11 de novembro de 2009, administrado pelo Banco do Brasil
S.A.;II – incidirá sobre operações de financiamento de investimento e de capital
de giro isolado e associado, observados os prazos das operações, as
carências, os valores e as demais condições das operações no âmbito do PNMPO.Parágrafo único. O Conselho Monetário Nacional poderá estabelecer outras
linhas de crédito que poderão ser contempladas com garantia no âmbito do
Programa Acredita no Primeiro Passo.Art. 7ºÉ a União
autorizada a aumentar sua participação no FGO, no limite de até
R$ 1.000.000.000,00 (um bilhão de reais), exclusivamente para cobertura das
operações contratadas no âmbito do Programa Acredita no Primeiro Passo.§ 1º A integralização adicional de cotas pela União de que trata este artigo
será realizada por ato do Ministro de Estado do Desenvolvimento e
Assistência Social, Família e Combate à Fome.§ 2º A representação da União na assembleia de cotistas do FGO, inclusive
quanto às cotas vinculadas ao Programa Acredita no Primeiro Passo, ocorrerá
na forma estabelecida noinciso V docaputdo art. 10 do Decreto-Lei nº 147, de 3 de fevereiro de 1967.§ 3º Nas operações de crédito concedidas no âmbito do Programa Acredita no
Primeiro Passo, o FGO:I – responderá por suas obrigações até o limite do valor dos bens e direitos
integrantes de seu patrimônio alocados para essa finalidade no subprograma
de garantia a operações de créditos no âmbito do Programa Acredita no
Primeiro Passo;II – não contará com qualquer tipo de garantia ou aval por parte do poder
público;III – deverá conter previsão para a participação de outros cotistas, pessoas
físicas ou jurídicas, inclusive de direito público.§ 4º Os cotistas do FGO ou seus agentes públicos não responderão por
qualquer obrigação ou eventual prejuízo do Fundo, exceto o cotista pela
integralização das cotas que subscrever.§ 5º As cotas vinculadas ao Programa Acredita no Primeiro Passo poderão ser
adquiridas, nos termos do estatuto do FGO, por pessoas físicas ou jurídicas,
de direito privado ou público, nacionais ou internacionais.Art. 8ºÉ autorizada a
transferência de recursos para o FGO, nos termos da legislação, na
modalidade do Programa Acredita no Primeiro Passo, com o resgate de cotas
referente a valores não utilizados para garantia de operações com recursos
do FGO a que se refere ocaputdoart. 10 da Lei nº 14.690, de 3 de
outubro de 2023, não se aplicando o disposto no § 2º do art. 10
da referida Lei.Parágrafo único. Os recursos previstos nocaputdeste artigo não
incluem aqueles:I – comprometidos para honrar as operações de crédito de que trata aLei nº 14.690,
de 3 de outubro de 2023, contratadas até a data de entrada em
vigor daMedida
Provisória nº 1.213, de 22 de abril de 2024;II – necessários para cobrir os custos de operacionalização do FGO Desenrola
até o seu encerramento.Art. 9ºPoderão aderir ao
Programa Acredita no Primeiro Passo e requerer a garantia do FGO as
instituições financeiras e as entidades autorizadas de que trata oart. 3º da Lei nº 13.636,
de 20 de março de 2018.§ 1º As instituições financeiras e as entidades autorizadas a que se refere
ocaputdeste artigo operarão com recursos próprios, ou por elas
administrados, e poderão contar com garantia a ser prestada pelo FGO de até
100% (cem por cento) do valor de cada operação garantida, com cobertura,
pelo FGO, da inadimplência limitada a 20% (vinte por cento) da carteira
garantida de cada instituição financeira ou entidade autorizada, na forma
estabelecida no estatuto do FGO.§ 2º Nas operações de que trata o § 1º deste artigo, o limite global a ser
ressarcido às instituições financeiras e às entidades autorizadas é limitado
ao montante destinado pela União e pelos demais cotistas ao FGO para o
atendimento dos objetivos do Programa Acredita no Primeiro Passo.§ 3º O FGO somente prestará garantia a operações de crédito se, no mínimo,
50% (cinquenta por cento) das operações de que trata o § 1º deste artigo, no
âmbito de cada instituição financeira ou entidade autorizada, forem
contratadas por mulheres ou por empreendimentos individuais de mulheres.Art. 10. Para contar com a garantia do FGO, a contratação de operação de
crédito no âmbito do Programa Acredita no Primeiro Passo deverá ocorrer na
modalidade de crédito orientado, conforme o disposto no§ 3º do art. 1º
da Lei nº 13.636, de 20 de março de 2018, respeitados os limites
aprovados pelo Conselho Monetário Nacional.§ 1º O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate
à Fome poderá firmar instrumento jurídico com as instituições financeiras e
as entidades autorizadas de que trata o art. 5º desta Lei para subvencionar
a contratação de agentes estruturadores de negócio para atendimento do
público do Programa Acredita no Primeiro Passo, de acordo com critérios a
serem estabelecidos em ato do Ministro de Estado do referido Ministério.§ 2º O custeio das despesas de serviços de agente estruturador de negócio
para o crédito orientado de que trata o § 1º deste artigo ocorrerá à conta
do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à
Fome, observada a disponibilidade orçamentária e financeira do órgão.Art. 11. Os contratantes das operações de crédito no âmbito do Programa
Acredita no Primeiro Passo serão isentos do pagamento de comissão pecuniária
pela concessão da garantia do FGO.Art. 12. Na hipótese de inadimplemento do contratante, as instituições
financeiras e as entidades autorizadas de que trata o art. 5º desta Lei
participantes do Programa Acredita no Primeiro Passo cobrarão a dívida em
nome próprio e custearão as despesas necessárias para a recuperação dos
créditos inadimplidos.§ 1º Para fins de recuperação dos créditos no âmbito do Programa Acredita no
Primeiro Passo, as instituições financeiras e as entidades autorizadas de
que trata o art. 5º desta Lei:I – deverão, em conformidade com as suas políticas de crédito, envidar os
melhores esforços e adotar os procedimentos necessários para a recuperação
dos créditos, vedada a adoção de procedimento menos rigoroso do que aquele
usualmente empregado para a recuperação de créditos próprios;II – serão responsáveis pela veracidade das informações fornecidas e pela
exatidão dos valores a serem eventualmente reembolsados;III – adotarão, após honrada a garantia pelo FGO, estratégia de renegociação
semelhante à usualmente utilizada para créditos próprios, inclusive com a
possibilidade de concessão de descontos, observados os limites estabelecidos
no estatuto do Fundo.§ 2º Os créditos não recuperados após a adoção dos procedimentos previstos
no § 1º deste artigo serão:I – leiloados pelas instituições financeiras ou pelas entidades autorizadas
no prazo de até 24 (vinte e quatro) meses, contado da data em que honrada a
garantia, observadas as condições estabelecidas no estatuto do FGO; eII – quando não arrematados, oferecidos novamente em leilão, no prazo de até
12 (doze) meses, com a possibilidade de serem alienados àquele que oferecer
o maior lance, independentemente do valor de avaliação.§ 3º A parcela do crédito sub-rogada pelo FGO que eventualmente não seja
alienada no leilão de que trata o inciso II do § 2º deste artigo poderá ser
considerada extinta de pleno direito, nos termos estabelecidos no estatuto
do Fundo.§ 4º O estatuto do FGO estabelecerá os limites, as condições e os prazos
para a realização de leilão dos créditos de que trata o § 2º deste artigo,
bem como os mecanismos de controle e de aferição de seus resultados.Art. 13. Os valores não utilizados para garantia das operações contratadas
no âmbito do disposto neste Capítulo e os valores recuperados pelas
instituições financeiras e pelas entidades autorizadas de que trata o
art. 5º desta Lei, na hipótese de inadimplência, serão destinados à garantia
das operações de crédito do Programa Acredita no Primeiro Passo, observados
os termos estabelecidos em ato conjunto dos respectivos Ministérios
supervisores de cada programa.CAPÍTULO IIDO APRIMORAMENTO DO PROGRAMA
NACIONAL DE APOIO ÀS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE E DA
INSTITUIÇÃO DO PROGRAMA DE CRÉDITO E FINANCIAMENTO DE DÍVIDAS DE
MICROEMPREENDEDORES INDIVIDUAIS E MICROEMPRESAS – PROCRED 360Art. 14. ALei nº 13.999, de 18 de
maio de 2020, passa a vigorar com as seguintes alterações:“Art. 1ºÉ instituído o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), vinculado ao Ministério do
Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte,
cujo objeto é o desenvolvimento e o fortalecimento dos pequenos
negócios.” (NR)“Art. 3ºAs instituições financeiras participantes do Pronampe poderão
formalizar e prorrogar operações de crédito em seu âmbito nos
períodos e nas condições estabelecidos em ato do Ministro de Estado
do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte,
observados o prazo total máximo de 72 (setenta e dois) meses para
pagamento das operações e os seguintes parâmetros:...................................................................IV –carência de até 12 (doze) meses para o início do pagamento das
parcelas do financiamento, nos termos de regulamento.....................................................................§ 4ºO ato do Ministro de Estado do Empreendedorismo, da Microempresa e
da Empresa de Pequeno Porte de que trata ocaputdeste artigo
definirá também a taxa de juros aplicável à linha de crédito
concedida no âmbito do Pronampe, observado o máximo previsto no
inciso I docaputdeste artigo.§ 5ºNos casos em que a empresa contratante tenha sido reconhecida pelo
Poder Executivo federal com o Selo Emprega + Mulher ou tenha como
sócia majoritária ou sócia-administradora uma mulher, aplicam-se os
seguintes parâmetros:..............................................................” (NR)“Art. 5º ..............................................................................................................................§ 5ºOs créditos honrados eventualmente não recuperados poderão ser
cedidos ou leiloados pelas instituições financeiras participantes do
Pronampe, no prazo de até 60 (sessenta) meses, contado da data da
amortização da última parcela passível de vencimento, observadas as
condições estabelecidas no estatuto do Fundo........................................................................§ 9ºNo caso de inadimplência de operações de crédito do Pronampe, após
serem honradas pelo FGO, os agentes financeiros deverão adotar
estratégia de renegociação semelhante à usualmente utilizada para
créditos próprios, inclusive com a possibilidade de concessão de
descontos, observadas as condições estabelecidas no estatuto do
Fundo.” (NR)“Art. 6º ...............................................................................................................................§ 2ºO valor não utilizado para garantia das operações contratadas nos
períodos a que se refere ocaputdo art. 3º desta Lei, assim
como os valores recuperados, inclusive no caso de inadimplência,
poderão ser utilizados no fundo destinado à concessão de incentivo
financeiro-educacional, na modalidade de poupança, à permanência e à
conclusão escolar de estudantes matriculados no ensino médio público
ou devolvidos à União, a partir de 1º de janeiro de 2025, nos termos
em que dispuser o Poder Executivo federal, para serem integralmente
utilizados para pagamento da dívida pública de responsabilidade do
Tesouro Nacional................................................................” (NR)“Art.
6º-C.Os valores referentes à participação adicional da União no
FGO para a cobertura das operações contratadas até 31 de dezembro de
2023, no âmbito do Pronampe, com beneficiários que tiveram perdas
materiais decorrentes dos eventos climáticos extremos ocorridos em
setembro de 2023 e que estejam situados em Municípios do Estado do
Rio Grande do Sul que tiveram estado de calamidade pública
reconhecido pelo Poder Executivo federal, não utilizados até 31 de
dezembro de 2023, serão destinados à garantia de novas operações no
âmbito do Pronampe.Parágrafo único. Os valores de que trata ocaputdeste artigo
não comprometidos com garantias concedidas poderão ser utilizados
para a concessão de novas garantias no âmbito do Pronampe.”“CAPÍTULO
VI-Ado Programa de Crédito e Financiamento
de Dívidas de Microempreendedores Individuais e Microempresas –
PROCRED 360Art.
12-A.É instituído o Programa de Crédito e Financiamento de
Dívidas de Microempreendedores Individuais e Microempresas – Procred
360, vinculado ao Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e
da Empresa de Pequeno Porte, cujo objeto é o desenvolvimento e o
fortalecimento das microempresas, em especial dos
Microempreendedores Individuais (MEIs) e dos taxistas autônomos.§ 1º O Procred 360 é destinado às pessoas a que se referem oinciso I docaputdo art. 3ºe oart. 18-A da Lei
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006(Lei do
Simples Nacional), considerada a receita bruta auferida no exercício
imediatamente anterior ao da contratação, bem como aos taxistas
autônomos.§ 2º Para a cobertura das operações contratadas no âmbito do Procred
360, o FGO utilizará recursos não utilizados para a garantia das
operações a que se refere oart. 10 da Lei nº 14.690, de 3 de
outubro de 2023, na forma de regulamento, não se
aplicando, nesse caso, o disposto no § 2º do art. 10 da referida
Lei.§ 3º As instituições participantes do Procred 360 operarão com
recursos próprios e poderão contar com garantia a ser prestada pelo
FGO Procred 360 de até 100% (cem por cento) do valor de cada
operação garantida, com cobertura, pelo Fundo, da inadimplência
limitada ao valor máximo segregado pelo administrador do FGO para a
garantia da carteira da instituição participante do Procred 360,
vedado ultrapassar 60% (sessenta por cento) da carteira à qual
esteja vinculada, observado o disposto no estatuto do Fundo.§ 4º O estatuto do FGO poderá:I – estabelecer as demais condições para as operações de crédito no
âmbito do Procred 360, incluído o prazo máximo para pagamento das
operações;II – permitir o pagamento dos juros durante o período de carência;III – estabelecer as contrapartidas para as instituições financeiras
interessadas em aderir ao Procred 360 e em requerer a garantia do
FGO.§ 5º Ato do Ministro de Estado do Empreendedorismo, da Microempresa
e da Empresa de Pequeno Porte definirá a taxa de juros aplicável à
linha de crédito concedida no âmbito do Procred 360, observado o
máximo previsto no inciso I docaputdo art. 3º desta Lei.§ 6º Aplicam-se ao Procred 360 as demais disposições aplicáveis ao
Pronampe.”“Art.
13.É o Poder Executivo federal autorizado a adotar o Pronampe
como política oficial de crédito de caráter permanente com
tratamento diferenciado e favorecido, nas mesmas condições
estabelecidas nesta Lei, com o objetivo de consolidar os pequenos
negócios como agentes de sustentação, de transformação e de
desenvolvimento da economia nacional.” (NR)CAPÍTULO IIIDO APRIMORAMENTO DO PROGRAMA
EMERGENCIAL DE ACESSO A CRÉDITO NA MODALIDADE DE GARANTIA (PEAC-FGI)Art. 15. ALei nº
14.042, de 19 de agosto de 2020, passa a vigorar com as seguintes
alterações:“Art. 3ºO Programa Emergencial de Acesso a Crédito na modalidade de garantia
(Peac-FGI) é destinado a microempreendedores individuais,
microempresas, empresas de pequeno e médio porte, associações,
fundações de direito privado e sociedades cooperativas, excetuadas
as sociedades de crédito, que tenham sede ou estabelecimento no País
e que tenham auferido no ano-calendário imediatamente anterior ao da
contratação da operação receita bruta inferior ou igual a
R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais) e, nos termos de
regulamentação específica, a beneficiários do Programa Nacional de
Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO), em microcrédito concedido
por instituições financeiras ou pelas entidades autorizadas de que
trata oart. 3º da Lei nº 13.636, de 20 de
março de 2018........................................................................§ 2º ..............................................................I –prazo de carência de, no máximo, 24 (vinte e quatro) meses;II –prazo total da operação de, no mínimo, 12 (doze) meses e, no máximo,
84 (oitenta e quatro) meses;..............................................................” (NR)“Art. 6º .................................................................................................................................§ 5ºPara as garantias concedidas no âmbito do Peac-FGI, a comissão
pecuniária a que se refere o§ 3º do
art. 9º da Lei nº 12.087, de 11 de novembro de 2009,será
cobrada de forma progressiva e limitada aos seguintes percentuais da
comissão pecuniária vigente para o FGI Tradicional:I – no ano de 2024, 20% (vinte por cento);II – no ano de 2025, 40% (quarenta por cento);III – no ano de 2026, 60% (sessenta por cento);IV – no ano de 2027, 80% (oitenta por cento);V – a partir de 2028, 100% (cem por cento).................................................................” (NR)“Art. 8º ...............................................................................................................................§ 5ºOs créditos honrados e não recuperados contratados no mesmo ano
serão leiloados pelos agentes financeiros, em nome do Peac-FGI e do
Peac-FGI Crédito Solidário RS, no prazo de até 60 (sessenta) meses,
contado da data prevista para a última parcela de amortização dentre
todas as operações de crédito da carteira do agente financeiro com
garantia do Peac-FGI ou do Peac-FGI Crédito Solidário RS contratadas
no mesmo ano, observadas as condições estabelecidas no regulamento
de operações do Peac-FGI...................................................................”
(NR)CAPÍTULO IVDOS INCENTIVOS AO MERCADO DE
CRÉDITO IMOBILIÁRIOArt. 16. AMedida Provisória nº 2.196-3,
de 24 de agosto de 2001, passa a vigorar com as seguintes alterações:“Art. 7º ..........................................................§ 1ºA EMGEA tem por
objetivos:I – adquirir e gerir bens e direitos da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios, das entidades da administração
pública indireta de todos os entes federativos, bem como de fundos
públicos ou privados em que a União aporte recursos, podendo, em
contrapartida, assumir obrigações deles;II – fomentar o crescimento do mercado imobiliário nacional,
provendo maior liquidez aos ativos com base em crédito imobiliário.§ 1º-A. A EMGEA
poderá criar ou participar de estruturas organizacionais, na forma
de fundos de investimentos, de sociedades de propósitos específicos
ou de parcerias público-privadas, desde que elas tenham como
finalidade o desenvolvimento social de interesse público, conforme
previsto nos respectivos instrumentos de criação.§ 1º-B. De forma a
cumprir o objetivo de que trata o inciso II do § 1º deste artigo, a
EMGEA poderá:I – adquirir créditos imobiliários concedidos por instituições
financeiras, públicas ou privadas, para incorporação em carteira ou
para posterior venda ao mercado;II – adquirir, no mercado financeiro, títulos e valores mobiliários
lastreados em crédito imobiliário;III – ofertar instrumentos financeiros que permitam a proteção de
instituições financeiras, públicas ou privadas, a exposições de
remuneração e prazos oriundos de concessão de crédito imobiliário.§ 1º-C. A EMGEA
poderá atuar como securitizadora, securitizando os créditos
imobiliários adquiridos conforme o inciso I do § 1º-B deste artigo
em títulos e valores mobiliários, que poderão ter remuneração,
prazos e montantes diferentes dos créditos imobiliários originais.................................................................................§ 3ºO estatuto da
EMGEA será aprovado por sua assembleia geral........................................................................”
(NR)“Art. 9ºA
transferência das operações de crédito imobiliário e de seus
acessórios, em especial as hipotecas a elas vinculadas, ocorrerá por
instrumento particular, com força de escritura pública.” (NR)Art. 17.(VETADO).Art. 18.(VETADO).CAPÍTULO VDO Programa de Renegociação de
Dívidas de Microempreendedores Individuais, Microempresas, Empresas de
Pequeno Porte E SOCIEDADES COOPERATIVAS – Desenrola Pequenos NegóciosSeção IDisposições PreliminaresArt. 19.É instituído o
Programa de Renegociação de Dívidas de Microempreendedores Individuais,
Microempresas, Empresas de Pequeno Porte e Sociedades Cooperativas –
Desenrola Pequenos Negócios, destinado aos microempreendedores individuais,
às microempresas, às empresas de pequeno porte e às sociedades cooperativas
que tenham auferido, no ano-calendário anterior, receita bruta até o limite
definido noinciso II docaputdo art.3º da Lei Complementar nº 123, de 14 de
dezembro de 2006(Lei do Simples
Nacional), com o objetivo de incentivar a renegociação de dívidas de
empresas com faturamento bruto anual igual ou inferior a R$ 4.800.000,00
(quatro milhões e oitocentos mil reais).Seção IIDos Incentivos aos Agentes
FinanceirosSubseção IDo Crédito PresumidoArt. 20.As instituições
financeiras e as demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco
Central do Brasil, exceto as cooperativas de crédito e as administradoras de
consórcio, que renegociarem, até 31 de dezembro de 2024, dívidas de empresas
com faturamento igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e
oitocentos mil reais), apurado por agente financeiro, poderão ter direito à
apuração de crédito presumido na forma prevista nesta Lei, em montante total
limitado ao menor dos seguintes valores:I – o saldo contábil bruto das operações de crédito para renegociação de
dívidas; ouII – o saldo contábil dos créditos decorrentes de diferenças temporárias.§ 1º O disposto neste artigo não se aplica aos créditos decorrentes de
diferenças temporárias referentes a provisões para créditos de liquidação
duvidosa e a provisões passivas relacionadas a ações fiscais e
previdenciárias.§ 2º Para os fins do disposto neste artigo:I – as despesas ou as perdas apropriadas contabilmente ainda não dedutíveis
na apuração do Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) cujo aproveitamento futuro
seja autorizado pela legislação tributária caracterizam-se como diferenças
temporárias;II – os créditos decorrentes das diferenças temporárias devem ser apurados
por meio da aplicação das alíquotas do IRPJ e da CSLL sobre as diferenças
entre as despesas ou as perdas decorrentes das atividades das instituições a
que se refere ocaputdeste artigo, reconhecidas de acordo com a
legislação contábil societária, e as despesas ou as perdas autorizadas como
dedução para determinação da base de cálculo desses tributos, na forma
estabelecida na legislação.§ 3º O disposto neste artigo aplica-se somente às dívidas inadimplidas até a
data de publicação daMedida Provisória nº 1.213, de 22 de abril de
2024, nos termos estabelecidos no regulamento editado por ato do
Ministro de Estado da Fazenda.Subseção IIDa Apuração do Crédito
PresumidoArt. 21. A apuração do crédito presumido poderá ser realizada a partir do
ano-calendário de 2025 até o ano-calendário de 2029 pelos agentes
financeiros a que se refere ocaputdo art. 20 desta Lei que
apresentarem, de forma cumulativa:I – créditos decorrentes de diferenças temporárias oriundos de registros
existentes no ano-calendário anterior; eII – prejuízo fiscal apurado no ano-calendário anterior.Art. 22. O valor do crédito presumido de que trata o art. 21 desta Lei será
apurado com base na fórmula constante doAnexo I da Lei
nº 14.257, de 1º de dezembro de 2021.§ 1º O crédito decorrente de diferença temporária que houver originado o
crédito presumido apurado na forma prevista nocaputdeste artigo não
poderá ser aproveitado em outros períodos de apuração.§ 2º O crédito presumido referido nocaputdeste artigo fica limitado
ao menor dos seguintes valores:I – o saldo dos créditos decorrentes de diferenças temporárias existentes no
ano-calendário anterior; ouII – o valor do prejuízo fiscal apurado no ano-calendário anterior.§ 3º Os agentes financeiros a que se refere ocaputdo art. 20 desta
Lei que tenham participado do Programa de Capital de Giro para Preservação
de Empresas (CGPE), do Programa de Estímulo ao Crédito (PEC) ou do Programa
Emergencial de Renegociação de Dívidas de Pessoas Físicas Inadimplentes –
Desenrola Brasil deduzirão o valor calculado na forma prevista,
respectivamente, noart. 3º da Medida
Provisória nº 992, de 16 de julho de 2020, noart. 3º da Lei nº 14.257,
de 1º de dezembro de 2021, e noart. 18 da Lei nº 14.690, de 3 de
outubro de 2023, do valor estabelecido no inciso II docaputdo art. 20 desta Lei.Art. 23.Na hipótese de
falência ou de liquidação extrajudicial do agente financeiro a que se refere
ocaputdo art. 20 desta Lei, o valor do crédito presumido
corresponderá ao saldo total dos créditos decorrentes de diferenças
temporárias existente na data de decretação da falência ou da liquidação
extrajudicial, observado o disposto nos arts. 20, 21 e 22 desta Lei.Parágrafo único. O disposto nocaputdeste artigo aplica-se somente
às pessoas jurídicas cuja falência ou liquidação extrajudicial tenha sido
decretada após a data de entrada em vigor daMedida Provisória nº 1.213, de 22 de abril de
2024.Art. 24. Os saldos contábeis a que se referem os arts. 20, 21, 22 e 23 desta
Lei serão fornecidos pelo Banco Central do Brasil à Secretaria Especial da
Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda, quando solicitados, com
base nos dados disponíveis em seus sistemas de informação, para fins de
apuração dos créditos presumidos.Art. 25.O disposto no
art. 21 desta Lei fica sujeito à previsão nas respectivas leis orçamentárias
anuais.Subseção IIIDo Ressarcimento do Crédito
PresumidoArt. 26.O crédito presumido
de que trata esta Lei poderá ser objeto de pedido de ressarcimento pelo
agente financeiro a que se refere ocaputdo art. 20.§ 1º O ressarcimento em espécie será precedido da dedução de ofício de
valores de natureza tributária ou não tributária devidos à Fazenda Nacional
pelos agentes financeiros beneficiários.§ 2º O disposto noart. 74 da Lei nº 9.430, de 27 de
dezembro de 1996(Lei do Ajuste Tributário), não se aplica ao
crédito presumido de que trata esta Lei.Art. 27.A partir da dedução
de ofício dos débitos com a Fazenda Nacional ou do ressarcimento a que se
refere o art. 26 desta Lei, os agentes financeiros beneficiários observarão
o disposto noart. 6º da Lei nº 14.257,
de 1º de dezembro de 2021.Art. 28.Será aplicada multa
de 20% (vinte por cento) sobre o valor deduzido de ofício dos débitos com a
Fazenda Nacional ou ressarcido às instituições de que trata o art. 20 desta
Lei que solicitarem o ressarcimento de crédito presumido de que trata o
art. 26 nas hipóteses em que a dedução ou o ressarcimento seja obtido com
falsidade no pedido por elas apresentado, sem prejuízo da devolução do valor
deduzido ou ressarcido indevidamente e das sanções cíveis e penais cabíveis
pela falsidade apresentada.Parágrafo único. Os créditos de multa e de valor deduzido ou ressarcido
indevidamente de que trata ocaputdeste artigo serão inscritos em
dívida ativa pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional após a constituição
definitiva de crédito, observados os princípios do contraditório e da ampla
defesa.Art. 29.A dedução de ofício
poderá ser objeto de revisão pela autoridade administrativa, a pedido,
quando o sujeito passivo alegar inexistência do débito deduzido.Art. 30.A Fazenda Nacional
poderá verificar a exatidão dos créditos presumidos apurados de acordo com o
disposto nos arts. 20, 21, 22 e 23 pelo prazo de 5 (cinco) anos, contado da
data do pedido de ressarcimento de que trata o art. 26 desta Lei.Art. 31. As instituições de que trata o art. 20 desta Lei manterão os
controles contábeis e a documentação necessários para identificar:I – os saldos dos créditos decorrentes de diferenças temporárias de que
trata esta Lei;II – os créditos concedidos no âmbito do Programa a que se refere o art. 19
desta Lei.Art. 32. O Banco Central do Brasil deverá, em relação às instituições e às
operações de crédito referidas no art. 20 desta Lei:I – fiscalizar o cumprimento pelas instituições das condições estabelecidas
para as operações de crédito;II – acompanhar e divulgar mensalmente os dados e as estatísticas relativos
às operações de crédito;III – prestar subsídios ao Ministério da Fazenda para avaliação dos
resultados obtidos, mediante encaminhamento de dados, de informações e de
estatísticas relativos às operações de crédito.CAPÍTULO VIDO PROGRAMA DE MOBILIZAÇÃO DE
CAPITAL PRIVADO EXTERNO E PROTEÇÃO CAMBIAL – PROGRAMA ECO INVEST BRASILArt. 33.É instituído o
Programa de Mobilização de Capital Privado Externo e Proteção Cambial –
Programa Eco Invest Brasil, no âmbito do Fundo Nacional sobre Mudança do
Clima (FNMC), instituído pelaLei nº 12.114, de 9 de dezembro de 2009, com
os seguintes objetivos:I – fomentar e incentivar investimentos em projetos que promovam a
transformação ecológica, sobretudo nos eixos da transição para práticas e
tecnologias sustentáveis, do adensamento tecnológico, da bioeconomia, da
economia circular, da transição energética e da infraestrutura e adaptação à
mudança do clima, entre outros;II – atrair investimentos externos ao País;III – viabilizar operações no mercado de capitais com vistas à captação de
recursos no exterior por empresas, investidores e instituições financeiras
sediados no País, para fins de financiamento de projetos que atendam ao
disposto no inciso I docaputdeste artigo;IV – apoiar o desenvolvimento, a liquidez e a eficiência do mercado de
proteção (hedge) de longo prazo em moeda estrangeira no País.§ 1º O Programa Eco Invest Brasil oferecerá linha de mobilização de capital
privado externo e proteção cambial, no âmbito do FNMC, que contará, nos
termos da regulamentação do Conselho Monetário Nacional, com as seguintes
sublinhas para empresas ou investidores nacionais e estrangeiros, entre
outras:I – de financiamento parcial (blended finance);II – de liquidez;III – destinada à oferta de derivativos cambiais ou outros ativos
financeiros;IV – destinada à estruturação de projetos.§ 2º A linha de mobilização de capital privado externo e proteção cambial de
que trata o § 1º deste artigo terá contabilidade e governança próprias e
contará com recursos segregados e apartados dos demais recursos do FNMC.§ 3º Excepcionalmente ao disposto nocaputdoart. 7º da Lei nº 12.114,
de 9 de dezembro de 2009, a linha de mobilização de capital
privado externo e proteção cambial de que trata o § 1º deste artigo poderá
ser diretamente acessada e operada por instituições financeiras autorizadas
a operar pelo Banco Central do Brasil, desde que assumam o risco de crédito
das operações.§ 4º Ato do Ministro de Estado da Fazenda estabelecerá os critérios para:I – a elegibilidade dos investimentos ao Programa Eco Invest Brasil;II – a demonstração da efetiva captação ou atração de recursos externos por
parte das instituições financeiras que acessarem os recursos do Programa Eco
Invest Brasil.Art. 34.As instituições
financeiras que acessarem a linha de mobilização de capital privado externo
e proteção cambial poderão utilizá-la, nos termos da regulamentação do
Conselho Monetário Nacional, para oferecer ou viabilizar a oferta de:I – operações de crédito em montante parcial dos recursos demandados pelo
projeto de investimento apoiado (blended finance);II – operações de crédito para casos relacionados a eventos de volatilidade
cambial que possam comprometer a liquidez da empresa ou do investidor;III – instrumentos derivativos cambiais, incluídos opções,forwards,
futuros eswaps, com o objetivo de mitigar, parcial ou integralmente,
o risco cambial do investidor (hedgecambial);IV – operações de crédito para financiar estudos e projetos direcionados à
exportação de produtos e serviços, à disponibilização de infraestrutura de
suporte à exportação de produtos e serviços ou à oferta de infraestrutura e
serviços para a atração de turismo sustentável internacional ao País.Parágrafo único. No caso das operações de que trata o inciso I docaputdeste artigo, a empresa, o investidor ou a instituição financeira deverá,
preferencialmente, realizar operação de captação de recursos no mercado
externo, correspondentes à parcela restante do montante de capitais de
terceiros necessária à execução do projeto de investimento.Art. 35.Para fins de
implementação do Programa Eco Invest Brasil, é a União autorizada a:I – repassar às instituições financeiras, por meio do FNMC, os recursos para
a linha de mobilização de capital privado externo e proteção cambial e
demais instrumentos oferecidos pelo Programa;II – celebrar acordos de cooperação, operações de crédito e outros
instrumentos afins com organismos multilaterais, observado o disposto noinciso V docaputdo art. 52 da Constituição Federal, para, entre
outros fins, destinar os recursos ao FNMC com vistas a apoiar os objetivos
do Programa;III – abrir conta bancária, no País ou no exterior, em moeda estrangeira,
exclusivamente nas instituições financeiras oficiais federais.Art. 36.A linha de
mobilização de capital privado externo e proteção cambial será administrada
pelo comitê executivo do Programa Eco Invest Brasil, vinculado ao Ministério
da Fazenda, que o coordenará.§ 1º As competências e a composição do comitê executivo serão estabelecidas
em ato do Ministro de Estado da Fazenda, que poderá prever a participação de
outros órgãos do Poder Executivo federal.§ 2º O comitê executivo poderá propor mecanismos, a serem estabelecidos em
ato do Ministério da Fazenda, para incentivar a competição entre os agentes
financeiros com vistas a atingir os objetivos do Programa Eco Invest Brasil.§ 3º Para fins do disposto no § 3º do art. 33 desta Lei, para terem acesso
às linhas e aos recursos do Programa Eco Invest Brasil, instituições
financeiras, públicas ou privadas, poderão ser habilitadas como agentes
financeiros da linha de mobilização de capital privado externo e proteção
cambial, desde que os riscos da atuação sejam suportados por esses agentes
financeiros.§ 4º Caberá ao comitê executivo homologar a habilitação das instituições
financeiras como agentes financeiros da linha de mobilização de capital
privado externo e proteção cambial, com detalhamento do volume e da alocação
dos recursos para cada instituição habilitada.§ 5º O comitê executivo submeterá ao comitê gestor do FNMC relatório anual
consolidado com seus atos e atividades e com a síntese dos relatórios de que
trata o art. 37 desta Lei.Art. 37.Cada agente
financeiro apresentará ao comitê executivo do Programa Eco Invest Brasil
relatório circunstanciado sobre as operações realizadas, com parecer de
auditoria independente, que conterá informe de alocação dos recursos
disponibilizados no âmbito do Programa, demonstrativo de repasse das
condições financeiras obtidas aos projetos elegíveis e levantamento do total
de recursos captados em moeda estrangeira com uso dos instrumentos de
proteção em comparação com o valor utilizado da linha de mobilização de
capital privado externo e proteção cambial.Art. 38.Ato do Ministro de
Estado da Fazenda estabelecerá normas regulamentadoras para o Programa Eco
Invest Brasil e para as operações a ele associadas, inclusive quanto:I – às condições, aos critérios e ao processo de seleção e habilitação de
instituições financeiras como agentes financeiros da linha de mobilização de
capital privado externo e proteção cambial;II – aos volumes e aos limites de alocação dos recursos;III – à forma e à periodicidade da prestação de contas, da publicização de
informações sobre a utilização dos recursos e dos relatórios de avaliação de
impacto do Programa com vistas a seu aperfeiçoamento;IV – a outras definições, critérios e aspectos operacionais relevantes para
o funcionamento e a operacionalização da linha de mobilização de capital
privado externo e proteção cambial.Parágrafo único. Sem prejuízo do disposto nocaputdeste artigo, o
Banco do Brasil S.A. poderá ser contratado, mediante dispensa de licitação,
para dar apoio operacional ao Programa Eco Invest Brasil.Art. 39.O Banco Central do
Brasil, com os objetivos de mitigar o risco cambial e de aumentar a
eficiência do mercado de proteção (hedgecambial) de longo prazo em
moeda estrangeira no País, é autorizado a adquirir derivativos cambiais ou
outros ativos financeiros de organismos financeiros multilaterais e a
repassá-los, por meio de instrumento contratual pertinente, para
instituições financeiras autorizadas a operar em câmbio pelo Banco Central
do Brasil, mediante requerimento de garantias de crédito.§ 1º Aplica-se às operações de que trata ocaputdeste artigo o
disposto nos§§ 2º,3ºe4º do art. 1ºe noart. 1º-A da Lei
nº 11.882, de 23 de dezembro de 2008.§ 2º O Banco Central do Brasil disciplinará o disposto neste artigo e poderá
dispor, inclusive, sobre remuneração, limites, prazos, requisitos para a
escolha de contrapartes e outras condições para a celebração das operações.§ 3º As operações de que trata ocaputdeste artigo, bem como as
ofertas diretas deswapse de outros derivativos financeiros pelo
Banco Central do Brasil, poderão ser realizadas independentemente do prazo
das respectivas operações.Art. 40.O Conselho
Monetário Nacional, sem prejuízo de suas demais competências, estabelecerá
normas regulamentadoras da linha de mobilização de capital privado externo e
proteção cambial e de demais operações a serem oferecidas no âmbito do
Programa Eco Invest Brasil, inclusive quanto:I – aos encargos financeiros e aos prazos;II – às comissões devidas pelo tomador de recursos da linha de mobilização
de capital privado externo e proteção cambial, a título de administração e
risco das operações;III – aos custos, aos descontos, às remunerações e aos demais critérios
necessários para a operacionalização dos recursos da linha de mobilização de
capital privado externo e proteção cambial, inclusive no caso de aplicação
irregular ou em finalidades distintas dos objetivos do Programa;IV – às penalidades, aos impedimentos e às demais medidas aplicáveis às
instituições financeiras ou ao tomador final, conforme o caso, em caso de
aplicação irregular dos recursos provenientes da linha de mobilização de
capital privado externo e proteção cambial ou em finalidades distintas dos
objetivos do Programa.Art. 41.O Banco Central do
Brasil acompanhará e fiscalizará, nos termos da regulamentação do Conselho
Monetário Nacional, os atos das instituições financeiras no acesso e na
operação da linha de mobilização de capital privado externo e proteção
cambial.Parágrafo único. Quando, no exercício de suas competências, entidades e
órgãos da administração pública federal verificarem a ocorrência de
aplicação irregular dos recursos provenientes da linha de mobilização de
capital privado externo e proteção cambial ou em finalidades distintas dos
objetivos do Programa Eco Invest Brasil, deverão comunicar a irregularidade
ao Banco Central do Brasil, que informará a ocorrência à instituição
financeira que houver concedido o financiamento, para fins de cumprimento do
disposto nas normas do Conselho Monetário Nacional de que trata o art. 40
desta Lei.CAPÍTULO VIIda criação de linha de crédito
especial para financiamento da aquisição de veículos destinados à renovação
da frota utilizada na prestação de serviços de táxiArt. 42.É criada linha de
crédito especial para financiar a aquisição de veículos destinados à
renovação da frota utilizada na prestação de serviços de táxi.§ 1º Poderão ter direito à linha de crédito de que trata ocaputdeste artigo as pessoas físicas, titulares de autorização, permissão ou
concessão do poder público para exercer, comprovadamente, em veículo de sua
propriedade, a atividade de condutor autônomo de passageiros, na categoria
táxi, devidamente registrado nos órgãos competentes que regulam a atividade
de taxista.§ 2º A linha de crédito será operacionalizada por meio do FGO, de que trata
aLei nº 12.087, de 11 de
novembro de 2009, administrado pelo Banco do Brasil S.A., além da
alienação fiduciária do veículo financiado.§ 3º Poderão ser financiados com a linha de crédito de que trata ocaputdeste artigo os veículos de passageiros ou de uso misto, de fabricação
nacional, novos, movidos a combustível de origem fóssil ou renovável,
inclusive os veículos híbridos e elétricos, destinados à comprovada
utilização na prestação de serviços inerentes à atividade de taxista, que se
enquadrem nas condições estabelecidas na legislação vigente, podendo também
ser financiados o seguro inicial dos bens e os itens para carregamento da
bateria dos veículos movidos por energia elétrica.§ 4º A habilitação ao crédito dar-se-á mediante apresentação de documentação
hábil que comprove o exercício da atividade de taxista por parte do
interessado no financiamento, respeitada a política de crédito de cada
agente financeiro.§ 5º Poderão operacionalizar a linha de crédito de que trata ocaputdeste artigo e requerer a garantia do FGO, de que trata aLei nº 12.087, de 11 de
novembro de 2009, o Banco do Brasil S.A., a Caixa Econômica
Federal, o Banco do Nordeste do Brasil S.A., o Banco da Amazônia S.A., os
bancos estaduais, as agências de fomento estaduais, as cooperativas de
crédito, os bancos cooperativos, as instituições integrantes do sistema de
pagamentos brasileiro, as plataformas tecnológicas de serviços financeiros (fintechs),
as organizações da sociedade civil de interesse público de crédito e as
demais instituições financeiras públicas e privadas autorizadas a funcionar
pelo Banco Central do Brasil, atendida a disciplina do Conselho Monetário
Nacional e do Banco Central do Brasil a elas aplicável.§ 6º Os limites de financiamento, os prazos e as demais condições negociais
serão regulamentados pelo Conselho Monetário Nacional.CAPÍTULO VIIIDA DILAÇÃO DE PRAZOS PARA
RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS NO ÂMBITO DOS FUNDOS CONSTITUCIONAIS E OUTROSArt. 43. ALei
nº 13.340, de 28 de setembro de 2016, passa a vigorar com as seguintes
alterações:“Art.
1º-B.É autorizada a concessão de rebate para liquidação, até 31
de dezembro de 2025, nos termos dos arts. 1º e 1º-A desta Lei, de
débitos de responsabilidade de miniprodutores rurais e de pequenos
produtores rurais, conforme definição constante da Proposição nº 041/2011,
aprovada pela Resolução Condel/Sudene nº 43, de 10 de novembro de
2011, e de agricultores familiares que atendem aos requisitos daLei nº 11.326,
de 24 de julho de 2006, conforme regulamento do fundo e
disponibilidade orçamentária e financeira.” (NR)“Art.
2º-B.É autorizada a repactuação, até 31 de dezembro de 2025,
nos termos dos arts. 2º e 2º-A desta Lei, de débitos de
responsabilidade de miniprodutores rurais e de pequenos produtores
rurais, conforme definição constante da Proposição nº 041/2011,
aprovada pela Resolução Condel/Sudene nº 43, de 10 de novembro de
2011, e de agricultores familiares que atendem aos requisitos daLei nº 11.326,
de 24 de julho de 2006,conforme regulamento do fundo e
disponibilidade orçamentária e financeira.§ 1º Para fins do disposto neste artigo:I – a amortização da dívida a ser repactuada será em prestações
anuais, iguais e sucessivas, fixado o vencimento da primeira parcela
para 2024 e o vencimento da última parcela para 30 de novembro de
2033, estabelecido novo cronograma de amortização, sem a necessidade
de estudo de capacidade de pagamento;II – a carência será até 2025, independentemente da data de
formalização da renegociação.§ 2º A critério e por solicitação do devedor, é autorizada a
adequação das operações renegociadas com base neste artigo, vencidas
e vincendas, às condições estabelecidas no § 1º.” (NR)“Art. 3º-C. (VETADO).” (NR)“Art. 4º (VETADO)............................................................................§ 5º (VETADO)...................................................................”
(NR)“Art. 10-A. (VETADO)” (NR)“Art.
12-A.Para os fins do disposto nos arts. 1º-B, 2º-B e 3º-C desta
Lei, os honorários advocatícios e as despesas com custas processuais
são de responsabilidade de cada parte, e a falta de seu pagamento
não obsta a liquidação ou a repactuação da dívida, conforme o caso.”“Art.
13-A.Até 31 de dezembro de 2025, são a Codevasf e o DNOCS
autorizados a adotar os procedimentos previstos no art. 1º desta Lei
para a liquidação das dívidas vencidas de responsabilidade de
pessoas físicas e jurídicas relativas a vendas de lotes para
titulação e ao uso da infraestrutura de irrigação de uso comum nos
perímetros públicos de irrigação, conforme disponibilidade
orçamentária e financeira.Parágrafo único. A liquidação e a renegociação de dívidas vencidas
disciplinadas neste artigo aplicam-se a todos os imóveis rurais ou
urbanos localizados nos perímetros públicos de irrigação
administrados pela Codevasf e pelo DNOCS.”Art. 44.ALei nº 13.606, de 9 de
janeiro de 2018, passa a vigorar com as seguintes alterações:“Art. 20. (VETADO)............................................................................§ 4º (VETADO).” (NR)“Art. 36. (VETADO):............................................................................II - (VETADO);............................................................................V - (VETADO);....................................................................”
(NR)Art. 45.(VETADO).Art. 46. O art. 15-E daLei nº 7.827, de 27 de setembro de 1989,
passa a vigorar acrescido do seguinte § 15:“Art. 15-E. ...........................................................................................................................§ 15.Fica o Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) autorizado a
realizar acordos de renegociação extraordinária de operações de
créditos de microprodutores e pequenos e médios produtores rurais na
zona de abrangência da Sudene e da Superintendência do
Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) inadimplidas sob sua gestão, até
o prazo máximo de 31 de dezembro de 2025, nas mesmas condições
previstas neste artigo, conforme disponibilidade orçamentária e
financeira.” (NR)Art. 47.ALei nº 14.166, de 10 de
junho de 2021,passa a vigorar com as seguintes alterações:“Art. 3ºPara as renegociações extraordinárias de que trata oart. 15-E da Lei nº 7.827, de 27
de setembro de 1989, realizadas em até 3 (três)
anos após a entrada em vigor da nova redação destecapute
sua regulamentação, aplicam-se as disposições deste artigo, conforme
regulamento do fundo e disponibilidade orçamentária e financeira...........................................................................§ 2º
............................................................................................................................................III –as operações contratadas exclusivamente com microempreendedores
individuais, microempresas e empresas de pequeno porte que, nas
demonstrações financeiras dos fundos constitucionais, tenham sido
integralmente provisionadas ou totalmente lançadas em prejuízo..................................................................” (NR)“Art. 4ºOs bancos administradores dos fundos constitucionais de
financiamento ficam autorizados a realizar, uma única vez, até 3
(três) anos após a entrada em vigor da nova redação destecapute sua regulamentação, por solicitação dos beneficiários,
substituição de encargos das operações de crédito rural e não rural
contratadas até 31 de dezembro de 2018 pelos encargos correntemente
utilizados para contratação de nova operação, nos termos daLei nº 10.177, de 12 de
janeiro de 2001, e os novos encargos passarão a ter
validade a partir da data de sua formalização por meio de aditivo ao
contrato, conforme regulamento do fundo e disponibilidade
orçamentária e financeira.” (NR)“Art. 6º (VETADO).................................................................” (NR)CAPÍTULO IXDISPOSIÇÕES FINAISArt. 48. O art. 7º daLei nº 12.087, de 11 de
novembro de 2009, passa a vigorar com as seguintes alterações:“Art. 7º
...............................................................I –
....................................................................................................................................................f)pessoas físicas e empreendimentos de pessoas físicas inscritas no
Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico),
previsto naLei nº 8.742, de 7 de dezembro de
1993(Lei Orgânica da Assistência Social), nos termos e
nos limites estabelecidos em ato do Ministro de Estado do
Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome e no
estatuto do fundo;..........................................................................§
6º-A.O fundo de que trata o inciso III docaputdeste
artigo terá também como finalidade destinar recursos financeiros
para a concessão de incentivo financeiro-educacional de que trata aLei nº 14.818, de
16 de janeiro de 2024(Programa Pé de Meia).§
6º-B.Para cumprimento do disposto no § 6º-A, o fundo de que
trata o inciso III docaputdeste artigo integralizará cotas
no Fundo de Incentivo à Permanência no Ensino Médio (Fipem), no
montante de até R$ 6.000.000.000,00 (seis bilhões de reais),
observado, no Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (FGEDUC),
o montante de recursos financeiros disponíveis ainda não vinculados
às garantias já contratadas............................................................................”
(NR)Art. 49.O inciso I docaputdo art. 1º daLei nº 10.735, de 11 de setembro de
2003, passa a vigorar acrescido da seguinte alínea “d”:“Art. 1º
............................................................I –
................................................................................................................................................d)pessoas
físicas e empreendimentos de pessoas físicas inscritas no Cadastro
Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), previsto
naLei
nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993(Lei Orgânica da
Assistência Social); e.................................................................” (NR)Art. 50.Convalidam-se os
atos praticados com base naMedida Provisória nº 1.213, de 22 de abril de
2024.Art. 51.(VETADO).Art. 52.Esta Lei entra em
vigor na data de sua publicação.Brasília, 10 de outubro de 2024; 203oda Independência e
136oda República.LUIZ
INÁCIO LULA DA SILVACarlos Henrique Baqueta FávaroLuiz Paulo Teixeira FerreiraAntônio Waldez Góes da SilvaJosé Wellington Barroso de Araujo DiasMacaé Maria Evaristo dos SantosFernando HaddadMárcio Luiz França GomesMaria Osmarina Marina da Silva Vaz de LimaAparecida GonçalvesSimone Nassar TebetEste texto não substitui o publicado no DOU de
10.10.2024-Edição extra* |
2,024 | Lei nº 14.994, de 9.10.2024 Publicada no DOU de 10.10.2024 | Altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), o Decreto-Lei nº 3.688, de 3 de outubro de 1941 (Lei das Contravenções Penais), a Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal), a Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990 (Lei dos Crimes Hediondos), a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha) e o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), para tornar o feminicídio crime autônomo, agravar a sua pena e a de outros crimes praticados contra a mulher por razões da condição do sexo feminino, bem como para estabelecer outras medidas destinadas a prevenir e coibir a violência praticada contra a mulher. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L14994.htm | L14994Presidência da RepúblicaCasa CivilSecretaria Especial para Assuntos JurídicosLEI Nº
14.994, DE 9 DE OUTUBRO DE 2024Altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 (Código Penal), o Decreto-Lei nº 3.688, de 3 de outubro de
1941 (Lei das Contravenções Penais), a Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984
(Lei de Execução Penal), a Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990 (Lei dos
Crimes Hediondos), a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da
Penha) e o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo
Penal), para tornar o feminicídio crime autônomo, agravar a sua pena e a de
outros crimes praticados contra a mulher por razões da condição do sexo
feminino, bem como para estabelecer outras medidas destinadas a prevenir e
coibir a violência praticada contra a mulher.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço
saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1º Os arts. 92, 129, 141 e 147 doDecreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940(Código Penal),
passam a vigorar com a seguinte redação:“Art. 92.
...........................................................................................................................................................................................................................II –a
incapacidade para o exercício do poder familiar, da tutela ou da
curatela nos crimes dolosos sujeitos à pena de reclusão cometidos
contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar, contra
filho, filha ou outro descendente, tutelado ou curatelado, bem como
nos crimes cometidos contra a mulher por razões da condição do sexo
feminino, nos termos do § 1º do art. 121-A deste Código;.....................................................................................................................§ 1ºOs
efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo ser
motivadamente declarados na sentença pelo juiz, mas independem de
pedido expresso da acusação, observado o disposto no inciso III do §
2º deste artigo.§ 2º Ao condenado por crime praticado contra a mulher por razões da
condição do sexo feminino, nos termos do § 1º do art. 121-A deste
Código serão:I – aplicados os efeitos previstos nos incisos I e II docaputdeste artigo;II – vedadas a sua nomeação, designação ou diplomação em qualquer
cargo, função pública ou mandato eletivo entre o trânsito em julgado
da condenação até o efetivo cumprimento da pena;III – automáticos os efeitos dos incisos I e II docapute do
inciso II do § 2º deste artigo.” (NR)“Lesão corporalArt. 129.
...........................................................................................................................................................................................................................Violência doméstica§ 9º
.............................................................................................................Pena –reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.....................................................................................................................§ 13.Se
a lesão é praticada contra a mulher, por razões da condição do sexo
feminino, nos termos do § 1º do art. 121-A deste Código:Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.” (NR)“Disposições comunsArt. 141.
.........................................................................................................................................................................................................................§ 3ºSe o
crime é cometido contra a mulher por razões da condição do sexo
feminino, nos termos do § 1º do art. 121-A deste Código, aplica-se a
pena em dobro.” (NR)“AmeaçaArt. 147.
...........................................................................................................................................................................................................................§ 1ºSe o
crime é cometido contra a mulher por razões da condição do sexo
feminino, nos termos do § 1º do art. 121-A deste Código, aplica-se a
pena em dobro.§ 2º Somente se procede mediante representação, exceto na hipótese
prevista no § 1º deste artigo.” (NR)Art. 2º ODecreto-Lei nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940(Código Penal), passa a vigorar acrescido do
seguinte art. 121-A:“FeminicídioArt. 121-A.
Matar mulher por razões da condição do sexo feminino:Pena – reclusão, de 20 (vinte) a 40 (quarenta) anos.§ 1º Considera-se que há razões da condição do sexo feminino quando
o crime envolve:I – violência doméstica e familiar;II – menosprezo ou discriminação à condição de mulher.§ 2º A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a
metade se o crime é praticado:I – durante a gestação, nos 3 (três) meses posteriores ao parto ou
se a vítima é a mãe ou a responsável por criança, adolescente ou
pessoa com deficiência de qualquer idade;II – contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60
(sessenta) anos, com deficiência ou portadora de doenças
degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade
física ou mental;III – na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente
da vítima;IV – em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas
nosincisos
I,IIeIII docaputdo art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006(Lei Maria da Penha);V – nas circunstâncias previstas nos incisos III, IV e VIII do § 2º
do art. 121 deste Código.Coautoria§ 3º Comunicam-se ao coautor ou partícipe as circunstâncias pessoais
elementares do crime previstas no § 1º deste artigo.”Art. 3º O art. 21 doDecreto-Lei nº 3.688, de 3 de
outubro de 1941(Lei das Contravenções Penais), passa a vigorar
com a seguinte redação, numerando-se o atual parágrafo único como § 1º:“Art. 21.
.............................................................................................................................................................................................................................§ 1º...............................................................................................................§ 2º Se a contravenção é praticada contra a mulher por razões da
condição do sexo feminino, nos termos do§ 1º do art.
121-A do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940(Código Penal), aplica-se a pena em triplo.” (NR)Art. 4º Os arts. 41, 86 e 112 daLei nº 7.210,
de 11 de julho de 1984(Lei de Execução Penal), passam a vigorar
com a seguinte redação:“Art. 41.
...........................................................................................................................................................................................................................§ 1ºOs direitos
previstos nos incisos V, X e XV poderão ser suspensos ou
restringidos mediante ato motivado do juiz da execução penal.§ 2º O preso condenado por crime contra a mulher por razões da
condição do sexo feminino, nos termos do§ 1º do art.
121-A do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940(Código Penal), não poderá usufruir do direito previsto no inciso X
em relação à visita íntima ou conjugal.” (NR)“Art. 86.
...........................................................................................................................................................................................................................§ 4ºSerá transferido
para estabelecimento penal distante do local de residência da
vítima, ainda que localizado em outra unidade federativa, inclusive
da União, o condenado ou preso provisório que, tendo cometido crime
de violência doméstica e familiar contra a mulher, ameace ou
pratique violência contra a vítima ou seus familiares durante o
cumprimento da pena.” (NR)“Art. 112.
.........................................................................................................................................................................................................................VI-A– 55% (cinquenta
e cinco por cento) da pena, se o apenado for condenado pela prática
de feminicídio, se for primário, vedado o livramento condicional;...........................................................................................................”
(NR)Art. 5º ALei nº 7.210, de 11 de julho de 1984(Lei de Execução Penal), passa a vigorar acrescida do seguinte art. 146-E:“Art. 146-E. O
condenado por crime contra a mulher por razões da condição do sexo
feminino, nos termos do§ 1º do art.
121-A do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940(Código Penal), ao usufruir de qualquer benefício em que ocorra a
sua saída de estabelecimento penal, será fiscalizado por meio de
monitoração eletrônica.”Art. 6º O art. 1º daLei nº 8.072, de 25 de julho de 1990(Lei dos Crimes Hediondos), passa a vigorar com a seguinte redação:“Art. 1º
........................................................................................................I –homicídio (art.
121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio,
ainda que cometido por 1 (um) só agente, e homicídio qualificado
(art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VII, VIII e IX);......................................................................................................................I-B –feminicídio
(art. 121-A);.............................................................................................................”
(NR)Art. 7º O art. 24-A daLei nº 11.340, de 7 de
agosto de 2006(Lei Maria da Penha), passa a vigorar com a
seguinte redação:“Art. 24-A.
......................................................................................................Pena
–reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa................................................................................................................”
(NR)Art. 8º O art. 394-A doDecreto-Lei nº 3.689, de 3 de
outubro de 1941(Código de Processo Penal), passa a vigorar com a
seguinte redação:“Art. 394-A.
Os processos que apurem a prática de crime hediondo ou violência
contra a mulher terão prioridade de tramitação em todas as
instâncias.§ 1º Os processos que apurem violência contra a mulher independerão
do pagamento de custas, taxas ou despesas processuais, salvo em caso
de má-fé.§ 2º As isenções de que trata o § 1º deste artigo aplicam-se apenas
à vítima e, em caso de morte, ao cônjuge, ascendente, descendente ou
irmão, quando a estes couber o direito de representação ou de
oferecer queixa ou prosseguir com a ação.” (NR)Art. 9º Revogam-se oinciso VI do § 2ºe os§§ 2º-Ae7º, todos do art. 121 do
Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940(Código Penal).Art. 10. Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.Brasília, 9 de outubro de 2024; 203º da Independência e 136º da República.LUIZ
INÁCIO LULA DA SILVAMacaé Maria Evaristo dos SantosManoel Carlos de Almeida NetoAparecida GonçalvesSimone Nassar TebetEste texto não substitui o publicado no DOU de
10.10.2024* |
2,024 | Lei nº 14.993, de 8.10.2024 Publicada no DOU de 9.10.2024 | Dispõe sobre a promoção da mobilidade sustentável de baixo carbono e a captura e a estocagem geológica de dióxido de carbono; institui o Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação (ProBioQAV), o Programa Nacional de Diesel Verde (PNDV) e o Programa Nacional de Descarbonização do Produtor e Importador de Gás Natural e de Incentivo ao Biometano; altera as Leis nºs 9.478, de 6 de agosto de 1997, 9.847, de 26 de outubro de 1999, 8.723, de 28 de outubro de 1993, e 13.033, de 24 de setembro de 2014; e revoga dispositivo da Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002. Mensagem de veto | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L14993.htm | L14993Presidência da RepúblicaCasa CivilSecretaria Especial para Assuntos JurídicosLEI Nº
14.993, DE 8 DE OUTUBRO DE 2024Mensagem
de vetoDispõe sobre a promoção da mobilidade
sustentável de baixo carbono e a captura e a estocagem geológica de dióxido
de carbono; institui o Programa Nacional de Combustível Sustentável de
Aviação (ProBioQAV), o Programa Nacional de Diesel Verde (PNDV) e o Programa
Nacional de Descarbonização do Produtor e Importador de Gás Natural e de
Incentivo ao Biometano; altera as Leis nºs 9.478, de 6 de agosto de 1997,
9.847, de 26 de outubro de 1999, 8.723, de 28 de outubro de 1993, e 13.033,
de 24 de setembro de 2014; e revoga dispositivo da Lei nº 10.438, de 26 de
abril de 2002.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço
saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES GERAISArt. 1º Esta Lei:I -
institui o Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação (ProBioQAV),
o Programa Nacional de Diesel Verde (PNDV) e o Programa Nacional de
Descarbonização do Produtor e Importador de Gás Natural e de Incentivo ao
Biometano;II -
altera os limites máximo e mínimo do teor de mistura de etanol anidro à
gasolina C comercializada ao consumidor final e do teor de mistura de
biodiesel ao diesel comercializado ao consumidor final;III
- dispõe sobre a regulamentação e a fiscalização das atividades de captura e
de estocagem geológica de dióxido de carbono e de produção e comercialização
dos combustíveis sintéticos;IV –
integra iniciativas e medidas adotadas no âmbito da Política Nacional de
Biocombustíveis (RenovaBio), do Programa Mobilidade Verde e Inovação
(Programa Mover), do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) e do
Programa de Controle de Emissões Veiculares (Proconve).Art.
2º Para fins desta Lei, considera-se:I –
agente certificador de origem: organismo ou empresa credenciada pela Agência
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para realizar a
certificação do produtor de biometano com vistas à emissão do Certificado de
Garantia de Origem de Biometano (CGOB);II -
avaliação do ciclo de vida: metodologia abrangente e padronizada
internacionalmente para quantificar todas as emissões de gases de efeito
estufa (GEE) e o consumo de energia de produto ou serviço, incorporados
todos os recursos relevantes consumidos e os impactos gerados até a
utilização do produto ou serviço produzido;III
- captura de dióxido de carbono: processo físico-químico ou biológico de
remoção de dióxido de carbono da atmosfera e de fontes estacionárias de
emissão;IV -
Certificado de Garantia de Origem de Biometano (CGOB): certificado de
rastreabilidade lastreado em volume de biometano produzido e comercializado
pelo produtor de biocombustível, emitido por agente certificador de origem
credenciado pela ANP, que atesta as características do processo produtivo e
que deve incluir, pelo menos, a origem do insumo para produção do biometano
e a localização da produção, além de outros itens dispostos em regulamento;V -
ciclo de vida: estágios consecutivos e encadeados de um sistema de produto
usado para a mobilidade, desde a produção da matéria-prima ou de sua geração
a partir de recursos naturais até sua disposição final;VI -
ciclo do poço à queima: ciclo de vida que contabiliza as emissões de GEE
oriundas dos processos de cultivo e extração de recursos e da produção dos
combustíveis líquidos ou gasosos ou da energia elétrica, sua distribuição e
utilização em aeronaves;VII
- ciclo do poço à roda: ciclo de vida que contabiliza as emissões de GEE
oriundas dos processos de cultivo e extração de recursos e da produção dos
combustíveis líquidos ou gasosos ou da energia elétrica, sua distribuição e
utilização em veículos leves e pesados de passageiros e comerciais;VIII
- ciclo do berço ao túmulo: ciclo de vida que considera as emissões de GEE
incorporadas no ciclo do poço à roda, acrescidas daquelas geradas desde a
extração de recursos e na fabricação de autopeças, na montagem e no descarte
dos veículos leves e pesados de passageiros e comerciais;IX -
ciclo do tanque à roda: ciclo de vida que contabiliza consumo energético
envolvido no uso de veículos leves e pesados dentro de um ciclo de uso
padronizado;X -
consumo energético: relação entre a energia medida no ciclo do tanque à roda
despendida para deslocar um veículo por uma distância definida, expressa em
megajoule por quilômetro (MJ/km) para veículos leves ou em megajoule por
tonelada transportada por quilômetro (MJ/t.km) para veículos pesados;XI -
emissão de CO2e no ciclo do poço à roda veicular: relação entre a
quantidade de GEE medidos em CO2e no ciclo do poço à roda emitida
por um veículo ao se deslocar por uma distância de 1 km (um quilômetro),
expressa em gramas de dióxido de carbono equivalente por quilômetro (gCO2e/km);XII
- estocagem geológica de dióxido de carbono: processo de injeção de dióxido
de carbono em reservatórios geológicos;XIII
– dióxido de carbono equivalente (CO2e): GEE expressos na base de
gás carbônico equivalente;XIV
- gases de efeito estufa (GEE): constituintes gasosos, naturais ou
antrópicos, que absorvem e reemitem radiação infravermelha na atmosfera e
colaboram para o aumento da temperatura média global;XV -
Intensidade de Carbono da Fonte de Energia (ICE): relação entre a emissão de
GEE, com base em avaliação do ciclo de vida, computada no processo produtivo
do combustível ou fonte energética e seu uso, expressa em gramas de dióxido
de carbono equivalente por megajoule (gCO2e/MJ);XVI
- operador aéreo: empresa constituída que explora ou se propõe a explorar
aeronaves para prestação dos serviços de transporte aéreo regular e não
regular;XVII
– operador de estocagem geológica de dióxido de carbono: pessoa jurídica que
realiza as atividades de injeção de dióxido de carbono em formação geológica
ou sua retirada para reaproveitamento.Art.
3º São diretrizes para promoção da mobilidade sustentável de baixo carbono e
do ProBioQAV:I -
integração das políticas públicas para incremento da eficiência de produção
dos combustíveis líquidos ou gasosos ou da energia elétrica e dos
dispositivos de geração de potência como motores a combustão, elétricos,
turbinas e células a combustível;II -
valorização do potencial nacional de oferta de fontes energéticas renováveis
e de baixo carbono;III
- uso da captura e da estocagem geológica de dióxido de carbono para reduzir
a intensidade média de carbono das fontes de energia;IV -
manutenção do reconhecimento da liderança do País no tema Transição
Energética no Diálogo de Alto Nível das Nações Unidas sobre Energia;V -
cumprimento das diretrizes para uma Estratégia Nacional para Neutralidade
Climática apresentadas pelo País na Conferência das Nações Unidas sobre
Mudanças Climáticas;VI -
alinhamento das metas de redução de CO2e no ciclo de vida
aplicável no transporte por veículos leves e pesados aos compromissos
internacionais assumidos pelo País no âmbito do Acordo de Paris sob a
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima; eVII
- fortalecimento do desenvolvimento tecnológico nacional, com aproveitamento
econômico dos insumos disponíveis, do conhecimento científico e da sua
aplicação.CAPÍTULO IIDA
MOBILIDADE SUSTENTÁVEL DE BAIXO CARBONOArt.
4º As iniciativas e as medidas adotadas no âmbito do RenovaBio, do Programa
Mover, do PBEV e do Proconve deverão ocorrer de forma integrada, a fim de
promover a mobilidade sustentável de baixo carbono.Parágrafo único. A integração entre o RenovaBio, o Programa Mover e o PBEV
será feita pela adoção da metodologia de análise de ciclo de vida com
objetivo de mitigar as emissões de CO2e com melhor
custo-benefício, empregados os conceitos de:I –
ciclo do poço à roda até 31 de dezembro de 2031; eII –
ciclo do berço ao túmulo a partir de 1º de janeiro de 2032.Art.
5º Para fins de apuração do cumprimento das metas do Programa Mover, o
Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) fixará os valores de ICE e a
participação dos combustíveis líquidos ou gasosos ou da energia elétrica.§ 1º
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços definirá as
metas do Programa Mover do consumo energético em MJ/km e da emissão de CO2e
no ciclo de vida corporativo em CO2e/km e fiscalizará o seu
cumprimento, com base nos valores de ICE, nos termos docaputdeste
artigo.§ 2º
Os fabricantes e os importadores de veículos não poderão ser
responsabilizados pelo não cumprimento de suas metas devido a divergências
entre os valores de ICE médio e de participação dos combustíveis líquidos ou
gasosos ou da energia elétrica, de que trata ocaputdeste artigo, e
aqueles observados de maneira efetiva ao longo do período para o qual as
metas foram definidas.§ 3º
Para efeito de cálculo das metas do Programa Mover, novas espécies de
combustíveis somente poderão ser consideradas após a certificação das
emissões no ciclo de vida aplicável.Art.
6º O PBEV divulgará as informações para o consumidor das emissões de GEE de
cada veículo com base na análise do ciclo de vida aplicável e no consumo
energético com base no ciclo do tanque à roda, por veículo.Parágrafo único. As informações de que trata ocaputdeste artigo
deverão utilizar unidades de medidas que facilitem o entendimento do
consumidor.CAPÍTULO IIIDO
PROGRAMA NACIONAL DE COMBUSTÍVEL SUSTENTÁVEL DE AVIAÇÃO (PROBIOQAV)Art.
7º O ProBioQAV tem como objetivo incentivar a pesquisa, a produção, a
comercialização e o uso energético, na matriz energética brasileira, do
combustível sustentável de aviação (Sustainable Aviation Fuel– SAF),
de que trata oinciso XXXI do caput do art. 6º
da Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997.Art.
8º A ANP estabelecerá os valores das emissões totais equivalentes por
unidade de energia computados no ciclo do poço à queima de cada rota
tecnológica de produção de SAF, para fins de contabilizar a descarbonização
em face do querosene de aviação fóssil.Parágrafo único. Além do disposto na RenovaBio, a ANP deverá observar as
seguintes diretrizes na elaboração da análise do ciclo do poço à queima:I -
reconhecimento da importância do aproveitamento de SAF produzido e utilizado
no País para o cumprimento de compromissos internacionais de descarbonização
pelos operadores aéreos; eII -
busca pelo alinhamento metodológico à Organização de Aviação Civil
Internacional em relação aos requisitos de elegibilidade e de certificação
para o SAF.Art.
9º A comercialização, a logística e o uso energético de SAF no País serão
regidos pelas seguintes diretrizes:I -
otimização logística na distribuição e no uso de SAF; eII -
busca pela adoção de mecanismos baseados em mercado.Art.
10. Os operadores aéreos ficam obrigados a reduzir as emissões de GEE em
suas operações domésticas por meio do uso de SAF, conforme os seguintes
percentuais mínimos de redução:I –
1% (um por cento), a partir de 1º de janeiro de 2027;II –
2% (dois por cento), a partir de 1º de janeiro de 2029;III
– 3% (três por cento), a partir de 1º de janeiro de 2030;IV –
4% (quatro por cento), a partir de 1º de janeiro de 2031;V –
5% (cinco por cento), a partir de 1º de janeiro de 2032;VI –
6% (seis por cento), a partir de 1º de janeiro de 2033;VII
– 7% (sete por cento), a partir de 1º de janeiro de 2034;VIII
– 8% (oito por cento), a partir de 1º de janeiro de 2035;IX –
9% (nove por cento), a partir de 1º de janeiro de 2036;X –
10% (dez por cento), a partir de 1º de janeiro de 2037.§ 1º
A base de cálculo sobre a qual serão computadas as obrigações de redução de
emissões a que se refere ocaputdeste artigo será dada pelo volume
das emissões decorrentes das operações domésticas realizadas pela empresa
aérea no ano correspondente, supondo que todas as operações tenham utilizado
combustível fóssil.§ 2º
Poderão ser admitidos meios alternativos para cumprimento da meta de que
trata ocaputdeste artigo, nos termos do regulamento.§ 3º
O CNPE poderá alterar os percentuais de que trata ocaputdeste
artigo, a qualquer tempo, por motivo justificado de interesse público, e,
após a normalização das condições que motivaram a alteração, os referidos
percentuais serão reestabelecidos.§ 4º
O interesse público referido no § 3º deste artigo será monitorado por meio
de metodologia, de periodicidade e de publicidade estabelecidas pelo CNPE,
observadas a efetividade ambiental e a eficiência econômica do ProBioQAV.§ 5º
Caberá à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), no exercício da
competência prevista noinciso X do caput do art. 8º da Lei nº 11.182, de 27 de setembro de 2005:I -
estabelecer a metodologia de cálculo de verificação da redução de emissões
associadas ao uso de SAF e de outros meios alternativos a que se refere o §
2º deste artigo; eII -
fiscalizar o cumprimento das obrigações previstas neste artigo pelos
operadores aéreos.§ 6º
A Anac poderá dispensar do cumprimento da obrigação prevista nocaputdeste artigo as operadoras aéreas:I -
com emissões anuais inferiores à definida em regulação da Anac;II -
sem acesso a SAF em nenhum dos aeroportos em que operem.§ 7º
O disposto neste artigo não gera prejuízo ou cumulatividade aos acordos
setoriais ou regulamentos específicos que disponham sobre outras metas de
redução de emissões de GEE.Art.
11. Em caso de imposição, por outros países ou conjunto de Estados
estrangeiros, de obrigações relativas ao uso de SAF aos operadores aéreos
nacionais, a obrigatoriedade de que trata o art. 10 desta Lei, ou obrigação
similar à imposta por aqueles, poderá ser estendida a voos de operadores
aéreos internacionais com passagem pelo território nacional, com base no
princípio da reciprocidade, mediante determinação do CNPE e posterior
regulamentação da Anac.Parágrafo único. O disposto nocaputdeste artigo não se aplica aos
casos em que obrigações e outras medidas relativas ao uso de SAF sejam
adotadas como parte da implementação de normas, de padrões ou de acordos
estabelecidos no âmbito do regime multilateral da aviação civil.CAPÍTULO IVDO
PROGRAMA NACIONAL DE DIESEL VERDE (PNDV)Art.
12. O Programa Nacional de Diesel Verde (PNDV) tem como objetivo incentivar
a pesquisa, a produção, a comercialização e o uso energético do diesel
verde, estabelecido em regulamento da ANP, na matriz energética brasileira.Art.
13. O CNPE estabelecerá, a cada ano, a participação volumétrica mínima
obrigatória de diesel verde, produzido a partir de matérias-primas
exclusivamente derivadas de biomassa renovável, em relação ao diesel
comercializado ao consumidor final, de forma agregada no território nacional.§ 1º
A participação volumétrica mínima obrigatória de diesel verde em relação ao
diesel comercializado ao consumidor final não poderá exceder o limite de 3%
(três por cento), permitida adição voluntária de diesel verde superior a
esse limite, e o interessado deverá comunicar seu uso à ANP.§ 2º
Para a definição da participação volumétrica mínima obrigatória de diesel
verde, o CNPE observará:I -
as condições de oferta de diesel verde, incluídas a disponibilidade de
matéria-prima, a capacidade e a localização da produção;II -
o impacto da participação volumétrica mínima obrigatória no preço ao
consumidor final; eIII
- a competitividade nos mercados internacionais do diesel verde produzido
internamente.§ 3º
Caberá à ANP definir o percentual de adição obrigatória de diesel verde, em
volume, ao diesel comercializado ao consumidor final para garantir a
participação mínima obrigatória de forma agregada.§ 4º
Na definição do percentual de adição obrigatória de diesel verde, em volume,
ao óleo diesel comercializado ao consumidor final, a ANP deverá observar as
seguintes diretrizes:I -
otimização logística na distribuição e no uso do diesel verde; eII -
busca pela adoção de mecanismos baseados em mercado.§ 5º
As distribuidoras devem estar devidamente registradas e autorizadas pela ANP,
e somente aquelas que atenderem aos requisitos por ela estabelecidos poderão
efetuar a mistura de diesel verde ao óleo diesel, assegurando a legalidade e
a qualidade do combustível comercializado ao consumidor final.CAPÍTULO VDO
PROGRAMA NACIONAL DE DESCARBONIZAÇÃO DO PRODUTOR E IMPORTADOR DE GÁS NATURAL
E DE INCENTIVO AO BIOMETANOArt.
14. O Programa Nacional de Descarbonização do Produtor e Importador de Gás
Natural e de Incentivo ao Biometano tem como objetivo incentivar a pesquisa,
a produção, a comercialização e o uso do biometano e do biogás na matriz
energética brasileira com vistas à descarbonização do setor de gás natural.Art.
15. São diretrizes do Programa Nacional de Descarbonização do Produtor e
Importador de Gás Natural e de Incentivo ao Biometano:I -
reconhecimento da importância do aproveitamento do biometano e do biogás
produzidos e utilizados no País para o cumprimento de compromissos
internacionais de descarbonização;II -
reconhecimento da metodologia de avaliação de ciclo de vida como a mais
acurada para mensurar a redução de emissões de GEE e os benefícios
ambientais de cada rota tecnológica, quantificando oimpacto ambiental associado desde a produção dos seus insumos até o
seu descarte e reciclagem ou reúso, quando aplicável.Art.
16. São objetivos do Programa Nacional de Descarbonização do Produtor e
Importador de Gás Natural e de Incentivo ao Biometano:I –
estimular a produção e o consumo do biometano e do biogás por meio de
projetos relacionados à cadeia de produção do biometano e do biogás;II –
incentivar a fabricação, a comercialização, a aquisição e a utilização de
veículos pesados e máquinas agrícolas e de outros veículos movidos a metano,
bem como a conversão de veículos movidos a outros combustíveis para metano e
a substituição de motor a diesel usado em veículo por motor novo movido a
metano homologado pelos órgãos certificadores;III
– fomentar projetos de infraestrutura que permitam a conexão de plantas de
produção de biometano com as redes de distribuição e transporte de gás
natural, desde que sejam economicamente viáveis.Art.
17. O CNPE definirá meta anual de redução de emissões de GEE no mercado de
gás natural comercializado, autoproduzido ou autoimportado pelos produtores
e importadores de gás natural, a ser cumprida por meio da participação do
biometano no consumo do gás natural, nos termos do regulamento.§ 1º
A obrigação de que trata ocaputdeste artigo entrará em vigor em 1º
de janeiro de 2026, com valor inicial de 1% (um por cento) e não poderá
exceder a 10% (dez por cento) de redução das emissões.§ 2º
O CNPE poderá, excepcionalmente, alterar o percentual anual de redução de
emissões de GEE, inclusive para valor inferior a 1% (um por cento), por
motivo justificado de interesse público ou quando o volume de produção de
biometano impossibilitar ou onerar excessivamente o cumprimento da meta, e
deverá reestabelecer esse valor após a normalização das condições que
motivaram a sua alteração.§ 3º
A obrigação de que trata ocaputdeste artigo será comprovada pela
compra ou utilização de biometano no ano civil ou pelo registro anual da
aquisição de CGOB, em consonância com as diretrizes estabelecidas pelo CNPE.§ 4º
Na determinação da meta anual compulsória de redução de emissões de GEE no
mercado de gás natural, o CNPE deverá realizar análise de impacto
regulatório, conforme disposto naLei nº 13.874, de 20 de
setembro de 2019,observando:I -
a disponibilidade, atual ou futura, de biometano, de biogás e de CGOB;II -
a capacidade das infraestruturas e das instalações de produção e
movimentação de biometano necessárias ao longo do tempo;III
– as emissões de GEE decorrentes do transporte e da distribuição de
biometano;IV -
os benefícios da descarbonização a partir do biometano e demais fontes
alternativas de redução das emissões de GEE;V -
a preservação da competitividade do biometano e do gás natural em comparação
com outros combustíveis;VI –
a proteção dos interesses do consumidor quanto a preço, a qualidade e a
oferta de produtos;VII
- o impacto do preço do gás natural e do biometano na competitividade da
indústria nacional;VIII
- a evolução do consumo nacional de gás natural, de biogás e de biometano;IX -
os compromissos internacionais de redução de emissões de GEEassumidos pelo Brasil e as ações setoriais no âmbito desses compromissos;X -
a integração e a compatibilidade do Programa Nacional de Descarbonização do
Produtor e Importador do Gás Natural e de Incentivo ao Biometano com as
demais políticas e iniciativas direcionadas à redução das emissões de GEE,
em especial com a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), de que
trata aLei nº 12.187, de 29 de
dezembro de 2009, e o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE),
ou outro que venha a substituí-lo.§ 5º
O CGOB adquirido nos termos deste artigo poderá ser comercializado
livremente até sua aposentadoria, mas somente poderá ser utilizado para fins
de cumprimento da meta de que trata ocaputdeste artigo uma única
vez.§ 6º
A aposentadoria do CGOB é facultativa ao produtor e importador de gás
natural e poderá ser efetuada por qualquer agente interessado na
incorporação do atributo ambiental ao seu produto ou processo.§ 7º
Para fins de definição da meta referida nocaputdeste artigo, será
considerada a média decenal de oferta de gás natural oriunda de produção
nacional e de importação.Art.
18. Caberá à ANP, no exercício de suas competências:I -
estabelecer a metodologia de cálculo de verificação da redução de emissões
associadas à utilização do biometano;II -
definir os agentes obrigados com base no volume total de gás natural
comercializado, de modo a garantir que a redução de GEE ocorra com o melhor
custo-efetividade;III
- fiscalizar o cumprimento das obrigações previstas no art. 17 desta Lei
pelos produtores ou importadores de gás natural.Parágrafo único. No exercício da competência prevista no inciso II docaputdeste artigo, deverão ser excluídos da obrigação os pequenos
produtores e pequenos importadores de gás natural, nos termos da
regulamentação da ANP.Art.
19. O CGOB será concedido ao produtor ou ao importador de biometano que
atender individualmente aos parâmetros definidos em regulamento.Parágrafo único. O volume de biometano utilizado para queima emflaresou ventilação não fará jus ao CGOB.Art.
20. A regulamentação do CGOB deverá garantir rastreabilidade, transparência,
credibilidade e fungibilidade com outros certificados, quando couber,
garantida a não ocorrência de dupla contagem do atributo ambiental.Art.
21. O regulamento disporá sobre a emissão, o vencimento, a intermediação, a
custódia, a escrituração, a negociação, a aposentadoria e os demais aspectos
relacionados ao CGOB.Art.
22. O CGOB, quando negociado no mercado de capitais, é valor mobiliário
sujeito ao regime previsto naLei nº
6.385, de 7 de dezembro de 1976.Art.
23. O ganho decorrente da alienação de CGOB será tributado pelo imposto
sobre a renda de acordo com as regras aplicáveis:I -
ao regime em que se enquadra o contribuinte, nos casos das pessoas que
inicialmente emitiram tais ativos;II -
aos ganhos líquidos, quando auferidos em operações realizadas em bolsas de
valores, de mercadorias e de futuros e em mercados de balcão organizado; eIII
- aos ganhos de capital, nas demais situações.§ 1º
Poderão ser deduzidas da base de cálculo do Imposto sobre a Renda das
Pessoas Jurídicas (IRPJ) com apuração no lucro real as despesas
administrativas ou financeiras necessárias à emissão, à escrituração, ao
registro e à negociação do CGOB.§ 2º
No caso de alienante pessoa jurídica com apuração no lucro real, o ganho de
que trata o inciso III docaputdeste artigo será computado na base
de cálculo do IRPJ.§ 3º
No caso de alienante pessoa jurídica com apuração no lucro presumido ou
lucro arbitrado enquadrado no inciso III docaputdeste artigo, o
ganho de capital será computado na base de cálculo do IRPJ na forma doinciso II docaputdo art.
25, doinciso II docaputdo art.
27ou doinciso II do caput do art. 29 da
Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996.§ 4º
O disposto neste artigo aplica-se à Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido (CSLL) no caso de pessoa jurídica com apuração no lucro real,
presumido ou arbitrado.Art.
24. (VETADO).Art.
25. O não atendimento da meta anual de redução de GEE a que se refere ocaputdo art. 17 desta Lei sujeitará o agente que produza ou importe gás
natural à multa superior ao benefício auferido com o descumprimento, sem
prejuízo das demais sanções administrativas e pecuniárias previstas naLei nº 9.847, de 26 de outubro de 1999,
e de outras de natureza civil e penal cabíveis.Parágrafo único. A multa a que se refere ocaputdeste artigo poderá
variar, nos termos do regulamento, entre R$ 100.000,00 (cem mil reais) e R$
50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais).CAPÍTULO VIDAS
ATIVIDADES DA INDÚSTRIA DA CAPTURA E DA ESTOCAGEM GEOLÓGICA DE DIÓXIDO DE
CARBONOArt.
26. O exercício das atividades de captura de dióxido de carbono para fins de
estocagem geológica, seu transporte por meio de dutos e estocagem geológica
será realizado mediante autorização da ANP.§ 1º
Empresas ou consórcios de empresas constituídas sob leis brasileiras, com
sede e administração no País, poderão requerer autorização para o exercício
das atividades de que trata ocaputdeste artigo, que ocorrerão por
conta e risco do interessado.§ 2º
A ANP editará normas sobre a habilitação dos interessados para o exercício
das atividades de que trata ocaputdeste artigo e as condições para
a autorização e para a eventual transferência da titularidade da
autorização.§ 3º
A autorização de que trata ocaputdeste artigo terá prazo de 30
(trinta) anos, prorrogável por igual período na hipótese do cumprimento das
condicionantes estabelecidas no termo celebrado entre as partes, podendo o
Executivo alterar esse prazo em razão de relevante interesse público.§ 4º
Não está sujeita ao disposto nocaputdeste artigo a atividade de
injeção e armazenamento de dióxido de carbono para fins de recuperação
avançada de hidrocarbonetos de reservatório geológico sob contrato para
exploração e produção de hidrocarbonetos sob regime de concessão, de
partilha de produção e de cessão onerosa.§ 5º
Na hipótese de impossibilidade de desenvolvimento simultâneo da estocagem de
que trata ocaputdeste artigo em bloco de armazenamento e das
atividades de exploração e produção de hidrocarbonetos e de mineração objeto
de contrato ou autorização celebrados anteriormente, o uso prioritário será
decidido pelo Ministro de Estado de Minas e Energia, ouvidas as partes
interessadas.§ 6º
O processo de autorização para a etapa de captura de que trata o § 1º deste
artigo deverá garantir que, apresentados todos os elementos necessários à
instrução, o solicitante seja informado do prazo máximo para análise e
deliberação, nos termos doinciso IX do
caput do art. 3º da Lei nº 13.874, de 20 de setembro de 2019.Art.
27. A execução das atividades de captura de dióxido de carbono para fins de
estocagem geológica e suaestocagem deverá observar as seguintes
diretrizes:I -
eficiência e sustentabilidade econômicas;II -
adoção de métodos, de técnicas e de processos que considerem as
peculiaridades locais e regionais e as melhores práticas da indústria; eIII
- integração das infraestruturas, dos serviços e das informações geológicas
e geofísicas para gestão eficiente dos recursos naturais envolvidos no
desenvolvimento da atividade.Art.
28. Compete à ANP regular as atividades de captura de dióxido de carbono
para fins de estocagem geológica, seu transporte por meio de dutos e sua
estocagem geológica.§ 1º
No caso de áreas sob contrato, a ANP ouvirá o detentor de direitos de
exploração e produção antes de conceder a autorização a que se refere ocaputdo art. 26 desta Lei.§ 2º
O descumprimento das normas estabelecidas pela ANP sujeitará os infratores à
cassação da autorização a que se refere ocaputdo art. 26 desta Lei,
sem prejuízo das demais sanções cabíveis, nos termos da regulação.§ 3º
A ANP dará acesso aos dados técnicos públicos das bacias sedimentares
brasileiras aos interessados para análise, estudos e identificação de áreas
com potencial para estocagem geológica de dióxido de carbono.Art.
29. São obrigações do operador de estocagem geológica de dióxido de carbono:I –
garantir que o armazenamento do dióxido de carbonoocorra de
forma segura e eficaz, seguidos todos os parâmetros definidos em plano de
monitoramento e em plano de contingência ou no licenciamento ambiental
pertinente às operações de armazenamento;II –
identificar, alertar e agir de forma adequada em caso de eventos não
desejáveis, incluídos quaisquer sinais de vazamento potencial, de modo a
iniciar medidas preventivas e corretivas;III
– manter calibrados, aferidos e em estado operacional quaisquer ferramentas
e equipamentos capazes de identificar e de prevenir eventos não desejáveis;IV –
manter em banco de dados, por tempo determinado pela ANP, registros
devidamente validados por profissional competente de todos os relatórios
emitidos relacionados à operação de armazenamento permanente de dióxido de
carbono, inclusive os componentes do plano de monitoramento e do plano de
contingência;V –
realizar inventário de armazenamento e de vazamento de dióxido de carbono,
comparandoas quantidades de armazenamento e
de vazamento previstas e realizadas, para:a)
aferir a eficácia do projeto aprovado;b)
garantir o cumprimento das obrigações previstas; ec)
obter certificação de crédito de carbono, na hipótese de acordos
internacionais e de legislação nacional que assim permitam;VI –
realizar o monitoramento das atividades de que trata ocaputdo art.
26 desta Lei conforme o disposto no regulamento;VII
– permitir e dar suporte à realização de auditorias e fiscalização de suas
instalações de pesquisa, das instalações e atividades de injeção, da
infraestrutura essencial para realização das atividades, dos registros de
monitoramento realizados ou de outros documentos solicitados.Parágrafo único. O certificado de crédito de carbono de que trata a alíneacdo inciso V docaputdeste artigo poderá ser objeto de
contrato de longo prazo, conforme regulamento.CAPÍTULO VIIDISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIASArt.
30. ALei nº
9.478, de 6 de agosto de 1997, passa a vigorar com as seguintes
alterações, numerado o parágrafo único do art. 7º como § 1º:“Art. 1º
.............................................................................................................................................................................XVIII -mitigar as
emissões de gases causadores de efeito estufa e de poluentes nos
setores de energia e de transportes, inclusive com o uso de
biocombustíveis e da captura e da estocagem geológica de dióxido de
carbono;...................................................................................
” (NR)“Art. 2º
...............................................................................................................................................................................IV –estabelecer
diretrizes e metas, quando aplicáveis, para programas específicos,
como os de uso do gás natural, do carvão, da energia termonuclear,
dos biocombustíveis, da energia solar, da energia eólica, do biogás,
do biometano e da energia proveniente de outras fontes alternativas;.............................................................................................XII -estabelecer os
parâmetros técnicos e econômicos das licitações de concessões de
geração, transmissão e distribuição de energia elétrica de que trata
oart. 8º da
Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013;XIII -definir a
estratégia e a política de desenvolvimento tecnológico do setor de
energia elétrica;XIV -estabelecer
diretrizes para o suprimento de gás natural nas situações
caracterizadas como de contingência, nos termos previstos em lei;XV - estabelecer
diretrizes para a regulação e a fiscalização da captura e da
estocagem geológica de dióxido de carbono; e;XVI – (VETADO)..............................................................................................§ 2º-ACom vistas ao
cumprimento dos objetivos de que tratam os incisos III, IV e XVIII
docaputdo art. 1º deste artigo, o CNPE poderá estender a
aplicação do sistema de rastreabilidade de que trata o§ 3º do art. 1º
da Lei nº 13.033, de 24 de setembro de 2014, para as
demais fontes de energia de que trata esta Lei...................................................................................
” (NR)“Art.
6º..............................................................................................................................................................................XXIV –Biocombustível:
substância derivada de biomassa renovável, tal como biodiesel,
etanol, biometano e outras substâncias estabelecidas em regulamento
da ANP, que pode ser empregada diretamente ou mediante alterações em
motores a combustão interna ou para outro tipo de geração de
energia, podendo substituir parcial ou totalmente combustíveis de
origem fóssil;.............................................................................................XXX -Etanol:
biocombustível líquido derivado de biomassa renovável, que tem como
principal componente o álcool etílico, que pode ser utilizado,
diretamente ou mediante alterações, em motores a combustão interna
com ignição por centelha, em outras formas de geração de energia ou
em indústria petroquímica, podendo ser obtido por rotas tecnológicas
distintas, conforme especificado em regulamento;XXXI- Combustível
Sustentável de Aviação (Sustainable Aviation Fuel- SAF):
combustível alternativo ao combustível aeronáutico de origem fóssil,
produzido a partir de quaisquer matérias-primas e processos que
atendam a padrões de sustentabilidade, conforme definição da
Organização de Aviação Civil Internacional (International Civil
Aviation Organization- ICAO), que possa ser utilizado puro ou
em mistura com o combustível de origem fóssil, conforme as
especificações técnicas das normas aplicáveis, e que promova
benefícios ambientais quando considerado o seu ciclo de vida
completo;XXXII - Biogás: gás bruto que na sua composição contém metano obtido
de matéria-prima renovável ou de resíduos orgânicos;XXXIII - Biometano: biocombustível gasoso constituído essencialmente
de metano, derivado da purificação do biogás;XXXIV - Combustível Sintético: combustível sintetizado a partir de
rotas tecnológicas a exemplo de processos termoquímicos e
catalíticos e que possa substituir parcial ou totalmente
combustíveis de origem fóssil;XXXV - Área Não Contratada: área que não é objeto de contrato de
concessão, de contrato de cessão onerosa ou de contrato de partilha
de produção; eXXXVI - Área sob Contrato: bloco ou campo objeto de um contrato de
concessão, de contrato de cessão onerosa ou de contrato de partilha
de produção.”(NR)“Art. 7º
...............................................................................§ 1ºA ANP tem sede e
foro no Distrito Federal e escritórios centrais na cidade do Rio de
Janeiro, podendo instalar unidades administrativas regionais.§ 2ºA ANP atuará ainda
como órgão regulador da indústria dos combustíveis sintéticos e da
captura e da estocagem geológica de dióxido de carbono.”(NR)“Art. 8ºA ANP tem como
finalidade promover a regulação, a contratação e a fiscalização das
atividades econômicas integrantes da indústria do petróleo, do gás
natural, dos combustíveis sintéticos, dos biocombustíveis e da
captura e da estocagem geológica de dióxido de carbono e lhe cabe:I -implementar, em sua
esfera de atribuições, a política nacional de petróleo, de gás
natural, de combustíveis e de biocombustíveis, contida na política
energética nacional, nos termos do Capítulo I desta Lei, com ênfase
na garantia do suprimento de derivados de petróleo, de gás natural e
seus derivados, de combustíveis sintéticos e de biocombustíveis, em
todo o território nacional, e na proteção dos interesses dos
consumidores quanto a preço, a qualidade e a oferta dos produtos;...........................................................................................VII -fiscalizar
diretamente e de forma concorrente, nos termos daLei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990(Código de Defesa do Consumidor), ou mediante convênios com órgãos
dos Estados e do Distrito Federal, as atividades integrantes da
indústria do petróleo, do gás natural, dos combustíveis sintéticos,
dos biocombustíveis e da captura e da estocagem geológica de dióxido
de carbono e aplicar as sanções administrativas e pecuniárias
previstas em lei, regulamento ou contrato;............................................................................................IX -fazer cumprir as
boas práticas de conservação e de uso racional do petróleo, do gás
natural, dos seus derivados, dos combustíveis sintéticos e dos
biocombustíveis e de preservação do meio ambiente;............................................................................................XI -organizar e
manter o acervo das informações e dos dados técnicos relativos às
atividades reguladas da indústria do petróleo, do gás natural, dos
combustíveis sintéticos, dos biocombustíveis e da captura e da
estocagem geológica de dióxido de carbono;............................................................................................XVIII -especificar
a qualidade dos derivados de petróleo, do gás natural e seus
derivados, dos combustíveis sintéticos e dos biocombustíveis;.............................................................................................XXXV -estabelecer
princípios básicos para a elaboração dos códigos de condutas e
práticas de acesso aos terminais de Gás Natural Liquefeito (GNL) e
às infraestruturas de escoamento, de tratamento e de processamento
de gás natural; eXXXVI – (VETADO);...................................................................................”
(NR)“Art. 61-A.Fica a
Petrobras autorizada a incluir no seu objeto social as atividades
vinculadas à energia, bem como as atividades relacionadas à
movimentação e à estocagem de dióxido de carbono, à transição
energética e à economia de baixo carbono.”Art.
31. ALei nº
9.847, de 26 de outubro de 1999, passa a vigorar com as seguintes
alterações:“Art. 1ºSerá realizada
pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)
a fiscalização:I - das atividades relativas às indústrias:a) do petróleo, do gás natural e dos seus derivados;b) dos combustíveis sintéticos;c) dos biocombustíveis; ed) da captura e da estocagem geológica de dióxido de carbono;II - do abastecimento nacional de combustíveis; eIII - do adequado funcionamento do Sistema Nacional de Estoques de
Combustíveis e do cumprimento do Plano Anual de Estoques
Estratégicos de Combustíveis, de que trata oart. 4º da Lei nº 8.176, de 8 de fevereiro de 1991...........................................................................................§ 5ºA fiscalização de
que trata ocaputdeste artigo também poderá ser realizada
por órgãos da administração pública direta e indireta da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante celebração
de convênio pela ANP.”(NR)“Art. 3º
.............................................................................I -exercer atividade
relativa à indústria do petróleo, dos combustíveis sintéticos, dos
biocombustíveis e da captura e da estocagem geológica de dióxido de
carbono, ao abastecimento nacional de combustíveis, ao Sistema
Nacional de Estoques de Combustíveis e ao Plano Anual de Estoques
Estratégicos de Combustíveis, sem prévio registro ou autorização
exigidos na legislação aplicável:...........................................................................................VI -não apresentar, na
forma e no prazo estabelecidos na legislação aplicável ou, na sua
ausência, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, os documentos
comprobatórios da captura e da estocagem geológica de dióxido de
carbono e os documentos de produção, importação, exportação, refino,
beneficiamento, tratamento, processamento, transporte,
transferência, armazenagem, estocagem, distribuição, revenda,
destinação e comercialização de petróleo, de gás natural, de seus
derivados, de combustíveis sintéticos e de biocombustíveis:VIII -deixar de
atender às normas de segurança previstas para o comércio ou a
estocagem de combustíveis e para a captura e a estocagem geológica
de dióxido de carbono, colocando em perigo direto e iminente a vida,
a integridade física ou a saúde, o patrimônio público ou privado, a
ordem pública ou o regular abastecimento nacional de combustíveis:............................................................................................XVIII -não dispor de
equipamentos necessários à verificação da qualidade e da quantidade
estocada e comercializada dos produtos derivados de petróleo, do gás
natural e dos seus derivados, dos combustíveis sintéticos e dos
biocombustíveis;....................................................................................”
(NR)Art.
32. ALei nº
8.723, de 28 de outubro de 1993, passa a vigorar com as seguintes
alterações:“Art. 9ºÉ fixado em
27% (vinte e sete por cento) o percentual obrigatório de adição de
álcool etílico anidro combustível, em volume, à gasolina em todo o
território nacional.§ 1ºO Poder
Executivo poderá elevar o percentual referido nocaputdeste
artigo até o limite de 35% (trinta e cinco por cento), desde que
constatada a sua viabilidade técnica, ou reduzi-lo a 22% (vinte e
dois por cento).............................................................................................§ 3ºO Poder Executivo
estabelecerá critérios para consideração do percentual de adição de
álcool etílico anidro à gasolina vigente no cálculo de informações
de desempenho energético divulgadas pelo Programa Brasileiro de
Etiquetagem Veicular (PBEV).”(NR)“Art. 11.
..............................................................................Parágrafo único.Os
limites de emissões veiculares estabelecidos pelo Proconve deverão
reconhecer e incorporar em sua metodologia de cálculo os efeitos
ambientais do uso de biocombustíveis no conceito do poço à roda,
devendo estar harmonizados com a política de ampliação do uso desses
combustíveis e seu consequente impacto nas emissões.”(NR)Art.
33. Os arts. 1º e 1º-C daLei nº 13.033, de 24 de
setembro de 2014, passam a vigorar com as seguintes alterações,
numerado o parágrafo único do art. 1º como § 1º:“Art. 1ºSão estabelecidas as seguintes metas de percentuais de adição
obrigatória, em volume, de biodiesel produzido por meio de processos
exclusivamente dedicados para tal fim ao óleo diesel vendido ao
consumidor final, em qualquer parte do território nacional:I – 15% (quinze por cento), a partir de 1º de março de 2025;II – 16% (dezesseis por cento), a partir de 1º de março de 2026;III – 17% (dezessete por cento), a partir de 1º de março de 2027;IV – 18% (dezoito por cento), a partir de 1º de março de 2028;V – 19% (dezenove por cento), a partir de 1º de março de 2029;VI – 20% (vinte por cento), a partir de 1º de março de 2030.§ 1º O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) avaliará a
viabilidade das metas de que trata ocaputdeste artigo e
fixará o percentual obrigatório de adição de biodiesel, em volume,
ao óleo diesel comercializado em todo o território nacional entre os
limites de 13% (treze por cento) e 25% (vinte e cinco por cento).§ 2º Poderá ser estabelecido percentual obrigatório de adição de
biodiesel superior a 15% (quinze por cento) desde que constatada sua
viabilidade técnica.§ 3º Fica instituído o sistema de rastreabilidade para os
combustíveis do ciclo diesel com registro de todas as transações da
cadeia produtiva com a finalidade de assegurar a qualidade desses
combustíveis, conforme regulamentação.”(NR)“Art.
1º-CSão facultados a adição voluntária de biodiesel ao óleo
diesel em quantidade superior ao percentual obrigatório e o uso
voluntário da mistura no transporte público, no transporte
ferroviário, na navegação interior e marítima, em frotas cativas, em
equipamentos e veículos destinados à extração mineral e à geração de
energia elétrica, em tratores e nos demais aparelhos automotores
destinados a puxar ou arrastar maquinaria agrícola ou a executar
trabalhos agrícolas, devendo o interessado comunicar sua utilização
à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).”(NR)Art.
34. O Poder Executivo poderá estabelecer mecanismos para incentivar a
participação de matérias-primas produzidas pela agricultura familiar na
produção dos biocombustíveis de que trata esta Lei.Art.
35. Ficam revogados:I –
osarts. 1º-Ae1º-B da Lei nº
13.033, de 24 de setembro de 2014; eII –
oart. 26 da Lei nº 10.438, de
26 de abril de 2002.Art. 36. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Brasília, 8 de outubro de 2024; 203º da Independência e 136º da República.LUIZ
INÁCIO LULA DA SILVACarlos Henrique Baqueta FávaroFernando HaddadGeraldo José Rodrigues Alckmin FilhoAlexandre Silveira de OliveiraSilvio Serafim Costa FilhoEste texto não substitui o publicado no DOU de
9.10.2024* |
2,024 | Lei nº 14.992, de 3.10.2024 Publicada no DOU de 4.10.2024 | Altera a Lei nº 13.667, de 17 de maio de 2018, para estabelecer medidas que favoreçam a inserção de pessoas com transtorno do espectro autista no mercado de trabalho. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L14992.htm | L14992Presidência da RepúblicaCasa CivilSecretaria Especial para Assuntos JurídicosLEI Nº
14.992, DE 3 DE OUTUBRO DE 2024Altera a Lei nº
13.667, de 17 de maio de 2018, para estabelecer medidas que favoreçam a
inserção de pessoas com transtorno do espectro autista no mercado de
trabalho.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1º ALei nº 13.667, de 17 de maio de 2018, passa a vigorar com as
seguintes alterações:“Art.
6º............................................................................................................I -prover o pessoal e a infraestrutura necessários à execução das ações e
dos serviços do Sine, com observância das normas técnicas de acessibilidade
da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), bem como financiá-lo,
por meio de repasses fundo a fundo;.................................................................................................................”(NR)“Art. 7º
.......................................................................................................................................................................................................................................V -integrar ao Sine a base de dados do Sistema Nacional de Cadastro da
Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (SisTEA), previsto noDecreto nº
12.115, de 17 de julho de 2024, sob a responsabilidade do Ministério dos
Direitos Humanos e da Cidadania, com vistas à intermediação de vagas de
emprego e contratos de aprendizagem, nos termos daLei nº 10.097, de 19 de
dezembro de 2000..................................................................................................................”(NR)“Art.
9º........................................................................................................................................................................................................................................IX– fomentar iniciativas para a inclusão de pessoas com deficiência no
mercado de trabalho, incluindo a realização de feiras de emprego e a
sensibilização de empregadores para a contratação de pessoas com
deficiência..................................................................................................................”(NR)Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Brasília, 3 de
outubro de 2024; 203º da Independência e 136º da República.LUIZ INÁCIO LULA DA
SILVAMacaé Maria Evaristo
dos SantosEnrique Ricardo
LewandowskiFrancisco Macena da
SilvaEste texto não substitui o publicado no DOU de
4.10.2024* |
2,024 | Lei nº 14.991, de 27.9.2024 Publicada no DOU de 30.9.2024 | Reconhece os modos de produção dos instrumentos musicais de samba e as práticas a eles associadas como manifestações da cultura nacional. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L14991.htm | L14991Presidência da RepúblicaCasa CivilSecretaria Especial para Assuntos JurídicosLEI Nº
14.991, DE 27 DE SETEMBRO DE 2024Reconhece os modos de produção dos instrumentos musicais de samba e as
práticas a eles associadas como manifestações da cultura nacional.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço
saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1º Ficam reconhecidos como manifestações da cultura nacional, em todo o
território nacional, os modos de produção dos instrumentos musicais de samba
e as práticas e tradições culturais a eles associadas.Parágrafo único. Os instrumentos musicais de que trata esta Lei são:I – pandeiro;II – tam-tam;III – cuíca;IV – surdo;V – tamborim;VI – rebolo;VII – frigideira;VIII – timba;IX – repique de mão.Art. 2º Os instrumentos musicais referidos no parágrafo único do art. 1º
desta Lei somente deverão assim ser denominados quando seguirem as práticas
e tradições culturais a eles associadas em seus respectivos modos de
produção.Art. 3º As formas e os modos de produção dos instrumentos musicais de samba
de que trata esta Lei serão regulamentados por decreto do Poder Executivo.Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Brasília, 27 de setembro de 2024; 203º da Independência e 136º da República.LUIZ
INÁCIO LULA DA SILVAMargareth Menezes da Purificação CostaAnielle Francisco da SilvaEste texto não substitui o publicado no DOU de
30.9.2024* |
2,024 | Lei nº 14.990, de 27.9.2024 Publicada no DOU de 30.9.2024 | Institui o Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC); e altera a Lei nº 14.948, de 2 de agosto de 2024. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L14990.htm | L14990Presidência da RepúblicaCasa CivilSecretaria Especial para Assuntos JurídicosLEI Nº
14.990, DE 27 DE SETEMBRO DE 2024Institui o
Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC);
e altera a Lei nº 14.948, de 2 de agosto de 2024.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço
saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1º Fica instituído o Programa de Desenvolvimento do
Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC), a fim de constituir fonte de
recursos para a transição energética a partir do uso do hidrogênio de baixa
emissão de carbono.Art. 2º São objetivos do PHBC:I – desenvolver o hidrogênio de baixa emissão de carbono e o hidrogênio
renovável;II – dar suporte às ações em prol da transição energética;III – estabelecer metas objetivas para o desenvolvimento do mercado interno
de hidrogênio de baixa emissão de carbono;IV – aplicar incentivos para descarbonização com o uso de hidrogênio de
baixa emissão de carbono nos setores industriais de difícil descarbonização,
como o de fertilizantes, o siderúrgico, o cimenteiro, o químico e o
petroquímico; eV – promover o uso do hidrogênio de baixa emissão de carbono no transporte
pesado.Art. 3º O PHBC deverá conceder crédito fiscal na
comercialização de hidrogênio de baixa emissão de carbono e seus derivados
produzidos no território nacional, observadas as diretrizes desta Lei, nos
termos do regulamento.§ 1º O crédito fiscal de que trata ocaputdeste artigo corresponderá
a um percentual de até 100% (cem por cento) da diferença entre o preço
estimado do hidrogênio de baixa emissão de carbono e o preço estimado de
bens substitutos, nos termos do regulamento.§ 2º O percentual do crédito fiscal concedido poderá ser inversamente
proporcional à intensidade de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) do
hidrogênio produzido.§ 3º O valor do crédito fiscal de que trata ocaputdeste artigo será
o resultado do procedimento concorrencial previsto no § 7º do art. 4º desta
Lei.§ 4º Serão elegíveis ao crédito fiscal de que trata ocaputdeste
artigo os projetos que observem ao menos um dos seguintes requisitos:I – contribuição ao desenvolvimento regional;II – contribuição às medidas de mitigação e de adaptação à mudança do clima;III – estímulo ao desenvolvimento e à difusão tecnológica; eIV – contribuição à diversificação do parque industrial brasileiro.Art. 4º A concessão do crédito fiscal de que trata o art.
3º desta Lei observará as disposições deste artigo.§ 1º Entre 2028 e 2032, os créditos fiscais mencionados neste artigo serão
limitados aos seguintes valores globais para cada ano-calendário:I – 2028: R$ 1.700.000.000,00 (um bilhão e setecentos milhões de reais);II – 2029: R$ 2.900.000.000,00 (dois bilhões e novecentos milhões de reais);III – 2030: R$ 4.200.000.000,00 (quatro bilhões e duzentos milhões de
reais);IV – 2031: R$ 4.500.000.000,00 (quatro bilhões e quinhentos milhões de
reais);V – 2032: R$ 5.000.000.000,00 (cinco bilhões de reais).§ 2º O Poder Executivo definirá o montante de créditos fiscais que poderá
ser concedido, observados as metas fiscais e os objetivos do PHBC.§ 3º Os valores de que trata o § 2º deste artigo deverão ser previstos no
projeto de lei orçamentária anual encaminhado pelo Poder Executivo federal
ao Congresso Nacional.§ 4º Observado o disposto no § 3º, os valores de créditos fiscais nos
limites de que trata o § 1º deste artigo que não forem utilizados no
respectivo ano-calendário poderão ser utilizados nos anos seguintes.§ 5º Sem prejuízo do disposto no § 3º deste artigo, o Poder Executivo deverá
divulgar os montantes de créditos fiscais concedidos e utilizados e seus
beneficiários.§ 6º O crédito fiscal de que trata ocaputdeste artigo deverá ser
concedido para produtores ou compradores de hidrogênio de baixa emissão de
carbono.§ 7º A concessão do crédito fiscal será precedida de procedimento
concorrencial a ser definido em regulamento.§ 8º O procedimento concorrencial de que trata o § 7º deste artigo terá como
objetivo a seleção dos projetos que poderão apurar os créditos fiscais de
que trata ocaputdeste artigo e observará, no mínimo, como critério
de julgamento das propostas, o menor valor do crédito por unidade de medida
do produto.§ 9º São elegíveis à apuração dos créditos fiscais de que trata ocaputdeste artigo empresas ou consórcios de empresas que sejam vencedores do
procedimento concorrencial, nos termos deste artigo e do seu regulamento, e
que:I – sejam ou tenham sido beneficiários do Regime Especial de Incentivos para
a Produção de Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (Rehidro), no caso de
produtores; ouII – adquiram hidrogênio de baixa emissão de carbono produzido por empresa
ou consórcio de empresas beneficiários do Rehidro, no caso de compradores.§ 10. A não implementação do projeto ou a sua implementação em desacordo com
a lei ou o regulamento sujeitarão o seu titular a:I – multa de, no máximo, 20% (vinte por cento) do valor do crédito fiscal
que seria destinado ao projeto, nos termos do regulamento; eII – recolhimento do valor equivalente aos créditos fiscais ressarcidos ou
compensados indevidamente ou o estorno dos referidos créditos formados em
virtude do benefício até o último dia útil do mês seguinte ao do
descumprimento do projeto.§ 11. O procedimento para a concessão do crédito fiscal de que trata ocaputdeste artigo poderá prever, entre outras hipóteses:I – a concessão de créditos fiscais em montantes decrescentes ao longo do
tempo;II – a prioridade aos projetos que:a) prevejam a menor intensidade de emissões de GEE do hidrogênio produzido
ou consumido; eb) possuam maior potencial de adensamento da cadeia de valor nacional;III – a fixação do valor do crédito com base na diferença entre o preço do
hidrogênio e o preço de bens substitutos;IV – a exigência de apresentação de garantia vinculada à implantação do
projeto de produção ou consumo de hidrogênio de baixa emissão de carbono e
seus derivados; eV – a aplicação de penalidades, inclusive da multa a que se refere o § 10
deste artigo.§ 12. Somente poderão participar do procedimento de que trata o § 7º deste
artigo os projetos previamente habilitados, nos termos do regulamento.§ 13. Fica assegurado ao beneficiário o direito ao aproveitamento integral
dos créditos fiscais concedidos, observados os prazos e as condições
estabelecidos no procedimento de que trata o § 7º deste artigo.§ 14. O regulamento do procedimento de que trata o § 7º deste artigo deverá
prever prazo para habilitação dos projetos não superior a 90 (noventa) dias.Art. 5º Os créditos fiscais de que trata o art. 3º desta
Lei corresponderão a crédito da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).§ 1º O valor dos créditos fiscais apurados será reconhecido no resultado
operacional.§ 2º Observada a legislação específica, os créditos fiscais poderão ser
objeto de:I – compensação com débitos próprios, vincendos ou vencidos, relativos a
tributos administrados pela Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil
do Ministério da Fazenda; ouII – ressarcimento em dinheiro.§ 3º Se o crédito fiscal não tiver sido objeto de compensação, a Secretaria
Especial da Receita Federal do Brasil efetuará o seu ressarcimento no prazo
de até 12 (doze) meses, contado da data do pedido.§ 4º A Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil poderá editar
instrução normativa para disciplinar o disposto neste artigo.Art. 6º O crédito fiscal de que trata o art. 3º desta Lei
somente poderá ser concedido para as operações de comercialização de
hidrogênio de baixa emissão de carbono e seus derivados produzidos no
território nacional ocorridas no período de 1º de janeiro de 2028 a 31 de
dezembro de 2032.Art. 7º O Poder Executivo publicará anualmente relatório
com a avaliação e os resultados da Política Nacional do Hidrogênio de Baixa
Emissão de Carbono, do PHBC, do Sistema Brasileiro de Certificação do
Hidrogênio (SBCH2) e do Rehidro.Parágrafo único. O relatório de que trata ocaputdeste artigo
incluirá também a relação de projetos que solicitaram a habilitação referida
no art. 4º desta Lei, os projetos habilitados e os resultados das ações de
monitoramento e de fiscalização do PHBC e da Política Nacional do Hidrogênio
de Baixa Emissão de Carbono, com as eventuais sanções administrativas e
pecuniárias aplicadas.Art. 8º O art. 6º daLei nº 14.948,
de 2 de agosto de 2024, passa a vigorar com as seguintes alterações:“Art.
6º...............................................................................................Parágrafo único.Caberá ao
órgão da administração pública federal direta responsável pela
condução da política energética, entre outras competências, propor
ao Conselho Nacional de Políticas Energéticas (CNPE):I – os parâmetros técnicos e econômicos para a elaboração
dos fundamentos da Política Nacional do Hidrogênio de Baixa Emissão
de Carbono; eII – o plano de trabalho destinado à implementação, ao
monitoramento e à avaliação dos instrumentos de que trata o art. 5º
desta Lei.” (NR)Art. 9º O plano de trabalho a que se refere oinciso II do parágrafo único do art. 6º da Lei
nº 14.948, de 2 de agosto de 2024, será elaborado no prazo de até 90
(noventa) dias, contado da data de publicação desta Lei.Art. 10. Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.Brasília, 27 de setembro de 2024; 203º da Independência e 136º da República.LUIZ
INÁCIO LULA DA SILVAGeraldo José Rodrigues Alckmin FilhoEste texto não substitui o publicado no DOU de
30.9.2024* |
2,024 | Lei nº 14.989, de 25.9.2024 Publicada no DOU de 26.9.2024 | Dispõe sobre medidas para o enfrentamento de emergência fitossanitária ou zoossanitária; autoriza o custeio de deslocamento de integrantes do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) em operações da defesa agropecuária; e altera a Lei nº 8.745, de 9 de dezembro de 1993. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L14989.htm | L14989Presidência da RepúblicaCasa CivilSecretaria Especial para Assuntos JurídicosLEI Nº
14.989, DE 25 DE SETEMBRO DE 2024Dispõe sobre medidas para o enfrentamento de emergência fitossanitária
ou zoossanitária; autoriza o custeio de deslocamento de integrantes do
Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) em
operações da defesa agropecuária; e altera a Lei nº 8.745, de 9 de
dezembro de 1993.O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA,no
exercício do cargo dePRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1º Para o enfrentamento de emergência fitossanitária
ou zoossanitária de que trata aLei nº 12.873, de 24 de outubro de 2013,
as autoridades públicas do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária (Suasa) poderão adotar, no âmbito de suas competências, as
seguintes medidas, entre outras estabelecidas em regulamento:I – estudo ou investigação epidemiológica;II – restrição excepcional e temporária de trânsito de produtos
agropecuários e fômites por qualquer modal logístico no território nacional;III – restrição excepcional e temporária de trânsito internacional de
produtos agropecuários e fômites;IV – determinação de medidas de contenção, de desinfecção, de desinfestação,
de tratamento e de destruição aplicáveis a produtos, a equipamentos e a
instalações agropecuários e a veículos em trânsito nacional e internacional
no País; eV – realização ou determinação de realização compulsória de ações de
mitigação e controle fitossanitário e zoossanitário.§ 1º As medidas previstas nocaputdeste artigo serão adotadas com
fundamento em evidências científicas e em análises sobre as informações
estratégicas de defesa agropecuária.§ 2º Os agentes de que trata oinciso IV docaputdo art. 3º da
Lei nº 14.515, de 29 de dezembro de 2022, devem
sujeitar-se ao cumprimento das medidas previstas nocaputdeste
artigo, sob pena de responsabilização administrativa, civil e penal, nos
termos de lei específica.Art. 2º A União poderá doar materiais, equipamentos e
insumos considerados indispensáveis para o enfrentamento de emergência
fitossanitária ou zoossanitária a órgãos e a entidades federais, estaduais,
distritais e municipais mobilizados, independentemente do cumprimento, por
parte do beneficiário, dos requisitos legais de adimplência exigíveis para a
celebração de ajuste com a administração pública federal.Art. 3º Fica o Ministério da Agricultura e Pecuária
autorizado, independentemente da prévia declaração de estado de emergência
fitossanitária ou zoossanitária, a:I – efetuar o pagamento de diárias e de passagens diretamente a servidores e
a empregados públicos dos órgãos e das entidades federais, estaduais,
distritais e municipais integrantes do Suasa que atuarem em operações de
defesa agropecuária convocadas pelo referido Ministério; eII – custear despesas com combustíveis de veículos oficiais federais,
estaduais, distritais e municipais utilizados no deslocamento de servidores
e de empregados públicos dos órgãos e das entidades integrantes do Suasa que
atuarem em operações de defesa agropecuária convocadas pelo referido
Ministério.Parágrafo único. Os servidores e os empregados públicos dos órgãos e das
entidades estaduais, distritais e municipais de que trata o inciso I docaputdeste artigo farão jus ao recebimento de diárias e de passagens na
condição de colaboradores eventuais, nos termos doart. 4º da Lei nº 8.162, de 8 de janeiro de 1991.Art. 4º O § 1º do art. 3º daLei nº 8.745, de 9 de dezembro de 1993, passa a vigorar
com a seguinte redação:“Art.
3º...................................................................................................§ 1ºA contratação
para atender às necessidades decorrentes de risco iminente à saúde
animal, vegetal ou humana, de calamidade pública e de emergência
ambiental, fitossanitária, zoossanitária ou em saúde pública prescindirá
de processo seletivo......................................................................................................”
(NR)Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.Brasília, 25 de setembro de 2024; 203º da Independência e 136º da República.GERALDOJOSÉ RODRIGUES ALCKMIN FILHORoberto Serroni PerosaNísia Verônica Trindade LimaEste texto não substitui o publicado no DOU de
26.9.2024* |
2,024 | Lei nº 14.988, de 25.9.2024 Publicada no DOU de 26.9.2024 | Institui a Semana Cultural Interescolar nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L14988.htm | L14988Presidência da RepúblicaCasa CivilSecretaria Especial para Assuntos JurídicosLEI Nº
14.988, DE 25 DE SETEMBRO DE 2024Institui a Semana Cultural Interescolar nos estabelecimentos de ensino
fundamental e médio.O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA,no exercício do cargo dePRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1º Fica instituída a Semana Cultural Interescolar, a ser realizada,
anualmente, no mês de outubro, nos estabelecimentos de ensino fundamental e
médio.Art. 2º A Semana Cultural Interescolar fará parte do calendário escolar e
deverá ser aberta à participação dos pais de alunos e à comunidade em geral.Parágrafo único. Será incentivada a participação voluntária de artistas e de
representantes da cultura popular na realização das atividades da Semana
Cultural Interescolar.Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Brasília, 25 de setembro de 2024; 203º da Independência e 136º da República.GERALDOJOSÉ RODRIGUES ALCKMIN FILHOMargareth Menezes da Purificação CostaMacaé Maria Evaristo dos SantosEste texto não substitui o publicado no DOU de
26.9.2024* |
2,024 | Lei nº 14.987, de 25.9.2024 Publicada no DOU de 26.9.2024 | Altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), para estender o direito ao atendimento psicossocial às crianças e aos adolescentes que tiverem qualquer dos pais ou responsáveis vitimado por grave violência ou preso em regime fechado. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L14987.htm | L14987Presidência da RepúblicaCasa CivilSecretaria Especial para Assuntos JurídicosLEI Nº
14.987, DE 25 DE SETEMBRO DE 2024VigênciaAltera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do
Adolescente), para estender o direito ao atendimento psicossocial às
crianças e aos adolescentes que tiverem qualquer dos pais ou
responsáveis vitimado por grave violência ou preso em regime fechado.O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA,no exercício do cargo dePRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1º Esta Lei altera o art. 87 daLei nº 8.069, de 13 de julho de 1990(Estatuto da Criança e do Adolescente), para estender o direito ao
atendimento psicossocial às crianças e aos adolescentes que tiverem qualquer
dos pais ou responsáveis vitimado por grave violência ou preso em regime
fechado.Art. 2º O inciso III docaputdo art. 87 daLei nº 8.069, de 13 de julho de 1990(Estatuto da Criança e do Adolescente), passa a vigorar com a seguinte
redação:“Art.87..............................................................................................................................................................................................................................................III – serviços especiais de prevenção e atendimento médico e
psicossocial às vítimas de negligência, maus-tratos, exploração,
abuso, crueldade e opressão e às crianças e aos adolescentes que
tiverem qualquer dos pais ou responsáveis vitimado por grave
violência ou preso em regime fechado;....................................................................................................................”
(NR)Art. 3º Esta Lei entra em vigor após decorridos 90
(noventa) dias de sua publicação oficial.Brasília, 25 de setembro de 2024; 203º da Independência e 136º da República.GERALDOJOSÉ RODRIGUES ALCKMIN FILHOOsmar Ribeiro de Almeida JuniorMacaé Maria Evaristo dos SantosLeonardo Osvaldo Barchini RosaNísia Verônica Trindade LimaEste texto não substitui o publicado no DOU de
26.9.2024* |
2,024 | Lei nº 14.986, de 25.9.2024 Publicada no DOU de 26.9.2024 | Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), para incluir a obrigatoriedade de abordagens fundamentadas nas experiências e nas perspectivas femininas nos conteúdos curriculares do ensino fundamental e médio; e institui a Semana de Valorização de Mulheres que Fizeram História no âmbito das escolas de educação básica do País. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L14986.htm | L14986Presidência da RepúblicaCasa CivilSecretaria Especial para Assuntos JurídicosLEI Nº
14.986, DE 25 DE SETEMBRO DE 2024VigênciaAltera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional), para incluir a obrigatoriedade de abordagens
fundamentadas nas experiências e nas perspectivas femininas nos conteúdos
curriculares do ensino fundamental e médio; e institui a Semana de
Valorização de Mulheres que Fizeram História no âmbito das escolas de
educação básica do País.O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA,no exercício do cargo dePRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1º ALei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996(Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional), passa a vigorar acrescida do seguinte art. 26-B:“Art. 26-B. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, públicos e
privados, é obrigatória a inclusão de abordagens fundamentadas nas
experiências e nas perspectivas femininas nos conteúdos curriculares.Parágrafo único. As abordagens a que se refere este artigo devem incluir
diversos aspectos da história, da ciência, das artes e da cultura do Brasil
e do mundo, a partir das experiências e das perspectivas femininas, de forma
a resgatar as contribuições, as vivências e as conquistas femininas nas
áreas científica, social, artística, cultural, econômica e política.”Art. 2º Fica instituída a Semana de Valorização de Mulheres que Fizeram
História, campanha a ser realizada anualmente na segunda semana do mês de
março nas escolas de educação básica do País.Art. 3º Esta Lei entra em vigor no ano subsequente ao de sua publicação.Brasília, 25 de
setembro de 2024; 203º da Independência e 136º da República.GERALDOJOSÉ RODRIGUES
ALCKMIN FILHOMacaé Maria Evaristo
dos SantosAparecida GonçalvesEste texto não substitui o publicado no DOU de
26.9.2024* |
2,024 | Lei nº 14.985, de 24.9.2024 Publicada no DOU de 25.9.2024 | Confere o título de Vale Nacional dos Dinossauros ao Município de Cruzeiro do Oeste, no Estado do Paraná. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L14985.htm | L14985Presidência da RepúblicaCasa CivilSecretaria Especial para Assuntos JurídicosLEI Nº
14.985, DE 24 DE SETEMBRO DE 2024Confere o título de Vale Nacional dos Dinossauros
ao Município de Cruzeiro do Oeste, no Estado do Paraná.O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA,no exercício do cargo
dePRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço saber que o Congresso Nacional
decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1º Esta Lei confere o título de Vale Nacional dos
Dinossauros ao Município de Cruzeiro do Oeste, no Estado do Paraná.Art. 2º Fica conferido ao Município de Cruzeiro do Oeste,
no Estado do Paraná, o título de Vale Nacional dos Dinossauros.Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.Brasília, 24 de setembro de 2024; 203º da Independência e 136º da
República.GERALDO JOSÉ RODRIGUES ALCKMIN FILHOMargareth Menezes da Purificação CostaCelso Sabino
de OliveiraEste texto não substitui o publicado no DOU de
25.9.2024* |
2,024 | Lei nº 14.984, de 24.9.2024 Publicada no DOU de 25.9.2024 | Altera a Lei nº 11.597, de 29 de novembro de 2007, para possibilitar a organização do Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria em subdivisões físicas, como volumes, seções ou tomos. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L14984.htm | L14984Presidência da RepúblicaCasa CivilSecretaria Especial para Assuntos JurídicosLEI Nº
14.984, DE 24 DE SETEMBRO DE 2024Altera a Lei nº 11.597, de 29 de novembro de 2007,
para possibilitar a organização do Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria
em subdivisões físicas, como volumes, seções ou tomos.O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA,no
exercício do cargo dePRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1ºO art. 1º daLei nº 11.597, de 29 de
novembro de 2007, passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo
único:“Art. 1º
.......................................................................................................Parágrafo
único. O Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria constitui
unidade indivisível em seu conteúdo, mas poderá ser organizado
formalmente em subdivisões físicas, como volumes, seções ou tomos, a
serem ordenadas sequencialmente e acondicionadas obrigatoriamente no
mesmo recinto.” (NR)Art.
2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Brasília, 24 de setembro de 2024; 203º da Independência e 136º da
República.GERALDO JOSÉ RODRIGUES ALCKMIN FILHOEnrique Ricardo LewandowskiEste texto não substitui o publicado no DOU de
25.9.2024* |
2,024 | Lei nº 14.983, de 20.9.2024 Publicada no DOU de 23.9.2024 | Altera a Lei nº 12.777, de 28 de dezembro de 2012, para dispor sobre regras aplicáveis às vantagens pessoais nominalmente identificadas dos servidores ativos, inativos e pensionistas do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados. Mensagem de veto | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L14983.htm | L14983Presidência da RepúblicaCasa CivilSecretaria Especial para Assuntos JurídicosLEI Nº
14.983, DE 20 DE SETEMBRO DE 2024Mensagem
de vetoAltera a Lei nº 12.777, de 28 de dezembro
de 2012, para dispor sobre regras aplicáveis às vantagens pessoais
nominalmente identificadas dos servidores ativos, inativos e
pensionistas do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1º ALei nº 12.777, de 28 de
dezembro de 2012, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 7º-A e
7º-B:“Art.
7º-A. As vantagens pessoais nominalmente identificadas
incorporadas aos vencimentos, aos proventos e às pensões relativas
aos servidores do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados,
incluídas as incorporações correspondentes ao período entre a edição
daLei nº 9.624, de 2 de abril de
1998, e a daMedida
Provisória nº 2.225-45, de 4 de setembro de 2001, ficam
convalidadas e não podem ser reduzidas, absorvidas ou compensadas
por reajustes, revisões ou acréscimos remuneratórios decorrentes de
alterações nos planos de cargos e salários, inclusive pelos
reajustes concedidos nos termos dosincisos I,IIeIII docaputdo
art. 1º da Lei nº 14.528, de 9 de janeiro de 2023, preservados
os atos administrativos e os efeitos financeiros das incorporações
para todos os efeitos.”“Art.
7º-B.Ficam convalidados os reajustes concedidos às vantagens
pessoais nominalmente identificadas dos servidores ativos e inativos
e dos pensionistas pelasLeis nºs
13.323, de 28 de julho de 2016, e14.528, de 9 de janeiro de 2023,
ainda que não implementados, mantidos seus efeitos financeiros para
todos os fins.§ 1º (VETADO).§ 2º Os efeitos financeiros dos atos administrativos
praticados com fundamento nos reajustes concedidos pelas normas a
que se refere ocaputdeste artigo integram o valor da
vantagem prevista nocaputdoart. 62-A da Lei nº
8.112, de 11 de dezembro de 1990, para todos os efeitos, e são
insuscetíveis de redução, de compensação ou de absorção.”Art. 2º Os reajustes previstos nosincisos I,IIeIII docaputdo art. 1º da
Lei nº 14.528, de 9 de janeiro de 2023, sobre as vantagens pessoais
nominalmente identificadas, que ainda não tenham sido concedidos ou
implementados, referidos nocaputdo art.
7º-B da Lei nº 12.777, de 28 de dezembro de 2012, serão aplicados a
partir da entrada em vigor desta Lei, sem produção de efeitos financeiros
retroativos.Art. 3º Nos casos em que tenha havido
absorções das vantagens ou dos reajustes de que tratam osarts. 7º-A e 7º-B
da Lei nº 12.777, de 28 de dezembro de 2012, seus valores serão
restabelecidos aos recebidos antes das absorções, a partir da entrada em
vigor desta Lei, sem produção de efeitos financeiros retroativos.Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de
sua publicação.Brasília, 20 de
setembro de 2024; 203º da Independência e 136º da República.LUIZ INÁCIO LULA
DA SILVAFernando HaddadCristina Kiomi MoriSimone Nassar TebetFlavio José RomanEste texto não substitui o publicado no DOU de
23.9.2024* |
2,024 | Lei nº 14.982, de 20.9.2024 Publicada no DOU de 23.9.2024 | Dispõe sobre regras aplicáveis às vantagens pessoais nominalmente identificáveis dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas do Quadro de Pessoal do Senado Federal. Mensagem de veto | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L14982.htm | L14982Presidência da RepúblicaCasa CivilSecretaria Especial para Assuntos JurídicosLEI Nº
14.982, DE 20 DE SETEMBRO DE 2024Mensagem
de vetoDispõe sobre regras aplicáveis às vantagens pessoais nominalmente
identificáveis dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas do
Quadro de Pessoal do Senado Federal.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço
saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1º São convalidados os reajustes concedidos às
vantagens pessoais nominalmente identificáveis dos servidores ativos e
inativos e dos pensionistas pelasLeis nºs 11.170, de 2
de setembro de 2005,12.779, de 28 de
dezembro de 2012,13.302, de 27 de junho de 2016, e14.526, de 9 de janeiro de 2023, inclusive os ainda não implementados,
mantidos seus efeitos financeiros para todos os fins.§ 1º É afastada a vedação contida noparágrafo único do art. 62-A
da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990(Estatuto do Servidor Público
Federal), no que for contrário ao disposto nesta Lei, e preservados os atos
administrativos praticados.§ 2º Os efeitos financeiros dos atos administrativos praticados com
fundamento nos reajustes concedidos pelas normas a que se refere ocaputintegram, para todos os efeitos, o valor da vantagem prevista nocaputdoart. 62-A da Lei nº 8.112,
de 11 de dezembro de 1990(Estatuto do Servidor Público Federal), e são
insuscetíveis de redução, compensação ou absorção.Art. 2º A manutenção da vantagem pessoal nominalmente
identificável de que trata oart. 62-A da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990(Estatuto do
Servidor Público Federal), peloart. 18 da Lei nº
12.300, de 28 de julho de 2010, abrange a incorporação de função de
direção, chefia ou assessoramento correspondente ao período entre a edição
daLei nº 9.624, de 2 de abril de 1998,
e aMedida Provisória nº 2.225-45, de 4
de setembro de 2001.§ 1º (VETADO).§ 2º Os efeitos financeiros dos atos administrativos praticados com
fundamento no disposto nocaputsão preservados para todos os efeitos
e são insuscetíveis de redução, compensação ou absorção.Art. 3º (VETADO).Art. 4º (VETADO).Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.Brasília, 20 de setembro de 2024; 203º da Independência e 136º da República.LUIZ
INÁCIO LULA DA SILVAFernando HaddadCristina Kiomi MoriSimone Nassar TebetFlavio José RomanEste texto não substitui o publicado no DOU de
23.9.2024* |
2,024 | Lei nº 14.981, de 20.9.2024 Publicada no DOU de 23.9.2024 | Dispõe sobre medidas excepcionais para a aquisição de bens e a contratação de obras e de serviços, inclusive de engenharia, destinados ao enfrentamento de impactos decorrentes de estado de calamidade pública; autoriza o Poder Executivo federal a conceder subvenção econômica a mutuários afetados com perdas materiais nas áreas atingidas pelos eventos climáticos extremos ocorridos nos meses de abril e maio de 2024, nos termos do Decreto Legislativo nº 36, de 7 de maio de 2024; altera as Leis nºs 13.999, de 18 de maio de 2020, 14.042, de 19 de agosto de 2020, e 12.351, de 22 de dezembro de 2010; autoriza o Poder Executivo federal a conceder subvenção econômica para constituição de escritórios de projetos; estabelece normas para facilitação de acesso a crédito, em virtude dos efeitos negativos decorrentes de desastres naturais; revoga as Medidas Provisórias nºs 1.221, de 17 de maio de 2024, 1.226, de 29 de maio de 2024, e 1.245, de 18 de julho de 2024; e dá outras providências. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L14981.htm | L14981Presidência da RepúblicaCasa CivilSecretaria Especial para Assuntos JurídicosLEI Nº
14.981, DE 20 DE SETEMBRO DE 2024Dispõe sobre medidas excepcionais para a aquisição de bens e a
contratação de obras e de serviços, inclusive de engenharia, destinados
ao enfrentamento de impactos decorrentes de estado de calamidade
pública; autoriza o Poder Executivo federal a conceder subvenção
econômica a mutuários afetados com perdas materiais nas áreas atingidas
pelos eventos climáticos extremos ocorridos nos meses de abril e maio de
2024, nos termos do Decreto Legislativo nº 36, de 7 de maio de 2024;
altera as Leis nºs 13.999, de 18 de maio de 2020, 14.042, de 19 de
agosto de 2020, e 12.351, de 22 de dezembro de 2010; autoriza o Poder
Executivo federal a conceder subvenção econômica para constituição de
escritórios de projetos; estabelece normas para facilitação de acesso a
crédito, em virtude dos efeitos negativos decorrentes de desastres
naturais; revoga as Medidas Provisórias nºs 1.221, de 17 de maio de
2024, 1.226, de 29 de maio de 2024, e 1.245, de 18 de julho de 2024; e
dá outras providências.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço
saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES GERAISArt. 1º Esta Lei dispõe sobre medidas excepcionais para a
aquisição de bens e a contratação de obras e de serviços, inclusive de
engenharia, destinados ao enfrentamento de impactos decorrentes de estado de
calamidade pública, autoriza o Poder Executivo federal a conceder subvenção
econômica a mutuários afetados com perdas materiais nas áreas atingidas
pelos eventos climáticos extremos ocorridos nos meses de abril e maio de
2024, nos termos do Decreto Legislativo nº 36, de 7 de maio de 2024, altera
asLeis nºs 13.999, de
18 de maio de 2020,14.042, de 19 de agosto de 2020, e12.351, de 22 de
dezembro de 2010,autoriza o Poder Executivo federal a conceder
subvenção econômica para constituição de escritórios de projetos, estabelece
normas para facilitação de acesso a crédito, em virtude dos efeitos
negativos decorrentes de desastres naturais.§ 1º São condições para a aplicação das medidas excepcionais para a
aquisição de bens e a contratação de obras e de serviços, inclusive de
engenharia, de que trata esta Lei:I - declaração ou reconhecimento do estado de calamidade pública pelo Chefe
do Poder Executivo do Estado ou do Distrito Federal ou pelo Poder Executivo
federal, nos termos daLei nº 12.608, de 10 de abril de 2012, e daLei Complementar nº 101, de 4 de maio
de 2000(Lei de Responsabilidade Fiscal);II - ato do Poder Executivo federal ou do Chefe do Poder Executivo do Estado
ou do Distrito Federal, com a autorização para aplicação das medidas
excepcionais e a indicação do prazo dessa autorização.§ 2º O disposto nesta Lei aplica-se apenas às medidas excepcionais a serem
adotadas para enfrentamento das consequências decorrentes do estado de
calamidade pública de que trata ocaputdeste artigo, quando
caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar
prejuízo ou comprometer a continuidade dos serviços públicos ou a segurança
de pessoas, de obras, de serviços, de equipamentos e de outros bens,
públicos ou particulares.§ 3º Para fins do disposto nesta Lei, consideram-se administração pública os
órgãos e as entidades abrangidos peloart. 1º da Lei nº
14.133, de 1º de abril de 2021(Lei de Licitações e Contratos
Administrativos), da União, do Estado, do Distrito Federal ou dos Municípios
atingidos pela calamidade pública de que trata ocaputdeste artigo.§ 4º O procedimento para a edição do ato autorizativo de que trata o inciso
II do § 1º deste artigo pelo Poder Executivo federal observará o disposto em
regulamento.Art. 2º Os procedimentos previstos nesta Lei autorizam a
administração pública a:I - dispensar a licitação para a aquisição de bens e a contratação de obras
e de serviços, inclusive de engenharia, observado o disposto no Capítulo III
desta Lei;II - reduzir pela metade os prazos mínimos de que tratam oart. 55e o§ 3º do art. 75
da Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021(Lei de Licitações e Contratos
Administrativos), para a apresentação das propostas e dos lances, nas
licitações ou nas contratações diretas com disputa eletrônica;III - prorrogar contratos para além dos prazos estabelecidos nasLeis nºs 8.666, de 21 de junho de 1993,
e14.133, de 1º de
abril de 2021(Lei de Licitações e Contratos Administrativos), por, no
máximo, 12 (doze) meses, contados da data de encerramento do contrato;IV - firmar contrato verbal, nos termos do§ 2º do art. 95
da Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021(Lei de Licitações e Contratos
Administrativos), desde que o seu valor não seja superior a R$ 100.000,00
(cem mil reais), nas hipóteses em que a urgência não permitir a formalização
do instrumento contratual; eV - adotar o regime especial previsto no Capítulo IV desta Lei para a
realização de registro de preços.§ 1º A prorrogação de que trata o inciso III docaputdeste artigo
aplica-se aos contratos vigentes na data de publicação do ato autorizativo
de que trata o inciso II do § 1º do art. 1º desta Lei.§ 2º Os contratos verbais firmados nos termos do inciso IV docaputdeste artigo restringem-se a situações excepcionais em que não for possível
substituir o contrato por instrumento hábil de menor formalidade, como
carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem
de execução de serviço.§ 3º Os contratos verbais previstos no inciso IV docaputdeste
artigo devem ser formalizados em até 15 (quinze) dias, sob pena de nulidade
dos atos praticados.CAPÍTULO IIDA FASE PREPARATÓRIAArt. 3º Na fase preparatória para as aquisições e as
contratações de que trata esta Lei:I - será dispensada a elaboração de estudos técnicos preliminares, quando se
tratar de aquisição de bens e contratação de obras e de serviços comuns,
inclusive de engenharia;II - será exigível o gerenciamento de riscos da contratação somente durante
a gestão do contrato; eIII - será admitida a apresentação simplificada de termo de referência, de
anteprojeto ou de projeto básico.§ 1º O termo de referência, o anteprojeto ou o projeto básico simplificado
de que trata o inciso III docaputdeste artigo conterá:I - a declaração do objeto;II - a fundamentação simplificada da contratação;III - a descrição resumida da solução apresentada;IV - os requisitos da contratação;V - os critérios de medição e de pagamento;VI - a estimativa de preços obtida por meio de, no mínimo, um dos seguintes
parâmetros:a) composição de custos unitários menores ou iguais à mediana do item
correspondente nos sistemas oficiais de governo;b) contratações similares feitas pela administração pública;c) utilização de dados de pesquisa publicada em mídia especializada, de
tabela de referência formalmente aprovada pelo Poder Executivo e de sítios
eletrônicos especializados ou de domínio amplo;d) pesquisa realizada com os potenciais fornecedores; oue) pesquisa na base nacional de notas fiscais eletrônicas; eVII - a adequação orçamentária.§ 2º O custo global de referência de obras e de serviços de engenharia será
obtido preferencialmente a partir das composições dos custos unitários
menores ou iguais à média de seus correspondentes custos unitários de
referência do Sistema de Custos Referenciais de Obras (Sicro), para serviços
e obras de infraestrutura de transportes, ou do Sistema Nacional de Pesquisa
de Custos e Índices de Construção Civil (Sinapi), para as demais obras e
serviços de engenharia.§ 3º Os preços obtidos a partir da estimativa de preços de que trata o
inciso VI do § 1º deste artigo não impedem a contratação por valores
superiores decorrentes de oscilações ocasionadas pela variação de preços,
desde que observadas as seguintes condições:I - negociação prévia com os demais fornecedores, segundo a ordem de
classificação, para obtenção de condições mais vantajosas; eII - fundamentação, nos autos do processo administrativo da contratação
correspondente, da variação de preços praticados no mercado por motivo
superveniente.Art. 4º Na hipótese de haver restrição de fornecedores ou
de prestadores de serviço, a autoridade competente, excepcionalmente e
mediante justificativa, poderá dispensar a apresentação de documentação
relativa às regularidades fiscal e econômico-financeira e delimitar os
requisitos de habilitação jurídica e técnica ao estritamente necessário à
adequada execução do objeto contratual.CAPÍTULO IIIDA DISPENSA DE LICITAÇÃOArt. 5º Nos procedimentos de dispensa de licitação
decorrentes do disposto nesta Lei, presumem-se comprovadas as condições de:I - ocorrência do estado de calamidade pública, nos termos do art. 1º desta
Lei;II - necessidade de pronto atendimento da situação de calamidade;III – risco iminente e gravoso à segurança de pessoas, de obras, de
prestação de serviços, de equipamentos e de outros bens, públicos ou
particulares; eIV - limitação da contratação à parcela necessária ao atendimento da
situação de calamidade.CAPÍTULO IVDO SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOSArt. 6º Na aquisição de bens e na contratação de obras e
de serviços, inclusive de engenharia, de que trata esta Lei, a administração
pública poderá adotar o regime especial previsto neste Capítulo para a
realização de registro de preços.Parágrafo único. O sistema de registro de preços poderá ser utilizado para a
contratação direta de obras e de serviços de engenharia, desde que presentes
as condições previstas noart. 85 da Lei nº
14.133, de 1º de abril de 2021(Lei de Licitações e Contratos
Administrativos), inclusive por apenas um órgão ou entidade.Art. 7º Na hipótese de objeto da contratação vinculado ao
enfrentamento das consequências decorrentes do estado de calamidade pública
previsto no art. 1º desta Lei, é facultada a adesão:I - por órgão ou entidade pública federal à ata de registro de preços de
órgão ou entidade gerenciadora do Estado, do Distrito Federal ou dos
Municípios atingidos; eII - por órgão ou entidade do Estado ou de Município atingido à ata de
registro de preços de órgão ou entidade gerenciadora dos Municípios
atingidos.Art. 8º Na hipótese de o registro de preços envolver mais
de um órgão ou entidade, o órgão ou a entidade gerenciadora estabelecerá
prazo de 2 (dois) a 8 (oito) dias úteis, contado da data de divulgação da
intenção de registro de preço, para que outros órgãos e entidades manifestem
interesse em participar.Art. 9º Decorrido o prazo de 30 (trinta) dias, contado da
data de assinatura da ata de registro de preços, o órgão ou a entidade
realizará, previamente à contratação, estimativa de preços, a fim de
verificar se os preços registrados permanecem compatíveis com os praticados
no mercado, promovido o reequilíbrio econômico-financeiro, caso necessário.Parágrafo único. Decorrido o prazo de 30 (trinta) dias, contado da
realização da estimativa de preços mais recente, deverá ser realizada nova
verificação antes de se proceder a novas contratações, promovendo-se o
reequilíbrio econômico-financeiro, caso necessário.Art. 10. Fica permitida a participação de outros órgãos
ou entidades nas atas de registro de preços formuladas com fundamento no
disposto no§
3º do art. 82 da Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021(Lei de
Licitações e Contratos Administrativos), inclusive em relação às obras e aos
serviços de engenharia, mantida a obrigação de indicação do valor máximo da
despesa.Art. 11. O quantitativo decorrente das adesões à ata de
registro de preços não poderá exceder, na totalidade, a 5 (cinco) vezes o
quantitativo de cada item registrado na ata de registro de preços para o
órgão gerenciador e os órgãos participantes, independentemente do número de
órgãos não participantes que aderirem.Art. 12. Nos registros de preços gerenciados pela
Central de Compras da Secretaria de Gestão e Inovação do Ministério da
Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, nas hipóteses previstas nesta
Lei, não se aplicam os limites de que tratam o art. 11 desta Lei e os§§ 4ºe5º do art. 86
da Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021(Lei de Licitações e Contratos
Administrativos).CAPÍTULO VDA CONTRATAÇÃOArt. 13. Todas as aquisições, contratações ou
prorrogações realizadas com fundamento nesta Lei serão disponibilizadas, no
prazo de 60 (sessenta) dias, contado da data da aquisição ou da contratação,
no Portal Nacional de Contratações Públicas, e conterão:I - o nome da empresa contratada e o número de sua inscrição na Secretaria
Especial da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda ou o
identificador congênere no caso de empresa estrangeira que não funcione no
País;II - o prazo contratual, o valor e o respectivo processo de aquisição ou de
contratação;III - o ato autorizativo da contratação direta ou o extrato decorrente do
contrato;IV - a discriminação do bem adquirido ou do serviço contratado e o local de
entrega ou de prestação do serviço;V - o valor global do contrato, as parcelas do objeto, os montantes pagos e,
caso exista, o saldo disponível ou bloqueado;VI - as informações sobre eventuais aditivos contratuais;VII - a quantidade entregue ou prestada durante a execução do contrato, nas
contratações de bens e de serviços, inclusive de engenharia; eVIII - as atas de registro de preços das quais a contratação se origina, se
for o caso.§ 1º O registro no Portal Nacional de Contratações Públicas deverá indicar
expressamente que a aquisição, a contratação ou a prorrogação foi realizada
com fundamento nesta Lei.§ 2º Na situação excepcional de, comprovadamente, haver apenas uma
fornecedora do bem ou prestadora do serviço, será possível a sua contratação
ou a prorrogação do contrato, independentemente da existência de sanção de
impedimento ou de suspensão de contratar com o poder público.§ 3º Na hipótese prevista no § 2º deste artigo, será obrigatória a prestação
de garantia nas modalidades de que trata oart. 96 da Lei nº
14.133, de 1º de abril de 2021(Lei de Licitações e Contratos
Administrativos), que não poderá exceder a 10% (dez por cento) do valor do
contrato.Art. 14. Para os contratos firmados nos termos desta
Lei, a administração pública poderá prever cláusula que estabeleça a
obrigação dos contratados de aceitar, nas mesmas condições contratuais
iniciais, acréscimos ou supressões ao objeto contratado, limitados a 50% (cinquenta
por cento) do valor inicial atualizado do contrato.Art. 15. Os contratos firmados com fundamento nesta Lei
terão prazo de duração de até 1 (um) ano, prorrogável por igual período,
desde que as condições e os preços permaneçam vantajosos para a
administração pública, enquanto perdurar a necessidade de enfrentamento da
situação de calamidade pública de que trata o art. 1º desta Lei.§ 1º Nos contratos de obras e de serviços de engenharia com escopo
predefinido, o prazo de conclusão do objeto contratual será de, no máximo, 3
(três) anos.§ 2º O disposto noart. 111 da Lei
nº 14.133, de 1º de abril de 2021(Lei de Licitações e Contratos
Administrativos), aplica-se aos contratos de escopo predefinido firmados com
fundamento nesta Lei.Art. 16. Os contratos em execução na data de publicação
do ato autorizativo de que trata o inciso II do § 1º do art. 1º poderão ser
alterados para enfrentamento das situações de calamidade pública de que
trata o art. 1º desta Lei:I - mediante justificativa;II - desde que haja a concordância do contratado;III - em percentual superior aos limites previstos no§ 1º do art. 65 da Lei nº
8.666, de 21 de junho de 1993, e noart. 125 da Lei
nº 14.133, de 1º de abril de 2021(Lei de Licitações e Contratos
Administrativos), limitado o acréscimo a 100% (cem por cento) do valor
inicialmente pactuado; eIV - desde que não transfigure o objeto da contratação.CAPÍTULO VIDAS AÇÕES NO ÂMBITO DO PROGRAMA NACIONAL DE APOIO ÀS
MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE, DO PROGRAMA NACIONAL DE
FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR E DO PROGRAMA NACIONAL DE APOIO AO
MÉDIO PRODUTOR RURALArt. 17. Fica o Poder Executivo federal autorizado a
conceder subvenção econômica, limitada ao valor de R$ 3.000.000.000,00 (três
bilhões de reais), deduzidos os valores de subvenção já concedidos, até a
data da publicação desta Lei, em decorrência da vigência daMedida Provisória nº 1.216, de 9 de maio de
2024, e daMedida Provisória nº 1.245, de
18 de julho de 2024, sob a forma de desconto sobre o valor do crédito,
em parcela única, a mutuários que tiveram perdas materiais nas áreas
afetadas pelos eventos climáticos extremos ocorridos nos meses de abril e
maio de 2024, nos termos do Decreto Legislativo nº 36, de 7 de maio de 2024.§ 1º O desconto de que trata ocaputdeste artigo, limitado por
beneficiário, será concedido no ato da contratação da operação de
financiamento, exclusivamente a mutuários com renda ou faturamento limitados
a valor a ser determinado em ato do Poder Executivo federal, em operações de
crédito contratadas até 31 de dezembro de 2024 no âmbito do:I - Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
(Pronampe), de que trata aLei nº 13.999, de 18 de
maio de 2020;II - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf),
de que trata oDecreto nº 3.991,
de 30 de outubro de 2001; eIII - Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp),
instituído por normas do Conselho Monetário Nacional.§ 2º A subvenção de que trata este artigo, nas hipóteses dos incisos II e
III do § 1º, poderá ser concedida para operações de crédito contratadas com
instituições financeiras autorizadas a operar o crédito rural.§ 3º A subvenção de que trata este artigo, na hipótese do inciso I do § 1º,
poderá ser concedida para operações de crédito contratadas com instituições
financeiras autorizadas a operar pelo Banco Central do Brasil, incluídas as
cooperativas de crédito, mediante autorização do Ministério da Fazenda.§ 4º Ato do Ministro de Estado da Fazenda disciplinará o disposto no § 1º
deste artigo, dispondo, inclusive, sobre os critérios de alocação dos
recursos e da subvenção de acordo com as perdas materiais.§ 5º O Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de
Pequeno Porte realizará a distribuição dos recursos de que trata o inciso I
do § 1º com base nos critérios a que se refere o § 4º deste artigo.Art. 18. ALei nº 13.999, de 18 de
maio de 2020, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 6º-B:“Art.
6º-BFica a União autorizada a aumentar em até R$
4.500.000.000,00 (quatro bilhões e quinhentos milhões de reais) a
sua participação no FGO, deduzido desse limite o aumento de
participação no FGO em decorrência da vigência daMedida Provisória nº 1.216, de 9 de
maio de 2024, por meio da subscrição adicional de cotas para
constituição de patrimônio segregado no FGO, com direitos e
obrigações próprios, exclusivamente para a cobertura das operações
contratadas até 31 de dezembro de 2024, no âmbito do Pronampe, com
beneficiários que tiveram perdas materiais nas áreas afetadas pelos
eventos climáticos extremos ocorridos nos meses de abril e maio de
2024, nos termos do Decreto Legislativo nº 36, de 7 de maio de 2024.§ 1º O aumento de participação de que trata ocaputdeste
artigo está autorizado independentemente dos limites estabelecidos
nocaputdosarts. 7ºe8º da
Lei nº 12.087, de 11 de novembro de 2009, por meio de ato do
Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de
Pequeno Porte, e o respectivo aporte deverá ter sido concluído até
30 de julho de 2024.§ 2º Os valores de que trata ocaputdeste artigo não
utilizados até 31 de dezembro de 2024 para garantia das operações
ativas serão devolvidos à União por meio de resgate de cotas, até o
sexagésimo dia seguinte à data de emissão do parecer da auditoria
independente do FGO referente ao ano de 2024, nos termos do estatuto
do Fundo.§ 3º A partir de 1º de janeiro de 2025, os valores de que trata ocaputdeste artigo não comprometidos com garantias concedidas
serão devolvidos anualmente à União por meio de resgate de cotas,
até o sexagésimo dia seguinte à data de emissão do parecer da
auditoria independente do FGO referente ao exercício anterior à
devolução, nos termos do estatuto do Fundo.§ 4º As operações a que se refere ocaputdeste artigo
contratadas até 31 de dezembro de 2024 no âmbito do Pronampe terão:I - prazo de carência de até 24 (vinte e quatro) meses para o início
do pagamento das parcelas do financiamento;II - limite de contratação para as empresas de até 60% (sessenta por
cento) da receita bruta anual calculada com base no exercício
anterior ao da contratação, salvo o caso das empresas que tenham
menos de 1 (um) ano de funcionamento, hipótese em que o limite do
empréstimo corresponderá a até 50% (cinquenta por cento) do seu
capital social ou a até 60% (sessenta por cento) de 12 (doze) vezes
a média da sua receita bruta mensal apurada no período, desde o
início de suas atividades, o que for mais vantajoso; eIII - possibilidade de utilização dos recursos liberados para
liquidação de operações vigentes do Pronampe.§ 5º Para as operações vigentes no âmbito do Pronampe, com
beneficiários contemplados pelo disposto nocaputdeste
artigo, serão admitidas a prorrogação e a suspensão de pagamentos de
parcelas, com a manutenção da garantia do FGO, observadas a política
de crédito do agente financeiro e as seguintes disposições:I - prorrogação das parcelas vincendas e vencidas, observado o prazo
total máximo de 84 (oitenta e quatro) meses; eII - até 12 (doze) meses para carência adicional à originalmente
contratada ou para a suspensão de pagamento de parcelas.”CAPÍTULO VIIDO RESTABELECIMENTO DA MODALIDADE DO PROGRAMA EMERGENCIAL DE
ACESSO A CRÉDITO DENOMINADA PEAC-FGI CRÉDITO SOLIDÁRIO RS EM RAZÃO DOS
EVENTOS CLIMÁTICOS OCORRIDOS EM 2024 NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SULArt. 19. ALei nº 14.042, de 19 de
agosto de 2020, passa a vigorar com as seguintes alterações:“Art.
1º-APoderá ser concedida garantia, excepcionalmente, no âmbito
do Peac, às operações de crédito com pessoas jurídicas de direito
privado, empresários individuais e pessoas físicas produtores rurais
que tiveram perdas materiais nas áreas afetadas pelos eventos
climáticos extremos ocorridos nos meses de abril e maio de 2024, nos
termos do Decreto Legislativo nº 36, de 7 de maio de 2024, e que
tenham receita bruta anual ou anualizada inferior ou igual a R$
300.000.000,00 (trezentos milhões de reais), nos termos do inciso
III docaputdo art. 2º desta Lei.Parágrafo único. A contratação de garantia no Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deverá ocorrer até 31 de
dezembro de 2024.”“Art.
2º...............................................................................................................................................................................................................................III -Programa Emergencial de Acesso a Crédito Solidário para atendimento
à catástrofe natural em Munícipios do Estado do Rio Grande do Sul (Peac-FGI
Crédito Solidário RS), por meio da disponibilização de garantias via
FGI, com patrimônio apartado para garantia exclusivamente às
operações de que trata o art. 1º-A desta Lei, observados
subsidiariamente as regras, os normativos e a estrutura de
governança do Peac-FGI.”(NR)“Art.
3º-AA garantia aos financiamentos concedidos no âmbito do
Peac-FGI Crédito Solidário RS, de que trata o inciso III docaputdo art. 2º desta Lei, será operacionalizada por meio do FGI,
administrado pelo BNDES, vinculada ao Peac-FGI Crédito Solidário RS.§ 1º Serão elegíveis à garantia do Peac-FGI Crédito Solidário RS as
operações de crédito contratadas até 31 de dezembro de 2024 e que
tiverem, cumulativamente:I - prazo de carência de, no mínimo, 6 (seis) meses e, no máximo, 24
(vinte e quatro) meses;II - prazo total da operação de, no mínimo, 12 (doze) meses e, no
máximo, 84 (oitenta e quatro) meses; eIII - taxa de juros média máxima nos termos estabelecidos em ato do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.§ 2º O Peac-FGI Crédito Solidário RS, observado o disposto neste
Capítulo, está vinculado à área do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria, Comércio e Serviços responsável por supervisionar a
política de desenvolvimento da indústria, do comércio e dos
serviços, que representará o Ministério perante o FGI.§ 3º Para fins de apuração da receita bruta referida no art. 1º-A
desta Lei, o agente financeiro poderá utilizar o mesmo critério
utilizado para classificação e reporte de informações de suas
operações de crédito para o Banco Central do Brasil e considerar o
conceito de grupo econômico conforme estabelecido em sua política de
crédito e deverá observar o conceito de grupo econômico definido
pelo BNDES, no caso de operações com recursos do BNDES ou da Finame.§ 4º Durante a vigência do contrato no âmbito do Peac-FGI Crédito
Solidário RS, os agentes financeiros poderão autorizar a alteração
do tomador do crédito na hipótese de incorporação, de fusão ou de
cisão do tomador original.”“Art. 4ºA União fica autorizada a aumentar em até R$ 450.000.000,00
(quatrocentos e cinquenta milhões de reais) em relação ao valor de
R$ 20.100.000.000,00 (vinte bilhões e cem milhões de reais)
estabelecido pelaMedida
Provisória nº 1.189, de 27 de setembro de 2023,a sua
participação no FGI, exclusivamente para a cobertura das operações
contratadas no âmbito do Peac-FGI e do Peac-FGI Crédito Solidário
RS, independentemente dos limites estabelecidos nocaputdosarts. 7ºe8º da
Lei nº 12.087, de 11 de novembro de 2009.§ 1ºO aumento da participação de que trata ocaputdeste artigo:I - será realizado por meio de ato do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria, Comércio e Serviços; eII - ocorrerá por meio da subscrição adicional de cotas para
constituição de patrimônio segregado no FGI vinculado ao Peac-FGI ou
ao Peac-FGI Crédito Solidário RS, com direitos e obrigações próprios
e com a finalidade específica de garantir os riscos em operações de
crédito firmadas com as pessoas a que se referem, respectivamente,
os arts. 3º e o 1º-A desta Lei.§ 2º(Revogado).§ 3ºO FGI vinculado ao Peac-FGI e ao Peac-FGI Crédito Solidário RS
observará as seguintes disposições:......................................................................................................................II -responderá por suas obrigações contraídas no âmbito do Peac-FGI e do
Peac-FGI Crédito Solidário RS, até o limite do valor dos bens e dos
direitos integrantes do patrimônio segregado nos termos do § 1º
deste artigo.§ 4ºPara fins de constituição e operacionalização do Peac-FGI e do
Peac-FGI Crédito Solidário RS, ficam dispensadas as formalidades
constantes do estatuto do FGI, considerados válidos os documentos e
as comunicações produzidos, transmitidos ou armazenados em formato
eletrônico.§ 5ºHaverá apenas um patrimônio segregado para o Peac-FGI Crédito
Solidário RS que abarcará as operações de crédito garantidas em 2023
e em 2024.§ 6ºO disposto nocaputdeste artigo abarca a subscrição
realizada com base naMedida
Provisória nº 1.189, de 27 de setembro de 2023, cujo montante
remanescente, não comprometido com garantias contratadas até 31 de
dezembro de 2023, poderá ser utilizado para fins do disposto no art.
1º-A desta Lei.”(NR)“Art. 5ºO aumento da participação de R$ 450.000.000,00 (quatrocentos e
cinquenta milhões de reais) decorrente do disposto nocaputdo art. 4º desta Lei e daMedida
Provisória nº 1.216, de 9 de maio de 2024, será realizado por
meio de subscrição de cotas, na forma do regulamento, e o aporte
deverá ser concluído até 31 de dezembro de 2024.........................................................................................................................§ 5ºOs agentes financeiros poderão aderir à cobertura do FGI no âmbito
do Peac-FGI e do Peac-FGI Crédito Solidário RS sem a obrigatoriedade
de integralização de cotas no FGI..........................................................................................................................§ 8ºA remuneração do administrador do FGI e dos agentes financeiros no
âmbito do Programa de que trata esta Lei será estabelecida em ato do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços,
vedada a remuneração do administrador em percentual superior a 1%
(um por cento) ao ano sobre o valor dos ativos do Fundo vinculado ao
Peac-FGI e ao Peac-FGI Crédito Solidário RS, segregados na forma do
§ 1º do art. 4º desta Lei........................................................................................................................§ 10.Ato do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços
estabelecerá os limites e os critérios de alavancagem aplicáveis ao
Peac-FGI e ao Peac-FGI Crédito Solidário RS.§ 11.Os valores referentes à parcela de integralização no FGI autorizada
pelaMedida Provisória nº
1.189, de 27 de setembro de 2023, e à parcela de R$
450.000.000,00 (quatrocentos e cinquenta milhões de reais) de que
trata ocaputdeste artigo, não utilizados até 31 de dezembro
de 2024 para garantia das operações ativas concedidas no âmbito do
Peac-FGI Crédito Solidário RS, serão devolvidos à União por meio de
resgate de cotas até o sexagésimo dia seguinte à data de emissão do
parecer da auditoria independente do FGI referente ao ano do término
das contratações, nos termos do estatuto do Fundo.§ 12.A partir de 1º de janeiro de 2026, os valores referentes às parcelas
de que trata o § 11 deste artigo não comprometidos com garantias a
financiamentos concedidos no âmbito do Peac-FGI Crédito Solidário RS
serão devolvidos anualmente à União por meio de resgate de cotas até
o sexagésimo dia seguinte à data de emissão do parecer da auditoria
independente do FGI referente ao exercício anterior à devolução, nos
termos do estatuto do Fundo.”(NR)“Art. 6ºOs riscos de crédito assumidos no âmbito do Peac-FGI e do Peac-FGI
Crédito Solidário RS por instituições financeiras autorizadas a
operar pelo Banco Central do Brasil, incluídas as cooperativas de
crédito, serão garantidos direta ou indiretamente.......................................................................................................................§ 2ºOs agentes financeiros assegurarão que, no âmbito do Peac-FGI e do
Peac-FGI Crédito Solidário RS, a garantia do FGI seja concedida
exclusivamente para novas operações de crédito contratadas durante o
período de vigência do Programa, vedado ao agente financeiro prever
contratualmente obrigação ou reter recursos para liquidação de
débitos preexistentes.......................................................................................................................§ 4ºA cobertura pelo FGI da inadimplência suportada pelo agente
financeiro será limitada a até 30% (trinta por cento) do valor total
liberado para o conjunto das operações de crédito do agente
financeiro no âmbito de cada carteira do Peac-FGI e do Peac-FGI
Crédito Solidário RS de forma isolada, permitida a segregação dos
limites máximos de cobertura da inadimplência, nos termos do
estatuto do Fundo, por:I - faixa de faturamento dos tomadores;II - conjunto de diferentes finalidades e modalidades de aplicação;III - faixa de valor contratado, setor econômico ou região; eIV - períodos.......................................................................................................................§ 6ºPara as garantias concedidas no âmbito do Peac-FGI e do Peac-FGI
Crédito Solidário RS:......................................................................................................................§ 7ºPara as garantias concedidas no âmbito do Peac-FGI Crédito Solidário
RS, não será cobrada a comissão pecuniária a que se refere o§ 3º do
art. 9º da Lei nº 12.087, de 11 de novembro de 2009.”(NR)“Art. 8ºA recuperação de créditos honrados e sub-rogados pelo FGI, no âmbito
do Peac-FGI e do Peac-FGI Crédito Solidário RS, será realizada pelos
agentes financeiros concedentes do crédito ou por terceiros
contratados pelos referidos agentes, observado o disposto nesta Lei,
no estatuto e na regulamentação do FGI..............................................................................................................”(NR)“‘CAPÍTULO
IVDISPOSIÇÕES COMUNS
AO PEAC-FGI, AO PEAC-MAQUININHAS E AO PEAC-FGI CRÉDITO SOLIDÁRIO RS’......................................................................................................................‘Art.
27................................................................................................................................................................................................................................V -sistemas e cadastros mantidos pela Secretaria Especial da Receita
Federal do Brasil do Ministério da Fazenda, exclusivamente para fins
de verificação da condição de microempreendedor individual, de
microempresa ou de empresa de pequeno porte dos candidatos à
contratação das linhas de crédito do Peac-Maquininhas e à
contratação de operações de crédito objeto de garantia no âmbito do
Peac-FGI e do Peac-FGI Crédito Solidário RS, observado o disposto no
§ 4º do art. 3º e no § 3º do art. 3º-A...............................................................................................................’(NR)....................................................................................................................”CAPÍTULO VIIIDO FOMENTO À CONSTITUIÇÃO DE REDE DE ESTRUTURADORES DE
PROJETOS E DA AUTORIZAÇÃO EXCEPCIONALArt. 20. Fica a União autorizada a conceder subvenção a
fundos de financiamento à estruturação de projetos, limitada ao valor de R$
200.000.000,00 (duzentos milhões de reais), deduzidos os valores de
subvenção já concedidos, até a data da publicação desta Lei, em decorrência
da vigência daMedida Provisória nº 1.216, de 9
de maio de 2024, sob a forma de fomento não reembolsável, com a
finalidade de constituir rede de estruturadores de projetos direcionados a
medidas de enfrentamento das consequências sociais e econômicas decorrentes
dos eventos climáticos extremos ocorridos nos meses de abril e maio de 2024,
nos termos do Decreto Legislativo nº 36, de 7 de maio de 2024, incluída a
estruturação de projetos relativos à infraestrutura econômica e social de
regiões afetadas pela referida calamidade, de adaptação às mudanças
climáticas e de mitigação dos seus efeitos.Parágrafo único. Os critérios de seleção dos beneficiários e de uso dos
recursos serão definidos em ato do Ministro de Estado da Fazenda.Art. 21. Fica a União, por meio do Ministério da
Fazenda, autorizada a contratar, mediante dispensa de licitação, serviços
auxiliares para a supervisão do uso dos recursos aplicados em medidas
adotadas pelos entes afetados para o enfrentamento e a mitigação dos danos
decorrentes de calamidade pública reconhecida pelo Congresso Nacional, nos
termos doart. 65 da Lei
Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000(Lei de Responsabilidade
Fiscal), em parte ou na integralidade do território nacional.Parágrafo único. Os serviços de que trata ocaputconsistirão em
atividades excepcionais e não inerentes às atividades das categorias
funcionais abrangidas pelo plano de cargos do órgão, para auxiliar no
planejamento e no monitoramento de ações relacionadas à supervisão dos
recursos relativos às medidas de que trata ocaputdeste artigo.CAPÍTULO IXDISPOSIÇÕES FINAISArt. 22. O disposto nesta Lei será aplicado às
contratações realizadas no prazo previsto no ato autorizativo de que trata o
inciso II do § 1º do art. 1º, ressalvada a possibilidade de prorrogação dos
contratos firmados com fundamento nesta Lei, na forma do art. 15 desta Lei.Art. 23. O disposto naLei nº 14.133, de 1º de
abril de 2021(Lei de Licitações e Contratos Administrativos), aplica-se
às licitações e às contratações abrangidas por esta Lei, naquilo que não lhe
for contrário.Art. 24. O disposto nesta Lei aplica-se ao Estado do Rio
Grande do Sul, no prazo previsto no Decreto Legislativo nº 36, de 7 de maio
de 2024, dispensada, nesse caso, a edição dos atos de que trata o § 1º do
art. 1º desta Lei.Art. 25. Ato do Poder Executivo federal poderá suspender
prazos processuais e prescricionais relativos a processos administrativos
sancionadores em curso no âmbito da administração pública federal, em razão
do estado de calamidade pública no Estado do Rio Grande do Sul, até o limite
do prazo previsto no Decreto Legislativo nº 36, de 7 de maio de 2024.Art. 26. Para efeito do montante a ser deduzido do
aumento da participação da União no Fundo Garantidor de Operações (FGO) a
que se refere ocaputdoart. 6º-B da Lei
nº 13.999, de 18 de maio de 2020, considerar-se-á o saldo apurado na
data de publicação desta Lei.Art. 27. ALei nº 12.351, de 22 de dezembro de 2010,
passa a vigorar com as seguintes alterações:“Art.
47...............................................................................................................................................................................................................................§ 4ºAlém das hipóteses de que trata ocaputdeste artigo, é
autorizada a destinação de recursos para a disponibilização de
linhas de financiamento a pessoas jurídicas e físicas localizadas em
ente federativo em estado de calamidade pública, nos termos do art.
47-A desta Lei.”(NR)“Art. 47-A.É autorizada a utilização do superávit financeiro do FS
apurado em 31 de dezembro de 2023, inclusive do principal, limitada
ao montante de R$ 20.000.000.000,00 (vinte bilhões de reais),
incluídos os montantes do superávit financeiro já transferidos até a
data de publicação da lei que introduziu este artigo, em decorrência
da aplicação do disposto naMedida Provisória nº 1.226, de 29 de
maio de 2024, como fonte de recursos para a disponibilização de
linhas de financiamento com a finalidade de apoiar ações de
mitigação e adaptação às mudanças climáticas e de enfrentamento das
consequências sociais e econômicas de calamidades públicas, nos
termos doart. 65 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000(Lei de Responsabilidade Fiscal).§ 1º As ações a que se refere ocaputdeste artigo poderão
consistir no financiamento à aquisição de máquinas e equipamentos
para o setor produtivo e de materiais de construção e serviços
relacionados, entre outros definidos em ato do Ministro de Estado da
Fazenda.§ 2º As linhas de financiamento de que trata ocaputdeste
artigo serão fornecidas ao Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) ou a instituições financeiras por ele
habilitadas, que assumirão os riscos das operações, incluído o risco
de crédito, e as ofertarão a pessoas físicas e jurídicas localizadas
em ente federativo em estado de calamidade pública.§ 3º No caso de pessoas jurídicas que tomarem recursos das linhas de
financiamento, o contrato de financiamento firmado com a instituição
financeira deverá prever cláusula de compromisso de manutenção ou
ampliação do número de empregos existentes.§ 4º O não cumprimento do compromisso de que trata o § 3º deste
artigo implicará a perda do benefício da taxa de juros prevista para
a linha de financiamento e a aplicação à operação de encargos
financeiros a preços de mercado, nos termos definidos pelo Conselho
Monetário Nacional.§ 5º As condições, os encargos financeiros, os prazos e as demais
normas regulamentadoras das linhas de financiamento de que trata ocaputdeste artigo serão estabelecidos pelo Conselho
Monetário Nacional.§ 6º Poderão constituir fontes adicionais de recursos das linhas de
financiamento de que trata ocaputdeste artigo:I – doações realizadas por entidades nacionais e internacionais,
públicas ou privadas;II – empréstimos de instituições financeiras nacionais e
internacionais;III – reversão dos saldos anuais do FS não aplicados;IV – recursos oriundos de juros e amortizações de financiamentos;V – rendimentos auferidos com a aplicação dos recursos do FS;VI – recursos de outras fontes.§ 7º As fontes de recursos de que tratam os incisos III, IV e V do §
6º ficarão limitadas ao montante a que se refere ocaputdeste artigo.§ 8º Para o repasse dos recursos do FS de que trata este artigo ao
BNDES ou a instituições financeiras por ele habilitadas, a União,
por intermédio do Ministério da Fazenda, celebrará contrato,
mediante dispensa de licitação, para fins de operacionalizar o
repasse dos recursos.”Art. 28. Fica a União autorizada a aumentar em até R$
600.000.000,00 (seiscentos milhões de reais) a sua participação no FGO, de
que trata aLei nº 12.087, de 11 de novembro de 2009, por meio da subscrição
adicional de cotas para constituição de patrimônio segregado no FGO, com
direitos e obrigações próprios, exclusivamente para a cobertura das
operações contratadas até 31 de dezembro de 2024, no âmbito do Pronaf e do
Pronamp, com beneficiários que tiveram perdas materiais nas áreas afetadas
pelos eventos climáticos extremos ocorridos nos meses de abril e maio de
2024, nos termos do Decreto Legislativo nº 36, de 7 de maio de 2024.§ 1º O aumento de participação de que trata ocaputdeste artigo está
autorizado independentemente dos limites e das destinações estabelecidos nocaputdoart. 7ºe nocaputdoart. 8º da Lei nº 12.087, de 11
de novembro de 2009, por meio de ato do Ministério da Fazenda, e o
respectivo aporte deverá ter sido concluído até 30 de julho de 2024.§ 1º O aumento de participação de que trata ocaputdeste artigo está autorizado independentemente dos limites e das
destinações estabelecidos nocaputdoart. 7ºe nocaputdo
art. 8º da Lei nº 12.087, de 11 de novembro de 2009, por meio de ato do
Ministério da Fazenda, e o respectivo aporte deverá ser concluído até 29 de
novembro de 2024.(Redação dada pela Medida Provisória nº
1.272, de 2024)§ 1º O aumento de participação de que trata ocaputdeste artigo está autorizado independentemente dos limites e das
destinações estabelecidos nocaputdo
art. 7ºe nocaputdo art. 8º da Lei nº 12.087, de 11 de novembro de 2009, por
meio de ato do Ministério da Fazenda, e o respectivo aporte deverá ser
concluído até 29 de novembro de 2024.(Redação dada pela Lei nº 15.038, de 2024)§ 2º Os valores de que trata ocaputdeste artigo não utilizados até
31 de dezembro de 2024 para garantia das operações ativas serão devolvidos à
União por meio de resgate de cotas, até o sexagésimo dia seguinte à data de
emissão do parecer da auditoria independente do FGO referente ao ano de
2024, nos termos do estatuto do Fundo.§ 3º A partir de 1º de janeiro de 2025, os valores de que trata ocaputdeste artigo não comprometidos com garantias concedidas serão devolvidos
anualmente à União por meio de resgate de cotas, até o sexagésimo dia
seguinte à data de emissão do parecer da auditoria independente do FGO
referente ao exercício anterior à devolução, nos termos do estatuto do
Fundo.§ 4º Ato do Ministro de Estado da Fazenda disciplinará o disposto neste
artigo.Art. 29. Ficam revogados:I – o§ 2º do art. 4º da Lei nº 14.042, de 19 de agosto de 2020;II - aMedida Provisória nº 1.221, de 17 de maio de 2024;III – aMedida Provisória nº 1.226, de 29 de maio de 2024; eIV – aMedida Provisória nº 1.245, de 18 de julho de 2024.Art. 30. Ficam convalidados os regulamentos, os negócios
e os atos jurídicos praticados com base:I - naMedida Provisória nº 1.216, de 9 de maio de 2024;II – naMedida Provisória nº 1.221, de 17 de maio de 2024;III – naMedida Provisória nº 1.226, de 29 de maio de 2024;eIV – naMedida Provisória nº 1.245, de 18 de julho de 2024.Art. 31. Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.Brasília, 20 de setembro de 2024; 203º da Independência e 136º da República.LUIZ
INÁCIO LULA DA SILVACarlos Henrique Baqueta FávaroLuiz Paulo Teixeira FerreiraAntônio Waldez Góes da SilvaCristina Kiomi MoriMaria Osmarina Marina da Silva Vaz de LimaEste texto não substitui o publicado no DOU de
23.9.2024* |
2,024 | Lei nº 14.980, de 18.9.2024 Publicada no DOU de 19.9.2024 | Institui o projeto Adote um Museu e o Dia Nacional do Museu, para incentivar ações de preservação e de valorização da memória histórica, artística e cultural. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L14980.htm | L14980Presidência da RepúblicaCasa CivilSecretaria Especial para Assuntos JurídicosLEI Nº
14.980, DE 18 DE SETEMBRO DE 2024Institui o projeto Adote um Museu e o Dia Nacional
do Museu, para incentivar ações de preservação e de valorização da
memória histórica, artística e cultural.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1º Esta Lei institui o projeto Adote um Museu e o
Dia Nacional do Museu, para incentivar ações de preservação e de valorização
da memória histórica, artística e cultural.Art. 2º Fica instituído o projeto Adote um Museu, que tem
como objetivo incentivar e promover a conservação e a manutenção dos museus
públicos de interesse nacional e dos bens e equipamentos públicos de
preservação de obras, ou que estejam sob a administração da União, com ônus
para as pessoas físicas ou jurídicas, conforme critérios a serem definidos
pelos órgãos federais competentes por meio de regulamento.§ 1º Toda pessoa física ou jurídica poderá apresentar perante o órgão
federal competente, a qualquer tempo e por qualquer meio legítimo, proposta
de doação ou de comodato de bem móvel ou imóvel, bem como de doação de
direito ou serviço, sem ônus ou encargos para o poder público.§ 2º Para a consecução da intenção de proposta de doação ou de adoção do
bem, deverá a autoridade máxima do órgão designar comissão responsável pelo
acompanhamento e fiscalização, sem prejuízo dos sistemas de controle interno
e externo da administração pública.§ 3º Poderão participar do projeto Adote um Museu pessoas físicas ou
jurídicas, por meio de carta de intenção, a ser firmada por termo de
compromisso ou convênio de cooperação, que preverá a doação de bens ou a
adoção do museu ou de outro equipamento de preservação da memória, com a
especificação do propósito da conservação e da manutenção, observados os
parâmetros de respeito à identidade e aos valores históricos do museu.§ 4º A doação de bens ou a adoção pressupõe a recuperação, a conservação e a
manutenção do museu, sem ensejar o direito de uso, posse ou propriedade,
salvo contrapartida consistente em veiculação de publicidade indicativa, a
ser promovida pelo doador ou pelo adotante.Art. 3º Fica instituído o Dia Nacional do Museu, a ser
comemorado, anualmente, no dia 18 de maio.Art. 4º São objetivos do Dia Nacional do Museu:I – valorizar a preservação do patrimônio cultural brasileiro;II – estimular a realização de exposições e de eventos que tenham como
objetivo ampliar o público visitante de museus, de memoriais e de
instituições de preservação da memória;III – promover, de forma articulada com instituições internacionais,
exposições e eventos que fomentem a cultura, a paz, a tolerância e a
cooperação entre os povos; eIV – estimular o poder público de todas as esferas federativas a facilitar o
transporte e o acesso a museus.Parágrafo único. Serão realizados e divulgados eventos que promovam os
museus como instituições de natureza cultural.Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.Brasília, 18 de setembro de 2024; 203º da Independência e 136º da
República.LUIZ
INÁCIO LULA DA SILVACamilo Sobreira de SantanaMarcio Tavares dos Santos.Este texto não substitui o publicado no DOU de
19.9.2024eretificado no DOU de
20.9.2024* |
2,024 | Lei nº 14.979, de 18.9.2024 Publicada no DOU de 19.9.2024 | Altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), a fim de tornar obrigatória, para a autoridade judiciária, a consulta aos cadastros estaduais, distrital e nacional de crianças e adolescentes em condições de serem adotados e de pessoas ou casais habilitados à adoção. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L14979.htm | L14979Presidência da RepúblicaCasa CivilSecretaria Especial para Assuntos JurídicosLEI Nº
14.979, DE 18 DE SETEMBRO DE 2024Altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990
(Estatuto da Criança e do Adolescente), a fim de tornar obrigatória,
para a autoridade judiciária, a consulta aos cadastros estaduais,
distrital e nacional de crianças e adolescentes em condições de serem
adotados e de pessoas ou casais habilitados à adoção.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1º Esta Lei altera o § 5º do art. 50 daLei nº 8.069, de 13 de julho de 1990(Estatuto da Criança e do Adolescente), a fim de tornar obrigatória, para a
autoridade judiciária, a consulta aos cadastros estaduais, distrital e
nacional de crianças e adolescentes em condições de serem adotados e de
pessoas ou casais habilitados à adoção.Art. 2º O § 5º do art. 50 daLei
nº 8.069, de 13 de julho de 1990(Estatuto da Criança e do
Adolescente), passa a vigorar com a seguinte redação:“Art. 50.
...........................................................................................................................................................................................§ 5ºSerão criados e
implementados cadastros estaduais, distrital e nacional de crianças
e adolescentes em condições de serem adotados e de pessoas ou casais
habilitados à adoção, que deverão obrigatoriamente ser consultados
pela autoridade judiciária em qualquer procedimento de adoção,
ressalvadas as hipóteses do § 13 deste artigo e as particularidades
das crianças e adolescentes indígenas ou provenientes de comunidade
remanescente de quilombo previstas no inciso II do § 6º do art. 28
desta Lei..............................................................................................(NR)Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Brasília, 18 de setembro de 2024; 203º da Independência e 136º da
República.LUIZ
INÁCIO LULA DA SILVAMacaé Maria Evaristo dos SantosEste texto não substitui o publicado no DOU de
19.9.2024* |
2,024 | Lei nº 14.978, de 18.9.2024 Publicada no DOU de 19.9.2024 | Altera as Leis nºs 7.064, de 6 de dezembro de 1982, 7.565, de 19 de dezembro de 1986 (Código Brasileiro de Aeronáutica), 11.771, de 17 de setembro de 2008 (Lei Geral do Turismo), 12.462, de 4 de agosto de 2011, 13.097, de 19 de janeiro de 2015, e 13.146, de 6 de julho de 2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência), para promover a modernização do turismo; dispõe sobre a transferência de empregados da Infraero; revoga o Decreto-Lei nº 1.439, de 30 de dezembro de 1975, e a Lei nº 6.513, de 20 de dezembro de 1977, e dispositivos das Leis nºs 12.833, de 20 de junho de 2013, e 12.974, de 15 de maio de 2014. Mensagem de veto | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L14978.htm | L14978Presidência da RepúblicaCasa CivilSecretaria Especial para Assuntos JurídicosLEI Nº
14.978, DE 18 DE SETEMBRO DE 2024Mensagem
de vetoAltera as Leis nºs 7.064, de 6 de dezembro de 1982, 7.565, de 19 de
dezembro de 1986 (Código Brasileiro de Aeronáutica), 11.771, de 17 de
setembro de 2008 (Lei Geral do Turismo), 12.462, de 4 de agosto de 2011,
13.097, de 19 de janeiro de 2015, e 13.146, de 6 de julho de 2015
(Estatuto da Pessoa com Deficiência), para promover a modernização do
turismo; dispõe sobre a transferência de empregados da Infraero; revoga
o Decreto-Lei nº 1.439, de 30 de dezembro de 1975, e a Lei nº 6.513, de
20 de dezembro de 1977, e dispositivos das Leis nºs 12.833, de 20 de
junho de 2013, e 12.974, de 15 de maio de 2014.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço
saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1º O parágrafo único do art. 1º daLei nº 7.064,
de 6 de dezembro de 1982, passa a vigorar com a seguinte redação:“Art. 1º
........................................................................................................Parágrafo único. Fica
excluído do regime desta Lei:I - o empregado designado para prestar serviços de natureza
transitória, por período não superior a 90 (noventa) dias, desde
que:a) tenha ciência expressa dessa transitoriedade; eb) receba, além da passagem de ida e volta, diárias durante o
período de trabalho no exterior, as quais, seja qual for o
respectivo valor, não terão natureza salarial;II - os tripulantes de cruzeiros aquaviários em águas jurisdicionais
nacionais e internacionais, que são regulados pela Convenção sobre
Trabalho Marítimo (CTM), de 2006, da Organização Internacional do
Trabalho (OIT), promulgada peloDecreto nº 10.671,
de 9 de abril de 2021.”(NR)Art. 2º ALei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986(Código Brasileiro de Aeronáutica), passa a vigorar com as seguintes
alterações:“Art. 26. O
sistema aeroportuário é constituído pelo conjunto de aeródromos
brasileiros, nos quais estão incluídos:I - as pistas de pouso;II - as pistas de táxi;III - o pátio de estacionamento de aeronave;IV - o terminal de carga;V - o terminal de passageiros e suas facilidades.............................................................................................................”.(NR)“Art. 39.
.............................................................................................................................................................................................................................V -ao terminal de
carga;............................................................................................................”.(NR)Art. 3º ALei nº 11.771, de 17 de
setembro de 2008(Lei Geral do Turismo), passa a vigorar com as
seguintes alterações:“Art. 1ºEsta Lei estabelece normas sobre a Política Nacional de Turismo,
define as atribuições do Governo Federal quanto ao planejamento, ao
desenvolvimento e ao estímulo ao setor turístico e disciplina a
prestação de serviços turísticos e o cadastro, a qualificação e a
fiscalização dos prestadores de serviços turísticos.” (NR)“Art. 2ºPara os fins desta Lei, considera-se turismo o fenômeno social,
cultural e econômico que envolve as atividades realizadas por
pessoas físicas durante viagens e estadas em lugares diferentes do
seu entorno habitual, por um período inferior a 1 (um) ano, com
finalidade de lazer, negócios, comparecimento a eventos, entre
outros.............................................................................................................”.(NR)“Art. 5º
...............................................................................................................................................................................................................................II -contribuir para a redução das disparidades sociais e econômicas de
ordem regional e promover a inclusão social por meio do crescimento
da oferta de trabalho e da melhor distribuição de renda;......................................................................................................................VI -promover, descentralizar e regionalizar o turismo, para estimular os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios a planejar, ordenar e
monitorar, em seus territórios, as atividades turísticas, de forma
sustentável e segura, inclusive entre si, com o envolvimento e a
participação das comunidades beneficiadas pela atividade econômica;VII -estimular a implantação de empreendimentos destinados às atividades
de expressão cultural, de animação turística, de entretenimento e de
lazer e a implantação de outros atrativos com capacidade de retenção
e prolongamento do tempo de permanência dos turistas nessas
localidades;......................................................................................................................IX -estimular a participação e o envolvimento das comunidades e
populações tradicionais no desenvolvimento sustentável da atividade
turística, para promover a melhoria de sua qualidade de vida e a
preservação de sua identidade cultural;X -apoiar a prevenção e o enfrentamento da exploração sexual de
crianças e adolescentes e de outros abusos que afetem a dignidade
humana no turismo brasileiro, respeitadas as competências dos
diversos órgãos governamentais envolvidos;......................................................................................................................XII -(revogado);......................................................................................................................XVI -estimular a integração do setor privado como agente complementar de
financiamento em infraestrutura e na promoção, qualificação e
prestação de serviços públicos necessários ao desenvolvimento do
turismo;XVII -propiciar a competitividade, a melhoria do ambiente de negócios, a
inovação, a desburocratização, a qualidade, a eficiência e a
segurança na prestação dos serviços, bem como incentivar a
originalidade e o aumento da produtividade dos agentes públicos e
dos empreendedores turísticos privados;XVIII -estabelecer padrões e normas de qualidade, de eficiência e de
segurança na prestação de serviços turísticos;XIX -promover a formação, o aperfeiçoamento, a qualificação e a
capacitação de recursos humanos para o setor do turismo e a
implementação de políticas que viabilizem a colocação profissional
no mercado de trabalho;XX -implementar a produção, a sistematização, a padronização e o
intercâmbio de dados estatísticos e de informações relativas às
atividades e aos empreendimentos turísticos instalados no País, a
serem utilizados em análises feitas por universidades e institutos
de pesquisa públicos e privados, com vistas à melhoria da qualidade
e da credibilidade dos relatórios estatísticos sobre o setor
turístico brasileiro; eXXI -incentivar a pesquisa e a produção científica relacionadas ao
turismo.............................................................................................................”.(NR)“Art. 6º .
............................................................................................................................................................................................................................V -a incorporação de segmentos especiais de demanda nacional e
internacional, notadamente os de pessoas idosas, de jovens e de
pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, por meio de
iniciativas destinadas ao incremento e à diversificação da demanda
turística;......................................................................................................................VIII -o estímulo ao turismo responsável, como forma de orientar a atuação
do setor turístico, com base nos princípios de sustentabilidade
ambiental, sociocultural, econômica e político-institucional;......................................................................................................................X -a divulgação de informações à sociedade e ao cidadão sobre a
importância econômica e social do turismo;XI - a elaboração de estudos e pesquisas que auxiliem gestores dos
setores público e privado do turismo;XII - a coleta e a disponibilização ao turista e aos prestadores de
serviços turísticos de informações sistematizadas sobre os produtos
e destinos turísticos do País;XIII - o turismo social, como forma de conduzir e praticar a
atividade turística com vistas a promover a igualdade de
oportunidades, de forma não discriminatória, acessível a todos e
solidária, em condições de respeito e sob os princípios da
sustentabilidade e da ética;XIV - o fortalecimento do modelo de gestão descentralizada e da
regionalização do turismo;XV - a produção associada ao turismo e ao turismo de base local,
como estratégia de diversificação da oferta turística, com vistas à
inclusão social e à geração de trabalho e renda;XVI - as ações relacionadas ao enfrentamento do abuso e da
exploração sexual de crianças e adolescentes na atividade turística;XVII - a segmentação do turismo, como forma de organizar a atividade
para fins de planejamento, gestão e mercado, considerados os
segmentos turísticos com base nos elementos de identidade da oferta
e nas características da demanda;XVIII - a elaboração e a implementação de estratégias para definição
de mercados para o posicionamento dos produtos e dos destinos
turísticos brasileiros;XIX - o apoio à identificação e à criação de produtos turísticos
competitivos nas regiões turísticas brasileiras;XX - o apoio a parcerias público-privadas para o desenvolvimento da
atividade turística e a realização dessas parcerias;XXI - a melhoria do ambiente de negócios para facilitar e
impulsionar a atração de investimentos, a geração de emprego e a
melhor distribuição de renda nas regiões turísticas do País;XXII - a formulação de diretrizes e de estratégias para estimular a
atração de investimentos privados internos e externos para as
regiões turísticas;XXIII - a inovação e a competitividade de produtos turísticos
brasileiros;XXIV - a qualificação de profissionais e de prestadores de serviços
turísticos.............................................................................................................”.(NR)“Art. 7ºO Ministério do Turismo, em parceria com outros órgãos e entidades
integrantes da administração pública, publicará, anualmente,
relatórios, estatísticas e balanços consolidados sobre:I -caracterização e dimensionamento do turismo receptivo e emissivo,
internacional e doméstico;............................................................................................................”.(NR)“Art. 8º
...............................................................................................................................................................................................................................III -Conselho Nacional de Turismo;IV -Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo (Fornatur);V -Associação Nacional dos Secretários e Dirigentes Municipais de
Turismo (Anseditur);VI - os órgãos da administração pública estaduais, distritais e
municipais que atuem no desenvolvimento do turismo;VII - os fóruns e os conselhos estaduais, distritais e municipais de
turismo;VIII - as instâncias de governança macrorregionais e regionais de
turismo;IX - as entidades de representação nacional dos Municípios
relacionadas com o turismo.§ 1º(Revogado).............................................................................................................”.(NR)“Art. 9º
...............................................................................................................................................................................................................................IV -promover a melhoria contínua da qualidade dos serviços turísticos
prestados no País.Parágrafo único.
.................................................................................................................................................................................................................II -promover, orientar e estimular a realização de levantamentos
necessários ao diagnóstico da oferta turística nacional, ao estudo
de demanda turística e aomarketingturístico, nacional e
internacional, com o objetivo de estabelecer parâmetros que orientem
a elaboração e a execução do PNT;......................................................................................................................V -promover e apoiar o intercâmbio com entidades nacionais e
internacionais relacionadas direta ou indiretamente ao turismo;......................................................................................................................VIII -implantar sinalização turística informativa, educativa, interativa,
acessível a pessoas com deficiência e, quando necessário,
restritiva, com tradução em língua estrangeira e com comunicação
visual padronizada nacionalmente, observados os indicadores
utilizados pela Organização Mundial do Turismo (OMT) e o
regulamento.” (NR)“Art. 11.
.............................................................................................................................................................................................................................III -o incremento ao turismo pela promoção e pelo desenvolvimento do
transporte aéreo doméstico e internacional, pela implantação de
infraestrutura aeroportuária adequada às regiões turísticas e pela
aplicação de tarifas aeroportuárias diferenciadas ou estimuladoras,
em especial a tarifa de embarque e preços de passagens, que
estimulem o desenvolvimento do turismo;......................................................................................................................VI -o levantamento de informações quanto à procedência, à nacionalidade,
à faixa etária, ao motivo da viagem e à permanência estimada no País
dos turistas estrangeiros, entre outras;......................................................................................................................VIII -a formação, a capacitação profissional, a qualificação, o
treinamento e o aperfeiçoamento de mão de obra para o setor
turístico e a sua colocação no mercado de trabalho;IX -o aproveitamento turístico de feiras, exposições de negócios,
congressos, simpósios e eventos culturais apoiados por órgãos
governamentais e realizados para a divulgação do País como destino
turístico;............................................................................................................”.(NR)“Art.
12.O Ministério do Turismo poderá dirigir-se a outros órgãos da
administração pública federal, com vistas a obter apoio técnico e
financeiro para as iniciativas, os planos e os projetos que visem ao
fomento das empresas que exerçam atividade econômica relacionada à
cadeia produtiva do turismo, com ênfase nas microempresas e nas
empresas de pequeno porte.”(NR)“Art.
13-A.É instituído o Mapa do Turismo Brasileiro como instrumento
para facilitar o alcance dos objetivos da Política e do Sistema
Nacional de Turismo.§ 1º O Mapa do Turismo Brasileiro é a base territorial para o
desenvolvimento das políticas públicas setoriais e locais de
turismo, com foco na gestão, na estruturação, na qualificação, na
promoção e no apoio à comercialização do turismo brasileiro, de
forma regionalizada e descentralizada.§ 2º O Mapa do Turismo Brasileiro será organizado por regiões
turísticas, compostas de Municípios que devem possuir
características similares ou complementares, tais como identidade
histórica, cultural, econômica ou geográfica.§ 3º Os Municípios de uma região turística são aqueles que dispõem
de atrativos turísticos e que recebem fluxos de turistas em seus
territórios ou aqueles fornecedores de mão de obra, serviços,
equipamentos e produtos associados ao turismo e poderão ser
categorizados pelo Ministério do Turismo como:I - Município turístico: aquele que dá identidade à região,
concentra o maior fluxo de turistas e detém os principais atrativos
e serviços turísticos em relação aos Municípios circunvizinhos;II - Município com oferta turística complementar: aquele que possui
atrativos e serviços turísticos que complementam a oferta e o fluxo
de turistas dos Municípios turísticos da região;III - Município de apoio ao turismo: aquele em que não há fluxo de
turistas ou que possui fluxo de turistas pouco expressivo, mas que
se beneficia da atividade turística, fornecendo mão de obra,
serviços e produtos associados ao turismo aos Municípios turísticos
e/ou aos Municípios com oferta turística complementar.§ 4º Uma região turística pode contemplar 1 (um) ou mais Municípios
da mesma categoria.§ 5º Os Municípios de uma região turística devem ser limítrofes ou
próximos uns aos outros, com interligações modais fluidas.§ 6º Uma região turística poderá ser composta de apenas 1 (um)
Município, desde que seja capital de Estado ou área metropolitana
oficializada por legislação local.§ 7º O Distrito Federal poderá ser compreendido como uma única
região turística ou poderá compor regiões turísticas que agrupam uma
ou mais Regiões Administrativas (RAs).§ 8º O Ministério do Turismo definirá os critérios a serem
utilizados na identificação das regiões turísticas e a metodologia
de categorização dos Municípios que comporão as regiões e o Mapa do
Turismo Brasileiro, com o apoio dos órgãos oficiais de turismo dos
Estados e do Distrito Federal.§ 9º Os Municípios e as regiões turísticas que fazem parte do Mapa
do Turismo Brasileiro deverão ser, preferencialmente, os
beneficiários dos recursos públicos federais para o desenvolvimento
do turismo.§ 10. O Poder Executivo estadual ou distrital, nos limites de seu
território e no âmbito do Mapa do Turismo Brasileiro, promoverá a
criação, por meio de regulamento próprio, de Áreas Especiais de
Interesse Turístico (AEITs), que são territórios que serão
considerados prioritários para a facilitação da atração de
investimentos e a realização de parcerias com o setor privado.§ 11. Regulamento federal disporá sobre a delimitação e outros
requisitos necessários à criação das AEITs em âmbito federal, nos
territórios de domínio ou competência da União.”“Art.
14-A.O Ministério do Turismo e a Embratur poderão realizar,
observadas as respectivas competências, em parceria com instituições
privadas, nacionais ou internacionais, ações demarketingdestinadas à promoção do País como destino turístico, com
compartilhamento dos custos.”“Art.
14-B. O Ministério do Turismo, no âmbito das ações de
qualificação para o setor de turismo, buscará, em conjunto com as
instituições públicas e privadas:I - promover ações de formação, qualificação e aperfeiçoamento
profissional;II - associar a integração das ações de qualificação profissional
com a educação básica de jovens e adultos;III - articular a inserção do tema turismo na educação básica;IV - identificar e propor a revisão de ocupações do setor de
turismo;V - incentivar a inserção e a progressão profissional dos
qualificados no mercado de trabalho;VI - incentivar e difundir o turismo cívico, como experiência
complementar ao ensino de sala de aula.Parágrafo único. Os espaços e órgãos públicos tidos como atrativos
turísticos culturais e naturais brasileiros, sobretudo aqueles que
possuem acervos culturais, artísticos, paisagísticos, arqueológicos,
paleontológicos, ecológicos e científicos, devem garantir a
visitação pública, principalmente de estudantes, para fins de
realização de turismo cívico, conforme regulamento a ser editado
pelo Ministério do Turismo.”“Art. 20.
.......................................................................................................§ 1ºA operacionalização do Novo Fungetur poderá ser realizada por meio
de:I - agentes financeiros credenciados; eII - descentralizações não-reembolsáveis para Municípios, Estados e
Distrito Federal, inclusive para fundos desses entes, nos casos de
recursos oriundos de emendas parlamentares, com vistas à execução de
ações relacionadas a planos, projetos e ações para o desenvolvimento
do turismo aprovados pelo Ministério do Turismo, na forma
estabelecida em regulamento.............................................................................................................”.(NR)“Art.
21.Consideram-se prestadores de serviços turísticos, para os
fins desta Lei, as sociedades empresárias, as sociedades simples, os
empresários individuais, os microempreendedores individuais, as
sociedades limitadas unipessoais, os serviços sociais autônomos e as
associações privadas de turismo que prestem serviços turísticos
remunerados e que exerçam as seguintes atividades econômicas
relacionadas à cadeia produtiva do turismo:......................................................................................................................V -parques temáticos, parques aquáticos, parques de diversões, atrações
e empreendimentos turísticos dotados de equipamentos de
entretenimento e lazer;......................................................................................................................§ 1ºPoderão ser cadastrados no Ministério do Turismo, atendidas as
condições próprias, os seguintes prestadores de serviços turísticos:......................................................................................................................III -parques naturais, parques urbanos e espaços destinados ao bem-estar
animal que tenham visitação pública;......................................................................................................................VI -organizadores, promotores e prestadores de serviços de
infraestrutura e de locação de equipamentos, fornecedores de
produtos e serviços relacionados com o turismo e montadoras de
feiras de negócios, exposições e eventos;.......................................................................................................................§ 2ºPara efeitos docapute do § 1º deste artigo, a relação de
atividades poderá ser ampliada, prevendo novas hipóteses de
cadastramento, desde que seja de interesse turístico e estabelecidas
por meio de regulamento editado pelo Ministro de Estado do Turismo.§ 3º Será permitida a inclusão, no cadastro do Ministério do Turismo
para prestação de serviços turísticos, dos serviços sociais
autônomos que prestem serviços turísticos, tais como de hospedagem,
locação de veículos e agenciamento turístico.§ 4º Os produtores rurais ou agricultores familiares, desde que
prestem serviços turísticos, nos termos docaputou do § 1º
deste artigo, poderão cadastrar-se no Ministério do Turismo, mesmo
que o façam na condição de pessoa física.§ 5º Os produtores rurais ou agricultores familiares que prestem
serviços turísticos e que estejam cadastrados no Cadastur são
autorizados à manufatura e à comercialização de sua produção, e essa
comercialização é considerada atividade rural.” (NR)“Art.
21-A.São considerados profissionais de turismo aqueles ligados
à cadeia produtiva do turismo, conforme legislação específica.”“Art. 22.
...............................................................................................................................................................................................................................§ 5ºO disposto neste artigo não se aplica aos serviços de transporte
aéreo e de transporte individual remunerado de passageiros.§ 6º Os prestadores de serviços turísticos listados no art. 21 desta
Lei, quando divulgados por meio de agenciamento turístico prestado
por meio da internet ou de plataformas digitais, deverão estar
cadastrados no Ministério do Turismo, sob pena de responsabilização
própria e dos referidos canais de divulgação, nos termos da
legislação vigente.” (NR)“Art.
23.Consideram-se meios de hospedagem os empreendimentos ou
estabelecimentos destinados a prestar serviços de alojamento
temporário, ofertados em unidades de frequência individual ou
coletiva de uso exclusivo de hóspede, bem como outros serviços
necessários aos usuários, denominados serviços de hospedagem,
mediante instrumento contratual, tácito ou expresso, e cobrança de
diária.......................................................................................................................§ 5º(VETADO).§ 6º O disposto no § 4º docaputdeste artigo será
regulamentado pelo Ministério do Turismo, para dispor sobre os
procedimentos operacionais mínimos, relacionados à entrada e à saída
do hóspede, considerando o tempo necessário para arrumação e
higienização do ambiente da unidade habitacional.§ 7º Os meios de hospedagem respondem objetiva e solidariamente
pelos danos causados pelos serviços que prestarem.§ 8º (VETADO).”(NR)“Art.
23-A.(VETADO).”“Art. 26.
.......................................................................................................I -o perfil dos hóspedes recebidos;II -o registro quantitativo de hóspedes, inclusive as taxas de ocupação
e de permanência, e o número médio de hóspedes por unidade
habitacional.§ 1ºPara os fins deste artigo, os meios de hospedagem fornecerão os
dados determinados em regulamento, observadas as normas que protegem
os direitos à privacidade e à intimidade do hóspede.§ 2º Para os fins deste artigo, compete ao Ministério do Turismo
estabelecer a periodicidade e os dados de interesse público que os
meios de hospedagens fornecerão.§ 3º Havendo a intermediação dos serviços de hospedagem, o
intermediário fica sujeito a fornecer os mesmos dados requeridos dos
meios de hospedagem, nos termos de regulamento.”(NR)“Art.
27.Considera-se agência de turismo a pessoa jurídica que exerce
a atividade econômica de intermediação remunerada entre prestadores,
consumidores e usuários de serviços turísticos ou que fornece
diretamente esses serviços.§ 1ºA intermediação a que se refere este artigo abrange o agenciamento,
o assessoramento, o planejamento, a organização, a promoção, a
contratação e a operação dos serviços intermediados, isolados ou
conjugados, individuais ou coletivos, inclusive os fretamentos e os
bloqueios, totais ou parciais, de meios de transporte, de
hospedagem, de cruzeiros aquaviários e afins.§ 2ºO preço dos serviços das agências de turismo é a soma do valor
bruto das comissões recebidas dos prestadores dos serviços
turísticos ou dos consumidores e contratantes dos serviços
intermediados, acrescido de valor agregado ao preço de custo desses
serviços, se houver sido facultada à agência de turismo a cobrança
de taxa de serviço do consumidor pelos serviços prestados.§ 3º
......................................................................................................................................................................................................................................II -acomodações e outros serviços em meios de hospedagem;III -programas educacionais e de aprimoramento profissional;IV- locação de veículos;V - obtenção ou venda de ingressos para espetáculos públicos,
artísticos, esportivos, culturais e outras manifestações públicas;VI - cruzeiros aquaviários.§ 4º
....................................................................................................................................................................................................................................II -transporte turístico de superfície;......................................................................................................................IV -(revogado);V -(revogado);......................................................................................................................§ 7ºAs agências de turismo que operam diretamente com frota própria e
empresas de transporte turístico de superfície deverão atender aos
requisitos específicos exigidos exclusivamente pela legislação
federal para o transporte de superfície turístico, cujos termos
prevalecerão sobre quaisquer regras estaduais, municipais e
distrital sobre o mesmo tema.§ 8ºOs valores das multas, das penalidades ou de outras taxas cobradas
pelas agências de turismo a título de cláusula penal, no caso de
pedidos de alteração ou de cancelamento dos serviços por elas
reservados e confirmados, não poderão exceder o valor total desses
serviços.§ 9º (VETADO).§ 10. (VETADO).§ 11. Nas hipóteses previstas nos incisos I e II do § 10 deste
artigo, cabe à agência de turismo assistir o consumidor na
interlocução com fornecedores de serviços por ela intermediados.§ 12. Para os efeitos legais e regulamentares, os cruzeiros
aquaviários são classificados nas seguintes categorias:I - cruzeiro de cabotagem: realizado inteiramente em águas
jurisdicionais brasileiras;II - cruzeiro internacional: realizado em águas jurisdicionais
brasileiras e estrangeiras.§ 13. Para os efeitos legais, quanto aos cruzeiros aquaviários,
considera-se:I - embarque: o início da viagem de passageiros;II - escala: as paradas programadas para visitas locais;III - trânsito: a saída e a entrada de passageiros durante escalas;IV - desembarque: o término da viagem de passageiros.” (NR)“Art.
28.Consideram-se transportadoras turísticas as pessoas
jurídicas que exercem atividade econômica de prestação de serviços
de transporte turístico de superfície, caracterizado pelo
deslocamento de pessoas em veículos e embarcações por vias
terrestres e aquáticas, compreendidas as seguintes modalidades:......................................................................................................................Parágrafo único.É facultado aos guias de turismo utilizar e
conduzir veículos próprios na exploração da atividade de que trata
este artigo, na condição de pessoa física enquadrada como empresário
individual ou profissional liberal ou na condição de titular de
sociedade limitada individual.”(NR)“Art.
29.O Ministério do Turismo, ouvidos os demais órgãos
competentes sobre a matéria, fixará os padrões para a identificação
oficial a ser usada na parte externa dos veículos terrestres e das
embarcações.I - (revogado);II - (revogado).” (NR)“Art.
30.Consideram-se organizadoras de eventos as pessoas jurídicas
que exercem atividade econômica de prestação de serviços de gestão,
planejamento, organização, promoção, coordenação, operacionalização,
produção e assessoria de eventos.§ 1º As organizadoras de eventos poderão prestar serviços nas
categorias de organização de feiras, exposições, congressos,
convenções e congêneres de caráter comercial, técnico-científico,
esportivo, cultural, promocional e social e de interesse
profissional, associativo e institucional, incluídosshows,
festas, festivais, espetáculos em geral e simpósios.§ 2º O preço do serviço das organizadoras de evento é a taxa de
intermediação remunerada entre clientes e prestadores de
infraestrutura de apoio a eventos.”(NR)“Art.
31.Consideram-se parques temáticos, parques aquáticos e parques
de diversões, atrações e empreendimentos turísticos dotados de
equipamentos de entretenimento e lazer, os estabelecimentos
considerados de interesse turístico e capazes de induzir fluxo
turístico, que exercem a prestação de serviços e atividades de
entretenimento, lazer, diversão, apoio, suporte ao turista e
alimentação, mediante cobrança de ingresso e venda de produtos e
serviços aos turistas, implantados em um único espaço.§ 1º Os empreendimentos de que trata ocaputdeste artigo
deverão estar implantados em local fixo e de forma permanente.§ 2º Parques naturais, parques urbanos e espaços destinados ao
bem-estar animal que tenham visitação pública deverão possuir as
características definidas nocaputdeste artigo para serem
considerados prestadores de serviços turísticos.” (NR)“Art. 34.
.............................................................................................................................................................................................................................II -(revogado);III -manter em suas instalações, de forma visível, mecanismos que
possibilitem a apresentação de denúncias, sugestões ou reclamações e
cópia do certificado de cadastro no Ministério do Turismo;IV -manter, no exercício de suas atividades, estrita obediência aos
direitos do consumidor e à legislação ambiental;V -manter, em local visível, mensagem referente à vedação da exploração
sexual e do tráfico de crianças e adolescentes, conforme o disposto
naLei nº 11.577, de 22 de
novembro de 2007;VI -viabilizar a ação fiscalizadora das autoridades competentes no
exercício de suas funções.” (NR)“Art.
35.O Ministério do Turismo, no âmbito de sua competência,
fiscalizará o cumprimento do disposto nesta Lei.” (NR)“Art. 36.
.............................................................................................................................................................................................................................III -(revogado);......................................................................................................................§ 6º(Revogado).§ 7ºA penalidade de cancelamento de cadastro:I - implicará a apreensão do certificado de cadastro, concedido
prazo de até 30 (trinta) dias, contado da ciência do infrator, para
regularização de compromissos assumidos com os usuários, não
podendo, no período, assumir novas obrigações;II - ocorrerá somente por ordem judicial ou, quando os serviços
prestados forem estranhos à atividade turística, por decisão
administrativa.§ 8ºAs penalidades referidas nos incisos IV e V docaputdeste
artigo acarretarão a perda, no todo ou em parte, dos benefícios, dos
recursos ou dos incentivos que estejam sendo concedidos ao prestador
de serviços turísticos.” (NR)“Art. 38.
.......................................................................................................§ 1ºA receita arrecadada com a cobrança das multas a que se refere esta
Lei será recolhida em favor do ente que as aplicar, inclusive quando
o fizer por delegação de competência da União.............................................................................................................”.(NR)“Art.
39-A.O interessado poderá, no prazo de 10 (dez) dias, contado
da data da efetiva ciência da decisão que aplicar a penalidade,
apresentar recurso hierárquico com efeito suspensivo perante a junta
de recursos.Parágrafo único. A junta de recursos a que se refere ocaputdeste artigo terá composição tripartite e será constituída por:I - 1 (um) representante dos empregadores e 1 (um) representante dos
empregados, escolhidos entre os associados das associações de classe
componentes do Conselho Nacional de Turismo; eII - 1 (um) representante do Ministério do Turismo.”“Art. 41.
.......................................................................................................Pena
-advertência por escrito e multa.Parágrafo único.(Revogado).” (NR)“Art. 42.
.......................................................................................................Pena
-advertência por escrito e multa.” (NR)“Art. 43.
.......................................................................................................Pena
-advertência por escrito e multa.Parágrafo único.No caso de inobservância dos deveres previstos
no inciso IV docaputdo art. 34 desta Lei, o termo de
fiscalização será lavrado e encaminhado ao respectivo órgão
competente.”(NR)“Art.
44.O Ministério do Turismo poderá delegar competência para o
exercício de atividades e atribuições específicas estabelecidas
nesta Lei a órgãos e entidades da administração pública, inclusive
das demais esferas federativas, em especial das funções relativas ao
cadastramento e à fiscalização dos prestadores de serviços
turísticos, à aplicação de penalidades e à arrecadação e ao
recolhimento de receitas.” (NR)Art. 4º ALei nº 12.462, de 4 de
agosto de 2011, passa a vigorar com as seguintes alterações:“Art. 63.
............................................................................................................................................................................................................................§ 5º
....................................................................................................................................................................................................................................III -no custeio e desenvolvimento de projetos de produção de combustíveis
renováveis de aviação no País, incluídas as etapas da cadeia
produtiva que sejam vinculadas a essa finalidade;IV -no apoio financeiro reembolsável mediante concessão de empréstimo
aos prestadores de serviços aéreos regulares para o adequado
desenvolvimento de suas atividades, segundo regulamentação do Comitê
Gestor previsto no § 9º deste artigo.......................................................................................................................§ 7º(Revogado).§ 8º(Revogado).§ 9ºPara o financiamento de que trata o inciso IV do § 5º deste artigo,
é criado o Comitê Gestor do FNAC (CG-FNAC), órgão colegiado
integrante da estrutura do Ministério de Portos e Aeroportos, cujas
competência e composição serão estabelecidas em ato do Poder
Executivo.§ 10. O FNAC terá como agente financeiro o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para o financiamento de
que trata o inciso IV do § 5º deste artigo.§ 11. O BNDES poderá habilitar outros agentes financeiros, públicos
ou privados, para atuar nas operações de financiamento com recursos
do FNAC, desde que os riscos da atuação sejam suportados por esses
agentes financeiros.§ 12. Os agentes financeiros manterão o CG-FNAC atualizado sobre os
dados de todas as operações realizadas com recursos do FNAC.§ 13. O Conselho Monetário Nacional, sem prejuízo de suas demais
atribuições, por meio de proposta do Ministério de Portos e
Aeroportos, estabelecerá normas reguladoras dos empréstimos a serem
concedidos pelo FNAC no que concerne:I - às linhas de financiamento a serem disponibilizadas com suas
finalidades específicas;II - aos encargos financeiros e aos prazos;III - às comissões devidas pelo tomador de financiamento com
recursos do FNAC e às demais condições necessárias à
operacionalização.§ 14. O CG-FNAC fixará o valor global anual a ser disponibilizado
para os fins do inciso IV do § 5º deste artigo e o limite de
empréstimo a ser concedido por linha de financiamento e por
prestador de serviços.§ 15. Os recursos do FNAC, administrados pelo Ministério de Portos e
Aeroportos, poderão ser utilizados como subsídio para a aquisição de
querosene de aviação (QAV) em aeroportos localizados na Amazônia
Legal Brasileira, na forma de regulamento.§ 16. O Poder Executivo regulamentará o disposto neste artigo.” (NR)“Art.
63-A.Da arrecadação total do FNAC, 70% (setenta por cento)
serão geridos e administrados pelo Ministério de Portos e
Aeroportos, ou, a seu critério, por intermédio de instituição
financeira pública federal, quando destinados à modernização, à
construção, à ampliação ou à reforma de aeródromos públicos, para
atendimento do disposto nos incisos I e III do § 2º do art. 63 desta
Lei.§ 1º (VETADO).§ 2º (VETADO).”(NR)Art. 5º Ocaputdo art. 117 daLei nº 13.097, de 19 de
janeiro de 2015, passa a vigorar com a seguinte redação:“Art.
117.Fica a União autorizada a conceder subvenção econômica,
limitada à utilização de até 30% (trinta por cento) dos recursos do
Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC), geridos e administrados pelo
Ministério de Portos e Aeroportos, a ser destinada diretamente às
empresas aéreas regularmente inscritas no PDAR, para:............................................................................................................”.(NR)Art. 6º O art. 45 daLei nº 13.146, de 6 de
julho de 2015(Estatuto da Pessoa com Deficiência), passa a
vigorar acrescido do seguinte § 3º:“Art. 45.
.............................................................................................................................................................................................................................§ 3ºOs meios de hospedagem já existentes que, por impossibilidade
técnica decorrente de riscos estruturais da edificação, não possam
cumprir o percentual estipulado no § 1º deste artigo, ficam
dispensados dessa exigência mediante comprovação por laudo técnico
estrutural, que deverá ser renovado a cada 5 (cinco) anos.” (NR)Art. 7º (VETADO).Art. 8º O Poder Executivo regulamentará o disposto nesta
Lei.Art. 9º Ficam revogados:I -
oDecreto-Lei nº 1.439,
de 30 de dezembro de 1975;II -
aLei nº
6.513, de 20 de dezembro de 1977;III
- os seguintes dispositivos daLei nº 11.771, de 17 de
setembro de 2008(Lei Geral do Turismo):a)inciso XII docaputdo art. 5º;b)§ 1º do art. 8º;c)alíneas a,cee do inciso II do
capute o§ 2º do art. 24;d)parágrafo único do
art. 25;e)incisos IVeV do §
4º do art. 27;f)incisos I e II docaputdo art. 29;g)inciso II docaputdo art. 34;h)inciso III docapute o§ 6º do art. 36;i)art. 39;j)art. 40;k)parágrafo único do
art. 41;IV -
os§§ 7ºe8º do art.
63 da Lei nº 12.462, de 4 de agosto de 2011;V -
oart. 5º da Lei nº
12.833, de 20 de junho de 2013;VI -
os seguintes dispositivos daLei nº 12.974, de 15 de maio de 2014:a)arts. 2º a 5º;b)inciso I do caput do
art. 8º.Art. 10. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Brasília, 18 de setembro de 2024; 203º da Independência e 136º da República.LUIZ
INÁCIO LULA DA SILVALuiz Paulo Teixeira FerreiraSilvio Serafim Costa FilhoCelso Sabino de OliveiraEste texto não substitui o publicado no DOU de
19.9.2024* |
2,024 | Lei nº 14.977, de 18.9.2024 Publicada no DOU de 19.9.2024 | Altera a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 (Lei Orgânica da Saúde), para dispor sobre a produção, por laboratórios farmacêuticos de natureza pública, de princípios ativos destinados ao tratamento de doenças determinadas socialmente. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L14977.htm | L14977Presidência da RepúblicaCasa CivilSecretaria Especial para Assuntos JurídicosLEI Nº
14.977, DE 18 DE SETEMBRO DE 2024VigênciaAltera a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 (Lei Orgânica da
Saúde), para dispor sobre a produção, por laboratórios farmacêuticos de
natureza pública, de princípios ativos destinados ao tratamento de
doenças determinadas socialmente.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço
saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1º Esta Lei altera aLei
nº 8.080, de 19 de setembro de 1990(Lei Orgânica da
Saúde), para dispor sobre a produção, por laboratórios farmacêuticos de
natureza pública, de princípios ativos destinados ao tratamento de doenças
determinadas socialmente.Art. 2º ALei
nº 8.080, de 19 de setembro de 1990(Lei Orgânica da
Saúde), passa a vigorar acrescida do seguinte art. 19-W:“Art. 19-W. Os laboratórios farmacêuticos de natureza pública que
tiverem as condições técnicas para a produção de fármacos deverão
produzir os princípios ativos destinados ao tratamento das doenças
determinadas socialmente, nos termos de regulamento.§ 1º Os laboratórios farmacêuticos de natureza pública que não
tiverem as condições técnicas para a produção de fármacos poderão
desenvolver projetos e celebrar acordos, convênios e outros ajustes
com vistas à adaptação de sua linha produtiva e à aquisição de
tecnologias e processos direcionados à produção farmoquímica.§ 2º O poder público fica autorizado a financiar, a estimular, a
promover e a buscar parcerias nacionais e internacionais com
laboratórios farmoquímicos que detenham a tecnologia para a produção
de fármacos, a fim de obter os requisitos necessários à
transferência dessa tecnologia e do conhecimento para os
laboratórios de natureza pública capacitados na forma deste artigo.”Art. 3º As despesas decorrentes da implementação do
disposto nesta Lei ficam limitadas à disponibilidade financeira e
orçamentária do orçamento da Seguridade Social da União prevista em
programações do Ministério da Saúde.Art. 4º Esta Lei entra em vigor após decorridos 365
(trezentos e sessenta e cinco) dias de sua publicação oficial.Brasília, 18 de setembro de 2024; 203º da Independência e 136º da República.LUIZ
INÁCIO LULA DA SILVANísia Verônica Trindade LimaEste texto não substitui o publicado no DOU de
19.9.2024* |
2,024 | Lei nº 14.976, de 18.9.2024 Publicada no DOU de 19.9.2024 | Altera a Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), a fim de dispor sobre a competência dos juizados especiais cíveis para o processamento e o julgamento das causas previstas no inciso II do art. 275 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L14976.htm | L14976Presidência da RepúblicaCasa CivilSecretaria Especial para Assuntos JurídicosLEI Nº
14.976, DE 18 DE SETEMBRO DE 2024Altera a Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo
Civil), a fim de dispor sobre a competência dos juizados especiais
cíveis para o processamento e o julgamento das causas previstas no
inciso II do art. 275 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço
saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1º Esta Lei altera o art. 1.063 daLei nº 13.105, de 16 de março de 2015(Código de Processo Civil), a fim de dispor sobre a
competência dos juizados especiais cíveis para o processamento e o
julgamento das causas previstas noinciso II do art. 275 da Lei nº 5.869,
de 11 de janeiro de 1973.Art. 2º O art. 1.063 daLei nº 13.105, de 16 de março de 2015(Código de Processo Civil), passa a vigorar com a seguinte redação:“Art.
1.063.Os juizados especiais cíveis previstos naLei
nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, continuam
competentes para o processamento e o julgamento das causas previstas
noinciso II do art. 275 da Lei nº
5.869, de 11 de janeiro de 1973.” (NR)Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.Brasília, 18 de setembro de 2024; 203º da Independência e 136º da República.LUIZ
INÁCIO LULA DA SILVAEnrique Ricardo LewandowskiEste texto não substitui o publicado no DOU de
19.9.2024* |
2,024 | Lei nº 14.975, de 18.9.2024 Publicada no DOU de 19.9.2024 | Institui a Política Nacional de Incentivo à Cocoicultura de Qualidade. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L14975.htm | L14975Presidência da RepúblicaCasa CivilSecretaria Especial para Assuntos JurídicosLEI Nº
14.975, DE 18 DE SETEMBRO DE 2024Institui a Política Nacional de Incentivo à Cocoicultura de Qualidade.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço
saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1º Esta Lei institui a Política Nacional de
Incentivo à Cocoicultura de Qualidade, com o objetivo de elevar a
produtividade, a competitividade e a sustentabilidade da cocoicultura
brasileira.Art. 2º São finalidades da Política Nacional de Incentivo
à Cocoicultura de Qualidade:I – ampliar a produção e o processamento de coco no Brasil;II – estimular o consumo doméstico e as exportações de coco e seus
derivados;III – promover a articulação com outras políticas públicas federais, de modo
a otimizar e a coordenar recursos e esforços para o desenvolvimento da
cocoicultura;IV – reduzir as perdas e os desperdícios ao longo da cadeia produtiva;V – incentivar a Produção Integrada de Frutas (PIF) na cocoicultura;VI – apoiar a produção orgânica de coco e seus derivados;VII – desenvolver programas de treinamento e de aperfeiçoamento da mão de
obra empregada na cadeia produtiva;VIII – ampliar as políticas de financiamento e de seguro do crédito e da
renda da cocoicultura;IX – melhorar a infraestrutura produtiva e de escoamento da produção;X – apoiar a pesquisa e a assistência técnica para a cocoicultura;XI – aumentar a capacidade do poder público de realizar análise de riscos
nas cadeias produtivas, emitir certificados fitossanitários e efetuar a
fiscalização das exportações e importações de coco e seus derivados;XII – apoiar o cultivo e o processamento de coco pela agricultura familiar;XIII – fomentar o associativismo e a organização da produção;XIV – incentivar os policultivos de coco com outras culturas frutícolas,
agrícolas, florestais e com a pecuária, em sistemas integrados, como
estratégia de redução de riscos econômicos e de promoção de maior
sustentabilidade ambiental e segurança alimentar e nutricional;XV – promover ações educativas para a popularização do consumo de cocoin
naturae de produtos derivados, no contexto da alimentação saudável e
sustentável;XVI – incentivar o crescimento e a diversificação do mercado interno de coco
e seus derivados, com maior acesso a mercados locais e regionais; eXVII – fortalecer a competitividade da cocoicultura nacional.Art. 3º São instrumentos da Política Nacional de
Incentivo à Cocoicultura de Qualidade:I – o crédito rural favorecido para a produção, a industrialização e a
comercialização;II – a pesquisa agronômica e agroindustrial, o desenvolvimento tecnológico e
a assistência técnica e extensão rural para a produção, o processamento e a
comercialização de coco e seus derivados;III – a capacitação gerencial e a qualificação de mão de obra;IV – os fóruns, as câmaras e os conselhos setoriais, públicos e privados;V – o zoneamento agroclimático e o seguro rural;VI – o associativismo, o cooperativismo e os arranjos produtivos locais;VII – a PIF;VIII – a Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), o Programa de
Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE);IX – as certificações de qualidade e de origem.Art. 4º Para a consecução dos objetivos previstos nesta
Lei, a Política Nacional de Incentivo à Cocoicultura de Qualidade contará
com os seguintes recursos:I – dotações orçamentárias da União;II – produto de operações de crédito internas e externas firmadas com
entidades públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras;III – saldos de exercícios anteriores; eIV – outras fontes previstas em lei.Art. 5º Os recursos referidos no art. 4º desta Lei
destinam-se a:I – apoiar o desenvolvimento da cocoicultura, promovendo a disseminação de
tecnologias que concorram para aumento da produtividade e da qualidade do
cocoin naturae seus derivados;II – fortalecer os segmentos da cadeia produtiva;III – realizar pesquisas, estudos e diagnósticos da cadeia produtiva,
inclusive da agroindústria e da comercialização de produtosin naturae de produtos processados de coco;IV – promover a capacitação tecnológica e gerencial do setor, com destaque
para a melhoria da produção rural, do processamento industrial, da logística
de transporte e da comercialização nos mercados atacadista e varejista;V – promover melhorias na infraestrutura de apoio à produção e à
comercialização; eVI – incrementar a cooperação técnica e financeira internacional com
organismos particulares e oficiais relacionados à cocoicultura.Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.Brasília, 18 de setembro de 2024; 203º da Independência e 136º da República.LUIZ
INÁCIO LULA DA SILVACarlos Henrique Baqueta FávaroEste texto não substitui o publicado no DOU de
19.9.2024* |
2,024 | Lei nº 14.974, de 16.9.2024 Publicada no DOU de 17.9.2024 | Institui o Dia Nacional da Identidade Civil. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L14974.htm | L14974Presidência da RepúblicaCasa CivilSecretaria Especial para Assuntos JurídicosLEI Nº
14.974, DE 16 DE SETEMBRO DE 2024Institui o Dia Nacional da Identidade Civil.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1º Esta Lei institui o Dia Nacional da Identidade
Civil, a ser celebrado, anualmente, no dia 16 de setembro, em todo o
território nacional.Art. 2º Fica instituído o Dia Nacional da Identidade
Civil, a ser celebrado, anualmente, no dia 16 de setembro, em todo o
território nacional.Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.Brasília, 16 de setembro de 2024; 203º da Independência e 136º da
República.LUIZ
INÁCIO LULA DA SILVAMacaé Maria Evaristo dos SantosEsther DweckEnrique Ricardo LewandowskiEste texto não substitui o publicado no DOU de
17.9.2024 eretificado em 18.9.2024.* |
2,024 | Lei nº 14.973, de 16.9.2024 Publicada no DOU de 16.9.2024 - Edição extra | Estabelece regime de transição para a contribuição substitutiva prevista nos arts. 7º e 8º da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, e para o adicional sobre a Cofins-Importação previsto no § 21 do art. 8º da Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004; altera as Leis nºs 8.212, de 24 de julho de 1991, 8.742, de 7 de dezembro de 1993, 10.522, de 19 de julho de 2002, 10.779, de 25 de novembro de 2003, 10.865, de 30 de abril de 2004, 12.546, de 14 de dezembro de 2011, e 13.988, de 14 de abril de 2020; e revoga dispositivos dos Decretos-Lei nºs 1.737, de 20 de dezembro de 1979, e 2.323, de 26 de fevereiro de 1987, e das Leis nºs 9.703, de 17 de novembro de 1998, e 11.343, de 23 de agosto de 2006, e a Lei nº 12.099, de 27 de novembro de 2009 . Mensagem de veto | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L14973.htm | L14973Presidência da RepúblicaCasa CivilSecretaria Especial para Assuntos JurídicosLEI Nº
14.973, DE 16 DE SETEMBRO DE 2024Mensagem
de vetoEstabelece regime de transição para a contribuição substitutiva prevista
nos arts. 7º e 8º da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, e para o
adicional sobre a Cofins-Importação previsto no § 21 do art. 8º da Lei
nº 10.865, de 30 de abril de 2004; altera as Leis nºs 8.212, de 24 de
julho de 1991, 8.742, de 7 de dezembro de 1993, 10.522, de 19 de julho
de 2002, 10.779, de 25 de novembro de 2003, 10.865, de 30 de abril de
2004, 12.546, de 14 de dezembro de 2011, e 13.988, de 14 de abril de
2020; e revoga dispositivos dos Decretos-Lei nºs 1.737, de 20 de
dezembro de 1979, e 2.323, de 26 de fevereiro de 1987, e das Leis nºs
9.703, de 17 de novembro de 1998, e 11.343, de 23 de agosto de 2006, e a
Lei nº 12.099, de 27 de novembro de 2009.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço
saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:CAPÍTULO IDAS
DESONERAÇÕESArt. 1º ALei nº 12.546, de 14 de
dezembro de 2011, passa a vigorar com as seguintes alterações:“Art. 7ºAté 31 de dezembro de 2024, poderão contribuir, com aplicação das
alíquotas previstas no art. 7º-A, sobre o valor da receita bruta,
excluídos as vendas canceladas e os descontos incondicionais
concedidos, em substituição total às contribuições previstas nosincisos IeIII docaputdo art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de
1991:....................................................................................................................§ 9º
.................................................................................................................................................................................................................................II –para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS (CEI) no
período compreendido entre 1º de abril de 2013 e 31 de maio de 2013,
o recolhimento da contribuição previdenciária deverá ocorrer na
forma docapute do art. 9º-A, até o seu término, observado o
disposto no art. 9º-B;III –para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS (CEI) no
período compreendido entre 1º de junho de 2013 e 31 de outubro de
2013, o recolhimento da contribuição previdenciária poderá ocorrer
tanto na forma docapute do art. 9º-A como na forma dosincisos IeIII docaputdo
art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991,
observado o disposto no art. 9º-B;IV –para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS (CEI) no
período compreendido entre 1º de novembro de 2013 e 30 de novembro
de 2015, o recolhimento da contribuição previdenciária deverá
ocorrer na forma docapute do art. 9º-A, até o seu término,
observado o disposto no art. 9º-B;V –no cálculo da contribuição incidente sobre a receita bruta, serão
excluídas da base de cálculo, observado o disposto no art. 9º, as
receitas provenientes das obras cujo recolhimento da contribuição
tenha ocorrido exclusivamente na forma dosincisos IeIII docaputdo art.
22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991; eVI –para obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS (CEI) a
partir de 1º de dezembro de 2015, a contribuição previdenciária
poderá incidir sobre a receita bruta, na forma docapute do
art. 9º-A, ou sobre a folha de pagamento, na forma prevista nosincisos IaIII do caput do art. 22 da
Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, de acordo com a
opção, até o seu término, observado o disposto no art. 9º-B.§ 10.A opção a que se refere o inciso III do § 9º será exercida de forma
irretratável mediante o recolhimento, até o prazo de vencimento, da
contribuição previdenciária na sistemática escolhida, relativa a
junho de 2013, e será aplicada até o término da obra, observado o
disposto no art. 9º-B............................................................................................................”
(NR)“Art. 8ºAté 31 de dezembro de 2024, poderão contribuir, com aplicação das
alíquotas previstas no art. 8º-A, sobre o valor da receita bruta,
excluídos as vendas canceladas e os descontos incondicionais
concedidos, em substituição total às contribuições previstas nosincisos IeIII docaput do art.
22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991:...........................................................................................................”
(NR)“Art. 9º
.............................................................................................................................................................................................................................§ 16.Para as empresas relacionadas no inciso IV docaputdo art.
7º, a opção dar-se-á por obra de construção civil e será manifestada
mediante o pagamento da contribuição incidente sobre a receita bruta
relativa à competência de cadastro no Cadastro Específico do INSS (CEI)
ou à primeira competência subsequente para a qual haja receita bruta
apurada para a obra, e será irretratável até o seu encerramento,
observado o disposto nos arts. 9º-A e 9º-B............................................................................................................”
(NR)“Art.
9º-A.Nos exercícios de 2025 a 2027, as empresas referidas nos
arts. 7º e 8º desta Lei poderão contribuir sobre o valor da receita
bruta, excluídos as vendas canceladas e os descontos incondicionais
concedidos, em substituição parcial às contribuições previstas nosincisos IeIII docaputdo art.
22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, sendo
tributadas de acordo com as seguintes proporções:I – de 1º de janeiro até 31 de dezembro de 2025:a) 80% (oitenta por cento) das alíquotas estabelecidas nos arts.
7º-A e 8º-A desta Lei; eb) 25% (vinte e cinco por cento) das alíquotas previstas nosincisos IeIII docaputdo art.
22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991;II – de 1º de janeiro até 31 de dezembro de 2026:a) 60% (sessenta por cento) das alíquotas previstas nos arts. 7º-A e
8º-A desta Lei; eb) 50% (cinquenta por cento) das alíquotas previstas nosincisos IeIII docaputdo art.
22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991; eIII – de 1º de janeiro até 31 de dezembro de 2027:a) na proporção de 40% (quarenta por cento) das alíquotas previstas
nos arts. 7º-A e 8º-A desta Lei; eb) 75% (setenta e cinco por cento) das alíquotas previstas nosincisos IeIII docaputdo art.
22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.§ 1º A partir de 1º de janeiro de 2025 até 31 de dezembro de 2027,
para fins de cálculo do valor devido sob o regime da substituição
parcial de que trata ocaputdeste artigo, as contribuições
previstas nosincisos IeIII docaputdo art.
22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, não incidirão
sobre as remunerações pagas, devidas ou creditadas a título de
décimo terceiro salário.§ 2º A partir de 1º de janeiro de 2025 até 31 de dezembro de 2027, o
valor da contribuição calculada nos termos do inciso II do § 1º do
art. 9º será acrescido do montante resultante da aplicação das
proporções a que se referem a alínea “b” do inciso I, a alínea “b”
do inciso II e a alínea “b” do inciso III docaputdeste
artigo.”“Art.
9º-B.A partir de 1º de janeiro de 2028, as obras de construção
civil ainda não encerradas deverão passar a recolher as
contribuições nos termos dosincisos IeIII docaputdo
art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.”Art. 2º O art. 8º daLei nº 10.865, de 30
de abril de 2004,passa a vigorar com a seguinte redação:“Art. 8º
.............................................................................................................................................................................................................................§
21.Até 31 de dezembro de 2024, as alíquotas da
Cofins-Importação de que trata este artigo ficam acrescidas de 1
(um) ponto percentual na hipótese de importação dos bens
classificados na Tipi, aprovada peloDecreto nº 11.158, de 29 de julho de 2022,nos códigos:.....................................................................................................................§ 21-A. O acréscimo percentual nas alíquotas da Cofins-Importação de
que trata o § 21 deste artigo será de:I – 0,8% (oito décimos por cento) de 1º de janeiro até 31 de
dezembro de 2025;II – 0,6% (seis décimos por cento) de 1º de janeiro até 31 de
dezembro de 2026; eIII – 0,4% (quatro décimos por cento) de 1º de janeiro até 31 de
dezembro de 2027............................................................................................................”
(NR)Art. 3º O art. 22 daLei nº 8.212, de 24 de julho de 1991(Lei Orgânica da Seguridade Social), passa a vigorar com a seguinte redação:“Art. 22.
...........................................................................................................................................................................................................................§ 17.A
alíquota da contribuição prevista no inciso I docaputdeste
artigo, para os Municípios enquadrados nos coeficientes inferiores a
4,0 (quatro inteiros) da tabela de faixas de habitantes do§ 2º do art. 91 da Lei nº 5.172,
de 25 de outubro de 1966, será de:I – 8% (oito por cento) até 31 de dezembro de 2024;II – 12% (doze por cento) em 2025;III – 16% (dezesseis por cento) em 2026; eIV – 20% (vinte por cento) a partir de 1º de janeiro de 2027.§ 18. Para fins de aproveitamento das alíquotas reduzidas de que
trata o § 17, o Município deverá estar em situação de regularidade
quanto ao disposto noart. 60 da Lei nº 9.069, de 29 de
junho de 1995.” (NR)Art. 4º A partir de 1º de janeiro de 2025 até 31 de
dezembro de 2027, a empresa que optar por contribuir nos termos dosarts. 7º a 9º da
Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, deverá firmar termo no
qual se compromete a manter, em seus quadros funcionais, ao longo de cada
ano-calendário, quantitativo médio de empregados igual ou superior a 75%
(setenta e cinco por cento) do verificado na média do ano-calendário
imediatamente anterior.§ 1º
Em caso de inobservância do disposto nocaput, a empresa não poderá
usufruir da contribuição sobre a receita bruta, a partir do ano-calendário
subsequente ao descumprimento, hipótese em que se aplicam as contribuições
previstas nosincisos IeIII docaputdo art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991,
à alíquota de 20% (vinte por cento).§ 2º
O disposto neste artigo será disciplinado em ato do Poder Executivo.Art. 5º A Secretaria Especial da Receita Federal do
Brasil poderá disciplinar o disposto nesta Lei.CAPÍTULO IIDA
ATUALIZAÇÃO DE BENS IMÓVEISArt. 6º A pessoa física residente no País poderá optar
por atualizar o valor dos bens imóveis já informados em Declaração de Ajuste
Anual (DAA) apresentada à Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil
para o valor de mercado e tributar a diferença para o custo de aquisição,
pelo Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas (IRPF), à alíquota definitiva
de 4% (quatro por cento).§ 1º
A opção pela tributação deve ser realizada na forma e no prazo definidos
pela Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil e o pagamento do
imposto deve ser feito em até 90 (noventa) dias contados a partir da
publicação desta Lei.§ 2º
Os valores decorrentes da atualização tributados na forma prevista neste
artigo:I –
serão considerados como acréscimo patrimonial na data em que o pagamento do
imposto for efetuado;II –
deverão ser incluídos na ficha de bens e direitos da DAA relativa ao
ano-calendário de 2024 como custo de aquisição adicional do respectivo bem
imóvel.Art. 7º A pessoa jurídica poderá optar por atualizar o
valor dos bens imóveis constantes no ativo permanente de seu balanço
patrimonial para o valor de mercado e tributar a diferença para o custo de
aquisição, pelo Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) à
alíquota definitiva de 6% (seis por cento) e pela Contribuição Social sobre
o Lucro Líquido (CSLL) à alíquota de 4% (quatro por cento).§ 1º
A opção pela tributação deve ser realizada na forma e no prazo definidos
pela Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil e o pagamento do
imposto deve ser feito em até 90 (noventa) dias contados a partir da
publicação desta Lei.§ 2º
Os valores decorrentes da atualização tributados na forma prevista neste
artigo não poderão ser considerados para fins tributários como despesa de
depreciação da pessoa jurídica.Art. 8º No caso de alienação ou baixa de bens imóveis
sujeitos à atualização de que tratam os arts. 6º e 7º antes de decorridos 15
(quinze) anos após a atualização, o valor do ganho de capital deverá ser
calculado considerando a seguinte fórmula:GK =
valor da alienação - [CAA + (DTA x %)]GK =
ganho de capitalCAA
= custo do bem imóvel antes da atualizaçãoDTA
= diferencial de custo tributado a título de atualização% =
percentual proporcional ao tempo decorrido da atualização até a venda,
conforme parágrafo único deste artigoParágrafo único. Os percentuais proporcionais ao tempo decorrido da
atualização até a venda são:I –
0% (zero por cento), caso a alienação ocorra em até 36 (trinta e seis) meses
da atualização;II –
8% (oito por cento), caso a alienação ocorra após 36 (trinta e seis) meses e
até 48 (quarenta e oito) meses da atualização;III
– 16% (dezesseis por cento), caso a alienação ocorra após 48 (quarenta e
oito) meses e até 60 (sessenta) meses da atualização;IV –
24% (vinte e quatro por cento), caso a alienação ocorra após 60 (sessenta)
meses e até 72 (setenta e dois) meses da atualização;V –
32% (trinta e dois por cento), caso a alienação ocorra após 72 (setenta e
dois) meses e até 84 (oitenta e quatro) meses da atualização;VI –
40% (quarenta por cento), caso a alienação ocorra após 84 (oitenta e quatro)
meses e até 96 (noventa e seis) meses da atualização;VII
– 48% (quarenta e oito por cento), caso a alienação ocorra após 96 (noventa
e seis) meses e até 108 (cento e oito) meses da atualização;VIII
– 56% (cinquenta e seis por cento), caso a alienação ocorra após 108 (cento
e oito) meses e até 120 (cento e vinte) meses da atualização;IX –
62% (sessenta e dois por cento), caso a alienação ocorra após 120 (cento e
vinte) meses e até 132 (cento e trinta e dois) meses da atualização;X –
70% (setenta por cento), caso a alienação ocorra após 132 (cento e trinta e
dois) meses e até 144 (cento e quarenta e quatro) meses da atualização;XI –
78% (setenta e oito por cento), caso a alienação ocorra após 144 (cento e
quarenta e quatro) meses e até 156 (cento e cinquenta e seis) meses da
atualização;XII
– 86% (oitenta e seis por cento), caso a alienação ocorra após 156 (cento e
cinquenta e seis) meses e até 168 (cento e sessenta e oito) meses da
atualização;XIII
– 94% (noventa e quatro por cento), caso a alienação ocorra após 168 (cento
e sessenta e oito) meses e até 180 (cento e oitenta) meses da atualização;XIV
– 100% (cem por cento), caso a alienação ocorra após 180 (cento e oitenta)
meses da atualização.CAPÍTULO IIIDO
REGIME ESPECIAL DE REGULARIZAÇÃO GERAL DE BENS CAMBIAL E TRIBUTÁRIA (RERCT-GERAL)Art. 9º É instituído o Regime Especial de Regularização
Geral de Bens Cambial e Tributária (RERCT-Geral), para declaração voluntária
de recursos, bens ou direitos de origem lícita, não declarados ou declarados
com omissão ou incorreção em relação a dados essenciais, mantidos no Brasil
ou no exterior, ou repatriados por residentes ou domiciliados no País,
conforme a legislação cambial ou tributária, nos termos e condições desta
Lei.Parágrafo único. O prazo para adesão ao RERCT-Geral é de 90 (noventa) dias,
a partir da data de publicação desta Lei, a qual deve ser realizada mediante
declaração voluntária da situação patrimonial em 31 de dezembro de 2023 e
pagamento de imposto e multa.Art. 10. Aplica-se ao RERCT-Geral o disposto nos§§ 9º,10,12e13 do art. 4º,
noart. 5º,
noart. 6º,
nos§§ 1ºe2º do art. 7º,
noart. 8ºe noart. 9º da Lei nº 13.254,
de 13 de janeiro de 2016, com as seguintes alterações:I –
as referências a “31 de dezembro de 2014” constantes da referida Lei, para
“31 de dezembro de 2023”;II –
as referências a “último dia útil do mês de dezembro de 2014” constantes da
referida Lei, para “último dia útil do mês de dezembro de 2023”;III
– as referências a “ano-calendário de 2014” constantes da referida Lei, para
“ano-calendário de 2023”;IV –
a referência a “no ano-calendário de 2015” constante do § 7º do art. 4º da
referida Lei, para “a partir do ano-calendário de 2023”.Art. 11. O RERCT-Geral aplica-se a todos os recursos,
bens ou direitos de origem lícita de residentes ou domiciliados no País até
31 de dezembro de 2023, incluindo movimentações anteriormente existentes,
mantidos no Brasil ou no exterior, e que não tenham sido declarados ou
tenham sido declarados com omissão ou incorreção em relação a dados
essenciais, como:I –
depósitos bancários, certificados de depósitos, cotas de fundos de
investimento, instrumentos financeiros, apólices de seguro, certificados de
investimento ou operações de capitalização, depósitos em cartões de crédito,
fundos de aposentadoria ou pensão;II –
operações de empréstimo com pessoa física ou jurídica;III
– recursos, bens ou direitos de qualquer natureza decorrentes de operações
de câmbio ilegítimas ou não autorizadas;IV –
recursos, bens ou direitos de qualquer natureza, integralizados em empresas
brasileiras ou estrangeiras sob a forma de ações, integralização de capital,
contribuição de capital ou qualquer outra forma de participação societária
ou direito de participação no capital de pessoas jurídicas com ou sem
personalidade jurídica;V –
ativos intangíveis disponíveis no Brasil ou no exterior de qualquer
natureza, como marcas,copyright,software,know-how,
patentes e todo e qualquer direito submetido ao regime deroyalties;VI –
bens imóveis em geral ou ativos que representem direitos sobre bens imóveis;VII
– veículos, aeronaves, embarcações e demais bens móveis sujeitos a registro
em geral, ainda que em alienação fiduciária.Art. 12. Para adesão ao RERCT-Geral, a pessoa física ou
jurídica deverá apresentar à Secretaria Especial da Receita Federal do
Brasil declaração única de regularização específica contendo a descrição
pormenorizada dos recursos, bens e direitos de qualquer natureza de que seja
titular em 31 de dezembro de 2023 a serem regularizados, com o respectivo
valor em real, ou, no caso de inexistência de saldo ou título de propriedade
em 31 de dezembro de 2024, a descrição das condutas praticadas pelo
declarante que se enquadrem nos crimes previstos no§ 1º do art. 5º
da Lei nº 13.254, de 13 de janeiro de 2016, e dos respectivos
bens e recursos que possuiu.§ 1º
A declaração única de regularização a que se refere ocaputdeverá
conter:I –
a identificação do declarante;II –
as informações fornecidas pelo contribuinte necessárias à identificação dos
recursos, bens ou direitos a serem regularizados, bem como de sua
titularidade e origem;III
– o valor, em real, dos recursos, bens ou direitos de qualquer natureza
declarados;IV –
declaração do contribuinte de que os bens ou direitos de qualquer natureza
declarados têm origem em atividade econômica lícita;V –
na hipótese de inexistência de saldo dos recursos, ou de titularidade de
propriedade de bens ou direitos referidos nocaput, em 31 de dezembro
de 2024, a descrição das condutas praticadas pelo declarante que se
enquadrem nos crimes previstos no§ 1º do art. 5º
da Lei nº 13.254, de 13 de janeiro de 2016, e dos respectivos
recursos, bens ou direitos de qualquer natureza não declarados, mantidos no
Brasil ou no exterior, ainda que posteriormente repassados à titularidade ou
responsabilidade, direta ou indireta, detrustde quaisquer espécies,
fundações, sociedades despersonalizadas ou fideicomissos, ou dispostos
mediante a entrega a pessoa física ou jurídica, personalizada ou não, para
guarda, depósito, investimento, posse ou propriedade de que sejam
beneficiários efetivos o interessado, seu representante ou pessoa por ele
designada.§ 2º
Os recursos, bens e direitos de qualquer natureza constantes da declaração
única para adesão ao RERCT-Geral deverão também ser informados na:I –
declaração retificadora de ajuste anual do imposto de renda relativa ao
ano-calendário de 2024 e posteriores, no caso de pessoa física;II –
declaração retificadora da declaração de bens e capitais no exterior
relativa ao ano-calendário de 2024 e posteriores, no caso de pessoa física
ou jurídica, se a ela estiver obrigada;III
– escrituração contábil societária relativa ao ano-calendário da adesão e
posteriores, no caso de pessoa jurídica.§ 3º
A declaração das condutas e dos bens referidos no inciso V do § 1º não
implicará a apresentação das declarações previstas nos incisos I, II e III
do § 2º.§ 4º
Após a adesão ao RERCT-Geral e consequente regularização nos termos docaput, a opção de repatriação pelo declarante de ativos financeiros no
exterior deverá ocorrer por intermédio de instituição financeira autorizada
a funcionar no País e a operar no mercado de câmbio, mediante apresentação
do protocolo de entrega da declaração de que trata ocaputdeste
artigo.§ 5º
A regularização de ativos mantidos em nome de interposta pessoa estenderá a
ela a extinção de punibilidade prevista no§ 1º do art. 5º
da Lei nº 13.254, de 13 de janeiro de 2016,nas condições
previstas no referido artigo.§ 6º
É a pessoa física ou jurídica que aderir ao RERCT-Geral obrigada a manter em
boa guarda e ordem e em sua posse, pelo prazo de 5 (cinco) anos, cópia dos
documentos que ampararam a declaração de adesão ao RERCT-Geral e a
apresentá-los se e quando exigidos pela Secretaria Especial da Receita
Federal do Brasil.§ 7º
Para fins da declaração prevista nocaput, o valor dos ativos a serem
declarados deve corresponder aos valores de mercado, presumindo-se como tal:I –
para os ativos referidos nos incisos I e III do art. 11, o saldo existente
em 31 de dezembro de 2023, conforme documento disponibilizado pela
instituição financeira custodiante;II –
para os ativos referidos no inciso II do art. 11, o saldo credor
remanescente em 31 de dezembro de 2023, conforme contrato entre as partes;III
– para os ativos referidos no inciso IV do art. 11, o valor de patrimônio
líquido apurado em 31 de dezembro de 2023, conforme balanço patrimonial
levantado nessa data;IV –
para os ativos referidos nos incisos V, VI e VII do art. 11, o valor de
mercado apurado conforme avaliação feita por entidade especializada;V –
para os ativos não mais existentes ou que não sejam de propriedade do
declarante em 31 de dezembro de 2023, o valor apontado por documento idôneo
que retrate o bem ou a operação a ele referente.Art. 13. Os bens ou direitos de qualquer natureza
regularizados nos termos do art. 12 e os rendimentos, frutos e acessórios
decorrentes do seu aproveitamento, no Brasil ou no exterior, obtidos a
partir de 1º de janeiro de 2024, deverão ser incluídos na:I –
declaração de ajuste anual do imposto de renda relativa ao ano-calendário de
2024, ou em sua retificadora, no caso de pessoa física;II –
declaração de bens e capitais no exterior relativa ao ano-calendário de
2024, no caso de pessoa física ou jurídica, se a ela estiver obrigada;III
– escrituração contábil societária relativa ao ano-calendário da adesão e
posteriores, no caso de pessoa jurídica.Parágrafo único. No caso de bens no exterior, deve ser apresentada cópia da
declaração única ao Banco Central do Brasil para fins de registro.Art. 14. Aos rendimentos, frutos e acessórios incluídos
nas declarações e regularizados pelo RERCT-Geral, aplica-se o disposto noart. 138 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966(Código
Tributário Nacional), inclusive com dispensa do pagamento de multas
moratórias, se as inclusões forem feitas até o último dia do prazo para
adesão do regime ou até o último dia do prazo regular de apresentação da
respectiva declaração anual, o que for posterior.Art. 15. Para fins do disposto neste Capítulo, o
montante dos ativos objeto de regularização será considerado acréscimo
patrimonial adquirido em 31 de dezembro de 2023, ainda que nessa data não
exista saldo ou título de propriedade, na forma doinciso II do capute do§ 1º do
art. 43 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966(Código
Tributário Nacional), sujeitando-se a pessoa, física ou jurídica, ao
pagamento do imposto de renda sobre ele, a título de ganho de capital, à
alíquota de 15% (quinze por cento).§ 1º
A arrecadação referida nocaputserá compartilhada com Estados e
Municípios na forma estabelecida pela Constituição Federal, especialmente
nos termos do que dispõe o inciso I de seu art. 159.§ 2º
Na apuração da base de cálculo do tributo de que trata ocaput,
correspondente ao valor do ativo em real, não serão admitidas deduções de
espécie alguma ou descontos de custo de aquisição.Art. 16. É facultado ao contribuinte que aderiu ao RERCT
previsto naLei nº 13.254, de 13 de
janeiro de 2016,anteriormente à publicação desta Lei,
complementar a declaração de que trata oart. 5º da Lei nº 13.254,
de 13 de janeiro de 2016, obrigando-se, caso exerça esse direito,
a pagar os respectivos imposto e multa devidos sobre o valor adicional e a
observar a nova data fixada para a conversão do valor expresso em moeda
estrangeira, nos termos do art. 10 deste Capítulo.Art. 17. O contribuinte que aderir ao RERCT-Geral deverá
identificar a origem dos bens e declarar que eles são provenientes de
atividade econômica lícita, sem obrigatoriedade de comprovação.§ 1º
É da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, em qualquer tempo, o
ônus da prova para demonstrar que é falsa a declaração prestada pelo
contribuinte.§ 2º
Para efeito de interpretação do§ 12 do art. 4º
da Lei nº 13.254, de 13 de janeiro de 2016, nas adesões de que
trata essa Lei, a Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil apenas
poderá intimar o optante do RERCT a apresentar documentação se houver a
demonstração da presença de indícios ou outros elementos diversos da
declaração prestada pelo contribuinte nos termos docaputdeste
artigo suficientes à abertura de expediente investigatório ou procedimento
criminal.§ 3º
Cabe à Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil demonstrar a
presença dos indícios ou dos outros elementos a que se refere o § 2º deste
artigo antes de expedir intimação direcionada ao contribuinte optante pelo
RERCT-Geral, sob pena de nulidade.CAPÍTULO IVDAS
MEDIDAS DE DESENROLA AGÊNCIAS REGULADORASArt. 18. Este Capítulo altera aLei nº 13.988, de 14 de
abril de 2020, e aLei nº 10.522, de 19 de julho de
2002, para aperfeiçoar os mecanismos de transação de dívidas com
as autarquias e fundações públicas federais.Art. 19. ALei nº 13.988, de 14 de
abril de 2020, passa a vigorar com as seguintes alterações:“CAPÍTULO
II-A(VETADO)Art.
15-A. (VETADO).”“Art.
22-B.O disposto neste Capítulo também se aplica, no que couber,
à dívida ativa das autarquias e das fundações públicas federais
cujas inscrição, cobrança e representação incumbam à
Procuradoria-Geral Federal e à Procuradoria-Geral do Banco Central e
aos créditos cuja cobrança seja competência da Procuradoria-Geral da
União, sem prejuízo do disposto naLei nº 9.469, de 10 de julho de
1997.Parágrafo único. Ato do Advogado-Geral da União disciplinará a
transação dos créditos referidos neste artigo.”“CAPÍTULO
III-ADA
TRANSAÇÃO NA COBRANÇA DE RELEVANTE INTERESSE REGULATÓRIO PARA AS AUTARQUIAS
E FUNDAÇÕES PÚBLICAS FEDERAISArt.
22-C.A Procuradoria-Geral Federal poderá propor aos devedores
transação na cobrança da dívida ativa das autarquias e fundações
públicas federais, de natureza não tributária, quando houver
relevante interesse regulatório previamente reconhecido por ato do
Advogado-Geral da União.§ 1º Considera-se presente o relevante interesse regulatório quando
o equacionamento de dívidas for necessário para assegurar as
políticas públicas ou os serviços públicos prestados pelas
autarquias e fundações públicas federais credoras.§ 2º Ato do Advogado-Geral da União reconhecerá o relevante
interesse regulatório, com base em manifestação fundamentada dos
dirigentes máximos das autarquias e fundações públicas federais cujo
conteúdo observará as seguintes diretrizes:I – a delimitação, com base em critérios objetivos, do grupo ou
universo de devedores alcançado, observados os princípios da
isonomia e da impessoalidade, vedado o reconhecimento de relevante
interesse regulatório de alcance geral;II – a indicação dos pressupostos de fato e de direito que
determinam o relevante interesse regulatório, considerando, quando
possível:a) a manutenção das atividades dos agentes econômicos regulados e do
atendimento aos usuários de serviços prestados regulados pela
autarquia ou fundação pública federal credora;b) o desempenho da política pública ou dos serviços públicos
regulados pela autarquia ou fundação pública federal credora;c) a preservação da função social da regulação, em especial o seu
caráter pedagógico, quando envolver multas decorrentes do exercício
do poder de polícia;d) as vantagens sociais, ambientais, econômicas, de segurança ou de
saúde em substituir os meios ordinários e convencionais de cobrança
pelo equacionamento das dívidas e obrigações através da transação,
com a finalidade de evitar o agravamento de problema regulatório ou
na prestação de serviço público;III – o tempo necessário à execução da medida, vedado o seu
reconhecimento por prazo indeterminado;IV – a prévia elaboração de Análise de Impacto Regulatório (AIR)
prevista noart. 6º da Lei nº 13.848,
de 25 de junho de 2019, no caso das agências reguladoras.Art.
22-D.A Procuradoria-Geral Federal poderá, em juízo de
oportunidade e conveniência, propor a transação de que trata este
Capítulo, de forma individual ou por adesão, sempre que,
motivadamente, entender que a medida atende ao interesse público,
vedada a apresentação de proposta de transação individual pelo
devedor.§ 1º A apresentação da proposta individual ou a solicitação de
adesão do devedor à proposta suspenderá o andamento das execuções
fiscais, salvo oposição justificada da Procuradoria-Geral Federal.§ 2º Nos processos administrativos de constituição de crédito em
tramitação nas autarquias e fundações públicas federais, os
devedores poderão renunciar aos direitos para que os créditos sejam
constituídos, inscritos em dívida ativa e incluídos na transação.§ 3º Os seguintes compromissos adicionais serão exigidos do devedor,
sem prejuízo do disposto no art. 3º desta Lei, quando for o caso:I – manter a prestação dos serviços públicos, nos termos do ato de
delegação;II – concluir a obra de construção, total ou parcial, conservação,
reforma, ampliação ou melhoramento, nos termos do ato de delegação;III – manter a regularidade dos pagamentos à autarquia ou fundação
pública federal detentora do poder concedente, nos termos do ato de
delegação;IV – apresentar à autarquia ou fundação pública federal credora
plano de conformidade regulatória.§ 4º Os prazos ou os descontos na transação de que trata este
Capítulo serão definidos pela Procuradoria-Geral Federal de acordo
com o grau de recuperabilidade do crédito.§ 5º Os descontos poderão ser concedidos sobre o valor total do
crédito, incluídos os acréscimos de que trata o inciso I docaputdo art. 11 desta Lei, desde que o valor resultante da transação não
seja inferior ao montante principal do crédito, assim compreendido o
seu valor originário.§ 6º A limitação prevista no inciso I do § 2º do art. 11 desta Lei e
no § 5º deste artigo não se aplica à transação que envolva pagamento
à vista de créditos que consistirem em multa decorrente de processo
administrativo sancionador.§ 7º O limite de que trata o inciso III do § 2º do art. 11 desta Lei
poderá ser ampliado em até 12 (doze) meses adicionais quando o
devedor comprovar que desenvolve projetos de interesse social
vinculados à política pública ou aos serviços públicos prestados
pela autarquia ou fundação pública federal credora.Art.
22-E. Ato do Advogado-Geral da União disciplinará a transação de
que trata este Capítulo.”Art. 20. ALei nº 10.522, de 19 de julho de
2002, passa a vigorar com as seguintes alterações:“Art. 2º
.............................................................................................................................................................................................................................III –estejam inscritas na dívida dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, conforme convênio firmado com a União, representada pela
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, nesse sentido;IV –estejam inscritas na dívida ativa de autarquias profissionais e
conselhos de classe;V –estejam irregulares perante o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS)......................................................................................................................§ 2ºA inclusão
no Cadin far-se-á em até 30 (trinta) dias após a comunicação ao
devedor da existência do débito passível de inscrição naquele
Cadastro, fornecendo-se todas as informações pertinentes ao débito......................................................................................................................§ 9ºConvênio
entre a União, representada pela Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional, e os titulares dos créditos previstos nos incisos III e IV
docaputdeste artigo poderá estabelecer regras de cooperação
que favoreçam a recuperação desses ativos.” (NR)“Art. 4º
...........................................................................................................................................................................................................................§ 3ºA dispensa
de que trata o § 1º deste artigo terá validade de 60 (sessenta) dias
contados da data da consulta de inexistência de registro no Cadin.”
(NR)“Art. 6º-A.A
existência de registro no Cadin, quando da consulta prévia de que
trata o art. 6º, constitui fator impeditivo para a realização de
qualquer dos atos previstos nos incisos I, II e III docaputdo art. 6º.”“Art. 7º-A. No
caso de estado de calamidade pública reconhecido pelo governo
federal, o Procurador-Geral da Fazenda Nacional e o Procurador-Geral
Federal, nos limites de suas competências, poderão, em favor das
pessoas físicas e jurídicas domiciliadas em área atingida:I – suspender os prazos de inclusão de novos registros no Cadin;II – prorrogar a dispensa de que trata o § 3º do art. 4º;III – dispensar, nos termos do art. 6º, a consulta prévia ao Cadin
em relação a auxílios e financiamentos relacionados aos esforços de
superação da crise.”Art. 21. No caso das agências reguladoras, a
manifestação fundamentada prevista no§ 2º do art. 22-C da Lei nº 13.988, de 14 de abril de 2020, será
proferida em até 180 (cento e oitenta) dias, após provocação da
Procuradoria-Geral Federal.Parágrafo único. Consideram-se agências reguladoras as autarquias e
fundações públicas federais previstas nos incisos doart. 2º da Lei nº 13.848,
de 25 de junho de 2019.Art. 22. Enquanto não for proferida a manifestação a que
se refere o§ 2º do art. 22-C da Lei nº 13.988, de 14 de abril de 2020,limitado a 31 de dezembro de 2024, consideram-se irrecuperáveis ou de
difícil recuperação os créditos, de natureza não tributária, das autarquias
e fundações públicas federais inscritos em dívida ativa.§ 1º
Para os créditos a que se refere ocaputdeste artigo, a
Procuradoria-Geral Federal poderá apresentar proposta de transação,
individual ou por adesão, com desconto de acordo com os§§ 5ºe6º do
art. 22-D da Lei nº 13.988, de 14 de abril de 2020,independentemente do reconhecimento do relevante interesse regulatório de
que trata o art. 22-C daquela Lei.§ 2º
Após a apresentação da proposta de que trata o § 1º deste artigo, poderão
ser incluídos na transação, além dos créditos previstos nocaput,
aqueles de natureza não tributária que estiverem em contencioso
administrativo, desde que, nos processos administrativos de constituição de
crédito, os devedores renunciem aos direitos para que os créditos sejam
constituídos, inscritos em dívida ativa e incluídos na transação.§ 3º
Caso a transação de que tratam os §§ 1º e 2º deste artigo envolva todos os
créditos do devedor, inscritos em dívida ativa de autarquia ou fundação
pública federal credora, a Procuradoria-Geral Federal poderá conceder maior
desconto para pagamento à vista.§ 4º
Ato do Advogado-Geral da União disciplinará a transação de que trata este
artigo.§ 5º
Ato do Poder Executivo poderá considerar como de difícil recuperação
créditos de natureza tributária não inscritos em dívida ativa, desde que não
esteja mais vigente a lei que tenha instituído a sua cobrança.Art. 23. É criada, no âmbito do Poder Executivo federal,
sob governança, gestão administrativa e supervisão jurídica da
Advocacia-Geral da União, a Central de Cobrança e Regularização de Dívidas
Federais Não Tributárias, com competência transversal para:I –
realizar acordos de transação resolutiva de litígio relacionado ao
contencioso administrativo ou judicial ou à cobrança de débitos passíveis de
inscrição em dívida ativa, salvo matéria envolvendo créditos tributários,
detidos por pessoas físicas ou jurídicas para com a União, suas autarquias e
fundações públicas federais, observadas as regras aplicáveis à transação na
cobrança da dívida ativa, de que trata aLei nº 13.988, de 14 de
abril de 2020;II –
praticar atos destinados à tentativa de recebimento ou negociação de débitos
de natureza não tributária, nos termos da legislação em vigor.Art. 24. (VETADO).Art. 25. A Advocacia-Geral da União disponibilizará
sistema informatizado para processar as transações que envolvam créditos de
natureza não tributária das autarquias e fundações públicas federais, em
que:I –
serão registrados os créditos a serem transacionados, independentemente do
sistema em que estiverem originalmente registrados;II –
a transação formalizada será processada, terá o seu cumprimento controlado,
e obedecerá aos critérios traçados pela Advocacia-Geral da União para
consolidação, cálculo, apropriação, amortização e extinção por pagamento.§ 1º
As autarquias serão responsáveis por atualizar o estado do crédito em seus
sistemas de origem.§ 2º
Em caso de rescisão da transação, os créditos manterão seus registros no
sistema informatizado da Advocacia-Geral da União para prosseguimento da
cobrança.Art. 26. (VETADO).CAPÍTULO VDAS
MEDIDAS DE COMBATE À FRAUDE E AOS ABUSOS NO GASTO PÚBLICOArt. 27. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS),
com fundamento no disposto noart. 45 da Lei nº 9.784, de 29 de
janeiro de 1999(Lei do Processo Administrativo Federal), poderá
adotar medidas cautelares visando a conter gastos e prejuízos no pagamento
de benefícios por ele administrados, decorrentes de irregularidades ou
fraudes, sem prejuízo do disposto naLei nº 13.846, de 18 de
junho de 2019.§ 1º
O disposto neste artigo tem por objetivo assegurar a efetividade dos
direitos sociais e a sustentabilidade financeira da previdência e da
assistência social.§ 2º
As medidas cautelares de que trata ocaputserão adotadas mediante
decisão fundamentada em processos de monitoramento ou investigação que
apresentem, entre outras, as seguintes características:I –
fraudes relacionadas a pessoa física com o uso de registro civil, documentos
de identificação ou cadastro de pessoa física (CPF) falsos ou
ideologicamente falsos para fins de concessão de benefícios;II –
irregularidades com indícios de prática das condutas previstas nosarts. 296,297,313-Ae313-B, todos do
Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940(Código Penal),
para fins de concessão e manutenção de benefícios;III
– relativas a dados cadastrais e informações em bases de dados
governamentais para fins de concessão e manutenção de benefícios por meio
de:a)
inserção de dados falsos ou alteração ou exclusão indevida de dados
corretos;b)
alteração de sistema de informação.§ 3º
As situações referidas no § 2º implicarão o bloqueio imediato do pagamento e
a suspensão do benefício.§ 4º
Os requisitos de aplicação das medidas cautelares de que trata este artigo,
observado o devido processo legal, serão disciplinados na forma de
regulamento.Art. 28. ALei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993(Lei Orgânica da
Assistência Social), passa a vigorar com as seguintes alterações:“Art. 20.
.............................................................................................................................................................................................................................§ 12-A.Ao
requerente do benefício de prestação continuada, ou ao responsável
legal, será solicitado registro biométrico nos cadastros da Carteira
de Identidade Nacional (CIN), do título eleitoral ou da Carteira
Nacional de Habilitação (CNH), nos termos de ato conjunto dos órgãos
competentes.Parágrafo único. Na
impossibilidade de registro biométrico do requerente, ele será
obrigatório ao responsável legal............................................................................................................”
(NR)“Art. 21-B.Os
beneficiários do benefício de prestação continuada, quando não
estiverem inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico)
ou quando estiverem com o cadastro desatualizado há mais de 48
(quarenta e oito) meses, deverão regularizar a situação nos
seguintes prazos, contados a partir da efetiva notificação bancária
ou por outros canais de atendimento:I – 45 (quarenta e cinco) dias para Municípios de pequeno porte;II – 90 (noventa) dias para Municípios de médio e grande porte ou
metrópole, com população acima de 50.000 (cinquenta mil) habitantes.§ 1º Na falta da ciência da notificação bancária ou por outros
canais de atendimento, o crédito do benefício será bloqueado em 30
(trinta) dias após o envio da notificação.§ 2º O não cumprimento do disposto nocaputimplicará a
suspensão do benefício, desde que comprovada a ciência da
notificação.§ 3º O beneficiário poderá realizar a inclusão ou a atualização no
CadÚnico até o final do prazo de suspensão, sem que haja prejuízo no
pagamento do benefício.”Art. 29. O art. 69 daLei nº 8.212, de 24 de julho de 1991(Lei Orgânica da Seguridade Social), passa a vigorar com a seguinte redação:“Art. 69.
..........................................................................................................................................................................................................................§ 2º-A.Na
ausência de ciência, em até 30 (trinta) dias, da notificação de que
trata o § 1º, o valor referente ao benefício será bloqueado, nos
termos de ato do Poder Executivo.....................................................................................................................§ 4º
.................................................................................................................................................................................................................................III –ausência de
ciência de que trata o § 2º-A, nos termos de ato do Poder Executivo............................................................................................................”
(NR)Art. 30. O art. 1º daLei nº 10.779, de 25 de novembro de
2003, passa a vigorar com a seguinte redação:“Art. 1º
.............................................................................................................................................................................................................................§ 9ºA concessão
e a renovação do benefício de que trata ocaputserão
realizadas após checagem dos requisitos de elegibilidade em bases de
dados dos órgãos e das entidades da administração pública federal,
nos termos de ato do Poder Executivo.§ 10. Ao
requerente do benefício de que trata ocaputserá solicitado
registro biométrico nos cadastros da Carteira de Identidade Nacional
(CIN), do título eleitoral ou da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).”
(NR)Art. 31. Nos termos de regulamento do Poder Executivo, a
adimplência dos entes federados relativa ao envio de dados cadastrais ao
Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e
Trabalhistas (eSocial) é condição:I –
para a compensação financeira de que trata o§ 5º do art. 6º da Lei nº 9.796, de
5 de maio de 1999;II –
para a aplicação do§ 17 do art. 22 da Lei nº 8.212,
de 24 de julho de 1991(Lei Orgânica da Seguridade Social).Art. 32. Até 30 de junho de cada exercício, o órgão
competente do Poder Executivo encaminhará ao Ministério do Planejamento e
Orçamento cronograma de reavaliação e estimativa de impacto orçamentário e
financeiro referentes ao disposto noart. 21 da Lei nº 8.742, de 7 de
dezembro de 1993(Lei Orgânica da Assistência Social), para o
exercício seguinte.Parágrafo único. Para o exercício de 2024, o prazo de que trata ocaputserá de até 30 (trinta) dias após a publicação desta Lei.Art. 33. Ato do Poder Executivo indicará os meios de
verificação das condicionantes associadas à implementação de políticas
públicas, incluindo o compartilhamento entre os órgãos dos dados necessários
para sua efetivação.Art. 34. Os registros do CadÚnico desatualizados há mais
de 36 (trinta e seis) meses, referentes a beneficiários com renda acima de
meio salário mínimo mensalper capitaque não sejam público de
benefícios sociais concedidos pelo governo federal, poderão ser excluídos da
base nacional do CadÚnico, por ato do Poder Executivo.CAPÍTULO VIDOS
DEPÓSITOS JUDICIAIS E EXTRAJUDICIAISSeção IDos
Depósitos Judiciais e Extrajudiciais no Interesse da Administração Pública
FederalArt. 35. Os depósitos realizados em processos
administrativos ou judiciais em que figure a União, qualquer de seus órgãos,
fundos, autarquias, fundações ou empresas estatais federais dependentes
deverão ser realizados perante a Caixa Econômica Federal.§ 1º
Os depósitos judiciais e extrajudiciais, em dinheiro, de valores referentes
a tributos e contribuições federais, inclusive seus acessórios,
administrados pela Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, do
Ministério da Fazenda, também devem ser efetuados na Caixa Econômica
Federal, mediante Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf)
específico para essa finalidade.§ 2º
A Caixa Econômica Federal promoverá o depósito diretamente na Conta Única do
Tesouro Nacional, comunicando eletronicamente a Secretaria Especial da
Receita Federal do Brasil, do Ministério da Fazenda.§ 3º
Os depósitos realizados em desconformidade com o previsto no § 2º serão
repassados pela Caixa Econômica Federal para a Conta Única do Tesouro
Nacional, independentemente de qualquer formalidade.§ 4º
A inobservância do disposto neste artigo sujeita os recursos depositados à
remuneração na forma estabelecida pelo§ 4º do art. 39 da Lei nº 9.250,
de 26 de dezembro de 1995, desde a inobservância do repasse
obrigatório.§ 5º
Aplica-se o disposto nocaput:I –
independentemente de instância, natureza, classe ou rito do processo;II –
aos feitos criminais de competência da Justiça Federal;III
– independentemente da natureza da obrigação, do crédito ou do negócio
caucionado.§ 6º
O depósito será realizado sem necessidade de deslocamento do depositante à
agência bancária ou de preenchimento de documentos físicos.Art. 36. A Secretaria Especial da Receita Federal do
Brasil, do Ministério da Fazenda, centralizará os dados relativos aos
depósitos, devendo a instituição financeira manter controle dos valores
depositados, devolvidos, levantados e concluídos.§ 1º
Compete ao órgão ou à entidade gestora da obrigação caucionada fornecer as
informações necessárias à classificação ou reclassificação orçamentária das
receitas relativas aos valores depositados.§ 2º
Aos registros e extratos dos depósitos será concedido acesso aos órgãos e às
entidades gestores dos créditos caucionados.Art. 37. Conforme dispuser a ordem da autoridade
judicial ou, no caso de depósito extrajudicial, da autoridade administrativa
competente, haverá:I –
conclusão da conta de depósito sem a incidência de remuneração, quando os
valores forem destinados à administração pública; ouII –
levantamento dos valores por seu titular, acrescidos de correção monetária
por índice oficial que reflita a inflação.Parágrafo único. Os valores de que trata o inciso II docaputdeste
artigo serão:I –
entregues a seu titular pela instituição financeira, no prazo máximo de 24
(vinte e quatro) horas de sua notificação;II –
debitados, inclusive correção acrescida, à Conta Única do Tesouro Nacional a
título de restituição, e, sendo o caso, contabilizados como anulação da
respectiva obrigação em que houver sido classificado o depósito.Art. 38. Ato do Ministro de Estado da Fazenda disporá
sobre:I –
o compartilhamento de dados com os órgãos e as entidades responsáveis pelos
créditos caucionados;II –
o fluxo para fornecimento das informações necessárias à classificação ou
reclassificação orçamentária das receitas relativas aos valores depositados
e demais procedimentos de finanças públicas necessários à execução do
disposto neste Capítulo;III
– outras questões procedimentais necessárias à execução do disposto neste
Capítulo.Seção IIDos
Depósitos Judiciais em Processos EncerradosArt. 39. O prazo a que se refere ocaputdoart. 1º da Lei nº 2.313, de
3 de setembro de 1954, é de 2 (dois) anos no caso dos depósitos
judiciais perante órgão do Poder Judiciário da União, a contar da respectiva
intimação ou notificação para levantamento.§ 1º
Os interessados deverão ser comunicados pelo depositário, nos autos do
respectivo processo judicial, previamente ao encerramento da conta de
depósito.§ 2º
Em qualquer hipótese, o interessado disporá do prazo prescricional de 5
(cinco) anos para pleitear a restituição dos valores, a contar do
encerramento da conta de depósito.§ 3º
Aplica-se o disposto neste artigo aos valores depositados em razão da
liquidação de precatórios, requisições de pequeno valor ou de qualquer
título emitido pelo poder público.Seção IIIDisposições Finais e TransitóriasArt. 40. Até a edição do ato de que trata o art. 38
desta Lei, permanecem em vigor as regulamentações editadas para tratar de
depósitos judiciais realizados no interesse da União, de seus fundos,
autarquias e fundações e de empresas estatais federais dependentes.Parágrafo único. Os valores que estejam depositados na Conta Única do
Tesouro Nacional serão corrigidos conforme previsto na norma vigente ao
tempo do depósito, aplicando-se o disposto neste Capítulo a partir de sua
vigência.Art. 41. Os depósitos judiciais e extrajudiciais
sujeitos àLei nº 9.703, de 17 de novembro de 1998, e àLei nº 12.099, de 27 de
novembro de 2009, que, na data de publicação desta Lei, não
estejam na Conta Única do Tesouro Nacional deverão ser para ela transferidos
em até 30 (trinta) dias, sem prejuízo de posteriores ajustes operacionais e
de reclassificação definitiva da receita.Parágrafo único. Os valores serão atualizados na forma estabelecida pelo§ 4º do art. 39 da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, desde
a inobservância da transferência obrigatória.Art. 42. Os depósitos já existentes que, na data de
publicação desta Lei, tenham completado o prazo a que se refere o art. 39
deverão ser transferidos para a Conta Única do Tesouro Nacional em até 30
(trinta) dias contados da publicação desta Lei.CAPÍTULO VIIDAS
CONDIÇÕES PARA A FRUIÇÃO DE BENEFÍCIOS FISCAISArt. 43. A pessoa jurídica que usufruir de benefício
fiscal deverá informar à Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil,
por meio de declaração eletrônica, em formato simplificado:I –
os incentivos, as renúncias, os benefícios ou as imunidades de natureza
tributária de que usufruir; eII –
o valor do crédito tributário correspondente.§ 1º
A Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil estabelecerá:I –
os benefícios fiscais a serem informados; eII –
os termos, o prazo e as condições em que serão prestadas as informações de
que trata este artigo.§ 2º
Sem prejuízo de outras disposições previstas na legislação, a concessão, o
reconhecimento, a habilitação e a coabilitação de incentivo, a renúncia ou o
benefício de natureza tributária de que trata este artigo são condicionados
ao atendimento dos seguintes requisitos:I –
regularidade quanto ao disposto noart. 60 da Lei nº 9.069, de 29 de
junho de 1995, noinciso II docaputdo
art. 6º da Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002, e noart. 27 da Lei nº 8.036, de 11
de maio de 1990;II –
inexistência de sanções a que se referem osincisos I,IIeIII docaputdo art. 12 da
Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, oart. 10 da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e oinciso IV docaputdo art. 19 da Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013;III
– adesão ao Domicílio Tributário Eletrônico (DTE), conforme estabelecido
pela Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil; eIV –
regularidade cadastral, conforme estabelecido pela Secretaria Especial da
Receita Federal do Brasil.§ 3º
A comprovação do atendimento dos requisitos a que se refere o § 2º será
processada de forma automatizada pela Secretaria Especial da Receita Federal
do Brasil, dispensada a entrega prévia de documentos comprobatórios pelo
contribuinte.Art. 44. A pessoa jurídica que deixar de entregar ou
entregar em atraso a declaração prevista no art. 43 estará sujeita à
seguinte penalidade calculada por mês ou fração, incidente sobre a receita
bruta da pessoa jurídica apurada no período:I –
0,5% (cinco décimos por cento) sobre a receita bruta de até R$ 1.000.000,00
(um milhão de reais);II –
1% (um por cento) sobre a receita bruta de R$ 1.000.000,01 (um milhão de
reais e um centavo) até R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); eIII
– 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento) sobre a receita bruta acima de
R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais).§ 1º
A penalidade será limitada a 30% (trinta por cento) do valor dos benefícios
fiscais.§ 2º
Será aplicada multa de 3% (três por cento), não inferior a R$ 500,00
(quinhentos reais), sobre o valor omitido, inexato ou incorreto,
independentemente do previsto nocaput.CAPÍTULO VIIIDOS
RECURSOS ESQUECIDOSArt. 45. Os recursos existentes nas contas de depósitos,
sob qualquer título, cujos cadastros não foram objeto de atualização, na
forma da Resolução do Conselho Monetário Nacional nº 4.753, de 26 de
setembro de 2019, somente poderão ser reclamados junto às instituições
depositárias até 30 (trinta) dias após a publicação desta Lei.§ 1º
A liberação dos recursos de que trata este artigo pelas instituições
depositárias é condicionada à satisfação, pelo reclamante, das exigências
estabelecidas na Resolução do Conselho Monetário Nacional nº 4.753, de 26 de
setembro de 2019.§ 2º
Decorrido o prazo de que trata ocaput, os saldos não reclamados
remanescentes junto às instituições depositárias passarão ao domínio da
União e serão apropriados pelo Tesouro Nacional como receita orçamentária
primária e considerados para fins de verificação do cumprimento da meta de
resultado primário prevista na respectiva lei de diretrizes orçamentárias,
aplicando-se o disposto neste parágrafo aos valores equivalentes ao fluxo
dos depósitos de que trata o Capítulo VI.§ 3º
Uma vez que os saldos não reclamados remanescentes forem apropriados pelo
Tesouro Nacional na forma do § 2º, o Ministério da Fazenda providenciará a
publicação, no Diário Oficial da União, de edital que relacionará os valores
recolhidos, indicará a instituição depositária, a agência e a natureza e o
número da conta do depósito e estipulará prazo de 30 (trinta) dias, contado
da data de sua publicação, para que os respectivos titulares contestem o
recolhimento efetuado.§ 4º
Do indeferimento da contestação cabe recurso, com efeito suspensivo, no
prazo de 10 (dez) dias, para o Conselho Monetário Nacional.§ 5º
Decorrido o prazo de que trata o § 3º, os valores recolhidos não contestados
ficarão incorporados de forma definitiva ao Tesouro Nacional na forma do
§ 2º.Art. 46. O prazo para requerer judicialmente o
reconhecimento de direito aos depósitos de que trata esta Lei é de 6 (seis)
meses, contado da data de publicação do edital a que se refere o § 3º do
art. 45.Parágrafo único. Na hipótese de contestação ou recurso a que se referem os
§§ 3º e 4º do art. 45, o prazo de que trata ocaputserá contado da
ciência da decisão administrativa indeferitória definitiva.Art. 47. Não se aplica aos depósitos de que trata esta
Lei o disposto naLei nº 2.313,
de 3 de setembro de 1954.Art. 48. (VETADO).CAPÍTULO IXDISPOSIÇÕES FINAISArt. 49. Revogam-se:I –Decreto-Lei nº 1.737, de 20 de
dezembro de 1979;II –
oart. 4º do
Decreto-Lei nº 2.323, de 26 de fevereiro de 1987;III
– osincisos IIeIV do § 2º do art. 69 da Lei
nº 8.212, de 24 de julho de 1991;IV –
aLei nº 9.703, de 17 de novembro de 1998;V –
o§ 2º do
art. 62-A da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006; eVI –
aLei nº 12.099, de 27
de novembro de 2009.Art. 50. Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.Brasília, 16 de setembro de 2024; 203º da Independência e 136º da República.LUIZ
INÁCIO LULA DA SILVAFernando HaddadJorge Rodrigo Araújo MessiasEste texto não substitui o publicado no DOU de
16.9.2024 - Edição extra* |
2,024 | Lei nº 14.972, de 13.9.2024 Publicada no DOU de 16.9.2024 | Reconhece como manifestação da cultura nacional o Círio de Nazaré, realizado na cidade de São Luís, no Estado do Maranhão. | http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L14972.htm | L14972Presidência da RepúblicaCasa CivilSecretaria Especial para Assuntos JurídicosLEI Nº
14.972, DE 13 DE SETEMBRO DE 2024Reconhece como manifestação da cultura nacional o Círio de Nazaré,
realizado na cidade de São Luís, no Estado do Maranhão.O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço
saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1º Fica reconhecido como manifestação da cultura nacional o Círio de
Nazaré, realizado na cidade de São Luís, no Estado do Maranhão.Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Brasília, 13 de setembro de 2024; 203º da Independência e 136º da República.LUIZ
INÁCIO LULA DA SILVAMarcio Tavares dos SantosMacaé Maria Evaristo dos SantosEste texto não substitui o publicado no DOU de
16.9.2024* |