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PL 2784/2021
Altera o art. 18 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, para tornar obrigatória a ressocialização do agressor nos casos de violência doméstica e familiar.
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https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2055021
PROJETO DE LEI Nº , DE 2021. (Deputado Felipe Carreras) Altera o art. 18 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, para tornar obrigatória a ressocialização do agressor nos casos de violência doméstica e familiar. O CONGRESSO NACIONAL decreta: Art. 1º O art. 18 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, passa a vigorar com a seguinte alteração: “Art. 18. .................................................................................................. ................................................................................................. V – determinar o comparecimento obrigatório do agressor a programas de recuperação e reeducação, bem como atendimento psicossocial, por meio de atendimento individual e/ou em grupo de apoio.” Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICATIVA Hoje, a Lei nº 11.340/2006 - Lei Maria da Penha - prevê a prisão do agressor nos casos de violência doméstica e a concessão de medidas protetivas de urgência, conforme o caso. Contudo, este tipo de punição não tem sido suficiente para a prevenção da violência doméstica e familiar contra a mulher. Os programas de recuperação e reeducação ficam em segundo plano e não são obrigatórios. Entretanto, considerando que a violência contra a mulher encontra suas origens na própria estrutura social e em seu sistema de crenças, faz-se necessário repensar este padrão, abordando suas especificidades e complexidade. Por isso, propusemos este Projeto de Lei que inclui, como previsão legal, o comparecimento do agressor a programas de recuperação e reeducação como medida de urgência a ser deferida como mecanismo efetivo de redução da reincidência de agressores de violência de gênero. *CD219449667000* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Felipe Carreras Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD219449667000 PL n.2784/2021Apresentação: 11/08/2021 10:22 - MesaAcreditamos que a reeducação permite que o agressor compreenda o caráter criminoso de seus atos de violência contra a mulher, favorece a percepção da responsabilidade por seus atos, desconstrói estereótipos de gênero, que antes eram considerados naturais, visto que estavam introjetados culturalmente. Assim, alcançamos a tão necessária e urgente prevenção da reincidência deste tipo de crime e a efetiva garantia de segurança das vítimas, concomitantemente às medidas protetivas de urgência. Diante do exposto, conto com o apoio dos nobres pares para a aprovação deste Projeto de Lei. Sala das Sessões, em de de 2021. Deputado FELIPE CARRERAS *CD219449667000* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Felipe Carreras Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD219449667000 PL n.2784/2021Apresentação: 11/08/2021 10:22 - Mesa
PDL 335/2023
Susta a Resolução nº 2, de 19 de setembro de 2023, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania e Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Trans., Queers, Intersexos.
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https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2332870
CÂMARA DOS DEPUTADOS Câmara dos Deputados | 70100 -970 Brasília DF PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº _____, DE 2023 (Do Sr. Nikolas F erreira ) Susta a Resolução nº 2, de 19 de setembro de 2023, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania e Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Trans., Queers, Intersexos . O Congresso Nacional decreta: Art. 1º. Nos termos do art. 49, inciso V, da Constituição Federal, fica sustada a Resolução nº 2, de 19 de setembro de 2023, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania e Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Tran s., Queers, Intersexos, que estabelece parâmetros para a garantia das condições de acesso e permanência de pessoas travestis, mulheres e homens transexuais, e pessoas transmasculinas e não binárias - e todas aquelas que tenham sua identidade de gênero não reconhecida em diferentes espaços sociais - nos sistemas e instituições de ensino, formuland o orientações quanto ao reconhecimento institucional da identidade de gênero e sua operacionalização. Art. 2º. Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICATIVA Trata -se de pro jeto de decreto legislativo que tem como objetivo sustar a Resolução nº 2, de 19 de setembro de 2023, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania e Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Lésbicas, Gays, *CD238275624500* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Nikolas Ferreira Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD238275624500 PDL n.335/2023 Apresentação: 22/09/2023 20:43:24.603 - MESA CÂMARA DOS DEPUTADOS Câmara dos Deputados | 70100 -970 Brasília DF Bissexuais, Travestis, Tran s., Queers, Intersexos, que estabelece parâmetros para a garantia das condições de acesso e permanência de pessoas travestis, mulheres e homens transexuais, e pessoas transmasculinas e não binárias - e todas aquelas que tenham sua identidade de gênero não reconhecida em diferentes espaços sociais - nos sistemas e instituições de ensino, formuland o orientações quanto ao reconhecimento institucional da identidade de gênero e sua operacionalização. A Resolução supracitada ao versa r sobre a garantia do uso de banheiros, vestiários e demais espaços segregados por gênero de acordo com a identidade e/ou expressão de gênero de cada estudante , extrap olou o seu poder de regulamentar , tendo em vista consubstanciar -se em ato de usurpação legislativa, além de a tentar contra o princípio da dignidade d a pessoa humana . É importante ressaltar que o banheiro e vestiário são ambiente s extremamente privado s, e não é justificável forçar uma mulher ou uma criança a compartilhar esse espaço com indivíduos do sexo biológico m asculino. Isso não apenas cria desconforto, mas também abre uma oportunidade significativa para indivíduos mal -intencionados, como agressores sexuais e pedófilos, usarem banheiros femininos sob a alegação de terem uma orientação sexual diferente da sua ide ntidade biológica. Nesse sentido, a Resolução nº 2 de 19 de setembro de 2019 não cumpriu seu objetivo regulamentador, ao contrário, inovou o ordenamento jurídico federal ao impor novas obrigações aos estabelecimentos de ensino . Cum pre ressaltar que o poder regulamentar é atribuição do chefe do executivo de expedir regulamentos, inclusive editar normas complementadoras de leis dentre outros. Não obstante, tal atribuição legal, não pode jamais ser confundida com a atividade legislativa, de competência deste Congresso Nacional . Neste caso, v ale aqui mencionar a Constituição da R epública que a respeito do poder regulamentar do chefe máximo do executivo apregoa que: *CD238275624500* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Nikolas Ferreira Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD238275624500 PDL n.335/2023 Apresentação: 22/09/2023 20:43:24.603 - MESA CÂMARA DOS DEPUTADOS Câmara dos Deputados | 70100 -970 Brasília DF Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir d ecretos e regulamentos para sua fiel execução; Verifica -se que, a previsão do poder regulamentar se limita a facilitar a execução de leis, não permitindo, porém, inovação jurídica, o que só pode ser feita por meio do processo legislativo ordinário. Ao exorb itar os limites do citado poder regulamentar haverá controle político pelo congresso que poderá sustar seus efeitos. Diante do flagrante desrespeito às normas vigentes, sugerimos o presente Projeto de Decreto Legislativo sustando os efeitos da Resolução nº 2, de 19 de setembro de 2023, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania e Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Tran s., Queers, Intersexos . Por todo o exposto e diante da relevância do tema, solicito apoio aos nobres colegas Parlamentares para a aprovação deste projeto. Sala das Sessões, 22 de setembro de 2023. Deputado NIKOLAS FERREIRA PL/M G *CD238275624500* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Nikolas Ferreira Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD238275624500 PDL n.335/2023 Apresentação: 22/09/2023 20:43:24.603 - MESA
PL 2195/2023
Cria o Programa Tempo de Respeitar, que dispõe sobre a reflexão, conscientização e responsabilização dos autores de violência doméstica e grupos reflexivos de homens, e dá outras providências
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https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2264750
PROJETO DE LEI Nº , DE 2022 (Da Sra. Nely Aquino ) Cria o Programa Tempo de Respeitar, que dispõe sobre a reflexão, conscientização e responsabilização dos autores de violência doméstica e grupos reflexivos de homens, e dá outras providências. O Congresso Nacional decreta : Art. 1º Esta Lei cria o Programa Tempo de Respeitar, que dispõe sobre a reflexão, conscientização e responsabilização dos autores de violência doméstica e grupos reflexivos de homens, e dá outras providências. Art. 1° Fica criado o Programa Tempo de Respeitar, que trata sobre a reflexão, conscientização e responsabilização dos autores de violência e grupos reflexivos de homens nos casos de violência doméstica co ntra as mulheres. Art. 2° O Programa a que se refere esta Lei tem como objetivos principais a conscientização dos autores de violência, bem como a prevenção, combate e redução dos casos de reincidência de violência doméstica contra as mulheres. Art. 3° O Programa Tempo de Respeitar tem como diretrizes: I - a conscientização e responsabilização dos autores de violência, tendo como parâmetro a Lei n° 11.340, de 07 de agosto de 2006; II - a transformação e rompimento com a cultura de violência contra as mulhe res, em todas as suas formas e intensidades de manifestação; III - a desconstrução da cultura do machismo; IV - o enfrentamento à violência contra as mulheres, com ênfase na violência doméstica; *CD234961179900* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Nely Aquino Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD234961179900 PL n.2195/2023 Apresentação: 27/04/2023 09:02:04.757 - Mesa 2 V - a articulação interministerial e interinstitucional na formulação e na avaliação do programa de que trata esta Lei . Art. 4° O Programa a que se refere esta Lei terá como objetivos: I - promover o acompanhamento e reflexão dos autores de violência contra a mulher; II - conscientizar os autores de violência sobre a cultura de violência contra as mulheres; III - promover um ambiente reflexivo que favoreça a construção de alternativas à violência para a resolução de problemas e conflitos familiares; IV - evitar a reincidência em atos e crimes que caracterizem violênc ia contra a mulher; V - promover a integração entre os órgãos governamentais, os entes federados , o Ministério Público, o Poder Judiciário e a sociedade, para o enfrentamento à violência praticada contra a mulher; VI - promover a ressignificação de valores intrínsecos na sociedade no que diz respeito à sobreposição, dominação e poder do homem sobre a mulher; Art. 5° Esta lei se aplica aos homens autores de violência doméstica contra a mulher e que estejam com inquérito policial, procedimento de medida protetiva e/ou processo criminal em curso. Parágrafo único . Não poderão participar do Programa os homens autores de violência que: I - estejam com sua liberdade cerceada; II - sejam acusados de crimes sexuais; III - sejam dependente s químicos com alto comprometimento; IV - sejam portadores de transtornos psiquiátricos; V - sejam autores de crimes dolosos contra a vida. *CD234961179900* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Nely Aquino Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD234961179900 PL n.2195/2023 Apresentação: 27/04/2023 09:02:04.757 - Mesa 3 Art. 6° A periodicidade, a metodologia e a duração do Programa serão decididos em ato interministerial, assegurada a participação do Poder Judiciário e do Ministério Público. Art. 7° O Programa será composto e realizado por meio de: I - trabalho psicossocial de r eflexão e reeducação promovido por profissionais habilitados para desempenhar esse papel; II - palestras expo sitivas ministradas por convidados com notório conhecimento sobre os temas abordados; III - discussão em grupos reflexivos sobre o tema palestrado; IV - orientação e assistência social. Art. 8° O Programa será anualmente avaliado por uma equipe técnica, co mposta por psicólogos, assistentes sociais e especialistas sobre o tema . Art. 9º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICAÇÃO Em 2019, quando exercia o mandato de Vereadora, na cidade de Belo Horizonte, tive a felicidade de tomar uma i niciativa importante. Apresentei o Projeto de Lei que, naquela importante Casa Legislativa Municipal, recebeu o número 779, de 2019. Naquela oportunidade justificamos a proposta da seguinte forma: O Instituto Avon/Data Popular realizou pesquisa em 2013, intitulada "Percepções dos homens sobre a violência doméstica contra a mulher", a qual trouxe uma série de dados interessantes acerca do tema. A pesquisa revela que 56% dos homens que participaram da pesquisa, admitiram ter cometido atitude que caracteriza violência doméstica, dentre essas atitudes as mais recorrentes são: xingamentos, ameaças e empurrões, e ocorreram mais de uma vez. Outro dado *CD234961179900* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Nely Aquino Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD234961179900 PL n.2195/2023 Apresentação: 27/04/2023 09:02:04.757 - Mesa 4 importante nos revela que 92% dos homens alegam ser favoráveis à Lei Maria da Penha, entretanto 35% deles desconhecem o teor da lei, total ou parcialmente, cabe ressaltar também que a maioria deles não entende que a referida Lei atua para reduzir a desigualdade de gênero. Destaca -se que 75% dos homens que já co meteram algum tipo de violência doméstica contra a mulher, foi vítima da mesma violência quando criança. Ao serem abordados sobre o que o homem deve fazer para lidar problemas de relacionamento resultantes de comportamento violento, 68% deles aceitariam participar de algum programa que ajudasse a mudar esse comportamento. O objetivo consiste em chamar o autor de violência à responsabilização, promover o entendimento do papel do homem e da mulher na sociedade, proporcionar a oportunidade de restaurar suas re lações sociais através do encaminhamento aos serviços sociais do Município, e evitar a reincidência em crimes de violência contra a mulher. Nesse contexto, a propositura encontra -se respaldada e prevista na própria Lei n° 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), conforme disposto em alguns de seus artigos [...] No mesmo sentido o Governo do Distrito Federal criou o Programa Núcleo de Atendimento às Famílias e aos Autores de Violência Doméstica - NAFAVD que é um programa da rede de serviços do Distrito Federal desd e o ano de 2003. O NAFAVD oferece acompanhamento psicossocial às famílias envolvidas em situação de violência doméstica, abrangendo também a mulher, em processos fundamentados na Lei n° 11.340/2006 (Lei Maria da Penha). As mulheres são encaminhadas de form a voluntária, enquanto os homens são encaminhado s judicialmente para o Programa . O Programa Tempo de Respeitar é , portanto, uma iniciativa que visa promover a reflexão, conscientização e responsabilização dos autores de violência doméstica por meio de grup os reflexivos de homens. Essa *CD234961179900* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Nely Aquino Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD234961179900 PL n.2195/2023 Apresentação: 27/04/2023 09:02:04.757 - Mesa 5 abordagem inovadora busca não apenas punir o agressor, mas também abordar as raízes do comportamento violento e incentivar a mudança de atitudes, contribuindo para a prevenção da violência doméstica e a construção de relaciona mentos saudáveis. A importância desse programa reside em sua abordagem holística, que compreende a violência doméstica como um problema complexo que envolve questões de gênero, poder, cultura e socialização. O programa busca desconstruir as crenças e valor es machistas arraigados na sociedade, que muitas vezes perpetuam a violência contra as mulheres. Os grupos reflexivos de homens proporcionam um espaço seguro e acolhedor para que os agressores possam refletir sobre seu comportamento, identificar padrões de pensamento prejudiciais e desenvolver habilidades para lidar com situações de conflito de forma não violenta. Outro aspecto fundamental do Programa Tempo de Respeitar é a responsabilização dos autores de violência doméstica por suas ações. É importante qu e os agressores sejam confrontados com as consequências de seu comportamento, e o programa busca promover a responsabilização individual, sem justificativas ou minimizações da violência praticada. Através de atividades educativas, discussões em grupo e exe rcícios de reflexão, os agressores são encorajados a assumir a responsabilidade por seu comportamento violento e a compreender o impacto negativo que sua conduta tem nas vítimas, nas famílias e na sociedade como um todo. Além disso, o Programa Tempo de Res peitar também busca prevenir a reincidência da violência doméstica. Através da identificação e abordagem das causas subjacentes do comportamento violento, o programa busca proporcionar aos agressores as ferramentas necessárias para que possam reconstruir s uas relações de forma saudável e não violenta. Isso inclui o desenvolvimento de habilidades de comunicação, resolução de conflitos, gestão emocional e promoção de valores de igualdade, respeito e equidade de gênero. O Programa Tempo de Respeitar não se lim ita apenas à responsabilização dos agressores, mas também busca oferecer apoio às *CD234961179900* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Nely Aquino Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD234961179900 PL n.2195/2023 Apresentação: 27/04/2023 09:02:04.757 - Mesa 6 vítimas de violência doméstica. O programa trabalha em conjunto com outros serviços, como abrigos para mulheres vítimas de violência, atendimento psicológico e assistência ju rídica, a fim de garantir a proteção e o suporte necessários às vítimas de violência doméstica. Ao abordar a violência doméstica de forma preventiva e educativa, o Programa Tempo de Respeitar contribui para a mudança de comportamentos violentos, não apenas no nível individual, mas também no nível social. Ao criar um espaço para a reflexão sobre atitudes e crenças prejudiciais, o programa trabalha na raiz do problema, ajudando a romper o ciclo de violência e promovendo uma abordagem mais humanizada e respons ável para lidar com agressores de violência doméstica. É importante ressaltar que o Programa Tempo de Respeitar não substitui a ação legal e a punição dos agressores de acordo com a legislação vigente. A responsabilização legal dos agressores é fundamental para a proteção das vítimas e para a justiça social. No entanto, o programa complementa essa abordagem legal com uma abordagem educativa e preventiva, visando a mudança de comportamentos violentos e a construção de relacionamentos saudáveis e igualitários . Em suma, o Programa Tempo de Respeitar é uma iniciativa de extrema importância na luta contra a violência doméstica, pois aborda a questão de forma abrangente, promovendo a reflexão, conscientização e responsabilização dos autores de violência doméstica por meio de grupos reflexivos de homens. Ao prevenir a reincidência da violência, conscientizar a sociedade e oferecer apoio às vítimas, o programa contribui para a promoção de relacionamentos saudáveis, a construção de uma cultura de respeito e a prevençã o da violência doméstica em nossa sociedade. Diante do exposto , a presente iniciativa se mostra urgente e necessária , pelo que contamos com a colaboração para a sua aprovação . Sala das Sessões , em de de 2023. Deputad a NELY AQUINO *CD234961179900* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Nely Aquino Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD234961179900 PL n.2195/2023 Apresentação: 27/04/2023 09:02:04.757 - Mesa
PL 531/2021
Obriga as Universidades Públicas do país a criarem um projeto para que as cientistas mães possam desenvolver seus trabalhos científicos com o recebimento de bolsas de estudos determinadas por cada uma das Universidades.
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CÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete do Deputado Alexandre Frota – PSDB/SP PROJETO DE LEI N° DE 2021 (Deputado Alexandre Frota) PROJETO DE LEI MÃES NA CIÊNCIA Obriga as Universidades Públicas do país a criarem um projeto para que as cientistas mães possam desenvolver seus trabalhos científicos com o recebimento de bolsas de estudos determinadas por cada uma das Universidades. O CONGRESSO NACIONAL decreta: Art. 1° As Universidades Federais, Estaduais e Municipais, ficam obrigadas a criar um programa para a cientista mãe, com a disponibilização de bolsas de estudo. § 1º Este programa deverá dar continuidade aos trabalhos de pós- graduação e pós-doutorado das cientistas que precisam cuidar de seus filhos Art. 2º As Universidades terão 60 (sessenta) dias para regulamentar esta Lei, a contar da data de sua publicação. Art. 2° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICTIVA Câmara dos Deputados - Anexo IV – 2º andar – Gabinete 216| 70160-900 Brasília -DFTel (61) 3215-5216 – Fax (61) 3215-2216 - dep.alexandrefrota@camara.leg.br *CD213651940400*Documento eletrônico assinado por Alexandre Frota (PSDB/SP), através do ponto SDR_56340, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.531/2021Apresentação: 23/02/2021 10:34 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete do Deputado Alexandre Frota – PSDB/SP Por diversas vezes nas Universidades vemos cientistas que largam suas pesquisas cientificas para cuidarem de seus filhos, em virtude da falta de incentivo financeiro para poder dar continuidade em seus trabalhos já iniciados. Também há aquelas mulheres que simplesmente não iniciam seus trabalhos científicos pois partem para o mercado de trabalho para sustentar seus filhos, este programa deverá suprir esta necessidade. Um país só evolui na medida em que suas pesquisas cientificas avançam a dentro do ambiente social ou universitário, das mais diversas áreas do conhecimento, todas, sem exceção começaram com a curiosidade de cientistas. O Brasil necessita investimentos em ciência, estamos vendo cada dia mais as pesquisas ficarem em último plano para a educação e para a ciência deste país, Por todo o exposto, espera o autor a tramitação regimental e apoio dos nobres colegas na aprovação do Projeto de Lei, que atende aos pressupostos de constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Sala das Sessões em, de fevereiro de 2021 Alexandre Frota Deputado Federal PSDB/SP Câmara dos Deputados - Anexo IV – 2º andar – Gabinete 216| 70160-900 Brasília -DFTel (61) 3215-5216 – Fax (61) 3215-2216 - dep.alexandrefrota@camara.leg.br *CD213651940400*Documento eletrônico assinado por Alexandre Frota (PSDB/SP), através do ponto SDR_56340, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.531/2021Apresentação: 23/02/2021 10:34 - Mesa
PL 3350/2023
Determina a criação de plataforma digital de economia colaborativa para mães e mulheres, nos termos em que especifica, e altera a Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, que institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte e as Leis nos 14.457, de 21 de setembro de 2022, que institui o Programa Emprega + Mulheres e 14.533, de 11 de janeiro de 2023, que institui a Política Nacional de Educação Digital.
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https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2295942
PROJETO DE LEI Nº , DE 2023 (Do Srª. Ana Paula Lima) Determina a criação de plataforma digital de economia colaborativa para mães e mulheres, nos termos em que especifica, e altera a Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, que institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte e as Leis nos 14.457, de 21 de setembro de 2022, que institui o Programa Emprega + Mulheres e 14.533, de 11 de janeiro de 2023, que institui a Política Nacional de Educação Digital. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta lei determina a criação de plataforma digital de economia colaborativa para mães e mulheres, nos termos em que especifica, e altera a Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, que institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte e as Leis nos 14.457, de 21 de setembro de 2022, que institui o Programa Emprega + Mulheres e 14.533, de 11 de janeiro de 2023, que institui a Política Nacional de Educação Digital. Art. 2o A Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, passa a vigorar com as seguintes alterações e acréscimos: “Art. 2o ............................................................................... § 8o-C. Os colegiados de que tratam os incisos do caput deverão ser compostos atendendo ao mínimo de 30% (trinta por cento) e ao máximo de 70% (setenta por cento) de indicados de cada sexo, sendo que o regime de distribuição desses percentuais deverá ser determinado nos respectivos regimentos internos. .................................................................................” (NR) *CD230927755600* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Ana Paula Lima Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD230927755600 PL n.3350/2023Apresentação: 03/07/2023 20:49:27.250 - MESA2 “Art. 59. As instituições referidas no caput do art. 58 desta Lei Complementar devem se articular com as respectivas entidades de apoio e representação das microempresas e empresas de pequeno porte, no sentido de proporcionar e desenvolver programas de treinamento, desenvolvimento gerencial e capacitação tecnológica, incluindo programas específicos para empreendedora mãe que assume de forma exclusiva a criação de seus filhos, mãe de pessoa com deficiência, incluída mãe de crianças com doenças raras, e mulher vítima de violência doméstica e familiar com registro de ocorrência policial .” (NR) “Art.65. .............................................................................. ........................................................................................... § 2o As pessoas jurídicas referidas no caput deste artigo terão por meta a aplicação de, no mínimo, 20% (vinte por cento) dos recursos destinados à inovação para o desenvolvimento de tal atividade nas microempresas ou nas empresas de pequeno porte , sendo que a metade desses recursos deverá ser aplicada em empresas cujos titulares sejam mulheres. .................................................................................” (NR) Art. 3o A Lei no 14.457, de 21 de setembro de 2022, passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 1o ............................................................................... ........................................................................................... VIII – criação de plataforma digital de economia colaborativa para mãe que assume de forma exclusiva a criação de seus filhos, mãe de pessoa com deficiência, incluída mãe de crianças com doenças raras, e mulher vítima de violência doméstica e familiar com registro de ocorrência policial. ” (NR) *CD230927755600* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Ana Paula Lima Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD230927755600 PL n.3350/2023Apresentação: 03/07/2023 20:49:27.250 - MESA3 CAPÍTULO IX-A DO ESTÍMULO AO EMPREENDEDORISMO DIGITAL DE MULHERES Art. 29-A. O Poder Público deverá manter a plataforma digital de que trata o inciso VIII do art. 1o para a oferta e comercialização de produtos e serviços por parte das pessoas ali especificadas. Parágrafo único. A plataforma digital deverá ser integrada à Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios – REDESIM, de que trata a Lei no 11.598, de 3 de dezembro de 2007. ” (NR) Art. 4o O § 1o do art. 4o da Lei no 14.533, de 11 de janeiro de 2023, passa a vigorar acrescido do seguinte inciso: “Art. 4o ............................................................................... § 1o .................................................................................... ........................................................................................... XIII – promoção do acesso às tecnologias e qualificações necessárias para a geração de emprego e renda na economia digital para empreendedora mãe que assume de forma exclusiva a criação de seus filhos, mãe de pessoa com deficiência, incluída mãe de crianças com doenças raras, e mulher vítima de violência doméstica e familiar com registro de ocorrência policial. ” (NR) Art. 5o Esta lei entra em vigor após 180 (dias) sua publicação. JUSTIFICAÇÃO O empreendedorismo ou, mais especificamente, o Microempreendedor Individual (MEI) tem se tornado a solução mais comum para geração de renda por parte de grande parcela da população brasileira. *CD230927755600* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Ana Paula Lima Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD230927755600 PL n.3350/2023Apresentação: 03/07/2023 20:49:27.250 - MESA4 Enquanto o número de pessoas empregadas tem caído na última década, o número de trabalhadores por conta própria (incluindo MEIs) tem aumentado. Segundo o IBGE, em 2012 o total de empregados com carteira era de 37 milhões e em 2021 caiu para 34 milhões. Já o número de trabalhadores por conta-própria em 2012 era de 20 milhões e, em 2021, estava em torno de 24 milhões.1 O desemprego também indica essa transferência: a taxa passou de 7% para 14% da população ativa, no mesmo período.2 É certo que esses números sofrem a influência da pandemia da Covid-19, mas a tendência de dificuldade para se gerar empregos, a informalidade e o empreendedorismo na figura do MEI são vertentes incontestes da nova realidade do mercado de trabalho. Em paralelo a essa mudança, a digitalização dos negócios propiciou uma forma rápida e barata de geração de renda, quer seja via colocação de anúncios em aplicativos, como Instagram, quer seja mediante a formalização de lojas virtuais em plataformas de comércio eletrônico, como Mercado Livre. Essas ferramentas digitais, ao baixarem o que os economistas chamam de barreira de entrada, permitem ofertar produtos e serviços com investimentos iniciais extremamente baixos. O Poder Executivo Federal, identificou essa tendência e procurou incentivar a geração de renda por essa via individual. A figura do MEI foi criada pela Lei Complementar no 128/2008 e o Portal do Empreendedor, que permite o registro e simplifica procedimentos, foi estabelecido logo após a entrada em vigência da lei. Após diversas iniciativas para o impulsionamento das atividades, o Portal conta atualmente com informações que passaram a incluir como acessar créditos e serviços financeiros e capacitação. No segmento de plataformas de comércio eletrônico, o Portal, que atualmente é integrante do gov.br, incorporou lojas virtuais de outras iniciativas. O Portal do 1 Tabela 1.28 (FormalPos_BR), “Tabela 1.28 - Pessoas de 14 anos ou mais de idade ocupadas na semana de referência, por sexo e cor ou raça, segundo posição na ocupação e trabalho formal ou informal - Brasil - 2012 “.Síntese de Indicadores Sociais, Tabelas, IBGE. Disponível em: https://ftp.ibge.gov.br/Indicadores_Sociais/Sintese_de_Indicadores_Sociais/Sintese_de_Indicadores_So ciais_2022/xls/1_Estrutura_economica_e_mercado_de_trabalho_xls.zip , acessado em 09/03/2023. 2 Tabela 1.1 (Indic_BR), “Tabela 1.1 - Indicadores estruturais do mercado de trabalho das pessoas de 14 anos ou mais de idade, segundo características selecionadas - Brasil - 2012 “. Ibid. *CD230927755600* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Ana Paula Lima Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD230927755600 PL n.3350/2023Apresentação: 03/07/2023 20:49:27.250 - MESA5 Artesanato Brasileiro, estabelecido pelo Ministério da Economia em 2021, possui diversas lojas para a comercialização de produtos artesanais, como a Central de Artesanato do Ceará ou Alagoas Feita à Mão e, inclusive, em parceria com uma das maiores plataformas de comércio eletrônico atuantes no país, a Loja do Artesanato Brasileiro, hospedada no Mercado Livre. A preocupação com a criação de políticas específicas para mulheres também foi sendo desenvolvida em paralelo com o fortalecimento da figura do MEI. Em 2022, com a publicação do Decreto no 10.998, que instituiu a Estratégia Nacional de Empreendedorismo Feminino – Brasil pra Elas – e o Comitê de Empreendedorismo Feminino, o Portal do Empreendedor passou a incorporar uma seção específica para esse segmento. A Estratégia por sua vez possui diversas iniciativas de apoio ao empreendedorismo feminino, em parceria com entidades como o Sebrae e instituições financeiras, entre elas: programas de aceleração, marketing digital, estímulo à formação de startups e microcréditos. Faltava, ainda, um instrumento legal inteiramente voltado para as questões da empregabilidade e geração de renda das mulheres. Com esse objetivo, foi aprovada a Lei no 14.457/2022, conversão da Medida Provisória no 1.116/2022, que instituiu o Programa Emprega + Mulheres. O instrumento contém medidas de apoio à parentalidade na primeira infância, flexibilização do regime de trabalho, qualificação para a ascensão profissional, apoio para o retorno ao trabalho após o término da licença-maternidade, criação de um Selo Emprega + Mulher para as empresas, prevenção e combate ao assédio e outras formas de violência no trabalho e o estímulo ao microcrédito. Apesar dessa trilha incremental de ações públicas, percebe-se a timidez e a falta de interseção das iniciativas com as demais políticas públicas. Por exemplo, a Lei no 13.533/2023, que institui a Política Nacional de Educação Digital, apesar de ser extremamente recente, não possui nenhuma priorização ou menção às mulheres. O Estatuto das Microempresas e suas diversas atualizações, também não. As mulheres trabalhadoras, empreendedoras ou microempreendedoras possuem necessidades diferenciadas que precisam ser levadas em conta na formulação de políticas públicas e as razões são conhecidas de todos. A dupla e tripla jornada de *CD230927755600* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Ana Paula Lima Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD230927755600 PL n.3350/2023Apresentação: 03/07/2023 20:49:27.250 - MESA6 mulheres, o sexismo, a dificuldade no acesso a oportunidades de educação e trabalho, o assédio e outras formas de violência, tudo concorre à necessidade de se criar ambientes e estratégias pensadas para o universo feminino. Entrando ainda mais no universo feminino, a criação dos filhos normalmente recai sobre elas, o que dificulta ainda mais a possibilidade de geração de renda e a procura por emprego. Estudo do IPEA aponta que, em 2015, enquanto 60% das mulheres participam do mercado de trabalho (e 88% dos homens), quando é realizado um recorte entre aquelas que não têm filhos em creches, a taxa de participação no mercado laboral cai consideravelmente.3 Aquelas que tinham filhos em creche possuíam taxa de 68%, enquanto para as outras o percentual recuava para 49% - uma diferença de quase 20 pontos percentuais. O estudo apresenta também o que poderia ser uma das razões para essa discrepância: enquanto mais de 90% das mulheres realizam afazeres domésticos, “Independentemente do tipo de arranjo familiar no qual a mulher estiver inserida (casada ou solteira; com filho ou sem filho)”, a proporção dos homens é bem mais baixa, 54%. Essa diferença também se reflete no número de famílias em que as mães, por escolha ou por abandono, são as únicas responsáveis pela criação dos filhos. De acordo com o IBGE, são 11 milhões de mães solo no país (aproximadamente 15% das famílias brasileiras), número que se reflete na renda das famílias.4 Ainda de acordo com o Instituto, 63% das casas chefiadas por mulheres estão abaixo da linha da pobreza. O machismo cultural estrutural da sociedade brasileira que redunda em mães sobrecarregadas é ainda mais perverso com aquelas que possuem filhos com doença rara, conhecidas como mães raras, ou quando os filhos possuem algum tipo de deficiência, neste caso as chamadas mães atípicas, um termo mais geral e que engloba o anterior. 3 Holanda Barbosa, Ana e Melo Costa, Joana; 2017. “Oferta de creche e participação das mulheres no mercado de trabalho no Brasil”. IPEA. Nota Técnica. Mercado de Trabalho, n o 62, abril/2017. Disponível em https://portalantigo.ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/mercadodetrabalho/170505_bmt_62_03_n ota_tcnica_oferta_de_creche.pdf , acessado em 09/03/2023. 4 Lacerda, Nara; 2022. “Cartórios registram crescimento de mães solo no Brasil em cinco anos”. Brasil de Fato, 09/03/22. Disponível em https://www.brasildefato.com.br/2022/05/09/cartorios-registram- crescimento-de-maes-solo-no-brasil-em-cinco-anos , acessado em 13/03/2023. *CD230927755600* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Ana Paula Lima Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD230927755600 PL n.3350/2023Apresentação: 03/07/2023 20:49:27.250 - MESA7 A pandemia acentuou as dificuldades enfrentadas particularmente por essas mães. Muitas tiveram que deixar o mercado de trabalho e os casos de vulnerabilidade social e de violência doméstica aumentaram conforme fartamente noticiado na imprensa. O relatório “Visível e Invisível: A Vitimização de Mulheres no Brasil”, de 2021, aponta que uma em cada quatro mulheres (24%) sofreu algum tipo de agressão durante a pandemia, um terço (33%) perdeu o emprego, quase a metade (44%) teve maior estresse no lar e teve que permanecer mais tempo em casa (53%).5 Em 2022, mesmo com o arrefecimento da calamidade sanitária, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública indicou aumento da violência doméstica contra a mulher, tanto em agressões (+0,6%), ameaças (+3,3%) e chamados ao 190 (+4%), assim como um aumento substancial no número de medidas protetivas concedidas (13,6%).6 Outro dado assustador e que atinge diretamente as mães solo e mães atípicas – uma vez que são as que assumem a criação exclusiva dos filhos e as que mais permanecem em casa– é que 82% dos autores de feminicídios foram os companheiros ou ex-companheiros. Este pequeno resumo das vulnerabilidades econômicas, sociais e de segurança indica uma necessidade premente de amparo a essas mulheres, mas em especial àquelas que mais sofrem os seus impactos: às mães solo, atípicas e as vítimas de violência. A Câmara dos Deputados não se omitiu na temática. Audiência Pública sobre o tema, em novembro de 2022, indicou como maiores problemas a “sobrecarga de trabalho, abandono paterno e falta de redes de apoio psicológico e financeiro”, o que gera “sofrimento, frustração e medo” e redunda não só na renúncia à carreira, mas também a “relações afetivas e vida social”.7 A oitiva destacou que o robusto número de pessoas com algum tipo de deficiência (8,4% da população) indica claramente a necessidade de se criar uma política pública para estas mães atípicas. 5 “Visível e Invisível: A Vitimização de Mulheres no Brasil”, 3ª edição, 2021. Forum Brasileiro de Segurança Pública e Instituto de Pesquisas Datafolha. Disponível em https://forumseguranca.org.br/wp- content/uploads/2021/06/relatorio-visivel-e-invisivel-3ed-2021-v3.pdf , acessado em 10/03/2023. 6 “Anuário Brasileiro de Segurança Pública”. Fórum Brasileiro de Segurança Pública. 2022. Disponível em https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2022/06/anuario-2022.pdf?v=15 , acessado em 10/03/2023. 7 “Mães de pessoas com deficiência ou doenças raras pedem programas públicos de apoio”. Haje, Lara. Agência Câmara de Notícias, 11/11/2022. Disponível em https://www.camara.leg.br/noticias/919254- maes-de-pessoas-com-deficiencia-ou-doencas-raras-pedem-programas-publicos-de-apoio/ , acessado em 10/03/2023. *CD230927755600* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Ana Paula Lima Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD230927755600 PL n.3350/2023Apresentação: 03/07/2023 20:49:27.250 - MESA8 Talvez um dos grandes entraves na formulação e priorização de políticas públicas para mulheres e na sensibilização dos problemas enfrentados pelas mães esteja na baixa representatividade das mulheres nos órgãos decisórios do país. O Brasil está começando a reconhecer o problema. O Código Eleitoral (Lei no 9.504/97), por exemplo, determina que ao menos 30% das vagas dos candidatos aos cargos eletivos devem ser mulheres. Contudo, essa e outras determinações estão longe de se espalhar em todas as esferas. Apesar de o atual governo ter atingido a marca de 30% de mulheres na chefia de ministérios, na atual Mesa Diretora da Câmara dos Deputados somente uma mulher possui cargo e no STF há apenas duas ministras, somente para citar alguns exemplos. Essa baixa representatividade indica que é fundamental transformar todas as estruturas decisórias no sentido de incluir mais mulheres. Por esses motivos, entendemos que para produzir políticas públicas que verdadeiramente alcancem as situações em que as mulheres estão inseridas, os formuladores de políticas devem ter conhecimento e empatia com a causa. Além disso, se as oportunidades mais factíveis e flexíveis para as mães solos e atípicas gerarem renda encontram-se no empreendedorismo, então a participação das mulheres deve estar já na formulação das políticas para as micro e pequenas empresas. Toda essa situação aqui relatada de dificuldade que enfrentam as mulheres e, em especial as mães solo, atípicas e aquelas vítimas de violência, e a oportunidade de geração de renda com baixo custo de entrada oferecido pelas tecnologias digitais nos levam a propor um Projeto de Lei específico para essas mulheres. A primeira linha que oferecemos propõe três mudanças pontuais no Estatuto da Micro e Pequena Empresa (LC no 123/2006) de forma a inserir essas mulheres no diploma legal. Em primeiro lugar determinamos o aumento da representação feminina nas entidades que decidem as políticas para as micro e pequenas empresas. Mediante alteração no citado Estatuto, determinamos que o Comitê Gestor do Simples Nacional, o Fórum Permanente e o Comitê para Gestão da Rede Nacional para Simplificação do Registro possuam a mesma representatividade já exigida no Código Eleitoral. Essas *CD230927755600* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Ana Paula Lima Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD230927755600 PL n.3350/2023Apresentação: 03/07/2023 20:49:27.250 - MESA9 instâncias deverão ser compostas atendendo ao mínimo de 30% e ao máximo de 70% de indicados de cada sexo, sendo que o regime de distribuição entre as diversas entidades que compõem os colegiados, bem como o mandato e a rotatividade, deverá ficar a cargo dos regimentos de cada um. Em segundo lugar, determinamos aos bancos públicos, que já possuem a obrigação de proporcionar programas de treinamento e de capacitação, incluírem programas específicos para as mães objeto do presente projeto. Em terceiro lugar, decidimos que a metade dos recursos que o Poder Público já possui a obrigação de aplicar em programas de inovação seja aplicada em empresas cujos titulares sejam mulheres. Ressalte-se que as medidas não definem novas formas de tratamento diferenciado e favorecido para essas empresas, o que está reservado pela Constituição Federal a lei complementar (Art. 146, inciso III, alínea ‘d’). Aqui está se determinando, apenas, a composição de órgãos decisórios que formulam essas políticas públicas setoriais, tendo como motivação uma representação mais justa do maior contingente populacional do Brasil, assim como a aplicação de recursos baseados em uma prioridade socioeconômica. Essa visão social, inclusive, é reconhecidamente um dos papéis mais importantes do parlamento. Ademais, observe-se que o referido Estatuto já foi modificado anteriormente por lei ordinária, no caso a Lei no 12.792, de 2013, que detalhou aspectos do funcionamento do Fórum Permanente, um dos que se quer alterar. Por último nesta rápida análise sobre os aspectos formais do projeto, não vislumbramos possível vício de iniciativa pelo fato de a proposta ser apresentada por parlamentar, ao invés de pelo Poder Executivo, uma vez que não estamos dispondo sobre novas atribuições ou estruturação das instituições, criando órgãos ou despesas, como bem veda a Constituição Federal (Art. 61, § 1o, inciso II). Esse é, inclusive, registre-se, o entendimento da Suprema Corte, conforme recente ADI no 4.727. De fato, as alterações propostas coadunam-se com o objetivo maior de se atingir igualdade de condições entre homens e mulheres, em especial com relação ao mercado de trabalho da mulher, preceitos e direitos igualmente constitucionais. *CD230927755600* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Ana Paula Lima Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD230927755600 PL n.3350/2023Apresentação: 03/07/2023 20:49:27.250 - MESA10 A segunda linha de ação da proposição diz respeito ao Programa Emprega + Mulheres (Lei no 14.457/22). Propomos a alteração da recente lei para incluir a obrigatoriedade de criação de uma plataforma digital de economia colaborativa para as mães aqui tratadas. Como forma de que a plataforma não se perca entre as tantas inciativas isoladas e páginas e plataformas existentes na internet, determinamos também que a iniciativa esteja integrada ao Portal do Empreendedor, ferramenta já tradicional e amplamente conhecida no segmento. A terceira e última linha de ação diz respeito à também recente Política Nacional de Educação Digital (Lei no 14.533/2023). Foi incluído no eixo da Capacitação e Especialização Digital daquela lei a necessidade de elaboração de estratégias prioritárias para a promoção do acesso às tecnologias por parte das mães empreendedoras. Estamos certos de que com a adoção destas medidas as 11 milhões de mães solo, as mães atípicas e mulheres vítimas de violência sexual terão uma política pública capaz de atenuar suas situações de sofrimento cotidiano e permitir o seu desenvolvimento de maneira mais justa e equânime. Diante do exposto, solicitamos o apoio dos Nobres Pares pela aprovação da presente Proposta. Sala das Sessões, em de de 2023. Ana Paula Lima Deputada Federal PT/SC Vice-Líder do Gov. na CD *CD230927755600* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Ana Paula Lima Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD230927755600 PL n.3350/2023Apresentação: 03/07/2023 20:49:27.250 - MESA
PL 3573/2019
Institui a campanha nacional pela equidade de gênero e combate à violência doméstica e familiar contra a mulher.
violencia contra a mulher
0
M
PDT
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1765712
CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE LEI Nº , DE 2019 (do Sr. Fábio Henrique) Institui a Campanha Nacional pela Equidade de Gênero e Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher . O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica instituída a "Campanha Nacional pela Equidade de Gênero e Combate à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher” a ser realizada anualmente, ao longo da primeira quinzena do mês de março, nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio. Art. 2º A execução desta Lei far -se-á por meio de um conjunto articulado de ações da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no âmbito das respectivas competências, e de ações promovidas por entidades não -governamentais, conforme as diretrizes d o art. 8º da Lei 11.340, de 7 de agosto de 2006. Parágrafo único. Compete ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos contribuir por meio de apoio técnico para a articulação das ações referidas no caput . Art. 3º A Campanha Nacional pela Equidade de Gênero e Combate à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher tem por objetivos: I – Divulgar a Lei n.º 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), destacando seus mecanismos de assistência à mulher em sit uação de violência doméstica e familiar, seus instrumentos protetivos e os meios para o registro de denúncias; II – Incentivar a reflexão crítica sobre as causas da violência de gênero contra a mulher; III – Promover discussões que elevem a consciência sob re o tema e contribuam para sua superação; IV – Integrar a comunidade escolar no desenvolvimento de estratégias educacionais para o enfrentamento das diversas formas de discriminação de gênero; V – Relacionar a equidade de gênero à promoção dos direitos hu manos e à prevenção e combate a toda forma de discriminação e violência. PL n.3573/2019 Apresentação: 17/06/2019 18:16 CÂMARA DOS DEPUTADOS Art. 4º A abordagem da Lei Maria da Penha e dos temas relativos à equidade de gênero e à violência doméstica não devem ficar restritos ao período da Campanha Nacional, devendo ser abo rdados de modo transversal nos conteúdos escolares do ensino fundamental e médio ao longo do ano letivo. Parágrafo único. Os sistemas de ensino devem promover a formação continuada de seus profissionais da educação em relação aos temas relacionados à equid ade de gênero e às formas de prevenção da violência doméstica e familiar, conforme as diretrizes do art. 8º da Lei 11.340, de 7 de agosto de 2006. Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICAÇÃO A Lei Maria da Penha possui três e ixos, a punição ao agressor, a assistência à mulher agredida e a prevenção . O projeto de lei que ora apresentamos tem como foco reforçar as ações preventivas, que passam, necessariamente, pela educação e pelo esclarecimento. O Relatório “Visível e Invisível: a vitimização de mulheres no Brasil”, publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em março passado, registra que ao longo do ano de 2018 cerca de 28% das brasileiras acima de 16 anos de idade passaram por algum tipo de violência. Dentre os casos de violência, 42% ocorreram no ambiente doméstico. Infelizmente, mais da metade das vítimas (52%) não denunciou o agressor. As razões para que as mulheres não realizem as denúncias são variadas e partem do puro e simples medo da possibilidade de agressões maiores, passando pela dependência econômica que ainda prende inúmeras mulheres a seus agressores, a questões culturais ou o descrédito em relação ao sistema de justiça nacional , bem como à falta de informação sobre seus direitos e formas de prot eção já existentes e garantidas pelo Poder Público. Mas os números do relatório seguem com dados estarrecedores. 80% das mulheres sofreram agressão por algum conhecido. Namorados ou maridos representam 23,9% dos casos, ex -namorados ou ex -companheiros 15,2% e irmãos 4,9%. Esses números indicam que as agressões vêm daqueles que deveriam ser os mais próximos das mulheres e dividir os aspectos mais significativos d e suas vidas. Quando comparados com os resultados levantados no ano de 2017, o relatório indica q ue a situação não melhorou. O país não avança no ritmo desejável para a superação de tão danosa chaga de nossa sociedade, que é a violência contra a mulher. PL n.3573/2019 Apresentação: 17/06/2019 18:16 CÂMARA DOS DEPUTADOS O Atlas da Violência 2018, publicado pelo Instituto de Pesquisas Aplicadas (IPEA), indicou que entr e 2006 e 2016 houve um aumento de 6,4% no número de mulheres assassinadas no Brasil. Os números demonstram que a cada duas horas uma mulher é assassinada – em média, 13 por dia. É necessário destacar que as mulheres negras mostram -se ainda mais vulneráveis . O Atlas expõe que a taxa de homicídio de mulheres negras era, em 2016, de 5,3 por 100 mil, enquanto a de não negras era de 3,1 – uma diferença de 71%. Apesar do feminicídio, ou seja, o assassinato de uma mulher em razão de seu sexo, ter sido definido com o um agravante, o agravamento da pena contribui para expor o problema, mas parece ter pouco efeito como instrumento preventivo. Em nosso entendimento, é necessário investir em mais ações de prevenção. O passo inicial é garantir o conhecimento da lei por pa rte das mulheres. É necessário que a divulgação massiva da Lei Maria da Penha seja constante, garantindo -se o amplo conhecimento dos meios para denunciar abusos e buscar proteção. É necessário, também, abrir espaços para “a promoção de programas educaciona is que disseminem valores éticos de irrestrito respeito à dignidade da pessoa humana com a perspectiva de gênero e de raça ou etnia ”, conforme consta no inciso VIII do art. 8º da própria Lei Maria da Penha. Cumpre -nos destacar que alguns municípios e estad os brasileiros implementaram ou estudam implementar a inclusão de noções básicas sobre equidade de gênero e combate à violência doméstica e familiar nas ações regulares previstas em seus calendários escolares. Nossa iniciativa pretende garantir que essa pr ática seja disseminada por toda a Federação. Diante do exposto, c onto com o apoio dos parlamentares desta Casa do Povo para a aprovação de tão relevante matéria. Sala da Sessões, de junho de 2019 FÁBIO HENRIQUE Deputado Federal – PDT/ SE PL n.3573/2019 Apresentação: 17/06/2019 18:16
PL 3435/2021
Dispõe sobre a realização de exames de detecção de mutação genética dos genes brca1 e brca2 em mulheres com histórico familiar do diagnóstico de câncer de mama ou de ovário, e dá outras providências.
direitos sociais
1
M
PSL
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2084463
CÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete do Deputado Alexandre Frota – PSDB/SP PROJETO DE LEI N° DE 2021 (Deputado Alexandre Frota) Dispõe sobre a realização de exames de detecção de mutação genética dos genes brca1 e brca2 em mulheres com histórico familiar do diagnóstico de câncer de mama ou de ovário, e dá outras providências. O CONGRESSO NACIONAL decreta: Artigo 1º - Fica o Poder Executivo autorizado a implantar, através de Convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS), a realização de exame de Detecção de Mutação Genética dos Genes BRCA1 e BRCA2 em mulheres com histórico familiar do diagnóstico de câncer de mama ou de ovário, em todo o País. § 1º - O exame deverá ser requisitado por um médico geneticista, mastologista ou oncologista. § 2º - É imprescindível a apresentação de laudo com histórico familiar de câncer de mama diagnosticado antes dos cinquenta anos, em dois parentes de primeiro grau ou três parentes até segundo grau. Câmara dos Deputados - Anexo IV – 2º andar – Gabinete 216 - 70160-900 Brasília –DF - Tel (61) 3215-5216 -dep.alexandrefrota@camara.leg.br *CD215961750800* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Alexandre Frota Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD215961750800 PL n.3435/2021Apresentação: 05/10/2021 11:32 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete do Deputado Alexandre Frota – PSDB/SP § 3º - O histórico pessoal de câncer de mama deverá ter sido diagnosticado antes dos quarenta anos; no caso de dois tumores primários de mama ou de tumor de mama caracterizado como triplo negativo, diagnosticados antes dos cinquenta anos. Artigo 2º - O Poder Executivo da União, através do SUS, poderá estabelecer cooperação técnica com os estados e municípios na realização dos exames. Artigo 3º - As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão à conta das dotações orçamentárias próprias. Artigo 4º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICTIVA Os exames elencados neste Projeto de Lei são realizados como forma eficaz de prevenção do câncer de mama, i dentificar as pessoas com essa predisposição genética ao desenvolvimento do câncer permite: 1.Adotar algumas medidas preventivas; 2.Estabelecer uma rotina personalizada de rastreio de câncer, com maiores chances de cura, se vier a desenvolvê-lo; 3.Direcionar as escolhas terapêuticas no cuidado do paciente oncológico; 4.Identificar familiares em risco aumentado de desenvolverem câncer; 5.Oferecer assistência reprodutiva que evite a transmissão dessa síndrome para as gerações seguintes. Com devido aconselhamento genético , este exame está indicado para todos os pacientes com história pessoal de câncer mamário, ovariano, pancreático ou de próstata metastático. Pessoas que nunca tiveram câncer, mas que tiveram familiares próximos acometidos por essa doença, também podem ser beneficiados pelo exame. Câmara dos Deputados - Anexo IV – 2º andar – Gabinete 216 - 70160-900 Brasília –DF - Tel (61) 3215-5216 -dep.alexandrefrota@camara.leg.br *CD215961750800* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Alexandre Frota Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD215961750800 PL n.3435/2021Apresentação: 05/10/2021 11:32 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete do Deputado Alexandre Frota – PSDB/SP Disponibilizar estes exames no Sistema Único de Saúde é uma questão fundamental para a saúde da mulher, isso inclusive evitaria o dispêndio de valores com a cura deste tipo de câncer tão agressivo em determinados casos. Sabemos que estes exames já estão disponíveis na rede privada de saúde, porém inacessível a maior parte da população brasileira, em virtude dos preços praticados. Temos que partir para a ação efetiva na proteção da saúde da mulher, principalmente no que se refere ás questões de cânceres agressivos que podem com um exame ser prevenido, como diz o velho ditado é melhor prevenir, a remediar. Por todo o exposto, espera o autor a tramitação regimental e apoio dos nobres colegas na aprovação do Projeto de Lei, que atende aos pressupostos de constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Sala das Sessões em, de setembro de 2021 Alexandre Frota Deputado Federal PSDB/SP Câmara dos Deputados - Anexo IV – 2º andar – Gabinete 216 - 70160-900 Brasília –DF - Tel (61) 3215-5216 -dep.alexandrefrota@camara.leg.br *CD215961750800* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Alexandre Frota Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD215961750800 PL n.3435/2021Apresentação: 05/10/2021 11:32 - Mesa
PL 2582/2020
Altera a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), para dispor sobre o uso de dispositivo móvel de segurança para assegurar efetividade às medidas protetivas de urgência.
violencia contra a mulher
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https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1892816
CÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete do Deputado Amaro Neto – REPUBLICANOS/ES PROJETO DE LEI Nº , DE 2020 (Do Sr. AMARO NETO) Altera a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), para dispor sobre o uso de dispositivo móvel de segurança para assegurar efetividade às medidas protetivas de urgência. O Congresso Nacional decreta: Art. 1°. Esta Lei altera a Lei n° 11.340, de 07 de agosto de 2006, Lei Maria da Penha, incluído como medida protetiva o uso de dispositivo móvel de segurança preventiva. Art. 2°. O art.22 da Lei n° 11.340, de 07 de agosto de 2006, passa a vigorar acrescido do seguinte inciso: “ Art. 22. .................................................................................... ................................................................................................... VI – utilização de tornozeleira eletrônica. (NR)” Art. 3°. O art. 23 da Lei n° 11.340, de 07 de agosto de 2006, passa a vigorar acrescido do seguinte inciso: “ Art.23. ............................................................................... ............................................................................................. VI - disponibilização de dispositivo móvel de segurança preventiva. § 1° O dispositivo móvel de segurança será conectado às redes de comunicação da central de monitoramento policial, para que as devidas providências sejam tomadas. § 2° Sempre que o juiz determinar o uso de tornozeleira eletrônica, previsto no inciso VI, do art. 22 desta lei, será cumulativamente com a disponibilização do dispositivo móvel de segurança preventiva, prevista no inciso VI, deste artigo, que disparará um sinal alertando a vítima a proximidade do agressor. (NR)” Art. 4°. Esta lei entra em vigor 120 dias após sua publicação. Câmara dos Deputados | Anexo IV - Gabinete 515 | CEP 70160-900 - Brasília/DF Tels. (61)3215-5515 - FAX (61) 3215-5515 | dep.amaroneto@camara.leg.br *CD204130578100*Documento eletrônico assinado por Amaro Neto (REPUBLIC/ES), através do ponto SDR_56275, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.2582/2020Apresentação: 12/05/2020 15:27CÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete do Deputado Amaro Neto – REPUBLICANOS/ES JUSTIFICATIVA Com a aprovação da Lei Maria da Penha, tivemos um avanço significativo no combate a violência doméstica e familiar contra a mulher, essa temática se tornou mais relevante com a criação de uma lei exclusiva para tratar de tal assunto, criando mecanismos para combater e prevenir a violência doméstica sofrida. Por ser um tema de grande relevância para a sociedade, é que visamos combater esse grande mal que afeta não só as mulheres que são vítimas, como também todos de uma forma geral, atingindo também os seus filhos, pais, familiares em geral e a sociedade, causando grandes transtornos para todos, vindo a ser um problema social e que viola diretamente a dignidade da pessoa humana. É por isso, precisamos ter uma maior colaboração de todos como sociedade, para que possamos diminuir e tentar erradicar ao máximo esse mal que afeta a todos nós, principalmente as vítimas de violência doméstica e familiar. Em uma pesquisa feita pelo Datafolha e divulgada em fevereiro pela BBC News, foi relatado que ocorrem mais de 536 casos por hora no Brasil, o número chegar a ser assustador. Com base nesses dados, sugerimos a criação de um dispositivo móvel de segurança preventiva, ou popularmente conhecido como botão do pânico, para facilitar a identificação da proximidade do agressor, bem como alertar a vítima que existe essa proximidade. Tal ideia surgiu a partir da implementação deste recurso no Espírito Santo, na capital Vitória, onde o Tribunal de Justiça do Estado, começou a distribuir o mecanismo as vítimas de violência doméstica. As mulheres protegidas pela lei Maria da Penha saíam da delegacia com um botão de pânico portátil. Assim, em situações de risco bastava que elas apertassem o botão. Para esses casos o aparelho também é capaz de gravar o áudio ao redor, o qual pode ser usado como prova do crime, além de possuir outras funcionalidades que incrementam sua utilização à fins específicos. Uma delas é a tecnologia GPS, para permitir que o usuário seja localizado rapidamente. Outra importante função é o sensor de quedas. Essa função permite que um alarme emergencial seja enviado mesmo que o usuário não tenha acionado o botão. Cada aparelho pode possuir funcionalidades específicas à sua utilização e ao público. Câmara dos Deputados | Anexo IV - Gabinete 515 | CEP 70160-900 - Brasília/DF Tels. (61)3215-5515 - FAX (61) 3215-5515 | dep.amaroneto@camara.leg.br *CD204130578100*Documento eletrônico assinado por Amaro Neto (REPUBLIC/ES), através do ponto SDR_56275, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.2582/2020Apresentação: 12/05/2020 15:27CÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete do Deputado Amaro Neto – REPUBLICANOS/ES Por todo o exposto, vemos a necessidade da implementação desse dispositivo em âmbito federal, para que seja utilizado em todo o Brasil. Diante de toda essa preocupação e buscando combater todo o tipo de violência doméstica e familiar contra a mulher submeto aos nobres pares o projeto de lei, ora apresentado, para analisar, aperfeiçoar e aprovar este projeto de lei com a maior brevidade. Sala das Sessões, em de de 2020. Deputado AMARO NETO REPUBLICANOS/ES Câmara dos Deputados | Anexo IV - Gabinete 515 | CEP 70160-900 - Brasília/DF Tels. (61)3215-5515 - FAX (61) 3215-5515 | dep.amaroneto@camara.leg.br *CD204130578100*Documento eletrônico assinado por Amaro Neto (REPUBLIC/ES), através do ponto SDR_56275, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.2582/2020Apresentação: 12/05/2020 15:27
PRC 9/2022
Acrescenta o inciso XI ao art. 5º do Código de Ética e Decoro Parlamentar, instituído pela Resolução nº 25, de 10 de outubro de 2001, como conduta atentatória ao decoro parlamentar, a prática de violência política contra a mulher compreendida, como: assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar, por qualquer meio, deputada, utilizando-se de menosprezo ou discriminação à condição de mulher ou à sua cor, raça ou etnia, com a finalidade de impedir ou de dificultar o desempenho do mandato parlamentar.
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PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº , DE 2022. (Da Senhora PERPÉTUA ALMEIDA) Acrescenta o inciso XI ao art. 5º do Código de Ética e Decoro Parlamentar, instituído pela Resolução nº 25, de 10 de outubro de 2001, como conduta atentatória ao decoro parlamentar, a prática de violência política contra a mulher compreendida, como: assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar, por qualquer meio, deputada, utilizando-se de menosprezo ou discriminação à condição de mulher ou à sua cor, raça ou etnia, com a finalidade de impedir ou de dificultar o desempenho do mandato parlamentar. A Câmara dos Deputados resolve: Art. 1º acrescenta o inciso XI ao art. 5º do Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, instituído pela Resolução nº 25, de 10 de outubro de 2001, a fim de prever uma nova conduta contra o decoro: “Art.5º............................................................................. XI – Praticar violência política contra a mulher , compreendida como: assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar, por qualquer meio, deputada, utilizando-se de menosprezo ou discriminação à condição de mulher ou à sua cor, raça ou etnia, com a finalidade de impedir ou de dificultar o desempenho de seu mandato. (NR)” Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação. *CD229791636600* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Perpétua Almeida Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD229791636600 PRC n.9/2022Apresentação: 11/04/2022 17:29 - Mesa2 JUSTIFICAÇÃO A Lei nº 14.192, de 04 de agosto de 2021, estabeleceu normas para prevenir, reprimir e combater a violência política contra a mulher, alterando o Código Eleitoral, a Lei dos Partidos Políticos e a Lei das Eleições, trazendo inovações fundamentais ao ordenamento jurídico do país. Atualmente, esta previsto no Código Eleitoral Brasileiro que as condutas elencadas abaixo podem ensejar pena de reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. “... assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar, por qualquer meio, candidata a cargo eletivo ou detentora de mandato eletivo, utilizando-se de menosprezo ou discriminação à condição de mulher ou à sua cor, raça ou etnia, com a finalidade de impedir ou de dificultar a sua campanha eleitoral ou o desempenho de seu mandato eletivo...” Estas práticas de violência política têm algumas atitudes conhecidas, como, por exemplo, a interrupção frequente de fala da mulher em ambientes políticos, a desqualificação das habilidades da parlamentar, e a desproporcionalidade no repasse do fundo partidário. Estudos e fatos também não negam a sua existência, e a necessidade de seu rigoroso enfrentamento. Segundo, pesquisa Terra de Direitos e Justiça Global, (Lauris & Hashizume, 2020), na violência política de gênero, os homens aparecem como autores em 100% dos casos de assassinatos de deputadas, atentados e agressões, e em mais de 90% dos casos de ameaças e ofensas. Reconhecemos, diante dos dados, que a lei nº 14.192, de 04 de agosto de 2021, foi um avanço importante. Porém, entendemos que as condenações criminais de parlamentares em sentença transitada em julgado é muitas vezes demorada e custosa, e estes criminosos permanecem exercendo suas atividades parlamentares, e até mesmo, voltando a intimidar suas vítimas cotidianamente. *CD229791636600* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Perpétua Almeida Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD229791636600 PRC n.9/2022Apresentação: 11/04/2022 17:29 - Mesa3 Por isso, compreendemos como necessário acrescentar dispositivo no Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados para incluir a VIOLÊNCIA POLÍTICA CONTRA A MULHER como conduta passível de punição por quebra de decoro parlamentar. Explicitando, por um lado, a violência política de gênero e, por outro, possibilitando a punição mais célere e efetiva dos parlamentares praticantes desta conduta criminosa pelos seus próprios pares. Diante do exposto, e pela gravidade da prática preconceituosa, intimidadora e abusiva que fere as garantias do livre exercício do mandato parlamentar das mulheres é que apresentamos o presente Projeto de Resolução e pedimos apoio dos nobres pares. Sala das Sessões, em de de 2022. PERPÉTUA ALMEIDA Deputada Federal PCdoB – AC *CD229791636600* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Perpétua Almeida Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD229791636600 PRC n.9/2022Apresentação: 11/04/2022 17:29 - Mesa
PL 1596/2023
Altera o item primeiro do art. 70 da Lei Ordinária nº 6.015 de 1973 para incluir o sexo de nascença dos cônjuges.
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https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2254583
CÂMARADOSDEPUT ADOS G a b i n e t e d o D e p u t a d o F e d e r a l D a v i d S o a r e s - U n i ã o B r a s i l / S P P R O J E T O D E D E L E I O R D I N Á R I A N º D E 2 0 2 3 ( D o S r . D a v i d S o a r e s ) A l t e r a o i t e m p r i m e i r o d o a r t . 7 0 d a L e i O r d i n á r i a n º 6 . 0 1 5 d e 1 9 7 3 p a r a i n c l u i r o s e x o d e n a s c e n ç a d o s c ô n j u g e s . O Congresso Nacional decreta: Art. 1º. Altera o item primeiro do art. 70 da Lei Ordinária nº 6.015 de 1973 para presente redação: A r t . 7 0 … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … . . … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … . . 1 º ) o s n o m e s , p r e n o m e s , n a c i o n a l i d a d e , n a t u r a l i d a d e , s e x o d e n a s c e n ç a , d a t a d e n a s c i m e n t o , p r o f i s s ã o , d o m i c í l i o e r e s i d ê n c i a a t u a l d o s c ô n j u g e s ; Art.2º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. A n e x o I V – G a b i n e t e 2 3 5 – T e l s : ( 6 1 ) 3 2 1 5 . 3 2 3 5 - C E P 7 0 . 1 6 0 - 9 0 0 B r a s í l i a – D F – e - m a i l : d e p . d a v i d s o a r e s @ c a m a r a . l e g . b r *CD230450879500* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. David Soares Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD230450879500 PL n.1596/2023Apresentação: 03/04/2023 16:27:26.733 - MESACÂMARADOSDEPUT ADOS G a b i n e t e d o D e p u t a d o F e d e r a l D a v i d S o a r e s - U n i ã o B r a s i l / S P Justificativa O casamento tem como princípio a transparência entre os cônjuges, sendo passível de anulação quando uma das partes incorre em erro essencial à pessoa do outro, art. 1556 e art. 1557, sobretudo o inciso I, do Código Civil Brasileiro. O projeto de lei em questão visa afastar a possibilidade de um cônjuge negar ao outro uma informação primordial, o direito a saber do passado com quem se casa é sagrado. Existe uma parcela considerável da doutrina que compreende que o direito à privacidade, sobretudo em procedimentos médicos, não pode servir para deixar de informar ao cônjuges questões ligadas à confiança um com outro. C o n f o r m e F a r i a e R o s e n v a l d ( 2 0 1 5 ) , a c o n f i a n ç a é b a s e d e q u a l q u e r r e l a ç ã o s o c i a l e n t r e o s i n d i v í d u o s n a s o c i e d a d e . É c o m b a s e n a c r e d i b i l i d a d e d e p o s i t a d a e m o u t r e m q u e s ã o f o r m a d a s r e l a ç õ e s c í v e i s , d e m o d o q u e , s e o b t é m u m a e x p e c t a t i v a é t i c a d e r e c i p r o c i d a d e , d e n ã o s e r s u r p r e e n d i d o p o r c o m p o r t a m e n t o s e x p l í c i t o s o u i m p l í c i t o s , b e m c o m o c o m i s s i v o s o u o m i s s i v o s . T a l d e v e r d e c o n f i a n ç a e c r e d i b i l i d a d e s e e s t e n d e a o d i r e i t o d e f a m í l i a , d e m o d o q u e , s ã o e s p e r a d a s d e r e l a ç õ e s f a m i l i a r e s c o m p o r t a m e n t o s é t i c o s , q u e n ã o t r a g a m s u r p r e s a s a o c o m p a n h e i r o . F a r i a e R o s e n v a l d ( 2 0 1 5 , p . 1 1 1 ) a f i r m a m q u e “ t r a t a n d o - s e d e e f e i t o s e x i s t e n c i a i s ( l i g a d o s à e s s ê n c i a d a p e s s o a h u m a n a ) , a c o n f i a n ç a s e m a t e r i a l i z a r á n a f o r m a d o a f e t o ” , e l e m e n t o e s s e n c i a l p a r a a c o n f i a n ç a e a e x p e c t a t i v a d e b o a c o n d u t a d o c o m p a n h e i r o . D e s s e m o d o , d e c l a r a m F a r i a e R o s e n v a l d ( 2 0 1 5 , p . 1 2 0 ) : O a f e t o c a r a c t e r i z a a e n t i d a d e f a m i l i a r c o m o u m a v e r d a d e i r a r e d e d e s o l i d a r i e d a d e , c o n s t i t u í d a p a r a o d e s e n v o l v i m e n t o d a p e s s o a , n ã o s e p e r m i t i n d o q u e u m a d e l a s p o s s a v i o l a r a n a t u r a l c o n f i a n ç a d e p o s i t a d a p o r o u t r a , c o n s i s t e n t e e m v e r a s s e g u r a d a a d i g n i d a d e h u m a n a , a s s e g u r a d a c o n s t i t u c i o n a l m e n t e . E m a i s : o a f e t o t r a d u z a c o n f i a n ç a q u e é e s p e r a d a p o r t o d o s o s m e m b r o s d o n ú c l e o f a m i l i a r e q u e , e m c o n c r e t o , s e m a t e r i a l i z a n o n e c e s s á r i o e i m p r e s c i n d í v e l r e s p e i t o à s p e c u l i a r i d a d e s d e c a d a u m d e s e u s m e m b r o s , p r e s e r v a n d o a i m p r e s c i n d í v e l d i g n i d a d e d e t o d o s . E m s í n t e s e , é a é t i c a e x i g i d a n o s c o m p o r t a m e n t o s h u m a n o s , i n c l u s i v e f a m i l i a r e s , f a z e n d o c o m q u e a c o n f i a n ç a e x i s t e n t e e m t a i s n ú c l e o s s e j a o r e f ú g i o d a s g a r a n t i a s f u n d a m e n t a i s r e c o n h e c i d a s a c a d a u m d o s c i d a d ã o s . A n e x o I V – G a b i n e t e 2 3 5 – T e l s : ( 6 1 ) 3 2 1 5 . 3 2 3 5 - C E P 7 0 . 1 6 0 - 9 0 0 B r a s í l i a – D F – e - m a i l : d e p . d a v i d s o a r e s @ c a m a r a . l e g . b r *CD230450879500* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. David Soares Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD230450879500 PL n.1596/2023Apresentação: 03/04/2023 16:27:26.733 - MESACÂMARADOSDEPUT ADOS G a b i n e t e d o D e p u t a d o F e d e r a l D a v i d S o a r e s - U n i ã o B r a s i l / S P S e g u n d o R o c h a ( 2 0 1 4 ) , d i a n t e d a o m i s s ã o d a c o n d i ç ã o d e t r a n s e x u a l n o c a s a m e n t o , o d i r e i t o d o c ô n j u g e d e s a b e r a v e r a c i d a d e d a o r i g e m s e x u a l d e s e u p a r c e i r o d e v e r i a s e s o b r e p o r a o p r i n c í p i o d a p r i v a c i d a d e d o t r a n s e x u a l , d e m o d o q u e s u a o m i s s ã o q u e b r a o d e v e r d e l e a l d a d e p r e s e n t e n o m a t r i m ô n i o . A i n d a d i s p õ e R o c h a ( 2 0 1 4 , p . 1 6 ) : O c e r n e d a q u e s t ã o r e s i d e e m d e f i n i r s e , p r o m o v i d a a c i r u r g i a d e r e d e s i g n a ç ã o e a s u b s e q u e n t e a l t e r a ç ã o d o g ê n e r o n o r e g i s t r o , h a v e r i a q u e s e f a l a r n u m d e v e r d e c o m u n i c a r t a l f a t o a o p a r c e i r o ( a ) , o u s e p r e p o n d e r a r i a a p r o t e ç ã o à i n t i m i d a d e d o ( e x ) t r a n s e x u a l . ( . . . ) D e f a t o , a o m i s s ã o d e c i r c u n s t â n c i a d e t a l r e l e v o n a h i s t ó r i a d e v i d a d o c o n s o r t e i m p l i c a r i a n u m a q u e b r a d o d e v e r d e l e a l d a d e , b a s e i n e r e n t e a t o d o o c o n s t r u t o d o a r c a b o u ç o f a m i l i a r . O a u t o r a s s i m d e f e n d e q u e d i a n t e d a c i r u r g i a m o d i f i c a d o r a d a m o r f o l o g i a t r a n s e x u a l , h a v e r i a o d e v e r d e c o m u n i c a ç ã o a o s e u p a r c e i r o , q u a n d o b a s e a d o n o d e v e r d e l e a l d a d e , p r e s s u p o s t o n a e n t i d a d e f a m i l i a r . N e s s e c o n t e x t o , G a r c i a ( 2 0 1 2 , p . 1 9 ) t a m b é m d e f e n d e : ( . . . ) a c o n s t a t a ç ã o d e q u e o c a s a m e n t o c o m o o u t r o r a t r a n s e x u a l ( . . . ) a q u e l e q u e s e s e n t i r e n g a n a d o s e m p r e p o d e r á p l e i t e a r , n o p r a z o d e c a d e n c i a l d e t r ê s a n o s , f a c e a o e r r o e s s e n c i a l e m r e l a ç ã o à i d e n t i d a d e d o c ô n j u g e , a a n u l a ç ã o d o c a s a m e n t o ( C ó d i g o C i v i l , a r t s . 1 . 5 5 7 , I , e 1 . 5 6 0 , I I I ) , n ã o s e a f e i ç o a a o i m p e r a t i v o r e s p e i t o a o s d e m a i s v a l o r e s c o n s t i t u c i o n a i s e n v o l v i d o s . E s s e s v a l o r e s p r i n c i p i a m p e l a p e s s o a d o o u t r o c ô n j u g e , p o i s t a m b é m e l e p o s s u i u m a d i g n i d a d e a s e r r e s p e i t a d a , o q u e i n c l u i o d i r e i t o d e e x p a n d i r a s u a p e r s o n a l i d a d e a o l a d o d a p e s s o a q u e m e l h o r s e a j u s t e a o s s e u s s e n t i m e n t o s , à s u a m a n e i r a d e v i d a e a o s s e u s r e f e r e n c i a i s d e c e r t o e e r r a d o . O E s t a d o n ã o p o d e m a n t e r - s e a o l a d o d a m a l í c i a e d o e n g o d o . A e x e m p l o d o p r i n c í p i o d a d i g n i d a d e h u m a n a , t a m b é m o d i r e i t o a i n f o r m a ç ã o p o s s u i e s t a t u r a c o n s t i t u c i o n a l . N o s e x a t o s t e r m o s d o a r t . 5 º , X I V , d a C o n s t i t u i ç ã o d e 1 9 8 8 , “ é a s s e g u r a d o a t o d o s o a c e s s o à i n f o r m a ç ã o e r e s g u a r d a d o o s i g i l o d a f o n t e , q u a n d o n e c e s s á r i o a o e x e r c í c i o p r o f i s s i o n a l ” . C o n q u a n t o d e v a c o e x i s t i r c o m a s h i p ó t e s e s d e s i g i l o , o d i r e i t o à i n f o r m a ç ã o h á d e p r e v a l e c e r n a s s i t u a ç õ e s q u e , n ã o d i z e n d o r e s p e i t o , ú n i c a e e x c l u s i v a m e n t e , à i n t i m i d a d e a l h e i a e à s u b s i s t ê n c i a d o E s t a d o , p o s s a m g e r a r r e f l e x o s d i r e t o s n a e s f e r a j u r í d i c a d o s d e m a i s c o m p o n e n t e s d o g r u p a m e n t o . P o d e - s e p e r c e b e r q u e G a r c i a d e s t a c a q u e a o m i s s ã o d o t r a n s e x u a l q u a n t o à r e a l i z a ç ã o d a c i r u r g i a m o d i f i c a d o r a d a m o r f o l o g i a s e x u a l é a t o d e m á - f é , n ã o c a b e n d o a c o b e r t u r a d a j u r i s d i ç ã o . A s s i m , a d i g n i d a d e d o c ô n j u g e e n g a n a d o s e s o b r e p õ e à p r i v a c i d a d e d o t r a n s e x u a l , p r e s s u p o n d o q u e a o m i s s ã o f o i r e a l i z a d a c o m o a t o d e m á - f é , c o m o t a m b é m é e n t e n d i m e n t o d e C e r v i ( 2 0 0 9 , p . 4 9 9 ) : A n e x o I V – G a b i n e t e 2 3 5 – T e l s : ( 6 1 ) 3 2 1 5 . 3 2 3 5 - C E P 7 0 . 1 6 0 - 9 0 0 B r a s í l i a – D F – e - m a i l : d e p . d a v i d s o a r e s @ c a m a r a . l e g . b r *CD230450879500* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. David Soares Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD230450879500 PL n.1596/2023Apresentação: 03/04/2023 16:27:26.733 - MESACÂMARADOSDEPUT ADOS G a b i n e t e d o D e p u t a d o F e d e r a l D a v i d S o a r e s - U n i ã o B r a s i l / S P O p o r t u n o r e f e r i r q u e , c o m o q u a l q u e r n e g ó c i o j u r í d i c o , o c a s a m e n t o p o d e s e r a n u l á v e l p o r d e f e i t o n a m a n i f e s t a ç ã o d e v o n t a d e d o c o n t r a t a n t e . E m b o r a s e j a c o n s i d e r a d o j u s t o q u e o t r a n s e x u a l o b t e n h a a u t o r i z a ç ã o p a r a r e t i f i c a ç ã o d o r e g i s t r o c i v i l s e m m e n ç ã o à s c o n d i ç õ e s q u e l h e p e r m i t i r a m a l c a n ç a r a s e x u a l i d a d e p l e n a , é d e v e r f u n d a d o n a b o a - f é c o n t r a t u a l i n f o r m a r o ( a ) c o m p a n h e i r o ( a ) d e s u a c o n d i ç ã o , s o b p e n a d e c a r a c t e r i z a r - s e , q u a n t o a o c o n t r a t o d e c a s a m e n t o , o e r r o r i n p e r s o n a , o q u e p o s s i b i l i t a r i a a a n u l a ç ã o d o c a s a m e n t o . A s s i m , a a n á l i s e d o a u t o r r e f e r e - s e a o n e g ó c i o j u r í d i c o a q u e o c a s a m e n t o p e r t e n c e . O s a t o s e n t r e o s c ô n j u g e s d e v e m s e r p a u t a d o s n a b o a - f é , n ã o c a b e n d o q u a l q u e r j u s t i f i c a t i v a p a r a a o m i s s ã o d a r e a l i z a ç ã o d a c i r u r g i a d e t r a n s g e n i t a l i z a ç ã o . 1 Diante do exposto e visando garantir a transparência nos casamentos, visando assim evitar a sua anulação ou questionamentos com base nos artigos supracitados, peço o apoio dos nobres pares para que seja regulamentada a questão e que com isso possa pacificar na doutrina. Sala das Sessões, em de março de 2023. Deputado DA VID SOARES ( UNIÃO BRASIL/SP) 1 h t t p s : / / m e u a r t i g o . b r a s i l e s c o l a . u o l . c o m . b r / s e x u a l i d a d e / c a s a m e n t o - t r a n s e x u a l - p r i n c i p i o - p r i v a c i d a d e - i d e n t i d a d e - p e s s o a l - t r a n s e x u a l . h t m A n e x o I V – G a b i n e t e 2 3 5 – T e l s : ( 6 1 ) 3 2 1 5 . 3 2 3 5 - C E P 7 0 . 1 6 0 - 9 0 0 B r a s í l i a – D F – e - m a i l : d e p . d a v i d s o a r e s @ c a m a r a . l e g . b r *CD230450879500* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. David Soares Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD230450879500 PL n.1596/2023Apresentação: 03/04/2023 16:27:26.733 - MESA
PL 3194/2023
Dispõe sobre a padronização dos meios e instrumentos de verificação pericial médica e psicológica acerca dos crimes de estupro e estupro de vulneráveis, previstos no Código Penal Brasileiro.
dignidade sexual
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M
UNIÃO
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2291916
C ÂM AR A D O S D E P U T AD O S PROJETO DE LEI Nº, DE 2023 (Do Sr. DR. ZACHARIAS CALIL ) Dispõe sobre a padronização dos meios e instrumentos de verificação pericial médica e psicológica acerca dos crimes de estupro e estupro de vulneráveis , previstos no Código Penal Brasileiro. O Congresso Nacional decreta : Art. 1º Esta lei estabelece a padronização dos meios e instrumentos de verificação pericial médica e psicológica em casos de crimes de estupro e de estupro de vulner áveis , definidos respectivamente nos artigos 213 e 217 -A do Decreto -Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 -Código Penal Brasileiro. Art. 2º Nos casos de crimes de estupro e de estupro de vulneráveis deverão ser adotados os seguintes instrumentos de verificação pericial médica e psicológica , na forma do regulamento : I - laudo médico -legal ; e II - laudo de análise comportamental (psiquiátrico e/ou psicológico) . Parágrafo único. O laudo de análise comportamental não será obrigatório nos casos em que o exame médico -legal de corpo de delito for suficiente para associar o acusado à prática do crime . Art. 3º O órgão federal pertinente do ministério gestor na área da justiça promoverá, por meio de recursos próprios, a capacitação na utilização dos instrumento s referidos no caput do art. 2º desta lei, de peritos médicos ou psicólogos , envolvidos em avaliações judiciais relacionadas aos crimes de estupro e de estupro de vulneráveis . Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. *CD233742934800* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Dr. Zacharias Calil Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD233742934800 PL n.3194/2023 Apresentação: 21/06/2023 10:16:41.867 - MESA C ÂM AR A D O S D E P U T AD O S 2 JUSTIFICAÇÃO Essa proposição aborda a padronização de instrumentos de verificação pericial nos casos de estupro e estupro de vulneráveis, conforme previstos nos artigos 213 e 217 -A do Código Penal Brasileiro. Nos casos em que alguém denuncia outrem pelos crimes de estupro ou estupro de vulneráveis, torna -se obrigatória a realização do exame de corpo de delito para constatação dos fatos, de acordo com o artigo 158 do Código de Processo Penal. Vale destacar que há casos em que o exame pericial médico será suficiente, sobr etudo quando a negativa do denunciado for contraposta aos achados médico -legais, a exemplo de quando o encontro de material biológico propicie a comprovação do ato mediante cruzamento de informações a partir de exploração de material genético do mesmo. Contudo, o s dados positivos obtidos por meio de exame pericial, como lesões corporais e rotura himenal, muitas vezes são insuficientes para comprovar a autoria e a veracidade dos fatos. Apenas provas robustas, como exames de DNA e marcas de mordidas, podem indicar de forma consistente a agressão, especialmente nos casos envolvendo vulneráveis. No entanto, mesmo essas provas podem ser questionadas se o agressor alegar que as práticas sexuais foram consensuais. Assim, em muitas situações resta apenas a palavr a da alegada vítima contra a do suposto agressor. Diante dessa realidade, é imprescindível que, nos casos em que o exame médico -legal de corpo de delito não seja suficiente para o deslinde da causa, seja obrigatória a análise do comportamento de quem denun cia, de testemunhas, da vítima e do suposto agressor. É claro, que, a exemplo de tantos outros métodos investigativos, a análise comportamental também estaria sujeit a a certo número de variáveis capazes de influenciar nos resultados e, assim sendo, não se ria possível a garantia de 100% de acerto ; mas sim uma redução significativa dos possíveis erros judiciários. Isto implicaria em dizer que, se bem aplicada, a *CD233742934800* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Dr. Zacharias Calil Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD233742934800 PL n.3194/2023 Apresentação: 21/06/2023 10:16:41.867 - MESA C ÂM AR A D O S D E P U T AD O S 3 técnica resultaria numa relevante redução de erros, com consequente diminuição dos casos em que i nocentes fossem condenados ou que culpados fossem absolvidos. Em síntese, e ste projeto busca promover a efetividade do exame pericial médico -legal por meio da utilização do laudo médico -legal, e, adicionalmente , do laudo de análise comportamental (psiquiátr ico e/ou psicológico) , a fim de evitar decisões judiciais baseadas apenas na subjetividade. Dessa forma, será possível obter provas mais consistentes para subsidiar o processo de investigação e julgamento dos crimes de estupro e estupro de vulneráveis. Para a efetiva implementação desse s instrumentos , é fundamental que os peritos médicos -legistas, psiquiatras e psicólogos recebam treinamento científico adequado, garantindo a uniformização dos procedimentos e evitando erros de aplicação que possam compromete r os resultados das perícias. Por essa razão, a proposição prevê que o órgão federal pertinente do ministério gestor na área da justiça promoverá a capacitação na utilização dos mesmos. Diante do exposto, solicito o apoio dos nobres deputados para a aprovaç ão dessa matéria nesta Casa , que promoverá o aperfeiçoamento dos processos de investigação e julgamento de casos de estupro e estupro de vulneráveis, garantindo maior justiça, redução de erros judiciais e proteção tanto das vítimas quanto dos acusados. Sala das Sessões , em 19 de junho de2023 . Deputado DR. ZACHARIAS CALIL *CD233742934800* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Dr. Zacharias Calil Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD233742934800 PL n.3194/2023 Apresentação: 21/06/2023 10:16:41.867 - MESA
PL 985/2022
Altera a Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994 (Estatuto da Advocacia), a fim de fixar critério de paridade de gênero na elaboração, pelos Conselhos Federal e Seccionais, de listas constitucionalmente previstas para o preenchimento de cargos nos tribunais judiciários.
economia
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PODEMOS
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null
PL 2783/2021
Inclui o Art. 163-A no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, para criar o tipo penal de violência patrimonial contra a mulher vítima de violência doméstica ou familiar.
violencia contra a mulher
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PSB
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2055019
PROJETO DE LEI Nº , DE 2021. (Deputado Felipe Carreras) Inclui o Art. 163-A no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, para criar o tipo penal de violência patrimonial contra a mulher vítima de violência doméstica ou familiar. O CONGRESSO NACIONAL decreta: Art. 1º Incluir o art. 163-A no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940: “Art. 163-A Reter, subtrair, destruir parcial ou totalmente os objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos da mulher em situação de violência doméstica ou familiar, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades – Dano Patrimonial contra a Mulher Vítima de Violência Doméstica ou Familiar. Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa. Dano qualificado Parágrafo único - Se o crime é cometido: I - com violência física, sexual ou psicológica à mulher ou grave ameaça; II - com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime mais grave: Pena - detenção, de um a cinco anos, e multa, além da pena correspondente à violência.” Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICATIVA A violência patrimonial se configura como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, *CD218056942000* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Felipe Carreras Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD218056942000 PL n.2783/2021Apresentação: 11/08/2021 10:22 - Mesadocumentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades. Um exemplo bastante comum é o ato de o progenitor deixar de pagar a pensão alimentícia dos filhos para a mulher, ainda que tenha recursos para isso. Tomar o celular, trocar as fechaduras de casa, esconder ou queimar os documentos da vítima, negar os recursos para compra de produtos indispensáveis para as necessidades pessoais, comprar bens usando o nome da pessoa sem o seu consentimento, trocar senhas do banco, proibir a vítima de trabalhar: tudo isso é violência patrimonial - uma forma de exercer o controle sobre a vida da mulher por meio do dinheiro, dos bens ou documentos e, muitas vezes, mantê-la em cativeiro e incomunicável. Durante a pandemia, com o isolamento social o problema se agravou. Muitas mulheres tiveram o auxílio-emergencial subtraído por seus agressores, além de ter suas ações controladas de perto, visto que a convivência em família aumentou. Apesar de ser uma prática corriqueira contra mulheres no ambiente familiar, é um crime pouco registrado pelas vítimas por ser difícil de ser identificado pela própria vítima, pouco debatido na sociedade e largamente impune. Considerando o excessivo controle exercido pelos agressores, este é um dos meios mais efetivos de manter a vítima presa no ciclo dos relacionamentos abusivos e, por isso, deve ser penalizado com mais firmeza. Por isso, apresentamos este Projeto de Lei com o intuito de tipificar no Código Penal Brasileiro o crime de violência patrimonial contra a mulher vítima de violência doméstica e familiar. Com esta ação, esperamos que esta violência seja mais facilmente identificada, denunciada e punida. Diante do exposto, conto com o apoio dos nobres pares para a aprovação deste Projeto de Lei. Sala das Sessões, em de de 2021. Deputado FELIPE CARRERAS *CD218056942000* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Felipe Carreras Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD218056942000 PL n.2783/2021Apresentação: 11/08/2021 10:22 - Mesa
PL 1326/2022
Inclui a Dermomicropigmentação Paramédica como serviço assistencial complementar do Sistema Único de Saúde - SUS às mulheres vítimas do Câncer de Mama e dá outras providências.
direitos sociais
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PSD
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2174003
CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE LEI Nº , DE 20 22. (Deputado Ney Leprevost ) Inclui a Dermomicropigmentação Paramédica como serviço assistencial complementar do Sistema Único de Saúde – SUS às mulheres vítimas do Câncer de Mama e dá outras providências. O CONGRESSO NACIONAL decreta: Art. 1º Fica incluída a Dermomicropigmentação Paramédica como serviço assistencia l complementar do Sistema Único de Saúde – SUS, aos pacientes acometidos pelo câncer de mama. Parágrafo único. Para efeitos desta Lei, entende -se como Dermomicropigmentação Paramédica o procedimento baseado na introdução de pigmentos não -alergên icos na camada intermediária entre a epiderme e a derme papilar para reconstruir, reparar e corrigir aréolas mamárias e cicatrizes. Art.2º Os critérios de indicação, elegibilidade, contraindicação, técnicas, aspectos gerais e acompanhamento serão definido s pelo Ministério da Saúde ou órgão por ele delegado . Parágrafo único. O procedimento de dermo micro pigmentação tratado por esta Lei deve ser realizado exclusivamente por profissiona l capacitado para atendimento paramédic o dermomicropigmentad or especializa do. Art.3º Fica autorizada a possibilidade de se firmar convênios e parcerias público - privadas com entidades representativas de classe e profissionais particulares, para a execução da dermomicropigmentação de que trata esta Lei. *CD229686832700* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Ney Leprevost Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD229686832700 PL n.1326/2022Apresentação: 20/05/2022 16:00 - MESA CÂMARA DOS DEPUTADOS Parágrafo único . Como forma de incentivar a cooper ação público -privada prevista no caput deste artigo , o Poder Público poderá divulgar os profissionais participantes dos mesmos . Art.4º O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 90 (noventa) dias , cotados de sua entrada em vigor. Art.5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação . JUSTIFICATIVA A presente proposição tem por objetivo o resgate da autoestima, reabilitação, reestruturação psicológica e reintegração, ressignificando histórias de pacientes submetidos à mastectomi a em razão do tratamento do câncer de mama. O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum en tre as mulheres no Brasil e no mundo. Assim como os outros tipos, ele é o resultante de uma disfunção celular que faz determinadas células do nosso corpo crescerem e se multiplicarem desordenadamente, formando um tumor.1 A micropigmentação de aréola é o nome dado à técnica que pode melhorar a autoestima de muitas mulheres que venceram o câncer de mama. Trata -se de um procedimento que reconstrói a região dos mamilos. Além disso, ele disfarça as cicatrizes, de modo que a pele fique mais próxima da sua cor n atural . Essa técnica é bastante usada para aumentar os lábios, minimizar marcas de vitiligo estacionária, realçar a sobrancelha e reparar queimaduras na pele. No entanto, ela tem sido comum nas cirurgias de reconstrução de mama com a intenção de redesenhar a aréola de pacientes submetidas à mastectomia. Portanto, isso ajuda muitas mulheres a recuperar sua autoconfiança .2 À exemplo do que muitas profissionais já realizam gratuitamente, como a faz a Especialista em Dermomicropigmentação Paramédica e Anaplastologia e idealizadora conjunta desta proposta, a paranaense Simone Borges, pretendemos que esta prática 1 https://www.pfizer.com.br/sua -saude/oncologia/cancer -de-mama 2 https://fundacaolacorosa.com/micropigmentacao -de-areola/ *CD229686832700* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Ney Leprevost Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD229686832700 PL n.1326/2022Apresentação: 20/05/2022 16:00 - MESA CÂMARA DOS DEPUTADOS reconstrutiva seja incluída no SUS de forma definitiva e garantida às mulheres que sofreram com o Câncer de mama, visando resgatar sua autoestim a e bem estar. Por isso , contamos com o apoio dos Nobres Pares para a provação desta iniciativa. Sala das Sessões, 17 de maio de 20 22. Deputado NEY LEPREVOST (União /PR) *CD229686832700* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Ney Leprevost Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD229686832700 PL n.1326/2022Apresentação: 20/05/2022 16:00 - MESA
PL 1400/2023
Altera a Lei nº 662, de 6 de abril de 1949, para incluir o dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, entre os feriados nacionais.
politica
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PODE
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2249418
PROJETO DE LEI Nº , DE 2023 (Da Sra. RENATA ABREU) Altera a Lei nº 662, de 6 de abril de 1949, para incluir o dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, entre os feriados nacionais. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º O art. 1º da Lei nº 662, de 6 de abril de 1949, passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 1º São feriados nacionais os dias 1º de janeiro, 8 de março, 21 de abril, 1º de maio, 7 de setembro, 2 de novembro, 15 de novembro e 25 de dezembro. (NR)” Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICAÇÃO A lista de feriados nacionais consagrada pela legislação vigente é justificadamente curta. Como se pode constatar no próprio texto da proposição ora apresentada, ela se resume a datas de grande significado cívico e/ou religioso, cuja relevância se consolidou ao longo da história pátria. Qualquer proposta de ampliar essa lista deve confrontar-se, portanto, com uma questão crucial: o novo feriado nacional sugerido está à altura daqueles poucos consagrados em lei? A resposta, neste caso específico, é positiva. Observa-se, de início, que a dimensão alcançada pelo 8 de março como data de grande relevância cívica e política é fato incontestável. O propósito deste Projeto de Lei não é propriamente o de conceder-lhe importância ou mesmo o de promovê-la. Ela já existe. O Dia da Mulher já é percebido por brasileiras e brasileiros como uma data que se destaca entre as *CD238608123700* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Renata Abreu Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD238608123700 PL n.1400/2023Apresentação: 24/03/2023 14:12:38.820 - Mesa2 outras datas significativas do ano. A experiência de quem vive o dia a dia do Congresso Nacional é o maior testemunho disso. O mês de março das parlamentares – e dos parlamentares! – é inteiramente impregnado pela repercussão do dia 8. Mas essa repercussão não se dá por acaso. Ela decorre da luta das mulheres por uma posição não subordinada na sociedade brasileira. Foram muitos anos de mobilização para dotar a data e tudo que gira ao redor dela do impacto que tem hoje. Ela se tornou o símbolo de um avanço civilizatório de imenso alcance, embora longe de completar-se: a eliminação da hierarquia centenária que subordinou metade da humanidade à outra metade. É essa transformação fundamental que o 8 de março representa. Por isso, a data merece, sim, ser incluída no restrito rol dos feriados nacionais consagrados em lei. Ao imenso significado histórico do 8 de março se junta o programa para o futuro que ele nos traz. Tal como, quando comemoramos o 7 de setembro, ou o 15 de novembro, não estamos apenas recordando o que aconteceu no passado, mas também nos provocando a alcançar a total independência e a total republicanização do país, ao comemorarmos o Dia Internacional da Mulher nos estamos comprometendo com o programa da equidade de gênero, que, repita-se, está longe de completar-se. Em resumo, a consagração do 8 de março como feriado nacional significa reconhecer que a transformação em curso nas relações entre homens e mulheres é um processo que se equipara em importância ao das demais grandes transformações por que passamos no Brasil. Contamos, pois, com sua rápida aprovação. Sala das Sessões, em de de 2023. Deputada RENATA ABREU 2023-2365 *CD238608123700* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Renata Abreu Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD238608123700 PL n.1400/2023Apresentação: 24/03/2023 14:12:38.820 - Mesa
PL 4949/2019
Altera a lei nº 7.716, De 5 de janeiro de 1989, para definir e punir os crimes resultantes de discriminação ou preconceito por sexo ou orientação sexual.
violencia contra a mulher
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https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1805141
Projeto de Lei nº 2019 Altera a Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, para definir e punir os crimes resultantes de discri minação ou preconceito por sexo ou orientação sexual . O CONGRESSO NACIONAL decreta: Art. 1º. A ementa da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passa a vigorar com a seguinte redação: “Define os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, sexo ou orientaçã o.” Art. 2º. A Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, sexo, orientação sexual ou identi dade de gênero , não se ndo considerada criminosa a conduta fundada na liberdade de consciência e de crença, aqui incluído o livre exercício dos cultos religiosos e manifestações religiosas, dentr o e fora dos templos, em veículos de comunicação e em escolas confeccionais. ” (NR) “Art. 3º ................................................................................... ................................................................................................ Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, por motivo de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, sexo, ou orientação sexual, obstar a promoção funcional.” (NR) PL n.4949/2019 Apresentação: 10/09/2019 19:05 “Art. 4º Negar ou obstar emprego em empresa privada , ressalvadas aquelas fundadas na liber dade de consciência e de crença, aqui incluído o livre exercício dos cultos religiosos . ................................................................................................. § 1º Incorre na mesma pena quem, por motivo de discriminação ou precon ceito de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, sexo, ou orientação sexual: ...........................................................................” (NR) “Art. 7º Impedir o acesso ou recusar hospedagem em hotel, pensão, estalagem, ou qualqu er estabelecimento similar , ressalvados os geridos por organizações religiosas ou fundados na liberdade de consciência e de crença. ” (NR) “Art. 8º Impedir o acesso ou recusar atendimento em restaurantes, bares, confeitarias, ou locais semelhantes abertos ao público , ressalvados os geridos por organizações religiosas ou fundados na liberdade de consciência e de crença. ” (NR) “Art. 9º Impedir o acesso ou recusar atendimento em estabelecimentos esportivos, casas de diversões, ou clubes sociais abertos ao púb lico, ressalvados os geridos por organizações religiosas ou fundados na liberdade de consciência e de crença. ” (NR) “Art. 10 Impedir o acesso ou recusar atendimento em salões de cabeleireiros, barbearias, termas ou casas de massagem ou estabelecimento com as mesmas finalidades , ressalvados os geridos por organizações religiosas ou fundados na liberdade de consciência e de crença. ” (NR) “Art. 14 Impedir ou obstar, por qualquer meio ou forma, o casamento ou convivência familiar e social , não sendo considera da criminosa a conduta fundada na liberdade de consciência e de crença, aqui incluído o livre exercício dos cultos religiosos e quaisquer manifestações religiosas dentro ou fora dos templos .” (NR) PL n.4949/2019 Apresentação: 10/09/2019 19:05 “Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a di scriminação ou o preconceito de raça, cor, etnia, religião, procedê ncia nacional, sexo, ou orientação sexual , não sendo considerada criminosa a conduta fundada na liberdade de consciência e de crença, aqui incluído o livre exercício dos cultos religiosos , manifestações religiosas dentro e fora dos templos e nos meios de comunicação : ..................................................................................” (NR) Art. 3º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. PL n.4949/2019 Apresentação: 10/09/2019 19:05 JUSTIFICATIVA O presente projeto visa criminalizar a discriminação ou o preconceito quanto ao sexo, ou orientação sexual , ressalvando expressamente, por outro lado, o pleno exercício da liberdade religiosa no país, nas esferas pública (realização de cultos) e privada ( gestão de estabeleciment os em conformidade com a fé do s proprietário s). Como é cediço, o Supremo Tribunal Federal, nos autos da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão n. 26 e do Mandado de Injunção n. 4.733, foi instado a equiparar homofobia e transfobia ao racismo, cu jos delitos estão tipificados na Lei nº 7.716. Apesar da tentativa de defenderem que o julgamento não irá afetar os ditames da liberdade religiosa, já existem vários casos em que um discurso religioso – puro e simples – foi interpretado como criminoso. Veja-se, por exemplo, o decidido pelo STF no Habeas Corpus 146.303, ou pela 4ª Turma do TRF-3 na Apelação Cível n. 0014396 -10.2011.4.03.6100. Isso significa que as liberdades de consciência e de crença, cuja manifestação pode se dar através de cultos religio sos e quaisquer manifestações religiosas , possuem aplicação direta e imediata. Demais normas não devem interferir de tal modo a perturbar a fruição desses direitos. Nesse sentido, revela -se absolutamente necessário o resguardo à liberdade religiosa, preceito estampado no rol dos direitos fundamentais da Constituição da República de 1988 (art. 5º, VI). Aliás, já existe decisão judicial que nos permite a aplicação de alguns princípios: EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA C/C PEDIDO DE INDENIZAÇÃ O POR DANOS MORAIS. CELEBRAÇÃO DE CERIMÔNIA DE CASAMENTO. AUSÊNCIA DE REQUISITOS MÍNIMOS NECESSÁRIOS EXIGIDOS PELA DOUTRINA ECLESIÁSTICA. NÃO INTERVENÇÃO DO ESTADO -JUIZ NAS ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS. CF/88, ART. 5º, VI. PEDIDO CONTRAPOSTO DE INDENIZAÇÃO PL n.4949/2019 Apresentação: 10/09/2019 19:05 PROC EDENTE. VIOLAÇÃO À HONRA OBJETIVA DA INSTITUIÇÃO RELIGIOSA. 1. A liberdade de organização religiosa é decorrência do Estado laico, o qual este não poderá interferir em assuntos internos das igrejas e instituições religiosas . Neste compasso, quando há colisão de direitos fundamentais de membro, que se insurge contra a doutrina eclesiástica e suas sanções e a liberdade de auto-organização, esta última deve prevalecer , pois a Constituição Federal (CF/88, art. 5º, VI) assim garantiu que doutrina e suas lit urgias são matérias 'interna corporis ', cabendo à Igreja resolver os seus conflitos entre seus membros. 2. Observado que os interessados não cumpriram com os requisitos mínimos, exigidos pela instituição religiosa, para a celebração do casamento, não há qu e se falar em constrangimento ou violação à intimidade, para fazer jus ao recebimento indenizatório por dano moral . 3. Resta configurada violação à honra objetiva da entidade religiosa que, mediante a atitude impensada dos autores/recorrentes, viu -se força da a realizar casamento religioso contra os seus dogmas e regulamentos (pedido contraposto procedente). (...) a ilustre julgadora singular julgou procedente o pedido contraposto formulado pela parte ré na contestação, condenando os autores ao pagamento do importe de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), a título de danos morais, corrigido monetariamente pelo INPC, a partir da prolação da sentença, com juros de mora a partir do evento danoso (arrombamento do Templo), no percentual de 1% ao mês, nos termos da S úmula 54 do STJ. (...) Os apelantes alegam que não violaram as normas internas da recorrida, sob o argumento de que no estatuto PL n.4949/2019 Apresentação: 10/09/2019 19:05 desta, não existe impedimento ou proibição de celebração de casamento de mulher grávida . Sob esta perspectiva, dizem que não há que se falar em impossibilidade jurídica do pedido declaratório. Aduzem que a celebração do casamento ocorreu na sede da recorrida, amparado por lei e por ordem judicial, transformando -se em ato jurídico perfeito. Sob essa ótica, verberam que não houve arr ombamento do Templo. (...) Em que pesem os argumentos suscitados pelos apelantes, analisando as provas consubstanciadas aos autos, razão não lhes assiste. O Calendário Eclesiástico 2004 (fl. 18), emitido pela instituição religiosa/apelada, precisamente na página 53, estabelece normas para uso do templo para cerimônias de casamento. Nesta linha de raciocínio, foi afirmado pelos autores/recorrentes que a primeira postulante, [nome], estava em período de gestação, circunstância esta que demonstra a primeira vi olação à regra de uso do templo, para a celebração de seu casamento. (...) Com efeito, imperioso registrar que a autora/recorrente, [nome], à época dos fatos, embora fosse membro da referida instituição, não estava em plena comunhão com a Igreja, pois conforme assevera a nobre magistrada sentenciante, “(...) notório e independe de provas que a religião evangélica não aceita as relações sexuais antes do casamento (…) sendo que este dogma é da Igreja e contra o qual o Estado não pode se v oltar a título de infringência às regras constitucionais.” (fl. 491/verso). (...) A segunda afronta ao regulamento da instituição religiosa/recorrida, resta consubstanciada no fato do cônjuge varão (apelante), à época, não professar nenhuma fé e não seguir nenhuma Igreja, ocas ião em que PL n.4949/2019 Apresentação: 10/09/2019 19:05 passou a frequentar o Templo da apelada após o namoro com a cônjuge virago. (...) Como se vê, de uma simples leitura do mencionado depoimento testemunhal, observa -se que em nenhum momento a apelada negou a celebrar o casamento, desde que fossem cumpridos os pressupostos exigidos pelos dogmas da instituição religiosa . (TJGO. 5ª Câmara Cível. Apelação Cível n. 58752 -10.2005.8.09.0051. Julgada em 18/08/2016) Perceba que, no caso, a mulher estava grávida, descumprindo normativa interna da igreja. O ra, as vontades pessoais não podem ser superiores aos comandos diretivos das organizações religiosas . Como bem ressaltou a juíza de 1º grau, em trecho reproduzido no acórdão: A Suplicada agiu no exercício regular de um direito, seguiu seus dogmas e respal dou suas decisões no calendário eclesiástico e condutas conhecidas mundialmente e de forma pública e notória. Os Autores não foram surpreendidos com as decisões do Pastor da Igreja Ré, uma vez que violaram as normas de conduta da religião a que pertenciam, as quais são de conhecimento geral e resolveram correr o risco, quanto a manutenção de relações sexuais antes do casamento, que resultaram na gravidez da Autora, de forma que não podem querer após descumprirem as regras impor a todos os membros da Igreja suas opiniões e vontades pessoais . (…) (…) Não houve prática de ato ilícito e a negativa da celebração do casamento dos Autores em seu Templo religioso não pode ser considerado ato discriminatório a ensejar direito a indenização por danos morais, considerando que não tratou de uma questão pessoal em relação a pessoa dos autores, mas de uma regra comum PL n.4949/2019 Apresentação: 10/09/2019 19:05 de conduta dirigida a todos aqueles que professam a mesma religião . Desta feita, apesar do louvo r da decisão em comento, é preciso deixar claro e expresso, em termos legislativos, toda a am plitude da liberdade religiosa. Idêntico raciocínio deve ser aplicado aos estabelecimentos particulares com acesso ao p úblico. A Suprema Corte dos Estados Unidos resolveu que um confeiteiro cristão pode se recusar a fazer bolo para casamento de pessoas do mesmo sexo, estabelecendo que a liberdade religiosa possui maior amparo que eventuais direitos antidiscriminação da comunidade LGBT . Porta nto, nosso objetivo pre cípuo com esse projeto é, além de conferir tratamento ao grupo vulnerável, manter intacta a liberdade religiosa. Pelo exposto, pedimos o apoio nos nob res pares para a aprovação deste Projeto que ora apresentamos nesta Casa . Sala das Sessões, de de 2019. PL n.4949/2019 Apresentação: 10/09/2019 19:05
PL 4089/2019
Altera a lei nº 13.756 para assegurar que 30% (trinta por cento) dos recursos recebidos pelo Comitê Olímpico Brasileiro e pelo Comitê Paralímpico Brasileiro a título de participação no produto da arrecadação das loterias federais sejam aplicados no esporte feminino.
direitos sociais
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REPUBLICANOS
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1778752
PROJETO DE LEI Nº , DE 2019 (Da Sra. MARIANA CARVALHO ) Altera a Lei nº 13.756, de 12 de dezembro de 2018, para assegurar que 3 0% ( trinta por cento) dos recursos recebidos pelo Comitê Olímpico Brasileiro e pelo Comitê Paralímpico Brasileiro a título de participação no produto da arrecadação das loterias federais sejam aplicados no esporte feminino. O Congresso Nacional decreta : Art. 1º O § 6º do art. 23 da Lei nº 13.756, de 12 de dezembro de 2018, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 23. ....................................................................................... ........................................................ ............................................. § 6º Além das hipóteses de aplicação de recursos referidas no caput deste artigo, o COB e o CPB deverão aplicar, no mínimo: I – 30% ( trinta por cento) dos recursos recebidos no esporte feminino; e II – 10% (de z por cento) dos recursos recebidos no fomento de eventos e competições esportivas, realização de treinamentos, manutenção, custeio, adequação e aperfeiçoamento de infraestrutura física nas instalações esportivas olímpicas e paralímpicas, inclusive naquela s sob sua gestão . ............................................................................................” (NR) Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação oficial. PL n.4089/2019 Apresentação: 12/07/2019 15:23 2 JUSTIFICAÇÃO A presente proposição tem por objetivo contribuir para a correção ou a mitigação de uma importante distorção no fomento do esporte brasileiro: a escassa destinação de recursos para o esporte feminino. Fato é que , tanto no âmbito do Poder Público quanto da iniciativa privada , os recursos destinados para o desenv olvimento do esporte feminino no Brasil ainda são pouco expressivos, sobretudo quando comparados aos valores que costumeiramente são destinados ao esporte masculino. Uma das soluções possíveis está ao alcance do Congresso Nacional. Como se sabe, a Lei nº 13.756, de 12 de dezembro de 2018, ao dispor sobre a destinação do produto da arrecadação das loterias, assegura ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) uma expressiva participação. Segundo os dados mais recentes dispon ibilizados pela Caixa Econômica Federal, os repasses a essas duas entidades, em 2017, totalizaram mais de R$ 350 milhões. Não há, contudo, qualquer garantia que tais recursos sejam destinados para o financiamento do esporte feminino. Nesse contexto, estamo s propondo que 30% ( trinta por cento) dos recursos recebidos pelo COB e pelo CPB sejam obrigatoriamente aplicados no esporte feminino. Entendemos que, com esse importante acréscimo de recursos, o esporte feminino poderá, finalmente, encontrar um apoio mais consistente do Estado brasileiro para seu desenvolvimento. Tendo em vista a grande relevância do tema, contamos com o apoio de nossos ilustres Pares para a aprovação da presente proposição. Sala das Sessões , em de de 2019 . Deputada MARIANA CARVALHO 2019 -13403 PL n.4089/2019 Apresentação: 12/07/2019 15:23
PL 1379/2019
Altera a lei de nº 8.036, de 1990 e lei Maria da Penha, para tratar sobre o fundo de garantia por tempo de serviço (FGTS), e torna facultativo o saque do FGTS à mulher trabalhadora vítima de violência doméstica.
economia
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https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1718024
Projeto de Lei nº 2019. Dispõe sobre a alteração da Lei de nº 8.036, de 11 de maio de 1990 e da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, para tratar s obre o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), e torna facultativo o saque do FGTS à mulher trabalhadora vítima de violência doméstica. O CONGRESSO NACIONAL DECRETA: Art. 1º. Fica acrescido o inciso XX ao art. 20 da Lei nº. 8.036, de 11 de maio de 1990, com a seguinte redação: Art.20. .......... ............................................................ ......................................... .................................................................................................. XX – à mulher trabalhadora vítima de violência doméstica . Art. 2º - O § 2º do art. 9º da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, passa a vigorar acrescido do seguinte inciso III: “Art.9º................................................................. §2º....................................................... ................ ............................................................................... III – saque dos valores de sua conta vinculada no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço” (NR) . Art. 3º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICAÇÃO As mulheres vítimas de violência doméstica carregam as marcas e traumas das agressões que muitas vezes não conseguem superar por praticamente toda a vida. Isso quando ela consegue sair viva de um relacionamento abusivo com o agressor. Muitas d elas perdem o convívio social, são privadas do contato familiar, e vivem como se fossem propriedades dos maridos, em um casamento, relacionamento de total sujeição ao companheiro. Um dos fatores que mais as sujeitam a esta total subserviência e as mantém e m um relacionamento abusivo em que são vítimas de todo tipo de violência é a dependência financeira total ou parcial do marido ou companheiro, muitas também pensam nos filhos e por não ter condições financeiras de recomeçar a sua vida mantêm -se junto ao ag ressor. Muitas vezes, o salário que a mesma ganha é insuficiente para pagar todos os gastos com alimentação, aluguel entre outros, e por esse motivo ela decide em continuar vivendo com o agressor. É necessário criar condições para que a mulher tenha maio r independência financeira para que em casos de agressões elas tenham o mínimo de amparo financeiro para conseguir recomeçar a sua vida. Neste prisma, a dependência financeira dela em relação ao agressor pode lhe custar a vida. Diante deste cenário muito c omum em todo o país é que proponho que a mulher vítima de violência doméstica possa fazer o saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e possa escolher entre viver ou morrer. Tudo que fizermos para tirar a mulher da condição de vulnerável economicamen te será mais uma chance da mesma viver. Hoje, o FGTS pode ser sacado nos casos de demissão, aposentadoria e morte, para aquisição de imóvel , quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for diagnosticado com câncer, HIV ou estiver em fase terminal de doença grave; quanto tiver mais de 70 anos , se for residente em área com calamidade pública decretada e para pessoa com deficiência adquirir órtese ou prótese. Com o intuito de dar a chance de sobrevivência a mulher é que apresentamos o presente Projeto de Lei e solicito o apoio dos ilustres pares para a sua aprovação. Sala das Sessões, em de de 201 9. Junior Bozzella (PSL/SP) Deputado Federal
PL 2283/2023
Altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940 (Código Penal), para aumentar a pena dos crimes de estupro de vulnerável.
dignidade sexual
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REPUBLICANOS
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2266463
CÂMARA DOS DEPUTADOS Deputado Federal MESSIAS DONATO ____________________________________________________________ PROJETO DE LEI Nº de 2023. (Do Sr. Messias Donato) Altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940 (Código Penal), para aumentar a pena dos crimes de estupro de vulnerável. O CONGRESSO NACIONAL DECRETA: Art. 1º O Decreto-lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940 (Código Penal) , passa a vigorar com as seguintes redações : “Estupro de vulnerável Art. 217-A. [...] Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos. [...] § 3o [...] Pena - reclusão, de 15 (quinze) a 30 (trinta) anos. § 4o [...] Pena - reclusão, de 30 (trinta) a 40 (quarenta) anos. (NR)” [...] § 6o O condenado por crime a que se refere o inciso VI, do parágrafo único deste artigo, deverá cumprir a pena integralmente em regime fechado. Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICATIVA: Referida proposição objetiva alterar o Decreto-Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940 (Código Penal), para aumentar a pena dos crimes de estupro de vulnerável, previstos no art. 217-A e § 1o, § 3o e § 4o. *CD235096912800* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Messias Donato Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD235096912800 PL n.2283/2023Apresentação: 02/05/2023 12:19:48.913 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS Deputado Federal MESSIAS DONATO ____________________________________________________________ Infelizmente temos constatado a reiteração, em todo o país, de casos envolvendo a prática de crimes sexuais contra nossas crianças e adolescentes, caracterizando o crime de “estupro de vulnerável”, tipo penal criado pela Lei nº 12.015 de agosto de 2009, e que comina penas que variam de reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos a reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos. Entretanto, as penas cominadas pelo Código Penal em agosto de 2009 para esses crimes absurdos e desumanos praticados contra nossas crianças e adolescentes, vítimas que se encontram em total situação de vulnerabilidade, parece não cumprir com o caráter punitivo- pedagógico da pena, também conhecido como inibitório, que tem como objetivo repreender a prática criminosa e, ao mesmo tempo, desestimular tal prática delituosa. Assim, nossa sociedade tem sido obrigada a lidar com esses casos absurdos, como o ocorrido no dia 29/04/2023, na cidade de Guarapari, no Estado do Espírito Santo, no qual uma menina de 02 anos morreu após ser estuprada, tendo o pai como suspeito. Esse tipo de crime causa perplexidade na sociedade e exige um maior rigor do nosso ordenamento jurídico, no sentido de inibir tais práticas delituosas abomináveis, razão pela qual propomos a majoração das penas cominadas para os crimes de “estupro de vulnerável”, previstos no art. 217-A e § 1º, § 3º e § 4º, alcançando-se a pena máxima de reclusão, de 30 (trinta) a 40 (quarenta) anos, se do estupro resultar na morte da vítima, respeitando-se o limite máximo da pena privativa de liberdade no Brasil, de 40 (quarenta) anos, conforme art. 75 do Código Penal. Por todo o exposto, submetemos à apreciação desta Casa o presente Projeto de Lei, contando, desde já, com indispensável apoio dos nobres pares. Sala das Sessões, de de 2023. DEPUTADO MESSIAS DONATO REPUBLICANOS/ES *CD235096912800* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Messias Donato Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD235096912800 PL n.2283/2023Apresentação: 02/05/2023 12:19:48.913 - Mesa
PL 4148/2021
Altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal - para incluir como condição qualificadora o aborto provocado por cônjuge ou companheiro.
direitos sexuais e reprodutivos
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CIDADANIA
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2110489
PROJETO DE LEI Nº , DE 2021 (Do Sr. Alex Manente) Altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal - para incluir como condição qualificadora o aborto provocado por cônjuge ou companheiro. O Congresso Nacional Decreta: Art. 1º O art. 125 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal – passa a vigorar com a seguinte redação: “Aborto provocado por terceiro Art. 125 ..................................................................... .................................................................................... Parágrafo único. Se o aborto for praticado contra cônjuge ou companheira, independentemente de coabitação: Pena - reclusão, de cinco a doze anos.” Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICATIVA A violência doméstica contra as mulheres tem aumentado no Brasil e no mundo, como indicam estudos promovidos por organização governamentais. Dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos apontam que, em 2020, 72% dos atendimentos realizados no canal disque denúncias estavam relacionados à violência doméstica e familiar. Os casos contra as mulheres somaram mais de 105 mil no último ano, o que corresponde a um atendimento a cada 5 minutos. Dada a alta frequência e incidência dos casos, torna-se necessário que o legislador desenvolva e incremente os mecanismos legais de proteção às mulheres. Assim, a proposta consignada visa agravar a pena da violência familiar perpetrada contra a mulher e o embrião quando o sujeito ativo for cônjuge ou companheiro. Não existem dados consolidados sobre o número de abortos provocados sem o consentimento das mães no Brasil, mas casos recentes chocaram o país por sua brutalidade e alertaram quanto à necessidade de fortalecimento das políticas de proteção das mulheres e dos fetos contra a violência familiar. Em outubro de 2021, uma jovem de 20 anos do interior de São Paulo, grávida de 7 meses, morreu após aborto químico provocado pelo marido. Em outro caso também ocorrido no interior de São, em novembro de 2020, o marido simulou o sequestro de sua mulher com o objetivo de *CD213423392700* Assinado eletronicamente, por delegação do(a) Dep. Alex Manente Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD213423392700 PL n.4148/2021Apresentação: 24/11/2021 10:30 - Mesaprovocar aborto, mas o ato acabou se agravando e culminou não apenas na interrupção da gravidez, mas no estupro da vítima. O aborto provocado por terceiros é tipo penal diverso, não se confunde com o aborto realizado com o consentimento da mãe. A diferença entre os tipos penais é clara: enquanto no aborto consentido a mãe é sujeito ativo (autor), no aborto provocado por outros a mãe se torna sujeito passivo (vítima) e sua vida e liberdade passam a ser, juntamente com a vida intrauterina, os objetos jurídicos tutelados. O aborto provocado por terceiros pressupõe o emprego de fraude, grave ameaça e/ou violência contra as mulheres, elementos que não estão presentes no aborto consentido. De igual forma, verificou-se a necessidade de acrescentar uma penalidade especial, qualificada, quando o aborto for praticado por cônjuge ou companheiro sem o consentimento da gestante. De acordo com o artigo 7º, III, da Lei 11.340/06 (Lei Maria da Penha), condutas que forcem as mulheres ao aborto constituem violência sexual doméstica e familiar. Assim, já existe uma distinção legal disposta em legislação especial para a violência praticada no âmbito domiciliar e familiar, ou seja, por quem goza de uma relação íntima e única de afeto e confiança com a vítima. Não há dúvidas de que o convívio e a relação íntima prévia entre o agressor e a vítima em uma violência sexual é elemento facilitador para a prática do crime. Assim, a agravante proposta é importante avanço, pois possibilita a avaliação diferenciada da pena para sua majoração como forma de desincentivo à prática. Na oportunidade, ofereço meus sentimentos a todas as vítimas desse tipo de violência irreparável, solicitando o apoio dos nobres Pares para a célere aprovação do projeto. Sala das Sessões, em 24 de novembro de 2021. Deputado Alex Manente Cidadania/SP *CD213423392700* Assinado eletronicamente, por delegação do(a) Dep. Alex Manente Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD213423392700 PL n.4148/2021Apresentação: 24/11/2021 10:30 - Mesa
PL 4986/2023
ALTERA A LEI Nº 14.541, DE 3 DE ABRIL DE 2023, PARA PREVER SALAS DE APOIO 24 HORAS EM MUNICÍPIOS QUE NÃO DISPONHA DE DELEGACIA ESPECIALIZADA DE ATENDIMENTO À MULHER.
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CÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete da Deputada Delegada Adriana Accorsi - PT/GO PROJETO DE LEI Nº , DE 2023 (Da Sra. DELEGADA ADRIANA ACCORSI) ALTERA A LEI Nº 14.541, DE 3 DE ABRIL DE 2023, PARA PREVER SALAS DE APOIO 24 HORAS EM MUNICÍPIOS QUE NÃO DISPONHA DE DELEGACIA ESPECIALIZADA DE ATENDIMENTO À MULHER. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º A Lei nº 14.541, de 3 de abril de 2023, passa a vigorar com a seguinte alteração: “Art. 4º No município onde não houver Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), a delegacia existente deve priorizar o atendimento da mulher vítima de violência por agente feminina especializada, em sala de apoio apartada do atendimento comum. § 1° as salas de apoio devem contar com uma equipe multidisciplinar. § 2° as salas de apoio devem contar com um local equipado para o recebimento de crianças e adolescentes que estão na companhia da vítima. § 3° o funcionamento das salas de apoio devem ser 24 horas diárias” (NR) Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. 1 *CD236499215000* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Delegada Adriana AccorsiPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD236499215000 PL n.4986/2023Apresentação: 16/10/2023 10:59:50.977 - MESACÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete da Deputada Delegada Adriana Accorsi - PT/GO JUSTIFICAÇÃO A Lei nº 14.541, de 3 de abril de 2023, teve como proposição originária o PL 781/2020 que, na redação aprovada na Câmara dos Deputados, trazia o seguinte § 3º ao art. 7º: § 3º Nos Municípios onde não houver os órgãos especializados referidos no caput deste artigo, a delegacia existente deve: I – priorizar o atendimento, por servidores previamente capacitados, à mulher vítima de violência doméstica e familiar e manter sempre disponível espaço reservado e adequado para o seu atendimento; II – funcionar ininterruptamente, inclusive em feriados e finais de semana, ainda que por meio de plantão de outras unidades policiais, enquanto não for efetivado o regime nas unidades especializadas. Na redação atual da lei, o art. 4º assim dispõe: Art. 4º Nos Municípios onde não houver Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), a delegacia existente deverá priorizar o atendimento da mulher vítima de violência por agente feminina especializada. Por essa razão apresentamos o presente projeto de lei, a fim de garantir o atendimento reservado à mulher vítima de violência, desejo aprovado nesta Casa, após intensos debates, o qual não foi consubstanciado na norma. Diante do exposto solicito o apoio dos dignos pares para aprovar o presente projeto de lei, como mais um mecanismo de proteção à mulher, visando a evitar sua revitimização. Por fim, visando garantir os direitos das nossas mulheres, encareço o apoio dos nobres Pares no sentido da aprovação da presente proposição. 2 *CD236499215000* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Delegada Adriana AccorsiPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD236499215000 PL n.4986/2023Apresentação: 16/10/2023 10:59:50.977 - MESACÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete da Deputada Delegada Adriana Accorsi - PT/GO Sala das Sessões, em de de 2023. Deputada DELEGADA ADRIANA ACCORSI (PT-GO) 3 *CD236499215000* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Delegada Adriana AccorsiPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD236499215000 PL n.4986/2023Apresentação: 16/10/2023 10:59:50.977 - MESA
PL 1319/2020
Aumenta as penas aplicáveis aos crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher, no caso de incidência da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. a pena Mínima e Máxima será o dobro do originalmente previsto, enquanto durar o período de Estado de Calamidade decretado em razão do Coronavírus (COVID19).
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PROJETO DE LEI Nº, DE 2020. (Do Sr. Delegado Antônio Furtado) Aumenta as penas aplicáveis aos crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher, no caso de incidência da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. a pena Mínima e Máxima será o dobro do originalmente previsto, enquanto durar o período de Estado de Calamidade decretado em razão do Coronavírus (COVID19). O Congresso Nacional decreta: Art. 1°. Esta lei Aumenta as penas aplicáveis aos crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher, no caso de incidência da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, a pena Mínima e Máxima será o dobro do originalmente previsto, enquanto durar o período de Estado de Calamidade decretado em razão do Coronavírus (COVID19). Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICAÇÃO Pesquisas recentes com relação a China apontaram que, durante o período do coronavírus, ouve um aumento considerável no índice de violência contra as mulheres. Também no Brasil isso verifica-se. No Rio de Janeiro, por exemplo ouve um aumento de 50% nos casos crimes com violência doméstica segundo dados do plantão judiciário. Neste sentido, o isolamento social por culpa do coronavírus acende um alerta sobre a violência doméstica e deixa as mulheres em situação de maior fragilidade. Antes mesmo da incidência da pandemia, cada dois minutos, uma mulher foi vítima de violência doméstica em 2019 no Brasil. Por dia, 180 mulheres *CD203564612000* PL n.1319/2020Apresentação: 31/03/2020 15:39levaram tapas, socos, pontapés, xingamentos e puxões de cabelo dentro dos seus próprio lares. Se por um lado, o isolamento social previne o avanço do coronavírus, por outro, deixa as vítimas mais próximas dos seus agressores. E lamentável que, em tempos de pandemia, as estatísticas sobre a violência doméstica, ao invés de estarem diminuindo, demonstrando que toda sociedade está unida, na verdade os dados estão crescendo de forma alarmante, razão pela qual imponha-se que a proteção legal seja majorada, afim de que os lares brasileiros não se transformem em palco cada vês mas insano de um quadro de uma terrível tragédia. Diariamente, mais de duas mil mulheres registram queixa no Brasil contra a violência de seus parceiros. Em mais da metade dos casos há tentativa de homicídio. O art. 44 da Lei Maria da Penha estabeleceu, no sistema jurídico brasileiro, o crime de violência doméstica, ao acrescentar os parágrafos 9o e 11 ao art. 129 do Decreto-lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal). É inquestionável o mérito da inclusão do crime de violência doméstica entre os crimes de lesão corporal, previstos no Código Penal. O aumento da pena máxima em relação ao crime de lesão corporal (art. 129 do Código Penal), de um para três anos, foi fundamental para distinguir o crime de violência doméstica da lesão corporal de menor potencial ofensivo. Por tais motivos, consideramos necessário o aumento dos patamares mínimo e máximo das penas dos crimes praticados com violência doméstica, vêz que precisamos, neste período de exceção, atender umas das funções mais importantes da aplicação da pena segundo o direito penal brasileiro, qual seja, a função preventiva que visa inibir, tanto quanto possível, a prática de novos crimes de violência doméstica. Contamos, portanto, com o apoio de nossos ilustres pares para a aprovação deste projeto de lei. Sala das Sessões, em de de 2020. Deputado Federal Delegado ANTÔNIO FURTADO PSL/RJ *CD203564612000* PL n.1319/2020Apresentação: 31/03/2020 15:39*CD203564612000* PL n.1319/2020Apresentação: 31/03/2020 15:39
PDL 252/2021
Susta os efeitos da Resolução nº 376, de 2 de março de 2021, do Conselho Nacional de Justiça, a qual “dispõe sobre o emprego obrigatório da flexão de gênero para nomear profissão ou demais designações na comunicação social e institucional do Poder Judiciário nacional.”.
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PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº ________ DE 2021 (Da Sra. Deputada CHRIS TONIETTO ) Susta os efeitos da Resolução nº 376, de 2 de março de 2021, do Conselho Nacional de Justiça, a qual “dispõe sobre o emprego obrigatório da flexão de gênero para nomear profissão ou demais designações na comunicação social e institucional do Poder Judiciário nacional.” . O CONGRESSO NACIONAL decreta: Art. 1º Este Decreto Legislativo tem por objeto a sustação dos efeitos da Resolução nº 376, de 2 de março de 2021, do Conselho Nacional de Justiça, a qual “dispõe sobre o emprego obrigatório da flexão de gênero para nomear profissão ou demais designações na comunicação social e institucional do Poder Judiciário nacional.” . Art. 2º Fica sustada, em sua integralidade e em seus efeitos, a Resolução nº 376, de 2 de março de 2021, do Conselho Nacional de Justiça, a qual “dispõe sobre o emprego obrigatório da flexão de gênero para nomear profissão ou demais designações na comunicação social e institucional do Poder Judiciário nacional.” . Art. 3º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICAÇÃO O presente Projeto de Decreto Legislativo tem por objetivo sustar a Resolução n° 376, de 2 de março de 2021, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que “dispõe sobre o emprego obrigatório da flexão de gênero para nomear profissão ou demais designações na comunicação social e institucional do Poder Judiciário nacional”1. Como é fartamente sabido e documentado por gerações de linguistas, filólogos e gramáticos, a utilização do gênero masculino, na língua portuguesa, para designar coletividades, além de muito antiga e pertencente às próprias raízes de nosso idioma pátrio, 1 https://atos.cnj.jus.br/files/original1229362021030560422430ecd5f.pdf - Acesso em 16 de junho de 2021 Câmara dos Deputados | Anexo IV – 4º andar – Gabinete 446 | 70100-970 Brasília DF Tel (61) 3215-5446 | dep.christonietto@camara.leg.brCÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete da Deputada CHRIS TONIETTO – PSL/RJ *CD213061271600* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Chris Tonietto Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD213061271600 PDL n.252/2021Apresentação: 17/06/2021 10:14 - Mesamarcando sua índole e identidade, constitui um preceito da chamada norma culta da língua portuguesa, tradicionalmente utilizada para a comunicação institucional e formal. Ademais, é preciso atentar para o grave risco das alterações sucessivas na norma culta do idioma, especialmente quando não refletem alterações espontâneas de seus falantes, mas provêm de considerações políticas ou ideológicas. A reforma ortográfica de 2009, amplamente criticada, no Brasil e em Portugal, por inúmeras autoridades nos ramos da Linguística, da Filologia e da Gramática, constitui um exemplo recente de modificação desastrosa nas normas ortográficas da língua portuguesa, concebida para “unificar” as ortografias de Brasil e Portugal (tendo as distanciado ainda mais, na prática). O resultado mais impactante está na perda do senso de identidade da língua, e no progressivo afastamento do brasileiro contemporâneo do legado literário de nossa nação, bem como a crescente dificuldade, por parte do cidadão brasileiro, de domínio da norma culta. Trata-se, do mesmo modo, de uma irresponsável inversão de prioridades. Não se pode submeter a considerações político-ideológicas acerca da chamada “igualdade de gênero” um idioma de quase mil anos, que já provou sua capacidade de adaptação aos mais diversos contextos históricos, sociais e culturais. O aprendizado da língua nacional, essencial para a própria formação cognitiva do cidadão brasileiro, deve vir em primeiro lugar. Também não há qualquer perspectiva concreta de ganhos para as mulheres brasileiras no que diz respeito à sua posição na sociedade, e no combate a quaisquer preconceitos. Regra de origens imemoriais, a utilização do gênero masculino nas coletividades não é vista pela grande maioria das mulheres como fruto de uma “disparidade de gênero” ou de alguma forma de “machismo”. Deste modo, cremos necessária e urgente a sustação da referida Resolução, radicalmente contrária aos princípios e à índole de nosso idioma, e que poderá trazer, a longo prazo e combinada com outras medidas semelhantes, grave ameaça para a própria integridade da língua portuguesa. No mais, cabe lembrar a responsabilidade desse Parlamento – evidenciada conforme mandamento constitucional – em zelar pela preservação do equilíbrio entre os três poderes da União e pela sua competência legislativa: Câmara dos Deputados | Anexo IV – 4º andar – Gabinete 446 | 70100-970 Brasília DF Tel (61) 3215-5446 | dep.christonietto@camara.leg.brCÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete da Deputada CHRIS TONIETTO – PSL/RJ *CD213061271600* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Chris Tonietto Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD213061271600 PDL n.252/2021Apresentação: 17/06/2021 10:14 - Mesa“Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. ” “Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: ............................................................. XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros Poderes; ” Portanto, instamos os nobres pares para que seja sustada a Resolução nº 376, de 2 de março de 2021, do Conselho Nacional de Justiça . Sala das Sessões, 17 de junho de 2021. Deputada CHRIS TONIETTO PSL/RJ Câmara dos Deputados | Anexo IV – 4º andar – Gabinete 446 | 70100-970 Brasília DF Tel (61) 3215-5446 | dep.christonietto@camara.leg.brCÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete da Deputada CHRIS TONIETTO – PSL/RJ *CD213061271600* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Chris Tonietto Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD213061271600 PDL n.252/2021Apresentação: 17/06/2021 10:14 - Mesa
PL 6068/2023
Regulamenta as licenças maternidade e paternidade asseguradas pelo art. 6º, 7º, XIX, 201, II, e 203, I da Constituição e dá outras providências.
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PROJET O DE LEI nº , DE 2023 Regulamenta as licenças maternidade e paternidade asseguradas pelo art. 6º, 7º, XIX, 201, II, e 203, I da Constituição e dá outras providências. O CONGRESSO NACIONAL decr eta: Art. 1º. Esta Lei regulamenta as licenças maternidade e paternidade asseguradas pelo art. 6º, 7º, XIX, 201, II, e 203, I da Constituição, dispõe sobre a proteção à maternidade e a paternidade e estabelece os períodos de gozo da licença parental. Art. 2º. A licença parenta é constituída pela licença maternidade e licença paternidade, e será concedida ao trabalhador e trabalhadoras nos termos desta Lei e demais normas legais aplicáveis. Art. 3º É assegurada ao trabalhador ou trabalhadora licença parental de: I – cento e oitenta dias, a contar do nascimento de filho, para a mãe; II – sessenta dias úteis, a contar do nascimento de filho, para o pai; III – trinta dias adicionais por gêmeo, para a mãe, ou dois dias úteis por gêmeo, para o pai, no caso de nascimento múltiplo. § 1º O período de licença parental devido ao pai poderá ser fracionado em até três períodos, sendo o primeiro período de vinte dias úteis de gozo obrigatório a contar da data do nascimento de filho. § 2º É facultado ao pai, mediante comunicação conjunta aos respectivos empregadores, partilhar até 30 (trinta) dias úteis de licença parentalidade com a mãe, acrescendo-se esse período ao período de licença parental da mãe de que tratam os incisos I e III do “caput”. § 3º É facultado à mãe antecipar o gozo da licença parental a partir do 28º (vigésimo oitavo) dia antes do parto, mediante apresentação de atestado médico que indique a data previsível do parto. § 4º No caso de falecimento ou incapacidade física ou psíquica da mãe, é assegurado ao cônjuge ou convivente marital estável o gozo de licença por todo o período da licença-maternidade ou pelo tempo restante a que teria direito a mãe, exceto no caso de falecimento do filho ou de seu abandono. § 5º Em caso de interrupção da gravidez, a trabalhadora tem direito a licença com duração entre 14 e 30 dias, mediante a apresentação ao empregador de atestado médico com indicação do período da licença. § 6º Em caso de parto prematuro, será acrescido ao período de duração da licença maternidade o período de internação da criança. *CD235534837800* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Arlindo ChinagliaPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD235534837800 PL n.6068/2023Apresentação: 15/12/2023 15:50:04.823 - Mesa§ 7º Em caso de filho com deficiência, o prazo de licença é concedido em dobro, assegurado o compartilhamento do período total pelos titulares do poder familiar , de forma alternada. § 8º Na ocorrência de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, o período de licença fica reduzido para trinta dias, mantidos os demais direitos estipulados no caput . § 9º A concessão voluntária pelo empregador de período superior ao estabelecido no caput , gera direito ao benefício tributário previsto no art. 5º da Lei nº 11.770, de 9 de setembro de 2008, pelo período de extensão, até o limite de doze meses. Art. 4º. É obrigatório o gozo pelo pai de uma licença parental de vinte dias úteis, consecutivos, nos 30 (trinta) dias seguintes ao nascimento do filho. Parágrafo único. Após o gozo da licença prevista “caput”, o pai tem ainda direito a 40 (quarenta) dias úteis de licença, seguidos ou interpolados, desde que gozados em simultâneo com o gozo da licença parental por parte da mãe, observado o disposto no § 2º do art. 3º. Art. 5º Em caso de adoção de menor de até 15 (quinze) anos incompletos, os adotantes têm direito à licença referida nos incisos I e II do art. 3º. § 1º. No caso de adoções múltiplas, simultâneas, o período de licença referido no caput é acrescido de 30 dias por cada adoção além da primeira, no caso da mãe, e de 2 dias úteis, no caso do homem. § 2º Em caso de incapacidade ou falecimento do adotante durante a licença, o cônjuge sobrevivente terá o direito à licença correspondente ao período não gozado pelo incapacitado ou falecido. § 3º A licença ao adotante tem início a partir da decisão judicial ou administrativa que conceda a guarda do filho. Art. 6º No caso de casais homoafetivos, a duração total da licença parentalidade, somados ambos os membros do casal, equivalerá à soma dos períodos de que trata o art. 2º, “caput’, independentemente do gênero, facultado o compartilhamento entre ambos dos períodos de gozo mediante comunicação prévia ao empregador . Art. 7º Aplica-se à licença-paternidade, no que couber , o disposto na Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, relativo ao salário-maternidade. Art. 8º A Consolidação das Leis do Trabalho (CL T), aprovada pelo Decreto- Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 392. A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 180 (cento e oitenta) dias, sem prejuízo do emprego e do salário. ...................................................................... *CD235534837800* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Arlindo ChinagliaPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD235534837800 PL n.6068/2023Apresentação: 15/12/2023 15:50:04.823 - Mesa§ 3o Em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos 180 (cento e oitenta) dias previstos neste artigo. ...................................................................... ” (NR) “Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: ...................................................................... III - por 60 (sessenta) dias úteis consecutivos, em caso de nascimento de filho, de adoção ou de guarda compartilhada; ...................................................................... ” (NR) “Art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes direitos: ...................................................................... XIII - licença-maternidade com a duração mínima de cento e oitenta dias; ...................................................................... ” (NR) Art. 9º. Esta lei entra em vigor na data da sua publicação, aplicando-se o nela disposto aos trabalhadores e trabalhadoras que estejam em gozo de licença maternidade ou paternidade. JUSTIFICAÇÃO Após 11 anos de espera, o Supremo Tribunal Federal conclui em 14 de dezembro de 2023 o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) 20, promovida pela CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES NA SAÚDE – CNTS, questionando a omissão do Poder Legislativo na regulamentação do direito à licença-paternidade assegurado na Constituição Federal. Nessa decisão histórica, o STF não determinou os meios para o exercício do direito, mas fixou prazo de 18 meses para que o Congresso Nacional edite lei sobre a matéria, após o qual, sem a aprovação de norma legal regulamentadora, a corte voltará a apreciar o tema. Conforme apontado pela Autora da ADO 20, apesar de a Constituição de 1988 ter previsto o direito à licença-paternidade, a medida nunca foi regulamentada em lei própria. Por isso, continua sendo aplicada a licença de cinco dias prevista no parágrafo 1º do artigo 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). *CD235534837800* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Arlindo ChinagliaPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD235534837800 PL n.6068/2023Apresentação: 15/12/2023 15:50:04.823 - MesaE mesmo a licença maternidade, que foi fixada em 120 dias nos termos da Lei nº 10.421, de 15.04.2002, que alterou o artigo 392 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), é ainda deferida de forma desigual. Para as trabalhadoras cujas empresas tenham aderido ao Programa Empresa Cidadã, instituído pela Lei nº 11.770, de 9 de setembro de 2008, ou para as servidoras públicas, a licença-maternidade é de 180 dias. E, no caso da licença paternidade, para os empregados dessas empresas, o período de 5 dias pode passar a ser de 20 dias. Ao reconhecer a mora legislativa e fixar o prazo para que a Constituição seja regulamentada, com 35 anos de atraso a Suprema Corte adota decisão fundamental, que permitirá que, com a celeridade necessária, a lacuna seja superada. Com efeito, como apontado pelo Presidente do STF, Min. Roberto Barroso, a licença de cinco dias prevista no parágrafo 1º do artigo 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) há mais de três décadas é manifestamente insuficiente e não reflete a evolução dos papéis desempenhados por homens e mulheres na família e na sociedade. A presente proposição legislativa que ora apresentamos, e que tem conteúdo similar a proposição apresentada no Senado Federal pelo Senador Paulo Paim (PT-RS), visa contribuir para que seja atendida a decisão judicial, modernizando a legislação aplicável às licenças gestante e adotante e ampliando a licença paternidade. Ela se fundamenta, em parte, na legislação adotada em Portugal, desde 2009, pelo Código do Trabalho, mas, também, nas propostas apresentadas no âmbito da Sugestão nº 18, de 2018, que propõe o novo Estatuto do Trabalho, sob exame do Senado Federal. Porém, embora a legislação portuguesa estabeleça período para a licença paternidade de vinte dias úteis, consideramos que, dados os elementos considerados pelo Supremo Tribunal Federal, notadamente a possibilidade de que ambos – pai e mãe – tenham direito ao mesmo período de licença, e no sentido de uma maior aproximação de direitos, mostra-se recomendável que o prazo da licença paternidade, como modalidade de licença parental – seja fixada em, ao menos, 60 dias úteis, cabendo à mãe, porém, o período de 180 dias, como ocorre nos termos da Lei nº 1 1.770, de 2008. Nos termos da presente proposta, atualizamos a legislação, com inspiração na legislação portuguesa, adotando-se, entre outras medidas, a extensão da licença no caso de partos ou adoções múltiplas, em 30 dias por gêmeo, para a mãe, e dois dias úteis para o pai. Assegura-se, porém, o direito ao fracionamento da licença paternidade, a ser gozada integralmente durante o gozo da licença pela mãe, mas com a obrigatoriedade de licença do pai nos primeiros 20 dias a contar do nascimento ou adoção. Permitimos, ainda, que a licença do pai possa ser compartilhada com a mãe, ou seja, ele poderá reduzir o período de licença paternidade, a partir do 3º dia, repassando esse direito à mãe, com a extensão de sua licença pelo período compartilhado. É solução mais adequada às necessidades familiares, flexibilizando o direito do pai, mas em benefício da família. Propomos, ainda, que no caso de casais homoafetivos, a duração total da licença parentalidade, somados ambos os membros do casal, equivalerá à soma dos períodos *CD235534837800* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Arlindo ChinagliaPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD235534837800 PL n.6068/2023Apresentação: 15/12/2023 15:50:04.823 - Mesade que seriam deferidos aos casais heteroafetivos, independentemente do gênero, facultado o compartilhamento entre ambos dos períodos de gozo mediante comunicação prévia ao empregador . Assegura-se, assim, a igualdade de tratamento, em qualquer situação. Ajustamos, também, os artigos 392, 473 e 611-B da CLT, de forma a assegurar a coerência das normas aplicáveis. Com essa proposta, que consideramos razoável, justa e equânime, esperarmos contribuir para que o Congresso Nacional dê resposta tempestiva ao Poder Judiciário, exercendo o seu papel e afastando uma mora legislativa incompreensível e inaceitável e cumprindo o desiderato da Carta de 1988. Esperamos, assim, contar com o apoio dos Ilustres Pares. Sala das Sessões, DEPUT ADO ARLINDO CHINAGLIA *CD235534837800* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Arlindo ChinagliaPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD235534837800 PL n.6068/2023Apresentação: 15/12/2023 15:50:04.823 - Mesa
PL 3553/2020
Institui diretrizes para serviços de proteção e atendimento especializado a gestantes dependentes químicas a serem criados no âmbito da Proteção Especial da Assistência Social, e dá outras providências .
direitos sexuais e reprodutivos
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CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE LEI Nº , DE 2020 (Do Sr. MARRECA FILHO) Institui diretrizes para serviços de proteção e atendimento especializado a gestantes dependentes químicas a serem criados no âmbito da Proteção Especial da Assistência Social, e dá outras providências. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta Lei institui diretrizes para serviços de proteção e atendimento especializado a gestantes dependentes químicas a serem criados no âmbito da Proteção Especial da Assistência Social. Art. 2º Deverá o poder público promover a criação de serviços de proteção e atendimento especializado a gestantes dependentes químicas, com caráter intersetorial e inseridos na Política Nacional de Assistência Social, visando a acolher, atender e recuperar gestantes dependentes químicas em situação de ameaça à vida ou violação de direitos. Parágrafo único. Os serviços designados no caput serão desenvolvidos de forma articulada pelos entes federados, com a participação da sociedade civil, de modo a contribuir para a retirada das gestantes dependentes químicas da rua, oferecendo-lhes abrigo para que possam ter seus filhos em segurança, garantindo, assim, o bem-estar e os direitos da gestante e do nascituro. Art. 3º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICAÇÃO *CD205721513600*Documento eletrônico assinado por Marreca Filho (PATRIOTA/MA), através do ponto SDR_56083, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.3553/2020Apresentação: 30/06/2020 12:20 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS O presente Projeto de Lei é a reapresentação do Projeto de Lei nº 7.142, de 2017, de autoria do ilustre Deputado Francisco Floriano, que procurava alterar “a Lei nº 8.742, de 07 de dezembro de 1993, que dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências, para instituir o Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Gestantes Dependentes Químicas (Paege)”, mas foi arquivado ao final da Legislatura passada. Optamos, no entanto, propor os termos do substitutivo apresentado pela ilustre Deputada Rosinha da Adefal, que havia sido designada relatora da matéria no âmbito da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, órgão que não chegou a apreciar o parecer por ela apresentado. O Projeto de Lei nº 7.142, de 2017, vinha acompanhado da seguinte justificação, que ainda se mostra plenamente válida e pertinente: Pesquisas recentes apontam que os homens são maioria entre os usuários de crack. Mas as mulheres começam a aparecer cada vez mais nas estatísticas, vendendo ou consumindo a droga. Entre elas, é alto o número de gestantes. Um estudo feito pelo Ministério da Justiça aponta que, das mulheres viciadas em crack que responderam a pesquisa, 23% afirmam ter engravidado de duas a três vezes. Outras 17% dizem ter ficado grávidas uma vez; e 6,5%, quatro vezes ou mais. No levantamento, 40% das pessoas ouvidas informaram não ter usado preservativo em nenhuma das relações sexuais, no mês anterior ao estudo. O desafio das equipes de saúde é levar as gestantes até os consultórios médicos. Pelo consumo do crack, a gravidez é considerada de alto risco. A falta de acompanhamento pode gerar consequências graves para a mãe ou para bebê e até levar à morte. A obstetra Raquel Tavares explica que além dos riscos habituais a qualquer gestante, como pré-eclampsia e diabetes gestacional, as dependentes químicas têm o risco da intoxicação pela droga. “O crack causa sobrecarga cardíaca, pode levar ao enfarte, a distúrbios hemorrágicos. A gestante usuária tem risco maior de apresentar sangramento depois do parto”, analisa (Fonte: http://g1.globo.com/minasgerais/noticia/2014/08/23-das- *CD205721513600*Documento eletrônico assinado por Marreca Filho (PATRIOTA/MA), através do ponto SDR_56083, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.3553/2020Apresentação: 30/06/2020 12:20 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS mulheres-viciadas-em-crack-engravidaram-2-ou-3-vezesdiz- estudo.html) O impacto do crack na gestação tem sido objeto de vários estudos nas últimas três décadas e os resultados mais recentes mostram que não há dúvida de que pode haver efeitos devastadores. Mas não podemos definir o quanto é do crack, isoladamente, e o quanto está relacionado a maus hábitos que a gestante desenvolveu por conta da dependência", diz a médica Silvia Regina Piza Jorge, chefe da clínica de pré-natal da Santa Casa de São Paulo. Os bebês dessas mulheres tendem a nascer prematuros e com atraso de desenvolvimento. Também têm mais chances de apresentar sequelas neurológicas, retardo mental, deficit de aprendizagem e hiperatividade. A preocupação dos especialistas é que os bebês não fiquem estigmatizados. "Não se deve criar uma expectativa negativa sobre o futuro desses bebês. Um ambiente afetuoso, estimulante e acolhedor é essencial para desenvolver o potencial de qualquer criança", diz o psiquiatra infantil Ronaldo Rosa. Grávidas usuárias de crack também sofrem mais riscos de aborto, hemorragias e de descolamento de placenta. A situação é agravada porque a maioria delas não faz o pré- natal. "São pacientes em uma grave situação de vulnerabilidade social, com rompimento de laços com a família e com a comunidade", diz Corintio Mariani Neto, diretor da maternidade estadual Leonor Mendes de Barros. "É uma aberração. A gente não vê essa situação em outros países do mundo", afirma o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, referindo-se às grávidas da cracolândia. Estudo da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) com dez grávidas que vivem na cracolândia, obtido com exclusividade pela Folha, mostra que apenas duas estão fazendo o pré-natal. Todas elas engravidaram na região central de São Paulo. No mês passado, quando foram feitas as entrevistas da Unifesp, sete estavam entre o quarto e o sexto mês de gestação. Apenas uma concluiu o ensino fundamental. Cinco das gestantes sabem quem é o pai do filho: parceiros do crack. Oito já tinham filhos e três haviam sofrido abortos anteriores. Seis grávidas fumavam até dez pedras por dia. As demais chegavam a consumir 20 pedras. Metade das *CD205721513600*Documento eletrônico assinado por Marreca Filho (PATRIOTA/MA), através do ponto SDR_56083, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.3553/2020Apresentação: 30/06/2020 12:20 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS gestantes financia o consumo de crack pedindo esmola e ou trocando sexo pela droga. Segundo o psiquiatra Marcelo Ribeiro, coordenador do estudo, metade das grávidas aceitaria tratamento para dependência química, mas grande parte (sete) acha que consegue parar sem a necessidade de internação. Se a cracolândia acabasse, para onde você iria?, perguntaram os pesquisadores. Todas responderam: para outra cracolândia ou para qualquer outro lugar que tenha crack. Shirley Inojoza, missionária da igreja Batista no projeto Cristolândia, que trabalha com viciados em crack na região da cracolândia, diz que é difícil conseguir vagas em clínicas de recuperação para mulheres grávidas. "As clínicas não aceitam porque não têm o que fazer com o bebê." Por ainda estarem nas ruas, essas mulheres perdem a guarda dos bebês logo na maternidade, segundo ela. Os hospitais, para proteção da criança, não liberam a criança nessas condições. "Quando eles perdem o bem mais precioso de suas vidas, se afundam ainda mais nas drogas. É um círculo vicioso", relata Shirley. Um levantamento feito na maternidade estadual Leonor Mendes de Barros, a maior da zona leste de São Paulo, aponta um aumento no número de mães dependentes de crack e cocaína que perdem a tutela de seus bebês. Em 2010, o hospital encaminhou para a Vara da Infância 43 crianças. Em 2007, foi um caso. Em 2008, 15, e, em 2009, 26. No primeiro trimestre de 2011, o hospital registrou 14 perdas da tutela. (Fonte: SOGESP - Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo. Acesso http://www.sogesp.com.br/noticias/deu-namidia/gravidas-do- crack) Nove entre dez bebês de berçário municipal em Ramos nasceram de grávidas viciadas em crack. Muitos sentem até dores pela „abstinência‟. Ser filho de mãe viciada é correr o risco de nascer com crise de abstinência. È importante lembrar que, a assistência social tem por objetivos a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente: a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice. (Art. 2º da LOAS) *CD205721513600*Documento eletrônico assinado por Marreca Filho (PATRIOTA/MA), através do ponto SDR_56083, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.3553/2020Apresentação: 30/06/2020 12:20 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS Nesse contexto, merece destaque uma iniciativa pioneira que contempla a retirada da mulher das ruas, o tratamento de nove meses, desintoxicação, capacitação profissional, encaminhamento para o mercado de trabalho e reinserção social. Trata-se do Projeto “Mães fora das drogas”, de autoria da vereadora Noemia Rocha, da cidade de Curitiba/PR, que visa a implantação de Centro especializado no atendimento à grávidas dependentes químicas na cidade A parlamentar destacou a importância da realização de ações de combate às drogas e cobrou investimento para construção de casa de apoio, recuperação e reabilitação de usuários de drogas e dependentes químicos como equipamento público. A proposta contempla a retirada da mulher das ruas, o tratamento de nove meses, desintoxicação, capacitação profissional, encaminhamento para o mercado de trabalho e reinserção social. Noemia lembrou que sua sugestão à Fundação de Ação Social (FAS) foi citada pela revista Carta Capital na reportagem “De grão em grão”, que abordou a participação dos evangélicos na política brasileira. “Estou literalmente me sentindo vereadora desta cidade. Seremos referência no país. Vamos mudar a vida de pessoas, de mães, de crianças que estão para nascer. Isso é grandioso demais. Vamos mudar a história dessas crianças que poderiam nascer como dependentes químicos”, comemorou. Para ela, a ideia “desponta em um momento em que a sociedade brasileira clama por medidas urgentes para a prevenção do uso de substâncias entorpecentes”, ela complementa dizendo que “o olhar diferenciado voltado para as gestantes e seus filhos, vislumbra um futuro melhor às crianças e adolescentes, pois é sabido que o uso de drogas pelas gestantes acaba comprometendo a integridade física e mental dos nascituros, que poderão ficar com predisposição ao uso de substâncias entorpecentes.” Não podemos fechar os olhos para a triste e perversa realidade do crack que tem atingido cada vez mais as jovens do nosso país. Se não fizermos nada agora, arcaremos com os custos materiais e sociais de uma geração de filhos do crack. Nesse sentido, avaliamos como pertinente e adequada a proposição de uma política pública, estruturada e com algum grau de *CD205721513600*Documento eletrônico assinado por Marreca Filho (PATRIOTA/MA), através do ponto SDR_56083, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.3553/2020Apresentação: 30/06/2020 12:20 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS uniformização no país, voltada especificamente para a atenção e cuidado com a gravidez de mulheres dependentes químicas e moradoras de ruas, muitas usuárias de crack, e também com a preservação do vínculo e convívio familiar com seus filhos recém-nascidos. É preciso, que a devida orientação seja dada a essas mulheres, a fim de permitir tenham condições de viver plenamente sua maternidade após o parto. Assim, propomos articular os serviços de proteção e atendimento especializado a gestantes dependentes químicas dentro do Sistema Único de Assistência Social, mais precisamente no âmbito da Proteção Especial da Assistência Social. Convictos da importância e da urgência da iniciativa proposta, contamos com o apoio dos nobres pares para a aprovação do Projeto. Sala das Sessões, em de de 2020. Deputado MARRECA FILHO *CD205721513600*Documento eletrônico assinado por Marreca Filho (PATRIOTA/MA), através do ponto SDR_56083, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.3553/2020Apresentação: 30/06/2020 12:20 - Mesa
PL 2719/2021
Proíbe que planos e seguros privados de assistência à saúde exijam consentimento do companheiro para a inserção de Dispositivo Intrauterino (DIU) ou Sistema Intrauterino (SIU) em mulheres casadas, em união estável ou qualquer forma de relacionamento afetivo.
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CÂMARA DOS DEPUTADOS - 56º LEGISLATURA DEPUTADO FEDERAL RICARDO SILVA PROJETO DE LEI Nº , DE 2021. (Do Sr. RICARDO SILVA) Proíbe que planos e seguros privados de assistência à saúde exijam consentimento do companheiro para a inserção de Dispositivo Intrauterino (DIU) ou Sistema Intrauterino (SIU) em mulheres casadas, em união estável ou qualquer forma de relacionamento afetivo. O CONGRESSO NACIONAL decreta: Art. 1º - Fica proibido que planos e seguros privados de assistência à saúde exijam consentimento do companheiro para a inserção de Dispositivo Intrauterino (DIU) ou Sistema Intrauterino (SIU) em mulheres casadas, em união estável ou qualquer forma de relacionamento afetivo . Art. 2º - O descumprimento do disposto nesta lei sujeita os planos e seguros privados de assistência à saúde às penas previstas na Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998. Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICAÇÃO O presente projeto de lei tem o objetivo de proibir que planos e seguros privados de assistência à saúde exijam consentimento do companheiro para a inserção de Dispositivo Intrauterino (DIU) ou Sistema Intrauterino (SIU) em mulheres casadas, em união estável ou qualquer forma de relacionamento afetivo . Desde os anos 60, com o lançamento das primeiras pílulas anticoncepcionais, a gestação passou a ser encarada como um fenômeno biológico que pode ser alcançado quando desejado. O dispositivo intrauterino (DIU) e o Sistema Intrauterino (SIU) são métodos anticoncepcionais reversíveis, de longa duração, e de alta eficácia que permite o planejamento da gravidez. Pág: 1 de 2 Câmara dos DeputadosPraça dos Três Poderes, Anexo IV – Gabinete 904Brasília / DF – Cep. 70.160-900 – E-mail: dep.ricardosilva@camara.leg.br Fones: (61) 3215-5904 *CD219591752900* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Ricardo Silva Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD219591752900 PL n.2719/2021Apresentação: 05/08/2021 13:24 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS - 56º LEGISLATURA DEPUTADO FEDERAL RICARDO SILVA Os direitos reprodutivos determinam que toda mulher tem direito de decidir se quer ou não ter filhos e em qual momento da vida. Ademais, homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos da Constituição Federal de 1988, não cabendo ao homem o direito de interferir na liberdade da mulher em escolher engravidar ou não, mediante expressão de consentimento na inserção de métodos contraceptivos. Contudo, é sabido que ainda hoje existem seguros de saúde exigem consentimento do marido para inserção do DIU em mulheres casadas, ainda que não haja nenhuma previsão legal para tal exigência1. Por todo o exposto, solicito aos nobres deputados o apoio para a aprovação deste necessário Projeto de Lei, o mais urgente possível. Sala da Comissão, 05 de agosto de 2021 _______________________________________ Deputado RICARDO SILVA 1 https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2021/08/seguros-de-saude- exigem-consentimento-do-marido-para-insercao-do-diu-em-mulheres- casadas.shtml Pág: 2 de 2 Câmara dos DeputadosPraça dos Três Poderes, Anexo IV – Gabinete 904Brasília / DF – Cep. 70.160-900 – E-mail: dep.ricardosilva@camara.leg.br Fones: (61) 3215-5904 *CD219591752900* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Ricardo Silva Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD219591752900 PL n.2719/2021Apresentação: 05/08/2021 13:24 - Mesa
PL 242/2020
Altera o Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, que aprova a Consolidação das Leis do Trabalho, para que, em caso de recém-nascido com deficiência, sejam prorrogados os prazos de estabilidade provisória, de licença-maternidade e de licença-paternidade.
maternidade
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PL 2688/2020
Altera a Lei N° 11.340, de 7 de agosto de 2006, para estabelecer medidas excepcionais de proteção à mulher e para o enfrentamento à violência doméstica e familiar durante estado de calamidade pública ou situação de emergência declarados pelo Poder Público.
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https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1894191
PROJETO DE LEI Nº________, DE 2020 (Da Sra. ERIKA KOKAY) Altera a Lei N° 11.340, de 7 de agosto de 2006, para estabelecer medidas excepcionais de proteção à mulher e para o enfrentamento à violência doméstica e familiar durante estado de calamidade pública ou situação de emergência declarados pelo Poder Público. O Congresso Nacional decreta: Art. 1° Esta Lei Altera a Lei N° 11.340, de 7 de agosto de 2006- Lei Maria da Penha, para estabelecer medidas excepcionais de proteção à mulher e para o enfrentamento à violência doméstica e familiar durante estado de calamidade pública ou situação de emergência declarados pelo Poder Público. Art. 2° Acrescente-se o artigo 9°-A à Lei n° 11.340, de 7 de agosto de 2006, com a seguinte redação: “Art. 9°-A Durante estado de calamidade pública ou situação de emergência declarados pelo Poder Público, será criada plataforma eletrônica na Rede Mundial de Computadores exclusiva para o recebimento, processamento e encaminhamento aos órgãos competentes de denúncias de vítimas de violência doméstica e familiar, para adoção das medidas administrativas ou judiciais cabíveis. §1° O acesso às medidas protetivas durante o período de que trata o caput poderá ser feito mediante solicitação virtual. §2° Para o fiel cumprimento do disposto nesta Lei e com vistas a conferir maior celeridade ao atendimento da mulher em situação de violência doméstica e familiar, será automaticamente concedida a solicitação realizada mediante a plataforma eletrônica de que trata o caput deste artigo. §3° Sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados, a concessão de novas medidas protetivas de urgência *CD203907084900*Documento eletrônico assinado por Erika Kokay (PT/DF), através do ponto SDR_56407, e (ver rol anexo), na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.2688/2020Apresentação: 14/05/2020 19:36ou revisão daquelas já concedidas, poderá ocorrer igualmente de forma automática, a pedido da vítima.” (NR) Art. 3° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICAÇÃO A violência doméstica e familiar em tempos de pandemia constitui grave problema social que recrudesce de forma assustadora ao longo dos últimos meses. A perda de empregos decorrente da crise afeta principalmente as mulheres, que se concentram no setor de serviços1, o mais afetado pela crise. No Brasil, mulheres são mais sujeitas à informalidade do que homens2. Mais de 90% dos trabalhadores domésticos, mais vulneráveis economicamente na crise, são mulheres. Mais de 70% são negros3, indicando a maior precariedade do emprego da mulher negra4. No contexto nacional, é urgente a adoção de medidas considerando a posição brasileira nos rankings mundiais de violência doméstica e feminicídio. A taxa anual de feminicídios é de 2,3 mortes para cada grupo de 100 mil mulheres no mundo, e de 4 mortes para 100 mil mulheres no Brasil. Em outras palavras, a nossa taxa é 74% maior do que a média mundial5. A região da América Latina, como um todo, é a mais perigosa para mulheres fora de zonas de guerra, segundo a ONU Mulheres. E, a cada 3 vítimas de feminicídio no Brasil, 2 foram mortas em casa. Segundo levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 536 mulheres são agredidas no Brasil a cada hora. Muitas são vítimas de seus próprios companheiros e pelo 1 IBGE. Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101678.pdf 2 IBIDEM 3 GOMES, C. E.; LIMA, R. L.; CUNHA, M. S.; VASCONCELOS, M. R. Transições no mercado de trabalho brasileiro e os efeitos imediatos da crise econômica dos anos 2010. Economia e sociedade, v. 28, n. 2, p. 481-511, 2019. 4 Combate à violência doméstica em tempos de pandemia: o papel do Direito. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2020-abr-24/direito-pos-graduacao-combate-violencia- domestica-tempos-pandemia . Acesso em: 11/05/2020. 5 UNODC. Global study on homicide. Disponível em: <https://www.unodc.org/documents/data-and-analysis/GSH2018/GSH18_Gender- related_killing_of_women_and_girls.pdf>. *CD203907084900*Documento eletrônico assinado por Erika Kokay (PT/DF), através do ponto SDR_56407, e (ver rol anexo), na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.2688/2020Apresentação: 14/05/2020 19:36fato de dependerem financeiramente deles não conseguem se livrar do ciclo da violência doméstica – que leva cerca de 13 mulheres à morte todos os dias. Mais que previsível, com a eclosão da situação de emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus (Covid- 19), esses números tendem a aumentar drasticamente, exigindo por parte do poder público e do Estado brasileiro a adoção imediata de medidas que concorram para o efetivo cumprimento da Lei Maria da Penha e o seu aperfeiçoamento enquanto instrumento legal de proteção e defesa dos direitos das mulheres, de modo que sejam postas em prática ações excepcionais de proteção à mulher e para o incisivo enfrentamento da violência doméstica e familiar. Diante de tão grave situação, apresentamos o presente Projeto de Lei para que ações e medidas excepcionais de proteção à mulher e para o enfrentamento à violência doméstica e familiar sejam executadas durante estado de calamidade pública ou situação de emergência reconhecidos pelo Poder Público. Dentre as medidas, sugerimos a criação de plataforma eletrônica na Rede Mundial de Computadores exclusivamente para o recebimento, processamento e encaminhamento aos órgãos competentes das denúncias de vítimas de violência doméstica e familiar, com vistas à adoção das medidas administrativas ou judiciais cabíveis com a máxima brevidade possível. Propomos, ainda, que o acesso às medidas protetivas durante o referido período seja feito mediante solicitação virtual. Para maior alcance da lei e como forma de dar maior celeridade ao atendimento vítima, sugerimos que essa solicitação seja automaticamente concedida. Por fim, o presente projeto dispõe que, sempre que os direitos reconhecidos na Lei Maria da Penha sejam ameaçados ou violados, a concessão de novas medidas protetivas de urgência ou revisão daquelas já concedidas, poderá ocorrer igualmente de forma automática, a pedido da vítima. Esperamos, assim, contribuir para a efetiva proteção das mulheres justamente neste momento em que muitas delas estão submetidas ao *CD203907084900*Documento eletrônico assinado por Erika Kokay (PT/DF), através do ponto SDR_56407, e (ver rol anexo), na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.2688/2020Apresentação: 14/05/2020 19:36isolamento ou à quarentena, estando ainda mais expostas a um ambiente de violações inúmeras. Sala das Sessões, em de de 2020. Deputada ERIKA KOKAY – PT/DF *CD203907084900*Documento eletrônico assinado por Erika Kokay (PT/DF), através do ponto SDR_56407, e (ver rol anexo), na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.2688/2020Apresentação: 14/05/2020 19:36Projeto de Lei (Do Sr. Erika Kokay ) Altera a Lei N° 11.340, de 7 de agosto de 2006, para estabelecer medidas excepcionais de proteção à mulher e para o enfrentamento à violência doméstica e familiar durante estado de calamidade pública ou situação de emergência declarados pelo Poder Público. Assinaram eletronicamente o documento CD203907084900, nesta ordem: 1 Dep. Erika Kokay (PT/DF) 2 Dep. Patrus Ananias (PT/MG) 3 Dep. Marcon (PT/RS) 4 Dep. Jorge Solla (PT/BA) 5 Dep. Vicentinho (PT/SP) 6 Dep. Professora Rosa Neide (PT/MT) 7 Dep. Paulo Teixeira (PT/SP) 8 Dep. Luizianne Lins (PT/CE) 9 Dep. José Ricardo (PT/AM) 10 Dep. Enio Verri (PT/PR) 11 Dep. Paulão (PT/AL) 12 Dep. Alice Portugal (PCdoB/BA) 13 Dep. José Guimarães (PT/CE) 14 Dep. Bohn Gass (PT/RS) 15 Dep. Benedita da Silva (PT/RJ) 16 Dep. Nilto Tatto (PT/SP) 17 Dep. Professora Marcivania (PCdoB/AP) 18 Dep. Assis Carvalho (PT/PI) 19 Dep. Talíria Petrone (PSOL/RJ) 20 Dep. Rogério Correia (PT/MG) 21 Dep. Alencar Santana Braga (PT/SP) CÂMARA DOS DEPUTADOS Infoleg - Autenticador Documento eletrônico assinado por Erika Kokay (PT/DF), através do ponto SDR_56407, e (ver rol anexo), na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.2688/2020Apresentação: 14/05/2020 19:36
PL 2426/2023
Altera o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal) e a Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA) para obrigar o Conselho Tutelar e a autoridade policial a informar ao juiz competente indícios de violência doméstica ou familiar cometida contra criança ou adolescente (“Lei Sophia de Jesus”).
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SOLIDARIEDADE
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2269918
PROJETO DE LEI Nº de 2023 (DO SR. AUREO RIBEIRO) Altera o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal) e a Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA) para obrigar o Conselho Tutelar e a autoridade policial a informar ao juiz competente indícios de violência doméstica ou familiar cometida contra criança ou adolescente (“Lei Sophia de Jesus” ). O CONGRESSO NACIONAL decreta: Art. 1º Altera o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal) e a Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA), para obrigar o Conselho Tutelar e a autoridade policial a informar ao juiz competente indícios de violência doméstica ou familiar cometida contra criança ou adolescente . Art. 2° O art. 13 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 13. ...................................................................................... .................................................................................................... IV – representar acerca da prisão preventiva; e V - informar ao Ministério Público, no prazo de 24 horas, indícios de violência doméstica ou familiar cometida contra criança, adolescente ou pessoa incapaz.” (NR) Fl. 1 de 7Câmara dos Deputados *CD236289911700* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Aureo Ribeiro Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD236289911700 PL n.2426/2023Apresentação: 09/05/2023 14:37:00.397 - MESAArt. 3° O Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), passa a vigorar acrescido do seguinte art. 13-C: “Art. 13-C. Recebida a informação, na forma do inciso V do artigo 13 desta Lei, o Ministério Público deverá encaminha-lá ao juiz, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, para que tome medidas cautelares cabíveis. Parágrafo único. Recebida a informação, o juiz competente terá 24 (vinte e quatro) horas para decidir acerca das medidas cautelares necessárias, que terão caráter provisório e poderão ser convertidas em definitiva ou ser revogadas, observado o disposto em lei.” (NR) Art. 4º A Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA), passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 136. São deveres do Conselho Tutelar: .......................................................................................................... § 1º Se, no exercício de suas atribuições, o Conselho Tutelar entender necessário o afastamento do convívio familiar, comunicará incontinenti o fato ao Ministério Público, prestando-lhe informações sobre os motivos de tal entendimento e as providências tomadas para a orientação, o apoio e a promoção social da família. § 2º O encaminhamento previsto no inciso IV deverá ocorrer no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas após o conhecimento do fato, se houver indícios de que os fatos apresentados envolvam violência doméstica e familiar contra criança e adolescente.” (NR) ................................................................................................... “Art. 148. .................................................................................. ................................................................................................ Fl. 2 de 7Câmara dos Deputados *CD236289911700* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Aureo Ribeiro Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD236289911700 PL n.2426/2023Apresentação: 09/05/2023 14:37:00.397 - MESAVIII - aplicar as medidas previstas no art. 13-C, do Código de Processo Penal, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas.” (NR) Art. 5º A não observância dos prazos previstos nesta lei acarretará ao infrator as devidas sanções administrativas e penais previstas em regulamento. Art. 6º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICAÇÃO O projeto tem por fim modificar o Código de Processo Penal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para estabelecer prazos para que a autoridade policial ou o Conselho Tutelar encaminhem ao Ministério Público e, por sua vez, ao juiz competente, quando nos fatos houver indícios de violência doméstica ou familiar cometida contra criança e adolescente. A medida, urgente e necessária, inspira-se no caso da menina Sophia de Jesus, morta após ser agredida pela mãe e pelo padrasto. Em 26 de janeiro de 2023, Stephanie de Jesus, mãe de Sophia, levou a menina à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Campo Grande (MS). No local, o médico constatou que Sophia já havia chegado morta e que o óbito havia ocorrido cerca de 7 horas antes. Comprovou-se depois que a mãe e o padrasto, Christian, ainda tentaram criar uma narrativa falsa que explicasse a morte da menina. No entanto, o laudo, emitido pelo Instituto de Medicina e Odontologia Legal, apontou que a causa foi traumatismo na coluna cervical, que evoluiu para o acúmulo de sangue entre o pulmão e a parede torácica, e confirmou que ela também havia sofrido “violência sexual não recente”1. Nesse momento, investigadores do Grupo de Operações e Investigações (GOI) foram acionados até a UPA e, embora os acusados tivessem inicialmente negado as 1ESTADO DE MINAS. Caso Sophia Corregedoria Nacional vai acompanhar a investigação. Disponível em https://www.em.com.br/app/noticia/diversidade/2023/02/14/noticia-diversidade,1457462/caso-sophia- corregedoria-nacional-vai-acompanhar-investigacao-no-ms.shtml Acessado em 4/5/2023 Fl. 3 de 7Câmara dos Deputados *CD236289911700* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Aureo Ribeiro Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD236289911700 PL n.2426/2023Apresentação: 09/05/2023 14:37:00.397 - MESAagressões, Stephanie e Christian foram presos em flagrante e autuados por homicídio qualificado e estupro de vulnerável2. O caso ganhou contornos ainda mais graves quando se soube que, por doze meses, o pai de Sophia, Jean Carlos Ocampo, avisou aos órgãos da rede de proteção à criança e ao adolescente do Mato Grosso do Sul que sua filha vinha, com frequência, sendo agredida na casa da mãe3. Foram vários boletins de ocorrência registrados nos quais o pai relatava os maus- tratos, fora inúmeras denúncias junto ao Conselho Tutelar para conseguir a guarda da menina4. Segundo Jean, foram três visitas ao Conselho Tutelar, duas à Polícia Civil, uma à Defensoria Pública e uma ao Juizado Especial. Em todas elas, nenhuma atitude efetiva foi tomada, e Sophia de Jesus continuava sob a guarda da mãe. Após uma das várias agressões sofridas na casa da mãe, Jean foi ao Conselho Tutelar, mostrou as fotos dos machucados e uma gravação de diálogo com a avó da menina, na qual ela afirmou que a mãe era agressiva com Sophia, e que elas viviam em local insalubre. Na ocasião, os conselheiros não registraram a denúncia e aconselharam o pai a procurar a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente. Na Delegacia foi registrado um boletim de ocorrência e o delegado, então, tipificou o crime como maus-tratos, que ficava a cargo do Juizado Especial. A ocorrência foi encaminhada à Justiça que, para somente nove meses depois da denúncia, teve a audiência agendada. Nessa audiência, o promotor responsável pelo caso sugeriu o arquivamento da ação5. 2DIÁRIO DIGITAL. Investigação aponta que avó materna sabia das agressões. Disponível em https://www.diariodigital.com.br/policia-2/investigacao-aponta-que-avo-materna-de-sophia-sabia-das- agressoes Acessado em 4/5/2023 3FOLHA. Pai de menina estuprada e morta pediu 7 vezes ajuda em rede de proteção à criança. Disponível em https://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2023/05/pai-de-menina-estuprada-e-morta-no-ms- pediu-7-vezes-ajuda-a-rede-de-protecao-a-crianca.shtml Acessado em 4/5/2023 4G1. Caso Sophia mãe sabia da morte e levou corpo a UPA 7 horas depois. Disponível em https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/noticia/2023/02/06/caso-sophia-mae-sabia-da-morte-e- levou-corpo-de-menina-a-upa-7-horas-depois-diz-policia.ghtml Acessado em 4/5/2023 Fl. 4 de 7Câmara dos Deputados *CD236289911700* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Aureo Ribeiro Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD236289911700 PL n.2426/2023Apresentação: 09/05/2023 14:37:00.397 - MESAEm outra ocorrência, em janeiro de 2022, um ano antes da morte da menina, o delegado responsável, após analisar a denúncia, recomendou que o pai voltasse ao Conselho Tutelar. No entanto, dias antes, o Conselho havia orientado que ele procurasse a Delegacia, sem que, mais uma vez, alguma providência fosse tomada. Um mês depois, em fevereiro, Jean voltou ao Conselho Tutelar com mais provas da violência contra Sophia, mas o órgão não notificou o Ministério Público e preferiu ir à casa da mãe para verificar a situação. Segundo uma advogada ouvida pela Folha de SP6, "(...) o pai levou indícios bem sérios, como fotos dos hematomas, então a comunicação com o Ministério Público deveria ser feita imediatamente (...) ninguém vai falar que bate no filho para um conselheiro tutelar ”. Nesse mesmo mês, o pai chegou a procurar a Defensoria Pública para reivindicar a guarda da filha. Mas a Defensoria não entrou com a ação. Em novembro de 2022, Sophia foi levada ao posto de saúde e nenhum dos profissionais que a atenderam questionou a mãe sobre os machucados, já que essa era a sétima vez que a menina era levada ao local, muito, para uma criança de apenas 2 anos. Após poucos dias, agora com uma perna quebrada, o pai registrou nova ocorrência na Delegacia e o caso foi ao Juizado Especial em dezembro, bem no recesso do Judiciário. Havia previsão de se analisar apenas ao final de janeiro de 2023, mas o caso nem chegou ao Ministério Público pois Sophia morreu antes. Nota-se de pronto, após breve vista do caso, o descaso dos órgãos envolvidos na história da menina Sophia. A situação é agravada quando as competências, atuações e prazos dessas entidades não estão bem claros e delimitados. O que é inadmissível, quando se vê, com tamanha frequência, casos de agressões e violência contra crianças e adolescentes. 5FOLHA. Pai de menina estuprada e morta pediu 7 vezes ajuda em rede de proteção à criança. Disponível em https://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2023/05/pai-de-menina-estuprada-e-morta-no-ms- pediu-7-vezes-ajuda-a-rede-de-protecao-a-crianca.shtml Acessado em 4/5/2023 6FOLHA. Pai de menina estuprada e morta pediu 7 vezes ajuda em rede de proteção à criança. Disponível em https://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2023/05/pai-de-menina-estuprada-e-morta-no-ms- pediu-7-vezes-ajuda-a-rede-de-protecao-a-crianca.shtml Acessado em 4/5/2023 Fl. 5 de 7Câmara dos Deputados *CD236289911700* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Aureo Ribeiro Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD236289911700 PL n.2426/2023Apresentação: 09/05/2023 14:37:00.397 - MESASegundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 20227, a taxa de crimes de maus-tratos com vítimas de 0 a 17 anos, por 100 mil habitantes, variou de 29,8 para 36,1 entre 2020 e 2021, um aumento de 21,3%. Enquanto em 2020 foram registrados, aproximadamente, 15 mil casos, em 2021 foram 19 mil. A faixa que apresentou maior crescimento foi a de 5 a 9 anos, com uma variação de 26%, seguida pela faixa de 10 a 14, que apresentou aumento de 20,7% da taxa de crime de maus-tratos por 100 mil habitantes. Esse mesmo levantamento mostrou que, em 2021, 81% dos crimes de maus-tratos com vítimas entre 0 e 17 anos ocorreram nas residências e, embora apenas 8% dos registros apresentem informação sobre a relação de agressor e vítima, 73% desses têm como agressor um parente de primeiro grau, como mãe, madrasta, padrasto, pai e irmãos. Já a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, vinculada ao então Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, em 2022 registrou um total de 7.447 denúncias de estupro no país nos cinco primeiros meses daquele ano. As vítimas, em quase 79% das denúncias, eram crianças ou adolescentes8. Um aumento de 76% quando comparado ao mesmo período de 2021. São números crescentes e preocupantes que, necessariamente, forçam o Poder Público a atuar, por meio de leis e políticas públicas, na criação de uma base normativa e social necessária à garantia dos direitos das crianças e adolescentes. Casos como o de Sophia de Jesus deixam claro como a morte poderia ter sido evitada se violências anteriores tivessem sido identificadas e o caso encaminhado às autoridades competentes tempestivamente. Nos termos 7FÓRUM SEGURANÇA. Maus tratos entre crianças e adolescentes. Disponível em https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2022/07/13-anuario-2022-maus-tratos-entre-criancas- e-adolescentes-perfil-inedito-das-vitimas-e-circunstancias-desse-crime-no-brasil.pdf Acessado em 4/5/2023 8GOVERNO FEDERAL. Crianças e adolescentes são 79% das vítimas. Disponível em https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2022/junho/criancas-e-adolescentes-sao-79-das-vitimas- em-denuncias-de-estupro-registradas-no-disque-100 Acessado em 4/5/2023 Fl. 6 de 7Câmara dos Deputados *CD236289911700* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Aureo Ribeiro Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD236289911700 PL n.2426/2023Apresentação: 09/05/2023 14:37:00.397 - MESAdo Anuário Brasileiro de Segurança Pública9, é a única e principal forma de prevenir a repetição da violência, evitar seu agravamento e amenizar suas consequências. Desse modo, nossa proposta vem estabelecer prazos para que a autoridade policial ou o Conselho Tutelar encaminhem ao Ministério Público e, por sua vez, ao juiz competente, quando nos fatos houver quaisquer indícios de violência doméstica ou familiar cometida contra criança e adolescente. Pela urgência e relevância do tema, pedimos aos pares o apoio necessário para aprovação deste projeto. Sala das Sessões, em de de 2023 Deputado Federal AUREO RIBEIRO Solidariedade/RJ 9FÓRUM SEGURANÇA. Maus tratos entre crianças e adolescentes. Disponível em https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2022/07/13-anuario-2022-maus-tratos-entre-criancas- e-adolescentes-perfil-inedito-das-vitimas-e-circunstancias-desse-crime-no-brasil.pdf Acessado em 4/5/2023 Fl. 7 de 7Câmara dos Deputados *CD236289911700* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Aureo Ribeiro Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD236289911700 PL n.2426/2023Apresentação: 09/05/2023 14:37:00.397 - MESA
PL 4287/2020
Altera a Lei nº 13.675, de 11 de junho de 2018, para incluir o Plano Nacional de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra a Mulher como instrumento de implementação da Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social.
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PROJETO DE LEI Nº , DE 2020 (Da Sra. MARGARETE COELHO) Altera a Lei nº 13.675, de 11 de junho de 2018, para incluir o Plano Nacional de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra a Mulher como instrumento de implementação da Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Acrescente-se o inciso VI ao art. 8º da Lei nº 13.675, de 11 de junho de 2018, com a seguinte redação: “Art. 8º................................................................................... ............................................................................................. VI – o Plano Nacional de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra a Mulher.” Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICAÇÃO A Lei n. 13.675, de 11 de junho de 2018, trouxe grandes avanços na institucionalização da segurança pública no Brasil, pois, entre outras providências, instituiu o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) e criou a Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social (PNSPDS). No art. 8º da referida lei, há um rol de meios e instrumentos de implementação da PNSPDS, no qual fazem parte os planos de segurança pública e defesa social (inciso I) e o Plano Nacional de Enfrentamento de Homicídios de Jovens (inciso IV). Não há nesse rol, no entanto, a previsão de *CD201531151400*Documento eletrônico assinado por Margarete Coelho (PP/PI), através do ponto SDR_56117, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.4287/2020Apresentação: 20/08/2020 11:47 - Mesa2 um plano que contemple ações e estratégias específicas para a situação de prevenção e enfrentamento de violência contra a mulher. Ora, somente no ano de 2018, o Brasil atingiu a marca de 1.206 vítimas de feminicídio e cerca de 263 mil casos de violência doméstica, de acordo com o último Anuário Brasileiro de Segurança Pública (2019). Esses dados somente escancaram uma dura realidade: a de que não há uma política de Estado de médio e longo prazos em relação à prevenção e ao combate da violência contra a mulher no Brasil. Por essa razão, apresento este PL. Embora a Lei n. 13.675, de 11 de junho de 2018, tenha estabelecido a obrigatoriedade de elaboração de um plano decenal de segurança pública e defesa social, essa medida não atende a necessidade de um olhar específico em relação a situação das mulheres. Ações, estratégias e metas específicas sobre a violência contra a mulher exigem um plano próprio. Assim como a grave situação de homicídio de jovens teve um tratamento especial na lei, com a previsão de um plano específico (art. 8º, inciso IV), a questão da violência contra a mulher também merece atenção diferenciada. Portanto, a inclusão do Plano Nacional de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra a Mulher como um instrumento da PNSPDS é necessária e urgente. Só assim é que transformaremos o assunto em uma política de Estado, com ações que sobrevivam a intempéries de governos. Ante o exposto, peço apoio aos demais Parlamentares para aprovação deste Projeto de Lei. Sala das Sessões, em de de 2020. Deputada MARGARETE COELHO *CD201531151400*Documento eletrônico assinado por Margarete Coelho (PP/PI), através do ponto SDR_56117, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.4287/2020Apresentação: 20/08/2020 11:47 - Mesa
PL 4099/2021
Altera a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para garantir ao cidadão a liberdade de decidir sobre intervenções preventivas ou curativas.
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PROJETO DE LEI Nº , DE 2021 (Do Sr. GIOVANI CHERINI) Altera a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para garantir ao cidadão a liberdade de decidir sobre intervenções preventivas ou curativas. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º A Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 7º.......................................................................................... ..................................................................................................... III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral, garantindo-se inclusive a faculdade de recusar intervenções terapêuticas preventivas ou curativas sem que haja restrição de direitos; ............................................................................................” (NR) Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICAÇÃO A liberdade é um bem precioso, fundamento da democracia e defendida nas constituições das nações democráticas. Entretanto, assim como não foi fácil se chegar à democracia, não é fácil garantir a liberdade. Lembremos que, em pleno século XX, nações avançadas da Europa cederam a regimes totalitários, dando origem a alguns dos episódios mais sombrios já registrados. Povos instruídos perderam em anos as liberdades conquistadas ao longo de séculos, manipulados por regimes que souberam esgrimir pretextos como a “segurança” e o “bem comum”. *CD210911474200* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Giovani Cherini Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD210911474200 PL n.4099/2021Apresentação: 18/11/2021 17:41 - Mesa2 São esses mesmos pretextos que se invocam hoje, no Brasil e em vários países, para restringir os direitos de pessoas que, por um motivo ou por outro, têm reservas quanto a submeter-se a vacinação contra o SARS- CoV-2, com o emprego de vacinas desenvolvidas e produzidas em tempo inaudito, ainda não suficientemente testadas e cujos fabricantes buscam eximir-se de responsabilidade em caso de mau resultado. Em nome do “bem comum” querem barrar-lhes a entrada em estabelecimentos, recusar-lhes atendimento, demiti-los, deixando-os sem meios de sustento, sem sequer a demonstração de que representam, efetivamente, alguma espécie de risco. É lamentável que em pleno ano de 2021 seja necessário propor um projeto de lei para declarar direitos tão básicos como o direito sobre o próprio corpo, tão invocado quando se trata de promover a liberação do aborto. Entretanto, trata-se de muito mais que isso; trata-se de estabelecer uma posição em defesa das liberdades tão duramente conquistadas. Ao submeter o presente projeto aos nobres pares, peço licença para lembra-los da História. Se hoje temos uma Constituição que privilegia as liberdades individuais é porque no passado essas liberdades foram desrespeitadas e violadas. Não podemos reverter nossa evolução civilizacional. Eis porque peço-lhes os votos e o apoio. Sala das Sessões, em de de 2021. Deputado GIOVANI CHERINI 2021-17525 *CD210911474200* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Giovani Cherini Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD210911474200 PL n.4099/2021Apresentação: 18/11/2021 17:41 - Mesa
PLP 218/2023
Dispõe sobre o Orçamento Sensível a Mulher – OSM.
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PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº , DE 2023 (Da Sra. Deputada Federal LAURA CARNEIRO) Dispõe sobre o Orçamento Sensível a Mulher – OSM. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica instituído o Orçamento Sensível a Mulher – OSM, com o objetivo de promover a igualdade entre homens e mulheres, a inclusão social e a redução das desigualdades sociais na distribuição de recursos públicos no âmbito da União. Parágrafo único. Para fins desta Lei, considera-se OSM a análise das políticas públicas e dos programas governamentais sob a perspectiva das diferenças entre homens e mulheres e a alocação de recursos específicos para programas e ações que visem à promoção da igualdade entre os sexos e a não discriminação, seja de forma exclusiva ou indireta. Art. 2º Os princípios gerais do OSM incluem: I - a equidade entre homens e mulheres; II - a igualdade de oportunidades; e III - a não discriminação com base no sexo. Art. 3º No OSM serão consideradas as seguintes diretrizes: I - análise das necessidades específicas de homens e mulheres em diferentes áreas; II - garantia de igualdade de oportunidades entre homens e mulheres; III - promoção de ações afirmativas para a igualdade entre homens e mulheres; *CD237408374500* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Laura CarneiroPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD237408374500 PLP n.218/2023Apresentação: 11/10/2023 17:25:17.970 - Mesa2 IV - estímulo à participação das mulheres na política e em cargos de liderança; V - promoção de políticas de proteção e combate à violência contra as mulheres; VI - garantia de acesso à saúde, educação e emprego para todas as mulheres, independentemente de sua origem, raça, etnia ou orientação sexual; VII - promoção de políticas públicas para a equidade entre homens e mulheres, em áreas rurais e urbanas; VIII - garantir a igualdade salarial entre homens e mulheres; IX - estabelecimento de metas e indicadores de desempenho para a promoção da igualdade entre homens e mulheres. Art. 4º O OSM será aplicado de forma transversal a todas as áreas e programas de governo que influenciam diretamente as relações entre homens e mulheres na sociedade. Art. 5º Na elaboração do OSM serão considerados estudos e análises que apresentem as desigualdades e desafios enfrentados por homens e mulheres em diferentes áreas, tais como assistência, saúde, educação, trabalho, habitação, segurança pública, meio ambiente, entre outras. Art. 6º Ato do Poder Executivo disporá sobre a metodologia de elaboração e apuração do OSM. Parágrafo único. A metodologia para apuração do OSM será formulada a partir da Lei Orçamentária Anual - LOA e dos respectivos relatórios de execução orçamentária, observado a base metodológica utilizada pelo Fórum Econômico Mundial - FEM para medir as lacunas entre homens e mulheres e adequações sugeridas. Art. 7º A implementação do OSM será compartilhada entre as diferentes áreas governamentais que lidam com a formulação e a execução do orçamento público. *CD237408374500* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Laura CarneiroPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD237408374500 PLP n.218/2023Apresentação: 11/10/2023 17:25:17.970 - Mesa3 Art. 8º. Para fins de oportunizar maior transparência e participação democrática na elaboração e execução de políticas públicas, será assegurada a participação popular, através de fóruns regionais e consultas públicas, durante a apuração do OSM. Art. 9º. O Poder Executivo elaborará e publicará em todas as fases de elaboração e execução das leis orçamentárias, anexo específico contendo o detalhamento das ações direcionadas ao OSM, dividido pelos seguintes eixos e funções: I - eixo assistência social e direitos humanos, funções: a) assistência social; e b) direitos da cidadania. II - eixo educação, funções: a) educação; b) cultura; c) desporto; e d) lazer. III - eixo saúde, funções: a) saúde; b) habitação; e c) saneamento. IV - eixo segurança, funções: a) prevenção; b) policiamento; c) informação; e d) inteligência. V - eixo econômico, funções: a) relações de trabalho; b) empregabilidade; *CD237408374500* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Laura CarneiroPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD237408374500 PLP n.218/2023Apresentação: 11/10/2023 17:25:17.970 - Mesa4 c) fomento ao trabalho; d) proteção; e e) benefícios ao trabalhador. VI - eixo governança, funções: a) participação; e b) liderança social. Art. 10. O anexo de que trata o art. 8º conterá as seguintes informações, discriminadas por unidade orçamentária, para valores em reais e metas físicas: I - previsão e execução orçamentária do exercício anterior por ações e programas; II - diferença entre a previsão e a execução orçamentária do exercício anterior, em valores absolutos e percentuais; III - previsão orçamentária do exercício atual; IV - diferença entre a previsão orçamentária do exercício atual e a do exercício anterior, em valores absolutos e percentuais; e V - indicadores de mecanismos de monitoramento e avaliação. Parágrafo único. As informações referentes aos incisos I, II e IV serão acrescentadas ao anexo a que se refere o caput a partir do segundo exercício orçamentário e financeiro de vigência desta Lei. Art. 11. O anexo de que trata o art. 8º será divulgado em sítio eletrônico do governo federal específico, conforme regulamento. Art. 12. Os programas e projetos governamentais contemplados no OSM deverão ser avaliados quanto à sua efetividade para atendimento das necessidades e demandas que visem à promoção da igualdade entre homens e mulheres e a redução das desigualdades. Art. 13. Os órgãos e entidades governamentais prestarão contas à sociedade sobre a execução das políticas e programas relacionados à igualdade entre homens e mulheres no site específico de que trata o art. 11. *CD237408374500* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Laura CarneiroPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD237408374500 PLP n.218/2023Apresentação: 11/10/2023 17:25:17.970 - Mesa5 Art. 14. A Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 2º ..................................................................................... ................................................................................................. § 3º Anexo específico contendo o detalhamento das ações direcionadas ao Orçamento Sensível a Mulher – OSM, nos termos de lei específica, integrará o Projeto de Lei de Orçamento da União e respectiva Lei dela decorrente. § 4º Fica facultado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a elaboração do anexo de que trata o § 3º deste artigo.” (NR). Art. 15. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos a partir do exercício financeiro seguinte ao da sua publicação. JUSTIFICAÇÃO A presente proposição busca instituir o Orçamento Sensível a Mulher – OSM, com o objetivo de promover a igualdade entre homens e mulheres, a inclusão social e a redução das desigualdades sociais na distribuição de recursos públicos no âmbito da União. A proposta busca realizar a integração de políticas públicas governamentais no sentido de promover a igualdade entre os sexos e a não discriminação às mulheres, sendo aplicado de forma transversal a todas as áreas. A União, durante a elaboração e execução da LOA, deverá divulgar anexo específico, conforme metodologia de elaboração e apuração estabelecida pelo Poder Executivo, com ampla transparência, indicando o impacto de suas ações no sentido de promover a igualdade entre homens e mulheres. Esse anexo pode ser elaborado de forma facultativa pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios. Essa medida é importante pois traz maior transparência às políticas públicas que pretendem minimizar as desigualdades históricas da nossa sociedade, bem como busca orientar a União no sentido de oferecer melhorias às suas ações governamentais com essa finalidade. *CD237408374500* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Laura CarneiroPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD237408374500 PLP n.218/2023Apresentação: 11/10/2023 17:25:17.970 - Mesa6 Portanto, peço o apoio dos nobres pares a fim de ver aprovada a presente proposição. Sala das Sessões, em 11 de outubro de 2023. Deputada Federal LAURA CARNEIRO 2023-15790 *CD237408374500* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Laura CarneiroPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD237408374500 PLP n.218/2023Apresentação: 11/10/2023 17:25:17.970 - Mesa
PL 3822/2019
Acrescenta dispositivo ao artigo 132 da lei nº 8.069 para estabelecer a diversidade de gênero nas representações dos conselhos tutelares.
politica
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PT
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1772468
PROJETO DE LEI Nº , DE 2019. (Do Sr. Rubens Otoni) Acrescenta dispositivo ao artigo 132 da lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 para estabelecer a diversidade de gênero nas representações dos Conselhos Tutelares. O Congresso Nacional decreta: Art.1º O art. 132 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, passa a vigorar acrescido de parágrafo único com a seguinte redação: “Art. 24......................................................................................................... ...................................................................................................................... Parágrafo único. Fica assegurada a diversidade de gênero no processo de eleição dos membros em cada Conselho Tutelar, sendo garantido ao menos uma vaga e no máximo quatro para cada sexo, dentre as cinco existentes em cada Conselho.” Art.2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICATIVA A proposição ora apresentada pretende corrigir um grave problema que tem se verificado, o baixo quantitativo de mulheres, sobretudo, ocupando a condição de membro dos Conselheiros Tutelares no âmbito nacional, se faz necessária a intervenção do Poder Público para ajustar essa realidade, por meio da política de cotas (reserva mínima de vagas). A Constituição brasileira de 1988 em seu artigo 5º, inciso I, afirma que “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações”. De tal texto retira-se a norma que a lei infraconstitucional não pode estabelecer distinções, exceto quando ambiciona reduzir desníveis, hipótese na qual estaria em busca da igualdade material constitucionalmente almejada. A lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências, em seu artigo 7º estabelece que a criança e ao adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação CD198145493400 PL n.3822/2019Apresentação: 02/07/2019 15:21de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência. Nesse contexto estão as discriminações positivas ou ações afirmativas, que se situam no contexto do Princípio da Isonomia (e não mera estrita igualdade), segundo o qual os cidadãos desiguais devem ser tratados de modo desigual, na medida da sua desigualdade. A experiência brasileira com a política de cotas está bastante difundida, a partir de previsões que contemplaram a população negra, índios, classes sociais etc., havendo vários julgados do Supremo Tribunal Federal reconhecendo a constitucionalidade da medida. Vale ressaltar aqui que não se trata apenas de uma questão de sexo ou cotas, está se propondo ter uma vaga, para homens ou para mulheres no sentido de buscar tratar os desiguais de forma desigual, dando maior celeridade as questões particularidades do gênero humano garantido os preceitos legais instituído pelo ECA. Expõe-se a apreciação dos Nobres Pares a presente propositura legislativa em favor da qual se suplica apoio para aprovação. Sala das Sessões, em de de 2019. Deputado Rubens Otoni PT/GO CD198145493400 PL n.3822/2019Apresentação: 02/07/2019 15:21
PL 293/2023
Institui a "Semana Nacional de Conscientização sobre a relação entre os maus-tratos aos animais e a violência doméstica (Teoria do Elo)", e dá outras providências.
violencia contra a mulher
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M
PP
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2232953
PROJETO DE LEI Nº , DE 2023 (Do Sr. Delegado Bruno Lima) Institui a “Semana Nacional de Conscientização sobre a relação entre os maus-tratos aos animais e a violência doméstica (Teoria do Elo)” , e dá outras providências. O CONGRESSO NACIONAL DECRETA: Art. 1º Fica instituída a “Semana Nacional de Conscientização sobre a relação entre os maus-tratos aos animais e a violência doméstica (Teoria do Elo)”, a ser realizada na primeira semana do mês de agosto, anualmente. Art. 2º A Semana tem como objetivo sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre a Teoria do Elo, sobre a relação entre os maus-tratos aos animais e a violência doméstica. Art. 3º As atividades em favor da Semana referida no artigo 1º desta lei compreenderão, entre outras, a realização de ações de mobilização, palestras, debates, encontros, eventos e seminários para conscientização, discussão e elaboração de políticas públicas a respeito da Teoria do Elo. Art. 4º A “Semana Nacional de Conscientização sobre a relação entre maus-tratos aos animais e a violência doméstica (Teoria do Elo)” passa a integrar o Calendário Oficial Nacional. Art. 5º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. *CD239279554400* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Delegado Bruno Lima e outros Para verificar as assinaturas, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD239279554400 PL n.293/2023Apresentação: 06/02/2023 15:34:42.370 - MESAJUSTIFICAÇÃO O presente projeto de lei busca construir um novo paradigma, uma nova mentalidade pública e social, para conscientizar a população e os agentes públicos em relação ao elo imanente entre os maus-tratos aos animais e a violência contra o ser humano, especialmente, as mulheres. A Semana é instituída na primeira semana de agosto para colaborar e potencializar as discussões em relação ao combate da violência contra a mulher, difundidas por meio da campanha “Agosto Lilás”. Os principais objetivos de se criar uma semana para se conscientizar e discutir junto à sociedade esta relação é chamar a atenção de todos os envolvidos de como os crimes contra os animais podem funcionar como um indicador, predizendo que o agressor pode ser violento com pessoas no futuro e, por esta razão, estes crimes devem ser denunciados, investigados e penalizados com o mesmo rigor, pois onde há violência contra animais há maior risco de ter violência e abuso contra pessoas vulneráveis, como mulheres, crianças e idosos. Importante mencionar, também, que a violência contra animais pode ser usada como coerção a essas pessoas, nesse sentido, combater os crimes contra os animais está intimamente ligado à prevenção e o combate de crimes contra pessoas . A conscientização se dará por meio de workshops, palestras, conversas individuais, grupos coletivos, reportagens, ações sociais, discussões em salas de aulas, mídias sociais, enfim, toda e qualquer forma de comunicação que dê à pessoa acesso às mais diversas informações sobre a Teoria do Elo, tudo para racionalizar e conscientizar a população sobre os maus-tratos e a violência. Ora, a atividade do legislador não se restringe à feitura de leis, a sua tarefa é maior do que isso, a sua ação deve atuar sobre a mais importante de todas as leis, a opinião pública, aquela que nas palavras do mestre genebrino:: *CD239279554400* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Delegado Bruno Lima e outros Para verificar as assinaturas, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD239279554400 PL n.293/2023Apresentação: 06/02/2023 15:34:42.370 - MESA(...) não se grava nem no mármore, nem no bronze, mas no coração do cidadão; que adquire diariamente forças novas; que reanima ou substitui as outras leis quando envelhecem ou se extinguem, e retém o povo dentro do espírito de sua instituição, e substitui insensivelmente a força do hábito e da autoridade. Falo dos usos, dos costumes e, em especial, da opinião (...)1 Seguindo o mesmo raciocínio em prol da conscientização da população, a Associação das Mulheres Protetoras dos Animais Rejeitados e Abandonados, mais conhecida como AMPARA Animal, tem encampado uma campanha para difundir a Teoria do Elo e os seus malefícios à sociedade, em especial, a ligação nefasta dos maus-tratos aos animais com a violência contra o ser humano, em especial, a violência contra a mulher que é, em regra, a parte mais vulnerável da relação. Afirma a AMPARA Animal em seu manifesto: A Teoria do Link ou Teoria do Elo, é a teoria que reconhece esta relação entre a violência domestica e a violência contar animais, e nos permite esclarecer condutas enraizadas e buscar a responsabilização pelo problema com a consequente punição aos crimes cometidos pelos agressores. Nesse passo, reconhecemos a necessidade de proteção aos animais não somente pela proteção deles, mas para impedir a violência contra a pessoa, uma vez que aquele que é capaz de praticar violência contra um animal, também poderá desenvolver atitudes violentas contra um ser humano.2 Assim, garantir o acesso ao conhecimento aos diversos setores da sociedade em relação à Teoria do Elo é implementar uma política pública efetiva que evitará o desperdício de incontáveis vidas – humanas e não humanas -, é municiar as pessoas com informações e colocá-las como vetores 1 ROUSSEAU, Jean-Jacques. Contrato Social, Liv. II, cap. XII) 2 AMPARA Animal, Campanha Teoria do ELO - 2022 *CD239279554400* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Delegado Bruno Lima e outros Para verificar as assinaturas, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD239279554400 PL n.293/2023Apresentação: 06/02/2023 15:34:42.370 - MESAde conhecimento, multiplicadoras de histórias e guardiãs da vida em sua plenitude. Excelências, nas palavras da AMPARA Animal e corroboradas integralmente por este parlamentar, “A violência é uma só! Todos somos responsáveis por combate-la”, combater a violência contra os animais e, por conseguinte, contra as pessoas não é um ato discricionário do Estado, é um imperativo legal do ente estatal e um imperativo moral para a população que não pode aceitar a banalização da violência como medida aceitável. Nestes termos, temos que a finalidade da proposta ora apresentada é garantir a proteção constitucional da não submissão dos animais à crueldade (art. 225, VII, CF) cumulada com os pressupostos constitucionais de não violência contra o ser humano e, mais especificamente, tendo como pressuposto o combate à violência contra a mulher insculpido na Carta Magna, na Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher, na Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e na Lei Maria da Penha. Excelências, nunca é demais afirmar que “Quando os animais são abusados, as pessoas estão em risco! Quando as pessoas são abusadas, os animais estão em risco!”. Diante todo o exposto, tendo em vista que a ações e o incentivo em relação à temática ora proposta são capazes de aumentar o número de pessoas conscientes sobre a Teoria do Elo, diminuindo, por conseguinte, os atos de violência em face de animais e seres humanos, faz-se necessária a criação da “Semana Nacional de Conscientização sobre a ligação entre os maus-tratos aos animais e a violência doméstica (Teoria do Elo)”, assim, peço anuência dos nobres deputados para aprovação do presente projeto de lei. em prol da consciência e garantia da vida. Sala das Sessões, em. Deputado Delegado Bruno Lima – PP/SP *CD239279554400* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Delegado Bruno Lima e outros Para verificar as assinaturas, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD239279554400 PL n.293/2023Apresentação: 06/02/2023 15:34:42.370 - MESAProjeto de Lei (Do Sr. Delegado Bruno Lima) Institui a “Semana Nacional de Conscientização sobre a relação entre os maus-tratos aos animais e a violência doméstica (Teoria do Elo)”, e dá outras providências. Assinaram eletronicamente o documento CD239279554400, nesta ordem: 1 Dep. Delegado Bruno Lima (PP/SP) 2 Dep. Delegado Matheus Laiola (UNIÃO/PR) CÂMARA DOS DEPUTADOS Infoleg - Autenticador PL n.293/2023Apresentação: 06/02/2023 15:34:42.370 - MESA
PL 11/2024
Institui o Programa de Conscientização contra o Aborto em âmbito nacional.
direitos sexuais e reprodutivos
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NOVO
null
null
PL 354/2021
Visa a coibir a propagação de anúncios publicitários e de demais comunicações mercadológicas que fomentem o sexismo, a misoginia e outras formas de violência contra a mulher e institui política de incentivo em favor dos fornecedores de produtos e serviços que adotem ações afirmativas direcionadas à promoção da equidade entre os gêneros e ao fortalecimento da representatividade feminina no mercado de consumo (“Lei Magó”).
violencia contra a mulher
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https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1962228
PROJETO DE LEI Nº , DE 2021 (Do Sr. LUIZ NISHIMORI) Visa a coibir a propagação de anúncios publicitários e de demais comunicações mercadológicas que fomentem o sexismo, a misoginia e outras formas de violência contra a mulher e institui política de incentivo em favor dos fornecedores de produtos e serviços que adotem ações afirmativas direcionadas à promoção da equidade entre os gêneros e ao fortalecimento da representatividade feminina no mercado de consumo (“Lei Magó”). O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta Lei, ora denominada “Lei Magó”, visa a coibir a propagação de anúncios publicitários e demais comunicações mercadológicas que fomentem o sexismo, a misoginia e outras formas de violência contra a mulher e institui política de incentivo em benefício dos fornecedores de produtos e serviços que adotem ações afirmativas direcionadas à promoção da equidade entre os gêneros e ao fortalecimento da representatividade feminina no mercado de consumo. Art. 2º A publicidade e demais comunicações mercadológicas devem se orientar por princípios éticos e de responsabilidade social, sendo abusivas as práticas publicitárias que: I – relacionem as características anatômicas, fisiológicas, estéticas ou comportamentais da mulher a situações de objetificação, desvalorização, humilhação, fraqueza, incapacidade, inferioridade ou submissão; II – difundam estereótipos atribuídos à masculinidade ou à feminilidade ou demais comportamentos que incitem a desigualdade social, *CD218917149900*Documento eletrônico assinado por Luiz Nishimori (PL/PR), através do ponto SDR_56459, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.354/2021Apresentação: 09/02/2021 17:38 - Mesa2 econômica ou profissional entre homens e mulheres ou a divisão de papeis de gênero; III – associem a imagem do homem ou da mulher ao consumo de produto ou serviço cuja utilidade ou funcionalidade seja comum aos gêneros; IV – de qualquer modo, fomentem o sexismo, a misoginia e outras formas de violência contra a mulher. § 1º Para os fins desta Lei, são consideradas práticas publicitárias as comunicações veiculadas em anúncios comerciais, rótulos, embalagens e demais formas de divulgação de produtos ou serviços promovidas pelo fornecedor ou por pessoa natural ou jurídica que atue em seu nome. § 2º As práticas publicitárias descritas neste artigo sujeitam os seus responsáveis às penalidades estabelecidas na Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, sem prejuízo da aplicação cumulativa de outras sanções civis, penais e administrativas previstas na legislação vigente. Art. 3º O Poder Público, nas diversas esferas e âmbitos de atuação, com a participação de entidades representativas da sociedade civil, deve primar pela adoção de políticas de incentivo em benefício dos fornecedores de produtos e serviços que implementem ações afirmativas direcionadas à promoção da equidade entre gêneros e ao fortalecimento da representatividade feminina no mercado de consumo. Parágrafo único. As políticas públicas de que trata este artigo devem ser orientadas para o atendimento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável – ODS nº 5, voltado a “alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas”. Art. 4º Fica instituído o selo social “Tod@s Pela Equidade”, destinado a identificar os produtos e serviços cujas práticas publicitárias contribuam para a erradicação da desigualdade entre os gêneros e reforcem o protagonismo feminino na sociedade. Art. 5º Para obter o selo de que trata o art. 4º desta Lei, os fornecedores devem veicular nos rótulos, embalagens ou anúncios de seus produtos ou serviços, pelo menos uma das seguintes mensagens ou informações: *CD218917149900*Documento eletrônico assinado por Luiz Nishimori (PL/PR), através do ponto SDR_56459, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.354/2021Apresentação: 09/02/2021 17:38 - Mesa3 I – frases de valorização e empoderamento da mulher; II – advertências voltadas ao combate ao sexismo, à misoginia e demais formas de violência contra a mulher; III – afirmações positivas dedicadas à promoção da equidade entre os gêneros; IV – meios de contato e endereços de serviços públicos para atendimento exclusivo à mulher vítima de crimes sexuais ou em situação violência doméstica ou familiar, nas práticas publicitárias especialmente destinadas ao público feminino. § 1º O referido selo social poderá ser afixado nas prateleiras e gôndolas dos estabelecimentos comerciais, em informativos impressos e em demais práticas publicitárias, desde que a sua exibição esteja relacionada ao produto ou serviço que ensejou a sua concessão. § 2º O direito à utilização do selo cessará imediatamente caso o fornecedor deixe de veicular as mensagens ou informações de que trata este artigo. § 3º O incentivo previsto neste artigo pode incluir, a critério do Poder Executivo, a disponibilização, para consulta pública, de relação nominal dos fornecedores de produtos e serviços participantes da campanha, classificados com base na ordem decrescente da quantidade de selos obtidos. § 4º Caberá aos Ministérios da Economia e da Justiça e Segurança Pública, com a participação dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, e ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, com a participação dos conselhos estaduais, distrital e municipais de direitos da mulher, a definição das instruções, critérios, requisitos e prazos para a concessão do selo. Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação oficial. *CD218917149900*Documento eletrônico assinado por Luiz Nishimori (PL/PR), através do ponto SDR_56459, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.354/2021Apresentação: 09/02/2021 17:38 - Mesa4 JUSTIFICAÇÃO “O machismo fragiliza todo mundo”. Esse chamado inaugura entrevista, de recomendável leitura, publicada pela Fundação Oswaldo Cruz1, e conduz a uma profunda reflexão sobre a necessidade de desconstrução de padrões que, impregnados no modo de agir da coletividade, representam a raiz das situações de violência contra a mulher. Trata-se de um comportamento estrutural que impacta negativamente em toda a sociedade, já que torna homens e mulheres reféns de um determinismo histórico e os delimita em retrógrados estigmas sociais. De fato, tradicionalmente, os homens são encorajados a manifestar a sua masculinidade com base na negação de modos, atitudes, tarefas e expressões afetivas e de autocuidado atribuídas ao universo feminino e que, sob esse olhar, são tidas como sinal de pouca virilidade ou fraqueza. Por outro lado, essa mesma construção social, que associa a mulher justamente aos estereótipos repudiados por essa concepção de masculinidade, termina por induzir, ainda que inconscientemente, à perpetuação da desigualdade entre gêneros e da cultura da desvalorização da mulher. Estamos diante de uma ferida social, com raízes históricas e assento cultural, que agride a alma, machuca o corpo, cerceia a liberdade, violenta a dignidade e tem ceifado a vida de milhares de mulheres todos dos anos. Relatório publicado pelo IPEA, que analisou dados entre os anos de 2007 e 2017, aponta o crescimento expressivo, no Brasil, dos homicídios em que as vítimas são mulheres. Constatou-se o aumento de 30,7% durante a década analisada, sendo que, no último ano da série, ao todo, 4.936 mulheres foram mortas2. 1 “O machismo fragiliza todo mundo” (fiocruz.br) , último acesso em 03/12/2020. 2 190605_atlas_da_violencia_2019.pdf (ipea.gov.br) , último acesso em 22/01/2021 *CD218917149900*Documento eletrônico assinado por Luiz Nishimori (PL/PR), através do ponto SDR_56459, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.354/2021Apresentação: 09/02/2021 17:38 - Mesa5 Completamos, com tristeza, um ano do assassinato da bailarina Maria Glória Poltronieri Borges, conhecida como Magó, registrado na cidade de Mandaguari/PR em janeiro de 2020. A jovem artista e produtora cultural, conhecida pela sua sensibilidade e doçura, pelo seu talento nas expressões da dança e da música, pela sua incansável dedicação ao poder transformador da cultura e pela sua esperança por um mundo melhor, teve sua vida interrompida em um ato bárbaro de violência sexual e feminicídio, que chocou pela crueldade. O caso teve comoção nacional e mobilizou a sociedade civil e o legislativo paranaense. Iniciativas foram aprovadas, a exemplo das Leis nº 3.428/2020 (de Mandaguari/PR), nº 11.063/2020 (de Maringá/PR) e nº 15.609/2020 (de Curitiba/PR), e várias manifestações em memória da artista, em repúdio ao feminicídio e a favor da vida eclodiram em diferentes cidades, na forma de ações empenhadas para que o luto pela morte da Magó não se cale e para que a dor e a revolta sejam transformadas em força e coragem na luta contra a violência de gênero e pela afirmação da representatividade da mulher na sociedade. Precisamos urgentemente reverberar essa voz e ampliar a escala desse movimento, para que o nome da Magó não se torne apenas mais um número na triste estatística de atos de violência contra a mulher. Esse enfrentamento requer a disseminação de políticas educativas contundentes e bem estruturadas, que viabilizem a desconstrução de comportamentos e concepções coletivas que tendem a normalizar a dicotomia de estereótipos atribuídos a homens e mulheres. Inserida nesse contexto, a publicidade pode contribuir de forma crucial para irradiar boas iniciativas voltadas à equidade de gênero. Algumas décadas atrás, eram bastante comuns ações de marketing que retratavam, sem qualquer pudor, a mulher como uma figura fragilizada, submissa e sem voz ativa, ao tempo em que propalavam a força e superioridade masculina, associando-se cada gênero ao consumo de produtos e serviços bem determinados. *CD218917149900*Documento eletrônico assinado por Luiz Nishimori (PL/PR), através do ponto SDR_56459, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.354/2021Apresentação: 09/02/2021 17:38 - Mesa6 Ocorre que a autonomia feminina, gradualmente conquistada ao longo de uma árdua trajetória de luta e afirmação, vem revolucionando o perfil da mulher enquanto consumidora. Infelizmente, ainda nos deparamos com comunicações publicitárias com conteúdo ofensivo à dignidade feminina, especialmente associadas a segmentos de mercado tradicionalmente tidos como masculinos. No entanto, cada dia mais, as marcas vêm se adaptando à nova realidade e ressignificando os conteúdos que transmite, através de ações que reconhecem e reforçam o protagonismo feminino no ambiente de consumo. Esse movimento afirmativo e saudável vem sendo conhecido como “femvertising”, expressão que reflete o fortalecimento da representatividade feminina por meio da exibição de campanhas publicitárias que encorajam o empoderamento da mulher nos mais diversos setores da sociedade. Tais ações, que simbolizam a identificação das marcas com os anseios e dificuldades enfrentadas pelo público feminino, buscam o resgate da autoestima da mulher e da sua valorização pessoal, bem como estimula uma mudança na mentalidade coletiva, por meio de conteúdos motivadores e educativos. Firme na certeza de que a educação e a informação têm o poder de desconstruir os pilares da desigualdade entre os gêneros, a presente iniciativa objetiva privilegiar e difundir essa abordagem mais contemporânea da publicidade, nitidamente assentada em princípios éticos e de responsabilidade social que merecem ser incentivados. Desse modo, plenamente alinhado com a causa, proponho atuação simultânea em duas frentes: uma delas voltada a coibir a propagação de anúncios publicitários e de demais comunicações mercadológicas que fomentem o sexismo, a misoginia e outras formas de violência contra a mulher; a outra, *CD218917149900*Documento eletrônico assinado por Luiz Nishimori (PL/PR), através do ponto SDR_56459, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.354/2021Apresentação: 09/02/2021 17:38 - Mesa7 direcionada à adoção de políticas públicas que incentivem os fornecedores de produtos e serviços a promoverem ações afirmativas em favor da equidade entre os gêneros e do fortalecimento da representatividade feminina no mercado de consumo. Nessa mesma direção, proponho, ainda, a instituição do selo social “Tod@s Pela Equidade”, destinado a identificar os produtos e serviços cujos anúncios, rótulos e embalagens exibam mensagens que estimulem o empoderamento feminino e a equidade entre gêneros, ou contenham informações sobre serviços públicos para atendimento exclusivo à mulher vítima de violência sexual, doméstica ou familiar. A ideia central é difundir, na sociedade de consumo, práticas educativas voltadas à promoção da equidade entre os gêneros e à erradicação da cultura do machismo e da violência contra a mulher – à semelhança de campanhas que, de forma exitosa, têm conscientizado a população sobre os malefícios do consumo de cigarros e sobre os perigos da combinação entre bebida alcóolica e direção veicular. A presente proposta se alinha ao esforço global para atingimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - ODS3, notadamente o nº 5 (“alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas”), e reclama o protagonismo de diversos atores sociais, sendo fundamental a adesão do empreendedorismo. Nessa diretriz, políticas públicas que fomentem e premiem iniciativas empresariais engajadas nesse propósito são extremamente salutares e bem-vindas. O resultado das ações conjugadas ora propostas se refletirá em diversos aspectos: além de fortalecerem a imagem da empresa e facilitarem a sua divulgação fora do Brasil, desestruturam as bases da desigualdade entre gêneros, 3 Agenda2030-completo-site.pdf (itamaraty.gov.br) . Último acesso em 21/01/2021 *CD218917149900*Documento eletrônico assinado por Luiz Nishimori (PL/PR), através do ponto SDR_56459, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.354/2021Apresentação: 09/02/2021 17:38 - Mesa8 contribuem para a eliminação de todas as formas de violência contra a mulher e reforçam o compromisso do país com a agenda global em prol de um mundo mais inclusivo e socialmente sustentável. Tenho convicção de que a presente iniciativa – que, em especial homenagem e profundo respeito à memória da artista e produtora cultural Maria Glória Poltronieri Borges, fica denominada “Lei Magó” – representará um importante passo nessa direção. Assim, em nome do meu querido Estado do Paraná, trago esta contribuição com o objetivo de fortalecer os direitos das mulheres em todo o Brasil, ao tempo em que conclamo o apoio incondicional dos ilustres Pares para essa causa tão nobre. Sala das Sessões, em de de 2021. Deputado LUIZ NISHIMORI *CD218917149900*Documento eletrônico assinado por Luiz Nishimori (PL/PR), através do ponto SDR_56459, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.354/2021Apresentação: 09/02/2021 17:38 - Mesa
PL 1838/2022
Altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal) para aprimorar a causa excludente de punibilidade do crime de aborto na hipótese de estupro.
direitos sexuais e reprodutivos
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https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2193788
PROJETO DE LEI N º , DE 2022 (Do Sr. Carlos Jordy ) Altera o Decreto -Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal) para aprimorar a causa excludente de punibilidade do crime de aborto na hipótese de estupro . O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta lei aprimora a causa excludente de punibilidade da prática de aborto decorrente de estupro, alterando o Decreto -Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal). Art. 2º O Decreto -Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), pa ssa a vigorar com as seguintes alterações: “Art.128 ....................................................................................................... .................................................................................................................... II – se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal, mediante autorização judicial , em qualquer caso . §1º Não se considera estupro a relação sexual não forçada entre incapazes que aderem voluntariamente ao ato. §2º O disposto no §1º não se aplica quando um dos incapazes for pessoa com deficiência mental nos termos da lei federal nº13.146 de 6 de julho de 2015. Art. 3º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. *CD226692947000* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Carlos Jordy Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD226692947000 PL n.1838/2022 Apresentação: 30/06/2022 16:39 - Mesa JUSTIFICAÇÃO Recentemente, um caso de uma menina de apenas 11 anos chocou a sociedade brasileira. Sobretudo porque o aborto praticado foi de uma gestação de 7 (sete) meses, em que não há como o feto ser retirado sem um procedimento cirúrgico. Assim sendo, a realização de um parto foi inevitável, fosse para retirar o bebê com vida ou para matá -lo dentro do ventre da gestante e tirá -lo morto. No caso, o bebê era indesejado e optou -se por retirá -lo morto, quando poderia m deixar o bebê vivo e dá -lo para adoção. Não podemos permitir que outras atrocidades como es sa aconteçam. Diante da ausência de regulam entação legal detalhada sobre o aborto, os defensores de sua prática utilizam -se do Código Penal de forma deturpada, como se ele criasse um suposto direito ao aborto e o regulamentasse, o que não é verdade. O Código Penal limita - se a determinar que, no cas o de gravidez decorrente de estupro, não será punível o aborto praticado por médico, com consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal, nos termos do art. 128. Tal dispositivo não cria o direito de abortar e tampouco regulamenta o aborto. A regra trata de uma excludente de punibilidade do crime de aborto. O tratamento jurídico que vem sendo dado para o s casos de aborto decorrente de estupro poucas vezes lembra que o feto é um ser humano que deve ser protegido tanto quanto a mãe. Os defensores do aborto utilizam o art. 128 do CP para afirmar que não há limite de tempo de gestação para a prática do ato, admitindo até a morte de fetos de 40 semanas de gestação. O que ocorre, na verdade, é que a regra é a proteção à vida humana. Nesse passo, corrobora a assertiva o desembargador Maurício da Silva Lintz, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, relator do Habeas Corpus 2000.059.01697, da Sexta Câmara Criminal, que assim votou: A lei brasileira não permite o aborto, equiv ocando -se quem apregoa existir essa autorização pelo que estatui o artigo 128 do Código Penal. Nesse dispositivo há referência aduas situações relativas ao aborto. Primeiro, se não há outro meio de salvar a vida da gestante. Segundo, se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal. Ora, o que estabelece o caput do artigo 128 é que “não se pune o aborto praticado por médico”, nas situações que mencionei acima. Vale dizer: o aborto continua sendo crime. (Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro; H.C. 2000.059.01697, Sexta Câmara Criminal, julgado em 20.06.2000) Portanto, o art. 128, caput, refere -se expressament e ao afastamento da pena, não se tratando de previsão despenalizadora , e por razão menor ainda uma criação de um suposto direito. Nelson Hungria1 pondera: A ilicitude penal de um fato não se deriva da sanctio , mas do praeceptum da norma penal. No preceito é que se encerra o juízo de reprovação, que inspira o 1 DOS SANTOS, Lilia Nunes . A atual discussão sobre a descriminalização do aborto no contexto de efetivação dos direitos humanos. Juruá. 1ªEd., P.125. *CD226692947000* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Carlos Jordy Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD226692947000 PL n.1838/2022 Apresentação: 30/06/2022 16:39 - Mesa legislador na incriminação de tal ou qual fato o preceito é um prius em relação à sanção, de sorte que, quando por uma questão de necessidade ou oportunidade (e não pelo fato em si mesmo), é suprimida, no caso concreto, a sanção, não desaparecendo a ilicitude penal ao fato. Desta feita, cuida -se de crime não punível nos casos prescritos em lei. Não se pode olvidar que o Código Civil põe a salvo os direitos do nascituro desde a concepção, que nos dá um lastro daquilo que deve ser – no âmbito penal – protegido. Os casos mais comuns em que a gestação se desenvolve ocorrem quando temos uma mulher em estado vulnerável envolvida, que é impedida pelo agressor de procurar auxílio. É para casos assim que a excludente de punibilidade prevista no inciso II do art. 128 deve ser utilizada. Ocorre que sua utilização tem sido deturpada pelo sistema jurídico, seja em decisões do Poder Judiciário, seja nas cartilhas e recomendações dos Ministérios Públicos e Defensorias Públicas. Alguns operadores do direito, defensores do aborto irrestrito, têm afirmado que configura estupro bilateral a relação sexual voluntária e não forçada entre dois menores de 14 anos, dando ensejo a prática do aborto, independentemente do tempo de gestação. Para quem defende essa criação doutrinária absurda, flagrantemente contra legem , os envolvidos no fato seriam, ao mesmo tempo, vítimas e autores do fato criminoso. Essa doutrina trata a gravidez, processo natural de geração de uma vi da, de um filho, como uma espécie de doença ao relegar ao oblívio a geração e uma vida. Em verdade, trata -se de uma tentativa de criar mais uma hipótese d aquilo que indevidamente chamam de “aborto legal ” (que não existe no país) , invadindo, por vias transversas, a competência legislativa do Congresso Nacional. Precisa -se, urgentemente, estabelecer limites para esta prática, e este caso demonstrou que a prática do morticínio de bebês pode avançar no país quando não se trata o ato de constrangimento median te violência ou grave ameaça para fins de conjunção carnal, isto é, quando o ato sexual é consensual, ainda que entre menores incapazes. É inegável que existe no país uma perversa cultura de erotização e sexualização das crianças, como se vê em inúmeros p rogramas de televisão, “músicas” e “eventos culturais”. É fato notório. E isso gera um ambiente de anomalias e fatos absurdos como o que vimos neste caso da menina de 11 anos que engravidou do menino de 13 anos. E isso também deve ser combatido, como faz o Deputado autor desta proposta. Criança tem que ser tratado como criança, a ela tem que ser ensinado o que é condizente com a sua idade. E, não supreendentemente, as mesmas pessoas que dizem que “tudo é cultura”, inclusive a erotização da criança, como aq uele caso de 2017 em que uma criança alisa um homem nu em um museu de São Paulo, são os mesmos que defendem o aborto indiscriminado. É irresponsabilidade e inconsequência atrás de irresponsabilidade e inconsequência. E qual a solução que essas pessoas ofer ta? Aborto. *CD226692947000* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Carlos Jordy Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD226692947000 PL n.1838/2022 Apresentação: 30/06/2022 16:39 - Mesa Por isso a importância de se colocar um freio para que, com base nessa teoria do “estupro bilateral ” o genocídio de bebês no ventre materno não aumente substancialmente e não por um crime de fato, mas por uma irresponsabilidade dos envolvidos e dos seus representantes legais. Ainda que com toda a defesa, não se olvida de que pessoa com problemas mentais, sejam transitórios ou sejam permanentes, a exemplo da paralisia cerebral, possa ser vítima de abjeto crime, razão pela qual se exclui das h ipóteses. E não somente pelas razões aqui expostas , há consequências futuras às mulheres que abortam. Sabemos que o prolongamento da gestação em casos de estupro traz transtornos psicológicos graves para a gestante , quando é o caso de fato, num ato força do. Todavia, o que pouco se noticia é que a prática de aborto também apresenta problemas graves. O risco de cometer suicídio2 é 115% mais alto em mulheres que abortam e também possuem risco 110% maior de alcoolismo, dentre outros problemas como transtornos de ansiedade e depressão, segundo estudo publicado na British Journal of Psychiatry . Isso, lá na frente, torna -se um problema de saúde pública e gera sérios problemas nas relações sociais da pessoa. Para se ter ideia, t ratando d e feto com 10 semanas, os órgãos vitais já estão completamente formados, sendo, por exemplo, o coração já uma réplica perfeita pequena de um coração adulto. Além disso, já possui cérebro, ouvido, olhos, mãos, pés e até os brotos dentários já estão sob as ge ngivas, apresentando completo formato humano desenvolvido. Fato científico é que j á existe uma vida que deve ser protegida, e cuidando -se de ato consensual entre dois menores incapazes cujo resultado é a geração de uma vida, esta deve ser protegida ao má ximo, e não ser descartada a qualquer tempo pelo simples fato de se dizer que, ainda que consensual, há estupro presumido por serem os envolvidos menores incapazes , condenando um bebê à morte. Diante do exposto, submeto esta proposição aos ilustres pares, rogando o imprescindível apoio para sua aprovação. Sala das Sessões, em de 2022. Deputado Federal CARLOS JORDY (PL/RJ) 2 Acessível em: https://www.gazetadopovo.com.br/vida -e-cidadania/impacto -aborto -saude -mental -mulheres/ *CD226692947000* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Carlos Jordy Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD226692947000 PL n.1838/2022 Apresentação: 30/06/2022 16:39 - Mesa
PL 3479/2023
Altera o art. 124 do Decreto-Lei nº2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal).
direitos sexuais e reprodutivos
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CÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete do Deputado POMPEO DE MATTOS – PDT/RS PROJETO DE LEI Nº , DE 2023 (Do Sr. Pompeo de Mattos ) Altera o art. 124 do Decreto -Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal). O Congresso Nacional decreta : Art. 1º O art. 124 do Decreto -Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), passa a vigorar com a seguinte redação: Art. 124 .......................................................... .............................. Pena – detenção, de 1(um) a 2 (dois) anos . Art. 2º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICAÇÃO Em 2008 , na condição de presidente da Comissão de Direitos Humanos - CDHM, participei de audiência pública no Fórum de Campo Grande - MS, que teve por objetivo tomar conhecimento do processo criminal movido contra 9.896 mulheres que teriam feito aborto em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, nos últi mos oito anos. O caso alcançou repercussão nacional, após o promotor Paulo Cesar dos Passos, numa decisão sem precedentes no país, solicitar à Polícia Civil a abertura de um inquérito para investigar com base nas fichas de 9.896 mulheres que, desde 2000, teriam realizado aborto em uma Clínica Médica daquela cidade. Durante a audiência, o Dr. Aloísio Pereira d os Santos, juiz da 2ª *CD230301895000* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Pompeo de Mattos Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD230301895000 PL n.3479/2023 Apresentação: 10/07/2023 11:49:12.590 - MESA CÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete do Deputado POMPEO DE MATTOS – PDT/RS Vara do Tribunal do Júri, e o Dr. Paulo César dos Passos - Promotor de Justiça, a Lei dos Juizados Especiais Federais, argumentara m que nos casos de crimes com menor potencial ofensivo havia possibilidade de suspensão do processo mediante o cumprimento de algumas condi ções, como a prestação de serviços comunitários. Em uma segunda audiência sobre o tema, na CDHM , em Brasília, o juiz Aloísio Pereira dos Santos revelou um drama vivido pelas autoridades policiais e judiciárias durante as investigações das supostas prática s de aborto. Isto porque a apuração do crime de aborto difere substancialmente de todos os demais, como os acusados de homicídio, roubo, sequestro, furto, etc. Via de regra, o processo de investigação não invade a vida íntima ou privada dos acusados, prin cipalmente, em questões amorosas e sexuais, até porque isso não faz parte da persecução criminal. Todavia, o mesmo não se diz do crime de aborto porque o fato em que a mulher se envolve está umbilicalmente ligado à invasão de sua vida privada, ou seja, se ela praticou aborto é porque fez sexo. E nada mais é íntimo e delicado, do que a vida sexual de cada um. Assim, na forma em que a lei está em vigor, a autoridade policial deve instaurar o inquérito policial e começar a investigar. Neste caso não há outra alternativa a não ser a invasão da vida da mulher na medida em que a autoridade pergunta sobre o crime e todas as suas circunstâncias. No caso, se a mulher nega, um direito constitucional que lhe assiste, complica ainda mais para ela, pois diante da negativa, a autoridade deve buscar provas contra a acusada ou suspeita. Para bem instruir o inquérito ouve testemunhas, namorado, amante, familiares (pai/mãe); interroga, qualifica a mulher e até corre o risco d e sujeitá -la ao constrangimento de comparecer ao IML para fazer o exame de corpo de delito. E nesta circunstância a vida da mulher fica totalmente exposta. Mesmo que a investigação seja conduzida por uma Delegada de Polícia, ainda assim, é constrangedora tal situação, a qual por força de sua função , penetra e invade a vida particular de cada uma delas. E esses detalhes passa m a ser conhecidos por todos os policiais e outras autoridades encarregadas de apurar *CD230301895000* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Pompeo de Mattos Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD230301895000 PL n.3479/2023 Apresentação: 10/07/2023 11:49:12.590 - MESA CÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete do Deputado POMPEO DE MATTOS – PDT/RS a suposta prática de aborto, até porque trata -se de ação penal pública incondicionada. Os debates conduzidos nesta Casa, parecem apontar que entre os brasileiros a descriminalização, a legalização do aborto não encontra respaldo. Há muitas convicções pessoais, religiosas, filosóficas, enfim, uns a favor e outros contra, todos com razão. Provavelmente, uma consulta plebiscitária, nesse momento, rejeitaria o aborto. Todavia, neste cipoal é possível identificar entre as duas correntes de pensamento, pró e contra o aborto, um ponto comum, qual seja, a não invasão da privacidade da mulher que praticou um crime de aborto em face da legislação penal em vigor. Não vislumbro na sociedade o desejo de expor o que em algum momento de sua vida praticaram aborto. Mas a noss a legislação atual assim obriga ao impor a necessidade da instauração de inquérito policial para apurá -lo. Portanto, na medida que a sociedade e seus representantes, de forma majoritária, assim como eu, defendem a proibição do aborto, é mister , entretanto, que busquemos minimizar as consequências para as mulheres que praticarem este crime , preservando -lhes o máximo possível a sua vida íntima , sua privacidade e integridade. É neste contexto que a presente proposta se coloca como uma alternativa, buscando estabele cer a redução da pena do crime de aborto, dos atuais três anos de detenção para dois anos de detenção. O que isso significa na prática? O crime passará a ser de menor potencial ofensivo nos termos da Lei 9.099/95. Assim, o Delegado de Polícia ao tomar conh ecimento do aludido crime fará apenas um Termo Circunstanciado de Ocorrência, conhecido como “TCO” e encaminhará ao Promotor para fazer a proposta de transação penal. Se tomarmos o exemplo de Campo Grande, não haveria a necessidade de instaurar inquérito policial para investigar cada ficha em que há fortes indícios de crime, muito menos indiciar, interrogar e qualificar esse *CD230301895000* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Pompeo de Mattos Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD230301895000 PL n.3479/2023 Apresentação: 10/07/2023 11:49:12.590 - MESA CÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete do Deputado POMPEO DE MATTOS – PDT/RS contingente de mulheres, eis que a autoridade policial faria apenas o registro de fato no Termo Circunstanciado de Ocorrênc ia, anexando as fichas e encaminhando -as à Promotoria Pública para proposta de transação. Essa mudança legislativa trará, assim, maior simplificação processual e resolverá de forma prática, rápida, sem maiores invasões à privacidade, intimidade ou transtor nos emocionais às mulheres, mantendo, todavia, o aborto como crime , em respeito à sociedade , que assim como eu, repudia esse ato por entendê -lo como desre speito à vida. Por fim, o projeto de lei que tenho a honra de apresentar nesta Casa já tramitou anteriormente, no período compreendido entre 2008 e 2011, e acabou sendo arquivado em virtude do término daquela Legislatura, conforme determina o Artigo 105 do nosso Regimento Interno. Todavia, diante da inegável relevância da matéria, da ausênci a de alterações legislativas no sentido desta proposta e diante da constatação de que o tema permanece atual e urgente, faço questão de resgatar esta proposição, ao mesmo tempo em que solicito o apoio dos ilustres colegas parlamentares para sua célere e ne cessária aprovação. Sala das Sessões, e m de julho de 2023. POMPEO DE MATTOS Deputado Federal PDT/RS *CD230301895000* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Pompeo de Mattos Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD230301895000 PL n.3479/2023 Apresentação: 10/07/2023 11:49:12.590 - MESA
PL 1696/2019
Acrescenta o art. 146-A no decreto-lei n.º 2.848, De 07 de dezembro de 1940 - código penal, estabelecendo o crime de perseguição ou assédio obsessivo (stalking).
violencia contra a mulher
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https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1722522
CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE LEI N.º _____, DE 2019 . (Do Senhor CORONEL CHRISÓSTOMO) Acrescenta o art. 14 6-A no Decreto -Lei n.º 2.848, de 07 de dezembro de 1940 - Código Penal, estabelecendo o crime de perseguição ou assédio obsessivo (stalking). O Congresso Nacional decreta: Art. 1º- O Decreto -lei n.º 2.848, de 07 de dezembro de 1940 - Código Penal, passa a vigorar acrescido do art. 14 6-A, o qual estabelece o crime de perseguição ou assédio obsessi vo, com a seguinte redação: Perseguição ou Assédio Obsessivo 146-A - Perseguir ou a ssediar alguém, de forma reiterada, perturbando ou invadindo sua privacidade e/ou l iberdade , causando sofrimento psicológico e emocional , bem como ameaça de violência física ou morte. Pena - reclusão, de um a três anos e multa. Perseguição ou Assédio Obsessivo qualificado §1º Se o autor do fato tem ou teve qualquer tipo de relacionamento íntimo com a vítima. Pena – reclusão, de dois a quatro anos e multa. §2º Aplica -se a mesma pena do §1º , aquele que praticar a perseguição com uso da informática , em especial redes sociais, com o intuito de alteração de dados ou falsificação da identidade digital da vítima. §3º As penas previstas nesse artigo são aplicáveis sem prejuízo das demais correspondentes a qualquer outro tipo de crime . CÂMARA DOS DEPUTADOS Art. 2º- Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICAÇÃO O Projeto de Lei em tela visa criminalizar o delito de perseguição ou assédio obsessivo, conhecido também como stalking. O termo stalking deriva do idioma inglês, no qual a palavra stalk significa perseguir, ato de aproximar - se silenciosamente (da caça), atacar à espreita. O stalking implica em atos que um determinado sujeito pratica invadindo a intimidade da vítima, coagind o, marcando presença, exercendo certa influência em seu emocional e, até mes mo, restringindo sua liberdade. O stalker age de muitas e diversas maneiras, sendo sua conduta marcada pela característica da repetição, insistência. A vítima se vê coagida por div ersos tipos de atitudes de um stalker como ligações telefônicas, perseguição, mensagens, e -mails, presentes, permanência em locais de sua rotina, permanência em lugares por onde passa frequentemente, etc. A motivação daquele que pratica stalking varia, pod endo ser por amor, por vingança, inveja, raiva, brincadeira ou qualquer outra causa subjetiva. No Brasil o stalking não é considerado crime e sim contravenção penal, nos termos do artigo 65, da Lei de Contravenções Penais, Decreto -lei n. º 3.688/41 : - Art. 65. Molestar alguém ou perturbar lhe a tranquilidade, por acinte ou por motivo reprovável, com p ena: prisão simples, de qui nze dias a dois meses, ou multa . Vale ressaltar, que a maioria das vítimas alvo de stalkers são mulheres, sendo assim, importante ve rificar também a abordagem dada pela Lei n.º 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha: Art. 5º. - Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, les ão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação. Art. 7º. São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras: II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição CÂMARA DOS DEPUTADOS da auto -estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer out ro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação. A Lei Maria da Penha, como se nota, não abrange todas as condutas que podem ser consideradas como stalking, mas, evidentemente, assegura maior proteção às mulheres. Assim, o novo tipo penal proposto pelo presente projeto de lei tutela não só as mulheres, mas também os homens vítimas dos stalkers. Importante destacar que as penas do novo artigo 14 6-A são aplicáveis sem prejuízo a eventual outro crime que a vítima tenha sido submetida. Nesse contexto, podemos destacar a reportagem veiculada no Programa Fantástico , da Rede Globo de Televisão no domingo, dia de 10 de março do corrente ano. A reportagem especial mostrou três casos sobre perseguição feita pelos chamados "stalkers" – os indiv íduos que não aceita m um "não" como resposta e, assedia m, perturba m e até ameaça m, e e m casos extremos, agride ou mata. Em razão da relevância do tema, conto com o apoio dos nobres pares para aprovarmos o presente projeto de lei. Sala das Sessões, ____ d e março de 2019 . CORONEL CHRISÓSTOMO Deputado Federal PSL/RO
PL 1441/2023
Acrescenta dispositivo na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 e suas alterações – Estatuto da Criança e do Adolescente, de forma a instituir a Semana Nacional do Mutirão Direito a Ter Pai.
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PROJETO DE LEI Nº , DE 2023 (da Sra. Ana Paula Leão) Acrescenta dispositivo na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 e suas alterações – Estatuto da Criança e do Adolescente, de forma a instituir a Semana Nacional do Mutirão Direito a Ter Pai. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º A Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 e suas alterações, passa a vigorar acrescida do seguinte artigo 27-A: “Art. 27-A. Fica instituída a Semana Nacional do Mutirão Direito a Ter Pai, a ser realizada na semana que recair o dia 12 de outubro, com o objetivo de disseminar informações sobre a paternidade e maternidade responsáveis e concentrar esforços para facilitar o reconhecimento de paternidade e maternidade. Parágrafo único. Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, nos respectivos âmbitos da Federação, com suporte das Defensorias Públicas e dos Ministérios Públicos estaduais, poderão atuar de forma coordenada para difundir e operacionalizar a Semana Nacional do Mutirão Direito a Ter Pai.” (NR) Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICAÇÃO A presente proposição busca acrescentar dispositivo na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 e suas alterações – Estatuto da Criança e Adolescente, de forma a instituir a Semana Nacional do Mutirão Direito a Ter Pai, com sintonia constitucional (artigos 226, 227 e 229 da Constituição Federal) e infralegal (vide, em especial, os artigos 3º e 27 do ECA). O mutirão (ações específicas intensificadas), congregado na diretriz cooperativa (entre os Poderes e os órgãos essencias à justiça; parágrafo único do artigo 1º proposto), nos deveres de proteção e prestação do Estado e na prioridade à solução extrajudicial (consensual), dada, por vezes, a espontaneidade, à família, à criança e ao adolescente, pretende ajudar a consubstanciar os direitos à convivência familiar e à paternidade e à maternidade, inclusive socioafetivos, e, por decorrência , os deveres de assistência, manutenção e colaboração decorrentes. Insta registrar que há experiência profícua em Minas Gerais. Iniciado em 2011, na comarca de Uberlândia, o Mutirão Direito a Ter Pai estadualCÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete da Deputada Ana Paula Leão – PP/MG *CD237066899800* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Ana Paula Leão Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD237066899800 PL n.1441/2023Apresentação: 27/03/2023 18:01:57.640 - MESAchegou, no último ano, em sua décima edição, tendo realizado, até então, mais de 60 mil atendimentos e cerca de 10 mil exames de DNA. Segundo dados do Portal da Transparência do Registro Civil, mantido pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais – Arpen-Brasil, entre janeiro de 2022 a hoje, 204.618 crianças foram registradas sem o nome do pai. A constatação corrobora sobremaneira com a substância do projeto. Frente ao exposto, a Semana Nacional do Mutirão Direito a Ter Pai, que será realizada na semana que recair o dia 12 de outubro, servirá como importante instrumento de mobilização, de âmbito nacional, para disseminar informações sobre a paternidade e maternidade responsáveis e concentrar esforços para facilitar o reconhecimento de paternidade e maternidade. A proposta objetiva, portanto, com a programação anual, estabelecer vínculos, fomentar a estruturação da família, garantir e efetivar direitos e deveres e priorizar os valores da sociabilidade e identidade, demasiadamente prejudicados (ou esvaziados) com o reconhecimento inexistente ou tardio, além, claro, de promover a conscientização da sociedade acerca do plexo de direitos e deveres, de toda ordem, que decorrem dos vínculos paterno-filiais e materno-filiais, gerando famílias com sustentáculo mais forte. São essas as razões. Assim, em sendo o conteúdo da proposição matéria de grande relevância social e expressiva fundamentalidade , pedimos o apoio de nossos i. Pares para a sua aprovação. Sala das Sessões, em de de 2023. Deputada ANA PAULA LEÃO PP/MGCÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete da Deputada Ana Paula Leão – PP/MG *CD237066899800* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Ana Paula Leão Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD237066899800 PL n.1441/2023Apresentação: 27/03/2023 18:01:57.640 - MESA
PL 4932/2020
Altera o § 7º do art. 121 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, para aumentar a pena do feminicídio se o crime for praticado durante a ocorrência de calamidade pública.
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PROJETO DE LEI Nº , DE 2020 (Da Sra. ALINE GURGEL) Altera o § 7º do art. 121 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, para aumentar a pena do feminicídio se o crime for praticado durante a ocorrência de calamidade pública. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta Lei altera o § 7º do art. 121 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, para aumentar a pena do feminicídio se o crime for praticado durante a ocorrência de calamidade pública. Art. 2º O § 7º do art. 121 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, passa a vigorar acrescido do seguinte inciso V: “Art. 121. ...................................................................................... ..................................................................................................... . § 7º .............................................................................................. ..................................................................................................... . V - durante a ocorrência de calamidade pública.” (NR) Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICAÇÃO Os casos de feminicídio no Brasil cresceram de forma alarmante durante a pandemia de COVID-19, segundo levantamento realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública1. 1 Disponível em: <https://forumseguranca.org.br/publicacoes_posts/violencia-domestica-durante- pandemia-de-covid-19-edicao-02> . Acesso em: 28 set. 2020. *CD209470837200*Documento eletrônico assinado por Aline Gurgel (REPUBLIC/AP), através do ponto SDR_56011, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.4932/2020Apresentação: 15/10/2020 09:36 - Mesa2 A partir da imposição das medidas de isolamento social, as mulheres que já se encontravam em situação de vulnerabilidade foram obrigadas a estreitar a convivência com seus agressores, o que resultou no inevitável aumento da violência doméstica e familiar em todas as suas formas: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. Nesse cenário, tornou-se ainda mais difícil denunciar a violência, buscar auxílio policial ou mesmo a ajuda de parentes ou pessoas conhecidas. A mulher, desamparada, passou a ficar à mercê de seu algoz. Em muitos casos a violência só cessa com a morte da vítima, tendo em vista a ausência de intervenção estatal para garantia de sua segurança. O agressor que se aproveita de uma situação calamitosa, como a pandemia que estamos enfrentando, para cometer atrocidades contra vítima totalmente indefesa deve ser punido com mais rigor. O feminicídio é um crime bárbaro que deve ser duramente combatido, sobretudo quando praticado nessas circunstâncias, motivo pelo qual propomos o aumento da pena de um terço até a metade quando o delito for cometido durante a ocorrência de calamidade pública. Faz-se necessário recrudescer a sanção penal para desestimular a prática dessa conduta e para que seja aplicada a justa punição aos criminosos. Por essas razões, conto com o apoio dos ilustres pares para a aprovação do presente Projeto de Lei. Sala das Sessões, em de de 2020. Deputada ALINE GURGEL *CD209470837200*Documento eletrônico assinado por Aline Gurgel (REPUBLIC/AP), através do ponto SDR_56011, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.4932/2020Apresentação: 15/10/2020 09:36 - Mesa
PL 5860/2023
Acrescenta artigo à Lei nº 13.675, de 11 de junho de 2018, para determinar assistência psicológica ou psiquiátrica imediata aos profissionais de segurança pública e defesa social envolvidos em ações com resultado letal ou com alto nível de estresse, ou violência doméstica, e dá outras providências.
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PROJETO DE LEI Nº........................., DE 2023 (Do Senhor Alberto Fraga) Acrescenta artigo à Lei nº 13.675, de 11 de junho de 2018, para determinar assistência psicológica ou psiquiátrica imediata aos profissionais de segurança pública e defesa social envolvidos em ações com resultado letal ou com alto nível de estresse, ou violência doméstica, e dá outras providências. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º A Lei nº 13.675, de 11 de junho de 2018, passa vigorar acrescida do seguinte artigo: “Art. 42-F. Sem prejuízo das diretrizes previstas no § 1º do art. 42-A, para fins de avaliação e acompanhamento biopsicossocial dos profissionais de segurança pública e defesa social, ativo ou inativo, no caso de ações com resultado letal ou com alto nível de estresse e relacionadas direta ou indiretamente à função pública, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão disponibilizar assistência psicológica ou psiquiátrica imediata aos profissionais envolvidos. Parágrafo único. A assistência psicológica ou psiquiátrica igualmente deverá ser disponibilizada em *CD236660860700* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Alberto FragaPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD236660860700 PL n.5860/2023Apresentação: 05/12/2023 13:54:22.643 - MESAcasos de violência doméstica envolvendo diretamente os profissionais de segurança pública e defesa social, como vítimas ou autores.” Art. 2º Esta lei entra em vigor da data de sua publicação. JUSTIFICAÇÃO Em 20 de novembro de 2023, a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCO) realizou audiência pública com a temática “Saúde mental dos profissionais de segurança pública ”, tema recorrente no meio acadêmico e parlamentar. Ainda assim, e apesar da recente Lei nº 14.531, de 2023, que acrescentou seção na Lei nº 13.675, de 2018, denominada “Do Programa Nacional de Qualidade de Vida para Profissionais de Segurança Pública (Pró-Vida) ”, a temática não alcançou a relevância devida. Nesse contexto, especialmente o suicídio permanece, mesmo no meio policial, como tema “tabu”, mal discutido e tratado, notadamente as condições biopsicossociais dos policiais que dão azo a esse tipo de evento. Com o intuído de colocar luzes sobre a relevante matéria, por se tratar de vidas, tanto do policial quanto de outrem, das repercussões e efeitos na sua família e no seu contexto laboral, ademais da sociedade, é que apresento proposta no sentido de que o policial envolvido em confrontos que gerem morte ou que são de alto nível de estresse tenha imediatamente disponibilizada assistência psiquiátrica ou psicológica. Infelizmente, esses não são os únicos eventos disparadores (os casos citados na proposição), mas diferente de outros, são mensuráveis, objetivos, e condicionantes importantes para casos de suicídios, pós-evento. Obviamente, a maioria dos policiais envolvidos em ocorrências do tipo não apresentam problemas, mas a justificativa de controle se faz pelo risco de efeitos graves, ainda que de uma minoria. Na mesma linha, e outro assunto mal encaminhado, é a questão da violência doméstica envolvendo policiais, tanto como vítimas como autores. Trata-se de uma questão complexa, mas que a disponibilização de assistência *CD236660860700* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Alberto FragaPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD236660860700 PL n.5860/2023Apresentação: 05/12/2023 13:54:22.643 - MESApsiquiátrica ou psicológica pode mitigar seus efeitos letais, especialmente do homicídio ou do homicídio seguido de suicídio. Infelizmente, enquanto redijo essa justificativa, entre os assuntos mais lidos do Portal G1, em 4 de dezembro de 2023, está mais um caso envolvendo um policial: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2023/12/04/video-pm-de- folga-agride-esposa-com-socos-no-rosto-e-a-mata-a-tiros-apos-discussao-em- carro-em-sp.ghtml . Talvez esse policial tivesse algum antecedente e o resultado desgraçado poderia, se dado algum tratamento adequado, ter sido evitado. Nesse tema, aliás, há um estudo relevante que merece ser lido, de Miranda e outros, Notificações de Mortes Violentas Entre Profissionais de Segurança Pública no Brasil1. Para contextualizar, em rápida pesquisa pode-se, somente em 2023, verificar vários casos semelhantes ao citado, como este, no Amazonas: “ Cabo da PM mata esposa e tira a própria vida durante confraternização em Manaus”2. Ou ainda este, no final de 2022: “PM mata esposa grávida, faz atentado em batalhão e deixa colega morto em PE”3. São tragédias diárias que poderiam ser impedidas. Aliás, no estudo citado há trecho (p. 49) que desejo destacar: A prevenção integrada pressupõe que um problema complexo demanda soluções multifatoriais e interligadas. Não se trata de olhar a questão por um único prisma. O diagnóstico do sofrimento psíquico entre policiais militares da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) nos ensinou que fatores sociais, individuais e organizacionais estão associados ao comportamento suicida de seus membros. Esse achado nos inspirou a propor um modelo de prevenção do suicídio nas instituições policiais. A figura a seguir ilustra como a política de 1 chrome- extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://ippesbrasil.com.br/wp- content/uploads/2022/09/Miranda-et-al.-2020-Boletim-IPPES-2020-Notificacao-de- Mortes-Violentas-Intencionais-entre-Profissionais-de-Seguranca-Publica-no-Bras- annotated.pdf 2 https://emtempo.com.br/194215/policia/cabo-da-pm-mata-esposa-e-tira-a- propria-vida-durante-confraternizacao-em-manaus/ 3 https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2022/12/20/pm-crime- batalhao-recife.htm *CD236660860700* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Alberto FragaPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD236660860700 PL n.5860/2023Apresentação: 05/12/2023 13:54:22.643 - MESAsaúde mental nas organizações policiais precisa ser constituída por diferentes áreas de atuação. Cada área afeta as demais, formando uma estrutura interdependente. Esta é a figura citada pelos autores: Observe-se que na política proposta há a “Atenção ao policial em situações de risco e experiências traumáticas” , na linha do que se pretende sugerir como evento a justificar medida imediata de assistência à saúde mental. Ainda quanto ao estudo, na p. 53 do artigo há uma série de recomendações na questão da violência doméstica, como o “desenvolvimento de um programa obrigatório para os policiais que se envolveram em casos de violência doméstica ”. Essa medida é importante para sociedade, para o policial *CD236660860700* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Alberto FragaPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD236660860700 PL n.5860/2023Apresentação: 05/12/2023 13:54:22.643 - MESAe para a sua família. Veja-se no caso citado, disponível no portal G1, ocorreu uma morte irreparável, da esposa, se o casal tinha filho será uma tragédia ainda maior e de difícil superação, o policial foi preso e certamente será expulso da corporação, ainda que tenha sido até então excelente profissional. Perderam todos com a família destruída de forma trágica, inclusive a sociedade. Enfim, é nesse contexto e sob esses argumentos que apresento a esta proposição, como defesa da vida, da carreira policial e da própria sociedade, e são as razões pelas quais solicito aos colegas parlamentares o apoio para a sua discussão, aperfeiçoamento e aprovação. Sala das Sessões, em 4 de dezembro de 2023. Deputado Alberto Fraga *CD236660860700* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Alberto FragaPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD236660860700 PL n.5860/2023Apresentação: 05/12/2023 13:54:22.643 - MESA
PL 1891/2023
Dispõe sobre o estupro na modalidade virtual, alterando o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal).
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PROJETO DE LEI Nº 1891, DE 2023 (Da Sra. RENATA ABREU) Dispõe sobre o estupro na modalidade virtual, alterando o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal). O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o estupro na modalidade virtual, alterando o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal). Art. 2º Os arts. 213 e 217-A do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal) passam a vigorar acrescidos dos seguintes parágrafos: “Art. 213. ...................................................................................... ..................................................................................................... . Estupro Virtual § 3º As penas previstas neste artigo são aplicadas mesmo que o crime seja praticado à distância, inclusive pelos meios digitais, como sites da rede mundial de computadores e aplicações de internet.” “Art. 217- A. ................................................................................... ..................................................................................................... . Estupro Virtual de Vulnerável § 6º As penas previstas neste artigo são aplicadas mesmo que o crime seja praticado à distância, inclusive pelos meios digitais, como sites da rede mundial de computadores e aplicações de internet.” Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. *CD239451490300* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Renata Abreu Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD239451490300 PL n.1891/2023Apresentação: 14/04/2023 11:37:29.610 - nullJUSTIFICAÇÃO No exercício da competência prevista nos arts. 22, I, 48 e 61 da Constituição, inauguro o processo legislativo para aprimorar o ordenamento jurídico. Nos dias atuais, a internet tornou-se indispensável para grande parte da população mundial. Nessa rede é possível uma séria de atividades que facilitam a vida do usuário, mas infelizmente, essa rápida e massiva capacidade de difusão tecnológica e a popularização da internet trazem consigo, inevitavelmente, uma nova seara para o cometimento de abusos e excessos que, fatalmente, acabam tornando-se crimes. Tais condutas podem se caracterizar por ataques a bens jurídicos das mais diversas naturezas como honra, patrimônio, inviolabilidade de segredos, propriedade imaterial, além de uma ampla gama de crimes de cunho sexual. Já há um primeiro precedente no Brasil, o caso acontecido em Teresina-PI, em que em que foi decretada a primeira prisão por estupro virtual no país Não obstante já haver o primeiro caso no país, o presente Projeto de Lei pretende dar segurança jurídica para as vítimas e para o Poder Judiciário na hora de decidir, ao tipificar o crime de estupro virtual, não deixando as decisões à mercê apenas do entendimento de doutrinas e/ou jurisprudências. É neste cenário que se insere o projeto que ora apresentamos, que explicita a responsabilidade criminal daquele que, mesmo à distância, afeta valores tão caros à sociedade. As estatísticas bem ilustram a preocupação em liça: 8 de março de 2019 A violência contra a mulher não está somente no mundo físico. São corriqueiros os casos de perseguições e ofensas nos *CD239451490300* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Renata Abreu Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD239451490300 PL n.1891/2023Apresentação: 14/04/2023 11:37:29.610 - nullambientes online. Levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública com o Instituto Datafolha mostra que os casos aumentaram de 1,2% entre as 1.051 entrevistadas em 2017 para 8,2% das 1.092 mulheres que responderam ao questionário este ano. (https://amaerj.org.br/noticias/aumenta-o-numero-de-crimes- virtuais-contra-mulheres/ , consulta em 14/04/2023) E trata-se de fenômeno verdadeiramente overseas, como se observa de reportagem de Lorraine de Foucher, publicada em 10 de março de 2023, no Le Monde.1 Assim, propõe-se a introdução de parágrafos nos arts. 213 e 217-A do Código Penal, para contribuir para o combate a esse tipo de crime. Ante o exposto, pede-se o apoio dos nobres Pares para a aprovação deste Projeto de Lei. Sala das Sessões, em 14 de abril de 2023. Deputada RENATA ABREU 2023-4146 1 https://www.lemonde.fr/en/international/article/2023/03/10/the-customers-buying-online-rape-i-am-not-a- pedophile-i-would-never-hurt-a-child_6018829_4.html , consulta em 14/04/2023. *CD239451490300* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Renata Abreu Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD239451490300 PL n.1891/2023Apresentação: 14/04/2023 11:37:29.610 - null
PL 5274/2019
Altera o art. 217-A do Código Penal para tornar imprescritível o crime de estupro de vulnerável.
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PL 768/2021
Garante a gestante o direito de optar pela realização de parto por cesariana, no Sistema Único de Saúde – SUS, bem como a utilização de analgesia, mesmo quando escolhido o parto normal, desde que observada à indicação médica para o caso.
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https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1972016
PROJETO DE LEI Nº DE 2021 (do Sr. NEUCIMAR FRAGA ) Garante a gestante o direito de optar pela realização de parto por cesariana, no Sistema Único de Saúde – SUS, bem como a utilização de analgesia, mesmo quando escolhido o parto normal, desde que observada à indicação médica para o caso. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º. Fica garantido as gestantes o direito ao procedimento de parto por cesariana, assistido pelo Sistema Único de Saúde – SUS, respeitados, em todos os casos, a autonomia da vontade da parturiente. §1º. A cesariana somente será permitida a partir da 39ª (trigésima nona) semana de gestação, desde que a gestante seja previamente esclarecida dos benefícios do parto normal, e também advertida acerca dos riscos do procedimento a ser adotado. §2º. Fica autorizada a realização do procedimento previsto nesta lei, em prazo inferior ao previsto no parágrafo anterior, nos casos em que a gestação coloque em risco à vida da gestante e do feto, desde que observados pareceres médicos nesse sentido, e o procedimento seja realizado por médico especialista. Art. 2º. A gestante que optar pela realização do parto normal, terá garantido o direito à analgesia no Sistema Único de Saúde, desde que apresente as condições clínicas adequadas, e respeitado o parecer médico para o caso. *CD217482072000*Documento eletrônico assinado por Neucimar Fraga (PSD/ES), através do ponto SDR_56572, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.768/2021Apresentação: 05/03/2021 16:43 - MesaArt. 3º. As operadoras de planos de saúde, e as demais instituições privadas de saúde, deverão adotar todos os procedimentos necessários a dar efetividade ao disposto nesta lei. Art. 4º As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão à conta das dotações orçamentárias próprias, que serão suplementadas, se necessário. Art. 5º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação . JUSTIFICAÇÃO O presente projeto de lei tem por objetivo contemplar a igualdade de direito à saúde e a vida, disposta no artigo 106 da constituição federal, in verbis: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação.” Justifica-se o presente pedido, a necessidade de apoio as gestantes, principalmente de baixa renda social, para que sejam atendidas de forma digna e seja a elas garantido o direito à saúde e a vida com a utilização das cirurgias cesáreas. As mulheres “pobres” saem prejudicadas, sofrem horas de dor, em partos normais forçados. Cabe esclarecer que, têm-se no país instruído e julgado diversos processos ético-profissionais decorrentes de eventos adversos os quais foram acometidos devido à demora em se realizar cesariana e pelas complicações da insistência em ultimar partos vaginais. E que, muitas vezes, as complicações tiveram início justamente na forma de condução da assistência ao trabalho de parto sem contar com a participação efetiva de profissionais médicos. Assim, estes são chamados a intervir somente após as complicações, assumindo o ônus do processo. *CD217482072000*Documento eletrônico assinado por Neucimar Fraga (PSD/ES), através do ponto SDR_56572, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.768/2021Apresentação: 05/03/2021 16:43 - MesaRessalta-se, será ainda em todos os casos feito a devida orientação por parte da equipe médica, sendo feito os exames e verificando as condições clínicas de saúde da gestante e do nascituro caso a caso, e, de acordo com os resultados desses exames, prestada a orientação de qual é a melhor opção de parto. Para muitas mulheres no Brasil, ou se tem o parto normal com uma assistência obstétrica agressiva ou a cesariana, nesse contexto a opção cirúrgica demonstra ser a mais segura do ponto de vista físico e emocional. Há ainda, um alto numero de mulheres de baixa classe social no país, as quais não possuem acesso a uma forma de parto respeitoso, assim, enquanto não mudarmos a forma de manejo do parto, reduzindo a agressividade a gestante e ao nascituro, a cesárea continuará sendo a opção menos invasiva ao direito a saúde e a vida das mulheres e seus bebês. A título de informação aponta-se que, no Brasil a quantidade total de óbitos maternos atingiu o numero de 1575 mortes no ano de 2019. A morte de mães em trabalho de parto foi reduzida de 142 para cada 100 mil nascidos vivos no ano de 1990, para 64 mortes em 2019, sendo esse numero reduzido de forma gradativa. A complexidade da questão no Brasil é tão grande que, há casos de morte materna em alguns municípios justamente porque não existe a oportunidade de cesariana, quando ela está bem indicada em situações especiais, as quais poderia salvar vidas. Segundo dados do Portal de boas práticas em saúde da mulher, da Criança e do Adolescente (FIOCRUZ), cerca de 20% das causas de óbitos maternos relaciona-se à hipertensão arterial especifica da gravidez, 12% se deve em relação à hemorragias, 7% em relação à infecção puerperal e 5% devido ao aborto. Ainda, a pesquisa demonstra que cerca de 92% dos óbitos poderiam são evitáveis com a prática da cirurgia cesárea no seu momento devido. Quanto às hemorragias, inclusive, há pesquisas com resultados por meta-análises, feitas no ano de 2017, indicando que as mulheres de parto cesáreas têm menores chances de hemorragia (OR = 0,52; IC95% 0,48–0,57). Traduzindo os parâmetros, pode-se dizer que em intervalo de confiança alto (95%), as mulheres têm, praticamente, metade das probabilidades (0,52) de vir a óbito por hemorragias, podendo variar de 0,48 a 0,57. No geral, a mortalidade *CD217482072000*Documento eletrônico assinado por Neucimar Fraga (PSD/ES), através do ponto SDR_56572, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.768/2021Apresentação: 05/03/2021 16:43 - Mesamaterna tem associação positiva com o parto cesáreo (OR = 3,10; IC = 95%; 1,92-5,00) e infecção pós-parto (OR = 2,83; IC = 95%; 1,58-5,06). Mas, enquanto a taxa de cesáreas em hospitais públicos foi de 42% em 2016; a taxa em hospitais privados sem leitos voltados ao SUS foi de 86%, de maneira que os hospitais privados contribuem em maior proporção para que a taxa seja elevada. Considera-se que há uma severa limitação no direito de escolha das mulheres. Acrescenta-se a isso, o crescimento no número de municípios cobertos por apenas hospitais públicos, de 981 em 2006 para 1.304 em 2016 (quase metade, 49%, no Nordeste). Alguns estudos sugerem que a escolha pela cesárea no Brasil estaria, dentre variáveis reprodutivas e dos serviços de saúde, fortemente relacionada à figura do médico, que tem o poder de influenciar a escolha materna por meio do aconselhamento durante o período pré-natal. (GOMES, et al., 1999). Portanto, é absolutamente racional que o Congresso Nacional realize esse debate, uma vez que a cesárea possibilita a realização do parto em dias e horários mais convenientes. Dessa maneira, a preferência do médico pela realização da cesárea estaria principalmente relacionada com a possibilidade de escolha do momento, e não com a própria remuneração. Observando experiências internacionais, na Dinamarca, aumentou-se a probabilidade de cesárea em bebês em posição pélvica de mães com ao menos um filho vivo, e encontraram um efeito positivo da cesárea, que reduziria a probabilidade de que o recém-nascido apresentasse um baixo Apgar, método para avaliar as condições de vitalidade do recém- nascido. Assim, limitando o estudo a nascimentos de baixo risco de mães nulíparas (que nunca tiveram filhos), a partir da análise da proximidade da mãe a hospitais de taxas altas ou baixas de cesárea, provavelmente devido a diferentes limites de tolerância de tempo máximo de trabalho de parto em cada hospital, identifica um efeito positivo de hospitais com altas taxas de cesáreas sobre o Apgar e sobre a redução da mortalidade neonatal, indicando que prolongar o trabalho de parto por uma quantidade de horas muito alta para garantir o parto normal teria efeitos negativos na saúde do recém-nascido. Ainda no contexto internacional, alguns estudos têm encontrado uma associação inversa entre as taxas de cesárea e a mortalidade materna e *CD217482072000*Documento eletrônico assinado por Neucimar Fraga (PSD/ES), através do ponto SDR_56572, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.768/2021Apresentação: 05/03/2021 16:43 - Mesainfantil em países de baixa renda, onde uma parcela significativa da população não tem acesso a cuidados obstétricos básicos. Nesses países, o fornecimento de cesáreas oportunas, garantindo melhor assistência à gestante e ao recém- nascido, poderia reduzir a chance de complicações. Tais países de baixa renda podem ter relação de equivalência com as regiões Norte e Nordeste do Brasil. Portanto, pode-se evidenciar que há muitos aspectos envolvidos na escolha do parto. Há questões culturais, sociais e, sobretudo, aqueles referentes às características do sistema de saúde e o acesso ao cuidado hospitalar. Há apenas um elemento ausente no debate: a preferência e a liberdade de escolha das mulheres pobres e dependentes do SUS. O presente Projeto de Lei busca contribuir com a crescente insatisfação das mulheres com a dinâmica do parto e as diferenças com a rede privada no contexto brasileiro. Em suma, as possibilidades de escolha entre partos vaginais e cesáreos refletem as desigualdades sociais no Brasil. As mulheres pobres, que não têm a adequada assistência social durante a gravidez, o parto e o puerpério, são as maiores vítimas da mortalidade materna. São as mesmas pessoas que também não têm direito de escolha na via do parto. O Brasil só irá superar o problema após chegarmos a um nível de países desenvolvidos, pontuo aqui, ser inadmissível o que vem ocorrendo com as gestantes de baixa renda social do nosso país, onde após completar 40 semanas de gestação, momento em que os bebês estão prontos para nascer, determinam as mulheres que voltem a suas casas para a espera do nascimento via parto normal. Por fim, a vontade materna deve imperar, garantindo assim a possibilidade da gestante em optar pelo parto cesariano, a partir da trigésima nona semana de gestação, bem como em prazos inferiores nos casos onde há risco de vida da gestante e do feto, conforme disposto no artigo 1º, §2º desta lei, extirpando-se assim atitudes e discursos que visam à vilanização da prática consagrada da cirúrgica obstétrica, promovida por grupos de caráter sectário e ideológico. Sala das Sessões, em 04 de março de 2021. Deputado NEUCIMAR FRAGA PSD/ES *CD217482072000*Documento eletrônico assinado por Neucimar Fraga (PSD/ES), através do ponto SDR_56572, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.768/2021Apresentação: 05/03/2021 16:43 - Mesa
PL 1126/2019
Altera a consolidação das leis do trabalho, para obrigar as empresas com mais de 30 empregados a manterem programa de promoção da igualdade de gênero, cor e etnia.
economia
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https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1714933
CÂMARA DOS DEPUTADOS Deputado Federal RUI FALCÃO PT/SP PROJETO DE LEI Nº , DE 2019 (Do Sr. RUI FALCÃO) Acrescenta o art. 461 -A à Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, para obrigar as empresas com mais de 30 (trinta) empregados a manterem programa de promoção da igualdade de gênero, cor e etnia. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º A Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto -lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, passa a vigorar com o acréscimo do seguinte art. 461 -A: Art. 461 -A. A empresa com mais de 30 (trinta) empregados deverá manter programa de promoção da igualdade de gênero, cor e etnia. § 1º Para os fins des te artigo, a empresa constituirá uma comissão integrada por representantes de seus empregados em diversos níveis hierárquicos e por representantes das áreas de organização da empresa, especialmente recursos humanos, gestão de pessoal, ouvidoria e comunicaç ão. § 2º Na composição da comissão, deverá ser assegurada a presença de, pelo menos, 30% (trinta por cento) de mulheres e 30% (trinta por cento) de pessoas negras, vedada a consideração da mesma pessoa para os dois critérios simultaneamente. § 3º Caso a ap licação dos percentuais de que trata o § 2º deste artigo resulte em números fracionados, estes deverão ser elevados até o primeiro número inteiro subsequente. § 4º Os empregados integrantes da comissão não poderão sofrer despedida arbitrária ou sem justa c ausa desde sua designação para participar da comissão até um ano após seu desligamento da comissão. § 5º A comissão será responsável por elaborar e acompanhar a execução do programa de promoção da igualdade de gênero, cor e etnia na empresa, que incluirá, entre outras, as seguintes medidas: I – adoção de providências para que os processos seletivos para admissão ao emprego, promoção ou designação para funções de direção, chefia, gerência ou outros cargos de confiança sejam conduzidos de modo a assegurar a igualdade de gênero, cor e etnia; II – avaliação da política de remuneração e classificação das funções desempenhadas de acordo com a equivalência de valor remuneratório; III – formalização de políticas e processos relacionados a decisões sobre remuneração ; IV – demonstração de que a empresa paga remunerações equivalentes aos empregados que exercem trabalho de igual valor; V – emissão de relatórios anuais com dados relativos ao quantitativo de empregados por gênero, cor ou etnia, sua faixa de remuneração, p ercentual de ocupação dos cargos de confiança e das funções classificados na forma do inciso II deste parágrafo, com o objetivo de avaliar as medidas adotadas. § 6º Após o fim de cada triênio, considerado o ano civil, a empresa deverá submeter seu programa a análise técnica e auditoria independente, para fins de avaliação do atendimento das disposições legais. § 7º No prazo de 90 (noventa) dias após o fim de cada triênio, considerado o ano civil, a empresa deverá encaminhar os documentos demonstrativos da e xecução de seu programa, inclusive os citados nos § 5º e 6º deste artigo, aos órgãos competentes do Poder Executivo em matéria de fiscalização do trabalho e de promoção da igualdade de gênero, cor e etnia, ao Ministério Público do Trabalho e aos sindicatos representantes dos trabalhadores envolvidos, para que adotem as providências cabíveis em suas esferas de atribuição. § 8º O descumprimento das disposições previstas neste artigo sujeita o infrator às seguintes multas administrativas, sem prejuízo do dispo sto no § 6º do art. 461 desta Consolidação: I – pela infração prevista no § 7º deste artigo, R$ 50,00 (cinquenta reais) por dia de atraso; II – caso constatada a ocorrência de trabalho de igual valor com remuneração desigual para pessoas de diferentes gêne ros, cores ou etnias, R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais) por empregado discriminado, acrescido de igual valor em caso de reincidência. § 9º O Poder Executivo poderá, na forma do regulamento, instituir programas oficiais de certificação do respeito à igualdade de gênero, etnia ou cor. Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, e a produção de seus efeitos, com a exigibilidade do cumprimento das obrigações nela previstas, inicia - se: I. no primeiro ano civil subsequente ao da publicação desta lei, para as empresas com mais de 300 (trezentos) empregados; II. no segundo ano civil subsequente ao da publicação desta lei, para as empresas com 201 (duzentos e um) a 300 (trezentos) empregados; III. no terc eiro ano civil subsequente ao da publicação desta lei, para as empresas com 101 (cento e um) a 200 (duzentos) empregados; IV. no quarto ano civil subsequente ao da publicação desta lei, para as empresas com 31 (trinta e um) a 100 (cem) empregados. JUSTIFICAÇÃO Inspirados pela legislação islandesa e pelo Programa Pró -Equidade de Gênero e Raça criado em 2005 pelo Governo Federal, apresentamos este Projeto de Lei, para promover o alcance da efetiva igualdade de gênero, cor e etnia no mercado de trabalho. O projeto busca dar concretização aos princípios constitucionais da igualdade (art. 5º, I, da Constituição da República) e da proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil (7º, X XX), bem como dar cumprimento a compromissos internacionalmente assumidos pelo Brasil. Nesse contexto, cabe lembrar que, na Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, promulgada pelo Decreto nº 65.810/1969, o Bra sil comprometeu -se a adotar, por todos os meios apropriados e sem tardar, uma política de eliminação da discriminação racial em todas as suas formas e, na Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher, promulgada pelo D ecreto nº 4.377/2002, comprometeu -se a adotar todas as medidas apropriadas para eliminar a discriminação contra a mulher na esfera do emprego. Sabemos que a legislação brasileira contém algumas regras proibitivas da discriminação, como as previstas nos art igos 373 -A e 461 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Entretanto as estatísticas demonstram que persiste um quadro de desigualdade e, por isto, é necessário adotar ações afirmativas capazes de reforçar o aspecto promocional da igualdade, como preten de este projeto. Quanto à desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho, notamos que, em vez de evoluir, o Brasil, entre 2013 e 2018, teve sua nota reduzida na categoria “Participação e Oportunidade Econômica” do ranking de igualdade de gênero publicado pelo Fórum Econômico Mundial. No critério “Participação e Oportunidade Econômica”, em 20131, o Brasil figurou na 74ª posição da lista, com nota 0.6561 (a nota máxima possível seria 1); em 20182, ficou na 92ª posição, com n ota 0.645. Conforme nota técnica publicada no Boletim “Mercado de trabalho: conjuntura e análise” referente ao ano de 20183, do Instituto de Pesquisa Econômica – IPEA, as taxas de desemprego em 2018 foram as seguintes: para homens brancos, 9,3%; para homen s negros, 13,4%; para mulheres brancas, 11,7%; para mulheres negras, 18%, sendo que estas experimentaram o maior aumento absoluto (em relação a 2014) na taxa de desemprego. De acordo com o estudo “Estatísticas de Gênero - Indicadores sociais das mulheres n o Brasil”4 publicado em 2018 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o r endimento habitual médio mensal das mulheres, em 2016, foi igual a 76,5% do rendimento dos homens, modificando -se para 86,7% caso se 1The Global Gender Gap Report 2013, disponível em: http://www3.weforum.org/docs/WEF_GenderGap_Report_2013.pdf 2The Global Gender Gap Report 201 8, disponível em: http://www3.weforum.org/docs/WEF_GGGR_2018.pdf 3Disponível em: http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/mercadodetrabalho/181031_bmt_65.pdf 4 Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101551_informativo.pdf considere o diferencial por horas trabalhadas. O mesmo estudo observa que a permanência desta desigualdade pode estar relacionada com a segregação ocupacional e a discriminação salarial das mulheres no mercado de trabalho, conforme vasta literatura e indicadores divulgados acerca das desigualdades de inserção ocupacional das mulheres. Dados do IBGE demonstram também a desigualdade de rendimentos entre brancos e negros. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua do ano de 20175 registrou que o rendimento médio mensal real de todos os trabalhos das pessoas brancas (R$ 2.814) era maior que os rendimentos observados para as pessoas pardas (R$ 1.606) e pretas (R$ 1. 570). Esse cenário justifica a adoção de medidas capazes de promover a igualdade entre homens e mulheres, brancos, negros e indígenas, de modo que recebam remuneração equivalente por trabalho de igual valor e que efetivamente tenham as mesmas oportunidades de admissão ao emprego, promoção ou designação para funções de maior salário. É o que se pretende com este Projeto de Lei, que apresenta soluções para os problemas relatados e possibilita o controle de sua implementação pelos responsáveis por fiscalizar o cumprimento da lei e por defender os direitos dos trabalhadores. Ante o exposto, esperamos contar com o apoio dos nobres colegas para a aprovação da matéria. Sala das Sessões, em de fevereiro de 2019. RUI FALCÃO Deputado Federal PT/SP 5 Disponível em: https://bib lioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101559_informativo.pdf
PL 1983/2022
Institui causa de aumento de pena do crime de estupro de vulnerável quando praticado por profissional de saúde contra vítima sob seu atendimento ou cuidados.
dignidade sexual
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https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2197350
PROJETO DE LEI Nº , DE 20 22 (Do Sr. Carlos Jordy) Institui causa de aumento de pena do crime de estupro de vulnerável quando praticado por profissional de saúde contra vítima sob seu atendimento ou cuidados . O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta lei institui causa de aumento de pena do crime de estupro de vulnerável quando praticado por profissional de saúde contra vítima sob seu atendimento ou cuidados . Art. 2º O art. 217-A do Decreto Lei nº 2.848, de 7 de Dezembro de 1940, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 217-A ................................................. ................. .................. § 1º-A A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços) se o crime é praticado por profissional de saúde que tenha a vítima sob seu atendimento ou cuidados . Art. 3º Esta lei entra em vigor na data da sua publicação. JUSTIFICATIVA Existem crimes que são de natureza tão abjeta que devem ser tratados com seriedade e não pode a sociedade tolerar, sob pena de esvair sua base e caminhar para a barbárie. Atento aos valores da sociedade e ao s seus anseios, e m nenhuma hipótese o legislador deve ser leniente com este tipo de conduta de profissionais de saúde que, tendo o paciente sob sua respon sabilidade, abusam deles para satisfação da própria lascívia. *CD220087898200* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Carlos Jordy Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD220087898200 PL n.1983/2022 Apresentação: 12/07/2022 13:06 - MESA A ninguém é dado o direito de se aproveitar de pacientes vulneráveis. O mais famoso médico condenado por este tipo de conduta, o Dr. Roger Abdelmassih, recebeu sentenças que somam 278 anos de prisão. Outros casos foram repercutidos em menos escala, como o do ginecologista Nicodemos Junior Estanislau Morais, de 41 anos, que foi condenado pela Justiça a 35 anos por quatro crimes de estupro de vulnerável. D e acordo com o Ministério Público de Goiás, mais de 50 vítimas foram ouvidas no caso. Desse total, 39 sofreram estupro e outras 3 mulheres foram vítimas de violação sexual. Recentemente , ganhou grande repercussão o caso do médico Giovanni Quintella Bezerra , anestesista que abusou de uma mulher excessivamente sedada para um parto, cuja filmagem não deixa dúvida de tão abjeto ato , que é de repulsa até mesmo entre criminosos reclusos em penitenciárias. Mães, avós, tias, filhas, filhas, irmãs, sobrinhas, pratic amente todas as famílias passam pela angústia de ver um ente querido encaminhado à sala de cirurgia, por inúmeras razões. E, certamente, não é isto que esperam que aconteça, num local de acolhimento, atenção, cuidado e restabelecimento da saúde. Entendo, p ortanto, que deve este tipo de conduta se tornar causa de aumento de pena no crime de estupro de vulneráveis para que haja a reprimenda adequada. Diante do exposto, submeto esta proposição aos ilustres pares, rogando o imprescindível apoio para sua aprovaç ão. Sala das Sessões , em de 2022. Deputado Federal CARLOS JORDY (PL/RJ) *CD220087898200* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Carlos Jordy Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD220087898200 PL n.1983/2022 Apresentação: 12/07/2022 13:06 - MESA
PL 4837/2020
Altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, a fim de tipificar como crime o estabelecimento que proibir ou constranger a mãe no momento da amamentação.
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https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1934827
PROJETO DE LEI Nº , DE 2020 (Da Sra REJANE DIAS) Altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, a fim de tipificar como crime o estabelecimento que proibir ou constranger a mãe no momento da amamentação. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º O Título VII dos Crimes e das Infrações Administrativas da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 – Dispõe sobre o Estatuto da Criança e Adolescente, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 244-C: “Art. 244-C. Proibir ou constranger mulher no ato da amamentação no interior de estabelecimento público ou privado. Pena: reclusão de 1(um) a 4 (quatro) anos e multa. ” (NR) Art. 2º Compete exclusivamente aos Municípios e ao Distrito Federal regulamentar e fiscalizar o disposto nesta lei. Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICATIVA A presente proposição visa incluir artigo no Estatuto da Criança e do Adolescente tipificando como crime quem proibir ou constranger mulher no ato da amamentação no interior de estabelecimento público ou privado. *CD207868370000*Documento eletrônico assinado por Rejane Dias (PT/PI), através do ponto SDR_56116, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.4837/2020Apresentação: 06/10/2020 16:36 - MesaA infância é um período em que se desenvolve grande parte das potencialidades humanas. Os distúrbios que incidem nessa época são responsáveis por graves consequências para indivíduos e comunidades. Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um processo que envolve interação profunda entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional. O aleitamento materno é a mais sábia estratégia natural de vínculo, afeto, proteção e nutrição para a criança e constitui a mais sensível, econômica e eficaz intervenção para redução da morbimortalidade infantil. Permite ainda um grandioso impacto na promoção da saúde integral da dupla mãe/bebê e regozijo de toda a sociedade. Se a manutenção do aleitamento materno é vital, a introdução de alimentos seguros, acessíveis e culturalmente aceitos na dieta da criança, em época oportuna e de forma adequada, é de notória importância para o desenvolvimento sustentável e equitativo de uma nação, para a promoção da alimentação saudável em consonância com os direitos humanos fundamentais e para a prevenção de distúrbios nutricionais de grande impacto em Saúde Pública. Porém, a implementação das ações de proteção e promoção do aleitamento materno e da adequada alimentação complementar depende de esforços coletivos intersetoriais e constitui enorme desafio para o sistema de saúde, numa perspectiva de abordagem integral e humanizada. De acordo com uma enquete realizada em uma FanPage no Facebook, 23% das mulheres sentem vergonha ou ficam incomodadas de amamentar em público, e 6% acham que não é uma boa ideia. Infelizmente 33,83% disseram ter sofrido algum tipo de constrangimento por amamentar em público. A Carta Magna preceitua em seu art. 227 que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança o direito absoluto à vida, à saúde e *CD207868370000*Documento eletrônico assinado por Rejane Dias (PT/PI), através do ponto SDR_56116, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.4837/2020Apresentação: 06/10/2020 16:36 - Mesaa alimentação além de coloca-los a salvo de qualquer forma de discriminação e opressão. Assim a presente proposição altera o Estatuto da Criança e do Adolescente para tipificar como crime qualquer forma de proibir ou constranger mulher no ato da amamentação no interior de estabelecimento privado. Diante do exposto conclamo aos nobres Pares a aprovação da presente proposição. Sala das Sessões, em de outubro de 2020. REJANE DIAS DEPUTADA FEDERAL *CD207868370000*Documento eletrônico assinado por Rejane Dias (PT/PI), através do ponto SDR_56116, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.4837/2020Apresentação: 06/10/2020 16:36 - Mesa
PL 1741/2022
Dispõe sobre a prorrogação dos prazos para defesa de dissertação de mestrado e tese de doutorado em virtude de parto, ou nascimento de filiação, ou obtenção de guarda judicial para fins de adoção, ou licença adoção.
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PSOL
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2190660
‘ Câmara dos Deputados do Brasil Gabinete Da Deputada Federal Talíria Petrone PROJETO DE LEI Nº /2022. (Da Sra. Talíria Petrone) Dispõe sobre a prorrogação dos prazos para defesa de dissertação de mestrado e tese de doutorado em virtude de parto, ou nascimento de filiação, ou obtenção de guarda judicial para fins de adoção, ou licença adoção. . O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta Lei prevê a prorrogação dos prazos para defesa de dissertação de mestrado e tese de doutorado em virtude de parto, ou nascimento de filiação, ou obtenção de guarda judicial para fins de adoção, ou licença adoção. § 1º O prazo de defesa de dissertação e tese será prorrogado por 120 dias em virtude de parto, ou nascimento de filiação, ou obtenção de guarda judicial para fins de adoção, ou licença adoção. *CD227858229900* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Talíria Petrone Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD227858229900 PL n.1741/2022Apresentação: 22/06/2022 17:02 - Mesa§ 2º O afastamento temporário de que trata este artigo deverá ser formalmente comunicado ao Programa de Pós-graduação ao que o discente se encontre vinculado, especificadas as datas de início e de término efetivos, além dos documentos comprobatórios da gestação, nascimento, adoção ou guarda judicial, conforme o caso. § 3º São também prorrogáveis pelo período previsto no § 1º o prazo para entrega de correções e a realização de publicações conforme exigido pelos regulamentos específicos. § 4º Ficarão suspensas as demais atividades acadêmicas do discente durante o período previsto no § 1º. Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICATIVA Recentemente, o caso da bióloga Ambar Soldevila Cordoba publicizou um problema vivenciado pelas mães cientistas: a inexistência de previsão legal para a suspensão do prazo de defesa de dissertação de mestrado e tese de doutorado em virtude de parto, ou nascimento de filiação, ou obtenção de guarda judicial para fins de adoção, ou licença adoção. O caso de Ambar chamou atenção por ela já haver tido defendido a dissertação e ter tido seu título negado por não ter entregue as correções no prazo quando se sabia que 19 dias após a defesa ela havia dado à luz. Desde 2011, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) regulamenta por meio da Portaria nº 248, de 19 de Dezembro de 2011 a ampliação do prazo das bolsas de estudo em virtude de maternidade. Seis anos depois, em 2017, foi promulgada a Lei 13.536/2017, pela qual estudantes bolsistas de pesquisa terão direito a afastamento por maternidade ou adoção, podendo suspender as atividades acadêmicas por até 120 dias. *CD227858229900* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Talíria Petrone Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD227858229900 PL n.1741/2022Apresentação: 22/06/2022 17:02 - MesaVeja-se que ditas normas regulam a situação de bolsistas, porém não tratam diretamente dos demais estudantes de mestrado e doutorado, o que gera grave exclusão, especialmente em um cenário no qual o número1 e o valor das bolsas têm diminuído significativamente2 fazendo com que a grande maioria dos discentes não se utilizem delas. Concretizando o disposto no artigo 5º, inciso II da Constituição, que reconhece a igualdade de gênero como direito fundamental, e o artigo 226 do Lei Maior que estabelece a família como base da sociedade digna de especial proteção do Estado, e valorizando a pesquisa e a produção das mães cientistas, apresentamos o presente projeto de lei para regulamentar a ampliação do tempo de defesa de dissertação de mestrado e tese de doutorado em virtude de parto, ou nascimento de filiação, ou obtenção de guarda judicial para fins de adoção, ou licença adoção. Sala das Sessões, 22 de junho de 2022. __________________________________________________________ Talíria Petrone Deputada Federal – PSOL/RJ 1 https://www.em.com.br/app/noticia/educacao/2019/09/03/internas_educacao,108 1987/capes-corta-5-6-mil-bolsas-de-pesquisa-veja-os-prejuizos-em-minas.shtml 2 https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2022/03/bolsas-de-estudo-alcancam-o- menor-valor-da-historia.shtml *CD227858229900* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Talíria Petrone Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD227858229900 PL n.1741/2022Apresentação: 22/06/2022 17:02 - Mesa
PL 1604/2023
Esta Lei altera a Lei nº 10.714, de 13 de agosto de 2003, para dispor sobre a divulgação ao público dos códigos de acesso telefônico destinados a atender denúncias de violência contra a mulher (Ligue 180) e de violações de direitos humanos (Disque 100).
violencia contra a mulher
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https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2255070
PROJETO DE LEI Nº , DE 2023 (Da Sr. Lêda Borges ) Esta Lei altera a Lei nº 10.714, de 13 de agosto de 2003, para dispor sobre a divulgação ao público dos códigos de acesso telefônico destinados a atender denúncias de violência contra a mulher (Ligu e 180) e de violações d e direitos humanos (Disque 100). O Congresso Nacional decreta : Art.1º Esta Lei altera a Lei nº 10.714, de 13 de agosto de 2003, para dispor sobre a divulgação ao público dos códigos de acesso telefônico destinados a atender denúncias de violência contra a mulher (Ligue 180) e de violações de direitos humanos (Disque 100) . Art.2º É obrigatória a divulgação da Central de Atendimento à Mulher (Disque 180) e do Serviço de Denúncia de Violações aos Direitos Humanos (Disque 100) em estabe lecimentos de grande circulação de pessoas de acesso público . § 1º condomínios verticais e horizon tais, comerciais e residenciais . § 2º supermercados e hipermercados. Art. 3 º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação . *CD239456605900* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Lêda Borges Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD239456605900 PL n.1604/2023 Apresentação: 04/04/2023 12:59:29.887 - Mesa Justificação A Central d e Atendimento à Mulher, conhecida como “Disque 180”, foi criada pela Lei nº 10.714, de 13 de agosto de 2003, e está em operação há 20 anos. Disque 180 – Central de Atendimento à Mulher: é um serviço de utilidade pública gratuito e confidencial (preserva o anonimato), oferecido pela Secretaria Nacional de Políticas. O Ligue 180 tem por objetivo receber denúncias de violência, reclamações sobre os serviços da rede de atendimento à mulher e de orientar as mulheres sobre seus direitos e sobre a legislação vigen te, encaminhando -as para outros serviços quando necessário Os canais de atendimento da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH) - Disque 100 (Disque Direitos Humanos) e o Ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher) - recebem denúncias de violações e encaminham às entidades competentes como os conselhos tutelares, as delegacias de polícia e o Ministério Público. Ao todo, mais de 55 mil instituições assistenciais ou de persecução penal responsáveis por políticas públicas de proteção às vítimas são aciona dos pelas centrais . Esses dois serviços, desde 2014, passaram a operar também como central de informações sobre os direitos das mulheres e sobre a legislação. Em relação ao “Disque 100”, com a finalidade de receber demandas relativas a violaçõ es de Direit os Humanos. Em 2021, o Disque 100 e do Ligue 180, recebeu mais de 309,3 mil denúncias. Já de janeiro a junho de 2022, mais de 190 mil registros foram feitos pelos canais da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos. O Disque 100 e o Ligue 180 são gratuitos e podem ser acionados por qualquer pessoa por meio de ligação. *CD239456605900* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Lêda Borges Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD239456605900 PL n.1604/2023 Apresentação: 04/04/2023 12:59:29.887 - Mesa Para ampliar a divulgação, o conhecimento e o alcance desses números, trago essa propositura da Assembleia L egislativa de Goiás, onde estava como deputada estadual . A iniciativa foi de uma ele itora comunicadora e jornalista goiana, Cacau Mila . Ela apresentou a demanda para ampliar a divulgação dos contatos que resguardam e auxiliam a segurança das mulheres, sendo assim adicionada a lei supracitada, o qual traz o rol dos estabelecimentos comerci ais e congêneres que, em caráter permanente, provisório ou eventual, exerçam ao menos uma das atividades a seguir relacionadas que deve promover a divulgação da Central de Atendimento à Mulher (Disque 180) e do Serviço de Denúncia de Violações aos Direitos Humanos (Disque 100). A jornalista nos relatou que em seu prédio residencial ouviu inúmeras vezes , agressões cometidas contra uma de sua vizinha , e que ao procurar auxílio do síndico do prédio não foi dada a devida assistência, diz ainda que ao entrar em contato com a Polícia Militar (PM) foi info rmada que não seria possível a intervenção, pois não se sabia ao certo em qual dos apartamento ocorria a violência doméstica. Pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública por meio do Instituto Da tafolha revelou que todas as formas de violência desse tipo cresceram no período recente. “Foram mais de 18 milhões de mulheres vítimas de violência no último ano. São mais de 50 mil vítimas por dia, um estádio de futebol lotado”, afirma Samira Bueno, dire tora executiva do Fórum. Ao mesmo tempo, o estudo revela que uma a cada três mulheres brasileiras (33,4%) com mais de 16 anos já sofreu violência física e/ou sexual de parceiros ou ex -parceiros. Diante de todas as realidades em que o país vive, urge a necessidade da medida onde pretendemos ampliar o conhecimento dos cidadãos sobre tais serviços, e, assim, ampliar seu alcance e promover 1- Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) . VISÍVEL E INVISÍVEL : A VITIMIZAÇÃO DE MULHERES NO BRASIL 4ª EDIÇÃO - 2023 . https://fo rumseguranca.org.br . 2023 . *CD239456605900* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Lêda Borges Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD239456605900 PL n.1604/2023 Apresentação: 04/04/2023 12:59:29.887 - Mesa a redução dos casos de violência contra a mulher a também as violações de Direitos Humanos. Por esses motivos, esperamos mais uma vez, poder contar com os nobres Colegas P arlamentares para a aprovação da matéria. Sala das Sessões, em de de 2023 LÊDA BORGES Deputada federal - PSDB - GO *CD239456605900* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Lêda Borges Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD239456605900 PL n.1604/2023 Apresentação: 04/04/2023 12:59:29.887 - Mesa
PL 2952/2021
Tipifica a conduta de quem presencia violência doméstica e familiar contra a mulher e deixa de comunicar o fato às autoridades policiais.
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https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2063142
PROJETO DE LEI Nº , DE 2021 (Da Sra. RENATA ABREU) Tipifica a conduta de quem presencia violência doméstica e familiar contra a mulher e deixa de comunicar o fato às autoridades policiais. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta Lei tipifica a conduta de quem presencia violência doméstica e familiar contra a mulher e deixa de comunicar o fato às autoridades policiais. Art. 2º O art. 135 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, passa a vigorar com a seguinte redação: “Omissão de socorro Art. 135 ........................................................................................ ..................................................................................................... . §1o A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte. §2o Nas mesmas penas incorre quem presenciar violência doméstica e familiar contra a mulher e deixar de comunicar às autoridades policiais, dentro do prazo de vinte e quatro horas.” (NR) Art.3o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. *CD215827691000* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Renata Abreu Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD215827691000 PL n.2952/2021Apresentação: 24/08/2021 16:20 - Mesa2 JUSTIFICAÇÃO Os índices de violência contra a mulher vêm aumentando de modo sustentado, havendo uma piora considerável após a instauração das restrições sociais ocasionadas pela pandemia do COVID-19. Neste contexto, necessário se faz que esta Casa Legislativa se debruce em medidas legislativas capazes de prevenirem e reprimirem os crimes de violência praticados com viés de sexismo e de misoginia contra as mulheres brasileiras. Desse modo, a presente proposição legislativa tem por objetivo tipificar como crime a conduta de quem presencia violência doméstica e familiar contra a mulher e deixa de comunicar o fato às autoridades policiais, dentro do prazo de vinte e quatro horas. Com esta medida, espera-se ampliar a segurança das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, conferindo maior efetividade à tutela dos interesses da mulher. Diante do exposto, esperamos contar com o decisivo apoio dos nobres Pares para aprovação destas medidas que contribuirão para a proteção da mulher brasileira. Sala das Sessões, em de de 2021. Deputada RENATA ABREU 2021-10942 *CD215827691000* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Renata Abreu Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD215827691000 PL n.2952/2021Apresentação: 24/08/2021 16:20 - Mesa
PL 1344/2023
Institui enfermarias exclusivas para mulheres em situação e/ou processo de abortamento.
direitos sexuais e reprodutivos
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https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2259913
PROJET O DE LEI Nº , DE 2023 (Do Sr . Guilherme Boulos) Institui enfermarias exclusivas para mulheres em situação e/ou processo de abortamento. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Ficam instituídas diretrizes para acomodação às mulheres em situação de abortamento, no âmbito da rede de saúde pública e privada, com o objetivo de qualificar o atendimento e evitar a revitimização das mulheres nesta condição. Art. 2º A acomodação das mulheres em situação de abortamento, sem prejuízo de outras medidas para sua proteção e acolhimento, observará as seguintes diretrizes: I - Or ganização dos leitos de modo a preservar a intimidade e privacidade das mulheres em situação de abortamento, por meio de estratégias como enfermarias exclusivas. II - Não exposição das mulheres em situação de abortamento a sofrimento e discriminação. III - Garantia de espaços seguros e livres de julgamento. IV - Preservação das condições de saúde mental e social das mulheres nesta condição. V - Disponibilização de atenção específica conforme a necessidade de cada caso. VI - Garantia de não acomodação junto a parturientes. Art. 3 º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICAÇÃO Segundo estudo de Maria Luiza Heilborn (2012) e Paula Rita Gonzaga (2015) os processos de interrupção voluntária da gravidez são uma realidade inerente às trajetórias *CD235188357300* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Guilherme Boulos Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD235188357300 PL n.1344/2023Apresentação: 22/03/2023 19:17:02.760 - nullreprodutivas de todas as sociedades. Justamente por isso, faz-se necessário desenvolver políticas de atenção e cuidado às mulheres que vivenciam tal experiência, para garantir a saúde e o bem viver dessas mulheres, a continuidade saudável de suas vidas sexuais e reprodutivas e também desconstruir estereótipos e práticas repressoras e punitivistas desnecessárias. O abortamento espontâneo é a mais comum intercorrência obstétrica e possui origem multifatorial, podendo ter causas genéticas ou não genéticas, destacando-se entre os fatores genéticos as anormalidades, polimorfismos e cromossômicas, e entre os fatores não genéticos pode ser causado por agentes infecciosos, causas ambientais, socioeconômicas, ocupacionais, estilo de vida, estado de saúde, hormonais, trombofílicos e distúrbios endócrinos (Azevedo, S. A. - 2021. Saúde mental da mulher frente ao aborto espontâneo: uma revisão integrativa. Revista Saúde e Meio Ambiente 12(1), 63-71). No brasil hoje, cerca de 30% das mulheres que engravidam vivem processos de aborto espontâneo, antes de 20 semanas, sendo que, destas, 80% sao interrompidas até 12 semanas. O Sistema Único de Saúde (SUS) realizou entre 2016 até outubro de 2020, 8.665 abortos legais conforme dados do Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares e T abwin SIH. A cada aborto autorizado pelo Poder Judiciário o SUS realiza 100 procedimentos para socorrer mulheres que sofreram aborto espontâneo ou tentaram o procedimento de forma insegura fora dos hospitais. A vivência de um aborto espontâneo ou provocado exige atenção específica à saúde física e mental das mulheres. A convivência entre mulheres que estão elaborando um luto tão complexo e mulheres que estão celebrando a vida e a chegada de seus filhos, pode resultar em violência institucional e tortura psicológica. Estudos apontam que mulheres que passam pelo aborto espontâneo, apresentam transtornos psicólogos geralmente cerca de 1 mês após o ocorrido. Os principais transtornos são: depressão, ansiedade e estresse pós-traumático. A depressão onde a mulher manifesta perda ou ganho considerado de peso, sono e repouso prejudicado, falta de ener gia, raciocínio lento, pensamentos e tentativas suicidas, muitas vezes os sintomas possuem características duradouras, e requer atenção para reversão da mesma (Bernstein, C. A., Machado, M. H., Ribas, P . A., Jesus, P . H. V ., V asconcelos, T . B., Simões, A. B., & Savaris, R. F . (2022). Impacto psicológico no pós-aborto espontâneo: uma revisão narrativa. Promoção e proteção da saúde da mulher A TM 2024/2. p. 135-150). Diante desse cenário, as enfermarias exclusivas para mulheres em situação/ processo de abortamento, no âmbito do SUS, e também na rede privada, garantem às mulheres a preservação de sua intimidade e privacidade, o direito de vivenciar o luto com o recolhimento necessários e principalmente as condições de saúde mental cabíveis diante desta condição. *CD235188357300* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Guilherme Boulos Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD235188357300 PL n.1344/2023Apresentação: 22/03/2023 19:17:02.760 - nullEm casos de interrupção de gravidez decorrente de estupro, a complexidade desta experiência de múltiplas violências, torna imprescindivel a existencia de espaços específicos que garantam as condições para a recomposição da saúde e integridade fisica e psiquica destas mulheres. Ante as razões acima expostas, peço apoio aos nobres pares para a aprovação do presente projeto de lei. Sala de sessões, em 20 de março de 2023. GUILHERMEBOULOSDeputadoFederal(PSOL/SP) *CD235188357300* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Guilherme Boulos Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD235188357300 PL n.1344/2023Apresentação: 22/03/2023 19:17:02.760 - null
PL 24/2022
Autoriza o Poder Executivo a criar um sistema virtual que possibilite a célere concessão de medidas protetivas, visando a garantir a segurança das vítimas de violência doméstica e dá outras providências.
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https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2130925
CÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete do Deputado Alexandre Frota – PSDB/SP PROJETO DE LEI N° DE 2022 (Deputado Alexandre Frota) Autoriza o Poder Executivo a criar um sistema virtual que possibilite a célere concessão de medidas protetivas, visando a garantir a segurança das vítimas de violência doméstica e dá outras providências. O CONGRESSO NACIONAL decreta: Art. 1º – O Poder Executivo fica autorizado a criar um sistema virtual para o recebimento de denúncias de violência doméstica e realização de pedidos de medidas protetivas, acessível por meio de aplicativos de dispositivos móveis ou por computadores, inclusive a estabelecer convênios com os Estados da Federação. § 1º – O sistema será criado e gerido pela Polícia Federal e Policias Civis Estaduais, que estabelecerão uma planilha única de informação, para acrescentar os já existentes, a partir dos equipamentos de informática já disponíveis, sendo que as denúncias e os pedidos de medidas protetivas serão encaminhados pela mesma forma aos delegados de polícia da jurisdição competente, identificando seus remetentes. § 2º – Ao receber a denúncia, diretamente da vítima da violência ou de terceiros, o sistema permitirá aos delegados de polícia decidir de maneira mais célere e de forma digital sobre as medidas cabíveis de polícia judiciária, ou aplicação das medidas de proteção, estabelecidas na Lei Federal nº 11.340, de 07 de agosto de 2006 – Lei Maria da Penha. Câmara dos Deputados - Anexo IV – 2º andar – Gabinete 216 - 70160-900 Brasília –DF - Tel (61) 3215-5216dep.alexandrefrota@camara.leg.br *CD220267135300* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Alexandre Frota Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD220267135300 PL n.24/2022Apresentação: 02/02/2022 16:13 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete do Deputado Alexandre Frota – PSDB/SP § 3º – Será disponibilizado um formulário digital em linguagem simples e acessível de modo a permitir o rápido preenchimento de informações relacionadas à situação de violência. § 4º – O formulário mencionado no parágrafo anterior será direcionado ao delegado de polícia competente para que este tome as medidas preventivas e repressivas necessárias à segurança e à integridade física da vítima, além das demais providências de polícia judiciária cabíveis. § 5º – O usuário poderá ou não se identificar, sendo possível a anexação de fotos, áudios e/ou materiais escritos. § 6º – As informações apresentadas serão mantidas em segurança e sigilo, só podendo ser inseridas em eventual processo criminal que trâmite em segredo de justiça. Art. 2º – Os órgãos estatais públicos deverão divulgar os meios de acesso ao sistema, bem como sua forma de utilização, visando a sua rápida assimilação pela sociedade. Art. 3º – As despesas decorrentes da execução desta lei correrão por conta das dotações orçamentárias próprias, podendo ser suplementadas, se for o caso. Art. 4º – Esta lei entra em vigor na data da sua publicação. JUSTIFICATIVA A Lei nº 11.340 /2006, conhecida popularmente como Lei Maria da Penha , entrou em vigor em 2006, dando ao país salto significativo no combate à violência contra a mulher. Uma das formas de coibir a violência e proteger as vítimas asseguradas pela norma é a garantia das chamadas medidas protetivas. Câmara dos Deputados - Anexo IV – 2º andar – Gabinete 216 - 70160-900 Brasília –DF - Tel (61) 3215-5216dep.alexandrefrota@camara.leg.br *CD220267135300* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Alexandre Frota Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD220267135300 PL n.24/2022Apresentação: 02/02/2022 16:13 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete do Deputado Alexandre Frota – PSDB/SP Por se tratar de medida de urgência a vítima pode solicitar a medida por meio da autoridade policial, ou do Ministério Público, que encaminhará o pedido ao juiz. A lei prevê que a autoridade judicial deverá decidir o pedido (liminar) no prazo de 48 horas após o pedido da vítima ou do Ministério Público. Com esse novo mecanismo criado pelo presente projeto de lei para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar, assegurando que toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goze dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana e tenha oportunidades e facilidades para viver sem violência, com a preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social. Pela lei, a violência doméstica e familiar contra a mulher é configurada como qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. Diante de um quadro como esse, as medidas protetivas podem ser concedidas de imediato, independentemente de audiência das partes e da manifestação do Ministério Público, ainda que o Ministério Público deva ser prontamente comunicado. A presente proposta legislativa visa dar maior celeridade a toda investigação e segurança da vitima imediatamente após tenha ocorrido o caso de violência doméstica, para a garantia única e exclusiva da vitima. Por todo o exposto, espera o autor a tramitação regimental e apoio dos nobres colegas na aprovação do Projeto de Lei, que atende aos pressupostos de constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Sala das Sessões em, de fevereiro de 2022 Alexandre Frota Deputado Federal PSDB/SP Câmara dos Deputados - Anexo IV – 2º andar – Gabinete 216 - 70160-900 Brasília –DF - Tel (61) 3215-5216dep.alexandrefrota@camara.leg.br *CD220267135300* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Alexandre Frota Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD220267135300 PL n.24/2022Apresentação: 02/02/2022 16:13 - Mesa
PL 4060/2023
Determina a responsabilidade civil objetiva dos Serviços de Saúde público e privados na hipótese de troca de bebês em maternidade bem como torna imprescritível a ação de danos morais dela decorrente.
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REPUBLICANOS
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2316311
CÂMARA DOS DEPUTADOS GABINETE DO DEPUTADO VINICIUS CARVALHO – Republicanos/SP PROJETO DE LEI N° DE 2023 (Do Sr. Vinicius Carvalho) Determina a responsabilidade civil objetiva dos Serviços de Saúde público e privados na hipótese de troca de bebês em maternidade bem como torna imprescritível a ação de danos morais dela decorrente. O CONGRESSO NACIONAL decreta: Art. 1º Esta Lei altera a Lei nº 11.634, de 27 de dezembro de 2007, que “Dispõe sobre o direito da gestante ao conhecimento e a vinculação à maternidade onde receberá assistência no âmbito do Sistema Único de Saúde” para determinar a responsabilidade civil objetiva dos Serviços de Saúde público e privados na hipótese de troca de bebês em maternidade bem como torna imprescritível a ação de danos morais dela decorrente. Art. 2º A Ementa da Lei nº 11.634, de 27 de dezembro de 2007, passa a vigorar com a seguinte redação: “Dispõe sobre o direito da gestante ao conhecimento e a vinculação à maternidade onde receberá assistência no âmbito do Sistema Único de Saúde, bem como determina a responsabilidade civil objetiva dos Serviços de Saúde público e privados na hipótese de troca de bebês recém nascidos em maternidade bem como torna imprescritível a ação de danos morais dela decorrente” Art. 3º Inclua-se o seguinte Art. 1-A à Lei nº 11.634, de 27 de dezembro de 2007: *CD230573621200* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Vinicius Carvalho Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD230573621200 PL n.4060/2023Apresentação: 22/08/2023 18:34:35.587 - MESACÂMARA DOS DEPUTADOS GABINETE DO DEPUTADO VINICIUS CARVALHO – Republicanos/SP “Art. 1-A. Os Serviços de Saúde público e privados tem responsabilidade civil objetiva por eventuais trocas de bebês recém nascidos ocorridas após o parto dentro de suas unidades de maternidade. Parágrafo único. A ação por danos morais decorrentes de trocas de bebês em unidades maternais é imprescritível”(NR) Art. 4º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICATIVA A presente proposta de projeto de lei tem o objetivo de garantir segurança jurídica às famílias prejudicadas por trocas de bebês recém- nascidos em unidades maternais públicas e privadas. Com vistas a garantir a sua reparação pelo dano causado, com a devida ação por danos morais, muitos juízes e tribunais requerem a prova de culpabilidade de agentes da maternidade para a troca de bebês. Há casos em que a descoberta da troca se faz muitos anos depois, o que dificulta ainda mais a colheita de provas. Por outro lado, também há decisões no sentido de que a ação desse tipo estivesse coberta pelo prazo prescricional de 3 (três) anos previsto no Art. 206, § 3º, V do Código Civil, o que pode trazer prejuízo para a devida reparação ao dano causado aos familiares. Ante ao exposto, apresento a presente proposta de projeto de lei com vista a dar maior segurança jurídica nesse tema. *CD230573621200* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Vinicius Carvalho Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD230573621200 PL n.4060/2023Apresentação: 22/08/2023 18:34:35.587 - MESACÂMARA DOS DEPUTADOS GABINETE DO DEPUTADO VINICIUS CARVALHO – Republicanos/SP Sala das sessões, Datado e assinado eletronicamente. Deputado VINÍCIUS CARVALHO (Republicanos/SP) *CD230573621200* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Vinicius Carvalho Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD230573621200 PL n.4060/2023Apresentação: 22/08/2023 18:34:35.587 - MESA
PL 3085/2019
Estipula a isenção de imposto sobre produto industrializado (IPI) incidente sobre os produtos de higiene femininos.
economia
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PROJETO DE LEI Nº , DE 201 9 (Do Sr. André Fufuca ) Estipula a isenção de IPI – Imposto sobre Produto I ndustrializado incidente sobre os produtos de higiene femininos aqui mencionados . O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Ficam isentos de Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI os produtos denominados absorventes femininos e tampões íntimos classificados no código1 9619.00.00 da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados – TIPI, aprovada pelo Decreto nº 4.542, de 26 de dezembro de 2002. Art. 2º Esta lei entra em vigor no exercício financeiro subsequente à data de sua publicação. JUSTIFICAÇÃO Em recentes reportagens2, estudos e pesquisas3 veiculados na internet acerca da incidência de impostos sobre produtos básicos restou revelado dado alarmante sobre a taxação de produtos íntimos denominados absorventes e tampões feminino, os quais são de suma importância para a higiene das mulheres com ciclo menstrual ativo . Sensível à dificuldade que é para as mulheres e meninas de baixa renda ter acesso a esses produtos e levando em consideração que absorvente e tampão intimo são produtos básicos de sum a importância para todas elas e ainda sua alta taxação no Brasil, conforme resta demonstrada em documento anexo , a medida mais justa seria a isenção de imposto incidente nesse tipo de produto. 1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015 -2018/2016/Decreto/Anexo/AND8950.pdf 2 file:///C:/Users/p_245468/Downloads/sascha -pessoa -rufino -da-silva -111015192%20(2).pdf e 3 https://www.nexojornal .com.br/grafico/2016/12/05/O -imposto -sobre -absorventes -no-Brasil -e-no- mundo Convém salientar que os absorventes não possuem quaisquer form as de isenções no Estado brasileiro , estando em primeiro lugar no ranking de produtos com mais imposto embutido no preço , o que vai totalmente contra as mudanças ocorridas nas legislações dos outros países , que estão reduzindo e até abolindo impostos sobre esses produtos, como por exemplo, o caso do Canadá. Cabe ainda lembrar que o Brasil é um país que possui uma grande população de r ua e as mulheres que fazem parte desse grupo são prejudicadas , e tem sua d ignidade humana ferida , pois não consegue comprar um produto essencial com preço altíssimo, o que faz com que muitas utilizem produtos inadequados no lugar do absorvente , o que é desumano. Levando em consideração que as mulheres no decorrer de sua vida vã o ter que pagar impostos não pagos pelos homens, que não há razão para absorventes e tampões íntimos serem considerados produtos supérfluos e ter maior alíquota e ainda tendo em mente os princípios constitucionais da isonomia e o da d ignidade da pessoa hum ana, ambos dispostos na Constituição Federal, essa proposta deve ser aprovada. Dessa forma a fim de reduzir essa desigualdade e reestabelecer a dignidade de algumas mulheres que estão prejudicadas conto com o apoio dos Nobres Pares para a aprovação desse projeto de Lei. Eis porque se oferece a presente iniciativa. Sala das Sessões, em de abril de 2019 . Deputado ANDRÉ FUFUCA
PL 979/2023
Altera a Lei 13.105, de 16 de março de 2015, para conceder tramitação prioritária automática aos processos protocolados em qualquer juízo ou tribunal, cuja parte seja mulher vítima de violência física
violencia contra a mulher
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CÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete do Deputado POMPEO DE MATTOS – PDT/RS Gabinete 704, Anexo IV da Câmara dos Deputados - Praça dos Três Poderes Brasília - DF – CEP: 70160 -900 • (61) 3215 -5704 – 3215 -2704 PROJETO DE LEI Nº DE 20 23 (do Sr. Pompeo de Mattos ) Altera a Lei 13.105, de 16 de março de 2015, para conceder tramitação prioritária automática aos processos protocolados em qualquer juízo ou tribunal, cuja parte seja mulher vítima de violência física. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta Lei altera a Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015, também conhecido como Novo Código de Processo Civil, para conceder tramitação prioritária automática aos processos protocolados em qualquer juízo ou tribunal, cuja parte seja mulher vítima de violência física. Art. 2º . O artigo 1.048 da Lei nº 13.150, de 16 março de 2015, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 1.048 ...................................................... ..................... ........................................................................................... .. IV - ............................................................................ .......... ........................................................................................... .. § 5º - Quando a parte definida no inciso III for vítima de violência física que ofenda sua integridade ou saúde corporal, a prioridade de tramitação será co ncedida automaticamente, sem a necessidade de requerimento ou deferimento.” (NR) Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. *CD232406964900* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Pompeo de Mattos Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD232406964900 PL n.979/2023 Apresentação: 08/03/2023 11:00:47.683 - MESA CÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete do Deputado POMPEO DE MATTOS – PDT/RS Gabinete 704, Anexo IV da Câmara dos Deputados - Praça dos Três Poderes Brasília - DF – CEP: 70160 -900 • (61) 3215 -5704 – 3215 -2704 JUSTIFICATIVA Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), o Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de Feminicídio, o Brasil está atrás apenas de El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia em número de casos de assassinato de mulheres. Em comparação com países desenvolvidos, aqui se mata 48 vezes mais mulheres que o Rei no Unido, 24 vezes mais que a Dinamarca e 16 vezes mais que o Japão ou Escócia. Mesmo que já exista uma série de ações de prevenção e repressão contra esse tipo de violência, o seu enfrentamento deve ser um dos principais compromissos do Estado. Contudo, n ão é o que vem sendo demonstrado nos últimos anos. De acordo com dados divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça – CNJ mostram que em 2021 foram abertos 630.948 mil novos processos de violência contra a mulher. No período de 2016 a 2021, foram registrad os mais de 3,1 milhões de processos onde apenas 333 mil, tiveram sentenças definidas. Ao analisar esses dados é fácil perceber que a cada ano o número de processos protocolados nos tribunais, cujo objeto principal é a violência contra a mulher, é cada vez maior. As agressões físicas são as mais denunciadas e sobre as quais mais temos notícia em termos de dados. Além disso, em parte relevante das denúncias, existe risco percebido de feminicídio. Outro dado que chama à atenção, é que a maior parte dos ataqu es contra mulheres são cometidos por homens, e homens conhecidos, sendo a residência o espaço mais frequente das agressões. A recorrência das agressões também é um dado observado em diferentes fontes de informação. Infelizmente, a demora no julgamento desses casos acaba incentivando a continuidade dos crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher e prevalecendo a impunidade de seus agressores, mesmo que a legislação atual preveja penalidades mais graves. Com intuito de agilizar tais processos, o Novo Código de Processo Civil, Lei nº 13.105, de 2015, prevê em seu artigo 1.048 a tramitação prioritária em que figure como parte a vítima de violência doméstica e familiar, nos termos da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha). Entretanto, para ser atendida a prioridade é preciso que ela seja requerida à autoridade judiciária competente para decidir o feito, fato que *CD232406964900* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Pompeo de Mattos Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD232406964900 PL n.979/2023 Apresentação: 08/03/2023 11:00:47.683 - MESA CÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete do Deputado POMPEO DE MATTOS – PDT/RS Gabinete 704, Anexo IV da Câmara dos Deputados - Praça dos Três Poderes Brasília - DF – CEP: 70160 -900 • (61) 3215 -5704 – 3215 -2704 muitas vezes passa despercebido pelo advogado do caso e gera mais demora no julgamento da ação. É preciso prevenir, punir com rigor e erradicar a violência contra as mulheres de uma vez por todas, principalmente através da condenação e punição exemplar daqueles que a cometem. Importa dizer que a presente proposição já tramita no Senado Federal, cujo autor é o Senador Jader Barbalho, assim, no intuito de acelerar a sua tramitação apresentamos concomitantemente nesta Casa a presente proposição posto a relevância do tema para o bem -estar das mulheres brasileiras . Assim, c onto com o apoio dos ilustres Pares para a sua aprovação. Sala das Sessões, de março de 2023 . POMPEO DE MATTOS Deputado Federal PDT/ RS *CD232406964900* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Pompeo de Mattos Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD232406964900 PL n.979/2023 Apresentação: 08/03/2023 11:00:47.683 - MESA
PL 2539/2022
Altera o Decreto-lei 3.689, de 3 de outubro de 1941 – Código de Processo Penal, para vedar que aquele que pratica o crime de estupro tenha direito à prisão especial.
dignidade sexual
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https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2207790
PROJETO DE LEI Nº , DE 2022 (Do Sr. HERCULANO PASSOS ) Altera o Decreto -lei 3.689, de 3 de outubro de 1941 – Código de Processo Penal, para vedar que aquele que pratica o crime de estupro tenha direi to à prisão especial. Art. 1º Esta Lei altera o artigo 295 do Decreto -lei 3.689, de 3 de outubro de 1941 – Código de Processo Penal, a fim de vedar que quem pratica crime de estupro tenha direito à prisão especial em razão de ter nível superior. Art. 2º O art.295 do Decreto -lei 3.689, de 3 de outubro de 1941 – Código de Processo Penal passa a vigorar com a seguinte redação: Art.295. .............. ............. ...................................................................... .............................................................................................................. . §6º O disposto no inciso VII não se aplica quando o agente tiver praticado o delito de estupro , previsto no artigo 213 do Decreto -Lei nº2.848 , de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal) . ” (NR) Art.3º Es ta lei entra em vigor na data da sua publicação. *CD222110740500* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Herculano Passos Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD222110740500 PL n.2539/2022 Apresentação: 29/09/2022 11:09 - Mesa 2 JUSTIFICAÇÃO Trata -se de Projeto de Lei destinado a vedar que aquele que comete crime de estupro tenha direito a prisão especial, mesmo que tenha nível superior. Isso porque , dada a repugnância de tal crime sexual, é incabível que quem o pratique tenha a benesse de ocupar uma cela especial no estabelecimento prisional. Saliente -se que quem comete o crime de estupro não pode fazer jus a um tratamento diferenciado, mesmo que seja diplo mado. Como a prisão especial tem natureza jurídica de forma especial de cumprimento da prisão cautelar antes da condenação definitiva , aquele que pratica estupro n ão pode ter esse privilégio no cumprimento da pris ão provis ória. Nessa esteira , tramit a no Supremo Tribunal Federal a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 334 para impugnar a validade constitucional do artigo 295, inciso VII, do Código de Processo Penal , justamente o dispositivo que concede prisão espec ial a quem tem n ível supe rior. Destarte, a alteraç ão legislativa propost a é necess ária p ara que quem estupra outrem , praticando con duta tão repugnante , jamais po ssa fazer jus à pris ão especial , mesmo que tenha n ível superior. Convicto , portanto, de que o presente Projeto de Lei revela indiscutível aperfeiçoamento da legislação processual penal , conclamo os Ilustres Pares a apoiarem a sua aprovação. Sala das Sessões , em de de 2022 . Deputado HERC ULANO PASSOS 2022 -8807 *CD222110740500* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Herculano Passos Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD222110740500 PL n.2539/2022 Apresentação: 29/09/2022 11:09 - Mesa
PL 269/2023
Dispõe sobre a proibição de bloqueio puberal hormonal em crianças e adolescentes em processo transexualizador e de terapia hormonal e cirurgia de redesignação sexual, respectivamente a menores de 18 e 21 anos.
genero
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https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2232747
PROJETO DE LEI Nº , DE 2023 (Do Deputado Mario Frias) Dispõe sobre a proibição de bloqueio puberal hormonal em crianças e adolescentes em processo transexualizador e de terapia hormonal e cirurgia de redesignação sexual, respectivamente a menores de 18 e 21 anos. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica vedado em toda a rede de saúde, pública ou privada, no Brasil: § 1º. O bloqueio puberal hormonal em crianças e adolescentes; excetuado quando estes, forem portadores de puberdade precoce. § 2º. A terapia hormonal de processo transexualizador, para menores de 18 anos; § 3º. A cirurgia de redesignação sexual para menores de 21 anos. Art. 2º Esta lei entra em vigor na data da sua publicação. JUSTIFICAÇÃO Por ocasião do Dia da Visibilidade Trans, o portal de noticias da Globo, G1, realizou uma reportagem onde conversou com pessoas que estariam em busca ou conseguiram passar por processos transexualizadores, como o bloqueio da puberdade, a hormonização cruzada e a cirurgia de redesignação sexual. A matéria cita que atualmente, 380 pessoas de todo o Brasil identificadas como trans fazem transição de gênero gratuitamente no Hospital das Clínicas (HC) da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista. Desse total, são 100 crianças de 4 a 12 anos de idade, 180 são adolescentes de 13 a 17 anos e 100 são adultos a partir dos 18 anos. *CD238649515600* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Mario Frias Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD238649515600 PL n.269/2023Apresentação: 03/02/2023 15:13:56.453 - MESAA reportagem rapidamente viralizou em todo o Brasil, gerando mais matérias jornalísticas, manifestações de autoridades públicas sobre o tema, e amplo debate nas redes sociais e conversas cotidianas da população. O encarte trouxe à tona uma situação que pouco é difundida e debatida no cenário público, tendo causado espécie nesse parlamentar e em grande parte da população brasileira, o fato de uma criança de 8 anos ter passado por tratamento médico hospitalar com a inoculação em seu corpo de substância que bloqueia a puberdade, ou seja, foi aplicado em uma criança de tenra idade, segundo a matéria, uma substância capaz de suspender a normal evolução do corpo daquele menor, com o subterfúgio de dar tempo para que tenha melhor entendimento sobre a sua sexualidade. A reportagem entrevistou somente duas crianças de 8 e 12 anos, mas cita um total de 100 crianças que passam por esse tipo de procedimento, e tudo isso somente no Hospital das Clinicas do Estado de São Paulo, sem contar em outros hospitais do Estado e por todo o Brasil. Oras, sem entrar no mérito médico e psicológico do tema, que já é fruto de criticas e estudos que se contrapõem a tal prática, dentro do nosso arcabouço legal, dito legislação, não há regulamentação sobre esse tipo de prática médica, e isso é oportuno, pois sem lei impeditiva, tais “tratamentos” são avalizados pela “autonomia médica”, conceito extremamente subjetivo, onde eventualmente determinados “tratamentos” realizados com essa chancela, deixam de verificar o estado de Leis, tratados e direitos humanos mais basilares. Na falta de Leis, há algumas normativas administrativas que são importantes de serem citadas, como por exemplo a Portaria nº 2.803 de 19 de novembro de 2013, do Ministério da Saúde, que regula o Processo Transexualizador no Sistema Único de Saúde (SUS) e estabelece como idade mínima 18 anos, para tratamentos de terapia medicamentosa hormonal, e 21 anos para os procedimentos cirúrgicos de redesignação sexual, e que encontra consentimento deste signatário. Confira-se o parágrafo 2º. Do artigo 14: § 2º Em relação ao cuidado dos usuários e usuárias no Processo Transexualizador: I - a hormonioterapia que trata esta Portaria será iniciada a partir dos 18 (dezoito) anos de idade do paciente no processo transexualizador; e II - os procedimentos cirúrgicos de que trata esta Portaria serão iniciados a partir de 21 (vinte e um) anos de idade do paciente no processo transexualizador, desde que *CD238649515600* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Mario Frias Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD238649515600 PL n.269/2023Apresentação: 03/02/2023 15:13:56.453 - MESAtenha indicação específica e acompanhamento prévio de 2 (dois) anos pela equipe multiprofissional que acompanha o usuário(a) no Serviço de Atenção Especializada no Processo Transexualizador. De outra banda, o Conselho Federal de Medicina, impõe algumas resoluções administrativas que versam sobre o aludido tema, uma dessas, é a Resolução CFM nº 2.265/2019 que dispõe sobre o cuidado específico à pessoa com incongruência de gênero ou transgênero, que possibilita a realização de procedimentos cirúrgicos de afirmação de gênero, já aos 18 anos de idade e que permite o início da hormonioterapia cruzada aos 16 anos de idade. No que se refere ao procedimento de bloqueio puberal hormonal, que segundo a matéria do G1 ao menos uma criança de 8 anos realizou tal “experimento”, o Ministério da Saúde, tampouco o Conselho Federal de Medicina, avalizam tal conduta médica, senão vejamos o que resta prescrito no §1º e 2º, do artigo 9º, da Resolução CFM nº 2.265/2019, a mais atual sobre o tema: Art. 9º... § 1º Crianças ou adolescentes transgêneros em estágio de desenvolvimento puberal Tanner I (pré-púbere) devem ser acompanhados pela equipe multiprofissional e interdisciplinar sem nenhuma intervenção hormonal ou cirúrgica. § 2º Em crianças ou adolescentes transgêneros, o bloqueio hormonal só poderá ser iniciado a partir do estágio puberal Tanner II (puberdade), sendo realizado exclusivamente em caráter experimental em protocolos de pesquisa, de acordo com as normas do Sistema CEP/Conep, em hospitais universitários e/ou de referência para o Sistema Único de Saúde. Ou seja, o Conselho Federal de Medicina, que limita outros procedimentos de transexualização por idade, no que divergimos apenas quanto as idades de permisso, não permite nenhuma intervenção hormonal, tampouco cirúrgica para menores em desenvolvimento puberal Tanner I, leia-se, que ainda não possuem pelos pubianos. De modo paralelo, a supracitada Resolução também veda o bloqueio hormonal no estágio puberal Tanner II, entende-se, fase em que a criança apresenta crescimento esparso de pelos longos, finos, discretamente encaracolados ao longo da base do pênis ou grandes lábios, que apenas poderia *CD238649515600* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Mario Frias Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD238649515600 PL n.269/2023Apresentação: 03/02/2023 15:13:56.453 - MESAser realizado EXCLUSIVAMENTE em caráter EXPERIMENTAL em protocolos de pesquisa, jamais de forma ordinária e consuetudinária. Portanto temos, comprovado que hospitais, inclusive públicos, exemplificativamente o Hospital das Clinicas de São Paulo, citado pela noticia publicada no portal G1, no caso de uma criança de 8 anos, no estágio Tanner I, que sequer possui pelos pubianos, medica crianças impúberes com bloqueadores hormonais, sendo esse tipo de procedimento vedado pelo Ministério da Saúde e pelo CFM. Para contextualizar e trazer luz ao tema, achamos por bem citar uma matéria da BBC de Londres1 que trouxe considerações sobre o tema, inclusive trazendo a baila dados preliminares de um estudo da NHS que mostrou que algumas pessoas que ingeriram medicamentos bloqueadores da puberdade relataram ter tido mais pensamentos suicidas e de automutilação. Frisa também que os medicamentos bloqueadores da puberdade podem ter efeitos de longo prazo — por exemplo, o Instituto Britânico de Saúde e Excelência em Cuidados (Nice, na sigla em inglês) lista a queda na densidade óssea como um possível efeito colateral do Triptorelin, a droga usada para os fins de bloqueio puberal, e ainda, que bloqueadores de puberdade podem afetar a fertilidade e o funcionamento dos órgãos sexuais dos pacientes, embora não haja provas conclusivas sobre isso. Vejam, digníssimos pares, o uso de medicamentos bloqueadores para o fim de retardo da puberdade em processos de transexualização se iniciou há aproximadamente 30 anos atrás quando médicos holandeses ofereceram bloqueadores de puberdade a adolescentes transgêneros, normalmente seguidos por tratamento hormonal para ajudar os pacientes a fazer a transição de gênero. Desde então a prática chegou a outros países, com protocolos diversos, pouca documentação dos resultados e nenhuma aprovação governamental dos fármacos usados para esse fim, inclusive nem mesmo a Food and Drug Administration (FDA, a agência americana que regula medicamentos e alimentos), muitas vezes criticada por ser permissiva demais para a indústria farmacêutica. 1 https://www.bbc.com/portuguese/geral- 51097594#:~:text=Bloqueadores%20de%20puberdade%20s%C3%A3o%20receitados,e%20su a%20identidade%20de%20g%C3%AAnero%22. *CD238649515600* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Mario Frias Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD238649515600 PL n.269/2023Apresentação: 03/02/2023 15:13:56.453 - MESA Por oportuno trazermos também para a discussão questões de bioética, princípios morais e éticos e valores sociais, sejam eles os preconizados pelo nosso ordenamento jurídico, sejam os de senso comum da sociedade como um todo. Pois bem, nos parece ser indiscutível a necessidade de defesa de minorias vulneráveis, por conseguinte a dignidade das pessoas transexuais e a necessidade de buscar afastar sua vulnerabilidade social, com pleno acesso à saúde e demais direitos públicos. No entanto, em dado momento, quando há embate de hipossuficiências, temos que sopesar qual vulnerabilidade requer maior tutela do Estado, no que não é difícil mensurar que dentre as vulnerabilidades, aquela que se revela mais merecedora de atenção é a vulnerabilidade da criança e do adolescente, dado a sua condição especial de desenvolvimento, nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente e da própria Constituição Federal. Ainda no que tange a questão do respeito a dignidade da população transexual, essa proposição não obsta de forma alguma a garantia do acesso à saúde às pessoas adultas transexuais, somente pretende assegurar que essa condição de transexualidade não seja precocemente imposta e incentivada a crianças e adolescentes, que devem ter liberdade no desenvolvimento de sua sexualidade. Doutos colegas, crianças e adolescentes não devem ser precocemente “classificados” como heterossexuais, homossexuais ou transexuais; devem apenas ter o direito a ser crianças e adolescentes. Nesse contexto, importante revelar ser comum à criança se identificar com ações associadas ao sexo oposto, sejam vestimentas, sejam brinquedos, não se podendo daí concluir por ser homossexual, ou transexual. Outro fator de importância para o debate sobre o tratamento precoce de menores, seja com bloqueadores hormonais, seja com hormonioterapia cruzada, é o fato da temática ser amplamente difundida entre a juventude, seja dentro de escolas, em aplicativos, por vídeos de influenciadores “teen” em grandes redes sociais, séries de televisão e streaming e demais meios de publicidade e/ou interação social, o que faz dessa condição, qual seja, ser *CD238649515600* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Mario Frias Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD238649515600 PL n.269/2023Apresentação: 03/02/2023 15:13:56.453 - MESAtransexual, algo da moda, que eleve o menor a uma condição de alta popularidade dentro do seu meio social. Nesse sentido o Doutor Alexandre Saadeh, que é psiquiatra, psicodramatista e coordenador do Ambulatório Transdisciplinar de Identidade de Gênero e Orientação Sexual do Núcleo de Psicologia e Psiquiatria Forense do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP). Professor no curso de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), alega existir “uma maior adesão às variações de gênero como fenômeno midiático” e que pessoas “confusas” e “instáveis” seriam, de alguma forma, “atraídas” ao que se supõe ser um “novo paradigma” decorrente de um “fenômeno mundial”. O doutor especialista na área verbaliza que “os jovens e crianças seriam de alguma forma “sugestionáveis” a se tornarem transgêneros (quando de alguma outra forma não seriam) em decorrência de alguma espécie de moda ou contágio social.” E complementa: “Afirma ainda que pessoas estariam transicionando para se tornarem celebridades midiáticas, ignorando todo contexto de violência que uma pessoa trans, ao externar publicamente sua condição, passa a estar exposta. Veja não podemos aceitar que crianças e adolescentes fiquem refém de algo que está na “moda”, ou que aceitem determinado tratamento com o fim de se tornarem “celebridades”, e que por confusão possam se tornar pessoas suscetíveis a iniciar um tratamento com consequências que podem ser irreversíveis e com danos permanentes e jamais sabidos. Essa proposição é um grito de socorro das nossas crianças visando um crescimento sadio e livre de ingerências dogmáticas e ideológicas quaisquer, nesse sentido é importante garantir por lei que fatores externos não afetarão o desenvolvimento natural de sua sexualidade. Os hormônios, quando não produzidos naturalmente pelo corpo, podem ser considerados fatores externos, se bloqueados gera atraso e debilidades na saúde, se introduzidos de forma exógena modificam todo um crescimento natural, formação de defesas, etc. *CD238649515600* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Mario Frias Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD238649515600 PL n.269/2023Apresentação: 03/02/2023 15:13:56.453 - MESAJá chegando a parte final desta justificação entendo por bem mencionar que esse tipo de tratamento de transexualização se transformou em um “interessante” mercado na América do Norte e Europa, no que a despeito das razões clinicas, bioéticas e sociais que deveriam balizar o tema, parece buscar se estabelecer no Brasil, inclusive por questões mercadológicas, isso sem entrar no campo ideológico. Diante de todo o exposto em linhas pretéritas, temos em síntese que o escopo desta proposição é garantir que a condição de transexualidade não seja precocemente imposta e incentivada a crianças e adolescentes, por meio de hormonioterapia cruzada ou bloqueio puberal hormonal, além de criar legislação afeita ao tema para regulamentar a idade permissiva para início dos procedimentos de cuidado específico à pessoa com incongruência de gênero ou transgênero, eis que até então, isso só é tratado pela classe médica ou política por meio de normativas administrativas, no que queremos trazer segurança jurídica para esses tipos de procedimentos. Certo de que os parlamentares desta Egrégia Casa bem aquilatarão a conveniência e oportunidade da medida legislativa ora proposta, solicitamos o apoio para aprovação deste projeto de lei, inclusive em defesa da criança e do adolescente. Sala das Sessões, 02 de fevereiro de 2022. DEPUTADO FEDERAL MARIO FRIAS (PL-PR) *CD238649515600* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Mario Frias Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD238649515600 PL n.269/2023Apresentação: 03/02/2023 15:13:56.453 - MESA
PL 2235/2019
Altera o Código Eleitoral, para estabelecer a reserva de ao menos trinta por cento das cadeiras de Deputado Federal, Deputado Estadual, Deputado Distrital e Vereador para cada um dos sexos e reservar, quando da renovação de dois terços do Senado Federal, uma vaga para candidaturas masculinas e outra vaga para candidaturas femininas.
politica
0
M
PSC
null
null
PL 4684/2019
Altera o Estatuto da Criança e do Adolescente, para prever a troca de recém-nascido como causa de aumento de pena.
maternidade
0
M
PSB
null
null
PDL 343/2023
Dispõe sobre a realização de plebiscito para decidir sobre a legalização do aborto.
direitos sexuais e reprodutivos
1
M
UNIÃO
null
null
PEC 177/2019
Altera o art. 37 da Constituição Federal, para vedar a exoneração ad nutum da servidora ocupante de cargo em comissão desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.
economia
0
M
PSD
null
null
PL 93/2021
“A Câmara dos Deputados Federais estabelece a criação de órgão vinculado à Secretaria da Mulher com o intuito de receber denúncias, acolher e tomar providências cabíveis para qualquer cidadã vítima de violência doméstica.”
violencia contra a mulher
0
M
PSL
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1959780
CÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete do Deputado Alexandre Frota – PSDB/SP PROJETO DE LEI Nº , DE 2020 (Do Sr. ALEXANDRE FROTA) PROJETO DE LEI MARIANA GONZALEZ “A Câmara dos Deputados Federais estabelece a criação de órgão vinculado à Secretaria da Mulher com o intuito de receber denúncias, acolher e tomar providências cabíveis para qualquer cidadã vítima de violência doméstica.” O Congresso Nacional decreta: Art. 1º A Câmara dos Deputados criará em 60 dias a contar da promulgação desta lei, um órgão vinculado à Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados para a proteção de mulheres vítimas de violência doméstica. § 1º Este órgão terá o objetivo de receber denúncias de qualquer cidadã brasileira, residente em qualquer local dentro do território nacional, seja presencial ou virtualmente; § 2º Após recebida a denúncia a Secretaria da Mulher tomará todas as providências cabíveis para acolher a denunciante em local apropriado para a sua segurança; § 3º O órgão, vinculado à Secretaria da Mulher ora criado, prestará serviços de apoio e atendimento psicológico, jurídico e assistencial à denunciante; § 4º A indicação de acolhida para a denunciante poderá ser na cidade da mesma ou a seu critério, no Distrito Federal. Câmara dos Deputados - Anexo IV – 2º andar – Gabinete 216| 70160-900 Brasília -DFTel (61) 3215-5216 – Fax (61) 3215-2216 - dep.alexandrefrota@camara.leg.br *CD210772595300*Documento eletrônico assinado por Alexandre Frota (PSDB/SP), através do ponto SDR_56340, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.93/2021Apresentação: 03/02/2021 16:37 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete do Deputado Alexandre Frota – PSDB/SP § 5º A composição deste órgão será necessariamente formada por mulheres, nas áreas de segurança pública, psicologia, assistência social e outras que o órgão julgar necessário com a aprovação da Secretaria da Mulher. Art. 2º Poderá a Secretaria da Mulher realizar convênios com órgãos estaduais para a efetivação dos serviços mencionados no artigo anterior. Art. 3º A Secretaria da Mulher determinará uma sala nas dependências da Câmara dos Deputados para o desenvolvimento e execução dos trabalhos em defesa da mulher vítima de violência doméstica. § 1º Este local físico, onde se instalará o órgão descrito no artigo 1º, terá o nome de SALA MARIANA GONZALEZ. Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICATIVA Projeto de Lei Mariana Gonzalez Quem é Mariana Gonzalez? Uma cidadã brasileira que foi agredida violentamente por seu companheiro por um simples motivo de ciúmes, causado por uma brincadeira de uma amiga, mas que demonstra, infelizmente, que ainda há “homens” que se acham no direito de agredir covardemente mulheres. Conforme estudos apresentados recentemente no Estado do Rio de Janeiro, seu relato foi impressionante, vejamos: “A violência contra a mulher não é um problema que emerge na pandemia. Na verdade, é um antigo problema no Brasil e no mundo. A título de ilustração, segundo a Organização das Nações Unidas, só no ano de 2019, 17,8% das Câmara dos Deputados - Anexo IV – 2º andar – Gabinete 216| 70160-900 Brasília -DFTel (61) 3215-5216 – Fax (61) 3215-2216 - dep.alexandrefrota@camara.leg.br *CD210772595300*Documento eletrônico assinado por Alexandre Frota (PSDB/SP), através do ponto SDR_56340, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.93/2021Apresentação: 03/02/2021 16:37 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete do Deputado Alexandre Frota – PSDB/SP mulheres em todo o mundo sofreram violência física ou sexual. Ou seja, aproximadamente 1 em cada 5 mulheres foi violentada por alguém do seu vínculo afetivo só no ano passado. Em paralelo, no Brasil, no ano de 2018, mais de 500 mulheres foram agredidas por hora, sendo que 76% dos agressores eram conhecidos da vítima, podendo ser um companheiro, ex companheiro ou vizinho. Dentre as múltiplas manifestações que a violência contra a mulher pode tomar, certamente a violência doméstica é uma de suas facetas mais cruéis e mais presentes na vida social.” “A maioria dos crimes ocorreu de noite (39%) ou de madrugada (34%). Juntos, observa-se que 73% dos crimes foram praticados no período de descanso. Além disso, em 72% dos casos, a agressão ocorreu na residência da vítima. Os autores utilizam, em 44% dos casos, uma faca para cometer o crime, seguida da arma de fogo (17%).” Os casos de violência domésticas independentemente da pandemia, cresce dia após dia na sociedade brasileira, a Câmara dos Deputados não pode se calar diante de tal abuso contra a mulheres. A maior parte dos crimes ocorreu entre pessoas que namoravam, estavam casadas ou vivendo em união estável (40%) ou tinham uma relação anterior (42%), sendo que 62% dos relacionamentos eram de até cinco anos. Quase todas as mulheres foram submetidas a episódios anteriores, registrados ou não em delegacia, de violência doméstica. Segundo o estudo, muitas não denunciaram os agressores por medo ou porque foram coagidas por eles. A maioria dos crimes ocorreu de noite (39%) ou de madrugada (34%). Juntos, observa-se que 73% dos crimes foram praticados no período de descanso. Além disso, em 72% dos casos, a agressão ocorreu na residência da vítima. Os autores utilizam, em 44% dos casos, uma faca para cometer o crime, seguida da arma de fogo (17%). Nós Deputados e Deputadas precisamos tomar frente desta situação e auxiliar as mulheres agredidas covardemente no âmbito doméstico, sabemos que alguns parte dos agressores acabam cometendo matando suas ex companheiras apenas por terem sido denunciados a qualquer órgão público, precisamos dar guarida a estas mulheres. Câmara dos Deputados - Anexo IV – 2º andar – Gabinete 216| 70160-900 Brasília -DFTel (61) 3215-5216 – Fax (61) 3215-2216 - dep.alexandrefrota@camara.leg.br *CD210772595300*Documento eletrônico assinado por Alexandre Frota (PSDB/SP), através do ponto SDR_56340, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.93/2021Apresentação: 03/02/2021 16:37 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete do Deputado Alexandre Frota – PSDB/SP A justa homenagem a Mariana Gonzalez por toda a violência sofrida por o único motivo de ser mulher, mas uma mulher batalhadora por seus sonhos. Por todo o exposto, espera o autor a tramitação regimental e apoio dos nobres colegas na aprovação do Projeto de Lei, que atende aos pressupostos de constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Sala das sessões, em de janeiro de 2021 Alexandre Frota Deputado Federal PSDB/SP Câmara dos Deputados - Anexo IV – 2º andar – Gabinete 216| 70160-900 Brasília -DFTel (61) 3215-5216 – Fax (61) 3215-2216 - dep.alexandrefrota@camara.leg.br *CD210772595300*Documento eletrônico assinado por Alexandre Frota (PSDB/SP), através do ponto SDR_56340, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.93/2021Apresentação: 03/02/2021 16:37 - Mesa
PL 5418/2019
Dispõe sobre política nacional de prevenção e de combate à violência contra a mulher na educação superior pública federal (pnae-m).
direitos sociais
0
M
PR
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1817945
PROJETO DE LEI Nº , DE 2019 (Do Sr. BOSCO COSTA) Dispõe sobre Política Nacional de Prevenção e de Combate à Violência contra a Mulher na educação superior pública federal ( Pnae -M). O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta Lei estabelece Política Nacional de Prevenção e de Combate à Violência contra a Mulher na educação superior pública federal (Pnae -M). Art. 2º São objetivos da Pnae -M: I - criar condições de permanência das estudantes na educação superior pública federal, de modo a mitigar os efeitos da violência contra elas durante o curso superior; II - minimizar os efeitos das desigualdades sociais e regionais e da violência associada a essas desigualdades, na permanência e conclusão da educação superior das es tudantes; III - reduzir as taxas de retenção e evasão das estudantes; IV - reduzir índices de adoecimento entre estudantes, docentes, servidoras técnico -administrativas e funcionárias terceirizadas na educação superior pública federal; IV - combater qualqu er espécie de assédio contra a mulher na educação superior pública federal; V - estabelecer ações e estratégias de conscientização a respeito dos direitos das mulheres e contra a qualquer tipo de violência contra a mulher na educação superior pública feder al; PL n.5418/2019 Apresentação: 08/10/2019 17:19 2 VI - estimular a criação de canais de comunicação para denúncias referentes ao desrespeito ao direito das mulheres no âmbito das instituições federais de ensino superior; e VII - contribuir para a promoção de ações de apoio às mulheres nas instituições federais de ensino superior, em especial quando forem vítimas da violência nesse âmbito. Art. 3º A Pnae -M deverá ser implementada de forma articulada às atividades de ensino, pesquisa e extensão, bem como às rotinas de trabalho que afetem docentes, servid oras técnico -administrativas e de funcionárias terceirizadas, visando a prevenção e o combate à violência contra as mulheres na educação superior pública federal. Parágrafo único. A prevenção e o combate à violência contra a mulher na educação superior púb lica federal da Pnae -M deverão ser desenvolvidos por meio da promoção de ações nas seguintes áreas para estudantes, docentes, servidoras técnico -administrativas e funcionárias terceirizadas, especialmente para as vítimas de violência: I - condições de mor adia; III - transporte e locomoção; IV - atenção à saúde; V - inclusão digital; VI - cultura; VII - esporte; VIII - educação infantil; IX - apoio psicológico; X - apoio jurídico; X - apoio especializado às mulheres que sejam caracterizadas, nos termos da l egislação, como pessoas com deficiência; XI - prioridade, nas instituições federais de ensino superior (Ifes), para: PL n.5418/2019 Apresentação: 08/10/2019 17:19 3 a) transferência para outra Ifes, se discente; b) remoção para outra Ifes, se docente ou servidor técnico - admnistrativo; c) contratação de funcionária terceirizada que trabalhe na Ifes em empresa terceirizada vinculada a outra Ifes. Art. 4º As ações de prevenção e combate à violência contra a mulher e de apoio às vítimas de violência a serem beneficiadas pela Pnae -M serão promovidas pelas ins tituições federais de ensino superior, considerando suas especificidades. § 1º Serão atendidas no âmbito da Pnae -M, prioritariamente, mulheres com renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio, sejam elas estudantes, docentes, servidoras técnico -administrativas ou funcionárias terceirizadas, sem prejuízo de outros requisitos fixados pelas instituições federais de ensino superior. § 2º As instituições federais de ensino superior deverão fixar: I - requisitos para o apoio às mulheres vítimas de violência; e II - mecanismos de acompanhamento e avaliação da Pnae -M. Art. 5º A União fornecerá apoio técnico e financeiro para a implementação da Pnae -M, cujos recursos serão repassados, nos termos do regulamento, às instituições federais de ensino su perior, que terão autonomia de gestão financeira para implementar as ações de prevenção da violência contra a mulher e de apoio às vítimas de violência a serem beneficiadas pela Política estabelecida nesta Lei. Parágrafo único. As instituições federais de ensino superior prestarão todas as informações referentes à implementação e acompanhamento da Pnae -M solicitadas pelo órgão ou entidade do Poder Executivo responsável pela área de educação. Art. 6º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. PL n.5418/2019 Apresentação: 08/10/2019 17:19 4 JUSTIF ICAÇÃO O Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) é uma ação do governo federal instituída pelo Decreto nº 7.234, de 19 de julho de 2010. É um instrumento da maior relevância para que o estudante das instituições federais de ensino (Ifes) possa não apenas ter o acesso garantido, mas também a permanência e, principalmente possam concluir seus cursos superiores. O Pnaes tem modelagem exemplar e pode servir de inspiração para o estabelecimento de uma política nacional de combate à violência contra a mulher. No entanto, o Pnaes é norma regulamentar, de modo que sua não conversão em lei enseja insegurança jurídica. Por essas razões, propõe -se Política de combate à violência contra a mulher que não seja restrita às estudantes, mas estendido a docentes, servidoras técnico -administrativas e funcionárias terceirizadas. Do mesmo modo, não cabe uma Política dessa relevância ser implementada pelo governo também por meio de norma regulamentar, mas que seja estabelecida devidamente em lei. Diante do exposto, apr esentamos Projeto de Lei para instituir Política Nacional de Prevenção e de Combate à Violência contra a Mulher na educação superior pública federal ( Pnae -M), contemplando as necessidades e demandas do segmento, e solicitamos apoio aos Nobres Pares para a aprovação desta proposição. Sala das Sessões, em de de 2019. Deputado BOSCO COSTA PL n.5418/2019 Apresentação: 08/10/2019 17:19
PDL 428/2020
Susta os efeitos do art. 7º da Portaria nº 2.561, de 23 de setembro de 2020, do Ministério da Saúde, que “Dispõe sobre o Procedimento de Justificação e Autorização da Interrupção da Gravidez nos casos previstos em lei, no âmbito do Sistema Único de Saúde-SUS”.
direitos sexuais e reprodutivos
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PDT
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1933717
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº , DE 2020 (Do Sr. Mário Heringer) Susta os efeitos do art. 7º da Portaria nº 2.561, de 23 de setembro de 2020, do Ministério da Saúde, que “Dispõe sobre o Procedimento de Justificação e Autorização da Interrupção da Gravidez nos casos previstos em lei, no âmbito do Sistema Único de Saúde-SUS”. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º. Este Decreto susta os efeitos do art. 7º da Portaria nº 2.561, de 23 de setembro de 2020, do Ministério da Saúde. Art. 2º. Ficam sustados os efeitos do art. 7º da Portaria nº 2.561, de 23 de setembro de 2020, do Ministério da Saúde, que “Dispõe sobre o Procedimento de Justificação e Autorização da Interrupção da Gravidez nos casos previstos em lei, no âmbito do Sistema Único de Saúde-SUS”, nos termos do art. 49, inciso V da Constituição Federal e do art. 109, inciso II do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Art. 3º. Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICATIVA Nos termos da Constituição Federal, art. 49, V: “Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: ..................................................................................... ................. V - sustar os atos normativos do Poder Executivo *CD205339752000*Documento eletrônico assinado por Mário Heringer (PDT/MG), através do ponto SDR_56239, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PDL n.428/2020Apresentação: 01/10/2020 15:34 - Mesaque exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; .............................................................” (Constituição Federal) Pronunciamo-nos em favor da revogação do art. 7º da Portaria nº 2.561, de 23 de setembro de 2020, por entendermos que o mesmo extrapola o disposto no art. 128, inciso II, do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, na medida em que atribui obrigação inexistente na Lei e por ela sequer sugerida, de que o médico ou outro profissional de saúde que acolha paciente com indício ou confirmação de estupro fique obrigado a promover notificação à autoridade policial. O referido dispositivo torna imperativo, ademais, que esses profissionais de saúde preservem possíveis evidências materiais do crime de estupro para serem entregues imediatamente à autoridade policial, a exemplo de fragmentos de embrião ou feto, para fins de identificação do respectivo autor do crime. Furta-se a Portaria em epígrafe de estabelecer sanção ao médico ou outro profissional de saúde que deixe de cumprir o que determina seu art. 1º, tornando a determinação per se inócua. O problema em se exigir, via ato administrativo, aquilo que a Lei não estabelece ou sequer sugere, encontra-se na fragilização da tutela que a Lei pretende estabelecer. No caso em epígrafe, a tutela do livre direito ao abortamento quando proveniente de estupro. O art. 128, inciso II do Código Penal, estabelece: “Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: ..................................................................................................... . Aborto no caso de gravidez resultante de estupro II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.” *CD205339752000*Documento eletrônico assinado por Mário Heringer (PDT/MG), através do ponto SDR_56239, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PDL n.428/2020Apresentação: 01/10/2020 15:34 - MesaNote-se que as duas únicas condições impostas pelo Código Penal ao chamado abortamento legal por razão de estupro são a de que tenha havido um estupro e a de que a própria gestante ou seu representante legal consintam na realização do procedimento. Quisesse o legislador que a autoridade policial fosse imediatamente comunicada pelos profissionais de saúde responsáveis pela paciente vítima de aborto, essa condição encontrar-se-ia grafada em Lei, sendo dispensável que um ato administrativo o fizesse, de modo autônomo. O legislador optou por não grafar em Lei tal obrigação por entender que a comunicação compulsória à autoridade policial poderia colocar em risco a vida da gestante, visto que, em muitos casos, como bem demonstram as estatísticas, os autores de estupros são pessoas próximas à vítima: familiares, vizinhos, conhecidos. A fim de proteger a integridade física e moral da vítima, dado o risco de uma tripla violência – o estupro, a gravidez indesejada, e, posteriormente, o acerto de contas do agressor denunciado –, quis o legislador que a autoridade policial não fosse compulsoriamente notificada. Uma vez estabelecida a ampla tutela legal à vítima de estupro que deseje interromper a gestação, por meio da ausência de obrigatoriedade de notificação à autoridade policial, não pode um ato administrativo pretender suprimi-la à revelia do legislador, sob pena de notória exorbitância. Reforçamos nosso entendimento sobre a exorbitância legislativa já apontada relativamente ao art. 128, inciso II do Código Penal, tendo por base, ademais, a afronta ao princípio da legalidade, inscrito no caput do art. 37 da Carta Magna, que indica que “a Administração Pública só pode praticar atos autorizados em lei”1, não encontrando-se autorizada à inovação legislativa. Reiteramos que não há legislação que autorize o Ministério da Saúde a obrigar médicos e outros profissionais de saúde a exporem a riscos adicionais, quaisquer que sejam, as vítimas de estupro que os procuram para a realização de aborto com previsão legal, por meio da denunciação obrigatória dos casos. 1 NASCIMENTO, L. F. D. S. “ Breves considerações acerca da isonomia em concursos públicos”. In: https://jus.com.br/artigos/57029/breves-consideracoes- acerca-da-isonomia-em-concursos-publicos , consultado em 09 de setembro de 2019. *CD205339752000*Documento eletrônico assinado por Mário Heringer (PDT/MG), através do ponto SDR_56239, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PDL n.428/2020Apresentação: 01/10/2020 15:34 - MesaPor esse motivo pedimos a imediata revogação do art. 7º da Portaria nº 2.561, de 23 de setembro de 2020, do Ministério da Saúde. A respeito do princípio da legalidade, acrescemos: “Já a legalidade, inserida no artigo 37, caput, do texto constitucional, é dirigida exclusivamente ao agente público quando investido de poderes para administrar a res pública. Destarte, esta legalidade é denominada pela doutrina de stricto sensu, ou legalidade restrita, pois a vontade da Administração Pública é a que decorre da lei (DI PIETRO, 2012, p. 64). Desse modo, um decreto regulamentar não poderá criar obrigações ou direitos aos administrados (não pode inovar na ordem jurídica) se não estiverem previstos em lei.”2 Um ato normativo, além de não poder se postar adiante ou acima da Lei, não deve colocar os profissionais de saúde no meio de uma disputa ideológica sobre o direito ou não ao abortamento pós-estupro. Esse direito já existe, a Lei já prevê que se preserve a integridade da mulher vítima de estupro, e não compete a outro Poder, que não o próprio Poder Legislativo, revisar essa ou qualquer outra condição tutelar. Pelo exposto, por imputarmos injurídico o art. 7º da Portaria nº 2.561, de 23 de setembro de 2020, do Ministério da Saúde, e tendo por base o disposto no art. 49, inciso V da Constituição Federal, e no art. 109, inciso II, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, apresentamos o presente projeto de decreto legislativo, ao qual pedimos o apoio dos colegas para aprovação. Sala das Sessões, em 01 de outubro de 2020. 2 Idem. *CD205339752000*Documento eletrônico assinado por Mário Heringer (PDT/MG), através do ponto SDR_56239, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PDL n.428/2020Apresentação: 01/10/2020 15:34 - MesaDeputado MÁRIO HERINGER PDT/MG *CD205339752000*Documento eletrônico assinado por Mário Heringer (PDT/MG), através do ponto SDR_56239, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PDL n.428/2020Apresentação: 01/10/2020 15:34 - Mesa
PL 2166/2023
Altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal Brasileiro, para aumentar as penas previstas para o crime de lesão corporal.
direitos sexuais e reprodutivos
1
M
PL
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2264344
PROJETO DE LEI N .º , DE 2023 (Do Sr. Capitão Augusto ) Altera o Decreto -Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal Brasileiro, para aumentar as penas previstas para o crime de lesão corporal. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta Lei altera o Decreto -Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, para aumentar as penas previstas para o crime de lesão corporal . Art. 2º O Artigo 129 do Decreto -Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena - detenção, de seis meses a dois anos. Lesão corporal de natureza grave §1º Se resulta: *CD233063957000* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Capitão Augusto Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD233063957000 PL n.2166/2023 Apresentação: 26/04/2023 17:01:51.057 - MESA 2 I - incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias; II - perigo de vida; III - debilidade permanente de membro, sentido ou função; IV - aceleração de parto: Pena – reclusão , de dois a seis anos. § 2° Se resulta: I - Incapacidade permanente para o trabalho; II - enfermidade incurá vel; III perda ou inutilização do membro, sentido ou função; IV - deformidade permanente; V - aborto: Pena - reclusão, de três a dez anos. Lesão corporal seguida de morte § 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quís o resultado, nem assumiu o risco de produzí -lo: Pena - reclusão, de seis a cator ze anos. Diminuição de pena § 4° ....................................... ..................................................... Substituição da pena § 5° ......................................... ... *CD233063957000* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Capitão Augusto Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD233063957000 PL n.2166/2023 Apresentação: 26/04/2023 17:01:51.057 - MESA 3 Lesão corporal culposa § 6° Se a lesão é culposa: (Vide Lei nº 4.611, de 1965) Pena - detenção, de três meses a um ano. Aumento de pena § 7o ......................................................... § 8º ..................................... ...... Violência Doméstica § 9 o Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo -se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade: Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro ) anos. (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006) § 10................... .............. .................. § 11..................... .............................. . § 12. ....................................................... § 13. Se a lesão for praticada contra a mulher, por razões da condição do sexo feminino, nos termos do § 2º -A do art. 121 deste Código: (Incluído pela Lei nº 14.188, de 2021) Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco anos). " (NR) Art. 3 º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. *CD233063957000* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Capitão Augusto Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD233063957000 PL n.2166/2023 Apresentação: 26/04/2023 17:01:51.057 - MESA 4 JUSTIFICATIVA O presente Projeto de Lei tem por objetivo au mentar as penas aplicáveis ao crime de lesão corporal previsto no a rtigo 129 do Código Penal Brasileiro, de forma a garantir maior proteção à integridade física das pessoas e coibir a prática deste delito. A lesão corporal é um crime que afeta diretamente a saúde e a integridade física das vítimas, sendo essenciais para a vida e a dignidade humana. É fundamental que o Estado adote medidas mais rigorosas para inibir a prática de tais atos e garantir a devida reparação às vítimas. Nesse sentido, o aumento das penas previstas para o crime de lesão corporal visa proporcionar um maior desestímulo à prática deste delito, além de garantir uma resposta penal adequada e proporcional à gravidade do crime cometido. Também é importante ressaltar que o aumento das penas proposto neste Projeto de Lei está em conf ormidade com os princípios da proporcionalidade e razoabilidade, não representando um excesso punitivo. As penas propostas buscam garantir a efetividade da punição e a prevenção do delito . A presente proposta legislativa é justificada pela necessidade de adequar as penas do crime de lesão corporal à realidade social e ao clamor da população por maior rigor no combate à violência. A aprovação deste Projeto de Lei é fundamental para garantir u ma maior proteção à integridade física das pessoas e contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e segura. Por fim, espera -se que a alteração proposta no Artigo 129 do Código Penal possa contribuir para a redução dos índices de violência e le sões corporais no país, garantindo um maior respeito à dignidade humana e à integridade das vítimas, além de promover uma maior efetividade na aplicação da justiça criminal. *CD233063957000* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Capitão Augusto Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD233063957000 PL n.2166/2023 Apresentação: 26/04/2023 17:01:51.057 - MESA 5 Sendo assim, solicito aos nobres parlamentares a aprovação deste importante Proje to de Lei, que tem como finalidade aumentar a proteção das vítimas de lesão corporal e contribuir para a prevenção e repressão de tais atos violentos em nosso país. Sala das Sessões, em de de 20 23. Capitão Augusto Deputado Federal PL-SP *CD233063957000* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Capitão Augusto Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD233063957000 PL n.2166/2023 Apresentação: 26/04/2023 17:01:51.057 - MESA
PL 2759/2022
Altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal); o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal); a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, e; a Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, que dispõe sobre os crimes hediondos, para aprimorar as normas que coíbem e punem a violência contra a mulher, por razões da condição de sexo feminino.
violencia contra a mulher
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MDB
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2213840
PROJETO DE LEI Nº , DE 2022 (Do Sr. CÉLIO SILVEIRA ) Altera o Decreto -Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal) ; o Decreto -Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal) ; a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher , e; a Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, que dispõe sobre os crimes hediondos , para aprimorar as normas que coíbem e punem a violência contra a mulher, por razões da condição de sexo feminino . O Congresso Nacional decreta : Art. 1º Esta Lei altera o Decreto -Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal); o Decreto -Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 19 41 (Código de Processo Penal); a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, e; a Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, que dispõe sobre os crimes hediondos, para aprimorar as nor mas que coíbem e punem a violência contra a mulher, por razões da condição de sexo feminino. Art. 2º O Decreto -Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 194 0 (Código Penal) , passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 6 1. ....................................................................................... ...................................................................................................... f) com abuso de autoridade ou prevalecendo -se de relações domésticas , de coabitação ou de hospitalidade; *CD226364823300* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Célio Silveira Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD226364823300 PL n.2759/2022 Apresentação: 09/11/2022 16:43:05.967 - MESA 2 m) contra mulher, por razões da condição de sexo feminino. Parágrafo único. Considera -se que há razões de condições de sexo feminino quando o crime envolve: I- violência doméstica e familiar; II- menosprezo ou discriminação à condição de mulher . ............................................................................................ .......... Art. 129. ..................................................................... .................. § 13. Se a les ão for praticada contra a mulher, por razões da condição do sexo feminino, nos termos do § 2º -A do art. 121 deste Código: Pena – reclusão de dois a oito anos. ” (NR) Art. 3º O Decreto -Lei nº 3.689 , de 3 de outubro de 194 1 (Código de Processo Penal) , passa a vigorar com as seguintes alterações : “Art. 201. .................................................................................... . § 7o No caso de violência contra a mulher, de acordo com a gravidade da violência e/ou da vulnerabilidade da vítima, poderá ser utilizada a modalidade de depoimento especial prevista na Lei nº 13.431, de 4 de abril de 2017. ............................................................................................ .......... Art. 217. ..................................... ................................ ................. § 1o A adoção de qualquer das medidas previstas no caput deste artigo deverá constar do termo, assim como os motivos que a determinaram. § 2o No caso de crime praticado contra a mulher, por razões da cond ição do sexo feminino nos termos do § 2º -A do art. 121 do Decreto -Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal) , as vítimas e testemunhas escolherão se querem ser ouvidas na ausência do réu, mesmo no caso de videoconferência. ............................................................................................ .......... *CD226364823300* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Célio Silveira Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD226364823300 PL n.2759/2022 Apresentação: 09/11/2022 16:43:05.967 - MESA 3 Art. 313........................................................................................ V- nos crimes contra mulher, por razões da condição de s exo feminino, nos termos do Decreto -Lei nº 2.848 , de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal ) e Lei 11.340, de 7 de agosto de 2006. ..................................................................... ...................... .” (NR) Art. 4 º A Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher , passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 16. ........................ ........................... .................................... . Parágrafo único. O não comparecimento da vítima à audiência prevista no caput tem como consequência o prosseguimento do feito. ...................................................................................................... Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida , de forma autônoma, inclusive apenas com base na palavra da vítima, quando ausentes outros elementos probantes nos autos . .............................. ........................................................................ Art. 5º A Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990 , que dispõe sobre os crimes hediondos, passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 1º. ........................ .................. ......... .................................... . I-B- lesão corporal (art. 129) praticada contra a mulher, por razões da condição do sexo feminino, nos termos do § 2º -A do art. 121 do Decreto -Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal) ; ........... ................................................................................. ” (NR) Art. 6 º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação oficial. *CD226364823300* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Célio Silveira Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD226364823300 PL n.2759/2022 Apresentação: 09/11/2022 16:43:05.967 - MESA 4 JUSTIFICAÇÃO A violência contra a mulher , se ja no âmbito familiar ou comunit ário, é um fenômeno muito presente na nossa sociedade e vitima milhares de mulheres, sem distinção de origem ou condição social. O enfrentamento aos crimes em decorrência da condição de sexo feminino é um grande desafio e requer a criação de um amplo sistema de proteção e mobilização social, especialmente com o fito de se mudar o modo machista e discriminatório de pensar e agir em relação às mulheres. Nesse contexto, por muito tempo a violência doméstica e familiar contra a mulher foi vista como uma questão pri vada, que não merecia interferência estatal. No entanto, como cita o documento “O Poder Judiciário no enfrentamento à violência doméstica e familiar”, “as relações familiares vêm sendo problematizadas” e “a partir da 2ª onda do feminismo no Brasil, na déca da de 70, tornou possível a discussão sobre violência contra as mulheres na nossa sociedade”. 1 Desde então vivenciamos avanços no combate e na prevenção da violência contra as mulheres. Nesse sentido, destaca m-se a criação de delegacias e varas judiciais especializadas de atendimento à mulher, a adesão do Brasil à Convenção de Belém do Pará e de Bejin e a aprovação da Lei nº 11.340, de 2006, Lei Maria da Penha. No entanto, mesmo diante dos efetivos avanços, no último ano, tendo como base os boletins de o corrência das Polícias Civis, 1.319 mulheres foram vítimas de feminicídio, tendo sido uma mulher assassinada a cada 7 horas. Além disso, no mesmo ano de 2021, 56.098 mulheres e meninas foram vítimas de estupro, uma vítima a cada 10 minutos.2 Assim, resta evidente que o arcabouço de proteção às pessoas do gênero feminino precisa ser aprimorado, especialmente com o intuito de 1 Disponível em https://www.cnj.jus.br/wp - content/uploads/conteudo/arquivo/2019/08/791 8e2dc8e59bde2bba84449e36d3374.pdf 2 Disponível em: https://forumseguranca.org.br/wp -content/uploads/2022/03/violencia -contra -mulher -2021 - v5.pdf *CD226364823300* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Célio Silveira Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD226364823300 PL n.2759/2022 Apresentação: 09/11/2022 16:43:05.967 - MESA 5 combater a violência contra a mulher. Nesse sentido, propomos as seguintes alterações legislativas: 1. No Código Penal: a. inclusão da viol ência em razão do gênero feminino no rol de circunstâncias agravantes e não somente a violência doméstica e familiar com é atualmente ; b. agravamento da pena do crime de lesão corporal contra a mulher, por razões da condição do sexo feminino; 2. No Código de Pr ocesso Penal: a. previsão do depoimento especial das vítimas de violência contra mulher, tal qual previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, para que não sejam penalizadas com o processo de revitimização; b. para p ermitir que a vítima de crime contra a mulher e as testemunhas optem por ser em ouvidas na ausência do réu; c. para possibilitar a decretação da prisão preventiva em crimes contra as mulheres em razão do gênero , somando -se às hipóteses previstas hoje - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 anos, nos crimes q ue envolvem violência doméstica e familiar e se já tiver sido condenado por outro crime doloso. 3. Na Lei Maria da Penha para suprir omissão da Lei quanto à: a. continuidade do processo, ainda que a vítima de v iolência doméstica e familiar se ausente da audiência especial para deliberar sobre a representação; b. possibilidade de decretação de medidas protetivas de urgência de forma autônoma, inclusive apenas com base na palavra da vítima, mesmo quando ausentes outr os elementos probantes. *CD226364823300* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Célio Silveira Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD226364823300 PL n.2759/2022 Apresentação: 09/11/2022 16:43:05.967 - MESA 6 4.Na Lei de Crimes Hediondos para incluir o crime de lesão corporal contra a mulher, praticado por razões da condição do sexo feminino, no rol de crimes hediondos. Portanto, para enrijecer as normas que coíbem a violência contra a m ulher em razão do gênero, ouvindo inclusive o clamor público por mais punição , e para promover a proteção da mulher, peço o apoio dos Nobres Pares para aprovação deste Projeto de Lei. Sala das Sessões , em de de 2022 . Deputado CÉLIO SILVEIRA *CD226364823300* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Célio Silveira Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD226364823300 PL n.2759/2022 Apresentação: 09/11/2022 16:43:05.967 - MESA
PL 3510/2020
DISPÕE SOBRE O PROVIMENTO DE CARGOS PÚBLICOS POR MULHERES QUE PARTICIPAREM DE CONCURSO PÚBLICO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
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https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1908098
CÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete do Deputado Alexandre Frota – PSDB/SP PROJETO DE LEI Nº , DE 2020 (Do Sr. ALEXANDRE FROTA) “DISPÕE SOBRE O PROVIMENTO DE CARGOS PÚBLICOS POR MULHERES QUE PARTICIPAREM DE CONCURSO PÚBLICO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS”. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º - Fica estabelecido que no mínimo 15% (quinze por cento) dos cargos públicos, ofertados em Concurso Público , deverão ser destinados às mulheres. Art. 2º - O Poder Executivo regulamentará a presente lei no prazo de 60 (sessenta) dias após a sua publicação. Art. 3º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. JUSTIFICATIVA Na maioria das unidades da federação observa-se o fenômeno que as mulheres se tornaram chefes de família e, invariavelmente, o rendimento mensal dos domicílios chefiados por mulheres é inferior àquele dos domicílios cujos chefes são do sexo masculino. Pode-se afirmar, que no âmbito da oferta de trabalhadoras, tem havido significativas mudanças, cita-se, por exemplo, o aumento do nível educacional das mulheres, que atualmente é superior ao dos homens. Câmara dos Deputados - Anexo IV – 2º andar – Gabinete 216| 70160-900 Brasília -DFTel (61) 3215-5216 – Fax (61) 3215-2216 - dep.alexandrefrota@camara.leg.br *CD204590968500*Documento eletrônico assinado por Alexandre Frota (PSDB/SP), através do ponto SDR_56340, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.3510/2020Apresentação: 25/06/2020 17:28 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete do Deputado Alexandre Frota – PSDB/SP Nos últimos 15 anos, o número de famílias de casais com filhos, chefiadas por mulheres aumentou mais de 10 vezes no País e saltou de 301 mil, em 1993, para 3,6 milhões, em 2007. Os dados estes que fazem parte da pesquisa “Retrato das desigualdades de gênero e raça”, realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em parceria com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem). Restam, no entanto, algumas providências que melhor premiem a dedicação das mulheres ao trabalho, a livrando da pecha de trabalhadoras de segunda categoria. Assim sendo, proponho através deste Projeto de Lei, que 15% (quinze por cento) das vagas oferecidas em Concurso Público, sejam providas por mulheres, objetivando desta forma promover justiça para as trabalhadoras que seguem sendo as principais responsáveis pelas atividades domésticas e pelo cuidado com os filhos e demais familiares, o que representa uma sobrecarga para aquelas que também realizam atividades econômicas, e que muitas vezes, por serem chefes de família, se sentem obrigadas a aceitar salários inferiores aos dos homens, apesar de muitas vezes estarem mais capacitadas, por puro preconceito. Pelo exposto, peço o apoio dos nobres pares para aprovação do projeto. Sala das Sessões em, de junho de 2020 Alexandre Frota Deputado Federal PSDB/SP Câmara dos Deputados - Anexo IV – 2º andar – Gabinete 216| 70160-900 Brasília -DFTel (61) 3215-5216 – Fax (61) 3215-2216 - dep.alexandrefrota@camara.leg.br *CD204590968500*Documento eletrônico assinado por Alexandre Frota (PSDB/SP), através do ponto SDR_56340, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.3510/2020Apresentação: 25/06/2020 17:28 - Mesa
PL 2743/2021
Dispõe sobre a criação das Patrulhas Maria da Penha.
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https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2053358
PROJETO DE LEI Nº , DE 2021 (Da Sra. ROSE MODESTO ) Dispõe sobre a criação das Patrulhas Maria da Penha. O Congresso Nacional decreta : Art. 1º Ficam criadas as Patrulhas Maria da Penha , a ser em realizada s pelas Polícias Militares. § 1°. Cada ente da Federação colocará em prática as Patrulhas, levando em conta o número de ocorrências relacionadas à violência doméstica em cada região e a capacidade efetiva de cada Corporação . § 2° A critério d as autoridades competentes, as Patrulhas Maria da Penha podem monitorar a segurança das mulheres que estiverem sob medidas protetivas, realizando rotas periódicas nos locais indicados pelo Poder Judiciário. § 3º O Poder Púb lico em todas as es feras poderá realizar convênios para melhor implementação e adequação d as Patrulhas. Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICAÇÃO No ano de 2020 observou -se um crescimento significativo de ocorrência s relacionadas a violência doméstica e familiar, em especial com vítimas mulheres. Esse problema , que é recorrente na nossa sociedade, requer outras medidas que tragam maior proteção às mulheres. A Lei Maria da Penha foi um grande marco de avanço no combate a esse tipo de violência. A proposta ora apresentada pretende aprimorar o aspecto de proteção das mulheres que já *CD214850753400* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Rose Modesto Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD214850753400 PL n.2743/2021 Apresentação: 09/08/2021 10:44 - Mesa 2 são conhecidamente vítimas da violência doméstica e fazem jus as medidas protetivas do poder judiciário. Com o intuito de diminuir ou erradicar a violência contra as mulheres , acredita -se que a realização de rondas periódicas pelos endereços das vítimas de violência ou nos locais de maior ocorrência pode ser uma medida eficaz . Previmos, ainda, a possibilidade de o Poder Público realizar convênios entre a fim de aloca r de forma mais eficiente os parcos recursos que dispõe para a execução dess as rondas . É função dess e Parlamento inovar na ordem jur ídica para garantir uma convivência harmoniosa de seus cidadãos. Diante disso e acreditando que a inovação ora proposta trará m aior proteção às mulheres vítimas de violência doméstica, rogamos o apoio d os nobres pares para aprova ção desse projeto de lei. Sala das Sessões , em de de 2021 . ROSE MODESTO Deputada Federal – PSDB/MS *CD214850753400* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Rose Modesto Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD214850753400 PL n.2743/2021 Apresentação: 09/08/2021 10:44 - Mesa
PL 4525/2023
Proíbe a veiculação de propaganda e anúncio de serviços de acompanhantes, prostituição e outros serviços de sexo em equipamentos públicos e em eventos que tenham recebido verba pública, e dá outras providências.
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https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2329498
Câmara dos Deputados Gabinete Deputada Federal PRISCILA COSTA – PL/CE PROJETO DE LEI Nº DE 2023 (Da Deputada Priscila Costa) Proíbe a veiculação de propaganda e anúncio de serviços de acompanhantes, prostituição e outros serviços de sexo em equipamentos públicos e em eventos que tenham recebido verba pública, e dá outras providências. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica vedada a veiculação de propaganda e anúncio de serviços de acompanhantes, prostituição, outros serviços de sexo e produtos eróticos em equipamentos públicos e em eventos de qualquer natureza que tenham recebido verba pública na forma de patrocínio ou incentivo. Parágrafo único. Entende-se por equipamentos públicos aqueles elencados nos arts. 98 e seguintes do Código Civil. Art. 2º Os responsáveis pela veiculação de propaganda ou anúncio de serviços de acompanhantes, prostituição, outros serviços de sexo e produtos eróticos em equipamentos públicos ou em eventos que tenham recebido verba pública estarão sujeitos à multa no valor de 5.000 UFIR no caso de se tratar de pessoa física ou 50.000 UFIR em se tratar de pessoa jurídica, aplicada em dobro em caso de reincidência. Art. 3º As despesas decorrentes da execução desta lei correrão por conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário. *CD232414749500* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Priscila CostaPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD232414749500 PL n.4525/2023Apresentação: 18/09/2023 15:33:16.173 - MesaCâmara dos Deputados Gabinete Deputada Federal PRISCILA COSTA – PL/CE Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICAÇÃO O presente projeto de lei visa proibir a veiculação de propaganda e anúncio de serviços de acompanhantes, prostituição, outros serviços de sexo e produtos eróticos em equipamentos públicos e em eventos que tenham recebido verba pública. O objetivo é coibir a objetificação do corpo da mulher e o estímulo à exploração sexual, que contribui para a manutenção de um ambiente de violência e desrespeito aos direitos humanos. Além disso, espaços públicos são frequentados por pessoas de todas as idades, de modo que crianças e adolescentes também precisam ser preservados em relação a propagandas que normalizem a prostituição. A veiculação de propagandas e anúncios que promovem a prostituição é um problema que tem sido enfrentado em todo o mundo. A prostituição, além de ser ilegal, é uma atividade que estimula a exploração sexual e a violência contra as mulheres, visto que muitas vezes são coagidas ou estão em situação de vulnerabilidade para exercer tal atividade. No Brasil, um dos principais problemas é o turismo sexual, que tem crescido significativamente nos últimos anos, o que prejudica e afronta a imagem e a dignidade das mulheres que são tratadas como mercadorias. É preciso adotar medidas para coibir essa prática. Ademais, a veiculação de propagandas e anúncios que promovem a prostituição em equipamentos públicos e eventos que recebem verba pública acaba por configurar um desrespeito à população e aos recursos públicos destinados a tais eventos. Não se pode admitir que a imagem do nosso país esteja associada a atividades indecorosas. *CD232414749500* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Priscila CostaPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD232414749500 PL n.4525/2023Apresentação: 18/09/2023 15:33:16.173 - MesaCâmara dos Deputados Gabinete Deputada Federal PRISCILA COSTA – PL/CE Sendo assim, é de extrema importância que o poder público adote medidas para coibir a prática da prostituição e exploração sexual, incluindo a proibição da veiculação de propagandas e anúncios que promovam tais atividades em equipamentos públicos e em eventos que tenham recebido verba pública. A aplicação de multas para aqueles que descumprirem a lei é uma forma eficaz de coibir a prática e garantir a proteção dos direitos humanos e a dignidade das mulheres. Sala de Sessões, em 13 de setembro de 2023. Deputada Federal PRISCILA COSTA PL/CE *CD232414749500* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Priscila CostaPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD232414749500 PL n.4525/2023Apresentação: 18/09/2023 15:33:16.173 - Mesa
PL 633/2021
Institui o Banco de Empregos para as Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar.
violencia contra a mulher
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https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1968380
PROJETO DE LEI Nº , DE 2021 (do Deputado Federal JOSÉ GUIMARÃES) Institui o Banco de Empregos para as Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica instituído o Banco de Empregos para as Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar, observadas as disponibilidades financeiras e orçamentarias, bem como a conveniência e a oportunidade administrativas, de cada município. Parágrafo único. Para fins de aplicação desta Lei, entende-se por violência domestica e familiar o conceito previsto no Art. Lei nº 11.340, Lei Maria da Penha. Art. 2º Compete aos municípios a adoção das medidas necessárias à criação, à manutenção, ao acompanhamento e ao aprimoramento permanente do Banco de Empregos de que trata o art. 1º. Parágrafo único. Para os fins desta Lei, poderão ser celebrados convénios e congêneres com empresas, universidades e entidades da sociedade civil. Art.3 São critérios para as mulheres em situação de violência doméstica e familiar serem beneficiárias do Banco de Empregos: *CD212933483200*Documento eletrônico assinado por José Guimarães (PT/CE), através do ponto SDR_56103, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.633/2021Apresentação: 01/03/2021 13:05 - MesaI - ser encaminhadas pelos Centros de Referência da Mulher, no município em que houver; caso contrário pelas secretarias de assistência social; II - portar boletim de ocorrência e solicitação de medida protetiva de urgência. Art.4 As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão por conta das dotações orçamentarias próprias. Art. 5 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. JUSTIFICAÇÃO A proposta apresentada no âmbito do município de Fortaleza, Ceará, pela vereadora Larrissa Gaspar nos fez compreender que esta proteção à mulher deve estar presente em todo o território nacional, uma vez que as mulheres estão sofrendo, cada dia mais com a violência e o desamparo por parte do Estado. Não é novidade para mais ninguém, a Lei Federal nº 11.340, de 07 de Agosto de 2006, a denominada Lei Maria da Penha é um março normativo no País no combate à violência doméstica e familiar contra a mulher. A Lei Maria da Penha atende ao anseio da Constituição Federal de 1988 de que o Estado crie e assegure mecanismos para coibir a violência no âmbito das relações familiares. Ainda, mencionado Diploma é fruto de duas Convenções Internacionais, a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres da ONU (1979) e a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher da OEA (1994). Através da Lei Maria da Penha são criados diversos mecanismos de assistência e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar. E, como não poderia ser diferente, foi na Defensoria Pública que se depositou o encargo de garantir à vítima o acesso ao Juizado de Violência Doméstica, através de um atendimento específico e humanizado. Logo em seu Art. 3º é assegurado expressamente às mulheres vítimas de violência doméstica as condições para o exercício efetivo do direito ao *CD212933483200*Documento eletrônico assinado por José Guimarães (PT/CE), através do ponto SDR_56103, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.633/2021Apresentação: 01/03/2021 13:05 - Mesaacesso à Justiça. Mesmo porque sem a garantia efetiva e real de ingresso no Poder Judiciário de nada valeriam as enunciações legais de direitos fundamentais. Sonegar o acesso à Justiça a essas mulheres em situação de vulnerabilidade é condená-las à morte ou ao eterno cativeiro de sofrimento dentro do amargo lar. A Lei Maria da Penha determina que se estabeleça uma política pública que vise a coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, por meio de um conjunto articulado de ações da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e de ações não-governamentais, tendo por diretriz maior a integração operacional do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública com as áreas de segurança pública, assistência social, saúde, educação, trabalho e habitação. As áreas da assistência social, saúde, educação, trabalho e habitação mostram-se imprescindíveis para resgatar e reabilitar a mulher após ver-se livre de anos de violência doméstica. Tão cruel como a violência sofrida pelo agressor seria deixar a mulher condenada à sua própria sorte, com numerosa prole e sem nenhuma qualificação profissional para o exercício de alguma atividade para sua subsistência. Por trás de cada uma das mulheres vítimas de feminicídio está uma família partida e marcada pela dor da ausência e pela brutalidade dos crimes, geralmente cometidos por maridos ou ex-companheiros. Conto, nesse aspecto, com o apoio e as contribuições dos Colegas Parlamentares. Sala das Sessões, em de março de 2021. Deputado JOSÉ GUIMARÃES Líder da Minoria *CD212933483200*Documento eletrônico assinado por José Guimarães (PT/CE), através do ponto SDR_56103, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.633/2021Apresentação: 01/03/2021 13:05 - Mesa
PL 3741/2021
Altera a Lei nº 10.048, de 8 de janeiro de 2000, que “dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica”, a fim de disciplinar a reserva de assentos no transporte público coletivo destinados aos idosos e às gestantes, às pessoas com deficiência, às lactantes e às pessoas acompanhadas por crianças de colo, de modo a vedar a distinção entre os usuários.
direitos sociais
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PSD
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2094982
CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE LEI Nº , DE 2021. (Do Sr. Haroldo Cathedral) Altera a Lei nº 10.048, de 8 de janeiro de 2000, que “dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica”, a fim de disciplinar a reserva de assentos no transporte público coletivo destinados aos idosos e às gestantes, às pessoas com deficiência, às lactantes e às pessoas acompanhadas por crianças de colo, de modo a vedar a distinção entre os usuários. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta Lei disciplina a reserva de assentos no transporte público coletivo destinados aos idosos, às gestantes, às pessoas com deficiência, às lactantes e às pessoas acompanhadas por crianças de colo, vedando a distinção entre os usuários. Art. 2º A Lei nº 10.048, de 8 de janeiro de 2000, passa a vigorar acrescida da seguinte redação: “Art. 3º ...................................................................................... Parágrafo único. Os assentos previstos no caput serão identificados por meio da inscrição ASSENTO PREFERENCIAL, abrangendo, simultaneamente, o direito dos idosos, das gestantes, das pessoas com deficiência, das lactantes e das pessoas acompanhadas por crianças de colo, que os utilizarão, conforme ordem de chegada, sem qualquer distinção entre os usuários. ” (NR) Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICATIVA Este Projeto de Lei tem como objetivo disciplinar a oferta de assento preferencial em transporte público coletivo destinado aos idosos, às gestantes, às pessoas com deficiência, às lactantes e às pessoas acompanhadas por crianças *CD213757802900* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Haroldo Cathedral Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD213757802900 PL n.3741/2021Apresentação: 26/10/2021 16:17 - Mesa CÂMARA DOS DEPUTADOS de colo. Esses assentos deverão ser utilizados conforme ordem de chegada, sem qualquer distinção entre os usuários. O art. 3º da Lei nº 10.048, de 8 de janeiro de 2000, estabelece que “as empresas públicas de transporte e as concessionárias de transporte coletivo reservarão assentos, devidamente identificados, aos idosos, gestantes, lactantes, pessoas portadoras de deficiência e pessoas acompanhadas por crianças de colo”. Nesses termos, a Lei, acertadamente, reserva cuidados especiais àqueles que possuem limitações físicas permanentes ou transitórias. É comum haver no transporte coletivo cadeiras reservadas de forma segregada por tipo de usuário. A ideia é louvável, uma vez que se almeja garantir um assento para a gestante, outro para a pessoa com deficiência, outro para o idoso. No entanto, há momentos em que haverá alta demanda por um tipo de cadeira enquanto outras cadeiras estarão ociosas. Esta proposição pretende criar isonomia no oferecimento de assentos no transporte público coletivo, vedando a oferta de vagas exclusivamente para um ou para outro tipo de usuário. Desse modo, faz-se necessário criar um modelo de reserva de assento que atenda ao público com dificuldades de locomoção de forma a abranger a todos de forma igualitária, sem direcionamentos específicos para um público determinado. Logo, fica proposto a criação do ASSENTO PREFERENCIAL, abrangendo, simultaneamente, o direito dos idosos, das gestantes, das pessoas com deficiência, das lactantes e das pessoas acompanhadas por crianças de colo, que as utilizarão, respeitada a ordem de chegada, sem qualquer distinção entre os usuários. Nestes termos, conto com o apoio dos nobres pares pela sua aprovação. Sala das Sessões, de de 2021. Deputado Haroldo Cathedral PSD/RR *CD213757802900* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Haroldo Cathedral Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD213757802900 PL n.3741/2021Apresentação: 26/10/2021 16:17 - Mesa
PL 6232/2019
Altera a lei nº 9.263, De 12 de janeiro de 1996, para reconhecer o direito de gestantes e mulheres em idade fértil à realização, nos serviços de saúde do sus, do exame para detecção da trombofilia.
maternidade
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REPUBLICANOS
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1838620
PROJETO DE LEI No , DE 2019 (Da Sra. Mariana Carvalho ) Acrescenta o inciso VI ao parágrafo único do art. 3º da Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996, para reconhecer o direito de gestantes e mulheres em idade fértil à realização , nos serviços de saúde do SUS , do exame para detecção da trombofilia . O Congresso Nacional decreta: Art. 1º O Parágrafo único do art. 3º da Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996, passa a vigorar acrescido do seguinte inciso VI: “Art. 3º …................. ........................................................ ............ Parágrafo único.…........................................................... ............ …..................................................................................... ............ . VI – a realização de todos os exames diagnósticos necessários à detecção de trombofilias em gestantes e mulheres em idade fértil, inclusive testes genéticos para o diagnóstico diferencial. (NR)” Art. 2º. Esta lei entra em vigor noventa dias após sua publ icação oficial. JUSTIFICAÇÃO A presente iniciativa tem o objetivo de reconhecer o direito que as gestantes e as mulheres em idade fértil têm de planejar sua gravidez e avaliar os riscos dessa escolha. O planejamento familiar também envolve a avaliação dos riscos da gestação, tanto para a mulher, quanto para o feto. Esse planejamento é um direito fundamental. A Constituição Federal, no seu art. 226, §7º, assim estabelece: “Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre PL n.6232/2019 Apresentação: 27/11/2019 20:08 2 decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma c oercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.” Portanto, um adequado planejamento familiar, que envolve a decisão de engravidar, precisa dar total observância ao princípio da dignidade humana, sendo dever do Estado propiciar recursos científico s para o exercício desse direito. Existem diversos riscos que incidem sobre uma gravidez, que envolvem a saúde da mulher e do nascituro. Vale lembrar que ao Direito compete a proteção e salvaguarda do nascituro, desde o momento de sua concepção, nos termos do art. 2º do Código Civil . A trombofilia, que é um desses riscos relevantes na fase gestacional, consiste num conjunto de distúrbios caracterizados por alterações na coagulação sanguínea que causam um maior risco para a ocorrência de tromboses, as quais são causa importante de morbi dade e mortalidade obstétricas. As trombofilias estão associadas a perdas embrio -fetais recorrentes, mas que poderiam ser evitadas se devidamente tratadas, impedindo -se danos físicos e psíquicos nas mulheres. Todavia, o tratame nto adequado passa, necessariamente, pelo diagnóstico correto e tempestivo dessa condição. Saliente -se que o período gestacional costuma ser uma fase particularmente sensível para a ocorrência de distúrbios tromboembólicos. Estima -se que o risco do desenvo lvimento desse evento nas grávidas é de seis a dez vezes superior aos demais indivíduos. No caso da trombose venosa profunda, calcula -se que ela tenha uma incidência de 1 a 2 casos para cada grupo de 1000 gestações, sendo esse risco mais elevado durante o terceiro trimestre e no puerpério, épocas que demandam maior atenção no acompanhamento pré -natal. Felizmente todo esse risco pode ser devidamente controlado com a adoção de medidas preventivas, monitoramento gestacional e acompanhamento especial das grávid as diagnosticadas com fatores associados à trombofilia, de modo a permitir o controle dos principais riscos associados a cada condição. A terapia medicamentosa preventiva costuma ser bem-sucedida nos casos de trombofilia, estratégia que pode representar a principal salvaguarda não só da vida da gestante, mas também do feto. Por isso, os exames laboratoriais e de apoio diagnóstico são essenciais para a integral saúde das gestantes e dos fetos e, em consequência, para a PL n.6232/2019 Apresentação: 27/11/2019 20:08 3 proteção familiar . Exames de sangue e p esquisa genética podem ser necessários, principalmente quando presentes algumas circunstâncias que servem de alerta, como a ocorrência anterior de trombose, abortos espontâneos, nascimentos prematuros, pré-eclâmpsia e cas os de tromboembolismo familiar. Apesar da existência de exames diagnósticos específicos e sensíveis para a detecção das trombofilias, nem sempre os serviços vinculados ao SUS disponibilizam tais instrumentos às gestantes e mulheres em idade fértil que planejam engravidar. Essa ausência não se mostra adequada perante o dever estatal de propiciar os recursos científicos necessários ao exercício do direito ao planejamento familiar em sua plenitude. Perante a integralidade do Sistema Único de Saúde, considero extremamente conveniente e oportuno que o SUS disponibilize todos os exames necessários ao diagnóstico da s trombofilia s nesse grupo especial, que tem a incidência de eventos tromboembólicos bastante aumentada em relação à população. O diagnóstico precisa incluir a diferenciação entre os dive rsos tipos de trombofilias que podem acometer o ser humano. Ante todo o exposto, solicito o apoio de todos os Parlamentares no sentido do acolhimento do presente Projeto de Lei. Sala das Sessões, em de de 2019 . Deputada Mar iana Carvalho 2019 -5805 PL n.6232/2019 Apresentação: 27/11/2019 20:08
PL 8/2024
Altera o art. 94 ao Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, para estabelecer o prazo de 10 anos para o requerimento de reabilitação penal quando se tratar de crimes contra a dignidade sexual.
dignidade sexual
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REPUBLICANOS
null
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PL 4972/2020
Altera o art. 107 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), para tornar imprescritível o crime praticado contra a mulher.
violencia contra a mulher
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null
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PL 4147/2021
Altera a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), para dispor sobre programas de atendimento ao homem para prevenção da violência contra a mulher.
violencia contra a mulher
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https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2149899
Altera a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), para dispor sobre programas de atendimento ao homem para prevenção da violência contra a mulher. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Os arts. 8º, 22, 30 e 35 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 8º .................................................................................................... .......................................................................................................................... VI – a criação e manutenção de programas de prevenção e erradicação da violência doméstica e familiar contra a mulher, diretamente ou mediante a celebração de convênios, protocolos, ajustes, termos ou outros instrumentos de promoção de parceria entre órgãos governamentais ou entre estes e entidades não governamentais; VII – a capacitação técnica permanente das Polícias Civil e Militar, da Guarda Municipal, do Corpo de Bombeiros e das demais instituições públicas e das entidades não governamentais parceiras envolvidas nas ações de que trata esta Lei, quanto às questões de gênero e de raça ou etnia, observando-se, ainda, os direitos da mulher previstos na legislação ordinária, na Constituição Federal e em tratados e convenções internacionais dos quais a República Federativa do Brasil seja parte; ...............................................................................................................” (NR) “Art. 22. .................................................................................................. .......................................................................................................................... VI – comparecimento do agressor a programas de recuperação, reeducação e prevenção de novas ocorrências; VII – acompanhamento psicossocial do agressor, por meio de atendimento individual e/ou em grupo de apoio, com foco na recuperação, na reeducação e na prevenção de novas ocorrências. ...............................................................................................................” (NR) “Art. 30. Compete à equipe de atendimento multidisciplinar, entre outras atribuições que lhe forem reservadas pela legislação local, fornecer subsídios por escrito ao juiz, ao Ministério Público e à Defensoria Pública, mediante laudos, ou verbalmente em audiência, e desenvolver trabalhos de orientação, encaminhamento, prevenção e outras medidas, voltados para a ofendida, o agressor, os familiares e para quaisquer outras pessoas que *CD229213909400* Autenticado Eletronicamente, após conferência com o original. PL n.4147/2021Apresentação: 17/03/2022 13:14 - Mesabusquem apoio para prevenir agressões, com especial atenção às crianças e aos adolescentes. Parágrafo único. O Sistema Único de Saúde, no âmbito de suas competências e na forma prevista no § 2º do art. 35, prestará apoio às equipes de atendimento multidisciplinar.” (NR) “Art. 35. .................................................................................................. .......................................................................................................................... V – centros e serviços de educação e reabilitação dos agressores. § 1º A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios devem garantir a oferta de serviços de atendimento individual ou em grupo, inclusive mediante teleatendimento gratuito, ao agressor ou a qualquer pessoa que demande apoio para a contenção da violência doméstica, podendo, para tanto, valer-se dos instrumentos previstos nos incisos IV e V do caput e no inciso VI do art. 8º desta Lei. § 2º O Sistema Único de Saúde manterá programa de atenção à saúde mental do homem, voltado para a prevenção da violência contra a mulher, por meio da sua rede de atenção psicossocial e das unidades básicas de saúde, podendo, ainda, utilizar para esse fim recursos de telemedicina. § 3º O Sistema Único de Assistência Social, por meio dos Centros de Referência em Assistência Social e dos Centros de Referência Especializados em Assistência Social, manterá ações voltadas para a prevenção da violência contra a mulher e a reeducação de agressores. § 4º O poder público dará ampla publicidade aos serviços, equipamentos, políticas e programas de que trata este artigo.” (NR) Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, em 17 de março de 2022. Senador Rodrigo Pacheco Presidente do Senado Federal tksa/pl-21-4147rev2 *CD229213909400* Autenticado Eletronicamente, após conferência com o original. PL n.4147/2021Apresentação: 17/03/2022 13:14 - Mesa
PL 4485/2023
Cria qualificadora no crime de homicídio na hipótese de ter sido cometido em instituição de ensinoaumenta a pena dos crimes de assédio sexualregistro não autorizado da intimidade sexual e de divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerávelde cena de sexo ou de pornografiae estabelece causa de aumento de pena para esse último quando dele resultar o suicídio ou a tentativa de suicídio da vítima.
dignidade sexual
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https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2328739
PROJETO DE LEI Nº , DE 2023 (Da Sra. FLAVINHA) Cria qualificadora no crime de homicídio na hipótese de ter sido cometido em instituição de ensino, aumenta a pena dos crimes de assédio sexual, registro não autorizado da intimidade sexual e de divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia, e estabelece causa de aumento de pena para esse último quando dele resultar o suicídio ou a tentativa de suicídio da vítima . O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta lei altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), para criar qualificadora no crime de homicídio na hipótese de ter sido cometido em instituição de ensino, aumentar a pena dos crimes de assédio sexual, registro não autorizado da intimidade sexual e de divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia, e estabelecer causa de aumento de pena para esse último quando dele resultar o suicídio ou a tentativa de suicídio da vítima. Art. 2º O Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, passa a vigorar com as seguintes alterações : “Art. 121. .............................................................................. .............................................................................................. § 2º ....................................................................................... .............................................................................................. X – em instituição de ensino. ....................................................................................” (NR) “Art. 216-A. ........................................................................... *CD237141662000* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. FlavinhaPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD237141662000 PL n.4485/2023Apresentação: 14/09/2023 15:45:33.773 - Mesa2 Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos. ....................................................................................” (NR) “Art. 216-B. ........................................................................... Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos. ....................................................................................” (NR) “Art. 218-C. .......................................................................... Pena – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, se o fato não constitui crime mais grave. Aumento de pena § 1º A pena é aumentada de um a dois terços se: I – o crime é praticado por agente que mantém ou tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima ou com o fim de vingança ou humilhação; II – do crime resulta o suicídio ou a tentativa de suicídio da vítima. ....................................................................................” (NR) Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICAÇÃO Este projeto de lei visa aperfeiçoar a legislação penal, estabelecendo mecanismos mais eficazes para proteger bens jurídicos de grande valor para a nossa sociedade. Sugerimos, quanto aos crimes de assédio sexual (art. 216-A), registro não autorizado da intimidade sexual (art. 216-B) e de divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia (art. 218-C), cominar penas maiores nos preceitos secundários desses tipos penais. *CD237141662000* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. FlavinhaPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD237141662000 PL n.4485/2023Apresentação: 14/09/2023 15:45:33.773 - Mesa3 Afinal, as penas atualmente previstas são muito baixas, incompatíveis com a relevância do bem jurídico tutelado (dignidade sexual) e com a dimensão do dano que tais delitos geram na vida das vítimas. As penas hoje estabelecidas autorizam, por exemplo, a aplicação da suspensão condicional do processo (art. 89 da Lei nº 9.099/95), que é um instituto despenalizador, ou a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal), que possibilita que o indivíduo, mesmo que tenha sido condenado, deixe de cumprir a sanção imposta, desde que cumpra certas condições estabelecidas pelo juiz. Entendemos que a gravidade desses crimes é incompatível com esses institutos e demanda uma resposta mais enérgica por parte do Estado. No que tange ao crime de divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia (art. 218-C), sugerimos, ainda, a inclusão de uma causa de aumento de pena para o caso em que a vítima, em face do estrago que essa conduta causou em sua vida, atente contra a sua própria vida. Mostra-se apropriada essa medida porque o indivíduo que comete esse nefasto crime sabe os danos que dele podem advir, que são inúmeros. Com efeito, além do constrangimento e humilhação, a divulgação de imagens íntimas pode levar ao afastamento de amigos e familiares, à perda do emprego, à exclusão social, ao desenvolvimento de depressão, ansiedade, etc. Tudo isso pode acabar levando (e isso, infelizmente, ocorre) a vítima a tirar a própria vida. E não temos dúvida de que o autor do crime deve ser responsabilizado por isso. Em relação ao crime de homicídio (art. 121), por fim, propõe-se a inclusão de uma nova qualificadora, para punir com mais rigor o delito cometido em instituição de ensino. Isso se justifica pelo fato de que nossas escolas e outros ambientes educacionais devem ser lugares seguros para o aprendizado e crescimento. A violência nesses locais é particularmente perturbadora e deve ser desincentivada com punições mais severas. *CD237141662000* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. FlavinhaPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD237141662000 PL n.4485/2023Apresentação: 14/09/2023 15:45:33.773 - Mesa4 Ante o exposto, contamos com o apoio dos nobres pares para aprovar o presente projeto de lei. Sala das Sessões, em de de 2023. Deputada FLAVINHA 2023-11621 *CD237141662000* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. FlavinhaPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD237141662000 PL n.4485/2023Apresentação: 14/09/2023 15:45:33.773 - Mesa
PL 5811/2023
Acresce o §6º ao art. 206 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), para fixar em 20 (vinte) anos o prazo prescricional da pretensão de reparação civil a favor da vítima nos casos de assédio sexual, contados a partir do término do vínculo laboral.
dignidade sexual
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PSOL
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CÂMARA DOS DEPUTADOS FERNANDA MELCHIONNA PSOL -RS ________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ Câmara dos Deputados, anexo IV, Gabinete 621. Telefone: 61 – 32155621 dep.fernandamelchionna@camara.leg.br PROJETO DE LEI Nº , DE 2023 (Da Sra. FERNANDA MELCHIONNA) Acresce o §6º ao art. 206 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), para fixar em 20 (vinte ) anos o prazo prescricional da pretensão de reparação civil a favor da vítima nos casos de assédio sexual , contados a partir do término do vínculo laboral . O Congresso Nacional decreta: Art. 1º O art. 206 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil) , passa a vigorar acrescido do seguinte §6º: “Art. 206 ........................................................................................................... §6º Em vinte anos, a pretensão de reparação civil a favor da vítima nos casos de assédio sexual, cont ados a partir do término do vínculo laboral .” (NR) Art. 2 º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação . JUSTIFICAÇÃO A violência no ambiente de trabalho é fundamentada nas relações desiguais de poder . Os agressores se utilizam da condição de superioridade hierárquica e da, em muitos casos, necessidade por parte das vítimas – em sua maioria mulheres – de manutenção do trabalho para prover sua subsistência para o cometimento dessas violências, incluindo o assédio sexual. Segundo dados de uma pesquisa1 produzida pelo LinkedIn e pela consultoria Think Eva em 2020, cerca de 15% das mais de 400 mulheres que responderam pediram demissão após serem vítimas de assédio sexual e mais de 35% afirmaram sentir const ante medo de perder o trabalho. ____________________ 1. Disponível em https://thinkeva.com.br/estudos/o -ciclo -do-assedio -sexual -no-ambiente -de-trabalho/ . Ace sso em 23 nov. 2023. *CD238125577000* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Fernanda Melchionna Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD238125577000 PL n.5811/2023 Apresentação: 30/11/2023 16:07:09.640 - MESA CÂMARA DOS DEPUTADOS FERNANDA MELCHIONNA PSOL -RS ________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ Câmara dos Deputados, anexo IV, Gabinete 621. Telefone: 61 – 32155621 dep.fernandamelchionna@camara.leg.br No mesmo sentido, A Organização Internacional do Trabalho ( OIT), a Lloyd’s Register Foundation e a Gallup conduziram , em 2021, estudo2 onde foram entrevistadas quase 75 mil pessoas empregadas com 15 anos ou mais em 121 países, gerando a pesquisa “Experiências de violência e assédio no trabalho: primeira pesquisa mundial”. Em relação à violência sexual/assédio, quase 12% dos entrevistados já sofreram casos; entre as mulheres, o número sobe para quase 18%. Em ambos os casos, são as maiore s percentagens entre todos os continentes. A maior diferença global entre homens e mulheres vítimas está no campo da violência sexual e assédio: enquanto 5% dos homens foram vítimas, esse número é de mais de 8% entre as mulheres. Todos esses dados mostram que a situação é grave e precisa ser combatida com a seriedade necessária. Nesse contexto, tem -se que muitas das vítimas de assédio sexual não tomam o caminho da denúncia formal ao sistema de justiça por conta do medo de perder o trabalho e, quando acabam por se demitir ou serem demitidas, enfrentam mais uma barreira: a prescrição, tanto na seara cível quanto criminal. Ou seja, a vítima acaba por ser duplamente violentada: no assédio propriamente dito e na impossibilidade de responsabilizar seus agressores. Ter como marco inicial de contagem da prescrição do crime de assédio – atualmente em 3 anos, por força do art. 206, §3º, V do Código Civil – o momento do fato é obrigar a vitima a fazer uma escolha impossível: responsabilizar o agressor ou manter o empreg o. Importante ressaltar que, de acordo com a pesquisa do LinkedIn e da Think Eva, no Brasil o assédio sexual atinge principalmente mulheres negras (52%), da região norte do país (63%) e com renda entre 2 e 6 salários mínimos (49%). Ou seja, grupos que historicamente são mais vulneráveis acabam por sofrerem mais com a prescrição de seus casos. Portanto, a mudança no início do prazo da prescrição para o assédio sexual, estabelecendo -o no fim do contrato de trabalho, é uma forma de proteger a vítimas evitando que precisem escolher entre buscar justiça e manter seu sustento. ____________________ 2. Disponível em https://www.ilo.org/brasilia/noticias/WCMS_863224/lang --pt/index.ht m. Acesso em 23 nov. 2023 *CD238125577000* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Fernanda Melchionna Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD238125577000 PL n.5811/2023 Apresentação: 30/11/2023 16:07:09.640 - MESA CÂMARA DOS DEPUTADOS FERNANDA MELCHIONNA PSOL -RS ________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ Câmara dos Deputados, anexo IV, Gabinete 621. Telefone: 61 – 32155621 dep.fernandamelchionna@camara.leg.br Sendo assim, considerando a importância central deste tema no sentido de proteger as vítimas de assédio sexual no ambiente de trabalho, pedimos o apoio dos nobres pares para aprovação da presente proposta. Sala das Sessões, 29 de novembro de 2023. Deputada FERNANDA MELCHIONNA PSOL/RS *CD238125577000* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Fernanda Melchionna Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD238125577000 PL n.5811/2023 Apresentação: 30/11/2023 16:07:09.640 - MESA
PL 557/2020
Institui a realização, em caráter anual, da "Semana de Valorização de Mulheres que Fizeram História" no âmbito das escolas de educação básica do País.
direitos sociais
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PSB
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1864047
PROJETO DE LEI Nº , DE 2020 (Da Sra. TABATA AMARAL ) Institui a realização, em caráter anual, da “Semana de Valorização de Mulheres que Fizeram História” no âmbito das escolas de educação básic a do País. O Congresso Nacional decreta : Art. 1º Fica instituída a “Semana de Valorização de M ulheres que Fizeram História” , a ser uma campanha realizada anualmente na segunda semana do mês de março nas escolas de educação básic a do País . Parágrafo único. Durante a semana comemorativa referida no caput , serão promovidas ações de informação e conscientização a cerca da temática, em especial por meio de atividades voltadas ao corpo discente , a fim de contribuir para a conscientização e sensibilização desse público com a história de sucesso de mulheres na s ciências e com o desenvolvimento de práticas de liderança . Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICAÇÃO Este Projeto de Lei pretende instituir campanha comemo rativa, nas escolas de educação básica do País, para informar a comunidade escolar a respeito das mulheres que ocuparam lugar de destaque na história do Brasil e de outros países . Propõe -se que a referida campanha seja realizada anualmente, na segunda sema na do mês de março, coincidindo, portanto, com o dia 8 de março, data de comemoração do Dia Internacional da Mulher. Para além de conscientizar a respeito da temática, a semana que se pretende instituir , promoverá ações práticas como palestras, rodas de 2 conversas, exposições , atividades lúdicas, peças teatrais, entre outra s, para fomentar nas alunas possibilidade de elas mesma s se tornarem cientistas ou lideranças políticas ; e nos meninos, o respeito e a admiração por mais mulheres . As mulheres têm baixa re presentação no mundo científico por conta de preconceito social e econômico e pelo desencorajamento quanto ao lugar que devem ocupar. Pesquisas apontam que as mulheres têm melhor desempenho escolar , mas que durante a vida acadêmica ou o mercado de trabalho acabam recebendo piores bolsas de estudo ou salários. Isso se dá pela construção da masculinidade e da feminilidade no espaço escolar, bem como o desenvolvimento da crença de que meninas devem se restringir a ocupações ligadas ao cuidar – que também são meritórias – mas, enquanto isso os meninos são encorajados a uma ampla possibilidade de outras profissões que envolvem , por exemplo, lógica , competição e superação de desafios de outras naturezas, no campo científico ou político. Contrariando a falaciosa cultura machista que sustenta que as mulheres não devem estudar ou liderar, propomos com essa iniciativa que mais meninas entendam que mulheres podem acessar a uma múltiplas c arreira s. O processo de encoraja mento de meninas , que se dará durante a “Semana de Valorização de Mulheres que Fizeram História” por meio de exemplos concretos de sucesso tende a fortalece r e ressignifica r a identidade do que foi, é e, sobretudo do que pode vir a ser ser mulher. Além do impacto a ser gerado nas meninas, objetivamos, da mesma maneira, educar os meninos por meio da conscientização quanto à existência de mulheres fortes e de destaque, gerando mais respeito, empatia e desconstruindo a cultura de violência contra a mulher, que está fortemente arraigada no cotidiano dos arran jos sociais, e que por vezes sobrepujam um gênero sobre o outro. Dessa forma, entendemos que nosso projeto contribua para a experimentação concreta da igualdade de gênero , tão necessária em tempos nos quais mulheres seguem sendo recebendo menores salários , por mesmo 3 desempenho de função, e no quais as taxas de feminicídio crescem vertiginosamente. A proposição pretende dar maior concretude e nível de especificidade ao que já está estabelecido no art. 8º, IX, da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), que determina “ IX - o destaque, nos currículos escolares de todos os níveis de ensino, para os conteúdos relativos aos direitos humanos, à equidade de gênero e de raça ou etnia e ao problema da violência doméstica e familiar contra a mulher”. Se for certo que o currículo já deve contemplar os elementos indicados na Lei Maria da Penha, entendemos ser fundamental dar maior amplitude a iniciativas tal como o projeto que muito nos inspirou, intitulado “Resgatando e Valor izando a Mulher ”, ação sem fins lucrativos iniciada por Raph aele Godinho , em 2017 . Por meio de palestras, o “Resgatando e Valorizando a Mulher ” disponibiliza a estudantes informações sobre figuras feminina s proeminentes e históricas na literatura e nas ciências, entre outros campos, inclusive com atuação junto ao Parlamento Juvenil do Mercosul. Diante do exposto, solicitamos apoio aos Nobres Pares para a aprovação deste Projeto de Lei. Sala das Sessões , em de de 2020 . Deputada TABATA AMARAL 2020 -1200
PL 5608/2023
Regula as condições de trabalho de mulheres que foram diagnosticadas, estão em tratamento ou em período de aguardo de remissão do câncer de mama.
direitos sociais
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REPUBLICANOS
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2361649
CÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete da Deputada Maria Rosas - REPUBLICANOS/SP PROJETO DE LEI Nº , DE 2023 (Da Sra. MARIA ROSAS) Regula as condições de trabalho de mulheres que foram diagnosticadas, estão em tratamento ou em período de aguardo de remissão do câncer de mama. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta Lei regula as condições de trabalho de mulheres que foram diagnosticadas, estão em tratamento ou em período de aguardo de remissão do câncer de mama; cria o programa Empresa Rosa para incentivar a contratação e a reinserção de mulheres que foram diagnosticadas, estão em tratamento ou em período de aguardo de remissão do câncer de mama no mercado de trabalho; e institui o Selo Rosa. CAPÍTULO I DO PROGRAMA EMPRESA ROSA Art. 2º Fica criado o Programa Empresa Rosa, destinado a promover a inclusão e a reinserção de mulheres que foram diagnosticadas, estão em tratamento ou em período de aguardo de remissão do câncer de mama no mercado de trabalho. Art. 3º O Programa Empresa Rosa será implementado em parceria com os órgãos e entidades da administração pública federal, estadual e municipal. Art. 4º Para fins do Programa Empresa Rosa, considera-se: I - câncer de mama: neoplasia maligna da glândula mamária; II - trabalhadora com câncer de mama: a trabalhadora que foi diagnosticada com câncer de mama, está em tratamento ou em período de aguardo de remissão; e Brasília - DF | Câmara dos Deputados Anexo IV • Gabinete 436 CEP: 70.160-900 | Fones: (61) 3215-5436/3215-3436 | dep.mariarosas@camara. Ieg.br São Paulo –SP | A. Das Nações Unidas, 18.801, sala 314 – Santo Amaro | CEP: 04.754-010 | Fones: (11) 2478-2063/2082 *CD236649023200* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Maria RosasPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD236649023200 PL n.5608/2023Apresentação: 21/11/2023 17:13:51.150 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete da Deputada Maria Rosas - REPUBLICANOS/SP III - empresa participante: empresa que aderir ao Programa Empresa Rosa. Art. 5º O Programa Empresa Rosa terá os seguintes objetivos: I - promover a conscientização das empresas sobre a importância da inclusão e da reinserção de mulheres com câncer de mama no mercado de trabalho; II - apoiar as empresas na implementação de práticas e políticas que promovam a inclusão e a reinserção de mulheres com câncer de mama no mercado de trabalho; e III - incentivar a contratação e a reinserção de mulheres com câncer de mama no mercado de trabalho. Art. 6º As empresas participantes do Programa Empresa Rosa deverão desenvolver ações de contratação e reinserção de mulheres com câncer de mama devendo incluir, no mínimo, os seguintes requisitos: I - garantir a igualdade de oportunidades e de tratamento às mulheres com câncer de mama no ambiente de trabalho; II - oferecer condições de trabalho adequadas às necessidades das mulheres com câncer de mama, inclusive em relação à jornada de trabalho, às condições de saúde e segurança no trabalho, e às oportunidades de qualificação e desenvolvimento profissional; III - promover ações de conscientização e sensibilização sobre o câncer de mama e a importância da inclusão e da reinserção de mulheres com câncer de mama no mercado de trabalho; IV - estabelecer um processo de seleção e contratação que não discrimine as mulheres com câncer de mama; V - oferecer condições de trabalho adequadas às necessidades das mulheres com câncer de mama; e VI - promover a conscientização sobre a importância da inclusão de mulheres com câncer de mama no mercado de trabalho, a preservação de seus postos de trabalho, bem como a flexibilização das condições de trabalho. Brasília - DF | Câmara dos Deputados Anexo IV • Gabinete 436 CEP: 70.160-900 | Fones: (61) 3215-5436/3215-3436 | dep.mariarosas@camara. Ieg.br São Paulo –SP | A. Das Nações Unidas, 18.801, sala 314 – Santo Amaro | CEP: 04.754-010 | Fones: (11) 2478-2063/2082 *CD236649023200* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Maria RosasPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD236649023200 PL n.5608/2023Apresentação: 21/11/2023 17:13:51.150 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete da Deputada Maria Rosas - REPUBLICANOS/SP Art. 7° O Poder Executivo indicará formalmente a fonte de obtenção de informações sobre o câncer de mama, com o escopo de fortalecer as recomendações do Ministério da Saúde para a prevenção, o diagnóstico precoce e o rastreamento da doença, entre outros. § 1º As informações fornecidas ou obtidas na forma do caput deste artigo serão disponibilizadas pelas empresas às suas empregadas com os meios de que dispuser, tais como quadro de avisos, mensagens eletrônicas, impressos, abordagem pessoal, entre outros. § 2º As empresas poderão promover ações afirmativas de conscientização sobre essas doenças e orientar suas empregadas sobre o acesso aos serviços de diagnósticos acerca das enfermidades de que trata este artigo. Art. 8º A empresa participante do Programa Empresa Rosa poderá ser certificada com o Selo Rosa, que será concedido nos termos do regulamento cumpridos os requisitos estabelecidos nesta Lei. CAPÍTULO II DO SELO ROSA Art. 9º Fica criado o Selo Rosa, um reconhecimento concedido às empresas que incentivam a contratação e a reinserção de mulheres que foram diagnosticadas, estão em tratamento ou em período de aguardo de remissão do câncer de mama no mercado de trabalho. Art. 10 O Selo Rosa tem os seguintes objetivos em favor da empresa participante: I – reconhecimento de sua relevância social; II – incentivo à adoção de medidas protetivas para a trabalhadora com câncer de mama; e III - visibilidade. Art. 11 Para ser elegível ao Selo Rosa, a empresa deve atender aos seguintes critérios: Brasília - DF | Câmara dos Deputados Anexo IV • Gabinete 436 CEP: 70.160-900 | Fones: (61) 3215-5436/3215-3436 | dep.mariarosas@camara. Ieg.br São Paulo –SP | A. Das Nações Unidas, 18.801, sala 314 – Santo Amaro | CEP: 04.754-010 | Fones: (11) 2478-2063/2082 *CD236649023200* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Maria RosasPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD236649023200 PL n.5608/2023Apresentação: 21/11/2023 17:13:51.150 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete da Deputada Maria Rosas - REPUBLICANOS/SP I - ter mais de 10 (dez) empregados; II - ter uma política de contratação, manutenção e reinserção de mulheres com câncer de mama; III - apresentar relatório anual de atividades para atendimento das disposições desta Lei; e IV - cumprir os requisitos estabelecidos nesta Lei e no regulamento do Selo Rosa. Art. 12 O processo de certificação do Selo Rosa será realizado por uma comissão composta por representantes do governo, do setor privado e da sociedade civil, conforme regulamento Art. 13 A comissão analisará os documentos apresentados pela empresa com possibilidade de visita à empresa para verificar o cumprimento dos requisitos estabelecidos no regulamento do Selo Rosa. Art. 14 O Selo Rosa terá validade de dois anos, contados a partir da data de sua concessão, renováveis por igual período. Art. 15 A empresa participante que receber o Selo Rosa terá os seguintes benefícios estabelecidos em regulamento: I - reconhecimento público; II - incentivos fiscais e creditícios; e III - acesso a programas de capacitação e orientação para a contratação e a reinserção de mulheres com câncer de mama no mercado de trabalho. Art. 16 A empresa participante poderá utilizar o Selo Rosa em sua publicidade. Art. 17 A concessão do Selo Rosa poderá ser revogada em caso de descumprimento da legislação trabalhista durante o período de concessão. CAPÍTULO III Brasília - DF | Câmara dos Deputados Anexo IV • Gabinete 436 CEP: 70.160-900 | Fones: (61) 3215-5436/3215-3436 | dep.mariarosas@camara. Ieg.br São Paulo –SP | A. Das Nações Unidas, 18.801, sala 314 – Santo Amaro | CEP: 04.754-010 | Fones: (11) 2478-2063/2082 *CD236649023200* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Maria RosasPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD236649023200 PL n.5608/2023Apresentação: 21/11/2023 17:13:51.150 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete da Deputada Maria Rosas - REPUBLICANOS/SP DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO DA MULHER DIAGNOSTICADA, EM TRATAMENTO OU AGUARDANDO REMISSÃO DO CÂNCER DE MAMA Art. 18 A empresa participante poderá adotar preferencialmente, para fins de flexibilização do regime de trabalho da trabalhadora com câncer de mama as seguintes ações, entre outras: I - trabalho remoto; II – jornada de trabalho reduzida; III – não discriminação no emprego por motivos de saúde; IV - apoio psicológico e social; V – horários flexíveis de trabalho; VI - Incentivos à contratação de trabalhadora com câncer de mama; e VII - garantia de estabilidade no emprego. Parágrafo único. A adoção das opções previstas neste artigo não pode implicar redução de remuneração. Art. 19 Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação. JUSTIFICAÇÃO O mercado de trabalho deve ser um espaço de inclusão social, além de ser acessível a todas as pessoas, independentemente de sua condição de saúde. As mulheres que foram diagnosticadas, estão em tratamento ou em período de aguardo de remissão do câncer de mama têm o direito de trabalhar e de contribuir para a economia. O câncer de mama é uma doença grave, mas curável em grande parte dos casos. O tratamento, no entanto, pode ser longo e difícil, o que pode atrapalhar o retorno ao trabalho. O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil, sendo responsável por cerca de 28% de todos os casos de câncer registrados no país. O diagnóstico e o tratamento do câncer de mama podem ter um Brasília - DF | Câmara dos Deputados Anexo IV • Gabinete 436 CEP: 70.160-900 | Fones: (61) 3215-5436/3215-3436 | dep.mariarosas@camara. Ieg.br São Paulo –SP | A. Das Nações Unidas, 18.801, sala 314 – Santo Amaro | CEP: 04.754-010 | Fones: (11) 2478-2063/2082 *CD236649023200* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Maria RosasPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD236649023200 PL n.5608/2023Apresentação: 21/11/2023 17:13:51.150 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete da Deputada Maria Rosas - REPUBLICANOS/SP impacto significativo na vida das mulheres, especialmente impactando e alterando as condições de trabalho. Nesse contexto, é importante que a iniciativa privada e o governo criem políticas e programas que facilitem a reinserção dessas mulheres no mercado de trabalho. Algumas medidas que podem ser adotadas para promover o mercado de trabalho para mulheres com câncer de mama: Educação e conscientização : É importante que as empresas e o governo promovam a educação e a conscientização sobre o câncer de mama e seus impactos no mercado de trabalho. Isso ajudará a quebrar os estigmas e preconceitos que ainda existem em torno da doença. Flexibilidade no trabalho : As empresas devem oferecer flexibilidade no trabalho para mulheres com câncer de mama. Isso pode incluir opções como trabalho remoto, jornada reduzida ou horários flexíveis. Apoio psicológico e social : As mulheres com câncer de mama podem precisar de apoio psicológico e social para lidar com os desafios da doença. As empresas e o governo devem oferecer esses recursos para ajudar essas mulheres a superar esse período difícil. A educação e a conscientização são essenciais para quebrar os estigmas e preconceitos que ainda existem em torno do câncer de mama. A iniciativa privada e o governo podem promover essas ações por meio de campanhas, treinamentos e eventos. Quanto à educação e à conscientização, algumas ações específicas podem ser adotadas pela empresa participante: Campanhas de conscientização: mediante veiculação em mídias sociais, televisão, rádio e outros canais, com a finalidade de Brasília - DF | Câmara dos Deputados Anexo IV • Gabinete 436 CEP: 70.160-900 | Fones: (61) 3215-5436/3215-3436 | dep.mariarosas@camara. Ieg.br São Paulo –SP | A. Das Nações Unidas, 18.801, sala 314 – Santo Amaro | CEP: 04.754-010 | Fones: (11) 2478-2063/2082 *CD236649023200* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Maria RosasPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD236649023200 PL n.5608/2023Apresentação: 21/11/2023 17:13:51.150 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete da Deputada Maria Rosas - REPUBLICANOS/SP informar a sociedade sobre o câncer de mama, os seus sintomas e os seus tratamentos; e Treinamentos: oferecimento de treinamentos para a empregada com câncer de mama sobre os aspectos que envolvem a enfermidade, o que pode contribuir para a quebra de estigmas e de preconceitos, além de promover um ambiente laboral mais inclusivo. Eventos: a empresa participante e o governo podem organizar eventos para promoção de conscientização sobre o câncer de mama, podendo incluir palestras, caminhadas entre outros. Já quanto à flexibilidade no trabalho, esse é um fator essencial para a trabalhadora com câncer de mama que está em tratamento ou em período de aguardo de remissão. A empresa participante pode permitir a flexibilidade no trabalho por meio de opções como o trabalho remoto, a jornada reduzida ou os horários flexíveis. Algumas ações específicas que podem ser adotadas incluem (rol meramente exemplificativo): Trabalho remoto: permite que a trabalhadora com câncer de mama trabalhe de casa, o que é mais consentâneo com quem está em tratamento; Jornada reduzida: pode ser uma alternativa para a trabalhadora com câncer de mama que necessita de mais tempo para se recompor do tratamento; e Horários flexíveis: podem permitir que a trabalhadora com câncer de mama adeque seu horário de trabalho de acordo com suas necessidades de tratamento de saúde. Quanto à disponibilização de programas de apoio psicológico, pode-se oferecer: 1) sessões de terapia; 2) grupos de apoio; 3) outros recursos, tudo para ajudar a trabalhadora com câncer de mama a lidar melhor com os aspectos emocionais de sua doença. Brasília - DF | Câmara dos Deputados Anexo IV • Gabinete 436 CEP: 70.160-900 | Fones: (61) 3215-5436/3215-3436 | dep.mariarosas@camara. Ieg.br São Paulo –SP | A. Das Nações Unidas, 18.801, sala 314 – Santo Amaro | CEP: 04.754-010 | Fones: (11) 2478-2063/2082 *CD236649023200* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Maria RosasPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD236649023200 PL n.5608/2023Apresentação: 21/11/2023 17:13:51.150 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete da Deputada Maria Rosas - REPUBLICANOS/SP A trabalhadora com câncer de mama pode precisar de apoio psicológico e social para enfrentar os desafios penosos de sua enfermidade. A empresa parceira e o governo devem oferecer esses recursos para ajudar essa mulher a superar essa quadra complicada, complexa e extremamente difícil em termos existenciais. Quanto aos programas de apoio social, alternativas são possíveis, como, entre outras: 1) oferecer serviços de assistência doméstica; e 2) transporte, ações que podem contribuir para essa mulher possa atender às suas necessidades básicas. Ao adotar esse rol exemplificativo de alternativas, o mercado de trabalho se tornará um lugar mais justo e inclusivo para toda trabalhadora. Em adendo, é importante lembrar que o trabalho é um extraordinário fator de proteção social para a trabalhadora com câncer de mama, garantindo a renda, a autonomia e a autoestima. O regresso ao trabalho é condição sine qua non para a recuperação e o bem-estar dessa mulher. Aqui estão alguns exemplos, em reforço ao já afirmado anteriormente, de como o mercado de trabalho pode ser mais inclusivo para mulheres com câncer de mama: A empresa participante pode oferecer a possibilidade de trabalho remoto para mulheres que estão em tratamento e precisam de mais flexibilidade; O governo pode criar programas de apoio para a trabalhadora com câncer de mama que esteja à procura de colocação no mercado formal de trabalho; O governo pode compartilhar com a empresa participante informações oficiais sobre o câncer de mama; e Organizações não governamentais podem oferecer cursos de qualificação profissional para a trabalhadora com câncer de mama que almeje se reinserir no mercado de trabalho. Brasília - DF | Câmara dos Deputados Anexo IV • Gabinete 436 CEP: 70.160-900 | Fones: (61) 3215-5436/3215-3436 | dep.mariarosas@camara. Ieg.br São Paulo –SP | A. Das Nações Unidas, 18.801, sala 314 – Santo Amaro | CEP: 04.754-010 | Fones: (11) 2478-2063/2082 *CD236649023200* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Maria RosasPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD236649023200 PL n.5608/2023Apresentação: 21/11/2023 17:13:51.150 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete da Deputada Maria Rosas - REPUBLICANOS/SP A Doutora Luciana Castro Garcia Landeiro traz importantes contribuições em sua tese de doutorado apresentada na USP, com relação aos impactos do câncer de mama para a trabalhadora acometida por essa doença no mercado de trabalho, o que evidencia a necessidade de o Estado, em parceria com a iniciativa privada, incentivar a permanência da trabalhadora acometida por essa doença cruel: O Programa proposto promoverá a conscientização das empresas sobre a importância da inclusão e da reinserção de mulheres com câncer de mama no Brasília - DF | Câmara dos Deputados Anexo IV • Gabinete 436 CEP: 70.160-900 | Fones: (61) 3215-5436/3215-3436 | dep.mariarosas@camara. Ieg.br São Paulo –SP | A. Das Nações Unidas, 18.801, sala 314 – Santo Amaro | CEP: 04.754-010 | Fones: (11) 2478-2063/2082 *CD236649023200* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Maria RosasPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD236649023200 PL n.5608/2023Apresentação: 21/11/2023 17:13:51.150 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete da Deputada Maria Rosas - REPUBLICANOS/SP mercado de trabalho. As empresas participantes receberão orientações e informações sobre a doença, seus impactos na vida das mulheres e as melhores práticas para promover a inclusão dessas mulheres no ambiente de trabalho. O Programa igualmente apoiará as empresas na implementação de práticas e políticas que promovam a igualdade de oportunidades e de tratamento às mulheres com câncer de mama no ambiente de trabalho. A empresa participante terá acesso a ferramentas e recursos para desenvolver políticas e práticas que facilitem o retorno ao trabalho das mulheres com câncer de mama, como flexibilidade de jornada de trabalho, condições de saúde e segurança no trabalho adaptadas às necessidades dessas mulheres, e oportunidades de qualificação e desenvolvimento profissional. O Selo Rosa, por sua vez, reconhecerá as empresas que cumprem os requisitos do Programa Empresa Rosa e que se comprometem com a inclusão e a reinserção de mulheres com câncer de mama no mercado de trabalho. O Selo Rosa é uma forma de valorizar as empresas que estão comprometidas com a promoção da igualdade de oportunidades, de inserção e reinserção no mercado de trabalho e de propiciar melhores condições de eficácia para o tratamento para mulheres com câncer de mama. Para a empresa, o Selo Rosa certamente pode melhorar a imagem corporativa da empresa. As empresas que se comprometem com a inclusão e a reinserção de mulheres com câncer de mama no mercado de trabalho serão vistas como empresas responsáveis e socialmente comprometidas, contribuindo para a atração e a retenção de talentos. Acreditamos que o Programa Empresa Rosa contribuirá para a construção de um mercado de trabalho mais inclusivo e justo para mulheres com câncer de mama e contribuirá para a redução da discriminação e do preconceito contra mulheres com câncer de mama no mercado de trabalho, bem como para a promoção da igualdade de oportunidades e de tratamento para essas mulheres. Portanto, o Programa Empresa Rosa é uma iniciativa que tem o potencial de gerar benefícios econômicos e sociais significativos para o Brasil. O Programa pode contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva, Brasília - DF | Câmara dos Deputados Anexo IV • Gabinete 436 CEP: 70.160-900 | Fones: (61) 3215-5436/3215-3436 | dep.mariarosas@camara. Ieg.br São Paulo –SP | A. Das Nações Unidas, 18.801, sala 314 – Santo Amaro | CEP: 04.754-010 | Fones: (11) 2478-2063/2082 *CD236649023200* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Maria RosasPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD236649023200 PL n.5608/2023Apresentação: 21/11/2023 17:13:51.150 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete da Deputada Maria Rosas - REPUBLICANOS/SP em que todas as mulheres tenham oportunidades iguais de se desenvolver profissionalmente, independentemente de sua condição de saúde. Por todas essas razões expostas, esperamos contar com a sensibilidade dos nobres Deputados e Deputadas para a aprovação da presente proposição. Sala das Sessões, em de de 2023. Deputada MARIA ROSAS Brasília - DF | Câmara dos Deputados Anexo IV • Gabinete 436 CEP: 70.160-900 | Fones: (61) 3215-5436/3215-3436 | dep.mariarosas@camara. Ieg.br São Paulo –SP | A. Das Nações Unidas, 18.801, sala 314 – Santo Amaro | CEP: 04.754-010 | Fones: (11) 2478-2063/2082 *CD236649023200* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Maria RosasPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD236649023200 PL n.5608/2023Apresentação: 21/11/2023 17:13:51.150 - Mesa
PL 3251/2019
Altera a lei nº 12.587, De 3 de janeiro de 2012, que institui as diretrizes da política nacional de mobilidade urbana, para dispor sobre desembarque de mulheres, idosos, crianças e pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida de veículos do sistema de transporte público coletivo rodoviário.
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PROJETO DE LEI Nº , DE 2019 (Da Sra. TEREZA NELMA ) Altera a Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012, que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, para dispor sobre de sembarque de mulheres, idosos, crianças e pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida de veículos do sistema de transporte público coletivo rodoviário. O Congresso Nacional decreta : Art. 1º Esta Lei altera a Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012, que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, para dispor sobre de sembarque de mulheres, idosos, crianças e pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida de veículos do sistema de transporte público coletivo rodoviário. Art. 2º A Lei nº 12.587, de 2012, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 13 -A: “Art. 13 -A. Os órgãos gestores de transporte público coletivo urbano, ou de caráter urbano, sempre que possível, devem institu ir trechos onde sejam permitidos desembarques de mulheres, idosos, crianças e pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, fora dos pontos pré -estabelecidos de embarque e desembarque, sem alteração d o itinerário da linha e em horários determinados, atendida a legislação de trânsito e em cumprimento a os princípios desta Lei .” (NR) Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICAÇÃO Todos sabemos dos enormes problemas de segurança pública que existem em nosso país, especialmente nos grande s centros urbanos. PL n.3251/2019 Apresentação: 03/06/2019 10:30 2 Diversas são as notícias de roubos, agressões e até estupro a mulheres em todas as regiões do país. No período noturno, com menor iluminação das vias e circulação de pessoas, o risco de ataques aumenta e a angústia é grande para as pessoas que menos podem se defender, como mulheres, idosos, crianças e pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Para trazer mais segurança para esses grupos de pessoas quando utilizarem os veículos de transporte público coletivo , entendemos que quanto mais perto do destino final for o local de desembarque, menor será o risco durante esse deslocamento. Por esse motivo, pretendemos alterar a Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012, que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, para que os órgãos gestore s dos sistemas de transporte público , em conjunto com os órgãos de trânsito responsáveis pelas vias, determinem trechos onde possa haver a flexibilização dos pontos de desembarque , de forma segura, com a finalidade de garantir uma distância menor para o tr ajeto a pé até o destino final. Os horários também s erão determinados por cada município, tendo em vista as condições de segurança e de tráfego, e suas necessidades e peculiaridades locais. Devemos ressaltar que alguns municípios brasileiros já têm tomado providências nesse sentido. Destacamos a Lei nº 6.695, de 27 de setembro de 2017, de Maceió, a qual tive a honra de propor, e que trouxe maior segurança para as mulheres que transitam em áreas de risco da capital de meu estado. Estamos certos de que a medida aqui proposta trará benefícios para nossa população, trazendo um pouco mais de segurança para a vida dos grupos mais vulneráveis que sofrem diariamente com o medo d a violência . Dessa forma, contamos com a colaboração dos ilustres Pares para o aperfe içoamento e aprovação desta proposta. Sala das Sessões , em de de 2019 . Deputada TEREZA NELMA 2019 -7511 PL n.3251/2019 Apresentação: 03/06/2019 10:30
PL 2072/2022
Altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, Estatuto da Criança e do Adolescente, para disciplinar a permanência de acompanhantes de crianças e adolescentes internadas em estabelecimentos de saúde.
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PROJETO DE LEI Nº , DE 2022 (Do Sr. GIOVANI FELTES ) Altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, Estatuto da Criança e do Adolescente, para disciplinar a permanência de acompanhantes de criança s e adolescente s internadas em estabelecimentos de saúde . O Congresso Nacional decreta : Art. 1º Esta lei altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, Estatuto da Criança e do Adolescente, para disciplinar a perman ência de acompanhantes de criança s e adolescente s internadas em estabelecimentos de saúde . Art. 2° O art. 12 da Lei nº 8.069, de 1990 , passa a vigorar com a seguinte redação : “Art. 12 Os estabelecimentos de atendimento à saúde deverão proporcionar condições para a perm anência em tempo integral de um dos pais ou responsáveis , ou pessoa por estes autorizada, nos casos de internação de criança ou adolescente, incluindo em unidades de terapia intensiva , de cuidados intermediários, e unidades neonatais § 1º O estabelecimento de saúde deverá providenciar as condições adequadas de permanência do acompanhante, disponibilizando no mínimo uma poltrona. § 2º Os acompanhantes serão orientados sobre regras e os protocolos de biossegurança a serem seguidos. § 3º Poderá ser exigida a saída do acompanhante: I - temporariamente, para limpeza do ambiente , higienização do paciente e para realização de procedimentos clínicos ou cirúrgicos de maior complexidade; II - em caso de riscos à saúde do paciente ou do acompanha nte, enquanto perdurar a situação; *CD227646044300* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Giovani Feltes Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD227646044300 PL n.2072/2022 Apresentação: 15/07/2022 13:20 - Mesa 2 III – por descumprir de regras de biossegurança, perturbar pacientes ou seus acompanhantes, causar desordem ou qualquer outro comportamento incompatível com a tranquilidade do ambiente . (NR)” Art.3º Esta lei entra em vigo r na data de sua publicação. JUSTIFICAÇÃO Esta proposição foi inspirada no projeto " COLO DE LAURINHA " do pelotense Jeferson Bilhalva. Depois de perder a afilhada de apenas cinco meses, ele entendeu que era preciso fazer algo para amenizar a dor das crianças internadas e dos familiares, e passou a percorrer as unidades hospitalares para sensibilizá - las para que permitissem a permanência por 24 horas de acompanhante nas Unidades de Terapia Intensiva - UTI. Assim, a proposição apresentada tem como objet ivo principal garantir e ampliar um direito essencial, já constante no Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, permitindo a permanência por 24 horas de um dos pais, responsável ou pessoa devidamente autorizada por estes, como acompanhante de pacientes nos casos de internação em Unidades de Terapia Intensiva - UTIs pediátricas e neonatais. Estudiosos deste tema destacam a relevância da participação de um acompanhante no decurso da hospitalização, especialmente quando se refere a crianças internadas em U TIs Pediátricas e Neonatais, já que a internação nesta faixa etária pode desencadear sentimentos negativos, de medo e insegurança, e a presença de seus cuidadores pode ser um atenuante através da oferta de sentimentos positivos, restabelecendo sua confianç a nos profissionais e na cura. A presença da família ou de alguém por ela autorizado, permite a criação de um laço de comprometimento de todos os envolvidos, paciente, equipe médica e acompanhante, podendo cotidianamente observar sua evolução clínica. *CD227646044300* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Giovani Feltes Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD227646044300 PL n.2072/2022 Apresentação: 15/07/2022 13:20 - Mesa 3 Há estudos que avaliaram a compreensão da equipe multidisciplinar quanto à presença da família na UTI, onde foi visto que os profissionais consideram a presença da família e, em especial da mãe, como uma forma de promover e manter a inter -relação criança -família-equipe, tendo como resultados a neutralização dos efeitos negativos oriundos da separação e, assim, alcançando a melhora da adaptação da criança ao hospital e facilitação da aceitação do tratamento. Contudo, é necessário que o cuidador seja instruído p ara colaborar com a assistência, sendo orientado sobre os procedimentos de rotina que serão executados na criança, sua conduta no setor e a utilização dos materiais de proteção individual, tornando -o, assim, elemento de segurança durante a estadia da crian ça na unidade. Nessa perspectiva, o envolvimento do acompanhante durante o processo de cuidar, voltado para a criança hospitalizada, e a garantia da sua presença no transcorrer de todo período de internação são vistos como progresso em termos de humanizaçã o, qualidade da assistência e minimização dos efeitos negativos ocasionados pela hospitalização. Nesse contexto, apresentamos este Projeto de Lei, com o viés de diminuir conflitos e positivar minimamente procedimentos de acompanhamento nas UTIs, ao que sol icitamos o apoio dos Nobres Pares para a aprovação dessa importante medida que garantirá o direito ao acolhimento por parte da família, a diminuição da dor e a garantia de todo o suporte aos internados nas UTIs pediátricas e neonatais . Sala das Sessões , em de de 2022 . Deputado GIOVANI FELTES 2022 -6180 *CD227646044300* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Giovani Feltes Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD227646044300 PL n.2072/2022 Apresentação: 15/07/2022 13:20 - Mesa
PL 2859/2021
Altera a Lei nº 9.474, de 22 de julho de 1997, para permitir o acolhimento na condição de refugiado a pessoa perseguida em virtude de sexo, orientação sexual ou identidade de gênero e de cônjuge de refugiado do mesmo sexo que comprove casamento ou união estável e para impedir o benefício do refúgio a indivíduo que tenha cometido crime de tráfico de pessoas ou contra a dignidade sexual, e dá outras providências.
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PROJETO DE LEI Nº , DE 2021 Altera a Lei nº 9.474, de 22 de julho de 1997, para permitir o acolhimento na condição de refugiado a pessoa perseguida em virtude de sexo, orientação sexual ou identidade de gênero e para impedir o benefício do refúgio a indivíduo que tenha cometido crime de tráfico de pessoas, e dá outras providências. A CONGRESSO NACIONAL DECRETA: Art. 1º. Esta Lei altera a Lei nº 9.474, de 22 de julho de 1997, para permitir o acolhimento na condição de refugiado a pessoa perseguida em virtude de sexo, orientação sexual ou identidade de gênero e para impedir o benefício do refúgio a indivíduo que tenha cometido crime de tráfico de pessoas. Art. 2º. A Lei nº 9.474, de 22 de julho de 1997, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 1º ............................................................................................................ I - devido a fundados temores de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social, opiniões políticas, sexo, orientação sexual ou identidade de gênero encontre-se fora de seu país de nacionalidade e não possa ou não queira acolher-se à proteção de tal país; ........................................................................................................................ Art. 3º ............................................................................................................ ....................................................................................................................... III - tenham cometido crime contra a paz, crime de guerra, crime contra a humanidade, crime hediondo, participado de atos terroristas, tráfico de drogas ou tráfico de pessoas. *CD217062191700* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Mário Heringer Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD217062191700 PL n.2859/2021Apresentação: 17/08/2021 15:07 - Mesa........................................................................................................................ Art. 7º .............................................................................................................. § 1º Em hipótese alguma será efetuada sua deportação para fronteira de território em que sua vida ou liberdade esteja ameaçada, em virtude de raça, religião, nacionalidade, grupo social, opinião política, sexo, orientação sexual ou identidade de gênero . ...............................................................................................................” (NR) JUSTIFICAÇÃO O mundo assiste estarrecido ao surpreendente avanço do grupo extremista Talibã sobre as cidades afegãs decorrente da retirada das tropas estadunidenses do país, após vinte anos de ocupação militar. O temor da comunidade internacional, fundado em experiência anterior de dominação do Talibã tanto no Afeganistão como no Paquistão, é o de que os direitos humanos venham a ser sistematicamente violados, em nome de uma determinada interpretação da Sharia, lei islâmica. Quaisquer comportamentos indicativos da cultura ocidental, inclusive as ideias de igualdade de gênero e liberdade sexual, são perseguidos pelo grupo extremista e punidos com prisões, espancamentos, apedrejamentos, mutilações e mortes. Mulheres, inclusive crianças, são as vítimas mais frágeis dos fundamentalistas. Proibidas de estudar ou mesmo sair à rua sem a companhia de um homem e obrigadas a cobrirem o corpo todo com a burqa, mulheres, ainda muito jovens, são sistematicamente sequestradas de suas casas e obrigadas a servir como esposas ou escravas sexuais dos membros do movimento, sendo violentadas e retiradas à força da vida pública. O avanço do Talibã assusta a todos e faz o mundo acender um alerta sobre a necessidade de acolhimento humanitário das vítimas desse e de outros grupos extremistas que oprimem as mulheres. São exemplos do extremismo terrorista sexista, o Boco Haram, grupo fundamentalista islâmico atuante na Nigéria e autor confesso de inúmeros atentados, inclusive o *CD217062191700* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Mário Heringer Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD217062191700 PL n.2859/2021Apresentação: 17/08/2021 15:07 - Mesasequestro de meninas e mulheres jovens para fins sexuais, e o grupo fundamentalista Estado Islâmico, cujo domínio de terror se dá por meio de bandos dispersos no Oriente Médio e na África. O quadro descrito acima torna imperativo que países democráticos e livres, como o Brasil, revejam suas legislações migratórias a fim de contemplar não apenas os casos clássicos de concessão de refúgio a perseguidos políticos, étnicos ou religiosos, mas, igualmente, a pessoas que sofrem perseguição e têm suas vidas, liberdade e integridade física ameaçadas em virtude de seu sexo ou suas condições de sexualidade ou gênero. Atualmente, essa questão é tratada na legislação brasileira sob o signo de “grupo social”, termo datado de 1951, da Convenção das Nações Unidas relativa ao Estatuto dos Refugiados (Convenção de Genebra, de 1951). O caráter demasiado genérico e impreciso do termo “grupo social” pode resultar em controvérsias e interpretações prejudiciais às mulheres na aplicação da Lei, que representam cerca de metade da população mundial. As mulheres, extremamente vulneráveis em diversos países, apenas por serem mulheres, independentemente de suas preferências políticas ou religiosas ou mesmo de seu pertencimento étnico, são suscetíveis a abandonar suas pátrias de origem e buscar uma vida mais segura em outro país, muitas vezes levando consigo filhos e filhas. É preciso que as nações que se orientam pelos preceitos da democracia, das liberdades individuais e da dignidade da pessoa humana não lhes fechem as portas, porque, em muitas situações, refugiar-se é o único caminho restante para que elas permaneçam vivas. Apresentamos o presente projeto de lei tendo em vista o disposto no art. 1º, inciso III, da Constituição Federal, que aponta a dignidade da pessoa humana como fundamento da República Federativa do Brasil, e no art. 4º, incisos II e VIII, que indicam como princípios que regem o Brasil em suas relações internacionais, a prevalência dos direitos humanos e o repúdio ao terrorismo e ao racismo. O avanço da opressão de Estado sobre as mulheres, motivado pelo uso fundamentalista de preceitos religiosos milenares, exige que a legislação brasileira que disciplina a concessão de refúgio seja revista, atualizada e ampliada, como ora proposto. Por coerência com a defesa que fazemos do direito à dignidade de todas as mulheres do mundo e com vistas à proteção das mulheres brasileiras, *CD217062191700* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Mário Heringer Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD217062191700 PL n.2859/2021Apresentação: 17/08/2021 15:07 - Mesaem particular, propomos, ainda, que o cometimento do crime de tráfico de pessoas – diretamente ligado à exploração sexual de mulheres, inclusive crianças e adolescentes – seja considerado impeditivo para a concessão de refúgio no Brasil. Pelo exposto, e tendo em vista a urgência da situação internacional descrita, pedimos o apoio dos pares para a célere aprovação da presente iniciativa. Sala das Sessões, 01 de setembro de 2021. Deputado MÁRIO HERINGER PDT/MG *CD217062191700* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Mário Heringer Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD217062191700 PL n.2859/2021Apresentação: 17/08/2021 15:07 - Mesa
PL 3450/2023
Dispõe sobre a criação do PROGRAMA PARADA SEGURA, assegurando aos usuários prioritários (PCDs, idosos, gestantes, lactantes, pessoas com criança de colo, obesos e portadores de TEA) do transporte de plataformas de aplicativos de transporte, maior comodidade e segurança em sua viagem, dando outras providências.
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PROJETO DE LEI Nº ___, de 2023. (Do Sr. Marcos Tavares) Dispõe sobre a criação do PROGRAMA PARADA SEGURA, assegurando aos usuários prioritários (PCDs, idosos, gestantes, lactantes, pessoas com criança de colo, obesos e portadores de TEA) do transporte de plataformas de aplicativos de transporte, maior comodidade e segurança em sua viagem, dando outras providências. O Congresso Nacional decreta: Art.1º - Fica estabelecido o Programa Parada Segura, para que os motoristas de aplicativos de plataformas digitais, sejam franqueados a embarcar ou desembarcar passageiros que se encontram enquadrados na categoria de prioritários, nos termos da Lei 10.048, de 8 de novembro de 2000, em qualquer local, resguardadas as regras de segurança. § 1º - Consideram-se plataforma de aplicativo de transporte, todas as aquelas que conectam usuários a motoristas parceiros, tendo opção de mobilidade de forma prática e on line. § 2º - Consideram-se usuários preferenciais, todos aqueles que necessitam de serviços individualizados assegurando tratamento diferenciado e atendimento imediato: I-Gestantes; II-PCDs ou pessoas com mobilidade reduzida; III-Maiores de 60 anos; IV-Lactantes; V-Pessoas com crianças no colo; _________________________________________________________________________________________________________________________Praça dos Três Poderes - Anexo IV – Gabinete 611 - Câmara dos Deputados - CEP: 70.160-900 – Brasília/DF Contato: (61) 3215-5611 e-mail: dep.marcostavares@camara.leg.br CÂMARA DOS DEPUTADOS DEPUTADO FEDERAL MARCOS TAVARES *CD233752058100* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Marcos Tavares Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD233752058100 PL n.3450/2023Apresentação: 06/07/2023 16:19:07.740 - MESAVI-Portadores de TEA. Art. 2° - O embarque ou desembarque será realizado sempre que solicitado pelos usuários que preencham os requisitos desta lei ou que estejam no veículo, devendo haver condições de segurança na parada d o veículo de transporte na via. §1º- Caso o solicitante não seja o beneficiário da excepcionalidade, poderá o motorista solicitar ao passageiro, um documento de comprovação ou mesmo, o motivo que o faz estar requerer a parada segura, tendo em vista que apenas o grupo considerado prioritário fará jus ao direito. §2º- O motorista somente poderá deixar de cumprir o disposto desta lei, no caso de verificar riscos a integridade do passageiro em razão da falta de segurança na parada segura. Art 4º - Fica permitido aos motoristas de aplicativos, devidamente cadastrados, a esperarem em uma área determinada pelos Shoppings, Hospitais, Eventos Esportivos, para embarcar passageiros, garantindo o liberalismo econômico, onde qualquer individuo terá direito concorrer com outras categorias de transporte de aluguel de passageiros, da mesma área. Art. 5° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Sala das Sessões, em 06 de julho de 2023. MARCOS TAVARES Deputado Federal PDT-RJ _________________________________________________________________________________________________________________________Praça dos Três Poderes - Anexo IV – Gabinete 611 - Câmara dos Deputados - CEP: 70.160-900 – Brasília/DF Contato: (61) 3215-5611 e-mail: dep.marcostavares@camara.leg.br CÂMARA DOS DEPUTADOS DEPUTADO FEDERAL MARCOS TAVARES *CD233752058100* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Marcos Tavares Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD233752058100 PL n.3450/2023Apresentação: 06/07/2023 16:19:07.740 - MESAJUSTIFICATIVA O objetivo deste Projeto de Lei é disponibilizar aos usuários desses serviços a viabilização de um ambiente de embarque e desembarque das viagens mais propício para a integridade física de mulheres gestantes a lactantes, idosos, pessoas com deficiência físicas e portadores de TEA, que compreendem o grupo priotário de atendimentos e são as vítimas mais vulneráveis de ilícitos. O aumento da violência urbana que se manifesta através de assaltos, assédios, estupros, preconceitos atingem diretamente este grupo de pessoas que se pretende proteger. Com o Programa Parada Segura, será conferida mais segurança e comodidade o grupo prioritário no seu embarque e desembarque, e para o motorista do aplicativo de transporte, que não será surpreendido com autuações injustas em razão da parada do veículo nos termos desta lei. Nos bairros mais remotos estas pessoas são obrigadas a percorrer longas distâncias do ponto de parada até sua residência. Por vezes os pontos se encontram a quase quinhentos metros um do outro, dificultando o deslocamento devido sua condição. Caberá com esta regulamentação, bem como iniciativas de orientação aos motoristas do transporte de plataformas digitais para o embarque e o desembarque de passageiros fora das paradas pré-estabelecidas em todos os horários, sendo autorizados, em caráter precário, pela autoridade do setor. Isto posto, proponho o presente projeto de lei, visando a segurança e melhoria na prestação do serviço à população bem como dar maior garantia aos motoristas de aplicativos de plataformas digitais, de modo que submeto aos meus pares para discussão e aprovação. Sala das Sessões, em 06 de julho de 2023. MARCOS TAVARES Deputado Federal PDT-RJ _________________________________________________________________________________________________________________________Praça dos Três Poderes - Anexo IV – Gabinete 611 - Câmara dos Deputados - CEP: 70.160-900 – Brasília/DF Contato: (61) 3215-5611 e-mail: dep.marcostavares@camara.leg.br CÂMARA DOS DEPUTADOS DEPUTADO FEDERAL MARCOS TAVARES *CD233752058100* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Marcos Tavares Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD233752058100 PL n.3450/2023Apresentação: 06/07/2023 16:19:07.740 - MESA
PL 381/2023
Altera a Lei nº 14.118, de 12 de janeiro de 2021, que Institui o Programa Casa Verde e Amarela; altera a Lei nº 11.977, de 7 de julho de 2009, que Dispõe sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida – PMCMV, para dispor sobre a destinação de unidades habitacionais às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.
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CÂMARA DOS DEPUTADOS Deputado Federal FERNANDO MARANGONI PROJETO DE LEI Nº , DE 2023 (Do Sr. FERNANDO MARANGONI) Altera a Lei nº 14.118, de 12 de janeiro de 2021 , que Institui o Programa Casa Verde e Amarela ; altera a Lei nº 11.977, de 7 de julho de 2009, que Dispõe sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida – PMCMV , para dispor sobre a destinação de unidades habitacionais às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar . O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta lei altera a Lei nº 14.118, de 12 de janeiro de 2021, que Institui o Programa Casa Verde e Amarela ; altera a Lei nº 11.977, de 7 de julho de 2009, que Dispõe sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida – PMCMV , para dispor sobre a destinação de unida des habitacionais às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar . Art. 2º O art. 14 da Lei nº Art. 14. 118, de 12 de janeiro de 2021, que Institui o Programa Casa Verde e Amarela , passa a vigorar nos seguintes termos: Art. 14 º Nas hipóteses de dissolução de união estável, separação, divórcio ou de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos da Lei nº 11.340 de 07 de agosto de 2006, o título de propriedade do imóvel adquirido, construído ou regularizado pelo Programa Casa Verde e A marela na constância do casamento ou da união estável será registrado em nome da mulher ou a ela transferido, independentemente do regime de bens aplicável, excetuadas as operações de financiamento habitacional firmadas com recursos do FGTS . (NR) Art. 3º O art. 35-A da Lei nº 11.977, de 7 de julho de 2009 , que Dispõe sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida – PMCMV , passa a vigorar nos seguintes termos: *CD232391056100* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Marangoni e outros Para verificar as assinaturas, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD232391056100 PL n.381/2023Apresentação: 08/02/2023 17:30:14.073 - MESA CÂMARA DOS DEPUTADOS Deputado Federal FERNANDO MARANGONI Art. 35 -A Nas hipóteses de dissolução de união estável, separação, divórcio ou de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos da Lei nº 11.340 de 07 de agosto de 2006, o título de propriedade do imóvel adquirido no âmbito do PMCMV, na constância do casamento ou da união estável, com subvenções oriundas de recursos do orçamento geral da União, do FAR e do FDS, será registrado em nome da mulher ou a ela transferido, independentemente do regime de bens aplicável, excetuados os casos que envolvam recursos do FGTS. (NR) Art. 4 º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICATIVA Trata-se de proposta que amplia e fortalece as políticas públicas destinadas à proteção da mulher, vítima de violência doméstica. O presente projeto altera duas legislações que tratam de programas habitacionais sociais e incluem a ocorrência de violência do méstica contra a mulher como hipótese para registro do título de propriedade do imóvel em nome da mulher. O aperfeiçoamento da legislação, integrado com ações do Executivo, ratifica a execução de políticas públicas, garantindo a implementação e aplicabilidade da Lei Maria da Penha, por meio de sua propagação e do fortalecimento dos instrumentos de proteção dos direitos das mulheres em situação de violência. O intuito da lei é adotar medida s de proteção para a mulher que, corre ndo risco de mort e ou não , consolida o afastamento do agressor do domicilio , proíbe sua aproximação física junto à mulher agredida e aos filhos , além de garantir a propriedade à vítima. As mulheres sofrem a agressão , na maioria das vezes, pelos seus companheiros e ex -compa nheiros no seio de seus próprios lares, devendo *CD232391056100* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Marangoni e outros Para verificar as assinaturas, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD232391056100 PL n.381/2023Apresentação: 08/02/2023 17:30:14.073 - MESA CÂMARA DOS DEPUTADOS Deputado Federal FERNANDO MARANGONI a lei garantir à mulher o título da propriedade de sua residência a fim de que não permaneçam em vulnerabilidade, afastando uma das formas de violação dos direitos humanos : o direito à habitação . O Estado é ator fundamental na preservação dos direitos da mulher. Dessa forma, prover o adequado suporte para que as mulheres vítimas possam ter a chance de recuperar sua dignidade, s egurança e qualidade de vida é papel dos governantes e legisladores, sen do necessário proporcionar meios, nos diversos setores e serviços disponíveis, para que essas mulheres possam ter condições de recomeçar suas vidas longe da rota crítica marcada por traumas, doenças físicas e emocionais, ameaças e medo constante. Diante di sso, solicito apoio dos nobres pares para aprovação da presente proposição . Sala das Sessões, em de de 2023. Deputado FERNANDO MARANGONI UNIÃO/SP *CD232391056100* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Marangoni e outros Para verificar as assinaturas, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD232391056100 PL n.381/2023Apresentação: 08/02/2023 17:30:14.073 - MESAProjeto de Lei (Do Sr. Marangoni) Altera a Lei nº 14.118, de 12 de janeiro de 2021, que Institui o Programa Casa Verde e Amarela; altera a Lei nº 11.977, de 7 de julho de 2009, que Dispõe sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida – PMCMV, para dispor sobre a destinação de unidades habitacionais às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. Assinaram eletronicamente o documento CD232391056100, nesta ordem: 1 Dep. Marangoni (UNIÃO/SP) 2 Dep. Silvye Alves (UNIÃO/GO) CÂMARA DOS DEPUTADOS Infoleg - Autenticador PL n.381/2023Apresentação: 08/02/2023 17:30:14.073 - MESA
PL 4840/2020
“Cria o programa Meninas Grávidas para a proteção e conscientização de crianças e adolescentes sobre a gravidez precoce e dá outras providências."
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CÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete do Deputado Alexandre Frota – PSDB/SP PROJETO DE LEI Nº , DE 2020 (Do Sr. ALEXANDRE FROTA) “Cria o programa Meninas Grávidas para a proteção e conscientização de crianças e adolescentes sobre a gravidez precoce e dá outras providências." O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica criado o Programa Meninas Grávidas, que será de responsabilidade da União, dos Estados e dos Municípios onde cada ente federativo, junto com a iniciativa privada instituirá o presente programa da seguinte forma: I – Ficam os entes federativos, na modalidade de convênio estabelecer as responsabilidades financeiras com o respectivo programa. II – O programa deverá ter um local apropriado para o recebimento das crianças e adolescentes grávidas. III- Os três entes federativos ficam igualmente responsáveis pelo financiamento do programa e suas mais diversas etapas, caso não consigam financiamento privado. Câmara dos Deputados - Anexo IV – 2º andar – Gabinete 216| 70160-900 Brasília -DFTel (61) 3215-5216 – Fax (61) 3215-2216 - dep.alexandrefrota@camara.leg.br *CD206271131700*Documento eletrônico assinado por Alexandre Frota (PSDB/SP), através do ponto SDR_56340, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.4840/2020Apresentação: 06/10/2020 16:57 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete do Deputado Alexandre Frota – PSDB/SP Art. 2º São objetivos do programa, cuidar, conscientizar, prevenir a gravidez precoce, acolher, cuidar da saúde da criança e do bebê e fornecer alimentação adequadam a menina participante do programa. Art. 3° O objetivo primordial do presente programa e tirar a menina ou a adolescente grávida da situação de rua com o intuito de proteção da grávida e da criança que está por vir. Art. 3º Caberá aos entes federativos, também, buscar recursos para a efetivação deste programa. Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICATIVA Este Projeto de Lei cria o Programa Meninas Grávidas, destinado ao atendimento de crianças e adolescentes grávidas. De acordo com a proposta, o programa será instituído em cidades onde for constatado alto índice de gestação nessa faixa etária. Entre os objetivos do programa proposto - a prevenção da gravidez precoce; - a educação e a orientação sexual de adolescentes; - o planejamento familiar; e - o apoio médico e psicológico às gestantes adolescentes e aos seus bebês. A implementação e aplicação das ações serão feitas pelo Poder Executivo, que deverá destinar dotação orçamentária específica para o programa. Seriam entregues pela União casas e sobrados que não estão sendo utilizados ou habitados ,e os Governos Estaduais fariam as reformas necessárias, e as Prefeituras entram com a infraestrutura para transformarem estes locais em residências Câmara dos Deputados - Anexo IV – 2º andar – Gabinete 216| 70160-900 Brasília -DFTel (61) 3215-5216 – Fax (61) 3215-2216 - dep.alexandrefrota@camara.leg.br *CD206271131700*Documento eletrônico assinado por Alexandre Frota (PSDB/SP), através do ponto SDR_56340, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.4840/2020Apresentação: 06/10/2020 16:57 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete do Deputado Alexandre Frota – PSDB/SP das Meninas Grávidas, chamadas de Unidades x , y , z ( apoio da iniciativa privada ), conseguiríamos reunir histórias de vidas distintas, mas que se conectam pelo histórico de pobreza e abandono. E na recuperação e reintegração social de MENINAS crianças e adolescentes moradoras de rua envolvidas com drogas, violências e grávidas , fundamental para as necessidades da maternidade na adolescência motivos urgentes e muito particulares. Na Meninas Gravidas elas aprendem a se alimentar durante a gravidez, pelo bem do bebê e delas mesmas, a aceitar o novo corpo e a entender que uma criança exige amor e responsabilidade. Ganham assistência médica e psicológica, enxoval completo com direito a brinquedos e todo carinho e informação, com psicólogos, assistentes sociais e educadores. As meninas grávidas precisavam de um atendimento especial” .Ao darmos atenção, carinho e uma lar ainda que temporário todo o processo de gravidez estaria garantido . E que envolve desde o entendimento dos sintomas físicos da gestação, como os enjoos e a falta de sono, até a construção de vínculo com aquele bebê que está para chegar e o apoio para que a adolescente consiga sustentar a nova família.Como a casa é um local de chegadas e partidas, toda vez que entra uma nova menina é escolhido um tutor para acompanhar o “tratamento” uma amiga da Casa qualificada, responsável por apresentar as regras e estimular a socialização. Na hora de sair, vamos ajudar a encontrar uma moradia e garante os móveis e eletrodomésticos para que essas jovens consigam um espaço para viver com seus filhos. As Meninas Grávidas chegariam por meio da Vara da Infância ou do Conselho Tutelar. Assim que recebe o nome do novo morador, uma equipe examina os relatórios, outra tenta contato com a família. O desafio é organizar um projeto de vida para o menor que, geralmente, passa pela reinserção social e harmonização das relações familiares rompidas, pois, de alguma forma, foram elas que ocasionaram o abandono nas ruas. Para entendermos o contexto e as particularidades das meninas, é fundamental muita atenção. O Projeto Meninas Grávidas visa minimizar os efeitos que Câmara dos Deputados - Anexo IV – 2º andar – Gabinete 216| 70160-900 Brasília -DFTel (61) 3215-5216 – Fax (61) 3215-2216 - dep.alexandrefrota@camara.leg.br *CD206271131700*Documento eletrônico assinado por Alexandre Frota (PSDB/SP), através do ponto SDR_56340, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.4840/2020Apresentação: 06/10/2020 16:57 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete do Deputado Alexandre Frota – PSDB/SP uma gestação na adolescência pode provocar, tanto no desenvolvimento emocional, físico e também social de meninas em situação de carência social. Na literatura científica consta que elas costumam engravidar de novo dentro de dois anos após a primeira gestação e que elas têm maior chance de apresentar complicações na gravidez. No Brasil, 24% dos nascidos vivos são filhos de garotas entre 10 - 19 anos.. Durante uma gravidez precoce, costuma ocorrer o abandono do lar dos pais, o abandono pelo pai da criança, a opressão e discriminação social, a interrupção dos estudos e suas consequências futuras, tais como a dificuldade em conseguir um emprego e a dependência financeira dos pais por mais tempo, ou até mesmo são de extrema baixa renda nenhuma escolaridade e sem rumo sem família. Por todo o exposto, espera o autor a tramitação regimental e apoio dos nobres colegas na aprovação do Projeto de Lei, que atende aos pressupostos de constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Sala das sessões, em de outubro de 2020 Alexandre Frota Deputado Federal PSDB/SP Câmara dos Deputados - Anexo IV – 2º andar – Gabinete 216| 70160-900 Brasília -DFTel (61) 3215-5216 – Fax (61) 3215-2216 - dep.alexandrefrota@camara.leg.br *CD206271131700*Documento eletrônico assinado por Alexandre Frota (PSDB/SP), através do ponto SDR_56340, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.4840/2020Apresentação: 06/10/2020 16:57 - Mesa
PL 5552/2020
Institui o Programa de Cooperação e Código Sinal Vermelho, como forma de pedido de socorro e ajuda para mulheres em situação de violência doméstica ou familiar, medida de combate e prevenção à violência doméstica, conforme a Lei federal nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 – LEI MARIA DA PENHA.
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PROJETO DE LEI Nº , DE 2020 (Da Sra. Deputada Rejane Dias) Institui o Programa de Cooperação e Código Sinal Vermelho, como forma de pedido de socorro e ajuda para mulheres em situação de violência doméstica ou familiar, medida de combate e prevenção à violência doméstica, conforme a Lei federal nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 – LEI MARIA DA PENHA. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica instituído o Programa de Cooperação e Código Sinal Vermelho, como forma de pedido de socorro e ajuda para mulheres em situação de violência doméstica ou familiar, medida de combate e prevenção à violência doméstica, conforme a Lei federal nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 – “Lei Maria da Penha”, nos termos do art. 5º, I, da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher, da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros tratados internacionais ratificados pela República Federativa do Brasil. Parágrafo único. O código “sinal vermelho” constitui forma de pedido de socorro e ajuda, pelo qual a vítima pode dizer “sinal vermelho” ou sinalizar e efetivar o pedido de socorro e ajuda expondo a mão com uma marca no centro, na forma de um "X", feita com caneta, batom ou outro material acessível, se possível na cor vermelha, a ser mostrada com a mão aberta, para clara comunicação do pedido. *CD206118155500*Documento eletrônico assinado por Rejane Dias (PT/PI), através do ponto SDR_56116, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.5552/2020Apresentação: 16/12/2020 17:48 - Mesa2 Art. 2º O protocolo básico e mínimo do programa de que trata esta Lei consiste em que, ao identificar o pedido de socorro e ajuda, por meio da visualização da marca, conforme descrito no parágrafo único do art. 1º, ou ao ouvir o código “sinal vermelho”, o atendente de farmácia, repartição pública, portaria de condomínio, hotel ou supermercado, com o nome da vítima e o seu endereço ou telefone, ligue imediatamente para os números 190 (Emergência – Polícia Militar), 197 (Denúncia – Polícia Civil) ou 180 (Central de Atendimento à Mulher) e reporte a situação. Art. 3º Ficam os Estados e o Distrito Federal autorizado a promover ações para a integração e cooperação com o Poder Judiciário, o Ministério Público, a Defensoria Pública, órgãos de segurança pública, a Associação dos Magistrados Brasileiros – AMB, o Conselho Nacional de Justiça – CNJ, associações nacionais e internacionais, representantes ou entidades representativas de farmácias, condomínios, hotéis e supermercados, objetivando a promoção e efetivação do Programa de Cooperação e Código Sinal Vermelho e de outras formas de coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, conforme disposto no art. 8º da Lei federal nº 11.340/2006. Parágrafo único. Os Estados e o Distrito Federal devem promover ações necessárias a fim de viabilizar protocolos de assistência e segurança às mulheres em situação de violência doméstica e familiar, a serem aplicados a partir do momento em que tenha sido efetuado o pedido de socorro. Art. 4º O Poder Executivo dos Estados e do Distrito Federal devem regulamentar o disposto nesta Lei. Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. *CD206118155500*Documento eletrônico assinado por Rejane Dias (PT/PI), através do ponto SDR_56116, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.5552/2020Apresentação: 16/12/2020 17:48 - Mesa3 JUSTIFICAÇÃO Desde o início da pandemia da Covid-19, os índices de feminicídio cresceram 22,2% em comparação com os meses de março e abril de 2019. O isolamento social não impede o enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher. Você não perde o direito de denunciar o agressor e de solicitar medidas protetivas. Recentemente no Distrito Federal foi aprovado a Lei nº 6.713, de 10 de novembro de 2020, que instituiu o Programa de Cooperação e Código Sinal Vermelho como forma de pedido de socorro e ajuda para mulheres em situação de violência doméstica. Os dados, publicados em maio deste ano pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, motivaram também o Poder Judiciário a propor uma nova estratégia para dar um basta na violência contra a mulher. Adotando também a campanha Sinal Vermelho contra a violência doméstica, que tem como proposta um ato simples, mas que pode salvar muitas vidas. Com um “X” vermelho desenhado na palma de uma das mãos, as vítimas já podem contar com o apoio de mais de 10 mil farmácias em todo o país, cujos atendentes, ao verem o sinal, imediatamente acionam as autoridades policiais. Dessa forma o agressor pode ser denunciado de uma forma simples e imediata, o que inibe novas práticas violentas. A presente proposição encontra amparo no art. 8 da Lei 11.340, de 7 de agosto de 2006 – Lei Maria da Penha, que dispõe: Art. 8º A política pública que visa coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher far-se-á por meio de um conjunto articulado de ações da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e de ações não-governamentais, tendo por diretrizes: I - a integração operacional do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública com as áreas de segurança pública, assistência social, saúde, educação, trabalho e habitação; II - a promoção de estudos e pesquisas, estatísticas e outras informações relevantes, com a perspectiva de gênero e de raça ou *CD206118155500*Documento eletrônico assinado por Rejane Dias (PT/PI), através do ponto SDR_56116, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.5552/2020Apresentação: 16/12/2020 17:48 - Mesa4 etnia, concernentes às causas, às conseqüências e à freqüência da violência doméstica e familiar contra a mulher, para a sistematização de dados, a serem unificados nacionalmente, e a avaliação periódica dos resultados das medidas adotadas; III - o respeito, nos meios de comunicação social, dos valores éticos e sociais da pessoa e da família, de forma a coibir os papéis estereotipados que legitimem ou exacerbem a violência doméstica e familiar, de acordo com o estabelecido no inciso III do art. 1º , no inciso IV do art. 3º e no inciso IV do art. 221 da Constituição Federal; IV - a implementação de atendimento policial especializado para as mulheres, em particular nas Delegacias de Atendimento à Mulher; V - a promoção e a realização de campanhas educativas de prevenção da violência doméstica e familiar contra a mulher, voltadas ao público escolar e à sociedade em geral, e a difusão desta Lei e dos instrumentos de proteção aos direitos humanos das mulheres; VI - a celebração de convênios, protocolos, ajustes, termos ou outros instrumentos de promoção de parceria entre órgãos governamentais ou entre estes e entidades não- governamentais, tendo por objetivo a implementação de programas de erradicação da violência doméstica e familiar contra a mulher; VII - a capacitação permanente das Polícias Civil e Militar, da Guarda Municipal, do Corpo de Bombeiros e dos profissionais pertencentes aos órgãos e às áreas enunciados no inciso I quanto às questões de gênero e de raça ou etnia; VIII - a promoção de programas educacionais que disseminem valores éticos de irrestrito respeito à dignidade da pessoa humana com a perspectiva de gênero e de raça ou etnia ; IX - o destaque, nos currículos escolares de todos os níveis de ensino, para os conteúdos relativos aos direitos humanos, à eqüidade de gênero e de raça ou etnia e ao problema da violência doméstica e familiar contra a mulher. *CD206118155500*Documento eletrônico assinado por Rejane Dias (PT/PI), através do ponto SDR_56116, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.5552/2020Apresentação: 16/12/2020 17:48 - Mesa5 A presente proposição visa expandir para todo o Brasil a criação do Programa de Cooperação e Código Sinal Vermelho, que de forma discreta irá estimular mulheres vítimas de violência doméstica ou familiar a pedirem socorro. Diante do exposto conto com o apoio dos nobres Parlamentares para promover ações legislativas para combater a violência doméstica e familiar criando mecanismos de pedido de socorro e ajuda para mulheres. Sala das Sessões, em de dezembro de 2020. Deputada Rejane Dias *CD206118155500*Documento eletrônico assinado por Rejane Dias (PT/PI), através do ponto SDR_56116, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.5552/2020Apresentação: 16/12/2020 17:48 - Mesa
PL 581/2020
Altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), a fim de dispor sobre a imprescritibilidade dos crimes dolosos contra a vida.
direitos sexuais e reprodutivos
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https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1864552
Câmara dos Deputados | Anexo IV – 4º andar – Gabinete 446 | 70100 -970 Brasília DF Tel (61) 3215 -5446 | dep.christonietto@camara.leg.br CÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete da Deputada CHRIS TONIETTO – PSL/RJ PROJETO DE LEI Nº , DE 2020 (Da Sra. Deputada CHRIS TONIETTO ) Altera o Decreto -Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal) , a fim de dispor sobre a imprescritibilidade dos crimes dolosos contra a vida. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta Lei altera o Decreto -Lei nº 2. 848, de 7 de dezembro de 1940 ( Código Penal ), a fim de dispor sobre a imprescritibilidade dos crimes dolosos contra a vida . Art. 2º O art. 1 09 do Decreto -Lei nº 2. 848, de 7 de dezembro de 1940 ( Código Penal ), passa a vigorar acrescido do seguinte § 2º, renumerando -se o então parágrafo único de modo que passe a viger como §1º , mantida sua redação : “Art. 109 ..................................................................................... ................................................................................................. .. §1º ................................................................. .... (renumerado) §2º Os crimes dolosos contra a vida são insuscetíveis de prescrição. ” (NR) Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação. JUSTIFICAÇÃO Embora devam, por sua própria natureza, expressar princípios atemporais que fundamentam sua justiça e pertinência, os dispositivos das leis penais , privados da atemporalidade que lhes asseguraria absoluta inerrância, não podem prescindir de dados referente s à situação concreta da socie dade brasileira, na qual grassam o crime e, através da proliferação de diversos discursos justificadores do comportamento delituoso, a impunidade. Nesse sentido, o presente Projeto de Lei tem por objetivo primordial tornar imprescritíveis os crimes dolosos contra a vida, discriminados na parte especial do Código PL n.581/2020 Apresentação: 09/03/2020 18:47 Câmara dos Deputados | Anexo IV – 4º andar – Gabinete 446 | 70100 -970 Brasília DF Tel (61) 3215 -5446 | dep.christonietto@camara.leg.br CÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete da Deputada CHRIS TONIETTO – PSL/RJ Penal, no Título Dos Crimes Contra a Pessoa, Capítulo I, Dos Crimes contra a Vida, quais sejam: homicídio, induzimento, instigaçã o ou auxílio ao suicídio, infanticídio e aborto. Já afirmava Cesare Beccaria, em pleno século XVIII, em sua obra “Dos Delitos e das Penas”, taxativamente a importância de que houvesse certa proporcionalidade entre os crimes e suas correspondentes puniçõe s legais. Ora, no caso dos crimes contra a vida, em todas as suas formas supracitadas, o delito que se comete é contra um bem de importância incalculável, cuja preservação é fonte de todos os códigos morais observados no mundo, independentemente de cultur a e religião. A necessidade de penas severas, não apenas como instrumentos de justiça, mas visando o necessário afastamento do convívio em sociedade de indivíduos que atentam contra o que nesta há de mais fundamental, resta evidente. Nos casos referentes ao aborto, contudo, há grande dificuldade de justa aplicação das penas devidas, principalmente por conta da grande pressão político -ideológica (que já constitui uma força permanente, justificando a necessidade de apresentação desta proposição ) que, através dos mais diversos recursos jurídicos, vem conseguindo, gradualmente e através da multiplicação de casos excepcionais em que não caberia punição, legalizar na prática o homicídio intrauterino. Tentativas de justificar sociologicamente o homicídio também t êm se tornado cada vez mais comuns em vários meios de comunicação social e no discurso de diversas militâncias organizadas que procuram, através da intimidação, constranger nossos magistrados em sua tarefa de avaliação e aplicação das penas. A imprescriti bilidade funciona nestes casos, antes de tudo, como um incentivo ao cumprimento da lei e ferramenta de desencorajamento daqueles que pretendem praticar crimes que, sem o mesmo instrumento, correm risco iminente de banalizar -se. Em segundo lugar, trata -se de garantia de maior rigor no cumprimento do Código Penal, e um passo dado em direção a um maior equilíbrio entre os delitos e suas penas correspondentes. Tendo em vista o exposto, creio e star suficientemente justificado o presente Projeto de Lei. PL n.581/2020 Apresentação: 09/03/2020 18:47 Câmara dos Deputados | Anexo IV – 4º andar – Gabinete 446 | 70100 -970 Brasília DF Tel (61) 3215 -5446 | dep.christonietto@camara.leg.br CÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete da Deputada CHRIS TONIETTO – PSL/RJ Submeto -o à apreciação de meus pares, ressaltando a gravidade do tema e a competência desta Casa de legislar em benefício do povo brasileiro, que representa. Sala das Sessões, _________de _______ __________ de 20 20. Deputada CHRIS TONIETTO PSL/RJ PL n.581/2020 Apresentação: 09/03/2020 18:47
PL 2464/2021
Torna obrigatória a notificação da existência de gravidez por aluna menor de 14 (quatorze) anos de idade, pelas instituições de ensino públicas e privadas.
maternidade
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PROJETO DE LEI Nº , DE 2021 (Da Sra. REJANE DIAS) Torna obrigatória a notificação da existência de gravidez por aluna menor de 14 (quatorze) anos de idade, pelas instituições de ensino públicas e privadas. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º As instituições de ensino públicas e privadas deverão comunicar ao Ministério Público, à Polícia Civil, à Secretaria da área de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, à Secretaria de Educação e ao Conselho Tutelar local, acerca da existência de gravidez por aluna menor a 14 (quatorze) anos de idade, para que sejam adotadas as medidas legais cabíveis. Parágrafo único. A comunicação prevista no caput é obrigatória, devendo ser realizada de forma que não exponha a aluna a situações vexatórias ou constrangedoras, sendo assegurado o sigilo dos seus dados perante terceiros. Art. 2º O descumprimento dos dispositivos desta Lei pelas instituições públicas ensejará a responsabilização administrativa de seus dirigentes, em conformidade com a legislação aplicável. Art. 3º Compete exclusivamente aos Municípios e ao Distrito Federal regulamentar e fiscalizar o disposto nesta Lei. Art. 4° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. *CD217548298300* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Rejane Dias Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD217548298300 PL n.2464/2021Apresentação: 06/07/2021 17:14 - Mesa2 JUSTIFICAÇÃO No que concerne à gravidez na adolescência, atualmente no Brasil e nos países em desenvolvimento, ela é considerada um risco social e um grave problema de saúde pública, devido, principalmente, a sua magnitude e amplitude, como também, aos problemas que dela derivam. Dentre este se destacam: o abandono escolar, o risco durante a gravidez, este derivado muitas vezes pela não realização de um pré-natal de qualidade, pelo fato de a adolescente esconder a gravidez ou os serviços de saúde não estarem qualificados para tal assistência. Além disso, tem importância os conflitos familiares que surgem após a confirmação e divulgação da positividade da gravidez, que vão desde a não aceitação pela família, o incentivo ao aborto pelo parceiro e pela família, o abandono do parceiro, a discriminação social e o afastamento dos grupos de sua convivência, que interferem na estabilidade emocional da menina mulher adolescente. Mas, também são presenciados na comunidade casos em que as famílias apoiam e desejam a natalidade, onde os avós entram num estágio de plena satisfação, assumindo a criança e a mãe, com ou sem o pai da mesma. Outra situação é a que a adolescente ao começar as relações conjugais, oficiais ou não, planeja com seu companheiro a gravidez . A presente proposição tem por objetivo estabelecer hipótese de comunicação obrigatória pelas instituições de ensino públicas e privadas situadas da existência de indícios de gravidez por aluna com menos de 14 (quatorze) anos de idade . As instituições de ensino devem colaborar com a administração pública, dada à natureza pública da função que exercem, para auxiliar no desenvolvimento social e na proteção dos interesses de crianças e adolescentes. *CD217548298300* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Rejane Dias Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD217548298300 PL n.2464/2021Apresentação: 06/07/2021 17:14 - Mesa3 A comunicação ora proposta deverá ser feita aos órgãos acima elencados, para que sejam adotadas as medidas legais cabíveis, inclusive a apuração de eventual crime de estupro de vulnerável e o atendimento psicossocial necessário. Em todos os casos, o procedimento deverá ser realizado de forma que não exponha a aluna a situações vexatórias ou constrangedoras, sendo assegurado o sigilo dos seus dados perante terceiros. O estupro de vulnerável é a conjunção carnal ou qualquer ato libidinoso com menores de 14 anos, com ou sem consentimento; pessoas que, por enfermidade ou deficiência mental, não possuem o discernimento necessário para a prática do ato, bem como, por qualquer outra razão, não possa oferecer resistência. A figura do crime de estupro contra vulnerável é prevista em outro tipo penal, descrito no artigo 217-A, criado pela Lei 12.015/2009. O texto do mencionado artigo veda a prática de conjunção carnal ou outro ato libidinoso com menor de 14 anos, sob pena de reclusão de 8 a 15 anos. No § 1º do mesmo artigo, a condição de vulnerável é entendida para as pessoas que não tem o necessário discernimento para a prática do ato, devido à enfermidade ou deficiência mental, ou que por algum motivo não possam se defender. Por fim, o § 3º e § 4º do artigo 217-A preveem aumento de pena quando o estupro contra vulnerável resulte em lesão corporal e morte, penas de 10 a 20 e 12 a 30 anos de reclusão, respectivamente. Segundo o Fundo de População das Nações Unidas1 (UNFPA), das 7,3 milhões de meninas e jovens grávidas no mundo , 2 milhões tem menos de 14 anos. Essas jovens apresentam várias consequências na saúde, educação, emprego, nos seus direitos e na autonomia na fase adulta ao terem filhos tão cedo. As taxas de morbimortalidade são elevadas e chegam a 70 mil mortes de adolescentes por problemas na gravidez ou no parto. Entre as causas de maternidade precoce estão os elevados índices de casamentos infantis, organizados pelas próprias famílias, a extrema pobreza, violência sexual e falta de acesso aos métodos anticoncepcionais. 1Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA). Relatório da ONU diz que 7,3 milhões são mãe antes dos 18 anos. ONU News. Disponível em: https://news.un.org/pt/story/2013/ 10/1455021-relatorio- da-onu-diz-que-73-milhoes-sao-mae-antes-dos-18-anos . *CD217548298300* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Rejane Dias Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD217548298300 PL n.2464/2021Apresentação: 06/07/2021 17:14 - Mesa4 Segundo dados do Ministério da Saúde2 No Brasil, em 2018, 21.154 bebês nasceram de mães com menos de 15 anos de idade. Ao engravidar, muitas meninas abandonam os estudos. Cerca de 20% das adolescentes que engravidaram deixaram de estudar, segundo pesquisa do EducaCenso 2019 que contemplou cerca de metade das escolas públicas e privadas do país. Ao todo, 91.740 escolas responderam e informaram que, em 2018, 65.339 alunas na faixa etária de 10 a 19 anos engravidaram. Outro estudo do Ministério da Saúde, chamado Saúde Brasil, indica uma das maiores taxas de mortalidade infantil entre mães mais jovens (até 19 anos), com 15,3 óbitos para cada mil nascidos vivos (acima da taxa nacional, de 13,4 óbitos). Isso porque além da imaturidade biológica, condições socioeconômicas desfavoráveis influenciam nos resultados obstétricos. Na faixa etária de 10 a 14 anos, a maior parte dos registros de gravidez está na região Norte (1,4% do total) e Nordeste (1,1%). Na outra ponta, os menores índices estão na região Sul (0,5%). No Brasil, em 2018, 21.154 bebês nasceram de mães com menos de 15 anos de idade. A falta de informação é uma constante nas falas das adolescentes por isso é necessário pensar e materializar ações sistematizadas, educativas e conscientizadoras. Cabe ao Poder Legislativa a propositura de ações para a proteção integral das crianças e adolescentes contra qualquer tipo de violência. Diante do exposto conclamamos aos nobres parlamentares a aprovação da presente proposição. Sala das Sessões, em de julho de 2021. Deputada REJANE DIAS 2 https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/mais-de-20-mil-meninas-com-menos-de-15-anos- engravidam-todos-os-anos *CD217548298300* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Rejane Dias Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD217548298300 PL n.2464/2021Apresentação: 06/07/2021 17:14 - Mesa
PL 4164/2023
Acrescenta parágrafo único ao art. 4º da Lei nº 13.989, de 15 de abril de 2020, a fim de vedar a realização de qualquer procedimento de natureza abortiva na modalidade “telemedicina”.
direitos sexuais e reprodutivos
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PL 2007/2022
Altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), para prever a interrupção da gravidez e a instituição das medidas necessárias à preservação da vida do feto viável, nos casos de aborto legal.
direitos sexuais e reprodutivos
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PL 1592/2021
Altera a redação do § 9º do art. 26 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir conteúdos relativos à prevenção de todas as formas de violência contra a mulher como componente curricular de caráter transversal na educação básica.
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PROJETO DE LEI Nº , DE 2021 (Do Sr. CORONEL ARMANDO) Altera a redação do § 9º do art. 26 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir conteúdos relativos à prevenção de todas as formas de violência contra a mulher como componente curricular de caráter transversal na educação básica. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º O § 9º do art. 26 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 26.......................................................................................... ..................................................................................................... . § 9º Conteúdos relativos aos direitos humanos e à prevenção de todas as formas de violência contra a criança, o adolescente e a mulher serão incluídos, como temas transversais, nos currículos escolares de que trata o caput deste artigo, tendo como diretriz a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente) e a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), observada a produção e distribuição de material didático adequado. ............................................................................................” (NR) Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação oficial. JUSTIFICAÇÃO O Projeto de Lei que apresentamos objetiva alterar a redação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB - Lei nº 9.394, de 20 de *CD210995356400* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Coronel Armando Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD210995356400 PL n.1592/2021Apresentação: 28/04/2021 19:10 - Mesa2 dezembro de 1996) para incluir conteúdos relativos à prevenção de todas as formas de violência contra a mulher como conteúdo curricular obrigatório de caráter transversal na educação básica . Podemos vislumbrar na sociedade uma necessidade manifesta de melhor formação das nossas crianças e adolescentes para a conscientização acerca da gravidade da violência doméstica praticada contra mulheres no nosso País. Com o aumento expressivo dos casos de violência doméstica registrados durante o período de calamidade pública decorrente da pandemia de COVID-19, esse debate se torna ainda mais urgente. De acordo com estudo1 realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os números de feminicídios e homicídios de mulheres têm apresentado crescimento, indicando que a violência doméstica e familiar está recrudescendo. Em São Paulo, o aumento dos feminicídios chegou a 46% na comparação de março de 2020 com março de 2019 e duplicou na primeira quinzena de abril. No Acre, o crescimento foi de 67% no período e no Rio Grande do Norte o número triplicou em março de 2020. Os dados apresentados ratificam nosso posicionamento de que precisamos envidar medidas urgentes – em diversas frentes, inclusive mediante iniciativas curriculares – para combater esse fenômeno. Entendemos que a Lei Maria da Penha ( Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 ) trouxe para a pauta nacional os anseios das mulheres brasileiras por maior proteção social. Adicionalmente, como medida de enorme relevância, acreditamos que os conteúdos curriculares da educação básica – compreendendo o ensino infantil, fundamental e médio – sejam aprimorados de modo a refletir os avanços conquistados em relação ao tema e sobretudo prevenir uma crônica realidade nacional: o problema da violência doméstica e familiar contra as mulheres . Nosso intuito com esta Proposição é dar cumprimento à própria Lei Maria da Penha, que em seu art. 8º prevê: Art. 8º A política pública que visa coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher far-se-á por meio de um conjunto 1 Fonte: Fórum Brasileiro de Segurança Pública - FBSP. Violência Doméstica durante a Pandemia de COVID-19. Nota Técnica, abr. 2019. Disponível em: https://forumseguranca.org.br/wp- content/uploads/2018/05/violencia-domestica-covid-19-v3.pdf . Acesso em: 27 jan. 2021. *CD210995356400* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Coronel Armando Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD210995356400 PL n.1592/2021Apresentação: 28/04/2021 19:10 - Mesa3 articulado de ações da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e de ações não-governamentais, tendo por diretrizes: I - a integração operacional do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública com as áreas de segurança pública, assistência social, saúde, educação, trabalho e habitação; (...) V - a promoção e a realização de campanhas educativas de prevenção da violência doméstica e familiar contra a mulher, voltadas ao público escolar e à sociedade em geral , e a difusão desta Lei e dos instrumentos de proteção aos direitos humanos das mulheres ; VIII - a promoção de programas educacionais que disseminem valores éticos de irrestrito respeito à dignidade da pessoa humana com a perspectiva de gênero e de raça ou etnia. IX - o destaque, nos currículos escolares de todos os níveis de ensino, para os conteúdos relativos aos direitos humanos, à eqüidade de gênero e de raça ou etnia e ao problema da violência doméstica e familiar contra a mulher . (grifos nossos) Observe-se que é determinação legal que os currículos escolares contemplem prevenção da violência contra a mulher. Pretendemos assegurar essa disposição – já vigente na Lei Maria da Penha – na nossa Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de modo a traduzir com mais concretude a determinação prevista naquela legislação. Sabemos que a Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017, inseriu o § 10 à LDB, prevendo que a inclusão de novos componentes curriculares de caráter obrigatório na Base Nacional Comum Curricular dependerá de aprovação do Conselho Nacional de Educação e de homologação pelo Ministro de Estado da Educação. Ou seja, não pode haver alteração curricular por meio de projeto de lei. Entretanto, essa mudança legislativa ocorreu em 16 de fevereiro de 2017 e a Lei Maria da Penha foi publicada em 7 de agosto de 2006, de modo que esta Proposição cumpre as determinações da legislação mais antiga, o que confere juridicidade ao nosso Projeto de Lei. *CD210995356400* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Coronel Armando Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD210995356400 PL n.1592/2021Apresentação: 28/04/2021 19:10 - Mesa4 Em resposta aos anseios da sociedade brasileira pela proteção da mulher em situação de violência doméstica, conclamo o apoio das Senhoras e dos Senhores Parlamentares para a célere aprovação da presente Iniciativa Legislativa, buscando sempre o aprimoramento do ordenamento jurídico para acompanhar as mudanças sociais. Sala das Sessões, em de de 2021. Deputado CORONEL ARMANDO *CD210995356400* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Coronel Armando Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD210995356400 PL n.1592/2021Apresentação: 28/04/2021 19:10 - Mesa
PL 5606/2019
Altera a lei nº 12.527, De 18 de novembro de 2011, para vedar a divulgação de dados profissionais de mulheres vítimas de violência doméstica.
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https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1824251
CÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete do Deputado Pedro Lucas Fernandes PROJETO DE LEI Nº , DE 2019 (Do Sr. PEDRO LUCAS FERNANDES ) Altera a Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, para vedar a divulgação d e dados profissionais de mulheres vítimas de violência doméstica . O Congresso Nacional decreta : Art. 1º A Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação), passa a vigorar acrescida do seguinte dispositivo: “Art. 21 ........................................................................................ ................................................................................................... §2º É vedada a divulgação , na rede mundial de computadores, de dado s profissionais , como remuneração e lotação das servidoras e empregadas públicas , que estejam sob medida protetiva decorrente de violência dom éstica e familiar, no âmbito da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha) ”. (NR) Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICAÇÃO A 2ª edição do relatório Visível e Invis ível – A vitimização de mulheres no Brasil1, divulgada em 2019, revela que a redução dos índices de violência contra a mulher demanda ainda muito a fazer por parte do Estado brasileiro em suas diferentes instâncias. 1 Trata -se de pesquisa oficial, promovida pelo Ministério da Justiça em parceria com o Instituto Datafolha e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Vide: http://www.forumseguranca.org.br/wp - content/uploads/2019/02/relatorio -pesquisa -2019 -v6.pdf . Acesso em 22/10/2019. PL n.5606/2019 Apresentação: 22/10/2019 16:28 2 CÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete do Deputado Pedro Lucas Fernandes Em comparação com a primeira edição da pesquisa, realizada em fevereiro de 2017, verific ou-se uma aparente melhora nos níveis de violências sofridas quando homens e mulheres foram questionados sob re terem visto determinados tipos de situação nos 12 meses anteriores à pesquisa: caiu de 66% para 59% da população os que afirmam terem visto uma mulher sendo abordada de forma desrespeitosa na rua ou sendo agredida nos 12 meses anteriores à pesquisa. Porém, se este resultado a princípio parece positivo, as “baterias ” de perguntas sobre vitimização indicam que, de modo geral, não houve redução na vitimização sofrida no período. Dito de outro modo, quando questionadas sobre experiências de assédio e violências física e psicológica sofridas ao longo do último ano, a proporção de mulheres vitimadas nas pesquisas de 2017 e 2019 se manteve estável: 28,6% e 27,4% respectivamente. Isso significa dizer que 16 milhões de mulheres brasileiras com 16 anos ou mais sofreram algum tipo de violência ao longo de 2018. É intuitivo que, desse contingente elevado de mulheres vítimas de violência, boa parte ocupe cargos ou empregos na administra ção pública direta e indireta nos quatro entes políticos da nossa federação. E é exatamente esse grupo de mulheres que pretendemos prestigiar com este projeto de lei. Queremos criar exceção à s republicana s regra s de transparência inserida s na Lei de Acesso à Informação – LIA. Mediante uma ponderação entre o princ ípio da publicidade e a preservação da integridade física e psicológica das vítimas de violência dom éstica e familiar, e ntendemos que esta última deve prevalecer. Nessa linha de intelecção, estamos com o Professor Ronald Dworkin2: 2 DWORKIN , Ronald . Taking Rights Seriously . 1ª ed. Nova York: Bloomsbury Academic : 2013, pág. 26. PL n.5606/2019 Apresentação: 22/10/2019 16:28 3 CÂMARA DOS DEPUTADOS Gabinete do Deputado Pedro Lucas Fernandes Os princípios apenas contêm motivos que falam a favor de uma decisão, de tal forma que, num caso concreto, apresentando -se um princípio que exija aplicação, podem existir outros princípi os que, colocando -se numa posição contrária, por circunstâncias específicas do caso, acabem tendo maior peso ou primazia sobre aquele primeiro princípio e, afastando -o, ganhem aplicação. De toda forma isso não significa que o princípio preterido não mais pertença ao sistema jurídico, pois, em um próximo caso, ou por já não existirem aquelas circunstâncias contrárias, ou por terem perdido o seu peso, o princípio anteriormente preterido pode tornar -se decisivo para o caso e, então, ganhar primazia sobre os p rincípios que lhe eram contrários. (Grifamos) O PL tem por escopo evitar que o agressor tenha acesso a informações profissionais da mulher -vítima, a fim de evitar pressões de caráter econômico sobre esta , ou mesmo evitar que o agressor saiba para qual cida de a vítima mudou, o que, na legislação atual , é facilmente descoberto mediante simples consulta ao Portal da Transpar ência do órgão ou entidade em que a vítima trabalha. Ante tal fundamentação fática e jurídica, contamos com o apoio dos Pares no sentido d a aprovação da proposição. Sala das Sessões , em de de 2019 . Deputado PEDRO LUCAS FERNANDES PTB/MA PL n.5606/2019 Apresentação: 22/10/2019 16:28
PL 4794/2023
Dispõe sobre a proteção e assistência à gestante de gravidez múltipla e dá outras providências.
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https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2338554
PROJETO DE LEI Nº , 2023 (Do Sr. Deputado LUIZ CARLOS HAULY) Dispõe sobre a proteção e assistência à gestante de gravidez múltipla e dá outras providências . O CONGRESSO NACIONAL decreta: Art. 1º Fica garantido à gestante de gravidez múltipla o acess o a políticas públicas que permitam o pleno desenvolvimento da sua gestação. Art. 2º É assegurada a atenção integral à saúde da gestante e dos recém -nascidos, por intermédio do Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo -lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção, com vista a apoiar e salvaguardar a saúde e a vida da gest ante e dos nascituros. Art. 3º São direitos da gestante e dos recém -nascidos: I - assistência médica esp ecializada do setor público em todas as suas esferas durante toda a gestação, parto e pós -parto em casos de gestações múltiplas; II- acesso a servi ços de saúde de qualidade para o acompanhamento pré -natal, com consultas regulares e exames *CD231515170000* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Luiz Carlos Hauly Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD231515170000 PL n.4794/2023 Apresentação: 03/10/2023 15:15:03.450 - MESA específicos para gestantes de múltiplos, incluindo acompanhamento psicológico e suporte emocional para as gestantes; III – recebimento de informações claras sobre os cuidados necessários e os possíveis riscos envolvidos decorrentes das gestações múltiplas; IV - garantia de atendimento especializado por profissionais de saúde capacitados no manejo de gestações múltiplas; V - disponibilização de recursos e equipamentos pelos entes públicos de saúde adequados para o acompanhamento e monitoramento da gestação múltipla; VI – recebimento de apoio financeiro para famílias que aguardam o nascimento de múltiplos bebês, visando mitigar os custos adicionais associados a essa situação. Art. 4º. Sã o deveres da União, Estados e Municípios garantidos às gestantes de gravidez múltiplas: I - Estabelecimento de um benefício financeiro específico que será devido mensalmente à gestante de gravidez múltipla durante o período gestacional e após o parto por cada nascido com vida até que completem seis anos de idade. Parágrafo único. Determinação do valor do benefício, considerando os custos médios associados à gestação múltipla, tais como consulta s médicas, exames, medicamentos. Art. 5º É assegurado à pessoa gestante de gravidez múltipla o atendimento domiciliar pela perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), pelo serviço público de saúde ou *CD231515170000* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Luiz Carlos Hauly Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD231515170000 PL n.4794/2023 Apresentação: 03/10/2023 15:15:03.450 - MESA pelo serviço privado de saúde, contratado ou conveniado, que integre o SUS, para expedição do laudo de saúde necessário ao exercício de seus direitos sociais. Parágrafo único. À pessoa gestante de gravidez múltipla internada ou em observação é garantido o direito a acompanhante, devendo o órgão de saúde proporcionar as condições adequadas para a sua permanência em tempo integ ral, segundo o critério médico. Art. 6º O salário -maternidad e devido à segurada gestante de gravidez múltipla pela Previdência Social, em função da Lei n º 8.213 de 24 de julho de 1991, será calculado e pago levando - se em conta cada um nascido com vida . Art. 7º As disposições previstas na presente Lei se aplicam integralmente na hipótese de nascimento de gêmeos siamese s. Art. 8º Esta Lei entre em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICAÇÃO A gestação múltipla necessita da proteção do Estado, por meio de ações específicas que assegurem o bem -estar tanto da gestante, quanto d os nascituros . É fundamental assegurar que essas gestações sejam acompanhadas de maneira adequada, considerando suas particularidades e possíveis riscos . *CD231515170000* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Luiz Carlos Hauly Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD231515170000 PL n.4794/2023 Apresentação: 03/10/2023 15:15:03.450 - MESA Deste modo , a presente proposiç ão busca estabelecer diretrizes e direitos para as gestantes de gravide z múltipla e os nascituros e deveres para os entes públicos , para assegurar que os mesmos , inclu sive quando se tratar de gême os siamese s, tenha m acesso a serviços de saúde de qualidade e a benefícios sociais que garantam a subsistência . Visa, ainda, contri buir para melhorar a qualidade do cuidado oferecido às gestantes de múltiplos, proporcionando suporte adequado, segurança e garantindo a saúde t anto das mães quanto dos bebês. Conto com o apoio dos nobres pares a presente proposição. Sala das Sessões, em julho de 2023. LUIZ CARLOS HAULY DEPUTADO FEDERAL PODEMOS -PR *CD231515170000* LexEdit Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Luiz Carlos Hauly Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD231515170000 PL n.4794/2023 Apresentação: 03/10/2023 15:15:03.450 - MESA
PL 1025/2021
Altera a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), estabelecendo a oitiva prévia da ofendida como requisito necessário à revogação das medidas protetivas de urgência.
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https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1979525
PROJETO DE LEI Nº , DE 2021 (Da Sra. CARLA DICKSON) Altera a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), estabelecendo a oitiva prévia da ofendida como requisito necessário à revogação das medidas protetivas de urgência. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta Lei altera a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), estabelecendo a oitiva prévia da ofendida como requisito necessário à revogação das medidas protetivas de urgência. Art. 2º A Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 16-A: “Art. 20-A. A revogação de qualquer das medidas protetivas de urgência condiciona-se à prévia oitiva judicial da ofendida, em audiência especialmente designada para tal finalidade.” Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação. *CD213829892900*Documento eletrônico assinado por Carla Dickson (PROS/RN), através do ponto SDR_56557, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.1025/2021Apresentação: 23/03/2021 19:23 - Mesa2 JUSTIFICAÇÃO Trata-se de Projeto de Lei destinado a alterar a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), estabelecendo a oitiva prévia da ofendida como requisito necessário à revogação das medidas protetivas de urgência. A Lei Maria da Penha é um microssistema protetivo que tem, em sua centralidade, medidas protetivas de urgência como instrumentos essenciais à proteção integral da mulher em situação de violência doméstica e familiar. Importante destacar que o Superior Tribunal de Justiça já decidiu que a mulher, na condição retrodescrita, encontra-se em situação de vulnerabilidade presumida, conforme se observa no seguinte excerto1: “A própria Lei n. 11.340/2006, ao criar mecanismos específicos para coibir e prevenir a violência doméstica praticada contra a mulher, buscando a igualdade substantiva entre os gêneros, fundou-se justamente na indiscutível desproporcionalidade física existente entre os gêneros, no histórico discriminatório e na cultura vigente. Ou seja, a fragilidade da mulher, sua hipossuficiência ou vulnerabilidade, na verdade, são os fundamentos que levaram o legislador a conferir proteção especial à mulher e por isso têm-se como presumidos. (Precedentes do STJ e do STF).” Não é demais lembrar que, em muitas situações, as mulheres requerem a concessão de medidas protetivas, mas, por diversas razões, inclusive em virtude de pedidos oriundos de familiares, incluindo filhos e até mesmo o próprio agressor, acabam por desistir, pleiteando, por 1 STJ. AgRg no AREsp 1439546/RJ, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 25/06/2019, DJe 05/08/2019 *CD213829892900*Documento eletrônico assinado por Carla Dickson (PROS/RN), através do ponto SDR_56557, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.1025/2021Apresentação: 23/03/2021 19:23 - Mesa3 conseguinte, a respectiva revogação. A título de ilustração, cabe salientar que tal situação foi verificada no caso da juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, morta a facadas no Rio de Janeiro pelo ex-marido, na frente das três filhas. É necessário enfatizar que a norma já prevê que, para que a mulher desista do direito de representação que possui nas ações penais a ela condicionadas, deve ocorrer a sua indispensável oitiva judicial, resguardando- se, assim, a sua proteção. Nessa senda, com maior razão deve a lei regente prever que, antes de efetivar a revogação de qualquer das medidas protetivas, e ainda que exista manifestação da ofendida, deve esta ser ouvida em audiência judicial especialmente designada para tal fim, não só para obter esclarecimentos acerca dos seus direitos e consequências da mencionada revogação, mas, também, para que, caso seja preciso, ocorra o seu encaminhamento a outros equipamentos de proteção e acolhimento, para intervenções psicossociais. Não obstante, a ofendida poderá trazer os fatos concretos ao juiz, influenciando, assim, a sua decisão quanto à revogação ou não das providências estabelecidas. Nesse sentido, é relevante registrar a doutrina de Erica Canuto, que, em seu livro “Princípios Especiais da Lei Maria da Penha e a Garantia dos Direitos Fundamentais das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar”2, leciona: “A proteção integral da mulher em situação de violência doméstica e familiar é o coração da Lei Maria da Penha. Uma vez pedindo proteção ao Estado-Juiz, a integridade física e psicológica da mulher passa a ser responsabilidade do Estado, que deve lançar mão de todos os meios coercitivos e políticas públicas específicas para fazer cumprir a ordem judicial que determina a proteção da mulher. Essa proteção vai além das medidas 2 CANUTO, Erica. Princípios Especiais da Lei Maria da Penha e a Garantia dos Direitos Fundamentais das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Fami liar. Belo Horizonte: Fórum, 2021. *CD213829892900*Documento eletrônico assinado por Carla Dickson (PROS/RN), através do ponto SDR_56557, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.1025/2021Apresentação: 23/03/2021 19:23 - Mesa4 protetivas de urgência e alcança os serviços dos equipamentos públicos de psicoterapia, intervenção psicossocial, garantia de emprego e renda e outras providências protetivas e assistenciais.” Com efeito, não é demais lembrar que as medidas protetivas têm importante papel de salvar vidas e garantir que a mulher será acolhida e ouvida. Portanto, como asseverado, tem-se que antes de tomar a decisão de revogá-las, deve o magistrado verificar que eventual concordância da ofendida foi realizada de forma livre e que, com o deferimento do pleito, ela não está risco. Convicta, portanto, de que a medida ora proposta é essencial ao enfrentamento e adequada censura criminal dos infratores da referida norma, conclamo os Ilustres Pares a apoiarem a aprovação deste Projeto de Lei. Sala das Sessões, em de de 2021. Deputada CARLA DICKSON 2021_1601 *CD213829892900*Documento eletrônico assinado por Carla Dickson (PROS/RN), através do ponto SDR_56557, na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato da Mesa n. 80 de 2016. PL n.1025/2021Apresentação: 23/03/2021 19:23 - Mesa
PL 390/2022
Altera a Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, para instituir direitos de remoção e de licença remunerada à servidora pública em situação de violência doméstica.
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https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2139722
PROJETO DE LEI nº , de 2022 (Da Deputada Natália Bonavides) Altera a Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, para instituir direitos de remoção e de licença remunerada à servidora pública em situação de violência doméstica. O CONGRESSO NACIONAL DECRETA: Art. 1º Esta Lei tem como objetivo assegurar à servidora em situação de violência doméstica o direito de remoção. Art. 2º A Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 36.................................................................................................... Parágrafo único. ...................................................................................... III............................................................................................................. d) para assegurar a vida e a integridade física e psicológica da servidora em situação de violência doméstica e familiar, nos termos da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. (NR)”. “Art. 81. .................................................................................................. I-A - por motivo de estar em situação de violência doméstica e familiar, nos termos da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. (NR)”. “Seção II-A Da licença por motivo de violência doméstica e familiar Art. 83-A. Poderá ser concedida licença à servidora por motivo de estar em situação violência doméstica e familiar. § 1º A licença de que trata o caput, incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a cada período de doze meses pelo prazo de até 60 *CD228643724200* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Natália Bonavides Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD228643724200 PL n.390/2022Apresentação: 24/02/2022 09:06 - Mesa(sessenta) dias, consecutivos ou não, prorrogáveis por igual período, mantida a remuneração da servidora. § 2º O início do interstício de 12 (doze) meses será contado a partir da data do deferimento da primeira licença concedida. ” (NR) “Art. 102. ................................................................................................ VIII –....................................................................................................... g) por motivo de a servidora estar em situação de violência doméstica e familiar” (NR). Art. 3º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICAÇÃO A cada 2 minutos uma mulher é vítima de violência doméstica no Brasil. Esse é um dado do Ministério da Saúde, a partir das notificações feitas nos casos em que mulheres buscaram o serviço de saúde. Em 2020, na pandemia, os registros de feminicídio alcançaram a marca de uma mulher assassinada a cada seis horas e meia, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Esses dados retratam uma sociedade machista que, mesmo com mecanismos de proteção como a Lei 11.340/2006, Lei Maria da Penha, representa um sério risco à vida e à integridade física e psicológica das mulheres no país. Risco que está dentro de casa: a grande maioria dos feminicídios são cometidos pelos próprios companheiros ou ex- companheiros. Diante dessa realidade, em que a vida das mulheres está em jogo, é imprescindível e urgente garantir sua segurança. Instrumentos como a medida protetiva são necessários, mas ainda insuficientes para resguardar a integridade e a vida das vítimas de violência doméstica e familiar. Neste sentido, este projeto de lei visa acrescentar garantias para as trabalhadoras do serviço público que estão em situação de violência doméstica, a partir de instrumentos já previstos na lei: a remoção a pedido e independentemente de interesse da Administração e a licença remunerada, sem prejuízo para a contagem do tempo de serviço. *CD228643724200* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Natália Bonavides Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD228643724200 PL n.390/2022Apresentação: 24/02/2022 09:06 - MesaA Lei Maria da Penha prevê o acesso prioritário à remoção enquanto uma medida de proteção deferida judicialmente. Neste sentido, o projeto visa incluir, na Lei do Regime Jurídico dos servidores públicos da União, a possibilidade de solicitar a remoção independentemente de provimento judicial. A remoção passa a se dar, portanto, a pedido da servidora em situação de violência doméstica, independente do interesse da administração, ou seja, enquanto um direito subjetivo não submetido à discricionariedade da administração, nos termos do art. 36, inciso III, da Lei nº 8.112/1990: Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial; c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados. Já a licença remunerada se assemelha ao direito garantido à trabalhadora celetista no art. 9º, § 2º, inciso II da Lei nº 11.340/2006, como a proposta de serem aplicadas as mesmas regras da licença por motivo de doença em pessoa da família (art. 83, da Lei nº 8.112/1990, por serem mais benéficas à servidora. O projeto de lei cria, então, uma nova modalidade de licença do serviço público, que será remunerada e usufruída pela vítima de violência doméstica por seis meses, prorrogáveis pelo mesmo tempo, período que será contabilizado para fins de progressão e promoção funcional. Direito semelhante já tem sido garantido na prática, mediante aplicação da analogia em decisões judiciais, indicando que o projeto de lei propõe algo compatível com a realidade, vindo a reforçar e firmar esse direito da servidora pública na legislação. *CD228643724200* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Natália Bonavides Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD228643724200 PL n.390/2022Apresentação: 24/02/2022 09:06 - MesaAssim, este projeto de lei, na esteira do que determina o art. 3º da Lei Maria da Penha, busca garantir às servidoras públicas em situação de violência doméstica e familiar condições para o exercício efetivo dos direitos à vida, à segurança, à saúde, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. Deputada Natália Bonavides (PT/RN) *CD228643724200* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Natália Bonavides Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD228643724200 PL n.390/2022Apresentação: 24/02/2022 09:06 - Mesa
PL 3702/2023
Altera os artigos 213 e 217 A e acrescenta o art. 218 D, todos do Decreto-Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940 - Código Penal Brasileiro, para majorar penas de estupro, e dá outras providências.
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PROJETO DE LEI N.º ________, DE 2023 (Do Senhor Alberto Fraga). Altera os artigos 213 e 217 A e acrescenta o art. 218 D, todos do Decreto-Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940 - Código Penal Brasileiro, para majorar penas de estupro, e dá outras providências. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º O §§ 1º e 2º do artigo 213 do Decreto-lei n.º 2.848, de 7 de dezembro de 1940- Código Penal, passam a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 213................................................................................ § 1º....................................................................................... Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos. (NR) ............................................................................................ § 2º ...................................................................................... Pena - reclusão, de 20 (vinte) a 40 (quarenta) anos”. (NR) Art. 2º O § 4º do artigo 217 A do Decreto-lei n.º 2.848, de 7 de dezembro de 1940- Código Penal, passa a vigorar com a seguinte alteração: “Art. 217-A ............................................................................. § 4o ....................................................................................... Pena - reclusão, de 20 (vinte) a 40 (quarenta) anos. (NR). *CD230677607900* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Alberto Fraga Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD230677607900 PL n.3702/2023Apresentação: 02/08/2023 17:26:25.017 - MESA........................................................................................................” Art. 3º O Decreto-lei n.º 2.848, de 7 de dezembro de 1940- Código Penal, passa a vigorar acrescido do seguinte artigo: “Art. 218 D As penas previstas neste Capítulo serão aplicadas em dobro quando o crime for praticado por agente que tenha se valido de condição de parentesco, confiança familiar, poder hierárquico, profissional ou moral em relação à vítima”. Art. 4º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICAÇÃO Este projeto de lei objetiva, primeiramente, ajustar, por isonomia, as penas do crime de estupro com resultado de lesão corporal de natureza grave (art. 213, § 1º, do Código Penal) com a do estupro de vulnerável com o mesmo resultado (art. 217 A, § 3º do Código Penal). Embora o ato típico do caput do artigo 217 A seja mais gravoso, posto contra vulnerável, por ocasião da agravante pelo resultado lesão corporal de natureza grave as penas devem ser equivalentes. Da mesma forma, no caso de resultado morte, as penas de ambos os artigos citados devem ser majoradas para reclusão de vinte a quarenta anos. Recentes estudos demonstram que o estupro contra mulheres alcançou números intoleráveis e, entre outras medidas de naturezas diversas, o direito penal há de ser implacável contra quem pratica tais atos. Por tais razões é que sugiro, igualmente, a inclusão de um artigo 218 D para estabelecer que “ As penas previstas neste Capítulo serão aplicadas em dobro quando o crime for praticado por agente que tenha se valido de condição de parentesco, confiança familiar, poder hierárquico, profissional ou moral em relação à vítima”. Isso se deve porque a maior parte das violências sexuais sofridas por meninas e mulheres tem como autor pessoa conhecida das vítimas, em razão de parentesco, poder hierárquico, profissional ou mesmo moral sobre a vítima, ademais da confiança familiar, com pleno acesso à residência, por exemplo. *CD230677607900* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Alberto Fraga Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD230677607900 PL n.3702/2023Apresentação: 02/08/2023 17:26:25.017 - MESAPor ser medida justa e necessária para modernizar a legislação penal e proteger as meninas e mulheres brasileiras, notadamente as mais vulneráveis, é que solicito aos nobres colegas parlamentares o apoio à presente proposta. Sala das Sessões, em 2 de agosto de 2023. Deputado Alberto Fraga *CD230677607900* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Alberto Fraga Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD230677607900 PL n.3702/2023Apresentação: 02/08/2023 17:26:25.017 - MESA
PL 1722/2022
Altera o Decreto-Lei nº 667, de 2 de julho de 1969, e a Lei nº 9.713, de 25 de novembro de 1998, para reservar 20% (vinte por cento) das vagas dos concursos e dos efetivos das polícias militares ou dos corpos de bombeiros militares para mulheres; altera as Leis nºs 9.266, de 15 de março de 1996, 9.654, de 2 de junho de 1998, e 9.264, de 7 de fevereiro de 1996, para vedar a limitação de vagas para mulheres nos concursos da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Civil do Distrito Federal, respectivamente; e veda a limitação de vagas para mulheres nos concursos das polícias civis ou das polícias penais.
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PL 1715/2021
Altera artigos do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941, Código de Processo Penal, para incluir disposições quanto à paridade de gênero no alistamento e na formação do Tribunal do Júri em casos de crime contra a vida, em geral, e especificamente na formação do Conselho de Sentença em casos de crime de feminicídio.
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https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2005178
PROJETO DE LEI Nº , DE 2021 (Do Sr. Túlio Gadêlha – PDT/PE) Altera artigos do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941, Código de Processo Penal, para incluir disposições quanto à paridade de gênero no alistamento e na formação do Tribunal do Júri em casos de crime contra a vida, em geral, e especificamente na formação do Conselho de Sentença em casos de crime de feminicídio. O CONGRESSO NACIONAL decreta: Art. 1º Esta Lei altera os artigos 425, 433, 447, 462, 463 e 468 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941, Código de Processo Penal, para incluir disposições quanto à paridade de gênero no alistamento e na formação do Tribunal do Júri em casos de crime contra a vida, em geral, e especificamente na formação do Conselho de Sentença em casos de crime de feminicídio. Art. 2º O caput do art. 425 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 425. Anualmente, serão alistados pelo presidente do Tribunal do Júri de 800 (oitocentos) a 1.500 (um mil e quinhentos) jurados nas comarcas de mais de 1.000.000 (um milhão) de habitantes, de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) nas comarcas de mais de 100.000 (cem mil) habitantes e de 80 (oitenta) a 400 (quatrocentos) nas comarcas de menor população, em paridade de gênero.” Art. 3º O art. 433 do Decreto-Lei n o 3.689, de 3 de outubro de 1941, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 433. O sorteio, presidido pelo juiz, far-se-á a portas abertas, cabendo-lhe retirar as cédulas até completar o número de 30 (trinta) jurados, para a reunião periódica ou extraordinária. *CD212116768600* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Túlio Gadêlha Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD212116768600 PL n.1715/2021Apresentação: 05/05/2021 19:34 - Mesa§ 1º O sorteio será realizado entre o 15º (décimo quinto) e o 10º (décimo) dia útil antecedente à instalação da reunião. § 2º A audiência de sorteio não será adiada pelo não comparecimento das partes. § 3º O jurado não sorteado poderá ter o seu nome novamente incluído para as reuniões futuras. (NR) §4º Em qualquer hipótese, o sorteio prosseguirá até que se complete o número mínimo de 15 (quinze) jurados do gênero feminino.” Art. 4º O art. 447 do Decreto-Lei n o 3.689, de 3 de outubro de 1941, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 447. O Tribunal do Júri é composto por 1 (um) juiz togado, seu presidente, e por 30 (trinta) jurados que serão sorteados dentre os alistados, 7 (sete) dos quais constituirão o Conselho de Sentença em cada sessão de julgamento. (NR)” Art. 5º O art. 462 do Decreto-Lei n o 3.689, de 3 de outubro de 1941, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 462. Realizadas as diligências referidas nos arts. 454 a 461 deste Código, o juiz presidente verificará se a urna contém as cédulas dos 30 (trinta) jurados sorteados, mandando que o escrivão proceda à chamada deles.” Art. 6º O art. 463 do Decreto-Lei n o 3.689, de 3 de outubro de 1941, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 463. Comparecendo, pelo menos, 16 (dezesseis) jurados, o juiz presidente declarará instalados os trabalhos, anunciando o processo que será submetido a julgamento. Parágrafo único. Em caso de crime de feminicídio, entre os 16 (dezesseis) jurados que comparecerem, no mínimo, 8 (oito) devem ser do gênero feminino” (NR) Art. 7º O art. 468 do Decreto-Lei n o 3.689, de 3 de outubro de 1941, passa a vigorar com a seguinte redação: *CD212116768600* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Túlio Gadêlha Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD212116768600 PL n.1715/2021Apresentação: 05/05/2021 19:34 - MesaArt. 468. À medida que as cédulas forem sendo retiradas da urna, o juiz presidente as lerá, e a defesa e, depois dela, o Ministério Público poderão recusar os jurados sorteados, até 3 (três) cada parte, sem motivar a recusa. §1º O jurado recusado imotivadamente por qualquer das partes será excluído daquela sessão de instrução e julgamento, prosseguindo-se o sorteio para a composição do Conselho de Sentença com os jurados remanescentes. §2º Em casos de crime de feminicídio, a dispensa de jurada do gênero feminino deve ser devidamente motivada conforme critérios de impedimento, suspeição ou incompatibilidade na forma da lei.” Art. 8º Esta Lei entra em vigor noventa dias após a data de sua publicação oficial. JUSTIFICATIVA O presente projeto de lei dispõe sobre a composição do Tribunal de Júri, tanto em casos de crimes contra a vida e em especial, na hipótese de crime de feminicídio, de modo a assegurar maior paridade de gênero no processo de escolha dos jurados. É importante lembrar que o simples acesso equitativo de ambos os gêneros ao júri não implica garantir que há tratamento igualitário entre os gêneros na escolha para composição do Conselho de Sentença, sendo imperativo a aplicação da paridade no alistamento, bem como no sorteio dos jurados, na busca de superar problemas históricos e sociais, na participação feminina em atividades públicas e maior representatividade na tomada de decisões. Considerando a necessidade de maior proteção legal da mulher diante da violência de gênero e o caráter do crime de feminicídio, em que, conforme dita o inciso VI do art. 121 do Código Penal Brasileiro, as razões que motivam o crime é a condição de gênero feminino, através da violência doméstica e familiar, o menosprezo ou discriminação à condição de mulher, há a necessidade de composição de um Tribunal de Juri em paridade de gênero. *CD212116768600* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Túlio Gadêlha Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD212116768600 PL n.1715/2021Apresentação: 05/05/2021 19:34 - MesaDestarte, é indispensável que nos crimes de feminicídio, notadamente, haja a necessidade de que o Conselho de sentença seja composto por um número mínimo de pessoas do gênero feminino, bem como que a dispensa de jurados de gênero feminino seja devidamente motivada, para que se evitem dispensas injustificadas e naturalmente tendenciosas. Desta feita, resta mais que demonstrada a necessidade do estabelecimento de critérios de paridade de gênero na escolha de jurados em casos do crime de feminicídio. Sala das Sessões, em 05 de maio de 2021. Deputado TÚLIO GADÊLHA - PDT/PE *CD212116768600* Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Túlio Gadêlha Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD212116768600 PL n.1715/2021Apresentação: 05/05/2021 19:34 - Mesa
PL 1704/2019
Institui a política nacional de diagnóstico e tratamento da depressão pós-parto.
maternidade
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M
REPUBLICANOS
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1723077
PROJETO DE LEI Nº , DE 2019 (Do Sr. JULIO CESAR RIBEIRO) Institui a Política Nacional de Diagnóstico e Tratamento da Depressão Pós-Parto. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta Lei institui a Política Nacional de Diagnóstico e Tratamento da Depressão Pós -Parto , a ser implementada pela União, os Estados, os municípios e o Distrito Federal. Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, define -se depressão pós-parto como um espectro de transtornos depressivos e ansiosos que acometem a mulher após o parto. Art. 2º São objetivos da Política Nacional de Diagnóstico e Tratamento da Depressão Pós -Parto: I – o estímulo à produção de estudos e pesquisas acerca do diagnóstico e do tratamento da depressão pós -parto; II – a promoção da disseminação de informações acerca da depressão pós -parto nos diversos veículos de informação; III – a promoção, no âmbito do Sistema Único de Saúde, da capacitação contínua acerca do diagnóstico e do tratamento da depressão pós - parto aos profissionais dos serviços de saúde que atendam mulheres no período pré e pós -natal; IV – a promoção, no âmbito do Sistema Único de Saúde, da busca ativa de puérperas que não comparecerem às consultas pós -parto, par a fins de acompanhamento; V – a garantia de atendimento domiciliar no pós -parto às mulheres que apresentarem sintomas de depressão pós -parto; 2 VI – a garantia de acesso aos medicamentos e suplementos alimentares prescritos pelo médico assistente às mulheres após o parto; VII – a garantia de acesso à atenção psicossocial para as mulheres com depressão pós -parto e para os seus familiares próximos; VIII – o desenvolvimento e o aprimoramento de métodos de coleta e análise de dados sobre a depressão pós -parto, para subsidiar a formulação de políticas e a tomada de decisões. Art. 3º A Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998, passa a vigorar acrescida do se guinte artigo: “Art. 10 -C. Todos os procedimentos relacionados ao tratamento da depressão pós -parto são obrigatoriamente cobertos pelas operadoras dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1º do art. 1º. § 1º As operadoras desenvolverão ações de treinamen to para os profissionais que atendam mulheres no período pré e pós - natal, que possibilitem o aprimoramento da capacidade de diagnosticar e tratar a depressão pós -parto, nos termos de regulamento. § 2º As operadoras promoverão campanhas periódicas de consci entização para os beneficiários acerca dos riscos da depressão pós -parto, nos termos de regulamento.” Art. 4º Esta Lei entra em vigor no prazo de cento e oitenta dias, a partir da data de sua publicação. JUSTIFICAÇÃO A depressão pós -parto, consoante info rmado pelo Ministério da Saúde (MS), é uma condição de profunda tristeza e desespero que acontece logo após o parto. Pode ser associada a fatores físicos e emocionais, ao estilo e à qualidade de vida, mas também pode ter ligação com outros problemas e transtornos mentais. Suas consequências são diversas. Entre elas estão a piora do vínculo entre a mãe e o bebê, além de efeitos no desenvolvimento social, afetivo e cognitivo da criança. Mães com depressão pós -parto muitas 3 vezes amamentam pouco e descumprem o calendário vacinal da criança. Em casos mais graves, se não tratada adequadamente, essa condição pode levar ao suicídio materno1. De acordo com o disposto em artigo publicado no Portal da Fundação Oswaldo Cruz2 (Fiocruz), estudo3 recente realizado por diversos pesquisadores dessa instituição constatou que a prevalência da depressão pós-parto no Brasil é de 26,3%, bem mais elevada do que a estimada pela Organização Mundial de Saúde para países de baixa renda. Essa pesquisa também m ostrou que as mães que mais apresentaram sintomas de depressão pós-parto, de acordo com o modelo final da análise, não tinham planejado a gravidez, eram de cor parda, tinham baixa condição socioeconômica , apresentavam antecedentes de transtorno mental e praticavam hábitos não saudáveis , como o uso excessivo de álcool. A grande prevalência dessa condição no Brasil é, em nossa opinião, um sinal de alerta de que é preciso desenvolver uma política específica para a prevenção, o diagnóstico e o tratamento da dep ressão pós - parto. Quando se nota que mais de uma a cada 4 mulheres que dão à luz desenvolvem sintomas de depressão após o nascimento do bebê, percebe -se a urgência da intervenção do Poder Público para a minoração desse problema. Uma política nesse sentido estimularia estudos sobre o tema. Ademais, promoveria a preparação dos profissionais envolvidos no acompanhamento da gestação e do parto não só para a investigação, durante o pré -natal, dos fatores de risco para o desenvolvimento da condição, mas também p ara o estímulo à participação da família e dos amigos nesse momento tão delicado. Adicionalmente, ensejaria a capacitação permanente quanto aos tratamentos possíveis da depressão pós -parto, inclusive dos casos mais graves. Com isso, reduziria, sensivelment e, a prevalência dessa condição no País. Nesse contexto, destacamos que o Poder Legislativo é 1 http://portalms.saude.gov.br/saude -de-a-z/saude -mental/depressao -pos-parto 2 https://portal.fiocruz.br/noticia/depressao -pos-parto -acomete -mais -de-25-das-maes -no-brasil 3 https://www.clinicalkey.com/service/content/pdf/watermarked/1 -s2.0- S0165032715306789.pdf?locale=pt_BR 4 fundamental na definição das políticas públicas. Conforme Fernando Aith, professor da Universidade de São Paulo, no artigo “O Direito à Saúde e a Política Nacion al de Atenção Integral aos Portadores de Doenças Raras no Brasil”4, “(...) deve o Estado atuar por meio de seus três poderes para a efetivação do direito à saúde no Brasil: ao Poder Legislativo compete a aprovação de leis que orientem e possibilitem a atua ção do Poder Executivo em defesa da saúde, leis que protejam este direito nos campos orçamentário, administrativo, de exercício de poder de polícia, de execução de políticas públicas, dentre outros (...)”. Conhecedores da possibilidade de diminuição da pre valência da depressão pós -parto no Brasil , resolvemos abordar esse assunto nesta Casa. Nós, Deputados, temos a atribuição de legislar em benefício do cidadão brasileiro. Por isso, pedimos que cada um dos nobres parlamentares nos apoie nessa luta. Sala das Sessões, em de de 2019. Deputado JULIO CESAR RIBEIRO 2019 -1157 4 http://www.jbes.com.br/images/edicao -especial2014/jbes -especial01.pdf