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PL 2782/2023 | Altera a Lei nº 12.845, de 1º de agosto de 2013, que dispõe sobre o atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de violência sexual, para determinar que a prevenção da gravidez e a profilaxia das infecções sexualmente transmissíveis (IST) devem ser realizadas ou prescritas nas primeiras 72 horas após a violência sexual, ou no primeiro atendimento. | dignidade sexual | 0 | F | MDB | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2277723 | PROJETO DE LEI Nº , DE 2023
(Da Sra. DRA. ALESSANDRA HABER)
Altera a Lei nº 12.845, de 1º de agosto
de 2013, que dispõe sobre o atendimento
obrigatório e integral de pessoas em
situação de violência sexual, para determinar
que a prevenção da gravidez e a profilaxia
das infecções sexualmente transmissíveis
(IST) devem ser realizadas ou prescritas nas
primeiras 72 horas após a violência sexual,
ou no primeiro atendimento.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º O art. 3º da Lei nº 12.845, de 1º de agosto de 2013,
passa a vigorar acrescido do seguinte §4º:
“Art. 3º................................................................................
...........................................................................................
§4º Os procedimentos previstos nos incisos IV e V do caput
devem ser realizados ou prescritos nas primeiras 72 horas
após a violência sexual, ou no primeiro atendimento, se tiver
sido realizado após esse prazo.” (NR)
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
A violência sexual é uma das mais graves violações dos
direitos humanos e afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Além do
trauma psicológico e emocional, as vítimas de violência sexual correm o risco
de contrair infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e de engravidar.
*CD234320655300*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Dra. Alessandra Haber
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD234320655300
PL n.2782/2023Apresentação: 24/05/2023 12:39:07.527 - MESA2
No Brasil, estima-se que ocorram mais de 800 mil estupros por
ano, ou cerca de dois por minuto1! O pior é que menos de 10% dos casos
chegam à polícia ou ao sistema de saúde, para o devido tratamento clínico.
Por isso, é fundamental que as vítimas de violência sexual
tenham acesso imediato a serviços de saúde que ofereçam prevenção da
gravidez e profilaxia de ISTs. Esses serviços incluem a administração da pílula
do dia seguinte e a realização de testes para detectar a presença de ISTs,
além da oferta de tratamento caso necessário.
Infelizmente, muitas pessoas que sofrem violência sexual não
têm acesso a esses serviços, seja por falta de informação, medo de julgamento
ou estigma social. Além disso, a falta de serviços de saúde adequados em
algumas regiões também pode dificultar o acesso à profilaxia.
É importante destacar que as medidas profiláticas devem ser
realizadas o mais breve possível após a violência sexual, preferencialmente
nas primeiras 72 horas2. Isso porque a eficácia da pílula do dia seguinte e do
tratamento para ISTs diminui com o passar do tempo.
É inadmissível que as vítimas de violência sexual sejam
privadas do acesso oportuno às profilaxias. Todos os esforços precisam ser
feitos para garantir que esses serviços estejam disponíveis e acessíveis a
todas as pessoas que necessitam, de forma a minimizar os danos causados
pela violência sexual e garantir a proteção da saúde e dos direitos humanos
das vítimas.
Nesse contexto, apresentamos esta proposição, que pretende
alterar a Lei nº 12.845, de 1º de agosto de 2013, que dispõe sobre o
atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de violência sexual,
para determinar que a prevenção da gravidez e a profilaxia das infecções
sexualmente transmissíveis (IST) devem ser realizadas nas primeiras 72 horas
após a violência sexual. Caso o atendimento tenha ocorrido após este período,
a determinação é que se façam as profilaxias imediatamente.
1 https://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/brasil-terra-da-violencia-sexual-822-mil-estupros-por-ano-
dois-por-minuto/
2
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_humanizada_pessoas_violencia_sexual_norma_te
cnica.pdf
*CD234320655300*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Dra. Alessandra Haber
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD234320655300
PL n.2782/2023Apresentação: 24/05/2023 12:39:07.527 - MESA3
Dessa forma, podemos atuar para que as profilaxias sejam
feitas o quanto antes possível. Pela importância deste tema, pedimos o apoio
dos colegas parlamentares para sua aprovação.
Sala das Sessões, em 24 de maio de 2023.
Deputada DRA. ALESSANDRA HABER
MDB/PA
*CD234320655300*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Dra. Alessandra Haber
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD234320655300
PL n.2782/2023Apresentação: 24/05/2023 12:39:07.527 - MESA |
PL 929/2023 | Altera a Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991 que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social para dispor sobre a pensão especial à criança ou adolescente cuja genitora tenha falecido vítima de feminicídio e não for filiada ao Regime Geral de Previdência Social e dá outras providências | feminicidio | 0 | M | REPUBLICANOS | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2240253 | CÂMARA DOS DEPUTADOS
dep.fredlinhares@camara.leg.br
PROJETO DE LEI Nº , DE 2023
(Do Sr. Fred Linhares)
Altera a Lei nº 8.213, de 24 de julho
de 1991 que dispõe sobre os
Planos de Benefícios da
Previdência Social para dispor
sobre a pensão especial à criança
ou adolescente cuja genitora tenha
falecido vítima de feminicídio e não
for filiada ao Regime Geral de
Previdência Social e dá outras
providências .
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º A Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre
os Planos de Benefícios da Previdência Social, passará a vigorar com a
seguinte alteração:
“Art. 16-A As crianças e adolescentes cuja genitora tenha
falecido vítima de feminicídio terão direito a concessão de
pensão especial por morte.
§ 1º O disposto nesta Lei só será devido se a genitora não for
filiada ao Regime Geral da Previdência Social;
§ 2º A pensão especial por morte prevista nesta lei, será igual ao
valor de um salário mínimo.
§ 3º No caso do filho maior de 21 (anos) de idade é necessário
que o beneficiário apresente parecer social para comprovar
situação de
*CD238625419200*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Fred Linhares
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD238625419200
PL n.929/2023Apresentação: 07/03/2023 15:33:46.430 - Mesavulnerabilidade e estar matriculado em um curso de graduação
reconhecido pelo Ministério da Educação, para que o benefício
seja estendido até os 24 (vinte e quatro) anos de idade.
§ 4º No caso de filho com deficiência intelectual ou mental ou
deficiência grave será assegurado a pensão vitalícia.
Art. 2º Acrescente-se a Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, o
seguinte art. 74-A.
“Art. 74-A Será concedida pensão especial à criança ou
adolescente cuja genitora tenha falecido vítima de feminicídio.
Parágrafo único. Serão beneficiados os filhos menores de idade
de até 24 (vinte e quatro) anos, se comprovada situação de
vulnerabilidade e matricula em um curso de graduação
reconhecido pelo Ministério da Educação, ou pessoa com
deficiência grave, mental ou intelectual cuja genitora não for filiada
ao Regime Geral da Previdência Social“ (NR)
Art. 3º Os recursos para concessão da pensão especial às
crianças e adolescentes órfãos de que trata esta Lei, ocorrerão por dotações
orçamentárias ordinárias da União.
Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
A violência contra a mulher é, sem dúvida, um dos maiores desafios
da sociedade contemporânea em todos os países e culturas, e tem causado
*CD238625419200*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Fred Linhares
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD238625419200
PL n.929/2023Apresentação: 07/03/2023 15:33:46.430 - Mesadanos irreparáveis a milhões de mulheres e suas famílias.
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgou pesquisa1 acerca
de todos os tipos de violência contra a mulher, ocorridos no ano de 2022.
Aproximadamente 7,4 milhões de brasileiras sofreram violência física, o que
equivale a 14 mulheres agredidas por minuto, destas 11,6% sofreram violência
física, 12,4% ameaças de violências físicas, 5,1% ameaça com fac ou arma de
fogo, 23,1% ofensas verbais, 9% ofensas sexuais, 13,5% perseguição, 5,4%
espancamento ou tentativa de estrangulamento, 4,2% lesão provocada por
algum objeto que lhe foi atirado e 1,6% esfaqueamento ou tiro.
Especificamente no Distrito Federal, apenas no ano de 2023, já
foram mais de oito mulheres vítimas de feminicídios, por homens que
mantinham ou que tiveram relacionamentos. A maioria das vítimas deixou
filhos, os órfãos do feminicídio.
A luta contra o feminicídio é dever de todos, mas em especial do
Estado, através da implantação de leis e políticias públicas que visem a
prevenção, educação, informação para conscientização das pessoas, o
fomento à denúncia, a responsabilização dos autores e assistência à família.
Desse modo, nos preocupamos nesta proposta legislativa, com as
crianças e adolescentes que ficam órfãos do feminicídio e tem suas vidas
marcadas pelo crime acometido e pela condição de vulnerabilidade que
passam a enfrentar nas áreas psicológica, econômica e social.
Por esse motivo, entendemos ser necessário e urgente a concessão
de pensão por morte à criança ou adolescente cuja genitora tenha falecido
1file:///C:/Users/P_232152/Downloads/Correio%20Braziliense%2003.03.23%20%C2%A9%EF
%B8%8F.pdf.
1 https://www.paho.org/pt/noticias/9-3-2021-devastadoramente-generalizada-1-em-cada-3-
mulheres-em- todo-mundo-sofre-violencia .
2 https://forumseguranca.org.br/publicacoes_posts/violencia-contra-meninas-e-mulheres-no-1o-
semestre- de-2022/
*CD238625419200*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Fred Linhares
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD238625419200
PL n.929/2023Apresentação: 07/03/2023 15:33:46.430 - Mesavítima de feminicídio e não for filiada ao Regime Geral de Previdência Social, a
fim de amparar os filhos menores na saúde, na educação e principalmente na
área psicossocial.
Pelas razões acima expostas e por considerarmos que o Estado
deve ser responsável pelo enfrentamento ao feminicídio bem como pelo
amparo às crianças e adolescentes é que apresentamos esse projeto de lei e
regamos aos nobres pares a aprovação da presente proposta.
Sala das Sessões, de março de 2023.
Fred Linhares
Deputado Federal - Republicanos/DF
*CD238625419200*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Fred Linhares
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD238625419200
PL n.929/2023Apresentação: 07/03/2023 15:33:46.430 - Mesa |
PL 538/2023 | Insere nova causa de aumento de pena na lesão corporal cometida no âmbito de violência doméstica ou por razões da condição do sexo feminino, quando praticada na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima. | violencia contra a mulher | 0 | F | AVANTE | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2235515 |
PROJETO DE LEI Nº , DE 2023
(Da Sra. DELEGADA IONE )
Insere nova causa de aumento de pena
na lesão corporal cometida no âmbito de
violência doméstica ou por razões da
condição do sexo feminino, quando
praticada na presença física ou virtual de
descendente ou de ascendente da vítima .
O Congresso Nacional decreta :
Art. 1º Esta Lei insere nova causa de aumento de pena na
lesão corporal cometida no âmbito de violência doméstica ou por razões da
condição do sexo feminino, quando praticada na presença física ou virtual de
descendente ou de ascendente da vítima .
Art. 2º O art. 129 do Decreto -Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
1940 (Código Penal), passa a vigorar acrescido do seguinte § 14:
“Art. 129.
............................................................................. .
.............................................................................................
§ 14. Aplica-se a pena em dobro se a lesão corporal
cometida no âmbi to de violência doméstica ou por razões
da condição do sexo feminino for praticada na presença
física ou virtual de descendente ou de ascendente da
vítima. ” (NR)
Art. 3º Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.
*CD230529417600* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Delegada Ione
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD230529417600
PL n.538/2023 Apresentação: 15/02/2023 12:57:38.207 - MESA 2
JUSTIFICAÇÃO
O presente Projeto de Lei destina -se a inserir nova causa
de aumento de pena na lesão corporal cometida no âmbito de violência
doméstica ou por razões da condição do sexo feminino, quando praticada na
presença física ou virtual de descendente ou de ascende nte da vítima .
Inicialmente é importante registrar que a lesão corporal
está catalogad a no Código Penal (CP) no capítulo que trata dos crimes contra
a vida, punindo com pena privativa de liberdade o agente que ofender a
integridade corporal ou a saúde de o utrem.
Registre -se que o referido delito pode ser de natureza
leve, grave ou gravíssima, a depender da gravidade dos danos causados na
vítima; fazendo com que as balizas penais previstas na legislação variem
conforme tal classificação , além de levar em con sideração outras
circunstâncias que circundam a transgressão .
Efetivadas tais considerações, consigne -se que o
Legislador, em atenção às especificidades que envolvem a consecução do
malfeito contra a mulher ou no âmbito de violência doméstica , impõe maior
proteção aos ofendidos ao disciplinar a figura qualificada da lesão corporal
leve, preconizando sanções com patamares superiores àqueles fixados no tipo
penal básico.
Não obstante, há que se reconhecer que a lei se ressente
de indispensável causa d e aumento de pena , já prevista no crime de
feminicídio (inciso III do §7º do art. 121 do CP), para sancionar com severidade
aquele que cometer o delito de lesão corporal, na forma supramencionada,
estando presente descendente ou ascendente da vítima, já qu e tal
circunstância configura brutal violência psicológica contra essas pessoas, que
ficarão traumatizadas pelo resto de suas vidas.
É de rigor, portanto, que o Poder Legislativo coíba com
austeridade essa prática criminosa, censurando apropriadamente o infrator da
Lei Penal com adequada retribuição ao mal perpetrado, além de desestimular o
futuro cometimento do delito por outros indivíduos .
*CD230529417600* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Delegada Ione
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD230529417600
PL n.538/2023 Apresentação: 15/02/2023 12:57:38.207 - MESA 3
Trata -se, portanto, de medida imprescindível ao
aperfeiçoamento do arcabouço legislativo penal, razão pela qual cont o com o
apoio dos Ilustres Pares para a aprovação deste Projeto de Lei.
Sala das Sessões , em de de 2023 .
Deputada DELEGADA IONE
2023 -765
*CD230529417600* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Delegada Ione
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD230529417600
PL n.538/2023 Apresentação: 15/02/2023 12:57:38.207 - MESA |
PL 3858/2023 | Insere o §2º no art. 114 da Lei n.º 7.210, de 11 de julho de 1984, que institui a Lei de Execução Penal, para tornar obrigatório o comparecimento do sentenciado a programas de recuperação e reeducação, para o ingresso no regime aberto, nos casos de violência doméstica e/ou familiar contra a mulher. | violencia contra a mulher | 0 | F | AVANTE | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2309207 | CÂMARA DOS DEPUTADOS
PROJETO DE LEI N.º _____, DE 2023.
(Das Senhoras DELEGADA IONE e LÊDA BORGES)
Insere o §2º no art. 114 da Lei n.º 7.210,
de 11 de julho de 1984, que institui a Lei de
Execução Penal, para tornar obrigatório o
comparecimento do sentenciado a programas de
recuperação e reeducação, para o ingresso no
regime aberto, nos casos de violência doméstica
e/ou familiar contra a mulher.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º - O artigo 114 da Lei n.º 7.210, de 11 de julho de 1984, que institui a Lei
de Execução Penal, passa a vigorar com o seguinte §2º:
“Art. 114 .......................................................................................
............................................................................................................
§ 1º .............................................................................
§ 2º “Nos casos de violência doméstica e/ou familiar contra a
mulher será obrigatório o comparecimento do sentenciado a programas
de recuperação e reeducação, de caráter reflexivo e responsabilizante,
para o ingresso no regime aberto.”
Art. 2º- Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
A experiência empírica tem mostrado a importância dos grupos reflexivos na
prevenção de novas violências e na proteção da mulher. Há mais de 10 anos, a
intervenção com homens agressores tem sido aplicada em várias iniciativas do país,
inclusive, como medida protetiva, nos termos do art. 22, VI, da Lei n.º 11.340/2006 (Lei
Maria da Penha).
*CD238044839200*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Delegada Ione e outros
Para verificar as assinaturas, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD238044839200
PL n.3858/2023Apresentação: 09/08/2023 18:33:10.830 - MESACÂMARA DOS DEPUTADOS
Todavia, no âmbito da Execução Penal, a legislação acaba limitando a
aplicação dos grupos apenas a casos com penas mais reduzidas que, em regra, ficam
estabelecidas abaixo de quatro anos (quando aplicado o regime aberto, sursis penal
ou pena restritiva de direito).
De outra parte, qualquer pena privativa de liberdade em que seja aplicado o
regime semiaberto ou fechado tem enfoque na punição do autor de violência, porém
não na prevenção.
Nesse contexto, para uma atuação em caráter preventivo, revela-se eficaz,
entre outras medidas, a obrigatoriedade de encaminhamento do sentenciado para o
grupo reflexivo e responsabilizante, ainda durante o cumprimento em Unidades
Penitenciárias, ou até mesmo em regime semiaberto harmonizado.
Tal preocupação se torna pertinente tendo em vista que os estereótipos de
gênero e os ambientes masculinizados nas Unidades Prisionais tendem a aumentar os
riscos de novos comportamentos violentos contra mulheres, de modo que não se
mostra razoável que apenas os sentenciados com penas menos graves sejam
direcionados para tais programas de prevenção.
Diante desse cenário que se propõe a alteração do artigo 114, da Lei de
Execução Penal, para fim de incluir como condição para progressão para o regime
aberto a obrigatoriedade de submissão dos apenados em regimes semiaberto e
fechado, de modo a garantir que todos os condenados por crimes de gênero passem
por esse importante programa reflexivo e responsabilizante.
Neste sentido, contamos com o apoio dos nobres Pares, para a aprovação
deste projeto que, certamente, aperfeiçoará a legislação brasileira no tocante ao
combate a violência contra as mulheres.
Sala das Sessões, ____ de agosto de 2023.
DELEGADA IONE LÊDA BORGES
Deputada Federal Deputada Federal
AVANTE/MG PSDB/GO
*CD238044839200*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Delegada Ione e outros
Para verificar as assinaturas, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD238044839200
PL n.3858/2023Apresentação: 09/08/2023 18:33:10.830 - MESAProjeto de Lei
(Da Sra. Delegada Ione)
Insere o §2º no art. 114 da Lei
n.º 7.210, de 11 de julho de 1984, que
institui a Lei de Execução Penal, para
tornar obrigatório o comparecimento do
sentenciado a programas de recuperação e
reeducação, para o ingresso no regime
aberto, nos casos de violência doméstica
e/ou familiar contra a mulher.
Assinaram eletronicamente o documento CD238044839200, nesta ordem:
1 Dep. Delegada Ione (AVANTE/MG)
2 Dep. Lêda Borges (PSDB/GO) - Fdr PSDB-CIDADANIA
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Infoleg - Autenticador
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Delegada Ione e outros
Para verificar as assinaturas, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD238044839200
PL n.3858/2023Apresentação: 09/08/2023 18:33:10.830 - MESA |
PL 6333/2019 | Veda a progressão de regime de pena ao condenado pela prática de crimes contra a vida | direitos sexuais e reprodutivos | 1 | M | SOLIDARIEDADE | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1843839 |
CÂMARA DOS DEPUTADOS
DEPUTADO DR. LEONARDO - SOLIDARIEDADE -MT
PROJETO DE LEI Nº , DE 2019
(Do Sr. DR. LEONARDO)
Veda a progressão de regime de pena
ao condenado pela prática de crimes contra
a vida, hediondos e equiparados.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta Lei veda a progressão de regime de pena ao
condenado pela prática de crimes contra a vida, hediondos e equiparados.
Art. 2º O art. 112 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei
de Execução Penal), passa a vigorar acrescido do seguinte § 5º:
“Art. 112. .............................................................................
.............................................................................................
§ 5º Será vedada a progressão de regime de pena aos
seguintes crimes tip ificados no Decreto -Lei nº 2.848, de 7
de dezembro de 1940:
I – homicídio simples (art. 121, caput );
II – homicídio qualificado (art. 121, § 2º);
III – induzimento, instigação ou auxílio a suicídio (art.
122);
IV – infanticídio (art. 123);
V – aborto (arts . 124, 125, 126 e 127);
VI – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art.
129, § 2º) e lesão corporal seguida de morte (art. 129, §
3º), quando praticadas contra autoridade ou agente
PL n.6333/2019 Apresentação: 09/12/2019 18:04 2
descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal,
integrantes d o sistema prisional e da Força Nacional de
Segurança Pública, no exercício da função ou em
decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou
parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa
condição;
VII – latrocínio (art. 157, § 3º, in fine );
VIII – extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2º);
IX – extorsão mediante sequestro e na forma
qualificada (art. 159, caput, e §§ 1º, 2º e 3º);
X – estupro (art. 213);
XI – estupro de vulnerável (art. 217 -A);
XII – favorecimento da prostituição ou de outra forma
de exploração sexual de criança ou adolescente ou
de vulnerável (art. 218 -B, caput , e §§ 1º e 2º);
XIII – epidemia com resultado morte (art. 267, § 1º);
e
XIV – falsificação, corrupção, adulteração ou
alteração de produto destinado a fins tera pêuticos ou
medicinais (art. 273, caput e § 1º, § 1º -A e § 1º -B).
Parágrafo único. Veda -se também a progressão de
regime de pena quando se tratar da prática do crime
de tortura, de tráfico de drogas e de terrorismo.”
(NR)
Art. 3º Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
PL n.6333/2019 Apresentação: 09/12/2019 18:04 3
Trata-se de Projeto de Lei que pretende vedar a progressão de
regime de pena ao condenado pela prática de crimes contra a vida, hediondos
e equiparados.
Sobreleva destacar que o Brasil experimenta uma verdadeira
epidemia de infrações e violência, onde a prática do crime de homicídio, que
atenta contra um dos maiores bens jurídicos existentes – a vida -, tem se
mostrado rotineira.
Ademais, os crimes hediond os e equiparados, por sua
natureza, também se encontram no topo da pirâmide de desvaloração
axiológica criminal, por causar maior aversão à sociedade.
Dessa forma, o cumprimento de pena referente aos aludidos
delitos deve ocorrer sem a concessão do benefíc io de progressão de regime
prisional, devendo o agente criminoso ser mantido segregado no regime que
lhe foi imposto pela sentença condenatória transitada em julgado, até o integral
cumprimento da sanção, sob pena de ocorrer a reiteração delituosa ou até
eventual escalada no mundo do crime, caso obtenha a benesse em análise.
A mencionada providência consiste, portanto, em medida
indispensável ao aperfeiçoamento da execução penal, razão pela qual conto
com o apoio dos Ilustres Pares para a aprovação do prese nte Projeto de Lei.
Sala das Sessões, em de de 2019.
Deputado DR. LEONARDO
PL n.6333/2019 Apresentação: 09/12/2019 18:04 |
PL 1769/2022 | Determina a divulgação e compartilhamento dos canais oficiais para denúncias de crimes de violência doméstica e familiar, em todos os sítios eletrônicos administrados pelo Poder Público. | violencia contra a mulher | 0 | M | PSB | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2191831 | PROJETO DE LEI Nº , DE 2022.
(Deputado Danilo Cabral)
Determina a divulgação e
compartilhamento dos canais oficiais para
denúncias de crimes de violência
doméstica e familiar, em todos os sítios
eletrônicos administrados pelo Poder
Público.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º Os sítios eletrônicos e aplicativos para dispositivos móveis de todos os
órgãos do Poder Público que forem voltados para o compartilhamento de informações e
acesso a serviços públicos disponibilizados à população, deverão conter ícone ou
imagem com link de acesso aos canais oficiais para denúncias de crimes de violência
praticados contra a mulher.
Art. 2º O descumprimento do disposto nesta Lei pelos agentes ou
estabelecimentos públicos ensejará a sua responsabilização administrativa ou de seus
dirigentes, em conformidade com a legislação aplicável.
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
*CD220513800500*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Danilo Cabral
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD220513800500
PL n.1769/2022Apresentação: 27/06/2022 16:24 - MesaJUSTIFICATIVA
O presente Projeto de Lei tem como objetivo ampliar o compartilhamento de
informações sobre os canais oficiais do governo voltados para as denúncias de crimes
praticados contra mulher. Para isso, a proposta obriga o poder público a disponibilizar,
em todos os sítios eletrônicos e páginas oficiais, ícone ou imagem com link de acesso aos
canais de denúncia.
Pelo exposto apresentamos este Projeto de Lei e contamos com o apoio dos
nobres pares para sua aprovação.
Sala das Sessões, em 20 de junho de 2022.
Deputado DANILO CABRAL
PSB/PE
*CD220513800500*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Danilo Cabral
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD220513800500
PL n.1769/2022Apresentação: 27/06/2022 16:24 - Mesa |
PL 4605/2019 | Dispõe sobre a realização de curso de primeiros socorros e de prevenção de acidentes durante o acompanhamento pré-natal, e o reforço dessas informações na maternidade e nas consultas de acompanhamento da criança recém-nascida. | maternidade | 1 | M | PL | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1793735 |
PROJETO DE LEI Nº , DE 2019
(Do Deputado Federal LUIZ LIMA )
Dispõe sobre a realização de curso de
primeiros socorros e de prevenção de
acidentes durante o acompanhamento pré -
natal, e o reforço dessas informações na
maternidade e nas consultas de
acompanhamento da criança recém -nascida .
O Congresso Nacional decreta :
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a realização de curso de primeiros
socorros e de prevenção de acidentes durante o acompanhamento pré -natal, e
o reforço dessas informações na maternidade e nas consultas de
acompanhamento das crianças após a alta.
Art. 2º Os estabe lecimentos de saúde que realizam consultas
de pré -natal deverão organizar curso simplificado de primeiros socorros e de
prevenção de acidentes, com foco na primeira infância, a ser ministrado para
as pacientes grávidas atendidas , na forma do regulamento .
§1º O curso referido no caput deverá contemplar, entre outros
temas relevantes :
I - manobra para desobstrução de vias aéreas;
II - prevenção de morte súbita do lactente;
III – segurança no transporte de crianças ;
IV - prevenção de afogamentos.
§2º O regulamento poderá acrescentar mais temas, com base
na epidemiologia relativa a agravos evitáveis da primeira infância
§3º Preferencialmente, deverão participar do curso referido no
caput ambos os genitores .
PL n.4605/2019 Apresentação: 20/08/2019 18:59 2
Art. 3º Os estabelecimentos de saúde habilitados para a
realização de partos deverão apresentar aos pais dos recém -nascidos
informações básicas de primeiros socorros e prevenção de acidentes com foco
na primeira infância , na forma do regulamento .
§1º Os temas a serem abordados serão os mesmos listados n o
§1º do art. 2º desta Lei, além de outros que sejam definidos no regulamento .
§2º Os estabelecimentos referidos no caput deverão entregar,
no momento da alta hospitalar, documento reforçando as informações de
primeiros socorros e prevenção de acidentes qu e foram apresentadas durante
a internação.
§3º Os estabelecimentos de saúde que realizam a primeira
consulta e o acompanhamento da criança após a alta da maternidade deverão
reforçar para os pais ou responsáveis as informações referidas no caput .
Art. 4º O descumprimento do disposto nesta Lei configura
infração à legislação sanitária federal, aplicando -se as disposições previstas na
Lei n° 6.437, de 20 de agosto de 1977, ou em outra que venha substituí -la.
Art. 5º Esta Lei entra em vigor após decorridos cen to e oitenta
dias de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
A criação e expansão do Sistema Único de Saúde (SUS) possibilitou uma
redução progressiva da mortalidade infantil, algo que deve ser comemorado.
Várias medidas contribuíram para essa melhora, como pré -natal , atenção ao
parto, atenção básica e programa nacional de imunizações, dentre outras.
Com a redução da incidência de complicações gestacionais, de infecções e da
desnutrição, passou a chamar a atenção um grupo de agravos responsáveis
por grande parte das mortes de crianças, os acidentes e a morte súbita.
PL n.4605/2019 Apresentação: 20/08/2019 18:59 3
Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2017 morreram mais de 3 mil
crianças de até cinco an os de idade devido a causas evitáveis, como os
acidentes de trânsito, afogamento, engasgamento/ sufocamento e mo rte súbita
do lactente, entre outras.
São milhares de mortes de crianças pequenas que podem ser evitadas, com
medidas simples de prevenção, ou de primeiros socorros, que podem ser
aplicadas por pessoas que não são da área da saúde. No caso do
engasgamento , por exemplo, a manobra de Heimlich pode ser ensinada e
aplicada sem dificuldade. Na prevenção da morte súbita, apenas a informação
sobre a forma e local de dormir do recém -nascido já evitaria grande parte dos
eventos.
Este Projeto de Lei pretende estabelecer uma política de educação voltada
para a prevenção e primeiros socorros dos agravos evitáveis da primeira
infância. Durante o pré -natal, seria feito um curso , com a participação de
ambos genitores . Além disso , ainda na maternidade e po steriormente na
consulta de seguimento do bebê seriam feitos reforços das principais
informações de prevenção.
Desta forma, em três oportunidades os pais da criança seriam instruídos sobre
como evitar os acidentes e como agir caso um deles aconteça. Essa medida
poderia ter efeito imediato na redução das mortes por agravos evitáveis em
crianças pequenas. Pelas razões expostas, pedimos o apoio dos colegas
parlamentares na aprovação deste Projeto de Lei.
Sala das Sessões , em 20 de agosto de 2019 .
Deputado Federal LUIZ LIMA
2019 -15752
PL n.4605/2019 Apresentação: 20/08/2019 18:59 |
PL 159/2021 | Possibilita a realização de depoimento especial para vítima de violência sexual. | dignidade sexual | 0 | M | PL | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1959992 | PROJETO DE LEI Nº , DE 2021
(Do Sr. CAPITÃO ALBERTO NETO)
Possibilita a realização de depoimento
especial para vítima de violência sexual.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta lei altera o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de
1941 – Código de Processo Penal, para possibilitar a realização de depoimento
especial para vítima de violência sexual.
Art. 2º O Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 –
Código de Processo Penal, passa a vigorar acrescido do seguinte artigo :
“Art. 201-A. A vítima de violência sexual poderá optar pelo
depoimento especial, aplicando-se, no que couber, o
procedimento previsto na Lei nº 13.431, de 4 de abril de 2017.”
Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
Pretende-se, com o presente projeto de lei, estabelecer a
possibilidade de realização de depoimento especial para vítimas de
violência sexual .
A importância da matéria foi bem destacada pelo Dr. Rodrigo
Foureaux, juiz de Direito do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, em artigo
intitulado “É necessária alteração legislativa sobre depoimento de vítimas de
violência sexual”1, cujo teor é o que segue:
“O modelo tradicional e previsto no Código de Processo Penal
(artigo 201) de ouvir as vítimas nos casos de crimes contra a
1 https://www.conjur.com.br/2020-nov-27/foureaux-depoimento-vitimas-violencia-sexual
*CD213166935200*Documento eletrônico assinado por Capitão Alberto Neto (REPUBLIC/AM), através do ponto SDR_56036,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.159/2021Apresentação: 03/02/2021 17:29 - Mesa2
dignidade sexual merece reflexões. O Direito está em
constante evolução e aperfeiçoamento.
Antigamente, crianças e adolescentes eram ouvidos em juízo
da mesma forma que os adultos, sendo as normas processuais
que disciplinavam o depoimento de crianças e adolescentes, as
mesmas aplicadas para os adultos, o que foi alterado,
mediante lei, com o advento da Lei nº 13.431, de 4 de abril de
2017, em que pese ter se tornado uma prática comum no Brasil
antes mesmo da edição de uma lei específica, sendo
recomendado pelo Conselho Nacional de Justiça, em 2010 a
criação de serviços especializados para escuta de crianças e
adolescentes vítimas ou testemunhas de violência nos
processos judiciais. Atualmente, a Resolução nº 299, de 5 de
novembro de 2019, do CNJ dispõe sobre o sistema de garantia
de direitos da criança e do adolescente vítima ou testemunha
de violência de que trata a Lei nº 13.431, de 4 de abril de 2017.
O depoimento especial de crianças e adolescentes iniciou-se
no Brasil em 2003, em uma Vara da Infância e Juventude de
Porto Alegre.
O sistema normativo afeto às crianças e adolescentes é
especial e possui uma pluralidade de leis e convenções
internacionais que concedem um tratamento protetivo às
pessoas em desenvolvimento, como a Constituição Federal,
que garante a prioridade absoluta; o Estatuto da Criança e do
Adolescente; a Convenção Internacional sobre os Direitos da
Criança; as Regras Mínimas das Nações Unidas para a
Administração da Justiça da Infância e da Juventude; a
Resolução nº 20/2005 do Conselho Econômico e Social das
Nações Unidas, entre outras.
A Lei nº 13.431/2017 conceitua o depoimento especial no
artigo 8º como ‘o procedimento de oitiva de criança ou
adolescente vítima ou testemunha de violência perante
autoridade policial ou judiciária’.
O artigo 11, §1º, II, por sua vez, prevê que o depoimento
especial seguirá o rito cautelar de antecipação de prova nos
casos de violência sexual.
Nota-se que não há previsão de que o depoimento especial
deva ser aplicado para mulheres adultas quando forem vítimas
de violência sexual.
O depoimento especial tem por finalidade o respeito à vítima e
à sua proteção, de forma que profissionais habilitados
concedam um tratamento adequado ao caso com o fim de
reduzir o desconforto e o sofrimento causados quando a vítima
rememora o crime contra a dignidade sexual. Visa também à
proteção da vítima de qualquer forma de discriminação e o
*CD213166935200*Documento eletrônico assinado por Capitão Alberto Neto (REPUBLIC/AM), através do ponto SDR_56036,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.159/2021Apresentação: 03/02/2021 17:29 - Mesa3
recebimento pela vítima de um tratamento respeitoso e
condigno com a sua condição, de forma que não haja
revitimização.
A vitimização secundária, ou revitimização, ocorre quando a
vítima não recebe o devido tratamento em razão de sua
condição de vítima e nas hipóteses em que é obrigada a
relembrar os fatos, o que lhe causa mais sofrimento.
A vítima, além de já ter sofrido as consequências diretas do
crime, o que causa diversos danos, ainda terá de passar por
uma série de etapas que podem constrangê-la e despender
energia, tempo, dinheiro, além de rememorar os fatos.
Após sofrer o crime, a vítima liga 190 para chamar a Polícia
Militar, ocasião em que relata, brevemente, o ocorrido; em
seguida, relata os fatos com mais detalhes para os policiais
militares que comparecem para o atendimento da ocorrência;
posteriormente, relata novamente os fatos na delegacia,
durante a lavratura do auto de prisão em flagrante; após, é
intimada para comparecer à audiência de instrução e
julgamento e, mais uma vez, descreve como os fatos
ocorreram.
Nota-se que a vítima narra os fatos pelo menos quatro vezes, o
que pode causar sofrimento e desamparo, inclusive na
audiência criminal.
Nesse contexto, a Lei nº 13.431/17 visa a evitar a revitimização
e a Lei nº 13.505/17 alterou a Lei Maria da Penha (Lei
nº 11.340/06) para passar a prever como diretriz na inquirição
da mulher a não revitimização, sendo assim conceituado:
"Artigo 10-A, §1º (...)
III - não revitimização da depoente, evitando sucessivas
inquirições sobre o mesmo fato nos âmbitos criminal, cível e
administrativo, bem como questionamentos sobre a vida
privada".
O Brasil é signatário da Convenção Interamericana para
Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher
(Convenção de Belém do Pará), que foi incorporada ao
ordenamento jurídico brasileiro com o advento do Decreto
nº 1.973, de 1º de agosto de 1996.
O artigo 3º assegura que a mulher possui o direito a uma vida
livre de violência, inclusive na esfera pública. O artigo 4º
garante o direito a integridade moral, mental e,
especificamente, a proteção perante o tribunal competente
contra atos que violem seus direitos.
O artigo 7º da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir
e Erradicar a Violência contra a Mulher traz diversos deveres
*CD213166935200*Documento eletrônico assinado por Capitão Alberto Neto (REPUBLIC/AM), através do ponto SDR_56036,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.159/2021Apresentação: 03/02/2021 17:29 - Mesa4
dos Estados, entre eles o de agir com o devido zelo para
prevenir, investigar e punir a violência contra a mulher e o
dever de estabelecer procedimentos jurídicos justos e eficazes
para a mulher sujeitada a violência, inclusive, entre outros,
medidas de proteção, juízo oportuno e efetivo acesso a tais
processos.
A título argumentativo, a Decisão-Quadro do Conselho da
União Europeia de 15 de março de 2001 trata do estatuto da
vítima no processo penal e apresenta importantes mecanismos
de proteção para a vítima. Dispõe em seu artigo 8º, item 4, que:
"Quando for necessário proteger as vítimas, designadamente
as mais vulneráveis, dos efeitos do seu depoimento em
audiência pública, cada Estado-Membro assegura o direito de
a vítima poder beneficiar, por decisão judicial, de condições de
depoimento que permitam atingir esse objectivo por qualquer
meio compatível com os seus princípios jurídicos
fundamentais".
O artigo 14, item 1, por sua vez, assim dispõe:
"Cada Estado-Membro, por intermédio dos serviços públicos
ou através de financiamento às organizações de apoio às
vítimas, incentiva iniciativas que permitam às pessoas com
intervenção no processo ou que contactem com a vítima,
receber formação profissional adequada, com particular
destaque para as necessidades dos grupos mais vulneráveis".
O processo penal, enquanto instrumento de busca da Justiça
criminal, deve respeitar os direitos fundamentais do réu, o que
é inegável, contudo não se pode esquecer dos direitos
fundamentais da vítima. Um não exclui o outro. É necessário
que o processo penal seja humanizado para todas as partes.
Infelizmente, o machismo estrutural propicia ambientes
penosos para as mulheres vítimas de crimes contra a
dignidade sexual, e não raras vezes há a tentativa de transferir
a culpa do crime para a vítima, como se o seu comportamento
anterior ao crime, em uma visão preconceituosa e machista,
justificasse a violência sexual por parte do agente infrator, o
que é inadmissível. Jamais se pode admitir qualquer tipo de
violência. A culpa nunca será da mulher.
Nesse contexto de proteção à mulher e com o fim de se evitar
a revitimização, ficam, desde já, indeferidas todas perguntas
que tenham por finalidade explorar a experiência sexual
anterior da vítima, além de seu modo de falar, se vestir, ser e
comportar-se socialmente, pois são circunstâncias que, nesse
caso, não interessam ao processo, em nada influencia eventual
sanção penal e somente causam danos para a vítima.
*CD213166935200*Documento eletrônico assinado por Capitão Alberto Neto (REPUBLIC/AM), através do ponto SDR_56036,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.159/2021Apresentação: 03/02/2021 17:29 - Mesa5
O cenário atual de depoimento da vítima de crime contra a
dignidade sexual perante a presença de um juiz, um promotor e
um advogado deve ser debatido, refletido e devemos avançar
para proteger as vítimas cada vez mais, sobretudo as
mulheres, que se encontram em uma situação de
vulnerabilidade, simplesmente, por serem mulheres.
É extremamente desagradável e desconfortável para qualquer
vítima de crime decorrente de violência sexual relembrar os
fatos. É necessário que sejam empregadas técnicas, quando
da oitiva da vítima, que causem o menor desconforto possível,
haja o máximo respeito e a vítima sinta-se acolhida e protegida
pelo Estado.
O formato em que três pessoas, sobretudo se não houver
técnica, realizam perguntas para a vítima em audiência e, por
vezes, três homens, é danoso para a mulher, que, na
esperança de se sentir acolhida, acaba sendo revitimizada e
ocorre a prática de violência institucional.
Os crimes decorrentes de violência sexual causam abalos
profundos na vítima e necessitam de um especial tratamento
em juízo, de forma que haja máxima proteção e respeito à
dignidade da pessoa humana (artigo 1º, III, da CF).
Em que pese a Lei nº 13.431/17 prever a faculdade do
depoimento especial ser aplicado para as vítimas entre 18
e 21 anos (artigo 3º, parágrafo único), deve ser aplicado,
independentemente da idade, pois a tutela integral da
integridade psicológica e mental da vítima deve ser
assegurada, independentemente da idade, sob pena de
proteção deficiente dos direitos humanos, que é
assegurada a todos .
A aplicação do depoimento especial para as vítimas de
violência sexual humaniza o processo penal e não causa
nenhum prejuízo para o Ministério Público e para a defesa,
que poderão realizar todas as perguntas por intermédio de
um profissional capacitado, assim como ocorre no
depoimento especial de crianças e adolescentes .
Em que pese haver alegações de que a realização do
depoimento especial compromete a defesa, o efeito é
exatamente o contrário, pois o profissional capacitado possui
melhores condições técnicas de formular as perguntas que a
defesa pretende realizar, além de observar a coerência na
narrativa dos fatos, o comportamento, os gestos, a forma como
fala, a postura, a entonação de voz e todos os detalhes e
expressões que possam ser relevantes para extrair conclusões,
o que fará com que as respostas possuam um maior grau de
confiabilidade e contribuirá para a obtenção da verdade.
*CD213166935200*Documento eletrônico assinado por Capitão Alberto Neto (REPUBLIC/AM), através do ponto SDR_56036,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.159/2021Apresentação: 03/02/2021 17:29 - Mesa6
É necessário que haja alteração legislativa para
contemplar o depoimento especial para as vítimas dos
crimes decorrentes de violência sexual. Assim como houve
um significativo avanço ao se permitir o depoimento
especial para crianças e adolescentes, o mesmo deve
ocorrer com as vítimas de violência sexual .” (grifos nossos)
É justamente este, portanto, o intuito do presente projeto de lei:
possibilitar que a vítima de violência sexual, independentemente de sua idade,
seja ouvida mediante depoimento especial (essa possibilidade é, claro, uma
escolha da vítima, que poderá optar, caso queira, pelo procedimento
tradicional). Com isso, busca-se evitar a revitimização dessas pessoas que já
se encontram em momento de extrema fragilidade, conferindo-se um aspecto
mais humano ao processo penal.
Por todo o exposto, contamos com o apoio dos ilustres pares
para a aprovação da presente proposição legislativa.
Sala das Sessões, em 03 de fevereiro de 2021.
Deputado CAPITÃO ALBERTO NETO
*CD213166935200*Documento eletrônico assinado por Capitão Alberto Neto (REPUBLIC/AM), através do ponto SDR_56036,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.159/2021Apresentação: 03/02/2021 17:29 - Mesa |
PDL 572/2020 | Susta a aplicação de parte da Resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), que estabelece diretrizes para o atendimento socioeducativo às adolescentes privadas de liberdade no Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE). | direitos sociais | 1 | M | PSD | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1967615 | PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº ________ DE 2020
(Do Sr. Deputado Dr. Jaziel)
Susta a aplicação de parte da Resolução do
Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do
Adolescente (CONANDA), que estabelece diretrizes
para o atendimento socioeducativo às adolescentes
privadas de liberdade no Sistema Nacional de
Atendimento Socioeducativo (SINASE).
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Este Decreto Legislativo tem por objeto sustar os artigos 23 e
41 da Resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente
(CONANDA) que estabelece diretrizes para o atendimento socioeducativo às
adolescentes privadas de liberdade no Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo
(SINASE).
Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua
publicação.
JUSTIFICAÇÃO
A presente proposta pretende susta os efeitos da Resolução do
Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), que
estabelece diretrizes para o atendimento socioeducativo às adolescentes privadas de
liberdade no Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE), aprovada no
último dia 17 de dezembro de 2020 em votação remota que, dentre outras medidas,
autoriza visitas íntimas a menores infratores (a partir dos 12 anos de idade) em unidades
socioeducativas. O ativismo doentio de representantes de ONGs e entidades sindicais
conseguiu aprovar por 14×9 votos, essa terrível resolução. Dentre os 14 votos favoráveis
*CD216765076500*Documento eletrônico assinado por Dr. Jaziel (PL/CE), através do ponto SDR_56092, e (ver rol anexo),
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016.estão a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Central Única dos
Trabalhadores (CUT) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
A resolução, que teria como objetivo “estabelecer diretrizes e
parâmetros de atendimento para as questões de gênero no Sistema Nacional de
Atendimento Socioeducativo (Sinase) e para a garantia de direitos de adolescentes
privadas de liberdade”, traz em seu artigo nº 41:
“Deverá ser garantido o direito à visita íntima para as adolescentes,
independentemente de sua orientação sexual ou identidade e expressão de gênero, nos
termos do artigo 68, da Lei nº 12.594, de 18 de janeiro de 2012”.
Já no artigo 23, o ato normativo determina que “No caso de
formação de casais entre as adolescentes, dever-se-á permitir que permaneçam no
mesmo alojamento, sendo levado em conta o direito ao exercício da sexualidade, da
afetividade e da convivência”. São considerados adolescentes meninos e meninas
entre 12 e 17 dezessete anos, bem como excepcionalmente entre 18 e 21 anos
(conforme o art. 2º da Lei nº 8.069, de 1990).
Na prática, portanto, isso permite que um adulto de 21 anos possa
dividir um alojamento com um adolescente de 12 anos, havendo ainda a possibilidade de
coerção por parte dos mais velhos, o que pode ser considerado estupro de vulnerável.
Em nota pública, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos
Humanos (MMFDH) se posiciona de forma contrária ao conteúdo da resolução e afirma
que não foram consultadas as possíveis consequências negativas ao bem-estar de todos
os possíveis atingidos direta e indiretamente pelo alcance da norma resolutiva1.
“Ora, como exemplo das consequências desse ato está o fato de
não haver controle sobre a veracidade da declaração na ‘formação de casais entre as
adolescentes’, o que pode expor outras socioeducandas a situações de insegurança,
desrespeito e gravíssimas violações de direitos humanos. Como seria,
exemplificativamente, no caso de uma adolescente/jovem de 18 anos de idade que
declarasse, através da coerção ou intimidação, formar casal com outra adolescente de 12
ou 13 anos de idade sem sê-la, de forma a fraudar o processo e influir na decisão dos
gestores socioeducativos, e, destarte, ganhar acesso ao alojamento, onde a
adolescente/jovem poderia ter planejado cometer atos de desrespeito e abuso aos
demais socioeducandos. (...) Com relação à faixa etária dos adolescentes/jovens
*CD216765076500*Documento eletrônico assinado por Dr. Jaziel (PL/CE), através do ponto SDR_56092, e (ver rol anexo),
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016.atendidos pelas unidades socioeducativas voltadas à restrição e privação de liberdade, o
SINASE é composto por uma ampla faixa etária que, muito embora tenha a
preponderância de adolescentes/jovens entre 16 e 18 anos, é composto, também, por
menores de 14 anos, idade em que a presunção de violência caracterizadora do estupro
de vulnerável tem caráter absoluto, visto não se tratar de presunção de culpabilidade do
agente, mas de afirmação da incapacidade absoluta do menor de até 14 anos para
consentir na prática sexual”, cita a nota.
É de causar espanto, justamente o CONANDA que tem como
atribuição, elaborar normais gerais da política nacional de atendimento dos direitos da
criança e do adolescente, descumprir o seu papel de proteção.
Associação Nacional de Membros do Ministério Público Pró-
Sociedade, também emitiu nota pública dizendo ser “indispensável, que os Órgãos
Públicos encarregados do controle externo do CONANDA, a Polícia Judiciária, o
Ministério Público e o Poder Judiciário examinem, apurem e punam os integrantes do
Conselho que, ao descumprir a legislação federal, instigaram por meio da Resolução
apologia aos crimes do Código Penal, em total descompasso com o princípio
constitucional da proteção integral e desconsideração da condição peculiar de seres
humanos em desenvolvimento físico e psicológico, além de possibilitar haver subjugação
de adolescentes mais frágeis por adolescentes dominantes nas Unidades de Internação”,
reforça a nota2.
Por todos esses motivos, apresentamos este projeto, esperando
contar com o decisivo apoio dos nobres Pares para a sua aprovação.
Sala das Comissões, em de de 2020.
DR. JAZIEL / PL-CE
Deputado Federal
_______________________________________
1-Acesso; https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2020-2/dezembro/resolucao-do-conanda-que-sera-votada-amanha-17 ;
2-Acesso: https://twitter.com/m_ppro
*CD216765076500*Documento eletrônico assinado por Dr. Jaziel (PL/CE), através do ponto SDR_56092, e (ver rol anexo),
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016.Projeto de Decreto Legislativo
(Do Sr. Dr. Jaziel)
Susta a aplicação de parte da
Resolução do Conselho Nacional dos
Direitos da Criança e do Adolescente
(CONANDA), que estabelece diretrizes
para o atendimento socioeducativo às
adolescentes privadas de liberdade no
Sistema Nacional de Atendimento
Socioeducativo (SINASE).
Assinaram eletronicamente o documento CD216765076500, nesta ordem:
1 Dep. Dr. Jaziel (PL/CE)
2 Dep. Cezinha de Madureira (PSD/SP)
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Infoleg - Autenticador
Documento eletrônico assinado por Dr. Jaziel (PL/CE), através do ponto SDR_56092, e (ver rol anexo),
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. |
PL 38/2020 | Dispõe sobre a proporcionalidade entre banheiros femininos e masculinos portáteis em eventos públicos e privados em todo território nacional. | genero | 0 | M | PSL | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1854141 |
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Gabinete do Deputado Alexandre Frota - PSDB /SP
Câmara dos Deputados - Anexo IV – 2º andar – Gabinete 216 - 70160 -900 - Brasília -DF
Tel (61) 3215 -5216 – Fax (61) 3215 5216 - dep.alexandrefrota@camara.leg.br
PROJETO DE LEI Nº , DE 2020
(Do Sr. Alexandre Frota )
Dispõe sobre a proporcionalidade
entre banheiros femininos e masculinos
portáteis em eventos públicos e privados
em todo território nacional.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1 º Fica estabelecido que os organizadores de eventos ao ar
livre, de qualquer natureza, independente do número de participantes, ficam
obrigados a disponibilizar banheiros químicos portáteis , observando a proporção
de dois banheiros femininos para cada banheiro masculino, que não poderão ser
colocados em áreas contiguas, para o uso de seus frequentadores.
Art.2 º O não cumprimento do previsto no artigo anterior sujeitará o
organizador à mul ta por cada unidade faltante em não observância ao critério de
proporcionalidade estabelecido, nos termos do regulamento do Poder Executivo.
Art. 3 º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
A proteção da mulher em todos os seus apectos, também é dever do
Estdo brasileiro, há que se renconhecer as necessidades de cada membro que
compões o nosso país.
A presente proposta legislativa, visa evitar constragimentos às
mulheres também quando estão em momentos de lazer e divertimento, de sta
forma poderá minimizar condutas vexatórias que vêm sofrendo, quando das suas
necessidades fisiológicas.
PL n.38/2020 Apresentação: 04/02/2020 14:47
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Gabinete do Deputado Alexandre Frota - PSDB /SP
Câmara dos Deputados - Anexo IV – 2º andar – Gabinete 216 - 70160 -900 - Brasília -DF
Tel (61) 3215 -5216 – Fax (61) 3215 5216 - dep.alexandrefrota@camara.leg.br
A preservação da honra, da integridade física e da intimidade da
mulher deve ser preocupação de todos os membros da sociedade, porém o Estado
deve legislar no sentido de assegurar estes direitos.
Evitar que fiquem em filas expostas ao assédio de homens
desavisados é, também, o objetivo desta proposta legislativa.
É de domínio público que os homens levam bem menos tempo de
permanência quando usam os banheiros públicos, em relação às mulheres. Isso
por se só já é motivo mais do que suficiente para que as mulheres tenham um
tratamento diferenciado em relação aos homens.
Contando com o costumeiro apoio dos nobres deputados federais
para a presente propo sta.
Sala das Sessões, em de de 2020 .
Deputado Alexandre Frota
PSDB /SP
PL n.38/2020 Apresentação: 04/02/2020 14:47 |
PL 1891/2022 | Altera a Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998, que institui normas gerais sobre desporto, para dispor sobre igualdade de gênero no investimento da verba pública no esporte. | direitos sociais | 0 | F | PSB | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2194692 | PROJETO DE LEI Nº DE 2022
(Da Sra. Tabata Amaral)
Altera a Lei nº 9.615, de 24 de
março de 1998, que institui normas
gerais sobre desporto, para dispor sobre
igualdade de gênero no investimento da
verba pública no esporte.
O Congresso Nacional decreta:
Art.1º O inciso VII do artigo 18-A da Lei 9.615, de 24 de março de 1998, passa a
vigorar acrescido da seguinte alíneas “l”.
“Art 18-A......................................................................................................................
....................................................................................................................................
I)que a partir de 2025 haverá paridade de investimento dos recursos públicos,
nas respectivas modalidades de prática esportiva, entre as categorias feminina
e masculina. (NR)”
JUSTIFICAÇÃO
A desigualdade entre homens e mulheres na sociedade precisa ser combatida e o
esporte não pode se furtar de ser parte integrante dessa luta. A presente proposta tem por
objetivo tornar igualitário o investimento entre os gêneros, das verbas públicas recebidas
pelas confederações que ainda não atingiram essa igualdade.
Hoje, apesar de a transparência e a gestão dos recursos estarem previstas em Lei,
não é possível estabelecer que estes recursos sejam igualitariamente investidos entre os
gêneros. O que se depreende dos relatos da maioria das atletas no País é que, na
maioria dos esportes, o investimento na categoria feminina é bem mais baixo quando
comparada à masculina, principalmente em modalidades consideradas “para homens”.
O Decreto-Lei 3199/1941, que vigorou até a década de 70, limitava as modalidades
esportivas liberadas para mulheres. Para isso, o Conselho Nacional de Desportos (CND),
em 1965, durante a ditadura militar, proibiu que as mulheres praticassem lutas de
qualquer natureza, futebol, futebol de salão, futebol de praia, polo aquático, polo, rugby,
halterofilismo e baseball. Essa proibição deixou marcas até hoje, impedindo um pleno
desenvolvimento dessas modalidades.
As mulheres aumentaram seu protagonismo nas últimas olimpíadas de Tóquio,
fruto de longo processo que ainda necessita de aperfeiçoamentos. Acreditamos que o
investimento igualitário das verbas públicas pelas federações e confederações fará com
*CD224848273300*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Tabata Amaral e outros
Para verificar as assinaturas, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD224848273300
PL n.1891/2022Apresentação: 05/07/2022 10:17 - Mesaque muitas atletas atinjam resultados expressivos, e assim, sirvam de modelo para que
mais meninas Brasil afora iniciem alguma prática esportiva, inspirada em seus ídolos.
O Relatório “Movimento é Vida”, do Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD), divulgado em 2019, apontou que no Brasil a prática de
exercícios físicos por mulheres é 40% inferior aos homens.
De acordo com o estudo, a cultura de não incentivar as mulheres nos esportes,
especialmente os coletivos, pode ser explicada pelo pouco acesso ao lazer devido às
atividades domésticas, que ocupam em média 20,5 semanais das mulheres, enquanto os
homens gastam 10 horas semanais cuidando da casa. Outro ponto levantado pelo estudo
diz que quanto menor o recurso financeiro, maior a diferença de participação esportiva por
gênero.
Ainda segundo o relatório do PNUD, a falta de segurança, o preconceito, a falta de
incentivo nas escolas, todos esses são fatores que devem ser apontados quando se
constata que o esporte no Brasil não tem o mesmo acesso por homens e mulheres.
Pelo exposto, julgamos ser de fundamental importância que o Estado assuma seu
papel na luta pelo fim da desigualdade de gênero, e nada mais justo que a verba pública
empregada no esporte seja dividida de forma igualitária entre homens e mulheres, razão
pela qual pedimos o apoio dos nobres pares para a aprovação da presente proposta.
Sala das Sessões, em 21 de junho de 2022.
Dep. TABATA AMARAL
PSB/SP
*CD224848273300*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Tabata Amaral e outros
Para verificar as assinaturas, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD224848273300
PL n.1891/2022Apresentação: 05/07/2022 10:17 - MesaProjeto de Lei
(Da Sra. Tabata Amaral)
Altera a Lei nº 9.615, de 24 de
março de 1998, que institui normas gerais
sobre desporto, para dispor sobre
igualdade de gênero no investimento da
verba pública no esporte.
Assinaram eletronicamente o documento CD224848273300, nesta ordem:
1 Dep. Tabata Amaral (PSB/SP)
2 Dep. Lídice da Mata (PSB/BA)
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Infoleg - Autenticador
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Tabata Amaral e outros
Para verificar as assinaturas, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD224848273300
PL n.1891/2022Apresentação: 05/07/2022 10:17 - Mesa |
PL 1630/2019 | Dispõe sobre a facilitação à amamentação e ao aleitamento materno, alterando a lei nº 9.394, de 1996, a lei nº 13.257, de 2016, a CLT e a Lei nº 8.112, de 1990. | economia | 0 | F | PDT | null | null |
PL 4245/2020 | Altera o art. 217-A do Decreto-Lei nº2.848, de 7 de setembro de 1940 (Código Penal), a fim de aumentar as penas e dá outras providências. | direitos sexuais e reprodutivos | 0 | M | PL | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1923462 | CÂMARA DOS DEPUTADOS
(Do Senhor Carlos Jordy)
Projeto de Lei nº. /2020
Altera o art. 217-A do Decreto-Lei nº2.848, de 7 de
setembro de 1940 (Código Penal), a fim de
aumentar as penas e dá outras providências.
O Congresso Nacional Decreta:
Art. 1º Esta lei altera o Decreto-Lei nº2.848, de 7 de setembro de 1940 (Código
Penal), para estabelecimento do aumento de penas previstas e acrescer parágrafo
com o fito de aumento de pena em caso da conduta resultar em gravidez.
Art. 2º O Art.217-A do Decreto-Lei nº2.848, de 7 de setembro de 1940 (Código Penal)
passa a vigorar com a seguinte redação:
Estupro de vulnerável
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com
menor de 14 (catorze) anos:
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos. (N.R.)
§ 1o ..........................................................................................................
§ 2º............................................................................................................
§ 3o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena - reclusão, de 11 (onze) a 25 (vinte e cinco) anos. (N.R.)
§ 4o ............................................................................................................
§ 5º ...........................................................................................................
§ 6º As penas previstas no caput e nos §§ 1º e 3º aumentam-se de dois
terços se da conduta resulta gravidez.
Art. 3°: Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
*CD208507112300*Documento eletrônico assinado por Carlos Jordy (PSL/RJ), através do ponto SDR_56285,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.4245/2020Apresentação: 18/08/2020 16:04 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS
JUSTIFICATIVA
Este Projeto de Lei visa punir com mais vigor os estupradores de vulneráveis,
de modo a proteger as crianças, os adolescentes e os vulneráveis.
A infância deve ser protegida e o agressor identificado, sabido. Consoante
dispõe a Constituição Federal, a pedofilia, que é uma gama de atos contra a inocência
das crianças, deve ser atacada com toda a força possível, razão pela qual o aumento
das penas de crime de tal monta deve ser mais rigoroso.
Por isso, é de suma importância que o Estado, em atuação preventiva ou
repressiva, mostre que não tolera este tipo de ato e que irá reprimi-lo de toda forma.
O Código Penal dispõe de uma série de crimes contra vulneráveis, a qual não
há um delineamento quanto a pedofilia em si, com utilização clara e direta quanto a
este termo. O estupro de menores sem dúvida abarca esta terminologia e,
considerando a ojeriza social que há quanto a este crime – em que sequer é tolerado
por outros criminosos nas unidades prisionais – é imperioso o aumento da pena.
Nestes tempos sombrios de tentativa precoce de sexualização das crianças e
legitimação da pedofilia por meio de pornografia, ideologia de gênero e afins, impõe
batalhar pela proteção das crianças e dos adolescentes, nosso futuro, pelo que se faz
necessária a punição desses agentes.
Recentemente, causou comoção nacional a situação da criança K., de 10 anos,
violentada e estuprada por seu tio desde os 6 anos de idade, tendo gerado estado
gravídico como consequência mais imediata do crime.
E, à reboque de um absurdo deste, sucedeu-se outro, a retirada de uma vida.
Outra vida inocente, esta procedida pelo assassinato da criança, o denominado
aborto.
Em que pese a possibilidade legal, todas as consequências mais imediatas
oriundas do estupro devem constar do Código Penal e servir de meio para dosagem
da pena. E consequência imediata maior de um estupro pode ser o estado gravídico
de um criança ou adolescente, o que se traz como novidade neste projeto, como
causa de aumento de pena instituída no §6º.
É, portanto, uma justa medida que se aumentem as penas deste crime tão
abjeto, bem como figure como causa de aumento de pena as consequências do ato,
como a gravidez.
Pelas razões apresentadas, justifica-se o presente Projeto de Lei, ao qual peço
pela aprovação aos meus Nobres Pares nesta Casa de Leis.
Sala das Sessões, em 18 de agosto de 2020.
Deputado Carlos Jordy
*CD208507112300*Documento eletrônico assinado por Carlos Jordy (PSL/RJ), através do ponto SDR_56285,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.4245/2020Apresentação: 18/08/2020 16:04 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS
PSL/RJ
*CD208507112300*Documento eletrônico assinado por Carlos Jordy (PSL/RJ), através do ponto SDR_56285,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.4245/2020Apresentação: 18/08/2020 16:04 - Mesa |
PL 5578/2020 | Altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, para modificar a pena do crime de abandono material previsto no art. 244 e para tipificar o crime de abandono à gestante, nos termos que especifica. | direitos sexuais e reprodutivos | 1 | M | PSL | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1953571 |
Câmara dos Deputados | Anexo III – Gabinete 582 | Brasília – DF | 70160 -900
Tel.: (61) 3215 -5582 | E-mail: dep.bozzella@camara.leg.br
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Gabinete d o Deputad o Federal BOZZELLA
Projeto de Lei Nº /2020
(Do Sr. BOZZELLA )
Altera o Decreto -Lei nº 2.848, de 7
de dezembro de 1940 – Código
Penal, para modificar a pena do
crime de abandono material previsto
no art. 244 e para tipificar o crime de
abandono à gestante, nos termos
que especifica.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º Esta lei modifica o Decreto -Lei nº 2.848, de 7 de dezembro
de 1940 – Código Penal, para majorar a pena do crim e de abandono material,
previsto no art. 244, e tipificar o crime de abandono à gestante, nos termos que
especifica.
Art. 2º O Código Penal passa a vigorar com as seguintes
modificações:
“Art. 244............................................................ ................................
Pena – detenção, de 1 (um) a 5 (cinco) anos e multa, de uma a
dez vezes o maior salário míni mo vigente no País. (NR)
..........................................................................................................
Abandono material de gestante
Art. 244 -A Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência de
gestante, cuja gravidez tenha ocorrido em casamento ou em relacionamento,
estável ou não, independentemente do tempo de sua duração, não a
proporcionando os rec ursos necessários ou faltando ao pagamento de pensão
alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada:
*CD203505901200* LexEditDocumento eletrônico assinado por Bozzella (PSL/SP), através do ponto SDR_56365,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.5578/2020Apresentação: 17/12/2020 15:04 - Mesa
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Gabinete d o Deputad o Federal BOZZELLA
Pena – detenção, de 1 (um) a 5 (cinco) anos e multa, de uma a
dez vezes o maior salário mínimo vigente no País.
Parágrafo único. O tipo penal previsto neste artigo só será objeto
de ação penal caso a gestante tenha comunicado o sujeito ativo de sua
condição e quando houver prova definitiva da paternidade.
Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
O objetivo da pr esente proposição é reconhecer a real gravidade
do crime de abandono material, quando cometido no seio de relações
familiares ou de relações pessoais que já tenham se encerrado.
Antes de tudo, é preciso chamar a atenção para a
irresponsabilidade do público masculino que foge de suas responsabilidades
patrimoniais para contribuir com o custeio e criação de crianças em nosso país.
A demanda crescente pela legalização do aborto no Brasil também encontra
justificativa, mesmo pequena, no sentimento que as mulher es possuem de que
não terão amparo em seu momento gestacional e posterior à gestação dos
genitores com quem um dia se envolveram.
Nesse processo de exigência da responsabilidade paternal, que
tem caminhado a passos curtos no Brasil, a instituição do art. 2 44 do Código
Penal foi um marco. Entretanto, esse marco ainda é pouco explorado, carece
de maior visibilidade, conhecimento e, acima de tudo, efetividade. O Brasil
possui milhões de nascidos sem registro paterno, e nem de longe possui
condenações compatíve is com esse número pelo abandono paternal.
Não só isso, mas entendemos que esse abandono merece uma
reprimenda maior. A Constituição da República dispõe que “a família, base da
sociedade , tem especial proteção do Estado”. Se o conceito e a vivência
familia r, e a solidariedade decorrente dos vínculos que a constituem não são
*CD203505901200* LexEditDocumento eletrônico assinado por Bozzella (PSL/SP), através do ponto SDR_56365,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.5578/2020Apresentação: 17/12/2020 15:04 - Mesa
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Gabinete d o Deputad o Federal BOZZELLA
devidamente respeitados, como esperar que a sociedade evolua? É uma
questão lógica, sobretudo partindo -se da análise do texto constitucional.
Nesse sentido, entendemos que a pena máxima de quatro anos
para o crime de abandono material não é pertinente e merece ser majorada. Há
que se reiterar: a família merece toda a proteção, inclusive jurídica, no âmbito
das tutelas penais, e o abandono afetivo que gera repercussão socioeconômica
deve ser repreendido de forma mais contumaz.
Nessa mesma linha, entendemos pela necessidade de tipificação
do abandono à gestante, como forma de proteção da mulher no p eríodo
gravídico, e especialmente quando a gestação decorrer de relações curtas.
Não é incomum na realidade social que indivíduos se relacionem sexualmente
de forma casual e, dessas relações, as mulheres engravidem.
Lamentavelmente, é quase tão comum quant o que homens fujam com suas
responsabilidades. Foram “homens” para buscar sexo, mas não o são para
arcar com as responsabilidades de seus atos. E esse tipo de comportamento é
uma das atrocidades que geram o crescente desejo pelo aborto, como
consequência d a irresponsabilidade e da covardia dos homens.
Por todas essas razões, na certeza de que buscamos uma efetiva
proteção para as mulheres e a adequada tipificação de crimes que as afetem,
com uma adequada previsão de pena de restrição de liberdade, e no intu ito de
proteger famílias e colaborar publicamente com o processo de cobrança e
tomada de responsabilidade dos pais brasileiros, submetemos a presente
proposição, rogando por sua aprovação.
Sala das Sessões, de de 2020 .
BOZZELLA
Deputad o Federal (PSL/ SP)
*CD203505901200* LexEditDocumento eletrônico assinado por Bozzella (PSL/SP), através do ponto SDR_56365,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.5578/2020Apresentação: 17/12/2020 15:04 - Mesa |
PL 2939/2019 | Altera a lei dos crimes hediondos para estabelecer que a progressão de regime, nos crimes de feminicídio, se dará após o cumprimento de 4/5 da pena, ficando subordinada ao mérito do condenado e à não identificação de circunstâncias que apontem para o risco concreto de reiteração delitiva. Também veda aos condenados, definitiva ou provisoriamente, pela prática de crime de feminicídio, as saídas temporárias, excetuadas as que decorrem de falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão ou as por necessidade de tratamento médico, assim como as destinadas ao comparecimento em audiência, mediante escolta ou para trabalho ou participação do apenado em cursos de instrução ou profissionalizantes, durante o cumprimento de pena no regime semiaberto. | violencia contra a mulher | 1 | F | PSDB | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1748516 |
PROJETO DE LEI N.º , DE 2019
(Da Sra. Rose Modesto )
Altera a Lei n.o 8.072, de 25 de julho de 1990 –
Lei dos Crimes Hediondos, para estabelecer
que a progressão de regime, nos crimes de
feminicídio, dar -se-á após o cumprimento de
4/5 da pena , ficando subordinada ao mérito do
condenado e à não identificação de
circunstâncias que apontem para o risco
concreto de reiteração delitiva e para vedar aos
condenados, definitiva ou provisoriamente, pela
prática de crime de feminicídio, as saídas
temporárias, excetuadas as que decorrem de
falecimento ou doença grave do cônjuge,
companheira, ascendente, descendente ou
irmão ou as por necessidade d e tratamento
médico , as destinadas ao comparecimento em
audiência, mediante escolta ou para trabalho
ou participação do apenado em cursos de
instrução ou profissionalizantes, durante o
cumprimento de pena no regime semiaberto .
O Congresso Nacional decr eta:
Art. 1.º Esta Lei altera a Lei n.o 8.072, de 25 de julho
de 1990 – Lei dos Crimes Hediondos, para estabelecer que a
progressão de regime, nos crimes de feminicídio, dar -se-á após o
cumprimento de 4/5 da pena , ficando subordinada ao mérito do
condenado e à não identificação de circunstâncias que apontem
para o risco concreto de reiteração delitiva e para vedar aos
condenados, definitiva ou provisoriamente, pela prática de crime de
feminicídio, as saídas temporárias, excetuadas, em regra, as que
decorrem de falecimento ou doença grave do cônjuge,
companheira, ascendente, descendente ou irmão e as por
CÂMARA DOS DEPUTADOS
necessidade de tratamento médico , as destinadas ao
comparecimento em audiência, mediante escolta , ou para trabalho
ou participação do apenado em cursos de in strução ou
profissionalizantes, durante o cumprimento de pena no regime
semiaberto.
Art. 2.º O art. 2.o da Lei n.o 8.072, de 25 de julho de
1990 – Lei dos Crimes Hediondos, passa a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 2.o .............................. ..........................................................
................................................................................................... .
II-A – liberdade provisória, nas hipóteses em que for
constatada a periculosidade do agente;
.....................................................................................................
§ 2.o A progressão de regime, no caso dos condenados pelos
crimes previstos neste artigo, dar -se-á após o cumprimento
de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de
3/5 (três quintos), se reincidente, observado o disposto nos §§
3.º e 4.º do art. 112 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei
de Execução Penal) , excetuado o crime de feminicídio (art.
121, § 2 .º, VI), no qual a progressão de regime se dará após o
cumprimento de 4/5 da pena ”.
....................................................................................................
§ 5.º Observada a parte final do § 2.º, a progressão de regime
prisional nos crimes de feminicídio ficará subordinada ao mérito
do condenado e à não identificação de circunstâncias que
apontem para o risco concreto de reiteração delitiva .
§ 6.º Ficam vedadas aos condenados, definitiva ou
provisoriamente, pela prática de crime de feminicídio:
I – durante o cumprimento do regime fechado, saídas
temporárias do estabelecimento prisional , por qualquer motivo,
excetuadas as hipóteses de que trata o art. 120 da Lei n .º
7.210, de 1984 - Lei de Execução Penal, ou para comparecer
em audiências, sempre medi ante escolta; e
II – durante o cumprimento do regime semiaberto, saídas
temporárias do estabelecimento prisional , por qualquer motivo,
excetuadas as hipóteses de que trata o art. 120 da Lei n .º
7.210, de 1984 - Lei de Execução Penal, para comparecer em
audiências, sempre mediante escolta, ou para trabalho ou para
cursos de instrução ou profissionalizantes.” (NR)
Art. 3.o Esta lei entra em vigor na data de sua
publicação.
JUSTIFICAÇÃO
Por ocasião do Dia Internacional da Mulher, o Conselho
Nacional de Justiça divulgou estatísticas alarmantes sobre o
número de processos relacionados aos crimes de feminicídio no
Brasil . Para se ter uma ideia, o aumento na quantidade processos
que dizem respeito a casos de feminicídio foi da ordem de 34%
entre os anos de 2016, quando o órgão passou a monitorar tais
feitos, e 20181. Nesse período, passou -se de 3.339 casos para
4.461 .
De acordo com os dados consolidados pelo
Departamento de Pesquisas Judiciárias do Conselho Nacional de
Justiça, os Tribunais de Justiça tam bém perceberam acréscimo
significativo no número de processos pendentes de julgamento,
relacionados à violência contra a mulher. Em 2016, tramitavam no
Poder Judiciário aproximadamente 892 mil ações. Dois anos
depois, esse número cresceu 13%, fazendo com q ue a marca de
um milhão de casos viesse a ser superada.
Muito embora as informações publicizadas pelo
Conselho Nacional de Justiça demonstrem que ainda há muito a
ser feito no combate à violência contra a mulher. Mas isso deve
motivar aos que, como eu, têm se empenhado nessa verdadeira
“cruzada”.
1 Informação disponível em: http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/88539 -cresce -numero -de-processos -de-
feminicidio -e-de-violencia -domestica -em-2018 . Imbuída do intuito de contribuir na implementação de
políticas criminais mais duras e na positivação de mecanismos
mais efetivos de prevenção e de repressão aos crimes de
feminicídio é que faço as propostas constantes do presente Projeto
de Lei.
A primeira delas visa sanar uma incongruência que se
instalou em nosso ordenamento jurídico, no tocante ao regime da
liberdade provisória com e sem fiança, a partir das alterações
realizadas no Código de Processo Penal pátrio – CPP pela Lei n.º
12.403, de 4 de maio de 2011 e na Lei de Crimes Hediondos pela
Lei n.º 11.464, de 28 de março de 2007.
No que diz respeito à alteração do CPP adrede referida,
verifica -se que, desde a sua entrada em vigor a té o advento da Lei
n.º 12.403/11, d ispunha o código ser cabível a liberdade provisória
sem fiança2 nos casos de infração a que não fosse, isolada,
cumulativa ou alternativamente, cominada pena privativa de
liberdade ou quando o máximo da pena privativa de liberdade,
isolada, cumulativa ou alternativamente cominada não excedesse
a três meses (incisos I e II do art. 321). Como se nota, o cabimento
da liberdade provisória sem fiança relacionava -se, tão somente, a
infrações penais de pequena gravidade.
Vedava o art. 323 do CPP, a seu turno, com a redação
que foi dada a alguns de seus incisos pela Lei n.º 6.416/77, a
concessão de fiança (i) nos crimes punidos com reclusão em que a
pena mínima cominada for superior a dois anos; (ii) nas
2 O caput do dispositivo ressalvava, expressamente, o disposto nos incisos III e IV do art. 323 do CPP,
que dispunham: “ Art. 323. Não será concedida fiança: (...) III - nos crimes dolosos punidos com pena
privativa da liberdade, se o réu já tiver sido condenad o por outro crime doloso, em sentença transitada em
julgado; IV - em qualquer caso, se houver no processo prova de ser o réu vadio; ”.
contravenções tipificadas nos arts. 59 e 60 da Lei das
Contravenções Penais; (iii) nos crimes dolosos punidos com pena
privativa de liberdade, se o réu já tiver sido condenado por outro
crime doloso, em sentença transitada em julgado; (iv) em qualquer
caso, se houver no processo p rova de ser o réu vadio; (v) nos
crimes punidos com reclusão, que provoquem clamor público ou
que tenham sido cometidos com violência contra a pessoa ou
grave ameaça. Observa -se que, relativamente às infrações penais
consideradas mais graves, vedava -se a c oncessão de liberdade
provisória com fiança , assim como nas hipóteses previstas na
redação originária do art. 324 do CPP3.
Sobre a matéria, passou a estabelecer a Constituição
Federal de 1988, respectivamente, nos incisos XLII, XLIII, XLIV e
LXVI de seu artigo 5.º , que “ninguém será levado à prisão ou nela
mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem
fiança ”; que “a prática do racismo constitui crime inafiançável e
imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei”; que “a
lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou
anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes
hediondos , por eles respondendo os mandantes, os executores, e
os que , podendo evita -los, se omitirem” e, por derradeiro, que
“constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos
3 Que dispunha, até a entrada em vigor da Lei n.º 12.403/11:
“Art. 324. Não será, igualmente, concedida fiança:
I - aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança anteriormente concedida ou infringido, sem
motivo justo, qualquer das obrigações a que se refere o art. 350;
II - em caso de prisão por mandado do juiz do cível, de prisão disciplinar, administrativa ou mili tar;
III - ao que estiver no gozo de suspensão condicional da pena ou de livramento condicional, salvo se
processado por crime culposo ou contravenção que admita fiança;
IV - quando presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva
(art. 312). (Incluído pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977) ”
armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o
Estado Democrático” (destaque s nossos ).
A vedação trazida no próprio texto constitucional
referente à concessão de liberdade provisória com fiança, para os
crimes que esta considera os mais graves , seguramente decorreu
do fato de que, ao se considerar que uma infração penal é
inafiançável, em decorrência precisamente de sua gravidade, não
daria sua prática ensejo à concessão de liberdade provisória.
Nessa linha é a lição de José Afonso da Silva4, que, ao
dispor sobre a cláusula de inafiançabilidade dos crimes apontados
nos incisos acima transcritos, reputou que mencionada cláusula
“diretamente se opõe à franquia do inciso LXVI, não admitindo a
liberdade provisória, nem mesmo mediante fiança”. Ao que
agregou:
“(...) A afiançabilidade ou inafiançabilidade de um delito são
estabelecidas em função de sua gravidade. Então, se a própria
Constituição destacou os delitos enumerados como graves, a
consequência necessári a é que teria também que vedar que os
imputados se livrassem soltos, negando -lhes, pela nota de
inafiançabilidade, a possibilidade de responder ao processo em
liberda de (...)”.
Ocorre que, no ano de 2007, entrou em vigor a Lei n.º
11.464, que decorreu da aprovação do Projeto de Lei n.º 6.793, de
2006, de autoria do Poder Executivo, no bojo do qual o então
Presidente da República propôs a alteração do inciso II do a rt. 2.º
para estender o direito à liberdade provisória aos condenados
por crimes hediondos , sob a justificativa (externada na
respectiva Exposição de Motivos) de que a medida estaria “em
consonância com o entendimento que já vem se tornando corrente
4 SILVA, José Afonso da. Comentário Contextual à Constituição . 7. ed. atual. até a Emenda Constitucional
66, de 13.7.2010. São Paulo: Malheiros, 2010, p. 144. nas in stâncias superiores do Poder Judiciário”. Em abono de sua
posição, citou os seguintes julgados do Supremo Tribunal Federal:
“HC n.º 69.950; HC n.º 77052/MG; HC n.º 79.204; HC n.º 82.903;
HC-QO n .º 83.173; HC n .º 84.797 -MC; HC n .º 84.884; HC n .º
85.036; HC n.º 85.900; HC 87343 MC; HC n .º 87.424; HC n.º 87438
MC/SP ”. E os seguintes, do Superior Tribunal de Justiça: “ RHC
2556/SP; RHC 2996/MG ”.
Citou, ainda, o seguinte trecho de decisão, que não
guarda imediata relação de pertinência com a vedação à concessão
de liberdade provisória, a não ser que se tenha considerado a
inviabilidade dessa concessão como uma decretação automática e
ex lege de pri são preventiva, independentemente de
fundamentação, o que não parecer ser de boa técnica : “A gravidade
do crime imputado, um dos malsinados 'crimes hediondos' (Lei n .º
8.072/90), não basta à justificação da prisão preventiva, que tem
natureza cautelar, no interesse dos interesses do desenvolvimento
e do resultado do processo, e só se legitima quando a tanto se
mostrar necessária: não serve a prisão preventiva, nem a
Constituição permitiria que para isso fosse utilizada, a punir sem
processo, em atenção à gr avidade do crime imputado, do qual,
entretanto, 'ninguém será considerado culpado at é o trânsito em
julgado de sentença penal condenatória' (CF, art. 5., LVII)” (RHC n .º
68.631, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE).
Posteriormente, tentou -se estabelecer, com f undamento
no inciso XLII do art. 5.º da Constituição Federal (que dispõe que
“ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir
a liberdade provisória, com ou sem fiança ”) (destacou -se) algumas
hipóteses de crimes não passíveis de liberdad e provisória, em qualquer de suas modalidades . Tal se deu, por exemplo, no
Estatuto do Desarmamento (Lei n.º 10.826/03), relativamente aos
delitos de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido (art. 14),
disparo de arma de fogo (art. 15), posse ou porte ilegal de arma de
fogo de uso restrito (art. 16), comércio ilegal de arma de fogo (art.
17) e tráfico intern acional de arma de fogo (art. 18).
A constitucionalidade de aludida previsão foi
questionada por meio da propositura da Ação Direta de
Inconstitucionalidade 3.112 , de iniciativa de agremiação partidária
brasileira. Em decisão plenária proferida em 02 de maio de 2007, o
Estatuto do Desarmamento, no s ponto s em que fixou a
insusceptibilidade de liberdade provisória a diversos dos crimes que
previu5, foi considerado incompatível com a Constituição Federal,
sob o seguinte fundamento, consignado na ementa do julgado (DJ
de 26/10/2007):
“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI
10.826/2003. ESTATUTO DO DESARMAMENTO.
INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL AFASTADA. INVASÃO
DA COMPETÊNCIA RESIDUAL DOS ESTADOS.
INOCORRÊNCIA. DIREITO DE PROPRIEDADE. INTROMISSÃO
DO ESTADO N A ESFERA PRIVADA DESCARACTERIZADA.
PREDOMINÂNCIA DO INTERESSE PÚBLICO RECONHECIDA.
OBRIGAÇÃO DE RENOVAÇÃO PERIÓDICA DO REGISTRO
DAS ARMAS DE FOGO. DIREITO DE PROPRIEDADE, ATO
JURÍDICO PERFEITO E DIREITO ADQUIRIDO
ALEGADAMENTE VIOLADOS. ASSERTIVA IMPROCEDEN TE.
LESÃO AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA
PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA E DO DEVIDO PROCESSO
LEGAL. AFRONTA TAMBÉM AO PRINCÍPIO DA
RAZOABILIDADE. ARGUMENTOS NÃO ACOLHIDOS. FIXAÇÃO
DE IDADE MÍNIMA PARA A AQUISIÇÃO DE ARMA DE FOGO.
POSSIBILIDADE. REALIZAÇÃO DE RE FERENDO.
INCOMPETÊNCIA DO CONGRESSO NACIONAL.
PREJUDICIALIDADE. AÇÃO JULGADA PARCIALMENTE
5 Mais precisamente, nos parágrafos únicos dos seus arts. 14 e 15 e em seu art. 21, todos eles
declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal na quela assentada.
PROCEDENTE QUANTO À PROIBIÇÃO DO
ESTABELECIMENTO DE FIANÇA E LIBERDADE PROVISÓRIA.
(...) V - Insusceptibilidade de liberdade provisória quanto aos
delitos elencados nos arts. 16, 17 e 18. Inconstitucionalidade
reconhecida, visto que o texto magno não autoriza a prisão ex
lege, em face dos princípios da presunção de inocência e da
obrigatoriedade de fundamentação dos mandados de prisão pela
autoridade judiciária compet ente. (...)”.
Atenta a esses fundamentos e ao caráter relativo que o
Supremo Tribunal Federal atribui ao princípio da presunção ou
estado de inocência, que, preenchidos os requisitos legais, cede
frente à necessidade de decretação de prisões processuais
(preventivas ou provisórias) e também em hipóteses em que
condenações são prolatadas ou confirmadas em segundo grau de
jurisdição6 é que proponho a inclusão de novo inciso II -A ao art. 2.º
da Lei dos Crimes Hediondos, prevendo a insu sceptibilidade de
concessão de liberdade provisória nos crimes nela previstos sempre
que for constatada, em concreto, a periculosidade do agente.
Além de respeitar o direito fundamental à
individualização da pena, extraído do art. 5.º, inciso XLVI, da
Constituição Federal, é de se considerar que a previsão igualmente
não viola o princípio da presunção ou estado de inocência, na
medida em, se aludido princípio cede frente ao disposto em
legislação ordinária ( vale lembrar que tanto a prisão preventiva
quant o a provisória são previstas em leis ordinárias, quais sejam, o
CPP e a Lei n.º 7.960, de 21 de dezembro de 1989), objeto,
portanto, de ponderação por parte do legislador constituinte
derivado, o que dizer da ponderação empreendida pelo próprio
6 Entendimento que voltou a prevalecer no âmbito do Supremo Tribunal Federal a partir do julg amento do
Habeas Corpus 126.292, levado a efeito em 17/02/2016, quando se firmou entendimento no sentido de
que a “execução provisória de acórdão penal condenatório proferido em grau de apela ção, ainda que
sujeito a recurso especial ou extraordinário, não compromete o princípio constitucional da presunção de
inocência afirmado pelo artigo 5º, inciso LVII da Constituição Federal”. poder const ituinte originário, que produziu o texto constitucional e
previu que “ ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando
a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança ”, como de
fato prevê o multicitado inciso XLII do art. 5.º da Constituição
Federal? Não há sentido algum em se permitir uma liberdade
menos onerosa justamente para os crimes de maior gravidade.
Anoto, quanto às outras alterações ora propostas, que
foram elas inspiradas no Projeto de Lei formulado pelo Ministro da
Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e proposto pelo Poder
Executivo , para que os instrumentos de combate à corrupção, ao
crime organizad o e aos crimes praticados com violência a pessoa
sejam aperfeiçoados e ampliados .
Com base em todo o exposto , conto com o apoio dos
nobres Pares para a aprovação desta proposição, que em muito
contribuirá para a efetivação da proteção à vida das mulheres
brasileiras.
Sala das Sessões, em de maio de 2019.
Deputada Rose Modesto
PSDB/MS
|
PL 894/2023 | Institui a Campanha Nacional denominada “ROSAS”, cujo objetivo é o incentivo ao Empreendedorismo feminino como ferramenta de enfrentamento à violência contra mulher, auxílio em tratamentos médicos e paramédicos, reinserção social e no mercado de trabalho. | violencia contra a mulher | 0 | F | PL | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2239782 |
PROJ ETO DE LEI Nº , DE 2023
(Da Sra. Silvia Waiãpi )
Institui a Campanha Nacional denominada
“ROSAS”, cujo objetivo é o incentivo ao
Empreendedorismo f eminino como ferrame n-
ta de enfre ntamento à violência contra m u-
lher, auxílio em tratamentos médicos e par a-
médicos , reinse rção social e no mercado de
trabalho .
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta Lei Institui a Campanha Nacional denominada “RO-
SAS”, cujo objetivo é o incentivo ao Empreendedorismo Feminino como ferramenta
de enfrentamento à violência contra mulher, auxílio em tratamentos médicos e par a-
médicos às vítimas , reinserção social e no mercado de trabalho.
Art. 2º Fica instituída a Campanha Nacional denominada “ROSAS ”
cujo objetivo é o incentivo ao Empreendedorismo Feminino como ferramenta de en-
frentamento à violência contra mulher, auxí lio em tratamen tos médicos e paramédicos
às vítimas, reinserção social e no mercado de trabalho que deverá ser Coordenada pelo
Ministério da Mulher, Fam ília e Direitos Humanos em parceria com o Ministério da
Justiça e Segurança Pública e Ministério da Saúde .
§1º A Campanha contará com a participação da sociedade civil org a-
nizada e do Sistema “S” - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai); Serv i-
ço Social do Comércio (Sesc); Serviço Social da Indústria (Sesi); e Serviço Nacional de
Aprendizagem do Comércio (Se nac); Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar);
Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop); e Serviço Social de
Tran sporte (Sest).
*CD230677947600* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Silvia Waiãpi
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD230677947600
PL n.894/2023 Apresentação: 06/03/2023 16:30:01.977 - MESA Art. 3º Esta Campanha Nacional tem por objetivo congregar o esforço
comunitário , de empresas e de organizações das entidades corporativas voltadas para o
treinamento profissional, assistência social, consultoria, pesquisa e assistência técni ca –
“Sistema S” - para o aporte de ações preventi vas, combativas e inclusivas no que diz
respeito à mulher e sua reinserção social e no mercado de trabalho , bem como seu bem -
estar , com tratamentos paramédicos e estéticos oferecidos pelos colaboradores partic i-
pantes , na tentativa de minimizar o sen timento de negação, de estigmas e potencializar o
interesse pelo apren dizado, gerando oportunidades de emprego e renda .
§1º A Campanha Nacional contará com apoio de palestras, oficinas de
aprendizagem, atendime nto multissetorial, apoio psicossocial, tratamento paramédico e
estético, entre outras atividades que fomentem oportunidades de emprego e renda.
§2º O trabalho realizado deverá ser gratuito, sendo expedido Certif i-
cado pelo órgão competente.
§3º – A realização da Campanha Nacional Rosas ocorrerá preferenc i-
almente nos dias 08/03 e 12/08, a cada ano, cuja fonte de custeio terá como base os te r-
mos da LEI nº 14.316, DE 29 DE MARÇO DE 2022 .
Art. 4º Ficará ao encargo do Poder Público :
I - o cadastramento prévio e regular de participantes pacientes ;
II - a destinação de local apropriado para a realização da Campanha
Nacional, assim como sua organização de estru tura e logística.
Art. 5º Poder ão a União, os Estado s, Distrito Federal ou Município s,
deduzir imposto s das pessoas físicas ou em cada período anual de apuração, pela pessoa
jurídica tributada com base no lucro presumido ou real, os valores pagos para manute n-
ção e funcionamento de equipamentos e sistemas tecnológicos, utilizados na referida
Campanha Nacio nal “ ROSAS ”.
§ 1º A dedução de que trata o caput fica condic ionada à avaliação e
seleção prévia d os beneficiários do incentivo , mediante inscrição no órgão público e s-
*CD230677947600* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Silvia Waiãpi
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD230677947600
PL n.894/2023 Apresentação: 06/03/2023 16:30:01.977 - MESA pecífico, desde que seguidos todos os procedimentos e entregues os documentos nece s-
sários, em até 30 dias antes da realização da Campanha Nacional.
§ 2º Ato do Poder Executivo estabelecerá a forma e os critérios para
concessão do incentivo previsto no caput .
§ 3º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão conceder
incentivos referentes aos tributos que lhes competem, para fins de consecução dos obj e-
tivos desta Lei.
Art. 6 º Cabe ao poder público disponibilizar aos interessados as tecn o-
logias necessárias para a realização da Campanha Nacional, bem como o fornecimento
de apoio técnico pertinente.
Art. 7º . Esta Lei entra em vi gor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
O presente projeto de lei tem por objetivo instituir uma Campanha
Nacional , denominada “ ROSA S”, contando com a colaboração da sociedade civil, por
intermédio das pessoas físicas e jurídicas , a fim que possam os atuar de uma forma mais
efetiva no enfrentamento à violência contra a mulher, galgando seu pleno restabelec i-
mento físico e emocional para viver livremente em sociedade e sua aptidão ao mercado
de trabalho, gerando emprego e renda.
A denominação “ ROSAS ” provém da força singular e constan te, além
do poder da transformação pelo qual uma pérola é forjada n o interior de uma ostra , ao
fundo do mar. A palavra pérola “ significa feminina, bela como a lua, forte, constante,
feminilidade1”.
1 Disponível em: https://www.dicionariodenomesproprios.com.br /perola/ - Acesso em: 02/02/23 ;
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Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Silvia Waiãpi
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PL n.894/2023 Apresentação: 06/03/2023 16:30:01.977 - MESA A Campanha Nacion al “ROSAS” quer unir e reunir , ao menos 02 (du-
as) vezes por ano, com a sugestão das datas do dia 08/03 e 12/08, o Ministério da M u-
lher, Família e Direitos Humanos, o Ministério da Justiça e Segurança Pública e M i-
nistério da Saúde, com a participação da sociedade civil organizada e do Sistema “S” -
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai); Serviço Social do Comércio
(Sesc); Serviço Social da Indústria (Sesi); e Serviço Nacional de Aprendizagem do C o-
mérci o (Senac). Existem ainda os seguintes: Serviço Nacional de Aprendizagem Rural
(Senar); Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop); e Serviço
Social de Transporte (Sest), numa ação coletiva e efetiva de trabalho , que possibilite à
mulher , a retomada da sua força de vontade para a realização e manutenção de seus s o-
nhos.
Excelências! Imagine m as senhoras e senhores , a proporção do apoio
emocional e do impacto positivo que seria ser tratada e cuidada por alguém que ressi g-
nificou suas “cicatrizes” da vida a partir de uma oportunidade ? A partir da oportunidade
de empreender? Imaginem, por exemplo, uma formanda de um curso de micropigme n-
tação que obteve seu estímulo ao curso através de uma Campanha Nacional como essa e
que a partir de su a formação pôde conceder às mulheres a possibilidade de ressignific a-
rem suas marcas físicas e emocionais através de um trabalho seu? Isso é um ato de amor
e de humanidade! Não há no mundo alguém que melhor compreenda os flagelos da dor,
senão aquele que um dia a sofreu . Dor, quando cura vira força.
Preocupamo -nos, a partir do desenvolver desse lindo projeto e lei,
com o desenvolvimento de potencialidades, de renda e de sonhos, respeitando as plur a-
lidades sociais e proporcionando a independência financeira e emocional para mulheres,
bem- estar, reduzindo desigualdades, proporcionando o alcance de metas e métricas na
erradicação da pobreza, com a consequente evasão escolar de filhos e filhas. Vislu m-
bramos, fervorosamente, o enfretamento à violência contra a mu lher, para que alcanc e-
mos, num futuro próximo, sua total erradicação.
Um recente estudo elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança P ú-
blica sobre feminicídios mostra que “em 2021, uma mulher era assassinada, em média, a
cada sete horas no país, só pelo fa to de ser mulher. Já são 16 anos da Lei Maria da P e-
nha e sete anos da criação deste tipo de homicídio no Código Penal2.
2 Disponível em: https://www12.senado.leg.br/tv/programas/cidadania -1/2022/09/indice -de-feminicidios -no-brasil -continua -alto-
mesmo -apos-16-anos-dia-lei-maria -da-penha - Acesso em 02/02/23 ;
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Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Silvia Waiãpi
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PL n.894/2023 Apresentação: 06/03/2023 16:30:01.977 - MESA Em uma publicação de um jornal , em maio desse ano3, foi destacado que
“mais de 40% das empreendedoras sustentam suas famílias com o dinheiro de seu negócio e,
quando contratam, essas mulheres priori zam outras mulheres e q uando os negócios dão certo,
mulheres investem em melhorar a educação dos filhos, o bem -estar da família e o entorno onde
vivem ”.
Com toda certeza, dar voz, instrução e ferramenta às mulheres é m e-
dida que se impõe, visto que oportunidades são colocadas de forma desproporcional
para mulheres.
Desta forma, com o fim de disciplinar a utilização dessa importante
ferramenta e sua manutenção no ordenamento jurídico , é que contamos com o apoio dos
ilustres pares para a aprovação do presente projeto de lei.
Sala das Sessões, em de de 2023 .
Deputada Silvia Waiãpi
PL/AP
3 Disponível em: https://g1.globo.com/empreendedorismo/noticia/2022/05/31/o -que-e-empreendedorismo -feminino -
empresarias -explicam.ghtml - Acesso em: 02/02/23 ;
*CD230677947600* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Silvia Waiãpi
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PL n.894/2023 Apresentação: 06/03/2023 16:30:01.977 - MESA |
PL 1838/2023 | Altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, para determinar a vedação em escolas ao uso de banheiro e vestiário destinados a sexo diferente daquele do usuário. | genero | 1 | M | PL | null | null |
PL 2798/2021 | Altera a Lei n° 9.263, de 12 de janeiro de 1996, que regula o § 7º do art. 226 da Constituição Federal, que trata do planejamento familiar, estabelece penalidades e dá outras providências, para dispor sobre a utilização de métodos contraceptivos não cirúrgicos. | direitos sexuais e reprodutivos | 0 | M | PP | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2055381 | Câmara dos Deputados
PROJETO DE LEI Nº , DE 2021
(Do Sr. Marx Beltrão)
Altera a Lei n° 9.263, de 12 de
janeiro de 1996, que regula o § 7º do
art. 226 da Constituição Federal, que
trata do planejamento familiar,
estabelece penalidades e dá outras
providências, para dispor sobre a
utilização de métodos contraceptivos
não cirúrgicos.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta Lei altera o art. 9° da Lei n° 9.263, de 12 de janeiro de
1996, que regula o §7° do art. 226 da Constituição Federal, que trata do
planejamento familiar, além de estabelecer penalidades e dar outras
providências, para dispor sobre a utilização de métodos contraceptivos
não cirúrgicos.
Art. 2° O art. 9° da Lei n° 9.263, de 12 de janeiro de 1996, passa a
vigorar com acréscimo do §2° e consequente renumeração do parágrafo
único:
“Art. 9° ................................................................................................
§1° .....................................................................................................
.
§2° A utilização de métodos contraceptivos não cirúrgicos depende
exclusivamente da decisão voluntária da paciente após orientação
médica.” (NR)
*CD212131862500*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Marx Beltrão
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD212131862500
PL n.2798/2021Apresentação: 11/08/2021 15:07 - MesaCâmara dos Deputados
Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICATIVA
Recentemente foram divulgadas notícias de que Seguros de Saúde
estavam exigindo consentimento do cônjuge para a utilização de DIU
(dispositivo intrauterino) em mulheres casadas. O DIU é um dos métodos
contraceptivos mais utilizados no mundo. Trata-se de método seguro e
altamente eficaz. Existem basicamente dois tipos: o DIU de cobre e o DIU
hormonal. Inclusive, este último tem sido muito utilizado em mulheres com
doenças crônicas, como a endometriose. O DIU é um meio contraceptivo
reversível e, se a mulher desejar engravidar, pode ser removido. Mesmo assim,
conforme já mencionado, os Seguros de Saúde estão exigindo a concordância
do cônjuge, e, assim, diversas mulheres têm perdido autonomia para decidir
sobre sua própria saúde. Então, infelizmente, em muitos casos, a judicialização
tem sido a opção para garantir acesso à utilização desse recurso.
Com o objetivo de respaldar tal exigência, as seguradoras de saúde
têm argumentado que essa nova obrigatoriedade de consentimento do cônjuge
se ampara na Lei n° 9.263, de 1996, que dispõe sobre planejamento familiar. O
§5° do art. 10 dessa norma estabelece que “ Na vigência de sociedade
conjugal, a esterilização depende do consentimento expresso de ambos os
cônjuges”. Entretanto, tal necessidade aplica-se apenas nos casos de
esterilização cirúrgica através de laqueadura tubária, vasectomia ou de outro
método cientificamente aceito. Já a histerectomia (retirada do útero) e a
ooforectomia (retirada dos ovários) são vedadas com a finalidade de
esterilização. Ademais, salienta-se que mesmo a necessidade de
consentimento do cônjuge para esterilização cirúrgica, conforme estabelecido
na referida Lei, tem sido alvo de constantes críticas por vilipendiar a
capacidade de autodeterminação dos sujeitos. Considerando-se o texto
vigente, os indivíduos perdem o poder de gerência sobre o seu próprio corpo,
sua vida sexual, autonomia reprodutiva e liberdade individual.
*CD212131862500*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Marx Beltrão
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD212131862500
PL n.2798/2021Apresentação: 11/08/2021 15:07 - MesaCâmara dos Deputados
Assim, o consentimento do cônjuge não deveria ser exigido nos
casos de utilização de métodos contraceptivos como o DIU, que muitas vezes
também é indicado, conforme já mencionado, para tratamento de certas
condições crônicas como a endometriose. A interpretação extensiva da lei para
os casos de utilização do DIU e outros métodos contraceptivos, tornando
obrigatória a existência de consentimento expresso do cônjuge fere fortemente
a autonomia dos indivíduos. Em especial, configura-se em alienação da
autonomia reprodutiva das mulheres.
Nesse contexto, com o objetivo de buscar garantir a autonomia
individual na decisão em questões referentes à saúde da mulher, bem como
reduzir possibilidades de interpretação equivocada do que já está disposto em
texto legal, apresento essa proposição para assegurar que a utilização de DIU
(dispositivo intrauterino), ou outros métodos contraceptivos não cirúrgicos,
depende exclusivamente da decisão voluntária da paciente após orientação
médica.
Pelo exposto, estamos seguros de que a relevância dessa iniciativa
haverá de receber o apoio dos nobres parlamentares.
Deputado Marx Beltrão
PSD/AL
Sala das Sessões, de de 2021.
*CD212131862500*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Marx Beltrão
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD212131862500
PL n.2798/2021Apresentação: 11/08/2021 15:07 - Mesa |
PL 4948/2019 | Proíbe que mais de sessenta por cento das candidaturas apresentadas por partidos políticos em eleições proporcionais sejam de pessoas do mesmo sexo. | politica | 0 | F | MDB | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1805002 |
PROJETO DE LEI Nº , DE 2019
(Da Sra. ELCIONE BARBALHO )
Proíbe que mais de sessenta por cento
das candidaturas apresentadas p or partido s
político s em eleiç ões proporciona is sejam de
pessoas do mesmo sexo.
O Congresso Nacional decreta :
Art. 1º O § 3º do art. 10 da Lei nº 9.504, de 30 de setembro de
1997 (Lei das Eleições), passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 10. ........................................................... ...........
....................................................................................
§ 3º Do número de vagas resultante das regras previstas neste
artigo, cada partido preencherá obrigatoriamente o mínimo de
40% (quarenta por cento) e o máximo de 60% (sessenta por
cento) com candidaturas de cada sexo.
......................................................................... (NR)”
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
A reserva de vagas para mulheres nas listas d e candidaturas
apresentadas pelos partidos políticos em eleições proporcionais tem uma longa
história. Nela, u m dos acontecimentos mais importantes teve lugar quando a
legislação finalmente especificou , em 2009, que aquelas vagas deveriam ser
necessariamente preenchidas por mulheres – e não apenas reservadas para
elas. Não foi fácil conseguir a reserva legal das vagas, nem foi fácil alcançar a
obrigatoriedade de seu preenchimento. Por respeito às dificuldades então
enfrentad as, o percurso que nos trouxe até aqui deve ser sempre relembrado e
valorizado – inclusive porque a relevância prática e simbólica dessas
PL n.4948/2019 Apresentação: 10/09/2019 18:49 2
conquistas talvez não seja tão óbvia para as mulheres que se formaram
politicamente em um contexto distinto.
Mas não se trata apenas de valorizar lutas passadas. A inda há
um longo caminho por percorrer . Mulheres e homens comprometidos com os
ideais democráticos em nenhum momento esquecem que o objetivo final – de
que estamos bem longe – é a paridade. É preciso, po is, dar passos à frente. O
passo que se sugere dar neste Projeto de Lei não é grande . Trata -se, tão
somente, de transformar a reserva de trinta por cento das vagas nas listas de
candidaturas em eleições proporcionais em reserva de quarenta por cento das
vagas . Quem está nessa luta sabe, contudo, que ela tem avançado a passos
pequenos, mas, com o tempo, eles se transformam em grandes conquistas .
Assim, por exemplo, foi a obrigatoriedade de preencher vagas nas listas de
candidaturas que levou, mais tarde, à obrigato riedade de destinação de
recursos para as campanhas de candidatas em percentual compatível com seu
número.
A importância prática dos pequenos passos não é, contudo, o
principal motivo para a apresentação deste Projeto de Lei. Há uma motivação
simbólica por trás dele. Talvez p or conta do natural esquecimento, já sugerido ,
das dificuldades enfrentadas para se chegar até aqui, parece estar vindo à tona
certa desvalorização da cota destinada a mulheres nas listas de candidaturas.
Na própria Câmara dos Deputados , algumas vozes se levantaram
recentemente a favor d o fim da obrigatoriedade de preenchimento das vagas ,
eventualmente em troca de outras medidas de estímulo à participação feminina
na política. Curiosamente, um dos argumentos mais usados para sustentar
essa posição remete às dificuldades enfrentadas pelos partidos políticos para
preencherem as vagas reservadas.
Ora, é aqui que a memória histórica cumpre papel
insubstituível . Desde o início, a cota não se destinava apenas a estimular a
presença de mulheres nas casas legislativas. Ela tinha como um de seus
principais objetivos estimular os próprios partidos a se abrirem para a
participação feminina , a incorporá -las entre seus quadros. Sendo assim,
passados mais de vinte e cinco anos da aprovação da primeira reserva de
vagas, temos todo o direito de esperar que os partidos políticos disponham
PL n.4948/2019 Apresentação: 10/09/2019 18:49 3
entre seus filiados de mulheres politicamente ativas em número mais do que
suficiente p ara preencher as vagas que lhes cabem nas listas de candidaturas .
Caso os partidos não se tenham preparado para isso, devem assumir o ônus
pela displicência: não se adaptaram a uma norma que esteve em vigor por
doze eleições gerais consecutivas.
É por essa razão que trago este Projeto de Lei à consideração
da Casa . Ele ratifica uma luta de anos, de mulheres e homens, pela construção
de partidos políticos democráticos. Passar o percentual de vagas reserva das
de trinta para quarenta por cento não tem apen as o objetivo prático de reforçar
o peso das mulheres nos processos eleitorais e nas casas legislativas. Trata -
se, também, de sinalizar, em um momento de alguma perplexidade, que os
partidos não podem se furtar a atrair e formar lideranças femininas aptas a
ocupar competitivamente lugares em suas listas de candidaturas. Daí que se
tenha incluído na norma a palavra “obrigatoriamente”, a rigor desnecessária.
Sala das Sessões , em de de 2019 .
Deputada ELCIONE BARBALHO
2019 -17841
PL n.4948/2019 Apresentação: 10/09/2019 18:49 |
PL 2083/2022 | Altera os arts. 50, 52 e 86 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal), para estabelecer medidas destinadas a reforçar a proteção da mulher vítima de violência doméstica e familiar, especialmente contra a reiteração de ameaça ou de violência perpetrada por agressores condenados ou submetidos a prisão provisória. | violencia contra a mulher | 1 | F | PODEMOS | null | null |
PL 3422/2023 | Altera o Código Penal para prever a perda automática de cargo, função pública ou mandato eletivo em caso de condenação por estupro de vulnerável. | dignidade sexual | 1 | M | PL | null | null |
PL 978/2019 | Altera o estatuto da criança e do adolescente para dispor sobre o luto materno, determinando a oferta de leito separado e atendimento psicológico em casos de aborto espontâneo ou criança natimorta. | maternidade | 0 | F | PDT | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1712905 | PROJETO DE LEI Nº , DE 201 9
(Da Srª. FLÁVIA MORAIS )
Altera o Estatuto da Criança e do
Adolescente para dispor sobre o luto
materno.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta Lei altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1993, que dispõe sobre o
Estatuto da Criança e do Adolescente, para estabelecer a obrigatoriedade de hospitais
públicos e privados instituírem procedimentos relacionados à humanização do luto
materno.
Art. 2º O artigo 10 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1993, pass a a vigorar acrescido
dos seguinte s inciso s VII e VIII :
“Art.
10............................................................................................................................. ...........
...
................................................... .........................................................................................
...........
VII – oferecer leito separado para mulheres que tenham sofrido aborto espontâneo e
para as parturientes de natimorto ;
VIII – oferecer acompanhamento psicol ógico para os pais nos casos de aborto
espontâneo ou criança natimorta.
Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação .
JUSTIFICAÇÃO
O presente Projeto de Lei baseia -se em uma proposição apresentada pela
excelentíssima Deputada Keiko Ota, e visa oferecer tratamento mais humanizados
para as famílias cujos bebês não conseguem sobreviver. O artigo 10 da Lei 8.069, de 13 de julho de 1993, q ue dispõe sobre o Estatuto da
criança e do adolescente, trata das obrigações de hospitais e demais estabelecimentos,
públicos e privados, de atenção à saúde de gestantes. Pretendemos acrescentar dois
incisos para que as mães sejam acomodadas em leitos sepa rados, diversos da
maternidade, nos casos de aborto espontâneo ou quando a criança nasce morta ou
morre durante o parto. Além disso, propomos que seja oferecido tratamento
psicológico para os pais que passem por essa difícil situação.
O atendimento diferen ciado por parte do hospital a essas mães é de
fundamental importância para que elas tenham a dor do luto amenizada. Em muitas
maternidades, mães que acabaram de fazer o parto de um filho natimorto são
colocadas junto com outras mulheres que tiveram bebês s audáveis e, não raro,
precisam repetir aos profissionais do próprio hospital, durante as visitas de rotina, que
o delas faleceu.
Conforme destacado pela nobre Deputada Keiko Ota, “ o conhecimento da
perda gestacional, geralmente, ocorre em ambiente hospitalar. As maternidades, em
sua maioria, não têm propiciado ações contundentes com intuito de atenuar
sentimentos emocionais provocados pelo luto, os profissionais de saúde se concentr am
na saúde física da parturiente . ”
Desta forma, por concordar com os argumentos despendidos na justificativa
colacionada, que demonstra m a necessidade da proposta, entendo ser oportuna a sua
reapresentação e conto com o apoio dos nobres pares para a céle re aprovação do
Projeto de Lei.
Sala das Sessões, em de de 2019.
Dep. Flávia Morais
Deputada Federal – PDT/GO |
PL 4923/2020 | Altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), para dispor sobre novos procedimentos para o processo de adoção de crianças e adolescentes. | maternidade | 0 | M | PDT | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1936204 | PROJETO DE LEI Nº DE 2020
(do Sr. Wolney Queiroz)
Altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de
1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente),
para dispor sobre novos procedimentos para o
processo de adoção de crianças e adolescentes .
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º A Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do
Adolescente) passa a vigorar com alterações aos Arts. 28, 33, 50, 92 e 163 e
acrescida dos Arts. 50-A, 50-B, 69-A, na forma como se segue:
“Art. 28. .....................................................................................................
.................................................................................................................
§ 4º Os grupos de irmãos serão colocados sob adoção, tutela ou guarda
da mesma família substituta, ressalvada a comprovada existência de risco de
abuso ou outra situação que justifique plenamente a excepcionalidade de
solução diversa, procurando-se, preferencialmente , evitar o rompimento
definitivo dos vínculos fraternais. (NR)
§ 4º-A O juiz poderá autorizar, quando no melhor interesse do
adotando, a separação de grupos de irmãos para adoção por mais de uma
família substituta.
§ 4º-B A autorização de que trata o § 4º-A disporá sobre a permissão
para as famílias substitutas se conhecerem e contatar-se livremente, para
preservação do vínculo fraternal entre os irmãos do mesmo grupo.
....................................................................................................... ”
“Art. 33. .....................................................................................................
*CD202648971100*Documento eletrônico assinado por Wolney Queiroz (PDT/PE), através do ponto SDR_56164,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.4923/2020Apresentação: 14/10/2020 16:57 - Mesa..................................................................................................................
§ 5º É obrigatório o repasse de recursos para a família acolhedora
previsto no Art. 34, § 4º, por todo o período de permanência desta com a
criança ou adolescente com doença crônica ou deficiência cognitiva ou motora,
quando a prestação de alimentos por parte da família natural for insuficiente.
§ 6º A autoridade judiciária poderá prorrogar a permanência de criança
ou adolescente com doença crônica ou deficiência cognitiva ou motora com a
mesma família acolhedora até que complete dezoito anos de idade.”
“Art. 50. .....................................................................................................
..................................................................................................................
§ 5º-A A autoridade judiciária autorizará a divulgação de imagens e
informações de crianças maiores de seis anos e adolescentes em meios de
comunicação adequados e razoáveis para incentivar a adoção.
§ 5º-B A autoridade judiciária poderá revogar a divulgação prevista no §
5º-A em caso de ameaça à integridade física ou psicológica dos mesmos.
§ 5º-C É vedado o tratamento diferenciado dos adotantes por razão de
raça, cor, etnia, religião, orientação sexual ou procedência nacional.
.................................................................................................................
§ 6º-A Será dada preferência aos postulantes residentes no Brasil, em
caso de empate com postulantes residentes fora do país;
..................................................................................................................
§ 7º-A Em caso de adotante de Unidade Federativa distinta do
adotando, a Autoridade Judiciária da Jurisdição do adotante facilitará a
instrução judicial, autenticando documentos e inserindo-os em Processo
Judicial Eletrônico da Autoridade Judiciária da jurisdição do adotando.”
...................................................................................................................
*CD202648971100*Documento eletrônico assinado por Wolney Queiroz (PDT/PE), através do ponto SDR_56164,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.4923/2020Apresentação: 14/10/2020 16:57 - Mesa“Art. 50-A. O curso de formação jurídica e psicossocial para adotantes
poderá ser oferecido na modalidade remota, com uso de tecnologia telemática,
desde que:
I – A interação entre instrutores e postulantes a adotantes seja síncrona;
II – O desempenho dos postulantes a adotantes seja avaliado ao final
do curso;
III – Os recursos tecnológicos empregados sejam suficientes para
assegurar a transmissão contínua e ininterrupta; e
IV – Os postulantes a adotantes disponham, por seus próprios meios,
da tecnologia necessária para participar do curso na modalidade remota.
§ 1º A autoridade judiciária deverá manter, no mínimo, uma turma do
curso de formação jurídica e psicossocial na modalidade presencial para os
postulantes a adotantes que não atendam ao disposto no inciso IV do caput.
§ 2º O disposto no § 1º não se aplica em caso de emergência ou
calamidade pública.
§ 3º É punido com a expulsão do curso de que trata o caput o
postulante a adotante que participar do curso de forma concomitante com
atividade laboral, acadêmica, desportiva ou de lazer.”
“Art. 50-B. A autoridade judiciária poderá firmar convênios com
Organizações Não-Governamentais com o propósito de viabilizar cursos de
formação jurídica e psicossocial para adotantes de que trata o Art. 50, § 3º .
§ 1º Para se candidatarem à pareceria com a autoridade judiciária, as
Organizações Não-Governamentais deverão dispor, no mínimo, de:
I – Quadro formado por psicólogos, assistentes sociais e advogados,
todos especialistas em adoção, atuando como instrutores do curso;
II – Infraestrutura física com recursos educacionais que garantam o
conforto e o bom aprendizado pelos adotantes;
III – Capacidade para realização contínua do curso de formação jurídica
e psicossocial para adotantes por nove meses a cada ano; e
*CD202648971100*Documento eletrônico assinado por Wolney Queiroz (PDT/PE), através do ponto SDR_56164,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.4923/2020Apresentação: 14/10/2020 16:57 - MesaIV – Capacidade para realização do curso de formação jurídica e
psicossocial na modalidade remota, na forma do Art. 50-A.”
“Art. 69-A. A autoridade judiciária responsável pela guarda de
adolescentes adotandos providenciará, para os maiores de quatorze anos de
idade, a orientação vocacional, a inscrição em cursos de formação técnico-
profissional e a educação financeira.
Parágrafo único. A remuneração auferida pelo adolescente adotando
será depositada em conta poupança em seu nome, sendo vedada a
movimentação por terceiros.”
“Art. 92. ..................................................................................................
...............................................................................................................
V - não desmembramento de grupos de irmãos, observado o § 4º-B do
Art. 28.;
.......................................................................................................” (NR).
“Art. 163. O prazo máximo para conclusão do procedimento será de 90
(noventa) dias, e caberá ao juiz, no caso de notória inviabilidade de
manutenção do poder familiar, dirigir esforços para preparar a criança ou o
adolescente com vistas à colocação em família substituta. (NR)
§1º .......................................................................................................
§2º Serão considerados casos de notória inviabilidade de manutenção
do poder familiar o comprovado abandono, a violência física, o abuso e a
exploração sexual da criança ou do adolescente. ”
Art. 2º Revoga-se o inciso II do Art. 51 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990.
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
*CD202648971100*Documento eletrônico assinado por Wolney Queiroz (PDT/PE), através do ponto SDR_56164,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.4923/2020Apresentação: 14/10/2020 16:57 - MesaJUSTIFICATIVA
O objetivo deste Projeto de Lei é simplificar o procedimento de adoção, criando
alternativas para aumentar as chances de adoções bem-sucedidas e simplificando os
procedimentos para parte dos adotantes. Para tanto, este PL introduz modificações à
Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente, ECA).
Com base em consulta ao Sistema Nacional de Adoção1, havia em 28 de
setembro de 2020 36.360 famílias dispostas a adotar, ao passo que apenas 5.205
crianças e adolescentes estavam disponíveis para adoção no Brasil. Embora haja um
número muito maior de adotantes do que de adotandos, a dificuldade se encontra na
discrepância entre o perfil desejado pelas famílias e as verdadeiras características dos
adotandos.
Estudo do Conselho Nacional de Justiça2 aponta que a chamada “janela de
adoção”, no Brasil, é bastante curta: os adotantes procuram crianças de até três anos
de idade, saudáveis, sem deficiência e com outras características que tornam
escassos os casos de compatibilidade de perfil. As dificuldades são crescentes
conforme a idade da criança avança e os longos prazos exigidos pelo processo são
um difícil obstáculo a se superar. As crianças de até 3 anos de idade representavam,
na consulta ao Sistema Nacional de adoção (SNA), 17,2% do total de adotandos.
As chances de adoção diminuem bastante quando a criança pertence a um
grupo de irmãos. São raras as famílias dispostas a adotarem grupos de irmãos.
Quando uma das crianças do grupo está abaixo dos três anos de idade, ela acaba
perdendo a “janela de adoção”, pois está vinculada a irmãos mais velhos. Segundo o
SNA, 43,6% dos adotandos pertencem a grupos de irmãos.
De fato, especialistas3 recomendam que grupos de irmãos sejam adotados em
conjunto, para não se romperem os vínculos afetivos entre eles. Porém, se essa regra
1 O Painel do Sistema Nacional de Adoção é mantido pelo Conselho Nacional de
Justiça, com dados atualizados diariamente, no endereço:
https://paineisanalytics.cnj.jus.br/single/?appid=ccd72056-8999-4434-b913-
f74b5b5b31a2&sheet=4f1d9435-00b1-4c8c-beb7-
8ed9dba4e45a&opt=currsel&select=clearall , acesso em 28/09/2020.
2 Conselho Nacional de Justiça. Dados consolidados apontam 10 mil adoções em
cinco anos no Brasil. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/dados-consolidados-
apontam-10-mil-adocoes-em-cinco-anos-no-brasil/ , acesso em 28/09/2020.
3 Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios. O olhar dos atores
jurídicos sobre adoção. Disponível em:
https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/noticias/2017/junho/o-olhar-dos-
atores-juridicos-sobre-adocao , acesso em 28/09/2020.
*CD202648971100*Documento eletrônico assinado por Wolney Queiroz (PDT/PE), através do ponto SDR_56164,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.4923/2020Apresentação: 14/10/2020 16:57 - Mesafor aplicada de forma muito rigorosa, pode resultar na não-adoção das crianças,
privando-as do direito ao convívio familiar (assegurado pelo Art. 19 do ECA). Este PL
altera, então, o § 4º do Art. 28 do ECA e introduz os novos §§ 4º-A e 4º-B, de modo a
permitir a separação de grupo de irmãos quando isso for favorável ao adotando. No
caso de separação do grupo de irmãos, o juiz poderá autorizar as famílias substitutas
a se conhecerem e se contatarem livremente, para permitir o contato frequente entre
os irmãos e manter os vínculos fraternos entre eles.
Em Pernambuco, o programa “Famílias Solidárias” consiste justamente em
permitir que grupos de irmãos sejam adotados por famílias diferentes, mas
mantenham contato. Notícia publicada no sítio do Conselho Nacional de Justiça4 cita
exemplos de adoções bem sucedidas, tal como o caso que se reproduz abaixo:
Reunimos os quatro da mesma cidade para um momento de
integração com Micaely, a menina que foi adotada pelo casal Janeide e
Jucenildo Leite, e que mora em local diferente dos demais. O encontro
aconteceu por meio de uma ligação de vídeo, em que eles puderam se
ver e se falar por alguns minutos. Seu Jucenildo diz que a convivência
de Micaely na família está totalmente estabelecida. “Não existe mais a
família sem ela não, de forma alguma”, confessa.
As famílias solidárias, portanto, mantém contato umas com as outras, e
preservam o vínculo entre os irmãos adotados, enquanto asseguram às crianças e
adolescentes o convívio familiar.
O Projeto de Lei introduz ao Art. 50 os §§ 5º-A e 5º-B, dando poderes à
autoridade judiciária para fazer a divulgação de imagens, com vistas a incentivar a
adoção de crianças que já saíram da “janela” (ou sejam, idade maior do que três anos)
e adolescentes. Introduz, também, a vedação a tratamento diferenciado aos adotantes
por razão de cor, etnia, religião, orientação sexual ou procedência nacional, buscando
ampliar a base de adotantes habilitados. No Espírito Santo, a campanha “Esperando
por Você”5 utiliza a divulgação de imagens para incentivar a adoção, o que se faz
refletir positivamente no número de adoções bem-sucedidas. Iniciativas em outros
Estados também têm se mostrado bem-sucedidas:
4 Conselho Nacional de Justiça. Adoção: cinco irmãos vivem com três famílias há
um ano em Pernambuco. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/adocao-cinco-
irmaos-vivem-com-tres-familias-ha-um-ano-em-pe/ , acesso em 28/09/2020.
5 Conselho Nacional de Justiça. Adoção: Tribunal do Espírito Santo lança novo vídeo
da campanha “Esperando por Você”. Disponível em https://www.cnj.jus.br/adocao-
tribunal-do-espirito-santo-lanca-novo-video-da-campanha-esperando-por-voce/ ,
acesso em 28/09/2020.
*CD202648971100*Documento eletrônico assinado por Wolney Queiroz (PDT/PE), através do ponto SDR_56164,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.4923/2020Apresentação: 14/10/2020 16:57 - MesaProjetos semelhantes ao “Adoções Possíveis: promovendo
encontros”, estão sendo executados, com sucesso, nos Estados de
Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Rondônia,
Espírito Santo e Santa Catarina, por meio das Varas da Infância e
Juventude e grupos de apoio à adoção, com o entendimento de que
crianças e adolescentes que estão nas entidades de acolhimento
devem ser mostrados e podem atuar na tentativa da própria adoção.
Em Pernambuco, entre 2015 e 2016, houve um aumento de
70% de adoções tardias, graças a projetos pioneiros, que têm dado
mais visibilidade às crianças que vivem nos abrigos e também por meio
de programas que contribuíram para acelerar o trâmite processual para
adoção, bem como da propagação de informações que desmistificam a
adoção de crianças mais velhas6.
Introduz-se o § 7º-A ao Art. 50 para estabelecer que, no caso de adotantes e
adotandos de Estados diferentes, a autoridade judiciária da jurisdição dos adotantes
facilite a entrada de documentos no processo que correr na jurisdição do adotando. A
autoridade judiciária da jurisdição dos adotantes deverá autenticar do documentos e
fazer a sua entrada no Processo Judicial Eletrônico, ainda que tal processo seja
pertencente à jurisdição distinta. Assim, evita-se exigir que os adotantes viagens
apenas para fazer a apensação de documentos ao processo, o que se constitui
certamente em um obstáculo frustrante para a adoção.
O Art. 50-A cria a possibilidade de o curso de formação jurídica e psicossocial
ocorrer de forma remota, com o uso de tecnologia telemática (com aulas síncronas
pela internet). Atualmente, a demora para criação de vagas nesse curso de formação
se converte em duro obstáculo para o sucesso da adoção. Ela impõe aos adotantes
uma longa espera para sua habilitação, com o processo “parado”, aguardando o
surgimento da vaga. Experiências de cursos remotos trouxeram avanços, durante o
6 Conselho Nacional de Justiça. Adoção: tribunal irá divulgar fotos e vídeos de
crianças aptas em AL. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/adocao-tribunal-ira-
divulgar-fotos-e-videos-de-criancas-acolhidas-em-al/ , acesso em 28/09/2020.
*CD202648971100*Documento eletrônico assinado por Wolney Queiroz (PDT/PE), através do ponto SDR_56164,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.4923/2020Apresentação: 14/10/2020 16:57 - Mesaperíodo de calamidade pública devido à pandemia de COVID-19, em São Paulo7, em
Pernambuco8 e no Mato Grosso do Sul9.
Para o curso remoto ser adequado ao objetivo a que se propõe, deve cumprir o
disposto nos incisos e parágrafos do Art. 50-A. Ali se prevê que as aulas devem ser
síncronas, que o adotando será avaliado ao final do curso, que ele não poderá se
ausentar das aulas nem poderá fazer outra atividade (trabalho, esporte ou lazer, por
exemplo) enquanto assiste as aulas.
Também com o intuito de facilitar a realização dos cursos de formação jurídica
e psicossocial, o Art. 50-B autoriza a criação de convênios com Organizações Não-
Governamentais com o propósito de viabilizar tais cursos, nas modalidades presencial
ou remota.
As organizações que vierem a oferecer cursos precisam atender a uma série
de requisitos. Deverão ter em sua estrutura psicólogos, assistentes sociais e
advogados, todos especialistas em adoção, atuando como instrutores do curso.
Deverão ter ainda infraestrutura física com recursos educacionais que garantam o
conforto e o bom aprendizado pelos adotantes e capacidade realizar o curso de forma
contínua.
O ECA estabelece uma série de procedimentos e exigências para a adoção
internacional. Entende-se que o processo, bastante rigoroso, visa evitar que os
procedimentos de adoção legal sejam usados por malfeitores para dar um verniz de
legalidade à prática de tráfico de crianças e adolescentes.
Este projeto de lei não modifica o extenso rol de exigências para a adoção
internacional, organizados nos Arts. 51, 52, 52-A, 52-B, 52-C e 52-D, por entender que
tais procedimentos são necessários para proteger o adotando contra traficantes de
pessoas. Mas o PL introduz uma modificação na lógica da fila de espera.
7 Conselho Nacional de Justiça. Vara da Infância e da Juventude realiza curso online
para pretendentes à adoção. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/vara-da-
infancia-e-da-juventude-realiza-curso-online-para-pretendentes-a-adocao/ , acesso
em 28/09/2020.
8 Conselho Nacional de Justiça. Justiça de Pernambuco promove curso para
pretendentes à adoção por meio de EAD. Disponível em:
https://www.cnj.jus.br/justica-de-pernambuco-promove-curso-para-pretendentes-
a-adocao-por-meio-de-ead/ , acesso em 28/09/2020.
9 Conselho Nacional de Justiça. Inovação no Mato Grosso do Sul: TJ lança Curso de
Preparação à Adoção on-line. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/inovacao-no-
mato-grosso-do-sul-tj-lanca-curso-de-preparacao-a-adocao-on-line/ , acesso em
28/09/2020.
*CD202648971100*Documento eletrônico assinado por Wolney Queiroz (PDT/PE), através do ponto SDR_56164,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.4923/2020Apresentação: 14/10/2020 16:57 - MesaPela regra atual é impossível ocorrer uma adoção internacional, dado que o
ECA exige que se esgote a fila de adotantes domiciliados no Brasil para então se
passar a considerar os adotantes domiciliados no exterior. Essa regra é modificada
pela introdução do § 6º-A ao Art. 50 e pela revogação do inciso II do Art. 51. Na nova
regra, não será necessário ao adotante domiciliado no exterior esperar o esgotamento
da fila dos domiciliados no Brasil. O processo de adoção internacional pode prosseguir
mesmo que haja postulantes também no Brasil. Em caso de empate entre dois
postulantes, a preferência será daquele que reside em território nacional.
A família acolhedora é uma família que recebe crianças e adolescentes
temporariamente em suas casas, para oferecer um convívio familiar provisório até que
sejam adotados, em definitivo, por usa família substituta. As famílias acolhedoras
podem receber ou não recursos governamentais para auxiliar com as despesas
decorrentes do acolhimento (ECA, Art. 34, § 4º).
Essas famílias podem receber criança ou adolescente com doença crônica ou
deficiência cognitiva ou motora, o que eleva seus custos de alimentação, saúde e
moradia. Além disso, adotandos com deficiência ou doenças crônicas tendem a ser
preteridos e demorar a serem efetivamente adotados. Portanto, no § 5º introduzido ao
Art. 33, o PL estabelece que, para as famílias que receberem adotandos com
deficiência ou doenças crônicas recebam, obrigatoriamente, o repasse de recursos
públicos, sempre que a prestação de alimentos por parte da família natural for
insuficiente. O novo § 6º, introduzido no mesmo artigo, visa garantir que a criança ou
adolescente permaneça sob os cuidados de família acolhedora por tempo prolongado,
dado que a família precisa de tempo para aprender a cuidar das necessidades
especiais e a troca de família poderia por a perder a experiência adquirida.
Conforme explicado, a possibilidade de adoção tende a reduzir conforme a
idade do adotando avança. Por essa razão, é importante garantir a formação
profissional do adolescente que se aproxima dos dezoito anos de idade (quando o
adotando deixa de estar sob a tutela do Estado). O novo Art. 69-A estabelece, como
obrigação para a autoridade judiciária responsável pela guarda dos adolescentes, a
inscrição em cursos de formação técnico-profissional e a educação financeira. Além
disso, toda remuneração auferida pelo adolescente adotando será depositada em
conta poupança em seu nome, sendo vedada a movimentação por terceiros, para que
ele possa formar um fundo de recursos financeiros que lhe serão úteis para quando
completar dezoito anos.
Por fim, este Projeto de Lei altera o Art. 163 para estabelecer a redução do
prazo máximo de conclusão para o processo de perda do poder familiar, de 120 para
90 dias, e define como casos notórios de inviabilidade de manutenção do Poder
Familiar o comprovado abandono, a violência física, o abuso e a exploração sexual da
criança ou do adolescente.
*CD202648971100*Documento eletrônico assinado por Wolney Queiroz (PDT/PE), através do ponto SDR_56164,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.4923/2020Apresentação: 14/10/2020 16:57 - MesaTendo em vista a pujante necessidade de se acelerar os processos de adoção,
para garantir a crianças e adolescentes o direito ao convívio familiar, rogo aos pares o
apoio para a aprovação deste Projeto de Lei.
Sala das Sessões, 14 de October de 2020 .
WOLNEY QUEIROZ
Deputado Federal
PDT/PE
*CD202648971100*Documento eletrônico assinado por Wolney Queiroz (PDT/PE), através do ponto SDR_56164,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.4923/2020Apresentação: 14/10/2020 16:57 - Mesa |
PL 713/2019 | Altera o código penal para considerar agravante o cometimento do crime em razão da raça, cor, etnia, religião, origem, orientação sexual, gênero e/ou deficiência. | violencia contra a mulher | 0 | F | PT | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1712117 |
PROJETO DE LEI Nº DE 2019
(Da Sra. Marília Arraes)
Altera o art. 61, do Código Penal para
considerar agravante o cometimento do
crime em razão da raça, cor, etnia, religião,
origem, orientação sexual , gênero e/ou
deficiência.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º O inciso II do art. 61 do Decreto -lei n.º 2.848, de 7 de dezembro de 1940,
passa a vigorar acrescido da seguinte alínea:
“Art. 61. ... ...............................................................................
II .................................................................................
m) cometido em razão da raça, cor, etnia, religiã o, origem, orientação sexual ,
gênero e/ou deficiência . ”
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
A Constituição Federal estabelece em seu artigo 5º, incisos, XLI que “a lei punirá qualquer
discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais, bem assim que constitui crime
inafiançável e imprescritível – a prática do racismo, sujeito à pena de reclusão, nos termos da
lei”.
O preconceito, como já diz a palavra é um conceito antecipado dos fatos e/ou pessoas, sem
conhecimento. É um julgamento manifes tado de forma discriminatória, um juízo de valor. Essa
intolerância que acomete, ainda, muitas pessoas, deve ser combatida com instrumentos legais
eficazes. Nesse sentido, agravar a pena pode reduzir bastante as ocorrências a respeito do tema.
É fato que, mesmo sendo considerado crime, ainda é visível o aumento desenfreado e, muitas
vezes, silencioso desses atos discriminatórios, que denigrem a dignidade da pessoa humana.
Com essa alteração, busca -se adequar o Código Penal aos tempos atuais e, com isso, c orrigir a
omissão da Lei penal, propondo -se o agravamento da pena. Diante das sucessivas ocorrências e por sermos todos iguais perante lei, conto com o apoio e
voto dos membros deste Parlamento para aprovação do presente Projeto de Lei.
Sala das sess ões, ____ de ____________de 2019
MARÍLIA ARRAES
Deputada Federal PT/PE
|
PL 2099/2020 | Institui o auxílio permanente à mulher provedora de família monoparental, no valor de R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais) mensais, e dá outras providências. | economia | 0 | M | PT | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1885135 | PROJETO DE LEI Nº , DE 2020
(Do Sr. ASSIS CARVALHO)
Institui o auxílio permanente à mulher
provedora de família monoparental, no valor
de R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais)
mensais, e dá outras providências.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Fica instituído o auxílio permanente à mulher provedora
de família monoparental, no valor de R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais)
mensais.
§ 1º Para os fins desta Lei, considera-se
I - família monoparental com mulher provedora: o grupo familiar
chefiado por mulher sem cônjuge ou companheiro, com pelo menos uma
pessoa menor de dezoito anos de idade;
II - trabalhadora formal ativa: a empregada com contrato de
trabalho formalizado nos termos do disposto na Consolidação das Leis do
Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e a
agente pública, independentemente da relação jurídica, inclusive a ocupante de
cargo temporário ou função temporária ou de cargo em comissão de livre
nomeação e exoneração e a titular de mandato eletivo;
III - renda familiar: a soma dos rendimentos brutos auferidos
por todos os membros da unidade nuclear composta por um ou mais
indivíduos, eventualmente ampliada por outros indivíduos que contribuam para
o rendimento ou que tenham suas despesas atendidas por aquela unidade
familiar, todos moradores em um mesmo domicílio, não sendo computados os
rendimentos percebidos de programas de transferência de renda federal
previstos na Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004, e em seu regulamento.
*CD207147393500*Documento eletrônico assinado por Assis Carvalho (PT/PI), através do ponto SDR_56111,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.2099/2020Apresentação: 22/04/2020 18:252
IV - renda familiar mensal per capita: é a razão entre a renda
familiar mensal e o total de indivíduos na família.
§ 2º O auxílio de que trata o caput será pago para a
trabalhadora que cumpra cumulativamente os seguintes requisitos:
I - seja maior de 18 (dezoito) anos de idade;
II - não tenha emprego formal ativo;
III - não seja titular de benefício previdenciário ou assistencial
ou beneficiário do seguro-desemprego ou de programa de transferência de
renda federal, ressalvado, nos termos dos §§ 1º e 2º, o Bolsa Família;
IV - cuja renda familiar mensal per capita seja de até 1/2 (meio)
salário-mínimo ou a renda familiar mensal total seja de até 3 (três) salários
mínimos;
V – esteja inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais
do Governo Federal, de que trata o Decreto nº 6.135, de 26 de junho de 2007;
e
VI - que seja:
a) microempreendedora individual (MEI);
b) contribuinte individual do Regime Geral de Previdência
Social que contribua na forma do caput ou do inciso I do § 2º do art. 21 da Lei
nº 8.212, de 24 de julho de 1991; ou
c) trabalhadora informal, seja empregada, autônoma ou
desempregada, de qualquer natureza, inclusive a intermitente inativa.
§ 3º Nos casos em que o recebimento do auxílio de que trata o
caput for mais vantajoso do que o recebimento do benefício financeiro do
Programa Bolsa Família, de que trata da Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de
2004, este será suspenso pelo período de recebimento daquele.
§ 4º As condições de renda familiar mensal per capita e total de
que trata o inciso IV do § 2º serão verificadas por meio do Cadastro Único.
§ 5º O auxílio de que trata o caput será operacionalizado e
pago por instituições financeiras públicas federais, que ficam autorizadas a
*CD207147393500*Documento eletrônico assinado por Assis Carvalho (PT/PI), através do ponto SDR_56111,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.2099/2020Apresentação: 22/04/2020 18:253
realizar o seu pagamento por meio de conta do tipo poupança social digital, de
abertura automática em nome dos beneficiários, a qual possuirá as seguintes
características:
I - isenção de cobrança de tarifas de manutenção, observada a
regulamentação específica estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional;
II - ao menos 1 (uma) transferência eletrônica de valores ao
mês, sem custos, para conta bancária mantida em qualquer instituição
financeira habilitada a operar pelo Banco Central do Brasil.
§ 6º Os órgãos federais disponibilizarão as informações
necessárias à verificação dos requisitos para concessão do auxílio de que trata
o caput, constantes das bases de dados de que sejam detentores.
§ 7º O Poder Executivo regulamentará esta Lei em até três
meses contadas da sua publicação.
Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
No dia 2 de abril de 2020, foi promulgada a Lei Federal nº
13.982 que, entre outras providências, instituiu o auxílio emergencial, pago em
3 parcelas no valor cada de R$ 600,00 (seiscentos reais), que vem sedo
recebido por milhões de trabalhadores brasileiros afetados pela crise
econômica e sanitária decorrente do combate à propagação da SARS-CoV-2,
doença respiratória grave causada pelo novo corona vírus.
A medida é acertada, não só pelo fato de proteger as famílias
mais pobres da severa e repentina queda nos seus rendimentos, mas também
por ajudar a atenuar os efeitos recessivos na economia do país, mantendo um
mínimo de poder de compra na sociedade.
O referido benefício é pago para trabalhadores não
assalariados, isto é, para aqueles que não contam com um emprego formal
com carteira assinada. Além disso, a renda familiar mensal do trabalhador não
*CD207147393500*Documento eletrônico assinado por Assis Carvalho (PT/PI), através do ponto SDR_56111,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.2099/2020Apresentação: 22/04/2020 18:254
pode ultrapassar 1/2 (meio) salário-mínimo per capita ou 3 (três) salários
mínimos de renda total mensal.
Para a mulher provedora de família monoparental, são
asseguradas 2 (duas) cotas do auxílio, o que corresponde a um benefício de
R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais), pagos em três parcelas mensais.
Preocupados com os efeitos mais duradouros dessa crise e no
intuito de proteger esses lares chefiados por batalhadoras mulheres brasileiras,
que são arrimo de famílias por vezes numerosas, apresentamos o presente
projeto de lei para tornar permanente esse auxílio.
Assim, procuramos instituir o auxílio permanente à mulher
provedora de família monoparental, no valor de R$ 1.200,00 (mil e duzentos
reais) mensais.
Para os fins do referido benefício prevemos que se considera
família monoparental com mulher provedora o grupo familiar chefiado por
mulher sem cônjuge ou companheiro, com pelo menos uma pessoa menor de
dezoito anos de idade.
Convictos do acerto da medida propostas, solicitamos o apoio
dos nobres e de toda a sociedade brasileira para que possamos aprovar esta
importante iniciativa.
Sala das Sessões, em de de 2020.
Deputado ASSIS CARVALHO
2020-3584
*CD207147393500*Documento eletrônico assinado por Assis Carvalho (PT/PI), através do ponto SDR_56111,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.2099/2020Apresentação: 22/04/2020 18:25 |
PL 2653/2019 | Dispõe sobre a proteção de pessoas em situação de violência baseada na orientação sexual, identidade de gênero, expressão de gênero ou características biológicas ou sexuais. | genero | 0 | M | PSOL | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1742129 |
PROJETO DE LEI Nº , DE 2019.
(Do Sr. David Miranda )
Dispõe sobre a proteção de pessoas
em situação de violência baseada na
orientação sexual , identidade de gênero,
expressão de gênero ou características
biológicas ou sexuais .
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta lei cria mecanismos para a proteção de pessoas
em situação de violência baseada na orientação sexual, identidade de gênero,
expressão de gênero ou características biológicas ou sexuais.
Art. 2º Todos os seres humanos nascem livres e iguais em
dignidade e direitos e têm o direito de usufruir de todos os direitos humanos
livres de discriminação por sua orientação sexual, identidade de gênero,
expressão de gênero ou características biológi cas ou sexuais.
Art. 3º Considera -se discriminação baseada na orientação
sexual, identidade de gênero, expressão de gênero ou características
biológicas ou sexuais toda forma de distinção, exclusão, restrição ou
preferência baseada nas hipóteses mencionadas, por ação ou omissão, que
tenha o objetivo ou o efeito de anular, prejudicar ou impedir a igualdade 2
perante a lei ou proteção igual da lei, ou o reconhecimento, gozo ou exercício,
em base igualitária, de todos os direitos humano s e das liberdad es
fundamentais.
Art. 4º Toda pessoa, independentemente de sua orientação
sexual, identidade de gênero, expressão de gênero ou características
biológicas ou sexuais têm direito à vida, à segurança pessoal e proteção do
Estado contra todos os tipos de violência.
Parágrafo único. Os poderes públicos, no âmbito de suas
competências, tomarão todas as medidas necessárias para prevenir e proteger
as pessoas de todas as formas de violência e assédio relacionadas à
orientação sexual, identidade de gênero, expressã o de gênero ou
características biológicas ou sexuais.
TÍTULO II
DA VIOLÊNCIA BASEADA NA ORIENTAÇÃO SEXUAL,
IDENTIDADE DE GÊNERO , EXPRESSÃO DE GÊNERO OU
CARACTE RÍSTICAS BIOLÓGICAS OU SEXUAIS
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência baseada
na orientação sexual, identidade de gênero, expressão de gênero ou
características biológicas ou sexuais, entre outras, qualquer ação ou omissão
motivada por essas hipóteses que cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual
ou psicológico e dano moral ou patrimonial às pessoas atingidas, nos espaços
públicos ou privados.
Art. 6º Para os efeitos desta Lei considera -se violência baseada
na orientação sexual, identidade de gênero, expressão de gênero ou
características biológi cas ou sexuais, entre outras: 3
I - a violência física, entendida como qualquer conduta que
ofenda a integridade ou saúde corporal;
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta
que cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que
prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise
degradar ou controlar ações, comportamentos, crenças e
decisões, mediante ame aça, constrangimento, humilhação,
manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição
contumaz, insulto, chantagem, violação da intimidade,
ridicularização, frustração de demonstração pública de afeto
que não fira os direitos de outrem, exploração e limitação do
direito de ir e vir ou permanecer em determinado local ou
qualquer outro meio que cause prejuízo à saúde psic ológica e à
autodeterminação;
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que
constranja alguém a presenciar, a manter ou a participar de
relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça,
coação ou uso da força , inclusive com intentos supostamente
“corretivos” ; que coaja a comercializar ou a utilizar, de qualquer
modo, a sexualidade, que impeça de usar qualquer mé todo
contraceptivo ou de prevenção ou que force ao matrimônio, à
gravidez, ao aborto ou à exploração sexual , mediante coação,
chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o
exercício de direitos sexuais e reprodutivos;
IV - a violência patrimo nial, entendida como qualquer conduta
que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total
de objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais,
bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os
destinados a satisfazer necessidad es;
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que
configure calúnia, difamação ou injúria. 4
VI – a violência médica, entendida como a realização de
procedimento médico , psicológico ou de saúde , desnecessário
e/ou precoce , contrário aos direitos humanos ou conduzido
sem o consentimento livre, prévio e informado; esterilização
involuntária, submissão exagerada a exames médicos,
fotografias e exposição dos genitais; negação de acesso à
informação médica e histórias clínicas ou serviço médico;
dificultação ou atraso deliberado no registro de nascimento.
Parágrafo único. Para efeito de configuração de violência
sexual são indiferentes o sexo do agressor e da vítima, a
relação prévia entre agressor e vítima nas esferas social ou
familiar e a ocupação p rofissional desta.
TÍTULO III
DA ASSISTÊNCIA ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA BASEADA NA
ORIENTAÇÃO SEXUAL, IDENTIDADE DE GÊNERO , EXPRESSÃO
DE GÊNERO OU CARACTE RÍSTICAS BIOLÓGICAS OU SEXUAIS
CAPÍTULO I
DAS MEDIDAS INTEGRADAS DE PREVENÇÃO
Art. 7o Os órgãos da Administração Pública Federal, direta e
indireta, no âmbito de suas competências, desenvolverão políticas para
prevenir e coibir todos os tipos de violência baseados na orientação sexual,
identidade de gênero, expressão de gênero ou característica sexual,
objetivando especialmente:
I - a articulação das políticas públicas para a proteção integral
das pessoas LGBTI+ e outras pessoas vítimas dos tipos de
violência de que trata esta Lei; 5
II – a adoção, por parte dos órgãos e entidades públicas da
Administração Pública Federal, direta e indireta, do nome social
das pessoas LGBTI+ em seus atos e procedimentos, caso
requerido, sendo o nome civil utilizado apenas quando
estritamente necessário ao registro do atendimento visando o
interesse público e a salvaguarda d e direito próprio ou de
terceiros;
III - a promoção de estudos e pesquisas, estatísticas e outras
informações relevantes concernentes às causas, às
consequências e à frequência da violência baseada na
orientação sexual, identidade de gênero, expressão de gênero
ou característica s biológicas ou sexuais , para a sistematização
de dados e avaliação periódica das medidas adotadas no
combate a este tipo de violência;
IV - a expedição de regulamento para a unificação e
padronização de ocorrências motivadas, de ac ordo com a
pessoa ofendida, pela orientação sexual, identidade de gênero,
expressão de gênero ou características biológicas ou sexuais,
de modo que constem do Sistema Nacional de Informações de
Segurança Pública, Prisionais e de Rastreabilidade de Armas e
Munições, de Material Genético, de Digitais e de Drogas –
Sinesp;
V- a implementação de atendimento adequado às
especificidades das pessoas LGBTI + no âmbito dos serviços e
políticas públicas, de modo a garantir -lhes a não -discriminação
e o gozo efetivo dos direitos;
VI - a implementação de programas de educação e treinamento
de agentes públicos e de pessoas a estes equiparadas , com a
perspectiva de eliminar atitudes ou comportamentos
preconceituosos ou discriminatórios relacionados à ideia de
inferioridade ou superioridade de qualquer orientação sexual, 6
identidade de gênero, expressão de gênero ou característica
sexual;
VII - a celebração de convêni os, protocolos, ajustes, termos ou
outros instrumentos de promoção de parceria entre órgãos
governamentais ou entre estes e entidades não -
governamentais, tendo por objetivo o combate aos tipos de
violência de que trata esta Lei;
VIII - a realização de cam panhas de conscientização dirigidas
ao público em geral, assim como a perpetradores reais ou
potenciais de violência, para combater os preconceitos que são
a base da violência relacionada à orientação sexual, identidade
de gênero, expressão de gênero ou ca racterística s biológicas
ou sexuais ;
Parágrafo único. São sujeitas ao cumprimento das
disposições previstas no inciso II deste artigo a outorga ou
a renovação de concessão, permissão, autorização ou
habilitação de qualquer natureza.
CAPÍTULO II
DA ASSISTÊNCIA
Art. 8o A assistência às pessoas vítimas de violência baseada
na orientação sexual, identidade de gênero, expressão de gênero ou
características biológicas ou sexuais será prestada de forma articulada e
conforme os princípios e as diretrizes pr evistos n o Sistema Único de
Assistência Social, no Sistema Único de Saúde, no Sistema Único de
Segurança Pública, entre outras normas e políticas públicas protetivas .
Art. 9º O Sistema Único de Assistência Social – SUAS, por
intermédio de serviços e progra mas, garantirá: 7
I – no âmbito da Proteção Social Básica: a construção de
estratégias, parcerias e metodologias voltadas à proteção
social da população LGBTI+ e que visem à prevenção das
situações de vulnerabilidade, riscos e violações de direitos
desta pop ulação;
II – no âmbito da Proteção Social Especial de Média e Alta
Complexidade: a construção de metodologia cultural e
socialmente adequada às particularidades das identidades
LGBTI+, garantindo às travestis , aos homens e às mulheres
transexuais e às pessoas intersexuais a privacidade de sua
identificação e trajetória, respeitando e valorizando os
diferentes modelos de famílias e de práticas sociais.
Parágrafo único. A rede socioassistencial deverá:
I - assegurar em todos os níveis de proteção social o
reconhecimento e a adoção do nome social mediante
solicitação do usuário;
II - garantir o uso de banheiros, vestiários, alojamentos ,
enfermarias, quartos de hospitais e demais espaços
segregados por gênero, de acordo com a identidade de gênero
declarada p elo usuário.
Art. 10. O juiz determinará, conforme o caso:
I - a inclusão da pessoa vítima de violência baseada na
orientação sexual, identidade de gênero, expressão de gênero
ou características biológicas ou sexuais no cadastro de
programas e serviços assistenciais dos governos federal,
estadual e municipal;
II - a manutenção, por até seis meses, do vínculo trabalhista da
pessoa vítima de violência baseada na orientação sexual,
identidade de gênero, expressão de gêne ro ou características 8
biológicas ou sexuais, quando necessário o a fastamento do
local de trabalho;
III - o acesso prioritário à remoção da pessoa vítima de
violência baseada na orientação sexual, identidade de gênero,
expressão de gênero ou características biológicas ou sexuais,
quando necessário o afastamento do local de trabalho e a
vítima for servidora pública, integrante da Administração
Pública direta ou indireta;
Parágrafo único. Caberá ainda ao Juiz garantir, em todas as
fases do processo, o tratamento à pessoa em situação de
violência baseada na orientação sexual, identidade de gênero,
expressão de gênero ou características biológicas ou sexuais
pelo nome social declarado, garantindo ainda tratamento
respeitoso e condizente à situação da pessoa vítima de
violência .
Art. 11 A assistência à s pessoas vítimas dos tipos de violência
de que trata esta lei compreenderá o acesso aos benefícios decorrentes do
desenvolvim ento científico e tecnológico, incluindo os serviços de contracepção
de emergência, a profilaxia das Infecções Sexualmente Transmissíveis (I ST) e
da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e outros procedimentos
médicos necessários e cabíveis nos cas os de violência sexual.
Art. 12. É garantid a a toda a pessoa em situação de violência
baseada na orientação sexual, identidade de gênero, expressão de gênero ou
características biológicas ou sexuais o acesso aos serviços de Defensoria
Pública ou de Assistência Judiciária Gratuita, nos termos da lei, em sede
policial e judicial, mediante atendiment o especializado e humanizado .
CAPÍTULO III
DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL 9
Art. 1 3. Na hipótese da iminência ou da prática de violência
baseada na orientação sexual, identidade de gênero, expressão de gênero ou
características biológicas ou sexuais , a autoridade policial que tomar
conhecimento da ocorrência adotará, de imediato, as providências legais
cabíveis.
Parágrafo único. Aplica -se o disposto no caput deste artigo ao
descumprimento de medida protetiva de urgência deferida.
Art. 14. É direito da pessoa em situação de violência baseada
na orientação sexual, identidade de gênero, expressão de gênero ou
características biológicas ou sexuais o atendimento policia l e pericial
especializado, ininterrupto e prestado por servidores previamente capacitados.
Art. 1 5 A inquirição da pessoa em situação de violência
baseada na orientação sexual, identidade de gênero, expressão de gênero ou
características biológicas ou sexuais obedecerá às seguintes diretrizes:
I - salvaguarda da integridade física, psíquica e emocional da
pessoa depoente, considerada a sua condição peculiar de
pessoa em situação de violência;
II - não revitimização da pessoa depoente, evitando sucessivas
inquirições sobre o mesmo fato nos âmbitos criminal, cível e
administrativo, bem como questionamentos sobre a vida
privada;
III – tratamento pelo nome socia l declarado e adequado à
identidade de gênero, que também deve constar nos boletins
de ocorrência e documentos assemelhados, evitando -se repetir
em voz alta o nome de registro da vítima caso seja diferente do
nome social informado;
IV – Respeito à privaci dade da pessoa depoente, que deve ser
ouvida em local reservado, ter sua identificação social tratada
com respeito e discrição, sendo vedado o uso de termos 10
jocosos e outros tipos de tratamento indigno e degradante que
configurem violência institucional .
Art. 16. No atendimento à pessoa em situação de violência
baseada na orientação sexual, identidade de gênero, expressão de gênero ou
características biológicas ou sexuais , a autoridade policial deverá, entre outras
providências:
I - garantir proteção polic ial, quando necessário, comunicando
de imediato ao Ministério Público e ao Poder Judiciário;
II - encaminhar a pessoa ofendida ao hospital ou posto de
saúde e ao Instituto Médico Legal;
III - fornecer transporte em viatura de órgão público para a
pessoa of endida e seus dependentes para abrigo ou local
seguro, condizente com sua identidade de gênero ,
acompanhada por um agente público especializado quando
houver risco de vida ou situação de vulnerabilidade social;
IV – caso solicitado , acompanhar a pessoa ofe ndida para
assegurar a retirada de seus pertences do local da ocorrência;
V - informar à pessoa ofendida os direitos a ela conferidos
nesta Lei e os serviços disponíveis.
Art. 1 7 Em todos os casos de violência baseada na orientação
sexual, identidade de g ênero, expressão de gênero ou características
biológicas ou sexuais , feito o registro da ocorrência, deverá a autoridade
policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem prejuízo
daqueles previstos no Código de Processo Penal:
I - ouvir a pess oa ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e
tomar a representação a termo, se apresentada; 11
II - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento
do fato e de suas circunstâncias;
III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente
apartado ao juiz com o pedido da pessoa ofendida, para a
concessão de medidas protetivas de urgência;
IV - determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da
pessoa ofendida e requisitar outros exames periciais
necessários;
V - ouvir o ag ressor e as testemunhas;
VI - ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos autos
sua folha de antecedentes criminais, indicando a existência de
mandado de prisão ou registro de outras ocorrências policiais
contra ele;
VII - remeter, no prazo lega l, os autos do inquérito policial ao
juiz e ao Ministério Público.
§ 1o O pedido da pessoa ofendida será tomado a termo pela
autoridade policial e deverá conter:
I - qualificação da pessoa ofendida e do agressor;
II - descrição sucinta do fato e das medidas protetivas
solicitadas pela pessoa ofendida.
§ 2o A autoridade policial deverá anexar ao documento referido
no § 1o o boletim de ocorrência e cópia de todos os
documentos disponíveis em posse da pessoa ofendida.
§ 3o Serão admitidos como meios de prova os laudos ou
prontuários médicos fornecidos por hospitais e postos de
saúde. 12
TÍTULO IV
DOS PROCEDIMENTOS
CAPÍTULO I
DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA
Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da pessoa
ofendid a, caberá ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas:
I - conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as
medidas protetivas de urgência;
II - determinar o encaminhamento da pessoa ofendida ao órgão
de assistência judiciária, quando for o caso;
III - comunicar ao Ministério Público para que adote as
providências cabíveis.
Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser
concedidas pelo juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da
pessoa ofendida.
§ 1o As medidas protetivas de urgência poderão ser
concedidas de imediato, independentemente de audiência das
partes e de manifestação do Ministério Público, devendo este
ser prontamente comunicado.
§ 2o As medidas protetivas de urgência serão aplicadas
isolada ou cumulativamente, e p oderão ser substituídas a
qualquer tempo por outras de maior eficácia, sempre que os
direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados. 13
§ 3o Poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público ou a
pedido da pessoa ofendida, conceder novas medid as protetivas
de urgênci a, se entender necessário à proteção da pessoa
ofendida, de seus familiares e de seu patrimônio, ouvido o
Ministério Público.
Art. 2 0 A pessoa ofendida deverá ser notificada dos atos
processuais relativos ao agressor, especialmente dos pertinentes ao ingresso e
à saída da prisão, sem prejuízo da intimação do advogado constituído ou do
defensor público.
Parágrafo único. A pessoa ofendida não poderá entregar
intimação ou notificação ao agressor .
CAPÍTULO II
DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA QUE OBRIGAM O
AGRESSOR
Art. 2 1 Constatada a prática de violência baseada na
orientação sexual, identidade de gênero, expressão de gênero ou
características biológicas ou sexuais nos termos desta Lei, o juiz poderá
aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes
medidas protetivas de urgência, entre outras:
I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com
comunicação ao órgão competente, nos termos da Lei n º
10.826, de 22 de dezembro de 2003 ;
II - afastamento do local de convivência com a pessoa
ofendida; 14
III - proibição de determinadas condutas, entre as quais:
a) aproximação da pessoa ofendida, de seus familiares e das
testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre estes e
o agressor;
b) contato com a pessoa ofendida, seus familiares e
testemunhas por qualquer meio de comunicação;
c) fre quentação de determ inados lugares a fim de preservar a
integridade física e psicológica da pessoa ofendida;
§ 1o As medidas referidas neste artigo não impedem a
aplicação de outras previstas na legislação em vigor, sempre
que a segurança da pessoa ofendida ou as circunstânci as o
exigirem, devendo a providência ser comunicada ao Ministério
Públic o.
§ 2o Na hipótese de aplicação do inciso I, encontrando -se o
agressor nas condições mencionadas no caput e incisos do art.
6º da Lei n º 10.826, de 22 de dezembro de 2003 , o juiz
comunicará ao respectivo órgão, corporação ou instituição as
medidas protetivas de urgência concedidas e determinará a
restrição do porte de armas, ficando o superior imediat o do
agressor responsável pelo cumprimento da determinação
judicial, sob pena de incorrer nos crimes de prevaricação ou de
desobediência, conforme o caso.
§ 3o Para garantir a efetividade das medidas protetivas de
urgência, poderá o juiz requisitar, a qua lquer momento, auxílio
da força policial.
Art. 2 2. O descumprimento de decisão judicial que defere
medidas protetivas de urgência configura crime punível nos termos do Art.24 -A
da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. 15
Art. 23. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
As estatísticas públicas acerca da violência contra pessoas
LGBTI+ são raras e, em m uitos sentidos, inexistentes, sendo ainda negadas e
negligenciadas pelo Estado brasileiro. A precariedade da catalogação
quantita tiva real por parte de órgãos ou agências governamentais implica na
invisibilidade de dados essenciais acerca da população LGBTI+, tais como:
saúde, educação, trabalho, renda , gênero, classe social, raça, etnia, violências
sofridas etc . No caso de informaç ões referentes à violência perpetrada contra
essa população, tem-se, ainda que de forma deficitária, dados alarmantes que
são publicizados por diversas organizações da sociedade civil . Segundo
relatórios dessas organizações, 420 pessoas LGBTI+ (lésbicas, gays,
bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais) morreram no Brasil em 2018
vítimas de crimes baseados na orientação sexual , identidade de gênero,
expressão de gênero ou características biológicas ou sexuais . Isso sign ifica,
mais ou menos, que a cada 20 horas um a pessoa LGBTI+ foi barbaramente
assassinada ou se suicidou vítima da LGBTIfobia, o que confirma o Brasil como
um dos campeões mundiais de crimes contra essa populaçã o1.
Dados do Transgender Europe’s Trans Murder Monitoring
(TMM) Project mostram também que, entre 2008 e 2014 o Brasil foi o campeão
mundial absoluto em assassinatos de pessoas trans , totalizando 689 mortes
reportadas2, dados que corroboram com os levantamentos anuais realizados
por instituições nacio nais independentes, tais como RedTrans e ANTRA. Ainda,
a pesquisa denominada “ Lesbocídio - As histórias que ninguém conta ”,
realizada pelo Núcleo de Inclusão Social e pelo Nós: Dissidências Feminista s,
ambos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) , identificou, de
janeiro a setembro de 2018, um aumento de mais d e 100% nos casos de
1 Fonte: https://homofobiamata.files.wordpress.com/2019/01/relatorio -2018 -1.pdf , acesso em 20/03/2019.
2 Fonte: https://tgeu.org/tmm -idahot -update -2015/ , acesso em 20/3/2019. 16
violência letal por motivo de lesbofobia no Brasil em relação ao ano de 2017,
em que foram registrados 52 assassinatos3.
De modo mais abrangente, só em 2017, o programa
denominado “D isque 100 ” do Ministério dos Direitos Humanos recebeu mais de
1700 denúncias contra episódios de preconceito e violência contra pessoas
LGBTI+4.
Essa violência só fez aumentar no período eleitoral recente,
marcado por discursos de ódio e preco nceito, quando ataques e insultos
gratuitos à população L GBTI+ tomaram conta das ruas e das redes sociais.
Segundo pesquisa realizada pela organização Gênero e Número, 56% das
travestis, homens e mulheres trans entrevistadas afirmam ter sofrido pelo
menos três ataques motivad os por sua orientação sexual e/ou identidade de
gênero durante o período eleitoral. Ainda, 87% das pessoas entrevistadas na
pesquisa afirmam ter tido conhecimento de ataques LGBTIfóbicos contra
conhecidos ou pessoas próximas nos períodos eleitoral e pós -eleitoral 5.
Números como esses, que expressam o profundo sofrimento
de milhares de pessoas no Brasil, mostram que é preciso reagir
veementemente a todas as formas de violência, assédio, discriminação,
exclusão, estigmatização e pr econceito dirigidas às pessoas em razão de suas
orientações sexuais, identidades de gênero, expressões de gênero ou
características biológicas ou sexuais. Não é possível que em pleno século XXI
milhares de brasileiros precisem optar entre viver no medo ou na invisibilidade.
Há muito que fazer para enfrentar a violência contra as
pessoas LGBTI+ e permitir que, afinal, vivamos em um país de pessoas livres e
iguais. É preciso, sobretudo, desconstruir os padrões machistas, racistas e
LGBTIfóbicos hegemônicos n o nosso país e que sujeitam milhões de pessoas
à subalternidade. Nesse processo, no entanto, é preciso desde já, nos marcos
da sociedade atual, proteger ao máximo a integridade física, psicológica e
3 https://www.lesbocidio.com/lesbocidios -nacionais , acesso em 07/05/2019 .
4 Fonte: http://dapp.fgv.br/dados -publicos -sobre -violencia -homofobica -no-brasil -28-anos -de-combate -ao-
preconceito/ , acesso em 20/03/ 2019.
5 Dados disponíveis em http://violencialgbt.com.br/ , acesso em 22/3/2019. 17
moral das pessoas LGBTI+ , de suas famílias e seus entes q ueridos, contra a
violência covarde a qual, muitas vezes, são submetidas.
Nesse sentido, apresentamos este projeto para oferecer às
pessoas LGBTI+ mecanismos de prevenção, assistência e proteção contra a
violência baseada na orientação sexual , identidade de gênero, expressão de
gênero ou características biológicas ou sexuais , com a convicção de que tais
medidas vão ao encontro da necessidade de resgatar a dignidade e a igual
consideração e respeito devido pelo Estado brasileiro a todos os seus
cidadãos.
O presente projeto parte de dois marcos. Em primeiro lugar,
procura incorporar ao ordenamento jurídico pátrio alguns dos “Princípios de
Yogyakarta”, redigidos por uma Comissão Internacional de Juristas e pelo
Serviço Internacional de Direitos H umanos, com o objetivo de desenvolver um
conjunto de princípios jurídicos internacionais sobre a aplicação da legislação
internacional às violações de direitos humanos com base na orientação sexual
e identidade de gênero, no sentido de dar mais clareza e coerência às
obrigações de direitos humanos dos Estados6.
Nessa esteira, procuramos incorporar ao projeto princípios
como o direito ao gozo universal dos direitos humanos, o direito à igualdade e à
não discriminação, a proteção contra abusos médicos e o d ireito à segurança
pessoal contra todos os tipos de violência e dano corporal infligidos por conta
de orientação sexual e identidade de gênero, procurando ainda incorporar
algumas das recomendações para a efetivação desses princípios, a exemplo
das medidas policiais e campanhas de conscientização dirigidas ao público
geral constantes dos “Princípios de Yogyakarta”7.
6 Disponível em http://www.dhnet.org.br/di reitos/sos/gays/principios_de_yogyakarta.pdf , acesso em
20/03/2019.
7 Vale ressaltar que estes princípios já estão sendo utilizados no ordenamento jurídico pátrio, a exemplo
de alguns precedentes formulados no âmbito do Supremo Tribunal Federal: “Ementa: União Civil entre
pessoas do mesmo sexo – Alta relevância social e jurídico -constitucional da questão pertinente às
uniões homoafetivas – Legitimidade Constitucional do reconhecimento e qualificação da união estável
homoafetiva como entidade famili ar: Posição consagrada na jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal (ADPF 132/RJ e ADI 4.277/DF) – O afeto tem valor jurídico impregnado de Natureza
Constitucional: A valorização desse novo paradigma como núcleo conformador do conceito de família –
O dire ito à busca da felicidade, verdadeiro postulado constitucional implícito e expressão de uma ideia -
força que deriva do princípio da essencial dignidade da pessoa humana – Alguns precedentes do
Supremo Tribunal Federal e da Suprema Corte Americana sobre o di reito fundamental à busca pela
felicidade – Princípios de Yogyakarta (2006): direito de qualquer pessoa de constituir família, 18
Em segundo lugar, este projeto procura utilizar para a proteção
das pessoas LGBTI+ alguns dos mecanismos já presentes no ordenamento
jurídico pátrio no âmbito da Lei 11.340, de 7 de agosto de 2006, a Lei Maria da
Penha. Ainda que na referida Lei se reconheça a natureza específica da
violência no âmbito doméstico e familiar contra a mulher, há pontos importantes
de contato entre esta e a violênci a sofrida por pessoas LGBTI+ nos âmbitos
público e privado.
Isso porque, assim como no caso da violência doméstica e
familiar contra a mulher, a violência homofóbica, transfóbica e assemelhadas
encontra empecilhos ao seu enfrentamento em estereótipos, est igmas e
invisibilizações que muitas vezes não só dificultam as denúncias aos poderes
públicos, como também vitimam duplamente a pessoa denunciante que além
de ter sofrido violência, é atacada, muitas vezes, pela violência institucional e o
despreparo das a utoridades policiais e judiciais para lidar com a sua existência
e suas demandas. Dessa maneira, a exemplo da Lei Maria da Penha, recorre -
se aqui à exigência de formação dos agentes públicos, articulação de ações de
prevenção e assistência e padronização d o atendimento policial.
No que concerne à assistência, de maneira particular,
recorremos a alguns dispositivos já presentes no âmbito infralegal, a exemplo
daqueles dispostos no Decreto nº 8.727, de 28 de abril de 2016, relativo ao uso
do nome social e reconhecimento de gênero no âmbito da administração
pública e da Resolução Conjunta do CNAS e CNCD/LGBT nº 01/2018, que
estabelece parâmetros para a qualificação do atendimento socioassistenc ial da
população LGBTI+ no Sistema Único de Assistência Social – SUAS. O objetivo
foi não só conferir maior proteção a práticas já existentes e pautar sua
disseminação, mas também esclarecer à população LGBTI+ todos os seus
direitos, quando em situação de violência, em um único estatuto.
Também julgamos importante adicionar, na conceituação dos
tipos de violência sofridas pela população LGBTI+ em relação àquelas sofridas
independente de sua orientação sexual ou identidade de gênero – Direito do companheiro, na união
estável homoafetiva , à percepção do benefício da pensão por morte de seu parceiro, desde que
observados os requisitos do art. 1.723 do Código Civil – O art. 226, §3º, da Lei Fundamental constitui
típica norma de inclusão […] (Supremo Tribunal Federal – Segunda Turma/ RE 477. 554 AgR/ Relator
Ministro Celso de Mello/ Julgado em 16.08.2011/ Publicado no DJe -164/ Divulgado em 25.08.2011/
Publicado em 26.08.2011). 19
pelas mulheres no âmbito doméstico e familiar, algumas situações específicas,
como a frustração de demonstrações públicas de afeto que não firam os
direitos de outrem, o chamado estupro “corretivo”, bem como abusos médicos
aos quais estão submetidas as pessoas LGBTI+, de maneira geral, e as
pessoas intersexo, de maneira particular. Procur ou-se deixar claro, apesar da
obviedade, que para a caracterização da violência sexual o sexo da vítima, sua
relação prévia com o agressor ou sua ocupação profissional são indiferentes.
Isso porque não são raros os casos que chegam ao nosso conhecimento de
pessoas LGBTI+, especialmente mulheres trans, que são simplesmente
dispensadas de atendimento n as delegacias por conta da relação afetiva prévia
com o agressor ou porque n uma análise equivocada seriam “homens e, logo,
não poderiam ser estuprados”, apesar da reforma recente no código penal, ou
então que não poderiam sê -lo por serem prostitutas.
Diante dessa realidade, procuramos deixar inequívoco que se
tratam de situações de violência que dependem unicamente da conduta do
agressor e que, se já não poderia m ser toleradas em nome da dignidade
humana e do ordenamento jurídico vigente, agora se tornam explicitamente
situações de violência neste diploma. Acreditamos que conceituações desse
tipo podem contribuir para o avanço da jurisprudência e coibir atos
preconceituosos e discriminatórios de instituições públicas que deveriam zelar
pelo Estado Democrático de Direito.
Em segundo lugar, assim como no caso da violência doméstica
e familiar contra a mulher, a situação de vulnerabilidade das pessoas em
situação de violência homofóbica, transfóbica e assemelhadas diante de seus
agressores também requerem medidas protetivas de urgência da mesma sorte.
Muitas vezes, as pessoas LGBTI+ são constantemente ameaçadas em seus
trabalhos, nas ruas onde moram, nas redes sociai s, nos espaços de lazer que
frequentam e mesmo dentro de suas casas. Quando finalmente denunciam as
ameaças e agressões, não é raro que sejam desacreditadas, alvo de chacotas
ou mesmo retaliações, situações essas que exigem uma postura firme do
Estado a fi m de proteger suas integridades físicas e psicossociais.
Vale ressaltar que, diante das controvérsias doutrinárias acerca
da estrita legalidade ou da própria existência de algo como um poder geral de 20
cautela no âmbito do processo penal8, é necessário que haja uma previsão
legal que permita ao juiz lançar mão, dotado de segurança jurídica, de medidas
protetivas de urgência para resguardar a integridade de pessoas que estão em
situação de permanente vulnerabilidade na sociedade brasileira.
Isso não signific a que tenhamos quaisquer ilusões acerca do
direito penal como solução para os problemas sociais brasileiros ou da
população LGBTI+ de maneira específica, inclusive por sabermos que o
sistema penal vitima de maneira seletiva e desigual a população LGBTI+, q ue
muitas vezes é subjugada a todos os tipos de abuso e discriminações no
âmbito do sistema carcerário e, em especial, negros e negras LGBTI+ . No
entanto, a parte penal e processual penal desta lei não recorre ao punitivismo
como panaceia, mas enfatiza a n ecessidade de proteção da pessoa LGBTI+ no
curso da resolução de uma situação de violência para que seus direitos sejam ,
a todo momento , resguardados. Inclusive por isso mesmo procuramos importar
os prazos impróprios em relação às normas gerais presentes n o Código de
Processo Penal no âmbito da Lei Maria da Penha para também assegurar à
pessoa LGBTI+ o direito à vida , à integridade física e convivência familiar
funcional diante da situação de vulnerabilidade em que vive.
Saliente -se, a este respeito, que m esmo alguns dos maiores
críticos do sistema penal e das soluções penais para a resolução de conflitos e
questões sociais não deixou de reconhecer nas medidas protetivas de urgência
instrumentos importantes para resguardar a segurança de populações
vulneráv eis:
“Certamente o setor mais criativo e elogiável da lei [Maria da Penha]
reside nas medidas protetivas de urgência. Ali estão desenhadas
diversas providências que podem, no mínimo, assegurar níveis
suportáveis no encaminhamento de solução para conflitos domésticos
e patrimoniais”9.
Assim, depreende -se que mesmo em uma perspectiva crítica,
as medidas protetivas têm por escopo resguardar uma população vulnerável
após uma situação de violência, justamente para que não seja revitimizada e
8 Ver, por exemplo, LOPES JR., Aury. Direito Processual Penal . São Paulo: Saraiva, 2014, p.807 e ss.
9 BATISTA, Nilo. Prefácio. In: DE MELLO, Adriana Ramos (org.). Comentários à Lei de Violência
Doméstica e Familiar contra a Mulher . Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009. 21
possa lutar por seus direitos em juízo ou fora dele com um mínimo de
segurança e dignidade. É justamente por isso que procuramos importar aqui
estes mecanismos, que já se encontram vigentes por conta da Lei Maria da
Penha e tiveram sua constitucionalidade e juridicidade atest ada em nosso
ordenamento jurídico.
Portanto, cabe salientar que os direitos, conceitos e previsões
constantes deste projeto nada mais são do que o desdobramento prático de se
reconhecer a igual consideração e respeito devido a todos os cidadãos
brasileiro s, sem discriminações. A existência de mandamentos específicos e
afirmativos torna -se uma necessidade prática para se resguardar a igualdade
em situações nas quais um grupo social está submetido a injustiças específicas
e modos particulares de subjugação10.
O reconhecimento da constitucionalidade de divers os modos
de ação afirmativa pelo Supremo Tribunal Federal ou mesmo a emergência e o
espraiamento de políticas públicas focalizadas em determinados grupos ou
pautadas na interseccionalidade de diversos tipo s de opressão parece tornar
óbvia a constitucionalidade de medidas como as que estamos propondo e, no
entanto, ainda há quem enxergue em tais medidas “privilégios” dos grupos
explorados e oprimidos.
Visões como essa, já minoritárias na doutrina e na própr ia
jurisprudência d o Supremo Tribunal Federal , como já aludido, também não se
coadunam mais com os próprios sistemas de direitos humanos aos quais o
Brasil encontra -se submetido. A este respeito, vale mencionar um trecho de
documento recente produzido pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para
os Direitos Humanos:
“As obrigações legais dos Estados de proteger os direitos humanos
de pessoas LGBT e intersexo estão bem estabelecidas no regime
internacional de direitos humanos baseado na Declaração Universa l
dos Direitos Humanos e posteriormente acordados nos tratados
internacionais sobre o tema. Todas as pessoas, independente de
10 Ver DWORKIN, Ronald. Justice for hedgehogs . Cambridge: Harvard University Press, 2013.
22
sexo, orientação sexual ou identidade de gênero, têm direito de gozar
da proteção assegurada pelo regime internacional dos direito s
humanos, inclusive em relação aos direitos à vida, à segurança
pessoal e à privacidade, o direito de ser livre de tortura, detenções e
prisões arbitrárias, o direito de ser livre de discriminação e o direito às
liberdades de expressão, de reunião e de as sociação pacífica ”11.
De modo ainda mais específico em relação ao objeto desta lei,
em relatório aprovado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos em
12 de novembro de 2015, a Comissão exorta os países sob sua jurisdição a:
“Adotar todas as medidas necessárias para aplicar o padrão de
devida diligência na prevenção, investigação, sanção e reparação da
violência contra as pessoas LGBTI, independentemente de ocorrer no
contexto da família, comunidade ou esfera pública, incluindo os
âmbitos labo ral, educativo e de saúde”12.
Assim, é possível perceber que a presente lei não só se
encontra abrangida no conceito de igualdade perante a lei tal qual disposto na
Constituição brasileira, como também vai ao encontro das obrigações e
mandamentos internac ionais assumidos pelo Estado Brasileiro. Essas
reflexões de ordem jurídica, no entanto, vêm somente no sentido de
complementar o óbvio: no dever de proteger as pessoas LGBTI+ das brutais
violências às quais estão submetidas, já estamos atrasados.
Ante tod o o exposto, contamos com o apoio dos nobres Pares
para a aprovação de tão importante passo legislativo.
Sala das Sessões, em 07 de maio de 2019.
11 ONU. Nascidos Livres e Iguais: Orientação Sexual e Identidade de Gênero no Regime
Internacional de Direitos Humanos . Nações Unidas - Gabinete do Alto Comissariado para Direitos
Humanos: Brasília, 2013. Disponível em
https://www.ohchr.org/Documents/Publications/BornFreeAndEqualLowRes_Portuguese.pdf , acesso em
22/3/2019.
12 COMISSÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Violência contra Pessoas Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Trans e Intersexo nas Américas . Organização dos Estados Americanos, 2015 .
Disponível em http://www.oas.org/pt/cidh/docs/pdf/violenciapessoaslgbti.pdf , acesso em 22/3/2019. 23
Deputado DAVID MIRANDA
PSOL/RJ |
PL 989/2023 | Dispõe sobre as diretrizes para prevenir e combater a violência obstétrica. | violencia contra a mulher | 0 | M | UNIÃO | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2240644 |
PROJETO DE LEI Nº , DE 2023
(Do Sr. Juninho do Pneu)
Dispõe sobre as diretrizes para
prevenir e combater a violência
obstétrica .
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º . Esta lei tem com o objetivo estabelecer diretrizes para prevenir e
combater a violência obstétrica no país , com o objetivo de garantir que todas as
mulheres tenham direito a um parto digno e gestação respeitosa.
Art. 2º. Para os fins desta Lei, considera -se:
a) Violência obstétrica: qualquer ato praticado por profissional de saúde que
cause constrangimento, dor, sofrimento físico ou psicológico à mulher no momento do
parto ou do pré -natal, incluindo a recusa de atendimento, a realização de procedimentos
desnec essários, o uso excessivo de medicamentos, a não informação sobre os
procedimentos realizados, entre outros.
b) Profissional de saúde: toda pessoa que trabalha na área da saúde, incluindo
médicos, enfermeiros, obstetrizes, doulas, entre outros.
Art. 3º. O direito das mulheres durante o pré -natal e o parto está fundamentado
nos seguintes princípios:
a) Toda mulher tem o direito de ser informada sobre os procedimentos que
serão realizados durante o pré -natal e o parto, incluindo seus riscos e benefícios.
b) Toda mulher tem o direito de escolher a forma como será assistida durante o
parto, incluindo a presença de acompanhante de sua escolha.
c) Toda mulher tem o direito de receber atendimento digno e respeitoso durante
o pré -natal e o parto, sem qualquer forma de discriminação.
Art. 4º O dever es dos profissionais de saúde durante o pré -natal e o parto deve
seguir as seguintes orient ações:
a) É dever dos profissionais de saúde informar a mulher sobre os
procedimentos que serão realizados durante o pré -natal e o parto, incluindo seus riscos e
benefícios.
*CD234634744600* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Juninho do Pneu
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD234634744600
PL n.989/2023 Apresentação: 08/03/2023 13:20:46.587 - MESA
b) É dever dos profissionais d e saúde respeitar a escolha da mulher sobre a
forma como será assistida durante o parto, incluindo a presença de acompanhante de sua
escolha.
c) É dever dos profissionais de saúde prestar atendimento digno e respeitoso
durante o pré -natal e o parto, sem q ualquer forma de discriminação.
d) É dever dos profissionais de saúde garantir que os procedimentos realizados
durante o pré -natal e o parto sejam necessários e adequados, evitando práticas invasivas
ou desnecessárias.
Art. 5º. Disposições finais
a) Qualquer profissional de saúde que violar esta lei estará sujeito a
penalidades, que podem incluir advertência, multa, suspensão do exercício profissional
ou cassação do registro profissional.
b) As penalidades serão aplicadas pelo Conselho Regional de Medicina ou pelo
Conselho Regional de Enfermagem, conforme a profissão do profissional de saúde.
c) As obrigações previstas nesta Lei não excluem outras decorrentes dos
princípios por ela adotados e das leis criminais devidamente impostas.
Art. 6 º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
Este projeto de lei tem c omo objetivo garantir que todas as mulheres tenham
direito a um parto digno e gestação respeitosa, sem sofrer violência obstétrica por parte
dos profissionais de saúde que as atendem . A implementação dessa lei será essencial
para proteger as mulheres e seus filhos durante o processo de nascimento e melhorar a
qualidade da assistência obstétrica no país.
A violência obstétrica é um problema grave e recorrente em muitos países,
incluindo o Brasil. Mulheres q ue passam por esse tipo de violência são submetidas a
práticas abusivas e desumanas durante o processo de parto, o que pode gerar traumas
físicos e psicológicos para elas e seus bebês. Essas práticas incluem, entre outras coisas,
a recusa de atendimento, a realização de procedimentos desnecessários, a não
informação sobre os procedimentos realizados e a falta de respeito e dignidade no
atendimento.
*CD234634744600* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Juninho do Pneu
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD234634744600
PL n.989/2023 Apresentação: 08/03/2023 13:20:46.587 - MESA
Este projeto de lei se justifica pela necessidade de proteger as mulheres e seus
bebês contra a violência obs tétrica e garantir que todos os profissionais de saúde que
prestam assistência obstétrica respeitem os direitos das mulheres durante o pré -natal e o
parto. A lei estabelece diretrizes claras e específicas para a prevenção e combate à
violência obstétrica, definindo os direitos das mulheres e os deveres dos profissionais de
saúde que prestam assistência obstétrica.
Essa lei é fundamental para garantir que as mulheres tenham acesso a um parto
digno e respeitoso, que respeite sua autonomia, suas escolhas e se us direitos. Além
disso, a implementação dessa lei será um passo importante para melhorar a qualidade da
assistência obstétrica no país e reduzir as taxas de mortalidade materna e infantil, que
ainda são alarmantes em muitas regiões do Brasil.
Portanto, e ste projeto de lei é uma medida necessária e urgente para proteger os
direitos das mulheres durante o pré -natal e o parto e garantir que todas as mulheres
tenham acesso a uma assistência obstétrica de qualidade, respeitosa e digna.
Pelo exposto, com a certeza de estarmos contribuindo para proteção das
mulheres no Brasil, contamos com o apoio dos nobres Parlamentares para a aprovação
desta proposição.
Sala das Sessões, em de de 2023.
Deputado Federal Ju ninho do Pneu
UNIÃO/RJ
*CD234634744600* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Juninho do Pneu
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD234634744600
PL n.989/2023 Apresentação: 08/03/2023 13:20:46.587 - MESA |
PL 1012/2020 | Institui o Cadastro Nacional de Pessoas Condenadas por Crime de Feminicídio, Estupro, Violência Doméstica e Familiar contra a mulher (CNPCMulher) | violencia contra a mulher | 1 | F | PROGRESSISTAS | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2108365 | Altera a Lei nº 14.069, de 1º de outubro de
2020, para criar o Cadastro Nacional de
Pessoas Condenadas por Violência contra a
Mulher (CNPC Mulher).
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta Lei transforma o Cadastro Nacional de Pessoas Condenadas por
Crime de Estupro no Cadastro Nacional de Pessoas Condenadas por Violência contra a
Mulher (CNPC Mulher).
Art. 2º A ementa da Lei nº 14.069, de 1º de outubro de 2020, passa a vigorar
com a seguinte redação:
“Cria o Cadastro Nacional de Pessoas Condenadas por Violência
contra a Mulher (CNPC Mulher).” (NR)
Art. 3º Os arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 14.069, de 1º de outubro de 2020, passam a
vigorar com a seguinte redação:
“Art. 1º É instituído, no âmbito da União, o Cadastro Nacional de
Pessoas Condenadas por Violência contra a Mulher (CNPC Mulher), como
instrumento de uniformização e consolidação de informações com o intuito
de fortalecer as políticas públicas de combate e prevenção à violência
contra a mulher, o qual conterá, no mínimo, as seguintes informações sobre
as pessoas condenadas por sua prática:
..........................................................................................................................
II – identificação do perfil genético, caso já tenha sido colhido na
forma da legislação cabível;
..........................................................................................................................
V – perfil sociocultural, incluídas informações sobre idade, sexo,
raça/etnia, profissão e escolaridade;
VI – número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF);
VII – anotação sobre eventual reincidência.
Parágrafo único. Constarão do CNPC Mulher as pessoas condenadas
por decisão condenatória transitada em julgado pela prática dos seguintes
crimes, todos tipificados no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
1940 (Código Penal):
I – feminicídio (art. 121, § 2º, inciso VI);
II – estupro (art. 213);
III – estupro de vulnerável (art. 217-A);
IV – lesão corporal praticada contra a mulher (art. 129, § 13);
V – perseguição contra a mulher (art. 147-A, § 1º, inciso II);
*CD212790052400*
Autenticado Eletronicamente, após conferência com o original.
PL n.1012/2020Apresentação: 18/11/2021 19:08 - MesaVI – violência psicológica contra a mulher (art. 147-B).” (NR)
“Art. 2º ....................................................................................................
I – o acesso às informações constantes da base de dados do CNPC
Mulher, sendo vedado o acesso de particulares;
..........................................................................................................................
Parágrafo único. A atualização periódica do CNPC Mulher deverá
excluir da base de dados as informações referentes aos condenados após o
transcurso do prazo estabelecido em lei para a prescrição em abstrato do
delito ou se a pena já tiver sido cumprida ou extinta de outra maneira.”
(NR)
“Art. 3º O CNPC Mulher será mantido e regulamentado pelo
Conselho Nacional de Justiça.” (NR)
Art. 4º Esta Lei entra em vigor após decorridos 180 (cento e oitenta) dias de sua
publicação oficial.
Senado Federal, em 18 de novembro de 2021.
Senador Rodrigo Pacheco
Presidente do Senado Federal
gsl/pl-20-1012rev2
*CD212790052400*
Autenticado Eletronicamente, após conferência com o original.
PL n.1012/2020Apresentação: 18/11/2021 19:08 - Mesa |
PL 684/2022 | Acrescenta art. 100-A à Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, para dispor que os critérios de idade e tempo de contribuição para fins de aposentadoria no Regime Geral de Previdência Social (RGPS) deverão ser observados de acordo com o sexo biológico de nascimento, na concessão dos benefícios de aposentadoria de pessoas que obtiverem mudança de gênero no registro civil. | genero | 1 | M | REPUBLICANOS | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2151749 | PROJETO DE LEI Nº , DE 2022
(Do Sr. ALEX SANTANA)
Acrescenta art. 100-A à Lei nº 8.213,
de 24 de julho de 1991, para dispor que os
critérios de idade e tempo de contribuição
para fins de aposentadoria no Regime Geral
de Previdência Social (RGPS) deverão ser
observados de acordo com o sexo biológico
de nascimento, na concessão dos benefícios
de aposentadoria de pessoas que obtiverem
mudança de gênero no registro civil.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º A Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar
acrescida do seguinte art. 100-A:
“Art. 100-A. Os critérios de idade e tempo de contribuição
previstos nos arts. 19 e 22 da Emenda Constitucional nº 103,
de 12 de novembro de 2019, bem como os requisitos
constantes das regras de transição previstas em seus arts. 15,
16, 17, 18, 20 e 21, deverão ser observados de acordo com o
sexo biológico de nascimento, na concessão dos benefícios de
aposentadoria de pessoas que obtiverem mudança de gênero
no registro civil.” (NR)
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
A aposentadoria é um benefício de natureza previdenciária que
repõe a renda do trabalho quando se presume que a idade avançada do
segurado lhe impede de seguir auferindo renda por meio do desenvolvimento
de uma atividade remunerada. Assim é promovida a proteção social de
pessoas idosas que contribuíram pelos períodos mínimos definidos em lei.
*CD228152343900*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Alex Santana
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD228152343900
PL n.684/2022Apresentação: 23/03/2022 16:32 - Mesa2
Atualmente, o art. 19 da Emenda Constitucional nº 103, de 12
de novembro de 2019, estabelece a nova regra de aposentadoria,
determinando que “o segurado filiado ao Regime Geral de Previdência Social
(...) será aposentado aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, 65
(sessenta e cinco) anos de idade, se homem, com 15 (quinze) anos de tempo
de contribuição, se mulher, e 20 (vinte) anos de tempo de contribuição, se
homem.
Nota-se que este Congresso Nacional manteve uma regra
diferenciada em favor das mulheres, com diminuição nos critérios etário e de
tempo de contribuição da ordem de 3 (três) e 5 (cinco) anos, respectivamente,
quando comparados com a regra definida para os segurados homens. Essa
decisão foi orientada pela constatação de que há uma sobrecarga para
mulheres que acumulam atividade profissional com os afazeres domésticos no
contexto familiar, em uma situação chamada de dupla jornada de trabalho, que
envolve, sobretudo, os cuidados com filhos menores, principalmente crianças,
e pessoas em situação de dependência. Além disso, pesquisas do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE mostram que as mulheres
recebem 77,7% do salário dos homens1, ao mesmo tempo em que a
maternidade, principalmente nos primeiros meses e anos de vida da criança,
acaba dificultando a permanência da mulher do mercado de trabalho, ainda
que temporariamente.
Recentemente, contudo, a sociedade brasileira foi
surpreendida com a decisão do Tribunal de Contas do Estado de Santa
Catariana que estabeleceu, para efeito de aposentadoria do servidor que tenha
realizado alteração de gênero/sexo, a necessidade de se considerar o gênero
que consta do “registro civil de pessoa natural (certidão de nascimento) no
momento do requerimento do benefício previdenciário”2. Assim, homens que,
na véspera de completarem 62 anos de idade, decidirem mudar de gênero
poderão usufruir desse critério favorecido de aposentadoria, criando o cenário
1 Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/business/mulheres-ganham-77-7-dos-salarios-dos-
homens-no-brasil-diz-ibge/ . Acesso em: 16 mar. 2022.
2 Resposta a uma consulta que havia sido formulada ao TCE/SC pelo Instituto de Previdência de Itajaí,
autuada como “CON 20/00596880”. Disponível em: https://www.tcesc.tc.br/tcesc-manifesta-se-sobre-
aposentadoria-de-servidor-que-efetuoualteracao-de-genero. Acesso em 16 mar. 2022.
*CD228152343900*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Alex Santana
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PL n.684/2022Apresentação: 23/03/2022 16:32 - Mesa3
perfeito para todo tipo de fraudes em detrimento do já deficitário sistema de
previdência social.
Preocupados com a possível adoção desse entendimento no
âmbito do Regime Geral de Previdência Social – RGPS, cuja legislação de
regência é de iniciativa concorrente entre este Parlamento e o Poder Executivo
Federal, propomos o presente Projeto de Lei para esclarecer e determinar que
os critérios de idade e tempo de contribuição, para fins de aposentadoria,
deverão ser observados, na concessão dos benefícios de aposentadoria de
pessoas que obtiverem mudança de gênero no registro civil, de acordo com o
sexo biológico de nascimento.
A pessoa que, nascendo homem, mas passando a se
identificar com o gênero feminino em outro momento da vida, segue possuindo
características biológicas do sexo masculino, que é, como já foi dito, o critério
orientador da diferenciação de idade entre os sexos, pela presunção da perda
da capacidade laboral pelo fenômeno do envelhecimento. Dessa maneira,
permitir que homens que mudam de gênero possam se aposentar com a idade
biológica das mulheres seria o mesmo que adotar um critério de idade e tempo
de contribuição diferenciado em relação aos outros homens, o que é vedado
pela Constituição Federal.
O § 1º do art. 201 da Constituição Federal veda expressamente
a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de benefícios,
com exceção para os casos de segurados com deficiência ou trabalhadores
cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos,
físicos e biológicos prejudiciais à saúde, o que exige a edição de lei
complementar. Com efeito, permitir que homens que procedem à mudança de
gênero possam se aposentar com os critérios de idade e de tempo de
contribuição particularizados, previstos para as mulheres, é adotar um requisito
diferenciado em franca violação ao texto constitucional, pois não se enquadra
nas hipóteses permitidas.
Além disso, a questão possui claro impacto atuarial e precisa
ser debatida por este Parlamento, onde se encontram exercendo a
representação política da sociedade e da federação congressistas eleitos para
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Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Alex Santana
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PL n.684/2022Apresentação: 23/03/2022 16:32 - Mesa4
tanto. Não pode ser esse tema definido em sede de interpretação
administrativa ou judicial na aplicação das normas, feita em cada caso
concreto.
Pelo exposto, contamos com o apoio dos nobres pares para
aprovar o presente Projeto de Lei.
Sala das Sessões, em de de 2022.
Deputado ALEX SANTANA
2022-1481
*CD228152343900*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Alex Santana
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PL n.684/2022Apresentação: 23/03/2022 16:32 - Mesa |
PL 279/2020 | Autoriza que o delegado de polícia determine a busca e apreensão de arma de fogo do agressor, se verificada a existência de risco atual ou iminente a vida ou a integridade física da mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes e autoriza que o delegado de polícia e o policial determinem ao infrator o seu imediato afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida, se verificada a existência de risco atual ou iminente a vida ou a integridade física da mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, ainda que se trate de Município sede de comarca. | violencia contra a mulher | 0 | M | PTB | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1857550 |
PROJETO DE LEI Nº , DE 2020
(Do Sr. SANTINI )
Autoriza que o delegado de polícia
determine a busca e apreensão de arma de
fogo d o agressor , se verificada a existência
de risco atual ou iminente à vida ou à
integridade física da mulher em situação de
violência doméstica e f amiliar, ou de seus
dependentes e autoriza que o delegado de
polícia e o policial determinem ao infrator o
seu imediato afastamento do lar, domicílio
ou loca l de convivência com a ofendida, se
verificada a existência de risco atual ou
iminente à vida ou à integridade física da
mulher em situação de violência doméstica e
familiar, ou de seus dependentes, ainda que
se trate de Município sede de comarca.
O Cong resso Nacional decreta :
Art. 1º Esta Lei autoriza que o delegado de polícia determine a
busca e apreensão de arma de fogo do agressor , se verificada a existência de
risco atual ou iminente à vida ou à integridade física da mulher em situação de
violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes e autoriza que o
delegado de polícia e o policial determinem ao infrator o seu imediato
afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida, se
verificada a existência de risco atual ou iminent e à vida ou à integridade física
da mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus
dependentes, ainda que se trate de Município sede de comarca.
Art. 2º O art. 12 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006,
passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 12. .......................................................... ..............
............................................................. .........................
PL n.279/2020 Apresentação: 12/02/2020 12:05 2
VI-B – Verificado a existência de risco atual ou iminente à
vida ou à integridade física da mulher em situação de
violência doméstica e familiar ou de seus dependentes , o
delegado de polícia determinará a busca e apreensão
imediata da arma de fogo do agressor .
............................................................. ........................
§ 4º Na hipótese do inciso VI -B do caput deste artigo, no
prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas , será
comunicado o Juiz que decidirá, em igual prazo, sobre a
manutenção ou a revogação da medida aplicada,
devendo dar ciência ao Mini stério Público
concomitantemente .
...........................................................................” (NR)
Art. 3º O art. 12 -C da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006,
passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 12 -C. ......................... .......................................
I - pela autoridade judicial;
II - pelo delegado de polícia; ou
III - pelo policial, quando não houver delegado disponível
no momento da denúncia .
...........................................................................” (NR)
Art. 4º Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.
Justificação
A Lei nº 11.340, de 2006, conhecida como “Lei Maria da
Penha”, possui o compromisso constitucional d e criar ferramentas apropriadas
ao enfrentamento da grande problemática que assola muitas mulheres no
Brasil e no mundo, qual seja, a violência de gênero.
PL n.279/2020 Apresentação: 12/02/2020 12:05 3
Frise -se que tal conduta perpetrada em face da mulher ocorre,
na maior parte das vezes, em âmbito dom éstico e familiar, e é praticado
justamente pelas pessoas que deviam zelar pela sua incolumidade física e
psicológica.
Sobreleva ressaltar , contudo, que se mostra não só é
necess ário, mas urgente, a apreensão da arma de fogo do agressor pelo
delegado de polícia, se verificada a existência de risco atual ou iminente à vida
ou à integridade física da mulher em situação de violência doméstica e familiar,
ou de seus dependentes e a retirada do autor dos fatos delituosos do lugar do
ambiente em que a vítima reside e frequenta .
Trata -se de medida que não pode aguardar a movimentação do
Judiciário para que obtenha efetividade, devendo a norma desburocratizar a
possibilidade de sua concessão.
Nessa senda, entendemos ser imprescindível a oferta deste
expediente, autori zando que o delegado de polícia fazer a busca, se
necessário, e a apreensão da arma de fogo do agressor pelo delegado de
polícia, e autoriza que o delegado de polícia e o policial determinem ao infrator
o seu imediato afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a
ofendida, se verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à
integridade física da mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou
de seus dependentes.
Certo de que a medida ora proposta é indispensável ao
enfrentamento e adequada censura criminal aos infratores da legislação
criminal, conto com o apoio dos Ilustres Pares para a aprovação deste Projeto
de Lei.
Sala das Sessões , em de de 2020 .
Deputado SANTINI
PL n.279/2020 Apresentação: 12/02/2020 12:05 |
PL 3856/2019 | Altera a lei nº 11.438, para estabelecer presença mínima de 30% (trinta por cento) de mulheres nos cargos de direção nas entidades beneficiadas por leis de incentivo | economia | 0 | M | PV | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1773374 | PROJETO DE LEI Nº _____ 2019
(DO SR. ALIEL MACHADO)
Inclui o § 4º no art. 2º, da Lei nº 11.438, de 29 de
Dezembro de 2006, para estabelecer presença mínima
de 30% (trinta por cento) de mulheres nos cargos de
direção nas entidades beneficiadas por incentivos que
tratam a Lei .
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º . O art. 2º, da Lei nº 11.438, de 29 de Dezembro de 2006 passa a
vigorar com a seguinte redação:
“Art. 2º (...)
§ 4º Somente serão beneficiados com os incentivos previstos nesta
lei os proponentes que assegurem a existência e a autonomia do
seu conselho fiscal e a presença mínima de 30% (trinta por cento)
de mulheres nos cargos de direção ”.
Art. 2º . Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICATIVA
O Projeto de Lei em discussão exsurge da necessidade de se reduzir o
desequilíbrio entre homens e mulheres na participação diretiva de entidades
desportivas em cargos de gestão, seguindo a tendência das gra ndes empresas
nacionais e internacionais e em consonância com os Princípios de Empoderamento
das Mulheres, criado pela ONU Mulheres e o Pacto Global, que são um conjunto de
considerações que ajudam a comunidade empresarial a incorporar em seus
negócios val ores e práticas que visem à equidade de gênero.
Em relação ao tema propriamente dito, é inegável que o universo esportivo é
historicamente dominado pelos homens, tendo sido, inclusive, vedado à participação
de mulheres na “prática de desportos incompatíveis com as condições de sua
natureza” (art. 54, do Decreto -Lei nº 3.199, de 14 de Abril de 1941) , bem como “a
prática de lutas de qualquer natureza, futebol, futebol de salão, futebol de praia,
PL n.3856/2019 Apresentação: 03/07/2019 15:17 polo-aquático, pólo, rugby, hanterofilismo e basebal l” (Deliberação do Conselho
Nacional de Desportos de 1965).
A título exemplificativo, a prática de exercícios físicos por mulheres no país é
40% inferior aos homens, tendo como base o relatório “ Movimento é Vida ”,
elaborado pelo o Programa das Nações Unid as para o Desenvolvimento (PNUD),
tornando claro que o cenário esportivo enfrenta muita desigualdade de gênero, o
que pode ser explicado pelo pouco acesso ao lazer devido às tarefas domésticas,
falta de segurança, o preconceito, a falta de incentivo nas es colas. O relatório indica,
ainda, urgência em se criar políticas públicas que possam permitir maior igualdade.
Usando, também como referência, os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de
2016, 127 associados da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da
Atividade Física (SONAFE) trabalharam como voluntários, sendo que apenas 25
eram mulheres.
Ademais, entidades como o Comitê Olímpico Internacional (COI) e a
Confederação Sul -Americana de Futebol (CONMEBOL) também já se posicionaram
sobre o assunto, sug erindo a criação de estratégias para incentivar os recursos e a
participação de mulheres no esporte.
Sendo assim, servimo -nos do presente para estipular uma cota mínima de
mulheres nos cargos de direção nas entidades beneficiadas por incentivos em
projeto s desportivos e paradesportivos em cujo favor serão captados e direcionados
os recursos oriundos dos incentivos previstos na Lei 11 .438, de 29 de Dezembro de
2006, como forma de estimular a participação das mulheres na prática esportiva.
Sala das Sessões, em 27 de Junho de 2019.
DEPUTADO ALIEL MACHADO
PL n.3856/2019 Apresentação: 03/07/2019 15:17 |
PL 5033/2019 | Altera a lei no 8.072, De 25 de julho de 1990 - lei dos crimes hediondos, para estabelecer que as penas dos crimes de estupro e de estupro de vulnerável deverão ser cumpridas integralmente em regime fechado. | dignidade sexual | 1 | M | PL | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1806169 |
PROJETO DE LEI Nº , DE 2019
(Do Sr. FERNANDO RODOLFO )
Altera a Lei no 8.072, de 25 de julho de
1990 – Lei dos Crimes Hediondos, p ara
estabelecer que as penas dos crimes de
estupro e de estupro de vulnerável deverão
ser cumpridas i ntegralmente em regime
fechado.
O Congresso Nacional decreta :
Art. 1º Esta Lei altera a Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990 –
Lei dos Crimes Hediondos, para estabelecer que a s pena s dos crimes de
estupro e de estupro de vulnerável deverão ser cumprida s integralmente em
regime fechado.
Art. 2º O §2o do art. 2o da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990
– Lei dos Crimes Hediondos, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art.2o
...........................................................................................
......................................................................................................
§2o A progressão de regime, no caso dos condenados pelos
crimes previstos neste artigo, dar -se-á após o cumprimento
de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de
3/5 (três quintos), se reincidente, observado o disposto nos §§
3º e 4º do art. 112 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei
de Execu ção Penal) , exceto para os crimes de estupro ( art.
213, caput e §§ 1o e 2) e de est upro de vulnerável (art. 217 -A,
caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o) que deverão ser cumprida s
integralmente em regime fechado, sem possib ilidade de
progressão de regime ”. (NR)
Art. 3o Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
PL n.5033/2019 Apresentação: 11/09/2019 19:33 2
JUSTIFICAÇÃO
A presente proposição legislativa tem por objetivo alterar a Lei
no 8.072, de 25 de julho de 1990 – Lei dos Crimes Hediondos, para estabelecer
que as penas dos crimes previstos nos incisos V ( estupro) e VI ( estupro de
vulnerável) do art. 2º da citada Lei, sejam integralmente em regime fechado.
Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública,
publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública1, no ano de 2018 foram
praticad os 66.041 crimes de estupro, um crescimento de 4,1% do ano anterior,
chegando a uma média de 180 estupros por dia. As vítimas da violência sexual
são 81,8% do sexo feminino, 53,8% tinham até 13 anos de idade, sendo 4
meninas de até 13 anos de idade estupra das por hora . Neste contexto, somado
a outros dados estatísticos, é de se constatar uma verdadeira epidemia de
crimes que afetam a vida e a dignidade sexual das crianças e das mulheres
brasil eiras.
O Poder Legislativo não pode ficar inerte, tolerando que essas
condutas delituosas se perpetuem. O legislador deve propor políticas criminais
que protejam a sociedade contra a violação da dignidade sexual, por meio de
um tratamento penal ma is rígido, com a adoção de mecanismos que re duzam
a oportunidade de perpetração de tais crimes, como o que ora se propõe, o
cumprimento integral da pena pelos condenados por e stupro e estupro de
vulnerável.
Amparado em tais argumentos é que peço o apoio dos nobres
Pares para a aprovação deste Projet o de Lei, que tanto contribuirá para a
proteção dos direitos fundamentais da população brasileira.
Sala das Sessões , em de de 2019 .
Deputado FERNANDO RODOLFO
PL/PE
2019 -15656
1 Disponível em: http://www.forumseguranca.org.br/wp -content/uploads/2019/09/Anuario -2019 -FINAL -v2-
com-info.pdf
PL n.5033/2019 Apresentação: 11/09/2019 19:33 |
PL 118/2019 | Determina a instalação de salas de apoio à amamentação em órgãos e entidades públicas federais. | maternidade | 0 | F | PODE | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1706910 |
1
PROJETO DE LEI Nº DE 201 9
(Da Sra. Renata Abreu )
Determina a instalação de salas de
apoio à amamentação em órgãos e
entidades públicas federais.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta lei determina que as repartições públicas federais
instalarem salas adequadas para as mulheres em fase de amamentação.
Art. 2º Os órgãos e as entidades públicas federais que contenham
servidoras ou empregadas deverão instalar salas de apoio à amamentação
para fazer a ordenha e armazenagem de leit e materno, durante o horário de
expediente.
Parágrafo único. As salas de apoio à amamentação deverão ser
instaladas em área apropriada da repartição, com os equipamentos
necessários, dotados de assistência adequada, seguindo as normas
regulamentares .
Art. 3º Esta Lei entra em vigor após decorridos 180 (cento e oitenta)
dias de sua publicação oficial.
2
JUSTIFICAÇÃO
Esta proposição consiste na reapresentação do Projeto de Lei nº
2.083/2011, de autoria do ex -deputado federal Manato , com emendas de
técnica legislativa. Arquivou -se a citada proposição ao final da 55ª Legislatura,
conforme o art. 105 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Todavia,
esse projeto mantém -se politicamente conveniente e oportuno, como se pode
concluir de sua justificativa:
“Uma recente conquista das servidoras públicas foi a
ampliação da licença maternidade para 180 dias. Porém, voltar ao
trabalho depois da licença maternidade é um momento de tensão
para as famílias dessas mulheres. Além da saudade d a servidora
por ter que ficar longe do filho, existem as questões sobre onde e
com quem deixar a criança e a preocupação em preservar o
aleitamento materno apesar da retomada da rotina de trabalho.
O aleitamento materno oferece benefícios nutricionais,
imunológicos, emocionais, econômicos, sociais e para o
crescimento e desenvolvimento corporal da criança. Apesar de a
criança maior de seis meses já poder obter a maioria dos
nutrientes de que precisa na alimentação, o leite materno
proporciona uma boa quan tidade de calorias, vitaminas e enzimas
para a criança, além de facilitar o processo de transição alimentar
(o bebê deve mamar exclusivamente no seio até os seis meses
de idade e só após é que se deve inserir outros alimentos à dieta
da criança). Além diss o, o Ministério da Saúde recomenda
oficialmente que o aleitamento seja mantido até dois anos de
idade ou mais.
Outro aspecto a ser considerado é que as mulheres que
amamentam, e que se afastam de seus filhos em virtude do
trabalho, precisam esvaziar as ma mas durante a sua jornada de
trabalho, para alívio do desconforto das mamas cheias e para
manter a produção do leite.
Para que o leite seja retirado durante o expediente, é
preciso que a mulher tenha à sua disposição um local adequado
para fazer a ordenha e para armazenar o leite, e é por isso que
este projeto de lei exige que as repartições públicas federais
mantenham em suas estruturas físicas salas de apoio à
amamentação.
Nessas salas, após a licença maternidade, as mulheres
que desejarem manter a ama mentação poderão ordenhar o
próprio leite e armazená -lo durante o horário de trabalho para, ao
final do expediente, levar o leite coletado para o seu filho ou até
mesmo doar o leite a um Banco de Leite.
3
Reforçando esta iniciativa, os artigos 4°, 5°, 7°e 9° do
Estatuto da Criança e do Adolescente prevêem que:
Art. 4º - É dever da família, da comunidade, da
sociedade em geral e do Poder Público assegurar,
com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos
referentes à vida, à saúde, à alimentação, à
educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização,
à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária.
.......................................
Art. 5º - Nenhuma criança ou adolescente será
objeto de qualquer forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e
opressão, punido na forma da lei qualquer atentado,
por ação ou omissão, aos seus direitos
fundamentais.
.........................................
Art. 7º - A criança e o adolescente têm direito a
proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de
políticas sociais públicas que permitam o nascimento
e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em
condições dignas de existência.
.......................... .................
Art. 9º - O Poder Público, as instituições e os
empregadores propiciarão condições adequadas ao
aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães
submetidas a medida privativa de liberdade.
Do ponto de vista da viabilidade, a implantação de salas de
apoio à amamentação é de baixo custo para o governo federal,
assim como a sua manutenção. Em muitos órgãos, será
necessário apenas o remanejamento de mobiliário e de divisórias
nas repartições. Em outros órgãos e entidades, serão necessários
pequenos investimentos em reforma de um espaço destinado à
sala e na compra de mobiliário, qual seja poltrona e um freezer.
De acordo com a Nota Técnica Conjunta nº 01/2010 -
ANVISA e Ministério da Saúde, a sala de apoio à amamentação
deve seguir os parâme tros definidos na Resolução nº 171/2006 -
ANVISA, que estabelece um dimensionamento de 1,5m2 de
espaço por cadeira de coleta, a instalação de um ponto de água
fria e lavatório para higiene das mãos e dos seios e um freezer
com termômetro para monitoramento diário da temperatura. Além
disso, o ambiente destinado à sala de amamentação deve ser
favorável ao reflexo da descida do leite, portanto precisa ser
tranquilo e confortável para permitir a adequada acomodação e
privacidade da mulher.
A implementação de salas de apoio à amamentação nas
repartições públicas federais representará mais um avanço entre
as conquistas das servidoras públicas e das famílias as quais elas
pertencem, pois a sala de amamentação permitirá à mãe trabalhar
4
com a tranquilidade de que s eu bebê continuará sendo
amamentado. Também a criança ganhará saúde e qualidade de
vida, pois terá a garantia de receber o alimento mais saudável e
adequado para sua nutrição e desenvolvimento, que é o leite
materno. Finalmente, o governo federal ganhará p orque suas
servidoras trabalharão em plena capacidade, sabendo que sua
condição humana, de mulher e mãe, está sendo assegurada.
Pelo acima exposto, contamos com o apoio dos nobres
pares para aprovação de nosso projeto de lei ”.
Concordando com os argument os apresentados nessa justificativa,
submetemos novamente a matéria ao Congresso Nacional, com esperança de
sua aprovação nesta legislatura.
Sala das Sessões, , de fevereiro de 201 9.
Deputada Renata Abreu
Podemos/SP |
PL 467/2022 | Dispõe sobre sistema de atendimento especial e prioritário em serviços públicos a órfãos crianças e adolescentes filhos ou filhas de mulheres vítimas de crimes de feminicídio, bem como de lesão corporal seguida quando se tratar de crime doloso consumado envolvendo violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher; altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990; e dá outras providências. | feminicidio | 0 | M | PRB | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2145051 | PROJETO DE LEI Nº , DE 2022
(Do Sr.LUIZÃO GOULART)
Dispõe sobre sistema de atendimento
especial e prioritário em serviços públicos a
órfãos crianças e adolescentes filhos ou
filhas de mulheres vítimas de crimes de
feminicídio, bem como de lesão corporal
seguida quando se tratar de crime doloso
consumado envolvendo violência doméstica
e familiar ou menosprezo ou discriminação à
condição de mulher; altera a Lei nº 8.069, de
13 de julho de 1990; e dá outras
providências.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta Lei institui sistema de atendimento especial e
prioritário em serviços públicos a órfãos crianças e adolescentes filhos ou filhas
de mulheres vítimas de crime de feminicídio ou lesão corporal seguida quando
se tratar de crime doloso consumado envolvendo violência doméstica e familiar
ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher .
Parágrafo único. Equipara-se aos órfãos referidos no caput
deste artigo, para os fins do sistema de proteção e direitos de que tratam esta
Lei e a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, as crianças e adolescentes que se
encontravam sob guarda ou tutela de mulheres vítimas de crime de que trata o
caput deste artigo antes da ocorrência do fato.
Art. 2º O sistema de atendimento de que trata o art. 1º desta
Lei inclui as seguintes garantias:
I – prioridade às crianças e adolescentes mencionados e seus
responsáveis legais em atendimento nos serviços públicos prestados pelos
órgãos dos sistemas de justiça e de segurança pública, primando-se pela ação
integrada entre as políticas públicas e os referidos órgãos e de defesa de
direitos;
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Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Luizão Goulart
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD222215601300
PL n.467/2022Apresentação: 08/03/2022 17:48 - Mesa2
II - acesso prioritário às crianças e adolescentes referidos e
seus responsáveis legais e familiares aos serviços de saúde, em especial aos
voltados à preservação e recuperação da saúde mental, e aos serviços
prestados por unidades de referência do Sistema Único de Assistência Social -
SUAS, em especial nos Centros de Referência Especializados em Assistência
Social – CREAS e nos Centros de Referência de Assistência Social – CRAS,
para acompanhamento sociofamiliar, concessão de benefícios
socioassistenciais e orientação quanto ao requerimento de benefícios
previdenciários, dentre outros;
III – prioridade para matrículas das crianças e adolescentes
mencionados em instituição de ensino mais próxima ao domicílio dos
responsáveis legais, independentemente da existência de vagas;
IV - prioridade em atendimento no tocante a pedidos
direcionados ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS que objetivem a
concessão de benefícios às crianças e adolescentes referidos;
V - oferta prioritária de assistência jurídica pelo Ministério
Público e pela Defensoria Pública acerca da proteção do patrimônio e bens
herdados pelas crianças e adolescentes referidos, seus direitos
previdenciários, processos de guarda e tutela, dentre outros voltados à defesa
de direitos; e
VII - assistência jurídica gratuita e tramitação prioritária de
processos administrativos e judiciais perante quaisquer órgãos, juízos,
instâncias ou tribunais nos quais seja parte ou interveniente criança ou
adolescente aludido no caput do art. 1º desta Lei.
§ 1º De modo a atender à priorização prevista no inciso II do
caput deste artigo, devem ser asseguradas, no âmbito do Sistema Único de
Saúde - SUS, cobertura e capacidade de atendimento dos serviços e ações de
saúde mental, especialmente nos Centros de Atendimento Psicossocial infantil
(CAPSi) ou em outra instituição equivalente.
§ 2º O INSS, em cumprimento ao disposto no inciso VI do
caput deste artigo, deverá promover alterações em seus sistemas de
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Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Luizão Goulart
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PL n.467/2022Apresentação: 08/03/2022 17:48 - Mesa3
informação para que a situação prioritária seja identificada no momento da
formalização de requerimentos relativos a benefícios.
Art. 3º São princípios do sistema de atendimento de que trata o
art. 1º desta Lei:
I - fortalecimento da rede de atendimento aos direitos das
crianças e adolescentes órfãos ou equiparados, obedecendo-se às diretrizes
estabelecidas pelo art. 88 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990;
II - vedação às condutas que possam gerar revitimização de
crianças e adolescentes órfãos ou equiparados nos termos do art. 4º, caput e
respectivo inciso IV, da Lei nº 13.431, de 4 de abril de 2017;
III - garantia de proteção às crianças e adolescentes órfãos ou
equiparados que se encontrarem em situação de ameaça à vida.
Art. 4º São procedimentos obrigatórios no caso de crime de
que trata o art. 1º desta Lei quando a vítima tenha criança ou adolescente filho,
filha ou menor sob sua guarda ou tutela:
I - imediata comunicação e notificação ao Conselho Tutelar
competente, ao Ministério Público e à Justiça da Infância e Juventude pela
autoridade policial que tomar conhecimento do fato, do nome completo e idade
da criança ou adolescente para garantir os encaminhamentos necessários à
sua proteção;
II - identificação de família extensa e sua imediata
comunicação com vistas a garantir o cuidado e proteção da criança ou
adolescente no seio familiar nos termos da Lei nº 8.069, de 13 de julho de
1990; e
III - realização de escuta protegida, visando minimizar a
revitimização da criança ou adolescente decorrente de escuta não qualificada e
dar celeridade às medidas protetivas e de responsabilização nos termos da Lei
nº 13.431, de 4 de abril de 2017.
Art. 5º Em relação à garantia do direito à convivência familiar e
comunitária de crianças e adolescentes de que trata o art. 1º desta Lei, devem
ser garantidos:
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I - observância dos dispositivos previstos na Lei nº 8.069, de 13
de julho de 1990, e na Lei nº 13.715, de 24 de setembro de 2018;
II - apoio às crianças e adolescentes e aos familiares que se
responsabilizarem por sua guarda ou tutela com oferta de atendimento
psicossocial;
III - acompanhamento sociofamiliar, inclusão em programas de
transferência de renda, benefícios socioassistenciais e previdenciários a que
tenham direto, apoio jurídico, inclusão prioritária em serviços, programas e
ações das diversas políticas públicas que se fizerem necessárias, inclusive em
políticas habitacionais;
IV - implementação de programas de apoio à família extensa
responsável pela guarda de criança ou adolescente com oferta de
acompanhamento sociofamiliar e psicossocial e, quando necessário, apoio
material nos termos do art. 25, parágrafo único, e art. 100 da Lei nº 8.069, de
13 de julho de 1990, e do art. 227, § 3º, inciso VI, da Constituição Federal;
V - adoção, após esgotadas as possibilidades de manutenção
na família extensa, dos fluxos e procedimentos emergenciais para aplicação da
medida protetiva de acolhimento, prioritariamente em acolhimento familiar, nos
termos da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990.
§ 1º De modo a atender à priorização prevista no inciso IV do
caput deste artigo, devem ser implantados serviços de acolhimento em família
acolhedora, nos termos do art. 34 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, de
modo a evitar, sempre que possível, o encaminhamento a serviços de
acolhimento institucional.
§ 2º Poderão ser realizadas parcerias com entidades privadas
com vistas a garantir a celeridade dos atendimentos previstos no inciso II do
caput deste artigo.
Art. 6º Para os fins desta Lei, em caso de necessidade, a
situação de orfandade será comprovada pela apresentação dos seguintes
documentos:
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PL n.467/2022Apresentação: 08/03/2022 17:48 - Mesa5
I - certidão de registro de nascimento ou documento de
identificação pessoal;
II - certidão de registro de óbito da vítima do crime; e
III - certidão emitida pela autoridade que realizar um dos
seguintes atos, excluindo-se a relativa ao ato qualquer mais antigo:
a) indiciamento, nos termos do art. 2º, § 6º, da Lei nº 12.830,
de 20 de junho de 2013;
b) recebimento da denúncia;
c) pronúncia;
d) publicação da sentença ou acórdão condenatório recorríveis;
e
e) certidão de trânsito em julgado.
§ 1º A certidão de que trata o inciso III do caput deste artigo
terá validade de cento e vinte dias.
§ 3º Será facultado aos serviços solicitar documentos
complementares.
§ 4º Em caso de modificação da condição de órfão,
permanecerão válidos os atos realizados sob a égide desta Lei, não havendo
possibilidade de devolução de recursos financeiros recebidos.
Art. 7º Serão promovidas pelo Poder público ações para:
I - difusão permanente de informações sobre os direitos de
crianças e adolescentes órfãos em decorrência dos crimes previstos nesta Lei
praticados e consumados contra suas mães;
II - desenho e pactuação de fluxos e procedimentos para
atuação integrada entre os órgãos e implementação de programas voltados a
esse público;
III - mobilização da comunidade para a participação nas ações
de prevenção e enfrentamento aos crimes referidos nesta Lei; e
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PL n.467/2022Apresentação: 08/03/2022 17:48 - Mesa6
IV - capacitação continuada dos profissionais que atuam no
sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente e na rede de
proteção às mulheres em situação de violência acerca das especificidades do
público alvo da proteção desta Lei.
Art. 8º A Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, passa a vigorar
com as seguintes alterações:
“Art. 47. ...............................................
.............................................................
§ 9º Terão prioridade de tramitação os processos de adoção
em que o adotando for criança ou adolescente com deficiência
ou doença crônica ou ainda filho ou filha de vítima de
feminicídio ou de lesão corporal seguida de morte quando se
tratar de crime doloso consumado que haja sido praticado por
um dos genitores contra o outro envolvendo violência
doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à
condição de mulher.
...................................................” (NR)
“Art. 50. ...............................................
.............................................................
§ 15. Será assegurada prioridade no cadastro a pessoas
interessadas em adotar criança ou adolescente com
deficiência, doença crônica ou necessidades específicas de
saúde, grupo de irmãos, além de filho ou filha de vítima de
feminicídio ou de lesão corporal seguida de morte quando se
tratar de crime doloso consumado que haja sido praticado por
um dos genitores contra o outro envolvendo violência
doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à
condição de mulher.” (NR)
“Art. 87. ...............................................
.............................................................
VII - campanhas de estímulo ao acolhimento sob forma de
guarda de crianças e adolescentes afastados do convívio
familiar e à adoção, especificamente inter-racial, de crianças
maiores ou de adolescentes, com necessidades específicas de
saúde ou com deficiências e de grupos de irmãos;
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PL n.467/2022Apresentação: 08/03/2022 17:48 - Mesa7
VIII - serviços que incluam estratégias de busca ativa, de
atendimento especial e prioritário, inclusive médico,
psicossocial e de assistência judiciária, a crianças e
adolescentes filhos e filhas de vítimas de feminicídio ou de
lesão corporal seguida de morte na hipótese em que se tratar
de crime doloso consumado que haja sido praticado por um
dos genitores contra o outro envolvendo violência doméstica e
familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de
mulher.” (NR)
“Art. 88. ...............................................
.............................................................
X - realização e divulgação de pesquisas sobre
desenvolvimento infantil e sobre prevenção da violência;
XI - integração operacional de órgãos do Poder Judiciário,
Ministério Público, Defensoria, Conselho Tutelar e
encarregados da execução das políticas sociais básicas e de
assistência social, para efeito de agilização do atendimento de
crianças e adolescentes filhos ou filhas de vítimas de
feminicídio ou de lesão corporal seguida de morte nas
hipóteses em que se tratar de crime doloso consumado que
haja sido praticado por um dos genitores contra o outro
envolvendo violência doméstica e familiar ou menosprezo ou
discriminação à condição de mulher, com vistas à rápida
colocação da criança ou adolescente na referida condição em
família substituta quando esgotados os recursos de
manutenção da criança ou adolescente na família natural ou
extensa.” (NR)
“Art. 155. ..............................................
Parágrafo único. Terão prioridade de tramitação os processos
de destituição do poder familiar em relação a criança ou
adolescente filho ou filha de vítima de feminicídio ou de lesão
corporal seguida de morte quando se tratar de crime doloso
consumado que haja sido praticado por um dos genitores
contra o outro envolvendo violência doméstica e familiar ou
menosprezo ou discriminação à condição de mulher.” (NR)
Art. 9º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
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PL n.467/2022Apresentação: 08/03/2022 17:48 - Mesa8
JUSTIFICAÇÃO
Haja vista que, em muitos casos de feminicídio, os próprios
cônjuges ou companheiros das mulheres são os autores do crime e têm contra
si decretada a prisão (em suas variadas modalidades), bem como a suspensão
ou perda do poder familiar, os filhos ou filhas menores de dezoito anos das
vítimas são levados, após a ocorrência do fato, a viver e morar com parentes
da família natural (irmãos civilmente capazes) ou extensa (geralmente avós ou
tios) ou ainda são preparados para futura colocação em família substituta
mediante adoção.
Por sua vez, para o atendimento das necessidades dessas
crianças e adolescentes órfãos e de suas famílias, serviços costumam ser
oferecidos pelos sistemas públicos de saúde e assistência social, tais como os
Centros de Referência de Assistência Social (Cras), bem como pelas
Defensorias e Ministérios Públicos dos Estados e do Distrito Federal e pelo
Poder Judiciário.
Ao lado disso, benefícios previdenciários como pensões e
auxílio-reclusão podem ser requeridos e obtidos pelos órfãos quando restarem
atendidos os requisitos legais para tanto estabelecidos.
Em que pese tudo isso, nota-se que os serviços públicos e
benefícios postos à disposição de crianças e adolescentes em tal condição de
orfandade, além de se revelarem muitas vezes insuficientes ou precários, não
albergam a necessária priorização quanto ao atendimento a ser prestado com
vistas à adequada proteção e garantia de direitos de crianças e adolescentes
nos casos de feminicídio.
Também não existe previsão legal de garantia de prioridade na
tramitação de processos e procedimentos em âmbito judicial ou administrativo
em favor de tais crianças e adolescentes.
*CD222215601300*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Luizão Goulart
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PL n.467/2022Apresentação: 08/03/2022 17:48 - Mesa9
De outra parte, observa-se que sequer os processos com
vistas à adoção das crianças e adolescentes filhos ou filhas de vítimas de
feminicídio (de destituição do poder familiar e de adoção) contam com a
priorização necessária, que seria plenamente justificável nos casos de
feminicídio – ao lado das previsões legais em vigor em favor de adotandos com
deficiência ou doença crônica e grupos de irmãos (art. 47, § 9º, da Lei nº 8.069,
de 13 de julho de 1990 – Estatuto da Criança e Adolescente).
Da mesma forma, não há a desejável previsão de prioridade,
no cadastro respectivo, a pessoas interessadas em adotar crianças e
adolescentes filhos e filhas de vítimas de feminicídio – ao lado da já
contemplada em lei relacionada a interessados em adotar criança ou
adolescente com deficiência ou doença crônica e grupo de irmãos (art. 50, §
15, do aludido Estatuto).
Cumpre, pois, na esteira de aprimorar o arcabouço legal de
proteção de crianças e adolescentes, prever, como linha de ação da política de
atendimento a eles e suas famílias, a existência de serviços que incluam
estratégias de atendimento especial e prioritário, inclusive médico, psicossocial
e de assistência judiciária, aos menores filhos e filhas de mulheres vítimas
fatais de feminicídio e suas famílias ou representantes legais.
Também é de se proporcionar a essas crianças e
adolescentes, para a sua integral proteção e se considerando sua peculiar
situação de vulnerabilidade, a prioridade também na tramitação de quaisquer
processos e procedimentos em âmbito judicial e administrativo em que tais
menores figurem como partes ou intervenientes, bem como nos processos de
adoção e destituição do poder familiar que os envolvam.
Por óbvio, o mesmo especial tratamento protetivo cabe ser
também conferido em favor de crianças e adolescentes órfãos de mulheres
vítimas de crimes de lesão corporal seguida de morte quando se tratar de crime
doloso consumado que haja sido praticado por um dos genitores contra o outro
envolvendo violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à
condição de mulher .
*CD222215601300*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Luizão Goulart
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PL n.467/2022Apresentação: 08/03/2022 17:48 - Mesa10
Igual sistema de proteção também deve ser estendido àquelas
crianças e adolescentes que se encontrarem eventualmente sob guarda ou
tutela de mulheres vítimas dos crimes aludidos antes da ocorrência do fato.
Com todos esses objetivos, ora propomos o presente projeto
de lei também destinado a modificar a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990
(Estatuto da Criança e do Adolescente.
Certo de que a relevância deste projeto de lei e os benefícios
que dele poderão advir com vistas ao aprimoramento do ordenamento jurídico
serão percebidos pelos meus ilustres Pares, esperamos contar com o apoio
necessário para a sua aprovação.
Sala das Sessões, em de de 2022.
Deputado LUIZÃO GOULART
*CD222215601300*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Luizão Goulart
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD222215601300
PL n.467/2022Apresentação: 08/03/2022 17:48 - Mesa |
PL 2525/2021 | Dispõe sobre a obrigatoriedade das plataformas de streaming de reter o pagamento referente à monetização de conteúdos de artistas e produtores que tenham cometido crimes relacionados à violência doméstica e/ou ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes até o trânsito em julgado do processo criminal. | violencia contra a mulher | 0 | M | PSL | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2043510 | CÂMARA DOS DEPUTADOS
DEPUTADO FEDERAL CHARLLES EVANGELISTA – PSL/MG
PROJETO DE LEI Nº , DE 2021
(Do Senhor Charlles Evangelista)
Dispõe sobre a obrigatoriedade das plataformas de
streaming de reter o pagamento referente à
monetização de conteúdos de artistas e produtores
que tenham cometido crimes relacionados à
violência doméstica e/ou ao abuso e exploração
sexual de crianças e adolescentes até o trânsito
em julgado do processo criminal.
O CONGRESSO NACIONAL DECRETA :
Art. 1º – Obriga que as plataformas de streaming retenham o pagamento referente à
monetização de conteúdos de artistas e produtores que tenham cometido crimes
relacionados à violência doméstica e/ou ao abuso e exploração sexual de crianças e
adolescentes até o trânsito em julgado do processo criminal.
§ 1º – Se após o trânsito em julgado, o artista ou produtor for considerado inocente, o
valor retido pela plataforma de streaming deverá ser encaminhado aos artistas e
produtores.
§ 2º – Se após o trânsito em julgado, o artista ou produtor for condenado, o valor retido
pela plataforma de streaming deverá ser encaminhado a projetos de prevenção à
violência doméstica e/ou abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes.
Art. 2º – Entende-se como streaming a tecnologia de transmissão de dados pela
internet, sem a necessidade de baixar o conteúdo, permitindo que o usuário online
acesse determinado arquivo de áudio e vídeo virtualmente e garantindo o pagamento
de direitos autorais.
Art. 3º – O descumprimento das disposições da presente Lei sujeita as plataformas de
streaming, sem prejuízo de outras cominações legais cabíveis, ao pagamento de multa
de R$ 3.000,00 (mil reais), acrescida de valor diário de R$ 100,00 (cem reais).
§ 1º – Em caso de reincidência, o valor da multa prevista no caput deste artigo será de
R$ 9.000,00 (nove mil reais), e, em caso de não sanada a infração, multa diária e
cumulativa no valor de R$ 1000,00 (mil reais).
§ 2º – Os valores arrecadados na aplicação das multas referidas neste artigo serão
destinados a projetos de prevenção à violência doméstica e abuso e/ou exploração
sexual de crianças e adolescentes.
Art. 4º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
*CD212206747400*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Charlles Evangelista
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD212206747400
PL n.2525/2021Apresentação: 13/07/2021 10:42 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS
DEPUTADO FEDERAL CHARLLES EVANGELISTA – PSL/MG
JUSTIFICAÇÃO
Recentemente, o caso de violência doméstica protagonizado pelo Dj Ivis
trouxe à tona um problema grave que precisa ser barrado imediatamente: a
monetização da barbárie.
Considerando que toda vez que alguém assiste um vídeo ou escuta uma
música em uma plataforma de streaming, o artista ou produtor daquele conteúdo
recebe uma porcentagem de recursos para que ele possa garantir seu sustento e
continue produzindo outros conteúdos, os artistas e produtores que se envolvem em
casos de violência e violação, são alçados pela mídia devido à ampla divulgação dos
fatos ocorridos. Dessa forma, seus canais passam a ter muito mais alcance por causa
da procura constante e, consequentemente, seus lucros são ampliados.
Ante o exposto, apresento este projeto de lei e solicito apoio dos Nobres
Pares para aprovação desta proposição que visa impedir a monetização de conteúdo
produzido por artistas e produtores que tenham cometido atos de violência doméstica
e/ou abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. É necessário garantir que
o crime seja exemplarmente punido, e não compense.
Sala das Sessões, em de de 2021.
Charlles Evangelista - PSL/MG
Deputado Federal
*CD212206747400*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Charlles Evangelista
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD212206747400
PL n.2525/2021Apresentação: 13/07/2021 10:42 - Mesa |
PL 794/2021 | Esta lei estabelece medidas a serem adotadas por bares, restaurantes, casas de eventos e estabelecimentos similares, para a proteção e auxílio das mulheres que se sintam em situação de risco. | violencia contra a mulher | 0 | M | PTB | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1972819 | PROJETO DE LEI Nº , DE 2021
(Do Sr. PEDRO AUGUSTO BEZERRA)
Esta lei estabelece medidas a serem
adotadas por bares, restaurantes, casas de
eventos e estabelecimentos similares, para a
proteção e auxílio das mulheres que se
sintam em situação de risco.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Ficam os bares, restaurantes, casas de eventos e
estabelecimentos similares obrigados a adotarem medidas para auxiliar as
mulheres que se sintam em situação de risco, nas dependências desses
estabelecimentos.
Art. 2° O auxílio à mulher deve ser prestado pelo
estabelecimento mediante a comunicação à polícia e acompanhamento até o
meio de transporte.
Parágrafo Único – Devem ser utilizados todos os meio
possíveis que viabilizem a efetiva comunicação com a Central de Atendimento
à Mulher por meio do estabelecimento, com capacitação de todos os
funcionários.
Art. 3º Os estabelecimentos previstos nesta Lei deverão
treinar e capacitar todos os seus funcionários para a aplicação do objetivo
desta Lei.
Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, em de de 2021.
Deputado PEDRO AUGUSTO BEZERRA
*CD215880718500*Documento eletrônico assinado por Pedro Augusto Bezerra (PTB/CE), através do ponto SDR_56104,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.794/2021Apresentação: 08/03/2021 18:44 - Mesa |
PL 5034/2023 | Altera a Lei n° 9.455, de 7 de abril de 1997, para equiparar as ações e métodos que objetivam a conversão da orientação sexual e da identidade de gênero ao crime de tortura, nos termos do art. 5°, inciso XLIII da Constituição Federal. | genero | 0 | F | PSOL | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2345873 | PROJETO
DE
LEI
Nº
,
de
2023
(Da
Sra.
Erika
Hilton)
Altera
a
Lei
n°
9.455,
de
7
de
abril
de
1997,
para
equiparar
as
ações
e
métodos
que
objetivam
a
conversão
da
orientação
sexual
e
da
identidade
de
gênero
ao
crime
de
tortura,
nos
termos
do
art.
5°,
inciso
XLIII
da
Constituição
Federal.
O
CONGRESSO
NACIONAL
decreta:
Art.
1º
Dê-se
à
alínea
‘c’
do
inciso
I
do
art.
1°
da
Lei
nº
9.455,
de
7
de
abril
de
1997,
a
seguinte
redação:
“Art.
1º
…………………………………………………………………………...
I
-
………………………………………………………………………………...
c)
em
razão
de
discriminação
racial,
religiosa,
de
orientação
sexual
e/ou
identidade
de
gênero.
……………………………………………………………………………..(NR)”
Art.
2º
O
inciso
II
do
artigo
1°
da
Lei
nº
9.455,
de
7
de
abril
de
1997,
passa
a
vigorar
com
a
seguinte
redação:
“Art.
1º
…………………………………………………………………………...
I
-
………………………………………………………………………………...
*CD235984534600* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Erika HiltonPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD235984534600
PL n.5034/2023Apresentação: 17/10/2023 19:00:13.167 - MesaII
-
submeter
alguém,
sob
sua
guarda,
poder
ou
autoridade,
com
emprego
de
violência
ou
grave
ameaça,
a
intenso
sofrimento
físico
ou
mental,
como
forma
de
aplicar
castigo
pessoal,
medida
de
caráter
preventivo
e
conversão
da
orientação
sexual
e/ou
identidade
de
gênero.
……………………………………………………………………………..(NR)”
Art.
3º
O
artigo
1°
da
Lei
nº
9.455,
de
7
de
abril
de
1997,
passa
a
vigor
ar
acrescido
do
inciso
III:
“Art.
1º……………………………………………………………………………
III
-
propor,
prescrever,
promover,
financiar,
subsidiar,
instigar,
induzir,
constranger
e
submeter
à
cura,
terapia,
medidas
psicológicas
ou
psiquiátricas,
tratamentos
religiosos
e
qualquer
outro
método
semelhante
que
objetive
a
conversão
da
orientação
sexual
e/ou
identidade
de
gênero
do
indivíduo.
a)
com
o
fim
de
submeter
alguém
a
negação,
alteração,
modificação,
supressão,
assujeitamento
ou
anulação
da
orientação
sexual
e/ou
identidade
de
gênero;
b)
que
impeça
o
livre
desenvolvimento
ou
afirmação
da
orientação
sexual
e
da
identidade
de
gênero;
……………………………………………………………………………(NR)”
Art.
4º
Esta
Lei
entra
em
vigor
na
data
de
sua
publicação.
JUSTIFICAÇÃO
Temos
que,
os
tratamentos
de
“cura
gay”,
são
verdadeiras
práticas
de
tortura
e
agressão
à
toda
a
população
LGBTQIA+,
cuja
orientação
sexual
ou
designação
de
*CD235984534600* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Erika HiltonPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD235984534600
PL n.5034/2023Apresentação: 17/10/2023 19:00:13.167 - Mesagênero
são
características
inerentes
a
cada
sujeito,
sendo
impossível
sua
alteração.
As
“terapias
de
conversão
sexual”
pretendem-se
métodos
de
assujeitamento
dos
corpos,
das
identidades
sexuais
e
da
orientação
sexual
de
pessoas
LGBTQIA+
para
a
submissão,
nulidade
e
alteração
da
autodeterminação
dos
indivíduos,
por
isso,
precisam
ser
tipificadas
como
crime
de
tortura
e
combatidas
em
todo
o
território
nacional.
O
Estado
brasileiro
tem
como
base
legal
para
o
enfrentamento
e
prevenção
à
tortura
normas
internacionais
e
legislações
nacionais,
como
a
Convenção
Contra
a
Tortura
e
Outros
Tratamentos
ou
Penas
Cruéis,
Desumanos
ou
Degradantes,
promulgada
por
meio
do
Decreto
n°
40,
de
15
de
fevereiro
de
1991,
a
Convenção
Interamericana
para
Prevenir
e
Punir
a
Tortura,
Decreto
n°
98.
386,
de
9
de
dezembro
de
1989,
e
a
Lei
n°
9.455,
de
7
de
abril
de
1997
(Lei
da
Tortura)
que
esta
proposição
visa
alterar
e
aperfeiçoar.
Temos
que
as
Convenções
da
ONU
que
versam
sobre
tortura,
orientam
a
conduta
dos
Estados
partes
para
enfrentar,
punir
e
legislar
contra
as
práticas
de
torturas,
de
diferentes
formas.
No
artigo
1º
da
Convenção
Contra
a
Tortura
e
Outros
Tratamentos
ou
Penas
Cruéis,
Desumanos
ou
Degradantes
a
tortura
é
definida
como:
qualquer
ato
pelo
qual
dores
ou
sofrimentos
agudos,
físicos
ou
mentais,
são
infligidos
intencionalmente
a
uma
pessoa
a
fim
de
obter,
dela
ou
de
uma
terceira
pessoa,
informações
ou
confissões;
de
castigá-la
por
ato
que
ela
ou
uma
terceira
pessoa
tenha
cometido
ou
seja
suspeita
de
ter
cometido;
de
intimidar
ou
coagir
esta
pessoa
ou
outras
pessoas;
ou
por
qualquer
motivo
baseado
em
discriminação
de
qualquer
natureza;
quando
tais
dores
ou
sofrimentos
são
infligidos
por
um
funcionário
público
ou
outra
pessoa
no
exercício
de
funções
públicas,
ou
por
sua
instigação,
ou
com
o
seu
consentimento
ou
aquiescência.
Não
se
considerará
como
tortura
as
dores
ou
sofrimentos
que
sejam
conseqüência
unicamente
de
sanções
legítimas,
ou
que
sejam
inerentes
a
tais
sanções
ou
delas
decorram.
(grifo
nosso)
Já
o
artigo
2º
da
Convenção
Interamericana
para
Prevenir
e
Punir
a
Tortura
conceitua
a
tortura
da
seguinte
maneira:
Todo
ato
pelo
qual
são
infligidos
intencionalmente
a
uma
pessoa
penas
ou
sofrimentos
físicos
ou
mentais,
com
fins
de
investigação
criminal,
como
meio
de
intimidação,
como
castigo
pessoal,
como
medida
preventiva,
como
pena
ou
qualquer
outro
fim.
Entender-se-á
também
como
tortura
a
aplicação,
sobre
uma
pessoa,
de
métodos
tendentes
a
anular
a
personalidade
da
*CD235984534600* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Erika HiltonPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD235984534600
PL n.5034/2023Apresentação: 17/10/2023 19:00:13.167 - Mesavítima,
ou
a
diminuir
sua
capacidade
física
ou
mental,
embora
não
causem
dor
física
ou
angústia
psíquica.
(grifo
nosso)
A
Constituição
Federal
de
1988
passou
a
considerar
a
tortura
como
crime
inafiançável
e
insuscetível
de
graça
ou
anistia
(art.
5º,
inciso
XLIII),
e
o
direito
a
não
ser
torturado
passou
a
ser
reconhecido
como
um
direito
fundamental.
No
contexto
de
grave
violação
dos
direitos
humanos,
das
liberdades
individuais
e
no
ínterim
do
exercício
de
práticas
médico-psicológicas
que
objetivam
reverter
a
autodeterminação
da
orientação
sexual
e
da
identidade
de
gênero
de
pessoas
LGBTQIA+
no
Brasil,
ainda
há
espaço
na
esfera
pública
para
resguardar
direitos
e
defender
a
cidadania
da
comunidade
LGBT
frente
aqueles
que
são
cúmplices
de
medidas
que
comprometem
a
sobrevivência
e
a
dignidade
da
população,
como
as
propagadas
pelas
“terapias
de
conversão
sexual”.
Os
direitos
da
população
LGBTQIA+
estão
resguardados
pela
Constituição
Federal
e
regulamentados
pela
Lei
n.
7.716/1989,
conforme
entendimento
firmado
no
julgamento
da
Ação
Direta
de
Inconstitucionalidade
por
Omissão
n.
26
pelo
Supremo
Tribunal
Federal:
“Até
que
sobrevenha
lei
emanada
do
Congresso
Nacional
destinada
a
implementar
os
mandados
de
criminalização
definidos
nos
incisos
XLI
e
XLII
do
art.
5º
da
Constituição
da
República,
as
condutas
homofóbicas
e
transfóbicas
,
reais
ou
supostas,
que
envolvem
aversão
odiosa
à
orientação
sexual
ou
à
identidade
de
gênero
de
alguém,
por
traduzirem
expressões
de
racismo,
compreendido
este
em
sua
dimensão
social,
ajustam-se,
por
identidade
de
razão
e
mediante
adequação
típica,
aos
preceitos
primários
de
incriminação
definidos
na
Lei
nº
7.716,
de
08/01/1989
,
constituindo,
também,
na
hipótese
de
homicídio
doloso,
circunstância
que
o
qualifica,
por
configurar
motivo
torpe.
(Código
Penal,
art.
121,
§
2º,
I,
“in
fine”).”
*CD235984534600* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Erika HiltonPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD235984534600
PL n.5034/2023Apresentação: 17/10/2023 19:00:13.167 - MesaAs
práticas
de
"terapia
de
conversão”,
são
essencialmente
discriminatórias,
pois
atingem
população
específica,
em
razão
de
sua
orientação
sexual
ou
identidade
de
gênero
diversas.
Além
disso,
assumem
como
objetivo
específico
o
de
interferir
na
integridade
pessoal
e
autonomia
dos
indivíduos,
em
muitos
casos,
violando
o
direito
à
saúde
da
população
LGBTQIA+,
incluindo
a
proibição
de
se
realizar
tratamentos
médicos
de
forma
não-consensual,
considerando
as
prescrições
médicas
para
o
tratamento
do
“homossexualismo”.
O
Brasil
deu
um
passo
muito
relevante
no
reconhecimento
sobre
a
gravidade
da
prática
de
tortura
ao
defini-la
como
crime
através
da
Lei
n°
9.455,
de
1997,
cuja
normatização
tipificam
as
condutas
de
“constranger”
e
“submeter”,
além
de
uma
“omissão”,
combinadas
com
o
elemento
normativo
do
sofrimento
físico
e/ou
mental
da
vítima.
A
controvérsia
que
demonstra
a
necessidade
de
aprimoramento
da
Lei
nº
9.455,
de
1997,
resume-se
em:
a
legislação
tipifica
o
crime
de
tortura
em
razão
de
discriminação
racial
e
religiosa,
mas
não
trata
do
mesmo
crime
quando
motivado
por
discriminação
relativa
a
orientação
sexual
ou
identidade
de
gênero.
Além
disso,
é
preciso
qualificar
que
condutas
que
objetivam
a
conversão
da
orientação
sexual
ou
identidade
de
gênero,
combinadas
ou
não
do
sofrimento
físico
e
psicológico
do
indivíduo,
são
práticas
de
tortura
e
atentórias
contra
os
direitos
humanos
e
das
liberdades
individuais,
portanto,
devendo
ser
combatidas
e
enfrentadas
pelo
Estado
brasileiro.
De
acordo
com
relatório
da
ONU
sobre
“terapias
de
conversão”,
essas
práticas
visam
e
afirmam
ter
como
objetivo
e
fim
transformar
pessoas
gays,
lésbicas
ou
bissexuais
em
heterossexuais
e
pessoas
trans
e
travestis,
ou
gênero-diversas,
em
cisgêneras.
O
termo
“terapias
de
conversão”,
portanto,
seria
utilizado
como
guarda-chuva
para
descrever
*CD235984534600* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Erika HiltonPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD235984534600
PL n.5034/2023Apresentação: 17/10/2023 19:00:13.167 - Mesaintervenções
de
natureza
abrangente,
que
se
baseiam
na
ideia
de
que
a
orientação
sexual
ou
a
identidade
de
gênero
de
uma
pessoa
pode
e
deve
ser
alterada.
1
Essas
práticas
de
'conversão'
estão
em
desacordo
com
os
princípios
que
proíbem
a
tortura,
o
tratamento
cruel,
desumano
e
degradante.
Elas
partem
do
pressuposto
de
que
pessoas
com
identidades
de
gênero
ou
orientações
sexuais
diversas
são
de
alguma
forma
consideradas
inferiores,
seja
moral,
espiritual
ou
fisicamente,
em
comparação
com
pessoas
heterossexuais
e
cisgêneras,
e,
portanto,
buscam
modificar
sua
orientação
ou
identidade
como
suposta
solução
para
essa
suposta
inferioridade.
A
conduta
criminosa
de
tratamento
de
“cura
gay”
deve
ser
igualada
a
tortura,
portando
deve
ser
coibida,
assim
como
amplamente
investigadas
as
vítimas
já
submetidas
a
tamanha
violência,
para
que
vidas
sejam
preservadas.
Por
definição,
as
terapias
de
conversão
sexual
podem
caracterizar-se
como
tortura,
principalmente
em
circunstâncias
com
dor,
sofrimento
físico
e
mental
infligido
sobre
os
indivíduos
submetidos
à
prática.
A
pesquisa
"Entre
'curas'
e
'terapias':
Esforços
de
'correção'
da
orientação
sexual
e
identidade
de
gênero
de
pessoas
LGBTQIA+
no
Brasil"
2
,
produzida
pela
All
Out
e
o
Instituto
Matizes,
encontrou
26
formatos
de
"cura
gay"
no
país.
São
múltiplos
processos
de
violências
pelos
quais
as
pessoas
LGBTQIA+
passam,
desde
tentativas
de
“cura”
e
“conversão”
feitas
pelos
profissionais
da
psicologia,
até
os
atravessamentos
religiosos,
familiares,
profissionais
e
educacionais
que
incidem
sobre
as
expressões,
desejos
e
elaborações
subjetivas
dessa
população.
Dentre
os
esforços
de
“correção”
da
sexualidade
e
identidade
de
gênero
identificados
pela
All
Out
e
o
Instituto
Matizes,
nove
(9)
estariam
inseridos
no
contexto
religioso,
oito
(8)
no
contexto
familiar
e
seis
(6)
no
contexto
médico
ou
no
contexto
da
saúde
e
três
(3)
no
contexto
escolar.
Sendo
todos
eles
induzidos,
principalmente
por
2
Ver
mais
em:
<
https://s3.amazonaws.com/s3.allout.org/images/All_Out_Instituto_Matizes_Relatorio_Completo_Entre_Cura
s_E_Terapias.pdf
>.
Acesso
em
16
de
outubro
de
2023.
1
Ver
mais
em:
<
https://www.ohchr.org/sites/default/files/Documents/Issues/SexualOrientation/ConversionTherapyReport_PT
.pdf
>
Acesso
em
16
de
outubro
de
2023.
*CD235984534600* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Erika HiltonPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD235984534600
PL n.5034/2023Apresentação: 17/10/2023 19:00:13.167 - Mesalideranças
religiosas,
membros
da
igreja,
pais
e
responsáveis,
amigos
da
família,
psicólogos,
psiquiatras,
pediatras,
filósofos
clínicos,
terapeutas
holísticos,
coaches,
professores
de
religião
e
educação
física
e
a
direção
escolar.
Segundo
relatório
da
ONU,
“Pessoas
jovens
são
desproporcionalmente
submetidas
a
práticas
de
terapia
de
conversão.
Uma
recente
pesquisa
global
sugere
que
4
de
5
pessoas
sujeitas
a
essas
práticas
tinham
24
anos
de
idade
ou
menos
à
época
e,
dessas,
aproximadamente,
metade
tinha
menos
de
18
anos
de
idade”.
O
cenário
demonstra
a
urgência
de
se
coibir
e
criminalizar
práticas
de
conversão
sexual.
Como
exposto,
os
agentes
responsáveis
por
realizar
práticas
de
“terapia
de
conversão”
incluem
profissionais
de
saúde
do
setor
público
e/ou
privado,
incluindo
aqueles
especializados
em
saúde
mental;
Há,
especialmente,
organizações
religiosas,
curandeiros
tradicionais
e
agentes
estatais
veiculando
e
induzindo
as
práticas,
quando
não,
são
os
próprios
responsáveis
pelos
tratamentos;
Já
entre
os
agentes
motivadores,
que
também
induzem
e
financiam,
pode-se
incluir
a
família
e
membros
da
comunidade,
autoridades
políticas
e
outros
agentes
públicos.
Organizações
e
autoridades
religiosas,
particularmente,
atuam
aconselhando
famílias
e
vítimas,
e
geralmente
promovendo
ou
fornecendo
as
práticas
terapêuticas
isoladamente
ou
em
parceria
com
outras
pessoas
e
instituições,
como
comunidades
terapêuticas
3
para
uma
suposta
“reorientação
sexual”.
Tem-se
que
a
tipificação
como
crime
de
tortura
as
ações,
práticas
e
medidas
que
promovem
as
terapias
de
conversão
sexual,
chamada
de
“cura
gay”,
como
uma
medida
que
pode
assegurar
os
direitos
humanos,
guiada
pelos
princípios
fundamentais
de
universalidade,
igualdade
e
não-discriminação,
tanto
no
contexto
da
legislação
internacional
quanto
nacional.
3
Ver
mais
em:
<
https://apublica.org/2020/12/organizacao-crista-internacional-exodus-promove-reorientacao-sexual-para-lgbtqi-n
a-america-latina/
>
Acesso
em
16
de
outubro
de
2023.
*CD235984534600* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Erika HiltonPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD235984534600
PL n.5034/2023Apresentação: 17/10/2023 19:00:13.167 - MesaEm
2012,
a
Organização
Pan-Americana
de
Saúde
(OPAS)
declarou
que
as
chamadas
"terapias
de
conversão"
carecem
de
fundamentação
médica
e
constituem
uma
séria
ameaça
para
a
saúde
e
os
direitos
humanos
das
pessoas
submetidas
a
essas
práticas.
Em
2016,
a
Associação
Mundial
de
Psiquiatria
chegou
à
conclusão
de
que
"não
existem
bases
científicas
sólidas
para
afirmar
que
a
orientação
sexual
inata
pode
ser
alterada".
Em
relatório
elaborado
pelo
Especialista
Independente
das
Nações
Unidas
em
proteção
contra
a
violência
e
discriminação
com
base
na
orientação
sexual
e
identidade
de
gênero
sobre
"terapias
de
conversão"
da
comunidade
LGBT,
alertam
que
essas
práticas
criam
um
risco
de
tortura
a
esses
individuos
e
pede
que
governos
pelo
mundo
adotem
uma
proibição
à
prática
4
.
Também,
foram
identificadas
três
metodologias
principais
na
prática
da
"terapia
de
conversão":
a
psicoterapêutica,
a
medicinal
e
a
religiosa.
Na
psicoterapia,
as
intervenções
são
fundamentadas
na
crença
de
que
a
diversidade
de
orientação
sexual
e
identidade
de
gênero
resulta
de
uma
formação
ou
experiência
considerada
atípica.
Como
tal,
um
dos
métodos
frequentemente
empregados
é
a
terapia
de
aversão,
que
envolve
a
exposição
da
pessoa
a
estímulos
relacionados
à
sua
orientação
sexual,
induzindo
sensações
negativas,
dolorosas
e
angustiantes,
como
choques
elétricos,
náusea
ou
paralisia
através
de
medicamentos.
Na
abordagem
médica,
a
tese
central
pressupõe
que
a
diversidade
de
orientação
sexual
ou
de
gênero
está
relacionada
a
uma
disfunção
biológica
intrínseca.
Como
resultado,
as
vítimas
são
submetidas
a
procedimentos
de
afirmação
de
gênero
sem
o
seu
consentimento.
Já
nas
abordagens
religiosas,
a
intervenção
parte
da
premissa
de
que
a
orientação
sexual
e
identidade
de
gênero
diversas
são
consideradas
pecaminosas.
Consequentemente,
as
vítimas
de
terapias
de
conversão
são
compelidas
a
passar
por
tratamentos
graduais
visando
"converter"
sua
condição,
frequentemente
sujeitas
a
abusos
físicos,
detenção
e
práticas
como
exorcismos,
entre
outros
métodos
O
relatório
da
ONU
em
questão
destaca
que
os
métodos
e
meios
comumente
utilizados
para
implementar
práticas
de
“terapia
de
conversão”
causam
problemas
4
Ver
mais
em:
<
https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2020/06/14/onu-propoe-banir-cura-gay-no-mundo-e-alerta-par
a-risco-de-tortura.htm
>
Acesso
em
16/10/2023.
*CD235984534600* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Erika HiltonPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD235984534600
PL n.5034/2023Apresentação: 17/10/2023 19:00:13.167 - Mesapsicológicos
e
físicos,
além
de
dor
e
sofrimento
nos
individuos,
elementos
que
corroboram
para
tipificar
a
prática
como
prática
de
tortura
no
arcabouço
jurídico
brasileiro.
Ainda,
versa
sobre
outros
impactos
na
saúde
mental
dos
individuos,
como:
perda
significativa
da
autoestima;
ansiedade;
síndrome
depressiva;
isolamento
social;
dificuldade
de
intimidade;
auto-ódio;
vergonha
e
culpa;
disfunção
sexual;
transtorno
de
estresse
pós-traumático;
ideação
e
tentativas
de
suicídio.
Tendo
em
vista
o
elevado
índice
de
violência
praticado
contra
membros
da
comunidade
LGBTQIA+,
em
decorrência
da
orientação
sexual
e
identidade
de
gênero
que
se
autodeterminam,
os
quais
são
praticados,
em
muitos
casos,
mediante
terapias
de
conversão
sexual,
estrupro
corretivo,
coação,
constrangimento
e
métodos
psicológicos
e
religiosos,
levando
muitas
vezes
ao
óbito
do
indivíduo
apenas
pelo
fato
de
serem
LGBTs
e
não
conseguirem
cumprir
com
o
objetivo
do
método
imposto
de
subversão
de
sua
identidade,
faz-se
necessário
tipificar
tais
ações
e
métodos
discriminatório
na
Lei
de
Tortura.
Com
isso,
essa
proposição
objetiva
enfrentar
as
lacunas
legislativas
referentes
à
criminalização
das
ações,
práticas
e
medidas
de
“cura
gay”
e
terapias
de
conversão
para
que
se
garanta
a
autonomia,
a
dignidade,
a
autodeterminação,
a
segurança
e
o
bem-estar
físico,
psíquico
e
social
de
pessoas
LGBTQIA+
no
Brasil.
Assim,
busca-se
por
meio
desta
proposição
prevenir
e
punir
tratamentos,
penas
cruéis,
desumanos
ou
degradantes
que
ainda
impõem-se
sobre
pessoas
LGBTQIA+
no
âmbito
doméstico
e
público
mediante
ações
de
conversão
sexual.
Em
vista
do
exposto,
peço
o
apoio
dos
nobres
pares
para
a
aprovação
da
presente
iniciativa.
Sala
de
Sessões,
em
17
de
outubro
de
2023.
Deputada
ERIKA
HILTON
(PSOL/SP)
*CD235984534600* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Erika HiltonPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD235984534600
PL n.5034/2023Apresentação: 17/10/2023 19:00:13.167 - Mesa |
PL 3549/2020 | Dispõe sobre a concessão de auxílio emergencial mulheres artesãs - Bolsa Artesã. | economia | 0 | M | PT | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1908617 | PROJETO DE LEI Nº, DE 2020
(Do Sr. JOSÉ GUIMARÃES)
Dispõe sobre a concessão de auxílio
emergencial mulheres artesãs - Bolsa
Artesã.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º As mulheres cuja renda for oriunda da produção de
artesanatos terão direito ao auxilio emergencial; denominado - Bolsa Artesã.
Art. 2º Os pagamentos serão feitos mensalmente; no valor de
R$ 600,00 (seiscentos reais); a contar da publicação desta Lei; no mínimo
pelos seis (06) meses subseqüentes. Devendo ser estendido, depois deste
período, conforme a necessidade das beneficiárias e duração do estado de
calamidade e, decorrência da Pandemia do Corona Vírus.
Art. 2º Ficam isentos do imposto de renda e da contribuição
social sobre o lucro líquido os rendimentos percebidos por pessoas físicas e
jurídicas decorrentes das atividades artesanais.
Art. 3º A União, Estados e Municípios, no âmbito de suas
competências e no prazo de cento e oitenta dias, regulamentarão a prestação
de assistência técnica às atividades desenvolvidas pelas mulheres artesãs e a
concessão de estímulos à comercialização de seus produtos com o objetivo de
criar novos postos de trabalho e promover geração de renda.
§ 1º O Poder Público promoverá campanhas de estímulo à
valorização, preservação e perpetuação dos artesanatos e sua produção,
promovendo ações de assistência técnica para organização e fortalecimento de
associações de mulheres artesãs.
§ 2º Na divulgação e comercialização de produtos de mulheres
artesãs em feiras, parques, exposições e assemelhados, o Poder Público não
cobrará valores na forma de tarifas ou taxas e outros tributos.
*CD206049073700*Documento eletrônico assinado por José Guimarães (PT/CE), através do ponto SDR_56103,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.3549/2020Apresentação: 30/06/2020 11:09 - Mesa§ 3º Ao menos uma vez ao ano o Poder Público municipal
apoiará as associações de mulheres artesãs para levar suas produções a
outras localidades e Estados e promoverá intercâmbio entre associações de
rendeiras para compartilhamento de experiências.
§ 4º O poder Público fica autorizado a apoiar, diretamente ou
por meio de incentivos, a construção de sedes próprias de associações de
mulheres artesãs com o objetivo de promover escolas voltadas a ensinar a
adolescentes e jovens
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
O presente projeto de lei aborda tema de grande relevância
para a valorização e preservação da renda de milhares de mulheres que lutam
diariamente para manter importante manifestação cultural do Brasil. Trata-se
dos esforços para que sejam tornadas viáveis as atividades desenvolvidas
pelas mulheres artesãs, cujo trabalho apresenta uma riqueza imaterial
inestimável, cuja manutenção deve ser assegurada pelo Poder Público. Com
efeito, há risco real de perda da tradição passada de mães a filhas por
incontáveis gerações.
O problema que atualmente se percebe é que por causa da
Pandemia do Corona Vírus um enorme contingente de mulheres está em
situação vulnerabilidade; sem renda nenhuma. O intuito de apresentamos a
presente proposição, busca abordar a questão econômica do setor, de maneira
a, dessa forma, preservar nosso patrimônio imaterial; bem como as mulheres
que o levam de norte a sul do nosso país.
Mais especificamente, é oportuno observar que, nos termos do
art. 24 da Constituição Federal, compete à União, aos Estados e ao Distrito
Federal legislar concorrentemente sobre direito econômico, sendo que, no
âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a
*CD206049073700*Documento eletrônico assinado por José Guimarães (PT/CE), através do ponto SDR_56103,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.3549/2020Apresentação: 30/06/2020 11:09 - Mesaestabelecer normas gerais, sendo que a superveniência de lei federal sobre
normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
Todavia, é complexa a tarefa de definir os limites dos direitos econômico. Há
que se observar que essa delimitação é necessária para conhecer as
possibilidades de a regulação federal atuar sobre temas que, de outra forma,
poderiam ser tratados pelas esferas locais de poder.
Em essência, Direito Econômico é o ramo do Direito que busca
regular a produção e a circulação de bens e serviços, inclusive no que se refere
à regulação da concorrência e correção de ineficiências de mercado. Em nossa
visão, há aqui uma ineficiência, que se reflete na necessidade de intervenção
para possa assegurar às mulheres artesãs ainda em atividade a adequada
remuneração.
Dessa forma, estando as disposições da proposição inseridas
no âmbito do Direito Econômico, a União é apta a editar normas gerais cujo
cumprimento é compulsório por parte dos Estados e Municípios. Inexistiria,
portanto, vício de iniciativa ou outras inconstitucionalidades no projeto de lei em
análise. Dessa forma, certos do caráter amplamente meritório da presente
proposição e de sua crucial importância para as atividades desenvolvidas pelas
mulheres artesãs ainda em atividade e, de forma mais ampla, para a
preservação do patrimônio cultural imaterial do Brasil, conto com o apoio dos
nobres pares para sua aprovação.
Sala das Sessões, em de de2020.
Deputado JOSÉ GUIMARÃES
*CD206049073700*Documento eletrônico assinado por José Guimarães (PT/CE), através do ponto SDR_56103,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.3549/2020Apresentação: 30/06/2020 11:09 - Mesa |
PL 3342/2020 | Dispões sobre a concessão de linha de crédito especial para a mulher empreendedora da área de beleza, estética, cosméticos, vestuário, comércio de artigos femininos, alimentos, dentre outros que atuem como pessoa física, durante o estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020. | economia | 0 | F | MDB | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2147088 | Dispõe sobre a concessão de linha de
crédito para a mulher empreendedora da
área de beleza, estética, cosméticos,
vestuário, comércio de artigos femininos,
alimentos, entre outras, que atue como
pessoa física, durante a Emergência em
Saúde Pública de Importância Nacional
(ESPIN) declarada em decorrência da
pandemia causada pelo coronavírus SARS-
CoV-2.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º O Tesouro Nacional disponibilizará linha especial de crédito à mulher
empreendedora que atue como pessoa física na área de beleza, estética, cosméticos,
vestuário, comércio de artigos femininos, alimentos e outras.
Parágrafo único. Para ter acesso à linha de crédito de que trata o caput, a
solicitante não poderá receber benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego
ou recursos de outro programa de transferência de renda federal, inclusive daqueles já
implementados no âmbito das medidas de combate à covid-19.
Art. 2º O acesso à linha de crédito de que trata o art. 1º desta Lei observará as
seguintes condições:
I – limite de financiamento: até R$ 20.000,00 (vinte mil reais) por beneficiário;
II – prazos:
a) reembolso: até 36 (trinta e seis) meses, com carência de 12 (doze) meses;
b) contratação: enquanto perdurar a Emergência em Saúde Pública de
Importância Nacional (ESPIN) declarada em decorrência da pandemia causada pelo
coronavírus SARS-CoV-2, e pelo período de até 2 (dois) anos após o encerramento da
emergência de saúde;
III – encargos financeiros: taxa média de juros Selic acumulada, apurada pelo
Banco Central em base diária;
IV – garantia: na concessão do crédito, poderá ser exigida garantia pessoal do
proponente em montante igual ao empréstimo contratado.
§ 1º As instituições financeiras deverão priorizar o atendimento digital na
contratação das operações de que trata esta Lei.
§ 2º As instituições financeiras não poderão utilizar como fundamento para a não
contratação da linha de crédito prevista nesta Lei a existência de anotações em quaisquer
bancos de dados, públicos ou privados, que impliquem restrições ao crédito por parte do
proponente.
*CD223182359000*
Autenticado Eletronicamente, após conferência com o original.
PL n.3342/2020Apresentação: 10/03/2022 21:00 - MesaArt. 3º Os recursos serão administrados por instituição financeira pública federal
e repassados a quaisquer instituições financeiras, públicas ou privadas, que tenham interesse
em conceder os empréstimos previstos nesta Lei.
Parágrafo único. É isenta da incidência do Imposto sobre Operações de Crédito,
Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF) a contratação da linha
de crédito nos termos desta Lei.
Art. 4º O Conselho Monetário Nacional definirá o montante global de recursos a
serem disponibilizados para concessão da linha especial de crédito referida nesta Lei e
regulamentará as condições e procedimentos complementares, inclusive quanto à
remuneração da instituição financeira pública federal que administrará o contrato.
Art. 5º Na cobrança do crédito inadimplido, não se admitirá, por parte das
instituições financeiras, a adoção de procedimento para recuperação de crédito menos
rigoroso do que aqueles que usualmente empregarem em suas próprias operações de crédito.
Art. 6º O Poder Executivo deverá dar transparência às despesas relacionadas à
linha de crédito de que trata esta Lei, disponibilizando os dados com fácil acesso na internet,
com atualização no máximo semanal.
Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Senado Federal, em 10 de março de 2022.
Senador Rodrigo Pacheco
Presidente do Senado Federal
gsl/pl-20-3342rev2
*CD223182359000*
Autenticado Eletronicamente, após conferência com o original.
PL n.3342/2020Apresentação: 10/03/2022 21:00 - Mesa |
PL 3874/2023 | Dispõe sobre a proibição de aquisição de posse e porte de armas de fogo e munições por indivíduo que tenha registro de agressão contra mulher em inquérito e processo judicial. | direitos sociais | 0 | M | PDT | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2309585 |
C Â M A R A D O S D E P U T A D O S
PROJETO DE LEI Nº , DE 20 23
(Do Sr. Max Lemos )
Dispõe sobre a proibição de
aquisição de posse e porte de
armas d e fogo e munições por
indivíduo que tenha registr o de
agressão contra mulher em
inquérito e processo judicial .
O Congresso Nacional decreta:
Artigo 1º Para os fins des ta lei, entende -se por "agressão à
mulher" qualquer pessoa que responda em inquérito ou processo por crimes de
violência doméstica, agressão física, sexual ou psicológica contra uma mulher,
nos termos definidos pela legislação vigente.
Artigo 2º Fica proibida a aquisição, posse e porte de armas de
fogo e muniçõ es por indivíduos que tenham registros de agressões contra
mulheres, conforme definido no Artigo 1 desta lei.
Paragrafo único - Os órgãos responsáveis pela concessão de
autorizações para aquisição de armas de fogo e munições devem consultar
regularmente os registros de controle em inquérito e processo judicial por
agressão a mulheres antes de conceder tais autorizações.
Artigo 3º O não cumprimento das disposições desta lei sujeitará o
infrator a multas, apreensão das armas e munições adquiridas ilegalmente,
bem como ações penais cabíveis.
Paragrafo único - Qualquer tentativa de falsificação ou ocultação
de registros de agressões a mulheres a fim de adquirir armas e munições
também será punida conforme a legislação vigente.
Artigo 4 º O governo deve promover campanhas de
conscientização pública sobre os perigos da violência contra mulheres e o uso
de armas de fogo em casos de agressão doméstica.
Paragrafo único - Deve ser disponibilizado um canal de denúncia
anônima para que indivíduos possam reportar tentativas de aquisição de armas
por parte de agressores de mulheres.
Artigo 5º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
*CD233673852900* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Max Lemos
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD233673852900
PL n.3874/2023 Apresentação: 10/08/2023 12:19:04.923 - MESA
C Â M A R A D O S D E P U T A D O S
JUSTIFICATICA
Este projeto de lei busca proteger a integr idade e os direitos das
mulheres, promovendo a segurança e a prevenção da violência doméstica. Ao
restringir a aquisição de armas e munições por agressores de mulheres,
esperamos criar um ambiente mais seguro e resiliente para as vítimas de
violência de gê nero.
A violência contra as mulheres é uma questão complexa e
alarmante que afeta a sociedade em diversos níveis. Dados estatísticos e
relatos de casos evidenciam a persistência dessa problemática, que traz
consigo consequências devastadoras para as vítimas e para a sociedade como
um todo. A promoção da igualdade de gênero e o combate à violência são
compromissos fundamentais para qualquer sociedade que busque o respeito
aos direi tos humanos e a justiça social.
As agressões contra mulheres, sejam elas físic as, sexuais ou
psicológicas, representam uma manifestação de desigualdade e dominação de
gênero, contribuindo para um ciclo de abuso que perpetua o sofrimento das
vítimas. A falta de medidas preventivas e punitivas adequadas pode permitir
que agressores co ntinuem a perpetrar atos de violência, criando um ambiente
de medo e insegurança para as mulheres.
O uso de armas de fogo em casos de violência contra mulheres
potencializa os danos e riscos envolvidos. A presença de armas aumenta a
letalidade das agressõ es, tornando mais provável que conflitos domésticos se
transformem em tragédias irreparáveis. Acesso a armas por parte de
agressores pode também intimidar as vítimas, dificultando a busca por ajuda e
perpetuando o ciclo de abuso.
Este projeto de lei visa endereçar essas preocupações de
maneira prática e efetiva. Ao proibir a aquisição, posse e porte de armas de
fogo e munições por indivíduos que têm registros de agressões contra
mulheres, estamos tomando uma medida proativa para prevenir a violência
domést ica e proteger as vítimas. Além disso, ao promover a conscientização
pública sobre os perigos da violência contra mulheres e o uso de armas de
fogo nesse contexto, estamos trabalhando para transformar normas culturais e
comportamentais que perpetuam a desi gualdade de gênero.
Portanto, a aprovação deste projeto de lei representa um passo
importante na direção de uma sociedade mais justa, igualitária e segura para
as mulheres. Ao coibir o acesso de agressores a armas de fogo e munições,
estamos investindo na prevenção da violência doméstica e no empoderamento
das mulheres para que possam viver livres do medo e da opressão.
*CD233673852900* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Max Lemos
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD233673852900
PL n.3874/2023 Apresentação: 10/08/2023 12:19:04.923 - MESA
C Â M A R A D O S D E P U T A D O S
Sala das Sessões, em 10 de agosto de 2023.
Max Lemos
Deputado Federal PDT - RJ
*CD233673852900* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Max Lemos
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD233673852900
PL n.3874/2023 Apresentação: 10/08/2023 12:19:04.923 - MESA |
PL 3635/2019 | Garante à gestante a possibilidade de optar pelo parto cesariano, a partir da trigésima nona semana de gestação, bem como a analgesia, mesmo quando escolhido o parto normal. | maternidade | 1 | F | PSL | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1766676 | PROJETO DE LEI N.º________, DE 2019
(Dos Deputados Carla Zambelli , Alê Silva e Filipe Barros )
Garante à gestante a possibilidade
de optar pelo parto cesar iano, a
partir da trigésima nona semana de
gestação, bem como a analgesia,
mesmo quando escolhido o parto
normal.
O CONGRESSO NACIONAL DECRETA:
Art. 1º . A parturiente tem direito à cesariana eletiva , devendo
ser respeitada em sua autonomia.
Parágrafo Primeiro. A ces ariana eletiva só será realizada a
partir de 39 (trinta e nove) semanas de gestação , após ter a
parturiente sido conscientizada e informada acerca dos
benefícios do parto normal e riscos de sucessivas cesarianas .
Parágrafo Segundo. Na eventualidade de a opção da
parturiente pela ces ariana não ser observada, ficará o mé dico
obrigad o a registrar as razões em prontuário.
Artigo 2º. A parturiente que opta ter seu filho por parto normal,
apresentando condições clínicas para tanto, também deve ser
respeitada em sua autonomia.
Parágrafo Único. Garante -se à parturiente o direito à
analgesia.
Artigo 3º. Nas maternidades , nos hospitais que funcionam
como maternidades e nas instituições afins , será afixada placa
com os seguintes dizeres: “Constitui direito da parturiente
PL n.3635/2019 Apresentação: 18/06/2019 19:32 escolher a via de parto, normal ou cesariana , a partir da
trigésima nona semana de gestação”.
Art. 4 º. Sempre poderá o médico, em divergindo da opção feita
pela parturiente, encam inhá-la para outro profissional, desde
que as vidas da mãe e do feto não estejam em risco
respeitando assim o juramento da integridade a vida.
Art. 5º. As despesas, decorrentes da execução desta lei,
correrão por conta das dotações orçamentárias próprias,
suplementadas se necessário.
Art. 6º. Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação.
JUSTIFICATIVA
Durante muito tempo, vigorou, na Bioética, uma relação vertical entre
médicos e pacientes. O médico funionava como detentor do saber e o paciente
como receptor deste saber, impossibilitado de participar das decisões
referentes a sua própria saúde.
Com o d esenvolvimento da chamada Bioética complexa, essa relação
deixou de ser vertical, tendendo à horizontalidade, podendo o paciente, sem
desrespeitar os saberes médicos, participar das tomadas de decisões
referentes a sua saúde e a sua própria vida. O reconhe cimento das chamadas
diretivas de fim de vida tem relação direta com essa mudança de perspectiva.
Pois bem, a Bioética é orientada por quatro princípios básicos:
Beneficência, Não Maleficência, Autonomia e Justiça.
Nessa perspectiva mais horizontal da Bi oética, ganha força o princípio
da autonomia. Por óbvio, o médico não abandonará a busca do melhor para
seu paciente, porém, precisará considerar os desejos deste, sendo certo que
todas as decisões passam pelo pilar do consentimento livre e informado.
A M edicina, no Brasil, é referência mundial, muito embora haja
dificuldades de acesso ainda.
PL n.3635/2019 Apresentação: 18/06/2019 19:32 No que tange às diversas formas de parto, tem -se que os profissionais
da Medicina sempre lidaram bem com todas elas. Nunca houve por parte dos
médicos qualquer preco nceito para com a cesar iana. Ocorre que, nos últimos
anos, ganhou força entre formadores de opinião (que não dependem da saúde
pública ) a ideia de que o parto normal e, em especial, o parto natural seriam
melhores que a cesar iana.
A autonomia individual c onfere à gestante o direito de, bem orientada
pelo médico que a acompanha, escolher a via de parto de sua preferência,
sendo certo que as intercorrências havidas no momento do parto serão levadas
em consideração para, eventualmente, adotar -se um caminho di verso daquele,
a princípio, almejado .
Os formadores de opinião que defendem a supremacia do parto normal
à cesárea, em regra, se apegam à ideia (correta) de que as parturientes têm
direito ao próprio corpo e devem ter seu desejo respeitado. No entanto,
defendem o direito de a parturiente escolher (e ser respeitada) apenas quando
a parturiente escolhe o parto normal , ou o parto natural.
Quando a parturiente escolhe a cesárea, esses mesmos grupos
abandonam o discurso de que a mulher deve ser ouvida e acolh ida em seus
desejos, presumindo que essa mulher não foi bem informada e esclarecida.
Nesse contexto, não se está diante de um movimento que visa dar voz
às mulheres. Está -se, na verdade, diante de um movimento que quer impor
suas próprias convicções a tod as as mulheres.
A fim de que o objetivo deste Projeto de Lei não venha a ser deturpado,
frisa-se que esta Parlamentar não tem nada contra o parto normal, não tem
nada contra o parto natural, mas tem tudo contra o desejo de impor convicções
de umas poucas pessoas à demais. Ousa -se dizer, à maioria.
Os grupos que defendem que o parto normal e o parto natural são
melhores que a cesárea, com muita frequência, denunciam como violência
obstétrica o fato de uma mulher pedir para fazer o parto vaginal (em qualque r
de suas modalidades) e não ser atendida. Ocorre que esses mesmos grupos
não se importam com as muitas mulheres que, na rede pública de saúde,
PL n.3635/2019 Apresentação: 18/06/2019 19:32 mesmo clamando pela realização da cesárea, são obrigadas a sofrer por
longas horas para parir por parto normal. A autora deste projeto não
compreende por qual razão esses grupos não vislumbram violência obstétrica
em tal situação.
A violência pode ser entendida, segundo a Organização Mundial da
Saúde como o uso intencional da força ou do poder em uma forma de ameaça
ou efetivamente, contra si mesmo, outra pessoa ou grupo ou comunidade, que
ocasiona ou tem grandes probabilidades de ocasionar lesão, morte, dano
psíquico, alterações do desenvolvimento ou privações1 estando aqui manifesta
em mais de uma forma.
Ora, que nome dar à dor imposta à parturiente que, optando pelo parto
cesariano, uma vez atendidos os protocolos que garantem a segurança e
desenvolvimento do feto, tem sua opção inobservada? A situação ganha
gravidade, quando se constata que a analgesia, dur ante o procedimento de
parto normal, constitui exceção em todo o território nacional!
A imposição do parto normal, seja ele natural ou não, viola o princípio
central da Bioética, qual seja, a autonomia.
Ademais, haja vista os riscos que circundam o parto normal, seja ele
natural ou não, pode -se dizer que a imposição do parto vaginal finda por violar
também o princípio da não maleficência.
Com efeito, muitos são os casos em que, graças à submissão ao parto
normal, o concepto vem a sofrer anoxia (falta de oxigêni o), ficando sequelado
para o resto da vida, em virtude da popularmente chamada paralisia cerebral.
Nas situações mais graves, a anoxia leva à morte do bebê, seja dentro do
ventre materno, seja alguns dias após o nascimento.
Tais casos chegam aos Conselhos de Medicina e aos Tribunais,
havendo, inclusive, situações em que os médicos findam processados por
lesão corporal e homicídio, por terem obrigado a mulher a sofrer por muitas
horas na tentativa de um parto normal.
1ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS) . Relatório Mundial sobre Violência e Saúde.
OMS: Genebra, 2002. p. 1165.
PL n.3635/2019 Apresentação: 18/06/2019 19:32 A proponente teve a oportunidad e de participar de audiências em que
médicos explicavam que tentar o parto normal é protocolo e que eles não estão
autorizados a, desde logo, realizar a cesar iana.
As ocorrências concretas, que chegam aos Conselhos de Medic ina e
aos Tribunais , mostram que , na rede pública , quando se recorre à cesárea, a
parturiente já foi submetida a longas horas de sofrimento, buscando o parto
normal.
Essa realidade vem de longa data, mas ganha força quando formadores
de opinião (artistas, políticos e intelectuais ) abraç am a filosofia do parto normal,
legitimando sua imposição às mulheres em maior vulnerabilidade.
Em decorrência dessa mentalidade predominante, q uando ocorre morte
da mãe ou do bebê, atrela -se tal resultado à cesárea. No entanto, raramente se
assume que, q uando a cesárea é determinada, a parturiente já amargou horas
de intenso sofrimento, buscando um parto normal, que é imposto como melhor
para si e para seu filho.
Não há nenhum estudo que correlacione a cesárea realizada a pedido
da gestante, antes do iní cio do trabalho de parto, com o resultado morte da
mãe e/ou morte do concepto. Mas os casos concretos mostram que essas
mortes ocorrem, em regra, quando se tenta por horas o parto normal,
recorrendo -se à cesárea, quando a situação já se revela insustentáve l.
Importante reiterar que, não se está advoga ndo impor cesárea a quem
quer que seja, mas se a mulher não quer fazer o parto normal, imperioso que
tenha seu direito de escolha atendido, até em razão dos riscos que circundam
o parto normal .
A esse respeit o, importante lembrar que a história da cesárea se
desenvolve paralelamente à diminuição da mortalidade materna e da
mortalidade infantil.
Com efeito, e studos apontam que a taxa crescente de cesarianas, nas
últimas três décadas, acompanhou uma significati va diminuição nas taxas de
mortalidade materna :
PL n.3635/2019 Apresentação: 18/06/2019 19:32 “(...) uma parte substancial da associação entre taxas de
cesáreas e mortalidade era explicada por fatores
socioeconômicos (20). Porém, quando as taxas de cesáreas de
uma população são menores do que 10%, a mortalidade
materna e neonatal diminui conforme a taxa de cesárea
aumenta ” 2.
“a cesariana eletiva mostrou uma menor taxa de transfusões,
hemorragias, menos complicações cirúrgicas (lembrar que
parto vaginal pode necessitar do uso de fórcipe ou cesarian as
de urgência) e menor chance de incontinência urinária no
primeiro ano pós -parto e de lesões do plexo braquial ” 3.
Liu X et al4, na China, que registra taxas de cesarianas similares as
nossas, ao avaliar em um total de 66. 226 partos, não constataram diferenças
entre os partos vaginais e as cesáreas a pedido quanto aos critérios de
admissão em CTI materno, hemorragia grave, pós -parto, infecção materna,
danos aos órgãos maternos, tromboembolismo materno e mortalidade
perinatal. O estudo não registrou um único caso de mortalidade materna em
cesáreas a pedido,e ainda averiguou que esta estava relacionada a menos
traumas ao neonato no momento do parto, além de menores índices de
infecção neonatal, encefalopatia hipoxó -isquêmica e a spiração meconial,
concluindo ou autor que
“em comparação com mulheres nulíparas [mulheres que nunca
pariram] que tentaram o parto vaginal, as mulheres que se
submeteram ao CDMR tiveram desfechos maternos de curto
prazo similares com algum benefício neon atal”5.
Nesse mesmo sentido, os estudos de Molina et al., afirmam que “a
mortalidade neonatal foi menor nos países com aumento da taxa de cesárea
2 ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS) . Declaração da OMS so bre Taxas de
Cesáreas . OMS: Genebra, 2015 . Disponível em :
http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/161442/3/WHO_RHR_15.02_por.pdf. Acesso em
02/04/19. Acesso em 28/03/2019 . p. 03.
3 CÂMARA, RAPHAEL et al . Cesariana a pedido materno. Rev. C ol. Bras. Cir., Rio de Janeiro ,
v.43, n.4, p.301 -310, Agosto de 2016. Di spon ível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100 -
69912016000400301&lng=en&nrm=iso. Acesso em 02/04/2019. p. 303.
4Liu X, et al. Cesarean delivery on maternal request in China: what are the risks and benefits?
AJOG 2015 .
5Liu X, et al .Idem. No original: “Compared with nulliparous women who tried vaginal delivery,
women who underwent CDMR had similar short -term materna l outcomes with some neonatal
benefit.” p. 01.
PL n.3635/2019 Apresentação: 18/06/2019 19:32 até 19,4 (IC95%, 18,6 a 20,3) cesáreas por 100 nascidos vivos (coeficiente de
inclinação ajustado, -0,8; IC95%, -1,1 a -0,5, P <0,001 )”6.
O número de mortes maternas, aquela s dadas no parto, pré -parto e pó s-
natal é alarmante.
A agencia DW Brasil, por meio de um cruzamento dos dados disponíveis
no DataSUS e na Organização Mundial de Saúde, concluiu que o Brasil é
responsável por cerca de 20% das mortes maternas em todo o mundo7. Não
sem razão, o Brasil é considerado pela ONU o quinto país menos
comprometido com a redução de mortes maternas.
Os dados preliminares, disponíveis no Painel de Monitoramento da
Mortal idade Materna de 2018 do Ministério da Saúde, mostram que essas
mortes são frequentes e ocorrem em todos os estados nacionais, num total de
52.585 mulheres mortas, sobretudo por hemorragias e hipertensão, sendo
10.367 no Estado de São Paulo8.
Para os feto s, a mortalidade registrada em 2018, segundo o Painel de
Monitoramento da Mortalidade Infantil e Fetal do Ministério da Saúde,
associadas ao indicador “Reduzível pela adequada atenção à gestação, feto,
parto ou recém -nascido”, foi de 16.892 mortes, sendo 3 .048 delas em nosso
estado9.
6 Molina G, Weiser TG, Lipsitz SR, et al. Relationship Between Cesarean Delivery Rate and
Maternal and Neonatal Mortality. JAMA. 2015;314(21):2263 –2270.
doi:10.1001/jama.2015.15553. No original: “Neonatal mor tality was lower for countries with
increasing cesarean rate up to 19.4 (95% CI, 18.6 to 20.3) cesarean deliveries per 100 live
births (adjusted slope coefficient, −0.8; 95% CI, −1.1 to −0.5, P < .001). Neonatal mortality was
not associatied with cesarean delivery rates greater than 19.4 cesarean deliveries per 100 live
births (adjusted slope coefficient, 0.006; 95% CI, −0.126 to 0.138; P = .93).” p. 01.
7 Agência DW -Brasil. Cinco mulheres morrem por dia no Brasil por questões relacionadas à
gravidez, diz OMS. Disponível em: https://g1.globo.com/bemestar/noticia/cinco -mulheres -
morrem -por-dia-no-brasil -por-questoes -relacionadas -a-gravidez -diz-oms.ghtml. Acesso em
04/03/2019.
8http://svs.aids.gov.br/dantps/centrais -de-conteudos/paineis -de monitoramento/mortalidade/
materna. Acesso em 28/03/2019 . O link envia para a Tabela geral de mortalidade, o nde deverá
ser alterado o indicador para “Reduzível pela adequada atenção à gestação, feto, parto ou
recém -nascido”, obtendo -se os números citados. Esclarece -se que apesar de apontar AIDS no
nome do site, trata -se do link d o Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não
Transmissíveis e Promoção da Saúde (DANTPS) , da Secretaria de Vig ilância em Saúde que
faz o monitoramento de mortalidade, não se restringindo à portadores de HIV/AIDS.
9 http://svs.aids.gov.br/dantps/centrais -de-conteudos/paineis -de monitoramento/mortalidade/
materna. Acesso em 28/03/2019. O link envia para a Tabela geral de mortalidade, onde deverá
ser alterado o indicador para “Reduzível pela adequada atenção à gestação, feto, parto ou
recém -nascido”, obtendo -se os números citados. Esclarece -se que apesar de apontar AIDS no
nome do site, trata -se do link do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não
PL n.3635/2019 Apresentação: 18/06/2019 19:32 Trazendo os números absolutos para relativos, encontramos como
índices de mortalidade materna, para cem mil nascidos vivos, nos últimos dez
anos a seguinte ordem10:
Localidade 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Brasil 73,3 70,91 75,87 72,99 76,09 74,68 77,16 76,99 68,73 72 68,2 64,75 54,5 58,1 58,4 57,6 58,4 56,6
São P aulo 40,13 40,63 40,11 34,23 34,79 35,39 40,77 42,32 40,88 56,64 45,07 40,8 36,8 39,3 42 49,1 51,2 53,3
Nota -se que, apesar dos elevados números de mortalidade m aterna,
fetal e neonatal, o Brasil ruma na contramão daquele que seria o caminho para
alterar (para melhor) este estado de coisas, impondo às parturientes o parto
normal.
De fato, n os casos concreto s em que houve morte e ou graves sequelas
ao bebê, fica bastante evidente que se a cesárea tivesse sido determinada
antes, os sinistros não teriam se verificado. Em outras palavras, a cesárea
diminui os riscos para as mães e para os filhos.
Em não se pode ndo negar que a cesárea constitui uma evolução, resta
cruel retirar da parturiente o direito de escolher tal via de parto e ter seu pedido
atendido .
Por óbvio, a realização da cesárea fica condicionada à maturidade do
concepto para o nascimento, daí a imp ortância de falar claramente nas 39
(trinta e nove) semanas de gestação.
Em 201 6, por meio da Resolução nº 2.144, o Conselho Federal de
Medicina passou a prever de forma expressa que o médico pode sim atender
ao desejo de sua paciente e realizar a cesar iana, desde que a gestação esteja
com, no mínimo, 39 (trinta e nove) semanas. Nos seguintes termos:
Transmissíveis e Promoção da Saúde (DANTPS), da Secretaria de Vi gilância em Saúde que
faz o monitoramento de mortalidade, não se restringindo à portadores de HIV/AIDS.
10 Observatório da Criança e do Adolescente. Razão da Mortalidade Materna (para 100 mil
nascidos vivos) com base no MS/SVS/DASUS: Sistema de Informações sobre Mortalidade
(SIM) e Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). Disponível em:
https://observatoriocrianca.org.br/cenario -infancia/temas/saude -materna -neonatal/586 -razao -
da-mortalidade -materna -para-100-mil-nascidos -vivos?filters=1,187. Aces so em 29/03/2019.
PL n.3635/2019 Apresentação: 18/06/2019 19:32 Art. 1º É direito da gestante, nas situações eletivas, optar pela
realização de cesariana, garantida por sua autonomia, desde
que tenha recebido todas as informações de forma
pormenorizada sobre o parto vaginal e cesariana, seus
respectivos benefícios e riscos.
Parágrafo único. A decisão deve ser registrada em termo de
consentimento livre e esclarecido, elaborado em linguagem de
fácil compreensão, respeitando as características socioculturais
da gestante.
Art. 2º Para garantir a segurança do feto, a cesariana a pedido
da gestante, nas situações de risco habitual, somente poderá
ser realizada a partir da 39ª semana de gestação, devendo
haver o registro em prontuário.
Art. 3º É ético o médico realizar a cesariana a pedido, e se
houver discordância entre a decisão médica e a vontade da
gestante, o médico poderá alegar o seu direito de autonomia
profissional e, nesses casos, referenciar a gestante a outro
profissional.
Tal Resolução vem coroar o princípio da autonomia da paciente, bem
como o principio da não malefic ência, uma vez que exige a maturidade do
concepto e permite a diminuição dos riscos de um parto normal.
O problema é que, na rede pública, essa Resolução não é observada,
ficando as mulheres submetidas à verdadeira tortura, uma vez que não querem
passar p elas dores e pelos riscos de um parto norma l, mas não lhes é dada
opção. Ademais, como já dito, surpreende saber que até mesmo a analgesia
lhes é negada.
Daí o entendimento desta Deputada de que é necessário (imperioso)
criar uma lei para que, em São Paul o, o direito já assegurado por Resolução
seja observado.
PL n.3635/2019 Apresentação: 18/06/2019 19:32 No âmbito federal, por meio do PL nº 5.687/16, houve a tentativa de
conferir a todas as brasileiras tal direito; entretanto, o autor do PL errou ao falar
na possibilidade de pedir a realização de ce sárea depois de 37 (trinta e sete)
semanas de gestação.
Com efeito, é consabido que, s alvo situações excepcionais, em 37
semanas, o feto não alcança a necessária maturidade para o nascimento .
Uma vez mais, consigna -se, o problema sempre houve, mas ganha força
com a crescente defesa do parto normal como via de parto melhor que a
cesariana e, pior, como via de parto a ser estimulada, inclusive com
pagamentos maiores.
A obstinação pelo parto normal levou o Ministério Público Federal , em
São Paulo, a propor ação civil pública (Autos ACP nº 0017488 -
30.2010.4.03.6100) , no bojo da qual a Justiça Federal (Magistrado da 24ª.
Vara) sentenciou determinando que, também na rede privada, pague -se mais
(três vezes mais), quando o nascimento se dá por parto nor mal! Indaga -se: até
que ponto o Estado Juiz tem esse direito?
Muito se fala nos números alarmantes da cesárea, sem permitir
argumentar que tal procedimento, na verdade, implicou uma evolução, sendo
inegável que, no passado, as mulheres morriam muito mais de parto do que
morrem hoje. Tratava -se de evento comum!
A tentativa de convencer no sentido de que o parto normal deve ser
estimulado (imposto) chega ao ponto de grupos entusiastas dizerem que a mãe
é mais mãe, quando tem seu filho pelo parto normal e que é mais mãe, quando
não sofre nenhum tipo de intervenção externa, dado que “a mulher sabe parir e
o bebê sabe nascer”.
A proponente respeita as convicções individuais e não é objeto deste
projeto questionar posicionamentos (individuais ou coletivos ). O in tuito de
propor a lei em apreço é, única e exclusivamente, evitar que o pensamento de
algumas pessoas submeta um número significativo de mulheres à dor
desnecessária e a riscos, mesmo quando elas clamam por um caminho
diverso.
PL n.3635/2019 Apresentação: 18/06/2019 19:32 A realidade dos hospitais p úblicos não tem nada a ver com o cenário,
em regra, desenhado pelas entusiastas do parto normal /natural . As mulheres
que dependem da rede pública não chegam nos hospitais pedindo contato pele
a pele, ou a tatuagem da placenta. Elas só querem ter seus filho s e saírem
vivas e saudáveis, com seus bebês vivos e saudáveis nos seus braços.
Ao fazer alusão ao contato pele a pele e à tatuagem de placenta, esta
Deputada não está ridicularizando práticas que, a cada dia, se mostram mais
desejadas nas camadas mais fa vorecidas da nossa sociedade. Toma -se a
liberdade de fazer menção a esses exemplos , para evidenciar o quão distantes
estão tais expectativas da realidade da esmagadora maioria das mulheres no
Brasil.
Em debates, quando tal disparidade é lembrada, os entus iastas do parto
normal/natural aduzem querer todo esse bem para todas as mulheres. Tal
altruísmo é louvável, mas, dada a realidade no nosso país, não será melhor
atender a vontade das mulheres e diminuir os riscos de anoxia pela obstinação
pelo parto norma l?
Esse é o intuito do presente projeto de lei, conferir voz às mulheres que,
desde sempre, foram caladas pelo sistema e, por incrível que pareça, agora,
são caladas por aqueles que costumam se apresentar como defensores dos
oprimidos.
Ocorre que as mulh eres mais vítimas de negativa de analgesia e de
negativa do procedimento solicitado são as pobres e negras.
Este é um projeto de lei que preserva a vida, a saúde e a dignidade
humana, importantíssimos direitos fundamentais.
Porém, este é um projeto de le i que também implica inclusão social, pois
as mulheres da rede privada (particular ou conveniada) têm o direito de
escolher não sentir dor e de recorrer a um procedimento que, sabidamente,
salva mulheres e crianças.
Indag ue a um entusiasta do parto normal/natural por qual razão essa via
de parto é melhor e a resposta será: a mãe se recupera rapidamente, não fica
com cicatriz, o bebê tem menos riscos de problemas respiratórios. É verdade!
PL n.3635/2019 Apresentação: 18/06/2019 19:32 Mas esses males são nada perto de u m bebê morto por anoxia, ou
paralisado por anoxia, mesmo sua mãe tendo clamado pela realização da
cesar iana.
É esse quadro que o projeto que ora se apresenta visa corrigir.
A aprovação da lei que ora se propõe não implicará elevação de
despesas, pois, atualmente, o pagamento pelo parto normal e pela cesariana é
praticamente idêntico, já havendo, como dito, decisão judicial determinando
que se pague mais pelo parto normal, jus tamente com o fim de estimular tal
procedimento.
Ainda que a aprovação da lei que ora se propõe implicasse algum
aumento de despesas, haveria de ser compensado com os gastos que implica
a morte de mães e filhos, bem como, no caso de crianças paralisadas p ela
anoxia (falta de oxigênio) a dependência dos recursos do estado por toda uma
vida.
Se algum incremento de despesas haverá, por óbvio, será com a
contratação de mais médicos anestesistas. No entanto, impossível que, por
economia, o estado mais rico da federação siga torturando suas mulheres, no
momento mais mágico de suas vidas.
Esta Deputada sabe que, com o entusiasmo que há em torno do parto
natural, muitas mulheres consideram violência obstétrica serem anestesiadas.
Esclarece -se que o presente proje to não objetiva anestesiar ninguém à força.
As parturientes que não desejam anestesia devem ser respeitadas. Mas, não
se pode recorrer a esses poucos casos pontuais, para justificar negar anestesia
para a maior parte das mulheres de São Paulo e do Brasil.
Esta lei está em conformidade com a normativa ética da Medicina e,
ainda, deixa bem claro que o médico pode, tal qual a paciente, exercer sua
autonomia.
A aprovação do presente projeto implicará concretizar os princípios que
informam a Bioética, na atual idade. É mais que um projeto referente às
mulheres, é mais que um projeto referente à saúde. Trata -se de um projeto
umbilicalmente atrelado ao respeito aos direitos fundamentais.
PL n.3635/2019 Apresentação: 18/06/2019 19:32
Sala das Sessões, em de de 2019
Deputada Carla Za mbelli
Deputada Alê Silva
Deputado Filipe Barros
PL n.3635/2019 Apresentação: 18/06/2019 19:32 |
PL 5593/2020 | Altera a Consolidação das Leis do Trabalho para reservar pelo menos 50% das vagas destinadas à contratação de aprendiz para a contratação de negros, mulheres e LGBTQI+. | economia | 0 | M | PSB | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1954373 | PROJETO DE LEI Nº , DE 2020
(Do Sr. DENIS BEZERRA)
Altera a Consolidação das Leis do
Trabalho para reservar pelo menos 50% das
vagas destinadas à contratação de aprendiz
para a contratação de negros, mulheres e
LGBTQI+.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º O art. 429 da Consolidação das Leis do Trabalho,
aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, passa a vigorar
acrescido do seguinte § 4º:
“Art. 429. ..........................................................
.........................................................................
§ 4º Ficam reservadas pelo menos 50% (cinquenta por
cento) das vagas destinadas à contratação de aprendiz prevista no
caput deste artigo para a contratação alternada de negros, mulheres
e LGBTQI+.” (NR)
Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
A legislação sobre aprendizagem representou grande avanço
em nosso País ao possibilitar a qualificação e a inserção do jovem no mercado
de trabalho. Por intermédio de treinamento técnico, teórico e prático, busca-se
desenvolver competências e habilidades para que jovens sem experiência
possam aprender uma profissão e, dessa forma, conseguir o seu primeiro
emprego com mais facilidade.
*CD201611251800*Documento eletrônico assinado por Denis Bezerra (PSB/CE), através do ponto SDR_56091,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.5593/2020Apresentação: 18/12/2020 12:46 - Mesa2
Uma das medidas de maior importância aprovada pela Lei de
Aprendizagem foi a inclusão na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) de
uma cota de contratação de aprendizes a ser preenchida pelas empresas, que
devem destinar entre 5% e 15% do número de empregados existentes em cada
estabelecimento para a contratação e a matrícula de aprendizes em cursos de
aprendizagem.
Com a contratação de um aprendiz, a empresa pode capacitar
o jovem de acordo com as suas próprias necessidades, beneficiando-se com a
redução do valor do recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS), correspondendo a 2% do salário em vez dos 8% exigidos dos demais
empregados, com a dispensa do aviso prévio remunerado e com a isenção do
pagamento da multa rescisória em caso de demissão. Mas esse programa não
deve ser visto como uma forma de contratação de mão de obra barata, pelo
contrário.
Ao contratar um aprendiz, a empresa contribui para a inserção
dos jovens no mercado de trabalho e para a redução da exploração do trabalho
infantil, além de trazer significativa oportunidade para jovens que se veem em
situação de risco social, principalmente nas camadas mais pobres da
população.
Em que pese a importância do programa de aprendizagem,
entendemos que ele possa ser aprimorado ao ser utilizado como instrumento
de redução das discriminações no mercado de trabalho.
Nesse contexto, estamos apresentando uma proposta
determinando que pelo menos cinquenta por cento das vagas para contratação
de aprendiz sejam destinadas à contratação de negros, mulheres e LGBTQI+.
Além disso, as contratações deverão se dar de forma alternada, o que significa
dizer que todos os segmentos acima mencionados estarão representados na
cota, não sendo permitido o cumprimento da lei com a contratação de apenas
um dos segmentos.
Cumpre ressaltar que a proposta segue a linha das legislações
vigentes que vedam qualquer prática discriminatória para fins de acesso à
*CD201611251800*Documento eletrônico assinado por Denis Bezerra (PSB/CE), através do ponto SDR_56091,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.5593/2020Apresentação: 18/12/2020 12:46 - Mesa3
relação de trabalho por motivo de sexo, raça, cor, estado civil, gênero, entre
outros.
Acreditamos que a proposição em tela contribuirá muito
positivamente para a redução das diferenças de oportunidades para negros,
mulheres e LGBTQI+ no mercado de trabalho, razão pela qual esperamos
contar com o apoio de nossos Pares para a sua aprovação.
Sala das Sessões, em 18 de dezembro de 2020.
Deputado DENIS BEZERRA
PSB/CE
*CD201611251800*Documento eletrônico assinado por Denis Bezerra (PSB/CE), através do ponto SDR_56091,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.5593/2020Apresentação: 18/12/2020 12:46 - Mesa |
PL 31/2022 | Institui a obrigatoriedade de vigilantes do sexo feminino nos estabelecimentos de prestação de serviços financeiros e dá outras providências. | economia | 0 | M | PSL | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2130957 | CÂMARA DOS DEPUTADOS
Gabinete do Deputado Alexandre Frota – PSDB/SP
PROJETO DE LEI N° DE 2022
(Deputado Alexandre Frota)
Institui a obrigatoriedade de vigilantes do
sexo feminino nos estabelecimentos de
prestação de serviços financeiros e dá
outras providências.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º - As empresas de vigilância contratadas pelos estabelecimentos de
prestação de serviços financeiros, bancários ou assemelhados, nos quais o ingresso de
funcionários, clientes e usuários seja controlado pela utilização de equipamentos
detectores de metal, serão obrigadas a contratar vigilantes do sexo feminino para fins de
triagem regular ou eventual, em pessoas do sexo feminino, bem como de seus pertences,
durante todo o período de atendimento ao público.
Art. 2º - As empresas deverão garantir cursos de formação prévia para
vigilantes, sem custos para os mesmos, incluindo conteúdos relacionados a direitos
humanos e enfrentamento ao racismo, violência, homofobia e outras formas de
discriminação.
Art. 3º - As empresas que se refere o artigo 1º da presente lei terão 90
(noventa) dias para adequação.
Art. 4º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICATIVA
Câmara dos Deputados - Anexo IV – 2º andar – Gabinete 216 - 70160-900 Brasília –DF - Tel (61) 3215-5216dep.alexandrefrota@camara.leg.br
*CD220282652400*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Alexandre Frota
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD220282652400
PL n.31/2022Apresentação: 02/02/2022 16:14 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS
Gabinete do Deputado Alexandre Frota – PSDB/SP
Segundo o art. 249 do Código de Processo Penal, “A busca em mulher será
feita por outra mulher, se não importar retardamento ou prejuízo da diligência”. Por
uma razão de pudor, a legislação processual penal determina que a busca pessoal em
mulher seja realizada por uma agente do mesmo sexo. É assim que ocorre, por exemplo,
nos presídios, quando da visita de familiares aos detentos. Ou na entrada de praças
esportivas, em dias de disputa. Essa deve ser, pois, a regra geral. Hoje em dia esta
prática nas instituições financeiras do país não é regra, o que pode até mesmo
caracterizar crime contra a liberdade sexual .
Como sabemos a revista pessoal não pode, em tese ser realizada por vigilantes
particulares, porém não é isso que acontece, os vigilantes estão nas instituições
financeiras para cumprir um papel de segurança de clientes, funcionários e usuários
destes locais, o que se normalizou dentro de nossa sociedade.
Uma vez que a realidade se aprimorou perante a legislação e a jurisprudência
do nosso país, fazer com que o procedimento de segurança seja realizado de forma a
causar menor constrangimento às mulheres é nosso dever.
Por óbvio devemos proteger os cidadãos de bem, frente a qualquer risco que
possa haver, mas devemos fazê-lo de forma respeitosa e com todo o cuidado possível.
Por todo o exposto, espera o autor a tramitação regimental e apoio dos nobres
colegas na aprovação do Projeto de Lei, que atende aos pressupostos de
constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa.
Sala das Sessões em, de fevereiro de 2022
Alexandre Frota
Deputado Federal
PSDB/SP
Câmara dos Deputados - Anexo IV – 2º andar – Gabinete 216 - 70160-900 Brasília –DF - Tel (61) 3215-5216dep.alexandrefrota@camara.leg.br
*CD220282652400*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Alexandre Frota
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD220282652400
PL n.31/2022Apresentação: 02/02/2022 16:14 - Mesa |
PL 5042/2019 | Altera lei n° 8.313, de 1991 para vedar a concessão de incentivos a obras, produtos, eventos ou outros decorrentes, que façam apologia ao uso de drogas, a violência, a tortura, a degradação da mulher, pornografia ou incitação de crimes. | direitos sociais | 0 | M | PSL | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1806436 |
PROJETO DE LEI Nº DE 201 9
(Do Sr. MARCELO BRUM)
Altera L ei nº 8.313, de 2 3 de
dezembro de 199 1 para vedar a concessão
de incentivos a obras, produtos , eventos ou
outros decorrentes, que façam apologia ao
uso de drogas, a violência, a tortura, a
degradação da mulher, pornografia ou
incitação a crimes.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º O Art. 2º da L ei nº 8.313, de 2 3 de dezembro de 199 1
passa a v iger acrescida do seguinte parágrafo:
“Art. 2º
.................................................................................................................
...............
§ 4º É vedada a concessão de incentivo a obras,
produtos, eventos ou outros decorrentes, que façam apologia ao uso de
drogas, violência, degradação da mulher, erotização infantil, pornografia ou que
incitem ao cometimento de crimes.
Art. 2º. Esta L ei entra em vigor na data da sua publicação.
Sala das Sessões, em , de de 201 9.
MARCELO BRUM
Deputado Federal PSL/RS
PL n.5042/2019 Apresentação: 12/09/2019 10:54
JUSTIFICAÇÃO
Atualmente, o acesso facilitado aos meios massificados de difusão de
informações na qual públicos de qualquer faixa etária tem livre acesso, traz
uma série de possíveis riscos a toda sociedade, principalmente as crianças e
aos adolescentes quando se trata de músicas, filmes, eventos e entre outros,
por exemplo.
Nesses casos, é necessário um acompanhamento de perto para
evitar que crianças e adolescentes tenham contato com conteúdo que fazem
apologias ao uso de drogas, violência, degradação da mulher, erotização
infantil, pornografia ou que incitem ao cometimento de crimes.
A Sociedade Brasileira de Pediatr ia já sinalizou e alertou sobre o
estímulo que as mídias com esses tipos de apologias e como elas afetam as
crianças e adolescentes, fragilizando o processo de formação e
desenvolvimento desses dois grupos de pessoas a médio e longo prazo.
A Constituição da República Federativa do Brasil e o Estatuto da
Criança e do Adolescente apontam em seus dispositivos o dever de todos os
entes do Estado, bem como dos cidadãos, proteger à integridade física e moral
das crianças e adolescentes.
Não é possível fiscalizar todo e qualquer conteúdo produzido que
atinja crianças e adolescentes, mas é possível que haja uma vedação quanto
aos incentivos sobre a criação e produção desses conteúdos, proibindo, por
exemplo, a concessão de incentivo a obras, produtos, eventos ou ou tros
decorrentes que contenham conteúdo reprovável pela sociedade.
A verba pública deve ser destinada à produção de conteúdo que
enriqueça o país, trazendo uma valorização da cultura nacional e que não
prejudique o desenvolvimento de nossas crianças.
O int uito deste projeto de Lei é proteger as crianças e
adolescentes de apologias citadas nas músicas, filmes, eventos de livre
acesso, restringindo a destinação de incentivos governamentais nesse tipo de
conteúdo.
PL n.5042/2019 Apresentação: 12/09/2019 10:54
Pelo exposto e pela tamanha importância do tema, peço aos
nobres pares o apoio e a aprovação deste projeto.
Sala das Sessões, em , de de 201 9
MARCELO BRUM
Deputado Federal PSL/
PL n.5042/2019 Apresentação: 12/09/2019 10:54 |
PL 1776/2023 | Altera o art. 35-A da Lei no 11.977, de 7 de julho de 2009 (Lei do Programa Minha Casa, Minha Vida – PMCMV), para dispor que também no caso de morte do marido ou companheiro, o título de propriedade do imóvel adquirido no âmbito do PMCMV, na constância do casamento ou da união estável, com subvenções oriundas de recursos do orçamento geral da União, do FAR e do FDS, será registrado em nome da mulher ou a ela transferido, independentemente do regime de bens aplicável, excetuados os casos que envolvam recursos do FGTS. | direitos sociais | 0 | F | REPUBLICANOS | null | null |
PL 505/2020 | Dispõe sobre o conceito de violência doméstica e familiar contra a mulher, bem como estende a proteção contra perseguição obsessiva, alterando o art. 5º da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. | violencia contra a mulher | 1 | M | PR | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1862447 |
PROJETO DE LEI Nº , DE 2020
(Do Sr. BOSCO COSTA )
Dispõe sobre o conceito de violência
doméstica e familiar contra a mulher, bem
como estende a proteção contra perseguição
obsessiva, alterando o art. 5º da Lei nº
11.340, de 7 de agosto de 2006.
O Congresso Nacional decreta :
Art. 1º Esta lei dispõe sobre o conceito de violência doméstica
e familiar contra a mulher, bem como este nde a proteção contra perseguição
obsessiva, alterando o art. 5º da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006.
Art. 2º O art. 5º da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006,
passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 5º ........................................ .................................................
......................................................................................................
IV - em relações em que o agressor, em comportamento
obsessivo, inexistente correspondência afetiva , pe rsegue a
vítima.
§ 1º As relações pessoais enunciadas neste artigo independem
de orientação sexual.
§ 2º Na hipótese do inciso IV, as medidas protetivas são
aplicadas a quaisquer pessoas sujeitas a perseguição
obsessiva, independentemente de se tratar de v iolência
doméstica e familiar contra a mulher (NR)”
Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
O Poder Legislativo e, em especial a Câmara dos Deputados,
funciona como a caixa de ressonância dos mais lídimos anseios da populaçã o
brasileira.
PL n.505/2020 Apresentação: 04/03/2020 14:50 2
Cumprindo meu papel constitucional, inauguro o processo
legislativo, a fim de melhor proteger a mulher diante de uma lacuna legislativa.
Conforme demonstrarei, a Lei Maria da Penha não vem sendo
aplicada em casos em que inexiste um relacionamento entre agressor e vítima.
Dessa maneira, se o sujeito vem perseguindo a vítima, ela não
consegue obter uma medida protetiva, dado que não demonstra pressuposto
lógico -jurídico, qual seja, a existência de relação d e afeto.
Para ilustrar a necessidade da presente inovação legislativa,
trago à colação o seguinte evento:
O assassinato da diarista Roselane Cândida da Silva , 45 anos,
neste sábado (11), em Canela , suscitou um debate em torno
das eventuais limitações da Lei Maria da Penha. Morta com
quatro tiros por um conhecido que a perseguia há pelo menos
um mês, Roselane não teria direito a medidas protetivas
asseguradas pela legislação federal concebida para defender
as mulheres porque não mantinha relação íntima de afeto com
o algoz.
Segundo familiares de Roselane, Manoel Adelar da Silva, 63
anos, conhecia a vítima desde criança . Mais recentemente, teria
nutrido obsessão por ela, seguindo -a inclusive no local de
trabalho. Ambos eram casados com outras pessoas e,
conforme Roselane assegurou várias vezes, jamais
mantiveram qualquer vínculo afetivo.
Ela chegou a procurar a Brigada Militar para registrar
ocorrência da perseguição. No sábado, estava na fila do
supermercado com o marido quando foi alvejada pelos quatros
disparos e morreu enquanto recebia atendimento médico. Silva
fugiu, mas acabou suicidando -se a pou cas quadras do local.
Segundo o delegado substituto Gustavo Barcellos, da
Delegacia de Polícia de Canela, não houve falha da rede de
proteção porque a ocorrência não se enquadrava na Maria da
Penha.
– Se ela não tinha relação com ele ou qualquer tipo de
vinculação, em princípio, não haveria como ela obter medidas
protetivas – justificou.
A declaração causou controvérsia por se tratar de um caso
claro de feminicídio , provocado por alguém que conhecia e
perseguia a vítima, inclusive com registro da perseguição junto
às autoridades policiais. Conforme a delegada Tatiana Bastos,
titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher e
diretora da Divisão de Proteção e Atendimen to à Mulher no
Estado, Barcellos está correto. Segundo Tatiana, o
PL n.505/2020 Apresentação: 04/03/2020 14:50 3
enquadramento na Maria da Penha exige não só que a
violência seja motivada pelo gênero da vítima, mas também
requer vínculo doméstico ou familiar com o agressor, com
relação de afeto.
– Pode ser marido, ex -marido, companheiro, ou mesmo um
parente: pai, filho, cunhado, genro. Mas é preciso ter uma
relação íntima de afeto permanente ou duradoura. Não pode
ser sequer um mero ficante – esclarece a delegada, lembrando
que a modelo Eliza Samudio, m orta a mando do goleiro Bruno
num caso que teve repercussão nacional, teve medida protetiva
negada pela Justiça justamente porque não mantinha relação
duradoura com o ex -atleta.
Tal interpretação da Maria da Penha é questionada pela
advogada Cármen Campos. Conselheira da ONG Themis –
Gênero, Justiça e Direitos Humanos, a ativista sustenta que a
polícia não poderia ter ignorado a relação de afeto que o
assassino desenvolveu por Roselane, ainda que eles jamais
tivessem tido qualquer vinculação íntima.
– Realm ente, a Maria da Penha é para violência doméstica e
familiar, mas ele mantinha uma obsessão e não se sentia
correspondido. Mesmo que não tivessem relacionamento
formal, alguma medida protetiva tinha ser que tomada. Há uma
relação imaginária que a polícia n ão poderia ter ignorado, afinal
havia uma perseguição – comenta Cármen.
Para situações desse tipo, Tatiana Bastos afirma que o
caminho não é a Maria da Penha, mas, sim, o dispositivo do
Código de Processo Penal que estabelece medida cautelar de
afastamento . A ordem judicial, segundo Tatiana, tem escopo
mais ampla do que a prevista na lei de proteção às mulheres
por não exigir relação íntima.
– Canela não tem vara especializada em violência contra
mulher, mas aqui em Porto Alegre tem e já vi muitos juízes
negarem pedidos em casos semelhantes a esse. Muitas vezes
a Justiça nega protetiva pela Maria da Penha, mas concede a
cautelar de
afastamento. (https://gauchazh.clicrbs.com.br/seguranca/noticia
/2020/01/morte -de-diarista -expoe -limitacoes -da-lei-maria -da-
penha -ck5bfu26400ix01r2zhkifl4m.html , consulta em
12/02/2020).
Nesta oportunidade, ainda é promovida a extensão da proteção
contra perseguição obsessiva para hipóteses diversas da violência doméstica e
familiar contra a mulher.
PL n.505/2020 Apresentação: 04/03/2020 14:50 4
Ante o exposto, peço o apoio do s nobres Pares para a
aprovação deste projeto de lei.
Sala das Sessões , em de de 2020 .
Deputado BOSCO COSTA
PL n.505/2020 Apresentação: 04/03/2020 14:50 |
PL 2237/2023 | Dispõe sobre a instituição da “Semana de Incentivo à Participação da Mulher no Processo Eleitoral”, a ser realizada anualmente na primeira semana do mês de março, antecedendo a comemoração do Dia Internacional da Mulher | politica | 0 | F | PSDB | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2265567 | PROJETO DE LEI Nº , DE 2023
(Da Sra. LÊDA BORGES)
Dispõe sobre a instituição da “Semana
de Incentivo à Participação da Mulher no
Processo Eleitoral”, a ser realizada
anualmente na primeira semana do mês de
março, antecedendo a comemoração do Dia
Internacional da Mulher.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta Lei estabelece a “Semana de Incentivo à
Participação da Mulher no Processo Eleitoral”, a ser realizada anualmente na
primeira semana do mês de março, antecedendo a comemoração do Dia
Internacional da Mulher.
Parágrafo Único. A Semana da qual trata essa Lei tem por
objetivos a promover atividades educativas, de informação e incentivo ao
aumento da participação das mulheres, de todo o país, no processo eleitoral.
Art. 2º Por meio do estabelecimento de parcerias com
entidades, associações e grupos sociais envolvidos com o aumento da
presença das mulheres no processo eleitoral, os Poderes Públicos das três
esferas, nacional, estadual e municipal, promoverão campanhas informativas,
pesquisas e outras atividades para ampliar a “Participação da Mulher no
Processo Eleitoral”.
Art. 3º A “Semana de Incentivo à Participação da Mulher no
Processo Eleitoral” passará a integrar o calendário oficial dos eventos
nacionais, estaduais e municipais.
Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
*CD233995825700*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Lêda Borges
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD233995825700
PL n.2237/2023Apresentação: 28/04/2023 10:37:44.240 - MESA2
JUSTIFICAÇÃO
Ao buscarmos estabelecer a “Semana de Incentivo à
Participação da Mulher no Processo Eleitoral”, temos como objetivo ampliar
informações que disseminem o incentivo à participação da mulher nas
diferentes etapas do processo eleitoral. Trata-se de produzir meios e
informações para que as mulheres brasileiras, em nível nacional, estadual e
municipal, possam participar ativamente do processo eleitoral que ocorre a
cada dois anos.
Com esse objetivo, estamos propondo que os Poderes
Públicos, no âmbito nacional, estadual e municipal, promoverão campanhas
informativas, pesquisas aprofundadas e outras atividades para ampliar a
“Participação da Mulher no Processo Eleitoral”. Nós sabemos o quanto isso é
importante. Portanto, vamos atrair mais vozes e visões femininas sobre o que
se passa com a política representativa do nosso país, de modo que as relações
de poder possam mudar através o engajamento das mulheres.
Além disso, a partir de parcerias com entidades, associações e
grupos sociais envolvidos com o aumento da presença das mulheres no
processo eleitoral, esperamos que, por meio das informações disseminadas
durante a Semana proposta, as mulheres brasileiras se motivem e sintam-se
mais seguras quando ao conhecimento das regras formais, técnicas e informais
que caracterizam o processo eleitoral do nosso país.
Estou convencida de que precisamos pensar em formas
inovadoras de atrair as mulheres para as carreiras políticas. Como todas nós
sabemos, as mulheres brasileiras, já se destacam, atualmente, em várias
profissões, carreiras e estudos universitários realizados com brilhantismo, seja
na graduação ou pós-graduação, então elas estão perfeitamente preparadas
para alcançar e exercer com competência os postos de representação política
no Brasil.
A presença das mulheres nos espaços do poder político,
propondo iniciativas legislativas, inovando na leitura e interpretação das leis já
existentes, se posicionando de modo criativo, crítico e inovador, assim como
definindo e elaborando novas normas, que levem em conta a leitura das
*CD233995825700*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Lêda Borges
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD233995825700
PL n.2237/2023Apresentação: 28/04/2023 10:37:44.240 - MESA3
mulheres sobre os fatos contemporâneos que afetam a todas nós, precisa ser
estimulada, disseminada e reforçada.
Como estamos vivenciando nesse exato momento, a presença
de mulheres como ministras, juízas, desembargadoras, prefeitas, senadoras,
deputadas federais, governadoras de estado, entre outras funções públicas,
enriquece e aprimora a democracia política de nosso país. Como as mulheres
são, segundo o Censo do IBGE, 51,8% da população brasileira, nós
parlamentares já em exercício devemos atrair e estimular o ingresso de maior
número de mulheres nas funções de representação política.
Conto com o apoio dos nobres pares na aprovação do Projeto
de Lei em tela.
Sala das Sessões, em de de 2023.
Deputada LÊDA BORGES
*CD233995825700*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Lêda Borges
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD233995825700
PL n.2237/2023Apresentação: 28/04/2023 10:37:44.240 - MESA |
PL 5144/2020 | Altera o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal) e o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), com a finalidade de vedar a exposição da vítima de estupro a constrangimentos durante o processo de julgamento. | dignidade sexual | 0 | F | PDT | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1941505 | PROJETO DE LEI Nº DE 2020
(da Sra. Flávia Morais)
Altera o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de
outubro de 1941 (Código de Processo Penal) e o
Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940
(Código Penal), com a finalidade de vedar a
exposição da vítima de estupro a
constrangimentos durante o processo de
julgamento.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º O Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo
Penal) passa a vigorar com as seguintes alterações
Art. 157. ...................................................................................................
..................................................................................................................
“§ 5º São inadmissíveis e ilícitas as informações em texto, registros
videográficos, audiográficos, fotográficos, ou publicações em mídias sociais
que tratem sobre comportamentos da vítima de estupro e que:
I – Estejam relacionadas à intimidade, a relacionamentos amorosos ou
comportamento sexual, salvo quando se tratar do réu.
II – Sejam tendentes a implicar culpa à vítima por seu vestuário,
embriaguez ou por efeito de substância psicotrópica.”
Art. 2º O Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal)
passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 226. ..........................................................................................
*CD208680090800*Documento eletrônico assinado por Flávia Morais (PDT/GO), através do ponto SDR_56422,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.5144/2020Apresentação: 11/11/2020 14:03 - MesaV – Em dobro, quando o agente tenta implicar como causa o vestuário,
a embriaguez, o efeito de substância psicotrópica ou publicações em mídias
sociais para culpabilizar a vítima do estupro.”
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICATIVA
O objetivo deste Projeto de Lei é prover à vítima de estupro uma proteção
adequada contra exposição física, psicológica e moral que acontece corriqueiramente
em julgamentos desse tipo de crime.
É fato conhecido e recorrente que o comportamento da vítima do estupro é
frequentemente apontado, durante os julgamentos, como justificativa para atenuar a
gravidade da agressão cometida pelo agente. São frequentes os casos de mulheres
violentadas sexualmente que, quando têm a coragem de denunciar o agressor, têm
sua intimidade devassada e exposta durante o julgamento. Os argumentos da defesa
do agressor geralmente se baseiam no vestuário na vítima (“ela se vestia de maneira
insinuante”), embriaguez (“ela estava bêbada”) ou uso de substância psicotrópica (“ela
estava drogada”), deixando explícita a interpretação de que a vítima “se ofereceu” ao
agressor e, portanto, a pena ao agressor deveria ser atenuada.
Vivendo ainda em tempos de proeminência das mídias sociais, a defesa do
agressor ainda se vale de fotos e vídeos postados pela vítima em contextos variados,
para se formar um julgamento de que a vítima é “habitualmente vulgar e oferecida”, o
que reforçaria a tese de que o agressor não teria feito coisa que não fosse atender à
volúpia da vítima.
Além disso, quando o caso de estupro ganha repercussão em mídias sociais,
pessoas que sequer conhecem a vítima passam a fazer o escrutínio de sua intimidade,
sexualidade e de sua moral, o que agrava profundamente o trauma do episódio do
estupro.
A base para esses argumentos serem aceitos pelo Poder Judiciário brasileiro é
a cultura favorável ao estupro, ainda difícil de ser vencida por suas raízes históricas
profundas. Essa cultura, tacitamente muito difundida, reforça a visão de que o homem
não controla seus impulsos sexuais e que cabe à mulher se proteger contra as
investidas masculinas. Deriva desse pensamento o entendimento de que, se a mulher
*CD208680090800*Documento eletrônico assinado por Flávia Morais (PDT/GO), através do ponto SDR_56422,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.5144/2020Apresentação: 11/11/2020 14:03 - Mesafoi estuprada, a culpa seria dela por ter falhado em se defender, por ter usado uma
roupa inadequada, por estar embriagada, por ter postado fotos sensuais em uma
mídia social, ou, no dito vulgar, por “ser uma vagabunda”.
Observa-se, conforme explanado acima, uma tendência dos julgamentos a
confundir os papéis de réu e de vítima, quase que automaticamente, quando se trata
de crime de estupro. Os comportamentos da vítima passam a ser julgados, o passado
da vítima é exposto em julgamento, como se o crime houvesse sido por ela cometido.
As informações sobre o passado e o comportamento do réu no dia do estupro
raramente recebem a mesma atenção.
As vítimas de estupro merecem a solidariedade e compreensão do Estado para
superar o trauma vivido e a correta punição aplicada ao agressor. Nesse sentido,
expor a intimidade da vítima é ato que caminha na contramão dessa proteção contra o
crime. Por esse motivo, embora os casos de julgamento estupro que tiveram
repercussão pública mereçam serem apontados como exemplos que motivaram a
elaboração deste Projeto de Lei, optamos por evitar citá-los no presente documento,
em respeito à intimidade das vítimas. Infelizmente, pode-se esperar que, mesmo
durante a tramitação deste Projeto de Lei, novos casos semelhantes aconteçam e
ganhem notoriedade pública, o que vem a reforçar a urgência da aprovação do
mesmo.
Fundamento Constitucional
Está positivado no texto da Constituição Federal de 1988:
“Art. 5º (…)
X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente
de sua violação;”
Ora, cumpre salientar que não apenas o estupro se configura na mais grave
violência contra a intimidade de outra pessoa, mas também o ato de denunciar o
estupro envolve enorme coragem por parte da vítima, pois ela precisa tornar pública a
informação de que sofreu a violência sexual. Além disso, todo o conjunto de provas a
ser apresentado pela vítima consiste em novas exposições de sua intimidade, como o
exame de corpo de delito, para demonstrar a presença de sêmen do agressor no canal
vaginal ou ânus da vítima, fotografias do corpo nu onde ficam evidenciadas marcas de
agressão concomitantes ao coito forçado, bem como laudos e outros registros que
eternizam a memória do episódio traumático. Embora necessárias à instrução
processual, cabe reconhecer que tais procedimentos ampliam o sofrimento psicológico
da já abalada vítima. Dessa maneira, superar o trauma do estupro e retomar o curso
da vida é, para a vítima do estupro, uma tarefa hercúlea.
*CD208680090800*Documento eletrônico assinado por Flávia Morais (PDT/GO), através do ponto SDR_56422,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.5144/2020Apresentação: 11/11/2020 14:03 - MesaNão bastasse o trauma do estupro e a invasiva instrução processual, a vítima
do estupro tem seu passado devassado, durante o julgamento, sendo
responsabilizada pelo ato criminoso, como forma de atenuar a pena do agressor.
Nesse sentido, a proteção conferida à vítima é inferior à proteção conferida ao réu,
pois até ao réu é assegurada a proteção à intimidade, à vida privada, à honra e à
imagem.
Não apenas a proteção prevista no inciso X do Art. 5º da Carta Magna se
aplica aos réus e aos presos, mas também se asseguram aos presos a integridade
física e moral:
“Art. 5º (…)
XLIX – é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;”
Enfatiza-se, com máxima veemência, que à vítima do estupro nenhum desses
direitos tem sido observados: a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem da
vítima são violados (em desrespeito ao Art. 5º, X) e também sua integridade física e
moral são francamente desconsiderados. Dito de outro modo, a vítima de estupro tem
frequentemente recebido tratamento menos digno do que os presos.
O objetivo deste Projeto de Lei é reverter esse triste quadro.
Leis com o objetivo de prevenir o devassamento da vida pessoal da vítima de
estupro já existem em outros países. São chamadas de Rape Shield Laws. A primeira
Rape Shield Law foi aprovada no Estado de Michigan, nos Estados Unidos da
América, em 1974. Leis semelhantes também foram aprovadas no Canada, Austrália e
Nova Zelândia.
Tendo em vista a relevância do assunto, rogo aos pares o apoio para a
aprovação deste Projeto de Lei.
Sala das Sessões, 11 de November de 2020 .
FLÁVIA MORAIS
Deputada Federal
PDT/GO
*CD208680090800*Documento eletrônico assinado por Flávia Morais (PDT/GO), através do ponto SDR_56422,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.5144/2020Apresentação: 11/11/2020 14:03 - Mesa |
PL 3139/2019 | Dispõe sobre o recolhimento de armas de fogo funcionais e de propriedade particular de agentes públicos, aos quais foi outorgado o porte de arma de fogo, implicados em atos de violência contra mulher e dá outras providências. | violencia contra a mulher | 0 | M | REPUBLICANOS | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1755782 |
PROJETO DE LEI Nº , DE 2019
(Do Sr. JULIO CESAR RIBEIRO )
Dispõe sobre o recolhimento de armas
de fogo funcionais e de propriedade
particular de agentes públicos, aos quais foi
outorgado o porte de arma de fogo,
implicados em atos de violência contra
mulher e dá outras providências.
O Congresso Nacional decreta :
Art. 1 º Os agentes públicos referidos a seguir, quando
implicados em atos de violência física ou psicológica contra a mulher, terão
providenciado, pela instituição a que pertencem, o imediato afastamento do
serviço que demande o porte de arma de fogo, o recolhim ento das armas de
fogo funcionais que lhes foram acauteladas e as de sua propriedade privada e,
também, do documento que lhes autorizam o respectivo porte de arma de fogo:
I – os integrantes das Forças Armadas;
II – os integrantes dos órgãos de segurança p ública referidos
no art. 144 da Constituição Federal;
III – os integrantes da Força Nacional de Segurança Pública;
IV – os agentes do Departamento Penitenciário Nacional;
V – os integrantes dos órgãos policiais da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal;
VI – os integrantes das guardas municipais;
VII – os agentes e os guardas prisionais e os integrantes da
escoltas de presos dos Estados e das guardas portuárias;
VIII – os servidor es dos órgãos do Poder Judiciário e do
Ministério Público que efetivamente e stejam no ex ercício de funções de
segurança;
IX – os Auditores -Fiscais e Analistas -Tributários das carreiras
de Auditoria da Receita Federal do Brasil; 2
X – os Auditores -Fiscais da Carreira de Auditoria -Fiscal do
Trabalho;
XI – os servidores dos órgãos púb licos que tenham
autorização, concedida por legislação específi ca, para portar arma de fogo e m
serviço;
XII – os membros do Poder Judiciár io e do Ministério Público.
Art. 2 º Em face do registro de ocorrência de violência contra
mulher envolvendo agente público, a autoridade policial informará à instituição
a que pertence o agressor para que a mesma adote as providências referidas
no caput do art. 1º .
Art. 3º Na hipótese de se r encontrado portando arma de fogo
enquanto recolhido o documento que lhe autoriza va o porte, o agente público
será preso em flagrante pelo porte ilegal de arma de fogo , passando a
responder, também, por esse delito.
Art. 4º As instituições a que pertencem os agentes públicos
agressores deverão encaminhá -los para programas de reabilitação e
reeducação.
Art. 5 º As providências referidas no caput do art. 1º e no s arts.
2º a 4 º aplicar -se-ão, também, no que couber, aos vigilantes armados das
empresas de segurança privada.
Art. 5º Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
O projeto de lei é, em si mesmo, auto -explicativo e até
dispensaria outras considerações, saltando a os olhos as razões da sua
apresentação .
De qualquer modo, para e videnciar, ainda mais, a necessidade
de seu trâmite ter andamento imediato no Congresso Nacional, listam -se os 3
títulos de algumas notícias de feminicídios cometidos por policiais empregando
as armas de fogo de que tinham a posse:
- 15 de abril de 2015, no Distrito Federal - Policial militar reformado do DF
mata mulher e atira contra si mesmo ;
- em 29 de março de 2019, em São Paulo – Policial civil mata mulher a tiros
dentro de casa e comete suicídio em Itajobi ;
- em 15 de abril de 2019, no Distrito Federal – Policial militar reformado mata
a mulher a tiros em Ceilândia ;
- em 20 de maio de 2019, no Distrito Federal - Policial civil invade Secretaria
de Educação do DF e mata servidora ;
- em 26 maio de 2019, em Pern ambuco – Policial militar mata esposa a tiros
em academia de ginástica no Janga, em Paulista ;
- em 27 maio de 2019, no Rio de Janeiro – Policial mata a esposa na frente
da filha e tenta suicídio no RJ .
Há muito mais, além dos poucos exemplos agora listados . E a
violência contra a mulher atinge patamares muito mais elevados.
Abstraindo a figura do agente público armado, dados do
Monitor da Violência, em março do corrente ano, apontaram para 4.254
mulheres vítimas de feminicídio em 2018.
Há de se observar que o feminicídio é a mais radical forma de
violência contra a mulher, havendo milhares de outros casos de violência físic a
e psicológica contra a mulher , com muitos nem chegando a ser contabilizados
nas ocorrências, mas, muitas vezes , se dando pela simples ameaça com arma
de fogo.
Em face do exposto, contamos com o apoio dos nobres Pares
para a aprovação do projeto de lei que ora se apresenta.
Sala das Sessões , em de de 2019 .
Deputado JULIO CESAR RIBEIRO
2019. 9383 -Violência mulher arma |
PL 3623/2019 | Dispõe sobre matéria eleitoral, para evitar as candidaturas laranja e incentivar a eleição de mulheres a cargos legislativos, ao assegurar a cada sexo, masculino e feminino pelo menos um terço das vagas do quociente partidário de cada partido ou coligação e dá outras providências. | politica | 1 | M | PSDB | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1766398 |
Câmara dos Deputados
Gabinete do Deputado Roberto Pessoa
PROJETO DE LEI Nº , 2019
(Do Srº Roberto Pessoa )
Dispõe sobre matéria eleitoral, para
evitar as candidaturas laranja e
incentivar a eleição de mulheres a
cargos legislativos, ao assegurar a
cada sexo, masculino e feminino
pelo menos um terço das vaga s do
quociente partidário de cada partido
ou coligação e dá outras
providências .
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º R evoga -se o § 3º do art. 10 da Lei nº 9.504, de 30 de
setembro de 1997.
Art. 2º O s artigo s 108, 110 e 112, da Lei nº 4.737, de 15 de julho de
1965, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 108. ......................................................................................... ...
§ 1º Fica assegurada a cada sexo, masculino e feminino, pelo
menos um terço das vaga s em cada partido ou coligação cujo
quociente partidário seja igual ou superior a 2 (dois), desde que
atendida a exigência de votação nominal mínima prevista no caput;
§ 2º A operacionalização da regra prevista no § 1º dar -se-á com a
substituição do s candidato s ocupante s das última s vaga s pelos
candidato s mais votado s do sexo até então não representado.
§ 3º O numero de vaga absoluta será inteiro, arredondando para
baixo observando o mínimo de um.
§ 4º Os lugares não preenchidos em razão da exigência de
votação .
PL n.3623/2019 Apresentação: 18/06/2019 18:01
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Gabinete do Deputado Roberto Pessoa
nominal mínima a que se refere o caput serão distribuídos de
acordo com as regras do art. 109. ” (NR)
“Art.109...............................................................................................
............................................................................................................
“Art. 110. Em caso de empate na votação, haver -se-á por eleita a
candidata mulher, se ocorrer e mpate entre candidatas mulheres
haver -se-á por eleit a a candidat a mais idos a. (NR) ”
“Art. 112. ................................................. .............. .............................
............................................................................................................
II – em caso de empate na votação, a candidata mulher,
observando -se a ordem decrescente de idade se ocorrer empate
entre candidatas mulheres. (NR) ”
Art. 3º Revogam -se as disposições em contrário.
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÂ O
Este projeto de lei tem como objetivo aumentar a
representatividade feminina no poder Legislativo.
As mulheres representam mais de 50% da nossa população.
Quando se considera o conjunto de eleitores, esse percent ual é ainda maior. Dados
do TSE relativos às eleições de 2014 apontam que as mulheres representam
52,13% de todo o eleitorado.
PL n.3623/2019 Apresentação: 18/06/2019 18:01
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Gabinete do Deputado Roberto Pessoa
Mais do que maioria na condução dos lares e na educação dos
filhos, as mulheres têm uma visão global, ensinam valores e representam o
sentimento de humanidade que, muitas vezes, falta na classe política.
Mesmo sendo maioria em vários aspectos, a participação da
mulher no Parlamento é mínima. Nas últimas eleições para a Câmara Federal,
foram eleitas 51 deputadas, apenas 9,9% do total. Já no Senado, o número é um
pouco maior: 11 senadoras, equivalente a 13,6% da Casa. Num cenário global, o
Brasil está em último lugar no ranking de representação feminina na política.
Estamos em meio às modificações no nosso sistema eleitoral, uma
boa oportunidade para ampliarmos a participação da mulher na política sugerindo
mudanças efetivas na nossa legislação. No entanto, o que presenciamos até o
momento foram propostas vazias que não trazem legitimidade para o mandato
feminino. O que propomos é incentivar que mais mulheres tenham a chance de
representar o seu município ou estado, legitimamente eleitas pelo povo.
No debate sobre a Reforma Política tivemos proposta com
discursos de legitimidade e representatividade, mas esquecemos de criar
ferramentas efetivas para que possamos de fato ampliar o espaço da mulher no
nosso Legislativo.
Pela legislação atual, parte significativa das candidaturas
“reservadas” são preenchidas quase que virtualmente, só para atender ao exigido
pela Lei: os dados estatísticos das eleições passadas revelaram que mais de 16 mil
candidatas não receberam sequer um voto. Em 1.286 cidades não houve nenhuma
mulh er eleita para o cargo de vereador e em apenas 24 municípios as mulheres
representam a maioria dos eleitos para a Câmara de Vereadores.
Entendemos que são necessárias propostas mais concretas, que
realmente possam aumentar de forma efetiva a participação f eminina no
parlamento. A nossa proposta é clara e objetiva, queremos mais mulheres no
sistema político, mulheres com voto, com representatividade.
PL n.3623/2019 Apresentação: 18/06/2019 18:01
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A proposta consiste em assegurar a cada sexo, masculino e
feminino, pelo menos uma vaga em cada partido ou co ligação cujo quociente
partidário seja igual ou superior a 2 (dois), nas eleições proporcionais para a
Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas, Câmara Legislativa e Câmaras
Municipais.
Tendo em vista a realidade atual de sub -representação feminina, a
proposta na prática, vai garantir que em cada partido ou coligação com duas ou
mais vagas obtidas pelo quociente partidário, haja ao menos uma mulher.
Importante salientar que essa reserva estará condicionada ao
atingimento do percentual mínimo de votos, atualmente 10% do quociente eleitoral,
a fim de se evitar que candidatas com poucos votos sejam eleitas, o que também
não seria desejável.
Com esta alteração, esperamos, principalmente, uma mudança de
cultura dos partidos políticos, os quais poderão dar m ais oportunidades às
mulheres, que terão um incentivo a mais para participarem da política; e dos
próprios eleitores, que perceberão a importância de termos um Parlamento mais
isonômico e justo na representação de diferentes vertentes da nossa sociedade.
O Projeto de Lei que ora se apresenta à consideração das
senhoras e dos senhores parlamentares insere -se na linha das iniciativas
legislativas destinadas a estimular a participação das mulheres em pleitos eleitorais
e a promover a igualdade entre mulheres e homens na esfera política. Ele atua a
favor desse objetivo em duas dimensões diferentes.
Em primeiro lugar, há uma dimensão prática. Os casos de empate
entre as votações obtidas por distintas candidaturas em eleições proporcionais não
são, naturalmente, significativos percentualmente. Mas eles existem. Nos estados
de maior população, por determinações estatísticas (as votações são muito
elevadas para as coincidências serem corriqueiras), o caso é mais raro, e
normalmente se restringe a candidaturas cujo re sultado eleitoral ficou distante do
PL n.3623/2019 Apresentação: 18/06/2019 18:01
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número de votos obtidos pelo candidato que se elegeu com menos votos. É a
situação, por exemplo, de Minas Gerais, em que o primeiro empate nas eleições de
2014 para a Assembleia Legislativa, entre Giovanni Coelho (PDT) e Alessandra
Farmacêutica (PPS), se deu entre candidaturas que obtiveram 2.248 votos cada,
enquanto o candidato eleito com menor votação obteve 25.394. Mas o caso é
diferente em estados menos populosos e no Distrito Federal.
No Distrito Federal, houve empat e, nas eleições de 2014 para a
Câmara Legislativa, entre Roberto Lucena (PMDB) e Goudim (PPL), que obtiveram
6.139 votos cada, enquanto Luzia de Paula (PEN) se elegeu com 7.428. Em
Rondônia, o empate foi entre Solange Pereira (PMDB) e Geraldo da Rondônia
(PSC), com 6.080 votos cada, enquanto Jesuíno Boabaid (PT do B) se elegeu com
6.890. Mais significativo ainda foi o empate nas eleições para a Assembleia
Legislativa do Amapá entre duas candidatas eleitas, Edna Auzier (PROS) e Maria
Góes (PDT), ambas com 5. 028 votos, votação superior à do Professor Paulo
Lemos (PSOL), de 4.105 votos, que se elegeu com a menor votação no pleito.
Mas esses números, referentes a 27 circunscrições, quais sejam,
os 26 estados e o Distrito Federal, servem -nos apenas de parâmetro p ara o que
acontece nas eleições de mais de 5.500 câmaras de vereadores, a cada quatro
anos, em todo o Brasil. É aí que o caso tem relevância estatística. São inúmeros
municípios em que o próprio tamanho dos eleitorados torna provável a
multiplicação das vo tações coincidentes. Em outras palavras, a norma proposta
neste Projeto de Lei levará concretamente à eleição de deputadas e,
principalmente, de vereadoras que sem ela não se elegeriam.
A segunda dimensão, a dimensão simbólica, talvez seja ainda mais
relev ante. A norma proposta se caracteriza por deixar muito claro que existe uma
deficiência no sistema eleitoral e partidário quando os cargos de representação
política se revelam, na prática, um quase monopólio dos homens. Que ela
estabeleça uma prioridade pa ra as candidaturas de mulheres em uma situação em
que não há nenhuma outra justificativa para essa prioridade a não ser o fato de ser
PL n.3623/2019 Apresentação: 18/06/2019 18:01
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uma candidatura de mulher é o ponto fundamental aqui. Fica evidente que se
justifica uma norma cujo único e direto fim é o de garantir o aumento do número de
mulheres nos órgãos de representação política. Observada a situação do ângulo
inverso, fica evidente que o déficit da participação política das mulheres é uma
deficiência do sistema político, independentemente de qualque r outra consideração
– e deve ser combatido pura e simplesmente por isso.
Uma boa maneira de realçar essa particularidade é comparar a
norma aqui proposta com a que já consta do art. 10, § 3º, da Lei nº 9.504, de 30 de
setembro de 1997 (Lei das Eleições), com a seguinte redação: “Do número de
vagas resultante das regras previstas neste artigo, cada partido ou coligação
preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por
cento) para candidaturas de cada sexo”.
Independentemente de se us méritos, essa redação esconde que se
trata de uma iniciativa destinada especificamente a promover a participação política
das mulheres. A fórmula “candidaturas de cada sexo” pode dar a entender que tal
promoção se dirige a homens e mulheres, a depender do caso. Ora, em uma
sociedade igualitária, em que mulheres e homens enfrentassem as mesmas
dificuldades ao entrar para a política eleitoral e partidária, não haveria nenhum
problema se eventualmente um ou outro sexo estivesse menos presente em um
órgão de representação política.
O problema não é esse. O problema são as dificuldades
específicas que as mulheres enfrentam na arena eleitoral. É isso que dá valor
simbólico à norma aqui proposta.
Ela simplesmente dá prioridade às candidatas mulheres quando se
trata de decidir qual de duas candidaturas que obtiveram igual votação deve ocupar
o lugar em disputa. Com isso, reconhece que não se trata de um problema de
igualdade em abstrato, mas de uma política afirmativa dirigida às mulheres,
PL n.3623/2019 Apresentação: 18/06/2019 18:01
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reconhece que historicamente se criou uma situação de inferioridade que a
legislação deve buscar superar.
A Lei nº 12.034/2009 modificou a Lei das Eleições (Lei nº 9.504/97)
fixando cotas percentuais máximas de participação de cada sexo. Ou seja, não
pode haver mais que 70% de representantes do mesmo sexo. Na prática, pela mais
baixa participação feminina na política, isso tem se mostrado como uma cota
mínima de 30% para as mulheres.
A iniciativa tem méritos: busca impulsionar a participação feminina
na política, que, po r razões diversas, ainda não se compara, em termos numéricos,
à participação dos homens.
Contrariamente ao pretendido, a medida não tem alcançado efeito
prático: a participação de mulheres nas últimas eleições não se mostrou diferente
do patamar histórico.
O quadro se mostra ainda menos positivo quando se constata que
mulheres têm sido compelidas a participar do processo eleitoral apenas para
assegurar o percentual exigido, numa prática que se convencionou denominar
candidaturas “laranjas”.
A despeito desse quadro, não se mostra razoável limitar a
autonomia partidária por conta dessa política afirmativa. Isso é ainda mais concreto
quando se percebe que a diminuta participação feminina é resultado de questões
históricas muito mais complexas que a simples disp osição financeira. Nesse
sentido, uma medida forçada se mostra vazia de efeitos, como se tem percebido.
Como a prática tem demonstrado, o percentual mínimo de
participação feminina previsto na lei se apresenta elevado diante da dificuldade de
encontrar candidaturas femininas viáveis. E isso não é exclusividade do Brasil.
Apenas 34 países do mundo ostentam participação feminina igual ou maior que
este percentual. E entre tais países, os extremos evidenciam que os fatores da
PL n.3623/2019 Apresentação: 18/06/2019 18:01
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participação ou não da mulher são diversos. Se de um lado estão países muito
desenvolvidos como Islândia, Suécia, Finlândia, Países Baixos, Bélgica, Noruega e
Dinamarca, de outro estão Bolívia, Cuba, Ruanda, Senegal, Namíbia, Nicarágua,
Moçambique, Angola, Zimbábue, Tunísia, Camarões e Tri nidad e Tobago.
Isso evidencia, outra vez, que não é a política partidária o elemento
determinante da participação feminina, não sendo razoável penalizar partidos por
questão que possui causas tão complexas.
Como exemplo dessa “penalização”, a lógica impos ta faz com que
para cada mulher que deixa de se candidatar, os partidos podem perder a
possibilidade de lançar de dois a três candidatos homens.
Dessa forma, considerando realmente importante o incremento da
participação feminina, mas também reconhecendo q ue desvios podem ocorrer por
parte de quem queira apenas se “beneficiar do sistema”, o projeto visa assegurar a
autonomia partidária e liberar os partidos do percentual mínimo de candidaturas
femininas quando isso se mostrar dificultoso.
De toda forma, o p rojeto não altera a previsão legal do artigo 44, V,
da Lei nº 9.096/95, o qual estabelece que no mínimo 5% dos recursos do Fundo
Partidário serão destinados a programas de promoção e difusão da participação
feminina na política.
A medida, portanto, não vio la a política de inserção da mulher no
cenário político. De igual modo, não penaliza os partidos que não conseguirem
alcançar o percentual de candidaturas femininas. Outrossim, fica mantido
instrumento que permitirá que gradual e naturalmente as mulheres a ssumam maior
protagonismo político.
O projeto presta uma homenagem a igualdade. Homens e
mulheres devem ter iguais condições de concorrer as vagas a serem preenchidas.
Ademais, acrescente -se que a medida hoje existente é uma cota para ambos os
sexos, imped indo, a rigor, que um partido tenha também mais de 70% de
PL n.3623/2019 Apresentação: 18/06/2019 18:01
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Gabinete do Deputado Roberto Pessoa
participação feminina. Este projeto consagra também, portanto, a liberdade. Os
partidos podem ter até 100% de participação feminina se assim o desejarem.
Sala das Sessões, em de de 201 9.
Deputad o Federal Roberto Pessoa
PL n.3623/2019 Apresentação: 18/06/2019 18:01 |
PL 5342/2023 | Tipifica o crime de Porno Fake e acrescenta o artigo 218-D ao Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), para tipificar o crime de criação, divulgação e comercialização de imagem de nudez ou de cunho sexual não autorizada, gerada por softwares e inteligência artificial (AI); altera para pública incondicionada a natureza da ação penal dos crimes contra a dignidade sexual; estabelece causas de aumento de pena para esses crimes. | dignidade sexual | 0 | M | PL | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2354953 | O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º O Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal),
passa a vigorar acrescido do seguinte art. 218-D:
“Criação e reprodução de nudez criada por Inteligência Artificial"
Art. 218-D. Tipifica como Porno Fake, criar , oferecer, trocar,
disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer
meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático,
fotografia, vídeo ou outro registro que contenha fotos e videos de
pessoas em cenas de sexo ou nudez, criada por meio de inteligência
artificial, sem prévia autorização:
Pena - reclusão, de 6 (meses) a 1 (um) ano.”
Art. 2º A pena é aumentada de 2/3 (dois terços) a 3/3 (três terços)
se as imagens criadas por meio de inteligência artificial forem de
menores de idade.
Art. 3º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços) se as
imagens forem utilizadas para chantagear a vítima.
Art. 4º Nos crimes descritos nos artigos 1, 2 e 3, proce-se mediante ação penal pública.
Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação.
Câmara dos Deputados, 6 de Novembro de 2023Tipifica o crime de Porno Fake e acrescenta o
artigo 218-D ao Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 (Código Penal), para
tipificar o crime de criação, divulgação e
comercialização de imagem de nudez ou de
cunho sexual não autorizada, gerada por
softwares e inteligência artificial (AI); altera
para pública incondicionada a natureza da ação
penal dos crimes contra a dignidade sexual;
estabelece causas de aumento de pena para
esses crimes.
*CD231831071400*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Marcelo Álvaro AntônioPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD231831071400
PL n.5342/2023Apresentação: 06/11/2023 11:59:29.740 - MESAMarcelo Álvaro Antônio
Deputado Federal Federal
Justificativa
A evolução e disseminação das 'novas tecnologias' da internet e da telefonia móvel
mudaram a maneira como as pessoas vivenciam suas experiências sociais.
De acordo com um estudo divulgado pela plataforma de desconto Cupom Válido, com
dados da Statista, o Brasil está em 5° lugar no ranking das nações com a maior
quantidade de usuários de internet no mundo. O país possui 165 milhões de usuários e
fica atrás apenas da China com 1 bilhão de usuários, da Índia com 658 milhões de
usuários, dos Estados Unidos com 307 milhões de usuários e da Indonésia com 204
milhões de usuários. Ao todo, são mais de 5 bilhões de usuários de internet ativos pelo
mundo.
Embora os dados acima mencionados devam ser celebrados por se tratarem de um avanço
civilizatório global, com ela também podemos perceber como criminosos tem
modernizado a maneira de cometer alguns crimes.
Segundo uma pesquisa divulgada pela Wired , 113 mil vídeos foram subidos em 35 sites
focados no chamado deepfake pornô só nos últimos nove meses, um salto de 54% sobre o
volume total do ano de 2022.
Até o final de 2023, devem ser produzidos mais vídeos do tipo do que em todos os
últimos 10 anos nos quais a tecnologia necessária ficou disponível.
Segundo a Tech Crunch, o Washington Post contou a história de como uma professora de
uma cidade pequena foi demitida após um vídeo sexual seu ser exposto, os alunos haviam
criado com Inteligência Artificial.
Um homem de 22 anos de Seaford, cidade nos Estados Unidos, foi preso por criar deep
fakes com imagens de adolescentes retiradas de suas redes sociais.
A rede de televisão Fox News divulgou um caso também de um garoto de 15 anos que foi
chantageado por um membro de uma academia on-line após uma foto sua sem camisa ser
usada para gerar uma imagem de nudez.
No Brasil já começamos a ter relatos similares, como no caso da atriz Isis Valverde, de
36 anos que registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Repressão a Crimes
Cibernéticos do Rio, depois de ter sido avisada que estavam circulando pela internet
nudes dela. Mas eles não eram verdadeiros. Tratava-se de modificações feitas por meio
de um aplicativo que utiliza inteligência artificial para criar montagens com base em
arquivos de imagens reais, de uma forma tão sofisticada que é capaz até de enganar os
olhares mais atentos.
A atriz israelense Gal Gadot, conhecida por interpretar a Mulher-Maravilha no cinema,
teve sua imagem modificada e inserida no contexto de um vídeo pornográfico que
viralizou na internet. Outras mulheres que passaram por situações semelhantes foram a
cantora Taylor Swift e as atrizes Emma Watson e Scarlett Johansson. A lista cresce dia
após dia, causando transtornos enormes às vítimas.
Estes e tantos casos acendem o alerta para que o parlamento se posicione buscando meios
de prevenir e combater este tipo de crime, dando uma resposta a altura da gravidade dos
crimes cometidos contra mulheres, homens, crianças e idosos em nosso país.
Posto e exposto peço aos nobres pares a aprovação do referido projeto de lei.
*CD231831071400*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Marcelo Álvaro AntônioPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD231831071400
PL n.5342/2023Apresentação: 06/11/2023 11:59:29.740 - MESA*CD231831071400*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Marcelo Álvaro AntônioPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD231831071400
PL n.5342/2023Apresentação: 06/11/2023 11:59:29.740 - MESA |
PL 1382/2022 | Altera o art. 394-A da Lei 13.467/2017, da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para garantir os direitos das grávidas e das lactantes em atividades laborais salubres. | maternidade | 1 | M | PSL | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2176801 | CÂMARA DOS DEPUTADOS
Gabinete do Deputado Alexandre Frota – PSDB/SP
PROJETO DE LEI N° DE 2022
(Deputado Alexandre Frota)
Altera o art. 394-A da Lei 13.467/2017, da
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,
aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio
de 1943, para garantir os direitos das grávidas e das
lactantes em atividades laborais salubres.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º - O artigo 394-A da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,
aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, passa a vigorar com a
seguinte redação:
Art. 394 A – A trabalhadora gestante e a lactante deverá ser transferida
para exercer suas atividades laborais em locais salubres, caso não haja essa
possibilidade, será afastada sem perdimento dos salários, automaticamente, durante
todo o período de gravidez e a lactante durante os seis primeiros meses de lactação,
ficando proibido o trabalho em ambiente insalubre em qualquer grau, sem a
necessidade de apresentar atestado médico.
Art. 2º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICATIVA
O ambiente insalubre está previsto na CLT, em seu artigo 189 “Serão
consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza,
Câmara dos Deputados - Anexo IV – 2º andar – Gabinete 216 - 70160-900 Brasília –DF - Tel (61) 3215-5216dep.alexandrefrota@camara.leg.br
*CD222215297500*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Alexandre Frota
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PL n.1382/2022Apresentação: 26/05/2022 13:11 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS
Gabinete do Deputado Alexandre Frota – PSDB/SP
condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde,
acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente
e do tempo de exposição aos seus efeitos”.
A recente alteração do artigo da CLT 394-A é insuficiente para a garantia
dos direitos da gestante e da lactante, pois estabelece graduação de insalubridade para o
afastamento da trabalhadora gestante ou lactante.
A atualização proposta visa não só garantir os direitos da gestante e da
lactante, mas também da criança recém-nascida, pois expor a mãe a atividades
insalubres, seja qual for o grau, pode prejudicar a mesma.
Saliente-se que a corrente majoritária de ministros do STF, que
determinou a inconstitucionalidade do trecho, corroborou com a visão do relator e
destacou que a expressão “quando apresentar atestado de saúde, emitido por médico de
PL n.3775/2019Apresentação: 27/06/2019 13:23 confiança da mulher”, contida nos
incisos II e III do artigo 394-A da CLT, que considerou uma afronta à proteção
constitucional à maternidade e à criança. De acordo com a entidade que apresentou a
Ação, o trecho fere a proteção imposta pela Carta Magna à maternidade, à gestação, à
saúde e ao nascituro, aos recém-nascidos, ao trabalho e ao meio ambiente de trabalho.
Por todo o exposto, espera o autor a tramitação regimental e apoio dos
nobres colegas na aprovação do Projeto de Lei, que atende aos pressupostos de
constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa .
Sala das Sessões em, de maio de 2022
Alexandre Frota
Deputado Federal
PSDB/SP
Câmara dos Deputados - Anexo IV – 2º andar – Gabinete 216 - 70160-900 Brasília –DF - Tel (61) 3215-5216dep.alexandrefrota@camara.leg.br
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Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Alexandre Frota
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PL n.1382/2022Apresentação: 26/05/2022 13:11 - Mesa |
PL 5870/2023 | Altera o Código Penal, a fim de estabelecer penas mais severas para o crime de estupro de vulnerável. | dignidade sexual | 0 | M | PODE | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2370083 | PROJETO DE LEI Nº , DE 2023
(Do Sr. RUY CARNEIRO)
Altera o Código Penal, a fim de
estabelecer penas mais severas para
o crime de estupro de vulnerável.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta Lei altera o art. 217-A do Decreto-lei 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 – Código Penal, a fim de estabelecer penas mais severas
para o crime de estupro de vulnerável.
Art. 2o O art. 217-A do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro
de 1940, passa a vigorar com a seguinte redação :
“Art.217-A .........................
Pena – reclusão, de 10 (dez) a 15 (quinze) anos.
§ 3º .........................
Pena – reclusão, de 12 (doze) a 20 (vinte) anos.
§ 4º .........................
Pena – reclusão, de 15 (quinze) a 30 (trinta) anos.
.........................
§6 º Aumenta-se a pena em 1/5 (um quinto) se a vitima for
menor de 7 (sete) anos.” ( NR)
Art. 3o Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
*CD236422248200*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Ruy CarneiroPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD236422248200
PL n.5870/2023Apresentação: 05/12/2023 17:01:25.083 - MESA
PL n.5870/2023Apresentação: 05/12/2023 17:01:25.083 - MESA2
Justificação
O estupro de vulnerável é uma atrocidade que inflige danos
irreparáveis às vítimas, requerendo uma resposta judicial proporcional à
gravidade desse delito. A necessidade de agravar as penas, especialmente
quando a vítima é menor de sete anos, reflete a obrigação do Estado de
garantir uma resposta efetiva diante de crimes tão hediondos.
Recentemente, casos repugnantes de reincidência em estupros
têm emergido no Brasil e na Paraíba, revelando falhas alarmantes no sistema
penal. A capacidade de agressores previamente condenados repetirem tais
crimes evidencia uma clara lacuna em nosso sistema de justiça. A conclusão é
inequívoca: as penas impostas foram insuficientes.
É imperativo adotar uma postura de tolerância zero diante
desse tipo de crime, que não apenas prejudica gravemente as vidas das
vítimas, mas também afeta suas famílias de maneira devastadora. A
monstruosidade desse comportamento deve ser combatida incansavelmente.
A proposta em questão está alinhada com o anseio da
sociedade por uma resposta mais efetiva contra o estupro de vulnerável. Ao
aprovar este projeto, os honoráveis Parlamentares estarão desempenhando
um papel fundamental na construção de um ambiente mais seguro e justo para
as gerações futuras do nosso país.
.
Sala das Sessões, em de de 2023.
Deputado RUY CARNEIRO
*CD236422248200*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Ruy CarneiroPara verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD236422248200
PL n.5870/2023Apresentação: 05/12/2023 17:01:25.083 - MESA
PL n.5870/2023Apresentação: 05/12/2023 17:01:25.083 - MESA |
PL 2681/2020 | Acrescenta os parágrafos 6º e 7º ao art. 392 e altera o art. 392-B, do Decreto-Lei nº 5.452, de 1ª de maio de 1943, Consolidação das Leis do Trabalho, para estabelecer que o marco inicial da licença-maternidade e do respectivo salário-maternidade seja a alta hospitalar da genitora e/ou do recém-nascido, o que ocorrer por último, bem como para assegurar àquele que conste como genitor na certidão de nascimento, se empregado, o gozo de licença por todo o período ou pelo tempo restante da licença-maternidade que teria a genitora acometida por incapacidade física ou psíquica. | maternidade | 0 | M | PL | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1894154 | PROJETO DE LEI Nº , DE 2020
(Do Sr. Guilherme Derrite)
Acrescenta os parágrafos 6º e 7º ao art.
392 e altera o art. 392-B, do Decreto-Lei nº
5.452, de 1ª de maio de 1943, Consolidação
das Leis do Trabalho, para estabelecer que o
marco inicial da licença-maternidade e do
respectivo salário-maternidade seja a alta
hospitalar da genitora e/ou do recém-nascido,
o que ocorrer por último, bem como para
assegurar àquele que conste como genitor na
certidão de nascimento, se empregado, o gozo
de licença por todo o período ou pelo tempo
restante da licença-maternidade que teria a
genitora acometida por incapacidade física ou
psíquica.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º O Decreto-Lei nº 5.452, de 1ª de maio de 1943, passa a vigorar com as seguintes
alterações:
“Art. 392. .............................................................................................
..............................................................................................................
§6º O marco inicial da licença-maternidade e do respectivo salário-
maternidade será a alta hospitalar da genitora e/ou do recém-nascido, o que
ocorrer por último, quando o período de internação exceder as duas semanas
previstas no §2º, deste artigo.
§7º Após o parto, enquanto não iniciada a licença-maternidade, será o
afastamento da genitora considerado licença-médica, com remuneração
1/4
*CD209337361900*Documento eletrônico assinado por Guilherme Derrite (PP/SP), através do ponto SDR_56344,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.2681/2020Apresentação: 14/05/2020 19:02garantida nos termos do art. 60, caput e parágrafo 3º, da Lei nº 8.213, de 24 de
julho de 1991.”
“Art. 392-B. Em caso de morte, incapacidade física ou psíquica da
genitora, é assegurado àquele que conste como genitor na certidão de
nascimento, se empregado, o gozo de licença por todo o período da licença-
maternidade ou pelo tempo restante a que teria direito a sua legítima titular,
exceto no caso de falecimento do nascituro ou de seu abandono.
Parágrafo único. A incapacidade descrita nesse artigo deve
impossibilitar por completo a prestação de cuidados básicos ao nascituro,
condição que deverá ser atestada por pelo menos dois profissionais da saúde
especializados na área.”
Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICATIVA
O Projeto de Lei objetiva alterar o Decreto-Lei nº 5.452, de 1ª de maio de 1943,
Consolidação das Leis do Trabalho, para estabelecer que o marco inicial da licença-
maternidade e do respectivo salário-maternidade seja a alta hospitalar da genitora e/ou do
recém-nascido, o que ocorrer por último, bem como para assegurar ao cônjuge ou
companheiro o gozo de licença por todo o período ou pelo tempo restante da licença-
maternidade que teria a genitora acometida por incapacidade física ou psíquica.
Não é incomum que alguns nascituros precisem ficar sob cuidados especiais em
Unidades de Terapia Intensiva, por prematuridade ou problemas diversos de saúde. Também
as parturientes, muitas vezes, são acometidas por circunstâncias que as obrigam a
permanecerem internadas ou as subtraem a capacidade de prover cuidados básicos aos recém
nascidos. Estes episódios podem perdurar por longos períodos, o que, nos termos do art. 227
da Constituição Federal, exige atenção especial do Estado.
Ocorre, contudo, que a legislação trabalhista brasileira, em que pese preveja a
extensão da licença-maternidade em duas semanas antes e depois do parto mediante atestado
médico, bem como o pagamento do salário-maternidade no caso de parto antecipado, não
resguardou juridicamente as hipóteses de internações mais longas da criança ou da genitora,
circunstância que exige atuação legislativa apta a suprir essa lacuna.
Desta feita, entendemos justo e razoável que sejam as licenças-maternidade
contadas a partir da alta da mãe ou da criança, o que ocorrer por último, com o respectivo
pagamento previdenciário do salário-maternidade, de modo a permitir que a licença à gestante
tenha, de fato, o período de duração de 120 dias previsto no art. 7º, XVIII, da Constituição.
2/4
*CD209337361900*Documento eletrônico assinado por Guilherme Derrite (PP/SP), através do ponto SDR_56344,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.2681/2020Apresentação: 14/05/2020 19:02Trata-se não só de uma medida jurídica, mas de remédio humanitário que
resguarda o binômio materno-infantil, uma vez que os cento e vinte dias possuem o fim
essência de assegurar a convivência familiar.
Não menos importante, é essencial que se assegure também que, em caso de
incapacidade física ou psíquica da genitora, devidamente atestada por profissional da saúde
competente, possa o outro genitor constante da certidão de nascimento, se empregado,
usufruir o gozo de licença por todo o período da licença-maternidade ou pelo tempo restante a
que teria direito a mãe.
Nesse caso, faltando os cuidados maternais, que não se restringem ao aleitamento,
devem ser prestados pelo genitor, uma vez que o objeto principal de tutela é a criança, dotada
de todas as necessidades que um recém-nascido demanda.
Destaca-se, por derradeiro, que aqui tomamos o cuidado de alterar a redação da
Consolidação das Leis do Trabalho de “cônjuge ou companheiro” para “àquele que conste
como genitor na certidão de nascimento”, tendo em vista que muitas crianças são fruto de
relacionamentos não tradicionais e sem estabilidade afetiva. Entendemos, assim, que o fato de
não decorrer uma criança de um casamento ou de uma união estável não pode servir como
causa para obstaculizar a concessão das benesses que ora se regula.
Diante do exposto, conto com o apoio dos nobres Pares, para que esta iniciativa
prospere nesta Câmara dos Deputados, com a celeridade que o caso requer.
Sala das Sessões, em 22 de abril de 2020, na 56ª legislatura.
GUILHERME DERRITE
DEPUTADO FEDERAL
PP-SP
3/4
*CD209337361900*Documento eletrônico assinado por Guilherme Derrite (PP/SP), através do ponto SDR_56344,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.2681/2020Apresentação: 14/05/2020 19:02 |
PL 4020/2019 | Destina 20% das vagas oferecidas nos concursos públicos para as mulheres acima de 40 anos. | economia | 0 | F | PT | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1777460 |
PROJETO DE LEI Nº , DE 2019
(Da Sra. REJANE DIAS )
Destina 20% (vinte por cento) das
vagas oferecidas nos concursos públicos
para as mulheres acima de 40(quarenta )
anos.
O Congresso Nacional decreta :
Art. 1º Esta lei determina que 20% (vint e por cento) das vagas
oferecida s nos concursos pelos órgãos da Administração pública direta e
indireta da União, Estados, Distritos Federal e Município s, das Autarquias,
inclusive as em r egime especial, e das fundações públicas deverão ser
preenchidas por mulheres com idade igual ou superior a 40 (quarenta) anos.
Art. 2º O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de
180 (cento e oitenta) dias.
Art. 3º Esta lei entra em vigor na da ta de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
O desemprego no Brasil tem idade e gênero. Segundo os
dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE a
partir da Pesquisa de Amostra de Domicílios (PNAD), de 2018 o Brasil contava
com 13 mil hões de desempregados. Desse total 51% (cinquenta e um por
cento ) são mulheres, no entanto não reflete exatamente a quantidade de
pessoas que estão trabalhando, já que as mulheres ainda não foram
completamente integradas ao mercado de trabalho na maior parte do País.
De acordo com o levantamento, apesar de representar 52,4%
da população em idade de trabalhar, o grupo feminino reponde por 45,6% do
PL n.4020/2019 Apresentação: 10/07/2019 17:48 2
nível de ocupação, enquanto os homens, 64,3%. Em regiões como o Norte, a
taxa para ocupação, a população masc ulina sobe para 60,2%, o que
representa uma diferença de quase 23 pontos percentuais.
A situação de desemprego é complicada, difícil e
desmotivadora em qualquer Idade. A desmotivação se pode aplicar a um
desejo de mudança na vida profissional, mudar ou con seguir um novo emprego
depois dos 40 (quarenta) anos pode parecer case impossível, principalmente
para as mulheres. O preconceito é enorme !
Entendo que temos excelentes profissionais acima dos 40
(quarenta) anos desempregados, são pessoas com qualificação profissionais,
habilidades, conhecimentos e competência além d a experiência profissional.
É sempre tempo para recomeçar, muitas mulheres são mães,
começaram cedo no trabalho, precisam cuidar da casa, dos filhos, do trabalho
e ainda estudarem em um concurso público para terem a tão sonhada
estabilidade financeira.
Infelizmente é uma triste realidade e precisamos igualar os
direitos das mulheres sem nenhu ma discriminação e preconceitos.
Entendemos que Estado deve permitir que as mulheres com idade igual ou
superior a quarenta anos possam ocupar cargos públicos e exercer todas as
funções públicas em todos os planos governamentais, inclusive com
distribuição em um número razoável de vagas.
Diante o exposto conclamamos os nobres pares a aprovarem a
presente prop osição.
Sala das Sessões , em de de 2019 .
Deputada REJANE DIAS
PL n.4020/2019 Apresentação: 10/07/2019 17:48 |
PL 591/2023 | “Altera a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para garantir a implantação e ampliação em todo território nacional do programa Centro de Parto Normal -Casa de Parto, para o atendimento à mulher no período gravídico-puerperal, e dá outras providências, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS.” | direitos sexuais e reprodutivos | 0 | F | PT | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2236103 | PROJETO DE LEI Nº ,de 2023.
(Da Sra. Deputada Juliana Cardoso )
“Altera a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de
1990, para garantir a implantação e ampliação
em todo território nacional do programa Centro
de Parto Normal -Casa de Parto, para o
atendimento à mulher no período gravídico-
puerperal, e dá outras providências, no âmbito
do Sistema Único de Saúde - SUS.”
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta Lei altera a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 para
incluir as diretrizes para garantir a implantação e ampliação em todo território nacional
o programa Centro de Parto Normal -Casa de Parto, para o atendimento à mulher no
período gravídico-puerperal, e dá outras providências, no âmbito do Sistema Único de
Saúde - SUS.
Paragrafo único: cada município deverá contar no mínimo com 1 (um)
Centro de Parto Normal -Casa de Parto.
Art. 2º. Para os fins no disposto na presente lei, define-se como Centro de
Parto Normal - Casa de Parto a unidade de saúde que presta atendimento
humanizado e de qualidade exclusivamente ao parto normal sem distorções.
§ 1º. O Centro de Parto Normal - Casa de Parto poderá atuar física e
funcionalmente integrado a um estabelecimento assistencial de saúde unidade
intrahospitalar ou como estabelecimento autônomo unidade isolada.
§ 2º. Este programa será inserido no atendimento do Sistema das Redes
Municipais, o qual promoverá recursos materiais e humanos compatíveis para prestar
assistência, conforme disposto na normatização federal sobre o tema.
Art. 3º O Programa de Parto Normal - Casa de Parto consiste na
observância das seguintes diretrizes:
I - desenvolver atividades educativas e de humanização, visando à
preparação das gestantes para o plano de parto nos Centro de Parto Normal - Casa
de Parto e da amamentação do recém-nascido - RN;
II - acolher as gestantes e avaliar as condições de saúde materna;
III - permitir a presença de acompanhante;
*CD230621417800*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Juliana Cardoso
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD230621417800
PL n.591/2023Apresentação: 17/02/2023 09:02:05.487 - MesaIV - avaliar a vitalidade fetal pela realização de partograma e de exames
complementares;
V - garantir a assistência ao parto normal, respeitando a individualidade da
parturiente;
VI - garantir a assistência ao RN normal;
VII - garantir a assistência imediata ao RN em situações eventuais de
risco, devendo para tal, dispor de profissionais capacitados para prestar manobras
básicas de ressuscitação, segundo protocolos clínicos estabelecidos pela Associação
Brasileira de Pediatria;
VIII- garantir a imediata remoção da gestante, nos casos eventuais de risco
ou intercorrências do parto, em unidades de transporte adequadas.
IX- garantir a imediata remoção dos Recém Nascidos de risco para
serviços de referência, em unidades de transporte adequadas.
X- acompanhar e monitorar o puerpério, por um período mínimo de 10 dias
(puerpério mediato);
XI- desenvolver ações conjuntas com as Unidades de Saúde de referência
e com o programa de Saúde da Família.
Art. 4º Caberá as Secretarias de Saúde de cada Município garantir a
implantação de Centros de Parto Normal – Casa de Parto inseridos nos sistemas
municipal de saúde e de acordo com as prioridades de organização da assistência à
gestação e ao parto, no âmbito do SUS.
Parágrafo único: As Secretarias de Saúde de cada Município deverão
estabelecer rotinas de acompanhamento, supervisão e controle que garantam o
cumprimento dos objetivos deste programa, em promover a humanização e a
qualidade do atendimento à mulher na assistência ao parto.
Art. 5º As características físicas, equipamentos e recursos humanos do
Centro de Parto Normal – Casa de Parto deverão obedecer à legislação federal sobre
o tema.
Art. 6º - Esta lei Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário.
JUSTIFICAÇÃO
Com efeito, o artigo 30 da Carta Magna permite a edição de leis sempre
que a questão social envolva, também, algum interesse local, como é o caso em
comento, que trata de tema ligado à proteção e defesa da saúde, entretanto os dados
atuais mostram que os números de Centro de Parto Normal- Casa de Parto no
território Nacional é ínfimo diante do numero de nascimentos.
*CD230621417800*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Juliana Cardoso
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PL n.591/2023Apresentação: 17/02/2023 09:02:05.487 - MesaO Brasil realiza quase 4 (quatro) vezes mais cesáreas do que os 15%
considerados aceitáveis pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Por outro lado,
faltam casas de parto normal no Sistema Único de Saúde (SUS). Em todo o território
nacional, existem apenas 18 delas em funcionamento- O dado é do Cadastro
Nacional de Estabelecimentos da Saúde (CNES).
Instituídas legalmente no Brasil em 1999 (portaria nº 985), as casas de
parto são um refúgio para mulheres que procuram parir com acolhimento sem abrir
mão da segurança. Oficialmente chamadas de Centros de Parto Normal (CPN) peri-
hospitalares, são unidades de saúde abertas 24 horas e que acompanham a gestante
do pré-natal ao pós-nascimento. Também precisam estar distantes a no máximo 20
minutos de um hospital de referência e ter uma ambulância disponível o tempo todo
para o caso de ser necessário o socorro médico.
Vale dizer, ademais, que a matéria atinente à proteção e defesa da saúde
é de competência legislativa concorrente da União, dos Estados, do Distrito Federal e
também dos Municípios, estes para "suplementar a legislação federal e estadual no
que couber", dentro dos limites do predominante interesse local (artigos 24, XII, e 30,
11, Constituição Federal).
Então, por que há tão poucas casas de parto no Brasil? Uma conclusão
não totalmente óbvia: esse descaso demonstra que a política pública brasileira para
maternidade se coloca não apenas a favor de procedimentos invasivos como contra a
autonomia da mulher.
Segundo Juliana do Carmo, enfermeira obstétrica e presidenta da
Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras (Abenfo MG) a briga por
mercado de trabalho entre médicos e enfermeiros inibe a instalação desses serviços.
Isso por que não é necessário ter um médico nas casas de parto. Por serem
destinadas a mulheres que no pré-natal demonstraram elegíveis ao parto normal ou
natural, o nascimento pode ser realizado sob a supervisão de um profissional da
Enfermagem, um assistente e uma doula.
Embora a liberdade e os protocolos mais flexíveis estejam entre as
principais vantagens de uma casa de parto, esses locais precisam seguir regras para
continuar funcionando e atendendo com segurança. “Alguns protocolos são mantido e
de forma bem rígidas, como a ausculta fetal, por exemplo [avaliação frequente dos
batimentos cardíacos do bebê durante o trabalho de parto]. Na maioria das vezes se
consegue conciliar tudo isso com a autonomia e as preferências da mulher, como a
escolha da posição que for mais confortável para a avaliação, que pode ser feita até
dentro da banheira.
As casas devem atender ainda a uma série de normativas da Vigilância
Sanitária – que varia de acordo com o estado –, ter alvará de funcionamento e
apresentar protocolos bem definidos de atendimento às autoridades públicas de saúde
[como a Anvisa, o Conselho de Enfermagem, a Secretaria Municipal de Saúde e o
*CD230621417800*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Juliana Cardoso
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PL n.591/2023Apresentação: 17/02/2023 09:02:05.487 - MesaMinistério da Saúde]. Os estabelecimentos também contam com estrutura e
equipamentos para os primeiros cuidados com a mãe e o bebê, em caso de
emergência. “Temos um espaço familiar, aconchegante, mas com todas as
medicações e equipamentos necessários para dar os primeiros passos no
atendimento de uma emergência”
Esses estabelecimentos atendem mulheres com gravidez de risco habitual
e, portanto, mãe e bebê precisam estar com exames em dia e marcadores, como
tamanho da criança, quantidade de líquido amniótico e pressão arterial, saudáveis.
Por isso, o nascimento não pode ocorrer numa casa de parto quando: A
mãe tem qualquer doença que aumente o risco do parto, como hipertensão, anemia,
diabetes, doenças autoimunes ou cardiopatias; ou o bebê tem baixo peso ou
crescimento restrito, alterações de Placenta e líquido amniótico devem ser
considerados normais; tampouco se o parto acontece fora do tempo, prematuro, antes
de 37 semanas, ou depois de 42 semanas. Fonte:
https://www.uol.com.br/universa/colunas/mulherias/2021/01/15/por-que-ha-apenas-18-
casas-de-parto-no-sus-doulas-explicam-o-motivo.htm?cmpid=copiaecola .
Como visto até aqui, as vantagens para as mulheres e para os bebes são
inúmeras quando o parto é realizado em uma casa de parto e não no hospital, que por
sua vez teriam mais vagas para conseguirem dar um atendimento mais assertivo e
rápido nos casos de alto risco que necessitem hospitalização.
Diante do exposto, e considerando relevância da presente proposta,
contamos com o apoio das deputadas e deputados para a aprovação deste
Projeto de Lei.
Sala das sessões, 17 de fevereiro de 2023.
JULIANA CARDOSO
Deputada Federal PT/SP
*CD230621417800*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Juliana Cardoso
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD230621417800
PL n.591/2023Apresentação: 17/02/2023 09:02:05.487 - Mesa |
PL 1801/2022 | Dispõe sobre diretrizes visando a promoção da igualdade de direitos entre mulheres e homens em cumprimento a dispositivo da Constituição Federal. | direitos sociais | 0 | M | PSL | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2192603 | CÂMARA DOS DEPUTADOS
Gabinete do Deputado Alexandre Frota – PSDB/SP
PROJETO DE LEI N° DE 2022
(Deputado Alexandre Frota)
Dispõe sobre diretrizes visando a promoção
da igualdade de direitos entre mulheres e
homens em cumprimento a dispositivo da
Constituição Federal.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Artigo 1° - A promoção da igualdade de direitos entre os gêneros
determinados pelo artigo 5º da Constituição Federal será estabelecido pelos seguintes
princípios que poderão ser ampliados:
I - igualdade de remuneração salarial para os mesmos cargos;
II – Igualdade de tratamento no trabalho, guardada as exceções;
III - não discriminação;
IV – igualdade de oportunidades;
IV - equidade;
V - respeito à dignidade da pessoa humana.
Artigo 2º - Para fins desta lei, se entenderá por:
I – determinadas ações afirmativas: estabelecerá todo um conjunto de
medidas e ações de caráter temporário que visam acelerar e alcançar a igualdade de fato
entre os gêneros;
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Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Alexandre Frota
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II - medidas de participação equilibrada: a presença de mulheres e homens
na iniciativa privada ou no serviço público, em todos os âmbitos de tomada de decisão,
que no conjunto a que se refira, não superem 60%, nem seja inferior a 40%;
III - medidas de igualdade de oportunidades: são aquelas dirigidas ambos
os sexos que tenham como objetivo dirimir as diferenças, promovendo a erradicação
permanente dos prejuízos de gênero causadoras da diferença, tanto na esfera social
quanto no ambiente de trabalho.
IV - gênero: relações interpessoais com um conjunto de ideias, crenças,
representações e atribuições sociais construídas em cada espectro social tomando como
base a diferença sexual;
VI - perspectiva de gênero: identificação e mecanismos que permitam
determinar, questionar e valorar a discriminação, a desigualdade e a exclusão de
mulheres que pretende ter como base as diferenças biológicas entre mulheres e homens,
assim como as ações que devam ser tomadas para atuar sobre os fatores de gênero que
permitam a construção da equidade entre todos.
Artigo 3º - A política de fomento a equidade de gênero deverá ter por
base as seguintes diretrizes:
I - fomentar a igualdade entre os gêneros em todos os âmbitos da vida;
II - garantir que as políticas públicas incorporem a perspectiva de todos os
gêneros, que apoiem a transversalidade e antevejam cumprimento de programas,
projetos e ações já legalmente estabelecidos para estabelecer a igualdade de gênero;
III - fomentar a participação e representação política equilibrada;
IV - fomentar a concorrência política e social em igualdade de condições
entre pessoas, independente do gênero, dirigida a obter efetiva participação cidadã e
concretizar os mecanismos de controle social pertinentes;
V - promover a igualdade de acesso e fruição dos direitos sociais, para os
gêneros;
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VI - fomentar o princípio de igualdade de tratamento e oportunidades, o
acesso a recursos produtivos, financeiros e tecnológicos;
VII - impulsionar a modificação de padrões culturais e legais a fim de que
haja a eliminação e erradicação de estereótipos, estigmas e preconceitos estabelecidos
em função do sexo, fomentando a responsabilidade compartilhada dos direitos e as
obrigações, sob os princípios da colaboração, solidariedade e respeito.
Artigo 4º - O Sistema estabelecido por esta lei para a Igualdade entre os
gêneros é um conjunto orgânico e articulado de estruturas, relações funcionais,
organização, métodos e procedimentos das entidades da Administração Pública entre si,
e com as organizações dos diversos grupos sociais, as instituições acadêmicas e de
investigação e, com os entes federais, estaduais e municipais, a fim de efetuar ações de
comum acordo destinadas a promoção e efetividade da igualdade entre os gêneros.
Artigo 5º - São objetivos do Sistema para a Igualdade entre os gêneros:
I - estabelecer diretrizes mínimas e adequadas em matéria de ações
afirmativas, medidas de igualdade de oportunidades e medidas de participação
equilibrada, com a finalidade de erradicar a violência e a discriminação em razão do
gênero;
II – zelar pela progressividade legislativa em matéria de igualdade
substantiva dos gêneros, a fim de harmonizar a legislação nacional com os padrões
internacionais vigentes, mormente ao que tange aos direitos humanos;
III - avaliar as políticas públicas, os programas e serviços em matéria de
igualdade substantiva;
IV - determinar a periodicidade e características dos indicadores
estatísticos que permitam monitorar e avaliar cientificamente as condições necessárias
para a progressividade no cumprimento da lei;
V – avaliar dinamizar e propor programas e planos estratégicos de entes
públicos, em matéria de igualdade substantiva entre os gêneros;
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VI - incluir no debate público a participação da sociedade civil organizada
na promoção da igualdade substantiva de gênero;
VII - estabelecer ações de coordenação entre os entes públicos do para
formar e capacitar em a igualdade substantiva entre os gêneros e os servidores públicos;
VII - fomentar ações objetivas e claras para o reconhecimento progressivo
do direito de conciliação da vida pessoal, laboral, familiar e estabelecer meios e
mecanismos com vistas à convivência, sem prejuízo, do pleno desenvolvimento
humano;
X - estabelecer medidas para a erradicação do assédio sexual em qualquer
ambiente, principalmente no trabalho, bem como a importunação ofensiva ao pudor nos
transportes coletivos;
XI - desenvolvimento de ações para fomentar a integração de políticas
públicas com perspectiva de gênero;
XII - impulsionar a formação de lideranças igualitárias.
Artigo 6º - Para os efeitos desta lei, as autoridades, organismos públicos
estatais e demais órgãos da sociedade civil promoverão:
I - a educação, visando a capacitação permanente das pessoas;
II - o acesso, a ascensão e a elegibilidade de pessoas de qualquer gênero no
âmbito público e privado, tendo em vista que a diversidade de gênero é um dos
pressupostos da democracia;
III - a coordenação dos sistemas estatísticos estatais ou privados para
melhor conhecimento das questões relativas aos gêneros na política laboral;
IV - o financiamento estatal de ações de informação e conscientização,
destinadas a fomentar a igualdade entre os gêneros;
V - o combate à segregação das pessoas em razão do sexo, em especial no
ambiente escolar e no mercado de trabalho;
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VI - o desenvolvimento de políticas e programas de desenvolvimento e de
redução da pobreza com perspectiva de gênero;
VII - a participação equitativa de gênero em altos cargos públicos;
VIII - o desenvolvimento e atualização das estatísticas por gênero, sobre
postos e cargos diretivos nos setores público, privado e da sociedade civil.
Artigo 7º - O Sistema se estruturará por meio do Conselho de Equidade
de Gênero e estará integrado por:
I - 1 (um) coordenador que o presidirá, escolhido pelo Ministro da
Cidadania e Direitos Humanos;
II - 1 (um) coordenador adjunto que exercerá as funções de secretário
executivo, escolhido pelo Ministro da Cidadania e Direitos Humanos;
III - 1 (um) representante de cada Casa Legislativa, Câmara dos Deputados
e Senado Federal, que será exercido pela Procuradoria da Mulher na respectiva Casa
Legislativa;
IV - 3 (três) membros do Ministério Público Federal;
V - 3 (três) membros do Poder Judiciário Federal;
VI - 3 (três) membros da Defensoria Pública da União;
VII – 3 (três) membros da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - 4 (quatro) professores universitários, sendo dois representantes das
universidades públicas e dois representantes das universidades privadas, escolhidos pelo
Ministro da Cidadania e Direitos Humanos;
IX - 12 (doze) representantes de organizações da sociedade civil
escolhidos pelo Ministro da Cidadania e Direitos Humanos.
XI - 4 (quatro) profissionais da área da saúde e de pesquisa, escolhidos
pelo Ministro da Cidadania e Direitos Humanos.
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§1º - O mandato dos conselheiros será de três anos, sendo permitida uma
recondução.
§2º - As funções de membro do Conselho não serão remuneradas, mas
consideradas como de serviço público relevante.
Artigo 8º - As despesas decorrentes da execução desta lei correrão à
conta de dotações orçamentárias próprias.
Artigo 10 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICATIVA
Nos últimos anos, a desigualdade de gênero tem se tornado um assunto
recorrente. A luta por um mundo em que homens e mulheres sejam livres para fazer
suas escolhas, usufruindo das mesmas responsabilidades, direitos e
oportunidades, intensificou-se em meados do século XX, impulsionada, principalmente,
pelo movimento feminista. O assunto foi pauta da Rio+20, quando os países membros
da Organização das Nações Unidas (ONU) definiram os Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável a serem alcançados até 2030.
Além de ser um direito humano e constitucional básico, a igualdade entre
os sexos foi considerada um dos pilares para a construção de uma sociedade livre, o que
é crucial para acelerarmos o desenvolvimento sustentável.
É importante lembrar, quando falamos sobre igualdade de gênero, que na
maioria das sociedades pelo mundo são as mulheres que precisam de políticas para
conseguirem alcançar o mesmo patamar dos homens . De acordo com dados levantados
pela ONU Mulheres, pessoas do sexo feminino ganham menos que as do sexo
masculino e estão mais sujeitas a ter empregos de baixa qualidade. Há apenas 46 países
em que as mulheres ocupam mais de 30% das cadeiras no parlamento nacional, e o
Brasil infelizmente não é um deles.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em
levantamento realizado em 2017, o rendimento das mulheres equivale a cerca de três
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quartos da renda masculina. Enquanto a média da renda dos homens foi de R$2.306, a
das mulheres foi de R$1.764. A desigualdade econômica também é um problema na
América Latina como um todo. Dados do relatório da Comissão Econômica para a
América Latina e o Caribe indicam que 27,5% das mulheres da região não possuem
renda própria, contra 13,1% da população masculina. Isso implica que cerca de um terço
das mulheres do continente depende inteiramente de outros para sua subsistência.
Portanto a presente proposta legislativa procura minimizar ou mesmo
erradicar a desigualdade de gênero no país, uma luta árdua, mas que deve ter um início
na sociedade do país.
Por todo o exposto, espera o autor a tramitação regimental e apoio dos
nobres colegas na aprovação do Projeto de Lei, que atende aos pressupostos de
constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa.
Sala das Sessões em, de junho de 2022
Alexandre Frota
Deputado Federal
PSDB/SP
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PL n.1801/2022Apresentação: 29/06/2022 11:12 - Mesa |
PL 3299/2019 | Altera o decreto-lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, para dar nova redação ao art. 129 do código penal, para aumentar a pena do crime de violência doméstica e possibilitar aplicar como efeito da condenação a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo. | violencia contra a mulher | 0 | M | PSD | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1759738 | CÂMARA DOS DEPUTADOS
PROJETO DE LEI Nº , DE 201 9
(Do Sr. Fábio Mitidieri )
Altera o Decreto -Lei nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 , para dar nova redação
ao §9º do art. 129 do Código Penal , para
aumentar a pena do crime de violência
doméstica e possibi litar aplicar como efeito
da condenação a perda de cargo, função
pública ou mandato eletivo, previsto na
alínea “ b”, incido I, do art. 92 , do mesmo
diploma legal.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta Lei tem por fim aumentar a pena do crime de violência
doméstica previsto no §9º do art. 129 do Decreto -lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
1940, Código Penal.
Art. 2º O §9º do art. 129 do Decreto -Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
1940, passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. 129 ...................................................................... ...........................
............................................................................... ...............................
§9º........................................................................................................
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
........................................................................... ........................... (NR)
Art. 3º Esta Lei entre em vigor na data da sua publicação.
PL n.3299/2019 Apresentação: 04/06/2019 17:45 CÂMARA DOS DEPUTADOS
JUSTIFICATIVA
O presente projeto de lei aumenta a pena do crime de violência
doméstica , considerando os bens jurídicos tutelados pela norma e possibilita ao
magistrado a aplicação do art. 92, inc. I, alínea “b”, do Código P enal em alguns
casos.
Pois bem, a Lei nº 13.104/2015 tipificou o Crime de Feminicídio (art.
121, inc. VI, do Código Penal), definindo uma pena de reclusão de doze a trinta
anos, enquanto que o homicídio simples possui pena de reclusão de seis a vinte
anos. É dizer : o tipo penal do Feminicídio protege não ape nas a vida, mas a vida
feminina. Este crime é motivado pela condição da pessoa ser mulher, razão pela
qual – corretamente – uma pena mínima e máxima bem superior a pena do
homicídio simples , pois, está em jogo, a discriminação contra a mulher e a vida
humana .
Dessa forma, em se tratando do Crime de Feminicídio, sempre será
possível ao magistrado aplicar a sanção de perda do cargo público, da função
pública ou do mandato elet ivo, pois a pena a ser imposta será superior a 4 (quatro)
anos, fazendo incidir a regra do art. 92, inc. I, alínea “b”, do Código Penal (“ são
também efeitos da condenação: I - a perda de cargo, função pública ou mandato
eletivo: (...) b) quando for aplicad a pena privativa de liberdade por tempo superior a
4 (quatro) anos nos demais casos ”).
Contudo, nos casos de Crimes de Violência D oméstica – lesão
corporal contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, entre
outros –, há, pois, um evidente déficit de normatividade que merece uma reforma
legislativa. O Portal G1 relata que “ o número de denúncias de violência contra
mulheres aumentou quase 30% no ano passado. E a primeira semana de 2019 mostra
um quadro assustador ”1. Já o Portal do Correio Braziliense relata que:
1
https://g1.globo.com/jornal -nacional/ noticia/2019/01/08/denuncias -de-violencia -contra -mulher -aume
ntam -30-em-2018 -no-brasil.ghtml acessado em 06.5.2019.
PL n.3299/2019 Apresentação: 04/06/2019 17:45 CÂMARA DOS DEPUTADOS
“Os Tribunais de Justiça também perceberam crescimento no número de
processos pendentes relativos à violência contra a mulher.
Em 2016, havia 892 mil ações em tramitação na Justiça. Dois anos depois,
esse número cresceu 13%, superando a marca de um milhão de casos. Os
dados dos tribunais foram consolidados pelo Departamento de Pesquisas
Judiciárias (DPJ/CNJ).
O número de sentenças de medidas protetivas aplicadas também
apresentou mudança. No ano passado, foram concedidas cerca de 339,2 mil
medidas - alta de 36% em relação a 2016, quando foram registradas 249,5
mil decisões dessa natureza ”2.
Ora, o acelerado crescimento de casos de violência doméstica ,
sobretudo contra a mulher , justifica uma atualização da legislação de re gência, em
especial, da pena cominada, justificando -se não apenas em razão da integridade
física em si (bem jurídico tutelado pelo art. 129 do Código Penal), mas também pela
proteção da integridade física feminina , assim como na manutenção do núcleo
familiar.
De fato, a Constituição Federal de 1988 estabelece que “ todos são
iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza , garantindo -se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à v ida, à
liberdade, à igualdade , à segurança e à propriedade (...)” (grifei – art. 5º , caput ),
razão pela qual condutas discriminatórias, como lesionar uma mulher (atacar a
condição feminina), merece um tratamento mais rigoroso que a lesão corporal
simples.
Da mesma forma, o art. 226 da Constituição Federal de 1988
estabelece “ a família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado ”. A
família, portanto, é o alicerce da sociedade brasileira, ponto estruturante na qual se
fundam as relações entre as pess oas brasileiras, residentes ou não, cujo núcleo
essencial dever ser protegido pelos meios de comunicação social, pois, nos termos
do 221, inc. IV, da Carta Cidadã , estes veículos devem respeitar os “ valores éticos e
sociais da pessoa e da família ”. Portanto, a agressão ao núcleo familiar também
justifica a adoção de um tratamento legislativo mais severo que os caso de violação
a integridade física simples, sem qualquer outra motivação.
2
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2019/03/11/interna -brasil,742285/crescem -
34-processos -de-feminicidio -e-de-violencia -domestica -revela.shtml acessado em 06.5.2019.
PL n.3299/2019 Apresentação: 04/06/2019 17:45 CÂMARA DOS DEPUTADOS
Na lição de Gilmar Ferreira Mendes e de Paulo Gonet Branco , a
edição de uma lei deve respeitar as regras de adequação e necessidade – Proibição
de Excesso –, pois “o subprincípio da necessidade (Notwendigkeit oder
Erforderlichkeit) significa que nenhum meio menos gravoso para o indivíduo
revelar -se-ia igualmente eficaz na consecução dos objetivos pretendidos ”3. No
caso, há adequação entre os meios utilizados e os fins almejados pela presente
proposição legislativa .
Nesse sentido , propõe -se para o Crime de Violência Do méstica uma pena
de reclusão de um a cinco anos, fica ndo a pena acima da lesão corporal simples e
abaixo da lesão corporal gravíssima, justificável a partir dos valores protegidos pelo
tipo – integridade física feminina e proteção do núcleo familiar –, sendo possível,
nos casos mais gravosos, a aplicação do art. 92, inc. I, alínea “b”, do Código Penal ,
o seja, a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo.
Por fim, vale lembrar que a violência doméstica está presente em todas as
classes sociais, independentemente, portanto, da situação econômica da famí lia,
razão pela qual peço o apoio dos nobres pares para a aprovação do presente
projeto.
Sala das Sessões, de maio de 201 9.
Dep. FÁBIO MITIDIERI
PSD/ SE
3 Curso de Direito Constitucional. Saraiva: São Paulo, 2017, p. 223 e 225 .
PL n.3299/2019 Apresentação: 04/06/2019 17:45 |
PL 1629/2021 | Altera a Lei nº 10.735, de 11 de setembro de 2011, para instituir a prioridade de mulheres responsáveis pelo núcleo familiar na tomada de recursos destinados ao microcrédito. | economia | 0 | F | PRB | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2001301 | PROJETO DE LEI Nº , DE 2015
(Da Sra. TIA ERON )
Altera a Lei nº 10.735, de 11 de
setembro de 2011, para instituir a prioridade
de mulheres responsáveis pelo núcleo
familiar na tomada de recursos destinados
ao microcrédito.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º O art. 1º da Lei nº 10.735, de 11 de setembro de
2011, passa a viger com a seguinte redação:
“Art. 1º ........................................................................
I - .......................................... .................. ....................
a) pessoas físicas detentoras de depósitos à vista e
aplicaçõ es financeiras de pequeno valor, devendo ser
dada prioridade para mulheres responsáveis pelo núcleo
familiar;
b) ............................................................. ......................
c) pessoas físicas de baixa renda selecionadas por outros
critérios , devendo ser dada prioridade para mulheres
responsáveis pelo núcleo familiar ; e
II – as taxas de juros efetivas serão limitadas, vedada a
cobrança de quaisquer outra s taxas ou despesas, à
exceção de taxa de abertura de crédito , devendo ser
praticadas taxas de juros em valor , no mínimo, 10% (dez
por cento) inferior para empréstimos concedidos a
mulheres re sponsáveis pelo núcleo familiar .
............................... ...........................................” (NR)
*CD219462509800* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Tia Eron
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD219462509800
PL n.1629/2021 Apresentação: 29/04/2021 13:44 - Mesa 2
Art. 2º Esta lei entra em vigor após decorridos 3 0 (trinta )
dias de sua publicação oficial.
JUSTIFICAÇÃO
Este projeto de lei visa a municiar a mulher trabalhadora
brasileira de mais um instrumento na luta por sua efetiva inserção econômico -
social. Trata -se de medida necessária para cumprirmos os mandamentos
constituci onais de igualdade material entre os sexos, insculpido no artigo 5º,
inciso I, da Cons tituição Federal. No tocante à igualdade material vale
mencionarmos o entendimento do Supremo no sentido de que se autoriza ao
“Estado lançar mão seja de políticas de cunho universalista, que abrangem um
número indeterminado de indivíduos, mediante ações de natureza estrutural,
seja de ações afirmativas, que at ingem grupos sociais determinados, de
maneira pontual, atribuindo a estes certas vantagens, por um tempo limitado,
de modo a permitir -lhes a superação de desigualdades decorrentes de
situações históricas particulares ”.
Para comprovarmos a necessidade de m edidas voltadas
à promoção da cidadania para mulheres, gostaria de apresentar
preliminarmente alguns dados:
1) De acordo com dados do IBGE, cerca de 38% dos lares
brasileiros são chefiados por mulheres.
2) Levantamento organizado pelo Fórum Econômico Mundial
apontou que Índice Global de Desigualdade de Gênero de 2014
mostrou que Brasil perdeu nove posições, com o aumento da
diferença de salários entre homens e mulheres , tendo passado
da 62ª colocação para 71ª entre 142 nações. Na América Latina,
o Brasil está na 15ª posição entre as 25 nações no índice.
3) Segundo estudo organizado pelo Fórum Econômico Mundial, a
renda média dos homens no Brasil é 70% maior que a das
mulheres .
*CD219462509800* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Tia Eron
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PL n.1629/2021 Apresentação: 29/04/2021 13:44 - Mesa 3
Vemos, assim, que existe uma longo caminho a ser
trilhado para que possa existir, de fa to, igualdade de oportunidades entre
mulheres e homens no país. Com esta proposição, busco introduzir no
ordenamento jurídico brasileiro uma modificação nos critérios para concessão
do microcrédito, de modo que mulheres que chefiem famílias passem a ter
prioridade na percepção de tais recursos.
Inicialmente, esclareço que o microcrédito foi instituído
para atender a uma política pública voltada para aumentar a disponibilidade de
crédito na economia, direcionando -o para pessoas físicas de baixa renda,
microempreendedores, dentre outros. Trata -se de um programa existente
desde 2003, tendo sido instituído pela Medida Provisória nº 122, que foi
convertida na Lei nº 10.735/2003.
Da experiência internacional, percebe -se que o
microcrédito é um instrumento poder oso para transformação social em
comunidades carentes. Em experiência realizada na Índia, o Banco de
Madura, buscando expandir sua carteira de crédito rural, instituiu um projeto de
concessão de microcrédito que priorizava o empréstimo a grupos de mulhere s,
investindo ainda em sua educação financeira. Os resultados obtidos foram
benéficos tanto para o Banco como para as vilas em que habitavam essas
mulheres e para as mulheres como cidadãs, tendo -se verificado que elas se
tornaram mais confiantes, articulad as e empoderadas.
Vale menção ainda que, desde 2013, o Banco Central da
Índia pediu aos credores estatais para começar a oferecer empréstimos com
taxas de juros reduzidas a grupos de autoajuda de mulheres. Os bancos
indianos passaram a emprestar a uma taxa de 7% ao ano para valores de até
300 mil rupias indianas (US$ 4,8 mil). A taxa de referência do Banco do Estado
da Índia, a maior instituição estatal do país, era de 10%.
É chegado o momento de também o Legislativo brasileiro ,
dentro dos limites de suas c ompetências constituciona lmente conferidas, atuar
mais incisivamente pela pauta feminina. Esta proposta é, assim, mais um
passo na luta pela justiça social entre sexos. Isso porque , se as mulheres
efetivamente recebem salários menores que os homens, é natu ral que , no
momento de tomada de empréstimos, valores menores de taxas de juros sejam
pagos por elas.
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PL n.1629/2021 Apresentação: 29/04/2021 13:44 - Mesa 4
Certa da importância desta proposição para
solucionarmos a situação de desigualdade econômico -social em que se
encontra a mulher brasileira, solicito o ap oio de meus pares para que este
projeto tenha tramitação célere e seja, em breve, aprovado.
Sala das Sessões, em de de 2015.
Deputada TIA ERON
2015_10006
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PL n.1629/2021 Apresentação: 29/04/2021 13:44 - Mesa |
PL 4923/2023 | Altera Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal) e a Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990 (Lei de Crimes Hediondos), para dispor sobre o estupro na modalidade virtual, e dá outras providências. | dignidade sexual | 1 | F | UNIÃO | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2342801 | CÂMARA DOS DEPUTADOS
Gabinete da Deputada Dayany Bittencourt – União/CE
PROJETO DE LEI N°____, DE 2023
(Da Sra. Dayany Bittencourt)
Altera Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 (Código Penal) e a
Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990
(Lei de Crimes Hediondos), para
dispor sobre o estupro na modalidade
virtual, e dá outras providências.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Altera Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
1940 (Código Penal) e a Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990 (Lei de
Crimes Hediondos), para dispor sobre o estupro na modalidade
virtual, e dá outras providências.
Art. 2º O Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940
(Código Penal), passa a vigorar com a seguinte redação:
“Satisfação de lascívia por meio virtual
Art. 217-B. Aliciar, assediar, instigar, constranger
menor de 14 (quatorze) anos, por meio de
dispositivo eletrônico, informático, telemático
digital ou virtual, conectado ou não à rede de
computadores, a se exibir de forma pornográfica
ou sexualmente explícita, a fim de satisfazer
lascívia própria ou de outrem:
Pena – reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
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PL n.4923/2023Apresentação: 10/10/2023 13:29:34.433 - MESACÂMARA DOS DEPUTADOS
Gabinete da Deputada Dayany Bittencourt – União/CE
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem
pratica as ações descritas no caput contra alguém
que, por enfermidade ou deficiência mental, não
tem o necessário discernimento para a prática do
ato.” (NR)
..................................................
“Art. 226. ..................................
IV - ...........................................
...............................................
Estupro virtual
c) por meio de dispositivo eletrônico, informático,
telemático, digital ou virtual, conectado ou não à
rede de computadores.
...............................................” (NR)
Art. 3º A Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990 (Lei de
Crimes Hediondos), passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 1º ...................................
...............................................
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§
1º, 2º, 3º e 4º) e Satisfação de lascívia por meio
virtual (Art. 217-B).” (NR)
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PL n.4923/2023Apresentação: 10/10/2023 13:29:34.433 - MESACÂMARA DOS DEPUTADOS
Gabinete da Deputada Dayany Bittencourt – União/CE
Art. 4º Fica revogado o inciso II, do parágrafo único, do art.
241-D da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e
do Adolescente).
Art. 5º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
O Projeto de Lei visa ser mais um instrumento de combate
aos crimes virtuais, principalmente sexuais, contra crianças e
adolescentes. Dados da Safer Net Brasil1 mostram que, em 2018, o
Brasil registrou um total de 133.732 queixas de delitos virtuais,
110% a mais em relação ao ano anterior. O principal crime
denunciado foi a pornografia infantil. Segundo a organização, nos
últimos 14 anos, mais de 4,1 milhões de denúncias anônimas foram
contabilizadas contra 790 mil endereços eletrônicos por divulgarem
conteúdo inapropriado na internet.
Diante desse cenário melancólico que a proposição se
manifesta, visto que, a legislação penal necessita de alterações e
aprimoramentos.
No primeiro momento , transfere para o Código Penal o
crime previsto no art. 241-D, parágrafo único, inciso II, do Estatuto
da Criança e do adolescente, assim aprimorando sua aplicação para
todos os menores penalmente vulneráveis, e não somente para as
crianças (pessoas com idade até 12 anos), como previsto na redação
1 Exposição de crianças e adolescentes na internet ocupa 5ª posição no ranking do Disque
100, disponível em: < https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2020-
2/novembro/exposicao-de-criancas-e-adolescentes-na-internet-ocupa-quinta-posicao-no-
ranking-de-denuncias-do-disque-100 >
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vigente atualmente, conferindo-lhe o nome jurídico de “Satisfação de
lascívia por meio virtual”.
O crime consiste em aliciar, assediar, instigar, constranger
menor de 14 (quatorze) anos, por meio de dispositivo eletrônico,
informático, telemático digital ou virtual, conectado ou não à rede de
computadores, a se exibir de forma pornográfica ou sexualmente
explícita, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem. É o caso,
por exemplo, do agente que constrange ou chantageia a pessoa
vulnerável a se exibir pela câmera do computador.
A ideia segue o entendimento do Informativo do Superior
Tribunal de Justiça2 nº 68522 de fevereiro de 2021, que assim
dispõe:
[...] Sobre o tema, frisa-se que é pacífica a
compreensão de que o estupro de vulnerável se
consuma com a prática de qualquer ato de
libidinagem ofensivo à dignidade sexual da vítima,
conforme já consolidado por este Superior Tribunal
de Justiça.
Doutrina e jurisprudência sustentam a
prescindibilidade do contato físico direto do réu
com a vítima, a fim de priorizar o nexo causal
entre o ato praticado pelo acusado, destinado à
satisfação da sua lascívia, e o efetivo dano à
dignidade sexual sofrido pela ofendida. [...]
2 Informativo nº 685, de 22 de fevereiro de 2021, disponível em:
https://processo.stj.jus.br/jurisprudencia/externo/informativo/?
aplicacao=informativo&acao=pesquisar&livre=@CNOT=%27018011%27
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PL n.4923/2023Apresentação: 10/10/2023 13:29:34.433 - MESACÂMARA DOS DEPUTADOS
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Por força do princípio da proporcionalidade, a pena ficou
estabelecida em reclusão de 8 (oito) a 15 (quinze) anos, tendo em
vista que o crime previsto é tão grave quanto o estupro de
vulnerável.
Além disso, insere o crime de “satisfação de lascívia por
meio virtual” no rol de crimes hediondos estabelecido pela Lei nº
8.072, de 25 de julho de 1990, pois além de ser considerado
extremamente grave e repugnante pela sociedade, esse delito
necessita de uma punição mais severa, existindo, portanto,
consequências severas para quem a cometer.
O caráter hediondo visa proteger a população e garantir
uma resposta mais enérgica do sistema de justiça diante de condutas
consideradas especialmente graves e cruéis.
No segundo momento , para conferir maior segurança
jurídica a todos crimes contra a dignidade sexual, o projeto tipifica
como causa de aumento de pena o “estupro virtual”. Assim, a título
de informação, uma causa de aumento de pena é um fator que,
quando presente em um crime, leva a um aumento na punição
imposta ao infrator.
Com a alteração imposta, a punição de estupro de
vulnerável cometido por meio de uma rede social será mais severa,
ou seja, a pena será aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois
terços), se o crime é praticado por meio de dispositivo eletrônico,
informático, telemático, digital ou virtual, conectado ou não à rede de
computadores.
O Brasil não tem mais condições de viver com tamanha
violência, especialmente contra nossas crianças e adolescentes.
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PL n.4923/2023Apresentação: 10/10/2023 13:29:34.433 - MESACÂMARA DOS DEPUTADOS
Gabinete da Deputada Dayany Bittencourt – União/CE
Infelizmente, não são raros os casos em que jovens são vítimas de
crimes contra a dignidade sexual. Com isso, para garantir proteção e
pensado no melhor interesse da criança e do adolescente, pensamos
numa Lei que torne a aplicação da pena mais rigorosa para pedófilos
e estupradores. A violência contra nossos jovens é um absurdo! Não
podemos aceitar!
Assim, solicitamos o apoio dos nobres Pares para a
necessária discussão, eventual adequação e a rápida aprovação deste
projeto de lei.
Gabinete Parlamentar, em 10 de outubro de 2023.
DEP. DAYANY BITTENCOURT
(UNIÃO/CE)
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PL n.4923/2023Apresentação: 10/10/2023 13:29:34.433 - MESA |
PL 3020/2021 | Altera a Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), para dispor sobre a concessão de licença-maternidade, licença-paternidade e salário-maternidade em caso de aborto não criminoso e parto de natimorto. | maternidade | 0 | M | SOLIDARIEDADE | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2066361 | CÂMARA DOS DEPUTADOS
PROJETO DE LEI Nº , DE 2021
(Do Sr. LUCAS VERGILIO)
Altera a Lei nº 8.213, de 24 de julho de
1991, e a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), para dispor sobre a
concessão de licença-maternidade, licença-
paternidade e salário-maternidade em caso
de aborto não criminoso e parto de
natimorto.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º O art. 71 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, passa
a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 71 O salário-maternidade é devido à segurada da
Previdência Social, durante 120 (cento e vinte) dias, com início
no período entre 28 (vinte e oito) dias antes do parto e a data
de ocorrência deste, inclusive em caso de parto de natimorto,
observadas as situações e condições previstas na legislação
no que concerne à proteção à maternidade.
..............................................................................
§ 2º Em caso de aborto não criminoso, comprovado mediante
atestado médico, o salário-maternidade é devido por 14
(quatorze) dias.” (NR)
Art. 2º A Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada
pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, passa a vigorar com as
seguintes alterações:
“Art. 392. ...............................................................................
...............................................................................................
§ 6º Em caso de parto de natimorto, a mulher terá direito aos
120 (cento e vinte) dias previstos neste artigo. ” (NR)
*CD218099248800*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Lucas Vergilio
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PL n.3020/2021Apresentação: 31/08/2021 12:31 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS
“Art. 473 . ...............................................................................
................................................................................................
III – por 5 (cinco) dias, nas seguintes hipóteses:
a)nascimento do filho, inclusive em caso de natimorto;
b)aborto não criminoso sofrido por sua companheira ou
cônjuge, comprovado mediante atestado médico;
........................................................................................” (NR)
Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
A proteção à maternidade e à infância são direitos
constitucionais, restando assegurada licença à gestante, sem prejuízo do
emprego e do salário, pelo período de 120 dias, no art. 7º, inciso XVIII, da
Constituição, dispositivo regulamentado, no tocante a aspectos previdenciários,
pela Lei nº 8.213, de 1991, que prevê a concessão do salário-maternidade,
com duração de 120 dias, com início no período entre 28 dias antes do parto e
a data de ocorrência deste (art. 71).
Quanto à situação da gestante que sofre aborto, o art. 395 da
CLT assegura o direito a um repouso remunerado de duas semanas na
hipótese de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial. E,
embora a lei previdenciária seja silente, o Regulamento da Previdência Social
assegura a concessão do salário-maternidade pelo mesmo período (art. 93, §
5º).
No caso de parto de natimorto, o tema não foi tratado em lei,
tampouco no Regulamento, estando disciplinado pelo art. 343 da Instrução
Normativa nº 77, de 21 de janeiro de 2015, do INSS, que garante o salário-
maternidade pelo período de 120 dias.
A licença-paternidade, por sua vez, deve ser garantida nos
termos fixados em lei, conforme disposto no art. 7º, inciso XIX, da Constituição.
*CD218099248800*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Lucas Vergilio
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PL n.3020/2021Apresentação: 31/08/2021 12:31 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS
Até a regulamentação legal, ficou assegurado o prazo de cinco dias. Não há,
contudo, qualquer proteção ao pai em caso de aborto não criminoso ou parto
de natimorto.
O objetivo desta proposta é incorporar ao texto legal as
referidas garantias concedidas em normas infralegais, de forma a assegurar à
mulher que passa pelo traumático processo de parto de natimorto os mesmos
direitos conferidos em caso de nascimento com vida, ou seja, o benefício de
salário-maternidade por 120 dias.
Quanto ao caso de aborto não criminoso, entendemos também
que deve ser expressamente garantido em lei o direito já sacramentado em
normas infralegais, as quais concedem à mulher um período de licença com o
recebimento de salário-maternidade por duas semanas, ou quatorze dias.
A legislação deve ainda tratar com maior sensibilidade o caso
do pai nas mesmas hipóteses de aborto não criminoso ou parto de natimorto, a
fim de possibilitar que ele esteja ao lado de sua esposa ou companheira,
prestando todo o apoio necessário para a superação do processo de luto pelo
qual passam as famílias. Por essa razão, entendemos que deve ser garantida
ao pai a licença pelo período de, pelo menos, cinco dias.
Contamos, portanto, com o apoio dos ilustres pares para a
aprovação desta proposição.
Sala das Sessões, em de de 2021.
Deputado LUCAS VERGILIO
2021-3374
*CD218099248800*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Lucas Vergilio
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PL n.3020/2021Apresentação: 31/08/2021 12:31 - Mesa |
PL 4659/2019 | Altera o art. 473 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, para dispor sobre o direito de mães e pais que estejam acompanhando seus filhos com patologias graves ou hospitalizados justificar suas faltas ao trabalho. | economia | 0 | M | MDB | null | null |
PL 3112/2021 | Altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, para aumentar a pena do crime de lesão corporal praticado contra a mulher, por razões da condição do sexo feminino. | violencia contra a mulher | 0 | F | PSL | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2070899 | PROJETO DE LEI Nº , DE 2021
(Da Sra. DRA. SORAYA MANATO)
Altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 – Código Penal, para
aumentar a pena do crime de lesão corporal
praticado contra a mulher, por razões da
condição do sexo feminino.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta Lei altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro
de 1940 – Código Penal, para aumentar a pena do crime de lesão corporal
praticado contra a mulher, por razões da condição do sexo feminino.
Art. 2º O § 13 do art. 129 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 129. ...................................................................
...................................................................................
§ 13. ..........................................................................
Pena – reclusão, de 5 (cinco) a 8 (oito) anos.” (NR)
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
A violência contra a mulher é uma prática que assola nosso
País e deve ser duramente combatida, por meio de mecanismos que inibam a
ação dos criminosos.
O recrudescimento do tratamento penal dispensado aos
agressores é medida que se revela necessária para desestimular o
cometimento de delitos dessa natureza.
*CD215561990600*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Dra. Soraya Manato
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PL n.3112/2021Apresentação: 09/09/2021 15:10 - Mesa2
As penas atualmente aplicáveis ao autor de violência contra a
mulher são demasiadamente brandas e não se prestam à proteção da
integridade corporal da vítima, tampouco representam justa punição ao
agressor.
Com efeito, a Lei nº 14.188, de 28 de julho de 2021, que
recentemente alterou o Código Penal para inserir qualificadora à lesão corporal
quando o crime for praticado c ontra a mulher por razões da condição do sexo
feminino, estabeleceu pena irrisória de 1 (um) a 4 (quatro) anos de reclusão ao
criminoso.
Consideramos que tal sanção não se mostra apta a coibir os
abusos físicos decorrentes dos casos de violência contra a mulher, motivo pelo
qual propomos o aumento dos patamares mínimo e máximo da pena no intuito
de frear esse tipo de comportamento doentio.
Por essas razões, tomamos a presente iniciativa, esperando
contar com o apoio de nossos ilustres pares para a aprovação deste Projeto de
Lei.
Sala das Sessões, em de de 2021.
Deputada DRA. SORAYA MANATO
2021-11897
*CD215561990600*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Dra. Soraya Manato
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PL n.3112/2021Apresentação: 09/09/2021 15:10 - Mesa |
PL 330/2023 | Altera a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre o diagnóstico e tratamento de trombofilias nas mulheres. | direitos sociais | 0 | F | REPUBLICANOS | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2233290 | PROJETO DE LEI Nº , DE 2023
(Da Sra. MARIA ROSAS)
Altera a Lei nº 8.080, de 19 de
setembro de 1990, para dispor sobre o
diagnóstico e tratamento de trombofilias nas
mulheres.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º A Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, passa a
vigorar com o seguinte art. 19-V:
“Art. 19-V O SUS fica obrigado a disponibilizar os exames
necessários para o diagnóstico de trombofilias em mulheres e as terapias
necessárias para o seu tratamento.
Parágrafo único. Os exames laboratoriais e complementares
para a detecção de trombofilias em mulheres devem contemplar estratégias de
triagem preventiva e realizados pelo menos nas seguintes situações:
I – antes da prescrição do primeiro anticoncepcional;
II – acompanhamento no pré-natal; e
III – antes da prescrição de reposição hormonal.” (NR)
Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação oficial.
JUSTIFICAÇÃO
A trombofilia é um termo que se refere a um grupo de
distúrbios da coagulação associados a uma predisposição do indivíduo a
eventos trombóticos com a formação de trombos (coágulos), como ocorre na
trombose venosa profunda e na embolia pulmonar. Os distúrbios relacionados
*CD232783829800*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Maria Rosas
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PL n.330/2023Apresentação: 07/02/2023 14:33:42.040 - MESA2
a esses estados de hipercoagulabilidade do sangue podem ser adquiridos ou
herdados geneticamente.
As mulheres constituem um grupo de especial atenção no que
tange às trombofilias. Isso porque o estado gestacional é um dos fatores que
levam a distúrbios na coagulação. Quando uma gestante desenvolve
trombofilia, há uma elevação no risco da gestação. Se associada a outros
fatores de risco, o quadro tende a ser ainda mais grave, colocando em perigo a
vida da mãe e do feto. Importante destacar a existência de estudos que
relacionam as trombofilias a eventos obstétricos adversos, como retardo de
crescimento fetal intrauterino, natimortalidade, início precoce de pré-eclâmpsia
grave e descolamento de placenta.
A maior propensão das mulheres em desenvolver quadros
clínicos relacionados com as trombofilias pode ser detectada por exames
diagnósticos complementares e que permitem uma intervenção preventiva que
amplia a proteção da gestante e do feto. Atualmente, existem medicamentos e
outros tratamentos bastante seguros para o uso na fase gestacional que
viabilizam a prevenção da ocorrência de distúrbios na coagulação.
Portanto, há disponibilidade de tecnologias aptas e adequadas
para o diagnóstico e o tratamento das trombofilias. O SUS possui, por previsão
constitucional, o dever de garantir o atendimento integral e universal à saúde, o
que obviamente inclui as intervenções para os cuidados às necessidades
específicas das mulheres.
A lei deve, nesse contexto, prever o direito de acesso às
estratégias para a prevenção da ocorrência de trombofilias nas mulheres e,
assim, reduzir os riscos aumentados dessa condição clínica na fase
gestacional.
Em face da relevância da matéria para a proteção das grávidas
e do nascituro, conclamo meus pares no sentido da aprovação desta matéria.
Sala das Sessões, em de de 2023.
*CD232783829800*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Maria Rosas
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD232783829800
PL n.330/2023Apresentação: 07/02/2023 14:33:42.040 - MESA3
Deputada MARIA ROSAS
2022-9853
*CD232783829800*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Maria Rosas
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD232783829800
PL n.330/2023Apresentação: 07/02/2023 14:33:42.040 - MESA |
PL 321/2021 | Garante à mulher igualdade nos valores das premiações relativas às competições desportivas realizadas em todo o Brasil, por qualquer órgão, entidade ou unidade que componha os Poderes da República Federativa do Brasil.
NOVA EMENTA: Proíbe o custeio com recursos públicos da administração direta ou indireta de iniciativas que não garantam entre atletas homens e atletas mulheres valores idênticos pagos a título de premiação nas competições desportivas que organizarem ou de que participarem. | direitos sociais | 0 | F | PROS | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1961820 | PROJETO DE LEI Nº _____/2021
(Dep. Rosangela Gomes)
Garante à mulher igualdade nos
valores das premiações relativas às
competições desportivas realizadas em
todo o Brasil, por qualquer órgão,
entidade ou unidade que componha os
Poderes da República Federativa do
Brasil.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º. É vedada qualquer tipo de discriminação à mulher no que diz
respeito aos valores das premiações relativas as competições desportivas
realizadas por qualquer órgão, entidade ou unidade que componha os Poderes
da República Federativa do Brasil.
Parágrafo Único - A discriminação de que trata o caput refere-se ao
estabelecimento de valores diferenciados nas premiações de competições
desportivas das quais participem homens e mulheres
Art. 2º. Aplica-se o disposto nesta Lei aos eventos desportivos
promovidos com apoio ou realizados em espaços administrados pelo Poder
Público Federal.
Art. 3°. A inobservância ao disposto nesta Lei acarretara ao promotor do
evento desportivo multa no valor de R$5.000,00(cinco mil reais) a R$
200.000(duzentos mil reais) a serem depositados em prol dos fundos de
assistência à Mulher do Governo Federal.
Art. 4°. Esta Lei entra em vigor a partir do 30º (trigésimo) dia contado da
data de sua publicação.
Art. 5°. Revogam-se as disposições em contrário.
*CD214535511800*Documento eletrônico assinado por Rosangela Gomes (REPUBLIC/RJ), através do ponto SDR_56325,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.321/2021Apresentação: 09/02/2021 11:24 - MesaJUSTIFICATIVA
A presente proposta de Projeto de Lei visa garantir igualdade na
estipulação dos valores pagos nas premiações das competições desportivas
realizadas ou apoiadas por qualquer dos Poderes da República Federativa do
Brasil.
Nao se pode mais conceber tal discriminação contra a mulher. É
necessário garantir os seus direitos, estimular cada vez mais a sua participação
em igualdade de condições com o homem, valorizando-a e apoiando-a cada
vez mais.
Exemplo disso ocorreu recentemente na Franca, quando se adotou
valores semelhantes para as premiações relativas aos torneiros de tênis, tal
como Roland Garros.
Dessa forma, diante da importância da matéria em questão, que
preserva o interesse da MULHER, encareço o apoio dos ilustres Senhores
Deputados para a sua aprovação.
Sala das Sessões,
Brasília, de de 2021.
Dep. Fed. ROSANGELA GOMES
Republicanos/RJ
*CD214535511800*Documento eletrônico assinado por Rosangela Gomes (REPUBLIC/RJ), através do ponto SDR_56325,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.321/2021Apresentação: 09/02/2021 11:24 - Mesa |
PL 1136/2019 | É criado o dia nacional de conscientização das doenças cardiovasculares na mulher, a ser celebrado no dia 14 de maio. | direitos sociais | 0 | F | REPUBLICANOS | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1714993 | CAMARA DOS DEPUTADOS
PROJETO DE LEI N º , DE 201 9
(Da Sra. Mariana Carvalho )
É criado o Dia Nacional de
Conscientização das Doenças
Cardiovasculares na Mulher, a ser celebrado
no dia 14 de maio .
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1 º É criado o Dia Nacional da Conscientização das Doenças
Cardiovasculares na Mulher, a ser celebrado no dia 14 de maio.
Art. 2 º O disposto no art. 1 º visa principalmente, entre outras ações,
permitir iniciativas e ações do poder público em parceria com entidades médicas, em
especial a Sociedade Brasileira de Cardiologia, universidades, escolas, associações e
sociedade civil, na organização de palestras, eventos, e treinamentos sobre as Doenças
Cardiovasculares na Mulher, para ações de prevenção e conscientização sobre os fatores
de risco cardiovascular, ampliando e antecipando o diagnóstico, com reconhecimento
dos sinais de alerta, para permitir o tratamento precoce e a reabilitação, com o fim de
minimizar seu impacto na v ida das pacientes, familiares e de toda a sociedade brasileira.
Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICATIVA
Entre as doenças crônicas não transmissíveis, as do aparelho circulatório
constituem a principal causa de morte no mundo, e no Brasil, que apresenta uma das
mais altas taxas de mortalidade da América do Sul. As doenças cardiovasculares
representam um terço das mortes por todas as causas, e acometem homens e mulheres
em todas as suas faixas etárias, representando mais d o que o dobro das mortes por todas
as neoplasias associadas. As mulheres têm aumento de prevalência e de mortes após a
menopausa, o que agrava as perspectivas em futuro próximo pelo envelhecimento e
adoecimento da população feminina no Brasil.
Atualmente as doenças isquêmicas do coração são responsáveis pela
maioria das mortes em todas as unidades da federação, seguida pelas doenças
cerebrovascular. Um aspecto particular é o da desigualdade de acometimento entre as
2
regiões, tanto no acesso ao diagnóstico c omo ao tratamento, de acordo com as
particularidades determinadas pelos indicadores sociais e econômicos, nas
macrorregiões, estados e cidades de diferentes portes no Brasil. Cerca de metade da
mortalidade por doenças cardiovasculares antes dos 65 anos pod e ser atribuída à
pobreza. Alimentação inadequada, baixa atividade física, consumo de álcool e
tabagismo são outros importantes fatores de risco para as doenças cardiovasculares
(DVC) em mulheres, e mais prevalentes nas classes sociais menos favorecidas da
população, incluído as crianças e adolescentes brasileiros. Assim, os programas de
prevenção primária e secundária, bem como o maior acesso ao diagnóstico, nessa
camada da população poderão ter impacto ainda maior na morbimortalidade por DCV.
Na maioria das vezes, as doenças cardiovasculares podem ser prevenidas
por ações de saúde pública que envolvem o controle de fatores de risco, assim como
pelo manejo clínico otimizado dos pacientes. A redução das doenças cardiovasculares
em mulheres no Brasil, e no m undo, é uma tarefa complexa, que depende de inúmeros
agentes e de um esforço continuado.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), que reúne a maioria dos
cardiologistas brasileiros, incluindo em seus quadros um terço de cardiologistas
mulheres, tem de senvolvido ações continuadas para a diminuição da morbimortalidade
por doenças cardiovasculares. Desse modo, foi publicado, nos Arquivos Brasileiros de
Cardiologia a “Carta do Rio de Janeiro”, elaborada sob os auspícios da Sociedade
Brasileira de Cardiolog ia durante o III Brasil Prevent/I América Latina Prevent,
referendando a meta global de redução de 25% na mortalidade precoce por doenças não
transmissíveis até́ 2025, em homens e mulheres, estabelecida na World Health
Assembly, da qual o Brasil é signatá rio. A carta foi assinada pela SBC, Sociedad
Interamericana de Cardiologia, American Heart Association, European Society of
Cardiology e World Heart Federation , e avançou em estabelecer deliberações de ações
concretas para atingir metas globais. Dentre ela s destacam -se: “Implementar ações para
aquisição de informação epidemiológica, incluindo mortalidade e morbidade
cardiovascular, execução e manutenção de registros já existentes em alguns dos
signatários, visando o desenvolvimento de estratégias que promo vam o planejamento
das ações de saúde” e “Criar um fórum internacional de discussão permanente para
monitorar as ações voltadas para prevenção, diagnóstico e tratamento dos fatores de
risco cardiovascular na América Latina”,
Mesmo tendo em vista os enormes avanços científicos e tecnológicos já
alcançados ou em perspectiva na cardiologia, precisamos modificar o paradigma de
saúde e doença, com o objetivo de abordagem populacional, que viabilize o benefício de
tais conquistas a toda a população. Para tanto, se faz necessário um grande pacto entre a
sociedade civil, as sociedades de especialidade, o governo, e a comunidade para que
seja implementada uma reforma na educação médica e na educação dos demais
profissionais da saúde, pa ralelamente a uma ampla discussão na sociedade, contribuindo
para a conscientização, prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças que mais
causam mortes, em homens e mulheres no Brasil.
Na Constituição Federal do Brasil foi estabelecido o compromisso
inalienável com a preservação da dignidade da pessoa humana, definindo a saúde como
direito social, assegurando -se o acesso universal, integral e gratuito a todos os
brasileiros. Por oportuno, é importante destacar, que o movimento de mulheres teve 3
uma part icipação marcante, ao visibilizar um conjunto de reivindicações relativas ao seu
processo de exclusão, assim como ao lutar pela inclusão dos direitos humanos para as
mulheres, como também por outras ações de realce da cidadania no Brasil.
A Car ta Magna de 1988 incorporou no a rt. 5º, I: “Homens e mulheres são
iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição”. E no Artigo 226,
Parágrafo 5 º: “Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos pelo
homem e pela mulher”. Esses doi s artigos garantiram a condição de equidade de gênero,
bem como a proteção dos direitos humanos das mulheres pela primei ra vez na
República Brasileira.
Mesmo com as garantias constitucionais, as iniquidades em relação às
mulheres persistem e, lamentavelme nte, ainda espreitam a sociedade brasileira, por isso,
necessário se faz, por intermédios de ações afirmativas, remarcar a necessidade de
assegurar a igualdade imprescindível entre homens e mulheres, particularmente, em
relação a conscientização das DCV na mulher que lamentavelmente ainda são
negligenciadas no Brasil.
Sala das Sessões, em de de 201 8.
Deputada MARIANA CARVALHO
PSDB/RO |
PL 116/2020 | Altera a Lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006, para caracterizar, dentre outras, a forma de violência eletrônica contra a mulher. | violencia contra a mulher | 0 | F | PDT | null | null |
PL 1462/2019 | Altera a lei complementar nº 78, de 30 de dezembro de 1993, para estabelecer percentual de vagas destinadas ao preenchimento por mulheres nas eleições proporcionais. | politica | 0 | F | PT | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1718594 | PROJETO DE LEI Nº , DE 2019
(Da Sra. Gleisi Hoffmann)
Altera a Lei Complementar n º 78, de 30 de dezembro de
1993, para estabelecer percentual de vagas destinadas
ao preenchimento por mulheres nas eleições
proporcionais.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1 º A Lei Complementar n º 78, de 30 de dezembro de 1993,
passa a vigorar acrescida dos seguinte artigo:
“Art. 3ºA. Observado o disposto nos artigos 2º e 3º desta Lei
Complementar, a representação dos Estados, do Distrito Federal e do
Território Federal terá cinquenta por cento das vagas reservadas para
preenchimento por mulheres.
§1º Para o cálculo do percentual de que trata o caput deste
artigo, o Tribunal Superior Eleitoral desprezará a fração, se inferior a
meio, e igualará a um, se igual ou superior.
§2º Será reservado o mesmo percentual de vagas estabelecido no
caput deste art igo, a ser preenchido por mulheres, na representação
das Assembléias Legislativas Estaduais, Câmara Legislativa do
Distrito Federal e das Câmaras Municipais, observado o critério de
cálculo de que trata o seu §1º.
Art. 2 º Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua
publicação.
2
JUSTIFICAÇÃO
A disparidade entre os sexos na composição dos Legislativos brasileiros
revela que dificilmente o equilíbrio político entre homens e mulheres será alcançado
naturalmente, dema ndando, portanto, a adoção de medidas afirmativas.
A título de exemplificação, verificamos que nas eleições para Deputado
Federal de 2018 foram eleitas apenas 77 mulheres, o que representa cerca de 15% da
compo sição da Câmara dos Deputados, em uma populaçã o onde 51,6% são mulheres
(segundo IBGE 2014).
Conforme dados da Inter -Parliamentary Union, em um ranking de 188
países, o Brasil passou a ocupar em 2011 a 108ª posição, numa escala decrescente de
participação feminina na Câmara dos Deputados, atrás da mai oria dos países da América
do Sul, como a Argentina, Peru, Suriname, Venezuela, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai.
Para corrigir a distorção na representação feminina nos parlamentos,
oferecemos o presente projeto de lei complementar, que fixa o percentua l mínimo de
cinquenta por cento na representação da Câmara dos Deputados, das Assembléias
Legislativas Estaduais, da Câmara Legislativa do Distrito Federal e das Câmaras
Municipais.
Nos termos da presente proposta, no cálculo do referido percentual o
Tribu nal Superior Eleitoral deverá desprezar a fração, se o resultado for inferior a meio, e
igualar a um, se igual ou superior.
A aprovação da presente proposta representa um passo fundamental em
direção ao aperfeiçoamento da representação política feminina no Brasil, razão pela qual
solicitamos o apoio dos nobres pares.
Sala das Sessões,
Brasília, de de 2019.
Deputada GLEISI HOFFMANN (PT/PR) |
PL 4149/2019 | Institui a Semana Nacional do Nascituro | direitos sexuais e reprodutivos | 1 | F | PL | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1781167 |
Câmara dos Deputados | Anexo IV – 4º andar – Gabinete 446 | 70100 -970 Brasília DF
Tel (61) 3215 -5446 | dep.christonietto@camara.leg.br
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Gabinete da Deputada CHRIS TONIETTO – PSL/RJ
PROJETO DE LEI Nº , DE 2019
(Da Sra. Deputada CHRIS TONIETTO )
Institui a Semana Nacional do Nascituro .
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1o Fica instituída a Semana Nacional do Nascituro a ser comemorada, anualmente, em todo
território nacional, na primeira semana do mês de outubro.
Art. 2o A Semana do Nascituro tem como objetivo:
I – A promoção de políticas públicas que visem a melhor proteção ao nascituro.
II – Propagação de ações que valorizem a vida desde a concepção.
III – Realização de debates, palestras, seminários, congressos e prêmios que abordem a temática da
defesa da vida e promovam ações concretas de combate à Cultura da Morte.
Art. 3º Esta lei entra em v igor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
Em seu grande livro “Morte e Vida Severina”, também chamado de “Auto de Natal
Pernambucano”, João Ca bral de Mello Neto descreve a vida. Na voz de Seu José Mestre Carpina, a
vida, em “Morte e Vida Severina ” é relatada com toda alegria que merece e com tod a a dign idade que
lhe é devida: “Mesmo quando é assim pequena / a explosão, como a ocorrida / Como a de há pouco,
franzina. /Mesmo quando é a explosão /De uma vida severina” .
A vida, em todas as suas etapas, tem dignidade e deve ser promovida e protegida. De igual
forma, e sempre, precisa ser celebrada.
O presente Projeto de Lei tem como objetivo principal fixar, através do estabelecimento da
Semana Nacional do Nascituro , na primeira semana do mês de outubro, o comprometimento do Estado
brasileiro com a vida em todos os seus momentos, desde a concepção até a morte natural.
PL n.4149/2019 Apresentação: 18/07/2019 18:02
Câmara dos Deputados | Anexo IV – 4º andar – Gabinete 446 | 70100 -970 Brasília DF
Tel (61) 3215 -5446 | dep.christonietto@camara.leg.br
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Gabinete da Deputada CHRIS TONIETTO – PSL/RJ
Este comprometimento, longe de assinalar uma nova abordagem ideológica do tema, é apenas a
expressão com pleta da inviolabilidade do direito à vida, tal como exposto no artigo 5º da Constituição
Federal.
Diante dos ataques que nossas instituições democráticas têm sofrido, através de um ativismo
judicial que usurpa a competência legislativa e cuja durabilidad e já o caracteriza como uma ameaça
permanente à ordem constitucional, é dever desta Casa ressaltar com toda a veemência os princípios
constitucionais que regem nossas leis, bem como os princípios morais que os fundamentam e a vontade
popular que os sustent a (segundo levantamentos recentes, 80% dos brasileiros são contrários ao aborto
em qualquer circunstância).
Nada une mais as três instâncias supracitadas do que a defesa do nascituro e da dignidade da
pessoa humana dos bebês ainda não nascidos, frágeis e sem voz no ventre materno. A afirmação dos
direitos do nascituro por esta Casa é, portanto, ao mesmo tempo, a defesa de nossa democracia.
A instituição de datas comemorativas possui em geral uma função dupla: em primeiro lugar, a
do cumprimento de um de ver de justiça perante aquilo que se deseja homenagear ou destacar; em
segundo, a da instrução do público, mediante participação em celebrações cívicas, a respeito do objeto
da comemoração.
Que a Semana Nacional do Nascituro, uma vez estabelecida, preste o devido respeito aos
milhares de bebês assassinados anualmente no ventre de suas mães, e contribua para o fortalecimento de
uma cultura de valorização da vida e de responsabilidade pessoal e social em nosso país.
Destarte, resta inconteste a relevância da proposição apresentada , que tem como fundamento
fortalecer a defesa e proteção integral do nascituro, motivo pelo qual contamos com o apoio dos nobres
pares para a aprovação do presente Projeto de Lei.
Sala das Sessões, ____ de ________ de 2019.
CHRIS TONIETTO
Deputada Federal PSL/RJ
PL n.4149/2019 Apresentação: 18/07/2019 18:02 |
PL 1523/2021 | Altera a Lei n.º 11.340, de 7 de agosto de 2006 – Lei Maria da Penha e o Decreto-Lei n.º 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, para vedar a nomeação, no âmbito da Administração Pública direta e indireta, para os cargos ou empregos públicos de qualquer natureza, de pessoas que tiverem sido condenadas, com trânsito em julgado, pelos crimes cometidos com violência doméstica e familiar contra a mulher. | violencia contra a mulher | 0 | M | PSDB | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1997500 | CÂMARA DOS DEPUTADOS
PROJETO DE LEI Nº , DE 2021
(Do Sr. Dagoberto Nogueira)
Altera a Lei n.º 11.340, de 7 de
agosto de 2006 – Lei Maria da Penha e o
Decreto-Lei n.º 2.848, de 7 de dezembro de
1940 – Código Penal, para vedar a
nomeação, no âmbito da Administração
Pública direta e indireta, para os cargos ou
empregos públicos de qualquer natureza, de
pessoas que tiverem sido condenadas, com
trânsito em julgado, pelos crimes cometidos
com violência doméstica e familiar contra a
mulher.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º. Esta lei altera a Lei n.º 11.340, de 7 de agosto de 2006 – Lei
Maria da Penha e o Decreto-Lei n.º 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código
Penal, para vedar a nomeação, no âmbito da Administração Pública direta e
indireta, para os cargos ou empregos públicos de qualquer natureza, de
pessoas que tiverem sido condenadas, com trânsito em julgado, pelos crimes
cometidos com violência doméstica e familiar contra a mulher.
Art. 2º. A Lei n.º 11.340, de 7 de agosto de 2006 – Lei Maria da
Penha, passa a vigorar a crescida do seguinte art. 41-A:
“Art. 41-A. Fica vedada a nomeação, no âmbito da
Administração Pública direta e indireta, para os cargos ou
empregos públicos de qualquer natureza, de pessoas que
tiverem sido condenadas, com trânsito em julgado, pelos
crimes cometidos com violência doméstica e familiar
contra a mulher.
Parágrafo único. O impedimento de que trata este artigo
cessará após o integral cumprimento da pena . (NR)”
*CD212295834800*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Dagoberto Nogueira
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD212295834800
PL n.1523/2021Apresentação: 23/04/2021 17:44 - Mesa
Art. 3º. O art. 92 do Decreto-Lei n.º 2.848, de 7 de dezembro de
1940 – Código Penal, passa a vigorar acrescido do seguinte inciso IV:
“Art. 92. .............................................................................
...........................................................................................
IV - a vedação para nomeação, no âmbito da
Administração Pública direta e indireta, para os cargos ou
empregos públicos de qualquer natureza, de pessoas que
tiverem sido condenadas, com trânsito em julgado, pelos
crimes cometidos com violência doméstica e familiar
contra a mulher, de que trata a Lei n.º 11.340, de 7 de
agosto de 2006.
...........................................................................................
§ 2º - O impedimento de que trata o inciso IV cessará
após o integral cumprimento da pena . (NR)”
Art. 4º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
A presente proposição tem por objeto vedar a nomeação, em
cargos da Administração direta e indireta ou em empregos públicos de
qualquer natureza, de pessoas condenadas em sentença com trânsito em
jugado, pelos crimes cometidos com violência doméstica e familiar contra a
mulher, de que trata a Lei n.º 11.340, de 7 de agosto de 2006 .
O projeto de lei segue o princípio da moralidade administrativa
previsto no art. 37 da Constituição Federal, pois não seria conveniente que a
Administração Pública tivesse em seus quadros agressores condenados por
violência doméstica e familiar contra a mulher. Além disso, tal conduta não se
coaduna com o serviço público já que comprometeria a idoneidade moral
exigida para exercer um cargo público, qual seja: honra, dignidade,
respeitabilidade e reputação ilibada.
*CD212295834800*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Dagoberto Nogueira
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD212295834800
PL n.1523/2021Apresentação: 23/04/2021 17:44 - Mesa
Além disso, o texto busca aperfeiçoar o sistema de proteção às
mulheres vítimas de violência doméstica e cria uma maneira de coibir esses
comportamentos reprováveis, que devem ser repelidos pela atuação conjunta
da sociedade e do poder público, impedindo que os agressores sejam
nomeados em cargos ou empregos públicos.
Por estas razões apresentamos o presente projeto de lei e
solicitamos o apoio dos pares para aprovação da proposição.
Sala das Sessões, em de de 2021.
Deputado Dagoberto Nogueira
PDT/MS
*CD212295834800*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Dagoberto Nogueira
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD212295834800
PL n.1523/2021Apresentação: 23/04/2021 17:44 - Mesa |
PL 3922/2021 | Discorre sobre um dia destinado ao Combate do Feminicídio. | feminicidio | 0 | M | PP | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2101123 | PROJETO DE LEI Nº , DE 2021
(Do Sr. JOSÉ NELTO)
Discorre sobre um dia destinado ao
Combate do Feminicídio.
O CONGRESSO NACIONAL DECRETA:
Art.1º Fica estabelecido a ser celebrado como forma de conscientização
popular, o dia do Combate ao Feminicídio.
Art. 2º Institui-se o dia 10 de outubro como o dia do “Diga não ao
feminicídio”.
Art. 3º Caberá ao Poder Executivo estabelecer formas de
implementação dos pontos de apoio as mulheres. Tais pontos irão dispor de
debates, palestras, entre outros eventos relacionados.
Art. 4º Cabe ao Poder Executivo a elaboração de estudo das áreas
identificadas como pontos de apoio.
Art. 5º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação
JUSTIFICATIVA
Todos os dias, um número significativo de mulheres, jovens e meninas
são submetidas a alguma forma de violência no Brasil. Assédio, exploração sexual,
estupro, tortura, violência psicológica, agressões por parceiros ou familiares,
perseguição, feminicídio. Sob diversas formas e intensidades, a violência de
gênero é recorrente e se perpetua nos espaços públicos e privados, encontrando
nos assassinatos a sua expressão mais grave.
*CD218751426200*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. José Nelto
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD218751426200
PL n.3922/2021Apresentação: 08/11/2021 16:18 - MesaHá outras formas de violência que acompanham a violência fatal. É
bastante eloquente mostrar a gravidade desse fenômeno: o feminicídio é a etapa
final desse contínuo de violência.
O Brasil convive com elevadas estatísticas de violências cotidianas
praticadas contra as mulheres – o que resulta em um destaque perverso no cenário
mundial: é o 5º país com maior taxa de homicídio de mulheres. O feminicídio não é
aceitável em uma democracia, pois é a violação de um dos direitos mais
fundamentais do ser humano: o direito à vida.
É preciso visibilizar que há um problema muito sério no Brasil: estão
matando mulheres. Ou seja, estão assassinando mulheres de modos muito cruéis,
em muitos casos de formas absolutamente atrozes, e mulheres cada vez mais
jovens.
Apesar de graves e impactantes, esses dados podem ainda
representar apenas uma parte da realidade, uma vez que uma parcela considerável
dos crimes não chega a ser denunciada ou, quando são, nem sempre são
reconhecidos e registrados pelos agentes de segurança e justiça como parte de um
contexto de violência contra as mulheres.
Com isso, a dimensão dessa violência letal ainda não é
completamente conhecida no país, instituir uma data de conscientização,
principalmente em locais de baixa renda, é de suma importância para ajudar
mulheres que passam por essa situação.
Como sugestão, indica-se o dia 10 de outubro, data em que é
comemorado o dia nacional contra a violência à mulher.
Dessa forma, por entendermos que a proposta é benéfica para a
prevenção e solução de inúmeros casos, pedimos a colaboração dos nobres
Colegas para a sua aprovação.
Sala das Sessões, em de de 2021.
Deputado JOSÉ NELTO
(Pode/GO)
*CD218751426200*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. José Nelto
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD218751426200
PL n.3922/2021Apresentação: 08/11/2021 16:18 - Mesa |
PL 4069/2020 | Estabelece garantia de 10% do Fundo Eleitoral para estas candidaturas de negros e negras.. | politica | 1 | M | PT | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1919110 | CÂMARA DOS DEPUTADOS
PROJETO DE LEI Nº,DE 2020
(Do Sr. REGINALDO LOPES )
Estabelece garantia de 10% do Fundo
Eleitoral para estas candidaturas de negros e
negras..
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Acrecenta-se ao art. 44 da Lei 9096, de 19 de
setembro de 1995 o inciso XII com a seguinte redação:
XII - Na criação e manutenção de programas de promoção e
difusão da participação de negros e negras, criados e executados pela
Secretaria de Igualdade Racial ou, a critério da agremiação, por instituto com
personalidade jurídica própria, presidido por pessoas autodeclaradas negras,
em nível nacional, conforme percentual que será fixado pelo órgão nacional de
direção partidária, observado o mínimo de 10% (dez por cento) do total;
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
O Brasil é o país com maior população negra fora do continente africano.
No entanto, nas últimas eleições, apenas 4% dos parlamentares eleitos se
autodeclaravam negros. Nosso país tem em sua história a vergonha de ter
permitido três séculos de escravidão da população negra.
A completa ausência de políticas reparatórias durantes anos também
contribuiu para o racismo estrutural do Estado brasileiro, algo que a própria
Câmara dos Deputados reconheceu em ocasião da CPI de Enfrentamento ao
Homicídio de Jovens Negros e Pobres, em 2015.
De acordo com o Atlas da Violência, 75% das vítimas de homicídios no
Brasil são negras. Uma maior representação dessa população nos espaços de
poder é condição fundamental para mudar essa realidade. Na sociedade, negros
*CD208821518500*Documento eletrônico assinado por Reginaldo Lopes (PT/MG), através do ponto SDR_56272,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.4069/2020Apresentação: 04/08/2020 17:04 - MesaCÂMARA DOS DEPUTADOS
e negras ainda sofrem diariamente na busca por respeito e por igualdade. E não
é diferente na política. Assim, garantir 10% do Fundo Eleitoral para a viabilizar a
candidatura de cidadãos negros e negras é uma importante medida que trará
bons frutos ao país como um todo e garantirá melhor representatividade e
abrangência nas políticas públicas.
Sala das Sessões, emde julho de 2020.
Deputado Reginaldo Lopes
Deputado Federal
*CD208821518500*Documento eletrônico assinado por Reginaldo Lopes (PT/MG), através do ponto SDR_56272,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.4069/2020Apresentação: 04/08/2020 17:04 - Mesa |
PL 2683/2021 | Dispõe sobre a garantia da Dignidade Menstrual para meninas e mulheres dos grupos que menciona. | direitos sexuais e reprodutivos | 0 | F | PSDB | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2050182 | PROJETO DE LEI Nº , DE 2021
(Da Sra. TEREZA NELMA)
Dispõe sobre a garantia da Dignidade
Menstrual para meninas e mulheres dos
grupos que menciona.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º. Esta lei dispõe sobre a garantia da Dignidade Menstrual
para meninas e mulheres dos grupos que menciona.
Art. 2º. A Dignidade Menstrual consiste no acesso a recursos
de higiene e saúde que permitam a plena realização das atividades cotidianas
de meninas e mulheres no período menstrual.
Art. 3º. Será garantido o acesso a absorventes higiênicos,
coletores menstruais e assemelhados em quantidade suficiente para as trocas
necessárias, nos termos regulamentares.
Art. 4º. A garantia da Dignidade Menstrual se aplica a:
I - alunas da rede pública de ensino;
II - mulheres encarceradas;
III - mulheres em situação de vulnerabilidade social,
beneficiadas pelo Programa Bolsa-Família;
IV - mulheres em situação de rua.
Art. 5º. Serão realizadas atividades educativas e campanhas
de esclarecimento a respeito da Dignidade Menstrual, higiene e saúde no
período menstrual, nos termos regulamentares.
Art. 6º. Esta lei entra em vigor cento e oitenta dias após a data
de sua publicação oficial.
*CD217866797700*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Tereza Nelma
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD217866797700
PL n.2683/2021Apresentação: 03/08/2021 17:21 - Mesa2
JUSTIFICAÇÃO
Não há motivo para que o mundo de hoje admita a restrição de
atividades a mulheres em fase menstrual pela absoluta falta de absorventes. E
o fato é verdadeiro e muito comum, inclusive em países desenvolvidos, onde
cresceu a percepção de que existe ainda mais uma barreira para a plena
participação feminina na vida cotidiana. A falta de acesso a absorventes
higiênicos é uma grande causa de falta às aulas e mesmo ao trabalho. Claro,
também, que se trata de situação humilhante, que marca toda a vida da
mulher.
O preço dos absorventes é absurdamente alto para grande
parte da população, claro, as pessoas de menor poder aquisitivo. Assim,
mulheres e meninas são compelidas a fazer uso de materiais inusitados como
papel, miolo de pão ou tecidos, para tentar absorver o sangue menstrual. Eles
não só não resolvem o problema, como podem trazer infecções e alergias
locais. Evidentemente, não há como garantir a higiene dessas práticas.
Diante desse drama, pretendemos lançar as bases para uma
profunda discussão de estratégias para viabilizar o acesso adequado e
suficiente dessas mulheres e meninas a absorventes higiênicos, coletores
menstruais ou assemelhados, permitindo que se removam impedimentos
injustos para sua realização plena coo seres humanos. Diante da justeza da
iniciativa, pedimos não apenas o apoio, mas contribuições para enriquecer e
aperfeiçoar os termos de nossa proposta.
Sala das Sessões, em de de 2021.
Deputada TEREZA NELMA
*CD217866797700*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Tereza Nelma
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD217866797700
PL n.2683/2021Apresentação: 03/08/2021 17:21 - Mesa |
PL 1141/2023 | Altera os artigos 1.578 e 1.704, da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, extinguindo seus incisos e parágrafos, para excluir do Código Civil a análise de culpa nos casos de divórcio. | direitos sociais | 0 | M | PT | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2243421 | PROJETO DE LEI Nº , DE 2023.
(Do Sr. Rubens Pereira Junior)
Altera os artigos 1.578 e 1.704, da Lei
nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002,
extinguindo seus incisos e parágrafos,
para excluir do Código Civil a análise de
culpa nos casos de divórcio.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º - Esta lei altera os artigos 1.578 e 1.704, da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro
de 2002, extinguindo seus incisos e parágrafos, para excluir do Código Civil a
análise de culpa nos casos de divórcio.
Art. 2º - Os arts. 1.578 e 1.704, ambos da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002,
passam a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 1.578. No caso de divórcio caberá a opção pela conservação do nome de
casado ou seu retorno ao nome de solteiro ao cônjuge que adicionou o sobrenome.”
(NR).
“Art. 1.704. Se um dos cônjuges separados judicialmente vier a necessitar de
alimentos, será o outro obrigado a prestá-los mediante pensão a ser fixada pelo juiz,
por tempo determinado ou termo certo. ( NR).”
Art. 3º - Ficam revogados os incisos I, II, III e §§ 1º e 2º do art. 1.578 e o parágrafo
único do art. 1.704, todos da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002.
Art. 4º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
*CD238149814200*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Rubens Pereira Júnior
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD238149814200
PL n.1141/2023Apresentação: 14/03/2023 18:45:09.117 - MESAJUSTIFICAÇÃO
Trata-se de Projeto de Lei com o objetivo de excluir do Código Civil a
análise de culpa dos cônjuges no caso de divórcio judicial.
Por inúmeras razões não cabe debater dentro de um processo judicial a
culpa no fim do casamento. Não há razão para averiguar a culpa com motivação de
ordem íntima, psíquica, posto que o comportamento de um dos consortes,
desobedecendo deveres conjugais é somente o ensejo para o fim.
Em análise as normas e princípios previstos em nossa Constituição, é
inconstitucional discutir culpa no fim do casamento, isto porque a referida discussão
fere os princípios da dignidade da pessoa humana, solidariedade social e familiar,
igualdade material e familiar, liberdade e autodeterminação afetiva, além da
privacidade e intimidade familiar. Desta forma, não compete ao Estado-Juiz interferir
no fim do casamento, buscando um culpado.
A interferência da culpa nas dissoluções de casamento contrária à
dignidade humana e a briga judicial provoca a lesão da intimidade, expondo valores
de ordem pessoal.
Ora, a Emenda Constitucional nº 66/10 trouxe como singular requisito
para o divórcio a vontade de ambos ou de apenas um dos consortes,
independentemente de qualquer outro requisito, motivo ou lapso temporal, obstando,
portanto, a discussão da culpa no fim do casamento.
Com a referida emenda foi consagrado o direito de casar e permanecer
casado, a teoria da ruptura. Sendo o fim do casamento caracterizado tão somente
na vontade.
O Superior Tribunal de Justiça possui entendimento pacificado que
adquirido o sobrenome pelo casamento e incorporado este aos caracteres
identificadores do cônjuge na sociedade, apenas a renúncia pelo que cônjuge que
adicionou o sobrenome autorizará a alteração do registro civil e o retorno ao nome
de solteiro, sendo irrelevante a indagação de culpa, conforme acórdão proferido no
RESP Nº 1.482.843 – RJ.
Portanto, não é possível a decretação de culpado pelo fim do casamento
e muito menos a penalização deste, nos termos em que hoje consta no texto do
*CD238149814200*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Rubens Pereira Júnior
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD238149814200
PL n.1141/2023Apresentação: 14/03/2023 18:45:09.117 - MESACódigo Civil, razão pela qual apresenta-se o presente projeto para adequar as
normas legais às disposições constitucionais.
Assim, por entendermos ser a presente proposição deveras relevante e
significativa, uma vez que atualiza o Código de Processo Civil e confere força
executiva aos vários contratos atualmente firmados eletronicamente, é que
submetemos a mesma a exímia apreciação de Vossas Excelências e pugnamos por
seu reconhecimento e consequente aprovação.
Sala das Sessões, de março de 2023.
RUBENS PEREIRA JÚNIOR
Deputado Federal
*CD238149814200*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Rubens Pereira Júnior
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PL n.1141/2023Apresentação: 14/03/2023 18:45:09.117 - MESA |
PL 1614/2021 | Dispõe sobre a obrigatoriedade da divulgação da Central de Atendimento à Mulher (Disque 180) e do Serviço de Denúncia de Violações aos Direitos Humanos (Disque 100) nos estabelecimentos de acesso ao público que especifica. | violencia contra a mulher | 0 | F | PRB | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2001214 |
PROJETO DE LEI Nº , DE 2018
(Da Sra. TIA ERON )
Dispõe sobre a obrigatoriedade da
divulgação da Central de Atendimento à
Mulher (Disque 180) e do Serviço de
Denúncia de Violações aos Direitos
Humanos (Disque 100) nos
estabelecimentos de acesso ao público que
especifica.
O Congresso Nacional decreta :
Art. 1º Esta Lei d ispõe sobre a obrigatoriedade da divulgação
da Central de Atendimento à Mulher (Disque 180) e do Serviço d e Denúncia de
Violações aos Direitos Humanos (Disque 100) nos estabelecimentos de acesso
ao público que especifica.
Art. 2º É obrigatória a divulgação da Central de Atendimento à
Mulher (Disque 180) e do Serviço de Denúncia de Violações aos Direitos
Humano s (Disque 100) em estabelecimentos de acesso público.
Art. 3º Promoverão a divulgação da Central de Atendimento à
Mulher (Disque 180) e do Serviço de Denúncia de Violações aos Direitos
Humanos (Disque 100) , os estabelecimentos comerciais e congêneres que, em
caráter permanente, provisório ou eventual, exerçam ao menos uma das
atividades a seguir relacionadas :
I - hotel, motel, pousada e hospedagem;
II - bar, restaurante, lanchonete e similares;
III - eventos e shows;
IV - estação de transporte de massa;
V - salão de beleza, casa de massagem, sauna, academia de
ginástica e atividade correlata;
*CD215786090900* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Tia Eron
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD215786090900
PL n.1614/2021 Apresentação: 29/04/2021 13:20 - Mesa 2
VI – mercados, feiras, shoppings de qualquer porte e demais
estabelecimentos de venda de produtos ao consumidor final.
Parágrafo único - Enquadram -se nesta Lei todos os
estabelecimentos comerciais situados à margem de rodovias.
Art. 4º Os estabelecimentos públicos especificados nesta Lei
deverão afixar placas com as seguintes frases:
“VIOLÊNCIA, ABUSO E EXPLORAÇÃO SEXUAL CONTRA A
MULHER É CRIME.
DENUNCIE - DISQUE 180.”
“VIOLAÇÃO AOS DIREITOS HUMANOS.
NÃO SE CALE! DISQUE 100.”
Parágrafo único - As placas deverão ser afixadas em local de
maior trânsito de clientes ou usuários, devendo ser confeccionadas no formato
de 20cm (vinte centímetros) de largura por 15cm (quinze ce ntímetros) de
altura, com texto impresso em letras proporcionais às dimensões da placa, de
fácil compreensão e contraste visual que possibilite visualização nítida.
Art. 5º A inobservância ao disposto nesta lei sujeitará o
estabelecimento infrator às segui ntes sanções:
I - advertência;
II - multa de R$ 1.000 reais a R$ 10.000 reais, podendo ser
agravada em caso de reincidência.
Art. 6º Esta lei entra em vigor 90 (noventa) dias após sua
publicação.
JUSTIFICAÇÃO
A Central de Atendimento à Mulher, conhecid a como “Disque
180”, foi criad a pela Lei nº 10.714, de 13 de agosto de 2003, e está em
operação há cerca de onze anos. Durante esse período , já foram recebidas
mais de 6 milhões de denúncias, sendo que , neste primeiro semestre de 2018 ,
*CD215786090900* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Tia Eron
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD215786090900
PL n.1614/2021 Apresentação: 29/04/2021 13:20 - Mesa 3
a quantidade média di ária de atendimento está acima de 3.000 chamadas,
conforme dados da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) da
Presidência da República.
Ainda segundo esse órgão, em 67,9% dos casos relatados , a
denunciante é a própria vítima. E, em um recorte racia l, observa -se que 59,7%
das mulheres vítimas de violência são negras.
Esse contexto evidencia a importância da Central de
Atendimento à Mulher (Disque 180) e também do Serviço de Denúncia de
Violações de Direitos Humanos (Disque 100). Esses dois serviços, desde 2014,
passaram a operar também como central de informações sobre os direitos das
mulheres e sobre a legislação.
Em relação ao “Disque 100”, este é um serviço mantido pela
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), com a
finalidade de receber demandas relativas a violações de Direitos Humanos,
especialmente as relacionadas com crianças e adolescentes, pessoas idosas,
pessoas com deficiência, LGBT, pessoas em situação de rua e outros, como
quilombolas, ciganos, índios, pessoa s em privação de liberdade entre outros.
Em que pese o grande número de acessos, é forçoso
reconhecer que esses dois serviços, o “Disque 180” e o “Disque 100”, ainda
não são números com conhecimento disseminado e universalizado na
sociedade.
Isso fica clar o quando se compara, por exemplo, a quantidade
de denúncias de violência contra mulher recebidas face aos casos de violência
registrados - hoje na casa de cinco a cada dois minutos , em âmbito nacional .
Desses, apenas 4% resultam em uma denúncia – algo que pode estar
relacionado à pouca informação sobre as características dos serviços de
denúncia por telefone.
Dessa forma, este Projeto de Lei tem o objetivo de obrigar que
todos os estabelecimentos de trânsito público em operação no Brasil
disponham de placas informativas relativas ao Disque 180 (Central de
Atendimento à Mulher) e ao Disque 100 (Serviço de Denúncia de Violações aos
Direitos Humanos).
*CD215786090900* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Tia Eron
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD215786090900
PL n.1614/2021 Apresentação: 29/04/2021 13:20 - Mesa 4
Com tal medida pretendemos ampliar o conhecimento dos
cidadãos sobre tais serviços, e, assim, ampliar seu alcan ce e promover a
redução dos casos de violência contra a mulher a também as violações de
Direitos Humanos.
É importante ressaltar que este Projeto de Lei foi elaborado
com base no texto apresentado à Assembleia Legislativa de São Paulo pela
Deputada Estadua l Célia Gomes, e que atualmente já foi transformado na Lei
Estadual nº 16.754 , de 2018.
Diante do exposto, peço o apoio dos nobres Parlamentares
desta Casa para a APROVAÇÃO deste Projeto de Lei.
Sala das Sessões , em de de 2018.
Deputada TIA ERON
2018 -7736
*CD215786090900* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Tia Eron
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD215786090900
PL n.1614/2021 Apresentação: 29/04/2021 13:20 - Mesa |
PL 3777/2023 | Dispõe sobre Indenização às Vítimas de Crimes Contra a Liberdade Sexual. | dignidade sexual | 0 | M | PDT | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2307296 | CÂMARA DOS DEPUTADOS
Deputado Josenildo – PDT/AP
PROJETO DE LEI Nº , DE 2023
(Do Sr. Josenildo)
Dispõe sobre Indenização às Vítimas de C rimes
Contra a Liberdade Sexual.
Art. 1º Esta lei estabelece a obrigatoriedade do condenado por crimes contra a
liberdade sexual a pagar indenização às vítimas, conforme estipulado nos termos desta lei.
Art. 2º Entende -se por crimes contra a liberdade sexual, o estupro, a violação
sexual mediante fraude, a impo rtunação sexual e o assédio sexual, previstos nos artigos 213 ,
215, 215 -A e 216 -A do Decreto -Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940 - Código Penal
Art. 3º O valor da indenização será fixado pelo juiz, considerando a gravidade do
delito , as circunstâncias do crime , o dano causado à vítima e a capacidade econômica do
condenado.
Parágrafo Único. O valor da indenizaçã o será fixado em moeda nacional.
Art. 4 º A indenização de que trata esta lei será independente da pena de multa
aplicada no âmbito penal e não excluirá outras sanções civis ou criminais cabíveis.
Art. 5º A vítima poderá, a qualquer momento, requerer ao juiz a revisão do valor
da indenização, com base em novos elementos ou circunstâncias que demonstrem a
necessidade de ajuste.
Art. 6º Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
O Brasil tem sido assolado nos últimos anos por uma onda de crimes de natureza
sexual, diariamente somos surpreendido s com notícias de crimes de abuso sexual pra ticado
contra mulheres, crianças e adolescentes.
*CD237319338500* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Josenildo
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PL n.3777/2023 Apresentação: 07/08/2023 23:05:28.383 - MESA A presente proposição tem como objetivo principal assegurar que as vítimas de
crimes contra a liberdade sexual recebam a devida indenização por parte dos agressores.
Essa iniciativa visa atender a uma neces sidade incontestável de proporcionar um mínimo e
justa repar ação às vítimas desses delitos que infl igem gravíssimos danos físicos, psicológicos
e sociais às vítimas, deixando um impacto profundo e duradouro em suas vidas.
A ausência de uma disposição específica que obrigue os condenados por crimes
de liberdade sexual a indenizar suas vítimas deixa uma lacuna no sistema legal, uma vez que
não somente a integridade física é afetada, mas também impactos emocionais e psicológicos
significativos. A imposiçã o de uma obrigação indenizatória contribuirá para restabelecer um
equilíbrio mínimo de reparação aos ofendidos, tendo em vista a natureza sensível e invasiva
desses crimes.
A indenização proposta neste projeto de lei não substituirá a responsabilização pen al
dos agressores, mas busca proporcionar uma medida adicional de reparação, auxiliando as
vítimas na sua reconstrução física e emocional , levando em consideração a natureza
individualizada de cada caso, garantindo a avaliação precisa das circunstâncias pa rticulares.
Por conseguinte, a justificativa subjacente a este projeto de lei é de estabelecer
um mecanismo legal que efetivamente contribua para a proteção dos direitos e interesses das
vítimas de crimes de liberdade sexual, promovendo um ambiente de jus tiça e reparação.
Cabe ressaltar que a aprovação deste projeto será um passo significativo na
direção de uma sociedade mais justa e solidária, que não tolera a violência sexual em
nenhuma de suas formas. Ao proporcionar às vítimas a possibilidade de obter indenização,
estaremos fortalecendo os pilares fundamentais de dignidade, respeito e direitos humanos.
Espero contar com o apoio e a sensibilidade de todos os parlamentares para a
aprovação deste projeto que representa um avanço na proteção das vítimas de crimes contra
a liberdade sexual.
Sala das Sessões, em 07 de agosto de 2023.
Josenildo
Deputado Federal (PDT/AP)
*CD237319338500* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Josenildo
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PL n.3777/2023 Apresentação: 07/08/2023 23:05:28.383 - MESA |
PL 434/2022 | Altera o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), para dispor que as vítimas e respectivos familiares terão precedência, antes de todos os meios de comunicação, no conhecimento do resultado dos laudos de lesão corporal, de abuso sexual ou de necropsia. | dignidade sexual | 0 | M | PSDB | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2142645 |
PROJETO DE LEI Nº , DE 2022
(Do Sr. LUCAS REDECKER)
Altera o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de
outubro de 1941 (Código de Processo Penal),
para dispor que as vítimas e respectivos
familiares terão precedência, antes de todos
os meios de comunicação, no conhecimento
do resultado dos laudos de lesão corporal, de
abuso sexual ou de necropsia.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta Lei altera o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de
1941 (Código de Processo Penal), para estabelecer que as vítimas e respectivos
familiares terão precedência, antes de todos os meios de comunicação, no
conhecimento do resultado dos laudos de lesão corporal, de abuso sexual ou de
necropsia.
Art. 2º O art. 158 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de
1941 (Código de Processo Penal), passa a vigorar acrescido do seguinte § 2º,
renumerando-se o atual parágrafo único como § 1º:
“Art. 158. .....................................................................................
......................................................................................................
§ 2º As vítimas e respectivos familiares terão precedência, antes
de todos os meios de comunicação, no conhecimento do
resultado dos laudos de lesão corporal, de abuso sexual ou de
necropsia.”
Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
*CD220153171900* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Lucas Redecker
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD220153171900
PL n.434/2022Apresentação: 03/03/2022 15:38 - Mesa2
Em algumas ocorrências na esfera penal, não poucas vezes, os
resultados dos laudos periciais chegam ao conhecimento do público por meio da
imprensa e de redes sociais antes dos familiares e, até mesmo, das próprias
vítimas, que são os principais interessados no conhecimento dos detalhes
contidos nesses laudos, além dos órgãos estatais encarregados da persecução
penal.
Visando a prevenir que os resultados desses laudos sejam
divulgados antes mesmo do conhecimento das vítimas e de seus familiares, é
que se apresenta este projeto de lei.
Pontua-se que já houve, inclusive, situação em que os pais de
vítima menor de idade que veio a óbito em consequência de crime violento,
tomaram conhecimento das circunstâncias do crime por noticiário na TV que
repercutia o laudo obtido do órgão pericial. A desagradável surpresa impactou
emocional e psicologicamente os familiares que não tiveram sequer seu luto
respeitado e foram alvo de uma sucessão de faltas éticas.
Assim, em face do exposto, contamos com o apoiamento dos
nossos nobres Pares para que este Projeto de Lei possa prosperar.
Sala das Sessões, em de de 2022.
Deputado LUCAS REDECKER
*CD220153171900* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Lucas Redecker
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD220153171900
PL n.434/2022Apresentação: 03/03/2022 15:38 - Mesa |
PL 1514/2019 | Altera a Lei de Segurança Bancária, para dispor sobre percentual mínimo de vigilantes do sexo feminino. | economia | 0 | M | REPUBLICANOS | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1719280 | PROJETO DE LEI Nº , DE 2019
(Do Sr. JULIO CESAR RIBEIRO)
Altera a Lei nº 7.102 , de 20 de junho
de 1983, para dispor sobre percentual m í-
nimo de vigilantes do sexo feminino .
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta lei altera a Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983 –
Lei de Segurança Bancária, para dispor sobre percentual mínimo de mulheres
nos quadros de vigilantes.
Art. 2º Fica renumerado para § 1º o parágrafo único do art. 3º
da Lei n° 7.102, de 20 de junho de 1983 , sendo acrescido o § 2º ao mesmo
artigo, com a seguinte redação:
"Art. 3° ............................................................................... ..
§ 1º ............................................................................... .......
§ 2° Para a execução dos serviços previstos n o caput , as
entidades mencionadas nos incisos I e II deverão, cada qual,
contar em seus quadros de vigilantes com um percentual m í-
nimo de vinte por cento de mulheres. (NR)"
Art. 2° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º Revogam -se as disposições em contrário. (NR)
JUSTIFICAÇÃO
O presente p rojeto de lei objetiva otimizar a luta das mulheres
na busca de uma melhoria da inserção feminina no mercado de trabalho. A
inserção da mulher no mercado de tr abalho é um movimento social, de
interesse e necessidade de todos, tanto para o lado do empregador como o
das trabalhadoras e o resultado é o benefício direto para toda a sociedade. 2
Muito já se discutiu e ações foram efetivadas a fim de garantir
uma situação mais justa na equalização das oportunidades nesse campo,
como por exemplo, a iniciativa das Forças Armadas e das Polícias Militares
que há alguns anos incluíram efetivo feminino em suas corporações.
Contudo, esse cenário positivo não eliminou a hi stórica
desigualdade nas oportunidades de inserção ocupacional entre homens e
mulheres. As mulheres continuam a estar em menor proporção entre os
empregados e ainda são a maioria dos desempregados nas diversas regiões
brasileiras. Como esses resultados ain da são modestos, concluímos que o
esforço para essa equalização deve ser contínuo, pois não podemos permitir
qualquer espécie de discriminação que ainda possa ocorrer nos dias de hoje.
A segurança privada e de vigilância é um dos maiores e mais
lucrativos segmentos da economia do país, mesmo assim se observa que
ainda existe uma imagem de que esse segmento está atrelado à figura
masculina, onde persiste uma hierarquia de gênero, avaliando que a presença
feminina pode fragilizar alguns postos de trabalho.
Diante esse quadro, que se apresenta desfavorável à inserção
feminina no mercado de trabalho, considero de extrema importância que essa
Casa promova o debate desse tema, pois inspirado em proposição outrora
apresentado pela ex -Deputada Dalila Figueiredo e, posteriormente pelo ex -
Deputado Vítor Paulo, aos quais rendo minhas homenagens, peço o apoio
aos nobres pares para a aprovação dessa matéria.
Sala das Sessões, em de de 2019.
Deputado JULIO CESAR RIBEIRO
2019 -1149 |
PL 3850/2023 | Torna mais rigoroso o tratamento da conduta de anunciar processo, substância ou objeto destinado a provocar aborto, inserindo artigo no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e revogando o art. 20 do Decreto-Lei nº 3.688, de 3 de outubro de 1940 (Lei das Contravenções Penais). | direitos sexuais e reprodutivos | 1 | M | REPUBLICANOS | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2309050 | PROJETO DE LEI Nº , DE 2023
(Do Sr. PROF. PAULO FERNANDO)
Torna mais rigoroso o tratamento da
conduta de anunciar processo, substância
ou objeto destinado a provocar aborto,
inserindo artigo no Decreto-Lei nº 2.848, de
7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e
revogando o art. 20 do Decreto-Lei nº 3.688,
de 3 de outubro de 1940 (Lei das
Contravenções Penais).
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta lei torna mais rigoroso o tratamento da conduta de
anunciar processo, substância ou objeto destinado a provocar aborto, inserindo
artigo no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e
revogando o art. 20 do Decreto-Lei nº 3.688, de 3 de outubro de 1940 (Lei das
Contravenções Penais).
Art. 2º O Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940
(Código Penal) passa a vigorar acrescido do seguinte artigo:
“Art. 127-A. Anunciar processo, substância ou objeto destinado
a provocar aborto:
Pena - detenção, de seis meses a um ano.”
Art. 3º Revoga-se o art. 20 do Decreto-Lei nº 3.688, de 3 de
outubro de 1940 (Lei das Contravenções Penais).
Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
No exercício da competência prevista no art. 22, inciso I, art. 48
e 61, da Constituição, inauguro o processo legislativo, para aprimorar o
ordenamento jurídico.
*CD238078824500*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Prof. Paulo Fernando
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD238078824500
PL n.3850/2023Apresentação: 09/08/2023 17:12:58.220 - MESAA tutela do bem jurídico vida, de acordo com a teoria
concepcionista, deve primar pelo respeito ao feto.
A propósito, comunga-se com o quanto já assentado pelo
Superior Tribunal de Justiça:
O art. 2º do CC, ao afirmar que a "personalidade civil da
pessoa começa com o nascimento", logicamente abraça uma
premissa insofismável: a de que "personalidade civil" e
"pessoa" não caminham umbilicalmente juntas. Isso porque,
pela construção legal, é apenas em um dado momento da
existência da pessoa que se tem por iniciada sua
personalidade jurídica, qual seja, o nascimento. Conclui-se,
dessa maneira, que, antes disso, embora não se possa falar
em personalidade jurídica - segundo o rigor da literalidade do
preceito legal -, é possível, sim, falar-se em pessoa. Caso
contrário, não se vislumbraria qualquer sentido lógico na
fórmula "a personalidade civil da pessoa começa", se ambas -
pessoa e personalidade civil - tivessem como começo o mesmo
acontecimento. Com efeito, quando a lei pretendeu estabelecer
a "existência da pessoa", o fez expressamente. É o caso do art.
6º do CC, o qual afirma que a "existência da pessoa natural
termina com a morte", e do art. 45, caput, da mesma lei,
segundo o qual "Começa a existência legal das pessoas
jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo
no respectivo registro". Essa circunstância torna eloquente o
silêncio da lei quanto à "existência da pessoa natural". Se, por
um lado, não há uma afirmação expressa sobre quando ela se
inicia, por outro lado, não se pode considerá-la iniciada tão
somente com o nascimento com vida. Ademais, do direito
penal é que a condição de pessoa viva do nascituro - embora
não nascida - é afirmada sem a menor cerimônia. É que o
crime de aborto (arts. 124 a 127 do CP) sempre esteve alocado
no título referente a "crimes contra a pessoa" e especificamente
no capítulo "dos crimes contra a vida". Assim, o ordenamento
jurídico como um todo (e não apenas o CC) alinhou-se mais à
teoria concepcionista - para a qual a personalidade jurídica
se inicia com a concepção, muito embora alguns direitos só
possam ser plenamente exercitáveis com o nascimento, haja
vista que o nascituro é pessoa e, portanto, sujeito de direitos -
para a construção da situação jurídica do nascituro, conclusão
enfaticamente sufragada pela majoritária doutrina
contemporânea. Além disso, apesar de existir concepção mais
restritiva sobre os direitos do nascituro, amparada pelas teorias
natalista e da personalidade condicional, atualmente há de se
reconhecer a titularidade de direitos da personalidade ao
*CD238078824500*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Prof. Paulo Fernando
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD238078824500
PL n.3850/2023Apresentação: 09/08/2023 17:12:58.220 - MESAnascituro, dos quais o direito à vida é o mais importante, uma
vez que, garantir ao nascituro expectativas de direitos, ou
mesmo direitos condicionados ao nascimento, só faz sentido se
lhe for garantido também o direito de nascer, o direito à vida,
que é direito pressuposto a todos os demais. Portanto, o aborto
causado pelo acidente de trânsito subsume-se ao comando
normativo do art. 3º da Lei 6.194/1974, haja vista que outra
coisa não ocorreu, senão a morte do nascituro, ou o
perecimento de uma vida intrauterina. REsp 1.415.727-SC , Rel.
Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 4/9/2014.
Assim, a presente iniciativa legislativa colima alterar o atual
cenário normativo, para, mantendo o comportamento como típico, tornar mais
rigorosa a resposta punitiva para a conduta prevista no art. 20 da Lei de
Contravenções Penais.
Nesse sentido, eis a lição de Cezar Roberto Bitencourt:
Aplica-se o princípio da continuidade normativo típica quando
uma lei é revogada, mas a conduta nela incriminada é mantida
em outro dispositivo legal da lei revogadora, não ocorrendo, via
de regra, a conhecida figura da abolitio criminis, a qual
extingue, simplesmente, o crime anterior. Em outros termos,
o princípio da continuidade normativo típica significa a
manutenção do caráter proibido da conduta, contudo, com o
deslocamento do conteúdo criminoso para outro tipo penal. A
vontade do legislador é que a referida conduta permaneça
criminalizada, por isso, não configura a abolitio criminis.
(https://www.conjur.com.br/2022-mar-10/cezar-bitencourt-
irretroatividade-lei-penal-grave , consulta em 8/8/2023).
O primado da continuidade normativo típica também já foi
consagrado pelo Supremo Tribunal Federal: AI 804466 AgR / SP. Rel.
ministro Dias Toffoli. 1ª T. Julg. 13/12/2011.
Portanto, tornando crime o comportamento de “anunciar
processo, substância ou objeto destinado a provocar aborto”, exaspera-se a
pena, permitindo-se controle mais efetivo de conduta assaz reprovável.
*CD238078824500*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Prof. Paulo Fernando
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD238078824500
PL n.3850/2023Apresentação: 09/08/2023 17:12:58.220 - MESAVale a pena ressaltar a quantidade de anúncios na internet
promovendo de maneira ilegal a venda e a propaganda de substâncias e
remédios que uma vez ingeridos provocam o aborto.
A proposição, enaltecendo o direito à vida, densifica o disposto
no art. 1º, caput, inciso III, e no art. 5º, caput, da Constituição.
Trata-se de iniciativa alinhada com medidas adotadas em
outros países ( https://www.ufjf.br/ladem/2013/11/27/russia-sanciona-lei-que-
proibe-publicidade-do-aborto/ , consulta em 8/8/2023).
Ante o exposto, pede-se o apoio dos nobres Pares para a
aprovação deste Projeto de Lei.
Sala das Sessões, em de de 2023.
Deputado PROF. PAULO FERNANDO
*CD238078824500*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Prof. Paulo Fernando
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD238078824500
PL n.3850/2023Apresentação: 09/08/2023 17:12:58.220 - MESA |
PL 4515/2020 | Altera o artigo 10 da Lei 9.263, de 12 de janeiro de 1996, para definir critérios para a esterilização voluntária. | direitos sexuais e reprodutivos | 0 | M | PSB | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1929036 | PROJETO DE LEI Nº , DE 2020
(Do Sr. DENIS BEZERRA)
Altera o artigo 10 da Lei 9.263, de 12 de
janeiro de 1996, para definir critérios para a
esterilização voluntária.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º. Esta lei altera o artigo 10 da Lei 9.263, de 12 de janeiro
de 1996, que “regula o § 7º do art. 226 da Constituição Federal, que trata do
planejamento familiar, estabelece penalidades e dá outras providências”, para
definir critérios para a esterilização voluntária.
Art. 2º. O art. 10 da Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996,
passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art.
10.........................................................................................
I - em homens e mulheres com capacidade civil plena e
maiores de vinte anos de idade, desde que observado o prazo mínimo de
sessenta dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico, período no
qual será propiciado à pessoa interessada acesso a serviço de regulação da
fecundidade, incluindo aconselhamento por equipe multidisciplinar, visando
desencorajar a esterilização precoce;
................................................. .............................................................
.
......................................................................................................
§ 2º. Revogado.
......................................................................................................
§ 5º. Revogado.
.....................................................................................” (NR)
*CD206415952000*Documento eletrônico assinado por Denis Bezerra (PSB/CE), através do ponto SDR_56091,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.4515/2020Apresentação: 09/09/2020 13:32 - Mesa2
Art. 3º. Esta lei entra em vigor cento e oitenta dias após a data
de sua publicação oficial.
JUSTIFICAÇÃO
Nos tempos atuais tornou-se patente a necessidade de
compatibilizar os termos da Lei 9.263, de 1996, que trata do planejamento
familiar, com a realidade. Não se concebe mais que a decisão sobre o próprio
corpo tenha de ser submetida ao aval de outra pessoa, ainda que seja o
cônjuge. Por outro lado, critérios como número de filhos ou 25 anos não mais
se sustentam. Uma vez que haja o aconselhamento devido e a decisão
consciente, nos termos do inciso I, não há motivo para impor essas barreiras.
Em nosso país, ainda é muito comum que mulheres venham a
engravidar muito jovens, fazendo com que muitas vezes, aos vinte anos, o
número de filhos seja o que a pessoa considera ideal. Por que motivo impedir
que a pessoa opte pela esterilização? Em nossa opinião, a autonomia de
decidir sobre o corpo deve ser preservada a todo custo, sem interferências
externas, seja do parceiro ou do Estado. Nesse entendimento, apresentamos
sugestão para revogar o parágrafo 5º.
Pensamos ainda em suprimir o parágrafo 2º, que veda a
laqueadura tubária nos períodos pós-parto ou pós-aborto. Note-se que o
próprio artigo já traz exceções e que cada situação deve ser objeto de
avaliação médica. A laqueadura, sessenta dias pós o parto, ou mais tarde,
implica nova internação, novo procedimento anestésico, com necessidade de
recuperação e alteração da rotina. Tudo isso associado à dificuldade de
conseguir vaga nas agendas de diferentes profissionais e unidades de saúde.
Temos a convicção de que as novas normas regulamentadoras tratarão do
tema com mais propriedade e com olhar mais humano, considerando o bem-
estar das mulheres.
Nossa iniciativa contribui para empoderar os cidadãos
brasileiros e para permitir a realização de sua vontade esclarecida com menos
*CD206415952000*Documento eletrônico assinado por Denis Bezerra (PSB/CE), através do ponto SDR_56091,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.4515/2020Apresentação: 09/09/2020 13:32 - Mesa3
empecilhos. Temos a certeza da valiosa contribuição dos ilustres Pares para o
aperfeiçoamento da proposta e sua aprovação.
Sala das Sessões, em 9 de setembro de 2020.
Deputado DENIS BEZERRA
*CD206415952000*Documento eletrônico assinado por Denis Bezerra (PSB/CE), através do ponto SDR_56091,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.4515/2020Apresentação: 09/09/2020 13:32 - Mesa |
PL 6428/2019 | Institui o concerto (acordo) nacional de estudos e pesquisas em violência contra meninas e mulheres no âmbito do ministério da mulher, da família e dos direitos humanos, e dá outras providências. | violencia contra a mulher | 0 | F | PP | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1845599 | PROJETO DE LEI Nº , DE 2019
(Da Sra. MARGARETE COELHO e outras )
Institui o Concerto Nacional de
Estudos e Pesquisas em Violência
contra meninas e mulheres no âmbito
do Ministério da Mulher, da Família e
dos Direitos Humanos, e dá outras
providências.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta Lei institui o Concerto Nacional de Estudos e Pesquisas
em Violência contra Meninas e Mulheres, com a finalidade de dar cumprimento às
diretrizes e princípios estabelecidos no Sistema Nacional de Políticas para as
Mulheres e no Plano Nacional de Combate à Violência Doméstica e Familiar,
mediante atuação conjunta, coordenada, sistêmica e integrada dos órgãos de
segurança pública, de justiça e de defesa social da União, dos Estados, do Distrito
Feder al e dos Municípios, em articulação com a Rede de Atendimento à s Meninas e
Mulheres e a sociedade.
Art. 2º Para efeitos desta Lei, considera -se violência contra meninas
e mulheres qualquer ato de violação à dignidade humana que resulte em danos
psíquicos, físicos, patrimoniais, moral, intelectual, à dignidade sexual, saúde sexual
e reprodutiva, à imagem, políticos, laborais, assistenciais, econômicos e familiares
perpetrad o em cenários de relações de poder desiguais entre mulheres e homens.
Art. 3º Constituem diretrizes do Concerto Nacional de Estudos e
Pesquisas em Violência contra Meninas e Mulheres :
I - prevenção, sensibilização e educação sobre a violência contra
meninas e mulheres como questão estrutural e histórica de opressão;
II - formação e capacitação de profissionais que atuam na dinâmica
da violência contra a mulher, para prevenção e enfrentamento à violência contra
PL n.6428/2019 Apresentação: 11/12/2019 20:33 meninas e mulheres, inclusive por meio da adoção de formulários de avaliação de
riscos;
III - coordenação de ações tendente s à elaboração de protocolos e
metodologias voltados à atuação da polícia federal, polícias estaduais, defesa civil,
polícias científicas e guardas municipais, de forma integrada e sistêmica,
asseguradas as peculiaridades locais e regionais;
IV - coordenação de ações tendentes à elaboração de protocolos e
metodologias voltados à atuação das polícias federais nas investigações de tráfico e
desaparecimento de meninas e mulheres;
V - criação e implementação de sistema nacional de estatísticas da
violê ncia contra meninas e mulheres, assim como a coordenação de ações
tendentes à elaboração de protocolos e metodologias voltados à alimentação do
sistema, a serem aplicados pela União, Estados e Municípios, com vistas ao
monitoramento e à propositura de polí ticas preventivas e de enfrentamento da
violência contra meninas e mulheres, asseguradas as peculiaridades locais e
regionais;
VI - criação e implementação de Sistema Nacional de Biometrização e
Avaliação de Risco de meninas e mulheres em situação de violê ncia e dos
agressores ou agressoras , assim como a coordenação de ações tendentes à
elaboração de protocolos e metodologias voltados à alimentação do sistema, a
serem aplicados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com vistas ao
monitoramento e à propositura de políticas preventivas e de enfrentamento da
violência contra meninas e mulheres, asseguradas as peculiaridades locais e
regionais;
VII - coordenação de ações tendentes à elaboração de protocolos e
metodologias nacionais a serem aplicados pelas redes de proteção e atendimento
às mulheres em situação de violência na União, Estados, Municípios e no Distrito
Federal, asseguradas as peculiaridades locais e regionais.
Art. 4º Constituem objetivos do Concerto Nacional de Estudos e
Pesquisas em Violência contra Meninas e Mulheres :
PL n.6428/2019 Apresentação: 11/12/2019 20:33 I - Prevenir a violência contra meninas e mulheres;
II - aumentar o nível de sensibilização e o conhecimento dos
profissionais que atuam no atendimento de meninas e mulheres sobre aspectos da
violência, inclusive nos sistemas de saúde;
III - dinamizar o trabalho em rede, com a promoção do intercâmbio
de informações e de ações descentralizadas;
IV - estimular a eliminação de práticas organizacionais tradicionais
de desvalorização da mulher atendida nas unidades e à prof issional de segurança,
justiça, defesa social e guardas municipais, garantindo às profissionais mulheres,
segurança no desempenho de suas atividades laborais;
V - prevenir a vitimização secundária;
XI - ampliar os meios de acolhimento de emergência através de
protocolos integrados;
XII - estabelecer protocolos integrados com vistas à prevenção de
reiterações e reincidências dos agressores em cenários de violência contra
meninas e mulheres;
XIII - promover programas voltados a jovens agressores;
XIV - intens ificar e promover a formação inicial e continuada de
profissionais que lidam direta ou indiretamente com a violência contra meninas e
mulheres, estabelecendo Matriz Curricular mínima a ser seguida pela União e
Estados no âmbito de suas Unidades de Ensino P olicial e de Defesa Social em
cursos iniciais e continuados, asseguradas as peculiaridades locais e regionais e as
diretrizes da Matriz Curricular Nacional da Secretaria Nacional de Segurança
Pública;
XV - colher e tratar dados estatísticos que permitam si stematizar o
conhecimento e a informação sobre os casos de violência contra meninas e
mulheres;
XVI - promover estudos que permitam aperfeiçoar o conhecimento
em matéria de violência contra meninas e mulheres;
XVII - criar instrumentos de monitoramento de estatísticas sobre
violência contra meninas e mulheres;
PL n.6428/2019 Apresentação: 11/12/2019 20:33 XVIII - desenvolver protocolos integrados e sistêmicos para atuação
das polícias estaduais, defesa civil, polícias científicas e guardas municipais, em
parceria com as instituições;
XIX - desenvolver protocolos integrados e sistêmicos para atuação
das redes de atendimento às meninas e mulheres em situação de violência na
União, Estados, nos Municípios e no Distrito Federa l;
XX - fomentar parcerias entre Unidades de Ensino de Policial e de
Defesa Social e Instituições de Ensino Superior públicas e privadas, nacionais e
internacionais, para realização de Cursos de Pós -graduação strito sensu nível
Mestrado e Doutorado com ênfase em pesquisas voltadas ao campo da violência
contra meninas e mulheres;
XXI - promover oficinas, seminários, encontros e fóruns para difusão
de produções científicas, artigos científicos, relatos de experiências e debates
qualificados, na temática da violência contra meninas e mulheres;
XXII - reunir e consolidar dados estatísticos n acionais na temática da
violência contra a mulher, em formato de mapas temáticos por região, estado e
município;
XXIII - fomentar a criação de Unidades Especializadas Integradas de
policiamento ostensivo e atendimento policial civil e pericial voltados à v iolência
contra meninas e mulheres , com funcionamento vinte e quatro horas por dia ;
XXIV - fomentar a criação de Unidades de Divisa Integradas,
especializadas no atendimento policial às meninas e mulheres em situação de
violência;
XXV - fomentar a criação de núcleos de atendimento psicossocial nas
unidades de saúde federais, estaduais e municipais, com protocolos integrados
junto aos órgãos incumbidos da segurança pública e defesa social;
XXVI - fomentar a criação de unidades especializadas na investigação
policial e científica do Feminicídio nos estados;
XXVII - fomentar a criação de unidades especializadas no estudo e
pesquisa em violência contra meninas e mulheres, assim como em produção e
análise de dados estatísticos especializados e qualificados;
PL n.6428/2019 Apresentação: 11/12/2019 20:33 XXVII I - fomentar a criação de unidades especializadas de
atendimento pericial voltado à perícia a ser realizada em meninas e mulheres em
circunstâncias de violência;
XXIX - fomentar a criação de unidades de coordenação das atividades
policiais e periciais dese nvolvidas no campo da violência contra meninas e
mulheres.
Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICATIVA
Os índices de violência perpetrada contra meninas e mulheres no
Brasil assinalam que 13 mulheres são assassinadas por dia, a maior taxa dos
últimos 10 anos. Das 4.936 mulheres assassinadas em 2017, 66% eram negras,
segundo pesquisa do Atlas da Violência do Fórum Brasileiro de Segurança Pública
– FBSP e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA. Os estados de Roraima,
Rio Grande do Norte, Acre e Ceará lideram o ranking desses assassinatos - RR –
10,6; RN – 8,3; AC – 8,3 e CE – 8,1.
Segundo a mesma pes quisa, 50.598 mulheres foram estupradas em
2017 e 53.726 em 2018. Do total de casos de estupro, 63,8% foram cometidos
contra pessoas vulneráveis, ou seja, menores de 14 anos e se imbricarmos com os
dados relacionados ao sexo das vítimas de estupro, 81,8% d elas era do sexo
feminino. Ou seja, nossas meninas são as maiores vítimas de estupro no Brasil e
seus abusadores lhes são próximos. A pesquisa aponta que 75,9% das vítimas
possuíam algum tipo de vínculo com o agressor, entre parentes, companheiros,
amigos e outros.
Ainda segundo o FBSP, no ano de 2017, foram registradas 252.895
ocorrências de Lesão Corporal qualificada pela violência doméstica e 263.067 no
ano de 2018.
PL n.6428/2019 Apresentação: 11/12/2019 20:33 Os dados demonstram a necessidade premente de se adotar medidas
eficazes na prevenção e enfrentamento a essa violência muitas vezes silenciada e
por isso mesmo muitas vezes resulta em perdas imensuráveis de projetos de vida
femininos, provocando desvios indesejáveis à paz e unidade familiar porque
desalenta e desampara filhos, pais, irmãos p ela ausência da mãe, nos casos de
feminicídio e deixa marcas nas futuras gerações de meninas abusadas sexualmente
no âmbito das relações familiares, local que deveria ser reservado ao amor,
carinho e proteção, mas que se torna hostil e intolerável o desenv olvimento de
meninas e de mulheres ante cenários cotidianos de violência vivenciados.
Embora a Convenção de Belém do Pará tenha completado 25 anos de
existência e a Lei nº. 11.340/06 – Lei Maria da Penha 13 anos, não se vê, pelos
dados expostos, respostas eficazes a essa violência, cujas taxas não decrescem.
Indagamos: onde está o desacerto? Certamente que não é no conteúdo da
Convenção e nem da Lei. Talvez tenhamos deixado de lado as Instituições que
iriam aplicar o conteúdo das normativas; deixamos para trás suas práticas, rotinas,
regimentos internos, protocolos, metodologias, processos, dinâmicas operacionais,
tudo aquilo que faz circular os aportes da Lei. Como fazer circular aportes
sistêmicos em um mundo organizacional estrutural rígido? As organizaç ões
incumbidas pelo atendimento, investigação de atos de violência contra meninas e
mulheres atuam nos termos de legislações da década de 40 – Códigos de Processo
Penal e Penal – costurados com (re) emendas que mais se assemelham a uma
colcha reparada. Che gou o momento de adequar protocolos, metodologias, práticas
cognitivas, regimentos internos e demais dispositivos que energizam a atividade
policial e de defesa social à complexidade, ou seja, fornecer conhecimento como
fonte de energia revigorada para apl icar os dispositivos legais.
A presente proposta tem por objetivo fornecer ambiente legal
dinâmico, favorável ao desenvolvimento de “concertação” de forças que tem como
base de sustentação e também sustentada pelo conhecimento, daí se proporcionar
meios d e acesso ao saber para se atingir as finalidades prescritas em lei. A
concertação consiste em um conjunto de elementos ou forças sociais, econômicas,
PL n.6428/2019 Apresentação: 11/12/2019 20:33 políticas, culturais, cibernéticas, que demandam esforços intelectuais para
possibilitar desenhos de proto colos, metodologias e demais artefatos voltados à
qualificação dos atendimentos, investigações e ações preventivas no campo da
violência contra meninas e mulheres, através da ciência, da tecnologia e da
comunicação integrativa.
As Unidades de Ensino Polic ial ocuparão posição de destaque na
concertação, funcionando como centro de excelência do conhecimento a ser
construído e posteriormente compartilhado.
A concepção, portanto, não é a de criar mais um aparato legal para
complementar ou alterar os já vigent es, mas sim viabilizar um caminho orgânico
por onde essas leis possam deslizar suavemente e realizar a tarefa que lhes foi
destinada há mais de dez anos pelo legislador brasileiro.
Sala das Sessões, em de de 2019.
MARGARETE COELHO SORAYA SANTOS
Deputada Federal Deputada Federal
IRACEMA PORTELLA FLÁVIA ARRUDA
Deputada Federal Deputada Federal
CELINA LEÃO PROFESSORA DORINHA SEABRA REZENDE
Deputada Federal Deputa da Federal
PL n.6428/2019 Apresentação: 11/12/2019 20:33 |
PL 2983/2021 | Dispõe sobre a comunicação pelos estabelecimentos comerciais, quando da ocorrência de casos de abuso e violência contra mulher, criança, adolescente, pessoa idosa e pessoa com deficiência, nos termos que indica. | violencia contra a mulher | 0 | M | PSB | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2064623 | PROJETO DE LEI Nº , DE 2021.
(Deputado Felipe Carreras)
Dispõe sobre a comunicação pelos
estabelecimentos comerciais,
quando da ocorrência de casos de
abuso e violência contra mulher,
criança, adolescente, pessoa idosa e
pessoa com deficiência, nos termos
que indica.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1° Os estabelecimentos comerciais que autuarem através de suas equipes de
segurança privada, ou identificarem através de mecanismos de videomonitoramento,
situações suspeitas ou confirmadas de abuso e violência contra mulher, criança,
adolescente, pessoa idosa e pessoa com deficiência, deverão comunicar por escrito o
fato, em até 24 (vinte e quatro) horas, à delegacia de polícia do município ou à delegacia
especializada competente.
§ 1º Os responsáveis pelos estabelecimentos comerciais deverão encaminhar, junto
com a comunicação escrita, cópia da gravação e todas as informações que possam
ajudar na identificação da vítima, do agressor e de testemunhas.
§ 2º Se o fato estiver em andamento, a comunicação também deverá ser feita
imediatamente ao Disque 190 (emergência da Polícia Militar de Pernambuco).
§ 3º Quando o abuso ou violência for praticada contra a mulher, o estabelecimento
comercial também deverá comunicar o fato, em até 72 (setenta e duas) horas, aos órgãos
de defesa da mulher do município e ao Ministério Público do Estado, para que sejam
tomadas as providências cabíveis.
§ 4º Quando o abuso ou violência for praticada contra criança ou adolescente, o
estabelecimento comercial também deverá comunicar o fato, em até 72 (setenta e duas)
horas, ao Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA), ao Conselho
Tutelar do município e ao Ministério Público do Estado, para que sejam tomadas as
providências cabíveis.
Art. 2º Os estabelecimentos comerciais deverão promover a capacitação de seus
profissionais de segurança privada e patrimonial, a fim de prepará-los para identificarem e
abordarem as situações descritas no art. 1º, garantindo o atendimento humanizado das
vítimas.
Parágrafo único. Para os fins do disposto no caput, poderão ser ministrados cursos e
palestras sobre a legislação e a rede de proteção às vítimas de violência contra a mulher,
criança, adolescente, pessoa idosa e pessoa com deficiência.
*CD217679633500*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Felipe Carreras
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD217679633500
PL n.2983/2021Apresentação: 26/08/2021 10:29 - Mesa Art. 3º A comunicação de que trata esta Lei, bem como todo o atendimento realizado
às vítimas, deverá ocorrer de forma sigilosa, evitando a exposição de sua identidade e
outros dados pessoais.
Art. 4º O descumprimento do disposto nesta Lei sujeitará o infrator às seguintes
penalidades:
I - advertência, quando da primeira autuação da infração;
II - multa, a partir da segunda autuação.
Parágrafo único. A multa prevista no inciso II deste artigo será fixada entre R$
1.000,00 (um mil reais) e R$ 10.000,00 (dez mil reais), a depender do porte do
estabelecimento e das circunstâncias da infração, tendo seu valor atualizado pelo Índice
de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA, ou outro índice que venha substituí-lo.
Art. 5º Esta Lei entra em vigor 30 (trinta) dias após a sua publicação.
JUSTIFICATIVA
Mulheres, crianças, adolescentes, idosos e pessoas com deficiência são,
estatisticamente, os grupos mais vulneráveis a violência no Brasil. O Disque 100, serviço
de denúncias do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, registrou 95.247
denúncias em 2020 contra 86.800 em 2019. Este é o maior patamar desde 2013.
A média é de quase 11 denúncias por hora. Porém, o número pode ser muito maior
devido à baixa notificação. Segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Pediatria
(SBP), 60% das agressões acontecem dentro de casa, o que dificulta a sua identificação
e denúncia.
Levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública aponta a questão
financeira como grande problema. De acordo com o estudo, batizado de "Visível e
invisível: A Vitimização de Mulheres no Brasil", para 25,1% das entrevistadas, a falta de
autonomia financeira, impulsionada pelo aumento do desemprego, foi o que as deixou
mais vulneráveis. Maior convivência com o agressor foi citado por 21,8%, e dificuldade de
procurar a polícia, por 9,2%. No geral, uma em cada quatro brasileiras sofreu algum tipo
de violência no último ano, seja ela física, psicológica ou sexual. Entre as agressões
físicas, houve oito casos a cada minuto.
O número de denúncias de violência e de maus tratos contra os idosos também
cresceu no Brasil: 59% durante a pandemia do novo coronavírus. Entre março e junho
deste ano, foram 25.533 denúncias. No mesmo período de 2019, foram 16.039.
O que as estatísticas nos mostram é que este tipo de violência é bastante comum,
porém, como ocorre, na maior parte das vezes, dentro do ambiente familiar, é pouco
denunciada. Contudo, o agressor que é capaz de tal ato em casa, certamente o faz fora
dela também. Assim, nosso proposta prevê que a violência contra mulheres, crianças,
*CD217679633500*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Felipe Carreras
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD217679633500
PL n.2983/2021Apresentação: 26/08/2021 10:29 - Mesaadolescentes, idosos e pessoas com deficiência, cometida dentro de um estabelecimento
comercial seja imediatamente denunciada, aumentando as chances de proteger essa
população tão vulnerável. Este é mais um mecanismo de enfrentamento à impunidade
deste tipo de crime que vem se somar aos já existentes.
Propomos que os estabelecimentos comerciais que autuarem através de suas
equipes de segurança privada, ou identificarem através de mecanismos de
videomonitoramento (ex: câmeras), situações suspeitas ou confirmadas de abuso e
violência contra essas pessoas, comuniquem o fato, em até 24 horas, à delegacia de
polícia do município ou à delegacia especializada competente (ex: Delegacia da Mulher,
Delegacia do Idoso, Delegacia de Proteção à Pessoa, etc.).
Os responsáveis por esses estabelecimentos deverão encaminhar, junto com a
comunicação formal, cópia da gravação e todas as informações que possam ajudar na
identificação da vítima, do agressor e de testemunhas. Lembrando que, se o fato estiver
em andamento, a comunicação também deverá ser feita imediatamente ao Disque 190
(Polícia Militar).
Vale registrar que os estabelecimentos comerciais estão cada vez mais
estruturados com mecanismo de segurança, com sistemas de videomonitoramento e
vigilantes. Tornou-se comum ver, na imprensa, imagens gravadas por essas câmeras de
situações de violência praticada contra pessoas vulneráveis, especialmente crianças e
mulheres. Infelizmente, muitas situações de agressões não são denunciadas pelos
estabelecimentos comerciais.
O Código Penal Brasileiro pune quem deixar de prestar assistência, quando
possível fazê-lo sem risco pessoal, à pessoa em grave e iminente perigo, ou não pedir,
nesses casos, o socorro da autoridade pública. A pena poderá ser de detenção, de um a
seis meses, ou multa, podendo ser aumentada de metade, se da omissão resulta lesão
corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta em morte (art. 135). Infelizmente,
muitas pessoas não cumprem esse dispositivo e se omitem de seu papel enquanto
cidadão.
Portanto, este Projeto busca assegurar o cumprimento desse dever, criando
regras específicas sobre os procedimentos a serem adotados pelos estabelecimentos
comerciais quando da ocorrência desse tipo de ato criminoso dentro de seus espaços.
Diante do exposto, contamos com o apoio dos nobres pares para a aprovação
deste Projeto.
Sala das Sessões, em de de 2021.
Deputado FELIPE CARRERAS
*CD217679633500*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Felipe Carreras
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD217679633500
PL n.2983/2021Apresentação: 26/08/2021 10:29 - Mesa |
PL 2126/2022 | Altera a Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, para autorizar o porte de arma de fogo para as mulheres sob medida protetiva decretada por ordem judicial ou sob qualquer ação ou omissão baseada no sexo que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. | direitos sociais | 1 | M | PL | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2200745 |
Câmara dos Deputados Anexo IV – Gabinete 350 – CEP 70.160 -900 – Brasília –DF
Tels (61) 3215 -5350/1350/3350 – Fax (61) 3215 -2350 – dep. eduardobolsonaro @camara.leg.br
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Deputado Federal Eduardo Bolsonaro – PL - SP
PROJETO DE LEI Nº , DE 20 22
(Do Sr. Eduardo Bolsonaro )
Altera a Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003,
para autorizar o porte de arma de fogo para as
mulheres sob medida proteti va decretada por ordem
judicial ou sob qualquer ação ou omissão baseada no
sexo que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico,
sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta Lei altera a Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, para autorizar o porte de
arma de fogo para as mulheres sob medida protetiva decretada por ordem judicial ou sob qualquer ação ou
omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento f ísico, sexual ou psicológico e dano moral ou
patrimonial.
Art. 2º A Lei nº 10.806, de 22 de dezembro de 2003, passa a vigorar acrescida do seguinte
inciso XII e parágrafo 1A :
“Art.6…………………………………….. ……………………………………………………… XII -
mulheres sob medida protetiva decretada por ordem judicial ou sob qualquer ação ou omissão
baseada no sexo que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano
moral ou patrimonial. . ……………………………………………………………” (NR)
§ 1A – As pessoas previstas no inciso XII do Caput deste artigo terão direito de adquirir e portar
arma de fogo de propriedade particular , em todo território nacional, desde que comprovada
apenas :
I – Idade mínima de 18 anos;
II – Capacidade técnica;
III – Aptidão psicológica para manuseio de arma de fogo.
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data d e sua publicação.
*CD228524700200* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Eduardo Bolsonaro
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD228524700200
PL n.2126/2022 Apresentação: 02/08/2022 17:21 - Mesa
Câmara dos Deputados Anexo IV – Gabinete 350 – CEP 70.160 -900 – Brasília –DF
Tels (61) 3215 -5350/1350/3350 – Fax (61) 3215 -2350 – dep. eduardobolsonaro @camara.leg.br
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Deputado Federal Eduardo Bolsonaro – PL - SP
JUSTIFICAÇÃO
Diante do cenário brasileiro, observamos que muitas mulheres estão passando por grandes dificuldades
no seu dia a dia dev ido ao medo de se tornarem vítimas de crimes , principalmente de violência doméstica.
O economista americano Lawrence Southwick, fez uma análise dos dados fornecidos pelo
Departamento de Justiça dos Estados Unidos , e descobriu que a chance dela de sair ferida gravemente em um
ataque reagindo sem uma arma era aproximadamente 4 vezes m aior do que quando elas optavam pela reação
de posse de uma arma. Assim sendo, é notório o quão importante é ter a liberdade de defender -se legitimamente
numa situação de clara e evidente necessidade de permitir à vítima uma equal ização de forças com seu
agressor, o que as armas de fogo realizam independente de altura, peso, compleição física ou sexo dos
envolvidos .
Uma mulher portando uma arma em seu dia a dia é certamente sinônimo de mais segurança. Contudo,
o grande problema que enfrentamos são as críticas feitas ao armamento civil. A grande mídia, por exemplo, que
expõe uma falsa realidade sobre assunto sempre condenando e culpando uma arma de fogo usada por um
criminoso para fins ilícitos. Quase nunca se noticia o uso defensivo de uma arma de fogo.
Alguns países que sofrem com autos índices de crimes contra mulheres estão em busca de solucionar o
problema ou evitá -lo com o armamento civil. A Índia é um exemplo desta política . Em 2014, a companhia estatal
Indian Ordnance Factory teve a ideia de lançar no mercado uma arma de fogo para mulheres , um calibre.32, que
recebeu o nome de Nir Bheek, em homenagem à uma estudante que ficou extremamente reconhecida, e chocou
o mundo por ter sido morta cruelmente depois de ter sido estuprada coletivamente, em 2012, na cidade de Nova
Déli.
Diante do exposto, podemos afirmar que a forma mais eficaz em evitar um crime , evitar a tentativa de
uma violência doméstica, é quando a vítima tem em seu poder uma arma de fogo. Entretanto, esse direito e essa
liberdade n ão são respeitados , uma vez que o Estatuto do Desarmamento impõe regras restritivas aos cidadãos.
Ter uma arma ou não, é questão de escolha. Um governo não existe para tolher os cidadãos em seus direitos
naturais, incluso o de legítima defesa. Sobreviver não é uma opção e restringir a defesa de uma mulher, em
regra fisicamente mais fraca do que um homem, é um ato de insensível crueldade. Possibilitar que a vítima se
arme não é, infelizmente, garantir -lhe a vida, mas ao menos lhe possibilita a chance de tentar. Assim sendo,
solicito aos nobres pares a aprovação deste importante Projeto de Lei
Deputado Eduardo Bolsonaro
PL - SP
*CD228524700200* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Eduardo Bolsonaro
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD228524700200
PL n.2126/2022 Apresentação: 02/08/2022 17:21 - Mesa |
PL 3321/2020 | Dispõe sobre a prestação, no exercício financeiro de 2020, de auxílio financeiro pela União às organizações da sociedade civil enquadradas como entidades privadas sem fins lucrativos voltadas ao acolhimento, à defesa e à garantia de direitos das mulheres vítimas de violência doméstica, das crianças e dos adolescentes. | economia | 0 | M | PL | null | null |
PL 2938/2022 | Equipara a estupro de vulnerável a divulgação de dados de vítima de tal crime, alterando o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, Código Penal. | dignidade sexual | 0 | M | PT | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2221814 | CÂMARA DOS DEPUTADOS
DEPUTADO HELDER SALOMÃO – PT/ES
PROJETO DE LEI Nº , DE 2022
(Do Sr. HELDER SALOMÃO)
Equipara a estupro de vulnerável a
divulgação de dados de vítima de tal
crime, alterando o Decreto-Lei nº
2.848, de 7 de dezembro de 1940,
Código Penal.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta lei equipara a estupro de vulnerável a
divulgação de dados de vítima de tal crime, alterando o Decreto-Lei
nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, Código Penal.
Art. 2º O § 1º do art. 217-A do Decreto-Lei nº 2.848,
de 7 de dezembro de 1940, Código Penal, passa vigorar com a
seguinte redação:
“Art. 217-
A. ..........................................................................
.........
§ 1º Incorre na mesma pena quem :
I - pratica as ações descritas no caput com alguém que,
por enfermidade ou deficiência mental, não tem o
necessário discernimento para a prática do ato, ou que,
por qualquer outra causa, não pode oferecer
resistência;
II - expõe, pela rede mundial de computadores, pelos
meios de comunicação ou redes sociais, dados de
qualificação da vítima.
.............................................................................
.............. (NR).”
*CD223666863000*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Helder Salomão
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD223666863000
PL n.2938/2022Apresentação: 07/12/2022 14:17:40.110 - MESA CÂMARA DOS DEPUTADOS
DEPUTADO HELDER SALOMÃO – PT/ES
Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua
publicação
JUSTIFICAÇÃO
A Câmara dos Deputados veicula os mais lídimos
anseios da população brasileira.
Assim, cumprindo meu papel constitucional, inauguro o
processo legislativo, defendendo parcela vulnerável da nossa gente.
Portanto, prestigio o disposto do art. 227, § 4º, da
Constituição, verbis:
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado
assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com
absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização,
à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a
salvo de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão.
(...)
§ 4º A lei punirá severamente o abuso, a violência e a
exploração sexual da criança e do adolescente.
Com fulcro no princípio da proteção integral (ECA, arts.
1º e 3º), é invocada a Convenção da ONU sobre os Direitos das
Crianças (Decreto nº 99.710, de 21 de novembro de 1990):
Artigo 19
Câmara dos Deputados – Anexo III Gabinete 573 – Praça dos Três Poderes- Brasília –DF CEP 70160-900Tel: (61) 3215-5573 Fax: (61) 3215-2573 E-mail: dep.heldersalomao@camara.leg.br
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Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Helder Salomão
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PL n.2938/2022Apresentação: 07/12/2022 14:17:40.110 - MESA CÂMARA DOS DEPUTADOS
DEPUTADO HELDER SALOMÃO – PT/ES
1. Os Estados Partes adotarão todas as medidas
legislativas, administrativas, sociais e educacionais
apropriadas para proteger a criança contra todas as
formas de violência física ou mental, abuso ou
tratamento negligente, maus tratos ou exploração,
inclusive abuso sexual, enquanto a criança estiver sob a
custódia dos pais, do representante legal ou de
qualquer outra pessoa responsável por ela.
2. Essas medidas de proteção deveriam incluir,
conforme apropriado, procedimentos eficazes para a
elaboração de programas sociais capazes de
proporcionar uma assistência adequada à criança e às
pessoas encarregadas de seu cuidado, bem como para
outras formas de prevenção, para a identificação,
notificação, transferência a uma instituição,
investigação, tratamento e acompanhamento posterior
dos casos acima mencionados de maus tratos à criança
e, conforme o caso, para a intervenção judiciária.
Assim, promove-se alteração no Código Penal,
robustecendo a resposta estatal punitiva, a fim de se prevenir novas
atitudes tão reprováveis, como a noticiada nos seguintes termos:
O vazamento de informações pessoais da criança de 10
anos, que engravidou após ser estuprada pelo tio,
em São Mateus, no norte do Espírito Santo , será
investigado pelo Ministério Público do Espírito Santo
(MPES). O caso também será apurado internamente no
Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes
(Hucam), o Hospital das Clínicas, em Vitória, para onde
a menina foi encaminhada.
A Justiça, inclusive, acolheu uma ação do MPES e
determinou liminarmente, no último domingo (16), a
retirada de um vídeo das redes sociais contendo
informações que expõem a criança vítima de abuso
sexual. Dessa forma, Facebook, Twitter e Google têm
até 24 horas para adotarem as medidas solicitadas pelo
MPES, que incluem o fornecimento dos dados e
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PL n.2938/2022Apresentação: 07/12/2022 14:17:40.110 - MESA CÂMARA DOS DEPUTADOS
DEPUTADO HELDER SALOMÃO – PT/ES
registros eletrônicos, além da remoção urgente do
conteúdo da internet.
Durante um pronunciamento realizado na tarde desta
segunda-feira (17), a superintendente do Hucam, Rita
Checon, informou que uma sindicância será instaurada
no hospital para apurar o possível vazamento de
informações sobre o prontuário da criança.
"Nós ainda não temos certeza se isso realmente
aconteceu dentro do hospital. Mas a apuração será
feita, uma sindicância [será instaurada] dentro do
hospital para apurar se realmente houve vazamento
indevido de informação sobre o prontuário dessa
menina. E se isso aconteceu, serão tomadas as devidas
providências", destacou a superintendente.
O Ministério Público Federal no Espírito Santo (MPF-ES)
informou que encaminhou um ofício a Rita Checon e
ao reitor da Universidade Federal do Espírito Santo
(Ufes), Paulo Sérgio de Paula Vargas, questionando
justamente se há informações a respeito do eventual
vazamento do nome e endereço da criança e dados
médicos sigilosos e dos respectivos responsáveis. Além
disso, o MPF-ES quer saber da Ufes e do Hucam a
respeito de eventual constrangimento, ameaça ou
qualquer outro tipo de pressão a médicos ou equipe
auxiliar, no sentido de não realização do procedimento
de interrupção da gestação.
(https://www.folhavitoria.com.br/geral/noticia/08/2020
/vazamento-de-dados-sobre-menina-vitima-de-
estupro-em-sao-mateus-sera-investigado, consulta em
10/09/2020).
Ante o exposto, pede-se o apoio dos nobres Pares para
a aprovação deste Projeto de Lei.
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PL n.2938/2022Apresentação: 07/12/2022 14:17:40.110 - MESA CÂMARA DOS DEPUTADOS
DEPUTADO HELDER SALOMÃO – PT/ES
Sala das Sessões, em de de 2022.
Deputado HELDER SALOMÃO
2020-8850
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PL n.2938/2022Apresentação: 07/12/2022 14:17:40.110 - MESA |
PL 2356/2022 | Altera a Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, a Lei nº 7.116, de 29 de agosto de 1983, e a Lei nº 14.129, de 29 de março de 2021, para garantir o registro de dupla maternidade ou paternidade. | maternidade | 0 | M | PT | null | null |
PL 6410/2022 | Altera a Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, para assegurar ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) o direito de ressarcimento de valores relativos a prestações do Plano de Benefícios da Previdência Social, a ser exercido contra o autor do crime, na hipótese de feminicídio que envolva menosprezo ou discriminação à condição de mulher. | feminicidio | 0 | F | PSD | null | null |
PL 2025/2023 | Altera o art. 121 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), para criminalizar a proposta de homicídio ou feminicídio. | feminicidio | 1 | M | PP | null | null |
PL 1458/2020 | Estabelece medidas excepcionais de proteção à mulher e para o enfrentamento à violência doméstica e familiar com fundamento nos dispositivos da Lei 11.340 de 7 de agosto de 2006 – Lei Maria da Penha, durante o estado de calamidade pública previsto pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, em razão da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus (Covid-19); altera a Lei 8.742, de 7 de dezembro de 1993 e dá outras providências. | violencia contra a mulher | 0 | F | PT | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1908603 | PROJETO DE LEI Nº___ _____, DE 2020
(Da Sra. ERIKA KOKAY)
Estabelece medidas excepcionais
de proteção à mulher e para o
enfrentamento à violência doméstica e
familiar com fundamento nos dispositivos
da Lei 11.340 de 7 de agosto de 2006 – Lei
Maria da Penh a, durante o estado de
calamidade pública previsto pelo Decreto
Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020 ,
em razão d a emergência de saúde pública
de importância internacional decorrente do
coronavírus (Covid -19); altera a Lei 8.742,
de 7 de dezembro de 1993 e dá outras
providências.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1° Esta Lei estabelece medid as excepcionais de proteção
à mulher e para o enfrentamento à violência doméstica e familiar em
conformidade com dispositivos da Lei 11.340 de 7 de agosto de 2006 – Lei
Maria da Penha, durante o estado de calamidade pública previsto pelo Decreto
Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, em razão da emergência de saúde
pública de importância internacional decorrente do coronavírus ( Covid -19);
altera a Lei 8.742, de 7 de dezembro de 1993 e dá outr as providências.
Art. 2° Para coibir e prevenir a violência domés tica e familiar
contra a mulher nas situações emergenciais compreendidas no período a que
se refere o caput do art. 1° , a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios deverão adotar um conjunto articulado de ações , atuando em
colaboração com iniciativas não-governamentais .
*CD200055796800* LexEdit PL n.1458/2020 Apresentação: 02/04/2020 11:29 Art. 3° Com vistas ao efetivo cumprimento do s arts. 2º; 3°, II e
III; 8°, I e IV; 9°; 18; 22; 23; 28; e 35 da Lei n° 11.340 de 7 de agosto de 2006 ,
o poder público estabelecerá mecanismos eficientes e diferenciados para o
recebimento, processamento e encaminhamento de denúncias das vítimas aos
órgãos competentes para adoção das medidas admini strativas ou judiciais
cabíveis, especialmente nas circunstâncias decorrentes da situação de
emergência de saúde pública de que trata o art. 1° desta lei , de modo a garantir
com prioridade:
I- a criação de canal exclusivo para atendimento psicológico
das m ulheres vítimas de violência doméstica e familiar, a
partir de sítio eletrônico da internet ou por telefone , dando -se
máxima divulgação nos meios de comunicação;
II- o atendimento domiciliar das denúncias feitas junto às
Delega cias Especializadas em Atendimento à Mulher (DEAM)
ou nos órgãos incumbidos de tal função nos Estados e
Municípios nos casos de estupro, feminicídio ou situação de
iminente risco à segurança e integridade da mulher;
IIl- o encaminhamento, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas,
de expediente apartado ao juiz com o pedido da ofendida,
para que este conceda em igual prazo as medidas protetivas
de urgência;
IV- o acesso a equipamentos de proteção individual para
mulheres e a tendimento diferenciado para os casos de
violência doméstica e abuso sexual;
V- o pleno funcionamento dos serviços essenciais de saúde
para mulheres e meninas, incluindo serviços de saúde sexual
e reprodutiva.
VI- a implantação de serviços emergenciais de prev enção e
resposta à violência de gênero nas com unidades afetadas
pela covid -19, notadamente aquelas com elevada incidência
de violações contra a mulher;
VII- a ampliação de serviços de abrigamento para as vítimas
de violência doméstica e familiar e de seus filhos em espaços
públicos já existentes e/ou que estejam fechados, podendo os
mesmos serem devidamente adequados para o atendimento
e acompanhamento emerge ncial dos casos;
*CD200055796800* LexEdit PL n.1458/2020 Apresentação: 02/04/2020 11:29
VIII-disponibilização de dados relativos às violações
cometidas contra a mulher que resultem da incidência de
violência doméstica e abuso sexual como consequência do
isolamento e imposição do convívio no lar;
§1°. O atendimento domiciliar referido no inciso II será feito,
desde que o procedimento não ofereça risco de infecção
nem se contraponha aos dispositivos da Lei n° 13.979 de 6
de fevereiro de 2020 sobre as medidas a serem tomadas
para enfrentamento da emergênci a de saúde pública de
importância internacional decorrente do coronavírus
responsável pelo surto de 2019.
§2° As Delegacias Especializadas em Atendimento à Mulher
funcionarão 24 horas ininterruptas para receber urgências e
emergências .
§3°O funcionamento dos Centros Integrados e Centros
Especializados de Atendimento à M ulher (CIAM/CEAMs)
deverá ser mantido para os casos de urgência.
§4° Para fins de cumprimento desta lei, o poder público
adotará outras medidas excepcionais, como o aluguel d e
casas e/ou hotéis, espaços e instalações privados, com
vistas a garantir o atendimento das situações emergenciais
compreendidas no período a que se refere o caput do art. 1° .
§5° Serão asseguradas , para fins do disposto no parágrafo
anterior, condições de segurança às vítimas que venham a
ser atendidas nos locais referidos, bem como os meios
necessários para o pleno exercício dos direitos
fundamen tais inerentes à pessoa humana e a oportunidade
para viver sem violência, de modo a preservar sua saúde
física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e
social.
Art. 4° A Lei nº 8.74 2, de 7 de dezembro de 1993, passa a
vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 20 O benefício de prestação continuada é a garantia de
um salário -mínimo me nsal à pessoa com deficiência, ao idoso
com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não
*CD200055796800* LexEdit PL n.1458/2020 Apresentação: 02/04/2020 11:29 possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê -la
provida por sua família, e , em caráter excepcional, à mulher
em situação de violência doméstica e familiar , com base nos
dispositivos da Lei 11.340 de 7 de agosto de 2006 ,
considerando -se como situação agravante o estado de
calamidade pública previsto no Decreto Legislativo nº 6, de 20
de março de 2020, e da emergência de saúde pública de
importância internacional decorr ente do coronavírus (Covid -
19).
Parágrafo único. O critério de aferição da renda mensal per
capita familiar para a mulher em situação de violência
doméstica ou familia r considerará como situação agravante o
estado de calamidade pública de que trata o Decreto
Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020 , e será definido em
regulamento, de acordo com os seguintes fatores,
combinado s entre si ou isoladamente:
I- as condições peculiares da mulher em situação de
violência doméstica e familiar em consequência do
isolamento e imposição do convívio no lar;
II- as circunstâncias pessoais , os fatores
socioeconômicos , as condiç ões de moradia e
habitabilidade e o grau de exposição da mulher à
violência doméstica e familiar ;
III- demais fatores que caracterizem a existência de
risco atual ou iminente à vida ou à integridade física da
mulher em situação de violência doméstica e familiar .”
(NR)
.......................................................................................
.......................................................... .............................
Art. 5° Pelo período de oito meses até a data do dia 31 de
dezembro de 2020 , será concedido auxílio emergencial no valor de R$ 600,00
*CD200055796800* LexEdit PL n.1458/2020 Apresentação: 02/04/2020 11:29 (seiscentos reais) mensais à mulher em situação de violência doméstica e
familiar que cumpra qualquer um dos seguintes requisitos:
I – Seja de faixa etária igual ou maior de dezoito anos
de idade, excetuando -se mães adolescentes;
II - não tenha emprego formal;
III - não seja titular de benefício previdenciário ou
assistencial, beneficiária do seguro -desemprego ou de
programa de tra nsferência de renda federal,
ressalvado, nos termos do § 1º, o Bolsa -Família;
IV – cuja renda familiar mensal per capita seja de até
meio salário mínimo ou a renda familiar mensal total
seja de até três salários mínimos;
V – que exerça atividade na condição de:
a) trabalhadora informal, de qualquer natureza, inscrita
no Cadastro Único para Programas Sociais do
Governo Federal (CadÚnico).
§1°. As condições de renda familiar mensal per capita e total
serão verificadas por me io do CadÚnico, para as trabalhadoras inscritas, e por
meio de autodeclaração, para as não inscritas, por meio de sistemas
informatizados.
§2° O Poder Executivo regulamentará o auxílio emergencial a
que se refere o caput deste arti go.
Art. 6 º O INSS fica autorizado a efetuar o pagamento do valor
mencionado no art. 5 º desta Lei , a título de antecipação, para as requerentes
do benefício de prestação continuada para as pessoas de que trata esta Lei e
o art. 20 da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, pelo período de oito meses
até a data de 31 de dezembro de 2020 , a contar da publicação desta Lei, ou
até a aplicação pelo INSS do instrumento de avaliação do requerimento .
*CD200055796800* LexEdit PL n.1458/2020 Apresentação: 02/04/2020 11:29 Parágrafo único. Reconhecido o direito da mulher em situação de
violência doméstica e familiar ao benefício de prestação continuada, seu valor
será devido a partir da data do requerimento, deduzindo -se os pagamentos
efetuados.
Art. 7 ° Os benefícios decorrentes do disposto nos arts. 22, 24 -C
e 25 da Lei 8.742, de 7 de dezembro de 1993, serão pagos diretamente à
mulher independentemente de ser a responsável pela unidade familiar.
Art. 8 º O período de que trata o caput dos arts. 5º e 6°poderá ser
prorrogado por ato do Poder Executivo durante o período de enfrentamento da
emergência de saúde pública de importância internacional da Covid -19,
definida pela Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020.
Art. 9 º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
São a cada dia mais impactantes os dados relativos à violência contra
a mulher. Segundo levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e
do Instituto de Pes quisa Econômica Aplicada (Ipea) , 536 mulheres são
agredidas no Brasil a cada hora. Muitas são vítimas de seus próprios
companheiros e pelo fato de dependerem financeiramente deles não
conseguem se livrar do ciclo da violência doméstica – que leva cerca de 13
mulheres à morte todos os dias.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil
tem a quinta maior taxa de feminicídios no mundo: 4,8 para 100 mil mulheres.
Apenas em 2019 , registrou -se um crescimento de 7,3% dos casos de
feminicídio comparado ao ano de 2018, com explosão dos números em alguns
estados, segundo dados do Núcleo de Violência da Universidade de São Paulo.
Ainda conforme o estudo, 1.314 mulheres são mortas por serem mulheres, o
que corresponde à média de uma mulher a cada sete horas.
*CD200055796800* LexEdit PL n.1458/2020 Apresentação: 02/04/2020 11:29 Mais que previsível, com o estabelecimento do estado de calamidade
pública pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, em razão da
emergência de saúde pública de importância internacional decor rente do
coronavírus (Covid -19), esse s números tendem a aumentar drasticamente,
exigindo por parte do poder público e do Estado brasileiro a adoção ime diata
de medidas que concorram para o efetivo cumprimento da Lei Maria da Penha
e o seu aperfeiçoamento enquanto instrumento legal de proteção e defesa dos
direitos das mulheres, de modo que sejam postas em prática ações
excepcionais de proteção à mulher e para o enfrentamento à violência
doméstica e familiar .
Inegavelmente, as consequências do isolamento e imposição do
convívio podem levar ao aumento da violência doméstica e do abuso sexual
infantil .
O impacto social1 do novo coronavírus já atinge fortemente as
mulheres. Elas representam 70% das pessoas que trabalham no setor social e
de saúde e são três vezes mais responsáveis pelos cuidados não -remunerados
em casa do que os homens. Os dados são da ONU Mulheres ,
que recomenda uma série de medidas nas ações contra a pandemia, que
visam apoio prioritário a elas.
Conforme matérias jornalísticas, o plantão judiciário do Rio de
Janeiro registrou um aumento d e 50% nos casos de violência doméstica no
estado nos últimos dias de quarentena, um número que já bastante elevado
antes mesmo das medidas de isolamento. Segundo o apurado, as mulheres
vítimas de agressão em casa representam cerca de 70% da demanda do
plantão.
A situação já se reflete em alguns países. Na China2, ativistas de
direitos humanos alertam que as denúncias de agressão a mulheres no
ambiente familiar aumentaram três vezes durante o período de confinamento e
1 https://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2020/03/impacto -coronavirus -maior -mulheres/
2 https://oglobo.globo.com/sociedade/coronavirus/para -domar -coronavirus -china -vigia -mais -de-760-
milhoes -de-pessoas -24253569
*CD200055796800* LexEdit PL n.1458/2020 Apresentação: 02/04/2020 11:29 muitas das vítimas não sabiam a quem recorrer. Lamentavelmente , o mesmo
pode acontecer no Brasil neste período de isolamento, de acordo com
especialistas.
Diante de tão grave situação, apresentamos o presente Projeto de
Lei para que ações e medidas excepcionais de proteção à mulher e para o
enfrentamento à violência doméstica e familiar sejam executadas, tomando por
base os dispositivos constantes da Lei 11.340 de 7 de agosto de 2006 – Lei
Maria da Penha, durante o estado de calamidade pública previsto pelo Decreto
Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, em razão da emergência de saúde
pública de importância internacional decorrente do coronavírus (Covid -19).
Dentre as medidas, sugerimos neste projeto a criação de canal
exclusivo para atendimento psicológico das mulheres vítimas de violência
doméstica e familiar, a partir de sítio eletrônico da internet ou por telefone ;
atendimento domiciliar ; além da garantia de renda mínimas para as mulheres
que se encontrem no contexto de violência. Esperamos, assim, contribuir para
a efetiva proteção das mulheres justamente neste momento em que muitas
delas estão sub metidas ao isolamento ou quarentena, estando ainda mais
expostas a um ambiente de violações inúmeras.
Sala das Se ssões, em de de 2020.
Deputada ERIKA KOKAY – PT/DF
*CD200055796800* LexEdit PL n.1458/2020 Apresentação: 02/04/2020 11:29 |
PL 999/2023 | Institui o Protocolo Nacional de Segurança e Acolhimento às Vítimas de Violência Sexual em locais de entretenimento e lazer. | dignidade sexual | 0 | F | PT | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2240711 | PROJETO DE LEI Nº , de 2023
(da Sra LUIZIANNE LINS )
Institui o Protocolo Nacional de Segurança e
Acolhimento às Vítimas de Violência Sexual em
locais de entretenimento e lazer.
.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta lei institui o Protocolo Nacional de Segurança e Acolhimento às
Vítimas de Violência Sexual a ser implantado por adesão de estabelecimentos e eventos de
entretenimento e lazer, públicos e privados, obs ervadas a Lei nº 12.845, de 1º de agosto de
2013 e o Decreto nº 7.958, de 13 de março de 2013 .
Parágrafo único. O protocolo deve se orientar pelos princípios do acolhimento
prioritário à vítima, o respeito às suas decisões, a imediata reprovação da atitude do
agressor, a cooperação entre estabelecimento e as autoridades responsáveis, e o rigor com
o recolhimento e preservação das informações, indícios e provas.
Art. 2º Fica instituído o Protocolo de Acolhimento às Vítimas de Violência Sexual
para a prevenção e o enfrentamento de crimes sexuais e demais atos praticados no contexto
de violência contra a mulher a ser adotado e implementado por estabelecimentos de
entretenimento e lazer, por adesão, conforme regulamento.
§1º O Protocolo deve ser estruturado em três eixos:
I. as ações de prevenção;
II. as instruções para identificação de um caso de violação e;
III. as instruções sobre como lidar com o caso.
§2º Para efeitos desta Lei, consideram-se espaços públicos e privados de lazer as
casas noturnas, festas, festivais de artes e shows, casas de shows, museus, teatros,
restaurantes, bares e quaisquer espaços de convivência específicos, dentro de outros
estabelecimentos que realizam atividades de lazer ou entretenimento e nas redondezas
onde estão localizados, inclusive em garagens ou estacionamentos.
§3º O estabelecimento deverá reservar espaço físico para o acolhimento imediato
das vítimas em situações de risco ou violência sexual.
1
*CD230983653300*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Luizianne Lins
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD230983653300
PL n.999/2023Apresentação: 08/03/2023 14:56:36.027 - MESAArt. 3º O Protocolo deverá conter orientações e os mecanismos voltados a:
I- identificar os sinais e os elementos que indiquem o risco de a mulher sofrer
qualquer forma de violência sexual no ambiente e arredores dos estabelecimentos públicos
ou privados de entretenimento e lazer, orientado aos funcionários, empregados ou
quaisquer colaboradores que atuem nesses locais, para proteger a vítima e;
II- caso verificada a prática de violência, descrição das medidas para acolhimento
da vítima a fim de garantir a sua segurança imediata e fornecer informações relacionadas
aos seus direitos de forma a ampará-la em sua livre decisão;
III - atuar de forma a subsidiar a atuação dos órgãos de saúde, de segurança pública
e entidades da rede de proteção na gestão do risco identificado.
§1º Devem ser preservadas, em qualquer hipótese, a decisão da vítima e o sigilo das
informações.
§2º O Protocolo deve ser aplicado no momento e local da ocorrência dos fatos,
encaminhada a vítima para atendimento de emergência, integral e multidisciplinar , nos
termos estabelecidos na Lei nº 12.845, de 1º de agosto de 2013 e no Decreto nº 7.958, de
13 de março de 2013 , e acionados os órgãos da polícia civil competente.
§3º O Protocolo deve prever medidas para reconhecimento, detenção e
encaminhamento do agente da violência para as providências policiais cabíveis, prezando
pela brevidade no primeiro atendimento e averiguação das circunstâncias da violência que
contribua para identificação e responsabilização do agressor.
§4º O estabelecimento deve estar orientado a preservar todas as evidências que
possam ser utilizadas para a investigação policial, sobretudo as imagens de câmeras de
segurança, lista de nomes das pessoas que estiveram no local dos fatos para identificação
de possíveis testemunhas e isolamento da área dos fatos para posterior perícia.
§5º Aos funcionários, empregados ou quaisquer colaboradores que atuam nos locais
que aderirem ao Protocolo serão disponibilizados os treinamentos e qualificação
adequados para lhes garantir prévio conhecimento, preparação e condições corretas para
atuarem e acionarem as medidas estabelecidas.
Art. 4º É facultada a utilização do Protocolo Nacional de Seguran ça e Acolhimento
às Vítimas de Violência Sexual em locais de entretenimento e lazer pelos órgãos públicos
municipais, estaduais e federais, e instituições privadas para adoção em suas esferas de
atuação adaptados, independente da área ou do setor econômico para implementação.
2
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PL n.999/2023Apresentação: 08/03/2023 14:56:36.027 - MESAArt. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
O presente projeto pretende instituir um Protocolo de Segurança, por livre adesão
pelos estabelecimentos e eventos públicos e privados de entretenimento e lazer, visando a
proteção das mulheres ameaçadas ou vítimas de violência sexual quando os fatos
ocorrerem nesses locais.
A proposição ora apresentada está em sintonia com iniciativas adotadas em cidades
de outros países, sobretudo a Espanha, que tem avançado na legislação protetiva e
preventiva da prática de violência de gênero.
Neste projeto, estão sinalizados princípios, eixos, objetivos e alguns conteúdos
mínimos que orientam a elaboração do Protocolo, que serão executadas pelos
estabelecimentos de entretenimento e lazer em articulação com as instâncias de saúde e de
segurança públicas para atuarem na proteção e atendimento das vítimas de violência sexual
e na efetiva coleta e encaminhamentos de informações e evidências para a
responsabilização do agressor.
É sabido que é dentro de casa que ocorrem o maior número de crimes de cunho
sexual. Porém, os ambientes do tipo casas noturnas e as festas privadas têm se tornado
espaços de crescente prática de violência contra a dignidade sexual das mulheres, com ⅔
das brasileiras já tendo sofrido algum tipo de assédio nesses locais1. E, em se tratando de
estabelecimentos voltados à diversão, as agressões terminam não sendo identificadas e
devidamente tratadas, sobretudo alimentando preconceitos e estereotipando as vítimas
frequentadoras, causando revitimização, aumentando o sofrimento, facilitando a
impunidade e, muitas vezes, impedindo a identificação e coleta das provas que
possibilitam a responsabilização do(s) agressor(es).
1 Entre as trabalhadoras desses locais, a proporção é de 78% já assediadas sexualmente. Ver
https://www1.folha.uol.com.br/blogs/cozinha-bruta/2022/03/23-das-brasileiras-sofreram-assedio-sexual-em-
restaurantes-e-bares.shtml
3
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PL n.999/2023Apresentação: 08/03/2023 14:56:36.027 - MESAE como, no Brasil, 8 em cada 10 casos registrados são de autoria de um conhecido2,
existe uma camada a mais de violência e complexidade à violação cometida que torna a
sua denúncia um desafio ainda maior para as vítimas.
O Brasil ascende nos índices de feminicídio, estupro e demais formas de violência
sexual e doméstica quando comparado a outros países. Tem acumulado casos em que se
tripudia de uma mulher para livrar a responsabilidade de um homem com atitude violenta,
o que estimula a "cultura do estupro" - que insiste e persiste em no nosso país -, e que
alimenta o ciclo de violência contra as mulheres e LGBTQIA+, sacrificando-as pelo fato
de serem quem são.
A adoção de um Protocolo nos termos aqui propostos, que será objeto de
regulamentação amadurecida e articulada entre a sociedade e as esferas de poder,
responsáveis pela matéria, poderá ser um instrumento forte e rápido de ser acionado. Note-
se que a rapidez na tomada de medidas é um dos elementos essenciais para garantir a
proteção da vítima e a constituição das condições que permitam a formação de processos
adequados de responsabilização.
Outro ponto essencial é o estímulo a realização de políticas para a conscientização
das pessoas responsáveis e que trabalham nestes locais e eventos, como instrumento para a
prevenção da reprodução de um comportamento machista impregnado na sociedade em
que os homens se sentem livres para violentar o consentimento e o corpo das mulheres, e
para que se rompa o silêncio contra a violência, o assédio e o abuso sexual.
Exemplo disso foi o caso do jogador de futebol Daniel Alves, de ampla repercussão
internacional, investigado pelo estupro de uma jovem dentro do banheiro de uma casa
noturna em Barcelona. O caso chamou a atenção pela rápida ação dos funcionários do
estabelecimento em identificar a situação da vítima, acolhê-la e acionar os serviços de
saúde e segurança. A casa havia aderido ao “Protocolo ‘Não Calem’ contra agressões e
2 FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2022.
Ano 16 - 2022, ISSN 1983-7364. Disponível em https://forumseguranca.org.br/wp-
content/uploads/2022/06/anuario-2022.pdf?v=5 .
4
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PL n.999/2023Apresentação: 08/03/2023 14:56:36.027 - MESAassédios sexuais em espaços de lazer noturno privado”3 da cidade de Barcelona, e seus
funcionários e responsáveis estavam conscientes e treinados para responder e acolher a
vítima. As mulheres brasileiras ainda não contam com uma iniciativa similar do poder
público para protegê-las.
Não é mais possível aceitar que condutas do agressor, como as descritas no caso
exemplificado, sirvam como uma espécie de abrigo moral para proteger abusadores,
favorecer a subnotificação de crimes de estupro, importunação sexual ou a aceitação de
quaisquer formas de violências de gênero. BASTA!
É com esse propósito que apresentamos este projeto de lei, para colaborar com
medidas concretas que mobilizem a responsabilidade de toda a sociedade e a condução de
políticas de Estado voltadas à
Sala das Sessões, em 08 de março de 2023.
LUIZIANNE LINS
Deputada Federal - PT/CE
3 https://bcnroc.ajuntament.barcelona.cat/jspui/handle/11703/108611
5
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PL n.999/2023Apresentação: 08/03/2023 14:56:36.027 - MESA |
PL 4125/2023 | Dispõe sobre a criação de cota para mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, na aquisição de imóveis construídos pelos Programas Habitacionais de Interesse Social, financiados Poder Público. | violencia contra a mulher | 0 | M | PDT | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2318011 | PROJETO DE LEI Nº , de 2023.
(Do Sr. Marcos Tavares)
Dispõe sobre a criação de cota para
mulheres vítimas de violência doméstica e
familiar, na aquisição de imóveis construídos
pelos Programas Habitacionais de Interesse
Social, financiados Poder Público.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º - Fica estabelecida a cota de no mínimo 10% (dez por cento) para mulheres
em situação de violência doméstica e familiar, como critério de prioridade para reserva de
unidades de moradias de Interesse Social de programas financiados pelo Poder Público.
§ 1º - Para os efeitos desta lei, configura violência doméstica e familiar qualquer
ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause lesão, sofrimento físico, sexual ou
psicológico e dano moral ou patrimonial, e as formas de violência doméstica determinadas
na Lei Federal nº 11.340/06.
§ 2º - A cota de prioridade determinada no “caput” deste artigo restringe-se as
mulheres em situação de violência doméstica e familiar que ainda não sejam titulares de
direito de propriedade de imóvel.
Art. 2º - A situação de violência doméstica e familiar poderá ser comprovada
mediante Boletim de Ocorrência (B.O.) expedido por Distrito Policial, e:
§ 1º - Certidão que comprove a existência de ação penal enquadrando o agressor
nos termos da lei federal nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 - Lei Maria da Penha;
_________________________________________________________________________________________________________________________Praça dos Três Poderes - Anexo IV – Gabinete 611 - Câmara dos Deputados - CEP: 70.160-900 – Brasília/DF Contato: (61) 3215-5611 e-mail: dep.marcostavares@camara.leg.br CÂMARA DOS DEPUTADOS
DEPUTADO FEDERAL MARCOS TAVARES
*CD236503423000*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Marcos Tavares
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD236503423000
PL n.4125/2023Apresentação: 24/08/2023 14:23:31.897 - MESA§ 2º - Documento que comprove a instauração de inquérito policial contra o
agressor nos termos da lei federal nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 - Lei Maria da Penha;
§ 3º - Relatório de encaminhamento e acompanhamento elaborado pelo assistente
social que realizou o atendimento da vítima em qualquer órgão da rede de proteção em
defesa dos direitos da mulher, Centro de Referência Especializado de Assistência Social
ou outro órgão de referência de atendimento à pessoa vítima de violência doméstica.
Art. 3º - O órgão competente no atendimento às mulheres em situação de violência
doméstica e familiar fará o encaminhamento ao órgão competente em realizar o cadastro
habitacional ou para atualização do mesmo.
Art. 4º Para efeito do disposto nesta Lei consideram-se Programas Habitacionais
todas as ações da política habitacional desenvolvidas por meio dos braços operacionais,
através de recursos públicos (União, Estado ou Munícipio) ou mediante parceria com
entes privados.
Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, em 08 de agosto de 2023.
MARCOS TAVARES
Deputado Federal
PDT-RJ
_________________________________________________________________________________________________________________________Praça dos Três Poderes - Anexo IV – Gabinete 611 - Câmara dos Deputados - CEP: 70.160-900 – Brasília/DF Contato: (61) 3215-5611 e-mail: dep.marcostavares@camara.leg.br CÂMARA DOS DEPUTADOS
DEPUTADO FEDERAL MARCOS TAVARES
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PL n.4125/2023Apresentação: 24/08/2023 14:23:31.897 - MESAJUSTIFICATIVA
Este Projeto de Lei, tem por objetivo retirar as mulheres vítimas do ciclo de
violência imposto pelos agressores. A responsabilidade das mães em ofertar condições
dignas de moradia para criar e educar seus filhos, normalmente sobrepõe a sua capacidade
de reagir às ocorrências de violência doméstica.
As mulheres vítimas de violência com certa regularidade são trabalhadoras,
mantenedoras de sua família e mantêm-se vinculadas ao agressor devido ao fato de não
possuir habitação para mudar levando seus filhos.
Podemos salientar que enquanto a maior parte da violência cometida contra os
homens ocorre nas ruas, nos espaços públicos, e, em geral é praticada por outro homem, a
mulher é mais agredida dentro de casa, no espaço privado, e o agressor é ou foi uma
pessoa íntima: namorado, marido, companheiro, amante ou familiar.
A violência contra a mulher acontece em todo Brasil e atinge mulheres de todas as
idades, classes sociais, raças, etnias e orientação social. Qualquer que seja o tipo de
violência, física, sexual, psicológica, ou patrimonial, sempre está vinculada ao poder e à
desigualdade das relações de gênero, onde impera o domínio dos homens, e está ligada
também à ideologia dominante que lhe dá sustentação.
Insta considerar que o círculo de violência doméstica é muito difícil de ser
rompido, visto que na maioria das vezes essas mulheres são totalmente dependentes
economicamente de seus parceiros, incluindo assim a moradia e o sustento dos seus filhos,
por consequência dessa situação, mister se faz a garantia de uma política pública de
habitação que garanta a essas mulheres prioridades inclusivas por sua situação de
violência doméstica, o que, com certeza, irá lhes proporcionar segurança para romper com
esse círculo de violência.
_________________________________________________________________________________________________________________________Praça dos Três Poderes - Anexo IV – Gabinete 611 - Câmara dos Deputados - CEP: 70.160-900 – Brasília/DF Contato: (61) 3215-5611 e-mail: dep.marcostavares@camara.leg.br CÂMARA DOS DEPUTADOS
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Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Marcos Tavares
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PL n.4125/2023Apresentação: 24/08/2023 14:23:31.897 - MESAIsto posto, solicitamos o apoio de Vossas Excelências para a aprovação deste
importante Projeto de Lei, onde compreendemos estar justificada no que tange a proteção
e na qualidade de vida para todas as mulheres que vivem e sobrevivem nessa situação
degradante de violência doméstica ou familiar.
Sala das Sessões, em 08 de agosto de 2023.
MARCOS TAVARES
Deputado Federal
PDT-RJ
_________________________________________________________________________________________________________________________Praça dos Três Poderes - Anexo IV – Gabinete 611 - Câmara dos Deputados - CEP: 70.160-900 – Brasília/DF Contato: (61) 3215-5611 e-mail: dep.marcostavares@camara.leg.br CÂMARA DOS DEPUTADOS
DEPUTADO FEDERAL MARCOS TAVARES
*CD236503423000*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Marcos Tavares
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD236503423000
PL n.4125/2023Apresentação: 24/08/2023 14:23:31.897 - MESA |
PL 2094/2020 | Altera o art. 121 do Decreto-lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, para aumentar a pena do feminicídio se o agente do crime se aproveitar de quarentena decretada em face de estado de calamidade pública. | feminicidio | 1 | M | PP | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1885122 | PROJETO DE LEI Nº , de 2020
(Do Sr. FAUSTO PINATO)
Altera o art. 121 do Decreto-lei nº 2.848, de 7
de dezembro de 1940 – Código Penal, para
aumentar a pena do feminicídio se o agente do
crime se aproveitar de quarentena decretada
em face de estado de calamidade pública.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta lei altera o art. 121 do Decreto-lei nº
2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, para
aumentar a pena do feminicídio se o agente do crime se
aproveitar da quarentena proposta em decorrência do Decreto
Legislativo nº 6, de 2020, que reconheceu o estado de
calamidade pública, vigente desde 20 de março de 2020 .
Art. 2º O § 7º do art. 121 do Decreto-lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
1940 – Código Penal, passa a vigorar acrescido do seguinte inciso V:
“Art. 121.......................................................................................
....................................................................................................
§ 7º..............................................................................................
....................................................................................................
V – em aproveitamento de quarentena decretada em face de
estado de calamidade pública, Decreto Legislativo nº 6, de
2020.“ (NR)
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Justificação
O isolamento social durante a quarentena aumenta os riscos de
mulheres vítimas de violência doméstica.
*CD202802983200*Documento eletrônico assinado por Fausto Pinato (PP/SP), através do ponto SDR_56355,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.2094/2020Apresentação: 22/04/2020 17:392
A vítima fica sob vigilância e companhia do parceiro agressor por mais
tempo, sofrendo as diversas formas de violência doméstica ׃ física, psicológica,
patrimonial e moral. Dessa forma, apesar de o Estado ter criado "botões do
pânico", aplicativos e maneiras de denúncias on-line, a mulher fica sob
convivência forçada e vigilância constante do agressor.
Além disso, o uso de drogas e bebidas alcóolicas por parte do agente
criminoso podem aumentar em face da permanência, considerando que este
Em matéria do site da Isto É, em 03 /04/2020, a socióloga Wania
Pazzinato analisa o aumento na ocorrência de violência à mulher ׃“ Momentos
de crise na sociedade – econômica, política ou uma pandemia – historicamente
trazem aumento da violência contra a mulher. Foi assim com o ebola na África
e a cólera no Haiti.”1
Já na primeira semana de quarentena na França foi constatado
aumento considerável nos números de violência doméstica, fazendo com que o
governo tomasse providências paliativas, alocando vítimas em hotéis e
aumentando recursos na ordem de 1 milhão de euros para acolhimento às
vítimas.2
Segundo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), casos de
violência doméstica aumentaram 30% durante a quarentena. Não podemos
deixar que as mulheres fiquem mais vulneráveis nesses períodos de
calamidade pública e isolamento social.3
1 Quarentena eleva risco de violência doméstica. Isto É. 03 abr 2020. Disponível em
<https://istoe.com.br/quarentena-eleva-risco-de-violencia-domestica/ > Acesso em 16 abr 2020.
2 BERTON, Elena. França colocará vítimas de violência doméstica em hotéis. Agência Brasil. 30 mar
2020. Disponível em https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-03/franca-colocara-vitimas-de-
violencia-domestica-em-hoteis Acesso em 16 abr 2020.
3 BORGES, Beatriz. WALLACE, Lara. Casos de violência contra mulher aumentam 30% durante a
quarentena em SP, diz MP. G1. 13 abr 2020. Disponível em https://g1.globo.com/sp/sao-
paulo/noticia/2020/04/13/casos-de-violencia-contra-mulher-aumentam-30percent-durante-a-quarentena-
em-sp-diz-mp.ghtml Acesso em 16 abr 2020.
*CD202802983200*Documento eletrônico assinado por Fausto Pinato (PP/SP), através do ponto SDR_56355,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.2094/2020Apresentação: 22/04/2020 17:393
Já temos um sistema de segurança pública e de saúde precários, que
não dão conta da quantidade de ocorrências. Por isso, o aumento da pena é
uma forma de coibir o aumento da violência doméstica em tempos de
quarentena, seja ela por qual motivo ocorrer.
Diante do exposto, contamos com o apoio dos ilustres pares para a
aprovação do presente projeto de lei.
Sala das Sessões, em de de 2020.
Deputado FAUSTO PINATO
*CD202802983200*Documento eletrônico assinado por Fausto Pinato (PP/SP), através do ponto SDR_56355,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.2094/2020Apresentação: 22/04/2020 17:39 |
PL 614/2020 | Estabelece prazos para a realização no Sistema Único de Saúde - SUS, em todas as Unidades da Federação a obrigatoriedade de realização de três exames de ultrassonografia dentro do período correto de gestação 1º trimestre rastreamento universal de pré-eclâmpsia, 2º trimestre prematuridade e 3º trimestre cardiopatia no recém-nascido. | maternidade | 0 | F | PSC | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1865321 | Página 1 de 2 PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº DE 2020.
Estabelece prazos para a realização no Sistema Único de Saúde –
SUS, em todas as Unidades da Federação a obrigatoriedade de
realização de três exames de ultrassonografia dentro do período
correto de gestação 1º trimestre rastreamento universal de pré –
eclâmpsia, 2º trimestre prematuridade e 3º trimestre cardiopatia no
recém -nascido.
O CONGRESSO NACIONAL dec reta:
Art. 1°. Esta Lei estabelece prazos máximos de atendimento no Sistema Único de Saúde – SUS
em todas as Unidades da Federação e a obrigatoriedade de realização de três exames de
ultrassonografia à gestante.
Art. 2º. Fica determinado que as unidad es do SUS devem realizar atendimento às gestantes para
a realização de exames de diagnóstico por meio da ultrassonografia para rastreamento universal
de pré -eclâmpsia, prematuridade e cardiopatia no recém -nascido com o tempo máximo de espera
de:
I – o primeiro exame terá que ser realizado no máximo até o fim do primeiro trimestre de gestação
para rastreamento de pré eclampsia, não podendo ultrapassar a 13 semanas e 6 dias;
II - o segundo exame terá que ser realizado no máximo até o fim do segundo trimes tre de
gestação para rastreamento de prematuridade, não podendo ultrapassar a 24º semana;
III - O terceiro exame terá que ser realizado no máximo até no inicio do terceiro trimestre de
gestação para rastreamento de cardiopatia no recém -nascido, não podend o ultrapassar a 30ª
semana.
Art. 3°. Caso os prazos estabelecidos no art. 2º não sejam obedecidos, a autoridade sanitária
responsável deverá emitir autorização imediata para a realização do exame procedimento na rede
privada de saúde.
PL n.614/2020 Apresentação: 11/03/2020 17:16 Página 2 de 2
Parágrafo único: a s dotações orçamentárias referentes às determinações contidas na presente lei
serão dirigidas à Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde.
Art.4º Esta lei entra em vigor 90 dias após sua publicação.
JUSTIFICATIVA
Este projeto traz como justificativa primordial a necessidade de resgatar a dignidade e, garantir o
direito à saúde da mulher gestante e ao nascituro com vida saudável, não podendo medir
esforços para alcançar tais objetivos.
Sabe -se que a doença que mais mata e sequela mulheres grávidas no mundo é a pré -eclâmpsia,
além de ser responsável pelo maior número de nascimentos prematuros sendo a prematuridade a
maior causa de mortalidade perinatal.
É um dever do Estado que seja garantido às mulheres gestantes d e nosso País o direito de ter
seus filhos nascidos com saúde. Elas não podem ser impedidas de serem atendidas
prontamente, visto haver o risco real de sacrificarem o maior bem jurídico tutelado na Constituição
da República, que é a sua vida e seus filhos.
Por ser uma matéria de interesse público relevante, conto com a sensibilidade de meus pares
para a aprovação deste projeto.
Sala das Sessões, de 2020.
Deputada LAURIETE
PL/ES
PL n.614/2020 Apresentação: 11/03/2020 17:16 |
PL 3656/2023 | Acrescenta parágrafo ao art. 50 da lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que “dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências” (ECA), de forma a garantir à família cadastrada em programa de acolhimento familiar prioridade na adoção de criança ou adolescente que esteja sob sua guarda. | maternidade | 0 | M | PDT | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2303311 | PROJETO DE LEI Nº , DE 2023
(Do Sr. LÉO PRATES)
Acrescenta parágrafo ao art. 50 da lei
nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que
“dispõe sobre o Estatuto da Criança e do
Adolescente e dá outras providências”
(ECA), de forma a garantir à família
cadastrada em programa de acolhimento
familiar prioridade na adoção de criança ou
adolescente que esteja sob sua guarda .
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º O art. 50 da lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, passa
a vigorar acrescido do seguinte parágrafo 16:
“Art. 50..................................................................................
.............................................................................................
§ 16. A família cadastrada em programa de acolhimento
familiar terá prioridade na adoção de criança ou adolescente
que esteja sob sua guarda, desde que observados os
requisitos previstos neste artigo. (NR)”
Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
Busca a presente proposição acrescentar parágrafo ao art. 50
da lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que “d ispõe sobre o Estatuto da
Criança e do Adolescente e dá outras providências” (ECA), de forma a garantir
à família que promova acolhimento familiar prioridade na fila do cadastro de
adoção, desde que observados os requisitos previstos.
*CD230210520500*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Léo Prates
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD230210520500
PL n.3656/2023Apresentação: 01/08/2023 12:01:27.850 - MESA2
Hoje, o acolhimento familiar é uma ponte entre a volta da
criança para a família de origem ou para a adoção, tendo preferência sobre o
acolhimento institucional.
Por ter caráter temporário e excepcional, a lei atual não permite
que o acolhimento familiar se prolongue por mais de 18 (dezoito) meses, salvo
autorizado o seu prolongamento pela autoridade judiciária. Por esse motivo e
pelo requisito de não estar no cadastro de adoção, a família acolhedora não
pode adotar o acolhido.
O que pretendemos é que, por se criar um vínculo emocional e
sócio afetivo com a criança neste período, o casal promotor do acolhimento
familiar passe a ter a preferência de opção por adotar a criança, caso assim o
deseje, mesmo que não figure na fila de espera para a adoção.
Trata-se de medida que vai de encontro como os objetivos
precípuos do ECA, qual sejam, o bem estar e a felicidade das crianças e
adolescentes que se encontrem nessa situação.
Trata-se, portanto, de medida de relevante importância social,
motivo pelo qual contamos com o apoio dos nossos Pares para a sua
aprovação.
Sala das Sessões, em de de 2023.
Deputado LÉO PRATES
2023-10566
*CD230210520500*
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Léo Prates
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD230210520500
PL n.3656/2023Apresentação: 01/08/2023 12:01:27.850 - MESA |
PDL 136/2021 | Susta os efeitos da Portaria 2.561, de 23 de setembro de 2020, do Ministério da Saúde, que ?dispõe sobre o Procedimento de Justificação e Autorização da Interrupção da Gravidez nos casos previstos em lei, no âmbito do Sistema Único de Saúde-SUS. | direitos sexuais e reprodutivos | 0 | F | PSDB | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1981603 | PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº , DE 2021 (Da Sra. SHÉRIDAN) Susta os efeitos da Portaria 2.561, de 23 de setembro de 2020, do Ministério da Saúde, que “dispõe sobre o Procedimento de Justificação e Autorização da Interrupção da Gravidez nos casos previstos em lei, no âmbito do Sistema Único de Saúde-SUS”. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º. Este Decreto Legislativo susta os efeitos da Portaria 2.561, de 23 de setembro de 2020, que “dispõe sobre o Procedimento de Justificação e Autorização da Interrupção da Gravidez nos casos previstos em lei, no âmbito do Sistema Único de Saúde-SUS”. Art. 2º. Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação oficial. JUSTIFICAÇÃO No Brasil está em vigor a Lei 10.778, de 2003, que estabelece a notificação compulsória de suspeitas ou casos de violência contra a mulher, considerada como causa de morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico, bem como a comunicação automática às autoridades policiais. O Ministério da Saúde vem estabelecendo ao longo do tempo normas que prezam o aspecto de humanização do cuidado com as vítimas e estabelecem condutas para o atendimento integral, inclusive de prevenção
*CD213078000000* LexEditDocumento eletrônico assinado por Shéridan (PSDB/RR), através do ponto SDR_56008,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PDL n.136/2021Apresentação: 26/03/2021 15:14 - Mesa2 imediata de gravidez indesejada e infecções sexualmente transmissíveis, ou, em situações mais tardias, para a realização de abortamento permitido pela lei. No entanto, na contramão do movimento em prol da concretização de direitos, houve a edição da Portaria 2.282, de 27 de agosto de 2020, inclusive questionada junto ao Supremo Tribunal Federal. Ela revitimiza as pessoas e inova por meio da inclusão de passos intimidatórios como oferecer a visualização do feto por meio de ultrassonografia. A nova Portaria 2.561, editada um mês depois, constitui tentativa de atenuar a anterior. Entretanto, a despeito do relativo abrandamento da nova versão, a preocupação continua centrada em procedimentos burocráticos e documentos. Pior ainda, obriga a que se faça novo relato pormenorizado da violência, revivendo os momentos traumáticos, dispensável por já ter sido feito quando do registro inicial do crime. Não resta dúvida de que existem disciplinamento suficiente, formulários e rede de informação ativa para os casos estabelecida para violência interpessoal por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. A Portaria 2.561, de 2020, do Ministério da Saúde, não está em harmonia com o todo o arcabouço construído no Sistema Único de Saúde, que preza os princípios constitucionais de direitos humanos e à saúde. Diversas entidades como o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde, Cebes, manifestaram seu repúdio a essa Portaria nos seguintes termos: Serve, na verdade, para a manutenção das práticas de aborto na clandestinidade, ao passo que dificulta o acesso ao mesmo nos casos legais, o que retira das mulheres – principalmente daquelas que integram a população negra e em situação de alta vulnerabilidade econômica – a autonomia sobre o próprio corpo e o exercício de seus direitos. A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) assim se posiciona: Dessa maneira, solicitamos uma profunda reflexão a respeito e a imediata revogação desta Portaria 2.561/2020, que constitui violência institucional a meninas e mulheres brasileiras que engravidam de seus agressores. Sendo assim, é imprescindível que esta Casa se manifeste pela anulação de instrumento claramente deletério às meninas e mulheres vítimas de
*CD213078000000* LexEditDocumento eletrônico assinado por Shéridan (PSDB/RR), através do ponto SDR_56008,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PDL n.136/2021Apresentação: 26/03/2021 15:14 - Mesa3 estupro. Pedimos, assim, o apoio de todos os Pares para que a Portaria 2.561, de 2020, do Ministério da Saúde, seja imediatamente sustada. Sala das Sessões, em de de 2021. Deputada SHÉRIDAN
*CD213078000000* LexEditDocumento eletrônico assinado por Shéridan (PSDB/RR), através do ponto SDR_56008,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PDL n.136/2021Apresentação: 26/03/2021 15:14 - Mesa |
PL 3056/2020 | Estabelece, em caráter excepcional e imediato, a prorrogação do fim do prazo da licença à gestante, beneficiando as seguradas do regime próprio e do regime geral da previdência social. | maternidade | 0 | M | PP | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1899788 | CÂMARA DOS DEPUTADOS
PROJETO DE LEI Nº, DE 2020
(Dep. Schiavinato)
Estabelece, em caráter excepcional e imediato, a
prorrogação do fim do prazo da licença à gestante,
beneficiando as seguradas do regime próprio e do
regime geral da previdência social.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta Lei estabelece, em caráter excepcional e imediato, a
prorrogação do fim do prazo da licença à gestante, beneficiando as seguradas do
regime próprio e do regime geral da previdência social, enquanto perdurar o estado
de pandemia do COVID-19.
Parágrafo único. O caráter excepcional de que trata o caput se
aplica somente quando o ente federativo municipal declarar estado de emergência
ou de calamidade em saúde pública em decorrência do COVID-19.
Art. 2° As seguradas do regime próprio e do regime geral de
previdência social que já retornaram da licença à gestante após a edição do decreto
de calamidade pública será concedida nova licença à gestante adicional que se
encerrará ao final da calamidade pública.
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, em 29 de maio de 2020.
Schiavinato
Deputado Federal – Progressista - PR
Câmara dos Deputados - Anexo IV - Gab 746 - Brasília/DF - Cep 70.160-900Telefones: (61) 3215-5746 / (45) 3054-1844
*CD208557953000*Documento eletrônico assinado por Schiavinato (PP/PR), através do ponto SDR_56469,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.3056/2020Apresentação: 02/06/2020 10:55CÂMARA DOS DEPUTADOS
JUSTIFICAÇÃO
A crise de saúde pública gerada pela pandemia do Covid-19 também
interfere em questões afetas a licença à gestante, em especial para aquelas mães
que estão próximas ao encerramento de suas licenças.
As mulheres que estão com licença à gestante sendo encerradas
durante esse período não estão tendo alternativas para deixar seus filhos. As
creches públicas e privadas estão fechadas e as empresas, no seu direito, estão
exigindo o retorno ao trabalho.
Muitas mulheres terão que pedir demissão para ficar com os filhos e
nessa situação não recebe nenhuma indenização e sequer seguro desemprego.
Deste modo se faz necessário a prorrogação das licenças com
vencimento no período de emergência até o final da decretação de emergência pelo
governo local.
O que se busca com este projeto de lei é a preservação dos direitos
à vida, a saúde, a família, a à gestante segura.
Com este projeto se objetiva preservar mães e filhos, e só
beneficiando aquelas mães que teriam de voltar antes do fim do prazo de duração
do decreto de calamidade, permitindo que possam ficar com seus filhos neste
período onde o risco de contaminação é maior.
A proposição quer assegurar que as mães possam ficar com seus
filhos pelo período marcado para ao isolamento social, voltando ao trabalho quando
se indica que teremos já o controle da disseminação do vírus Covid-19.
Ademais, a aprovação desta proposição com certeza vai evitar que
estas mães busquem socorro no poder judiciário, pleiteando a prorrogação da
licença à gestante, tese com boa viabilidade de sucesso.
Por fim, precisamos reconhecer que se trata de uma situação crítica
e que estas mães precisam retornar ao trabalho de forma segura e não em pleno
período de pandemia e isolamento social
Em face do exposto e, por entender que a medida se releva justa e
oportuna, apresentamos o presente projeto, contando desde já, com o apoio dos
nobres pares a sua aprovação.
Sala das Sessões, em 29 de maio de 2020.
Schiavinato
Deputado Federal – Progressista - PR
Câmara dos Deputados - Anexo IV - Gab 746 - Brasília/DF - Cep 70.160-900Telefones: (61) 3215-5746 / (45) 3054-1844
*CD208557953000*Documento eletrônico assinado por Schiavinato (PP/PR), através do ponto SDR_56469,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.3056/2020Apresentação: 02/06/2020 10:55 |
PL 4824/2020 | Aumenta as penas cominadas ao crime de estupro de vulnerável e veda a concessão de saída temporária ao preso que tenha cometido crime hediondo. | dignidade sexual | 1 | M | PL | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1934436 | PROJETO DE LEI Nº , DE 2020
(Do Sr. CAPITÃO ALBERTO NETO)
Aumenta as penas cominadas ao crime
de estupro de vulnerável e veda a
concessão de saída temporária ao preso que
tenha cometido crime hediondo.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta Lei altera o art. 217-A do Decreto-Lei nº
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e o § 2º do art. 122 da Lei nº
7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal), a fim de aumentar as
penas cominadas ao crime de estupro de vulnerável, bem como vedar a
concessão de saída temporária ao preso que tenha cometido crime hediondo.
Art. 2º O art. 217-A, do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 (Código Penal), passa a vigorar com as seguintes
modificações:
“Art. 217-A...........................................................................
Pena – reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos.
.............................................................................................
§ 3º ......................................................................................
Pena – reclusão, de 15 (quinze) a 25 (vinte e cinco) anos.
§ 4º ......................................................................................
Pena – reclusão, de 20 (vinte) a 30 (trinta) anos.
...................................................................................”
(NR)
*CD204677807500*Documento eletrônico assinado por Capitão Alberto Neto (REPUBLIC/AM), através do ponto SDR_56036,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.4824/2020Apresentação: 06/10/2020 12:22 - Mesa2
Art. 3º O § 2º do art. 122 da Lei nº 7.210, de 11 de julho
de 1984 (Lei de Execução Penal), passa a vigorar com as seguintes
modificações:
“Art. 122. .............................................................................
.............................................................................................
§ 2º Não terá direito à saída temporária a que se refere
o caput deste artigo o condenado que cumpre pena por
praticar crime hediondo.” (NR)
Art. 4º Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
Este Projeto de Lei busca aumentar as penas cominadas ao
crime de estupro de vulnerável, bem como vedar a concessão de saída
temporária ao preso que tenha cometido crime hediondo.
Frise-se que o estupro é um crime extremamente grave, que
causa danos irreversíveis, e que, por isso, é considerado um crime hediondo.
No entanto, é ainda mais repugnante quando cometido contra
indivíduos vulneráveis.
É importante ressaltar que os delitos de estupro de vulneráveis
abrangem cerca de 70% das aproximadamente 527 mil pessoas vítimas de
estupro por ano, esses são dados da pesquisa realizada pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), baseada em informações do Sistema de
Informações de Agravo de Notificações do Ministério da Saúde (SINAN).1
Diante desse triste cenário, acreditamos que o Estado deva
punir com extremo rigor os autores desse crime. Por esse motivo, pretendemos
elevar as penas a ele prescritas e vedar a concessão de saída temporária para
os condenados pela prática de crime hediondo, em cujo rol o estupro de
vulnerável se insere.
1 INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA. Nota Técnica – Estupro no Brasil: uma
radiografia segundo os dados da Saúde. Disponível em:
https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/nota_tecnica/140327_notatecnicadiest11.pdf Acesso
em: 18 set. 2020.
*CD204677807500*Documento eletrônico assinado por Capitão Alberto Neto (REPUBLIC/AM), através do ponto SDR_56036,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.4824/2020Apresentação: 06/10/2020 12:22 - Mesa3
A saída temporária é um benefício da execução penal
destinado aos presos que cumprem pena em regime semiaberto como forma
de viabilizar, cada vez mais, a reeducação, desenvolvendo-lhes o senso de
responsabilidade, para, no futuro, ingressar no regime aberto, bem como para
dar início ao processo de ressocialização.
Entretanto, é fato notório que os autores de crime hediondo são
pessoas que possuem um alto grau de periculosidade e normalmente não têm
possibilidade de recuperação, já que são desprovidos de qualquer sentimento
de empatia com o próximo.
Cabe mencionar que os delitos de natureza hedionda são
aqueles considerados repugnantes, bárbaros ou asquerosos, cuja lesividade é
acentuadamente expressiva, e que, portanto, precisam ser severamente
censurados.
O crime hediondo tem o condão de causar profunda e
consensual repugnância por ofender, de forma extremamente grave, valores
morais de indiscutível legitimidade.
Assim, o agente criminoso que pratica tais infrações odiosas é
merecedor de um tratamento penal mais rigoroso.
Trata-se, portanto, de medidas necessárias ao enfrentamento e
punição desses delitos, razão pela qual contamos com o apoio dos ilustres
Pares para a aprovação do presente Projeto de Lei.
Sala das Sessões, em 6 de outubro de 2020.
Deputado CAPITÃO ALBERTO NETO
*CD204677807500*Documento eletrônico assinado por Capitão Alberto Neto (REPUBLIC/AM), através do ponto SDR_56036,
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.4824/2020Apresentação: 06/10/2020 12:22 - Mesa |
PL 775/2021 | Dispõe sobre a possibilidade de famílias que se encontram na fila para adoção funcionarem como famílias acolhedoras e dá prioridade destas mesmas famílias para adotar as crianças ou adolescentes que tenham acolhido. | maternidade | 0 | M | PSL | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1972466 | PROJETO DE LEI Nº. , DE 2021.
(Do Sr. General Peternelli e da Srª. Paula Belmonte)
Dispõe sobre a possibilidade de
famílias que se encontram na fila para adoção
funcionarem como famílias acolhedoras e dá
prioridade destas mesmas famílias para
adotar as crianças ou adolescentes que
tenham acolhido.
O Congresso Nacional decreta:
Artigo 1º. Toda família que se encontrar na fila para
adoção poderá funcionar como família acolhedora, desde que seja
cientificada da possibilidade de a criança ou adolescente acolhido
voltar para a família biológica.
Parágrafo Único- No caso do “caput”, a família que
funcionar como acolhedora terá prioridade na adoção da criança ou
adolescente por ela acolhido.
Artigo 2º. Salvo situação inequívoca de compra e venda
ou de subtração, nenhuma criança ou adolescente será retirado de
seus pais ou responsáveis, sob a alegação de irregularidade na
adoção.
Artigo 3º. Haverá busca ativa de famílias para as crianças
e adolescentes que se encontrem na fila para adoção.
*CD217789112100*Documento eletrônico assinado por General Peternelli (PSL/SP), através do ponto SDR_56358, e (ver rol anexo),
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.775/2021Apresentação: 08/03/2021 12:41 - MesaParágrafo Único- A busca ativa também poderá ser feita
relativamente a crianças e adolescentes que se encontrem acolhidos,
porém ainda não cadastrados no sistema de adoção, seja nacional,
seja estadual, ou mesmo regional.
Artigo 4º. As famílias já habilitadas para adoção poderão
visitar as instituições de acolhimento, com o fim de conhecer crianças
e adolescentes que se encontrem aptos a serem adotados e, uma vez
ocorrendo identidade entre as partes, será possível solicitar a adoção
por afinidade ou “intuitu personae”.
Parágrafo Único. A adoção de que trata o Caput somente
será deferida se não houver famílias interessadas no mesmo perfil de
criança ou adolescente em posição mais favorável que a dos
solicitantes na fila.
Artigo 5º. Esta lei entrará em vigor na data de sua
publicação.
Sala de Comissões, em de
2021.
Deputada PAULA BELMONTE
Deputado GENERAL PETERNELLI
Justificativa
O presente Projeto de Lei decorre de sugestão
apresentada pela Exma. Sra. Deputada Estadual Janaina Paschoal,
objetivando dispor sobre a possibilidade de famílias que se encontram
na fila para adoção funcionarem como famílias acolhedoras e dá
*CD217789112100*Documento eletrônico assinado por General Peternelli (PSL/SP), através do ponto SDR_56358, e (ver rol anexo),
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.775/2021Apresentação: 08/03/2021 12:41 - Mesaprioridade destas mesmas famílias para adotar as crianças ou
adolescentes que tenham acolhido.
Atualmente percebe-se um desestímulo por parte de
várias famílias que se habilitaram a adotar uma criança. A queixa, na
maior parte dos casos, diz respeito ao elevado tempo de espera, não
raras vezes, mais de três anos.
Paralelamente, nota-se um incremento no número de
eventos e campanhas a incentivar a adoção tardia, pauta muito
louvável, mas que não precisaria tornar invisível a busca de
celeridade na adoção de crianças na primeira infância, com o fim de
impedir o “envelhecimento” dessas mesmas crianças em abrigos.
Esse cenário revela que se poderia, como se busca
efetivar por meio do presente projeto de lei, conceder às famílias que
se encontram na fila para adotar, ao menos, a possibilidade de
funcionar como família acolhedora, enquanto incerta a situação
jurídica da criança e, uma vez solucionada todas as pendências, essa
família teria prioridade na adoção desta mesma criança.
Por óbvio, os candidatos à adoção seriam devidamente
cientificados dos riscos envolvidos na recepção de uma criança em
situação ainda não completamente definida.
Sabe-se que, atualmente, famílias acolhedoras são
impedidas de adotar, justamente para não se burlar a fila. Essa
sistemática não seria alterada. Famílias cadastradas como
acolhedoras seguiriam impedidas de adotar. A única mudança estaria
em permitir que as famílias que estão na fila de adoção pudessem
funcionar como acolhedoras.
Pode parecer a mesma coisa, mas não é, pois essas
famílias continuariam precisando passar por todo o processo de
habilitação, sem pular nenhuma etapa. Na verdade, ganhariam
*CD217789112100*Documento eletrônico assinado por General Peternelli (PSL/SP), através do ponto SDR_56358, e (ver rol anexo),
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.775/2021Apresentação: 08/03/2021 12:41 - Mesaapenas e tão somente as crianças, que não sofreriam mais uma
quebra de vínculo em suas vidas!
De fato, a criança já sofre uma cisão quando é retirada da
família biológica e colocada na família acolhedora, ou em instituição
acolhedora. Depois, ao sair do âmbito da família acolhedora, seja
para voltar para a família biológica, seja para seguir para a adoção,
também sofre uma quebra de vínculo.
Destaca-se que o Estatuto da Criança e do Adolescente
centraliza a criança concreta e o adolescente concreto, e não meros
números ou peças de um sistema, sendo esta a linha condutora do
presente projeto de lei.
Diante do exposto, apresenta-se esta proposição,
objetivando dispor sobre a possibilidade de famílias que se encontram
na fila para adoção funcionarem como famílias acolhedoras e dá
prioridade destas mesmas famílias para adotar as crianças ou
adolescentes que tenham acolhido.
Sala de Comissões, em de
2021.
Deputada PAULA BELMONTE
Deputado GENERAL PETERNELLI
*CD217789112100*Documento eletrônico assinado por General Peternelli (PSL/SP), através do ponto SDR_56358, e (ver rol anexo),
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.775/2021Apresentação: 08/03/2021 12:41 - MesaProjeto de Lei
(Do Sr. General Peternelli)
Dispõe sobre a possibilidade de
famílias que se encontram na fila para
adoção funcionarem como famílias
acolhedoras e dá prioridade destas
mesmas famílias para adotar as crianças
ou adolescentes que tenham acolhido.
Assinaram eletronicamente o documento CD217789112100, nesta ordem:
1 Dep. General Peternelli (PSL/SP)
2 Dep. Paula Belmonte (CIDADANIA/DF)
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Infoleg - Autenticador
Documento eletrônico assinado por General Peternelli (PSL/SP), através do ponto SDR_56358, e (ver rol anexo),
na forma do art. 102, § 1º, do RICD c/c o art. 2º, do Ato
da Mesa n. 80 de 2016. PL n.775/2021Apresentação: 08/03/2021 12:41 - Mesa |
PLP 35/2019 | Altera a lei complementar nº 78, de 1993, que disciplina a fixação do número de deputados, para criar cota para cada sexo. | politica | 0 | M | PSOL | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1710845 | PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº , DE 2019
(Da SRA. SÂMIA BOMFIM e Do Sr. MARCELO FREIXO)
Altera o caput e o parágrafo único do art. 2º e o caput do
art. 3º da Lei Complementar nº 78, de 30 de dezembro de
1993, que disciplina a fixação do número de Deputados,
para criar cota para cada sexo.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta Lei altera o caput e o parágrafo único do art. 2º e o caput do art.
3º da Lei Complementar nº 78, de 30 de dezembro de 1993, que disciplina a fixação
do número de Dep utados, nos termos do art. 45, § 1º, da Constituição Federal.
Art. 2º O art. 2º da Lei Complementar nº 78, de 30 de dezembro de 1993,
passa a vigorar com a seguinte alteração:
“Art. 2º Nenhum dos Estados membros da Federação terá menos de
oito deputados federais, reservadas 50% (cinquenta por cento) das
vagas para cada sexo. (NR)
Parágrafo único. Cada Território Federal será representado por
quatro deputados federais, reservadas 50% (cinquenta por cento)
das vagas para cada sexo. (NR)”
Art. 3º O art. 3 º da Lei Complementar nº 78, de 30 de dezembro de 1993,
passa a vigorar com a seguinte alteração:
“Art. 3º O Estado mais populoso será representado por setenta
deputados federais, reservadas 50% (cinquenta por cento) das
vagas para cada sexo. (NR)”
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
As mulheres são mais de 50% da população brasileira, mas tal
porcentagem não encontra reflexo na sua representatividade no Poder Legislativo.
No pleito de 2018, das 54 vagas no Senado, apenas 12,96% são ocupadas por
mulheres. Na Câmara dos Deputados, das 5 13 vagas, apenas 15% são ocupadas por mulheres. E do total de 1059 vagas de todas as Assembleias Legislativas,
apenas 15,20% são ocupadas por mulheres.
Temos que só a política de quota de candidatas não é suficiente
para que as mulheres tenham uma maior r epresentatividade e que as esferas
públicas e políticas deixem de ser tão distantes e inacessíveis.
Não podemos dizer que temos um sistema de representação
legítimo, quando mais da metade da população não está representada pelo sistema
democrático.
A De claração de Atenas sobre Mulheres e Poder de Decisão, de 03
de novembro de 1992, dispões que “as mulheres representam mais da metade da
população global e a democracia requer paridade na representação e administração
da nações, porque a sub -representação d as mulheres nos níveis de decisão impede
que sejam tidos em conta na sua totalidade os interesses e necessidades da
população no seu conjunto".
Por isso, a maior participação das mulheres na política traz para o
debate público e o processo político persp ectivas femininas, resultando numa
democracia mais inclusiva, potencializando a construção de políticas públicas que
atendam à diferentes interesses da coletividade.
Como exemplo da participação das mulheres na política, Marielle
Franco, vereadora do muni cípio do Rio de Janeiro, foi uma referência da
importância da representatividade feminina. Marielle Franco privilegiou ações de
justiça social, promoção da cidadania, valorização da mulher e da comunidade
negra, combate à pobreza e à violência nas favelas, promoção da saúde da mulher
e da população LGBT e fim dos crimes por motivações raciais e sexuais, pautas
pouco debatidas pelos parlamentares homens.
Neste sentido, a Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político
formou um Grupo de Trabalho denomin ado “Participação Feminina”. Sob a
coordenação das professoras Eneida Desiree Salgado e Renata Caleffi, o GT
apresentou a proposta de adoção de sistema de cotas de 40% de representação,
não só com vagas para candidaturas, mas para assegurar um percentual d e
mulheres efetivamente eleitas, no âmbito do Poder Legislativo.
Para as vagas do legislativo, preenchidas por meio do sistema
proporcional, a aplicação das cotas ocorreria após os cálculos de quociente
eleitoral, partidário e repartição de sobras. No mome nto de definir quem deve ser
diplomado e empossado, serão formadas duas listas, uma de mulheres e outra de
homens, de forma que necessariamente fossem empossadas as mulheres mais votadas, no limite da cota adotada. A autora sugere entre 30 e 40%, mas o GT -6
defende a cota mínima de 40% ou a paridade, nos moldes da proposta 50/50 da
ONU Mulheres, como adotado neste Projeto de Lei Complementar. Excepcionam -se
os partidos ou coligações que obtenham apenas 1 ou 2 cadeiras.
Assim, apresentamos o seguinte Projeto de Lei Complementar, com
o fim de reservar 50% das vagas de Deputado para cada sexo.
Dada a proposta acima especificada, acreditamos ser mais do que
necessário o enfrentamento desse tema e, nesse sentido, conclamamos os Nobres
Pares para o debate a seu re speito, a fim de se aperfeiçoar os seus dispositivos e
buscar a sua aprovação.
Sala das Sessões, em de fevereiro de 2019.
SÂMIA BOMFIM
Deputada Federal – PSOL/SP
MARCELO FREIXO
Deputado Federal – PSOL/RJ
|
PL 951/2023 | Atribui presunção de efetiva necessidade para possuir e/ou portar armas de fogo de uso permitido por mulheres em situação de violência doméstica ou familiar ou situação de risco a integridade. | violencia contra a mulher | 1 | M | PL | https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2240467 | CÂMARA DOS DEPUTADOS
Gabinete do Deputado Federal Marcos Pollon
PROJETO DE LEI Nº , DE 2023.
(Do Sr. Marcos Pollon)
Atribui presunção de efetiva
necessidade para possuir e/ou portar
armas de fogo de uso permitido por
mulheres em situação de violência
doméstica ou familiar ou situação de
risco a integridade.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta Lei concede, às mulheres vítimas de vi olência doméstica,
presunção de efetiva necessidade para porte ou poss e de armas de fogo.
Art. 2º Acrescenta-se ao artigo 4º da Lei nº 10.826 , de 22 de dezembro de
2003, os seguintes incisos:
IV – mulheres vítimas de violência doméstica e fami liar nos termos da
Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, com medida p rotetiva judicial em
vigor
V - mulheres que comprovadamente desempenhem qualqu er atividade
laboral ou estudantil exercida por mulher fora de s eu domicílio entre o
período de 6 horas da noite e 6 horas da manhã;
VI – mulheres chefes de família ou mães solteiras;
*CD234503732000* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Marcos Pollon
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD234503732000
PL n.951/2023Apresentação: 07/03/2023 19:30:06.550 - MESACÂMARA DOS DEPUTADOS
Gabinete do Deputado Federal Marcos Pollon
Art. 3º O §1º, do Artigo 10, da Lei nº 10.826, de 2 003, passa a vigorar
acrescido dos seguintes incisos:
“§1º............................................... ................................................... ............
IV – mulheres vítimas de violência doméstica e fami liar nos termos da
Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, com medida p rotetiva judicial em
vigor;
V - mulheres que comprovadamente desempenhem qualqu er atividade
laboral ou estudantil exercida por mulher fora de s eu domicílio entre o
período de 6 horas da noite e 6 horas da manhã;
................................................... ................................................... .............”
(NR)
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publ icação.
JUSTIFICAÇÃO
O presente projeto objetiva facilitar o acesso das mulheres vítimas de
violência doméstica ou em razão de ser mulher, cara cterizada, ás ferramentas
necessárias para realizarem sua legitima defesa a v ida e à integridade fisica.
A quantidade de crimes perpetrados contra a mulher, em decorrência da
sua condição de desigualdade fisica, de maior fragi lidade feminina, causa
espanto e sensibiliza toda a sociedade goiana, que clama por medidas legais
que contribua de fato para a minimização desses cri mes.
Nesse sentido, a presente propositura vislumbra som ar aos mecanismos
já existentes, proporcionando à mulher que está em iminente risco de sofrer
violência, meio material para que ela própria, com o ú It ima e única alternativa
efetive, diante da falha de todos os instrumentos l egais, sua defesa própria,
consoante permissivo legal.
*CD234503732000* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Marcos Pollon
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD234503732000
PL n.951/2023Apresentação: 07/03/2023 19:30:06.550 - MESACÂMARA DOS DEPUTADOS
Gabinete do Deputado Federal Marcos Pollon
Dado a importância do presente Projeto de Lei, da r elevância de seu
objeto, pedimos o apoio de todos os Parlamentares d esta Casa de Leis para a
sua aprovação.
Sala das sessões, em 07 de março de 2023.
Deputado Federal Marcos Pollon
PL-MS
*CD234503732000* LexEdit
Assinado eletronicamente pelo(a) Dep. Marcos Pollon
Para verificar a assinatura, acesse https://infoleg-autenticidade-assinatura.camara.leg.br/CD234503732000
PL n.951/2023Apresentação: 07/03/2023 19:30:06.550 - MESA |