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Guia de Exercícios para Pessoas com Fibromialgia Descobri mais um "manual" de ajuda para pessoas com fibromialgia, em castelhano, cujo título aponta para um guia de exercícios mas cujo conteúdo é muito mais do que isso. Ao longo de 5 capítulos bem elaborados aborda-se o tema fibromialgia de forma muito abrangente. O prólogo é do Dr. M. Martínez Lavín, médico conceituado e especialista em fibromialgia, que a determinada altura, afirma: (...) Muitos médicos não entendem ou rejeitam o conceito de fibromialgia. Outros tentam aliviar as múltiplas manifestações da doença com um sem fim de medicamentos. Os resultados são geralmente frustrantes tanto para os pacientes como para os profissionais de saúde. (...) Existe um novo paradigma médico denominado holismo científico. Devo enfatizar que esta nova visão tem claros fundamentos científicos. São conhecimentos racionais e verificáveis. Esta nova abordagem tem as suas bases nas novas ciências da complexidade. O holismo científico vê o indivíduo como uma unidade bio-psico-social. Entende a saúde como a interacção harmónica dos nossos sistemas de adaptação com o meio ambiente. Certas doenças, como a fibromialgia, poderiam explicar-se como uma tentativa falhada dos nossos sistemas de adaptação quando tentamos adaptar-nos a um ambiente hostil. Como resultado deste conflito, na fibromialgia, as vias nervosas que transmitem dor, estariam irritadas. Portanto, parte da solução para a fibromialgia estaria na informação e na implementação de técnicas e procedimentos que ajudassem a harmonizar os nossos sistemas de adaptação. O presente livro é uma louvável abordagem multidisciplinar ao problema da fibromialgia. Reflecte o esforço de um paciente (Andoni Penacho) para enfrentar a sua doença com realismo e determinação. Ele convocou um grupo de especialistas em fibromialgia, reconhecidos no âmbito internacional pelas suas valiosas contribuições. A opinião destes especialistas tem o aval dos seus próprios estudos científicos. O Dr. Javier Rivera Redondo apresenta os seus pontos de vista sobre as prováveis causas da doença, refere as características da doença e o seu tratamento integral. A Dra. María Ángeles Pastor aborda um aspecto importante do tratamento da fibromialgia, a terapia cognitivo-comportamental. Esta forma de intervenção é adaptada à situação particular de cada pessoa. A utilidade desta terapia na melhoria dos sintomas da doença está bem estabelecida. O Dr. Narcis Gusi e os seus colaboradores enfatizam a importância de certos tipos de exercício na reabilitação dos pacientes com fibromialgia. As suas investigações demonstram os benefícios dos exercícios na água. Os detalhes sobre os protocolos a seguir são valiosos bem como os da dosagem dos diferentes tipos de movimento. O Dr. Gusi aventura-se a propor que as técnicas de vibração de todo o corpo podem ser úteis nos casos de fibromialgia. A proposta é interessante mas deverá ser avaliada por mais estudos controlados. Este livro é um claro exemplo de que, no caso da fibromialgia, estamos a transitar de um período de ignorância e rejeição para um de investigação frutífera. Existem motivos para optimismo. O enigma da fibromialgia está em processo de resolução. (...) Manuel Martínez-Lavín García Investigador Clínico. Departamento de Reumatología Instituto Nacional de Cardiología. Chefe do Departamento de Reumatología Instituto Nacional de Cardiología. Professor Adjunto do Curso de Pos-graduação de Reumatología da UNAM. Professor Titular do Curso de Pos-graduação de Reumatología da UNAM. Investigador Titular dos Institutos Nacionales de Salud. Investigador Nacional. Sistema Nacional de Investigadores (CONACYT) . No capítulo dedicado à "Medicina e Fibromialgia", o Dr. Javier Rivera Redondo, Reumatologista do Instituto Provincial de Rehabilitación en Madrid, fala exaustivamente sobre as manifestações clínicas da fibromialgia, o diagnóstico, o tratamento farmacológico e o tratamento multidisciplinar. A Dra. Maria Ángeles Pastor Mira é responsável pelo capítulo "Psicologia e Fibromialgia", referindo, a determinada altura, a Psicologia da Saúde: (...) A Psicologia da Saúde surgiu no âmbito da Medicina Comportamental (anos 70-80) que se entendia como "um campo de aplicação interdisciplinar centrado na saúde e na doença físicas, integrado pelas contribuições das ciências do comportamento e biomédicas, para colaborar nos cuidados de saúde, no tratamento e na prevenção da doença, assim como na sua reabilitação" (Taylor, 1986). Com base nesta perspectiva é claro qual deve ser o foco da Psicologia no contexto da dor crónica em geral e na fibromialgia em particular:sem questionar a experiência de dor da pessoa, nem procurar causas psicopatológicas para a mesma, deve centrar a sua atenção nos resultados dessa experiência, buscando os factores que podem fazer com que a dor seja mais ou menos incapacitante. Gerindo estes factores, deve tentar conseguir uma melhor qualidade de vida para o fibromiálgico. (...) ... baseando-nos em dados actuais, existe consenso em assumir que os transtornos emocionais são mais consequência do que causa e estão apenas presentes numa percentagem das pessoas com fibromialgia e não em todas. Assim sendo seria um erro importante "patologizar" a abordagem psicológica à fibromialgia como ponto de partida para o trabalho psicológico. Não se deve esquecer que nem sempre os factores responsáveis pelo aparecimento do problema são os mesmos responsáveis pela sua manutenção. (...) Maria Ángeles Pastor Mira é Dra. em Psicología, Catedrática na Escuela Universitaria na Área de Psicología Social e investigadora principal na Universidad Miguel Hernández O capítulo "Exercício Físico e Fibromialgia" é da responsabilidade do Dr. Narcis Gusi, de José C. Adsuar e Pedro R. Olivares, da Universidade de Extremadura, Espanha. A favor da necessidade de exercício físico dizem que: (...) As pessoas que padecem de fibromialgia costumam ter uma série de sintomas característicos como a dor e uma maior fadiga decorrentes de esforços. Não pode esquecer-se um facto elementar como o que, sendo pessoas, necessitam de realizar actividades quotidianas que requerem actividade física como, por exemplo, caminhar para fazer compras ou passear com amigos, apanhar e mover objectos leves, levantar-se da cadeira, subir escadas ou, se for o caso, trabalhar. Se, devido aos sintomas dolorosos e de cansaço diminuirem muito a actividade física, a capacidade e condição físicas vão piorando pelo que os sintomas dolorosos e de cansaço iriam aparecendo, progressivamente, com actividades cada vez mais ligeiras. Isto levaria a um perda progressiva de autonomia pessoal e ao aparecimento de outras doenças (obesidade, diabetes tipo II, distúrbios do sono, etc.), por desuso ou falta de treino muscular, nervoso-coordenativo e cardiovascular. Quer dizer, as pessoas com fibromialgia precisam de prevenir, como todas as outras, o aparecimento de doenças derivadas do sedentarismo ou de actividade física insuficiente. (...) Apesar do exercício físico ser benéfico para os pacientes com fibromialgia, deve ter-se em conta que esta síndrome apresenta crises dolorosas ou picos máximos de dor, de duração variável, que podem fazer duvidar da eficácia do exercício. Deve ser tida em conta, na medida do possível, uma maior individualização do exercício físico. Quando surgem estas crises dolorosas sugere-se a diminuição da intensidade do exercício, evitando movimentos que precisem de uma alta exigência muscular. (...) Dr. Narcis Gusi - especialista em Fisioterapia, Medicina de Reabilitação, Economia da Saúde; Faculdade de Ciências do Desporto, Universidade da Extremadura, Espanha Depois de uma abordagem exaustiva a todos os factores relacionados com o exercício físico surgem muitos exemplos do que se pode ou não fazer, tanto dentro como fora do meio aquático, bem explicados e ilustrados o que os torna muito fáceis de executar pelas pessoas com fibromialgia. Apesar de estar em castelhano, aconselho vivamente a leitura deste manual, ao ritmo de cada um, pois contém informação essencial e muito explícita sobre fibromialgia no seu todo. As páginas podem demorar um pouco a aparecer porque é um documento grande. ---------------- Existe bastante mais leitura sobre este tema do exercício físico para pessoas com fibromialgia e, para além do que já publicamos no blogue, considero de leitura interessante os seguintes trabalhos (não traduzidos), que se focam mais na hidroterapia: Facebook LOGO Fibromialgia em Português O conteúdo disponibilizado por este blogue pretende ser informação geral e educativa e não pode, de forma nenhuma, ser entendido como substituto dos conselhos de um médico ou outro profissional de saúde devidamente qualificado.
Era esta letra V contemplada no Decreto-Lei n.o 506/75, de 18 de Setembro, com o salário mensal de 4000$, consagrando o n.o 4 do artigo l.o do mesmo diploma que tal situação seria apenas mantida nos seis primeiros meses de actividade, após o que os trabalhadores transitavam para a letra U, a que correspondia o salário, de 5000$.
Espera até junho/julho de 2016, que, segundo o economista vai ser o alvo da crise. Aí, reavalie… pontos a analisar: se você for financiar, os juros estão altos, não é interessante agora. Se você tem dinheiro, garimpe por oportunidade. O economista também analisou a possibilidade dos imóveis após junho de 2016 aumentarem de preço, pois talvez os que têm dinheiro na poupança tenham medo de confisco e invistam em imóveis (é apenas uma possibildiade) Tenho lido algumas de suas postagens, bem como outros blogs a respeito de investimento, comprar ou alugar imóveis, entre outros. Há alguns dias conversando com um senhor, já aposentado, ele me falava a respeito de um imóvel, em região de grande apelo turístico. Desde então me pergunto sobre a compra de imóveis nessas regiões para aluguel, e procurei algo a espeito na nossa querida rede, entretanto não encontrei. Sabe onde posso encontrar algum estudo ou conselho a respeito ? Hoje, investir em imóveis é uma aposta de risco. Sempre existirão regiões que serão valorizadas e outras desvalorizadas, mas é uma aposta como qualquer investimento. O Risco hoje está relacionado com a super valorização nos últimos anos e uma possível inflação alta nos próximos, há uma tendência da inflação corroer o valor do imóvel. Veja bem: coloquei tendência, não há como ter certeza.
Para introduzir o debate, tem a palavra o Sr. Deputado António Filipe.O Sr. António Filipe (PCP): - Sr. Presidente, esta proposta, tal como vem da Comissão, suscita três questões, tendo a primeira questão a ver com o equilíbrio dos tempos de antena entre a posição a favor do sim e a posição a favor do não, e nós pensamos que, tendo em conta a lógica de um referendo, esta relação é relevante.
Como melhorar a segurança dos servidores Este artigo vai mostrar algumas técnicas para aumentar a segurança em seus servidores. No entanto, vale ressaltar que somente estas dicas não garantem 100% de segurança. Imagine um cenário em que você contratou seu serviço de Cloud Locaweb, entrou em http://servidores.locaweb.com.br com seu usuário e senha e lá estão os servidores contratados. Com a senha do usuário root em mãos, você vai levantar os seus serviços e colocar a sua máquina operar, certo? Errado, sempre você deve se preocupar com segurança e, neste tutorial, veja como deixar os ambientes mais seguros. 1. Não permitir acesso com usuário root Nunca deixe o acesso feito ao seu servidor Linux ser feito via usuário root. Prefira, sempre, acessar com um usuário comum e assumir acesso root, apenas depois de entrar em seu servidor, usando o comando sudo su, ou com o comando sudo -i (se o usuário comum estiver no arquivo de sudoers), ou com o comando su (se não estiver). Com o comando su, será necessário a senha do usuário root; com o comando sudo, basta a senha do usuário. Antes de bloquear o acesso SSH do usuário root, você deve ter acesso com algum usuário comum. Se não tiver um usuário comum, crie com os seguintes passos: root@cpro36320:~# adduser wsilva Adding user `wsilva' ... Adding new group `wsilva' (1000) ... Adding new user `wsilva' (1000) with group `wsilva' ... Creating home directory `/home/wsilva' ... Copying files from `/etc/skel' ... Enter new UNIX password: Retype new UNIX password: passwd: password updated successfully Changing the user information for wsilva Enter the new value, or press ENTER for the default Full Name: Wellington Room Number: Work Phone: Home Phone: Other: s the information correct? [Y/n] Y root@cpro36320:~# Para bloquear o acesso como root, você deve editar o arquivo /etc/ssh/sshd_config. É preciso editar o arquivo sshd_config, não o arquivo ssh_config. root@cpro36320:~# vim /etc/ssh/sshd_config A linha com o conteúdo PermitRootLogin yes deve ser alterada para PermitRootLogin. Depois, não se esqueça de gravar e sair do arquivo de configuração e, em seguida, reiniciar o serviço de SSH. 2. Mudar porta do serviço SSH Apesar de o bypass ser uma mudança muito fácil de ser realizada, o simples fato de alterar a porta padrão em que o serviço roda dificulta a ação de robôs mais simples. Consequentemente, cada passo que você adicionar para dificultar um acesso não autorizado, ajuda. Um paralelo que se pode fazer é imaginar dois carros idênticos, um trancado e com alarme, e outro aberto e com as chaves no contato. O que tem maior probabilidade de ser furtado é o que der menos trabalho, ou seja: o que já está aberto e com chaves no contato. Para mudar a porta padrão do serviço de SSH, basta alterar a diretiva Port no arquivo /etc/ssh/sshd_config, citado na dica anterior. Para alterar, por exemplo, para o serviço de SSH responder na porta 2222, basta fazer a alteração no arquivo e reiniciar o serviço. No arquivo /etc/issue.net, colocamos o texto e ascii art, se tivermos. root@cpro36320:~# cat /etc/issue.net ################################################################ # All connections are monitored here. # # Disconnect IMMEDIATELY if you are not an authorized user. # # LAWS will be applied in case of RULES VIOLATION. # ################################################################ Em seguida, pode reiniciar o serviço SSH e tentar acessar para visualizar a mensagem: root@cpro36320:~# service ssh restart ssh stop/waiting ssh start/running, process 29877 root@cpro36320:~# root@cpro36320:~# exit exit wsilva@cpro36320:~$ exit logout Connection to cpro36320.publiccloud.com.br closed. [wsilva@localhost ~]$ ssh wsilva@cpro36320.publiccloud.com.br ################################################################ # All connections are monitored here # # Disconnect IMMEDIATELY if you are not an authorized user. # # Laws will be applied in case of rules violation. # ################################################################ Welcome to Ubuntu 14.04.4 LTS (GNU/Linux 3.13.0-79-generic x86_64 * Documentation: https://help.ubuntu.com/ Last login: Mon Mar 27 16:18:22 2016 from 200.205.195.2 4. Bloquear ataques de bruteforce Para bloquear ataques de bruteforce, existe algumas ferramentas como denyhosts e fail2ban, que bloqueiam, temporariamente, o endereço IP do atacante para qualquer tentativa de acesso via SSH. O fail2ban pode ser configurado para bloquear acesso a outros serviços como Apache, Asterisk e MySQL-auth, entre outros. Também, você pode personalizar as ações a serem tomadas, mais do que simplesmente bloquear o atacante no iptables, como enviar e-mails e notificacões de alertas, por exemplo. Você pode instalar o fail2ban. Para isso, utilize o gerenciador de pacotes de nossa distribuição Linux. Para CentOS, RedHat, Fedora e similares: root@cpro36320:~# yum install fail2ban Para Debian, Ubuntu, Mint e similares: root@cpro36320:~# apt-get install fail2ban O arquivo de configuração do fail2ban fica em /etc/fail2ban/jail.conf. Devemos ter atenção aos seguintes parâmetros: ignoreip: define que redes serão ignoradas do monitoramento. Deve ser declarado no formato de CIDR. Ex.: 192.168.1.0/255.255.255.0 ou 192.168.1.0/24; bantime: é o tempo em segundos que o atacante será banido; maxretry: define o máximo de tentativas permitidas; banaction: define qual será a ação que o fail2ban vai tomar, o padrão é bloquear o acesso a todas as portas via iptables. Essas configurações são para qualquer serviço e ficam dentro de [DEFAULT]. As diretivas específicas para acesso SSH estão agrupadas pela marcação [ssh] e, dentre elas, destacam-se as seguintes: enable: habilita o serviço; port: define a porta a ser monitorada para o serviço; filter: define o filtro que será usado pelo ao analisar os arquivos de logs; logpath: define o caminho para o arquivo de log que será usado durante o monitoramento; maxretry: usado para sobreescrever o valor padrão de tentativas global. O mais interessante é que você pode ver os endereços IPs sendo bloqueados e desbloqueados no log: 5. Acesso por meio de chave (sem configurar uma senha) Esta técnica consiste em gerar um par de chaves (uma chave pública e uma chave privada) e enviar a chave pública para o servidor. Ao acessar o servidor, não será mais necessário digitar a sua senha. Primeiro passo é gerar um par de chaves em sua máquina local, caso ainda não haja um. Basta executar o seguinte comando e seguir as instruções da tela, como, por exemplo, onde gravar o arquivo da chave e senha para criptografar e gerar uma chave: 6. Redes privadas Uma técnica muito eficaz é colocar os servidores em uma rede privada inacessível. Nessa mesma rede, deixe um servidor exclusivo para acesso, chamado bastion. O acesso a qualquer servidor é feito via bastion. 7. E se os servidores não são Windows? Algumas dicas se baseiam em técnicas que podem ser aplicadas também em servidores Windows, porém, devemos ter atenção com outras brechas de segurança. Mantenha seus servidores sempre atualizados Sempre instale as atualizações de segurança disponibilizadas pela Microsoft, pelo menos uma vez por mês, elas normalmente corrigem falhas que podem ser exploradas por atacantes mal intencionados. Basta ir emControl Panel, System and Security, Windows Update para verificar se existe alguma atualização disponível. Você pode aproveitar para checar o que será alterado com a atualização. Isso o ajuda a se previnir e instalar as atualizações disponíveis. Bloqueie o acesso remoto para administradores Usuários administradores têm muitos privilégios. Não é seguro acessar o servidor diretamente com esse tipo de usuário. Assim como no Linux é recomendado bloquear o acesso, se necessário, faça login com um usuário comum e execute os programas que precisa como administrador. Lembre-se de que é possível o acesso por meio do painel de administração da Locaweb.
Opticanet: Vocês desenvolvem um trabalho e produtos diferenciados no mercado óptico, como vocês enxergaram essa necessidade? Goreti: Estudando o mercado e o perfil de nossos clientes conseguimos trazer produtos que atenda todas as necessidades do cliente tanto na área do laboratório como da óptica e o fato da Mello possuir vendedores externos atuando em todo território nacional nos ajudou bastante a aperceber e atender estas necessidades.
Arquivo da Categoria 'Educação' O professor Roberto Albergaria recebe a homenagem do doutor em antropologia e professor da Ufba, Luiz Mott. Foto: Margarida Neide/Ag. A TARDE/ 10.5.2005 Luiz Mott Professor titular de Antropologia da Ufba Conheci Roberto Albergaria quando ingressou no Departamento de Antropologia da Ufba, há uns 30 anos atrás. Tive o privilégio de dar o parecer reconhecendo sua tese de doutorado defendida em Paris. Sempre disse e reafirmo: Albergaria era o mais culto, inteligente, provocativo e anarquista professor da Ufba. Infelizmente publicou pouco, mas deixou centenas de horas de entrevistas e gravações em rádio e televisão, material riquíssimo que merece virar tema de tese de mestrado e doutorado. Com seu corpanzil e quase dois metros de altura, tinha a delicadeza de um gay, embora fosse confirmado mulherengo miseravão. Generoso, presenteou-me dois insólitos mimos: belíssimo chifre de um veado galheiro e um chicote de binga de boi – segundo ele, usado pelos cornos do sertão para castigar mulher adúltera. Em meu último aniversário, mandou-me esta mensagem, parece que psicografada pela mesma irreverência piadista de Gregório de Mattos, o Boca do Inferno: "69 anos é a idade ideal para um putoso – putão idoso! O pururuca do Luizinho já pode broxar sem ter que justificar que 'isto nunca me aconteceu antes'. Já pode andar com a braguilha aberta, pois 'em casa de defunto a porta fica sempre aberta'. Já pode deixar de cumprir qualquer obrigação chata sob o pretexto de que se esqueceu: 'estou ficando gagá mesmo!' Já pode liberar um dedinho no furico só na manha, sem ter que botar no jornal que está sacrificando seu pobre tobinha apenas para dar um exemplo de militância política, porque menino que dá está brincando de troca-troca, é só estripulia, enquanto velhusco patusco de calça arriada está só esculhambando… pra alegrar seus últimos dias de picardia. E viva a descaração, desencuecada ou não. E viva a brincadeiragem, brincadeira com sacanagem: as melhores dádivas desta triste puta vida que nos pariu!" Amanhã, terça-feira, dia 2, tem um evento ótimo na Faculdade de Comunicação da Ufba (Facom): o lançamento do livro "Pele da cor da noite", da doutora em Educação, Vanda Machado. O livro conta as experiências pessoais da autora responsável pelo projeto Irê Ayô que é desenvolvido na Escola Eugênia Anna dos Santos, localizada no Ilê Axé Opô Afonjá. O projeto se tornou uma referência no ensino de História da África e Cultura Afro-Brasileira muito antes da chegada da Lei 10.639/2003. Quem conhece a escola sabe o quanto ele é bonito, eficiente e capaz de transformar trajetórias.Um exemplo: a escola não tem sequer um rabisco nas paredes e, mesmo funcionando em um terreiro de candomblé, não faz nenhum proselitismo religoso e abriga crianças das mais variadas crenças. É uma lição do que deve ser o processo educativo em sua forma mais ampla. O lançamento é uma ação coletiva de autores da Edufba que está comemorando 20 anos de fundação. Será das 17h30 às 20h30, pois ainda tem uma mesa redonda que permite a interação com os autores. O acesso é gratuito. A Facom fica na área do PAF I. Há o famoso acesso pela Faculdade de Arquitetura, situada na Rua Caetano Moura, Federação, mas também pelo PAF II com entrada na Avenida Ademar de Barros. STF aprovou por unanimidade a constitucionalidade das cotas nas universidades do País. Foto: Agência Brasil Hoje o espírito guerreiro de todos nós está em festa. Ganhamos uma batalha nesta longa guerra contra os efeitos da escravidão, como o racismo, ao ver ontem o STF aprovar, por unanimidade, a inconstitucionalidade de uma ação movida pelo DEM contra o sistema de cotas da UnB. Temos ainda um longo caminho a percorrer, inclusive, com mais esforço para ver a educação melhorar de qualidade em todos os níveis de ensino. Mas hoje com certeza, as lutas de Zumbi, Zeferina, Maria Felipa, Joaquim Nabuco, Luís Gama, Lélia González, Abdias do Nascimento e tantos e tantos outros fica ainda mais reluzente. Especial viajou pelo mundo do dendê. Foto: Raul Spinassé | Ag. A TARDE Pessoal: primeiro o meu pedido de desculpas por ter andado ausente, mas foi por um bom motivo. Eu estava às voltas com a produção do especial Epo Pupa- a marca do dendê, o nosso nono caderno em comemoração ao Dia Nacional da Consciência Negra. Foram dias de muito esforço, trabalho em excesso, mas para um resultado gratificante. Além de belas reportagens,imagens e infográficos, o especial teve a sua circulação antecipada para hoje por conta da condição de Salvador como sede do Afro XXI (Encontro Iberoamericano do Ano Internacional dos Afrodescendentes). Outra novidade foi que o nosso especial saiu em inlgês. As dicas pedagógicas, elaboradas pela especialista em Educação, Josiane Clímaco, também foram mantidas. Vejam tudinho clicando aqui. Interessados por estudos sobre mulheres tem chance de concorrer a vagas para pós-graduação. Foto: Alexandro Auler/JC Imagem/AE Atenção pesquisadoras e pesquisadores da área de gênero. Já estão abertas as incrições para a seleção do programa de Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo (PPGNEIM), que é vinculado ao Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (Neim) da Ufba. Criado em 2005, o PPGNEIM oferece cursos de mestrado e doutorado. As inscrições vão até o dia 20 de outubro. Nota: Como mais uma prova da capacidade de se antecipar aos acontecimentos do nosso professor Jaime, fruto da sua inteligência aguda e rápida, no mesmo dia em que o artigo foi publicado em A TARDE, hoje, a Coluna Tempo Presente, assinada pelo grande Levi Vasconcelos, traz a informação de que a Assembleia Legislativa aprovou a doação do imóvel ao Instituto Steve Biko. Ganhamos mais uma luta. Jaime Sodré Enquanto isso, muito além das desarmônicas discussões das "cotas sim ou não", vem a banda das ações concretas com "pouco papo e muito som", porque, no entanto, é preciso cantar e alegrar a mocidade. Seu Benzinho disse-me: "menino, política é o diabo", com reforço sonoro no "DIABO", o mesmo tom de alguns pregadores neopentecostais. Argumentei, respeitosamente: "Mestre, o Diabo da política não é tão feio como se pinta, existem momentos de ternura que se confundem com santidade." Retrucou, "prove-me". Por vezes tive a sensação de que, o que aqui escrevo, alcançava apenas os meus familiares, em caráter obrigatório, e alguns generosos amigos, minorias, esquecia-me do alcance deste histórico jornal. Sou surpreendido com leitores diversos, aos quais agradeço. Escrevi um artigo com o titulo "Bons tempos Bikudos Governador" e parece-me, desculpe a empáfia e deixem-me pensar assim, que ele leu e atencioso à causa agiu. Claro, o que vale e deve ser louvado é a sua sensibilidade. Afirmava na época que: "Dizer, a educação é fundamental já se tornou 'lugar comum', o que seria realmente incomum, na educação, é esta não ter o seu lugar." Por isso, formulamos um pedido, uma sugestão ao governador Wagner, um lugar para a educação, um espaço requerido em nome do Instituto Steve Biko. Para lembrar: "Fundado em 31 de julho de 1992, o Instituto é resultado da preocupação de jovens ativistas negros, que além da luta contra o racismo desejavam a inclusão dos afrodescendentes, carentes, nos ambientes universitários. O nome Steve Biko refere-se a uma justa homenagem a este jovem doutor sul-africano, que, empenhado na luta contra o apartheid, pagou com a própria vida". O governador agiu e ao senhor presidente da Assembleia Legislativa mandou-lhe mensagem: "Tenho a honra de encaminhar a Vossa Excelência, para apreciação da augusta Assembleia Legislativa do Estado, o anexo Projeto de Lei que autoriza o Poder Executivo a conceder, em nome do Estado da Bahia, o direito real de uso, ao Instituto Cultural Steve Biko, do imóvel urbano que indica de sua propriedade". Inspirado, solidário afirma: "Com esta medida, pretende-se fortalecer o desenvolvimento das ações voltadas à promoção da inclusão e ascensão social da população negra e jovem e de baixa renda, através da educação e do resgate de seus valores ancestrais, executando ações concretas para a redução das desigualdades raciais, de gênero e econômicas". O governador, em harmonia com a comunidade tem pressa, para tanto recomenda: "que seja observado o regime de urgência" pelos senhores deputados e deputadas e, especial às Comissões de Constituição e Justiça, Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia, Serviço Público, Finanças, Orçamento, Fiscalização e Controle. O direito real de uso ao Biko é a título gratuito de um imóvel na Rua Visconde de São Lourenço, n. 04, Campo Grande, por 20 anos, com registro no Cartório do 1º Oficio de Registro de Imóveis da Comarca de Salvador. A tal concessão implica em responsabilidade de reformas e, em caso de desvio da finalidade, o mesmo será retomado sem direito a indenização. Agora se abrem duas ações concretas: a primeira é a urgente ação dos nossos representantes no Legislativo para a merecida aprovação, e uma outra é a convocação da comunidade solidária para a efetiva reforma do imóvel. Como vimos, em política promessa nem sempre é dúvida quando Demo dorme, da nossa parte, reafirmo o que prometi á época: "Como sempre acontece com eventos da comunidade baiana, haverá festa sim, mas estamos em dúvida se feijoada, caruru, ou… Ah, o cardápio quem escolhe é o nosso estimado governador". Mas, pressinto a necessidade de um diálogo urgente com Alaíde do FEIJÃO. Pelo visto os comensais serão muitos, pois os senhores deputados, que votarem a favor é claro, estão convidados. Bobagens, o certo é que eles aprovarão sem nenhum interesse, a não ser pela justeza da causa, solidariedade e dever cívico. Viva a Harmonia e bem aventurados os solidários, que fazem ao próximo como a ti mesmo. Jaime Sodré é historiador, professor universitário e religioso do candomblé A cultura africana sugere que o que existe em potencial no universo pode ser materializado pela palavra. Além da palavra, a memória também é reverenciada pela oralidade. Os fatos passados são reavivados pela memória e re-atualizados pelos rituais. No Candomblé, a vivência mítica das divindades é cantada e contada através do que é chamado de Corpo das Tradições Orais, do qual os provérbios, ówe na língua yorubá, fazem parte. Os provérbios fazem parte da oralidade africana, mas também de todos os outros continentes. É universal a maneira de falar em frases curtas e expressivas. Aristóteles disse: "relíquia que, em virtude de sua brevidade e exatidão, salvaram-se dos naufrágios e das ruínas das antigas filosofias". Os provérbios podem ser conceituados como: Enunciados breves, de origem desconhecida, que expressam uma sabedoria a ser utilizada em qualquer tempo e lugar; Frases sintéticas, cujos conteúdos condensados expressam grande sabedoria; Fontes de prazer que, pela sua estrutura, possibilita ao cérebro fixar mensagens que colaboram para que o homem se harmonize consigo e com o outro. Diz-se que uma frase expressiva é um provérbio quando: sua origem é desconhecida porque seu autor se perdeu no tempo, uma vez que geralmente é pronunciada de maneira natural a partir de uma determinada situação; torna-se popular, porque sendo criada a partir de uma circunstância particular, passa a ser utilizada pela população em geral, sempre que circunstâncias semelhantes voltam a acontecer; é universal, pois muitas frases curtas e com sentido são pronunciadas, mas só se tornam provérbios aquelas que possuem caráter universal, de forma ampla ou restrita – uma comunidade, por exemplo. Hoje é muito comum chamar um agrupamento de pessoas, que na maioria das vezes possui a população de uma cidade de porte médio no nosso país, de comunidade. Nada errado quanto a isso, pois comunidade pode ser definida como "qualquer grupo social cujos membros habitam uma região determinada, têm um mesmo governo e estão irmanados por uma mesma herança cultural e histórica". Como também: Grupo de pessoas que comungam uma mesma crença e que se submetem a uma mesma regra religiosa. O Ilê Axé Opo Afonjá pode ser definido de acordo com esse último conceito de comunidade, onde os provérbios são bastante utilizados. Seguem alguns exemplos: Aquele que bate palmas para que o louco dance é tão louco quanto ele mesmo. A boca que não se cala e os lábios que não deixam de se mexer só trazem problemas. A boca não pode ser tão suja que seu dono não possa comer com ela. O desconfiado sempre pensa que as pessoas estão falando mal dele. Quem não sabe construir uma casa, monta uma barraca. Somente um barril vazio é que faz barulho, um saco cheio de dinheiro permanece silencioso. O que eu quero comer você não quer comer, devemos comer separados. As características dos ditados populares fazem deles excelentes instrumentos de trabalho educacional. São características como: Brevidade – frases curtas que facilitam o registro e memorização da verdade embutida neles; Agudeza – fazem uma crítica da vida, usando uma dose de ironia, que facilita a reflexão sobre o tema criticado; Fontes de Prazer – os provérbios produzem prazer, não só pela agudeza, mas também por possibilitar o registro e fixação de uma sábia mensagem, tendo a energia mental economizada. Os provérbios, portanto, podem e devem ser utilizados no sistema formal de educação, não só na área de Língua Portuguesa, mas em várias outras áreas. O ditado popular, em forma de sotaque – um dito picante – "quem nasceu para dez réis, nunca chega a vintém", é excelente para falar dos tipos de dinheiro na história do nosso país. Uma exelente notícia para professores: a Unesco, em parceria com a Universidade Federal São Carlos (UFSCar) e o MEC lançaram na manhã de hoje em Salvador a versão em português da coleção História Geral da África. São oito volumes interdisciplinares, pois trazem também conteúdo sobre geografia, política, cultura, dentre outros temas ideais para a aplicação da Lei 10.639/03 que estabelece o ensino de História da África e Cultura Afro-Brasileira e foi ampliada com a 11.645/08 para incluir também História e Cultura Indígena. O material foi produzido ao longo de 30 anos com a contribuição de 350 pesquisadores, coordenados por um comitê formado por 39 especialistas, sendo a maioria africanos, ou seja o olhar vem de quem conhece a África, sobretudo a negra, de perto, evitando a repetição de estereótipos. A publicação já estava disponível em francês e árabe. A tradução para o português foi coordenada pelo doutor em Ciências Sociais, Valter Roberto Silvério. Na edição de hoje do jornal A TARDE tem uma matéria com mais informações que foi assinada por mim na nossa página especializada em Educação chamada Escola Viva. Educação é um dos temas contemplados no programa. Foto: Claudionor Junior | Ag. A TARDE | 17.03.2011 As instituições de ensino superior tem até o dia 11 de abril para fazer a inscrição na inciativa da inclusão do tema "raça" no Programa de Extensão Universitária do MEC. As propostas podem concorrer a recursos de até R$ 150 mil. A iniciativa acontece por meio da ação da Seppir. A ideia é apoiar a pesquisa acadêmica com ênfase em inclusão social via a promoção da igualdade racial. A meta é a contemplação de subtemas como educação; saúde; desenvolvimento econômico-social e igualdade no mundo do trabalho, com inclusão etnicorracial; política cultural com recorte etnicorracial; direitos humanos e segurança pública; infraestrutura; e povos indígenas. As linhas de financiamento vão de R$ 50 mil por projeto até R$ 150 mil por programa. Os coordenadores devem elaborar as iniciativas, via a plataforma eletrônica SIGPROJ, disponibilizada no endereço http://sigproj.mec.gov.br. Além das universidades federais e estaduais, os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFET´s), que tenham cursos de nível superior, podem apresentar projetos nas linhas temáticas de educação; tecnologias para o desenvolvimento social; e geração de trabalho e renda por meio da incubação de empreendimentos econômicos solidários. Além da Seppir, são parceiros do MEC nesta iniciativa os ministérios da Ciência e Tecnologia; da Cultura; da Pesca e Aquicultura; da Saúde; das Cidades; do Desenvolvimento Agrário; do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; do Trabalho e Emprego; o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), do Ministério da Cultura, e as secretarias de Direitos Humanos e de Políticas para as Mulheres. Outras informações podem ser obtidas com as seguintes fontes: Diretoria de Desenvolvimento da Rede de IFES – DIFES, pelos telefones (61)2022-8185, no site http://sigproj.mec.gov.br ou pelo e-mail: proext@mec.gov.br. Os homens eram cruéis e as mulheres curiosas sabem Havia uma no círculo que espreitava Que com a sua voz raspante como a tampa duma panela Gritava Chiava Abram-no ao meio Estou certa de que o papá ainda está lá dentro Como as facas estavam rombas O que é compreensível entre vegetarianos Como os Ocidentais Pegaram numa lâmina Gillette E pacientemente Crisss Crasss Floccc Abriram-me a barriga Encontraram lá uma plantação de tomates Irrigada por riachos de vinho de palma Vivam os tomates ………………………………………………….. Wole Soyinka – Nigéria.Conversa ao telefone O preço parecia razoável, locação Indiferente. A dona da casa jurou Que não vivia lá. Faltava só A confissão. 'Minha senhora,' avisei, 'Detesto ir lá em vão – sou africano.' Silêncio. Transmissão silenciosa De boa educação pressurizada. A voz, quando veio, Com baton, como através de Uma boquilha dourada. Apanho estupidamente. 'MUITO ESCURO?'… Não ouvi mal. … 'É CLARO OU MUIRO ESCURO?' Botão B. Botão A. Cheiro De hálito rançoso de conversa pública. Cabina telefônica. Marco postal. Autocarro De dois andares com cheiro de alcatrão. Era real! Envergonhado Por um silêncio mal-educado, a rendição Avançou espantada a pedir simplificação. Foi atenciosa, variando de ênfase – 'É ESCURO? MUITO CLARO?' A revelação chegou. 'quer dizer – chocolate ou chocolate de leite?' A sua aprovação era clínica, esmagadora na sua leve Impersonalidade. Rapidamente, sintonizando-a, Escolhi. 'Sépia oeste-africana' – e para tranqüilizar, 'Vem no passaporte.' Silêncio para um espectroscópico Voo da imaginação, até que a verdade retiniu no seu sotaque Duro no bocal. 'O QUE É ISSO?' Confessando 'NÃO SEI O QUE É ISSO?' 'Nem por isso. Facialmente, sou moreno, mas devia ver O resto de mim. As palmas das minhas mãos, as plantas Dos meus pés são de um louro peróxido. Da fricção, - No entanto, de me sentar, o eu Tornou-se preto – Um momento, minha senhora!' – sentindo O seu telefone preparando a tempestade Aos meus ouvidos – 'Minha senhora,' pedi, 'não seria melhor Ver por si?' Sugestão pedagógica: Interpretar texto dos poemas Levantar com os alunos a biografia dos três poetas citados e seus locais de origem, listando a característica destes países. Jaime Sodré é historiador, professor universitário e religioso do candomblé Olhem o Educaxé aí. Dessa vez a dica pedagógica do professor Jaime Sodré mergulha no universo da poesia feita por poetas negros de três países diferentes: Brasil, Mali e Nigéria. Mas o tema é comum aos três: o racismo. Educadores, aproveitem. Conen é uma das entidades que participa do movimento de amanhã. Foto: Luciano da Matta | Ag. A TARDE| 18.11.2005 Amanhã, a partir das 16 horas, com concentração no Campo Grande, tem festa por conta dos 212 anos da Revolta dos Búzios. Além de religiosos de matriz africana e representantes das entidades do movimento negro organizado, o evento vai ser embalado pelas bandas do Olodum, Malê Debalê, Os Negões, Muzenza, Cortejo Afro, Okambí, Afoxé Filhos do Congo e Ilê Aiyê. A organização tem o apoio, além desses grupos culturais afro, da Unegro, Coletivo de Entidades Negras (CEN), MNU, Cordenação Nacional de Entidades Negras (Conen) e Instituto Pedra do Raio. As principais reivindicações do evento são: liberdade religiosa, cultura de paz, financiamento público e privado da cultura afro-brasileira, ações para a operacionalização da da Lei 11.645/08, que inclui nos currículos escolares o ensino de História da África, Cultura Afro-brasileira e História e Cultura Indígenas, ações afirmativas na saúde, saneamento básico, emprego e renda, moradia e educação. A Revolta dos Búzios, ocorrida em 1798, foi um dos mais avançados movimentos em defesa da cidadania. Seus líderes, todos negros, foram mortos pelo poder político da época. Quem é apenas curioso ou trabalha diretamente com temáticas ligadas à diversidade, principalmente étnica, tem agora dois bons apoios: a livraria Ponto do Livro-Café e Arte e a Editorial Diáspora, ambas sediadas em São Paulo. O idealizador das duas iniciativas é o professor de sociologia da Universidade Federal de São Carlos e consultor da Unesco para a área de diversidade étnica-racial, Valtér Silverio. Em tempos de batalha para que a aplicação da Lei 11.645/08 (que obriga o ensino de História da África, Cultura Afro-Brasileira, História e Cultura Indígenas em todas as escolas brasileiras), se transforme cada vez mais em realidade este é um caminho para suprir a falta de material didático sobre o tema. Para conhecer mais sobre a proposta, incluindo o acervo, vale uma visita ao site que pode ser acessado clicando aqui. Antes de nos dedicarmos a uma abordagem mais direcionada aos objetivos que seriam implementados no campo da educação, numa abordagem da africanidade, seria importante abordar a noção de ancestralidade, dentre outras, enquanto um conceito. Ancestral teria como definição básica "as pessoas de quem se descende", ou seja, nossos ancestrais ou de forma mais simples os nossos antepassados do ponto de vista de uma linhagem biológica, num campo individualizado. Poderemos também aplicar este conceito levando em conta as contribuições materiais herdadas das realizações anteriores, mesmo sendo uma criação independente do pertencimento ao nosso grupo, ou seja, de aplicabilidade universal. Assim é que um invento aplicável à humanidade, sem restrição, fará parte de um repertório de um bem universal aplicável a todos os grupos de indivíduos. Tem-se como ancestral da espécie humana o surgimento dos Australopitecos, espécie de hominídeos surgido na África no Vale do Rift, Lago Turkawa no Quênia; Garganta Olduai na Tanzânia, Haddar e Vale do Ouro na Etiópia, Taung, Makadansgat na África do Sul, dentre outros. Em um conceito antropológico este antepassado será considerado pelos seus feitos, objeto de culto. Sua relação com os vivos pode ser resultado de uma genealogia real ou fictícia, digna de reverências, comemorações, transmissão e difusão dos seus feitos às gerações presente e futura. A ancestralidade no campo do bem material pode ser vista como um patrimônio material e/ou espiritual, entendido como herança de um determinado grupo ou universal, que se perpetua enquanto memória concreta. Para o africano, o ancestral será um elemento venerado que deixara uma herança espiritual sobre a terra, contribuindo para a evolução da comunidade ao longo da sua existência, e pelos seus feitos é tomado como referencia ou exemplo. Este conceito se alonga à concepção de ações, métodos e instrumentos que proporcionaria vantagens materiais. A ancestralidade na Educação como meio de transmissão do saber tem como suporte a tradição oral;a tradição escrita;a tradição histórica;o repertório de mitos e lendas; aspectos linguisticos;o campo do lúdico; parlendas; o campo musical;o campo das artes, etc. Em resumo: a ancestralidade na educação atuará no campo da memória individulal ou coletiva. Ancestralidade e Repertório Temático Para efeito de sugestões, quanto a ações práticas da Ancestralidade na Educação listamos a seguir o que chamamos de Repertório Temático, elemento que poderá servir de apoio para um planejamento e aplicação em sala de aula. 1. Ancestralidade Cultural Africana- Objetiva informar sobre a diversidade étnica e lingüística africana e destacar os grupos que interagiram com a realidade brasileira, a exemplo dos yorubá, banto e ewe. 2. Ancestralidade e Arte Africana- Destacar o amplo repertório da realização artística africana, sua inserção no cenário mundial inspiradora do cubismo, dentre outras manifestações artísticas; sua continuidade na diáspora, especialmente no Brasil, como estruturante de uma arte afro-brasileira. 3. Ancestralidade e Resistência- Enfocar os aspectos dos processos de resistência dos povos africanos aos processos de colonização desde a África, em especial as lutas contra a escravatura e os quilombos. 4. Ancestralidade e Assistência- Observar as diversas formas de ajuda mútuas experimentadas pelos povos africanos, em especial no regime escravo, tendo com ênfase a Sociedade Protetora dos Desvalidos, sediada em Salvador. 6. Ancestralidade Religiosa- Observar a diversidade religiosa africana e as suas conseqüências sobre as mais diversas experiências de fé naquele continente, conflitos e acordos, e a sua aplicação na diáspora em especial, em relação ao Candomblé, Voduns etc. Com destaque para uma observação critica quanto a Intolerância Religiosa. 7. Ancestralidade Musical- Observar as mais diversas formas de expressão musical e dança na África e sua aplicação no contexto da diáspora como continuidade e inspiração. 8. Ancestralidade Católica- Observar a atuação da Igreja Católica no âmbito da África e na diáspora suas formas particulares, as irmandades negras, o sincretismo e formas de convivências e conflitos. 9. Ancestralidade Científica, Tecnológica e Filosófica- Destacar as personalidades negras que contribuíram e contribuem para o processo civilizatório brasileiro e mundial, no campo da ciência, tecnologia e filosofia como referencia ao aluno da possibilidade de atuação nestes campos. Ex. André Rebouças, Milton Santos, etc. 10. Ancestralidade Heróica-Destacar personalidades negras como agentes de ações históricas importantes no campo dos conflitos locais e mundiais a exemplo de João Candido, "O Almirante Negro" da Revolta da Chibata; Maria Filipa, nas ações do 2 de Julho, Rainha Nzinga de Mutamba, etc. 11. Ancestralidade Política- Destacar personagens e situações onde se revela o empenho de personalidades negras em busca de ideais democráticos e libertários a exemplo da Revolta dos Alfaiates, Sabinada, Guerra dos Farrapos, Cabanagem, Balaiada, Quilombo dos Palmares, etc. Mulheres como Almerinda Gama, primeira deputada estadual negra; Antonieta Barros, Maria Brandão, Benedita da Silva, etc. 12. Ancestralidade Guerreira- Destaque para a Guerra do Paraguai e para os atos de bravura de Cesário alves da Costa, herói do Forte de Curuzu, promovido a sargento; Antonio Francisco Melo, que se destacou na Marinha, na Batalha de Riachuelo e chegou a capitão; o seu batalhão era formado só por negros; Marcilo Dias, um bravo, foi ferido e morto na Batalha de Riachuelo ao negar a rendição do seu barco, O Paranhayba. 13.Ancestralidade Negróide e Australianos- Os cientistas fizeram uma reconstituição do crânio fóssil mais antigo das Américas, encontrado em Lagoa Santa, Minas Gerais, por uma expedição franco-brasileira em 1975, Perceberam que os traços eram semelhantes aos povos negróides e australianos. 14. Ancestralidade Feminina Guerreira- Nzinga Mbandi Ngola, Rainha Ginga, foi batizada no catolicismo com o nome de Ana de Souza. Seu nome Ngola fora usado pelos portugueses para nomear uma região na África com o nome de Angola. Era contra a escravatura, ao contrario do rei do Congo. Após a sua morte os seus soldados foram vendidos como escravos. Saiba mais: África e Brasil Africano – Marina de Mello e Souza- Editora Ática Atlas Brasileiros- Cultura Popular – Raul Lody- Editora Maianga História do Brasil- Os 500 anos no País em Obra Completa e Atualizada- Folha de S. Paulo Jaime Sodré é historiador, professor universitário e religiso do candomblé O Educaxé, realizado pelo professor Jaime Sodré, está de volta ao Mundo Afro. Estava à espera de um tempinho na agitada agenda do professor para pedir o retorno do projeto. A iniciativa, cuja ideia foi dele, é direcionada especialmente aos professores para servir como material didático para aplicação da Lei 11.645/08, novo número da que é mais conhecida como 10.639/03, que estabelece o ensino de História da África e Cultura Afro-Brasileira. A modificação foi para incluir também História e Cultura indígenas. Tuma de uma das ações da Steve Biko que está comemorando 18 anos. Foto: Margarida Neide| AG. A TARDE 2.8.2004 Festa dupla hoje na capital baiana. Além do início das comemorações pelo centenário do Ilê Axé Opô Afonjá (cliquem aqui para conferir a programação) tem a comemoração do aniversário de 18 anos do Instituto Steve Biko. Vejam como o tempo passa rápido. Os "bikudos", como são carinhosamente chamados os integrantes do instituto, já chegaram à maioridade, com um trabalho que merece todas as homenagens possíveis. Até agora cerca de mil estudantes que passaram pelo curso pré-vestibular gratuito do Steve Biko estão na universidade. A programação de aniversário começa hoje com um seminário no auditório da Biblioteca Pública dos Barris, a partir das 18 horas. O encontro terá a participação de Ceres Santos, Geri Augusto, Edenice Santana e dos Talentos Bikud@s. A Escola Barbosa Romeu em São Cristóvão é uma das consideradas referências no cumprimento da Lei 11.645/08. Foto: Fernando Amorim| Ag. A TARDE|20.05.2005. Atenção educadores: estão abertas até o dia 6 do próximo mês as inscrições para o Curso de formação de Professores para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileiras. Podem se inscrever professores,coordenadores e diretores das redes públicas federal, estadual e municipal. O curso é promovido pelo Centro de Estudos Afro-Orientais com o apoio do Ministério da Educação através da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC). Para saber mais tem um site específico ( www.cursoensinoafro.ufba.br) e o telefone 3283-5519. O serviço telefônico funciona de segunda a sexta-feira, das 13 às 17 horas. Ao ligar procurar a professora Zelinda ou Lucylanne. Por conta da Lei 11.645/08 (que reformulou a 10.639/03) todas as escolas brasileiras de ensino fundamental são obrigadas a promover o ensino das disciplinas História da África e Cultura Afro-Brasileira, além de História e Cultura Indígenas. Mundo Afro tem hoje dois artigos de Jaime Sodré. Foto: Manuela Cavadas| AG. A TARDE Hoje temos a inteligência do professor Jaime Sodré em dose dupla: o primeiro capítulo da série Educaxé deste ano e um artigo muito interessante que saiu publicado na página de Opinião da edição de hoje de A TARDE. Confiram este duplo presente. O povo yorubá soma aproximadamente 12 milhões de habitantes, tendo um país com uma larga produção de arte tradicional. Muitos dos que vivem no sudeste da Nigéria são considerados comunidades adicionais a oeste, entre a República do Benim e do Togo. Esta área está dividida em aproximadamente vinte subgrupos, cada um com seus reinados tradicionais. Escavações em Ifé encontraram cabeças de bronze ou terracota e figuras longas da realeza e elementos do universo superior estrelado. Retratos naturalistas cada um previamente conhecidos na África. As raízes artísticas e culturais de Ifé, com seu período clássico (a.C. 1.050-1500), encontram-se no antigo centro cultural de Nok no nordeste. De mentalidade religiosa é natural que permaneça obscuro. Nos anos 20/30 os yorubás se alojavam em fazendas, outros viviam em cidades, em cabanas, fechados em comunidades ou no campo, cultivando milho, feijão, aipim ou mandioca, inhames, amendoim, café e banana, controlados por negociantes. Também temos mercadores e artistas; ferreiros, artesãos de cobre, bordadeiras, escultores em madeira, trabalhando de geração a geração. Os deuses yorubás formam um interessante panteon cujo deus criador é Olodumaré, seguido de mais de cem orixás e espíritos da natureza, habitantes de rochas, árvores e rios. Algumas peças representam Xangô, divindade dos raios, esculpidas em madeira e guardadas em santuários. Os escultores exercem as suas tarefas em atelieres com aprendizes onde são transmitidas as técnicas e os estilos preferenciais. Por toda yorubalândia figuras humanas são representadas em formas basicamente naturais, mas exceto por seus olhos salientes, planos e projetados, lábios paralelos e orelhas estilizadas. No âmbito dos cânones básicos da escultura yorubá alguns traços são distinções particulares de determinados artistas de forma individual. Hoje está em numerosos cultos. O culto Geledé homenageia o poder das velhas mulheres, durante os festivais Geledés. Esculturas em máscaras com formas humanas são apresentadas, geralmente desgastadas pelo uso. Encimando algumas máscaras, uma ou outra, há elaborados arranjos de penteados ou uma escultura representando os humanos em alguma atividade. As máscaras do culto de Epa são relacionadas aos ancestrais e a agricultura, com variedades harmônicas que aparecem nas cidades. A máscara possui aspectos particulares, nos olhos, na altura de grande complexidade. Geralmente elas são usadas em ritos funerários ou ritos de passagem, e são, geralmente, compostas de inúmeros elementos, usualmente uma face humana em máscara, numa bem elaborada figura. Essas máscaras são guardadas em santuários e são reverenciadas com libações e preces. A sociedade Ogboni tem suas figuras em latão, chamada Edan, que são colocados em par, instalando-se nas pontas e correntes, cabeça com cabeça, formando pares unidos. Elas são colocadas sobre os ombros dos membros da Irmandade Ogboni com canções, funcionando como um amuleto. Uma variedade de palmeiras é usada para a veneração de "caridites", retratando a mulher. Sociedade e cultos específicos fazem parte das celebrações durante os festivais de máscaras, com música, danças, em uma integração total. O mais amplamente difundido culto é o dos gêmeos Ibeji, estátuas confeccionadas duplamente, reverenciadas pelo povo Yorubá amplamente. As estátuas Ibeji são produzidas para cultuar os deuses gêmeos. Para os Ibejis são depositadas oferendas em forma de refeições fartas, rogando pela vida das crianças. Essas esfinges são produzidas com instruções oriundas dos oráculos e estão presentes em numerosas classes de esculturas africanas. As figuras equestres são temas comuns aos yorubás, confeccionadas, preferencialmente, em madeira. Isto reflete a importância da cavalaria nas campanhas dos reis na criação do Império Oyó, nos séculos XVI a XIX. Somente os chefes yorubás tinham o privilégio de possuir cavalo. O cavalo era um importante símbolo social onde os artistas ao produzir peças inspiradas nestes animais deveriam demonstrar habilidade. O tamanho reduzido deste animal e as pequenas pernas dos cavaleiros são elementos típicos deste tipo de produção artística. Portas esculpidas e pilares são elementos dos santuários dos palácios e das casas dos homens importantes. Cumprindo secular função são as tigelas para as nozes de cola, oferecidas como boas vindas ao visitante, [tabuleiro] "ayo" para jogos, assim como os "wari" jogados com seixos [pedras] colocados em fileiras, em depressões circulares, os tambores, as colheitas, os pentes. Adicional importância no campo das artes credita-se à cerâmica, tecelagem, às contas e peças fundidas. Texto inspirado em trabalhos de Renato da Silveira, Reginaldo Prandi e Frank Willet Jaime Sodré é professor universitário, mestre em História da Arte, doutorando em História Social e religioso do candomblé A minha mãe me contou a história da minha bisavó que faleceu em 2000, com mais de cem anos. A velha guerreira trabalhou até os 80 anos em serviços rurais com muito vigor e quando perguntavam de onde vinham o viço e a coragem de espantar homens aventureiros com a ajuda da espingarda, a resposta era simples: -É herança dos escravos corajosos que enfrentaram seus senhores na época da escravidão. Dona Clara, como era conhecida, vivia escondidinha nas matas virgens, protegida pelos caboclos e guias. Ainda mocinha, foi encontrada dentro das matas virgens do sertão da Bahia por um grupo de caçadores. Até então vivia totalmente isolada da cidade. Ela tentou em vão se livrar dos caçadores, mas eles a levaram à força para a cidade vizinha. Lá, Clara casou-se com Eugênio, também descendente de escravos, e dessa união nasceram muitos filhos, os quais foram criados às custas das plantações de cacau, feijão e mandioca. Segundo relatos de alguns que a conheceram, Dona Clara era uma mulher invejável e que encantava a muitos com sua beleza, mas os mais atrevidos eram surpreendidos a chumbo. Além disso, era também conhecida pelo conhecimento de rezas e de ervas que curavam muitas enfermidades. Está publicada aí abaixo a primeira das três histórias vencedoras da 1ª Promoção Cultural do Mundo Afro. A história conta a criação do homem, segundo a versão de povos africanos e foi enviada por Iele Portugal. – Senta aqui que vou te contar: Quando era bem pequenininha, mais ou menos da sua idade, minha avó, que era descendente da gente da África, da região chamada Daomé, me contou uma história. Vou contar a você o que eu lembro. – Vovó, antes de a senhora me contar a história, explique o que é descendente. – É aquele que vem de algum outro lugar. – Agora a senhora pode continuar a história. – Há muito tempo, os orixás viviam aqui na terra. Não existia o homem. Até que, um dia, Olorum,o dono do céu, resolveu que criaria o homem para fazer companhia aos orixás. Olorum tentou criar o homem de ar, de fogo, de água, de pedra e de madeira, mas em nenhum caso deu certo. – Por que não deu certo, vovó? – Porque os homens de ar e de água não tinham forma, o homem de fogo consumia-se, e os homens de pedra e de madeira não se mexiam. – E então, o que Olorum fez? – Ele não fez nada. Nanã foi quem fez. Vendo que todas as alternativas tinham dado errado, essa orixá se ofereceu para criar o homem. Olorum permitiu. E Nanã foi fazer o homem. Pegou um punhado de barro e foi modelando o corpo: as pernas, os braços, a cabeça e tudo que temos hoje. Ela não esqueceu nada, fez tudo direitinho. Deu-nos tudo que precisamos,pernas para andar, mãos para pegar as coisas, olhos para ver… não se esqueceu de nada. – É isso mesmo! – Depois que homem foi feito, o que aconteceu? – Os homens e os orixás viveram juntos e felizes, dividindo alegrias e aventuras na terra. Contracapa do livro retrata autores do texto e da ilustração. Foto: Fernando Vivas| AG. A TARDE Iele Ferreira Portugal (A Origem do Homem na Versão Africana); Marcleia Santiago do Amor Divino ( Dona Clara) e Maria Auxiliadora Andrade Pereira (Uma História de Caboclo) são as vencedoras da I Promoção Cultural do Mundo Afro. Cada uma delas vai receber um exemplar do livro Uma Histórinha Africana, de autoria do professor Jaime Sodré com ilustrações de João Victor Dourado. O livro faz parte de um projeto voltado para o suporte à aplicação da Lei 10.639/03, alterada pela 11.645/08, que estabelece o ensino de História da África e Cultura Afro-Brasileira, apoiado pela Fundação Cultural Palmares. As vencedoras vão receber os livros em suas residências. Ficou ainda um exemplar, pois o material enviado não estava no formato da promoção. A ideia era elaborar relatos tentando ficar o mais próximo possível da forma como eles foram absorvidos e não cópias de outros autores. Se chegar mais alguma história com o formato pedido, ganha o exemplar remanescente. No mais, obrigada pela participação e vou publicar aqui no blog as histórias vencedoras a partir da próxima semana. Outra coisa: essa é a primeira das promoções. Sempre que tiver oportunidade farei outras. As quatro melhores histórias vão ganhar livro assinado pelo professor Jaime Sodré. Foto: Rejane Carneiro| Ag. A TARDE A promoção cultural do Mundo Afro prossegue até a próxima sexta-feira. Algumas histórias já chegaram e continuo aguardando as demais. Os autores das quatro melhores vão receber, cada um, um exemplar do livro Uma Historinha Africana, dirigido ao público infanto-juvenil e escrito pelo professor Jaime Sodré, com ilustrações de João Victor Dourado. Para saber como participar da promoção acessem o post anterior clicando aqui. Blog sorteia quatro exemplares de Uma Historinha Africana. Foto: Fernando Amorim | AG. A TARDE O Mundo Afro está lançando sua primeira promoção cultural. Vou sortear aqui quatro exemplares do livro Uma Histórinha Africana, de autoria do professor Jaime Sodré, com ilustrações de João Victor Dourado. O professor Jaime, gentilmente, doou os exemplares para este fim. A edição do livro, dirigido ao público infanto-juvenil, foi vencedor de um edital da Fundação Palmares e faz parte de um projeto de apoio didático para aplicação da Lei 10.639/03, que estabelece o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira. Atualmente, a Lei tem o número 11.645/08, por conta da modificação para também incluir o ensino de História e Cultura Indígena. O projeto contemplou não só a distribuição do livro em escolas, mas também um encontro com a presença da ebomi Cidália Soledade, uma exímia contadora das histórias de trdição africana. Os encontros aconteceram em dezembro nas escolas Mãe Hilda, localizada na Liberdade, São Gonçalo e Mundo dos Sonhos, situadas na Federação. O livro conta uma história envolvendo Doúm, Alabá e Elegbara e é um ensinamento sobre as muitas verdades que um mesmo fato pode oferecer. Vamos fazer o seguinte: os quatro melhores relatos sobre histórias de tradição africana levam os exemplares. Podem ser contos relativos a inquices, orixás, voduns e caboclos, mas não vale, por exemplo, escrever igualzinho aos relatos de Pierre Verger ou de Reginaldo Prandi, por exemplo. Contem como vocês ouviram as histórias de seus avós, pais e tios. Quem sabe não descobrimos outros griots (contadores de histórias) por aí? História pronta é só enviar via o sistema de comentários do blog, com nome completo, endereço e telefone. Claro que não vou publicar estas duas últimas informações. É só para enviar o livro em caso de vitória. Leitores de outros estados e países também podem participar. Não se preocupem que tem como fazer chegar o exemplar. O prazo para envio é até o próximo dia 22 (sexta-feira de hoje a oito). As melhores histórias além de levar o livro também serão publicadas no blog para a gente socializar as informações. Vamos lá. Estou ansiosa pela participação de vocês. Olhem que iniciativa legal: professores e uma aluna da escola Eurídice Sant´Ana, situada em Marcionílio Souza, realizaram um documentário sobre a herança africana do município. A localidade ainda é chamada carinhosamente por seus moradores de Tamburi, nome usado antes da emancipação. O objetivo do trabalho foi investigar o povoado de Umburanas que é conhecido como área remanescente de quilombo. A partir daí o trabalho cresceu e virou um documentário. A iniciativa tem origem em um projeto da professora Iara Bacellar. Em um mês, eles realizaram trabalho de pesquisa, filmagens e edição. Aqui está a ficha dos responsáveis pela produção: os professores Dodó Rebouças, Iara Bacellar, Josley Mattos, Marcos Ribeiro, Sônia Ramos e a aluna Susana Rebouças. Em tempos de falta de material didático para a aplicação da Lei 11.645/08, que estabelece o ensino de História da África e Cultura Afro- Brasilieira, está aí um bom exemplo a ser seguido. Além disso, traz a oportunidade de conhecer um pouquinho da herança negra nas áreas distantes de Salvador e do Recôncavo. Marcionílio Souza fica na Chapada Diamantina. O vídeo foi dividido em quatro partes que estou disponibilizando abaixo: Alunos da escola em aula sobre liderança. Foto: Welton Araújo| AG. A TARDE 18.4.2007 O belo projeto Escola Olodum, mantido pelo grupo cultural Olodum, está completando 26 anos na próxima sexta. A data, como sempre, vai ser marcada com festa pelas ruas do Pelourinho. Logo após um desfile da banda mirim pelo Centro Histórico vai ser servido o tradicional caruru, gratuitamente, em barraquinhas localizadas na Rua das Laranjeiras, endereço da escola. A festa começa a partir das 15 horas e vai fazer uma homenagem ao Benim. Durante a festa será assinada mais uma etapa do convênio de patrocínio entre a Escola Olodum e a Petrobras. A empresa apoia as atividades da instituição. A Olodum conta com cerca de 300 alunos, com idades de 7 a 17 anos, e oferece cursos de dança, percussão, produção cultural, dentre outros. O professor Hélio Santos é o palestrante convidado da aula inaugural do curso. Foto: Xando Pereira| AG. A TARDE Atenção participantes da seleção para o curso preparatório aos concursos públicos destinado a afrodescendentes: na próxima terça-feira será divulgada a lista com a relação dos 200 aprovados. O resultado pode ser conferido nos endereços eletrônicos www.selecao.uneb.br/afirmativo e www.setre.ba.gov.br. O resultado também pode ser conferido nas unidades do SineBahia. O curso é promovido pela Secretaria Estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) em parceria com a Uneb. A iniciativa é dirigida a mulheres e homens negros, de baixa renda, conlcuintes do ensino médio e oriundos da rede pública de ensino, com idades a partir de 18 anos. Os recursos para a implantação do curso são do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Funceb) e faz parte da Agenda Bahia do Trabalho Decente, dentro do eixo de Promoção da Igualdade. O curso terá carga horária de 410 horas, distribuídas ao longo de oito meses. Os conteúdos serão na área de administração, direito constitucional, legislação, matemática, atualidades, língua portuguesa, cooperativismo, associativismo e emprendedorismo, dentre outros. A aula inaugural será no próximo dia 19, no auditório da Uneb, com palestra do doutor em administração, Hélio Santos, diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Diversidade (IBD) e professor da Universidade de São Paulo e da Fundação Visconde de Cairu. O Museu Afro-Brasileiro é uma instituição que tem um acervo informativo sobre cultura com inspiração africana . Foto: Margarida Neide| AG. A TARDE Desculpem, mas só recebi o material confirmando o período de inscrições hoje pela manhã. Mas ainda dá tempo: até hoje no Colégio Estadual Edgard Santos, que fica no Garcia, a partir das 19 horas, é possível se inscrever para o curso em História da África, Cultura Negra e O Negro no Brasil. Os participantes devem ser indicados por organizações do movimento social. O curso é dirigido a educadores e é promovido pelo Grupo Cultural Amuleto. As aulas vão ser na Uneb no perído de 15 deste mês até 12 dezembro das 19 horas às 21h30 nas quintas-feiras e nos sábados das 9 às 13 horas. O curso tem como principal objetivo fortalecer a aplicação da Lei 10.639/03, que estabelece o ensino de História da África e Cultura Afro-Brasileira. No ano passado a lei foi modificada pela 11.645/08 para incluir também o ensino de História e Cultura Indígenas.
DA DELIBERAÇÃO DO RESPECTIVO COLEGIADO. ART. 557, ?CAPUT? DO CPC . I - Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a Fazenda Pública figure como devedora, a prescrição atinge tão apenas e do STJ. III ? Tratando-se de recurso flagrantemente ... -feira), de tal sorte que o termo dies a quodo prazo recursal (art. 184, §2°, do CPC) foi 15/12/2015 (terça-feira – [art. 184, caput, do CPC]).O prazo fluiu até 19/12/2015 (quinto dia do prazo recursal...-feira), de tal sorte que o ...
Esta nova técnica, similar à seguida no Código Penal alemão, permitirá uma mais fácil aplicação da lei pelas autoridades fiscalizadoras.
O Prefeito de Cacequi Flavio Gilberto Dorneles Machado recebeu na manhã desta terça-feira (09), o título de Liderança Política "Ficha Limpa" gestão 2013/2016. A entrega foi realiza pelo Secretario de Administração Jefté Macedo, Secretário de Saúde Leomar Maurer,Secretário de Turismo Rubem Acosta, Secretario de Planejamento Cléo Ricardo Pinto e o Vereador João Roberto Del'olmo no qual estiveram representando a Comunidade e Servidores em geral no ato. "Fico feliz pelo reconhecimento do nosso trabalho, Cacequi não pode parar". Finaliza o Prefeito Flavio Machado.
Contas anuais do devedorO disposto do artigo anterior não prejudica o dever de elaborar e depositar contas anuais, nos termos que forem legalmente obrigatórios.
Coordenador regional do PDT fala da preparação da legenda para as eleições municipais Destaque Jean Carlos é vereador em Canaã dos Carajás onde é presidente da Câmara Municipal; ele é ainda coordenador Regional do PDT (Partido Democrático Trabalhista), tendo como responsabilidade criar as estratégias para que a legenda aumente suas bancadas nos legislativos municipais, além de eleger o maior número de prefeitos e vices prefeitos. Ele esteve no Encontro do PDT, ocorrido em Eldorado do Carajás no sábado, 17, onde apresentou o pré-candidato a prefeito naquele município. Na oportunidade concedeu entrevista exclusiva ao Carajás O Jornal, e falou sobre diversos assuntos entre eles o crescimento da legenda na região. Carajás o Jornal (CJ): Como estão os preparativos do PDT na região com o propósito de eleger prefeitos e vereadores no ano que vem: Jean Carlos (JC): A cada dia o partido bem crescendo mais e se fortalecendo graças a força e a história do PDT. A nível nacional e estadual temos várias liderança e estas nos alegra em representar o partido que vem se fortalecendo em vários municípios para as eleições de 2016. Em Eldorado é um exemplo disso que vem demonstrando sua força no lançamento da candidatura do TOTA que conseguiu reunir todas as lideranças municipais. Canaã dos Carajás é outro exemplo, onde também temos o maior grupo político e estamos nos fortalecendo em todos os municípios. Nosso partido tem bandeiras e prioridades que são: trabalhismo, e educação. Sem educação não há transformação e sem trabalho não há sustentação familiar. Agradeço ao deputado Giovani Queiroz pela oportunidade de coordenar um partido já grande como o PDT. CJ: Quantos vereadores já existe hoje do PDT no Pará e pra qual númeo pretende se ampliar? JC: Temos 108 vereadores no Pará, a meta é dobrar esse número nas próximas eleições; 20 prefeitos e 30 vice prefeitos. O pontapé inicial já foi dado com os lançamentos de cinco pré candidaturas na região. Em Eldorado lançamos o Tota, em Rio Maria a Márcia Ferreira, em São Félix do Xingu, a Minelvina, Em Dom Elizeu e Bom Jesus breve serão lançados ótimos nomes. É um trabalho de fortalecimento da legenda com esses lançamentos de ótimos nomes com real possibilidade de disputar para vencer. CJ: Como o PDT pretende recuperar a imagem da política tão desgastadas pelos sucessivos escândalos políticos tanto ao nível nacional quanto regional? JC: O PDT tem sua bandeira e seus eternos nomes de moral entre eles Cristovan Buarque, Leonel Brizola que tem zelado pela imagem da política e do partido. No Pará temos as reconhecidas lutas do deputado Giovani Queiroz que representa nosso Estado com muito caráter e habilidade. A gente sabe do descrédito da política, mas ainda acreditamos e por isso temos trazidos apenas pessoas de caráter e que somam forças com o partido. Um deles é Ciro Gomes que será nosso candidato a presidência da república. CJ: O tripé da coisa pública: saúde educação e segurança, estão demonstrando ineficácia em seu funcionamento, como você vê o país sobre isto: JC: É preciso começar pela reforma política e partidária, mas acredito que, por mais que o momento em que estamos vivendo de descrédito e muitas denúncias trará a modernização da fiscalização fazendo com que os gestores públicos tenham mais responsabilidade. O eleito também precisa pensar em sua família na hora de votar com o compromisso de cidadão e não apenas votar sem conhecer a história de seu candidato. A política muda quando pessoas de compromisso assume os espaços. CJ: Canaã dos Carajás passa por um momento único, a instalação do Projeto S11D, que gera emprego e renda, mas junto com isso vem também os problemas sociais; como você imagina Canaã dos Carajás nos próximos para que anda nos trilhos do desenvolvimento equilibrado? JC: Canaã tem sido administrada com o pensamento coletivo com várias sido feitas na cidade trazendo o bem estar da comunidade. Mas percebo que muita coisa precisa melhorar na qualidade dos atendimentos, na educação e na segurança pública. O desemprego é outro ponto a ser vigiado com a busca de emprego e renda para nosso povo. Afinal estamos em um município rico, mas é preciso distribuir a renda de forma a criar uma estrutura para o futuro. Não dá para pensar em uma Canaã só para hoje, pois o minério acaba aí precisamos preocupar como nossa população ficará. Portanto, é no momento em que o Município vive um momento de prosperidade, mas que também recebe grande demanda social todos os dias. CJ: Em Canaã dos Carajás o PDT terá candidatura própria a prefeito? JC: Até esse momento não. Estamos na base de apoio do governo municipal e acreditamos ser possível continuar com essa aliança e se ela for mantida até as convenções certamente apoiaremos a candidatura a reeleição do atual prefeito Jeová.
notícia Vasco 1 x 0 Botafogo Fogão leva gol no fim e buscará o título no segundo jogo da final Atualizado em 26-04-2015, 17h59 Na decisão do Campeonato Carioca, o Botafogo saiu atrás nos primeiros 90 minutos. Apesar de ter criado chances claras, o time foi castigado por um gol de Rafael Silva no fim e perdeu para o Vasco por 1 a 0, neste domingo, no Maracanã. O Glorioso precisará vencer o jogo da volta por dois gols de diferença para ser campeão ou por um gol para levar para os pênaltis, no próximo domingo. Antes, o Botafogo enfrenta o Capivariano, quarta-feira, pela Copa do Brasil, às 22h. O JOGO Apesar da vantagem do empate para ser campeão, foi o Botafogo quem começou o jogo em cima. No primeiro lance, quase abriu o placar. Após cruzamento da direita, Rodrigo Pimpão brigou no alto, Bill cabeceou da pequena área e Martin Silva fez grande defesa, em bola que ainda tocou no travessão. No rebote, Gegê mandou por cima. O Botafogo voltaria a ameaçar em cobrança de falta de Carleto, defendida por Martin Silva, mas o Vasco acordou no jogo. Aos 12 minutos, Dagoberto deu um lençol e bateu para fora. Aos 18, Julio dos Santos ficou livre à frente de Renan e tentou encobrir, errando o alvo. Foi a melhor chance do primeiro tempo. Se o Vasco tinha mais posse de bola, o Botafogo assustava em contra-ataques. Aos 28, Rodrigo Pimpão cruzou da direito e Bill deu de voleio, para fora. Do outro lado, Madson mandou na área e Dagoberto quase chegou. Na segunda etapa, René Simões colocou Tomas no lugar de Gegê. O Botafogo teve uma oportunidade em que Willian Arão quase conseguiu cabecear e outra mais clara. Aos 6, em belo contra-ataque, Arão lançou, Pimpão deixou Bill na cara do gol, ele se livrou do zagueiro, tocou por cima de Martin Silva, mas para fora. Foi a vez do Vasco crescer. O rival quase abriu o placar em cabeçada de Julio dos Santos e em chute venenoso de Rafael Silva, ambos rente à trave, pouco antes da parada técnica. O jogo, então, ficou amarrado, truncado no meio-de-campo. Quando o Botafogo conseguiu clarear, Thiago Carleto cruzou, a zaga resvalou e Rodrigo Pimpão, dentro da área, finalizou por cima. Já aos 32, Tomas ajeitou, Gilberto se livrou do marcador e bateu à queima-roupa, mas Martin Silva fechou o ângulo e bloqueou o chute. E o Botafogo ainda teria outra grande chance. Após belo lançamento de Fernandes, aos 40, Willian Arão dominou na área e acertou o travessão. Contudo, no último lance, veio o grande castigo. Bola levantada na área e Rafael Silva completou para a rede. Ficou para o jogo da volta. O Fogão não vai desistir e conta com o apoio da torcida para ir atrás desse título.
Apesar de ser a grande Área Metropolitana de Lisboa aquela que mais reclama uma intervenção urgente, dado o seu crescimento exponencial nas últimas décadas, não pode a Assembleia da República esquecer a Área Metropolitana do Porto, para a qual foi prometida "a criação de um verdadeiro passe multimodal" nem tão-pouco a realidade decorrente do todo nacional.
O espírito construtivo e de cooperação bem como a vontade política que norteou este Acordo serão, a partir de agora, mais necessários do que nunca entre os dois Estados.
Decisão: dos limites de tolerância nos períodos de safra e entressafra . (fl. 352). Friso ainda que não há... e Emprego, se enquadram com insalubre em grau médio", durante todos os contratos, nos período de Safra ... e Entressafra , ANEXO 3 - exposição ao calor acima dos limites de tolerância.; Embasamento legal Cabe... Decisão: de safra (de maio a dezembro de cada ano), e a fruição de uma hora nos períodos de entressafra (de janeiro..., inciso XIV, da Constituição Federal , as empregadoras que, na safra ou entressafra , se utilizarem Decisão: tal pagamento. Sucessivamente, requer que a condenação fique limitada aos períodos de safra . O Juízo... em razão desses descansos durante as safras (atividade pesada) e apenas o seria com a concessão... de 45 minutos de descanso a cada 15 minutos de trabalho nas entressafras (atividade moderada... Decisão: dos pedidos ligados ao intervalo intrajornada nas entressafras anteriores a 2014, às horas "in itinere", à..., pugna pela reforma do julgado no que se refere ao intervalo intrajornada nas safras e na última... entressafra . Contrarrazões recursais do reclamante de ID cb6572c, com preliminar de não conhecimento... Decisão: sem intervalo para descanso e refeição, exceto nas entressafras . Postula horas extras, incluindo... que ele usufruía 1h30 de intervalo nas safras até outubro de 2012 e, a partir de novembro, uma hora, além de 1h...12 nas entressafras . Acrescenta que o autor, por ser chefe do setor de transportes, dotado de poder... Decisão: , integralmente, o intervalo intrajornada, registrando o gozo de 40 minutos de intervalo nas entressafras ... e de apenas 20 minutos nas safras . Nesse contexto, deferiu ao autor o recebimento das horas extras... dotado de sanitários e toldo para serem feitas as refeições, todavia, nas entressafras esse ônibus não... Decisão: refeição, tanto na safra , quanto na entressafra e para apuração dos dias efetivamente trabalhados... ao agente "calor" nos períodos de safra e que os EPIs fornecidos pela empresa não eram suficientes... normativa para a concessão das pausas previstas na NR-31 do MTE (vide Id. fae96b0 - Pág. 5, safra 2013... Decisão: diários, durante a safra (de maio a dezembro), e de uma hora, durante os períodos de entressafras ... estabelecido o intervalo para refeição de quinze minutos diários, durante a safra . Nesse espeque, há
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Seu micro nas nuvens, softwares online Softwares disponíveis na internet executam as mesmas tarefas de programas armazenados no computador Usar o computador, cada vez mais, é navegar nas nuvens. Quer dizer, está relacionado ao conceito de cloud computing (computação em nuvem), que não passa de um nome pomposo para se referir a hábitos já bem incorporados por internautas como a estudante de enfermagem Paola Schaeffer, 24 anos, de Porto Alegre. Em vez de depender de softwares instalados no disco rígido do seu computador, basta ter um navegador de internet e conexão de banda larga. A idéia é que os dados fiquem armazenados nos servidores que formam uma espécie de nuvem computacional, e possam ser acessados a partir de onde bem entendermos. O principal ganho é mobilidade. Paola não mantém sequer a lista de sites favoritos em seu micro. Vai que precisa acessar um deles a partir do computador de uma amiga? Então, está tudo guardadinho no Delicious (serviço online de sites preferidos). Disco virtual e álbum de fotos na internet também fazem parte da rotina da universitária. Baixar os e-mails no computador? Nem pensar. A jovem usa até editor de texto na web para abrir os documentos que chegam por e-mail. Quando precisa "zipar" (compactar) alguns arquivos ou clarear uma foto, recorre a programas na internet. - Os meus e-mails e meus favoritos estão disponíveis em qualquer lugar. Eu me viro completamente sem precisar ter nada instalado no computador. Acho mais prático acessar tudo pelo navegador - afirma Paola. Para o coordenador do Laboratório de Sistemas Integráveis da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), João Zuffo, esse é o futuro da computação, com os softwares sendo oferecidos gratuitamente na internet, atrelados à publicidade. Foi esse modelo de negócio o responsável pelo sucesso do Google. Mas e se a rede cair, como ocorreu com a pane em São Paulo no início do mês? Paola admite sua webdependência: se não tiver internet, não tem muito o que fazer no computador. Para o coordenador do MBA em Tecnologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Alexandre Campos Silva, hoje somos tão dependentes da internet como da energia elétrica. São serviços essenciais que, quando falham, podem deixar milhares de pessoas sem conseguir trabalhar. Por Vanessa Nunes Mundo online Confira alguns softwares disponíveis na web, de graça, para diversas finalidades: Disco virtual Para quem deseja fazer backup (cópias de segurança) dos seus arquivos, uma alternativa é guardar os dados direto na web, em serviços de discos virtuais, como o ADrive (www.adrive.com), que ainda permitem compartilhar o material com os amigos. Para quem deseja enviar arquivos, há serviços mais específicos, a exemplo do www.yousendit.com. Vídeos Os vídeos são febre na internet. Há portais como Hulu (www.hulu.com), que funcionam como um canal de TV pela web, exibindo filmes e seriados. Já o YouTube (http://br.youtube.com) é o preferido pelos usuários que querem compartilhar seus próprios vídeos na rede. Serviços como www.jumpcut.com (abaixo, no centro) permitem até fazer pequenas edições online. Mensageiros instantâneos É possível agrupar em uma só tela contatos dos mensageiros instantâneos MSN Messenger, GTalk e ICQ, entre outros. Um dos serviços mais conhecidos é o www.meebo.com (abaixo), que funciona diretamente a partir do browser. Fotos É possível não só guardar suas fotos em álbuns virtuais como o www.flickr.com, do Yahoo! (à direita), mas também editar suas imagens diretamente pelo navegador, em serviços como o www.picnik.com. Recentemente, até o popular Photoshop ganhou versão online, emwww.photoshop.com/express. Documentos e planilhas Há aplicações de planilhas, apresentações e documentos que funcionam diretamente pela internet. É possível até mesmo carregar arquivos do computador no formato do Microsoft Office para editá-los online. Os mais populares são o www.google.com/docs (ao lado) e o www.zoho.com. Converter arquivos Até para converter arquivos pode-se recorrer à web, em endereços como www.youconvertit.com/ConvertFiles.aspx (abaixo, à direita). Quem deseja zipar (compactar) vários arquivos pode acessar www.zip-online.net e, para redimensionar o tamanho de fotos, a dica é http://rsizr.com.
Trata-se de um projecto simples e que não é inovador no quadro do direito português, ao mesmo tempo que contribui positivamente para a concretização do objectivo constitucional de criar as condições para atingir a igualdade efectiva dos que trabalham na agricultura com os demais trabalhadores.
Santa Catarina - Em sessão especial, realizada na manhã da última quinta-feira, 28, para tratar sobre a atual situação da segurança pública de Santa Catarina, o deputado estadual, Nilso Berlanda (PR-SC), destacou a preocupação com a segurança no comércio do Estado. Durante reunião, Berlanda fez indagações ao secretário de Segurança Pública de Santa Catarina, Cesar Grubba, sobre quais ações estão sendo tomadas para garantir mais segurança aos comerciantes do Estado. De acordo com relatório apresentado por Grubba, baseado em dados da Secretaria de Segurança Pública, o comércio de Santa Catarina é alvo de roubo. "O relatório aponta que no primeiro trimestre de 2013, foram registrados 321 roubos ao comércio no estado. No mesmo período, em 2014, foram registrados 566 roubos, em 2015, 510 e em 2016, ocorreram 398 roubos ao comércio catarinense", recorda Berlanda. RESPOSTA Diante das indagações feitas por Berlanda, o secretário Grubba afirmou que realmente o efetivo da segurança no estado é insuficiente "mas temos que lutar com as armas que temos, ou seja, com o efetivo que temos. Em relação à segurança no comércio, estamos mapeando os locais com mais incidência de crimes, assim como os horários com mais registros. Com estes dados, poderemos fazer uma escala inteligente de patrulha policial. Também estamos trabalhando forte com o policiamento com motocicletas que facilitam o deslocamento e atendimento das ocorrências", responde Grubba. O comandante geral da Polícia Militar de Santa Catarina, coronel Paulo Henrique Hemm, também esteve na sessão e falou sobre o assunto. "O deputado Berlanda falou da importância do patrulhamento na rua, junto à comunidade e ouvindo o cidadão. Mas, tal postura se torna praticamente inviável diante do número de policiais e ocorrências registradas, mas sabemos da importância da prevenção", salienta Hemm.
Arquivo do mês: março 2014 De Vitor Birner Aprendizado Todos os treinadores com potencial, garra e desejo de vencer evoluem ao longo de suas carreiras. Mudam seus conceitos a respeito de alguma questão tática, aprimoram a metodologia de treinamento, lidam com os problemas de maneira … Continue lendo → De Vitor Birner Palmeiras 0×1 Ituano O Ituano era a zebra menos gorda do paulistinha. Mas não deixava de ser um autêntico espécime do equino africano que vira e mexe apronta nos gramados de futebol. Dono do melhor desempenho defensivo … Continue lendo → De Vitor Birner Santos 3×2 Penapolense A classificação santista poderia ter sido mais fácil se o time não tivesse falhado tanto no 1° tempo. Passes errados, movimentação aquém da necessária, nenhuma inspiração nos dribles e o gol de presente oferecido … Continue lendo → Cortesia do amigo, chargista e ponte-pretano Junião. Bom humor e arte são bem-vindos nos tempos do futebol brasileiro com ódio crescente e de menos amor pelo próprio time. http://www.juniao.com.br/charge-juniao-paulistao-2014/ https://twitter.com/juniaoo https://www.facebook.com/juniaooo?fref=ts De Vitor Birner Palmeiras 2×0 Bragantino Palmeiras cumpriu seu dever de time grande e venceu o Bragantino. A classificação foi tranquila. Até nos momentos em que caiu de rendimento, o Alviverde não correu riscos. O time de Kleina foi superior inclusive … Continue lendo → De Vitor Birner A desclassificação do São Paulo, em casa, diante do Penapolense, aniquila a teoria da entrega do jogo contra o Ituano para eliminar o Corinthians. O time de Muricy, no atual estágio de preparação, ainda oscila bastante e … Continue lendo → De Vitor Birner São Paulo 0×0 Penapolense (4×5 na decisão por pênaltis) O São Paulo passou vergonha nas quartas-de-final do paulistinha. Em casa, diante do time tecnicamente bem inferior, que não venceu nenhum dos últimos 7 jogos (contando este), tinha … Continue lendo → De Vitor Birner Santos 4×0 Ponte Preta O 1° tempo não foi tão fácil para o Santos quanto o resultado pode sugerir. A Ponte Preta adotou posicionamento ousado, ofensivo, quase suicida e o Peixe, sempre jogando em velocidade e na … Continue lendo → De Vitor Birner Voltarei a comentar o paulistinha, na fase final do torneio, aqui, pois o interesse do torcedor e o público nos estádios aumentarão no mata-mata. Não sei se o amigo e amiga que habitualmente leem o blog repararam, mas … Continue lendo → De Vitor Birner O regulamento do paulistinha, sem jogos entre os times do mesmo grupo na fase classificação e com obrigatório confronto de equipes da mesma chance nas quartas-de-final, produziu situações pitorescas e uma inédita. O Santos, líder na classificação … Continue lendo →
A percepção dos idosos acerca da vivência em uma Instituição no município de Timóteo – MG. A população idosa brasileira tem tido papel de destaque em todos os cenários da vida, uma vez que as pesquisas apontam que esse contingente populacional tem crescido significativamente devido a melhoria das condições de saúde e a diminuição das taxas de natalidade e mortalidade. Corroborando tal ideia, segundo o IBGE, estima-se que, a partir de 2025, o Brasil se torne o sexto país em indivíduos na faixa etária de 60 anos ou mais, representando aproximadamente 13% da população (MENDES; GUSMÃO; FARO, 2005). Dada a importância de se discutir as questões relativas à população da terceira idade faz-se necessário pensar sobre o processo de institucionalização de idosos na sociedade contemporânea enquanto fenômeno que vem ganhando grande abrangência social. O presente artigo pretende avaliar como se dá a percepção da vivência dos idosos numa Instituição de Longa Permanência no município de Timóteo – MG. O objetivo da pesquisa consiste em investigar a influência do processo de asilamento na vida desses idosos, bem como pretende conhecer o clima do ambiente institucional, a relação entre funcionários e idosos, e descobrir a causa mais comum que leva à institucionalização dos idosos entrevistados através de algumas observações realizadas inloco e de análise de questionário respondido pelos mesmos e entrevista aberta com os funcionários. A Instituição conta com 33 moradores atualmente, sendo 17 do sexo masculino e 16 do sexo feminino. Há vários tipos de profissionais envolvidos no trabalho da Casa, como uma enfermeira, dois fisioterapeutas, uma técnica em enfermagem e uma assistente social, além de uma economista doméstica, uma orientadora de atividades pedagógicas e um coordenador geral. Quanto aos meios de investigação, a pesquisa caracteriza-se por ser bibliográfica e de campo – pesquisa qualitativa, do tipo exploratória. A pesquisa de campo foi realizada com um grupo de 06 idosos e 03 funcionários e os dados obtidos serão correlacionados com as publicações encontradas na literatura tangente a terceira idade e ao processo de Institucionalização de Longa Permanência. 2. A VIVÊNCIA A PARTIR DA INSTITUCIONALIZAÇÃO O envelhecimento é a condicionalidade da existência, portanto, todos os seres humanos passarão inevitavelmente por tal fase. JORGE e DUARTE exemplificam esse fato de forma sucinta pelo apoio do aspecto biológico que nos constituem: "A transformação biológica no processo do envelhecimento é natural e inevitável, pois todo ser que respira tem o teu tempo devido, o seu relógio natural biológico, que determina por quanto tempo aquela espécie vai viver; logo o envelhecimento é um fato universal, comum a todos os seres de origem animal" (JORGE; DUARTE, 2000). Entretanto, é muito comum a depreciação da fase final da vida, estigmatizada, muitas vezes, como sinônimo de incapacidade e inutilidade. Subjugamos a terceira idade pelos diversos aspectos de suas limitações físicas e cognitivas, por exemplo, mas esquecemos que os idosos são seres humanos dotados de experiência de vida e sabedoria, além de desconsiderarmos a capacidade de certas potencialidades que poderiam ser desenvolvidas por eles mesmos. O homem do século XXI tem buscado na Ciência formas para prolongar a vida; paradoxal é essa ação quando pensamos na discriminação da terceira idade e da resistência do homem em entrar em contato com essa fase, desenvolvendo ao mesmo tempo diversos recursos para viver mais, porém, mais jovem. Essa nova realidade de longevidade humana a qual nos insere faz surgir diversas problemáticas acerca da população que envelhece; um dos pontos que tem merecido destaque e maiores discussões é a questão da institucionalização de idosos por se tratar de um fenômeno social emergente, principalmente no aspecto que tange à liberdade, valorização e ao respeito da subjetividade dos idosos enquanto seres históricos, dotados de vida e potencialidades. O aumento contínuo da população idosa é um fenômeno recente e que tem preocupado a vários segmentos da sociedade pela possibilidade de desencadear novos e complexos problemas sociais e econômicos. Devido a significativa mudança nos parâmetros etários da população, não só brasileira, mas mundial, o asilamento é uma situação contemporânea que tem se tornado pertinente à nossa realidade e se consolidado como tal por uma série de motivos. O idoso desprovido de família nuclear possui maior probabilidade de asilamento; isso está em consonância com o que prevê a Política Nacional de Atenção ao Idoso, expressa na Lei nº 8.842/94 e regulamentada pelo Decreto nº 1.948/96, ao explicitar que a modalidade asilar de assistência social ao idoso ocorre no caso da inexistência do grupo familiar, abandono e carência de recursos financeiros próprios ou da própria família. A partir disso, podemos constatar que o asilamento também um meio de assegurar a promoção da sobrevivência digna aos idosos que não mais possuem família estruturada. Corroborando essa informação, o Estatuto do Idoso prega que os idosos devem ter a garantia da "priorização do atendimento ao idoso por sua própria família, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que não a possuam ou careçam de condições de manutenção da própria sobrevivência". (Lei nº 10.741, 1º de outubro de 2003, art. 3º, inciso V). Destaca-se que para alguns o encaminhamento ao asilo é resultado da ausência de descendentes diretos; para outros, é em virtude da impossibilidade dos filhos de conciliar trabalho e cuidar dos pais que são idosos, principalmente quando estes se encontram doentes e dependentes; para outros, o motivo para residir em uma instituição pode ser por desejo do próprio idoso. A pesquisa realizada com os idosos da Instituição visitada aponta que cinco pessoas estão institucionalizadas porque a família foi responsável por levá-los para a Instituição, enquanto uma pessoa respondeu que reside na Casa por vontade própria, devido as circunstâncias da vida anterior que levava. Tais dados ratificam as fontes pesquisadas, uma vez que existe um consenso na literatura de que a maior causa do asilamento, seja por várias situações envolvidas, está na atitude da própria família. A institucionalização de idosos continua sendo um assunto delicado, visto que sua aceitação como alternativa de suporte social ainda não é consensual, embora seja indiscutível o aumento da demanda por este serviço. (PESTANA; SANTO, 2004) O que é urgentemente necessário discutir é a questão do tratamento oferecido aos idosos nessas instituições, uma vez que a busca por essas consiste na busca por um local mais adequado à saúde do idoso em detrimento do que pode ser oferecido dentro da própria família. Porém, o foco na saúde biopsicossocial não tem sido efetivo nos diversos relatos que escutamos e nas pesquisas realizadas nos asilos. Por exemplo, perguntado aos idosos se eles realizavam algum tipo de atividade dentro da Instituição, dois deles responderam sim – fisioterapia e ginástica – enquanto quatro disseram não realizar nenhum tipo de atividade. O Sr. J. E., 77 anos, comenta: "Por enquanto não. Se aparecer alguma coisa aqui dentro eu faço". Constatamos nesse sentido a carência de atividades que poderiam ser realizadas na Instituição em prol da saúde do idoso, colocando-o sob postura mais ativa, criativa e animadora. Os autores PAVAN, MENEGUEL e JUNGUES (2008) apontam que estas "instituições fundamentam-se no controle e na hierarquia, o tratamento é uniformizado, a rotina é regida por horários preestabelecidos e os idosos perdem o direito de expressar sua subjetividade e seus desejos". A Instituição visitada compactua dessa rotina administrativa, onde existem horários pré-determinados para as refeições diárias, os remédios, o banho, a limpeza, enfim, todas as atividades. Nesse sentido pode-se pensar sobre a limitação da liberdade e privacidade que a institucionalização provoca na vida dos idosos, apesar de todo o grupo pesquisado ter relatado que tudo na Casa era muito bom, que eles gostavam de morar ali, gostavam da alimentação fornecida e que eles não gostariam de ir embora da Instituição. O que se pode inferir sobre a satisfação de morar no local é o fato de não ter fora, nada comparado ao que lhes é oferecido na Casa. Quanto ao tratamento da parte dos funcionários, cinco idosos responderam ser bem tratados e um respondeu com conceito ótimo. Todos eles destacaram serem bem servidos por todos os funcionários. Todos os entrevistados aparentaram ter relações pacíficas com os profissionais da Instituição; alguns até mesmo elogiam os mesmos. Em relação ao clima do ambiente institucional, as pesquisas corroboram as mesmas características de estagnação do tempo encontradas na Instituição visitada. LIMA relata a rotina dessas Instituições claramente: "No dia a dia de várias instituições para idosos residentes, a sensação que se tem é de um lugar onde o tempo estagnou. As horas não passam e existe uma situação de "mesmice" nas diferentes horas do dia: idosos sentados estáticos, muitas vezes um ao lado do outro, sem conversas, ou, quando se ouve alguma voz na maioria das vezes é solitária. Idosos conversam, mas não se ouvem. Uns gritam sem motivo aparente, outros vagam. A sensação é de desistência da vida. Permanece um tempo vazio de "espera" da morte nas instituições" (LIMA, 20[]). A literatura traz diversas pesquisas e estudos relacionados à questão atual das ILPI (Instituições de Longa Permanência para Idosos). Torna-se extremamente relevante discutir a situação da população idosa no contexto asilar, com objetivo de tornar as Instituições acolhedoras mais humanas e promotoras de vida, desvinculando os sentidos negativo e pejorativo inerentes a elas. Para Presser (2005) "lidar com o envelhecimento populacional será, sem dúvida, uma das tarefas mais árduas a serem enfrentadas pela sociedade, talvez um dos maiores desafios do próximo milênio". Questionados sobre o que eles mais gostam de fazer no dia-a-dia, as respostas foram: um gosta de ficar à toa, um gosta de passear e quatro gostam de receber visita. A predominância do gosto de receber visitas evidencia a importância desse contato social externo na vivência do idoso asilado. Essa característica é confirmada pela aparente alegria e satisfação dos idosos entrevistados quando alguém senta perto deles e lhes dirigem atenção, tal qual como na oportunidade de realização da pesquisa. As pesquisas apontam que a família quando leva os idosos para alguma Instituição objetivam o melhor lugar para cuidado dos mesmos. Porém, é comum acontecer a desvinculação desses familiares com os idosos asilados, e é esse desligamento afetuoso que pode causar algumas consequências nocivas na vida dos idosos: "A família vai à busca do melhor local para o idoso morar em termos de estrutura física, cuidados e convívio social com iguais e outras pessoas, pois entendem que por meio de visitas podem manter vínculos familiares e afetivos. Contudo, em alguns casos, depois da adaptação do idoso à instituição, esse vínculo familiar muitas vezes é rompido, ficando, o idoso, sem visitas de filhos ou parentes por tempo significativo. Esse desligamento, que causa muito sofrimento, pode ser um fator desencadeador de deterioração da saúde do idoso, que se vê sozinho, isolado, sem receber visitas e, portanto, sem ninguém no mundo" (PERLINI, LEITE, FURINI, 2007) Um dado interessante obtido através do questionário refere-se sobre a correlação da existência de família fora da Instituição, no qual pelo menos um membro foi considerado como tal, e a questão das visitas por parte dessas famílias. Os seis idosos entrevistados responderam ter família ou pelo menos algum laço consaguíneo mais próximo. Entretanto, quando perguntados se a família lhe visita com freqüência, igualmente os seis responderam não. Pelos relatos, a grande maioria menciona a existência de parentes longe da Iocalização da Instituição, como em outros estados brasileiros, por exemplo. As pesquisas confirmam essa questão: "O estabelecimento da freqüência das visitas é definido, a priori, de acordo com a disponibilidade de tempo e a distância geográfica de cada integrante da família" (PERLINI; LEITE; FURINI, 2007). E quando perguntados do que eles mais sentiam falta do lado de fora, dois responderam sentir mais falta de passear e quatro responderam sentir mais falta dos seus familiares, o que reitera a importância da ligação familiar no contexto do asilamento. Ainda sobre a questão das visitas por parte da família, a assistente social V. A. – 35 anos, ressalta que: "Os familiares não comparecem para visita com freqüência. Normalmente as visitas são muito esporádicas. Quando o idoso chega para morar na Instituição às vezes recebe visita, mas alguns nem no início recebe". Essa desvinculação do laço familiar dentro do ambiente institucionalizado, tal qual como já citado anteriormente, pode levar o idoso a não se adaptar a nova rotina, desenvolver problemas de fundo emocional e sintomatizar essa falta. É comum ver isolamento, angústia e choro por parte dos idosos ao que concerne o desejo de rever os familiares. Um importante ponto a ser discutido consiste na percepção da relação com os idosos a partir da visão dos profissionais. A Enfermeira responsável, V., 29 anos, há dois anos e meio na Instituição, menciona: "Tenho liberdade e conheço todos. Converso na medida da necessidade de cada um. A conversa é mais profissional que pessoal", sugerindo uma relação mais distante dos idosos. Já a fisioterapeuta L. M., 32 anos, ressalta exatamente o contrário no convívio com os idosos: "Minha relação com os idosos é muito boa; interajo com as questões relacionadas com a saúde deles, mas também desenvolvo uma relação de amizade, conversando, brincando. Durante as sessões eles interagem com os profissionais e entre eles também". Ressalta também a importância do trabalho em equipe com o objetivo de aumentar a qualidade de vida de todos. "É necessário foco no indivíduo e não na patologia", destaca a fisioterapeuta. Perguntadas sobre qual o olhar das profissionais em relação à vida que os idosos levam na Instituição, a Enfermeira responde sucinta e firmemente: "A vida é bem organizada. Mas tem horário para tudo, tem que seguir o ritmo da Instituição. Não existem muitas atividades. Eles acabam perdendo noção de horário e data". A fala da entrevistada demonstra a mesma rigidez administrativa na Instituição comprovada pelas pesquisas em contextos similares, o que nos leva a predizer que existem funcionários conscientes do tipo de tratamento oferecido no local e a implicação desse tratamento na adaptação e saúde dos idosos. Sobre a mesma pergunta, a fisioterapeuta L. elogia a assistência aos idosos, caracterizando-a como de boa qualidade. Entretanto, ela aponta como problemas principais: "Aqui o problema é o isolamento e a pobre interação com a comunidade. A localização e o difícil acesso dificultam isto", sugere a entrevistada. RODRIGUES, MENEGÓCIO e PEREIRA expõem sobre como as Instituições deveriam enxergar o idoso a fim de adaptá-lo dignamente ao ambiente que por vezes lhe é imposto, por vezes parte do seu próprio desejo e que por vezes é a única forma de sobrevivência no mundo: "As Instituições de Longa Permanência necessitam se preparar para receber o idoso como ser único, considerar suas experiências e formular as intervenções para o indivíduo encontrar ou resgatar o significado da vida, o valor da existência e aceitar seu processo natural, que passa por diversas etapas. (RODRIGUES; MENEGÓCIO; PEREIRA, 2008). Por fim, é de extrema validade salientar depois de todos os dados obtidos e interpretados à luz das teorias sobre o processo de institucionalização, que a possível transformação dessas Instituições acolhedoras de idosos, para o bem comum do seu público alvo, deve estar primeiramente pautada no respeito da singularidade de cada um dos idosos, considerando-os seres humanos únicos e merecedores de atenção e assistência como qualquer outro. 3. CONCLUSÃO Após a pesquisa realizada em um Instituto de Longa Permanência de Idosos (ILPI) e a revisão bibliográfica sobre o assunto verifica-se necessário pensar o asilamento como um fenômeno social emergente do século XXI sob uma ótica mais humanizada. E como fenômeno, devemos nos atentar para as possíveis consequências produzidas pela institucionalização. É preciso retirar de uma vez por todas o sentido negativo que soa quando nos referimos a asilos, casas de repousos, abrigos institucionalizados. Como política pública, e até mesmo privada, essas instituições devem mudar significativamente os seus perfis; faz-se necessário ajudar os idosos com outros olhos, é preciso valorizar a história de vida do idoso e enxergar nele um ser dotado de muitas experiências, valores, princípios e bagagem social. Ocupar o tempo ocioso demasiado nestas instituições também é um fato que necessita de mudança; em geral, nestas instituições os idosos ficam a mercê do tempo, sem atividades que poderiam beneficiar a adaptação saudável dos mesmos; a infra-estrutura desses locais deve ser melhorada; os cuidadores dos idosos devem ser mais capacitados para essa demanda; é necessário promover rotinas diferentes e colocar os idosos em contato com o mundo, e não retirá-los da sociedade como se não pertencessem a ela. Temos muito que fazer em termos de ações e intervenções, e isso só será possível quando a terceira idade deixar de ser estigmatizada e discriminada, mas compreendida como uma fase final de vida que merece atenção pela grandiosidade de suas experiências e realizações no palco dessa existência. 4. REFERÊNCIAS Estatuto do Idoso – Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003 JORGE, Eliane de Medeiros; DUARTE, Marcelo Silva. Idosos institucionalizados: auto percepção da vivência e a cerca da qualidade de vida dos idosos institucionalizados.Disponível em: Presser. N.H. (2005). Modelo de Configuração Organizacional para uma Instituição de Idosos. Tese de Doutorado. Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós- Graduação em Engenharia de Produção, Florianópolis (SC).
Início Esporte Brasileiro se classifica para final dos 100 metros livres na natação Brasileiro se classifica para final dos 100 metros livres na natação 10 de agosto de 2016 O nadador brasileiro Marcelo Chierighini se classificou hoje (9) para disputar a final da prova mais nobre da natação, os 100 metros livres. Chierighini ficou em quinto lugar na segunda semifinal e se classificou para a final com o oitavo melhor tempo, com 48'23. "Eu não estava preocupado com o tempo final que eu ia fazer. Queria entrar na final", disse Chierighini. "Eu acho que ainda dá para ser melhor. Vou dar meu melhor. Vou com tudo". Chierighini também disse que se surpreendeu com a velocidade com que passou os primeiros 50 metros. Na eliminatória, o brasileiro se classificou em penúltimo para as semifinais. "Nem eu imaginei que eu ia passar assim. Acho que dá pada dosar, sim. Na eliminatória eu passei muito devagar, e agora muito rápido. Tem que ser no meio". A final dos 100 metros livres será disputada amanhã (10) às 23h. Além do nadador brasileiro, estarão na luta por medalhas Nathan Adrian e Caeleb Dressel, dos Estados Unidos, os australianos Kyle Chalmers e Cameron Mcevoy, o canadense Santo Condorelli, o belga PieterTimmers e o britânico Duncan Scott. A prova dos 100 livres é disputado desde os Jogos de Atenas, em 1896. Desde então, a prova nunca esteve fora do programa e completará, nos Jogos do Rio 2016, 120 anos de tradição olímpica.
08/11/2016 - Terça-feira de sol entre muitas nuvens e chuva rápida em alguns momentos. Temperatura mínima de 21 °C e temperatura máxima de 29 °C. Em Vitória, mínima de 21 °C e máxima de 29 °C. 09/11/2016 - A quarta-feira ainda tem variação de nebulosidade sobre a região, mas a previsão é de chuva passageira apenas em alguns trechos. O vento pode soprar com até moderada intensidade no litoral. Temperatura mínima de 22 °C e temperatura máxima de 30 °C. Em Vitória, mínima de 22 °C e máxima de 30 °C. 10/11/2016 - Na quinta-feira o sol aparece mais vezes e não há expectativa de chuva para a maior parte da região. Pode chover rapidamente nas proximidades de Fundão. O vento sopra moderadamente no litoral, sendo que algumas rajadas podem ser fortes. Temperatura mínima de 23 °C e temperatura máxima de 32 °C. Em Vitória, mínima de 23 °C e máxima de 32 °C. Tendência para 11/11 e 12/11/2016 - Sexta-feira de sol e poucas nuvens, sem previsão de chuva. Vento de até moderada intensidade no litoral. O sábado tem poucas aberturas de sol. Ocorrem pancadas de chuva com trovoadas, a partir da tarde. As temperaturas devem variar entre 22 °C e 33 °C. Em Vitória, mínima de 22 °C e máxima de 33 °C.
ANUNCIAD quarta-feira, 12 de junho de 2013 As primeiras grandes jazidas de ouro foram encontradas no interior da colônia somente no final do século XVII. A partir da descoberta do ouro de aluvião no vale do rio das Mortes e no vale do rio Doce, entre 1693 e 1695, a região passou a ser chamada de Minas Gerais. A notícia do ouro espalhou-se rapidamente, provocando uma corrida de pessoas à região. Além dos que viviam nas outras capitanias, o ouro atraiu os reinós, como eram chamados os que nasciam no reino de Portugal. A partir do começo do século XVIII, de três a quatro mil reinós partiam todos os anos em direção às minas. Era muita gente saindo de um país pequeno e pouco populoso como Portugal. Por isso, em 1720, o governo português restringiu a emigração para o Brasil. Só podia emigrar quem tivesse autorização dada por meio de um passaporte parecido com o que as pessoas usam hoje em dia para viajar para o exterior. A ambição de enriquecer explorando o ouro era tanta que muita gente não media esforços para chegar até as minas. Para lá se dirigiam muitos brancos, mestiços, indígenas e negros (os dois últimos forçados), homens e mulheres, idosos e jovens, pobres e ricos, nobres e pessoas do povo. Pintura de Carlos Julião retratando a mineração de diamantes em Minas Gerais no ano de 1720 A população de Minas Gerais aumentou durante todo o século XVIII. Em 1796, havia mais de 390 mil habitantes naquela capitania, correspondendo a cerca de 15% da população total da América portuguesa. A GUERRA DOS EMBOABAS Os bandeirantes paulistas descobriram o ouro em Minas Gerais e por isso queriam o direito de explorá-lo com exclusividade. Só que muitos reinós e colonos de outras capitanias também cobiçavam as riquezas. Em contraste com a riqueza concentrada nas mãos dos que encontravam ouro, havia miséria e fome entre muitos que o procuravam. Desde o final do século XVII, crises de abastecimento marcavam a região mineradora. Todos os que migravam para lá iam em busca do ouro, mas quase ninguém cuidava do transporte de produtos para o consumo. A tensão cresceu quando os portugueses passaram a controlar o abastecimento da região. O conflito mais violento entre paulistas e portugueses ficou conhecido como a Guerra dos Emboabas (1707-1709). Pintura retratando a Guerra dos Emboabas Os paulistas chamavam os portugueses de emboabas, palavra de origem tupi que significa "aves de pés cobertos", em referência às botas que os reinós usavam. Os mamelucos que compunham as expedições saídas de São Paulo andavam descalços. Os paulistas também usavam o termo emboabas para designar os forasteiros. O principal líder dos paulistas na região das minas era Manuel Borba Gato, enquanto os emboabas eram chefiados por Manuel Nunes Viana, rico pecuarista do vale do São Francisco. Foi Viana quem comandou as tropas na luta contra os paulistas, vencendo-os em Sabará e em Cachoeira do Campo. Estátua de Manuel da Borba Gato, de Nicola Rollo Em 1709, muitos paulistas foram mortos por cerca de mil emboabas, comandados por Bento do Amaral Coutinho, às margens do rio das Mortes. Até aquele momento, a presença do governo português na região era reduzida. Porém, para acabar com o conflito e garantir a posse sobre as riquezas locais, a Coroa interveio com mais rigor. O rei Dom João V elevou à vila de São Paulo à categoria de cidade e criou a capitania de São Paulo e Minas do Ouro, desmembrada do Rio de Janeiro. Em 1720, foram criadas duas capitanias separadas: São Paulo e Minas Gerais. Ouro Preto - na época do ciclo da mineração era conhecida como Vila Rica NOVAS DESCOBERTAS A Guerra dos Emboabas foi desfavorável aos paulistas e os levou a procurar metais preciosos em outras áreas. Eles acabaram descobrindo ouro nos atuais estados de Mato Grosso e Goiás, que na época faziam parte da capitania de São Paulo. Em 1719, paulistas liderados por Pascoal Moreira Cabral, que haviam partido em busca de indígenas para escravizar, descobriram jazidas de ouro em área próxima à atual Cuiabá. Apesar da resistência dos coxiponés que ali viviam, a conquista e a exploração do ouro prosseguiram. A Vila Real de Cuiabá foi fundada no mesmo ano e, em 1722, outras jazidas foram descobertas por Miguel Sutil. A corrida do ouro também atraiu muita gente àquela região. Cuiabá - MT. Cidade que surgiu graças ao ciclo do ouro Anos depois, Bartolomeu Bueno da Silva (filho de outro paulista com o mesmo nome) encontrou ouro em Goiás (1725) e fundou a primeira povoação branca da região: o Arraial da Barra, em 1726. Além das riquezas geradas pela mineração, outro objetivo da Coroa portuguesa à época era ocupar uma região estrategicamente importante. Isso ocorreu por que as capitanias de Goiás e Mato Grosso estavam próximas às minas de prata exploradas pelos espanhóis nos atuais territórios da Bolívia e do Peru, e sua criação permitiu a posterior posse ocupação da Amazônia. Cidade de Goiás ou Goiás Velho - GO. Originou-se a partir da exploração do ouro. CONTROLE E EXPLORAÇÃO DAS MINAS O ouro descoberto na colônia pertencia ao governo de Portugal, que concedia lotes (também chamados de datas) aos que tivessem condições de explorá-los. O trabalho era feito por escravos, em locais denominados de lavras. Com isso, o comércio de escravos africanos aumentou bastante, para abastecer os mineradores. Percebendo no ouro uma possibilidade de reerguer sua economia que enfrentava sérios problemas desde a Restauração (golpe de Estado, ocorrido em primeiro de dezembro de 1640, contra a tentativa de anulação da independência do Reino de Portugal pela governação da Dinastia Filipina Castelhana), o governo português organizou esquemas rígidos para controlar a região das minas. Fazia parte deste controle a cobrança de impostos sobre o ouro extraído. Estas formas de cobrança passaram por modificações ao longo do século XVIII. O fato de grande parte da Oceania estar localizada na região tropical da Terra coloca boa parte desse continente sob o domínio de climas quentes, como o tropical, o equatorial e até mesmo o desértico. Apenas a Nova Zelândia e a região sudeste da Austrália apresentam clima temperado. Na Austrália, cerca de 50% do território é dominado pelos climas desértico e semiárido. Somente a faixa litorânea norte e nordeste do país apresentam clima mais úmido, com média de 1.000 mm de chuva ao longo do ano. Mapa das zonas climáticas da Austrália Em razão da presença da Cordilheira Australiana na porção leste do país, os ventos úmidos vindos do oceano Pacífico são barrados, acarretando chuvas orográficas na região. Os ventos que ultrapassam essa barreira natural e atingem o interior do país encontram-se secos, contribuindo, assim, para a baixa pluviosidade no interior do país. Cordilheira Australiana A vegetação na Oceania, varia conforme os tipos de climas. Na região nordeste da Austrália, onde a pluviosidade é maior, desenvolvem-se as florestas tropicais, no entanto, conforme as chuvas diminuem em direção ao interior do país, gradativamente, a vegetação torna-se menos densa e de menor porte, como as savanas e por fim o deserto. CLIMA EQUATORIAL O clima equatorial ocorre em grande parte das ilhas que compõem a Oceania sendo caracterizado por elevadas temperaturas durante todo o ano, geralmente superiores a 25 ºC. As intensas precipitações ao longo do ano, com índices que variam de 2 mil a 3 mil milímetros anuais, propiciam o desenvolvimento da floresta equatorial, marcada pela grande diversidade de espécies vegetais. Floresta equatorial em Tonga CLIMA TROPICAL Ocorre na região norte e nordeste da Austrália, apresentando temperaturas elevadas durante todo o ano (médias entre 22 ºC e 25 ºC) e verões chuvosos e invernos secos. As chuvas ao longo do ano apresentam índices pluviométricos em torno de 500 a 1.500 mm. No litoral nordeste encontra-se as florestas tropicais, composta de uma vegetação bastante densa. Já na região norte, a vegetação que se desenvolve é a savana, composta de árvores, arbustos e gramíneas. Floresta tropical na Austrália CLIMA TEMPERADO Na região sudeste da Austrália e por todo o território da Nova Zelândia atua o clima temperado. Em razão da forte influência das massas de águas oceânicas, que não permitem grandes amplitudes térmicas, esse clima apresenta verões frescos e invernos pouco rigorosos. A temperatura média é de 15 ºC e as precipitações, que são regulares ao longo do ano, ficam entre 500 mm e 1.000 mm anuais. A vegetação que se desenvolve nessas áreas são as florestas temperadas, compostas principalmente de caducifólias. Floresta temperada na Nova Zelândia CLIMA SEMIÁRIDO Ocorre em uma larga faixa que margeia as áreas de deserto na região central da Austrália. As áreas onde predomina o clima semiárido apresentam temperatura elevada durante todo o ano e as chuvas mostram-se irregulares e concentradas em alguns períodos do ano (cerca de 250 mm a 500 mm anuais). As plantas que se desenvolvem nestas áreas são as estepes, vegetação composta basicamente de arbustos e gramíneas. Estepes na Austrália CLIMA DESÉRTICO Com baixíssimos índices pluviométricos (abaixo dos 250 mm anuais) e elevadas temperaturas durante todo o ano, o clima desértico predomina na região central da Austrália, como os desertos de Vitória e de Simpson. A vegetação das áreas de deserto são adaptadas às elevadas temperaturas e formadas sobretudo por plantas rasteiras e cactos. sábado, 8 de junho de 2013 Diante do quadro crítico da década de 1820, repleto de tensões políticas e problemas econômicos, em razão do processo de independência e de construção de nosso Estado nacional, a autoridade e mesmo a popularidade de D. Pedro I foram enfraquecidas. No fim dessa década, a divisão política no campo governista tornou-se mais evidente. Os brasileiros reuniram-se no grupo liberal, e os portugueses juntaram-se aos conservadores. Gradativamente, os liberais afastaram-se do imperador, o que fortaleceu a posição dos portugueses/conservadores junto ao governo. Exército do Imperador enfrentando a Confederação do Equador em 1824 Um fato que reforçou essa postura foi a luta pela sucessão do trono português em razão da morte de D. João VI, em 1826, o que possibilitaria a ascensão de D. Pedro I como rei de Portugal. Ele preferiu abdicar em favor de sua filha Maria da Glória, menor de idade, afastando os temores dos brasileiros de um possível restabelecimento de laços políticos entre os dois países. Seu irmão, D. Miguel, em 1828 deu um golpe e proclamou-se rei de Portugal, desencadeando uma verdadeira guerra sucessória. D. Pedro envolveu-se na disputa e gastou nela volumosas verbas do tesouro nacional brasileiro. Ao mesmo tempo, tentando fortalecer-se internamente, buscou mais apoio entre os membros do "partido português". Todos esses fatos fizeram crescer o sentimento antilusitano em setores do governo e sobretudo na imprensa. Maria da Glória em 1826 No início da década de 1830, o desgaste político do Imperador tornou-se irreversível. O assassinato do jornalista oposicionista Líbero Badaró, no dia 20 de novembro de 1830 e os confrontos entre portugueses e brasileiros contribuíram para o agravamento da situação, que culminaria nas ruas do Rio de Janeiro com a Noite das Garrafadas, quando os conflitos se tornaram abertos. A Noite das Garrafadas foi um episódio que envolvia os portugueses que apoiavam D. Pedro I, e os brasileiros que faziam oposição ao imperador. Em fevereiro de 1831, D. Pedro I viaja para Minas Gerais, sendo hostilizado pelo povo mineiro. No dia 11 de março ele retorna ao Rio de Janeiro, onde volta a encontrar oposição aberta nas ruas da cidade. O conflito culminou no dia 13, quando os portugueses organizavam uma grande festa para recepcionar o governante, mas os brasileiros revoltosos atacaram com pedras e garrafas. Esse episódio teve uma importância primordial na crise política, pois levaria D. Pedro a tomar medidas que iriam mudar a história do Brasil. Paço Imperial por volta de 1820. Aqui aconteceu a Noite das Garrafadas D. Pedro I tentou ainda resolver os problemas nomeando um novo ministério, mas não obteve sucesso. Rapidamente, estabeleceu-se uma crise de governo, com alguns militares aderindo às insatisfações populares. O insustentável quadro político impôs a abdicação de D. Pedro I em 7 de abril de 1831. O imperador deixou o trono para seu filho Pedro de Alcântara, então com 5 anos de idade, e partiu para a Europa a fim de recuperar o trono português, ocupado por seu irmão. D. Pedro I entrega ao Major Frias a carta de abdicação do trono brasileiro O fim do Primeiro Reinado significou o término da primeira etapa de constituição do Estado nacional. Os conflitos diretos entre brasileiros e portugueses, a velha e a nova burocracia, etc., desapareceram parcialmente, dando lugar a outros tipos de confrontos. Durante as Regências, as crises sociais e políticas permaneceram, e algumas delas tornaram-se ainda mais radicais, demonstrando que a independência política não era suficiente para construir uma nação, organizar a sociedade e pôr fim aos conflitos de interesses existentes. sexta-feira, 7 de junho de 2013 Sempre houve pobreza - tanto absoluta como, principalmente, relativa - na história da humanidade, e as suas causas são muito variadas. Elas variam tanto no tempo (época) como no espaço (lugar). No passado, muitas vezes, ela existia em decorrência da falta de conhecimento e da precariedade tecnológica, que resultavam numa baixa produtividade na agricultura, a principal atividade da humanidade, especialmente dos povos mais pobres, na época. A pobreza também podia ser eventualmente o resultado do meio ambiente ou de catástrofes naturais: clima muito frio (com os solos congelados) ou muito árido (com carência de água), que impossibilitam ou dificultam a agricultura, desastres naturais (terremotos, inundações, pragas que arruínam os cultivos, etc.) ou epidemias de doenças como malária ou a peste, por exemplo. Estimativas do Relatório de Perspectivas da População Mundial das Nações Unidas (2005-2010) sobre a esperança de vida a partir do nascimento (anos) Mais que 80 67,5-70,0 45,0-50,0 77,5-80,0 65,0-67,5 Menos de 45 75,0-77,5 60,0-65,5 Sem dados 72,5-75,0 55,0-60,0 70,0-72,5 50,0-55,0 Também as frequentes guerras e conflitos armados que sempre ocorreram na história da humanidade como regra geral aumentam a fome e a pobreza de amplas camadas da população, pois eliminam pessoas em idade de trabalhar e destroem edificações (armazéns, pontes, manufaturas, residências) e campos de cultivo. A submissão de um povo, que sofre o domínio colonial por parte de um Estado mais poderoso, quase sempre vem acompanhada pela pobreza de enormes camadas da população, pois as riquezas produzidas na colônia (minérios, ouro ou prata, diamantes, carvão ou petróleo, produtos agrícolas etc.) são destinadas ao abastecimento da metrópole, e não à população local. Distribuição do PIB per capita no mundo Nos dias atuais, em pleno século XXI, teoricamente não haveria muitos motivos para existir fome e pobreza extrema. Diferentemente do passado, hoje predomina um diálogo entre os governos na tentativa de evitar guerras; temos atualmente amplos conhecimentos, ao alcance de todos os povos, sobre como aumentar a produtividade do trabalho e da terra, ou sobre como cultivar em solos que antes eram considerados improdutivos; existe uma ampla rede internacional de ajuda às nações atingidas por catástrofes naturais ou por conflitos armados; a imensa maioria dos Estados nacionais, e também as organizações internacionais, já não aceitam a dominação colonial sobre uma nação; e há também um programa da ONU de combate à pobreza e à fome no mundo. Mas tanto a fome como a pobreza - não apenas relativa, mas até mesmo extrema ou absoluta - ainda existem por vários motivos. Um desses motivos é a geração de empregos, que acontece num ritmo menor que o do crescimento demográfico, ou uma crise econômica, que fecha inúmeras empresas, aumentando a taxa de desemprego entre a população. As pessoas desempregadas, mais cedo ou mais tarde, vão engrossar as estatísticas da pobreza. Fila de pessoas desempregadas Outro fator é a má distribuição de renda. Vários estudos mostram que existe uma correlação entre maior concentração na distribuição social da renda e pobreza. Os países onde há maior pobreza geralmente são também países com grandes desigualdades sociais, onde, ao lado de milhões de pobres, sempre existem minorias extremamente ricas. O recente aumento da pobreza relativa nos Estados Unidos fornece um exemplo dessa relação entre desigualdade e pobreza. Estatísticas oficiais daquele país, apontavam a existência de 32,5 milhões de pobres em 2000 e 43,6 milhões em 2010. Isso foi em parte - além da estagnação econômica e do aumento no desemprego - resultado de políticas do governo George W. Bush (2001-2009), que concentraram a renda nacional: houve diminuição dos impostos pagos pelos mais ricos (e pelas grandes empresas), ao lado da permanência dos impostos pagos pelo restante da população, além de ter ocorrido um corte dos investimentos na área social. Diferenças na igualdade de renda nacional em todo o mundo, medidas pelo Coeficiente Gini nacional Também países como Brasil ou México, ambos com renda per capita em torno de 10 mil dólares, só possuem amplas camadas da população vivendo em situação de pobreza (não apenas relativa, mas às vezes até extrema) por causa principalmente da péssima distribuição social da renda nacional. Outros fatores que ocasionam a pobreza são a corrupção, a falta de oportunidades para alguns, como a exclusão de amplas camadas da população, que não têm acesso à escolaridade, à saúde, a um trabalho bem remunerado ou a um meio ambiente sadio. O que mede a desigualdade de um país é o Coeficiente Gini, que é uma medida de desigualdade desenvolvida pelo estatístico italiano Corrado Gini, e publicada no documento "Variabilitá e mutabilitá" ("Variabilidade e mutabilidade" em italiano), em 1912. É comumente utilizada para calcular a desigualdade de distribuição de renda. Consiste em um número de 0 a 1, onde 0 corresponde à completa igualdade de renda e 1 corresponde à completa desigualdade. terça-feira, 4 de junho de 2013 Ao longo de décadas, megapropriedades serviam mais como reserva de valor e/ou para afirmação do poder político e econômico do que para garantir produção e produtividade, não cumprindo a sua função social. Em 1964, foi promulgada a Lei n. 4.504/64, conhecida como Estatuto da Terra, que buscava reforçar o cumprimento desse princípio. Além disso, houve "desinteresse" durante décadas em se utilizar as terras devolutas da União para proceder às famílias sem terra. Por mais de um século, os dirigentes de nossa nação não foram capazes de dar uma solução razoável a uma questão explosiva. Outros países, como foi o caso dos Estados Unidos, a maior potência econômica do planeta, equacionaram a questão logo no início do século XIX, antes mesmo do início do seu processo de industrialização. A enorme área no meio-norte, compreendendo os melhores solos, conhecidas como "corn belt" (Cinturão do Milho), teve uma ocupação baseada numa estruturação fundiária planejada. Glebas com menos de 150 acres foram vendidas a preços pouco mais que simbólicos, ao longo de uma grande faixa de terras desde o estado de Michigan até o de Arkansas. Os estados e os municípios participaram do programa de assentamento. A cada 5 quilômetros, construíram-se uma escola e uma igreja. Assim, todos tinham acesso a essas duas atividades básicas de sua cultura, sem grande esforço de deslocamento. Mais tarde as glebas foram aumentando de tamanho até chegar ao tamanho médio atual da ordem de 400 hectares, tendendo para a faixa de 500 a 700 hectares, que é o módulo mais adequado para lavouras de grãos com os equipamentos modernos. Mapa agrícola dos Estados Unidos No Brasil, além de vedar o acesso a tanta terra disponível, foram criadas dificuldades adicionais. Uma delas foi a institucionalização da figura do "coronel", com poderes de polícia em jurisdição definida, substituindo a presença do Estado, que se declarava incapaz de prestar esse indispensável serviço de natureza pública pelo interior do país. Isso fez com que criasse um quase senhor feudal, com direito a força militar e a faculdade de praticar o arbítrio. Essa peça na estrutura político-administrativa serviu também para garantir a intocabilidade dos latifúndios. Latifúndio Outros resquícios de formas atrasadas de organizar o sistema produtivo ainda está vigente no país: a "meiação" pela qual troca-se o direito de plantio pelo pagamento de parcela da produção; e a concessão do "direito" de plantar em troca de pagamento com serviço nas terras do proprietário (na Idade Média, isso era chamado de "corveia"). Ainda hoje, assiste-se a práticas "generosas" de grandes proprietários em áreas de expansão de fronteira. Cedem parcelas de mata virgem às famílias para que desmatem, à mão, com técnicas rudimentares à base de machado e fogo, plantem arroz, milho ou feijão e devolvam a gleba com pastagem formada. Em seguida, oferecem uma nova área para desmatamento. Milhares de famílias estão aceitando essa parceria, por falta de alternativa de vida. Agricultura itinerante - uso da queimada para desmatar uma área para o posterior plantio A administração da posse e do uso da terra era uma questão de poder político, além de econômico. A relação social de produção manteve as conveniências do poder estabelecido até a fase da chamada "República Velha". Contudo, a economia de mercado não convive com formas pré-capitalistas de produção. Um desses exemplos é o Japão. Os Estados Unidos, após derrotarem aquele país na Segunda Guerra Mundial, implantaram a reforma agrária como uma das primeiras medidas de política econômica para modernizar a economia nipônica. segunda-feira, 3 de junho de 2013 O número de pessoas pobres nos Estados Unidos vem crescendo nos últimos anos. Em 2010, esse número atingia cerca de 43,6 milhões de pessoas, correspondendo a aproximadamente 15% da população. São consideradas pobres nos Estados Unidos as famílias de quatro pessoas com renda anual igual ou inferior a 22,31 mil dólares. A pobreza é maior entre os hispânicos e os afrodescendentes, dos quais cerca de 27% vivem abaixo do limite de pobreza. Essa situação se reflete na expectativa de vida da população negra, que é de 71 anos, enquanto a dos brancos é de 80 anos. No caso das crianças negras, a taxa de pobreza é bem mais elevada - chega a 39%, sendo três vezes maior que a verificada entre as crianças brancas, nas quais atingem cerca de 12%. Mendigo nas ruas de Nova York Um dado preocupante revelado pelo censo de 2010 foi o número de pessoas sem seguro-saúde: 50 milhões. Em 2010, cerca de 14 milhões de norte-americanos estavam desempregados. Isso representava uma taxa de desemprego de 9,1%. Alguns analistas entendem que mesmo uma recuperação econômica não traria uma queda acentuada desse índice, uma vez que atribuem o desemprego também ao fato de muitas empresas de setores que empregam bastante terem migrado para países onde a mão de obra é mais barata, como a China. Daí a necessidade de requalificar intensivamente a mão de obra desempregada, já que os setores que têm crescido nos Estados Unidos são aqueles que exigem maior qualificação. Fila de desempregados nos Estados Unidos Outro grave problema da sociedade norte-americana é o racismo, que atinge os imigrantes (hispânicos e asiáticos) e principalmente os afrodescendentes. Segundo o FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, em cada dez crimes, três são motivados por racismo contra esses grupos. Nos estados do sul, onde, no período colonial, a economia se baseava na monocultura do algodão, foi utilizada intensamente a mão de obra de africanos escravizados. Nesses estados, o racismo manifestou-se com mais intensidade. Mexicanos tentando entrar ilegalmente nos Estados Unidos Até o início dos anos 1960, em três estados do sul - Alabama, Mississípi e Carolina do Sul - havia discriminação racial até mesmo na educação: escolas para afrodescendentes e escolas para brancos. Apesar da discriminação racial ser considerada crime nos Estados Unidos desde 1964, a segregação ainda persiste. A eleição de Barack Obama, primeiro presidente afrodescendente dos Estados Unidos, representou um marco na sociedade norte-americana, e ao mesmo tempo vem demonstrar que a luta dos afrodescendentes por melhores condições de vida e uma participação mais ativa na sociedade vão surtindo efeitos bastante positivos. domingo, 2 de junho de 2013 A Turquia descende de um importante império do passado. Trata-se do Império Otomano, cujo núcleo se concentrava nos limites territoriais turcos atuais. Depois da Primeira Guerra mundial, o Império Otomano perdeu sua influência, o que repercutiu internamente. Em 1923 foi criada a República da Turquia, que pregava um estado laico, diferentemente da tradição islâmica otomana, na qual os líderes políticos eram escolhidos por razões religiosas e de consanguinidade. Império Otomano Com um território de 783.562 km² (sendo o 36° maior país em território do mundo) e uma população de 78.785.548 habitantes (sendo o 17° país mais populoso do mundo). A densidade demográfica da Turquia é de 100, 54 hab./km², sendo o 75° mais povoado do mundo. A Turquia está em uma posição estratégica, pois permite a ligação terrestre entre a Europa e o Oriente Médio por meio de pontes sobre o estreito de Bósforo. Além das pontes, está prevista para esse ano (2013), uma linha férrea subterrânea, que vai aumentar ainda mais a capacidade de transporte de carga entre a Europa e o Oriente Médio. Parte do Estreito de Bósforo Istambul, maior cidade do país, com mais de 13 milhões de habitantes na área metropolitana, é dividida pelo Estreito de Bósforo. Parte de seu território está localizada na Europa e parte na Ásia, o que dá à cidade um caráter muito particular. Ancara é a capital da Turquia, com mais de 4,5 milhões de habitantes. Assim como Istambul, apresenta atividades industriais, culturais e econômicas, mas em menor quantidade que Istambul, que constitui o polo econômico e cultural do país. A terceira maior cidade do país é Esmirna, onde em 2012 sua população era de 3.366.947 habitantes. Cidadela de Ancara - construída entre os século VII e IX pelos Bizantinos Com relação às exportações, a Turquia se apresenta tipicamente como um país emergente, conseguindo vender alguns produtos industrializados, mas o maior volume de exportações é de recursos naturais. A pauta de exportação turca é bastante diversificada, o que constitui uma vantagem para o país, pois se algum produto tem seu preço diminuído, outro pode compensar com um eventual aumento do valor. O país destaca-se com a exportação de aço e de frutas. Paisagem peculiar da Capadócia, onde serviu de cenas para a novela Salve Jorge Outro produto que merece destaque é o ouro, que chegava a 3% do total exportado. Mas o principal produto vendido foram os veículos de passeio, com 5,5% das exportações turcas, representando 1,2% do total comercializado entre países no mundo. A Turquia também se destaca com o comércio de roupas femininas, com 2,3% do total exportado pelo país no ano passado. De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), em 2011, o PIB do país era de 778,089 bilhões de dólares, possuindo o 18° maior PIB entre os Estados analisados. O PIB per capita do país é de 10.522 dólares, possuindo o 62° maior PIB per capita do mundo. Esmirna - terceira maior cidade da Turquia De acordo com o Relatório de Desenvolvimento Humano de 2010, a expectativa de vida ao nascer na Turquia era de 72,96, ocupando a 91ª colocação no ranking mundial nesse quesito. Quanto à taxa de alfabetização, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento 2007/2008, essa taxa era de 88,7%, ocupando o país a colocação 101° no ranking mundial. Nesse levantamento a média de anos de estudo era de 6,5 anos, menos que o necessário para concluir o Ensino Fundamental, que em geral é de 8 anos. Apenas 27,1% das mulheres haviam concluído o Ensino Médio, enquanto entre os homens esse indicador chegava a 46,8%. A presença feminina na política era de 9,1% no Parlamento. Istambul - maior cidade da Turquia Uma das dificuldades que o governo turco enfrenta internamente é o movimento separatista dos curdos. Os curdos, estimados em mais de 30 milhões de pessoas, lutam pela reconstrução de seu país, o Curdistão, que no passado situava-se em terras que hoje pertencem a Armênia, Azerbaijão, Geórgia, Irã, Iraque, Síria e Turquia. Na Turquia está a maior concentração de curdos, cerca de 15 milhões de pessoas. Os curdos são a maior nação sem território do mundo. Na Turquia, os curdos conseguiram algumas vitórias, como o ensino do curdo como língua opcional, ainda que o turco seja obrigatório para todos. Também foram autorizadas a produção e a veiculação de jornais, rádios e programas de TV falados em curdo. Em rosa área habitada pelos curdos A Turquia aumentou seu poder regionalmente, mas a economia ainda depende da venda de recursos naturais, apesar de o país exportar carros e roupas em grande escala. Recentemente, uma série de eventos promoveu a aproximação do país com o Brasil. Em 2011, durante uma visita da presidente Dilma Rousseff à Turquia, foi emitida uma declaração conjunta que reafirmou um compromisso assumido no ano anterior de maior cooperação entre os dois países. Entre os setores que devem ser estimulados estão o de geração de energia, para exploração de petróleo no Mar Negro; o desenvolvimento científico e tecnológico dos dois países; e o aprimoramento dos sistemas educacionais. Consta também desse compromisso o apoio do Brasil para que a Turquia seja membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU, e da Turquia para que o Brasil se torne um membro permanente desse Conselho. Brasil e Turquia são países que estão passando por mudanças internas que se refletem externamente. Os dois aumentaram sua atividade econômica, o que permitiu melhorar as condições de vida de suas populações. Apesar das diferenças culturais, ambos almejam ampliar sua influência nas decisões mundiais. Dilma cumprimenta o presidente turco Abdullah Gül em 2011 Apesar da Turquia ser um Estado secular sem religião oficial, a religião predominante da Turquia é o islamismo, com 96,1% de seguidores; 0,9% da população são Ateus; 2,3% são Agnósticos (visão de que o valor de verdade de certas reivindicações, especialmente afirmações sobre a existência ou não existência de qualquer divindade, mas também de outras reivindicações religiosas e metafísicas); 0,6% são Cristãos e 0,1% professam outras religiões. sábado, 1 de junho de 2013 A superfície terrestre não recebe toda a energia enviada pelo Sol. Apenas parte dela (43%) chega até a superfície, que a retém por certo tempo sob a forma de calor, liberando-a depois para a atmosfera. A atmosfera é aquecida, em parte, pela radiação proveniente do Sol e pela radiação devolvida pela superfície (do solo para a atmosfera). Por isso, o aquecimento da atmosfera ocorre de forma direta e indireta. Esse aquecimento provoca um aumento na agitação das partículas dos gases que compõem a atmosfera. O estado de agitação das partículas é medido pela temperatura. Esquema da radiação solar As temperaturas são registradas pelos termômetros ou termógrafos, e seus valores, expressos em graus. No Brasil, esses valores são comumente divulgados em graus Celsius, cujo símbolo é °C. As temperaturas sofrem variações de um lugar para outro principalmente por causa das diferenças de latitude (distância ou proximidade do Equador), da altitude e do aquecimento desigual das terras e das águas. Mapa da temperatura média anual no planeta VARIAÇÕES DAS TEMPERATURAS CONFORME A LATITUDE Tendo por base a linha do Equador, conforme se distancia dessa linha, a latitude vai aumentando e as temperaturas vão diminuindo. Isso acontece porque, em razão da forma geoide da Terra, os raios solares atingem a superfície terrestre de forma diferenciada. À área próxima da linha do Equador, atingida mais diretamente, recebe maior quantidade de calor. À medida que se caminha em direção aos círculos polares, o aquecimento vai se tornando menor. Por causa da curvatura da Terra, essas regiões recebem os raios solares de maneira inclinada. Incidência dos raios solares no planeta Terrra A INFLUÊNCIA DA ALTITUDE SOBRE AS TEMPERATURAS A altitude é outro fator que provoca alteração nas temperaturas. A temperatura diminui com o aumento da altitude. A cada 200 metros, a temperatura diminui em média 1°C. É por isso que lugares situados na zona intertropical da Terra, mas com altitudes superiores a cinco mil metros, permanecem cobertos de neve. Isso ocorre porque à medida que a altitude vai aumentando, diminui a circulação de gases e, consequentemente, a temperatura. A altitude também influencia na vegetação e na precipitação. Efeito da altitude na vegetação e na temperatura AQUECIMENTO DESIGUAL DAS TERRAS E DAS ÁGUAS Outro fator que condiciona a alteração das temperaturas na superfície terrestre é a desigualdade no aquecimento das terras e das águas. Os continentes se aquecem mais rapidamente que os oceanos. Quando os continentes já estão liberando o calor recebido, os oceanos ainda estão se aquecendo, para depois liberar, por meio da irradiação, o calor recebido. Por causa dessa diferença de aquecimento entre as terras e as águas, ocorrem constantes trocas de ar quente e ar frio entre os continentes e os oceanos. Em razão desse fenômeno de troca de calor entre terras e águas, as regiões litorâneas apresentam menores variações de temperatura do que as regiões do interior dos continentes.
21 DE JUNHO DE 2012 19 O Sr. Presidente (António Filipe): — Srs. Deputados, não havendo mais inscrições para esta fase de debate, passamos à fase de encerramento. Para encerrar o debate, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Montenegro. O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Na perspetiva do Partido Social Democrata, a elevada importância de que se reveste a matéria que aqui estamos a discutir para a economia portuguesa justificou plenamente este debate potestativo sobre a reforma do licenciamento industrial. Em jeito de balanço sobre o que aqui foi dito e ouvido, gostaria de deixar duas ou três notas que julgo serem relevantes. A primeira nota é que, apesar das vozes que diariamente se levantam reclamando do Governo uma agenda para o crescimento e para o emprego, que dizem muitas vezes ser inexistente, a economia portuguesa está efetivamente a mexer. As medidas necessárias à sua revitalização estão a ser corajosamente criadas e implementadas e alguns resultados começam já a aparecer. A reforma do licenciamento industrial, concretizada no programa que agora debatemos, é disso um dos mais recentes e fortíssimos exemplos. Sabemos que a criação de um ambiente favorável aos negócios e à captação de investimento privado são dois aspetos cruciais para sustentar o crescimento económico de Portugal. São estes fatores que nos possibilitarão desenvolver a nossa capacidade industrial, criando mais empresas que apostem na produção de bens transacionáveis, ajudando assim a equilibrar a nossa balança comercial, seja exportando mais os bens que produzimos, seja produzindo para o mercado nacional bens que deixamos de ter necessidade de importar. É este desenvolvimento e movimento industrial que melhores garantias nos dá para vencermos o maior dos desafios que enfrentamos: o desafio da criação de emprego numa base sólida e sustentável. Vozes do PSD: — Muito bem! O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Para tal, são necessárias mudanças — mudanças profundas, estruturais, de substância — e não apenas intenções de mudança. E são necessárias ações que corporizem estas mudanças estruturantes em medidas efetivas e exequíveis e não apenas em anúncios de medidas. No âmbito do novo licenciamento industrial, que o Governo e esta maioria preconizam, a mudança radica, como já aqui foi referido, na inversão do paradigma do licenciamento. O Estado deve substituir a sua ação de controlo prévio de acesso ao exercício industrial por uma ação de rigoroso controlo a posteriori da atividade exercida. O Sr. João Oliveira (PCP): — Conversa fiada! O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Ao mesmo tempo, esta mudança terá que ser acompanhada por uma maior responsabilização dos industriais e das demais entidades envolvidas no processo. Ou seja, menos controlo prévio, mais fiscalização e mais responsabilidade constituem a chave deste programa que, acreditamos, irá mudar, e mudar para melhor, o panorama industrial português. Esta reforma é em grande parte concretizada com a remoção de muitos dos constrangimentos que têm funcionado como barreiras ao investimento e ao desenvolvimento económico de Portugal, como são os casos dos obstáculos burocráticos, das ineficiências procedimentais várias ou da desarticulação entre alguns regimes jurídicos e as várias entidades públicas que estão envolvidas nos processos de licenciamento. Este novo sistema deverá substituir de forma faseada o atual, introduzindo importantes alterações em praticamente todas as leis e regimes relacionados com o licenciamento industrial. Só para citar alguns, serão revistos o Regime Jurídico da Avaliação de Impacte Ambiental, o regime jurídico que regula o licenciamento de operações urbanísticas e de edificação, a Lei dos Solos e a lei dos instrumentos de ordenamento do território. O Sr. Luís Fazenda (BE): — É tudo!
O Acordo Relativo à Aplicação da Parte XI que foi possível obter, sob a égide das negociações, pelo Sr. Secretário Geral das Nações Unidas em 1994, veio viabilizar a eliminação de grande parte das dificuldades que tinha levado diversos Estados, após terem assinado a Convenção em 1982, a recusarem-se durante longos anosa proceder à sua ratificação. A obtenção deste Acordo, que permitiu viabilizar um consenso internacional quanto à aplicação da Parte XI da Convenção, permitiu desbloquear esta situação e neste momento já 116 Estados ratificaram a Convenção de Montego Bay, 10 dos quais membros da União Europeia, da qual só cinco Estados, entre os quais Portugal, ainda não procedeu à sua ratificação.
II SÉRIE-A — NÚMERO 132 788Elementos informativos relativos à Conta do Subsetor dos SFAMapa 25Receitas cobradas, nos serviços e fundos autónomos, especificadas de acordo com a classificação económica,comparadas com as orçamentadas e com as cobradas no ano económico anterior(em euros)2016 DIFERENÇA DA COBRANÇADE 2016CÓDIGOS DESIGNAÇÃO DA RECEITA 2015ORÇAMENTO EM RELAÇÃO À EM RELAÇÃO COBRANÇAFINAL COBRANÇA DE AO ORÇAMENTO 2015Total do Grupo 01 42 889 696,96 172 726 900,00 104 312 541,65 61 422 844,69 - 68 414 358,35Total do Capítulo 13 42 889 696,96 172 726 900,00 104 312 541,65 61 422 844,69 - 68 414 358,35Total de Receitas de Capital 12 726 429 886,33 11 583 239 878,00 8 060 497 657,57 - 4 665 932 228,76 - 3 522 742 220,4315 REPOSIÇÕES NÃO ABATIDAS NOS PAGAMENTOS:01 REPOSIÇÕES NÃO ABATIDAS NOS PAGAMENTOS:01 REPOSIÇÕES NÃO ABATIDAS NOS PAGAMENTOS 65 561 446,56 53 027 782,00 47 476 331,19 - 18 085 115,37 - 5 551 450,81Total do Grupo 01 65 561 446,56 53 027 782,00 47 476 331,19 - 18 085 115,37 - 5 551 450,81Total do Capítulo 15 65 561 446,56 53 027 782,00 47 476 331,19 - 18 085 115,37 - 5 551 450,8116 SALDO DA GERÊNCIA ANTERIOR01 SALDO ORÇAMENTAL01 NA POSSE DO SERVIÇO 3 826 615 383,65 4 498 574 436,00 4 441 078 803,26 614 463 419,61 - 57 495 632,7403 NA POSSE DO SERVIÇO - CONSIGNADO 1 957 283 400,26 2 446 420 167,00 2 446 369 862,24 489 086 461,98 - 50 304,7604 NA POSSE DO TESOURO 104 171,69 104 172,00 104 171,69 - 0,3105 NA POSSE DO TESOURO - CONSIGNADO 14 829 278,46 218 964 108,00 218 046 369,51 203 217 091,05 - 917 738,49Total do Grupo 01 5 798 832 234,06 7 164 062 883,00 7 105 599 206,70 1 306 766 972,64 - 58 463 676,30Total do Capítulo 16 5 798 832 234,06 7 164 062 883,00 7 105 599 206,70 1 306 766 972,64 - 58 463 676,30Total Geral 50 241 591 316,54 53 377 315 703,00 48 835 329 346,74 - 1 406 261 969,80 - 4 541 986 356,26Conta Geral do Estado de 2016 189
SEPARATA — NÚMERO 73 2 ÀS COMISSÕES DE TRABALHADORES OU ÀS RESPETIVAS COMISSÕES COORDENADORAS, ASSOCIAÇÕES SINDICAIS E ASSOCIAÇÕES DE EMPREGADORES Nos termos e para os efeitos dos artigos 54.o, n.o 5, alínea d), e 56.o, n.o 2, alínea a), da Constituição, do artigo 134.o do Regimento da Assembleia da República e dos artigos 469.o a 475.o da Lei n.o 7/2009, de 12 de fevereiro (Aprova a revisão do Código do Trabalho), avisam-se estas entidades de que se encontra para apreciação, de 23 de abril a 23 de maio de 2015, o diploma seguinte: Projetos de lei n.os 860/XII (4.a) —Reduz para 35 horas o limite máximo do horário semanal de trabalho para todos os trabalhadores, procedendo à 6.a alteração à Lei n.o 7/2009, de 12 de fevereiro, que aprova o Código do Trabalho, e à revogação da Lei n.o 68/2013, de 29 de agosto, que estabelece a duração do período normal de trabalho dos trabalhadores em funções públicas (PCP), 867/XII (4a)— Altera o Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.o 7/2009, de 12 de fevereiro (PSD/CDS-PP) e 868/XII (4a)— Cria um mecanismo para proteção das trabalhadoras grávidas, puérperas e lactantes (PSD/CDS-PP).As sugestões e pareceres deverão ser enviados, até à data limite acima indicada, por correio eletrónico dirigido a: Comissao.10A-CSSTXII@ar.parlamento.pt; ou em carta, dirigida à Comissão Parlamentar de Segurança Social e Trabalho, Assembleia da República, Palácio de São Bento, 1249-068 Lisboa; ou através de formulário disponível em http://www.parlamento.pt/ActividadeParlamentar/Paginas/IniciativasemApreciacaoPublica.aspx. Dentro do mesmo prazo, as comissões de trabalhadores ou as comissões coordenadoras, as associações sindicais e associações de empregadores poderão solicitar audiências à Comissão Parlamentar de Segurança Social e Trabalho, devendo fazê-lo por escrito, com indicação do assunto e fundamento do pedido.
O estoniano Arvo Volmer, principal regente convidado da Sinfônica de Adelaide (Austrália), volta a comandar a Osesp em 2016 e recebe a pianista russa Yulianna Avdeeva, vencedora do Concurso Chopin 2010. O programa abre com Noite de Verão, de Zóltan Kodály, uma das primeiras peças escritas pelo autor húngaro e dedicada a Arturo Toscanini. Em seguida, Yulianna Avdeeva se junta à Osesp para interpretar o Concerto nº 23 Para Piano, de Mozart. Na segunda parte, a Orquestra toca a Sinfonia nº 6 — Patética, de Tchaikovsky, obra central do cânone sinfônico. Dedicada ao seu amado sobrinho Vladimir Davydov, foi a última composição do autor russo, que faleceu de cólera nove dias após a estreia de sua obra. O público poderá acompanhar, na quinta-feira, 24/03, às 10h, o Ensaio Aberto da Orquestra, com ingressos a R$ 10,00. A russa Yulianna Avdeeva se formou na Academia Internacional de Piano de Lago de Como, na Itália, e ganhou projeção internacional ao conquistar o primeiro prêmio no Concurso Chopin, em 2010. Desde então, tem se apresentando com prestigiosas orquestras, como a da Rádio Alemã, as sinfônicas de Bournemouth, Aalborg e NHK (Tóquio) e as filarmônicas de Londres, Essen e Real de Estocolmo, entre outras. No recital que apresenta domingo, 27 de março, às 16h, na Sala São Paulo, Yulianna interpreta três peças: a Sonata nº 1 Para Piano, de Shostakovich, obra de grande dificuldade técnica; a Suíte Inglesa nº 2, de Bach, e os Estudos Sinfônicos, de Schumann, 15 variações sobre um tema que se desenvolvem organicamente, em uma sequência monumental. Para os concertos que encerram o mês de abertura da Temporada 2016, a Osesp recebe dois artistas convidados, ambos pela primeira vez em São Paulo: o regente alemão Alexander Liebreich, titular da Orquestra de Câmara de Munique e da Orquestra Sinfônica da Rádio Nacional Polonesa, e o jovem pianista Behzod Abduraimov, natural do Uzbequistão, já premiado pelas revistas Diapason e Classica por suas gravações de Saint-Saëns, Liszt e Prokofiev. Behzod já foi solista da London Philharmonic Orchestra, da Gewandhaus de Leipzig, da Sinfônica de Los Angeles, entre outras. O programa inicia com a abertura da ópera A Italiana na Argélia, de Gioacchino Rossini, o primeiro grande sucesso da carreira do compositor italiano. Em seguida, Behzod Abduraimov se junta à Osesp para interpretar o Concerto nº 2 Para Piano, de Saint-Saëns, um dos mais conhecidos do compositor francês. Na segunda parte, a Orquestra executa a Sinfonia nº 4 em Lá Maior, Op.90 — Italiana, de Mendelssohn-Bartholdy, que traduz inesquecivelmente suas impressões sobre as paisagens e danças da Itália, como o saltarelo e a tarantela. O público poderá acompanhar, na quinta-feira, 31/03, às 10h, o Ensaio Aberto da Orquestra, com ingressos a R$ 10,00. O primeiro programa da série Solistas da Osesp da Temporada 2016 traz as instrumentistas da Osesp Sung-Eun Cho (violino), Jin Joo Doh (violoncelo) e Olga Kopylova (piano) para interpretar o Trio com Piano nº 2 em Mi Bemol Maior, D 929, de Franz Schubert. Os concertos acontecem na Sala do Coro, nos dias 31/03 (quinta), às 19h, e 02/04 (sábado), às 14h45. Das mais significativas obras do repertório de câmara clássico, o Trio com Piano nº 2 foi um dos últimos trabalhos escritos por Schubert. O compositor Robert Schumann o definia como "vivaz, masculino e dramático".
Não se trata, por isso, de consagrar um referendo de aprovação de leis nem um referendo ab-rogativo de actos legislativos.
19 de dezembro de 2011 SARGENTO DO EXÉRCITO REAGE A ASSALTO E É MORTO COM ONZE TIROS EM SP Ele foi abordado por quatro homens, em duas motos, e acabou baleado; socorrido ao pronto socorro do Hospital Regional de Osasco, ele faleceu Pedro da Rocha Depois de reagir a um assalto, O sargento do Exército Ronaldo Marcelo de Paula, de 40 anos, foi morto na noite deste domingo, 18, na altura do número 947 da Avenida Getúlio Vargas, bairro Jardim Piratininga, em Osasco, na Grande São Paulo. Segundo a polícia, Ronaldo estava em sua moto, e parou para atender o celular. Quatro criminosos, em duas motos, o abordaram e anunciaram o assalto. O sargento reagiu e acabou baleado. Socorrido para o pronto socorro do Hospital Regional de Osasco, não resistiu aos ferimentos e morreu. Não há presos e o caso foi encaminhado ao 10° Distrito Policial.