title
stringlengths
3
146
text
stringlengths
1
60.9k
category
stringclasses
43 values
title_text
stringlengths
31
61k
label
int64
0
43
O acúmulo dos impostos
Muita vontade política e firme determinação são os requisitos para a remoção de um dos maiores entraves à competitividade da economia: o alto custo dos impostos sobre o processo produtivo. Em grande medida, isso decorre de distorções da estrutura tributária. Em nenhum outro país a cobrança sobreposta ou cumulativa de impostos adquire tamanha envergadura e provoca efeitos tão nefastos para a economia como no Brasil. O problema aparece quando as empresas não recuperam os tributos pagos ao longo da cadeia de produção, na compra de insumos e serviços, devido a limitações legais, a travas burocráticas ou à recusa da União e dos Estados em honrar essas dívidas. Na prática, isso significa que a incidência de um imposto sobre bens e serviços torna-se, de fato, maior do que a alíquota legal, encarecendo, especialmente, produtos cujas etapas de produção são mais extensas (carros, por exemplo). Isso ocorre sempre que a base de cálculo do tributo é o faturamento, tais como o ISS e, parcialmente, o PIS/Cofins e o ICMS. Não é fácil mensurar o ônus para as empresas brasileiras porque cada caso é um caso, mas a consultoria Strategy& calcula que nos setores de base signifique de 10% a 15% dos custos de produção –acréscimo capaz de derrubar a competitividade de qualquer companhia. Outro dado sugestivo vem da Receita Federal. As empresas sujeitas ao regime baseado no lucro real, que são as grandes empregadoras e maiores exportadoras, declararam ter no final de 2012 créditos tributários de R$ 182 bilhões, o equivalente a 4,1% do PIB ou a 3,6% de suas receitas brutas. A indústria de transformação aparece como a maior credora, com R$ 79 bilhões a receber ou 4,1% do faturamento anual. Para o universo empresarial, essa dinheirama representa um custo que asfixia a sua competitividade, mas, para o governo, se constitui em financiamento disfarçado, sem juros, dos seus desequilíbrios orçamentários. Mesmo com o atual ambiente de restrição fiscal e tributária, é imperativo rever essa estrutura de impostos, cujos efeitos nocivos contaminam outros fatores de crescimento, além de provocar perda da competitividade dos produtos brasileiros. Explica-se: custos tributários excessivos estão associados a níveis mais baixos de investimentos, à queda nas exportações e à crescente penetração de importados, além de reduzir a renda do cidadão. Enfim, o que é barato para o governo sai caro, muito caro, para a sociedade. A remoção da cumulatividade tributária não requer benesses, vantagens nem incentivos fiscais, mas acarretará menor arrecadação pelos governos, que certamente desejarão compensar a perda elevando outros impostos. No estudo "O Cúmulo da Cumulatividade Tributária", o Iedi recomenda uma sequência de medidas para dar maior equilíbrio e racionalidade à questão. A primeira providência é não criar novos tributos cumulativos. Um compromisso nesse sentido é importante no momento em que a reedição da CPMF começa a ser ventilada. O passo seguinte seria um "acerto com o passado". Trata-se de reconhecer a existência de tributos acumulados e não devolvidos e criar um sistema de securitização desses créditos, possibilitando seu pagamento no médio ou longo prazo. O caminho mais viável para tal modelo seria o desenvolvimento de um mercado secundário para dar saída às empresas que desejem ou necessitem receber rapidamente esses recursos. O estudo do Iedi também sugere uma redução significativa da cumulatividade da estrutura tributária, com mudanças na incidência das alíquotas sobre bens e serviços (como ICMS, IPI, Cofins, PIS). O objetivo seria aproximá-la do modelo mais usado internacionalmente, no qual os impostos incidem sobre o valor adicionado, e não sobre o faturamento. Nada disso dispensa a necessidade de uma reforma constitucional para tratar da atualização do regime tributário, sobretudo a introdução do imposto sobre valor adicionado, o IVA existente em vários países, substituindo todos os tributos cumulativos. O redesenho dessa estrutura exigirá vigoroso esforço de negociação e a adaptação de governos e empresas. Sem isso, contudo, nossa competitividade continuará sendo minada, distanciando cada vez mais a perspectiva de retomada do crescimento econômico.
colunas
O acúmulo dos impostosMuita vontade política e firme determinação são os requisitos para a remoção de um dos maiores entraves à competitividade da economia: o alto custo dos impostos sobre o processo produtivo. Em grande medida, isso decorre de distorções da estrutura tributária. Em nenhum outro país a cobrança sobreposta ou cumulativa de impostos adquire tamanha envergadura e provoca efeitos tão nefastos para a economia como no Brasil. O problema aparece quando as empresas não recuperam os tributos pagos ao longo da cadeia de produção, na compra de insumos e serviços, devido a limitações legais, a travas burocráticas ou à recusa da União e dos Estados em honrar essas dívidas. Na prática, isso significa que a incidência de um imposto sobre bens e serviços torna-se, de fato, maior do que a alíquota legal, encarecendo, especialmente, produtos cujas etapas de produção são mais extensas (carros, por exemplo). Isso ocorre sempre que a base de cálculo do tributo é o faturamento, tais como o ISS e, parcialmente, o PIS/Cofins e o ICMS. Não é fácil mensurar o ônus para as empresas brasileiras porque cada caso é um caso, mas a consultoria Strategy& calcula que nos setores de base signifique de 10% a 15% dos custos de produção –acréscimo capaz de derrubar a competitividade de qualquer companhia. Outro dado sugestivo vem da Receita Federal. As empresas sujeitas ao regime baseado no lucro real, que são as grandes empregadoras e maiores exportadoras, declararam ter no final de 2012 créditos tributários de R$ 182 bilhões, o equivalente a 4,1% do PIB ou a 3,6% de suas receitas brutas. A indústria de transformação aparece como a maior credora, com R$ 79 bilhões a receber ou 4,1% do faturamento anual. Para o universo empresarial, essa dinheirama representa um custo que asfixia a sua competitividade, mas, para o governo, se constitui em financiamento disfarçado, sem juros, dos seus desequilíbrios orçamentários. Mesmo com o atual ambiente de restrição fiscal e tributária, é imperativo rever essa estrutura de impostos, cujos efeitos nocivos contaminam outros fatores de crescimento, além de provocar perda da competitividade dos produtos brasileiros. Explica-se: custos tributários excessivos estão associados a níveis mais baixos de investimentos, à queda nas exportações e à crescente penetração de importados, além de reduzir a renda do cidadão. Enfim, o que é barato para o governo sai caro, muito caro, para a sociedade. A remoção da cumulatividade tributária não requer benesses, vantagens nem incentivos fiscais, mas acarretará menor arrecadação pelos governos, que certamente desejarão compensar a perda elevando outros impostos. No estudo "O Cúmulo da Cumulatividade Tributária", o Iedi recomenda uma sequência de medidas para dar maior equilíbrio e racionalidade à questão. A primeira providência é não criar novos tributos cumulativos. Um compromisso nesse sentido é importante no momento em que a reedição da CPMF começa a ser ventilada. O passo seguinte seria um "acerto com o passado". Trata-se de reconhecer a existência de tributos acumulados e não devolvidos e criar um sistema de securitização desses créditos, possibilitando seu pagamento no médio ou longo prazo. O caminho mais viável para tal modelo seria o desenvolvimento de um mercado secundário para dar saída às empresas que desejem ou necessitem receber rapidamente esses recursos. O estudo do Iedi também sugere uma redução significativa da cumulatividade da estrutura tributária, com mudanças na incidência das alíquotas sobre bens e serviços (como ICMS, IPI, Cofins, PIS). O objetivo seria aproximá-la do modelo mais usado internacionalmente, no qual os impostos incidem sobre o valor adicionado, e não sobre o faturamento. Nada disso dispensa a necessidade de uma reforma constitucional para tratar da atualização do regime tributário, sobretudo a introdução do imposto sobre valor adicionado, o IVA existente em vários países, substituindo todos os tributos cumulativos. O redesenho dessa estrutura exigirá vigoroso esforço de negociação e a adaptação de governos e empresas. Sem isso, contudo, nossa competitividade continuará sendo minada, distanciando cada vez mais a perspectiva de retomada do crescimento econômico.
10
Discreto, marido de Marta atua nas finanças e é criticado por petistas
Marido da senadora Marta Suplicy (ex-PT, atual PMDB-SP), o empresário Marcio Toledo, ex-presidente do Jockey Club de São Paulo, desempenha, pela segunda vez, papel-chave nas finanças de campanha e na articulação política de sua mulher. Sua atuação na corrida de Marta à Prefeitura de São Paulo é reprise das funções que desempenhou em 2010 na campanha pela cadeira da mulher no Senado. Apontado por petistas como o pivô do distanciamento entre a senadora e o PT, o empresário encontrava-se com potenciais doadores e recebia a coordenação da campanha em seu apartamento para reuniões. Agora, encarregou-se novamente de conseguir dinheiro para a campanha. Vindo de família rica e com bom trânsito no meio empresarial, Toledo é fundador da empresa Interbanc –que possui negócios em diversas áreas, inclusive na criação de cavalos puro-sangue inglês– e sócio de uma companhia de telecomunicações que presta serviços para a Net e para a Embratel. O tesoureiro da campanha, o advogado José Roberto Pimentel de Mello, é um homem próximo a Toledo –ambos são sócios em ao menos duas empresas e, embora o escritório de Mello fique na Vila Madalena, o local registrado na Receita é o endereço comercial de Toledo. Além disso, o advogado foi secretário-geral na gestão de Toledo como presidente do Jockey (2005-11) e representa o amigo em ação civil de arrolamento de bens por uma ex-companheira. FESTAS Ao mesmo tempo em que arranjava verba para a campanha de Marta em 2010 –ao menos R$ 19,2 mil foram doações do próprio Marcio e de empresas que ele controla–, o empresário valia-se do capital político da então namorada para levar figuras proeminentes a eventos no Jockey. Sócios avaliam que sua gestão do clube priorizou mais a realização de eventos do que a área fiscal. "Dedicou mais atenção para uma área social, de fazer festas", diz o advogado Vicente Renato Paolillo, membro do conselho do clube. A gestão seguinte à de Toledo herdou dívidas de cerca de R$ 400 milhões (R$ 580 milhões corrigidos). Havia expectativa de que o empresário, com seus contatos políticos, conseguiria beneficiar o Jockey em relação à cobrança de IPTU, mas isso não se concretizou. 'SE ENFIOU' Em 2010, Marta e Toledo integraram a comitiva de Dilma que viajou a Nova York para jantar de gala em homenagem ao então presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, hoje ministro da Fazenda de Michel Temer. A presença do então namorado causou alvoroço entre petistas de São Paulo, que creem que ele "se enfiou lá". Referiam-se ao empresário, que é filiado ao PMDB, como "Cavalo", apelido que fazia referência à sua posição no Jockey Club e ao seu porte físico. Na época, Toledo viu Marta se desentender com o PT e separar seus esforços da campanha do ex-ministro da Educação Aloizio Mercadante, que disputava o governo do Estado. A desavença levou Marta a contratar o publicitário Duda Mendonça como marqueteiro próprio. Mais tarde, ela se queixou de uma aproximação entre sua legenda e o músico Netinho de Paula (então PC do B), candidato que chegou a ficar à sua frente em algumas pesquisas eleitorais. Eleita, a senadora montou seu gabinete sem pessoas ligadas aos tradicionais aliados do PT de São Paulo, como Jilmar Tatto e Valdemir Garreta –ambos ex-secretários da gestão de Marta Suplicy na Prefeitura de São Paulo, entre 2001 e 2004. Petistas ainda indicam Toledo como a pessoa que fez a aproximação entre Marta e os peemedebistas Renan Calheiros, presidente do Senado, e José Sarney, ex-presidente da República. Procurado via assessoria da campanha, Toledo não quis atender à Folha.
poder
Discreto, marido de Marta atua nas finanças e é criticado por petistasMarido da senadora Marta Suplicy (ex-PT, atual PMDB-SP), o empresário Marcio Toledo, ex-presidente do Jockey Club de São Paulo, desempenha, pela segunda vez, papel-chave nas finanças de campanha e na articulação política de sua mulher. Sua atuação na corrida de Marta à Prefeitura de São Paulo é reprise das funções que desempenhou em 2010 na campanha pela cadeira da mulher no Senado. Apontado por petistas como o pivô do distanciamento entre a senadora e o PT, o empresário encontrava-se com potenciais doadores e recebia a coordenação da campanha em seu apartamento para reuniões. Agora, encarregou-se novamente de conseguir dinheiro para a campanha. Vindo de família rica e com bom trânsito no meio empresarial, Toledo é fundador da empresa Interbanc –que possui negócios em diversas áreas, inclusive na criação de cavalos puro-sangue inglês– e sócio de uma companhia de telecomunicações que presta serviços para a Net e para a Embratel. O tesoureiro da campanha, o advogado José Roberto Pimentel de Mello, é um homem próximo a Toledo –ambos são sócios em ao menos duas empresas e, embora o escritório de Mello fique na Vila Madalena, o local registrado na Receita é o endereço comercial de Toledo. Além disso, o advogado foi secretário-geral na gestão de Toledo como presidente do Jockey (2005-11) e representa o amigo em ação civil de arrolamento de bens por uma ex-companheira. FESTAS Ao mesmo tempo em que arranjava verba para a campanha de Marta em 2010 –ao menos R$ 19,2 mil foram doações do próprio Marcio e de empresas que ele controla–, o empresário valia-se do capital político da então namorada para levar figuras proeminentes a eventos no Jockey. Sócios avaliam que sua gestão do clube priorizou mais a realização de eventos do que a área fiscal. "Dedicou mais atenção para uma área social, de fazer festas", diz o advogado Vicente Renato Paolillo, membro do conselho do clube. A gestão seguinte à de Toledo herdou dívidas de cerca de R$ 400 milhões (R$ 580 milhões corrigidos). Havia expectativa de que o empresário, com seus contatos políticos, conseguiria beneficiar o Jockey em relação à cobrança de IPTU, mas isso não se concretizou. 'SE ENFIOU' Em 2010, Marta e Toledo integraram a comitiva de Dilma que viajou a Nova York para jantar de gala em homenagem ao então presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, hoje ministro da Fazenda de Michel Temer. A presença do então namorado causou alvoroço entre petistas de São Paulo, que creem que ele "se enfiou lá". Referiam-se ao empresário, que é filiado ao PMDB, como "Cavalo", apelido que fazia referência à sua posição no Jockey Club e ao seu porte físico. Na época, Toledo viu Marta se desentender com o PT e separar seus esforços da campanha do ex-ministro da Educação Aloizio Mercadante, que disputava o governo do Estado. A desavença levou Marta a contratar o publicitário Duda Mendonça como marqueteiro próprio. Mais tarde, ela se queixou de uma aproximação entre sua legenda e o músico Netinho de Paula (então PC do B), candidato que chegou a ficar à sua frente em algumas pesquisas eleitorais. Eleita, a senadora montou seu gabinete sem pessoas ligadas aos tradicionais aliados do PT de São Paulo, como Jilmar Tatto e Valdemir Garreta –ambos ex-secretários da gestão de Marta Suplicy na Prefeitura de São Paulo, entre 2001 e 2004. Petistas ainda indicam Toledo como a pessoa que fez a aproximação entre Marta e os peemedebistas Renan Calheiros, presidente do Senado, e José Sarney, ex-presidente da República. Procurado via assessoria da campanha, Toledo não quis atender à Folha.
0
Justiça encaminha ao STF pedido para investigar ministro do TCU
A Justiça Federal de Brasília decidiu enviar ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta segunda-feira (19) a petição do Ministério Público Federal que aponta indícios de que o ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Augusto Nardes recebeu recursos de uma das principais empresas investigadas na Operação Zelotes. A investigação da Polícia Federal apura suspeitas de fraudes no Carf, conselho vinculado ao Ministério da Fazenda que julga recursos de empresas multadas pela Receita Federal. Após receber a documentação, o STF deverá enviá-la para a análise da PGR (Procuradoria Geral da República), que pedirá ou não a abertura de um inquérito para investigar o ministro do TCU. Além de Nardes, é citado na petição o deputado federal Afonso Motta (PDT-RS), que foi vice-presidente jurídico e institucional da RBS, afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Sul. A RBS, que no Carf discutia uma multa aplicada pela Receita, contratou por R$ 11,9 milhões a firma SGR Consultoria, pertencente a um ex-conselheiro do Carf, José Ricardo da Silva, que por sua vez pagou, entre dezembro de 2011 e janeiro de 2012, R$ 2,55 milhões à firma Planalto, pertencente ao sobrinho de Nardes, Carlos Juliano, e que também teve como sócio, até 2005, o próprio ministro do TCU. Segundo o Ministério Público, há indícios de que, do total recebido pela Planalto, R$ 1,6 milhão foi destinado a uma pessoa identificada em e-mails como "Tio", que, para o Ministério Público, trata-se de Augusto Nardes. A Folha revelou que Nardes ainda estava na sociedade quando a Planalto fechou, em 2005, o contrato com a SGR, tendo por objeto o recurso da RBS no Carf. Nardes deixou a Planalto em maio do mesmo ano para tomar posse no TCU. A decisão de envio ao STF foi assinada pela juíza substituta da 10ª Vara Federal de Brasília, Célia Regina Ody Bernardes. Ela foi tomada dias depois de o primeiro pedido feito pelo Ministério Público ter sido rechaçado pelo juiz federal que então respondia pela 10ª Vara, Ricardo Augusto Soares Leite. Em vez de encaminhar os autos ao STF, o juiz decidiu devolver os documentos ao Ministério Público por considerar os indícios insuficientes. Na semana passada, os procuradores protocolaram na 10ª Vara um recurso em sentido estrito para conseguir a reforma da decisão de Ricardo Leite. Ao analisar o recurso, a juíza Célia Regina decidiu que o caso não poderia continuar tramitando em primeira instância, sob pena de usurpação da competência do STF. Tanto Nardes quanto Afonso Motta têm direito ao foro privilegiado, pelo qual só podem ser processados e julgados no STF, daí o envio dos autos ao tribunal. Em entrevistas anteriores à Folha, o ministro Nardes defendeu-se das suspeitas, disse que está afastado da empresa Planalto desde 2005 e afirmou desconhecer os pagamentos indicados durante a investigação da PF. Seu sobrinho e os advogados da SGR também negaram quaisquer irregularidades.
poder
Justiça encaminha ao STF pedido para investigar ministro do TCUA Justiça Federal de Brasília decidiu enviar ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta segunda-feira (19) a petição do Ministério Público Federal que aponta indícios de que o ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Augusto Nardes recebeu recursos de uma das principais empresas investigadas na Operação Zelotes. A investigação da Polícia Federal apura suspeitas de fraudes no Carf, conselho vinculado ao Ministério da Fazenda que julga recursos de empresas multadas pela Receita Federal. Após receber a documentação, o STF deverá enviá-la para a análise da PGR (Procuradoria Geral da República), que pedirá ou não a abertura de um inquérito para investigar o ministro do TCU. Além de Nardes, é citado na petição o deputado federal Afonso Motta (PDT-RS), que foi vice-presidente jurídico e institucional da RBS, afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Sul. A RBS, que no Carf discutia uma multa aplicada pela Receita, contratou por R$ 11,9 milhões a firma SGR Consultoria, pertencente a um ex-conselheiro do Carf, José Ricardo da Silva, que por sua vez pagou, entre dezembro de 2011 e janeiro de 2012, R$ 2,55 milhões à firma Planalto, pertencente ao sobrinho de Nardes, Carlos Juliano, e que também teve como sócio, até 2005, o próprio ministro do TCU. Segundo o Ministério Público, há indícios de que, do total recebido pela Planalto, R$ 1,6 milhão foi destinado a uma pessoa identificada em e-mails como "Tio", que, para o Ministério Público, trata-se de Augusto Nardes. A Folha revelou que Nardes ainda estava na sociedade quando a Planalto fechou, em 2005, o contrato com a SGR, tendo por objeto o recurso da RBS no Carf. Nardes deixou a Planalto em maio do mesmo ano para tomar posse no TCU. A decisão de envio ao STF foi assinada pela juíza substituta da 10ª Vara Federal de Brasília, Célia Regina Ody Bernardes. Ela foi tomada dias depois de o primeiro pedido feito pelo Ministério Público ter sido rechaçado pelo juiz federal que então respondia pela 10ª Vara, Ricardo Augusto Soares Leite. Em vez de encaminhar os autos ao STF, o juiz decidiu devolver os documentos ao Ministério Público por considerar os indícios insuficientes. Na semana passada, os procuradores protocolaram na 10ª Vara um recurso em sentido estrito para conseguir a reforma da decisão de Ricardo Leite. Ao analisar o recurso, a juíza Célia Regina decidiu que o caso não poderia continuar tramitando em primeira instância, sob pena de usurpação da competência do STF. Tanto Nardes quanto Afonso Motta têm direito ao foro privilegiado, pelo qual só podem ser processados e julgados no STF, daí o envio dos autos ao tribunal. Em entrevistas anteriores à Folha, o ministro Nardes defendeu-se das suspeitas, disse que está afastado da empresa Planalto desde 2005 e afirmou desconhecer os pagamentos indicados durante a investigação da PF. Seu sobrinho e os advogados da SGR também negaram quaisquer irregularidades.
0
Com altos e muitos baixos, Cidade Negra leva reggae de Gil ao Rock in Rio
A fórmula não era exatamente arriscada: colocar o Cidade Negra, uma das principais bandas de reggae do Brasil, para tocar o repertório de Gilberto Gil, um dos pioneiros do gênero no país. E, no entanto, o que se viu na tarde deste sábado (23), no palco Sunset do Rock in Rio, foi um show com altos e (muitos) baixos. O melhor momento ficou por conta da participação do trio Digitaldubs, que deu gás a um show até então morno. Como tem acontecido em diversos shows do Sunset, o Cidade Negra começou com problema de som, no microfone de Toni Garrido. Ele seria resolvido, mas o volume geral permaneceu aquém do desejável, sem potência e pressão. Em clima paz e amor, como sempre, o vocalista lembrou dos problemas na Rocinha e conclamou o público a saudar-se. "Lá fora tá foda, aqui dentro a gente consegue ter um grupo de pessoas dedicadas ao bem. Abraça alguém, dá um beijo em quem tá do seu lado, amor!", disse Garrido. Se canções que convidam à cantoria, como "Não Chores Mais" e "Andar com Fé", funcionaram bem, outras versões não se resolveram —por exemplo, a de "Esotérico", mais acelerada e com vocais inaudíveis de Garrido na primeira metade. "Nos Barracos da Cidade" perdeu sua força numa versão afogada em teclados, já com a participação do pernambucano Maestro Spok e de sua orquestra de sopros. Tampouco ajudou o fato de Garrido ter esquecido algumas letras ("Tempo Rei", "Esperando na Janela", "Realce"). A melhor parte da apresentação foi sua metade final, quando o Digitaldubs apareceu para dar alguma originalidade às versões de "Andar com Fé", "Refavela", "Vamos Fugir" e "A Novidade". Já próximo ao final, Garrido desceu e literalmente se jogou nos braços da plateia, dando uma animada geral. Com "Realce" e "Palco", o encerramento teve cantoria e pula-pula do público, que acabou pedindo "mais um" —em vão.
ilustrada
Com altos e muitos baixos, Cidade Negra leva reggae de Gil ao Rock in RioA fórmula não era exatamente arriscada: colocar o Cidade Negra, uma das principais bandas de reggae do Brasil, para tocar o repertório de Gilberto Gil, um dos pioneiros do gênero no país. E, no entanto, o que se viu na tarde deste sábado (23), no palco Sunset do Rock in Rio, foi um show com altos e (muitos) baixos. O melhor momento ficou por conta da participação do trio Digitaldubs, que deu gás a um show até então morno. Como tem acontecido em diversos shows do Sunset, o Cidade Negra começou com problema de som, no microfone de Toni Garrido. Ele seria resolvido, mas o volume geral permaneceu aquém do desejável, sem potência e pressão. Em clima paz e amor, como sempre, o vocalista lembrou dos problemas na Rocinha e conclamou o público a saudar-se. "Lá fora tá foda, aqui dentro a gente consegue ter um grupo de pessoas dedicadas ao bem. Abraça alguém, dá um beijo em quem tá do seu lado, amor!", disse Garrido. Se canções que convidam à cantoria, como "Não Chores Mais" e "Andar com Fé", funcionaram bem, outras versões não se resolveram —por exemplo, a de "Esotérico", mais acelerada e com vocais inaudíveis de Garrido na primeira metade. "Nos Barracos da Cidade" perdeu sua força numa versão afogada em teclados, já com a participação do pernambucano Maestro Spok e de sua orquestra de sopros. Tampouco ajudou o fato de Garrido ter esquecido algumas letras ("Tempo Rei", "Esperando na Janela", "Realce"). A melhor parte da apresentação foi sua metade final, quando o Digitaldubs apareceu para dar alguma originalidade às versões de "Andar com Fé", "Refavela", "Vamos Fugir" e "A Novidade". Já próximo ao final, Garrido desceu e literalmente se jogou nos braços da plateia, dando uma animada geral. Com "Realce" e "Palco", o encerramento teve cantoria e pula-pula do público, que acabou pedindo "mais um" —em vão.
1
Governos paternalistas fazem classe baixa estudar só por inércia, diz leitor
Por que as escolas públicas mais conceituadas têm maior nível socioeconômico (Elite das públicas tem perfil de escola rica)? Fácil! As classes média e alta valorizam a educação de alto nível desde o berço. A classe mais desfavorecida estuda por inércia, não aprende o valor da educação, já que nossos governos são paternalistas e fazem crer que proverão sempre suas vidas. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
paineldoleitor
Governos paternalistas fazem classe baixa estudar só por inércia, diz leitorPor que as escolas públicas mais conceituadas têm maior nível socioeconômico (Elite das públicas tem perfil de escola rica)? Fácil! As classes média e alta valorizam a educação de alto nível desde o berço. A classe mais desfavorecida estuda por inércia, não aprende o valor da educação, já que nossos governos são paternalistas e fazem crer que proverão sempre suas vidas. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
16
Projeto que libera PM para investigar crimes avança na Câmara
Em uma articulação inédita com outras categorias, a Polícia Militar está fazendo avançar na Câmara uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que dá à PM a atribuição de registrar e investigar crimes, hoje exclusividade das polícias civis e da Polícia Federal. Pela proposta da PEC 431, apresentada no ano passado pelo deputado Subtenente Gonzaga (PDT-MG), todas as polícias realizarão o chamado "ciclo completo". Isso significa que, enquanto a PM poderá acumular a função de investigar crimes, a Polícia Civil, por sua vez, pode passar a fazer patrulhas e prevenção. Todas poderão assumir uma ocorrência desde o início e levá-la até o Ministério Público. Essa não é a primeira proposta do gênero na Casa. Há outras quatro paradas –a mais antiga, desde 2009– porque incluíam pontos polêmicos, como a desmilitarização das polícias e a criação de uma polícia única. Desenvolvida como alternativa "consensual" entre todas as propostas anteriores, a PEC 431 tem apoio de promotores, procuradores, peritos e alguns policiais civis e federais. Eles se reúnem, em Brasília, em um gabinete integrado formado para discutir como implementar o ciclo completo e reformar a segurança. Por outro lado, a ideia enfrenta resistência de delegados, hoje os responsáveis por conduzir todas as investigações e assinar todos os registros de ocorrência. "O objetivo é tornar tudo mais eficiente, encurtar caminhos. Isso vai favorecer a polícia investigativa, a Polícia Civil, porque vai eliminar trabalho burocrático e ela vai poder se dedicar às investigações", diz José Robalinho, presidente da ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República). A questão é qual modelo será implantado. O do tipo territorial, por exemplo, prevê que a PM investigue em cidades pequenas, sem delegados. Outro modelo é por categoria de delito: a PM ficaria com os mais leves, deixando investigações maiores para a Polícia Civil. Um terceiro modelo prevê que, quando houver flagrante, a PM apresente o detido diretamente a um juiz. "Se o flagrante está pronto, por que precisa ser formalizado [pelo delegado]?", afirma o procurador Robalinho. Ele defende também que registros de ocorrências leves, os chamados termos circunstanciados, possam ser feitos pela PM no local da ocorrência, sem ter de levar o caso à delegacia. Isso faz com que todos os envolvidos –inclusive os policiais– percam tempo. Esse procedimento já é adotado na prática pela Polícia Rodoviária Federal em 19 Estados, segundo a ANPR, por meio de convênio com os Ministérios Públicos locais. "Não tenho dúvida de que o que a PM quer não é fazer o termo circunstanciado. Quer é lavrar autos de prisão em flagrante, fazer pedidos de prisão preventiva, fazer pedidos de quebra de sigilo, investigar", diz Marcos Leôncio Ribeiro, presidente da ADPF (Associação de Delegados da Polícia Federal). Para o relator da PEC na Comissão de Constituição e Justiça, Raul Jungmann (PPS-PE), o modelo a ser adotado na prática, em caso de aprovação da proposta, ainda está indefinido, e dependerá de lei posterior para regulamentá-lo. Mas o momento é de rever os padrões. "Há uma Polícia Militar castrada, que não pode levar até o fim um processo que ela inicia. E há a frustração da Polícia Civil, que se transforma num cartório", diz. A CCJ planeja promover seminários em 11 Estados para debater modelos de implantação. A ideia é aprovar um relatório até novembro.
cotidiano
Projeto que libera PM para investigar crimes avança na CâmaraEm uma articulação inédita com outras categorias, a Polícia Militar está fazendo avançar na Câmara uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que dá à PM a atribuição de registrar e investigar crimes, hoje exclusividade das polícias civis e da Polícia Federal. Pela proposta da PEC 431, apresentada no ano passado pelo deputado Subtenente Gonzaga (PDT-MG), todas as polícias realizarão o chamado "ciclo completo". Isso significa que, enquanto a PM poderá acumular a função de investigar crimes, a Polícia Civil, por sua vez, pode passar a fazer patrulhas e prevenção. Todas poderão assumir uma ocorrência desde o início e levá-la até o Ministério Público. Essa não é a primeira proposta do gênero na Casa. Há outras quatro paradas –a mais antiga, desde 2009– porque incluíam pontos polêmicos, como a desmilitarização das polícias e a criação de uma polícia única. Desenvolvida como alternativa "consensual" entre todas as propostas anteriores, a PEC 431 tem apoio de promotores, procuradores, peritos e alguns policiais civis e federais. Eles se reúnem, em Brasília, em um gabinete integrado formado para discutir como implementar o ciclo completo e reformar a segurança. Por outro lado, a ideia enfrenta resistência de delegados, hoje os responsáveis por conduzir todas as investigações e assinar todos os registros de ocorrência. "O objetivo é tornar tudo mais eficiente, encurtar caminhos. Isso vai favorecer a polícia investigativa, a Polícia Civil, porque vai eliminar trabalho burocrático e ela vai poder se dedicar às investigações", diz José Robalinho, presidente da ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República). A questão é qual modelo será implantado. O do tipo territorial, por exemplo, prevê que a PM investigue em cidades pequenas, sem delegados. Outro modelo é por categoria de delito: a PM ficaria com os mais leves, deixando investigações maiores para a Polícia Civil. Um terceiro modelo prevê que, quando houver flagrante, a PM apresente o detido diretamente a um juiz. "Se o flagrante está pronto, por que precisa ser formalizado [pelo delegado]?", afirma o procurador Robalinho. Ele defende também que registros de ocorrências leves, os chamados termos circunstanciados, possam ser feitos pela PM no local da ocorrência, sem ter de levar o caso à delegacia. Isso faz com que todos os envolvidos –inclusive os policiais– percam tempo. Esse procedimento já é adotado na prática pela Polícia Rodoviária Federal em 19 Estados, segundo a ANPR, por meio de convênio com os Ministérios Públicos locais. "Não tenho dúvida de que o que a PM quer não é fazer o termo circunstanciado. Quer é lavrar autos de prisão em flagrante, fazer pedidos de prisão preventiva, fazer pedidos de quebra de sigilo, investigar", diz Marcos Leôncio Ribeiro, presidente da ADPF (Associação de Delegados da Polícia Federal). Para o relator da PEC na Comissão de Constituição e Justiça, Raul Jungmann (PPS-PE), o modelo a ser adotado na prática, em caso de aprovação da proposta, ainda está indefinido, e dependerá de lei posterior para regulamentá-lo. Mas o momento é de rever os padrões. "Há uma Polícia Militar castrada, que não pode levar até o fim um processo que ela inicia. E há a frustração da Polícia Civil, que se transforma num cartório", diz. A CCJ planeja promover seminários em 11 Estados para debater modelos de implantação. A ideia é aprovar um relatório até novembro.
6
Xbox One fica mais caro; PS4 pode aumentar por causa do dólar
A diminuição do preço do Playstation 4 no Brasil, que passou a custar R$ 2.599 na última quinta-feira (1º), pode estar com os dias contados. A informação é do diretor do Playstation na América Latina, Anderson Gracias, que participou da Brasil Game Show, maior feira do gênero no Brasil. "Quem está mandando no preço é o dólar. Quando decidimos pela redução, não esperávamos pela moeda americana assim alta", disse o executivo da Sony, explicando um possível aumento logo após a redução do valor do produto da empresa japonesa. O Playstation 4 pôde ter o preço reduzido porque passou a ser montado no Brasil, assim como o concorrente Xbox, aproveitando incentivos fiscais. No entanto, todos os componentes são importados, fazendo com que a variação cambial influísse no valor do console. "Gostaria de não precisar aumentar até o fim do ano. Mas também não tem nenhum plano concreto de aumento. Não tem nenhuma data nem previsão. Estamos fazendo o monitoramento do dólar todo dia", afirmou Gracias. Questionado sobre a possibilidade de deixar o Brasil, assim como a Nintendo fez no começo do ano, o executivo disse que não havia essa possibilidade. Gracias afirmou que a produção do Playstation 4 no Brasil, as compras de Dia da Criança e Natal, além da queda das vendas de notebooks e câmeras digitais – que abriram espaço para os games nas lojas – vão fazer com que a empresa tenha um crescimento nas vendas em 2015. "Esperamos de 15% a 20% de crescimento nos games. Nos consoles, então, não tem como comparar. O Playstation 4 era vendido a R$ 4.000, não tínhamos ele fabricado no Brasil." XBOX Na sexta-feira da semana passada (2), a Microsoft havia anunciado aos varejistas o aumento do preço dos seus consoles no Brasil. Mesmo fabricando o Xbox 360 e o Xbox One no país, assim como a concorrente Sony, a empresa também teve que se adaptar à alta do dólar. Os novos preços sugeridos ficarão em e R$2.499 para o Xbox One de 500 Gbytes; e R$1.099 para o Xbox 360, sem o Kinect e com 4 Gbytes de HD. "É uma decisão difícil. Tomamos várias medidas gerenciais, mas o dólar nos obrigou a nos adaptar. Muito embora a fabricação no Brasil nos dê vantagens como os incentivos fiscais, ainda há a variável da importação dos componentes. Essa variável é muito exposta às flutuações cambiais", disse à Folha, por telefone, o gerente geral de Xbox no Brasil, Willen Puccinelli. Quanto aos jogos em disco para o One, Willen informou que, por ora, ficarão no mesmo patamar, em média R$ 199. Seguindo o mesmo raciocínio da Sony, a Microsoft espera que as vendas não caiam, apesar do aumento de preço. É o que disse Phil Spencer, chefe de divisão de Xbox. "Nós temos consciência da pressão que sofremos quanto ao preço", disse ele na Brasil Game Show, que termina na segunda-feira (12). "Acredito que nossos negócios no país vão aumentar ano após ano." Ele aposta nos lançamentos para o console da Microsoft em 2016 para dar continuidade ao crescimento nas vendas, mesmo no período de crise. "Com as promoções que nós temos, em que a pessoa compra o videogame e ganha um jogo, eu espero que as vendas sejam maiores." Colaborou BRUNO SCATENA
tec
Xbox One fica mais caro; PS4 pode aumentar por causa do dólarA diminuição do preço do Playstation 4 no Brasil, que passou a custar R$ 2.599 na última quinta-feira (1º), pode estar com os dias contados. A informação é do diretor do Playstation na América Latina, Anderson Gracias, que participou da Brasil Game Show, maior feira do gênero no Brasil. "Quem está mandando no preço é o dólar. Quando decidimos pela redução, não esperávamos pela moeda americana assim alta", disse o executivo da Sony, explicando um possível aumento logo após a redução do valor do produto da empresa japonesa. O Playstation 4 pôde ter o preço reduzido porque passou a ser montado no Brasil, assim como o concorrente Xbox, aproveitando incentivos fiscais. No entanto, todos os componentes são importados, fazendo com que a variação cambial influísse no valor do console. "Gostaria de não precisar aumentar até o fim do ano. Mas também não tem nenhum plano concreto de aumento. Não tem nenhuma data nem previsão. Estamos fazendo o monitoramento do dólar todo dia", afirmou Gracias. Questionado sobre a possibilidade de deixar o Brasil, assim como a Nintendo fez no começo do ano, o executivo disse que não havia essa possibilidade. Gracias afirmou que a produção do Playstation 4 no Brasil, as compras de Dia da Criança e Natal, além da queda das vendas de notebooks e câmeras digitais – que abriram espaço para os games nas lojas – vão fazer com que a empresa tenha um crescimento nas vendas em 2015. "Esperamos de 15% a 20% de crescimento nos games. Nos consoles, então, não tem como comparar. O Playstation 4 era vendido a R$ 4.000, não tínhamos ele fabricado no Brasil." XBOX Na sexta-feira da semana passada (2), a Microsoft havia anunciado aos varejistas o aumento do preço dos seus consoles no Brasil. Mesmo fabricando o Xbox 360 e o Xbox One no país, assim como a concorrente Sony, a empresa também teve que se adaptar à alta do dólar. Os novos preços sugeridos ficarão em e R$2.499 para o Xbox One de 500 Gbytes; e R$1.099 para o Xbox 360, sem o Kinect e com 4 Gbytes de HD. "É uma decisão difícil. Tomamos várias medidas gerenciais, mas o dólar nos obrigou a nos adaptar. Muito embora a fabricação no Brasil nos dê vantagens como os incentivos fiscais, ainda há a variável da importação dos componentes. Essa variável é muito exposta às flutuações cambiais", disse à Folha, por telefone, o gerente geral de Xbox no Brasil, Willen Puccinelli. Quanto aos jogos em disco para o One, Willen informou que, por ora, ficarão no mesmo patamar, em média R$ 199. Seguindo o mesmo raciocínio da Sony, a Microsoft espera que as vendas não caiam, apesar do aumento de preço. É o que disse Phil Spencer, chefe de divisão de Xbox. "Nós temos consciência da pressão que sofremos quanto ao preço", disse ele na Brasil Game Show, que termina na segunda-feira (12). "Acredito que nossos negócios no país vão aumentar ano após ano." Ele aposta nos lançamentos para o console da Microsoft em 2016 para dar continuidade ao crescimento nas vendas, mesmo no período de crise. "Com as promoções que nós temos, em que a pessoa compra o videogame e ganha um jogo, eu espero que as vendas sejam maiores." Colaborou BRUNO SCATENA
5
Críticos dirão que a Folha tenta aliviar a barra de Cunha, afirma leitora
A manchete "Filho de deputado nega ter ordenado repasse a Cunha" traz uma dúvida atroz. Qual seria o objetivo ao dar tanto espaço para um desmentido que nada esclarece? Houve o depósito. Cunha diz ter suposto que se tratasse do ressarcimento de empréstimo que havia feito ao deputado. O "economista", filho do deputado, nega o depósito. Então, 1,3 milhão de francos caem do céu para Cunha e ele nem se dá conta da origem. Outros desmentidos mais bem fundamentados não mereceram tanto espaço no jornal. Os críticos da Folha dirão que o jornal está tentando "aliviar a barra do Cunha". DAGMAR ZIBAS (São Paulo, SP) * * Por que, segundo a leitora Fernanda Bonani (Painel do Leitor ), Aécio Neves, que tem coluna na Folha, não pode escrever sobre os direitos das mulheres? E Marta Suplicy, que saiu do PT e agora está no PMDB de Renan Calheiros e Eduardo Cunha? Ela pode escrever na Folha por que está num partido da base aliada? Vamos deixar de hipocrisia! MARCELO CIOTI (Atibaia, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
paineldoleitor
Críticos dirão que a Folha tenta aliviar a barra de Cunha, afirma leitoraA manchete "Filho de deputado nega ter ordenado repasse a Cunha" traz uma dúvida atroz. Qual seria o objetivo ao dar tanto espaço para um desmentido que nada esclarece? Houve o depósito. Cunha diz ter suposto que se tratasse do ressarcimento de empréstimo que havia feito ao deputado. O "economista", filho do deputado, nega o depósito. Então, 1,3 milhão de francos caem do céu para Cunha e ele nem se dá conta da origem. Outros desmentidos mais bem fundamentados não mereceram tanto espaço no jornal. Os críticos da Folha dirão que o jornal está tentando "aliviar a barra do Cunha". DAGMAR ZIBAS (São Paulo, SP) * * Por que, segundo a leitora Fernanda Bonani (Painel do Leitor ), Aécio Neves, que tem coluna na Folha, não pode escrever sobre os direitos das mulheres? E Marta Suplicy, que saiu do PT e agora está no PMDB de Renan Calheiros e Eduardo Cunha? Ela pode escrever na Folha por que está num partido da base aliada? Vamos deixar de hipocrisia! MARCELO CIOTI (Atibaia, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
16
Especulação de nomes pós-Temer inclui Cármen, e Meirelles e Maia
Com a incerteza brutal sobre as condições de Michel Temer de permanecer à frente da Presidência, forças políticas aliadas ao governo estudam nomes e cenários possíveis. Emergem como eventuais substitutos de Temer numa eleição indireta Cármen Lúcia (STF) e Henrique Meirelles (Fazenda), além de outros nomes como o do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Na noite de quarta (17), um interlocutor de Temer ouviu o presidente dizer que "não sairia de jeito nenhum" do cargo devido ao escândalo gravação da JBS. Nesta manhã de quinta (18), esse mesmo político disse "não ter certeza se isso se manteria" com o nervosismo previsível do mercado financeiro e o bombardeio contínuo com a operação destruiu o que sobrou da imagem do principal fiador do pacto PSDB-PMDB, o senador afastado Aécio Neves. Por fim, o discurso incisivo de Temer negando a renúncia, na tarde da quinta. Com todas essas idas e vindas , surgem com mais frequência alguns nomes para a eventualidade da renúncia ou cassação de Temer, algo que poderá ocorrer no Tribunal Superior Eleitoral. O primeiro é o da ministra Cármen, presidente do STF e que tem conversado ativamente com representantes do alto empresariado e políticos nos últimos meses. Mineira, silenciosa, ela já mostrou que pode jogar além dos limites institucionais estreitos em episódios como no apaziguamento de um Renan Calheiros que havia desobedecido à Justiça, por exemplo. A vantagem óbvia: é um nome do "partido da toga", magistrada associada à lisura em tempos de Lava Jato, uma raridade. Desvantagem incerta: qual seria a posição dela em relação às reformas que, se são impopulares, são consenso nesta mesma elite político-econômica que a apoiaria. Isso gera resistência a seu nome, em especial no abalroado PSDB. Aqui entra um segundo nome especulado: o do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Em seu favor, ele seria o candidato ideal para o PIB, o "homem das reformas" ou algo do gênero. Seria impopular, talvez como Temer, mas até aí 2018 está na esquina. O problema para ele é sua associação com a JBS. Tendo sido presidente do conselho da holding que controla o frigorífico e outras empresas de 2012 a 2016, há dúvidas na classe política e entre empresários sobre o que poderia ser dito sobre Meirelles pelos irmãos delatores. Cabe lembrar que até aqui o ministro só falou à Lava Jato na condição de testemunha de defesa de Luiz Inácio Lula da Silva, e não pesa nada que saiba contra ele. Meirelles tem ótimo trânsito empresarial e já foi do PSDB, estando hoje no PSD de Gilberto Kassab. Fosse a eleição direta, nenhum dos dois poderia ser candidato. Cármen não é filiada a partidos e Meirelles teria de ter se desincompatibilizado do cargo seis meses antes do pleito. Ocorre que, se a eleição for indireta, não há regras escritas sobre seus procedimentos —exceto a necessidade de 30 dias de Presidência interina pelo chefe da Câmara, no caso Rodrigo Maia, para daí convocar um Colégio Eleitoral de 594 parlamentares. O Supremo de Cármen poderia ser instado a definir as regras, como fez no caso dos impeachments de Fernando Collor e Dilma Rousseff. Caso sejam mantidas as regras e excluídos os nomes que circulam, Maia ganha força por gravidade: é um presidente de Poder com bom trânsito na enorme base aliada de Temer. Contra ele pesam suspeitas na Lava Jato, uma vez que ele foi citado em delação como alguém que vendeu sua atuação parlamentar. Ele nega, mas o selo de "enrolado" na operação parece ser uma sentença de morte nesses dias. Outros nomes nos últimos dias, antes do agravamento da crise, eram os do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e do ex-ministro Nelson Jobim (PMDB). Nenhum deles, contudo, parece estar no páreo, por motivos diversos. Todos esses cenários descontam a demanda por um pleito direto. Para tanto, seria necessária a aprovação de uma emenda constitucional, algo improvável na turbulência congressual atual. Fora que os parlamentares, muitos deles enrolados na Lava Jato, não vão querer abrir mão de manter algum controle sobre o processo político. O fator que pode mudar isso é a chamada rua: se saírem do gueto do "Fora, Temer" de sindicatos e movimentos à esquerda, os gritos pelas "Diretas Já" podem ecoar no Congresso. Até aqui, contudo, isso não se materializou, apesar de aqui e ali surgirem chamamentos de líderes do movimento que pediu a cabeça de Dilma Rousseff (PT) em 2016. Possibilidades para a saída de Temer
poder
Especulação de nomes pós-Temer inclui Cármen, e Meirelles e MaiaCom a incerteza brutal sobre as condições de Michel Temer de permanecer à frente da Presidência, forças políticas aliadas ao governo estudam nomes e cenários possíveis. Emergem como eventuais substitutos de Temer numa eleição indireta Cármen Lúcia (STF) e Henrique Meirelles (Fazenda), além de outros nomes como o do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Na noite de quarta (17), um interlocutor de Temer ouviu o presidente dizer que "não sairia de jeito nenhum" do cargo devido ao escândalo gravação da JBS. Nesta manhã de quinta (18), esse mesmo político disse "não ter certeza se isso se manteria" com o nervosismo previsível do mercado financeiro e o bombardeio contínuo com a operação destruiu o que sobrou da imagem do principal fiador do pacto PSDB-PMDB, o senador afastado Aécio Neves. Por fim, o discurso incisivo de Temer negando a renúncia, na tarde da quinta. Com todas essas idas e vindas , surgem com mais frequência alguns nomes para a eventualidade da renúncia ou cassação de Temer, algo que poderá ocorrer no Tribunal Superior Eleitoral. O primeiro é o da ministra Cármen, presidente do STF e que tem conversado ativamente com representantes do alto empresariado e políticos nos últimos meses. Mineira, silenciosa, ela já mostrou que pode jogar além dos limites institucionais estreitos em episódios como no apaziguamento de um Renan Calheiros que havia desobedecido à Justiça, por exemplo. A vantagem óbvia: é um nome do "partido da toga", magistrada associada à lisura em tempos de Lava Jato, uma raridade. Desvantagem incerta: qual seria a posição dela em relação às reformas que, se são impopulares, são consenso nesta mesma elite político-econômica que a apoiaria. Isso gera resistência a seu nome, em especial no abalroado PSDB. Aqui entra um segundo nome especulado: o do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Em seu favor, ele seria o candidato ideal para o PIB, o "homem das reformas" ou algo do gênero. Seria impopular, talvez como Temer, mas até aí 2018 está na esquina. O problema para ele é sua associação com a JBS. Tendo sido presidente do conselho da holding que controla o frigorífico e outras empresas de 2012 a 2016, há dúvidas na classe política e entre empresários sobre o que poderia ser dito sobre Meirelles pelos irmãos delatores. Cabe lembrar que até aqui o ministro só falou à Lava Jato na condição de testemunha de defesa de Luiz Inácio Lula da Silva, e não pesa nada que saiba contra ele. Meirelles tem ótimo trânsito empresarial e já foi do PSDB, estando hoje no PSD de Gilberto Kassab. Fosse a eleição direta, nenhum dos dois poderia ser candidato. Cármen não é filiada a partidos e Meirelles teria de ter se desincompatibilizado do cargo seis meses antes do pleito. Ocorre que, se a eleição for indireta, não há regras escritas sobre seus procedimentos —exceto a necessidade de 30 dias de Presidência interina pelo chefe da Câmara, no caso Rodrigo Maia, para daí convocar um Colégio Eleitoral de 594 parlamentares. O Supremo de Cármen poderia ser instado a definir as regras, como fez no caso dos impeachments de Fernando Collor e Dilma Rousseff. Caso sejam mantidas as regras e excluídos os nomes que circulam, Maia ganha força por gravidade: é um presidente de Poder com bom trânsito na enorme base aliada de Temer. Contra ele pesam suspeitas na Lava Jato, uma vez que ele foi citado em delação como alguém que vendeu sua atuação parlamentar. Ele nega, mas o selo de "enrolado" na operação parece ser uma sentença de morte nesses dias. Outros nomes nos últimos dias, antes do agravamento da crise, eram os do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e do ex-ministro Nelson Jobim (PMDB). Nenhum deles, contudo, parece estar no páreo, por motivos diversos. Todos esses cenários descontam a demanda por um pleito direto. Para tanto, seria necessária a aprovação de uma emenda constitucional, algo improvável na turbulência congressual atual. Fora que os parlamentares, muitos deles enrolados na Lava Jato, não vão querer abrir mão de manter algum controle sobre o processo político. O fator que pode mudar isso é a chamada rua: se saírem do gueto do "Fora, Temer" de sindicatos e movimentos à esquerda, os gritos pelas "Diretas Já" podem ecoar no Congresso. Até aqui, contudo, isso não se materializou, apesar de aqui e ali surgirem chamamentos de líderes do movimento que pediu a cabeça de Dilma Rousseff (PT) em 2016. Possibilidades para a saída de Temer
0
Ministra critica Samarco por resposta ao acidente de Mariana (MG)
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, criticou a Samarco, pela resposta dada até agora ao rompimento da barragem de Mariana (MG). O acidente, ocorrido em novembro, deixou ao menos 19 mortos e é considerado a maior tragédia ambiental do país. A ministra criticou a companhia, uma sociedade das mineradoras Vale (Brasil) e BHP (Austrália), pelo que vem fazendo até agora para recuperar o Rio Doce, atingido pelos rejeitos que vazaram da barragem. A crítica da ministra ocorreu durante a assinatura do termo de cooperação entre o governo federal e os estados do Espírito Santo e de Minas Gerais que cria um Comitê que vai definir a utilização dos recursos da indenização a ser paga pela empresa em ações para recuperar o Rio Doce. "Estamos vendo pelo noticiário que ainda está muito aquém a ação de resposta por parte da empresa em face dos danos que pudemos identificar", afirmou a ministra citando o caso da cidade de Regência (ES), na foz do rio, onde o acidente impactou setores como turismo e a pesca. "O acidente ainda está vivo. Ainda tem lama e impacto. Mas é hora de começarmos a recuperação". Além dos representantes dos governos federal, dos estados e dos principais municípios atingidos, o acordo conta com a Defensoria Pública da União que seria a representante das comunidades atingidas pelo desastre ambiental. Segundo o Advogado-Geral da União, José Eduardo Cardozo, o acordo não envolve a discussão das indenizações devidas a quem quiser entrar na Justiça. Mas pretende incentivar a conciliação entre os atingidos e as empresas para evitar o alongamento das discussões. "[Estamos em] busca de atuação integrada, pactuando e executando aquilo que for melhor para a solução do problema. Sempre me agrada quando o instrumental jurídico é utilizado para a conciliação. O direito é para incentivar a paz", afirmou Cardozo. INDENIZAÇÃO De acordo com o procurador-geral federal da AGU, Renato Vieira, o objetivo do comitê é tomar as decisões coletivas pactuadas entre todos os entes para evitar que a empresa não cumpra seu compromisso de revitalizar o Rio Doce. Em março, a empresa se comprometeu a pagar R$ 2 bilhões somente em 2016 para iniciar a revitalização do Rio em 39 ações previamente acordadas. Segundo Vieira, com as prioridades definidas previamente no comitê e com a concordância de todos, a companhia terá que cumprir o que for determinado. "A pior coisa que poderia acontecer seria um ente público pedir uma coisa e o outro não concordar. No comitê, vamos discutir previamente e obrigar a empresa a fazer", afirmou o procurador-geral.
cotidiano
Ministra critica Samarco por resposta ao acidente de Mariana (MG)A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, criticou a Samarco, pela resposta dada até agora ao rompimento da barragem de Mariana (MG). O acidente, ocorrido em novembro, deixou ao menos 19 mortos e é considerado a maior tragédia ambiental do país. A ministra criticou a companhia, uma sociedade das mineradoras Vale (Brasil) e BHP (Austrália), pelo que vem fazendo até agora para recuperar o Rio Doce, atingido pelos rejeitos que vazaram da barragem. A crítica da ministra ocorreu durante a assinatura do termo de cooperação entre o governo federal e os estados do Espírito Santo e de Minas Gerais que cria um Comitê que vai definir a utilização dos recursos da indenização a ser paga pela empresa em ações para recuperar o Rio Doce. "Estamos vendo pelo noticiário que ainda está muito aquém a ação de resposta por parte da empresa em face dos danos que pudemos identificar", afirmou a ministra citando o caso da cidade de Regência (ES), na foz do rio, onde o acidente impactou setores como turismo e a pesca. "O acidente ainda está vivo. Ainda tem lama e impacto. Mas é hora de começarmos a recuperação". Além dos representantes dos governos federal, dos estados e dos principais municípios atingidos, o acordo conta com a Defensoria Pública da União que seria a representante das comunidades atingidas pelo desastre ambiental. Segundo o Advogado-Geral da União, José Eduardo Cardozo, o acordo não envolve a discussão das indenizações devidas a quem quiser entrar na Justiça. Mas pretende incentivar a conciliação entre os atingidos e as empresas para evitar o alongamento das discussões. "[Estamos em] busca de atuação integrada, pactuando e executando aquilo que for melhor para a solução do problema. Sempre me agrada quando o instrumental jurídico é utilizado para a conciliação. O direito é para incentivar a paz", afirmou Cardozo. INDENIZAÇÃO De acordo com o procurador-geral federal da AGU, Renato Vieira, o objetivo do comitê é tomar as decisões coletivas pactuadas entre todos os entes para evitar que a empresa não cumpra seu compromisso de revitalizar o Rio Doce. Em março, a empresa se comprometeu a pagar R$ 2 bilhões somente em 2016 para iniciar a revitalização do Rio em 39 ações previamente acordadas. Segundo Vieira, com as prioridades definidas previamente no comitê e com a concordância de todos, a companhia terá que cumprir o que for determinado. "A pior coisa que poderia acontecer seria um ente público pedir uma coisa e o outro não concordar. No comitê, vamos discutir previamente e obrigar a empresa a fazer", afirmou o procurador-geral.
6
USP sobe posições e fica entre as 60 melhores em ranking de reputação
A USP subiu no ranking internacional de reputação no meio acadêmico, segundo a lista britânica THE (Times Higher Education), uma das principais do mundo. Na relação divulgada nesta quarta-feira (11), a universidade paulista aparece no grupo que vai da 51ª à 60ª colocação. No ano passado, havia ficado no bloco entre a 81ª e a 90ª posição. A USP é a única universidade sul-americana a aparecer entre as cem melhores da lista. O país com maior número de instituições na lista é os Estados Unidos, com 43 representantes, sendo oito entre as dez mais bem avaliadas. Apesar disso, o número de universidade americanas chegava a 46 em 2014. O Reino Unido foi quem mais evoluiu na pesquisa neste ano, chegando a 12 universidades na lista –no ano passado eram dez. Suas duas melhores (Cambridge e Oxford) subiram da quarta e quinta posição para segunda e terceira, respectivamente. O ranking de reputação considera a opinião cientistas do mundo todo, que citam uma lista de instituições que se destacam em suas áreas de atuação. É uma subdivisão da lista principal, que considera também dados objetivos como a produção científica das universidades. O estudo mais completo foi divulgado em outubro passado e colocava a USP no grupo entre o 201º lugar e o 225º. Esse levantamento também tinha a Unicamp (Universidade de Campinas), posicionada no grupo entre a 301º e a 350º (a relação não informa a posição específica). Em nota, o reitor da USP, Marco Antonio Zago, afirma que o maior reconhecimento internacional é resultado da "qualidade crescente da pesquisa, do aumento do intercâmbio internacional de seus pesquisadores e o apoio permanente das agências de fomento, como a Fapesp, Capes e CNPq". Ele ainda destaca que para manter o bom desempenho "é necessário fortalecer as atividades-fim", destacando "a ampliação do número de cursos e disciplinas em inglês, e ao fortalecimento das ações de internacionalização, com a implementação de novas bolsas de mobilidade internacional". Avaliações e especialistas da área costumam mostrar a USP com uma presença internacional tímida, o que tira pontos da universidade em rankings mundiais. Por conta disso, a instituição pretende aumentar a oferta de disciplinas em inglês e criar cursos da língua para alunos de graduação.
educacao
USP sobe posições e fica entre as 60 melhores em ranking de reputaçãoA USP subiu no ranking internacional de reputação no meio acadêmico, segundo a lista britânica THE (Times Higher Education), uma das principais do mundo. Na relação divulgada nesta quarta-feira (11), a universidade paulista aparece no grupo que vai da 51ª à 60ª colocação. No ano passado, havia ficado no bloco entre a 81ª e a 90ª posição. A USP é a única universidade sul-americana a aparecer entre as cem melhores da lista. O país com maior número de instituições na lista é os Estados Unidos, com 43 representantes, sendo oito entre as dez mais bem avaliadas. Apesar disso, o número de universidade americanas chegava a 46 em 2014. O Reino Unido foi quem mais evoluiu na pesquisa neste ano, chegando a 12 universidades na lista –no ano passado eram dez. Suas duas melhores (Cambridge e Oxford) subiram da quarta e quinta posição para segunda e terceira, respectivamente. O ranking de reputação considera a opinião cientistas do mundo todo, que citam uma lista de instituições que se destacam em suas áreas de atuação. É uma subdivisão da lista principal, que considera também dados objetivos como a produção científica das universidades. O estudo mais completo foi divulgado em outubro passado e colocava a USP no grupo entre o 201º lugar e o 225º. Esse levantamento também tinha a Unicamp (Universidade de Campinas), posicionada no grupo entre a 301º e a 350º (a relação não informa a posição específica). Em nota, o reitor da USP, Marco Antonio Zago, afirma que o maior reconhecimento internacional é resultado da "qualidade crescente da pesquisa, do aumento do intercâmbio internacional de seus pesquisadores e o apoio permanente das agências de fomento, como a Fapesp, Capes e CNPq". Ele ainda destaca que para manter o bom desempenho "é necessário fortalecer as atividades-fim", destacando "a ampliação do número de cursos e disciplinas em inglês, e ao fortalecimento das ações de internacionalização, com a implementação de novas bolsas de mobilidade internacional". Avaliações e especialistas da área costumam mostrar a USP com uma presença internacional tímida, o que tira pontos da universidade em rankings mundiais. Por conta disso, a instituição pretende aumentar a oferta de disciplinas em inglês e criar cursos da língua para alunos de graduação.
11
No Brasil, opinião autoritária sobre segurança é histórica
Uma das ameaças no horizonte das eleições de 2018 é um espectro do conservadorismo e de radicalismos autoritários, traduzidos no discurso de alguns candidatos, especialmente no tocante à segurança pública. A pesquisa apresentada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e pelo Datafolha procura mensurar essa possibilidade. No livro "What We Say, What We Do" (o que dizemos, o que fazemos), de 1973, Irwin Deutscher trata da discrepância entre o que as pessoas dizem publicamente e como elas se comportam em situações reais. O uso da concordância com frases de apoio a uma agenda de direitos civis, da mesma forma que a propensão a posições autoritárias, deve ser lido a partir da dissonância entre sentimentos e atos. Uma coisa não se traduz necessariamente na outra. De qualquer maneira, os resultados são consistentes com o que esperamos de entrevistados numa pesquisa desse gênero : quanto menor a escolaridade, maior a propensão a posições autoritárias; quanto menor a faixa socioeconômica, maior o autoritarismo; mais medo, maior apoio a posições autoritárias. Contudo, precisaríamos saber mais acerca dos fatores mais determinantes e que podem se traduzir num comportamento eleitoral. O que, de fato, determina o grau de autoritarismo? Em que medida? A segunda dimensão, mais ampla, refere se a um certo ceticismo institucional prevalecente em análises políticas. Em virtude da crise política e do descrédito dos políticos, acredita se que os partidos e suas máquinas não vão funcionar mais como mecanismos de mobilização. Isso ensejaria o surgimento de candidaturas extravagantes, especialmente à direita. É difícil sustentar essa afirmação sem restrições, mesmo porque, apesar de tudo, nossas instituições estão funcionando, a despeito da grave crise política e econômica. Mesmo em relação à opinião pública, não há sinais claros de que ela tenha andado numa ou noutra direção. Talvez esteja no reduto autoritário e tradicionalista onde sempre esteve, quando se trata de buscar soluções para a segurança pública. Daí que conservadorismo e exotismo continuarão existindo em grau elevado. É esse sentimento que sustenta a lacuna histórica e a ausência profunda de projetos de segurança pública no Brasil, mas isso não surgiu agora. É histórico. CLAUDIO BEATO é coordenador do Centro de Estudos em Criminalidade e Segurança Pública da UFMG e professor visitante da Universidade de Columbia (EUA)
poder
No Brasil, opinião autoritária sobre segurança é históricaUma das ameaças no horizonte das eleições de 2018 é um espectro do conservadorismo e de radicalismos autoritários, traduzidos no discurso de alguns candidatos, especialmente no tocante à segurança pública. A pesquisa apresentada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e pelo Datafolha procura mensurar essa possibilidade. No livro "What We Say, What We Do" (o que dizemos, o que fazemos), de 1973, Irwin Deutscher trata da discrepância entre o que as pessoas dizem publicamente e como elas se comportam em situações reais. O uso da concordância com frases de apoio a uma agenda de direitos civis, da mesma forma que a propensão a posições autoritárias, deve ser lido a partir da dissonância entre sentimentos e atos. Uma coisa não se traduz necessariamente na outra. De qualquer maneira, os resultados são consistentes com o que esperamos de entrevistados numa pesquisa desse gênero : quanto menor a escolaridade, maior a propensão a posições autoritárias; quanto menor a faixa socioeconômica, maior o autoritarismo; mais medo, maior apoio a posições autoritárias. Contudo, precisaríamos saber mais acerca dos fatores mais determinantes e que podem se traduzir num comportamento eleitoral. O que, de fato, determina o grau de autoritarismo? Em que medida? A segunda dimensão, mais ampla, refere se a um certo ceticismo institucional prevalecente em análises políticas. Em virtude da crise política e do descrédito dos políticos, acredita se que os partidos e suas máquinas não vão funcionar mais como mecanismos de mobilização. Isso ensejaria o surgimento de candidaturas extravagantes, especialmente à direita. É difícil sustentar essa afirmação sem restrições, mesmo porque, apesar de tudo, nossas instituições estão funcionando, a despeito da grave crise política e econômica. Mesmo em relação à opinião pública, não há sinais claros de que ela tenha andado numa ou noutra direção. Talvez esteja no reduto autoritário e tradicionalista onde sempre esteve, quando se trata de buscar soluções para a segurança pública. Daí que conservadorismo e exotismo continuarão existindo em grau elevado. É esse sentimento que sustenta a lacuna histórica e a ausência profunda de projetos de segurança pública no Brasil, mas isso não surgiu agora. É histórico. CLAUDIO BEATO é coordenador do Centro de Estudos em Criminalidade e Segurança Pública da UFMG e professor visitante da Universidade de Columbia (EUA)
0
Conheça os participantes do fórum que discute o combate ao câncer
Veja abaixo quem são os palestrantes e debatedores do fórum que discute as novas terapias de tratamento do câncer e os caminhos para avançar no combate à doença. O seminário acontece nos dias 29 e 30 de março (terça e quarta-feira), em São Paulo, no teatro Tucarena (r. Monte Alegre, 1024, Perdizes), das 8h30 às 13h30. As inscrições devem ser feitas pelo telefone 0800 777 0360 ou pelo endereço de e-mail seminariosfolha@grupofolha.com.br. * Ademar Lopes Diretor do departamento de cirurgia oncológica do Hospital A.C.Camargo Cancer Center, onde também é vice-presidente. Livre-docente de oncologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Fellow da Sociedade Americana de Cirurgia Oncológica. - Angélica Dimantas Médica graduada pela Unifesp, com atuação assistencial por 15 anos. Ingressou na área de medical affairs há nove anos atuando na oncologia como responsável médica pelos projetos com as áreas de pesquisa clínica, regulatórios e acesso. Exerceu as funções de consultora, gerente médica e líder de grupo médico, nas farmacêuticas multinacionais Roche e AstraZeneca e, mais recentemente, assumiu a diretoria da Imuno-Oncologia da Bristol-Myers Squibb. - Antonio Carlos Buzaid Graduou-se pela Universidade de São Paulo. Foi "fellow" em hematologia e oncologia na Universidade do Arizona. Logo após foi professor-assistente da Universidade de Yale e diretor médico do Centro de Melanoma e co-diretor do Centro de Câncer de Pulmão da mesma universidade por quatro anos. A seguir, foi professor-associado do Hospital MD Anderson Cancer Center e diretor médico do Centro Multidisciplinar de Melanoma e Câncer de Pele por cinco anos. Em 1998, participou da criação do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês, do qual foi diretor até 2010. Em 2011, tornou-se chefe geral do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes da Beneficência Portuguesa de São Paulo e, em novembro de 2015, tornou-se membro do comitê gestor do Centro de Oncologia Dayan-Daycoval do Hospital Israelita Albert Einstein, cargos que ainda ocupa. - Antonio Luiz Frasson Doutor pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, atua como mastologista do Centro de Oncologia do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. É professor-adjunto da PUC do Rio Grande do Sul e diretor da Escola Brasileira de Mastologia. - Bernardo Garicochea Coordenador de ensino e pesquisa do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês, onde também atua como médico. É formado pela PUC-RS, possui mestrado e doutorado pela USP, além de pós-doutorado em biologia molecular pelo Royal Postgraduate Medical School of London (Inglaterra) e também em genética oncológica pelo Memorial Sloan Kettering Cancer Center (EUA). - Drauzio Varella Oncologista formado pela USP, dirigiu o Serviço de Imunologia do Hospital do Câncer, em São Paulo, durante 20 anos. Entre 1990 e 1992, foi diretor do serviço de Câncer do Hospital do Ipiranga. Foi um dos pioneiros no tratamento e na elaboração de campanhas de prevenção contra a Aids. Trabalhou na casa de detenção do Carandiru de 1989 até seu fechamento, em 2002, o que resultou na publicação de seu livro "Estação Carandiru" (Companhia das Letras). É colunista da Folha. - Eduardo Motti Consultor na área de de pesquisa clínica, trabalhou durante 10 anos no Hospital das Clínicas e mais de 20 anos dirigindo equipes de peqsuisa clínica em indústrias farmacêuticas, como Sharp & Dohme, Schering (hoje Bayer) e Pfizer, e na Eurotrials, no Brasil e América Latina. É médico e mestre em doenças infecciosas pela USP, e autor do livro "Pesquisa em Seres Humanos, O Que Você Precisa Saber para Participar". - Eduardo Weltman Presidente da Sociedade Brasileira de Radioterapia e coordenador médico do serviço de radioterapia do Hospital Israelita Albert Einstein. Também é professor doutor de radioterapia da Faculdade de Medicina da USP. - Elaine Bast Elaine Bast é jornalista, formada em economia pela Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo, e em jornalismo pela Faculdade Cásper Libero. Iniciou a carreira no jornalismo econômico, no jornal "Gazeta Mercantil". Estreou na Globo em 1999, no "Bom Dia Brasil". Mais tarde foi repórter do "Jornal Nacional", e, em seguida, do "Fantástico". Em 2011, se tornou correspondente em Nova York. Em novembro de 2015, descobriu que tinha câncer de mama ao fazer uma reportagem sobre o assunto e se submeteu a uma dupla mastectomia para a retirada dos nódulos. Voltou ao trabalho na TV em janeiro. - Fábio Franke Presidente da Aliança Pesquisa Clínica Brasil, é médico coordenador do Centro de Alta Complexidade em Oncologia Clínica (Cacon) do Hospital de Caridade de Ijuí (RS) e investigador principal do Centro de Pesquisa Clínica da instituição. Formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, possui residência médica pelo Hospital Nossa Senhora da Conceição e especialização em oncologia clínica pela Sociedade Brasileira de Cancerologia.  Ao longo de sua carreira, participou de mais de 65 protocolos de pesquisa clínica. É um dos idealizadores do projeto de lei 200/2015, que tramita no Senado e propõe a criação de um marco regulatório para a pesquisa clínica em seres humanos no Brasil. - Fernanda Capareli Fernanda Cunha Capareli é oncologista do Hospital Sírio-Libanês e médica assistente do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira (Icesp), no grupo de tumores gastrintestinais. É graduada em medicina pela Universidade Gama Filho (RJ). Fez residência em clínica médica na Santa Casa de São Paulo (SP) e residência em oncologia clínica no Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês. - Gilberto Lopes Médico oncologista, diretor médico e científico do Grupo Oncoclínicas. Professor-assistente de oncologia na Universidade Johns Hopkins (EUA). Editor-associado do Journal of Global Oncology e da ASCO University, ambos da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco, na sigla em inglês). - Helano Carioca Freitas Oncologista clínico e coordenador de Pesquisa Clínica do A.C.Camargo Cancer Center, concluiu sua primeira residência em clínica médica pelo Hospital Universitário Walter Cantídio e a segunda em cancerologia pelo A.C.Camargo. É também mestre em farmacologia pela Universidade Federal do Ceará. - Henrique Prata É diretor-geral do Hospital do Câncer de Barretos, agropecuarista e vice-presidente da Fundação Pio XII. Assumiu o trabalho no Hospital de Câncer em 1988, quando começou a realizar campanhas para a construção do novo hospital. Dando continuidade ao projeto, passou a buscar recursos e parcerias com a iniciativa privada, artistas, governo e com a população, que realiza campanhas, leilões e diversos tipos de doação para o hospital. Mantém 100% do atendimento aos pacientes via SUS, com aperfeiçoamento do conceito de humanização e avanços tecnológicos. - Jarbas Barbosa Diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Médico pela Universidade Federal de Pernambuco, possui mestrado em ciências médicas e doutorado em saúde coletiva pela Unicamp, além de especialização em saúde pública e em epidemiologia pela Fiocruz. Coordenou o programa de combate à Aids em Pernambuco, trabalhou como secretário da Saúde daquele Estado e da cidade de Olinda (PE). Também dirigiu o Centro Nacional de Epidemiologia. Foi secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos e secretário de Vigilância em Saúde, no Ministério da Saúde, e gerente de Vigilância em Saúde da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). É representante do Brasil no Comitê Executivo da OMS (Organização Mundial de Saúde). - José Cláudio Casali da Rocha Médico oncogeneticista, tem doutorado em oncologia pelo A.C.Camargo Cancer Center e pós-doutorado em farmacogenética pelo St. Jude Children's Research Hospital, nos EUA. É professor de medicina da PUC-PR. Ganhou o prêmio Jabuti 2005, na categoria Ciências, com o livro "Oncologia Molecular". Fundador do Departamento de Oncogenética do Hospital A.C.Camargo e do Banco Nacional de Tumores e DNA do Instituto Nacional de Câncer (Inca). É chefe do Serviço de Oncogenética do Hospital do Câncer Erasto Gaertner, em Curitiba. - Luciana Fanti Médica com experiência de 15 anos na indústria farmacêutica, onde atuou em diversas áreas terapêuticas, como oncologia, nos últimos seis. Atualmente, trabalha na MSD do Brasil, onde lidera uma equipe médico-científica de oncologia, além do apoio técnico às áreas de comercialização e regulação em oncologia da empresa. - Marcelo Cruz Médico titular e coordenador do Serviço de Segunda Opinião em Oncologia do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes, ligado à Beneficência Portuguesa de São Paulo. Membro da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, da Associação Internacional para Estudo do Câncer de Pulmão (IASLC, na sigla em inglês), do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT) e do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG). Tem experiência na área de medicina e pesquisa clínica, atuando principalmente nos temas tratamento dos tumores sólidos como câncer de mama, pulmão e trato gastrointestinal. - Marco Antonio Zago É reitor da USP desde 2014. É formado em Medicina, mestre e doutor em Clínica Médica. Desde 1990, é professor titular da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). Foi presidente do CNPq; pró-reitor de Pesquisa da USP; coordenador do Centro de Terapia Celular de Ribeirão Preto; e diretor clínico do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Suas principais áreas de pesquisas são: anemias hereditárias, bases moleculares das neoplasias e células-tronco adultas. Em 2015, foi premiado, na categoria Personalidade de Destaque em Oncologia, com o Prêmio Octavio Frias de Oliveira. - Maurício Tuffani é jornalista especializado em Ciência. É editor-chefe da revista Scientific American Brasil. Já foi editor de "Ciência" da Folha e editor-chefe da revista Galileu. Em um blog da Folha, aborda os bastidores, as decisões políticas e os comentários sobre os temas ciência, cultura, ensino superior e ambiente. - Merula Steagall Preside a Abrasta (Associação Brasileira de Talassemia) e a Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia). Faz parte da diretoria de organizações internacionais como a Lymphoma Coalition, da Inglaterra, e a Alianza Latina, rede latino-americana de organizações de apoio a pacientes com doenças do sangue, da qual também foi idealizadora. Pela atuação foi eleita empreendedora social pela Ashoka em 2008 e nomeada empreendedora social do ano pela Fundação Schwab, em 2014. Vencedora do Prêmio Empreendedor Social da Folha em 2013. - Nelson Hamerschlak Coordenador do programa de hematologia e transplantes de medula óssea do Hospital Israelita Albert Einstein. Tem título de especialista em clínica médica, hematologia-homoterapia e transplantes de medula óssea. É doutor em imunologia e professor livre-docente pela USP. Formou-se médico pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). - Oscar Schmidt Nascido em Natal (RN), em 1958, foi jogador de basquete por 32 anos. Aposentou-se em 2003, aos 45. Conquistou nove campeonatos brasileiros de basquete, dois Pan-Americanos e um Mundial. Participou de cinco Olimpíadas e ficou conhecido como "mão santa". Em 2011, foi diagnosticado com um câncer no cérebro, contra o qual luta até hoje. - Paulo Hoff   Diretor do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo - Octavio Frias de Oliveira (Icesp) e do centro de oncologia do Hospital Sírio-Libanês, além de professor titular da disciplina de oncologia clínica da USP. É presidente da comissão científica em vigilância sanitária da Anvisa e membro do conselho diretor da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco, da sigla em inglês). - Rafael Kaliks Oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein e diretor científico do Instituto Oncoguia (ONG dedicada a ajudar os pacientes com diagnóstico de câncer). Formado pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), fez residência interna no hospital Albert Einstein da Filadélfia (EUA), "fellowship" de oncologia e hematologia na Thomas Jefferson University (EUA). Possui títulos de oncologia clínica pelo American Board of Internal Medicine e pela Sociedade Brasileira de Cancerologia. - Raquel Lisbôa É médica graduada pela Universidade Federal Fluminense, com residência e pós-graduação nas áreas de gastroenterologia e geriatria pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Mestre em saúde pública pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fiocruz, tem MBA executivo em saúde pela FGV-Rio. Membro do quadro efetivo da Agência Nacional de Saúde Suplementar desde 2008, é gerente-geral de Regulação Assistencial da Diretoria de Normas e Habilitação dos Produtos (Dipro-ANS). - Sérgio Queiroz É professor e livre-docente associado do departamento de política científica e tecnológica do Instituto de Geociências da Unicamp. Também é coordenador-adjunto de pesquisa pela inovação da Fapesp. Formado em engenharia pela USP, tem doutorado em economia pela Unicamp e foi pesquisador visitante da unidade de política científica e tecnológica (SPRU, na sigla em inglês) na Universidade de Sussex, Inglaterra. - Stephen Stefani Médico formado pela Universidade de Federal do Rio Grande do Sul e especialista em clínica médica e em oncologia (Hospital de Clínicas de Porto Alegre). Foi "fellow" da Universidade da Califórnia. Fundador do capítulo Brasil da Sociedade Internacional de Farmacoeconomia e Estudos de Desfechos (Ispor, na sigla em inglês). Atual diretor do Consórcio Latino Americano da Ispor. Professor da pós-graduação da Fundação Unimed. Atua como consultor de dezenas de empresas ligadas a saúde, tanto no Brasil como no exterior. É oncologista do Hospital do Câncer Mãe de Deus (Porto Alegre), onde exerce atividades assistenciais, científicas e de ensino. - Vera Anita Bifulco Psicóloga Clínica, integrou, entre 2002 e 2006, a equipe multiprofissional de Cuidados Paliativos do setor de Cuidados Paliativos de Clínica Médica da Unifesp-EPM. Psico-oncologista com aperfeiçoamento em gerontologia social e em psico-oncologia pelo Instituto Sedes Sapientiae. Coordenadora do Serviço de psico-oncologia do Instituto Paulista de Cancerologia (IPC) e Clínica Sainte Marie. Mestre em ciências pelo Centro Desenvolvimento do Ensino Superior em Saúde da Univesp-EPM. Entre 2008 e 2010, dirigiu a Sociedade Brasileira de Psico-Oncologia. Co-organizadora do livro "Câncer - Uma Visão Multiprofissional" e co-autora do livro "Cuidados Paliativos - Conversas sobre a Vida e a Morte na Saúde".
seminariosfolha
Conheça os participantes do fórum que discute o combate ao câncerVeja abaixo quem são os palestrantes e debatedores do fórum que discute as novas terapias de tratamento do câncer e os caminhos para avançar no combate à doença. O seminário acontece nos dias 29 e 30 de março (terça e quarta-feira), em São Paulo, no teatro Tucarena (r. Monte Alegre, 1024, Perdizes), das 8h30 às 13h30. As inscrições devem ser feitas pelo telefone 0800 777 0360 ou pelo endereço de e-mail seminariosfolha@grupofolha.com.br. * Ademar Lopes Diretor do departamento de cirurgia oncológica do Hospital A.C.Camargo Cancer Center, onde também é vice-presidente. Livre-docente de oncologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Fellow da Sociedade Americana de Cirurgia Oncológica. - Angélica Dimantas Médica graduada pela Unifesp, com atuação assistencial por 15 anos. Ingressou na área de medical affairs há nove anos atuando na oncologia como responsável médica pelos projetos com as áreas de pesquisa clínica, regulatórios e acesso. Exerceu as funções de consultora, gerente médica e líder de grupo médico, nas farmacêuticas multinacionais Roche e AstraZeneca e, mais recentemente, assumiu a diretoria da Imuno-Oncologia da Bristol-Myers Squibb. - Antonio Carlos Buzaid Graduou-se pela Universidade de São Paulo. Foi "fellow" em hematologia e oncologia na Universidade do Arizona. Logo após foi professor-assistente da Universidade de Yale e diretor médico do Centro de Melanoma e co-diretor do Centro de Câncer de Pulmão da mesma universidade por quatro anos. A seguir, foi professor-associado do Hospital MD Anderson Cancer Center e diretor médico do Centro Multidisciplinar de Melanoma e Câncer de Pele por cinco anos. Em 1998, participou da criação do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês, do qual foi diretor até 2010. Em 2011, tornou-se chefe geral do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes da Beneficência Portuguesa de São Paulo e, em novembro de 2015, tornou-se membro do comitê gestor do Centro de Oncologia Dayan-Daycoval do Hospital Israelita Albert Einstein, cargos que ainda ocupa. - Antonio Luiz Frasson Doutor pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, atua como mastologista do Centro de Oncologia do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. É professor-adjunto da PUC do Rio Grande do Sul e diretor da Escola Brasileira de Mastologia. - Bernardo Garicochea Coordenador de ensino e pesquisa do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês, onde também atua como médico. É formado pela PUC-RS, possui mestrado e doutorado pela USP, além de pós-doutorado em biologia molecular pelo Royal Postgraduate Medical School of London (Inglaterra) e também em genética oncológica pelo Memorial Sloan Kettering Cancer Center (EUA). - Drauzio Varella Oncologista formado pela USP, dirigiu o Serviço de Imunologia do Hospital do Câncer, em São Paulo, durante 20 anos. Entre 1990 e 1992, foi diretor do serviço de Câncer do Hospital do Ipiranga. Foi um dos pioneiros no tratamento e na elaboração de campanhas de prevenção contra a Aids. Trabalhou na casa de detenção do Carandiru de 1989 até seu fechamento, em 2002, o que resultou na publicação de seu livro "Estação Carandiru" (Companhia das Letras). É colunista da Folha. - Eduardo Motti Consultor na área de de pesquisa clínica, trabalhou durante 10 anos no Hospital das Clínicas e mais de 20 anos dirigindo equipes de peqsuisa clínica em indústrias farmacêuticas, como Sharp & Dohme, Schering (hoje Bayer) e Pfizer, e na Eurotrials, no Brasil e América Latina. É médico e mestre em doenças infecciosas pela USP, e autor do livro "Pesquisa em Seres Humanos, O Que Você Precisa Saber para Participar". - Eduardo Weltman Presidente da Sociedade Brasileira de Radioterapia e coordenador médico do serviço de radioterapia do Hospital Israelita Albert Einstein. Também é professor doutor de radioterapia da Faculdade de Medicina da USP. - Elaine Bast Elaine Bast é jornalista, formada em economia pela Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo, e em jornalismo pela Faculdade Cásper Libero. Iniciou a carreira no jornalismo econômico, no jornal "Gazeta Mercantil". Estreou na Globo em 1999, no "Bom Dia Brasil". Mais tarde foi repórter do "Jornal Nacional", e, em seguida, do "Fantástico". Em 2011, se tornou correspondente em Nova York. Em novembro de 2015, descobriu que tinha câncer de mama ao fazer uma reportagem sobre o assunto e se submeteu a uma dupla mastectomia para a retirada dos nódulos. Voltou ao trabalho na TV em janeiro. - Fábio Franke Presidente da Aliança Pesquisa Clínica Brasil, é médico coordenador do Centro de Alta Complexidade em Oncologia Clínica (Cacon) do Hospital de Caridade de Ijuí (RS) e investigador principal do Centro de Pesquisa Clínica da instituição. Formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, possui residência médica pelo Hospital Nossa Senhora da Conceição e especialização em oncologia clínica pela Sociedade Brasileira de Cancerologia.  Ao longo de sua carreira, participou de mais de 65 protocolos de pesquisa clínica. É um dos idealizadores do projeto de lei 200/2015, que tramita no Senado e propõe a criação de um marco regulatório para a pesquisa clínica em seres humanos no Brasil. - Fernanda Capareli Fernanda Cunha Capareli é oncologista do Hospital Sírio-Libanês e médica assistente do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira (Icesp), no grupo de tumores gastrintestinais. É graduada em medicina pela Universidade Gama Filho (RJ). Fez residência em clínica médica na Santa Casa de São Paulo (SP) e residência em oncologia clínica no Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês. - Gilberto Lopes Médico oncologista, diretor médico e científico do Grupo Oncoclínicas. Professor-assistente de oncologia na Universidade Johns Hopkins (EUA). Editor-associado do Journal of Global Oncology e da ASCO University, ambos da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco, na sigla em inglês). - Helano Carioca Freitas Oncologista clínico e coordenador de Pesquisa Clínica do A.C.Camargo Cancer Center, concluiu sua primeira residência em clínica médica pelo Hospital Universitário Walter Cantídio e a segunda em cancerologia pelo A.C.Camargo. É também mestre em farmacologia pela Universidade Federal do Ceará. - Henrique Prata É diretor-geral do Hospital do Câncer de Barretos, agropecuarista e vice-presidente da Fundação Pio XII. Assumiu o trabalho no Hospital de Câncer em 1988, quando começou a realizar campanhas para a construção do novo hospital. Dando continuidade ao projeto, passou a buscar recursos e parcerias com a iniciativa privada, artistas, governo e com a população, que realiza campanhas, leilões e diversos tipos de doação para o hospital. Mantém 100% do atendimento aos pacientes via SUS, com aperfeiçoamento do conceito de humanização e avanços tecnológicos. - Jarbas Barbosa Diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Médico pela Universidade Federal de Pernambuco, possui mestrado em ciências médicas e doutorado em saúde coletiva pela Unicamp, além de especialização em saúde pública e em epidemiologia pela Fiocruz. Coordenou o programa de combate à Aids em Pernambuco, trabalhou como secretário da Saúde daquele Estado e da cidade de Olinda (PE). Também dirigiu o Centro Nacional de Epidemiologia. Foi secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos e secretário de Vigilância em Saúde, no Ministério da Saúde, e gerente de Vigilância em Saúde da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). É representante do Brasil no Comitê Executivo da OMS (Organização Mundial de Saúde). - José Cláudio Casali da Rocha Médico oncogeneticista, tem doutorado em oncologia pelo A.C.Camargo Cancer Center e pós-doutorado em farmacogenética pelo St. Jude Children's Research Hospital, nos EUA. É professor de medicina da PUC-PR. Ganhou o prêmio Jabuti 2005, na categoria Ciências, com o livro "Oncologia Molecular". Fundador do Departamento de Oncogenética do Hospital A.C.Camargo e do Banco Nacional de Tumores e DNA do Instituto Nacional de Câncer (Inca). É chefe do Serviço de Oncogenética do Hospital do Câncer Erasto Gaertner, em Curitiba. - Luciana Fanti Médica com experiência de 15 anos na indústria farmacêutica, onde atuou em diversas áreas terapêuticas, como oncologia, nos últimos seis. Atualmente, trabalha na MSD do Brasil, onde lidera uma equipe médico-científica de oncologia, além do apoio técnico às áreas de comercialização e regulação em oncologia da empresa. - Marcelo Cruz Médico titular e coordenador do Serviço de Segunda Opinião em Oncologia do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes, ligado à Beneficência Portuguesa de São Paulo. Membro da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, da Associação Internacional para Estudo do Câncer de Pulmão (IASLC, na sigla em inglês), do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT) e do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG). Tem experiência na área de medicina e pesquisa clínica, atuando principalmente nos temas tratamento dos tumores sólidos como câncer de mama, pulmão e trato gastrointestinal. - Marco Antonio Zago É reitor da USP desde 2014. É formado em Medicina, mestre e doutor em Clínica Médica. Desde 1990, é professor titular da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). Foi presidente do CNPq; pró-reitor de Pesquisa da USP; coordenador do Centro de Terapia Celular de Ribeirão Preto; e diretor clínico do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Suas principais áreas de pesquisas são: anemias hereditárias, bases moleculares das neoplasias e células-tronco adultas. Em 2015, foi premiado, na categoria Personalidade de Destaque em Oncologia, com o Prêmio Octavio Frias de Oliveira. - Maurício Tuffani é jornalista especializado em Ciência. É editor-chefe da revista Scientific American Brasil. Já foi editor de "Ciência" da Folha e editor-chefe da revista Galileu. Em um blog da Folha, aborda os bastidores, as decisões políticas e os comentários sobre os temas ciência, cultura, ensino superior e ambiente. - Merula Steagall Preside a Abrasta (Associação Brasileira de Talassemia) e a Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia). Faz parte da diretoria de organizações internacionais como a Lymphoma Coalition, da Inglaterra, e a Alianza Latina, rede latino-americana de organizações de apoio a pacientes com doenças do sangue, da qual também foi idealizadora. Pela atuação foi eleita empreendedora social pela Ashoka em 2008 e nomeada empreendedora social do ano pela Fundação Schwab, em 2014. Vencedora do Prêmio Empreendedor Social da Folha em 2013. - Nelson Hamerschlak Coordenador do programa de hematologia e transplantes de medula óssea do Hospital Israelita Albert Einstein. Tem título de especialista em clínica médica, hematologia-homoterapia e transplantes de medula óssea. É doutor em imunologia e professor livre-docente pela USP. Formou-se médico pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). - Oscar Schmidt Nascido em Natal (RN), em 1958, foi jogador de basquete por 32 anos. Aposentou-se em 2003, aos 45. Conquistou nove campeonatos brasileiros de basquete, dois Pan-Americanos e um Mundial. Participou de cinco Olimpíadas e ficou conhecido como "mão santa". Em 2011, foi diagnosticado com um câncer no cérebro, contra o qual luta até hoje. - Paulo Hoff   Diretor do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo - Octavio Frias de Oliveira (Icesp) e do centro de oncologia do Hospital Sírio-Libanês, além de professor titular da disciplina de oncologia clínica da USP. É presidente da comissão científica em vigilância sanitária da Anvisa e membro do conselho diretor da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco, da sigla em inglês). - Rafael Kaliks Oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein e diretor científico do Instituto Oncoguia (ONG dedicada a ajudar os pacientes com diagnóstico de câncer). Formado pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), fez residência interna no hospital Albert Einstein da Filadélfia (EUA), "fellowship" de oncologia e hematologia na Thomas Jefferson University (EUA). Possui títulos de oncologia clínica pelo American Board of Internal Medicine e pela Sociedade Brasileira de Cancerologia. - Raquel Lisbôa É médica graduada pela Universidade Federal Fluminense, com residência e pós-graduação nas áreas de gastroenterologia e geriatria pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Mestre em saúde pública pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fiocruz, tem MBA executivo em saúde pela FGV-Rio. Membro do quadro efetivo da Agência Nacional de Saúde Suplementar desde 2008, é gerente-geral de Regulação Assistencial da Diretoria de Normas e Habilitação dos Produtos (Dipro-ANS). - Sérgio Queiroz É professor e livre-docente associado do departamento de política científica e tecnológica do Instituto de Geociências da Unicamp. Também é coordenador-adjunto de pesquisa pela inovação da Fapesp. Formado em engenharia pela USP, tem doutorado em economia pela Unicamp e foi pesquisador visitante da unidade de política científica e tecnológica (SPRU, na sigla em inglês) na Universidade de Sussex, Inglaterra. - Stephen Stefani Médico formado pela Universidade de Federal do Rio Grande do Sul e especialista em clínica médica e em oncologia (Hospital de Clínicas de Porto Alegre). Foi "fellow" da Universidade da Califórnia. Fundador do capítulo Brasil da Sociedade Internacional de Farmacoeconomia e Estudos de Desfechos (Ispor, na sigla em inglês). Atual diretor do Consórcio Latino Americano da Ispor. Professor da pós-graduação da Fundação Unimed. Atua como consultor de dezenas de empresas ligadas a saúde, tanto no Brasil como no exterior. É oncologista do Hospital do Câncer Mãe de Deus (Porto Alegre), onde exerce atividades assistenciais, científicas e de ensino. - Vera Anita Bifulco Psicóloga Clínica, integrou, entre 2002 e 2006, a equipe multiprofissional de Cuidados Paliativos do setor de Cuidados Paliativos de Clínica Médica da Unifesp-EPM. Psico-oncologista com aperfeiçoamento em gerontologia social e em psico-oncologia pelo Instituto Sedes Sapientiae. Coordenadora do Serviço de psico-oncologia do Instituto Paulista de Cancerologia (IPC) e Clínica Sainte Marie. Mestre em ciências pelo Centro Desenvolvimento do Ensino Superior em Saúde da Univesp-EPM. Entre 2008 e 2010, dirigiu a Sociedade Brasileira de Psico-Oncologia. Co-organizadora do livro "Câncer - Uma Visão Multiprofissional" e co-autora do livro "Cuidados Paliativos - Conversas sobre a Vida e a Morte na Saúde".
19
Compare o Apple Watch com 5 relógios inteligentes de rivais
Depois de anos de especulação, a Apple detalhou nesta segunda-feira (9) como fará sua entrada no mercado de produtos "wearables" ("vestíveis"), com o lançamento de um relógio inteligente. O Apple Watch representa a primeira linha de produtos realmente nova que a companhia lança desde a morte de Steve Jobs, em 2011. A marca só havia anunciado novos modelos de itens já existentes, como iPhones e iPads. A proposta do relógio é poupar tempo. O aparelho, ao ser sincronizado com o iPhone 5 ou modelos posteriores, mostra notificações de aplicativos, e-mails e condições de trânsito. E, claro, a hora. Enquanto isso, o celular pode continuar no bolso. O Apple Watch permite também receber ligações, falando por meio de um microfone. "Eu queria fazer isso desde os cinco anos", brincou Tim Cook, presidente-executivo da empresa, durante a apresentação. Apps populares como Uber, Twitter, Shazam e Instagram já desenvolveram versões para o Apple Watch. A interação com o relógio é feita por meio do toque na tela, girando a "digital crown" ("coroa digital"), um botão de rolagem localizado na lateral, e por meio de leves "tapinhas" no pulso ao receber uma notificação. Saúde é um dos pontos fortes do relógio. Ao manter um registro dos níveis de atividade física, ele sugere metas semanais de exercícios e informa quando é hora de levantar da cadeira. O aparelho estará disponível para pré-venda pela internet em nove países a partir de 10 de abril. O Brasil não entrou na lista e ainda não há previsão de chegada do produto por aqui. Vaja a comparação no álbum de fotos abaixo: Relógios inteligentes LUXO Com o Apple Watch, a companhia mira em um mercado de maior sofisticação: uma "degustação" do relógio, por exemplo, poderá ser feita na Galeria Lafayette, centro de compras famoso de Paris, a partir de 10 de abril. Os preços refletem a aposta e têm muitas variações, algo que não é comum para a companhia de tecnologia. Nos Estados Unidos, o modelo mais barato, em alumínio, sai por US$ 349 (R$ 1.080). O valor depende do material (alumínio, metal ou ouro), da espessura (38 mm ou 42 mm) e do bracelete (do couro ao metal). A parte técnica é a mesma. Apesar dos valores altos, previsões do mercado financeiro calculam as vendas em algo entre 20 e 30 milhões de unidades só no primeiro ano, segundo o "Financial Times". No primeiro ano do iPad, em 2010, foram vendidas 14,8 milhões de unidades. A entrada da Apple no mercado de relógios inteligentes é considerada uma boa notícia para os concorrentes. A fama da empresa costuma atrair a atenção de novos consumidores para linhas de produtos já existentes, assim como aconteceu com o iPhone e os smartphones. As expectativas em torno do Apple Watch extrapolam, assim, a própria companhia –é o momento de saber se os smartwatches vingarão no mercado ou não. Em 2014, as vendas do setor, feitas por companhias como Samsung, Sony e Motorola (todas com modelos disponíveis no Brasil), foram de 4,6 milhões de unidades, segundo a consultoria Canalys.
tec
Compare o Apple Watch com 5 relógios inteligentes de rivaisDepois de anos de especulação, a Apple detalhou nesta segunda-feira (9) como fará sua entrada no mercado de produtos "wearables" ("vestíveis"), com o lançamento de um relógio inteligente. O Apple Watch representa a primeira linha de produtos realmente nova que a companhia lança desde a morte de Steve Jobs, em 2011. A marca só havia anunciado novos modelos de itens já existentes, como iPhones e iPads. A proposta do relógio é poupar tempo. O aparelho, ao ser sincronizado com o iPhone 5 ou modelos posteriores, mostra notificações de aplicativos, e-mails e condições de trânsito. E, claro, a hora. Enquanto isso, o celular pode continuar no bolso. O Apple Watch permite também receber ligações, falando por meio de um microfone. "Eu queria fazer isso desde os cinco anos", brincou Tim Cook, presidente-executivo da empresa, durante a apresentação. Apps populares como Uber, Twitter, Shazam e Instagram já desenvolveram versões para o Apple Watch. A interação com o relógio é feita por meio do toque na tela, girando a "digital crown" ("coroa digital"), um botão de rolagem localizado na lateral, e por meio de leves "tapinhas" no pulso ao receber uma notificação. Saúde é um dos pontos fortes do relógio. Ao manter um registro dos níveis de atividade física, ele sugere metas semanais de exercícios e informa quando é hora de levantar da cadeira. O aparelho estará disponível para pré-venda pela internet em nove países a partir de 10 de abril. O Brasil não entrou na lista e ainda não há previsão de chegada do produto por aqui. Vaja a comparação no álbum de fotos abaixo: Relógios inteligentes LUXO Com o Apple Watch, a companhia mira em um mercado de maior sofisticação: uma "degustação" do relógio, por exemplo, poderá ser feita na Galeria Lafayette, centro de compras famoso de Paris, a partir de 10 de abril. Os preços refletem a aposta e têm muitas variações, algo que não é comum para a companhia de tecnologia. Nos Estados Unidos, o modelo mais barato, em alumínio, sai por US$ 349 (R$ 1.080). O valor depende do material (alumínio, metal ou ouro), da espessura (38 mm ou 42 mm) e do bracelete (do couro ao metal). A parte técnica é a mesma. Apesar dos valores altos, previsões do mercado financeiro calculam as vendas em algo entre 20 e 30 milhões de unidades só no primeiro ano, segundo o "Financial Times". No primeiro ano do iPad, em 2010, foram vendidas 14,8 milhões de unidades. A entrada da Apple no mercado de relógios inteligentes é considerada uma boa notícia para os concorrentes. A fama da empresa costuma atrair a atenção de novos consumidores para linhas de produtos já existentes, assim como aconteceu com o iPhone e os smartphones. As expectativas em torno do Apple Watch extrapolam, assim, a própria companhia –é o momento de saber se os smartwatches vingarão no mercado ou não. Em 2014, as vendas do setor, feitas por companhias como Samsung, Sony e Motorola (todas com modelos disponíveis no Brasil), foram de 4,6 milhões de unidades, segundo a consultoria Canalys.
5
'Multitela': O que assistir em 6/1, em quatro recomendações da 'Ilustrada'
Em tempos de crise, nunca é tarde para tentar mudar de ares na vida profissional. Foi o que aconteceu com Ben Whittaker (Robert De Niro) em *"Um Senhor Estagiário",* longa lançado em 2015. Cansado da aposentadoria, aos 70 anos, Whittaker resolve se candidatar ao posto de estagiário na empresa de vendas on-line comandada pela "workaholic" Jules Ostin (Anne Hathaway). Além de tratar sobre o conflito de gerações, o filme ainda aborda o dilema da mulher contemporânea, dividida entre formar uma família e a carreira. HBO, 19h45, 10 anos NA WEB Vergecast Live At Ces Para trazer as novidades no mundo da tecnologia, o Twitter exibe, em parceria com o site "The Verge", um programa de 90 minutos sobre a CES, uma das maiores feiras do ramo que acontece nesta semana nos EUA. A atração, em inglês, pode ser vista on-line. Twitter, 22h30 DESENHO "Justice League Action" A nova versão animada de A Liga da Justiça estreia contando as aventuras dos heróis Batman, Super-Homem, Mulher-Maravilha, Flash e Lanterna Verde versus vilões como Coringa e Lex Luthor. Cartoon Network, 15h, 10 anos VEJA TAMBÉM "Amor Sem Escalas": Ryan Bingham (George Clooney) é um especialista em demitir. Só que é ele quem passa a ter o emprego ameaçado depois que Natalie Keener (Anna Kendrick) cria um software para a função. Netflix, 12 anos
ilustrada
'Multitela': O que assistir em 6/1, em quatro recomendações da 'Ilustrada'Em tempos de crise, nunca é tarde para tentar mudar de ares na vida profissional. Foi o que aconteceu com Ben Whittaker (Robert De Niro) em *"Um Senhor Estagiário",* longa lançado em 2015. Cansado da aposentadoria, aos 70 anos, Whittaker resolve se candidatar ao posto de estagiário na empresa de vendas on-line comandada pela "workaholic" Jules Ostin (Anne Hathaway). Além de tratar sobre o conflito de gerações, o filme ainda aborda o dilema da mulher contemporânea, dividida entre formar uma família e a carreira. HBO, 19h45, 10 anos NA WEB Vergecast Live At Ces Para trazer as novidades no mundo da tecnologia, o Twitter exibe, em parceria com o site "The Verge", um programa de 90 minutos sobre a CES, uma das maiores feiras do ramo que acontece nesta semana nos EUA. A atração, em inglês, pode ser vista on-line. Twitter, 22h30 DESENHO "Justice League Action" A nova versão animada de A Liga da Justiça estreia contando as aventuras dos heróis Batman, Super-Homem, Mulher-Maravilha, Flash e Lanterna Verde versus vilões como Coringa e Lex Luthor. Cartoon Network, 15h, 10 anos VEJA TAMBÉM "Amor Sem Escalas": Ryan Bingham (George Clooney) é um especialista em demitir. Só que é ele quem passa a ter o emprego ameaçado depois que Natalie Keener (Anna Kendrick) cria um software para a função. Netflix, 12 anos
1
Samsung amplia para US$ 224 bilhões valor de mercado da empresa
A Samsung Electronics aumentou em US$ 9 bilhões seu valor de mercado na quarta-feira (30), para US$ 224 bilhões, depois que suas ações atingiram máximas recordes, impulsionadas por promessas de retornos maiores aos acionistas e revisão na estrutura corporativa. Os papéis da companhia subiram 4,2% na máxima da sessão, para um patamar recorde de 1,747 milhão de wons (US$ 1.496,74). Até agora neste ano, a alta acumulada é de 38%. Pressionada pelo fundo de hedge americano Elliott Management, a empresa sul-coreana informou na terça-feira (29) que planejava devolver 50% do fluxo de caixa livre em 2016 e 2017, bem como ofereceu elevar em 36% os dividendos totais a serem distribuídos neste ano. A Samsung ainda prometeu expandir os esforços para recompra de ações, depois de ter recomprado um recorde de 11,4 trilhões de wons (US$ 9,8 bilhões) neste ano. Ainda que as medidas tenham ficado aquém do proposto pelo Elliot em outubro, analistas e investidores avaliam que o anúncio da maior fabricante de smartphones do mundo vieram em linha com o esperado e é um passo na direção certa. A Elliot pediu à Samsung que pagasse 30 trilhões de wons em dividendos extraordinários e retornasse 75% do fluxo de caixa livre. "Enquanto a Samsung mantiver níveis de fluxo de caixa saudáveis e conseguir recomprar e cancelar mais ações, os dividendos por ação continuarão subindo", comentou Kim Hyun-su, gestor de fundos do IBK Asset Management. Para o Elliot, as medidas anunciadas pela Samsung são um "passo inicial construtivo", mas o fundo de hedge sinalizou querer mais e sugeriu manter a empresa sul-coreana sob pressão.
mercado
Samsung amplia para US$ 224 bilhões valor de mercado da empresaA Samsung Electronics aumentou em US$ 9 bilhões seu valor de mercado na quarta-feira (30), para US$ 224 bilhões, depois que suas ações atingiram máximas recordes, impulsionadas por promessas de retornos maiores aos acionistas e revisão na estrutura corporativa. Os papéis da companhia subiram 4,2% na máxima da sessão, para um patamar recorde de 1,747 milhão de wons (US$ 1.496,74). Até agora neste ano, a alta acumulada é de 38%. Pressionada pelo fundo de hedge americano Elliott Management, a empresa sul-coreana informou na terça-feira (29) que planejava devolver 50% do fluxo de caixa livre em 2016 e 2017, bem como ofereceu elevar em 36% os dividendos totais a serem distribuídos neste ano. A Samsung ainda prometeu expandir os esforços para recompra de ações, depois de ter recomprado um recorde de 11,4 trilhões de wons (US$ 9,8 bilhões) neste ano. Ainda que as medidas tenham ficado aquém do proposto pelo Elliot em outubro, analistas e investidores avaliam que o anúncio da maior fabricante de smartphones do mundo vieram em linha com o esperado e é um passo na direção certa. A Elliot pediu à Samsung que pagasse 30 trilhões de wons em dividendos extraordinários e retornasse 75% do fluxo de caixa livre. "Enquanto a Samsung mantiver níveis de fluxo de caixa saudáveis e conseguir recomprar e cancelar mais ações, os dividendos por ação continuarão subindo", comentou Kim Hyun-su, gestor de fundos do IBK Asset Management. Para o Elliot, as medidas anunciadas pela Samsung são um "passo inicial construtivo", mas o fundo de hedge sinalizou querer mais e sugeriu manter a empresa sul-coreana sob pressão.
2
Balança comercial registra melhor mês de maio da série histórica
O dólar em alta e a atividade econômica em baixa continuam a ajudar no saldo da balança comercial. Em maio deste ano, a diferença entre exportações e importações apontou superavit de US$ 6,4 bilhões, o mais alto para o período desde o início da série histórica, em 1989. O recorde anterior para este mês foi registrado em 2008, quando o superavit alcançou R$ 4,6 bilhões. Nos cinco primeiros meses do ano, o saldo está positivo em US$ 19,7 bilhões, outro recorde para o comércio exterior brasileiro. Apesar de ajudar no superavit, o câmbio ainda não foi capaz de aumentar as receitas das exportações. Na comparação entre maio de 2016 e igual período de 2015, a balança registra queda de 0,2%. No ano, a queda das importações é de 2,6%. Por outro lado, o perfil da balança mostra que empresariado brasileiro está exportando com preços mais baixos em dólar. Quando observada sob a ótica do volume exportado, há um crescimento de 15,8% no ano. A Secex (Secretaria de Comércio Exterior) destaca também o crescimento no número de empresas exportadoras. Há registro de que 1.703 companhias passaram a vender seus produtos ao exterior esse ano, o que representa um crescimento de 11,5% na base exportadora. "Esperamos que até o final do ano as exportações voltem a crescer, puxadas principalmente pelos manufaturados", afirma Daniel Godinho, secretário de Comércio Exterior do Mdic (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços). Com a pequena queda das exportações, o recorde do saldo é explicado pela queda acentuada das importações –resultado da atividade econômica. Na mesma base de comparação, as importações caíram 24,3%. Nesses cinco primeiros meses do ano, o tombo das importações é de 30,8%. "O câmbio apoia o movimento exportador", diz Godinho. "A queda das importações acontece em um grau bastante maior, fruto da atividade econômica", complementa. O tombo nas importações vem da retração dos preços dos produtos, de 11% no ano, e também no volume de compras feitas pelas empresas brasileiras, de 22%. Apesar do motivo não ser animador, a projeção para o saldo do ano é. O governo espera fechar 2016 com um superavit recorde, o que acontecerá se o saldo for superior a US$ 46 bilhões –valor alcançado em 2006. "O superavit do comércio exterior é o principal motivo da melhoria das contas externas no país. A balança comercial foi responsável por três quartos da redução do deficit em transações correntes", diz Godinho. Entre janeiro a abril deste ano, o deficit das contas externas soma US$ 7,16 bilhões, enquanto que no mesmo período de 2015 o rombo era de US$ 31,9 bilhões. PAUTA EXPORTADORA A expectativa do governo é que os produtos manufaturados puxem o crescimento das exportações este ano. Segundo Godinho, segmentos tradicionais da indústria como o calçadista, têxtil e de máquinas e equipamentos já apresentam melhora no volume de vendas ao exterior com a ajuda do câmbio. Além disso, os acordos automotivos, que têm ajudado o Brasil a vender mais carros para Argentina e México, e as vendas de aviões da Embraer para os Estados Unidos estão contribuindo para manter a projeção otimista. No ano, as exportações de automóveis cresceram 54,8% e as de aviões, 27,3%. "Há um dinamismo nas exportações, com o crescimento firme da venda de automóveis e a recuperação de segmentos tradicionais", afirma Godinho. Por outro lado, estrelas da exportação, como minério de ferro e soja podem já ter vivido seus melhores momentos este ano. Em maio, o minério de ferro foi vendido a um preço médio 17,4% mais caro, o que fez com que o valor exportado no mês crescesse 37,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Porém, o governo avalia que os preços não devem se sustentar. No acumulado do ano, o minério de ferro apresenta queda 26,4% nas exportações. No caso da soja, a antecipação de embarques para aproveitar a alta do dólar fez com que grande parte da safra já tenha sido exportada. Isso ajudou a construir saldos comerciais robustos nos quatro meses do ano. Porém, em maio, com a redução dos embarques, o produto já não contribui tanto para o superavit. Enquanto que no ano a soja apresenta um crescimento das exportações de 23,7%, em maio, quando comparado com igual período do ano passado, registrou queda de 5,1%.
mercado
Balança comercial registra melhor mês de maio da série históricaO dólar em alta e a atividade econômica em baixa continuam a ajudar no saldo da balança comercial. Em maio deste ano, a diferença entre exportações e importações apontou superavit de US$ 6,4 bilhões, o mais alto para o período desde o início da série histórica, em 1989. O recorde anterior para este mês foi registrado em 2008, quando o superavit alcançou R$ 4,6 bilhões. Nos cinco primeiros meses do ano, o saldo está positivo em US$ 19,7 bilhões, outro recorde para o comércio exterior brasileiro. Apesar de ajudar no superavit, o câmbio ainda não foi capaz de aumentar as receitas das exportações. Na comparação entre maio de 2016 e igual período de 2015, a balança registra queda de 0,2%. No ano, a queda das importações é de 2,6%. Por outro lado, o perfil da balança mostra que empresariado brasileiro está exportando com preços mais baixos em dólar. Quando observada sob a ótica do volume exportado, há um crescimento de 15,8% no ano. A Secex (Secretaria de Comércio Exterior) destaca também o crescimento no número de empresas exportadoras. Há registro de que 1.703 companhias passaram a vender seus produtos ao exterior esse ano, o que representa um crescimento de 11,5% na base exportadora. "Esperamos que até o final do ano as exportações voltem a crescer, puxadas principalmente pelos manufaturados", afirma Daniel Godinho, secretário de Comércio Exterior do Mdic (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços). Com a pequena queda das exportações, o recorde do saldo é explicado pela queda acentuada das importações –resultado da atividade econômica. Na mesma base de comparação, as importações caíram 24,3%. Nesses cinco primeiros meses do ano, o tombo das importações é de 30,8%. "O câmbio apoia o movimento exportador", diz Godinho. "A queda das importações acontece em um grau bastante maior, fruto da atividade econômica", complementa. O tombo nas importações vem da retração dos preços dos produtos, de 11% no ano, e também no volume de compras feitas pelas empresas brasileiras, de 22%. Apesar do motivo não ser animador, a projeção para o saldo do ano é. O governo espera fechar 2016 com um superavit recorde, o que acontecerá se o saldo for superior a US$ 46 bilhões –valor alcançado em 2006. "O superavit do comércio exterior é o principal motivo da melhoria das contas externas no país. A balança comercial foi responsável por três quartos da redução do deficit em transações correntes", diz Godinho. Entre janeiro a abril deste ano, o deficit das contas externas soma US$ 7,16 bilhões, enquanto que no mesmo período de 2015 o rombo era de US$ 31,9 bilhões. PAUTA EXPORTADORA A expectativa do governo é que os produtos manufaturados puxem o crescimento das exportações este ano. Segundo Godinho, segmentos tradicionais da indústria como o calçadista, têxtil e de máquinas e equipamentos já apresentam melhora no volume de vendas ao exterior com a ajuda do câmbio. Além disso, os acordos automotivos, que têm ajudado o Brasil a vender mais carros para Argentina e México, e as vendas de aviões da Embraer para os Estados Unidos estão contribuindo para manter a projeção otimista. No ano, as exportações de automóveis cresceram 54,8% e as de aviões, 27,3%. "Há um dinamismo nas exportações, com o crescimento firme da venda de automóveis e a recuperação de segmentos tradicionais", afirma Godinho. Por outro lado, estrelas da exportação, como minério de ferro e soja podem já ter vivido seus melhores momentos este ano. Em maio, o minério de ferro foi vendido a um preço médio 17,4% mais caro, o que fez com que o valor exportado no mês crescesse 37,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Porém, o governo avalia que os preços não devem se sustentar. No acumulado do ano, o minério de ferro apresenta queda 26,4% nas exportações. No caso da soja, a antecipação de embarques para aproveitar a alta do dólar fez com que grande parte da safra já tenha sido exportada. Isso ajudou a construir saldos comerciais robustos nos quatro meses do ano. Porém, em maio, com a redução dos embarques, o produto já não contribui tanto para o superavit. Enquanto que no ano a soja apresenta um crescimento das exportações de 23,7%, em maio, quando comparado com igual período do ano passado, registrou queda de 5,1%.
2
Cineclubinho exibe animações japonesas a partir deste domingo
A partir deste domingo (22), o Sesc Ipiranga começa a exibir gratuitamente filmes de diretores como Hayao Miyazaki, um dos criadores do cinema de animação japonesa. Sempre aos domingos, às 11h, a mostra começa com "O Serviço de Entregas de Kiki", que conta a história de uma jovem bruxa que, para sobreviver, se muda montada na sua vassoura para a cidade de Koriko e passa a ajudar em um serviço de entregas. As obras de Miyazaki costumam abordar temas como a relação da humanidade com a natureza e a tecnologia, entre outros. Confira a programação completa abaixo: 22 de fevereiro: O Serviço de Entregas de Kiki (1989) 1º de março: O Reino dos Gatos (2002) 8 de março: A Viagem de Chihiro (2003) 15 de março: Castelo No Céu (1986) 22 de março: O Castelo Animado (2004) 29 de março: O Mundo dos Pequeninos (2010) PARA CONFERIR Projeto Cineclubinho ONDE Sesc Ipiranga (Teatro) - Rua Bom Pastor, 822, Ipiranga QUANDO de 22 de fevereiro a 29 de março, aos domingos, às 11h QUANTO grátis
folhinha
Cineclubinho exibe animações japonesas a partir deste domingoA partir deste domingo (22), o Sesc Ipiranga começa a exibir gratuitamente filmes de diretores como Hayao Miyazaki, um dos criadores do cinema de animação japonesa. Sempre aos domingos, às 11h, a mostra começa com "O Serviço de Entregas de Kiki", que conta a história de uma jovem bruxa que, para sobreviver, se muda montada na sua vassoura para a cidade de Koriko e passa a ajudar em um serviço de entregas. As obras de Miyazaki costumam abordar temas como a relação da humanidade com a natureza e a tecnologia, entre outros. Confira a programação completa abaixo: 22 de fevereiro: O Serviço de Entregas de Kiki (1989) 1º de março: O Reino dos Gatos (2002) 8 de março: A Viagem de Chihiro (2003) 15 de março: Castelo No Céu (1986) 22 de março: O Castelo Animado (2004) 29 de março: O Mundo dos Pequeninos (2010) PARA CONFERIR Projeto Cineclubinho ONDE Sesc Ipiranga (Teatro) - Rua Bom Pastor, 822, Ipiranga QUANDO de 22 de fevereiro a 29 de março, aos domingos, às 11h QUANTO grátis
27
Disputa de pastas no PMDB ameaça reforma ministerial de Dilma
As negociações que a presidente Dilma Rousseff têm feito com o PMDB para acomodá-lo em sua reforma ministerial resultaram em disputas internas na sigla que ameaçam o principal objetivo traçado pelo Palácio do Planalto com as mudanças administrativas: o de obter o apoio coeso da sigla no Congresso. O impasse interno no partido aliado emperrou as negociações e obrigou a petista a adiar em quase uma semana o anúncio das mudanças. Mesmo que consiga contemplar os diferentes grupos do PMDB ao final da reforma, Dilma deve enfrentar problemas com os insatisfeitos. Prova disso é que na votação dos vetos presidenciais, em sessão conjunta do Congresso na semana passada, quase um terço da bancada da sigla na Câmara votou pela derrubada da decisão de barrar a proposta de alternativa ao fator previdenciário, mecanismo que desestimularia aposentadorias precoces. Dos 49 parlamentares peemedebistas presentes, 30% se posicionaram contra a orientação do governo federal. Sob pressão da bancada do PMDB da Câmara, a presidente já alterou ao menos três vezes a configuração dos cargos oferecidos aos deputados federais do partido, mas ainda não conseguiu agradar a sigla. Inicialmente, a petista havia pedido ao líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Leonardo Picciani (RJ), indicações para Saúde e Infraestrutura,que seria criada da fusão entre Aviação e Portos. A pedido do vice-presidente Michel Temer (PMDB), no entanto, a presidente acabou recuando da ideia para acomodar dois aliados do peemedebista: o ministro Eliseu Padilha, que continuaria na Aviação, e Helder Barbalho, que iria da Pesca para Portos. A mudança não foi bem aceita pela bancada da sigla, que abriu divergência interna com o vice e ameaçou desistir das indicações para a nova configuração da Esplanada. Para evitar uma rebelião, Dilma estuda mudar novamente a configuração das pastas e cogita duas alternativas. A primeira é deslocar Padilha da Aviação para o comando da Infraero. Se isso ocorrer, Barbalho assumiria a pasta e deixaria Portos para a bancada peemedebista. A segunda é entregar Turismo para os deputados do PMDB e deslocar o ministro Henrique Eduardo Alves, também aliado de Temer, para o comando da Embratur. Os aliados do vice-presidente, no entanto, resistem a aceitar essas mudanças. Segundo a Folha apurou, Temer foi informado que caso um deles fique sem pasta, os três abrirão mão de participar do primeiro escalão do governo. SENADO No Senado, a bancada do PMDB tem dito que não fará pressão sobre a presidente para obter cargos. Os senadores dizem que a manutenção dos ministros Eduardo Braga (Minas e Energia) e Kátia Abreu (Agricultura) os satisfaz. No entanto, movimentações recentes irritaram senadores do partido. A oferta do ministério das Comunicações ao PDT enfureceu o líder do PMDB na Casa, Eunício Oliveira (CE), desafeto dos irmãos Ciro e Cid Gomes –hoje no PDT– no Ceará A distribuição de cargos de peso a integrantes das diversas alas do PMDB é tida pelo governo como a última cartada para tentar desmobilizar um processo de impeachment contra Dilma no Congresso. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), responsável por dar o encaminhamento do processo, já disse, contudo, que é contrário às negociações da sigla com o Planalto e defende que o PMDB saia do governo. O anúncio oficial da reforma ministerial deverá ser feito na próxima quarta (30), mesmo dia em que o Congresso Nacional terminará de analisar seis vetos, dentre eles o que reajusta o salário de servidores do Judiciário e o que estende a todos os aposentados a política de valorização do salário mínimo. VETOS Se derrubados, eles podem causar um impacto fiscal de R$ 63 bilhões nos próximos quatro anos. Parlamentares dizem acreditar que a presidente, que volta na terça (29) de viagem ao exterior, poderá esperar o resultado da sessão conjunta do Congresso para apresentar a nova configuração da Esplanada. A estratégia seria uma forma de não contaminar a votação e dar margem a uma eventual derrota do governo. Para tentar resolver a crise com o PMDB, que ameaça romper com o Planalto em novembro, quando discutirá o tema em um congresso, Dilma teve que cortar espaço do PT. Seu partido vai perder a Saúde, as Comunicações e as secretarias das Mulheres, dos Direitos Humanos e da Igualdade Racial, que formarão a pasta da Cidadania, entregue ao petista Miguel Rossetto. O Ministério do Governo, que substituirá a Secretaria-Geral, será comandado por Ricardo Berzoini.
poder
Disputa de pastas no PMDB ameaça reforma ministerial de DilmaAs negociações que a presidente Dilma Rousseff têm feito com o PMDB para acomodá-lo em sua reforma ministerial resultaram em disputas internas na sigla que ameaçam o principal objetivo traçado pelo Palácio do Planalto com as mudanças administrativas: o de obter o apoio coeso da sigla no Congresso. O impasse interno no partido aliado emperrou as negociações e obrigou a petista a adiar em quase uma semana o anúncio das mudanças. Mesmo que consiga contemplar os diferentes grupos do PMDB ao final da reforma, Dilma deve enfrentar problemas com os insatisfeitos. Prova disso é que na votação dos vetos presidenciais, em sessão conjunta do Congresso na semana passada, quase um terço da bancada da sigla na Câmara votou pela derrubada da decisão de barrar a proposta de alternativa ao fator previdenciário, mecanismo que desestimularia aposentadorias precoces. Dos 49 parlamentares peemedebistas presentes, 30% se posicionaram contra a orientação do governo federal. Sob pressão da bancada do PMDB da Câmara, a presidente já alterou ao menos três vezes a configuração dos cargos oferecidos aos deputados federais do partido, mas ainda não conseguiu agradar a sigla. Inicialmente, a petista havia pedido ao líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Leonardo Picciani (RJ), indicações para Saúde e Infraestrutura,que seria criada da fusão entre Aviação e Portos. A pedido do vice-presidente Michel Temer (PMDB), no entanto, a presidente acabou recuando da ideia para acomodar dois aliados do peemedebista: o ministro Eliseu Padilha, que continuaria na Aviação, e Helder Barbalho, que iria da Pesca para Portos. A mudança não foi bem aceita pela bancada da sigla, que abriu divergência interna com o vice e ameaçou desistir das indicações para a nova configuração da Esplanada. Para evitar uma rebelião, Dilma estuda mudar novamente a configuração das pastas e cogita duas alternativas. A primeira é deslocar Padilha da Aviação para o comando da Infraero. Se isso ocorrer, Barbalho assumiria a pasta e deixaria Portos para a bancada peemedebista. A segunda é entregar Turismo para os deputados do PMDB e deslocar o ministro Henrique Eduardo Alves, também aliado de Temer, para o comando da Embratur. Os aliados do vice-presidente, no entanto, resistem a aceitar essas mudanças. Segundo a Folha apurou, Temer foi informado que caso um deles fique sem pasta, os três abrirão mão de participar do primeiro escalão do governo. SENADO No Senado, a bancada do PMDB tem dito que não fará pressão sobre a presidente para obter cargos. Os senadores dizem que a manutenção dos ministros Eduardo Braga (Minas e Energia) e Kátia Abreu (Agricultura) os satisfaz. No entanto, movimentações recentes irritaram senadores do partido. A oferta do ministério das Comunicações ao PDT enfureceu o líder do PMDB na Casa, Eunício Oliveira (CE), desafeto dos irmãos Ciro e Cid Gomes –hoje no PDT– no Ceará A distribuição de cargos de peso a integrantes das diversas alas do PMDB é tida pelo governo como a última cartada para tentar desmobilizar um processo de impeachment contra Dilma no Congresso. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), responsável por dar o encaminhamento do processo, já disse, contudo, que é contrário às negociações da sigla com o Planalto e defende que o PMDB saia do governo. O anúncio oficial da reforma ministerial deverá ser feito na próxima quarta (30), mesmo dia em que o Congresso Nacional terminará de analisar seis vetos, dentre eles o que reajusta o salário de servidores do Judiciário e o que estende a todos os aposentados a política de valorização do salário mínimo. VETOS Se derrubados, eles podem causar um impacto fiscal de R$ 63 bilhões nos próximos quatro anos. Parlamentares dizem acreditar que a presidente, que volta na terça (29) de viagem ao exterior, poderá esperar o resultado da sessão conjunta do Congresso para apresentar a nova configuração da Esplanada. A estratégia seria uma forma de não contaminar a votação e dar margem a uma eventual derrota do governo. Para tentar resolver a crise com o PMDB, que ameaça romper com o Planalto em novembro, quando discutirá o tema em um congresso, Dilma teve que cortar espaço do PT. Seu partido vai perder a Saúde, as Comunicações e as secretarias das Mulheres, dos Direitos Humanos e da Igualdade Racial, que formarão a pasta da Cidadania, entregue ao petista Miguel Rossetto. O Ministério do Governo, que substituirá a Secretaria-Geral, será comandado por Ricardo Berzoini.
0
Salvador registrou protesto de manhã e à tarde
Neste domingo (15), os manifestantes de Salvador começaram a se reunir cedo, por volta das 9h30, no Farol da Barra, na capital baiana. Com camisetas verde e amarelo ou com camisas da seleção brasileira, tinham como principais lemas gritos de "Fora PT" e "Fora Dilma". Segundo a Polícia Militar, foram 7.000 presentes pela manhã. "Estamos há muito tempo indignados com a impunidade. Hoje somos a favor do impeachment porque o PT está em tudo que não presta. A gente não aguenta mais tanta corrupção e o governo está presente em tudo", declarou Geraldo Magalhães, 37, empresário e um dos líderes do Movimento Bahia Unida Contra a Corrupção, grupo mais organizado no protesto e que levou ao Farol bandinha de Carnaval e bonecos de Olinda em referência a Nelson Mandela e Joaquim Barbosa. Apesar das muitas manifestações coletivas contra o PT, nem todos defendiam o impeachment da presidente ou se colocavam contra o partido. "Ainda não vemos razão para o impeachment. Mas precisamos de uma reforma política urgente que sinalize mudança no país", discursou ao microfone Rafael Gordilho, 25, um dos líderes do grupo intitulado União Democrática Acadêmica. Já o contador Roni Santiago, 39, que distribuía adesivos de "Não vamos nos dispersar", parecia menos incomodado com o PT que com a gerência da presidente. "Ela não sabe conduzir o país. Não gosto dessa coisa de ficar batendo em partido, isso fica logo visto como partidário, como se estivéssemos vinculados a outro partido, o que acredito que não é o caso aqui", afirmou. De acordo com Santiago, os adesivos foram confeccionados após uma vaquinha que arrecadou R$ 1.070 reais entre quase 700 participantes de um grupo de Whatsapp intitulado "Impeachment Bahia", que ele criou e organiza. Foram 6.500 adesivos ao todo. "Ninguém contribuiu com mais de dois reais", completou. À tarde, novos protestos foram convocados pelo movimento Vem pra Rua, que declara "ainda" não defender o processo de destituição da presidente. Eles também se reuniram no Farol. Segundo a PM, o ato reuniu cerca de 5.000 pessoas. Depois de negociarem com os policiais, os manifestantes da tarde fizeram uma caminhada do Farol da Barra até Ondina. Repetindo o tradicional percurso do Carnaval de Salvador, entoaram: "Não é carnaval, é o Brasil caindo na real". Após passarem em frente ao prédio da Aeronáutica, já no bairro de Ondina, boa parte deles começou se dispersar. Porém, um grupo com menos de cem pessoas seguiu até as estátuas conhecidas como as Gordinhas. De lá pretendiam seguir até o Palácio de Ondina, residência oficial do governador, mas foram dissuadidos após conversas com a PM, que já contava com um efetivo da Tropa de Choque na área. Editoria de Arte/Folhapress
poder
Salvador registrou protesto de manhã e à tardeNeste domingo (15), os manifestantes de Salvador começaram a se reunir cedo, por volta das 9h30, no Farol da Barra, na capital baiana. Com camisetas verde e amarelo ou com camisas da seleção brasileira, tinham como principais lemas gritos de "Fora PT" e "Fora Dilma". Segundo a Polícia Militar, foram 7.000 presentes pela manhã. "Estamos há muito tempo indignados com a impunidade. Hoje somos a favor do impeachment porque o PT está em tudo que não presta. A gente não aguenta mais tanta corrupção e o governo está presente em tudo", declarou Geraldo Magalhães, 37, empresário e um dos líderes do Movimento Bahia Unida Contra a Corrupção, grupo mais organizado no protesto e que levou ao Farol bandinha de Carnaval e bonecos de Olinda em referência a Nelson Mandela e Joaquim Barbosa. Apesar das muitas manifestações coletivas contra o PT, nem todos defendiam o impeachment da presidente ou se colocavam contra o partido. "Ainda não vemos razão para o impeachment. Mas precisamos de uma reforma política urgente que sinalize mudança no país", discursou ao microfone Rafael Gordilho, 25, um dos líderes do grupo intitulado União Democrática Acadêmica. Já o contador Roni Santiago, 39, que distribuía adesivos de "Não vamos nos dispersar", parecia menos incomodado com o PT que com a gerência da presidente. "Ela não sabe conduzir o país. Não gosto dessa coisa de ficar batendo em partido, isso fica logo visto como partidário, como se estivéssemos vinculados a outro partido, o que acredito que não é o caso aqui", afirmou. De acordo com Santiago, os adesivos foram confeccionados após uma vaquinha que arrecadou R$ 1.070 reais entre quase 700 participantes de um grupo de Whatsapp intitulado "Impeachment Bahia", que ele criou e organiza. Foram 6.500 adesivos ao todo. "Ninguém contribuiu com mais de dois reais", completou. À tarde, novos protestos foram convocados pelo movimento Vem pra Rua, que declara "ainda" não defender o processo de destituição da presidente. Eles também se reuniram no Farol. Segundo a PM, o ato reuniu cerca de 5.000 pessoas. Depois de negociarem com os policiais, os manifestantes da tarde fizeram uma caminhada do Farol da Barra até Ondina. Repetindo o tradicional percurso do Carnaval de Salvador, entoaram: "Não é carnaval, é o Brasil caindo na real". Após passarem em frente ao prédio da Aeronáutica, já no bairro de Ondina, boa parte deles começou se dispersar. Porém, um grupo com menos de cem pessoas seguiu até as estátuas conhecidas como as Gordinhas. De lá pretendiam seguir até o Palácio de Ondina, residência oficial do governador, mas foram dissuadidos após conversas com a PM, que já contava com um efetivo da Tropa de Choque na área. Editoria de Arte/Folhapress
0
Empresa planeja cultivar orgânicos nos telhados de SP em 2016
INGRID FAGUNDEZ DE SÃO PAULO Imagine a trajetória de um tomate até chegar ao seu prato. Provavelmente, ele foi colhido em uma grande fazenda, viajou centenas de quilômetros em um caminhão –onde outros ficaram pelo caminho– até chegar a um centro de distribuição e ser transportado para uma feira ou supermercado. Então, só aí, você o comprou. E se o tomate tivesse sido cultivado em São Paulo, no topo do prédio vizinho? Há anos, dezenas de empresas nos Estados Unidos, Europa e Ásia aplicam tecnologia para produzir alimentos em larga escala nas cidades. Esse tipo de produção vai chegar à capital paulista em 2016, com a filial brasileira da Urban Farmers, companhia da Suíça que criou um modelo de agricultura hidropônica (na água) sem agrotóxicos ou desperdício. A ideia é simples. Em uma área de, no mínimo, mil metros quadrados, dentro de uma estufa, ervas, legumes e frutas são cultivados na água. No mesmo espaço, peixes são alimentados em tanques. A água com os resíduos dos peixes é levada por tubos até onde estão as plantas, que se alimentam desses nutrientes e "filtram" o líquido, encaminhado novamente para os tanques. No final, peixes e vegetais viram comida. "Na natureza, não existe o conceito de desperdício. Tudo é reciclado. Tentamos usar esse conceito. Hoje, quando você olha para o lado econômico [da cadeia produtiva], 80% é desperdício. Estamos tentando mudar isso ao produzir ultralocalmente", diz o fundador e presidente do Urban Farmers, Roman Gaus. Ele esteve no Brasil em agosto para a Virada Sustentável e, durante sua passagem por São Paulo, reuniu-se com interessados em importar o sistema. Entre eles, o engenheiro Daniel Pacheco, a relações públicas Talita Marinho e a administradora Alexa Gaspar, que serão responsáveis pela implantação do modelo na cidade. Talita e Daniel conheceram a história do Urban Farmers no final de 2012, quando viram a empresa em uma reportagem. No começo de 2013, incluíram a Suíça em seu roteiro de viagem e viram de perto como funcionavam as hortas urbanas. Na maioria dos casos, elas são instaladas no topo de edifícios e distribuem sua produção para supermercados, restaurantes ou diretamente para o consumidor, que pode receber suas compras em casa. Em São Paulo, o trio procura prédios que comportem a estrutura para alugar os terraços. Para isso, devem ter fiação e tubulação que suportem o funcionamento da estufa. Hotéis e shoppings são algumas das opções. CONHEÇA OS URBAN FARMERS (EM INGLÊS) Vídeo mostra o trabalho dos Urban Farmers O plano é instalar a primeira fazenda urbana no ano que vem e, em seguida, fazer outras duas. A produção deve começar em 2017. "O momento é propício. Há muitas pessoas em projetos para ocupar a cidade. Vejo hortas na rua, gente nos parques, e a fazenda vem complementar isso", diz Alexa, francesa há sete anos em São Paulo. PREÇOS Um dos desafios do projeto é tornar os preços dos produtos sem agrotóxicos competitivos no mercado. Alimentos de grandes fazendeiros costumam ser mais baratos porque são produzidos em larga escala e há menos perda devido ao uso de pesticidas. Mesmo que os valores sejam um pouco mais altos, Talita, uma das integrantes do grupo, diz acreditar que as pessoas estão se conscientizando sobre o impacto dos agrotóxicos na saúde. "Um orgânico hoje custa menos do que muitos remédios no futuro", afirma Alexa.
saopaulo
Empresa planeja cultivar orgânicos nos telhados de SP em 2016INGRID FAGUNDEZ DE SÃO PAULO Imagine a trajetória de um tomate até chegar ao seu prato. Provavelmente, ele foi colhido em uma grande fazenda, viajou centenas de quilômetros em um caminhão –onde outros ficaram pelo caminho– até chegar a um centro de distribuição e ser transportado para uma feira ou supermercado. Então, só aí, você o comprou. E se o tomate tivesse sido cultivado em São Paulo, no topo do prédio vizinho? Há anos, dezenas de empresas nos Estados Unidos, Europa e Ásia aplicam tecnologia para produzir alimentos em larga escala nas cidades. Esse tipo de produção vai chegar à capital paulista em 2016, com a filial brasileira da Urban Farmers, companhia da Suíça que criou um modelo de agricultura hidropônica (na água) sem agrotóxicos ou desperdício. A ideia é simples. Em uma área de, no mínimo, mil metros quadrados, dentro de uma estufa, ervas, legumes e frutas são cultivados na água. No mesmo espaço, peixes são alimentados em tanques. A água com os resíduos dos peixes é levada por tubos até onde estão as plantas, que se alimentam desses nutrientes e "filtram" o líquido, encaminhado novamente para os tanques. No final, peixes e vegetais viram comida. "Na natureza, não existe o conceito de desperdício. Tudo é reciclado. Tentamos usar esse conceito. Hoje, quando você olha para o lado econômico [da cadeia produtiva], 80% é desperdício. Estamos tentando mudar isso ao produzir ultralocalmente", diz o fundador e presidente do Urban Farmers, Roman Gaus. Ele esteve no Brasil em agosto para a Virada Sustentável e, durante sua passagem por São Paulo, reuniu-se com interessados em importar o sistema. Entre eles, o engenheiro Daniel Pacheco, a relações públicas Talita Marinho e a administradora Alexa Gaspar, que serão responsáveis pela implantação do modelo na cidade. Talita e Daniel conheceram a história do Urban Farmers no final de 2012, quando viram a empresa em uma reportagem. No começo de 2013, incluíram a Suíça em seu roteiro de viagem e viram de perto como funcionavam as hortas urbanas. Na maioria dos casos, elas são instaladas no topo de edifícios e distribuem sua produção para supermercados, restaurantes ou diretamente para o consumidor, que pode receber suas compras em casa. Em São Paulo, o trio procura prédios que comportem a estrutura para alugar os terraços. Para isso, devem ter fiação e tubulação que suportem o funcionamento da estufa. Hotéis e shoppings são algumas das opções. CONHEÇA OS URBAN FARMERS (EM INGLÊS) Vídeo mostra o trabalho dos Urban Farmers O plano é instalar a primeira fazenda urbana no ano que vem e, em seguida, fazer outras duas. A produção deve começar em 2017. "O momento é propício. Há muitas pessoas em projetos para ocupar a cidade. Vejo hortas na rua, gente nos parques, e a fazenda vem complementar isso", diz Alexa, francesa há sete anos em São Paulo. PREÇOS Um dos desafios do projeto é tornar os preços dos produtos sem agrotóxicos competitivos no mercado. Alimentos de grandes fazendeiros costumam ser mais baratos porque são produzidos em larga escala e há menos perda devido ao uso de pesticidas. Mesmo que os valores sejam um pouco mais altos, Talita, uma das integrantes do grupo, diz acreditar que as pessoas estão se conscientizando sobre o impacto dos agrotóxicos na saúde. "Um orgânico hoje custa menos do que muitos remédios no futuro", afirma Alexa.
17
Como a moda transformou o picho em artigo de luxo
O que para o novo prefeito de São Paulo é vandalismo, para a moda mundial é mina de ouro. O picho, expressão rudimentar do inconformismo com o sistema, é perseguido por João Doria e seu projeto "Cidade Linda" na mesma medida com que marcas de luxo correm atrás dos pichadores mais importantes do mundo para borrar seus legados. Em vez do "cinza doria", são as cores iluminadas e as letras disformes os ingredientes da receita milionária das grifes. Desde a primeira colaboração com Stephen Sprouse (1953-2004), em 2001, a Louis Vuitton, marca de luxo francesa cujas bolsas passeiam pelo guarda-roupa das elites, viu suas ações dispararem depois de riscar os escritos "bold" fluorescentes do artista americano nas coleções. Foi o estilista Marc Jacobs quem enxergou o potencial de relacionar a arte urbana aos anseios de mudança trazidos pela virada do milênio. Inverter noções de luxo e costurar essa estética marginalizada, que já tomava a música e as galerias de arte no início do século, foram os grandes legados de Jacobs à frente da Vuitton. O traço de Sprouse não guarda nenhuma relação com os desenhos elaborados do grafite, tipo de riscado visto pela gestão paulistana como primo chique do picho. Pelo contrário, as linhas do artista são grosseiras e antimoda, características que talvez expliquem o fato de logo terem virado opção "cool" ao monograma clássico da etiqueta, o LV entrelaçado. Quinze anos depois da Vuitton, a italiana Gucci começou a ressignificar a pichação, bruta e sem nenhum apreço pelo traço bem definido. Na passarela de outono-inverno 2016, na semana de moda de Milão, uma bolsa preta com o nome da marca em alto-relevo apareceu com o escrito "real" respingando tinta de spray. A peça é uma lembrança bem-humorada do fato de a grife ser uma das mais copiadas do mundo e ter processado, naquele ano, uma loja virtual que vendia falsificações dos seus acessórios. A bolsa "Real Gucci", idealizada pelo personagem "GucciGhost", apelido do grafiteiro canadense Trouble Andrew, fez sucesso e inaugurou uma parceria sem hora para acabar entre o artista e o então novo diretor criativo da grife, Alessandro Michele. Os pichos idealizados por Andrew, aplicados em acessórios clássicos e nas roupas de apelo jovem criadas por Michele, viraram febre no mercado de luxo e impulsionaram a retomada do "streetstyle", a moda urbana dos anos 1990. Ao mesmo tempo, a dupla resgatou dos 1980 o gosto pela personalização, dando aval para consumidores riscarem e decorarem suas peças de grife. Hoje, não há nada mais "cool" do que ter uma jaqueta, uma camiseta ou um acessório de luxo personalizados. O custo para aderir ao movimento é alto. Algumas das bolsas com o picho grifado custam, nas lojas da marca em São Paulo, R$ 11.970. Há pouquíssimos exemplares disponíveis para compra. A Gucci colocou mais tinta no molho e contratou quatro artistas, entre eles o próprio Trouble Andrew, para personalizar alas das suas "flagships", no projeto intitulado 4Rooms. No espaço da etiqueta na loja Dover Street Market de Ginza, um dos bairros da elite de Tóquio, no Japão, paredes e objetos receberam os rabiscos do pichador-celebridade. PICHADAS NO BAILE Os casamentos de Louis Vuitton e Gucci com o picho são apenas exemplos duradouros da união entre a moda e a arte "marginal". Nas últimas temporadas, sobram parcerias desse tipo na indústria. Em 2011, a francesa Hermès lançou uma série de lenços de seda pintados com os traços sinuosos do grafiteiro francês Kongo. Mais uma vez, nada de padrões realistas. A parceria enrolou nos pescoços mais delicados da alta sociedade mosaicos de letras e formas típicas da pichação. Mesmo tipo de padronagem que o estilista Jeremy Scott imprimiu, em 2015, nos vestidos de sua coleção de inverno para a grife Moschino. No mesmo ano, as popstars Madonna e Katy Perry apareceram pichadas no baile do Metropolitan Museum de Nova York, o MET Gala, esbórnia fashionista mais fotografada do ano, com versões dessa alta-costura urbana de Scott. Chanel e Céline, grifes francesas também reconhecidas pela clientela de fino trato, mancharam seus legados elegantes com spray, pinceladas e rabiscos. Nas passarelas de Paris de verão 2014, as duas deram gás a uma corrente estética que a moda logo chamou de "artsty". O "artsy" pichadão está em voga até agora. Neste momento, são vendidas as últimas peças da colaboração entre a marca nova-iorquina Alice+Olivia, da designer Stacey Bendet, e os detentores do espólio de Jean-Michel Basquiat (1960-1988), neoexpressionista mais incensado da sua geração. Uma saia longa, com várias pichações e desenhos do grafiteiro impressos, é vendida na loja virtual da grife por US$ 1.295, algo em torno de R$ 4.200. Haja vista o horizonte de cifras coloridas, não haverá tão cedo cinza suficiente para limpar toda essa sujeira na qual a moda se envolveu e, ironicamente, cobriu seus clientes mais abastados.
colunas
Como a moda transformou o picho em artigo de luxoO que para o novo prefeito de São Paulo é vandalismo, para a moda mundial é mina de ouro. O picho, expressão rudimentar do inconformismo com o sistema, é perseguido por João Doria e seu projeto "Cidade Linda" na mesma medida com que marcas de luxo correm atrás dos pichadores mais importantes do mundo para borrar seus legados. Em vez do "cinza doria", são as cores iluminadas e as letras disformes os ingredientes da receita milionária das grifes. Desde a primeira colaboração com Stephen Sprouse (1953-2004), em 2001, a Louis Vuitton, marca de luxo francesa cujas bolsas passeiam pelo guarda-roupa das elites, viu suas ações dispararem depois de riscar os escritos "bold" fluorescentes do artista americano nas coleções. Foi o estilista Marc Jacobs quem enxergou o potencial de relacionar a arte urbana aos anseios de mudança trazidos pela virada do milênio. Inverter noções de luxo e costurar essa estética marginalizada, que já tomava a música e as galerias de arte no início do século, foram os grandes legados de Jacobs à frente da Vuitton. O traço de Sprouse não guarda nenhuma relação com os desenhos elaborados do grafite, tipo de riscado visto pela gestão paulistana como primo chique do picho. Pelo contrário, as linhas do artista são grosseiras e antimoda, características que talvez expliquem o fato de logo terem virado opção "cool" ao monograma clássico da etiqueta, o LV entrelaçado. Quinze anos depois da Vuitton, a italiana Gucci começou a ressignificar a pichação, bruta e sem nenhum apreço pelo traço bem definido. Na passarela de outono-inverno 2016, na semana de moda de Milão, uma bolsa preta com o nome da marca em alto-relevo apareceu com o escrito "real" respingando tinta de spray. A peça é uma lembrança bem-humorada do fato de a grife ser uma das mais copiadas do mundo e ter processado, naquele ano, uma loja virtual que vendia falsificações dos seus acessórios. A bolsa "Real Gucci", idealizada pelo personagem "GucciGhost", apelido do grafiteiro canadense Trouble Andrew, fez sucesso e inaugurou uma parceria sem hora para acabar entre o artista e o então novo diretor criativo da grife, Alessandro Michele. Os pichos idealizados por Andrew, aplicados em acessórios clássicos e nas roupas de apelo jovem criadas por Michele, viraram febre no mercado de luxo e impulsionaram a retomada do "streetstyle", a moda urbana dos anos 1990. Ao mesmo tempo, a dupla resgatou dos 1980 o gosto pela personalização, dando aval para consumidores riscarem e decorarem suas peças de grife. Hoje, não há nada mais "cool" do que ter uma jaqueta, uma camiseta ou um acessório de luxo personalizados. O custo para aderir ao movimento é alto. Algumas das bolsas com o picho grifado custam, nas lojas da marca em São Paulo, R$ 11.970. Há pouquíssimos exemplares disponíveis para compra. A Gucci colocou mais tinta no molho e contratou quatro artistas, entre eles o próprio Trouble Andrew, para personalizar alas das suas "flagships", no projeto intitulado 4Rooms. No espaço da etiqueta na loja Dover Street Market de Ginza, um dos bairros da elite de Tóquio, no Japão, paredes e objetos receberam os rabiscos do pichador-celebridade. PICHADAS NO BAILE Os casamentos de Louis Vuitton e Gucci com o picho são apenas exemplos duradouros da união entre a moda e a arte "marginal". Nas últimas temporadas, sobram parcerias desse tipo na indústria. Em 2011, a francesa Hermès lançou uma série de lenços de seda pintados com os traços sinuosos do grafiteiro francês Kongo. Mais uma vez, nada de padrões realistas. A parceria enrolou nos pescoços mais delicados da alta sociedade mosaicos de letras e formas típicas da pichação. Mesmo tipo de padronagem que o estilista Jeremy Scott imprimiu, em 2015, nos vestidos de sua coleção de inverno para a grife Moschino. No mesmo ano, as popstars Madonna e Katy Perry apareceram pichadas no baile do Metropolitan Museum de Nova York, o MET Gala, esbórnia fashionista mais fotografada do ano, com versões dessa alta-costura urbana de Scott. Chanel e Céline, grifes francesas também reconhecidas pela clientela de fino trato, mancharam seus legados elegantes com spray, pinceladas e rabiscos. Nas passarelas de Paris de verão 2014, as duas deram gás a uma corrente estética que a moda logo chamou de "artsty". O "artsy" pichadão está em voga até agora. Neste momento, são vendidas as últimas peças da colaboração entre a marca nova-iorquina Alice+Olivia, da designer Stacey Bendet, e os detentores do espólio de Jean-Michel Basquiat (1960-1988), neoexpressionista mais incensado da sua geração. Uma saia longa, com várias pichações e desenhos do grafiteiro impressos, é vendida na loja virtual da grife por US$ 1.295, algo em torno de R$ 4.200. Haja vista o horizonte de cifras coloridas, não haverá tão cedo cinza suficiente para limpar toda essa sujeira na qual a moda se envolveu e, ironicamente, cobriu seus clientes mais abastados.
10
Dilma admite a aliados que afastamento se tornou 'inevitável'
A presidente Dilma Rousseff admitiu a aliados que seu afastamento temporário da Presidência se tornou "inevitável" e decidiu traçar uma agenda para "defender seu mandato" e impedir que o vice Michel Temer "se aproprie" de projetos e medidas de seu governo. Chancelada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a estratégia tem o objetivo de manter a mobilização da base social do PT e reproduzir o discurso de que Dilma é "vitima de um golpe" e que um eventual governo Michel Temer é "ilegítimo". A presidente pediu à sua equipe para "apressar" tudo que estiver "pronto ou perto de ficar pronto" para ser anunciado antes de o Senado aprovar a admissibilidade do processo de seu impeachment, em votação prevista para o dia 11 de maio, o que vai resultar no seu afastamento do cargo por até 180 dias. Segundo um assessor direto, Dilma não quer deixar para Temer ações e medidas elaboradas durante seu governo. Nesta lista, estão as licitações de mais quatro aeroportos (Porto Alegre, Fortaleza, Florianópolis e Salvador), concessões de portos e medidas tributárias como mudanças no Supersimples. A ordem, de acordo com um auxiliar, "é limpar as gavetas" e promover um ritual de saída do governo. A petista determinou ainda resolver tudo o que for possível nestes próximos dias para evitar críticas da equipe de Temer de que assumiu um governo "desorganizado". Neste ritmo de reta final, Dilma vai também instalar o CNPI (Conselho Nacional de Política Indigenista), anunciará a prorrogação da permanência de médicos estrangeiros no programa Mais Médicos, participará de Conferência Conjunta dos Direitos Humanos e deve entregar no Pará novas unidades do Minha Casa, Minha Vida. Para a próxima semana, está prevista a cerimônia da tocha olímpica, com forte claque petista no Palácio do Planalto, e o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2016/2017. Auxiliares da presidente defendem a ideia de que ela precisa sair do "imobilismo" e tentar mostrar que ainda tem algum apoio social. Dilma estuda ainda ir a São Paulo para evento das centrais sindicais em celebração ao 1º de Maio, Dia do Trabalho. FATOR LULA Na noite desta segunda-feira (25), por exemplo, Lula visitou rapidamente o terceiro andar do Planalto para cumprimentar os integrantes da Frente Brasil Popular, que teriam uma reunião com Dilma. Segundo aliados, a aparição do ex-presidente, que durou cerca de dez minutos, foi um gesto para mostrar que o petista "está ali" e que é preciso "resistir até o fim". No encontro, os movimentos de esquerda disseram a Dilma que se Michel Temer assumir, eles "não darão sossego" e farão protestos e paralisações nacionais. Interlocutores de Lula e Dilma reconhecem que o governo não conseguirá impedir a admissibilidade do processo de impeachment pela comissão especial do Senado, mas ponderam que a mobilização social será fundamental nesse período. A presidente acredita que pode ser inocentada ao fim do julgamento pelo Senado, podendo, assim, retomar seu mandato. Parlamentares do PT e o próprio ex-presidente Lula, porém, acreditam que, após o afastamento de Dilma, o quadro vai ficar "muito difícil" e, mesmo que ganhe no julgamento, ficará sem condições de governabilidade. Isso porque, afirmam, Temer já articula o novo governo, inclusive com o anúncio informal de ministros em postos estratégicos, como Henrique Meirelles na Fazenda. Diante do governo peemedebista, a ordem de Lula e da cúpula do PT é "infernizar" Temer e não colaborar "de maneira nenhuma". Cronograma da comissão
poder
Dilma admite a aliados que afastamento se tornou 'inevitável'A presidente Dilma Rousseff admitiu a aliados que seu afastamento temporário da Presidência se tornou "inevitável" e decidiu traçar uma agenda para "defender seu mandato" e impedir que o vice Michel Temer "se aproprie" de projetos e medidas de seu governo. Chancelada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a estratégia tem o objetivo de manter a mobilização da base social do PT e reproduzir o discurso de que Dilma é "vitima de um golpe" e que um eventual governo Michel Temer é "ilegítimo". A presidente pediu à sua equipe para "apressar" tudo que estiver "pronto ou perto de ficar pronto" para ser anunciado antes de o Senado aprovar a admissibilidade do processo de seu impeachment, em votação prevista para o dia 11 de maio, o que vai resultar no seu afastamento do cargo por até 180 dias. Segundo um assessor direto, Dilma não quer deixar para Temer ações e medidas elaboradas durante seu governo. Nesta lista, estão as licitações de mais quatro aeroportos (Porto Alegre, Fortaleza, Florianópolis e Salvador), concessões de portos e medidas tributárias como mudanças no Supersimples. A ordem, de acordo com um auxiliar, "é limpar as gavetas" e promover um ritual de saída do governo. A petista determinou ainda resolver tudo o que for possível nestes próximos dias para evitar críticas da equipe de Temer de que assumiu um governo "desorganizado". Neste ritmo de reta final, Dilma vai também instalar o CNPI (Conselho Nacional de Política Indigenista), anunciará a prorrogação da permanência de médicos estrangeiros no programa Mais Médicos, participará de Conferência Conjunta dos Direitos Humanos e deve entregar no Pará novas unidades do Minha Casa, Minha Vida. Para a próxima semana, está prevista a cerimônia da tocha olímpica, com forte claque petista no Palácio do Planalto, e o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2016/2017. Auxiliares da presidente defendem a ideia de que ela precisa sair do "imobilismo" e tentar mostrar que ainda tem algum apoio social. Dilma estuda ainda ir a São Paulo para evento das centrais sindicais em celebração ao 1º de Maio, Dia do Trabalho. FATOR LULA Na noite desta segunda-feira (25), por exemplo, Lula visitou rapidamente o terceiro andar do Planalto para cumprimentar os integrantes da Frente Brasil Popular, que teriam uma reunião com Dilma. Segundo aliados, a aparição do ex-presidente, que durou cerca de dez minutos, foi um gesto para mostrar que o petista "está ali" e que é preciso "resistir até o fim". No encontro, os movimentos de esquerda disseram a Dilma que se Michel Temer assumir, eles "não darão sossego" e farão protestos e paralisações nacionais. Interlocutores de Lula e Dilma reconhecem que o governo não conseguirá impedir a admissibilidade do processo de impeachment pela comissão especial do Senado, mas ponderam que a mobilização social será fundamental nesse período. A presidente acredita que pode ser inocentada ao fim do julgamento pelo Senado, podendo, assim, retomar seu mandato. Parlamentares do PT e o próprio ex-presidente Lula, porém, acreditam que, após o afastamento de Dilma, o quadro vai ficar "muito difícil" e, mesmo que ganhe no julgamento, ficará sem condições de governabilidade. Isso porque, afirmam, Temer já articula o novo governo, inclusive com o anúncio informal de ministros em postos estratégicos, como Henrique Meirelles na Fazenda. Diante do governo peemedebista, a ordem de Lula e da cúpula do PT é "infernizar" Temer e não colaborar "de maneira nenhuma". Cronograma da comissão
0
Podemos busca respostas para desempenho ruim nas eleições
Quando anunciaram sua coalizão em maio deste ano, os partidos Podemos e Esquerda Unida tinham a ambição de chegar às eleições de 26 de junho como líderes da esquerda espanhola. Somando forças, seus líderes pensavam em batalhar para formar um novo governo. No domingo, a coalizão Unidos Podemos deparou-se com um cenário distinto. Juntos, somaram 71 assentos, a mesma cifra que haviam reunido separados no pleito de dezembro passado. Em número de votos, a situação é mais negativa. A coalizão recebeu 1,2 milhão de votos a menos em comparação com dezembro. O sistema eleitoral espanhol tem distorções regionais, e o número de votos não se traduz diretamente em cadeiras. Estão, assim, distantes do topo sonhado –o conservador PP tem 137 cadeiras e o PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), 85. O resultado surpreendeu também os institutos de pesquisa, que nas últimas semanas vinham colocando o Unidos Podemos em segundo lugar, inclusive nas pesquisas de boca de urna horas antes do resultado oficial. O Metroscopia, um dos mais respeitados no país, busca agora respostas para o abismo entre a previsão e a realidade. "Algo rompeu a tendência, algo complexo", diz à reportagem da Folha o analista Francisco Camas. Por exemplo, a votação britânica para deixar a União Europeia, o chamado "Brexit". O referendo, em 23 de junho, teria criado um cenário de instabilidade, favorável ao conservador PP (Partido Popular), hoje no poder. A abstenção dos eleitores moderados do Podemos é outra hipótese para o desempenho do partido no domingo. A participação nessas eleições, 69,84%, foi uma das mais baixas da história. Camas também ressalta que, desde 2014, eleitores têm tomado decisões na véspera do pleito, uma tendência que começava a aparecer nas últimas sondagens, ainda que de maneira tímida. PERGUNTA No dia após o pleito, a direção do Podemos reuniu-se e encomendou um estudo demográfico para analisar o desempenho e entender por que a aliança não levou a um bom resultado eleitoral. Pablo Echenique, um de seus líderes, afirmou a jornalistas que por ora "ninguém sabe por que o resultado não foi o que apontavam as pesquisas. Nós também não". Pablo Iglesias, líder do Podemos, disse que irá estender a mão a todas as forças políticas, "especialmente as progressistas". Quando se esperava que sua coalizão superasse o PSOE, a perspectiva era um governo unindo ambos. O cenário está menos claro, após os resultados. Alberto Garzón, líder da Esquerda Unida, afirmou na segunda-feira que a aliança com o Podemos foi "uma boa ideia" e que evitou um desastre maior. "Se tivéssemos nos apresentado separadamente, os resultados teriam sido muito piores."
mundo
Podemos busca respostas para desempenho ruim nas eleiçõesQuando anunciaram sua coalizão em maio deste ano, os partidos Podemos e Esquerda Unida tinham a ambição de chegar às eleições de 26 de junho como líderes da esquerda espanhola. Somando forças, seus líderes pensavam em batalhar para formar um novo governo. No domingo, a coalizão Unidos Podemos deparou-se com um cenário distinto. Juntos, somaram 71 assentos, a mesma cifra que haviam reunido separados no pleito de dezembro passado. Em número de votos, a situação é mais negativa. A coalizão recebeu 1,2 milhão de votos a menos em comparação com dezembro. O sistema eleitoral espanhol tem distorções regionais, e o número de votos não se traduz diretamente em cadeiras. Estão, assim, distantes do topo sonhado –o conservador PP tem 137 cadeiras e o PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), 85. O resultado surpreendeu também os institutos de pesquisa, que nas últimas semanas vinham colocando o Unidos Podemos em segundo lugar, inclusive nas pesquisas de boca de urna horas antes do resultado oficial. O Metroscopia, um dos mais respeitados no país, busca agora respostas para o abismo entre a previsão e a realidade. "Algo rompeu a tendência, algo complexo", diz à reportagem da Folha o analista Francisco Camas. Por exemplo, a votação britânica para deixar a União Europeia, o chamado "Brexit". O referendo, em 23 de junho, teria criado um cenário de instabilidade, favorável ao conservador PP (Partido Popular), hoje no poder. A abstenção dos eleitores moderados do Podemos é outra hipótese para o desempenho do partido no domingo. A participação nessas eleições, 69,84%, foi uma das mais baixas da história. Camas também ressalta que, desde 2014, eleitores têm tomado decisões na véspera do pleito, uma tendência que começava a aparecer nas últimas sondagens, ainda que de maneira tímida. PERGUNTA No dia após o pleito, a direção do Podemos reuniu-se e encomendou um estudo demográfico para analisar o desempenho e entender por que a aliança não levou a um bom resultado eleitoral. Pablo Echenique, um de seus líderes, afirmou a jornalistas que por ora "ninguém sabe por que o resultado não foi o que apontavam as pesquisas. Nós também não". Pablo Iglesias, líder do Podemos, disse que irá estender a mão a todas as forças políticas, "especialmente as progressistas". Quando se esperava que sua coalizão superasse o PSOE, a perspectiva era um governo unindo ambos. O cenário está menos claro, após os resultados. Alberto Garzón, líder da Esquerda Unida, afirmou na segunda-feira que a aliança com o Podemos foi "uma boa ideia" e que evitou um desastre maior. "Se tivéssemos nos apresentado separadamente, os resultados teriam sido muito piores."
3
Jornais publicam no Facebook mesmo com temor de mudança nas regras
O Facebook iniciou nesta quarta-feira (13) o projeto "Instant Articles", artigos instantâneos, pelo qual nove grupos jornalísticos passam a publicar diretamente na plataforma de mídia social –sem que o usuário precise remeter para os respectivos sites. A primeira reportagem no ar foi do jornal "The New York Times", sobre o que chamou de "jornada" da ex-ginasta brasileira Laís Souza, que sofreu um acidente de esqui em janeiro de 2014 e ficou paralisada do ombro para baixo. Também já publicaram os americanos "National Geographic", "BuzzFeed", "The Atlantic" e NBC. Os alemães "Der Spiegel" e "Bild" e os britânicos "The Guardian" e BBC virão depois. A discussão ainda não chegou ao Brasil. Os veículos estrearam com um post cada um, no que chamaram cautelosamente de "teste" e "ensaio", expressões usadas por Tony Danker, "publisher" do "Guardian", ou "experiência", no dizer de Mark Thompson, presidente-executivo da NYT Co. Antes relutantes, os veículos aceitaram a proposta do Facebook depois de concessões feitas pela rede social, como o acesso a dados de performance de seus posts –antiga reivindicação dos produtores de conteúdo. Dao Nguyen, "publisher" do "BuzzFeed", em especial, destacou que o Facebook aceitou incorporar ferramentas de "tracking" de ComScore e Google Analytics. Outras concessões foram em publicidade. "Os veículos podem vender anúncios nos artigos e manter a receita" na totalidade, escreveu o gerente de produtos do Facebook no post em que anunciou a estreia do projeto. Mais importante, o Facebook aceitou que eles usem a plataforma para veicular a chamada "publicidade nativa", usada por "NYT", "BuzzFeed", "Guardian" e outros, com posts que mimetizam reportagens, mas são pagos pelos anunciantes. Por outro lado, persiste o risco, admitido por "NYT" e outros, de que o Facebook mude de estratégia repentinamente, como já fez, e inviabilize o "Instant Article". Analistas de mídia criticaram. Zeynep Tufekci, da Universidade da Carolina do Norte, afirmou que a escolha dos nove veículos já evidencia o novo poder editorial do Facebook. E Dan Gillmor, da Universidade do Arizona, cobrou ação do órgão antitruste contra a plataforma. Negociado desde 2014 entre a rede e os veículos, o projeto estreia duas semanas depois de sair estudo do instituto Pew segundo o qual mais da metade dos internautas nos EUA já se informa de política no Facebook. O "Instant Article" tem como alvo maior os celulares e, de início, limita-se ao iPhone. Segundo o Pew, dos 50 maiores sites noticiosos americanos, 39 já são mais acessados por aparelhos móveis do que por computadores.
mercado
Jornais publicam no Facebook mesmo com temor de mudança nas regrasO Facebook iniciou nesta quarta-feira (13) o projeto "Instant Articles", artigos instantâneos, pelo qual nove grupos jornalísticos passam a publicar diretamente na plataforma de mídia social –sem que o usuário precise remeter para os respectivos sites. A primeira reportagem no ar foi do jornal "The New York Times", sobre o que chamou de "jornada" da ex-ginasta brasileira Laís Souza, que sofreu um acidente de esqui em janeiro de 2014 e ficou paralisada do ombro para baixo. Também já publicaram os americanos "National Geographic", "BuzzFeed", "The Atlantic" e NBC. Os alemães "Der Spiegel" e "Bild" e os britânicos "The Guardian" e BBC virão depois. A discussão ainda não chegou ao Brasil. Os veículos estrearam com um post cada um, no que chamaram cautelosamente de "teste" e "ensaio", expressões usadas por Tony Danker, "publisher" do "Guardian", ou "experiência", no dizer de Mark Thompson, presidente-executivo da NYT Co. Antes relutantes, os veículos aceitaram a proposta do Facebook depois de concessões feitas pela rede social, como o acesso a dados de performance de seus posts –antiga reivindicação dos produtores de conteúdo. Dao Nguyen, "publisher" do "BuzzFeed", em especial, destacou que o Facebook aceitou incorporar ferramentas de "tracking" de ComScore e Google Analytics. Outras concessões foram em publicidade. "Os veículos podem vender anúncios nos artigos e manter a receita" na totalidade, escreveu o gerente de produtos do Facebook no post em que anunciou a estreia do projeto. Mais importante, o Facebook aceitou que eles usem a plataforma para veicular a chamada "publicidade nativa", usada por "NYT", "BuzzFeed", "Guardian" e outros, com posts que mimetizam reportagens, mas são pagos pelos anunciantes. Por outro lado, persiste o risco, admitido por "NYT" e outros, de que o Facebook mude de estratégia repentinamente, como já fez, e inviabilize o "Instant Article". Analistas de mídia criticaram. Zeynep Tufekci, da Universidade da Carolina do Norte, afirmou que a escolha dos nove veículos já evidencia o novo poder editorial do Facebook. E Dan Gillmor, da Universidade do Arizona, cobrou ação do órgão antitruste contra a plataforma. Negociado desde 2014 entre a rede e os veículos, o projeto estreia duas semanas depois de sair estudo do instituto Pew segundo o qual mais da metade dos internautas nos EUA já se informa de política no Facebook. O "Instant Article" tem como alvo maior os celulares e, de início, limita-se ao iPhone. Segundo o Pew, dos 50 maiores sites noticiosos americanos, 39 já são mais acessados por aparelhos móveis do que por computadores.
2
'Acordão' para manter direitos de Dilma visa Cunha, diz Marina
A ex-senadora Marina Silva (Rede Sustentabilidade) interpretou a decisão do Senado de manter os direitos políticos da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) como um "acordão" que beneficiará políticos envolvidos em escândalos de corrupção. "Provavelmente, o beneficiado será, em seguida, já, o ex-presidente da Câmara dos Deputados [Eduardo] Cunha (PMDB-RJ). Quando digo que PT e PMDB são faces da mesma moeda, irmãos siameses, está provado", afirmou Marina, que foi candidata à Presidência em 2014. Ela afirmou que a gestão do peemedebista "aprofunda os retrocessos" iniciados no primeiro governo Dilma e que o "caminho certo" é a cassação da chapa de ambos e a convocação de novas eleições. Folha - Qual foi a sua sensação ao ver a votação? Marina Silva - Vejo com tristeza e, ao mesmo tempo, tenho a clareza de que houve, sim, crime de responsabilidade. Impeachment não é golpe. A própria presidente se defender na sessão legitimando o processo até o fim, a sessão presidida pelo presidente do Supremo, tudo isso é uma demonstração de que não é golpe. O processo alcança a finalidade da formalidade legal, mas não alcançará a finalidade, porque o PT e o PMDB são faces da mesma moeda e provaram isso com o acordão feito para assegurar os direitos de ocupar função pública, tanto para a presidente Dilma, quanto para os que estão na fila dos dois partidos que promoveram tudo o que está aí que podem se tornar inelegíveis pela lei. Provavelmente, o beneficiado será em seguida já o ex-presidente da Câmara dos Deputados [Eduardo] Cunha (PMDB-RJ). Quando eu digo que são faces da mesma moeda, são irmãos siameses, está provado. A senhora defende a cassação da chapa Dilma-Temer e a convocação de nova eleição. Essa hipótese ficou mais distante? Acho que a gente não deve abrir mão do que é certo em nome do que é mais fácil. O que é certo é o processo do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), porque alcança a formalidade e a finalidade de passar o Brasil a limpo. A Rede acirrará a oposição ao governo Temer? A Rede é um partido independente, com uma outra lógica da dos partidos atuais. Fomos independentes no governo Dilma, teria tudo para terem nos caracterizado como oposição, mas não temos a lógica dessa polarização perversa que faz oposição por oposição ou é situação por ser situação. Éramos independentes no governo da presidente Dilma. Continuaremos independentes no governo do seu ex-vice-presidente Temer. Dilma falou em machismo e misoginia em seu pronunciamento. Embora não veja golpe, a senhora concorda que haja elementos nesse sentido? Acho que a presidente Dilma está fazendo a narrativa dela. Temos de nos ater aos fatos. Houve crime de responsabilidade e seu julgamento foi por crime de responsabilidade. Poderia ter sido mais amplo se o PMDB e a oposição juntamente com o Cunha não tivessem tirado do processo as graves denúncias de corrupção que envolvem a chapa Dilma-Temer. Faço política há mais de 30 anos e sei que existe discriminação, machismo e uma série de coisas, mas nunca me vitimizei quando as posições a mim contrárias são por diferenças políticas. Dilma se vitimiza com essa narrativa? Não quero entrar no detalhe. Vou falar o que eu penso a respeito do que foi o objeto de julgamento da mobilização da sociedade brasileira e que se materializou no crime de responsabilidade. Movimentos criticam Temer pela falta de diversidade em seu governo. Isso a preocupa? Me preocupa todo e qualquer tipo de retrocesso que se iniciaram no primeiro governo da presidente Dilma, o governo que menos assentou trabalhadores rurais, que menos demarcou terras indígenas, que regularizou mais de 40 milhões de hectares de florestas desmatadas ilegalmente, que começou a mudar o Código Florestal para o desmatamento voltar a crescer. Quem colocou o Temer na linha sucessória da Presidência da República foi a aliança entre PT e PMDB. Existem retrocessos e não são poucos e estão sendo aprofundados. Quem contribuiu para isso foi quem fez alianças com eles. O processo terá que efeito sobre a população? A população está pagando um preço altíssimo e mais de 60% quer novas eleições. Não imagino que a sociedade vá desistir do caminho certo, porque sabe que nem Dilma nem Temer tem condição de fazer a transição que o país precisa nesse momento. Não temos um cenário cor-de-rosa como foi vendido para a opinião pública em 2014 pela chapa Dilma-Temer. Temos um cenário de dificuldade, com milhões de desempregados, inflação alta, juros altos, temos um cenário de desesperança. Eu não torço pelo quanto pior, melhor. Sempre apostei no melhor para o país. Mas não consigo imaginar que a gente vá conseguir resolver como se fosse em um passe de mágica uma complexidade dessa magnitude e natureza, mas a política não é algo predeterminado. Acredita em uma retomada na rotina política e econômica do país? Há clima para reformas? Temos muitas dificuldades pela frente. Ainda que tenhamos uma equipe econômica tecnicamente competente, até hoje não a vi dialogar com os temas estratégicos para uma transição adequada para o século 21. Temos inúmeras dificuldades, inclusive a falta de aprendizagem de que essa sociedade é plural, tem mulheres, tem negros, índios, quilombolas, ribeirinhos, empresários, trabalhadores, juventude e movimentos sociais de todas as naturezas. É um dia muito difícil, viu? Porque parece que os aprendizados estão sendo muito poucos. Lutei muito, desde 2010, para que a gente compreendesse que é melhor mudar, antes de ser mudado. Já que não se teve a compreensão de mudar, a história agora está nos mudando e eu espero em Deus que possa ser para que a gente pelo menos aprenda com os erros próprios, já que não fomos capazes de aprender com os erros do passado.
poder
'Acordão' para manter direitos de Dilma visa Cunha, diz MarinaA ex-senadora Marina Silva (Rede Sustentabilidade) interpretou a decisão do Senado de manter os direitos políticos da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) como um "acordão" que beneficiará políticos envolvidos em escândalos de corrupção. "Provavelmente, o beneficiado será, em seguida, já, o ex-presidente da Câmara dos Deputados [Eduardo] Cunha (PMDB-RJ). Quando digo que PT e PMDB são faces da mesma moeda, irmãos siameses, está provado", afirmou Marina, que foi candidata à Presidência em 2014. Ela afirmou que a gestão do peemedebista "aprofunda os retrocessos" iniciados no primeiro governo Dilma e que o "caminho certo" é a cassação da chapa de ambos e a convocação de novas eleições. Folha - Qual foi a sua sensação ao ver a votação? Marina Silva - Vejo com tristeza e, ao mesmo tempo, tenho a clareza de que houve, sim, crime de responsabilidade. Impeachment não é golpe. A própria presidente se defender na sessão legitimando o processo até o fim, a sessão presidida pelo presidente do Supremo, tudo isso é uma demonstração de que não é golpe. O processo alcança a finalidade da formalidade legal, mas não alcançará a finalidade, porque o PT e o PMDB são faces da mesma moeda e provaram isso com o acordão feito para assegurar os direitos de ocupar função pública, tanto para a presidente Dilma, quanto para os que estão na fila dos dois partidos que promoveram tudo o que está aí que podem se tornar inelegíveis pela lei. Provavelmente, o beneficiado será em seguida já o ex-presidente da Câmara dos Deputados [Eduardo] Cunha (PMDB-RJ). Quando eu digo que são faces da mesma moeda, são irmãos siameses, está provado. A senhora defende a cassação da chapa Dilma-Temer e a convocação de nova eleição. Essa hipótese ficou mais distante? Acho que a gente não deve abrir mão do que é certo em nome do que é mais fácil. O que é certo é o processo do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), porque alcança a formalidade e a finalidade de passar o Brasil a limpo. A Rede acirrará a oposição ao governo Temer? A Rede é um partido independente, com uma outra lógica da dos partidos atuais. Fomos independentes no governo Dilma, teria tudo para terem nos caracterizado como oposição, mas não temos a lógica dessa polarização perversa que faz oposição por oposição ou é situação por ser situação. Éramos independentes no governo da presidente Dilma. Continuaremos independentes no governo do seu ex-vice-presidente Temer. Dilma falou em machismo e misoginia em seu pronunciamento. Embora não veja golpe, a senhora concorda que haja elementos nesse sentido? Acho que a presidente Dilma está fazendo a narrativa dela. Temos de nos ater aos fatos. Houve crime de responsabilidade e seu julgamento foi por crime de responsabilidade. Poderia ter sido mais amplo se o PMDB e a oposição juntamente com o Cunha não tivessem tirado do processo as graves denúncias de corrupção que envolvem a chapa Dilma-Temer. Faço política há mais de 30 anos e sei que existe discriminação, machismo e uma série de coisas, mas nunca me vitimizei quando as posições a mim contrárias são por diferenças políticas. Dilma se vitimiza com essa narrativa? Não quero entrar no detalhe. Vou falar o que eu penso a respeito do que foi o objeto de julgamento da mobilização da sociedade brasileira e que se materializou no crime de responsabilidade. Movimentos criticam Temer pela falta de diversidade em seu governo. Isso a preocupa? Me preocupa todo e qualquer tipo de retrocesso que se iniciaram no primeiro governo da presidente Dilma, o governo que menos assentou trabalhadores rurais, que menos demarcou terras indígenas, que regularizou mais de 40 milhões de hectares de florestas desmatadas ilegalmente, que começou a mudar o Código Florestal para o desmatamento voltar a crescer. Quem colocou o Temer na linha sucessória da Presidência da República foi a aliança entre PT e PMDB. Existem retrocessos e não são poucos e estão sendo aprofundados. Quem contribuiu para isso foi quem fez alianças com eles. O processo terá que efeito sobre a população? A população está pagando um preço altíssimo e mais de 60% quer novas eleições. Não imagino que a sociedade vá desistir do caminho certo, porque sabe que nem Dilma nem Temer tem condição de fazer a transição que o país precisa nesse momento. Não temos um cenário cor-de-rosa como foi vendido para a opinião pública em 2014 pela chapa Dilma-Temer. Temos um cenário de dificuldade, com milhões de desempregados, inflação alta, juros altos, temos um cenário de desesperança. Eu não torço pelo quanto pior, melhor. Sempre apostei no melhor para o país. Mas não consigo imaginar que a gente vá conseguir resolver como se fosse em um passe de mágica uma complexidade dessa magnitude e natureza, mas a política não é algo predeterminado. Acredita em uma retomada na rotina política e econômica do país? Há clima para reformas? Temos muitas dificuldades pela frente. Ainda que tenhamos uma equipe econômica tecnicamente competente, até hoje não a vi dialogar com os temas estratégicos para uma transição adequada para o século 21. Temos inúmeras dificuldades, inclusive a falta de aprendizagem de que essa sociedade é plural, tem mulheres, tem negros, índios, quilombolas, ribeirinhos, empresários, trabalhadores, juventude e movimentos sociais de todas as naturezas. É um dia muito difícil, viu? Porque parece que os aprendizados estão sendo muito poucos. Lutei muito, desde 2010, para que a gente compreendesse que é melhor mudar, antes de ser mudado. Já que não se teve a compreensão de mudar, a história agora está nos mudando e eu espero em Deus que possa ser para que a gente pelo menos aprenda com os erros próprios, já que não fomos capazes de aprender com os erros do passado.
0
LeBron marca 42 pontos, e Cleveland vence time de Leandrinho
Com 42 pontos do astro norte-americano LeBron James, o Cleveland Cavaliers venceu o Oklahoma City Thunder por 110 a 99, em casa, pela temporada regular da NBA. Além dos 42 pontos, LeBron James ainda pegou 11 rebotes e deu cinco assistências. Principal destaque do Golden State Warriors na temporada, Stephen Curry marcou 18 pontos. Ele ainda pegou três rebotes e deu seis assistências. Já o brasileiro Leandrinho, que começou no banco de reservas, marcou cinco pontos. Com a vitória sobre o Golden State Warriors, o Cleveland Cavaliers subiu para a terceira colocação da Conferência Leste com 37 triunfos e 22 derrotas. O time venceu 20 das últimas 18 partidas. Já o Golden State Warriors continua com a melhor campanha da competição. O time é o líder da Conferência Oeste com 44 vitórias em 55 jogos.
esporte
LeBron marca 42 pontos, e Cleveland vence time de LeandrinhoCom 42 pontos do astro norte-americano LeBron James, o Cleveland Cavaliers venceu o Oklahoma City Thunder por 110 a 99, em casa, pela temporada regular da NBA. Além dos 42 pontos, LeBron James ainda pegou 11 rebotes e deu cinco assistências. Principal destaque do Golden State Warriors na temporada, Stephen Curry marcou 18 pontos. Ele ainda pegou três rebotes e deu seis assistências. Já o brasileiro Leandrinho, que começou no banco de reservas, marcou cinco pontos. Com a vitória sobre o Golden State Warriors, o Cleveland Cavaliers subiu para a terceira colocação da Conferência Leste com 37 triunfos e 22 derrotas. O time venceu 20 das últimas 18 partidas. Já o Golden State Warriors continua com a melhor campanha da competição. O time é o líder da Conferência Oeste com 44 vitórias em 55 jogos.
4
Ex-ator pornô e vocalista da banda Cheiro de Calcinha é vereador mais votado de Maceió
JOÃO PEDRO PITOMBO DE SALVADOR TAÍS HIRATA DE SÃO PAULO O ex-ator pornô e vocalista da banda Cheiro de Calcinha Anivaldo Luiz da Silva (PR), o Lobo, foi o vereador mais votado de Maceió (AL). O alagoano recebeu 25 mil votos, 6% do total. Lobo –que deixou de utilizar a alcunha "Lobão" após, diz ele, uma reclamação do músico carioca homônimo– se candidatou pela primeira vez em 2010, para deputado estadual. Foi nessa época que Anivaldo abandonou sua produção erótica –que conta com cerca de cem filmes, dirigidos por ele mesmo– e passou a se dedicar apenas à sua banda (de rock brega) e às tentativas de entrar na vida pública. Desde então, pleiteou uma vaga para vereador, em 2012, e novamente para deputado em 2014 –em sua última tentativa, conseguiu 14 mil votos, mas não foi eleito. As bandeiras do candidato eleito incluem a construção de banheiros públicos no centro da cidade, a pavimentação de ruas e a instalação de aparelhos de ar condicionado nas escolas municipais. Veja a apresentação da banda Cheiro de Calcinha DO GUETO AO PODER Em Salvador, o cantor de pagode Igor Kannário –autointitulado "príncipe do gueto"– foi eleito vereador. Depois ser detido por duas vezes por porte de drogas no ano passado, o músico recebeu 11,4 mil votos. O cantor faz um estilo de pagode chamado "groove arrastado" e fez sucesso com a música "Tudo Nosso, Nada Deles", hit do Carnaval de 2015 elogiado por Caetano Veloso. Para chegar à Câmara, Kannário viveu uma trajetória de redenção em Salvador que contou com o apoio do prefeito ACM Neto. Rejeitado pelos principais blocos de Carnaval em Salvador, Kannário foi contratado pela prefeitura para tocar num desfile aberto ao público. Na época, o prefeito afirmou que estava "dando uma oportunidade" ao cantor. Igor Kannário tem uma carreira controversa e marcada por polêmicas. Seus shows costumavam ser marcados por episódios de violência, com brigas entre gangues e até tiroteios. Detido por porte de drogas, o cantor e agora vereador nega relação com o tráfico, mas admite ser usuário de maconha. Suas músicas também são polêmicas. Na "tudo nosso, nada deles", Kannário diz ser "barril dobrado". Na linguagem popular da Bahia, "barril" quer dizer "problema". Nem todos os candidatos inusitados, porém, conseguiram uma vaga. Em Curitiba, nenhum famoso se elegeu: nem o campeão do último BBB, Cezar Lima (PV), com 3.165 votos, muito menos o homônimo do juiz da Lava Jato, Sérgio Moro (PSD), que fez somente 175 votos. Veja o clipe do hit "Tudo Nosso, Nada Deles", de Igor Kannário (colaborou GABRIELA SÁ PESSOA)
poder
Ex-ator pornô e vocalista da banda Cheiro de Calcinha é vereador mais votado de MaceióJOÃO PEDRO PITOMBO DE SALVADOR TAÍS HIRATA DE SÃO PAULO O ex-ator pornô e vocalista da banda Cheiro de Calcinha Anivaldo Luiz da Silva (PR), o Lobo, foi o vereador mais votado de Maceió (AL). O alagoano recebeu 25 mil votos, 6% do total. Lobo –que deixou de utilizar a alcunha "Lobão" após, diz ele, uma reclamação do músico carioca homônimo– se candidatou pela primeira vez em 2010, para deputado estadual. Foi nessa época que Anivaldo abandonou sua produção erótica –que conta com cerca de cem filmes, dirigidos por ele mesmo– e passou a se dedicar apenas à sua banda (de rock brega) e às tentativas de entrar na vida pública. Desde então, pleiteou uma vaga para vereador, em 2012, e novamente para deputado em 2014 –em sua última tentativa, conseguiu 14 mil votos, mas não foi eleito. As bandeiras do candidato eleito incluem a construção de banheiros públicos no centro da cidade, a pavimentação de ruas e a instalação de aparelhos de ar condicionado nas escolas municipais. Veja a apresentação da banda Cheiro de Calcinha DO GUETO AO PODER Em Salvador, o cantor de pagode Igor Kannário –autointitulado "príncipe do gueto"– foi eleito vereador. Depois ser detido por duas vezes por porte de drogas no ano passado, o músico recebeu 11,4 mil votos. O cantor faz um estilo de pagode chamado "groove arrastado" e fez sucesso com a música "Tudo Nosso, Nada Deles", hit do Carnaval de 2015 elogiado por Caetano Veloso. Para chegar à Câmara, Kannário viveu uma trajetória de redenção em Salvador que contou com o apoio do prefeito ACM Neto. Rejeitado pelos principais blocos de Carnaval em Salvador, Kannário foi contratado pela prefeitura para tocar num desfile aberto ao público. Na época, o prefeito afirmou que estava "dando uma oportunidade" ao cantor. Igor Kannário tem uma carreira controversa e marcada por polêmicas. Seus shows costumavam ser marcados por episódios de violência, com brigas entre gangues e até tiroteios. Detido por porte de drogas, o cantor e agora vereador nega relação com o tráfico, mas admite ser usuário de maconha. Suas músicas também são polêmicas. Na "tudo nosso, nada deles", Kannário diz ser "barril dobrado". Na linguagem popular da Bahia, "barril" quer dizer "problema". Nem todos os candidatos inusitados, porém, conseguiram uma vaga. Em Curitiba, nenhum famoso se elegeu: nem o campeão do último BBB, Cezar Lima (PV), com 3.165 votos, muito menos o homônimo do juiz da Lava Jato, Sérgio Moro (PSD), que fez somente 175 votos. Veja o clipe do hit "Tudo Nosso, Nada Deles", de Igor Kannário (colaborou GABRIELA SÁ PESSOA)
0
Futuro chefe de inquérito sobre Rússia é elogiado por esquerda e direita
Desde o anúncio, na quarta (17), de que o ex-diretor do FBI Robert Mueller, 72, seria o conselheiro especial para comandar as investigações sobre possíveis elos entre integrantes da equipe de campanha de Donald Trump e a Rússia, um episódio tem sido repetido à exaustão pela mídia americana: a vez em que Mueller venceu a queda de braço com George W. Bush. Era 2004 e o então diretor do FBI ameaçou deixar o posto se Bush mantivesse um programa que permitia grampos sem autorização judicial mesmo após ele ter sido considerado inconstitucional pelo Departamento de Justiça. Bush cedeu, e Mueller ficou, permanecendo por 12 anos (2001-2013) à frente da polícia federal americana. O caso é usado como exemplo da independência e da integridade de Mueller, que já demonstrou ser resistente a pressão. Sua indicação pelo vice-secretário de Justiça, Rod Rosenstein, foi elogiada por republicanos e democratas e pela imprensa. Em editorial do "New York Times", Mueller é chamado de "o conselheiro especial de que os EUA precisam". O embate entre Mueller, que é republicano, e Bush, contudo, não foi o único. Dois anos depois, o diretor do FBI conduzia uma investigação de um caso de corrupção envolvendo o deputado democrata William Jefferson. Sob pressão de parlamentares dos dois partidos, o presidente ordenou que o FBI devolvesse ao deputado os documentos recolhidos numa busca em seu gabinete. Mueller ameaçou novamente renunciar e conseguiu ficar com as provas que levaram à prisão de Jefferson. Mueller, um veterano da Guerra do Vietnã pela Marinha, tem forte ligação com James Comey, o diretor do FBI demitido por Trump no último dia 9 —e supervisor da investigação que agora cabe ao conselheiro especial. No episódio de 2004, Comey, então vice-secretário de Justiça, também ameaçou deixar o posto se os grampos fossem reinstituídos. Mueller assumiu a chefia do FBI uma semana antes dos ataques do 11 de Setembro e ficou à frente da agência durante as complexas investigações dos atentados. Do presidente democrata Barack Obama, recebeu o pedido, em 2011, para que estendesse por mais dois anos o seu mandato de dez anos antes de nomear Comey como seu sucessor. Foi assim, o segundo diretor do FBI a ficar mais tempo no cargo, atrás apenas do controverso J. Edgar Hoover. Desde que deixou o FBI, Mueller atua no escritório de advocacia WilmerHale, do qual se desligará para assumir a nova função. * Donald Trump tem colecionado ações questionáveis desde o início de seu mandato na Casa Branca, em janeiro Agências de inteligência dos EUA acreditam que o líder russo Vladimir Putin tenha ordenado que hackers penetrassem nos sistemas do Comitê Nacional Democrata e distribuíssem notícias falsas; Putin nega O ex-chefe da campanha de Trump, o lobista Paul Manafort, trabalhou secretamente para um empresário russo há dez anos para promover Putin * Ex-conselheiro de Segurança Nacional, renunciou depois de a imprensa revelar que ele mentiu ao vice-presidente Pence sobre os contatos que manteve com o embaixador russo nos EUA Flynn também é suspeito de ter recebido pagamentos dos governos russo e turco por lobby; por ser um ex-integrante do Exército, a lei impede que Flynn aceite pagamentos de estrangeiros * O ex-diretor do FBI liderava investigação sobre o elo entre auxiliares de Trump com a Rússia; dias antes de ser demitido, ele havia pedido mais recursos para a apuração Ele foi demitido por Trump no último dia 9; a Casa Branca afirmou que o presidente seguiu recomendação do secretário e do vice-secretário da Justiça Dois dias depois, o "New York Times" afirmou que, em um jantar em janeiro, Trump pediu a "lealdade" de Comey, que respondeu prometendo "honestidade" Na terça (16), o "NYT" revelou que Trump pediu a Comey, em fevereiro, que encerrasse a investigação sobre Flynn; o registro do pedido estaria em um memorando escrito por Comey * Também nesta semana, o "Washington Post" informou que Trump teria revelado informação confidencial ao chanceler russo, Sergei Lavrov, em uma conversa na semana passada, na Casa Branca A informação sobre uma ameaça do Estado Islâmico teria sido repassada sem a permissão da fonte (Israel, segundo o "NYT"), e poderia comprometer a segurança de um colaborador dos EUA na região Trump reagiu dizendo que tem o "direito absoluto" de compartilhar informações com a Rússia; a Casa Branca alegou que os dados não eram secretos O presidente Putin disse nesta quarta (17) que poderia fornecer a transcrição da conversa entre Trump e Lavrov se os EUA autorizarem
mundo
Futuro chefe de inquérito sobre Rússia é elogiado por esquerda e direitaDesde o anúncio, na quarta (17), de que o ex-diretor do FBI Robert Mueller, 72, seria o conselheiro especial para comandar as investigações sobre possíveis elos entre integrantes da equipe de campanha de Donald Trump e a Rússia, um episódio tem sido repetido à exaustão pela mídia americana: a vez em que Mueller venceu a queda de braço com George W. Bush. Era 2004 e o então diretor do FBI ameaçou deixar o posto se Bush mantivesse um programa que permitia grampos sem autorização judicial mesmo após ele ter sido considerado inconstitucional pelo Departamento de Justiça. Bush cedeu, e Mueller ficou, permanecendo por 12 anos (2001-2013) à frente da polícia federal americana. O caso é usado como exemplo da independência e da integridade de Mueller, que já demonstrou ser resistente a pressão. Sua indicação pelo vice-secretário de Justiça, Rod Rosenstein, foi elogiada por republicanos e democratas e pela imprensa. Em editorial do "New York Times", Mueller é chamado de "o conselheiro especial de que os EUA precisam". O embate entre Mueller, que é republicano, e Bush, contudo, não foi o único. Dois anos depois, o diretor do FBI conduzia uma investigação de um caso de corrupção envolvendo o deputado democrata William Jefferson. Sob pressão de parlamentares dos dois partidos, o presidente ordenou que o FBI devolvesse ao deputado os documentos recolhidos numa busca em seu gabinete. Mueller ameaçou novamente renunciar e conseguiu ficar com as provas que levaram à prisão de Jefferson. Mueller, um veterano da Guerra do Vietnã pela Marinha, tem forte ligação com James Comey, o diretor do FBI demitido por Trump no último dia 9 —e supervisor da investigação que agora cabe ao conselheiro especial. No episódio de 2004, Comey, então vice-secretário de Justiça, também ameaçou deixar o posto se os grampos fossem reinstituídos. Mueller assumiu a chefia do FBI uma semana antes dos ataques do 11 de Setembro e ficou à frente da agência durante as complexas investigações dos atentados. Do presidente democrata Barack Obama, recebeu o pedido, em 2011, para que estendesse por mais dois anos o seu mandato de dez anos antes de nomear Comey como seu sucessor. Foi assim, o segundo diretor do FBI a ficar mais tempo no cargo, atrás apenas do controverso J. Edgar Hoover. Desde que deixou o FBI, Mueller atua no escritório de advocacia WilmerHale, do qual se desligará para assumir a nova função. * Donald Trump tem colecionado ações questionáveis desde o início de seu mandato na Casa Branca, em janeiro Agências de inteligência dos EUA acreditam que o líder russo Vladimir Putin tenha ordenado que hackers penetrassem nos sistemas do Comitê Nacional Democrata e distribuíssem notícias falsas; Putin nega O ex-chefe da campanha de Trump, o lobista Paul Manafort, trabalhou secretamente para um empresário russo há dez anos para promover Putin * Ex-conselheiro de Segurança Nacional, renunciou depois de a imprensa revelar que ele mentiu ao vice-presidente Pence sobre os contatos que manteve com o embaixador russo nos EUA Flynn também é suspeito de ter recebido pagamentos dos governos russo e turco por lobby; por ser um ex-integrante do Exército, a lei impede que Flynn aceite pagamentos de estrangeiros * O ex-diretor do FBI liderava investigação sobre o elo entre auxiliares de Trump com a Rússia; dias antes de ser demitido, ele havia pedido mais recursos para a apuração Ele foi demitido por Trump no último dia 9; a Casa Branca afirmou que o presidente seguiu recomendação do secretário e do vice-secretário da Justiça Dois dias depois, o "New York Times" afirmou que, em um jantar em janeiro, Trump pediu a "lealdade" de Comey, que respondeu prometendo "honestidade" Na terça (16), o "NYT" revelou que Trump pediu a Comey, em fevereiro, que encerrasse a investigação sobre Flynn; o registro do pedido estaria em um memorando escrito por Comey * Também nesta semana, o "Washington Post" informou que Trump teria revelado informação confidencial ao chanceler russo, Sergei Lavrov, em uma conversa na semana passada, na Casa Branca A informação sobre uma ameaça do Estado Islâmico teria sido repassada sem a permissão da fonte (Israel, segundo o "NYT"), e poderia comprometer a segurança de um colaborador dos EUA na região Trump reagiu dizendo que tem o "direito absoluto" de compartilhar informações com a Rússia; a Casa Branca alegou que os dados não eram secretos O presidente Putin disse nesta quarta (17) que poderia fornecer a transcrição da conversa entre Trump e Lavrov se os EUA autorizarem
3
Quando o costume é roubar
SÃO PAULO - A lista de condenados na Lava Jato, que tem pouco mais de três anos, já chega a 63. Há muitos mais na fila —e mais graúdos também. Levantamento do Congresso em Foco mostra que 42 dos 81 senadores ou são investigados ou já viraram réus no STF (não só pela Lava Jato). A crer na delação dos irmãos Batistas, só a JBS comprou uns 2.000 políticos brasileiros. Se Cunha falar, como parece que será o caso, mais bombas devem aparecer. Como a corrupção pode ser tão generalizada? Não existe mais ética no país? A etimologia aqui pode nos ajudar a entender o problema. Tanto a palavra "ética" quanto a "moral" têm origem em termos que significam "costume", "éthos" em grego e "mos" em latim. E isso ocorre porque, de modo geral, consideramos éticos os comportamentos que são adotados pela maioria e, portanto, estão inscritos em nossos costumes. Se levarmos essa interpretação etimológica às últimas consequências, num mundo em que todos roubassem, roubar passaria a ser ético. Isso se dá porque a ética não resulta de um comando externo ditado por Deus, pelas leis ou pela razão, mas é um fenômeno social. Quando tentamos avaliar a adequação de um comportamento, olhamos para o lado para ver o que os próximos estão fazendo e nos ancoramos no que julgamos ser a atitude da maioria. Não vemos sociedades compostas só de ladrões porque sancionar o roubo de modo generalizado criaria tantas disfuncionalidades para o grupo que ele não se manteria estável por muito tempo. Voltando ao Brasil, vivemos uma situação de choque de culturas. De um lado, políticos, com honrosas exceções, entendiam que aceitar caixa dois, agrados e mesmo propina fazia parte das regras do jogo. Mas, à medida que as instituições avançaram mais, procuradores, juízes e a própria população foram ficando mais rigorosos nessa matéria. É essa providencial mudança de cultura que está produzindo nossa crise política.
colunas
Quando o costume é roubarSÃO PAULO - A lista de condenados na Lava Jato, que tem pouco mais de três anos, já chega a 63. Há muitos mais na fila —e mais graúdos também. Levantamento do Congresso em Foco mostra que 42 dos 81 senadores ou são investigados ou já viraram réus no STF (não só pela Lava Jato). A crer na delação dos irmãos Batistas, só a JBS comprou uns 2.000 políticos brasileiros. Se Cunha falar, como parece que será o caso, mais bombas devem aparecer. Como a corrupção pode ser tão generalizada? Não existe mais ética no país? A etimologia aqui pode nos ajudar a entender o problema. Tanto a palavra "ética" quanto a "moral" têm origem em termos que significam "costume", "éthos" em grego e "mos" em latim. E isso ocorre porque, de modo geral, consideramos éticos os comportamentos que são adotados pela maioria e, portanto, estão inscritos em nossos costumes. Se levarmos essa interpretação etimológica às últimas consequências, num mundo em que todos roubassem, roubar passaria a ser ético. Isso se dá porque a ética não resulta de um comando externo ditado por Deus, pelas leis ou pela razão, mas é um fenômeno social. Quando tentamos avaliar a adequação de um comportamento, olhamos para o lado para ver o que os próximos estão fazendo e nos ancoramos no que julgamos ser a atitude da maioria. Não vemos sociedades compostas só de ladrões porque sancionar o roubo de modo generalizado criaria tantas disfuncionalidades para o grupo que ele não se manteria estável por muito tempo. Voltando ao Brasil, vivemos uma situação de choque de culturas. De um lado, políticos, com honrosas exceções, entendiam que aceitar caixa dois, agrados e mesmo propina fazia parte das regras do jogo. Mas, à medida que as instituições avançaram mais, procuradores, juízes e a própria população foram ficando mais rigorosos nessa matéria. É essa providencial mudança de cultura que está produzindo nossa crise política.
10
Após Moody's, agência de risco S&P rebaixa nota de crédito do BTG Pactual
A agência de classificação de risco Standard & Poor's cortou nesta quarta-feira (2) a nota global de crédito de longo prazo do BTG Pactual, de BB para BB-, com observação negativa, citando os possíveis desafios para o grupo gerados pela prisão de André Esteves, agora ex-presidente-executivo e ex-presidente do Conselho de Administração da companhia. Segundo a agência de classificação de risco, o banco tem "um déficit material de liquidez com relação a suas obrigações financeiras nos próximos 60 dias, a menos que seja capaz de vender ativos ou acessar instrumentos de crédito". Desempenho das ações das companhias <br>que têm participação do BTG - Em % MOODY'S Outra das três maiores agências de risco no mundo, a Moody's retirou o grau de investimento do banco BTG nesta terça-feira (1º), alegando que a instituição enfrentará desafios para manter sua liquidez, além de custos mais altos de financiamento. Os ratings do banco foram rebaixados em dois degraus, de Baa3 para Ba2 –segunda nota dentro do grau especulativo. Além disso, os ratings do banco e de suas filiais em Grand Cayman e Luxemburgo foram colocados em revisão para potencial novo rebaixamento. O banqueiro André Esteves foi preso no último dia 25 de novembro, sob suspeita de obstruir a operação Lava jato, que investiga um esquema bilionário de corrupção envolvendo a Petrobras. Depois que o Supremo Tribunal Federal converteu no domingo a prisão de temporária para preventiva, André Esteves renunciou a todos os cargos no Grupo BTG Pactual.
mercado
Após Moody's, agência de risco S&P rebaixa nota de crédito do BTG PactualA agência de classificação de risco Standard & Poor's cortou nesta quarta-feira (2) a nota global de crédito de longo prazo do BTG Pactual, de BB para BB-, com observação negativa, citando os possíveis desafios para o grupo gerados pela prisão de André Esteves, agora ex-presidente-executivo e ex-presidente do Conselho de Administração da companhia. Segundo a agência de classificação de risco, o banco tem "um déficit material de liquidez com relação a suas obrigações financeiras nos próximos 60 dias, a menos que seja capaz de vender ativos ou acessar instrumentos de crédito". Desempenho das ações das companhias <br>que têm participação do BTG - Em % MOODY'S Outra das três maiores agências de risco no mundo, a Moody's retirou o grau de investimento do banco BTG nesta terça-feira (1º), alegando que a instituição enfrentará desafios para manter sua liquidez, além de custos mais altos de financiamento. Os ratings do banco foram rebaixados em dois degraus, de Baa3 para Ba2 –segunda nota dentro do grau especulativo. Além disso, os ratings do banco e de suas filiais em Grand Cayman e Luxemburgo foram colocados em revisão para potencial novo rebaixamento. O banqueiro André Esteves foi preso no último dia 25 de novembro, sob suspeita de obstruir a operação Lava jato, que investiga um esquema bilionário de corrupção envolvendo a Petrobras. Depois que o Supremo Tribunal Federal converteu no domingo a prisão de temporária para preventiva, André Esteves renunciou a todos os cargos no Grupo BTG Pactual.
2
Atirador mata ao menos quatro em fábrica no Kansas (EUA)
Ao menos quatro pessoas morreram e 14 ficaram feridas após um homem abrir fogo contra uma fábrica de cortadores de grama em Hesston, no Estado americano do Kansas, disse nesta quinta-feira (25) a polícia local. O xerife do condado de Harvey, T. Walton, disse que o atirador era empregado da fábrica e foi morto pelas autoridades. A imprensa local identificou o atirador como Cedric Ford, que trabalhava na empresa como pintor e publicou uma foto no Facebook com um fuzil de assalto. Segundo a mídia, Ford tinha antecedentes criminais, incluindo posse ilegal de armas, e havia chegado há pouco de Miami. Walton disse que as autoridades têm informação sobre "algumas coisas que teriam provocado a atitude deste indivíduo", mas não revelou nada sobre isto. O atirador disparou contra dois motoristas a partir do seu veículo, roubando um furgão de uma das vítimas antes de guiar até a fábrica para praticar o ataque. Testemunhas relataram que o agressor atirou, primeiro, em uma mulher no estacionamento da Excel Industries, antes de entrar na área de montagem da empresa e abrir fogo. O empregado Martin Espinoza afirmou à rede de TV local KSN que o suspeito apontou a arma em sua direção e apertou o gatilho, mas o revólver já estava descarregado. O homem, então, teria pegado outra arma e continuado a fazer disparos, mas Espinoza conseguiu fugir. Uma faculdade próxima da fábrica chegou a ser brevemente isolada pela polícia. O episódio no Kansas ocorre menos de uma semana depois de um motorista do serviço Uber abrir fogo por diversas vezes em Kalamazoo, no Estado de Michigan, deixando seis mortos e dois gravemente feridos.
mundo
Atirador mata ao menos quatro em fábrica no Kansas (EUA)Ao menos quatro pessoas morreram e 14 ficaram feridas após um homem abrir fogo contra uma fábrica de cortadores de grama em Hesston, no Estado americano do Kansas, disse nesta quinta-feira (25) a polícia local. O xerife do condado de Harvey, T. Walton, disse que o atirador era empregado da fábrica e foi morto pelas autoridades. A imprensa local identificou o atirador como Cedric Ford, que trabalhava na empresa como pintor e publicou uma foto no Facebook com um fuzil de assalto. Segundo a mídia, Ford tinha antecedentes criminais, incluindo posse ilegal de armas, e havia chegado há pouco de Miami. Walton disse que as autoridades têm informação sobre "algumas coisas que teriam provocado a atitude deste indivíduo", mas não revelou nada sobre isto. O atirador disparou contra dois motoristas a partir do seu veículo, roubando um furgão de uma das vítimas antes de guiar até a fábrica para praticar o ataque. Testemunhas relataram que o agressor atirou, primeiro, em uma mulher no estacionamento da Excel Industries, antes de entrar na área de montagem da empresa e abrir fogo. O empregado Martin Espinoza afirmou à rede de TV local KSN que o suspeito apontou a arma em sua direção e apertou o gatilho, mas o revólver já estava descarregado. O homem, então, teria pegado outra arma e continuado a fazer disparos, mas Espinoza conseguiu fugir. Uma faculdade próxima da fábrica chegou a ser brevemente isolada pela polícia. O episódio no Kansas ocorre menos de uma semana depois de um motorista do serviço Uber abrir fogo por diversas vezes em Kalamazoo, no Estado de Michigan, deixando seis mortos e dois gravemente feridos.
3
Laura Lima, Hamilton de Holanda e outras quatro indicações culturais
EXPOSIÇÃO | GÊ ORTHOF O artista e professor do Instituto de Artes da UnB (Petrópolis, 1959) mostra em "Nov [elos] + Novi [lhas] = Cowladyboy" objetos e desenhos de seu personagem Cowladyboy. No limite entre o feminino e o masculino, ele(a) está em situações que questionam os papéis e tarefas socialmente designados aos gêneros. Amarelonegro Arte Contemporânea - Rio | tel. (21) 2549-3950 | de ter. a sex., das 14h às 19h; sáb., das 11h às 16h | grátis | até 25/9 CURSO | ENTRE O LIVRO E O LUGAR A artista plástica Patrícia Osses ministra aulas sobre os lugares literários, lugar-texto e lugar-imagem a partir de autores como Marguerite Duras, George Perec e Clarice Lispector. Os alunos também vão elaborar trabalho visual baseado no que aprenderam. Centro de Pesquisa e Formação do Sesc | tel. (11) 3254-5600 | de ter. (8) a 3/11, das 18h30 às 21h30 | R$ 100 * EXPOSIÇÃO | LAURA LIMA Em "Ágrafo", a artista (Governador Valadares, 1971) expõe obras após a intervenção de gatos, que puderam interagir com os trabalhos uma semana antes da abertura. Cordas, em nós e teias, e tecidos sustentam objetos que estão pendurados pelo espaço expositivo. galeria Luisa Strina | tel. (11) 3088-2471 | de seg. a sex., das 10h às 19h; sáb., das 10h às 17h | grátis | até 19/9 LIVRO | BALA PERDIDA Com o subtítulo "A Violência Policial no Brasil e os Desafios para sua Superação", a publicação traz 16 textos, além de ilustrações de Rafa Campos. Entre os autores, estão Jean Wyllys, Maria Rita Kehl, Bernardo Kucinski e Fernanda Mena, repórter da Folha, cujo texto nasceu de reportagem sobre segurança pública feita para a "Ilustríssima". Boitempo | R$ 10 (128 págs.) * MÚSICA | HAMILTON DE HOLANDA No show "Pelo Brasil" do compositor e bandolinista, misturam-se música, textos e projeções. No repertório estão composições inéditas que contemplam diversos ritmos, que vão do choro ao chamamé, passando pelo baião, o maracatu e o bumba-meu-boi. Teatro J. Safra | tel. (11) 3611-3042 sex. (11), às 21h30 | R$ 40 * FESTIVAL | ARTES VERTENTES Parte da programação do Festival Internacional Artes Vertentes de Tiradentes, que acontece entre os dias 10 e 20 na cidade mineira, estará em São Paulo. O dramaturgo espanhol Javier Cuevas apresenta no Itaú Cultural a peça "O Amor É um Cão que Vem do Inferno" e o lançamento de uma antologia poética reúne no Espaço Cult o escritor esloveno Drago Jancar, o lituano Tomas Venclova e o brasileiro William Zeytonlian. Itaú Cultural | tel. (11) 2168-1777 Espaço Revista Cult | tel. (11) 3032-2800 | ter. (8), às 20h | grátis
ilustrissima
Laura Lima, Hamilton de Holanda e outras quatro indicações culturaisEXPOSIÇÃO | GÊ ORTHOF O artista e professor do Instituto de Artes da UnB (Petrópolis, 1959) mostra em "Nov [elos] + Novi [lhas] = Cowladyboy" objetos e desenhos de seu personagem Cowladyboy. No limite entre o feminino e o masculino, ele(a) está em situações que questionam os papéis e tarefas socialmente designados aos gêneros. Amarelonegro Arte Contemporânea - Rio | tel. (21) 2549-3950 | de ter. a sex., das 14h às 19h; sáb., das 11h às 16h | grátis | até 25/9 CURSO | ENTRE O LIVRO E O LUGAR A artista plástica Patrícia Osses ministra aulas sobre os lugares literários, lugar-texto e lugar-imagem a partir de autores como Marguerite Duras, George Perec e Clarice Lispector. Os alunos também vão elaborar trabalho visual baseado no que aprenderam. Centro de Pesquisa e Formação do Sesc | tel. (11) 3254-5600 | de ter. (8) a 3/11, das 18h30 às 21h30 | R$ 100 * EXPOSIÇÃO | LAURA LIMA Em "Ágrafo", a artista (Governador Valadares, 1971) expõe obras após a intervenção de gatos, que puderam interagir com os trabalhos uma semana antes da abertura. Cordas, em nós e teias, e tecidos sustentam objetos que estão pendurados pelo espaço expositivo. galeria Luisa Strina | tel. (11) 3088-2471 | de seg. a sex., das 10h às 19h; sáb., das 10h às 17h | grátis | até 19/9 LIVRO | BALA PERDIDA Com o subtítulo "A Violência Policial no Brasil e os Desafios para sua Superação", a publicação traz 16 textos, além de ilustrações de Rafa Campos. Entre os autores, estão Jean Wyllys, Maria Rita Kehl, Bernardo Kucinski e Fernanda Mena, repórter da Folha, cujo texto nasceu de reportagem sobre segurança pública feita para a "Ilustríssima". Boitempo | R$ 10 (128 págs.) * MÚSICA | HAMILTON DE HOLANDA No show "Pelo Brasil" do compositor e bandolinista, misturam-se música, textos e projeções. No repertório estão composições inéditas que contemplam diversos ritmos, que vão do choro ao chamamé, passando pelo baião, o maracatu e o bumba-meu-boi. Teatro J. Safra | tel. (11) 3611-3042 sex. (11), às 21h30 | R$ 40 * FESTIVAL | ARTES VERTENTES Parte da programação do Festival Internacional Artes Vertentes de Tiradentes, que acontece entre os dias 10 e 20 na cidade mineira, estará em São Paulo. O dramaturgo espanhol Javier Cuevas apresenta no Itaú Cultural a peça "O Amor É um Cão que Vem do Inferno" e o lançamento de uma antologia poética reúne no Espaço Cult o escritor esloveno Drago Jancar, o lituano Tomas Venclova e o brasileiro William Zeytonlian. Itaú Cultural | tel. (11) 2168-1777 Espaço Revista Cult | tel. (11) 3032-2800 | ter. (8), às 20h | grátis
18
Dias de lentidão
BRASÍLIA - A capital federal vive um período de calmaria neste início lento e chuvoso de ano novo. Depois de um 2015 acelerado, Brasília e seus moradores ilustres andam, como dizem analistas do mercado financeiro, meio de lado. A presidente Dilma Rousseff ainda não deu as caras. Segue quieta (tranquila?) no Palácio do Planalto, recebendo vez ou outra um ministro. Nelson Barbosa está encastelado na Fazenda, elaborando com seus auxiliares um pacote de medidas que possa, ao mesmo tempo, incentivar a retomada dos investimentos e preservar o combalido cofre público. Até o hiperativo Eduardo Cunha chegou na cidade, mas ainda está recolhido, confabulando com os seus. A Polícia Federal também não deu início às visitas matinais de 2016. Nada disso serve, entretanto, de presságio para o que virá nos próximos meses. A lista de temas espinhosos que serão tratados no Planalto, no Congresso e no Judiciário reforçam a sensação de que o tempo vai mudar e ficará bastante conturbado depois desses dias de lentidão. O andamento do processo de impeachment da presidente é uma incógnita. A barulheira diminuiu, o governo virou o ano mais confiante, mas as chances de uma derrota palaciana dentro da Câmara dos Deputados ainda não atingiram níveis desprezíveis. Todos sabem disso, apesar do clima mais descontraído adotado quando o assunto vem a público. Do lado econômico, se não bastasse o desafio de convencer empresas e indústrias a fazer a máquina girar em ritmo mais acelerado, segurar o avanço da inflação e manter as contas em equilíbrio, o governo brasileiro ainda pode sofrer com os ventos fortes que sacodem o mundo lá fora. A desaceleração da economia chinesa é um fato. O que ninguém sabe é se isso vai acontecer de maneira suave ou de forma mais abrupta. O primeiro dia de negócios no mundo financeiro mostrou o que pode acontecer caso vingue a segunda opção. renato.andrade@grupofolha.com.br
colunas
Dias de lentidãoBRASÍLIA - A capital federal vive um período de calmaria neste início lento e chuvoso de ano novo. Depois de um 2015 acelerado, Brasília e seus moradores ilustres andam, como dizem analistas do mercado financeiro, meio de lado. A presidente Dilma Rousseff ainda não deu as caras. Segue quieta (tranquila?) no Palácio do Planalto, recebendo vez ou outra um ministro. Nelson Barbosa está encastelado na Fazenda, elaborando com seus auxiliares um pacote de medidas que possa, ao mesmo tempo, incentivar a retomada dos investimentos e preservar o combalido cofre público. Até o hiperativo Eduardo Cunha chegou na cidade, mas ainda está recolhido, confabulando com os seus. A Polícia Federal também não deu início às visitas matinais de 2016. Nada disso serve, entretanto, de presságio para o que virá nos próximos meses. A lista de temas espinhosos que serão tratados no Planalto, no Congresso e no Judiciário reforçam a sensação de que o tempo vai mudar e ficará bastante conturbado depois desses dias de lentidão. O andamento do processo de impeachment da presidente é uma incógnita. A barulheira diminuiu, o governo virou o ano mais confiante, mas as chances de uma derrota palaciana dentro da Câmara dos Deputados ainda não atingiram níveis desprezíveis. Todos sabem disso, apesar do clima mais descontraído adotado quando o assunto vem a público. Do lado econômico, se não bastasse o desafio de convencer empresas e indústrias a fazer a máquina girar em ritmo mais acelerado, segurar o avanço da inflação e manter as contas em equilíbrio, o governo brasileiro ainda pode sofrer com os ventos fortes que sacodem o mundo lá fora. A desaceleração da economia chinesa é um fato. O que ninguém sabe é se isso vai acontecer de maneira suave ou de forma mais abrupta. O primeiro dia de negócios no mundo financeiro mostrou o que pode acontecer caso vingue a segunda opção. renato.andrade@grupofolha.com.br
10
Presidente do São Paulo defende pontos corridos e critica jogo às 22h
Diferentemente da maioria dos clubes da Série A, o São Paulo não vê a volta do mata-mata como a solução para a falta de público que vive o futebol brasileiro. O presidente do time tricolor, Carlos Miguel Aidar, entende que há outras mudanças estruturais no modelo atual, como novos horários de jogos e a valorização dos campeonatos, para proporcionar melhorias no torneio. Em entrevista à Folha, Aidar argumenta contra o mata-mata e prega que os clubes decidam democraticamente se o formato vigente deve ser mudado. Folha - Por que o São Paulo defende os pontos corridos, se a maioria dos clubes da Série A é contra? Aidar - Até agora ninguém conseguiu me provar que mata-mata é mais rentável para o São Paulo. Ainda que fosse mais rentável, não traz a melhor definição esportiva. Pontos corridos é a melhor forma de se descobrir qual time é melhor. Um dos argumentos a favor do mata-mata é a audiência e público maior nos estádios. O que precisa tirar é esse excesso de exposição do futebol na televisão. Hoje a gente tem campeonato paulista, mineiro, francês, inglês copa africana... É muito futebol. Isso diminui o interesse no futebol daqui. Temos que valorizar o nosso produto. Como valorizar? Não dá para ter jogo às 22h. O torcedor que mora na zona leste e tem que ir para o Morumbi não consegue. Quem mora no Morumbi não consegue ir para Itaquera. Não tem transporte. Os jogos às quartas-feiras têm que ser às 20h, para as pessoas irem ao estádio, assistir na TV... O que mais deve ser alterado no formato do futebol brasileiro para fazer do campeonato por pontos corridos seja melhor para os clubes? Precisamos mexer algumas coisas: mudar os horários dos jogos, equilibrar as cotas de televisão. Por que Flamengo e Corinthians ganham mais? Eles não jogam sozinhos, Precisamos rever isso. Chegou a hora de os clubes conversarem. Não estou falando de liga de clubes, associação, nada disso. Não há mais espaço para liga. Temos que conversar, colocar na mesa esses pontos e discutir.
esporte
Presidente do São Paulo defende pontos corridos e critica jogo às 22hDiferentemente da maioria dos clubes da Série A, o São Paulo não vê a volta do mata-mata como a solução para a falta de público que vive o futebol brasileiro. O presidente do time tricolor, Carlos Miguel Aidar, entende que há outras mudanças estruturais no modelo atual, como novos horários de jogos e a valorização dos campeonatos, para proporcionar melhorias no torneio. Em entrevista à Folha, Aidar argumenta contra o mata-mata e prega que os clubes decidam democraticamente se o formato vigente deve ser mudado. Folha - Por que o São Paulo defende os pontos corridos, se a maioria dos clubes da Série A é contra? Aidar - Até agora ninguém conseguiu me provar que mata-mata é mais rentável para o São Paulo. Ainda que fosse mais rentável, não traz a melhor definição esportiva. Pontos corridos é a melhor forma de se descobrir qual time é melhor. Um dos argumentos a favor do mata-mata é a audiência e público maior nos estádios. O que precisa tirar é esse excesso de exposição do futebol na televisão. Hoje a gente tem campeonato paulista, mineiro, francês, inglês copa africana... É muito futebol. Isso diminui o interesse no futebol daqui. Temos que valorizar o nosso produto. Como valorizar? Não dá para ter jogo às 22h. O torcedor que mora na zona leste e tem que ir para o Morumbi não consegue. Quem mora no Morumbi não consegue ir para Itaquera. Não tem transporte. Os jogos às quartas-feiras têm que ser às 20h, para as pessoas irem ao estádio, assistir na TV... O que mais deve ser alterado no formato do futebol brasileiro para fazer do campeonato por pontos corridos seja melhor para os clubes? Precisamos mexer algumas coisas: mudar os horários dos jogos, equilibrar as cotas de televisão. Por que Flamengo e Corinthians ganham mais? Eles não jogam sozinhos, Precisamos rever isso. Chegou a hora de os clubes conversarem. Não estou falando de liga de clubes, associação, nada disso. Não há mais espaço para liga. Temos que conversar, colocar na mesa esses pontos e discutir.
4
Projeto do governo define prazos para adoção de crianças e adolescentes
O governo federal quer mudar as regras de adoção de crianças e adolescentes no país, colocando prazo para a conclusão do processo. O objetivo é reduzir o número delas nos abrigos e a espera dos pretendentes para adotar. Anteprojeto de lei do Ministério da Justiça prevê que o trâmite seja fixado em 90 dias para o estágio de convivência entre os pretendentes e a criança, seguido de 120 dias para a conclusão da adoção. As duas etapas poderiam ser prorrogadas por iguais períodos. Se for seguida a proposta do governo, essas duas fases poderiam levar no máximo um ano e dois meses."Hoje não há prazo definido, o que gera insegurança nas famílias", afirma a diretora de assuntos legislativos do ministério, Clarice Oliveira. "Ninguém valoriza tanto uma certidão de nascimento quanto uma família adotiva", afirma Sara Vargas, 45, mãe de quatro filhos, três adotivos, sobre o documento entregue com o nome dos pais alterado ao fim do processo que, em seu caso, levou quatro anos desde que recebeu a guarda provisória. O tema, no entanto, gera preocupação entre entidades, que temem que os prazos para a adoção se sobreponham aos direitos das crianças. ADOÇÕES NO PAÍS - Total de adoções de crianças e adolescentes por ano* ESTRANGEIROS As propostas também estipulam regras para a entrega voluntária de bebês e estimulam a adoção internacional, feita por estrangeiros. Para esse último caso, prevê a redução no tempo mínimo exigido de convivência prévia, que passaria de 30 para 15 dias. O máximo seria de 45 dias (hoje, não há). Outra sugestão é que cada criança com mais de um ano sem ter sido adotada no país seja encaminhada para possível adoção internacional, "independentemente de decisão judicial" para isso. Hoje, isso depende de aval do juiz. Essa proposta também causou reações entre especialistas e entidades ligadas aos direitos das crianças. "Vai acontecer sem o Judiciário acompanhar? Justamente nesse caso que é o que mais precisa?", afirma Dayse Bernardi, do Neca (associação de núcleos de pesquisa sobre criança e adolescente). Já Clarice afirma que a flexibilização serve apenas para iniciar a busca de pretendentes. Para ela, a medida pode ser uma alternativa diante do descompasso entre o perfil desejado pelos pretendentes a adotar e o das crianças aptas a serem adotadas. Dados do CNJ mostram que a maioria dos pretendentes no país ainda expressa a vontade de adotar crianças mais novas –57% delas, porém, têm mais de dez anos. "Os pretendentes não residentes no Brasil estão mais abertos para adotar crianças mais velhas e com irmãos, perfil que encontra mais dificuldades para adoção", diz Clarice. Segundo ela, após a consulta pública, que já tem 400 contribuições, o governo deve enviar a proposta ao Congresso ainda neste ano. As novas propostas também trazem regras para mães que decidem fazer a "entrega voluntária" dos filhos à Justiça. O texto sugere que o "suposto pai" seja intimado em até cinco dias sobre a possibilidade de manter a criança. O projeto também amplia a possibilidade da "adoção direta" –isso ocorre quando o interessado faz um pedido específico à Justiça para adotar uma criança, fora da fila de adoção. Pela lei, esse pedido só vale se feito por padrasto ou madrasta, parentes ou quem já tem a tutela ou guarda. A proposta abre espaço a pessoas com quem a criança "tenha vínculos de afinidade". Quem quer adotar Quem espera por adoção FALTA DE ESTRUTURA Ao mesmo tempo em que apontam pontos positivos no projeto do governo, especialistas e entidades que atuam na área de infância ouvidos pela Folha relatam preocupação em relação a alguns trechos da proposta para mudar o processo de adoção. A maioria afirma ver como positiva a intenção de acelerar a conclusão do processo, mas diz que o principal problema hoje é de falta de estrutura e de equipes habilitadas para analisar os casos. Outros avaliam ainda que, em algumas situações, os prazos sugeridos para acelerar o processo de adoção também podem, na prática, acabar por inviabilizá-lo. É o caso da medida que estipula 90 dias para estágio de convivência. "É como se tivesse que em três meses ter dado certo. E se não tiver? A criança é devolvida como uma mercadoria que provo e vejo se gosto, e se não, devolvo?", questiona a especialista em psicologia jurídica Dayse Bernardi. Segundo ela, a criança acolhida por muito tempo nem sempre aceita ser adotada imediatamente. "Muitas vezes vai provocar a família para ver se de fato será acolhida." Fábio Paes, presidente do Conanda (Conselho Nacional de Direitos da Criança) e assessor da Aldeias Infantis SOS, que atua em serviços de acolhimento, também pede cautela. "Hoje não temos uma rede preparada para prazos estipulados." Segundo ele, a situação traz risco de que algumas decisões possam aceleradas apenas para cumprir prazos, sem observar com cuidado a situação de cada criança ou adolescente hoje em abrigos. Já Suzana Schettini, presidente da Angaad (associação nacional de grupos de apoio à adoção), diz apoiar a proposta de trazer alguns limites máximos de espera, como concluir a adoção em 120 dias. "Hoje muitos aguardam até cinco anos." Paes, do Conanda, afirma que o estímulo à adoção por estrangeiros pode separar irmãos –entre 7.067 crianças e adolescentes hoje aptas à adoção, 64% têm irmãos. Outro receio é o acompanhamento dos processos nestes países, afirma. "Há casos de frustração e negligência. Como o direito de meninos e meninas está sendo assegurado? Fora do seu país, isso pesa muito mais." Millen Castro, presidente da ABMP (Associação de Magistrados, Promotores e Defensores da Infância e Juventude), diz ver como positiva a tentativa de acelerar a análise de cada caso. "Se a família biológica tiver a chance de reacolher a criança, é o ideal. Se não, seja [adoção] nacional ou internacional, mas que seja dada a chance à criança de sair da instituição de acolhimento e ter uma família de fato." Ele contesta, porém, a ideia de abrir espaço a pedidos para adoção de crianças com quem o pretendente "tenha vínculo ou afinidade" e que não estejam no cadastro. "O projeto acaba fortalecendo a adoção direta, que desrespeita quem está cumprindo todas as regras." OUTRO LADO Questionado sobre as críticas, o Ministério da Justiça diz que os prazos propostos devem ser vistos "em conjunto com os demais dispositivos do ECA", com base "no interesse da criança". Sobre o problema de estrutura da rede, a pasta afirma que, nos casos em que há ausência de servidores para avaliações técnicas de cada processo, irá sugerir a contratação de profissionais especializados para fazer as análises. Já a proposta de estimular a adoção internacional "visa dar mais chances à criança de encontrar uma família" diante da avaliação de que estrangeiros estariam mais abertos a adotar crianças mais velhas ou com irmãos. Diz ainda que a atuação dos órgãos é garantida em todo o processo, "inclusive o acompanhamento nos dois anos seguintes à adoção". A diretora Clarice Oliveira diz ainda que as propostas devem passar por nova análise após as contribuições da consulta pública.
cotidiano
Projeto do governo define prazos para adoção de crianças e adolescentesO governo federal quer mudar as regras de adoção de crianças e adolescentes no país, colocando prazo para a conclusão do processo. O objetivo é reduzir o número delas nos abrigos e a espera dos pretendentes para adotar. Anteprojeto de lei do Ministério da Justiça prevê que o trâmite seja fixado em 90 dias para o estágio de convivência entre os pretendentes e a criança, seguido de 120 dias para a conclusão da adoção. As duas etapas poderiam ser prorrogadas por iguais períodos. Se for seguida a proposta do governo, essas duas fases poderiam levar no máximo um ano e dois meses."Hoje não há prazo definido, o que gera insegurança nas famílias", afirma a diretora de assuntos legislativos do ministério, Clarice Oliveira. "Ninguém valoriza tanto uma certidão de nascimento quanto uma família adotiva", afirma Sara Vargas, 45, mãe de quatro filhos, três adotivos, sobre o documento entregue com o nome dos pais alterado ao fim do processo que, em seu caso, levou quatro anos desde que recebeu a guarda provisória. O tema, no entanto, gera preocupação entre entidades, que temem que os prazos para a adoção se sobreponham aos direitos das crianças. ADOÇÕES NO PAÍS - Total de adoções de crianças e adolescentes por ano* ESTRANGEIROS As propostas também estipulam regras para a entrega voluntária de bebês e estimulam a adoção internacional, feita por estrangeiros. Para esse último caso, prevê a redução no tempo mínimo exigido de convivência prévia, que passaria de 30 para 15 dias. O máximo seria de 45 dias (hoje, não há). Outra sugestão é que cada criança com mais de um ano sem ter sido adotada no país seja encaminhada para possível adoção internacional, "independentemente de decisão judicial" para isso. Hoje, isso depende de aval do juiz. Essa proposta também causou reações entre especialistas e entidades ligadas aos direitos das crianças. "Vai acontecer sem o Judiciário acompanhar? Justamente nesse caso que é o que mais precisa?", afirma Dayse Bernardi, do Neca (associação de núcleos de pesquisa sobre criança e adolescente). Já Clarice afirma que a flexibilização serve apenas para iniciar a busca de pretendentes. Para ela, a medida pode ser uma alternativa diante do descompasso entre o perfil desejado pelos pretendentes a adotar e o das crianças aptas a serem adotadas. Dados do CNJ mostram que a maioria dos pretendentes no país ainda expressa a vontade de adotar crianças mais novas –57% delas, porém, têm mais de dez anos. "Os pretendentes não residentes no Brasil estão mais abertos para adotar crianças mais velhas e com irmãos, perfil que encontra mais dificuldades para adoção", diz Clarice. Segundo ela, após a consulta pública, que já tem 400 contribuições, o governo deve enviar a proposta ao Congresso ainda neste ano. As novas propostas também trazem regras para mães que decidem fazer a "entrega voluntária" dos filhos à Justiça. O texto sugere que o "suposto pai" seja intimado em até cinco dias sobre a possibilidade de manter a criança. O projeto também amplia a possibilidade da "adoção direta" –isso ocorre quando o interessado faz um pedido específico à Justiça para adotar uma criança, fora da fila de adoção. Pela lei, esse pedido só vale se feito por padrasto ou madrasta, parentes ou quem já tem a tutela ou guarda. A proposta abre espaço a pessoas com quem a criança "tenha vínculos de afinidade". Quem quer adotar Quem espera por adoção FALTA DE ESTRUTURA Ao mesmo tempo em que apontam pontos positivos no projeto do governo, especialistas e entidades que atuam na área de infância ouvidos pela Folha relatam preocupação em relação a alguns trechos da proposta para mudar o processo de adoção. A maioria afirma ver como positiva a intenção de acelerar a conclusão do processo, mas diz que o principal problema hoje é de falta de estrutura e de equipes habilitadas para analisar os casos. Outros avaliam ainda que, em algumas situações, os prazos sugeridos para acelerar o processo de adoção também podem, na prática, acabar por inviabilizá-lo. É o caso da medida que estipula 90 dias para estágio de convivência. "É como se tivesse que em três meses ter dado certo. E se não tiver? A criança é devolvida como uma mercadoria que provo e vejo se gosto, e se não, devolvo?", questiona a especialista em psicologia jurídica Dayse Bernardi. Segundo ela, a criança acolhida por muito tempo nem sempre aceita ser adotada imediatamente. "Muitas vezes vai provocar a família para ver se de fato será acolhida." Fábio Paes, presidente do Conanda (Conselho Nacional de Direitos da Criança) e assessor da Aldeias Infantis SOS, que atua em serviços de acolhimento, também pede cautela. "Hoje não temos uma rede preparada para prazos estipulados." Segundo ele, a situação traz risco de que algumas decisões possam aceleradas apenas para cumprir prazos, sem observar com cuidado a situação de cada criança ou adolescente hoje em abrigos. Já Suzana Schettini, presidente da Angaad (associação nacional de grupos de apoio à adoção), diz apoiar a proposta de trazer alguns limites máximos de espera, como concluir a adoção em 120 dias. "Hoje muitos aguardam até cinco anos." Paes, do Conanda, afirma que o estímulo à adoção por estrangeiros pode separar irmãos –entre 7.067 crianças e adolescentes hoje aptas à adoção, 64% têm irmãos. Outro receio é o acompanhamento dos processos nestes países, afirma. "Há casos de frustração e negligência. Como o direito de meninos e meninas está sendo assegurado? Fora do seu país, isso pesa muito mais." Millen Castro, presidente da ABMP (Associação de Magistrados, Promotores e Defensores da Infância e Juventude), diz ver como positiva a tentativa de acelerar a análise de cada caso. "Se a família biológica tiver a chance de reacolher a criança, é o ideal. Se não, seja [adoção] nacional ou internacional, mas que seja dada a chance à criança de sair da instituição de acolhimento e ter uma família de fato." Ele contesta, porém, a ideia de abrir espaço a pedidos para adoção de crianças com quem o pretendente "tenha vínculo ou afinidade" e que não estejam no cadastro. "O projeto acaba fortalecendo a adoção direta, que desrespeita quem está cumprindo todas as regras." OUTRO LADO Questionado sobre as críticas, o Ministério da Justiça diz que os prazos propostos devem ser vistos "em conjunto com os demais dispositivos do ECA", com base "no interesse da criança". Sobre o problema de estrutura da rede, a pasta afirma que, nos casos em que há ausência de servidores para avaliações técnicas de cada processo, irá sugerir a contratação de profissionais especializados para fazer as análises. Já a proposta de estimular a adoção internacional "visa dar mais chances à criança de encontrar uma família" diante da avaliação de que estrangeiros estariam mais abertos a adotar crianças mais velhas ou com irmãos. Diz ainda que a atuação dos órgãos é garantida em todo o processo, "inclusive o acompanhamento nos dois anos seguintes à adoção". A diretora Clarice Oliveira diz ainda que as propostas devem passar por nova análise após as contribuições da consulta pública.
6
Defesa de lobistas da Operação Zelotes é refutada por executivos
Depoimentos de executivos do setor automobilístico prestados na Operação Zelotes e a defesa de um dos presos entram em contradição com a versão de alguns dos acusados que afirmam ter apenas exercido trabalho de lobby pela prorrogação de medidas provisórias. Na ação penal aberta pela Justiça Federal do DF, advogados de alguns dos principais acusados, como Mauro Marcondes e Alexandre Paes dos Santos, têm afirmado que seus clientes realizaram trabalho de "lobby legítimo" –que, embora não regulamentado no Brasil, não pode ser considerado crime. Porém, ouvido pela PF em 26 de outubro, o principal executivo do grupo Caoa, que comercializa veículos da marca Hyundai, Carlos Alberto de Oliveira Andrade, 76, disse que "nunca foi contratada qualquer pessoa, por parte do declarante, para intermediar negociações com o governo" e que a Caoa "nunca procurou qualquer lobista para obter a prorrogação dos incentivos fiscais" contidos nas MPs. Andrade afirmou ainda que Marcondes era contratado para exercer outra atividade e o descreveu como "prestador de serviços, representando a empresa junto à Anfavea", a associação que representa fabricantes da indústria automotiva. Marcondes afirmou à PF que a Caoa o contratou "para o projeto de continuidade de benefício fiscal". Annuar Ali, 68, consultor da Caoa, disse em 29 de outubro à PF que a empresa "contratou o serviço prestado pela empresa de Mauro Marcondes e Cristina Mautoni para que o grupo Caoa fosse representado na Anfavea". Os encontros que manteve com Marcondes, segundo Ali, "tratavam de matérias técnico-burocráticas, como por exemplo a necessidade de se trocar motorização de veículos, em função de novas exigências legais, bem como a posição de selo do Inmetro nos vidros dos veículos". Ele foi enfático ao dizer que "jamais discutiu a respeito de medidas provisórias". Em entrevista à Folha, a defesa de José Ricardo da Silva, um dos acusados, também negou que seu cliente tenha feito lobby. Silva é dono da SGR, que foi contratada pela empresa de Marcondes para tentar a prorrogação das MPs. "A defesa de José Ricardo não admite lobby porque, efetivamente, ele não fez. Mauro é um notório lobista e contratou José Ricardo para subsídios aos argumentos que ele usaria para fazer o lobby. Ricardo deu fundamentação técnico-tributária para isso", disse o advogado Getúlio Humberto de Sá. OUTRO LADO A defesa de Alexandre Paes dos Santos afirmou que não há contradição. Segundo o advogado Marcelo Leal, elementos da investigação "mostram que houve cobrança pelo serviço prestado [pelos lobistas]", embora a "Caoa não admita a contratação para a realização do lobby". "A defesa de José Ricardo está falando a mesma coisa que nós, só não usa o nome lobby. Para mim, conceito de consultoria técnico-administrativa é lobby. O lobby também é a realização de estudos a fim de embasar o pleito de um setor junto ao governo", afirmou Leal. Marcondes e José Ricardo manifestaram o direito de permanecer calados em depoimento à Polícia Federal. Alexandre Paes dos Santos, Marcondes e José Ricardo estão presos na penitenciária da Papuda, em Brasília.
poder
Defesa de lobistas da Operação Zelotes é refutada por executivosDepoimentos de executivos do setor automobilístico prestados na Operação Zelotes e a defesa de um dos presos entram em contradição com a versão de alguns dos acusados que afirmam ter apenas exercido trabalho de lobby pela prorrogação de medidas provisórias. Na ação penal aberta pela Justiça Federal do DF, advogados de alguns dos principais acusados, como Mauro Marcondes e Alexandre Paes dos Santos, têm afirmado que seus clientes realizaram trabalho de "lobby legítimo" –que, embora não regulamentado no Brasil, não pode ser considerado crime. Porém, ouvido pela PF em 26 de outubro, o principal executivo do grupo Caoa, que comercializa veículos da marca Hyundai, Carlos Alberto de Oliveira Andrade, 76, disse que "nunca foi contratada qualquer pessoa, por parte do declarante, para intermediar negociações com o governo" e que a Caoa "nunca procurou qualquer lobista para obter a prorrogação dos incentivos fiscais" contidos nas MPs. Andrade afirmou ainda que Marcondes era contratado para exercer outra atividade e o descreveu como "prestador de serviços, representando a empresa junto à Anfavea", a associação que representa fabricantes da indústria automotiva. Marcondes afirmou à PF que a Caoa o contratou "para o projeto de continuidade de benefício fiscal". Annuar Ali, 68, consultor da Caoa, disse em 29 de outubro à PF que a empresa "contratou o serviço prestado pela empresa de Mauro Marcondes e Cristina Mautoni para que o grupo Caoa fosse representado na Anfavea". Os encontros que manteve com Marcondes, segundo Ali, "tratavam de matérias técnico-burocráticas, como por exemplo a necessidade de se trocar motorização de veículos, em função de novas exigências legais, bem como a posição de selo do Inmetro nos vidros dos veículos". Ele foi enfático ao dizer que "jamais discutiu a respeito de medidas provisórias". Em entrevista à Folha, a defesa de José Ricardo da Silva, um dos acusados, também negou que seu cliente tenha feito lobby. Silva é dono da SGR, que foi contratada pela empresa de Marcondes para tentar a prorrogação das MPs. "A defesa de José Ricardo não admite lobby porque, efetivamente, ele não fez. Mauro é um notório lobista e contratou José Ricardo para subsídios aos argumentos que ele usaria para fazer o lobby. Ricardo deu fundamentação técnico-tributária para isso", disse o advogado Getúlio Humberto de Sá. OUTRO LADO A defesa de Alexandre Paes dos Santos afirmou que não há contradição. Segundo o advogado Marcelo Leal, elementos da investigação "mostram que houve cobrança pelo serviço prestado [pelos lobistas]", embora a "Caoa não admita a contratação para a realização do lobby". "A defesa de José Ricardo está falando a mesma coisa que nós, só não usa o nome lobby. Para mim, conceito de consultoria técnico-administrativa é lobby. O lobby também é a realização de estudos a fim de embasar o pleito de um setor junto ao governo", afirmou Leal. Marcondes e José Ricardo manifestaram o direito de permanecer calados em depoimento à Polícia Federal. Alexandre Paes dos Santos, Marcondes e José Ricardo estão presos na penitenciária da Papuda, em Brasília.
0
TCU mantém suspensão de acordo entre Anatel e Oi
Por duvidar que possa ser cumprido, o TCU (Tribunal de Contas da União) manteve suspenso acordo aprovado para a Oi não pagar multas em troca de mais investimentos. O termo havia sido aprovado pela diretoria da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) em maio e, por ele, a telefônica deixaria de pagar multas por descumprimento de obrigações do contrato, estimadas em R$ 1,2 bilhão, em troca de compra de equipamentos e obras para ampliação da rede estimadas em R$ 3,2 bilhões. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (6) pelo ministro Bruno Dantas, relator do caso, que já havia suspendido a validade do acordo aprovado na agência. De acordo com Dantas, a Anatel não havia conseguido demonstrar a vantagem do acordo para os consumidores e, depois que a Oi entrou em processo de recuperação judicial, passou a ser "quase impossível" para a empresa cumprir os investimentos previstos no acordo. A empresa tem dívidas de R$ 65 bilhões e o pedido de recuperação amplia prazo para pagamentos e renegociação com fornecedores e bancos. ZELO Para o ministro, a legitimidade do acordo está afetada por esse pedido. Em termos duros, ele questiona a responsabilidade da Agência em admitir o chamado Termo de Ajustamento de Conduta. "Questiona-se principalmente se em algum momento a Anatel realizou gestão dos riscos envolvidos, com o objetivo de identificar eventos potenciais que pudessem afetar os compromissos assumidos pela Oi e de obter razoável certeza em relação ao seu cumprimento", escreve o ministro. Em seu despacho, Dantas determina ainda que os órgãos técnicos da casa que ampliem as investigações sobre o acordo e aponta para falta de cuidado da agência com o trabalho. "Questiona-se se Anatel teve o zelo de avaliar se a Oi teria condições de cumprir as obrigações", escreve em seu despacho. A Anatel informou através de sua Assessoria de Imprensa que vai fornecer as informações solicitadas pelo TCU dentro dos prazos estipulados.
mercado
TCU mantém suspensão de acordo entre Anatel e OiPor duvidar que possa ser cumprido, o TCU (Tribunal de Contas da União) manteve suspenso acordo aprovado para a Oi não pagar multas em troca de mais investimentos. O termo havia sido aprovado pela diretoria da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) em maio e, por ele, a telefônica deixaria de pagar multas por descumprimento de obrigações do contrato, estimadas em R$ 1,2 bilhão, em troca de compra de equipamentos e obras para ampliação da rede estimadas em R$ 3,2 bilhões. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (6) pelo ministro Bruno Dantas, relator do caso, que já havia suspendido a validade do acordo aprovado na agência. De acordo com Dantas, a Anatel não havia conseguido demonstrar a vantagem do acordo para os consumidores e, depois que a Oi entrou em processo de recuperação judicial, passou a ser "quase impossível" para a empresa cumprir os investimentos previstos no acordo. A empresa tem dívidas de R$ 65 bilhões e o pedido de recuperação amplia prazo para pagamentos e renegociação com fornecedores e bancos. ZELO Para o ministro, a legitimidade do acordo está afetada por esse pedido. Em termos duros, ele questiona a responsabilidade da Agência em admitir o chamado Termo de Ajustamento de Conduta. "Questiona-se principalmente se em algum momento a Anatel realizou gestão dos riscos envolvidos, com o objetivo de identificar eventos potenciais que pudessem afetar os compromissos assumidos pela Oi e de obter razoável certeza em relação ao seu cumprimento", escreve o ministro. Em seu despacho, Dantas determina ainda que os órgãos técnicos da casa que ampliem as investigações sobre o acordo e aponta para falta de cuidado da agência com o trabalho. "Questiona-se se Anatel teve o zelo de avaliar se a Oi teria condições de cumprir as obrigações", escreve em seu despacho. A Anatel informou através de sua Assessoria de Imprensa que vai fornecer as informações solicitadas pelo TCU dentro dos prazos estipulados.
2
Doria publica portaria que proíbe GCM de tirar cobertor de moradores de rua
O prefeito João Doria (PSDB) voltou a vetar explicitamente a remoção de cobertores de moradores de rua pela Guarda Civil Metropolitana em portaria publicada nesta quarta (31). Um decreto de fevereiro havia suprimido a menção ao item. O texto ainda diz que a declaração dos moradores é suficiente para comprovar posse de um pertence, dispensando a apresentação de notas fiscais. Leia a coluna completa aqui.
colunas
Doria publica portaria que proíbe GCM de tirar cobertor de moradores de ruaO prefeito João Doria (PSDB) voltou a vetar explicitamente a remoção de cobertores de moradores de rua pela Guarda Civil Metropolitana em portaria publicada nesta quarta (31). Um decreto de fevereiro havia suprimido a menção ao item. O texto ainda diz que a declaração dos moradores é suficiente para comprovar posse de um pertence, dispensando a apresentação de notas fiscais. Leia a coluna completa aqui.
10
Advogado lança livro que analisa Lei Anticorrupção
Modesto Carvalhosa lançará no próximo dia 10, no STJ (Superior Tribunal de Justiça), em Brasília, o livro "Considerações sobre a Lei Anticorrupção das Pessoas Jurídicas" (Editora Revista dos Tribunais). O livro analisa a lei 12.846/2013, pela qual o Brasil aderiu ao esforço internacional de combate à corrupção nas relações das empresas com o Estado. Haverá debate entre o autor, os ministros do STJ Paulo de Tarso Sanseverino e Ricardo Villas Bôas Cueva –que fez o prefácio–, o Advogado-Geral da União, Luís Inácio Adams, e o Subprocurador-Geral da República Humberto Jacques de Medeiros. Carvalhosa organizou o "Livro Negro da Corrupção", vencedor do Jabuti de 1995 na categoria Literatura Jornalística. Esgotado, o livro pode ser consultado no site do Museu da Corrupção (muco.com.br).
poder
Advogado lança livro que analisa Lei AnticorrupçãoModesto Carvalhosa lançará no próximo dia 10, no STJ (Superior Tribunal de Justiça), em Brasília, o livro "Considerações sobre a Lei Anticorrupção das Pessoas Jurídicas" (Editora Revista dos Tribunais). O livro analisa a lei 12.846/2013, pela qual o Brasil aderiu ao esforço internacional de combate à corrupção nas relações das empresas com o Estado. Haverá debate entre o autor, os ministros do STJ Paulo de Tarso Sanseverino e Ricardo Villas Bôas Cueva –que fez o prefácio–, o Advogado-Geral da União, Luís Inácio Adams, e o Subprocurador-Geral da República Humberto Jacques de Medeiros. Carvalhosa organizou o "Livro Negro da Corrupção", vencedor do Jabuti de 1995 na categoria Literatura Jornalística. Esgotado, o livro pode ser consultado no site do Museu da Corrupção (muco.com.br).
0
Incidente em complexo militar nos EUA deixa um morto e um ferido
Vestidos de mulher, dois homens aparentemente tentaram forçar sua entrada com um carro em um dos portões da sede da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) em uma base militar em Maryland, nos Estados Unidos, nesta segunda-feira (30). Um policial atirou contra o carro, matando um homem e deixando o outro gravemente ferido. A polícia está investigando o incidente, que pode ter sido uma tentativa de invasão. Segundo o FBI, o incidente não parece ter relações com o terrorismo. A NSA tem sede em um complexo de prédios do Exército em Fort Meade, em Maryland. Segundo o Exército, 11.000 militares e 29.000 civis trabalham ali. Cerca de 6.000 pessoas vivem na base, que opera desde 1917. Em 3 de março, autoridades capturaram um homem suspeito de disparar contra outro prédio da NSA. O suspeito, identificado como Hong Young, também teria disparado contra vários locais vizinhos e dois veículos em movimento. Ele disse à polícia que vozes lhe ordenaram a fazer os disparos.
mundo
Incidente em complexo militar nos EUA deixa um morto e um feridoVestidos de mulher, dois homens aparentemente tentaram forçar sua entrada com um carro em um dos portões da sede da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) em uma base militar em Maryland, nos Estados Unidos, nesta segunda-feira (30). Um policial atirou contra o carro, matando um homem e deixando o outro gravemente ferido. A polícia está investigando o incidente, que pode ter sido uma tentativa de invasão. Segundo o FBI, o incidente não parece ter relações com o terrorismo. A NSA tem sede em um complexo de prédios do Exército em Fort Meade, em Maryland. Segundo o Exército, 11.000 militares e 29.000 civis trabalham ali. Cerca de 6.000 pessoas vivem na base, que opera desde 1917. Em 3 de março, autoridades capturaram um homem suspeito de disparar contra outro prédio da NSA. O suspeito, identificado como Hong Young, também teria disparado contra vários locais vizinhos e dois veículos em movimento. Ele disse à polícia que vozes lhe ordenaram a fazer os disparos.
3
Comissão de ética da Presidência vai apurar repasses a secretário
A comissão de ética da Presidência da República abriu nesta segunda-feira (22) processo ético disciplinar para apurar se houve conflito de interesse na conduta no ano passado do hoje secretário especial de comunicação do governo interino, Márcio Freitas. No domingo (21), a Folha revelou que uma fundação nacional do PMDB repassou R$ 240 mil ao hoje secretário especial. No mesmo período, ele recebeu salário como assessor na vice-presidência da República. Na época, a Fundação Ulysses Guimarães realizou pagamentos mensais de R$ 20 mil à empresa Entretexto Serviços, da qual Márcio Freitas é sócio-proprietário. A própria comissão de ética decidiu abrir o procedimento em reunião ordinária e foi aberto prazo de dez dias para que o secretário especial apresente sua defesa. Segundo o presidente do colegiado federal, Mauro Menezes, no ano passado a comissão de ética analisou caso semelhante e concluiu que o servidor público não poderia acumular as duas funções. O episódio em questão envolvia o atual assessor especial da Presidência da República, Mozart Vianna. Na época, nomeado sub-chefe de assuntos parlamentares da Secretaria de Relações Institucionais, ele consultou o colegiado federal se poderia também prestar serviço de consultoria Fundação Ulysses Guimarães. "A comissão examinou o caso e se pronunciou no sentido que ele não poderia, tendo em vista a necessidade de não confundir as questões partidárias com o exercício da função pública", explicou. Caso tenha havido irregularidade na conduta do secretário especial, o código da alta administração federal prevê tanto advertência como recomendação de exoneração do servidor público. Na época dos repasses, Márcio Freitas exercia a chefia da Assessoria de Comunicação Social da Vice-Presidência pelo salário de R$ 11,3 mil. A sua relação financeira com a fundação do PMDB aparece na prestação de contas anual do Fundo Partidário ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A lei 8.112/90 proíbe o servidor público de "participar de gerência ou administração de sociedade privada", funções que o secretário especial disse à Folha não exercer na Entretexto Serviços. Procurado, Márcio Freitas afirmou que os pagamentos feitos pela Fundação Ulysses Guimarães à sua empresa "não trazem nenhum conflito com a ocupação de cargo de confiança na Vice-Presidência" da República. "Legalmente é limitado ao ocupante de cargo comissionado a administração ou gerência de empresa, o que não ocorre neste caso", disse à reportagem, por e-mail. De acordo com o assessor presidencial, "as consultorias de imprensa e análises políticas são feitas sempre que solicitadas pelo cliente".
poder
Comissão de ética da Presidência vai apurar repasses a secretárioA comissão de ética da Presidência da República abriu nesta segunda-feira (22) processo ético disciplinar para apurar se houve conflito de interesse na conduta no ano passado do hoje secretário especial de comunicação do governo interino, Márcio Freitas. No domingo (21), a Folha revelou que uma fundação nacional do PMDB repassou R$ 240 mil ao hoje secretário especial. No mesmo período, ele recebeu salário como assessor na vice-presidência da República. Na época, a Fundação Ulysses Guimarães realizou pagamentos mensais de R$ 20 mil à empresa Entretexto Serviços, da qual Márcio Freitas é sócio-proprietário. A própria comissão de ética decidiu abrir o procedimento em reunião ordinária e foi aberto prazo de dez dias para que o secretário especial apresente sua defesa. Segundo o presidente do colegiado federal, Mauro Menezes, no ano passado a comissão de ética analisou caso semelhante e concluiu que o servidor público não poderia acumular as duas funções. O episódio em questão envolvia o atual assessor especial da Presidência da República, Mozart Vianna. Na época, nomeado sub-chefe de assuntos parlamentares da Secretaria de Relações Institucionais, ele consultou o colegiado federal se poderia também prestar serviço de consultoria Fundação Ulysses Guimarães. "A comissão examinou o caso e se pronunciou no sentido que ele não poderia, tendo em vista a necessidade de não confundir as questões partidárias com o exercício da função pública", explicou. Caso tenha havido irregularidade na conduta do secretário especial, o código da alta administração federal prevê tanto advertência como recomendação de exoneração do servidor público. Na época dos repasses, Márcio Freitas exercia a chefia da Assessoria de Comunicação Social da Vice-Presidência pelo salário de R$ 11,3 mil. A sua relação financeira com a fundação do PMDB aparece na prestação de contas anual do Fundo Partidário ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A lei 8.112/90 proíbe o servidor público de "participar de gerência ou administração de sociedade privada", funções que o secretário especial disse à Folha não exercer na Entretexto Serviços. Procurado, Márcio Freitas afirmou que os pagamentos feitos pela Fundação Ulysses Guimarães à sua empresa "não trazem nenhum conflito com a ocupação de cargo de confiança na Vice-Presidência" da República. "Legalmente é limitado ao ocupante de cargo comissionado a administração ou gerência de empresa, o que não ocorre neste caso", disse à reportagem, por e-mail. De acordo com o assessor presidencial, "as consultorias de imprensa e análises políticas são feitas sempre que solicitadas pelo cliente".
0
Varejo e o ajuste (recessivo) em movimento
Os dados do varejo não foram exatamente uma surpresa apesar de ter frustrado fortemente as estimativas do mercado que esperavam uma alta de 0,7% em abril. Na verdade, o resultado do comércio varejista não foi um respiro acima da linha d´água do 0%, mas sim mais um mergulho de -0,4%, o terceiro consecutivo este ano. Digo que não foi uma surpresa ter vindo negativo o resultado porque já é amplamente sabido pela sociedade e pelos economistas que o ajuste de 2015 será no mercado de trabalho e, especialmente, no rendimento médio real dos cidadãos. Este é o receituário posto em prática para colocar em ordem a inflação na esperança de que, tudo mais constante, a máquina econômica volte no tranco em 2016. Na comparação com o mês de abril do ano passado a venda em supermercados, hipermercados e produtos alimentícios recuou em volume 2,3%, resultado segundo o próprio IBGE derivado de uma redução da massa salarial em 3,8%. No caso de móveis e eletrodomésticos a queda foi ainda maior afundando 16% no vácuo da renda e no fim dos subsídios à linha branca. Nos dados ampliados, que contemplam também a venda de automóveis, motos e material de construção o resultado foi "menos pior" e a retração foi de -0,3% no mês. É aqui que vemos já em ação o ajuste desejado pelo governo. Após amargar o aumento de estoques nas fábricas e verem os pátios das montadoras empilharem quantidades cada vez maiores de veículos, as concessionárias ao redor do país resolveram queimar estoque e estão oferecendo no limite da sobrevivência seus veículos para - pelo menos - manter a operação em funcionamento e sobreviverem até o ano que vem. São promoções das mais variadas que passam por descontos volumosos ou até IPVA pago e tanque cheio por um ano. O resultado deste esforço foi a alta de 4,4% no volume de vendas na série dessazonalizada, mas com uma queda de 8% na receita nomina na série. O ajuste é justamente este indigesto: o governo irá apertar até onde for possível a renda para assim forçar o empresário a segurar ou até mesmo cortar os preços. O segundo semestre começou, como previsto, com o pé esquerdo. O varejo recua -2% no trimestre encerrado em abril (não estamos falando da média móvel trimestral) e a indústria tombou outros 2,6% na mesma comparação. Isso sugere que o IBC-Br que será divulgado amanhã deva ser pior que antecipado. O diagnóstico era que tínhamos demanda "demais", logo o que está sendo feito é criar demanda "de menos" e assim limpar eventuais excessos. O Brasil conseguiu transformar a criação de uma nova classe média em um problema e agora a disciplina fiscalista e monetarista irá enquadrar a nova classe média em seu devido lugar. A boa notícia, já disse, é que está ruim. Os objetivos estão sendo atingidos e a má notícia e que vai melhorar, ou seja, irá piorar ainda mais neste segundo semestre. O Brasil virou o país do contrário. Ai, que saudade eu tenho da Belíndia. ANDRÉ PERFEITO é economista-chefe da Gradual Investimentos*
mercado
Varejo e o ajuste (recessivo) em movimentoOs dados do varejo não foram exatamente uma surpresa apesar de ter frustrado fortemente as estimativas do mercado que esperavam uma alta de 0,7% em abril. Na verdade, o resultado do comércio varejista não foi um respiro acima da linha d´água do 0%, mas sim mais um mergulho de -0,4%, o terceiro consecutivo este ano. Digo que não foi uma surpresa ter vindo negativo o resultado porque já é amplamente sabido pela sociedade e pelos economistas que o ajuste de 2015 será no mercado de trabalho e, especialmente, no rendimento médio real dos cidadãos. Este é o receituário posto em prática para colocar em ordem a inflação na esperança de que, tudo mais constante, a máquina econômica volte no tranco em 2016. Na comparação com o mês de abril do ano passado a venda em supermercados, hipermercados e produtos alimentícios recuou em volume 2,3%, resultado segundo o próprio IBGE derivado de uma redução da massa salarial em 3,8%. No caso de móveis e eletrodomésticos a queda foi ainda maior afundando 16% no vácuo da renda e no fim dos subsídios à linha branca. Nos dados ampliados, que contemplam também a venda de automóveis, motos e material de construção o resultado foi "menos pior" e a retração foi de -0,3% no mês. É aqui que vemos já em ação o ajuste desejado pelo governo. Após amargar o aumento de estoques nas fábricas e verem os pátios das montadoras empilharem quantidades cada vez maiores de veículos, as concessionárias ao redor do país resolveram queimar estoque e estão oferecendo no limite da sobrevivência seus veículos para - pelo menos - manter a operação em funcionamento e sobreviverem até o ano que vem. São promoções das mais variadas que passam por descontos volumosos ou até IPVA pago e tanque cheio por um ano. O resultado deste esforço foi a alta de 4,4% no volume de vendas na série dessazonalizada, mas com uma queda de 8% na receita nomina na série. O ajuste é justamente este indigesto: o governo irá apertar até onde for possível a renda para assim forçar o empresário a segurar ou até mesmo cortar os preços. O segundo semestre começou, como previsto, com o pé esquerdo. O varejo recua -2% no trimestre encerrado em abril (não estamos falando da média móvel trimestral) e a indústria tombou outros 2,6% na mesma comparação. Isso sugere que o IBC-Br que será divulgado amanhã deva ser pior que antecipado. O diagnóstico era que tínhamos demanda "demais", logo o que está sendo feito é criar demanda "de menos" e assim limpar eventuais excessos. O Brasil conseguiu transformar a criação de uma nova classe média em um problema e agora a disciplina fiscalista e monetarista irá enquadrar a nova classe média em seu devido lugar. A boa notícia, já disse, é que está ruim. Os objetivos estão sendo atingidos e a má notícia e que vai melhorar, ou seja, irá piorar ainda mais neste segundo semestre. O Brasil virou o país do contrário. Ai, que saudade eu tenho da Belíndia. ANDRÉ PERFEITO é economista-chefe da Gradual Investimentos*
2
Número de superdotados cresce 17 vezes em 14 anos nas escolas do país
A dona de casa Simone Machado, 36, lembra-se da primeira vez em que seu filho reconheceu as vogais. "Ele estava no banco do carro, quando apontou a placa do veículo da frente e disse: U, O". Seria um momento de alegria para qualquer mãe, mas a reação que Simone teve foi de espanto. Isso porque Enzo tinha um ano de idade. Atualmente com seis anos, o menino é um dos 13.308 alunos identificados como superdotados pelo censo escolar de 2014, número 17 vezes maior do que o do ano 2000. A identificação é feita em escolas públicas e privadas de educação básica –da creche ao ensino médio–, a partir de testes específicos realizados por psicólogos. Segundo o MEC (Ministério da Educação), superdotados têm características como avançado pensamento lógico, facilidade de aprendizado e senso de justiça. Além disso, possuem talento em uma ou mais áreas, desde a acadêmica até a esportiva. "Mas não são necessariamente gênios", diz Sônia Simão, coordenadora pedagógica do Instituto Rogério Steinberg, voltado para educação de superdotados de baixa renda, no Rio. O instituto é um dos que oferecem ensino específico, complementando o da escola comum. Segundo o MEC, não há no país colégios exclusivos para esses alunos. Mantido por empresas privadas, o instituto carioca seleciona 80 alunos anualmente após realizar testes psicológicos e de lógica em cerca de 3.000 crianças. SUPERDOTADOS NO BRASIL - Números de crianças com habilidades avançadas, segundo o MEC FORA DA CURVA Foi o caso de Enzo, escolhido aos cinco anos de idade. Ele divide uma sala com outras três crianças com diferentes talentos, no contraturno da escola. Sua colega, Isaura Morais, possui a chamada superdotação social. "Ela revela capacidade de liderança e tem sociabilidade expressiva para a idade", diz Sônia. "Já Miguel [Alves] é fera no xadrez. João [Carvalho], nas artes plásticas. O Enzo sobressai, é realmente um ponto fora da curva", diz. A precocidade do menino se manteve desde o episódio no carro: aprendeu a ler e a escrever sozinho aos três anos e possui interesses incomuns para a idade, outra forte característica de quem possui superdotação. Os diferentes interesses e a facilidade de aprendizado, no entanto, também têm efeitos negativos. Enzo, segundo sua mãe, tem dificuldade de fazer amigos e, na escola, é considerado bagunceiro. "As crianças o acham chato. Enquanto querem falar de Homem-Aranha, ele quer falar de hidráulica. Na escola [regular], só quer fazer bagunça, pois não tem interesse nas aulas por já saber do assunto", conta a mãe. ESTÍMULO A identificação de superdotados no Brasil vem crescendo neste século. O MEC atribui isso ao "investimento feito na formação de professores" e ao trabalho dos Núcleos de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação, criados em 2005 e presentes em todos os Estados. Além de preparar os professores para identificar e educar os superdotados, os núcleos auxiliam na criação de salas de recursos multifuncionais para alunos com necessidades especiais nas escolas públicas –que abrigam 85% dos estudantes superdotados identificados no país. Desde 2007, os Estados e municípios passaram a ter também um estímulo financeiro para identificar os superdotados: cada um desses alunos passou a contar como uma matrícula dupla na rede pública, em razão do atendimento educacional especializado que recebem. "Assim, há empenho dos governos em identificar esses alunos, pois há verba envolvida", afirma Susana Péres, presidente do Conselho Brasileiro para Superdotação. Ela considera insuficiente o salto no número de alunos identificados. "Muitos superdotados são perdidos porque há falta de profissionais aptos para o reconhecimento", afirma Susana. "A Organização Mundial da Saúde estima em 5% da população de um país o número de superdotados. Estamos falando de milhões, mas o MEC ainda está na casa dos milhares. É muito talento desperdiçado", diz.
cotidiano
Número de superdotados cresce 17 vezes em 14 anos nas escolas do paísA dona de casa Simone Machado, 36, lembra-se da primeira vez em que seu filho reconheceu as vogais. "Ele estava no banco do carro, quando apontou a placa do veículo da frente e disse: U, O". Seria um momento de alegria para qualquer mãe, mas a reação que Simone teve foi de espanto. Isso porque Enzo tinha um ano de idade. Atualmente com seis anos, o menino é um dos 13.308 alunos identificados como superdotados pelo censo escolar de 2014, número 17 vezes maior do que o do ano 2000. A identificação é feita em escolas públicas e privadas de educação básica –da creche ao ensino médio–, a partir de testes específicos realizados por psicólogos. Segundo o MEC (Ministério da Educação), superdotados têm características como avançado pensamento lógico, facilidade de aprendizado e senso de justiça. Além disso, possuem talento em uma ou mais áreas, desde a acadêmica até a esportiva. "Mas não são necessariamente gênios", diz Sônia Simão, coordenadora pedagógica do Instituto Rogério Steinberg, voltado para educação de superdotados de baixa renda, no Rio. O instituto é um dos que oferecem ensino específico, complementando o da escola comum. Segundo o MEC, não há no país colégios exclusivos para esses alunos. Mantido por empresas privadas, o instituto carioca seleciona 80 alunos anualmente após realizar testes psicológicos e de lógica em cerca de 3.000 crianças. SUPERDOTADOS NO BRASIL - Números de crianças com habilidades avançadas, segundo o MEC FORA DA CURVA Foi o caso de Enzo, escolhido aos cinco anos de idade. Ele divide uma sala com outras três crianças com diferentes talentos, no contraturno da escola. Sua colega, Isaura Morais, possui a chamada superdotação social. "Ela revela capacidade de liderança e tem sociabilidade expressiva para a idade", diz Sônia. "Já Miguel [Alves] é fera no xadrez. João [Carvalho], nas artes plásticas. O Enzo sobressai, é realmente um ponto fora da curva", diz. A precocidade do menino se manteve desde o episódio no carro: aprendeu a ler e a escrever sozinho aos três anos e possui interesses incomuns para a idade, outra forte característica de quem possui superdotação. Os diferentes interesses e a facilidade de aprendizado, no entanto, também têm efeitos negativos. Enzo, segundo sua mãe, tem dificuldade de fazer amigos e, na escola, é considerado bagunceiro. "As crianças o acham chato. Enquanto querem falar de Homem-Aranha, ele quer falar de hidráulica. Na escola [regular], só quer fazer bagunça, pois não tem interesse nas aulas por já saber do assunto", conta a mãe. ESTÍMULO A identificação de superdotados no Brasil vem crescendo neste século. O MEC atribui isso ao "investimento feito na formação de professores" e ao trabalho dos Núcleos de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação, criados em 2005 e presentes em todos os Estados. Além de preparar os professores para identificar e educar os superdotados, os núcleos auxiliam na criação de salas de recursos multifuncionais para alunos com necessidades especiais nas escolas públicas –que abrigam 85% dos estudantes superdotados identificados no país. Desde 2007, os Estados e municípios passaram a ter também um estímulo financeiro para identificar os superdotados: cada um desses alunos passou a contar como uma matrícula dupla na rede pública, em razão do atendimento educacional especializado que recebem. "Assim, há empenho dos governos em identificar esses alunos, pois há verba envolvida", afirma Susana Péres, presidente do Conselho Brasileiro para Superdotação. Ela considera insuficiente o salto no número de alunos identificados. "Muitos superdotados são perdidos porque há falta de profissionais aptos para o reconhecimento", afirma Susana. "A Organização Mundial da Saúde estima em 5% da população de um país o número de superdotados. Estamos falando de milhões, mas o MEC ainda está na casa dos milhares. É muito talento desperdiçado", diz.
6
Conservador, governador de Wisconsin combate sindicatos
Quando tinha 24 anos, Scott Walker conheceu uma mulher 12 anos mais velha, Tonette, em um karaokê em Milwaukee. Gostou da moça, mas não puxou papo. Deixou um bilhete num guardanapo convidando-a para jantar. Três meses depois, Walker levou Tonette ao mesmo bar e a pediu em casamento com um bilhete no guardanapo. Casaram-se no dia do aniversário de Ronald Reagan, 6 de fevereiro, e desde então a celebração da data têm decoração alusiva ao ex-presidente americano (1981-89). Walker, que, nesta segunda (13), aos 47, lançou sua pré-candidatura à Presidência dos EUA, repete o tema Reagan em outras agendas. Também é membro do Partido Republicano, tem visão conservadora nos costumes e ortodoxa na economia. Enquanto presidente, Reagan, morto em 2004, evitou falar em Aids, porque a doença, à época, era tabu relacionado a uma suposta promiscuidade homossexual. Evangélico, Walker foi contra a legalização do casamento gay. Após se eleger governador de Wisconsin, em 2011, Walker cortou impostos, marca de Reagan. E foi além: restringiu o direito de sindicalização dos servidores e os obrigou a pagar mais por planos de saúde e previdência. (O jovem Reagan presidiu o sindicato dos atores de Hollywood, embora mais tarde tenha confrontado greves.) Ainda autorizou o porte de armas escondidas e orgulha-se de o Estado passar a exigir identificação com foto do eleitor, medida criticada por ativistas por inibir minorias a votar. Submetido a um referendo sobre sua permanência no cargo, venceu e ainda se reelegeu para um segundo mandato depois. Walker entra na campanha eleitoral como um dos três favoritos à candidatura do Partido Republicano. Mas não custa lembrar que Reagan foi derrotado nas primárias duas vezes até ser escolhido pelo partido e eleito pela população americana.
mundo
Conservador, governador de Wisconsin combate sindicatosQuando tinha 24 anos, Scott Walker conheceu uma mulher 12 anos mais velha, Tonette, em um karaokê em Milwaukee. Gostou da moça, mas não puxou papo. Deixou um bilhete num guardanapo convidando-a para jantar. Três meses depois, Walker levou Tonette ao mesmo bar e a pediu em casamento com um bilhete no guardanapo. Casaram-se no dia do aniversário de Ronald Reagan, 6 de fevereiro, e desde então a celebração da data têm decoração alusiva ao ex-presidente americano (1981-89). Walker, que, nesta segunda (13), aos 47, lançou sua pré-candidatura à Presidência dos EUA, repete o tema Reagan em outras agendas. Também é membro do Partido Republicano, tem visão conservadora nos costumes e ortodoxa na economia. Enquanto presidente, Reagan, morto em 2004, evitou falar em Aids, porque a doença, à época, era tabu relacionado a uma suposta promiscuidade homossexual. Evangélico, Walker foi contra a legalização do casamento gay. Após se eleger governador de Wisconsin, em 2011, Walker cortou impostos, marca de Reagan. E foi além: restringiu o direito de sindicalização dos servidores e os obrigou a pagar mais por planos de saúde e previdência. (O jovem Reagan presidiu o sindicato dos atores de Hollywood, embora mais tarde tenha confrontado greves.) Ainda autorizou o porte de armas escondidas e orgulha-se de o Estado passar a exigir identificação com foto do eleitor, medida criticada por ativistas por inibir minorias a votar. Submetido a um referendo sobre sua permanência no cargo, venceu e ainda se reelegeu para um segundo mandato depois. Walker entra na campanha eleitoral como um dos três favoritos à candidatura do Partido Republicano. Mas não custa lembrar que Reagan foi derrotado nas primárias duas vezes até ser escolhido pelo partido e eleito pela população americana.
3
Reino Unido ataca área petrolífera em seu 1º bombardeio ao EI na Síria
O Reino Unido realizou nesta quinta-feira (3) seus primeiros ataques contra o Estado Islâmico na Síria. Os bombardeios ocorrem horas depois de o Parlamento autorizar a entrada na coalizão liderada pelos EUA contra a milícia. Em entrevista à rede de televisão BBC, o ministro da Defesa, Michael Fallon, disse que quatro caças Tornado atacaram seis alvos no centro petroleiro de Al Omar, região do leste da Síria próxima à fronteira do Iraque. A área de extração e refino de óleo é controlada desde o ano passado pelo Estado Islâmico e é usada no contrabando de combustíveis, uma das principais fontes de renda dos extremistas. Os caças britânicos partiram da base de Akrotiri, em Chipre, de onde o Reino Unido também dispara suas operações no Iraque. Fallon disse que os danos provocados deverão ser avaliados nas próximas horas. O ministro da Defesa afirmou que a ordem para o ataque foi tomada minutos depois da aprovação no Parlamento, na noite de quarta. Para ele, esta é uma resposta ao pedido de apoio da França no combate à facção terrorista. "Temos outros alvos similares que esperamos atacar nos próximos dias. Temos muito trabalho pendente para atacar estes pontos e ajudar a cortar o fluxo de armas e petróleo aos terroristas", disse Fallon. VOTAÇÃO O apoio à França —alvo dos atentados que deixaram 130 mortos em Paris em 13 de novembro— foi um dos motivos elencados desta vez pelo primeiro-ministro David Cameron para convencer seus pares a aprovarem a intervenção. Cameron admitiu que a decisão era difícil, mas necessária para conter o terrorismo. "A questão era se o Reino Unido deveria perseguir os terroristas em seus territórios ou sentar e esperar que nos ataquem." O governo francês comemorou a decisão e a chamou de um sinal de solidariedade com o país depois da série de ataques em Paris. Na noite de quarta, o presidente dos EUA, Barack Obama, também saudou a iniciativa. Na sessão de mais de dez horas, o Legislativo britânico aprovou por 397 votos a favor e 223 contrários a ação militar. Antes, os parlamentares derrubaram a medida que impedia a entrada no conflito, colocada em 2013. Na época, Cameron tentou votar uma intervenção militar na Síria devido ao ataque de armas químicas à periferia de Damasco que, para o Ocidente, teria sido executado pelo regime do ditador Bashar al-Assad. A moção foi rejeitada pelos parlamentares, em especial devido ao temor de que a ação militar na Síria tivesse efeito similar à participação na guerra no Iraque, criticada pela sociedade britânica.
mundo
Reino Unido ataca área petrolífera em seu 1º bombardeio ao EI na SíriaO Reino Unido realizou nesta quinta-feira (3) seus primeiros ataques contra o Estado Islâmico na Síria. Os bombardeios ocorrem horas depois de o Parlamento autorizar a entrada na coalizão liderada pelos EUA contra a milícia. Em entrevista à rede de televisão BBC, o ministro da Defesa, Michael Fallon, disse que quatro caças Tornado atacaram seis alvos no centro petroleiro de Al Omar, região do leste da Síria próxima à fronteira do Iraque. A área de extração e refino de óleo é controlada desde o ano passado pelo Estado Islâmico e é usada no contrabando de combustíveis, uma das principais fontes de renda dos extremistas. Os caças britânicos partiram da base de Akrotiri, em Chipre, de onde o Reino Unido também dispara suas operações no Iraque. Fallon disse que os danos provocados deverão ser avaliados nas próximas horas. O ministro da Defesa afirmou que a ordem para o ataque foi tomada minutos depois da aprovação no Parlamento, na noite de quarta. Para ele, esta é uma resposta ao pedido de apoio da França no combate à facção terrorista. "Temos outros alvos similares que esperamos atacar nos próximos dias. Temos muito trabalho pendente para atacar estes pontos e ajudar a cortar o fluxo de armas e petróleo aos terroristas", disse Fallon. VOTAÇÃO O apoio à França —alvo dos atentados que deixaram 130 mortos em Paris em 13 de novembro— foi um dos motivos elencados desta vez pelo primeiro-ministro David Cameron para convencer seus pares a aprovarem a intervenção. Cameron admitiu que a decisão era difícil, mas necessária para conter o terrorismo. "A questão era se o Reino Unido deveria perseguir os terroristas em seus territórios ou sentar e esperar que nos ataquem." O governo francês comemorou a decisão e a chamou de um sinal de solidariedade com o país depois da série de ataques em Paris. Na noite de quarta, o presidente dos EUA, Barack Obama, também saudou a iniciativa. Na sessão de mais de dez horas, o Legislativo britânico aprovou por 397 votos a favor e 223 contrários a ação militar. Antes, os parlamentares derrubaram a medida que impedia a entrada no conflito, colocada em 2013. Na época, Cameron tentou votar uma intervenção militar na Síria devido ao ataque de armas químicas à periferia de Damasco que, para o Ocidente, teria sido executado pelo regime do ditador Bashar al-Assad. A moção foi rejeitada pelos parlamentares, em especial devido ao temor de que a ação militar na Síria tivesse efeito similar à participação na guerra no Iraque, criticada pela sociedade britânica.
3
Bateria foi a causa de explosões do Galaxy Note 7, afirma Samsung
A Samsung, a maior fabricante de telefones do mundo, atribuiu nesta segunda-feira (23) a problemas nas baterias as falhas ocorridas com celulares da linha Galaxy Note 7. A empresa disse ainda que a chegada da nova versão do celular Galaxy S pode ser adiada pelos esforços para melhorar a segurança dos produtos. Uma investigação interna e outra independente "concluíram que as baterias foram a causa dos incidentes do Note 7", disse a companhia em um comunicado. O diretor da divisão de dispositivos móveis da Samsung, Koh Dong-jin, afirmou que procedimentos foram adotados para evitar a repetição dos problemas no Note 7. A companhia se prepara para o lançamento do Galaxy S8, o primeiro produto premium da companhia desde o recall global do Note 7 em outubro, menos de dois meses depois do lançamento. "As lições deste incidente estão profundamente refletidas em nossa cultura e processos", disse o executivo a jornalistas. "A Samsung está trabalhando duro para recuperar a confiança dos consumidores." Koh disse que o Galaxy S8 não será lançado durante a feira mundial de telefonia móvel marcada para Barcelona que começa em 27 de fevereiro. O evento é um local tradicional de lançamentos da série S da Samsung. Ele não comentou quando a companhia planeja lançar o aparelho, embora analistas do setor esperem que as vendas do produto comecem até abril. A Samsung informou também nesta segunda-feira que ainda não decidiu se irá reusar partes dos Note 7s recolhidos ou se vai revender os aparelhos. Uma fonte com conhecimento do assunto disse à Reuters que a revenda de alguns Note 7 como aparelhos remanufaturados é uma opção. CURTO-CIRCUITO Investigações de especialistas internos e externos excluíram problemas com o hardware ou o software do Note 7. Em vez disso, afirmaram que as baterias do aparelho, vindas de dois fornecedores, tinham defeitos diferentes de produção ou falhas de projeto que causaram curtos-circuitos. "As chances de dois fornecedores diferentes terem problemas com o mesmo aparelho é extremamente baixa e isso pode ser um sinal de que nós atingimos um ponto de inflexão na tecnologia de baterias dos smartphones", disse Patrick Moorhead, presidente da empresa de análise de mercado Moor Insights & Strategy. A Samsung não informou os nomes dos fornecedores das baterias nesta segunda-feira, mas anteriormente tinha citado a afiliada Samsung SDI e a chinesa Amperex Technology. A SDI afirmou que vai investir US$ 129 milhões para melhorar a segurança dos produtos e espera continuar sendo fornecedora da Samsung. A companhia chinesa não comentou o assunto. A Samsung afirmou que aceitou a responsabilidade e não vai tomar ações legais contra as fornecedoras. A empresa promovia tempo de uso mais longo do bateria e carregamento mais rápido como grandes melhorias quando lançou o Note 7. RECALL Inicialmente, a Samsung havia convocado recall de 2,5 milhões de Galaxy Note 7 em setembro do ano passado. A companhia tinha identificado a causa das explosões como um problema no processo de fabricação em um de seus fornecedores —mais tarde identificada como a afiliada Samsung SDI Co. A companhia afirmou que recolheu 96% dos 3,06 milhões de Note 7 vendidos aos consumidores. No entanto, novos aparelhos Galaxy Note 7 com o que a Samsung tinha dito serem baterias seguras, de um fornecedor diferente, continuaram explodindo, forçando a companhia a suspender as vendas e a lidar com um revés de 6,1 trilhões de wons (US$ 5,2 bilhões) em seu lucro operacional por três trimestres. Em outubro, a empresa disse que ia examinar todos os aspectos do telefone, incluindo o desenho do hardware e do software. A Samsung afirmou ainda que contrataria empresas terceirizadas como parte da investigação.
mercado
Bateria foi a causa de explosões do Galaxy Note 7, afirma SamsungA Samsung, a maior fabricante de telefones do mundo, atribuiu nesta segunda-feira (23) a problemas nas baterias as falhas ocorridas com celulares da linha Galaxy Note 7. A empresa disse ainda que a chegada da nova versão do celular Galaxy S pode ser adiada pelos esforços para melhorar a segurança dos produtos. Uma investigação interna e outra independente "concluíram que as baterias foram a causa dos incidentes do Note 7", disse a companhia em um comunicado. O diretor da divisão de dispositivos móveis da Samsung, Koh Dong-jin, afirmou que procedimentos foram adotados para evitar a repetição dos problemas no Note 7. A companhia se prepara para o lançamento do Galaxy S8, o primeiro produto premium da companhia desde o recall global do Note 7 em outubro, menos de dois meses depois do lançamento. "As lições deste incidente estão profundamente refletidas em nossa cultura e processos", disse o executivo a jornalistas. "A Samsung está trabalhando duro para recuperar a confiança dos consumidores." Koh disse que o Galaxy S8 não será lançado durante a feira mundial de telefonia móvel marcada para Barcelona que começa em 27 de fevereiro. O evento é um local tradicional de lançamentos da série S da Samsung. Ele não comentou quando a companhia planeja lançar o aparelho, embora analistas do setor esperem que as vendas do produto comecem até abril. A Samsung informou também nesta segunda-feira que ainda não decidiu se irá reusar partes dos Note 7s recolhidos ou se vai revender os aparelhos. Uma fonte com conhecimento do assunto disse à Reuters que a revenda de alguns Note 7 como aparelhos remanufaturados é uma opção. CURTO-CIRCUITO Investigações de especialistas internos e externos excluíram problemas com o hardware ou o software do Note 7. Em vez disso, afirmaram que as baterias do aparelho, vindas de dois fornecedores, tinham defeitos diferentes de produção ou falhas de projeto que causaram curtos-circuitos. "As chances de dois fornecedores diferentes terem problemas com o mesmo aparelho é extremamente baixa e isso pode ser um sinal de que nós atingimos um ponto de inflexão na tecnologia de baterias dos smartphones", disse Patrick Moorhead, presidente da empresa de análise de mercado Moor Insights & Strategy. A Samsung não informou os nomes dos fornecedores das baterias nesta segunda-feira, mas anteriormente tinha citado a afiliada Samsung SDI e a chinesa Amperex Technology. A SDI afirmou que vai investir US$ 129 milhões para melhorar a segurança dos produtos e espera continuar sendo fornecedora da Samsung. A companhia chinesa não comentou o assunto. A Samsung afirmou que aceitou a responsabilidade e não vai tomar ações legais contra as fornecedoras. A empresa promovia tempo de uso mais longo do bateria e carregamento mais rápido como grandes melhorias quando lançou o Note 7. RECALL Inicialmente, a Samsung havia convocado recall de 2,5 milhões de Galaxy Note 7 em setembro do ano passado. A companhia tinha identificado a causa das explosões como um problema no processo de fabricação em um de seus fornecedores —mais tarde identificada como a afiliada Samsung SDI Co. A companhia afirmou que recolheu 96% dos 3,06 milhões de Note 7 vendidos aos consumidores. No entanto, novos aparelhos Galaxy Note 7 com o que a Samsung tinha dito serem baterias seguras, de um fornecedor diferente, continuaram explodindo, forçando a companhia a suspender as vendas e a lidar com um revés de 6,1 trilhões de wons (US$ 5,2 bilhões) em seu lucro operacional por três trimestres. Em outubro, a empresa disse que ia examinar todos os aspectos do telefone, incluindo o desenho do hardware e do software. A Samsung afirmou ainda que contrataria empresas terceirizadas como parte da investigação.
2
Rio 2016! Golt do Neymar!
Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Boa Notícia: acharam o broche da faixa presidencial que tinha sumido! Broche de ouro 18 quilates com 21 brilhantes. Vende o broche pra mulher do Cunha e acaba a crise. Pronto! E a medalha olímpica é horrorosa. Parece bolacha de chope! Rarará! E Brasil X Honduras! E o gol do Neymar? 14 segundos! Virou coelho! O Neymar tem ejaculação precoce. Nem o Bolt faria tão rápido. E estão chamando o gol do Neymar de Gol de Bolt! Então é GOLT! GOLT do Neymar! Rarará! E aquele gol de Honduras parecia a casa da mãe Joana! Eu também queria fazer gol contra Honduras. E o meu vizinho: "Minha avó com ciática e a minha cunhada grávida também querem fazer gol". E, como disse o "Kibe Loco": "Se organizar direitinho, todo mundo faz gol". Rarará! E fazer gol em Honduras é fácil, quero ver acertar a capital: Tegucigalpa. Quando eu era pequeno tinha lição de geografia: Honduras, capital Tegucigalpa! Toda vez que a professora falava Honduras, eu levantava o dedo: Tegucigalpa! Rarará! E o Neymar virou saco de pancada. E o Galvão chorando: "Tão batendo no Neymar! Buá! Buá!". Rarará! Jogar contra Honduras é assim: se perde é vexame e se ganha é covardia. E agora é Brasil X Alemanha! Menos de 7 a 1 pro Brasil eu não comemoro. Menos de 7 a 1 eu nem ligo a TV. Tem que ser 14 a 2! A vingança tem que ser em dobro! E o Isaquias ganhou outra medalha : bronze. Tá aumentando a fábrica de sino! E sabe como se chama a mãe do Isaquias? Dilma! Dilma é a mãe da canoa! Rarará! É mole? É mole, mas sobe! Os Predestinados! Alias o antipredestinado! Zagueiro hondurenho que levou cartão amarelo por faltas: Jonathan Paz! Alguém falou em paz? Pá, canelada. Alguém falou em paz? Pá, carrinho! Ah, e tem uma nadadora chinesa chamada Xin Xin. Acho que ela fez xinxin na piscina. Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
colunas
Rio 2016! Golt do Neymar!Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Boa Notícia: acharam o broche da faixa presidencial que tinha sumido! Broche de ouro 18 quilates com 21 brilhantes. Vende o broche pra mulher do Cunha e acaba a crise. Pronto! E a medalha olímpica é horrorosa. Parece bolacha de chope! Rarará! E Brasil X Honduras! E o gol do Neymar? 14 segundos! Virou coelho! O Neymar tem ejaculação precoce. Nem o Bolt faria tão rápido. E estão chamando o gol do Neymar de Gol de Bolt! Então é GOLT! GOLT do Neymar! Rarará! E aquele gol de Honduras parecia a casa da mãe Joana! Eu também queria fazer gol contra Honduras. E o meu vizinho: "Minha avó com ciática e a minha cunhada grávida também querem fazer gol". E, como disse o "Kibe Loco": "Se organizar direitinho, todo mundo faz gol". Rarará! E fazer gol em Honduras é fácil, quero ver acertar a capital: Tegucigalpa. Quando eu era pequeno tinha lição de geografia: Honduras, capital Tegucigalpa! Toda vez que a professora falava Honduras, eu levantava o dedo: Tegucigalpa! Rarará! E o Neymar virou saco de pancada. E o Galvão chorando: "Tão batendo no Neymar! Buá! Buá!". Rarará! Jogar contra Honduras é assim: se perde é vexame e se ganha é covardia. E agora é Brasil X Alemanha! Menos de 7 a 1 pro Brasil eu não comemoro. Menos de 7 a 1 eu nem ligo a TV. Tem que ser 14 a 2! A vingança tem que ser em dobro! E o Isaquias ganhou outra medalha : bronze. Tá aumentando a fábrica de sino! E sabe como se chama a mãe do Isaquias? Dilma! Dilma é a mãe da canoa! Rarará! É mole? É mole, mas sobe! Os Predestinados! Alias o antipredestinado! Zagueiro hondurenho que levou cartão amarelo por faltas: Jonathan Paz! Alguém falou em paz? Pá, canelada. Alguém falou em paz? Pá, carrinho! Ah, e tem uma nadadora chinesa chamada Xin Xin. Acho que ela fez xinxin na piscina. Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
10
Arnaldo Niskier: Por que mais dinheiro para a educação?
Estamos vivendo um ano de notória contenção de gastos. Quando se trata da educação, aliás, a palavra gasto é sempre muito mal aplicada, pois se trata de um sinônimo de desperdício. Prefere-se falar em investimento. O governo anunciou que contará, em 2015, com R$ 101,3 bilhões para os projetos da área. É muito ou é pouco? Não há uma noção exata, pois não se sabe o tamanho dos sonhos das autoridades encarregadas de enfrentar esses desafios. Um primeiro exemplo pode ser focalizado na questão da educação infantil. Deseja-se colocar na escola todas as crianças brasileiras de 4 e 5 anos de idade. Sem dúvida, uma nobre iniciativa, que, naturalmente, não poderá contar apenas com os combalidos cofres municipais. Será necessária uma generosa mesada federal, se é que se pretende viabilizar o pleito. Depois vem o caso da educação técnica, muito bem representada pelos institutos federais, hoje espalhados por quase todo o nosso território. São os IFETs (Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia) de boa reputação, mas há um número insuficiente de unidades se desejarmos colocá-los a serviço do crescimento científico e tecnológico do país, o que depende também de boas bibliotecas e laboratórios eficientes. Haja recursos para essas benfeitorias, que são essenciais na sociedade do conhecimento. Assim, chegaríamos ao sonhado "Fundo de Incentivo aos Professores", uma ideia minha. Sabe-se que é praticamente impossível pagar os salários mínimos estabelecidos pelas vias oficiais. No Norte e no Nordeste, por exemplo, há municípios que pagam mal seus professores, sendo comum encontrar situações dramáticas, como os mestres que trocam os seus ganhos por planos de saúde para os familiares. Até quando conviveremos com essa distorção? O Ministério da Educação lançou o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), que parecia uma ideia brilhante. Logo, cerca de 30% dos alunos de 3º grau aderiram à iniciativa, encantados pela possibilidade de pagar os seus estudos e devolver o investimento, com juros baixos, após a conclusão dos cursos. Mas deu zebra no processo. Na hora da renovação, o próprio MEC sentiu que alguma coisa estava errada, inclusive porque as instituições superiores salgaram os seus custos, tornando inviável o procedimento. Foram investidos R$ 13,4 bilhões no ano passado e, neste ano, não se sabe exatamente a quanto montará a conta. O que se tem noção, por enquanto, é que a conta não fecha. Isso tudo quando se deseja que o número de universitários cresça dos atuais 6,7 milhões para 10 milhões. De onde virá o milagre? O curioso é que há uma forte corrente no país pedindo que os investimentos em educação saiam dos atuais 6,1% do PIB para improváveis 10%. Fala-se no pré-sal com água na boca. Antes, vamos convir, é preciso equipar a máquina administrativa de forma competente. Ou muito dinheiro será jogado fora. ARNALDO NISKIER, 79, doutor em educação, é membro da Academia Brasileira de Letras e presidente do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) no Rio de Janeiro * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
opiniao
Arnaldo Niskier: Por que mais dinheiro para a educação?Estamos vivendo um ano de notória contenção de gastos. Quando se trata da educação, aliás, a palavra gasto é sempre muito mal aplicada, pois se trata de um sinônimo de desperdício. Prefere-se falar em investimento. O governo anunciou que contará, em 2015, com R$ 101,3 bilhões para os projetos da área. É muito ou é pouco? Não há uma noção exata, pois não se sabe o tamanho dos sonhos das autoridades encarregadas de enfrentar esses desafios. Um primeiro exemplo pode ser focalizado na questão da educação infantil. Deseja-se colocar na escola todas as crianças brasileiras de 4 e 5 anos de idade. Sem dúvida, uma nobre iniciativa, que, naturalmente, não poderá contar apenas com os combalidos cofres municipais. Será necessária uma generosa mesada federal, se é que se pretende viabilizar o pleito. Depois vem o caso da educação técnica, muito bem representada pelos institutos federais, hoje espalhados por quase todo o nosso território. São os IFETs (Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia) de boa reputação, mas há um número insuficiente de unidades se desejarmos colocá-los a serviço do crescimento científico e tecnológico do país, o que depende também de boas bibliotecas e laboratórios eficientes. Haja recursos para essas benfeitorias, que são essenciais na sociedade do conhecimento. Assim, chegaríamos ao sonhado "Fundo de Incentivo aos Professores", uma ideia minha. Sabe-se que é praticamente impossível pagar os salários mínimos estabelecidos pelas vias oficiais. No Norte e no Nordeste, por exemplo, há municípios que pagam mal seus professores, sendo comum encontrar situações dramáticas, como os mestres que trocam os seus ganhos por planos de saúde para os familiares. Até quando conviveremos com essa distorção? O Ministério da Educação lançou o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), que parecia uma ideia brilhante. Logo, cerca de 30% dos alunos de 3º grau aderiram à iniciativa, encantados pela possibilidade de pagar os seus estudos e devolver o investimento, com juros baixos, após a conclusão dos cursos. Mas deu zebra no processo. Na hora da renovação, o próprio MEC sentiu que alguma coisa estava errada, inclusive porque as instituições superiores salgaram os seus custos, tornando inviável o procedimento. Foram investidos R$ 13,4 bilhões no ano passado e, neste ano, não se sabe exatamente a quanto montará a conta. O que se tem noção, por enquanto, é que a conta não fecha. Isso tudo quando se deseja que o número de universitários cresça dos atuais 6,7 milhões para 10 milhões. De onde virá o milagre? O curioso é que há uma forte corrente no país pedindo que os investimentos em educação saiam dos atuais 6,1% do PIB para improváveis 10%. Fala-se no pré-sal com água na boca. Antes, vamos convir, é preciso equipar a máquina administrativa de forma competente. Ou muito dinheiro será jogado fora. ARNALDO NISKIER, 79, doutor em educação, é membro da Academia Brasileira de Letras e presidente do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) no Rio de Janeiro * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
14
Colunista relata mal-estar com noticiário atual e a vida que segue
Paddington, Londres, 6h30 da manhã. As seis telas de televisão na parede em frente às esteiras da academia de ginástica estão sintonizadas em telejornais de diferentes canais. Foram colocadas ali para me distrair dessa tortura autoimposta que é correr meia hora todas as manhãs. Mas o efeito é o oposto: as imagens dos noticiários me fazem sentir o mesmo pânico que senti quando era criança e fui pela primeira vez ao trem fantasma do Playcenter. Parece que vivemos num mundo condenado à destruição. Na BBC, líderes europeus aparecem em Davos aterrorizados e amedrontam o público: a União Europeia se despedaça sob uma invasão de hordas bárbaras! Refugiados são retratados ora como os estupradores pervertidos do Réveillon de Colônia, ora como potenciais homens-bombas —ou então como masoquistas que insistem em morrer nas águas geladas do Mediterrâneo junto com seus filhos por pura vocação; na ITV, o colapso simultâneo de todas as bolsas, esmagadas pela crise chinesa, ameaça levar o mundo inteiro a uma crise financeira muito pior da que ocorreu em 1929; na Sky News, um ecologista vesgo prevê, ainda neste século, a extinção maciça dos peixes por causa da pesca excessiva, poluição e aquecimento global. Desacelero um pouco a esteira e tento me acalmar. Mas logo lembro que ontem à noite li um artigo sobre um outro grande potencial cataclismo: o enfraquecimento do escudo magnético que protege a biosfera dos efeitos nocivos da radiação solar ameaçará todas as formas de vida na terra em 2020. E olha que a "desgrameira" nacional quase nunca chega às televisões da Europa. Não tem Vale do Rio Doce, Lava Jato ou manifestação contra a alta da tarifa que valha uma mísera nota. Ah, mas olha aí! A BBC agora está mostrando uma reportagem sobre a epidemia do vírus zika! A ênfase, porém, é mais nos três britânicos infectados do que nas crianças brasileiras microcéfalas. Meu batimento cardíaco está meio baixo. Aumento a inclinação da esteira para não dar moleza. Das 50 cidades mais violentas do mundo, 21 estão no Brasil. Ano passado, nossa polícia matou em média oito pessoas por dia. Em 2014, tivemos 58.000 mortes violentas —número digno de países em guerra. Depois de dez minutos e um quilômetro e meio de corrida, tenho a certeza de que o mundo está realmente acabando. Desligo a esteira e vou tomar um farto café da manhã, lembrando-me das duas frases lacônicas que Franz Kafka escreveu em seu diário na manhã de 2 de agosto de 1914, dias após o início da Primeira Guerra Mundial: "Alemanha declara guerra à Rússia. Natação de tarde''.
serafina
Colunista relata mal-estar com noticiário atual e a vida que seguePaddington, Londres, 6h30 da manhã. As seis telas de televisão na parede em frente às esteiras da academia de ginástica estão sintonizadas em telejornais de diferentes canais. Foram colocadas ali para me distrair dessa tortura autoimposta que é correr meia hora todas as manhãs. Mas o efeito é o oposto: as imagens dos noticiários me fazem sentir o mesmo pânico que senti quando era criança e fui pela primeira vez ao trem fantasma do Playcenter. Parece que vivemos num mundo condenado à destruição. Na BBC, líderes europeus aparecem em Davos aterrorizados e amedrontam o público: a União Europeia se despedaça sob uma invasão de hordas bárbaras! Refugiados são retratados ora como os estupradores pervertidos do Réveillon de Colônia, ora como potenciais homens-bombas —ou então como masoquistas que insistem em morrer nas águas geladas do Mediterrâneo junto com seus filhos por pura vocação; na ITV, o colapso simultâneo de todas as bolsas, esmagadas pela crise chinesa, ameaça levar o mundo inteiro a uma crise financeira muito pior da que ocorreu em 1929; na Sky News, um ecologista vesgo prevê, ainda neste século, a extinção maciça dos peixes por causa da pesca excessiva, poluição e aquecimento global. Desacelero um pouco a esteira e tento me acalmar. Mas logo lembro que ontem à noite li um artigo sobre um outro grande potencial cataclismo: o enfraquecimento do escudo magnético que protege a biosfera dos efeitos nocivos da radiação solar ameaçará todas as formas de vida na terra em 2020. E olha que a "desgrameira" nacional quase nunca chega às televisões da Europa. Não tem Vale do Rio Doce, Lava Jato ou manifestação contra a alta da tarifa que valha uma mísera nota. Ah, mas olha aí! A BBC agora está mostrando uma reportagem sobre a epidemia do vírus zika! A ênfase, porém, é mais nos três britânicos infectados do que nas crianças brasileiras microcéfalas. Meu batimento cardíaco está meio baixo. Aumento a inclinação da esteira para não dar moleza. Das 50 cidades mais violentas do mundo, 21 estão no Brasil. Ano passado, nossa polícia matou em média oito pessoas por dia. Em 2014, tivemos 58.000 mortes violentas —número digno de países em guerra. Depois de dez minutos e um quilômetro e meio de corrida, tenho a certeza de que o mundo está realmente acabando. Desligo a esteira e vou tomar um farto café da manhã, lembrando-me das duas frases lacônicas que Franz Kafka escreveu em seu diário na manhã de 2 de agosto de 1914, dias após o início da Primeira Guerra Mundial: "Alemanha declara guerra à Rússia. Natação de tarde''.
22
Em carta a funcionários, Odebrecht diz que exposição negativa é necessária
Em carta enviada nesta terça-feira (18) aos funcionários da Odebrecht, a diretoria da empresa pede desculpas "pelos constrangimentos que os relatos dos colaboradores estão causando a vocês e às suas famílias". O texto se refere aos depoimentos de 77 delatores que se tornaram públicos na semana passada, depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin determinou a abertura de inquéritos para investigar políticos mencionados nas delações. "Esta etapa de tanta exposição negativa para a Odebrecht é dolorosa, mas necessária. Nós precisávamos passar por isso. Seria impossível reconstruir a empresa que queremos para o futuro sem enfrentar a realidade de fatos ocorridos anteriormente e que só agora vocês e a sociedade passaram a conhecer", afirma a carta. A mensagem, assinada pelo diretor-presidente da Odebrecht S.A., Newton de Souza, diz que os fatos revelados nas delações "estão surpreendendo a todos, inclusive aos nossos integrantes" pela sua "gravidade e abrangência". "Gostaria que observassem menos as interpretações superficiais e às vezes agressivas de analistas sobre o comportamento de um ou outro colaborador. Atentem mais, por favor, para o conteúdo dos depoimentos. Eles exibem as nossas entranhas. Mas o conjunto de relatos também expõe ao público um retrato inédito da atuação de governantes e políticos no nosso país", afirma. O texto termina apontando medidas que a empresa adotou para "combater e não tolerar a corrupção". "Temos um novo modelo de governança, com maior número de conselheiros independentes. Aprovamos uma Política de Conformidade mais abrangente e com o mesmo rigor de empresas de capital aberto. [...] Este novo modelo de empresa que estamos construindo é monitorado desde o mês passado, inclusive nas movimentações financeiras e contábeis, por especialistas em conformidade [compliance] indicados pelo Ministério Público do Brasil e da Suíça e pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos." Me Explica LENIÊNCIA A carta comemora ainda a confirmação, nesta segunda (17), de um acordo de leniência assinado com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. "Isso significa que não há restrição de qualquer natureza para a atuação da Odebrecht nos Estados Unidos", diz o texto. O acerto determina que a Odebrecht pague multa de US$ 2,6 bilhões por ter subornado agentes públicos no exterior. A empresa também firmou acordo semelhante com o Brasil e a Suíça. Ainda de acordo com o texto, os depoimentos dos delatores fazem parte de um compromisso assumido pela Odebrecht há um ano para "reconhecer erros, pedir desculpas, pagar pelos crimes cometidos e indicar outros responsáveis com apoio de provas; reconstruir a empresa em padrões de ética, integridade e transparência; contribuir para a construção de um Brasil melhor, em que as relações entre empresas privadas e o setor público ocorram sem corrupção".
poder
Em carta a funcionários, Odebrecht diz que exposição negativa é necessáriaEm carta enviada nesta terça-feira (18) aos funcionários da Odebrecht, a diretoria da empresa pede desculpas "pelos constrangimentos que os relatos dos colaboradores estão causando a vocês e às suas famílias". O texto se refere aos depoimentos de 77 delatores que se tornaram públicos na semana passada, depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin determinou a abertura de inquéritos para investigar políticos mencionados nas delações. "Esta etapa de tanta exposição negativa para a Odebrecht é dolorosa, mas necessária. Nós precisávamos passar por isso. Seria impossível reconstruir a empresa que queremos para o futuro sem enfrentar a realidade de fatos ocorridos anteriormente e que só agora vocês e a sociedade passaram a conhecer", afirma a carta. A mensagem, assinada pelo diretor-presidente da Odebrecht S.A., Newton de Souza, diz que os fatos revelados nas delações "estão surpreendendo a todos, inclusive aos nossos integrantes" pela sua "gravidade e abrangência". "Gostaria que observassem menos as interpretações superficiais e às vezes agressivas de analistas sobre o comportamento de um ou outro colaborador. Atentem mais, por favor, para o conteúdo dos depoimentos. Eles exibem as nossas entranhas. Mas o conjunto de relatos também expõe ao público um retrato inédito da atuação de governantes e políticos no nosso país", afirma. O texto termina apontando medidas que a empresa adotou para "combater e não tolerar a corrupção". "Temos um novo modelo de governança, com maior número de conselheiros independentes. Aprovamos uma Política de Conformidade mais abrangente e com o mesmo rigor de empresas de capital aberto. [...] Este novo modelo de empresa que estamos construindo é monitorado desde o mês passado, inclusive nas movimentações financeiras e contábeis, por especialistas em conformidade [compliance] indicados pelo Ministério Público do Brasil e da Suíça e pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos." Me Explica LENIÊNCIA A carta comemora ainda a confirmação, nesta segunda (17), de um acordo de leniência assinado com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. "Isso significa que não há restrição de qualquer natureza para a atuação da Odebrecht nos Estados Unidos", diz o texto. O acerto determina que a Odebrecht pague multa de US$ 2,6 bilhões por ter subornado agentes públicos no exterior. A empresa também firmou acordo semelhante com o Brasil e a Suíça. Ainda de acordo com o texto, os depoimentos dos delatores fazem parte de um compromisso assumido pela Odebrecht há um ano para "reconhecer erros, pedir desculpas, pagar pelos crimes cometidos e indicar outros responsáveis com apoio de provas; reconstruir a empresa em padrões de ética, integridade e transparência; contribuir para a construção de um Brasil melhor, em que as relações entre empresas privadas e o setor público ocorram sem corrupção".
0
Última semana do inverno em SP terá calor e um pequeno alívio na secura
A última semana do inverno paulistano não terá um clima muito diferente do que predominou na cidade desde o início de setembro. A previsão dos principais centros meteorológicos é de calor e ausência de chuva até a próxima sexta-feira (22), quando começa a primavera. Contudo, se nesta última sexta-feira (15) a capital paulista registrou o menor índice de umidade do ano (de 19% segundo a medição do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a secura excessiva dos últimos dias deve dar uma pequena trégua ao longo da semana. Segundo o CPTEC (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos), uma frente fria que está se formando na região Sul do país aumentará a umidade no Estado a partir deste domingo (17) –não o suficiente para fazer chover, mas pelo menos para gerar alguma nebulosidade. De quinta-feira em diante (21), porém, o paulistano voltará a sentir o tempo seco com mais intensidade, especialmente durante as tardes. O Inmet também espera dias mais úmidos, mas aponta que a grande massa de ar seco estacionada sobre São Paulo vai manter a temperatura alta nos próximos dias –para segunda (18) e terça (19), prevê máximas de 27°C e 28°C, respectivamente. Embora não seja possível prever com precisão a temperatura a partir de quarta (20), o CPTEC descarta que o calor ultrapasse a marca dos 30°C. Também na última sexta foi registrada a temperatura mais alta do inverno: a máxima medida pelo Inmet foi de 33,6 °C –nas estações do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências da Prefeitura de São Paulo) na Freguesia do Ó (zona norte) e em Pirituba (zona oeste), os termômetros marcaram 35,5°C. ALTA PRESSÃO O clima quente e seco que tomou conta da cidade na reta final do inverno não é incomum para a estação. Assim como no outono e em parte da primavera, um sistema de alta pressão cria um bloqueio atmosférico nessa época do ano e impede a entrada de nuvens vindas da Amazônia e de frentes frias originadas na região Sul. O fenômeno é intensificado pelo ambiente urbano: com o solo quente e seco devido à estiagem, o paulistano sente ainda mais o calor.
cotidiano
Última semana do inverno em SP terá calor e um pequeno alívio na securaA última semana do inverno paulistano não terá um clima muito diferente do que predominou na cidade desde o início de setembro. A previsão dos principais centros meteorológicos é de calor e ausência de chuva até a próxima sexta-feira (22), quando começa a primavera. Contudo, se nesta última sexta-feira (15) a capital paulista registrou o menor índice de umidade do ano (de 19% segundo a medição do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a secura excessiva dos últimos dias deve dar uma pequena trégua ao longo da semana. Segundo o CPTEC (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos), uma frente fria que está se formando na região Sul do país aumentará a umidade no Estado a partir deste domingo (17) –não o suficiente para fazer chover, mas pelo menos para gerar alguma nebulosidade. De quinta-feira em diante (21), porém, o paulistano voltará a sentir o tempo seco com mais intensidade, especialmente durante as tardes. O Inmet também espera dias mais úmidos, mas aponta que a grande massa de ar seco estacionada sobre São Paulo vai manter a temperatura alta nos próximos dias –para segunda (18) e terça (19), prevê máximas de 27°C e 28°C, respectivamente. Embora não seja possível prever com precisão a temperatura a partir de quarta (20), o CPTEC descarta que o calor ultrapasse a marca dos 30°C. Também na última sexta foi registrada a temperatura mais alta do inverno: a máxima medida pelo Inmet foi de 33,6 °C –nas estações do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências da Prefeitura de São Paulo) na Freguesia do Ó (zona norte) e em Pirituba (zona oeste), os termômetros marcaram 35,5°C. ALTA PRESSÃO O clima quente e seco que tomou conta da cidade na reta final do inverno não é incomum para a estação. Assim como no outono e em parte da primavera, um sistema de alta pressão cria um bloqueio atmosférico nessa época do ano e impede a entrada de nuvens vindas da Amazônia e de frentes frias originadas na região Sul. O fenômeno é intensificado pelo ambiente urbano: com o solo quente e seco devido à estiagem, o paulistano sente ainda mais o calor.
6
Empresas têm até sexta para enviar Relação Anual de Informações Sociais
Termina nesta sexta-feira (20) o prazo de entrega da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) deste ano, referente ao ano-base de 2014. Segundo a Portaria nº 10, de 9 de janeiro, do Ministério do Trabalho e Emprego, o prazo não será prorrogado. Assim, a empresa que não entregar a Rais até sexta-feira ficará sujeita a multa a partir de R$ 425,64, acrescida de R$ 106,40 por bimestre de atraso. As informações para o preenchimento da Rais encontram-se no "Manual de Orientação da Rais", edição 2014, disponível na internet no portal do Ministério do Trabalho e na página da Rais. A Rais é considerada um censo anual do mercado formal de trabalho e deve ser preenchida por todos os empregadores, entre os quais os órgãos da administração direta e indireta, empresas com ou sem empregados e estabelecimentos inscritos no CEI (Cadastro Específico do INSS). Deverão ser citados na Rais todos os valores pagos durante o ano e na rescisão do contrato de trabalho, como férias indenizadas; verbas correspondentes ao saldo de horas extras que não foram pagas durante o contrato de trabalho; acréscimo salarial negociado em dissídio coletivo e só pago na rescisão, além de gratificações. Segundo o MTE, a Rais processa informações sociais relativas aos vínculos empregatícios formais, visando a identificar os beneficiários do abono salarial (também chamado de 14º salário, que é pago a quem ganhou até dois salários mínimos mensais), bem como gerar estatísticas sobre o mercado de trabalho formal, a serem utilizadas na elaboração, no monitoramento e na implementação de políticas públicas de trabalho, emprego e renda, entre outros. CERTIFICADO DIGITAL As empresas que possuem a partir de 11 empregados ou mais deverão utilizar certificado digital para transmitir a declaração. Além da declaração do estabelecimento, o arquivo que tiver 11 vínculos ou mais também deverá ser transmitido por meio de certificado digital. As declarações poderão ser transmitidas com o certificado digital de empresa, emitido em nome do estabelecimento, ou com certificado digital do responsável pela entrega da declaração, sendo que este pode ser um CPF ou um CNPJ. Para os demais estabelecimentos que não se enquadram nessa obrigatoriedade, a utilização da certificação digital continuará facultativa, com a opção de transmitir a declaração por meio dessa chave privada, caso a possuam. NOVO MODELO A Rais deverá ser substituída, em breve, pelo eSocial –reunião das obrigações acessórias trabalhistas, previdenciárias e fiscais, tais como Dirf (retenção de IR na fonte), Caged (informações sobre demissões e contratações), CAT (comunicação sobre acidente de trabalho) e Gfip (informações sobre previdência). O eSocial tenderá a ser um complicador para o empresário, pela necessidade de informações integradas ao governo (Receita, Previdência Social, Ministério do Trabalho e Caixa).
mercado
Empresas têm até sexta para enviar Relação Anual de Informações SociaisTermina nesta sexta-feira (20) o prazo de entrega da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) deste ano, referente ao ano-base de 2014. Segundo a Portaria nº 10, de 9 de janeiro, do Ministério do Trabalho e Emprego, o prazo não será prorrogado. Assim, a empresa que não entregar a Rais até sexta-feira ficará sujeita a multa a partir de R$ 425,64, acrescida de R$ 106,40 por bimestre de atraso. As informações para o preenchimento da Rais encontram-se no "Manual de Orientação da Rais", edição 2014, disponível na internet no portal do Ministério do Trabalho e na página da Rais. A Rais é considerada um censo anual do mercado formal de trabalho e deve ser preenchida por todos os empregadores, entre os quais os órgãos da administração direta e indireta, empresas com ou sem empregados e estabelecimentos inscritos no CEI (Cadastro Específico do INSS). Deverão ser citados na Rais todos os valores pagos durante o ano e na rescisão do contrato de trabalho, como férias indenizadas; verbas correspondentes ao saldo de horas extras que não foram pagas durante o contrato de trabalho; acréscimo salarial negociado em dissídio coletivo e só pago na rescisão, além de gratificações. Segundo o MTE, a Rais processa informações sociais relativas aos vínculos empregatícios formais, visando a identificar os beneficiários do abono salarial (também chamado de 14º salário, que é pago a quem ganhou até dois salários mínimos mensais), bem como gerar estatísticas sobre o mercado de trabalho formal, a serem utilizadas na elaboração, no monitoramento e na implementação de políticas públicas de trabalho, emprego e renda, entre outros. CERTIFICADO DIGITAL As empresas que possuem a partir de 11 empregados ou mais deverão utilizar certificado digital para transmitir a declaração. Além da declaração do estabelecimento, o arquivo que tiver 11 vínculos ou mais também deverá ser transmitido por meio de certificado digital. As declarações poderão ser transmitidas com o certificado digital de empresa, emitido em nome do estabelecimento, ou com certificado digital do responsável pela entrega da declaração, sendo que este pode ser um CPF ou um CNPJ. Para os demais estabelecimentos que não se enquadram nessa obrigatoriedade, a utilização da certificação digital continuará facultativa, com a opção de transmitir a declaração por meio dessa chave privada, caso a possuam. NOVO MODELO A Rais deverá ser substituída, em breve, pelo eSocial –reunião das obrigações acessórias trabalhistas, previdenciárias e fiscais, tais como Dirf (retenção de IR na fonte), Caged (informações sobre demissões e contratações), CAT (comunicação sobre acidente de trabalho) e Gfip (informações sobre previdência). O eSocial tenderá a ser um complicador para o empresário, pela necessidade de informações integradas ao governo (Receita, Previdência Social, Ministério do Trabalho e Caixa).
2
Em vídeo, rainha Elizabeth 2ª chama autoridades chinesas de 'grosseiras'
A rainha Elizabeth 2ª pode ser ouvida em um vídeo chamando autoridades chinesas de "muito grosseiras" durante uma conversa em um evento no Palácio de Buckingham. O vídeo mostra a rainha, vestida de cor-de-rosa e carregando um guarda-chuva, sendo apresentada a Lucy D'Orsi, integrante da polícia. Quem as apresenta diz que a comandante trabalhou na segurança da visita de uma comitiva oficial dos chineses. A rainha reage: "Ah, que má sorte". D'Orsi diz, em seguida, que a visita foi uma "provação". Elizabeth 2ª comenta que "eles foram muito grosseiros com a embaixadora". A conversa foi gravada, de perto, pela equipe oficial do palácio nesta terça-feira (10) e distribuída para redes de TV (a BBC transmitiu). Não fica claro, no vídeo, se elas falam sobre a visita de Xi Jinping ao Reino Unido (em outubro de 2015) ou de uma visita preparatória de autoridades antes da visita principal. No final da conversa, a policial conta à rainha que houve um momento em que os chineses deixaram uma reunião com a embaixadora britânica na China, Barbara Woodward, dizendo que a viagem estava encerrada. "Foi muito grosseiro e não diplomático", disse a policial. Assista ao vídeo, com legendas em inglês: Rainha Elizabeth fala dos chineses 'VISITA BEM-SUCEDIDA' Esse tipo de manifestação da parte da rainha não é comum, já que a monarca raramente se pronuncia publicamente sobre questões políticas, e a imprensa que a acompanha é solicitada a não registrar conversas privadas de Elizabeth. Tanto a polícia quanto o palácio se recusaram a comentar o vídeo, dizendo apenas que a visita da comitiva de Xi foi "extremamente bem-sucedida". Um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China também não quis comentar especificamente as falas da rainha. Lu Kang seguiu a linha do palácio britânico, dizendo que a visita foi "muito bem-sucedida". Apesar disso, notícias sobre as críticas da rainha foram censuradas na internet chinesa, e o sinal da BBC foi cortado quando noticiou sobre o caso. A divulgação do vídeo ocorreu horas depois de outro constrangimento para os britânicos. Nesta terça (10), o primeiro-ministro David Cameron foi pego ao microfone chamando a Nigéria e o Afeganistão de "incrivelmente corruptos".
mundo
Em vídeo, rainha Elizabeth 2ª chama autoridades chinesas de 'grosseiras'A rainha Elizabeth 2ª pode ser ouvida em um vídeo chamando autoridades chinesas de "muito grosseiras" durante uma conversa em um evento no Palácio de Buckingham. O vídeo mostra a rainha, vestida de cor-de-rosa e carregando um guarda-chuva, sendo apresentada a Lucy D'Orsi, integrante da polícia. Quem as apresenta diz que a comandante trabalhou na segurança da visita de uma comitiva oficial dos chineses. A rainha reage: "Ah, que má sorte". D'Orsi diz, em seguida, que a visita foi uma "provação". Elizabeth 2ª comenta que "eles foram muito grosseiros com a embaixadora". A conversa foi gravada, de perto, pela equipe oficial do palácio nesta terça-feira (10) e distribuída para redes de TV (a BBC transmitiu). Não fica claro, no vídeo, se elas falam sobre a visita de Xi Jinping ao Reino Unido (em outubro de 2015) ou de uma visita preparatória de autoridades antes da visita principal. No final da conversa, a policial conta à rainha que houve um momento em que os chineses deixaram uma reunião com a embaixadora britânica na China, Barbara Woodward, dizendo que a viagem estava encerrada. "Foi muito grosseiro e não diplomático", disse a policial. Assista ao vídeo, com legendas em inglês: Rainha Elizabeth fala dos chineses 'VISITA BEM-SUCEDIDA' Esse tipo de manifestação da parte da rainha não é comum, já que a monarca raramente se pronuncia publicamente sobre questões políticas, e a imprensa que a acompanha é solicitada a não registrar conversas privadas de Elizabeth. Tanto a polícia quanto o palácio se recusaram a comentar o vídeo, dizendo apenas que a visita da comitiva de Xi foi "extremamente bem-sucedida". Um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China também não quis comentar especificamente as falas da rainha. Lu Kang seguiu a linha do palácio britânico, dizendo que a visita foi "muito bem-sucedida". Apesar disso, notícias sobre as críticas da rainha foram censuradas na internet chinesa, e o sinal da BBC foi cortado quando noticiou sobre o caso. A divulgação do vídeo ocorreu horas depois de outro constrangimento para os britânicos. Nesta terça (10), o primeiro-ministro David Cameron foi pego ao microfone chamando a Nigéria e o Afeganistão de "incrivelmente corruptos".
3
Dumas, Dostoiévski e outras três indicações de literatura estrangeira
O CONDE DE MONTE CRISTO As histórias de Alexandre Dumas, o Harold Robbins oitocentista (como o best-seller norte-americano dos anos 1970 e 80, o francês escrevia em colaboração), são pura Sessão da Tarde e as conhecemos do princípio ao fim, com rocambole com muitíssimo recheio de permeio. Ainda assim, não perdem em interesse. A ascensão e queda (ou queda e ascensão) de Edmond Dantès, espécie de precursor do "self-made man" do século 20, cuja trajetória vingativa demarca a "apoteose do êxito individual" —de acordo com Antonio Candido, lembrado por Rodrigo Lacerda no elucidativo prefácio desta edição comentada—, é marcada pela trama de explicitação e ocultamento ditada pelo astuto protagonista, permitindo uma visão panorâmica da estratificada sociedade francesa do período. Em tempos teleshakesperianos, é importante reler Dumas para saber de onde roteiristas como Matthew Weiner ("Mad Men") ou Beau Willimon ("House of Cards") aprenderam truques folhetinescos. (JOCA REINERS TERRON) O CONDE DE MONTE CRISTO QUANTO: R$ 119,90 (1.376 págs.) e R$ 39,90 (e-book) AUTOR: Alexandre Dumas TRADUÇÃO: André Telles e Rodrigo Lacerda EDITORA: Zahar * PARAÍSO PERDIDO "'Divina Comédia' do protestantismo", o épico de John Milton (1608-1674) seria inimaginável, segundo célebre análise de Max Weber, no contexto medieval de seu precursor dantesco. Em vez da contemplação humilde e extática do homem reconciliado com as maravilhas celestiais, Milton fala da expulsão do Paraíso não como mero fardo, mas destino a ser assumido com coragem e orgulho "empreendedor" pelos descendentes de Adão. Uma teologia paradoxal, não sem traços heréticos insinuados no elogio que esses versos parecem fazer ao maior e mais carismático de seus personagens, Satã. Esses são alguns dos ingredientes que, como mostra a apaixonada homenagem de Harold Bloom ao gênio miltoniano no prefácio, tornam a leitura de "Paraíso Perdido" um desafio árduo, mas altamente recompensador, ainda mais na excelente tradução anotada do poeta português Daniel Jonas. (CAIOU LIUDVIK) PARAÍSO PERDIDO QUANTO: R$ 98 (896 págs.) AUTOR: John Milton TRADUÇÃO: Daniel Jonas EDITORA: 34 * O ADOLESCENTE Quando Arkadi Makárovitch Dolgorúki resolve escrever a história dos seus "primeiros passos pela vida", é um homem de 20 anos -o que, na Rússia de então, era considerado um adolescente. Narrado em primeira pessoa, "O Adolescente" (1876), de Dostoiésvki, é um dos romances de maturidade do escritor russo, ao lado de "Crime e Castigo", "O Idiota", "Os Demônios" e "Os Irmãos Karamázov". Acompanhar os tortuosos passos desse jovem bastardo, filho de um nobre arruinado com a mulher de um ex-servo e jardineiro, é penetrar num mundo de valores em plena transformação e desintegração, quando a ordem capitalista passa a dar as cartas. Como lembra o tradutor Paulo Bezerra, "aos olhos de Dostoiévski, a nova civilização destruiu os antigos laços e não pôs nada em seu lugar, a não ser o dinheiro". E o jovem Arkadi está justamente entre esses dois mundos, seduzido pelo mundanismo da nobreza de seu pai biológico —que, apesar da proximidade, não o reconhece como filho—, e sonhando em ser um novo Rothschild, para superar sua origem. (HEITOR FERRAZ MELLO) O ADOLESCENTE QUANTO: R$ 84 (616 págs.) AUTOR: Fiódor Dostoiévski TRADUÇÃO: Paulo Bezerra EDITORA: 34 * OS LIVROS DA SELVA Rudyard Kipling (1865-1936) foi o grande bardo do colonialismo britânico da virada do século 19 para o 20. O auge de sua carreira literária, premiada com o Nobel em 1907, demarcou o recrudescimento de seu patriotismo e sua visão política conservadora, tão evidentes em sua obra adulta atualmente relegada. O esquecimento dos leitores, porém, nunca chegou aos clássicos "Livros da Selva", que incluem as aventuras de Mowgli, o Menino Lobo. Herdeiro (e surrupiador sutil) da tradição fabulística de Esopo com suas tramas antropomórficas e moralistas, o autor anglo-indiano se alimentou das paisagens da Índia para criar "um mundo selvagem e estranho, ancestral e distante", no dizer do crítico J.M.S. Tompkins, com autêntico afeto pelos povos daquele país. Espécie de elo perdido entre selva e civilização, infância e limbo imposto pela maturidade, os contos selvagens de Kipling funcionam como memorial daquele período representado pela infância em que não existem barreiras entre humanos e animais. (JOCA REINERS TERRON) OS LIVROS DA SELVA QUANTO: R$ 34,90 (728 págs.) e R$ 23,90 (e-book) AUTOR: Rudyard Kipling TRADUÇÃO: Julia Romeu EDITORA: Penguin-Companhia * OSSOS DE ECO Este é um dos textos mais esquisitos de Beckett e teve muita dificuldade em ser publicado -como quase toda a obra do escritor irlandês. Foi, afinal, o conto limado da coletânea "More Pricks Than Kicks", um dos primeiros livros do então secretário de James Joyce, nos anos 1930, e portanto um de seus textos mais joyceanos: "Tanto num nível verbal quanto estrutural, ele reúne várias fontes, da ciência e da filosofia à religião e à literatura", conta o crítico Mark Nixon no prefácio. Narra-se aqui a ressurreição de Bellacqua e seu encontro com uma prostituta; em seguida, o gigante D'Artemísia, estéril, pede auxílio a Bellacqua para engravidar sua mulher, Lady Gall; no fim, Bellacqua, agora pai, assiste a um coveiro roubar seu túmulo -"Os mortos morrem mal" é a sedutora frase de abertura. Humor negro, angústia mórbida, perversidades sexuais e múltiplas referências (todas superdecodificadas com maestria pelos irmãos tradutores) assombram o jovem Beckett -e o leitor. (RONALDO BRESSANE) OSSOS DE ECO QUANTO: R$ 44,90 (152 págs.) AUTOR: Samuel Beckett TRADUÇÃO: Caetano e Rogerio W. Galindo EDITORA: Globo/Biblioteca Azul
guia-de-livros-discos-filmes
Dumas, Dostoiévski e outras três indicações de literatura estrangeiraO CONDE DE MONTE CRISTO As histórias de Alexandre Dumas, o Harold Robbins oitocentista (como o best-seller norte-americano dos anos 1970 e 80, o francês escrevia em colaboração), são pura Sessão da Tarde e as conhecemos do princípio ao fim, com rocambole com muitíssimo recheio de permeio. Ainda assim, não perdem em interesse. A ascensão e queda (ou queda e ascensão) de Edmond Dantès, espécie de precursor do "self-made man" do século 20, cuja trajetória vingativa demarca a "apoteose do êxito individual" —de acordo com Antonio Candido, lembrado por Rodrigo Lacerda no elucidativo prefácio desta edição comentada—, é marcada pela trama de explicitação e ocultamento ditada pelo astuto protagonista, permitindo uma visão panorâmica da estratificada sociedade francesa do período. Em tempos teleshakesperianos, é importante reler Dumas para saber de onde roteiristas como Matthew Weiner ("Mad Men") ou Beau Willimon ("House of Cards") aprenderam truques folhetinescos. (JOCA REINERS TERRON) O CONDE DE MONTE CRISTO QUANTO: R$ 119,90 (1.376 págs.) e R$ 39,90 (e-book) AUTOR: Alexandre Dumas TRADUÇÃO: André Telles e Rodrigo Lacerda EDITORA: Zahar * PARAÍSO PERDIDO "'Divina Comédia' do protestantismo", o épico de John Milton (1608-1674) seria inimaginável, segundo célebre análise de Max Weber, no contexto medieval de seu precursor dantesco. Em vez da contemplação humilde e extática do homem reconciliado com as maravilhas celestiais, Milton fala da expulsão do Paraíso não como mero fardo, mas destino a ser assumido com coragem e orgulho "empreendedor" pelos descendentes de Adão. Uma teologia paradoxal, não sem traços heréticos insinuados no elogio que esses versos parecem fazer ao maior e mais carismático de seus personagens, Satã. Esses são alguns dos ingredientes que, como mostra a apaixonada homenagem de Harold Bloom ao gênio miltoniano no prefácio, tornam a leitura de "Paraíso Perdido" um desafio árduo, mas altamente recompensador, ainda mais na excelente tradução anotada do poeta português Daniel Jonas. (CAIOU LIUDVIK) PARAÍSO PERDIDO QUANTO: R$ 98 (896 págs.) AUTOR: John Milton TRADUÇÃO: Daniel Jonas EDITORA: 34 * O ADOLESCENTE Quando Arkadi Makárovitch Dolgorúki resolve escrever a história dos seus "primeiros passos pela vida", é um homem de 20 anos -o que, na Rússia de então, era considerado um adolescente. Narrado em primeira pessoa, "O Adolescente" (1876), de Dostoiésvki, é um dos romances de maturidade do escritor russo, ao lado de "Crime e Castigo", "O Idiota", "Os Demônios" e "Os Irmãos Karamázov". Acompanhar os tortuosos passos desse jovem bastardo, filho de um nobre arruinado com a mulher de um ex-servo e jardineiro, é penetrar num mundo de valores em plena transformação e desintegração, quando a ordem capitalista passa a dar as cartas. Como lembra o tradutor Paulo Bezerra, "aos olhos de Dostoiévski, a nova civilização destruiu os antigos laços e não pôs nada em seu lugar, a não ser o dinheiro". E o jovem Arkadi está justamente entre esses dois mundos, seduzido pelo mundanismo da nobreza de seu pai biológico —que, apesar da proximidade, não o reconhece como filho—, e sonhando em ser um novo Rothschild, para superar sua origem. (HEITOR FERRAZ MELLO) O ADOLESCENTE QUANTO: R$ 84 (616 págs.) AUTOR: Fiódor Dostoiévski TRADUÇÃO: Paulo Bezerra EDITORA: 34 * OS LIVROS DA SELVA Rudyard Kipling (1865-1936) foi o grande bardo do colonialismo britânico da virada do século 19 para o 20. O auge de sua carreira literária, premiada com o Nobel em 1907, demarcou o recrudescimento de seu patriotismo e sua visão política conservadora, tão evidentes em sua obra adulta atualmente relegada. O esquecimento dos leitores, porém, nunca chegou aos clássicos "Livros da Selva", que incluem as aventuras de Mowgli, o Menino Lobo. Herdeiro (e surrupiador sutil) da tradição fabulística de Esopo com suas tramas antropomórficas e moralistas, o autor anglo-indiano se alimentou das paisagens da Índia para criar "um mundo selvagem e estranho, ancestral e distante", no dizer do crítico J.M.S. Tompkins, com autêntico afeto pelos povos daquele país. Espécie de elo perdido entre selva e civilização, infância e limbo imposto pela maturidade, os contos selvagens de Kipling funcionam como memorial daquele período representado pela infância em que não existem barreiras entre humanos e animais. (JOCA REINERS TERRON) OS LIVROS DA SELVA QUANTO: R$ 34,90 (728 págs.) e R$ 23,90 (e-book) AUTOR: Rudyard Kipling TRADUÇÃO: Julia Romeu EDITORA: Penguin-Companhia * OSSOS DE ECO Este é um dos textos mais esquisitos de Beckett e teve muita dificuldade em ser publicado -como quase toda a obra do escritor irlandês. Foi, afinal, o conto limado da coletânea "More Pricks Than Kicks", um dos primeiros livros do então secretário de James Joyce, nos anos 1930, e portanto um de seus textos mais joyceanos: "Tanto num nível verbal quanto estrutural, ele reúne várias fontes, da ciência e da filosofia à religião e à literatura", conta o crítico Mark Nixon no prefácio. Narra-se aqui a ressurreição de Bellacqua e seu encontro com uma prostituta; em seguida, o gigante D'Artemísia, estéril, pede auxílio a Bellacqua para engravidar sua mulher, Lady Gall; no fim, Bellacqua, agora pai, assiste a um coveiro roubar seu túmulo -"Os mortos morrem mal" é a sedutora frase de abertura. Humor negro, angústia mórbida, perversidades sexuais e múltiplas referências (todas superdecodificadas com maestria pelos irmãos tradutores) assombram o jovem Beckett -e o leitor. (RONALDO BRESSANE) OSSOS DE ECO QUANTO: R$ 44,90 (152 págs.) AUTOR: Samuel Beckett TRADUÇÃO: Caetano e Rogerio W. Galindo EDITORA: Globo/Biblioteca Azul
36
O assassinato da história
Quando governos propõem reformular o ensino de história, abre-se uma brecha para questionar didáticas e conteúdos tradicionais e sugerir mudanças. Pode ser uma oportunidade ou um desastre. Desde o ano passado, o MEC está elaborando um novo currículo de história. As reações têm sido duras, a começar pelo próprio ministro à época da divulgação da primeira proposta. Demitido do MEC, Renato Janine Ribeiro explicitou suas críticas: falhas de conteúdo; exclusão de horizontes essenciais da trajetória humana; ênfase exagerada em uma perspectiva endógena de história do Brasil, preocupada sobretudo com a atualidade; abandono da cronologia, comprometendo o entendimento temporal dos processos sociais. O que está em jogo é crucial: o que ensinar sobre o passado e como fazê-lo. O conhecimento histórico, sabemos, tem impacto decisivo nas concepções de mundo de grupos e sociedades, na formação de seus interesses morais e materiais e na fabricação de seus projetos de futuro. A proposta original da comissão sepultou quase tudo o que concebíamos como história, rejeitando o que julgava demasiado eurocêntrico. A Antiguidade e a Idade Média praticamente desapareceram. Os processos centrais da Modernidade e da Época Contemporânea (como a colonização, o desenvolvimento do capitalismo ou o imperialismo) foram reenquadrados a serviço do novo foco: uma história do Brasil vista como desdobramento da história africana e indígena. Essa visão germinou por décadas nas faculdades de pedagogia e de humanidades. Propõe reler a história pelo viés dos dominados e busca versão historiográfica da pedagogia do oprimido de Paulo Freire. Com uma atualização: à cartilha tradicional da esquerda (na qual o oprimido era, por excelência, a classe trabalhadora) juntou-se a leitura multiculturalista e pós-moderna, que valoriza opressões a grupos específicos (negros, indígenas, mulheres). Em tempos de petismo, tornou-se projeto de reforma do ensino. Há muito, historiadores e professores afirmam ser inadmissível a marginalização ou ausência das histórias africana e indígena nos currículos. É uma lacuna grave, que deve ser corrigida. Entretanto, a maior vítima da proposta atual é a própria história. Vítima como realidade, pois o projeto desconsidera a matriz ocidental, europeia, capitalista e judaico-cristã da formação histórica brasileira. Parece temer que isso soasse como compactuar com os horrores do processo: do genocídio indígena à inquisição católica, da escravidão africana ao espólio da natureza. Nada mais enganoso, já que apenas o mapeamento objetivo dessas realidades infames permitiria ao aluno a sua devida crítica. Vítima como conhecimento, pois, sob argumento de valorizar histórias africana e indígena, propõe-se substituir conhecimento rotulado de conservador pelo admirável mundo novo dos saberes identitários. Reconhecer-se no passado seria mais importante do que conhecê-lo. É outra falácia, pois os múltiplos saberes –que existem e são legítimos – só podem ser analisados historicamente no bojo de um sistema de pensamento de linhagem europeia. Chama-se isso de historiografia. Ela deve ser criticada e incessantemente reformulada, mas é o melhor instrumental que temos para produzir conhecimento histórico. Ninguém pensaria em substituir biologia ou física porque são eurocêntricas. As ciências humanas, porém, tornaram-se laboratório das experiências temerosas dos que pregam a reengenharia social. Se quisermos continuar a ensinar história nas escolas, o MEC precisa refazer a lição de casa. MARCELO REDE, 50, doutor em história pela Universidade de Paris 1 (Panthéon-Sorbonne), é professor de história antiga da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
opiniao
O assassinato da históriaQuando governos propõem reformular o ensino de história, abre-se uma brecha para questionar didáticas e conteúdos tradicionais e sugerir mudanças. Pode ser uma oportunidade ou um desastre. Desde o ano passado, o MEC está elaborando um novo currículo de história. As reações têm sido duras, a começar pelo próprio ministro à época da divulgação da primeira proposta. Demitido do MEC, Renato Janine Ribeiro explicitou suas críticas: falhas de conteúdo; exclusão de horizontes essenciais da trajetória humana; ênfase exagerada em uma perspectiva endógena de história do Brasil, preocupada sobretudo com a atualidade; abandono da cronologia, comprometendo o entendimento temporal dos processos sociais. O que está em jogo é crucial: o que ensinar sobre o passado e como fazê-lo. O conhecimento histórico, sabemos, tem impacto decisivo nas concepções de mundo de grupos e sociedades, na formação de seus interesses morais e materiais e na fabricação de seus projetos de futuro. A proposta original da comissão sepultou quase tudo o que concebíamos como história, rejeitando o que julgava demasiado eurocêntrico. A Antiguidade e a Idade Média praticamente desapareceram. Os processos centrais da Modernidade e da Época Contemporânea (como a colonização, o desenvolvimento do capitalismo ou o imperialismo) foram reenquadrados a serviço do novo foco: uma história do Brasil vista como desdobramento da história africana e indígena. Essa visão germinou por décadas nas faculdades de pedagogia e de humanidades. Propõe reler a história pelo viés dos dominados e busca versão historiográfica da pedagogia do oprimido de Paulo Freire. Com uma atualização: à cartilha tradicional da esquerda (na qual o oprimido era, por excelência, a classe trabalhadora) juntou-se a leitura multiculturalista e pós-moderna, que valoriza opressões a grupos específicos (negros, indígenas, mulheres). Em tempos de petismo, tornou-se projeto de reforma do ensino. Há muito, historiadores e professores afirmam ser inadmissível a marginalização ou ausência das histórias africana e indígena nos currículos. É uma lacuna grave, que deve ser corrigida. Entretanto, a maior vítima da proposta atual é a própria história. Vítima como realidade, pois o projeto desconsidera a matriz ocidental, europeia, capitalista e judaico-cristã da formação histórica brasileira. Parece temer que isso soasse como compactuar com os horrores do processo: do genocídio indígena à inquisição católica, da escravidão africana ao espólio da natureza. Nada mais enganoso, já que apenas o mapeamento objetivo dessas realidades infames permitiria ao aluno a sua devida crítica. Vítima como conhecimento, pois, sob argumento de valorizar histórias africana e indígena, propõe-se substituir conhecimento rotulado de conservador pelo admirável mundo novo dos saberes identitários. Reconhecer-se no passado seria mais importante do que conhecê-lo. É outra falácia, pois os múltiplos saberes –que existem e são legítimos – só podem ser analisados historicamente no bojo de um sistema de pensamento de linhagem europeia. Chama-se isso de historiografia. Ela deve ser criticada e incessantemente reformulada, mas é o melhor instrumental que temos para produzir conhecimento histórico. Ninguém pensaria em substituir biologia ou física porque são eurocêntricas. As ciências humanas, porém, tornaram-se laboratório das experiências temerosas dos que pregam a reengenharia social. Se quisermos continuar a ensinar história nas escolas, o MEC precisa refazer a lição de casa. MARCELO REDE, 50, doutor em história pela Universidade de Paris 1 (Panthéon-Sorbonne), é professor de história antiga da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@grupofolha.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
14
Palco iluminado
Prestes a ser votado, o relatório final da CPI que investigou o esquema de corrupção no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) pediu o indiciamento de 28 pessoas. Apesar disso, não traz grandes novidades em relação a tudo o que foi apurado pela Operação Zelotes, da Polícia Federal. Insatisfeito, o presidente da CPI, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), reclamou que as investigações não avançaram devido à falta de colaboração dos depoentes. Parece piada. A ineficácia dessa comissão não é a exceção, e sim a regra. Existem, só no Senado, outras quatro CPIs em andamento. Todas surgiram motivadas por algum escândalo, mas perderam o dinamismo assim que o tema investigado desapareceu do noticiário. Trata-se de um padrão. O Senado agora pretende instalar outra comissão, desta vez para investigar o rompimento das barragens em Mariana (MG). Os deputados, por sua vez, mostraram-se mais ágeis: convocaram o presidente da mineradora Samarco, empresa responsável pelo desastre, para depor na CPI da Funai e do Incra. Funai? A comissão justificou a medida alegando que a lama afetou índios às margens do rio Doce. O que se pode esperar desses estrategistas em publicidade? Investigações conduzidas por políticos há muito deixaram de desempenhar qualquer papel relevante na apuração de irregularidades, a despeito dos imensos poderes concedidos aos parlamentares -quebrar sigilos fiscais e bancários, convocar autoridades, ordenar diligências da Polícia Federal. Esse potencial foi insuficiente para que três CPIs criadas com o fim de investigar a Petrobras contribuíssem para desvendar os esquemas de corrupção na estatal. Tais comissões perderam o protagonismo que possuíam nos anos 90. Basta lembrar a investigação sobre Paulo Cesar Farias, que levou ao impeachment do presidente Fernando Collor, em 1992; ou a CPI do Orçamento, de 1993, que resultou na cassação de seis deputados e na renúncia de outros quatro. A CPI do Judiciário, em 1999, ainda provocou a cassação do então senador Luiz Estevão (DF). De lá para cá, o sistema político domesticou tal instância investigativa, reduzindo-a um palco destinado a projetar futuros candidatos. Hoje elas servem sobretudo para congressistas mostrarem-se destemidos, com uma incrível capacidade de formular perguntas irrelevantes e ofensas gratuitas. Reduzidas a um show, padecem todas do mesmo fado: começam sob os holofotes da mídia e terminam nas gavetas do Congresso.
opiniao
Palco iluminadoPrestes a ser votado, o relatório final da CPI que investigou o esquema de corrupção no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) pediu o indiciamento de 28 pessoas. Apesar disso, não traz grandes novidades em relação a tudo o que foi apurado pela Operação Zelotes, da Polícia Federal. Insatisfeito, o presidente da CPI, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), reclamou que as investigações não avançaram devido à falta de colaboração dos depoentes. Parece piada. A ineficácia dessa comissão não é a exceção, e sim a regra. Existem, só no Senado, outras quatro CPIs em andamento. Todas surgiram motivadas por algum escândalo, mas perderam o dinamismo assim que o tema investigado desapareceu do noticiário. Trata-se de um padrão. O Senado agora pretende instalar outra comissão, desta vez para investigar o rompimento das barragens em Mariana (MG). Os deputados, por sua vez, mostraram-se mais ágeis: convocaram o presidente da mineradora Samarco, empresa responsável pelo desastre, para depor na CPI da Funai e do Incra. Funai? A comissão justificou a medida alegando que a lama afetou índios às margens do rio Doce. O que se pode esperar desses estrategistas em publicidade? Investigações conduzidas por políticos há muito deixaram de desempenhar qualquer papel relevante na apuração de irregularidades, a despeito dos imensos poderes concedidos aos parlamentares -quebrar sigilos fiscais e bancários, convocar autoridades, ordenar diligências da Polícia Federal. Esse potencial foi insuficiente para que três CPIs criadas com o fim de investigar a Petrobras contribuíssem para desvendar os esquemas de corrupção na estatal. Tais comissões perderam o protagonismo que possuíam nos anos 90. Basta lembrar a investigação sobre Paulo Cesar Farias, que levou ao impeachment do presidente Fernando Collor, em 1992; ou a CPI do Orçamento, de 1993, que resultou na cassação de seis deputados e na renúncia de outros quatro. A CPI do Judiciário, em 1999, ainda provocou a cassação do então senador Luiz Estevão (DF). De lá para cá, o sistema político domesticou tal instância investigativa, reduzindo-a um palco destinado a projetar futuros candidatos. Hoje elas servem sobretudo para congressistas mostrarem-se destemidos, com uma incrível capacidade de formular perguntas irrelevantes e ofensas gratuitas. Reduzidas a um show, padecem todas do mesmo fado: começam sob os holofotes da mídia e terminam nas gavetas do Congresso.
14
Campos Elíseos tem nova paleteria mexicana
Foi inaugurada em fevereiro uma paleteria mexicana no bairro Campos Elíseos, no centro de São Paulo. A Bela Paletera é comandada pela proprietária, Júlia Belo. Formada em gastronomia pela FMU em 2012, foi trabalhar na Espanha, onde conheceu mexicanos que lhe apresentaram o sorvete. "Quando voltei, vi que estava estourando por aqui e resolvi abrir meu próprio negócio", conta. Além dos sabores clássicos, como morango com leite condensado, a casa também trabalha com criações próprias, como a paleta de cheesecake de damasco e de bem-casado. "Como tenho experiência na área, resolvi desenvolver outros sabores; todo mês queremos ter alguma receita diferente." Os preços variam de R$ 6 a R$ 8. Para o inverno, a casa planeja servir um minifondue de chocolate com pedaços de frutas e de paletas frutadas. A novidade deve ser lançada a partir da semana que vem. BELA PALETERA Endereço Alameda Eduardo Prado, 575, Campos Elíseos; tel. (11) 3624-9871 Horário de segunda a sexta-feira, das 11h às 20h; sáb. e dom., das 11h às 22h Preços entre R$ 6 e R$ 8
comida
Campos Elíseos tem nova paleteria mexicanaFoi inaugurada em fevereiro uma paleteria mexicana no bairro Campos Elíseos, no centro de São Paulo. A Bela Paletera é comandada pela proprietária, Júlia Belo. Formada em gastronomia pela FMU em 2012, foi trabalhar na Espanha, onde conheceu mexicanos que lhe apresentaram o sorvete. "Quando voltei, vi que estava estourando por aqui e resolvi abrir meu próprio negócio", conta. Além dos sabores clássicos, como morango com leite condensado, a casa também trabalha com criações próprias, como a paleta de cheesecake de damasco e de bem-casado. "Como tenho experiência na área, resolvi desenvolver outros sabores; todo mês queremos ter alguma receita diferente." Os preços variam de R$ 6 a R$ 8. Para o inverno, a casa planeja servir um minifondue de chocolate com pedaços de frutas e de paletas frutadas. A novidade deve ser lançada a partir da semana que vem. BELA PALETERA Endereço Alameda Eduardo Prado, 575, Campos Elíseos; tel. (11) 3624-9871 Horário de segunda a sexta-feira, das 11h às 20h; sáb. e dom., das 11h às 22h Preços entre R$ 6 e R$ 8
26
Ueba! PIB é Pinto Indo pro Brejo!
Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Piada pronta: "No Piauí, presos do semiaberto saem à noite para assaltar". Tá certo! Profissão é profissão! Rarará! E adoro as pessoas que negam ter conta no HSBC da Suíça. Ninguém tem conta! O HSBC é um banco fantasma! É uma pegadinha! Rarará! E atenção! Socorro! Todos Para o Abrigo! Me Mate um Bode! Salve-se quem puder! O pibinho do Levy é menor que o pibinho do Mantega! Daria pra escolher um ministro da Fazenda com PIBÃO? Na Nigéria! Rarará! Próximo ministro da Fazenda tem que ser da Nigéria. Com PIBÃO! E a manchete do "Piauí Herald": "Pai de santo procura Dilma e promete trazer o PIB amado em dois anos". Saudades do PIB AMADO! E o pai de santo mandou a Granda Chefa Toura Sentada Dilma usar laquê de sal grosso! Pra se proteger do Cunha! E onde o Cunha vai, a vaia vai atrás! E estendem faixas com quatro alCunhas: machista, moralista, corrupto e homofóbico! E com cara de defunto amanhecido! Rarará! E adoro as comparações do PIB: o PIB do Brasil é 22 vezes a fortuna do Bill Gates. Isso é bom ou é ruim? Brasil = 22 Bill Gates. Ainda bem que não é 22 vezes a fortuna do Eike. Brasil = 22 Eikes! Rarará! E o PIB virou PIF: Produto Interno Pífio! Só que ninguém sabe o que é PIB. Entrei na padaria e perguntei: "O que é PIB?". E um sabido: "Produto Interno Bruto". "E o que é Produto Interno Bruto?" Cara de paisagem. Rarará! Eu sei o que é PIB! PIB é Pobreza Individual do Brasileiro! E o PIB na casa duma amiga minha é Pinto Indo pro Brejo! Rarará! E um leitor me disse que PIB quer dizer Pode Internar o Brasil. Rarará! É mole? É mole, mas sobe! Os Predestinados! Mais dois para a minha série Os Predestinados! Um amigo tem um amigo que vende lâmpadas e se chama: Eduardo VELA! Então é um antipredestinado! E em Uberaba tem a psicóloga Janete Tranquila! Ai, doutora Janete, eu quero ficar tranquila. Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Hoje, só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
colunas
Ueba! PIB é Pinto Indo pro Brejo!Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Piada pronta: "No Piauí, presos do semiaberto saem à noite para assaltar". Tá certo! Profissão é profissão! Rarará! E adoro as pessoas que negam ter conta no HSBC da Suíça. Ninguém tem conta! O HSBC é um banco fantasma! É uma pegadinha! Rarará! E atenção! Socorro! Todos Para o Abrigo! Me Mate um Bode! Salve-se quem puder! O pibinho do Levy é menor que o pibinho do Mantega! Daria pra escolher um ministro da Fazenda com PIBÃO? Na Nigéria! Rarará! Próximo ministro da Fazenda tem que ser da Nigéria. Com PIBÃO! E a manchete do "Piauí Herald": "Pai de santo procura Dilma e promete trazer o PIB amado em dois anos". Saudades do PIB AMADO! E o pai de santo mandou a Granda Chefa Toura Sentada Dilma usar laquê de sal grosso! Pra se proteger do Cunha! E onde o Cunha vai, a vaia vai atrás! E estendem faixas com quatro alCunhas: machista, moralista, corrupto e homofóbico! E com cara de defunto amanhecido! Rarará! E adoro as comparações do PIB: o PIB do Brasil é 22 vezes a fortuna do Bill Gates. Isso é bom ou é ruim? Brasil = 22 Bill Gates. Ainda bem que não é 22 vezes a fortuna do Eike. Brasil = 22 Eikes! Rarará! E o PIB virou PIF: Produto Interno Pífio! Só que ninguém sabe o que é PIB. Entrei na padaria e perguntei: "O que é PIB?". E um sabido: "Produto Interno Bruto". "E o que é Produto Interno Bruto?" Cara de paisagem. Rarará! Eu sei o que é PIB! PIB é Pobreza Individual do Brasileiro! E o PIB na casa duma amiga minha é Pinto Indo pro Brejo! Rarará! E um leitor me disse que PIB quer dizer Pode Internar o Brasil. Rarará! É mole? É mole, mas sobe! Os Predestinados! Mais dois para a minha série Os Predestinados! Um amigo tem um amigo que vende lâmpadas e se chama: Eduardo VELA! Então é um antipredestinado! E em Uberaba tem a psicóloga Janete Tranquila! Ai, doutora Janete, eu quero ficar tranquila. Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Hoje, só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
10
Após fracassos em 2015, EUA e Colômbia abrem Copa América
Estados Unidos e Colômbia fazem o jogo de abertura da Copa América Centenário, pelo Grupo A, nesta sexta (3), às 22h30 (de Brasília), buscando se reerguer após um 2015 decepcionante. As duas seleções surpreenderam na Copa de 2014, no Brasil, mas não mantiveram o nível no ano passado. Os Estados Unidos acreditavam no título da Copa Ouro, disputada entre as seleções da Concacaf, mas acabaram caindo para a modesta Jamaica na semifinal. Além disso, a seleção comandada por Jurgen Klinsmann perdeu a Copa Concacaf, que valia vaga na Copa das Confederações 2017. A Colômbia, por sua vez, teve uma Copa América desastrosa no ano passado. Em um grupo que tinha Venezuela Peru e Brasil, classificou-se graças às vagas dadas aos dois melhores terceiros colocados e acabou cruzando com a Argentina nas quartas de final. Contra a vice-campeã do mundo, não conseguiu avançar às semifinais. Desta vez, o grupo não tem uma grande potência e é mais equilibrado. A Costa Rica, principal surpresa da Copa de 2014, e o Paraguai, que eliminou o Brasil da Copa América de 2015 são os outros adversários. Além de Colômbia e Estados Unidos, outras seleções terão com a Copa América Centenário a oportunidade de se reconstruir. O Brasil é uma delas, após fracassar contra o Paraguai na Copa América do Chile. O time de Dunga, que já teve seis jogadores cortados desde a convocação, tem um dos grupos mais fáceis da competição, com Equador, Haiti e Peru. O Uruguai também teve um 2015 ruim. Assim como a Colômbia, se classificou na Copa América apenas em terceiro lugar em um grupo teoricamente mais modesto, com Argentina, Paraguai e Jamaica. Desta vez, o time de Luiz Suárez terá a Jamaica como adversário novamente, no Grupo C. Os outros dois adversários são México e Venezuela. table(articleGraphic). |/3.(articleGraphicSpace). |(articleGraphicCredit). Marcio Jose Sanchez - 28.jun.2014/Associated Press|/3.(articleGraphicSpace). | |(articleGraphicImage). | |(articleGraphicCaption). James Rodríguez durante a Copa do Mundo-2014; meia é esperança da Colômbia para a Copa AméricaI
esporte
Após fracassos em 2015, EUA e Colômbia abrem Copa AméricaEstados Unidos e Colômbia fazem o jogo de abertura da Copa América Centenário, pelo Grupo A, nesta sexta (3), às 22h30 (de Brasília), buscando se reerguer após um 2015 decepcionante. As duas seleções surpreenderam na Copa de 2014, no Brasil, mas não mantiveram o nível no ano passado. Os Estados Unidos acreditavam no título da Copa Ouro, disputada entre as seleções da Concacaf, mas acabaram caindo para a modesta Jamaica na semifinal. Além disso, a seleção comandada por Jurgen Klinsmann perdeu a Copa Concacaf, que valia vaga na Copa das Confederações 2017. A Colômbia, por sua vez, teve uma Copa América desastrosa no ano passado. Em um grupo que tinha Venezuela Peru e Brasil, classificou-se graças às vagas dadas aos dois melhores terceiros colocados e acabou cruzando com a Argentina nas quartas de final. Contra a vice-campeã do mundo, não conseguiu avançar às semifinais. Desta vez, o grupo não tem uma grande potência e é mais equilibrado. A Costa Rica, principal surpresa da Copa de 2014, e o Paraguai, que eliminou o Brasil da Copa América de 2015 são os outros adversários. Além de Colômbia e Estados Unidos, outras seleções terão com a Copa América Centenário a oportunidade de se reconstruir. O Brasil é uma delas, após fracassar contra o Paraguai na Copa América do Chile. O time de Dunga, que já teve seis jogadores cortados desde a convocação, tem um dos grupos mais fáceis da competição, com Equador, Haiti e Peru. O Uruguai também teve um 2015 ruim. Assim como a Colômbia, se classificou na Copa América apenas em terceiro lugar em um grupo teoricamente mais modesto, com Argentina, Paraguai e Jamaica. Desta vez, o time de Luiz Suárez terá a Jamaica como adversário novamente, no Grupo C. Os outros dois adversários são México e Venezuela. table(articleGraphic). |/3.(articleGraphicSpace). |(articleGraphicCredit). Marcio Jose Sanchez - 28.jun.2014/Associated Press|/3.(articleGraphicSpace). | |(articleGraphicImage). | |(articleGraphicCaption). James Rodríguez durante a Copa do Mundo-2014; meia é esperança da Colômbia para a Copa AméricaI
4
Registros reais são ponto alto de história sobre voto feminino
"As Sufragistas" (2015, TC Premium, 22h, 14 anos) é um filme que chama a atenção antes de tudo pelo tema: a reivindicação pelo voto feminino. Aliás, o mais significativo são o tema e as notáveis imagens documentais que aparecem ao final, nas quais vemos as verdadeiras "sufragetes". O que é informativo (e espantoso) nisso é como essa luta feroz por um direito que hoje nos parece tão elementar foi esquecida. É certo que o filme de Sarah Gavron entope o todo com xaropadas, histórias pessoais supérfluas, chapéus e cenas de assédio. Tudo que possa fazer do filme um evento convencional está lá. Para garantir o choro das plateias. Apesar disso, ou por isso mesmo, um filme que se deixa ver.
ilustrada
Registros reais são ponto alto de história sobre voto feminino"As Sufragistas" (2015, TC Premium, 22h, 14 anos) é um filme que chama a atenção antes de tudo pelo tema: a reivindicação pelo voto feminino. Aliás, o mais significativo são o tema e as notáveis imagens documentais que aparecem ao final, nas quais vemos as verdadeiras "sufragetes". O que é informativo (e espantoso) nisso é como essa luta feroz por um direito que hoje nos parece tão elementar foi esquecida. É certo que o filme de Sarah Gavron entope o todo com xaropadas, histórias pessoais supérfluas, chapéus e cenas de assédio. Tudo que possa fazer do filme um evento convencional está lá. Para garantir o choro das plateias. Apesar disso, ou por isso mesmo, um filme que se deixa ver.
1
Polícia prende suspeito de participar da morte de turista argentino no Rio
A polícia do Rio prendeu na madrugada deste sábado (1°) um dos suspeitos de envolvimento na morte do turista argentino Matías Sebastian Carena, 28. Carena foi morto após ser agredido em um bar em Ipanema, zona sul do Rio, no último domingo (26). O turista passava férias no Rio com amigos. Ele foi agredido em um bar chamado Barzin, frequentado por jovens de classe alta da cidade. Os motivos que levaram às agressões ao jovem ainda não foram esclarecidos. Vídeo de câmeras de segurança de prédios na região, divulgado pela TV Globo, mostram Carena tentando fugir da agressão, quando é atingido no rosto por um soco. Ele cai desacordado e bate a cabeça no degrau de uma loja. Mesmo no chão, ele continua sendo agredido. Um dos homens chega a usar uma muleta para bater no turista. Três homens são suspeitos de participar da agressão. Na madrugada desta sábado foi preso Pedro Henrique Marciano, conhecido por PH, 25. Ele foi encontrado pela Polícia Militar na favela da Coreia, em Senador Camará, zona oeste do Rio, a partir de denúncias anônimas fornecidas ao disque denúncia. Ele prestará depoimento na Delegacia de Homicídios da capital, ainda neste sábado. PH seria amigo de outros envolvidos na agressão, que são considerados foragidos. Um dos foragidos é Valterson Ferreira Cantuária, conhecido como Toddy Cantuária, integrante da banda de pagode Karametade, que fez sucesso no final dos anos 1990 e início dos anos 2000. Segundo a polícia, na manhã do mesmo dia, ele embarcou em um avião para Madri, na Espanha. Ele teria pego um táxi logo após a agressão, passado em casa no bairro de Ipanema e seguido para o aeroporto internacional. Teria sido ele o autor do soco que desacordou o turista. O terceiro envolvido seria Júlio Cesar Oliveira Godinho. Os três tiveram prisão temporária decretada pela Justiça. O vídeo mostra que os amigos do rapaz tentam socorrê-lo ainda na calçada. É possível ver que um dos amigos amigos tenta fazer massagem cardíaca no jovem, que chegou morto ao hospital. A reportagem ainda não conseguiu contato com a defesa ou representantes dos envolvidos.
cotidiano
Polícia prende suspeito de participar da morte de turista argentino no RioA polícia do Rio prendeu na madrugada deste sábado (1°) um dos suspeitos de envolvimento na morte do turista argentino Matías Sebastian Carena, 28. Carena foi morto após ser agredido em um bar em Ipanema, zona sul do Rio, no último domingo (26). O turista passava férias no Rio com amigos. Ele foi agredido em um bar chamado Barzin, frequentado por jovens de classe alta da cidade. Os motivos que levaram às agressões ao jovem ainda não foram esclarecidos. Vídeo de câmeras de segurança de prédios na região, divulgado pela TV Globo, mostram Carena tentando fugir da agressão, quando é atingido no rosto por um soco. Ele cai desacordado e bate a cabeça no degrau de uma loja. Mesmo no chão, ele continua sendo agredido. Um dos homens chega a usar uma muleta para bater no turista. Três homens são suspeitos de participar da agressão. Na madrugada desta sábado foi preso Pedro Henrique Marciano, conhecido por PH, 25. Ele foi encontrado pela Polícia Militar na favela da Coreia, em Senador Camará, zona oeste do Rio, a partir de denúncias anônimas fornecidas ao disque denúncia. Ele prestará depoimento na Delegacia de Homicídios da capital, ainda neste sábado. PH seria amigo de outros envolvidos na agressão, que são considerados foragidos. Um dos foragidos é Valterson Ferreira Cantuária, conhecido como Toddy Cantuária, integrante da banda de pagode Karametade, que fez sucesso no final dos anos 1990 e início dos anos 2000. Segundo a polícia, na manhã do mesmo dia, ele embarcou em um avião para Madri, na Espanha. Ele teria pego um táxi logo após a agressão, passado em casa no bairro de Ipanema e seguido para o aeroporto internacional. Teria sido ele o autor do soco que desacordou o turista. O terceiro envolvido seria Júlio Cesar Oliveira Godinho. Os três tiveram prisão temporária decretada pela Justiça. O vídeo mostra que os amigos do rapaz tentam socorrê-lo ainda na calçada. É possível ver que um dos amigos amigos tenta fazer massagem cardíaca no jovem, que chegou morto ao hospital. A reportagem ainda não conseguiu contato com a defesa ou representantes dos envolvidos.
6
Show histórico dos Rolling Stones em Cuba ganha filme esperto
O show histórico que os Rolling Stones apresentaram em Cuba, em 25 de março último, ganhou um registro no documentário "Havana Moon". O filme-concerto chega ao público brasileiro de modo peculiar: será exibido nesta quinta (6), em 65 cinemas do país, mas as sessões se restringem a um único dia. Quem não se deslocar a uma das salas agora só terá chance de ver a performance daqui a dois meses, quando "Havana Moon" terá distribuição mundial em DVD e Blu-ray (uma exceção: o Festival do Rio exibe o filme em 8, 13 e 16/10). A mesma estratégia de lançamento se repete em vários países. Para quem compareceu a um dos quatro shows dos Stones no Brasil, em fevereiro, boas recordações são despertadas quando se vê a banda no palco montado na Ciudad Deportiva de Havana. O nome pomposo não combina com o lugar: uma área gigantesca que reúne quadras esportivas de várias modalidades em diferentes estágios de decadência. Ali, a produção da banda inglesa usou apenas o enorme espaço. O esforço parece recompensado quando as cenas do documentário mostram um mar de gente assistindo ao show. As contagens mais generosas apontam 1,2 milhão de pessoas. No palco, não há mais o que dizer sobre os Stones. O maior espetáculo de rock da Terra acaba ainda mais majestoso com o ótimo trabalho de mais de 20 câmeras. Uma edição esperta mostra níveis de alegria incontida, tanto dos músicos britânicos como do público ensandecido. O repertório matador da turnê sul-americana que precedeu a ida a Cuba foi reduzido para 18 músicas. No documentário, quatro delas foram cortadas: "Tumbling Dice", "All Down the Line", "Before They Make Me Run" e "Miss You". Isso deixou o filme dentro de razoáveis 116 minutos, entre ação no palco, imagens de Havana e entrevistas com os integrantes da banda. A conversa com Charlie Watts, Mick Jagger, Ronnie Wood e Keith Richards, no início do filme, é bem engraçada. Jagger conserva certa formalidade, tem o peso de porta-voz da banda. Wood e Richards estão lá para as tiradas espirituosas, injetando humor. E Charlie Watts responde pelos melhores momentos da conversa. Ele confessa sua estupefação diante do estado dos edifícios da capital cubana, alguns quase em ruínas, mostrados em detalhes pela filmagem. "Não imaginava que eles fossem tão bonitos e estivessem tão destruídos." Trailer de 'Havana Moon' Watts conta que, na noite anterior, eles assistiram a um grupo musical local. "Muito bom, um show só com percussão e cantos. Acho que é assim que a música deve ser, apenas bateria e voz", brinca o baterista, trocando sorriso cúmplice com Jagger. Sorrisos não faltam nos closes que a edição de imagens busca durante a apresentação. A plateia está evidentemente extasiada. Difícil saber quem está mais feliz, o público ou a banda. HAVANA MOON: THE ROLLING STONES LIVE IN CUBA DIREÇÃO Paul Dugdale PRODUÇÃO Reino Unido, 2016, livre QUANDO: Só nesta quinta (6), 20h, em salas Cinemark, UCI e Cinépolis
ilustrada
Show histórico dos Rolling Stones em Cuba ganha filme espertoO show histórico que os Rolling Stones apresentaram em Cuba, em 25 de março último, ganhou um registro no documentário "Havana Moon". O filme-concerto chega ao público brasileiro de modo peculiar: será exibido nesta quinta (6), em 65 cinemas do país, mas as sessões se restringem a um único dia. Quem não se deslocar a uma das salas agora só terá chance de ver a performance daqui a dois meses, quando "Havana Moon" terá distribuição mundial em DVD e Blu-ray (uma exceção: o Festival do Rio exibe o filme em 8, 13 e 16/10). A mesma estratégia de lançamento se repete em vários países. Para quem compareceu a um dos quatro shows dos Stones no Brasil, em fevereiro, boas recordações são despertadas quando se vê a banda no palco montado na Ciudad Deportiva de Havana. O nome pomposo não combina com o lugar: uma área gigantesca que reúne quadras esportivas de várias modalidades em diferentes estágios de decadência. Ali, a produção da banda inglesa usou apenas o enorme espaço. O esforço parece recompensado quando as cenas do documentário mostram um mar de gente assistindo ao show. As contagens mais generosas apontam 1,2 milhão de pessoas. No palco, não há mais o que dizer sobre os Stones. O maior espetáculo de rock da Terra acaba ainda mais majestoso com o ótimo trabalho de mais de 20 câmeras. Uma edição esperta mostra níveis de alegria incontida, tanto dos músicos britânicos como do público ensandecido. O repertório matador da turnê sul-americana que precedeu a ida a Cuba foi reduzido para 18 músicas. No documentário, quatro delas foram cortadas: "Tumbling Dice", "All Down the Line", "Before They Make Me Run" e "Miss You". Isso deixou o filme dentro de razoáveis 116 minutos, entre ação no palco, imagens de Havana e entrevistas com os integrantes da banda. A conversa com Charlie Watts, Mick Jagger, Ronnie Wood e Keith Richards, no início do filme, é bem engraçada. Jagger conserva certa formalidade, tem o peso de porta-voz da banda. Wood e Richards estão lá para as tiradas espirituosas, injetando humor. E Charlie Watts responde pelos melhores momentos da conversa. Ele confessa sua estupefação diante do estado dos edifícios da capital cubana, alguns quase em ruínas, mostrados em detalhes pela filmagem. "Não imaginava que eles fossem tão bonitos e estivessem tão destruídos." Trailer de 'Havana Moon' Watts conta que, na noite anterior, eles assistiram a um grupo musical local. "Muito bom, um show só com percussão e cantos. Acho que é assim que a música deve ser, apenas bateria e voz", brinca o baterista, trocando sorriso cúmplice com Jagger. Sorrisos não faltam nos closes que a edição de imagens busca durante a apresentação. A plateia está evidentemente extasiada. Difícil saber quem está mais feliz, o público ou a banda. HAVANA MOON: THE ROLLING STONES LIVE IN CUBA DIREÇÃO Paul Dugdale PRODUÇÃO Reino Unido, 2016, livre QUANDO: Só nesta quinta (6), 20h, em salas Cinemark, UCI e Cinépolis
1
Trump confirma que está sendo investigado pela demissão de Comey
O presidente dos EUA, Donald Trump, confirmou nesta sexta-feira (16) que está sendo investigado pela demissão do ex-diretor do FBI James Comey. Na quarta-feira (14), os jornais "Washington Post" e "New York Times" informaram que o conselheiro jurídico especial, Robert Mueller, está liderando um inquérito contra Trump, aberto alguns dias depois da demissão de Comey, em 9 de maio. "Estou sendo investigado por demitir o diretor do FBI pelo homem que me disse que deveria demitir o diretor do FBI. Caça às bruxas!", publicou Trump na rede social Twitter, sem citar nomes. Também na rede social, o presidente norte-americano já havia dito que a versão sobre a suposta obstrução da Justiça é falsa. "Eles inventaram uma história falsa sobre o conluio com a Rússia, não encontraram nenhuma prova, e agora falam em obstrução da Justiça sobre uma história falsa. Bacana", disse o presidente, referindo-se também a suspeitas de coordenação entre a campanha de Trump e o Kremlin. O presidente tem usado o termo "caça às bruxas" com frequência para se referir ao trabalho de investigadores, promotores e jornalistas que questionam medidas adotadas pelo governo. INVESTIGAÇÃO Citando fontes anônimas, os jornais americanos dizem que importantes oficiais de inteligência concordaram em ser entrevistados sobre o tema por investigadores que estão trabalhando com Mueller. A tese de que Trump agiu para obstruir a Justiça já havia ganhado força na semana passada, após Comey dizer em depoimento no Senado que acredita ter sido demitido por Trump para minar a investigação do FBI sobre a Rússia. Embora seja improvável que a investigação conduzida por Mueller leve o presidente a enfrentar alguma acusação criminal, a obstrução da Justiça pode constituir a base de um processo de impeachment. Qualquer passo desse tipo, porém, enfrentaria enorme obstáculo, uma vez que exigiria a aprovação da Câmara dos Deputados, controlada por republicanos. Trump emparedado
mundo
Trump confirma que está sendo investigado pela demissão de ComeyO presidente dos EUA, Donald Trump, confirmou nesta sexta-feira (16) que está sendo investigado pela demissão do ex-diretor do FBI James Comey. Na quarta-feira (14), os jornais "Washington Post" e "New York Times" informaram que o conselheiro jurídico especial, Robert Mueller, está liderando um inquérito contra Trump, aberto alguns dias depois da demissão de Comey, em 9 de maio. "Estou sendo investigado por demitir o diretor do FBI pelo homem que me disse que deveria demitir o diretor do FBI. Caça às bruxas!", publicou Trump na rede social Twitter, sem citar nomes. Também na rede social, o presidente norte-americano já havia dito que a versão sobre a suposta obstrução da Justiça é falsa. "Eles inventaram uma história falsa sobre o conluio com a Rússia, não encontraram nenhuma prova, e agora falam em obstrução da Justiça sobre uma história falsa. Bacana", disse o presidente, referindo-se também a suspeitas de coordenação entre a campanha de Trump e o Kremlin. O presidente tem usado o termo "caça às bruxas" com frequência para se referir ao trabalho de investigadores, promotores e jornalistas que questionam medidas adotadas pelo governo. INVESTIGAÇÃO Citando fontes anônimas, os jornais americanos dizem que importantes oficiais de inteligência concordaram em ser entrevistados sobre o tema por investigadores que estão trabalhando com Mueller. A tese de que Trump agiu para obstruir a Justiça já havia ganhado força na semana passada, após Comey dizer em depoimento no Senado que acredita ter sido demitido por Trump para minar a investigação do FBI sobre a Rússia. Embora seja improvável que a investigação conduzida por Mueller leve o presidente a enfrentar alguma acusação criminal, a obstrução da Justiça pode constituir a base de um processo de impeachment. Qualquer passo desse tipo, porém, enfrentaria enorme obstáculo, uma vez que exigiria a aprovação da Câmara dos Deputados, controlada por republicanos. Trump emparedado
3
Voltar atrás é última opção para quem muda de carreira, diz especialista
ANNA RANGEL DE SÃO PAULO Uma transição de carreira pode não dar certo ou ser mais tortuosa do que o esperado. Nesse caso, o indicado é manter a calma e reavaliar os motivos do fracasso. Foi o que viveu a fonoaudióloga Larissa Pannuzio, 40. Ela começou a mudança em 2010: diminuiu a carga em clínicas e hospitais e abriu dois negócios, um de decoração de eventos e uma chocolateria. Em 2013, largou totalmente a fonoaudiologia, mas também abriu mão das empresas. "Comecei a ter perda de qualidade de vida por trabalhar em horários pouco comuns", diz sobre a segunda mudança. Seu novo objetivo é virar "coach" de carreiras e, para isso, está fazendo um curso na área. Como mudar de carreira após os 40 Para Ricardo Basaglia, da recrutadora Michael Page, é um erro comum confundir vocação com hobby. "Às vezes o que a pessoa quer é encontrar formas de ter retorno financeiro com uma atividade prazerosa". Ele aconselha buscar pessoas competentes no mercado desejado e fazer uma autoavaliação. Para minimizar o risco, Joel Souza Dutra, da FIA recomenda escolher uma área com ligação com a ocupação anterior, para aproveitar competências e contatos. Para ele, retornar a área de origem deve ser a última opção. "É importante não desistir na primeira escorregada. A volta tem sabor de fracasso, porque você vai para onde já estava insatisfeito." A técnica em nutrição Iracema Garcia, 65, que estudou contabilidade ainda jovem, resolveu mudar de área com o apoio dos filhos. Uma delas já trabalhava na área de saúde e contratou a mãe, já com experiência na área, para treinar enfermeiras cooperadas. "A experiência anterior contou no estudo, já que eu vinha com uma bagagem boa. No trabalho, eu comecei no zero", diz.
sobretudo
Voltar atrás é última opção para quem muda de carreira, diz especialista ANNA RANGEL DE SÃO PAULO Uma transição de carreira pode não dar certo ou ser mais tortuosa do que o esperado. Nesse caso, o indicado é manter a calma e reavaliar os motivos do fracasso. Foi o que viveu a fonoaudióloga Larissa Pannuzio, 40. Ela começou a mudança em 2010: diminuiu a carga em clínicas e hospitais e abriu dois negócios, um de decoração de eventos e uma chocolateria. Em 2013, largou totalmente a fonoaudiologia, mas também abriu mão das empresas. "Comecei a ter perda de qualidade de vida por trabalhar em horários pouco comuns", diz sobre a segunda mudança. Seu novo objetivo é virar "coach" de carreiras e, para isso, está fazendo um curso na área. Como mudar de carreira após os 40 Para Ricardo Basaglia, da recrutadora Michael Page, é um erro comum confundir vocação com hobby. "Às vezes o que a pessoa quer é encontrar formas de ter retorno financeiro com uma atividade prazerosa". Ele aconselha buscar pessoas competentes no mercado desejado e fazer uma autoavaliação. Para minimizar o risco, Joel Souza Dutra, da FIA recomenda escolher uma área com ligação com a ocupação anterior, para aproveitar competências e contatos. Para ele, retornar a área de origem deve ser a última opção. "É importante não desistir na primeira escorregada. A volta tem sabor de fracasso, porque você vai para onde já estava insatisfeito." A técnica em nutrição Iracema Garcia, 65, que estudou contabilidade ainda jovem, resolveu mudar de área com o apoio dos filhos. Uma delas já trabalhava na área de saúde e contratou a mãe, já com experiência na área, para treinar enfermeiras cooperadas. "A experiência anterior contou no estudo, já que eu vinha com uma bagagem boa. No trabalho, eu comecei no zero", diz.
9
CBF define datas e horários dos jogos da quarta fase da Copa do Brasil
A CBF confirmou, nesta segunda-feira (20), que os jogos de ida da quarta fase da Copa do Brasil serão disputados nos dias 12 e 13 de abril, enquanto os da volta serão realizados no dia 19. Internacional e Corinthians se enfrentam no dia 12, no Beira Rio, às 21h45. Já o São Paulo recebe o Cruzeiro no dia 13, às 21h30, no estádio do Morumbi. Os confrontos foram definidos através de sorteio na última sexta-feira. Quem avançar chegará às oitavas de final, quando entram na competição os clubes que disputam a Libertadores, os campeões da Copa Verde, da Copa do Nordeste e da Série B do Brasileiro do ano passado. CONFIRA OS CONFRONTOS IDA 12/4 Sport x Joinville, às 21h45 Internacional x Corinthians, às 21h45 13/4 Vitória x Asa ou Paraná, às 19h15 Goiás x Fluminense, às 21h30 São Paulo x Cruzeiro, às 21h30 VOLTA 19/4 ASA ou Paraná x Vitória, às 19h30 Cruzeiro x São Paulo, às 19h30 Joinville x Sport, às 21h45 Fluminense x Goiás, às 21h45 Corinthians x Internacional, às 21h45
esporte
CBF define datas e horários dos jogos da quarta fase da Copa do BrasilA CBF confirmou, nesta segunda-feira (20), que os jogos de ida da quarta fase da Copa do Brasil serão disputados nos dias 12 e 13 de abril, enquanto os da volta serão realizados no dia 19. Internacional e Corinthians se enfrentam no dia 12, no Beira Rio, às 21h45. Já o São Paulo recebe o Cruzeiro no dia 13, às 21h30, no estádio do Morumbi. Os confrontos foram definidos através de sorteio na última sexta-feira. Quem avançar chegará às oitavas de final, quando entram na competição os clubes que disputam a Libertadores, os campeões da Copa Verde, da Copa do Nordeste e da Série B do Brasileiro do ano passado. CONFIRA OS CONFRONTOS IDA 12/4 Sport x Joinville, às 21h45 Internacional x Corinthians, às 21h45 13/4 Vitória x Asa ou Paraná, às 19h15 Goiás x Fluminense, às 21h30 São Paulo x Cruzeiro, às 21h30 VOLTA 19/4 ASA ou Paraná x Vitória, às 19h30 Cruzeiro x São Paulo, às 19h30 Joinville x Sport, às 21h45 Fluminense x Goiás, às 21h45 Corinthians x Internacional, às 21h45
4
Parada Gay tem combate a ambulantes e aluguel de banheiro no centro de SP
A Parada Gay, que acontece neste domingo (7), na região central de São Paulo, tem combate ao comércio irregular, aluguel de banheiros e promoção de cerveja. Por volta das 14h40, milhares de pessoas já lotavam a avenida Paulista e a rua da Consolação, acompanhadas de 18 trios elétricos. No meio da multidão, agentes da GCM (Guarda Civil Metropolitana) tentam combater o comércio ambulante. A reportagem presenciou a ação dos guardas, e a fuga de alguns vendedores, que acabaram deixando a mercadoria para trás. Assim como em edições anteriores do evento, alguns estabelecimento da região também aproveitam para conseguir um dinheiro extra alugando banheiro às pessoas que não querem usar os banheiros químicos. Na rua da Consolação, um estacionamento cobra R$ 3 pelo uso do banheiro. Já as cervejas ganharam um promoção especial no evento desse domingo, e estão sendo vendidas por R$ 10 três unidades. A Parada iniciou o percurso por volta das 12h30, mas a concentração já acontecia desde o início da manhã, na avenida Paulista. A Polícia Militar estima que já estavam no local em torno de 1.500 pessoas por volta das 9h. Até as 14h40, a corporação ainda não tinha atualizado esse número. O tema deste ano é "Eu nasci assim. Eu cresci assim. Vou ser sentir assim. Respeitem-me!" e é uma reverência à autoestima e à aceitação. Alguns transsexuais se queixam de exclusão do movimento. Nos trios, que em sua maioria, vinha faixas contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), discursaram, antes da parada entrar em movimento, a senadora Marta Suplicy, o secretário municipal de Direitos Humanos, Eduardo Suplicy, e o deputado Estadual Carlos Giannazi. "O tema desse ano é muito verdadeiro. Ninguém diz: 'quarta-feira vou virar homossexual'. No Congresso nós temos um momento difícil, que está muito conservador. Na discussão do código penal foi retirada a palavra homofobia. Nós não podemos ignorar isso. Esse crime precisa ser penalizado de outra forma", disse Marta. CONFUSÃO Uma briga chegou a provocar correria, por volta das 15h30, no final da rua da Consolação. Os dois rapazes foram separados por policiais militares e precisaram receber atendimento dos bombeiros. Um dos envolvidos na briga disse à polícia que bateu no outro porque ele estava passando a mão nas garotas. Houve um outro tumulto na retirada das atrizes da série 'Orange is the New Black' do trio elétrico. Natasha Lyonne, Uzo Aduba e Samira Wiley estavam escoltadas por seguranças e uma mulher chegou a ser jogada ao chão durante a confusão. Não houve registro de feridos. DESMONTE Por volta das 15h30, as equipes responsáveis pela estrutura montada na avenida Paulista para separar a área da Parada já começava a desmontá-la. Já às 16h30, policiais militares retiravam as últimas pessoas que persistiam no local, seguidos pelas equipes de limpeza. Um dos coordenadores, que não quis se identificar afirmou que a retirada das placas de separação começavam a ser removidas por volta das 18h em anos anteriores. Ele conta que trabalha há dez anos na Parada Gay e que a deste ano foi a mais vazia. COBRANÇAS Na abertura do evento, o prefeito Fernando Haddad (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) enfrentaram cobranças por parte de ativistas sobre a atuação pública contra a homofobia e a favor dos direitos desse grupos. Durante os discursos e em entrevista coletiva de imprensa, que contava com autoridades do governo, da prefeitura e de movimentos ligados à causa gay, ativistas levantaram cartazes em protesto ao tratamento dado pela polícia à travesti Verônica Bolina, 25, espancada quando estava presa em abril deste ano no 2º DP (Bom Retiro). De acordo com os manifestantes, faltou ação e esclarecimentos por parte do governo de São Paulo. O secretário da Segurança Pública do governo Alckmin, Alexandre de Moraes, disse haver um terceiro laudo de investigação em curso para tentar esclarecer esse caso. Ativistas também questionaram a redução de verbas da prefeitura para a realização da parada neste ano. Em meio a restrições financeiras, a gestão Haddad, que previa investir R$ 2 milhões no evento, reduziu a quantia para R$ 1,3 milhão. "Queremos o diálogo, e não o enfrentamento", disse Nelson Matias, da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, que cobrou o prefeito diretamente sobre a diminuição dos recursos. "A Prefeitura de São Paulo, sem sombra de dúvida, é a que mais apoia o movimento no Brasil. A parada do Rio tem a mesma escala que a nossa, independente do número exato de participação, e foram rateados R$ 800 mil por parte do governo e prefeitura cariocas. Aqui, só a prefeitura cotou R$ 1,3 milhões", disse Haddad. Na última semana, Alessandro Melchior, coordenador de Políticas para LGBT da Secretaria Municipal de Direitos Humanos, disse que os cortes estão em consonância com ajustes feitos pela prefeitura em outras áreas. O orçamento previsto para políticas LGBT em geral, em 2015, era de cerca de R$ 8 milhões, mas a Câmara dos Vereadores aprovou R$ 3,4 milhões –57,5% a menos.
cotidiano
Parada Gay tem combate a ambulantes e aluguel de banheiro no centro de SPA Parada Gay, que acontece neste domingo (7), na região central de São Paulo, tem combate ao comércio irregular, aluguel de banheiros e promoção de cerveja. Por volta das 14h40, milhares de pessoas já lotavam a avenida Paulista e a rua da Consolação, acompanhadas de 18 trios elétricos. No meio da multidão, agentes da GCM (Guarda Civil Metropolitana) tentam combater o comércio ambulante. A reportagem presenciou a ação dos guardas, e a fuga de alguns vendedores, que acabaram deixando a mercadoria para trás. Assim como em edições anteriores do evento, alguns estabelecimento da região também aproveitam para conseguir um dinheiro extra alugando banheiro às pessoas que não querem usar os banheiros químicos. Na rua da Consolação, um estacionamento cobra R$ 3 pelo uso do banheiro. Já as cervejas ganharam um promoção especial no evento desse domingo, e estão sendo vendidas por R$ 10 três unidades. A Parada iniciou o percurso por volta das 12h30, mas a concentração já acontecia desde o início da manhã, na avenida Paulista. A Polícia Militar estima que já estavam no local em torno de 1.500 pessoas por volta das 9h. Até as 14h40, a corporação ainda não tinha atualizado esse número. O tema deste ano é "Eu nasci assim. Eu cresci assim. Vou ser sentir assim. Respeitem-me!" e é uma reverência à autoestima e à aceitação. Alguns transsexuais se queixam de exclusão do movimento. Nos trios, que em sua maioria, vinha faixas contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), discursaram, antes da parada entrar em movimento, a senadora Marta Suplicy, o secretário municipal de Direitos Humanos, Eduardo Suplicy, e o deputado Estadual Carlos Giannazi. "O tema desse ano é muito verdadeiro. Ninguém diz: 'quarta-feira vou virar homossexual'. No Congresso nós temos um momento difícil, que está muito conservador. Na discussão do código penal foi retirada a palavra homofobia. Nós não podemos ignorar isso. Esse crime precisa ser penalizado de outra forma", disse Marta. CONFUSÃO Uma briga chegou a provocar correria, por volta das 15h30, no final da rua da Consolação. Os dois rapazes foram separados por policiais militares e precisaram receber atendimento dos bombeiros. Um dos envolvidos na briga disse à polícia que bateu no outro porque ele estava passando a mão nas garotas. Houve um outro tumulto na retirada das atrizes da série 'Orange is the New Black' do trio elétrico. Natasha Lyonne, Uzo Aduba e Samira Wiley estavam escoltadas por seguranças e uma mulher chegou a ser jogada ao chão durante a confusão. Não houve registro de feridos. DESMONTE Por volta das 15h30, as equipes responsáveis pela estrutura montada na avenida Paulista para separar a área da Parada já começava a desmontá-la. Já às 16h30, policiais militares retiravam as últimas pessoas que persistiam no local, seguidos pelas equipes de limpeza. Um dos coordenadores, que não quis se identificar afirmou que a retirada das placas de separação começavam a ser removidas por volta das 18h em anos anteriores. Ele conta que trabalha há dez anos na Parada Gay e que a deste ano foi a mais vazia. COBRANÇAS Na abertura do evento, o prefeito Fernando Haddad (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) enfrentaram cobranças por parte de ativistas sobre a atuação pública contra a homofobia e a favor dos direitos desse grupos. Durante os discursos e em entrevista coletiva de imprensa, que contava com autoridades do governo, da prefeitura e de movimentos ligados à causa gay, ativistas levantaram cartazes em protesto ao tratamento dado pela polícia à travesti Verônica Bolina, 25, espancada quando estava presa em abril deste ano no 2º DP (Bom Retiro). De acordo com os manifestantes, faltou ação e esclarecimentos por parte do governo de São Paulo. O secretário da Segurança Pública do governo Alckmin, Alexandre de Moraes, disse haver um terceiro laudo de investigação em curso para tentar esclarecer esse caso. Ativistas também questionaram a redução de verbas da prefeitura para a realização da parada neste ano. Em meio a restrições financeiras, a gestão Haddad, que previa investir R$ 2 milhões no evento, reduziu a quantia para R$ 1,3 milhão. "Queremos o diálogo, e não o enfrentamento", disse Nelson Matias, da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, que cobrou o prefeito diretamente sobre a diminuição dos recursos. "A Prefeitura de São Paulo, sem sombra de dúvida, é a que mais apoia o movimento no Brasil. A parada do Rio tem a mesma escala que a nossa, independente do número exato de participação, e foram rateados R$ 800 mil por parte do governo e prefeitura cariocas. Aqui, só a prefeitura cotou R$ 1,3 milhões", disse Haddad. Na última semana, Alessandro Melchior, coordenador de Políticas para LGBT da Secretaria Municipal de Direitos Humanos, disse que os cortes estão em consonância com ajustes feitos pela prefeitura em outras áreas. O orçamento previsto para políticas LGBT em geral, em 2015, era de cerca de R$ 8 milhões, mas a Câmara dos Vereadores aprovou R$ 3,4 milhões –57,5% a menos.
6
Para conter crise hídrica no Rio, Pezão pede R$ 360 mi ao Meio Ambiente
No dia em que o principal reservatório do Rio deixou o volume morto por conta das chuvas, o governo do Estado pediu à ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a liberação de verbas para obras emergenciais para ajudar no combate à crise hídrica no Rio. Em reunião ocorrida nesta segunda-feira (8) no Rio, o governador Luiz Fernando Pezão pediu que a ministra avaliasse a possibilidade de liberação de R$ 360 milhões da União para obras no Estado até 2018. Segundo a ministra, a liberação da verba depende de aprovação do Ministério do Planejamento. As obras incluiriam a ampliação de uma barragem na região serrana e uma captação de água da chuva na região Norte do Estado. Durante a agenda, a ministra afirmou que a situação do Estado é menos grave do que de São Paulo. Em entrevista, ela fez uma apelo para que, independentemente da situação, a população economize água. "O Rio não tem a condição crítica que tem hoje São Paulo ou o Espírito Santo, por exemplo. O Rio está trabalhando com reservas de água do Paraíba do Sul, do reservatório de Paraibuna, e nós estamos assegurando, em função das regras de operação do sistema Guandu, que essa água dure". A ministra anunciou ainda que a vazão do Paraíba que chega ao rio Guandu, que abastece a capital e a região metropolitana, deverá ser reduzida pela quarta vez nos últimos seis meses para conservar a água dos reservatórios. Segundo Teixeira, o vazão deverá ir para 110 metros cúbicos por segundo, depois de já ter sido reduzida ao longo do ano passado de 190 m³/s para 160 m³/s e depois para os atuais 140 m³/s. A vazão baixa do Guandu traz um problema para as empresas que captam água no final do rio, próximo ao mar. A redução da força das águas acaba permitindo que a água salina do mar invada o leito do rio e prejudique a captação de grandes industrias instaladas no região do polo de Santa Cruz, zona oeste do Rio, como CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico) e Gerdau. Nesta segunda, o secretário estadual do Ambiente, André Corrêa, afirmou que está em estudo a construção de uma espécie de dique onde o rio desemboca no mar que evitaria que a cunha salina avançasse. Essa seria uma solução mais barata, já que a sinalização do governo é a de que as próprias empresas terão de arcar com os custos de construção do dique. A ideia anterior seria criar uma estação de bombeamento 14 quilômetros acima de onde as empresas captam, o que seria muito mais caro. Um gabinete de emergência foi criado para acompanhar a situação diariamente. RESERVATÓRIO A reunião com a ministra ocorreu um dia depois de o principal reservatório do rio Paraíba do Sul, a única fonte de abastecimento de água do Estado do Rio, saiu do volume morto no último domingo (8). O nível do Paraibuna, que fica na cabeceira do Paraíba do Sul e influencia toda a vazão que corre para outros três reservatórios do sistema, chegou a 0,08%, após 19 dias no volume morto. A média dos quatro reservatórios do Paraíba do Sul estava no último domingo em 2,17%, volume 0,96 ponto percentual maior que o 1,21% da última quinta. Com a recuperação de Paraibuna, apenas um reservatório dos quatro do sistema do Estado permanece no volume morto: o de Santa Branca. Os dois restantes subiram de volume na última semana para 3,19% e 13,05%. O Paraibuna tem dois usos: geração de energia e abastecimento. Chegar ao volume morto significa que a barragem não tem mais água suficiente para gerar energia, mas que ainda tem para consumo humano. Ele fica na cidade de mesmo nome no Vale do Paraíba paulista e é compartilhado entre os dois Estados. O governo do Rio calcula que dos cerca de 2,098 trilhões de litros de capacidade do volume morto do Paraibuna, 400 bilhões de litros sejam de direito do Estado. O volume é maior que os 328,5 bilhões de litros de água dos reservatórios do sistema cantareira, do qual a primeira cota já foi totalmente consumida. O governo calcula que a água abasteceria cerca de 12,5 milhões de pessoas na capital e região metropolitana no Rio por cerca de seis meses.
cotidiano
Para conter crise hídrica no Rio, Pezão pede R$ 360 mi ao Meio AmbienteNo dia em que o principal reservatório do Rio deixou o volume morto por conta das chuvas, o governo do Estado pediu à ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a liberação de verbas para obras emergenciais para ajudar no combate à crise hídrica no Rio. Em reunião ocorrida nesta segunda-feira (8) no Rio, o governador Luiz Fernando Pezão pediu que a ministra avaliasse a possibilidade de liberação de R$ 360 milhões da União para obras no Estado até 2018. Segundo a ministra, a liberação da verba depende de aprovação do Ministério do Planejamento. As obras incluiriam a ampliação de uma barragem na região serrana e uma captação de água da chuva na região Norte do Estado. Durante a agenda, a ministra afirmou que a situação do Estado é menos grave do que de São Paulo. Em entrevista, ela fez uma apelo para que, independentemente da situação, a população economize água. "O Rio não tem a condição crítica que tem hoje São Paulo ou o Espírito Santo, por exemplo. O Rio está trabalhando com reservas de água do Paraíba do Sul, do reservatório de Paraibuna, e nós estamos assegurando, em função das regras de operação do sistema Guandu, que essa água dure". A ministra anunciou ainda que a vazão do Paraíba que chega ao rio Guandu, que abastece a capital e a região metropolitana, deverá ser reduzida pela quarta vez nos últimos seis meses para conservar a água dos reservatórios. Segundo Teixeira, o vazão deverá ir para 110 metros cúbicos por segundo, depois de já ter sido reduzida ao longo do ano passado de 190 m³/s para 160 m³/s e depois para os atuais 140 m³/s. A vazão baixa do Guandu traz um problema para as empresas que captam água no final do rio, próximo ao mar. A redução da força das águas acaba permitindo que a água salina do mar invada o leito do rio e prejudique a captação de grandes industrias instaladas no região do polo de Santa Cruz, zona oeste do Rio, como CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico) e Gerdau. Nesta segunda, o secretário estadual do Ambiente, André Corrêa, afirmou que está em estudo a construção de uma espécie de dique onde o rio desemboca no mar que evitaria que a cunha salina avançasse. Essa seria uma solução mais barata, já que a sinalização do governo é a de que as próprias empresas terão de arcar com os custos de construção do dique. A ideia anterior seria criar uma estação de bombeamento 14 quilômetros acima de onde as empresas captam, o que seria muito mais caro. Um gabinete de emergência foi criado para acompanhar a situação diariamente. RESERVATÓRIO A reunião com a ministra ocorreu um dia depois de o principal reservatório do rio Paraíba do Sul, a única fonte de abastecimento de água do Estado do Rio, saiu do volume morto no último domingo (8). O nível do Paraibuna, que fica na cabeceira do Paraíba do Sul e influencia toda a vazão que corre para outros três reservatórios do sistema, chegou a 0,08%, após 19 dias no volume morto. A média dos quatro reservatórios do Paraíba do Sul estava no último domingo em 2,17%, volume 0,96 ponto percentual maior que o 1,21% da última quinta. Com a recuperação de Paraibuna, apenas um reservatório dos quatro do sistema do Estado permanece no volume morto: o de Santa Branca. Os dois restantes subiram de volume na última semana para 3,19% e 13,05%. O Paraibuna tem dois usos: geração de energia e abastecimento. Chegar ao volume morto significa que a barragem não tem mais água suficiente para gerar energia, mas que ainda tem para consumo humano. Ele fica na cidade de mesmo nome no Vale do Paraíba paulista e é compartilhado entre os dois Estados. O governo do Rio calcula que dos cerca de 2,098 trilhões de litros de capacidade do volume morto do Paraibuna, 400 bilhões de litros sejam de direito do Estado. O volume é maior que os 328,5 bilhões de litros de água dos reservatórios do sistema cantareira, do qual a primeira cota já foi totalmente consumida. O governo calcula que a água abasteceria cerca de 12,5 milhões de pessoas na capital e região metropolitana no Rio por cerca de seis meses.
6
Caminhão que dispensa motorista é testado no interior de São Paulo
"Boa viagem!", diz a voz feminina, não muito diferente das que costumam dar instruções sobre o caminho a seguir num GPS convencional. "Obstáculo detectado!", informa a "moça". Diligentemente, o caminhão de nove toneladas dá a partida ou breca com suavidade –sem nenhuma intervenção humana. Dar um passeio a bordo da máquina, criada por uma parceria entre pesquisadores da USP de São Carlos e a Scania, é uma experiência esquisita, mas aparentemente segura. O objetivo dos especialistas é desenvolver um caminhão autônomo comercialmente viável, que aumente a segurança e a confiabilidade do transporte de cargas. O projeto consumiu R$ 1,2 milhão. Não é a primeira vez que Denis Wolf e seus colegas do ICMC (Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação) criam veículos robóticos –antes do caminhão, o grupo da USP havia projetado um carro de passeio autônomo. Clique na infografia: Caminhão-robô A experiência ajudou os pesquisadores a criar modelos matemáticos mais sofisticados para controlar o modelo da Scania, cujo tamanho avantajado foi um desafio, afirma Wolf. "Além disso, no caso do caminhão nós priorizamos a viabilidade comercial, o que nos levou a pensar num conjunto de sensores com custo relativamente baixo", explica ele. De fato, as configurações dos sensores são quase espartanas: o caminhão é equipado com um radar, um GPS de alta precisão e três câmeras que lhe conferem uma "visão" semelhante à humana. "A vantagem do radar é que ele funciona bem à noite, com chuva forte e com neblina", enumera Wolf. O grosso do trabalho de navegação inteligente é feito pelo computador de bordo do veículo, que usa os dados do GPS para traçar uma espécie de trilho virtual pelo qual o caminhão anda. Programado para manter uma distância fixa dos veículos que estão à sua frente, o caminhão não corre perigo de trombar caso eles diminuam a velocidade. Também seria possível mapear diferentes faixas da estrada para fazer transições em momentos de tráfego carregado, de acordo com o pesquisador da USP. Por enquanto, os testes estão sendo feitos no campus da universidade –a cautelosas velocidades em torno dos 20 km/h. DILEMAS NA ESQUINA O investimento da Scania no projeto da USP se justifica porque os veículos autônomos estão cada vez mais próximos de invadir as ruas. Testes de automóveis sem motoristas em vias públicas já foram liberados em países como o Reino Unido, a França e a Suíça –sem falar no próprio Brasil, onde a equipe do professor Wolf colocou seu modelo de carro de passeio com controle robótico para circular por algumas ruas de São Carlos, em condições controladas. Ainda nesta década, empresas como a Mercedes planejam disponibilizar sistemas que tornariam o motorista humano uma "peça" supérflua. Uma pesquisa de opinião feita pela empresa Cisco Systems em 2013, ouvindo 1.500 pessoas em diversos países, mostrou que quase 60% dos entrevistados estariam dispostos a andar num veículo desse tipo –entre os brasileiros, esse índice ultrapassou os 90%. QUESTÕES ÉTICAS Apesar do otimismo dos pesquisados, ainda há obstáculos bastante consideráveis para que os motoristas se tornem uma espécie extinta. O mais óbvio é regulatório: ainda é preciso definir, em quase todos os países, quem deve ser responsabilizado caso um veículo automatizado cause danos ou machuque pessoas, por exemplo. O dilema mais complexo, no entanto, é de natureza ética. Digamos que, numa situação desastrosa na estrada, um condutor humano precisa escolher entre bater na traseira de outro caminhão ou invadir o pátio de uma escola rural cheia de crianças. Pessoas normais são capazes de discernir qual é o menor dos males em casos como esse, mas garantir que um computador faça o mesmo exigiria o desenvolvimento de um "aplicativo ético" extremamente sofisticado. Por enquanto, embora o caminhão são-carlense esteja sendo projetado para atuar de forma autônoma, é mais viável e interessante pensar num modelo híbrido, no qual humanos e computadores atuem juntos, afirma Denis Wolf, professor de ciência da computação na USP. "Numa estrada tranquila, por exemplo, o motorista pode aproveitar para descansar, ler um livro ou acessar o email. Ao se aproximar de uma cidade, com um trânsito mais complexo, ele assumiria o controle." Nos Estados Unidos, carros autônomos estão sendo testados há anos –e se envolveram em alguns acidentes, embora os criadores aleguem que qualquer veículo está sujeito a pequenas batidas no trânsito.
ciencia
Caminhão que dispensa motorista é testado no interior de São Paulo"Boa viagem!", diz a voz feminina, não muito diferente das que costumam dar instruções sobre o caminho a seguir num GPS convencional. "Obstáculo detectado!", informa a "moça". Diligentemente, o caminhão de nove toneladas dá a partida ou breca com suavidade –sem nenhuma intervenção humana. Dar um passeio a bordo da máquina, criada por uma parceria entre pesquisadores da USP de São Carlos e a Scania, é uma experiência esquisita, mas aparentemente segura. O objetivo dos especialistas é desenvolver um caminhão autônomo comercialmente viável, que aumente a segurança e a confiabilidade do transporte de cargas. O projeto consumiu R$ 1,2 milhão. Não é a primeira vez que Denis Wolf e seus colegas do ICMC (Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação) criam veículos robóticos –antes do caminhão, o grupo da USP havia projetado um carro de passeio autônomo. Clique na infografia: Caminhão-robô A experiência ajudou os pesquisadores a criar modelos matemáticos mais sofisticados para controlar o modelo da Scania, cujo tamanho avantajado foi um desafio, afirma Wolf. "Além disso, no caso do caminhão nós priorizamos a viabilidade comercial, o que nos levou a pensar num conjunto de sensores com custo relativamente baixo", explica ele. De fato, as configurações dos sensores são quase espartanas: o caminhão é equipado com um radar, um GPS de alta precisão e três câmeras que lhe conferem uma "visão" semelhante à humana. "A vantagem do radar é que ele funciona bem à noite, com chuva forte e com neblina", enumera Wolf. O grosso do trabalho de navegação inteligente é feito pelo computador de bordo do veículo, que usa os dados do GPS para traçar uma espécie de trilho virtual pelo qual o caminhão anda. Programado para manter uma distância fixa dos veículos que estão à sua frente, o caminhão não corre perigo de trombar caso eles diminuam a velocidade. Também seria possível mapear diferentes faixas da estrada para fazer transições em momentos de tráfego carregado, de acordo com o pesquisador da USP. Por enquanto, os testes estão sendo feitos no campus da universidade –a cautelosas velocidades em torno dos 20 km/h. DILEMAS NA ESQUINA O investimento da Scania no projeto da USP se justifica porque os veículos autônomos estão cada vez mais próximos de invadir as ruas. Testes de automóveis sem motoristas em vias públicas já foram liberados em países como o Reino Unido, a França e a Suíça –sem falar no próprio Brasil, onde a equipe do professor Wolf colocou seu modelo de carro de passeio com controle robótico para circular por algumas ruas de São Carlos, em condições controladas. Ainda nesta década, empresas como a Mercedes planejam disponibilizar sistemas que tornariam o motorista humano uma "peça" supérflua. Uma pesquisa de opinião feita pela empresa Cisco Systems em 2013, ouvindo 1.500 pessoas em diversos países, mostrou que quase 60% dos entrevistados estariam dispostos a andar num veículo desse tipo –entre os brasileiros, esse índice ultrapassou os 90%. QUESTÕES ÉTICAS Apesar do otimismo dos pesquisados, ainda há obstáculos bastante consideráveis para que os motoristas se tornem uma espécie extinta. O mais óbvio é regulatório: ainda é preciso definir, em quase todos os países, quem deve ser responsabilizado caso um veículo automatizado cause danos ou machuque pessoas, por exemplo. O dilema mais complexo, no entanto, é de natureza ética. Digamos que, numa situação desastrosa na estrada, um condutor humano precisa escolher entre bater na traseira de outro caminhão ou invadir o pátio de uma escola rural cheia de crianças. Pessoas normais são capazes de discernir qual é o menor dos males em casos como esse, mas garantir que um computador faça o mesmo exigiria o desenvolvimento de um "aplicativo ético" extremamente sofisticado. Por enquanto, embora o caminhão são-carlense esteja sendo projetado para atuar de forma autônoma, é mais viável e interessante pensar num modelo híbrido, no qual humanos e computadores atuem juntos, afirma Denis Wolf, professor de ciência da computação na USP. "Numa estrada tranquila, por exemplo, o motorista pode aproveitar para descansar, ler um livro ou acessar o email. Ao se aproximar de uma cidade, com um trânsito mais complexo, ele assumiria o controle." Nos Estados Unidos, carros autônomos estão sendo testados há anos –e se envolveram em alguns acidentes, embora os criadores aleguem que qualquer veículo está sujeito a pequenas batidas no trânsito.
15
Fuvest faz prova sem surpresas ou grande dificuldade, dizem professores
A Fuvest aplicou na tarde desta segunda-feira (5) a segunda prova da segunda fase do vestibular 2015. Na avaliação dos professores de alguns dos principais cursinho, a prova foi bem feita, mas sem grandes surpresas ou dificuldades para os candidatos que se prepararam para ela. Veja a correção do cursinho Objetivo Veja correção da Oficina do Estudante Veja a correção do Cursinho da Poli Veja a correção do cursinho Etapa Veja a correção feita pelo cursinho Anglo "Foi uma prova muito parecida com as de anos anteriores. Teve questões interdisciplinares, com um mesmo tema sendo abordado sob o ponto de vista de diferentes disciplinas; teve questões batidas, como o trecho de Vidas Secas, que é leitura obrigatória; e inglês sempre bastante direto, pedindo vocabulário básico", avalia Célio Tasinafo, diretor pedagógico da Oficina do Estudante. A professora Vera Lúcia da Costa Antunes, coordenadora do cursinho Objetivo, também destacou a interdisciplinaridade das questões. "Uma prova básica, fácil, mas muito bem bolada. A Fuvest conseguiu fazer uma prova que pede o básico, independente da carreira que o aluno está concorrendo. Ela pediu conhecimento fundamental de todas as disciplinas e que o aluno saiba relacionar esse conhecimento", afirma a professora. O coordenador geral do cursinho Etapa, Edmilson Mota, porém, avaliou a prova como bastante exigente. "Os candidatos que não foram preparados para, numa mesma questão, usar o conhecimento de mais que uma disciplina, encontraram dificuldade. E mesmo para os preparados, havia questões bem complicadas", avalia o professor. "Houve um predomínio das áreas centrais, que são química e geografia. As outras disciplinas apareceram com complexidade menor, com exceção de inglês, que teve uma complexidade mais alta, algum vocabulário mais específico", continuou Mota. Já Lilio Paoliello, diretor pedagógico do Cursinho da Poli, avaliou a prova como "de média complexidade dentro do esperado na segunda fase da Fuvest". "Foi menos complexa que a prova do ano passado, mas exigiu uma competência em inter-relacionar os conhecimento, relacionar as informações", afirma ele. Nesta segunda-feira (5), todos os candidatos tiveram que resolver 16 questões dissertativas de história, geografia, matemática, física, química, biologia e inglês, além de questões interdisciplinares. Na terça (6), a última prova terá 12 questões de duas ou três disciplinas, a depender da carreira escolhida. No domingo (4), os candidatos realizaram a primeira prova da segunda fase respondendo a dez questões de português e realizaram uma redação. Segundo professores ouvidos pela Folha, foi uma prova "quase temática" e sem surpresas. Ao todo, 29.698 pessoas foram selecionadas para a segunda etapa do vestibular, mas 8,4% não compareceram nesse segundo dia de prova. O maior índice de abstenção desta segunda foi registrado na cidade de Presidente Prudente, no interior de SP, onde ele chegou a 16,7%. Na capital paulista a ausência foi de 7,9%. A USP oferece nesta edição do vestibular 249 cursos de graduação distribuídos em oito campi no Estado de São Paulo, nas cidades de Bauru, Lorena, Piracicaba, Pirassununga, Ribeirão Preto, Santos, São Carlos e São Paulo. A nota de corte mais alta do vestibular deste ano foi para o curso de medicina com 72 pontos, seguido pelo curso de medicina em Ribeirão Preto (70), engenharia aeronáutica em São Carlos (68), engenharia civil em São Carlos (62) e engenharia na Escola Politécnica (61). Confira aqui a relação completa das notas de corte. A primeira chamada dos aprovados será feita no dia 31 de janeiro de 2015. A partir desta data, o candidato poderá ter acesso ao seu desempenho no vestibular no site da Fuvest.
educacao
Fuvest faz prova sem surpresas ou grande dificuldade, dizem professoresA Fuvest aplicou na tarde desta segunda-feira (5) a segunda prova da segunda fase do vestibular 2015. Na avaliação dos professores de alguns dos principais cursinho, a prova foi bem feita, mas sem grandes surpresas ou dificuldades para os candidatos que se prepararam para ela. Veja a correção do cursinho Objetivo Veja correção da Oficina do Estudante Veja a correção do Cursinho da Poli Veja a correção do cursinho Etapa Veja a correção feita pelo cursinho Anglo "Foi uma prova muito parecida com as de anos anteriores. Teve questões interdisciplinares, com um mesmo tema sendo abordado sob o ponto de vista de diferentes disciplinas; teve questões batidas, como o trecho de Vidas Secas, que é leitura obrigatória; e inglês sempre bastante direto, pedindo vocabulário básico", avalia Célio Tasinafo, diretor pedagógico da Oficina do Estudante. A professora Vera Lúcia da Costa Antunes, coordenadora do cursinho Objetivo, também destacou a interdisciplinaridade das questões. "Uma prova básica, fácil, mas muito bem bolada. A Fuvest conseguiu fazer uma prova que pede o básico, independente da carreira que o aluno está concorrendo. Ela pediu conhecimento fundamental de todas as disciplinas e que o aluno saiba relacionar esse conhecimento", afirma a professora. O coordenador geral do cursinho Etapa, Edmilson Mota, porém, avaliou a prova como bastante exigente. "Os candidatos que não foram preparados para, numa mesma questão, usar o conhecimento de mais que uma disciplina, encontraram dificuldade. E mesmo para os preparados, havia questões bem complicadas", avalia o professor. "Houve um predomínio das áreas centrais, que são química e geografia. As outras disciplinas apareceram com complexidade menor, com exceção de inglês, que teve uma complexidade mais alta, algum vocabulário mais específico", continuou Mota. Já Lilio Paoliello, diretor pedagógico do Cursinho da Poli, avaliou a prova como "de média complexidade dentro do esperado na segunda fase da Fuvest". "Foi menos complexa que a prova do ano passado, mas exigiu uma competência em inter-relacionar os conhecimento, relacionar as informações", afirma ele. Nesta segunda-feira (5), todos os candidatos tiveram que resolver 16 questões dissertativas de história, geografia, matemática, física, química, biologia e inglês, além de questões interdisciplinares. Na terça (6), a última prova terá 12 questões de duas ou três disciplinas, a depender da carreira escolhida. No domingo (4), os candidatos realizaram a primeira prova da segunda fase respondendo a dez questões de português e realizaram uma redação. Segundo professores ouvidos pela Folha, foi uma prova "quase temática" e sem surpresas. Ao todo, 29.698 pessoas foram selecionadas para a segunda etapa do vestibular, mas 8,4% não compareceram nesse segundo dia de prova. O maior índice de abstenção desta segunda foi registrado na cidade de Presidente Prudente, no interior de SP, onde ele chegou a 16,7%. Na capital paulista a ausência foi de 7,9%. A USP oferece nesta edição do vestibular 249 cursos de graduação distribuídos em oito campi no Estado de São Paulo, nas cidades de Bauru, Lorena, Piracicaba, Pirassununga, Ribeirão Preto, Santos, São Carlos e São Paulo. A nota de corte mais alta do vestibular deste ano foi para o curso de medicina com 72 pontos, seguido pelo curso de medicina em Ribeirão Preto (70), engenharia aeronáutica em São Carlos (68), engenharia civil em São Carlos (62) e engenharia na Escola Politécnica (61). Confira aqui a relação completa das notas de corte. A primeira chamada dos aprovados será feita no dia 31 de janeiro de 2015. A partir desta data, o candidato poderá ter acesso ao seu desempenho no vestibular no site da Fuvest.
11
BC americano mantém juros e sinaliza confiança na economia dos EUA
O Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) manteve a taxa de juros do país nesta quarta-feira (27), mas sinalizou confiança na perspectiva econômica do país, deixando a porta aberta para uma alta em junho. O comitê que define a política monetária do Fed informou que o mercado de trabalho melhorou mais, apesar da recente desaceleração econômica, e que está acompanhando de perto a inflação. O comitê acrescentou que os obstáculos econômicos globais continuam no radar, mas retirou a referência específica que havia em seu comunicado anterior sobre os riscos que apresentavam. "O comitê continua monitorando de perto os indicadores de inflação e os acontecimentos financeiros e econômicos globais", informou o Fed em comunicado após dois dias de reuniões. O Fed manteve a taxa de juros na faixa entre 0,25% e 0,50%. O banco central elevou os juros em dezembro pela primeira vez em quase uma década. Pela terceira reunião seguida, não incluiu nenhuma menção ao balanço de riscos à economia. Entretanto, o Fed destacou que embora o crescimento nos gastos das família tenha moderado, a renda real subiu a uma "taxa sólida" e a confiança do consumidor permaneceu alta. A inflação acelerou recentemente, mas nesta quarta-feira o Fed informou que a expectativa é que ela permaneça baixa no curto prazo em parte devido a quedas anteriores nos preços da energia. Ele acrescentou que permanece confiante de que a inflação vai subir para sua meta de 2% no médio prazo. Apesar de fortes ganhos de trabalho e taxa de desemprego de 4,9%, as autoridades do Fed disseram anteriormente que vão agir com cautela ao elevar a taxa de juros de novo devido à incerteza na economia mundial e à falta de pressões inflacionárias nos EUA. Vendas generalizadas de ações e o aperto dos mercados financeiros neste ano devido a preocupações com desaceleração na China levaram o Fed a reduzir no mês passado as expectativas de altas de juros para o ano. Atualmente, as autoridades do Fed projetam dois aumentos em 2016, comparado com quatro previstas em dezembro. As ações continuaram subindo desde a reunião de março e o nervosismo dos investidores tem sido aliviado pela aparente retomada da economia da China. A presidente da regional de Kansas City do Fed, Esther George, foi dissidente da decisão pela segunda reunião seguida.
mercado
BC americano mantém juros e sinaliza confiança na economia dos EUAO Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) manteve a taxa de juros do país nesta quarta-feira (27), mas sinalizou confiança na perspectiva econômica do país, deixando a porta aberta para uma alta em junho. O comitê que define a política monetária do Fed informou que o mercado de trabalho melhorou mais, apesar da recente desaceleração econômica, e que está acompanhando de perto a inflação. O comitê acrescentou que os obstáculos econômicos globais continuam no radar, mas retirou a referência específica que havia em seu comunicado anterior sobre os riscos que apresentavam. "O comitê continua monitorando de perto os indicadores de inflação e os acontecimentos financeiros e econômicos globais", informou o Fed em comunicado após dois dias de reuniões. O Fed manteve a taxa de juros na faixa entre 0,25% e 0,50%. O banco central elevou os juros em dezembro pela primeira vez em quase uma década. Pela terceira reunião seguida, não incluiu nenhuma menção ao balanço de riscos à economia. Entretanto, o Fed destacou que embora o crescimento nos gastos das família tenha moderado, a renda real subiu a uma "taxa sólida" e a confiança do consumidor permaneceu alta. A inflação acelerou recentemente, mas nesta quarta-feira o Fed informou que a expectativa é que ela permaneça baixa no curto prazo em parte devido a quedas anteriores nos preços da energia. Ele acrescentou que permanece confiante de que a inflação vai subir para sua meta de 2% no médio prazo. Apesar de fortes ganhos de trabalho e taxa de desemprego de 4,9%, as autoridades do Fed disseram anteriormente que vão agir com cautela ao elevar a taxa de juros de novo devido à incerteza na economia mundial e à falta de pressões inflacionárias nos EUA. Vendas generalizadas de ações e o aperto dos mercados financeiros neste ano devido a preocupações com desaceleração na China levaram o Fed a reduzir no mês passado as expectativas de altas de juros para o ano. Atualmente, as autoridades do Fed projetam dois aumentos em 2016, comparado com quatro previstas em dezembro. As ações continuaram subindo desde a reunião de março e o nervosismo dos investidores tem sido aliviado pela aparente retomada da economia da China. A presidente da regional de Kansas City do Fed, Esther George, foi dissidente da decisão pela segunda reunião seguida.
2
Uma proposta para a solvência do Estado
Uma grave crise fiscal assombra o país, a solvência da dívida pública brasileira está em xeque, exigindo prêmios de risco mais altos, ao mesmo tempo em que há uma queda da arrecadação tributária, por causa do crescimento menor. O remédio para evitar o pior será uma combinação de cortes de gastos e aumento de impostos, com efeitos negativos tanto na produção como no emprego. A arte está em encontrar medidas politicamente viáveis, que sejam rápidas e minimizem os impactos sociais. Nesse sentido, o governo criou o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), que permite a manutenção dos empregos, com uma redução líquida de salários para os trabalhadores do setor privado de até 15%, contribuindo para a sobrevivência financeira das empresas. A proposta deste artigo é sugerir outro plano análogo, mas com algumas vantagens adicionais: o Programa de Proteção da Solvência do Estado (PPSE). É uma medida para deixar a folha de pagamentos do governo federal sem correção no ano que vem. A proposta do governo de adiar o reajuste dos servidores até agosto não é suficiente. Incluiria Executivo, Legislativo e Judiciário e todo o funcionalismo federal, com vencimentos acima de três salários mínimos (valor a partir do qual o cidadão já é considerado classe C). Não afetaria quem tem ordenado abaixo de R$ 2.364. Como quase a totalidade do funcionalismo tem estabilidade no emprego, não haveria demissões, como não vai haver mesmo sem o programa. Considerando o espírito cívico desses trabalhadores brasileiros, a medida teria uma aceitação imediata de todos, ou quase todos. Como o salário médio do funcionalismo é na média 85% superior ao de empregados do setor privado, o sacrifício seria de quem tem mais para oferecer. A presidente já deu uma sinalização de apoio à proposta, ao reduzir seu salário, o do vice-presidente e os dos ministros. O impacto fiscal da eliminação de oito ministros de Estado e de 10% dos vencimentos de sua equipe de governo é inferior a R$ 5 milhões por ano. É, todavia, emblemático, porque mostra a importância de se cortar gastos do governo. O PPSE fecharia a conta fiscal de 2016. O valor a ser economizado é superior ao que seria arrecadado com a CPMF, por exemplo. Apenas com essa correção, o deficit primário projetado de R$ 30 bilhões seria totalmente eliminado. Até agora, a inflação, o desemprego, a inadimplência e a queda de vendas têm obrigado o setor privado a fazer sacrifícios. Considerando que foi o próprio governo que causou este deficit, nada mais justo do que ele arcar com uma parte do esforço para sua correção. O PPSE seria aplicado apenas em 2016, ano em que se prepararia um ajuste mais duradouro, corrigindo outras aberrações dos gastos do governo. O regime de aposentadoria diferenciado para os servidores públicos é um exemplo. Apenas em 2015, o deficit do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) dos servidores da União custou cerca de R$ 60 bilhões, o dobro do deficit primário do Orçamento projetado para 2016. Os funcionários públicos, além de terem estabilidade, quando se aposentam, recebem o mesmo salário que os que estão na ativa, diferentemente do que ocorre com os trabalhadores do setor privado, que têm seus vencimentos reduzidos. Este momento exige uma reflexão mais aprofundada sobre o Orçamento público, sobre a legitimidade de quem deve pagar, quanto e como, e de quem deve receber, o montante e o motivo. O Programa de Proteção da Solvência do Estado seria uma medida importante, tanto do ponto de vista das finanças públicas, como da sinalização do comprometimento do governo com o futuro do país. ROBERTO LUIS TROSTER, 64, doutor em economia, foi economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos - Febraban e da Associação Brasileira de Bancos - ABBC. Foi professor da PUC-SP e da USP * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
opiniao
Uma proposta para a solvência do EstadoUma grave crise fiscal assombra o país, a solvência da dívida pública brasileira está em xeque, exigindo prêmios de risco mais altos, ao mesmo tempo em que há uma queda da arrecadação tributária, por causa do crescimento menor. O remédio para evitar o pior será uma combinação de cortes de gastos e aumento de impostos, com efeitos negativos tanto na produção como no emprego. A arte está em encontrar medidas politicamente viáveis, que sejam rápidas e minimizem os impactos sociais. Nesse sentido, o governo criou o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), que permite a manutenção dos empregos, com uma redução líquida de salários para os trabalhadores do setor privado de até 15%, contribuindo para a sobrevivência financeira das empresas. A proposta deste artigo é sugerir outro plano análogo, mas com algumas vantagens adicionais: o Programa de Proteção da Solvência do Estado (PPSE). É uma medida para deixar a folha de pagamentos do governo federal sem correção no ano que vem. A proposta do governo de adiar o reajuste dos servidores até agosto não é suficiente. Incluiria Executivo, Legislativo e Judiciário e todo o funcionalismo federal, com vencimentos acima de três salários mínimos (valor a partir do qual o cidadão já é considerado classe C). Não afetaria quem tem ordenado abaixo de R$ 2.364. Como quase a totalidade do funcionalismo tem estabilidade no emprego, não haveria demissões, como não vai haver mesmo sem o programa. Considerando o espírito cívico desses trabalhadores brasileiros, a medida teria uma aceitação imediata de todos, ou quase todos. Como o salário médio do funcionalismo é na média 85% superior ao de empregados do setor privado, o sacrifício seria de quem tem mais para oferecer. A presidente já deu uma sinalização de apoio à proposta, ao reduzir seu salário, o do vice-presidente e os dos ministros. O impacto fiscal da eliminação de oito ministros de Estado e de 10% dos vencimentos de sua equipe de governo é inferior a R$ 5 milhões por ano. É, todavia, emblemático, porque mostra a importância de se cortar gastos do governo. O PPSE fecharia a conta fiscal de 2016. O valor a ser economizado é superior ao que seria arrecadado com a CPMF, por exemplo. Apenas com essa correção, o deficit primário projetado de R$ 30 bilhões seria totalmente eliminado. Até agora, a inflação, o desemprego, a inadimplência e a queda de vendas têm obrigado o setor privado a fazer sacrifícios. Considerando que foi o próprio governo que causou este deficit, nada mais justo do que ele arcar com uma parte do esforço para sua correção. O PPSE seria aplicado apenas em 2016, ano em que se prepararia um ajuste mais duradouro, corrigindo outras aberrações dos gastos do governo. O regime de aposentadoria diferenciado para os servidores públicos é um exemplo. Apenas em 2015, o deficit do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) dos servidores da União custou cerca de R$ 60 bilhões, o dobro do deficit primário do Orçamento projetado para 2016. Os funcionários públicos, além de terem estabilidade, quando se aposentam, recebem o mesmo salário que os que estão na ativa, diferentemente do que ocorre com os trabalhadores do setor privado, que têm seus vencimentos reduzidos. Este momento exige uma reflexão mais aprofundada sobre o Orçamento público, sobre a legitimidade de quem deve pagar, quanto e como, e de quem deve receber, o montante e o motivo. O Programa de Proteção da Solvência do Estado seria uma medida importante, tanto do ponto de vista das finanças públicas, como da sinalização do comprometimento do governo com o futuro do país. ROBERTO LUIS TROSTER, 64, doutor em economia, foi economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos - Febraban e da Associação Brasileira de Bancos - ABBC. Foi professor da PUC-SP e da USP * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
14
Em uma semana, casos de microcefalia em recém-nascidos crescem 85%
O Brasil já soma 739 casos notificados de bebês com microcefalia, malformação do crânio que pode trazer sequelas graves ao desenvolvimento da criança. Em apenas uma semana, o número de registros cresceu 85% e já atinge ao menos 160 municípios de nove Estados. Destes, Pernambuco registra o maior número de diagnósticos, com 487 até o momento. Em seguida, estão Paraíba, com 96 registros, Sergipe (54) e Rio Grande do Norte (47). Também há casos registrados no Piauí (27), Alagoas (10), Ceará (9) e Bahia (8). Goiás também já informou um caso suspeito –é o primeiro registro fora do Nordeste. Os dados fazem parte de novo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (24), a partir de informações enviadas pelas secretarias estaduais de Saúde. O número, porém, pode ser ainda maior, já que o levantamento considera apenas os dados até a última sexta-feira (21). O governo investiga ainda uma morte de um recém-nascido com o diagnóstico no Rio Grande do Norte. Estados, no entanto, já informam ao menos cinco mortes que podem ter relação com o quadro, que leva os bebês a nascerem com o perímetro da cabeça menor do que a média, que é acima de 34 cm (para os casos de partos não-prematuros). Segundo o Ministério da Saúde, todas os casos notificados ainda devem ser confirmados por meio de tomografias e outros exames, que detectam indícios da malformação no cérebro do bebê. A infecção pelo vírus zika, identificado no Brasil no primeiro semestre deste ano e transmitido pelo mesmo mosquito da dengue, é apontada como a principal hipótese para o aumento de casos de microcefalia no país. Isso ocorre por três motivos principais. O primeiro é a coincidência temporal entre o aparecimento da doença e o posterior surgimento de casos da anomalia em recém-nascidos. Outro fator são os relatos de mães de bebês sobre a presença de sintomas de zika durante a gestação, como manchas vermelhas na pele. E, ainda, resultados de exames no líquido amniótico de duas gestantes da Paraíba que confirmaram a infecção dos fetos pelo vírus. Infográfico: Entenda a microcefalia Diante das evidências, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse que cientistas estão prestes a confirmar a hipótese "de maneira definitiva". "Podemos afirmar com segurança que está acima de 90% as chances de ser o zika vírus", afirmou Castro, que classifica o cenário como "gravíssimo". MOSQUITO TRANSGÊNICO Em meio ao avanço dos registros, o governo estuda ampliar o uso de medidas de combate ao mosquito transmissor da dengue, chikungunya, zika vírus, o Aedes aegypti. Novo balanço do Ministério da Saúde amplia para 18 o número de Estados com registros de circulação do zika. Na semana passada, eram 14. Entram na lista Amazonas, Espírito Santo, Rondônia e Tocantins. Entre as possibilidades para aumentar o combate ao vetor, está o uso de mosquitos transgênicos ou de bactérias que, ao contaminar o Aedes aegypti, o impossibilita de transmitir doenças. O uso desses recursos, hoje em teste em algumas regiões do país, no entanto, depende ainda da avaliação sobre a disponibilidade dessas tecnologias em larga escala e possíveis efeitos. "É possível fazer isso numa região inteira e num país inteiro? Não sabemos. É uma das ferramentas que prenunciamos para o futuro", diz Castro. "Precisamos saber quanto vamos ter [de recursos] suficiente e quanto isso custa." Além destas medidas, o governo também planeja pedir o apoio do Exército para atuar nas ações de prevenção, caso necessário. O uso de telas nas janelas também é recomendado. O receio é que a alta circulação do vírus da zika faça com que casos de microcefalia, hoje concentrados no Nordeste, sejam registrados também em outras regiões. "Se confirmada [a hipótese], poderemos ter um alastramento desses casos para outras regiões do país uma vez que a circulação do zika está bastante espalhada em outros Estados", afirma o secretário de vigilância em saúde, Antônio Nardi. Uma equipe de pesquisadores estrangeiros, chefiada por um representante da agência CDC (Centro de Controle de Doenças), dos Estados Unidos, deve chegar ao Brasil na próxima semana para acompanhar o caso e auxiliar nas investigações. MICROCEFALIA Em geral, crianças com microcefalia podem ter problemas no desenvolvimento, com limitações para falar, andar, escutar, a depender da gravidade do caso. Cerca de 90% dos casos de microcefalia estão relacionados a alguma deficiência mental. Em situações mais graves, a ocorrência pode levar à morte do bebê. Para identificar os casos, o Ministério da Saúde recomenda que profissionais de saúde sigam os protocolos formulados ou utilizados pelas respectivas secretarias de saúde, que informam quais exames devem ser realizados e estabelecem hospitais de referência para atendimento às mães e bebês. Entre as medidas de precaução para gestantes, estão não tomar remédios sem orientação médica, evitar ambientes com mosquitos e contato com pessoas suspeitas de infecções. Já quem ainda pretende engravidar neste período deve conversar com seus familiares e médicos sobre possíveis riscos ao bebê, diz o Ministério da Saúde.
cotidiano
Em uma semana, casos de microcefalia em recém-nascidos crescem 85%O Brasil já soma 739 casos notificados de bebês com microcefalia, malformação do crânio que pode trazer sequelas graves ao desenvolvimento da criança. Em apenas uma semana, o número de registros cresceu 85% e já atinge ao menos 160 municípios de nove Estados. Destes, Pernambuco registra o maior número de diagnósticos, com 487 até o momento. Em seguida, estão Paraíba, com 96 registros, Sergipe (54) e Rio Grande do Norte (47). Também há casos registrados no Piauí (27), Alagoas (10), Ceará (9) e Bahia (8). Goiás também já informou um caso suspeito –é o primeiro registro fora do Nordeste. Os dados fazem parte de novo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (24), a partir de informações enviadas pelas secretarias estaduais de Saúde. O número, porém, pode ser ainda maior, já que o levantamento considera apenas os dados até a última sexta-feira (21). O governo investiga ainda uma morte de um recém-nascido com o diagnóstico no Rio Grande do Norte. Estados, no entanto, já informam ao menos cinco mortes que podem ter relação com o quadro, que leva os bebês a nascerem com o perímetro da cabeça menor do que a média, que é acima de 34 cm (para os casos de partos não-prematuros). Segundo o Ministério da Saúde, todas os casos notificados ainda devem ser confirmados por meio de tomografias e outros exames, que detectam indícios da malformação no cérebro do bebê. A infecção pelo vírus zika, identificado no Brasil no primeiro semestre deste ano e transmitido pelo mesmo mosquito da dengue, é apontada como a principal hipótese para o aumento de casos de microcefalia no país. Isso ocorre por três motivos principais. O primeiro é a coincidência temporal entre o aparecimento da doença e o posterior surgimento de casos da anomalia em recém-nascidos. Outro fator são os relatos de mães de bebês sobre a presença de sintomas de zika durante a gestação, como manchas vermelhas na pele. E, ainda, resultados de exames no líquido amniótico de duas gestantes da Paraíba que confirmaram a infecção dos fetos pelo vírus. Infográfico: Entenda a microcefalia Diante das evidências, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse que cientistas estão prestes a confirmar a hipótese "de maneira definitiva". "Podemos afirmar com segurança que está acima de 90% as chances de ser o zika vírus", afirmou Castro, que classifica o cenário como "gravíssimo". MOSQUITO TRANSGÊNICO Em meio ao avanço dos registros, o governo estuda ampliar o uso de medidas de combate ao mosquito transmissor da dengue, chikungunya, zika vírus, o Aedes aegypti. Novo balanço do Ministério da Saúde amplia para 18 o número de Estados com registros de circulação do zika. Na semana passada, eram 14. Entram na lista Amazonas, Espírito Santo, Rondônia e Tocantins. Entre as possibilidades para aumentar o combate ao vetor, está o uso de mosquitos transgênicos ou de bactérias que, ao contaminar o Aedes aegypti, o impossibilita de transmitir doenças. O uso desses recursos, hoje em teste em algumas regiões do país, no entanto, depende ainda da avaliação sobre a disponibilidade dessas tecnologias em larga escala e possíveis efeitos. "É possível fazer isso numa região inteira e num país inteiro? Não sabemos. É uma das ferramentas que prenunciamos para o futuro", diz Castro. "Precisamos saber quanto vamos ter [de recursos] suficiente e quanto isso custa." Além destas medidas, o governo também planeja pedir o apoio do Exército para atuar nas ações de prevenção, caso necessário. O uso de telas nas janelas também é recomendado. O receio é que a alta circulação do vírus da zika faça com que casos de microcefalia, hoje concentrados no Nordeste, sejam registrados também em outras regiões. "Se confirmada [a hipótese], poderemos ter um alastramento desses casos para outras regiões do país uma vez que a circulação do zika está bastante espalhada em outros Estados", afirma o secretário de vigilância em saúde, Antônio Nardi. Uma equipe de pesquisadores estrangeiros, chefiada por um representante da agência CDC (Centro de Controle de Doenças), dos Estados Unidos, deve chegar ao Brasil na próxima semana para acompanhar o caso e auxiliar nas investigações. MICROCEFALIA Em geral, crianças com microcefalia podem ter problemas no desenvolvimento, com limitações para falar, andar, escutar, a depender da gravidade do caso. Cerca de 90% dos casos de microcefalia estão relacionados a alguma deficiência mental. Em situações mais graves, a ocorrência pode levar à morte do bebê. Para identificar os casos, o Ministério da Saúde recomenda que profissionais de saúde sigam os protocolos formulados ou utilizados pelas respectivas secretarias de saúde, que informam quais exames devem ser realizados e estabelecem hospitais de referência para atendimento às mães e bebês. Entre as medidas de precaução para gestantes, estão não tomar remédios sem orientação médica, evitar ambientes com mosquitos e contato com pessoas suspeitas de infecções. Já quem ainda pretende engravidar neste período deve conversar com seus familiares e médicos sobre possíveis riscos ao bebê, diz o Ministério da Saúde.
6
Receita paga restituição do 1º lote do Imposto de Renda 2017 nesta sexta
A Receita Federal paga nesta sexta-feira (16) o primeiro lote de restituições do Imposto de Renda de 2017. Idosos e contribuintes com alguma doença grave ou deficiência física ou mental serão os primeiros a receber. Ao todo, serão depositados R$ 3 bilhões nas contas-correntes indicadas pelos contribuintes na declaração de ajuste anual. Esse valor será distribuído entre 1.636.218 contribuintes, dos quais 1.527.705 são idosos; os demais têm alguma doença grave ou deficiência. As restituições são o IR que os contribuintes pagaram a mais no ano passado e que será devolvido agora. O lote pago hoje inclui também quem saiu da malha fina de anos anteriores. Todos os valores são corrigidos pela Selic (taxa básica da economia).
mercado
Receita paga restituição do 1º lote do Imposto de Renda 2017 nesta sextaA Receita Federal paga nesta sexta-feira (16) o primeiro lote de restituições do Imposto de Renda de 2017. Idosos e contribuintes com alguma doença grave ou deficiência física ou mental serão os primeiros a receber. Ao todo, serão depositados R$ 3 bilhões nas contas-correntes indicadas pelos contribuintes na declaração de ajuste anual. Esse valor será distribuído entre 1.636.218 contribuintes, dos quais 1.527.705 são idosos; os demais têm alguma doença grave ou deficiência. As restituições são o IR que os contribuintes pagaram a mais no ano passado e que será devolvido agora. O lote pago hoje inclui também quem saiu da malha fina de anos anteriores. Todos os valores são corrigidos pela Selic (taxa básica da economia).
2
Índios se preparam para resistir a despejo em área da zona norte de SP
Cidade de várias culturas, São Paulo preservou pouco espaço para a mais antiga delas. Confinados na menor terra indígena do Brasil, cerca de 700 guaranis lutam para ampliar seu território no entorno do pico do Jaraguá, na zona norte de São Paulo. A ofensiva se intensificou no ano passado, quando algumas famílias deixaram a congestionada comunidade à beira da Estrada Turística do Jaraguá, de 5,2 hectares, para ocupar uma propriedade privada 72 hectares de área verde, a cerca de 3 km. Leia a reportagem completa em: http://folha.com/no1621319
tv
Índios se preparam para resistir a despejo em área da zona norte de SPCidade de várias culturas, São Paulo preservou pouco espaço para a mais antiga delas. Confinados na menor terra indígena do Brasil, cerca de 700 guaranis lutam para ampliar seu território no entorno do pico do Jaraguá, na zona norte de São Paulo. A ofensiva se intensificou no ano passado, quando algumas famílias deixaram a congestionada comunidade à beira da Estrada Turística do Jaraguá, de 5,2 hectares, para ocupar uma propriedade privada 72 hectares de área verde, a cerca de 3 km. Leia a reportagem completa em: http://folha.com/no1621319
12
'A droga acabou com a minha vida', diz irmão de jovem morto no México
O empresário catarinense Fernando Luís da Silva, 33, afirmou em entrevista ao programa "Fantástico", da TV Globo, que o consumo de drogas foi o responsável pela morte de seu irmão, o engenheiro Dealberto Jorge da Silva, 36, durante uma viagem dos dois ao México. O corpo de Dealberto foi encontrado no último dia 10 na escadaria de um prédio de três andares, em Playa del Carmen, no sudeste do país. Na entrevista, Fernando admitiu que usou drogas e álcool com o irmão em um festival de música eletrônica no balneário. Ele falou que usou alguma coisa que acreditava ser ectasy, mas que pode contar nos dedos quantas vezes usou este tipo de droga. "Nunca fui uma pessoa de estar envolvida com drogas", disse. Emocionado, Fernando admitiu à repórter que tudo não passou de alucinação provocada pelo consumo de drogas. Fernando disse que ele e o irmão passaram a sentir que estavam sendo perseguidos e passaram a correr por horas pelas ruas de Playa del Carmen. Segundo o empresário, eles entraram correndo em um condomínio, pularam cercas, grades e um monte de obstáculos que imaginavam que precisavam passar. Ele ficou cansado em certo ponto da fuga e disse para o irmão: "Não aguento mais, eu não consigo mais, eu não tenho mais força. Eu vou ficar aqui onde estou e vou rezar e pedir a Deus para que isso acabe e me tire daqui". Dealberto subiu no prédio e instantes depois o empresário conta que ouviu muito barulho, sirene, polícia. " Aí pensei que poderia ter acontecido alguma coisa com ele", falou. Mas, assustado, em vez de ir ver o irmão, Fernando fugiu e ligou para família dois dias depois para pedir ajuda para voltar ao Brasil. O empresário falou na entrevista acreditar que a queda do irmão do terceiro andar do prédio foi com certeza acidental e provocada pelos efeitos do consumo de droga e álcool. " A droga acabou com a minha vida, a droga tirou a pessoa que eu mais amava no mundo, que é o meu irmão. Sempre foi meu melhor amigo, meu parceiro, meu sócio. Tudo para mim. Eu tenho um pai e uma mãe que não mereciam estar passando por isso", disse Fernando emocionado. MORTE A polícia mexicana concluiu que Dealberto morreu por fratura crânio-encefálica após uma queda acidental, de acordo com a Procuradoria-Geral de Justiça de Quintana Roo, Estado ao qual pertence Playa del Carmen e onde estavam os irmãos O procurador Gaspar Armando García Torres concluiu que "nunca existiu ameaça de sequestro e que tudo foi uma paranoia que sofreram devido ao consumo excessivo de droga e álcool", o que Fernando admitiu em depoimento. Apesar de questionada pela Folha, a Procuradoria não menciona no documento se a conclusão foi confirmada por exame toxicológico no corpo da vítima. O comunicado afirma que os irmãos estavam instalados em um hotel de Playa del Carmen e que aceitaram hospedar uma mulher russa identificada como Ekaterina Vasileva a pedido de um amigo. Ela disse à polícia que, depois de romper com o namorado, um amigo brasileiro pediu aos irmãos catarinenses que a hospedassem. Com base em relatos de testemunhas, a polícia concluiu que, na madrugada de sábado (10), véspera da morte, os irmãos saíram com Ekaterina e outro brasileiro e consumiram "álcool em excesso e vários tipos de drogas". Fernando admitiu o fato às autoridades e contou que discutiu com Ekaterina depois disso "por razões sem sentido". Quando empregados do hotel pediram calma, eles correram. À noite, no hotel, combinaram de se desfazer de seus celulares para evitar serem rastreados e de seus sapatos para não serem identificados. Como continuavam com a ideia de perseguição, se separaram para tentar se esconder. Antes disso, Fernando enviou uma mensagem de celular a um familiar, dizendo temer um sequestro. Fernando também disse à polícia que, do esconderijo, notou a movimentação de patrulhas e soube que uma pessoa havia morrido, supondo que se tratava de seu irmão. A seguir, foi de táxi até Cancún, onde perambulou até seu dinheiro acabar. Depois, ligou para um amigo, que contatou uma pessoa para ajudá-lo. Ele admitiu, segundo a polícia mexicana, que "nunca houve sequestro nem perseguição, mas que tudo foi resultado do efeito das drogas". TESTEMUNHA Além do depoimento de Fernando, o boletim da Procuradoria-Geral cita relatos de um morador do prédio de onde caiu Dealberto. Segundo Richar McCarthy, por volta de 23h45 de sábado ele estava em casa quando ouviu ruídos no topo do prédio e viu uma pessoa apoiada no corrimão da escada. Entrou em casa e, 20 minutos depois, foi avisado por um vizinho que havia alguém caído. Ao se aproximar, reconheceu o homem. O corpo de Dealberto foi cremado no México, segundo o Consulado-Geral do Brasil naquele país.
cotidiano
'A droga acabou com a minha vida', diz irmão de jovem morto no MéxicoO empresário catarinense Fernando Luís da Silva, 33, afirmou em entrevista ao programa "Fantástico", da TV Globo, que o consumo de drogas foi o responsável pela morte de seu irmão, o engenheiro Dealberto Jorge da Silva, 36, durante uma viagem dos dois ao México. O corpo de Dealberto foi encontrado no último dia 10 na escadaria de um prédio de três andares, em Playa del Carmen, no sudeste do país. Na entrevista, Fernando admitiu que usou drogas e álcool com o irmão em um festival de música eletrônica no balneário. Ele falou que usou alguma coisa que acreditava ser ectasy, mas que pode contar nos dedos quantas vezes usou este tipo de droga. "Nunca fui uma pessoa de estar envolvida com drogas", disse. Emocionado, Fernando admitiu à repórter que tudo não passou de alucinação provocada pelo consumo de drogas. Fernando disse que ele e o irmão passaram a sentir que estavam sendo perseguidos e passaram a correr por horas pelas ruas de Playa del Carmen. Segundo o empresário, eles entraram correndo em um condomínio, pularam cercas, grades e um monte de obstáculos que imaginavam que precisavam passar. Ele ficou cansado em certo ponto da fuga e disse para o irmão: "Não aguento mais, eu não consigo mais, eu não tenho mais força. Eu vou ficar aqui onde estou e vou rezar e pedir a Deus para que isso acabe e me tire daqui". Dealberto subiu no prédio e instantes depois o empresário conta que ouviu muito barulho, sirene, polícia. " Aí pensei que poderia ter acontecido alguma coisa com ele", falou. Mas, assustado, em vez de ir ver o irmão, Fernando fugiu e ligou para família dois dias depois para pedir ajuda para voltar ao Brasil. O empresário falou na entrevista acreditar que a queda do irmão do terceiro andar do prédio foi com certeza acidental e provocada pelos efeitos do consumo de droga e álcool. " A droga acabou com a minha vida, a droga tirou a pessoa que eu mais amava no mundo, que é o meu irmão. Sempre foi meu melhor amigo, meu parceiro, meu sócio. Tudo para mim. Eu tenho um pai e uma mãe que não mereciam estar passando por isso", disse Fernando emocionado. MORTE A polícia mexicana concluiu que Dealberto morreu por fratura crânio-encefálica após uma queda acidental, de acordo com a Procuradoria-Geral de Justiça de Quintana Roo, Estado ao qual pertence Playa del Carmen e onde estavam os irmãos O procurador Gaspar Armando García Torres concluiu que "nunca existiu ameaça de sequestro e que tudo foi uma paranoia que sofreram devido ao consumo excessivo de droga e álcool", o que Fernando admitiu em depoimento. Apesar de questionada pela Folha, a Procuradoria não menciona no documento se a conclusão foi confirmada por exame toxicológico no corpo da vítima. O comunicado afirma que os irmãos estavam instalados em um hotel de Playa del Carmen e que aceitaram hospedar uma mulher russa identificada como Ekaterina Vasileva a pedido de um amigo. Ela disse à polícia que, depois de romper com o namorado, um amigo brasileiro pediu aos irmãos catarinenses que a hospedassem. Com base em relatos de testemunhas, a polícia concluiu que, na madrugada de sábado (10), véspera da morte, os irmãos saíram com Ekaterina e outro brasileiro e consumiram "álcool em excesso e vários tipos de drogas". Fernando admitiu o fato às autoridades e contou que discutiu com Ekaterina depois disso "por razões sem sentido". Quando empregados do hotel pediram calma, eles correram. À noite, no hotel, combinaram de se desfazer de seus celulares para evitar serem rastreados e de seus sapatos para não serem identificados. Como continuavam com a ideia de perseguição, se separaram para tentar se esconder. Antes disso, Fernando enviou uma mensagem de celular a um familiar, dizendo temer um sequestro. Fernando também disse à polícia que, do esconderijo, notou a movimentação de patrulhas e soube que uma pessoa havia morrido, supondo que se tratava de seu irmão. A seguir, foi de táxi até Cancún, onde perambulou até seu dinheiro acabar. Depois, ligou para um amigo, que contatou uma pessoa para ajudá-lo. Ele admitiu, segundo a polícia mexicana, que "nunca houve sequestro nem perseguição, mas que tudo foi resultado do efeito das drogas". TESTEMUNHA Além do depoimento de Fernando, o boletim da Procuradoria-Geral cita relatos de um morador do prédio de onde caiu Dealberto. Segundo Richar McCarthy, por volta de 23h45 de sábado ele estava em casa quando ouviu ruídos no topo do prédio e viu uma pessoa apoiada no corrimão da escada. Entrou em casa e, 20 minutos depois, foi avisado por um vizinho que havia alguém caído. Ao se aproximar, reconheceu o homem. O corpo de Dealberto foi cremado no México, segundo o Consulado-Geral do Brasil naquele país.
6
Menos de 1% das indústrias detêm 70% do faturamento do setor no Brasil
As empresas de grande porte (de 500 funcionários ou mais) são apenas 0,6% das 334 mil indústrias instaladas no país, mas respondem por quase 70% do faturamento do setor industrial. Os dados são da Pesquisa Industrial Anual (PIA), com dados referentes a 2013, divulgado nesta quarta-feira (24) pelo IBGE. Eram 2.015 indústrias de grande porte naquele ano e que faturaram, somadas, R$ 2,03 trilhões. Essas empresas empregavam 3,8 milhões de pessoas, 42% dos 9 milhões de empregos do setor. Os números reforçam a importância de escala para o setor industrial e que a atividade não é para pequenos. "A indústria tem essa característica forte da concentração", explica Jurandir Carlos de Oliveira, gerente da pesquisa no IBGE. "Do outro lado, tem muita gente com participação muito pequena" As micro e pequenas empresas (com um a quatro funcionários) são, por outro lado, 43% das indústrias brasileiras, mas foram responsáveis por apenas 1,2% do total faturado pelo setor em 2013. Essas micro e pequenas empresas tiveram uma receita total de R$ 36,3 bilhões em 2013. Naquele ano, elas empregavam 336.212 pessoas. O estudo faz parte de uma série de publicações divulgadas anualmente pelo IBGE que busca detalhar estatísticas de setores da economia. O trabalho envolve a compilação de dados informados via questionário por milhares de empresas em todo o território brasileiro. ÚLTIMO FÔLEGO Considerando o total das indústrias, independentemente do porte, eram 334 mil empresas no país em 2013, um aumento de 2% na comparação ao ano anterior. Essas empresas empregavam 9 milhões de pessoas naquele ano, um aumento de 2,7% na comparação a 2012. A receita líquida das empresas industriais somou R$ 2,7 trilhões em 2013, lideradas pelo desempenho justamente das empresas com 500 ou mais pessoas ocupadas O valor da transformação industrial (diferença entre receitas e custos), número aproximado de um PIB industrial, foi de R$ 1,1 trilhão em 2013, um crescimento nominal de 9,73%. Os números são, claro, um olhar pelo retrovisor. Em 2013, a indústria ainda crescia a produção, contratação, investimentos. Um "fôlego" antes das quedas de 2014 e de 2015. "O ano de 2013 foi bem favorável. Foi o último de crescimento e estabilidade", disse Oliveira.
mercado
Menos de 1% das indústrias detêm 70% do faturamento do setor no BrasilAs empresas de grande porte (de 500 funcionários ou mais) são apenas 0,6% das 334 mil indústrias instaladas no país, mas respondem por quase 70% do faturamento do setor industrial. Os dados são da Pesquisa Industrial Anual (PIA), com dados referentes a 2013, divulgado nesta quarta-feira (24) pelo IBGE. Eram 2.015 indústrias de grande porte naquele ano e que faturaram, somadas, R$ 2,03 trilhões. Essas empresas empregavam 3,8 milhões de pessoas, 42% dos 9 milhões de empregos do setor. Os números reforçam a importância de escala para o setor industrial e que a atividade não é para pequenos. "A indústria tem essa característica forte da concentração", explica Jurandir Carlos de Oliveira, gerente da pesquisa no IBGE. "Do outro lado, tem muita gente com participação muito pequena" As micro e pequenas empresas (com um a quatro funcionários) são, por outro lado, 43% das indústrias brasileiras, mas foram responsáveis por apenas 1,2% do total faturado pelo setor em 2013. Essas micro e pequenas empresas tiveram uma receita total de R$ 36,3 bilhões em 2013. Naquele ano, elas empregavam 336.212 pessoas. O estudo faz parte de uma série de publicações divulgadas anualmente pelo IBGE que busca detalhar estatísticas de setores da economia. O trabalho envolve a compilação de dados informados via questionário por milhares de empresas em todo o território brasileiro. ÚLTIMO FÔLEGO Considerando o total das indústrias, independentemente do porte, eram 334 mil empresas no país em 2013, um aumento de 2% na comparação ao ano anterior. Essas empresas empregavam 9 milhões de pessoas naquele ano, um aumento de 2,7% na comparação a 2012. A receita líquida das empresas industriais somou R$ 2,7 trilhões em 2013, lideradas pelo desempenho justamente das empresas com 500 ou mais pessoas ocupadas O valor da transformação industrial (diferença entre receitas e custos), número aproximado de um PIB industrial, foi de R$ 1,1 trilhão em 2013, um crescimento nominal de 9,73%. Os números são, claro, um olhar pelo retrovisor. Em 2013, a indústria ainda crescia a produção, contratação, investimentos. Um "fôlego" antes das quedas de 2014 e de 2015. "O ano de 2013 foi bem favorável. Foi o último de crescimento e estabilidade", disse Oliveira.
2
Roberto Jefferson continua internado para exames no Rio
O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), 62, continua internado no hospital Samaritano, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. De acordo com boletim médico divulgado na tarde deste sábado (11), o estado de saúde dele é estável. Os médicos ainda não identificaram as causas da febre alta que motivou sua internação, na noite de quinta (9). Condenado no julgamento do mensalão, Jefferson cumpre prisão domiciliar desde maio. Ele se casou duas semanas depois de deixar a cadeia. O ex-deputado tem a saúde frágil desde 2012, quando foi operado para a retirada de um tumor no pâncreas. O petebista denunciou o mensalão à Folha em junho de 2005. A entrevista abriu a maior crise do governo Lula e levou à queda do então ministro José Dirceu, acusado de comandar o esquema de compra de apoio no Congresso. Após ter o mandato cassado, Jefferson foi condenado a sete anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele começou a cumprir a pena em fevereiro de 2014.
poder
Roberto Jefferson continua internado para exames no RioO ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), 62, continua internado no hospital Samaritano, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. De acordo com boletim médico divulgado na tarde deste sábado (11), o estado de saúde dele é estável. Os médicos ainda não identificaram as causas da febre alta que motivou sua internação, na noite de quinta (9). Condenado no julgamento do mensalão, Jefferson cumpre prisão domiciliar desde maio. Ele se casou duas semanas depois de deixar a cadeia. O ex-deputado tem a saúde frágil desde 2012, quando foi operado para a retirada de um tumor no pâncreas. O petebista denunciou o mensalão à Folha em junho de 2005. A entrevista abriu a maior crise do governo Lula e levou à queda do então ministro José Dirceu, acusado de comandar o esquema de compra de apoio no Congresso. Após ter o mandato cassado, Jefferson foi condenado a sete anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele começou a cumprir a pena em fevereiro de 2014.
0
Minha História: Pedreiro sem teto narra drama do nascimento de filho
RESUMO - O pedreiro Carlos Alessandro Souza Gomes, 35, fazia parte do grupo de sem-teto que invadiu um prédio arrendado ao empresário Eike Batista na zona sul carioca. Horas antes da operação de reintegração de posse na terça-feira (14), que terminou em tumulto e incêndio, sua mulher deu à luz um menino dentro de um dos banheiros do edifício. Gomes é pai de outras três crianças e segurava uma delas quando foi atingido pelo spray de pimenta disparado por um PM na reintegração. O agente foi preso. * Na madrugada da última terça (14), minha mulher disse que estava com fome. Por ser o pedido de uma grávida, eu saí para comprar a comida. Já fazia uma semana que nosso grupo havia ocupado o prédio do Eike Batista. Quando voltei, os policiais [que monitoravam a invasão] disseram que eu não poderia entrar. Havia algo de errado. Comecei a perguntar pela minha mulher até que me deixaram passar. Dentro do prédio, me aproximei do banheiro e fiquei apavorado. Era sangue por todos os lados. Soube que ela havia sido levada para um hospital e fiquei desesperado. Pelo celular, ela falou: "Nosso filho nasceu". Não conseguia acreditar, ela estava grávida de apenas cinco meses. Ainda soube que o moleque caiu no vaso sanitário. Fiquei com medo de perder os dois. Sempre morei em Duque de Caxias [região metropolitana]. Eu era pedreiro, mas ficou difícil arrumar emprego. Em 2014, me mudei para a favela do Jacaré [zona norte do Rio] e consegui trabalho. Por ser uma comunidade com o UPP [Unidade de Polícia Pacificadora], o valor do aluguel no Jacaré aumentou muito. Perdi meu emprego e fui expulso da quitinete onde morava porque não tinha mais como pagar o aluguel. Fiquei sem opção. Não tinha mais nada a não ser uma cama, um fogão e uma geladeira. No dia em que fui despejado, soube que moradores de rua estavam vivendo em um terreno abandonado que pertencia à Telerj [antiga empresa de telefonia do Rio]. Como me tornei um deles, fui para lá com mulher e três filhos, Maria Isabela, 9, Carlos, 4, e Anderson, 1. Acabamos expulsos. Mudamos então para um terreno da Cedae, onde novamente fomos obrigados a sair. Após um protesto na frente da prefeitura, comecei a receber o aluguel social: R$ 400 por mês. Além disso, fazia alguns biscates como pedreiro. Era o suficiente para alugar um barraco no Complexo do Alemão [zona norte]. Após algum tempo, o pagamento foi cortado e voltei para a rua. Com as pessoas da ocupação da Cedae, descobrimos esse prédio no Flamengo. Era grande e estava abandonado. Decidimos então iniciar a ocupação. Lá dentro havia muita sujeira, ratos e fezes de pombos por todos os lados. Mas ainda era melhor do que estar com meus filhos na rua. Sou trabalhador. Se tiver que catar latinha, vou catar, se tiver que limpar fossa, vou limpar. Só não posso é deixar meus filhos com fome. Ao sair de lá, fui agredido quando estava com meu filho nos braços. Um policial jogou spray de pimenta na nossa direção. Não havia razão para isso. Não tinha briga nem confusão. Essa é a segunda ocupação que enfrento com recém-nascido. Continuo na luta, não sei para onde levar o bebê quando ele sair do hospital. Não temos para onde ir.
cotidiano
Minha História: Pedreiro sem teto narra drama do nascimento de filhoRESUMO - O pedreiro Carlos Alessandro Souza Gomes, 35, fazia parte do grupo de sem-teto que invadiu um prédio arrendado ao empresário Eike Batista na zona sul carioca. Horas antes da operação de reintegração de posse na terça-feira (14), que terminou em tumulto e incêndio, sua mulher deu à luz um menino dentro de um dos banheiros do edifício. Gomes é pai de outras três crianças e segurava uma delas quando foi atingido pelo spray de pimenta disparado por um PM na reintegração. O agente foi preso. * Na madrugada da última terça (14), minha mulher disse que estava com fome. Por ser o pedido de uma grávida, eu saí para comprar a comida. Já fazia uma semana que nosso grupo havia ocupado o prédio do Eike Batista. Quando voltei, os policiais [que monitoravam a invasão] disseram que eu não poderia entrar. Havia algo de errado. Comecei a perguntar pela minha mulher até que me deixaram passar. Dentro do prédio, me aproximei do banheiro e fiquei apavorado. Era sangue por todos os lados. Soube que ela havia sido levada para um hospital e fiquei desesperado. Pelo celular, ela falou: "Nosso filho nasceu". Não conseguia acreditar, ela estava grávida de apenas cinco meses. Ainda soube que o moleque caiu no vaso sanitário. Fiquei com medo de perder os dois. Sempre morei em Duque de Caxias [região metropolitana]. Eu era pedreiro, mas ficou difícil arrumar emprego. Em 2014, me mudei para a favela do Jacaré [zona norte do Rio] e consegui trabalho. Por ser uma comunidade com o UPP [Unidade de Polícia Pacificadora], o valor do aluguel no Jacaré aumentou muito. Perdi meu emprego e fui expulso da quitinete onde morava porque não tinha mais como pagar o aluguel. Fiquei sem opção. Não tinha mais nada a não ser uma cama, um fogão e uma geladeira. No dia em que fui despejado, soube que moradores de rua estavam vivendo em um terreno abandonado que pertencia à Telerj [antiga empresa de telefonia do Rio]. Como me tornei um deles, fui para lá com mulher e três filhos, Maria Isabela, 9, Carlos, 4, e Anderson, 1. Acabamos expulsos. Mudamos então para um terreno da Cedae, onde novamente fomos obrigados a sair. Após um protesto na frente da prefeitura, comecei a receber o aluguel social: R$ 400 por mês. Além disso, fazia alguns biscates como pedreiro. Era o suficiente para alugar um barraco no Complexo do Alemão [zona norte]. Após algum tempo, o pagamento foi cortado e voltei para a rua. Com as pessoas da ocupação da Cedae, descobrimos esse prédio no Flamengo. Era grande e estava abandonado. Decidimos então iniciar a ocupação. Lá dentro havia muita sujeira, ratos e fezes de pombos por todos os lados. Mas ainda era melhor do que estar com meus filhos na rua. Sou trabalhador. Se tiver que catar latinha, vou catar, se tiver que limpar fossa, vou limpar. Só não posso é deixar meus filhos com fome. Ao sair de lá, fui agredido quando estava com meu filho nos braços. Um policial jogou spray de pimenta na nossa direção. Não havia razão para isso. Não tinha briga nem confusão. Essa é a segunda ocupação que enfrento com recém-nascido. Continuo na luta, não sei para onde levar o bebê quando ele sair do hospital. Não temos para onde ir.
6
Falha prejudica circulação de trens da linha 3-vermelha do Metrô de SP
Uma falha em um equipamento de via provoca lentidão na circulação de trens da linha 3-vermelha (Corinthians/Itaquera-Palmeiras/Barra Funda) do Metrô de São Paulo na manhã desta quinta (28). Os trens circulam com velocidade reduzida e maior intervalo de parada nas estações desde as 6h40. A 3-vermelha é a linha mais movimentada, por onde passam mais de 1,45 milhão de pessoas por dia. De acordo com o Metrô, houve uma falha no equipamento que faz a transferência do trem de uma via férrea para outra na estação Santa Cecília, o que afeta toda a circulação da linha. Com isso, os usuários precisam ter paciência e aguardar nas plataformas por mais tempo para conseguir embarcar nos vagões dos trens, que estão mais lotados. As demais linhas 1-azul, 2-verde, 4-amarela, 5-lilás e 15-prata operam normalmente. Equipes de manutenção da companhia já estão no local para reparar a falha. Contudo, ainda não há previsão de normalização da circulação dos trens .
cotidiano
Falha prejudica circulação de trens da linha 3-vermelha do Metrô de SPUma falha em um equipamento de via provoca lentidão na circulação de trens da linha 3-vermelha (Corinthians/Itaquera-Palmeiras/Barra Funda) do Metrô de São Paulo na manhã desta quinta (28). Os trens circulam com velocidade reduzida e maior intervalo de parada nas estações desde as 6h40. A 3-vermelha é a linha mais movimentada, por onde passam mais de 1,45 milhão de pessoas por dia. De acordo com o Metrô, houve uma falha no equipamento que faz a transferência do trem de uma via férrea para outra na estação Santa Cecília, o que afeta toda a circulação da linha. Com isso, os usuários precisam ter paciência e aguardar nas plataformas por mais tempo para conseguir embarcar nos vagões dos trens, que estão mais lotados. As demais linhas 1-azul, 2-verde, 4-amarela, 5-lilás e 15-prata operam normalmente. Equipes de manutenção da companhia já estão no local para reparar a falha. Contudo, ainda não há previsão de normalização da circulação dos trens .
6
Celso Amorim será sabatinado pela Folha na terça (19)
O embaixador Celso Amorim, 72, participa de Sabatina Folha, evento gratuito e aberto ao público, na terça-feira (19), em São Paulo. Ex-ministro das Relações Exteriores (governos Itamar e Lula) e da Defesa (primeiro governo Dilma), Amorim lançou em março "Teerã, Ramalá e Doha - Memórias da Política Externa Ativa e Altiva" (editora Benvirá). No livro, o embaixador relata detalhes de negociações do Estado brasileiro durante os governos Lula (2003-2010), como a tentativa do Brasil de mediar a negociação do programa nuclear do Irã. Amorim aborda também as relações do Brasil com os demais países sul-americanos –destaque para a articulação na qual a Venezuela aceitou a presença da OEA (Organização dos Estados Americanos) no referendo de 2004–, as relações com países do Oriente Médio, nas discussões em torno do Estado palestino, entre outros temas. Amorim também é autor de "Conversas com Jovens Diplomatas" e de "Breves Narrativas Diplomáticas". Participam da sabatina a editora de "Mundo", Luciana Coelho, a repórter especial Patrícia Campos Mello e o colunista Clóvis Rossi. SABATINA FOLHA COM CELSO AMORIM QUANDO Terça (19), às 11h, grátis ONDE Auditório da Folha, al. Barão de Limeira, 425, 9º andar, Campos Elíseos, São Paulo-SP INSCRIÇÕES Pelo e-mail eventofolha@grupofolha.com.br ou pelo telefone (11) 3224-3473 (dias úteis, das 14h às 17h)
mundo
Celso Amorim será sabatinado pela Folha na terça (19)O embaixador Celso Amorim, 72, participa de Sabatina Folha, evento gratuito e aberto ao público, na terça-feira (19), em São Paulo. Ex-ministro das Relações Exteriores (governos Itamar e Lula) e da Defesa (primeiro governo Dilma), Amorim lançou em março "Teerã, Ramalá e Doha - Memórias da Política Externa Ativa e Altiva" (editora Benvirá). No livro, o embaixador relata detalhes de negociações do Estado brasileiro durante os governos Lula (2003-2010), como a tentativa do Brasil de mediar a negociação do programa nuclear do Irã. Amorim aborda também as relações do Brasil com os demais países sul-americanos –destaque para a articulação na qual a Venezuela aceitou a presença da OEA (Organização dos Estados Americanos) no referendo de 2004–, as relações com países do Oriente Médio, nas discussões em torno do Estado palestino, entre outros temas. Amorim também é autor de "Conversas com Jovens Diplomatas" e de "Breves Narrativas Diplomáticas". Participam da sabatina a editora de "Mundo", Luciana Coelho, a repórter especial Patrícia Campos Mello e o colunista Clóvis Rossi. SABATINA FOLHA COM CELSO AMORIM QUANDO Terça (19), às 11h, grátis ONDE Auditório da Folha, al. Barão de Limeira, 425, 9º andar, Campos Elíseos, São Paulo-SP INSCRIÇÕES Pelo e-mail eventofolha@grupofolha.com.br ou pelo telefone (11) 3224-3473 (dias úteis, das 14h às 17h)
3
Mercado brasileiro não atrai por corrupção, diz presidente da Ryanair
A companhia aérea irlandesa Ryanair, famosa pelas promoções mais agressivas do setor na Europa, como passagens oferecidas a um euro (R$ 3,80), vai começar a operar na Argentina no ano que vem. Com exceção do Brasil, a empresa de baixo custo estuda entrar em todos os mercados da região. Segundo o presidente da aérea, Declan Ryan, o Brasil não atrai por ter muita corrupção. "Iniciamos negociações em todos os países da região menos no Brasil, já que há muita corrupção", disse Ryan em entrevista ao "La Nación". A chegada à Argentina deverá ocorrer por meio de aquisição. Segundo o jornal, Ryan analisa a Andes Linhas Aéreas, que tem sede em Salta (1500 km ao norte de Buenos Aires) e cinco aviões Boeing com capacidade para 165 passageiros. A operação no país seria sob a marca Viva, que já está no México e na Colômbia. Ryan esteve na Argentina e se reuniu com o ministro de Transportes, Guillermo Dietrich. Após o encontro, afirmou que a maior dificuldade para a empresa no país são as taxas aeroportuárias. "Há um grupo, Aeroportos Argentinos 2000, que administra 35 dos 38 aeroportos do país. Isso não me parece muito justo. Na Colômbia, por exemplo, há quatro empresas que competem no negócio", afirmou. O empresário disse ainda que a Argentina tem um grande potencial, pois entre 5% e 7% da população já viajou de avião. Na Espanha, onde cinco companhias aéreas de baixo custo disputam o mercado, esse número chega e 80%, diz. "Quando começamos na Colômbia, apenas 5% dos habitantes já tinham subido em um avião, hoje, depois de quatro anos, a parcela aumentou para 10%", acrescentou. Neste ano, a colombiana Avianca também anunciou sua entrada no mercado argentino. A companhia comprou a MacAir, aérea que era da família do presidente Mauricio Macri. Por enquanto, apenas a Latam e a estatal Aerolíneas Argentinas operam no interior do país. Especialistas ouvidos pela Folha que pediram para não serem identificados afirmaram estranhar o investimento na Argentina, pois o governo do país regula o preço das passagens, o que dificulta as promoções mais agressivas. Assim como o Brasil, a Argentina também tem sido palco de escândalos de corrupção. A ex-presidente Cristina Kirchner é investigada por falsificação de documento público e enriquecimento ilícito, além de estar sendo processada sob a acusação de venda de dólares a preço abaixo do de mercado. Já o atual presidente, Mauricio Macri, é investigado por ter seu nome citado em documentos como diretor de empresas constituídas em paraísos fiscais. POLÊMICAS A Ryanair já fez alguns anúncios que causaram rebuliço no mercado, mas acabaram não saindo do papel, como a cobrança pelo uso do banheiro durante o voo e o estudo da instalação de poltronas nas quais os passageiros ficariam praticamente de pé. Após jornais publicarem, em todo o mundo, que o uso dos banheiros seria tarifado, a empresa informou que se tratava de uma piada de seus executivos.
mercado
Mercado brasileiro não atrai por corrupção, diz presidente da RyanairA companhia aérea irlandesa Ryanair, famosa pelas promoções mais agressivas do setor na Europa, como passagens oferecidas a um euro (R$ 3,80), vai começar a operar na Argentina no ano que vem. Com exceção do Brasil, a empresa de baixo custo estuda entrar em todos os mercados da região. Segundo o presidente da aérea, Declan Ryan, o Brasil não atrai por ter muita corrupção. "Iniciamos negociações em todos os países da região menos no Brasil, já que há muita corrupção", disse Ryan em entrevista ao "La Nación". A chegada à Argentina deverá ocorrer por meio de aquisição. Segundo o jornal, Ryan analisa a Andes Linhas Aéreas, que tem sede em Salta (1500 km ao norte de Buenos Aires) e cinco aviões Boeing com capacidade para 165 passageiros. A operação no país seria sob a marca Viva, que já está no México e na Colômbia. Ryan esteve na Argentina e se reuniu com o ministro de Transportes, Guillermo Dietrich. Após o encontro, afirmou que a maior dificuldade para a empresa no país são as taxas aeroportuárias. "Há um grupo, Aeroportos Argentinos 2000, que administra 35 dos 38 aeroportos do país. Isso não me parece muito justo. Na Colômbia, por exemplo, há quatro empresas que competem no negócio", afirmou. O empresário disse ainda que a Argentina tem um grande potencial, pois entre 5% e 7% da população já viajou de avião. Na Espanha, onde cinco companhias aéreas de baixo custo disputam o mercado, esse número chega e 80%, diz. "Quando começamos na Colômbia, apenas 5% dos habitantes já tinham subido em um avião, hoje, depois de quatro anos, a parcela aumentou para 10%", acrescentou. Neste ano, a colombiana Avianca também anunciou sua entrada no mercado argentino. A companhia comprou a MacAir, aérea que era da família do presidente Mauricio Macri. Por enquanto, apenas a Latam e a estatal Aerolíneas Argentinas operam no interior do país. Especialistas ouvidos pela Folha que pediram para não serem identificados afirmaram estranhar o investimento na Argentina, pois o governo do país regula o preço das passagens, o que dificulta as promoções mais agressivas. Assim como o Brasil, a Argentina também tem sido palco de escândalos de corrupção. A ex-presidente Cristina Kirchner é investigada por falsificação de documento público e enriquecimento ilícito, além de estar sendo processada sob a acusação de venda de dólares a preço abaixo do de mercado. Já o atual presidente, Mauricio Macri, é investigado por ter seu nome citado em documentos como diretor de empresas constituídas em paraísos fiscais. POLÊMICAS A Ryanair já fez alguns anúncios que causaram rebuliço no mercado, mas acabaram não saindo do papel, como a cobrança pelo uso do banheiro durante o voo e o estudo da instalação de poltronas nas quais os passageiros ficariam praticamente de pé. Após jornais publicarem, em todo o mundo, que o uso dos banheiros seria tarifado, a empresa informou que se tratava de uma piada de seus executivos.
2
Lagarde, do FMI, cita Brasil como exemplo negativo entre emergentes
A diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, afirmou nesta quinta-feira (16) que as economias emergentes não estão indo tão bem quanto a instituição previa, citando o Brasil como exemplo negativo no grupo. "Nem todo mundo está indo mal, alguns países estão desacelerando mais que outros. O Brasil, por exemplo, está estagnado. E a previsão é levemente negativa neste ano", afirmou em entrevista durante entrevista em encontro do FMI em Washington. Ela afirmou, no entanto, que o país está tentando reverter o quadro, por meio de "uma combinação de política fiscal séria com a ancoragem de expectativas de médio prazo." "O que vemos como resultado nas nossas previsões é um crescimento negativo neste ano, tornando-se positivo no ano que vem, enquanto políticas fiscais confiáveis, que operem como âncora no médio prazo, forem adotadas adequadamente." ECONOMIA GLOBAL Na última terça (14), o FMI afirmou, em relatório, que PIB mundial terá 3,5% de alta neste ano, um crescimento "moderado e desigual". Emergentes e países em desenvolvimento ainda representam 70% do crescimento econômico do mundo, mas estão crescendo menos que o previsto, com destaque para "atividade mais fraca" em países como Brasil e Rússia, diz o relatório. Na sexta (10), o FMI já havia divulgado que o PIB brasileiro em 2015 deve ter uma queda de 1% e se recuperar em 2016 com alta de 1%. O Brasil será responsável pelo menor crescimento da América Latina (de 0,9% para a região neste ano), prejudicada pela queda no preço das commodities. A seca brasileira foi incluída como uma das razões do baixo crescimento, junto com o ajuste fiscal, confiança baixa do empresariado, relacionada "às investigações da Petrobras".
mercado
Lagarde, do FMI, cita Brasil como exemplo negativo entre emergentesA diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, afirmou nesta quinta-feira (16) que as economias emergentes não estão indo tão bem quanto a instituição previa, citando o Brasil como exemplo negativo no grupo. "Nem todo mundo está indo mal, alguns países estão desacelerando mais que outros. O Brasil, por exemplo, está estagnado. E a previsão é levemente negativa neste ano", afirmou em entrevista durante entrevista em encontro do FMI em Washington. Ela afirmou, no entanto, que o país está tentando reverter o quadro, por meio de "uma combinação de política fiscal séria com a ancoragem de expectativas de médio prazo." "O que vemos como resultado nas nossas previsões é um crescimento negativo neste ano, tornando-se positivo no ano que vem, enquanto políticas fiscais confiáveis, que operem como âncora no médio prazo, forem adotadas adequadamente." ECONOMIA GLOBAL Na última terça (14), o FMI afirmou, em relatório, que PIB mundial terá 3,5% de alta neste ano, um crescimento "moderado e desigual". Emergentes e países em desenvolvimento ainda representam 70% do crescimento econômico do mundo, mas estão crescendo menos que o previsto, com destaque para "atividade mais fraca" em países como Brasil e Rússia, diz o relatório. Na sexta (10), o FMI já havia divulgado que o PIB brasileiro em 2015 deve ter uma queda de 1% e se recuperar em 2016 com alta de 1%. O Brasil será responsável pelo menor crescimento da América Latina (de 0,9% para a região neste ano), prejudicada pela queda no preço das commodities. A seca brasileira foi incluída como uma das razões do baixo crescimento, junto com o ajuste fiscal, confiança baixa do empresariado, relacionada "às investigações da Petrobras".
2
Com Nenê, Wizards vencem o Toronto e vão à semi da Conferência Leste
Com uma boa atuação do pivô brasileiro Nenê, o Washington Wizards venceu o Toronto Raptos por 125 a 94, em casa, pelo quarto jogo da série melhor de sete, e avançou à semifinal da Conferência Leste da NBA. Com o resultado, a equipe fechou o confronto por 4 a 0. O time de Nenê venceu os dois jogos realizados em Toronto e as duas partidas que aconteceram em Washington. Nenê jogou por quase 28 minutos e marcou dez pontos. Ele ainda contribuiu com quatro rebotes e duas assistências. Bradley Beal foi o cestinha da partida com 23 pontos. Outro destaque do Washington Wizards foi Marcin Gortat, que conseguiu um duplo-duplo (dois dígitos em dois fundamentos) de 21 pontos e 11 rebotes. Agora, o Washington Wizards espera o vencedor do confronto entre Atlanta Hawks e Brooklyn Nets. Dono da melhor campanha da Conferência Leste, o Atlanta vence a série por 2 a 1. O quarto jogo da série está marcado para esta segunda-feira. Ainda pela Conferência Leste, o Cleveland Cavaliers também já garantiu vaga na semifinal e espera o ganhador do duelo entre Chicago Bulls e Milwaukee Bucks. O Chicago vence a série por 3 a 1 e pode carimbar a classificação nesta segunda-feira. Na Conferência Oeste, o único time classificado é o Golden State Warriors, que venceu o duelo contra o New Orleans Pelicans por 4 a 0. O San Antonio Spurs, que conta com o brasileiro Tiago Splitter, empata com o Los Angeles Clippers por 2 a 2.
esporte
Com Nenê, Wizards vencem o Toronto e vão à semi da Conferência LesteCom uma boa atuação do pivô brasileiro Nenê, o Washington Wizards venceu o Toronto Raptos por 125 a 94, em casa, pelo quarto jogo da série melhor de sete, e avançou à semifinal da Conferência Leste da NBA. Com o resultado, a equipe fechou o confronto por 4 a 0. O time de Nenê venceu os dois jogos realizados em Toronto e as duas partidas que aconteceram em Washington. Nenê jogou por quase 28 minutos e marcou dez pontos. Ele ainda contribuiu com quatro rebotes e duas assistências. Bradley Beal foi o cestinha da partida com 23 pontos. Outro destaque do Washington Wizards foi Marcin Gortat, que conseguiu um duplo-duplo (dois dígitos em dois fundamentos) de 21 pontos e 11 rebotes. Agora, o Washington Wizards espera o vencedor do confronto entre Atlanta Hawks e Brooklyn Nets. Dono da melhor campanha da Conferência Leste, o Atlanta vence a série por 2 a 1. O quarto jogo da série está marcado para esta segunda-feira. Ainda pela Conferência Leste, o Cleveland Cavaliers também já garantiu vaga na semifinal e espera o ganhador do duelo entre Chicago Bulls e Milwaukee Bucks. O Chicago vence a série por 3 a 1 e pode carimbar a classificação nesta segunda-feira. Na Conferência Oeste, o único time classificado é o Golden State Warriors, que venceu o duelo contra o New Orleans Pelicans por 4 a 0. O San Antonio Spurs, que conta com o brasileiro Tiago Splitter, empata com o Los Angeles Clippers por 2 a 2.
4
Como sumir com o dinheiro
RIO DE JANEIRO - A Coreia do Sul quer tirar as moedas de circulação. Moedas de metal. Para isso, está estimulando a população a trocar o recheio de seus cofres-porquinho pelo equivalente em passes eletrônicos de transporte, que lá valem dinheiro. A ideia é que, até 2020, nenhum sul-coreano use moedas nem para pagar um cafezinho, e isso é só o primeiro passo para que o dinheiro em cédulas tenha o mesmo destino. Ou seja, será o fim do dinheiro em espécie. E o que ficará valendo, o cartão de crédito? Não, porque ele também está com os dias contados. No futuro, na Coreia do Sul, todas as compras serão por celular ou online. Eu pergunto: por que os sul-coreanos precisam esperar tanto? No Brasil, já estamos fazendo a mesma coisa — tirar o dinheiro de circulação —, só que de maneira muito mais rápida e direta. De Dilma para cá, tente calcular o dinheiro que desapareceu dos negócios, do emprego, da poupança, dos investimentos e até da arrecadação. E os 12 milhões de desempregados que ela nos legou? O que representam 12 milhões de brasileiros subitamente sem salário? Por falar em demissões e falências, quantas placas de vendo, alugo e passo o ponto não surgiram ultimamente na sua rua? E, neste momento, segundo o IBGE, 25% dos jovens brasileiros entre 18 e 24 anos não estudam nem trabalham. É muita gente sem produzir, vender ou comprar — sem poder sequer sonhar. Outras fórmulas infalíveis para fazer o dinheiro desaparecer são aparelhar o Estado, tornando-o inchado e ineficiente, e nomear o máximo de corruptos nas estatais para drenar o dinheiro necessário à manutenção do poder. E, claro, gastar mais do que se produz — receita infalível de Dilma para provocar um rombo de bilhões. Em breve, os sul-coreanos só irão usar a moedinha para tirar o cara ou coroa no futebol. Nós, nem isso.
colunas
Como sumir com o dinheiroRIO DE JANEIRO - A Coreia do Sul quer tirar as moedas de circulação. Moedas de metal. Para isso, está estimulando a população a trocar o recheio de seus cofres-porquinho pelo equivalente em passes eletrônicos de transporte, que lá valem dinheiro. A ideia é que, até 2020, nenhum sul-coreano use moedas nem para pagar um cafezinho, e isso é só o primeiro passo para que o dinheiro em cédulas tenha o mesmo destino. Ou seja, será o fim do dinheiro em espécie. E o que ficará valendo, o cartão de crédito? Não, porque ele também está com os dias contados. No futuro, na Coreia do Sul, todas as compras serão por celular ou online. Eu pergunto: por que os sul-coreanos precisam esperar tanto? No Brasil, já estamos fazendo a mesma coisa — tirar o dinheiro de circulação —, só que de maneira muito mais rápida e direta. De Dilma para cá, tente calcular o dinheiro que desapareceu dos negócios, do emprego, da poupança, dos investimentos e até da arrecadação. E os 12 milhões de desempregados que ela nos legou? O que representam 12 milhões de brasileiros subitamente sem salário? Por falar em demissões e falências, quantas placas de vendo, alugo e passo o ponto não surgiram ultimamente na sua rua? E, neste momento, segundo o IBGE, 25% dos jovens brasileiros entre 18 e 24 anos não estudam nem trabalham. É muita gente sem produzir, vender ou comprar — sem poder sequer sonhar. Outras fórmulas infalíveis para fazer o dinheiro desaparecer são aparelhar o Estado, tornando-o inchado e ineficiente, e nomear o máximo de corruptos nas estatais para drenar o dinheiro necessário à manutenção do poder. E, claro, gastar mais do que se produz — receita infalível de Dilma para provocar um rombo de bilhões. Em breve, os sul-coreanos só irão usar a moedinha para tirar o cara ou coroa no futebol. Nós, nem isso.
10
Para Cunha, estender a mão ao Brasil significa salvar Dilma, afirma leitor
O senhor Eduardo Cunha disse que a presidente vai ter que recomeçar do zero (Presidente vai ter que recomeçar do zero, diz Cunha). Concordo plenamente que o PT e a Dilma já estão no fundo do poço, mas, infelizmente, Cunha dá a entender que estender a mão para o Brasil significa salvar Dilma. Espero que ele tenha lido atentamente o anúncio da Firjan e da Fiesp em prol da governabilidade. Qualquer atitude contrária será irresponsável. SIDNEY RIBEIRO (Piracicaba, SP) * * O brasileiro está se tornando intolerante (Dilma pede apoio contra a crise e é alvo de panelaços), o que é diretamente proporcional à queda do estado de alienação em que as pessoas sempre estiveram e se deve, em parte, à internet. HERALDO FIGUEIREDO (Campo Grande, MS) * Parabém à Folha pelo excelente editorial Desconcerto ("Opinião", 6/8), em sua missão de elucidar todo esse caos que estamos vivenciando. Em meio a todo esse desgoverno, grande parte da população e dos parlamentares encontrou em Eduardo Cunha o líder que necessitava para a guiar rumo à truculência desvairada, inconsequente e maniqueísta. Sem querer atentar que, para fazer valer a qualquer custo os seus interesses pessoais, ele ataca o governo e as instituições democráticas, sem a mínima preocupação com o consequente agravamento dessa crise. ANETE ARAUJO GUEDES (Belo Horizonte, MG) * A atuação do Congresso Nacional é preocupante diante da crise. Em vez de apresentar propostas sensatas e inovadoras, os parlamentares tentam unicamente prejudicar o governo da presidente Dilma Rousseff, afetando também milhões de brasileiros. A crise expõe um Congresso imaturo e oportunista, preocupado apenas com seus interesses. Devemos fazer manifestações sim, mas pelo fortalecimento das nossas instituições e pela elevação do nível da política em nosso país, independente de ideologias partidárias. ERIVAN AUGUSTO SANTANA (Teixeira de Freitas, BA) * Ótimo texto Discurso de ódio se propaga em meio a mudanças no país. Parabéns aos autores. Traça algumas linhas concisas em relação ao cenário nebuloso da atualidade. A sugestão final de diálogo e respeito ao contraditório é rica e pode ser muito útil para solucionar o problema no médio ou longo prazo. RODRIGO LEME (São Paulo, SP) * Nas inserções publicitárias a que tem direito no rádio, o PSDB está conclamando os brasileiros a participar das manifestações contra o governo agendadas para este mês de agosto. Desprovidos de coragem, porém, os tucanos jogam toda a responsabilidade pela convocação a entidades e movimentos sociais que se dizem apartidários. O PSDB decerto não pode mais ser chamado de partido da hesitação, do "muro, como outrora. Agora só pode ser acusado, no máximo, de partido da covardia, do medo. SIDNEI JOSÉ DE BRITO (São Paulo, SP) * Ao zombar do panelaço, instrumento legítimo e democrático de descontentamento, o programa eleitoral do PT chega ao cúmulo do ridículo. É patética e apelativa a afirmação de que "somos o partido que mais encheu a panela dos brasileiros". O partido chega ao fundo do poço, não tem saída e está mais perdido que cachorro em dia de mudança. LUCIANO HARARY (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
paineldoleitor
Para Cunha, estender a mão ao Brasil significa salvar Dilma, afirma leitorO senhor Eduardo Cunha disse que a presidente vai ter que recomeçar do zero (Presidente vai ter que recomeçar do zero, diz Cunha). Concordo plenamente que o PT e a Dilma já estão no fundo do poço, mas, infelizmente, Cunha dá a entender que estender a mão para o Brasil significa salvar Dilma. Espero que ele tenha lido atentamente o anúncio da Firjan e da Fiesp em prol da governabilidade. Qualquer atitude contrária será irresponsável. SIDNEY RIBEIRO (Piracicaba, SP) * * O brasileiro está se tornando intolerante (Dilma pede apoio contra a crise e é alvo de panelaços), o que é diretamente proporcional à queda do estado de alienação em que as pessoas sempre estiveram e se deve, em parte, à internet. HERALDO FIGUEIREDO (Campo Grande, MS) * Parabém à Folha pelo excelente editorial Desconcerto ("Opinião", 6/8), em sua missão de elucidar todo esse caos que estamos vivenciando. Em meio a todo esse desgoverno, grande parte da população e dos parlamentares encontrou em Eduardo Cunha o líder que necessitava para a guiar rumo à truculência desvairada, inconsequente e maniqueísta. Sem querer atentar que, para fazer valer a qualquer custo os seus interesses pessoais, ele ataca o governo e as instituições democráticas, sem a mínima preocupação com o consequente agravamento dessa crise. ANETE ARAUJO GUEDES (Belo Horizonte, MG) * A atuação do Congresso Nacional é preocupante diante da crise. Em vez de apresentar propostas sensatas e inovadoras, os parlamentares tentam unicamente prejudicar o governo da presidente Dilma Rousseff, afetando também milhões de brasileiros. A crise expõe um Congresso imaturo e oportunista, preocupado apenas com seus interesses. Devemos fazer manifestações sim, mas pelo fortalecimento das nossas instituições e pela elevação do nível da política em nosso país, independente de ideologias partidárias. ERIVAN AUGUSTO SANTANA (Teixeira de Freitas, BA) * Ótimo texto Discurso de ódio se propaga em meio a mudanças no país. Parabéns aos autores. Traça algumas linhas concisas em relação ao cenário nebuloso da atualidade. A sugestão final de diálogo e respeito ao contraditório é rica e pode ser muito útil para solucionar o problema no médio ou longo prazo. RODRIGO LEME (São Paulo, SP) * Nas inserções publicitárias a que tem direito no rádio, o PSDB está conclamando os brasileiros a participar das manifestações contra o governo agendadas para este mês de agosto. Desprovidos de coragem, porém, os tucanos jogam toda a responsabilidade pela convocação a entidades e movimentos sociais que se dizem apartidários. O PSDB decerto não pode mais ser chamado de partido da hesitação, do "muro, como outrora. Agora só pode ser acusado, no máximo, de partido da covardia, do medo. SIDNEI JOSÉ DE BRITO (São Paulo, SP) * Ao zombar do panelaço, instrumento legítimo e democrático de descontentamento, o programa eleitoral do PT chega ao cúmulo do ridículo. É patética e apelativa a afirmação de que "somos o partido que mais encheu a panela dos brasileiros". O partido chega ao fundo do poço, não tem saída e está mais perdido que cachorro em dia de mudança. LUCIANO HARARY (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
16
Motorista suspeito de atropelar e matar jovem diz que estava sóbrio
O motorista da Mercedes-Benz, de 19 anos, suspeito de atropelar o estudante de engenharia em Santana do Parnaíba (Grande São Paulo) por volta das 0h deste sábado (31) disse, em depoimento, que estava a 60 km/h no momento do acidente e que não estava embriagado. O estudante atropelado, Leonardo Ferreira Camargo, 18, morreu no local. Segundo o delegado Elizeu Quirino Ribeiro, da Delegacia de Polícia de Barueri, onde o caso foi registrado, o exame toxicológico e a perícia no veículo confirmarão as informações do jovem. O motorista, Vinícius do Nascimento Virgílio, disse ainda que Leonardo estava atravessando uma rua escura com amigos e que não dava para vê-lo. Segundo o delegado, a vítima voltava de uma festa por volta das 0h. Um exame necrológico irá ser realizado para avaliar se a vítima ingeriu bebida alcoólica. Vinicius está preso e será encaminhado ainda neste sábado para a presídio de Carapicuíba. Não foi imputada fiança, segundo o delegado, porque há o agravante de Vinicius ter fugido do local sem prestar socorro. A advogada, Nádia Melo, tentou pedir neste sábado (31), no Fórum de Barueri, a liberdade provisória e um recurso para a fiança, mas o pedido foi indeferido. Ela afirma que a família de Vinicius possui uma pequena corretora de seguros de saúde e não tem condições financeiras. "Por isso pedi a fiança em patamares baixos", diz. A advogada diz ainda que a Mercedes é de um pai do amigo de Vinicius, que, como era maior e possuía carteira de motorista, levava um amigo de 15 anos para a casa a pedido do pai dele, o dono do carro. Os donos do carro foram à noite na delegacia e confirmaram o consentimento do empréstimo –mas o menino de 15 anos ainda não foi ouvido pelo delegado. "O Vinicius disse que do nada a vítima entrou na frente do carro. Ele disse que ouviu o barulho, ficou assustado e foi tentar chamar o pai dele", diz a advogada. "Ele está triste e abalado com toda a situação, ainda mais porque era um menino da idade dele", afirma Nádia. "Mas ele também é um menino, estudante, estava prestando vestibular." Os pais da vítima, segundo o delegado, não compareceram à delegacia. O delegado disse que apenas um tio esteve no local na madrugada. FESTA Uma testemunha de 17 anos, que não quis se identificar, disse que estava na festa com a vítima e que o estudante estaria embriagado. Ela contou que abraçou a vítima na festa realizada no condomínio e sentiu no rapaz um cheiro de vodka. A testemunha também afirmou que antes da festa acabar viu o caído no chão.
cotidiano
Motorista suspeito de atropelar e matar jovem diz que estava sóbrioO motorista da Mercedes-Benz, de 19 anos, suspeito de atropelar o estudante de engenharia em Santana do Parnaíba (Grande São Paulo) por volta das 0h deste sábado (31) disse, em depoimento, que estava a 60 km/h no momento do acidente e que não estava embriagado. O estudante atropelado, Leonardo Ferreira Camargo, 18, morreu no local. Segundo o delegado Elizeu Quirino Ribeiro, da Delegacia de Polícia de Barueri, onde o caso foi registrado, o exame toxicológico e a perícia no veículo confirmarão as informações do jovem. O motorista, Vinícius do Nascimento Virgílio, disse ainda que Leonardo estava atravessando uma rua escura com amigos e que não dava para vê-lo. Segundo o delegado, a vítima voltava de uma festa por volta das 0h. Um exame necrológico irá ser realizado para avaliar se a vítima ingeriu bebida alcoólica. Vinicius está preso e será encaminhado ainda neste sábado para a presídio de Carapicuíba. Não foi imputada fiança, segundo o delegado, porque há o agravante de Vinicius ter fugido do local sem prestar socorro. A advogada, Nádia Melo, tentou pedir neste sábado (31), no Fórum de Barueri, a liberdade provisória e um recurso para a fiança, mas o pedido foi indeferido. Ela afirma que a família de Vinicius possui uma pequena corretora de seguros de saúde e não tem condições financeiras. "Por isso pedi a fiança em patamares baixos", diz. A advogada diz ainda que a Mercedes é de um pai do amigo de Vinicius, que, como era maior e possuía carteira de motorista, levava um amigo de 15 anos para a casa a pedido do pai dele, o dono do carro. Os donos do carro foram à noite na delegacia e confirmaram o consentimento do empréstimo –mas o menino de 15 anos ainda não foi ouvido pelo delegado. "O Vinicius disse que do nada a vítima entrou na frente do carro. Ele disse que ouviu o barulho, ficou assustado e foi tentar chamar o pai dele", diz a advogada. "Ele está triste e abalado com toda a situação, ainda mais porque era um menino da idade dele", afirma Nádia. "Mas ele também é um menino, estudante, estava prestando vestibular." Os pais da vítima, segundo o delegado, não compareceram à delegacia. O delegado disse que apenas um tio esteve no local na madrugada. FESTA Uma testemunha de 17 anos, que não quis se identificar, disse que estava na festa com a vítima e que o estudante estaria embriagado. Ela contou que abraçou a vítima na festa realizada no condomínio e sentiu no rapaz um cheiro de vodka. A testemunha também afirmou que antes da festa acabar viu o caído no chão.
6
Nova peça expõe drama de ex-presidiárias após a liberdade
FABIANA SERAGUSA DE SÃO PAULO Aquelas típicas prisões com grades e carcereiros não são as únicas às quais podemos estar condenados. Na peça "Noites sem Fim", que estreia na próxima quinta (14) no Centro Cultural Banco do Brasil, as atrizes Angela Figueiredo e Fernanda Cunha interpretam duas ex-presidiárias que precisam se adequar à vida em sociedade após a liberdade. Elas, que ficaram amigas na detenção, se reencontram e falam de amor (ou da falta dele), família e solidão. Figueiredo conta que o que mais chamou sua atenção no texto foi a relação de amizade, os conflitos e o afeto que as duas compartilham. "E a forma direta e sensível que a autora coloca as duras experiências das personagens." Ela faz o papel de Lorraine, uma cinquentona que precisa manter o equilíbrio de ser, ao mesmo tempo, uma mãe amorosa e uma assassina. Já Cunha faz Marie, de 30 anos, que cometeu um crime mais brando e acaba frustrada por ver sua juventude perdida. A direção é de Marco Antônio Pâmio, e o texto, da inglesa Chloë Moss, que fez residência no presídio Cookham Wood (Inglaterra) para ouvir delatos das presas e observar o dia a dia delas. Na história, mesmo quando deixam o confinamento, as personagens acabam se "fechando" em uma quitinete, alimentando fantasmas do passado -e expondo tensões sociais e as dificuldades peculiares ao universo feminino. Como parte do processo, as atrizes marcaram várias leituras do espetáculo no presídio feminino da capital paulista, provavelmente no segundo semestre. "Envolvê-las no processo é poder compartilhar de alguma forma, e por meio da ficção, a realidade delas e das nossas personagens", diz Figueiredo. Centro Cultural Banco do Brasil. R. Álvares Penteado, 112, região central, tel. 3113-3652. 130 lugares. Seg. a sáb.: 20h. Dom.: 19h. Estreia: 14/7. Até 31/7. 80 min. 14 anos. Ingr.: R$ 20. Estac. (R$ 15 p/ 5 h, na r. Santo Amaro, 272, c/ serviço de van grátis até o CCBB). Ingr. p/ 4003-1212 ou ingressorapido.com.br.
saopaulo
Nova peça expõe drama de ex-presidiárias após a liberdadeFABIANA SERAGUSA DE SÃO PAULO Aquelas típicas prisões com grades e carcereiros não são as únicas às quais podemos estar condenados. Na peça "Noites sem Fim", que estreia na próxima quinta (14) no Centro Cultural Banco do Brasil, as atrizes Angela Figueiredo e Fernanda Cunha interpretam duas ex-presidiárias que precisam se adequar à vida em sociedade após a liberdade. Elas, que ficaram amigas na detenção, se reencontram e falam de amor (ou da falta dele), família e solidão. Figueiredo conta que o que mais chamou sua atenção no texto foi a relação de amizade, os conflitos e o afeto que as duas compartilham. "E a forma direta e sensível que a autora coloca as duras experiências das personagens." Ela faz o papel de Lorraine, uma cinquentona que precisa manter o equilíbrio de ser, ao mesmo tempo, uma mãe amorosa e uma assassina. Já Cunha faz Marie, de 30 anos, que cometeu um crime mais brando e acaba frustrada por ver sua juventude perdida. A direção é de Marco Antônio Pâmio, e o texto, da inglesa Chloë Moss, que fez residência no presídio Cookham Wood (Inglaterra) para ouvir delatos das presas e observar o dia a dia delas. Na história, mesmo quando deixam o confinamento, as personagens acabam se "fechando" em uma quitinete, alimentando fantasmas do passado -e expondo tensões sociais e as dificuldades peculiares ao universo feminino. Como parte do processo, as atrizes marcaram várias leituras do espetáculo no presídio feminino da capital paulista, provavelmente no segundo semestre. "Envolvê-las no processo é poder compartilhar de alguma forma, e por meio da ficção, a realidade delas e das nossas personagens", diz Figueiredo. Centro Cultural Banco do Brasil. R. Álvares Penteado, 112, região central, tel. 3113-3652. 130 lugares. Seg. a sáb.: 20h. Dom.: 19h. Estreia: 14/7. Até 31/7. 80 min. 14 anos. Ingr.: R$ 20. Estac. (R$ 15 p/ 5 h, na r. Santo Amaro, 272, c/ serviço de van grátis até o CCBB). Ingr. p/ 4003-1212 ou ingressorapido.com.br.
17
Para Renan, se não houver crime de responsabilidade, 'não é impeachment'
Após se reunir com Lula nesta terça-feira (22), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que, sem a caracterização de crime de responsabilidade, "o nome, sinceramente, não é impeachment". "Quando não há caracterização do crime de responsabilidade, não é impeachment. O nome deve ser outro", repetiu em seguida. Questionado se poderia ser chamado de "golpe", como os petistas tem classificado o processo, Renan não respondeu. O senador esteve nesta tarde com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está em Brasília desde segunda (21), quando assumiu informalmente a articulação política do governo, após ter sido impedido, por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de assumir o comando da Casa Civil. O ex-presidente José Sarney (PMDB) também participou do encontro. Os três conversaram sobre a situação política e formas de impedir o impeachment de Dilma. Renan é um dos poucos peemedebistas que, na visão do Palácio do Planalto, pode mudar o rumo da situação. É uma avaliação semelhante a que é feita sobre Sarney. O ex-presidente do PMDB é amigo de Lula e Dilma e não tem boa relação com o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), que assume o cargo em caso de impeachment. Renan, investigado em sete inquéritos no STF, defende "isenção", "equilíbrio", "responsabilidade" e "bom senso". Seu correligionário, Eduardo Cunha (RJ), presidente da Câmara, admitiu o processo e trabalha para acelerar a tramitação na comissão especial instalada na última semana. A Folha apurou, contudo, que, embora mantenha publicamente um discurso pró-governo, o presidente do Senado tem dito, em conversas reservadas que "não há mais jeito". Antes de se encontrar com Lula, ele esteve com o presidente do DEM, senador José Agripino (RN). Na noite de ontem, recebeu na residência oficial do Senado os aliados Romero Jucá (RR) e Eunício Oliveira (CE). Escalado por Dilma, o ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, também apareceu no fim da noite. O PMDB está dividido em relação ao impeachment da presidente Dilma. Temer, que foi reconduzido ao comando do partido, tem mantido conversas com líderes da oposição. Na noite de ontem, encontrou o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), em São Paulo. Para o tucano, a fala de Renan demonstra um desencontro em relação ao posicionamento do partido. "O que se percebe é que a posição do PMDB avança mais rápido que a do presidente do Senado". ROMPIMENTO Entre segunda e terça, Dilma e o ex-presidente Lula fizeram uma ofensiva para tentar evitar que o diretório do PMDB decida já na próxima semana se fica ou não no governo. Em reunião na noite de segunda, a presidente ouviu dos ministros peemedebistas que, hoje, ela perderia na comissão especial que vai votar seu pedido de impeachment. Nesta reunião, Dilma pediu aos ministros que buscassem, pelo menos, adiar a reunião do PMDB para o dia 12 de abril, a data original acertada na convenção para tomar uma decisão sobre o rompimento com o Planalto. As tratativas, contudo, não tiveram o efeito esperado e Temer manteve a próxima terça-feira (29) como data para a decisão. Caso o PMDB decida romper com o governo, os sete ministros da sigla terão até 12 de abril para deixar as pastas caso queiram continuar no partido. Segundo peemedebistas, o argumento é que a antecipação do encontro para o dia 29 foi decidida a partir do pedido de 13 diretórios regionais e que não havia solicitação com apoio majoritário para rever a data.
poder
Para Renan, se não houver crime de responsabilidade, 'não é impeachment'Após se reunir com Lula nesta terça-feira (22), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que, sem a caracterização de crime de responsabilidade, "o nome, sinceramente, não é impeachment". "Quando não há caracterização do crime de responsabilidade, não é impeachment. O nome deve ser outro", repetiu em seguida. Questionado se poderia ser chamado de "golpe", como os petistas tem classificado o processo, Renan não respondeu. O senador esteve nesta tarde com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está em Brasília desde segunda (21), quando assumiu informalmente a articulação política do governo, após ter sido impedido, por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de assumir o comando da Casa Civil. O ex-presidente José Sarney (PMDB) também participou do encontro. Os três conversaram sobre a situação política e formas de impedir o impeachment de Dilma. Renan é um dos poucos peemedebistas que, na visão do Palácio do Planalto, pode mudar o rumo da situação. É uma avaliação semelhante a que é feita sobre Sarney. O ex-presidente do PMDB é amigo de Lula e Dilma e não tem boa relação com o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), que assume o cargo em caso de impeachment. Renan, investigado em sete inquéritos no STF, defende "isenção", "equilíbrio", "responsabilidade" e "bom senso". Seu correligionário, Eduardo Cunha (RJ), presidente da Câmara, admitiu o processo e trabalha para acelerar a tramitação na comissão especial instalada na última semana. A Folha apurou, contudo, que, embora mantenha publicamente um discurso pró-governo, o presidente do Senado tem dito, em conversas reservadas que "não há mais jeito". Antes de se encontrar com Lula, ele esteve com o presidente do DEM, senador José Agripino (RN). Na noite de ontem, recebeu na residência oficial do Senado os aliados Romero Jucá (RR) e Eunício Oliveira (CE). Escalado por Dilma, o ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, também apareceu no fim da noite. O PMDB está dividido em relação ao impeachment da presidente Dilma. Temer, que foi reconduzido ao comando do partido, tem mantido conversas com líderes da oposição. Na noite de ontem, encontrou o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), em São Paulo. Para o tucano, a fala de Renan demonstra um desencontro em relação ao posicionamento do partido. "O que se percebe é que a posição do PMDB avança mais rápido que a do presidente do Senado". ROMPIMENTO Entre segunda e terça, Dilma e o ex-presidente Lula fizeram uma ofensiva para tentar evitar que o diretório do PMDB decida já na próxima semana se fica ou não no governo. Em reunião na noite de segunda, a presidente ouviu dos ministros peemedebistas que, hoje, ela perderia na comissão especial que vai votar seu pedido de impeachment. Nesta reunião, Dilma pediu aos ministros que buscassem, pelo menos, adiar a reunião do PMDB para o dia 12 de abril, a data original acertada na convenção para tomar uma decisão sobre o rompimento com o Planalto. As tratativas, contudo, não tiveram o efeito esperado e Temer manteve a próxima terça-feira (29) como data para a decisão. Caso o PMDB decida romper com o governo, os sete ministros da sigla terão até 12 de abril para deixar as pastas caso queiram continuar no partido. Segundo peemedebistas, o argumento é que a antecipação do encontro para o dia 29 foi decidida a partir do pedido de 13 diretórios regionais e que não havia solicitação com apoio majoritário para rever a data.
0
Justiça manda soltar PM suspeito de participar de chacina na Grande SP
A Justiça de São Paulo determinou a libertação do policial militar Douglas Gomes Medeiros, preso sob a suspeita de matar quatro jovens em uma chacina perto de uma pizzaria em Carapicuíba, na Grande SP, em setembro do ano passado. A decisão de soltá-lo ocorreu porque a Promotoria pediu a impronúncia do réu. Isso quer dizer que não foram encontrados indícios suficientes para levá-lo a júri popular. Um dos motivos seria a inconsistência da versão da testemunha protegida, a qual os investigadores diziam ter reconhecido o PM nas proximidades do local do ataque. A Secretaria da Segurança Pública informou à época que a investigação apontava Medeiros como o autor dos ataques contra os jovens como um ato de vingança, por considerá-los responsáveis por um roubo e agressões sofridos pela mulher dele, dias antes. Ainda na ocasião, o secretário Alexandre de Moraes disse que a bolsa da mulher do PM tinha sido encontrada na casa de uma das vítimas. A chacina de Carapicuíba ocorreu em setembro, menos de um mês depois de outra, em Osasco e Barueri, resultar no assassinato de 23 pessoas. TRANSFERÊNCIA Medeiros trabalhava no comando-geral quando foi preso. Ele trabalhou por certo tempo no 20º Batalhão, vizinho a Carapicuíba, mas havia sido transferido para atuar na escolta do subcomandante da corporação -coronel Francisco Alberto Aires Mesquita. Os quatro rapazes, com idades entre 16 e 18 anos, trabalhavam como motoboys numa pizzaria. Foram atacados por volta de 0h20 de um sábado, 19 de setembro, quando deixavam a pizzaria onde trabalhavam. Estavam parados em uma rua paralela quando foram abordados por quatro homens armados com pistolas em um carro. Os quatro adolescentes foram encontrados deitados de bruços por testemunhas, parte deles com as mãos postas na nuca, típica de abordagens policiais. Vídeos feitos logo após o ataques mostram isso. Um grupo de policiais militares que trabalhava naquela noite chegou a ser indiciada pela polícia por ter alterado a cena do crime. Os corpos não estavam mais de bruços quando a perícia chegou ao local, sendo que a equipe médica não tinha tocado nos corpos. Todos esses PMs também foram inocentados. Isso consta na mesma decisão que mandou soltar Douglas Medeiros. Procurada na manhã desta terça (26), a Secretaria da Segurança Pública ainda não se manifestou.
cotidiano
Justiça manda soltar PM suspeito de participar de chacina na Grande SPA Justiça de São Paulo determinou a libertação do policial militar Douglas Gomes Medeiros, preso sob a suspeita de matar quatro jovens em uma chacina perto de uma pizzaria em Carapicuíba, na Grande SP, em setembro do ano passado. A decisão de soltá-lo ocorreu porque a Promotoria pediu a impronúncia do réu. Isso quer dizer que não foram encontrados indícios suficientes para levá-lo a júri popular. Um dos motivos seria a inconsistência da versão da testemunha protegida, a qual os investigadores diziam ter reconhecido o PM nas proximidades do local do ataque. A Secretaria da Segurança Pública informou à época que a investigação apontava Medeiros como o autor dos ataques contra os jovens como um ato de vingança, por considerá-los responsáveis por um roubo e agressões sofridos pela mulher dele, dias antes. Ainda na ocasião, o secretário Alexandre de Moraes disse que a bolsa da mulher do PM tinha sido encontrada na casa de uma das vítimas. A chacina de Carapicuíba ocorreu em setembro, menos de um mês depois de outra, em Osasco e Barueri, resultar no assassinato de 23 pessoas. TRANSFERÊNCIA Medeiros trabalhava no comando-geral quando foi preso. Ele trabalhou por certo tempo no 20º Batalhão, vizinho a Carapicuíba, mas havia sido transferido para atuar na escolta do subcomandante da corporação -coronel Francisco Alberto Aires Mesquita. Os quatro rapazes, com idades entre 16 e 18 anos, trabalhavam como motoboys numa pizzaria. Foram atacados por volta de 0h20 de um sábado, 19 de setembro, quando deixavam a pizzaria onde trabalhavam. Estavam parados em uma rua paralela quando foram abordados por quatro homens armados com pistolas em um carro. Os quatro adolescentes foram encontrados deitados de bruços por testemunhas, parte deles com as mãos postas na nuca, típica de abordagens policiais. Vídeos feitos logo após o ataques mostram isso. Um grupo de policiais militares que trabalhava naquela noite chegou a ser indiciada pela polícia por ter alterado a cena do crime. Os corpos não estavam mais de bruços quando a perícia chegou ao local, sendo que a equipe médica não tinha tocado nos corpos. Todos esses PMs também foram inocentados. Isso consta na mesma decisão que mandou soltar Douglas Medeiros. Procurada na manhã desta terça (26), a Secretaria da Segurança Pública ainda não se manifestou.
6
Mostra de Hieronymus Bosch é a mais visitada da história do Museu do Prado
Uma exposição por ocasião do 500º aniversário da morte do pintor holandês Hieronymus Bosch tornou-se a mais visitada do Museu do Prado, em Madri, na Espanha. A mostra encerrará no domingo (25), recebendo 585 mil visitantes –número que ultrapassa o até então recorde da casa, uma exibição de 120 peças do museu russo Hermitage que reuniu 583.206 espectadores. A exposição, inaugurada no fim de maio, tinha previsão para terminar em 11 de setembro, mas foi prorrogada por mais duas semanas e teve todos os ingressos esgotados. São mais de 21 obras, incluindo o clássico "Jardim das Delícias" –que, de toda maneira, está no acervo permanente do museu, onde se concentram diversas outras obras do pintor, querido no país. Destacam-se também o tríptico "A Adoração dos Reis Magos" e suas diversas gravuras de santos. Em uma das imagens, o holandês retratou a santa barbada Wilgefortis. Em outra, São Cristóvão, que defende os crentes da morte súbita.
ilustrada
Mostra de Hieronymus Bosch é a mais visitada da história do Museu do PradoUma exposição por ocasião do 500º aniversário da morte do pintor holandês Hieronymus Bosch tornou-se a mais visitada do Museu do Prado, em Madri, na Espanha. A mostra encerrará no domingo (25), recebendo 585 mil visitantes –número que ultrapassa o até então recorde da casa, uma exibição de 120 peças do museu russo Hermitage que reuniu 583.206 espectadores. A exposição, inaugurada no fim de maio, tinha previsão para terminar em 11 de setembro, mas foi prorrogada por mais duas semanas e teve todos os ingressos esgotados. São mais de 21 obras, incluindo o clássico "Jardim das Delícias" –que, de toda maneira, está no acervo permanente do museu, onde se concentram diversas outras obras do pintor, querido no país. Destacam-se também o tríptico "A Adoração dos Reis Magos" e suas diversas gravuras de santos. Em uma das imagens, o holandês retratou a santa barbada Wilgefortis. Em outra, São Cristóvão, que defende os crentes da morte súbita.
1
Polícia britânica reforça segurança do Palácio de Buckingham após ataque
A polícia britânica investiga um homem que foi detido do lado de fora do Palácio de Buckingham após atacar policiais com uma "uma espada de 4 pés". A Polícia Metropolitana disse que os oficiais pararam um homem de 26 anos que dirigia deliberadamente uma van perto da residência de Londres da rainha Elizabeth 2ª. "Oficiais confrontaram o motorista do veículo e, durante esse confronto, o motorista pegou uma espada de 1,20 metro" no carro, informou Dean Haydon, comandante da polícia antiterrorista britânica. O suspeito gritou "Allahu akbar" ( "Deus é grande" em árabe), disse Haydon. Três policiais ficaram levemente feridos enquanto lutavam para prendê-lo, acrescentou. "Achamos que ele atuou sozinho e não procuramos outros suspeitos neste momento", disse ainda, acrescentando que no momento o caso é tratado como um ato terrorista. Além disso, afirmou que está previsto um dispositivo policial reforçado para o final de semana e segunda –feriado no Reino Unido– e que o nível de ameaça terrorista no país continua elevado. Este nível foi aumentado para o grau de "crítico" depois do atentado cometido em Manchester em maio passado e significa que o risco de atentado é iminente. A mídia britânica informou que nenhum membro da família real estava no Palácio de Buckingham na hora do incidente.
mundo
Polícia britânica reforça segurança do Palácio de Buckingham após ataqueA polícia britânica investiga um homem que foi detido do lado de fora do Palácio de Buckingham após atacar policiais com uma "uma espada de 4 pés". A Polícia Metropolitana disse que os oficiais pararam um homem de 26 anos que dirigia deliberadamente uma van perto da residência de Londres da rainha Elizabeth 2ª. "Oficiais confrontaram o motorista do veículo e, durante esse confronto, o motorista pegou uma espada de 1,20 metro" no carro, informou Dean Haydon, comandante da polícia antiterrorista britânica. O suspeito gritou "Allahu akbar" ( "Deus é grande" em árabe), disse Haydon. Três policiais ficaram levemente feridos enquanto lutavam para prendê-lo, acrescentou. "Achamos que ele atuou sozinho e não procuramos outros suspeitos neste momento", disse ainda, acrescentando que no momento o caso é tratado como um ato terrorista. Além disso, afirmou que está previsto um dispositivo policial reforçado para o final de semana e segunda –feriado no Reino Unido– e que o nível de ameaça terrorista no país continua elevado. Este nível foi aumentado para o grau de "crítico" depois do atentado cometido em Manchester em maio passado e significa que o risco de atentado é iminente. A mídia britânica informou que nenhum membro da família real estava no Palácio de Buckingham na hora do incidente.
3
Programa 'Tomara que Caia', que estreia hoje, é coquetel de gêneros
"Tomara que Caia" é um programa difícil de definir. É um humorístico popular, gravado num teatro, com plateia (seria um "Sai de Baixo"?), em que o público interfere na trama por meio de votação (um "Você Decide?") e há muito improviso (um "Quinta Categoria", da antiga MTV?). É um coquetel de gêneros tão grande que, a duas semanas da estreia, até os atores envolvidos não sabiam muito bem como definir a nova atração da Globo. O programa será gravado ao vivo, mas a Folha acompanhou um ensaio nos estúdios da emissora, no Rio, para decifrar a tal dinâmica. Priscila Fantin, Heloísa Périssé, Marcelo Serrado, Ricardo Tozzi, Fabiana Karla, Dani Valente, Eri Johnson e Nando Cunha se dividem em dois grupos, que decoram o mesmo roteiro. A cada episódio, portanto, o mesmo personagem é interpretado por dois atores diferentes. Enquanto um grupo interpreta a história, o outro espera, no palco, e vai propondo desafios –ou "troladas", na linguagem do programa– para aquele que está atuando. No ensaio em questão, um time propôs ao outro, por exemplo, que continuasse a cena pulando em um pé só. Em outra ocasião, todos os personagens teriam que falar ao mesmo tempo –fora do roteiro, na base do improviso. Quem está em cena não sabe que tipo de encrenca vem pela frente, diz o diretor Carlo Milani. "É sigilo absoluto." Enquanto isso, o público pode votar pela internet ou por um aplicativo no celular se quer que o grupo que está atuando continue ou se prefere que o elenco que está de fora entre em cena –e continue a história do ponto que o outro time parou. Na teoria, parece complicado. Na prática, também. Questionada sobre ter dominado totalmente as regras do jogo, Priscila ri. "Que nada!" Os atores dizem, porém, não se preocuparem com a complexidade do formato. "O público vai entender rápido. A galera da internet vai tirar de letra", afirma Fabiana. "O espectador não sabe o que vai acontecer, mas nós também não. Isso estabelece uma cumplicidade", completa Eri. "A televisão caminha cada vez mais para o ao vivo. O público quer se sentir próximo. O 'Jornal Nacional', por exemplo, era todo durinho, e hoje tem os jornalistas andando", diz Tozzi. "No teatro a gente tem algum controle, mas nesse programa, não. A gente está pelado no palco para que as pessoas joguem tomate", brinca o ator. "Estamos ali para sermos ovacionados. As pessoas vão jogar ovo na gente", acrescenta Heloísa Périssé, rindo. A jornalista FERNANDA REIS viajou a convite da Globo NA TV Tomara que Caia Estreia do humorístico QUANDO neste domingo (19), às 23h15, na Globo
ilustrada
Programa 'Tomara que Caia', que estreia hoje, é coquetel de gêneros"Tomara que Caia" é um programa difícil de definir. É um humorístico popular, gravado num teatro, com plateia (seria um "Sai de Baixo"?), em que o público interfere na trama por meio de votação (um "Você Decide?") e há muito improviso (um "Quinta Categoria", da antiga MTV?). É um coquetel de gêneros tão grande que, a duas semanas da estreia, até os atores envolvidos não sabiam muito bem como definir a nova atração da Globo. O programa será gravado ao vivo, mas a Folha acompanhou um ensaio nos estúdios da emissora, no Rio, para decifrar a tal dinâmica. Priscila Fantin, Heloísa Périssé, Marcelo Serrado, Ricardo Tozzi, Fabiana Karla, Dani Valente, Eri Johnson e Nando Cunha se dividem em dois grupos, que decoram o mesmo roteiro. A cada episódio, portanto, o mesmo personagem é interpretado por dois atores diferentes. Enquanto um grupo interpreta a história, o outro espera, no palco, e vai propondo desafios –ou "troladas", na linguagem do programa– para aquele que está atuando. No ensaio em questão, um time propôs ao outro, por exemplo, que continuasse a cena pulando em um pé só. Em outra ocasião, todos os personagens teriam que falar ao mesmo tempo –fora do roteiro, na base do improviso. Quem está em cena não sabe que tipo de encrenca vem pela frente, diz o diretor Carlo Milani. "É sigilo absoluto." Enquanto isso, o público pode votar pela internet ou por um aplicativo no celular se quer que o grupo que está atuando continue ou se prefere que o elenco que está de fora entre em cena –e continue a história do ponto que o outro time parou. Na teoria, parece complicado. Na prática, também. Questionada sobre ter dominado totalmente as regras do jogo, Priscila ri. "Que nada!" Os atores dizem, porém, não se preocuparem com a complexidade do formato. "O público vai entender rápido. A galera da internet vai tirar de letra", afirma Fabiana. "O espectador não sabe o que vai acontecer, mas nós também não. Isso estabelece uma cumplicidade", completa Eri. "A televisão caminha cada vez mais para o ao vivo. O público quer se sentir próximo. O 'Jornal Nacional', por exemplo, era todo durinho, e hoje tem os jornalistas andando", diz Tozzi. "No teatro a gente tem algum controle, mas nesse programa, não. A gente está pelado no palco para que as pessoas joguem tomate", brinca o ator. "Estamos ali para sermos ovacionados. As pessoas vão jogar ovo na gente", acrescenta Heloísa Périssé, rindo. A jornalista FERNANDA REIS viajou a convite da Globo NA TV Tomara que Caia Estreia do humorístico QUANDO neste domingo (19), às 23h15, na Globo
1
Merkel enfrenta pressão na Alemanha por sua posição pró-refugiados
As últimas seis semanas de crise de refugiados têm mostrado a chanceler Angela Merkel inabalável em sua decisão de ter a Alemanha acomodando centenas de milhares de recém-chegados do Oriente Médio e da África. Mas por quanto tempo? A tarefa não está ficando mais fácil. Dentro da Alemanha, políticos e o público em geral estão preocupados que a bondade possa romper sob a tensão de acomodar, alimentar, dar apoio e tratamento aos cerca de um milhão de recém-chegados este ano. Na Europa, e mais além, Merkel até agora carece de fortes aliados para alcançar seu objetivo de apenas diminuir o fluxo de refugiados. Na verdade, o primeiro-ministro da Húngria Viktor Orban destacou o isolamento de Merkel em relação aos líderes da Europa Central e Oriental na sexta ao fechar a fronteira de seu país com a Croácia, e assim ameaçando mais uma vez interromper a fuga de migrantes que a Alemanha deseja manter em ordem. O movimento de Orban é apenas o mais recente de uma série de desafios que Merkel tem enfrentado nas últimas semanas. Embora muitas vezes acusada de esperar muito tempo para farejar os ventos políticos e liderar por trás, ela tem sido firme em uma série de questões em seus dez anos no cargo —inclusive durante a crise financeira grega deste ano, quando a Alemanha liderou o caminho para a imposição de controles sobre os gastos da Grécia, em troca de um terceiro resgate. A crise dos migrantes, com suas pressões internas e externas, talvez prove ser outra questão. Mas dando terreno a alguns pontos políticos, ela tem apertado a oposição em seu próprio campo conservador. Em Berlim, na sexta, a alta câmara do Parlamento —que inclui os governadores dos 16 Estados da Alemanha, que estiveram na linha de frente para lidar com o afluxo de migrantes— seguiu a câmara baixa e passou um novo pacote de medidas de aperto às generosas condições de asilo da Alemanha. Os legisladores cortaram dinheiro e outros benefícios dos recém-chegados e prometeram um processo mais rápido para satisfazer aqueles que estão preocupados que a generosidade da Alemanha possa ser sua ruína. Porém todos se queixam de estarem atingindo seus limites. "Nós temos essa pressão danada", disse Malu Dreyer, governadora Social Democrata da Renânia-Palatinado. "Temos a expectativa de que, em termos de pessoal, as coisas vão muito, muito rapidamente". Merkel enviou seu ministro do Interior, Thomas de Maizière, que foi acusado de acordar muito tarde para a crise dos refugiados, para reafirmar aos líderes estaduais e locais que a ajuda —com fundos federais— estava à mão. Mas algumas áreas estão se movimentando por conta própria. Duas cidades-estados, Hamburgo e Bremen, aprovaram leis que lhes dão o direito de comandar propriedades vazias para tentar dar teto aos refugiados —e não barracas— já que o inverno se aproxima. Enquanto isso, os ataques continuam em abrigos de refugiados planejados ou já existentes —375 neste ano, incluindo 72 incêndios. Na política nacional, a mais feroz oposição à decisão de Merkel em setembro —com a Áustria— de abrir as fronteiras para dezenas de milhares de refugiados que foram presos na Hungria vem de seu próprio campo conservador. Sem eleições na Alemanha até a primavera, Merkel, 61, está em pequeno perigo. Ela está no cargo há quase dez anos. A mais recente pesquisa nacional Politbarometer feita pela emissora pública ZDF em outubro mostrou que o apoio deslizou ligeiramente em razão da manipulação de Merkel da crise dos refugiados. Os resultados mostraram 46% dizendo que ela vem fazendo um bom trabalho e 48% dizendo que não. No entanto, ela não tem nenhum rival visível em seu bloco conservador, e os Social Democrata estão em ou abaixo de 25% nas pesquisas nacionais. O primeiro teste eleitoral vem em março, com três eleições estaduais. O governo federal, em si, não terá eleições até 2017. Merkel enfrenta seu próximo desafio ou "dever maldito", como ela dizia na semana passada, no domingo: persuadir a Turquia a evitar que os sírios cruzem o mar para chega à Grécia e depois viajarem para a Europa Central. Em suas conversas com o presidente Recep Tayyip Erdogan, em Istambul, Merkel deve equilibrar a necessidade da Europa para a cooperação da Turquia com as demandas de Ancara por dinheiro e perder condições europeias de visto. Ela também deve manter forte as preocupações da Europa sobre os direitos da minoria curda da Turquia e escalada de conflitos militares entre curdos e o exército da Turquia. Karen Donfried, anteriormente na Casa Branca de Obama e agora presidente do Fundo Marshall Alemão, disse: "Este é o desafio mais significativo que a Alemanha tem enfrentado nos últimos anos."
mundo
Merkel enfrenta pressão na Alemanha por sua posição pró-refugiadosAs últimas seis semanas de crise de refugiados têm mostrado a chanceler Angela Merkel inabalável em sua decisão de ter a Alemanha acomodando centenas de milhares de recém-chegados do Oriente Médio e da África. Mas por quanto tempo? A tarefa não está ficando mais fácil. Dentro da Alemanha, políticos e o público em geral estão preocupados que a bondade possa romper sob a tensão de acomodar, alimentar, dar apoio e tratamento aos cerca de um milhão de recém-chegados este ano. Na Europa, e mais além, Merkel até agora carece de fortes aliados para alcançar seu objetivo de apenas diminuir o fluxo de refugiados. Na verdade, o primeiro-ministro da Húngria Viktor Orban destacou o isolamento de Merkel em relação aos líderes da Europa Central e Oriental na sexta ao fechar a fronteira de seu país com a Croácia, e assim ameaçando mais uma vez interromper a fuga de migrantes que a Alemanha deseja manter em ordem. O movimento de Orban é apenas o mais recente de uma série de desafios que Merkel tem enfrentado nas últimas semanas. Embora muitas vezes acusada de esperar muito tempo para farejar os ventos políticos e liderar por trás, ela tem sido firme em uma série de questões em seus dez anos no cargo —inclusive durante a crise financeira grega deste ano, quando a Alemanha liderou o caminho para a imposição de controles sobre os gastos da Grécia, em troca de um terceiro resgate. A crise dos migrantes, com suas pressões internas e externas, talvez prove ser outra questão. Mas dando terreno a alguns pontos políticos, ela tem apertado a oposição em seu próprio campo conservador. Em Berlim, na sexta, a alta câmara do Parlamento —que inclui os governadores dos 16 Estados da Alemanha, que estiveram na linha de frente para lidar com o afluxo de migrantes— seguiu a câmara baixa e passou um novo pacote de medidas de aperto às generosas condições de asilo da Alemanha. Os legisladores cortaram dinheiro e outros benefícios dos recém-chegados e prometeram um processo mais rápido para satisfazer aqueles que estão preocupados que a generosidade da Alemanha possa ser sua ruína. Porém todos se queixam de estarem atingindo seus limites. "Nós temos essa pressão danada", disse Malu Dreyer, governadora Social Democrata da Renânia-Palatinado. "Temos a expectativa de que, em termos de pessoal, as coisas vão muito, muito rapidamente". Merkel enviou seu ministro do Interior, Thomas de Maizière, que foi acusado de acordar muito tarde para a crise dos refugiados, para reafirmar aos líderes estaduais e locais que a ajuda —com fundos federais— estava à mão. Mas algumas áreas estão se movimentando por conta própria. Duas cidades-estados, Hamburgo e Bremen, aprovaram leis que lhes dão o direito de comandar propriedades vazias para tentar dar teto aos refugiados —e não barracas— já que o inverno se aproxima. Enquanto isso, os ataques continuam em abrigos de refugiados planejados ou já existentes —375 neste ano, incluindo 72 incêndios. Na política nacional, a mais feroz oposição à decisão de Merkel em setembro —com a Áustria— de abrir as fronteiras para dezenas de milhares de refugiados que foram presos na Hungria vem de seu próprio campo conservador. Sem eleições na Alemanha até a primavera, Merkel, 61, está em pequeno perigo. Ela está no cargo há quase dez anos. A mais recente pesquisa nacional Politbarometer feita pela emissora pública ZDF em outubro mostrou que o apoio deslizou ligeiramente em razão da manipulação de Merkel da crise dos refugiados. Os resultados mostraram 46% dizendo que ela vem fazendo um bom trabalho e 48% dizendo que não. No entanto, ela não tem nenhum rival visível em seu bloco conservador, e os Social Democrata estão em ou abaixo de 25% nas pesquisas nacionais. O primeiro teste eleitoral vem em março, com três eleições estaduais. O governo federal, em si, não terá eleições até 2017. Merkel enfrenta seu próximo desafio ou "dever maldito", como ela dizia na semana passada, no domingo: persuadir a Turquia a evitar que os sírios cruzem o mar para chega à Grécia e depois viajarem para a Europa Central. Em suas conversas com o presidente Recep Tayyip Erdogan, em Istambul, Merkel deve equilibrar a necessidade da Europa para a cooperação da Turquia com as demandas de Ancara por dinheiro e perder condições europeias de visto. Ela também deve manter forte as preocupações da Europa sobre os direitos da minoria curda da Turquia e escalada de conflitos militares entre curdos e o exército da Turquia. Karen Donfried, anteriormente na Casa Branca de Obama e agora presidente do Fundo Marshall Alemão, disse: "Este é o desafio mais significativo que a Alemanha tem enfrentado nos últimos anos."
3
Sob pressão, Temer tende a adiar envio de projeto da reforma da Previdência
Depois de prometer enviar a reforma da Previdência Social antes da eleição municipal, o presidente Michel Temer, pressionado por aliados e assessores, deve recuar e transferir o encaminhamento da medida ao Congresso para novembro. A decisão será tomada no seu retorno da China, quando ele promete avaliar e acatar o pedido dos aliados desde que sua base aliada dê em contrapartida um compromisso de cumprir prazos e até acelerar a tramitação da reforma no Legislativo. Temer chega nesta terça-feira (6) da viagem à China, onde participou da reunião do G20, na cidade de Hangzhou. A tendência é deixar a reforma para depois das eleições. O tema deve ser tratado de forma fatiada. Será enviada primeiro uma proposta de emenda constitucional. Depois, projetos de lei com mudanças que não dependem de alteração na Constituição, como a regra de cálculo. CAVALO DE BATALHA O PSDB, partido que tem cobrado do presidente uma posição mais assertiva na defesa das medidas fiscais, não pretende transformar o adiamento num "cavalo de batalha" e espera pelo menos que Temer fixe uma data e um cronograma para a reforma da Previdência Social. A proposta de deixar o envio da reforma para depois das eleições foi explicitada pelo presidente interino, Rodrigo Maia. "Vai mandar para quê? Para ficar parada? É uma decisão inútil", afirmou à Folha Maia, que volta a ocupar a presidência da Câmara dos Deputados nesta terça com o retorno de Temer ao Brasil. Segundo ele, a Câmara só irá retomar a agenda de votações em outubro, após o primeiro turno das eleições. O receio da base aliada é com os ataques que a medida irá despertar durante o período eleitoral. Na mesma linha de Maia, assessores dizem que de pouco adiantará encaminhar a reforma ainda neste mês, porque o Congresso, em ritmo de recesso branco no período das eleições, não irá analisar o assunto nesta fase. ERRO Reservadamente, a equipe de Temer tem a avaliação de que ele errou ao prometer encaminhar a reforma antes das eleições diante das pressões do mercado. Inicialmente, estava praticamente certo que a reforma da Previdência ficaria para depois do período das eleições municipais. Temer, porém, quis dar uma resposta política de que, na condição de efetivo, mudaria de estilo e enviaria a proposta da reforma da Previdência ao Congresso. Internamente, já havia até uma data marcada para o envio da medida, 20 de setembro. Nesta segunda-feira (5), na China, o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) também evitou transformar o tema num conflito interno no governo. "A reforma da Previdência é uma coisa que terá efeito por décadas. Portanto, não é algo que um ou dois meses, uma semana, que vai fazer grande diferença."
mercado
Sob pressão, Temer tende a adiar envio de projeto da reforma da PrevidênciaDepois de prometer enviar a reforma da Previdência Social antes da eleição municipal, o presidente Michel Temer, pressionado por aliados e assessores, deve recuar e transferir o encaminhamento da medida ao Congresso para novembro. A decisão será tomada no seu retorno da China, quando ele promete avaliar e acatar o pedido dos aliados desde que sua base aliada dê em contrapartida um compromisso de cumprir prazos e até acelerar a tramitação da reforma no Legislativo. Temer chega nesta terça-feira (6) da viagem à China, onde participou da reunião do G20, na cidade de Hangzhou. A tendência é deixar a reforma para depois das eleições. O tema deve ser tratado de forma fatiada. Será enviada primeiro uma proposta de emenda constitucional. Depois, projetos de lei com mudanças que não dependem de alteração na Constituição, como a regra de cálculo. CAVALO DE BATALHA O PSDB, partido que tem cobrado do presidente uma posição mais assertiva na defesa das medidas fiscais, não pretende transformar o adiamento num "cavalo de batalha" e espera pelo menos que Temer fixe uma data e um cronograma para a reforma da Previdência Social. A proposta de deixar o envio da reforma para depois das eleições foi explicitada pelo presidente interino, Rodrigo Maia. "Vai mandar para quê? Para ficar parada? É uma decisão inútil", afirmou à Folha Maia, que volta a ocupar a presidência da Câmara dos Deputados nesta terça com o retorno de Temer ao Brasil. Segundo ele, a Câmara só irá retomar a agenda de votações em outubro, após o primeiro turno das eleições. O receio da base aliada é com os ataques que a medida irá despertar durante o período eleitoral. Na mesma linha de Maia, assessores dizem que de pouco adiantará encaminhar a reforma ainda neste mês, porque o Congresso, em ritmo de recesso branco no período das eleições, não irá analisar o assunto nesta fase. ERRO Reservadamente, a equipe de Temer tem a avaliação de que ele errou ao prometer encaminhar a reforma antes das eleições diante das pressões do mercado. Inicialmente, estava praticamente certo que a reforma da Previdência ficaria para depois do período das eleições municipais. Temer, porém, quis dar uma resposta política de que, na condição de efetivo, mudaria de estilo e enviaria a proposta da reforma da Previdência ao Congresso. Internamente, já havia até uma data marcada para o envio da medida, 20 de setembro. Nesta segunda-feira (5), na China, o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) também evitou transformar o tema num conflito interno no governo. "A reforma da Previdência é uma coisa que terá efeito por décadas. Portanto, não é algo que um ou dois meses, uma semana, que vai fazer grande diferença."
2
Autora de 'Ladainha', Bruna Beber comprova maturidade rítmica
LADAINHA (ótimo) AUTORA Bruna Beber EDITORA Record QUANTO R$ 32,90 (96 págs.) * Certamente os poemas de "Ladainha" mantêm dos livros anteriores de Bruna Beber o humor de uma poesia risonha na observação das coisas e as levadas rítmicas de seu ouvido agudo. É aquele lugar que os críticos adoram apontar numa determinada obra: um ponto de viragem, seus poemas estão tão maduros quanto um fruto doce. Como uma criança que atravessa o mundo sem pisar nas linhas do chão, a poesia de Beber se escreve num intervalo entre o jogo do imaginário e a observação do real: "Ver a gema de um ovo estourar / pela primeira vez e se admirar / com o mar dourado partindo / pra cima do arroz e da farofa" (poema 89). Consciente de que imaginário e real não são as únicas fronteiras que dividem o visível do invisível, "Ladainha" canta o crescer de outro território, o do mistério que sempre há de pintar por aí. Neste novo livro de Bruna Beber o gozo e o riso tornaram-se questões do espírito: não há um sujeito rindo de alguma coisa, mas o universo está o tempo todo rindo de si mesmo, e nós nos esbaldamos com ele também. Se o riso é uma forma de manter aceso o espírito, o ritmo é o meio de acesso ao encantamento e faz observar as coisas com tal generosidade que a respiração acompanha. Consoantes são tambores, as vogais formam silvos e assim o som continua sendo o código que fecha e abre os sentidos. Os ritmos em "Ladainha" revelam e escondem coisas como um canto ritual faz. Porém, seus poemas dizem que não é nada demais a magia, ela não é um grande gesto de atravessamento pra outro lugar, pois o mágico está no trivial e o axé em cada coisa que existe. Uma ladainha pode ser um blá-blá-blá, como pode ser o canto de elevação, uma purificação que mostra a comunhão das coisas. No limite, "Ladainha" nos diz que o coloquial e o enigma são uma mesma coisa e os herméticos números primos que dão título a cada um dos poemas parecem enfatizar isso. Peixes que dão lições de vida enquanto os observamos. Maçãs cujos esqueletos são tratados com o mesmo respeito com que se trata o veneno. O extraordinário é tão simples –nos diz Bruna Beber. JÚLIA DE CARVALHO HANSEN é poeta, autora de "Seiva Veneno ou Fruto" (Chão da Feira, 2016)
ilustrada
Autora de 'Ladainha', Bruna Beber comprova maturidade rítmicaLADAINHA (ótimo) AUTORA Bruna Beber EDITORA Record QUANTO R$ 32,90 (96 págs.) * Certamente os poemas de "Ladainha" mantêm dos livros anteriores de Bruna Beber o humor de uma poesia risonha na observação das coisas e as levadas rítmicas de seu ouvido agudo. É aquele lugar que os críticos adoram apontar numa determinada obra: um ponto de viragem, seus poemas estão tão maduros quanto um fruto doce. Como uma criança que atravessa o mundo sem pisar nas linhas do chão, a poesia de Beber se escreve num intervalo entre o jogo do imaginário e a observação do real: "Ver a gema de um ovo estourar / pela primeira vez e se admirar / com o mar dourado partindo / pra cima do arroz e da farofa" (poema 89). Consciente de que imaginário e real não são as únicas fronteiras que dividem o visível do invisível, "Ladainha" canta o crescer de outro território, o do mistério que sempre há de pintar por aí. Neste novo livro de Bruna Beber o gozo e o riso tornaram-se questões do espírito: não há um sujeito rindo de alguma coisa, mas o universo está o tempo todo rindo de si mesmo, e nós nos esbaldamos com ele também. Se o riso é uma forma de manter aceso o espírito, o ritmo é o meio de acesso ao encantamento e faz observar as coisas com tal generosidade que a respiração acompanha. Consoantes são tambores, as vogais formam silvos e assim o som continua sendo o código que fecha e abre os sentidos. Os ritmos em "Ladainha" revelam e escondem coisas como um canto ritual faz. Porém, seus poemas dizem que não é nada demais a magia, ela não é um grande gesto de atravessamento pra outro lugar, pois o mágico está no trivial e o axé em cada coisa que existe. Uma ladainha pode ser um blá-blá-blá, como pode ser o canto de elevação, uma purificação que mostra a comunhão das coisas. No limite, "Ladainha" nos diz que o coloquial e o enigma são uma mesma coisa e os herméticos números primos que dão título a cada um dos poemas parecem enfatizar isso. Peixes que dão lições de vida enquanto os observamos. Maçãs cujos esqueletos são tratados com o mesmo respeito com que se trata o veneno. O extraordinário é tão simples –nos diz Bruna Beber. JÚLIA DE CARVALHO HANSEN é poeta, autora de "Seiva Veneno ou Fruto" (Chão da Feira, 2016)
1
Comandante de avião presidencial é indicado para assumir vaga no STM
O tenente-brigadeiro-do-ar Joseli Camelo, responsável pelas viagens da presidente Dilma Rousseff, será indicado para assumir a vaga da Aeronáutica no Superior Tribunal Militar (STM). Ele deixou nesta sexta-feira (9) a Secretaria de Coordenação e Assessoramento Militar do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência. De acordo com Camelo, o comandante do Aeronáutica, Juniti Saito, assinou nesta sexta a sua indicação, que será apresentada à Dilma. A presidente deverá chancelá-la e publicá-la no Diário Oficial da União. Camelo irá ocupar a vaga do ministro José Américo, que se aposenta em 13 de janeiro. Saito deixará o cargo em breve. Nesta quarta (7), Dilma nomeou o brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato para o comando da Força. Camelo era o segundo nome de uma lista tríplice apresentada à presidente para o posto. Camelo deverá ainda ser sabatinado pelo Senado quando os parlamentares voltarem ao trabalho, em fevereiro. Os senadores podem vetar a sua indicação, mas, historicamente, é raro que isso aconteça. O militar atuou na secretaria do GSI por 12 anos, desde o primeiro mandato do ex-presidente Lula, quando também pilotava o avião presidencial. No primeiro governo Dilma, ele passou a comandar as operações de deslocamento por ar da presidente e a acompanhar todas as viagens. Camelo será substituído pelo tenente-brigadeiro-do-ar Luiz Alberto Pereira Bianchi, que há quatro anos pilota o avião presidencial. Ele continuará como comandante da aeronave e assumirá a responsabilidade por planejar e coordenar as viagens. Segundo Camelo, nos 12 anos em que trabalhou com os presidentes petistas, ele voou a 92 países e realizou quase dez mil horas de voo. "Agora vou virar um juiz. Sempre serei justo", disse. Questionado sobre a extinção da justiça militar, causa defendida por movimentos sociais e entidades do Direito, Camelo afirmou que não acredita em seu fim. "A Justiça Militar é o fórum mais antigo do país. Acho que dificilmente ela acabará. Ainda é muito importante para o país", disse. Camelo afirmou que são muitas as histórias que ele presenciou nestes 12 anos mas não quis detalhar nenhuma. "O que me marca é o lado humano. Por estarmos perto do presidente, a gente acaba tendo o privilégio de conhecer um pouco mais. E assim a gente admira mais. Porque, olha, esse pessoal trabalha muito", afirmou. Segundo o militar, Dilma é uma pessoa muito afável e que gosta de ler durante as viagens. Ele se despediu da presidente na tarde desta sexta, antes da cerimônia de transmissão de cargo que aconteceu no Palácio do Planalto. "Conversamos amenidades e ela agradeceu pelo meu trabalho prestado", disse. Já Bianchi contou que a presidente Dilma tem medo de turbulências, "como qualquer outra pessoa". "Ela vai sempre na cabine para conversar com a gente, para ver o que estamos fazendo. Acho que isso a acalma. E é bom também conversar", disse.
poder
Comandante de avião presidencial é indicado para assumir vaga no STMO tenente-brigadeiro-do-ar Joseli Camelo, responsável pelas viagens da presidente Dilma Rousseff, será indicado para assumir a vaga da Aeronáutica no Superior Tribunal Militar (STM). Ele deixou nesta sexta-feira (9) a Secretaria de Coordenação e Assessoramento Militar do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência. De acordo com Camelo, o comandante do Aeronáutica, Juniti Saito, assinou nesta sexta a sua indicação, que será apresentada à Dilma. A presidente deverá chancelá-la e publicá-la no Diário Oficial da União. Camelo irá ocupar a vaga do ministro José Américo, que se aposenta em 13 de janeiro. Saito deixará o cargo em breve. Nesta quarta (7), Dilma nomeou o brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato para o comando da Força. Camelo era o segundo nome de uma lista tríplice apresentada à presidente para o posto. Camelo deverá ainda ser sabatinado pelo Senado quando os parlamentares voltarem ao trabalho, em fevereiro. Os senadores podem vetar a sua indicação, mas, historicamente, é raro que isso aconteça. O militar atuou na secretaria do GSI por 12 anos, desde o primeiro mandato do ex-presidente Lula, quando também pilotava o avião presidencial. No primeiro governo Dilma, ele passou a comandar as operações de deslocamento por ar da presidente e a acompanhar todas as viagens. Camelo será substituído pelo tenente-brigadeiro-do-ar Luiz Alberto Pereira Bianchi, que há quatro anos pilota o avião presidencial. Ele continuará como comandante da aeronave e assumirá a responsabilidade por planejar e coordenar as viagens. Segundo Camelo, nos 12 anos em que trabalhou com os presidentes petistas, ele voou a 92 países e realizou quase dez mil horas de voo. "Agora vou virar um juiz. Sempre serei justo", disse. Questionado sobre a extinção da justiça militar, causa defendida por movimentos sociais e entidades do Direito, Camelo afirmou que não acredita em seu fim. "A Justiça Militar é o fórum mais antigo do país. Acho que dificilmente ela acabará. Ainda é muito importante para o país", disse. Camelo afirmou que são muitas as histórias que ele presenciou nestes 12 anos mas não quis detalhar nenhuma. "O que me marca é o lado humano. Por estarmos perto do presidente, a gente acaba tendo o privilégio de conhecer um pouco mais. E assim a gente admira mais. Porque, olha, esse pessoal trabalha muito", afirmou. Segundo o militar, Dilma é uma pessoa muito afável e que gosta de ler durante as viagens. Ele se despediu da presidente na tarde desta sexta, antes da cerimônia de transmissão de cargo que aconteceu no Palácio do Planalto. "Conversamos amenidades e ela agradeceu pelo meu trabalho prestado", disse. Já Bianchi contou que a presidente Dilma tem medo de turbulências, "como qualquer outra pessoa". "Ela vai sempre na cabine para conversar com a gente, para ver o que estamos fazendo. Acho que isso a acalma. E é bom também conversar", disse.
0
Festival da sanfona na Bahia traz também música gaúcha e americana
Se depender de sua primeira noite de shows, na quinta-feira (14), o 4º Festival Internacional da Sanfona, em Juazeiro, Bahia, pode ser considerado sucesso de público e de crítica. Ficou gente do lado de fora do Centro de Cultura João Gilberto, localizado bem perto do rio São Francisco. Pessoas sentaram no chão da plateia lotada do teatro da instituição, que tem esse nome porque o pai da bossa nova é filho da cidade. E qualquer crítico deve admitir que a escalação de abertura do evento se prestou totalmente a mostrar, com qualidade e empolgação, muitas faces da sanfona. Sempre associado ã música nordestina, o instrumento passeou do Rio Grande do sul até Seattle, norte dos Estados Unidos. O primeiro concerto (a nomenclatura é pomposa, mas adequada) ficou com o Quinteto Sanfônico da Bahia. Comandando um time de peso estava Targino Gondim, sanfoneiro superstar e um dos organizadores do festival, ao lado de Celso de Carvalho. O quinteto veio de uma ideia que Targino lutou para colocar em prática há alguns anos, a criação da Orquestra Sanfônica da Bahia, com pretensões de reunir dezenas de tocadores do instrumento. Enquanto o projeto não progredia, ele passou a fazer show com uma versão reduzida. A formação do quinteto pode mudar, mas o material humano que Targino tem à disposição garante a qualidade. No festival, além de seu criador, o quinteto contou com Gel Barbosa, Rennan Mendes, Marquinhos Café e Sebastian Silva. A apresentação conciliou espaço para que cada um demonstrasse sua habilidade no instrumento com um repertório que exibiu as possibilidades de inclusão da sanfona no cancioneiro popular de vários estilos. Foram tantos sucessos populares que o público assumiu os vocais. As músicas estavam na memória afetiva de quase todos: "João e Maria", de Sivuca e Chico Buarque, "Índia", guarânia celebrizada por Cascatinha e Inhana, "Tarde em Itapuã", de Vinicius de Moraes e Toquinho, "Chega de Saudade", de Vinicius e Tom Jobim, entre outros. Não faltou "Esperando na Janela", grande sucesso na voz de Gilberto Gil, que é composição de Targino. Assim, com pegada totalmente nordestina, o show terminou e deu espaço para sanfonas de outros sotaques. O gaúcho Renato Borghetti subiu ao palco com sua gaita, um dos muitos nomes que a sanfona recebe em diferentes lugares do Brasil e do mundo. Junto com um violonista excepcional, Daniel Sá, Borghetti foi ovacionado ao longo de um exibição espetacular. Ele tocou o xote gaúcho, menos fluido e mais estacado que o do Nordeste, mas a aprovação foi geral. Para ganhar de vez o público, ele deixou que a plateia cantasse com ele "Felicidade", de seu conterrâneo Lupicinio Rodrigues. Com tanta empolgação, parecia difícil a tarefa do sanfoneiro americano Murl Sanders, escalado para fechar a noite. Mas, simpático e exímio instrumentista, ele ganhou o público. Logo de cara, mostrou uma versão animada de "Ob-La-Di, Ob-La-Da", dos Beatles. Acompanhado de baixo, guitarra e bateria, Sanders emendou canções para fazer o público bater palmas. Seu repertório foi de Van Morrison a George Gershwin, com batidas de música country e Bluegrass. Para encerrar, ensinou a plateia a cantar "I've Got My Mojo Working", do bluesman Muddy Waters, terminando em ampla sintonia com o público de Juazeiro. Com exposição fotográfica, workshops e oficinas de sanfona, o festival prossegue na noite de sexta (15) com os shows de Oswaldinho, Mestrinho e a dupla Argentina Vanina Tagini e Gabriel Merlino. O jornalista viajou a convite do festival
ilustrada
Festival da sanfona na Bahia traz também música gaúcha e americanaSe depender de sua primeira noite de shows, na quinta-feira (14), o 4º Festival Internacional da Sanfona, em Juazeiro, Bahia, pode ser considerado sucesso de público e de crítica. Ficou gente do lado de fora do Centro de Cultura João Gilberto, localizado bem perto do rio São Francisco. Pessoas sentaram no chão da plateia lotada do teatro da instituição, que tem esse nome porque o pai da bossa nova é filho da cidade. E qualquer crítico deve admitir que a escalação de abertura do evento se prestou totalmente a mostrar, com qualidade e empolgação, muitas faces da sanfona. Sempre associado ã música nordestina, o instrumento passeou do Rio Grande do sul até Seattle, norte dos Estados Unidos. O primeiro concerto (a nomenclatura é pomposa, mas adequada) ficou com o Quinteto Sanfônico da Bahia. Comandando um time de peso estava Targino Gondim, sanfoneiro superstar e um dos organizadores do festival, ao lado de Celso de Carvalho. O quinteto veio de uma ideia que Targino lutou para colocar em prática há alguns anos, a criação da Orquestra Sanfônica da Bahia, com pretensões de reunir dezenas de tocadores do instrumento. Enquanto o projeto não progredia, ele passou a fazer show com uma versão reduzida. A formação do quinteto pode mudar, mas o material humano que Targino tem à disposição garante a qualidade. No festival, além de seu criador, o quinteto contou com Gel Barbosa, Rennan Mendes, Marquinhos Café e Sebastian Silva. A apresentação conciliou espaço para que cada um demonstrasse sua habilidade no instrumento com um repertório que exibiu as possibilidades de inclusão da sanfona no cancioneiro popular de vários estilos. Foram tantos sucessos populares que o público assumiu os vocais. As músicas estavam na memória afetiva de quase todos: "João e Maria", de Sivuca e Chico Buarque, "Índia", guarânia celebrizada por Cascatinha e Inhana, "Tarde em Itapuã", de Vinicius de Moraes e Toquinho, "Chega de Saudade", de Vinicius e Tom Jobim, entre outros. Não faltou "Esperando na Janela", grande sucesso na voz de Gilberto Gil, que é composição de Targino. Assim, com pegada totalmente nordestina, o show terminou e deu espaço para sanfonas de outros sotaques. O gaúcho Renato Borghetti subiu ao palco com sua gaita, um dos muitos nomes que a sanfona recebe em diferentes lugares do Brasil e do mundo. Junto com um violonista excepcional, Daniel Sá, Borghetti foi ovacionado ao longo de um exibição espetacular. Ele tocou o xote gaúcho, menos fluido e mais estacado que o do Nordeste, mas a aprovação foi geral. Para ganhar de vez o público, ele deixou que a plateia cantasse com ele "Felicidade", de seu conterrâneo Lupicinio Rodrigues. Com tanta empolgação, parecia difícil a tarefa do sanfoneiro americano Murl Sanders, escalado para fechar a noite. Mas, simpático e exímio instrumentista, ele ganhou o público. Logo de cara, mostrou uma versão animada de "Ob-La-Di, Ob-La-Da", dos Beatles. Acompanhado de baixo, guitarra e bateria, Sanders emendou canções para fazer o público bater palmas. Seu repertório foi de Van Morrison a George Gershwin, com batidas de música country e Bluegrass. Para encerrar, ensinou a plateia a cantar "I've Got My Mojo Working", do bluesman Muddy Waters, terminando em ampla sintonia com o público de Juazeiro. Com exposição fotográfica, workshops e oficinas de sanfona, o festival prossegue na noite de sexta (15) com os shows de Oswaldinho, Mestrinho e a dupla Argentina Vanina Tagini e Gabriel Merlino. O jornalista viajou a convite do festival
1
Maluf é internado no Sírio para cirurgia
O ex-prefeito e deputado federal Paulo Maluf, 84 (PP-SP) foi internado nesta quinta (1º) no Hospital Sírio-Libanês para uma cirurgia na coluna. Ele tinha um problema antigo de hérnia de disco e vinha sofrendo com dores há algum tempo. A operação foi planejada por Maluf e ele deve receber alta em alguns dias.
colunas
Maluf é internado no Sírio para cirurgiaO ex-prefeito e deputado federal Paulo Maluf, 84 (PP-SP) foi internado nesta quinta (1º) no Hospital Sírio-Libanês para uma cirurgia na coluna. Ele tinha um problema antigo de hérnia de disco e vinha sofrendo com dores há algum tempo. A operação foi planejada por Maluf e ele deve receber alta em alguns dias.
10
Hoje na TV: Argentina x Brasil, pela Copa Davis de tênis
11h - Argentina x Brasil, Copa Davis de tênis, SporTV 2 12h - Europeu indoor de Praga, atletismo, Bandsports 15h - PGA Tour, golfe, ESPN 16h30 - Toulouse x O. Marselha, Francês, ESPN+ e SporTV 17h30 - Braga x Porto, Português, ESPN Brasil 18h - Argentina x Equador, Sul-Americano sub-17, SporTV 2 19h - Jogo das Estrelas, NBB, SporTV 20h10 - Uruguai x Bolívia, Sul-Americano sub-17, SporTV 2 21h10 - A. Rafaela x Racing, Argentino, Fox Sports 2 21h30 - Sesi x Osasco, Superliga fem. de vôlei, SporTV 21h30 - Atlanta Hawks x Cleveland Cavaliers, NBA, ESPN 24h - J. Diaz x G. Delgado, boxe, Fox Sports 5h30 - Torneio da Malásia, tênis, Bandsports
esporte
Hoje na TV: Argentina x Brasil, pela Copa Davis de tênis11h - Argentina x Brasil, Copa Davis de tênis, SporTV 2 12h - Europeu indoor de Praga, atletismo, Bandsports 15h - PGA Tour, golfe, ESPN 16h30 - Toulouse x O. Marselha, Francês, ESPN+ e SporTV 17h30 - Braga x Porto, Português, ESPN Brasil 18h - Argentina x Equador, Sul-Americano sub-17, SporTV 2 19h - Jogo das Estrelas, NBB, SporTV 20h10 - Uruguai x Bolívia, Sul-Americano sub-17, SporTV 2 21h10 - A. Rafaela x Racing, Argentino, Fox Sports 2 21h30 - Sesi x Osasco, Superliga fem. de vôlei, SporTV 21h30 - Atlanta Hawks x Cleveland Cavaliers, NBA, ESPN 24h - J. Diaz x G. Delgado, boxe, Fox Sports 5h30 - Torneio da Malásia, tênis, Bandsports
4