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Renúncia acelera corrida entre deputados por presidência da Câmara
A renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) acelerou a corrida entre deputados que tentam cacifar uma candidatura para as eleições de um mandato tampão. O novo presidente da Câmara ficará no cargo por cerca de sete meses, até fevereiro que vem, quando deverá ocorrer uma nova eleição para um mandato de dois anos. O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), tem prazo de cinco sessões para convocar novas eleições e anunciou que elas deverão ocorrer na próxima quinta-feira (14). No entender dos adversários ao grupo de Cunha na Câmara, o peemedebista tem interesse em fazer as novas eleições o mais rápido possível, no começo da semana, pois isso atrapalharia a oposição, que teria pouco tempo, com um final de semana no meio, para articular um nome de consenso. Nas conversas entre os deputados circulam diversos nomes com maior ou menor chance de apresentar uma candidatura: Rogério Rosso (PSD-DF), que seria apoiado por boa parte do grupo ligado a Cunha, Júlio Delgado (PSB-MG), Osmar Serraglio (PMDB-PR), Baleia Rossi (PMDB-SP), Fernando Giacobo (PR-PR), Rodrigo Maia (DEM-RJ), Carlos Manato (SD-ES) e Beto Mansur (PRB-SP). Dois dos principais parlamentares no páreo, Rosso e Delgado, oficialmente negam ser candidatos. Serraglio e Baleia, que tem o apoio do Palácio do Planalto, podem estar dispostos a sacrificar o mandato tampão em prol de uma candidatura em 2017. Em entrevista à imprensa concedida horas depois da renúncia de Cunha, nesta quinta-feira (7), Rogério Rosso disse que não é candidato, mas vai trabalhar para um "candidato de consenso" na base aliada do governo interino de Michel Temer (PMDB-SP). Rosso disse que as eleições deveriam ocorrer "o mais rápido possível" para "evitar um racha na base aliada". Júlio Delgado deu início às conversas políticas para definir uma possível candidatura, desejo que ele ainda não assume em público. Delgado disse a interlocutores que na quarta-feira (6) consultou 20 parlamentares mais próximos e que com certeza apoiariam seu nome. Segundo ele, 14 disseram que ele deveria se lançar já para o mandato tampão e seis opinaram que ele deve se candidatar apenas em fevereiro do ano que vem, para um mandato completo na presidência da Câmara. Dos nomes que estão sendo cogitados, o de Delgado deve ser o menos aceito por Eduardo Cunha. Durante os trabalhos do Conselho de Ética que avaliou denúncia contra Cunha, Delgado fez oposição aberta ao então presidente da Casa. Delgado já foi candidato a presidente da Câmara, em 2014. Ele ficou em terceiro lugar na disputa, com 100 votos. Eduardo Cunha foi eleito com 267 votos, contra 136 dados a Arlindo Chinaglia (PT-SP). Delgado disse a interlocutores que, para ser eleito, seu grupo de apoio, formado pelo seu próprio partido, o PSB, mais o PPS, PDT, uma parte do PSDB, uma do PT e outra do PC do B, deve ter a capacidade de obter votos do chamado "centrão", formado por 12 partidos com mais de 290 parlamentares. Isso sem descuidar a coesão de seu próprio grupo original. Uma parte do PT, por exemplo, estaria inclinada a apoiar uma eventual candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ).
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Renúncia acelera corrida entre deputados por presidência da CâmaraA renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) acelerou a corrida entre deputados que tentam cacifar uma candidatura para as eleições de um mandato tampão. O novo presidente da Câmara ficará no cargo por cerca de sete meses, até fevereiro que vem, quando deverá ocorrer uma nova eleição para um mandato de dois anos. O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), tem prazo de cinco sessões para convocar novas eleições e anunciou que elas deverão ocorrer na próxima quinta-feira (14). No entender dos adversários ao grupo de Cunha na Câmara, o peemedebista tem interesse em fazer as novas eleições o mais rápido possível, no começo da semana, pois isso atrapalharia a oposição, que teria pouco tempo, com um final de semana no meio, para articular um nome de consenso. Nas conversas entre os deputados circulam diversos nomes com maior ou menor chance de apresentar uma candidatura: Rogério Rosso (PSD-DF), que seria apoiado por boa parte do grupo ligado a Cunha, Júlio Delgado (PSB-MG), Osmar Serraglio (PMDB-PR), Baleia Rossi (PMDB-SP), Fernando Giacobo (PR-PR), Rodrigo Maia (DEM-RJ), Carlos Manato (SD-ES) e Beto Mansur (PRB-SP). Dois dos principais parlamentares no páreo, Rosso e Delgado, oficialmente negam ser candidatos. Serraglio e Baleia, que tem o apoio do Palácio do Planalto, podem estar dispostos a sacrificar o mandato tampão em prol de uma candidatura em 2017. Em entrevista à imprensa concedida horas depois da renúncia de Cunha, nesta quinta-feira (7), Rogério Rosso disse que não é candidato, mas vai trabalhar para um "candidato de consenso" na base aliada do governo interino de Michel Temer (PMDB-SP). Rosso disse que as eleições deveriam ocorrer "o mais rápido possível" para "evitar um racha na base aliada". Júlio Delgado deu início às conversas políticas para definir uma possível candidatura, desejo que ele ainda não assume em público. Delgado disse a interlocutores que na quarta-feira (6) consultou 20 parlamentares mais próximos e que com certeza apoiariam seu nome. Segundo ele, 14 disseram que ele deveria se lançar já para o mandato tampão e seis opinaram que ele deve se candidatar apenas em fevereiro do ano que vem, para um mandato completo na presidência da Câmara. Dos nomes que estão sendo cogitados, o de Delgado deve ser o menos aceito por Eduardo Cunha. Durante os trabalhos do Conselho de Ética que avaliou denúncia contra Cunha, Delgado fez oposição aberta ao então presidente da Casa. Delgado já foi candidato a presidente da Câmara, em 2014. Ele ficou em terceiro lugar na disputa, com 100 votos. Eduardo Cunha foi eleito com 267 votos, contra 136 dados a Arlindo Chinaglia (PT-SP). Delgado disse a interlocutores que, para ser eleito, seu grupo de apoio, formado pelo seu próprio partido, o PSB, mais o PPS, PDT, uma parte do PSDB, uma do PT e outra do PC do B, deve ter a capacidade de obter votos do chamado "centrão", formado por 12 partidos com mais de 290 parlamentares. Isso sem descuidar a coesão de seu próprio grupo original. Uma parte do PT, por exemplo, estaria inclinada a apoiar uma eventual candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ).
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Equipe feminina da Chapecoense busca força e inspiração na tragédia
Da trágica morte dos atletas e da delegação da Chapecoense na semana passada, as jogadores do time feminino do clube pretendem tirar força e inspiração. "Virou uma motivação para a equipe. Temos que seguir adiante com o legado que deixaram", diz Laura Brustolin, 17, com um semblante preocupado. Ela é "Chapecoense desde pequena". No futebol de campo, ela joga na lateral direita; na quadra de futsal, é goleira -o time de feminino da Chapecoense foi formado a partir dessa modalidade. Financiado pela prefeitura, as meninas do futsal embarcaram em um projeto no começo de 2016: o futebol de campo da Chapecoense. As jogadoras são pagas para disputar torneios pelo time de futsal da cidade, mas usam a estrutura da Chape para treinar no campo. Desde 2015, o clube disputa competições de futebol feminino. Neste ano, porém, apostou com mais força nas categorias de base. Com um grupo de quase 40 meninas de 14 a 19 anos, a equipe disputou a Copa do Brasil. A Chapecoense foi eliminada na segunda fase pelo Foz Cataratas, um dos times mais tradicionais da modalidade. "Jogamos a vida", diz o coordenador do grupo, Amauri Giordan, 36. Pelas regras, era certo que no ano que vem a equipe disputaria a primeira divisão do Brasileiro. "Nosso objetivo era não cair da Série A durante cinco anos e, em 2020, brigar para ser campeão brasileiro com as mesmas meninas", afirma Amauri. Para tanto, tinha apresentado um plano para 2017 ao presidente da Chapecoense, Sandro Pallaoro -o mandatário estava no avião que caiu na Colômbia, e foi sepultado no último domingo (4). Giordan pedia um investimento do clube de R$ 500 mil no futebol feminino para gastos com treinos, seguro, disputa do torneio e contratação de "quatro ou cinco jogadoras feras do Brasil, para dar um corpo ao time", como a goleira Bárbara, da seleção brasileira feminina. Agora, esse futuro está incerto. "Nesse momento, não podemos pensar nisso. Se o clube disser 'vamos dar uma segurada no projeto', estaremos com eles", diz o coordenador, preocupado primeiro com "as famílias desamparadas dos jogadores, de membros da delegação e de jornalistas" e, depois, com a reconstrução do time. INSPIRAÇÃO Para a volante Rafaela Schinaider, 16, a morte de 71 pessoas na queda do avião na terça-feira (29) "mexeu muito com as atletas". "Mas conversamos sobre o que isso pode significar e resolvemos dar o nosso melhor para representar bem a Chapecoense." Ela diz "não saber o que vai acontecer com o time ainda", mas que todas vão continuar treinando. As meninas encontravam os jogadores de vez em quando na arena ou no refeitório. Conversavam com os atletas da equipe principal e tiravam fotos com eles. Uma das mais novas do time, a meia Bruna Nhaia, a Bruninha, é de Castro, no Paraná. "Não acompanhava muito a Chape, mas eu e as meninas que viemos para cá nos apaixonamos pelo time, que é de guerreiros, muito unido. Assistíamos aos jogos no estádio; eram nossa inspiração", lamenta. Laura, a lateral direita, lembra da visibilidade que o futebol feminino ganhou nos Jogos Olímpicos do Rio. "O campo ganhou bastante espaço e fez todas nós sonharmos com uma perspectiva melhor. Queremos fazer nosso time crescer como os atletas da Chapecoense fizeram com o deles." Ivan Tozzo, presidente em exercício do clube, diz ainda não ter conhecimento sobre os planos do clube para o futebol feminino. Colaborou LUIZ COSENZO, enviado especial a Chapecó (SC) Tragédia em voo da Chapecoense
esporte
Equipe feminina da Chapecoense busca força e inspiração na tragédiaDa trágica morte dos atletas e da delegação da Chapecoense na semana passada, as jogadores do time feminino do clube pretendem tirar força e inspiração. "Virou uma motivação para a equipe. Temos que seguir adiante com o legado que deixaram", diz Laura Brustolin, 17, com um semblante preocupado. Ela é "Chapecoense desde pequena". No futebol de campo, ela joga na lateral direita; na quadra de futsal, é goleira -o time de feminino da Chapecoense foi formado a partir dessa modalidade. Financiado pela prefeitura, as meninas do futsal embarcaram em um projeto no começo de 2016: o futebol de campo da Chapecoense. As jogadoras são pagas para disputar torneios pelo time de futsal da cidade, mas usam a estrutura da Chape para treinar no campo. Desde 2015, o clube disputa competições de futebol feminino. Neste ano, porém, apostou com mais força nas categorias de base. Com um grupo de quase 40 meninas de 14 a 19 anos, a equipe disputou a Copa do Brasil. A Chapecoense foi eliminada na segunda fase pelo Foz Cataratas, um dos times mais tradicionais da modalidade. "Jogamos a vida", diz o coordenador do grupo, Amauri Giordan, 36. Pelas regras, era certo que no ano que vem a equipe disputaria a primeira divisão do Brasileiro. "Nosso objetivo era não cair da Série A durante cinco anos e, em 2020, brigar para ser campeão brasileiro com as mesmas meninas", afirma Amauri. Para tanto, tinha apresentado um plano para 2017 ao presidente da Chapecoense, Sandro Pallaoro -o mandatário estava no avião que caiu na Colômbia, e foi sepultado no último domingo (4). Giordan pedia um investimento do clube de R$ 500 mil no futebol feminino para gastos com treinos, seguro, disputa do torneio e contratação de "quatro ou cinco jogadoras feras do Brasil, para dar um corpo ao time", como a goleira Bárbara, da seleção brasileira feminina. Agora, esse futuro está incerto. "Nesse momento, não podemos pensar nisso. Se o clube disser 'vamos dar uma segurada no projeto', estaremos com eles", diz o coordenador, preocupado primeiro com "as famílias desamparadas dos jogadores, de membros da delegação e de jornalistas" e, depois, com a reconstrução do time. INSPIRAÇÃO Para a volante Rafaela Schinaider, 16, a morte de 71 pessoas na queda do avião na terça-feira (29) "mexeu muito com as atletas". "Mas conversamos sobre o que isso pode significar e resolvemos dar o nosso melhor para representar bem a Chapecoense." Ela diz "não saber o que vai acontecer com o time ainda", mas que todas vão continuar treinando. As meninas encontravam os jogadores de vez em quando na arena ou no refeitório. Conversavam com os atletas da equipe principal e tiravam fotos com eles. Uma das mais novas do time, a meia Bruna Nhaia, a Bruninha, é de Castro, no Paraná. "Não acompanhava muito a Chape, mas eu e as meninas que viemos para cá nos apaixonamos pelo time, que é de guerreiros, muito unido. Assistíamos aos jogos no estádio; eram nossa inspiração", lamenta. Laura, a lateral direita, lembra da visibilidade que o futebol feminino ganhou nos Jogos Olímpicos do Rio. "O campo ganhou bastante espaço e fez todas nós sonharmos com uma perspectiva melhor. Queremos fazer nosso time crescer como os atletas da Chapecoense fizeram com o deles." Ivan Tozzo, presidente em exercício do clube, diz ainda não ter conhecimento sobre os planos do clube para o futebol feminino. Colaborou LUIZ COSENZO, enviado especial a Chapecó (SC) Tragédia em voo da Chapecoense
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Cão cibernético rouba as atenções em conferência futurista no Canadá
Um círculo de pessoas se forma em torno de uma estranha criatura, câmeras a disparar em sua direção, enquanto seu dono chega para pedir que todos deem um passo para trás, como que para não assustá-la. SpotMini tem quatro pernas e age como um cachorrinho, mas na verdade é um robô. Marc Raibert, fundador da Boston Dynamics, tinha acabado de fazer sua apresentação no TED sobre o avanço de suas criaturas eletrônicas, ao lado de outros cientistas que falaram sobre o futuro da inteligência artificial. "Estou aterrorizado", concluiu ao final do painel Chris Anderson, o organizador do evento, que terminou na sexta (28). Mas, quando Raibert levou sua cria para passear pelos corredores do TED, a reação foi oposta. Pessoas chegavam perto para tirar selfies e outras tentavam tocá-la como que para fazer carinho. "Somos como pais orgulhosos", disse Raibert, usando uma festiva camisa havaiana, ao ser questionado sobre o futuro sombrio pintado no painel. De fato, enquanto SpotMini é um robô simpático, mesmo com sua "cabeça" que vira um braço e segura o celular de um curioso, outros robôs que Raibert exibiu parecem mais assustadores. Eles conseguem abrir portas, andar na neve, subir montanhas e mover caixas, mesmo quando alguém se mete em seu caminho: se alguém os chuta, empurra ou derruba, eles voltam a ficar de pé e seguem com suas tarefas. Mas e se eles ficassem mais inteligentes com o tempo e enxergassem os humanos como uma ameaça? Talvez apertar o botão de desliga não seja o suficiente, disse o professor Stuart Russell, autor de um dos livros essenciais da área, "Artificial Intelligence: A Modern Approach". Para Russell, a solução está em desenvolver inteligência artificial "compatível com humanos", focando criaturas altruístas que preenchem suas lacunas de conhecimento com valores de comportamentos humanos. ENTREGADOR A Boston Dynamics, que Raibert lançou em 1992 após experimentos no MIT, foi adquirida em 2013 pelo Google, depois de anos financiada por contratos com militares. Em sua palestra no TED, Raibert mostrou um vídeo de uma versão maior do Spot entregando encomendas nas ruas de Boston. "Eles estão indo muito bem, 70% de acerto", disse. "Há muitas aplicações comerciais possíveis." Raibert ainda não vive com nenhum robô, ainda que consiga fazer SpotMini pegar uma lata de refrigerante e entregar em sua mão, como fez no palco do TED. Sua empresa utiliza um galpão no qual construiu uma casa fictícia, onde robôs podem circular pela cozinha e pela sala de jantar, ambientes que são verdadeiros desafios por causa do espaço apertado. E, quando eles param de funcionar, como na noite anterior de sua apresentação, há sempre um engenheiro para consertar. "Eles quebram o tempo todo. É a vida."
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Cão cibernético rouba as atenções em conferência futurista no CanadáUm círculo de pessoas se forma em torno de uma estranha criatura, câmeras a disparar em sua direção, enquanto seu dono chega para pedir que todos deem um passo para trás, como que para não assustá-la. SpotMini tem quatro pernas e age como um cachorrinho, mas na verdade é um robô. Marc Raibert, fundador da Boston Dynamics, tinha acabado de fazer sua apresentação no TED sobre o avanço de suas criaturas eletrônicas, ao lado de outros cientistas que falaram sobre o futuro da inteligência artificial. "Estou aterrorizado", concluiu ao final do painel Chris Anderson, o organizador do evento, que terminou na sexta (28). Mas, quando Raibert levou sua cria para passear pelos corredores do TED, a reação foi oposta. Pessoas chegavam perto para tirar selfies e outras tentavam tocá-la como que para fazer carinho. "Somos como pais orgulhosos", disse Raibert, usando uma festiva camisa havaiana, ao ser questionado sobre o futuro sombrio pintado no painel. De fato, enquanto SpotMini é um robô simpático, mesmo com sua "cabeça" que vira um braço e segura o celular de um curioso, outros robôs que Raibert exibiu parecem mais assustadores. Eles conseguem abrir portas, andar na neve, subir montanhas e mover caixas, mesmo quando alguém se mete em seu caminho: se alguém os chuta, empurra ou derruba, eles voltam a ficar de pé e seguem com suas tarefas. Mas e se eles ficassem mais inteligentes com o tempo e enxergassem os humanos como uma ameaça? Talvez apertar o botão de desliga não seja o suficiente, disse o professor Stuart Russell, autor de um dos livros essenciais da área, "Artificial Intelligence: A Modern Approach". Para Russell, a solução está em desenvolver inteligência artificial "compatível com humanos", focando criaturas altruístas que preenchem suas lacunas de conhecimento com valores de comportamentos humanos. ENTREGADOR A Boston Dynamics, que Raibert lançou em 1992 após experimentos no MIT, foi adquirida em 2013 pelo Google, depois de anos financiada por contratos com militares. Em sua palestra no TED, Raibert mostrou um vídeo de uma versão maior do Spot entregando encomendas nas ruas de Boston. "Eles estão indo muito bem, 70% de acerto", disse. "Há muitas aplicações comerciais possíveis." Raibert ainda não vive com nenhum robô, ainda que consiga fazer SpotMini pegar uma lata de refrigerante e entregar em sua mão, como fez no palco do TED. Sua empresa utiliza um galpão no qual construiu uma casa fictícia, onde robôs podem circular pela cozinha e pela sala de jantar, ambientes que são verdadeiros desafios por causa do espaço apertado. E, quando eles param de funcionar, como na noite anterior de sua apresentação, há sempre um engenheiro para consertar. "Eles quebram o tempo todo. É a vida."
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Rio ergue arena 'secreta' para disputa do boxe na Olimpíada
Operários estão há dois meses no canteiro de obras. O projeto está desenhado desde março deste ano. A edificação, que custará R$ 50 milhões, ocupa uma área de 7.200 metros quadrados e terá uma altura de 15 metros. Mesmo em estágio avançado, a construção do pavilhão 6 do Riocentro, sede da competição de boxe na Olimpíada de 2016, não consta na Matriz de Responsabilidades, documento que detalha projetos, custos e responsáveis por cada obra da Olimpíada. No "Diário Oficial", o contrato da obra foi publicado de forma que impedia a identificação clara do acordo, fechado sem licitação. Em agosto, a Folha revelou que governos omitiram mais de R$ 400 milhões em gastos com os Jogos na atualização da Matriz. A ausência do pavilhão 6 do Riocentro, cuja identificação não era possível à época, é o primeiro caso de ocultação de gasto com uma arena. Com ela, o gasto com obras para a Olimpíada não registrada nos documentos oficiais chega a R$ 489 milhões. O custo oficial dos Jogos é, até o momento, R$ 38,7 bilhões. A Prefeitura do Rio disse que ela não foi incluída porque a obra ainda não havia começado. O município afirmou que o projeto estará na próxima atualização do documento, em janeiro de 2016. Desde a sua primeira divulgação, em janeiro de 2014, a Matriz apresenta tanto obras concluídas como projetos ainda sem custo definido. O objetivo é justamente dar transparência em relação à evolução das construções e seu custo, quando disponível. A Matriz foi criada pela APO (Autoridade Pública Olímpica) como forma de prestação de contas à sociedade sobre o prazo das obras e seus custos. Ela também é usada como orientador para a fiscalização de órgãos de controle, como o TCU (Tribunal de Contas da União). A omissão dificulta cobranças sobre eventuais atrasos ou estouro de custo. Segundo a Folha apurou, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) tem evitado incluir na Matriz obras sem custo. O objetivo é apresentar a Matriz sempre com projetos próximos de conclusão. Na data da última divulgação, em agosto, a arena de boxe já tinha preço estimado, mas a obra ainda não havia começado. Com conclusão prevista para março de 2016, o espaço não vai sediar nenhum evento-teste dos Jogos. O torneio internacional de boxe está previsto para acontecer no pavilhão 4 do Riocentro, entre 4 e 6 de dezembro deste ano. São esperados 78 atletas de 40 países. ACORDO A prefeitura fechou acordo sem licitação com a francesa GL events, concessionária do Riocentro, que vai pagar a obra. Ela será concluída em março de 2016. Em troca, a empresa teve a concessão da Arena Olímpica do Rio, que também administra, quadruplicada. O contrato que terminaria no ano que vem foi estendido por 30 anos, vencendo em 2046. Além da construção do novo pavilhão no Riocentro, a empresa vai modernizar a infraestrutura do centro de convenções, palco de quatro modalidades olímpicas, e da Arena, sede da ginástica nos Jogos de 2016. O total a ser investido é R$ 72 milhões. No "Diário Oficial" do município, o acordo foi oficializado com três publicações com duas linhas cada em três dias diferentes. Eles não informam o assunto, o nome da empresa e sequer a obra a ser executada. Indicam apenas o número do processo e a existência de um aditamento à concessão -sem detalhar as mudanças. A intenção inicial era que a arena de boxe fosse uma instalação temporária. O CEO da GL events, Arthur Repsold, disse que em março foi definido como melhor opção um pavilhão permanente. "Uma instalação temporária com 15 metros de pé direito tem uma fundação igual a uma permanente para poder resistir ao vento. O custo estava quase igual, então a prefeitura decidiu investir em algo que ficasse como legado", disse Repsold. De acordo com o executivo, a negociação vem desde o ano passado. Ele afirma que o acordo foi concluído "entre fevereiro e março". Detalhes burocráticos fizeram com que o contrato só fosse oficializado em 3 setembro deste ano. Gastos secretos da Rio-2016 OUTRO LADO A Prefeitura do Rio afirmou, via assessoria de imprensa, que a construção do novo pavilhão do Riocentro, sede das competições de boxe na Olimpíada de 2016, estará descrita na Matriz de Responsabilidades na próxima atualização, em janeiro. O município afirmou que ela não foi incluída na última atualização, apresentada em agosto, porque o acordo com a GL events, responsável por custear a obra, ainda não havia sido assinado. A Folha apurou que o projeto e a estimativa de custos estavam, contudo, definidos desde março. A Matriz, que descreve as obras ligadas aos Jogos e seus preços, prevê inclusão de projetos desde o início da confecção da proposta básica, ainda que sem definição de gasto. Em agosto, quando a Folha revelou a omissão de mais de R$ 400 milhões em obras olímpicas em documentos dos Jogos, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), reconheceu a possibilidade de existir uma "contabilidade paralela". À época, ele afirmou que alguns dos itens apontados se tratavam de "custos marginais". O secretário municipal de Concessões e Parcerias Público Privadas, Jorge Arraes, afirmou que o município só "é obrigado a publicar o extrato do contrato". A publicação no "Diário Oficial" não descreve o local da obra e os termos do acordo. Questionado, o município não explicou porque decidiu não fazer licitação para a realização da obra. O CEO da GL events, Arthur Repsold, disse que o acordo foi fechado após "negociação pesada da prefeitura". "Não era um investimento que estava no nossos planos. Ela fez uma negociação forte para que assumíssemos os custos", afirmou. Compare os gastos da Rio-2016
esporte
Rio ergue arena 'secreta' para disputa do boxe na OlimpíadaOperários estão há dois meses no canteiro de obras. O projeto está desenhado desde março deste ano. A edificação, que custará R$ 50 milhões, ocupa uma área de 7.200 metros quadrados e terá uma altura de 15 metros. Mesmo em estágio avançado, a construção do pavilhão 6 do Riocentro, sede da competição de boxe na Olimpíada de 2016, não consta na Matriz de Responsabilidades, documento que detalha projetos, custos e responsáveis por cada obra da Olimpíada. No "Diário Oficial", o contrato da obra foi publicado de forma que impedia a identificação clara do acordo, fechado sem licitação. Em agosto, a Folha revelou que governos omitiram mais de R$ 400 milhões em gastos com os Jogos na atualização da Matriz. A ausência do pavilhão 6 do Riocentro, cuja identificação não era possível à época, é o primeiro caso de ocultação de gasto com uma arena. Com ela, o gasto com obras para a Olimpíada não registrada nos documentos oficiais chega a R$ 489 milhões. O custo oficial dos Jogos é, até o momento, R$ 38,7 bilhões. A Prefeitura do Rio disse que ela não foi incluída porque a obra ainda não havia começado. O município afirmou que o projeto estará na próxima atualização do documento, em janeiro de 2016. Desde a sua primeira divulgação, em janeiro de 2014, a Matriz apresenta tanto obras concluídas como projetos ainda sem custo definido. O objetivo é justamente dar transparência em relação à evolução das construções e seu custo, quando disponível. A Matriz foi criada pela APO (Autoridade Pública Olímpica) como forma de prestação de contas à sociedade sobre o prazo das obras e seus custos. Ela também é usada como orientador para a fiscalização de órgãos de controle, como o TCU (Tribunal de Contas da União). A omissão dificulta cobranças sobre eventuais atrasos ou estouro de custo. Segundo a Folha apurou, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) tem evitado incluir na Matriz obras sem custo. O objetivo é apresentar a Matriz sempre com projetos próximos de conclusão. Na data da última divulgação, em agosto, a arena de boxe já tinha preço estimado, mas a obra ainda não havia começado. Com conclusão prevista para março de 2016, o espaço não vai sediar nenhum evento-teste dos Jogos. O torneio internacional de boxe está previsto para acontecer no pavilhão 4 do Riocentro, entre 4 e 6 de dezembro deste ano. São esperados 78 atletas de 40 países. ACORDO A prefeitura fechou acordo sem licitação com a francesa GL events, concessionária do Riocentro, que vai pagar a obra. Ela será concluída em março de 2016. Em troca, a empresa teve a concessão da Arena Olímpica do Rio, que também administra, quadruplicada. O contrato que terminaria no ano que vem foi estendido por 30 anos, vencendo em 2046. Além da construção do novo pavilhão no Riocentro, a empresa vai modernizar a infraestrutura do centro de convenções, palco de quatro modalidades olímpicas, e da Arena, sede da ginástica nos Jogos de 2016. O total a ser investido é R$ 72 milhões. No "Diário Oficial" do município, o acordo foi oficializado com três publicações com duas linhas cada em três dias diferentes. Eles não informam o assunto, o nome da empresa e sequer a obra a ser executada. Indicam apenas o número do processo e a existência de um aditamento à concessão -sem detalhar as mudanças. A intenção inicial era que a arena de boxe fosse uma instalação temporária. O CEO da GL events, Arthur Repsold, disse que em março foi definido como melhor opção um pavilhão permanente. "Uma instalação temporária com 15 metros de pé direito tem uma fundação igual a uma permanente para poder resistir ao vento. O custo estava quase igual, então a prefeitura decidiu investir em algo que ficasse como legado", disse Repsold. De acordo com o executivo, a negociação vem desde o ano passado. Ele afirma que o acordo foi concluído "entre fevereiro e março". Detalhes burocráticos fizeram com que o contrato só fosse oficializado em 3 setembro deste ano. Gastos secretos da Rio-2016 OUTRO LADO A Prefeitura do Rio afirmou, via assessoria de imprensa, que a construção do novo pavilhão do Riocentro, sede das competições de boxe na Olimpíada de 2016, estará descrita na Matriz de Responsabilidades na próxima atualização, em janeiro. O município afirmou que ela não foi incluída na última atualização, apresentada em agosto, porque o acordo com a GL events, responsável por custear a obra, ainda não havia sido assinado. A Folha apurou que o projeto e a estimativa de custos estavam, contudo, definidos desde março. A Matriz, que descreve as obras ligadas aos Jogos e seus preços, prevê inclusão de projetos desde o início da confecção da proposta básica, ainda que sem definição de gasto. Em agosto, quando a Folha revelou a omissão de mais de R$ 400 milhões em obras olímpicas em documentos dos Jogos, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), reconheceu a possibilidade de existir uma "contabilidade paralela". À época, ele afirmou que alguns dos itens apontados se tratavam de "custos marginais". O secretário municipal de Concessões e Parcerias Público Privadas, Jorge Arraes, afirmou que o município só "é obrigado a publicar o extrato do contrato". A publicação no "Diário Oficial" não descreve o local da obra e os termos do acordo. Questionado, o município não explicou porque decidiu não fazer licitação para a realização da obra. O CEO da GL events, Arthur Repsold, disse que o acordo foi fechado após "negociação pesada da prefeitura". "Não era um investimento que estava no nossos planos. Ela fez uma negociação forte para que assumíssemos os custos", afirmou. Compare os gastos da Rio-2016
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'Burburinho' ligou alerta sobre roubo; infografia mostra a estrutura do túnel
Foi a partir de um "burburinho" ouvido há três meses que a Polícia Civil passou a investigar o que poderia ter sido o maior assalto a banco do país –R$ 1 bilhão, segundo as investigações que levaram à prisão de 16 pessoas em São Paulo na noite de segunda (2). "Como cada meio tem a sua fofoca, a sua conversa, começa-se a falar na área criminosa, às vezes um advogado, às vezes um criminoso: 'Nossa, parece que vai ter um roubo bilionário'", disse o delegado Fábio Pinheiro Lopes, responsável pela operação. Os suspeitos presos planejavam um roubo de R$ 1 bilhão de uma base de distribuição do Banco do Brasil na zona sul de SP, segundo a polícia. Eles teriam investido R$ 4 milhões no crime e usaram equipamento sofisticado e alto conhecimento técnico. Identificada a quadrilha suspeita de planejar o assalto, os investigadores alugaram, há um mês, um imóvel nas proximidades do que seria o QG do grupo, um galpão no extremo norte da cidade –um local antes pacato, mas que há três meses passou a ter movimentação intensa. Com a suspeita de que a cifra chegaria a R$ 1 bi, a polícia restringiu a busca a locais que poderiam armazenar esse montante e chegou à essa base de distribuição do Banco do Brasil na Chácara Santo Antônio –o local visado, centro que guarda depósitos compulsórios de bancos, pode armazenar até R$ 5 bilhões. Em junho, os bandidos usaram documento falso e alugaram uma casa a 650 metros do banco, por R$ 2.000 mensais –chegaram a atrasar o aluguel uma vez. A partir daí, passaram a escavar o túnel. Para evitar serem vistos da rua, os bandidos trocaram o portão da casa. Fizeram pouco barulho durante as escavações –exceto no momento de quebrar o piso, pois o terreno na região é argiloso. Na manhã desta terça (3), as paredes e chão do imóvel estavam sujos de terra, e havia um gerador e uma série de colchões empilhados. O túnel que sai da casa vai até a galeria de águas pluviais da prefeitura. Os bandidos aproveitaram essa estrutura, que passa perto do banco, e a partir dela cavaram a última parte do túnel, até um cofre da instituição. "A gente procurou o pessoal do banco, que falou: 'Não, lá não tem como isso ocorrer'. A gente pediu uma vistoria e eles detectaram uma rachadura em um dos cofres, que seria o alvo da quadrilha", diz o delegado, que suspeita do envolvimento de algum funcionário terceirizado, prestador de serviço do banco. O túnel já estava pronto, e os bandidos montavam a estrutura dos trilhos em outro imóvel. Para a polícia, o roubo ocorreria possivelmente nesta sexta (6). No momento da prisão, ninguém reagiu, e nenhuma arma foi achada. No imóvel usado como base da quadrilha, foi encontrada uma máquina de solda e corte a plasma –geralmente utilizada para cortar aço de navio, mas que serviria para construir a estrutura de escoamento do dinheiro, com mil metros de trilho e dez carrinhos. Entre as 16 pessoas presas havia um serralheiro. Túnel A polícia também suspeita da participação de um engenheiro ou mestre de obras no planejamento da escavação do túnel, que tem cerca de 500 metros e que liga a residência alugada pelos bandidos ao banco. Diz ainda diz que pode haver quatro foragidos, mas que os chefes foram pegos. O grupo deve responder por formação de quadrilha e tentativa de furto –um suspeito pode ser acusado ainda de falsidade ideológica, por usar documento falso. Dos 16 presos, quatro não tinham passagem pela polícia, e dois eram procurados. O delegado diz ver ligações do líder do grupo, Alceu Ceu, 35, com outros casos, como o roubo a uma transportadora de valores no Paraguai em abril. O delegado diz não ter informações do envolvimento de Ceu com a facção PCC.
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'Burburinho' ligou alerta sobre roubo; infografia mostra a estrutura do túnelFoi a partir de um "burburinho" ouvido há três meses que a Polícia Civil passou a investigar o que poderia ter sido o maior assalto a banco do país –R$ 1 bilhão, segundo as investigações que levaram à prisão de 16 pessoas em São Paulo na noite de segunda (2). "Como cada meio tem a sua fofoca, a sua conversa, começa-se a falar na área criminosa, às vezes um advogado, às vezes um criminoso: 'Nossa, parece que vai ter um roubo bilionário'", disse o delegado Fábio Pinheiro Lopes, responsável pela operação. Os suspeitos presos planejavam um roubo de R$ 1 bilhão de uma base de distribuição do Banco do Brasil na zona sul de SP, segundo a polícia. Eles teriam investido R$ 4 milhões no crime e usaram equipamento sofisticado e alto conhecimento técnico. Identificada a quadrilha suspeita de planejar o assalto, os investigadores alugaram, há um mês, um imóvel nas proximidades do que seria o QG do grupo, um galpão no extremo norte da cidade –um local antes pacato, mas que há três meses passou a ter movimentação intensa. Com a suspeita de que a cifra chegaria a R$ 1 bi, a polícia restringiu a busca a locais que poderiam armazenar esse montante e chegou à essa base de distribuição do Banco do Brasil na Chácara Santo Antônio –o local visado, centro que guarda depósitos compulsórios de bancos, pode armazenar até R$ 5 bilhões. Em junho, os bandidos usaram documento falso e alugaram uma casa a 650 metros do banco, por R$ 2.000 mensais –chegaram a atrasar o aluguel uma vez. A partir daí, passaram a escavar o túnel. Para evitar serem vistos da rua, os bandidos trocaram o portão da casa. Fizeram pouco barulho durante as escavações –exceto no momento de quebrar o piso, pois o terreno na região é argiloso. Na manhã desta terça (3), as paredes e chão do imóvel estavam sujos de terra, e havia um gerador e uma série de colchões empilhados. O túnel que sai da casa vai até a galeria de águas pluviais da prefeitura. Os bandidos aproveitaram essa estrutura, que passa perto do banco, e a partir dela cavaram a última parte do túnel, até um cofre da instituição. "A gente procurou o pessoal do banco, que falou: 'Não, lá não tem como isso ocorrer'. A gente pediu uma vistoria e eles detectaram uma rachadura em um dos cofres, que seria o alvo da quadrilha", diz o delegado, que suspeita do envolvimento de algum funcionário terceirizado, prestador de serviço do banco. O túnel já estava pronto, e os bandidos montavam a estrutura dos trilhos em outro imóvel. Para a polícia, o roubo ocorreria possivelmente nesta sexta (6). No momento da prisão, ninguém reagiu, e nenhuma arma foi achada. No imóvel usado como base da quadrilha, foi encontrada uma máquina de solda e corte a plasma –geralmente utilizada para cortar aço de navio, mas que serviria para construir a estrutura de escoamento do dinheiro, com mil metros de trilho e dez carrinhos. Entre as 16 pessoas presas havia um serralheiro. Túnel A polícia também suspeita da participação de um engenheiro ou mestre de obras no planejamento da escavação do túnel, que tem cerca de 500 metros e que liga a residência alugada pelos bandidos ao banco. Diz ainda diz que pode haver quatro foragidos, mas que os chefes foram pegos. O grupo deve responder por formação de quadrilha e tentativa de furto –um suspeito pode ser acusado ainda de falsidade ideológica, por usar documento falso. Dos 16 presos, quatro não tinham passagem pela polícia, e dois eram procurados. O delegado diz ver ligações do líder do grupo, Alceu Ceu, 35, com outros casos, como o roubo a uma transportadora de valores no Paraguai em abril. O delegado diz não ter informações do envolvimento de Ceu com a facção PCC.
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Ministro alemão pede que Pegida desconvoque passeata islamofóbica
O ministro de Justiça da Alemanha, Heiko Maas, pressionou neste domingo (11) o movimento "Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente" (Pegida) a desconvocar sua manifestação silenciosa marcada para esta segunda-feira (12) e que pretende ser de luto pelas vítimas da revista francesa "Charlie Hebdo". "Se têm um pingo de decência, deveriam desconvocar sua manifestação", apontou Maas, do Partido Social-Democrata (SPD), em declarações que serão divulgadas na segunda (12) pelo jornal "Bild", e foram antecipadas hoje. O ministro alemão classificou como "repugnante" a pretensão do movimento de instrumentalizar o "atroz atentado" contra a revista, e lembrou que a própria Pegida acusava uma semana atrás a imprensa de assédio e de difamar o movimento. O Pegida convocou para amanhã sua 12ª manifestação em Dresden, a cidade onde se originou esse movimento e onde foram crescendo essas convocações, até alcançarem o número de 18 mil seguidores, uma semana atrás. Nesta ocasião, o movimento pediu em sua conta no Facebook que levem papeis negros pelas vítimas de "Charlie Hebdo", um atentado que, segundo uma mensagem dos líderes do movimento, reforça suas advertências contra o islã. Cerca de 35 mil manifestantes, segundo números das autoridades de Dresden, se somaram no sábado (10) à manifestação convocada na cidade a favor da tolerância e em resposta às passeatas de segunda-feira do Pegida. A manifestação, liderada pelo primeiro-ministro do "Land", o conservador Stalislaw Tillich, passou pela Frauenkirche, a igreja mais emblemática de Dresden, destruída pelos bombardeios da Segunda Guerra Mundial e reconstruída com donativos de todo o mundo. "Não deixaremos que o ódio nos divida", era o lema da passeata, expressão de rejeição da população ao Pegida. Foi a maior mobilização até agora na Alemanha contra esse movimento islamofóbico, seguida por outras em várias cidades do país. A comoção após o atentado de Paris multiplicou, por um lado, as convocações contra a islamofobia e, por outro, as advertências do Pegida de que o Islã é uma ameaça. O Conselho Central dos Muçulmanos da Alemanha chamou os partidos do espectro parlamentar a apoiar sua concentração, na próxima terça-feira (13), diante do Portão de Brandemburgo de Berlim. A chanceler Angela Merkel, que neste domingo (11) participou da manifestação de Paris com vários de seus ministros, garantiu o respaldo da União Democrata-Cristã (CDU) à convocação do coletivo muçulmano. Em sentido parecido, se pronunciaram a direção das principais formações políticas, tanto o governante Partido Social-Democrata (SPD) como os opositores Verdes.
mundo
Ministro alemão pede que Pegida desconvoque passeata islamofóbicaO ministro de Justiça da Alemanha, Heiko Maas, pressionou neste domingo (11) o movimento "Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente" (Pegida) a desconvocar sua manifestação silenciosa marcada para esta segunda-feira (12) e que pretende ser de luto pelas vítimas da revista francesa "Charlie Hebdo". "Se têm um pingo de decência, deveriam desconvocar sua manifestação", apontou Maas, do Partido Social-Democrata (SPD), em declarações que serão divulgadas na segunda (12) pelo jornal "Bild", e foram antecipadas hoje. O ministro alemão classificou como "repugnante" a pretensão do movimento de instrumentalizar o "atroz atentado" contra a revista, e lembrou que a própria Pegida acusava uma semana atrás a imprensa de assédio e de difamar o movimento. O Pegida convocou para amanhã sua 12ª manifestação em Dresden, a cidade onde se originou esse movimento e onde foram crescendo essas convocações, até alcançarem o número de 18 mil seguidores, uma semana atrás. Nesta ocasião, o movimento pediu em sua conta no Facebook que levem papeis negros pelas vítimas de "Charlie Hebdo", um atentado que, segundo uma mensagem dos líderes do movimento, reforça suas advertências contra o islã. Cerca de 35 mil manifestantes, segundo números das autoridades de Dresden, se somaram no sábado (10) à manifestação convocada na cidade a favor da tolerância e em resposta às passeatas de segunda-feira do Pegida. A manifestação, liderada pelo primeiro-ministro do "Land", o conservador Stalislaw Tillich, passou pela Frauenkirche, a igreja mais emblemática de Dresden, destruída pelos bombardeios da Segunda Guerra Mundial e reconstruída com donativos de todo o mundo. "Não deixaremos que o ódio nos divida", era o lema da passeata, expressão de rejeição da população ao Pegida. Foi a maior mobilização até agora na Alemanha contra esse movimento islamofóbico, seguida por outras em várias cidades do país. A comoção após o atentado de Paris multiplicou, por um lado, as convocações contra a islamofobia e, por outro, as advertências do Pegida de que o Islã é uma ameaça. O Conselho Central dos Muçulmanos da Alemanha chamou os partidos do espectro parlamentar a apoiar sua concentração, na próxima terça-feira (13), diante do Portão de Brandemburgo de Berlim. A chanceler Angela Merkel, que neste domingo (11) participou da manifestação de Paris com vários de seus ministros, garantiu o respaldo da União Democrata-Cristã (CDU) à convocação do coletivo muçulmano. Em sentido parecido, se pronunciaram a direção das principais formações políticas, tanto o governante Partido Social-Democrata (SPD) como os opositores Verdes.
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Irã tentou barrar saída da família de repórter dos EUA libertado após pacto
As autoridades iranianas "continuaram a manipular" o jornalista do "Washington Post" Jason Rezaian, 39, até o momento em que foi libertado junto a outros quatro americanos em uma troca de prisioneiros no fim de semana, disse seu irmão nesta segunda-feira (18). Um acordo de troca foi negociado entre Washington e Teerã, mas, no último minuto, as autoridades iranianas tentaram impedir a mulher do jornalista iraniano-americano, Yeganeh Salehi, de deixar o país com ele, disse Ali Rezaian à emissora CNN. "Os iranianos, como têm sempre feito, continuaram a manipulá-los, continuaram e tentar atrapalhá-los e barrar a saída de Yeggie por algum tempo", declarou Ali em uma entrevista próximo a um hospital militar dos EUA em Landstuhl, na Alemanha. "Os EUA mantiveram sua posição, de que Yeggie tinha que vir com Jason, e tiraram ela dali", afirmou. O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse nesta segunda-feira que um atraso na decolagem do avião que tirou algum dos prisioneiros do Irã foi parcialmente provocado por um "desentendimento temporário" sobre a presença no avião da mãe de Rezaian, Mary, e de sua mulher, que também é jornalista, conforme havia sido combinado. Depois, confirmou-se que elas estavam de fato no avião. A troca de prisioneiros coincidiu com a derrubada de grande parte das sanções internacionais contra o Irã após a confirmação de que o regime de Teerã cumpriu com exigências de um acordo para conter seu programa nuclear. Rezaian e dois outros cidadãos iranianos-americanos chegaram no domingo (17) a Landstuhl para exames médicos. Editores do "Washington Post" viajaram à Alemanha para encontrar Rezaian, que apareceu em uma foto no site do jornal vestindo um moletom cinza e disse estar se sentindo bem. - FIM DO ISOLAMENTO IRANIANO Reaproximação com Irã assusta antigos aliados dos EUA Fim do isolamento iraniano - "Eu quero que as pessoas saibam que fisicamente eu estou me sentindo bem", disse Rezaian, segundo o jornal. "Eu sei que as pessoas querem ouvir de mim, mas eu quero processar isso por um tempo." Um dos editores de Rezaian, Doug Jelh, disse à CNN que o jornalista passou 49 dias na solitária antes de ser levado a uma cela de 24 metros quadrados com um companheiro. "Ele não tinha certeza até a saída de seu avião de que sua agonia tinha acabado, disse Jehl. AIATOLÁ Em sua primeira declaração pública desde o fim das sanções contra o Irã, o líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei, expressou "pessimismo" em relação às intenções dos EUA e pediu "atenção sobre as outras partes para que cumpram com seus compromissos" do acordo nuclear. "Eu reitero a necessidade de estar vigilante sobre fraudes e traições de países arrogantes, especialmente os EUA, nessa questão [nuclear] e em outras", afirmou Khamenei. Menos de 24 horas após a Casa Branca e a União Europeia levantarem as sanções, o governo dos EUA anunciou novas medidas de retaliação contra 11 indivíduos e empresas envolvidos no fornecimento de tecnologia usada em um teste de mísseis balísticos realizado pelo Irã em outubro. O regime iraniano considerou as novas sanções "ilegítimas" e prometeu desenvolver "mais do que nunca" seu programa de mísseis balísticos e suas capacidades de defesa.
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Irã tentou barrar saída da família de repórter dos EUA libertado após pactoAs autoridades iranianas "continuaram a manipular" o jornalista do "Washington Post" Jason Rezaian, 39, até o momento em que foi libertado junto a outros quatro americanos em uma troca de prisioneiros no fim de semana, disse seu irmão nesta segunda-feira (18). Um acordo de troca foi negociado entre Washington e Teerã, mas, no último minuto, as autoridades iranianas tentaram impedir a mulher do jornalista iraniano-americano, Yeganeh Salehi, de deixar o país com ele, disse Ali Rezaian à emissora CNN. "Os iranianos, como têm sempre feito, continuaram a manipulá-los, continuaram e tentar atrapalhá-los e barrar a saída de Yeggie por algum tempo", declarou Ali em uma entrevista próximo a um hospital militar dos EUA em Landstuhl, na Alemanha. "Os EUA mantiveram sua posição, de que Yeggie tinha que vir com Jason, e tiraram ela dali", afirmou. O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse nesta segunda-feira que um atraso na decolagem do avião que tirou algum dos prisioneiros do Irã foi parcialmente provocado por um "desentendimento temporário" sobre a presença no avião da mãe de Rezaian, Mary, e de sua mulher, que também é jornalista, conforme havia sido combinado. Depois, confirmou-se que elas estavam de fato no avião. A troca de prisioneiros coincidiu com a derrubada de grande parte das sanções internacionais contra o Irã após a confirmação de que o regime de Teerã cumpriu com exigências de um acordo para conter seu programa nuclear. Rezaian e dois outros cidadãos iranianos-americanos chegaram no domingo (17) a Landstuhl para exames médicos. Editores do "Washington Post" viajaram à Alemanha para encontrar Rezaian, que apareceu em uma foto no site do jornal vestindo um moletom cinza e disse estar se sentindo bem. - FIM DO ISOLAMENTO IRANIANO Reaproximação com Irã assusta antigos aliados dos EUA Fim do isolamento iraniano - "Eu quero que as pessoas saibam que fisicamente eu estou me sentindo bem", disse Rezaian, segundo o jornal. "Eu sei que as pessoas querem ouvir de mim, mas eu quero processar isso por um tempo." Um dos editores de Rezaian, Doug Jelh, disse à CNN que o jornalista passou 49 dias na solitária antes de ser levado a uma cela de 24 metros quadrados com um companheiro. "Ele não tinha certeza até a saída de seu avião de que sua agonia tinha acabado, disse Jehl. AIATOLÁ Em sua primeira declaração pública desde o fim das sanções contra o Irã, o líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei, expressou "pessimismo" em relação às intenções dos EUA e pediu "atenção sobre as outras partes para que cumpram com seus compromissos" do acordo nuclear. "Eu reitero a necessidade de estar vigilante sobre fraudes e traições de países arrogantes, especialmente os EUA, nessa questão [nuclear] e em outras", afirmou Khamenei. Menos de 24 horas após a Casa Branca e a União Europeia levantarem as sanções, o governo dos EUA anunciou novas medidas de retaliação contra 11 indivíduos e empresas envolvidos no fornecimento de tecnologia usada em um teste de mísseis balísticos realizado pelo Irã em outubro. O regime iraniano considerou as novas sanções "ilegítimas" e prometeu desenvolver "mais do que nunca" seu programa de mísseis balísticos e suas capacidades de defesa.
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Governo apresenta Orçamento de 2016 com R$ 30,5 bi de deficit
O governo entregou ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), nesta segunda-feira (31), a proposta de Orçamento da União de 2016 com a previsão de deficit primário de R$ 30,5 bilhões, o que representa 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto). A peça foi apresentada pelos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento). "Devido ao cenário de receitas e, mesmo após o nosso esforço de contenção do crescimento de gastos tanto obrigatórios quanto discricionários, ainda assim, não será possível cumprir a nossa meta anterior de resultado primário que era de R$ 34 bilhões. Diante do novo cenário de receitas e despesas, nós teremos nossa previsão, para o próximo ano, de um déficit primário de R$ 30,5 bilhões", anunciou Barbosa. Segundo o ministro, a previsão de crescimento da economia para 2016 é de 0,2%, e a para a inflação, de 5,4%. O salário mínimo proposto passa dos atuais R$ 788 para R$ 865,50. Como a proposta ainda será analisada pelos parlamentares, o valor pode ser alterado. O ministro indicou que o governo deverá atuar sobre gastos obrigatórios da União para poder reequilibrar o orçamento. No entanto, qualquer mudança neste tipo de gasto precisa da aprovação do Congresso. "Existem várias formas de enfrentar essa situação, de reduzir esse déficit ao longo do próximo ano mas isso envolve principalmente uma atuação sobre os chamados gastos obrigatórios da União, que são determinados por lei. Qualquer atuação sobre um gasto obrigatório necessita de uma proposta legal", disse Barbosa. O governo decidiu neste domingo (30) enviar o Orçamento com deficit após desistir de recriar a CPMF, o chamado imposto do cheque. Sem os recursos do tributo, o governo optou por enviar um "orçamento realista e transparente", sem receitas garantidas e que poderiam não vingar. A decisão foi informada pela própria presidente Dilma Rousseff no domingo à noite a líderes aliados, entre eles o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Orçamento 2016 As previsões do governo MUDANÇA DE ATITUDE Após a entrega do orçamento, Renan classificou a peça como uma "mudança de atitude" do governo, sendo "menos ficção e mais realismo". "Esse orçamento deficitário significa uma mudança de atitude. Pelo menos é um orçamento mais verdadeiro, mais realista e mobiliza a todos no sentido de que precisamos continuar trabalhando para encontrar saídas para o Brasil. [...] É menos ficção e mais realismo". Após a sinalização de Barbosa de que haverá mudanças nos gastos obrigatórios, Renan afirmou que o "Congresso Nacional fará o que for possível". "O que for possível para fazermos a reforma do Estado, para cotarmos despesas, para melhorarmos o ambiente de negócios e investimentos. O que for possível, nós vamos fazer", disse. Questionado sobre um possível aumento de impostos, Renan afirmou que isso não pode ser um "caminho único". "Primeiro é preciso cortar despesa, melhorar a eficiência do gasto público. O Congresso está disposto a colaborar nessa direção", disse. O deputado Ricardo Barros (PP-PR), que irá relatar a proposta no Congresso, disse que o Parlamento via discutir com a sociedade para tentar "equilibrar até o final do ano quando votamos o Orçamento". Questionado como os congressistas poderiam fazer "uma mágica" para equilibrar o Orçamento, o deputado afirmou apenas que a única maneira seria "aumentar receita e cortar despesas". "São as únicas soluções", disse o deputado. SEM 'MÍSTICAS' O ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil) afirmou nesta segunda-feira (31) que a decisão do governo de enviar ao Congresso a previsão de deficit nas contas públicas em 2016 tem como objetivo dar à sociedade "transparência absoluta" da situação fiscal. "É positivo. Dá o raio-x do que é efetivamente a situação fiscal. Estamos em deficit hoje. Pronto. Esgotadas todas as místicas, estamos em deficit e estamos prevendo para o ano que vem que teremos de mudar essa correlação entre receitas e despesas ou as contas não fecharão", disse. Segundo ele, abriu-se agora a "oportunidade para o debate" no Congresso. Ele não quis responder, contudo, se já há conversas entre o governo e os parlamentares da base sobre o texto. "Melhor seria que tivéssemos condição ter de orçamento com superavit. Não é o caso. Temos de enfrentar a realidade como ela é. Aliás, a solução do problema começa quando a gente reconhece que ele existe", afirmou. Padilha vinha acumulando o cargo de titular da secretaria da Aviação Civil com a função de auxiliar do vice-presidente Michel Temer na articulação política do governo. Mas, com a saída de Temer do cargo, também deixará a Secretaria de Relações Institucionais. Segundo ele, a secretaria, inclusive, não tem mais "muita razão para existir" neste governo, já que a distribuição de emendas aos parlamentares e de cargos do governo já foi definida.
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Governo apresenta Orçamento de 2016 com R$ 30,5 bi de deficitO governo entregou ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), nesta segunda-feira (31), a proposta de Orçamento da União de 2016 com a previsão de deficit primário de R$ 30,5 bilhões, o que representa 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto). A peça foi apresentada pelos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento). "Devido ao cenário de receitas e, mesmo após o nosso esforço de contenção do crescimento de gastos tanto obrigatórios quanto discricionários, ainda assim, não será possível cumprir a nossa meta anterior de resultado primário que era de R$ 34 bilhões. Diante do novo cenário de receitas e despesas, nós teremos nossa previsão, para o próximo ano, de um déficit primário de R$ 30,5 bilhões", anunciou Barbosa. Segundo o ministro, a previsão de crescimento da economia para 2016 é de 0,2%, e a para a inflação, de 5,4%. O salário mínimo proposto passa dos atuais R$ 788 para R$ 865,50. Como a proposta ainda será analisada pelos parlamentares, o valor pode ser alterado. O ministro indicou que o governo deverá atuar sobre gastos obrigatórios da União para poder reequilibrar o orçamento. No entanto, qualquer mudança neste tipo de gasto precisa da aprovação do Congresso. "Existem várias formas de enfrentar essa situação, de reduzir esse déficit ao longo do próximo ano mas isso envolve principalmente uma atuação sobre os chamados gastos obrigatórios da União, que são determinados por lei. Qualquer atuação sobre um gasto obrigatório necessita de uma proposta legal", disse Barbosa. O governo decidiu neste domingo (30) enviar o Orçamento com deficit após desistir de recriar a CPMF, o chamado imposto do cheque. Sem os recursos do tributo, o governo optou por enviar um "orçamento realista e transparente", sem receitas garantidas e que poderiam não vingar. A decisão foi informada pela própria presidente Dilma Rousseff no domingo à noite a líderes aliados, entre eles o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Orçamento 2016 As previsões do governo MUDANÇA DE ATITUDE Após a entrega do orçamento, Renan classificou a peça como uma "mudança de atitude" do governo, sendo "menos ficção e mais realismo". "Esse orçamento deficitário significa uma mudança de atitude. Pelo menos é um orçamento mais verdadeiro, mais realista e mobiliza a todos no sentido de que precisamos continuar trabalhando para encontrar saídas para o Brasil. [...] É menos ficção e mais realismo". Após a sinalização de Barbosa de que haverá mudanças nos gastos obrigatórios, Renan afirmou que o "Congresso Nacional fará o que for possível". "O que for possível para fazermos a reforma do Estado, para cotarmos despesas, para melhorarmos o ambiente de negócios e investimentos. O que for possível, nós vamos fazer", disse. Questionado sobre um possível aumento de impostos, Renan afirmou que isso não pode ser um "caminho único". "Primeiro é preciso cortar despesa, melhorar a eficiência do gasto público. O Congresso está disposto a colaborar nessa direção", disse. O deputado Ricardo Barros (PP-PR), que irá relatar a proposta no Congresso, disse que o Parlamento via discutir com a sociedade para tentar "equilibrar até o final do ano quando votamos o Orçamento". Questionado como os congressistas poderiam fazer "uma mágica" para equilibrar o Orçamento, o deputado afirmou apenas que a única maneira seria "aumentar receita e cortar despesas". "São as únicas soluções", disse o deputado. SEM 'MÍSTICAS' O ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil) afirmou nesta segunda-feira (31) que a decisão do governo de enviar ao Congresso a previsão de deficit nas contas públicas em 2016 tem como objetivo dar à sociedade "transparência absoluta" da situação fiscal. "É positivo. Dá o raio-x do que é efetivamente a situação fiscal. Estamos em deficit hoje. Pronto. Esgotadas todas as místicas, estamos em deficit e estamos prevendo para o ano que vem que teremos de mudar essa correlação entre receitas e despesas ou as contas não fecharão", disse. Segundo ele, abriu-se agora a "oportunidade para o debate" no Congresso. Ele não quis responder, contudo, se já há conversas entre o governo e os parlamentares da base sobre o texto. "Melhor seria que tivéssemos condição ter de orçamento com superavit. Não é o caso. Temos de enfrentar a realidade como ela é. Aliás, a solução do problema começa quando a gente reconhece que ele existe", afirmou. Padilha vinha acumulando o cargo de titular da secretaria da Aviação Civil com a função de auxiliar do vice-presidente Michel Temer na articulação política do governo. Mas, com a saída de Temer do cargo, também deixará a Secretaria de Relações Institucionais. Segundo ele, a secretaria, inclusive, não tem mais "muita razão para existir" neste governo, já que a distribuição de emendas aos parlamentares e de cargos do governo já foi definida.
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Carnaval e jogo do Palmeiras complicam o trânsito neste sábado
O QUE AFETA SUA VIDA O trânsito deve complicar nas imediações do Allianz Parque em razão do jogo do Palmeiras contra o Linense pela 4ª rodada do campeonato Paulista, às 17h. A partida altera o trajeto de 28 ônibus. A folia ainda não acabou. E, por isso, as intermediações da Vila Madalena, de Pinheiros e do Centro terão bloqueios e alterações no trânsito. Fique esperto. TEMPO Segundo o Inmet, o dia e a noite permanecem nublados, mas não há previsão de chuvas. A temperatura cai um pouco, com máxima de 30ºC e mínima de 16ºC. CULTURA E LAZER Todo Carnaval tem seu fim. Mas, em 2016, está difícil para o paulistano se despedir. Neste sábado (13), o bloco Primavera, Te Amo desfila por Pinheiros. A concentração está marcada para as 12h, em frente ao bar Pirajá. Para os pequenos, uma versão de "Chapeuzinho Vermelho" menos ingênua, que se diverte com um Lobo Mau ilusionista e um Lenhador simpático. O espetáculo, em cartaz no Teatro Folha até o dia 26 de junho, começa às 16h. Considerado o maior evento do gênero fora da China, o Ano Novo Chinês, que celebra o ano do macaco, toma conta da praça da Liberdade neste fim de semana. Entre as atrações culturais, estão apresentações de ópera chinesa e jogo da memória que representa uma "aula" de mandarim. A programação começa neste sábado (13), às 12h. AMANHÃ As notícias do dia seguinte são publicadas aqui e no nosso app, sempre às 21h.
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Carnaval e jogo do Palmeiras complicam o trânsito neste sábadoO QUE AFETA SUA VIDA O trânsito deve complicar nas imediações do Allianz Parque em razão do jogo do Palmeiras contra o Linense pela 4ª rodada do campeonato Paulista, às 17h. A partida altera o trajeto de 28 ônibus. A folia ainda não acabou. E, por isso, as intermediações da Vila Madalena, de Pinheiros e do Centro terão bloqueios e alterações no trânsito. Fique esperto. TEMPO Segundo o Inmet, o dia e a noite permanecem nublados, mas não há previsão de chuvas. A temperatura cai um pouco, com máxima de 30ºC e mínima de 16ºC. CULTURA E LAZER Todo Carnaval tem seu fim. Mas, em 2016, está difícil para o paulistano se despedir. Neste sábado (13), o bloco Primavera, Te Amo desfila por Pinheiros. A concentração está marcada para as 12h, em frente ao bar Pirajá. Para os pequenos, uma versão de "Chapeuzinho Vermelho" menos ingênua, que se diverte com um Lobo Mau ilusionista e um Lenhador simpático. O espetáculo, em cartaz no Teatro Folha até o dia 26 de junho, começa às 16h. Considerado o maior evento do gênero fora da China, o Ano Novo Chinês, que celebra o ano do macaco, toma conta da praça da Liberdade neste fim de semana. Entre as atrações culturais, estão apresentações de ópera chinesa e jogo da memória que representa uma "aula" de mandarim. A programação começa neste sábado (13), às 12h. AMANHÃ As notícias do dia seguinte são publicadas aqui e no nosso app, sempre às 21h.
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O muro no fim do túnel
Na semana que vem, poderá ser votada pelo Senado a emenda proposta pelo senador José Serra que visa estabelecer limites globais para as dívidas consolidadas líquida e bruta da União. O projeto fixa um teto para a dívida bruta de quatro vezes a Receita Corrente Líquida (RCL) e para a dívida líquida de 1,5 vez a RCL. O texto estabelece também um prazo de 15 anos para que seja feita esta convergência, a uma velocidade constante de um quinze avos por ano. Hoje esses valores estão em 5,4 e 2,1 vezes a RCL, respectivamente, bem acima dos limites propostos. Mas o que realmente salta aos olhos é que, no caso da dívida líquida, não há nenhum ano na série histórica em que tal limite foi cumprido, ainda que esse coeficiente tenha caído progressivamente de 3,1 em 2002 para 1,7 em 2013. Quanto à dívida bruta, que não deduz o valor dos ativos do governo, a proporção foi reduzida de 5,9 em 2002 para 4,8 em 2013, e apenas em 2008 ficou abaixo do teto da proposta. O esforço para o cumprimento da proposta exigiria, portanto, 15 anos de austeridade no Brasil. E ainda assim, não haveria qualquer garantia de satisfação do critério, já que a dinâmica da dívida pública (mesmo em proporção à RCL) não depende apenas da ação do governo e da boa vontade do Congresso, mas também das taxas de juros, da taxa de câmbio, da taxa de inflação e do próprio crescimento econômico. Os resultados desastrosos do ajuste promovido neste ano revelam que tais cortes permanentes de gastos públicos poderiam servir apenas para eliminar qualquer possibilidade de retomada do crescimento econômico, sem promover nenhuma melhoria na situação fiscal. Mas por incrível que pareça, os potenciais malefícios para a sociedade de uma proposta como esta vão muito além de perenizar a crise que estamos vivendo. Nos Estados Unidos, um dos sete países no mundo que adotam um teto para a dívida (os outros sendo Malásia, Quênia, Namíbia, Paquistão, Polônia e Dinamarca), essa restrição levou a um rebaixamento da nota do país pela Standard & Poor's em 2011, mesmo sem haver nenhum risco de default e das taxas de juros pagas sobre a dívida estarem próximas de zero. Em 2013, sem que o presidente Obama conseguisse costurar um aumento desse teto no Congresso, o governo teve de mandar para casa por 16 dias cerca de 800 mil funcionários públicos, deixou de pagar empresas fornecedoras por serviços prestados e fechou a Estátua da Liberdade, o Grand Canyon e mais de 400 outros pontos turísticos federais. O "shutdown" levou a uma redução no crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano da ordem de 0,6% no trimestre, de acordo com estimativas feitas à época pela Standard & Poor's, levantando críticas contundentes de economistas e agentes do mercado financeiro à lei sobre o teto da dívida. No caso da proposta brasileira, após os 15 anos de transição, o governo também passaria a ficar proibido de contratar novas operações de crédito se eventualmente ultrapassasse o limite estabelecido. Não é difícil imaginar os rebaixamentos de nota por agências de classificação de risco e o caos gerado por medidas drásticas que teriam de ser tomadas em tal situação. Assim, como se já não bastasse impor à sociedade mais 15 anos de crise, no fim do túnel não necessariamente encontraríamos a luz.
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O muro no fim do túnelNa semana que vem, poderá ser votada pelo Senado a emenda proposta pelo senador José Serra que visa estabelecer limites globais para as dívidas consolidadas líquida e bruta da União. O projeto fixa um teto para a dívida bruta de quatro vezes a Receita Corrente Líquida (RCL) e para a dívida líquida de 1,5 vez a RCL. O texto estabelece também um prazo de 15 anos para que seja feita esta convergência, a uma velocidade constante de um quinze avos por ano. Hoje esses valores estão em 5,4 e 2,1 vezes a RCL, respectivamente, bem acima dos limites propostos. Mas o que realmente salta aos olhos é que, no caso da dívida líquida, não há nenhum ano na série histórica em que tal limite foi cumprido, ainda que esse coeficiente tenha caído progressivamente de 3,1 em 2002 para 1,7 em 2013. Quanto à dívida bruta, que não deduz o valor dos ativos do governo, a proporção foi reduzida de 5,9 em 2002 para 4,8 em 2013, e apenas em 2008 ficou abaixo do teto da proposta. O esforço para o cumprimento da proposta exigiria, portanto, 15 anos de austeridade no Brasil. E ainda assim, não haveria qualquer garantia de satisfação do critério, já que a dinâmica da dívida pública (mesmo em proporção à RCL) não depende apenas da ação do governo e da boa vontade do Congresso, mas também das taxas de juros, da taxa de câmbio, da taxa de inflação e do próprio crescimento econômico. Os resultados desastrosos do ajuste promovido neste ano revelam que tais cortes permanentes de gastos públicos poderiam servir apenas para eliminar qualquer possibilidade de retomada do crescimento econômico, sem promover nenhuma melhoria na situação fiscal. Mas por incrível que pareça, os potenciais malefícios para a sociedade de uma proposta como esta vão muito além de perenizar a crise que estamos vivendo. Nos Estados Unidos, um dos sete países no mundo que adotam um teto para a dívida (os outros sendo Malásia, Quênia, Namíbia, Paquistão, Polônia e Dinamarca), essa restrição levou a um rebaixamento da nota do país pela Standard & Poor's em 2011, mesmo sem haver nenhum risco de default e das taxas de juros pagas sobre a dívida estarem próximas de zero. Em 2013, sem que o presidente Obama conseguisse costurar um aumento desse teto no Congresso, o governo teve de mandar para casa por 16 dias cerca de 800 mil funcionários públicos, deixou de pagar empresas fornecedoras por serviços prestados e fechou a Estátua da Liberdade, o Grand Canyon e mais de 400 outros pontos turísticos federais. O "shutdown" levou a uma redução no crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano da ordem de 0,6% no trimestre, de acordo com estimativas feitas à época pela Standard & Poor's, levantando críticas contundentes de economistas e agentes do mercado financeiro à lei sobre o teto da dívida. No caso da proposta brasileira, após os 15 anos de transição, o governo também passaria a ficar proibido de contratar novas operações de crédito se eventualmente ultrapassasse o limite estabelecido. Não é difícil imaginar os rebaixamentos de nota por agências de classificação de risco e o caos gerado por medidas drásticas que teriam de ser tomadas em tal situação. Assim, como se já não bastasse impor à sociedade mais 15 anos de crise, no fim do túnel não necessariamente encontraríamos a luz.
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Mostra sobre Bill Plympton traz animador americano a SP e RJ
Considerado um dos maiores nomes da animação independente, Bill Plympton vem ao Brasil para participar de mostra em sua homenagem em São Paulo e Rio de Janeiro. A retrospectiva sobre a obra do desenhista americano começa nesta quinta-feira (14) na capital paulista —no Rio, acontece desde terça (12). Ao todo, serão exibidos 45 filmes: sete longas-metragens e 38 curtas. Plympton, que já negou contratos com a Disney, concorreu duas vezes ao Oscar de melhor curta de animação: por "Your Face" (1988) e "Guard Dog" (2005). Em São Paulo, o bate-papo com o animador acontece nesta sexta (15). Na capital carioca, a conversa está marcada para o domingo (17). Na programação da mostra, estão ainda debates sobre animação autoral, com a presença dos animadores brasileiros Rosana Urbes, Fábio Yamaji, Thomas Larson, Zé Brandão e David Mussel, entre outros. Os debates, assim como os encontros com Plympton, tem entrada gratuita, mediante inscrição no site do evento. Para os filmes, ingressos custam R$ 10 em São Paulo e R$ 4 no Rio. MOSTRA 'BILL PLYMPTON - O REI DA ANIMAÇÃO INDEPENDENTE' QUANDO no Rio, 12 a 24/4; em São Paulo, 14 a 20/4 ONDE no Rio, Caixa Cultural Rio de Janeiro (av. Almirante Barroso, 25, 21 3980 3815); em São Paulo, Caixa Belas Artes (r. da Consolação, 2423, 11 2894 5781) QUANTO no Rio, R$ 4; em São Paulo, R$ 10 INFORMAÇÕES www.mostrabillplympton.com.br
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Mostra sobre Bill Plympton traz animador americano a SP e RJConsiderado um dos maiores nomes da animação independente, Bill Plympton vem ao Brasil para participar de mostra em sua homenagem em São Paulo e Rio de Janeiro. A retrospectiva sobre a obra do desenhista americano começa nesta quinta-feira (14) na capital paulista —no Rio, acontece desde terça (12). Ao todo, serão exibidos 45 filmes: sete longas-metragens e 38 curtas. Plympton, que já negou contratos com a Disney, concorreu duas vezes ao Oscar de melhor curta de animação: por "Your Face" (1988) e "Guard Dog" (2005). Em São Paulo, o bate-papo com o animador acontece nesta sexta (15). Na capital carioca, a conversa está marcada para o domingo (17). Na programação da mostra, estão ainda debates sobre animação autoral, com a presença dos animadores brasileiros Rosana Urbes, Fábio Yamaji, Thomas Larson, Zé Brandão e David Mussel, entre outros. Os debates, assim como os encontros com Plympton, tem entrada gratuita, mediante inscrição no site do evento. Para os filmes, ingressos custam R$ 10 em São Paulo e R$ 4 no Rio. MOSTRA 'BILL PLYMPTON - O REI DA ANIMAÇÃO INDEPENDENTE' QUANDO no Rio, 12 a 24/4; em São Paulo, 14 a 20/4 ONDE no Rio, Caixa Cultural Rio de Janeiro (av. Almirante Barroso, 25, 21 3980 3815); em São Paulo, Caixa Belas Artes (r. da Consolação, 2423, 11 2894 5781) QUANTO no Rio, R$ 4; em São Paulo, R$ 10 INFORMAÇÕES www.mostrabillplympton.com.br
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Aflições de um quase pai
–Amor, essas dores estão muito estranhas. Não estou mais aguentando, não. Cata os cacarecos e vamos para o hospital que a menina está nascendo. "Deuzulivre" a minha filha nascer dentro do elevador, no meio da rua, na padaria ou nos braços de um bombeirão chamado sargento Amadeu. –Nada, você está muito ansioso. Essas dores são normais. Logo passam, disse-me a mulher desdenhando a minha imaturidade paternal. –Ligue para o médico, então, porque senão quem vai parir sou eu, e a qualquer momento. Gases... Eram gases, segundo o obstetra que não teve a elegância de me receitar uma maracujina ou de me fazer um chamego dizendo "tudo dará certo no final, acalme-se". Ora, a minha ansiedade fazia sentido. A barriga, do dia para a noite, transformou-se numa montanha que me jogou a um cantinho da cama e de onde um ser, lá de dentro, samba durante toda a madruga. Somado a isso, já contamos 34 semanas de gestação. Ou seriam 33 semanas? Ou seria o oitavo mês, prenúncio da hora derradeira? Ter de contar o tempo de maneira diferente do que venho contando há 40 anos só faz aumentar a minha aflição e a minha confusão. –Ainda falta muito... Muito quanto? Não é possível que o homem já saiba calcular exatamente quantos espermatozoides saem da casinha no momento da explosão de paixão e não saiba me dizer certinho a que horas sai da festa o convidado mais malandrão que me deu um bebê de brinde. Com a bexiga espremida por nossa menina, a mulher, ultimamente, vai ao banheiro umas três vezes durante a madrugada. Nesta semana, quando acordei e não a vi na cama, achei que ela tivesse ido parir à minha revelia, como se quisesse me poupar de um vexame no hospital devido a meu nervosismo. Mas a minha agonia não é para menos. Fico imaginando a tal da bolsa estourando, alagando o quarto, minha amada berrando vida por todo o apartamento e eu ainda tentando vestir a calça jeans (cadeirantes demoram séculos para aprumá-la no corpo). Penso naquelas cenas de filme à la Almodóvar em que Penélope Cruz, em via de dar à luz, começa a suar e a pedir por misericórdia que a peguem nos braços e saiam em disparada pelas ruas afora até chegar ao alívio de uma maternidade cheia de móbiles bonitinhos. Não vai rolar de eu levar minha mulher no colo e tocar meu cavalo de rodas ao mesmo tempo. Seremos dois deitados no asfalto. Correr pelas ruas de São Paulo até o local do nascedouro de minha filha só seria possível no dia 1º de janeiro, sem chuva e de bicicleta, pelas ciclovias do Haddad, o que também não será para mim nesta encarnação. "Huff, hufff, huff", ok, estou respirando compassadamente e puxando bastante o ar, obrigado. Também estou levando em consideração aquilo que as colegas me juraram: "Bebê não nasce dessa maneira, menino". Mas essa sensação de não ter o mínimo controle da situação acaba com as minhas cutículas. Normalmente, tenho de saber se aonde vou tem rampa, tem elevador, tem a presença de "malacabadofóbicos". Agora, a viagem não tem um rumo que eu consiga encontrar no Google Maps ou um caminho mais fácil que o Waze me indique. Só me resta acreditar que pé de galinha não mata pinto e que minha Elis será ungida com a tolerância máxima às diferenças e fará de tudo para poupar o papai, fazendo as melhores combinações possíveis com a mamãe. jairo.marques@grupofolha.com.br
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Aflições de um quase pai–Amor, essas dores estão muito estranhas. Não estou mais aguentando, não. Cata os cacarecos e vamos para o hospital que a menina está nascendo. "Deuzulivre" a minha filha nascer dentro do elevador, no meio da rua, na padaria ou nos braços de um bombeirão chamado sargento Amadeu. –Nada, você está muito ansioso. Essas dores são normais. Logo passam, disse-me a mulher desdenhando a minha imaturidade paternal. –Ligue para o médico, então, porque senão quem vai parir sou eu, e a qualquer momento. Gases... Eram gases, segundo o obstetra que não teve a elegância de me receitar uma maracujina ou de me fazer um chamego dizendo "tudo dará certo no final, acalme-se". Ora, a minha ansiedade fazia sentido. A barriga, do dia para a noite, transformou-se numa montanha que me jogou a um cantinho da cama e de onde um ser, lá de dentro, samba durante toda a madruga. Somado a isso, já contamos 34 semanas de gestação. Ou seriam 33 semanas? Ou seria o oitavo mês, prenúncio da hora derradeira? Ter de contar o tempo de maneira diferente do que venho contando há 40 anos só faz aumentar a minha aflição e a minha confusão. –Ainda falta muito... Muito quanto? Não é possível que o homem já saiba calcular exatamente quantos espermatozoides saem da casinha no momento da explosão de paixão e não saiba me dizer certinho a que horas sai da festa o convidado mais malandrão que me deu um bebê de brinde. Com a bexiga espremida por nossa menina, a mulher, ultimamente, vai ao banheiro umas três vezes durante a madrugada. Nesta semana, quando acordei e não a vi na cama, achei que ela tivesse ido parir à minha revelia, como se quisesse me poupar de um vexame no hospital devido a meu nervosismo. Mas a minha agonia não é para menos. Fico imaginando a tal da bolsa estourando, alagando o quarto, minha amada berrando vida por todo o apartamento e eu ainda tentando vestir a calça jeans (cadeirantes demoram séculos para aprumá-la no corpo). Penso naquelas cenas de filme à la Almodóvar em que Penélope Cruz, em via de dar à luz, começa a suar e a pedir por misericórdia que a peguem nos braços e saiam em disparada pelas ruas afora até chegar ao alívio de uma maternidade cheia de móbiles bonitinhos. Não vai rolar de eu levar minha mulher no colo e tocar meu cavalo de rodas ao mesmo tempo. Seremos dois deitados no asfalto. Correr pelas ruas de São Paulo até o local do nascedouro de minha filha só seria possível no dia 1º de janeiro, sem chuva e de bicicleta, pelas ciclovias do Haddad, o que também não será para mim nesta encarnação. "Huff, hufff, huff", ok, estou respirando compassadamente e puxando bastante o ar, obrigado. Também estou levando em consideração aquilo que as colegas me juraram: "Bebê não nasce dessa maneira, menino". Mas essa sensação de não ter o mínimo controle da situação acaba com as minhas cutículas. Normalmente, tenho de saber se aonde vou tem rampa, tem elevador, tem a presença de "malacabadofóbicos". Agora, a viagem não tem um rumo que eu consiga encontrar no Google Maps ou um caminho mais fácil que o Waze me indique. Só me resta acreditar que pé de galinha não mata pinto e que minha Elis será ungida com a tolerância máxima às diferenças e fará de tudo para poupar o papai, fazendo as melhores combinações possíveis com a mamãe. jairo.marques@grupofolha.com.br
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After Arrest of Group, Minister Says Chance of Attacks at Games Is Minimal
GABRIEL MASCARENHAS FROM BRASÍLIA Justice Minister Alexandre de Moraes referred to the Brazilians arrested under suspicion of planning a terrorist attack during the Olympics as a group of amateurs and repeated that he considers common criminality to be a bigger concern than the possibility of any terrorist attack during Rio-16. "Apparently it was a completely amateur cell, totally unprepared. If they had been prepared they wouldn't have been trying to buy weapons on the internet. I continue to emphasize that general security is of a greater concern than terrorism, but of course we can't ignore anything", he argued. For Moraes, this episode doesn't alter the government's degree of concern related to possible actions by extremist factions. "It doesn't increase the level of alert at all. This all has already all been mapped out. Both concrete situations that came up have been dealt with: the French Professor [actually, French- Algerian], who was deported on Friday [15], and this group that was arrested today [Thursday, 21]", he explained. According to the Minister, the group, which refers to itself as "Defenders of Sharia", communicated through the internet and had a leader, who called upon the others to initiate a kind of preparation with training in martial arts and in marksmanship. As Folha revealed in Thursday's edition, the Brazilian Government has been monitoring 100 people in the country that have been clearly and openly sympathetic to the Islamic State. The ten arrested this morning were people on the list who were being more closely followed. Since the beginning of the investigation these were the ones who have been garnering more attention from security forces. "The 10% were all arrested this morning by the Federal Police (PF)", affirmed Moraes, during an interview. This was the first anti-terror operation carried out by the PF since a law was passed specifying crimes of this nature. At first, according to the Minister, the conversations and sites visited by the suspects didn't suggest that the they were planning to carry out an actual attack in Brazil. "They quickly went from simply commenting about the Islamic State to preparatory activities. Four to six of them took an oath of allegiance [virtually] to the Islamic State and one of them got into contact with a clandestine weapons site, trying to purchase an AK 47", he explained. "Their exchange of messages shows the degradation of these people, celebrating the attack in Orlando, in Nice and another, also in France. They also sent [images of] executions carried out by the Islamic State. A few days back, they started taking up an increasingly menacing posture", the Minister added. Two of those arrested on Thursday had prior police records and had already served time for homicide. The PF operation, code-named "Hashtag", had been authorized by the Federal Justice Department in Paraná, that had issued a total of 32 warrants: 12 for temporary detention, 2 for proceeding with force and 19 for search and seizure. Two suspects still haven't been arrested, but according to Moraes, they are being followed. Through an official written notification, the PF communicated that an NGO is also being investigated. At a press conference the Minister said that this institution is suspected as serving as an apologist for the Islamic State and terrorism and that one of its leaders was taken into custody to be questioned and to give testimony. Translated by LLOYD HARDER Read the article in the original language +Latest news in English *After Dismissal of His Appeal, Cunha Says He Will Appeal to the Supreme Court *Rio's Main Airport Faces Turbulence with Customer Dissatisfaction *Competition Areas in Rio Will Have Restricted Airspace Starting July 24
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After Arrest of Group, Minister Says Chance of Attacks at Games Is Minimal GABRIEL MASCARENHAS FROM BRASÍLIA Justice Minister Alexandre de Moraes referred to the Brazilians arrested under suspicion of planning a terrorist attack during the Olympics as a group of amateurs and repeated that he considers common criminality to be a bigger concern than the possibility of any terrorist attack during Rio-16. "Apparently it was a completely amateur cell, totally unprepared. If they had been prepared they wouldn't have been trying to buy weapons on the internet. I continue to emphasize that general security is of a greater concern than terrorism, but of course we can't ignore anything", he argued. For Moraes, this episode doesn't alter the government's degree of concern related to possible actions by extremist factions. "It doesn't increase the level of alert at all. This all has already all been mapped out. Both concrete situations that came up have been dealt with: the French Professor [actually, French- Algerian], who was deported on Friday [15], and this group that was arrested today [Thursday, 21]", he explained. According to the Minister, the group, which refers to itself as "Defenders of Sharia", communicated through the internet and had a leader, who called upon the others to initiate a kind of preparation with training in martial arts and in marksmanship. As Folha revealed in Thursday's edition, the Brazilian Government has been monitoring 100 people in the country that have been clearly and openly sympathetic to the Islamic State. The ten arrested this morning were people on the list who were being more closely followed. Since the beginning of the investigation these were the ones who have been garnering more attention from security forces. "The 10% were all arrested this morning by the Federal Police (PF)", affirmed Moraes, during an interview. This was the first anti-terror operation carried out by the PF since a law was passed specifying crimes of this nature. At first, according to the Minister, the conversations and sites visited by the suspects didn't suggest that the they were planning to carry out an actual attack in Brazil. "They quickly went from simply commenting about the Islamic State to preparatory activities. Four to six of them took an oath of allegiance [virtually] to the Islamic State and one of them got into contact with a clandestine weapons site, trying to purchase an AK 47", he explained. "Their exchange of messages shows the degradation of these people, celebrating the attack in Orlando, in Nice and another, also in France. They also sent [images of] executions carried out by the Islamic State. A few days back, they started taking up an increasingly menacing posture", the Minister added. Two of those arrested on Thursday had prior police records and had already served time for homicide. The PF operation, code-named "Hashtag", had been authorized by the Federal Justice Department in Paraná, that had issued a total of 32 warrants: 12 for temporary detention, 2 for proceeding with force and 19 for search and seizure. Two suspects still haven't been arrested, but according to Moraes, they are being followed. Through an official written notification, the PF communicated that an NGO is also being investigated. At a press conference the Minister said that this institution is suspected as serving as an apologist for the Islamic State and terrorism and that one of its leaders was taken into custody to be questioned and to give testimony. Translated by LLOYD HARDER Read the article in the original language +Latest news in English *After Dismissal of His Appeal, Cunha Says He Will Appeal to the Supreme Court *Rio's Main Airport Faces Turbulence with Customer Dissatisfaction *Competition Areas in Rio Will Have Restricted Airspace Starting July 24
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E a liberdade de expressão, ministro Gilmar?
Em 13 de novembro do ano passado escrevi neste espaço um artigo com o título "Gilmar Mendes e o bolivarianismo", questionando condutas do ministro do STF. Todas as informações utilizadas eram de conhecimento público. Isso não impediu o ilustre magistrado de ajuizar contra mim uma ação de danos morais pedindo R$ 100 mil de indenização por "macular sua imagem pública". Não chegou a ser uma surpresa, dado seus antecedentes em processar quem dele discorde, como fez com Paulo Henrique Amorim, Luis Nassif, Rubens Valente e com a revista "Carta Capital", dentre outros. Mas a frequência com que é feita não pode tornar tolerável esta prática intimidatória. Os termos usados no artigo e rebatidos pelo ministro na acusação –"brava..." e "juiz afinado com o PS..."– chegam a ser brandos se tomarmos as manifestações de diversos juristas e entidades representativas em relação às suas atitudes. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em nota recente, após Gilmar Mendes abandonar tempestivamente o plenário do STF durante a fala de um advogado, lamentou a "postura grosseira, arbitrária e incorreta" do ministro e sustentou que seus comportamentos são "incompatíveis com o que se exige de um magistrado", representando um "espasmo autoritário". Juristas de grande expressão como Fabio Konder Comparato, Celso Antônio Bandeira de Mello e Dalmo Dallari –este último definiu a presença de Gilmar no STF como a "degradação do Judiciário"– fizeram em mais de uma ocasião críticas duras (e necessárias) à conduta do ministro. Ou seja, as atitudes de Gilmar Mendes estão longe de serem inquestionáveis. Se há algo que "macula sua imagem pública" não são as críticas que recebe. Cabe a ele uma reflexão a respeito do que seja. Talvez o divã ajude. As pessoas podem ter as posições que quiserem, mas precisam sustentá-las com coerência. O mesmo juiz que processa sistematicamente jornalistas, colunistas, revistas e críticos não pode pretender-se guardião da liberdade de expressão. Gilmar Mendes tem vários votos no STF com defesas ardorosas das liberdades de imprensa e expressão. No fim de 2014 cassou um direito de resposta pedido pelo PT à revista "Veja", afirmando em sua decisão que "a Corte fixou o entendimento no sentido de que a liberdade ampla de imprensa engloba o exercício de crítica jornalística contundente, em especial quando direcionada a ocupantes de cargos públicos". Na ocasião, para reforçar seu argumento, citou ainda uma passagem do deputado Miro Teixeira: "O exercício concreto da liberdade de imprensa assegura ao jornalista o direito de expender críticas a qualquer pessoa, ainda que em tom áspero ou contundente, especialmente contra as autoridades e os agentes do Estado. A crítica jornalística, pela sua relação de inerência com o interesse público, não é aprioristicamente suscetível de censura, mesmo que legislativa ou judicialmente intentada". E então, faça como eu digo mas não como eu faço? Ninguém está acima da crítica, ministro Gilmar. Nem você. Defender a liberdade de imprensa quando não se gosta de quem é criticado é fácil. Difícil é assegurá-la quando a crítica está dirigida a si próprio. Fica então esta pergunta a Gilmar Mendes: a liberdade expressão não vale quando questiona suas atitudes e posições? Só vale para seus adversários? Considere-se chamado às falas, ilustre ministro.
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E a liberdade de expressão, ministro Gilmar?Em 13 de novembro do ano passado escrevi neste espaço um artigo com o título "Gilmar Mendes e o bolivarianismo", questionando condutas do ministro do STF. Todas as informações utilizadas eram de conhecimento público. Isso não impediu o ilustre magistrado de ajuizar contra mim uma ação de danos morais pedindo R$ 100 mil de indenização por "macular sua imagem pública". Não chegou a ser uma surpresa, dado seus antecedentes em processar quem dele discorde, como fez com Paulo Henrique Amorim, Luis Nassif, Rubens Valente e com a revista "Carta Capital", dentre outros. Mas a frequência com que é feita não pode tornar tolerável esta prática intimidatória. Os termos usados no artigo e rebatidos pelo ministro na acusação –"brava..." e "juiz afinado com o PS..."– chegam a ser brandos se tomarmos as manifestações de diversos juristas e entidades representativas em relação às suas atitudes. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em nota recente, após Gilmar Mendes abandonar tempestivamente o plenário do STF durante a fala de um advogado, lamentou a "postura grosseira, arbitrária e incorreta" do ministro e sustentou que seus comportamentos são "incompatíveis com o que se exige de um magistrado", representando um "espasmo autoritário". Juristas de grande expressão como Fabio Konder Comparato, Celso Antônio Bandeira de Mello e Dalmo Dallari –este último definiu a presença de Gilmar no STF como a "degradação do Judiciário"– fizeram em mais de uma ocasião críticas duras (e necessárias) à conduta do ministro. Ou seja, as atitudes de Gilmar Mendes estão longe de serem inquestionáveis. Se há algo que "macula sua imagem pública" não são as críticas que recebe. Cabe a ele uma reflexão a respeito do que seja. Talvez o divã ajude. As pessoas podem ter as posições que quiserem, mas precisam sustentá-las com coerência. O mesmo juiz que processa sistematicamente jornalistas, colunistas, revistas e críticos não pode pretender-se guardião da liberdade de expressão. Gilmar Mendes tem vários votos no STF com defesas ardorosas das liberdades de imprensa e expressão. No fim de 2014 cassou um direito de resposta pedido pelo PT à revista "Veja", afirmando em sua decisão que "a Corte fixou o entendimento no sentido de que a liberdade ampla de imprensa engloba o exercício de crítica jornalística contundente, em especial quando direcionada a ocupantes de cargos públicos". Na ocasião, para reforçar seu argumento, citou ainda uma passagem do deputado Miro Teixeira: "O exercício concreto da liberdade de imprensa assegura ao jornalista o direito de expender críticas a qualquer pessoa, ainda que em tom áspero ou contundente, especialmente contra as autoridades e os agentes do Estado. A crítica jornalística, pela sua relação de inerência com o interesse público, não é aprioristicamente suscetível de censura, mesmo que legislativa ou judicialmente intentada". E então, faça como eu digo mas não como eu faço? Ninguém está acima da crítica, ministro Gilmar. Nem você. Defender a liberdade de imprensa quando não se gosta de quem é criticado é fácil. Difícil é assegurá-la quando a crítica está dirigida a si próprio. Fica então esta pergunta a Gilmar Mendes: a liberdade expressão não vale quando questiona suas atitudes e posições? Só vale para seus adversários? Considere-se chamado às falas, ilustre ministro.
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Nossos 'serial killers'
RIO DE JANEIRO - O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato, comparou a corrupção a um assassinato em série, "que mata sorrateiramente milhares de pessoas em estradas esburacadas, hospitais sem remédios e ruas sem segurança". Significa: o dinheiro desviado para bolsos partidários ou particulares resulta em desassistência, pobreza e morte. Para Dallagnol, e com razão, o corrupto equivale a um "serial killer". Em Londres, há duas semanas, fui à caça do "serial killer" mais famoso do mundo: Jack, o Estripador — o homem que, entre agosto e novembro de 1888, matou seis mulheres em Whitechapel, bairro miserável da zona leste da cidade. Sua identidade nunca foi descoberta. A cada 20 anos, alguém vem com a solução "definitiva" do caso, que logo se revela inconsistente e será substituída por outra. Munido de mapas, nomes de ruas e tudo que sei sobre o Estripador, fui de táxi à distante Whitechapel. As velhas ruas por onde ele circulou ficaram modernas, sem interesse. Mas uma delas, a Gunthorpe Street, cenário do quarto assassinato, conserva a atmosfera original: sinistra, quase um beco, de paralelepípedos, prédios feios e sujos. Jack andou por aquelas pedras. E um pub, o White Hart, de 1721, continua lá — ou ele ou suas vítimas o frequentaram. De repente, farejando o otário, saem das tocas as ofertas de "excursões guiadas" pelos passos de Jack, turmas com hora marcada a 10 libras por cabeça e venda de camisetas, chaveiros, abridores de garrafas. É decepcionante. Mas inevitável: Jack, o Estripador foi há 128 anos. Hoje, só mesmo para fins turísticos. É o de que precisamos aqui — que, um dia, se possa promover excursões guiadas aos nossos "serial killers", digo, corruptos, por seus escritórios em Brasília, Rio, São Paulo. Mas, para isso, precisarão estar extintos ou a ferros.
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Nossos 'serial killers'RIO DE JANEIRO - O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato, comparou a corrupção a um assassinato em série, "que mata sorrateiramente milhares de pessoas em estradas esburacadas, hospitais sem remédios e ruas sem segurança". Significa: o dinheiro desviado para bolsos partidários ou particulares resulta em desassistência, pobreza e morte. Para Dallagnol, e com razão, o corrupto equivale a um "serial killer". Em Londres, há duas semanas, fui à caça do "serial killer" mais famoso do mundo: Jack, o Estripador — o homem que, entre agosto e novembro de 1888, matou seis mulheres em Whitechapel, bairro miserável da zona leste da cidade. Sua identidade nunca foi descoberta. A cada 20 anos, alguém vem com a solução "definitiva" do caso, que logo se revela inconsistente e será substituída por outra. Munido de mapas, nomes de ruas e tudo que sei sobre o Estripador, fui de táxi à distante Whitechapel. As velhas ruas por onde ele circulou ficaram modernas, sem interesse. Mas uma delas, a Gunthorpe Street, cenário do quarto assassinato, conserva a atmosfera original: sinistra, quase um beco, de paralelepípedos, prédios feios e sujos. Jack andou por aquelas pedras. E um pub, o White Hart, de 1721, continua lá — ou ele ou suas vítimas o frequentaram. De repente, farejando o otário, saem das tocas as ofertas de "excursões guiadas" pelos passos de Jack, turmas com hora marcada a 10 libras por cabeça e venda de camisetas, chaveiros, abridores de garrafas. É decepcionante. Mas inevitável: Jack, o Estripador foi há 128 anos. Hoje, só mesmo para fins turísticos. É o de que precisamos aqui — que, um dia, se possa promover excursões guiadas aos nossos "serial killers", digo, corruptos, por seus escritórios em Brasília, Rio, São Paulo. Mas, para isso, precisarão estar extintos ou a ferros.
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Refinarias que não saem do papel levam Petrobras a perdas de R$ 2,7 bi
Como se não bastassem as perdas prováveis com corrupção que a Petrobras deverá reconhecer com as recém construídas refinarias de Abreu e Lima e Comperj, outros dois projetos em refino que nem saíram do papel já levaram a empresa a perda de R$ 2,7 bilhões. Os projetos estavam ainda na fase de terraplanagem. Não há previsão de quando serão retomados. A baixa com as refinarias Premium 1 e 2, que seriam erguidas no Maranhão e no Ceará, foi reconhecida neste trimestre e é, segundo a empresa, um dos principais fatores responsáveis pela queda de 38% no lucro do terceiro trimestre em relação ao segundo, de R$ 5 bilhões para R$ 3,1 bilhões. Os quatro projetos foram propostos e aprovados na gestão do ex-diretor Paulo Roberto Costa, delator na Operação Lava Jato que está em prisão domiciliar e responde a ações penais por corrupção na estatal. O comunicado da Petrobras que acompanha o balanço do trimestre, divulgado nesta madrugada, atribui as perdas a "descontinuidade" dos projetos, indicando que elas foram descartadas do plano de investimento. Não há detalhes adicionais a respeito no documento. A Folha apurou que os dois projetos foram descartados. "Trata-se de uma nova 'Pasadena', disse, nesta madrugada, o gestor de um fundo de investimentos, ao deparar-se com o número. Ele referia-se à compra da refinaria americana pela Petrobras, entre 2006 e 2012, que resultou em perdas à empresa calculadas em US$ 792 milhões, segundo o TCU. HISTÓRICO As duas refinarias começaram a ser planejadas em 2008, sob justificativa de aproveitar as margens financeiras do refino, na época mais favoráveis. A pedra fundamental dos projetos foi lançada em 2010, em Bacabeira (MA) e Pecém (CE), pela diretoria da empresa, com a presença do então presidente Lula. Os investimentos previstos, na época, eram de US$ 30 bilhões nas duas unidades. Premium 1 era prevista para entrar em funcionamento em 2016 e a 2, em 2017. Desde que a atual presidente, Graça Foster, assumiu, em 2012, a Petrobras vinha levando os projetos em banho maria. No início de 2014, as duas obras ainda estavam no plano de investimento, mas sem indicação de grandes avanços. Em meados do ano, o conselho de administração da Petrobras começou a estudar a retirada dos dois projetos dos investimentos previstos até 2018, diante do elevado custo para sua construção, da queda nas margens obtidas com o refino e da necessidade de redirecionar recursos para a exploração do pré-sal. Ao depor à Justiça em outubro, na Operação Lava Jato, Costa revelou que comandava um esquema de desvio de recursos em sua diretoria, ocupada por ele entre 2004 e 2012, que contava com a participação de empreiteiras, para superfaturar contratos. Os montantes desviados eram repartidos entre funcionários da empresa, lobistas e partidos políticos.
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Refinarias que não saem do papel levam Petrobras a perdas de R$ 2,7 biComo se não bastassem as perdas prováveis com corrupção que a Petrobras deverá reconhecer com as recém construídas refinarias de Abreu e Lima e Comperj, outros dois projetos em refino que nem saíram do papel já levaram a empresa a perda de R$ 2,7 bilhões. Os projetos estavam ainda na fase de terraplanagem. Não há previsão de quando serão retomados. A baixa com as refinarias Premium 1 e 2, que seriam erguidas no Maranhão e no Ceará, foi reconhecida neste trimestre e é, segundo a empresa, um dos principais fatores responsáveis pela queda de 38% no lucro do terceiro trimestre em relação ao segundo, de R$ 5 bilhões para R$ 3,1 bilhões. Os quatro projetos foram propostos e aprovados na gestão do ex-diretor Paulo Roberto Costa, delator na Operação Lava Jato que está em prisão domiciliar e responde a ações penais por corrupção na estatal. O comunicado da Petrobras que acompanha o balanço do trimestre, divulgado nesta madrugada, atribui as perdas a "descontinuidade" dos projetos, indicando que elas foram descartadas do plano de investimento. Não há detalhes adicionais a respeito no documento. A Folha apurou que os dois projetos foram descartados. "Trata-se de uma nova 'Pasadena', disse, nesta madrugada, o gestor de um fundo de investimentos, ao deparar-se com o número. Ele referia-se à compra da refinaria americana pela Petrobras, entre 2006 e 2012, que resultou em perdas à empresa calculadas em US$ 792 milhões, segundo o TCU. HISTÓRICO As duas refinarias começaram a ser planejadas em 2008, sob justificativa de aproveitar as margens financeiras do refino, na época mais favoráveis. A pedra fundamental dos projetos foi lançada em 2010, em Bacabeira (MA) e Pecém (CE), pela diretoria da empresa, com a presença do então presidente Lula. Os investimentos previstos, na época, eram de US$ 30 bilhões nas duas unidades. Premium 1 era prevista para entrar em funcionamento em 2016 e a 2, em 2017. Desde que a atual presidente, Graça Foster, assumiu, em 2012, a Petrobras vinha levando os projetos em banho maria. No início de 2014, as duas obras ainda estavam no plano de investimento, mas sem indicação de grandes avanços. Em meados do ano, o conselho de administração da Petrobras começou a estudar a retirada dos dois projetos dos investimentos previstos até 2018, diante do elevado custo para sua construção, da queda nas margens obtidas com o refino e da necessidade de redirecionar recursos para a exploração do pré-sal. Ao depor à Justiça em outubro, na Operação Lava Jato, Costa revelou que comandava um esquema de desvio de recursos em sua diretoria, ocupada por ele entre 2004 e 2012, que contava com a participação de empreiteiras, para superfaturar contratos. Os montantes desviados eram repartidos entre funcionários da empresa, lobistas e partidos políticos.
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Para recuperar credibilidade, novo plano da Petrobras busca meta realista
Um desafio do novo plano de negócios da Petrobras é passar credibilidade com relação às metas propostas, depois de anos de frustração de expectativas. O documento que será analisado nesta segunda-feira (19) segue a máxima das "metas realistas", que vem sendo repetida desde que Aldemir Bendine assumiu a empresa, em fevereiro de 2015. Em seu primeiro e único plano de negócios, a equipe de Bendine reduziu a meta de produção de 2020 de 4,2 milhões para 2,8 milhões de barris por dia, adiando para a próxima década projetos importantes como as descobertas de petróleo em Sergipe. Ele reviu também o objetivo de 2015, levando a estatal a superar, pela primeira vez em 13 anos, a meta de produção de curto prazo, que era de 2,1 milhões de barris por dia. Frustração histórica - Produção da Petrobras fica abaixo do planejado e investimento encolhe O número, porém, é 46% inferior ao projetado no plano de negócios 2011-2015, lançado ainda pelo ex-presidente José Sergio Gabrielli, que previa investimentos de US$ 224 bilhões para chegar a 3,99 milhões de barris por dia no fim do período. A frustração dos objetivos era tão recorrente que, em sua primeira apresentação de plano de negócios como presidente, em 2012, Graça Foster apresentou uma tabela com todas as metas não cumpridas nos anos anteriores. Sua gestão, porém, também não conseguiu cumprir o prometido. Naquele ano, a estatal previu que a produção de petróleo chegaria a 2,5 milhões de barris por dia em 2016. Hoje, a Petrobras trabalha para fechar o ano produzindo 2,145 milhões de barris por dia. Segundo a Folha apurou, a estimativa de produção para 2020 não deve sofrer grande corte no novo plano que será apresentado nesta semana.
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Para recuperar credibilidade, novo plano da Petrobras busca meta realistaUm desafio do novo plano de negócios da Petrobras é passar credibilidade com relação às metas propostas, depois de anos de frustração de expectativas. O documento que será analisado nesta segunda-feira (19) segue a máxima das "metas realistas", que vem sendo repetida desde que Aldemir Bendine assumiu a empresa, em fevereiro de 2015. Em seu primeiro e único plano de negócios, a equipe de Bendine reduziu a meta de produção de 2020 de 4,2 milhões para 2,8 milhões de barris por dia, adiando para a próxima década projetos importantes como as descobertas de petróleo em Sergipe. Ele reviu também o objetivo de 2015, levando a estatal a superar, pela primeira vez em 13 anos, a meta de produção de curto prazo, que era de 2,1 milhões de barris por dia. Frustração histórica - Produção da Petrobras fica abaixo do planejado e investimento encolhe O número, porém, é 46% inferior ao projetado no plano de negócios 2011-2015, lançado ainda pelo ex-presidente José Sergio Gabrielli, que previa investimentos de US$ 224 bilhões para chegar a 3,99 milhões de barris por dia no fim do período. A frustração dos objetivos era tão recorrente que, em sua primeira apresentação de plano de negócios como presidente, em 2012, Graça Foster apresentou uma tabela com todas as metas não cumpridas nos anos anteriores. Sua gestão, porém, também não conseguiu cumprir o prometido. Naquele ano, a estatal previu que a produção de petróleo chegaria a 2,5 milhões de barris por dia em 2016. Hoje, a Petrobras trabalha para fechar o ano produzindo 2,145 milhões de barris por dia. Segundo a Folha apurou, a estimativa de produção para 2020 não deve sofrer grande corte no novo plano que será apresentado nesta semana.
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Ed Sheeran é acusado de plagiar música de Marvin Gaye
O cantor Ed Sheeran foi processado por plágio em relação ao seu hit "Thinking Out Loud", que os herdeiros de compositor alegam que é copiado de um clássico de Marvin Gaye, "Let's Get It On". A queixa foi apresentada em meio a uma onda de apelações no mundo musical, que incluem um veredicto de referência emitido no ano passado a favor dos herdeiros de Gaye, que apresentaram demandas por outras músicas. Este último caso não foi apresentado pela família de Gaye, mas por descendentes do falecido Ed Townsend, que escreveu o famoso hit de 1973 com o cantor de soul e manteve os direitos sobre a canção. "Os melódicos, harmômicos e rítmicos acordes de 'Thinking' são substancialmete e/ou surpreendentemente similares aos da bateria em 'Let's'", afirma a demanda apresentada na terça-feira (9) ante um tribunal federal de Nova York. Compare as duas canções: "Thinking Out Loud" "Let's Get it On"
ilustrada
Ed Sheeran é acusado de plagiar música de Marvin GayeO cantor Ed Sheeran foi processado por plágio em relação ao seu hit "Thinking Out Loud", que os herdeiros de compositor alegam que é copiado de um clássico de Marvin Gaye, "Let's Get It On". A queixa foi apresentada em meio a uma onda de apelações no mundo musical, que incluem um veredicto de referência emitido no ano passado a favor dos herdeiros de Gaye, que apresentaram demandas por outras músicas. Este último caso não foi apresentado pela família de Gaye, mas por descendentes do falecido Ed Townsend, que escreveu o famoso hit de 1973 com o cantor de soul e manteve os direitos sobre a canção. "Os melódicos, harmômicos e rítmicos acordes de 'Thinking' são substancialmete e/ou surpreendentemente similares aos da bateria em 'Let's'", afirma a demanda apresentada na terça-feira (9) ante um tribunal federal de Nova York. Compare as duas canções: "Thinking Out Loud" "Let's Get it On"
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Vestiário do Coritiba é invadido, e Ceni diz que é caso de 'parar o futebol'
A derrota por 2 a 1 para o São Paulo na tarde deste domingo fez com que os jogadores do Coritiba vivessem momentos de tensão no Couto Pereira. Depois do apito final do árbitro, um grupo de torcedores invadiu o vestiário da equipe paranaense para cobrar os jogadores, que tentam tirar a equipe da zona de rebaixamento nas últimas seis rodadas. O meia Thiago Galhardo precisou até buscar refúgio no vestiário do time tricolor. "Você vê que no jogo de hoje os jogadores do Coritiba correram e lutaram até o fim, mas no futebol um tem que ganhar e o outro tem que perder. É natural do futebol. Isso que aconteceu, para mim, é caso de parar o futebol. Porque aconteceu hoje com o Coritiba e amanhã vai acontecer com outro time, ou com a gente em outro dia", disse Rogério Ceni. Veja vídeo O capitão são-paulino se mostrou muito irritado com a situação e lembrou que a militância no Bom Senso FC visava justamente evitar episódios deste tipo e dar melhores condições de trabalho aos atletas. Ceni só não prolongou as críticas ao episódio por temer a repercussão de seu discurso. Na semana passada, o goleiro já havia feito críticas à arbitragem e à pressão feita pelo presidente do Vasco, Eurico Miranda, antes do embate com o São Paulo. As reclamações de que o pênalti convertido pelos cariocas no Morumbi já havia sido marcado antes da partida devido às reclamações do cartola vascaíno levarão Ceni ao Superior Tribunal de Justiça Desporitva (STJD) no fim desta semana e podem tirá-lo do restante do Campeonato Brasileiro. "Não é de direito de um torcedor fazer isso. Aliás, torcedor, como diz a palavra, ele vem ao estádio vibrar, torcer, trazer a família. É uma vergonha para o futebol brasileiro. Criamos o Bom Senso e tentamos fazer alguma coisa em prol do futebol, mas no Brasil a gente sabe que é difícil. Qualquer declaração que você queira dar as pessoas tentam censurar - reclamou. Em 2009, quando acabou rebaixado à Série B do Brasileirão na última rodada, o Coritiba sofreu com a invasão do gramado pela torcida e destruição de boa parte do Couto Pereira. O incidente culminou em punição pesada ao clube e ao estádio, que ficou dez jogos interditado (a pena era de 30 partidas, mas foi reduzida posteriormente). Agora, o time comandado por Ney Franco tem 33 pontos, mas pode sair da zona da degola já na próxima rodada se bater o líder Corinthians e Figueirense ou Avaí forem derrotados.
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Vestiário do Coritiba é invadido, e Ceni diz que é caso de 'parar o futebol'A derrota por 2 a 1 para o São Paulo na tarde deste domingo fez com que os jogadores do Coritiba vivessem momentos de tensão no Couto Pereira. Depois do apito final do árbitro, um grupo de torcedores invadiu o vestiário da equipe paranaense para cobrar os jogadores, que tentam tirar a equipe da zona de rebaixamento nas últimas seis rodadas. O meia Thiago Galhardo precisou até buscar refúgio no vestiário do time tricolor. "Você vê que no jogo de hoje os jogadores do Coritiba correram e lutaram até o fim, mas no futebol um tem que ganhar e o outro tem que perder. É natural do futebol. Isso que aconteceu, para mim, é caso de parar o futebol. Porque aconteceu hoje com o Coritiba e amanhã vai acontecer com outro time, ou com a gente em outro dia", disse Rogério Ceni. Veja vídeo O capitão são-paulino se mostrou muito irritado com a situação e lembrou que a militância no Bom Senso FC visava justamente evitar episódios deste tipo e dar melhores condições de trabalho aos atletas. Ceni só não prolongou as críticas ao episódio por temer a repercussão de seu discurso. Na semana passada, o goleiro já havia feito críticas à arbitragem e à pressão feita pelo presidente do Vasco, Eurico Miranda, antes do embate com o São Paulo. As reclamações de que o pênalti convertido pelos cariocas no Morumbi já havia sido marcado antes da partida devido às reclamações do cartola vascaíno levarão Ceni ao Superior Tribunal de Justiça Desporitva (STJD) no fim desta semana e podem tirá-lo do restante do Campeonato Brasileiro. "Não é de direito de um torcedor fazer isso. Aliás, torcedor, como diz a palavra, ele vem ao estádio vibrar, torcer, trazer a família. É uma vergonha para o futebol brasileiro. Criamos o Bom Senso e tentamos fazer alguma coisa em prol do futebol, mas no Brasil a gente sabe que é difícil. Qualquer declaração que você queira dar as pessoas tentam censurar - reclamou. Em 2009, quando acabou rebaixado à Série B do Brasileirão na última rodada, o Coritiba sofreu com a invasão do gramado pela torcida e destruição de boa parte do Couto Pereira. O incidente culminou em punição pesada ao clube e ao estádio, que ficou dez jogos interditado (a pena era de 30 partidas, mas foi reduzida posteriormente). Agora, o time comandado por Ney Franco tem 33 pontos, mas pode sair da zona da degola já na próxima rodada se bater o líder Corinthians e Figueirense ou Avaí forem derrotados.
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Tribunal Penal Internacional pune estupros como crimes de guerra
Comandantes de tropas que aterrorizam a população local com a prática de estupros receberam um alerta do Tribunal Penal Internacional (TPI): esses atos serão perseguidos como crimes de guerra e contra a humanidade. No final de março, a corte condenou o congolês Jean-Pierre Bemba por uma ofensiva militar na República Centro-Africana entre outubro de 2002 e março de 2003. Testemunhas ouvidas pelo tribunal relataram a prática corrente de assassinatos, estupros coletivos —de mulheres, crianças pequenas e homens— e roubos pelas tropas sob comando de Bemba. Mais de 5.000 pessoas buscaram a corte para se identificar como vítimas no conflito —que teve mais estupros que assassinatos, segundo a procuradoria junto ao tribunal. Após quase seis anos do julgamento presidido pela juíza brasileira Sylvia Steiner, o TPI condenou o congolês por crimes contra a humanidade (assassinato e estupro) e por crimes de guerra (assassinato, estupro e roubo). Bemba, preso desde 2008, já recorreu. A juíza conta como o estupro era usado como forma de submissão e eliminação de resistências. "Houve um caso em que [as tropas] entraram em uma casa para roubar. Uma mulher interferiu e foi estuprada. Quando o marido foi tentar defendê-la, estupraram o marido também", relata. A decisão foi festejada como uma vitória das vítimas de agressões sexuais, já que foi a primeira vez que o tribunal enfatizou o estupro como uma das principais condenações. "O caso de Bemba é um sinal forte que o TPI fará da justiça para os estupros em massa uma importante parte de seu trabalho. E isso é relevante, porque o TPI é a única corte internacional permanente e uma corte de último recurso quando os tribunais domésticos são incapazes ou não estão dispostos a processar", avalia Geraldine Mattioli-Zeltner, que acompanha casos como o de Bemba, no TPI, pela ONG Human Rights Watch. "Esperamos que o julgamento mande um sinal poderoso aos comandantes de tropas que eles, também, têm responsabilidade pessoal se não pararem com os abusos", afirma Mattioli-Zeltner. Ao comemorar a condenação, a procuradoria que atuou junto ao tribunal afirmou que não vai poupar esforços na briga contra crimes sexuais. E festejou a responsabilização de um comandante pelos crimes praticados pelas tropas. "É um ponto chave dessa decisão que aqueles com posições de controle têm obrigações legais sobre suas tropas mesmo quando são enviadas ao exterior", declarou a procuradoria em nota após o julgamento, em 21 de março. PAÍSES VIZINHOS Segundo o tribunal, os crimes foram cometidos pelo braço militar do Movimento de Liberação do Congo, presidido à época por Bemba. Cerca de 1.500 homens foram enviados da República Democrática do Congo à República Centro-Africana para defender o então presidente Ange-Félix Patassé de rebeldes. Quando foi preso, em 2008, Bemba era senador no Congo. A defesa do congolês argumentou que Bemba não comandou as tropas nem tinha treinamento militar. Também colocou em xeque a identificação das tropas pelas vítimas, afirmando que os crimes foram cometidos pelos rebeldes centro-africanos. A defesa ainda sugeriu que, se Bemba fosse condenado, os países passariam a ter dificuldade de oferecer assistência militar a outras nações. Enquanto corre a apelação, o TPI deverá proferir a pena a ser aplicada. A reparação às vítimas só será decidida ao final do caso.
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Tribunal Penal Internacional pune estupros como crimes de guerraComandantes de tropas que aterrorizam a população local com a prática de estupros receberam um alerta do Tribunal Penal Internacional (TPI): esses atos serão perseguidos como crimes de guerra e contra a humanidade. No final de março, a corte condenou o congolês Jean-Pierre Bemba por uma ofensiva militar na República Centro-Africana entre outubro de 2002 e março de 2003. Testemunhas ouvidas pelo tribunal relataram a prática corrente de assassinatos, estupros coletivos —de mulheres, crianças pequenas e homens— e roubos pelas tropas sob comando de Bemba. Mais de 5.000 pessoas buscaram a corte para se identificar como vítimas no conflito —que teve mais estupros que assassinatos, segundo a procuradoria junto ao tribunal. Após quase seis anos do julgamento presidido pela juíza brasileira Sylvia Steiner, o TPI condenou o congolês por crimes contra a humanidade (assassinato e estupro) e por crimes de guerra (assassinato, estupro e roubo). Bemba, preso desde 2008, já recorreu. A juíza conta como o estupro era usado como forma de submissão e eliminação de resistências. "Houve um caso em que [as tropas] entraram em uma casa para roubar. Uma mulher interferiu e foi estuprada. Quando o marido foi tentar defendê-la, estupraram o marido também", relata. A decisão foi festejada como uma vitória das vítimas de agressões sexuais, já que foi a primeira vez que o tribunal enfatizou o estupro como uma das principais condenações. "O caso de Bemba é um sinal forte que o TPI fará da justiça para os estupros em massa uma importante parte de seu trabalho. E isso é relevante, porque o TPI é a única corte internacional permanente e uma corte de último recurso quando os tribunais domésticos são incapazes ou não estão dispostos a processar", avalia Geraldine Mattioli-Zeltner, que acompanha casos como o de Bemba, no TPI, pela ONG Human Rights Watch. "Esperamos que o julgamento mande um sinal poderoso aos comandantes de tropas que eles, também, têm responsabilidade pessoal se não pararem com os abusos", afirma Mattioli-Zeltner. Ao comemorar a condenação, a procuradoria que atuou junto ao tribunal afirmou que não vai poupar esforços na briga contra crimes sexuais. E festejou a responsabilização de um comandante pelos crimes praticados pelas tropas. "É um ponto chave dessa decisão que aqueles com posições de controle têm obrigações legais sobre suas tropas mesmo quando são enviadas ao exterior", declarou a procuradoria em nota após o julgamento, em 21 de março. PAÍSES VIZINHOS Segundo o tribunal, os crimes foram cometidos pelo braço militar do Movimento de Liberação do Congo, presidido à época por Bemba. Cerca de 1.500 homens foram enviados da República Democrática do Congo à República Centro-Africana para defender o então presidente Ange-Félix Patassé de rebeldes. Quando foi preso, em 2008, Bemba era senador no Congo. A defesa do congolês argumentou que Bemba não comandou as tropas nem tinha treinamento militar. Também colocou em xeque a identificação das tropas pelas vítimas, afirmando que os crimes foram cometidos pelos rebeldes centro-africanos. A defesa ainda sugeriu que, se Bemba fosse condenado, os países passariam a ter dificuldade de oferecer assistência militar a outras nações. Enquanto corre a apelação, o TPI deverá proferir a pena a ser aplicada. A reparação às vítimas só será decidida ao final do caso.
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A quatro jogos da Copa, artilheiro quer mostrar que Síria é mais do que guerra
Com o jogo empatado em 0 a 0, a seleção da Síria se mandou para o ataque. A vitória sobre o Uzbequistão, em março, era imprescindível para continuar com chances de classificação. Nos acréscimos, a equipe teve um pênalti. O atacante Omar Kharbin, 23, se apresentou para cobrar. Naquela situação decisiva, ele poderia chutar forte ou colocado. No alto ou rasteiro. Deu uma cavadinha na bola. "Era momento em que o goleiro jamais esperaria que eu fosse fazer aquilo. Era arriscado, mas o jeito mais seguro de sair o gol", afirmou o atacante à Folha. A surpresa e a ousadia do artilheiro sírio das eliminatórias, com oito gols, resumem o que é a improvável campanha da seleção. Nesta quinta (5), o time faz a partida de ida dos playoffs da Ásia para a Copa do Mundo, contra a Austrália. O confronto será em Krubong, na Malásia, às 9h30. O jogo de volta está marcado para terça (10), em Sydney, na Austrália. Quem passar, enfrentará o 4º colocado da Concacaf, valendo vaga para o Mundial na Rússia. A Síria é a zebra. A seleção jamais esteve em uma Copa. O adversário disputou os últimos três torneios. Devastada pela guerra civil iniciada em 2011, a Síria não atua em casa desde 2010. Quase foi retirada das eliminatórias por causa disso. Qatar e Emirados Árabes, dois países consultados para abrigar os jogos da seleção, recusaram. Não queriam estar associados a Bashar al-Assad, presidente acusado de usar armas químicas contra seu próprio povo. O governo sírio nega as acusações. Até hoje, o conflito matou cerca de 400 mil pessoas. A uma hora do prazo final para a Síria conseguir uma casa, a Malásia aceitou o pedido. Se declinasse, a equipe não poderia jogar. "Nós queremos que falem da Síria além da guerra. Somos mais do que isso. Hoje em dia a imagem da Síria ficou associada à guerra e temos a chance de mudar um pouco isso", diz Kharbin. Ele está fora do país desde 2016, quando foi para o Al Dhafra, dos Emirados Árabes. Em janeiro deste ano, foi contratado pelo Al-Hilal, um dos clubes mais populares da Ásia. Tem nove gols na liga nacional. Sete na Liga dos Campeões do continente. "Omar é um ótimo jogador, que tem faro de gol. Ajuda bastante e está em grande fase. Ele não fala muito sobre a situação no país dele. Acho que está mais tranquilo porque a família inteira conseguiu sair da Síria. Então, fica mais sossegado", afirma o meia brasileiro Carlos Eduardo, companheiro de Kharbin no time árabe. BOICOTE Ao contrário de outros jogadores do país, o artilheiro não pensou em boicotar a seleção. Tentou separar esporte da política, algo que nem todos conseguiram. Algumas das principais revelações sírias, fartas dos horrores da guerra, desistiram. Como o meia Mohammed Jaddou, 19, que se refugiou na Alemanha e hoje joga no Arminia Bielefeld, da 2ª divisão. O mesmo aconteceu com Omar Al Soma, 28, atacante do Al Ahli, da Arábia Saudita. Por causa de Assad, ele ficou cinco anos sem atuar pela seleção. A primeira partida do seu retorno foi contra o Irã, em 5 de setembro. A Síria precisava de um empate para avançar aos playoffs e perdia por 2 a 1 até os 49 do 2º tempo. Al Soma marcou e classificou a seleção. "Agora na Síria há muitos assassinos, não apenas um ou dois. Odeio a todos eles. O que quer que aconteça, 12 milhões de sírios vão me amar e os outros 12 milhões vão querer me matar", disse ele, em entrevista para o site da ESPN britânica. Al Soma quis dizer não desejar ser visto como aliado de Assad, mas que recusava que seu boicote fosse interpretado como apoio a grupos terroristas que se opõem ao presidente, como o Estado Islâmico e Al-Qaeda. "O resultado contra o Irã foi incrível pela maneira como aconteceu, com um gol no último lance. Com o passar do tempo, o time foi acreditando ser possível [ir para a Copa]", completa Kharbin. É inevitável que o regime tente conseguir ganhos políticos com as vitórias da seleção. Nos primeiros jogos das eliminatórias, alguns atletas deram entrevistas usando camisas com a imagem de Assad estampada, após pedido da federação. Para os jogadores que atuam na Síria, o governo garante o pagamento do salário mínimo (R$ 230 mensais), custeia as viagens e hospedagens para os jogos. Depois de mais 360 minutos de futebol, pode ter de financiar também uma viagem à Rússia no ano que vem.
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A quatro jogos da Copa, artilheiro quer mostrar que Síria é mais do que guerraCom o jogo empatado em 0 a 0, a seleção da Síria se mandou para o ataque. A vitória sobre o Uzbequistão, em março, era imprescindível para continuar com chances de classificação. Nos acréscimos, a equipe teve um pênalti. O atacante Omar Kharbin, 23, se apresentou para cobrar. Naquela situação decisiva, ele poderia chutar forte ou colocado. No alto ou rasteiro. Deu uma cavadinha na bola. "Era momento em que o goleiro jamais esperaria que eu fosse fazer aquilo. Era arriscado, mas o jeito mais seguro de sair o gol", afirmou o atacante à Folha. A surpresa e a ousadia do artilheiro sírio das eliminatórias, com oito gols, resumem o que é a improvável campanha da seleção. Nesta quinta (5), o time faz a partida de ida dos playoffs da Ásia para a Copa do Mundo, contra a Austrália. O confronto será em Krubong, na Malásia, às 9h30. O jogo de volta está marcado para terça (10), em Sydney, na Austrália. Quem passar, enfrentará o 4º colocado da Concacaf, valendo vaga para o Mundial na Rússia. A Síria é a zebra. A seleção jamais esteve em uma Copa. O adversário disputou os últimos três torneios. Devastada pela guerra civil iniciada em 2011, a Síria não atua em casa desde 2010. Quase foi retirada das eliminatórias por causa disso. Qatar e Emirados Árabes, dois países consultados para abrigar os jogos da seleção, recusaram. Não queriam estar associados a Bashar al-Assad, presidente acusado de usar armas químicas contra seu próprio povo. O governo sírio nega as acusações. Até hoje, o conflito matou cerca de 400 mil pessoas. A uma hora do prazo final para a Síria conseguir uma casa, a Malásia aceitou o pedido. Se declinasse, a equipe não poderia jogar. "Nós queremos que falem da Síria além da guerra. Somos mais do que isso. Hoje em dia a imagem da Síria ficou associada à guerra e temos a chance de mudar um pouco isso", diz Kharbin. Ele está fora do país desde 2016, quando foi para o Al Dhafra, dos Emirados Árabes. Em janeiro deste ano, foi contratado pelo Al-Hilal, um dos clubes mais populares da Ásia. Tem nove gols na liga nacional. Sete na Liga dos Campeões do continente. "Omar é um ótimo jogador, que tem faro de gol. Ajuda bastante e está em grande fase. Ele não fala muito sobre a situação no país dele. Acho que está mais tranquilo porque a família inteira conseguiu sair da Síria. Então, fica mais sossegado", afirma o meia brasileiro Carlos Eduardo, companheiro de Kharbin no time árabe. BOICOTE Ao contrário de outros jogadores do país, o artilheiro não pensou em boicotar a seleção. Tentou separar esporte da política, algo que nem todos conseguiram. Algumas das principais revelações sírias, fartas dos horrores da guerra, desistiram. Como o meia Mohammed Jaddou, 19, que se refugiou na Alemanha e hoje joga no Arminia Bielefeld, da 2ª divisão. O mesmo aconteceu com Omar Al Soma, 28, atacante do Al Ahli, da Arábia Saudita. Por causa de Assad, ele ficou cinco anos sem atuar pela seleção. A primeira partida do seu retorno foi contra o Irã, em 5 de setembro. A Síria precisava de um empate para avançar aos playoffs e perdia por 2 a 1 até os 49 do 2º tempo. Al Soma marcou e classificou a seleção. "Agora na Síria há muitos assassinos, não apenas um ou dois. Odeio a todos eles. O que quer que aconteça, 12 milhões de sírios vão me amar e os outros 12 milhões vão querer me matar", disse ele, em entrevista para o site da ESPN britânica. Al Soma quis dizer não desejar ser visto como aliado de Assad, mas que recusava que seu boicote fosse interpretado como apoio a grupos terroristas que se opõem ao presidente, como o Estado Islâmico e Al-Qaeda. "O resultado contra o Irã foi incrível pela maneira como aconteceu, com um gol no último lance. Com o passar do tempo, o time foi acreditando ser possível [ir para a Copa]", completa Kharbin. É inevitável que o regime tente conseguir ganhos políticos com as vitórias da seleção. Nos primeiros jogos das eliminatórias, alguns atletas deram entrevistas usando camisas com a imagem de Assad estampada, após pedido da federação. Para os jogadores que atuam na Síria, o governo garante o pagamento do salário mínimo (R$ 230 mensais), custeia as viagens e hospedagens para os jogos. Depois de mais 360 minutos de futebol, pode ter de financiar também uma viagem à Rússia no ano que vem.
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Olimpíada não beneficiou agências de turismo, diz entidade
O faturamento das operadoras de turismo caiu cerca de 7% no primeiro semestre do ano em relação a igual período de 2015, segundo a Braztoa, entidade do setor. Como a TAM Viagens foi a agência oficial da Olimpíada -a única a oferecer pacotes com ingressos-, o evento não beneficiou as demais empresas, diz Magda Nassar, presidente da entidade. "Ter uma única operadora com bilhetes foi um erro, acabou por tolher o mercado. Os efeitos da Olimpíada serão sentidos só a longo prazo." Mesmo no caso da Alatur JTB, que foi responsável pelas viagens dos comitês olímpicos, o impacto dos Jogos foi limitado: dos R$ 1,7 bilhão em vendas neste ano, o evento representou uma alta de 5%. "Compensou a diminuição das demais viagens corporativas pelo país", afirma Eduardo Kina, diretor-executivo da operadora. Neste segundo semestre, porém, o setor deverá crescer entre 4% e 5%, puxado pela valorização do real e pela melhora da confiança dos consumidores, aponta Nassar. "A partir de julho, notamos uma movimentação mais forte do mercado, acreditamos que por um reaquecimento da economia", afirma o presidente Agaxtur, Aldo Leone. turismo Leia a coluna completa aqui.
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Olimpíada não beneficiou agências de turismo, diz entidadeO faturamento das operadoras de turismo caiu cerca de 7% no primeiro semestre do ano em relação a igual período de 2015, segundo a Braztoa, entidade do setor. Como a TAM Viagens foi a agência oficial da Olimpíada -a única a oferecer pacotes com ingressos-, o evento não beneficiou as demais empresas, diz Magda Nassar, presidente da entidade. "Ter uma única operadora com bilhetes foi um erro, acabou por tolher o mercado. Os efeitos da Olimpíada serão sentidos só a longo prazo." Mesmo no caso da Alatur JTB, que foi responsável pelas viagens dos comitês olímpicos, o impacto dos Jogos foi limitado: dos R$ 1,7 bilhão em vendas neste ano, o evento representou uma alta de 5%. "Compensou a diminuição das demais viagens corporativas pelo país", afirma Eduardo Kina, diretor-executivo da operadora. Neste segundo semestre, porém, o setor deverá crescer entre 4% e 5%, puxado pela valorização do real e pela melhora da confiança dos consumidores, aponta Nassar. "A partir de julho, notamos uma movimentação mais forte do mercado, acreditamos que por um reaquecimento da economia", afirma o presidente Agaxtur, Aldo Leone. turismo Leia a coluna completa aqui.
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Morre a jornalista Clare Hollingworth, que noticiou início da Segunda Guerra
A veterana correspondente de guerra britânica Clare Hollingworth, que noticiou o início da Segunda Guerra Mundial, morreu nesta terça-feira (10) aos 105 anos. A família divulgou um breve comunicado sobre a morte da jornalista. "Estamos tristes em anunciar que, depois de uma ilustre carreira de quase um século de notícias, a celebrada correspondente de guerra Clare Hollingworth morreu esta noite, em Hong Kong", afirma o texto. Ela vivia em Hong Kong havia 30 anos. A jornalista possou boa parte de sua carreira nas frentes de batalha de conflitos em países como Vietnã, Argélia, Oriente Médio, Índia e Paquistão, além de ter coberto a Revolução Cultural na China. Mas ela é mais lembrada pelo furo de reportagem ao anunciar o início da Segunda Guerra, em 1939, quando era apenas uma repórter iniciante, aos 27 anos. FURO Ela noticiou a invasão alemã à Polônia durante sua primeira semana trabalhando como jornalista do "Daily Telegraph". Nos últimos dias de agosto daquele ano, a fronteira entre os dois países estava fechada exceto para veículos diplomáticos. Em sua autobiografia, a jornalista conta ter emprestado o carro de um funcionário do consulado britânico para ir até o lado alemão da fronteira, onde noticiou ter visto os tanques e armamentos das tropas nazistas, que se preparavam para atacar a Polônia. Três dias depois, em 1º se setembro, Hollingworth noticiou o primeiro ataque alemão contra a Polônia, ao norte da cidade de Katowice. Ela conta que sua primeira ligação foi para a Embaixada britânica em Varsóvia e que o funcionário com quem conversou não acreditava na notícia. "'Ouça!' Eu segurei o telefone para fora da janela do meu quarto. O ruído crescente de tanques cercando Katowice podia ser ouvido claramente", diz a repórter em sua autobiografia. "'Você não consegue ouvir?'" Depois, ela telefonou para o correspondente do "Telegraph" em Varsóvia, que reportou a notícia para a redação do jornal, em Londres. Hollingworth comemorou em outubro seu 105º aniversário no Clube de Correspondentes Estrangeiros em Hong Kong.
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Morre a jornalista Clare Hollingworth, que noticiou início da Segunda GuerraA veterana correspondente de guerra britânica Clare Hollingworth, que noticiou o início da Segunda Guerra Mundial, morreu nesta terça-feira (10) aos 105 anos. A família divulgou um breve comunicado sobre a morte da jornalista. "Estamos tristes em anunciar que, depois de uma ilustre carreira de quase um século de notícias, a celebrada correspondente de guerra Clare Hollingworth morreu esta noite, em Hong Kong", afirma o texto. Ela vivia em Hong Kong havia 30 anos. A jornalista possou boa parte de sua carreira nas frentes de batalha de conflitos em países como Vietnã, Argélia, Oriente Médio, Índia e Paquistão, além de ter coberto a Revolução Cultural na China. Mas ela é mais lembrada pelo furo de reportagem ao anunciar o início da Segunda Guerra, em 1939, quando era apenas uma repórter iniciante, aos 27 anos. FURO Ela noticiou a invasão alemã à Polônia durante sua primeira semana trabalhando como jornalista do "Daily Telegraph". Nos últimos dias de agosto daquele ano, a fronteira entre os dois países estava fechada exceto para veículos diplomáticos. Em sua autobiografia, a jornalista conta ter emprestado o carro de um funcionário do consulado britânico para ir até o lado alemão da fronteira, onde noticiou ter visto os tanques e armamentos das tropas nazistas, que se preparavam para atacar a Polônia. Três dias depois, em 1º se setembro, Hollingworth noticiou o primeiro ataque alemão contra a Polônia, ao norte da cidade de Katowice. Ela conta que sua primeira ligação foi para a Embaixada britânica em Varsóvia e que o funcionário com quem conversou não acreditava na notícia. "'Ouça!' Eu segurei o telefone para fora da janela do meu quarto. O ruído crescente de tanques cercando Katowice podia ser ouvido claramente", diz a repórter em sua autobiografia. "'Você não consegue ouvir?'" Depois, ela telefonou para o correspondente do "Telegraph" em Varsóvia, que reportou a notícia para a redação do jornal, em Londres. Hollingworth comemorou em outubro seu 105º aniversário no Clube de Correspondentes Estrangeiros em Hong Kong.
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Redução da maioridade penal é bandeira da população, diz leitor
Não se pode deixar de apontar a falácia da coluna de Bernardo Mello Franco (A bancada do gás de pimenta), ao dizer que a redução da maioridade penal é uma "bandeira do grupo conservador que tem ditado as regras na Casa". Na verdade, essa bandeira, segundo pesquisa Datafolha, é de 87% da população brasileira (87% querem redução da maioridade penal). A bancada supostamente "conservadora" apenas cumpre seu papel de representar a vontade da esmagadora maioria do eleitorado brasileiro, que também considera essa uma questão urgente. ARISTÓTELES BARBOSA (São Paulo, SP) * * O leitor Sergio Zurita argumenta, não sem razão, que é inútil diminuir idade para punição de menores infratores, pois sairão da cadeia piores do que entraram, como acontece com os adultos. Concordo, mas, seguindo tal linha de pensamento, pergunto se também não é inútil a detenção de maiores. WILSON DAHER (São José Rio Preto, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Redução da maioridade penal é bandeira da população, diz leitorNão se pode deixar de apontar a falácia da coluna de Bernardo Mello Franco (A bancada do gás de pimenta), ao dizer que a redução da maioridade penal é uma "bandeira do grupo conservador que tem ditado as regras na Casa". Na verdade, essa bandeira, segundo pesquisa Datafolha, é de 87% da população brasileira (87% querem redução da maioridade penal). A bancada supostamente "conservadora" apenas cumpre seu papel de representar a vontade da esmagadora maioria do eleitorado brasileiro, que também considera essa uma questão urgente. ARISTÓTELES BARBOSA (São Paulo, SP) * * O leitor Sergio Zurita argumenta, não sem razão, que é inútil diminuir idade para punição de menores infratores, pois sairão da cadeia piores do que entraram, como acontece com os adultos. Concordo, mas, seguindo tal linha de pensamento, pergunto se também não é inútil a detenção de maiores. WILSON DAHER (São José Rio Preto, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@uol.com.br
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Estatístico prevê 72% de votos favoráveis a impeachment de Dilma
Se a votação na Câmara fosse hoje, o impeachment da presidente Dilma teria a aprovação de 72% dos deputados, indica análise estatística do professor de economia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Regis Ely. Para que o processo seja aprovado, são necessários votos de 342 parlamentares, ou 67% do total. "A não ser que ocorra fato político muito relevante, há probabilidade de cerca de 75% de o impeachment passar na etapa de admissibilidade na Câmara", afirma Ely, que atua nas áreas de previsão, análise de dados, séries temporais e finanças. O algoritmo construído por Ely parte do princípio de que a decisão dos deputados sofre influência do partido e do Estado pelo qual foram eleitos. Com base nisso, ele infere qual será a posição dos que ainda não declararam seu voto (detalhes da metodologia podem ser vistos em regisely.com/blog/impeachment/ ). A análise, feita a partir de dados levantados pelo Datafolha de 21 de março a 7 de abril, tem acurácia de 91%. O número de deputados que se declaram indecisos mostra, porém, que há negociação em curso, o que eleva a volatilidade das decisões. EFEITO MANADA Ely ressalta dois fatores que podem afetar a previsibilidade da votação –prevista para ocorrer no dia 17. A ordem de votação, que ainda não foi definida pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, pode provocar um "efeito manada". Além disso, se em algum momento a votação estiver decidida, os deputados podem mudar de opinião ou se abster. "Esses fatores podem gerar distorções significativas no percentual de favoráveis que o algoritmo prevê, mas não creio que influenciem o resultado final da votação." Também tem impacto na previsibilidade o índice de ausência na votação, já que cada falta implica um voto a menos a favor do processo. Para estimar esse efeito, Ely fez simulações com diferentes índices de ausência (veja quadro). De acordo com os cálculos, se as faltas não superarem 5%, a tendência é que o processo seja autorizado (sempre com base nos dados apurados até o dia 7). "Entretanto, quando a ausência é maior que 6%, o resultado final da votação parece se inverter", afirma Ely. O algoritmo foi construído como exercício de previsão com fins didáticos e de demonstração do uso de técnicas de análise de dados em problemas práticos, afirma o professor da UFPel. Contribuíram com o projeto os professores Cláudio Shikida (UFPel) e Bruno Speck (USP).
poder
Estatístico prevê 72% de votos favoráveis a impeachment de DilmaSe a votação na Câmara fosse hoje, o impeachment da presidente Dilma teria a aprovação de 72% dos deputados, indica análise estatística do professor de economia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Regis Ely. Para que o processo seja aprovado, são necessários votos de 342 parlamentares, ou 67% do total. "A não ser que ocorra fato político muito relevante, há probabilidade de cerca de 75% de o impeachment passar na etapa de admissibilidade na Câmara", afirma Ely, que atua nas áreas de previsão, análise de dados, séries temporais e finanças. O algoritmo construído por Ely parte do princípio de que a decisão dos deputados sofre influência do partido e do Estado pelo qual foram eleitos. Com base nisso, ele infere qual será a posição dos que ainda não declararam seu voto (detalhes da metodologia podem ser vistos em regisely.com/blog/impeachment/ ). A análise, feita a partir de dados levantados pelo Datafolha de 21 de março a 7 de abril, tem acurácia de 91%. O número de deputados que se declaram indecisos mostra, porém, que há negociação em curso, o que eleva a volatilidade das decisões. EFEITO MANADA Ely ressalta dois fatores que podem afetar a previsibilidade da votação –prevista para ocorrer no dia 17. A ordem de votação, que ainda não foi definida pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, pode provocar um "efeito manada". Além disso, se em algum momento a votação estiver decidida, os deputados podem mudar de opinião ou se abster. "Esses fatores podem gerar distorções significativas no percentual de favoráveis que o algoritmo prevê, mas não creio que influenciem o resultado final da votação." Também tem impacto na previsibilidade o índice de ausência na votação, já que cada falta implica um voto a menos a favor do processo. Para estimar esse efeito, Ely fez simulações com diferentes índices de ausência (veja quadro). De acordo com os cálculos, se as faltas não superarem 5%, a tendência é que o processo seja autorizado (sempre com base nos dados apurados até o dia 7). "Entretanto, quando a ausência é maior que 6%, o resultado final da votação parece se inverter", afirma Ely. O algoritmo foi construído como exercício de previsão com fins didáticos e de demonstração do uso de técnicas de análise de dados em problemas práticos, afirma o professor da UFPel. Contribuíram com o projeto os professores Cláudio Shikida (UFPel) e Bruno Speck (USP).
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CPI do Municipal rejeita texto final de seu relator por omissão de dados
O relatório apresentado nesta quinta (20) pelo vereador Alfredinho (PT), na CPI da Câmara dos Vereadores que investiga contratações e contas do Theatro Municipal, não obteve a aprovação da maioria dos membros da comissão. O vereador Ricardo Nunes (PMDB) apresentou parecer cujo teor acabou sendo votado como o relatório final do processo, iniciado em junho. A razão da apresentação deste segundo relatório, segundo Nunes, foi a omissão de dados que podem comprometer a gestão do prefeito Fernando Haddad, correligionário do relator. A CPI do Theatro Municipal foi criada após a constatação, pela Controladoria Geral do Município e pelo Ministério Público, de irregularidades na administração do teatro entre 2013 e 2015. Os órgãos já haviam identificado um rombo de R$ 15 milhões nas contas da casa. Dois diretores administrativos do teatro –José Luiz Herencia, ex-diretor da Fundação Theatro Municipal, e William Nacked, ex-diretor do Instituto Brasileiro de Gestão Cultural, organização social que administrava o teatro– assumiram participação em esquema e fecharam acordo de delação premiada no Ministério Público. Após as delações, o secretário de comunicação de Haddad, Nunzio Briguglio Filho, passou a ser um dos focos da comissão. Ele é investigado por ter interferido a favor de "Alma Brasileira", um espetáculo que não estreou, embora tenha consumido R$ 1 milhão dos cofres públicos. Também levantou-se a suspeita de que o secretário favoreceu um amigo pessoal, o cineasta Toni Venturi, ao contratar sua empresa Olhar Imaginário para a produção de vídeos e áudios institucionais. A empresa recebeu R$ 540 mil pelo trabalho, que não foi veiculado. Venturi disse na CPI que não era responsável por sua publicação. QUALIDADE Briguglio defendeu, na CPI, que a contratação da empresa de Venturi se deu pela qualidade de seu trabalho e disse que o empenho para aprovar "Alma Brasileira" tinha como razão promover a imagem de São Paulo no exterior. Segundo John Neschling, diretor artístico afastado do Municipal, o espetáculo acabou não estreando porque não foi captado o restante dos recursos necessários. Os gastos, porém, não foram restituídos. A Secretaria de Comunicação da prefeitura apontou razões políticas nas acusações contra Briguglio. O órgão ressalta que o nome do secretário não aparece nem no relatório da Controladoria Geral do Município que apurou os desvios nem no relatório da intervenção da Fundação Theatro Municipal no IBGC. O relatório de Alfredinho afirma que "a desordem administrativa e financeira, associada a um contrato de gestão com infindáveis termos de aditamento, com incapacidade das instâncias de controle da Fundação Theatro Municipal e do IBGC e de um diretor artístico com autonomia para propor projetos fora do escopo do contrato de gestão, gerou prejuízos ao erário por realizar o pagamento de um projeto que até aquele momento não possuía garantias financeiras suficientes para sua execução". Além de reiterar suspeitas sobre Briguglio, o relatório de Nunes menciona outras alegadas irregularidades, entre elas o contrato entre a PMM Produções Artísticas, empresa representante do maestro John Neschling, e o Instituto Brasileiro de Gestão Cultural. Nunes afirma que o estatuto da Fundação Theatro Municipal não permite que o diretor artístico da casa acumule também a função de regente. Além do salário de R$ 150 mil, Neschling recebia por regências que eram programadas por ele mesmo. Em sessão na Câmara, o vereador também responsabilizou o maestro por contratos de artistas estrangeiros "com valores superfaturados", e disse que ele contratava artistas representados pelos mesmos agentes que o representavam fora do país. Em sessão na CPI, Neschling se defendeu sob o argumento de que as escolhas levavam em consideração apenas o talento dos artistas contratados. Após a sessão desta quarta, Eduardo Carnelós, advogado de Neschling, qualificou a aprovação do relatório de Nunes como "mais uma ilegalidade praticada" pela comissão, "pois ela foi extinta no último dia 5 deste mês de outubro". Em 5 de outubro foi extinto o prazo para investigação pela CPI, o que impediu que fosse realizada sessão de acareação entre Briguglio, Herencia, Nacked e Venturi, como pretendia a comissão.
ilustrada
CPI do Municipal rejeita texto final de seu relator por omissão de dadosO relatório apresentado nesta quinta (20) pelo vereador Alfredinho (PT), na CPI da Câmara dos Vereadores que investiga contratações e contas do Theatro Municipal, não obteve a aprovação da maioria dos membros da comissão. O vereador Ricardo Nunes (PMDB) apresentou parecer cujo teor acabou sendo votado como o relatório final do processo, iniciado em junho. A razão da apresentação deste segundo relatório, segundo Nunes, foi a omissão de dados que podem comprometer a gestão do prefeito Fernando Haddad, correligionário do relator. A CPI do Theatro Municipal foi criada após a constatação, pela Controladoria Geral do Município e pelo Ministério Público, de irregularidades na administração do teatro entre 2013 e 2015. Os órgãos já haviam identificado um rombo de R$ 15 milhões nas contas da casa. Dois diretores administrativos do teatro –José Luiz Herencia, ex-diretor da Fundação Theatro Municipal, e William Nacked, ex-diretor do Instituto Brasileiro de Gestão Cultural, organização social que administrava o teatro– assumiram participação em esquema e fecharam acordo de delação premiada no Ministério Público. Após as delações, o secretário de comunicação de Haddad, Nunzio Briguglio Filho, passou a ser um dos focos da comissão. Ele é investigado por ter interferido a favor de "Alma Brasileira", um espetáculo que não estreou, embora tenha consumido R$ 1 milhão dos cofres públicos. Também levantou-se a suspeita de que o secretário favoreceu um amigo pessoal, o cineasta Toni Venturi, ao contratar sua empresa Olhar Imaginário para a produção de vídeos e áudios institucionais. A empresa recebeu R$ 540 mil pelo trabalho, que não foi veiculado. Venturi disse na CPI que não era responsável por sua publicação. QUALIDADE Briguglio defendeu, na CPI, que a contratação da empresa de Venturi se deu pela qualidade de seu trabalho e disse que o empenho para aprovar "Alma Brasileira" tinha como razão promover a imagem de São Paulo no exterior. Segundo John Neschling, diretor artístico afastado do Municipal, o espetáculo acabou não estreando porque não foi captado o restante dos recursos necessários. Os gastos, porém, não foram restituídos. A Secretaria de Comunicação da prefeitura apontou razões políticas nas acusações contra Briguglio. O órgão ressalta que o nome do secretário não aparece nem no relatório da Controladoria Geral do Município que apurou os desvios nem no relatório da intervenção da Fundação Theatro Municipal no IBGC. O relatório de Alfredinho afirma que "a desordem administrativa e financeira, associada a um contrato de gestão com infindáveis termos de aditamento, com incapacidade das instâncias de controle da Fundação Theatro Municipal e do IBGC e de um diretor artístico com autonomia para propor projetos fora do escopo do contrato de gestão, gerou prejuízos ao erário por realizar o pagamento de um projeto que até aquele momento não possuía garantias financeiras suficientes para sua execução". Além de reiterar suspeitas sobre Briguglio, o relatório de Nunes menciona outras alegadas irregularidades, entre elas o contrato entre a PMM Produções Artísticas, empresa representante do maestro John Neschling, e o Instituto Brasileiro de Gestão Cultural. Nunes afirma que o estatuto da Fundação Theatro Municipal não permite que o diretor artístico da casa acumule também a função de regente. Além do salário de R$ 150 mil, Neschling recebia por regências que eram programadas por ele mesmo. Em sessão na Câmara, o vereador também responsabilizou o maestro por contratos de artistas estrangeiros "com valores superfaturados", e disse que ele contratava artistas representados pelos mesmos agentes que o representavam fora do país. Em sessão na CPI, Neschling se defendeu sob o argumento de que as escolhas levavam em consideração apenas o talento dos artistas contratados. Após a sessão desta quarta, Eduardo Carnelós, advogado de Neschling, qualificou a aprovação do relatório de Nunes como "mais uma ilegalidade praticada" pela comissão, "pois ela foi extinta no último dia 5 deste mês de outubro". Em 5 de outubro foi extinto o prazo para investigação pela CPI, o que impediu que fosse realizada sessão de acareação entre Briguglio, Herencia, Nacked e Venturi, como pretendia a comissão.
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Vídeo registra cinco pessoas em ciclovia no momento do desabamento
Uma câmera instalada dentro de um ônibus registrou o exato momento em que a ciclovia da avenida Niemeyer foi atingida por uma onda e desabou no instante seguinte.O acidente ocorreu nesta quinta-feira (21). De acordo com o horário registrado pelo vídeo, às 11h12, o veículo se aproximou do exato local do desastre. É possível ver três pessoas seguindo pela ciclovia em direção ao Leblon.Leia a reportagem
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Vídeo registra cinco pessoas em ciclovia no momento do desabamentoUma câmera instalada dentro de um ônibus registrou o exato momento em que a ciclovia da avenida Niemeyer foi atingida por uma onda e desabou no instante seguinte.O acidente ocorreu nesta quinta-feira (21). De acordo com o horário registrado pelo vídeo, às 11h12, o veículo se aproximou do exato local do desastre. É possível ver três pessoas seguindo pela ciclovia em direção ao Leblon.Leia a reportagem
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Restaurante Noma vende a louça utilizada em sua temporada no Japão
O restaurante dinamarquês Noma, de René Redzepi, que passou cinco semanas em uma residência no Hotel Mandarin Oriental, em Tóquio, está vendendo toda sua louça utilizada durante sua experiência na ilha. As pessoas que não puderam conhecê-lo em Tóquio, vão poder ter um pedaço dessa experiência em suas próprias casa, literalmente. O restaurante criou um site de vendas online no qual encontram-se pratos, bowls, talheres e outros utensílios utilizados durante esses dois meses, que foram feitos por artesãos japoneses com materiais como madeira e argila. No entanto, tais produtos estão longe de serem baratos. Um garfo preto feito pelo designer Akito Akgagi custa U$ 200 (R$ 567,70), enquanto hashis (os famosos "palitinhos" japoneses) feitos por Shiro Miura custam U$ 65 (R$ 184,50). O produto mais caro é uma estante feita por Wahl & Ross que sai por U$ 2.890 (R$ 8.203).
comida
Restaurante Noma vende a louça utilizada em sua temporada no JapãoO restaurante dinamarquês Noma, de René Redzepi, que passou cinco semanas em uma residência no Hotel Mandarin Oriental, em Tóquio, está vendendo toda sua louça utilizada durante sua experiência na ilha. As pessoas que não puderam conhecê-lo em Tóquio, vão poder ter um pedaço dessa experiência em suas próprias casa, literalmente. O restaurante criou um site de vendas online no qual encontram-se pratos, bowls, talheres e outros utensílios utilizados durante esses dois meses, que foram feitos por artesãos japoneses com materiais como madeira e argila. No entanto, tais produtos estão longe de serem baratos. Um garfo preto feito pelo designer Akito Akgagi custa U$ 200 (R$ 567,70), enquanto hashis (os famosos "palitinhos" japoneses) feitos por Shiro Miura custam U$ 65 (R$ 184,50). O produto mais caro é uma estante feita por Wahl & Ross que sai por U$ 2.890 (R$ 8.203).
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Após protesto, sem-teto deixa área invadida e marginal Pinheiros é liberada
Um grupo de sem-teto chegou a atear fogo e a espalhar partes dos barracos pelas pistas da marginal Pinheiros nesta terça (6) para impedir a operação policial de cumprir a reintegração de posse de um terreno invadido, localizado próximo ao acesso à rodovia Castello Branco, zona oeste de São Paulo. Os moradores bloquearam todas as faixas da marginal Pinheiros, na região do Cebolão, por volta das 6h. Os motoristas que trafegavam em direção à rodovia Castello Branco ficaram represados até que a polícia conseguisse contornar a situação. Os policiais militares tiveram que utilizar bombas de efeito moral para conter os manifestantes e liberar as pistas para os motoristas, que só conseguiram retomar o trajeto por volta das 6h40, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Trânsito). O terreno, segundo a PM, era ocupado por ao menos 70 pessoas (cerca de 40 famílias), que moravam em tendas de lona e barracas de madeira no local. Após o confronto com a polícia, as famílias começaram a retirar seus pertences do local. A reintegração foi solicitada pela Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia), proprietária da área, e determinada pelo juiz Renato Guanaes Simões Thomsen, da 4ª Vara Cível do Foro Regional IV Lapa.
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Após protesto, sem-teto deixa área invadida e marginal Pinheiros é liberadaUm grupo de sem-teto chegou a atear fogo e a espalhar partes dos barracos pelas pistas da marginal Pinheiros nesta terça (6) para impedir a operação policial de cumprir a reintegração de posse de um terreno invadido, localizado próximo ao acesso à rodovia Castello Branco, zona oeste de São Paulo. Os moradores bloquearam todas as faixas da marginal Pinheiros, na região do Cebolão, por volta das 6h. Os motoristas que trafegavam em direção à rodovia Castello Branco ficaram represados até que a polícia conseguisse contornar a situação. Os policiais militares tiveram que utilizar bombas de efeito moral para conter os manifestantes e liberar as pistas para os motoristas, que só conseguiram retomar o trajeto por volta das 6h40, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Trânsito). O terreno, segundo a PM, era ocupado por ao menos 70 pessoas (cerca de 40 famílias), que moravam em tendas de lona e barracas de madeira no local. Após o confronto com a polícia, as famílias começaram a retirar seus pertences do local. A reintegração foi solicitada pela Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia), proprietária da área, e determinada pelo juiz Renato Guanaes Simões Thomsen, da 4ª Vara Cível do Foro Regional IV Lapa.
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'Silêncio' é um livro infilmável porque a alma de um crente também é
Um aviso: se o leitor não assistiu ao filme "Silêncio", o melhor é não prosseguir com a leitura. Haverá revelações que podem estragar o prazer cinéfilo, embora "prazer" não seja a palavra certa para resumir a história que o filme adapta. Foi em 1966. O escritor japonês Shusaku Endo, católico, publicava o romance que Scorsese leu e nunca esqueceu. História conhecida: dois jesuítas portugueses partem para o Japão em busca do padre Ferreira. Teria ele apostatado, como se dizia? Em meados do século 17, a perseguição aos cristãos no Oriente exercia-se com arrepiante brutalidade. Os jesuítas chegam às ilhas nipônicas. Encontram as primeiras comunidades clandestinas, que mendigam batismos e confissões. Mas a opressão das autoridades abate-se sobre os crentes. Na alma do padre Rodrigues, personagem central, a dúvida instala-se: onde está Deus perante o sofrimento dos seus filhos? Silêncio. Quando os mártires japoneses são crucificados no mar, o que assombra Rodrigues é a indiferença das ondas e a banalidade da morte. Rodrigues será também capturado: um dos seus "discípulos", o trágico e cômico Kichijiro, atraiçoa-o por 300 moedas de prata. E se escrevo a palavra "discípulo" é porque o romance de Endo permite vislumbrar uma "imitação de Cristo" na conduta de Rodrigues: perante todos os tormentos, ele debate-se com a sua fé. Mas compara-se sempre ao exemplo supremo do filho de Deus: Ele também foi atraiçoado; também padeceu angústias e tormentos; também entregou a vida para salvar todas as vidas. Rodrigues, confrontado com o dilema crucial da história –renegar a fé para salvar o rebanho ou continuar fiel aos evangelhos e permitir que os japoneses sejam sacrificados–, acaba por apostatar. O sacrifício está consumado. Acontece que "Silêncio" pode ter outra interpretação –e Scorsese sabe qual é: em prefácio para a nova edição do romance, o diretor relembra-nos a figura de Judas. Em "Silêncio", existe um Judas literal –Kichijiro. Mas a questão é outra: não será Rodrigues, apesar da soberba com que se compara a Cristo, apenas um imitador de Judas? E não será a sua apostasia o preço necessário para que se cumpra um plano que é superior à vida de Rodrigues? Quando li "Silêncio", concordei com Scorsese e vi no destino de Rodrigues essa mesma "via sacra": não a "via sacra" de quem cumpre os passos de Cristo; mas a "via sacra" interior de quem aceita finalmente a fraqueza de Judas. E, apesar disso, ou por causa disso, fortalece e salva a sua fé. O filme de Scorsese é a melhor adaptação de "Silêncio" que conheço. Até porque existiu outra: em 1971, Masahiro Shinoda filmou o romance de Shusaku Endo com a colaboração no roteiro do próprio Endo. Foi um desastre de proporções bíblicas, com o escritor a afastar-se publicamente do produto e a deplorar o final escolhido: Rodrigues, depois da apostasia, entrega-se aos prazeres carnais com uma paradoxal mistura de alívio e desespero. Scorsese corrige essa versão grotesca com absoluta fidelidade à letra (e ao espírito) do romance. Mas é preciso reconhecer que o filme, arrastado e ilustrativo, só raramente atinge a densidade que a palavra escrita contém. A culpa, se "culpa" é o termo adequado, não é de Scorsese. "Silêncio" sempre me pareceu um romance infilmável, porque infilmável é o tom da dúvida, da oração, da meditação, do orgulho, da humilhação e da compaixão que habitam a alma de Rodrigues. "Silêncio" é infilmável porque a alma de um crente também é. Na "New Yorker", o sempre brilhante Anthony Lane escreveu, a propósito de "Silêncio", que Scorsese nunca foi um cineasta de "interioridades" (como Ingmar Bergman, por exemplo). Os seus melhores filmes precisam de "exterioridades" –grandes arenas de conflito espiritual habitadas por "touros indomáveis". Concordo com ele. E digo mais: os melhores filmes religiosos de Scorsese não são os filmes literalmente religiosos (como "A Última Tentação de Cristo", "Kundun" ou "Silêncio"). A religiosidade profunda do diretor encontra-se nos dilemas de "Caminhos Perigosos"; no calvário de Travis Bickle (em "Taxi Driver"); ou na mais bela crucificação que o cinema já viu: a de Jake LaMotta, no ringue, golpeado por Sugar Ray Robinson (em "Touro Indomável"). Um conselho? Leia a obra-prima de Shusaku Endo. E, em relação a Scorsese, reveja os antigos testamentos.
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'Silêncio' é um livro infilmável porque a alma de um crente também éUm aviso: se o leitor não assistiu ao filme "Silêncio", o melhor é não prosseguir com a leitura. Haverá revelações que podem estragar o prazer cinéfilo, embora "prazer" não seja a palavra certa para resumir a história que o filme adapta. Foi em 1966. O escritor japonês Shusaku Endo, católico, publicava o romance que Scorsese leu e nunca esqueceu. História conhecida: dois jesuítas portugueses partem para o Japão em busca do padre Ferreira. Teria ele apostatado, como se dizia? Em meados do século 17, a perseguição aos cristãos no Oriente exercia-se com arrepiante brutalidade. Os jesuítas chegam às ilhas nipônicas. Encontram as primeiras comunidades clandestinas, que mendigam batismos e confissões. Mas a opressão das autoridades abate-se sobre os crentes. Na alma do padre Rodrigues, personagem central, a dúvida instala-se: onde está Deus perante o sofrimento dos seus filhos? Silêncio. Quando os mártires japoneses são crucificados no mar, o que assombra Rodrigues é a indiferença das ondas e a banalidade da morte. Rodrigues será também capturado: um dos seus "discípulos", o trágico e cômico Kichijiro, atraiçoa-o por 300 moedas de prata. E se escrevo a palavra "discípulo" é porque o romance de Endo permite vislumbrar uma "imitação de Cristo" na conduta de Rodrigues: perante todos os tormentos, ele debate-se com a sua fé. Mas compara-se sempre ao exemplo supremo do filho de Deus: Ele também foi atraiçoado; também padeceu angústias e tormentos; também entregou a vida para salvar todas as vidas. Rodrigues, confrontado com o dilema crucial da história –renegar a fé para salvar o rebanho ou continuar fiel aos evangelhos e permitir que os japoneses sejam sacrificados–, acaba por apostatar. O sacrifício está consumado. Acontece que "Silêncio" pode ter outra interpretação –e Scorsese sabe qual é: em prefácio para a nova edição do romance, o diretor relembra-nos a figura de Judas. Em "Silêncio", existe um Judas literal –Kichijiro. Mas a questão é outra: não será Rodrigues, apesar da soberba com que se compara a Cristo, apenas um imitador de Judas? E não será a sua apostasia o preço necessário para que se cumpra um plano que é superior à vida de Rodrigues? Quando li "Silêncio", concordei com Scorsese e vi no destino de Rodrigues essa mesma "via sacra": não a "via sacra" de quem cumpre os passos de Cristo; mas a "via sacra" interior de quem aceita finalmente a fraqueza de Judas. E, apesar disso, ou por causa disso, fortalece e salva a sua fé. O filme de Scorsese é a melhor adaptação de "Silêncio" que conheço. Até porque existiu outra: em 1971, Masahiro Shinoda filmou o romance de Shusaku Endo com a colaboração no roteiro do próprio Endo. Foi um desastre de proporções bíblicas, com o escritor a afastar-se publicamente do produto e a deplorar o final escolhido: Rodrigues, depois da apostasia, entrega-se aos prazeres carnais com uma paradoxal mistura de alívio e desespero. Scorsese corrige essa versão grotesca com absoluta fidelidade à letra (e ao espírito) do romance. Mas é preciso reconhecer que o filme, arrastado e ilustrativo, só raramente atinge a densidade que a palavra escrita contém. A culpa, se "culpa" é o termo adequado, não é de Scorsese. "Silêncio" sempre me pareceu um romance infilmável, porque infilmável é o tom da dúvida, da oração, da meditação, do orgulho, da humilhação e da compaixão que habitam a alma de Rodrigues. "Silêncio" é infilmável porque a alma de um crente também é. Na "New Yorker", o sempre brilhante Anthony Lane escreveu, a propósito de "Silêncio", que Scorsese nunca foi um cineasta de "interioridades" (como Ingmar Bergman, por exemplo). Os seus melhores filmes precisam de "exterioridades" –grandes arenas de conflito espiritual habitadas por "touros indomáveis". Concordo com ele. E digo mais: os melhores filmes religiosos de Scorsese não são os filmes literalmente religiosos (como "A Última Tentação de Cristo", "Kundun" ou "Silêncio"). A religiosidade profunda do diretor encontra-se nos dilemas de "Caminhos Perigosos"; no calvário de Travis Bickle (em "Taxi Driver"); ou na mais bela crucificação que o cinema já viu: a de Jake LaMotta, no ringue, golpeado por Sugar Ray Robinson (em "Touro Indomável"). Um conselho? Leia a obra-prima de Shusaku Endo. E, em relação a Scorsese, reveja os antigos testamentos.
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Pato vira esperança para São Paulo reagir na Libertadores
Antes que qualquer jornalista perguntasse, Pato admitiu que a ansiedade para estrear na Libertadores pelo São Paulo é grande e que teria problemas para dormir. O atacante, que já disputou duas edições do torneio, foi escolhido para entrar no lugar de Alan Kardec contra o Danubio (URU), nesta quarta-feira (25), no Morumbi. Entrará em campo com uma responsabilidade: fazer a equipe reagir no torneio. Há uma semana, o São Paulo perdeu para o Corinthians por 2 a 0 na partida de estreia dos clubes no Grupo 2 da Libertadores. O resultado aumentou a pressão da diretoria sobre o treinador Muricy Ramalho e os jogadores. Pato não jogou naquela oportunidade por questões contratuais –como está emprestado pelo Corinthians até o final deste ano, só poderia entrar campo se o clube tricolor pagasse R$ 1 milhão. O time teve atuação apagada contra o Corinthians. Não chutou uma vez ao gol rival. Com Pato titular, a expectativa de Muricy é que o São Paulo seja mais agressivo. Os números do atacante ajudam. É o artilheiro do time em 2015: seis gols em seis jogos oficiais. Com ele, a equipe também ganha em dinamismo no ataque. Pode pressionar o adversário pelos lados do campo e não apenas pelo centro, problema comum quando Kardec joga. Com tanta expectativa em torno de si, Pato reconheceu que o peso do jogo é grande, mas disse que vive o melhor momento no São Paulo. "Estou colhendo frutos do meu trabalho. Sei que não há cadeira cativa no time e não desanimei. A vaga no time é o resultado", afirmou. A pressão em torno do time também é grande e, portanto, outro desafio. O treino de terça-feira (24) foi acompanhado pelo presidente Carlos Miguel Aidar. Ao final da atividade, o mandatário reuniu-se com Muricy e falou algumas palavras de incentivo. Empate ou derrota nesta quarta é impensável para o elenco porque pode comprometer a classificação às oitavas de final. "Só pensamos em vencer para recuperar a confiança", afirmou Pato.
esporte
Pato vira esperança para São Paulo reagir na LibertadoresAntes que qualquer jornalista perguntasse, Pato admitiu que a ansiedade para estrear na Libertadores pelo São Paulo é grande e que teria problemas para dormir. O atacante, que já disputou duas edições do torneio, foi escolhido para entrar no lugar de Alan Kardec contra o Danubio (URU), nesta quarta-feira (25), no Morumbi. Entrará em campo com uma responsabilidade: fazer a equipe reagir no torneio. Há uma semana, o São Paulo perdeu para o Corinthians por 2 a 0 na partida de estreia dos clubes no Grupo 2 da Libertadores. O resultado aumentou a pressão da diretoria sobre o treinador Muricy Ramalho e os jogadores. Pato não jogou naquela oportunidade por questões contratuais –como está emprestado pelo Corinthians até o final deste ano, só poderia entrar campo se o clube tricolor pagasse R$ 1 milhão. O time teve atuação apagada contra o Corinthians. Não chutou uma vez ao gol rival. Com Pato titular, a expectativa de Muricy é que o São Paulo seja mais agressivo. Os números do atacante ajudam. É o artilheiro do time em 2015: seis gols em seis jogos oficiais. Com ele, a equipe também ganha em dinamismo no ataque. Pode pressionar o adversário pelos lados do campo e não apenas pelo centro, problema comum quando Kardec joga. Com tanta expectativa em torno de si, Pato reconheceu que o peso do jogo é grande, mas disse que vive o melhor momento no São Paulo. "Estou colhendo frutos do meu trabalho. Sei que não há cadeira cativa no time e não desanimei. A vaga no time é o resultado", afirmou. A pressão em torno do time também é grande e, portanto, outro desafio. O treino de terça-feira (24) foi acompanhado pelo presidente Carlos Miguel Aidar. Ao final da atividade, o mandatário reuniu-se com Muricy e falou algumas palavras de incentivo. Empate ou derrota nesta quarta é impensável para o elenco porque pode comprometer a classificação às oitavas de final. "Só pensamos em vencer para recuperar a confiança", afirmou Pato.
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Tucano apresenta projeto para tentar barrar Lula em ministério
O deputado federal Bruno Covas (PSDB-SP) apresentou nesta terça-feira (15) um projeto de lei para tentar impedir que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assuma um ministério no governo Dilma Rousseff. Lula tem dito a aliados que não tem como recusar os apelos da presidente para ir para a Esplanada, provavelmente a Secretaria de Governo. Alvo da Lava Jato, Lula ganharia prerrogativa de foro privilegiado caso vá mesmo para o governo. Em caso de denúncia, a ação teria de ser julgada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), saindo das mãos do juiz Sérgio Moro. A proposta do tucano torna obrigatório que todos os ministros de Estado tenham curso superior. Na justificativa, Covas afirma que o projeto tem como objetivo "impedir que se efetive notícia vinculada em diversos meios de comunicação", segundo a qual, "a presidente Dilma Rousseff deve acomodar em seu Ministério indivíduos que buscam foro privilegiado em detrimento do interesse público". Lula concluiu o ginásio e aos 14 anos foi admitido no curso técnico de torneiro mecânico do Senai. À Folha, o deputado afirmou que, caso a presidente nomeie Lula ministro, ela "resolve ignorar as manifestações de domingo, o que diz a população e abre mão dos últimos princípios que restavam". "Nomear alguém para ter foro privilegiado é o fim do mundo", disse Covas. Questionado se a proposta não reforça a ideia de que o PSDB é um partido elitista, o deputado afirmou que o projeto não está relacionado aos cargos eletivos. "O eleito precisa representar a população, pode ou não ter curso superior. Agora um auxiliar direto da presidente, ocupando cargo de ministro de Estado, tem que ser alguém que tenha conhecimento", afirmou. Para ser aprovado, no entanto, o projeto precisa passar pelas comissões especiais, pelos plenários da Câmara e do Senado e, só depois de toda a tramitação, ser levado à presidente da República.
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Tucano apresenta projeto para tentar barrar Lula em ministérioO deputado federal Bruno Covas (PSDB-SP) apresentou nesta terça-feira (15) um projeto de lei para tentar impedir que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assuma um ministério no governo Dilma Rousseff. Lula tem dito a aliados que não tem como recusar os apelos da presidente para ir para a Esplanada, provavelmente a Secretaria de Governo. Alvo da Lava Jato, Lula ganharia prerrogativa de foro privilegiado caso vá mesmo para o governo. Em caso de denúncia, a ação teria de ser julgada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), saindo das mãos do juiz Sérgio Moro. A proposta do tucano torna obrigatório que todos os ministros de Estado tenham curso superior. Na justificativa, Covas afirma que o projeto tem como objetivo "impedir que se efetive notícia vinculada em diversos meios de comunicação", segundo a qual, "a presidente Dilma Rousseff deve acomodar em seu Ministério indivíduos que buscam foro privilegiado em detrimento do interesse público". Lula concluiu o ginásio e aos 14 anos foi admitido no curso técnico de torneiro mecânico do Senai. À Folha, o deputado afirmou que, caso a presidente nomeie Lula ministro, ela "resolve ignorar as manifestações de domingo, o que diz a população e abre mão dos últimos princípios que restavam". "Nomear alguém para ter foro privilegiado é o fim do mundo", disse Covas. Questionado se a proposta não reforça a ideia de que o PSDB é um partido elitista, o deputado afirmou que o projeto não está relacionado aos cargos eletivos. "O eleito precisa representar a população, pode ou não ter curso superior. Agora um auxiliar direto da presidente, ocupando cargo de ministro de Estado, tem que ser alguém que tenha conhecimento", afirmou. Para ser aprovado, no entanto, o projeto precisa passar pelas comissões especiais, pelos plenários da Câmara e do Senado e, só depois de toda a tramitação, ser levado à presidente da República.
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Crime contra mulher expõe relação de poder entre agressor e vítima
O feminicídio, ou seja, o assassinato de uma mulher por sua condição de gênero, não está relacionado à crise de segurança pública nem à epidemia de homicídios do país. A tipificação deste crime no Código Penal também não tem motivação sexista, de tratar a morte da mulher como mais grave que a do homem. Sua função seria a de dar nome a um tipo de homicídio que, diferentemente de mortes decorrentes da criminalidade violenta, tem características específicas ligadas à condição feminina e a uma cultura de tolerância à violência contra a mulher, o que pede um instrumental próprio. Trata-se de um tipo de homicídio que ocorre no âmbito das relações íntimas e afetivas da vítima, ou que decorre de menosprezo e discriminação em relação à mulher. É um crime do ambiente privado praticado por conhecidos da vítima, enquanto o homicídio comum, do qual os homens são maioria entre as vítimas, ocorre no espaço público e, em geral, por um agente desconhecido. Muitos dos casos de feminicídio envolvem também violência sexual, o que evidencia uma relação de poder entre algoz e vítima, um dos aspectos da chamada desigualdade de gênero –cujo debate foi proscrito do Plano Nacional de Educação. Essa desigualdade está expressa na recorrência das morte por estrangulamento, que pressupõe superioridade de força física do agressor. O trabalho na apuração técnica desses crimes praticados fez a médica legista Luciana Campos Nascimento, chefe da equipe Oeste do IML paulista, identificar outros tipos de lesão sugestivas do feminicídio: múltiplas e contra órgãos genitais, seios e face. Segundo ela, seguem este mesmo padrão as agressões graves contra mulheres, que não resultaram em morte. "Há uma preferência por destruir a imagem da mulher, por desfigurá-la", diz. Neste sentido, quando há uso de arma de fogo, o tiro costuma ser na cabeça", explica, como se descrevesse duas das mortes dos últimos dias. Em outros tempos, esses seriam tratados como crimes passionais, linguagem que romantiza a morte provocada por ciúme ou ações interpretadas como insubordinação. "Não é crime motivado por amor ou paixão, mas pela manifestação de poder sobre uma mulher cujo comportamento é visto como afronta, como nos casos em que ela é infiel ou escolhe romper o relacionamento", avalia a promotora Silvia Chakian, coordenadora do Grupo de Enfrentamento à Violência Doméstica do MP-SP. Casos de feminicídio no Estado de SP - <br> Chakian e outros especialistas em violência contra a mulher tratam essas mortes como "evitáveis", porque ocorrem num contexto crônico de violência com sinais que antecipam o desfecho trágico. Segundo a promotora, há dois tipos de vítimas: as que morrem em silêncio e as que gritaram por socorro. Em ambos os casos, a falha é do poder público. No primeiro porque não disponibilizou serviços de enfrentamento à violência com os quais a mulher pudesse contar e confiar. No segundo, porque houve falha no monitoramento das medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha. "Não adianta estimularmos a mulher a denunciar e pedir ajuda se, na outra ponta, não existe uma rede de instituições funcionando de maneira adequada." Estimativas apontam que cerca de 13 dessas "mortes evitáveis" ocorram por dia no país. Celina Gama, que denunciou ameaça 11 dias antes de ser morta, é apenas uma delas.
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Crime contra mulher expõe relação de poder entre agressor e vítimaO feminicídio, ou seja, o assassinato de uma mulher por sua condição de gênero, não está relacionado à crise de segurança pública nem à epidemia de homicídios do país. A tipificação deste crime no Código Penal também não tem motivação sexista, de tratar a morte da mulher como mais grave que a do homem. Sua função seria a de dar nome a um tipo de homicídio que, diferentemente de mortes decorrentes da criminalidade violenta, tem características específicas ligadas à condição feminina e a uma cultura de tolerância à violência contra a mulher, o que pede um instrumental próprio. Trata-se de um tipo de homicídio que ocorre no âmbito das relações íntimas e afetivas da vítima, ou que decorre de menosprezo e discriminação em relação à mulher. É um crime do ambiente privado praticado por conhecidos da vítima, enquanto o homicídio comum, do qual os homens são maioria entre as vítimas, ocorre no espaço público e, em geral, por um agente desconhecido. Muitos dos casos de feminicídio envolvem também violência sexual, o que evidencia uma relação de poder entre algoz e vítima, um dos aspectos da chamada desigualdade de gênero –cujo debate foi proscrito do Plano Nacional de Educação. Essa desigualdade está expressa na recorrência das morte por estrangulamento, que pressupõe superioridade de força física do agressor. O trabalho na apuração técnica desses crimes praticados fez a médica legista Luciana Campos Nascimento, chefe da equipe Oeste do IML paulista, identificar outros tipos de lesão sugestivas do feminicídio: múltiplas e contra órgãos genitais, seios e face. Segundo ela, seguem este mesmo padrão as agressões graves contra mulheres, que não resultaram em morte. "Há uma preferência por destruir a imagem da mulher, por desfigurá-la", diz. Neste sentido, quando há uso de arma de fogo, o tiro costuma ser na cabeça", explica, como se descrevesse duas das mortes dos últimos dias. Em outros tempos, esses seriam tratados como crimes passionais, linguagem que romantiza a morte provocada por ciúme ou ações interpretadas como insubordinação. "Não é crime motivado por amor ou paixão, mas pela manifestação de poder sobre uma mulher cujo comportamento é visto como afronta, como nos casos em que ela é infiel ou escolhe romper o relacionamento", avalia a promotora Silvia Chakian, coordenadora do Grupo de Enfrentamento à Violência Doméstica do MP-SP. Casos de feminicídio no Estado de SP - <br> Chakian e outros especialistas em violência contra a mulher tratam essas mortes como "evitáveis", porque ocorrem num contexto crônico de violência com sinais que antecipam o desfecho trágico. Segundo a promotora, há dois tipos de vítimas: as que morrem em silêncio e as que gritaram por socorro. Em ambos os casos, a falha é do poder público. No primeiro porque não disponibilizou serviços de enfrentamento à violência com os quais a mulher pudesse contar e confiar. No segundo, porque houve falha no monitoramento das medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha. "Não adianta estimularmos a mulher a denunciar e pedir ajuda se, na outra ponta, não existe uma rede de instituições funcionando de maneira adequada." Estimativas apontam que cerca de 13 dessas "mortes evitáveis" ocorram por dia no país. Celina Gama, que denunciou ameaça 11 dias antes de ser morta, é apenas uma delas.
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Na natação, Brasil vê evolução em revezamento misto para o Rio
PAULO ROBERTO CONDE ENVIADO ESPECIAL AO RIO Com duas marcas no top 5 do ranking mundial dos estilos costas e peito estabelecidas nos dois primeiros dias do Troféu Maria Lenk, a natação brasileira passa a ver com carinho o revezamento 4 x 100 m medley masculino. Na sexta (15), data que abriu a última seletiva nacional, João Gomes Júnior venceu os 100 m peito para 59s06, segundo melhor registro do ano. Neste sábado (16), Guilherme Guido foi o melhor nas eliminatórias dos 100 m costas em 53s10, quinto do mundo. Ambos garantiram vaga para os Jogos Olímpicos do Rio, em agosto. Mais que isso, deram a ideia de que é possível ter boa formação do país no revezamento, que envolve os quatro estilos -a ordem é costas, peito, borboleta e livre; o Brasil já tem vaga para essa prova. Até há pouco, o nado costas era a fraqueza do time. Mas, com a ascensão de Guido, a expectativa mudou. "Estou na melhor forma", disse o nadador, que não gostou do tempo da manhã. O país tem bons nadadores nos 100 m livre -desde Marcelo Chierighini, quinto no Mundial de Kazan-2015, ao campeão olímpico júnior Matheus Santana, entre outros. O maior desafio é encontrar um representante nos 100 m borboleta. Até o momento, Henrique Martins e Marcos Macedo têm índice para a prova, mas estão longe da elite. A definição será na quarta-feira (20). A avaliação da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) é de que é cedo para se pensar em disputa por medalhas, porém já existe potencial para sonhar. Segundo Alberto Pinto da Silva, treinador-chefe da seleção masculina, a entidade planeja potencializar as chances do time. Para isso, deve montar estratégia de treinos com nadadores para aperfeiçoar passagens, partidas e o espírito de grupo. A ideia do técnico é fazer preparo semelhante ao feito com o revezamento 4 x 100 m livre. Na temporada passada, um grupo composto por Santana, Chierighini, Cesar Cielo, Bruno Fratus e João de Lucca fez treinos específicos. Sem contar com Cielo, o quarteto conquistou o ouro no Pan de Toronto e ficou em quarto lugar em Kazan. O Brasil é apontado como um dos fortes candidatos a medalha nos Jogos Olímpicos do Rio. O plano é que o revezamento medley surpreenda e chegue no mesmo patamar. "O time do Brasil está mais maduro, e reflete nos resultados. Esse revezamento bem para brigar por medalha", afirmou João Gomes Júnior.
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Na natação, Brasil vê evolução em revezamento misto para o Rio PAULO ROBERTO CONDE ENVIADO ESPECIAL AO RIO Com duas marcas no top 5 do ranking mundial dos estilos costas e peito estabelecidas nos dois primeiros dias do Troféu Maria Lenk, a natação brasileira passa a ver com carinho o revezamento 4 x 100 m medley masculino. Na sexta (15), data que abriu a última seletiva nacional, João Gomes Júnior venceu os 100 m peito para 59s06, segundo melhor registro do ano. Neste sábado (16), Guilherme Guido foi o melhor nas eliminatórias dos 100 m costas em 53s10, quinto do mundo. Ambos garantiram vaga para os Jogos Olímpicos do Rio, em agosto. Mais que isso, deram a ideia de que é possível ter boa formação do país no revezamento, que envolve os quatro estilos -a ordem é costas, peito, borboleta e livre; o Brasil já tem vaga para essa prova. Até há pouco, o nado costas era a fraqueza do time. Mas, com a ascensão de Guido, a expectativa mudou. "Estou na melhor forma", disse o nadador, que não gostou do tempo da manhã. O país tem bons nadadores nos 100 m livre -desde Marcelo Chierighini, quinto no Mundial de Kazan-2015, ao campeão olímpico júnior Matheus Santana, entre outros. O maior desafio é encontrar um representante nos 100 m borboleta. Até o momento, Henrique Martins e Marcos Macedo têm índice para a prova, mas estão longe da elite. A definição será na quarta-feira (20). A avaliação da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) é de que é cedo para se pensar em disputa por medalhas, porém já existe potencial para sonhar. Segundo Alberto Pinto da Silva, treinador-chefe da seleção masculina, a entidade planeja potencializar as chances do time. Para isso, deve montar estratégia de treinos com nadadores para aperfeiçoar passagens, partidas e o espírito de grupo. A ideia do técnico é fazer preparo semelhante ao feito com o revezamento 4 x 100 m livre. Na temporada passada, um grupo composto por Santana, Chierighini, Cesar Cielo, Bruno Fratus e João de Lucca fez treinos específicos. Sem contar com Cielo, o quarteto conquistou o ouro no Pan de Toronto e ficou em quarto lugar em Kazan. O Brasil é apontado como um dos fortes candidatos a medalha nos Jogos Olímpicos do Rio. O plano é que o revezamento medley surpreenda e chegue no mesmo patamar. "O time do Brasil está mais maduro, e reflete nos resultados. Esse revezamento bem para brigar por medalha", afirmou João Gomes Júnior.
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Safra cresce, mas fica abaixo de 200 mi de t
Não é ainda desta vez que a safra brasileira vai superar os 200 milhões de toneladas. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) refez os cálculos e prevê, agora, 198,5 milhões de toneladas para o período 2014/15. Projetada em 202,2 milhões de toneladas em janeiro, a safra fica menor devido a um recuo de produção exatamente nos dois carros-chefes do país: soja e milho. Os novos números da soja da Conab indicam 93 milhões de toneladas, 3% menos do que as estimativas de janeiro. Apesar da queda, se a nova estimativa for confirmada, a produção ainda superará em 8% a do ano anterior. Já a produção do milho, prevista no início do ano em 79 milhões de toneladas, fica em 78 milhões, abaixo dos 80 milhões de 2013/14. A safra de arroz, outro cereal importante na lista de produção, será de 12 milhões de toneladas, igual à do ano passado. Mesmo com safra recorde, os estoques de alguns produtos caem. O arroz é um dos mais preocupantes. A produção estável e a exportação em 1,25 milhão de toneladas farão o estoque recuar para 555 mil toneladas em 2014/15, o suficiente para apenas meio mês de consumo. OFERTA MUNDIAL O Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) também divulgou nesta terça-feira (10) o cenário de oferta e demanda de produtos agrícolas nos mercados norte-americano e mundial. Soja e milho não tiveram mudanças nos números de 2014/15, quando se refere ao mercado dos Estados Unidos. A produção de soja se mantém em 108 milhões de toneladas, e a de milho fica em 361 milhões. Com relação à produção mundial, a de soja será de 315 milhões de toneladas (284 milhões em 2014) e a de milho fica estável em 990 milhões. * Liderança O Centro-Oeste lidera a produção de grãos, com 82,1 milhões de toneladas, mas não terá crescimento nesta safra. A seguir vêm as regiões Sul (73,1 milhões) e Sudeste (18,5 milhões). O Nordeste vem na sequência, com 18,2 milhões de toneladas, segundo dados da Conab. Rússia A produção russa de grãos deverá recuar para 96 milhões de toneladas nesta safra, de acordo com estimativas privadas. Já o governo espera um volume próximo dos 100 milhões. Mesmo assim, o volume será inferior aos 105 milhões de toneladas da safra anterior. Boi em alta A arroba de boi gordo foi negociada a R$ 146 nesta terça-feira (10) em São Paulo, conforme dados da Informa Economics FNP. Na avaliação da consultoria, a dificuldade dos frigoríficos na compra de animais deixa as escalas de abate irregulares. A alta foi de 1% no dia.
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Safra cresce, mas fica abaixo de 200 mi de tNão é ainda desta vez que a safra brasileira vai superar os 200 milhões de toneladas. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) refez os cálculos e prevê, agora, 198,5 milhões de toneladas para o período 2014/15. Projetada em 202,2 milhões de toneladas em janeiro, a safra fica menor devido a um recuo de produção exatamente nos dois carros-chefes do país: soja e milho. Os novos números da soja da Conab indicam 93 milhões de toneladas, 3% menos do que as estimativas de janeiro. Apesar da queda, se a nova estimativa for confirmada, a produção ainda superará em 8% a do ano anterior. Já a produção do milho, prevista no início do ano em 79 milhões de toneladas, fica em 78 milhões, abaixo dos 80 milhões de 2013/14. A safra de arroz, outro cereal importante na lista de produção, será de 12 milhões de toneladas, igual à do ano passado. Mesmo com safra recorde, os estoques de alguns produtos caem. O arroz é um dos mais preocupantes. A produção estável e a exportação em 1,25 milhão de toneladas farão o estoque recuar para 555 mil toneladas em 2014/15, o suficiente para apenas meio mês de consumo. OFERTA MUNDIAL O Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) também divulgou nesta terça-feira (10) o cenário de oferta e demanda de produtos agrícolas nos mercados norte-americano e mundial. Soja e milho não tiveram mudanças nos números de 2014/15, quando se refere ao mercado dos Estados Unidos. A produção de soja se mantém em 108 milhões de toneladas, e a de milho fica em 361 milhões. Com relação à produção mundial, a de soja será de 315 milhões de toneladas (284 milhões em 2014) e a de milho fica estável em 990 milhões. * Liderança O Centro-Oeste lidera a produção de grãos, com 82,1 milhões de toneladas, mas não terá crescimento nesta safra. A seguir vêm as regiões Sul (73,1 milhões) e Sudeste (18,5 milhões). O Nordeste vem na sequência, com 18,2 milhões de toneladas, segundo dados da Conab. Rússia A produção russa de grãos deverá recuar para 96 milhões de toneladas nesta safra, de acordo com estimativas privadas. Já o governo espera um volume próximo dos 100 milhões. Mesmo assim, o volume será inferior aos 105 milhões de toneladas da safra anterior. Boi em alta A arroba de boi gordo foi negociada a R$ 146 nesta terça-feira (10) em São Paulo, conforme dados da Informa Economics FNP. Na avaliação da consultoria, a dificuldade dos frigoríficos na compra de animais deixa as escalas de abate irregulares. A alta foi de 1% no dia.
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Ponte Preta perde e pode se afastar do G4; Figueirense e Avaí respiram
A vitória do Figueirense sobre a Ponte Preta por 1 a 0 nesta quarta-feira (18), no Moisés Lucarelli, pela 35ª rodada do Brasileiro, teve efeitos em lados opostos da tabela. Na briga pelo G4, a equipe de Campinas permanece em nono lugar, com 50 pontos, mas pode se afastar da briga por vaga na Libertadores após os jogos desta quinta (19). O Figueirense foi a 39 pontos, ainda em 15º. O triunfo foi essencial porque Avaí, com 38, e Coritiba, que tem 37, também venceram na rodada. O gol dos catarinenses foi marcado por Clayton, em pênalti mal assinalado pela arbitragem após a bola bater na cabeça do zagueiro Ferron. A vitória do Avaí foi sobre o Joinville, por 2 a 1, em Florianópolis. Everton Silva e André Lima, também em pênalti polêmico, marcaram para a equipe da casa, e Fernando Viana descontou para os visitantes. O Joinville segue na lanterna da competição, com 31 pontos. Avaí 2 x 1 Joinville
esporte
Ponte Preta perde e pode se afastar do G4; Figueirense e Avaí respiramA vitória do Figueirense sobre a Ponte Preta por 1 a 0 nesta quarta-feira (18), no Moisés Lucarelli, pela 35ª rodada do Brasileiro, teve efeitos em lados opostos da tabela. Na briga pelo G4, a equipe de Campinas permanece em nono lugar, com 50 pontos, mas pode se afastar da briga por vaga na Libertadores após os jogos desta quinta (19). O Figueirense foi a 39 pontos, ainda em 15º. O triunfo foi essencial porque Avaí, com 38, e Coritiba, que tem 37, também venceram na rodada. O gol dos catarinenses foi marcado por Clayton, em pênalti mal assinalado pela arbitragem após a bola bater na cabeça do zagueiro Ferron. A vitória do Avaí foi sobre o Joinville, por 2 a 1, em Florianópolis. Everton Silva e André Lima, também em pênalti polêmico, marcaram para a equipe da casa, e Fernando Viana descontou para os visitantes. O Joinville segue na lanterna da competição, com 31 pontos. Avaí 2 x 1 Joinville
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Vagner Love marca gol do hexa, chora e desabafa
Não ia nem precisar, já que o Atlético-MG perdia para o São Paulo, no Morumbi, mas foi Vagner Love, o atacante mais contestado do Corinthians, quem marcou em São Januário o gol de empate no duelo contra o Vasco e conseguiu fazer com que o título viesse sem derrota. Com o empate, o Corinthians chegou a 77 pontos, contra 65 do Atlético-MG, vice-líder. A três rodadas do fim, a equipe mineira não pode mais alcançar o time de Tite. "Eles me ajudaram muito. São meus amigos de verdade. Eu fico muito feliz, trabalhei muito. Falaram muita besteira, fizeram muita sacanagem comigo. Mas eu não me deixei abater. Minha família me ajudou muito. Vou comemorar com eles agora", disse o jogador, que chorou muito dentro de campo. Em entrevista para a Folha, no início do mês, revelou que o choro da sua esposa, em casa, em um dia ruim da temporada, o fez dar a volta por cima. Com o gol desta noite, Love alcançou mais uma vez Jadson na artilharia da equipe no Brasileiro. Os dois marcaram 13 gols na competição.
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Vagner Love marca gol do hexa, chora e desabafaNão ia nem precisar, já que o Atlético-MG perdia para o São Paulo, no Morumbi, mas foi Vagner Love, o atacante mais contestado do Corinthians, quem marcou em São Januário o gol de empate no duelo contra o Vasco e conseguiu fazer com que o título viesse sem derrota. Com o empate, o Corinthians chegou a 77 pontos, contra 65 do Atlético-MG, vice-líder. A três rodadas do fim, a equipe mineira não pode mais alcançar o time de Tite. "Eles me ajudaram muito. São meus amigos de verdade. Eu fico muito feliz, trabalhei muito. Falaram muita besteira, fizeram muita sacanagem comigo. Mas eu não me deixei abater. Minha família me ajudou muito. Vou comemorar com eles agora", disse o jogador, que chorou muito dentro de campo. Em entrevista para a Folha, no início do mês, revelou que o choro da sua esposa, em casa, em um dia ruim da temporada, o fez dar a volta por cima. Com o gol desta noite, Love alcançou mais uma vez Jadson na artilharia da equipe no Brasileiro. Os dois marcaram 13 gols na competição.
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Mudança de rumo
O Banco do Brasil, maior instituição financeira do país, anunciou na semana passada uma série de medidas para reduzir custos, visando a aumentar sua lucratividade nos próximos anos. Com o argumento de adaptar-se à realidade da nova era digital, em que muitos clientes fazem suas transações pela internet, o banco público vai fechar 402 agências (7,4%) e transformar outras 379 (7%) em postos de atendimento. Isso deve resultar, segundo a instituição, em economia anual de R$ 750 milhões, o equivalente a cerca de 1,7% das despesas com suas operações nos últimos 12 meses. Também foi anunciado um plano de incentivo à aposentadoria para o qual são elegíveis 18 mil funcionários (16,5% do total). Calcula-se que, se houver uma adesão de 30%, os desligamentos podem levar o banco a poupar quase R$ 1 bilhão a mais anualmente. Analistas do setor financeiro consideraram as medidas como um passo na direção certa, por sinalizarem mudança de rumos em relação à condução dos bancos públicos nos últimos anos. Como reação à crise financeira global de 2008, o governo Lula usou essas instituições para aumentar a oferta de crédito. A resposta parecia adequada em um primeiro momento, dada a magnitude do desastre nos países desenvolvidos. Deveria, porém, ter sido moderada a partir dos primeiros sinais de recuperação. Ocorreu justamente o oposto disso. A administração de Dilma Rousseff dobrou a aposta, ampliando significativamente os empréstimos. Continuou, numa manobra ainda pior, a pisar no acelerador mesmo quando surgiram claros indicadores da atual crise econômica doméstica. Insistiu na rota para o precipício quando o endividamento de famílias e empresas já era visto como ameaça à capacidade de consumo e investimento. Essa política pouco guiada por critérios técnicos prejudicou a lucratividade do banco e não surtiu os efeitos esperados em termos de retorno social. Grandes empresas com fácil acesso a crédito e menor potencial inovador foram as maiores beneficiadas, e o efeito dessa estratégia sobre os investimentos não se mostrou significativo. O desafio da instituição agora é conciliar a busca por resultado e eficiência com o compromisso de aumentar o acesso da população carente a serviços bancários, num quadro de fechamento de agências. As mudanças anunciadas conotam maior racionalidade na direção dessa gigantesca instituição financeira. O caminho até a plena recuperação, entretanto, será longo. editoriais@grupofolha.com.br
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Mudança de rumoO Banco do Brasil, maior instituição financeira do país, anunciou na semana passada uma série de medidas para reduzir custos, visando a aumentar sua lucratividade nos próximos anos. Com o argumento de adaptar-se à realidade da nova era digital, em que muitos clientes fazem suas transações pela internet, o banco público vai fechar 402 agências (7,4%) e transformar outras 379 (7%) em postos de atendimento. Isso deve resultar, segundo a instituição, em economia anual de R$ 750 milhões, o equivalente a cerca de 1,7% das despesas com suas operações nos últimos 12 meses. Também foi anunciado um plano de incentivo à aposentadoria para o qual são elegíveis 18 mil funcionários (16,5% do total). Calcula-se que, se houver uma adesão de 30%, os desligamentos podem levar o banco a poupar quase R$ 1 bilhão a mais anualmente. Analistas do setor financeiro consideraram as medidas como um passo na direção certa, por sinalizarem mudança de rumos em relação à condução dos bancos públicos nos últimos anos. Como reação à crise financeira global de 2008, o governo Lula usou essas instituições para aumentar a oferta de crédito. A resposta parecia adequada em um primeiro momento, dada a magnitude do desastre nos países desenvolvidos. Deveria, porém, ter sido moderada a partir dos primeiros sinais de recuperação. Ocorreu justamente o oposto disso. A administração de Dilma Rousseff dobrou a aposta, ampliando significativamente os empréstimos. Continuou, numa manobra ainda pior, a pisar no acelerador mesmo quando surgiram claros indicadores da atual crise econômica doméstica. Insistiu na rota para o precipício quando o endividamento de famílias e empresas já era visto como ameaça à capacidade de consumo e investimento. Essa política pouco guiada por critérios técnicos prejudicou a lucratividade do banco e não surtiu os efeitos esperados em termos de retorno social. Grandes empresas com fácil acesso a crédito e menor potencial inovador foram as maiores beneficiadas, e o efeito dessa estratégia sobre os investimentos não se mostrou significativo. O desafio da instituição agora é conciliar a busca por resultado e eficiência com o compromisso de aumentar o acesso da população carente a serviços bancários, num quadro de fechamento de agências. As mudanças anunciadas conotam maior racionalidade na direção dessa gigantesca instituição financeira. O caminho até a plena recuperação, entretanto, será longo. editoriais@grupofolha.com.br
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Família imperial quer usar clima de divisão para restaurar monarquia
Vai achando que é só plebeu que protesta em Copacabana e na Paulista. Entre a fauna que ganha visibilidade nas manifestações contra Dilma Rousseff, talvez já tenham chamado a atenção do leitor esporádicas bandeiras do Brasil imperial –na qual o globo azul é substituído por brasão e coroa. Portando os estandartes estão os monarquistas brasileiros, que querem aproveitar o clima de uma pátria desunida para propor uma solução que olha para trás: por que não aproveitar para restabelecer o regime deposto por republicanos há 127 anos? O monarquismo brasileiro tem à frente os descendentes de dom Pedro 2º, imperador morto no exílio. Sua voz mais ativa hoje é dom Bertrand de Orléans e Bragança, 75, trineto de dom Pedro e segundo na hipotética linha sucessória do trono nacional. Chamado de alteza por assessores, Bertrand toca o movimento devido à saúde debilitada do irmão mais velho, Luiz, 77. O príncipe nasceu na França –da qual guarda discreto sotaque– e já estreou nos atos de rua, sendo parado para selfies por súditos em potencial. Embora propague o caráter suprapartidário que deve ter o monarca de um renascido império, Bertrand concentra suas críticas no PT, que vê como artífice de um plano para impor o socialismo ao país. "Nossa bandeira é verde e amarela e jamais será vermelha", repete incessantemente o príncipe em discursos e pronunciamentos pela internet. Do alto de um carro de som, repudiou "os que têm como intenção implantar na nossa pátria o que fracassou do outro lado da cortina de ferro". Em conversa com a Folha em janeiro, o possível chefe do Poder Moderador disse apoiar os atos de rua, mas distingue "movimentos agitadores pagos, como MST" do "Brasil autêntico, que trabalha e dá certo". SOLUÇÃO REAL É na insatisfação atual que o príncipe vê margem para atrair adeptos à ideia de recolocar os Orléans e Bragança na chefia do Estado. Ele diz que há cada vez mais interessados na causa, promovida on-line e nos protestos, com panfletos que destacam as virtudes da restauração. Ele compara a tensão de eleições presidenciais a uma briga em família, na qual os filhos –no paralelo, os cidadãos– "perdem aquele respeito que têm em relação aos pais" (os políticos). "Ao passo que a monarquia garante unidade, estabilidade e continuidade", explica. "O Brasil está com saudade de um regime que faça à nação o que uma nação deve ser: uma grande família com destino comum a realizar." "Quando brasileiros bradam 'Quero meu Brasil de volta', bradam 'Eu quero o Brasil do Cristo Redentor e de Nossa Senhora Aparecida'", resume. A retórica religiosa –presente, diga-se, desde os imperadores e a princesa Isabel– perpassa o discurso da família, que ainda hoje prepara seus descendentes para reocupar o trono. QUE REI SOU EU? Na prática, Bertrand propõe um regime "na linha do Segundo Reinado, mas atualizado de acordo com as circunstâncias". A tese de que deve ser um descendente dos imperadores do século 19 a portar a coroa rediviva não é consenso nem entre eles. Dom João Henrique de Orléans e Bragança, 61, de outro ramo da família, diz que ninguém pode impor isso ao país. Ele, que tem uma pousada em Paraty e é habitué dos protestos da orla carioca, diz ser, mais do que monarquista, parlamentarista. Mas argumenta que o sistema funcionaria melhor com um rei, mais neutro como chefe de Estado do que um presidente. Apesar de não fazer questão que um dos seus reine, João ressalta: "As famílias reais são educadas desde pequenas com princípios que dizem respeito ao Brasil, às instituições, à democracia, e isso tem um peso público enorme. Ninguém de nós teve funções político-partidárias". Agora, dá mesmo para sonhar com um retorno do rei –já rejeitado em plebiscito em 1993, quando a monarquia só teve 10% dos votos? Mais uma vez, Bertrand busca inspiração no passado. Conta que no fim da União Soviética eram comuns cartazes dos czares e a bandeira imperial entre a multidão. O regime não foi substituído pela volta dos Romanov, mas o príncipe ainda gosta do paralelo. "Os brasileiros começam a se perguntar: 'Valeu a pena a República?".
poder
Família imperial quer usar clima de divisão para restaurar monarquiaVai achando que é só plebeu que protesta em Copacabana e na Paulista. Entre a fauna que ganha visibilidade nas manifestações contra Dilma Rousseff, talvez já tenham chamado a atenção do leitor esporádicas bandeiras do Brasil imperial –na qual o globo azul é substituído por brasão e coroa. Portando os estandartes estão os monarquistas brasileiros, que querem aproveitar o clima de uma pátria desunida para propor uma solução que olha para trás: por que não aproveitar para restabelecer o regime deposto por republicanos há 127 anos? O monarquismo brasileiro tem à frente os descendentes de dom Pedro 2º, imperador morto no exílio. Sua voz mais ativa hoje é dom Bertrand de Orléans e Bragança, 75, trineto de dom Pedro e segundo na hipotética linha sucessória do trono nacional. Chamado de alteza por assessores, Bertrand toca o movimento devido à saúde debilitada do irmão mais velho, Luiz, 77. O príncipe nasceu na França –da qual guarda discreto sotaque– e já estreou nos atos de rua, sendo parado para selfies por súditos em potencial. Embora propague o caráter suprapartidário que deve ter o monarca de um renascido império, Bertrand concentra suas críticas no PT, que vê como artífice de um plano para impor o socialismo ao país. "Nossa bandeira é verde e amarela e jamais será vermelha", repete incessantemente o príncipe em discursos e pronunciamentos pela internet. Do alto de um carro de som, repudiou "os que têm como intenção implantar na nossa pátria o que fracassou do outro lado da cortina de ferro". Em conversa com a Folha em janeiro, o possível chefe do Poder Moderador disse apoiar os atos de rua, mas distingue "movimentos agitadores pagos, como MST" do "Brasil autêntico, que trabalha e dá certo". SOLUÇÃO REAL É na insatisfação atual que o príncipe vê margem para atrair adeptos à ideia de recolocar os Orléans e Bragança na chefia do Estado. Ele diz que há cada vez mais interessados na causa, promovida on-line e nos protestos, com panfletos que destacam as virtudes da restauração. Ele compara a tensão de eleições presidenciais a uma briga em família, na qual os filhos –no paralelo, os cidadãos– "perdem aquele respeito que têm em relação aos pais" (os políticos). "Ao passo que a monarquia garante unidade, estabilidade e continuidade", explica. "O Brasil está com saudade de um regime que faça à nação o que uma nação deve ser: uma grande família com destino comum a realizar." "Quando brasileiros bradam 'Quero meu Brasil de volta', bradam 'Eu quero o Brasil do Cristo Redentor e de Nossa Senhora Aparecida'", resume. A retórica religiosa –presente, diga-se, desde os imperadores e a princesa Isabel– perpassa o discurso da família, que ainda hoje prepara seus descendentes para reocupar o trono. QUE REI SOU EU? Na prática, Bertrand propõe um regime "na linha do Segundo Reinado, mas atualizado de acordo com as circunstâncias". A tese de que deve ser um descendente dos imperadores do século 19 a portar a coroa rediviva não é consenso nem entre eles. Dom João Henrique de Orléans e Bragança, 61, de outro ramo da família, diz que ninguém pode impor isso ao país. Ele, que tem uma pousada em Paraty e é habitué dos protestos da orla carioca, diz ser, mais do que monarquista, parlamentarista. Mas argumenta que o sistema funcionaria melhor com um rei, mais neutro como chefe de Estado do que um presidente. Apesar de não fazer questão que um dos seus reine, João ressalta: "As famílias reais são educadas desde pequenas com princípios que dizem respeito ao Brasil, às instituições, à democracia, e isso tem um peso público enorme. Ninguém de nós teve funções político-partidárias". Agora, dá mesmo para sonhar com um retorno do rei –já rejeitado em plebiscito em 1993, quando a monarquia só teve 10% dos votos? Mais uma vez, Bertrand busca inspiração no passado. Conta que no fim da União Soviética eram comuns cartazes dos czares e a bandeira imperial entre a multidão. O regime não foi substituído pela volta dos Romanov, mas o príncipe ainda gosta do paralelo. "Os brasileiros começam a se perguntar: 'Valeu a pena a República?".
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Com impeachment, país não merece confiança de investidores, diz Cardozo
O ministro da AGU, José Eduardo Cardozo, afirmou que é "ilusão" imaginar que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff resultará em legitimidade para o futuro governo e que o país não vai merecer a confiança dos investidores caso a presidente Dilma Rousseff seja afastada. Cardozo respondia a pergunta sobre as fortes variações do mercado financeiro após a decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), anular a sessão de votação do impeachment realizada em abril. "Uma fiança que o Brasil dá ao mundo é a estabilidade de suas instituições. País que mostra fragilidade institucional, se equipara a países que não merecem confiança dos investidores", afirmou Cardozo lembrando que, para ele, a Constituição está sendo violada. "A melhor forma de se sair dessa situação é a busca de uma ampla pactuação que não passe por violação da Constituição", chamando o ato da Câmara de ruptura constitucional. Cardozo afirmou ainda que suas atitudes em relação ao impeachment não são atos protelatórios de defesa. Segundo ele, o governo está defendendo o Estado de Direito. "Não tenho temor no Estado de Direito de fazer cumprir direitos. Não se pode é desrespeitar direito, ter um processo ilegal e que ofenda a Constituição e que rompa com a democracia. Isso sim gera instabilidade", afirmou Cardozo citando dezenas de pontos que ele considera como ilegalidades no processo que poderão vir a ser contestados o futuro. Ao saber que o ex-líder do governo no senado, senador Romero Jucá (PMDB-RR) afirmou que a decisão de Maranhão tinha sido tomada pelos "Três Patetas", referindo-se a ele, ao governador do Maranhão, Flávio Dino, e o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão. "Que cada um coloque os apelidos que quiser. Não me ofende", lembrando que já foi chamado de um dos Três Porquinhos da presidente, apelido dado nas eleições de 2010 quando ele trabalhava no núcleo da campanha da presidente Dilma Rousseff junto com o ex-ministro Antônio Palocci e o falecido senador José Eduardo Dutra.
poder
Com impeachment, país não merece confiança de investidores, diz CardozoO ministro da AGU, José Eduardo Cardozo, afirmou que é "ilusão" imaginar que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff resultará em legitimidade para o futuro governo e que o país não vai merecer a confiança dos investidores caso a presidente Dilma Rousseff seja afastada. Cardozo respondia a pergunta sobre as fortes variações do mercado financeiro após a decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), anular a sessão de votação do impeachment realizada em abril. "Uma fiança que o Brasil dá ao mundo é a estabilidade de suas instituições. País que mostra fragilidade institucional, se equipara a países que não merecem confiança dos investidores", afirmou Cardozo lembrando que, para ele, a Constituição está sendo violada. "A melhor forma de se sair dessa situação é a busca de uma ampla pactuação que não passe por violação da Constituição", chamando o ato da Câmara de ruptura constitucional. Cardozo afirmou ainda que suas atitudes em relação ao impeachment não são atos protelatórios de defesa. Segundo ele, o governo está defendendo o Estado de Direito. "Não tenho temor no Estado de Direito de fazer cumprir direitos. Não se pode é desrespeitar direito, ter um processo ilegal e que ofenda a Constituição e que rompa com a democracia. Isso sim gera instabilidade", afirmou Cardozo citando dezenas de pontos que ele considera como ilegalidades no processo que poderão vir a ser contestados o futuro. Ao saber que o ex-líder do governo no senado, senador Romero Jucá (PMDB-RR) afirmou que a decisão de Maranhão tinha sido tomada pelos "Três Patetas", referindo-se a ele, ao governador do Maranhão, Flávio Dino, e o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão. "Que cada um coloque os apelidos que quiser. Não me ofende", lembrando que já foi chamado de um dos Três Porquinhos da presidente, apelido dado nas eleições de 2010 quando ele trabalhava no núcleo da campanha da presidente Dilma Rousseff junto com o ex-ministro Antônio Palocci e o falecido senador José Eduardo Dutra.
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Chuva apaga semáforos e derruba árvores, mas Haddad comemora
Após fortes chuvas derrubarem 18 árvores, provocarem pane em 63 semáforos e 17 pontos de alagamento, a Prefeitura de São Paulo adotou tom de comemoração ao divulgar balanço dos estragos causados nesta quinta (22). O texto "Cidade reage bem às primeiras grandes chuvas", publicado no site oficial do município, celebra as ações de zeladoria da prefeitura feitas entre janeiro e setembro, como a poda de árvores. Porém, ao menos 18 árvores caíram na cidade após as fortes chuvas, provocando danos na rede elétrica. Segundo a AES Eletropaulo, responsável pelo fornecimento de luz, a queda de uma árvore de grande porte provocou falha no abastecimento do Parque São Domingos, na zona norte. Dentre os 63 semáforos que deixaram de funcionar, ao menos metade deles foi afetada pela falta de energia elétrica. O balanço da gestão Haddad cita os danos provocados somente até as 13h –18 árvores caídas– e afirma que dez árvores foram removidas até as 14h, sem explicar a situação das outras oito. Além disso, o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), ligado ao município, colocou quase todas as regiões da cidade em estado de atenção para alagamentos das 15h às 16h40 –apenas a zona leste ficou de fora. Dessa forma, o número de árvores caídas anunciadas pela prefeitura no texto oficial pode ser ainda maior. Segundo a própria prefeitura, a capital paulista foi atingida por chuvas de intensidade moderada a forte, especialmente na região sul. Na zona norte, houve registro de queda de granizo. As chuvas também provocaram 17 pontos de alagamento, 7 deles intransitáveis, de acordo com dados do CGE. PROMESSAS O texto divulgado ressalta que em agosto foi lançado o Plano Intensivo de Manejo Arbóreo, para otimizar "ações de poda, remoção e plantio e reduzir o risco de quedas de árvores nas vias da cidade durante o período de chuvas do verão". A prefeitura também firmou parceria com a AES Eletropaulo para manejo de árvores que possam interferir na rede elétrica, "causa apontada como responsável por cerca de 50% das interrupções do fornecimento de energia na cidade". A empresa deverá apresentar até novembro o cronograma de podas necessárias para 2016. A gestão municipal também afirma investir R$ 118 milhões em obras para ampliar a estrutura de microdrenagem em áreas afetadas por alagamentos. Segundo a nota, foram entregues 48 "intervenções em toda a cidade" até agosto de 2015, a 14 meses do fim do mandato de Fernando Haddad (PT). De acordo com a nota, "o índice de semáforos que deixavam de funcionar simultaneamente chegava a 10%". A prefeitura agora ressalta que mantém o índice em 1% em dias atípicos.
cotidiano
Chuva apaga semáforos e derruba árvores, mas Haddad comemoraApós fortes chuvas derrubarem 18 árvores, provocarem pane em 63 semáforos e 17 pontos de alagamento, a Prefeitura de São Paulo adotou tom de comemoração ao divulgar balanço dos estragos causados nesta quinta (22). O texto "Cidade reage bem às primeiras grandes chuvas", publicado no site oficial do município, celebra as ações de zeladoria da prefeitura feitas entre janeiro e setembro, como a poda de árvores. Porém, ao menos 18 árvores caíram na cidade após as fortes chuvas, provocando danos na rede elétrica. Segundo a AES Eletropaulo, responsável pelo fornecimento de luz, a queda de uma árvore de grande porte provocou falha no abastecimento do Parque São Domingos, na zona norte. Dentre os 63 semáforos que deixaram de funcionar, ao menos metade deles foi afetada pela falta de energia elétrica. O balanço da gestão Haddad cita os danos provocados somente até as 13h –18 árvores caídas– e afirma que dez árvores foram removidas até as 14h, sem explicar a situação das outras oito. Além disso, o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), ligado ao município, colocou quase todas as regiões da cidade em estado de atenção para alagamentos das 15h às 16h40 –apenas a zona leste ficou de fora. Dessa forma, o número de árvores caídas anunciadas pela prefeitura no texto oficial pode ser ainda maior. Segundo a própria prefeitura, a capital paulista foi atingida por chuvas de intensidade moderada a forte, especialmente na região sul. Na zona norte, houve registro de queda de granizo. As chuvas também provocaram 17 pontos de alagamento, 7 deles intransitáveis, de acordo com dados do CGE. PROMESSAS O texto divulgado ressalta que em agosto foi lançado o Plano Intensivo de Manejo Arbóreo, para otimizar "ações de poda, remoção e plantio e reduzir o risco de quedas de árvores nas vias da cidade durante o período de chuvas do verão". A prefeitura também firmou parceria com a AES Eletropaulo para manejo de árvores que possam interferir na rede elétrica, "causa apontada como responsável por cerca de 50% das interrupções do fornecimento de energia na cidade". A empresa deverá apresentar até novembro o cronograma de podas necessárias para 2016. A gestão municipal também afirma investir R$ 118 milhões em obras para ampliar a estrutura de microdrenagem em áreas afetadas por alagamentos. Segundo a nota, foram entregues 48 "intervenções em toda a cidade" até agosto de 2015, a 14 meses do fim do mandato de Fernando Haddad (PT). De acordo com a nota, "o índice de semáforos que deixavam de funcionar simultaneamente chegava a 10%". A prefeitura agora ressalta que mantém o índice em 1% em dias atípicos.
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O resgate da Petrobras
Embora os escândalos de propinas e superfaturamento prevaleçam em notoriedade, foi a gestão movida a interesses políticos e preconceitos ideológicos que deu a principal contribuição para a derrocada da maior empresa do país. Preços artificialmente baixos da gasolina, empreguismo, políticas nacionalistas e investimentos megalômanos, entre outros fatores, conduziram a Petrobras à crise que culminou no assombroso prejuízo de R$ 36,9 bilhões contabilizado no quarto trimestre de 2015. Mais de um ano depois, vislumbra-se agora uma recuperação mais sólida da gigante estatal, que não se traduz somente no lucro de R$ 4,4 bilhões nos três primeiros meses deste ano. O balanço da companhia mostra substantiva redução de custos, tanto na parte administrativa quanto na extração de petróleo. A produção avançou 7%, graças à maturação do conhecimento técnico na área do pré-sal e do foco em investimentos nos campos mais promissores. Ainda astronômica, a dívida de cerca de R$ 300 bilhões é hoje mais administrável, levando-se em conta o aumento da capacidade de geração de recursos da companhia. Cumpridas as metas fixadas para 2018, esta terá condições de recuperar o selo de investimento seguro perdido há dois anos. Para tanto, a Petrobras promove um programa ambicioso de venda de ativos considerados não estratégicos, que acumulou, até agora, US$ 13,6 bilhões (ou R$ 42,2 bilhões, pela cotação atual). A empresa tem conseguido enfrentar os impactos da recessão, que provocou queda no consumo interno de derivados —a contrapartida foi expressivo aumento, de 72%, das vendas externas. Decerto há muito ainda por fazer, sobretudo para evitar que a orientação populista ressurja em tempos de bonança. O contraste entre as notícias de agora e a experiência desastrosa dos anos anteriores, porém, não deve deixar dúvida sobre o caminho para o futuro. editoriais@grupofolha.com.br
opiniao
O resgate da PetrobrasEmbora os escândalos de propinas e superfaturamento prevaleçam em notoriedade, foi a gestão movida a interesses políticos e preconceitos ideológicos que deu a principal contribuição para a derrocada da maior empresa do país. Preços artificialmente baixos da gasolina, empreguismo, políticas nacionalistas e investimentos megalômanos, entre outros fatores, conduziram a Petrobras à crise que culminou no assombroso prejuízo de R$ 36,9 bilhões contabilizado no quarto trimestre de 2015. Mais de um ano depois, vislumbra-se agora uma recuperação mais sólida da gigante estatal, que não se traduz somente no lucro de R$ 4,4 bilhões nos três primeiros meses deste ano. O balanço da companhia mostra substantiva redução de custos, tanto na parte administrativa quanto na extração de petróleo. A produção avançou 7%, graças à maturação do conhecimento técnico na área do pré-sal e do foco em investimentos nos campos mais promissores. Ainda astronômica, a dívida de cerca de R$ 300 bilhões é hoje mais administrável, levando-se em conta o aumento da capacidade de geração de recursos da companhia. Cumpridas as metas fixadas para 2018, esta terá condições de recuperar o selo de investimento seguro perdido há dois anos. Para tanto, a Petrobras promove um programa ambicioso de venda de ativos considerados não estratégicos, que acumulou, até agora, US$ 13,6 bilhões (ou R$ 42,2 bilhões, pela cotação atual). A empresa tem conseguido enfrentar os impactos da recessão, que provocou queda no consumo interno de derivados —a contrapartida foi expressivo aumento, de 72%, das vendas externas. Decerto há muito ainda por fazer, sobretudo para evitar que a orientação populista ressurja em tempos de bonança. O contraste entre as notícias de agora e a experiência desastrosa dos anos anteriores, porém, não deve deixar dúvida sobre o caminho para o futuro. editoriais@grupofolha.com.br
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Folha sabatina Doria nesta quarta; confira calendário com pré-candidatos
A segunda sabatina realizada pela Folha, UOL e SBT com pré-candidatos a prefeito de São Paulo ocorrerá nesta quarta-feira (20), às 10h, com o empresário e apresentador João Doria (PSDB). Como os demais eventos da série, acontecerá no estúdio do UOL, terá duração de uma hora e transmissão ao vivo no site da Folha. O primeiro sabatinado foi o vereador Andrea Matarazzo (PSD). Na próxima terça-feira (26), será a vez do prefeito Fernando Haddad (PT), às 9h. Na sequência, virão as sabatinas da deputada Luiza Erundina (PSOL), na quarta (27), às 10h; da senadora Marta Suplicy (PMDB), na quinta (28), às 10h; e, na sexta-feira (29), às 10h, do deputado Celso Russomanno (PRB).
poder
Folha sabatina Doria nesta quarta; confira calendário com pré-candidatosA segunda sabatina realizada pela Folha, UOL e SBT com pré-candidatos a prefeito de São Paulo ocorrerá nesta quarta-feira (20), às 10h, com o empresário e apresentador João Doria (PSDB). Como os demais eventos da série, acontecerá no estúdio do UOL, terá duração de uma hora e transmissão ao vivo no site da Folha. O primeiro sabatinado foi o vereador Andrea Matarazzo (PSD). Na próxima terça-feira (26), será a vez do prefeito Fernando Haddad (PT), às 9h. Na sequência, virão as sabatinas da deputada Luiza Erundina (PSOL), na quarta (27), às 10h; da senadora Marta Suplicy (PMDB), na quinta (28), às 10h; e, na sexta-feira (29), às 10h, do deputado Celso Russomanno (PRB).
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Além de Gaga, Rock in Rio confirma Ivete, Fergie e 5 Seconds of Summer
Depois de confirmar o show de Lady Gaga no dia 15 de setembro, a organização do festival Rock in Rio anunciou outras três atrações de sua programaçao —5 Seconds of Summer, Fergie e Ivete Sangalo. Ivete Sangalo e os australianos do 5 Seconds of Summer se apresentam no mesmo dia que Gaga, enquanto Fergie canta no dia 16 de setembro, que terá ainda o show da banda Maroon 5, que já havia sido anunciado. Os 120 mil ingressos para o festival que foram disponibilizados em venda antecipada, em novembro, se esgotaram antes do anúncio da programação completa do Rock in Rio. A venda oficial de ingressos começa em 6 de abril. A sétima edição do Rock in Rio acontece nos dias 15, 16, 17, 21, 22, 23 e 24 de setembro de 2017, no Parque Olímpico.
ilustrada
Além de Gaga, Rock in Rio confirma Ivete, Fergie e 5 Seconds of SummerDepois de confirmar o show de Lady Gaga no dia 15 de setembro, a organização do festival Rock in Rio anunciou outras três atrações de sua programaçao —5 Seconds of Summer, Fergie e Ivete Sangalo. Ivete Sangalo e os australianos do 5 Seconds of Summer se apresentam no mesmo dia que Gaga, enquanto Fergie canta no dia 16 de setembro, que terá ainda o show da banda Maroon 5, que já havia sido anunciado. Os 120 mil ingressos para o festival que foram disponibilizados em venda antecipada, em novembro, se esgotaram antes do anúncio da programação completa do Rock in Rio. A venda oficial de ingressos começa em 6 de abril. A sétima edição do Rock in Rio acontece nos dias 15, 16, 17, 21, 22, 23 e 24 de setembro de 2017, no Parque Olímpico.
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O dito-cujo
O cartão de crédito venceu, o banco mandou o novo etc. Com o cartão, uma cartinha: "Confirmo que o cartão xxx está em meu poder, cuja emissão foi por mim autorizada". O caro leitor notou o que foi feito com o pobre pronome "cujo"? Repito o trechinho: "...o cartão xxx está em meu poder, cuja emissão foi por mim autorizada...". O foi que autorizei? A emissão, é claro. Do quê? Do cartão, certamente, mas... Mas o pronome "cujo" vem depois de "poder", e não de "cartão"... A mensagem não seria mais clara se tivéssemos outra ordem e/ou outros termos? Vejamos esta possibilidade: "Confirmo que o cartão xxx está em meu poder e que sua emissão foi por mim autorizada". Como se vê, foi perfeitamente possível redigir a mensagem sem o pronome "cujo", que, quando usado adequadamente, relaciona dois substantivos, entre os quais se estabelece uma relação de posse. Em "Aquela escritora, cuja obra é intemporal, sempre foi clara em relação a isso", por exemplo, o pronome relativo "cujo" relaciona os substantivos "escritora" e "obra" (a obra é da escritora, é dela, pertence a ela). Vejamos isso tomando como exemplo estes versos de Vinicius de Moraes (de "Serenata do Adeus"): "Ai, que amar é se ir morrendo pela vida afora / É refletir na lágrima um momento breve / De uma estrela pura cuja luz morreu". O que foi que morreu? Foi a luz de uma estrela pura, certo? Mais uma vez, o pronome "cuja" cumpre o seu papel, que, no caso, é o de relacionar os substantivos "estrela" e "luz" (a luz é da estrela, é dela, pertence a ela). Na língua viva de hoje, sobretudo na fala, o "cujo" agoniza. Em seu lugar costuma entrar o "relativo universal", isto é, o "que", verdadeiro "pau para toda obra". O que no padrão formal seria "Não se sabe o nome da empresa cujos diretores participaram dessas negociatas" se transforma em "Não se sabe o nome da empresa que os diretores...". Essa falta de "prática" no uso do relativo "cujo" muitas vezes gera construções um tanto bizarras, como a que foi abordada há um bom tempo pela Unicamp, numa questão baseada numa carta que um leitor escreveu à Folha, na qual havia este trecho: "E que a esse PFL e ao Brizola (cuja ficha de filiação ao PDT já rasguei) reste a vingança do povo". Como se vê, parece que o tal leitor quis dizer que rasgou a sua própria ficha de filiação ao PDT, mas o que de fato disse é outra história. O indignado leitor disse que rasgou a ficha de filiação de Brizola ao PDT... Na TV, o pronome "cujo" é maldito. Não se usa e pronto! O motivo? É mais do que bizarro: os colegas do jornalismo televisivo dizem que não usam "cujo" porque esse pronome começa por... Pois é. Vá entender... Por que é que não deixam de usar "cúbico", "cúmulo", "cunhado"? O fato é que o emprego do relativo "cujo", no mínimo, estimula o raciocínio. Para que se chegue, por exemplo, a uma construção como "É fundamental conhecer essas obras, em cujas páginas se encontram verdadeiras maravilhas da poesia brasileira", é preciso ser capaz de notar o passo a passo da "montagem": as obras têm páginas, as páginas são delas (disso nasce a sequência "cujas páginas"). E de onde vem o "em" que antecede "cujas"? Ora, essas verdadeiras maravilhas da poesia brasileira não estão NAS (em + as) páginas dessas obras? Está explicado, não? É isso.
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O dito-cujoO cartão de crédito venceu, o banco mandou o novo etc. Com o cartão, uma cartinha: "Confirmo que o cartão xxx está em meu poder, cuja emissão foi por mim autorizada". O caro leitor notou o que foi feito com o pobre pronome "cujo"? Repito o trechinho: "...o cartão xxx está em meu poder, cuja emissão foi por mim autorizada...". O foi que autorizei? A emissão, é claro. Do quê? Do cartão, certamente, mas... Mas o pronome "cujo" vem depois de "poder", e não de "cartão"... A mensagem não seria mais clara se tivéssemos outra ordem e/ou outros termos? Vejamos esta possibilidade: "Confirmo que o cartão xxx está em meu poder e que sua emissão foi por mim autorizada". Como se vê, foi perfeitamente possível redigir a mensagem sem o pronome "cujo", que, quando usado adequadamente, relaciona dois substantivos, entre os quais se estabelece uma relação de posse. Em "Aquela escritora, cuja obra é intemporal, sempre foi clara em relação a isso", por exemplo, o pronome relativo "cujo" relaciona os substantivos "escritora" e "obra" (a obra é da escritora, é dela, pertence a ela). Vejamos isso tomando como exemplo estes versos de Vinicius de Moraes (de "Serenata do Adeus"): "Ai, que amar é se ir morrendo pela vida afora / É refletir na lágrima um momento breve / De uma estrela pura cuja luz morreu". O que foi que morreu? Foi a luz de uma estrela pura, certo? Mais uma vez, o pronome "cuja" cumpre o seu papel, que, no caso, é o de relacionar os substantivos "estrela" e "luz" (a luz é da estrela, é dela, pertence a ela). Na língua viva de hoje, sobretudo na fala, o "cujo" agoniza. Em seu lugar costuma entrar o "relativo universal", isto é, o "que", verdadeiro "pau para toda obra". O que no padrão formal seria "Não se sabe o nome da empresa cujos diretores participaram dessas negociatas" se transforma em "Não se sabe o nome da empresa que os diretores...". Essa falta de "prática" no uso do relativo "cujo" muitas vezes gera construções um tanto bizarras, como a que foi abordada há um bom tempo pela Unicamp, numa questão baseada numa carta que um leitor escreveu à Folha, na qual havia este trecho: "E que a esse PFL e ao Brizola (cuja ficha de filiação ao PDT já rasguei) reste a vingança do povo". Como se vê, parece que o tal leitor quis dizer que rasgou a sua própria ficha de filiação ao PDT, mas o que de fato disse é outra história. O indignado leitor disse que rasgou a ficha de filiação de Brizola ao PDT... Na TV, o pronome "cujo" é maldito. Não se usa e pronto! O motivo? É mais do que bizarro: os colegas do jornalismo televisivo dizem que não usam "cujo" porque esse pronome começa por... Pois é. Vá entender... Por que é que não deixam de usar "cúbico", "cúmulo", "cunhado"? O fato é que o emprego do relativo "cujo", no mínimo, estimula o raciocínio. Para que se chegue, por exemplo, a uma construção como "É fundamental conhecer essas obras, em cujas páginas se encontram verdadeiras maravilhas da poesia brasileira", é preciso ser capaz de notar o passo a passo da "montagem": as obras têm páginas, as páginas são delas (disso nasce a sequência "cujas páginas"). E de onde vem o "em" que antecede "cujas"? Ora, essas verdadeiras maravilhas da poesia brasileira não estão NAS (em + as) páginas dessas obras? Está explicado, não? É isso.
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Por Rio-16, revelação do tênis de mesa 'vira' canhoto e treina 7 vezes mais
Depois de se classificar para os Jogos Olímpicos do Rio-2016 ao conquistar dois ouros no Pan de Toronto, em julho, o carioca Hugo Calderano, 19, tinha planos de estender a sua maré positiva. Queria reforçar o status de campeão continental com boa temporada pelo Ochsenhausen, clube que leva o nome da cidade alemã onde vive, um dos melhores da liga nacional de tênis de mesa. Um golpe mal executado, porém, prejudicou seu planejamento. Em 18 de setembro, Calderano, que é destro, aquecia para um jogo da Bundesliga quando, ao desferir uma esquerda, acertou a mão direita na mesa. A pancada lesionou seu dedo mindinho da mão direita e o afastou da mesa por dois meses e meio. Em poucos dias, o baque inicial deu lugar a um reconforto. "Na hora foi uma frustração grande. Fiquei muito chateado de ter de parar por tanto tempo. Por outro lado, pude aproveitar para trabalhar meu preparo físico", disse Hugo, atual 74º do mundo e segundo melhor do país, atrás de Gustavo Tsuboi (46º). Calderano passou então de quatro horas semanais de exercício físico para 30. À programação padrão, incorporou trabalho funcional e crossfit. "Tudo que treinava na mesa passei a fazer no físico." Para manter o ritmo, o carioca adotou um expediente pouco ortodoxo: passou a treinar com a mão esquerda. O jogador postou vídeos no Facebook nos quais demonstrou certa habilidade. "Era mais para fazer movimentação de perna e não perder o 'feeling' da bola", afirmou. "De vez em quando a gente brinca de jogar com a mão trocada, mas dessa vez tive de treinar mesmo. Acho que me saí bem", completou. No domingo (20), Calderano pôs à prova essa recuperação em sua volta à mesa pela liga alemã. Sofreu, mas bateu o russo Kirill Skachkov por 3 sets a 2. Mesmo de pouca expressão, o triunfo lhe dá confiança para a Rio-2016. "Temos a melhor equipe brasileira dos últimos anos, e ela só tem a melhorar para chegar à Olimpíada e brigar." Embora jovem, Calderano já tem posição de liderança na equipe nacional, conquistada à base de resultados. Ouro individual e coletivo no Pan, ele obteve ao lado de Tsuboi a prata em duplas no Aberto do Qatar, que equivale a um torneio de Grand Slam do tênis convencional. Em 2014, Calderano havia sido bronze nos Jogos Olímpicos da Juventude, em Nanquim, na China. Pouco antes, ele definira sua ida para a Alemanha, cuja liga está entre as mais fortes do mundo. De lá, não planeja sair tão cedo. "Fiz a escolha certa em vir para a Alemanha. Não dá para atingir um nível alto morando no Brasil, e não pretendo voltar cedo para o país." "Quero fazer minha carreira aqui e só retornar quando me aposentar. Meu objetivo é chegar ao topo e competir contra os chineses", afirmou.
esporte
Por Rio-16, revelação do tênis de mesa 'vira' canhoto e treina 7 vezes maisDepois de se classificar para os Jogos Olímpicos do Rio-2016 ao conquistar dois ouros no Pan de Toronto, em julho, o carioca Hugo Calderano, 19, tinha planos de estender a sua maré positiva. Queria reforçar o status de campeão continental com boa temporada pelo Ochsenhausen, clube que leva o nome da cidade alemã onde vive, um dos melhores da liga nacional de tênis de mesa. Um golpe mal executado, porém, prejudicou seu planejamento. Em 18 de setembro, Calderano, que é destro, aquecia para um jogo da Bundesliga quando, ao desferir uma esquerda, acertou a mão direita na mesa. A pancada lesionou seu dedo mindinho da mão direita e o afastou da mesa por dois meses e meio. Em poucos dias, o baque inicial deu lugar a um reconforto. "Na hora foi uma frustração grande. Fiquei muito chateado de ter de parar por tanto tempo. Por outro lado, pude aproveitar para trabalhar meu preparo físico", disse Hugo, atual 74º do mundo e segundo melhor do país, atrás de Gustavo Tsuboi (46º). Calderano passou então de quatro horas semanais de exercício físico para 30. À programação padrão, incorporou trabalho funcional e crossfit. "Tudo que treinava na mesa passei a fazer no físico." Para manter o ritmo, o carioca adotou um expediente pouco ortodoxo: passou a treinar com a mão esquerda. O jogador postou vídeos no Facebook nos quais demonstrou certa habilidade. "Era mais para fazer movimentação de perna e não perder o 'feeling' da bola", afirmou. "De vez em quando a gente brinca de jogar com a mão trocada, mas dessa vez tive de treinar mesmo. Acho que me saí bem", completou. No domingo (20), Calderano pôs à prova essa recuperação em sua volta à mesa pela liga alemã. Sofreu, mas bateu o russo Kirill Skachkov por 3 sets a 2. Mesmo de pouca expressão, o triunfo lhe dá confiança para a Rio-2016. "Temos a melhor equipe brasileira dos últimos anos, e ela só tem a melhorar para chegar à Olimpíada e brigar." Embora jovem, Calderano já tem posição de liderança na equipe nacional, conquistada à base de resultados. Ouro individual e coletivo no Pan, ele obteve ao lado de Tsuboi a prata em duplas no Aberto do Qatar, que equivale a um torneio de Grand Slam do tênis convencional. Em 2014, Calderano havia sido bronze nos Jogos Olímpicos da Juventude, em Nanquim, na China. Pouco antes, ele definira sua ida para a Alemanha, cuja liga está entre as mais fortes do mundo. De lá, não planeja sair tão cedo. "Fiz a escolha certa em vir para a Alemanha. Não dá para atingir um nível alto morando no Brasil, e não pretendo voltar cedo para o país." "Quero fazer minha carreira aqui e só retornar quando me aposentar. Meu objetivo é chegar ao topo e competir contra os chineses", afirmou.
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Secretário de cultura do Estado do Rio distribui cargos em vez de cultura
O secretário de Cultura do Estado Rio de Janeiro, André Lazaroni, parece ter entendido errado a missão de sua secretaria: sim, o objetivo de um órgão cultural é justamente distribuir cultura. Mas não entre os seus amigos. Aos poucos, o generoso Lazaroni vem dando um cargo pra cada candidato a vereador derrotado nas eleições do ano passado. O Teatro Armando Gonzaga foi, por exemplo, para um empresário que nunca administrou um espaço cultural na vida; um quadro do PMDB foi para a gestão da Sala Cecília Meireles; outro do PRP de Belford Roxo ganhou uma diretoria da Funarj, e por aí vai na Casa França-Brasil, no Parque Lage... Poderia citar ainda muitos organismos culturais do Estado em que políticos derrotados ano passado ganharam uma chance de trabalhar no que nunca fizeram. Mas destaco aqui a Rádio Roquette Pinto. Nos últimos oito anos, a produtora cultural Eliana Caruso imprimiu ali uma marca de qualidade e pluralidade. Sua audiência não ficava atrás de outras emissoras públicas e a programação, além da alta categoria, não estava a serviço político de nenhum governo. Mas Lazaroni precisava da presidência da rádio para o candidato derrotado a vereador no ano passado Newton Fernando Ribeiro, o Cabeção. Enquanto na Roquette Pinto programas de qualidade estão sendo cancelados e a programação vai sendo desmontada, políticos vão ganhando sua boquinha com o loteamento da cultura entre os amigos e correligionários do secretário. Dias atrás, Lazaroni se reuniu com o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab. Foi alterar um convênio de 2013, que previa uma verba de R$ 8 milhões para a criação de um laboratório de produção digital na capital do Rio. Na proposta do sempre generoso Lazaroni, em vez de gastar toda a verba em um laboratório, seriam construídos laboratórios mais baratos em cinco municípios para "democratizar" a verba. Talvez tenha resolvido copiar o conceito dos estádios da Copa do Mundo, que o governo brasileiro resolveu "democratizar" e espalhar por vários Estados. Hoje estão aí esses elefantes brancos, monumentos do desperdício e da politicagem. Lazaroni parece ter achado uma iniciativa a copiar. Questionado sobre seus intermináveis agrados aos políticos amigos, Lazaroni disse em sua defesa que "é preciso evitar a criminalização da política". Concordo. Mas ele já avisou isso aos políticos?
colunas
Secretário de cultura do Estado do Rio distribui cargos em vez de culturaO secretário de Cultura do Estado Rio de Janeiro, André Lazaroni, parece ter entendido errado a missão de sua secretaria: sim, o objetivo de um órgão cultural é justamente distribuir cultura. Mas não entre os seus amigos. Aos poucos, o generoso Lazaroni vem dando um cargo pra cada candidato a vereador derrotado nas eleições do ano passado. O Teatro Armando Gonzaga foi, por exemplo, para um empresário que nunca administrou um espaço cultural na vida; um quadro do PMDB foi para a gestão da Sala Cecília Meireles; outro do PRP de Belford Roxo ganhou uma diretoria da Funarj, e por aí vai na Casa França-Brasil, no Parque Lage... Poderia citar ainda muitos organismos culturais do Estado em que políticos derrotados ano passado ganharam uma chance de trabalhar no que nunca fizeram. Mas destaco aqui a Rádio Roquette Pinto. Nos últimos oito anos, a produtora cultural Eliana Caruso imprimiu ali uma marca de qualidade e pluralidade. Sua audiência não ficava atrás de outras emissoras públicas e a programação, além da alta categoria, não estava a serviço político de nenhum governo. Mas Lazaroni precisava da presidência da rádio para o candidato derrotado a vereador no ano passado Newton Fernando Ribeiro, o Cabeção. Enquanto na Roquette Pinto programas de qualidade estão sendo cancelados e a programação vai sendo desmontada, políticos vão ganhando sua boquinha com o loteamento da cultura entre os amigos e correligionários do secretário. Dias atrás, Lazaroni se reuniu com o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab. Foi alterar um convênio de 2013, que previa uma verba de R$ 8 milhões para a criação de um laboratório de produção digital na capital do Rio. Na proposta do sempre generoso Lazaroni, em vez de gastar toda a verba em um laboratório, seriam construídos laboratórios mais baratos em cinco municípios para "democratizar" a verba. Talvez tenha resolvido copiar o conceito dos estádios da Copa do Mundo, que o governo brasileiro resolveu "democratizar" e espalhar por vários Estados. Hoje estão aí esses elefantes brancos, monumentos do desperdício e da politicagem. Lazaroni parece ter achado uma iniciativa a copiar. Questionado sobre seus intermináveis agrados aos políticos amigos, Lazaroni disse em sua defesa que "é preciso evitar a criminalização da política". Concordo. Mas ele já avisou isso aos políticos?
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Governo diz que 12% dos alunos ainda não conseguiram renovar o Fies
O Ministério da Educação informou nesta sexta-feira (20) que 12% dos estudantes que já tinham Fies ainda não conseguiram renovar os contratos de financiamento estudantil. Desde o início do ano, estudantes reclamam que o sistema on-line é instável e que passavam dias sem conseguir finalizar o processo. O ministério disse nesta sexta que melhorou a estrutura, que sofria com sobrecarga de acessos, e as renovações (aditamentos) estão mais rápidas. Assim, não tiveram o processo de renovação iniciado apenas 228 mil dos 1,9 milhão de contratos. O processo vai até 30 de abril. Segundo o ministro interino da Educação, Luiz Cláudio Costa, a pasta garante o aditamento para todos os alunos interessados. Uma das explicações para a sobrecarga é que o sistema abriu neste ano quase dois meses depois do período tradicional. A pasta disse que o site ficou fechado para que houvesse readequação às novas regras implementadas desde dezembro, que restringem novos contratos. Segundo o ministério, pode haver, por exemplo, menos financiamento estudantil em cursos com notas intermediárias (antes, praticamente todos esses pedidos eram aceitos). O balanço do governo desta sexta aponta que o sistema recebeu 196 mil solicitações para novos financiamentos neste ano. Não foi informado o número referente ao ano passado. As faculdades afirmam que foram avisadas informalmente que haverá apenas 30% de novos contratos oferecidos em 2014. O ministro disse também que vai criar uma câmara técnica, que analisará os aumentos das mensalidades aos alunos que usam o Fies. O governo passou a determinar em 2015 um teto para reajuste, de até 6,41% em relação ao ano passado. A câmara, diz Costa, analisará pedidos de faculdades para aumentos acima desse patamar. "Mas terá de apresentar dados concretos. Contratou muitos professores doutores? Pode ser uma justificativa", disse o ministro. "Mas não vamos deixar qualquer aumento. Até porque é um financiamento, o aluno terá de pagar esses valores depois. Temos de protegê-los." A pasta reconhece que, além de ajustes operacionais no programa, também foi levado em conta os cortes orçamentários do governo neste ano.
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Governo diz que 12% dos alunos ainda não conseguiram renovar o FiesO Ministério da Educação informou nesta sexta-feira (20) que 12% dos estudantes que já tinham Fies ainda não conseguiram renovar os contratos de financiamento estudantil. Desde o início do ano, estudantes reclamam que o sistema on-line é instável e que passavam dias sem conseguir finalizar o processo. O ministério disse nesta sexta que melhorou a estrutura, que sofria com sobrecarga de acessos, e as renovações (aditamentos) estão mais rápidas. Assim, não tiveram o processo de renovação iniciado apenas 228 mil dos 1,9 milhão de contratos. O processo vai até 30 de abril. Segundo o ministro interino da Educação, Luiz Cláudio Costa, a pasta garante o aditamento para todos os alunos interessados. Uma das explicações para a sobrecarga é que o sistema abriu neste ano quase dois meses depois do período tradicional. A pasta disse que o site ficou fechado para que houvesse readequação às novas regras implementadas desde dezembro, que restringem novos contratos. Segundo o ministério, pode haver, por exemplo, menos financiamento estudantil em cursos com notas intermediárias (antes, praticamente todos esses pedidos eram aceitos). O balanço do governo desta sexta aponta que o sistema recebeu 196 mil solicitações para novos financiamentos neste ano. Não foi informado o número referente ao ano passado. As faculdades afirmam que foram avisadas informalmente que haverá apenas 30% de novos contratos oferecidos em 2014. O ministro disse também que vai criar uma câmara técnica, que analisará os aumentos das mensalidades aos alunos que usam o Fies. O governo passou a determinar em 2015 um teto para reajuste, de até 6,41% em relação ao ano passado. A câmara, diz Costa, analisará pedidos de faculdades para aumentos acima desse patamar. "Mas terá de apresentar dados concretos. Contratou muitos professores doutores? Pode ser uma justificativa", disse o ministro. "Mas não vamos deixar qualquer aumento. Até porque é um financiamento, o aluno terá de pagar esses valores depois. Temos de protegê-los." A pasta reconhece que, além de ajustes operacionais no programa, também foi levado em conta os cortes orçamentários do governo neste ano.
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Corinthians se diz esperançoso em pagar parte de dívida antes de decisão
O Corinthians se diz "muito esperançoso" de pagar parte das dívidas com os jogadores nesta quarta-feira (13) de manhã, antes da partida decisiva contra o Guaraní-PAR, pela Libertadores. A expectativa é do diretor financeiro corintiano, Emerson Piovesan. "Estou muito esperançoso de pagar parte até amanhã cedo", afirmou à Folha. Para obter o empréstimo, o Corinthians dará como garantia receitas de patrocinadores atuais. Mas o valor não será suficiente para quitar todas suas dívidas, que chegam a cerca de R$ 20 milhões. Elias, Renato Augusto, Emerson, Guerrero e Ralf são os credores do clube.
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Corinthians se diz esperançoso em pagar parte de dívida antes de decisãoO Corinthians se diz "muito esperançoso" de pagar parte das dívidas com os jogadores nesta quarta-feira (13) de manhã, antes da partida decisiva contra o Guaraní-PAR, pela Libertadores. A expectativa é do diretor financeiro corintiano, Emerson Piovesan. "Estou muito esperançoso de pagar parte até amanhã cedo", afirmou à Folha. Para obter o empréstimo, o Corinthians dará como garantia receitas de patrocinadores atuais. Mas o valor não será suficiente para quitar todas suas dívidas, que chegam a cerca de R$ 20 milhões. Elias, Renato Augusto, Emerson, Guerrero e Ralf são os credores do clube.
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Defesa de João Santana pede apuração sobre offshore citada por advogado
Os advogados de João Santana e Mônica Moura afirmaram nesta sexta-feira (29) que pedirão à Procuradoria-Geral da República que investigue a offshore Deltora Entrerprise Group, bem como a conta que teria sido usada para repassar valores não declarados pelo casal, segundo o advogado Rodrigo Tacla Duran. A nota classifica como "caluniosas e infundadas as informações atribuídas" a Duran, que atuou para a Odebrecht entre 2011 e 2016 e agora está na Espanha. A Folha mostrou nesta sexta que o advogado, que teve prisão decretada pelo juiz Sergio Moro e está na Espanha, diz ter uma planilha que apontaria repasses ainda não conhecidos a Santana e sua mulher e que pretende detalhar o assunto em livro que está escrevendo. * Leia a íntegra da nota: Tendo em vista as declarações caluniosas e infundadas atribuídas ao Sr. Tacla Duran, as defesas de João Santana e Mônica Moura vêm a público informar 1. Estão peticionando junto à PGR refutando e pedindo investigações contra as mentirosas afirmações do sr. Tacla de que nossos cliente seriam titulares ou beneficiários offshore Deldora Enterprises Group. e da conta 1-313627 e que, através delas, teriam recebido repasses da Odebrecht, ficando à disposição pra ajudar nas investigações, porquanto nunca tiveram qualquer vínculo com mencionadas contas 2. Todas as movimentações financeiras dos nossos clientes, no Brasil e no exterior, foram informadas às autoridades a quem franquearam e facilitaram acesso a todas suas contas 3.A defesa acha sintomático que afirmações caluniosas como estas surjam no momento em que se nota uma frenética movimentação, em determinados setores, na tentativa de desmoralizar o instituto das colaborações premiadas, ressaltando que os acordos de colaboração de João Santana e Monica Moura foram realizados de forma cautelosa pela PGR, com a análise minuciosa das valiosas informações trazidas pelos clientes. 4. As medidas legais serão tomadas. Beno Brandão Alessi Brandão Juliano Campelo Veja políticos e executivos que já são réus na Lava Jato
poder
Defesa de João Santana pede apuração sobre offshore citada por advogadoOs advogados de João Santana e Mônica Moura afirmaram nesta sexta-feira (29) que pedirão à Procuradoria-Geral da República que investigue a offshore Deltora Entrerprise Group, bem como a conta que teria sido usada para repassar valores não declarados pelo casal, segundo o advogado Rodrigo Tacla Duran. A nota classifica como "caluniosas e infundadas as informações atribuídas" a Duran, que atuou para a Odebrecht entre 2011 e 2016 e agora está na Espanha. A Folha mostrou nesta sexta que o advogado, que teve prisão decretada pelo juiz Sergio Moro e está na Espanha, diz ter uma planilha que apontaria repasses ainda não conhecidos a Santana e sua mulher e que pretende detalhar o assunto em livro que está escrevendo. * Leia a íntegra da nota: Tendo em vista as declarações caluniosas e infundadas atribuídas ao Sr. Tacla Duran, as defesas de João Santana e Mônica Moura vêm a público informar 1. Estão peticionando junto à PGR refutando e pedindo investigações contra as mentirosas afirmações do sr. Tacla de que nossos cliente seriam titulares ou beneficiários offshore Deldora Enterprises Group. e da conta 1-313627 e que, através delas, teriam recebido repasses da Odebrecht, ficando à disposição pra ajudar nas investigações, porquanto nunca tiveram qualquer vínculo com mencionadas contas 2. Todas as movimentações financeiras dos nossos clientes, no Brasil e no exterior, foram informadas às autoridades a quem franquearam e facilitaram acesso a todas suas contas 3.A defesa acha sintomático que afirmações caluniosas como estas surjam no momento em que se nota uma frenética movimentação, em determinados setores, na tentativa de desmoralizar o instituto das colaborações premiadas, ressaltando que os acordos de colaboração de João Santana e Monica Moura foram realizados de forma cautelosa pela PGR, com a análise minuciosa das valiosas informações trazidas pelos clientes. 4. As medidas legais serão tomadas. Beno Brandão Alessi Brandão Juliano Campelo Veja políticos e executivos que já são réus na Lava Jato
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Série rastreia compositores de games dos 1980
Jovens nerds dos anos 1980 não sabem, mas enquanto jogavam "Gimmick!" e "Balloon Fight", em algum lugar ressoava o jazz de George Benson e o reggae de Sly Dunbar. Parece improvável, mas é o que mostra a série de documentários "Diggin' in the Carts", sobre os compositores japoneses de "chiptune", músicas eletrônicas produzidas por chips que serviam de trilha para os games que hoje são chamados de vintage. Dirigida pelo neozelandês Nick Dwyer, da Red Bull Academy, a série de seis episódios (entre 15 e 17 minutos) está disponível gratuitamente na internet. Vivendo no Japão desde o começo do ano, Dwyer rastreou alguns dos grandes compositores da época, cujas produções invadiram lares do mundo inteiro com a popularização dos videogames, porém cujos nomes permaneceram no anonimato. "Alguns deles ainda trabalham para as mesmas empresas dos velhos tempos, outros estavam aposentados, mas consegui encontrá-los e eles ficaram comovidos com o projeto", disse o diretor à Folha, falando de Tóquio. REGGAE Entre os músicos, está Hirokazu Tanaka, responsável pelas trilhas de clássicos como "Balloon Fight" e "Metroid" –mais recentemente, fez temas da animação "Pokémon". Antes de compor sons eletrônicos para a Nintendo nos anos 1980, Tanaka fazia parte de um grupo de reggae, e levou para a indústria dos games suas raízes musicais. Em um dos episódios, sentado em um bar decorado com coqueiros e tomando drinques tropicais, ele conta como suas trilhas têm o ritmo de Sly Dunbar, baterista jamaicano que ouvia em seu caminho para o trabalho. "Quando ele me disse isso, fiquei louco", conta Dwyer. "Todos nós, quando crianças, brincamos com esses jogos, e nunca pensamos na pessoa fazendo aquela música. E quando você descobre que este cara realmente ama Sly Dunbar e está tentando reproduzir ritmos de reggae em chips de 8 bits, é incrível" Em outro episódio, o músico Masashi Kageyama, compositor da trilha de "Gimmick!", conta diante de um cenário rural nipônico como se inspirava em sons da natureza para criar as suas músicas, enquanto ouvia George Benson na rádio. "Dez minutos em uma bicicleta significava dez minutos improvisando uma melodia". FLIPERAMA Além dessas influências inusitadas, Dwyer se impressionou com o papel das mulheres nas equipes de som das empresas de games. "A maior parte dos sons dos fliperamas, dominados por meninos jogando games de tiro, era feitos por mulheres". A compositora Yoko Shimorura, considerada uma das maiores do ramo, tornou-se famosa ao fazer as canções de "Street Fighter 2" buscando elementos típicos do local de origem de cada personagem. "O único compositor que eu realmente queria incluir e não consegui é Konji Kondo, que fez as trilhas de Mario Bros.' e Zelda'", lamenta o diretor. Por questões relacionadas a copyright com a Nintendo, o músico ficou de fora do projeto. Os episódios da série percorrem a trajetória das músicas de game desde 1983, quando surgiu o console doméstico NES (Nintendo Entertainment System), até o surgimento do Playstation, da Sony, onze anos depois. Naquela época, conforme descrevem os entrevistados, era muito difícil criar com as limitações dos chips, o que os obrigava a ser criativos. "Os músicos da era dos 8 e 16 bits tentavam recriar a música ocidental através destes sons únicos. Cada um desses chips tem sua própria personalidade, seu próprio som, e você não pode replicá-los de outra forma", comenta Dwyer. Durante a década de 1990, conforme os games se tornavam complexos, as músicas também passaram a ser mais elaboradas, com sons que simulavam baterias e guitarras. A tecnologia 32 bits, por fim, marcou o fim da era "chiptune" e deu lugar a um novo tipo de música de videogame, que não encontrava mais tantas limitações. "Aquele período único da música eletrônica acabou", lamenta o diretor. DIGGIN' IN THE CARTS DIRETOR NICK DWYER ONDE www.redbullmusicacademy. com/magazine/diggin-in-the-carts QUANTO grátis
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Série rastreia compositores de games dos 1980Jovens nerds dos anos 1980 não sabem, mas enquanto jogavam "Gimmick!" e "Balloon Fight", em algum lugar ressoava o jazz de George Benson e o reggae de Sly Dunbar. Parece improvável, mas é o que mostra a série de documentários "Diggin' in the Carts", sobre os compositores japoneses de "chiptune", músicas eletrônicas produzidas por chips que serviam de trilha para os games que hoje são chamados de vintage. Dirigida pelo neozelandês Nick Dwyer, da Red Bull Academy, a série de seis episódios (entre 15 e 17 minutos) está disponível gratuitamente na internet. Vivendo no Japão desde o começo do ano, Dwyer rastreou alguns dos grandes compositores da época, cujas produções invadiram lares do mundo inteiro com a popularização dos videogames, porém cujos nomes permaneceram no anonimato. "Alguns deles ainda trabalham para as mesmas empresas dos velhos tempos, outros estavam aposentados, mas consegui encontrá-los e eles ficaram comovidos com o projeto", disse o diretor à Folha, falando de Tóquio. REGGAE Entre os músicos, está Hirokazu Tanaka, responsável pelas trilhas de clássicos como "Balloon Fight" e "Metroid" –mais recentemente, fez temas da animação "Pokémon". Antes de compor sons eletrônicos para a Nintendo nos anos 1980, Tanaka fazia parte de um grupo de reggae, e levou para a indústria dos games suas raízes musicais. Em um dos episódios, sentado em um bar decorado com coqueiros e tomando drinques tropicais, ele conta como suas trilhas têm o ritmo de Sly Dunbar, baterista jamaicano que ouvia em seu caminho para o trabalho. "Quando ele me disse isso, fiquei louco", conta Dwyer. "Todos nós, quando crianças, brincamos com esses jogos, e nunca pensamos na pessoa fazendo aquela música. E quando você descobre que este cara realmente ama Sly Dunbar e está tentando reproduzir ritmos de reggae em chips de 8 bits, é incrível" Em outro episódio, o músico Masashi Kageyama, compositor da trilha de "Gimmick!", conta diante de um cenário rural nipônico como se inspirava em sons da natureza para criar as suas músicas, enquanto ouvia George Benson na rádio. "Dez minutos em uma bicicleta significava dez minutos improvisando uma melodia". FLIPERAMA Além dessas influências inusitadas, Dwyer se impressionou com o papel das mulheres nas equipes de som das empresas de games. "A maior parte dos sons dos fliperamas, dominados por meninos jogando games de tiro, era feitos por mulheres". A compositora Yoko Shimorura, considerada uma das maiores do ramo, tornou-se famosa ao fazer as canções de "Street Fighter 2" buscando elementos típicos do local de origem de cada personagem. "O único compositor que eu realmente queria incluir e não consegui é Konji Kondo, que fez as trilhas de Mario Bros.' e Zelda'", lamenta o diretor. Por questões relacionadas a copyright com a Nintendo, o músico ficou de fora do projeto. Os episódios da série percorrem a trajetória das músicas de game desde 1983, quando surgiu o console doméstico NES (Nintendo Entertainment System), até o surgimento do Playstation, da Sony, onze anos depois. Naquela época, conforme descrevem os entrevistados, era muito difícil criar com as limitações dos chips, o que os obrigava a ser criativos. "Os músicos da era dos 8 e 16 bits tentavam recriar a música ocidental através destes sons únicos. Cada um desses chips tem sua própria personalidade, seu próprio som, e você não pode replicá-los de outra forma", comenta Dwyer. Durante a década de 1990, conforme os games se tornavam complexos, as músicas também passaram a ser mais elaboradas, com sons que simulavam baterias e guitarras. A tecnologia 32 bits, por fim, marcou o fim da era "chiptune" e deu lugar a um novo tipo de música de videogame, que não encontrava mais tantas limitações. "Aquele período único da música eletrônica acabou", lamenta o diretor. DIGGIN' IN THE CARTS DIRETOR NICK DWYER ONDE www.redbullmusicacademy. com/magazine/diggin-in-the-carts QUANTO grátis
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Assessora de Trump inventa ataque terrorista nos EUA em entrevista
Kellyanne Conway, uma das principais assessoras do presidente Donald Trump, inventou um ataque terrorista que nunca ocorreu nos EUA, além de citar um suposto veto do ex-presidente Obama a refugiados iraquianos que também não existiu. A declaração foi dada em entrevista nesta quinta-feira (2) à rede MSNBC, na qual Conway defendia o decreto anti-imigração de Trump que barrou a entrada de cidadãos de sete países muçulmanos e refugiados sírios. "Eu aposto que é uma informação novíssima para as pessoas que o presidente Obama teve um veto de seis meses a refugiados iraquianos depois que dois iraquianos vieram para este país, foram radicalizados e foram as mentes por trás do massacre de Bowling Green. Isso não foi mostrado", disse Conway. Não houve, porém, um "massacre de Bowling Green". Conway provavelmente se referia aos iraquianos Waad Ramadan Alwan e Mohanad Shareef Hammadi, que moravam em Bowling Green, no Estado do Kentucky. Os dois entraram nos EUA em 2009 com o status de refugiados. Dois anos depois, foram presos sob suspeita de terrorismo e condenados a dois anos de prisão após se declararem culpados. Os dois homens foram monitorados pelas autoridades americanas desde que entraram no país. Segundo documentos do processo, eles disseram a um informante do FBI disfarçado que pretendiam fornecer armas e explosivos para a rede terrorista Al Qaeda no Iraque. A investigação encontrou impressões digitais de Alwan em um dispositivo explosivo improvisado e concluiu que o processo de checagem durante a entrada de ambos nos EUA não funcionou como deveria. Em resposta, o governo Obama ordenou que cerca de 58 mil refugiados iraquianos recentemente admitidos no país fossem reexaminados, o que afetou o ritmo de análise de novos pedidos. O programa de refugiados iraquianos, contudo, não foi interrompido, como foi feito por Trump em relação aos refugiados sírios desde a semana passada. Não há evidências, ainda, de que a dupla de iraquianos de Bowling Green planejasse um ataque em solo americano. Nenhuma pessoa foi morta por Alwan e Hammadi nos Estados Unidos. Mais tarde, Conway pediu desculpas em uma rede social, afirmou que se confundiu e que pretendia dizer "terroristas de Bowling Green". Ela não se pronunciou sobre a incorreção em relação ao veto de Obama a refugiados iraquianos.
mundo
Assessora de Trump inventa ataque terrorista nos EUA em entrevistaKellyanne Conway, uma das principais assessoras do presidente Donald Trump, inventou um ataque terrorista que nunca ocorreu nos EUA, além de citar um suposto veto do ex-presidente Obama a refugiados iraquianos que também não existiu. A declaração foi dada em entrevista nesta quinta-feira (2) à rede MSNBC, na qual Conway defendia o decreto anti-imigração de Trump que barrou a entrada de cidadãos de sete países muçulmanos e refugiados sírios. "Eu aposto que é uma informação novíssima para as pessoas que o presidente Obama teve um veto de seis meses a refugiados iraquianos depois que dois iraquianos vieram para este país, foram radicalizados e foram as mentes por trás do massacre de Bowling Green. Isso não foi mostrado", disse Conway. Não houve, porém, um "massacre de Bowling Green". Conway provavelmente se referia aos iraquianos Waad Ramadan Alwan e Mohanad Shareef Hammadi, que moravam em Bowling Green, no Estado do Kentucky. Os dois entraram nos EUA em 2009 com o status de refugiados. Dois anos depois, foram presos sob suspeita de terrorismo e condenados a dois anos de prisão após se declararem culpados. Os dois homens foram monitorados pelas autoridades americanas desde que entraram no país. Segundo documentos do processo, eles disseram a um informante do FBI disfarçado que pretendiam fornecer armas e explosivos para a rede terrorista Al Qaeda no Iraque. A investigação encontrou impressões digitais de Alwan em um dispositivo explosivo improvisado e concluiu que o processo de checagem durante a entrada de ambos nos EUA não funcionou como deveria. Em resposta, o governo Obama ordenou que cerca de 58 mil refugiados iraquianos recentemente admitidos no país fossem reexaminados, o que afetou o ritmo de análise de novos pedidos. O programa de refugiados iraquianos, contudo, não foi interrompido, como foi feito por Trump em relação aos refugiados sírios desde a semana passada. Não há evidências, ainda, de que a dupla de iraquianos de Bowling Green planejasse um ataque em solo americano. Nenhuma pessoa foi morta por Alwan e Hammadi nos Estados Unidos. Mais tarde, Conway pediu desculpas em uma rede social, afirmou que se confundiu e que pretendia dizer "terroristas de Bowling Green". Ela não se pronunciou sobre a incorreção em relação ao veto de Obama a refugiados iraquianos.
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Diário Oficial de SP deixará de ter versão impressa, anuncia prefeito
A Prefeitura de São Paulo anunciou que o "Diário Oficial" da cidade vai deixar de ser impresso em papel. A partir de agora, a publicação estará somente na internet. A medida foi anunciada nesta quarta-feira (1º) pelo prefeito João Doria (PSDB) nas redes sociais. Segundo Doria, o fim das edições impressas vão provocar a economia de R$ 1,5 milhão por ano. A publicação traz diariamente os atos dos poderes Executivo e Legislativo da capital, além do Tribunal de Contas do Município. Informações para servidores municipais também sai no jornal. "[A media vai provocar] Economia de papel, sustentabilidade, agilidade no processos. Você pode acessar pelo seu celular, on-line", disse o prefeito no vídeo. Desde 2002, as publicações já estão disponíveis na internet.
cotidiano
Diário Oficial de SP deixará de ter versão impressa, anuncia prefeitoA Prefeitura de São Paulo anunciou que o "Diário Oficial" da cidade vai deixar de ser impresso em papel. A partir de agora, a publicação estará somente na internet. A medida foi anunciada nesta quarta-feira (1º) pelo prefeito João Doria (PSDB) nas redes sociais. Segundo Doria, o fim das edições impressas vão provocar a economia de R$ 1,5 milhão por ano. A publicação traz diariamente os atos dos poderes Executivo e Legislativo da capital, além do Tribunal de Contas do Município. Informações para servidores municipais também sai no jornal. "[A media vai provocar] Economia de papel, sustentabilidade, agilidade no processos. Você pode acessar pelo seu celular, on-line", disse o prefeito no vídeo. Desde 2002, as publicações já estão disponíveis na internet.
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Novo prêmio elege melhores musicais do Rio de Janeiro e de São Paulo
O Prêmio Reverência, que laureia espetáculos musicais brasileiros, anunciou nesta terça-feira (28) os indicados de sua primeira edição. Concorrem peças que estrearam ou cumpriram temporada em 2014 no Rio de Janeiro ou em São Paulo. Lideram a lista, empatados, três musicais, com sete indicações cada um: 'O Grande Circo Místico', 'Os Saltimbancos Trapalhões' e 'Samba Futebol Clube'. Em seguida, estão 'Elis - A Musical', indicado em seis categorias, e 'Jesus Cristo Superstar' e 'Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos', com cinco cada um. O público também pode votar na categoria popular Melhor Espetáculo pelo site www.premioreverencia.com. O prêmio foi idealizado por Antonia Prado, que trabalhou na Broadway League –responsável por organizar o Tony, maior premiação da Broadway. A votação é feita em duas etapas: uma parte do júri escolhe os indicados e a outra elege os vencedores. A cerimônia de entrega está marcada para o dia 24 de agosto, no Hotel Fasano, no Rio de Janeiro. Os vencedores receberão um troféu, mas não há, nesta edição, prêmio em dinheiro. * CONFIRA OS INDICADOS: DIREÇÃO ATOR PRINCIPAL ATRIZ PRINCIPAL ATOR COADJUVANTE ATRIZ COADJUVANTE AUTOR COREOGRAFIA FIGURINO ILUMINAÇÃO CENÁRIO SOM CATEGORIA ESPECIAL MELHOR ESPETÁCULO * JÚRI No Rio, estão: a bailarina Ana Botafogo, o múltiplo Luiz Carlos Miele, os jornalistas e críticos Macksen Luiz ("O Globo") e Rafael Teixeira "(Veja Rio"), a pesquisadora Tânia Brandão, o diretor Paulo Afonso de Lima, a coreógrafa Janice Botelho e a atriz e cantora Mirna Rubin. Já em São Paulo, o corpo de jurados será formado pela cantora Cida Moreira, os jornalistas Ubiratan Brasil ("O Estado de S. Paulo"), Sergio Martins ("Veja") e Miguel Arcanjo Prado, a produtora Claudia Hamra, o pesquisador Claudio Erlichman, a diretora Neyde Veneziano e a coreógrafa Kika Sampaio.
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Novo prêmio elege melhores musicais do Rio de Janeiro e de São PauloO Prêmio Reverência, que laureia espetáculos musicais brasileiros, anunciou nesta terça-feira (28) os indicados de sua primeira edição. Concorrem peças que estrearam ou cumpriram temporada em 2014 no Rio de Janeiro ou em São Paulo. Lideram a lista, empatados, três musicais, com sete indicações cada um: 'O Grande Circo Místico', 'Os Saltimbancos Trapalhões' e 'Samba Futebol Clube'. Em seguida, estão 'Elis - A Musical', indicado em seis categorias, e 'Jesus Cristo Superstar' e 'Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos', com cinco cada um. O público também pode votar na categoria popular Melhor Espetáculo pelo site www.premioreverencia.com. O prêmio foi idealizado por Antonia Prado, que trabalhou na Broadway League –responsável por organizar o Tony, maior premiação da Broadway. A votação é feita em duas etapas: uma parte do júri escolhe os indicados e a outra elege os vencedores. A cerimônia de entrega está marcada para o dia 24 de agosto, no Hotel Fasano, no Rio de Janeiro. Os vencedores receberão um troféu, mas não há, nesta edição, prêmio em dinheiro. * CONFIRA OS INDICADOS: DIREÇÃO ATOR PRINCIPAL ATRIZ PRINCIPAL ATOR COADJUVANTE ATRIZ COADJUVANTE AUTOR COREOGRAFIA FIGURINO ILUMINAÇÃO CENÁRIO SOM CATEGORIA ESPECIAL MELHOR ESPETÁCULO * JÚRI No Rio, estão: a bailarina Ana Botafogo, o múltiplo Luiz Carlos Miele, os jornalistas e críticos Macksen Luiz ("O Globo") e Rafael Teixeira "(Veja Rio"), a pesquisadora Tânia Brandão, o diretor Paulo Afonso de Lima, a coreógrafa Janice Botelho e a atriz e cantora Mirna Rubin. Já em São Paulo, o corpo de jurados será formado pela cantora Cida Moreira, os jornalistas Ubiratan Brasil ("O Estado de S. Paulo"), Sergio Martins ("Veja") e Miguel Arcanjo Prado, a produtora Claudia Hamra, o pesquisador Claudio Erlichman, a diretora Neyde Veneziano e a coreógrafa Kika Sampaio.
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Com crise na Grécia, Bolsa recua e interrompe sequência de três altas
O principal índice da Bolsa brasileira fechou esta quarta-feira (15) em queda, com investidores refletindo a situação fiscal no Brasil e dúvidas sobre a aprovação do acordo grego pelo parlamento do país. O Ibovespa perdeu 0,63%, para 52.902 pontos. O volume financeiro foi de R$ 5,024 bilhões. A visita da agência de classificação de risco Moody's ao Brasil, iniciada nesta quarta, acrescentou aversão a risco, segundo analistas. O analista Marco Aurélio Barbosa, da CM Capital Markets, disse que boa parte no mercado acredita que o rebaixamento da nota brasileira em um degrau pela Moody's, para Baa3, é inevitável diante das dificuldades do ajuste fiscal, enquanto a fraca atividade econômica e a inflação elevada apontam para uma piora da relação entre dívida e PIB (Produto Interno Bruto). Barbosa acredita que o mercado pode reagir mal se a agência, além de cortar o rating, mantiver a perspectiva negativa. "Essa possibilidade ainda não está devidamente precificada", disse em nota a clientes. Lauro Vilares, analista da Guide Investimentos, afirmou que a queda da Bolsa brasileira nesta quarta-feira refletiu "um movimento de realização de lucros" –quando investidores vendem ações compradas por um preço menor que o atual para embolsar a diferença– após três altas consecutivas do Ibovespa. "O fator que pesou bastante no desempenho do índice no dia foi o preço do petróleo no exterior. O acordo nuclear de grandes potencias mundiais com o Irã repercutiu no mercado na véspera e, em partes, nessa sessão. Com isso, o preço da commodity caiu, afetando as ações de petroleiras", afirmou Vilares. Os papéis preferenciais da Petrobras, mais negociados e sem direito a voto, perderam 1,67%, para R$ 11,80 cada um. Já os ordinários, com direito a voto, cederam 2,44%, para R$ 13,18. Dentro do esperado, a presidente do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos), Janet Yellen, disse que as condições econômicas "provavelmente" justificarão elevação de juro ainda este ano naquele país. Um aumento é ruim para os mercados emergentes, uma vez que o aperto monetário pode deixar o rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA, que são remunerados por essa taxa e considerados de baixíssimo risco, mais atraentes que aplicações em países como o Brasil. Assim como a Petrobras, a Vale também pressionou o Ibovespa negativamente. Após ter começado o dia no azul, a ação preferencial da mineradora mudou de tendência e fechou em queda de 2,42%, para R$ 14,50. A ordinária recuou 3,98%, para R$ 17,11. A preocupação em relação à recente instabilidade no preço do minério de ferro no mercado internacional tem pesado negativamente sobre as ações da Vale, o que deixou em segundo plano nesta quarta-feira a notícia positiva de que a economia da China cresceu 7% no segundo trimestre deste ano, frente ao mesmo período de 2014, acima dos 6,8% esperados pelo mercado. A China é o principal destino das exportações da mineradora brasileira. Em sentido oposto, as ações do setor siderúrgico subiram, após terem registrado queda na véspera. A Gerdau avançou 1,07%, a R$ 6,59, e a ação preferencial da Usiminas teve valorização de 0,70%, a R$ 4,30. Itaú Unibanco e Bradesco caíram 1,73% e 0,72%, respectivamente. São as duas ações com maior representatividade dentro do Ibovespa. O BTG Pactual publicou prévia dos balanços desses bancos no segundo trimestre, esperando resultados fortes para ambos, mas avaliando que Itaú irá apresentar desempenho pior do que o Bradesco de forma marginal em termos de qualidade de crédito. "No geral, esperamos que o resultado de Bradesco tenha um pouco mais de espaço para surpresa positiva", disse o banco em nota a clientes. DÓLAR No câmbio, o dólar chegou a subir até R$ 3,166 ante o real durante o dia, refletindo as declarações da presidente do Fed sobre a taxa de juros nos EUA, mas perdeu força no início da tarde. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve valorização de 0,69%, para R$ 3,144 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, caiu 0,15%, a R$ 3,135. Nesta quarta-feira, o BC deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em agosto –operação que equivale a uma venda futura de dólares para estender o prazo de contratos. A oferta de 6 mil papéis foi integralmente vendida, por US$ 292,5 milhões. Nos primeiros leilões deste mês, haviam sido ofertados até 7,1 mil swaps. Mantendo a oferta de até 6 mil contratos por dia até o penúltimo dia útil do mês, o BC rolará o equivalente a US$ 6,396 bilhões ao todo, ou cerca de 60% do lote total. Se continuasse com as ofertas anteriores, a rolagem seria de 70%, como a do mês anterior. Com agências de notícias
mercado
Com crise na Grécia, Bolsa recua e interrompe sequência de três altasO principal índice da Bolsa brasileira fechou esta quarta-feira (15) em queda, com investidores refletindo a situação fiscal no Brasil e dúvidas sobre a aprovação do acordo grego pelo parlamento do país. O Ibovespa perdeu 0,63%, para 52.902 pontos. O volume financeiro foi de R$ 5,024 bilhões. A visita da agência de classificação de risco Moody's ao Brasil, iniciada nesta quarta, acrescentou aversão a risco, segundo analistas. O analista Marco Aurélio Barbosa, da CM Capital Markets, disse que boa parte no mercado acredita que o rebaixamento da nota brasileira em um degrau pela Moody's, para Baa3, é inevitável diante das dificuldades do ajuste fiscal, enquanto a fraca atividade econômica e a inflação elevada apontam para uma piora da relação entre dívida e PIB (Produto Interno Bruto). Barbosa acredita que o mercado pode reagir mal se a agência, além de cortar o rating, mantiver a perspectiva negativa. "Essa possibilidade ainda não está devidamente precificada", disse em nota a clientes. Lauro Vilares, analista da Guide Investimentos, afirmou que a queda da Bolsa brasileira nesta quarta-feira refletiu "um movimento de realização de lucros" –quando investidores vendem ações compradas por um preço menor que o atual para embolsar a diferença– após três altas consecutivas do Ibovespa. "O fator que pesou bastante no desempenho do índice no dia foi o preço do petróleo no exterior. O acordo nuclear de grandes potencias mundiais com o Irã repercutiu no mercado na véspera e, em partes, nessa sessão. Com isso, o preço da commodity caiu, afetando as ações de petroleiras", afirmou Vilares. Os papéis preferenciais da Petrobras, mais negociados e sem direito a voto, perderam 1,67%, para R$ 11,80 cada um. Já os ordinários, com direito a voto, cederam 2,44%, para R$ 13,18. Dentro do esperado, a presidente do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos), Janet Yellen, disse que as condições econômicas "provavelmente" justificarão elevação de juro ainda este ano naquele país. Um aumento é ruim para os mercados emergentes, uma vez que o aperto monetário pode deixar o rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA, que são remunerados por essa taxa e considerados de baixíssimo risco, mais atraentes que aplicações em países como o Brasil. Assim como a Petrobras, a Vale também pressionou o Ibovespa negativamente. Após ter começado o dia no azul, a ação preferencial da mineradora mudou de tendência e fechou em queda de 2,42%, para R$ 14,50. A ordinária recuou 3,98%, para R$ 17,11. A preocupação em relação à recente instabilidade no preço do minério de ferro no mercado internacional tem pesado negativamente sobre as ações da Vale, o que deixou em segundo plano nesta quarta-feira a notícia positiva de que a economia da China cresceu 7% no segundo trimestre deste ano, frente ao mesmo período de 2014, acima dos 6,8% esperados pelo mercado. A China é o principal destino das exportações da mineradora brasileira. Em sentido oposto, as ações do setor siderúrgico subiram, após terem registrado queda na véspera. A Gerdau avançou 1,07%, a R$ 6,59, e a ação preferencial da Usiminas teve valorização de 0,70%, a R$ 4,30. Itaú Unibanco e Bradesco caíram 1,73% e 0,72%, respectivamente. São as duas ações com maior representatividade dentro do Ibovespa. O BTG Pactual publicou prévia dos balanços desses bancos no segundo trimestre, esperando resultados fortes para ambos, mas avaliando que Itaú irá apresentar desempenho pior do que o Bradesco de forma marginal em termos de qualidade de crédito. "No geral, esperamos que o resultado de Bradesco tenha um pouco mais de espaço para surpresa positiva", disse o banco em nota a clientes. DÓLAR No câmbio, o dólar chegou a subir até R$ 3,166 ante o real durante o dia, refletindo as declarações da presidente do Fed sobre a taxa de juros nos EUA, mas perdeu força no início da tarde. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve valorização de 0,69%, para R$ 3,144 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, caiu 0,15%, a R$ 3,135. Nesta quarta-feira, o BC deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em agosto –operação que equivale a uma venda futura de dólares para estender o prazo de contratos. A oferta de 6 mil papéis foi integralmente vendida, por US$ 292,5 milhões. Nos primeiros leilões deste mês, haviam sido ofertados até 7,1 mil swaps. Mantendo a oferta de até 6 mil contratos por dia até o penúltimo dia útil do mês, o BC rolará o equivalente a US$ 6,396 bilhões ao todo, ou cerca de 60% do lote total. Se continuasse com as ofertas anteriores, a rolagem seria de 70%, como a do mês anterior. Com agências de notícias
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Dólar encosta em R$ 2,87 e se mantém no maior preço desde 2004; Bolsa cai
O dólar tem nova sessão de valorização em relação ao real nesta quarta-feira (11), afetado pelo ambiente de instabilidade no exterior causado pela incerteza em relação à permanência da Grécia na zona do euro e também por preocupações com o cenário doméstico. Às 14h17, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, subia 1,62%, para R$ 2,868, no maior patamar desde 26 de outubro de 2004. Na máxima, a moeda foi a R$ 2,875. No mesmo horário, o dólar comercial subia 1,16%, para R$ 2,869, maior nível desde 25 de outubro de 2004. A moeda atingiu R$ 2,876 nos primeiros negócios. O novo dia de alta é provocado principalmente pelas incertezas no exterior. Na Grécia, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, ganhou um voto de confiança parlamentar na madrugada de quarta-feira (horário local) após prometer nunca permitir que o país volte à era dos programas de resgate e medidas de austeridade. Tsipras, que lidera 149 parlamentares do seu partido Syriza, de esquerda, ganhou o apoio de 162 deputados no Parlamento de 300 lugares com apoio de seu parceiro de coalizão, o partido Gregos Independentes, de direita e contrário ao programa de resgate. A votação ocorreu antes da reunião de ministros das Finanças da zona do euro nesta quarta-feira e de líderes da UE na quinta-feira (12) para discutir o futuro da Grécia em meio ao crescente alarme com o risco de uma saída da Grécia do euro, o que poderia provocar uma instabilidade financeira mais ampla. Já no cenário doméstico, as dúvidas em torno do ajuste fiscal ainda geram preocupações nos investidores, que também ficam atentos à possibilidade de racionamento de energia e água. Além disso, os dados de venda no varejo decepcionaram. No ano 2014, as vendas do comércio acumulam alta de 2,2%, divulgou o IBGE nesta quarta-feira. Ainda que tenha registrado variação positiva, as vendas do comércio no ano passado tiveram o pior desempenho nos últimos 11 anos. A última taxa negativa foi em 2003, quando houve queda de 3,7% em relação ao ano anterior. Desde então, as taxas ficaram positivas, tendo 2014 a mais baixa delas. A segunda menor alta das vendas no ano havia sido verificada em 2013, de 4,3%, completando dois anos seguidos de desaceleração, já que a alta de 2012 foi de 8,4%. O BC deu continuidade às atuações diárias no mercado de câmbio nesta manhã, vendendo 2.000 contratos de swaps cambiais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro). Foram vendidos 1.690 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 310 contratos para 1º de fevereiro de 2016, com volume de US$ 98 milhões. O BC também vendeu a oferta integral de até 13.000 contratos de swap para rolagem dos contratos que vencem em 2 de março, equivalentes a US$ 10,438 bilhões. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 48% do lote total. BOLSA A Bolsa brasileira opera em baixa à espera da reunião da Grécia desta quarta-feira. Às 14h18, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, caía 0,91%, para 48.069 pontos. Das 68 ações negociadas, 20 subiam, 47 caíam e uma operava estável no horário. Após abrir em alta, as ações da Petrobras passaram a cair nesta sessão. Às 14h20, os papéis preferenciais, os mais negociados, tinham queda de 0,44%, a R$ 8,88. As ações ordinárias, com direito a voto, tinham desvalorização de 1,01%, para R$ 8,74, no mesmo horário. O novo presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, afirmou, em entrevista ao Jornal Nacional, que vai descartar a cifra de R$ 88,6 bilhões, apontada como sobrevalorização nos ativos da empresa, na tentativa de eliminar, do balanço da companhia, os efeitos da corrupção desvendada pela operação Lava Jato. O número não chegou a ser lançado no balanço da Petrobras no terceiro trimestre, divulgado há duas semanas, mas sua apresentação ao mercado irritou a presidente Dilma Rousseff. Às 14h20, as ações preferenciais da Vale tinham alta de 1,24%, para R$ 17,94. Os papéis ordinários subiam 1,47%, para R$ 20,70, no mesmo horário. Antes da abertura o Banco do Brasil, maior banco público brasileiro, anunciou lucro líquido de R$ 11,246 bilhões em 2014, queda de 28,63% na comparação com o ano anterior, informou a instituição financeira nesta quarta-feira (11). Vale lembrar, porém, que em 2013 o resultado do banco foi inflado pela venda de ações da BB Seguridade, no segundo trimestre daquele ano. Excluindo esse efeito, o lucro líquido ajustado -que exclui ganhos e perdas extraordinários- atingiu R$ 11,343 bilhões, alta de 9,6% em relação ao lucro líquido ajustado de 2013. A inadimplência do banco subiu de 1,98% em 2013 para 2,03% no ano passado. Às 14h21, as ações da instituição financeira subiam 1,79%, para R$ 22,10. No mesmo horário, os papéis do Itaú Unibanco tinham queda de 2,16%, para R$ 33,39, e as ações do Bradesco caíam 2,46%, para R$ 34,37. As ações da BM&FBovespa operam em baixa nesta quarta-feira, um dia após a empresa registrar lucro abaixo do esperado pelo mercado. Às 14h22, os papéis caíam 3,54%, para R$ 8,97. A BM&FBovespa anunciou que teve lucro líquido de R$ 232,8 milhões no quarto trimestre de 2014, alta de 28,5% ante mesmo período do ano anterior. A volatilidade provocada pelas eleições presidenciais impulsionou o volume de negócios com ações e derivativos em outubro e novembro, o que fez a receita total crescer 13,4% na comparação anual.
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Dólar encosta em R$ 2,87 e se mantém no maior preço desde 2004; Bolsa caiO dólar tem nova sessão de valorização em relação ao real nesta quarta-feira (11), afetado pelo ambiente de instabilidade no exterior causado pela incerteza em relação à permanência da Grécia na zona do euro e também por preocupações com o cenário doméstico. Às 14h17, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, subia 1,62%, para R$ 2,868, no maior patamar desde 26 de outubro de 2004. Na máxima, a moeda foi a R$ 2,875. No mesmo horário, o dólar comercial subia 1,16%, para R$ 2,869, maior nível desde 25 de outubro de 2004. A moeda atingiu R$ 2,876 nos primeiros negócios. O novo dia de alta é provocado principalmente pelas incertezas no exterior. Na Grécia, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, ganhou um voto de confiança parlamentar na madrugada de quarta-feira (horário local) após prometer nunca permitir que o país volte à era dos programas de resgate e medidas de austeridade. Tsipras, que lidera 149 parlamentares do seu partido Syriza, de esquerda, ganhou o apoio de 162 deputados no Parlamento de 300 lugares com apoio de seu parceiro de coalizão, o partido Gregos Independentes, de direita e contrário ao programa de resgate. A votação ocorreu antes da reunião de ministros das Finanças da zona do euro nesta quarta-feira e de líderes da UE na quinta-feira (12) para discutir o futuro da Grécia em meio ao crescente alarme com o risco de uma saída da Grécia do euro, o que poderia provocar uma instabilidade financeira mais ampla. Já no cenário doméstico, as dúvidas em torno do ajuste fiscal ainda geram preocupações nos investidores, que também ficam atentos à possibilidade de racionamento de energia e água. Além disso, os dados de venda no varejo decepcionaram. No ano 2014, as vendas do comércio acumulam alta de 2,2%, divulgou o IBGE nesta quarta-feira. Ainda que tenha registrado variação positiva, as vendas do comércio no ano passado tiveram o pior desempenho nos últimos 11 anos. A última taxa negativa foi em 2003, quando houve queda de 3,7% em relação ao ano anterior. Desde então, as taxas ficaram positivas, tendo 2014 a mais baixa delas. A segunda menor alta das vendas no ano havia sido verificada em 2013, de 4,3%, completando dois anos seguidos de desaceleração, já que a alta de 2012 foi de 8,4%. O BC deu continuidade às atuações diárias no mercado de câmbio nesta manhã, vendendo 2.000 contratos de swaps cambiais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro). Foram vendidos 1.690 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 310 contratos para 1º de fevereiro de 2016, com volume de US$ 98 milhões. O BC também vendeu a oferta integral de até 13.000 contratos de swap para rolagem dos contratos que vencem em 2 de março, equivalentes a US$ 10,438 bilhões. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 48% do lote total. BOLSA A Bolsa brasileira opera em baixa à espera da reunião da Grécia desta quarta-feira. Às 14h18, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, caía 0,91%, para 48.069 pontos. Das 68 ações negociadas, 20 subiam, 47 caíam e uma operava estável no horário. Após abrir em alta, as ações da Petrobras passaram a cair nesta sessão. Às 14h20, os papéis preferenciais, os mais negociados, tinham queda de 0,44%, a R$ 8,88. As ações ordinárias, com direito a voto, tinham desvalorização de 1,01%, para R$ 8,74, no mesmo horário. O novo presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, afirmou, em entrevista ao Jornal Nacional, que vai descartar a cifra de R$ 88,6 bilhões, apontada como sobrevalorização nos ativos da empresa, na tentativa de eliminar, do balanço da companhia, os efeitos da corrupção desvendada pela operação Lava Jato. O número não chegou a ser lançado no balanço da Petrobras no terceiro trimestre, divulgado há duas semanas, mas sua apresentação ao mercado irritou a presidente Dilma Rousseff. Às 14h20, as ações preferenciais da Vale tinham alta de 1,24%, para R$ 17,94. Os papéis ordinários subiam 1,47%, para R$ 20,70, no mesmo horário. Antes da abertura o Banco do Brasil, maior banco público brasileiro, anunciou lucro líquido de R$ 11,246 bilhões em 2014, queda de 28,63% na comparação com o ano anterior, informou a instituição financeira nesta quarta-feira (11). Vale lembrar, porém, que em 2013 o resultado do banco foi inflado pela venda de ações da BB Seguridade, no segundo trimestre daquele ano. Excluindo esse efeito, o lucro líquido ajustado -que exclui ganhos e perdas extraordinários- atingiu R$ 11,343 bilhões, alta de 9,6% em relação ao lucro líquido ajustado de 2013. A inadimplência do banco subiu de 1,98% em 2013 para 2,03% no ano passado. Às 14h21, as ações da instituição financeira subiam 1,79%, para R$ 22,10. No mesmo horário, os papéis do Itaú Unibanco tinham queda de 2,16%, para R$ 33,39, e as ações do Bradesco caíam 2,46%, para R$ 34,37. As ações da BM&FBovespa operam em baixa nesta quarta-feira, um dia após a empresa registrar lucro abaixo do esperado pelo mercado. Às 14h22, os papéis caíam 3,54%, para R$ 8,97. A BM&FBovespa anunciou que teve lucro líquido de R$ 232,8 milhões no quarto trimestre de 2014, alta de 28,5% ante mesmo período do ano anterior. A volatilidade provocada pelas eleições presidenciais impulsionou o volume de negócios com ações e derivativos em outubro e novembro, o que fez a receita total crescer 13,4% na comparação anual.
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Órgão eleitoral aprova 67% das firmas para referendo contra Nicolás Maduro
Após cinco semanas de indefinição, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou nesta sexta (10) os próximos passos do trâmite com o qual a oposição busca promover um referendo revogatório para tirar do cargo o presidente Nicolás Maduro ainda neste ano. Maduro foi eleito em 2013 para um mandato de seis anos, mas a oposição alega que a crise no país só pode ser revertida se a presidência chavista for abreviada por meio da consulta popular prevista na Constituição. O CNE considerou que 67% das assinaturas entregues pela oposição no início de maio, para ativar o referendo, estão aptas a passar à etapa seguinte, da autenticação. Isso significa que, de 1,9 milhão de firmas apresentadas pela aliança MUD (Mesa da Unidade Democrática), 605 mil foram descartadas. As justificativas incluem erros de grafia e números de identidade inválidos. Mas 1,3 milhão de assinaturas reconhecidas são suficientes, já que a exigência é que ao menos 1% do eleitorado (200 mil registrados) apoie o projeto de referendo. Segundo o CNE, órgão alinhado ao chavismo, essas assinaturas agora devem ser autenticadas por impressão digital entre os dias 20 e 24 de junho. A verificação será conduzida em apenas 24 escritórios regionais da autarquia. Com isso, muitos venezuelanos que quiserem confirmar a assinatura serão obrigados a viajar durante horas. Outro ponto polêmico envolve uma fase de "arrependimento", de 13 a 17 de junho, que permitirá às pessoas retirarem sua firma, algo que não consta na lei. A oposição teme pressões ou chantagens do governo para esvaziar a lista de assinaturas válidas. Após o fim do prazo para a autenticação, o CNE terá 15 dias úteis para decretar de forma definitiva se a MUD cumpriu todas as condições para iniciar a fase seguinte, na qual deverão ser recolhidas assinaturas de mais 20% dos eleitores. O referendo só poderá ser realizado depois que o CNE auditar esta segunda lista.Não há prazo estipulado. RISCO DE SUSPENSÃO Um dos aspectos mais controversos do anúncio do CNE é a ameaça de suspender o referendo em caso de distúrbios sociais. O país vive uma tensão crescente devido ao desabastecimento e à inflação. Se o referendo ocorrer, o "sim" precisaria ser aprovado por mais eleitores do que os 7,5 milhões de votos obtidos por Maduro em 2013. A oposição corre contra o tempo, já que nova eleição presidencial só ocorrerá se Maduro for revogado antes de janeiro de 2017. Caso o "sim" vença após a data, quem assume é o vice-presidente —cargo atualmente ocupado por Aristóbulo Istúriz. Idealizador do referendo, o governador do Estado de Miranda e ex-candidato à Presidência Henrique Capriles voltou a acusar o governo de retardar o processo. "Lutarei pelo revogatório, e será em 2016", disse no Twitter. Em aparente esforço para pressionar Maduro a permitir a consulta neste ano, a Organização dos Estados Americanos (OEA) anunciou reunião no próximo dia 23 para discutir a aplicação da Carta democrática contra a Venezuela. O processo, que poderia levar à suspensão de Caracas, até agora foi travado por países aliados a Maduro.
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Órgão eleitoral aprova 67% das firmas para referendo contra Nicolás MaduroApós cinco semanas de indefinição, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou nesta sexta (10) os próximos passos do trâmite com o qual a oposição busca promover um referendo revogatório para tirar do cargo o presidente Nicolás Maduro ainda neste ano. Maduro foi eleito em 2013 para um mandato de seis anos, mas a oposição alega que a crise no país só pode ser revertida se a presidência chavista for abreviada por meio da consulta popular prevista na Constituição. O CNE considerou que 67% das assinaturas entregues pela oposição no início de maio, para ativar o referendo, estão aptas a passar à etapa seguinte, da autenticação. Isso significa que, de 1,9 milhão de firmas apresentadas pela aliança MUD (Mesa da Unidade Democrática), 605 mil foram descartadas. As justificativas incluem erros de grafia e números de identidade inválidos. Mas 1,3 milhão de assinaturas reconhecidas são suficientes, já que a exigência é que ao menos 1% do eleitorado (200 mil registrados) apoie o projeto de referendo. Segundo o CNE, órgão alinhado ao chavismo, essas assinaturas agora devem ser autenticadas por impressão digital entre os dias 20 e 24 de junho. A verificação será conduzida em apenas 24 escritórios regionais da autarquia. Com isso, muitos venezuelanos que quiserem confirmar a assinatura serão obrigados a viajar durante horas. Outro ponto polêmico envolve uma fase de "arrependimento", de 13 a 17 de junho, que permitirá às pessoas retirarem sua firma, algo que não consta na lei. A oposição teme pressões ou chantagens do governo para esvaziar a lista de assinaturas válidas. Após o fim do prazo para a autenticação, o CNE terá 15 dias úteis para decretar de forma definitiva se a MUD cumpriu todas as condições para iniciar a fase seguinte, na qual deverão ser recolhidas assinaturas de mais 20% dos eleitores. O referendo só poderá ser realizado depois que o CNE auditar esta segunda lista.Não há prazo estipulado. RISCO DE SUSPENSÃO Um dos aspectos mais controversos do anúncio do CNE é a ameaça de suspender o referendo em caso de distúrbios sociais. O país vive uma tensão crescente devido ao desabastecimento e à inflação. Se o referendo ocorrer, o "sim" precisaria ser aprovado por mais eleitores do que os 7,5 milhões de votos obtidos por Maduro em 2013. A oposição corre contra o tempo, já que nova eleição presidencial só ocorrerá se Maduro for revogado antes de janeiro de 2017. Caso o "sim" vença após a data, quem assume é o vice-presidente —cargo atualmente ocupado por Aristóbulo Istúriz. Idealizador do referendo, o governador do Estado de Miranda e ex-candidato à Presidência Henrique Capriles voltou a acusar o governo de retardar o processo. "Lutarei pelo revogatório, e será em 2016", disse no Twitter. Em aparente esforço para pressionar Maduro a permitir a consulta neste ano, a Organização dos Estados Americanos (OEA) anunciou reunião no próximo dia 23 para discutir a aplicação da Carta democrática contra a Venezuela. O processo, que poderia levar à suspensão de Caracas, até agora foi travado por países aliados a Maduro.
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Temos que aprender a jogar sem o Neymar, diz Philippe Coutinho
Dunga, o treinador, e David Luiz, o capitão neste domingo (7), admitiram que a seleção brasileira estava ansiosa para voltar a atuar em casa após o fracasso na Copa. Pela primeira vez sem Neymar, principal jogador do país e que estava machucado no trágico final da Copa-2014, o Brasil venceu o México por 2 a 0 no estádio do Palmeiras. "Temos que aprender a jogar sem o Neymar, e acho que foi um bom início hoje", disse Philippe Coutinho. Sem seu capitão, Dunga mudou o esquema de jogo, mostrando que busca opções caso o perca lesionado ou suspenso na Copa América. Com só um atacante fixo, Diego Tardelli, Dunga pôs logo atrás dele três jogadores: Coutinho na direita, Willian centralizado e, na esquerda, Fred, que foi irregular. Ao que parece, há uma maneira de tentar atuar sem o craque. No final, um saldo positivo no estádio do Palmeiras, em São Paulo, que tem uma torcida normalmente crítica. O time saiu aplaudido após a vitória, mas ouviu vaias antes de o jogo começar e murmúrios de críticas até Phillipe Coutinho abrir o placar, aos 27 min do primeiro tempo. "Sabíamos que a paciência do torcedor era limitada, que tínhamos que recuperar a confiança. Acho que conseguimos", disse Dunga. Foi a nona vitória, em nove jogos, nesta segunda passagem do técnico pela seleção. Nem a boa campanha dava tranquilidade a Dunga, já que as últimas lembranças do torcedor em casa eram o 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal do Mundial, em Belo Horizonte, e o 3 a 0 para a Holanda, em Brasília, na disputa do terceiro e quarto lugar. Logo no anúncio das escalações, surgiram algumas vaias. A maior para Elias, que não estava na Copa, mas porque joga no Corinthians. Fred, 22, meia do Shakhtar Donetsk com idade olímpica, foi vaiado. Alguns pensaram ser o centroavante Fred, titular na Copa do Mundo. Dunga ouviu vaias do banco quando teve o nome falado no alto-falante e não reagiu. Preferiu orientar o time, que teve início lento. Segundo o técnico, o motivo da letargia era o gramado ruim. Quando a torcida ensaiava vaiar mais, Elias lançou Filipe Luís, que rolou para Philippe Coutinho. Com um drible de corpo ele passou por Ayala e fez seu primeiro gol com a camisa do Brasil. Da uma sala, na tribuna, o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, festejou com discrição. Ele luta para se segurar no cargo, já que há indícios de que participou de esquema de corrupção na venda de direitos comerciais de torneios, segundo investigação da Justiça dos EUA. Antes do fim do primeiro tempo, qualquer possibilidade de mais apupos acabou com gol de Diego Tardelli. Ele recebeu passe de Elias, que apesar de ter sido o melhor do jogo foi criticado pelo público ao ser substituído.
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Temos que aprender a jogar sem o Neymar, diz Philippe CoutinhoDunga, o treinador, e David Luiz, o capitão neste domingo (7), admitiram que a seleção brasileira estava ansiosa para voltar a atuar em casa após o fracasso na Copa. Pela primeira vez sem Neymar, principal jogador do país e que estava machucado no trágico final da Copa-2014, o Brasil venceu o México por 2 a 0 no estádio do Palmeiras. "Temos que aprender a jogar sem o Neymar, e acho que foi um bom início hoje", disse Philippe Coutinho. Sem seu capitão, Dunga mudou o esquema de jogo, mostrando que busca opções caso o perca lesionado ou suspenso na Copa América. Com só um atacante fixo, Diego Tardelli, Dunga pôs logo atrás dele três jogadores: Coutinho na direita, Willian centralizado e, na esquerda, Fred, que foi irregular. Ao que parece, há uma maneira de tentar atuar sem o craque. No final, um saldo positivo no estádio do Palmeiras, em São Paulo, que tem uma torcida normalmente crítica. O time saiu aplaudido após a vitória, mas ouviu vaias antes de o jogo começar e murmúrios de críticas até Phillipe Coutinho abrir o placar, aos 27 min do primeiro tempo. "Sabíamos que a paciência do torcedor era limitada, que tínhamos que recuperar a confiança. Acho que conseguimos", disse Dunga. Foi a nona vitória, em nove jogos, nesta segunda passagem do técnico pela seleção. Nem a boa campanha dava tranquilidade a Dunga, já que as últimas lembranças do torcedor em casa eram o 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal do Mundial, em Belo Horizonte, e o 3 a 0 para a Holanda, em Brasília, na disputa do terceiro e quarto lugar. Logo no anúncio das escalações, surgiram algumas vaias. A maior para Elias, que não estava na Copa, mas porque joga no Corinthians. Fred, 22, meia do Shakhtar Donetsk com idade olímpica, foi vaiado. Alguns pensaram ser o centroavante Fred, titular na Copa do Mundo. Dunga ouviu vaias do banco quando teve o nome falado no alto-falante e não reagiu. Preferiu orientar o time, que teve início lento. Segundo o técnico, o motivo da letargia era o gramado ruim. Quando a torcida ensaiava vaiar mais, Elias lançou Filipe Luís, que rolou para Philippe Coutinho. Com um drible de corpo ele passou por Ayala e fez seu primeiro gol com a camisa do Brasil. Da uma sala, na tribuna, o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, festejou com discrição. Ele luta para se segurar no cargo, já que há indícios de que participou de esquema de corrupção na venda de direitos comerciais de torneios, segundo investigação da Justiça dos EUA. Antes do fim do primeiro tempo, qualquer possibilidade de mais apupos acabou com gol de Diego Tardelli. Ele recebeu passe de Elias, que apesar de ter sido o melhor do jogo foi criticado pelo público ao ser substituído.
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Em delação, Machado diz que Renan e Jucá recebiam mesada do petrolão
Em sua delação premiada, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado afirmou que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador Romero Jucá (PMDB-RR) receberam mesadas durante anos do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato. Segundo Machado, os repasses para Renan começaram entre 2004 e 2005, após o senador o procurar e afirmar que precisava reforçar suas bases políticas. Machado afirmou que eram feitos repasses mensais a Renan de R$ 300 mil, durante dez ou 11 meses a cada ano. O presidente do Senado teria recebido R$ 32 milhões em propina, em dinheiro em espécie e doações oficiais. Ele afirmou que foram R$ 8,2 milhões em doações, entre 2008 e 2014, citando, por exemplo, R$ 1 milhão da Camargo Correa, R$ 500 mil da Galvão Engenharia, R$3,7 milhões da Queiroz Galvão. Machado disse ainda que em 2007 chegou a ter atritos com Renan, que queria mais recursos. Os encontros para discutir o esquema na Transpetro geralmente era feito na residência do senador em Brasília. Renan também mandou interlocutores ao Rio, na sede da Transpetro. Indicado pelos peemedebistas do Senado, Machado permaneceu entre 2003 e 2015 no cargo. Ele disse que Jucá tinha repasses mensais de R$ 200 mil, também durante dez ou 11 meses a cada ano. O total de vantagem indevida seria R$ 21 milhões – sendo R$ 4,2 milhões em doações oficiais da Camargo Correa, Galvão Engenharia e Queiroz Galvão, entre 2010 e 2014. Em relação ao ex-presidente José Sarney, Machado apontou que o primeiro repasse do esquema ocorreu em 2006 e foi de R$ 500 mil. A propina passou a ser anual para o peemedebista a partir de 2008, tendo recebido R$ 18,5 milhões desviados dos contratos. Os pagamentos eram retribuição pela indicação e sustentação política no cargo. Além dos três, Machado apontou que seu nome teve aval dos senadores Edison Lobão (PMDB-MA) e Jader Barbalho (PMDB-PA). O ex-diretor da Transpetro disse ainda que os pagamentos mensais para a cúpula do PMDB começaram com a chegada de Lobão no Ministério de Minas e Energia em 2008, no governo Lula.
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Em delação, Machado diz que Renan e Jucá recebiam mesada do petrolãoEm sua delação premiada, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado afirmou que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador Romero Jucá (PMDB-RR) receberam mesadas durante anos do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato. Segundo Machado, os repasses para Renan começaram entre 2004 e 2005, após o senador o procurar e afirmar que precisava reforçar suas bases políticas. Machado afirmou que eram feitos repasses mensais a Renan de R$ 300 mil, durante dez ou 11 meses a cada ano. O presidente do Senado teria recebido R$ 32 milhões em propina, em dinheiro em espécie e doações oficiais. Ele afirmou que foram R$ 8,2 milhões em doações, entre 2008 e 2014, citando, por exemplo, R$ 1 milhão da Camargo Correa, R$ 500 mil da Galvão Engenharia, R$3,7 milhões da Queiroz Galvão. Machado disse ainda que em 2007 chegou a ter atritos com Renan, que queria mais recursos. Os encontros para discutir o esquema na Transpetro geralmente era feito na residência do senador em Brasília. Renan também mandou interlocutores ao Rio, na sede da Transpetro. Indicado pelos peemedebistas do Senado, Machado permaneceu entre 2003 e 2015 no cargo. Ele disse que Jucá tinha repasses mensais de R$ 200 mil, também durante dez ou 11 meses a cada ano. O total de vantagem indevida seria R$ 21 milhões – sendo R$ 4,2 milhões em doações oficiais da Camargo Correa, Galvão Engenharia e Queiroz Galvão, entre 2010 e 2014. Em relação ao ex-presidente José Sarney, Machado apontou que o primeiro repasse do esquema ocorreu em 2006 e foi de R$ 500 mil. A propina passou a ser anual para o peemedebista a partir de 2008, tendo recebido R$ 18,5 milhões desviados dos contratos. Os pagamentos eram retribuição pela indicação e sustentação política no cargo. Além dos três, Machado apontou que seu nome teve aval dos senadores Edison Lobão (PMDB-MA) e Jader Barbalho (PMDB-PA). O ex-diretor da Transpetro disse ainda que os pagamentos mensais para a cúpula do PMDB começaram com a chegada de Lobão no Ministério de Minas e Energia em 2008, no governo Lula.
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Bolivianas tricotam dispositivos que 'consertam' corações infantis
Na tribo Aymara, na Bolívia, as tricoteiras carregam séculos de tradição na confecção de casacos, cobertores e chapéus típicos feitos de lã. Agora, sua técnica está ajudando a produzir um equipamento médico de alta tecnologia, com o objetivo de salvar a vida de crianças nascidas com problemas congênitos que formam "buracos" no coração. Veja vídeo "Estamos muito felizes por fazer algo para que alguém possa sobreviver", diz a tricoteira Daniela Mendoza, que confecciona a pequena peça em uma sala especialmente higienizada. Em cerca de duas horas ela produz um "Nit Occlud", como é chamada a peça, projetada pelo cardiologista Franz Freudenthal. O dispositivo, conhecido na medicina pelo nome em inglês occluder, é usada para cobrir e bloquear um buraco no coração do paciente. A maioria das peças é feita em escala industrial, mas a versão de Freudenthal é tão pequena e elaborada que dificulta sua produção em massa. Por isso, ele tem usado a expertise das tricoteiras para fazê-las manualmente. Os primeiros protótipos foram testados nos corações de ovelhas com problemas cardíacos. Depois de usá-los com sucesso também no coração de crianças, ele agora exporta a técnica. "O mais importante é que tentamos obter soluções muito simples para problemas complexos", disse Freudenthal à BBC. Por sua clínica, na capital La Paz, já passaram centenas de crianças com problemas cardíacos. País mais pobre da América do Sul, a Bolívia não tem hospitais especializados - ou cardiologistas - suficientes para tratar as crianças com problemas cardíacos. Por isso, inovações baratas são bem-vindas. Além disso, ao evitar uma cirurgia de coração aberto, a técnica evita problemas culturais: a manipulação do coração é considerada um sacrilégio em algumas comunidades indígenas da Bolívia. O aparelho de Freudenthal é feito de um único fio de metal superelástico, usado na indústria militar, conhecido como nitinol. Ele é capaz de memorizar sua própria forma e pode ser comprimido para entrar em um cateter, passar pelos vasos sanguíneos e expandir ao chegar no ponto correto do coração. Ao recuperar sua forma original - semelhante a uma cartola -, ele bloqueia o buraco cardíaco (também conhecido como Persistência do Canal Arterial, ou PCA. Em geral, esse buraco é corrigido naturalmente após o nascimento do bebê). ALTITUDE Portadores de problemas cardíacos congênitos têm dificuldade em ganhar peso e sofrem de fadiga frequente, já que seus corações têm de trabalhar três vezes mais do que um normal para bombear o sangue pelo corpo. Por conta da alta altitude e do ar rarefeito em La Paz - que está 4 mil metros acima do nível do mar -, Freudenthal diz que esses problemas são dez vezes mais frequentes na Bolívia do que em outros países. A menina Cinthia, de 6 anos, foi operada três anos atrás. O sangue que deveria suprir energia e oxigênio para o seu corpo escapava pelo canal arterial até este ser contido pelo procedimento cirúrgico. A mãe de Cinthia, Victoria Hilari, lembra que ela "mal conseguia caminhar um quarteirão" sem ficar cansada e quase desmaiava ao chorar. "Foi quando eu percebi que ela tinha um problema, mas não sabia o que fazer", diz Victoria. "Agora ela consegue correr e até está fazendo aula de educação física na escola."
bbc
Bolivianas tricotam dispositivos que 'consertam' corações infantisNa tribo Aymara, na Bolívia, as tricoteiras carregam séculos de tradição na confecção de casacos, cobertores e chapéus típicos feitos de lã. Agora, sua técnica está ajudando a produzir um equipamento médico de alta tecnologia, com o objetivo de salvar a vida de crianças nascidas com problemas congênitos que formam "buracos" no coração. Veja vídeo "Estamos muito felizes por fazer algo para que alguém possa sobreviver", diz a tricoteira Daniela Mendoza, que confecciona a pequena peça em uma sala especialmente higienizada. Em cerca de duas horas ela produz um "Nit Occlud", como é chamada a peça, projetada pelo cardiologista Franz Freudenthal. O dispositivo, conhecido na medicina pelo nome em inglês occluder, é usada para cobrir e bloquear um buraco no coração do paciente. A maioria das peças é feita em escala industrial, mas a versão de Freudenthal é tão pequena e elaborada que dificulta sua produção em massa. Por isso, ele tem usado a expertise das tricoteiras para fazê-las manualmente. Os primeiros protótipos foram testados nos corações de ovelhas com problemas cardíacos. Depois de usá-los com sucesso também no coração de crianças, ele agora exporta a técnica. "O mais importante é que tentamos obter soluções muito simples para problemas complexos", disse Freudenthal à BBC. Por sua clínica, na capital La Paz, já passaram centenas de crianças com problemas cardíacos. País mais pobre da América do Sul, a Bolívia não tem hospitais especializados - ou cardiologistas - suficientes para tratar as crianças com problemas cardíacos. Por isso, inovações baratas são bem-vindas. Além disso, ao evitar uma cirurgia de coração aberto, a técnica evita problemas culturais: a manipulação do coração é considerada um sacrilégio em algumas comunidades indígenas da Bolívia. O aparelho de Freudenthal é feito de um único fio de metal superelástico, usado na indústria militar, conhecido como nitinol. Ele é capaz de memorizar sua própria forma e pode ser comprimido para entrar em um cateter, passar pelos vasos sanguíneos e expandir ao chegar no ponto correto do coração. Ao recuperar sua forma original - semelhante a uma cartola -, ele bloqueia o buraco cardíaco (também conhecido como Persistência do Canal Arterial, ou PCA. Em geral, esse buraco é corrigido naturalmente após o nascimento do bebê). ALTITUDE Portadores de problemas cardíacos congênitos têm dificuldade em ganhar peso e sofrem de fadiga frequente, já que seus corações têm de trabalhar três vezes mais do que um normal para bombear o sangue pelo corpo. Por conta da alta altitude e do ar rarefeito em La Paz - que está 4 mil metros acima do nível do mar -, Freudenthal diz que esses problemas são dez vezes mais frequentes na Bolívia do que em outros países. A menina Cinthia, de 6 anos, foi operada três anos atrás. O sangue que deveria suprir energia e oxigênio para o seu corpo escapava pelo canal arterial até este ser contido pelo procedimento cirúrgico. A mãe de Cinthia, Victoria Hilari, lembra que ela "mal conseguia caminhar um quarteirão" sem ficar cansada e quase desmaiava ao chorar. "Foi quando eu percebi que ela tinha um problema, mas não sabia o que fazer", diz Victoria. "Agora ela consegue correr e até está fazendo aula de educação física na escola."
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Dell compra EMC por US$ 67 bi, na maior aquisição do setor tecnológico
Dois anos atrás, Michael S. Dell conseguiu fechar o capital da empresa que leva seu nome, o que lhe deu tempo e flexibilidade para adaptá-la a uma indústria de tecnologia em tempos de mudança rápida. Agora, a empresa está pronta para a maior aquisição na indústria de tecnologia, a compra de uma companhia semelhante, considerando o cenário de modificações rápidas: o provedor de armazenamento EMC. Ao fechar o negócio de cerca de US$ 67 bilhões, anunciado nesta segunda-feira (12), Dell e seu financiador, a empresa de investimento Silver Lake, apostam que uma enorme aquisição vai ajudar um dos nomes mais conhecidos na indústria a se manter atualizado. Não é mais possível uma empresa como a Dell prosperar simplesmente fazendo computadores pessoais, negócio que o fundador começou em seu dormitório há três décadas. Michael Dell reconheceu esse fato quando ele e a Silver Lake fecharam o capital da empresa dois anos atrás, com o objetivo de continuar a avançar em direção a serviços de computação corporativos, longe do olhar do mercado de ações. Comprar a EMC daria à Dell um dos maiores nomes em armazenamento de dados de computador, somando-se às ofertas existentes como servidores de rede, softwares corporativos e dispositivos móveis. "Continuamos a evoluir a empresa para as áreas mais relevantes, para onde a Tecnologia da Informação está se movendo", disse Dell em uma entrevista. "Este negócio apenas acelera isso." Sob os termos do acordo, a Dell vai pagar o equivalente a US$ 33,15 por ação em uma transação complicada que envolve dinheiro e um tipo especial de ação. Esse preço é cerca de 27% mais alto do que o valor pelo qual as ações da EMC estavam sendo negociadas antes de surgir a notícia do acordo. A aquisição é uma aposta ambiciosa em várias frentes. Enquanto o ritmo acelerado das grandes fusões e aquisições não parou, a Dell, ao comprar a EMC, iria adquirir uma enorme quantidade de dívidas. Mas pegaria esse dinheiro emprestado antes de um esperado aumento nas taxas de juros. E isso significaria tornar a Dell ainda maior em um momento em que empresas de todos os tipos acreditam que ser menor é melhor. Muitas empresas de tecnologia anunciaram planos para se desmembrarem em suas modalidades, cada uma dedicada a uma parte específica do mercado. Afastar-se do modelo de conglomerado, os defensores alegam, significa que cada empresa terá maior foco de ambos administradores e acionistas, resultando esperadamente em ações a um preço mais elevado para as novas empresas. A Hewlett-Packard, por exemplo, está perto de completar uma separação de seus negócios de serviços corporativos do braço de computadores pessoais. O EBay desmembrou seu negócio de pagamentos, o PayPal, de sua divisão principal no mercado de e-commerce este ano. A própria EMC tem sido criticada pelos investidores por sua "federação", uma gama de negócios que vão desde o armazenamento de dados em rede à gestão de conteúdo, embora sua gestão tenha rejeitado os apelos para um desmembramento total da empresa. No entanto, Dell e seu par na EMC, Joe Tucci, defendem que ficar com o modelo de negócios de "balcão único" vai ajudar a atrair clientes corporativos ávidos para comprar servidores. Fundada nos arredores de Boston quase quatro décadas atrás, a EMC é uma das últimas grandes empresas de tecnologia da Costa Leste. Mas tem lutado ao longo da última década, já que o custo de armazenamento de dados caiu e que as aquisições adicionais não conseguiram reverter a situação. As ações da EMC tinham caído mais de 12% antes de surgir a notícia das negociações. A maior parte do valor da empresa está na sua participação de 81% na VMware, fabricante de software de virtualização que emula sistemas operacionais diferentes. Essa empresa tem um valor de mercado de US$ 33 bilhões, valorizando a participação da EMC em cerca de US$ 27 bilhões. A EMC como um todo foi avaliada em cerca de US$ 53,6 bilhões no fechamento de sexta-feira. Desde o ano passado, a EMC tem estado sob uma pressão significativa do Elliott Management, um fundo de hedge de US$ 27 bilhões, que tem um histórico de sacudir as empresas de tecnologia que acredita estarem com baixo desempenho. Embora a empresa tenha atingido uma trégua com seu investidor dissidente em janeiro, ainda tem que produzir um plano de recuperação global. O Elliott tem sido paciente, sem fazer declarações públicas, apesar de um acordo de status quo entre os dois ter expirado no mês passado. Mas analistas têm questionado se o investidor ativista voltaria a levantar a voz e pedir mudanças radicais. Ao longo dos últimos meses, porém, a EMC tem discretamente negociado sua venda com a Dell e com a Silver Lake, após esforços anteriores – incluindo uma potencial venda para a HP - se desfazerem. A Dell era um comprador natural. A empresa de Michael Dell gastou bilhões de dólares em sua mudança de computadores pessoais. E em sua nova vida como uma empresa de capital fechado, tomou decisões de negócios mais rapidamente, sem as críticas de investidores do mercado de ações. "Esta é a empresa com plataforma mais avançada", diz Egon Durban, sócio-gerente da Silver Lake, disse. "Isso é tudo o que amamos como investidores." O desempenho dos negócios da Dell, ou o que se pode inferir dele, também parece estar se mantendo. A cota no mercado global de PCs tem se mantido relativamente estável em cerca de 14%, em parte porque suas vendas caíram menos do que as dos rivais. Fechar o capital da EMC poderia permitir a ela o mesmo tipo de espaço para respiro de que a Dell tem desfrutado. Ainda assim, o que surgiu a partir da recente rodada de negociações de fusão – um projeto internamente chamado de "Emerald"– é complicado. A Dell está a oferecendo aos acionistas da EMC uma quota de US$ 24,05 por ação em dinheiro e US$ 9,10 em uma ação especial da VMware, que espelha cerca de 20% do valor negociado na Bolsa de Nova York. Para ajudar a financiar a transação, a Dell e a Silver Lake reuniram um grande grupo de bancos para organizar o enorme pacote de empréstimo. Tal empréstimo viria à frente de um movimento há muito esperado por parte do Fed (o banco central americano) de aumentar as taxas de juros, o que poderia adicionar dezenas de milhões de dólares a pagamentos de dívida. Os executivos envolvidos no negócio, disseram que uma parcela significativa da dívida será classificada perto do grau de investimento, tornando os pagamentos de juros mais baixos. No entanto, enquanto a Dell terá uma participação majoritária em uma VMware negociada publicamente, seus proprietários veementemente insistiram que sua companhia permaneça fechada por algum tempo. Sua evolução completa para uma empresa de serviços corporativos, cuja atividade não depende fortemente de vendas de PCs, ainda não foi concluída. "Isso cria uma empresa líder mundial", disse Dell. "A estrutura particular nos dá uma tremenda flexibilidade." Tradução de MARIA PAULA AUTRAN
mercado
Dell compra EMC por US$ 67 bi, na maior aquisição do setor tecnológicoDois anos atrás, Michael S. Dell conseguiu fechar o capital da empresa que leva seu nome, o que lhe deu tempo e flexibilidade para adaptá-la a uma indústria de tecnologia em tempos de mudança rápida. Agora, a empresa está pronta para a maior aquisição na indústria de tecnologia, a compra de uma companhia semelhante, considerando o cenário de modificações rápidas: o provedor de armazenamento EMC. Ao fechar o negócio de cerca de US$ 67 bilhões, anunciado nesta segunda-feira (12), Dell e seu financiador, a empresa de investimento Silver Lake, apostam que uma enorme aquisição vai ajudar um dos nomes mais conhecidos na indústria a se manter atualizado. Não é mais possível uma empresa como a Dell prosperar simplesmente fazendo computadores pessoais, negócio que o fundador começou em seu dormitório há três décadas. Michael Dell reconheceu esse fato quando ele e a Silver Lake fecharam o capital da empresa dois anos atrás, com o objetivo de continuar a avançar em direção a serviços de computação corporativos, longe do olhar do mercado de ações. Comprar a EMC daria à Dell um dos maiores nomes em armazenamento de dados de computador, somando-se às ofertas existentes como servidores de rede, softwares corporativos e dispositivos móveis. "Continuamos a evoluir a empresa para as áreas mais relevantes, para onde a Tecnologia da Informação está se movendo", disse Dell em uma entrevista. "Este negócio apenas acelera isso." Sob os termos do acordo, a Dell vai pagar o equivalente a US$ 33,15 por ação em uma transação complicada que envolve dinheiro e um tipo especial de ação. Esse preço é cerca de 27% mais alto do que o valor pelo qual as ações da EMC estavam sendo negociadas antes de surgir a notícia do acordo. A aquisição é uma aposta ambiciosa em várias frentes. Enquanto o ritmo acelerado das grandes fusões e aquisições não parou, a Dell, ao comprar a EMC, iria adquirir uma enorme quantidade de dívidas. Mas pegaria esse dinheiro emprestado antes de um esperado aumento nas taxas de juros. E isso significaria tornar a Dell ainda maior em um momento em que empresas de todos os tipos acreditam que ser menor é melhor. Muitas empresas de tecnologia anunciaram planos para se desmembrarem em suas modalidades, cada uma dedicada a uma parte específica do mercado. Afastar-se do modelo de conglomerado, os defensores alegam, significa que cada empresa terá maior foco de ambos administradores e acionistas, resultando esperadamente em ações a um preço mais elevado para as novas empresas. A Hewlett-Packard, por exemplo, está perto de completar uma separação de seus negócios de serviços corporativos do braço de computadores pessoais. O EBay desmembrou seu negócio de pagamentos, o PayPal, de sua divisão principal no mercado de e-commerce este ano. A própria EMC tem sido criticada pelos investidores por sua "federação", uma gama de negócios que vão desde o armazenamento de dados em rede à gestão de conteúdo, embora sua gestão tenha rejeitado os apelos para um desmembramento total da empresa. No entanto, Dell e seu par na EMC, Joe Tucci, defendem que ficar com o modelo de negócios de "balcão único" vai ajudar a atrair clientes corporativos ávidos para comprar servidores. Fundada nos arredores de Boston quase quatro décadas atrás, a EMC é uma das últimas grandes empresas de tecnologia da Costa Leste. Mas tem lutado ao longo da última década, já que o custo de armazenamento de dados caiu e que as aquisições adicionais não conseguiram reverter a situação. As ações da EMC tinham caído mais de 12% antes de surgir a notícia das negociações. A maior parte do valor da empresa está na sua participação de 81% na VMware, fabricante de software de virtualização que emula sistemas operacionais diferentes. Essa empresa tem um valor de mercado de US$ 33 bilhões, valorizando a participação da EMC em cerca de US$ 27 bilhões. A EMC como um todo foi avaliada em cerca de US$ 53,6 bilhões no fechamento de sexta-feira. Desde o ano passado, a EMC tem estado sob uma pressão significativa do Elliott Management, um fundo de hedge de US$ 27 bilhões, que tem um histórico de sacudir as empresas de tecnologia que acredita estarem com baixo desempenho. Embora a empresa tenha atingido uma trégua com seu investidor dissidente em janeiro, ainda tem que produzir um plano de recuperação global. O Elliott tem sido paciente, sem fazer declarações públicas, apesar de um acordo de status quo entre os dois ter expirado no mês passado. Mas analistas têm questionado se o investidor ativista voltaria a levantar a voz e pedir mudanças radicais. Ao longo dos últimos meses, porém, a EMC tem discretamente negociado sua venda com a Dell e com a Silver Lake, após esforços anteriores – incluindo uma potencial venda para a HP - se desfazerem. A Dell era um comprador natural. A empresa de Michael Dell gastou bilhões de dólares em sua mudança de computadores pessoais. E em sua nova vida como uma empresa de capital fechado, tomou decisões de negócios mais rapidamente, sem as críticas de investidores do mercado de ações. "Esta é a empresa com plataforma mais avançada", diz Egon Durban, sócio-gerente da Silver Lake, disse. "Isso é tudo o que amamos como investidores." O desempenho dos negócios da Dell, ou o que se pode inferir dele, também parece estar se mantendo. A cota no mercado global de PCs tem se mantido relativamente estável em cerca de 14%, em parte porque suas vendas caíram menos do que as dos rivais. Fechar o capital da EMC poderia permitir a ela o mesmo tipo de espaço para respiro de que a Dell tem desfrutado. Ainda assim, o que surgiu a partir da recente rodada de negociações de fusão – um projeto internamente chamado de "Emerald"– é complicado. A Dell está a oferecendo aos acionistas da EMC uma quota de US$ 24,05 por ação em dinheiro e US$ 9,10 em uma ação especial da VMware, que espelha cerca de 20% do valor negociado na Bolsa de Nova York. Para ajudar a financiar a transação, a Dell e a Silver Lake reuniram um grande grupo de bancos para organizar o enorme pacote de empréstimo. Tal empréstimo viria à frente de um movimento há muito esperado por parte do Fed (o banco central americano) de aumentar as taxas de juros, o que poderia adicionar dezenas de milhões de dólares a pagamentos de dívida. Os executivos envolvidos no negócio, disseram que uma parcela significativa da dívida será classificada perto do grau de investimento, tornando os pagamentos de juros mais baixos. No entanto, enquanto a Dell terá uma participação majoritária em uma VMware negociada publicamente, seus proprietários veementemente insistiram que sua companhia permaneça fechada por algum tempo. Sua evolução completa para uma empresa de serviços corporativos, cuja atividade não depende fortemente de vendas de PCs, ainda não foi concluída. "Isso cria uma empresa líder mundial", disse Dell. "A estrutura particular nos dá uma tremenda flexibilidade." Tradução de MARIA PAULA AUTRAN
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Torcida organizada do São Paulo protesta após medidas punitivas
A torcida Independente, maior organizada são-paulina, realizou um protesto na noite desta terça (5), antes da partida entre São Paulo e Trujillanos, pela Libertadores. A manifestação realizada em frente ao estádio do Morumbi, com faixas e gritos de ordem, foi motivada pelas medidas adotadas pelo poder público estadual para punir as organizadas após uma série de brigas entre torcedores de Corinthians e Palmeiras, no domingo (3). "Depois da patifaria que fizeram com a gente vamos para cima de problemas na Copa, merenda e o sistema. A Gaviões [da Fiel, torcida organizada corintiana] e a Mancha [Alvi Verde, uniformizada palmeirense] brigaram. Por que a Independente está sendo punida?", questionou o presidente da torcida organizada são-paulina, Henrique Gomes, o "Baby". Os principais alvos do protesto foram o governo estadual e a Federação Paulista de Futebol. "Bandido é quem rouba merenda" (referente ao escândalo da máfia da merenda), "Governador cadê o Metrô no Morumbi?", "Lava Jato na Federação Paulista" e "A incompetência em apurar os responsáveis gera punição de todos" eram alguns dos dizeres presentes nas faixas de protesto. Ao mesmo tempo em que mostravam as faixas, torcedores gritavam palavras de ordem como "Cadê o nosso metrô?", "Morte ao futebol moderno" e até "Não vai ter golpe" –bordão usado pelos apoiadores da presidente Dilma Rousseff contra o impeachment.
esporte
Torcida organizada do São Paulo protesta após medidas punitivasA torcida Independente, maior organizada são-paulina, realizou um protesto na noite desta terça (5), antes da partida entre São Paulo e Trujillanos, pela Libertadores. A manifestação realizada em frente ao estádio do Morumbi, com faixas e gritos de ordem, foi motivada pelas medidas adotadas pelo poder público estadual para punir as organizadas após uma série de brigas entre torcedores de Corinthians e Palmeiras, no domingo (3). "Depois da patifaria que fizeram com a gente vamos para cima de problemas na Copa, merenda e o sistema. A Gaviões [da Fiel, torcida organizada corintiana] e a Mancha [Alvi Verde, uniformizada palmeirense] brigaram. Por que a Independente está sendo punida?", questionou o presidente da torcida organizada são-paulina, Henrique Gomes, o "Baby". Os principais alvos do protesto foram o governo estadual e a Federação Paulista de Futebol. "Bandido é quem rouba merenda" (referente ao escândalo da máfia da merenda), "Governador cadê o Metrô no Morumbi?", "Lava Jato na Federação Paulista" e "A incompetência em apurar os responsáveis gera punição de todos" eram alguns dos dizeres presentes nas faixas de protesto. Ao mesmo tempo em que mostravam as faixas, torcedores gritavam palavras de ordem como "Cadê o nosso metrô?", "Morte ao futebol moderno" e até "Não vai ter golpe" –bordão usado pelos apoiadores da presidente Dilma Rousseff contra o impeachment.
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Sem licença da Uefa, brasileiro não pôde comandar equipe portuguesa
Com apenas a Licença A de treinadores da CBF, o brasileiro Paulo César Gusmão, 55, foi impedido no ano passado de comandar o Marítimo do banco de reservas na primeira rodada do Português. Com a interferência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), que enviou documentos que comprovavam a experiência do técnico na função, Gusmão comandou o time nas outras partidas, mas na súmula não era considerado o treinador oficial. A equipe portuguesa foi obrigada a contratar outro profissional que tinha a Licença Pro da Uefa, que assinava o documento da partida e participava das entrevistas oficiais antes e pós-jogo. "Foi uma situação muito estranha. Ainda bem que tiveram o bom senso e liberaram para eu trabalhar com a licença A da CBF", disse o Gusmão, que fez apenas cinco jogos no clube –com uma vitória e quatro derrotas. "[A falta da licença] não foi o motivo principal da minha saída, mas pesou muito. A imprensa sempre falava da minha formação e a cobrança era muito grande", disse Gusmão, que conclui a Licença Pro da CBF em dezembro. QATAR Em 2014, o brasileiro Alexandre Gama, 49, quase foi impedido de trabalhar no Qatar por também não possuir a Licença Pro da Uefa. Ele ganhou a qualificação de licença A da Confederação Asiática de Futebol por ter trabalhado como auxiliar por dois anos na seleção da Coreia do Sul.
esporte
Sem licença da Uefa, brasileiro não pôde comandar equipe portuguesaCom apenas a Licença A de treinadores da CBF, o brasileiro Paulo César Gusmão, 55, foi impedido no ano passado de comandar o Marítimo do banco de reservas na primeira rodada do Português. Com a interferência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), que enviou documentos que comprovavam a experiência do técnico na função, Gusmão comandou o time nas outras partidas, mas na súmula não era considerado o treinador oficial. A equipe portuguesa foi obrigada a contratar outro profissional que tinha a Licença Pro da Uefa, que assinava o documento da partida e participava das entrevistas oficiais antes e pós-jogo. "Foi uma situação muito estranha. Ainda bem que tiveram o bom senso e liberaram para eu trabalhar com a licença A da CBF", disse o Gusmão, que fez apenas cinco jogos no clube –com uma vitória e quatro derrotas. "[A falta da licença] não foi o motivo principal da minha saída, mas pesou muito. A imprensa sempre falava da minha formação e a cobrança era muito grande", disse Gusmão, que conclui a Licença Pro da CBF em dezembro. QATAR Em 2014, o brasileiro Alexandre Gama, 49, quase foi impedido de trabalhar no Qatar por também não possuir a Licença Pro da Uefa. Ele ganhou a qualificação de licença A da Confederação Asiática de Futebol por ter trabalhado como auxiliar por dois anos na seleção da Coreia do Sul.
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Leitor comenta reportagem sobre queda de homicídios em São Paulo
Então o controle de São Paulo pelo PCC está ajudando a reduzir os homicídios no Estado. Talvez aí esteja a solução para liberar as drogas, como querem muitos, e eliminar a violência associada a ela, como se o seu uso não fosse uma violência. Dispersa-se a polícia e contrata-se o PCC. CARLOS BRISOLA MARCONDES (Florianópolis - SC)
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Leitor comenta reportagem sobre queda de homicídios em São PauloEntão o controle de São Paulo pelo PCC está ajudando a reduzir os homicídios no Estado. Talvez aí esteja a solução para liberar as drogas, como querem muitos, e eliminar a violência associada a ela, como se o seu uso não fosse uma violência. Dispersa-se a polícia e contrata-se o PCC. CARLOS BRISOLA MARCONDES (Florianópolis - SC)
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Síria usa 'crematório' para ocultar massacres em prisão, dizem EUA
O governo dos Estados Unidos acusou nesta segunda-feira (15) o regime do ditador sírio, Bashar al-Assad, de ter instalado um crematório na prisão de Saydnaya para destruir corpos de detentos mortos nos últimos anos "deixando pouca evidência". "A partir de 2013, o regime sírio modificou um edifício no complexo de Saydnaya para o que acreditamos ser um crematório", declarou Stuart Jones, sub-secretário interino do Departamento de Estado para o Oriente Médio. "Apesar de muitas atrocidades cometidas pelo regime já terem sido documentadas, acreditamos que a construção de um crematório é um esforço para encobrir a extensão dos massacres em Saydnaya." Jones também apresentou a jornalistas imagens de satélite que aparentemente mostram neve derretida no teto dessas instalações, o que evidenciaria o uso de fornos no local. Ele também prometeu que os Estados Unidos levarão à comunidade internacional a denúncia contra a Síria. As supostas violações de direitos humanos na prisão de Saydnaya, localizada a 30 quilômetros ao norte de Damasco, vieram à tona em fevereiro, após a Anistia Internacional divulgar um relatório acusando o regime sírio de ter enforcado até 13 mil dissidentes no local. Segundo a ONG, os corpos eram deixados sistematicamente em valas comuns na periferia de Damasco. Na época, o ditador Assad rejeitou a denúncia, dizendo que o relatório da Anistia Internacional é "completamente falso". O regime sírio ainda não comentou as acusações sobre o uso do crematório feitas nesta segunda-feira pelos EUA. A guerra civil na Síria teve início em 2011. Desde então, quase 500 mil pessoas foram mortas e aproximadamente metade da população do país foi deslocada, com milhões de pessoas refugiando-se em países vizinhos e na Europa.
mundo
Síria usa 'crematório' para ocultar massacres em prisão, dizem EUAO governo dos Estados Unidos acusou nesta segunda-feira (15) o regime do ditador sírio, Bashar al-Assad, de ter instalado um crematório na prisão de Saydnaya para destruir corpos de detentos mortos nos últimos anos "deixando pouca evidência". "A partir de 2013, o regime sírio modificou um edifício no complexo de Saydnaya para o que acreditamos ser um crematório", declarou Stuart Jones, sub-secretário interino do Departamento de Estado para o Oriente Médio. "Apesar de muitas atrocidades cometidas pelo regime já terem sido documentadas, acreditamos que a construção de um crematório é um esforço para encobrir a extensão dos massacres em Saydnaya." Jones também apresentou a jornalistas imagens de satélite que aparentemente mostram neve derretida no teto dessas instalações, o que evidenciaria o uso de fornos no local. Ele também prometeu que os Estados Unidos levarão à comunidade internacional a denúncia contra a Síria. As supostas violações de direitos humanos na prisão de Saydnaya, localizada a 30 quilômetros ao norte de Damasco, vieram à tona em fevereiro, após a Anistia Internacional divulgar um relatório acusando o regime sírio de ter enforcado até 13 mil dissidentes no local. Segundo a ONG, os corpos eram deixados sistematicamente em valas comuns na periferia de Damasco. Na época, o ditador Assad rejeitou a denúncia, dizendo que o relatório da Anistia Internacional é "completamente falso". O regime sírio ainda não comentou as acusações sobre o uso do crematório feitas nesta segunda-feira pelos EUA. A guerra civil na Síria teve início em 2011. Desde então, quase 500 mil pessoas foram mortas e aproximadamente metade da população do país foi deslocada, com milhões de pessoas refugiando-se em países vizinhos e na Europa.
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Militar russo morre em queda de helicóptero durante show aéreo
Um piloto morreu e outro ficou ferido na queda de um helicóptero durante um show aéreo na região russa de Ryazan, neste domingo (2). O helicóptero Mi-28, pilotado por um militar, fazia parte do show de acrobacias no evento a cerca de 170 km de Moscou. As imagens mostram quatro aeronaves fazendo movimentos no ar e disparando, quando uma delas começa a girar, cai no chão e poucos segundos depois, pega fogo. Assista ao vídeo da queda aqui. "O comandante morreu, o segundo piloto está vivo. De acordo com o segundo piloto, uma falha do sistema hidráulico causou o acidente", afirmou o chefe das Forças Aéreas russas, general coronel Viktor Bondarev, segundo a agência de notícias RIA. O Ministério de Defesa russo disse que ninguém se feriu em solo e ressaltou que as acrobacias eram feitas a distância segura da audiência. Bondaver ordenou que todos os Mi-28 sejam inutilizados até o fim da investigação sobre o acidente. O Mi-28 é um helicóptero de ataque com dois lugares que substituiu as antigas aeronaves soviéticas. O modelo já foi vendido para o Iraque e o Quênia, entre outros países. O show deste domingo fazia parte dos Jogos Internacionais Militares, competições que envolvem tropas russas e de várias outras nações no país. O evento começou no sábado (1).
mundo
Militar russo morre em queda de helicóptero durante show aéreoUm piloto morreu e outro ficou ferido na queda de um helicóptero durante um show aéreo na região russa de Ryazan, neste domingo (2). O helicóptero Mi-28, pilotado por um militar, fazia parte do show de acrobacias no evento a cerca de 170 km de Moscou. As imagens mostram quatro aeronaves fazendo movimentos no ar e disparando, quando uma delas começa a girar, cai no chão e poucos segundos depois, pega fogo. Assista ao vídeo da queda aqui. "O comandante morreu, o segundo piloto está vivo. De acordo com o segundo piloto, uma falha do sistema hidráulico causou o acidente", afirmou o chefe das Forças Aéreas russas, general coronel Viktor Bondarev, segundo a agência de notícias RIA. O Ministério de Defesa russo disse que ninguém se feriu em solo e ressaltou que as acrobacias eram feitas a distância segura da audiência. Bondaver ordenou que todos os Mi-28 sejam inutilizados até o fim da investigação sobre o acidente. O Mi-28 é um helicóptero de ataque com dois lugares que substituiu as antigas aeronaves soviéticas. O modelo já foi vendido para o Iraque e o Quênia, entre outros países. O show deste domingo fazia parte dos Jogos Internacionais Militares, competições que envolvem tropas russas e de várias outras nações no país. O evento começou no sábado (1).
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Passos além
A fase da hostilidade pela hostilidade contra Dilma e o governo, para afirmação de liderança sobre o que há de pior no Congresso, está superada, ou quase. Substituída por algo mais baixo, claro, já que se passa na atual composição do Congresso. Começa a predominar uma conduta bastante mencionada no Código Penal, que, no entanto, não chegará a ser invocado como resposta por insuficiência de seriedade nacional para tanto. Com o retorno dos 75 anos, e não mais 70, para aposentadoria compulsória dos ministros do Supremo Tribunal Federal, o presidente do Senado, Renan Calheiros, produziu uma ideia oportuna: exigir que os ministros passem por sabatina e aprovação do Senado, como fizeram para entrar no Supremo, a pretexto de se tratarem os cinco anos de nova investidura. Renan Calheiros está sob investigação no Supremo, no rol de políticos envolvidos nas delações da Lava Jato. A reação de Renan não se limitou a negar o envolvimento e oferecer-se para esclarecimentos. Acusou o governo de mandar incriminá-lo, portanto acusou Rodrigo Janot, o juiz e os procuradores de subserviência e improbidade. De quebra, acusou o ministro Teori Zavascki de servir a essa trama, ao autorizar a investigação. A reação de Renan Calheiros oferece uma medida preliminar da sua preocupação com o caso, ou seja, com seu possível resultado. O histórico de Renan Calheiros ajuda a compreender a sua preocupação. E a reação à investigação faz compreender sua projetada exigência de nova sabatina para os ministros do Supremo. Quando menos, os julgadores de Renan estariam sujeitos a situações de extremo desagrado. E conquanto não se saiba o que o senador pensou, políticos do seu estilo raciocinam e agem em função de pressões e negociações, de toma lá-dá cá, do vulgarizado dá-ou-desce. O Supremo não é uma praça para esses expedientes. A política é. A ideia de Renan Calheiros por certo seria ou será bem acolhida na Câmara, cujo presidente Eduardo Cunha, aliás, e não por mera coincidência, também é investigado pelo Supremo. Até pelo método implícito, a Câmara atual é receptiva ao projeto de Renan. Para não haver dúvida, Paulinho da Força atesta-o em dose dupla. Quer a convocação do procurador-geral Rodrigo Janot pela CPI da Petrobras, onde os lanceiros de Eduardo Cunha podem submetê-lo ao que os ministros do Supremo estariam sujeitos, com a iniciativa de Renan Calheiros. E, de sua lavra ou do próprio Eduardo Cunha, com quem a ideia se parece mais, promete um projeto de emenda constitucional para extinguir o segundo mandato permitido a procurador-geral. O de Rodrigo Janot expira daqui a quatro meses. Esse é outro projeto a que a Câmara de Eduardo Cunha está pronta para dar boa recepção. Por seus efeitos, é mais perigoso que os anteriores. Alterar o funcionamento da Procuradoria Geral da República não seria só represália ou pressão. No caso, seria invadir o território institucional por motivo torpe. Passaria muito de todos os limites. O SUBORNADOR "Empreiteira afirma ter doado a Dilma por temer retaliação". E ao PSDB e a outros partidos, Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC, doou milhões, sistematicamente, por quê? Tido como coordenador das empreiteiras envolvidas em corrupção, Ricardo Pessoa não relatou doação –até porque relatar é narrar algo havido, e seu temor não passa de afirmação hipotética e de agora. O que Ricardo Pessoa faz é uma confissão enviesada da sua intenção de subornar. Este é o princípio e o fim da corrupção como sistema de altos ganhos das grandes empreiteiras no Brasil.
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Passos alémA fase da hostilidade pela hostilidade contra Dilma e o governo, para afirmação de liderança sobre o que há de pior no Congresso, está superada, ou quase. Substituída por algo mais baixo, claro, já que se passa na atual composição do Congresso. Começa a predominar uma conduta bastante mencionada no Código Penal, que, no entanto, não chegará a ser invocado como resposta por insuficiência de seriedade nacional para tanto. Com o retorno dos 75 anos, e não mais 70, para aposentadoria compulsória dos ministros do Supremo Tribunal Federal, o presidente do Senado, Renan Calheiros, produziu uma ideia oportuna: exigir que os ministros passem por sabatina e aprovação do Senado, como fizeram para entrar no Supremo, a pretexto de se tratarem os cinco anos de nova investidura. Renan Calheiros está sob investigação no Supremo, no rol de políticos envolvidos nas delações da Lava Jato. A reação de Renan não se limitou a negar o envolvimento e oferecer-se para esclarecimentos. Acusou o governo de mandar incriminá-lo, portanto acusou Rodrigo Janot, o juiz e os procuradores de subserviência e improbidade. De quebra, acusou o ministro Teori Zavascki de servir a essa trama, ao autorizar a investigação. A reação de Renan Calheiros oferece uma medida preliminar da sua preocupação com o caso, ou seja, com seu possível resultado. O histórico de Renan Calheiros ajuda a compreender a sua preocupação. E a reação à investigação faz compreender sua projetada exigência de nova sabatina para os ministros do Supremo. Quando menos, os julgadores de Renan estariam sujeitos a situações de extremo desagrado. E conquanto não se saiba o que o senador pensou, políticos do seu estilo raciocinam e agem em função de pressões e negociações, de toma lá-dá cá, do vulgarizado dá-ou-desce. O Supremo não é uma praça para esses expedientes. A política é. A ideia de Renan Calheiros por certo seria ou será bem acolhida na Câmara, cujo presidente Eduardo Cunha, aliás, e não por mera coincidência, também é investigado pelo Supremo. Até pelo método implícito, a Câmara atual é receptiva ao projeto de Renan. Para não haver dúvida, Paulinho da Força atesta-o em dose dupla. Quer a convocação do procurador-geral Rodrigo Janot pela CPI da Petrobras, onde os lanceiros de Eduardo Cunha podem submetê-lo ao que os ministros do Supremo estariam sujeitos, com a iniciativa de Renan Calheiros. E, de sua lavra ou do próprio Eduardo Cunha, com quem a ideia se parece mais, promete um projeto de emenda constitucional para extinguir o segundo mandato permitido a procurador-geral. O de Rodrigo Janot expira daqui a quatro meses. Esse é outro projeto a que a Câmara de Eduardo Cunha está pronta para dar boa recepção. Por seus efeitos, é mais perigoso que os anteriores. Alterar o funcionamento da Procuradoria Geral da República não seria só represália ou pressão. No caso, seria invadir o território institucional por motivo torpe. Passaria muito de todos os limites. O SUBORNADOR "Empreiteira afirma ter doado a Dilma por temer retaliação". E ao PSDB e a outros partidos, Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC, doou milhões, sistematicamente, por quê? Tido como coordenador das empreiteiras envolvidas em corrupção, Ricardo Pessoa não relatou doação –até porque relatar é narrar algo havido, e seu temor não passa de afirmação hipotética e de agora. O que Ricardo Pessoa faz é uma confissão enviesada da sua intenção de subornar. Este é o princípio e o fim da corrupção como sistema de altos ganhos das grandes empreiteiras no Brasil.
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Floresta única
Quem gosta de conhecer destinos insólitos, ventilar seu repertório, ampliar horizontes, precisa de tempo, algum dinheiro... Mas, antes de mais nada, depende que tais lugares continuem existindo. Cheguei há uma semana da Amazônia peruana, no nordeste do país. A partir de Iquitos, cidade com seus milhares de mototáxis (tipo tuk-tuks tailandeses) e mercado a céu aberto, tomamos o rio Amazonas para leste, na direção do Brasil. Não fomos tão longe: navegamos cerca de 185 quilômetros mata adentro, aportamos ainda no Peru, na comunidade de Pucuarquillo. Na volta, viajando na contracorrente, passamos por Iquitos seguindo rumo ao sul até o ponto em que o rio ganha seu mítico nome: a confluência dos rios Marañon e Ucayali (bom, depois que entra no Brasil ele passa a se chamar Solimões e só volta a ser Amazonas em Manaus, quando ocorre a mágica junção com o rio Negro; mas isso é outra história: a majestade é a mesma). A viagem foi feita num barco de luxo, o Aria Amazon, mais que adequado para quem quer ver a natureza virgem a bordo de todo conforto. Mas não foi o conforto que nos levou, 30 pessoas, para lá. Na maior parte do tempo ficamos sentados falando sobre o assunto do primeiro parágrafo deste artigo: até para o simples desfrute de uma experiência rara (o contato com a natureza e com as culturas dos moradores da região), é preciso que aquilo seja preservado. As pessoas de vários países ali reunidas discutiram por três dias o desafio de sobrevivência da floresta a partir de um ângulo específico: a gastronomia. Sob o tema "Gastronomia para uma Amazônia Sustentável", estiveram ali a presidente do WWF, Yolanda Kakabadse, representantes de entidades como Forest Trends e Canopy Bridge, chefs como o peruano Pedro Miguel Schiaffino (pesquisador e militante –de verdade, não só pela própria imagem– da preservação da área), jornalistas, artistas. Do Brasil, o conservacionista Roberto Smeraldi (há quase 30 anos na estrada –e nas águas– com a associação Amigos da Terra "" Amazônia Brasileira) e os chefs Mara Salles e Paulo Machado. A boa notícia: ao final dos trabalhos, e ao cabo de muitas considerações teóricas, o grupo alinhavou medidas práticas no sentido de utilizar os produtos e sabores da Amazônia, torná-los mais acessíveis e universais, ao mesmo tempo garantindo a permanência das comunidades que os produzem e do ecossistema no qual eles nascem. As medidas vão aos poucos se tornar conhecidas. De imediato, minha primeira impressão –depois de já ter conhecido a Amazônia brasileira, onde o rio acaba, e agora adentrado seu trecho peruano, onde ele nasce, pela primeira vez– foi a de que aquela floresta tem uma força gigantesca, telúrica, e difícil de domar (como, aliás, testemunharam os fracassados construtores da ferrovia Madeira-Mamoré, depois as vítimas da rodovia Transamazônica e até o ficcional Fitzcarraldo). Apesar dos milhares de quilômetros e da mata fechada que separam os dois extremos do rio, e mesmo ouvindo diferentes línguas e sotaques, vendo frutos que não são exatamente os mesmos –mesmo assim, fica claro que as fronteiras políticas colocadas nos últimos séculos não conseguiram separar o que é uno. É a mesma Amazônia, o mesmo pirarucu (ou paiche, no Peru), a mesma mandioca (mas com tucupis diferentes), as mesmas pimentas (com suas ardências perfumadas), as mesmas matas, chuvas e águas –sem falar dos indígenas e ribeirinhos, tão iguais mesmo nas diferenças. Vale a viagem, é claro, mas, especialmente, vale o esforço de mantê-la para a viagem dos nossos netos.
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Floresta únicaQuem gosta de conhecer destinos insólitos, ventilar seu repertório, ampliar horizontes, precisa de tempo, algum dinheiro... Mas, antes de mais nada, depende que tais lugares continuem existindo. Cheguei há uma semana da Amazônia peruana, no nordeste do país. A partir de Iquitos, cidade com seus milhares de mototáxis (tipo tuk-tuks tailandeses) e mercado a céu aberto, tomamos o rio Amazonas para leste, na direção do Brasil. Não fomos tão longe: navegamos cerca de 185 quilômetros mata adentro, aportamos ainda no Peru, na comunidade de Pucuarquillo. Na volta, viajando na contracorrente, passamos por Iquitos seguindo rumo ao sul até o ponto em que o rio ganha seu mítico nome: a confluência dos rios Marañon e Ucayali (bom, depois que entra no Brasil ele passa a se chamar Solimões e só volta a ser Amazonas em Manaus, quando ocorre a mágica junção com o rio Negro; mas isso é outra história: a majestade é a mesma). A viagem foi feita num barco de luxo, o Aria Amazon, mais que adequado para quem quer ver a natureza virgem a bordo de todo conforto. Mas não foi o conforto que nos levou, 30 pessoas, para lá. Na maior parte do tempo ficamos sentados falando sobre o assunto do primeiro parágrafo deste artigo: até para o simples desfrute de uma experiência rara (o contato com a natureza e com as culturas dos moradores da região), é preciso que aquilo seja preservado. As pessoas de vários países ali reunidas discutiram por três dias o desafio de sobrevivência da floresta a partir de um ângulo específico: a gastronomia. Sob o tema "Gastronomia para uma Amazônia Sustentável", estiveram ali a presidente do WWF, Yolanda Kakabadse, representantes de entidades como Forest Trends e Canopy Bridge, chefs como o peruano Pedro Miguel Schiaffino (pesquisador e militante –de verdade, não só pela própria imagem– da preservação da área), jornalistas, artistas. Do Brasil, o conservacionista Roberto Smeraldi (há quase 30 anos na estrada –e nas águas– com a associação Amigos da Terra "" Amazônia Brasileira) e os chefs Mara Salles e Paulo Machado. A boa notícia: ao final dos trabalhos, e ao cabo de muitas considerações teóricas, o grupo alinhavou medidas práticas no sentido de utilizar os produtos e sabores da Amazônia, torná-los mais acessíveis e universais, ao mesmo tempo garantindo a permanência das comunidades que os produzem e do ecossistema no qual eles nascem. As medidas vão aos poucos se tornar conhecidas. De imediato, minha primeira impressão –depois de já ter conhecido a Amazônia brasileira, onde o rio acaba, e agora adentrado seu trecho peruano, onde ele nasce, pela primeira vez– foi a de que aquela floresta tem uma força gigantesca, telúrica, e difícil de domar (como, aliás, testemunharam os fracassados construtores da ferrovia Madeira-Mamoré, depois as vítimas da rodovia Transamazônica e até o ficcional Fitzcarraldo). Apesar dos milhares de quilômetros e da mata fechada que separam os dois extremos do rio, e mesmo ouvindo diferentes línguas e sotaques, vendo frutos que não são exatamente os mesmos –mesmo assim, fica claro que as fronteiras políticas colocadas nos últimos séculos não conseguiram separar o que é uno. É a mesma Amazônia, o mesmo pirarucu (ou paiche, no Peru), a mesma mandioca (mas com tucupis diferentes), as mesmas pimentas (com suas ardências perfumadas), as mesmas matas, chuvas e águas –sem falar dos indígenas e ribeirinhos, tão iguais mesmo nas diferenças. Vale a viagem, é claro, mas, especialmente, vale o esforço de mantê-la para a viagem dos nossos netos.
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Excessos de Antônio Abujamra não esconderam diretor singular
Na abertura da Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, há dois meses, a organização saudou a presença de outros venerandos diretores, mas não Antônio Abujamra, morto na última terça (28). Foi uma descortesia, indicativa dos obstáculos que o grande encenador enfrentou desde a sua estreia no teatro profissional, em 1961. Ele começou no palco amador gaúcho, ainda nos anos 50. Na virada para a década seguinte, conheceu na Europa o legado de Bertolt Brecht (1898-1956) via a companhia Berliner Ensemble (fundada pelo dramaturgo alemão) e seguidores franceses. E foi na volta que dirigiu no Teatro Oficina, do diretor Zé Celso, uma peça de outro grande diretor, Augusto Boal, do Teatro de Arena, "José, do Parto à Sepultura". ABUJAMRA Formou então seu próprio grupo, Decisão, de montagens significativas nos anos 1960, mas que sempre teria produção ofuscada pelos anteriores e mais festejados Arena e Oficina. Abujamra foi único. Apesar de comandar aquele e outros grupos, como mais recentemente Os Fodidos Privilegiados, sempre se caracterizou pela voz singular, identificável em todos os espetáculos. Seu teatro carregava as marcas brechtianas de origem, mas a abordagem derrisória que empregava para a sociedade e a política era muito própria, pessoal até. Havia um excesso em seus espetáculos, com energia além da conta, dos grandes elencos aos extremos de grosseria no humor. "Nostradamus" (1987) foi uma superprodução que sufocou qualquer viés político então buscado. "Um Certo Hamlet", de 1991, adaptação só com mulheres, virou uma comédia rasgada, grotesca. Também suas versões para Nelson Rodrigues, como "O Casamento" (1997), escancararam descontroladamente o humor, no caso, com uma apoteose circense de 25 atores. "O Inspetor Geral", de 1994, também era assim, mais Abujamra que Gógol. Como nas demais a que foi possível assistir, sempre parecia haver mais dele que do autor eventual. Com alguma edição, poderiam ter sido encenações menos controversas, de presença mais definitiva na história do teatro. Mas então não seria Abujamra. Nas últimas três décadas, no palco, o diretor se descobriu ator, mas era o mesmo Abujamra derrisório, abusado, tantas vezes ofensivo. Desenvolveu uma vertente cômico-confessional, que começou em "Da Gaivota" (1998), passou pelo monólogo "O Veneno do Teatro" (1998) e foi terminar no programa "Provocações" (a partir de 2000), da TV Cultura. Tornou-se personagem pública, uma celebridade reforçada pelos papéis em telenovelas, mas se manteve inquieto, aberto, como diretor e ator. Para ficar num só exemplo, foi este Abujamra que, desviando-se da própria trajetória, se revelou fundamental à dramaturgia dos anos 1970, de Antônio Bivar, Leilah Assumpção, José Vicente.
ilustrada
Excessos de Antônio Abujamra não esconderam diretor singularNa abertura da Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, há dois meses, a organização saudou a presença de outros venerandos diretores, mas não Antônio Abujamra, morto na última terça (28). Foi uma descortesia, indicativa dos obstáculos que o grande encenador enfrentou desde a sua estreia no teatro profissional, em 1961. Ele começou no palco amador gaúcho, ainda nos anos 50. Na virada para a década seguinte, conheceu na Europa o legado de Bertolt Brecht (1898-1956) via a companhia Berliner Ensemble (fundada pelo dramaturgo alemão) e seguidores franceses. E foi na volta que dirigiu no Teatro Oficina, do diretor Zé Celso, uma peça de outro grande diretor, Augusto Boal, do Teatro de Arena, "José, do Parto à Sepultura". ABUJAMRA Formou então seu próprio grupo, Decisão, de montagens significativas nos anos 1960, mas que sempre teria produção ofuscada pelos anteriores e mais festejados Arena e Oficina. Abujamra foi único. Apesar de comandar aquele e outros grupos, como mais recentemente Os Fodidos Privilegiados, sempre se caracterizou pela voz singular, identificável em todos os espetáculos. Seu teatro carregava as marcas brechtianas de origem, mas a abordagem derrisória que empregava para a sociedade e a política era muito própria, pessoal até. Havia um excesso em seus espetáculos, com energia além da conta, dos grandes elencos aos extremos de grosseria no humor. "Nostradamus" (1987) foi uma superprodução que sufocou qualquer viés político então buscado. "Um Certo Hamlet", de 1991, adaptação só com mulheres, virou uma comédia rasgada, grotesca. Também suas versões para Nelson Rodrigues, como "O Casamento" (1997), escancararam descontroladamente o humor, no caso, com uma apoteose circense de 25 atores. "O Inspetor Geral", de 1994, também era assim, mais Abujamra que Gógol. Como nas demais a que foi possível assistir, sempre parecia haver mais dele que do autor eventual. Com alguma edição, poderiam ter sido encenações menos controversas, de presença mais definitiva na história do teatro. Mas então não seria Abujamra. Nas últimas três décadas, no palco, o diretor se descobriu ator, mas era o mesmo Abujamra derrisório, abusado, tantas vezes ofensivo. Desenvolveu uma vertente cômico-confessional, que começou em "Da Gaivota" (1998), passou pelo monólogo "O Veneno do Teatro" (1998) e foi terminar no programa "Provocações" (a partir de 2000), da TV Cultura. Tornou-se personagem pública, uma celebridade reforçada pelos papéis em telenovelas, mas se manteve inquieto, aberto, como diretor e ator. Para ficar num só exemplo, foi este Abujamra que, desviando-se da própria trajetória, se revelou fundamental à dramaturgia dos anos 1970, de Antônio Bivar, Leilah Assumpção, José Vicente.
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Se Tasso não se afastar da presidência do PSDB podemos implodir, diz tucano
"Não vejo como Tasso Jereissati (PSDB-CE) permanecer na presidência do partido e nós ficarmos no governo. Ou ele se afasta, o que seria um gesto de grandeza de quem percebeu que está em conflito com a visão majoritária, ou podemos caminhar para uma implosão." O diagnóstico é do deputado federal Marcus Pestana (MG), fundador do PSDB e, agora, espécie de porta-voz informal da ala da sigla que defende o apoio ao presidente Michel Temer. Aliado de Aécio Neves (PSDB-MG), Pestana diz que erra quem encara a divisão do PSDB como uma disputa entre o senador mineiro e o cearense. "A divergência é real e natural em qualquer partido, mas tem que haver unidade de ação. E isso é conquistado com habilidade, respeito ao divergente. O Tasso é uma pessoa querida e admirada, mas ninguém esperava que nessa presidência interina ele fosse agir contra a posição majoritária", diz. Pestana afirma que o presidente interino da legenda tem imposto aos quatro nomes do PSDB que ocupam ministérios no governo uma situação constrangedora. Ele afirma ainda que o cearense desrespeita entendimentos firmados em várias instâncias e avisa que, se Tasso permanecer no comando da legenda, há o risco de uma debandada. Leia abaixo os principais trechos da conversa. Divisão O fato é que agora se cristalizaram dois lados. Ficou insustentável. Sou fundador e estou no PSDB desde 1988. Este é sem dúvida o momento mais grave, com riscos reais de uma implosão. Se o futuro nos une, o presente nos divide. Houve uma divisão profunda em torno da participação no governo pós-impeachment e em relação à própria denúncia da PGR contra o presidente Temer. A divergência é real e natural em qualquer partido, mas tem que ter unidade de ação. O Tasso é uma pessoa querida e admirada, mas ninguém esperava que nessa presidência interina ele fosse agir como porta-voz de uma corrente contra a posição majoritária. Sucessivas vezes ele usou a presidência interina para confrontar o posicionamento da maioria. O papel dele deveria ser o de um algodão entre cristais. Dialogar com todos e respeitar as decisões, mas não foi isso o que ele fez. Ala fisiológica Isso é um absurdo. O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que chegou anteontem ao partido não conhece bem a história pessoal e coletiva dos quadros do PSDB, vem dizer que somos governistas? Veja se Aloysio [Nunes, ministro das Relações Exteriores], Bruno [Araújo, ministro das Cidades] e Imbassahy [secretário de Governo] são apegados a cargos? Eu tenho uma história como tantos outros. Tasso apostou numa perspectiva que é divisionista, não na construção mirando o futuro. Nesse cenário, ou ele abre mão da presidência e aí prevalece a visão da maioria ou teremos uma implosão. Até para ele ter liberdade de defender suas ideias e convicções, poderia passar o comando do partido para outro vice-presidente que colasse os cacos, que produzisse um processo de construção de consensos. Não vejo como o Tasso ficar e nós ficarmos no governo. Ou ele se afasta –e seria um gesto de grandeza dele, percebendo que ele está em conflito com a visão majoritária– ou se ele ficar podemos caminhar para uma implosão partidária. Ele tensionou demais. O nosso líder [Ricardo Tripoli] passou semanas vendendo para a imprensa que seriam 30 votos a favor da denúncia. Eles perderam por 22 a 21. Chamaram reunião da executiva ampliada. Decidiu-se pela aposta na estabilidade, de olho na aprovação das reformas, das medidas que o país precisa para superar a crise. Esse foi o entendimento da maioria. A unidade tem que ser construída. Ela não é feita com a imposição de uma visão de um presidente, por decreto. Proteger o Aécio Essa versão é mais uma caricatura que ofende a posição majoritária e é esse desrespeito que está nos levando a esse impasse. Passar para as pessoas que nós, com a nossa história, somos fisiológicos, apegados ao poder... Eu era líder do governo em Juiz de Fora e renunciei para fundar o PSDB. Não tenho apego ao poder. Não é um confronto entre Tasso e Aécio, que, aliás, tem sido correto com o Tasso. Eles acertaram essa presidência de transição, deveria ser um momento de baixar a poeira e construir uma unidade real, não retórica. Debandada Nunca houve esse clima no PSDB. Em 29 anos. Eu torço e vou trabalhar para que não haja debandada, mas realmente a ala majoritária tem sido muito mais discreta. O problema é que os porta-vozes que têm vindo à público têm propugnado posições que não refletem a maioria. Vou trabalhar pela unidade. Tenho um vínculo afetivo e estou extremamente constrangido e triste com a nossa situação. Mas não pode a direção do partido hostilizar ministros, a posição majoritária das bancadas. Não será o senador Ferraço, um neotucano, que vai me dizer como defender a história, a memória, a coerência do PSDB. A ameaça de fratura é real, para um lado e para o outro. Tenho 29 anos de partido, mas o partido é ferramenta, não é fim em si mesmo. Se não serve mais para o que se acredita, não se tem que ter apego, como se ele fosse uma instituição imune. Espero que Aloysio, Marconi, Alckmin, Serra, Paulo Bauer e Tripoli sejam iluminados e dialoguem. FHC O presidente Fernando Henrique está em outra esfera. Ele tem tido uma postura de conselheiro da República, colocando sua bagagem a serviço do país, mas em um outro plano. Temos que buscar as coisas que nos unem. A figura de FHC nos une. Acredito que se houver um debate ele vai enxergar várias incongruências e equívocos nessa estratégia de comunicação [o programa nacional da TV, que criticou o 'presidencialismo de cooptação']. Para não ser igual a eles, quero deixar claro que respeito o diagnóstico e as formulações dessa corrente [que defende a ruptura com Temer]. É legítima a divergência. Dela se faz discussão, debate, formação de maioria e deliberação. A partir daí, todo mundo caminha unido. O partido não pode ser usado para constranger e depreciar. A divergência, quando tratada de maneira irresponsável, ela imobiliza. Em vez de discutir reformas, retomada do crescimento, gastamos nossa preciosa e qualificada energia num embate interno cheio de irracionalidade e com potencial explosivo.
poder
Se Tasso não se afastar da presidência do PSDB podemos implodir, diz tucano"Não vejo como Tasso Jereissati (PSDB-CE) permanecer na presidência do partido e nós ficarmos no governo. Ou ele se afasta, o que seria um gesto de grandeza de quem percebeu que está em conflito com a visão majoritária, ou podemos caminhar para uma implosão." O diagnóstico é do deputado federal Marcus Pestana (MG), fundador do PSDB e, agora, espécie de porta-voz informal da ala da sigla que defende o apoio ao presidente Michel Temer. Aliado de Aécio Neves (PSDB-MG), Pestana diz que erra quem encara a divisão do PSDB como uma disputa entre o senador mineiro e o cearense. "A divergência é real e natural em qualquer partido, mas tem que haver unidade de ação. E isso é conquistado com habilidade, respeito ao divergente. O Tasso é uma pessoa querida e admirada, mas ninguém esperava que nessa presidência interina ele fosse agir contra a posição majoritária", diz. Pestana afirma que o presidente interino da legenda tem imposto aos quatro nomes do PSDB que ocupam ministérios no governo uma situação constrangedora. Ele afirma ainda que o cearense desrespeita entendimentos firmados em várias instâncias e avisa que, se Tasso permanecer no comando da legenda, há o risco de uma debandada. Leia abaixo os principais trechos da conversa. Divisão O fato é que agora se cristalizaram dois lados. Ficou insustentável. Sou fundador e estou no PSDB desde 1988. Este é sem dúvida o momento mais grave, com riscos reais de uma implosão. Se o futuro nos une, o presente nos divide. Houve uma divisão profunda em torno da participação no governo pós-impeachment e em relação à própria denúncia da PGR contra o presidente Temer. A divergência é real e natural em qualquer partido, mas tem que ter unidade de ação. O Tasso é uma pessoa querida e admirada, mas ninguém esperava que nessa presidência interina ele fosse agir como porta-voz de uma corrente contra a posição majoritária. Sucessivas vezes ele usou a presidência interina para confrontar o posicionamento da maioria. O papel dele deveria ser o de um algodão entre cristais. Dialogar com todos e respeitar as decisões, mas não foi isso o que ele fez. Ala fisiológica Isso é um absurdo. O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que chegou anteontem ao partido não conhece bem a história pessoal e coletiva dos quadros do PSDB, vem dizer que somos governistas? Veja se Aloysio [Nunes, ministro das Relações Exteriores], Bruno [Araújo, ministro das Cidades] e Imbassahy [secretário de Governo] são apegados a cargos? Eu tenho uma história como tantos outros. Tasso apostou numa perspectiva que é divisionista, não na construção mirando o futuro. Nesse cenário, ou ele abre mão da presidência e aí prevalece a visão da maioria ou teremos uma implosão. Até para ele ter liberdade de defender suas ideias e convicções, poderia passar o comando do partido para outro vice-presidente que colasse os cacos, que produzisse um processo de construção de consensos. Não vejo como o Tasso ficar e nós ficarmos no governo. Ou ele se afasta –e seria um gesto de grandeza dele, percebendo que ele está em conflito com a visão majoritária– ou se ele ficar podemos caminhar para uma implosão partidária. Ele tensionou demais. O nosso líder [Ricardo Tripoli] passou semanas vendendo para a imprensa que seriam 30 votos a favor da denúncia. Eles perderam por 22 a 21. Chamaram reunião da executiva ampliada. Decidiu-se pela aposta na estabilidade, de olho na aprovação das reformas, das medidas que o país precisa para superar a crise. Esse foi o entendimento da maioria. A unidade tem que ser construída. Ela não é feita com a imposição de uma visão de um presidente, por decreto. Proteger o Aécio Essa versão é mais uma caricatura que ofende a posição majoritária e é esse desrespeito que está nos levando a esse impasse. Passar para as pessoas que nós, com a nossa história, somos fisiológicos, apegados ao poder... Eu era líder do governo em Juiz de Fora e renunciei para fundar o PSDB. Não tenho apego ao poder. Não é um confronto entre Tasso e Aécio, que, aliás, tem sido correto com o Tasso. Eles acertaram essa presidência de transição, deveria ser um momento de baixar a poeira e construir uma unidade real, não retórica. Debandada Nunca houve esse clima no PSDB. Em 29 anos. Eu torço e vou trabalhar para que não haja debandada, mas realmente a ala majoritária tem sido muito mais discreta. O problema é que os porta-vozes que têm vindo à público têm propugnado posições que não refletem a maioria. Vou trabalhar pela unidade. Tenho um vínculo afetivo e estou extremamente constrangido e triste com a nossa situação. Mas não pode a direção do partido hostilizar ministros, a posição majoritária das bancadas. Não será o senador Ferraço, um neotucano, que vai me dizer como defender a história, a memória, a coerência do PSDB. A ameaça de fratura é real, para um lado e para o outro. Tenho 29 anos de partido, mas o partido é ferramenta, não é fim em si mesmo. Se não serve mais para o que se acredita, não se tem que ter apego, como se ele fosse uma instituição imune. Espero que Aloysio, Marconi, Alckmin, Serra, Paulo Bauer e Tripoli sejam iluminados e dialoguem. FHC O presidente Fernando Henrique está em outra esfera. Ele tem tido uma postura de conselheiro da República, colocando sua bagagem a serviço do país, mas em um outro plano. Temos que buscar as coisas que nos unem. A figura de FHC nos une. Acredito que se houver um debate ele vai enxergar várias incongruências e equívocos nessa estratégia de comunicação [o programa nacional da TV, que criticou o 'presidencialismo de cooptação']. Para não ser igual a eles, quero deixar claro que respeito o diagnóstico e as formulações dessa corrente [que defende a ruptura com Temer]. É legítima a divergência. Dela se faz discussão, debate, formação de maioria e deliberação. A partir daí, todo mundo caminha unido. O partido não pode ser usado para constranger e depreciar. A divergência, quando tratada de maneira irresponsável, ela imobiliza. Em vez de discutir reformas, retomada do crescimento, gastamos nossa preciosa e qualificada energia num embate interno cheio de irracionalidade e com potencial explosivo.
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PM mata publicitária com tiro na cabeça na zona leste de São Paulo
Um soldado da Polícia Militar de São Paulo foi preso em flagrante neste domingo (12) após matar com um tiro na cabeça a publicitária Maria Cláudia Pedace, 33 anos. O caso ocorreu após uma confusão em um posto de combustíveis na Vila Ré, zona leste da cidade. A vítima foi morta na frente do namorado e da filha, de 2 anos. Segundo a Polícia Civil, o caso ocorreu no início da madrugada de domingo. O namorado, que dirigia o carro no qual se encontravam Maria Cláudia e a criança, passou por cima do pé de uma mulher que estava em um posto de combustível, na rua Itinguçu. De acordo com a polícia, após o acidente, essa mulher chamou os amigos, incluindo o PM de folga, que também estava no local. Segundo testemunhas, o soldado, que não teve o nome divulgado, pediu para que o namorado de Maria Cláudia parasse o carro. O motorista não atendeu o pedido e saiu do posto. Foi então que o PM efetuou o disparo, segundo a polícia. Após atingir a mulher na cabeça, o policial fugiu. Depois de algum tempo, apresentou-se no batalhão onde trabalha e foi preso. Ontem à tarde, o PM foi levado para o presídio militar Romão Gomes, no Tremembé, na zona norte. O PM é acusado de homicídio doloso (com intenção de matar). Segundo a Polícia Civil, ele se negou a prestar depoimento. A PM informou que o caso será investigado pela Corregedoria e que o suspeito pode ser expulso. A mulher que teve o pé atingido pelo carro sofreu ferimentos leves. Ela disse à polícia que o namorado de Maria Cláudia tentou atropelar as pessoas que estavam no posto de combustíveis, entre elas o policial. No entanto, um motorista do Uber que passava pelo local no momento do caso relatou à polícia uma versão diferente do ocorrido. Ele afirma que o namorado de Maria Cláudia não tentou atropelar as pessoas e que apenas tentava deixar o posto com a namorada e a filha dela. O homem estaria sendo perseguido por um grupo de pessoas. O casal namorava havia poucas semanas. Na última quinta (9), outro caso envolvendo um policial causou a morte do vendedor ambulante João Joaquim de Souza, 54, na Barra Funda. O policial atirou enquanto perseguia um suspeito de roubo. O disparo acertou o peito de Souza. Neste caso, o policial prestou depoimento e foi liberado em seguida.
cotidiano
PM mata publicitária com tiro na cabeça na zona leste de São PauloUm soldado da Polícia Militar de São Paulo foi preso em flagrante neste domingo (12) após matar com um tiro na cabeça a publicitária Maria Cláudia Pedace, 33 anos. O caso ocorreu após uma confusão em um posto de combustíveis na Vila Ré, zona leste da cidade. A vítima foi morta na frente do namorado e da filha, de 2 anos. Segundo a Polícia Civil, o caso ocorreu no início da madrugada de domingo. O namorado, que dirigia o carro no qual se encontravam Maria Cláudia e a criança, passou por cima do pé de uma mulher que estava em um posto de combustível, na rua Itinguçu. De acordo com a polícia, após o acidente, essa mulher chamou os amigos, incluindo o PM de folga, que também estava no local. Segundo testemunhas, o soldado, que não teve o nome divulgado, pediu para que o namorado de Maria Cláudia parasse o carro. O motorista não atendeu o pedido e saiu do posto. Foi então que o PM efetuou o disparo, segundo a polícia. Após atingir a mulher na cabeça, o policial fugiu. Depois de algum tempo, apresentou-se no batalhão onde trabalha e foi preso. Ontem à tarde, o PM foi levado para o presídio militar Romão Gomes, no Tremembé, na zona norte. O PM é acusado de homicídio doloso (com intenção de matar). Segundo a Polícia Civil, ele se negou a prestar depoimento. A PM informou que o caso será investigado pela Corregedoria e que o suspeito pode ser expulso. A mulher que teve o pé atingido pelo carro sofreu ferimentos leves. Ela disse à polícia que o namorado de Maria Cláudia tentou atropelar as pessoas que estavam no posto de combustíveis, entre elas o policial. No entanto, um motorista do Uber que passava pelo local no momento do caso relatou à polícia uma versão diferente do ocorrido. Ele afirma que o namorado de Maria Cláudia não tentou atropelar as pessoas e que apenas tentava deixar o posto com a namorada e a filha dela. O homem estaria sendo perseguido por um grupo de pessoas. O casal namorava havia poucas semanas. Na última quinta (9), outro caso envolvendo um policial causou a morte do vendedor ambulante João Joaquim de Souza, 54, na Barra Funda. O policial atirou enquanto perseguia um suspeito de roubo. O disparo acertou o peito de Souza. Neste caso, o policial prestou depoimento e foi liberado em seguida.
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Tailândia celebra 88 anos de monarca com reinado mais longevo do mundo
As principais cidades da Tailândia ganharam tons de amarelo neste sábado (5) para celebrar os 88 anos do rei Bhumibol Adulyadej, o monarca com o reinado mais longevo do mundo. Os tailandeses levaram às ruas fotos antigas de Adulyadej, que está internado em um hospital e longe dos olhares públicos há três meses. A celebração não teve sua presença. Em sua última aparição, em 1º de setembro, o rei Adulyadej parecia frágil ao fazer um breve tour fora do Hospital Siriraj, em Bancoc, onde passou a maior parte dos últimos seis anos. Sua mais recente doença diagnosticada foi uma infecção no pulmão, que exigiu que ele respirasse com ajuda de aparelhos. Muitas atividades públicas foram programadas para este sábado, mas a celebração não teve o peso daquelas do passado, antes da piora de seu estado de saúde, quando o rei fazia seu aguardado discurso anual à nação. Uma das maiores concentrações neste ano foi do lado de fora do hospital onde o rei está internado. Tailandeses rezaram por sua melhora. O apoio à monarquia é alto na Tailândia, mas há dúvidas de que a devoção a Adulyadej será transferida com o mesmo peso ao seu filho e aparente herdeiro, o príncipe Vajiralongkorn, 63.
mundo
Tailândia celebra 88 anos de monarca com reinado mais longevo do mundoAs principais cidades da Tailândia ganharam tons de amarelo neste sábado (5) para celebrar os 88 anos do rei Bhumibol Adulyadej, o monarca com o reinado mais longevo do mundo. Os tailandeses levaram às ruas fotos antigas de Adulyadej, que está internado em um hospital e longe dos olhares públicos há três meses. A celebração não teve sua presença. Em sua última aparição, em 1º de setembro, o rei Adulyadej parecia frágil ao fazer um breve tour fora do Hospital Siriraj, em Bancoc, onde passou a maior parte dos últimos seis anos. Sua mais recente doença diagnosticada foi uma infecção no pulmão, que exigiu que ele respirasse com ajuda de aparelhos. Muitas atividades públicas foram programadas para este sábado, mas a celebração não teve o peso daquelas do passado, antes da piora de seu estado de saúde, quando o rei fazia seu aguardado discurso anual à nação. Uma das maiores concentrações neste ano foi do lado de fora do hospital onde o rei está internado. Tailandeses rezaram por sua melhora. O apoio à monarquia é alto na Tailândia, mas há dúvidas de que a devoção a Adulyadej será transferida com o mesmo peso ao seu filho e aparente herdeiro, o príncipe Vajiralongkorn, 63.
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COP22 pede 'compromisso político máximo' contra mudanças climáticas
A comunidade internacional pediu nesta quinta-feira um "compromisso político máximo" contra o aquecimento global, em um documento divulgado na véspera do encerramento da Conferência do Clima da ONU em Marrakech (COP22), marcada pela eleição do cético das mudanças climáticas Donald Trump para a Casa Branca. "Nós, chefes de Estado, de governo, e delegações reunidas em Marrakech [...] apelamos ao compromisso político máximo para lutar contra as mudanças climáticas, uma prioridade urgente", declararam os 196 países presentes na reunião. O impulso contra as mudanças climáticas é "irreversível" após o Acordo de Paris de 2015, afirmaram os governantes e ministros que assinam o documento, intitulado "Proclamação de Marrakech". As mudanças climáticas, um fenômeno de consequências imprevisíveis para a natureza e os humanos, são consideradas um "mito" por Trump, que durante a campanha à Presidência dos Estados Unidos disse que estava disposto a retirar o país do Acordo de Paris. O Acordo entrou em vigor há pouco mais de um mês, após a ratificação dos grandes emissores de gases de efeito estufa, entre eles os dois maiores responsáveis: Estados Unidos e China. A ameaça de retirada dos Estados Unidos agitou as negociações em Marrakech. Se o país optar por abandonar o pacto histórico, este processo levaria cerca de três anos para ser concluído. Os países compareceram à cidade marroquina decididos a dar início à trabalhosa implementação do Acordo, que deve começar a ser aplicado a partir de 2020. Os governos, os cientistas e as empresas precisam de um "manual de instruções" do Acordo de Paris para planejar a urgente luta contra o aquecimento do planeta que, segundo os especialistas, não deve ultrapassar o limite de +2ºC, caso contrário, as consequências seriam dramáticas. "Este ano presenciamos um impulso extraordinário contra as mudanças climáticas no mundo todo. Esse impulso é irreversível", insistiram os negociadores. A COP22 terminará na sexta-feira, após cerca de duas semanas de negociações para começar a delinear o conteúdo da ajuda financeira e da transferência de tecnologia aos países menos desenvolvidos, do controle mútuo das emissões e das políticas ambientais. "Pedimos uma solidariedade clara com os países mais vulneráveis ao impacto das mudanças climáticas", acrescentaram. Os países ricos reafirmaram seu compromisso com a ajuda financeira de 100 bilhões de dólares anuais para os países pobres, em fundos públicos e privados, a partir de 2020. TERREMOTO NAS NEGOCIAÇÕES A saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris provocaria um terremoto nas já complicadas negociações sobre o clima. A comunidade internacional trabalhou durante mais de uma década para chegar ao pacto histórico. A medida não seria, porém, sem precedentes. O Protocolo de Quioto de luta contra as mudanças climáticas, que entrou em vigor em 2005, nunca foi ratificado por Washington, sob a presidência de outro republicano, George W. Bush. Os Estados Unidos tinham prometido, por outro lado, três bilhões de dólares para o Fundo Verde para ajudar projetos ambientais em países em desenvolvimento ou pobres. Até o momento, só repassou US$ 500 milhões, e uma retirada também seria um duro golpe para esses investimentos. O orçamento da própria Convenção da ONU sobre as mudanças climáticas, que organiza as conferências das partes signatárias dos tratados (COP), depende parcialmente de Washington. Trump não se expressou publicamente desde sua eleição sobre a questão climática. Meios de comunicação americanos e ativistas apontam, porém, que Trump nomeou Myron Ebell, um conhecido cético do aquecimento global, para dirigir a Agência de Proteção do Meio Ambiente (EPA). Os céticos das mudanças climáticas consideram que o aquecimento do planeta não é tão grave como apontam os cientistas, que pode se tratar de uma fase como as que o planeta já experimentou em épocas passadas, e que, de qualquer forma, os avanços tecnológicos poderão resolver o desafio. Os presentes na COP de Marrakesh consideram o impulso político imprescindível. "Em termos da vontade de avançar dos países", as eleições americanas "na realidade representaram um catalizador", avaliou o americano Alden Meyer, da União de cientistas preocupados. "Os países, um após o outro, disseram que têm a intenção de ficar no Acordo de Paris independente do que façam os Estados Unidos", acrescentou. Os defensores da luta contra as mudanças climáticas expressam também a esperança de que o novo governo republicano se dê conta das oportunidades de negócio do Acordo de Paris. "Não pode haver volta atrás nos compromissos dos países desenvolvidos e não se pode tentar renegociar os termos do Acordo alcançado em Paris. Cada parte deverá assumir suas responsabilidades", advertiram em um comunicado conjunto Brasil, China, Índia e África do Sul.
ambiente
COP22 pede 'compromisso político máximo' contra mudanças climáticasA comunidade internacional pediu nesta quinta-feira um "compromisso político máximo" contra o aquecimento global, em um documento divulgado na véspera do encerramento da Conferência do Clima da ONU em Marrakech (COP22), marcada pela eleição do cético das mudanças climáticas Donald Trump para a Casa Branca. "Nós, chefes de Estado, de governo, e delegações reunidas em Marrakech [...] apelamos ao compromisso político máximo para lutar contra as mudanças climáticas, uma prioridade urgente", declararam os 196 países presentes na reunião. O impulso contra as mudanças climáticas é "irreversível" após o Acordo de Paris de 2015, afirmaram os governantes e ministros que assinam o documento, intitulado "Proclamação de Marrakech". As mudanças climáticas, um fenômeno de consequências imprevisíveis para a natureza e os humanos, são consideradas um "mito" por Trump, que durante a campanha à Presidência dos Estados Unidos disse que estava disposto a retirar o país do Acordo de Paris. O Acordo entrou em vigor há pouco mais de um mês, após a ratificação dos grandes emissores de gases de efeito estufa, entre eles os dois maiores responsáveis: Estados Unidos e China. A ameaça de retirada dos Estados Unidos agitou as negociações em Marrakech. Se o país optar por abandonar o pacto histórico, este processo levaria cerca de três anos para ser concluído. Os países compareceram à cidade marroquina decididos a dar início à trabalhosa implementação do Acordo, que deve começar a ser aplicado a partir de 2020. Os governos, os cientistas e as empresas precisam de um "manual de instruções" do Acordo de Paris para planejar a urgente luta contra o aquecimento do planeta que, segundo os especialistas, não deve ultrapassar o limite de +2ºC, caso contrário, as consequências seriam dramáticas. "Este ano presenciamos um impulso extraordinário contra as mudanças climáticas no mundo todo. Esse impulso é irreversível", insistiram os negociadores. A COP22 terminará na sexta-feira, após cerca de duas semanas de negociações para começar a delinear o conteúdo da ajuda financeira e da transferência de tecnologia aos países menos desenvolvidos, do controle mútuo das emissões e das políticas ambientais. "Pedimos uma solidariedade clara com os países mais vulneráveis ao impacto das mudanças climáticas", acrescentaram. Os países ricos reafirmaram seu compromisso com a ajuda financeira de 100 bilhões de dólares anuais para os países pobres, em fundos públicos e privados, a partir de 2020. TERREMOTO NAS NEGOCIAÇÕES A saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris provocaria um terremoto nas já complicadas negociações sobre o clima. A comunidade internacional trabalhou durante mais de uma década para chegar ao pacto histórico. A medida não seria, porém, sem precedentes. O Protocolo de Quioto de luta contra as mudanças climáticas, que entrou em vigor em 2005, nunca foi ratificado por Washington, sob a presidência de outro republicano, George W. Bush. Os Estados Unidos tinham prometido, por outro lado, três bilhões de dólares para o Fundo Verde para ajudar projetos ambientais em países em desenvolvimento ou pobres. Até o momento, só repassou US$ 500 milhões, e uma retirada também seria um duro golpe para esses investimentos. O orçamento da própria Convenção da ONU sobre as mudanças climáticas, que organiza as conferências das partes signatárias dos tratados (COP), depende parcialmente de Washington. Trump não se expressou publicamente desde sua eleição sobre a questão climática. Meios de comunicação americanos e ativistas apontam, porém, que Trump nomeou Myron Ebell, um conhecido cético do aquecimento global, para dirigir a Agência de Proteção do Meio Ambiente (EPA). Os céticos das mudanças climáticas consideram que o aquecimento do planeta não é tão grave como apontam os cientistas, que pode se tratar de uma fase como as que o planeta já experimentou em épocas passadas, e que, de qualquer forma, os avanços tecnológicos poderão resolver o desafio. Os presentes na COP de Marrakesh consideram o impulso político imprescindível. "Em termos da vontade de avançar dos países", as eleições americanas "na realidade representaram um catalizador", avaliou o americano Alden Meyer, da União de cientistas preocupados. "Os países, um após o outro, disseram que têm a intenção de ficar no Acordo de Paris independente do que façam os Estados Unidos", acrescentou. Os defensores da luta contra as mudanças climáticas expressam também a esperança de que o novo governo republicano se dê conta das oportunidades de negócio do Acordo de Paris. "Não pode haver volta atrás nos compromissos dos países desenvolvidos e não se pode tentar renegociar os termos do Acordo alcançado em Paris. Cada parte deverá assumir suas responsabilidades", advertiram em um comunicado conjunto Brasil, China, Índia e África do Sul.
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Acusação de desvio de dinheiro gera crise na cúpula do Corinthians
Um ex-gerente das categorias de base do Corinthians e um conselheiro são acusados de desviar dinheiro do clube em negociações envolvendo jogadores. Fábio Barrozo, que se demitiu em 13 de abril, e Manoel Ramos Evangelista, que carrega o apelido de Mané da Carne, são os pivôs de um problema que já virou crise dentro do Parque São Jorge. Ambos são conhecidos pela estreita relação que mantêm com o ex-presidente e superintendente de futebol, Andrés Sanchez. A história começou no ano passado e chegou ao presidente Roberto de Andrade há cerca de 15 dias, o que provocou o pedido de demissão de Barrozo. A diretoria alvinegra, por meio do departamento jurídico, confirma o episódio, mas diz que é vítima de toda a situação, que não sabia e que não autorizou as ações da dupla. O valor envolvido nas negociações é de US$ 110 mil. Procurado, Barrozo nega que tenha recebido dinheiro por fora e nega que tenha agido de forma inadequada na situação. Nega ainda que tenha pedido demissão por esse motivo. Mané da Carne não atendeu às ligações da reportagem. Trocas de mensagens mostradas ao presidente corintiano ajudam a explicar parte do imbróglio. A Folha também teve acesso às conversas. Algumas seguem uma ordem cronológica, outras estão embaralhadas. Todas, porém, revelam algo. Há pedidos por parte de Barrozo para que os assuntos não sejam repassados a pessoas próximas de Roberto de Andrade. Barrozo, ex-gerente da base, e Mané da Carne, conselheiro, são acusados de ter enganado um empresário que mora nos Estados Unidos chamado Helmut Niki Apaza ao venderem duas coisas: uma carta que dava o direito de Apaza representar o clube brasileiro em negociações nos EUA e uma porcentagem de um jogador da base (Alyson José da Motta). Nenhuma das duas coisas, porém, tinha validade, o que fez o empresário acionar o alvinegro para ser reembolsado. Segundo a versão do Corinthians, foi assim que a diretoria tomou conhecimento do caso. Veja a galeria abaixo com as conversas e desça até o fim da página para saber quem é quem nas reproduções de mensagens. A Folha tentou falar com Niki, mas não conseguiu resposta. Nenhum contato de Julio foi encontrado. Onofre Almeida, diretor das categorias de base, que também é citado nas mensagens, não quis falar com a reportagem. A PORCENTAGEM DO JOGADOR Alyson José da Motta completa neste domingo, dia 1º de maio, 16 anos. É com essa idade que um jogador pode, enfim, formalizar um contrato profissional com seu clube. Mesmo assim, revelam as trocas de mensagem, Barrozo negociou com Niki 20% dos direitos do atleta. Ou seja, a negociação foi em cima de algo que ainda nem existe. Esse seria o primeiro motivo para a venda não prosperar. O segundo é que, desde maio de 2015, a Fifa não permite mais que os atletas tenham seus direitos fatiados entre empresas. Portanto, havia dois problemas na transação, deixando-a praticamente nula. O ex-gerente da base argumenta em sua defesa que, embora o contrato não existisse ainda, havia um acordo de cavalheiros, o que é comum no futebol, e que o pagamento se dá, na verdade, no momento em que o jogador é revendido para outro time. Segundo seu argumento, quando Alyson fosse vendido para alguma equipe, se tivesse de fato um contrato com o Corinthians e mais de 16 anos, 20% do valor recebido seria repassado ao tal investidor. Barrozo explica também que aqueles 20% dos direitos econômicos de Alyson pertenciam ao empresário do jovem, com nome de Julio, como aparece nas conversas e que ele, Julio, quis se desfazer da parte que tinha, vendendo para Niki Apaza. O ex-gerente da base afirma que embora apareça nas mensagens, só estava ficando a par das negociações, para colocar o que havia sido decidido nos contratos que seriam assinados aos 16 anos. As conversas às quais a Folha teve acesso, porém, dão a entender que o desenrolar da venda foi feito sem o conhecimento de Julio e sem conhecimento de parte da diretoria alvinegra. "Da mesma maneira que você confiou em nós, nós confiamos em você. Você falou que nunca falou nada a respeito dos valores do Alyson para o Julio e nós acreditamos em você. Agora o Julio está falando que você disse pra ele que pagou US$ 60 mil pra mim e para o seu Mané. E que além disso, pagou US$ 50 mil por uma autorização. E que se não fizermos o que ele quer a respeito do Alyson, ele vai falar com o presidente do nosso clube. Eu não acredito que você falou isso para ele. Você acha isso certo?", escreveu Barrozo para Niki. Em outro momento, o ex-gerente pede sigilo sobre as negociações. "Não comente nada da compra do Alyson na frente do vice-presidente. Isso é só entre nós e seu Mané". Niki logo responde: "Kkkk. Eu sei. Não se preocupa". Foi decidido que o acerto do empresário, em tese com o clube, seria feito em três vezes: em novembro e dezembro do ano passado e em janeiro deste ano. Algumas das mensagens mostram que pagamentos já tinham sido realizados, por exemplo, quando Niki diz que "não se preocupe com dinheiro que investi" e quando escreve que "vou pagar o que estou devendo"; ou quando Barrozo manda "pode pagar a última parcela para ele [pessoa não identificada]". Barrozo afirma que o pedido de segredo das negociações não era por motivo de "coisa errada", mas simplesmente porque nem todos precisam ficar sabendo das negociações que acontecem em cada categoria. Ele argumenta que, quando um jogador é contratado para o profissional, o assunto não é tratado com toda a diretoria e demais funcionários. A CARTA DE REPRESENTAÇÃO Com uma carta em mãos, de papel timbrado do Corinthians, Helmut Niki Apaza percorria os Estados Unidos tentando negociar jogadores. O problema, porém, é que os times norte-americanos não colocaram fé no documento apresentado pelo empresário, por não ter a assinatura do presidente Roberto de Andrade. Em uma troca de mensagens, Niki conta a Barrozo a dificuldade que está enfrentando e pede providências. Em resposta, o dirigente corintiano explica que os interessados nos EUA devem procurar a ele ou ao Onofre Almeida, diretor da base, e que só eles dois podem confirmar a veracidade do papel. "Não temos culpa se o pessoal aí procurou as pessoas erradas. Façam eles entrarem em contato conosco que confirmaremos." A BRIGA COM O "VICE" Não fica claro nas trocas de mensagens o motivo pelo qual o vice, que é Jorge Kalil, não poderia saber das negociações em andamento. O que se sabe é que há algumas semanas ele e Mané da Carne tiveram uma grande discussão, confirmada por Barrozo. Aos berros, eles se enfrentaram. De acordo com testemunhas, Kalil chamou o conselheiro de ladrão por mais de três vezes. A diretoria do Corinthians disse à Folha que Mané da Carne, que acompanhava praticamente todas as viagens da delegação, já não embarcou com o time na última excursão e não deve ir mais, por tempo indeterminado. Kalil foi procurado, mas disse que não falaria com a reportagem sobre o tema. O QUE MAIS DIZ BARROZO O ex-gerente das categorias de base do Corinthians atendeu à reportagem por cerca de 40 minutos por telefone. Respondeu a todas as perguntas que foram feitas. Ele se defende de todas as acusações, embora confirme a veracidade das trocas de mensagens. Segundo Barrozo, o dinheiro envolvido se refere à negociação entre Julio e Niki e que jamais vendeu a carta de representação. Ele afirma que os US$ 50 mil citados sobre esse assunto eram, na verdade, a soma dos gastos na viagem que fizera: alguns dias em Miami para todos os acertos, com alimentação e hospedagem pagos. Diz que jamais atenderia à imprensa se tivesse feito algo de errado e alega ter saído do Parque São Jorge com uma "carta de referência", na qual "nada consta que desabone sua conduta pessoal ou profissional". A palavra oficial do Corinthians sobre isso é que a área de Recursos Humanos deu essa carta, sem consultar nenhum departamento do clube. Barrozo afirma estar sendo vítima de vazamentos que tentam prejudicar sua imagem e sua postura. O QUE MAIS DIZ O CLUBE Em conversa por telefone, Rogério Mollica, diretor jurídico do Corinthians, afirmou à Folha que assim que tomou conhecimento, o presidente Roberto de Andrade lhe pediu que tomasse providências. Segundo Mollica, Barrozo foi chamado para dar esclarecimentos sobre o caso, momento em que pediu demissão. O ex-gerente, porém, nega que tenha sido chamado para dar qualquer tipo de explicação. Afirma que foi ao departamento de Recursos Humanos pedir seu desligamento por questões profissionais, em busca de novos desafios. Mollica afirma que seria aberta uma sindicância contra Barrozo e que ele seria demitido. Diz também que o clube vai apurar o caso, para ver quem são as outras pessoas envolvidas. "O empresário veio pedir ressarcimento. Dissemos a ele que nada havia entrado no clube. Se ele pagou algo a alguém, deveria pedir o ressarcimento a essa pessoa", afirma o diretor jurídico. "Dizem que essas cartas são normais no futebol. Mas não era para ter sido vendida, obviamente. Nem sabíamos que seria. Sobre o jogador, ele não tem contrato, não tinha nem como vender. Imagina se cada um começar a vender alguma coisa aqui dentro", diz. Sobre Mané da Carne, por ser um conselheiro, Mollica diz que apenas o conselho tem o poder de tomar alguma decisão. O diretor ainda defende que o Corinthians foi uma vítima do que chama de "um golpe" de algumas pessoas. O FUTEBOL PROFISSIONAL A única ligação do episódio com o futebol profissional se dá pela presença de Eduardo Ferreira, diretor-adjunto de futebol, nas trocas de mensagens. Ele aparece dizendo que vai fazer a carta que o empresário Niki está precisando. "Vai receber sua carta. Foi difícil, mas consegui. Fábio [Barrozo] te explica", escreveu o dirigente. O departamento jurídico do clube afirma que ele apenas ajudou a conseguir a carta, o que é parte da função dele, mas não imaginava que ela seria vendida. Procurado, Eduardo Ferreira disse ter sido usado no episódio para outros objetivos. "Essa carta é comum no futebol para dar o direito a pessoa falar em nome do clube para aquele determinado assunto. Infelizmente as pessoas querem misturar as coisas colocando a maldade na frente. O que eu fiz foi defender os interesses do Corinthians, quando me foi solicitada a carta eu comuniquei a direção que me liberou para que eu a fizesse, como faço sempre", respondeu. DÚVIDAS Há uma série de lacunas deixada pelas trocas de mensagem. Há perguntas para serem respondidas pelas diretoria corintiana a respeito deste episódio. - Qual teria sido a participação de Onofre nas tratativas? - A quem Barrozo afirma que Niki poderia pagar a última parcela? - Edu Ferreira diz que precisa ajudar uma pessoa, quem seria? - Niki diz em uma mensagem que se reuniu com Mané, Edu e mais alguém, que foi omitido nas trocas de mensagem. Quem seria? - Edu Ferreira diz que foi difícil conseguir a carta, por que teria sido tão difícil? - Por que Roberto de Andrade não poderia ter assinado as cartas em questão? - Barrozo e Niki falam sobre uma negociação com um time peruano. Sobre quem seria? - Na troca de mensagens com Onofre, Niki diz que está muito bravo com alguém. Com quem seria? - Esse teria sido o único caso de venda de jogador desse tipo? QUEM É QUEM Fábio Barrozo: entrou para ser gerente da base em março de 2012 e pediu demissão em 13 de abril de 2016. Sempre foi aliado de Andrés Sanchez, a quem agradece em sua mensagem de despedida, em redes sociais. Manoel Ramos Evangelista, o Mané da Carne: foi uma das pessoas mais importantes na construção da carreira política de Andrés no Corinthians. Assessorava diretamente ex-presidente do clube, com mantém relação estreita até hoje. Onofre Almeida: é diretor das categorias de base do Corinthians. Eduardo Ferreira: ex-assessor de imprensa da Gaviões da Fiel, Edu Ferreira, ou Edu Gaviões, começou a construir sua vida política no Parque São Jorge na ouvidoria do clube. Aliado de Andrés, foi escolhido para ser diretor-adjunto de futebol no mandato de Roberto de Andrade. Helmut Niki Apaza: empresário que mora nos Estados Unidos. Tentou intermediar negociações de jogadores do alvinegro com clubes naquele país, entre eles Gabriel Vasconcelos e Mendoza. Alyson José da Motta: atleta que chegou à base corintiana no final de 2014, segundo Barrozo. Jorge Kalil, o "vice": conselheiro corintiano foi escolhido para ser o segundo vice-presidente da gestão de Roberto de Andrade. Nas conversas, Barrozo pede a Niki que não conte a Kalil sobre as negociações em andamento. Giuliano Bertolucci: empresário de jogadores. Wagner Ribeiro: empresário de jogadores. Julio: empresário original de Alyson José da Motta. Vitinho: jogador da base do Corinthians que quase foi embora no início deste ano, ao completar 16 anos. Chegou a fazer uma experiência no Manchester City, mas acabou assinando seu primeiro contrato profissional com o alvinegro em março.
esporte
Acusação de desvio de dinheiro gera crise na cúpula do CorinthiansUm ex-gerente das categorias de base do Corinthians e um conselheiro são acusados de desviar dinheiro do clube em negociações envolvendo jogadores. Fábio Barrozo, que se demitiu em 13 de abril, e Manoel Ramos Evangelista, que carrega o apelido de Mané da Carne, são os pivôs de um problema que já virou crise dentro do Parque São Jorge. Ambos são conhecidos pela estreita relação que mantêm com o ex-presidente e superintendente de futebol, Andrés Sanchez. A história começou no ano passado e chegou ao presidente Roberto de Andrade há cerca de 15 dias, o que provocou o pedido de demissão de Barrozo. A diretoria alvinegra, por meio do departamento jurídico, confirma o episódio, mas diz que é vítima de toda a situação, que não sabia e que não autorizou as ações da dupla. O valor envolvido nas negociações é de US$ 110 mil. Procurado, Barrozo nega que tenha recebido dinheiro por fora e nega que tenha agido de forma inadequada na situação. Nega ainda que tenha pedido demissão por esse motivo. Mané da Carne não atendeu às ligações da reportagem. Trocas de mensagens mostradas ao presidente corintiano ajudam a explicar parte do imbróglio. A Folha também teve acesso às conversas. Algumas seguem uma ordem cronológica, outras estão embaralhadas. Todas, porém, revelam algo. Há pedidos por parte de Barrozo para que os assuntos não sejam repassados a pessoas próximas de Roberto de Andrade. Barrozo, ex-gerente da base, e Mané da Carne, conselheiro, são acusados de ter enganado um empresário que mora nos Estados Unidos chamado Helmut Niki Apaza ao venderem duas coisas: uma carta que dava o direito de Apaza representar o clube brasileiro em negociações nos EUA e uma porcentagem de um jogador da base (Alyson José da Motta). Nenhuma das duas coisas, porém, tinha validade, o que fez o empresário acionar o alvinegro para ser reembolsado. Segundo a versão do Corinthians, foi assim que a diretoria tomou conhecimento do caso. Veja a galeria abaixo com as conversas e desça até o fim da página para saber quem é quem nas reproduções de mensagens. A Folha tentou falar com Niki, mas não conseguiu resposta. Nenhum contato de Julio foi encontrado. Onofre Almeida, diretor das categorias de base, que também é citado nas mensagens, não quis falar com a reportagem. A PORCENTAGEM DO JOGADOR Alyson José da Motta completa neste domingo, dia 1º de maio, 16 anos. É com essa idade que um jogador pode, enfim, formalizar um contrato profissional com seu clube. Mesmo assim, revelam as trocas de mensagem, Barrozo negociou com Niki 20% dos direitos do atleta. Ou seja, a negociação foi em cima de algo que ainda nem existe. Esse seria o primeiro motivo para a venda não prosperar. O segundo é que, desde maio de 2015, a Fifa não permite mais que os atletas tenham seus direitos fatiados entre empresas. Portanto, havia dois problemas na transação, deixando-a praticamente nula. O ex-gerente da base argumenta em sua defesa que, embora o contrato não existisse ainda, havia um acordo de cavalheiros, o que é comum no futebol, e que o pagamento se dá, na verdade, no momento em que o jogador é revendido para outro time. Segundo seu argumento, quando Alyson fosse vendido para alguma equipe, se tivesse de fato um contrato com o Corinthians e mais de 16 anos, 20% do valor recebido seria repassado ao tal investidor. Barrozo explica também que aqueles 20% dos direitos econômicos de Alyson pertenciam ao empresário do jovem, com nome de Julio, como aparece nas conversas e que ele, Julio, quis se desfazer da parte que tinha, vendendo para Niki Apaza. O ex-gerente da base afirma que embora apareça nas mensagens, só estava ficando a par das negociações, para colocar o que havia sido decidido nos contratos que seriam assinados aos 16 anos. As conversas às quais a Folha teve acesso, porém, dão a entender que o desenrolar da venda foi feito sem o conhecimento de Julio e sem conhecimento de parte da diretoria alvinegra. "Da mesma maneira que você confiou em nós, nós confiamos em você. Você falou que nunca falou nada a respeito dos valores do Alyson para o Julio e nós acreditamos em você. Agora o Julio está falando que você disse pra ele que pagou US$ 60 mil pra mim e para o seu Mané. E que além disso, pagou US$ 50 mil por uma autorização. E que se não fizermos o que ele quer a respeito do Alyson, ele vai falar com o presidente do nosso clube. Eu não acredito que você falou isso para ele. Você acha isso certo?", escreveu Barrozo para Niki. Em outro momento, o ex-gerente pede sigilo sobre as negociações. "Não comente nada da compra do Alyson na frente do vice-presidente. Isso é só entre nós e seu Mané". Niki logo responde: "Kkkk. Eu sei. Não se preocupa". Foi decidido que o acerto do empresário, em tese com o clube, seria feito em três vezes: em novembro e dezembro do ano passado e em janeiro deste ano. Algumas das mensagens mostram que pagamentos já tinham sido realizados, por exemplo, quando Niki diz que "não se preocupe com dinheiro que investi" e quando escreve que "vou pagar o que estou devendo"; ou quando Barrozo manda "pode pagar a última parcela para ele [pessoa não identificada]". Barrozo afirma que o pedido de segredo das negociações não era por motivo de "coisa errada", mas simplesmente porque nem todos precisam ficar sabendo das negociações que acontecem em cada categoria. Ele argumenta que, quando um jogador é contratado para o profissional, o assunto não é tratado com toda a diretoria e demais funcionários. A CARTA DE REPRESENTAÇÃO Com uma carta em mãos, de papel timbrado do Corinthians, Helmut Niki Apaza percorria os Estados Unidos tentando negociar jogadores. O problema, porém, é que os times norte-americanos não colocaram fé no documento apresentado pelo empresário, por não ter a assinatura do presidente Roberto de Andrade. Em uma troca de mensagens, Niki conta a Barrozo a dificuldade que está enfrentando e pede providências. Em resposta, o dirigente corintiano explica que os interessados nos EUA devem procurar a ele ou ao Onofre Almeida, diretor da base, e que só eles dois podem confirmar a veracidade do papel. "Não temos culpa se o pessoal aí procurou as pessoas erradas. Façam eles entrarem em contato conosco que confirmaremos." A BRIGA COM O "VICE" Não fica claro nas trocas de mensagens o motivo pelo qual o vice, que é Jorge Kalil, não poderia saber das negociações em andamento. O que se sabe é que há algumas semanas ele e Mané da Carne tiveram uma grande discussão, confirmada por Barrozo. Aos berros, eles se enfrentaram. De acordo com testemunhas, Kalil chamou o conselheiro de ladrão por mais de três vezes. A diretoria do Corinthians disse à Folha que Mané da Carne, que acompanhava praticamente todas as viagens da delegação, já não embarcou com o time na última excursão e não deve ir mais, por tempo indeterminado. Kalil foi procurado, mas disse que não falaria com a reportagem sobre o tema. O QUE MAIS DIZ BARROZO O ex-gerente das categorias de base do Corinthians atendeu à reportagem por cerca de 40 minutos por telefone. Respondeu a todas as perguntas que foram feitas. Ele se defende de todas as acusações, embora confirme a veracidade das trocas de mensagens. Segundo Barrozo, o dinheiro envolvido se refere à negociação entre Julio e Niki e que jamais vendeu a carta de representação. Ele afirma que os US$ 50 mil citados sobre esse assunto eram, na verdade, a soma dos gastos na viagem que fizera: alguns dias em Miami para todos os acertos, com alimentação e hospedagem pagos. Diz que jamais atenderia à imprensa se tivesse feito algo de errado e alega ter saído do Parque São Jorge com uma "carta de referência", na qual "nada consta que desabone sua conduta pessoal ou profissional". A palavra oficial do Corinthians sobre isso é que a área de Recursos Humanos deu essa carta, sem consultar nenhum departamento do clube. Barrozo afirma estar sendo vítima de vazamentos que tentam prejudicar sua imagem e sua postura. O QUE MAIS DIZ O CLUBE Em conversa por telefone, Rogério Mollica, diretor jurídico do Corinthians, afirmou à Folha que assim que tomou conhecimento, o presidente Roberto de Andrade lhe pediu que tomasse providências. Segundo Mollica, Barrozo foi chamado para dar esclarecimentos sobre o caso, momento em que pediu demissão. O ex-gerente, porém, nega que tenha sido chamado para dar qualquer tipo de explicação. Afirma que foi ao departamento de Recursos Humanos pedir seu desligamento por questões profissionais, em busca de novos desafios. Mollica afirma que seria aberta uma sindicância contra Barrozo e que ele seria demitido. Diz também que o clube vai apurar o caso, para ver quem são as outras pessoas envolvidas. "O empresário veio pedir ressarcimento. Dissemos a ele que nada havia entrado no clube. Se ele pagou algo a alguém, deveria pedir o ressarcimento a essa pessoa", afirma o diretor jurídico. "Dizem que essas cartas são normais no futebol. Mas não era para ter sido vendida, obviamente. Nem sabíamos que seria. Sobre o jogador, ele não tem contrato, não tinha nem como vender. Imagina se cada um começar a vender alguma coisa aqui dentro", diz. Sobre Mané da Carne, por ser um conselheiro, Mollica diz que apenas o conselho tem o poder de tomar alguma decisão. O diretor ainda defende que o Corinthians foi uma vítima do que chama de "um golpe" de algumas pessoas. O FUTEBOL PROFISSIONAL A única ligação do episódio com o futebol profissional se dá pela presença de Eduardo Ferreira, diretor-adjunto de futebol, nas trocas de mensagens. Ele aparece dizendo que vai fazer a carta que o empresário Niki está precisando. "Vai receber sua carta. Foi difícil, mas consegui. Fábio [Barrozo] te explica", escreveu o dirigente. O departamento jurídico do clube afirma que ele apenas ajudou a conseguir a carta, o que é parte da função dele, mas não imaginava que ela seria vendida. Procurado, Eduardo Ferreira disse ter sido usado no episódio para outros objetivos. "Essa carta é comum no futebol para dar o direito a pessoa falar em nome do clube para aquele determinado assunto. Infelizmente as pessoas querem misturar as coisas colocando a maldade na frente. O que eu fiz foi defender os interesses do Corinthians, quando me foi solicitada a carta eu comuniquei a direção que me liberou para que eu a fizesse, como faço sempre", respondeu. DÚVIDAS Há uma série de lacunas deixada pelas trocas de mensagem. Há perguntas para serem respondidas pelas diretoria corintiana a respeito deste episódio. - Qual teria sido a participação de Onofre nas tratativas? - A quem Barrozo afirma que Niki poderia pagar a última parcela? - Edu Ferreira diz que precisa ajudar uma pessoa, quem seria? - Niki diz em uma mensagem que se reuniu com Mané, Edu e mais alguém, que foi omitido nas trocas de mensagem. Quem seria? - Edu Ferreira diz que foi difícil conseguir a carta, por que teria sido tão difícil? - Por que Roberto de Andrade não poderia ter assinado as cartas em questão? - Barrozo e Niki falam sobre uma negociação com um time peruano. Sobre quem seria? - Na troca de mensagens com Onofre, Niki diz que está muito bravo com alguém. Com quem seria? - Esse teria sido o único caso de venda de jogador desse tipo? QUEM É QUEM Fábio Barrozo: entrou para ser gerente da base em março de 2012 e pediu demissão em 13 de abril de 2016. Sempre foi aliado de Andrés Sanchez, a quem agradece em sua mensagem de despedida, em redes sociais. Manoel Ramos Evangelista, o Mané da Carne: foi uma das pessoas mais importantes na construção da carreira política de Andrés no Corinthians. Assessorava diretamente ex-presidente do clube, com mantém relação estreita até hoje. Onofre Almeida: é diretor das categorias de base do Corinthians. Eduardo Ferreira: ex-assessor de imprensa da Gaviões da Fiel, Edu Ferreira, ou Edu Gaviões, começou a construir sua vida política no Parque São Jorge na ouvidoria do clube. Aliado de Andrés, foi escolhido para ser diretor-adjunto de futebol no mandato de Roberto de Andrade. Helmut Niki Apaza: empresário que mora nos Estados Unidos. Tentou intermediar negociações de jogadores do alvinegro com clubes naquele país, entre eles Gabriel Vasconcelos e Mendoza. Alyson José da Motta: atleta que chegou à base corintiana no final de 2014, segundo Barrozo. Jorge Kalil, o "vice": conselheiro corintiano foi escolhido para ser o segundo vice-presidente da gestão de Roberto de Andrade. Nas conversas, Barrozo pede a Niki que não conte a Kalil sobre as negociações em andamento. Giuliano Bertolucci: empresário de jogadores. Wagner Ribeiro: empresário de jogadores. Julio: empresário original de Alyson José da Motta. Vitinho: jogador da base do Corinthians que quase foi embora no início deste ano, ao completar 16 anos. Chegou a fazer uma experiência no Manchester City, mas acabou assinando seu primeiro contrato profissional com o alvinegro em março.
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PSDB não sabe que Brasil não é mais república de bananas, diz PT
A bancada do PT no Senado fez um duro ataque ao PSDB diante de especulações sobre uma saída antecipada da presidente Dilma Rousseff de sua função. O líder do partido na Casa, senador Humberto Costa (PE), acusou o principal partido de oposição de "uso cínico, hipócrita e oportunista da moral de ocasião" e alfinetou o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG) ao citar a figura do avô do tucano. "O presidente do PSDB, que parece cada vez mais inspirado pelo espírito golpista da UDN de Carlos Lacerda, deveria se inspirar mais na figura democrática e visceralmente anti-golpista de seu avô Tancredo Neves", afirmou. Ao lado de senadores petistas, como Gleisi Hoffmann (PR) e Lindbergh FariaS (RJ), Costa qualificou as chamadas "pedaladas fiscais" como "ações contábeis normais", adotadas em governos anteriores. Ele disse ainda que as doações feitas à campanha de Dilma, no ano passado, são "transparentes" e lembrou que o PSDB recebeu recursos das mesmas empresas doadoras da candidata petista. "O PSDB parece desconhecer que o Brasil não é mais uma república de bananas, que dá ensejo a golpes com base em pretextos jurídicos canhestros e do sentimento dos derrotados nas urnas", emendou. ARTIGO 14 O senador tucano recorreu ao regimento interno do Senado para rebater as críticas –trecho do documento garante o uso da palavra a senador nominalmente citado por um colega. Aécio argumentou que os discursos adotados em convenção do partido, no último fim de semana, foram "absolutamente adequados". No evento, os principais líderes tucanos disseram que a sigla está pronta para "ir até o fim" e assumir o comando do país. "O PSDB não é e jamais quererá ser protagonista de qualquer movimento de instabilidade da vida pública brasileira", afirmou na tarde de hoje. Ele ainda criticou a defesa do líder do PT sobre as chamadas "pedaladas fiscais". "Vamos deixar, líder Humberto Costa, que os ministros do Tribunal de Contas digam se efetivamente ela desrespeitou ou não a Lei de Responsabilidade Fiscal. Por maior que seja o respeito que tenho por vossa excelência, vossa excelência não tem autoridade para decidir aquilo que o Tribunal de Contas ainda não decidiu." Ele voltou a dizer que ninguém no país "está acima da legislação". "Respeitem o papel da oposição, que busca para o Brasil uma solução melhor que essa que o governo do PT nos trouxe ao longo dos últimos anos", concluiu.
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PSDB não sabe que Brasil não é mais república de bananas, diz PTA bancada do PT no Senado fez um duro ataque ao PSDB diante de especulações sobre uma saída antecipada da presidente Dilma Rousseff de sua função. O líder do partido na Casa, senador Humberto Costa (PE), acusou o principal partido de oposição de "uso cínico, hipócrita e oportunista da moral de ocasião" e alfinetou o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG) ao citar a figura do avô do tucano. "O presidente do PSDB, que parece cada vez mais inspirado pelo espírito golpista da UDN de Carlos Lacerda, deveria se inspirar mais na figura democrática e visceralmente anti-golpista de seu avô Tancredo Neves", afirmou. Ao lado de senadores petistas, como Gleisi Hoffmann (PR) e Lindbergh FariaS (RJ), Costa qualificou as chamadas "pedaladas fiscais" como "ações contábeis normais", adotadas em governos anteriores. Ele disse ainda que as doações feitas à campanha de Dilma, no ano passado, são "transparentes" e lembrou que o PSDB recebeu recursos das mesmas empresas doadoras da candidata petista. "O PSDB parece desconhecer que o Brasil não é mais uma república de bananas, que dá ensejo a golpes com base em pretextos jurídicos canhestros e do sentimento dos derrotados nas urnas", emendou. ARTIGO 14 O senador tucano recorreu ao regimento interno do Senado para rebater as críticas –trecho do documento garante o uso da palavra a senador nominalmente citado por um colega. Aécio argumentou que os discursos adotados em convenção do partido, no último fim de semana, foram "absolutamente adequados". No evento, os principais líderes tucanos disseram que a sigla está pronta para "ir até o fim" e assumir o comando do país. "O PSDB não é e jamais quererá ser protagonista de qualquer movimento de instabilidade da vida pública brasileira", afirmou na tarde de hoje. Ele ainda criticou a defesa do líder do PT sobre as chamadas "pedaladas fiscais". "Vamos deixar, líder Humberto Costa, que os ministros do Tribunal de Contas digam se efetivamente ela desrespeitou ou não a Lei de Responsabilidade Fiscal. Por maior que seja o respeito que tenho por vossa excelência, vossa excelência não tem autoridade para decidir aquilo que o Tribunal de Contas ainda não decidiu." Ele voltou a dizer que ninguém no país "está acima da legislação". "Respeitem o papel da oposição, que busca para o Brasil uma solução melhor que essa que o governo do PT nos trouxe ao longo dos últimos anos", concluiu.
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Por que eles não param?
Entre tantas dúvidas a assolar nossas pobres cabeças, há uma recorrente: não há limite para a ganância? Por que gente milionária quer sempre mais e mais dinheiro? Porque buscar mais poder é compreensível e aí estão as seguidas reeleições no esporte brasileiro para demonstrar. Mas dinheiro, depois de um certo ponto, para quê? Jantará duas vezes ao dia? Alguém dirá não se tratar de ganância, mas apenas de ambição para fazer a roda do capitalismo girar. Daí um Bill Gates não parar ou um Steve Jobs só ser parado pela morte. Não são eles, nem tantos outros empreendedores, que despertam a pergunta sobre limites. Trato de figuras menos nobres, não admiráveis, que vieram ao mundo apenas para enriquecer, por quaisquer meios, desonestos se necessário, anti-éticos, "espertos", às vezes disfarçados em causas humanitárias, na maior parte voltadas para os próprios umbigos. Eis uma lista limitada, por ordem alfabética, com alguns cuja ganância levou à desgraça, se não financeira, mas moral, além até da perda do mais precioso dos bens, a liberdade. Eduardo Azeredo, Fernando Collor, José Dirceu, José Maria Marin, Ricardo Teixeira e Paulo Maluf. O primeiro teve de renunciar ao mandato de deputado. O segundo perdeu a presidência da República. O terceiro a liberdade e o respeito de toda uma geração. O quarto está preso na Suíça, aos 83 anos. O quinto vaga por aí feito um morto vivo, rico, abandonado e amedrontado. O sexto também sentiu o gosto da prisão, mas como não é o terceiro, logo saiu. Terá compensado? Não dava para ter parado antes de ficar evidente que os meios eram ilícitos e tornar as punições inevitáveis? Pouco me lixo para Azeredo, Collor, Marin, Teixeira e Maluf, mas a revelação de que Dirceu obrava em causa própria, embora não surpreendente, é dessas que, preto no branco, deprimem. Deprime quem, apesar de equivocado, em busca de outra ditadura, a do proletariado, achou que um dia libertaria o Brasil pelas armas depois do golpe de 1964. Deprime quem viu Zé Dirceu com a camisa ensanguentada do estudante morto por bala atirada pela direita na "Batalha da Maria Antônia", entre estudantes da USP e do Mackenzie. Impossível não lembrar de Nabi Abi Chedid, já falecido, que presidiu a Federação Paulista de Futebol, foi vice, com muito poder, da CBF e deputado em São Paulo. Homem de direita, de moral, digamos assim em respeito à sua memória, absolutamente complacente e elástica, pragmático ao extremo, um dia me encontrou no aeroporto de Congonhas, logo depois que o "mensalão" veio à luz e cobrou: "Não te disse que no poder todos ficam iguais?". Pego de surpresa, reagi ingenuamente:"Não justifica, mas pelo menos não é para enriquecimento pessoal". Ele abriu um sorriso largo, quase sedutor, e contra-atacou: "Não se engane, você vai quebrar a cara". Collor, Marin, Teixeira, Maluf, jamais me enganaram. O Zé sim. E como! É imperdoável.
colunas
Por que eles não param?Entre tantas dúvidas a assolar nossas pobres cabeças, há uma recorrente: não há limite para a ganância? Por que gente milionária quer sempre mais e mais dinheiro? Porque buscar mais poder é compreensível e aí estão as seguidas reeleições no esporte brasileiro para demonstrar. Mas dinheiro, depois de um certo ponto, para quê? Jantará duas vezes ao dia? Alguém dirá não se tratar de ganância, mas apenas de ambição para fazer a roda do capitalismo girar. Daí um Bill Gates não parar ou um Steve Jobs só ser parado pela morte. Não são eles, nem tantos outros empreendedores, que despertam a pergunta sobre limites. Trato de figuras menos nobres, não admiráveis, que vieram ao mundo apenas para enriquecer, por quaisquer meios, desonestos se necessário, anti-éticos, "espertos", às vezes disfarçados em causas humanitárias, na maior parte voltadas para os próprios umbigos. Eis uma lista limitada, por ordem alfabética, com alguns cuja ganância levou à desgraça, se não financeira, mas moral, além até da perda do mais precioso dos bens, a liberdade. Eduardo Azeredo, Fernando Collor, José Dirceu, José Maria Marin, Ricardo Teixeira e Paulo Maluf. O primeiro teve de renunciar ao mandato de deputado. O segundo perdeu a presidência da República. O terceiro a liberdade e o respeito de toda uma geração. O quarto está preso na Suíça, aos 83 anos. O quinto vaga por aí feito um morto vivo, rico, abandonado e amedrontado. O sexto também sentiu o gosto da prisão, mas como não é o terceiro, logo saiu. Terá compensado? Não dava para ter parado antes de ficar evidente que os meios eram ilícitos e tornar as punições inevitáveis? Pouco me lixo para Azeredo, Collor, Marin, Teixeira e Maluf, mas a revelação de que Dirceu obrava em causa própria, embora não surpreendente, é dessas que, preto no branco, deprimem. Deprime quem, apesar de equivocado, em busca de outra ditadura, a do proletariado, achou que um dia libertaria o Brasil pelas armas depois do golpe de 1964. Deprime quem viu Zé Dirceu com a camisa ensanguentada do estudante morto por bala atirada pela direita na "Batalha da Maria Antônia", entre estudantes da USP e do Mackenzie. Impossível não lembrar de Nabi Abi Chedid, já falecido, que presidiu a Federação Paulista de Futebol, foi vice, com muito poder, da CBF e deputado em São Paulo. Homem de direita, de moral, digamos assim em respeito à sua memória, absolutamente complacente e elástica, pragmático ao extremo, um dia me encontrou no aeroporto de Congonhas, logo depois que o "mensalão" veio à luz e cobrou: "Não te disse que no poder todos ficam iguais?". Pego de surpresa, reagi ingenuamente:"Não justifica, mas pelo menos não é para enriquecimento pessoal". Ele abriu um sorriso largo, quase sedutor, e contra-atacou: "Não se engane, você vai quebrar a cara". Collor, Marin, Teixeira, Maluf, jamais me enganaram. O Zé sim. E como! É imperdoável.
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James Harden comanda vitória dos Rockets sobre os Clippers na NBA
Com duplo-triplo (dois dígitos em três fundamentos) de James Harden, o Houston Rockets venceu o Los Angeles Clippers por 124 a 103, em casa, pelo quinto jogo da série melhor de sete das semifinais da Conferência Oeste da NBA. Com o resultado, o Houston Rockets ainda respira na competição. A equipe perde a série por 3 a 2 e ainda precisa vencer os dois próximos jogos para chegar à final da conferência. Já o Los Angeles Clippers necessita apenas de um triunfo. O próximo jogo está marcado para esta quinta-feira (14), em Los Angeles. O destaque da vitória do Houston Rockets foi Jarmes Harden, que conseguiu um duplo-triplo. Ele marcou 26 pontos, pegou 11 rebotes e deu dez assistências. Dwight Howard também se destacou com 20 pontos e 15 rebotes Blake Griffen foi o principal nome do Los Angeles Clippers. Ele marcou 30 pontos e pegou 16 rebotes. O vencedor do confronto entre Houston Rockets e Los Angeles Clippers enfrentam o ganhador do duelo entre Memphis Grizllies e Golden State Warriors. A série está empatada em 2 a 2. CLEVELAND ABRE VANTAGEM Com uma grande atuação do astro LeBron James, o Cleveland Cavaliers venceu o Chicago Bulls por 106 a 101, em Cleveland, no quinto jogo da série melhor de sete das semifinais da Conferência Leste da NBA. Com a vitória, o Cleveland lidera a série por 3 a 2. O sexto jogo será realizado nesta quinta-feira (14), em Chicago. Em caso de triunfo, o Cleveland se garante na decisão. O Chicago precisa vencer para forçar a sétima partida. Com 38 pontos e 12 rebotes, LeBron James foi o destaque da partida. O ganhador do confronto vai encarar o vencedor do duelo entre Atlanta Hawks e Washington Wizards.
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James Harden comanda vitória dos Rockets sobre os Clippers na NBACom duplo-triplo (dois dígitos em três fundamentos) de James Harden, o Houston Rockets venceu o Los Angeles Clippers por 124 a 103, em casa, pelo quinto jogo da série melhor de sete das semifinais da Conferência Oeste da NBA. Com o resultado, o Houston Rockets ainda respira na competição. A equipe perde a série por 3 a 2 e ainda precisa vencer os dois próximos jogos para chegar à final da conferência. Já o Los Angeles Clippers necessita apenas de um triunfo. O próximo jogo está marcado para esta quinta-feira (14), em Los Angeles. O destaque da vitória do Houston Rockets foi Jarmes Harden, que conseguiu um duplo-triplo. Ele marcou 26 pontos, pegou 11 rebotes e deu dez assistências. Dwight Howard também se destacou com 20 pontos e 15 rebotes Blake Griffen foi o principal nome do Los Angeles Clippers. Ele marcou 30 pontos e pegou 16 rebotes. O vencedor do confronto entre Houston Rockets e Los Angeles Clippers enfrentam o ganhador do duelo entre Memphis Grizllies e Golden State Warriors. A série está empatada em 2 a 2. CLEVELAND ABRE VANTAGEM Com uma grande atuação do astro LeBron James, o Cleveland Cavaliers venceu o Chicago Bulls por 106 a 101, em Cleveland, no quinto jogo da série melhor de sete das semifinais da Conferência Leste da NBA. Com a vitória, o Cleveland lidera a série por 3 a 2. O sexto jogo será realizado nesta quinta-feira (14), em Chicago. Em caso de triunfo, o Cleveland se garante na decisão. O Chicago precisa vencer para forçar a sétima partida. Com 38 pontos e 12 rebotes, LeBron James foi o destaque da partida. O ganhador do confronto vai encarar o vencedor do duelo entre Atlanta Hawks e Washington Wizards.
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Série que deu Emmy de melhor atriz a Viola Davis estreia 2º ano no Brasil
Entre os intervalos das aulas, uma professora de direito penal ensina aos alunos como se livrar de um cadáver. E não é na teoria. Trata-se de Annalise Keating, personagem de "How to Get Away with Murder", que rendeu o Emmy 2015 de melhor atriz dramática a Viola Davis, a primeira negra a vencer a categoria. A segunda temporada da série, escrita por Peter Nowalk e produzida por Shonda Rhimes, estreia no Brasil nesta quinta (7), na Sony, e terá entre 15 e 16 episódios. Após sumir com o corpo do marido, morto acidentalmente por um de seus alunos, Annalise agora tem que lidar com o assassinato de Rebeca (Katie Findlay), cujos restos mortais foram encontrados no porão da casa da professora. A jovem esteve envolvida no principal caso da primeira temporada e estava disposta a depor contra a docente. Um novo cadáver rondará os alunos, mas os estudantes não terão ligação com o crime. Por sua atuação, Viola concorre pela quarta vez ao Globo de Ouro, cuja premiação será neste domingo (10). Na lista de apostas do "Los Angeles Times", a atriz aparece entre as favoritas, mas atrás de Caitriona Balfe (a Claire Randall, de "Outlander"). Após a nova indicação, Viola falou ao "Guardian" da falta de oportunidades de destaque para atrizes negras, temática que abordou no seu comovente discurso ao receber o Emmy, em setembro. Ao jornal britânico, ela ainda afirmou ter feito uma exigência antes de aceitar o trabalho: poder tirar, em cena, a peruca e toda a maquiagem que sua personagem usa na trama. A sequência, mostrada no quarto episódio da primeira temporada, foi o ápice da atração, até o momento. A série segue a linha de outras produções de Rhimes: como "Grey's Anatomy", "Private Practice" e "Scandal": tem entre seus protagonistas negros, gays e latinos. NA TV HOW TO GET AWAY WITH MURDER Estreia da segunda temporada QUANDO quinta (7), às 21h, na Sony
ilustrada
Série que deu Emmy de melhor atriz a Viola Davis estreia 2º ano no BrasilEntre os intervalos das aulas, uma professora de direito penal ensina aos alunos como se livrar de um cadáver. E não é na teoria. Trata-se de Annalise Keating, personagem de "How to Get Away with Murder", que rendeu o Emmy 2015 de melhor atriz dramática a Viola Davis, a primeira negra a vencer a categoria. A segunda temporada da série, escrita por Peter Nowalk e produzida por Shonda Rhimes, estreia no Brasil nesta quinta (7), na Sony, e terá entre 15 e 16 episódios. Após sumir com o corpo do marido, morto acidentalmente por um de seus alunos, Annalise agora tem que lidar com o assassinato de Rebeca (Katie Findlay), cujos restos mortais foram encontrados no porão da casa da professora. A jovem esteve envolvida no principal caso da primeira temporada e estava disposta a depor contra a docente. Um novo cadáver rondará os alunos, mas os estudantes não terão ligação com o crime. Por sua atuação, Viola concorre pela quarta vez ao Globo de Ouro, cuja premiação será neste domingo (10). Na lista de apostas do "Los Angeles Times", a atriz aparece entre as favoritas, mas atrás de Caitriona Balfe (a Claire Randall, de "Outlander"). Após a nova indicação, Viola falou ao "Guardian" da falta de oportunidades de destaque para atrizes negras, temática que abordou no seu comovente discurso ao receber o Emmy, em setembro. Ao jornal britânico, ela ainda afirmou ter feito uma exigência antes de aceitar o trabalho: poder tirar, em cena, a peruca e toda a maquiagem que sua personagem usa na trama. A sequência, mostrada no quarto episódio da primeira temporada, foi o ápice da atração, até o momento. A série segue a linha de outras produções de Rhimes: como "Grey's Anatomy", "Private Practice" e "Scandal": tem entre seus protagonistas negros, gays e latinos. NA TV HOW TO GET AWAY WITH MURDER Estreia da segunda temporada QUANDO quinta (7), às 21h, na Sony
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Incêndio da boate Kiss completa 4 anos sem nenhum acusado condenado
A tragédia da boate Kiss, incêndio que matou 242 pessoas em Santa Maria (RS), completa quatro anos nesta sexta (27) sem que nenhum acusado tenha sido condenado por homicídio. Na madrugada de 27 de janeiro de 2013, já domingo, um integrante da banda Gurizada Fandangueira acendeu um artefato pirotécnico e colocou fogo na casa noturna, que estava cheia. Quatro pessoas ainda respondem em liberdade por homicídio: dois donos da boate, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, o músico Marcelo dos Santos e o produtor da banda, Luciano Leão. Em julho de 2016, a Justiça determinou que os quatro réus vão a júri popular por homicídio duplamente qualificado (242 vezes consumado e 636 vezes tentado). A defesa dos acusados entrou com recurso. Os advogados de Leão e Santos dizem que seus clientes não devem ir a júri popular porque não tinham a intenção de matar. A defesa de Spohr argumenta que entrou com recurso porque entende que a Prefeitura de Santa Maria, o Ministério Público e os Bombeiros não podem ficar de fora da ação penal. A defesa de Hoffmann diz que só vai se manifestar após julgamento do recurso. Três bombeiros foram condenados pela Justiça Militar por descumprimento da lei de expedição de alvarás, e outro bombeiro foi condenado pela Justiça comum por fraude processual. No último dia 18, a Justiça gaúcha decidiu que a Prefeitura de Santa Maria, o Estado e os donos da Kiss devem pagar R$ 20 mil de indenização a uma sobrevivente do incêndio. Na última segunda (23), o município foi condenado também a indenizar a família de uma vítima em R$ 200 mil. Boate Kiss OEA A AVTSM (associação de familiares e sobreviventes do incêndio) encaminhou no último dia 18 uma petição à OEA (Organização dos Estados Americanos) pedindo a responsabilização "do Estado brasileiro pela violação dos direitos à vida, integridade física, liberdade e segurança pessoais, honra, proteção à família e garantias e proteção judiciais". Em 2015, o Ministério Público denunciou parentes de vítimas por calúnia e difamação, depois que familiares protestaram contra a decisão da Promotoria de arquivar os indiciamentos de agentes da prefeitura que participaram da outorga de alvarás. "É possível que os primeiros condenados no caso da boate Kiss sejam os pais que perderam seus filhos no incêndio", afirma o texto da petição. SOBREVIVENTE Há quatro anos, a vida da terapeuta Kelen Ferreira, 23, dava uma guinada brusca. Além de perder três de suas melhores amigas no incêndio, Kelen, então com 20 anos e estudante universitária, teve uma perna amputada e o 18% do corpo queimado. "Ainda é uma dor muito forte. A do corpo era grande, mas a emocional era ainda pior", diz. Agora, formada em terapia ocupacional, ela quer trabalhar na reabilitação física de pessoas afetadas por queimaduras em Alegrete, sua cidade natal. "Hoje, os atendimentos mais graves desse tipo são feitos em Porto Alegre, o que faz com que as pessoas tenham de viajar mais de 500 km. Sei o quanto isso é difícil para a vítima." "Cheguei a ter contato com um paciente que sofreu choque elétrico e teve o corpo queimado. Com a minha história, ajudei-o. Acho que com tudo o que passei posso levar um lado muito mais humano para a profissão", diz ela. Nesta sexta (27), familiares de vítimas farão uma homenagem na praça central da cidade, em que soltarão 242 balões representando as vítimas da tragédia. Como foi o incêndio
cotidiano
Incêndio da boate Kiss completa 4 anos sem nenhum acusado condenadoA tragédia da boate Kiss, incêndio que matou 242 pessoas em Santa Maria (RS), completa quatro anos nesta sexta (27) sem que nenhum acusado tenha sido condenado por homicídio. Na madrugada de 27 de janeiro de 2013, já domingo, um integrante da banda Gurizada Fandangueira acendeu um artefato pirotécnico e colocou fogo na casa noturna, que estava cheia. Quatro pessoas ainda respondem em liberdade por homicídio: dois donos da boate, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, o músico Marcelo dos Santos e o produtor da banda, Luciano Leão. Em julho de 2016, a Justiça determinou que os quatro réus vão a júri popular por homicídio duplamente qualificado (242 vezes consumado e 636 vezes tentado). A defesa dos acusados entrou com recurso. Os advogados de Leão e Santos dizem que seus clientes não devem ir a júri popular porque não tinham a intenção de matar. A defesa de Spohr argumenta que entrou com recurso porque entende que a Prefeitura de Santa Maria, o Ministério Público e os Bombeiros não podem ficar de fora da ação penal. A defesa de Hoffmann diz que só vai se manifestar após julgamento do recurso. Três bombeiros foram condenados pela Justiça Militar por descumprimento da lei de expedição de alvarás, e outro bombeiro foi condenado pela Justiça comum por fraude processual. No último dia 18, a Justiça gaúcha decidiu que a Prefeitura de Santa Maria, o Estado e os donos da Kiss devem pagar R$ 20 mil de indenização a uma sobrevivente do incêndio. Na última segunda (23), o município foi condenado também a indenizar a família de uma vítima em R$ 200 mil. Boate Kiss OEA A AVTSM (associação de familiares e sobreviventes do incêndio) encaminhou no último dia 18 uma petição à OEA (Organização dos Estados Americanos) pedindo a responsabilização "do Estado brasileiro pela violação dos direitos à vida, integridade física, liberdade e segurança pessoais, honra, proteção à família e garantias e proteção judiciais". Em 2015, o Ministério Público denunciou parentes de vítimas por calúnia e difamação, depois que familiares protestaram contra a decisão da Promotoria de arquivar os indiciamentos de agentes da prefeitura que participaram da outorga de alvarás. "É possível que os primeiros condenados no caso da boate Kiss sejam os pais que perderam seus filhos no incêndio", afirma o texto da petição. SOBREVIVENTE Há quatro anos, a vida da terapeuta Kelen Ferreira, 23, dava uma guinada brusca. Além de perder três de suas melhores amigas no incêndio, Kelen, então com 20 anos e estudante universitária, teve uma perna amputada e o 18% do corpo queimado. "Ainda é uma dor muito forte. A do corpo era grande, mas a emocional era ainda pior", diz. Agora, formada em terapia ocupacional, ela quer trabalhar na reabilitação física de pessoas afetadas por queimaduras em Alegrete, sua cidade natal. "Hoje, os atendimentos mais graves desse tipo são feitos em Porto Alegre, o que faz com que as pessoas tenham de viajar mais de 500 km. Sei o quanto isso é difícil para a vítima." "Cheguei a ter contato com um paciente que sofreu choque elétrico e teve o corpo queimado. Com a minha história, ajudei-o. Acho que com tudo o que passei posso levar um lado muito mais humano para a profissão", diz ela. Nesta sexta (27), familiares de vítimas farão uma homenagem na praça central da cidade, em que soltarão 242 balões representando as vítimas da tragédia. Como foi o incêndio
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Startups do Brasil podem participar de programa de aceleração na Finlândia
Já pensou em ir para Finlândia com tudo pago para participar do programa de aceleração do maior evento de empreendedorismo na Europa? Em etapa no Brasil, o Slush Impact selecionará uma startup com modelo de negócio de impacto social ou ambiental positivo para Helsinki, na Finlândia, em novembro. O Slush Impact é um programa de startups que, em parceria com o ministério das Relações Exteriores da Finlândia, realizará uma seleção no Brasil. Em Helsinki, empreendedores sociais de 30 países participarão de workshops e encontrarão com investidores e potenciais parceiros, entre 4 e 13 de novembro. As inscrições para a etapa brasileira são gratuitas e vão até 14 de agosto. As startups selecionadas participarão de uma competição em São Paulo, em 16 de setembro, quando apresentarão seus negócios para uma banca de jurados. Entre os critérios de seleção estão qualificação da equipe, originalidade da ideia de negócio, impacto causado, potencial de escalabilidade e preferencialmente com foco em tecnologia. Podem concorrer empreendedores de todo o Brasil. Informações e inscrições no site da Sens-Lab, organizadora do evento que tem apoio do governo da Finlândia, da venture-building campus Distrito e da empresa ponteAponte, parceira do Prêmio Empreendedor Social.
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Startups do Brasil podem participar de programa de aceleração na FinlândiaJá pensou em ir para Finlândia com tudo pago para participar do programa de aceleração do maior evento de empreendedorismo na Europa? Em etapa no Brasil, o Slush Impact selecionará uma startup com modelo de negócio de impacto social ou ambiental positivo para Helsinki, na Finlândia, em novembro. O Slush Impact é um programa de startups que, em parceria com o ministério das Relações Exteriores da Finlândia, realizará uma seleção no Brasil. Em Helsinki, empreendedores sociais de 30 países participarão de workshops e encontrarão com investidores e potenciais parceiros, entre 4 e 13 de novembro. As inscrições para a etapa brasileira são gratuitas e vão até 14 de agosto. As startups selecionadas participarão de uma competição em São Paulo, em 16 de setembro, quando apresentarão seus negócios para uma banca de jurados. Entre os critérios de seleção estão qualificação da equipe, originalidade da ideia de negócio, impacto causado, potencial de escalabilidade e preferencialmente com foco em tecnologia. Podem concorrer empreendedores de todo o Brasil. Informações e inscrições no site da Sens-Lab, organizadora do evento que tem apoio do governo da Finlândia, da venture-building campus Distrito e da empresa ponteAponte, parceira do Prêmio Empreendedor Social.
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Cingapura condena dois alemães a três açoitamentos por pichar trens
A Justiça da cidade-estado de Cingapura, na Ásia, condenou nesta quinta-feira (5) dois alemães a serem açoitados três vezes com cana de ratan e a nove meses de prisão por pichar um dos trens do metrô da cidade. Em novembro, Andreas Von Knorre, 22, e Elton Hinz, 21, entraram em um depósito dos trens urbanos durante a madrugada e picharam uma das composições. Eles invadiram o local em três ocasiões, entre os dias 6 e 8 daquele mês. Dias depois, deixaram a cidade-estado, mas continuaram sob a vigilância das autoridades locais. Primeiro, foram descobertos em Bancoc para serem presos em 20 de novembro em Kuala Lumpur e extraditados para Cingapura. Os dois se disseram arrependidos antes de serem sentenciados. "Este é o episódio mais negro da minha vida. Quero pedir desculpas a Cingapura por este ato estúpido. Aprendi minha lição e nunca mais faço isso de novo", disse Andreas Von Knorre. "Quero pedir desculpas a vocês e à minha família pela vergonha e pela situação em que me coloquei", disse Elton Hinz. Os dois foram ao tribunal com o uniforme da prisão, que traz a palavra "detento" na lateral da calça e na parte de trás da camiseta. O crime de vandalismo é castigado com uma pena de até três anos de prisão e oito açoitamentos com cana em Cingapura, conhecida por impor penas pesadas contra violações à ordem urbana, como jogar lixo no chão e urinar na rua. Em 2010, o técnico de informática suíço Oliver Fricker ficou preso por sete meses e recebeu três açoites de cana de rattan por vandalizar um trem parado em um depósito. VIOLAÇÕES Segundo o Departamento de Estado americano, Cingapura executou 2.203 sentenças de açoitamento desde 2012, incluindo 1.070 contra estrangeiros, em sua maioria por violações à lei de imigração. "O uso da tortura pelo sistema judicial de Cingapura para punir crimes menores é um indicativo da flagrante desprezo pelos padrões internacionais de direitos humanos", criticou Phil Robertson, diretor para a Ásia da ONG Human Rights Watch. Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha disse respeitar a soberania de Cingapura para poder condenar seus cidadãos.
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Cingapura condena dois alemães a três açoitamentos por pichar trensA Justiça da cidade-estado de Cingapura, na Ásia, condenou nesta quinta-feira (5) dois alemães a serem açoitados três vezes com cana de ratan e a nove meses de prisão por pichar um dos trens do metrô da cidade. Em novembro, Andreas Von Knorre, 22, e Elton Hinz, 21, entraram em um depósito dos trens urbanos durante a madrugada e picharam uma das composições. Eles invadiram o local em três ocasiões, entre os dias 6 e 8 daquele mês. Dias depois, deixaram a cidade-estado, mas continuaram sob a vigilância das autoridades locais. Primeiro, foram descobertos em Bancoc para serem presos em 20 de novembro em Kuala Lumpur e extraditados para Cingapura. Os dois se disseram arrependidos antes de serem sentenciados. "Este é o episódio mais negro da minha vida. Quero pedir desculpas a Cingapura por este ato estúpido. Aprendi minha lição e nunca mais faço isso de novo", disse Andreas Von Knorre. "Quero pedir desculpas a vocês e à minha família pela vergonha e pela situação em que me coloquei", disse Elton Hinz. Os dois foram ao tribunal com o uniforme da prisão, que traz a palavra "detento" na lateral da calça e na parte de trás da camiseta. O crime de vandalismo é castigado com uma pena de até três anos de prisão e oito açoitamentos com cana em Cingapura, conhecida por impor penas pesadas contra violações à ordem urbana, como jogar lixo no chão e urinar na rua. Em 2010, o técnico de informática suíço Oliver Fricker ficou preso por sete meses e recebeu três açoites de cana de rattan por vandalizar um trem parado em um depósito. VIOLAÇÕES Segundo o Departamento de Estado americano, Cingapura executou 2.203 sentenças de açoitamento desde 2012, incluindo 1.070 contra estrangeiros, em sua maioria por violações à lei de imigração. "O uso da tortura pelo sistema judicial de Cingapura para punir crimes menores é um indicativo da flagrante desprezo pelos padrões internacionais de direitos humanos", criticou Phil Robertson, diretor para a Ásia da ONG Human Rights Watch. Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha disse respeitar a soberania de Cingapura para poder condenar seus cidadãos.
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Com crise, personal trainers reduzem preços e apelam para aulas coletivas
Com a taxa de desemprego beirando os 10%, personal trainers perdem alunos, reduzem preços e apelam para aulas coletivas. Assim como outros profissionais liberais, os treinadores pessoais –segmento que viu seu público inflar nos últimos dez anos, na esteira do crescimento econômico e da crescente preocupação com a saúde e o corpo– começam a buscar alternativas para a queda na demanda. "Não tenho como te dar um número, mas houve uma retração considerável na procura por personal e por outros atendimentos individualizados. É uma queixa da categoria que estamos tentando driblar coletivamente", diz Marcos Tadeu, diretor da Sociedade Brasileira de Personal Trainers. Segundo Tadeu, treinadores têm sugerido que seus alunos migrem para academias mais baratas ou mesmo para a academia do prédio a fim de manter os serviços reduzindo os custos. "É mais importante ter acompanhamento do que equipamentos mais caros, então muita gente está saindo da academia e malhando num parque com o personal, por exemplo." Outra alternativa tem sido as aulas coletivas para pequenos grupos. Em 2015, a treinadora Nancy Cardozo viu sua agenda de dez alunos por semana minguar para apenas quatro. "Alguns perderam o emprego, outros tiveram que reduzir gastos por conta da crise ou porque o parceiro ficou desempregado", explica. Na hora, Cardozo recorreu à sua fila de espera, mas logo constatou que ela já não existia e teve de se adaptar. "Primeiro, eu reduzi o preço da minha hora/aula de R$ 150 para R$ 120. Em seguida, baixei novamente, dessa vez para R$ 100. Mais do que isso eu não estou disposta, desvaloriza a profissão", diz. A solução de Cardozo foi montar pequenas turmas de até seis pessoas que ela atende na sala de ginástica de seu prédio, no Morumbi. As aulas duram meia hora e seguem o método HIT (High Intensive Tranining), que trabalha com séries vigorosas por um curto período de tempo. O preço: R$ 50 por aula para cada pessoa. Hoje ela atende três turmas que se exercitam três vezes por semana cada e apenas uma aluna com atendimento individualizado. "Para quem faz musculação tradicional, faz toda a diferença ter uma pessoa ali na sua cola, acompanhando cada movimento. Mas existem outros exercícios que podemos fazer em grupo sem nenhuma perda para o aluno", defende Cardozo. Para Tadeu, a aula em pequenos grupos só traz benefícios. "É mais motivante para o aluno e o valor fica mais viável para os dois lados. Mas não dá para confundir um pequeno grupo de cinco em que o professor realmente tem condições de corrigir a postura de todo mundo com um aulão de academia, onde as pessoas costumam fazer tudo errado e até se lesionam." Entre os exercícios que podem ser feitos em pequenos grupos sem prejuízos estão os treinamentos de alta intensidade, o pilates e a ioga. A arquiteta Renata Lima, 42, fazia ioga com uma professora particular há cinco anos. Em janeiro, decidiu reduzir gastos propondo que as aulas incluíssem mais dois vizinhos. "Era melhor fazer sozinha porque os meus avanços ditavam o ritmo da aula, mas chegou a um ponto que era isso ou fazer numa academia de ioga com outras dez pessoas na sala", diz. Para encontrar mais interessados, ela colocou avisos no elevador do prédio, em Pinheiros. "Um dos vizinhos é um rapaz que já fazia ioga em grupo, a outra uma moça que nunca tinha feito nada. Nossa turma é básico/intermediário/avançado num combo só", brinca. Os custos foram reduzidos de R$ 90 por aula para R$ 45 por pessoa.
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Com crise, personal trainers reduzem preços e apelam para aulas coletivasCom a taxa de desemprego beirando os 10%, personal trainers perdem alunos, reduzem preços e apelam para aulas coletivas. Assim como outros profissionais liberais, os treinadores pessoais –segmento que viu seu público inflar nos últimos dez anos, na esteira do crescimento econômico e da crescente preocupação com a saúde e o corpo– começam a buscar alternativas para a queda na demanda. "Não tenho como te dar um número, mas houve uma retração considerável na procura por personal e por outros atendimentos individualizados. É uma queixa da categoria que estamos tentando driblar coletivamente", diz Marcos Tadeu, diretor da Sociedade Brasileira de Personal Trainers. Segundo Tadeu, treinadores têm sugerido que seus alunos migrem para academias mais baratas ou mesmo para a academia do prédio a fim de manter os serviços reduzindo os custos. "É mais importante ter acompanhamento do que equipamentos mais caros, então muita gente está saindo da academia e malhando num parque com o personal, por exemplo." Outra alternativa tem sido as aulas coletivas para pequenos grupos. Em 2015, a treinadora Nancy Cardozo viu sua agenda de dez alunos por semana minguar para apenas quatro. "Alguns perderam o emprego, outros tiveram que reduzir gastos por conta da crise ou porque o parceiro ficou desempregado", explica. Na hora, Cardozo recorreu à sua fila de espera, mas logo constatou que ela já não existia e teve de se adaptar. "Primeiro, eu reduzi o preço da minha hora/aula de R$ 150 para R$ 120. Em seguida, baixei novamente, dessa vez para R$ 100. Mais do que isso eu não estou disposta, desvaloriza a profissão", diz. A solução de Cardozo foi montar pequenas turmas de até seis pessoas que ela atende na sala de ginástica de seu prédio, no Morumbi. As aulas duram meia hora e seguem o método HIT (High Intensive Tranining), que trabalha com séries vigorosas por um curto período de tempo. O preço: R$ 50 por aula para cada pessoa. Hoje ela atende três turmas que se exercitam três vezes por semana cada e apenas uma aluna com atendimento individualizado. "Para quem faz musculação tradicional, faz toda a diferença ter uma pessoa ali na sua cola, acompanhando cada movimento. Mas existem outros exercícios que podemos fazer em grupo sem nenhuma perda para o aluno", defende Cardozo. Para Tadeu, a aula em pequenos grupos só traz benefícios. "É mais motivante para o aluno e o valor fica mais viável para os dois lados. Mas não dá para confundir um pequeno grupo de cinco em que o professor realmente tem condições de corrigir a postura de todo mundo com um aulão de academia, onde as pessoas costumam fazer tudo errado e até se lesionam." Entre os exercícios que podem ser feitos em pequenos grupos sem prejuízos estão os treinamentos de alta intensidade, o pilates e a ioga. A arquiteta Renata Lima, 42, fazia ioga com uma professora particular há cinco anos. Em janeiro, decidiu reduzir gastos propondo que as aulas incluíssem mais dois vizinhos. "Era melhor fazer sozinha porque os meus avanços ditavam o ritmo da aula, mas chegou a um ponto que era isso ou fazer numa academia de ioga com outras dez pessoas na sala", diz. Para encontrar mais interessados, ela colocou avisos no elevador do prédio, em Pinheiros. "Um dos vizinhos é um rapaz que já fazia ioga em grupo, a outra uma moça que nunca tinha feito nada. Nossa turma é básico/intermediário/avançado num combo só", brinca. Os custos foram reduzidos de R$ 90 por aula para R$ 45 por pessoa.
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Governo de São Paulo cancelou contrato para forçar propina, diz delator
O dirigente de uma cooperativa investigada em um esquema de fraude em merenda escolar em São Paulo afirmou ao Ministério Público que a Secretaria da Educação do governo Geraldo Alckmin (PSDB) cancelou um contrato com a entidade para pressioná-lo a pagar propina. Segundo Cássio Chebabi, ex-presidente da Coaf (Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar) que fechou acordo de delação, a entidade venceu em 2013 uma chamada pública –sem licitação, como autoriza a lei em caso de agricultura familiar– para fornecer cerca de R$ 8 milhões em suco de laranja para merenda da rede estadual. Após o início da produção da encomenda, a maior que a Coaf tinha, o governo cancelou o contrato, trazendo prejuízos à cooperativa, que precisou gastar para congelar a matéria-prima. Foi quando, de acordo com o delator, um dos operadores do esquema, Marcel Ferreira Julio, disse ser ligado ao deputado Fernando Capez (PSDB), hoje presidente da Assembleia Legislativa, e ter poder de destravar o contrato. Era necessário fazer um "acordo" e pagar um percentual, o que Chebabi aceitou. O depoimento foi prestado no último dia 21 em Bebedouro (SP), onde fica a Coaf. Conforme a Folha apurou, a versão é considerada factível pelo Ministério Público e está sob investigação. Em razão da menção a políticos com foro privilegiado, como Capez, a apuração sobre envolvimento de órgãos estaduais será feita pela Procuradoria-Geral de Justiça. A Secretaria da Educação confirmou à reportagem que cancelou a chamada pública em setembro de 2013 e que fez uma nova no ano seguinte, vencida novamente pela Coaf (R$ 8,5 milhões) junto com a Coagrosol (R$ 3,6 milhões) –cooperativa que já era fornecedora do Estado. Sem explicar motivos do cancelamento da primeira chamada, a pasta disse que o segundo contrato foi mais vantajoso. O esquema na merenda, que tem no centro a Coaf, foi desmontado na semana passada pela Operação Alba Branca. Apontado como o lobista ligado aos contratos com o governo Alckmin, Marcel é filho do ex-deputado Leonel Julio. Ele ainda não se apresentou à Justiça. O depoimento do ex-presidente da Coaf prosseguiu relatando que Marcel lhe contou que a antiga empresa fornecedora da Educação, a Citricardilli, havia pagado R$ 100 mil para o então secretário da pasta, Herman Voorwald, para ele não assinar o contrato com a Coaf e abrir uma nova chamada pública. Outro investigado, o vendedor da Coaf Carlos Luciano Lopes, disse em depoimento que Capez pediu à Educação para abrir nova chamada e advertiu Voorwald para que a Coaf a vencesse. O funcionário da cooperativa disse que, nesse contrato, foram pagos 10% de comissão, repassados a Marcel. O promotor Leonardo Romanelli, do Gaeco de Ribeirão Preto, que atua na região de Bebedouro, criticou a divulgação dos nomes de deputados citados por investigados e disse que essa parte da apuração começará na próxima semana na Procuradoria-Geral de Justiça, em São Paulo. OUTRO LADO A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo afirmou, em nota, que o contrato advindo da segunda chamada pública foi mais vantajoso que o da primeira. Questionada, não explicou o motivo técnico do cancelamento. "A [segunda] chamada registrou redução no preço de 8,3% no valor para unidades de suco de laranja de 200 ml –saindo de R$ 1,56 para R$ 1,43– e de 1,61% nas unidades de 1 litro, saindo de R$ 6,20 para R$6,10", disse a secretaria. "A Pasta segue a legislação do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) criado pelo governo federal, que institui a inserção, na alimentação escolar, de 30% de alimentos cultivados e produzidos por meio da agricultura familiar e se mantém à disposição da Polícia Civil e do Ministério Público no que for necessário para dar sequencia às investigações." A Folha não localizou Herman Voorwald ou Marcel Julio. Fernando Capez negou envolvimento no esquema.
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Governo de São Paulo cancelou contrato para forçar propina, diz delatorO dirigente de uma cooperativa investigada em um esquema de fraude em merenda escolar em São Paulo afirmou ao Ministério Público que a Secretaria da Educação do governo Geraldo Alckmin (PSDB) cancelou um contrato com a entidade para pressioná-lo a pagar propina. Segundo Cássio Chebabi, ex-presidente da Coaf (Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar) que fechou acordo de delação, a entidade venceu em 2013 uma chamada pública –sem licitação, como autoriza a lei em caso de agricultura familiar– para fornecer cerca de R$ 8 milhões em suco de laranja para merenda da rede estadual. Após o início da produção da encomenda, a maior que a Coaf tinha, o governo cancelou o contrato, trazendo prejuízos à cooperativa, que precisou gastar para congelar a matéria-prima. Foi quando, de acordo com o delator, um dos operadores do esquema, Marcel Ferreira Julio, disse ser ligado ao deputado Fernando Capez (PSDB), hoje presidente da Assembleia Legislativa, e ter poder de destravar o contrato. Era necessário fazer um "acordo" e pagar um percentual, o que Chebabi aceitou. O depoimento foi prestado no último dia 21 em Bebedouro (SP), onde fica a Coaf. Conforme a Folha apurou, a versão é considerada factível pelo Ministério Público e está sob investigação. Em razão da menção a políticos com foro privilegiado, como Capez, a apuração sobre envolvimento de órgãos estaduais será feita pela Procuradoria-Geral de Justiça. A Secretaria da Educação confirmou à reportagem que cancelou a chamada pública em setembro de 2013 e que fez uma nova no ano seguinte, vencida novamente pela Coaf (R$ 8,5 milhões) junto com a Coagrosol (R$ 3,6 milhões) –cooperativa que já era fornecedora do Estado. Sem explicar motivos do cancelamento da primeira chamada, a pasta disse que o segundo contrato foi mais vantajoso. O esquema na merenda, que tem no centro a Coaf, foi desmontado na semana passada pela Operação Alba Branca. Apontado como o lobista ligado aos contratos com o governo Alckmin, Marcel é filho do ex-deputado Leonel Julio. Ele ainda não se apresentou à Justiça. O depoimento do ex-presidente da Coaf prosseguiu relatando que Marcel lhe contou que a antiga empresa fornecedora da Educação, a Citricardilli, havia pagado R$ 100 mil para o então secretário da pasta, Herman Voorwald, para ele não assinar o contrato com a Coaf e abrir uma nova chamada pública. Outro investigado, o vendedor da Coaf Carlos Luciano Lopes, disse em depoimento que Capez pediu à Educação para abrir nova chamada e advertiu Voorwald para que a Coaf a vencesse. O funcionário da cooperativa disse que, nesse contrato, foram pagos 10% de comissão, repassados a Marcel. O promotor Leonardo Romanelli, do Gaeco de Ribeirão Preto, que atua na região de Bebedouro, criticou a divulgação dos nomes de deputados citados por investigados e disse que essa parte da apuração começará na próxima semana na Procuradoria-Geral de Justiça, em São Paulo. OUTRO LADO A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo afirmou, em nota, que o contrato advindo da segunda chamada pública foi mais vantajoso que o da primeira. Questionada, não explicou o motivo técnico do cancelamento. "A [segunda] chamada registrou redução no preço de 8,3% no valor para unidades de suco de laranja de 200 ml –saindo de R$ 1,56 para R$ 1,43– e de 1,61% nas unidades de 1 litro, saindo de R$ 6,20 para R$6,10", disse a secretaria. "A Pasta segue a legislação do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) criado pelo governo federal, que institui a inserção, na alimentação escolar, de 30% de alimentos cultivados e produzidos por meio da agricultura familiar e se mantém à disposição da Polícia Civil e do Ministério Público no que for necessário para dar sequencia às investigações." A Folha não localizou Herman Voorwald ou Marcel Julio. Fernando Capez negou envolvimento no esquema.
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Seleção feminina bate a Espanha e avança para as oitavas do Mundial
Em jogo equilibrado, a seleção brasileira de futebol feminino derrotou a Espanha por 1 a 0, em Montreal, no Canadá, na abertura da segunda rodada do Grupo E da Copa do Mundo. O resultado garantiu a classificação, com uma rodada de antecedência, do time nacional para as oitavas de final do Mundial. Andressa Alvez, aos 43min do primeiro tempo, marcou o único gol da equipe dirigida por Vadão. Com uma atuação fraca na etapa inicial, o Brasil começou a partida dominado pelo time espanhol. Entretanto, o gol deu tranquilidade para o time atuar mais solto no segundo tempo, quando criou as melhores oportunidades. A vitória deixa o Brasil na liderança da chave, com seis pontos. Espanha e Costa Rica dividem o segundo lugar, com um ponto cada, seguidas pela Coreia do Sul, que ainda não pontuou. As costarriquenhas e sul-coreanas se enfrentam ainda neste sábado, às 20h. Na última rodada, marcada para a próxima quarta-feira (17), a seleção brasileira joga diante da Costa Rica, em Moncton. O JOGO Com a mesma escalação da estreia, o Brasil não repetiu o mesmo desempenho. Mesmo superior tecnicamente, a equipe teve dificuldades para superar a forte marcação das espanholas. A primeira oportunidade de perigo foi da seleção europeia. Aos 7min, Losada lançou a atacante Pablos atrás das zagueiras brasileiras, mas a finalização saiu à direita da meta defendida por Luciana. Cinco minutos mais tarde, Rafaelle tentou cortar um cruzamento da esquerda e quase fez contra. Até então inferior no confronto, o Brasil abriu o placar aos 43min. Andressa Alves recebeu passe de Rafaelle e tocou na saída da goleira Tirapu. Jiménez cortou quase sobre a linha, mas a sobra voltou para a brasileira, que então chutou para o gol vazio. Após o intervalo, o Brasil mudou a postura. Mais disposta a tocar a bola, a equipe envolveu a Espanha. Aos 10min, Andressa Alves recebeu de Andressinha na esquerda e bateu rente ao ângulo superior direito da meta de Tirapu. A resposta espanhola veio aos 25min, quando Pablos desviou cruzamento de Borja à direita do gol brasileiro. Quatro minutos depois, Formiga recebeu de Marta dentro da área e bateu perto da trave direita, desperdiçando a melhor chance do Brasil para ampliar a vantagem. Nos acréscimos, Paredes teve a chance do empate, mas carimbou o poste esquerdo de Luciana.
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Seleção feminina bate a Espanha e avança para as oitavas do MundialEm jogo equilibrado, a seleção brasileira de futebol feminino derrotou a Espanha por 1 a 0, em Montreal, no Canadá, na abertura da segunda rodada do Grupo E da Copa do Mundo. O resultado garantiu a classificação, com uma rodada de antecedência, do time nacional para as oitavas de final do Mundial. Andressa Alvez, aos 43min do primeiro tempo, marcou o único gol da equipe dirigida por Vadão. Com uma atuação fraca na etapa inicial, o Brasil começou a partida dominado pelo time espanhol. Entretanto, o gol deu tranquilidade para o time atuar mais solto no segundo tempo, quando criou as melhores oportunidades. A vitória deixa o Brasil na liderança da chave, com seis pontos. Espanha e Costa Rica dividem o segundo lugar, com um ponto cada, seguidas pela Coreia do Sul, que ainda não pontuou. As costarriquenhas e sul-coreanas se enfrentam ainda neste sábado, às 20h. Na última rodada, marcada para a próxima quarta-feira (17), a seleção brasileira joga diante da Costa Rica, em Moncton. O JOGO Com a mesma escalação da estreia, o Brasil não repetiu o mesmo desempenho. Mesmo superior tecnicamente, a equipe teve dificuldades para superar a forte marcação das espanholas. A primeira oportunidade de perigo foi da seleção europeia. Aos 7min, Losada lançou a atacante Pablos atrás das zagueiras brasileiras, mas a finalização saiu à direita da meta defendida por Luciana. Cinco minutos mais tarde, Rafaelle tentou cortar um cruzamento da esquerda e quase fez contra. Até então inferior no confronto, o Brasil abriu o placar aos 43min. Andressa Alves recebeu passe de Rafaelle e tocou na saída da goleira Tirapu. Jiménez cortou quase sobre a linha, mas a sobra voltou para a brasileira, que então chutou para o gol vazio. Após o intervalo, o Brasil mudou a postura. Mais disposta a tocar a bola, a equipe envolveu a Espanha. Aos 10min, Andressa Alves recebeu de Andressinha na esquerda e bateu rente ao ângulo superior direito da meta de Tirapu. A resposta espanhola veio aos 25min, quando Pablos desviou cruzamento de Borja à direita do gol brasileiro. Quatro minutos depois, Formiga recebeu de Marta dentro da área e bateu perto da trave direita, desperdiçando a melhor chance do Brasil para ampliar a vantagem. Nos acréscimos, Paredes teve a chance do empate, mas carimbou o poste esquerdo de Luciana.
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Alexandre Figliolino: Fôlego extra para o agronegócio brasileiro
O que podemos esperar do agronegócio brasileiro diante de perspectivas desafiadoras no cenário econômico de nosso país para este ano? Para surpresa de muitos, temos alguns sinais favoráveis ao setor de agronegócio, um dos mais dinâmicos e competitivos da economia brasileira. Alguns aspectos externos e internos terão impacto bastante positivo no desempenho do segmento. Outros, sabe-se, deverão dificultar sua performance, mas é possível traçar um panorama no qual o agronegócio supera as dificuldades intrínsecas ao negócio e promove crescimento em um país com prognósticos econômicos complexos neste ano. Para falar de 2015, é importante olharmos com atenção para os dados do ano anterior. O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio estimado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq-USP, encerrou 2014 com crescimento acumulado de 1,59%. O desempenho, ainda que abaixo da expansão de 5,22% apurada em 2013, é robusto se comparado ao crescimento praticamente nulo (0,1%) para o PIB do Brasil no ano passado. Sendo assim, a situação do agronegócio em nosso país, com dinâmica voltada à exportação, é amplamente mais favorável atualmente, se comparada a outros setores industriais, notadamente aqueles que são dependentes do mercado interno. E o que contribui oportunamente com esta conjuntura é a valorização do dólar. O câmbio devolveu a competitividade ao agronegócio brasileiro. A desvalorização do Real, em torno de 34% nos últimos 12 meses, tende a favorecer os exportadores de commodities agrícolas e a posicionar o setor como estratégico à retomada do crescimento do Brasil. O câmbio –na faixa entre R$ 2,90 e R$ 3,20–, por exemplo, beneficia os produtores de soja, auxiliando-os a enfrentar a cotação abaixo de US$ 10/bushel na Bolsa de Chicago, já que agora trocam a mesma quantidade de dólares por uma receita maior em reais. Adicionalmente, este novo patamar do dólar gera a perspectiva de rentabilidade operacional entre R$ 500 e R$ 800 por hectare - valor aceitável aos produtores. O antagonismo fica por conta dos insumos demandados pelo setor, já que fertilizantes e defensivos ficam mais caros em dólar. O retorno da Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide), por sua vez, dá folego extra aos produtores de açúcar e etanol, deixando as margens ligeiramente positivas. Isto porque a redução progressiva da alíquota da Cide sobre os combustíveis, passando de R$ 0,28/l em maio de 2008 para zero em junho de 2012, impactou diretamente na arrecadação das companhias do setor sucroalcooleiro e representou uma perda de mais de R$ 16 bilhões para as empresas do ramo neste mesmo período. De modo geral, as perspectivas para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas (caroço de algodão, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, girassol, sorgo, trigo e triticale) também seguem positivas. A terceira estimativa de 2015 divulgada pelo IBGE totalizou 199,7 milhões de toneladas, 3,6% superior à obtida em 2014 (192,8 milhões de toneladas). Ademais, há de se reconhecer que as bases de um desenvolvimento sustentável para o setor de agronegócio perpassam pela conjuntura macroeconômica e política internas e externas. E esforços internos em prol do setor têm ganhado relevância, como o contínuo investimento em tecnologia, melhorias na infraestrutura logística, um ambiente regulatório menos nocivo às atividades de produtores e empresários, bem como maior abertura do governo para o diálogo. Nem tudo são flores no campo do agronegócio brasileiro, contudo. O contraponto às perspectivas mais otimistas começa a ser observado no segmento de proteína animal, que apresentou desempenho muito positivo no segundo semestre de 2014, com boas margens para suínos, frangos e carne bovina. Este avanço refletiu o embargo da Rússia aos produtores de carne dos Estados Unidos, União Europeia e Austrália, o que possibilitou o incremento das compras do Brasil. Este cenário positivo, no entanto, neste ano esbarra na desvalorização do rublo e, consequentemente, nos resultados dos criadores brasileiros que deixarão de exportar aos russos. Além disso, a queda dos preços do petróleo afeta a renda de importantes importadores de nossas commodities agrícolas. Mesmo diante de uma demanda mundial por alimentos crescente e a previsão de uma safra recorde, o momento econômico dos países que integram majoritariamente a pauta de exportação do agronegócio brasileiro exige atenção. É o caso de China, Rússia, Oriente Médio e Venezuela, alguns dos principais destinos dos produtos agropecuários brasileiros. A desaceleração do crescimento da China, o grande destino das commodities agrícolas brasileiras, impacta em especial os embarques de açúcar. O enfraquecimento do rublo russo reflete na demanda do país por proteína animal. A queda nos preços do petróleo reduz a demanda do Oriente Médio, forte comprador de carne e de açúcar, enquanto a instabilidade política na Venezuela interfere no mercado de aves e carne. Há que se avaliar ainda os impactos e desdobramentos de fatores como a revisão da legislação trabalhista e a atuação concreta e constante da defesa sanitária na atividade em nosso país. A contemplação dessas questões, em seus aspectos positivos e sensíveis, ajudará a pavimentar o caminho mais efetivo para promover a competitividade do agronegócio brasileiro. A pauta é diversificada e complexa, mas, com algum esforço, poderemos desatar alguns nós que obstaculizam o desenvolvimento de um dos setores em que há clara vantagem competitiva global do país. ALEXANDRE FIGLIOLINO, diretor de agronegócio do Itaú BBA * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
opiniao
Alexandre Figliolino: Fôlego extra para o agronegócio brasileiroO que podemos esperar do agronegócio brasileiro diante de perspectivas desafiadoras no cenário econômico de nosso país para este ano? Para surpresa de muitos, temos alguns sinais favoráveis ao setor de agronegócio, um dos mais dinâmicos e competitivos da economia brasileira. Alguns aspectos externos e internos terão impacto bastante positivo no desempenho do segmento. Outros, sabe-se, deverão dificultar sua performance, mas é possível traçar um panorama no qual o agronegócio supera as dificuldades intrínsecas ao negócio e promove crescimento em um país com prognósticos econômicos complexos neste ano. Para falar de 2015, é importante olharmos com atenção para os dados do ano anterior. O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio estimado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq-USP, encerrou 2014 com crescimento acumulado de 1,59%. O desempenho, ainda que abaixo da expansão de 5,22% apurada em 2013, é robusto se comparado ao crescimento praticamente nulo (0,1%) para o PIB do Brasil no ano passado. Sendo assim, a situação do agronegócio em nosso país, com dinâmica voltada à exportação, é amplamente mais favorável atualmente, se comparada a outros setores industriais, notadamente aqueles que são dependentes do mercado interno. E o que contribui oportunamente com esta conjuntura é a valorização do dólar. O câmbio devolveu a competitividade ao agronegócio brasileiro. A desvalorização do Real, em torno de 34% nos últimos 12 meses, tende a favorecer os exportadores de commodities agrícolas e a posicionar o setor como estratégico à retomada do crescimento do Brasil. O câmbio –na faixa entre R$ 2,90 e R$ 3,20–, por exemplo, beneficia os produtores de soja, auxiliando-os a enfrentar a cotação abaixo de US$ 10/bushel na Bolsa de Chicago, já que agora trocam a mesma quantidade de dólares por uma receita maior em reais. Adicionalmente, este novo patamar do dólar gera a perspectiva de rentabilidade operacional entre R$ 500 e R$ 800 por hectare - valor aceitável aos produtores. O antagonismo fica por conta dos insumos demandados pelo setor, já que fertilizantes e defensivos ficam mais caros em dólar. O retorno da Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide), por sua vez, dá folego extra aos produtores de açúcar e etanol, deixando as margens ligeiramente positivas. Isto porque a redução progressiva da alíquota da Cide sobre os combustíveis, passando de R$ 0,28/l em maio de 2008 para zero em junho de 2012, impactou diretamente na arrecadação das companhias do setor sucroalcooleiro e representou uma perda de mais de R$ 16 bilhões para as empresas do ramo neste mesmo período. De modo geral, as perspectivas para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas (caroço de algodão, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, girassol, sorgo, trigo e triticale) também seguem positivas. A terceira estimativa de 2015 divulgada pelo IBGE totalizou 199,7 milhões de toneladas, 3,6% superior à obtida em 2014 (192,8 milhões de toneladas). Ademais, há de se reconhecer que as bases de um desenvolvimento sustentável para o setor de agronegócio perpassam pela conjuntura macroeconômica e política internas e externas. E esforços internos em prol do setor têm ganhado relevância, como o contínuo investimento em tecnologia, melhorias na infraestrutura logística, um ambiente regulatório menos nocivo às atividades de produtores e empresários, bem como maior abertura do governo para o diálogo. Nem tudo são flores no campo do agronegócio brasileiro, contudo. O contraponto às perspectivas mais otimistas começa a ser observado no segmento de proteína animal, que apresentou desempenho muito positivo no segundo semestre de 2014, com boas margens para suínos, frangos e carne bovina. Este avanço refletiu o embargo da Rússia aos produtores de carne dos Estados Unidos, União Europeia e Austrália, o que possibilitou o incremento das compras do Brasil. Este cenário positivo, no entanto, neste ano esbarra na desvalorização do rublo e, consequentemente, nos resultados dos criadores brasileiros que deixarão de exportar aos russos. Além disso, a queda dos preços do petróleo afeta a renda de importantes importadores de nossas commodities agrícolas. Mesmo diante de uma demanda mundial por alimentos crescente e a previsão de uma safra recorde, o momento econômico dos países que integram majoritariamente a pauta de exportação do agronegócio brasileiro exige atenção. É o caso de China, Rússia, Oriente Médio e Venezuela, alguns dos principais destinos dos produtos agropecuários brasileiros. A desaceleração do crescimento da China, o grande destino das commodities agrícolas brasileiras, impacta em especial os embarques de açúcar. O enfraquecimento do rublo russo reflete na demanda do país por proteína animal. A queda nos preços do petróleo reduz a demanda do Oriente Médio, forte comprador de carne e de açúcar, enquanto a instabilidade política na Venezuela interfere no mercado de aves e carne. Há que se avaliar ainda os impactos e desdobramentos de fatores como a revisão da legislação trabalhista e a atuação concreta e constante da defesa sanitária na atividade em nosso país. A contemplação dessas questões, em seus aspectos positivos e sensíveis, ajudará a pavimentar o caminho mais efetivo para promover a competitividade do agronegócio brasileiro. A pauta é diversificada e complexa, mas, com algum esforço, poderemos desatar alguns nós que obstaculizam o desenvolvimento de um dos setores em que há clara vantagem competitiva global do país. ALEXANDRE FIGLIOLINO, diretor de agronegócio do Itaú BBA * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Chiclete e Daniela, em Salvador, e Boitatá, no Rio, coroam o domingo
Para você que já curtiu sexta e sábado na folia, nada mais justo que continue o domingo com o nível dos dias anteriores. Nas principais capitais foliãs do país não faltam opções. Em Salvador, o tradicional bloco Camaleão, que atualmente é sinônimo de Chiclete com Banana, desfila à tarde no circuito Barra-Ondina, seguido horas mais tarde por Daniela Mercury. No Rio, o bloco Cordão do Boitatá é opção de quem quer curtir um bloco lúdico, em que os foliões capricham na fantasia. O Boitatá é um dos símbolos da retomada do Carnaval de rua do Rio, nos anos 2000. Uma turma alternativa, que optou por manter a folia no centro da cidade a despeito das nobres ruas da zona sul, transformou o bloco num dois mais cultuados. O bloco é parado, na Praça Quinze. Para uma experiência ainda mais "local", procure pela dissidência do Boitatá, o Cordão do Boi Tolo. Mas esse é "meio secreto", na base do boca a boca. Fica a dica: procure saber. RIO DE JANEIRO Cordão do Boitatá, 9h, praça Quinze, Centro O Boitatá é um dos mais tradicionais blocos do Rio. No início dos anos 2000, o cortejo circulava pelas ruas do centro e terminava na praça Quinze. Em pouco tempo, se tornou um dos favoritos dos cariocas. Foi ali também onde se consolidou a cultura da fantasia improvisada, que é hoje a marca registrada do Carnaval de rua do Rio. O público fantasiado tomava a escadaria da Assembleia Legislativa em meio à festa democrática. Os músicos, preocupados com a superlotação, começaram a marcar horários fictícios para o cortejo, deixando muita gente na mão. Daí surgiu o Boi Tolo, uma dissidência do Boitatá. Alguns músicos se encontraram no horário falso e constataram que eram os "tolos" da vez. Decidiram, então, sair em cortejo mesmo assim, dando início ao bloco mais alternativo do Rio, o Cordão do Boi Tolo. Atualmente, o Boitatá não faz cortejo, e fica em um palco na praça. Muitos foliões iam para o palco e esperavam os músicos do Boi Tolo saírem em cortejo. Atualmente, os blocos são totalmente dissociados. Para saber onde o Boi Tolo irá desfilar, a recomendação é o boca a boca, já que há um clima de mistério sobre o local, justamente para evitar a superlotação. O Boitatá permanece na praça Quinze e ainda é uma das principais opções dos cariocas. É opção também para quem quer aproveitar um bom som ao vivo, em uma praça arborizada em tempos de calor escaldante na cidade. Areia, 10h, Leblon, Rua Dias Ferreira O Areia é conhecido por ser frequentado pela juventude da zona sul. Mulheres e homens bem nascidos se reúnem na festa, que tem estrutura com banheiros e UTI móvel no trajeto do cortejo. Ele é um dos favoritos dos que buscam um lance com o "menino do Rio" ou a "garota de Ipanema". O bloco nasceu em 2002 em uma reunião de frequentadores de uma rede de vôlei no Leblon. Em pouco tempo virou um dos grandes, comparados a títulos tradicionais como Simpatia é Quase Amor ou Suvaco do Cristo. SALVADOR Camaleão, 15h45, circuito Barra-Ondina Um dos blocos de trio mais tradicionais do Carnaval de Salvador, o Camaleão desfila domingo, segunda e terça no circuito Barra-Ondina. Fundado em 1979, foi batizado com esse nome pelo artista plástico Bel Borba, numa homenagem aos camaleões podiam ser encontrados na praça da Piedade, centro de Salvador. Artistas como Luiz Caldas já comandaram o bloco, que desde 1989 passou a ser sinônimo da banda Chiclete com Banana. Em 2015, o bloco passou a ser comandado pelo cantor Bell Marques, que iniciou carreira-solo após deixar o Chiclete. Ainda hoje, é um dos blocos mais procurados do Carnaval de Salvador. Seu abadá chega a custar R$ 1.000 para um dia de desfile. Crocodilo, 18h45, circuito Barra-Ondina Um dos pioneiros do circuito Barra-Ondina, o Crocodilo desfila dois dias sob o comando de Daniela Mercury. Fundado nos anos 1990, o bloco já desfilou com artistas como Ricardo Chaves, que estourou um 1993 com a música "É o Bicho", uma homenagem ao bloco. Com Daniela Mercury, o bloco se tornou um dos mais procurados pelo público LGBT em Salvador. RECIFE-OLINDA Inimigos o ano inteiro, heróis e vilões dão uma trégua no domingo (26) para brincar no Carnaval de Olinda (PE). Sem abrir mão da identidade secreta, famosos e anônimos sobem o Alto da Sé no encontro do bloco "Enquanto isso na Sala da Justiça". A concentração ocorre às 9h. À noite, na praça do Marco Zero, principal palco da folia no Recife, os clarins do frevo saem de cena e dão espaço ao pandeiro do samba. As grandes atrações da noite são os cantores Jorge Aragão e Leci Brandão que apresentarão, a partir da 0h, o melhor do ritmo centenário. "Enquanto isso na Sala da Justiça" Alto da Sé (Olinda) 9h "Noite do Samba" Praça do Marco Zero (Recife Antigo) 19h BELO HORIZONTE Pena de Pavão de Krishna, 7h, Capela Nossa Senhora do Rosário, Morro Vermelho, Distrito de Caeté Ritualizado e sagrado, é um bloco diferente, que estreou em 2013 e cujo nome surgiu de uma letra de Caetano Veloso. Os participantes pintam o rosto de azul e usam acessórios indianos, em homenagem ao deus hinduísta Krishna. Neste ano, o bloco vai partir de Morro Vermelho, no distrito de Caeté, a 45 km de BH. O trajeto é um prol das águas. Serão disponibilizados ônibus para chegar ao local. Busca Blocos
cotidiano
Chiclete e Daniela, em Salvador, e Boitatá, no Rio, coroam o domingoPara você que já curtiu sexta e sábado na folia, nada mais justo que continue o domingo com o nível dos dias anteriores. Nas principais capitais foliãs do país não faltam opções. Em Salvador, o tradicional bloco Camaleão, que atualmente é sinônimo de Chiclete com Banana, desfila à tarde no circuito Barra-Ondina, seguido horas mais tarde por Daniela Mercury. No Rio, o bloco Cordão do Boitatá é opção de quem quer curtir um bloco lúdico, em que os foliões capricham na fantasia. O Boitatá é um dos símbolos da retomada do Carnaval de rua do Rio, nos anos 2000. Uma turma alternativa, que optou por manter a folia no centro da cidade a despeito das nobres ruas da zona sul, transformou o bloco num dois mais cultuados. O bloco é parado, na Praça Quinze. Para uma experiência ainda mais "local", procure pela dissidência do Boitatá, o Cordão do Boi Tolo. Mas esse é "meio secreto", na base do boca a boca. Fica a dica: procure saber. RIO DE JANEIRO Cordão do Boitatá, 9h, praça Quinze, Centro O Boitatá é um dos mais tradicionais blocos do Rio. No início dos anos 2000, o cortejo circulava pelas ruas do centro e terminava na praça Quinze. Em pouco tempo, se tornou um dos favoritos dos cariocas. Foi ali também onde se consolidou a cultura da fantasia improvisada, que é hoje a marca registrada do Carnaval de rua do Rio. O público fantasiado tomava a escadaria da Assembleia Legislativa em meio à festa democrática. Os músicos, preocupados com a superlotação, começaram a marcar horários fictícios para o cortejo, deixando muita gente na mão. Daí surgiu o Boi Tolo, uma dissidência do Boitatá. Alguns músicos se encontraram no horário falso e constataram que eram os "tolos" da vez. Decidiram, então, sair em cortejo mesmo assim, dando início ao bloco mais alternativo do Rio, o Cordão do Boi Tolo. Atualmente, o Boitatá não faz cortejo, e fica em um palco na praça. Muitos foliões iam para o palco e esperavam os músicos do Boi Tolo saírem em cortejo. Atualmente, os blocos são totalmente dissociados. Para saber onde o Boi Tolo irá desfilar, a recomendação é o boca a boca, já que há um clima de mistério sobre o local, justamente para evitar a superlotação. O Boitatá permanece na praça Quinze e ainda é uma das principais opções dos cariocas. É opção também para quem quer aproveitar um bom som ao vivo, em uma praça arborizada em tempos de calor escaldante na cidade. Areia, 10h, Leblon, Rua Dias Ferreira O Areia é conhecido por ser frequentado pela juventude da zona sul. Mulheres e homens bem nascidos se reúnem na festa, que tem estrutura com banheiros e UTI móvel no trajeto do cortejo. Ele é um dos favoritos dos que buscam um lance com o "menino do Rio" ou a "garota de Ipanema". O bloco nasceu em 2002 em uma reunião de frequentadores de uma rede de vôlei no Leblon. Em pouco tempo virou um dos grandes, comparados a títulos tradicionais como Simpatia é Quase Amor ou Suvaco do Cristo. SALVADOR Camaleão, 15h45, circuito Barra-Ondina Um dos blocos de trio mais tradicionais do Carnaval de Salvador, o Camaleão desfila domingo, segunda e terça no circuito Barra-Ondina. Fundado em 1979, foi batizado com esse nome pelo artista plástico Bel Borba, numa homenagem aos camaleões podiam ser encontrados na praça da Piedade, centro de Salvador. Artistas como Luiz Caldas já comandaram o bloco, que desde 1989 passou a ser sinônimo da banda Chiclete com Banana. Em 2015, o bloco passou a ser comandado pelo cantor Bell Marques, que iniciou carreira-solo após deixar o Chiclete. Ainda hoje, é um dos blocos mais procurados do Carnaval de Salvador. Seu abadá chega a custar R$ 1.000 para um dia de desfile. Crocodilo, 18h45, circuito Barra-Ondina Um dos pioneiros do circuito Barra-Ondina, o Crocodilo desfila dois dias sob o comando de Daniela Mercury. Fundado nos anos 1990, o bloco já desfilou com artistas como Ricardo Chaves, que estourou um 1993 com a música "É o Bicho", uma homenagem ao bloco. Com Daniela Mercury, o bloco se tornou um dos mais procurados pelo público LGBT em Salvador. RECIFE-OLINDA Inimigos o ano inteiro, heróis e vilões dão uma trégua no domingo (26) para brincar no Carnaval de Olinda (PE). Sem abrir mão da identidade secreta, famosos e anônimos sobem o Alto da Sé no encontro do bloco "Enquanto isso na Sala da Justiça". A concentração ocorre às 9h. À noite, na praça do Marco Zero, principal palco da folia no Recife, os clarins do frevo saem de cena e dão espaço ao pandeiro do samba. As grandes atrações da noite são os cantores Jorge Aragão e Leci Brandão que apresentarão, a partir da 0h, o melhor do ritmo centenário. "Enquanto isso na Sala da Justiça" Alto da Sé (Olinda) 9h "Noite do Samba" Praça do Marco Zero (Recife Antigo) 19h BELO HORIZONTE Pena de Pavão de Krishna, 7h, Capela Nossa Senhora do Rosário, Morro Vermelho, Distrito de Caeté Ritualizado e sagrado, é um bloco diferente, que estreou em 2013 e cujo nome surgiu de uma letra de Caetano Veloso. Os participantes pintam o rosto de azul e usam acessórios indianos, em homenagem ao deus hinduísta Krishna. Neste ano, o bloco vai partir de Morro Vermelho, no distrito de Caeté, a 45 km de BH. O trajeto é um prol das águas. Serão disponibilizados ônibus para chegar ao local. Busca Blocos
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China condena ativista preso durante repressão a dezenas de advogados
Um ativista chinês foi condenado, nesta quarta (3), a sete anos e meio de prisão sob a acusação de subversão, no segundo de uma série de casos que ressaltam a determinação do Partido Comunista de controlar os críticos do governo. O julgamento de Hu Shigen, 61, ocorreu um dia após a mesma corte determinar uma sentença de três anos para outro ativista, Zhai Yanmin, 55 —neste caso, porém, com suspensão condicional da pena por quatro anos. A organização Human Rights Watch (HRW) classificou os julgamentos de "falha da Justiça" e cobrou que as acusações sobre os dois (e sobre outros que ainda serão julgados por casos semelhantes) sejam abandonadas. Hu e Zhai foram presos em julho de 2015, com outras duas pessoas, durante uma campanha de repressão do governo contra ativistas e advogados de direitos humanos. Cerca de 300 pessoas foram detidas e questionadas à época, e a maior parte foi solta desde então. Segundo o jornal "China Daily", após a audiência de três horas na corte em Tianjin (a cerca de 100 quilômetros de Pequim), Hu afirmou que o julgamento "foi justo e eu aceito o resultado. Não vou apelar da decisão". Hu foi acusado de liderar uma organização que se disfarçava de igreja, mas que, segundo a acusação, se dedicava a identificar e destacar abusos do governo. Para a procuradoria, de acordo com a imprensa estatal, Hu trabalhava com colegas para "organizar atividades que manipulavam a opinião pública". Para Sophie Richardson, diretora da HRW para a China, "esses casos revelam a manipulação descarada, pelas autoridades chinesas, do sistema legal para silenciar advogados do Estado de Direito e críticos". O caso da detenção dos advogados, em 2015, provocou uma onda de críticas da comunidade internacional contra o governo do presidente Xi Jinping, cujo mandato tem sido marcado pelo cerco sobre a sociedade civil e manifestações de opinião.
mundo
China condena ativista preso durante repressão a dezenas de advogadosUm ativista chinês foi condenado, nesta quarta (3), a sete anos e meio de prisão sob a acusação de subversão, no segundo de uma série de casos que ressaltam a determinação do Partido Comunista de controlar os críticos do governo. O julgamento de Hu Shigen, 61, ocorreu um dia após a mesma corte determinar uma sentença de três anos para outro ativista, Zhai Yanmin, 55 —neste caso, porém, com suspensão condicional da pena por quatro anos. A organização Human Rights Watch (HRW) classificou os julgamentos de "falha da Justiça" e cobrou que as acusações sobre os dois (e sobre outros que ainda serão julgados por casos semelhantes) sejam abandonadas. Hu e Zhai foram presos em julho de 2015, com outras duas pessoas, durante uma campanha de repressão do governo contra ativistas e advogados de direitos humanos. Cerca de 300 pessoas foram detidas e questionadas à época, e a maior parte foi solta desde então. Segundo o jornal "China Daily", após a audiência de três horas na corte em Tianjin (a cerca de 100 quilômetros de Pequim), Hu afirmou que o julgamento "foi justo e eu aceito o resultado. Não vou apelar da decisão". Hu foi acusado de liderar uma organização que se disfarçava de igreja, mas que, segundo a acusação, se dedicava a identificar e destacar abusos do governo. Para a procuradoria, de acordo com a imprensa estatal, Hu trabalhava com colegas para "organizar atividades que manipulavam a opinião pública". Para Sophie Richardson, diretora da HRW para a China, "esses casos revelam a manipulação descarada, pelas autoridades chinesas, do sistema legal para silenciar advogados do Estado de Direito e críticos". O caso da detenção dos advogados, em 2015, provocou uma onda de críticas da comunidade internacional contra o governo do presidente Xi Jinping, cujo mandato tem sido marcado pelo cerco sobre a sociedade civil e manifestações de opinião.
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Pedágio da ponte Rio-Niterói terá preço reduzido a partir desta segunda
A partir da 0h desta segunda-feira (1º), os motoristas que passarem pela ponte Rio-Niterói em direção a Niterói vão pagar novo valor de pedágio. O contrato que alterou a empresa que administra a concessão estabeleceu preço de R$ 3,70, em vez dos atuais R$ 5,20. A Ecoponte vai administrar a via pelos próximos 30 anos e tem prazo de cinco para melhorar os acessos. Em Niterói, será construído o mergulhão sob a praça Renascença; a pista sentido Rio vai ganhar uma alça de ligação com a Linha Vermelha; e no acesso à pista sentido Niterói será implementada a avenida Portuária. O ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, deve acompanhar o início das operações da Ecoponte na noite deste domingo (31), ao lado do diretor-geral da ANTT, Jorge Bastos, e do secretário estadual de Transportes do Rio, Carlos Roberto Osorio. Em evento de reinauguração da praça dos Estivadores, no sábado (30), no centro do Rio, o prefeito Eduardo Paes disse esperar que a redução não incentive as pessoas a irem de carro para o Rio de Janeiro. "Eu espero que não venha mais carro, porque a cidade não suporta, não comporta. Eu acho que a melhor alternativa é a barca. Enfim, tem que discutir esse modelo de concessões que se faz, porque eu acho que baixar pedágio estimula carro e carro é sempre inimigo de cidade".
cotidiano
Pedágio da ponte Rio-Niterói terá preço reduzido a partir desta segundaA partir da 0h desta segunda-feira (1º), os motoristas que passarem pela ponte Rio-Niterói em direção a Niterói vão pagar novo valor de pedágio. O contrato que alterou a empresa que administra a concessão estabeleceu preço de R$ 3,70, em vez dos atuais R$ 5,20. A Ecoponte vai administrar a via pelos próximos 30 anos e tem prazo de cinco para melhorar os acessos. Em Niterói, será construído o mergulhão sob a praça Renascença; a pista sentido Rio vai ganhar uma alça de ligação com a Linha Vermelha; e no acesso à pista sentido Niterói será implementada a avenida Portuária. O ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, deve acompanhar o início das operações da Ecoponte na noite deste domingo (31), ao lado do diretor-geral da ANTT, Jorge Bastos, e do secretário estadual de Transportes do Rio, Carlos Roberto Osorio. Em evento de reinauguração da praça dos Estivadores, no sábado (30), no centro do Rio, o prefeito Eduardo Paes disse esperar que a redução não incentive as pessoas a irem de carro para o Rio de Janeiro. "Eu espero que não venha mais carro, porque a cidade não suporta, não comporta. Eu acho que a melhor alternativa é a barca. Enfim, tem que discutir esse modelo de concessões que se faz, porque eu acho que baixar pedágio estimula carro e carro é sempre inimigo de cidade".
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Foto de confusão em rua de Manchester no Ano-Novo vira sucesso nas redes
O registro de um momento de confusão nas celebrações do Ano-Novo em uma rua no centro de Manchester, no Reino Unido, ganhou as redes e foi comparada a pinturas clássicas do Renascentismo. A imagem, feita pelo fotógrafo freelancer Joel Goodman, mostra um homem caído no chão, tentando segurar uma garrafa de cerveja. Mostra também dois policiais contendo um outro homem no chão, enquanto uma mulher de vestido vermelho parece reclamar logo ao lado. Ao fundo, pedestres observam a cena caótica. O momento da celebração do fim de 2015 foi publicado no site do jornal "Manchester Evening News". Aparentemente, o primeiro a reparar na beleza clássica por trás da cena foi o produtor da rede britânica BBC Roland Hugues, que a comparou a uma bela pintura. Roland Hugues Com as mais de 25 mil retuitadas, o produtor chegou a fazer um post no site da BBC para explicar como ele havia transformado a foto em viral. "Eu subestimo algumas coisas. Era Ano-Novo, então as pessoas estavam em casa sem fazer muita coisa. Há muitos amantes de arte por aí. E as pessoas realmente, realmente gostam de rir dos outros", disse Hugues. Aparentemente, ele está certo. Um usuário do Twitter mostrou que a fotografia se encaixa na espiral de Fibonacci, usada por artistas como Leonardo da Vinci para dar equilíbrio aos elementos de uma pintura. Foto de Manchester Outros internautas compararam a imagem a obras grandiosas, como a Criação de Adão, de Michelangelo. Ao Manchester Evening News, Goodman disse acreditar que o apelo da imagem está na situação inusitada de seus protagonistas. "Há muitas fotografias publicadas que mostram pessoas em momentos felizes. É muito mais seguro e fácil fotografar pessoas felizes, dispostas a posar, do que pessoas bravas e bêbadas", disse. O fotógrafo disse ainda estar lisonjeado com a comparação entre sua foto e arte renascentista, mas que apenas estava "no lugar certo, na hora certa". Pose vira meme
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Foto de confusão em rua de Manchester no Ano-Novo vira sucesso nas redesO registro de um momento de confusão nas celebrações do Ano-Novo em uma rua no centro de Manchester, no Reino Unido, ganhou as redes e foi comparada a pinturas clássicas do Renascentismo. A imagem, feita pelo fotógrafo freelancer Joel Goodman, mostra um homem caído no chão, tentando segurar uma garrafa de cerveja. Mostra também dois policiais contendo um outro homem no chão, enquanto uma mulher de vestido vermelho parece reclamar logo ao lado. Ao fundo, pedestres observam a cena caótica. O momento da celebração do fim de 2015 foi publicado no site do jornal "Manchester Evening News". Aparentemente, o primeiro a reparar na beleza clássica por trás da cena foi o produtor da rede britânica BBC Roland Hugues, que a comparou a uma bela pintura. Roland Hugues Com as mais de 25 mil retuitadas, o produtor chegou a fazer um post no site da BBC para explicar como ele havia transformado a foto em viral. "Eu subestimo algumas coisas. Era Ano-Novo, então as pessoas estavam em casa sem fazer muita coisa. Há muitos amantes de arte por aí. E as pessoas realmente, realmente gostam de rir dos outros", disse Hugues. Aparentemente, ele está certo. Um usuário do Twitter mostrou que a fotografia se encaixa na espiral de Fibonacci, usada por artistas como Leonardo da Vinci para dar equilíbrio aos elementos de uma pintura. Foto de Manchester Outros internautas compararam a imagem a obras grandiosas, como a Criação de Adão, de Michelangelo. Ao Manchester Evening News, Goodman disse acreditar que o apelo da imagem está na situação inusitada de seus protagonistas. "Há muitas fotografias publicadas que mostram pessoas em momentos felizes. É muito mais seguro e fácil fotografar pessoas felizes, dispostas a posar, do que pessoas bravas e bêbadas", disse. O fotógrafo disse ainda estar lisonjeado com a comparação entre sua foto e arte renascentista, mas que apenas estava "no lugar certo, na hora certa". Pose vira meme
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Clássico nacional, feijoada tem versão até com feijão branco
GABRIELA VALDANHA DE SÃO PAULO No Aconchego Carioca, ela aparece "repaginada" em forma de bolinho. Já na Taberna da Esquina, sua receita leva feijão branco e carne de porco. Veja abaixo nove bares em São Paulo que servem a clássica feijoada e bom apetite. ACONCHEGO CARIOCA A feijoada aparece "repaginada" em forma de bolinho (R$ 22; 4 unidades), ladeada de torresmo e de batidinha de limão. Al. Jaú, 1.372, Jardim Paulista, tel. 3062-8262. 70 lugares. Seg.: 18h às 23h. Ter. a sáb.: 12h às 24h. Dom.: 12h às 18h. Preço: R$ 6 (chope Bamberg - 270 ml).Reserva (ter. a sex., 12h às 19h30). - ARMAZÉN PAULISTA Dá para provar a receita (R$ 58,90, com batidas inclusas), servida aos sábados, em sistema de bufê, que inclui linguiça frita. Al. Jauaperi, 570, Moema, tel. 5052-3106. 240 lugares. Seg. a sex.: a partir das 17h. Sáb.: a partir das 12h. Dom.: a partir das 16h. Preço: R$ 7,90 (chope Brahma - 300 ml). Valet (R$ 20). - BAR AURORA Sábado é dia de feijoada (R$ 21,95 por pessoa) e música ao vivo. Para acompanhar, chopes Heineken e Amstel R. Prof. Atílio Innocenti, 277, Vila Nova Conceição, tel. 3078-6968. 170 lugares. Ter. a sex.: a partir das 17h. Sáb.: a partir das 12h. Dom.: a partir das 14h. Preço: R$ 6,90 (chope Amstel - 350 ml). - BAR DA DONA ONÇA No bar-restaurante da chef Janaina Rueda, a feijoada completa dá as caras às quartas e aos sábados (R$ 54 a pequena). Copan. Av. Ipiranga, 200, República, tel. 3257-2016. 80 lugares. Seg. a qua.: 12h às 23h30. Qui. a sáb.: 12h à 0h30. Dom.: 12h às 17h30. Preço: R$ 13,90 (cerveja em garrafa Original - 600 ml). - BAR DO JÔ Na casa do baiano Joilson Batista, o Jô, o prato é a estrela às sextas e aos sábados. Custa R$ 70 e serve dois com folga. R. Cons. Dantas, 479, Canindé, tel. 3311-0347. 80 lugares. Seg. a sex.: 11h às 24h. Sáb.: 11h às 17h. Preço: R$ 12 (cerveja em garrafa Original - 600 ml). Estac. (R$ 5, na r. Rio Bonito, 1.619 - convênio). - BAR DO JUAREZ Para duas pessoas, a feijoada (R$ 95) faz sucesso aos sábados e aos domingos. Av. Jurema, 324/332, Indianópolis, tel. 5052-4449. 320 lugares. Seg. a sex.: 17h à 1h. Sáb. e dom.: 12h à 1h. Preço: R$ 7,10 (chope Brahma Claro - 300 ml). Valet (R$ 20). - BAR DO TON Oferece sua feijuca (R$ 64 na cumbuca pequena) às quartas e aos sábados. R. Dr. Augusto de Miranda, 711, Vila Pompéia, tel. 3232-1213. 110 lugares. Ter. a sáb.: 12h à 1h. Dom.: 11h30 às 17h. Preço: R$ 13 (cerveja em garrafa Heineken - 600 ml). Estac. (R$ 8, no nº 835 - convênio). - TABERNA DA ESQUINA Na versão (R$ 65) de Vítor Sobral, o feijão é branco e há carnes como o lombo. R. Bandeira Paulista, 812, Itaim Bibi, tel. 3167-6491. 80 lugares. Ter. a qui.: 12h às 15h e 19h às 23h30. Sex.: 12h às 15h e 19h às 24h. Sáb.: 12h às 16h e 19h às 24h. Dom.: 12h às 17h. Preço: R$ 7,50 (cerveja long neck Super Bock - 250 ml). Estac. (R$ 20, na r. Uruçu, 82 - convênio). - GENUÍNO A feijoada do bar é servida em sistema de bufê (R$ 66,50) e ao som de chorinho. O ambiente mais agradável do casarão é o quintal, quase sempre lotado. R. Joaquim Távora, 1.217, Vila Mariana, região sul, tel. 5083-4040. 320 lugares. Seg. a sex.: 17h à 1h. Sáb. e dom.: 12h à 1h. Couv. art.: R$ 10. Preço: R$ 7,40 (chope Brahma - 300 ml). Valet (R$ 20). Música ao vivo (sab., 13h às 17h).
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Clássico nacional, feijoada tem versão até com feijão brancoGABRIELA VALDANHA DE SÃO PAULO No Aconchego Carioca, ela aparece "repaginada" em forma de bolinho. Já na Taberna da Esquina, sua receita leva feijão branco e carne de porco. Veja abaixo nove bares em São Paulo que servem a clássica feijoada e bom apetite. ACONCHEGO CARIOCA A feijoada aparece "repaginada" em forma de bolinho (R$ 22; 4 unidades), ladeada de torresmo e de batidinha de limão. Al. Jaú, 1.372, Jardim Paulista, tel. 3062-8262. 70 lugares. Seg.: 18h às 23h. Ter. a sáb.: 12h às 24h. Dom.: 12h às 18h. Preço: R$ 6 (chope Bamberg - 270 ml).Reserva (ter. a sex., 12h às 19h30). - ARMAZÉN PAULISTA Dá para provar a receita (R$ 58,90, com batidas inclusas), servida aos sábados, em sistema de bufê, que inclui linguiça frita. Al. Jauaperi, 570, Moema, tel. 5052-3106. 240 lugares. Seg. a sex.: a partir das 17h. Sáb.: a partir das 12h. Dom.: a partir das 16h. Preço: R$ 7,90 (chope Brahma - 300 ml). Valet (R$ 20). - BAR AURORA Sábado é dia de feijoada (R$ 21,95 por pessoa) e música ao vivo. Para acompanhar, chopes Heineken e Amstel R. Prof. Atílio Innocenti, 277, Vila Nova Conceição, tel. 3078-6968. 170 lugares. Ter. a sex.: a partir das 17h. Sáb.: a partir das 12h. Dom.: a partir das 14h. Preço: R$ 6,90 (chope Amstel - 350 ml). - BAR DA DONA ONÇA No bar-restaurante da chef Janaina Rueda, a feijoada completa dá as caras às quartas e aos sábados (R$ 54 a pequena). Copan. Av. Ipiranga, 200, República, tel. 3257-2016. 80 lugares. Seg. a qua.: 12h às 23h30. Qui. a sáb.: 12h à 0h30. Dom.: 12h às 17h30. Preço: R$ 13,90 (cerveja em garrafa Original - 600 ml). - BAR DO JÔ Na casa do baiano Joilson Batista, o Jô, o prato é a estrela às sextas e aos sábados. Custa R$ 70 e serve dois com folga. R. Cons. Dantas, 479, Canindé, tel. 3311-0347. 80 lugares. Seg. a sex.: 11h às 24h. Sáb.: 11h às 17h. Preço: R$ 12 (cerveja em garrafa Original - 600 ml). Estac. (R$ 5, na r. Rio Bonito, 1.619 - convênio). - BAR DO JUAREZ Para duas pessoas, a feijoada (R$ 95) faz sucesso aos sábados e aos domingos. Av. Jurema, 324/332, Indianópolis, tel. 5052-4449. 320 lugares. Seg. a sex.: 17h à 1h. Sáb. e dom.: 12h à 1h. Preço: R$ 7,10 (chope Brahma Claro - 300 ml). Valet (R$ 20). - BAR DO TON Oferece sua feijuca (R$ 64 na cumbuca pequena) às quartas e aos sábados. R. Dr. Augusto de Miranda, 711, Vila Pompéia, tel. 3232-1213. 110 lugares. Ter. a sáb.: 12h à 1h. Dom.: 11h30 às 17h. Preço: R$ 13 (cerveja em garrafa Heineken - 600 ml). Estac. (R$ 8, no nº 835 - convênio). - TABERNA DA ESQUINA Na versão (R$ 65) de Vítor Sobral, o feijão é branco e há carnes como o lombo. R. Bandeira Paulista, 812, Itaim Bibi, tel. 3167-6491. 80 lugares. Ter. a qui.: 12h às 15h e 19h às 23h30. Sex.: 12h às 15h e 19h às 24h. Sáb.: 12h às 16h e 19h às 24h. Dom.: 12h às 17h. Preço: R$ 7,50 (cerveja long neck Super Bock - 250 ml). Estac. (R$ 20, na r. Uruçu, 82 - convênio). - GENUÍNO A feijoada do bar é servida em sistema de bufê (R$ 66,50) e ao som de chorinho. O ambiente mais agradável do casarão é o quintal, quase sempre lotado. R. Joaquim Távora, 1.217, Vila Mariana, região sul, tel. 5083-4040. 320 lugares. Seg. a sex.: 17h à 1h. Sáb. e dom.: 12h à 1h. Couv. art.: R$ 10. Preço: R$ 7,40 (chope Brahma - 300 ml). Valet (R$ 20). Música ao vivo (sab., 13h às 17h).
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Editorial: Aborto polêmico
De tempos em tempos ganha destaque um caso de aborto que expõe a violência a que a clandestinidade da prática sujeita as mulheres. No mais recente deles, uma jovem de 19 anos usou comprimidos para interromper a gravidez, sentiu-se mal e procurou um médico. Em vez de receber tratamento humanizado, com direito a confidencialidade –como asseguram o Código Penal, o Código de Ética Médica e as normas técnicas do Ministério da Saúde–, foi denunciada pelo profissional que a atendeu. Presa em flagrante, acabou liberada após pagamento de fiança, mas deverá responder a processo. Em tese, poderá sofrer condenação de um a três anos de detenção. Polêmica, a criminalização do aborto divide a sociedade. Para uma parcela da população, o procedimento equipara-se ao assassinato –se não for mais grave, já que a vítima é tida como um inocente que não tem chance de defesa. Para a outra porção, contudo, trata-se de direito inalienável da mulher. O embrião nos estágios iniciais da gestação não é vida plena, mas apenas em potência, e cabe à mulher decidir se quer ou não levar adiante o processo. Tal entendimento tem o apoio desta Folha. Embora seja muito difícil que as pessoas mudem seus sentimentos em relação ao aborto, nada impede a busca de soluções capazes de tornar a discussão menos conflituosa e mais produtiva. Apesar de haver um fosso separando as duas posições, existem objetivos comuns. O mais óbvio deles é reduzir o número de abortos. Mesmo os que defendem a plena liberdade da mulher para realizá-lo concordam que a prática representa uma espécie de último recurso. Assim, outros métodos contraceptivos, bem como a ampla divulgação de informações sobre como utilizá-los, são preferíveis e devem ser disponibilizados para a população. Nessa lista estão incluídas, para os casos de emergência, a chamada pílula do dia seguinte. Verdade que a doutrina oficial da Igreja Católica rejeita até a camisinha, mas a maioria das outras religiões e muitos dos católicos brasileiros não vão tão longe. Na questão do encarceramento também cabe alguma solução de compromisso. Poucos defendem que o lugar das mulheres que tentam o aborto é a cadeia. Isso abre espaço para discutir modificações na lei, de modo a eliminar as penas privativas de liberdade. Por fim, deve-se considerar a realização de um plebiscito a respeito da matéria, criando oportunidade para que os dois lados exponham seus argumentos e deixando a população dar a palavra final.
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Editorial: Aborto polêmicoDe tempos em tempos ganha destaque um caso de aborto que expõe a violência a que a clandestinidade da prática sujeita as mulheres. No mais recente deles, uma jovem de 19 anos usou comprimidos para interromper a gravidez, sentiu-se mal e procurou um médico. Em vez de receber tratamento humanizado, com direito a confidencialidade –como asseguram o Código Penal, o Código de Ética Médica e as normas técnicas do Ministério da Saúde–, foi denunciada pelo profissional que a atendeu. Presa em flagrante, acabou liberada após pagamento de fiança, mas deverá responder a processo. Em tese, poderá sofrer condenação de um a três anos de detenção. Polêmica, a criminalização do aborto divide a sociedade. Para uma parcela da população, o procedimento equipara-se ao assassinato –se não for mais grave, já que a vítima é tida como um inocente que não tem chance de defesa. Para a outra porção, contudo, trata-se de direito inalienável da mulher. O embrião nos estágios iniciais da gestação não é vida plena, mas apenas em potência, e cabe à mulher decidir se quer ou não levar adiante o processo. Tal entendimento tem o apoio desta Folha. Embora seja muito difícil que as pessoas mudem seus sentimentos em relação ao aborto, nada impede a busca de soluções capazes de tornar a discussão menos conflituosa e mais produtiva. Apesar de haver um fosso separando as duas posições, existem objetivos comuns. O mais óbvio deles é reduzir o número de abortos. Mesmo os que defendem a plena liberdade da mulher para realizá-lo concordam que a prática representa uma espécie de último recurso. Assim, outros métodos contraceptivos, bem como a ampla divulgação de informações sobre como utilizá-los, são preferíveis e devem ser disponibilizados para a população. Nessa lista estão incluídas, para os casos de emergência, a chamada pílula do dia seguinte. Verdade que a doutrina oficial da Igreja Católica rejeita até a camisinha, mas a maioria das outras religiões e muitos dos católicos brasileiros não vão tão longe. Na questão do encarceramento também cabe alguma solução de compromisso. Poucos defendem que o lugar das mulheres que tentam o aborto é a cadeia. Isso abre espaço para discutir modificações na lei, de modo a eliminar as penas privativas de liberdade. Por fim, deve-se considerar a realização de um plebiscito a respeito da matéria, criando oportunidade para que os dois lados exponham seus argumentos e deixando a população dar a palavra final.
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Personagens
Canção Seu cabelo dói no ar como a lembrança do filho morto. Os ossos da mão são de marfim, mas nem por isso ela adora os elefantes. Quando fala, tem sempre uma árvore por perto. No seu olhar resta um pouco do silêncio de antes de eu nascer. Figura É louco pelo cardápio de almoço dos botecos, com seus pratos do dia fixos. Segunda, virado à paulista. Terça, dobradinha. Quarta, feijoada. Quinta, macarrão com frango. Sexta, peixe. Sábado, feijoada de novo. (No domingo sofre, trancado num quarto com as janelas fechadas.) Não que sobreviva à base dessa dieta. Em geral almoça em casa. Mas gosta de saber que ela existe. Que ao meio-dia de uma segunda-feira, por exemplo, há milhares de bistecas acompanhadas de arroz, couve, tutu, ovo e torresmo sendo devoradas pela cidade. Diz que dá uma sensação de ordem, de segurança, de continuidade. De que bem ou mal a coisa funciona. De que estamos juntos e no caminho certo. Crença Minha mãe acredita que pessoas que contam os podres de outras pessoas se tornam, no momento em que os contam, mais podres do que as pessoas que estão julgando. — Algumas coisas são mais feias na boca de quem diz do que na vida de quem faz. Ela não imagina o quanto devo a essa frase. Baldinho Não usava bolsa nem mochila, mas um balde de ferro, pequeno, desses de deixar sobre a mesa com gelo e cervejas. Levava-o pra toda parte. E dele tirava, quando necessário: carteira, óculos escuros, comprimidos pra dor de cabeça, livros, CDs, chaves, celular, cartões com dicas de restaurantes, maçã, baralho, moletom. Pelas costas, começaram a chamá-lo de Baldinho. Quando soube do apelido, numa sexta-feira, se sentiu esquisito e passou o fim de semana como que de luto. Na segunda-feira doou o balde pro porteiro do prédio onde vivia com a mãe e comprou numa loja do centro uma mochila preta, comum. Fez questão de rever os amigos e os colegas de trabalho. Queria marcar o fim de uma era de solidão e liberdade traduzidas em exotismo, e o início de uma vida sem confrontos com a moral e os costumes de seu tempo. Mas continuaram a chamá-lo de Baldinho. Idea Um poema de Idea Vilariño (1920-2009), poeta uruguaia, que tem tudo a ver com esses (e outros) tempos. O título é o primeiro verso, e a tradução é minha: Como aceitar a falta de seiva de perfume de água de ar? Como?
colunas
PersonagensCanção Seu cabelo dói no ar como a lembrança do filho morto. Os ossos da mão são de marfim, mas nem por isso ela adora os elefantes. Quando fala, tem sempre uma árvore por perto. No seu olhar resta um pouco do silêncio de antes de eu nascer. Figura É louco pelo cardápio de almoço dos botecos, com seus pratos do dia fixos. Segunda, virado à paulista. Terça, dobradinha. Quarta, feijoada. Quinta, macarrão com frango. Sexta, peixe. Sábado, feijoada de novo. (No domingo sofre, trancado num quarto com as janelas fechadas.) Não que sobreviva à base dessa dieta. Em geral almoça em casa. Mas gosta de saber que ela existe. Que ao meio-dia de uma segunda-feira, por exemplo, há milhares de bistecas acompanhadas de arroz, couve, tutu, ovo e torresmo sendo devoradas pela cidade. Diz que dá uma sensação de ordem, de segurança, de continuidade. De que bem ou mal a coisa funciona. De que estamos juntos e no caminho certo. Crença Minha mãe acredita que pessoas que contam os podres de outras pessoas se tornam, no momento em que os contam, mais podres do que as pessoas que estão julgando. — Algumas coisas são mais feias na boca de quem diz do que na vida de quem faz. Ela não imagina o quanto devo a essa frase. Baldinho Não usava bolsa nem mochila, mas um balde de ferro, pequeno, desses de deixar sobre a mesa com gelo e cervejas. Levava-o pra toda parte. E dele tirava, quando necessário: carteira, óculos escuros, comprimidos pra dor de cabeça, livros, CDs, chaves, celular, cartões com dicas de restaurantes, maçã, baralho, moletom. Pelas costas, começaram a chamá-lo de Baldinho. Quando soube do apelido, numa sexta-feira, se sentiu esquisito e passou o fim de semana como que de luto. Na segunda-feira doou o balde pro porteiro do prédio onde vivia com a mãe e comprou numa loja do centro uma mochila preta, comum. Fez questão de rever os amigos e os colegas de trabalho. Queria marcar o fim de uma era de solidão e liberdade traduzidas em exotismo, e o início de uma vida sem confrontos com a moral e os costumes de seu tempo. Mas continuaram a chamá-lo de Baldinho. Idea Um poema de Idea Vilariño (1920-2009), poeta uruguaia, que tem tudo a ver com esses (e outros) tempos. O título é o primeiro verso, e a tradução é minha: Como aceitar a falta de seiva de perfume de água de ar? Como?
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CPI do SwissLeaks aprova convocação de dirigentes do HSBC
A CPI do SwissLeaks do Senado aprovou nesta terça-feira (24) a convocação de dirigentes do HSBC para falarem sobre as denúncias de evasão fiscal envolvendo o banco na Suíça. Foram convocados a falar na comissão a diretora estaturária de HSBC Participações, Helena Freire McDonnell, o diretor estaturário de HSBC Participações, Cesar Sasson, além de ex-dirigentes como Paulo Sérgio de Góes, Luis Eduardo Alves de Assis e Alexandre Ibitinga de Barros. A CPI também vai pedir ao Ministério da Justiça cópia do processo de investigação do Ministério Público da Suíça em relação ao HSBC, assim como o compartilhamento de informações encaminhadas pelo Ministério da Justiça da França ao Ministério Público e à Polícia Federal do Brasil. O caso, conhecido como SwissLeaks, é uma apuração jornalística internacional feita a partir de dados obtidos do HSBC por um ex-funcionário do banco, Hervé Falcian. Em 2008, ele entregou dados sobre as contas no banco às autoridades da França, que posteriormente compartilharam com outros países. Vice-presidente da CPI, o senador Randolfe Rodrigues criticou a lentidão nos trabalhos da comissão de inquérito, que há mais de 50 dias não ouve nenhum depoimento. "Se nós não tomarmos providência, não fizermos convocações, não quebrarmos sigilos e não aprofundarmos investigações, não há razão de esta CPI existir. Então, acabemos, encerremos a CPI hoje, deixemos o trabalho por conta da Polícia Federal, da Receita Federal, de quem quer que seja, e não façamos mais nada. É mais cômodo", criticou. Os trabalhos da CPI estão previstos para encerrarem no dia 19 de setembro, mas até hoje a comissão não recebeu do Ministério Público da França a lista do SwissLeaks. Os congressistas trabalham com base em informações publicadas pela imprensa brasileira e internacional. Presidente da CPI, o senador Paulo Rocha (PT-PA) disse que conduz os trabalhos da comissão com "precaução e cautela" até que receba os dados oficiais da França. Rocha disse que, dos 362 ofícios encaminhados pela CPI a pessoas que estariam na lista, somente 121 responderam –dos quais, entre outros, 68 negam a existência de contas no exterior e 23 reconhecem as movimentações financeiras, com o envio de certidões encaminhadas à Receita Federal e ao Banco Central. Alguns se negaram a prestar informações à comissão, segundo Rocha. Em relação ao Brasil, a lista indica que os correntistas brasileiros tinham cerca de US$ 7 bilhões entre 2006 e 2007 no banco em Genebra. Eram 6.606 contas de 8.667 clientes -muitos compartilhavam contas. Ter dinheiro no exterior não configura crimes, desde que ele seja declarado à Receita em caso de valores superiores a R$ 140 e ao Banco Central quando a soma fora do país passar dos U$$ 100 mil. Caso contrário, crimes como o de evasão, sonegação fiscal e até mesmo lavagem de dinheiro podem ser configurados a depender de como as contas foram usadas.
poder
CPI do SwissLeaks aprova convocação de dirigentes do HSBCA CPI do SwissLeaks do Senado aprovou nesta terça-feira (24) a convocação de dirigentes do HSBC para falarem sobre as denúncias de evasão fiscal envolvendo o banco na Suíça. Foram convocados a falar na comissão a diretora estaturária de HSBC Participações, Helena Freire McDonnell, o diretor estaturário de HSBC Participações, Cesar Sasson, além de ex-dirigentes como Paulo Sérgio de Góes, Luis Eduardo Alves de Assis e Alexandre Ibitinga de Barros. A CPI também vai pedir ao Ministério da Justiça cópia do processo de investigação do Ministério Público da Suíça em relação ao HSBC, assim como o compartilhamento de informações encaminhadas pelo Ministério da Justiça da França ao Ministério Público e à Polícia Federal do Brasil. O caso, conhecido como SwissLeaks, é uma apuração jornalística internacional feita a partir de dados obtidos do HSBC por um ex-funcionário do banco, Hervé Falcian. Em 2008, ele entregou dados sobre as contas no banco às autoridades da França, que posteriormente compartilharam com outros países. Vice-presidente da CPI, o senador Randolfe Rodrigues criticou a lentidão nos trabalhos da comissão de inquérito, que há mais de 50 dias não ouve nenhum depoimento. "Se nós não tomarmos providência, não fizermos convocações, não quebrarmos sigilos e não aprofundarmos investigações, não há razão de esta CPI existir. Então, acabemos, encerremos a CPI hoje, deixemos o trabalho por conta da Polícia Federal, da Receita Federal, de quem quer que seja, e não façamos mais nada. É mais cômodo", criticou. Os trabalhos da CPI estão previstos para encerrarem no dia 19 de setembro, mas até hoje a comissão não recebeu do Ministério Público da França a lista do SwissLeaks. Os congressistas trabalham com base em informações publicadas pela imprensa brasileira e internacional. Presidente da CPI, o senador Paulo Rocha (PT-PA) disse que conduz os trabalhos da comissão com "precaução e cautela" até que receba os dados oficiais da França. Rocha disse que, dos 362 ofícios encaminhados pela CPI a pessoas que estariam na lista, somente 121 responderam –dos quais, entre outros, 68 negam a existência de contas no exterior e 23 reconhecem as movimentações financeiras, com o envio de certidões encaminhadas à Receita Federal e ao Banco Central. Alguns se negaram a prestar informações à comissão, segundo Rocha. Em relação ao Brasil, a lista indica que os correntistas brasileiros tinham cerca de US$ 7 bilhões entre 2006 e 2007 no banco em Genebra. Eram 6.606 contas de 8.667 clientes -muitos compartilhavam contas. Ter dinheiro no exterior não configura crimes, desde que ele seja declarado à Receita em caso de valores superiores a R$ 140 e ao Banco Central quando a soma fora do país passar dos U$$ 100 mil. Caso contrário, crimes como o de evasão, sonegação fiscal e até mesmo lavagem de dinheiro podem ser configurados a depender de como as contas foram usadas.
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Dia dos Namorados: No Fasano, em SP, peça para não ser incomodado
Toc, toc toc. Passava das 19h quando uma funcionária de avental bateu à porta e se ofereceu para arrumar o quarto e deixá-lo mais confortável para quando decidíssemos deitar e dormir. Ela estendeu o edredom, amaciou os travesseiros com as mãos, recolheu tênis espalhados e posicionou-os paralelamente embaixo da mesa com as respectivas meias dentro de cada par, fechou as cortinas, estendeu uma toalha branca no chão do banheiro e foi embora –não sem antes deixar dois chocolatinhos sobre a colcha. O Fasano Boa Vista, hotel-fazenda a 100 km de São Paulo, é elegante e romântico, mas pode contrariar o casal que queira passar o fim de semana com mais intimidade. Pouco antes, um funcionário havia entrado para consertar o ar-condicionado que enguiçara, e outro aparecera para dar uma olhada na TV de 40 polegadas que teimava em não sintonizar nenhum canal. Fatalidades, claro, mas convém recorrer à plaquinha de "não perturbe" e até deixar a recepção avisada de que não deseja ser incomodado. Por outro lado, o serviço de quarto funciona e é rápido, com menu que varia de massas a petiscos e sanduíches. Há ainda frigobar, chocolates belgas, chás alemães e uma cafeteira Nespresso com seis cápsulas à disposição. Entre os três tipos de quartos do hotel, o ideal para casais é o apartamento de 120 m², que tem dois andares, varanda com lareira, lavabo e sala e quarto separados. Como nos hospedamos em um com a metade do tamanho e apenas um ambiente, mas com bela vista para o lago, decidimos sair para explorar a fazenda e tomar café da manhã ao ar livre, na parte de fora do restaurante –afinal, poucos relacionamentos sobrevivem à claustrofobia de passar o dia inteiro enfurnado ou ao impasse de um querer ler e o outro ver televisão. Além da piscina e do lago, há a possibilidade de contratar aulas de equitação, golfe e tênis, passeios de charrete, aluguel de bicicletas, spa, trilhas e até piqueniques. A maior parte com custos extras (o spa está incluso; massagens custam R$ 260). Ao voltar para o quarto, com a sensação de que tinha sido uma ótima ideia não pedir o café da manhã na cama e tomar um pouco de sol, logo deitamos e... Toc, toc, toc. Uma funcionária pediu licença para checar o frigobar, repor o que havia sido consumido e trocar os copos e xícaras sujos por limpos e novos. Assim que ela saiu, era quase hora de fazer o check-out. > Pacotes para 12/jun esgotados > Diária (jul) a partir de R$ 1590 > Mais fasano.com.br
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Dia dos Namorados: No Fasano, em SP, peça para não ser incomodadoToc, toc toc. Passava das 19h quando uma funcionária de avental bateu à porta e se ofereceu para arrumar o quarto e deixá-lo mais confortável para quando decidíssemos deitar e dormir. Ela estendeu o edredom, amaciou os travesseiros com as mãos, recolheu tênis espalhados e posicionou-os paralelamente embaixo da mesa com as respectivas meias dentro de cada par, fechou as cortinas, estendeu uma toalha branca no chão do banheiro e foi embora –não sem antes deixar dois chocolatinhos sobre a colcha. O Fasano Boa Vista, hotel-fazenda a 100 km de São Paulo, é elegante e romântico, mas pode contrariar o casal que queira passar o fim de semana com mais intimidade. Pouco antes, um funcionário havia entrado para consertar o ar-condicionado que enguiçara, e outro aparecera para dar uma olhada na TV de 40 polegadas que teimava em não sintonizar nenhum canal. Fatalidades, claro, mas convém recorrer à plaquinha de "não perturbe" e até deixar a recepção avisada de que não deseja ser incomodado. Por outro lado, o serviço de quarto funciona e é rápido, com menu que varia de massas a petiscos e sanduíches. Há ainda frigobar, chocolates belgas, chás alemães e uma cafeteira Nespresso com seis cápsulas à disposição. Entre os três tipos de quartos do hotel, o ideal para casais é o apartamento de 120 m², que tem dois andares, varanda com lareira, lavabo e sala e quarto separados. Como nos hospedamos em um com a metade do tamanho e apenas um ambiente, mas com bela vista para o lago, decidimos sair para explorar a fazenda e tomar café da manhã ao ar livre, na parte de fora do restaurante –afinal, poucos relacionamentos sobrevivem à claustrofobia de passar o dia inteiro enfurnado ou ao impasse de um querer ler e o outro ver televisão. Além da piscina e do lago, há a possibilidade de contratar aulas de equitação, golfe e tênis, passeios de charrete, aluguel de bicicletas, spa, trilhas e até piqueniques. A maior parte com custos extras (o spa está incluso; massagens custam R$ 260). Ao voltar para o quarto, com a sensação de que tinha sido uma ótima ideia não pedir o café da manhã na cama e tomar um pouco de sol, logo deitamos e... Toc, toc, toc. Uma funcionária pediu licença para checar o frigobar, repor o que havia sido consumido e trocar os copos e xícaras sujos por limpos e novos. Assim que ela saiu, era quase hora de fazer o check-out. > Pacotes para 12/jun esgotados > Diária (jul) a partir de R$ 1590 > Mais fasano.com.br
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Impedir a prática da telemedicina no Brasil é uma tragédia
Imagine o seguinte cenário: você ou sua mulher é uma mulher grávida. Vocês moram em um área rural que fica a duas ou três horas de motocicleta da cidade mais próxima com hospital. A última vez que você visitou um ginecologista, ele falou que há uma condição de risco para sua gestação. Um dia, você começa a sangrar muito, mas o hospital é longe demais e o especialista que você precisa só virá na semana que vem. O que você faz neste momento? Se desespera? Não. Abre seu celular, clica em um aplicativo e instantaneamente agenda uma consulta virtual, via videoconferência, com uma ginecologista especialista. Em duas horas você é atendida virtualmente e recebe orientações sobre o que fazer. Efetivamente, a consulta evita uma viagem longa e salva a sua vida. Incrível, não é? O único problema é que essa história é completamente falsa. Esse tipo de "teleconsulta" no Brasil é ilegal e não poderia acontecer. A resolução nº 1.643/2002 do CFM (Conselho Federal de Medicina) restringe consultas médicas por telefone ou internet diretamente entre profissionais de saúde e pacientes. Ou seja, telemedicina no Brasil só é permitida se houver um profissional de saúde em ambas as pontas do canal de comunicação. Com isso, fica limitado o uso de soluções tecnológicas para fazer consultas, monitorar pacientes, prescrever remédios, analisar exames e muito mais. Médicos que não obedecem esta resolução colocam sua licença médica em risco. Infelizmente, acesso à saúde é um dos maiores indicadores de desigualdade no Brasil. Enquanto paulistanos têm acesso a quatro médicos por mil habitantes, em média, brasileiros que moram no Nordeste têm acesso à metade desse número. Em alguns estados do Norte, esse número cai até para menos de um médico por mil habitantes. Quando falamos de médicos especialistas, 70% deles atuam hoje nas regiões sul e sudeste do país. Em alguns Estados, praticamente não é possível encontrar especialistas. Por isso, a telemedicina é uma solução tão atrativa para o Brasil. No Reino Unido, o uso da telemedicina e do monitoramento remoto permitiu uma redução de 52% nas internações de idosos, segundo estudo da Coalizão Saúde. Estima-se um impacto de até 2% de economia do gasto total com saúde, pois a telemedicina torna os atendimentos muito mais rápidos, corta custos com espaços físicos e não há necessidade de transporte para áreas afastadas. Além disso, a telemedicina melhora a perspectiva em relação à saúde no curto e no longo prazo para pacientes de risco, que normalmente não teriam acesso aos especialistas. Por isso, o impedimento da telemedicina no Brasil é uma tragédia. Negá-la é um dos fatores responsáveis por mortes e sofrimento de milhões de brasileiros. Os argumentos contra a telemedicina são fracos. É verdade que há um problema potencial de fraude médica e riscos de segurança de dados. Mas esses riscos existem no mundo físico também. Há igualmente certas "limitações" do meio digital versus presencial, mas isso não significa que não tem como criar ferramentas melhores para superar esse desafio. Por exemplo, que tal usar uma câmera dermatológica conectada via internet para auxiliar o diagnóstico de câncer de pele? Quase todos os países desenvolvidos estão usando a telemedicina. A maioria dos países do continente africano já usa telemedicina para alcançar comunidades afastadas. E por que não no Brasil? O que é muito promissor da telemedicina é a abrangência de aplicações. Não precisam ser apenas consultas via teleconferência. Novas tecnologias podem resolver vários problemas de saúde. Análise de imagens e outros dados a distância (raio-Xs, MRIs, CATscans, fotos de pele, sintomas, medidas, etc.), que de certa forma já está sendo feito bastante no Brasil, telemonitoramento de pacientes com doenças crônicas e que precisam de atenção constante são alguns exemplos de soluções. Se o Brasil quer acabar com a imensa desigualdade em saúde, a telemedicina é uma opção que precisa ser implementada de imediato. MICHAEL KAPPS, economista russo-canadense formado na Universidade Harvard (EUA), é cofundador da Tá.Na.Hora Saúde Digital e finalista do Prêmio Empreendedor Social de Futuro 2016
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Impedir a prática da telemedicina no Brasil é uma tragédiaImagine o seguinte cenário: você ou sua mulher é uma mulher grávida. Vocês moram em um área rural que fica a duas ou três horas de motocicleta da cidade mais próxima com hospital. A última vez que você visitou um ginecologista, ele falou que há uma condição de risco para sua gestação. Um dia, você começa a sangrar muito, mas o hospital é longe demais e o especialista que você precisa só virá na semana que vem. O que você faz neste momento? Se desespera? Não. Abre seu celular, clica em um aplicativo e instantaneamente agenda uma consulta virtual, via videoconferência, com uma ginecologista especialista. Em duas horas você é atendida virtualmente e recebe orientações sobre o que fazer. Efetivamente, a consulta evita uma viagem longa e salva a sua vida. Incrível, não é? O único problema é que essa história é completamente falsa. Esse tipo de "teleconsulta" no Brasil é ilegal e não poderia acontecer. A resolução nº 1.643/2002 do CFM (Conselho Federal de Medicina) restringe consultas médicas por telefone ou internet diretamente entre profissionais de saúde e pacientes. Ou seja, telemedicina no Brasil só é permitida se houver um profissional de saúde em ambas as pontas do canal de comunicação. Com isso, fica limitado o uso de soluções tecnológicas para fazer consultas, monitorar pacientes, prescrever remédios, analisar exames e muito mais. Médicos que não obedecem esta resolução colocam sua licença médica em risco. Infelizmente, acesso à saúde é um dos maiores indicadores de desigualdade no Brasil. Enquanto paulistanos têm acesso a quatro médicos por mil habitantes, em média, brasileiros que moram no Nordeste têm acesso à metade desse número. Em alguns estados do Norte, esse número cai até para menos de um médico por mil habitantes. Quando falamos de médicos especialistas, 70% deles atuam hoje nas regiões sul e sudeste do país. Em alguns Estados, praticamente não é possível encontrar especialistas. Por isso, a telemedicina é uma solução tão atrativa para o Brasil. No Reino Unido, o uso da telemedicina e do monitoramento remoto permitiu uma redução de 52% nas internações de idosos, segundo estudo da Coalizão Saúde. Estima-se um impacto de até 2% de economia do gasto total com saúde, pois a telemedicina torna os atendimentos muito mais rápidos, corta custos com espaços físicos e não há necessidade de transporte para áreas afastadas. Além disso, a telemedicina melhora a perspectiva em relação à saúde no curto e no longo prazo para pacientes de risco, que normalmente não teriam acesso aos especialistas. Por isso, o impedimento da telemedicina no Brasil é uma tragédia. Negá-la é um dos fatores responsáveis por mortes e sofrimento de milhões de brasileiros. Os argumentos contra a telemedicina são fracos. É verdade que há um problema potencial de fraude médica e riscos de segurança de dados. Mas esses riscos existem no mundo físico também. Há igualmente certas "limitações" do meio digital versus presencial, mas isso não significa que não tem como criar ferramentas melhores para superar esse desafio. Por exemplo, que tal usar uma câmera dermatológica conectada via internet para auxiliar o diagnóstico de câncer de pele? Quase todos os países desenvolvidos estão usando a telemedicina. A maioria dos países do continente africano já usa telemedicina para alcançar comunidades afastadas. E por que não no Brasil? O que é muito promissor da telemedicina é a abrangência de aplicações. Não precisam ser apenas consultas via teleconferência. Novas tecnologias podem resolver vários problemas de saúde. Análise de imagens e outros dados a distância (raio-Xs, MRIs, CATscans, fotos de pele, sintomas, medidas, etc.), que de certa forma já está sendo feito bastante no Brasil, telemonitoramento de pacientes com doenças crônicas e que precisam de atenção constante são alguns exemplos de soluções. Se o Brasil quer acabar com a imensa desigualdade em saúde, a telemedicina é uma opção que precisa ser implementada de imediato. MICHAEL KAPPS, economista russo-canadense formado na Universidade Harvard (EUA), é cofundador da Tá.Na.Hora Saúde Digital e finalista do Prêmio Empreendedor Social de Futuro 2016
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Passeio grátis pela av. Paulista leva até oito crianças em bicicleta-trailer
LÍVIA SAMPAIO DE SÃO PAULO Impossível passar incólume pela bicicleta-trailer carregada de crianças que circula pela avenida Paulista nas manhãs de domingo. Decorada pelo grafiteiro Tinho e puxada por um monitor do Bike Tour SP, a bicicleta pode transportar até oito crianças de dois a oito anos. Para cada vaga na caçamba, um adulto responsável recebe um bicicleta normal para seguir os pequenos. Novidade entre as setes rotas do Bike Tour SP, o trailer infantil está disputadíssimo. As reservas são feitas on-line e, na última quinta (5), a data mais próxima disponível para o passeio semanal era 19 de junho. Durante a atividade, elas recebem um audioguia e fones de ouvido para aprender sobre os principais pontos visitados, como o Masp, a Casa das Rosas, o palacete Franco de Mello e o Conjunto Nacional. Bebês podem participar, com os pais, em bicicletas com cadeirinha -também fornecidas pelo serviço. "A gente chegou ao ponto em que queríamos. Podemos transportar desde bebês até gente de 95 anos, com os trenzinhos para idosos e pessoas com deficiência", afirma Daniel Moral, cofundador do Bike Tour, que completa três anos no próximo dia 17. Moral estima que mais de 15.000 pessoas - 95% delas paulistanas- já tenham passeado com eles. COMO PARTICIPAR Informações www.biketoursp.com.br Rotas Avenida Paulista (kids e normal) Centro velho Centro Novo Faria Lima Berrini - Market Place Vila Madalena Quando sábados e domingos, das 9h às 15h, mediante reserva; cada rota sai em horários e dias diferentes nos finais de semana; é preciso checar antes on-line O que é fornecido bicicleta, capacete, colete, receptor de áudio e fone de ouvido Duração do passeio cerca de uma hora; chegar meia hora antes ao local combinado Quanto grátis; organização pede doação de 2 kg de alimento não perecível por participante Para quem Há bicicletas infantis, cadeirinhas para bebês e bicicletas adaptadas para idosos e deficientes
saopaulo
Passeio grátis pela av. Paulista leva até oito crianças em bicicleta-trailerLÍVIA SAMPAIO DE SÃO PAULO Impossível passar incólume pela bicicleta-trailer carregada de crianças que circula pela avenida Paulista nas manhãs de domingo. Decorada pelo grafiteiro Tinho e puxada por um monitor do Bike Tour SP, a bicicleta pode transportar até oito crianças de dois a oito anos. Para cada vaga na caçamba, um adulto responsável recebe um bicicleta normal para seguir os pequenos. Novidade entre as setes rotas do Bike Tour SP, o trailer infantil está disputadíssimo. As reservas são feitas on-line e, na última quinta (5), a data mais próxima disponível para o passeio semanal era 19 de junho. Durante a atividade, elas recebem um audioguia e fones de ouvido para aprender sobre os principais pontos visitados, como o Masp, a Casa das Rosas, o palacete Franco de Mello e o Conjunto Nacional. Bebês podem participar, com os pais, em bicicletas com cadeirinha -também fornecidas pelo serviço. "A gente chegou ao ponto em que queríamos. Podemos transportar desde bebês até gente de 95 anos, com os trenzinhos para idosos e pessoas com deficiência", afirma Daniel Moral, cofundador do Bike Tour, que completa três anos no próximo dia 17. Moral estima que mais de 15.000 pessoas - 95% delas paulistanas- já tenham passeado com eles. COMO PARTICIPAR Informações www.biketoursp.com.br Rotas Avenida Paulista (kids e normal) Centro velho Centro Novo Faria Lima Berrini - Market Place Vila Madalena Quando sábados e domingos, das 9h às 15h, mediante reserva; cada rota sai em horários e dias diferentes nos finais de semana; é preciso checar antes on-line O que é fornecido bicicleta, capacete, colete, receptor de áudio e fone de ouvido Duração do passeio cerca de uma hora; chegar meia hora antes ao local combinado Quanto grátis; organização pede doação de 2 kg de alimento não perecível por participante Para quem Há bicicletas infantis, cadeirinhas para bebês e bicicletas adaptadas para idosos e deficientes
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Vaccari quer que relator da CPI da Petrobras seja sua testemunha
Relator da CPI da Petrobras na Câmara, o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) foi arrolado como testemunha de defesa do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, numa ação oriunda da Operação Lava Jato. A lista de testemunhas feita pelos advogados de Vaccari, que foi denunciado sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro, foi apresentada à Justiça no final de abril. Questionado sobre o fato, Sérgio afirmou que se sentiu "constrangido" com o convite, e que pedirá à defesa de Vaccari para retirá-lo da lista. "A avaliação política que eu faço é que essa convocação é incompatível com a minha função na CPI", disse Sérgio, em entrevista nesta segunda-feira (11). O deputado disse não saber por que foi arrolado como testemunha, e negou que tenha uma relação pessoal com Vaccari –preso preventivamente em Curitiba desde 15 de abril. "Eu já fui líder da bancada. Talvez tenha sido por isso", disse. O presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), afirmou que também considera o convite incompatível com a função de Sérgio na comissão. Segundo ele, o deputado terá que optar em ser relator ou testemunha de defesa de Vaccari. O advogado de Vaccari, Luiz Flávio Borges D'Urso, disse que vai desistir da convocação de Sérgio. "O próprio Vaccari ponderou isso [da participação do deputado na CPI]", afirmou ele à Folha. Segundo o defensor, o deputado foi arrolado por seu "histórico no PT" e por conhecer a função da tesouraria do partido e seu funcionamento. A exclusão de Sérgio da lista de testemunhas deve ser solicitada à Justiça nos próximos dias.
poder
Vaccari quer que relator da CPI da Petrobras seja sua testemunhaRelator da CPI da Petrobras na Câmara, o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) foi arrolado como testemunha de defesa do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, numa ação oriunda da Operação Lava Jato. A lista de testemunhas feita pelos advogados de Vaccari, que foi denunciado sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro, foi apresentada à Justiça no final de abril. Questionado sobre o fato, Sérgio afirmou que se sentiu "constrangido" com o convite, e que pedirá à defesa de Vaccari para retirá-lo da lista. "A avaliação política que eu faço é que essa convocação é incompatível com a minha função na CPI", disse Sérgio, em entrevista nesta segunda-feira (11). O deputado disse não saber por que foi arrolado como testemunha, e negou que tenha uma relação pessoal com Vaccari –preso preventivamente em Curitiba desde 15 de abril. "Eu já fui líder da bancada. Talvez tenha sido por isso", disse. O presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), afirmou que também considera o convite incompatível com a função de Sérgio na comissão. Segundo ele, o deputado terá que optar em ser relator ou testemunha de defesa de Vaccari. O advogado de Vaccari, Luiz Flávio Borges D'Urso, disse que vai desistir da convocação de Sérgio. "O próprio Vaccari ponderou isso [da participação do deputado na CPI]", afirmou ele à Folha. Segundo o defensor, o deputado foi arrolado por seu "histórico no PT" e por conhecer a função da tesouraria do partido e seu funcionamento. A exclusão de Sérgio da lista de testemunhas deve ser solicitada à Justiça nos próximos dias.
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Chanceler há; falta uma política
Nome, o Itamaraty já tem. Falta, agora, o principal que é uma política externa. Desde que Celso Amorim deixou o Ministério de Relações Exteriores, há um buraco enorme nessa área. Pode-se gostar ou não das políticas que Amorim adotou em seus oito anos de reinado, considerado o mais longo mandato na história do Itamaraty. Só não se pode dizer que não havia uma política. Com Dilma Rousseff, começou o vazio. Primeiro porque ela nunca ligou muito para a área externa, exceto, marginalmente, por assuntos econômicos e comerciais internacionais. Mesmo assim, o Brasil foi muito mais ativo no G20, o clubão das maiores economias do planeta, com Lula do que com Dilma. Segundo, porque, centralizadora como é, Dilma jamais permitiu que seu chanceler, fosse qual fosse, tivesse o voo mais ou menos livre que Lula consentiu a Amorim. Com Michel Temer e José Serra, ou não houve tempo ou não houve apetite para delinear uma política externa digna desse nome. A única iniciativa foi o isolamento da Venezuela, o que qualquer governo minimamente sensato faria, tamanhos são o autoritarismo e o fracasso do governo de Nicolás Maduro. Sobre Aloysio, não sei muito o que dizer, em termos de política externa. Conheço-o há uns 30 anos pelo menos, mas só uma vez conversamos sobre o mundo: foi em uma visita que ele fez a Madri, quando eu era correspondente na Espanha, em 1992. Não sei –e ninguém sabe– que política ele propõe para enfrentar a era Trump, que é profundamente subversiva, sem dar conotação positiva ou negativa à palavra. É só uma constatação. O que fazer com a Venezuela? Tampouco se sabe. Na área diplomática-comercial, o Brasil apostou sempre todas as fichas no multilateralismo encarnado na Organização Mundial do Comércio. Agora que Trump ameaça a própria OMC, continua sendo uma aposta válida ou é preciso diversificar as fichas? Que Serra não tivesse começado a definir essas questões, já é problemático, embora se compreenda (sua preocupação era a política interna, conforme ficava claro ao se acompanhar sua agenda oficial). Mas não dá mais para o Brasil, ainda o mais importante país latino-americano, ficar tão fora do mapa que o presidente dos EUA nem sequer se dá ao trabalho de telefonar para seu colega brasileiro, mesmo passados 40 dias da posse.
poder
Chanceler há; falta uma políticaNome, o Itamaraty já tem. Falta, agora, o principal que é uma política externa. Desde que Celso Amorim deixou o Ministério de Relações Exteriores, há um buraco enorme nessa área. Pode-se gostar ou não das políticas que Amorim adotou em seus oito anos de reinado, considerado o mais longo mandato na história do Itamaraty. Só não se pode dizer que não havia uma política. Com Dilma Rousseff, começou o vazio. Primeiro porque ela nunca ligou muito para a área externa, exceto, marginalmente, por assuntos econômicos e comerciais internacionais. Mesmo assim, o Brasil foi muito mais ativo no G20, o clubão das maiores economias do planeta, com Lula do que com Dilma. Segundo, porque, centralizadora como é, Dilma jamais permitiu que seu chanceler, fosse qual fosse, tivesse o voo mais ou menos livre que Lula consentiu a Amorim. Com Michel Temer e José Serra, ou não houve tempo ou não houve apetite para delinear uma política externa digna desse nome. A única iniciativa foi o isolamento da Venezuela, o que qualquer governo minimamente sensato faria, tamanhos são o autoritarismo e o fracasso do governo de Nicolás Maduro. Sobre Aloysio, não sei muito o que dizer, em termos de política externa. Conheço-o há uns 30 anos pelo menos, mas só uma vez conversamos sobre o mundo: foi em uma visita que ele fez a Madri, quando eu era correspondente na Espanha, em 1992. Não sei –e ninguém sabe– que política ele propõe para enfrentar a era Trump, que é profundamente subversiva, sem dar conotação positiva ou negativa à palavra. É só uma constatação. O que fazer com a Venezuela? Tampouco se sabe. Na área diplomática-comercial, o Brasil apostou sempre todas as fichas no multilateralismo encarnado na Organização Mundial do Comércio. Agora que Trump ameaça a própria OMC, continua sendo uma aposta válida ou é preciso diversificar as fichas? Que Serra não tivesse começado a definir essas questões, já é problemático, embora se compreenda (sua preocupação era a política interna, conforme ficava claro ao se acompanhar sua agenda oficial). Mas não dá mais para o Brasil, ainda o mais importante país latino-americano, ficar tão fora do mapa que o presidente dos EUA nem sequer se dá ao trabalho de telefonar para seu colega brasileiro, mesmo passados 40 dias da posse.
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Tabeliã desafia Suprema Corte dos EUA e rejeita celebrar casamento gay
Uma tabeliã de Morehead, no Estado americano do Kentucky, desafiou a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos e se recusou a celebrar os casamentos de dois casais homossexuais nesta terça-feira (1º). Para se negar a oficializar os matrimônios, Kim Davis citou como justificativa sua crença religiosa. Desde que a corte máxima federal oficializou as uniões, em junho, ela tentou obter uma liminar que lhe permitia rejeitar as uniões. Na segunda (31), porém, a medida foi derrubada pela Suprema Corte. Diante da queda do recurso, dois casais foram ao cartório celebrar seus casamentos. As tentativas de cerimônia foram acompanhadas pela imprensa local. Casamento Ela discutiu com o casal David Ermold e David Moore e disse que não celebraria os casamentos. "Sob a autoridade de quem?", perguntou Emrold. "Sob a autoridade de Deus", respondeu Davis. Mais tarde, seus advogados divulgaram uma nota em que ela disse ter recebido ameaças de morte, mas que não vai se deixar intimidar ou renunciar ao cargo. Para ela, a celebração dos casamentos gays "viola sua consciência". "É uma decisão de céu ou inferno. Não tenho animosidades contra ninguém e não ajo com má vontade. Para mim isto não é uma questão de ser gay ou lésbica. É sobre o casamento e a palavra de Deus." Depois da confusão, ela ficou em seu escritório, com as persianas abaixadas, até a chegada da polícia. Apesar do apelo do casal, o xerife do condado, Matt Sparks, recusou-se a prender a tabeliã. CATÓLICA Em julho, oito pessoas entraram com uma ação civil federal contra Davis contestando a política de seu gabinete de não emitir licenças de casamento para qualquer casal, homossexual ou heterossexual. Em sua defesa, ela afirma que estaria violando os preceitos da fé católica. Na sua interpretação, sua religião proíbe que ela coloque seu nome em um documento endossando o casamento homossexual. Horas depois, em frente ao cartório de Morehead, manifestantes que apoiavam a ação da tabeliã, em sua maioria idosos e religiosos, discutiram com outros que estavam do lado dos casais homossexuais. Protesto Kim Davis assumiu como tabeliã em janeiro e só pode ser retirada em votação no Legislativo estadual. Ativistas gays, porém, consideram a possibilidade remota diante do tempo de tramitação e do conservadorismo da Casa.
mundo
Tabeliã desafia Suprema Corte dos EUA e rejeita celebrar casamento gayUma tabeliã de Morehead, no Estado americano do Kentucky, desafiou a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos e se recusou a celebrar os casamentos de dois casais homossexuais nesta terça-feira (1º). Para se negar a oficializar os matrimônios, Kim Davis citou como justificativa sua crença religiosa. Desde que a corte máxima federal oficializou as uniões, em junho, ela tentou obter uma liminar que lhe permitia rejeitar as uniões. Na segunda (31), porém, a medida foi derrubada pela Suprema Corte. Diante da queda do recurso, dois casais foram ao cartório celebrar seus casamentos. As tentativas de cerimônia foram acompanhadas pela imprensa local. Casamento Ela discutiu com o casal David Ermold e David Moore e disse que não celebraria os casamentos. "Sob a autoridade de quem?", perguntou Emrold. "Sob a autoridade de Deus", respondeu Davis. Mais tarde, seus advogados divulgaram uma nota em que ela disse ter recebido ameaças de morte, mas que não vai se deixar intimidar ou renunciar ao cargo. Para ela, a celebração dos casamentos gays "viola sua consciência". "É uma decisão de céu ou inferno. Não tenho animosidades contra ninguém e não ajo com má vontade. Para mim isto não é uma questão de ser gay ou lésbica. É sobre o casamento e a palavra de Deus." Depois da confusão, ela ficou em seu escritório, com as persianas abaixadas, até a chegada da polícia. Apesar do apelo do casal, o xerife do condado, Matt Sparks, recusou-se a prender a tabeliã. CATÓLICA Em julho, oito pessoas entraram com uma ação civil federal contra Davis contestando a política de seu gabinete de não emitir licenças de casamento para qualquer casal, homossexual ou heterossexual. Em sua defesa, ela afirma que estaria violando os preceitos da fé católica. Na sua interpretação, sua religião proíbe que ela coloque seu nome em um documento endossando o casamento homossexual. Horas depois, em frente ao cartório de Morehead, manifestantes que apoiavam a ação da tabeliã, em sua maioria idosos e religiosos, discutiram com outros que estavam do lado dos casais homossexuais. Protesto Kim Davis assumiu como tabeliã em janeiro e só pode ser retirada em votação no Legislativo estadual. Ativistas gays, porém, consideram a possibilidade remota diante do tempo de tramitação e do conservadorismo da Casa.
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O futuro do Brasil de Levy
O ministro Joaquim Levy disse que o desemprego no Brasil vai aumentar e que os brasileiros precisam "encarar algumas realidades". Nenhum país deveria ter um ministro da Fazenda com essa atitude diante de uma das necessidades mais importantes para o povo, o emprego. E, pior ainda, alguém que está agindo com base nessas ideias distorcidas para convertê-las em realidade. Ele próprio deveria ser o primeiro a perder seu emprego. A maioria dos brasileiros se encontra em situação muito melhor do que estava antes de o PT chegar à Presidência, em janeiro de 2003. Entre 2003 e 2012, a pobreza foi reduzida em 55% e a pobreza extrema em 65%, enquanto os salários em reais aumentaram 35%, e o salário mínimo dobrou. Entre 2004 e 2010, a economia cresceu a um ritmo duas vezes maior do que o dos 23 anos anteriores, e os ganhos resultantes desse crescimento foram distribuídos de modo igualitário. Esses ganhos estão sendo erodidos à medida que a economia afunda em recessão e o desemprego cresce. Estudo dos economistas Franklin Serrano e Ricardo Summa mostra que isso não se deve principalmente a fatores externos, como o desaquecimento do crescimento econômico e do comércio globais. Na verdade, é sobretudo consequência de políticas governamentais que reduziram a demanda agregada desde o final de 2010, levando ao arrocho do Orçamento, cortes nos investimentos públicos, alta dos juros e estrangulamento do crédito. A austeridade não está funcionando no Brasil, assim como não funcionou na Europa. Essas políticas não apenas estão criando desemprego e pobreza desnecessários no presente como também sacrificando o futuro. O Brasil precisa de investimentos públicos em transporte e outras obras de infraestrutura, mas esses gastos são os primeiros a serem sacrificados. O Banco Central elevou os juros de curto prazo de 7,5% em abril de 2013 para 14,25%. Devido à presença de juros exorbitantes há muitos anos, o governo paga mais de 6% do PIB em juros líquidos –cerca de 20% dos gastos federais. A carga de juros paga pelo governo é uma das mais altas do mundo. A redução das taxas de juros poderia liberar dinheiro no Orçamento para investimentos públicos. Está claro que o governo precisa aumentar seus gastos para dar um novo pontapé na economia. Foi o que fez, com êxito, diante da crise financeira e da recessão global, em 2009. O Brasil ainda não precisa se preocupar com restrições financeiras externas, já que possui reservas de US$ 370 bilhões. Sua dívida pública líquida é de apenas 34% do PIB –é uma proporção baixa segundo qualquer comparação; o problema são os juros exorbitantes, de 11%, em média, sobre títulos governamentais em aberto. A economia tem muitas razões para crescer, mas está claro que o setor privado não vai liderar esse crescimento. Dilma foi reeleita com a promessa de fazer frente à oligarquia e dar continuidade às políticas bem-sucedidas que levaram progresso econômico e social ao Brasil pela primeira vez em décadas. Levy pode preferir desemprego maior e salários menores, mas não foi por isso que os brasileiros elegeram Dilma. Não há motivo para o governo cometer suicídio político, continuando a implementar o programa econômico falido da oposição. MARK WEISBROT é codiretor do Centro de Pesquisa Econômica e Política, em Washington, e presidente da Just Foreign Policy, organização norte-americana especializada em política externa Tradução de CLARA ALLAIN * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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O futuro do Brasil de LevyO ministro Joaquim Levy disse que o desemprego no Brasil vai aumentar e que os brasileiros precisam "encarar algumas realidades". Nenhum país deveria ter um ministro da Fazenda com essa atitude diante de uma das necessidades mais importantes para o povo, o emprego. E, pior ainda, alguém que está agindo com base nessas ideias distorcidas para convertê-las em realidade. Ele próprio deveria ser o primeiro a perder seu emprego. A maioria dos brasileiros se encontra em situação muito melhor do que estava antes de o PT chegar à Presidência, em janeiro de 2003. Entre 2003 e 2012, a pobreza foi reduzida em 55% e a pobreza extrema em 65%, enquanto os salários em reais aumentaram 35%, e o salário mínimo dobrou. Entre 2004 e 2010, a economia cresceu a um ritmo duas vezes maior do que o dos 23 anos anteriores, e os ganhos resultantes desse crescimento foram distribuídos de modo igualitário. Esses ganhos estão sendo erodidos à medida que a economia afunda em recessão e o desemprego cresce. Estudo dos economistas Franklin Serrano e Ricardo Summa mostra que isso não se deve principalmente a fatores externos, como o desaquecimento do crescimento econômico e do comércio globais. Na verdade, é sobretudo consequência de políticas governamentais que reduziram a demanda agregada desde o final de 2010, levando ao arrocho do Orçamento, cortes nos investimentos públicos, alta dos juros e estrangulamento do crédito. A austeridade não está funcionando no Brasil, assim como não funcionou na Europa. Essas políticas não apenas estão criando desemprego e pobreza desnecessários no presente como também sacrificando o futuro. O Brasil precisa de investimentos públicos em transporte e outras obras de infraestrutura, mas esses gastos são os primeiros a serem sacrificados. O Banco Central elevou os juros de curto prazo de 7,5% em abril de 2013 para 14,25%. Devido à presença de juros exorbitantes há muitos anos, o governo paga mais de 6% do PIB em juros líquidos –cerca de 20% dos gastos federais. A carga de juros paga pelo governo é uma das mais altas do mundo. A redução das taxas de juros poderia liberar dinheiro no Orçamento para investimentos públicos. Está claro que o governo precisa aumentar seus gastos para dar um novo pontapé na economia. Foi o que fez, com êxito, diante da crise financeira e da recessão global, em 2009. O Brasil ainda não precisa se preocupar com restrições financeiras externas, já que possui reservas de US$ 370 bilhões. Sua dívida pública líquida é de apenas 34% do PIB –é uma proporção baixa segundo qualquer comparação; o problema são os juros exorbitantes, de 11%, em média, sobre títulos governamentais em aberto. A economia tem muitas razões para crescer, mas está claro que o setor privado não vai liderar esse crescimento. Dilma foi reeleita com a promessa de fazer frente à oligarquia e dar continuidade às políticas bem-sucedidas que levaram progresso econômico e social ao Brasil pela primeira vez em décadas. Levy pode preferir desemprego maior e salários menores, mas não foi por isso que os brasileiros elegeram Dilma. Não há motivo para o governo cometer suicídio político, continuando a implementar o programa econômico falido da oposição. MARK WEISBROT é codiretor do Centro de Pesquisa Econômica e Política, em Washington, e presidente da Just Foreign Policy, organização norte-americana especializada em política externa Tradução de CLARA ALLAIN * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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