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«A Idade Maior» estreia em Nova Iorque A primeira longa-metragem de Teresa Villaverde, «A Idade Maior», estreia em Nova Iorque no dia 27 de Março, na sala Le Cinematographe, na Van Dam Street, em Central Park, distribuído pela independente Coralie Films.
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Líder do PSD Madeira abre congresso sem oposição Albero João sozinho Sem oposição interna ou externa convidada, Alberto João Jardim é a vedeta do VII Congresso do PSD - Madeira, encontro que constitui o arranque dos sociais-democratas para as eleições regionais de 1992. Elogios à acção do governante insular foram a constante dos 13 discursos, na sessão de abertura, durante a qual o papel de Cavaco Silva só seria enaltecido pelo próprio líder madeirense e por Marcelo Rebelo de Sousa. Outro ponto comum a estas duas intervenções seria Mário Soares, que o vereador da Câmara de Lisboa criticaria por alegadas atitudes «oposicionistas» ao Governo, e, a cuja «magistratura de influência», o dirigente local lançaria um apelo com vista à próxima revisão constitucional.
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O técnico Serginho Chulapa quer garantir um empate hoje. Segundo o treinador, um ponto no Rio de Janeiro deixa a equipe matematicamente classificada entre as quatro primeiras do Grupo C do Campeonato Brasileiro. Ranielli, substituto natural de Neto, fica no banco de reservas. A opção por Cerezo significa fortalecer a marcação no meio-campo, onde já atuam Gallo e Dinho.
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No projecto lisboeta prevê-se o total reaproveitamento da assoreada Doca dos Olivais, a criação de um oceanário e de um Museu das Civilizações Marítimas (naquele que seria, durante a mostra, o pavilhão português) além de um antiteatro / centro cultural. Abrange uma área de 25 hectares, esperando-se a participação de 50 países e de nove milhões de visitantes entre os meses de Maio e Agosto. A Expo 98 está avaliada em cerca de 120 milhões de contos mas a verba não assusta os promotores: os terrenos envolventes seriam confiados à entidade que organizaria a mostra. Neles se desenvolveriam operações imobiliárias aliciantes para a criação de novas funções na zona oriental fronteira ao Mar da Palha: serviços, comércio, habitação de altos padrões e outros investimentos libertariam os meios necessárias para pagar a iniciativa.
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RDP emite para Timor-Leste A RDP-Internacional começou ontem a emitir para Timor-Leste. As emissões faladas em português e tetum são diárias, duram uma hora (das 12 às 13 horas) e utilizam a onda curta na frequência de 17.595 quilo-hertzs, banda dos 16 metros. A estreia incluiu a difusão de depoimentos de Barbosa de Melo, presidente da Assembleia da República, e de Adriano Moreira, deputado que preside à comissão eventual para acompanhamento de Timor-Leste. A emissão constou também de noticiário sobre Timor-Leste, bem como um apontamento sobre a história do território.
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Têm, por outro lado, um lugar um deputado na Câmara dos Representantes, Carlos Romero Barcelo, mas sem direito a voto -- isto enquanto muitas das leis ali aprovadas são extensivas a Porto Rico. Comum entre os porto-riquenhos é o sentimento de uma cidadania de segunda classe, que gostariam naturalmente de trocar. O problema é se a alternativa não vem envenenada, pelo desejo de Clinton em aumentar o seu eleitorado, como desconfiam os líderes do Partido Independentista Porto-riquenho, ou não significará a médio prazo um empobrecimento cultural.
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No bimestre setembro e outubro foram abertas, somente em São Paulo, 32 mil novas empresas, contra 25.786 mil do bimestre julho e agosto e 24.492 mil no período maio e junho. Murray acredita que o crescimento da abertura de novas empresas é o resultado das expectativas criadas pela nova moeda e pela possibilidade de estabilização da economia.
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Na realidade, o Luxemburgo conta com seis cadeiras em Estrasburgo e a Alemanha assegura 99 lugares. A distribuição pelos restantes países é a seguinte: 87 lugares para a Inglaterra, para a França e para a Itália, 64 para a Espanha, 31 para a Holanda, 25 para a Grécia, para a Bélgica e para Portugal, 16 para a Dinamarca e 15 para a Irlanda. O resultado desta distribuição, que leva em conta a dimensão das populações nacionais, mas onde a preocupação com uma certa razoabilidade se sobrepõe à precisão matemática, é o facto de deputados de diferentes nacionalidades representarem, no plenário de Estrasburgo, um número muito variável de eleitores.
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O treinador boliviano, que anteontem assistiu com sua equipe ao jogo entre Argentina e Grécia (4 a 0), aposta na habilidade do atacante Ramallo e do meio-campista Sánchez para vencer a partida. A equipe que enfrenta a Coréia só deve ser anunciada hoje. A única mudança em relação ao jogo de estréia pode ser a saída de um meio-campista para a entrada de mais um jogador de ataque. A grande ausência continua sendo o atacante Etcheverry, suspenso por dois jogos por ter agredido o líbero alemão Matthaeus.
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Confirma-se, no entanto, a tendência para uma diminuição global das trocas: entre Janeiro e Novembro do ano passado exportámos 324.511 contos para a Indonésia (732.899 contos no ano anterior) e importámos 3,7 milhões de contos (7,8 milhões). O saldo negativo passou de sete milhões para três milhões, indiciando uma tendência que já se manifestava antes do apelo de Faria de Oliveira. Excepções confirmam regra Algumas empresas referenciadas por fontes oficiais ou particulares desde Novembro terão aceitado a suspensão unilateral das trocas.
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Gouveia: concorre ex-secretário de Estado O médico Gil Barreiro e o ex-secretário de Estado da Agricultura do Governo PSD, Álvaro Amaro, são os candidatos do PSD à presidência da Câmara e Assembleia Municipais de Gouveia. Gil Barreiros, ex-coordenador da Sub-Região de Saúde da Guarda, é actualmente vereador da câmara. Álvaro Amaro é presidente da comissão política distrital do PSD e deputado à Assembleia da República. Covilhã: PSD escolhe eurodeputado O eurodeputado Carlos Pinto é o candidato do PSD à Câmara da Covilhã nas próximas eleições. Carlos Pinto, que desempenhou funções de presidente da autarquia durante dois mandatos, terá que defrontar o actual autarca socialista, Jorge Pombo, que já anunciou a sua recandidatura.
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Na Dinamarca, o Estado desenvolve há mais de 25 anos programas semelhantes de reinserção, utilizando embarcações e outros meios para fazer deslocar os jovens para outros pontos do globo. O objectivo é ensinar novas tarefas e capacidades de relacionamento social. «Já á aprendi a navegar e a funcionar com o navio», afirma Thomas, de 17 anos, um dos jovens que aceitou participar neste programa. «Estou a aprender a respeitar os outros.»
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Quatro vitórias consecutivas em sete jogos. É este o balanço da prestação do Benfica na primeira volta da fase final do Campeonato Europeu de clubes em basquetebol. Esta noite começa a segunda fase, e logo frente aos comandantes, os gregos do Panathinaikos. Por imposição da Federação Internacional de Basquetebol (FIBA), o pavilhão onde as duas equipas se vão defrontar está arranjado -- as grades que rodeavam o campo foram retiradas e foi colocado um novo piso, em «parquet», o mesmo utilizado na NBA. Na Luz o ambiente é de confiança. Moderada, quanto ao futuro europeu, mais expansiva quanto ao departamento. Técnicos e jogadores acreditam que a nova direcção tem capacidade para resolver os problemas, a começar pelo pagamento dos salários em atraso. Para já, Manuel Damásio e o seu executivo estão em fase de adaptação. Ontem passaram o primeiro dia da sua gestão reunidos e, no final, informaram os funcionários de que o pagamento do último mês em atraso -- Dezembro -- será cumprido esta manhã.
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Pina Moura nomeia novo presidente Mário Cristina de Sousa é o novo presidente da EDP, substituindo no cargo António de Almeida. A mudança de gestor do grupo eléctrico, que continua a ser dominado maioritariamente pelo Estado, foi ontem comunicada oficialmente, após uma reunião realizada entre o ministro da Economia, Pina Moura, e António de Almeida. Na sequência dessa reunião, segundo uma nota à imprensa divulgada já à noite, ficou assente que o actual presidente «cessará funções a breve trecho». A nomeação de Mário Cristina de Sousa, até agora administrador da Cimpor, encerra aparentemente um período conturbado na vida do grupo, devido, por um lado, aos alegados desentendimentos entre António de Almeida e Pina Moura para a escolha do parceiro estratégico da EDP e, por outro, ao atraso na reestruturação orgânica do grupo. Esta situação era, aliás, invocada como motivo para a paralisia de serviços nos últimos meses.
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Milionário por 75 escudos Setenta e cinco escudos valeram 4.175 contos a um frequentador da sala de máquinas do Casino Estoril. Desde o início do mês este é o segundo «jackpot» dado pelas «slot-machines», segundo anunciou o gabinete de imprensa da Estoril-Sol.
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José Genoíno (PT-SP) faz circular entre os colegas, desde a semana passada, um documento com propostas de «modernização» da Câmara. Seu gesto é, porém, tão heróico quanto inútil. O deputado petista não tem a menor chance de suceder a Inocêncio Oliveira. Numa prática que levaria Teófilo Otoni à loucura, a eleição para a escolha dos presidentes da Câmara e do Senado prescinde dos eleitores.
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Nos teatros do Norte Uma chuva de estreias Na passagem de Abril para Maio anuncia-se uma excepcional chuva de estreias teatrais, que começou ontem, terça-feira, no Porto, com «Abraça-me», no espaço das antigas Moagens Harmonia. É a terceira produção do Teatro Bruto, que, depois de «Tristerra» e «Auto do Boi» -- encenações de José Caldas -- trabalha agora com um autor-encenador vindo do Sul: o fundador do Olho, João Garcia Miguel. «Abraça-me» espera pelos espectadores até 25 de Maio.
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Maluf dá desconto para IPTU no centro VICTOR AGOSTINHO Da Reportagem Local O prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, assinou ontem decreto concedendo desconto de 50% no IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) ao proprietário que conservar ou restaurar, de acordo com suas concepções originais, os imóveis da região central da cidade. O prefeito justificou a medida dizendo que o «centro deve ser um local agradável, limpo, com prédios bem-pintados». Maluf acredita que com o incentivo está «dando recursos para embelezar o centro». Dez ruas estão relacionadas no decreto.
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Apelos irracionais Tudo aconteceu como fora previsto e esta previsibilidade é um dos factores de maior desgaste do PP de Manuel Monteiro. Algumas centenas de militantes, que se reclamam representantes da direita, que têm pela frente um governo socialista e a queda nas sondagens, juntaram-se de novo num pavilhão, não para aclarar uma estratégia, para confrontar posições, para encontrar um espaço de afirmação política, mas antes para um apelo colectivo, por vezes quase irracional, a um homem para que ele os não abandone. Tantas vezes repetido com esta crueza, sempre que o faziam, estavam, inconscientemente, a passar a si próprios um atestado de menoridade, ratificado pelas palmas que o transformavam num pedido partilhado por todos ou quase todos.
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O grupo parlamentar do PSD comprometeu-se ontem a apresentar, na sessão de hoje da Assembleia da República para a discussão na especialidade do Orçamento Suplementar para 1993, uma proposta de alteração ao texto inicial que consagre a manutenção dos benefícios fiscais às mais-valias reinvestidas em 1993, que se tenham verificado até à data de publicação da Lei do Orçamento. Essa iniciativa, que como disse o deputado social-democrata, Rui Carp, abrange «um limitadíssimo universo de empresas quase todas ligadas ao sector bancário», constituiu uma verdadeira reviravolta face ao texto inicial e acabou por ser um ponto a favor da oposição parlamentar e, em particular para o CDS/PP, que, ao ir ao encontro do seu pedido de impugnação da proposta de Lei do Orçamento, não deixou de rejubilar em plena sessão. (ver caixa). Segundo o recurso do CDS/PP, apoiado por toda a oposição parlamentar, em causa estava a «eficácia retroactiva» das novas condições de tributação das «mais-valias provenientes da alienação de imobilizado corpóreo ou financeiro», reinvestidas em participações no capital de sociedades portuguesas ou em títulos do Estado até ao fim do segundo exercício posterior àquele em que teve lugar a alienação. O texto do Orçamento era claro ao incluir na revogação dos benefícios, a aplicação de mais-valias «realizadas até ao termo do exercício de 1992», ainda que, informalmente, se admitisse que esta norma se aplicaria apenas aos reinvestimentos posteriores à aprovação do Orçamento, embora não fosse vontade do Governo alterar o texto da proposta. Questão parcialmente resolvida
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Isso provoca alguns problemas de interpretação. Os estudiosos que se debruçam sobre Caymmi tendem a complicar o objeto em nome do entusiasmo explicativo, do demônio da analogia. Descrevem os acordes de sétima, sexta, quinta aumentada, as inversões de acorde da música de Caymmi como se formassem um arcano secreto. Querem, com isso, derrubar o mito da espontaneidade no compositor. Por esse raciocínio, «O Mar» (1939) indicaria um intertexto debussyano. As modulações (alterações na lógica linear da série harmônica) da canção seriam fruto de uma leitura do estilo impressionista francês do início do século. Afinal, o próprio Caymmi já disse gostar de ouvir Debussy e Ravel.
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P. -- A quem aproveitaria isso? R. -- Só posso exprimir a minha própria opinião. Em Portugal, como no resto da Europa, o futebol é um negócio altamente lucrativo. Há neste país quem ganhe muito dinheiro com a importação de jogadores brasileiros e africanos. Esses negociantes estão interessados em que o papel dominante no futebol português seja desempenhado, quanto aos estrangeiros, por jogadores brasileiros e africanos, e não por russos. Como eu já disse, Eriksson não ligava qualquer importância a intrigas estranhas ao futebol. Ora, Ivic e Toni são homens completamente diferentes dele. Tanto mais que este último é português e, por isso, mais vulnerável a esse tipo de influências.
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Câmara de Viseu Vereadores queixam-se de Ruas José Guilherme Lorena Dois vereadores do PSD e dois do PS deixaram os cargos que ocupavam na Câmara de Viseu. Ambos se queixam de arbitrariedades do presidente da autarquia, Fernando Ruas, que poderá estará a preparar a sucessão na Câmara, pela sua inclusão nas listas sociais-democratas das próximas legislativas.
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Mas, antes de saber quem paga, é preciso que haja quem crie. Neste particular, Isabel Pires de Lima puxou a brasa à sua sardinha literária, ao defender a abertura das bibliotecas à instalação de pequenas oficinas de escrita criativa que pudessem incentivar nos jovens o gosto pelas letras. Ilda Figueiredo agarrou a sugestão, defendendo igualmente o diálogo permanente entre as escolas e os criadores artísticos e uma atitude geral não-acomodatícia. A cultura é, afinal, indissociável da educação. Processo lento, na óptica de Isabel Pires de Lima, que lembrou o atávico atraso português em muitos domínios. Mas o esforço é indispensável, para que não aconteçam lastimáveis episódios como os que Mário Cláudio evocou: um aluno seu de Jornalismo a não saber que a Noruega ficava na Europa e um outro a procurar o Alasca na América do Sul...
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Eram 20h00 de terça-feira quando a polícia recebeu dois telefonemas, com a habitual palavra de código utilizada para certificar que a advertência não se tratava de uma fraude. O aviso, supostamente feito com 30 minutos de antecedência, dizia que quatro bombas estavam prestes a lançar a destruição numa parte da zona oeste da capital. O IRA, que luta contra o domínio britânico na Irlanda do Norte, alega frequentemente existirem mais bombas do que as que são depois encontradas. Desta vez, uma Ford Transit azul, contendo explosivos manufacturados, foi desactivada, com pequenas deflagrações, por membros da brigada antiterrorista da Scotland Yard.
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Enquanto em 1980 a lista dos «top ten» fabricantes de circuitos integrados incluia cinco americanos, com dois deles ocupando os primeiros lugares - A Texas Instrument e a Motorola -, em 1989, a mesma lista contava apenas com três americanos e nos primeiros três lugares podiam ler-se três nomes japoneses: NEC, Toshiba, e Hitachi. Os números actuais relativos ao investimento na indústria de semicondutores permitem-nos encontrar a razão desta evolução. Enquanto o Japão é responsável por 48 por cento de todo o investimento mundial, os EUA apenas representam 33 por cento e a Europa 11 por cento. Qual é a região do mundo em quarto lugar? Um pequeno país chamado Coreia, que demonstrou ter percebido o que são «tecnologias estratégicas», a quem cabe 8 por cento do investimento mundial, e que tenciona continuar a apostar na área.
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Servidor fecha centro cirúrgico de hospital Da Reportagem Local Médicos residentes e enfermeiros do Hospital do Servidor Público Estadual (Iamspe), em São Paulo, decidiram suspender a partir de hoje os trabalhos no centro cirúrgico. A decisão foi tomada em assembléia em que compareceram cerca de 80 pessoas.
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Belenenses derrotado (1-2) em casa Boavista, o terceiro Berta Rodrigues Um bom jogo, entre duas equipas com ambições. O Boavista foi mais objectivo, ganhou ao Belenenses e já tem o terceiro lugar no campeonato. Os do Bessa somam e seguem.
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Mandato da Unavem III termina dentro de oito dias UNITA promete acantonar 30 mil O ACTUAL mandato da Missão de Verificação das Nações Unidas em Angola (Unavem III) expira no dia 8 de Maio e, para o renovar por mais alguns meses, tanto o Conselho de Segurança como os observadores do processo de paz -- Estados Unidos, Portugal e Rússia -- esperam que as duas partes avancem um pouco mais no cumprimento do que têm vindo a prometer.
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O investimento global, a rondar os 21,5 milhões de contos, será financiado em 85 por cento pelo Fundo de Coesão e estão estimados em 456.300 contos os encargos anuais no ano 2000 e 701.400 contos no ano 2038. Os habitantes servidos pelo emissário, que será construído a 3 quilómetros do molhe norte da barra de Aveiro, serão 694.600 em 1998 e 938.931 no ano 2038, nos concelhos de Águeda, Albergaria-a-Velha, Aveiro, Estarreja, Ílhavo, Mira, Murtosa e Oliveira do Bairro. A solução integrada de colecta, tratamento e destino final dos efluentes líquidos, promovida pela Amria, prevê a construção de duas estações de tratamento de águas residuais (ETAR), uma na zona norte, perto da empresa Portucel, em Cacia, e outra na zona sul, no concelho de Ílhavo, e dois interceptores, o norte, com 59 Km, e o sul, com 39 Km, que farão o transporte das águas residuais até ao exutor de São Jacinto. O interceptor do Vouga e o interceptor geral, ambos com 38 Km de extensão, completam o sistema.
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«Companheiros de sempre», do realizador Norman René e do seu colaborador, o argumetista Craig Lucas, é o registo documental de uma década de Sida; é um jornal de actualidades que dá conta do efeito do vírus numa comunidade homossexual, entre 1981 e 89. É um olhar próximo (René e Lucas são homossexuais) mas púdico sobre um grupo específico, argumentistas e actores de televisão, que é o mundo onde se movimentam o realizador e o argumentista -- e é um mundo tão específico que houve quem criticasse a pouca representatividade do universo e os cuidados de figuração. Ao contrário de «Filadélfia», em que Jonathan Demme adopta uma perspectiva didáctica e legalista (é um problema, no fundo, de descriminação) apesar da transfiguração final -- com a câmara a olhar de cima --, o ponto de vista em «Companheiros de Sempre» nunca deixa o individual, os interiores, e a referência é a televisão. É um «soap», no fundo, na apresentação das diferentes personagens, das suas profissões, das ligações entre elas e dos seus comportamentos diários. E faz auto-referências irónicas. Há um «soap» dentro do «soap»: as personagens do filme assistem à exibição na televisão de uma série pioneira por figurar a homossexualidade e onde participam actores que assim arriscam ver as suas carreiras destruídas; também Norman René, quando quis reunir o seu «cast», teve de enfrentar o receio e a recusa de alguns intérpretes -- e preferiu os desconhecidos, para atingir essa verosimilhança documental, quase neutra.
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Astronomia Máximo Ferreira A classificação das novas e supernovas Em 1572, o astrónomo dinamarquês Tycho Brahe (1546-1601) viu no céu uma estrela extraordinariamente brilhante, numa região da esfera celeste em que, anteriormente, não se observava qualquer astro. A «nova estrela» -- como Tycho lhe chamou, na obra que escreveu sobre o acontecimento -- brilhava de tal forma que podia ver-se em pleno dia.
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'Qualidade se faz com pessoas'. Da Redação Robert Mangels, presidente da Mangels S.A., diz que os maiores problemas que o país enfrenta são a falta de competitividade e o perigo de não-sobrevivência de muitas empresas, especialmente do ramo de autopeças. «Nos próximos anos, de 20% a 30% das empresas do setor talvez não estejam mais operando.» O empresário, que também é presidente da diretoria executiva da Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade, acredita que a questão da qualidade está relacionada com o crescimento individual. «Quem não deseja melhorar de vida e se desenvolver?»
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Um dos termos desse acordo, recorde-se, obrigava o Governo a legislar sobre a representatividade das organizações agrícolas, o que poderia afastar algumas das rivais da CAP dos conselhos consultivos do ministério, sede em que se discutem e aprovam as principais medidas da política agrícola do país. Gomes da Silva, porém, tem subalternizado esta prioridade e continua a chamar a Confederação Nacional dos Agricultores (CNA) e a Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP) aos seus fóruns de decisão. Este diferendo tem pautado o relacionamento institucional do ministro com a mais forte das confederações agrícolas do país, mas nos conflitos anteriores António Guterres tem conseguido arbitrar as divergências. Agora, a CAP mostra sinais de impaciência e responsabiliza o primeiro-ministro pelo facto de «o relacionamento institucional ter voltado à estaca zero», nas palavras de José Andrade, presidente da confederação.
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Que personalidades estarão na conferência? A primeira-ministra paquistanesa Benazir Bhutto, o vice-presidente norte-americano Al Gore, o antigo Presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, a actriz americana Jane Fonda, a rainha Nour da Jordânia, mais quatro presidentes e cinco primeiros-ministros.
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Os moradores queixam-se especialmente da falta de estacionamento na Alameda de Basílio Teles e zona envolvente, fenómeno que se agrava durante a noite porque os frequentadores dos vários bares e discotecas locais deixam os carros onde há um lugar livre. E os comerciantes alegam que estão a perder clientes. O que significa perder dinheiro, porque as obras, associadas às dificuldades de circulação e estacionamento, repelem os clientes habituais. Nem uns nem outros, na sua sua maioria, põem em causa as obras. Apenas questionam a sua simultaneidade, sugerindo que podiam ser realizadas faseadamente. Alegam que, assim, seria menos duro e menos lesivo para os seus interesses. A câmara contrapõe que deste modo o «sofrimento» das pessoas será de apenas alguns meses, ao passo que, se os trabalhos fossem reealizados de modo faseado, os inconvenientes prolongar-se-iam por muito mais tempo... António Moura
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Não limitando os seus interesses à arte interpretativa, Brendel é um daqueles artistas que tem um discurso inteligente sobre a música, como testemunham os dois livros que escreveu sobre temas musicais. O seu pendor literário (inestimável aliás na arte de acompanhar «lieder») levou-o também a aventurar-se nos domínios da prosa poética. O programa de hoje iniciar-se-á com duas sonatas e uma série de variações de Haydn, trazendo-nos a música de piano de um compositor que, neste domínio particular, é frequentemente posto em segundo plano. Obras como a sonata em Si menor, que Brendel interpretará, bastam para desmontar um erro perene de apreciação sobre um músico que, no piano e na ópera, se insiste em pôr à sombra de Mozart. Após as «Cenas Infantis» de Schumann, genial evocação de uma infância revisitada pelo poeta, a Sonata em Dó maior, K. 330., de Mozart, conclui o recital. Obviamente... a não perder. Alfred Brendel Piano
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Evocação do poeta por Luciana Stegagno Picchio Um «malandro» chamado Camões Um pouco a exemplo do nosso Bocage, o autor da «Divina Comédia» tornou-se, em Itália, protagonista de episódios inverosímeis e humorísticos. Uma das histórias desse anedotário dantesco conta que um dia perguntaram ao poeta qual era o seu alimento preferido, tendo este respondido: «O ovo»; e passados um ano e quatro meses, o mesmo interlocutor, pondo à prova a proverbial memória do poeta, dispara-lhe: «Com quê?» Sem hesitar, Dante esclarece-o: «Com sal».
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Aberto concurso a bolsas Bial As candidaturas às bolsas de investigação científica da Fundação Bial estão abertas aos investigadores que, individualmente ou em grupo, queiram apresentar os seus projectos, nas áreas da psicofisiologia e da parapsicologia. A duração das bolsas tem o prazo máximo de três anos, devendo ter início entre 1 de Novembro de 1994 e 31 de Outubro de 1995. O prazo de apresentação de candidaturas prolonga-se até 31 de Agosto deste ano. O conselho científico que as analisará é constituído por José Garrett, Adriano Vaz Serra, Castro Caldas, António Coimbra, Fernandes da Fonseca, Daniel Sampaio e Óscar Gonçalves. Os subsídios a atribuir situam-se entre os 500 e os cinco mil contos, podendo, no entanto, ser aprovados alguns mais elevados, concedidos em termos que serão acordados caso a caso. As candidaturas devem ser apresentadas em formulário próprio, a fornecer pela fundação (com sede na Rua do Visconde de Setúbal, 16-4º esq. E, 4200 Porto). A Fundação Bial foi recentemente criada pelos laboratórios farmacêuticos Bial, em colaboração com o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas. Além destas bolsas de investigação, a fundação passou a administrar também o Grande Prémio Bial de Medicina, que é patrocinado e tinha sido atribuído até aqui pela mesma empresa.
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A busca de sócios no mercado de capitais que possam implicar na perda absoluta do controle acionário também terá de ser superada. Parece-nos que vai ser quase impossível ver a economia brasileira crescendo, caso o setor privado não tenha uma forte base de capital próprio para enfrentar os desafios desse final de século. As limitações ao exercício absoluto do controle do capital votante será certamente um fator impeditivo ou limitativo que terá que ser superado.
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Rio Ave estreia hoje a iluminação Sporting, a equipa das inaugurações Quando o Rio Ave inaugurou o seu actual estádio, a equipa convidada foi o Sporting. Corria o ano de 1984 e o resultado no final dos 90 minutos foi um empate a um golo. Hoje, pelas 21h, a equipa de Alvalade regressa a Vila do Conde para disputar o jogo referente à terceira jornada do Nacional de Futebol da I Divisão. E, mais uma vez, terá a honra de participar numa inauguração: a do sistema de iluminação artificial do mesmo estádio.
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Combates prosseguem na Bósnia -- O Presidente muçulmano da Bósnia, Alija Izetbegovic, e o líder dos sérvios bósnios, Radovan Karadzic, acusaram-se ontem reciprocamente de ter rompido o cessar-fogo, que deveria vigorar até finais de Abril, ao efectuarem ataques que ameaçam precipitar de novo a república na guerra total. Ontem, pelo quinto dia consecutivo, prosseguiu a ofensiva da Armija, o exército bósnio de maioria muçulmana, na região de Tuzla, uma «zona de segurança» decretada pela ONU. Para segunda-feira, está marcada para Londres mais uma reunião de peritos do Grupo de Contacto (Estados Unidos, Rússia, Alemanha, França e Grã-Bretanha), para tentar suplantar as divergências das «cinco potências» internacionais sobre o conflito nos Balcãs.
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A idéia da Fazenda é aumentar em cerca de R$50 milhões por mês a receita do IPI para compensar a perda com a isenção de Pis-Pasep e Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) concedida às exportações. Como o IPI entra na formação dos preços, a elevação das alíquotas abrangerá produtos supérfluos, atualmente isentos do tributo ou taxação baixa.
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Desenvolvimento local Animar quer lei-quadro A criação de uma lei-quadro e de um fundo de apoio ao desenvolvimento local foram os principais temas abordados numa reunião da Animar-Rede Nacional de Associações de Desenvolvimento Local com o ministro adjunto do primeiro-ministro, José Sócrates. Além destas reivindicações, a Animar também discutiu com José Sócrates a flexibilização dos programas de apoio já existentes, que, por terem uma dimensão nacional, acabam por privilegiar os maiores centros urbanos.
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Lucena considera preocupante o nível a que chegou a violência no Rio de Janeiro, mas acredita que o governo estadual encontrará soluções dentro da própria polícia. A intervenção só pode acontecer por solicitação de um dos poderes e determinação do presidente da República. «Faremos aquilo que estiver dentro da lei», disse. O general Leônidas Pires Gonçalves, ministro do Exército no governo Sarney, lembrou que o Exército está preparado para a guerra «com luta, tiro e morte».
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Esse enorme potencial de criatividade jamais se materializou em ganhos econômicos para o país (e para os compositores) pela falta de uma estrutura empresarial moderna e com visão internacional. Agora pode-se repetir a enorme saga do compositor popular, envolvendo milhares de produtores de software em torno do objetivo comum de conquistar o mercado internacional, permitindo ao país pegar o bonde na área de crescimento da economia mundial onde possui maiores vantagens comparativas.
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Na blindagem de nível médio, o veículo ganha cerca de 200 kg. Com esse acréscimo, o carro necessita de «veneno» no motor e suspensão reforçada. Com a proteção de nível superior são 400 kg a 500 kg a mais. O carro requer alterações em motor, freio e suspensão.
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São imagens de grande beleza e interesse histórico, e é uma pena o modo como estão instaladas, isto é, literalmente «depositadas» -- simplesmente penduradas na parede, por cima dos sofazinhos e das mesinhas das várias salas do Solar, a maioria sem qualquer tipo de iluminação, tornando-se um pouco difícil, em certos locais, vislumbrar mais do que vagas sombras. Resta-nos, como prova de que não fomos vítimas de uma alucinação, o catálogo, que, embora não reproduza fielmente a textura das imagens, é um óptimo documento. Trata-se de imagens temáticas, portanto: vindima, poda, surriba, pisa, indústria, o comboio. As imagens de Alvão, datadas por volta de 1940, contrastam de modo interessante com as de Emílio Biel. O primeiro, numa estética já moderna, procura os planos aproximados, integrando o tema rústico / naturalista em códigos «retratistas», explorando os vários planos. Não deixa de relembrar uma certa herança etnográfica dos livros de Júlio Dinis, grande inventariador literário de «tipos», e ao qual nunca faltou também uma certa visão de sociólogo, como é visível, por exemplo, nos «Serões da Província». Mas Domingos Alvão foi sobretudo um fotógrafo profissional de renome. Tendo começado com Biel, em 1902, Domingos Alvão fundaria mais tarde o seu próprio estabelecimento fotográfico -- a firma Alvão e Cª --, repartindo o seu trabalho entre «o retrato, a fotografia de exteriores e a fotografia industrial e comercial» (J. L. Madeira), e do qual resultou um espólio de largas dezenas de milhares de negativos. As imagens expostas na exposição do Vinho do Porto são cópias da época, impressas pelo próprio autor.
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P. -- Voltando à decisão francesa de retomar os ensaios, qual a responsabilidade dos políticos, perante os militares e os especialistas? R. -- A independência do político é total. Os políticos podem dizer sim, podem dizer não. Podemos optar por acelerar o processo simulação, em vez de apostar nos ensaios. É um pouco como Napoleão, que, perante o embargo que privava a França de cana-de-açúcar, disse: «Descubram outra coisa.» E descobriu-se a beterraba. Estou convencido de que os 10 mil milhões ou 15 mil milhões que estamos a meter nestes testes poderiam ser utilizados para comprar a tecnologia americana da simulação. Simplesmente, o custo diplomático é pesado. Excepto se a França tomar simultaneamente várias iniciativas: não voltar a utilizar nem vender o Mox e aceitar uma gestão internacional das reservas de plutónio. Seria uma iniciativa importante que compensaria o retomar dos ensaios.
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Indispensável seria, na opinião de Pinto Ribeiro, que o juiz tomasse conhecimento do processo como «qualquer outra pessoa presente na sala». Mas antes de começar a julgar já leu a acusação e tem ideias sobre o processo. O público, por seu lado, assiste apenas a uma parte da prova testemunhal, o que não chega para que, aos seus olhos, o processo se torne credível. As manifestações de justiça popular surgem, afirma o advogado, quando os mecanismos de socialização falham, a sublimação dos sentimentos não se faz e, pelo contrário, explode quando se exorcizam os fantasmas populares. «Podem sempre encontrar-se as justificações dessa irracionalidade mas jamais se pode aceitá-la,» considera Pinto Ribeiro.
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R. -- É esperto. Consegue resultados. Discordo dos seus objectivos, somos opositores em termos de estratégia, quanto ao que deve acontecer na Rússia nos próximos anos. P. -- Por exemplo? R. -- Ele pensa que a alta finança deve manipular o Governo e funcionar como «fazedora de reis». Do meu ponto de vista, a dependência governamental dos grupos económicos deve acabar radicalmente. Berezovski fez um grande erro ultimamente: tornou-se demasiado público. As suas hipóteses eram melhores quando estava na sombra.
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Howard, de 56 anos, o tranquilo «homem de família» da política australiana, viveu o seu momento de glória quando pronunciou um discurso de vitória em que sublinhou a necessidade de unir o país. Num primeiro passo para isso, fez um elogio a Keating, que descreveu como «um grande guerreiro pela sua causa política». Boa parte da alegria de Howard pode explicar-se pelo facto de este ter sido, na opinião da maior parte dos analistas, o mais claro exemplo na história recente da Austrália de um duelo entre figuras (ele e Keating) mais do que entre opções políticas.
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Estragos na festa A festa que antecedeu a finalíssima da Supertaça foi preparada de forma esmerada, mas uma exigência de última hora do «Clube de Portugal» quase provocava uma síncope no empresário Lucídio Ribeiro. Tudo começou de madrugada, quando alguns jogadores que integram o clube de veteranos contactaram Lucídio Ribeiro para o informar que só aceitavam jogar mediante o pagamento de um «cachet» de dois mil contos. À cabeça do grupo contestatário estavam Fernando Gomes e Lima Pereira, que utilizaram como grande argumento para as reivindicações o facto de a camisola que iriam utilizar ter na frente o simbolo da EXPO 98. Foi então a vez de Lucídio Ribeiro puxar de um contrato firmado em devido tempo com o Clube de Portugal, e que a gerenalidade dos seus membros parecia desconhecer, que continha várias cláusulas, incluindo o equipamento a envergar. O acordo fora estabelecido com o coordenador geral e o relações públicas do Clube, respectivamente Carlos Manuel Faria e Darwin Cardoso. Por isso, Lucídio Ribeiro mais não fez do que informar o grupo de que não aceitava pagar mais um tostão do que o acordado (viagens e estadia), até porque não se tinha deslocado a Paris, como ficara combinado, Eusébio. Lucídio, que tinha aceite aumentar de 20 para 25 o número de ex-jogadores a viajar, ficou ainda surpreendido quando na sua frente surgiu um Matine com a perna engessada.
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No final, os presentes (que oscilaram entre os 70, de manhã, e cerca de 50, à tarde) aprovaram um texto onde afirmam que «o debate político e ideológico no seio do PS e da esquerda é um vector fundamental para fortalecer o PS como alternativa política e eleitoral», que o que os move é «a coesão e credibilidade do PS», que acreditam na disponibilidade do secretário-geral do partido de encarar o documento «Pela Esquerda». «como elemento construtivo e dinamizador de um debate indispensável». Costa em cartaz Entretanto, António Costa, que integra o «comité dos 20», vai ser hoje «coroado» oficialmente candidato do PS a Loures, num almoço onde estarão presentes Jorge Sampaio, António Guterres e Jaime Gama. Hoje, é também lançado o folheto de campanha (o primeiro na área metropolitana de Lisboa a ser distribuído), onde António Costa, a jogar numa área de influência comunista, faz apelos claros ao «espírito `Por Lisboa '», a coligação PS-PCP que dirige a capital. Muito significativamente, a candidatura de Costa é apresentada com a sigla «Por Loures» e não menos simbolicamente inclui uma fotografia onde o candidato (ex-deputado à Assembleia Municipal de Lisboa e negociador do acordo que levou à coligação) se apresenta ao lado de António Abreu, o dirigente da organização regional de Lisboa do PCP. Em clima de «partilha democrática»... Aliás, o candidato já avisou: «Não concorremos contra ninguém. Concorremos por Loures». Ana Sá Lopes
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Romance-mundo, «Mau Tempo no Canal», convoca, a partir do microcosmos ilhéu (as ilhas centrais dos Açores) e de umas tantas personagens que giram à volta da heroína, Margarida, todos os grandes mitos. Ler este romance desmedido não é tarefa que convenha aos espíritos desenvoltos que julgam que o género romanesco começou e acaba com «Menos que Zero», de Bret Easton Ellis, e outras obras afins que têm por pátria a América do nosso descontentamento (não é só um lugar geográfico, também mora aqui).
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Na mesma altura em que o Ministério da Defesa desenvolve um programa de consultas, destinado a encontrar a arma ligeira individual adequada às necessidades das Forças Armadas, programa extensível às preocupações de reequipamento das forças de segurança, este contrato autorizado por Alberto Costa caiu muito mal na esfera específica da Direcção-Geral do Armamento, sob tutela de António Vitorno. Quando o plano do Governo quanto à reabilitação das indústrias nacionais de defesa já é considerado em marcha, a portaria acabada de publicar no «Diário da República» suscitou a maior das surpresas. Não propriamente pelo montante envolvido, os pouco mais de 500 mil contos, mas por se tratar de um negócio que parece fugir à política já definida de trazer mais-valia tecnológica à própria indústria nacional. Outra curiosidade, contida no documento assinado por Alberto Costa, com a data de 9 de Dezembro de 1996, é que os encargos orçamentais para se executar o contrato com a empresa que representa o fornecedor chileno (ITB--Comércio Internacional Ldª) refere um pagamento de 175 mil 212 contos a rubricar no orçamento de 1996 e as restantes prestações (136.276 contos e 272.552 contos) são os valores apontados como limite para, respectivamente, os anos de 1997 e 1998.
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O amor brotava naquele corredor e o poeta sonhador, adivinhando nela o desejo de ser possuída, pediu: «Mostra-me que és a anunciante, a mulher dum só olho que eu amei à primeira semivista!» «Provar-te vou, meu amor! E tapou com a mão o olho que via e correu disparada pelo corredor. Não viu a janela aberta e precipitou-se no abismo. Nunca mais pagou impostos e o poeta sonhador desolhou-se da direita e anda de bengala. Quem viu passar o corpo em queda livre naquela tarde foi a Zita Seabra, que ali estava a repousar dos seus trabalhos audiovisuais.
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Montenegro Comissão eleitoral rejeita protesto A comissão eleitoral central rejeitou ontem o protesto do ex-Presidente do Montenegro, Momir Bulatovic, que foi derrotado na segunda volta das presidenciais pelo seu rival e primeiro-ministro, Milo Djukanovic. Os protestos de Bulatovic, relacionados sobretudo com as alterações das listas eleitorais entre a primeira e a segunda volta, foram recusados «por terem chegado demasiado tarde e não serem da competência da comissão mas do Tribunal Supremo». Segundo os resultados definitivos, Djukanovic obteve 174.745 votos, contra 169.257 para Bulatovic.
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Como é, certamente, do conhecimento do dr. Abel Mesquita, como advogado e especialista em questões laborais, as condições (cláusulas) salariais obrigam as empresas em relação a todos os seus trabalhadores, independentemente da convenção colectiva respectiva ter ou não sido subscrita pela maior parte dos sindicatos, atento o princípio de interesse e ordem pública que está subjacente à fixação das retribuições e, por isso, com consagração constitucional, segundo o qual as empresas estão obrigadas a respeitar «o princípio de que para trabalho igual salário igual, de forma a garantir uma existência condigna», cfr. art. 59º, nº, 1 alínea a) da Constituição da República Portuguesa (CRP). Os nossos tribunais de lª, 2ª e 3ª Instâncias, isto é, os Tribunais do Trabalho, os Tribunais de Relação e o Supremo Tribunal de Justiça, têm julgado sem divergências de acordo com este princípio, cfr.: Acórdão do STJ, de 26/5/88, in «BTE», 2ª Série, nºs 4-5-6/90, pág. 396; Acórdão do STJ, de 1/3/90, in «BTE», 2ª Série, nºs 10-11-12/92, pág. 1772.
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ICMS passa a incidir sobre preço à vista Confaz decide aplicar regra adotada por São Paulo e Paraná; prazo de recolhimento do imposto diminui Da Sucursal de Brasília O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias) será cobrado sobre o preço à vista dos produtos a partir da próxima semana. A medida foi aprovada ontem em reunião extraordinária do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária). A apuração do imposto a recolher passará a ser feita a cada dez dias e atualizada monetariamente. A mudança deve aumentar a arrecadação dos Estados. A alteração foi sugerida pelo Ministério da Fazenda para acabar com a cobrança do ICMS sobre a parcela da correção monetária nas vendas a prazo. São Paulo e Paraná já cobravam ICMS com base no preço à vista nas operações internas. O Confaz tornou obrigatória a norma para todo os Estados.
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Eleitorado fez oposição Da Reportagem Local Paulo Maluf concedeu entrevista exclusiva à Folha e disse que a oposição de seu eleitorado à candidatura presidencial foi fundamental para a desistência. A seguir os principais trechos da entrevista: Folha -- O sr. esperava tanta dificuldade para viabilizar sua candidatura?
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Os organizadores da 2ª Semana da Cooperação -- a Associação de Estudantes e o Instituto Superior Técnico -- falam já, com optimismo, da preparação da 3ª Semana no próximo ano e organizam nos bastidores reuniões informais entre os participantes, das quais sairão projectos concretos de cooperação a pôr em prática nos próximos anos. Os temas de debate previstos para hoje -- dia em que chega a Lisboa o ministro da Educação de Angola, António Burity -- são ambos da área da Educação. De manhã, será debatido o papel de Portugal na cooperação no ensino, educação e formação. À tarde, o tema é o financiamento, planeamento e gestão do ensino universitário.
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A Lisnave sublinha que «as normas de segurança da empresa estavam a ser cumpridas». Os sindicatos interrogam-se: «Será que as normas da empresa respeitam todos mecanismos legais (nacionais e internacionais) sobre a matéria?» A administração refere que «não se constatou a existência de produtos ou gases inflamáveis» no interior do tanque do petroleiro norueguês, quando se deu o acidente. Aponta ainda que se registou «um violento incêndio, que provavelmente se iniciou com a queima da pintura interna do tanque».
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João Raimundo começou por negar todas as acusações que lhe eram feitas. «Nunca mandei dar sovas em ninguém», garantiu. E, para ajudar o colectivo a vislumbrar um perfil em tudo contrário à matéria constante dos autos, acrescentou mesmo: «Nunca dei nem levei uma bofetada de ninguém.» A defesa passou por momentos delicados durante os depoimentos de algumas testemunhas de acusação, sobretudo de Ângelo de Trancoso, que não só manteve as suas declarações como tentou envolver a ex-deputada Marília Raimundo. Referindo-se ao casal, afirmou Ângelo: «Acho que se os deixassem, eles [João e Marília] iriam bater em todos de quem não gostam.» A acusação, particularmente o procurador da República, João Nabais, sofreu um duro revés, quando a defesa decidiu interpor recurso para o STJ das gravações dos encontros entre o motorista e Ângelo de Trancoso, depois de o juiz que presidiu ao debate instrutório ter indeferido os requerimentos dos arguidos para que elas fossem extraídas dos autos. João Nabais evitou usar as gravações como meio directo de prova, para evitar a arguição de uma nulidade que implicasse uma eventual anulação de todo o processo, com a repetição do julgamento, caso o STJ defira as pretensões da defesa.
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CHAMAS NA SERTÃ- Um incêndio de grandes dimensões, declarado ontem à tarde perto da freguesia da Cumeada, na Sertã, estava a ser combatido por 150 bombeiros pertencentes às várias companhias do distrito de Castelo Branco. O fogo, classificado pelo Comando Operacional da Sertã como muito grave, havia consumido ao fim da tarde vários hectares de pinhal e mata. Os bombeiros consideraram que o forte vento que se verificava na região prejudicava o combate às chamas, desconhecendo-se quando é que o sinistro poderia ser dado como extinto.
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P. -- O grupo Mello não faz questão de ficar com a maioria das acções do Banco Mello? P -- Fazemos questão de ter intervenção activa na gestão do banco. Se o capital estiver suficientemente disperso e o banco tiver uma direcção perfeitamente definida, é possível ter montantes inferiores a 50 por cento. Acontece em todos os países desenvolvidos. Porém, em Portugal, se por um lado é por cultura que se têm posições superiores a 50 por cento, por outro também é uma postura que deriva da própria dimensão, que pode atrair a atenção de investidores para quem os montantes a aplicar na aquisição do capital disperso não contam. É necessário ter isso em consideração. S.C.
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ABB em crescimento -- O grupo ABB de engenharia electrotécnica, de origem helvético-sueca, registou um aumento de lucros de 22 por cento, em relação a 1995, alcançando um resultado de 556 milhões de dólares. Este é o décimo primeiro ano consecutivo em que o grupo apresenta crescimentos de dois dígitos. As contas de exploração cresceram quatro por cento e as melhorias devem-se a ganhos de produtividade e à redução do custo de mão-de-obra nos mercados emergentes e em demais sectores da empresa. A procura, no entanto, diminuiu na Europa Ocidental, apesar de continuar a fortalecer-se na Europa Central e do Leste. Partex estuda energia hospitalar -- A Partex está a estudar a utilização racional de energia em hospitais da Letónia, um trabalho encomendado pela Direcção-Geral XVII da Comissão Europeia. O estudo é financiado pelo Programa Thermie, na parte europeia, e pelo Info-Copérnico, no que se refere aos encargos da Letónia. A Partex é líder de um projecto que conta com a participação de mais dois especialistas da área: o Institut Catalá de Energia, dependente do Governo da Catalunha, e o Irish Energy Centre, a agência do Governo de Dublin para os assuntos energéticos. Uma melhor gestão dos custos da energia hospitalar e novas hipóteses de poupança fazem parte de uma série de soluções que incluem o pequeno investimento e a co-geração de electricidade e de calor em grande escala.
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Por outro lado, foram realizados desde a mesma data mais 451 exames histopatológicos a cérebros de animais abatidos no Matadouro de Famalicão, cujos resultados foram todos negativos. Isto significa que aqueles animais, abatidos por serem co-habitantes de outros com diagnóstico positivo à BSE, estavam sãos. Estão ainda em curso mais 17 análises a animais suspeitos, cujos resultados serão oportunamente divulgados. Finalmente, o Laboratório Nacional de Veterinária (LNV) de Lisboa tem na sua posse seis amostras de rações recolhidas em fábricas para controlo analítico.
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A interpretação de Glenn Gould, do concerto de Brahms, ficou para a história da música. Mas o «elemento desportivo» de Bernstein marcou-a muito mais. Tudo começou na temporada de 1943-44, da Filarmónica de Nova Iorque. Bernstein era um jovem maestro substituto e, numa noite, vê-se obrigado a substituir o maestro titular que adoecera subitamente -- Bruno Walter. Tratava-se de um concerto transmitido pelas estações de rádio dos Estados Unidos, e uma ovação final, ouvida de costa a costa. Bernstein tinha 25 anos. E estava prestes a ganhar o prémio de revelação do Círculo de Críticos de Nova Iorque, pela sinfonia «Jeremiah».
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Por Lisboa passará alguma da «nata» da politologia actual e a ideia é tão forte que o National Endwment for Democracy e o Centre Européen de la Culture já pediram que os 14 conferencistas se desloquem a Washington e a Genebra para repetir as intervenções, que serão também publicadas em inglês e em francês. Ontem, o próprio Mário Soares apresentou o ciclo -- cujo objectivo é contribuir para a construção e aprofundamento da democracia, sistema que nunca está acabado --, os participantes e o modelo de funcionamento. A saber: as conferências decorrerão sempre a uma sexta-feira à noite, no Auditório 2 da Fundação Gulbenkian, e o orador terá sempre ao seu lado uma figura portuguesa que por alguma razão está ligada ao tema da exposição. Na manhã do sábado seguinte o conferencista e o apresentador irão à Fundação Mário Soares repetir a «aula» para licenciados e pós-graduados, já num clima de diálogo. No fim, quem frequentar o «curso» todo recebe um diploma simbólico.
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Guiné-Bissau Sindicatos independentes descontentes Quatro sindicatos independentes da Guiné-Bissau ameaçam iniciar acções reivindicativas devido ao «incumprimento» dos compromissos assumidos pelo Governo em Abril passado, os quais incluíam «possíveis aumentos salariais a partir de Setembro».
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A segunda lição importante é que, ao contrário do que se pensa, a Coréia era um país em que as decisões eram tomadas da pior maneira possível. Era um país acusado de ter o pior tipo de relações particularistas, de favoritismo. Tudo isso que se fala hoje do Brasil estava presente na Coréia 30 anos atrás. O que não se pode esquecer é a disciplina e a persistência do oriental. O coreano é herdeiro de uma tradição chinesa de disciplina, de organização.
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Sobre Amunike, e segundo a agência Lusa, Bobby Robson afirmou ontem que o clube catalão desistiu de o contratar, depois de ter reavivado o interesse na sequência do torneio olímpico. Houve negociações nos dois últimos dias, mas faltou o acordo e o assunto ficou encerrado. Agora é a vez do Sporting tentar segurar o nigeriano, que tem contrato por apenas mais um ano. «Se ele vier com o empresário, tratamos disso. Vamos apresentar-lhe uma proposta de renovação por mais três anos». Mas a vedeta de ontem foi Gil Baiano. Depois de, na véspera, ter efectuado testes médicos e físicos, o brasileiro juntou-se ao resto do grupo e realizou o primeiro treino. O lateral-direito, último reforço do Sporting para as próximas duas épocas (com mais uma de opção), adquirido por 60 mil contos ao Paraná, do Brasil, expressou mais tarde, em conferência de imprensa, quão satisfeito está com a sua escolha e pronto para dar o seu melhor. À tarde treinou com o grupo que esteve na selecção olímpica.
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Livro revela zona obscura da vida de Duras A biografia da autora de «O Amante» narra sua experiência na Resistência durante a Ocupação nazista BERNARDO CARVALHO Da Reportagem Local A editora Scritta lança na 13ª Bienal do Livro a biografia «Marguerite Duras -- Uma vida por Escrito», de Frédérique Lebelley. O livro sobre a vida da autora do best seller mundial «O Amante» provocou polêmica na França, onde foi publicado no início do ano. A própria Duras o repudiou violentamente para depois fazer as pazes com sua biógrafa.
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Golfe Elite mundial em Ponte Vedra Teve ontem início, no percurso de Sawgrass, em Ponte Vedra Beach, na Florida, o The Players Championship, hierquicamente o mais importante logo a seguir ao quatro torneios do «Grand Slam». Este ano, com o australiano Greg Norman a defender o título, a prova distribuirá um total de prémios monetários de 2,5 milhões de dólares e no seu lote de participantes incluem-se os 36 primeiros classificados do «ranking» mundial.
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Independentemente do cíclico regresso dos «medos» à opinião pública, geralmente na sequência da mediatização de alguns crimes, a verdade, traduzida na evolução das tendências de fundo, é que, desprezando flutuações pontuais, o que escrevemos nestas páginas há pouco mais de um ano continua actual: «Em Portugal, todos os dados parecem indicar que a grande criminalidade não aumentou significativamente. Não haverá mais mortes violentas, mais assaltos à mão armada ou mais violações do que há dez anos.» Os números ontem divulgados pela Polícia Judiciária, se indiciam alguma modificação no perfil da delinquência, não alteram este estado de coisas. Pelo contrário: confirmam o que os relatórios de segurança interna relativamente a 1995 já indiciavam, isto é, uma pequena diminuição da criminalidade. Uma diminuição que curiosamente começou nos últimos tempos do «cavaquismo» e se prolongou por este início do consulado da «nova maioria».
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Há apenas dez anos, notou Llosa, capitalismo e mercado eram palavras «satanizadas». Hoje, a situação mudou radicalmente. De um lado, já quase ninguém fala em socialismo. «Mesmo os socialistas se dizem social-democratas», comentou o escritor.
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R. - Sim, mas também temos um outro projecto que consiste em enviar robôs ao fundo do mar para encontrar minas e em procurar minas terrestres desactivadas. Espalham-se num terreno e recolhem-nas. P. - Recolhem ou fazem-nas explodir?
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Quanto rendeu o leilão de bens pessoais de John Lennon realizado em Londres? -Guitarras, cartas manuscritas e outros artigos pessoais de John Lennon foram vendidos no passado dia 29 de Agosto num leilão em Londres por cerca de 15 mil contos. O preço mais alto do leilão da Christie' s foi para um cartão de natal enviado por Lennon à sua noiva de então, Cynthia, quando tinha 18 anos, que rendeu perto de 2 mil contos. A placa do prémio Ivor Novello, pela canção «She Loves You», obteve o segundo preço mais alto, com 1750 contos.
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A segunda reunião sobre a ajuda à ex-URSS -- a realizar na sequência da conferência de Washington, marcada para o fim deste mês -- terá lugar «num país da Europa» e será presidida por Portugal, na qualidade de presidente do Conselho da CE. O anúncio foi feito ontem, em Lisboa, por Roland Dumas, após um encontro com Deus Pinheiro. Ainda no capítulo da ex-URSS, os dois ministros discutiram a possibilidade de estabelecer «representações diplomáticas comuns» nas novas repúblicas. Caberá à presidência portuguesa fazer, entre os Doze, um «inventário de intenções» para concretizar o projecto.
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Aproveitando as férias, as duas estudantes, membros da direcção da Associação de Estudantes Portugueses na ex-URSS, entregaram em Lisboa pedidos de audiência nos ministérios da Educação e dos Negócios Estrangeiros, que não conseguimos contactar; ao PCP -- que, em contacto com o PÚBLICO, apenas salientou o facto de o Governo se ter limitado até agora a «iniciativas pontuais» -- e à Associação Portugal-URSS. As estudantes pretendem sobretudo explicar que tudo se resolveria com a concessão de uma bolsa mensal de 150 dólares (cerca de 20 contos) -- coisa que, aliás, vários países da CE já estão a fazer em relação aos seus estudantes. E, já agora, que a embaixada portuguesa em Moscovo não cobre, pela renovação de um passaporte, 1800 rublos -- equivalente à sua bolsa mensal multiplicada por sete.
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Ao reivindicar este direito da autarquia, sublinha que ele «está em concordância com a filosofia que subjaz à legislação portuguesa no que diz respeito ao direito de reversão, no domínio da expropriação». Ou seja, aplique-se a lei, defende Sampaio. No entanto, Sampaio entende que o POZOR «é um começo», um «passo positivo» no sentido em que «pela primeira vez, nele se reconhece que a zona ribeirinha não se circunscreve apenas às funções portuárias».
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Confrontado com a possibilidade de ser Timor o país da Ásia a ser visitado pela «troika», Durão Barroso afastou a ideia. «Não me parece que a Indonésia aceite», afirmou, acrescentando que «a questão de Timor tem de ser vista a um nível mais alto». No seguimento da reunião, a presidência holandesa ficou de exprimir à imprensa a «compreensão» dos Doze face às preocupações portuguesas relativamente a Timor. Quando explicou o teor das discussões, mantidas durante um almoço à porta fechada, Jan Pronk viu-se na obrigação de esclarecer os mais desatentos, quando, ao pretender localizar Timor, referiu «uma parte da Indonésia». I.A.C.
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Um livro de fotografias é um objecto por onde se passam os olhos mas também as mãos. Um livro de fotografias bem impresso é um livro em que temos vontade de tocar -- para ver se é verdade que aquilo é mesmo uma fotografia, e para sentirmos, paradoxalmente, que aquilo não é senão uma fotografia, porque é esse o seu segredo: aproxima-nos, em cada momento, do mistério da criação. Quando a tocamos, é porque queremos reviver esse processo de transladação de uma realidade vivida para uma representação, onde se precipitam a distância e a proximidade das coisas, a presentificação e a passagem do tempo, a agonia do real e a sua recuperação. Barthes dizia que a fotografia era uma «quase», «regime atroz do amor mas também dos sonhos». Atrozmente irresistível, poderemos dizer. «Naquele Tempo», livro de Alfredo Cunha publicado pela Contexto, é um caso de impressão e composição exemplares, que permite essa relação com a imagem em livro. Inclui uma fotografia que poderemos tomar como metáfora geral do trabalho deste fotojornalista: a da pg. 47, onde uma criança está parada, de pé, em frente à porta de uma casa, com um saco de viagem aos pés; na parede da casa estão desenhados dois caixões, e a legenda «Trasladações», estabelecendo uma possível continuidade entre as deslocações em vida (as viagens) e depois da morte. As deslocações de um fotógrafo ao longo de vinte e cinco anos de carreira, os transportes que fez do mundo à sua volta para o interior de uma máquina fotográfica, é do que trata este livro.
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Moçambique A intentona que ninguém percebe Teresa Lima, em Maputo* Os moçambicanos continuam muito intrigados com a intentona de que ouvem falar desde há seis dias, sem que ninguém lhes conte os pormenores. E o Presidente Chissano já disse que o importante não é saber os nomes dos conjurados, mas sim as causas.
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Incêndios florestais 91 Este é o 165º apontamento que, como comandante de bombeiros, escrevo, desde que em 31 de Julho de 1965 iniciei, com toda a genica (tinha então 34 anos e hoje estou com 60), a minha luta sem tréguas pela defesa (protecção) do (ainda) riquíssimo património florestal público, privado e celulósico, o qual, como toda a gente sabe, infelizmente todos os anos vai sendo impiedosamente lambido pelos incêndios. Em 1989, arderam 126.237 hectares, e no ano transacto a coisa passou para 130.584. Houve, pois, agravamento.
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Temos como certa a certíssima «paixão» socialista pela educação. Em termos políticos, o capital de boa vontade de que é detentora a actual equipa do Ministério da Educação é ponto de partida precioso para catapultar a imprescindível reengenharia do sector do ensino universitário. Mas para o exercício consequente e frutífero do diálogo não basta haver canais de comunicação e um clima de confiança. É imprescindível existirem interlocutores representativos, assumidos, activos e preparados. É fundamental definir em termos processuais o seu quadro temporal e institucional. É crucial exercê-lo num contexto ético e comunicacional, com regras claras, assumidas por todos os intervenientes.
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Nessa altura, desmascarou o não menos famoso Uri Geller, um «medium» que dizia dobrar colheres só com o poder da mente e convenceu disso muitas autoridades científicas dos Estados Unidos, que, ingenuamente, nunca tentaram sequer testar a veracidade dos seus alegados poderes. Randi mostrou que conseguia fazer exactamente o mesmo apenas com o poder da magia e ilusão. Daí que na sessão de encerramento do colóquio -- dedicada à ciência, superstição e cepticismo -- não tivessem faltado piadas a Geller. «Imaginam os diálogos quando alguém pergunta a Geller o que faz na vida?», pergunta Randi. «`Eu dobro colheres!' `Ah. É uma profissão um bocado esquisita! E também as endireita?' `Não, só as dobro.' `Ah. E pagam-lhe para isso?' `Sim, bastante bem. Randi fez então questão de sublinhar que «não há qualquer prova sustentável de fenómenos paranormais nos últimos 20 a 30 anos, nenhuma prova científica». Depois, seguiu-se outro truque, que desta vez o mágico desmontaria.
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Com as obras das novas instalações junto à estação da CP a começar em breve -- a antiga sede dos serviços municipalizados foi já entregue à PSP e os trabalhos deverão estar concluídos no início do próximo ano --, nada mais parece restar aos munícipes de Sintra do que esperar que, quando chamarem a polícia, a sorte os proteja... Luís Filipe Sebastião
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Sintomático é aliás o facto de alguns idosos, habituados a receberem informações eleitorais junto da Igreja, não saberem sequer da existência do referendo, a três dias do acontecimento. É o caso de Maria Amélia Borges, uma viúva de 73 anos, que não compreende como é que o padre «se esqueceu» de falar sobre o referendo, quando informa sempre sobre as outras eleições. «O senhor padre não disse nada na missa; eu já tinha ouvido falar do assunto há muito tempo, mas pensava que os políticos já tinham decidido», afirma a idosa, sem saber ainda se vai ou não votar. Se o fizer, votará não. Ainda mais porque, frisa, «no meu tempo não havia nada disto e o mundo era mais difícil. Eu tive 10 filhos e a minha mãe 12». Mas reflecte um pouco sobre o assunto e, mais ponderada, acrescenta: «Não sei se faço mal ou bem, eu tenho filhos e netos... E a gente vê cada criança mais desgraçada que às vezes seria melhor nem existir».
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O trabalho revela ainda que, embora o número de acidentes de automóveis provocados por álcool tenha diminuído nos últimos cinco anos nos EUA, o de desastres com bicicletas pela mesma razão permaneceu estável. Preocupação Os autores do trabalho dizem que o motivo é a grande preocupação com os efeitos de motoristas sob a influência de álcool e a aparente menor importância dada aos problemas que o álcool provoca em ciclistas.
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- Sucumbe o 14º doente renal vítima de excesso de alumínio na água do Hospital de Évora. Encontrava-se na clínica de Santa Cruz - A seis dias de completar 80 anos e ser homenageado pela Câmara de Vila Viçosa, de onde era natural, Túlio Espanca, parente de Florbela, historiador e crítico de arte, suicida-se em Évora - Morre aos 62 anos, de leucemia, o actor brasileiro Armando Bógus, intérprete da telenovela «Pedra sobre Pedra», actualmente em exibição na RTP - A imprensa internacional divulga com grande destaque a história de Teresinha Gomes que durante 17 anos se fez passar por general. O Brasil e a Alemanha dão-lhe tratamento de vedeta Segunda
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A superioridade moral da dissidência! O episódio, em si mesmo, da nomeação de Zita Seabra para um cargo político pelo primeiro-ministro não me interessa particularmente. O cargo é, como se sabe, uma das muitas irrelevâncias de toque modernaço que se esgotam na função de adorno da máquina burocrática do Estado. Foi irrelevante a sua prolongada vacatura, irrelevante será o seu novo preenchimento. Tanto faz, por isso, se é extinto, se aguarda nomeação ou quem o ocupa.
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Chefe da seita Hasidic faleceu sem conhecer Israel A morte de um messias Para os adeptos, ele era um homem com valor suficiente para ser o Messias que o judaísmo espera desde há séculos. Para os detractores, ele assemelhava-se antes de mais a um líder de um culto fanático. Centenas de israelitas apressaram-se a tomar o avião para os Estados Unidos, para assistir ao funeral do seu pai espiritual. O primeiro-ministro israelita Yitzhak Rabin enviou condolências à família e aos seus seguidores, que acreditam piamente no regresso de Menachem Mendel Schneerson a este mundo, dessa vez como Messias.
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Paralelamente, a Câmara de Azambuja apresentou à Secretaria de Estado dos Recursos Naturais um projecto para a limpeza e regularização do troço final da vizinha Vala Real, que espera venha a ser executado em 1999. De acordo com João Benavente (PS), presidente da câmara azambujense, «a Direcção-geral de Edifícios e Monumentos Nacionais possui um estudo arquitectónico que prevê a transformação do antigo palácio em pousada, a recuperação do cais e a instalação de um picadeiro, visto que estamos a falar de uma zona de lezíria onde em tempos existiram toiros e cavalos».
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Acções recuperam As acções cotadas na Bolsa de Paris terminaram a sessão de ontem fortalecidas face aos valores de fecho da véspera. As subidas registadas no segmento obrigacionistas contribuíram para a recuperação dos preços. No entanto, os analistas afirmaram não saber até onde se conseguirá manter esta tendência.
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Poder e paixão Certamente, depois do Rio, não houve lugar onde esse jogo de sedução foi exercido com mais intensidade do que na Poços de Caldas dos anos 30 aos 40. Duas vezes por ano, a temporada atraía para a cidade a corte imperial de Vargas. Junto com a família vinham políticos, militares e desembargadores que, na noite local, misturavam-se com cantoras populares, vedetes e socialites em geral, criando um clima único de intriga e glamour.
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«O saco roto vai acabar», afiança, garantindo que em breve se começará a sentir «uma nova dinâmica» na estrutura pesada e burocratizada que as pessoas se habituaram a encontrar na APL, que quer transformar num «interlocutor interessado». Os projectos que implicam investimentos de vulto, relativos à actividade comercial do porto e aos melhoramentos dos cais -- que «permanecerão nas suas zonas tradicionais (Santos-Alcântara e Santa Apolónia até à Expo) -- terão de aguardar financiamento do Fundo de Coesão.
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«Ata-me» é o exemplo acabado das grandezas e misérias do universo instável de Pedro Almodovar, antologia do que de melhor, e de pior, o seu cinema nos pode oferecer, «colando» o Corman de pacotilha (do filme dentro do filme) ou a paródia a «O Obcecado», de Wyler, com o melodrama telenovelesco e o musical espanhol, tipo Sarita Montiel ou Rocio Durcal. Ao explorar, como sempre, o «kitsch», o cineasta não nos poupa a alguns pormenores de mau gosto: o brinquedo fálico na banheira, o caleidoscópio «sexual», ou toda a construção da personagem do realizador, desenhada a traço grosso por Paco Rabal. E, no entanto, a partir do momento em que o amor triunfa do ódio, o melodrama arranca com um ímpeto transfigurador e o inesperado «happy end» atinge uma zona difícil de delimitar, algures entre o sublime e o indescritivelmente ridículo. A personagem de Antonio Banderas, que até aí primara pela inconsistência, ganha uma comovente fragilidade e o filme resolve-se numa surpreendente sequência musical: a canção a três, acompanhando o rádio. Aliás, é no melodrama musical que Almodovar deveria definitivamente apostar, recuperando a tradição ibérica das «Violeteras» e das «Rainhas do Chantecler». MÁRIO JORGE TORRES LISBOA Quarteto 1: 15h, 17h, 19h30, 22h e 24h.
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O Salomon Brothers apenas terá vendido acções nos três primeiros dias, quando o preço se situou acima dos 2880 escudos. Neste momento, as instituições financeiras que geriam carteiras da Marconi, têm já dado ordens de compra sobre as acções lançadas no mercado europeu, por entidades norte-americanas. De um modo geral, o mercado europeu, de acordo com operadores financeiros, já considera «muito barato» o preço final fixado pelo Governo (2800 escudos), para as acções da PT. A expressão «green shoe» resulta da primeira operação em que foi salvaguardada a possibilidade de se utilizar, após a venda, uma margem suplementar de acções, para responder ao excesso de procura. Foi nos anos 20, na Bolsa de Nova Iorque, com uma empresa familiar que procurava financiamento para a sua expansão, mas que desconhecia a reacção do mercado aos seus negócios. A empresa chamava-se Green Shoe e tinha a sua actividade centrada no fabrico de sapatos de golfe. Maria Augusta Gonçalves
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