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“Participar do CONAPAM e fazer parte do conselho por cerca de oito anos foi uma honra e de grande aprendizado pessoal e profissional, que só me engrandeceu e me evolui como pessoa, vivendo nesse período uma experiência de convivência social e ambiental muito importante, que mesmo com alguns embates, foram construídas grandes amizades e respeito a todos, fortalecendo o amor pela Serra da Mantiqueira, ficando muito feliz com a concretização do plano de manejo, depois de anos de trabalho e de anos de esforço de toda a equipe da APA e de seus conselheiros, que certamente resultará em muitos frutos positivos para a unidade de conservação, desejando boa sorte a todos e estaremos sempre juntos, pois unidos cuidamos para as futuras gerações.” |
José Sávio do Amaral Jardim MonteiroRPPN Serra da Mina e |
Prefeitura Municipal de Guaratinguetá/SP. |
<|endoftext|><|endoftext|>Sterling Numismática |
Guerra do Paraguai: Uma |
vitória feita de dívidas[1].Figura 1 – Anverso do specimen da cédula de 500 pesos |
(P.154s), da República del Paraguay, Lei |
de 1923. Impressão: American Bank Note |
Company – New York (ABNCo.). À direita temos as ruínas da Igreja de Humaitá. |
“O filosofo francês Auguste Comte, ao fazer a galeria |
positivista dos benfeitores da humanidade, incluiu a figura do Doutor Gaspar |
Francia, fundador da nação paraguaia. Líder das campanhas que libertaram o |
Paraguai do domínio espanhol em I811, Francia tornou-se o Mandatário Supremo do |
país, concentrando em si toda a autoridade nacional. E sua ditadura voltada |
para a ordem e o Progresso - lema positivista -, tomou as terras dos grandes |
senhores rurais e eliminou a aristocracia: o povo praticamente trabalhava para |
o Governo, em regime comunitário. |
O prudente isolacionismo do Doutor Francia, El |
Supremo, herdeiro laico do pulso jesuítico, que formou o país, fechou o acesso |
do Paraguai aos países estrangeiros. |
O sucessor de Francia, Carlos Antonio López, continuou |
sua obra, mas mostrou-se mais maleável com relação à diplomacia externa embora |
se mantivesse a distância dos interesses britânicos (que dominavam, absolutos, |
o resto da América do Sul), preferiu estreitar laços com outras potências |
européias, como França e Prússia. |
Figura 2 – Anverso da cédula |
de 5000 guaranis do Banco Central Del |
Paraguay de 2010 (P.223c). À |
direita temos Carlos Antonio López. Impressão: Casa da Moeda do Brasil (CMB). Este |
valor também foi impresso anteriormente pela Thomas de La Rue |
& Company (TDLR) de Londres. |
Com a morte de Carlos Antonio López em 1862, chega ao |
poder seu filho, Francisco Solano López. Nessa época o regime político |
inaugurado por Francia dava seus frutos: o Paraguai progredia como nenhuma |
outra nação da América do Sul. Havia indústrias e fundições, e o Exército do país, |
graças a missões militares estrangeiras, tornava-se o primeiro do continente. |
Mas encravado na América, o Paraguai dependia do |
Uruguai para escoar seus produtos pelo estuário do Prata. Em 1850, esses dois países |
firmaram um tratado em que o Paraguai se comprometia a intervir, caso a |
soberania uruguaia fosse ameaçada. |
O cumprimento desse tratado provocou a Guerra do |
Paraguai (1865/1870), em que o país se confrontaria com a Tríplice Aliança – Brasil, |
Uruguai e Argentina – alimentada por armas e capitais ingleses. |
Em 1864 o Império intervém no Uruguai contra o governo |
do partido blanco, que pressiona os proprietários brasileiros estabelecidos na |
fluida fronteira entre os dois países. |
Apoiando a oposição colorada, que lhe oferece garantias, |
bloqueia Montevidéu. O Paraguai protesta, aprisionando um navio brasileiro em Assunção. O Império |
declara-lhe guerra. |
Após efêmera invasão do território brasileiro (Rio |
Grande do Sul, Mato Grosso) as tropas paraguaias refluem para o próprio |
território. Apesar da aliança que se estabelece entre os governos do Rio de |
Janeiro, Buenos Aires e Montevidéu, a evidente superioridade militar paraguaia |
só aos poucos vai cedendo à investida dos invasores. Mas a guerra é lenta, com longas |
pausas na época das chuvas. |
Em 1866, na Batalha de Curupaiti, brasileiros e argentinos |
sofrem grande derrota. A guerra se prolonga, e só em 1868 os aliados, conseguem |
silenciar as fortificações paraguaias de Humaitá, o que lhes abre as portas de Assunção. |
Após pelejas e escaramuças várias (em Acosta-Nhu – |
agosto de 1869 – desapareceram 3500 soldados paraguaios recrutados entre a |
população de nove a quinze anos), a capital de López é ocupada (dezembro de |
1869). Somente dois meses mais tarde terminaria o conflito, com a morte do |
ditador em Cerro Corá, |
onde valentemente recusa se entregar aos vencedores. |
Figura 3 – Reverso do specimen da cédula de 500 pesos do Banco Central Del Paraguay de 1952 |
(P.190as). Impressão: Thomas de La Rue & Company (TDLR) de Londres. No centro temos Francisco Solano López. |
Em 1870, o Paraguai estava destruído, e morta a maior |
parte de sua população masculina. A história brasileira tomaria novo rumo: para |
fazer frente à guerra, o Exército imperial, que até então recrutava seus |
escalões superiores na elite escravocrata, teve que abrir seus quadros a outras |
parcelas da população, recrutando filhos de uma nascente classe média para |
posições de comando, e milhares de negros alforriados para os escalões inferiores, |
o que o tornou permeável a idéias abolicionistas e republicanas. |
Figura 4 – Reverso da |
cédula de 2 mil-réis do Império do Brasil (P.A260) de 1889. Impressão: American |
Bank Note Company (ABNCo.). No painel do reverso temos a antiga Rua Direita no |
Rio de Janeiro, que em 1875 passou a se chamar 1° de Março em homenagem à |
Batalha de Cerro Corá ou Aquidabanigui, que pôs fim à Guerra do Paraguai. Este |
painel foi inspirado em uma fotografia de Marc Ferrez. |
A própria organização do Exército imperial foi alterada |
no esforço de guerra, pois antes ele não passava de um desarticulado corpo de |
milícias regionais. Tornou-se preciso unificá-lo, dando-lhe âmbito nacional. |