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O Rio Grande do Sul apresenta uma rica diversidade cultural. De uma forma sucinta, pode-se concluir que a cultura do estado tem duas vertentes: a gaúcha propriamente dita, com raízes nos antigos gaúchos que habitavam os pampas; a outra vertente é a cultura trazida pela colonização européia, efetuada por colonos portugueses, espanhóis e imigrantes alemães e italianos.
A primeira é marcada pela vida no campo e pela criação bovina. A cultura gaúcha nasceu na fronteira entre a Argentina, o Uruguai e o Sul do Brasil. Os gaúchos viviam em uma sociedade nômade, baseada na pecuária. Mais tarde, com o estabelecimento das fazendas de gado, eles acabaram por se estabelecer em grandes estâncias espalhadas pelos pampas. O gaúcho era mestiço de índio, português e espanhol, e a sua cultura foi bastante influenciada pela cultura dos índios guaranis, charruas e pelos colonos hispânicos.
No século XIX, o Rio Grande do Sul começou a ser colonizado por imigrantes europeus. Os alemães começaram a se estabelecer ao longo do rio dos Sinos, a partir de 1824\. Ali estabeleceram uma sociedade baseada na agricultura e na criação familiar, bem distinta dos grandes latifundiários gaúchos que habitavam os pampas. Até 1850, os alemães ganhavam facilmente as terras e se tornavam pequenos proprietários, porém, após essa data, a distribuição de terras no Brasil tornou-se mais restrita, impedindo a colonização de ser efetuada nas proximidades do Vale dos Sinos. A partir de então, os colonos alemães passaram a se expandir, buscando novas terras em lugares mais longes e levando a cultura da Alemanha para diversas regiões do Rio Grande do Sul.
A colonização alemã se expandiu nas terras baixas, parando nas encostas das serras. Quem colonizou as serras do Rio Grande do Sul foram outra etnia: os italianos. Imigrantes vindos da Itália começaram a se estabelecer nas Serras Gaúchas a partir de 1875\. A oferta de terras era mais retrista, pois a maior parte já estava ocupada pelos gaúchos ou por colonos alemães. Os italianos trouxeram seus hábitos e introduziram na região a vinicultura, ainda hoje a base da economia de diversos municípios gaúchos.
### DEMOGRAFIA
O Rio Grande do Sul, conforme estimativa do IBGE para **2020**, possui ****11.422.973 de** **habitantes** com 20 cidades com mais de 100.000 habitantes, tendo duplicado sua população em relação a 1960\. Ocupa o sexto lugar entre os estados brasileiros (após São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Paraná).
O Rio Grande do Sul pode ser considerado homogêneo em relação à distribuição das cidades em seu território, com exceção da Grande Porto Alegre, que concentra mais de 4.300.000 habitantes.
O Rio Grande do Sul é um dos estados mais europeizados do Brasil, e tem sua população derivada sobretudo da imigração e colonização européia do século XIX. Os principais imigrantes foram os italianos, seguidos dos alemães e açorianos, somados aos ameríndios, portugueses continentais e de povos negros vindos da África, em grande parte, vindos trabalhar como escravos. Podemos citar entre os grupos de imigrantes minoritários: espanhóis, poloneses, russos, judeus, árabes, japoneses, argentinos, uruguaios, entre outros.
### ALFABETIZAÇÃO
O Rio Grande do Sul é o estado da educação, com indicadores de ensino dignos de países desenvolvidos. O índice de educação, calculado pela ONU, foi de 0,904 em 2000, colocando-o no patamar equivalente às nações mais avançadas do mundo. O índice também é superior à média brasileira no mesmo período: 0,830.
### ECONOMIA
Tendo 6,6% do PIB nacional, com mais de 396 bilhões de reais (2018), a economia do Estado é a quarta maior do país (após SP, RJ e MG) e é baseada na agricultura (soja, trigo, arroz e milho), na pecuária e na indústria (de couro e calçados, alimentícia, têxtil, madeireira, metalúrgica e química). Há que ressaltar o surgimento de pólos tecnológicos importantes no Estado na década de 1990 e no início do século XXI, nas áreas petroquímica e de tecnologia da informação.
A economia do estado possui uma associação com os mercados nacional e internacional superior a média brasileira. Desta forma, a participação da economia gaúcha tem oscilado conforme a evolução da economia do Brasil e também de acordo com a dinâmica das exportações.
### Agricultura
O Rio Grande do Sul apresenta-se como um estado que se destaca pela sua produção agrícola e pecuária. O setor agropecuário apresentou, em 2004, uma participação de 15,9% no Produto Interno Bruto do estado. No entanto, sabe-se que esta participação é ainda maior se considerada a repercussão na cadeia produtiva que o setor movimenta.
Principais cultivos: soja, arroz, milho, trigo, tabaco, mandioca, amendoim, erva-mate, batata, maçã, uva, laranja, pêssego,
### Pecuária
A maior concentração do rebanho gaúcho está no oeste e sul do estado, junto à presença dos campos ou integrado com a produção de arroz. As quatro regiões que apresentam maior rebanho, correspondendo a 57,3% do rebanho gaúcho são: Fronteira Oeste, Sul, Central (10,8%), e Campanha. Destacam-se os municípios de Santana do Livramento com 593.601 cabeças, Alegrete com 558.948, Dom Pedrito com 450.558 e São Gabriel com 414.414 cabeças. No estado: bovinos, suínos, aves e ovinos
### Indústria
Os dados da estrutura do PIB do estado mostram que a indústria responde cerca de um terço (1/3) da economia do Rio Grande do Sul, sendo a maior fatia desta participação responsabilidade da indústria de transformação, já que a indústria extrativa mineral possui uma participação pouco expressiva dentro da economia gaúcha. O estado apresenta uma indústria diversificada que se desenvolveu a partir das agroindústrias e de outros segmentos ligados ao setor primário.
Caxias do Sul, na serra, é a 2ª cidade do estado. Foto: Gilberto Simon
A matriz industrial estruturou-se sobre quatro complexos básicos: o agroindustrial, que inclui as indústrias de alimentos, bebidas e as que utilizam insumos agrícolas; o complexo coureiro-calçadista; o complexo químico, contando com o III Polo Petroquímico do país, em Triunfo; e o complexo metal-mecânico (Caxias do Sul é o segundo polo metal-mecânico do Brasil). A indústria de transformação gaúcha alcançou a segunda posição no parque nacional. Essa região, juntamente com a Grande Porto Alegre, produz ônibus, caminhões, implementos agrícolas, automóveis, motores e computadores de bordo para o mercado nacional e de exportação. O estado exporta partes mecânicas e elétricas, além de componentes de alta tecnologia, com qualidade desenvolvida por gaúchos.
As maiores empresas da cadeia de automóveis e autopeças são tanto multinacionais quanto empresas gaúchas internacionalmente reconhecidas. Hoje, o Rio Grande do Sul produz cerca de 70% das colheitadeiras e mais de 50% dos ônibus e tratores brasileiros.
### Exportações
A balança comercial do estado apresentou algumas oscilações durante os anos 90, decorrentes dos planos econômicos que afetaram a relação de competitividade, principalmente no período de câmbio sobrevalorizado, somada ao próprio processo de abertura da economia acelerado a partir do início da década. A essa trajetória deve-se acrescentar a emergência do projeto de integração econômica do Cone Sul: a constituição do Mercado Comum do Sul (Mercosul).
_Atualizado em fevereiro / 20_22<|endoftext|>_em_ 11/05/2024 •
Navio-Multipropósito Atlântico é adequado para realização de missões de ajuda humanitária – Foto: Ascom Selt
O Porto do Rio Grande recebeu neste sábado (11/5), o Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico (A140), o maior navio de guerra da América Latina, que atuará no auxílio aos atingidos pelas enchentes em todo o Estado.
De acordo com o presidente da Portos RS, Cristiano Klinger, o momento é de auxílio às vítimas, e a Autoridade Portuária está engajada nessa missão. “As embarcações da Marinha permitem o transporte de mais efetivos e de equipamentos que irão se somar aos que já estão sendo utilizados, ajudando muito os voluntários”, afirma.
Além de ser uma embarcação utilizada para ações de defesa, o Navio-Multipropósito Atlântico é adequado para a realização de missões de ajuda humanitária. Entre os principais equipamentos que serão trazidos pelo navio ao RS estão duas estações de tratamento de água, capazes de produzir um total de 20 mil litros por hora.
Na área hospitalar, o Atlântico conta com infraestrutura composta por uma unidade de tratamento intensivo com dois leitos, uma banheira termal para aquecimento ou resfriamento, uma sala de trauma, um centro cirúrgico, um consultório odontológico, um laboratório, dois consultórios médicos, uma enfermaria com oito leitos, uma farmácia completa, uma recepção e uma sala de espera.
Segundo o vice-almirante Fonseca Júnior, comandante do 5° Distrito Naval, o envio do navio representa o esforço máximo da Marinha em prol da população do Estado. “Ele vem funcionar como polo de abastecimento e vai permitir que esse esforço motriz possa ser distribuído para todas as regiões do Rio Grande do Sul”, explica.
Foto: Divulgação/Marinha do Brasil
Além do Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico (A140), atracou no Porto Novo do Rio Grande, também na tarde deste sábado (11/5), a Fragata Defensora. Suas funções são essencialmente militares, e sua missão básica é contribuir para o controle de áreas marítimas. É capaz de transportar até 209 militares.
Link: <https://www.estado.rs.gov.br/rio-grande-do-sul-recebe-maior-navio-de-guerra-da-america-latina>
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Categorias:Enchente
Tags:catástrofe climática, cheias RS 2024, enchente 2024, featured<|endoftext|>_em_ 13/05/2024 •
**Alvarez & Marsal prestou consultoria à gestão pública após tragédias como o furacão Katrina e o rompimento das barragens de Mariana e Brumadinho**
Foto: Isabelle Rieger/Sul21
A Prefeitura de Porto Alegre anunciou nesta segunda-feira (13) que terá a consultoria da empresa Alvarez & Marsal para a recuperação da cidade após a enchente. A parceria, formalizada nesta segunda-feira (13), engloba a gestão de recursos financeiros, regularização das operações, estruturação do plano e a gestão do comitê de crise.
A Alvarez & Marsal já prestou consultoria à gestão pública após duas tragédias emblemáticas: o furacão Katrina, que destruiu o estado norte-americano de Louisiana; e o rompimento das barragens de Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais.
“Um dos sócios dessa empresa é gaúcho, porto-alegrense. Ele se sensibilizou com o processo e nos procurou para ajudar”, explicou o prefeito Sebastião Melo. Conforme o prefeito, a Alvarez & Marsal “não vai cobrar nada” nos primeiros 60 dias de atuação. “No meio do caminho nós vamos estabelecer, se ela tiver que permanecer, vai ter custo”, disse Melo, sem detalhar valores.
Uma simples pesquisa no Google revela que a Alvarez & Marsal contratou o ex-ministro do governo Bolsonaro, Sérgio Moro, no final de 2020\. A contratação gerou polêmica: a consultora administrou o processo de recuperação do Grupo Odebrecht e de outras empresas cujos acionistas foram condenados por Moro na operação Lava Jato.
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