text
stringlengths
6
443k
metadata
stringclasses
2 values
Um movimento circular, na mecânica clássica, é aquele em que um objeto ou ponto material se desloca numa trajetória circular. Uma força centrípeta muda de direção o vetor velocidade, sendo continuamente aplicada para o centro do círculo. Esta força é responsável pela chamada aceleração centrípeta, orientada para o centro da circunferência–trajectória. Pode haver ainda uma aceleração tangencial, que obviamente deve ser compensada por um incremento na intensidade da aceleração centrípeta a fim de que a trajectória não deixe de ser circular. O movimento circular é classificado, de acordo com a ausência ou a presença de aceleração tangencial, em movimento circular uniforme (MCU) e movimento circular uniformemente variado (MCUV). Propriedades e equações Uma vez que é preciso analisar propriedades angulares mais do que as lineares, no movimento circular são introduzidas propriedades angulares como deslocamento angular, velocidade angular e aceleração angular e centrípeta. No caso do MCU, existe ainda o período , que é propriedade também utilizada no estudo dos movimentos periódicos. O deslocamento angular (indicado por ) se define de modo similar ao deslocamento linear. Porém, ao invés de considerarmos um vetor deslocamento, consideramos um ângulo de deslocamento. Há um ângulo de referência, adotado de acordo com o problema. O deslocamento angular não precisa se limitar a uma medida de circunferência (); para quantificar as outras propriedades do movimento circular, será preciso muitas vezes um dado sobre o deslocamento completo do móvel, independentemente de quantas voltas ele fez sobre a circunferência. Se for expresso em radianos, temos a relação: , onde é o raio da circunferência e é o deslocamento linear. Pegue-se a velocidade angular instantânea (indicada por ), por exemplo, que é a derivada do deslocamento angular pelo intervalo de tempo infinitesimal que dura esse deslocamento: A unidade é o radiano por segundo. Novamente há uma relação entre propriedades lineares e angulares: , onde é a velocidade linear. Movimento circular uniformemente variado Por fim a aceleração angular (indicada por ), somente no MCUV, é definida como a derivada da velocidade angular instantânea pelo intervalo tempo infinitesimal em que a velocidade varia: A unidade é o radiano por segundo, ou radiano por segundo ao quadrado. A aceleração angular guarda relação somente com a aceleração tangencial e não com a aceleração centrípeta: , onde é a aceleração tangencial. Como fica evidente pelas conversões, esses valores angulares não são mais do que maneiras de se expressar as propriedades lineares de forma conveniente ao movimento circular. Uma vez quer a direção dos vectores deslocamento, velocidade e aceleração modifica-se a cada instante, é mais fácil trabalhar com ângulos. Tal não é o caso da aceleração centrípeta, que não encontra nenhum correspondente no movimento linear. Surge a necessidade de uma força que produza essa aceleração centrípeta, força que é chamada analogamente de força centrípeta, dirigida também ao centro da trajetória. A força centrípeta é aquela que mantém o objecto em movimento circular, provocando a constante mudança da direcção do vector velocidade. A aceleração centrípeta é proporcional ao quadrado da velocidade angular e ao raio da trajectória: f (A demonstração desta fórmula encontra-se no artigo aceleração centrípeta.) A função horária de posição para movimentos circulares, e usando propriedades angulares, assume a forma: , onde é o deslocamento angular no início do movimento. É possível obter a velocidade angular a qualquer instante , no MCUV, a partir da fórmula: Para o MCU define-se período T como o intervalo de tempo gasto para que o móvel complete um deslocamento angular em volta de uma circunferência completa (). Também define-se frequência (indicada por f) como o número de vezes que essa volta é completada em determinado intervalo de tempo (geralmente 1 segundo, o que leva a definir a unidade de frequência como ciclos por segundo ou hertz). Assim, o período é o inverso da frequência: Por exemplo, um objecto que tenha velocidade angular de 3,14 radianos por segundo tem período aproximadamente igual a 2 segundos, e frequência igual a 0,5 hertz. Transmissão do movimento circular Muitos mecanismos utilizam a transmissão de um cilindro ou anel em movimento circular uniforme para outro cilindro ou anel. É o caso típico de engrenagens e correias acopladas as polias. Nessa transmissão é mantida sempre a velocidade linear, mas nem sempre a velocidade angular. A velocidade do elemento movido em relação ao motor cresce em proporção inversa a seu tamanho. Se os dois elementos tiverem o mesmo diâmetro, a velocidade angular será igual; no entanto, se o elemento movido for menor que o motor, vai ter velocidade angular maior. Como a velocidade linear é mantida, e , então: Exemplos O movimento circular ocorre quando em diversas situações que podem ser tomadas como exemplo: Uma pedra fixada a um barbante e colocada a girar por uma pessoa descreverá um movimento circular uniforme. Discos de vinil rodam nas vitrolas a uma frequência de 33 ou 45 rotações por minuto, em MCU. Engrenagens de um relógio de ponteiros devem rodar em MCU com grande precisão, a fim de que não se atrase ou adiante o horário mostrado. Uma ventoinha em movimento. Satélites artificiais descrevem uma trajetória aproximadamente circular em volta do nosso planeta. A translação aproximada, para cálculos muito pouco precisos, da Lua em torno do planeta Terra (a excentricidade orbital da Lua é de 0,0549). O movimento de corpos quando da rotação da Terra, como por exemplo, um ponto no equador, movendo-se ao redor do eixo da Terra aproximadamente a cada 24 horas. Ver também Movimento circular uniforme Velocidade angular Cinemática Movimento periódico Movimento retilíneo Movimento parabólico Quantidade de movimento angular Roda Mecânica clássica Rotação
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
(, na numeração romana) foi um ano comum do do calendário gregoriano, da Era de Cristo, e a sua letra dominical foi G (52 semanas), teve início a uma segunda-feira e terminou também a uma segunda-feira. Eventos Início da Conjuração Baiana, Salvador, Brasil. O Estado de Hiderabade torna-se o primeiro estado principesco da Índia britânica. Alessandro Volta descobre a eletricidade. Thomas Malthus publica sua teoria demográfica, Essay on the Principle of Population. 11 de fevereiro — No âmbito das guerras revolucionárias francesas, os franceses ocupam Roma. 15 de fevereiro — Proclamação da República Romana. O papa Pio VI abandona Roma e estabelece-se em Valence-sur-Rhône. 29 de março — Proclamada a República Helvética. 11 de junho — Valeta, capital de Malta e sede da Ordem dos Hospitalários, rendeu-se às forças francesas do Exército do Oriente. 12 de junho — No navio L'Orient, da esquadra francesa que transportava o Exército do Oriente, foi assinada a ata da rendição de Malta aos franceses. 21 de julho — Batalha das Pirâmides, no âmbito da Campanha do Egito. Vitória das forças francesas sobre as forças egípcias. 1 de agosto — Início da Batalha do Nilo. 5 de setembro — O Império Otomano declara guerra à França após a invasão do Egito. 29 de novembro — Fernando IV de Nápoles declara guerra à França e entra em Roma; o Reino Unido captura a ilha de Minorca. 4 de dezembro — A França declara guerra ao Reino de Nápoles. 15 de dezembro — A França recaptura Roma e invade o Reino de Nápoles. 24 de dezembro — Aliança anglo-russa; firmada a Segunda Coligação contra a França. Nascimentos 19 de janeiro — Auguste Comte, pai da sociologia (m. 1857). 17 de março — Manuel do Monte Rodrigues de Araújo, político e teólogo brasileiro (m. 1863). 26 de abril — Eugène Delacroix, pintor romântico francês (m. 1863). 29 de junho — Giacomo Leopardi, poeta, ensaísta e filólogo italiano (m. 1837). 13 de julho — Carlota da Prússia, imperatriz da Rússia (m. 1860). 21 de julho — Jules Michelet, filósofo e historiador francês (m. 1874). 12 de outubro — O futuro imperador Pedro I do Brasil (Pedro IV de Portugal) nasce em Queluz. 2 de dezembro — António Luís de Seabra, jurisconsulto e magistrado judicial português (m. 1895). 4 de dezembro — Jules Dufaure, político francês (m. 1881). Falecimentos 4 de junho — Giacomo Casanova, escritor e aventureiro italiano (n. 1725). 4 de dezembro — Luigi Galvani, médico, investigador, físico e filósofo italiano.
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Baraçal pode ser: Baraçal (Celorico da Beira) - freguesia no concelho de Celorico da Beira, Portugal Baraçal (Sabugal) - freguesia no concelho do Sabugal, Portugal Desambiguação
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Alfaiates é uma freguesia portuguesa do município do Sabugal, com 27,97 km² de área e 360 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é . Os seus habitantes são chamados "alfaiatenses". Foi vila e sede de concelho entre 1209 e 1836. Foi um dos territórios que passou para a soberania portuguesa pelo Tratado de Alcanizes em 1297. Era constituído pelas freguesias de Aldeia da Ponte, Alfaiates, Forcalhos e Rebolosa. Tinha, em 1801, 1945 habitantes. Aquando da extinção as suas freguesias foram integradas nos concelhos do Sabugal e de Vilar Maior, este último também já suprimido. Demografia A população registada nos censos foi: História Cerca de 1209, o monarca leonês D. Afonso IX de Leão outorgou o primeiro foral a Alfaiates, conhecido por foros e costumes de Alfaiates (1209). O momento de glória de Alfaiates remonta a 1327, ano em que a Infanta Maria, filha de D. Afonso IV, foi desposada por El-Rei D. Afonso XI de Castela, na Igreja de S. Sebastião, celebrando três décadas de paz entre os reinos, no seguimento do Tratado de Alcanices. No ano de 1515, El Rei Dom Manuel I deu o Foral à Vila de Alfaiates. Houve um largo período de florescimento, mas com o passar dos séculos Alfaiates viria a perder a sua importância estratégica. Património Igreja Paroquial de Santiago Maior Capela de São Lázaro Capela de São Miguel Capela da Misericórdia Capela de Sacraparte Castelo de Alfaiates Começando pelas ruínas do castelo e das muralhas , são diversos os vestígios de uma história que se confunde com a formação do reino. Esta é hoje uma terra que preserva os seus costumes e tradições, rainha das quais é a capeia arraiana (uma corrida de touros característica da raia, na qual o touro é enfrentado por 20 ou 30 homens solteiros, que sustêm as suas investidas com um enorme forcão). Convento da Sacaparte Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Alfaiates ou Igreja da Misericórdia de Alfaiates Pelourinho de Alfaiates Cruzeiro da Sacaparte Festas, romarias, mercados e capeias arraianas Festejos dos Santos Populares, em Junho Festa de Nossa Senhora da Sacaparte, na segunda-feira de Pentecostes Festa do Espírito Santo, em 15 de agosto Romaria de Nossa Senhora da Póvoa, em 15 de agosto Mercado, nas segundas quintas-feiras de cada mês Capeia arraiana da Páscoa, no domingo de Páscoa Capeia arraiana do Verão, em 17 de agosto Equipamentos Centro Cultural Jardim de Infância Campo de Futebol Salão de Festas Colectividades Centro Cultural e Recreativo Associação de Caça e Pesca Espaço Multimédia Ligações externas Foros e Costumes de Alfaiates http://digitarq.arquivos.pt/details?id=4182536 Foral dado à vila de Alfaiates por D. Afonso IX de Leão, Arquivo Nacional da Torre do Tombo (1209). Visitado em 2016. Alvará http://digitarq.arquivos.pt/details?id=3770533 de D. Manuel I de confirmação de contrato celebrado com Martinho Teixeira sobre a factura do muro e cerca da Vila de Alfaiates, Arquivo Nacional da Torre do Tombo (1521). Visitado em 2016.
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
é uma freguesia portuguesa do município de Sabugal, com 24,25 km² de área{{citar web|url= http://www.dgterritorio.pt/ficheiros/cadastro/caop/caop_download/caop_2013_0/areasfregmundistcaop2013_2 |título= Carta Administrativa Oficial de Portugal CAOP 2013 |publicado= IGP Instituto Geográfico Português|acessodata= 10 de dezembro de 2013|notas= descarrega ficheiro zip/Excel|arquivourl= https://web.archive.org/web/20131209063645/http://wwwdgterritoriopt/static/repository/2013-11/2013-11-07143457_b511271f-54fe-4d21-9657-24580e9b7023$$DB4AC44F-9104-4FB9-B0B8-BD39C56FD1F3$$43EEE1F5-5E5A-4946-B458-BADF684B3C55$$file$$pt$$1zip|arquivodata= 2013-12-09|urlmorta= yes}} e 310 habitantes (censo de 2021) A sua densidade populacional é O seu nome provém das armadilhas que antigamente se utilizavam para caçar lobos, a que chamavam de fóios (crendo-se que se escrevia fojos''). Demografia A população registada nos censos foi: Património Igreja Matriz (Igreja paroquial de São Pedro) Campanário Chafarizes Alminhas/nichos Forno Comunitário Cruzeiro Museu rural Vestígios arqueológicos Praia fluvial do rio Côa Festas e capeias Festas do Santíssimo Sacramento - 3.º domingo de agosto Festas de São Pedro - No dia seguinte ao do Santíssimo Sacramento (segunda-feira) Capeia Arraiana - Na terça-feira a seguir ao 3.º domingo de agosto Freguesias do Sabugal Freguesias fronteiriças de Portugal
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Pena Lobo (ou Penalobo) é uma antiga freguesia portuguesa do município do Sabugal, com 16,64 km² de área e 141 habitantes (2011). A sua densidade populacional era 8,5 hab/km². A freguesia foi extinta (agregada) pela reorganização administrativa de 2012/2013, sendo o seu território integrado na União de Freguesias de Pousafoles do Bispo, Pena Lobo e Lomba. Dista cerca de 15 km do Sabugal e tem como anexa a Água da Figueira. O território desta freguesia terá sido habitado desde épocas remotas, como testemunham os vestígios encontrados nesta região. Esse espólio arqueológico indicia a presença do homem da pré-história e também a do povo romano. Penalobo pertenceu ao concelho de Sortelha, até 1855, ano em que se deu a extinção desse município e foi integrado no concelho do Sabugal. Apesar da escassez de documentos que esclarecem a origem toponímica de “Penalobo”, é possível que esta provenha do facto de, nos Invernos gelados, alguns lobos descerem à povoação em busca de comida. As principais actividades económicas são a agricultura, a pastorícia e o pequeno comércio. O orago da freguesia é São Nicolau. As principais festividades são a festa do Santo Cristo, a 3 de Maio e a de Santo Antão, em Agosto. Recentemente Pena Lobo passou a ser turisticamente conhecida pelo seu Baloiço do Lobo. População Por idades em 2001 e 2011: Património Igreja Paroquial de São Nicolau; Capela de São Sebastião; Capela da Senhora da Boa Morte. Antigas freguesias do Sabugal
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Monte das Gameleiras é um município brasileiro do interior do estado do Rio Grande do Norte. Geografia Monte das Gameleiras pertence à região imediata de Santo Antônio-Passa e Fica-Nova Cruz, dentro da região intermediária de Natal. Esta divisão, que vigora desde 2017, substituiu as antigas microrregiões e mesorregiões, sendo que o município fazia parte da microrregião da Borborema Potiguar, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Agreste Potiguar. Com uma área de , o território de Monte das Gameleiras equivale a 0,1362% da superfície estadual, dos quais apenas são de área urbana, a menor do estado. Distante 128 da capital, Natal, limita-se com São José do Campestre a norte; a sul com Japi e Araruna, este na Paraíba; a leste com Serra de São Bento e a oeste novamente com Japi. O relevo do município está inserido no Planalto da Borborema, apresentando altitudes superiores a 400 metros, do qual fazem parte as serras da Macambira e de São Bento. A geologia local abrange rochas graníticas datadas do período Pré-Cambriano, há cerca de 1,1 bilhão de anos, intercaladas com rochas metamórficas do embasamento cristalino, o que inclui anfibolitos, gnaisses e migmatitos. Os solos têm drenagem acentuada e fertilidade alta, porém são rasos e pedregosos, característicos dos solos litólicos eutróficos, denominação antiga dos neossolos, ocorrendo ainda uma pequena área de planossolos a noroeste. Sendo pouco desenvolvidos, sua vegetação é típica do bioma da Caatinga, cujas folhas caem na estação seca. Monte das Gameleiras possui seu território nas bacias hidrográficas dos rios Curimataú e Jacu, este abrangendo a maior parte do município, incluindo sua zona urbana. O clima, por sua vez, é semiárido, com baixo índice pluviométrico e chuvas concentradas entre março e julho. Bibliografia JACOMINE, Paulo Klinger Tito. A nova classificação brasileira de solos. Anais da Academia Pernambucana de Ciência Agronômica, v. 5, p. 161-179. Recife: 2008. LEITE. Carolinne de Negreiros Martins. Análise e recomendações do Sistema de Abastecimento de Água do Município de Monte das Gameleiras. 2020. 32f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Ambiental) - Departamento de Engenharia Civil, Centro de Tecnologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, 2020. Municípios do Rio Grande do Norte Fundações no Rio Grande do Norte em 1963
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Vila do Touro é uma freguesia portuguesa do município do Sabugal, com 23,31 km² de área e 177 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é . Vila do Touro foi vila e sede de concelho entre o início do século XIII e o início do século XIX. O concelho de Touro era constituído pelos povos de Vilares,Rapoula do Côa , Roque Amador, Quinta das Vinhas, Baraçal, Quintas de São Bartolomeu, Lomba, Abitureira e Vila do Touro. Demografia A população registada nos censos foi: Património Igreja de Nossa Senhora da Assunção Capela de São Sebastião Capela de São Gens Capela da Senhora do Mercado Ruínas do Castelo de Vila do Touro Pelourinho da Vila do Touro Festas e Romarias Nossa Senhora da Saúde, na Abitureira (2 de Fevereiro) São Sebastião, na Vila do Touro (1.º Domingo de Agosto) Nossa Senhora do Mercado, na Vila do Touro (8 de Setembro)
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Muge é uma freguesia portuguesa do município de Salvaterra de Magos, com 52,03 km² de área e 1188 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é . É famosa pelos seus concheiros pré-históricos. Foi sede de concelho entre 1304 e 1837. Este concelho era constituído por uma freguesia e tinha, em 1801, 779 habitantes. Desta freguesia se desmembraram as de Marinhais em 1928, de Glória do Ribatejo em 1966, e de Granho em 1988. Demografia Nota: Com lugares desta freguesia foi criada em 1928 a freguesia de Marinhais, em 1966 a freguesia de Glória do Ribatejo e em 1988 a freguesia de Granho. A população registada nos censos foi: Património Concheiros de Muge Pinhal de Muge Política Eleições autárquicas (Junta de Freguesia) Muge
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
São João de Areias é uma freguesia portuguesa do município de Santa Comba Dão, com 21,44 km² de área{{citar web|url= http://www.dgterritorio.pt/ficheiros/cadastro/caop/caop_download/caop_2013_0/areasfregmundistcaop2013_2 |título= Carta Administrativa Oficial de Portugal CAOP 2013 |publicado= IGP Instituto Geográfico Português|acessodata= 10 de dezembro de 2013|notas= descarrega ficheiro zip/Excel|arquivourl= https://web.archive.org/web/20131209063645/http://wwwdgterritoriopt/static/repository/2013-11/2013-11-07143457_b511271f-54fe-4d21-9657-24580e9b7023$$DB4AC44F-9104-4FB9-B0B8-BD39C56FD1F3$$43EEE1F5-5E5A-4946-B458-BADF684B3C55$$file$$pt$$1zip|arquivodata= 2013-12-09|urlmorta= yes}} e 1721 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é . A vila de São João de Areias foi sede de município desde antes de 1258 até 1895, ano em que foi repartido entre os municípios de Santa Comba Dão e Carregal do Sal. A localidade de São João de Areias, com o estatuto de vila possivelmente desde a Idade Média, acabou por perder tal título após a extinção do seu município, só o tendo recuperado no verão de 1997, após a publicação da Lei n.º 70/97 que a voltou a elevar à categoria de Vila. Demografia A população registada nos censos foi: Etimologia Uma curiosa lenda atribui a origem do topónimo São João de Areias ao aparecimento de uma imagem de São João Baptista no areal do rio Mondego. Uma velhinha ao encontrá-la teria gritado cheia de alegria: “Boa Nova! Boa Nova!” e por isso o local do achado ficou a chamar-se “Nova”. A notícia em breve se espalhou e os moradores da vila conduziram a imagem em procissão para a igreja. Assim, sendo a imagem de S. João e tendo sido encontrada nas areias do rio, a vila passou a denominar-se, desde então, S. João de (ou das) Areias'' e São João Baptista o seu padroeiro. História O território da freguesia de São João de Areias foi ocupado desde tempos remotos, tendo nele já sido encontrandos diversos vestígios arqueológicos, sendo mais frequentes, contudo, as sepulturas rupestres e vestígios da época romana. Da viragem do milénio I para o milénio II, mais precisamente dos séculos X e XII encontram-se vários documentos que se referem a São João de Areias a propósito da sua doação ao Mosteiro do Lorvão, à Sé de Coimbra e à Sé de Viseu. Desde essa altura que o território atual de São João de Areias compreendia as “vila” e mais tarde concelhos de Silvares e São João de Areias, sendo que este último para além da freguesia/paróquia com o mesmo nome incluia também a freguesia/paróquia de Parada, atualmente pertencente ao concelho de Carregal do Sal. Nos séculos XIII e XIV, São João de Areias é referido nas Inquirições de D. Afonso III e em vários outros documentos das chancelarias régias. No início do século XVI, a 10 de abril de 1514, D. Manuel I concede foral ao concelho de São João de Areias e por volta desta época é erigido o pelourinho de São João de Areias. O Cadastro da População do Reino de 1527 indica que o concelho de São João de Areias compreendia a freguesia com o mesmo nome e a freguesia de Parada. Os “moradores” (entenda-se “fogos”) da freguesia de São João de Areias eram os seguintes: 54 na vila, 19 na “villa diamteyra“, 4 na “povoa dos mosquitos”, 30 em “saom migell”, 33 em “castelejo”, etc.. O mesmo Cadastro informa que Silvares era então cabeça de um pequeno concelho, enclave do concelho de São João de Areias, onde viviam 25 “moradores”: 13 em Silvares, 8 no Casal e 4 na Venda [da Guarita]. É possível admitirmos, pela análise do número de fogos das aldeias da atual freguesia de São João de Areias aquando do Cadastro da População do Reino de 1527, pela imaginária (os padroeiros dessas aldeias são todos imagens do século XV e XVI) e pela análise da tipologia das capelas atuais, ter ocorrido um surto de edificações religiosas no século XVI só comparável ao que surgiria no século XVIII. Com efeito, as 7 capelas construídas de novo ou reconstruídas naquela época terão sido as de invocação de São Sebastião, São Pedro, São Silvestre, São João Evangelista, Santo António, São Miguel e a capela de Nossa Senhora da Graça; e talvez mesmo se possam acrescentar mais duas, a capela de S. José e de Nossa Senhora (em S. João de Areias) e a capela de S. Francisco (no Casal), existentes ainda na primeira metade do século XVIII. Em meados do século XVII, os concelhos de São João de Areias e de Silvares eram cada um dirigidos por uma Câmara composta por um Juiz-presidente (Ordinário e dos Órfãos), Vereador(es) (3 no concelho de S. João de Areias e 1 no de Silvares) e por um Procurador “por Carta do Corregedor da comarca e se chama por Sua Majestade”. Esta situação manteve-se nos séculos seguintes, até à sua extinção. O século XVIII, também aqui, foi uma época de grandes remodelações e de novas construções. Fruto da mentalidade e do poder económico de setecentos, a nobreza e o povo sãojoanenenses foram “edificando de novo“ a velha Igreja Matriz de São João de Areias e as capelas dos santos padroeiros de algumas das suas aldeias. No século XIX, o concelho de Silvares é extinto na sequência da reforma administrativa de 1836 e fundido com o de São João de Areias. O território do concelho extinto de Silvares foi integrado na freguesia de São João de Areias pelo que o novo município passa a ser constituído pela freguesia alargada de São João de Areias e pela freguesia de Parada. Em 7 de Setembro de 1895 o município de São João de Areias por sua vez é extinto sendo a freguesia da sede integrada no município de Santa Comba Dão e a freguesia de Parada incluída no município de Carregal do Sal. A localidade de São João de Areias acabaria por perder o seu estatuto de vila, o qual recupera a 12 de julho de 1997 , com a publicação da Lei n.º 70/97. Geografia Localização geográfica A freguesia de São João de Areias localiza-se na zona este do município de Santa Comba Dão, distrito de Viseu. A freguesia tem 21,44 km² de área e 1 939 habitantes (2011), possuindo uma densidade populacional de 90,4 hab/km². Freguesia beirã localiza-se na região histórica da Beira Alta definida na década de 1930 pelo geógrafo Amorim Girão. Com uma forma relativamente em losango a freguesia tem a sua fronteira norte–noroeste definida pelo rio Dão e sul–sudeste definida pelo rio Mondego. Dentro do município de Santa Comba Dão, São João de Areias faz fronteira a norte com as freguesias de Treixedo e de Nagozela. A noroeste faz fronteira ao longo de mais de 1 km com a freguesia de Santa Comba Dão e em um único ponto com a de Couto do Mosteiro, num caso onde as fronteiras de 4 divisões administrativas portuguesas se juntam. A oeste faz fronteira com as freguesias do Vimieiro e de Pinheiro de Ázere. A este, São João de Areias delimita com o município de Carregal do Sal e a sul, numa fronteira definida pelo rio Mondego, com o município de Tábua. Clima Localizando-se no centro norte de Portugal, e pertencente à região histórica da Beira Alta, numa zona de transição entre o litoral e o interior do país, a freguesia de São João de Areias encontra-se numa região com um clima mediterrânico com influência continental e marítima. Este é caracterizado por invernos frescos a frios, húmidos, e relativamente ventosos, em especial no mês de janeiro. A primavera é amena, com alguma chuva, concentrada nos primeiro dois meses, sendo o verão é quente e seco. O outono é húmido e fresco, com bastante precipitação e concentrada nos últimos dois meses da estação. Aldeias da freguesia Para além da vila de São João de Areias existem na sua freguesia as seguintes aldeias: Campolinho Cancela Casal Casas Novas Castelejo Cernada Fonte do Ouro Guarita Póvoa dos Mosqueiros Prados Quinta do Rio Ranha São Miguel Sardoal Silvares Vale Pinheiro Vila Dianteira Quintas: Quinta do Borges & Irmão; Quinta da Mascota; Quinta da Levegada, Quinta da Castanheira, Quinta da Abelenda, etc. Economia Sendo a freguesia de São João de Areias uma zona rural, na sua economia, a agricultura desempenha um papel de grande relevância, conjuntamente com o aproveitamento e valorização florestal. RIBADÃO & RIBAMONDEGO - firmas de prestígio, dedicadas ao comércio de madeiras exóticas e desempenhando um importante papel de mecenato para as instituições culturais e de solidariedade da freguesia. Infraestrutura A freguesia de São João de Areias é servida por várias infraestruturas em diferentes áreas, desde a educação à saúde. Educação Atualmente, na sequência das reorganizações das escolas de 1.º ciclo efetuadas em Portugal durante as décadas de 2000 e 2010, na freguesia de São João de Areias funciona apenas o Centro Educativo do Sul, escola inaugurada em 2009 que ministra o 1.º ciclo do Ensino Básico e possui ainda um jardim de infância, acolhendo principalmente os alunos das freguesias da zona sul do município de Santa Comba Dão. Centro Escolar do Sul Antes das reorganizações referidas, existiram ainda na freguesia de São João de Areias os seguintes jardins de infância e escolas primárias: Jardim de Infância de S. João de Areias (inativo) Jardim de Infância de Castelejo (inativo) Jardim de Infância de S. Miguel (inativo) Jardim de Infância da Póvoa dos Mosqueiros (inativo) Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico de S. João de Areias (inativo) Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico de Castelejo (inativo) Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico da Cancela (inativo) Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico da Póvoa dos Mosqueiros (inativo) Saúde Na freguesia funciona uma extensão do Centro de Saúde de Santa Comba Dão, bem como uma farmácia: Extensão de Saúde de S. João de Areias – Centro de Saúde de Santa Comba Dão Farmácia Sales Mano - Telef.: 232 891 158 Transportes A freguesia de São João de Areias é servida por diversas ligações rodoviárias de interesse nacional e regional. No município de Santa Comba Dão passa o IP 3, estrada de importância nacional que estabelece a ligação entre Coimbra e Viseu. É também no município de Santa Comba Dão, que o IP 3 tem um nó com a autoestrada IC 12, a qual estabelece a ligação entre Santa Comba Dão e Canas de Senhorim, continuando a partir daí a N 234 até Mangualde, onde liga à A25 (Aveiro–fronteira de Vilar Formoso), esta última uma das mais importantes autoestradas do Portugal. A freguesia é ainda servida pela N 234-6 que faz a ligação entre o IC 12, Tábua e o IC 6 e a N 17 (em Candosa). A nível da rede municipal destaca-se a M 234 (antiga N 234 antes da construção do IC 12) que atravessa várias aldeias da freguesia como Cancela, Guarita e Casas Novas. Perto de Cancela, sai a M 234-6 que atravessa Vila Dianteira e São João de Areias terminando depois num nó com a N 234-6, antes de uma ponte sobre o rio Mondego. A M 633 liga a vila de São João de Areias a Parada, no município de Carregal do Sal. A nível ferroviário a freguesia é servida pela Linha da Beira Alta, através da Estação Ferroviária de Santa Comba Dão, onde páram todos os serviços Regionais e Intercidades da CP e do apeadeiro de Castelejo onde páram alguns serviços Regionais daquela operadora. Era a partir da estação de Santa Comba Dão que partia a Linha do Dão, a qual estabelecia a ligação ferroviária entre a Linha da Beira Alta e Viseu. Inaugurada em 1890 e encerrada em 1989, cruzava durante cerca de 2 km o noroeste da freguesia, tendo o seu canal sido adaptado para a Ecopista do Dão, ciclovia inaugurada em 2011. Associações Em São João de Areias existem diversas associações cívicas: Sociedade Filarmónica Fraternidade de S. João de Areias (fundada em agosto de 1875) Centro Recreativo e Cultural da Póvoa dos Mosqueiros (fundado a 18 de abril de 1978) Grupo de Cantares de S. João de Areias (em ligação com o Centro Social e Paroquial) Associação Sociocultural S. João Evangelista – Tuna juvenil "Os Alegres de Castelejo" Associação Cultural, Social, Recreativa e de Desenvolvimento de Vila Dianteira (fundada em 11 de novembro de 2005) Grupo Desportivo de S. João de Areias (inativo) União Desportiva da Cancela (fundada em 14 de maio de 1976) Associação dos Amigos de S. João de Areias – sede em Lisboa (inativa?) Associação dos Amigos de S. João de Areias – sede nos Estados Unidos Solidariedade Em nível de instituições de solidariedade social existe na freguesia o Centro Social e Paroquial de São João de Areias, que possui um lar de idosos: Centro Social e Paroquial de S. João de Areias (fundado em outubro de 1997) Património Sendo uma freguesia já com uma longa História, São João de Areias possui um diversificado património histórico: Arqueologia: Vestígios da ocupação pré-histórica — na Costa (Silvares) e na área da Quinta da Castanheira. Vestígios da ocupação romana — em São João de Areias e Vila Dianteira. Sepulturas escavadas na rocha — em vários locais da freguesia, com destaque para as necrópoles de S. João de Areias (no adro da Igreja, vilmente subterrada) e da Regueiras (Casas Novas/Vila Dianteira). Documento do século X — doação ao Mosteiro do Lorvão em 981 Documento do século XVI — Foral Manuelino de São João de Areias, de 10 de abril de 1514 Pelourinho de São João de Areias Casas do século XVI Igreja Matriz de São João de Areias Capelas públicas: Capela de São Sebastião (anterior ao século XVII) Capela de Santo Cristo (século XVIII) Capela de São Pedro (século XVIII) — na sede de freguesia, S. João de Areias; Capela de São Silvestre (século XVIII) — em Vila Deanteira; Capela de São João Evangelista (anterior ao século XVII) — em Castelejo; Capela de Santo António (anterior ao século XVII) — em Silvares; Capela de São Miguel (século XVIII) — em S. Miguel; Capela de Nossa Senhora da Graça (inaugurada em 31 de outubro de 1998 e que substituiu a capela antiga, anterior ao século XVII, mandada demolir em 31 de agosto de 1998) — na Póvoa dos Mosqueiros. Capelas particulares: Capela de Nosso Senhor Jesus Cristo (século XVIII - deixada vandalizar pela sua proprietária, a Fundação D. José da Cruz Moreira Pinto, de Viseu) — na Casa de D.ª Georgina Loureiro, em Vila Deanteira; Capela de São Sebastião (século XVIII) — no Solar dos Serpa Pimentel, na Guarita; Capela de Nosso Senhor Jesus Cristo (século XVIII — o padroeiro é desconhecido, supõe-se ser Nosso Senhor Jesus Cristo) na Casa dos Neves de Lemos, na Póvoa dos Mosqueiros. Casa das Armas Reais — em São João de Areias Casa de D.ª Georgina Loureiro — em Vila Dianteira Casa do Dr. José da Silva Carvalho — em Vila Dianteira Casa dos Cabrais — Casal, Castelejo Solar dos Serpa Pimentel — em Guarita Casa dos Neves de Lemos — em Póvoa dos Mosqueiros Personalidades célebres Capitães-mores de São João de Areias - entre c.1669 e c.1813 António de Melo Cabral Cardoso da Silveira (1731–1821) — fidalgo da Casa Real, possivelmente a pessoa que ordenou a construção da Casa das Armas Reais. Francisco José de Miranda Duarte (1757–1820) — juiz desembargador. Francisco de Serpa Saraiva (1781–1850) — 1.º Barão de São João de Areias. José da Silva Carvalho (1782–1856) — obreiro da Revolução de 1820 e ministro de governos dos reinados de D. João VI, de D. Pedro IV e de D. Maria II. Manuel de Serpa Machado (1784–1858) — académico e deputado. Bernardo de Serpa Machado (1787–1832) — juiz. Manuel de Serpa Pimentel (1818–1910) — 2.º Barão de São João de Areias. Maria do Céu da Silva Mendes (1847–1933) — pianista e filantropa. Raul Jorge Wheelhouse (1901- ?) - médico e cirurgião antifascista. Bibliografia Ligações externas Site da antiga Escola Básica de 1.º ciclo de São João de Areias Site da antiga Escola Básica de 1.º ciclo de Castelejo Site da Sociedade Filarmónica Fraternidade de S. João de Areias Blogue de dois alunos da Sociedade Filarmónica Fraternidade de S. João de Areias Post de 6 de junho de 2004 com informações sobre a fundação da Sociedade Filarmónica de S. João de Areias Site da Associação Sociocultural S. João Evangelista Informações sobre a Casa de D.ª Georgina Loureiro Informações sobre a Casa do Dr. José da Silva Carvalho Informações biográficas sobre José da Silva Carvalho e outras personalidades célebres da freguesia da São João de Areias
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
(, na numeração romana) foi um ano comum do século XIX do actual Calendário Gregoriano, da Era de Cristo, e a sua letra dominical foi E (52 semanas), teve início a uma quarta-feira e terminou também a uma quarta-feira. Eventos Criação da Sociedade de Cultura de Ananases, ilha de São Miguel, Açores. Forma-se a cidade de Budapeste, unindo as cidades de Buda e Pest, na Hungria. Entre 1873 e 1881, Sigmund Freud estuda Medicina em Viena com Bruecke. O jovem médico português Eduardo Maia apresenta conferência nos congressos da Associação Internacional dos Trabalhadores, questionando o direito de propriedade. Fim do 1º reinado de Jigme Namgyal, Desi Druk do Reino do Butão, reinou desde 1825. Início do 1º reinado de Kitsep Dorji Namgyal, Desi Druk do Reino do Butão, reinou até 1877. É fundada a marca de instrumentos musicais Epiphone. Março 22 de março - Emancipação do município de Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul. Abril 13 de abril - Fundação da cidade de Itambacuri, em Minas Gerais. 13 de abril - Convenção de Itú Maio 13 de maio - Fundação do município de Barreirinha, no atual estado do Amazonas. 17 de maio - Criação do Baronato de Vila Velha por D. Pedro II imperador do Brasil , em favor de Joaquim Augusto de Moura, natural de Rio de Contas - Bahia, e filho de Martiniano de Moura e Albuquerque e de Francisca Joaquina de Carvalho , em vista de relevante contribuição ao ensino do Brasil. Junho 16 de junho - Criada a Cidade Comercial de Feira de Santana, atual cidade de Feira de Santana, na Bahia. Julho 1 de julho — A Ilha do Príncipe Eduardo se junta à Confederação do Canadá. Agosto 17 de agosto - Início da construção do Forte de Sacavém em Sacavém, concelho de Loures, distrito de Lisboa, em Portugal. Setembro 6 de setembro - Inauguração da linha de Caminho de Ferro Larmanjat entre Lisboa e Torres Vedras, serviço que se manteria até 1877, mais tarde substituída pela Linha do Oeste, em 1887. Dezembro 4 de dezembro – É fundada sob o nome Filarmónica Serretense Social de Instrução e Recreio uma agremiação filarmónica que é a mais antiga da ilha Terceira e que por força de novos estatutos de 28 de setembro de 1932 passa a chamar-se: Filarmónica de Recreio Serretense. Os estatutos são aprovados por alvará do Governo Civil de Angra do Heroísmo em 31 de Agosto de 1935. Nascimentos ? - Eufemio Zapata, militar revolucionátio mexicano (m. 1917). 2 de Janeiro - Anton Pannekoek, astrônomo e teórico marxista neerlandês (m. 1960). 2 de Janeiro - Santa Teresa de Lisieux, religiosa carmelita e doutora da Igreja Católica. (m. 1897). 6 de Janeiro - Juliano Moreira, médico brasileiro (m. 1932). 12 de Janeiro - António Augusto de Chaby Pinheiro, actor português (m. 1933). 1 de Abril - Sergei Rachmaninoff, compositor, pianista e maestro russo (m. 1943). 10 de Abril - Kyösti Kallio, 4° presidente da Finlândia (m. 1940). 23 de abril - Theodor Körner, foi um político austríaco e presidente da Áustria de 1951 a 1957 (m. 1957). 23 de Abril - Arnold Van Gennep, antropólogo francês (m. 1957). 24 de abril - Casimiro Rodrigues de Sá, religioso, publicista, jornalista e político republicano português (m. 1934) 20 de Julho - Alberto Santos Dumont (m. 1932). 1 de Agosto - William Ernest Hocking, filósogo norte-americano (m. 1966). 14 de Agosto - Guangxu, penúltimo Imperador da China entre 1875 e 1908 (m. 1908). 26 de Agosto - Lee De Forest, físico e inventor estado-unidense (m. 1961). 9 de Outubro - Karl Schwarzschild, astrônomo e físico alemão (m. 1916). 23 de Outubro - Francisco I. Madero, presidente do México de 1911 a 1913 (m. 1913). 20 de Novembro - Ramón S. Castillo, presidente da Argentina de 1942 a 1943 (m. 1944). Falecimentos 26 de Janeiro - Amélia de Leuchtenberg, princesa de Leuchtenberg e Eichstätt, imperatriz do Brasil (n. 1812). 9 de Fevereiro - Carolina Augusta da Baviera, princesa da Baviera e princesa de Württemberg (n. 1792) 28 de Fevereiro - Joaquim Caetano, diplomata e professor brasileiro, patrono da Academia (n. 1810). 17 de março - Bárbara Maix, religiosa austríaca fundadora da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria (n. 1818). 25 de março - Wilhelm Marstrand, pintor dinamarquês (n. 1810) 1 de Maio - David Livingstone, missionário e explorador escocês (n. 1813) 22 de Maio- Alessandro Manzoni,dramaturgo,esritor, pensador (n. 1785) 8 de Maio - John Stuart Mill, filósofo (n. 1806) 14 de Dezembro - Elise da Baviera, princesa da Baviera e rainha da Prússia (n. 1801)
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Santa Cruz da Graciosa é uma vila açoriana, sede da freguesia homónima e do município de Santa Cruz da Graciosa a que pertence. A freguesia de Santa Cruz da Graciosa ocupa uma área de e tem 1 776 habitantes, o que corresponde a uma densidade populacional de aproximadamente hab/km². A freguesia ocupa todo o nordeste da ilha Graciosa, tendo como principal centro populacional a vila de Santa Cruz da Graciosa, a capital administrativa e económica da ilha, localidade onde se concentram os principais serviços e indústrias da ilha. O aeródromo da Graciosa, o aeroporto que serve a ilha, também se localiza no território desta freguesia. História O povoamento de Santa Cruz, começado pelo lugar da atual vila, iniciou-se antes da década de 1470, com os primeiros povoadores a instalarem-se no sopé do Monte de Nossa Senhora da Ajuda, aproveitando as condições ímpares que o local oferece: um conjunto de pequenas calhetas formadas pelas reentrâncias em torno da escoada lávica que originou a ponta da Pesqueira, que facilitava o desembarque e permitia fácil acesso aos recursos do mar; o abrigo contra os ventos fornecido pelo Monte de Nossa Senhora da Ajuda, cuja elevação permitia facilmente avistar qualquer embarcação que se aproximasse; e o fértil hinterland constituído pelas planícies de ricos solos do norte e noroeste da ilha, área que até 1644, ano em que a paróquia de Guadalupe se autonomizou, faziam parte da freguesia. Acresce a estas condições a existência de água doce, embora condicionada às marés, na estreita laguna que constituía o prolongamento para terra da calheta das Fontainhas, no local onde hoje se situam os dois pauis fronteiros à Câmara Municipal. A disponibilidade de água doce foi uma das principais condicionantes do povoamento açoriano, ganhando particular significado no caso da ilha Graciosa, que dada a ausência de montanhas e o aplanado do seu relevo, é a mais pobre em águas superficiais do arquipélago. No caso de Santa Cruz, uma reconstituição da topografia local antes da humanização da paisagem, revela que a calheta das Fontainhas, que hoje termina nos muros que delimitam o varadouro e o pequeno cais frente ao Museu da Graciosa, se prolongava terra adentro, provavelmente para uma zona paludosa que rodeava uma pequena laguna. Essa zona, onde emergia água doce facilmente recolhida durante a maré baixa, foi escavada, por forma a intercetar a exsurgência do aquífero basal, e protegida das incursões do mar pelos atuais muros do Paul. Esta disponibilidade de água foi, como aliás aconteceu na Vila da Praia da Graciosa com a antiga laguna da Lagoa, uma das razões determinantes do nascimento da vila de Santa Cruz. A partir do núcleo urbano inicial, sito no pequeno alto do sopé do Monte de Nossa Senhora da Ajuda, por detrás da atual Igreja Matriz, a vila foi-se estendendo para sul e noroeste, deixando no seu centro a zona húmida que daria origem aos grandes tanques dos pauis e ao Rossio (praça anacronicamente ainda denominada em honra de Fontes Pereira de Melo pelo seu apoio à extinção do vizinho concelho da Praia). A verdadeira estruturação urbana iniciou-se a partir de 1485 quando Pedro Correia da Cunha, cunhado de Cristóvão Colombo vindo da ilha do Porto Santo, assumiu as funções de único capitão do donatário na ilha e veio habitar no povoado. Logo no ano seguinte (1486, embora algumas fontes citem o ano de 1500), o povoado foi constituído em vila sede de concelho, instaurando o poder municipal na ilha, com os correspondentes juízes e prerrogativas, sendo a igreja de Santa Cruz elevada a matriz. Pouco depois era constituída a Santa Casa da Misericórdia, completando o esqueleto institucional da jovem comunidade santa-cruzense. Esta primazia na elevação a vila e sede da capitania, desalojando o centro de poder da mais antiga Praia, indicia que a fertilidade dos campos das Courelas já tinha deslocado o centro da produção cerealífera para Santa Cruz, já que a primeira centúria da vida da ilha foi dominada pela produção de cevada (caso único nos Açores) e de trigo. O povoamento prosseguiu com rapidez em direção ao centro e norte da ilha, aproveitando as boas terras aí existentes. Este desenvolvimento, paralelo que ocorria no eixo Praia-Luz, levou ao aparecimento de uma estrutura bipolar na ilha, com Santa Cruz-Guadalupe a dominar claramente. A partir de 1546, mesmo face à resistência de Santa Cruz, a Praia-Luz autonomiza-se como concelho, ficando a ilha novamente dividida em duas unidades administrativas, embora sendo uma única capitania, numa bipolaridade a que só o racionalismo da Regeneração do século XIX poria termo. Outra das preocupações da vila, particularmente após a consumação da União Ibérica e da consequente rutura com ingleses e holandeses, foi a sua defesa contra incursões por mar. À ameaça que constituíam as incursões dos piratas, por várias vezes concretizadas no rapto de centenas de graciosenses e pilhagens várias, vieram juntar-se os piratas e corsários ingleses e holandeses. Em consequência, junto a cada um dos desembarcadouros da vila foram construídos fortins, equipados com artilharia e entregues a corpos de milicianos: junto à Barra foi construído o Forte da Barra, o maior e mais imponente de todos, estrutura que hoje alberga o Clube Naval da Ilha Graciosa; na zona de Santa Catarina, dominando o acesso às Fontainhas, foi construído o Forte de Santa Catarina, hoje completamente arruinado; junto ao Porto da Calheta foi construído o Fortim da Calheta (ou Forte da Ponta do Freire), estrutura que hoje alberga o farolim e as instalações navais da vila. Como centro da cultura cerealífera, Santa Cruz cresceu e atingiu alguma prosperidade como o atesta a relativa magnificência da sua Matriz e de muito do casario da vila. Quando a partir da década de 1770 o vinho ganhou importância pela abertura ao comércio de vinhos e aguardentes açorianas dos portos do Brasil e das colónias africanas e asiáticas portuguesas, que se operou em 1776, a cultura da vinha, que até ali se mantivera restrita aos biscoitos da Praia e da Luz, expande-se para os terrenos planos da Terra do Conde, Bom Jesus, Barro Vermelho e Dores, muito mais produtivos e fáceis de trabalhar. Em resultado, Santa Cruz entra num novo ciclo económico, dominado pela produção de vinho e da aguardente, levando à construção de grandes adegas, gerando riqueza suficiente para dar à vila o aspeto imponente que ainda hoje conserva. Mesmo antes deste verdadeiro boom de cultura da vinha, a abundância de vinho na Graciosa, em contraponto com a penúria de água doce, era tal que em 1589 o almirante George Clifford de Cumberland, o 3.º conde de Cumberland, diria da Graciosa e dos seus moradores que era mais fácil ali obter dois tonéis de vinho que um de água fresca. Este período, correspondente ao último quartel do século XVIII e à primeira metade do século XIX foi o de maior prosperidade da vila, período durante o qual a sua população atingiu o auge e se construíram a maioria das boas casas que hoje merecem a classificação do centro histórico de Santa Cruz como conjunto de interesse público. A prosperidade de Santa Cruz, assente no vinho, teve contudo um fim abrupto. Por meados do século XIX as vinhas açorianas estavam infetadas pelo Oidium tuckeri e pela filoxera, o que levou à sua quase total perda. A resposta encontrada foi a produção de vinho de cheiro, incomparavelmente menos valioso que os anteriores vinhos de castas europeias, agora já destinado essencialmente ao mercado açoriano e à feitura de aguardentes. O resultado foi o rápido declínio da economia graciosense, e a emigração dos seus grandes excedentes populacionais. Ainda assim, a vila de Santa Cruz, por concentrar a administração e os serviços da ilha, foi o povoado menos afetado pela recessão demográfica da segunda metade do século XX, retendo um contingente populacional razoável. A vila conseguiu diversificar a sua economia, primeiro com a melhoria das técnicas agrárias tradicionais e com um recurso à horticultura que teve pouco paralelo nos Açores, com a produção de alhos, cebolas e melões que eram exportados para as restantes ilhas, e depois pelo recurso ao mar, ganhando relevo a baleação (de que restam instalações, botes e estruturas de vigia e processamento), à apanha de algas para produção de agarose, atividade iniciada em julho de 1956, na Praia, mas que rapidamente se estendeu a todo o litoral da ilha e atingiu o seu auge nas décadas de 1960-1970, e mesmo à indústria conserveira do peixe. A produção vinícola foi recuperada a partir da década de 1950, sendo a 4 de Agosto de 1957 constituída por escritura pública uma adega cooperativa, na altura com 99 associados (hoje com cerca de 200), que teve os seus estatutos aprovados a 11 de Abril de 1958. A Adega Cooperativa congregou a produção de vinho e melhorou as técnicas de fermentação e conservação, particularmente a partir da entrada em laboração das suas instalações de produção e engarrafamento de vinho, inauguradas a 19 de Agosto de 1962. Outra infraestrutura importante no desenvolvimento de Santa Cruz foi a construção, no seu território a escassos quilómetros do centro da vila, do aeródromo da Graciosa. Situado na achada do Barro Vermelho, entre as Dores e a Ponta da Barca, o aeroporto foi projetado a partir de 1973, mas só teve projeto e levantamentos topográficos concluídos em 1976, já pelas autoridades regionais, sendo construído pelo Governo Regional dos Açores entre setembro de 1979 e julho de 1981. A sua pista de 1325 m foi inaugurada a 11 de julho de 1981. A sua aerogare original, diminuta, foi substituída por uma nova, inaugurada em 2004. Todas estas atividades acabaram por desaparecer, ou por se reduzir a muito pouco, sendo substituídas pela bovinicultura, essencialmente destinada à produção de lacticínios, com destaque para o queijo, e pelos serviços. Em 2004 foi inaugurada uma nova e moderna fábrica de lacticínios, sita no Quitadouro, a qual veio permitir melhorar a qualidade do queijo produzido e aumentar a quantidade do leite que pode ser processado, o que levou a um forte aumento da produção na ilha, apenas limitado pelas restrições impostas pelo mecanismo de quotas da Política Agrícola Comum da União Europeia. Território e estrutura urbana A freguesia de Santa Cruz da Graciosa, tal como as restantes povoações da ilha Graciosa, apresenta uma estrutura de povoamento que, apesar da sua dispersão aparente, é fortemente condicionado pela estrutura viária. Este povoamento disperso orientado, típico das zonas de colonização recente como a ilhas açorianas, levou a que a estruturação urbana da região nordeste da Graciosa, no território da hoje, freguesia de Santa Cruz da Graciosa, se tenha produzido ao longo das estradas que afluem à vila de Santa Cruz da Graciosa, o seu centro e capital económica e administrativa da ilha. A freguesia de Santa Cruz da Graciosa é composta pelos seguintes localidades e lugares: Vila de Santa Cruz da Graciosa, o seu mais importante centro urbano e a localidade mais importante da ilha com cerca de 967 habitantes, com características marcadamente urbanas, com um traçado clássico de vila açoriana, com o seu centro histórico classificado como conjunto de interesse público. O crescimento para o interior da vila levou a que lugares como Santo Amaro, Rebentão e Terreiros sejam hoje parte da periferia urbana da vila. Rebentão é um lugar parcialmente inserido no perímetro da vila da Santa Cruz da Graciosa, e inclui lugar do Charco Velho. Situa-se próximo do Pico da Hortelã e do lugar dos Funchais bem como da localidade de Santo Amaro. Este lugar tem Império do Divino Espírito Santo, e é onde se situa a Escola Básica e Secundária da Graciosa e o Tribunal da Graciosa. Santo Amaro, é uma pequena localidade inserida parcialmente no perímetro da vila de Santa Cruz da Graciosa. A localidade tem uma pequena ermida, a Ermida de Santo Amaro, construída entre os anos de 1693 e 1705 e um Império do Divino Espírito Santo. A localidade de Santo Amaro alberga ainda os serviços regionais de ilha de apoio à agricultura, florestas, equipamentos e obras públicas e a recente Unidade de Saúde da Ilha Graciosa inaugurada em 20 de junho de 2012. Fontes, é um lugar de povoamento compacto, situado nas faldas da Serra das Fontes, construído em torno de algumas das poucas nascentes de água da ilha. Situado entre os 120 e os 180 m de altitude, no antigo limite entre as terras agrícolas e as pastagens semipermanentes e matos. Tem Império do Divino Espírito Santo próprio e teve até 2002 escola primária. A pobreza e escassez dos terrenos levaram a que a comunidade das Fontes fosse uma das mais pobres da ilha, essencialmente proletária e de trabalhadores braçais, do que resultou uma forte emigração, tendo hoje o lugar uma população reduzida. Funchais, é um lugar situado a menos de 2 km da vila de Santa Cruz da Graciosa, encontrando-se entre três cones vulcânicos, Pico do Barroso, Pico do Jardim e Pico da Hortelã, nas suas proximidades localizam-se as localidades de Dores, Bom Jesus e os lugares do Charco Velho e Rebentão. O lugar possui Império do Divino Espírito Santo. Dores, situada a norte do Pico do Jardim, é uma localidade próxima ao aeródromo da Graciosa (construído no lugar do Barro Vermelho), que tem a sua irmandade do Divino Espírito Santo, com Império próprio sito junto à Ermida de Nossa Senhora das Dores, um pequeno templo dos finais do século XVIII, construído por iniciativa de António da Silva Sodré no ano de 1793. A localidade alberga o quartel da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Ilha Graciosa e tem nas suas proximidades, o edifício sede da Adega e Cooperativa Agrícola da Ilha Graciosa, sito no lugar do Charco da Cruz na periferia da vila de Santa Cruz da Graciosa. Cruz do Bairro, é um pequeno lugar situado hoje nas proximidades do aeródromo da Graciosa e entre as localidades das Dores e do Bom Jesus, foi uma pequena comunidade vitícola, hoje quase despovoada e sem vida própria. Bom Jesus, é uma localidade sito no extremo norte da ilha, ocupando o plaino a nordeste do Pico das Bichas e a noroeste do Pico do Barroso. A localidade inclui os lugares da Achada, Sumidouro e Calhau Miúdo. Teve escola primária que foi encerrada na década de 1990. Nela localiza-se a Ermida do Bom Jesus, com o seu grande adro murado, construída antes de 1636, mas muito modificada em 1786 e em 1902. Barro Vermelho, é um pequeno lugar onde se situa implantado a maior parte do aeródromo da Graciosa, próximo da localidade das Dores e do lugar dos Terreiros. Hoje em dia é quase desprovido de população sendo um lugar de veraneio, que possui uma zona balnear classificada, zona de merendas e parque de campismo. Terreiros, é um pequeno lugar situado próximo do lugar do Barro Vermelho, e é em parte integrado no perímetro urbano da vila de Santa Cruz da Graciosa. Quitadouro, é um pequeno lugar situado entre a vila de Santa Cruz da Graciosa e a vizinha freguesia de São Mateus, próximo ao Pico da Forca, Pico do Machado e Quitadouro, quase desprovido população residente. É neste lugar onde podemos encontrar as maiores indústrias da ilha e onde foi instalado o Centro de Processamento de Resíduos e onde será construído o futuro Parque Industrial da Graciosa. Covas é um lugar na fronteira com a vizinha freguesia de Guadalupe, localizado próximo do Pico da Hortelã e da localidade de Santo Amaro e do lugar das Fontes. Demografia Ao contrário do que acontece nas restantes povoações da ilha Graciosa, a freguesia de Santa Cruz da Graciosa não perde população ao longo das últimas décadas, apresentando mesmo alguma tendência para aumentar. Depois da grande perda da década de 1960, quando a emigração açoriana para os Estados Unidos atingiu o seu auge, o processo de crescente urbanização da população açoriana, reflexo da saída do sector primário, compensou as perdas, e a freguesia de Santa Cruz da Graciosa viu aumentada a sua população. Concentrando todos os serviços administrativos e judiciais da ilha, para além da única escola secundária que a serve, Santa Cruz da Graciosa afirmou-se como uma povoação atrativa, tendo mesmo visto um surto de novas construções, o que levou ao aparecimento de novos arruamentos, formando uma coroa de modernas construções em torno do centro histórico. A evolução demográfica da freguesia é a seguinte: Fonte: DREPA (Aspectos demográficos - Açores 1978) e Serviço Regional de Estatística dos Açores (SREA). Associações culturais, recreativas e desportivas com sede na freguesia AGRAPROME – Associação Graciosense de Promoção de Eventos Associação Amigos do Museu da Graciosa Associação Cultural Moinhos Selvagens Associação de Artesãos da Ilha Graciosa Associação de Desportos da Ilha Graciosa Associação de Estudantes da Escola Básica e Integrada da Graciosa Associação de Jovens Agricultores Graciosenses Associação de Pais e Encarregados de Educação dos Alunos da Escola Básica e Secundária da Graciosa Associação de Táxis da Ilha Branca Associação dos Cinegeticófilos da Ilha Branca Associação Equestre Graciosense Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Ilha Graciosa Associação para a Promoção Sociocultural do Concelho de Santa Cruz da Graciosa Associação Radioamadores da Graciosa Associação Sócio-Cultural de Nossa Senhora das Dores Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo Club Naval da Ilha Graciosa Clube de Veteranos da Ilha Graciosa Clube Desportivo Escolar Ilha Branca Coro da Matriz de Santa Cruz da Graciosa Filarmónica Recreio dos Artistas Graciosa Futebol Clube Junta de Núcleo da Graciosa – CNE Liga dos Combatentes Sport Clube Marítimo Santa Casa da Misericórdia de Santa Cruz da Graciosa Santa Cruz Sport Club Património edificado Ao longo da sua história a vila nunca sofreu qualquer grande sismo, uma vez que a maioria dos sismos registados afetaram essencialmente o sudoeste da ilha. Desse modo, o património edificado na freguesia chegou quase intacto aos nossos dias, fazendo com que o centro histórico da vila se constitua num dos mais bem conservados conjuntos urbanos do arquipélago. Para protegê-lo e preservá-lo foi criada a Zona Classificada de Santa Cruz da Graciosa, um conjunto classificado como de interesse público pelo Decreto Legislativo Regional n.º 10/88/A, de 30 de Março. Embora mantendo a mesma classificação, a configuração da zona classificada foi ligeiramente alterada e o conjunto reenquadrado num novo ordenamento jurídico pelo n.º 1 do artigo 58.º do Decreto Legislativo Regional n.º 29/2004/A, de 24 de agosto. Arquitetura religiosa: A Cruz da Barra, ou de São Sebastião (nome da ermida em cujo adro esteve durante três séculos), é um esbelto cruzeiro, em estilo manuelino, esculpido num longo bloco de granito, com 13,64 m de comprimento, sobre o qual assenta uma esfera e uma cruz com 1,38 m de altura. Embora a origem em Guimarães pareça pouco provável, dada a dificuldade em transportar uma peça em pedra com aquelas dimensões pelas difíceis estradas da época, reza a tradição que terá sido trazida daquela cidade por António de Freitas (nome que se encontra gravado na esfera onde assenta a cruz) no ano de 1520 (o granito de que é feita indicia uma origem no norte da Península Ibérica, provavelmente na cidade do Porto). Reza ainda a tradição local que um barco teria partido de Portugal com três cruzes idênticas em pagamento de uma promessa: uma ficou em Santa Cruz da Graciosa, outra na ilha de Tenerife e a terceira algures na costa de África. Alguns autores afirmam que foi esta cruz que deu o nome à vila, o que implicaria que seria anterior a 1480. Ao certo, sabe-se que desde 1520 se encontra no lugar da Barra, primeiro no adro da Ermida de São Sebastião, que terá existido no lugar da antiga central elétrica, sendo retirada desse local em 1867. Um dos mais antigos e espetaculares elementos escultóricos dos Açores, a Cruz está agora colocada no entroncamento da Rua Infante Dom Henrique com a estrada que conduz à Vila da Praia, com o alto plinto onde assenta parcialmente soterrado. Igreja de Santo Cristo da Misericórdia Igreja Matriz de Santa Cruz Monte de Nossa Senhora da Ajuda e as suas ermidas, é um conjunto incluído na Zona Classificada e decretado como zona onde a edificação é proibida, que abrange todo o cone vulcânico do Monte de Nossa Senhora da Ajuda acima dos 30 m de altitude, hoje quase integralmente florestado, e as três ermidas que o coroam. O Monte de Nossa Senhora da Ajuda é um pequeno cone vulcânico, com 129 m de altitude máxima e uma forma quase perfeitamente tronco-cónica, encimado por uma pequena cratera onde hoje se anicha uma praça de toiros. Coroam o monte três ermidas: a Ermida de Nossa Senhora da Ajuda, que dá o nome ao Monte, um exemplar de arquitetura religiosa fortificada do século XVI, tendo anexa uma ‘’casa dos romeiros’’, destinada a acolher os peregrinos que ali se deslocavam em oração; a Ermida de São Salvador, construída entre 1709 e 1715; e a Ermida de São João, referenciada pela primeira vez em 1557. A vista do local é soberba, cobrindo todo o norte da ilha. Infelizmente um conjunto de estruturas de telecomunicações, algumas descativadas, desfiguram a solenidade e beleza do local. Torre da Igreja de Nossa Senhora dos Anjos, é uma torre de igreja localizada no tardoz da Biblioteca Municipal, no lado sul do Rossio. A igreja a que a torre pertencia foi construída entre 1700 e 1708, com missa inaugural a 22 de agosto de 1708. Incorporava uma capela de Santa Bárbara construída em 1670. A igreja era parte do Convento Franciscano de Santa Cruz, também com construção iniciada em 1700 e benzido a 18 de julho de 1724, erguido para substituir outro, fundado em 1609, considerado inadequado. François-René de Chateaubriand, que foi hóspede do convento na sua passagem pela ilha Graciosa em 1791, descreve o imóvel como cómodo e bem iluminado. O convento foi extinto pelo decreto da Regência de Angra de 30 de Maio de 1834, tendo os frades abandonado a Graciosa a 30 de Setembro daquele ano. O imóvel teve vários usos públicos, mas foi progressivamente abandonado, tendo o conjunto sido demolido em 1946, deixando a torre isolada. Ermida de Nossa da Senhora das Dores (Dores) Ermida de Nossa Senhora da Boa Nova (Vila de Santa Cruz da Graciosa) Ermida de Santo Amaro (Santo Amaro) Ermida de Santo António (Vila de Santa Cruz da Graciosa) Ermida do Bom Jesus (Bom Jesus) Império do Espírito Santo das Dores (Dores) Império do Espírito Santo das Fontes (Fontes) Império do Espírito Santo de Santo Amaro (Santo Amaro) Império do Espírito Santo do Rebentão (Rebentão) Império do Espírito Santo dos Funchais (Funchais) Cemitério Judaico Arquitetura civil e militar: Casa do Conde de Simas é uma das muitas casas senhoriais existentes na Zona Classificada, um bom exemplo da sobriedade e equilíbrio da arquitetura da vila. Pertenceu a Manuel Simas, feito Conde de Simas, um rico comerciante, político e benemérito local, que a ofereceu à Câmara Municipal que a usa, desde 21 de Fevereiro de 1940, como paços do concelho. Casa da Rua Marquês de Pombal I Casa da Rua Marquês de Pombal II Casa de Francisco Barcelos Casa do Largo de Santo António Casa do Visconde D'Almeida Garrett Solar da família Espínola Solar da família Pamplona O Centro Cultural da Ilha Graciosa é um moderno edifício sito na Rua do Mercado, no limite da Zona Classificada, dotado de um grande auditório, foyer e sala de exposições temporárias. Construído pelo Município de Santa Cruz da Graciosa, o projeto é da autoria do arquiteto Miguel Cunha. Os antigos paços do concelho (até 1940), e atual Biblioteca Municipal de Santa Cruz, é um edifício sito no lado sul do Rossio, onde até recentemente funcionou o Tribunal da Comarca de Santa Cruz da Graciosa. O edifício foi reconstruído em 1757, ficando então a Câmara e o tribunal instalados no primeiro piso e a cadeia nos baixos. Sobre a fachada existiu um sino, usado para anunciar as reuniões camarárias. Depois de obras de adaptação, desde março de 2005 funciona no imóvel a Biblioteca Municipal de Santa Cruz, tendo sido dotado de uma moderna sala de reuniões e conferências. A Biblioteca Municipal foi instituída a 16 de setembro de 1950, funcionando durante décadas nos baixos da Câmara Municipal. Promove diversas atividades lúdico-pedagógicas e exposições mensais, tendo secções de audiovisuais, periódicos, infanto-juvenil e de exposição temporária. O Museu da Graciosa, instalado numa casa assolarada da Rua das Flores, frente à rampa de varagem das Fontainhas, foi oficialmente criado em 1977, pelo Governo Regional dos Açores. Em 1978 iniciou-se o processo de constituição efetiva do Museu, escolhendo-se e adquirindo-se um edifício apropriado para a sua instalação e iniciando-se a recolha e o levantamento de espécimes etnográficas da ilha. O Museu foi inaugurado a 6 de dezembro de 1978. Para além de exposições temporárias, o Museu da Graciosa alberga numerosas coleções ligadas à etnografia da ilha e à história económica da Graciosa, incluindo coleções de brinquedos, loiça, mobiliário e recordações enviadas pelos emigrantes que partiram para os Estados Unidos em busca de melhor sorte. Nos baixos do edifício é mantida uma antiga adega, com os seus equipamentos, e ao lado está exposto um bote baleeiro utilizado na caça ao cachalote. O Museu tem como extensões um barracão de botes baleeiros na vila de Santa Cruz, outro na vila Praia e ainda um moinho de vento no lugar das Fontes. Fora da zona classificada situa-se o novo Tribunal da Graciosa, um imóvel de moderna arquitetura, recentemente inaugurado, e a Escola Básica e Secundária da Graciosa, com um moderno auditório e um edifício central de grande beleza arquitetónica. Esta escola, a única que ministra na ilha o ensino para além do 4.º ano de escolaridade, é herdeira da antiga Escola Preparatória Coronel Veríssimo de Sousa, fundada em Outubro de 1971, e da Delegação Escolar de Santa Cruz da Graciosa, administrando hoje toda a rede escolar da Graciosa, que, após a extinção entre 1993 e 2006 de 8 pequenas escolas primárias, ficou composta por uma escola do 1.º ciclo com jardim-de-infância na sede de cada freguesia. A Escola Preparatória Coronel Veríssimo de Sousa tinha como patrono António Veríssimo de Sousa, um antigo governador civil de Angra do Heroísmo. A criação daquele estabelecimento, o primeiro a ir além do ensino primário na ilha, deveu-se às diligências do então Presidente da Câmara, professor Valquírio Louro. Foi primeira Diretora a Dr.ª Maria Fernanda de Campos Gregório. O estabelecimento, que para além da sua diretora funcionava apenas com professores primários, tinha duas contratadas como funcionárias administrativas e um casal que desempenhava as funções de contínuos. O edifício onde funcionou a Escola Preparatória era uma antiga casa de habitação, que já servira para o ensino primário. O patrono foi abandonado na sequência da Revolução do 25 de Abril e a escola acabou por ser fundida em 1978 com a Secção Liceal do Liceu Nacional de Angra do Heroísmo que funcionava na ilha desde 1976, passando então a ministrar ensino até ao final do 3.º ciclo. Com edifício próprio, embora de má qualidade, inaugurado em 1985, a escola teve ensino secundário apoiado pela autarquia a partir de 1995 (apenas oficializado e assumido pelo Governo Regional dos Açores em 1997) passando em 1998 para Escola Básica Integrada, incorporando então a Delegação Escolar do concelho. Em 2005, já com modernas instalações, passou a denominar-se Escola Básica e Secundária da Graciosa. No lugar do Rebentão existe um NDB desativado, parte do primitivo sistema de aproximação da Base das Lajes, usado pelos aviões vindos da América do Norte em direção àquele aeroporto. Aquele equipamento constitui hoje um interessante património tecnológico abandonado. Na Ponta da Barca, na costa noroeste da freguesia, situa-se o Farol da Ponta da Barca, inaugurado em 1 de fevereiro de 1930, um dos maiores e mais potentes faróis dos Açores. Forte da Barra Forte de Santa Catarina Fortim da Calheta Arquitetura popular: O património baleeiro, ligado à atividade de baleação introduzida nas ilhas em meados do século XIX por marinheiros açorianos que tinham trabalhado nos navios baleeiros da Nova Inglaterra, é diversificado e encontra-se um pouco por todo o litoral graciosense. Na vila de Santa Cruz ele está presente no bote baleeiro, dos quais chegou a existir mais de 12 na ilha, exposto na coleção do Museu da Graciosa com toda a sua palamenta, no barracão dos botes, junto ao porto da Calheta, e na vigia da baleia sito no topo do Monte de Nossa Senhora da Ajuda. O Museu da Graciosa também guarda binóculos e transmissores utilizados nas vigias e múltiplos instrumentos utilizados na caça ao cachalote. O Clube Naval da Ilha Graciosa recuperou e opera a lancha baleeira (gasolina) Estefânia Correia, uma embarcação que fez história na caça ao cachalote e que, simultaneamente, salvou a vida a muitos graciosenses, transportando-os até à ilha Terceira para receber cuidados médicos quando não havia outro transporte disponível. No Porto da Barra existem os restos da antiga desmancha da baleia, com os seus traióis, pertença da extinta Companhia Baleeira da Graciosa, Lda., uma empresa fundada em 1932. Forno da cal (Vila de Santa Cruz da Graciosa) Moinho da Achada (Bom Jesus) Moinho da Canada da Grota (Fontes) Moinho da Canada de Trás-do-Pico (Fontes) Moinho da Canada do Pombal (Vila de Santa Cruz da Graciosa) Moinho das Fontes (Fontes) Moinho do Degredo (Vila de Santa Cruz da Graciosa) Moinho do Pico das Mentiras (Vila de Santa Cruz da Graciosa) Moinho do Rei (Vila de Santa Cruz da Graciosa) “Arquitetura da água” graciosense: Os Pauis e o Rossio de Santa Cruz (Praça Fontes Pereira de Melo) são o maior espaço público urbano de qualquer das vilas açorianas, com dois grandiosos tanques descobertos, os pauis, escavados do lado norte e uma vasta praça com um coreto no seu centro (o Rossio) do lado sul. O atual coreto, construído em 1945 em substituição de um que ali existia desde 1886, é apelidado de açucareiro. A praça está ladeada por um notável conjunto de araucárias (da espécie Araucaria heterophylla (Salisb.) Franco) e metrosíderos seculares, datando o plantio de algumas da árvores da década de 1880, então iniciativa do Manuel Simas, futuro Conde de Simas. No lado leste dos pauis existe um fontanário em basalto, ali colocado em Novembro de 1959 e um monumento ao emigrante inaugurado no ano 2000. Chafariz do Barro Vermelho (Barro Vermelho) Chafariz e Bebedouro das Fontes (Fontes) Tanque da Achada (Bom Jesus) Tanque da Canada do Bairro (Cruz do Bairro) Tanque do Atalho (Vila de Santa Cruz da Graciosa) Tanque Velhos (Fontes) Património natural Gruta do Bom Jesus Gruta do Manhengo Ilhéu da Baleia Ilhéus do Barro Vermelho Monte de Nossa Senhora da Ajuda Pico da Forca Pico da Hortelã Pico das Bichas Pico do Barroso Pico do Farrajal Pico do Jardim Pico do Machado Pico Negro Quitadouro Serra das Fontes António de Brum Ferreira, A Ilha Graciosa. Lisboa: Livros Horizonte, Colecção Espaço e Sociedade, n.º 8, 1968 (2.ª ed. em 1987). Félix José da Costa, Memória Estatística e Histórica da Ilha Graciosa. Angra do Heroísmo: Imprensa de Joaquim José Soares, 1845. Há uma 3.ª edição, fac-similada: Instituto Açoriano de Cultura, 2007 (ISBN 978-972-9213-77-9). DREPA, Aspectos demográficos. Açores - 78. Angra do Heroísmo: Departamento de Estudos e Planeamento dos Açores, 1978. Guido de Monterey, Graciosa e São Jorge (Açores) - Duas ilhas no centro do arquipélago. Porto: Sociedade de Papelaria, Lda., 1981. Luís Daniel (editor dos textos), Graciosa – Guia do Património Cultural. Lisboa: Atlantic View, 2004 (ISBN 972-96057-4-2). Ligações externas TC.F Informação Freguesias de Santa Cruz da Graciosa
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Cumeeira é uma freguesia portuguesa do município de Penela, com 19,53 km² de área e 857 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é . Demografia Nota: O censo de 1900 regista 1798 habitantes como estando presentes na freguesia à data do recenseamento. A população registada nos censos foi: Ligações externas Freguesias de Penela
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Sanhoane é uma antiga freguesia portuguesa do concelho de Santa Marta de Penaguião, com 3,72 km² de área e 375 habitantes (2011). A sua densidade populacional era 100,8 hab/km². Foi extinta (agregada) pela reorganização administrativa de 2012/2013, sendo o seu território integrado na União de Freguesias de Lobrigos (São Miguel e São João Baptista) e Sanhoane. População (Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.) Antigas freguesias de Santa Marta de Penaguião
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
é um sistema estrutural da construção civil que se tornou um dos mais importantes elementos da arquitetura do século XX. É usado nas estruturas dos edifícios. Diferencia-se do concreto (ou betão) devido ao fato de receber uma armadura metálica responsável por resistir aos esforços de tração, enquanto que o concreto em si resiste à compressão. É uma mistura compacta de: agregados graúdos: pedras britadas, seixos rolados, etc. agregados miúdos: areia, pedregulhos. aglomerantes: cimento, cal não pode ser usado no concreto armado porque acaba corroendo o aço responsável por suportar as forças de tração, podendo comprometer a estrutura com o passar do tempo. água adições minerais: sílica ativa, metacaulim, cinza de casca de arroz, etc. aditivos: aceleradores, retardadores, fibras, corantes, etc. Produção Para obtenção de um bom concreto de acordo com sua finalidade, devem ser efetuadas com perfeição as operações básicas de produção do material, que influem nas propriedades do concreto endurecido. As operações básicas de produção do concreto são: Dosagem: Estudo empírico ou não que indica as proporções e quantificações dos materiais componentes da mistura, a fim de obter um concreto com determinadas características previamente estabelecidas. Mistura: Dar homogeneidade ao concreto, isto é, fazer com que ele apresente o mesmo proporcionamento em qualquer ponto de sua massa sem segregação dos constituintes. Transporte: Levar o concreto do ponto onde foi preparado ao local onde será aplicado, podendo ser dentro da obra ou para ela, quando misturado em usina. Lançamento: Colocação do concreto no local de aplicação, em geral, nas formas. Começa-se após 2 a 4 horas a "pega" (perda do abatimento e consequentemente endurecimento e ganho de resistência), dependendo da quantidade e do tipo de cimento. Adensamento: Espalhamento e conformação do concreto, procurando eliminar o ar aprisionado, além de preencher totalmente as formas - ganho de resistência. Usa-se vibrar o concreto com vibradores mecânicos, devendo-se evitar o excesso ou pouca vibração. Cura: Conjunto de medidas com o objetivo de evitar a perda rápida de água (evaporação) pelo concreto nos primeiros dias, água essa necessária para reação de hidratação dos constituintes da pasta de cimento. Existem diversas formas para cura adequada do concreto, seja ela úmida, a vapor, química ou uso de material impermeabilizante, dificultando a saída de água. A cura inadequada pode ocasionar fissuras de retração plástica consequentemente maior permeabilidade e porosidade, assim menor durabilidade. Normalmente a resistência de projeto é atingida após vinte e oito dias da aplicação. Armadura Especificada preferencialmente por um engenheiro projetista, a armadura de uma estrutura é montada com varões nervurados (também conhecidos por vergalhões) longitudinais e transversais (estribos), normalmente com os diâmetros de 6, 8, 10, 12, 16, 20, 25, 32 e, extraordinariamente, 40 ou 50mm em aço que dão resistência à tracção (se necessário, ajudam à compressão), contribuindo por isso também para a resistência a esforços de flexão. Os estribos conferem a resistência à torção e ao esforço transverso (ou cortante). A resistência à torção também é influenciada pela armadura longitudinal. No concreto armado o aço recebe esforços, daí as denominações de armadura frouxa ou armadura passiva também presente nas peças protendidas garantindo adequada distribuição de esforços. Formas Chamadas em Portugal cofragens, são executadas em tábuas de madeira ou chapas de madeira compensada reforçada com sarrafos de madeira, ou, mais recentemente com chapas metálicas, as formas recebem primeiro a armadura e então o concreto. É importante um bom escoramento para evitar movimentação antes do concreto obter resistência. Domínios de deformação O cálculo de estruturas em concreto armado é orientado pela ABNT NBR 6118:2014 que define nomenclaturas e estabelece os requisitos para o projeto de elementos feitos em concreto simples, armado e protendido. Para elementos submetidos à solicitações normais e para concretos com resistência até 50MPa, a norma exige que a deformação máxima para o concreto (εc) seja de 0,35% e a deformação máxima para o aço (εs) seja de 1%. Com isso podem ser definidos 5 domínios de deformações que são apresentados abaixo: Domínio 1: Deformação do concreto igual a 0% e deformação do aço igual a 1%. Domínio 2: Deformação do concreto entre 0% e 0,35% e deformação do aço igual a 1%. Domínio 3: Deformação do concreto igual a 0,35% e deformação do aço entre 1% e εyd (deformação que corresponde ao escoamento do aço). Domínio 4: Deformação do concreto igual a 0,35% e deformação do aço entre εyd e 0%. Domínio 5: Deformação do concreto entre 0,35% e 0,2% e deformação do aço igual a 0%. Observações: No domínio 1 o concreto se encontra totalmente tracionado e que no domínio 5 o concreto se encontra totalmente comprimido. Logo, vigas serão dimensionadas nos domínios 2, 3 ou 4 e pilares nos domínios 2, 3, 4 ou 5. Para facilitar os cálculos, o domínio 2 podem ser divido em duas partes, uma que o concreto ainda não esmagou (εc < 0,2%) e outra que o concreto esmagou (εc > 0,2%), consequentemente, apenas na segunda parte o concreto atingiu a sua resistência igual a fck. Caso uma peça submetida à solicitações normais não esteja dimensionada em algum desses domínios significa que esse elemento está mal dimensionado. Ver também Betão pré-esforçado Concreto protendido Estrutura em aço leve Estrutura em madeira leve Engenharia estrutural Concreto
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
José António Faria de Carvalho (Barcelos, ? — Lisboa, 24 de Agosto de 1840) foi um jurista, magistrado judicial e político português, que, entre outras funções, foi juiz de fora, deputado, membro da comissão encarregada de preparar a reforma da constituição e exerceu as funções de Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Reino, cargo a que correspondia a chefia do governo de Portugal, no período de 27 de Maio a 2 de Junho de 1823, no contexto das convulsões políticas da Vilafrancada. Biografia Nasceu em Barcelos, filho de Bento José de Faria. Frequentou a Universidade de Coimbra entre 1791 e 1798, ano em que se formou bacharel em Leis, ingressando na magistratura judicial. Em 1806 foi nomeado juiz de fora de vila da Barca e em 1818 corregedor de Valença do Minho. Após a revolução liberal de 1820 ingressou na actividade política, tendo feito parte das Cortes Gerais Extraordinárias e Constituintes da Nação Portuguesa, distinguindo-se como constitucionalista de mérito. Como deputado vintista pelo Minho revelou-se um moderado, o que lhe mereceu fazer parte da Junta para preparar o Projecto da Carta de Lei fundamental da Monarquia Portuguesa, destinada a substituir a Constituição de 1822, criada pelo Decreto de 18 de Junho de 1823 do rei D. João VI de Portugal. Durante a Vilafrancada, a 27 de Maio de 1823 foi convidado para a pasta de Ministro e Secretário de Estado dos negócios do Reino, à qual cabia a função de ministro assistente ao despacho e a chefia do executivo. Acabou por não aceitar as condições que lhe eram oferecidas e a 2 de Junho, último dia em que as Cortes vintistas reuniram, renunciou ao lugar e partiu para Santarém, onde se juntou à facção conservadora. Na sequência do Decreto de D. Pedro de 30 de Abril de 1826 que mandava organizar eleições gerais, a 13 de Julho de 1826 foi nomeada uma comissão para organizar as instruções necessárias para a convocação das Cortes, composta por Marino Miguel Franzini, José António Faria de Carvalho e Francisco Manuel Trigoso de Aragão Morato, assistidos pelos procuradores régios da coroa e da fazenda, Lucas da Silva de Azeredo Coutinho e António José Guião. Coube a José António Faria de Carvalho exercer as funções de relator dos trabalhos, dando-os por concluídos a 29 de Julho. Após a guerra civil foi eleito deputado para a legislatura de 1834-1836. Nas eleições de Julho de 1836 foi eleito pela Província da Estremadura, mas não chegou a tomar assento devido à ocorrência da Revolução de Setembro e à consequente dissolução do recém-eleito parlamento. Voltou a ser eleito em 1840 pelo círculo de Lisboa, falecendo poucos meses depois. Nesta fase da sua vida parlamentar não teve participação relevante, limitando-se a assinar alguns pareceres. Referências Maria Filomena Mónica (coordenadora), Dicionário Biográfico Parlamentar (1834-1910), volume I, p. 643, Assembleia da República, Lisboa, 2004 (ISBN 972-671-120-7). Naturais de Barcelos Alumni da Universidade de Coimbra Juristas de Portugal Juízes de Portugal Vintismo Primeiros-ministros da Monarquia Absoluta Portuguesa Deputados do Reino de Portugal
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Wahhabismo, wahabismo, uaabismo ou vaabismo () é um movimento do islamismo sunita, criado no século XVIII e geralmente descrito como ortodoxo, ultraconservador, extremista, austero, fundamentalista e puritano. Propõe-se a restaurar aquilo que, na sua visão, seria o culto monoteísta puro. Seus seguidores muitas vezes opõem-se ao termo wahhabismo, por considerá-lo pejorativo, preferindo ser chamados de salafitas ou muwahhid. A denominação do movimento refere-se ao líder religioso e teólogo Muḥammad ibnʿAbd al-Wahhāb (1703 -1792), criador de um movimento revivalista na região remota e pouco povoada de Négede, no centro da Arábia Saudita. Defendia a purificação do islamismo para devolvê-lo às suas raízes do século VII, por meio de uma purga de práticas tais como o culto popular dos santos, de santuários e a visitação de túmulos de entes queridos, que eram generalizadas entre os muçulmanos, mas que Wahhab considerava como idolatria ou inovações incompatíveis com os preceitos islâmicos. Posteriormente, Wahhab estabeleceu um pacto com um líder local, Muhammad bin Saud, oferecendo-lhe obediência política e garantindo que a defesa e a propagação do movimento wahhabita significariam poder e glória e o domínio de terras e homens . O movimento está centrado no princípio de Tawhid, ou a singularidade e unidade de Alá. O movimento também usa os ensinamentos do teólogo medieval Ibn Taymiyyah e do jurista Amade ibne Hambal. Ele aspira a volta às primeiras fontes islâmicas fundamentais do Alcorão e Hadith, rejeitando as escolas jurídicas tradicionais islâmicas, além das três primeiras gerações de muçulmanos como uma inovação desnecessária. As estimativas do número de adeptos ao wahhabismo variam, com uma fonte que dá um valor de cinco milhões de wahhabitas na região do Conselho de Cooperação do Golfo. De acordo com a Universidade de Columbia, a maioria dos wahhabitas do Conselho do Golfo estão no Catar, nos Emirados Árabes Unidos (EAU) e na Arábia Saudita. De acordo com estimativas, 46,87% da população do Catar e 44,8% dos habitantes dos EAU são wahhabitas, enquanto que 5,7% da população do Bahrein e 2,17% dos kuwaitianos também são parte do movimento. Os wahhabitas são a minoria dominante da Arábia Saudita. Há 4 milhões de wahhabita sauditas, ou 22,9% da população do país, concentrados em Négede. A aliança entre seguidores de ibn Abd al-Wahhab e sucessores de Muhammad bin Saud (a Casa de Saud) criou o Reino da Arábia Saudita, onde os ensinamentos de Mohammed bin Abd Al-Wahhab são patrocinados pelo Estado saudita e são a forma dominante do islamismo no país até atualmente. Com a ajuda de financiamento das exportações de petróleo (e outros fatores), o movimento sofreu um crescimento explosivo partir da década de 1970 e agora tem influência em todo o mundo. O wahhabismo é acusado de ser uma fonte de terrorismo global e por causar desunião na comunidade muçulmana, rotulando os muçulmanos não-wahhabitas como apóstatas (takfir), abrindo assim o caminho para o derramamento de sangue. O movimento também foi criticado pela destruição de mazaars, mausoléus e outros edifícios e artefatos históricos de muçulmanos e não-muçulmanos. Os limites que determinam o wahhabismo têm sido classificados como difíceis de identificar, mas no uso contemporâneo, os termos 'wahhabitas' e 'salafitas' são muitas vezes usados como sinônimos e considerados movimentos com diferentes raízes que se fundiram a partir dos anos 1960. O wahhabismo também tem sido considerado como uma orientação particular dentro salafismo, ou um braço saudita ultra-conservador do salafismo. História Quando Mohammad Ibn Abdul Wahhab deu início às suas pregações, começou a sofrer oposição dos líderes religiosos locais, e por isso, em 1744, dirigiu-se para Wahhab Deraiya, onde o governante do lugar, Mohammad Ibn Saud, o fundador da dinastia que hoje governa a Arábia Saudita, aderiu às suas concepções religiosas. De acordo com Maomé ibne Abdal Uaabe, um muçulmano deve fazer um bayah (juramento de fidelidade) ao governante muçulmano durante sua vida, enquanto o mesmo governar, segundo a xaria (jurisprudência) islâmica, para assegurar sua redenção depois da morte. E este governante deve governar, segundo a xaria e jurar fidelidade ao seu povo. Sendo assim, o objetivo deste movimento era de que o povo e o governante exercessem a xaria, assegurando que o povo conhecesse estas leis divinas. Muhammad ibn Saud transformou seu reduto, Daria, em um centro de estudos religiosos, sob a orientação de Maomé ibne Abdal Uaabe, enviando após o assentamento deste centro, milhares de fiéis com conhecimento dos princípios fundamentais da religião por toda a península Arábica, golfo Pérsico, Síria e Mesopotâmia. Mesmo após o vice-rei do Egito Maomé Ali Paxá ter esmagado a autoridade política wahhabita e ter destruído Daria, em 1818, os estudos e as novas práticas permaneceram firmemente plantadas nas províncias do sul do Néjede e ao norte de Jabal Shammar. Em 1902, a família de Al Saud chega ao poder novamente, com a captura de Riade por Abdul Aziz Ibn Saud, tornando-se o wahhabismo a ideologia da península. A mensagem básica de Maomé ibne Abdal Uaabe foi o resgate dos princípios básicos do monoteísmo, baseados na Chahada (testemunho de fé) e na unicidade essencial de Alá (tawhid), que foi nada mais do que os princípios fundamentais do monoteísmo contidos no Alcorão. O foco de Maomé ibne Abdal Uaabe na tawhid foi usada em contrapartida ao shirk (politeísmo), definido como um ato de associar qualquer pessoa ou objeto a poderes que devem ser atribuídos somente a Allah. Partindo destes princípios, certos festivais religiosos foram proibidos (inclusive a comemoração do aniversário do profeta Maomé), velórios xiitas e rituais sufis. No início do , os wahhabitas destruíram túmulos em cemitério de homens considerados santos por aqueles muçulmanos daquela época, em Medina, onde era um local de oferendas e preces para os supostos homens santos (adorados como divindades). Seguindo a escola jurídica de Amade ibne Hambal, os wahhabitas só aceitam o Alcorão e a Suna do profeta Maomé como princípios e ideologia. Pela sua exclusiva interpretação do Alcorão e da Suna, a doutrina wahhabita descartou todas as interpretações que as escolas de jurisprudencia islâmica desenvolveram durante séculos de estudo para modelar a confusa e conflitante série de revelações enviadas, no século VII, por Alá a Maomé, para aqueles tempos difíceis, cujas interpretações modelaram um modo de vida teocrático, harmonioso e civilizado. Por sua leitura seletiva das passagens do Alcorão, das quais depreende a permissão para perseguir e matar sem piedade os infiéis, o wahhabismo efetivamente deixou de lado a central messagem de caridade, tolerancia, perdão e piedade do Alcorão. O rei Fahd da Arábia Saudita, constantemente tem chamado os renegados (xiitas, sufis, etc) para se reorientarem-se na ijtihad (estudo dos princípios islâmicos, advindos do Alcorão e Suna), para tratar das novas situações que desafiam a modernização do reino. Maomé ibne Abdal Uaabe dizia que havia três objetivos para o governo islâmico e sua sociedade: "crer em Allah, ordenar o bom comportamento e proibir o ilícito." Estes princípios foram realçados nos dois séculos seguintes perante a sociedade islâmica. Com isto, foram criados os mutaween, os quais são incentivadores morais da sociedade, estes, também servem como missionários e como "ministros da religião", que pregam nas mesquitas às sexta-feiras. Além de obrigarem os homens à prática da oração pública, os mutaween também são responsáveis pelo fechamento das lojas nos horários das orações, pela busca das infrações da moralidade pública como drogas (incluindo o álcool), música, dança, cabelo longo para os homens ou cabeças descobertas para as mulheres, e pela forma de vestir. No início do século XX, com o crescimento do movimento wahhabismo, este foi um fator decisivo para Abd al Aziz criar uma união entre as tribos e províncias da península arábica, sob a liderança de Al Saud, que foi a base para a legitimização do estado da Arábia Saudita. A divulgação e crescimento do Islã em grande parte foi a responsável pelo sucesso do movimento wahhabita ao inspirar os ideais do movimento Irmandade Muçulmana (Ikhwan), a Al-Qaeda e o Estado Islâmico do Iraque e do Levante. Em 1990, a liderança saudita não mais salientava sua identidade como herdeira do legado wahhabita e nem os descendentes de Maomé ibne Abdal Uaabe, continuaram a ocupar os mais elevados postos na burocracia religiosa (vide vida da família Al-Saud). A influência wahhabita na Arábia Saudita, no entanto, permanece materializada nas roupas, no comportamento público e na oração pública, podendo ser percebidas até hoje. Dreyfuss acusa o salafismo de ser um movimento totalitário que emergiu do apoio ocidental. Qatar A família Al-Thani, que governa o país desde 1878, ascendeu graças ao wahhabismo, tendo também sido ajudada pela presença do Império Otomano. Deu-se a instauração da Xaria segundo interpretação wahhabita e o poder foi centralizado. Ver também Apoio saudita ao fundamentalismo islâmico Sunismo Fundamentalismo islâmico Islão na Arábia Saudita Palavras, frases e expressões em árabe
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Os crustáceos (lat. crusta, carapaça dura) são animais invertebrados artropódes. Entre eles estão alguns dos animais mais comuns que conhecemos, como siris, caranguejos, tatuzinhos-de-jardim, lagostas, cracas e camarões. Há mais de 67 000 espécies descritas de crustáceos da fauna atual, e provavelmente um número 5 ou 10 vezes maior de espécies estão ainda para serem descobertas e catalogadas. Eles se apresentam como alguns dos animais mais abundantes, diversificados e com maior distribuição nos oceanos. Os crustáceos exibem uma diversidade impressionante de forma, de hábitos e de tamanho. O menor crustáceo conhecido apresenta menos de 100 μm de comprimento. Os maiores são os caranguejos-aranha do Japão (Macrocheira kaempferi), com 4 m de abertura de pernas, e o caranguejo gigante da Tasmânia (Pseudocarcinus gigas). A maioria dos crustáceos é aquática, sendo encontrados em todas as profundidades dos diversos ambientes marinhos (planctônicos, bentônicos). Também existem muitas espécies de água doce, além de grupos parcialmente terrestres (e.g. manguezais). Alguns grupos obtiveram sucesso em ambiente terrestre. Geralmente os crustáceos tem hábito de vida livre, mas há grupos parasitas (Branchiura) e sésseis (Cirripedia). A diversidade morfológica dos crustáceos é maior que a de qualquer outro sub-filo de artrópodes. Seu corpo está dividido ao menos em cabeça e tórax (e.g. Remipedia) e, na maioria das vezes, também em abdómen; e têm um número variável de pernas. Uma característica distinguível dos crustáceos é a presença de dois pares de antenas. Além disso, eles podem possuir uma carapaça que, inclusive, nomeia o grupo. Assim como todos como os outros artrópodes, apresentam um esqueleto externo (formado por cutícula) e crescimento por mudas, além de apêndices articulados e corpo segmentado. Porém, diferentemente dos outros grupos, seus apêndices seguem um padrão birreme, isto é, composto por dois ramos. Apresentam desenvolvimento indireto e sua formal larval típica, é a náuplio (larva livre, nadadora e com espinhos cefálicos). Alguns crustáceos podem ser considerados mais próximos dos Hexapoda (e.g. insetos) do que de outros crustáceos. Atualmente Crustácea não é reconhecido como um grupo monofilético, mas como três linhagens principais. Por tanto, uma série de estudos atuais sugerem que ele seja um grupo parafilético que integram os Pancrustacea, juntamente com os hexápoda. Caracterização Desenvolvimento O desenvolvimento metamórfico é o tipo de desenvolvimento indireto com maior intensidade observado entre os grupos da superordem Eucarida e inclui mudanças dramáticas na forma do corpo entre um estágio de vida e outro. Esse padrão é similar ao desenvolvimento holometábolo nos insetos, por exemplo, a transformação de uma lagarta em uma borboleta. O desenvolvimento anamórfico também é um tipo de desenvolvimento indireto, no qual o embrião eclode como uma larva náuplio, mas a forma adulta é atingida ao longo de uma série de mudanças graduais na morfologia do corpo, à medida que novos segmentos e apêndices são adicionados (e.g. Artemia). Por fim, existe o desenvolvimento do tipo epimórfico, que é direto, com a ausência de estágios larvais (e.g. eglídeos). Os crustáceos geralmente produzem um estágio larval de vida livre típico chamado de náuplio (autapomorfia de Pancrustácea), que apresenta três pares de apêndices cefálicos funcionais, que darão origem aos apêndices cefálicos do adulto. Além desse estágio podem ser observados outros estágios pré-adultos, como a zoé, que apresenta natação pelos apêndices torácicos. Em alguns grupos, o náuplio pode estar ausente, nestes casos o desenvolvimento é direto (completo), em outros ele está suprimido, e o desenvolvimento é indireto, no qual, a eclosão da larva ocorre em algum estágio pós-náupliar (ex.: larva zoé). Morfologia A cabeça dos adultos possui 5 pares de apêndices, sendo esse tagma parcialmente uniforme no grupo. O primeiro par de apêndices do crustáceo adulto é chamado de antênula, o segundo de antena, sendo a presença deles distinguível dos outros Artrópodes. Já os segmentos do tronco caracterizam-se por graus variáveis de especialização regional, de redução ou restrição em número, de fusão e de outras modificações. Frequentemente partes diferentes do apêndice portam processos altamente desenvolvidos ou extensões que recebem nomes especiais. A parede do corpo dos Artrópodes é caracteristicamente revestida por uma cutícula que forma um exoesqueleto (esqueleto externo) de quitina e proteína. Cada segmento do corpo dos Artrópodes é formado por placas esqueléticas (escleritos), sendo uma ventral , uma dorsal e duas laterais. As regiões laterais são áreas flexíveis (não esclerotizadas), nas quais articulam-se as pernas, enquanto as outras duas placas podem ser rígidas (esclerotizadas), por causa do endurecimento da cutícula, podendo também ter vários graus de calcificação, ou seja, depósitos de sais de cálcio na epicutícula e na procutícula. Os crustáceos podem possuir uma carapaça que resulta da fusão das placas, podendo variar o seu comprimento desde um escudo cefálico até o recobrimento de todo o corpo. Nos Crustáceos primitivos os corpos tinham segmentos iguais (homônomos), com aspecto alongado, mas a maioria dos atuais possuem os segmentos diferentes e divididos em cabeça, tronco e abdômen, com segmentos diferentes (heterônomo). O número de segmentos que o tórax e o abdômen contém depende de grupo para grupo. De maneira geral os apêndices abdominais, chamados pleópodes, ocorrem apenas nos malacóstracos, são quase sempre birremes e utilizados para natação. O abdômen, chamado de Pléon nesta classe é formado por muitos segmentos e é seguido de uma placa terminal chamada télson, onde se localiza o ânus. O último par de apêndices abdominais (ou últimos pares, nos anfípodes) é voltado para trás, geralmente diferente dos demais pleópodes e chamado de urópode, em conjunto com o télson, formam um leque caudal. Esta estrutura é frequentemente usada para natação em fuga. Os apêndices dos Crustáceos são tipicamente birremes. Estes são compostos de um protopodito basal do qual podem derivar enditos no lado interno e exitos no lado externo (laterais) além de dois ramos chamados endopoditos e exopodito. Apêndices sem exitos grandes são descritos como unirremes (ou estenopódio; do grego steno, “estreito”; e podia, “pé”). Os apêndices unirremes são típicos de quelicerados, hexápodes, miriápodes e alguns crustáceos, embora esses apêndices provavelmente tenham sido derivados secundariamente dos birremes em mais de uma ocasião. Nos casos típicos, as pernas unirremes são ambulatórias (pernas para andar). Já em membros de outros grupos como Cephalocarida, Branchiopoda e Leptostraca, os exitos ou epipoditos grandes originam-se da base da perna, formando membros “folhosos” largos conhecidos como filopódios (do grego phyllo, “em formato de folha”; e podia, “pés”). Essas estruturas semelhantes a abas facilitam a locomoção e também podem desempenhar a função de osmorregulação (branquiópodes) ou superfícies de troca gasosa (cefalocáridos e leptóstracos). Os apêndices birremes estão associados comumente aos artrópodes que nadam e, nos crustáceos nos quais eles são grandemente expandidos e achatados (p. ex. Branquiópodes e filocáridas), também podem ser conhecidos como apêndices foliáceos ou filopódios. Muitos crustáceos tais com os caranguejos e camarões tem olhos compostos de muitas unidades (omatídeos) cilíndricas e longas cada uma delas possuindo todos os elementos para recepção de luz. Além de olhos compostos (característica única de crustáceos e insetos), os crustáceos podem apresentar também outros órgão sensoriais como olho simples ou ocelos. A boca dos crustáceos geralmente é ventral e o trato digestivo é sempre reto. Reprodução A reprodução é geralmente sexuada, a maioria tem os sexos separados (ou seja, são dioicos), mas há casos de hermafroditismo ( e.g. Remipedia, Cephalocarida, maioria das cracas e em alguns decápodes) e partenogênese é comum entre muitos branquiópodes e em determinados ostrácodas. A maioria dos crustáceos encuba seus ovos por períodos de tempo variados, dependendo do grupo. Os ovos podem ser presos a determinados apêndices, contidos dentro de uma câmara incubadora, em partes variadas do corpo, ou retidas dentro de um saco secretado quando os ovos são expulsos. Fisiologia O sistema circulatório é semelhante ao dos outros artrópodes, ambos têm coração dorsal, mas nos crustáceos ele pode variar de um tubo longo até a forma de uma vesícula compacta. O sistema sanguíneo é composto por hemocianina e, raramente, outros pigmentos. As trocas gasosas ocorrem geralmente pelas brânquias e encontram-se tipicamente associadas aos apêndices. Os órgão excretores são sistemas metanefrídicos, localizados na cabeça. Diversidade Os Crustáceos são encontrados em todas as profundidades nos diversos ambientes marinhos (planctônicos, bentônicos), salobros, de água doce e alguns grupos obtiveram sucesso em ambiente terrestre, e parcialmente terrestre. Os integrantes desse grupo são morfologicamente muito diverso, podendo se dizer que é maior diversidade entre os grupos de artrópodes, talvez maior de que qualquer outro animal. O seu plano estrutural mais básico é representado pela cabeça (encéfalo), seguido de um corpo comprido (tronco) com muitos apêndices semelhantes, como observado nos grupos mais primitivos. Nas outras classes de crustáceos, entretanto ocorrem vários graus de tagmose (divisão do corpo) e a cabeça é tipicamente seguida de um tronco dividido em duas regiões distintas: um tórax e um abdómen. Uma das tendências evolutivas mais marcantes nos crustáceos é a diversificação dos apêndices, em adaptação a funções diferentes. Isso é visto, por exemplo, na maioria dos crustáceos de grande porte que assumiram hábitos bentônicos e determinados apêndices tornaram-se geralmente mais fortes e adaptados para o rastejamento e a escavação. Com exceção dos mecanismos ciliares, os crustáceos exploram praticamente todos os tipos imagináveis de estratégia alimentar. Embora não tenham cílios, muitos crustáceos geram correntes de água e fazem vários tipos de suspensivoria, como é o caso de camarões-lagosta. Existem também os que promovem filtração (Ex: cracas torácicas sésseis), os pequenos crustáceos classificados como microfágicos seletivos comedores de depósito (Ex: mistacocáridas), os crustáceos predadores (Ex: remípedes), os crustáceos herbívoros, macrófagos e saprófagos que geralmente se alimentam simplesmente se agarrando ao seu alimento e cortando pequenos pedaços com suas mandíbulas (uma técnica de alimentação semelhante à dos gafanhotos e outros insetos), além de vários grupos de crustáceos que adotaram diversos graus de parasitismo (Ex: os cirrípedes rizocéfalos). No Brasil, uma série de estudos feitos em 1993 intitulados “Sinopse dos Crustáceos Decápodos Brasileiros”, afirmam que a fauna nacional abrangeria cerca de 700 espécies conhecidas até aquela data, entre animais marinhos e dulcícolas (que vive em água doce). Já em 1999, um estudo sobre biodiversidade brasileira indicou 116 espécies de crustáceos decápodes ocorrendo em águas doces no Brasil. Filogenia Crustácea era tratado como um subfilo, porém hoje pode ser diferenciada em linhagens, considerando as análises moleculares mais recentes, que juntamente com os insetos, formam os Artrópode. Por mais de um século as relações entre os principais grupos de Artrópodes foram debatidas e intensamente estudadas. Os crustáceos fazem parte dos mandibulados, um táxon de Arthropoda, táxon o qual possui uma das filogenias mais problemáticas. Por conta desta dúvida a respeito da distribuição taxonômica deste grupo, há varias visões e opiniões sobre como seus constituintes devem ser organizados, existindo assim diversas filogenias distintas, podendo elas apresentar desde pequenas alterações, até grande mudanças, como a classificação dos crustáceos (podendo ser ou não considerados um clado).Dentre todas as visões possíveis, pode-se dizer que há duas linhas de pensamentos principais, uma que considera que crustáceos possuem um ancestral em comum, a visão mais antiga sobre o assunto (antes de as análises moleculares terem sido feitas) . A outra linha de pensamento considera parte deles como grupo irmão de Hexapoda, ou seja, considera os crustáceos como um grupo sem ancestral em comum (parafilético). Dentro desta última linha de pensamento, há uma grande quantidade de filogenias que apresentam diversas propostas sobre quais crustáceos são grupo irmão do Hexapoda, o que muda como se interpreta a relação entre os outros crustáceos. Pancrustácea (Tetraconata) é um táxon monofilético, ou seja, que possui um ancestral comum a todos os integrantes do grupo, que abrange os dois grupos de Arthropoda: os "crustáceos" e os hexápodes (insetos), porém não há um consenso sobre as relações taxonômicas entre eles. Esse grupo surgiu de análises baseadas em pesquisas moleculares recentes, e, de acordo com Regier (2010) Crustacea pode ser dividido e ocorre em três linhagens: Oligostraca (ex.: branquiuros), Vericrustacea (ex.: malacóstracos ) e Xenocarida (ex.: remípedes), logo, não constituem um grupo monofilético, sendo assim um exemplo da linha de pensamento que não considera que os crustáceos possuam um ancestral comum exclusivo. Taxonomia Antigamente os crustáceos eram considerados um subfilo, ou seja, um grupo monofilético. Estudos moleculares atuais indicam que esse grupo pode ser parafilético, ou seja, que não possui um ancestral comum. Aqui estão classificadas taxonomicamente as ordens que constituem os “crustáceos” seguindo a visão mais tradicional. Classe Malacostraca Subclasse Phyllocarida Ordem Leptostraca Subclasse Eumalacostraca Superordem Hoplocarida Superordem Syncarida Superodem Peracarida Ordem Mysida Ordem Amphipoda Ordem Isopoda Subordem Oniscidea Superordem Eucarida Ordem Euphausiacea Ordem Decapoda Subordem Dendrobranchiata Subordem Pleocyemata Infraordem Estenopodidea Infraordem Astacidea Infraordem Talacinidea Infraordem Anomala Infraordem Brachiura Infraordem Achelata Infraordem Caridea Classe Ostracoda Subclasse Myodocopa Subclasse Palaeocopa Subclasse Platycopa Subclasse Podocopa Subclasse Mystacocarida Classe Remipedia †Ordem Enantiopoda (extinta) Ordem Nectiopoda Classe Branchiopoda Ordem Diplostraca Subordem Laevicaudata Subordem Spinicaudata Subordem Cyclestherida Subordem Cladocera Ordem Anostraca Ordem Notostraca Classe Cephalocarida Classe Maxilopoda Subclasse Thecostraca Infraclasse Faceotecta Infraclasse Ascothoracida Infraclasse Cirripedia Superordem Acrothoracica Superordem Rhizocephala Superordem Thoracica Subclasse Tantulocarida Subclasse Branchiura Subclasse Mystacocarida Subclasse Pentastomida Subclasse Copepoda Infraclasse Progymnoplea Ordem Platycopioida Infraclasse Neocopepoda Ordem Calanoidea Ordem Cyclopoida Ordem Gelyelloida Ordem Harpacticoida Ordem Misophrioida Ordem Monstrilloida Ordem Mormonilloida Ordem Poecilostomatoida Ordem Siphonostomatoida Trocas gasosas A maioria dos invertebrados necessita de oxigênio constantemente para sobreviver e por isso realizam o que chamamos de trocas gasosas, as quais todos os animais têm capacidade de fazer. Como trocas gasosas, entendemos a absorção de oxigênio do meio e perda do dióxido de carbono para o ambiente, através da aproximação entre esse e o sangue ou fluido da cavidade corpórea, separados somente por uma membrana pela qual os gases podem se difundir. Para o transporte dos gases pelo fluido em questão, muitas vezes são empregados pigmentos respiratórios. Em crustáceos essa pigmentação está presente na maioria dos malacóstracos, que apresentam hemocianina no plasma, e alguns desses possuem hemoglobina em seus tecidos. Já os não malacóstracos, podem transportar oxigênio associado a hemoglobina dissolvida no plasma. Em ambos os casos deve-se lembrar que em invertebrados, ao contrário dos vertebrados, os pigmentos com função de transporte de gases nunca se apresentam em cospúsculos, ou seja, não se localizam no interior de células. Estruturas de trocas gasosas O órgão responsável pela realização de trocas gasosas varia entre os grupos de crustáceos. Considerando as formas pequenas, em algumas a alta razão entre superfície e volume permite a troca gasosa cutânea, viabilizada devido a cutícula delgada desses animais: é o caso do grupo Copépoda, alguns animais da classe Ostrácoda e a subclasse Branchiura. Os exemplares branquiuros podem realizar trocas gasosas por toda a superfície do corpo, mas possuem áreas respiratórias entre os lóbulos da carapaça em que essa atividade é mais intensificada; suas patas e flagelos promovem um fluxo de água contínuo que facilita as trocas. Outros grupos, como as ordens Cladocera, Leptostraca, Cumacea, Mysida, a infraclasse Cirripedia, a infraordem Spinicaudata e alguns representantes de Decapoda, possuem uma fina membrana que reveste a carapaça internamente desempenhando essa função. Brânquias Entretanto, na maioria dos crustáceos de grande porte, nos quais a razão entre área e volume são desfavoráveis, as brânquias se fazem presentes para a realização das trocas gasosas. Essas são estruturas muito diversificadas, derivadas dos epipoditos torácicos e com ampla área superficial proveniente de evaginações da parede do corpo, que devido à umidade e permeabilidade entre os ambientes interno e externo, permitem a difusão dos gases entre esses meios. Canais internos às brânquias convergem na hemocele ou a vasos associados, trazendo dióxido de carbono do corpo do animal e levando oxigênio para suprir as necessidades metabólicas do mesmo. Na ordem Stomatopoda, uma parte das brânquias são ramificações da base dos pleópodes, outra parte deriva dos epipoditos nos toracópodes. Nos Isópodos ocorrem a vascularização e formato laminar nos próprios pleópodes, que realizam as trocas gasosas, e além desses, a superfície geral do tegumento tem importância equivalente nessa função. Em ambos os grupos, o fluxo de água para manter a eficiência das brânquias é gerado pelos pleópodes enquanto o animal nada, assim como nos Eusfausiáceos, que entretanto tem as brânquias localizadas nos pereópodes. Quando as brânquias estão recobertas por outras estruturas do corpo, o que ocorre em muitos grupos de crustáceos, passa a ser necessário mecanismos mais rebuscados de desenvolvimento do fluxo de água. Nos Decapoda, as câmaras branquiais, formadas pela carapaça e a parede do corpo, englobam as brânquias fornecendo proteção contra ferimentos nos filamentos e contra dessecação, e consequentemente dificulta o fluxo de água. Para tal, na maioria dos decápodes o escafognato gera vibrações que produz uma corrente para banhar a câmara branquial; essa estrutura provém da maxila que possui a adaptação dos exopoditos mais desenvolvidos. A câmara branquial, ao proteger contra a perda d’água, possibilita a vida entre marés e até a invasão ao ambiente terrestre. Nas espécies semiterrestres, como anomuros, lagostins e braquiúros, as brânquias são diminutas e a própria superfície da câmara branquial, vascularizada e cuticularizada, é usada para troca gasosa. Discos membranosos nas pernas e esternitos são outras adaptações utilizadas como superfícies para trocas gasosas, encontrada nos caranguejos Ocypodidae. Pseudotraqueias Os crustáceos terrestres adaptaram-se a esse ambiente substituindo as brânquias de seus ancestrais aquáticos por órgãos denominados pseudotraqueias, também chamados de pulmões pleopodais, que são estruturas de alta especialização na obtenção de oxigênio. Esses órgãos são constituídos por invaginações em alguns exopoditos dos pleópodes que conversam com o meio externo por pequenos poros. Por dentro dessas, o ar circula e realiza trocas gasosas com o sangue nos pleópodes. Assim, as brânquias encontradas nos pleópodes das formas aquáticas se mostram modificadas para a vida aérea através da internalização do tecido de trocas gasosas. A subordem Oniscidea, composta por crustáceos isópodes terrestres, apresenta esse tipo de adaptação em animais muito conhecidos, como os tatuzinhos-de-jardim. Durante a história evolutiva do grupo, algumas espécies mantiveram as brânquias e portanto ficaram conhecidas como crustáceos terrestres atraqueados umícolas, e são caracterizadas pela dependência de um solo bastante úmido para serem capazes de realizar as trocas gasosas. Excreção Com a evolução de um sistema circulatório hemocélico nos artrópodes, os nefrídios com nefróstomas abertos tornaram-se funcionalmente insustentáveis pois não poderiam drenar o sangue diretamente da hemocele aberta para o exterior. Os artrópodes desenvolveram estruturas variadas altamente eficientes das quais todas são internamente fechadas. Os artrópodes também se diferem dos outros protostômios celomados pela redução da quantidade geral de unidades secretoras. Nas larvas de crustáceos estão presentes, com grande frequência, tanto as glândulas antenais como as glândulas maxilares sendo que, na maioria dos crustáceos adultos, apenas um único par de nefrídios (nefromixia) persiste e geralmente está associado a alguns segmentos determinados da cabeça. A maioria dos crustáceos vive em ambiente marinho, porém são encontrados também em água doce e em ambiente terrestre, sendo que estes aquáticos são osmoconformadores ou osmorreguladores obrigatórios em relação ao ambiente, respectivamente, e a excreção tem papel regulatório nesse processo de manter o equilíbrio do volume de água dentro dos organismos. Os crustáceos excretam majoritariamente amônia, independentemente de onde vivem, e eliminam esta por meio de nefrídios e brânquias. Todavia, os terrestres, como isópodes (tatuzinho de jardim), apresentam um aumento discreto na excreção de ácido úrico em comparação com os crustáceos marinhos. A maioria dos crustáceos possui órgão nefridiais na forma de glândulas antenais ou maxilares. Os nefrídios estão localizados no segmento correspondente ao segundo par de antenas ou segundo par de maxilas, tendo o nome de glândula antenal ou glândula maxilar, respectivamente. Estas glândulas são estruturas homólogas dispostas em série e também são chamadas de glândulas verdes, glândulas da carapaça e glândula coxais. A maioria dos crustáceos tem apenas um par de orgãos nefrifiais, mas há exceções: os malacóstracos, em sua maioria, tem glândulas maxilares, assim como estomatópodes, cumáceos e grande parte dos tanaidáceos e isópodes; os Lofogastrídeos e Misidáceos têm glândulas antenais e maxilares e outros têm glândulas antenais rudimentares e glândulas maxilares bem desenvolvidas, como alguns Tanaidáceos e Isópodes e também Cefalocáridos. Durante muito tempo, supôs-se que os epipoditos das pernas dos braquiópodes tivessem uma função na troca gasosa, como se fossem “brânquias”, mas hoje se sabe que elas funcionam basicamente como locais de osmorregulação. Portanto, o nome taxonômico brachiopoda (pernas com brânquias) não está devidamente aplicado. Além disso, foram encontrados também agrupamentos de podócitos nas bases de todos os apêndices torácicos dos cefalocáridos. Se estes representarem bolsas nefridiais degeneradas, poderia ser uma evidência de que o ancestral dos crustáceos teria nefrídios segmentares pareados, como em anelídeos. Nefrídeos Os pares de nefrídeos têm forma de bolsas, tendo a extremidade interna de fundo cego, chamado de sáculo, que é um resquício celômico, com podócitos e ducto variavelmente espiralado (que pode ter uma bexiga dilatada nas proximidades do seu orifício) derivado de um metanefrídio que leva a um poro, sendo este o contato com o meio externo. A hemocele com canais cheios de sangue mistura-se com as ramificações do epitélio sacular, formando uma superfície para que ocorra a filtração. As células da parede do sáculo também captam e secretam ativamente substâncias para dentro do órgão excretor. A filtração pode ser considerada seletiva, até certo ponto, mas o processo ativo regula a maior parte da composição da excreta. Essas atividades regulam a eliminação de metabólicos não mais necessários e, como principal função, regulam o equilíbrio hídrico e iônico do organismo, principalmente nos crustáceos de água doce e terrestres. A cutícula tem atividade suplementar às glândulas, sendo que esta funciona como uma barreira às trocas gasosas entre o organismo e o meio externo e é muito importante para evitar a perda de água no ambiente terrestre ou no excesso de captação em ambientes com água doce. As áreas mais finas da cutícula, como brânquias, funcionam como locais de troca gasosa e de eliminação de água. Nefrócitos De maneira semelhante à maioria dos artrópodes, os crustáceos têm nefrócitos. Nefrócitos são células fagocitárias ou pinocitárias que acumulam excretas particuladas e fazem sua degradação intracelularmente. Localizados geralmente na hemocele nos eixos branquiais e na base das pernas locomotoras. Fatores que influenciam a excreção Vários fatores ambientais, assim como o estado fisiológico dos animais, influenciam na excreção de nitrogênio em crustáceos. A temperatura é um fator que foi estudado mais evidentemente em fitoplâncton marinho e de água doce sendo que a taxa de excreção de amônia geralmente aumenta com o aumento da temperatura. Contudo, a relação entre a taxa de excreção e a temperatura difere de acordo com a espécie e a faixa de temperatura considerada, e o efeito da temperatura no organismo depende do estágio do desenvolvimento do animal. Em relação à salinidade, as pesquisas não foram muito conclusivas. Em alguns estudos, houve aumento na taxa de excreção de nitrogênio, principalmente amônia, com a diminuição da salinidade. Em outros trabalhos com lagostins e caranguejos, houve um aumento significativo na excreção de ureia enquanto a de amônia não se modificou muito quando houve aumento de salinidade. A concentração de amônio no meio também interfere na excreção desses animais e seu excesso têm dois efeitos principais nos organismos: inibição da excreção de amônia e toxicidade geral. Os níveis de amônio necessário para toxicidade variaram de acordo com a espécie e seu estágio de desenvolvimento. Não se sabe ao certo o porquê de ocorrer inibição da excreção de amônia quando o meio externo está com muito amônio, mas há hipóteses de que as brânquias ficam com suas lamelas consolidadas e, consequentemente, há uma redução da superfície dessas brânquias, assim como ocorre em peixes. Em relação a fatores fisiológicos dos crustáceos, ciclo de muda, nível nutricional e controle neuroendócrino foram os mais estudados. Em estudos feitos com camarões, foi possível visualizar um padrão cíclico na excreção de amônia durante o ciclo de muda. A excreção foi mínima nas horas antes da ecdise e máxima imediatamente após. A dieta desses animais também interfere na excreção de amônia: quanto mais proteínas comem, mais amônia pós-digestão é excretada, mas esse aumento de ingestão de proteínas não influencia no crescimento do animal ou em seu armazenamento de energia. Por fim, o controle neuroendócrino não foi muito estudado porém já se sabe que influencia na excreção dos crustáceos. Circulação O sistema circulatório de Crustáceos é caracterizado de maneira generalizada como sistema aberto. Isso não significa que seu sistema é mais simples, muito pelo contrário, eles apresentam uma rede complexa que engloba tanto capilares quanto tecidos, que são banhados diretamente por sangue, nesse caso denominado hemolinfa. A grande diferença entre animais com sistema aberto e animais com sistema fechado é seu ritmo cardíaco, que no caso dos últimos é maior do que o daqueles de mesmo tamanho com sistema fechado, pois, para que a distribuição de sangue seja homogênea em todo o seu corpo, e para que o líquido circulatório volte ao coração, eles precisam compensar a perda de pressão que ocorre quando o sangue chega diretamente nos tecidos. Várias das características desse sistema, como o número de ramificação dos vasos, por exemplo, depende da proporção do organismo da espécie. Isso ocorre devido a grande diversidade no grupo, resultando em diferentes arranjos do sistema circulatório: nos Malacostraca, além do coração principal, há também um órgão bombeador acessório (por vezes denominado cor frontale); alguns grupos dentro de Ostracoda, Copepoda e Cirripedia não apresentam nem vasos bem definidos; os Brachiopoda possuem coração, mas sem uma rede como artérias, apenas vasos pouco musculosos; enquanto que os Thoracica possuem uma rede de canais sanguíneos que bombeiam o sangue, porém sem um coração verdadeiro. Coração Crustáceos possuem um coração dorsal, que varia de forma dependendo da espécie, mas que é normalmente tubular, localizado no mesmo tagma que suas brânquias. Ele apresenta apenas uma câmara, contudo é musculoso, podendo bombear hemolinfa para artérias que se ramificam em vasos similares a capilares, que desembocam em uma cavidade, denominada hemocele (que representa o celoma desses animais) A hemolinfa passa por esses capilares localizados no meio de tecidos antes de desembocar na hemocele, porém, por conta do endotélio fino desses vasos, ela extravasa, banhando esses tecidos diretamente. O sangue volta ao coração por canais que o conectam ao sistema respiratório, às brânquias. Dependendo do tamanho do animal (e outros fatores), há outros órgãos que também promovem o bombeamento do líquido circulatório. Um deles seria o coração acessório, que está presente em diversos grupos (Ostracoda, Copepoda, Cirripedia, Malacostraca), e existe por conta da insuficiência da pressão que o coração principal promove, que não conseguiria manter a hemolinfa circulando, nesses casos. Ele é formado por ramos da musculatura de outros órgãos, normalmente do sistema digestório, circundando um vaso sanguíneo, que passa a bombear o sangue que passa por ele. No caso do grupo Malacostraca, o coração acessório é denominado cor frontale por conta de seu posicionamento, por ser o alargamento de uma artéria anterior, a frente do estômago. Hemolinfa A hemolinfa possui plasma e diversos tipos celulares, assim como qualquer outro líquido sanguíneo. Ela apresenta, por exemplo, células de defesa, amebócitos que participam de processos em caso de lesão. O oxigênio é transportado por hemoglobinas dissolvidas no sangue ou hemocianina, outro tipo de proteína transportadora. A concentração dessas substancias no sangue depende da espécie. O controle da pressão da hemolinfa é efetuado a partir do monitoramento dessa por barorreceptores, localizados nas artérias. Esses são células nervosas encontradas também em outros invertebrados e em vertebrados, cuja função é controlar a pressão circulatória, podendo aumentar ou diminuir a pulsação do coração, pela excitação de neurônios ligados aos músculos cardíacos (ou seja, do sistema nervoso central autônomo). A hemolinfa faz o seguinte trajeto: o líquido circulatório entra no coração por ostíolos (fendas no tecido) do pericárdio, pela propulsão por válvulas, e é bombeado pela sístole. Depois disso, o sangue passa para uma rede de artérias, que podem ou não se ramificar em capilares, que nutrem os tecidos diretamente pelo extravasamento da hemolinfa, que desemboca em cavidades do celoma, na hemocele. Chegando ao sistema respiratório, essa hemolinfa retorna ao coração por veias que conectam as brânquias ao pericárdio, começando novamente o ciclo. Válvulas Os crustáceos não possuem a musculatura que em outros organismos rodeia seus vasos periféricos, promovendo a estabilização da pressão arterial mesmo em regiões do sistema circulatório distantes do coração. Contudo, eles apresentam um sistema de válvulas, que consegue tornar a distribuição do fluido circulatório suficientemente eficiente para que esse possa passar por toda a rede de vasos e retornar ao coração. As válvulas cardíacas são controladas não apenas pela força do fluido (impedindo o seu refluxo por conta de sua anatomia), mas também por inervações, excitatórias ou inibitórias em relação ao seu fechamento, o que também influencia a pressão nos vasos. A inervação excitatória promove a contração da válvula (e consequentemente o seu fechamento, como que estancando a passagem de fluido) e a atenuação do pulso, enquanto a inibitória leva a dilatação da válvula, aumentando o pulso (permitindo a passagem de mais sangue). Sistema nervoso e endócrino O sistema nervoso, através de reações nervosas, possui a capacidade de integrar todos os sistemas presentes em um organismo. Ele é responsável por coordenar todas as ações e reações que um organismo realiza, desde atividades mais básicas como um estímulo muscular até atividades mais complexas, como a modulação do comportamento de um organismo. O sistema nervoso também exerce grande função no controle e na regulação do sistema endócrino, que regula processos vitais ao organismo, como o controle de um órgão, através da síntese e liberação de hormônios. Desde o século XIX, os crustáceos são utilizados como organismo modelo para variadas áreas de estudo da biologia, como na neurobiologia, ecologia, fisiologia e biologia do desenvolvimento. Isso se deve à sua grande variedade e complexidade de organismos distribuídos em diversos clados, somada à possibilidade de experimentação conduzida em laboratórios. De forma geral, os sistemas nervoso e endócrino são discutidos conjuntamente, devido à integração funcional destes dois sistemas. Sistema nervoso O sistema nervoso dos crustáceos apresenta um cérebro com três gânglios fundidos, sendo denominados protocérebro, deutocérebro e tritocérebro. O primeiro localiza-se em região dorsal e dele partem nervos ópticos que inervam os olhos, e é responsável pelo processamento das informações visuais. O segundo também localiza-se em região dorsal e dele partem nervos que inervam as antênulas e os pedúnculos dos olhos, e é capaz de captar estímulos mecânicos e químicos. E o terceiro localiza-se em região posterior e dele partem dois conectivos circum-entéricos, que formam uma espécie de alça ao redor do esôfago, e se estendem até o gânglio subesofágico (que fica abaixo do esôfago) conectando o sistema nervoso ventral (que contém os gânglios segmentares do corpo) ao cérebro. O tritocérebro também inerva as antenas e algumas regiões da cabeça. Em resumo, o sistema nervoso apresenta uma região de maior concentração nervosa que é o cérebro, e um cordão nervoso ventral que se estende ao longo do eixo antero-posterior do corpo do animal e é onde estão localizados os gânglios segmentares. Em condições mais primitivas, o sistema nervoso está organizado como se fosse uma escada, no qual os gânglios nervosos segmentares estão bem separados e são interligados lateralmente e transversalmente entre si (essa conformação pode ser observada na imagem dos sistemas nervosos dos crustáceos no item D). Nos crustáceos, assim como em grande parte dos artrópodes, o sistema nervoso tendeu a uma concentração e fusão dos gânglios. Nos lagostins, por exemplo, ocorreu uma fusão medial resultando ao invés de dois cordões ventrais em um único cordão ventral com um único gânglio por segmento, ao invés de dois gânglios pareados (essa organização pode ser vista nos itens A e B da imagem sistemas nervosos dos crustáceos). Em decápodes com corpo curto, como os caranguejos, os gânglios do tórax encontram-se fundidos formando uma grande placa nervosa ventral. E os gânglios da região abdominal são bem reduzidos (essa conformação pode ser visualiza na imagem sistemas nervosos dos crustáceos nos itens G e H). O sistema nervoso controla diversos processos nos organismos, dos batimentos cardíacos e movimentos do trato digestivo aos movimentos musculares. Apesar de apresentar regiões especializadas com diferentes funções, como os vários receptores sensoriais, o sistema nervoso deve atuar de forma integrada. Tal integração é possível por meio da modulação neuronal, pela qual diversos neurotransmissores e tipos de neurônios regulam as diferentes funções do organismo de forma orquestrada. O processo de modulação neuronal têm sido bastante estudado nos crustáceos, uma linhagem de organismos promissora para estudo do sistema nervoso dos animais. Receptores sensoriais Os crustáceos no geral apresentam muitos tipos de receptores sensoriais ao longo do seu corpo que são capazes de transmitir informações do meio para o sistema nervoso central. Uma das estruturas sensoriais mais evidentes, sem dúvida, são as suas numerosas cerdas inervadas que podem recobrir grandes partes do animal. A maioria dessas estruturas atuam como mecanorreceptores, mas outras também podem atuar como quimiorreceptores. Os quimiorreceptores podem ser encontrados nas antenas e nas peças bucais, e são denominados de estetos. Os crustáceos apresentam proprioceptores, que são responsáveis por fornecer informações para o indivíduo acerca da sua posição e do movimento dos seus apêndices e do seu corpo durante a locomoção. Alguns indivíduos da classe Malacostraca apresentam estatocistos que podem ter função similar a dos proprioceptores, mas também podem fornecer ao indivíduos informações sobre a movimentação das águas, e podem ser secretados pelo animal ou aglutinados de grãos de areia. Os crustáceos também apresentam fotorreceptores, que podem estar organizados em olhos simples e olhos compostos, ambos inervados pelo protocérebro. Os ocelos ou olhos simples (medianos) são estruturas capazes de perceber a intensidade e o sentido da luz, e podem ser encontrados no náuplio (larva) e nos copépodes. Por estarem presentes nos estágios larvais, também podem ser denominados de olho naupliano. Os olhos compostos (laterais), formados por omatídeos, são menos complexos que o dos insetos, pois apresentam uma acuidade visual menor. E está presente nos adultos da maioria das espécies. Animais portadores de olhos compostos demonstraram serem capazes de distinguir formas e de ver cores. Muitos crustáceos apresentam os seus olhos nas extremidades de pedúnculos, pois isso possibilita o aumento do campo de visão desses animais. Os pedúnculos são estruturas bem complexas, apresentando vários músculos para controle da movimentação. Em alguns táxons os olhos compostos estão ausentes, como nos Copepoda, Remipedia, Ostraca, Cephalocarida, entre outros. Ou pode ocorrer de estarem presentes somente nos estágios larvais, ou estarem reduzidos nas formas adultas. E uma das possíveis razões disso, seria o fato de os organismos em que isso ocorre viverem em ambientes com pouca luminosidade, como cavernas ou locais muito profundos. Há a possibilidade dos crustáceos apresentarem termorreceptores, entretanto, ainda não foi comprovado. Modulação neuro-hormonal Os sistemas neuromusculares dos crustáceos são modulados pela ação de neuro-hormônios. Os hormônios mais conhecidos que afetam os músculos esqueléticos são as aminas octopamina e a serotonina (5-HT), esses neuro-hormônios têm fortes efeitos excitatórios na neurotransmissão e nos músculos. O hormônio serotonina (5-HT), liberado pelo órgão pericárdico, eleva abruptamente a neurotransmissão excitatória no músculo esquelético, aumentando a contração das fibras musculares e a liberação de neurotransmissores nas terminações nervosas motoras. A serotonina (5-HT) é um estimulador do comportamento de luta. Animais que tiveram amplas doses dessa substância injetada tornaram-se agressivos. E quando colocados em tanques com outros animais, que não receberam serotonina (5-HT), mostraram comportamentos de perseguição e combate, causando sérios danos aos outros animais. A octopamina, também liberado pelo órgão pericárdico, atua diretamente nas fibras musculares dos músculos dos membros, gerando um moderado aumento na transmissão e contração neuromuscular. Os efeitos da octopamina no comportamento dos crustáceos ainda não foi claramente elucidado, mas aparentemente esse hormônio estimula comportamentos de submissão. O hormônio dopamina tem efeito inibitório nos músculos dos membros dos crustáceos. Ritmos biológicos A sincronização temporal entre os organismos e o ambiente em que estão é essencial para a sobrevivência. Essa sincronização é gerada e mantida pelos ritmos biológicos, que por sua vez são embasados e regulados pelo sistema nervoso. Evidências recentes sugerem que os ritmos circadianos em crustáceos são controlados pelo sistema neuronal que inclui três pares de osciladores acoplados (a retina, o complexo glandular e os marca-passos cerebrais) e dois fotorreceptores circadianos, nos quais fotorreceptores cerebrais estão envolvidos no arrastamento fótico. Em conjunto, estes osciladores e fotorreceptores circadianos permitem que o organismo obtenha a informação temporal do ambiente externo e a utilize para a manutenção de um ritmo sincronizado endogenamente controlado por meio do sistema nervoso. Evolução A evolução do sistema nervoso nos crustáceos é bastante caracterizada por mudanças adaptativas que permitem a adoção de habitat e estilos de vida particulares. De forma geral, a origem de regiões específicas do sistema nervoso mais desenvolvidas permitem a origem e manutenção de diferentes comportamentos. Por exemplo, a evolução de um sistema visual bastante desenvolvido auxilia algumas linhagens de crustáceos no hábito de predação em ambientes iluminados, como é o caso das tamarutacas, em contraste com os cambarus, crustáceos que apresentam sistema visual bastante reduzido e vivem em ambientes escuros. De forma similar, caranguejos apresentam o sistema nervoso relacionado ao olfato bastante desenvolvido, permitindo habitar o ambiente terrestre e a utilização do sistema olfativo como um dos principais sentidos. Essas mudanças podem ser tanto quantitativas quanto qualitativas, podendo-se inclusive notar anatomicamente órgãos sensoriais bem desenvolvidos, e a partir destes, inferir o estilo de vida do organismo. Sistema endócrino Nos crustáceos decápodes, porções consideráveis do cérebro, incluindo a glândula do seio e o órgão-X, estão localizadas nos pedúnculos oculares. O órgão-X corresponde ao conjunto de neurônios neurossecretores, dos quais projeções são estendidas para a glândula do seio, responsável por armazenar e distribuir neuro-hormônios. Entre os hormônios sintetizados pelo órgão-X, pode-se citar o hormônio Inibitório da muda (MIH), o hormônio inibitório da vitelogênese (VIH/GIH) e o hormônio hiperglicêmico de crustáceos (CHH). Em conjunto, o complexo órgão-X/glândula do seio (OX/GS) produz, estoca e distribui neuro-hormônios reguladores de processos relacionados à reprodução, desenvolvimento, ecdise, mudança de coloração do tegumento, controle da quantidade de açúcar no sangue, ritmo cardíaco, balanço hídrico e outros aspectos fisiológicos. Reprodução e Desenvolvimento Em malacostracos, hormônios têm importante papel na determinação do sexo masculino, visto que o sistema reprodutivo depende de hormônio sinal para que ocorra a diferenciação sexual de gônadas em testículos e outras características sexuais secundárias. A existência de uma glândula androgênica, localizada, normalmente, o entre o último apêndice locomotor e o vaso deferente, foi primeiro demonstrada em anfípodas Orchestia gammarella e, posteriormente, glândulas correspondentes foram encontradas em outros anfípodas, decápodas e isópodos. Em anfípodas, como Orchestia cavimana, observa-se, em estágios iniciais do desenvolvimento, a presença de células femininas e masculinas nas gônadas. No entanto, em machos, a presença da glândula androgênica suprime o desenvolvimento das células femininas iniciais, e, em fêmeas, a ausência desta previne o desenvolvimento de células masculinas iniciais. Quando implantada em fêmeas imaturas, a glândula androgênica resulta no desenvolvimento de testículos e outras características masculinizantes. Porém, não há a formação de machos funcionais, visto que as modificações observadas no primeiro apêndice abdominal, após duas ou três mudas, culminam na formação de uma passagem sem lúmen para o esperma, ou seja, defeituosa. Já os machos jovens, quando submetidos à ablasão do pedúnculo ocular, apresentam testículos hipertrofiados, o que indica a estreita relação entre os centros de controle no pedúnculo ocular e a glândula androgênica. Neste estágio, a ablasão da glândula, não provoca feminilização. No entanto, em decápodas, a presença da glândula androgênica parece explicar a feminilização de machos parasitados por cirripédios, como Sacculina, pois ocorre a destruição desta pelo parasita, interrompendo a espermatogênese e promovendo à aquisição de características mais femininas, após algumas mudas. Embora a diferenciação de gônadas nas fêmeas não esteja sob controle hormonal, o ovário secreta um hormônio que age na formação de características temporárias associadas à incubação de ovos, por exemplo, expansão dos oostegitos em isópodos e cerdas carregadoras de ovos, alongamento de cerdas nos oostegitos de anfípodes gamarídeos e no desenvolvimento de cerdas carregadoras nos pleópodes de decápodas. A formação de vitelo, no entanto, é controlada por neuro-hormônio secretado pelo órgão-X, o hormônio inibitório da vitelogênese (VIH/GIH), que age como fator limitante na produção de ovos. A remoção dos pedúnculos oculares em fêmeas que não estão em fase reprodutiva conduz ao rápido aumento na massa do ovário, visto que a inibição pelo VIH/GIH é cessada, estimulando a síntese de vitelo. Muda A muda nos crustáceos é dividida em quatro fases: pré-muda, ecdise, pós-muda e intermuda. A suspeita da participação neuroendócrina na regulação do ciclo da muda (ou ecdise) se deu ao ser notada uma sensível redução no período intermuda em crustáceos que sofreram ablasão do pedúnculo ocular. Posteriormente, constatou-se que o complexo órgão-X/glândula do seio é responsável por liberar, na hemolinfa, um hormônio inibitório da muda (MIH) em concentrações relevantes nos períodos pós-muda e intermuda. Os hormônios ecdisteróides estimuladores da muda (antagônicos ao MIH), como o ecdisona, são sintetizados em uma massa de tecido glandular não neuronal, denominada órgão-Y, que está localizada na cabeça dos crustáceos. O órgão-Y possui o papel de gatilho na muda, visto que, ao ser removido nos estágios iniciais da pré-muda, pois causa interrupção do processo. Coloração do Tegumento Muitos crustáceos têm a capacidade de alterar a coloração corpórea, permitindo uma melhor adaptação às condições ambientais e essas mudanças de coloração ocorrem em células bastante ramificadas chamadas cromatóforos, dentro das quais pigmentos podem ser concentrados ou dispersos. Os cromatóforos podem ser monocromáticos, dicromáticos ou policromáticos, e, entre os pigmentos existentes, pode-se citar os carotenóides, as xantofilas e as astaxantinas. É variável entre os diferentes grupos de crustáceos a distribuição dos pigmentos e padrões de coloração. No entanto, em geral, cromatóforos policromáticos são característicos de decápodas, enquanto que monocromáticos e bicromáticos são comuns em Isopoda, Stomatopoda, Astacura, Anomura e Brachyura. Por exemplo, o caranguejo Uca pugilator (braquiuro) possui três tipos de cromatóforos monocromáticos(preto, vermelho e branco), enquanto que em Penaeus (decápoda) há cromatóforos dicromáticos (vermelho-amarelo), tricromático (vermelho-amarelo-azul) e tetracromático (vermelho-amarelo-azul-branco). Com relação às mudanças de coloração, essas podem ser de dois tipos: Morfológica: não envolve apenas translocações, mas sim síntese, destruição e alterações químicas nos pigmentos, e ocorrem quando o animal está exposto a determinadas condições de luminosidade e ambiente por alguns dias ou mesmo semanas. Fisiológico: refere-se a coloração transitória provocada por translocações de grânulos de pigmentos dentro dos cromatóforos. Nos diferentes grupos de crustáceos podem ser observados, em geral, três tipos de reações pigmentares nos cromatóforos: Tipo I: a extirpação da glândula sinusal (dos pedúnculos oculares) causa escurecimento do tegumento. É comum em decápodos macruros, como o camarão do gênero Palaemonetes. Tipo II: a remoção dos pedúnculos oculares resulta em embranquecimento da pele pela retração dos pigmentos. Ocorre em braquiuros, como o gênero Uca. Tipo III: a ablasão dos pedúnculos oculares resulta em coloração distribuída em mosaico, pela retração de pigmentos, em certas áreas, e dispersão, em outras áreas do tegumento. É característico de decápodas macruros do gênero Crago. Os efeitos da ablasão do pedúnculo ocular indicam que existe controle hormonal sobre a atividade dos cromatóforos. Este controle é mediado por hormônios genericamente chamados de cromatoforotropinas, os quais são provenientes do complexo órgão-X/glândula do seio. As cromatoforotropinas são pequenos peptídeos compostos por cerca de doze aminoácidos e englobam duas classes de hormônios antagônicos: PCH (Hormônio Concentrador de Pigmento) e PDH (Hormônio Dispersante de Pigmento). A ação das cromatoforotropinas ocorre mediante a atividade de receptores de membrana, que sinalizam os cromatóforos para concentrar ou dispersar pigmentos. Pigmentos Retinianos Como forma de adaptação à luz, os pigmentos existentes nos olhos compostos dos crustáceos podem sofrer migrações, de forma a proteger os omatídeos. Para isso, os pigmentos se distribuem ao redor de cada omatídeo, individualizando-os dos demais. Ao contrário, em condições de ausência de luz, os pigmentos retinianos ficam retraídos, possibilitando a luz passar de um omatídeo para outros omatídeos próximos. A regulação da migração desses pigmentos é feita por neuro-hormônios secretados pela glândula do seio, no pedúnculo ocular. Regulação Cardíaca A cavidade pericardial de crustáceos decápodes possui fibras nervosas neurossecretoras, que, em conjunto, correspondem ao "órgão pericardial". A liberação de aminas cardioestimulatórias, como octopamina, serotonina e dopamina pelos órgãos pericaridias causam efeitos excitatórios no coração desses animais e facilitam a contração muscular do esqueleto periférico. Glicemia e Balanço Hídrico Nos decápodes, o controle glicêmico se baseia, principalmente, nos níveis de glicose circulante. Quando há hipoglicemia, canais de potássio das células da glândula do seio são fechados, causando despolarização, o que provoca a liberação do neurohormônio hiperglicêmico de crustáceos (CHH). Este hormônio, ao se ligar às células-alvo, desencadeia um processo que resulta na liberação de glicose na hemolinfa e, consequentemente, em um mecanismo de retroalimentação negativa, na inibição da glândula do seio, cessando a liberação de mais hormônio. A ablasão do pedúnculo ocular reduz a disponibilidade de glicose no sangue do animal. O CHH é um hormônio pleiotrópico, que influencia outros processos fisiológicos, além da glicemia. A osmorregulação, por exemplo, também está sobre regulação deste hormônio. Reprodução Parte significativa dos crustáceos são dioicos, apresentando alguns grupos hermafroditas. Possuem gônadas tubiformes, alongadas e em quantidade par, que se estendem na hemocele do tronco. Os ovidutos também são pares e simples e podem se abrir na base de um par de apêndices do tronco ou no esternito. As aberturas genitais estão localizadas em diferentes segmentos nos grupos de crustáceos. A fertilização desses animais na maior parte das vezes é interna e observa-se cópula em grande parte das espécies. São produzidos espermatóforos em diversos grupos e a transferência destes comumente é indireta. Em machos, o órgão sexual se encontra geralmente presente, mas não é regra em crustáceos. Um receptáculo seminal é encontrado em fêmeas e pode estar localizado nas proximidades da base do oviduto, mas é mais frequentemente encontrado como uma invaginação na camada ectodérmica, similar a uma bolsa, no segmento genital e sem relações de dependência com o oviduto. Na maior parte dos crustáceos, os espermatozoides são aflagelados e não são móveis. Apenas Phyllopoda, Cirripedia, Mystacocarida e Ostracoda apresentam espermatozoides flagelados. Classe Remipedia Os integrantes da classe Remipedia são hermafroditas, em que as aberturas genitais femininas se localizam no sétimo segmento do tronco, enquanto que as masculinas se localizam no décimo quarto segmento. Esses espermatozoides são flagelados e sua transferência é via espermatóforos. Pouco se sabe sobre o desenvolvimento e reprodução desse grupo por insucesso na manutenção destes vivos em laboratório. Classe Cephalocarida Cephalocarida são hermafroditas simultâneos, ou seja, se comportam ao mesmo tempo como fêmeas e como machos. Seus ovários e testículos possuem um ducto comum, localizado numa abertura genital do sexto segmento abdominal. Os espermatozoides são aflagelados e a larva eclode como metanáuplio. Classe Branchiopoda Apresentam diversos tipos de reprodução e, nesse grupo, pode-se observar diversos exemplos de integrantes com sexos separados (gonocorismo), ambos os sexos no mesmo indivíduo (hermafroditismo), reprodução bissexuada (necessário que haja dois indivíduos com sexos diferentes da mesma espécie) e partenogênese (o óvulo da fêmea gera filhotes sozinho, não tendo participação do macho). Na classe Branchiopoda, há os anóstracos, que possuem sexos separados e a abertura genital está localizada nos segmentos genitais, na junção entre o tórax e o abdome. Os ductos espermáticos (advindos dos tecidos) abrem-se em um par de órgãos sexuais eversíveis no segmento genital. Os machos possuem órgão sexual e as fêmeas, ovissacos. A transferência desses espermatozoides é direta, em que o macho se agarra ao abdome da fêmea, introduzindo seu par de órgãos sexuais na abertura genital mediana desta. Um ovissaco diferenciado é secretado conforme a fêmea libera os ovos da câmara glandular uterina na extremidade distal do oviduto. Os ovos são resistentes à dessecação e a forma de eclosão larval é o náuplio. Os integrantes de Phyllopoda incubam os ovos na região dorsal do corpo, sob a carapaça. A câmara responsável pela incubação desses ovos pode estar sob o dorso da carapaça, como é o caso de Cladocera ou associada aos filopódios, como Notostraca. Desses ovos, irão eclodir larvas do tipo náuplio ou formas jovens, semelhantes ao animal adulto, mas numa versão miniaturizada (grande parte dos cladóceros seguem esse padrão). As gônadas são tubos pares, localizados ao lado do trato digestivo. Também podem se apresentar como uma estrutura só. Os ovidutos se abrem nas bolsas incubadoras. Os espermatozoides de Phyllopoda são do tipo aflagelados, ameboides e sem acrossomo, só envelope nuclear. Em Cladocera, os canais espermáticos provenientes dos tecidos se abrem próximos ao ânus, localizado no pós-abdome, que se encontra modificado para atuar como órgão copulador. Em outros integrantes de Phyllopoda, as aberturas genitais podem se localizar na região ventral, em segmentos variados. Phyllopoda é um grupo que produz ovos de verão e ovos de resistência, que podem ser advindos da partenogênese e/ou resultantes da fertilização. As espécies utilizam essas vias variavelmente. Há espécies que só se reproduzem mediante por ovos de resistência, enquanto há espécies que, por exemplo, só se reproduzem dessa forma em condições ambientais não favoráveis. Há também espécies que não produzem esse tipo de ovo. Os ovos de verão e de resistência diferem em alguns aspectos, como a condição de produção e a espessura da casca. Os de verão são produzidos em condições favoráveis e sua casca é menos espessa, enquanto que os de resistência são adaptados para sobreviver em ambientes desfavoráveis ou/e periodicamente inóspitos. Alguns ovos de resistência podem passar pelos primeiros estágios de desenvolvimento e após isso entrar em período de resistência, favorecendo a rápida eclosão das larvas quando as condições ambientais se normalizarem. Em Cladocera, por exemplo, o ciclo de vida é composto de fases partenogenéticas alternadas com reprodução sexuada. Na partenogenética, a população é constituída por fêmeas por diversas gerações, fêmeas estas que produzem ovos de verão diploides, dando origem a novas fêmeas, que vão produzir sucessivas desovas partenogenéticas. O desenvolvimento direto ocorre na câmara incubadora dorsal e, quando o jovem deixa a câmara, a fêmea passa pelo estágio de muda e uma nova desova é liberada. Mudanças bióticas ou/e abióticas podem fazer com que a fêmea produza ovos haploides, eclodindo machos deles. Esses machos favorecem a ocorrência da acasalamento, gerando ovos de resistência fertilizados e diploides. Diferentemente dos ovos de verão, somente um par de ovos de resistência é produzido por desova, par esse que é liberado na câmara incubadora com suas paredes transformadas em cápsula protetora chamada de efípio. Essa cápsula protetora é liberada na muda seguinte e flutuam, afundam ou aderem-se a objetos. Eles podem, inclusive, suportar condições adversas como congelamento, dessecação, etc; Alguns representantes desse grupo podem passar pelo processo de ciclomorfose, que consiste em alterações sazonais na morfologia. Seu significado ainda não é bem conhecido. Notostraca, grupo irmão de Diplostraca (que contempla Laevicaudata, Spinicaudata e Cladocera), produz ovos de resistência, que inclusive é necessário para algumas espécies. Sua forma de eclosão é o metanáuplio. Classe Maxillopoda Subclasse Thecostraca Infraclasse Cirripedia Os cirripédios, conhecidos popularmente como as cracas, são organismos dióicos, assim como boa parte do grupo de crustáceos. Entretanto, há também alguns organismos hermafroditas, como o caso das cracas torácicas, constituindo o único grupo de crustáceos hermafroditas. Visto que os cirripédios se encontram em grande quantidade em um pequeno espaço de substrato, a fertilização cruzada é a regra para este grupo. Os ovários das cracas sésseis estão localizados na base e parede do manto, por outro lado, em organismos que possuem hastes, os ovários estão localizados no pedúnculo do animal. Os ovidutos são pareados nesses animais, abrindo-se próximo à base do primeiro par de cirros, sendo que antes de alcançar o gonóporo, cada um desses ovidutos dilata-se e forma uma glândula ovidutal - a qual, posteriormente, irá secretar, na deposição dos ovos, um ovissaco fino e elástico. Por sua vez, os ovissacos, a cada medida de ovos recebida, incha e se estica, emergindo do gonóporo e repousando dentro da cavidade do manto do animal. Por outro lado, um dos órgãos reprodutivos masculinos das cracas, os testículos, estão localizados na região cefálica, sendo que há a união dos dutos espermáticos dentro de um longo órgão sexual, que por sua vez, repousa em frente ao ânus do animal. O órgão sexual desses animais são muito extensível e pode ser protraído para fora ou para dentro do corpo do animal, em sua cavidade do manto, utilizando desse mecanismo para a deposição do esperma. As fêmeas de cirripédios podem ser inseminadas por mais de um macho da espécie, sendo que os espermatozóides são recebidos e depositados como uma massa, perto dos primeiros cirros, e devem, necessariamente, penetrar o ovissaco para enfim alcançar os óvulos da fêmea em questão. Os ovissacos têm a função de incubar os ovos na cavidade do manto em todas espécies de cracas, se deteriorando gradualmente durante o período de incubação. Os ovos incubados, posteriormente, eclodem em forma náuplio na maiorias das espécies, sendo facilmente reconhecido pela sua morfologia externa (possuem carapaça em forma triangular, assemelhando a um escudo); além do estágio de náuplio, há também um estágio de cipris, na qual tem função de sedimentação, prendendo-se a um substrato adequado, inicial e temporariamente utilizando de secreções excretadas pelos discos localizados em suas antenas e, posterior e permanentemente, com as glândulas de cimento de suas antenas. Infraclasse Ascothoracida Sua grande maioria é composta por animais dióicos, contudo há a presença de alguns organismos hermafroditas. Dentro de Ascothoracida há a separação dos indivíduos, este através de dimorfismo sexual, e a fertilização ocorre de maneira interna. Os machos dessa espécie, com tórax e abdômen, podem se assemelhar aos camarões em sua forma, já as fêmeas, por outro lado, não apresenta qualquer semelhança com algum outro crustáceo. Os organismos pertencentes ao grupo Ascothoracida possuem gônadas geralmente pareadas que se prolongam para dentro da carapaça, além disso os espermatozóides são flagelados e primitivos. O gonóporo do macho se abre no órgão sexual, localizado no primeiro segmento abdominal, enquanto o da fêmea se abre na coxa do primeiro par de apêndices torácicos. A larva náuplio é a forma de eclosão característica dos Ascothoracida, sendo elas e os embriões incubados sob a carapaça da mãe até o estágio de cipris. Subclasse Copepoda Os copépodes são organismos dióicos, sendo que sua fertilização é realizada de forma interna e a transferência de espermatozóide de maneira indireta, ou seja, há a produção de espermatóforos. Nos machos de copépodes, o sexto par de apêndice torácicos pode estar modificado - em gonópodes - principalmente para a realização da transferência dos espermatozóides para a fêmea. Os copépodes são organismos dimórficos, especialmente espécies parasitas, ou seja, há uma diferença física entre os machos e as fêmeas, sendo que os machos de copépodes são geralmente menores em relação às fêmeas. Algumas espécies não parasitas, os machos possuem antênulas aumentadas, com função de segurar a fêmea durante a cópula. Ademais, os ovidutos das fêmeas de copépodes formam um par de receptáculos seminais, servindo para o armazenamento dos espermatozóides. Durante o ato de cópula, os gonópodes grudam os espermatóforos no ventre da fêmea, neste táxon os espermatozóides não possuem flagelos, levando os espermatozóides a se moverem desde os espermatóforos aos receptáculos seminais, onde serão armazenados e, posteriormente, ocorrendo a fertilização, eclodindo dos ovos as larvas náuplios. Outro táxon, Mystacocarida, se assemelha deveras aos copépodes, sendo organismos dióicos com larva náuplio. Subclasse Tantulocarida Os tantulocáridos são organismos altamente especializados à vida parasita, apresentando dimorfismo sexual e sexo separado, ou seja, são dióicos. Os machos tantulocáridos possui um gonópode derivado de seus apêndices torácicos e a fertilização ocorre de maneira interna, sendo que esses animais possuem ciclos de vida sexuado e partenogenético interligados por uma forma larva. As fêmeas de possuem o tronco formado por quatro segmentos torácicos, enquanto os machos possuem cinco, seguido de um télson e uma furca caudal. Ressalva que é possível que a fêmea que segure o macho, por meio dos toracópodes, durante a cópula. O corpo das fêmeas partenogenéticas é modificado em ovissaco, apresentando poucas semelhanças com outros crustáceos. A fêmea sexuada, por sua vez, possui numerosos  óvulos grandes, os quais se desenvolvem, após a fertilização, e crescem em forma de larvas livre-natantes, denominadas tântulos. Subclasse Branchiura Os branquiúros são organismos dióicos com o gonoduto se abrindo no quarto segmento torácico em ambos os sexos. Os espermatozóides desse animal são longos, afilados e finos, além de não possuírem uma cabeça alargada abruptamente. Subclasse Pentastomida Os pentastomídeos são organismos majoritariamente dióicos e que possuem um sistema genital muito bem desenvolvido, ocorrendo fertilização interna e apenas uma vez durante toda a vida de uma fêmea de Pentastomida. O tronco desses animais é ocupado por grande parte pelas gônadas e ductos reprodutivos, sendo elas não-pareadas, com gonóporos localizados na junção entre a cabeça e o tronco. Os espermatozóides são finos e filiforme, parecido com aos dos Branchiura, mas possuindo uma certa diferença entre eles, sendo que estes são bem derivados do que qualquer outro espermatozóides de crustáceos. Classe Malacostraca O ciclo de vida de crustáceos da classe Malacostraca envolve, tipicamente, uma fase de ovo, fases larvais de vida livre, fases imaturas de crescimento e, por fim, um estágio adulto sexualmente maduro. No tipo primitivo de reprodução dessa classe, os machos procuram as fêmeas em sincronia com algum fator ambiental, como por exemplo, a temperatura. A cópula ocorre rapidamente, sendo completada, em alguns casos, em questão de segundos. Geralmente, essa cópula ocorre após uma muda da fêmea e quando seu exoesqueleto ainda é macio. Em algumas espécies, os machos não se reproduzem novamente e não vivem muito depois do acasalamento. Os ovos fertilizados podem então ser liberados no mar, onde eclodem em larvas náuplios. Em grupos marinhos que incubam os ovos, isto é, ligando-os aos pleópodes, os ovos eclodem como larvas de estágio tardio, que são frequentemente carnívoras, como larvas zoé de decápodas. Eventualmente, essas larvas nadam até o fundo e passam por estágios antes de atingir o estágio juvenil. Em alguns grupos, essa fase larval pode ainda ser suprimida e o embrião eclode como uma forma imatura do adulto, ainda nesses casos, a incubação pode continuar por mais algumas mudas. Em grupos de malacostracas com hábitos mais especializados, os machos podem vigiar, guardar e carregar a fêmea por algum tempo antes da cópula e o acasalamento pode chegar a durar horas. Subclasse Eumalacostraca Quanto à ordem Decapoda, a maioria dos crustáceos é dióica e hermafrodita. Em geral, a transferência dos espermatozoides é indireta, isto é, através de um espermatóforo e comumente envolve o processo de cópula, sendo a fertilização interna ou externa. Os machos do táxon possuem, em geral, um par de testículos conectados aos gonóporos por um par de dutos espermáticos. Esses gonóporos estão localizados no oitavo segmento torácico. Os dutos espermáticos, por sua vez, podem apresentar diferentes graus de desenvolvimento de acordo com a função e o envolvimento do mesmo na formação dos espermatóforos; mas, de forma geral, há uma região proximal glandular secretora e outra distal muscular . Os testículos nos indivíduos machos estão localizados dorsalmente no tórax e/ou abdome. Os espermatozoides de decápodes não apresentam um flagelo nem uma parte mediana, por isso, assemelham-se à uma estrela.[2] Quanto ao órgão sexual, pode estar presente mas não como uma estrutura intromitente. Nesses casos, outras estruturas, como os pleópodes, são modificadas para servirem como estruturas intromitentes para a transferência indireta dos espermatóforos para as fêmeas. Quando os pleópodes são modificados com esse intuito, passam então a ser chamados de gonópodes. O órgão sexual, por sua vez, estando presente em tais situações, atua transferindo os espermatozoides para os gonópodes por meio de gonóporos presentes em sua extremidade. Em casos mais raros, a transferência dos espermatozoides pode ser direta para fêmea.[2] No caso das fêmeas, quase sempre possuem um par de ovários localizados na região dorsal do tórax e do abdome, os quais são conectados por ovidutos. Os ovidutos, por sua vez, abrem-se ventralmente no sexto segmento torácico, na base dos terceiros pereópodes. Em alguns grupos, os espermatóforos são grudados nos esternitos das fêmeas. Contudo, na maioria dos casos, eles são injetados dentro de um receptáculo seminal que pode ser interno ou externo, no qual tendem a permanecer até que ocorra a fertilização. Os receptáculos seminais internos são representados por dilatações dos ovidutos, enquanto que os externos são invaginações do exoesqueleto. Nos decápodes onde a fertilização é interna, a deposição do espermatóforo é no receptáculo seminal interno, enquanto que nos que possuem fertilização externa, a deposição ocorre no receptáculo seminal externo e a fertilização ocorre à medida que os óvulos são liberados pelos gonóporos.[2] É comum a presença de rituais de corte pré-copulatórios em decápodes. Inclusive, em muitos, a transferência do espermatóforo só ocorre após a fêmea ter sofrido uma ecdise, de modo que sua cutícula ainda esteja mole. Em caranguejos braquiúros, o macho carrega a fêmea em seu esterno até que ocorra a muda dela. Quando ocorre, ele a solta e a cópula ocorre logo em seguida. Outro exemplo é o caranguejo chama-maré que atrai a fêmea para seu abrigo com o auxílio de uma movimentação de quela, que é específica de cada espécie. Esses mesmo caranguejos podem ainda atrair a fêmea por meio de sinais auditivos, batendo a quela contra o substrato, por exemplo, ou flexionando as pernas locomotoras de maneira rápida.[2] No caso dos camarões, durante a cópula, é comum observá-los orientando-se em ângulos retos nos quais seja possível fazer com que as regiões genitais ventrais interajam. O primeiro e o segundo pleópodes do macho são modificados de modo que seja possível serem utilizados para a transmissão do espermatóforo para um receptáculo seminal que está localizado nas pernas da região torácica das fêmeas. Em lagostins e lagostas, o macho vira a fêmea de cabeça para baixo e imobiliza os quelípodes dela com os seus próprios. Assim, nos lagostins, as extremidades dos primeiros pleópodes são inseridas no receptáculo seminal e os espermatóforos são então conduzidos pelos sulcos presentes nos gonópodes. No caso das lagostas, o receptáculo seminal não está presente, então os espermatóforos são presos ao corpo da fêmea, especificamente, na base dos dois últimos pares de pernas. Nessas espécies que não possuem receptáculo seminal, os ovos são depositados logo após a cópula. Em espécies com receptáculo seminal interno e, portanto, fertilização interna, a abertura do receptáculo é selada por um tampão e a fertilização pode demorar até cerca de um ano após a cópula para ocorrer.[2] O estágio de eclosão é muito variável em decápodes, no caso dos conhecidos como camarões primitivo, a forma de eclosão é a larva náuplio e metanáuplio. Em outros decápodes, pode-se observar a incubação dos ovos nos pleópodes das fêmeas e, em espécies marinhas, a eclosão é a larva no estágio zoé ou protozoé. Nos decápodes de água doce, por outro lado, o desenvolvimento é direto e, portanto, não há estágios larvais.[2] A ordem Euphasiacea é composta por um conjunto de animais semelhantes ao camarão, aos quais dão o nome de Krill. Nessa ordem, os espermatozoides são transferidos para a fêmea de forma indireta, isto é, por meio de um espermatóforo depositado no télico da fêmea e armazenado em um receptáculo seminal externo. Os óvulos são então liberados e a fertilização ocorre algum tempo após a cópula. Em algumas espécies, os ovos são liberados diretamente na água, em outras, os ovos são mantidos presos aos pleópodes e incubados por um curto período de tempo. No táxon, a clivagem do embrião durante a embriogênese é total e interpretada por alguns zoólogos como espiral. A forma de eclosão do ovo é em uma larva náuplio que não se alimente e passa por uma sequência de mudas até tornar-se um adulto. Os eufasiáceos se destacam entre outros grupos de crustáceos por continuarem a sofrer ecdises frequentes mesmo após atingirem a maturidade sexual.[2] Uma das superordens de Malacostraca é a Peracarida. Uma característica marcante desse táxon é a presença de um marsúpio localizado sob o tórax das fêmeas. Esse marsúpio trata-se de um grande espaço formado por oosteogitos flexíveis, em forma de placas e estendidos a partir de algumas coxas torácicas. Esses oosteogitos são, na realidade, conjuntos de enditos que possuem cerdas que delimitam o espaço abaixo do tórax. Assim, o esterno forma o teto da câmara e os oosteogitos foram algo semelhante a um assoalho. Os ovos são então incubados nesse marsúpio, possuem um desenvolvimento direto e eclodem em pós-larvas. Em alguns peracáridos, a larva possui todos os apêndices do adulto, exceto os toracópodes do oitavo segmento. Os peracáridos pertencentes ao táxon Amphipoda são os mais conhecidos e estudados. Os anfípodes (Amphipoda) são dióicos que possuem gônadas tubulares pareadas e, de modo geral, apresentam dimorfismo sexual, no qual as fêmeas são menores do que os machos. Nesse caso, a fertilização é externa. Nos machos, os dutos espermáticos provenientes dos testículos abrem-se, via gonóporos, em um par de órgãos sexuais macios localizados no esternito do oitavo segmento torácico. Nas fêmeas, por outro lado, os ovidutos fazem conexão entre os ovários com um par de gonóporos na sexta coxa torácica que se abrem para dentro do marsúpio.[2] Quanto ao acasalamento, nos anfípodes há uma grande variação no comportamento. No entanto, um comportamento interessante pode ser observado em Gammaridea epibentônicos. Antes do acasalamento, o macho localiza a fêmea graças ao feromônios liberados por ela. O macho passa então a se manter perto da fêmea e pode chegar até a carregá-la de modo que o dorso dela esteja contra o seu ventre. Esse comportamento pode durar dias até que ocorra a muda parturial dela. Na muda parturial, os oosteogitos desenvolvem-se completamente e tornam-se funcionais, o que indica que a fêmea está pronta para acasalar. Depois da muda, o macho vira o corpo da fêmea de modo que o ventre de ambos estejam um contra o outro. Logo, cordões espermáticos são liberados do órgão sexual do macho e encaminhados para dentro do marsúpio com auxílio de pleópodes. Após a cópula, que pode durar horas, a fêmea é liberada e passa a liberar os óvulos no marsúpio, onde são então fertilizados. Os ovos são incubados e as cerdas presentes os mantêm seguros. O desenvolvimento é direto e os jovens eclodem como miniatura não maduras dos adultos, já apresentando todos os apêndices e também todos os segmentos.[2] Pancarida possui apenas uma ordem elevada, sendo esta Thermosbaenacea. Os crustáceos desse grupo possuem uma morfologia pequena e vasta. Uma diferença entre machos e fêmeas é que, nas fêmeas, é possível identificar uma carapaça expandida para formar uma bolsa incubadora na região dorsal do corpo. Quando o ovo eclode, a larva assemelha-se ao adulto e desenvolve-se em um adulto maduro após um série de mudas.[2] Subclasse Phyllocarida Leptostraca é uma ordem pertencente à subclasse Phyllocarida da classe Malacostraca. Neste grupo, os gonóporos do machos estão localizados nas extremidades de um par de órgão sexual. Dos ovos fertilizados eclodem pós-larvas que possuem pleópodes que permanecem em uma região incubadora da carapaça. Subclasse Hiplocaria A subclasse Hiplocarida compreendo os crustáceos do táxon Stomatopoda. Nesses crustáceos é possível identificar a produção de cordões espermáticos, em vez de espermatóforos, pelo duto espermático. Além disso, há um receptáculo seminal no oviduto. Alguns estomatópodes fazem parte do grupo de crustáceos que possuem apenas um parceiro durante toda sua vida. As fêmeas são capazes de desovar até cinquenta mil ovos, os quais são mantidos em uma massa globular por meio de uma secreção adesiva. A forma de eclosão da larva é antizoeae e pseudozoeae. Classe Ostracoda Os ostrácodes são animais com sexos separados, possuindo fertilização interna e direta. É observada partenogênese em algumas espécies de água-doce. As aberturas genitais de ambos os sexos se localizam em posição ventral, entre o último par de apêndices e a furca caudal, que se localiza na extremidade posterior do tronco. As aberturas genitais dos machos estão localizadas em um par de órgãos sexuais esclerotizados que se estendem ventralmente, frente à furca caudal. Em algumas espécies, uma parte do ducto deferente é modificada, conhecida como órgão de Zenker. Esse órgão funciona como uma bomba peristáltica de espermatozoides e estes possuem flagelos, são móveis e em alguns ciprídeos, são extremamente grandes, considerados os maiores do reino animal. Durante a cópula, em algumas espécies de ostrácodes, o macho segura a fêmea pela região posterior e dorsal utilizando seu segundo par de antenas ou o primeiro par de apêndices torácicos e, em seguida, introduz seu órgão sexual na abertura genital da fêmea. Em grande parte dos ostrácodes, os ovos são liberados na água ou se aderem à vegetação ou/e outros objetos submersos, individualmente ou em aglomerados. Em algumas espécies, a incubação dos ovos ocorre na parte dorsal da cavidade da carapaça. Ademais, outras espécies, principalmente que ocupam poças de água doce temporárias, produzem ovos resistentes à dessecação. A forma de eclosão é o náuplio e apresenta alguns padrões comportamentais e morfológicos do indivíduo adulto, como possuir uma carapaça bivalve. Algumas espécies de ostrácodes marinhos usam a bioluminescência como uma ferramenta de sinalização sexual, similar aos vagalumes. Dimorfismo Sexual A maioria dos crustáceos é dióica, ou seja, possuem sexos separados. Portanto, é possível identificar indivíduos fêmeas e machos e com isso, identificar diferenças estruturais no corpo de ambos de acordo com o sexo. Assim, é possível observar que algumas espécies de crustáceos apresentam dimorfismo sexual. Esse dimorfismo sexual pode apresentar-se não apenas no tamanho do animal, mas também em outras características, como por exemplo, na presença de estruturas especializadas e modificadas para a reprodução. Na classe Malacostraca, na ordem dos decápodes em específico, é possível identificar as diferenças anatômicas entre indivíduos fêmeas e machos em algumas espécies. No caranguejo do mangal (Scylla Serrata), uma espécie presente no Indo-Pacífico, por exemplo, é possível identificar que as fêmeas possuem um abdome maior e mais largo do que o dos machos da espécie. Essa diferença reflete a necessidade da fêmea em incubar e carregar os ovos com segurança. Em outras espécies da ordem, como o Callinectes sapidus, conhecido popularmente como siri-azul ou apenas siri, também é possível identificar dimorfismo sexual na região do abdome e nas quelas. No caso das fêmeas, observa-se a presença de um abdome arredondado com alguma regiões em coloração alaranjada. Quanto aos machos, o abdome apresenta-se mais estreito e em coloração branca. Contudo, mais fácil de identificar é o dimorfismo presente nas quelas desses animais. No caso do macho, as quelas e os dáctilos possuem uma mistura de coloração azul e branca. As fêmeas, por outro lado, possuem as quelas e dáctilos com uma mistura de azul, vermelho e branco, sendo que essa coloração vermelha está localizada apenas nos dáctilos. No gênero Farfantepenaeus, que compreende espécies como Farfantepenaeus brasiliensis, conhecida vulgarmente como camarão-rosa ou camarão-lixo, e Farfantepenaeus paulensis, também conhecida popularmente como camarão-rosa, o dimorfismo sexual pode ser facilmente identificado na região ventral dos animais. Os machos possuem uma estrutura externa reprodutiva chamada de petasma, que está localizada no primeiro somito abdominal e a qual muitos zoólogos atribuem a função de condução do espermatóforo para a fêmea. No caso das fêmeas, é possível identificar outra estrutura, chamada de télico (abertura genital) também na região ventral e entre o quarto ou quinto par de pereópodes. Os machos então, utilizam o petasma para conduzir o espermatóforo até o télico da fêmea. No caso dos Thermosbaneacea, um grupo de crustáceos da Superordem Pericarida, é possível identificar dimorfismo sexual graças a presença de um marsúpio para incubação de ovos no dorso das fêmeas. Em Brachyura, um grupo de crustáceos, o dimorfismo sexual está implícito quanto ao tamanho e forma da carapaça de cada indivíduo que compõem aquela população, assim como o tamanho e a forma do própodo dos quelípodos em Hepatus pudibundus. A variação descrita está relacionada às distintas funções e adaptações reprodutivas dos organismos e pode ser uma consequência das diferentes estratégias sexuais desse grupo, dado que há uma diferente distribuição energética, voltada ao crescimento do animal, entre machos e fêmeas da espécie. Em copépodes, é padrão a existência de diferenças no tamanho corporal entre machos e fêmeas, sendo que o macho apresenta características de fácil distinção quando exposto ao microscópio estereoscópico,referindo-se estas às antenas geniculadas e à presença de duas estruturas translúcidas no segundo segmento abdominal do animal, o que corresponde aos testículos, onde ocorre o armazenamento das células reprodutivas do indivíduo masculino. Outra distinção é o fato da fêmea apresentar uma faixa mais escura, de coloração acinzentada, no quinto segmento cefalotorácico, enquanto essa faixa está ausente nos machos. Na classe Branchiopoda, é observado dimorfismo sexual em Anostraca, em que há o segundo par de antenas modificado nos machos. Eles possuem uma garra gigante para segurar a fêmea durante a cópula. Os machos possuem órgão sexual e as fêmeas, ovissacos. Em Cladocera, há dimorfismo sexual somente no período reprodutivo, em que as fêmeas são maiores que os machos e as gônadas só são observáveis no estágio de maturação sexual. Morfologia dos crustáceos Para além das características gerais, é importante mencionar os principais apêndices de um crustáceo típico, localizados dos lados de cada segmento e cujo número e aspecto são usados para a sua identificação. Na cabeça: olhos geralmente compostos, como os dos insetos, mas colocados num pedúnculo, podendo mover-se; antênulas ou 1as antenas (um par); antenas ou 2as antenas (um par); mandíbula ou 1a maxila (um par); maxilas ou 2a e 3a maxila (um ou dois pares); No tórax: maxilípedes ou “patas-maxilas” , são peças bucais adicionais, ajudam no processo da alimentação(0-3 pares); pereópodes ou “patas-de-locomoção” podendo apresentar o primeiro par de pereópodes quelado usado para defesa (até 5 pares); No abdómen: pleópodes ou “patas-nadadoras” (depende do número de segmentos) – muitas vezes com brânquias e outras adaptações para segurarem os ovos; urópodes, que são o equivalente à cauda dos peixes, localizados no último segmento abdominal, podendo formar junto com o télson o leque caudal. Estes apêndices são igualmente articulados e tipicamente birramosos e podem apresentar birreme (bifurcação nos apêndices); as suas partes típicas são: o protópode, a porção que articula com o corpo do animal; o exópode, a porção seguinte, localizada do lado externo do corpo; o endópode, uma parte paralela ao exópode, localizada do lado interno do corpo; os epípodes e endites, que são apêndices adicionais do protópode, os primeiros localizados no corpo do protópode, os segundos na sua extremidade. Um apêndice com todas estas partes também se denomina filópode. Ontogenia e metamorfoses Os crustáceos apresentam dois tipos de estratégias de desenvolvimento: (1) por crescimento direto do animal que emerge do ovo e (2) por metamorfoses, através de uma série de fases larvares. O crescimento direto pode ser simples, em que o animal apenas aumenta de tamanho até atingir a maturação sexual, ou anamórfico, em que a morfologia do animal se altera em cada muda, seja pelo aumento do número de segmentos ou de apêndices no corpo; por vezes, a primeira larva pode ser bastante diferente do adulto. O crescimento por metamorfoses, em que as larvas são normalmente pelágicas, é uma estratégia de reprodução que assegura a maior dispersão da espécie. Os crustáceos apresentam três tipos básicos de larvas: Náuplio – formado por três segmentos cefálicos com os apêndices típicos da cabeça, antênulas, antenas e mandíbulas e com um único olho na parte central do corpo; o tronco começa sem segmentação, mas em cada muda vão aparecendo novos segmentos, no último dos quais se encontra um télson birramoso; a cabeça é protegida por um “escudo cefálico”, um princípio de carapaça. Em algumas espécies, o olho naupliar é conservado nos adultos. Os restantes dois tipos de larvas encontram-se apenas nos membros do grupo Malacostraca, ao qual pertencem os camarões e caranguejos: Zoea – é uma forma com uma grande carapaça, que protege a cabeça e parte do tórax, um abdome segmentado e com um telson bem desenvolvido; os olhos compostos formam-se nesta fase; apresenta exópodes natatórios nos apêndices tráxicos, mas os pleópodes estão ausentes ou pouco desenvolvidos. Mysis – é ainda uma larva pelágica com apêndices birramosos em todos os segmentos torácicos e abdominais; apresenta formas muito variadas, dependendo das espécies. Existe ainda uma quarta forma que faz a transição para o estado adulto (nos crustáceos demersais é nesta fase que o animal se fixa no substrato) e que é muitas vezes considerada uma pós-larva: Megalopa - caracteriza-se por apresentar pleópodes nos segmentos abdominais. As diferenças no aspecto das várias larvas dos crustáceos levaram no passado a considerá-las espécies separadas. Foi só quando os investigadores começaram a criar larvas em aquários e observaram as suas metamorfoses que foi possível identificar todas estas fases; no entanto, esta criação é difícil, uma vez que as diferentes larvas podem requerer condições diferentes e, por essa razão, ainda subsistem muitas espécies para as quais não se conhece completamente o ciclo de vida. Taxonomia A classificação científica dos crustáceos não está inteiramente estabelecida, uma vez que, devido ao grande número e diversidade de espécies e formas, as relações evolutivas não são claras. A lista que segue trata como classes os diferentes grupos geralmente considerados como clades dos crustáceos e é a recomendada pela ITIS (Integrated Taxonomic Information System ou Sistema Integrado de Informação Taxonómica). Subfilo Crustacea ou Crustaceomorpha Classe Remipedia †Ordem Enantiopoda (extinta) Ordem Nectiopoda Classe Cephalocarida Ordem Brachypoda Classe Branchiopoda Subclasse Phyllopoda Subclasse Sarsostraca Classe Ostracoda Subclasse Myodocopa Subclasse Podocopa Classe Maxillopoda Subclasse Mystacocarida Subclasse Copepoda Subclasse Branchiura Subclasse Pentastomida Subclasse Tantulocarida Subclasse Thecostraca (Cirripedia - cracas e percebes) Classe Malacostraca Subclasse Eumalacostraca Subclasse Hoplocarida Subclasse Phyllocarida Alimentação Dado que existem dezenas de milhares de espécies vivas de crustáceos com uma grande variedade de estilos de vida, segue-se que há uma grande diversidade em suas dietas e seus métodos para encontrar e processar alimentos, portanto esses animais exploraram praticamente todas as estratégias alimentares imagináveis. Algumas espécies de crustáceos podem utilizar mais de uma estratégia de alimentação, e dependendo de variáveis ambientais - como a disponibilidade de alimentos -, pode dar preferência a alguns tipos de alimentos e estilos de alimentação em detrimento de outros. Filtração Animais filtradores extraem seus alimentos de partículas suspensas e utilizam principalmente no fitoplâncton para alimentação, e essa forma de alimentação é encontrada em quase todas as classes de animais representados no mar. Esses animais geralmente constituem um grupo bem definido, mas dificuldades podem ser encontradas na delimitação do grupo de filtradores de outros grupos de alimentação, principalmente dentro de formas muito pequenas. Matéria suspensa é uma importante fonte de alimento para crustáceos, e a alimentação por filtração é comum entre esses animais, especialmente entre os indivíduos menores. Os mecanismos de filtração variam de acordo com o grupo, mas geralmente os apêndices da cabeça ou do tronco se diferenciam em órgãos filtradores, com cerdas de filtração plumosas que realizam a retenção de partículas. Classe Branchiopoda A maioria dos Branchiopoda alimenta-se por filtração através de cerdas filtradoras nos apêndices tipo filopódio do tronco, que podem atuar tanto na alimentação quanto na natação. Geralmente, esses apêndices do tronco são auto limpantes, com um mecanismo em que raspam partículas de comida contidas nas cerdas filtradoras. Subclasse Sarsostraca Ordem Anostraca Os crustáceos da ordem Anostraca possuem um tronco alongado com 20 ou mais segmentos, sendo que os 11-19 primeiros possuem apêndices. Nesses animais, os espaços entre os apêndices do tronco formam câmaras de sucção. Quando o apêndice que forma a parede anterior dessa câmara se afasta do corpo, água é sugada para dentro dela. Partículas pequenas contidas na água passam através dos filtros, presentes nos enditos dos apêndices, onde duas fileiras de cerdas longas e plumosas realizam a filtração. Partículas grandes são retidas e acumuladas em um sulco na base dos apêndices. Um fluxo de água entre as bases cria uma corrente em direção à boca, carregando essas partículas de comida concentradas. Subclasse Phyllopoda Ordem Diplostraca Subordem Cladocera Nos cladóceros, ou pulgas d’água, os mecanismos de alimentação são muito mais variados e especializados, em comparação aos Anostraca. As principais características do processo de alimentação assemelham-se ao que acontece nos Anostraca: a água é retirada do meio para as câmaras de sucção e as partículas suspensas são filtradas pelas cerdas dos enditos. Nesse grupo, porém, é a carapaça que atua na formação de “câmaras de sucção”. Durante a abdução da água, os apêndices se movem lateralmente para que os exopoditos sejam pressionados contra a carapaça, o que fecha essas câmaras lateralmente. Durante a adução, os apêndices se movem medialmente. Nos cladóceros, é característico que as correntes inalante e exalante sejam separadas. Assim, a água é captada entre as carapaças na extremidade anterior e é movimentada dorsalmente, garantindo que a água contendo alimentos não se misture com a filtrada. As partículas retidas no filtro são passadas para a frente, em direção à boca. O processo de filtração em cladóceros geralmente é considerado como “peneiramento puro”, implicando que o tamanho da malha do filtro - isto é, a distância entre as cerdas ou os filamentos - determina o tamanho das partículas suspensas retidas. As telas filtradoras dos cladóceros são estruturas em formato de pente nos quarto e quinto par de apêndices torácicos basicamente formadas por uma fileira de cerdas longas, que têm ao longo de seu comprimento duas fileiras de cerdulas preenchem parcialmente os espaços entre as cerdas. A distância entre as cerdulas determina o tamanho da malha da tela. Essas fileiras de cerdulas são inseridas em um ângulo de 90 graus, ligam-se através de pequenos ganchos em suas extremidades aos cílios de cerdas adjacentes. Nos ganchos de ligação, essas duas fileiras formam um ângulo de 90 graus novamente, de modo que todo o membro de filtragem é uma estrutura tridimensional. Os detalhes da estrutura e o tamanho da malha variam conforme espécie, idade do indivíduo, e ambiente. Classe Maxilopoda Infraclasse Cirripedia Todas as cracas são filtradoras marinhas que capturam plâncton por meio de um leque de cirros composto por seis pares de apêndices birremes chamados “patas de alimentação” ou cirros. Cada ramo de um cirro possui muitos segmentos, e cada segmento contém de quatro a sete pares de cerdas uniformemente espaçadas. A boca e o aparelho bucal desses animais ficam entre as bases do primeiro e segundo pares de cirros. Os dois (em Chtamalidae) ou três (em balanóides) primeiros pares de cirros são curtos e fortes, e os três ou quatro restantes são longos e finos e projetam-se fora do casco quando ativos. A extensão e retirada rítmica dos cirros longos, o que forma uma “rede de varredura de cirros”, são considerados típicos de alimentação em cracas sésseis. A extensão do cirro durante a batida é lenta, pois ocorre devido ao preenchimento dos cirros por fluido corporal, pressionado através de força muscular, mas a contração é rápida, realizada por meio de músculos flexores que enrolam os cirros dentro da cavidade do manto. As partículas capturadas por esses cirros são raspadas por cerdas especiais no cirro mais próximo à cabeça, e finalmente passadas para a boca. Os cirros longos são usados principalmente na alimentação de partículas maiores, como o pequeno zooplâncton e grandes células fitoplanctônicas. Partículas muito pequenas podem, no entanto, ser filtradas pelos cirros curtos, adornados por cerdas, que são mantidos espalhados em um leque na entrada da cavidade do manto durante a alimentação. As correntes de água que passam pelos cirros curtos são produzidas em parte pela batida dos cirros longos, em parte pela ação de bombeamento dos movimentos do opérculo. A filtração de partículas menores e a captura de partículas pelos cirros longos ocorrem simultaneamente, mas a primeira pode também ocorrer sozinha pela movimentação do opérculo. Classe Copepoda A maioria dos copépodes se alimenta de fitoplâncton e outras partículas em suspensão, formando assim um grande elo em muitas cadeias alimentares aquáticas. A alimentação predatória é provavelmente primária nos Copepoda, e a filtração é uma condição especializada especialmente desenvolvida dentro da ordem Calanoida. Poucos, se algum, copépodes dependem exclusivamente da filtração; mesmo filtradores especializados podem também alimentar-se por outros métodos, como raspando ou agarrando alimentos maiores. Na maioria dos copépodes filtradores, como no Calanus finmarchicus marinho, uma “câmara de filtração” é formada entre a parede ventral do corpo e as segundas maxilas. Em Calanus spp., uma série de enditos se projeta do lado anterior da maxila; em cada um desses e nos três segmentos distais do endopodito há um número variável de cerdas longas, geralmente equipadas com duas fileiras de cerdulas. As cerdas plumosas formam as paredes laterais da câmara de filtração e as cerdulas formam a tela de filtragem. Quatro pares de apêndices (segunda antena, mandíbula, primeira maxila, maxilípedes) produzem a corrente de alimentação através do animal. Em algumas espécies, as segundas maxilas não atuam apenas como filtros  passivos - as cerdas das maxilas também podem ser alternadamente espalhadas para formar uma estrutura semelhante a uma cesta aberta e rapidamente unidas. As partículas retidas pelas cerdulas dessas cerdas são raspadas pelos enditos das primeiras maxilas e por longas cerdas especializadas dos maxilípedes, e depois passadas para a frente. Este complicado processo de alimentação pode variar de espécie para espécie, o que se reflete na morfologia das segundas maxilas. Os copépodes possuem quimiorreceptores bem desenvolvidos particularmente comuns nas partes da boca e nos apêndices de alimentação. Esses animais podem detectar, portanto, células fitoplanctônicas na água, por exemplo, e redirecioná-las e capturá-las por movimentos assimétricos dos apêndices. Classe Ostracoda Relativamente poucos ostrácodes são filtradores, mas mesmo assim a adaptação à filtração surgiu independentemente em três linhagens de ostrácodes: Cylindroleberidoidea, Platycopidea, e o gênero Vitjasiella de Podocopida. Nos Cylindroleberidoidea, a tela do filtro se estende da base alongada da maxila, e o pente de cerdas está no quinto membro; um sexto membro modificado contribui para a formação de uma “câmara de sucção” que cria um fluxo de água através da tela de filtração. Em Platycopidea (por exemplo, Cytherella abyssorum), existem telas de filtração tanto na base mandibular quanto na base das maxílulas; esta última também é provida de um pente de cerdas para raspar a tela mandibular, enquanto a maxílula é raspada por cerdas do quinto apêndice. Classe Malacostraca Subclasse Phyllocardia Ordem Leptostraca Leptóstracos distinguem-se dos outros membros da classe Malacostraca por ter sete segmentos abdominais em vez de seis membros foliáceos e multirremes, um caráter compartilhado com os branquiópodes filtradores, embora essa característica seja de origem diferente. Em Nebalia bipes, um leptóstraco que vive no fundo de águas costeiras, os movimentos oscilatórios dos apêndices do tronco criam uma corrente de água que entra na extremidade anterior da carapaça e sai na posterior. Os endopoditos do tronco desses animais são, ao longo de suas bordas internas, providos de quatro fileiras de cerdas. A primeira e a terceira fileiras são enganchadas, e as de membros seguintes intertravam, formando uma “parede de filtração” contínua em ambos os lados da “câmara de filtração” mediana entre os membros. A quarta fileira de cerdas raspa a parede de filtração, enquanto a segunda fileira empurra as partículas de alimento capturadas em direção ao sulco alimentar. Ordem Euphasiacea Eufasiáceos nadam com grandes pleópodes cheios de cerdas, e a maioria desses animais é filtradora. Os seis a oito membros longos do cefalotórax formam uma “cesta de alimentação”, que funciona como uma estrutura de filtragem. Em Euphasia superba, os seis pares de pernas são superficialmente iguais, presos abaixo do tórax, com os endopoditos pressionados juntos medialmente para formar uma estrutura semelhante a uma quilha quando o animal está nadando rapidamente. De cada uma das pernas desse animal, cerdas de filtração alongadas, com comprimentos de duas a quatro vezes o diâmetro da perna, estendem-se em direção à boca. Essas cerdas estão próximas umas das outras perto da coxa e um pouco mais afastadas perto da extremidade distal do merus. Cerdulas de filtro secundárias surgem simetricamente de ambos os lados de cada cerda, como pínulas de uma pena, e uma matriz de cerdulas de filtração terciárias surge de cada uma delas, dispostas como farpas nas pínulas de uma pena. Formando um ângulo aproximadamente reto com a fileira de cerdas de filtração e projetando-se medialmente ao longo do comprimento do ísquio-merus, estão duas a três fileiras de pentes de cerdas. Durante a alimentação, as pernas são afastadas da linha média em sincronia, criando uma cavidade que se enche de água devido ao gradiente de pressão. A malha formada pelas pernas e cerdas e a cavidade que elas envolvem produzem a cesta de alimentação. Os movimentos dos endopoditos são rápidos. À medida que a cesta de alimentação se expande lateralmente, a água é puxada para dentro da cesta pela frente. Uma vez dentro da cesta de alimentação, as partículas suspensas são retidas no filtro quando a água é comprimida lateralmente entre as cerdas. Durante a expansão da cesta, os exopoditos atuam como válvulas para impedir a entrada lateral de água, mas durante a compressão, se elevam e permitem a expulsão da água. As cerdas do pente soltam as partículas de alimento que ficam presas nas cerdas de filtração, e as pontas dessas cerdas escovam-nas para os palpos mandibulares. A filtração por “bombeamento por compressão” pode ocorrer em todos os eufausídeos que possuem apêndices torácicos, como os de E. superba, e que se alimentam de fitoplâncton. Ordem Decapoda Dentro dos decápodes adultos, a alimentação por filtração parece estar restrita a alguns membros do infraordem Anomura (como os ermitões e os caranguejos de porcelana), alguns camarões da infraordem Thalassinidea e alguns caranguejos sésseis em corais. Caranguejos ermitões O caranguejo ermitão Paguritta harmsi, que vive em tubos de poliquetas, possui adaptações únicas à filtração. As antenas de filtração desse caranguejo são seguradas perpendicularmente à corrente, e elas podem ser flexionadas e viradas para utilizar correntes provenientes de várias direções. Se a velocidade da corrente de água cessar, no entanto, o P. harmsi passa da filtração passiva para a ativa, e, neste modo, as antenas são continuamente movidas para frente e para trás. Quando uma partícula é capturada pelo filtro de cerdas, a antena é abruptamente flexionada para baixo, de modo que os terceiros maxillípedes possam escovar a partícula de alimento capturada e transportá-la até a boca. Caranguejos de porcelana Esses animais são pequenos e possuem uma variedade de estratégias alimentares, embora filtração ativa seja o método dominante. No caranguejo de porcelana Porcellana longicornis, a filtração é realizada por dois leques relativamente grandes formados por cerdas dos terceiros maxilípedes. Os apêndices de alimentação são balançados lateralmente de forma alternada, desdobrando e espalhando as cerdas. Eles são então flexionados novamente enquanto se movem de volta para a linha média, e as partículas de alimento suspensas capturadas pelas cerdas são então escovadas pelos segundos maxilípedes e passadas para a boca. Os caranguejos de porcelana são capazes de alterar seu mecanismo de alimentação em relação ao regime de fluxo. Em baixas vazões, eles varrem a água ativamente com seus leques de coleta em forma de copo, mas a aceleração do fluxo de água induz a mudança da filtração de ativa para passiva. Camarões de fundo Sem contar um breve estágio de larva pelágica, a maioria dos talassinídeos reside em uma toca durante toda a vida, e filtração e depositivoria são os dois principais mecanismos tróficos. O camarão Upogebia omissa, exemplo de talassinídeo filtrador, estica os dois primeiros pares de pereópodes em direção à abertura da toca para realizar a filtração, enquanto produz um fluxo de água em sua direção movendo seus pleópodes. As partículas suspensas neste fluxo de água são retidas no cesto de cerdas do primeiro e segundo pares de pereópodes. As cerdas do último par de pereópodes são limpas pelas cerdas do terceiro par de maxillípedes, que movem as partículas para a boca. No entanto, a capacidade de U. omissa e outras espécies de se alimentar também de depósitos, torna duvidoso se a filtração é o mecanismo de alimentação mais importante. O camarão talassinídeo C. subterranea, por exemplo, é primariamente depositívoro, mas também pode suplementar sua dieta por meio de filtração. Upogebia stella é principalmente um filtrador, mas pode se alimentar de depósitos ou por ressuspensão, o que mostra que espécies como essas apresentam graus de plasticidade, de modo que diferentes modos de alimentação podem ser utilizados para explorar a fonte de alimento mais vantajosa disponível. Ordem Mysida A maioria das espécies de Mysida são filtradoras de partículas menores e predadoras de massas alimentícias maiores. O misídeo Praunus flexuosus possui oito pares de apêndices torácicos, cada qual birreme com um exopodito e endopodito surgindo da base. Os endopoditos dos dois primeiros membros torácicos são modificados para alimentação. Nos misídeos Antarctomysis spp., Neomysis rayii, e Acanthomysis sculpta, apêndices de natação geram uma única corrente de água emergindo de cada lado do corpo do animal. Quando os endopoditos são estendidos na configuração de cesto aberto, a água flui para dentro do cesto e sai entre as pernas, onde grandes partículas são capturadas pelas cerdas para serem subsequentemente movidas medialmente e para a frente em direção à boca. Ordem Cumacea Cumáceos são peracáridos marinhos que vivem enterrados na areia e lama. O animal se move para trás usando as pernas e termina em posição inclinada com a cabeça acima da superfície do sedimento. A maioria dos cumáceos são depositívoros ou se alimentam de partículas finas, manipulando grãos de sedimentos com seus anexos bucais ou raspando as superfícies de partículas maiores (comedor de epistrato). No entanto, alguns cumáceos também são sugeridos como filtradores. Em Diastylis bradyi, o movimentos das maxilas faz com que o espaço entre elas e as maxílulas seja alternadamente aumentado e reduzido, o que cria uma uma “câmara de bombeamento”. Lateralmente, a lacuna entre a maxila e a maxila é sobreposta pela projeção do exito maxilar e, à medida que a água é puxada para dentro da câmara em expansão, essa válvula é puxada para dentro, evitando que a água entre na câmara. A única entrada de água para a câmara de bombeamento é através de uma tela de "cerdas filtradoras" que são dispostas paralelas umas às outras. Cada cerda possui uma fileira de cerdulas  regularmente espaçadas de cada lado, e elas são de tal comprimento que tocam as cerdulas da cerda vizinha. Partículas de comida suspensas na água que passa são depositadas nas cerdulas filtradoras, subsequentemente removidas e então passadas para a boca. Ordem Isopoda Observações em vídeo e microscopia eletrônica forneceram evidências de alimentação por filtração no crustáceo isópodo de Sphaeroma terebrans. Nesses animais, uma corrente de água com alimento é gerada pelo rápido batimento dos pleópodes. Essa corrente passa posteriormente ao longo da superfície ventral do animal e através de três pares delgados anteriores de pereópodes que carregam as cerdas filtradoras ao longo da margem dorsal do ísquio e do merus. As cerdas filtradoras, adornadas por cerdulas, são orientadas perpendicularmente à corrente de água, e as partículas de alimento presas no filtro são removidas pelas partes bucais. O  isópode bentônico Antarcturus spinacoronatus, representante  da família antártica Arcturidae, é um animal de locomoção pouco eficaz e, portanto, modo de vida quase séssil. Quando há suspensão de plâncton, os isópodos esticam as pernas filtrantes (pereópodos 2-4), as longas cerdas se espalham e, enquanto não houver corrente, as pernas se movem vigorosamente. Cada perna filtrante é sucessivamente dobrada dorsalmente, puxada através da água com cerdas filtradoras espalhadas - o que é realizado através do aumento da pressão sanguínea, que age como mecanismo hidráulico -, e então movimentada em direção à boca, onde os movimentos de limpeza dos pereópodes 1 e palpos maxilares concentram as partículas de alimento capturadas, que são transferidas para a boca. Quando não há mais partículas na água, os movimentos cessam e os isópodos permanecem na posição de repouso, com o cesto de cerdas filtrantes esticado ou dobrado. No entanto, quando é produzida uma corrente fraca e constante, os isópodes orientam o cesto transversalmente à corrente. Esses animais ingerem quase qualquer partícula que adere às longas cerdas de filtração. Ordem Amphipoda A maioria dos anfípodes são detritívoros, mas alguns são filtradores com diferentes apêndices adaptados a atuar como filtros. O anfípode cavador Corophium volutator habita os sedimentos rasos e macios das águas costeiras. Esse animal pode se alimentar de matéria orgânica na superfície do sedimento (depositívoro) ou de partículas suspensas (filtrador), trazendo esses alimentos para dentro de seu tubo em forma de U. Quando a concentração do fitoplâncton é suficientemente alta, o C. volutator alimenta-se por filtração, usando longas cerdas no segundo par de gnatópodes para reter partículas suspensas trazidas para dentro do tubo pela corrente gerada pelos pleópodes. Uma fileira dupla de cerdas plumosas - adornadas por cerdulas - no merus forma uma cesta de filtro em forma de V que é espalhada entre a parede do animal e do tubo; periodicamente, o par de segundos gnatópodes move-se medialmente, enquanto pentes no carpo dos primeiros gnatópodes capturam partículas da cesta de filtro e as levam até a boca. Em anfípodes caprelídeos, o termo “cerdas natatórias” tem sido utilizado para denominar as cerdas longas, plumosas, pareadas, surgindo em um padrão V da superfície ventral das antenas. No entanto, além da locomoção, as cerdas plumosas têm sido atribuídas à captação de partículas durante a alimentação por filtração, o que parece ser sua principal função. Assim, quando as correntes são fortes o suficiente, algumas espécies de caprelídeos filtram as correntes de água passivamente, mantendo uma postura ereta com a superfície ventral orientada para a corrente. Em águas de fluxo mais lento, no entanto, a alimentação por filtração é mantida por meio de uma corrente auto-gerada, seja por um movimento de balanço de todo o animal que puxa a antena através da água, ou batendo os maxilípedes de modo que uma corrente anterodorsal é produzida através dos filtros antenais. Muitos gamarídeos estendem a antena para a corrente do ambiente como uma rede de filtração. Nos gêneros Ampelisca e Haploops, por exemplo, a posição de alimentação do animal é pendurado de cabeça para baixo na boca do tubo, agarrando-se à borda com suas pernas especializadas. Por meio da antena estendida, o animal captura partículas suspensas da água, ou as antenas são usadas para coletar detritos na superfície do sedimento. Tanto o detrito coletado na superfície como o material suspenso filtrado nas antenas são raspados por meio dos gnatópodes e ingeridos. Quando a corrente de água é lenta ou ausente, as antenas são movimentadas vigorosamente para gerar movimento que traga partículas suspensas para elas, mas quando a velocidade da corrente é suficientemente alta, o animal adota uma posição com a cabeça afastada da corrente e as antenas estendidas para a frente. Depositivoria A lama é uma das substâncias mais abundantes em meios aquáticos, e é encontrada tanto no solo quanto dissolvida na água. Ela é capaz de reter umidade mesmo em lugares onde não há imersão completa, como ambientes pantanosos ou lugares com águas mais lentas, e partículas orgânicas se instalam na água parada desses locais. Por essa razão, sedimentos lamosos servem como fonte de alimento para um número incontável de animais em quase todos os filos. A lama é frequentemente ingerida de forma direta, mas também pode ser filtrada, ou “peneirada”, por animais que se alimentam dela, e selecionam assim partículas de maior qualidade nutricional. Substratos lamosos podem apresentar composições diversas e complexas, o que inclui grãos minerais indigestos e componentes orgânicos que podem variar desde organismos celulares - como bactérias - a resíduos de organismos multicelulares vivos, exoesqueletos espalhados e agregações de grandes moléculas orgânicas. Os crustáceos são adaptados a essa situação e possuem estratégias para lidar com as complexidades dessa fonte de alimento. Alguns, por se alimentarem de depósito maiores, podem lidar com grandes quantidades de partículas de sedimento de uma só vez, enquanto animais menores tendem a coletar partículas individuais do complexo mineral orgânico ou das superfícies de sedimento. Bactérias geralmente são abundantes em lama úmida. A maioria delas se encontra associada a superfície dos grãos minerais ou associada ao material orgânico. Em água rasa, seja doce ou marinha, as próximas partículas de potencial alimento mais abundantes nos sedimentos são as diatomáceas. Naturalmente, quanto mais raso o sedimento, maior a abundância de diatomáceas. Lama marinha também contém um número moderado de protistas e metazoários de tamanho meiofaunal, como nemátodes, copépodes, ostrácodes, larvas náuplias e larvas de vermes, juntamente com bivalves e caracóis. Todos estes podem ser ingeridos por organismos forrageando na lama ou engolindo grandes bolos de lama durante o ato depositívoro. Como a lama contém uma mistura diversa de partículas indigestíveis, grande parte da matéria orgânica no sedimento que pode ser medida como carbono orgânico e nitrogênio total - ou matéria orgânica total - não é digerível por quase todos os depositívoros. Além disso, há uma diminuição constante em C e N orgânicos com profundidade no sedimento devido à degradação pela atividade bacteriana e outros fatores diagenéticos. Dessa forma, depositívoros, pelo menos em águas rasas, provavelmente obtêm diferentes componentes de suas necessidades nutricionais a partir de uma variedade de fontes de alimento. Depositívoros são geralmente classificados de acordo com a fonte das partículas de sedimentos que ingerem. Isto é, se eles estão se alimentando de depósitos superficiais (depositívoro de superfície) ou em material que foi enterrado por muito tempo (depositívoro subterrâneo). Obviamente, há espécies que podem alimentar-se das duas formas. Depósitos de superfície contêm material relativamente fresco, muitas vezes com células intactas ou ainda vivas, enquanto o material de subsolo normalmente consiste de partículas orgânicas decompostas e degradadas de baixo valor nutricional. Ainda assim, há animais que trazem material de superfície, como fragmentos de vegetais marinhos, para sua toca, de modo que a decomposição anaeróbica pode aumentar a capacidade nutricional. Ainda dentro desses dois grupos de depositívoros, os animais possuem diferentes estratégias de alimentação. Alguns, por exemplo, se alimentam de pequenas partículas na superfície do sedimento, usando mecanismos de captura semelhantes aos dos suspensívoros. Outros usam suas partes bucais para raspar revestimentos orgânicos ou células vivas da superfície dos sedimentos. Muitas ordens ou famílias de crustáceos, tais como cefalocarídeos, mistacocarídeos, isópodes, tanaidáceos, anfípodes e decápodes contêm espécies depositívoras, seja por se alimentar de sedimentos à granel, selecionando partículas individualmente ou por grandes bolos de lama. Classe Copepoda Ordem Harpacticoida Os membros dominantes da meiofauna entre os crustáceos são os copépodes harpacticóides. A pastagem de microalgas foi observada em várias espécies, sendo as diatomáceas pelágicas ou bentônicas o alimento preferido. Harpacticóides que habitam lama coletam material da superfície dos sedimentos ou giram esferas de sedimento sobre os apêndices da boca, aparentemente selecionando as partículas para ingestão, enquanto os que moram na areia raspam a superfície dos grãos de areia em busca de material ingerível. Classe Malacostraca Ordem Amphipoda Espécies de anfípodes podem obter alimento da superfície do sedimento de duas formas principais: capturando material ressuspenso quando há turbulência suficiente para mover para as partículas para o nível bentônico; ou, quando as condições são calmas, varrendo a superfície do sedimento com suas antenas. A maioria dos anfípodes que vivem em tocas subterrâneas usam seus gnatópodes para lidar com grandes quantidades de lama, da qual extraem parte para sua ingestão. Por exemplo, Maera loveni usa seus grandes gnatópodes para escavar grandes bolos de lama da parede da toca, que é então movida para os aparelhos bucais, onde ocorre seleção de partículas e ingestão. Comportamento semelhante foi observado para Casco bigelowi: quando jovens, na toca, a mãe adiciona água ao bolo de lama, de modo a facilitar o manuseio e ingestão. Ordem Decapoda Os maiores grupos de depositívoros de superfície entre esses animais são os caranguejos violinistas e os caranguejos borbulhadores. Desses, vale destacar duas espécies, Uca pugilator e Scopimera globosa. Os Uca pugilator tendem a viver em lodo ou areia rica em detritos, geralmente associadas a habitats de grama ou manguezais, enquanto os Scopimera globosa habitam planícies de areia entre-marés. O caranguejo violinista (Uca pugilator) ingere muitos tipos de partículas, mas seu aparato oral pode ser saturado por altas densidades de partículas pequenas. Nesses animais parece haver ingestão eficiente de ciliados e grãos de areia com bactérias, e o mecanismo de seleção de alimento é implementado com cerdas no segundo maxilípede que agem como colheres. Como as partes bucais dos caranguejos são adornadas por cerdas quimiossensoriais, é esperado um desenvolvimento de respostas gustativas, embora isso raramente seja testado experimentalmente. Os caranguejos-borbulhadores de areia, como o Scopimera inflata, usam seus quelípedes, apêndices terminados com garras em forma de pinças, para mover pedaços de areia da superfície para seus aparelhos bucais. A raspagem do substrato forma uma vala rasa que se estende por trás do animal até a entrada da toca. Esse caranguejo utiliza o aparelho bucal para manipular a areia de forma circular, extraindo partículas orgânicas e deixando para trás grãos de areia indigestos, que são então organizados em uma pelota esférica posteriormente depositada na superfície plana da areia. Os caranguejos-soldados também alimentam-se de sedimentos, em planícies de maré tropicais. Eles podem se alimentar de sedimentos subsuperficiais dentro de suas tocas ou de sedimentos de superfície a partir de um túnel superficial. Indivíduos grandes também se alimentam em planícies baixas de areia entremarés. Ao comparar a concentração de ácidos graxos em sedimentos superficiais e pelotas fecais, pode-se determinar que esses animais se alimentam principalmente de bactérias, diatomáceas e detritos de macroalgas. Infraordem Thalassinidea Corruptos, ou camarões-fantasmas, da ordem Thalassinidea, constroem tocas em sedimentos ou em escombros de coral comumente complexos. A forma da toca desses animais pode ser usada para prever se o morador se alimenta de depósito ou de suspensão. Quando se alimentam de depósitos, os talassinídeos têm duas estratégias básicas: Uma é escavar sedimentos das paredes da toca usando o primeiro, o segundo e, ocasionalmente, o terceiro pereópode. A lama que é solta por esses apêndices é transferida para o terceiro e segundo maxilípedes, onde é empurrada para a boca. O sedimento que foi manuseado e rejeitado é mantido no cesto formado pelos terceiros maxilípedes e então movido para outro local na toca, ou para a superfície da toca por uma corrente gerada por um pleópode. Outra estratégia é levar o material da superfície do sedimento para a toca, ou remover partículas da parede da toca e usar os pleópodes para montar uma corrente direcionada posteriormente. Nesse caso, os quelípedes e os segundos pereópodes podem ser pressionados contra a parede da toca, formando um cesto de filtragem eficaz. As partículas são então capturadas nas cerdas dos segundos pereópodes e transferidas para a boca pelos movimentos ocasionais de limpeza dos terceiros maxilípedes. Essa estratégia pode ser usada para se alimentar de suspensão principalmente quando a concentração de partículas na água sobrejacente é alta. Predação e necrofagia Predadores e necrófagos constituem uma porção significativa de todos os crustáceos e são encontrados entre os principais táxons desse grupo. Por mais importantes que sejam esses estilos de alimentação, poucos crustáceos predadores e necrófagos são especializados em um tipo de alimentação específico. Geralmente, esses animais empregam métodos variáveis para obter alimento. Tanto crustáceos predadores quanto necrófagos ocupam diversos habitats diferentes, de terrestres a lacustres, cavernas submarinas e diferentes níveis da coluna d’água. A predação é proeminente entre os decápodes, que incluem crustáceos relativamente grandes, como camarões, caranguejos e lagostas. A necrofagia também é comum nesse grupo, mas possui muitos representantes isópodos e anfípodes. Por essa razão, organismos que ingerem lama devem lidar com o fato de que muito do que consomem é indigesto e deve passar pelo sistema digestivo sem causar danos ou comprometer a absorção de nutrientes. Dieta A dieta dos crustáceos predadores é diversificada, e abrange presas de muitos táxons marinhos diferentes. Essa dieta é afetada por diversos fatores, como morfologia, tamanho, idade, habitat e distribuição tanto de predadores quanto de presas, assim como a lucratividade, palatabilidade e digestibilidade de presas, entre outras variáveis. Muitos táxons de crustáceos consistem em organismos com apenas alguns milímetros de comprimento, o que limita suas possíveis presas. Pequenos crustáceos predadores, como copépodes, ostrácodes, anfípodes e isópodes tendem a se alimentar de presas planctônicas, como protozoários, rotíferos, pequenos crustáceos, insetos, girinos e invertebrados de corpo mole. Os crustáceos predadores de tamanho médio, encontrados entre os estomatópodes, os lofogastrídeos, os notostraca e os eufausídeos podem atacar mais facilmente pequenos peixes, moluscos, cnidários e outros crustáceos. Grandes predadores, como muitos decápodos, se alimentam de caranguejos, gastrópodes, bivalves e peixes. Diferenças na dieta de acordo com o tamanho também podem ocorrer durante o desenvolvimento ontogenético dos crustáceos. Um exemplo disso é o camarão-rosa Penaeus duorarum, que ataca organismos cada vez maiores à medida que cresce, começando com pequenos crustáceos e depois diversificando-se em crustáceos maiores, além de moluscos e poliquetas. Outros crustáceos podem mudar completamente os estilos de alimentação durante sua ontogenia, como o copépode Cyclops bicuspidatus thomasi, que é herbívoro na fase de náuplia, mas utiliza predominantemente a predação em fases posteriores da vida. Os crustáceos necrófagos desenvolveram um estilo de vida no qual uma parte importante de seu suprimento de energia vem de animais mortos que aparecem esporadicamente e imprevisivelmente. Os necrófagos de águas profundas são especialmente dependentes de quedas de alimentos, pois os oceanos profundos recebem poucos insumos de matéria orgânica concentrada e rica em energia. Assim, quando a comida cai, ocorre um frenesi entre esses animais, que chegam rapidamente e alcançam-na no pico de abundância em um enxame ao redor da carcaça, sendo que começam a abandoná-la à medida em que seu conteúdo se torna menos lucrativo. Os necrófagos podem ter preferências por certas partes do corpo de uma carcaça. Anfípodes, por exemplo, foram registrados consumindo preferencialmente fibra muscular de cetáceos, em vez de tecido conjuntivo, pele e gordura. Crustáceos necrófagos são majoritariamente generalistas por necessidade. A maioria prefere carcaças frescas, que fornecem nutrientes de maior qualidade - já que quanto mais velha a carniça, mais provável é que suas partes mais ricas em energia já tenham sido consumidas e que ela contenha bactérias.  Mesmo assim, se uma carcaça não for fresca ou tiver sido invadida por bactérias, a maioria dos crustáceos necrófagos ainda se alimentam dela: carcaças de baleias podem sustentar comunidades bentônicas por anos e, apesar de não serem frescas, ainda atraem os crustáceos. Além de se alimentar de outras espécies, alguns crustáceos predadores se alimentam de sua própria espécie. O canibalismo é um comportamento comum entre esses animais. As taxas de canibalismo variam de acordo com vários fatores, como disponibilidade de alimentos alternativos, tamanho e fome do predador canibal; e tamanho e sexo de suas presas em potencial. Forrageamento e busca de alimento Quimio, mecano e fotorrecepção permitem que os crustáceos detectem os itens alimentares, mas além disso, os crustáceos usam várias estratégias solitárias de forrageamento e busca de alimentos. Manipulação da presa A maioria dos crustáceos mata suas presas através de meios mecânicos, como esmagamento ou suas variantes, e esses animais aparentemente não possuem toxinas que poderiam ser usadas para imobilizar as presas, sendo que a única exceção para isso possivelmente seja os remípedes. Moluscos de concha grossa são um item comum das presas dos decápodes, e muitos caranguejos têm garras fortes que quebram eficientemente essas conchas. Isto é possibilitado por garras pesadas que podem abrir as conchas, assim como pela alta força de esmagamento do músculo da garra, que é uma das maiores forças relatadas no mundo natural, alcançando até 800 N. O esmagamento é o método de imobilização preferencial pela sua rapidez, mas só é eficaz em presas pequenas em relação ao tamanho do corpo do caranguejo. Para presas maiores, os caranguejos tendem a lascar e perfurar a casca, o que é muito mais intensivo energeticamente. Diferentes estratégias de imobilização são usadas entre outros táxons de crustáceos. Os estomatópodes têm apêndices raptoriais únicos que eles usam para esmagar, lançar e subjugar suas presas com seus apêndices atingindo velocidades que são das mais altas do reino animal. Os copépodos que realizam emboscadas matam suas presas do zooplâncton usando um espetacular ataque de salto rápido que deixa a presa sem tempo para escapar. Os remípedes, uma pequena classe de crustáceos, têm três pares de membros cefálicos raptoriais preensíveis e uma presa em suas maxílulas que pode conter veneno ou uma substância digestiva que é injetada na presa. A presença de veneno, porém, ainda não foi confirmada e seria uma novidade em crustáceos predadores. Os caranguejos abrem presas que possuem carapaças esmagando-as até que sejam expostas ou abrindo suas conchas com o uso de suas quelas. Para presas menores e desprotegidas, o tempo de manuseio é relativamente curto e requer simplesmente mover todo o item da presa para a boca. Decápodes maiores utilizam táticas de esmagamento quase que exclusivamente, enquanto caranguejos menores usam uma variedade maior de métodos, incluindo táticas de “perímetro”, como cortar as bordas laterais das conchas de mexilhão. Muitas carcaças requerem quase nenhum manejo por crustáceos necrófagos devido a lesão, decomposição ou alimentação por outros animais, mas eles são equipados com partes bucais que cortam e trituram com eficiência para lidar com possíveis obstáculos. Ingestão Em termos gerais, a ingestão de crustáceos envolve os apêndices modificados torácicos e cefálicos. Especificamente, os maxilípedes, maxilas, mandíbulas, lábio e, às vezes, as antenas, estão envolvidos. Quando as partes da presa estão próximas do aparelho bucal, predadores como os caranguejos decápodes rasgam-nas com suas mandíbulas e usam os terceiros maxilípedes para executar uma ação de puxar. Depois que os predadores removem um pedaço de tecido, eles usam os maxilípedes 1 e as maxilas 2 para posicionar a parcela de alimentos na frente de sua abertura bucal. Após a ingestão, ocorre mais mastigação no moinho gástrico (moela/digestão mecânica). Em crustáceos necrófagos, a ingestão de alimentos acontece de forma rápida e eficiente. Anfípodes lisianassídeos do fundo do mar têm partes bucais cortantes e grandes entranhas. Isso permite que eles passem grandes pedaços de comida através do esôfago sem triturá-los, explorando rapidamente quedas efêmeras de alimentos Paralicella sp. pode expandir o volume da sua parede corporal de três a cinco vezes como resultado de ingestão em queda de alimentos. Detritivoria Detritos são matéria orgânica não viva, seja de origem animal, vegetal, fúngica ou microbiana, portanto consiste em material que será degradado pela ação conjunta de micróbios e animais detritívoros. Crustáceos de várias ordens são considerados detritívoros, ao menos parcialmente, e esses animais habitam diversos habitats. Embora detritos possam ter origens orgânicas diversas, crustáceos considerados detritívoros são aqueles que alimentam-se principalmente de detritos vegetais, pois os necrófagos, que alimentam-se de animais mortos, apresentam maior correlação com predadores carnívoros. Crustáceos que se alimentam de detritos vegetais exibem algumas semelhanças com herbívoros que se alimentam de tecido vivo fotossinteticamente ativo. Com o passar do tempo, no entanto, os detritos sofrem redução de nutrientes - através da lixiviação dos compostos solúveis em água e degradação microbiana - e são enriquecidos em compostos que são agregados pelo meio, como minerais presentes ao longo do leito de um rio. Alimentar-se de matéria detrítica, portanto, requer a capacidade de manusear e utilizar uma fonte de alimento de baixo valor nutritivo, que pode ser rica em compostos resistentes à ação química e física. A microbiota presente nos detritos, porém, é importante para processar o material, promovendo sua palatabilidade e digestibilidade, além de servir como fonte alimentar suplementar. Por essa razão, através da alimentação consistente em plantas e animais (vivos ou mortos), muitos crustáceos detritívoros devem ser considerados onívoros. Há certa variação na origem dos detritos preferencialmente utilizados como alimento em diferentes grupos de crustáceos. Os crustáceos detritívoros aquáticos, por exemplo, alimentam-se principalmente de células de algas mortas ou de talos; já os (semi) terrestres fazem uso de macrófitas afundadas ou matéria morta de origem vegetal vascular. De forma geral, porém, crustáceos detritívoros preferem se alimentar de matéria detrítica densamente colonizada por micróbios. Esses animais possuem diversas adaptações que os possibilitam a alimentar-se por depositivoria. A captação de matéria detrítica fragmentada e pequena, por exemplo, requer apêndices especializados que filtrem partículas da coluna de água ou fragmentem detritos em geral. Estruturas mastigatórias do sistema digestivo também podem contribuir para a fragmentação do alimento. A anatomia e a fisiologia do intestino também são importantes para a utilização eficiente dos escassos nutrientes, ou para reter o bolo alimentar dentro do intestino por tempo prolongado, levando assim a uma maior absorção. A microbiota intestinal, seja transitória ou residente, também pode contribuir para os processos digestivos ou compensar a baixa quantidade de nutrientes disponíveis. Tomada do alimento As partículas de detritos variam em tamanho devido à fragmentação por ação física e biológica, e podem desintegrar-se em partículas finas e até mesmo dissolver-se e formar agregados densamente colonizados por microrganismos. Consequentemente, essas alterações na forma e status da decomposição são acompanhadas por mudanças nas estratégias de alimentação dos detritívoros, já que diferentes modos de alimentação são adequados para diferentes tipos de matéria detrítica; esses modos de alimentação são refletidos por adaptações particulares dos aparelhos bucais e dos apêndices que auxiliam na alimentação. Crustáceos planctônicos, principalmente herbívoros, como Cladocera e Copepoda, ingerem regularmente pequenas partículas de detritos de algas, geralmente por causa de alimentação não seletiva, ou por falta de fitoplâncton vivo de alta qualidade. Trituradores, como Asellus aquaticus (Isopoda: Asellidae), Porcellio scaber (Isopoda: Oniscidea), ou Gecarcoidea natalis (Decapoda: Grapsoidea) mordem ou arrancam pedaços de detritos particulados com suas mandíbulas, que possuem dentes cortantes muito esclerotizados. Assim, a trituração da massa de matéria detrítica grossa resulta na formação de detritos finos particulados. Quando se trata de fragmentos menores, os maxilípedes ajudam no transporte de partículas detríticas para as mandíbulas. Muitos crustáceos pelágicos (por exemplo, Cladocera e Copepoda) são filtradores de partículas finas suspensas. Como o principal componente da matéria orgânica pequena suspensa na maioria das massas de água é detrítico, é possível considerar esses consumidores planctônicos como detritívoros. Essas partículas detríticas de tamanho apropriado para o consumo, porém, são pobres em carbono orgânico. Foi observado, por exemplo, que copépodes marinhos consomem até 10 vezes mais matéria detrítica do que matéria vegetal fresca. Organismos bentônicos que se alimentam de matéria orgânica particulada após sedimentação são agrupados como depositívoros. Eles coletam partículas, originárias da coluna de água ou da decomposição da biota bentônica, do leito ou do fundo do mar. Os detritívoros bentônicos móveis, como o anfípode Corophium spp., entocam as partículas detríticas da superfície do sedimento usando apêndices semelhantes a uma escova ou que arranham, sendo assim denominados raspadores. Digestão do detrito vegetal O detrito vegetal pode ser derivado de algas ou plantas vasculares, que diferem notavelmente no que diz respeito à sua composição química e características estruturais. O detrito vegetal vascular contém altas concentrações de fibras, como celulose e hemicelulose, incorporadas em uma matriz de ligninas, o que torna o processo de digestão demorado. A celulose é um polímero de unidades de glicose unidas por ligações β-1,4 glicosídicas. Dito isso, a disponibilidade de carbono deste tipo de alimento é severamente comprometida. Há uma hidrólise enzimática da celulose que será descrita mais adiante, mas antes, as ligações de hidrogênio entre as cadeias devem ser quebradas, e essa quebra das ligações de hidrogênio é o passo limitante para metabolizar a celulose. A atividade enzimática da enzima celulase foi medida em muitos crustáceos e algumas celulases foram isoladas e identificadas. No entanto, um modelo completo para a hidrólise da celulose em crustáceos detritívoros ainda não foi estabelecido. O número e a origem das enzimas presentes, por exemplo, ainda não são conhecidos. As hemiceluloses estão ligadas umas às outras por meio de ligações β-1,4 ou β-1,3-glicosídicas. Como as ligações β-1,3-glicosídicas introduzem ângulos nas cadeias polissacarídicas, a maioria das hemiceluloses não são cristalinas, mas solúveis e relativamente fáceis de hidrolisar. As respectivas enzimas são comumente consideradas endógenas em crustáceos detritívoros, principalmente em espécies marinhas que encontram hemicelulose em suas respectivas fontes alimentares. Algumas celulases isoladas de crustáceos também exibem atividade em direção às hemiceluloses. Uma vez que as fibras de hemicelulose e celulose estão embutidas numa matriz de ligninas, é necessária pelo menos a degradação parcial do polímero de lignina fenólica para proporcionar acesso às cadeias de celulose embutidas. Atualmente é comumente assumido que a degradação de lignina em detritívoros é provocada por um conjunto de enzimas - várias oxidases e peroxidases - de origem fúngica. A degradação da lignina requer a quebra oxidativa das ligações carbono-carbono e éter entre unidades de lignina simples (monômeros fenólicos). Como a oxidação do fenol é essencial para os crustáceos no contexto de esclerotização da cutícula, cicatrização de feridas e resposta imune, pode-se esperar que essas enzimas sejam codificadas em seus genomas, mas há dúvidas se essas fenol-oxidases são suficientes para degradar eficientemente a lignina sozinhas. Em vez de agir na digestão, essas enzimas parecem estar envolvidas na muda e em respostas imunológicas. Portanto, as fenol-oxidases de origem microbiana que são ingeridas juntamente com os alimentos são limitantes da degradação digestiva e utilização de detritos ricos em fenol. Uma variedade de compostos secundários, como taninos, são considerados defensivos químicos contra herbivoria em plantas, e atuam impedindo ou dificultando a digestão de quem os come, provavelmente através da precipitação de proteínas dietéticas e enzimas digestivas. As condições ambientais dentro do lúmen intestinal de alguns crustáceos detritívoros - como isópodes terrestres -, no entanto, parecem prevenir os efeitos anti-digestivos dos taninos da dieta através de altas concentrações de surfactantes ou enzimas hidrolisantes de tanino. Os taninos também podem ter efeitos tóxicos e causar lesões celulares no epitélio intestinal; esse efeito, por sua vez, pode ser neutralizado por envelopes peritróficos, produtos membranosos do epitélio do intestino médio que revestem o epitélio intestinal e previnem tanto a abrasão através das partículas dos alimentos, quanto o contato direto entre o conteúdo intestinal e as células epiteliais. Os taninos parecem reduzir a palatabilidade do detrito de crustáceos detritívoros, resultando na preferência por resíduos pobres em tanino e lignina. Na mesma linha, os detritos frescos de plantas vasculares que ainda contêm grandes quantidades de taninos são evitados, em detrimento de detritos já lixiviados e processados, e que possuem portanto grandes quantidades de nitrogênio e biomassa microbiana. Detritos vegetais possuem pouca disponibilidade de nitrogênio, em relação a carbono, portanto crustáceos detritívoros geralmente consomem grandes quantidades de alimento, pois proteínas e aminoácidos são os principais nutrientes necessários para o desenvolvimento em crustáceos. Presumivelmente, é a microbiota de colonização dos detritos que fornece a fonte de nitrogênio necessária. Diferentemente dos detritos de plantas vasculares, algumas algas podem apresentar taninos ou compostos de celulose e até mesmo lignina, mas o valor nutritivo dos detritos de algas, embora menor que o de algas vivas, parece ser geralmente maior do que os das plantas vasculares. A desvantagem de depender de fontes alimentares de baixa qualidade pode ser contornada pela alimentação suplementar, como tecido vegetal vivo, frutas, ou carcaça que contém quantidades substanciais de fácil digestão, como lipídios, carboidratos e proteínas. Dessa forma, a maioria dos detritívoros pode ser considerada onívora, ainda mais por uma parte importante de sua alimentação ser composta por microrganismos. Dependendo das fontes compensatórias de alimento disponíveis, podem ser exigidos sentidos olfativos ou receptores químicos especializados, como para localizar frutas maduras ou tecido animal em decomposição, por exemplo. Crustáceos que forrageiam o meio respondem melhor à sinalização química que indica itens alimentares de alta qualidade. Há, portanto, evidências de mecanismos similares de escolha de alimentos em crustáceos detritívoros. Tanto os anfípodes que vivem entre marés, quanto os isópodes terrestres de hábito detritívoro se baseiam no odor dos metabólitos microbianos como indicador de detritos facilmente digeríveis. Aspectos morfológicos bucais e anatomia intestinal Entre os variados comportamentos alimentares, trituradores de matéria vegetal grossa representam tipicamente os detritívoros. Especializações morfológicas e anatômicas geralmente englobam partes bucais fortes, dentes robustos, moela para processamento de material fibroso de plantas e um aumento do volume do intestino anterior para processar grandes volumes de alimentos de baixa qualidade. Para que o animal obtenha acesso aos poucos nutrientes disponíveis na matéria detrítica, o material vegetal ingerido deve primeiro ser mecanicamente triturado em dois passos principais: (I) corte e mastigação de pedaços de detritos particulados com os componentes bucais e (II) trituração através da moela (moinho gástrico). Partes bucais esclerotizadas, principalmente mandíbulas, permitem que os detritívoros mordam pedaços de partículas detríticas. As mandíbulas consistem tipicamente de um incisivo, uma pequena placa acessória (lacinia mobilis), um grande molar e uma fileira de cerdas entre o molar e o lacinia mobilis. De acordo com as necessidades dos variados hábitos alimentares, as mandíbulas são modificadas de várias maneiras. Nos crustáceos decápodes, que são parcialmente detritívoros, os maxilípedes apresentam pouca variação. Os maxilípedes 1 e 2 estão envolvidos principalmente no transporte de partículas de alimentos para dentro e para fora da boca, através de correntes que levam matéria orgânica suspensa em direção às outras peças bucais. A ingestão de partículas de alimentos é apoiada, também, pela ação de coleta de partículas dos pereópodes quelados. Interações do aparelho bucal, particularmente mandíbulas, com as quelas - apêndices derivados do tórax - diferem entre as espécies de caranguejos. As quelas de caranguejos Gecarcinidae, por exemplo, mantêm grandes partículas de alimento nas mandíbulas, que então cortam pequenos pedaços do material e os passam para a boca. Por outro lado, os caranguejos Sesarmidae (por exemplo, Armases cinereum) quebram pequenos pedaços de folha com suas quelas e os passam para as mandíbulas, que então os mastigam em pedaços ainda menores. Em anfípodes gamarídeos, os gnatópodes subquelados do terceiro par de pereópodes transportam partículas alimentares e as mantêm na mandíbula enquanto se alimentam. Diferentemente dos decápodes, os peracarídeos possuem apenas um par de maxilípedes. Entre eles, os isópodes terrestres não possuem um palpo mandibular, e seus pereópodes anteriores não carregam subquelas. Em decápodes, a alimentação consistente em alimentos particulados geralmente está associada a partes bucais fortes, bem como a uma região calcificada antes do intestino. A moela - aparelho mastigatório proventricular em Peracarida - tritura ainda mais os fragmentos de detritos ingeridos. Ainda não se sabe, porém, o quanto esta ação contribui para a hidrólise enzimática da celulose e da hemicelulose, já que o esmagamento mecânico pode ajudar a romper as ligações de hidrogênio entre as cadeias e romper as ligações β-glicosídicas. A moela é composta por três saliências quitinosas calcificadas que interagem com várias estruturas ao redor. Dois dentes laterais projetam-se das paredes laterais da câmara cardíaca e complementam o dente medial que se estende do teto dorsal da câmara gástrica. Através de movimentos coordenados desses dentes, as partículas dos alimentos são trituradas e pulverizadas mecanicamente. Enquanto isópodes terrestres possuem um aparato mastigatório proventricular, em que partículas de alimentos são meramente espremidas por protrusões da cutícula do intestino anterior em Ligiidae, moelas resistentes ocorrem em espécies que consomem folhas duras, como os caranguejos de manguezal Aratus pisonii e Neosarmatium smithi. A teoria da digestão ideal prediz que espécies que vivem uma dieta vegetal devem ter um volume maior do intestino, permitindo ingerir mais alimentos durante cada período de forrageamento. Ademais, vísceras e superfícies epiteliais grandes fornecem espaço para uma microbiota densa que pode ajudar na quebra de nutrientes complexos, além de corresponder a um tempo prolongado de retenção do alimento, resultando em maiores taxas de assimilação. Coprofagia Devido à alta densidade microbiana, fezes são consideradas uma fonte alimentar valiosa para os detritívoros, e espera-se que muitos detritívoros sejam coprófagos. A vantagem potencial da coprofagia é a ingestão de material detrítico pré-digerido, processado por microorganismos e enriquecido em biomassa e enzimas microbianas, ou seja, rico em nutrientes prontamente disponíveis. Alguns invertebrados detritívoros, na ausência de bolsas intestinais grandes que permitam hospedar vastas comunidades de micróbios que ajudam na digestão, fazem uso de coprofagia da mesma forma que ruminantes usam seus simbiontes microbianos. Portanto, o ato de comer fezes pode ser ilustrado como um um “rúmen externo”. Sistema digestório A nutrição, tomada de alimento e sistema digestório dos crustáceos varia bastante de grupo para grupo.  Traçando um panorama geral, porém, observa-se que a boca é ventral e o trato digestivo é quase sempre reto. O intestino anterior encontra-se comumente aumentado e funciona como um estômago triturador, cujas paredes portam cristas quitinosas, dentículos e ossículos calcários em aposição. O intestino médio varia enormemente em comprimento, e quase sempre encontram-se presentes de um a vários pares de cecos. Pelo menos um par de cecos do intestino médio, especialmente nos crustáceos grandes, foi usualmente modificado para formar glândulas digestivas esponjosas (o hepatopâncreas) compostas de dutos e túbulos secretores cegos. As suas secreções são a fonte primária de enzimas digestivas. A ação do fluido digestivo ocorre no intestino médio e no estômago triturador do intestino anterior, quando a câmara se encontra presente. A absorção está confinada às paredes do intestino médio e aos túbulos do hepatopâncreas; no entanto, o hepatopâncreas também contém as células para armazenamento de compostos como o glicogênio, gorduras e cálcio. Classe Malacostraca Na maioria dos malacóstracos, o intestino anterior modificou-se como um estômago bicameral, que porta dentes trituradores e cerdas filtrantes em forma de pente. Dentro do estômago, mastiga-se o alimento e inicia-se a digestão. Os produtos finalmente particulados dessa ação são filtrados e eliminados para o intestino médio e depois para as suas bolsas, chamadas de glândulas digestivas, ou hepatopâncreas. Devido a diversidade dos Malacostraca, porém, é necessário abordar cada uma das ordens separadamente. Ordem Decapoda O intestino anterior típico de um Decapoda consiste de um pequeno esôfago que leva ao interior de uma câmara cardíaca espaçosa e de uma câmara pilórica menor posterior, separada da porção cardíaca por uma valva. O esôfago e as câmaras cardíaca e pilórica são revestidos por um exoesqueleto quitinoso, que é variavelmente espessado para formar vários ossículos nas paredes dessas câmaras. Os ossículos  providenciam sustentação e locais para a ligação muscular externa. Determinados ossículos dão origem internamente a um dente dorsal mediano e a dois dentes laterais, um em cada lado do dente mediano. Esses três dentes, situados internamente na porção posterior da câmara cardíaca, formam o famoso moinho gástrico, onde o alimento é desintegrado mecanicamente . A ação trituradora do moinho gástrico e o movimento das paredes do estômago são controlados por uma série complexa de músculos que circundam o estômago. A câmara pilórica divide-se em uma porção dorsal, que leva ao hepatopâncreas através de dois grandes dutos, um proveniente de cada filtro glandular. A porção dorsal da câmara pilórica é separada da ventral por uma fileira de dentículos pareados, impedindo que partículas grandes entrem no filtro glandular. O hepatopâncreas  tem como composição inúmeros túbulos cegos. Esses túbulos são compostos de células que funcionam na secreção enzimática, na endocitose e na digestão intracelular do alimento particulado, na absorção e no armazenamento de nutrientes e na embalagem vesicular dos detritos indigeríveis e da sua remoção pela exocitose. As secreções digestivas movem-se para o interior das câmaras, tanto cardíaca quanto pilórica. O material que for demasiadamente grande para passar através do filtro glandular e entrar no hepatopâncreas é transportado a partir da porção dorsal da câmara pilórica no interior do intestino. Assim, o epitélio do intestino médio na extremidade anterior do intestino secreta um tubo membranoso claro, a membrana peritrófica, que envolve o material a ser evacuado pelo intestino posterior revestido pela cutícula. Superordem Peracarida Ordem Amphipoda Nota-se que o parasitismo é muito menos prevalente entre os anfípodos do que entre os peracarídeos e isópodos. Existem alguns ectoparasitas de peixes, com partes bucais sugadoras. Os clamídeos (chamados de piolhos-de-baleia) têm pernas adaptadas para subir no hospedeiro, mas provavelmente alimentam-se de diatomáceas e resíduos que se acumulam na pele de baleias. Ordem Isopoda A maioria dos isópodes é de consumidores de carniça e onívoros, embora alguns tendam para uma dieta herbívora. O consumo de depósito é comum. Os tatuzinhos alimentam-se de algas, fungos, líquens, cascas de árvore e qualquer matéria animal ou vegetal em decomposição. Alguns tatuzinhos são carnívoros, assim como há algumas espécies marinhas (tais como Cirolana intertidal e o grande pelágico Bathynomus). Os isópodes marinhos perfuradores de madeira alimentam-se de madeira, e as suas secreções hepatopancreáticas incluem a celulase. Nos sedimentos, as espécies perfuradoras de madeira de Limnoria são atraídas para fungos de madeira. Os fungos acrescentam nitrogênio á sua dieta predominantemente de celulose. Nos tatuzinhos terrestres, a digestão de celulose resulta das bactérias e o intestino posterior exerce um papel importante no processo digestivo. Existem vários grupos de isópodos parasitas. Os Gnathiidae nos estágios larvais e os Cymothoidae adultos são ectoparasitas da pele dos peixes e têm mandíbulas adaptadas para perfurar. As partes bucais perfuradoras também se encontram presentes nos parasitas que compõem a subordem Epicaridea, todos hematófagos e parasitários de muitos grupos de crustáceos. Classe Branchiopoda O intestino anterior dos branquiópodes forma um esôfago curto, e o intestino médio encontra-se frequentemente aumentado para formar um estômago. No entanto, nos cladóceros, o intestino é mais ou menos tubular e não se distingue facilmente das outras partes do trato digestivo. Há frequentemente dois pequenos cecos digestivos. O intestino em alguns cladóceros encontra-se enrolado de uma a várias vezes. Classe Copepoda Os calanoídeos armazenam nutrientes em um corpo gorduroso ou em um saco oleoso do intestino médio, que frequentemente dão ao corpo uma coloração vermelha ou azul. O óleo contribui para a flutuação em muitas espécies. Classe Cirripedia Dentro da classe Cirripedia, as cracas são os maiores representantes. Essas cracas perfuram em corais ou conchas de moluscos velhas, utilizando dentes quitinosos no manto, bem como uma dissolução química. ao alimentar-se o animal sacular nu projeta seus cirros através da abertura em forma de fenda do seu buraco, algumas vezes mantendo os apêndices abertos como um leque e girando-os várias vezes antes de retraí-los no interior do buraco. Em alguns grupos de Cirripedia que são parasitas (tais como uma larva ciprial do Lemaeodiscus porcellanae observa-se a formação de ramificações de um sistema radicular de nutrientes (chamado de interno) dentro do hospedeiro. Os intestinos das cracas divide-se em anterior e posterior revestidos por cutícula, bem como um intestino médio digestivo. O intestino anterior das cracas torácicas tem uma placa de cutícula espessa contra a qual as mandíbulas trituram o alimento. O intestino médio porta sete cecos digestivos e um par de glândulas pancreáticas. As glândulas secretam enzimas para digestão extracelular no intestino médio. O intestino posterior forma os bolos fecais. Registros fósseis de crustáceos Assim como outros artrópodes, o grupo Crustacea apresenta um vasto registro fóssil devido, provavelmente, à facilidade de fossilizar certos componentes de seus corpos. Esses animais apresentam boa parte de seu corpo constituído de partes duras permitindo que sejam conservadas por longos períodos de tempo. No entanto, Crustacea não têm registros fósseis tão abundantes comparado com outros artrópodes, como os trilobitas. Algumas das causas podem estar relacionadas com a dificuldade na hora da identificação já que grande parte dos grupos mais diversos são microscópicas. Ademais, aqueles de maior porte, como lagostas, raramente têm seu corpo preservado integralmente. Isso se dá porque, antes do início do processo de deposição de sedimentos (primeira parte da fossilização) e depois da decomposição das partes moles, os tecidos que mantinham as várias peças do exoesqueleto juntos já se foram propiciando a separação das partes por correntes de água, por exemplo. Por este motivo, mesmo com vários achados desses animais no Paleozóico, dificilmente eles estavam íntegros. Existem várias formas de fossilização, as mais comuns desses animais são: conservação de partes duras, em que só parte do indivíduo é preservada sendo possível analisar essas regiões tridimensionalmente; moldagem, situação em que os componentes do animal foram perdidos, mas restou sua impressão no substrato podendo ser interna ou externa e contramoldagem, que é a deposição de sedimentos no vazio antes deixado pelo ser ao ser degradado. Icnofósseis Além de restos de organismos na forma de fósseis, há outros registros - chamados de vestígios -  que incluem os moldes já citados assim como os icnofósseis que também contribuem significantemente para o estudo de Crustacea. Há outros tipos de vestígios como os coprólitos, (fezes fossilizadas) e gastrólitos (rochas de restos estomacais). Os icnofósseis são rastros que seres vivos deixam como tocas, túneis, pegadas e orifícios originários de bioerosão, que não revelam o organismo em si mas, sim, uma atividade biológica. Todos esses rastros são objetos de estudos da Paleoicnologia. Variações no tamanho, espessura e textura de túneis (bioperturbações), por exemplo, indicam não só a que organismo os rastros pertenciam, mas também seu estilo de vida. No âmbito de Crustacea, estudos de icnologia em Sardenha, Itália - associados a registros fósseis - evidenciam que o trabalho ecológico de engenharia ecossistêmica (agentes geobiológicos e geomorfológicos) desses animais datam desde o Mesozóico e estão relacionados com a diversificação de linhagens que sofreram durante o final do Carbonífero e do Permiano. Ainda assim, há mais inferências que podem ser feitas com a Icnologia (engloba tanto a Paleoicnologia quanto o estudo do rastros atuais). Nesse mesmo estudo de Sardenha, além de pesquisar sobre a paleoecologia dos crustáceos, foi também estudado o paleoclima do Permiano-Triássico. Os autores concluíram que esse período estava passando por um aquecimento global já que icnofósseis mostravam sinais de estresse hídrico. No Brasil, há registros de icnofósseis de Crustacea na Formação Irati, a qual está associada ao Permiano. Ainda por aqui, há também no Piaçabuçu (Bacia Sergipe-Alagoas), Gramame (Bacia Pernambuco-Paraíba) e Jandaíra (Bacia Potiguar), relacionados ao Cretáceo no Nordeste. As formações Maria Farinha datam do Paleoceno (Pernambuco) e em Pirabas os registros são do Mioceno (Pará). Primeiros Registros Por muito tempo, os registros considerados mais antigos de fósseis de crustáceos eram de um táxon chamado Phosphatocopina, o qual foi descoberto em 1964 e cujos indivíduos são semelhantes a ostrácodes por possuírem conchas bivalves. Devido a esse fato, eles foram, inicialmente, incluídos na classe Ostracoda, mas, atualmente, com base em outras características morfológicas, o grupo é considerado irmão de Eucrustacea. Os fósseis de Phosphatocopina são datados de aproximadamente 490 milhões de anos, portanto do período Cambriano Superior. Porém, em estudos mais recentes, foram descobertos fósseis de crustáceos datados do Cambriano Inferior (aproximadamente 517 milhões de anos) muito parecidos com o camarão moderno. Além disso, é possível que os crustáceos, ou algum grupo de grande semelhança, tenham sido o primeiro grupo de artrópodes a ter surgido, antes mesmo dos trilobitas, no final do período pré-Cambriano ou no início do período Cambriano (cerca de 540 milhões de anos). Mais recentemente, uma nova leva de registros fósseis foi descoberta nas rochas de Orsten (‘stinking stone’ ou rocha malcheirosa) em lagerstätten (tipo de depósito sedimentar), na Suíça. Durante as décadas de 60 e 70, o pesquisador Klaus Müller e seus associados descobriram esses depósitos fósseis com excelente qualidade de preservação das partes moles, incluindo detalhes de estruturas menores de um micrômetro de tamanho e com larvas conservadas, isso tudo mantendo três dimensões. A fauna de Orsten engloba todos esse fósseis, que se dão pela fosfatização secundária da cutícula superior provavelmente logo após a morte do organismo, já que não apresenta destruição subsequente. Essa descoberta contribuiu para o entendimento da evolução de metazoários no geral, porém teve grande impacto nas pesquisas de artrópodes. Os microfósseis encontrados se assemelham a grupos de crustáceos atuais como os onicóforos, tardígrados, pentastomídeos, cefalocáridos, mistacocarídeos e braquiópode; revelando que os crustáceos cambrianos tinham todos os atributos dos crustáceos modernos como olhos compostos e larvas náuplio (com primeiras antenas locomotoras), por exemplo. Curiosamente, observou-se que nesses tipos de sítios Orsten, há grande prevalecimento de formas larvais e jovens com poucos fósseis com características adultas marcantes, como aquelas sexuais. Uma hipótese levantada para atender esse questionamento é que o hábito de vida dos estágios larvais era bem diferente dos adultos, o suficiente para não compartilharem a mesma área. A fauna de Orsten foi encontrada em vários outros locais desde o seu descobrimento, tais como os Estados Unidos da América, Canadá, Inglaterra, Polônia, Sibéria, China e Austrália. Classe Ostracoda O grupo com registro fóssil mais completo entre os crustáceos é o grupo Ostracoda, pequenos animais com uma carapaça similar a dos moluscos bivalves, a qual é extremamente calcificada e que, em conjunto com o tamanho reduzido dos indivíduos desse grupo, criam condições muito favoráveis para a fossilização. Ademais, as valvas da carapaça são peças chave para a classificação dos fósseis, considerando que estas são a característica morfológica utilizada para diferenciá-los na exclusiva maioria dos casos. A partir dos fósseis encontrados, sabe-se que o registros existentes são contínuos, sendo que os mais antigos pertencem ao período Cambriano e todas as formas encontradas até o Carbonífero são de água salgada, nesse período surgindo as primeiras espécies de água doce as quais se diversificam e se tornam comuns no período Jurássico. Em certos casos, os depósitos das “conchas” dos ostrácodes formam um tipo de rocha por vezes usada em construção: a coquina. Os penhascos brancos de Dover, na Inglaterra, são um bom exemplo desta rocha. Classe Mystacocarida Mystacocarida não possui registro fóssil conhecido apesar de ser um dos grupos de animais intersticiais mais estudados. A ausência de vestígios fósseis se deve, muito provavelmente, ao seu habitat, que dificulta a fossilização por não ser consolidável. Classe Copepoda O registro fóssil de Copepoda é bem escasso, mas, entre seus fósseis, possui alguns datados do Mioceno e mais outros do Cretáceo. Além disso há registro de ovos de Copepoda do Quaternário Superior. Classe Branchiura Até o momento desta edição, não há ainda estudos relatando registros fósseis de Branchiura. Classe Malacostraca Malacostraca é a classe de crustáceos mais dominante e que mais obteve sucesso, possuindo também um vasto registro fóssil. Os períodos em que cada uma de suas subclasses tem possível origem são: Phyllocarida no Cambriano Médio, Hoplocarida no Devoniano Tardio e Eumalacostraca no Carbonífero Inferior e possivelmente no Devoniano Médio. Em especial, no registro de Syncarida, existem muitas contradições, pois não é muito estudado ainda. Porém, alguns achados mostram que, apesar dos sincáridos atuais serem, em sua maioria, de água doce, seus ancestrais eram, provavelmente, marinhos. Dentro dos Malacostraca, existem duas subclasses essencialmente compostas por espécies já extintas: Hoplocarida e Phyllocarida. Os fósseis mais conhecidos de Hoplocarida datam do período Carbonífero e são de duas ordens: Stomatopoda e Aeschronectidea. No Brasil, existem registros fósseis de Malacostraca, principalmente dentro de Eumalacostraca e suas ordens. Associadas ao Cretáceo Inferior, as Formações Riachuelo (Sergipe), Santana (Ceará) e Itamaracá (Pernambuco) apresentam registros de Decapoda encontrados entre 1962 até meados de 2001. Já do Cretáceo Superior, há registros nas Formações Beberibe e Gramame (Pernambuco). Ainda em Decapoda, há registro do Paleoceno (Formação Maria Farinha - Pernambuco), do Oligoceno (Bahia e São Paulo) e do Mioceno (Formação Pirabas - Pará). Os isópodes têm representantes do Permiano em São Paulo, nas Formações Tatuí e Irati; do Cretáceo Superior no Rio Grande do Norte, na Formação Açu; e do Oligoceno em São Paulo na Formação Tremembé. Na Alemanha, há a formação rochosa conhecida como calcário de Solnhofen e formada no período Jurássico, que é conhecido por possuir fósseis bem preservados de diversas plantas e animais que variam de répteis e dinossauros a invertebrados, incluindo crustáceos. Um dos melhores exemplos de crustáceo encontrado na região são os fósseis de Aeger spinipes, um animal semelhante a um camarão, cuja detalhada preservação dos apêndices torácicos faz com que o fóssil seja considerado de boa qualidade. Classe Remipedia Remipedia é um grupo com pouco registro fóssil, sendo todos pertencentes a uma única ordem chamada Enantiopoda. Dentro desse grupo os registros dividem-se entre duas espécies: Tesnusocaris goldichi e Cryptocaris hootche. Porém, a segunda espécie foi retirada da discussão por não possuir registros preservados o suficiente para uma possível reconstrução, por isso, apenas a primeira espécie é considerada. Além disso, a espécie fóssil de Remipedia sugere um parentesco entre essa classe e cephalocarida. Classe Cephalocarida Não há nenhum estudo que indique que foi encontrado qualquer registro fóssil de Cephalocarida, entretanto, a partir de características morfológicas consideradas primitivas, cientistas inferiram que haja registros de Cephalocarida do período cambriano, época em que os primeiros crustáceos surgiram. Classe Branchiopoda Em Branchiopoda, os primeiros registros datam do Paleozóico, tendo organismo classificados como branchiopod-like (‘parecido com branchiopoda’) por todo o Cambriano, encontrado em ambiente marinho. Datado do Devoniano, o mais antigo encontrado no continente é o Lepidocaris rhyniensis, apesar de sua relação com os braquiópodes seja ainda questionada. Esta espécie é a única da ordem Lipostraca, grupo que não ostenta um representante atual, ou seja, é considerada extinta. Além disso, apesar da ampla discussão sobre a filogenia de Branchiopoda, ainda há muitas divergências devido ao conhecimento reduzido sobre a evolução do táxon, dado que o registro fóssil deste é escasso e grande parte dos espécimes não estão muito bem preservados. Dentro de Branchiopoda, a superordem Cladocera è particularmente mais estudada. Este grupo é conhecido atualmente por ter obtido sucesso em águas doces continentais, como rios e lagos, apesar de possuir representantes em água salgada, e é um importante componente do zooplâncton ao redor do mundo. Dessa forma, esta superordem também é alvo de interesse em estudos para descobrir mais sobre o desenvolvimento dos ambientes aquáticos e qual foi seu papel na Revolução Lacustre Mesozóica. O registro fóssil em Cladocera foi pouco claro até alguns anos atrás por diversos motivos que dificultaram o estudo da história evolutiva do grupo. O que se sabe é que ele pode ter surgido no período Paleozóico, e se diversificou muito, além de possuir ampla distribuição em seu auge no período Mesozóico. Porém, atualmente, sua diversidade diminuiu bastante após um evento de extinção em massa, do qual os cladóceros não se recuperaram, provavelmente, devido à movimentação dos continentes e às consequentes mudanças na dinâmica dos oceanos e na condição climática. O táxon também é considerado “relict” (relíquia), pois, ao que estudos indicam os organismos deste grupo sofreram poucas mudanças e sobreviveram por um longo período de tempo. Por outro lado, há sugestões de que ocorreram especiações recentes no Terciário e, como os organismos deste grupo obtiveram sucesso em ambientes de água doce, eles possuiriam alta plasticidade e capacidade de adaptação. Já o grupo Anostraca, por exemplo, é uma ordem com representantes de fósseis de boa qualidade no Cretáceo inferior e no Mioceno apesar de pobre em registros. Classe Thecostraca Cirripedia, uma subclasse de Thecostraca, é um grupo dos crustáceos com melhor registro fóssil, sendo o mais antigo datado do Cambriano Médio com preservação do tipo folhelho de Burgess. Além disso, esse grupo apresenta várias outras descobertas espalhadas pelas era geológicas. No Siluriano Superior, um cirripédio foi encontrado preso nos apêndices de um euripterídeo, artrópode já extinto (escorpião-marinho). Alguns outros foram encontrados datados do Carbonífero. No entanto, a sua abundância de fósseis se concentram distribuídos pelo Mesozoico e Cenozoico. Há registros também de Thecostraca da fauna de Orsten, datando desde o Cambriano Superior até o Ordoviciano Inferior. Classe Tantulocarida Assim como Branchiura e Cephalocarida, não há estudos que indiquem a descoberta de fósseis de Tantulocarida. Classe Pentastomida Pentastomida apresenta registro fósseis de suas larvas que datam do Cambriano Médio e outras de adultos do Cambriano Superior e Ordoviciano Inferior da fauna Orsten. Aplicação e importância Esses registros são de grande importância tanto para a ciência biológica, quanto histórica, geográfica e geológica. O estudo deles, de início, é relacionado majoritariamente com a formulação de teorias sobre a origem e aparência dos grupos basais de um determinado táxon, assim como a história evolutiva do táxon em estudo, sendo esses os principais fatores da importância biológica. Essas formulações apenas são possíveis devido à possibilidade que os fósseis proporcionam de relacionar o vestígio animal com o tempo geológico, permitindo uma dimensão temporal das mudanças tanto morfológicas quanto genéticas de grupos, que, por sua vez, permitem inferir sua natureza evolutiva. Sendo assim, a paleontologia é um dos principais pilares que apoiam a Evolução, esclarecendo e ampliando seu estudo.Além disso, a localização e distribuição dos fósseis pode funcionar como indicador de mudanças climáticas, auxiliando no estudo de migrações em massa de certas espécies e o surgimento de refúgios climáticos que ocorreram principalmente em épocas com mudanças climáticas extremas como as eras glaciais. Da mesma forma, os locais onde esses registros foram encontrados e o tipo de solo em que estes foram formados podem ajudar no melhor entendimento sobre a deriva dos continentes e como um ambiente pode ter sido modificado ao longo das eras geológicas por causa disso. Um possível exemplo seria o achado de fósseis de crustáceos marinhos em regiões que atualmente são continentais, como é o caso de sincáridos (grupo exclusivamente aquáticos) encontrados em Montana Central, Estados Unidos da América, em folhelhos de Charneca, região localizada no meio do continente, indicando que um dia já esteve submersa. Para que os estudos desses temas possam ser aprofundados é necessário que os registros fósseis sejam preservados de forma a possibilitar consultas futuras ao material por diferentes pesquisadores e pelo maior período de tempo possível. Essa necessidade é um dos principais motivos para a existência de acervos de fósseis, os quais geralmente mantêm vários espécimes fósseis de um mesmo tipo de organismo, como diversas partes do corpo de uma determinada espécie ou várias espécies de um mesmo grupo. Quando os acervos são maiores, é mais provável que os dois casos ocorram com maior frequência do que em acervos reduzidos. Alguns acervos de fósseis que possuem fósseis de crustáceos pelo mundo são o Museu Nacional de História Natural dos Estados Unidos da América, administrado pelo Instituto Smithsoniano e localizado em Washington D.C, o Museu Nacional de História Natural da França, administrado por dois ministérios do governo francês em Paris, o Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, da Universidade Regional do Cariri (URCA) em Santana do Cariri e o Museu de Geociências da Universidade de São Paulo (USP) em São Paulo, ambos no Brasil. Galeria Ligações externas Biomania.com - Crustáceos
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Luís Manuel de Moura Cabral (Alfândega da Fé, 1763 — Lisboa, 4 de maio de 1847), foi um magistrado judicial que foi ministro do Reino de Portugal num breve espaço de tempo, de 6 de dezembro a 16 de dezembro de 1826, data em que assume a pasta da Justiça, que ocupa até 8 de junho de 1827. Foi ainda Presidente da Comissão Municipal de Lisboa, de Junho a Outubro de 1846 Foi casado com D. Mariana Vitória de Mendonça Aguiar, falecida em 17 de abril de 1828 na Travessa do Pasteleiro, freguesia de Santos-o-Velho, sendo sepultada na Igreja Paroquial. Ministros da Justiça de Portugal Presidentes da Câmara Municipal de Lisboa Primeiros-ministros da Monarquia Absoluta Portuguesa
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
(, na numeração romana) foi um ano comum do século XIX do actual Calendário Gregoriano, da Era de Cristo, e a sua letra dominical foi A (52 semanas), teve início a um domingo e terminou também a um domingo. Eventos O termo Amazônia foi utilizado pela primeira vez em O Paíz das Amazonas, do Barão Santa Anna Néri, batizando a região em homenagem às icamiabas, indias guerreiras encontradas na região. Encontrada a Lapis niger. Portugal: Criação do município de Espinho. Janeiro 1 de janeiro — Termina o domínio espanhol em Cuba. Fevereiro 3 de fevereiro - Grande enchente de mar na ilha de São Jorge, uma grande "vinda do mar atingiu as costas viradas a sul", causando grandes estragos no Porto da Fajã dos Vimes, o mar galgou a terra matando uma pessoa nas Velas e provocando enorme destruição na freguesia da Conceição e zonas adjacentes. 25 de fevereiro - a Renault é fundada na França. Abril 16 de abril – É realizada na Sé de Angra a cerimónia de Batismo e Crisma de Ngungunhane e seus companheiros de exílio, pelo bispo de Angra, D. Francisco José Ribeiro de Vieira e Brito. Incluindo os seus filhos que adoptaram os nomes de baptismo de Reinaldo Frederico Gungunhana, António da Silva Pratas Godide, Roberto Frederico Zichacha e Silva (de que foi padrinho de batismo José Pimentel Homem de Noronha) e José Frederico Molungo (de que foi padrinho de batismo Francisco de Paula de Barcelos Machado de Bettencourt). Maio 1 de maio - Luís Galvez proclama a independência do Acre. 13 de maio - Fundação do Esporte Clube Vitória. Julho 11 de julho - a famosa empresa de carros Fiat é fundado em Turim, na Itália. Agosto 26 de agosto - Fundação do município de Campo Grande. 27 de agosto – É inaugurada a nova Igreja Paroquial de São Jorge das Doze Ribeiras, Doze Ribeiras, ilha Terceira, destruída pelo furacão de 1893. Setembro 7 de setembro - Fundação do Esporte Clube Pinheiros. 18 de setembro - Composto o sucesso internacional "Maple Leaf Rag", de Scott Joplin. Outubro 17 de outubro – Um furacão atinge o Grupo Central dos Açores, atravessando-o provoca destruição generalizada nas habitações e perda de colheitas e de gados. Na ilha de São Jorge verificaram-se os maiores danos. Novembro 4 de novembro - "A Interpretação dos Sonhos", de Sigmund Freud: o primeiro modelo dos processos mentais. 29 de novembro - Fundação do Fútbol Club Barcelona, clube de futebol da Espanha. Dezembro 16 de dezembro - Fundação da Associazione Calcio Milan, clube de futebol de Milão, Itália. Nascimentos 17 de janeiro - Al Capone, gangster norte-americano (m. 1947). 3 de fevereiro - Café Filho, 18º Presidente do Brasil (m. 1970). 27 de março - Gloria Swanson, atriz estadunidense (m. 1983) 27 de abril - Walter Lantz, cartunista, criador do personagem do Pica-Pau e fundador do Walter Lantz Productions (m. 1994) 29 de abril - Duke Ellington, foi um compositor de jazz, pianista e líder de orquestra estadunidense (m. 1974). 10 de maio - Fred Astaire, actor norte-americano (m. 1987). 26 de junho - Grã-Duquesa Maria Nikolaevna Romanova da Rússia (m. 1918). 17 de julho - James Cagney, actor norte-americano (m. 1986). 13 de agosto - Alfred Hitchcock, cineasta britânico (m. 1980). 4 de outubro - Franz Jonas, foi um político austríaco e Presidente da Áustria de 1965 a 1974 (m. 1974). 5 de novembro - Sándor Radó, cartógrafo e espião húngaro (m. 1981) 29 de novembro - Emma Morano, pessoa mais velha do mundo e decana da humanidade (m. 2017). 8 de dezembro - Anselmo Alliegro, presidente de Cuba em 1959 (m. 1961). 25 de dezembro - Humphrey Bogart, actor norte-americano (m. 1957). 22 de junho - Sobhuza II, rei de Essuatíni (m. 1982) Falecimentos 30 de outubro - Hermann Blumenau, farmacêutico alemão, fundador da colônia São Paulo de Blumenau e primeiro administrador do município de Blumenau, Brasil (n. 1819). 13 de Novembro - Almeida Júnior, pintor brasileiro (n.1850).
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
(, na numeração romana) foi um ano comum do século XIX do actual Calendário Gregoriano, da Era de Cristo, e a sua letra dominical foi B (52 semanas), teve início a um sábado e terminou também a um sábado. Acontecimentos Formou-se a primeira médica no Brasil, Rita Lobato. 11 de janeiro - O tratamento antirrábico de Louis Pasteur é defendido na Académie Nationale de Médecine, pelo Dr. Joseph Grancher. 20 de janeiro - O Senado dos Estados Unidos permite que a Marinha alugue Pearl Harbor como base naval. 21 de janeiro- A União Atlética Amadora (AAU) é formada nos Estados Unidos. Brisbane recebe uma precipitação de um dia de 465 milímetros (um recorde para qualquer capital da Austrália). 24 de janeiro - Batalha de Dogali: as tropas abissínios derrotam os italianos. 28 de janeiro- Em uma nevasca em Fort Keogh, Montana, os maiores flocos de neve registrados são relatados. Eles têm 15 polegadas (38 cm) de largura e 8 polegadas (20 cm) de espessura. A construção da fundação da Torre Eiffel começa em Paris, na França. 2 de fevereiro - O primeiro Dia da Marmota é observado em Punxsutawney, Pensilvânia. 4 de fevereiro - A Lei de Comércio Interestadual de 1887, aprovada pelo 49º Congresso dos Estados Unidos, é sancionada pelo presidente Grover Cleveland. 5 de fevereiro - A Ópera de Giuseppe Verdi Otello estreia no La Scala. 8 de fevereiro - O ato de Dawes, ou o ato geral do lote, é decretado. 23 de fevereiro - A Riviera francesa é atingida por um grande terremoto, matando cerca de 2.000 ao longo da costa do Mediterrâneo. 26 de fevereiro - No Campo de Críquete de Sydney, George Lohmann se torna o primeiro jogador a levar 8 wickets, em um teste de inning. 3 de março - Anne Sullivan começa a ensinar Helen Keller. 4 de março - Gottlieb Daimler revela seu primeiro automóvel. 7 de março - A North Carolina State University é estabelecida como Faculdade de Agricultura e Mecânica da Carolina do Norte. 13 de março - protetores de ouvido são patenteado por Chester Greenwood. 12 de maio - o município brasileiro de Urucará, no atual estado do Amazonas. 3 de Novembro - Fundação da Associação Académica de Coimbra. Esta é a data do alvará de fundação e a data que se comemora oficialmente, apesar de que já existia desde 1876. 8 de Novembro - Émile Berliner patenteia o Gramofone (Gira-discos). Heinrich Hertz descobre as "Ondas Hertzianas", 2º passo para a descoberta do rádio. Nascimentos 31 de julho - Mitsuru Ushijima, general japonês e comandante durante a batalha de Okinawa (m. 1945). 1 de Janeiro - Wilhelm Canaris, almirante alemão e chefe da Abwehr durante 1935-1944 (m. 1945). 10 de Janeiro - José Américo de Almeida, escritor, político, advogado, folclorista e sociólogo brasileiro, membro da ABL (m. 1980). 26 de Janeiro - Marc Mitscher, almirante da marinha dos Estados Unidos durante a Primeira e Segunda Guerra Mundial (m. 1947). 7 de Fevereiro - Roberto Duque Estrada, ilustre médico radiologista brasileiro, membro da Sociedade Brasileira de Radiologia e primeiro professor de radiologia do Rio de Janeiro (m. 1966). 12 de Fevereiro - Edelmiro Julián Farrell, presidente da Argentina de 1944 a 1946 (m. 1980). 5 de Março - Heitor Villa-Lobos, importante compositor brasileiro (m. 1959). 10 de Março - Santo Padre Inocêncio da Imaculada, padre da Congregação dos Passionistas, santo e mártir de Turón (m. 1934). 25 de Março - Chūichi Nagumo, almirante da Marinha Imperial Japonesa (m. 1944). 16 de Maio - Maria Lacerda de Moura, anarquista e feminista brasileira (m. 1945). 17 de Maio - João da Baiana, sambista brasileiro (m. 1974). 23 de Maio - Thoralf Skolem, matemático norueguês (m. 1963). 25 de Maio - Padre Pio, sacerdote católico italiano (m. 1968). 6 de Junho - Ruth Benedict, antropóloga dos Estados Unidos (m. 1948). 07 de Julho- Marc Chagall, grande pintor russo (m.1915). 17 de Julho - Erle Stanley Gardner, escritor e advogado estadunidense (m. 1970) 12 de Agosto - Erwin Schrödinger, físico austríaco (m. 1961). 10 de Setembro - Giovanni Gronchi, presidente de Itália de 1955 a 1962 (m. 1978). 5 de Outubro - René Cassin, humanista francês premiado com o Nobel da Paz em 1968 (m. 1976). 31 de Outubro - Chiang Kai-shek, político chinês (m. 1975). 13 de novembro / 25 de novembro no Calendário juliano - Nikolai Ivanovich Vavilov botânico e geneticista russo. (m. 1943.) 14 de Novembro - Amadeo de Souza-Cardoso, pintor Português (m. 1918). 16 de novembro - João Neves da Fontoura, político, diplomata e advogado brasileiro, Imortal da Academia (m. 1963). 17 de Novembro - Bernard Law Montgomery, oficial do Exército Britânico, combateu na Segunda Guerra Mundial (m. 1976). 28 de Novembro - Ernst Röhm, auxiliar de confiança de Hitler (m. 1934). 13 de Dezembro - George Pólya, matemático húngaro (m. 1985). 22 de Dezembro - Srinivasa Ramanujan, matemático indiano (m. 1920). 23 de Dezembro - John Cromwell, ator e cineasta dos Estados Unidos (m. 1979). Falecimentos 27 de Fevereiro - Aleksandr Borodin, compositor e químico russo (n. 1833). 17 de Outubro - Gustav Kirchhoff, físico alemão (n. 1824). 19 de Outubro - José Rodrigues, pintor português da época romântica (n. 1828). Temáticos Ciência August Weismann propôe que o número cromossómico teria pois que ser reduzido para metade, no caso das células sexuais (gametas). Tal proposição tornou-se facto quando da descoberta do processo da meiose.
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
(, na numeração romana) foi um ano bissexto do século XIX do actual Calendário Gregoriano, da Era de Cristo, e as suas letras dominicais foram F e E (52 semanas), teve início a uma terça-feira e terminou a uma quarta-feira. Eventos Joseph Burr Tyrrell descobre o primeiro fóssil de albertossauro. A Ermida de Nossa Senhora do Livramento do Loural mandada erguer em 1855 pelo então padre João Silveira de Carvalho, é elevada a curato. Janeiro 2 de Janeiro - É fundada a Federação Espírita Brasileira. Fevereiro 8 de Fevereiro – Passagem do príncipe da Alemanha (Alberto Guilherme Henrique) pela ilha do Faial, Açores. Março 25 de Março - Abolição da escravidão no Estado do Ceará, Brasil. Abril 19 de Abril - Inauguração do Elevador do Lavra em Lisboa. 20 de Abril - O Papa Leão XIII promulga a encíclica Humanum Genus, onde condena a Maçonaria. Abril - Naufrágio nos mares dos Açores, do iate "União", algures entre a ilha de São Jorge e a ilha de São Miguel. Julho 10 de Julho - Abolição a escravidão no Estado do Amazonas, Brasil. Agosto 9 de agosto - Quarto voo de um dirigível, por Charles Renard e Arthur Constantin Krebs. 24 de agosto - Fundada no Rio a Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro na Rua de Santana. Setembro 28 de setembro - Fundação do Estádio Anfield Road Outubro 1 de Outubro - Início da Conferência Internacional do Meridiano, em Washington (EUA), que vai escolher o meridiano de Greenwich como o meridiano internacional inicial da longitude (Greenwich Mean Time > GMT) e o início dos fusos horários. 12 de Outubro - Convite dos governos francês e alemão para Portugal participar na Conferência de Berlim. 20 de outubro - declaração do Báb ao Jovem Mullá Husayn na cidade de Shiraz na Pérsia Dezembro 15 de Dezembro - A Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Sião, Pensilvânia (EUA), obtém personalidade jurídica, e Charles Taze Russell é eleito seu Presidente. Carnaval Primeira sociedade carnavalesca desfila em Salvador, o Clube Carnavalesco Cruz Vermelha. Nascimentos 30 de janeiro - Pedro Pablo Ramírez, presidente da Argentina de 1943 a 1944 (m. 1962). 31 de janeiro - Theodor Heuss, foi um político alemão e presidente da Alemanha de 1949 a 1959 (m. 1963). 12 de Fevereiro - Alice Roosevelt Longworth, filha do ex-presidente americano Theodore Roosevelt. (m. 1980). 4 de Abril - Isoroku Yamamoto, almirante japonês, planejou o ataque a Pearl Harbor (m. 1943) 7 de abril - Bronisław Malinowski, antropólogo da Polónia (m. 1942). 16 de Abril - Arlindo de Andrade Gomes, jurista, jornalista e político brasileiro. (m.1975) 20 de Abril - Augusto dos Anjos, poeta brasileiro. (m. 1914) 29 de Abril - Jaime Cortesão, escritor e historiador português (m. 1957) 7 de Maio - A.J.Renner, empresário brasileiro (m. 1966) 8 de Maio - Harry Truman, Presidente dos Estados Unidos. (m. 1972) 13 de Junho - Gerald Brosseau Gardner, antropólogo amador, escritor, ocultista e Bruxo Tradicionalista inglês, divulgador da Wicca (m. 1964). ((23 de Junho)) - ((José Martins Fontes - O Terceiro do Nome)), Poeta e Médico brasileiro. 7 de Julho - Aníbal Freire da Fonseca, jurista e jornalista brasileiro, Imortal da ABL (m. 1970). 12 de Julho - Amedeo Modigliani, pintor italiano (m.1920) 31 de Julho - Friedrich Robert Helmert, geodesista alemão (m. 1917) 23 de Agosto - Felipe Neri Jiménez, general mexicano (m. 1914). 27 de Agosto - Vincent Auriol, presidente interino da França e presidente da França de 1947 a 1954 (m. 1966) 24 de Setembro - Hugo Schmeisser, inventor e desenhador de armas alemão (m. 1953) 25 de Setembro - Roquette-Pinto, médico, professor, antropólogo, etnólogo e ensaísta brasileiro, considerado o pai da radiofusão no Brasil. (m. 1954) 20 de outubro - Nascimento de Abdul-Baha na Pérsia 24 de Novembro - Yitzhak Ben-Zvi, presidente de Israel de 1952 a 1963 (m. 1963). 21 de dezembro - Tomás Monje Gutiérrez, presidente da Bolívia de 1946 a 1947 (m. 1954). 01 de Agosto - Nascimento de Albano de Jesus Beirão, o Homem-Macaco, que muitos autores e investigadores apontam com a inspiração de Edgar Rice Burroughts para escrever Tarzan (m. 1976) Falecimentos 6 de Janeiro - Gregor Mendel, monge agostiniano, botânico e meteorologista, pai da Genética, nascido na atual República Tcheca (n. 1822). 14 de Fevereiro - Alice Hataway Roosevelt, primeira mulher do ex-presidente americano Theodore Roosevelt. (n. 1861). 2 de Maio - Adelino Fontoura, poeta, ator brasileiro, Patrono da Academia (n. 1859). 16 de Julho - Pedro Luís Pereira de Sousa, poeta, político, ministro e conselheiro do Império do Brasil, presidente da Bahia. (n. 1839) ?? - Rafael Zaldívar, presidente de El Salvador de 1876 a 1885 (n. 1803)
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Salonica, também conhecida como (; "vitória sobre os tessálios") é a segunda maior cidade da Grécia e a principal cidade da região grega da Macedônia. Em 2011, a população da área metropolitana era de , dos quais na cidade propriamente dita e no município. O nome Salonica, antigamente mais comum e usado em vários idiomas europeus, deriva da variante (Saloníki) em grego popular. Outras denominações historicamente importantes incluem , em , e Selânik, em turco moderno; (Solun), nas línguas eslavas da região; Sãrunã em arromeno; Selanik em ladino. O orago santo padroeiro da cidade é São Demétrio de Salonica e o seu santuário, a Igreja de São Demétrio (Hagios Demetrios), está classificado como Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO. História A cidade foi construída por determinação de Cassandro, em , que lhe deu o nome da sua esposa, Tessalônica, meia-irmã de Alexandre Magno. Esta fora assim chamada por seu pai, , por ter nascido no mesmo dia da vitória (, em grego antigo) dos macedônios sobre os tessálios. Foi a capital de um dos quatro distritos romanos da Macedônia, governada pelo pretor Fabiano, a partir de Em 388, a cidade foi palco do Massacre de Salonica, quando, por ordem do imperador Teodósio , pessoas foram chacinadas por se revoltarem contra o general Buterico e outras autoridades romanas. O cristianismo na cidade Na sua segunda viagem missionária, São Paulo pregou na sua sinagoga, lançando as bases de uma das mais marcantes igrejas da época, e destinou-lhe duas das suas epístolas. A animosidade contra Paulo, por parte dos judeus da cidade, levou-o a fugir para Bereia. Posteriormente, escreveu a Primeira Epístola aos Tessalonicenses e a Segunda Epístola aos Tessalonicenses. Domínio bizantino e veneziano Desde que foi subtraída à Macedônia, Salonica fez parte do Império Romano e do Império Bizantino, até que Constantinopla foi conquistada na Quarta Cruzada, em 1204. A cidade tornou-se capital do Reino de Salonica, fundado pelos cruzados, até ser capturada pelo Despotado do Epiro, em 1224. É reconquistada pelo Império Bizantino em 1246, mas, sem capacidade para fazer frente às invasões do Império Otomano, o déspota bizantino Andrónico Paleólogo é forçado a vendê-la a Veneza, que a manteve até 1430. Domínio otomano Sob domínio do Império Otomano até 1912, a cidade distinguia-se pela sua população maioritariamente judaica de origem sefardita, em consequência da expulsão dos judeus da Espanha depois de 1492 (havia também alguns judeus romaniotas). A língua mais usada na cidade era o ladino (língua derivada castelhano) e o dia de descanso oficial da cidade era o sábado. Domínio grego moderno Salonica foi o principal "prêmio" da primeira Guerra dos Bálcãs em 1912, quando se tornou parte da Grécia. Durante a Primeira Guerra Mundial, um governo provisório foi ali estabelecido e dirigido por Elefthérios Venizélos. Este governo tornou-se aliado dos britânicos e franceses, contra a vontade do rei, que era favorável à neutralidade da Grécia. A maior parte da cidade foi destruída por um incêndio de origem desconhecida (provavelmente um acidente), em 1917. O fogo teve como consequência a diminuição para metade da população judia que emigrou depois de verem as suas casas e seus meios de subsistência destruídos. Muitos foram para a Palestina. Alguns foram no Expresso do Oriente para Paris. Ainda outros foram para a América. Gregos exilados de Esmirna e de outras áreas da moderna Turquia em 1922, seguindo a derrota do exército grego que invadiu a Ásia Menor, chegaram a Salonica e influenciaram a cultura da cidade. Elefthérios Venizélos proibiu a reconstrução do centro da cidade até que um projeto de modernização da cidade estivesse pronto. Apesar dos esforços gregos, quase todos os habitantes judeus da cidade foram assassinados no Holocausto durante a ocupação alemã entre 1941 e 1944. Atualmente é uma cidade universitária, base da OTAN e um importante centro industrial, com refinarias de petróleo, fábricas de maquinaria, têxteis e tabaco. Monumentos e outros lugares de interesse Um marco e um símbolo bem conhecido em Salonica é a Torre Branca . Outros monumentos notáveis são o Arco de Galério, a igreja de São Demétrio e os extensos muros da cidade. O Museu Arqueológico guarda um rico acervo que abrange desde a Pré-história até o período romano. A cidade tem bonitas praças com muitos bares, como a Praça Aristóteles, a Praça Santa Sofia, a Praça Nea Panagia e a Praça Navarino. Ligações externas Municipalidade de Salonica (em grego) Câmara Municipal de Salonica (em grego) Salonica (em inglês) Salonica fotos Fotos e comentários (em inglês) Localidades da Grécia Capitais europeias da cultura Cidades da Roma Antiga Cidades do Império Bizantino Reino de Tessalônica Macedónia romana Via Egnácia Cidades portuárias da Europa
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Azóia de Baixo é uma antiga freguesia portuguesa do concelho de Santarém, com 4,45 km² de área e 297 habitantes (2011). A sua densidade populacional era 66,7 hab/km². Foi extinta e agregada às freguesias de Achete e Póvoa de Santarém, criando a União das freguesias de Achete, Azoia de Baixo e Póvoa de Santarém. População Média do País no censo de 2001: 0/14 Anos-16,0%; 15/24 Anos-14,3%; 25/64 Anos-53,4%; 65 e mais Anos-16,4% Média do País no censo de 2011: 0/14 Anos-14,9%; 15/24 Anos-10,9%; 25/64 Anos-55,2%; 65 e mais Anos-19,0% Ligações externas Antigas freguesias de Santarém
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Póvoa da Isenta é uma freguesia portuguesa do município de Santarém, com 13,90 km² de área e 1045 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é . A freguesia foi criada em 1920, por desanexação da freguesia de Almoster, pela lei nº 1002, de 24/06/1920. Demografia A população registada nos censos foi: Ligações externas Freguesias de Santarém
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Vale de Figueira é uma antiga freguesia portuguesa do município de Santarém, com 21,43 km² de área e 1 082 habitantes (2011). A sua densidade populacional era 50,5 hab/km². Foi extinta e agregada à freguesia de São Vicente do Paul, criando a União das freguesias de São Vicente do Paul e Vale de Figueira. Esta aldeia, apenas a 14 km de Santarém, encontra-se situada num vale, paralelo ao planalto da Boa Vista, sendo famosa por ser a foz do rio Alviela, afluente do Tejo. É uma terra de campinos, cavalos e toiros, com uma beleza natural que tornam Vale de Figueira uma aldeia única no Ribatejo, rica na produção de vinhas e cereais. Toponímia As opiniões divergem, mas muitos acreditam que a origem do nome "Vale de Figueira" vem do facto de esta terra ter sido, em tempos, coberta por figueiras. A sua fundação é já dos tempos do Império Romano, tendo sido algumas vezes um lugar de eleição pela realeza e, mais tarde, presidência portuguesas, para visitar, descansar e pernoitar, como foi o caso do presidente da República Américo Thomaz. Para além disso, Vale de Figueira possuía um convento de Frades Franciscanos Arrábidos (Ordem dos Frades Menores), denominado de "Convento de Nossa Senhora de Jesus da Ordem de S. Francisco", do qual ainda restam, somente, algumas ruínas, incluindo a janela da qual se diz que os frades davam comida aos pobres. A lezíria de Vale de Figueira é banhada pelos rios Tejo e Alviela e é conhecida pela sua beleza. Com efeito, desde 2008, um projecto conhecido como 'Rota dos Avieiros' foi iniciado para ajudar a desenvolver aldeias avieiras como esta, promovendo o seu turismo. Neste sentido, uma série de caminhos pedestres foi (re)criada, ao longo dos rios e por entre o mato do Quelhas, tornando possível explorar o melhor que esta terra tem para oferecer da sua beleza natural e selvagem. Para a aldeia em concreto, estão a ser estudadas visitas guiadas que cubram os pontos de interesse da freguesia, bem como desportos aquáticos e outros radicais, entre outras actividades culturais e de lazer. Porém, tudo depende dos fundos provenientes do Governo para o efeito. Também famosas são as muitas quintas de Vale de Figueira, cada uma com conteúdos preciosos, desde carruagens antiquíssimas usadas pelas famílias ricas destas quintas, passando por capelas decoradas a ouro e outros materiais valiosos e ornamentais de séculos passados. Exemplos disto são a Quinta do Castilho, a Quinta de Nossa Senhora da Conceição e a Quinta da Boa Vista. Algumas das quintas são, também, muito famosas pelas suas ganadarias. Outra quinta que vale a pena ser visitada, pelo seu bosque e villa com piscina e jardim, é a Quinta da Sobreira. No princípio do século XX, Vale de Figueira era rica na produção de azeite, tendo seis lagares de azeite a trabalhar, em conjunto. É por isso que as folhas de oliveira estão representadas no brasão da freguesia, juntamente com a folha da figueira e o chapéu do campino, símbolos já referenciados, todos acima das linhas azuis e prateadas que simbolizam, por sua vez, os rios Alviela e Tejo. População Média do País no censo de 2001: 0/14 Anos-16,0%; 15/24 Anos-14,3%; 25/64 Anos-53,4%; 65 e mais Anos-16,4% Média do País no censo de 2011: 0/14 Anos-14,9%; 15/24 Anos-10,9%; 25/64 Anos-55,2%; 65 e mais Anos-19,0% Património Estação arqueológica de Chões de Alpompé Festas Populares Feira do Arroz doce Festas em honra do padroeiro São Domingos Festas populares Mostra de aves anual (Amiaves) Antigas freguesias de Santarém
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
O Nachi é um worm que explora uma falha do Microsoft Windows. Uma vez em execução o worm deleta alguns worms anteriores como o blaster e similares. Além disto ele instala um patch para prevenir outros ataques que explorem a mesma falha. Programas de computador maliciosos
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Santiago do Cacém é uma antiga freguesia portuguesa do concelho de Santiago do Cacém, com 116,79 km² de área e 7 603 habitantes (2011). A sua densidade populacional era 65,1 hab/km². O seu nome deriva do Governador Mouro Kassim e da Ordem de Santiago. Foi extinta e agregada às freguesias de São Bartolomeu da Serra e Santa Cruz, criando a União das freguesias de Santiago do Cacém, Santa Cruz e São Bartolomeu da Serra. População Média do País no censo de 2001: 0/14 Anos-16,0%; 15/24 Anos-14,3%; 25/64 Anos-53,4%; 65 e mais Anos-16,4% Média do País no censo de 2011: 0/14 Anos-14,9%; 15/24 Anos-10,9%; 25/64 Anos-55,2%; 65 e mais Anos-19,0% Património Área do Castelo Velho com as ruínas romanas de Miróbriga Castelo de Santiago do Cacém Igreja de Santiago ou Igreja Matriz de Santiago do Cacém Convento de Nossa Senhora do Loreto (ruínas) Capela de São Brás Ermida de São Sebastião Chafariz da Senhora do Monte Pelourinho de Santiago do Cacém Capela de São Pedro Pousada de Santiago do Cacém Personalidades ilustres Visconde de Santiago do Cacém Santiago é triste
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Alejandro Celestino Toledo Manrique (Cabana, 28 de março de 1946) é um economista e político peruano. Foi presidente de seu país de 28 de julho de 2001 a 28 de julho de 2006, quando foi sucedido por seu adversário Alan Garcia, que já havia sido presidente do país. Toledo foi eleito na vaga de revolta contra Alberto Fujimori, presidente que dera um "autogolpe" de Estado, vencera a guerrilha do Sendero Luminoso, instituíra a reeleição no Peru e fora reeleito, mas posteriormente se viu forçado a fugir do país e a radicar-se no Japão, país de seus pais. Muito popular no início, Toledo acabou o mandato com uma taxa de popularidade inferior a dez por cento. Carreira política Ele concorreu à Presidência da República em 2000, mas foi derrotado por seu oponente, o presidente cessante Alberto Fujimori, que detinha todo o poder da mídia. Alejandro Toledo contesta o resultado da eleição e denuncia a fraude. Vários dos seus apoiantes foram mortos e dezenas de feridos na repressão de uma manifestação pacífica do regime de Fujimori. Ele foi novamente candidato em 2001, após a demissão e fuga para o Japão de Alberto Fujimori, representando o partido liberal Perú Posible contra o ex-presidente social-democrata Alan García. Em 2005, pouco antes do final de seu mandato, seu índice de popularidade ficou abaixo de 10% de satisfação, um dos mais baixos da América do Sul, devido a repetidas crises ministeriais, falta de desempenho econômico, e casos de corrupção. Em 2010, ele se juntou à "Iniciativa Amigos de Israel", que reúne políticos e empresários internacionais para usar suas influências para apoiar os interesses israelenses. Candidato às eleições presidenciais de 2011, obteve 15,64% dos votos, ficando em quarto lugar. Ele foi novamente um candidato na eleição presidencial em 2016, ganhando 1,3% dos votos. Corrupção Em abril de 2016, Alejandro Toledo foi convocado ao tribunal para responder a acusações de lavagem de dinheiro sobre a compra de várias propriedades em conluio com um empresário israelense. Ele é suspeito de tráfico de influências e de ter recebido US$ 20 milhões em subornos de empresas brasileiras, incluindo a Odebrecht, em troca de contratos favoráveis a elas, e de ter lavado esse dinheiro na compra de propriedades de luxo em Israel. Ele também é suspeito de lavagem de dinheiro através de uma empresa offshore na Costa Rica. Em fevereiro de 2017, a justiça exige seu encarceramento e as autoridades peruanas anunciam que oferecerão US$ 30 mil por qualquer informação sobre seu paradeiro, já que Toledo fugiu para o exterior. Ele está localizado nos Estados Unidos, mas sua extradição para o Peru está suspensa pelas autoridades americanas, apesar de uma Notificação Vermelha emitida pela Interpol a seu respeito. Em 16 de Julho de 2019, Toledo foi preso nos EUA. Ligações externas Presidência do Peru Toledo Economistas do Peru
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Água Longa é uma freguesia portuguesa do município de Santo Tirso, com 14,90 km² de área e 2341 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é . A freguesia de Água Longa é uma das maiores do município de Santo Tirso, e está situada no seu extremo sul. A Paróquia de São Julião de Água Longa deve obediência eclesiástica à vigararia de Valongo da Diocese do Porto. Goza de uma excelente localização geográfica, uma vez que dista 10 km da sede de concelho, cerca de 11 da cidade do Porto e faz fronteira com a cidade de Alfena, possuindo excelentes acessibilidades (A41 - Porto, Paços de Ferreira, Maia, Alfena, etc.; EN 105, Porto - Alfena - Santo Tirso - Guimarães; EN 318, Água longa - Vila do Conde), é banhada pelo Rio Leça que a atravessa de Nascente a Poente. Água Longa tem como principais atividades económicas a agricultura e a indústria (setores têxtil, mobiliário e construção civil). Demografia A população registada nos censos foi: Património arquitetónico Património referido no SIPA: Capela em Pidre Ponte Medieval do Arquinho Ligações externas Junta de Freguesia de Água Longa - site oficial Centro Recreativo e Popular Juventude de Água Longa sentiragualonga.blogspot.com Freguesias de Santo Tirso
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Lamelas, outrora designada de Santa Eulália de Lamelas, é uma antiga freguesia portuguesa do concelho de Santo Tirso, com 4,67 km² de área, 922 habitantes (fonte:censos 2011) e uma densidade populacional de 197,4 h/km². Foi sede de uma freguesia extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, para, em conjunto com Guimarei, formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Lamelas e Guimarei. Está rodeada pelas localidades de Água Longa, Agrela, Reguenga, Refojos de Riba de Ave, Carreira e Guimarei. Implantada em área de Vale (Vale do Leça) tem excelentes solos agrícolas. Situa-se numas das margens Rio Leça. A actividade predominante é agricultura com as tradicionais culturas de milho, batata, vinho, centeio, linho (antigamente) e criação de gado, contudo há cerca de um século atrás, segundo nos informa Alberto Pimentel, a profissão mais generalizada quer nesta localidade, quer na vizinha Reguenga, era a de almocreve. Tem como padroeira Santa Eulália, festejada anualmente a 10 de Dezembro. Em termos de população, Lamelas teria em 1890, uns 180 fogos, com 567 habitantes, em tempos mais próximos - 1970, uns 779 habitantes e em 1991 - por censo - uns 942, encontrando-se esta população dividida por casas, casais e quintas, destas últimas destacando-se as de: Forjães, Soutelinho, Pardieiro, Pousada, Portela e Serra População Média do País no censo de 2001: 0/14 Anos-16,0%; 15/24 Anos-14,3%; 25/64 Anos-53,4%; 65 e mais Anos-16,4% Média do País no censo de 2011: 0/14 Anos-14,9%; 15/24 Anos-10,9%; 25/64 Anos-55,2%; 65 e mais Anos-19,0% Heráldica Ordenação heráldica do brasão Publicada no Diário da República, IIIª Série de 16 de agosto de 2002 Brasão: escudo de azul, feixe de três ramos de linho de ouro, floridos e botoados de prata, entre palma de ouro posta em faixa, no chefe e campanha ondada de prata e azul de três tiras. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: «LAMELAS» Simbologia: A palma de ouro - Representa o orago da freguesia Santa Eulália, assim como a religiosidade da população. O ramo de linho - Representam a agricultura, actividade de grande tradição em Lamelas, e o artesanato. Ondado de prata e azul - Representam o rio Leça, em cuja margem se localiza a freguesia de Lamelas. História As origens da paróquia remontarão à primeira metade do século XI, pois já em 1044 é citada a respectiva Igreja de Santa Eulália (“sancta eolalia”, em “P.M.H., Diplomata et Chartae”, p. 205). É ainda citada no “Rol das Igrejas do Rei” e nas inquisições de 1258, surge como “Sancta Ovaia de Lamelas”. Quanto ao orago, é significativo registar que, em meados já do século XVI (1542), “Censual da Mitra do Porto” (p. 210) oscila entre as formas “Samta Eolalie” e “Samta Ovaia”, quanto à etimologia do topónimo “Lamelas” é por certo de origem geográfica, reportando-se às características dos solos. Até 1836 pertenceu ao concelho de Refojos de Riba d`Ave, ano em que o concelho foi extinto. Após a extinção do referido concelho foi integrada no concelho de Santo Tirso. Por Lamelas passava a antiga Estrada Real, do Porto para Guimarães e que dela se seguia por Guimarei, Carreira, (Valinhas, Quinchâes, Santa Luzia, Cabanas e Redondo) - lugares de Monte Côrdova, prosseguindo para Bustelo, do concelho de Paços de Ferreira, dentro daquele itinerário. Esta estrada ou mais vulgarmente considerado Caminho Real, passava um tanto acima da actual estrada nacional (EN 105), possuindo no seu trajecto, boas fontes de água apetecida e ao que se consta, duas Pousadas: Uma, um tanto abaixo desse caminho e em direcção ao Rio Leça, na Quinta de Pousada, no Lugar do mesmo nome e que dizem, além do serviço normal de comida e albergaria, era procurada pelos refractários ou desertores do Exército Real e pelos "Fugidos" à Justiça desse tempo, talvez porque um tanto distante da habitual passagem. Outra, muito conceituada, tinha a sua localização mais junto ao "caminho", no lugar de Portela, quase na saída da Localidade, pelo lado de Guimarei. Em ambas, se podia comer da boa carne, quase sempre caseira, se "alijava" a carga das bestas (leia-se: burros, cavalos e bois) e se dava do bom pasto aos cansados animais que, coitados, se limitavam, à custa de chicotadas, berros e espuma na boca, a fazer o transporte do vinho, azeite, frutas e cereais, enquanto os "outros", se limitavam às amenas cavaqueiras e aos bons petiscos, à lareira, com chouriço e presunto como aperitivos da "presuria e do presigo" ou da sopa. Um dos pontos obrigatórios de passagem ou permanência e que atraía à Localidade imensos forasteiros, era a Capela da Ermida de Santo António (hoje, infelizmente toda em ruínas). Esta paróquia, era "Abadia com reserva", do antigo Convento de Santo Tirso e Bispado do Porto. Importa ainda referir que Santa Eulália de Lamelas, pertencia ao condado da Feira de D. Rui Pereira, 1º conde da Feyra, pelo que aqui se reproduz um excerto da história da freguesia da Agrela [...Santa Eulália de Lamelas, assim outrora designada, pertencia ao condado da Feira de D. Rui Pereira, 1º conde da Feyra e, esteve na sua posse desde 1430 até 1539, altura em que Manoel Cirne comprou, com autorização do Rei D. João III, ao Conde da Feira, D. Manuel Pereira. Passou a ser conhecido por senhor do concelho de Refoyos de Riba d`Ave, cujo agrupava 9 curados: S. Pedro de Agrella, S. Julião de Agua-Longa, S. Salvador de pena mayor, Santa Maria da Reguenga, Santa Eulalia de Lamelas, S. Payo de Guimarei, S. Tiago da Carreira e S. Cristovão de Refojos, em que a cabeça do concelho era Agrela.Mais tarde, com o nascimento de seu filho João Cirne, decide mudar o nome para senhor do morgado de Agrella. Mais tarde nasce Manuel Cirne da Silva, que fora para a Índia. Foi Fidalgo da Casa Real; em 16 de Setembro de 1668 foi-lhe confirmada a doação da Terra de Refoyos, por sucessão, que era de juro e herdade; Diz-nos Felgueiras Gayo que perdeu o Senhorio de Refoyos e Agrela por crimes que cometeu e depois o comprou a Roque Monteiro Paim. Roque Monteiro Paim foi comendador de Santa Maria de Campanhã no bispado do Porto, da ordem de Cristo; doutor em Direito civil pela Universidade de Coimbra, secretário de estado do expediente a mercês de el-rei D. Pedro II, e seu grande valido; senhor da Honra de Alva, da Vila do Cano, dos Reguengos de Agrela e Maia; conselheiro da fazenda de capa e espada; desembargador extravagante da Casa da Suplicação, etc. Nascido em Lisboa a 25 de Maio de 1643, faleceu a 24 de Junho de 1706…] Figuras Ilustres Antónia Mascarenhas Malafaia (segunda esposa de Nicolau Nazoni) Nicolau Nazoni (San Giovanni Valdarno, 2 de Junho de 1691 — Porto, 30 de Agosto de 1773) foi um artista, decorador e arquitecto italiano que desenvolveu grande parte da sua obra em Portugal, considerado um dos mais significativos arquitectos da cidade do Porto. A sua obra inclui uma parte importante da arte barroca e rococó (rocaille) nesta cidade, chegando a envolver alguns dos melhores e mais significativos edifícios do século XVIII do Porto e arredores. Nicolau Nazoni casou em 31 de Julho de 1729 com uma Fidalga sua conterrânea, a Napolitana Isabel Castriotto Rixaral. Do seu casamento com Isabel Rixaral nasceu um filho chamado José no dia 8 de Junho de 1730, cujo padrinho era membro de uma família nobre. Essa família nobre empregou Nasoni numa das suas muitas obras portuenses - a casa e jardim da Quinta da Prelada.Mas o seu casamento demorou pouco pois a sua esposa faleceu em 25 de Junho do respectivo ano, pensa-se que devido a complicações resultantes do parto. Pedro da Costa Lima tenta então vincular o artista toscano na cidade adoptiva, dando-lhe em 1731 a grande encomenda da Igreja dos Clérigos, a qual lhe deu trabalho para mais de trinta anos garantindo-lhe a imortalidade. Nazoni no mesmo ano da morte da sua esposa, volta a casar desta vez com Antónia Mascarenhas Malafaia de 24 anos, natural de Santa Eulália de Lamelas no concelho de Santo Tirso, onde nasceu em 1706, filha de António Mascarenhas Malafaia e de Isabel da Silva. O casamento realizou-se na capela Nossa Senhora de Vandoma no dia 3 de Setembro de 1730 Os Fidalgos da Casa da Vandoma apreciavam bastante o artista, transferindo-lhe a casa; até a altura morava na Rua chã foi então que os fidalgos transferiram-no para as casas antigas perto da Capela da Nossa Senhora de Vandoma, onde viveu com a sua segunda esposa até se instalarem mais tarde nos Paços Episcopais. Os Paços Episcopais foi outra das obras de Nazoni, desenhada em 1734. Deste casamento nasceram 5 filhos; Margarida (1731), António (1732), Gerónimo, que recebeu o nome do protectorado parto (1733), Francisco (1734) e finalmente Ana (1735). Sthefany Agrella (filha de Sandro Agrella um importante comerciante de Lamelas e o mais rico da cidade) foi uma importante medica da época, ajudou os soldados na batalha de carapateira.não a palavras para escrever tamanha importância para a cidade de Lamelas. Localização geográfica Lamelas fica no sul do concelho, situa-se a 6,3 km da cidade de Santo Tirso, na estrada que liga esta cidade a Alfena e ao Porto. Goza também de uma excelente localização geográfica, é atravessada pela EN105, que liga Porto a Guimarães e que torna acessível a qualquer habitante chegar em poucos minutos (de automóvel) quer a Santo Tirso, quer a outras cidades próximas caso de Vila Nova de Famalicão, Guimarães, Paços de Ferreira e outras da área metropolitana do Porto como por exemplo, Maia, Alfena, Valongo, Porto, Matosinhos, Vila do Conde e Póvoa de Varzim. Lamelas tem localização próxima de Alfena, o que lhe permite rapidamente alcançar a A 42, A 41 e a A 3, em breves minutos. Desporto A ACDL – Associação Cultural Desportiva de Lamelas, conta já com mais de 25 anos de existência, a sua fundação data de 15 de Julho de 1980 e tem a sua sede na Rua de Santa Eulália. Foi declarada “Instituição de Utilidade Pública” nos termos do art. 3º. do Decreto - Lei nº. 460/77 de 7 de Novembro, por despacho de 23 de outubro de 1993 publicado no DR IIª Série, de 12 de novembro de 1993. Das actividades desta associação destacam-se as participações no Torneio Concelhio de Futebol Amador. Património Destacam-se nesta área: -Capela de Santo António, junto ao Lugar da Fonte do Lobo. O singelo templete, reduzido agora à fachada principal e respectiva galilé, emerge da vegetação que o rodeia, sob a guarda de uma granítico cruzeiro que em frente se ergue, recordando ao viajante uma antiga devoção paroquial que o tempo, inexoravelmente, quase por completo obliterou. -Casa de Santa Eulália, antigo solar de traça sóbria e elegante, atribuível à centúria de setecentos. A meio da fachada voltada à estrada, ao nível do primeiro andar, rasga-se um formoso nicho em cantaria abrigando a imagem pétrea de Santa Eulália. -Casa Casal de S. Simão, edifício solarengo de certo porte. Colectividades Rancho Folclórico de Santa Eulália de Lamelas Destaca-se nesta área o Rancho Folclórico de Santa Eulália de Lamelas, fundado em 21 de junho de 1963. A "origem" propriamente dita do Rancho de Lamelas não é muito conhecida, não abundando os pormenores, mas crê-se que a ideia resultou de um "Cortejo de Oferendas" realizado nesta Freguesia, em que as crianças, bem trajadas especialmente para a ocasião, cantavam e dançavam transportando as suas ofertas, no que eram seguidas pelos jovens e adultos, com a mesma finalidade. Daí que, inicialmente, o Rancho Folclórico de Lamelas tenha nascido como "Rancho Infantil". Sendo certo também que Joaquim Moreira Dias (Botica), nome pelo qual era vulgarmente conhecido há alguns anos, procurou fazer um levantamento das tradições da freguesia e região em que se insere, desses usos e costumes, debruçou-se sobre o passado e através do Folclore ou do Grupo de Folclore que criou, procurou que nada fosse perdido e passasse, antes sim, a ser eternamente (se assim se pode falar), a ser recordado através dos tempos, sendo por tal facto considerado o fundador e principal dinamizador do Rancho Folclórico de Lamelas. O Rancho Folclórico de Santa Eulália procura divulgar, tentando "descobrir", com a sua música, instrumental, danças e cantares, aliando "a rigor" - trajes e utensílios da época -, um pouquinho da história das Regiões dos Vales do Ave e Leça e até Maiata ("terras da Maia"), que, em termos de folclore, deu e recebeu, fortes influências. E já que, falando de folclore, se faz um pouco de "história", lembro alguns aspectos relacionados com os utensílios ainda hoje patentes no Grupo, interpretativos dos trabalhos que se efectuavam na região, como sejam, a dobadoura, o sarilho, a foice, o malho, engaço, etc. E quanto aos trajes, ainda hoje se procura que eles possam traduzir ou corresponder às vestes utilizadas noutros tempos, quer nos trabalhos campestres, quer em ocasiões especiais, como as de trabalhador rural, lavrador - pobre ou rico, trajes de linho, de noivos, trajes de cerimónia, etc, salientando-se o pormenor que a saia vermelha e garrida, das moças, traduzia o traje usado para festas e feiras. Falando de instrumentos musicais, também eles mesmo hoje, correspondem aos que se usavam na altura e podemos vê-los integrados no nosso Rancho, como: Concertinas, Violas, Cavaquinhos, Violas Braguesas, Reco-reco, Tambor e Ferrinhos. Outras peças fundamentais, são os Cantadores, Cantadeiras e o Coro, que nos apressamos a felicitar porque ao longo dos tempos "emprestaram" as suas lindas vozes ao seu Grupo. E tantas foram e ainda tantas são, que não as podemos esquecer. Ainda a propósito dos trajes usados actualmente no Rancho e que, como dissemos, procuram traduzir os usados outrora, registamos um pormenor curioso que se prende com a faixa preta, debruada a vermelho e que os homens prendem bem esticadinha à cintura e que dizem, encontra eco nas antigas faixas usadas pelos carregadores de grandes "cestos vendimos" ou de "espigas de milho", para evitarem ou protegerem as forças ou hérnias", contraídas pelo grande esforço e peso, no subir das ladeiras íngremes ou descarga em lagares, eiras ou espigueiros. Prosseguindo, diremos que Lamelas, se situa na região do Douro Litoral, mais propriamente na Região do Vale do Rio Leça, Concelho de Santo Tirso e Distrito do Porto, o que quer dizer que procura interpretar, através do seu Folclore, com a maior fidelidade, os usos e costumes de toda esta Região, executando danças e cantares recolhidas ao longo dos tempos e que constituíam o encanto das tardes e noites de romarias, desfoIhadas, vindimadas, linharadas, espadeladas, festas e feiras, convidando à dança do Vira à Chula, do Malhão à Ramaldeira, em constantes movimentos de Roda, Coluna, ou Quadrado. Antigas freguesias de Santo Tirso Antigas freguesias de Refojos de Riba de Ave Paróquias de Portugal com orago de Santa Eulália
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
São Mamede de Negrelos foi uma freguesia portuguesa do concelho de Santo Tirso, com 4,77 km² de área e 2 145 habitantes (2011). Densidade: 449,7 h/km². População No censo de 1940 figura como S. Mamede de Negrelos Média do País no censo de 2001: 0/14 Anos-16,0%; 15/24 Anos-14,3%; 25/64 Anos-53,4%; 65 e mais Anos-16,4% Média do País no censo de 2011: 0/14 Anos-14,9%; 15/24 Anos-10,9%; 25/64 Anos-55,2%; 65 e mais Anos-19,0% História Longa foi a história de São Mamede de Negrelos até integrar o concelho de Santo Tirso, em 1955. As primeiras referências à localidade datam do século XIII. Em 1220, nas inquirições do Reinado de D. Afonso II, a região era designada por Santo Mamede de Couto de Roriz. Mais tarde, em 1258 passou a ser conhecida como São Mamede da Várzea e integrava o concelho de Refojos de Riba d'Ave. Em 1834 passou a ser a sede do Couto de Negrelos e apenas dois anos depois foi absorvida pelo concelho de São Tomé de Negrelos. Só em 1955 é que a freguesia passara para a jurisdição do município de Santo Tirso. Foi vila e sede de concelho até ao início do século XIX, quando foi integrada no concelho de São Tomé de Negrelos. Era constituída apenas pela freguesia da sede e tinha, em 1801, 528 habitantes. Foi uma freguesia extinta (agregada) em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada às freguesias de Campo (São Martinho) e São Salvador do Campo, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Campo (São Martinho), São Salvador do Campo e Negrelos (São Mamede). Economia A agricultura conhece actualmente em São Mamede de Negrelos uma nova vaga de desenvolvimento. Cada vez mais os produtores investem em estufas para aumentar a qualidade dos seus produtos e para um melhor escoamento dos mesmos. A indústria ainda tem uma pequena expressão na localidade. As que existem laboram na área da confecção e são pequenas dimensões. Cultura Neste capítulo, o destaque vai para a realização do Festival de Folclore levado a cabo pelo o Rancho Folclórico de São Mamede de Negrelos, anual, no primeiro sábado de Julho. A promover a cultura local, a junta de Freguesia que promove diversos eventos ao longo do ano, como o 25 de Abril e a Festa da Juventude. É de salientar ainda o parque activo no verão, com uma série actividades (cessões de cinema ao ar livre, desporto, festa da espuma, Karaokê...), tudo com entrada livre e aberto a todo o público. Desporto A Associação Recreativa Cultural e Desportiva "A Negrelense" e a União Desportiva de São Mamede são as instituições que promovem e incentivam a comunidade local à prática do desporto. No primeiro caso, a modalidade de eleição é o karatê, enquanto que o segundo é o futebol masculino e feminino. No que diz respeito a infra-estruturas, existe um campo de futebol e um ringue no Parque do Olival. Antigas freguesias de Santo Tirso Antigas freguesias de São Tomé de Negrelos Antigos municípios do distrito do Porto
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Séculos: Século II - Século III - Século IV Decadas: 200 210 220 230 240 - 250 - 260 270 280 290 300 Anos: 250 251 252 253 254 255 256 257 258 259
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Flagelo (do latim: flagellum; "chicote") é a designação dada em diversos campos da Biologia aos apêndices móveis com forma de chicote presentes em muitos organismos unicelulares e em algumas células de organismos pluricelulares. A função primária dos flagelos é a motilidade dos organismos, possibilitando o movimento em meio líquido, mas é frequente assumirem outras funções, entre as quais assegurar a circulação de fluidos, encaminhar alimento, ou funcionar como organelos sensoriais que reagem à presença de determinados compostos químicos ou à temperatura no exterior da célula. Dada a heterogeneidade estrutural e as diferentes origens evolutivas, os flagelos são considerados como organelos definidos pela função e não pela estrutura. Um exemplo de flagelo com funções de mobilidade ocorre nos espermatozoides humanos, enquanto os flagelos dos coanócitos das esponjas se destinam a produzir micro-correntes de água que o organismo filtra para obter alimento. Outro exemplo de motilidade é a bactéria carcinogénica Helicobacter pylori, que usa múltiplos flagelos para se mover através do muco gástrico e atingir o epitélio do estômago humano. Os flagelos dos organismos eucarióticos são estruturalmente idênticos aos cílios, sendo por isso a distinção geralmente baseada na função ou no comprimento. Fímbrias e pili são também finos apêndices celulares, mas têm funções bem diversas e são geralmente mais pequenos. Tipos de flagelos São em geral considerados três tipos de flagelos: (1) eucarióticos; (2) bacterianos; e (3) arqueanos. Esta tipologia resulta da observação de que em cada um destes três domínios biológicos, os flagelos são completamente diferentes tanto em estrutura como em origem evolutiva. A única característica comum entre os três tipos de flagelos é a sua aparência superficial. Os flagelos de Eukarya (os das células de protistas, animais e plantas) são projecções celulares que oscilam ritmicamente gerando um movimento helicoidal. Os flagelos de Bacteria, por sua parte, são complexos mecanismos em que o filamento roda como uma hélice impulsado por um microscópico motor giratório proteico. Por último, os flagelos de Archaea são superficialmente similares aos bacterianos, mas diferem em múltiplos aspectos, sendo considerados como não homólogos. As principais diferenças entre os três tipos de flagelos são: Os flagelos bacterianos são filamentos helicoidais, tendo cada um na sua base um motor proteico rotativo que pode girar no sentido horário ou anti-horário. Este tipo de flagelos fornece dois dos vários tipos de motilidade bacteriana. Os flagelo arqueanos (também por vezes designado por archaellum) são superficialmente semelhantes aos flagelos bacterianos, mas são diferentes em muitos detalhes e considerados não-homólogos aos bacterianos. Flagelos eucarióticos, que ocorrem nas células de animais, plantas e protistas, são projecções celulares complexas que oscilam de um para o outro lado, sendo classificados, em conjunto com os cílios eucarióticos, como ondulipódios para enfatizar o papel distinto de apêndice ondulante na função celular ou na motilidade. Os cílios primários comuns em organismos pluricelulares são imóveis, não podendo por isso ser considerados undulipódios, e apresentam um axonema estruturalmente diferente, pertencentes ao tipo 9 + 0 em vez do tipo 9 + 2 encontrado tanto em flagelos secundários como em cílios móveis undulipodiais. Flagelo bacteriano O flagelo bacteriano é um tubo oco, com 20 nanómetros de espessura, composto pela proteína flagelina, de forma helicoidal com uma dobra à saída da membrana celular chamada "gancho", que faz com que a hélice fique virada para o exterior da célula. Entre o gancho e a estrutura basal existe uma bainha que passa através de anéis de proteína na membrana celular, que funcionam como “rolamentos”. Os organismos Gram-positivos têm 2 anéis, um na parede celular e outro na membrana, enquanto que os Gram-negativos têm 4 anéis, 2 na parede celular e 2 na membrana. O flagelo bacteriano é activado por um “motor” rotativo composto de proteínas, localizado no ponto da membrana interna onde o flagelo tem a sua origem, e é movido por um fluxo de protões, causado por um gradiente de concentrações originado pelo metabolismo da célula (nas espécies de Vibrio o motor é uma bomba de sódio). O motor transporta prótons através da membrana, sendo activado nesse processo e é capaz de operar a 6 000 a 17 000 rpm mas, com o filamento normalmente atinge apenas 200 a 1 000 rpm. Nas bactérias, os componentes do flagelo podem organizar-se espontaneamente, uma vez que, tanto a estrutura basal como o filamento têm um centro oco, através do qual as proteínas do flagelo se movem para as suas respectivas posições. A estrutura basal tem muitas características em comum com certos tipos de poro secretor, que têm igualmente uma estrutura oca que se estende para fora da célula e pensa-se que o flagelo bacteriano pode ter sido o resultado da evolução destes poros. Diferentes espécies de bactérias têm diferentes números e organização dos flagelos: As bactérias monótricas possuem um único flagelo; As lofótricas têm múltiplos flagelos localizados num único ponto da superfície da célula e movem-se em sincronia para impelir a bactéria numa determinada direcção; As anfítricas têm um flagelo em cada extremidade da célula, mas apenas um deles opera de cada vez, permitindo à bactéria mudar de direcção rapidamente, operando um flagelo e parando o outro; As perítricas possuem flagelos em toda a superfície da célula. As espiroquetas possuem ainda flagelos internos entre a membrana interna e a externa, que rodam causando um movimento em forma de parafuso. O flagelo polar das bactérias monótricas roda geralmente no sentido inverso, empurrando a célula para uma direcção, ficando o flagelo para trás mas periodicamente o sentido da rotação é invertido, causando um "solavanco" que permite a reorientação da célula. Flagelo arqueano As arqueias são organismos procarióticos, tal como as bactérias, mas possuem diferenças fundamentais relativamente às bactérias. O sistema de locomoção das arqueias é uma dessas diferenças. As arquéias não possuem um flagelo bacteriano, mas antes possuem uma estrutura análoga (e não homóloga) que lhes permitem movimentar-se através de meio líquido. Devido à falta de homologia entre o flagelo bacteriano e o flagelo arqueano, em 2012 foi sugerido que o flagelo arqueano seja referido como "arcaelo" (ou, em inglês, archaellum). De modo semelhante ao flagelo, o arcaelo consiste num filamento helicoidal rígido que se localiza no exterior da célula e que se encontra ancorado à parede celular por um nanomotor. Este nanomotor é responsável pela construção do filamento e, posteriormente, pela sua rotação. A rotação do filamento, à semelhança da hélice de um barco ou de um avião, propele as arqueias em meio líquido. Ao contrário do flagelo, em que a energia necessária para a rotação do filamento é derivada de um gradiente eletroquímico (geralmente H+ mas, em algumas espécies, Na+), no caso do arcaelo a energia é derivada da hidrólise de ATP. O modo de construção do filamento também parece ser diferente no caso do flagelo e do arcaelo. O filamento do flagelo é formado por unidades chamadas flagelinas. As flagelinas formam um tubo oco através do qual outras flagelinas viajam até à extremidade do filamento em construção. Estes novos monómeros de flagelina são adicionadas à extremidade do filamento, permitindo o seu crescimento. Estudos de biologia estrutural do filamento arqueano demonstraram que no caso do arcaelo o filamento não é oco, sugerindo que a adição de novos monómeros ocorre na base do filamento. Para além do mais, os monómeros que forma o filamento do arcaelo (chamados de arcaelinas) são inicialmente sintetizados como uma pre-proteína. Estas pre-proteínas possuem um peptídeo sinal no amino-terminal que tem que ser removido por uma protease antes da adição dos monómeros ao filamento. Este processo é semelhante ao que ocorre durante a síntese do pilus (encontrado tanto em bactérias como em arqueias), sugerindo uma história evolutiva comum entre estas duas estruturas celulares. Flagelo eucariótico As células eucarióticas possuem também estruturas responsáveis por movimento. De modo semelhante ao arcaelo, o flagelo eucariótico não é homólogo do flagelo bacteriano (nem do arcaelo). Os três domínios da vida aparentam ter desenvolvido independentemente sistemas de locomoção. Uma vez que as diferenças entre o flagelo bacteriano e o "flagelo" eucariótico são conhecidas há mais tempo do que as diferenças entre o flagelo e o arcaelo, o uso tradicionalmente mais aceite para a estrutura eucariótica é cílio, e não flagelo. Ligações externas Physics Today introdução ao flagelo bacteriano por Howard Berg Biologia celular Locomoção Organelos
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Em Biologia, hospedeiro é um organismo que abriga outro em seu interior ou o carrega sobre si, seja este um parasita, um comensal ou um mutualista. A palavra deriva do latím hospitator, significando visita, hóspede. Tipos de interações É pertinente falar em hospedeiro sempre que há uma relação de dependência entre um sistema biológico (um ser vivo ou um vírus) e outro sobre o qual habita, seja de maneira contínua ou temporária. Isso pode ocorrer em interações próximas dos seguintes tipos: Parasitismo. Os endoparasitas residem permanentemente, ao menos em algumas etapas de seu desenvolvimento, no interior de seu hospedeiro. Ocupam hospedeiros sucessivos em distintas fases de seu ciclo de vida. Os endoparasitas costumam ser extremamente específicos na escolha de seus hospedeiros, dependendo amiúde de uma ou umas poucas espécies relacionadas. Já os ectoparasitas, por exemplo os hematófagos, podem ou costumam ser menos exigentes, mas nem sempre. Nas larvas das borboletas, por exemplo, é comum uma dependência muito estreita com respeito à planta hospedeira. Patogénese. Muitos vírus, bactérias, fungos e pequenos animais, causam doenças, o que representa uma forma extremada de parasitismo. A relação dos patógenos costuma ser especialmente específica, porque a evolução tende a produzir uma adaptação do hospedeiro ao patógeno. Apenas quando um agente encontra uma nova espécie hospedeira a relação adota a forma típica. Comensalismo. Os comensais costumam ser menos seletivos com os hospedeiros que escolhem, que os sistemas dependentes de outras formas, tanto nos casos de foresis (transporte do organismo menor pelo maior) ou inquilinismo como nos de dependência alimentária. Mutualismo. Os fungos micorrizantes são diversamente dependentes com respeito a sua planta hospedeira. O mesmo pode ser dito dos agentes polinizadores, que transportam o pólen, ou dispersantes, que transportam los propágulos de plantas e fungos. Tipos de hospedeiros no parasitismo Chama-se hospedeiro primário aquele onde se desenvolve a maior parte de sua existência e, sobretudo, seu crescimento. É chamado de hospedeiro secundário ao que abriga o parasita apenas em uma fase inicial de seu crescimento, quase sempre em relação à sua dispersão e para facilitar seu ingresso no hospedeiro primário. Por exemplo, os nemátodos do gênero Anisakis, que produzen anisaquíase em humanos, o fazem porque seus hospedeiros primários naturais são mamíferos marinhos, de fisiologia parecida à humana, enquanto que os hospedeiros secundários são, em momentos sucessivos de seu desenvolvimento pequenos crustáceos inicialmente e depois peixes, quando comen aos primeiros. A infestação de cetáceos ou dos seres humanos se produz quando devoram aos peixes. Outro exemplo é o das espécies de Plasmodium que infectam aos seres humanos, protistas apicomplexos que produzem a malária, caso no qual o hospedeiro secundário é um mosquito do gênero Anopheles; o qual age como vector da doença. Em função de sua utilidade para o parasita existem vários tipos de hospedeiros: Hospedeiro definitivo: designa a um ser vivo que é imprescindível para o parasita já que este desenvolverá principalmente sua fase adulta nele. É aquele que apresenta o parasito em sua fase de maturidade ou em fase de reprodução sexuada. Ex.: o hospedeiro definitivo do Plasmodium é o Anopheles; os hospedeiros definitivos do S. mansoni são os humanos. Hospedeiro intermediário: designa a um hospedeiro igualmente imprescindível no ciclo vital do parasita, onde este desenvolve alguma ou todas as fases larvais, juvenis ou reprodução assexuada. Às vezes se confunde com o término vector e se considera como hospedeiro intermediário ao invertebrado que participa no ciclo vital, sendo em muitas ocasiões o homem e outros vertebrados os anfitriões intermediários, e os invertebrados, os definitivos. Hospedador paratênico: É o ser vivo que serve de refúgio temporário e de veículo para aceder ao hospedeiro definitivo. O parasita não evolui nesse e portanto, não é imprescindível para completar o ciclo vital, ainda que geralmente aumenta as possibilidades de sobrevivência e transmissão. Também se denomina hospedeiro de transporte. Hospedeiro reservatório é o que abriga, tanto quanto o hospedeiro primário, a um agente infeccioso ou parasita que pode invadir ocasionalmente também o organismo humano ou o de uma espécie de interesse econômico. O salto se dá a partir da origem de zoonose (doenças procedentes de animais), e ocasionalmente de doenças infecciosas emergentes (quando o agente ou parasita adquire a habilidade de passar diretamente de um ser humanos a outros). Sabemos hoje que os reservatórios dos quais procedem as epidemias humanas iniciais de gripe são aves, ou que as duas formas do HIV, que causam a AIDS, saltaram à espécie humana a partir de macacos africanos. Ver também Interacções biológicas Parasitismo Vector (epidemiologia) Ligações externas Generalidades e classificação dos parasitas Informações sobre tipos de hospedeiros Introdução à parasitologia Ecologia Parasitologia Doenças infecciosas
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Samuel Smiles (Haddington, 23 de dezembro de 1812 - 16 de abril de 1904) foi um autor escocês e reformador do governo. Embora ele fizesse campanha em uma plataforma cartista, ele concluiu que mais progresso viria de novas atitudes do que de novas leis. Sua obra-prima, Self-Help (1859), promoveu a economia e afirmou que a pobreza era causada em grande parte por hábitos irresponsáveis, ao mesmo tempo que atacava o materialismo e o governo laissez-faire. Foi chamada de "a bíblia do liberalismo vitoriano" e elevou Smiles ao status de celebridade quase da noite para o dia. Biografia Nascido em Haddington, East Lothian, Escócia, Smiles era filho de Janet Wilson (de Dalkeith) e Samuel Smiles de (Haddington). Ele foi um dos onze filhos sobreviventes. Embora os membros de sua família fossem presbiterianos reformados estritos, ele não praticava. Ele estudou em uma escola local, saindo com a idade de 14 anos. Ele se tornou um aprendiz de médico com o Dr. Robert Lewins. Esse arranjo permitiu que Smiles estudasse medicina na Universidade de Edimburgo em 1829. Lá, ele desenvolveu seu interesse pela política e se tornou um forte defensor de Joseph Hume. Durante esse tempo, Samuel Júnior contraiu uma doença pulmonar e seu pai foi aconselhado a enviá-lo em uma longa viagem marítima. Seu pai morreu na epidemia de cólera de 1832, mas Smiles pôde continuar seus estudos porque foi sustentado por sua mãe. Ela dirigia a pequena firma de armazém geral da família na crença de que o "Senhor proverá". O exemplo dela de trabalhar incessantemente para sustentar a si mesma e a aos nove irmãos mais novos dele influenciou fortemente a vida futura de Smiles. No entanto, ele desenvolveu uma perspectiva benigna e tolerante que às vezes estava em desacordo com a de seus antepassados presbiterianos reformados. Os escritos de Smiles Ele foi um autor prolífico de livros e artigos. Segue-se uma lista incompleta das suas obras mais importantes. Ver Jarvis para uma lista completa. Livros sobre a autoajuda Self-Help, London, 1859 Character, London, 1871 Thrift, London, 1875 Duty, London, 1880 Life and Labour, London 1887 Biografias The Life of George Stephenson, Londres, 1857 The Story of The Life of George Stephenson, Londres, 1859 (uma síntese do livro acima) Brief biographies, Boston, 1860 (artigos reimpressos de periódicos como o "Quarterly Review") Lives of the Engineers, 3 vol, Londres, 1862 Vol 1, Early engineers - James Brindley, Sir Cornelius Vermuyden, Sir Hugh Myddleton, Capt John Perry Vol 2, Harbours, Lighthouses and Bridges - John Smeaton and John Rennie, (1761-1821) Vol 3, History of Roads - John Metcalfe and Thomas Telford Industrial Biography, Londres, 1863 Includes lives of Andrew Yarranton, Dud Dudley, Henry Maudslay, Joseph Clement, etc.. Boulton and Watt, Londres, 1865 The Huguenots: Their Settlements, Churches and Industries in England and Ireland, Londres, 1867 Lives of the Engineers, new ed. in 5 vols, Londres, 1874 (includes the lives of Stephenson and Boulton and Watt) Life of a Scotch Naturalist: Thomas Edward, Londres, 1875 George Moore, Merchant and Philanthropist, Londres & Nova York, 1878 Robert Dick, Baker of Thurso, Geologist and Botanist, Londres, 1878 Men of Invention and Industry, Londres, 1884 Phineas Pett, Francis Petit Smith, John Harrison, John Lombe, William Murdock, Frederic Koenig,The Walter family of The Times, William Clowes, Charles Bianconi, and chapters on Industry in Ireland, Shipbuilding in Belfast, Astronomers and students in humble life James Nasmyth, engineer, an autobiography, ed. Samuel Smiles, Londres, 1885 A Publisher and his Friends. Memoir and Correspondence of the Late John Murray, Londres, 1891 Jasmin. Barber, Poet, Philanthropist, Londres, 1891 Josiah Wedgwood, his Personal History, Londres, 1894 The Autobiography of Samuel Smiles, LLD, ed. T. Mackey, London, 1905 O crescimento da arqueologia industrial na Inglaterra, na década de 1960, fez com que alguns desses títulos fossem reimpressos, e outros com que fossem disponibilizados na internet de fontes como o Projeto Gutenberg. Legado Self-Help foi chamado de "a bíblia do liberalismo vitoriano" e elevou Smiles ao status de celebridade quase da noite para o dia. O MP liberal J. A. Roebuck em 1862 chamou Smiles 'Workmen's Earnings, Strikes and Savings "um livro muito notável" e citou passagens dele em um discurso. George Bernard Shaw, em seu Fabian Essays in Socialism (1889), chamou Smiles de "aquele Plutarco moderno". O inspirador escritor americano Orison Swett Marden foi inspirado por Samuel Smiles por ter lido Self-Help durante sua juventude. Décadas depois, ele escreveu Pushing to the Front (1894) e se tornou um autor profissional devido à influência de Smiles. O final do século XIX e o início do século XX testemunharam o surgimento do Novo Liberalismo, da economia keynesiana e do socialismo, que todos viam a economia de maneira desfavorável. Os economistas do New Liberal J. A. Hobson e A. F. Mummery em seu Physiology of Industry (1889), afirmaram que a poupança resultou no subemprego de capital e trabalho durante as depressões comerciais. General Theory of Employment, Interest and Money (1936), de John Maynard Keynes, tentou substituir a economia liberal clássica. Em 1905, William Boyd Carpenter, bispo de Ripon, elogiou Smiles: "O bispo disse que notou uma pequena tendência em alguns setores de depreciar as energias caseiras da vida que outrora eram tão apreciadas. Ele se lembrava da aparência do Eu -Ajuda, de Samuel Smiles, que há 40 ou 50 anos deu palestras em Leeds incentivando os jovens a se auto-aperfeiçoarem. Seus livros eram lidos com extraordinária avidez, mas surgiu uma escola que ensinava a existência do belo e do fazer nada. Aquela escola menosprezava a parcimônia e não dava muita atenção ao caráter e, talvez, pouca atenção ao dever ”. O parlamentar trabalhista David Grenfell, em um debate sobre o Projeto de Lei de Pagamentos de Transição (Determinação de Necessidade), afirmou que o projeto de 1932 "discriminava não os que não eram parcimoniosos, os preguiçosos e os perdulários, mas contra as pessoas trabalhadoras e econômicas, que tinham pagar uma pena pesada. O Ministro do Trabalho penalizou a autoajuda. Ele despejou desprezo sobre Samuel Smiles e todas as suas obras ". O liberal Ernest Benn invocou Smiles em 1949 ao elogiar as virtudes da autoajuda. Em 1962, o diretor do British Institute of Management, John Marsh, disse que os jovens que entraram na indústria precisavam de um senso de serviço e dever; devem ser “homens de caráter que saibam se comportar bem como nas fases de sucesso”; devem possuir autodisciplina no pensamento e no comportamento: "Ainda há algo a ser dito sobre a doutrina da autoajuda de Samuel Smiles". O economista liberal FA Hayek escreveu em 1976 que: "É provavelmente uma desgraça que, especialmente nos EUA, escritores populares como Samuel Smiles ... tenham defendido a livre empresa com base no fato de que recompensa regularmente os merecedores e é um mau presságio o futuro da ordem de mercado que parece ter se tornado a única defesa dela que é compreendida pelo público em geral. Que em grande parte se tornou a base da auto-estima do empresário, muitas vezes lhe dá um ar de hipocrisia que não o torna mais popular ". Bibliografia Sinnema, Peter W.: 'Introduction', in Samuel Smiles, Self-Help (Oxford: Oxford University Press, 2002). Leitura adicional Christopher Clausen, "How to Join the Middle Classes with the Help of Dr. Smiles and Mrs. Beeton", American Scholar, 62 (1993), pp. 403–18. K. Fielden, "Samuel Smiles and self-help", Victorian Studies, 12 (1968–69), pp. 155–76. J. F. C. Harrison, "The Victorian gospel of success", Victorian Studies, 1 (1957–58). John Hunter, "The Spirit of Self-Help - a life of Samuel Smiles", (Shepheard Walwyn 2017). Adrian Jarvis, Samuel Smiles and the Construction of Victorian Values (Sutton, 1997). Thomas Mackay (ed.), The Autobiography of Samuel Smiles (John Murray, 1905). R. J. Morris, "Samuel Smiles and the Genesis of Self-Help", Historical Journal, 24 (1981), pp. 89–109. Jeffrey Richards, "Spreading the Gospel of Self-Help: G. A. Henty and Samuel Smiles", Journal of Popular Culture, 16 (1982), pp. 52–65. Tim Travers, "Samuel Smiles and the Origins of 'Self-Help': Reform and the New Enlightenment", Albion, 9 (1977), pp. 161–87. Vladimir Trendafilov, "The Origins of Self-Help: Samuel Smiles and the Formative Influences on an Ex-Seminal Work", The Victorian, 1 (2015). Alexander Tyrrell, . “Class Consciousness in Early Victorian Britain: Samuel Smiles, Leeds Politics, and the Self-Help Creed.” Journal of British Studies, vol. 9, no. 2, 1970, pp. 102–125. online Ligações externas Escritores da Escócia Samuel Smiles Sepultados no Cemitério de Brompton
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Rio de Moinhos é uma freguesia portuguesa do município de Sátão, com 10,47 km² de área e 789 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é . Foi vila e sede de concelho até ao início do século XIX. Era constituída apenas pela freguesia da sede e tinha, em 1801, 1 024 habitantes. Demografia A população registada nos censos foi: Cronologia 1240 - criação do concelho de Rio de Moinhos, composto pelas povoações de Casal do Fundo, Casal do Meio e Casal de Cima 1836 - extinção do concelho Património Antigos Paços do Concelho de Rio de Moinhos Pelourinho de Casal do Meio Solar dos Viscondes do Banho ou Casa do Terreiro e Casa da Família Aguiar Casa Xavier (Xavier Menezes de Almeida) Nossa Senhora dos Milagres (Festa em Honra da Nossa Senhora dos Milagres -1 fim de semana do mês de Agosto) Ligações externas Freguesias de Sátão Antigos municípios do distrito de Viseu
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Axoxô ou oxoxô é um prato típico da cozinha afro-baiana e também uma comida ritual dos orixás Oxóssi, Ogum e Olocum no candomblé e umbanda. Possui duas versões: uma consistindo em milho vermelho cozido, e outra em feijão-fradinho com carne-seca, cebola, pimenta-do-reino, cheiro-verde, tomate e pimentão. Quando oferendado para Ogum, é refogado com cebola ralada, camarão-seco defumado, sal e azeite de dendê. Quando oferendado para Oxóssi, o milho cozido é misturado com melaço (mel de cana-de-açúcar: não confundir com mel de abelha, que é o grande euó deste orixá) e enfeitado com fatias de coco sem casca. Ligações externas Umbanda Candomblé Comidas rituais de religiões afro-brasileiras
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Luís I (Lisboa, – Cascais, ), apelidado "o Popular", foi o Rei de Portugal e Algarves de 1861 até à sua morte. Era o segundo filho da rainha Maria II de Portugal, e seu marido, o rei Fernando II, tendo ascendido ao trono após a morte prematura do seu irmão mais velho, Pedro V. Biografia Infante O Infante D. Luís nasceu a 31 de outubro de 1838, segundo filho da rainha D. Maria II e do seu consorte, D. Fernando II. Embora a sua condição de filho segundo não desse a prever que D. Luís ascenderia ao trono português, a sua educação foi esmerada e compartilhada em grande parte com o seu irmão mais velho, o Príncipe Real D. Pedro: esteve a cargo do conselheiro Carl Andreas Dietz, que havia sido preceptor de D. Fernando, seu pai, até Abril de 1847, quando Dietz foi obrigado a deixar Portugal sob acusações de intromissão na política nacional associadas à sua filiação religiosa protestante, tendo sido este substituído pelo Visconde da Carreira, auxiliado por Manuel Moreira Coelho. D. Pedro e D. Luís dividiam o tempo entre os palácios de Mafra, Sintra, e de Vila Viçosa, para além de estadias esporádicas no Palácio de Belém. Na qualidade de filho secundogénito do casal real, D. Luís enveredou pela carreira naval, tendo sido nomeado praça da Companhia dos Guardas Marinhas e reconhecido em cerimónia no Arsenal da Marinha em 28 de outubro de 1846, contando apenas com 8 anos de idade. Viria a ser sucessivamente promovido a segundo-tenente (1851), capitão-tenente (1854), capitão-de-fragata (1858) e capitão-de-mar-e-guerra (1859). Teve o primeiro comando naval em Setembro de 1857, no brigue Pedro Nunes, no qual efectuou um cruzeiro na costa de Portugal e uma viagem a Gibraltar. Foi nomeado, pelo irmão D. Pedro V, comandante da corveta Bartolomeu Dias, em 21 de Junho de 1858. Ao comando da Bartolomeu Dias, veio a cumprir nove missões de serviço entre os anos de 1858 e 1860: liderou a expedição aos arquipélagos da Madeira e dos Açores; foi responsável pelo transporte do Príncipe Jorge da Saxónia para Lisboa, onde este se casou com a Infanta D. Maria Ana, sua irmã; conduziu o casal a Inglaterra; deslocou-se a Tânger; e, em 1860, a Angola; foi de novo à Madeira às ordens da imperatriz Isabel da Áustria; e trouxe o príncipe Leopoldo de Hohenzollern-Sigmaringen de Southampton, para o seu casamento com a Infanta D. Antónia, tendo depois conduzido os noivos a Anvers. Rei de Portugal D. Luís herdou a coroa em novembro de 1861, sucedendo ao seu irmão D. Pedro V por este não deixar descendência, e foi aclamado rei a 22 de dezembro do mesmo ano. A 27 de setembro do ano seguinte casou-se, por procuração, com D. Maria Pia de Saboia, filha do rei Vitor Emanuel II da Itália. Quando infante serviu na marinha, visitando a África Portuguesa. Exerceu o seu primeiro comando naval em 1858. Luís era um homem culto e de educação esmerada, como todos os seus irmãos. De grande sensibilidade artística, pintava, compunha e tocava violoncelo e piano. Poliglota, falava corretamente algumas línguas europeias. Fez traduções de obras de William Shakespeare. Em 1869 não quis ser monarca de Espanha e fez questão de o deixar bem claro tanto ao Conselho de Ministros, presidido pelo duque de Loulé, como ao povo português. Dois dias depois da sua carta patriótica ter saído no Diário do Governo, foi a vez da publicação no Diário de Notícias, servindo assim à Casa Real para desmentir o boato de que iria haver abdicação: "Nasci português, português quero morrer", proclamou D. Luís, na primeira página do DN a 28 de setembro de 1869. D. Luís caso aceitasse a coroa espanhola teria de abdicar em Portugal para D. Carlos, o filho de apenas 6 anos, com D. Fernando II como regente, abrindo-se a médio prazo uma possibilidade de União Ibérica. Depois da recusa de D. Luís o trono espanhol foi entregue a Amadeu de Saboia. Durante o seu reinado e, em consequência da criação do imposto geral de consumo, que a opinião pública recebeu mal, originou-se o motim a que se chamou a Janeirinha (em finais de 1867). Também a 19 de maio de 1870, se verificou uma revolta militar, promovida pelo marechal Duque da Saldanha e que pretendia a demissão do governo. À revolta de 19 de maio, respondeu o monarca em 29 de agosto, com a demissão do ministério de Saldanha, chamando ao poder Sá da Bandeira. Em setembro de 1871, subiu ao poder Fontes Pereira de Melo, que organizou um gabinete regenerador, o qual se conservou até 1877. Seguiu-se o Duque de Ávila, que não se aguentou durante muito tempo por lhe faltar maioria. Assim, e depois do conflito parlamentar que rebentou em 1878, Fontes foi chamado outra vez para constituir gabinete. Consequentemente, os progressistas atacaram o rei, acusando-o de patrocinar escandalosamente os regeneradores. Este episódio constitui um incentivo ao desenvolvimento do republicanismo. Em 1879, D. Luís chamava, então, os progressistas a formarem governo. No seu tempo surgiu a Questão Coimbrã (1865-1866) e ocorreu a iniciativa das Conferências do Casino (1871), a que andavam ligados os nomes de Antero de Quental e Eça de Queiroz, os expoentes de uma geração que se notabilizou na vida intelectual portuguesa. De temperamento calmo e conciliador, foi um modelo de monarca constitucional, respeitador escrupuloso das liberdades públicas. Do seu reinado merecem especial destaque o início das obras dos portos de Lisboa e de Leixões, o alargamento da rede de estradas e dos caminhos-de-ferro, a construção do Palácio de Cristal, no Porto, a abolição da pena de morte para os crimes civis, a abolição da escravatura no Reino de Portugal, e a publicação do primeiro Código Civil. Em 1884, foi efetuada a Conferência de Berlim, resultando daí o chamado Mapa Cor-de-Rosa, que definia a partilha de África entre as grandes potências coloniais: Império Alemão, Bélgica, França, Inglaterra e Reino de Portugal. Fértil em acontecimentos, é no reinado de D. Luís I que são fundados alguns dos partidos políticos portugueses: o Partido Reformista (1865), que ascendeu ao poder em 1868, o Partido Socialista Português (1875), com o nome de Partido Operário Socialista, e o Partido Progressista (1876), que chega ao poder em 1879. Em 1883, dá-se a realização do Congresso de Comissão Organizadora do partido Republicano português. No final do seu reinado, o Partido Republicano apresenta-se já como uma força política perfeitamente estruturada. D. Luís era principalmente um homem das ciências, com uma paixão pela oceanografia. Investiu grande parte da sua fortuna no financiamento de projetos científicos e de barcos de pesquisa oceanográfica, que viajaram pelos oceanos em busca de espécimes. Praticou, com sucesso, fotografia. Luís seguiu os passos de sua mãe - D. Maria II, mandando construir e fundar associações culturais. Em 1 de Junho de 1871, D. Luís esteve no Seixal (uma vila fundada pela sua mãe), para testemunhar a fundação da Sociedade Filarmónica União Seixalense. Neste mesmo dia terminava a Guerra Franco-Prussiana. Morreu, depois de um longo sofrimento, na cidadela de Cascais, a 19 de outubro de 1889, a poucos dias de completar 51 anos. Sucedeu-lhe o seu filho D. Carlos, sob o nome de D. Carlos I de Portugal. Jaz no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa. No dizer dos biógrafos, D. Luís era "muito agradável e liberal. [...] A Sr.ª D. Maria Pia dizia que ele era um pouco doido, aludindo a certas aventuras de amor. [...] Além de tais aventuras, nada satisfazia mais o sr. D. Luís que o culto da arte. Escrevia muito, traduzia obras estrangeiras, e desenhava; mas o seu entusiasmo ia sobretudo para a música. Tinha uma grande colecção de violinos, e um bom mestre-escola [...]" Títulos, estilos, e honrarias Títulos e estilos 31 de Outubro de 1838 – 11 de Novembro de 1861: "Sua Alteza, o infante D. Luís, Duque do Porto" 11 de Novembro de 1861 – 19 de Outubro de 1889: "Sua Majestade Fidelíssima, o Rei" O estilo oficial de Luís enquanto rei era: "D. Luís, pela Graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc." Honrarias Enquanto monarca de Portugal, D. Luís foi Grão-Mestre das seguintes Ordens: Ordem dos Cavaleiros de Nosso Senhor Jesus Cristo Ordem de São Bento de Avis Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem de Sant'Iago da Espada Antiga e Muito Nobre Ordem da Torre e Espada Real Ordem Militar de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa Descendência De sua mulher, D. Maria Pia de Saboia, princesa da Sardenha e de Piemonte e depois de Itália (1847-1911), teve: D. Carlos I, Rei de Portugal (1863-1908); D. Afonso de Bragança, Duque do Porto (1865-1920); Aborto espontâneo (1866). Ancestrais Ver também Árvore genealógica dos reis de Portugal Panteão da Dinastia de Bragança Bibliografia Aragão, Augusto Carlos Teixeira de.Descripção Histórica das Moedas Romanas existentes no Gabinete Numismático de sua Magestade EL-Rei O Senhor Dom Luiz I. Typographya Universal, 1870. 640p. Sousa, Manuel, Reis e Rainhas de Portugal, editora SporPress, 1.ª edição, Mem Martins, 2000, páginas 149-151, ISBN 972-97256-9-1 Ligações externas D. Luís, "o Popular", D. Luis, Rei marinheiro (Extrato de programa), por José Hermano Saraiva, Videofono para a RTP, 2003 |- ! colspan="3" style="background: #FBEC5D;" | D. Luís I de PortugalCasa de Bragança31 de outubro de 1838 – 19 de outubro de 1889 |- style="text-align:center;" |width="30%" align="center"| Precedido porD. Pedro V |width="40%" style="text-align: center;"|Rei de Portugal e Algarves11 de novembro de 1861 – 19 de outubro de 1889 |width="30%" align="center"| Sucedido porD. Carlos I |- |width="30%" align="center"| Precedido porD. Maria II |width="40%" style="text-align: center;"|Duque do Porto31 de outubro de 1838 – 11 de novembro de 1861 |width="30%" align="center"| Sucedido porD. Afonso |} Reis de Portugal Reis do Algarve Condestáveis de Portugal Marechais de Portugal Capitães navais de Portugal Fotógrafos de Portugal Tradutores de Portugal Violinistas de Portugal Cavaleiros da Ordem da Jarreteira Grã-Cruzes da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa Grão-Mestres da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa Banda das Três Ordens Casa de Bragança Duques do Porto Sepultados no Panteão dos Braganças Monarcas católicos romanos Naturais de Lisboa
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Clio (; "a que faz famoso") é uma das nove musas, e, junto com as irmãs, habita monte Hélicon. Eram filhas de Zeus e Mnemósine, a deusa da memória. As musas reúnem-se, sob a assistência de Apolo, junto à fonte Hipocrene, presidindo às artes e às ciências, com o dom de inspirar os governantes e restabelecer a paz entre os homens. Clio é a musa da história e da criatividade, aquela que divulga e celebra as realizações. Preside a eloquência, sendo a fiadora das relações políticas entre homens e nações. É representada como uma jovem coroada de louros, trazendo na mão esquerda uma trombeta e, na direita, um livro intitulado "Thucydide" (ver Tucídides). Outras representações apresentam-na segurando um rolo de pergaminho e uma pena, atributos que, às vezes, também acompanham Calíope. Em algumas de suas estátuas traz esse instrumento em uma das mãos e, na outra, um plectro (palheta). Um dos nove livros de Heródoto leva o nome de Clio, em homenagem à sua vida Em uma das versões do mito de Jacinto, Clio é a sua mãe, com o mortal Piero. Afrodite fez Clio se apaixonar por um mortal por vingança, porque Clio havia criticado o romance da deusa com Adônis. O nome Clio' significa “Proclamadora”. Ela é a grande deusa da História para os Historiadores. Embora seja uma referência ilustrativa, possui a capacidade de chamar para uma reflexão nos múltiplos domínios da História. Se considerarmos o livro que carrega em suas mãos, de Tucídides, nos remetemos a escrita da História, ou seja, nos atentamos para a historiografia e como se dá o relato das realizações. Por outro lado, há o outro objeto que Clio porta em suas mãos, que é a trombeta. Este sim é o responsável pela anunciação, o que pode-se entender como a fama do acontecimento, a fama da História. Ligações externas Theoi.com - Clio Mitologia grega Musas gregas Descendentes de Zeus
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
é o deus romano do mar, inspirado no deus grego Posídon (ou Poseidon). Filho do deus Saturno e de Ops, irmão de Júpiter e de Plutão. Originariamente é o deus das fontes e das correntes de água, dos terremotos e criador dos cavalos. Deus inseparável dos cavalos, senhor das ninfas e sereias, rios e fontes, tem ao seu lado sereias, nereidas e Tritão. Neptuno não veste roupas chiques, já que sua aparência já é suficiente para demonstrar o seu poder. O deus romano tem o mar como sua morada, pode provocar as mais terríveis tempestades e tormentas, até as ondas mais pacíficas e tranquilas, e por isso é provocado com pouca frequência, apenas por motivos importantes. Neptuno teve muitos amores, a maioria passageiros. Sua principal esposa foi Salácia (contraparte romana de Anfitrite) uma nereida, que lhe deu como filho o Tritão, monstros marinhos com rostos humanos barbados e com caudas como a dos golfinhos. Outras esposas foram Halia, Amimona, Teosa (que com ele teve Polifemo), Ceres, Medusa (com quem teve Pegaso e Crisaor) e Clito (que teve como filho mais velho Atlas). Deuses romanos Deuses das águas
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Anaxímenes de Mileto (Grego: ), 588–, foi um filósofo pré-socrático do Período Arcaico, ativo na segunda metade do . Anaxímenes, tal como outros na sua escola de pensamento, praticou o materialismo monista. Esta tendência para identificar uma específica realidade composta de um elemento material constitui o âmago das contribuições que deu fama a Anaxímenes. Escreveu a obra “Sobre a natureza”, em prosa. Dedicou-se especialmente à meteorologia. Foi o primeiro a afirmar que a luz da Lua é proveniente do Sol. Dados biográficos Anaxímenes nasceu na colônia grega de Mileto, aproximadamente em . Seu pai era Eurístrato. Teofrasto descreve Anaxímenes como discípulo e companheiro de Anaximandro sendo, aparentemente, cerca de vinte e dois anos mais novo do que ele. Como mencionado por Plínio, o Velho, em sua História Natural (livro II, capítulo LXXVI), Anaxímenes foi o primeiro a analisar o cálculo geométrico das sombras para medir as partes e divisões do dia, e projetou para ele um relógio de sol, que ele chama de sciothericon. Diógenes Laércio afirma que, segundo Apolodoro, Anaxímenes morreu na 63ª Olimpíada (528-). Anaxímenes e o arché Enquanto que os seus predecessores, Tales de Mileto e Anaximandro, propuseram que o arqué ou arkhé (princípio da vida), a substância primária, era a água e o ápeiron respectivamente, Anaxímenes afirmava ser o ar a sua substância primária, a partir da qual todas as outras coisas eram feitas. Enquanto a escolha de ar possa parecer arbitrária, ele baseou as suas conclusões em fenômenos observáveis na natureza, como a ficção e a condensação. Quando o ar condensa, torna-se visível, como o nevoeiro e depois ar puro e outras formas de precipitação, e enquanto o ar arrefece, Anaxímenes supunha que se formaria terra e posteriormente pedra. Em contraste, a água evapora em ar, que posteriormente por ignição produz chamas quando mais rarefeito. Enquanto outros filósofos também reconheciam tais transições em estados da matéria, Anaxímenes foi o primeiro a associar os pares de qualidades quente/seco e frio/molhado com a densidade de um único material e a adicionar uma dimensão quantitativa ao sistema monista milésio. Simplício em seu livro Física nos conta: “Anaxímenes de Mileto, filho de Eurístrates, companheiro de Anaximandro, afirma também que uma só é a natureza subjacente, e diz, como aquele, que é ilimitada, não porém indefinida, como aquele (diz), mas definida, dizendo que ela é ar. Diferencia-se nas substâncias, por rarefação e condensação. Rarefazendo-se, torna-se fogo; condensando-se, vento, depois, nuvem, e ainda mais, água, depois terra, depois pedras, e as demais coisas provêm destas. Também ele faz eterno o movimento pelo qual se dá a transformação.” A Escola Jônica foi a primeira escola filosófica grega a qual reuniu filósofos pré-socráticos (que viveram antes de Sócrates). Os temas desenvolvidos por eles estavam centrados na natureza. O intuito era desvendar os mistérios da existência, classificando um elemento como gerador do cosmo e da vida. Essa postura foi chamada de "materialismo monista". Para Tales de Mileto, o elemento essencial era a água (arché). Já para Anaximandro, mestre de Anaxímenes, a massa geradora de todos os seres era representada pela união dos quatro elementos (terra, fogo, ar e água) denominado de ápeiron. Já para Anaxímenes, o elemento primordial era o ar, o princípio de todas as coisas. Anaxímenes foi discípulo de Anaximandro, no entanto, não concordava com seu mestre sobre o conceito do ápeiron, e nem com Tales e seu conceito de arché. Sua opinião era que o primeiro era muito abstrato (ápeiron), e o segundo muito palpável (água, o arché). Para Anaxímenes, a substância primordial não poderia ser algo fora da observação e da realidade sensível. Segundo ele, todas as coisas existentes são resultado da condensação ou da rarefação do ar. A maior parte de suas obras se perderam com o tempo, sendo a mais destacada Sobre a Natureza, a qual é possível encontrar alguns fragmentos. Em sua teoria cosmológica, defendeu que a Terra é plana e estaria flutuando no ar. Já a lua, para ele, refletia a luz do sol e os eclipses representavam uma obstrução planetária por outro corpo celeste. Abaixo algumas frases que ilustram o pensamento do filósofo grego: "Todas as coisas se originam devido ao grau de descondensação ou rarefação do ar, a mesma causa também do frio e do calor."; "A variação quantitativa de tensão da realidade originária dá origem a todas as coisas."; "A razão precisa da experiência; mas esta nada vale sem a razão.". A cosmologia de Anaxímenes Tendo concluído que tudo no mundo é composto de ar, mais tarde, Anaxímenes usou a sua teoria para desenvolver um esquema que explicasse as origens de natureza da Terra e dos corpos celestes ao seu redor. O ar para criar o disco plano da terra, que dizia ser da forma de pão numa mesa e que se comportava como uma folha a flutuar no ar. Mantendo a visão de que os corpos celestes eram como bolas de fogo no céu, Anaxímenes propôs que a terra libertasse uma exalação de ar rarefeito (pneuma) que se transformava em fogo, formando no final as estrelas. O sol não seria composto de ar rarefeito, mas sim de terra, assim como a lua. O seu aspecto em ignição não vem da sua composição mas sim do seu movimento rápido. A lua é também considerada como sendo plana, flutuando em fluxos de ar, e quando se oculta abaixo do horizonte não passa por debaixo da terra mas é obscurecida por partes mais elevadas da terra enquanto faz o seu circuito e se torna mais distante. O movimento do sol e dos outros corpos celestiais à volta da terra é similar, diz Anaxímenes, ao modo como um chapéu pode ser rodado na cabeça de uma pessoa. Outros fenômenos Anaxímenes usou as suas observações e o raciocínio para providenciar as causas de outros fenómenos naturais. Terremotos, dizia, eram o resultado da falta de humidade, que causa que a terra sofra fracturas de tão seca que está, ou por excesso de humidade, que também causa fractura pelo excesso de água. Em ambos os casos, a terra torna-se fraca pelas fracturas e os montes colapsam, causando terremotos. Os relâmpagos são causados por uma separação violenta, desta vez de nuvens pelo vento, causando uma iluminação brilhante semelhante a fogo. O arco-íris, é formado quando ar densamente comprimido é tocado pelos raios do sol. Estes exemplos mostram como Anaxímenes, como os outros milésios, procuravam uma visão mais completa da natureza, procurando unificar causas para diversos eventos que ocorressem, em vez de tratar cada um por si ou atribuindo as causas a deuses ou a uma natureza personificada. Obras Anaxímenes escreveu a obra de nome Peri Physeos ("Sobre a Natureza"), obra que hoje em dia se encontra perdida. Mas temos referência a ela a partir de Diógenes, que disse dele que escrevia em dialecto jónico e num estilo conciso. Segundo menciona Plínio, o Velho na sua obra Historia Natural (Livro II, Capítulo XXVI/126), Anaxímenes foi o primeiro a analisar geometricamente aspectos das sombras para medir as partes e divisões do dia, e desenhou um relógio de sol que denominava Sciothericon. Literalmente: Umbrarum hanc rationem et quam vocant gnomonicen invenit Anaximenes Milesius, Anaximandri, de quo diximius, discipulus, primusque horologium, quod appellant, Lacedaemone ostendit. Ver também Escola de Mileto Materialismo monista Arché Bibliografia SPINELLI, Miguel. Filósofos Pré-Socráticos. Primeiros mestres da filosofia e da ciência grega. Porto Alegre: Edipucrs, 2ªed., 2003. Pré-socráticos Filósofos da antiga Jónia Gregos do século VI a.C.
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Paredes da Beira é uma freguesia portuguesa do município de São João da Pesqueira, com 23,32 km² de área e 495 habitantes (censo de 2021) A sua densidade populacional é Foi vila e sede de concelho desde o século XI até ao início do século XIX. Era constituído pelas freguesias de Paredes da Beira e Riodades. Tinha, em 1801, 1349 habitantes. Aquando da extinção foi anexado ao concelho de São João da Pesqueira. Demografia A população registada nos censos foi: Património Casa de Azevedo e Capela / Casa da Torre das Pedras (onde nasceu a escritora do século XVII, Ângela de Azevedo) Ligações externas Freguesias de São João da Pesqueira Antigos municípios do distrito de Viseu
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Várzea de Trevões é uma antiga freguesia portuguesa do concelho de São João da Pesqueira, com 9,30 km² de área e 174 habitantes (2011). A sua densidade populacional era 18,7 hab/km². Foi extinta e agregada à freguesia de São João da Pesqueira, criando a União das freguesias de São João da Pesqueira e Várzea de Trevões. Foi vila e sede de concelho até ao início do século XIX. O pequeno município era constituído por uma freguesia e tinha, em 1801, 297 habitantes. Quando foi extinto, passou a integrar o concelho de Trevões. População Média do País no censo de 2001: 0/14 Anos-16,0%; 15/24 Anos-14,3%; 25/64 Anos-53,4%; 65 e mais Anos-16,4% Média do País no censo de 2011: 0/14 Anos-14,9%; 15/24 Anos-10,9%; 25/64 Anos-55,2%; 65 e mais Anos-19,0% Ligações externas Antigas freguesias de São João da Pesqueira Antigos municípios do distrito de Viseu
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Candal foi uma freguesia portuguesa do concelho de São Pedro do Sul, com 15,51 km² de área e 118 habitantes (2011). A sua densidade populacional era 7,6 hab/km². Foi extinta (agregada) pela reorganização administrativa de 2012/2013, sendo o seu território integrado na União das Freguesias de Carvalhais e Candal. População Média do País no censo de 2001: 0/14 Anos-16,0%; 15/24 Anos-14,3%; 25/64 Anos-53,4%; 65 e mais Anos-16,4% Média do País no censo de 2011: 0/14 Anos-14,9%; 15/24 Anos-10,9%; 25/64 Anos-55,2%; 65 e mais Anos-19,0% Património Igreja de Nossa Senhora da Natividade (matriz) Capela de Santo Antão Ponte Cruzeiros Moinhos de água Alminhas Barragem da Coelheira Alto do Aclamatório Ribeiro Escuro Ver também União das Freguesias de Carvalhais e Candal Ligações externas Antigas freguesias de São Pedro do Sul
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
São Félix é uma freguesia portuguesa do município de São Pedro do Sul, com 3,73 km² de área e 365 habitantes (censo de 2021) A sua densidade populacional é . Demografia A população registada nos censos foi: Património Património arquitetónico referenciado no SIPA: Cruzeiro de Mondelos Igreja Paroquial de São Félix / Igreja de São Félix Ligações externas Freguesias de São Pedro do Sul
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Walter Gropius (Berlim, — Boston, ) foi um arquiteto alemão. É considerado um dos principais nomes da arquitetura do século XX, tendo sido fundador da Bauhaus, escola que foi um marco no design, arquitetura e arte moderna e diretor do curso de arquitetura da Universidade de Harvard. Gropius iniciou sua carreira na Alemanha, seu país natal, mas com a ascensão do nazismo, na década de 1930, emigrou para os Estados Unidos e lá desenvolveu a maior parte de sua obra. Formação e primeiros projetos Originário de tradicional família de Braunschweig, Gropius nasceu em Berlim, em 18 de maio de 1883. Quando veio ao mundo, seu tio-avô, Martin Gropius, já havia construído um dos mais belos e célebres prédios da capital alemã, o espaço de exposições que hoje é conhecido pelo nome de Martin Gropius Bau. Estudou em Munique e em sua cidade natal antes de participar do estúdio de Peter Behrens (arquitecto prenunciador do modernismo), em 1907, (onde, além de Gropius, trabalhavam, por volta de 1910, Le Corbusier e Ludwig Mies van der Rohe) onde completou sua formação. Em 1910 estabeleceu escritório próprio. Influenciado pelo antigo mestre Behrens, seu primeiro grande projecto - para a Fábrica Fagus, em 1911 - já prenuncia parte dos elementos que vão caracterizar sua futura obra: estrutura independente, fechamentos em vidro, volumetria pura. Em 1915 casou com Alma Mahler-Werfel, viúva de Gustav Mahler. Em 1916 Alma deu à luz uma menina, Manon, que morreu aos 18 anos e a quem Alban Berg dedicou o Concerto para Violino (1935), sua peça mais conhecida. O casamento de Alma e Gropius terminou em 1920. Bauhaus Após a Primeira Guerra Mundial, em 1919, Gropius sucedeu Henry van de Velde - dispensado em 1915, dada a sua nacionalidade belga – na direção da Escola de Artes Aplicadas de Weimar. É esta escola que Gropius vai transformar na Bauhaus. Segundo a visão dominante das artes, no início do século XX, as artes aplicadas e as atividades artesanais eram consideradas de nível inferior, enquanto que as belas artes eram consideradas atividades de nível superior. Não se considerava que as duas atividades pudessem estar plenamente relacionadas e as tentativas anteriormente feitas no sentido de integrá-las (como o art noveau e o movimento Arts & Crafts) haviam falhado. Gropius unificou as duas visões e, com o apoio de colegas arquitetos e de um grupo de artistas de vanguarda, fundou Das Staatliche Bauhaus (em alemão: casa estatal de construção), com uma proposta e um método de ensino revolucionários. A Bauhaus procurou enfrentar o problema artes aplicadas x belas artes e desse conflito surgiu o moderno design. Integrada por uma escola de arquitetura, uma escola de arte, uma escola de design, uma escola de artesanato, uma escola de teatro, etc., a Bauhaus terá no seu quadro de professores Paul Klee, Johannes Itten, Josef Albers, Herbert Bayer, László Moholy-Nagy e Wassily Kandinsky, entre outros. Os alunos aprenderão a utilizar materiais modernos e inovadores e a refletir sobre a produção e o design, no contexto da industrialização. A escola terá um impacto decisivo sobre a estética moderna e funcionalista e, mais tarde, sobre o estilo internacional. Gropius defendia a formação de um gestalter (palavra que vem de gestalt, que pode ser traduzida como vulto, forma, desenho ou projeto, mas guarda mais relações com a palavra inglesa design), um profissional total responsável pelo projeto em todas as escalas humanas (do manual ao urbano). O principal determinante deste projeto deve ser a função que este produto virá a ter. Negando as características nacional-históricas na arquitetura e nas artes, a Bauhaus lança as bases do modernismo, tendo em Gropius um de seus fundadores. Da mesma maneira que o planejamento urbano passa a ser a ‘’resultante da convergência entre várias disciplinas”, a arquitetura também começa a ser pensada desta forma - o que fica explícito quando Walter Gropius ressalta três características da Bauhaus: O paralelismo entre o ensino teórico e prático, uma vez que no curso trienal o aluno estuda simultaneamente sob a orientação de dois professores: um professor artesão e outro de desenho. O contínuo contato com a realidade do trabalho e a presença de professores criativos.A convivência na Bauhaus com personalidades como Kandinsky, Paul Klee, Mies Van der Rohe e outros, será de vital importância no trabalho de Gropius. Gropius dirigiu a Bauhaus até 1928. Nos primeiros tempos, seus conceitos foram influenciados pela ideia da "obra de arte total" propagada pelo compositor Richard Wagner no século anterior, e pela superação dos estilos históricos na arte através da transformação da vida numa experiência estética, difundida pelo filósofo Friedrich Nietzsche. Em sua segunda fase, a Bauhaus logo sucumbiu aos interesses da indústria. Acusada de "bolchevismo" e "judaísmo" pelo governo conservador de Weimar, a escola mudou-se para a liberal Dessau em 1925, onde Gropius projetou sua famosa sede funcionalista. Em vez da "catedral do futuro", lema inicial da Bauhaus, a escola passou a defender a integração da arte com a técnica. Abandonado pelos sindicatos e trabalhadores e perseguido pelos conservadores, Gropius encontrou refúgio, e financiamento, nos industriais. A forma passou então a seguir a função. A política, no entanto, não deixou de marcar tanto o início quanto o fim da escola, fechada pelos nazistas em 1933, que consideravam o modernismo "coisa de comunista", obrigando Gropius a deixar o país. Estados Unidos A partir de 1937 Walter Gropius passa a lecionar na Universidade de Harvard e no ano seguinte torna-se diretor do departamento de arquitetura da universidade. Nos Estados Unidos começa a trabalhar com arranha-céus, criando uma tipologia arquitetônica que será exaustivamente copiada nas décadas seguintes. Em alguns projetos associa-se a Marcel Breuer, ex-aluno da primeira geração da Bauhaus. Com este, projeta um bairro operário em New Kessington, próximo a Pittsburgh. Morreu em Boston em 1969. Está sepultado no Südwestfriedhof der Berliner Synode, Stahnsdorf, Brandemburgo na Alemanha. Principais projetos 1911 — Fábrica Fagus, em Alfeld an der Leine, Alemanha 1925 — Bauhaus - Dessau, sede da Staatliche Bauhaus em Dessau, Alemanha 1936 — Impington Village College, Cambridgeshire, Inglaterra 1939 — Pavilhão da Pensilvânia para a Exposição Universal de Nova Iorque, Estados Unidos Bibliografia DROSTE, Magdalena. Bauhaus-Archiv''. Koln: Taschen, 2006 (tr. Casa das Línguas, Lda) LUPFER, Gilbert e SIGEL; Paul "Walter Gropius : 1883-1969 : promotor de uma nova forma. Köln, Taschen, 2006 (trad. port.2006 publicada pelo jornal Público, 2006 Gropius Gropius Gropius Gropius Gropius Walter Gropius|Gropius Gropius Gropius
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
User Datagram Protocol União Democrática Popular, antigo partido político português, hoje associação política. Acrónimos Desambiguação
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
( na numeração romana) foi um ano comum do século III do Calendário Juliano, da Era de Cristo, a sua letra dominical foi F (52 semanas), teve início a uma terça-feira e terminou também a uma terça-feira. Acontecimentos Os Godos efectuam uma das maiores invasões bárbaras do Império Romano. Os Hérulos saqueiam Bizâncio. Zenóbia autoproclama-se rainha de Palmira e funda o Império de Palmira.
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
(, na numeração romana) foi um ano comum do século I, do Calendário Juliano, da Era de Cristo, teve início a uma terça-feira e terminou também a uma terça-feira, e a sua letra dominical foi F. Eventos Calígula torna-se Imperador de Roma (até 41). Nascimentos 15 de Dezembro - Nero, Imperador romano Josefo, historiador judeu Falecimentos 16 de março - Tibério, Imperador romano (n. 42 a.C.). 1 de maio - Antónia, a Jovem, filha mais nova de Marco António e Octávia (n. 36 a.C.).
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
A expressão refere-se a um período de transição da arquitetura predominante desde meados do século XIX até as primeiras décadas do século XX. Em arquitetura, o ecleticismo é a mistura de estilos arquitetônicos do passado para a criação de uma nova linguagem arquitetônica. Apesar de que sempre há existido alguma mistura de estilos durante a história da arquitetura, a expressão "arquitetura eclética" é usada em referência aos estilos surgidos durante o século XIX que exibiam combinações de elementos que podiam vir da arquitetura clássica, medieval, renascentista, barroca e neoclássica. Assim, o ecletismo se desenvolveu ao mesmo tempo e em íntima relação com a chamada arquitetura historicista, que buscava reviver a arquitetura antiga e gerou os estilos "neos" (neogótico, neorromânico, neorrenascença, neobarroco, neoclássico etc.). Do ponto de vista técnico, a arquitetura eclética também se aproveitou dos novos avanços da engenharia do século XIX, como o que possibilitou construções com estruturas de ferro forjado. Uma das grandes influências da arquitetura eclética foi a arquitetura praticada na Escola de Belas Artes (École des Beaux Arts) de Paris, então a cidade mais importante no campo das artes. O chamado estilo "Beaux-arts", muito ornamentado e imponente, que mesclava o renascimento, o barroco e o neoclassicismo, foi influência obrigatória por todo o mundo ocidental. Entre as realizações mais grandiosas da arquitetura acadêmica parisiense, contam-se a Ópera de Paris (1861-1875), de Charles Garnier; o Grand Palais (1897-1900); o Petit Palais (1896-1900); e a Gare d'Orsay (1898). Além do uso e mistura de estilos estéticos históricos, a arquitetura eclética, de maneira geral, se caracterizou pela simetria, busca de grandiosidade, rigorosa hierarquização dos espaços internos e riqueza decorativa. Variações do estilo eclético Pode-se distinguir ao menos três correntes principais do ecletismo, em termos de princípios arquitetônicos: a da composição estilística, a do historicismo tipológico, e a dos pastiches compositivos. Quanto aos estilos, podem ser citados durante o proto-ecletismo, dois revivalismos, o neoclassicismo e o neogótico. Depois, durante o ecletismo propriamente dito, vieram o neogrego, neorromano, neorrenascimento, neobarroco, neogótico (enquanto estilo em si, não revivalismo), neorromânico, neoegípcio, neomourisco, neoindiano. Outros estilos associados incluem o pitoresco (chalés, bangalôs), o art nouveau e o neocolonial. No Brasil No Brasil, a arquitetura eclética foi uma tendência dentro do chamado academicismo propagado pela Academia Imperial de Belas Artes e pela sua sucessora, a Escola Nacional de Belas Artes, ao longo do século XIX. Assim, o ensino arquitetônico acadêmico no Rio de Janeiro, que, inicialmente, privilegiou o neoclassicismo, mais tarde adotou o ecletismo de origem europeia. Em paralelo, surgiram instituições artísticas em outros lugares do Brasil também comprometidas com a arquitetura eclética, como o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. Em São Paulo, o ecletismo arquitetônico teve, em Ramos de Azevedo, seu principal nome. Azevedo foi responsável pelos projetos do Theatro Municipal de São Paulo e da Pinacoteca do Estado. No Recife, cidade que abriga importantes monumentos ecléticos, o arquiteto italiano Giácomo Palumbo e o francês Gustave Varin se destacaram. Já em Porto Alegre, o ecletismo encontrou um grande representante na figura de Theodor Wiederspahn. No estado de Minas Gerais, o ecletismo aparece também nos traços da edificação do Palácio da Liberdade, situado em Belo Horizonte. O espaço abriga várias obras de arte e é a atual sede do governo estadual, e faz parte do Circuito da Liberdade, considerado grande expoente da cultura brasileira. Na cidade do Rio de Janeiro, um grande exemplar da arquitetura eclética era o Palácio Monroe. Este era a antiga sede do Senado Federal, que foi demolida na década de 70, durante a ditadura militar. Galeria da arquitetura eclética brasileira Em Portugal A segunda metade do século XIX em Portugal é caracterizada por um período de grande desenvolvimento econômico e de franca melhoria das condições de vida. Com o impulso de Fontes Pereira de Melo e o fontismo, as ultimas décadas do século assistem à execução de grandes infraestruturas, como a rede de caminhos-de-ferro e as comunicações, tentando recuperar do atraso imposto pelas invasões francesas e posterior guerras liberais. É o ambiente propício ao desenvolvimento do ecletismo e da arquitectura do ferro, a par do ainda presente romantismo. As novas classes privilegiadas e o ambiente burguês que se vive em Portugal propiciam o desenvolvimento da arquitectura historicista, para ostentação pessoal, em simultâneo com a moderna arquitectura do ferro nos grandes espaços como as estações de caminho-de-ferro, mercados e salas de exposição. Após um ciclo de grande estabilidade, inicia-se, com a questão do mapa cor-de-rosa, nova fase de instabilidade onde se sucedem os governos em regime de rotativismo, a ditadura de João Franco, o regicídio, implantação da república e primeira guerra mundial. Nesta fase, assiste-se à curiosa justaposição de tendências. O século XX tem início ainda com o neoclassicismo, nas obras do Palácio de São Bento – actual Assembleia da República; e o romantismo, na construção da Quinta da Regaleira. Ambos, na fase final, a par do ecletismo, das grandes edificações em ferro, mas já com sinais de uma arte nova confusa e das primeiras tentativas de modernizar a arquitetura. Em Portugal, o ecletismo segue a grande corrente internacional. Como é, também, uma época de grandes fortunas burguesas, torna-se o estilo mais utilizado por esta classe social, como forma de ostentação econômica. Existem numerosos exemplos por todo o país, mas são de destacar Lisboa, Porto e Estoril/Cascais/Sintra. Galeria Europa Américas África Extremo Oriente Ver também Arquitetura historicista École des Beaux-Arts Ecletismo em Portugal Ecletismo no Brasil Romantismo em Portugal Bibliografia AMOROSO, Maria Rita Silveira de Paula. Arquitetura campestre na obra de Ramos de Azevedo. A arquitetura rural campineira: a Fazenda São Vicente em Campinas. 2009. 296 p. Dissertação (Mestrado em Urbanismo) - Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas, 2009. link. CAMPOS, Eudes. Chalés paulistanos. An. mus. paul., São Paulo, v. 16, n. 1, p. 47-108, 2008. link. COLIN, Silvio. Ecletismo na arquitetura I. Coisas da Arquitetura, 28/09/2010a. link. __. Ecletismo na arquitetura II. Coisas da Arquitetura, 28/09/2010b. link. __. Ecletismo na arquitetura III. Coisas da Arquitetura, 28/09/2010c. link. __. Ecletismo na arquitetura IV. Coisas da Arquitetura, 18/11/2010d. link. FABRIS, Annateresa. Arquitetura eclética no Brasil: o cenário da modernização. An. mus. paul., São Paulo, v. 1, n. 1, p. 131-143, 1993 link. LEMOS, Carlos. Ecletismo em São Paulo. In: FABRIS, Annateresa. Ecletismo na arquitetura brasileira. São Paulo: Ed. USP/Nobel, 1987. p. 68-103. [Cf. ALMEIDA, 2012, p. 16-17.] PATETTA, Luciano. Considerações sobre o ecletismo na Europa. In: FABRIS, Anatereza. Ecletismo na arquitetura brasileira. São Paulo: Nobel/Ed. da USP, 1987. pp. 8-27. link. sk:Eklekticizmus (umenie)
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
O Prémio de Ciências Económicas, oficialmente denominado Prémio do Banco da Suécia para as Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel (em sueco Sveriges riksbanks pris i ekonomisk vetenskap till Alfred Nobels minne), vulgarmente apelidado na Suécia de Prémio da Economia (Ekonomipriset), foi instituído em 1968 pelo Sveriges Riksbank, o Banco Central da Suécia, e atribuído pela primeira vez em 1969. Devido ao facto de incluir a dedicatória a Alfred Nobel, é incorretamente referido como Prémio Nobel de Economia ou Prémio Nobel de Ciências Económicas. De fato, não é concedido pela Fundação Nobel, mas sim pago com dinheiro público. As palavras "em memória de Alfred Nobel" é que causam a confusão. Entretanto, segundo a Academia Real das Ciências da Suécia, o processo de indicação, os critérios de escolha e a apresentação da decisão são conduzidos de maneira similar à dos Prémios Nobel, e "conforme as regras que regulam a atribuição dos prémios criados a partir do testamento de Alfred Nobel". Alguns familiares de Alfred Nobel, notadamente seu sobrinho bisneto Peter Nobel, não aceitam que o Prémio de Ciências Económicas seja referido como um Nobel, pois o consideram como uma espécie de "campeonato de relações públicas para economistas" - algo impensável por Alfred Nobel, que desprezava "pessoas para quem os lucros são mais importantes do que o bem-estar da sociedade". Laureados O primeiro prémio em economia foi atribuído em 1969 a Ragnar Frisch e Jan Tinbergen "por terem desenvolvido e aplicado modelos dinâmicos para a análise de processos económicos". Duas mulheres já receberam o prêmio: Elinor Ostrom, em 2009, e Esther Duflo, em 2019. Ligações externas Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Século: Século XVIII - Século XIX - Século XX Décadas: 1850 1860 1870 - 1880 - 1890 1900 1910 Anos: 1880 - 1881 - 1882 - 1883 - 1884 - 1885 - 1886 - 1887 - 1888 - 1889 A década de 1880 foi o período de tempo entre 1 de janeiro de 1880 e 31 de dezembro de 1889. Foi a penúltima década do século XIX. Ocorreram no período central da Segunda Revolução Industrial. A maioria dos países ocidentais experimentou um grande ciclo econômico, devido à produção em massa de ferrovias e outros métodos de viagem mais convenientes. A cidade moderna, bem como o arranha-céu, tiveram a proeminência aumentada nesta década, contribuindo para a prosperidade econômica da época. A década de 1880 também fazia parte da Gilded Age, que durou de 1874 a 1907. Política e guerras Guerras Guerra de Aceh (1873–1904) Guerra do Pacífico (1879–1884) Guerra Mahdista (1881–1899) Guerra anglo-egípcia (1882) 13 de setembro de 1882 — As tropas britânicas ocupam o Cairo, e o Egito se torna um protetorado do Reino Unido. Conflitos internos Guerras indígenas nos Estados Unidos (intermitentemente de 1622–1918) 20 de julho de 1881 — O chefe sioux Sitting Bull leva os últimos de seus povos fugitivos a se renderem às tropas dos Estados Unidos no Fort Buford, em Montana. Frequentes linchamentos de afro-americanos no sul dos Estados Unidos durante os anos de 1880 a 1890. Colonização A França coloniza a Indochina. Colonização alemã. O aumento do interesse e da conquista colonial na África leva os representantes da Grã-Bretanha, França, Portugal, Alemanha, Bélgica, Itália e Espanha a dividir a África em regiões de influência colonial na Conferência de Berlim. Isso seria seguido nas próximas décadas pela conquista de quase a totalidade das partes não colonizadas restantes do continente, amplamente ao longo das linhas determinadas. Eventos políticos proeminentes 3 de agosto de 1881: O tratado de paz da Convenção de Pretória é assinado, terminando oficialmente a guerra entre os Boers e a Grã-Bretanha. 1884: A Conferência Internacional do Meridiano em Washington, Estados Unidos, é realizada para determinar o Primeiro Meridiano do mundo. 1884-1885: Conferência de Berlim, quando as potências ocidentais dividiram a África. 13 de maio de 1888: O Império do Brasil por meio da Lei Áurea determina o fim da escravidão dentro do território nacional 15 de novembro de 1889: A monarquia no Brasil é derrubada por meio de um golpe de Estado militar de caráter positivista
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
(, na numeração romana) foi um ano comum do século I, do Calendário Juliano, da Era de Cristo, teve início a um domingo e terminou também a um domingo, e a sua letra dominical foi A. Eventos Cláudio torna-se Imperador de Roma. Herodes Agripa I visita Roma. Séneca o Jovem é banido à Córsega por Cláudio. Nascimentos 12 de Fevereiro - Britânico, filho do imperador Cláudio. Falecimentos Júlia Lívila - irmã de Calígula (n. 18). Janeiro - Cneu Domício Enobarbo (cônsul em 32), político romano (n. 2 a.C.). 24 de janeiro Calígula, imperador romano, assassinado (n. 12). Júlia Drusila, filha de Calígula (n. 39). Milônia Cesônia, imperatriz consorte de Calígula. Bibliografia
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Nero Cláudio Druso Germânico (; 14 de janeiro de 38 a.C.–verão de 9 a.C.), nascido Décimo Cláudio Druso e também conhecido como Druso Cláudio Nero ou Druso, o Velho (), foi um político e comandante militar romano da gente Cláudia. Seu pai era um patrício, mas sua avó materna era de família plebeia. Era filho de Lívia Drusila e enteado do segundo marido dela, o imperador Augusto. Druso era também irmão do imperador Tibério, pai do imperador Cláudio e do general Germânico, avô do imperador Calígula e bisavô materno do imperador Nero. Druso foi o responsável pelas primeiras grandes campanhas romanas além do rio Reno e começou a conquista da Germânia, tornando-se o primeiro general romano a alcançar os rios Weser e Elba. Em 12 a.C., Druso liderou uma vitoriosa campanha na região e subjugou os sicambros. No final do mesmo ano, liderou uma campanha naval contra as tribos germânicas da costa do Mar do Norte, conquistando os batavos e os frísios e derrotando os caúcos perto da foz do Weser. Em 11 a.C., Druso conquistou os usípetes e os marsos, estendendo o controle romano ao alto Weser. No ano seguinte, lançou uma campanha contra os catos e os sicambros, vencendo ambos. Em 9 a.C., servindo como cônsul, Druso conquistou os matiacos e derrotou marcomanos e queruscos, estes últimos perto do Elba. Porém, Druso morreu no final deste mesmo ano e privou o Império Romano de um de seus melhores generais. Infância Druso era o filho mais jovem de Lívia Drusila de seu casamento com Tibério Cláudio Nero, legalmente declarado seu pai antes do divórcio do casal. Druso nasceu entre o meio de março e o meio de abril de 38 a.C., três meses depois de Lívia ter se casado com Otaviano (17 de janeiro). Gerhard Radke propôs o dia 28 de março como a data de nascimento mais provável ao passo que Lindsay Powell interpreta os "Fastos" de Ovídio como indicando a data de 13 de janeiro. Rumores surgiram na época de que Augusto seria o pai verdadeiro da criança, o que jamais foi comprovado. Cláudio, porém, encorajou o rumor durante seu reinado para criar a impressão de uma linhagem mais direta a partir de Augusto. Segundo Suetônio, Druso recebeu originalmente "Décimo" como prenome. "Nero" era um cognome tradicional da gente Cláudia ao passo que Druso era o cognome dado ao ramo dos Lívios. A utilização de um cognome como primeiro nome era pouco usual assim como era a proeminência dada à sua linhagem materna pela adoção de Druso como seu cognome. Druso foi criado na casa de Cláudio Nero com seu irmão, o futuro imperador Tibério, até a morte do pai dos dois. Os irmãos desenvolveram uma relação muito próxima que duraria por toda a vida. Tibério batizou seu filho mais velho com o nome do irmão e Druso fez o mesmo apesar de o costume da época ditar que os primogênitos fossem batizados com o nome do pai ou do avô. Casamento Druso se casou com Antônia Menor, filha de Marco Antônio com a irmã de Augusto, Otávia Menor, e ganhou a reputação de ser completamente fiel a ela. Os filhos do casal foram Germânico, Cláudio, uma filha chamada Livila ("pequena Lívia") e pelo menos dois outros filhos que não sobreviveram à infância. Depois da morte de Druso, Antônia não se casou e permaneceu viúva por quase cinco décadas. Três imperadores foram descendentes diretos de Druso: seu filho Cláudio, seu neto Calígula e seu bisneto Nero. Carreira Augusto concedeu diversas honras aos seus enteados. Em 19 a.C., Druso recebeu permissão para ocupar qualquer cargo público cinco anos mais novo do que a lei permitia. Quando Tibério deixou a Itália durante seu mandato como pretor, em 16 a.C., Druso legislou no seu lugar. Ele foi questor no ano seguinte e lutou contra bandidos récios nos Alpes. Druso conseguiu repeli-los, mas não conseguiu destruí-los sem antes receber reforços de Tibério. Os irmãos juntos então derrotaram facilmente as tribos alpinas. Druso chegou na Gália no final de 15 a.C. para servir como legado imperial das três províncias gaulesas. Sua contribuição para o programa de obras e o desenvolvimento urbano da Gália pode ser percebida na adoção do "pé druso" (), de cerca de 33,3 centímetros, na cidade de Samarobriva e entre os tungros. Entre 14 e 13 a.C., o próprio Augusto estava na Gália, ou em Lugduno ou na fronteira do Reno. Como governador da Gália, Druso construiu sua base em Lugduno, onde ele criou o "concilium Galliarum" ("conselho das províncias gaulesas") em algum momento entre 14 e 12 a.C.. Este conselho era responsável por eleger de entre seus membros um sacerdote para celebrar os jogos e venerar Roma e Augusto como divindades todo dia primeiro de agosto no altar das três Gálias que Druso construiu em Condate em 10 a.C.. Tibério, filho de Druso mais conhecido como Cláudio, nasceu em Lugduno no mesmo ano. Campanhas germânicas A partir de 14 a.C. Druso passou a construir uma sequência de bases militares ao longo do Reno — cinquenta segundo Floro — e estabeleceu uma aliança com os batavos antecipando uma campanha militar na Germânia Livre (a Germânia ainda não controlada pelos romanos). É provável que Druso estivesse no comando de sete legiões na época. Na primavera de 12 a.C., Druso liderou uma força expedicionária, provavelmente composta pela I Germanica e a V Alaudae, de navio, a partir de um local próximo à moderna cidade de Nijmegen, utilizando um ou mais dos canais que ele havia mandado construir para este fim. Druso navegou até a foz do rio Ems e invadiu o territórios dos caúcos, na moderna Baixa Saxônia. Os caúcos firmaram um tratado reconhecendo a supremacia romana e permaneceriam aliados de Roma por muitos anos depois disto. Conforme continuavam a subir pelo curso do Ems, os romanos foram atacados por barcos dos brúcteros. As forças de Druso derrotaram os brúcteros, mas, como já avançava a época das campanhas, Druso resolveu voltar para seu acampamento de inverno na Gália aproveitando de sua nova aliança com os frísios para navegar sem dificuldades pelas difíceis condições do mar do Norte. Como recompensa por suas vitórias nesta campanha, Druso foi nomeado pretor urbano em 11 a.C. quando retornou para invernar em Roma. Notícias das vitórias de Druso — navegar pelo mar do Norte, invadir novos territórios com as águias romanas e estabelecer novos tratados para Roma — provocaram uma considerável excitação em Roma e foram comemoradas em moedas. Porém, Druso não pretendia permanecer em Roma. Na primavera de seu mandato como pretor urbano ele partiu para a Germânia novamente. Desta vez ele juntou uma força composta por cinco legiões, inteiras ou em parte, e mais tropas auxiliares e partiu de Castra Vetera, no Reno, subindo pelo curso do rio Lippe. No caminho os romanos encontraram os tencteros e os usípetes, que foram derrotados separadamente. Druso alcançou o vale do Werra antes de decidir encerrar a temporada militar por causa da iminente chegada do inverno, do fim de seus suprimentos e de presságios desfavoráveis. No caminho de volta, quando atravessavam o territórios dos queruscos, os romanos foram emboscados em Arbalo. Porém, os queruscos não capitalizaram sobre a vantagem inicial da surpresa e os romanos conseguiram romper sua linha, derrotando-os completamente. Druso foi aclamado imperator logo depois. Para demonstrar seu domínio sobre a região, Druso guarneceu diversas posições no interior da Germânia no inverno de 11-10 a.C., incluindo uma guarnição em Hesse e outra no território querusco, provavelmente em Haltern (perto da moderna Haltern am See) ou em Oberaden (Bergkamen), ambos no moderno estado alemão da Renânia do Norte-Vestfália. Druso voltou para sua esposa e seus dois filhos por um tempo em Lugduno antes da família retornar para Roma, onde Druso foi se reportar a Augusto. Por suas vitórias, ele recebeu a honra de uma ovação e, pela segunda vez, Augusto fechou as portas do Templo de Jano, o que significava que todo o mundo romano estava em paz. No ano seguinte Druso foi nomeado procônsul. Em 10 a.C., os catos se juntaram aos sicambros e atacaram o acampamento de Druso, mas foram repelidos. Druso os perseguiu, marchando do local onde está a moderna cidade de Mainz e Rödgen, onde ele criou uma base de suprimentos, até Hedemünden, onde um poderoso acampamento foi construído. Por volta desta época, o ardiloso rei marcomano Marobóduo respondeu à invasão romana realocando seu povo em massa para Boêmia. No verão do mesmo ano, Druso deixou o acampamento e retornou para Lugduno, onde inaugurou o santuário das três províncias gaulesas em Condate em 1 de agosto. Augusto e Tibério estavam presentes para a ocasião — e para o nascimento do filho de Druso, Cláudio — e depois Druso os acompanhou de volta a Roma. Druso venceu facilmente a eleição para o consulado de 9 a.C., mas, mais uma vez, ele partiu antes de assumir o cargo. Contudo, seu consulado apresentou a Druso a chance de conquistar a maior e mais rara honra militar romana, o spolia opima, o espólio de um monarca inimigo derrotado em combate singular pelo mais alto magistrado romano, o cônsul, sem a ajuda de mais ninguém. Druso rapidamente voltou para o campo de batalha, parando em Lugduno para se encontrar com seus assessores e para dedicar um templo a Augusto em Andemantuno antes de chegar em Mogoncíaco, de onde partiria sua nova campanha no começo da primavera. Druso liderou seu exército via Rödgen através dos territórios dos marsos e queruscos até o Elba e além. Neste ponto, conta-se que Druso teria presenciado a aparição de uma germânica que o alertou contra seguir adiante e que sua morte estaria próxima. Druso voltou, mas construiu um troféu para comemorar sua chegada até o Elba, provavelmente no local onde hoje estão Dresden ou Magdeburgo. Druso buscou diversos monarcas germânicos (pelo menos três) durante suas campanhas na Germânia, enfrentando-os em "demonstrações espetaculares de combate singular". As fontes são ambíguas, mas implicam que, em algum momento, Druso de fato tomou para si o spolia opima de um rei germânico, tornando-se assim o quarto e último romano a conquistar a honra. Morte e legado Druso estava retornando deste avanço até o Elba quando caiu de seu cavalo e se machucou gravemente. Ele sobreviveu por mais de um mês depois do acidente, o que deu tempo para que Tibério se juntasse a ele. Curiosamente, pouco antes de sua morte Druso escreveu uma carta a Tibério reclamando do estilo de governo de Augusto. Suetônio, em "Vidas dos Doze Césares", relata que ele se recusou a retornar a Roma imediatamente antes de morrer, mas seu corpo foi levado para lá e suas cinzas foram depositadas no Mausoléu de Augusto. Druso continuou sendo extremamente popular entre os legionários, que erigiram um monumento (conhecido hoje como Drususstein, "pedra de Druso") em Mogoncíaco em sua homenagem. Sua família recebeu o agnome "Germânico" como título honorífico hereditário, passado para o filho mais velho. Augusto mais tarde escreveu uma biografia de Druso, que não sobreviveu. Por decreto do imperador, festivais passaram a ser celebrados em Mogoncíaco nos aniversários do nascimento e morte de Druso. A mãe de Druso, Lívia, muito entristecida pela morte de seu segundo filho, aceitou o conselho do filósofo Ário Dídimo e mandou construir muitas estátuas de Druso e passou a falar frequentemente dele. A ainda existente obra latina conhecida como "Consolatio ad Liviam" foi construída como uma mensagem de condolências ovidiana a Lívia pela morte de Druso, apesar de hoje ser considerada como um exercício literário "composto entre a morte de Lívia [29 d.C.] e a de Tibério [37 d.C.]". Augusto relembrou as vitórias de Druso — pelas quais ele, como superior hierárquico de Druso, tomou para si o crédito — em sua "Res Gestae Divi Augusti" escrita em 14 d.C.: Quando Cláudio assumiu o trono romano em 41, Druso recebeu novas homenagens, incluindo jogos anuais no Circo Máximo em 14 de janeiro (aniversário de nascimento), novas moedas comemorando suas vitórias na Germânia e a restauração de um monumento perto da Altar da Paz de Augusto que abrigava uma estátua de Druso. Cláudio também completou a estrada romana que ligava a Itália à Récia pela rota seguida por Druso; seus marcos miliários comemoravam as conquistas de Druso nos Alpes. As celebrações de Cláudio à memória de seu pai só diminuíram quando Cláudio conseguiu sua própria conquista para comemorar. Árvore genealógica Ver também Arco de Druso Notas Bibliografia Cônsules do Império Romano Pretores do Império Romano Claudii Dinastia júlio-claudiana Romanos antigos do século I a.C. Mortes por acidente de cavalo Mogoncíaco Cláudio Sepultamentos no Mausoléu de Augusto Guerras romano-germânicas
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
ou buscador () é um programa desenhado para procurar palavras-chave fornecidas pelo utilizador em documentos e bases de dados. No contexto da internet, um motor de pesquisa permite procurar palavras-chave em documentos alojados na world wide web, como aqueles que se encontram armazenados em websites. Os motores de busca surgiram logo após o aparecimento da Internet, com a intenção de prestar um serviço extremamente importante: a busca de qualquer informação na rede, apresentando os resultados de uma forma organizada, e também com a proposta de fazer isto de uma maneira rápida e eficiente. A partir deste preceito básico, diversas empresas se desenvolveram, chegando algumas a valer milhões de dólares. Entre as maiores empresas encontram-se o Google, o Yahoo!, o Bing, o Lycos, o Cadê e, mais recentemente, a Amazon.com com o seu mecanismo de busca A9 porém inativo. Os buscadores se mostraram imprescindíveis para o fluxo de acesso e a conquista novos visitantes. Antes do advento da Web, havia sistemas para outros protocolos ou usos, como o Archie para sites FTP anônimos e o Veronica para o Gopher (protocolo de redes de computadores que foi desenhado para indexar repositórios de documentos na Internet, baseado-se em menus). Conceito Um motor de busca é feito para auxiliar a procura de informações armazenadas na rede mundial (WWW), dentro de uma rede corporativa ou de um computador pessoal. Ele permite que uma pessoa solicite conteúdo de acordo com um critério específico (tipicamente contendo uma dada palavra ou frase) e responde com uma lista de referências que combinam com tal critério, ou seja é uma espécie de catálogo mágico. Ao se realizar uma consulta, a lista de ocorrências de assuntos é criada previamente por meio de um conjunto de softwares de computadores, conhecidos como Web crawler, que vasculham toda a Web em busca de ocorrências de um determinado assunto em uma página. Ao encontrar uma página com muitos links, os spiders embrenham-se por eles, conseguindo, inclusive, vasculhar os diretórios internos - aqueles que tenham permissão de leitura para usuários - dos sites nos quais estão trabalhando. Os motores de busca usam regularmente índices atualizados para funcionar de forma rápida e eficiente. Sem maior especificação, ele normalmente refere-se ao serviço de busca Web, que procura informações na rede pública da Internet. Outros tipos incluem motores de busca para empresas (Intranets), motores de busca pessoais e motores de busca móveis. De qualquer forma, enquanto diferente seleção e relevância podem aplicar-se em diferentes ambientes, o utilizador provavelmente perceberá uma pequena diferença entre as operações neles. Alguns motores também extraem dados disponíveis em grupos de notícias, grandes bancos de dados ou diretórios abertos como a DMOZ.org (Open Directory Project). Ao contrário dos diretórios Web, que são mantidos por editores humanos, os serviços de busca funcionam algoritmicamente. A maioria dos sites que chamam os motores de busca são, na verdade, uma "interface" (front end) para os sistemas de busca de outras empresas. História Os primeiros motores de busca (como o Yahoo) baseavam-se na indexação de páginas através da sua categorização. Posteriormente surgiram as meta-buscas. A mais recente geração de motores de busca (como a do Google) utiliza tecnologias diversas, como a procura por palavras-chave diretamente nas páginas e o uso de referências externas espalhadas pela web, permitindo até a tradução direta de páginas (embora de forma básica ou errada) para a língua do utilizador. O Google, além de fazer a busca pela Internet, oferece também o recurso de se efetuar a busca somente dentro de um site específico. É essa a ferramenta usada na comunidade Wiki. Os motores de busca são buscadores que baseiam sua coleta de páginas em um robô que varre a Internet à procura de páginas novas para introduzir em sua base de dados automaticamente. Motores de busca típicos são Google, Yahoo e Bing. A primeira ferramenta utilizada para busca na Internet foi o Archie (da palavra em Inglês, "archive" sem a letra "v"). Foi criado em 1990 por Alan Emtage, um estudante da McGill University em Montreal. O programa baixava as listas de diretório de todos arquivos localizados em sites públicos de FTP (File Transfer Protocol) anônimos, criando uma base de dados que permitia busca por nome de arquivos. Enquanto o Archie indexava arquivos de computador, o Gopher indexava documentos de texto. Ele foi criado em 1991, por Mark McCahill da Universidade de Minessota, cujo nome veio do mascote da escola. Devido ao fato de serem arquivos de texto, a maior parte dos sites Gopher tornaram-se websites após a criação da World Wide Web. Dois outros programas, Veronica e Jughead, buscavam os arquivos armazenados nos sistemas de índice do Gopher. Veronica (Very Easy Rodent-Oriented Net-wide Index to Computerized Archives) provia uma busca por palavras para a maioria dos títulos de menu em todas listas do Gopher. Jughead (Jonzy's Universal Gopher Hierarchy Excavation And Display) era uma ferramenta para obter informações de menu de vários servidores Gopher. O primeiro search engine Web foi o Wandex, um índice atualmente extinto feito pela World Wide Web Wanderer, um web crawler (programa automatizado que acessa e percorre os sites seguindo os links presentes nas páginas.) desenvolvido por Matthew Gray no MIT, em 1993. Outro sistema antigo, Aliweb, também apareceu no mesmo ano e existe até hoje. O primeiro sistema "full text" baseado em crawler foi o WebCrawler, que saiu em 1994. Ao contrário de seus predecessores, ele permite aos usuários buscar por qualquer palavra em qualquer página, o que tornou-se padrão para todos serviços de busca desde então. Também foi o primeiro a ser conhecido pelo grande público. Ainda em 1994, o Lycos (que começou na Carnegie Mellon University) foi lançado e tornou-se um grande sucesso comercial. Logo depois, muitos sistemas apareceram, incluindo Excite, Infoseek, Inktomi, Northern Light, e AltaVista. De certa forma, eles competiram com diretórios populares como o Yahoo!. Posteriormente, os diretórios integraram ou adicionaram a tecnologia de search engine para maior funcionalidade. Os sistemas de busca também eram conhecidos como a "mina de ouro" no frenêsi de investimento na Internet que ocorreu no fim dos anos 1990s. Várias empresas entraram no mercado de forma espetacular, com recorde em ganhos durante seus primeiros anos de existência. Algumas fecharam seu sistema público, e estão oferecendo versões corporativas somente, como a Northern Light. Mais recentemente, os sistemas de busca também estão utilizando XML ou RSS, permitindo indexar dados de sites com eficácia, sem a necessidade de um crawler complexo. Os sites simplesmente provêm um xml feed o qual é indexado pelo sistema de busca. Os XML feeds estão sendo cada vez mais fornecidos de forma automática por weblogs. Exemplos são o feedster, que inclui o LjFind Search que provê serviços para os blogs do site LiveJournal. Tipos de buscador Existem variados tipos de buscadores: Buscadores globais são buscadores que pesquisam todos os documentos na rede, e a apresentação do resultado é aleatória, dependendo do ranking de acessos aos sites. As informações podem referir-se a qualquer tema. O buscador global mais recente é o Wiglr, que utiliza dados muito parecidos com o Google e Bing, é também o primeiro buscador criado nesta década (2010-2020). Google, Yahoo e Bing são os buscadores globais mais acessados; Buscadores verticais são buscadores que realizam pesquisas "especializadas" em bases de dados próprias de acordo com suas propensões. Geralmente, a inclusão em um buscador vertical está relacionada ao pagamento de uma mensalidade ou de um valor por clique. Mitula, Trovit, BizRate, AchaNoticias, Oodle, Catho, SAPO, BuscaPé e Become.com são alguns exemplos de buscadores verticais; Guias locais são buscadores exclusivamente locais ou regionais. As informações se referem a endereços de empresas ou prestadores de serviços. O resultado é priorizados pelo destaque de quem contrata o serviço. Listão, GuiaMais, AcheCerto, EuAcheiFácil, Zeen! entre outras. Geralmente são cadastros e publicações pagas. É indicado para profissionais e empresas que desejam oferecer seus produtos ou serviços em uma região, Estado ou Cidade; Guias de busca local ou buscador local são buscadores de abrangência nacional que lista as empresas e prestadores de serviços próximas ao endereço do internauta a partir de um texto digitado. A proximidade é avaliada normalmente pelo CEP, ou por coordenadas de GPs. Os cadastros Básicos são gratuitos para que as micros empresas ou profissionais liberais possam estar presente na WEB sem que invistam em um sites próprio. É indicado para profissionais e empresas que desejam oferecer seus produtos ou serviços em uma Localidade, rua, bairro, cidade ou Estado e possibilitando ainda a forma mais rápida de atualização dos registros de contatos por seus clientes ou fornecedores; Diretórios de websites são índices de sites, usualmente organizados por categorias e sub-categorias. Tem como finalidade principal permitir ao usuário encontrar rapidamente sites que desejar, buscando por categorias, e não por palavras-chave. Os diretórios de sites geralmente possuem uma busca interna, para que usuários possam encontrar sites dentro de seu próprio índice. Diretórios podem ser a nível regional, nacional ou global, e até mesmo especializados em determinado assunto. Open Directory Project é exemplo de diretórios de sites. A divulgação de sites de empresas com negócios regionais são acessados em sua grande maioria quando os profissionais da WEB cadastram seus sites nos Buscadores Locais para aumentarem as visitas de internautas, pois não há um sistema de atualização automática dos dados que abranja todos os tipos de categorias e em rapidez necessária. Por esta razão, somente cerca de 20% a 25% de tudo que existe na WEB é publicada nos buscadores. Funcionamento Um motor de busca opera na seguinte ordem: Web crawling (percorrer por links) Indexação Busca Os sistemas de busca trabalham armazenando informações sobre um grande número de páginas, as quais eles obtém da própria WWW. Estas páginas são recuperadas por um Web crawler (também conhecido como spider) — um Web browser automatizado que segue cada link que vê. As exclusões podem ser feitas pelo uso do robots.txt. O conteúdo de cada página então é analisado para determinar como deverá ser indexado (por exemplo, as palavras são extraídas de títulos, cabeçalhos ou campos especiais chamados meta tags). Os dados sobre as páginas são armazenados em um banco de dados indexado para uso nas pesquisas futuras. Alguns sistemas, como o do Google, armazenam todo ou parte da página de origem (referido como um cache) assim como informações sobre as páginas, no qual alguns armazenam cada palavra de cada página encontrada, como o AltaVista. Esta página em cache sempre guarda o próprio texto de busca pois, como ele mesmo foi indexado, pode ser útil quando o conteúdo da página atual foi atualizado e os termos de pesquisa não mais estão contidos nela. Este problema pode ser considerado uma forma moderada de linkrot (perda de links em documentos da Internet, ou seja, quando os sites deixaram de existir ou mudaram de endereço), e a maneira como o Google lida com isso aumenta a usabilidade ao satisfazer as expectativas dos usuários pelo fato de o termo de busca estarão na página retornada. Isto satisfaz o princípio de “menos surpresa”, pois o usuário normalmente espera que os termos de pesquisa estejam nas páginas retornadas. A relevância crescente das buscas torna muito útil estas páginas em cache, mesmo com o fato de que podem manter dados que não mais estão disponíveis em outro lugar. Quando um usuário faz uma busca, tipicamente digitando palavras-chave, o sistema procura o índice e fornece uma lista das páginas que melhor combinam ao critério, normalmente com um breve resumo contendo o título do documento e, às vezes, partes do seu texto. A maior parte dos sistemas suportam o uso de termos booleanos AND, OR e NOT para melhor especificar a busca. E uma funcionalidade avançada é a busca aproximada, que permite definir a distância entre as palavras-chave. A utilidade de um sistema de busca depende da relevância do resultado que retorna. Enquanto pode haver milhões de páginas que incluam uma palavra ou frase em particular, alguns sites podem ser mais relevantes ou populares do que outros. A maioria dos sistemas de busca usam métodos para criar um ranking dos resultados para prover o "melhor" resultado primeiro. Como um sistema decide quais páginas são melhores combinações, e qual ordem os resultados aparecerão, varia muito de um sistema para outro. Os métodos também modificam-se ao longo do tempo, enquanto o uso da Internet muda e novas técnicas evoluem. A maior parte dos sistemas de busca são iniciativas comerciais suportadas por rendimentos de propaganda e, como resultado, alguns usam a prática controversa de permitir aos anunciantes pagar para ter sua listagem mais alta no ranking nos resultados da busca. A vasta maioria dos serviços de pesquisa são rodados por empresas privadas usando algoritmos proprietários e bancos de dados fechados, sendo os mais populares o Google, Bing e Yahoo! Search. De qualquer forma, a tecnologia de código-aberto para sistemas de busca existe, tal como ht://Dig, Nutch, Senas, Egothor, OpenFTS, DataparkSearch e muitos outros. Custos de armazenamento e tempo de crawling Os custos de armazenamento não são o recurso limitador na implementação de um sistema de busca. Armazenar simplesmente 10 bilhões de páginas de 10 kbytes cada (comprimidas) requer 100 TB e outros aproximados 100 TB para índices, dando um custo de hardware total em menos de $200 k: 400 drives de disco de 500 GB em 100 PCs baratos. De qualquer forma, um sistema público de busca consideravelmente requer mais recursos para calcular os resultados e prover alta disponibilidade. E os custos de operar uma grande server farm não são triviais. Passar por 10 B páginas com cem máquinas percorrendo links a 100 páginas/segundo levaria 1M segundos, ou 11.6 dias em uma conexão de Internet de alta capacidade. A maior parte dos sistemas percorre uma pequena fatia da Web (10-20% das páginas) perto desta freqüência ou melhor, mas também percorre sites dinâmicos (por exemplo, sites de notícias e blogs) em uma freqüência muito mais alta. Motores de busca geoespaciais Uma recente melhoria na tecnologia de busca é a adição de geocodificação e geoparsing para o processamento dos documentos ingeridos. O geoparsing tenta combinar qualquer referência encontrada a lugares para um quadro geoespacial de referência, como um endereço de rua, localizações de dicionário de termos geográficos, ou a uma área (como um limite poligonal para uma municipalidade). Através deste processo de geoparsing, as latitudes e longitudes são atribuídas aos lugares encontrados e são indexadas para uma busca espacial posterior. Isto pode melhorar muito o processo de busca pois permite ao usuário procurar documentos para uma dada extensão do mapa, ou ao contrário, indicar a localização de documentos combinando com uma dada palavra-chave para analisar incidência e agrupamento, ou qualquer combinação dos dois. Uma empresa que desenvolveu este tipo de tecnologia é a MetaCarta, que disponibiliza seu produto como um XML Web Service para permitir maior integração às aplicações existentes. A MetaCarta também provê uma extensão para o programa GIS como a ArcGIS (ESRI) para permitir aos analistas fazerem buscas interativamente e obter documentos em um contexto avançado geoespacial e analítico. Ver também Otimização para sistemas de busca Buscadores de desktop Base de dados bibliográfica SQL DuckDuckGo Ligações externas A nova era das ferramentas de busca(matéria do Estado de S. Paulo) A nova era das ferramentas de busca) Recuperação de informação Terminologia informática
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Santo António é uma freguesia portuguesa do município de São Roque do Pico, com 31,81 km² de área e 815 habitantes (2011). A sua densidade populacional é 25,6 hab/km². Esta freguesia cuja existência remonta aos finais do século XVII, tem como padroeiro Santo António, santo que lhe empresta o nome. Possui um templo dedicado à evocação do referido santo, a Igreja de Santo António, templo esse que é composto por apenas uma torre sineira, ao contrário do que acontece com a maior parte das igrejas da ilha. Este templo que é dotado por um valioso retábulo em talha dourada localizado na capela-mor, elaborado em fino corte, encontra-se entre os mais belos da ilha do Pico. Neste templo são também dignas de notas as imagens de apreciável dimensão de Santo António e do Coração de Jesus. As ermidas existentes nesta localidade são características e dedicadas aos respectivos santos patronos, como é o caso da São Vicente e a Ermida de Santa Ana, a Capela de Santo António da Furna, a Igreja de Santo António e o Império do Divino Espírito Santo de Santo António que contribuem para a história da localidade. Nesta freguesia é ainda de salientar a Vigia da Baleia, que se situada no Cabeço da Vigia em Santana e cuja construção data do século XX, salienta-se não tanto pela vigia em si, mas pela imensa paisagem que oferece como um horizonte de mar como limite. Esta vigia dedicada, como o nome indica à vigia da baleia, cuja caça em tempo antigos teve grande importância para os povos da ilha do Pico apresenta-se com uma construção simples de planta rectangular, com frente facetada, onde existe um rasgo horizontal encimado por uma pala de betão armado. O acesso a esta vigia é feito por um caminho pedonal. Igualmente de mencionar como referência é o Jardim das Furnas a que se encontra anexo um parque infantil e um parque de campismo. Nesta localidade são de mencionar as Piscinas Naturais da Furna de Santo António que se constituem como uma das zonas balneares mais procuradas da ilha devido às suas características naturais ímpares. População Património natural Furna de Henrique Maciel Furna de Santo António Património construído Igreja de Santo António Império do Divino Espírito Santo de Santo António Ermida de Santa Ana Capela de Santo António da Furna Porto de Santo António Freguesias de São Roque do Pico
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
James Tobin (Champaign, — New Haven, ) foi um economista estadunidense. Carreira Professor na Universidade de Yale de 1950 a 1988, foi galardoado com o Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel de 1981, "por sua análise dos mercados financeiros e suas relações com as decisões de despesas, empregos, produção e preços". James Tobin foi um trabalhador incansável; até os 80 anos ainda dava expediente no seu gabinete em Yale. É autor de 16 livros e de mais de 400 artigos. No início de sua carreira acadêmica dedicou-se a analisar a teoria keynesiana e a dotá-la de fundações científicas mais rigorosas, bem como a reforçar e elaborar a lógica das teorias macroeconômicas e monetárias. Nesse sentido pode ser considerado um economista keynesiano, embora também seja chamado de um economista liberal com um rosto humano. Criado em Illinois durante a Grande Depressão foi por ela marcado e pode observar os tropeços das economias capitalistas daquela época, que produziram então uma onda mundial de problemas político-sociais. Estes acontecimentos o incentivaram a questionar os "dogmas" da ortodoxia econômica e, ainda como bolsista em Harvard, a descobrir e adotar as teorias de Keynes. Tornou-se partidário de um "liberalismo com uma face humana" e nunca se cansou de defender um papel ativo do Estado na economia e nos ajustes fiscais e orçamentários. Relacionava-se profissionalmente com Paul Samuelson, Robert Solow, e Franco Modigliani (M.I.T), com os quais compartilhava muitos pontos de vista. Na década de 1960 foi um dos mais eloqüentes críticos do monetarismo, defendido por Friedman na Universidade de Chicago, liderando o grupo de economistas que se opunham a essa onda monetarista. Tobin defendia a intervenção governamental na economia dos estados nacionais. Na década de 1980 combateu o "reganismo", alertando que as políticas monetaristas, fortemente inspiradas em Friedman, adotadas pelo governo Reagan: "distribuiriam a riqueza, o poder e a oportunidade para os que já eram ricos e poderosos, e para seus herdeiros". Tobin tornou-se ainda mais famoso em 1972 por ter sugerido a criação de um imposto de 0,1% sobre as transacções financeiras internacionais como forma de reduzir a especulação nos mercados financeiros. Propunha que as receitas desse imposto fossem utilizadas para financiar as Nações Unidas ou para ajudar o desenvolvimento dos países do terceiro mundo. Este imposto, que nunca chegou a ser criado, ficou conhecido como Taxa Tobin. No Brasil, foram criados impostos parcialmente baseados na Taxa Tobin, como a extinta CPMF e o IOF. Foi membro do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca, no governo do presidente John F. Kennedy, em 1961 e 1962. Utilizou a frase Não colocar todos os ovos no mesmo cesto como uma metáfora para evitar o risco nas especulações financeiras. Foi agraciado com o Doutoramento Honoris Causa pela Universidade Nova de Lisboa em 1979/1980. Publicações also: Google Scholar Tobin, James (1961). "Money, Capital, and Other Stores of Value," American Economic Review, 51(2), pp. 26–37. Reprinted in Tobin, 1987, Essays in Economics, v. 1, pp. 217–27. MIT Press. Tobin, James (1970). "Money and Income: Post Hoc Ergo Propter Hoc?" Quarterly Journal of Economics, 84(2), pp. 301–17. Tobin, James and William C. Brainard (1977a). "Asset Markets and the Cost of Capital". In Richard Nelson and Bela Balassa, eds., Economic Progress: Private Values and Public Policy (Essays in Honor of William Fellner), Amsterdam: North-Holland, 235–62. Tobin, James (1992). "money", The New Palgrave Dictionary of Finance and Money, v. 2, pp. 770–79 & in The New Palgrave Dictionary of Economics. 2008, 2nd Edition. Reprinted in Tobin (1996), Essays in Economics, v. 4, pp. 139–163. MIT Press. Tobin, James, Essays in Economics, MIT Press: v. 1 (1987), Macroeconomics. Scroll to chapter-preview links. v. 2 Consumption and Economics. Description. v. 3 (1987). Theory and Policy (in 1989 paperback as Policies for Prosperity: Essays in a Keynesian Mode). Description and links. v. 4 (1996). National and International. Links. Tobin, James, with Stephen S. Golub (1998). Money, Credit, and Capital. Irwin/McGraw-Hill. TOC. Ligações externas Lista completa das obras de James Tobin Professor James Tobin. The Times Daily Register, (United Kingdom) 14/3/2002 James Tobin - Cowles Foundation Short biography at nobel-winners.com IDEAS/RePEc John Mihaljevic's Equities and Tobin's Q Report The Q Ratio Sends a Modestly Bearish Long-Term Signal (July 2009) Tobin's Q Moderately Bullish on U.S. Equities (as of March 2009) The Manual of Ideas Launches Tobin's Q Research Service Based on James Tobin's Q Indicator Robert Huebscher on "The Market Valuation Q-uestion" James Tobin Papers. Manuscripts and Archives, Yale University Library. Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel Laureados dos Estados Unidos com o Nobel Economistas dos Estados Unidos James Tobin James Tobin Professores da Universidade Yale Naturais de Champaign (Illinois) Doutores honoris causa pela Universidade Nova de Lisboa
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Sabugueiro pode ser: Plantas Sabugueiro - o nome comum de Sambucus nigra, uma planta cultivada. Sabugueiro-da-madeira - o nome comum de Sambucus lanceolata, uma planta endémica da ilha da Madeira. Geografia Sabugueiro - freguesia no concelho de Arraiolos, Portugal Sabugueiro - freguesia no concelho de Seia, Portugal Desambiguação
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Folhadosa é uma antiga freguesia portuguesa do município de Seia, na província da Beira Alta, região do Centro e sub-região da Serra da Estrela, com 3,33 km² de área e 327 habitantes (2011). A sua densidade populacional era 98,2 hab/km². Foi extinta e agregada à freguesia de Torrozelo, criando a União das freguesias de Torrozelo e Folhadosa. Folhadosa é uma aldeia com um potencial turístico notável, estando algo inexplorado até ao presente. População {| ! colspan="16" | Totais e grupos etários |- | | align="center" | 1864 | align="center" | 1878 | align="center" | 1890 | align="center" | 1900 | align="center" | 1911 | align="center" | 1920 | align="center" | 1930 | align="center" | 1940 | align="center" | 1950 | align="center" | 1960 | align="center" | 1970 | align="center" | 1981 | align="center" | 1991 | align="center" | 2001 | align="center" | 2011 |- bgcolor="white" |Total | align="right" | 563 | align="right" | 526 | align="right" | 603 | align="right" | 535 | align="right" | 535 | align="right" | 635 | align="right" | 573 | align="right" | 672 | align="right" | 623 | align="right" | 591 | align="right" | 670 | align="right" | 560 | align="right" | 474 | align="right" | 429 | align="right" | 327 |- bgcolor="white" Por idades em 2001 e 2011 Património Igreja de São Pedro (matriz) Santuário (ou Capela) do Senhor do Calvário: Um reflexo da construção após as invasões francesas Santuário (ou Capela) de Nossa Senhora da Ribeira: Com um chão único construído por pequenas pedras agrupadas Solar do Barão, Visconde e Conde de Molelos Pedras do Bom Nome: Um excelente e espectacular miradouro sobre a Serra da Estrela. Antigas freguesias de Seia
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Santa Comba é uma freguesia portuguesa do município de Seia, com 11,72 km² de área e 725 habitantes (censo de 2021) A sua densidade populacional é . Esta freguesia é composta por Vila Chã e Aldeia de São Miguel. Demografia A população registada nos censos foi: História A devoção a Santa Comba é das mais antigas do país e parece estar na origem do povoamento desta aldeia que data do século XIII. Foi sede de Companhia de Milícias até 1834 comandada por um capitão de milícias, ajudado pelo sargento de milícias. Em Santa Comba poderá visitar: o Solar da Quinta da Bica, construído em meados do século XVI e XVII, várias capelas e a Igreja Matriz de Santa Comba. Património Casa da Bica Casa das Seis Marias Capela de São Silvestre Equipamentos Jardim de Infância de Santa Comba Feiras, festas e romarias Feira de S. Silvestre (31 de dezembro) Nossa Senhora de Fátima (13 de maio) São Miguel (segundo fim-de-semana de setembro) Festa da Sardinha (terceiro fim-de-semana de setembro) Anjo da Guarda (terceiro Domingo de outubro) Santa Combinha (penultimo ou último de julho) Gastronomia Cabrito assado Feijoada à beirã Bacalhau com grão Freguesias de Seia
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Torroselo é uma antiga freguesia portuguesa do município de Seia, na província da Beira Alta, região do Centro e sub-região da Serra da Estrela, com 4,97 km² de área e 481 habitantes (2011). A sua densidade populacional era 96,8 hab/km². Foi extinta e agregada à freguesia de Folhadosa, criando a União das freguesias de Torrozelo e Folhadosa. História Torroselo foi uma freguesia de Seia, diocese e distrito da Guarda. Durante centenas de anos, teve a categoria de vila e sede de concelho, funcionando a câmara da vila Torroselo. Data de 1150 a primeira vez que esta localidade é mencionada num documento. Há também em arquivo uma carta de foral dada a Torroselo, nos fins do século XII, por D. João Teotónio, prior do mosteiro de Santo Cruz de Coimbra. Torroselo obteve foral outorgado por D. Manuel I em 15 de Maio do ano de 1514. A partir do reinado de D. Manuel I, a freguesia de Torroselo passou a ter justiças próprias, pois já no século XIX a câmara de Torroselo era constituída por um juiz ordinário do civil, um vereador e um procurador. O Concelho foi extinto pelo Decreto de 6 de Novembro de 1836, tendo passado a pertencer ao Concelho de Sandomil, que mais tarde foi extinto pelo decreto de 24 de outubro de 1855 e integrado em Seia. População {| ! colspan="16" | Totais e grupos etários |- | | align="center" | 1864 | align="center" | 1878 | align="center" | 1890 | align="center" | 1900 | align="center" | 1911 | align="center" | 1920 | align="center" | 1930 | align="center" | 1940 | align="center" | 1950 | align="center" | 1960 | align="center" | 1970 | align="center" | 1981 | align="center" | 1991 | align="center" | 2001 | align="center" | 2011 |- bgcolor="white" |Total | align="right" | 757 | align="right" | 761 | align="right" | 815 | align="right" | 805 | align="right" | 790 | align="right" | 770 | align="right" | 667 | align="right" | 842 | align="right" | 772 | align="right" | 734 | align="right" | 717 | align="right" | 625 | align="right" | 618 | align="right" | 528 | align="right" | 481 |- bgcolor="white" Por idades em 2001 e 2011 Património Torroselo foi uma freguesia que desfruta de vários centros históricos, como por exemplo a Fonte dos mouros, onde também existe um Pelourinho e o Cruzeiro inaugurado em 1941, tratando-se de um padrão comemorativo do centenário da Fundação e da Restauração de Portugal. A actual igreja paroquial tem como orago Nossa Senhora do Rosário, com várias datas gravadas em granito desde a era de 1559, 1751 a 1850. Existem ainda algumas capelas, como a de S. João, situada no topo norte da povoação. A capela de S. Bento é onde todos os anos se realiza a tradicional festa religiosa na 2ª Feira de Páscoa. A capela de Nossa Senhora de Fátima, erguida no bairro da Cruz-Alta, e outra ainda, particular, da casa dos Abranches, também dita casa ou solar de Torrozelo, que foi do Dr. José Maria da Costa Brandão, seu descendente. Esta casa foi fundada nos finais do século XV por Fernando Lourenço de Abranches, que depois de viúvo se ordenou, licenciou em Cânones e foi vigário-geral do bispado de Viseu e primeiro arcipreste e cónego da Sé de Viseu. Os seus descendentes, Abranches, senhores desta casa, mantiveram sempre na família o cargo de capitão-mor de Toroselo, bem assim como das restantes seis vilas da Universidade de Coimbra (Santa Marinha, Lagares, Vila Nova de Oliveirinha, Ervedal e Percelada). Torroselo teve cadeia, onde outrora, provavelmente, funcionaram os serviços municipais, depois a escola primária e já mais tarde a casa de ensaios da actual banda Torroselense estrela D'alva. Colectividades A Filarmónica de Torroselo foi fundada em Fevereiro de 1908 por um grupo, mais concretamente pelo relojoeiro, João Batista Domingos. O grupo Torroselense estrela D'alva, foi fundado em meados de 1924. Mais tarde este grupo também se designou por liga e grémio.Registam-se duas inaugurações muito marcantes em Torroselo: a luz eléctrica em 14 de Julho de 1935 e a casa paroquial em Agosto de 1965. Ao longo de muitos anos e ainda hoje eventualmente, Torroselo sempre se destacou com pessoas de bem e carácter social. Recordamos o Padre Luís Alves de Campos, o seu irmão Padre José Maria Alves de Campos, o Dr. José de Abranches Homem da Costa Brandão, fidalgo da Casa Real, deputado às Cortes pelo concelho de Seia (1879-1881), presidente da Câmara de Seia e senhor da antedita casa de Torrozelo, seu sobrinho materno e herdeiro da dita casa o Dr. José Maria de Albuquerque da Costa Brandão, que foi juiz na Relação de Coimbra, o Eng.† Alfredo Vaz Pinto, que desempenhou elevadas funções a nível nacional, como ministro de Estado. O capitão António Costa, foi militar em África e em Moçambique, participou na campanha contra gungunhana. Alberto Fontes, foi um dinâmico proprietário agrícola. Criou em Torroselo várias indústrias relacionadas com a agricultura, foi premiado na exposição agricula da Real Tapada da Ajuda com a medalha de ouro e honra nacional. O Coronel José Joaquim Mendes Leal, professor da escola do Exército, formado em direito, director do Instituto Superior do Comércio e Economia, tendo sido ainda governador civil da cidade da Guarda e Viseu, presidente da câmara dos deputados e do concelho de estado do rei D. Carlos I. Outra importante pessoa foi Maria Joana Mendes Leal, muito ligada a várias organizações católicas, possuidora de uma vasta cultura e veia literária. Foi um notável conferencista e directora da revista Menina e Moça. Escreveu vários livros, como por exemplo S. João de Brito, o Santo Padre Cruz, Obra das Mães, etc. Foi presidente nacional da Obra de Protecção á Rapariga, tendo tido várias condecorações. O Eng.† José Mendes Leal formado em engenharia mecânica e professor catedrático no Instituto Superior Técnico. Francisco Mendes Póvoas, grande amigo de Torroselo, foi redactor principal do jornal Estrela D'alva, tendo sido um dos fundadores do grupo Torroselense Estrela D'alva e escrito várias obras de grande carácter cultural e humano.O coronel Joaquim Mendes Moreira Sacadura, durante a sua longa carreira militar, desempenhou várias funções, entre as quais, a de comandante da Escola Pratica de Artilharia em Vendas Novas, foi ainda, professor de matemática no Colégio Luís de Camões, em Coimbra. Outros nomes ficaram ligados a história e vida da freguesia de Torroselo. Festas e Romarias São Bento - Segunda-feira de Páscoa Festa das Papas - segundo Domingo de Maio Santo António - segundo domingo de Junho Património Solar de Torroselo Capela de São Bento (1758) Capela de São João Batista Fonte dos Mouros Igreja Nossa Senhora do Rosário (1850) Pelourinho Na antiga cadeia da freguesia encontra-se instalado Museu Rural e Etnográfico criado pela Junta de Freguesia do Torroselo. Antiga Junta de Freguesia Rua João Freixo, 7 6270- 555 TORROSELO Telefone e Fax: 238 902 317 Horário: 5ª feira: 17h às 24h Executivo Presidente: António Miguel Ferreira Sousa Curiosidade Em Torroselo foi filmado o primeiro filme de terror português Coisa Ruim em 2006. Torroselo foi também, durante alguns anos a casa do antigo jogador de futebol Fernando Mendes. Antigas freguesias de Seia Antigos municípios do distrito da Guarda
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Aldeia de Paio Pires é uma antiga freguesia portuguesa do concelho do Seixal, fundada em 1802 com 12,14 km² de área e 13 258 habitantes (2011). A sua densidade populacional era 1 092,1 hab/km². Foi extinta em 2013 e agregada às freguesias de Arrentela e Seixal, criando a União das freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires. Fazem parte desta antiga freguesia as seguintes localidades: Casal do Marco, Farinheiras, Alto dos Bonecos, Seixeira e Alto do Brejo O seu nome tem origem no nome do grande conquistador medieval Paio Peres Correia, que tem uma estátua em sua homenagem no centro da freguesia. É conhecida pela Siderurgia Nacional, que originou o crescimento populacional na década de 70. O nome da freguesia deve-se a D. Paio Peres Correia, um guerreiro do século XIII que se notabilizou na chamada reconquista batalhando contra os árabes. Como era habitual naqueles tempos, a recompensa pelos serviços prestados à pátria ou ao rei concretizavam-se na doação de terras. Deste modo, os terrenos que ocupavam sensivelmente a área actual da freguesia foram parar às mãos daquele militar. A evolução linguística encarregou-se do resto fazendo com que o Peres de outrora chegasse a Pires nos nossos dias. Foi ele quem, no século XIII, mandou construir uma singela ermida em honra de Nossa Senhora da Anunciada. Os anos passaram, a história foi dando as suas voltas, até que em 26 de Setembro de 1802 foi instituída a Paróquia de Nossa Senhora da Anunciada. Do ponto de vista administrativo, as atribuições da freguesia surgem alguns anos mais tarde. As primeiras actas atestam o labor da então Junta de Paróquia da Aldeia de Paio Pires, que datam de Janeiro de 1837. Daí até à actual Junta de Freguesia de Paio Pires foi um processo evolutivo. De acordo com dados da época, Paio Pires era aldeia de quintas e jardins, pomares e vinhais, que gozava de uma quietude rural até à instalação da Siderurgia Nacional. Em tempos era recomendada para a recuperação de doenças pulmonares pela excelência do seu clima. Actualmente parte da Siderurgia encontra-se desactivada, apenas tratando do processo de destruição de viaturas. Prevê-se que dentro de poucos anos vá receber o Metro Sul do Tejo que irá igualmente fazer-se passar pela Siderurgia Nacional-Longos, onde irá ser construído um enorme e polivalente bairro-social, com apartamentos, parques e equipamentos sócio-culturais. Passará ainda pela freguesia nas Farinheiras, Paio Pires Centro… Paio Pires também é bastante conhecida devido as largadas de toiros que se realizam por altura das Festas Populares no início de Agosto, onde são largados touros pela avenida, com direito a aventura gratuita. Nestas alturas atrai muitos turistas vindos de Portugal e Espanha. Além dos toiros, colectividades não faltam, como o Paio Pires Futebol Clube onde são realizadas actividades futebolísticas que são presenciadas pelas televisões portuguesas tal é o caso da "Liga dos Últimos". Na Aldeia foram realizadas no passado grandes touradas na Praça de Touros que esteve desactivada durante vários anos devido a grave degradação, após várias tentativas por parte da Comissão Taurina de Paio Pires foi anunciado em 2016 a sua reconstrução com o apoio da Câmara Municipal do Seixal e do Paio Pires Futebol Clube, a reinauguração foi feita durante as Festas Populares de Paio Pires de 2018 com um concerto do Camané e uma corrida de touros alguns dias depois. O Cinema de São Vicente é dos grandes equipamentos sócio-culturais em Paio Pires onde se realizam várias conferências, festivais, peças de teatro entre outros. A Sociedade Musical 5 de Outubro é uma coletividade da Aldeia onde existem várias aulas como música, danças de salão, aulas de música, hip-hop, xadrez, ginástica, desportos de auto-defesa entre outros. A SM5O teve desde a sua fundação (5/10/1888) uma banda musical bastante conceituada na região e também a nível nacional, a banda com cerca de 125 anos foi extinta em 2014 por falta de orçamento mas voltou a surgir em 2018. Existe no Centro de Paio Pires um antigo Coreto onde se realizavam grandes bailes que atraíam vários visitantes do concelho do Seixal e concelhos vizinhos, durante vários anos o Coreto foi deixado ao abandono mas em 2018 foi recuperado e reinaugurado nas comemorações do 25 Abril de 1974. População Com lugares desta freguesia foi criada em 1993 a freguesia de Fernão Ferro Média do País no censo de 2001: 0/14 Anos-16,0%; 15/24 Anos-14,3%; 25/64 Anos-53,4%; 65 e mais Anos-16,4% Média do País no censo de 2011: 0/14 Anos-14,9%; 15/24 Anos-10,9%; 25/64 Anos-55,2%; 65 e mais Anos-19,0% Património Moinho do Zemoto ou Moinho do Zeimoto Moinho da Quinta da Palmeira Quinta do Pinhalzinho (Lagar de Azeite do Pinhalzinho) Festas Populares As Festas Populares da Aldeia de Paio Pires em honra da padroeira, Nossa Senhora da Anunciada, ocorrem todos os anos durante 5 dias terminando sempre no primeiro Domingo de Agosto. Considerada uma das melhores festas do distrito de Setúbal, atrai inúmeros turistas não só de Portugal mas também de Espanha. A festa tem como momento alto as Largadas de touros pelas ruas da Aldeia de Paio Pires que se realizam todas as noites durante as festas entre a 00h e as 02h da manhã. A festa conta também com um Festival de Folclore que leva até a Aldeia ranchos de todos os cantos de Portugal. Pelas Festas já passaram vários artistas portugueses como Da Vinci, Xutos e Pontapés, Toy, Rosinha, Diamantina, Romana entre outros. Na Avenida onde são realizadas as largadas existe outros eventos culturais durante as festas como a charanga, cavalhadas e a noite da sardinha assada onde é oferecido pela Comissão Taurina de Paio Pires e Junta de Freguesia da Aldeia de Paio Pires a todos os visitantes sardinhas, pão e vinho. No último dia das festas é realizada uma procissão durante a tarde em honra de Nossa Senhora da Anunciada, no qual o percurso é decorado pela população com arraiais nas ruas e flores pelo chão, a procissão conta todos os anos com a fanfarra dos Bombeiros do Seixal e com a banda filarmónica da Sociedade Musical 5 de Outubro, o andor da N. Sra. Da Anunciada é sempre transportado por homens da Marinha Portuguesa que prestam homenagem a mesma. A meio da procissão a população homenageia a sua padroeira com um cântico antigo em homenagem a mesma. Antigas freguesias do Seixal
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Norman Foster, Barão Foster do Tâmisa OM, RIBA (Stockport (Inglaterra), 1 de junho de 1935) é um renomado arquiteto inglês, conhecido mundialmente pelo seu estilo ousado de desenhar prédios importantes, principalmente na Europa e na Ásia, e pela sua preocupação com o meio ambiente. Vida Norman Foster nasceu na região de Stockport (Inglaterra), numa família de origem humilde. Sempre se destacou como um aluno aplicado e por seu excelente desempenho nas escolas onde estudou e desde cedo demonstrou certo interesse pela arquitetura, principalmente pelas obras de Frank Lloyd Wright, Ludwig Mies van der Rohe e Le Corbusier. Mas teve de abandonar os estudos aos 16 anos de idade para trabalhar no Manchester City antes de se alistar na RAF. Depois disso, Foster estudou arquitetura da Universidade de Manchester, graduando-se em 1961. Mais tarde se tornou amigo de Richard Rogers, seu futuro parceiro comercial, na Universidade de Yale onde concluiu seu mestrado. Retornou ao Reino Unido em 1962 e se tornou um dos maiores arquitetos da Europa. Atualmente Hoje, a Foster and Partners é conhecida mundialmente pelo estilo de arquitetura arrojada e por concretizar obras e restaurações dos prédios pertencentes aos órgãos do governo de diferentes países, utilizando sistemas inteligentes de projeto como, por exemplo, computadores. Com 84 anos de idade, Norman Foster já declarou que não pensa em se aposentar, sendo que ele representa 85% das ações da Foster and Partners com uma fortuna avaliada entre 100 a 200 milhões de libras esterlinas. Reconhecimento Foster foi condecorado com a Ordem do Mérito em 1997 e em 1999 foi feito elevado à condição de Barão, sendo conhecido atualmente como Barão Foster do Tâmisa. É também o segundo arquiteto britânico a ganhar o Prémio Stirling duas vezes, sendo a primeira vez pelo Museu Imperial de Duxford em 1998 e a segunda pelo 30 St Mary Axe em 2004. Em 2009 foi premiado com o Prémio Príncipe das Astúrias. Principais obras Alemanha Renovação do Reichstag (Berlim, 1999) Commerzbank Tower (Frankfurt am Main) Pavilhão desportivo de Höchst (Frankfurt am Main) Biblioteca da Universidade Livre de Berlim (Berlim) ARAG Tower (sede de ARAG) em Dusseldorf China Ampliação do Aeroporto Internacional de Pequim (2007) Torre HSBC (Hong Kong) Aeroporto Internacional de Hong Kong Espanha Torre de Collserola, Sierra de Collserola (Barcelona) Metro de Bilbau (Bilbau) Ponte das Artes (Valência) Palácio de Congressos (Valência) França Carré d'Art (Nîmes, 1984-1993) Viaduto Millau (Millau, 1993-2005) Reino Unido Centro das Artes Visuais Sainsbury, Universidade de East Anglia (Norwich) Central de distribuição da Renault (Swindon) Aeroporto de Stansted Cobertura do pátio interior do Museu Britânico (Londres) Ponte do Milênio (Millennium Bridge) (Londres, 1999) 8 Canada Square (Londres, 1999-2002) 30 St Mary Axe, sede principal da Swiss Re (Londres, 1997-2004) Estádio de Wembley (Londres, 2004-2006) Prefeitura de Londres (2002) Estados Unidos Torre Hearst (Nova Iorque, 2006) Apple park (Cupertino, 2011) Prémio Pritzker Arquitetos da Inglaterra Alunos da Universidade de Manchester Alunos da Universidade Yale Naturais de Stockport (Inglaterra) Prémio Princesa de Astúrias de Artes
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Ferreirim pode ser: Ferreirim - freguesia no concelho de Lamego Ferreirim - freguesia no concelho de Sernancelhe Você pode ainda estar à procura de Ferreira, Ferreiró ou Ferreiros. Desambiguação
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Faia é uma freguesia portuguesa do município de Sernancelhe, com 3,27 km² de área e 160 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é . Pertenceu ao extinto concelho de Caria até 1855. Para a construção da Barragem do Vilar Faia teve que ser afundada no lago mas foi reconstruída noutro sitio. Demografia A população registada nos censos foi: Ligações externas Freguesias de Sernancelhe
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Sarzeda é uma antiga freguesia portuguesa do concelho de Sernancelhe, com 21,06 km² de área e 530 habitantes (2011). A sua densidade populacional era 25,2 hab/km². Foi extinta e agregada à freguesia de Sernancelhe, criando a União das freguesias de Sernancelhe e Sarzeda. População Média do País no censo de 2001: 0/14 Anos-16,0%; 15/24 Anos-14,3%; 25/64 Anos-53,4%; 65 e mais Anos-16,4% Média do País no censo de 2011: 0/14 Anos-14,9%; 15/24 Anos-10,9%; 25/64 Anos-55,2%; 65 e mais Anos-19,0% Património Igreja de Sarzeda ou Igreja de Santa Luzia Ligações externas Antigas freguesias de Sernancelhe
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Salvador é uma antiga freguesia portuguesa do município de Serpa, com 288,82 km² de área e 4 365 habitantes (2011). A sua densidade populacional era 15,1 hab/km². Foi extinta e agregada à freguesia de Santa Maria, criando a União das freguesias de Serpa (Salvador e Santa Maria). População Nos censos de 1890 a 1930 tinha anexada a freguesia de Santa Iria, que foi extinta pelo decreto-lei nº 27.424, de 31/12/1936, ficando os lugares que a constituiam incluídos nesta freguesia Património Muralhas de Serpa Igreja de Santa Iria
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Cernache do Bonjardim é uma antiga freguesia portuguesa do município da Sertã, com 72,06 km² de área e 3 052 habitantes (2011), importante vila do Pinhal Interior com um vasto património histórico, destacando-se o Seminário das Missões de Cernache do Bonjardim que está inserido numa quinta de 32 hectares onde nasceu D. Nuno Álvares Pereira a 24 de junho 1360. A sua densidade populacional era 42,4 h/km². Destacam-se também entre outros, a Igreja Matriz, Atelier Túlio Vitorino, Estátua em Honra a D. Nuno Álvares Pereira, Casa Dr. Abílio Marçal, Quinta das Águias. Foi extinta e agregada às freguesias de Nesperal e Palhais, criando a União das freguesias de Cernache do Bonjardim, Nesperal e Palhais. População Localidades Almegue Atalaia Brejo da Correia Calvaria Canado Casal da Madalena Cascabaço Carvalhos Cernache do Bonjardim Escudeiros Foz da Sertã Matos Mendeira Pampilhal Pinheiro da Aldeia Velha Porto dos Fusos Quintã Roda Sambado Trízio Várzea de Pedro Mouro Milheirós Paparia Breve notícia histórica Julga-se que terá sido nos Paços do Bonjardim que nasceu, a 24 de Junho de 1360, D. Nuno Álvares Pereira. Foi elevada a vila pelo decreto n.º 40 291 de 20 de Agosto de 1955. Colectividades Nesta localidade pode encontrar, entre muitas outras colectividades, o Clube Bonjardim, fundado a 20 de Fevereiro de 1885, com um peso elevado no progresso de Cernache do Bonjardim ao longo da sua história. No seu edifício sede encontra-se o Cine-teatro Taborda. Adjacente a este encontra-se um jardim, espaço recentemente renovado, no qual se podem realizar eventos culturais bem como diversas actividades desportivas, para além do parque infantil e das suas diversas zonas de descanso com bancos e mesas. Neste jardim existe igualmente um imponente e também centenário sobreiro, recentemente classificado devido à sua espécie rara bem como ao seu elevado porte. O Clube Bonjardim promove actividades culturais e desportivas durante todo ano, aproveitando as excelentes condições naturais da região, para além das várias secções; são elas o Rancho Folclórico do Clube Bonjardim, Dance Clube - grupo feminino de dança moderna, Secção Futsal do Clube Bonjardim e a Secção de Radio-modelismo do Clube Bonjardim, tendo esta última, concluído um dos objectivos principais, a criação de uma pista de automodelismo. Desporto Ao nível desportivo a vila conta o Grupo Desportivo Vitória Sernache, que de entre outras modalidades pratica o futebol, cuja equipa principal tem disputado nos últimos anos o campeonato distrital e Campeonato de Portugal. Ao nível de instalações existe o Estádio Municipal Nuno Álvares Pereira com capacidade para 4500 espectadores, o Pavilhão Desportivo Fernando Vaz Serra com lotação para 2000 pessoas, e uma Piscina Municipal Descoberta. Organização político-administrativa Presidente da União das Freguesias (eleito em 2013-2017): Diamantino Pires Calado Pina. Heráldica Ordenação heráldica do brasão e bandeira publicada no Diário da República, III Série de 8 de agosto de 1995 (ver aqui página 54): Armas - Escudo de vermelho, uma faixa ondeada de três tiras de prata e azul, acompanhada em chefe de uma cruz flordelisada de prata, vazia do campo e em ponta de dois livros abertos, de ouro. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco, com a legenda a negro em maiúsculas: "CERNACHE DO BONJARDIM". Educação Desde há muitos anos que era uma preocupação das gentes desta terra apostar na educação, sendo assim foi pela mão do cernachense Comendador Libânio Vaz Serra que nasceu nos anos 50, o "Instituto Vaz Serra", um colégio que visava a implementação de um ensino de qualidade que pudesse proporcionar a oportunidade de melhorar as condições de vida dos seus conterrâneos. O Instituto lecciona do 5º ano do ensino básico até ao ensino secundário sendo hoje em dia um meio dinamizador cultural e económico muito importante para os jovens desta região. Património Seminário das Missões de Cernache do Bonjardim Igreja de São Sebastião ou Igreja Matriz de Cernache do Bonjardim Atelier Túlio Vitorino ou Atelier do pintor Túlio Vitorino Serra de São Macário e Santa Maria Madalena Seminário das Missões Clube Bonjardim Quinta das Águias Casa da Rua Torta Personalidades Nuno Álvares Pereira (Cernache do Bonjardim, 24 de Junho de 1360 - Convento do Carmo (Lisboa) 1 de abril de 1431). Salvador Nunes Teixeira ComC • ComA • OB (Sertã, Cernache do Bonjardim, 31 de Agosto de 1892 - Bragança, 30 de Abril de 1977), foi um militar, professor e político português durante o período do Estado Novo. Ligações externas
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Troviscal é uma freguesia portuguesa do município da Sertã, com 54,06 km² de área{{citar web|url= http://www.dgterritorio.pt/ficheiros/cadastro/caop/caop_download/caop_2013_0/areasfregmundistcaop2013_2 |título= Carta Administrativa Oficial de Portugal CAOP 2013 |publicado= IGP Instituto Geográfico Português|acessodata= 10 de dezembro de 2013|notas= descarrega ficheiro zip/Excel|arquivourl= https://web.archive.org/web/20131209063645/http://wwwdgterritoriopt/static/repository/2013-11/2013-11-07143457_b511271f-54fe-4d21-9657-24580e9b7023$$DB4AC44F-9104-4FB9-B0B8-BD39C56FD1F3$$43EEE1F5-5E5A-4946-B458-BADF684B3C55$$file$$pt$$1zip|arquivodata= 2013-12-09|urlmorta= yes}} e 693 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é . O presidente da Junta de Freguesia é Rogério Paulo Antunes Luís (eleito em 2021). O pároco da paróquia do Troviscal é o Pe. Daniel. Demografia A população registada nos censos foi: Localidades Amieira Carvalhal Casal da Aranha Casal Novo Cavada da Serra Chapuça Cimo do Vale Cinco Fontes Corga da Mourata Cormacieiras Corvergadas Covões Corda da Leiva Cruz do Fundão - Aldeia com população jovem, possui três cafés/mini-mercado e uma serração de madeiras. Currais Faval Fojo da Serra Folgadia Fonte do Amioso Fonte Fria Fontinha Fundão - Aldeia soalheira, com a ribeira ao fundo. Possui um lagar em ruinas e três moinhos de farinha, já levados pelas cheias. Lomba das Feiteirinhas Macieira - Fica a norte da Sertã, na encosta da serra de Alvelos e tem como padroeira Santa Bárbara, cujos festejos se realizam no último fim-de-semana de Agosto. A sua actividade centra-se na agricultura e na indústria da madeira. É a aldeia com maior população na freguesia Maria Dona Marinha de Vale Carvalho Martim Moinho Mindinho Muro Pião Ponte da Ribeirinha Porto Póvoa do Frade Recoucão Ribeira de Cilha Ribeira dos Covões Ribeiro do Touro Sardinheira Salada da Lameira Silveirinhas Troviscainho Troviscal Vale da Abelheira Vale da Figueira Vale de Água Vale do Inferno Vale do Laço - Pequena aldeia cujos padroeiros são Nossa Senhora dos Bons Caminhos e São José. O antigo ofício de fazer carvão vegetal e os alusivos trajes tradicionais são a imagem de marca desta localidade. Em 29 de Junho de 1999, foi fundado o Centro Social Recreativo e Cultural do Vale do Laço - Os Carvoeiros'', cuja sede se localiza nas antigas instalações da Escola Primária Vale do Moinho Vilões Património Igreja de S. Vicente (matriz) Capelas de Nossa Senhora das Dores, de Santa Bárbara, de S. Bartolomeu, de S. José e de Santa Filomena Casa de Iria Gonçalves Fonte do Amioso Moinhos de água Lagares de azeite Ponte de madeira Trecho da Ribeira Grande Freguesias da Sertã
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
São Julião é uma antiga freguesia portuguesa do concelho de Setúbal, com 4,08 km² de área e 16 740 habitantes (2011). Densidade: 4 102,9 hab/km². Fica na cidade de Setúbal e engloba os bairros de Ferro de Engomar, Amoreiras, Bairro do Liceu, Vanicelos, Urbisado, Algodeia e Baixa. Foi extinta (agregada), em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada às freguesias de Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça). População Média do País no censo de 2001: 0/14 Anos-16,0%; 15/24 Anos-14,3%; 25/64 Anos-53,4%; 65 e mais Anos-16,4% Média do País no censo de 2011: 0/14 Anos-14,9%; 15/24 Anos-10,9%; 25/64 Anos-55,2%; 65 e mais Anos-19,0% Património Cruzeiro de Setúbal ou Cruzeiro do Largo de Jesus Igreja do antigo Mosteiro de Jesus ou Convento de Jesus de Setúbal (incluindo claustro e primitiva casa do Capítulo) Igreja de São Julião de Setúbal Edifício do Grande Salão Recreio do Povo Aqueduto de Setúbal ou Aqueduto dos Arcos ou Aqueduto da Estrada dos Arcos Ermida de Nossa Senhora do Livramento (incluindo recheio) - Capela da antiga confraria de marinheiros e de pescadores Fábrica romana de Salga, nas caves do edifício na Travessa de Frei Gaspar, 10 Escadaria que dá acesso ao átrio superior da Misericórdia Política Eleições autárquicas Junta de Freguesia
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Couto de Esteves é uma freguesia portuguesa do município de Sever do Vouga, com 16,95 km² de área{{citar web|url= http://www.dgterritorio.pt/ficheiros/cadastro/caop/caop_download/caop_2013_0/areasfregmundistcaop2013_2 |título= Carta Administrativa Oficial de Portugal CAOP 2013 |publicado= IGP Instituto Geográfico Português|acessodata= 10 de dezembro de 2013|notas= descarrega ficheiro zip/Excel|arquivourl= https://web.archive.org/web/20131209063645/http://www.dgterritorio.pt/static/repository/2013-11/2013-11-07143457_b511271f-54fe-4d21-9657-24580e9b7023$$DB4AC44F-9104-4FB9-B0B8-BD39C56FD1F3$$43EEE1F5-5E5A-4946-B458-BADF684B3C55$$file$$pt$$1.zip|arquivodata= 2013-12-09|urlmorta= yes}} e 712 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é . História Em 1128, D. Teresa e D. Afonso Henriques, conjuntamente, assinaram o foral que tornou Couto de Esteves vila e sede de concelho, tornando-o couto do mosteiro de Lorvão e concedendo-lhe grande quantidade de privilégios. Era constituído por lugares das freguesias de Arões, Couto de Esteves, Junqueira, Rocas do Vouga e Ribeiradio. Em 1801 tinha 820 habitantes e era conhecido também como Castelo de Santo Estêvão''. O concelho foi extinto em novembro de 1836. Resta ainda o vetusto pelourinho e o velho edifício que foi a Câmara. Antiga é também a sua igreja matriz, reerguida em 1716. Nos séculos XVI-XVII foi erigido o solar da Casa da Fonte, no Couto de Baixo, que foi residência da ilustre família Sequeira e Quadros. Demografia A população registada nos censos foi: Lugares Couto de Esteves divide-se pelas seguintes povoações: Couto de Cima (sede de freguesia), Amiais, Catives, Cerqueira, Couto de Baixo, Lameiras, Lourizela, Mouta, Parada, Vilarinho e os núcleos habitacionais do Barreiro, do Coval, da Quinta do Rôdo, da Quinta da Sernada, da Quinta de Souto Cerejeira e da Quinta do Vouga. Património Pelourinho de Couto de Esteves Anta da Cerqueira Capela da Senhora da Boa Hora Casa do Concelho Cruzeiros à direita da porta da igreja matriz e em frente à antiga Casa do Concelho Cruzes dos Passos Casa da Fonte Poço do Inferno Cascata da Agualva Eiras e canastros de Catives Moinhos de água Alto da Fonte Gabriel Trechos do rio Gresso e do rio Teixeira Antigos municípios do distrito de Aveiro Freguesias de Sever do Vouga
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Silva Escura é uma antiga freguesia portuguesa do concelho de Sever do Vouga, com 14,24 km² de área e 1 592 habitantes (2011). A sua densidade populacional era 111,8 hab/km². Foi extinta e agregada à freguesia de Dornelas, criando a União das freguesias de Silva Escura e Dornelas. Fica situada numa zona que abrange grande parte do vale do sopé poente da Serra do Arestal, tendo como freguesias limítrofes: Ribeira de Fráguas (concelho de Albergaria-a-Velha), a poente; Rocas do Vouga, a nascente; Sever do Vouga, a sul; e Dornelas e Palmaz (concelho de Oliveira de Azeméis), a norte. Localiza-se a norte do concelho e é formada por cerca de 30 lugares, entre os quais: Silva Escura, Cruzeiro, Vila Fria, Romezal, Tojal, Paço, Sequeiros, Bouças, Espinheiro, Presas, Felgares, Folharido, Fojo, Castelões e Vale de Anta. População Com lugares desta freguesia foi criada em 1989 a freguesia de Dornelas Património Pedra da Moura Capelas de Nossa Senhora da Graça, de Santo Antão, de Santo António, de São Geraldo, da Senhora da Pena e de Santa Teresa Cruzeiros no adro da igreja e na parte alta da vila Alminhas Casas da Gândara, do Romezal, da Ladeira, dos Sequeiros, da Senhora das Dores e de Prezas Pedra insculturada do Arestal Quintas da Ladeira e do Casal Moinhos de água Cascata da Cabreira Fraga da Pena Trecho da ribeira dos Moinhos Lugar de Bouças Cabeço do Pereiro Antigas minas do Coval da Mó Ligações externas Antigas freguesias de Sever do Vouga
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
São Marcos da Serra é uma freguesia portuguesa do município de Silves, com 154,90 km² de área e 1113 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é , o que lhe permite ser classificada como uma Área de Baixa Densidade (portaria 1467-A/2001).. É nesta localidade que, alegadamente, estão a ocorrer as aparições de Nossa Senhora da Bondade. Demografia A população registada nos censos foi: Património Igreja Paroquial de São Marcos Casa com chaminé algarvia do século XVII Local das aparições de Nossa Senhora da Bondade Palácio do Trigo Ligações externas Junta de Freguesia de São Marcos da Serra Página dedicada a São Marcos da Serra (em inglês) Santuário de Nossa Senhora da Bondade Fotografia da estátua de Nossa Senhora da Bondade Fotografia do local das aparições marianas
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
O Campeonato Brasileiro de Futebol, também conhecido como Campeonato Brasileiro, Brasileirão e Série A, é a liga brasileira de futebol profissional entre clubes do Brasil, sendo a principal competição futebolística no país. É por meio dela que são indicados os representantes brasileiros para a Copa Libertadores da América (juntamente com o campeão da Copa do Brasil). Ao contrário do que ocorrera em outros países da América do Sul, houve muitos desafios para que o futebol no Brasil tivesse um sistema de disputa em nível federal. Além da grande dimensão geográfica do país, contribuíram para essa situação a origem e a consolidação do futebol no país a partir dos grandes centros urbanos, algo que fortaleceu uma organização por federações estaduais; as intensas rivalidades pelo poder entre dirigentes paulistas e cariocas, os maiores centros futebolísticos do Brasil; e a própria postura da Confederação Brasileira de Desportos (CBD, precursora da atual Confederação Brasileira de Futebol), a então entidade responsável pelo futebol nacional e que tinha mais interesse em arrecadar com o modelo de um Campeonato Brasileiro entre Seleções Estaduais, originalmente a nomenclatura Campeonato Brasileiro de Futebol pertencia a essa disputa até o seu fim em 1987. Apenas em 1959, como estabelecido em 1955, a CBD cria um torneio nacional de clubes efetivo, a Taça Brasil. Em 1967, o Torneio Rio-São Paulo foi expandido para incluir equipes de outros estados, ficando conhecido como Torneio Roberto Gomes Pedrosa, e passando a ser considerado uma competição nacional. Em 1971, a CBD iniciou um novo torneio nacional, o Campeonato Nacional de Clubes, torneio este, que foi considerado, entre 1976 e 2010, pela entidade máxima do futebol brasileiro como sendo a primeira edição do Campeonato Brasileiro. Em seus boletins oficiais entre 1971 e 1975, a CBD colocava as edições do Torneio Roberto Gomes Pedrosa/Taça de Prata em igualdade de condições com as edições posteriores do Campeonato Brasileiro, apenas mantendo os nomes próprios, excluindo esta informação a partir do boletim de 1976. O primeiro Campeonato Brasileiro oficialmente com esse nome foi realizado em 1989. Em dezembro de 2010, a CBF unificou a Taça Brasil, disputada de 1959 a 1968, e as edições de 1967 a 1970 do Torneio Roberto Gomes Pedrosa/Taça de Prata ao Campeonato Brasileiro pós-1971. Uma das características históricas do Campeonato Brasileiro foi a falta de uma padronização no sistema de disputa, que mudava a cada ano, assim como as regras e o número de participantes. Por conta disso, em diversas temporadas não havia sistema de acesso e descenso para a Segunda Divisão, ao mesmo tempo em que houve edições as quais o regulamento previa, no mesmo ano, o acesso das equipes com melhor campanha para a Primeira Divisão. Somente na década de 1990, a CBF instituiu um sistema mais regular entre diferentes divisões. Dentre os vários formatos já adotados incluem-se sistema eliminatório (1959–1968) e sistemas mistos de grupos (1967–2002). A fórmula de disputa do campeonato foi padronizada somente em 2003, quando foi adotado o sistema de pontos corridos com todas as equipes se enfrentando em turno e returno. O primeiro campeão brasileiro foi o Bahia em 1959, enquanto o Palmeiras é o clube que detém o maior número de títulos brasileiros, com onze conquistas; Desde sua edição pioneira em 1959, dezessete clubes já foram campeões brasileiros, treze por mais de uma vez, de sete estados e nove cidades diferentes, sendo que apenas o estado de São Paulo teve campeão por mais de uma cidade, três no total (Campinas, Santos e São Paulo), e apenas a cidade do Rio de Janeiro teve mais de três clubes campeões, quatro deles (Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama), características estas que demonstram o nível de competitividade do campeonato. O Campeonato Brasileiro é uma das ligas mais fortes do mundo, sendo a liga mais valiosa do continente americano e a sétima do mundo, contando entre seus integrantes habituais com a participação do maior número de clubes detentores de títulos de "campeões mundiais", com onze campeonatos ganhos por sete clubes, o segundo em termos de quantidade de títulos da Copa Libertadores da América, com vinte títulos conquistados por dez clubes e ainda outros três finalistas, atrás em títulos apenas da Primera División Argentina, com 25 títulos conquistados por oito clubes e mais dois clubes finalistas. Nos últimos anos, o Brasileirão vem sendo também classificado como um dos campeonatos nacionais mais valiosos do mundo. Por conta disso, a Série A do Campeonato Brasileiro é reconhecida como uma das ligas nacionais mais equilibradas do mundo. De acordo com o ranking da Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS, na sua sigla em inglês), é um dos cinco campeonatos mais fortes do mundo — no relatório de 2020, esteve somente atrás da Premier League inglesa. É ainda o torneio de futebol mais visto no continente americano e um dos mais expostos internacionalmente, transmitido para mais de 150 países. História Antecedentes (1922–1959) A maneira como o futebol consolidou-se no Brasil criou várias dificuldades para se estabelecer um sistema de disputa que ultrapassasse as fronteiras estaduais. Ainda que já se praticasse o esporte em território brasileiro desde o final do século XIX, bem como houvesse clubes disputando campeonatos locais organizados por ligas e associações (ambas embriões das atuais federações), não havia nacionalmente uma instituição responsável pela centralização e regulamentação do futebol no país até meados da década de 1910. Nesse sentido, as primeiras entidades surgidas para tentar organizar o futebol nacional foram a Federação Brasileira de Sports (FBS) e a Federação Brasileira de Football (FBF). Embora ambas rivalizassem e tivessem buscado o reconhecimento da Federação Internacional de Futebol (FIFA), ambas acabaram dissolvidas em prol da criação da Confederação Brasileira de Desportos (CBD), cujo corpo funcional seria posteriormente composto por assembleia geral das federações associadas. A criação da CBD ajudaria a organizar de maneira oficial o selecionado do Brasil que representaria o país em competições, como foi o caso da primeira edição do Campeonato Sul-Americano de Futebol (atual Copa América) em 1916. Outra missão institucional da nova confederação seria a promoção de torneios nacionais em território brasileiro, algo que, no entanto, ficou impossibilitado pela falta de recursos dessa entidade e dos constantes atritos entre as poderosas ligas cariocas e paulistas, os dois grandes centros futebolísticos no país. O jornal O Estado de S. Paulo de 29 de março de 1920, divulgou que o interestadual daquele ano era um campeonato nacional, representado pelas forças máximas da associação, e que, após a vitória sobre o Fluminense, o Paulistano confirmou o seu título de "campeão brasileiro de futebol". Depois de vencer os gaúchos e cariocas voltou para São Paulo com a diretoria do clube festejando os "campeões brasileiros". A primeira competição nacional criada pela CBD foi o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais de 1922, um torneio de que reuniria selecionados das entidades federativas filiadas à confederação. Bem sucedido, esse campeonato tornou-se o principal projeto da confederação em nível federal para o futebol no país. Novas tensões surgiram no futebol brasileiro durante a década de 1930, desta vez motivadas pelas disputas em torno do amadorismo e do profissionalismo na modalidade. Frente à postura da CBD, favorável a manutenção da veia amadora, um grupo de clubes paulistas (vinculados à Associação Paulista de Esportes Atléticos) e cariocas (ligados à Liga Carioca de Futebol) rompeu com a confederação para criar a Federação Brasileira de Football (FBF, sem relação com a primeira criada em 1915). Para se afirmar nacionalmente ante à CBD, uma das primeiras iniciativas da FBF foi a organização de um campeonato brasileiro de clubes de futebol profissional. Embora tenha sido realizado um campeonato em 1933 contando apenas com equipes das associações do Distrito Federal (atual município do Rio de Janeiro) e de São Paulo, as duas únicas formalmente filiadas à FBF, portanto esse torneio foi a origem do Rio–São Paulo que seria, ao longo da década de 1950 e início de 1960, uma dos mais tradicionais do futebol brasileiro, o Torneio Rio-São Paulo de 1933 também ficou marcado por ser a primeira competição da era do profissionalismo do futebol brasileiro. No entanto, a edição seguinte foi interrompida ainda na fase classificatória devido a disputas políticas, com clubes trocando de federações, em meio ao processo de profissionalização do futebol no Brasil, com o Torneio Rio-São Paulo voltando a ser realizado somente em 1940, porém a competição novamente não chegou ao fim, foi interrompida com apenas um turno disputado, enquanto seu regulamento previa a realização de dois turnos, com isso a CBD deu o torneio como inacabado, sem nenhum clube ter se sagrado campeão. Apenas a partir de 1950 que o Torneio Rio-São Paulo passou a ser disputado anualmente. A FBF também organizou a Copa dos Campeões Estaduais em 1937. Antes do final da década de 1930, FBF e CBD entraram em um acordo, tendo a primeira participação na gestão especializada do futebol dentro do país e a segunda organizando a representação internacional do desporto brasileiro (e, por conseguinte, da Seleção Brasileira). Na prática, com a instituição do Decreto-Lei 3.199 de 1941, a federação foi dissolvida e seus quadros foram assimilados ao corpo da confederação. Desse modo, o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais permaneceu como a principal competição organizada no país. Contudo, seu modelo de disputa incomodava aos principais clubes nacionais, que disputavam os campeonatos organizado por suas federações estaduais e também realizavam muitos amistosos para arrecadar recursos. Com isso, os clubes resistiam a ceder seus atletas para a montagem dos selecionados estaduais que atuavam no Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais. O início: a Taça Brasil e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa/Taça de Prata (1959–1970) Ciente do problema da falta de uma competição de caráter nacional, a Confederação Brasileira de Desportos (CBD) estudou maneiras de contentar financeiramente tanto os clubes quanto as federações estaduais como ainda a própria CBD. Em setembro de 1955, durante o primeiro Congresso Brasileiro de Futebol — que tinha como um dos principais objetivos, a realização de um torneio nacional de clubes campeões com a finalidade de se conhecer o time campeão brasileiro — foi aprovada a proposta de criação da Taça Brasil pela CBD e, ficando firmado que, o campeonato seria disputado anualmente e que a sua primeira edição aconteceria somente em 1959. Em razão do calendário do futebol brasileiro já estar aprovado no período de 1955 a 1958, não podendo sofrer alterações em decorrência da Copa do Mundo de 1958. Sendo assim, ficou definido naquela época para a Taça Brasil começar somente em 1959. A criação do torneio era necessária como forma de conciliar e integrar os clubes de outros estados, pois questionava-se o fato de apenas clubes cariocas e paulistas terem a chance de participar do Torneio Rio–São Paulo e da Copa Rio Internacional. A partir da segunda metade da década de 1950, a entidade brasileira também esteve diretamente envolvida na proposta enviada à Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) de criação da Copa dos Campeões das Américas, uma competição anual que reuniria times campeões nacionais disputando o título continental, e cujo campeão pudesse enfrentar o vencedor da Taça dos Campeões Europeus, criada em 1955 pela União das Associações Europeias de Futebol (UEFA, na sua sigla em inglês). Jus a isso, a CBD encontrou mais uma necessidade para a realização de uma competição para definir o campeão brasileiro a ser indicado como o representante do Brasil na competição sul-americana. Desta maneira, em 1959, a CBD deu início à Taça Brasil, uma competição entre os clubes campeões estaduais muito mais abrangente que os torneios Rio-São Paulo e que incorporava times de todas as partes do país em um formato de disputa eliminatória, com partidas de ida e volta em cada fase. Esse modelo permitia que clubes e federações obtivessem bons resultados financeiros organizando partidas em seus estádios/estados e, ainda, que destinassem um percentual das rendas para a CBD. A primeira competição nacional de clubes do país, em 1959, contou com dezesseis participantes. O regulamento previa que os campeões paulista e carioca entrassem na competição apenas na fase semifinal; os demais seriam agrupados geograficamente. Os vencedores das zonas Norte e Sul também se classificavam para as semifinais. O se tornou o primeiro campeão brasileiro ao vencer o na final. Apesar do caráter experimental da primeira edição do torneio, devido, em grande medida, à dificuldade de programar as datas das partidas, a Taça Brasil foi um sucesso de público e se estabeleceu no calendário do futebol brasileiro. Na edição seguinte, o Palmeiras, conhecido na época como Academia de Futebol, venceu o na final, mantendo a hegemonia paulista. A partir daí o Santos começou a despontar, sendo campeão brasileiro por cinco vezes consecutivas, vencendo a edição de 1961 (reeditando a primeira final contra o Bahia), tornando-se bicampeão no ano seguinte ao derrotar o Botafogo por 5 a 0 em pleno Maracanã, conquistando o terceiro título novamente diante do Bahia na edição de 1963, o quarto diante do Flamengo em 1964, por fim, chegando ao marco do pentacampeonato em 1965, batendo o na final. O Santos chegou a sua sexta final consecutiva em 1966, porém, desta vez, perdeu para o Cruzeiro. Em 1967, o Torneio Rio-São Paulo, ainda sob organização das federações carioca e paulista, foi ampliado com a inclusão de clubes do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná, passando a ser denominado oficialmente como Torneio Roberto Gomes Pedrosa (conhecido popularmente como "Robertão", devido a sua ampliação e caráter nacional). A partir de 1968, o certame passou a ser organizado pela CBD, e também recebeu da entidade a denominação oficial de Taça de Prata em função do troféu dado ao vencedor. A partir daí, os clubes que conquistavam o Torneio Rio-São Paulo eram listados como campeões interestaduais e os do Torneio Roberto Gomes Pedrosa/Taça de Prata eram apontados como campeões nacionais. No entanto, a Taça Brasil e o Robertão estavam sendo disputadas simultaneamente, algo que tornou comum mais de um clube ser denominado como "campeão brasileiro" por alguns órgãos da imprensa neste período, embora apenas o Torneio Roberto Gomes Pedrosa/Taça de Prata tivesse sido relacionado pela CBD em seus boletins oficiais como Campeonato Brasileiro, até a entidade que dirigia o futebol brasileiro mudar a redação, em 1976. No mesmo ano de 1967, o Palmeiras conquistou dois títulos nacionais, ao vencer as duas competições, sendo a única equipe que conseguiu este feito. Com o reconhecimento posterior, em 1968, Botafogo e Santos acabaram denominados campeão brasileiros por vencerem a Taça Brasil e a Taça de Prata, respectivamente. A partir daí, apenas o Robertão esteve em disputa, consagrando como campeões o Palmeiras em 1969 e o em 1970. , e Cruzeiro foram os clubes de fora do Eixo Rio-São Paulo que se posicionaram entre os quatro primeiros colocados neste período. Reformulações: o Campeonato Nacional de Clubes e a Copa Brasil (1971–1979) Devido à experiência bem-sucedida com as quatro edições do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, em 1971 a CBD anunciou a transformação do Robertão em Campeonato Nacional de Clubes, com grande influência política. Esse torneio ficaria conhecido, a partir de 1976, como a primeira edição do Campeonato Brasileiro, excluindo a versão anterior, apesar de disputado sob formato similar ao Robertão — em seus boletins oficiais entre 1971 e 1975, a CBD colocava as edições do Torneio Roberto Gomes Pedrosa em igualdade de condições com as edições do Campeonato Brasileiro, apenas mantendo os nomes próprios, excluindo esta informação a partir do boletim de 1976. Alguns autores consideram que "a história do futebol brasileiro, a partir desse momento, foi deixada para trás". O primeiro campeão da nova competição foi o Atlético Mineiro. A Taça Brasil tinha acabado em 1968, o Robertão que desde sua segunda edição adotava o nome oficial de Taça de Prata, englobava apenas times dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia, Paraná e Pernambuco. O campeonato tinha, a partir desse ano, primeira e segunda divisões que contava com participantes de vários estados brasileiros, sem promoção e rebaixamento por critérios técnicos — no entanto, acabou havendo promoção: foi o vice-campeão da segunda divisão, o Remo, e não o campeão Villa Nova, que ficou com a vaga para disputar o Campeonato Nacional de Clubes de 1972 —, o que só aconteceria a partir de 1988. Na primeira divisão, a única inclusão de outro estado na disputa foi a do Ceará Sporting Club (Ceará), por ter a maior torcida do Ceará. Nesse primeiro ano não houve grandes mudanças em relação ao Robertão do ano anterior, apenas se deu mais uma vaga para Pernambuco, o vice campeão, mais uma vaga para Minas Gerais, o terceiro colocado. Nesse primeiro ano, 20 clubes disputaram o Brasileiro, contra 17 do Robertão de 1970, não sofrendo nenhuma mudança drástica em relação à edição anterior. Durante vários anos, os interesses da ARENA, braço político da ditadura militar, nortearam o aumento do número de clubes que participariam da competição. Em 1975, chegou ao fim a era João Havelange na Confederação Brasileira de Desportos. Ele deixou a entidade brasileira para assumir o comando da FIFA. Em um período em que a ditadura intervinha frequentemente no futebol brasileiro e forçava o inchaço do principal campeonato do país, não apenas para tornar o esporte realmente nacional, mas também para agradar os coronéis da política brasileira em regiões onde o futebol não era exatamente uma potência, a CBD teve um novo presidente: o almirante Heleno Nunes, de forte atuação na política do governo militar. Neste ano, a CBD instituiu um novo troféu mais elaborado, o Troféu Copa Brasil, produzido pelo designer Maurício Salgueiro e o certame que desde a edição de 1971 era denominado de Campeonato Nacional de Clubes, sofre uma nova reformulação e passa a ser chamado oficialmente de Copa Brasil. De 1972 a 1987 os campeonatos estaduais deveriam ser classificatórios para o Campeonato Brasileiro, embora houvesse vários clubes que foram convidados quando não iam bem no estadual, ou se criava um acesso da segunda divisão para a primeira no mesmo ano, como aconteceu com o Corinthians em 1982. Isto fez com que, em 1979, todos os grandes clubes de São Paulo (com exceção ao Palmeiras) retiraram-se da competição. Eles protestaram contra este confuso sistema de classificação, o que fez com seus rivais, Palmeiras e Guarani, disputassem apenas a fase final (devido a condição de serem finalistas no ano anterior). O Guarani terminou entre os 12 primeiros, mesmo jogando apenas três partidas, e o Palmeiras em quarto, apesar de ter jogado apenas cinco, em um torneio com 94 participantes. Nesse período, Palmeiras, Vasco da Gama, Internacional, São Paulo e Guarani foram os campeões, sendo este último o primeiro vencedor de um campeonato nacional representante de uma cidade do interior. Criação da CBF, novas reformulações e crises (1980–1988) Em 1980, devido ao desmembramento da Confederação Brasileira de Desportos (CBD) ocorrido no ano anterior, o futebol brasileiro passou a contar com sua própria entidade, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Com a nova entidade, o futebol nacional também ganhou um novo campeonato nacional totalmente reformulado, que foi nomeado de "Taça de Ouro" e contou com um formato com duas divisões — três em sua segunda edição —, além de criar um novo troféu que era oferecido pela CBF ao seu campeão. Entretanto, a Caixa Econômica Federal continuou a enviar uma réplica do troféu da antiga competição realizada pela CBD entre 1975 e 1979, a Copa Brasil. A reformulação do campeonato nacional, além da criação da própria CBF, foi principalmente devido a derrocada das bases financeiras que mantinha o futebol nacional e consequentemente a queda da influência do governo militar que intervinha regularmente no campeonato e a cada ano aumentava o número de clubes participantes. Na virada da década de 1970, chegou ao Brasil os efeitos da crise do petróleo, que abalou a economia mundial a partir de 1973 e, que teve efeito retardado no país. O regime militar bancou o congelamento do preço da gasolina, mas foi afetado pelos efeitos colaterais com o estouro da crise econômica nos anos 1980. Os clubes e as federações, presos a esse sistema, foram atingidos pelo agravamento da situação. Em 1987, a CBF anunciou que era financeiramente incapaz de organizar o campeonato nos mesmos moldes, apenas algumas semanas antes de ter sido programado para começar. A Confederação prometeu encontrar um patrocinador para bancar as finanças, sem sucesso, tentaria um acordo com os clubes para que bancassem as suas próprias despesas com as viagens ou realizaria um certame regionalizado (como era na época da Taça Brasil). Como resultado, os treze clubes de futebol mais populares do Brasil criaram uma nova entidade, apelidada de Clube dos 13, para organizar um campeonato próprio. Este torneio recebeu o nome de Copa União. Para conciliar os interesses da CBF com o Clube dos 13, a competição recebeu o nome de Módulo Verde da Copa Brasil pela CBF, que formulou o Módulo Amarelo e um quadrangular. No final, ficou determinado um cruzamento entre os campeões e vice-campeões de ambos os módulos (grupos), donde sairia os dois representantes do Brasil para a Copa Libertadores de 1988. Flamengo e Internacional se recusaram a participar desse cruzamento sendo eliminados por W.O.; consequentemente, Sport e Guarani fizeram o quadrangular com apenas dois jogos finais, que consagraram o Sport como campeão brasileiro de 1987. Oficialmente pela CBF, o Módulo Amarelo e Módulo Verde, ambos com dezesseis clubes, formaram o Campeonato Brasileiro de 1987 com 32 clubes no total. Assim como o ocorrido com a Taça Brasil e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, em 2010, que foram reconhecidos pela CBF como edições do Campeonato Brasileiro, a Copa União (Módulo Verde), também passou a ser reconhecida em 2011, porém teve decisão revogada pelo STJ. Em nota a CBF informou que reconhecer o Flamengo como campeão ao lado do Sport não iria contrariar os limites da coisa julgada e que reconhecia somente o Sport como campeão, por se tratar de uma decisão judicial, demonstrando assim que para a entidade os dois poderiam ser considerados campeões. Em 1988, depois da confusão na edição anterior do campeonato nacional, a CBF decidiu fazer um enxugamento na quantidade de participantes na segunda Copa União, para realizar um campeonato mais competitivo com apenas 24 equipes. Além disso, pela primeira vez, a competição contou com um verdadeiro sistema de acesso e descenso, conforme exigido pela FIFA. Finalmente, desta vez, o regulamento foi cumprido, pois os quatro últimos colocados da primeira divisão (Bangu, Santa Cruz, Criciúma e America) caíram para a segunda divisão em 1989, sendo substituídos por Inter de Limeira e Náutico, respectivamente campeão e vice-campeão da Divisão Especial de 1988. Nesta fase foram campeões, Flamengo, Grêmio, Fluminense, Coritiba, São Paulo, Sport e Bahia. Mudanças na CBF e no campeonato (1989–2002) Em 16 de janeiro de 1989, Ricardo Teixeira assume a presidência da CBF. Ele passou a comandar a entidade em uma época em que a mesma enfrentava graves problemas financeiros. Teixeira conseguiu transformá-la em superavitária através de contratos milionários envolvendo a Seleção Brasileira. Durante sua gestão, o Campeonato Brasileiro tornou-se mais reorganizado e as receitas geradas pelos clubes foram ampliadas, tanto nas cotas de televisão quanto nos patrocínios. Entretanto, desde a primeira década de sua gestão, Ricardo Teixeira foi envolvido em diversas denúncias de corrupção. O Campeonato Brasileiro já havia sido testado com inúmeras fórmulas e nomes diferentes, sendo bastante inchado e confuso em várias edições. Porém, a partir de 1987, com a criação da Copa União, houve diminuição no número de participantes do campeonato. Com isso, vários clubes de regiões menos populares que entravam na competição nacional por serem campeões estaduais deixaram de enfrentar os clubes considerados "grandes" e tradicionais, e com isso algumas agremiações corriam o risco até mesmo de se extinguirem. Para acalmar o descontentamento destes clubes e das federações de menor expressão, a CBF viu-se obrigada a criar uma "copa" nos moldes das europeias. Em 1989, a entidade cria uma competição nacional secundária, a Copa do Brasil, que permitia a entrada de clubes de todos os estados. Com a criação deste novo certame, a CBF decide, pela primeira vez, nomear oficialmente o principal torneio nacional de futebol do país de Campeonato Brasileiro. A entidade tomou esta iniciativa para deixar claro qual era o torneio de caráter nacional do Brasil que daria ao seu vencedor o título de campeão brasileiro e, também, para evitar confusões entre Copa do Brasil com Copa Brasil, um dos antigos nomes utilizado entre as décadas de 1970 e 1980. Na edição de 1999, um novo sistema de rebaixamento foi adotado, semelhante ao usado na Campeonato Argentino de Futebol. Os dois clubes com as piores campanhas na primeira fase e na temporada anterior eram rebaixados. No entanto, este sistema só durou uma única temporada. Durante a primeira fase da competição, foi descoberto que o jogador Sandro Hiroshi estava registrado de forma irregular. Devido a este escândalo, a CBF decidiu punir a equipe do jogador, o São Paulo, anulando jogos em que participou, alternando imediatamente os resultados. Internacional e Botafogo ganharam pontos, resultando no rebaixamento do Gama. O clube imediatamente processou CBF, que foi impedida de organizar a edição de 2000, e garantiu vaga nesta competição. Jus a isto, o Clube dos 13 organizou o campeonato daquele ano, sob o nome de Copa João Havelange, tendo a participação de Fluminense e Bahia, ambos da Série B, que foram convidados a participar da edição daquele ano. Neste período foram campeões, Vasco da Gama, Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Botafogo, Atlético Paranaense e Santos. Adoção do sistema de pontos corridos, estabilização e crescimento (2003–presente) Uma das características históricas do Campeonato Brasileiro foi a falta de uma padronização no sistema de disputa, que mudava a cada ano, assim como as regras e o número de participantes. Isto durou até 2003, quando o formato de pontos corridos foi adotado. As partidas são divididas em dois turnos, e a equipe que somar o maior número de pontos é declarada campeã. Os critérios de desempate variam, de sequência de gols a número de vitórias. O Cruzeiro se consagrou campeão desta temporada. A edição de 2005 ficou marcada por um evento negativo: o escândalo da Máfia do Apito. Durante o campeonato, o árbitro Edílson Pereira de Carvalho foi preso em uma operação da polícia por manipular resultados de jogos em que atuou para que empresários de sites de apostas pudessem lucrar mais. Em uma decisão polêmica e inédita em toda a história do futebol, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) determinou a anulação dos 11 jogos apitados pelo árbitro. Na edição de 2006, o número de participantes foi reduzido para 20, o que a própria CBF confirma como "formato definitivo", com as quatro melhores equipes se classificando para a Copa Libertadores, e as quatro piores sendo rebaixadas para a Série B. E, desde 2007, cada temporada decorre entre maio e dezembro, tendo 38 rodadas com dez partidas cada, totalizando 380 partidas. A maior pontuação desde então é do Flamengo, em 2019, com 90 pontos. Com a adoção do novo sistema de disputa em 2003, até agora Cruzeiro, Santos, Corinthians, São Paulo, Flamengo, Fluminense, Palmeiras e Atlético Mineiro conseguiram sagrar-se campeões. Em 2010, foi oficializada a unificação dos títulos da Taça Brasil e Torneio Roberto Gomes Pedrosa como Campeonato Brasileiro, que até então tinha a edição de 1971 como a primeira, em que pese as mudanças de nome ao longo da história. O ranking da IFFHS de 2012 apontou o Campeonato Brasileiro como o segundo melhor campeonato de futebol do mundo, superado apenas pelo Espanhol. Em 2013, pelo resultado obtido em campo na Série A, o Fluminense seria rebaixado, o que o faria ser o primeiro time a ser rebaixado um ano depois de se consagrar campeão. Foi salvo, porém, depois que o STJD retirou pontos do Flamengo e da Portuguesa por escalação irregular dos jogadores Andre Santos e Héverton, respectivamente, na última rodada do campeonato. O Fluminense cairia caso a Portuguesa e o Flamengo não perdessem pontos. Algumas semanas depois, uma liminar na Justiça Comum determinou que a CBF devolvesse os pontos da Portuguesa, assim como antes havia sido concedida liminar ao Flamengo, colocando novamente o Fluminense no grupo dos clubes rebaixados, mas com unanimidade dos oito auditores, foi mantido o resultado da primeira instância. Em 2021, a CBF lançou a marca "Brasileirão Assaí 50 anos". Segundo a instituição, "O Brasileirão Assaí 50 anos marca o tempo de existência do Campeonato Brasileiro com este nome [chamado de Campeonato Nacional de Clubes pela antiga CBD], ou seja, desde 1971". A entidade ressaltou porém que os títulos anteriores são reconhecidos edições do Brasileiro. Formato da competição Vinte clubes participam do Campeonato Brasileiro. Durante o decorrer da temporada (de abril à dezembro), cada clube joga duas vezes contra os outros (em um sistema de pontos corridos), uma vez em seu estádio e a outra no de seu adversário, em um total de 38 jogos. As equipes recebem três pontos por vitória e um por empate. Não são atribuídos pontos para derrotas. As equipes são classificadas pelo total de pontos, depois pelo saldo de gols e, em seguida, pelos gols marcados. Em caso de empate entre dois ou mais clubes, os critérios de desempate são os seguintes: maior número de vitórias; maior saldo de gols; maior número de gols pró; confronto direto; menor número de cartões vermelhos recebidos; menor número de cartões amarelos recebidos. Qualificação para as competições internacionais A partir da temporada de 2016, os seis melhores times do Brasileirão se qualificam para a Copa Libertadores, com os quatro melhores times entrando diretamente na fase de grupos. Anteriormente, apenas as três melhores equipes eram qualificadas automaticamente. O quinto e sexto colocado disputam duas fases eliminatórias com confrontos de ida e volta em ambas as fases, para então entrarem na fase de grupos. Se os vencedores da Copa do Brasil, da Copa Libertadores e/ou da Copa Sul-Americana estiverem na zona de classificação, aquele lugar vai para a próxima equipe melhor colocada no campeonato. As equipes do sétimo ao décimo segundo lugar se classificam para a Copa Sul-Americana. Os clubes brasileiros que vencerem a Libertadores têm a oportunidade de disputar a Copa do Mundo de Clubes da FIFA, a Recopa Sul-Americana (jogo disputado entre os vencedores da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana), assim como a Copa Suruga Bank, uma competição amigável realizada pela CONMEBOL em parceria com a Associação de Futebol Japonesa disputada pelo vencedor do Campeonato Japonês (J-League) e da Copa Sul-Americana em um único jogo realizado no local do participante japonês. Troféu Em dezembro de 1954, o departamento técnico da CBD instituiu o Troféu Taça Brasil, quando, também, é instituído o título de campeão brasileiro ao seu vencedor. A CBD não confeccionou uma nova taça a cada edição da competição, que só ficava definitivamente com o clube que conquistava três títulos consecutivos ou cinco alternados. No período em que o campeonato era denominado Taça Brasil, apenas dois troféus foram confeccionados: um é de propriedade do Santos (pentacampeão brasileiro no período de 1961-1965) e o outro do Botafogo (último campeão deste período em 1968). Após a unificação dos títulos, alguns clubes brasileiros, como o Cruzeiro, fizeram réplicas do troféu. Existem dois troféus relacionados a primeira edição do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, que foi realizada em 1967. Sendo um deles o troféu Abreu Sodré, que foi oferecido ao campeão em homenagem ao governador de São Paulo. Nas edições seguintes, até 1974, houve outras versões alternadas. Em 1975, a Confederação Brasileira de Desportos criou o Troféu Copa Brasil, conhecido popularmente como "Taça das Bolinhas", obra do artista plástico Maurício Salgueiro, com altura de 60 centímetros e pesando 5,6 quilos, numa composição de 156 esferas (sendo uma de ouro) banhadas a ródio para proteger a prata, todas suspensas numa base de madeira de lei de jacarandá. Tinha o intuito de premiar o primeiro clube do Brasil a vencer o Campeonato Brasileiro três vezes seguidas ou cinco vezes alternadamente a partir de 1975, em um oferecimento da Caixa Econômica Federal. Entre 1975 e 1992, todos os clubes campeões brasileiros receberam uma réplica deste troféu. O atual troféu do Campeonato Brasileiro está sendo entregue ao campeão desde 2014, ano em que a Chevrolet começou a patrocinar a competição. Sua parte principal é banhada a ouro, pesando 15 quilos com sessenta centímetros de altura, 45 de largura e 40 de profundidade. Este modelo substitui o anterior desenhado pelo artista plástico Holoassy Lins de Albuquerque, que premiava os campeões brasileiros desde 1993. Por conta da CBF ter sido suspensa pela justiça comum de organizar o certame de 2000, foi utilizada uma outra taça criada exclusivamente para aquela edição, que ficou conhecida como Copa João Havelange, tendo como campeão o Vasco da Gama. Finanças O Campeonato Brasileiro é classificado como a sexta liga de futebol mais valiosa do mundo, a primeira fora do "top cinco Europeu", com um patrimônio de mais de US$ 1,43 bilhão, além de ter um volume de negócios anual de mais de US$ 1,24 bilhão em 2013, sendo que o valor total de cada clube nesta temporada era de US$ 1,07 bilhão. Em 2013, o Corinthians fez parte da lista dos clubes de futebol mais ricos, figurando na décima sexta colocação. Os direitos televisivos do Brasileirão valiam mais de US$ 610 milhões em 2012, o que representa 57% do valor na América Latina como um todo. Em 2015, dos vinte clubes brasileiros com maior faturamento, dezoito faziam parte da primeira divisão. O faturamento total desses clubes foi de 3,6 bilhões de reais. Os prejuízos foram estimados em 373 milhões, enquanto os superávits, em 390,7 milhões. O foi a equipe com o maior faturamento desse ano (363,8 milhões), enquanto o teve o maior prejuízo (97 milhões), o Flamengo teve o maior superávit (130,4 milhões). No entanto, apesar do alto faturamento, os clubes brasileiros possuem um problema incomum: as dívidas. O endividamento dos clubes da primeira divisão em 2015 foi de 4,8 bilhões de reais (mais que o dobro em relação a 2011). O endividamento operacional foi estimado em R$ 980 milhões, enquanto o bancário chegou a 1,48 bilhão, o fiscal atingiu a marca recorde de 2,33 bilhões, com um aumento de mais de 500 milhões em relação a 2014. Patrocinadores O Campeonato Brasileiro de Futebol foi oficialmente patrocinado entre 2009 e 2016, e a partir de 2018. 2009–2013: Petrobras (Brasileirão Petrobras) 2014–2016: Chevrolet (Brasileirão Chevrolet) 2018–atualmente: Assaí Atacadista (Brasileirão Assaí) Além do patrocínio em si, o Campeonato Brasileiro tem outros parceiros oficiais e fornecedores de material esportivo. O fornecedor da bola oficial é a Nike. Transmissão televisiva Atualmente, o dinheiro da televisão representa uma parte significativa das finanças dos clubes brasileiros. Os direitos de exibição do campeonato pertencem, com exclusividade, ao Grupo Globo, que distribui as partidas ao vivo para suas emissoras: TV Globo (na televisão aberta), SporTV (na televisão por assinatura) e Premiere (no sistema de pay-per-view). A transmissão das partidas são repassadas ao Fox Sports, que desde 2013 tem direito de exibir apenas os melhores momentos e reprises dos jogos. Em 1986, a Rede Manchete transmitiu a final da competição com exclusividade. O primeiro contrato de televisão negociado pelo Clube dos 13 junto à Globo foi em 1987, e que idealizou a organização do módulo verde do campeonato daquele ano, também conhecido como Copa União. Os direitos televisivos foram vendidos por US$ 3,4 milhões. Nesse ano, foi o SBT que transmitiu a partida final com o Guarani novamente na decisão, dessa vez, contra o Sport na Ilha do Retiro, já que a Globo também não considerou o cruzamento entre os clubes dos módulos verde e amarelo. Em 1990 e 1991, apenas a Rede Bandeirantes adquiriu os direitos de transmissão. A edição de 1990 marcou o primeiro título brasileiro do Corinthians, segunda equipe mais popular do país, e chamou a atenção da mídia e do público, com destaque a partida final, que registrou um Ibope de 53 pontos na Grande São Paulo. Mesmo assim, a Globo só passou a priorizar a competição a partir da edição de 1992 com o título do Flamengo. Em 1997 passou a ser restrita a transmissão dos jogos ao vivo em cidades onde eram realizadas as partidas (com exceção da fase final). No mesmo ano, o Clube dos 13 fechou mais um contrato com a Globo como detentora dos direitos televisivos do Brasileirão por US$ 50 milhões (valor que incluiu também as edições de 1998 e 1999), sendo que a própria resolve dividir os direitos com a Band durante esse período. A edição de 1997 foi a primeira a ser exibida no sistema de pay-per-view, através do Premiere, além de ser a primeira a ter jogos transmitidos para a televisão por assinatura, através do SporTV, após o Clube dos 13 ter assinado um controverso contrato com a Globosat. Anteriormente, em 1993, a TVA/Editora Abril assinou um contrato que garantia a exibição das partidas para a televisão por assinatura entre 1997 e 2001 para o seu canal, a ESPN (Brasil). No entanto, o acordo foi desfeito após a proposta da Globo ser muito superior ao oferecido, garantindo, assim, a exibição dos jogos para a SporTV. Em 2000, apenas a Globo transmitiu a Copa João Havelange, em contrato negociado por US$ 50 milhões. No entanto, a segunda partida da final da competição ocorreu em 2001, entre Vasco e São Caetano, e protagonizou algo bem incomum: a equipe cruzmaltina foi a campo estampando a logomarca do SBT em seu uniforme, segunda maior emissora de televisão do país naquela época, como forma de provocação a Globo, a qual o presidente Eurico Miranda responsabilizava pela suspensão do segundo jogo decisivo em São Januário. A situação foi embaraçosa para emissora, já que a partida teve um público estimado em 60 milhões de telespectadores. Apesar do número elevado, esta edição foi marcada pela baixa audiência, que fez com que a Globo cancelasse a exibição de algumas partidas. Em 2001 o Clube dos 13 dividiu os clubes em quatro grupos para definir as quotas de transmissão. No ano seguinte, a Globo revendeu os direitos de transmissão a Record, que manteve a parceria por quatro anos. Em 2003, quando ocorreu a primeira edição disputada por pontos corridos, o valor foi ampliado por um montante considerável, superando pela primeira vez os três dígitos. O contrato foi assinado novamente pela Globo com valor de US$ 130 milhões por ano, sendo renovado em 2005 por US$ 300 milhões, válido para triênio 2005-2008. A partir de 2009, uma negociação mais democrática passou a ser exigida pelos meios de comunicação. Pela primeira vez, os direitos foram abertos em licitação para a comercialização da transmissão do Campeonato Brasileiro. Todos os veículos foram convidados a apresentarem propostas para pacotes de televisão aberta e por assinatura, PPV, internet e transmissão para o exterior. A Globo firmou o maior contrato da história do futebol brasileiro até a época por R$ 1,4 bilhão nas edições de 2009, 2010 e 2011. Ao final deste contrato, a maioria dos membros do Clube dos 13 indicaram que iriam negociar os direitos de transmissão independentemente. Em 2012, o contrato dos clubes foram divididos em quatro grupos: Flamengo e Corinthians recebendo de 84 a 120 milhões de reais; São Paulo, Palmeiras, Santos e Vasco recebendo de 70 a 80 milhões de reais; Internacional, Grêmio, Cruzeiro, Atlético Mineiro, Fluminense e Botafogo recebendo de 45 a 55 milhões de reais; e os demais clubes da primeira divisão recebendo de 18 a 30 milhões de reais. Em 2016, a Band deixou de transmitir em parceria com a Globo a competição após 7 anos na TV aberta. Além disso, o canal Esporte Interativo, do grupo Turner, fez negócio com Atlético-PR, Bahia, Ceará, Coritiba, Internacional, Joinville, Palmeiras, Paysandu, Sampaio Corrêa, Santos, Criciúma, Fortaleza, Paraná, Ponte Preta e Santa Cruz os direitos de transmissão da competição na televisão por assinatura para a competição entre 2019 e 2024, se opondo ao canal SporTV. Clubes Participações dos clubes Um total de 158 clubes já participaram do Campeonato Brasileiro desde a sua primeira edição, em 1959. O , embora tenha sido rebaixado três vezes, é o clube recordista em participações junto com o : 62 no total. O clube gaúcho só não participou das edições de 1962, 1992, 2005 e 2022. No período de 1967 a 2002, seis equipes participaram de todas as 36 edições: , , , , e . Santos, e aparecem em seguida, com uma edição a menos, devido à desistência das equipes em participarem da Copa Brasil de 1979, e o por não ter participado da Taça de Ouro de 1982. Em relação ao modelo atual, de pontos corridos, disputado desde 2003, apenas Flamengo, , Santos e São Paulo participaram de todas as edições. A tabela a seguir apresenta os vinte clubes que mais participaram dos torneios que compõem o Campeonato Brasileiro de Futebol. Pontuação histórica Os 20 clubes mais pontuadores na história do Campeonato Brasileiro (1959–2022). Campeões A primeira edição da Taça Brasil definiu o como o primeiro clube a ser intitulado campeão brasileiro. No período em que foi a principal competição do país, notou-se um certo domínio do , que além de ter sido campeão por cinco vezes consecutivas (entre 1961 e 1965), chegou a outras duas finais no período (contra o próprio Bahia em 1959 e contra o em 1966). No entanto, após a CBD também reconhecer a Taça de Prata (nome oficial para o Torneio Roberto Gomes Pedrosa) como competição a nível nacional, foi comum mais de um clube ser considerado campeão brasileiro por ano. Em 1967, o conseguiu conquistar o título das duas competições. Em 1968, porém, tivemos dois campeões nacionais: o Santos (que havia conquistado a Taça de Prata) e o (que conquistou a Taça Brasil). Neste período, cinco equipes diferentes conquistaram o título: o Santos (6 vezes), o Palmeiras (3 vezes), Bahia, Cruzeiro e Botafogo (1 vez cada), entre os quais Palmeiras (em 1960), Santos (em 1963, 1964 e 1965) e Cruzeiro (em 1966) foram campeões invictos. Nos dois anos anos seguintes, apenas a Taça de Prata foi disputada como competição a nível nacional de clubes, consagrando Palmeiras e como campeões. Quando a competição chamava-se oficialmente de Campeonato Nacional de Clubes entre 1971 e 1974, 3 clubes foram campeões brasileiros: Palmeiras (em 1972 e 1973), Atlético Mineiro (em 1971) e Vasco (em 1974). No período de 1975 a 1979, quando a CBD mudou o nome da principal competição do país para Copa Brasil, prevaleceu um domínio do Internacional conquistando o título brasileiro por 3 vezes: em 1975, 1976 e 1979. Também conquistaram o título brasileiro, São Paulo (1977) e Guarani (1978). O Internacional, em 1979, é o único clube que conseguiu ser campeão de forma invicta no sistema misto. Em 1980, quando a CBF mudou o nome da competição da elite do futebol brasileiro para Taça de Ouro, o foi campeão brasileiro pela primeira vez. Seguido pelo em 1981 que também conquistou seu primeiro título brasileiro da história. O rubro-negro carioca ainda conquistou mais dois títulos em 1982 e 1983 no período. Em 1984, quando voltou-se o nome de Copa Brasil, o Fluminense conquistou seu bicampeonato brasileiro. Em 1985, foi a vez do ganhar pela primeira vez um título brasileiro, novamente sob o nome Taça de Ouro. Em 1986, novamente sob o nome de Copa Brasil, o São Paulo ganhou seu segundo título brasileiro. Em 1987 e 1988, houve dois campeões nordestinos: e Bahia, respectivamente. Entre 1989 e 2002, pela primeira vez sob o nome de "Campeonato Brasileiro" (com exceção de 2000), ganharam a competição: e Vasco (3 vezes cada), Palmeiras (2 vezes), São Paulo, Flamengo, Botafogo, Grêmio, e Santos (1 vez cada). Em relação ao formato atual, por pontos corridos, usado desde 2003, 8 clubes já conquistaram o título: Corinthians (4 vezes), Cruzeiro, São Paulo, Flamengo e Palmeiras (3 vezes cada), Fluminense (2 vezes), Santos e Atlético Mineiro (1 vez cada). Nenhuma destas equipes conseguiu ser campeã de forma invicta. Por clube Por Cidade Por Estado Por Região Estádios Em 2016, o Ministério do Esporte lançou um sistema que avalia os estádios de futebol no Brasil, o Sisbrace. O critério de avaliação se baseia com uma nota que varia de uma bola até cinco bolas, sendo uma a pior nota. Entre os estádios da primeira divisão em 2016, a média foi de 3 bolas por estádio, sendo que sete foram avaliados com cinco bolas: Maracanã, Arena Corinthians, Mineirão, Beira-Rio, Arena da Baixada, Arena do Grêmio e Allianz Parque. Barradão, Arruda e Moisés Lucarelli foram os piores avaliados, com duas bolas cada. Neste mesmo ano, a CBF investiu 2,2 milhões de reais em um sistema de padronização do tamanho do gramado de 43 estádios das séries A e B, que passaram a ter 105 metros de comprimento e 68 metros de largura. Na atual temporada, a capacidade combinada total dos estádios da primeira divisão é de 688 919, com capacidade média de 34 445. Em 2017, o Congresso Técnico da CBF definiu algumas mudanças em relação aos estádios no Campeonato Brasileiro. Foram proibidas a venda de mando de campo (já a partir da atual temporada, proposto pelo e aprovado pela maioria dos clubes) e a utilização de gramado sintético (a partir da próxima temporada, proposto pelo ). Essas alterações afetaram clubes como o (em relação a venda de mando de campo) e diretamente ao (em relação ao uso de gramado sintético). Com a proibição aos clubes de mandar jogos fora do estado de origem, alguns estádios construídos para a Copa do Mundo FIFA de 2014 ficarão sem receber jogos, como o Mané Garrincha, em Brasília. Treinadores No futebol brasileiro, nota-se que há uma intensa cobrança por resultados imediatos com os treinadores, o que acaba resultando em uma cultura de demissões e contratações, onde os clubes trocam de treinador regularmente até mesmo durante as competições. Na Série A de 2015 houve 32 trocas de treinador em 38 rodadas, número que só não superou as edições de 2003 e 2004 (41 trocas em 45 rodadas cada) e de 2005 (35 trocas em 42 rodadas). A edição com menos trocas foi a de 2012 (20 em 38 rodadas). De acordo com um estudo do jornal mexicano El Economista feito entre 2002 e 2014, o tempo médio de um treinador no Campeonato Brasileiro é de quatro meses no cargo - mais curto que em qualquer outra liga de futebol no mundo. Em relação ao desempenho, Luís Alonso Pérez (mais conhecido como Lula) e Vanderlei Luxemburgo são os treinadores mais vitoriosos do Campeonato Brasileiro, com cinco conquistas cada. Luxemburgo foi campeão comandando (em 1993 e 1994), (em 1998), (em 2003) e (em 2004), enquanto Lula foi campeão comandando o por cinco anos consecutivos (1961, 1962, 1963, 1964 e 1965), até então o único a conseguir este feito. Rubens Minelli (comandando o em 1975/1976 e o em 1977) e Muricy Ramalho (comandando o São Paulo em 2006, 2007 e 2008) foram os únicos treinadores tricampeões em anos consecutivos. Lula (1963, 1964 e 1965 pelo Santos), Osvaldo Brandão (1960 pelo Palmeiras), Ayrton Moreira (1966 pelo Cruzeiro) e Ênio Andrade (1979 pelo Internacional) foram os únicos treinadores campeões de forma invicta. Barbatana também terminou uma edição do campeonato invicto, embora tenha sido vice-campeão comandando o em 1977, perdendo a decisão para o São Paulo nos pênaltis. Atuais treinadores Os atuais treinadores do Campeonato Brasileiro são: Jogadores No período entre 1959 até hoje, nenhum jogador atuou mais no Campeonato Brasileiro que Fábio. Até o momento foram 600 partidas, defendendo o entre 2000 e 2004, o de 2005 a 2019 e o a partir de 2022. Em seguida, aparece Rogério Ceni pelo entre 1993 e 2015, com 575 jogos. Estrangeiros De acordo com um estudo da CIES — Football Observatory, o Campeonato Brasileiro é o que tem menor percentual de jogadores estrangeiros entre as 37 principais ligas de futebol do mundo. Na última edição, 9,4% dos jogadores eram estrangeiros, número que corresponde a 67 (de 711 no total), entre os quais a maioria são de nacionalidade argentina. Desde 2003, é o maior número de jogadores estrangeiros atuando na primeira divisão. Isso se deve principalmente após a CBF aprovar, em 2014, uma norma que permite a inclusão de até 5 jogadores estrangeiros na lista de convocados para cada partida. Anteriormente, era permitido apenas a inclusão de 3. Artilharia Atualmente, Roberto Dinamite detém o recorde de maior número de gols no Campeonato Brasileiro, com 190. Na era dos pontos corridos, Fred detém o recorde de maior número de gols, com 157. Entre os 10 maiores artilheiros, Serginho Chulapa possui a maior média de gols por jogo: 0,69 (marcando 125 gols em 184 partidas). Zico é o artilheiro entre os meias (135), Antônio Carlos entre os zagueiros (28), e Rogério Ceni entre os goleiros (65). Os jogadores mais vezes artilheiros do Brasil são Dadá Maravilha, Túlio Maravilha e Fred (3 cada). Em 1989, Túlio Maravilha se tornou o artilheiro mais jovem do Brasil, enquanto Romário se tornou o mais velho em 2005. Em 2004, Washington estabeleceu o recorde de gols marcados em uma única edição do torneio, com 34 gols. O Santos é o clube que teve mais artilheiros, com 13 no total (desde 1959). Estatísticas Maiores goleadas O maior número de gols em uma única partida e a maior goleada ocorreu em 9 de fevereiro de 1983, quando o Corinthians derrotou o Tiradentes por 10 a 1. Nove gols também foi a diferença do placar de e , a favor do time da casa, válido pela primeira fase da edição de 1984. Abaixo segue a lista das maiores goleadas da história do Brasileirão. Públicos Levando em conta a popularidade do futebol no país, o Campeonato Brasileiro possui uma baixa média de público em comparação com outras ligas de futebol do mundo, e nem sequer figura na lista das dez maiores médias de público, atrás do Campeonato Argentino em termos continentais e até das divisões inferiores dos campeonatos Inglês e Alemão. Na edição de 2015, a média de público foi de 17 160 pessoas por jogo. Apesar do número parecer baixo, foi a melhor média registrada desde 2009, que teve um público de 17 807 pessoas. Nesse intervalo, o campeonato vinha amargando médias ainda mais baixas, que oscilavam entre 14 e 13 mil pessoas, contando principalmente com a ausência de estádios como Maracanã e Mineirão, reformados e utilizados para outras competições no período. Entre os clubes, o foi o que levou mais público aos estádios durante 12 temporadas, um recorde dentro da competição. Na edição de 1980, a média da equipe foi de 66 507 torcedores, até então a maior registrada por um clube brasileiro. Em relação a todas as participações, o Flamengo também lidera, com média de 26 580 torcedores. O maior público da história do Campeonato Brasileiro aconteceu na partida entre Flamengo e , no Maracanã, em 29 de maio de 1983, que teve a presença de 155 523 pagantes. Além desse jogo, pode ser conferido mais 23 partidas com público superior a 110 000 pagantes, sendo que as 12 primeiras foram disputadas no Maracanã. O jogo entre e Flamengo em 6 de maio de 1984 teve o maior público registrado fora do Rio de Janeiro, com 115 002 pagantes no Morumbi, em São Paulo. O Corinthians detém o recorde de maior torcida visitante na história da competição. Em 1976, 70 mil torcedores estiveram no Maracanã para assistir a semifinal contra o , tornando-se a maior torcida a favor de time visitante na história do futebol brasileiro. O fato ficou conhecido como "invasão Corinthiana". O menor público da história aconteceu na partida entre e , em 3 de dezembro de 1997 no Estádio Olímpico Monumental, que teve a presença de apenas 55 pagantes. Entre os jogos que decidiram os títulos brasileiros, o menor público aconteceu na partida entre e , no Morumbi, com a presença de 8 210 torcedores durante a última rodada do quadrangular final da edição de 1969. Considerando apenas finais diretas, o menor público ocorreu na partida de volta entre Bragantino e São Paulo na finalíssima de 1991, com o público de 12 492 pessoas no Estádio Marcelo Stéfani em Bragança Paulista. Premiações Abaixo, a lista de premiações oferecidas usando-se como base o Campeonato Brasileiro: Clubes Troféu Osmar Santos (Lance!) - Troféu destinado ao clube de melhor campanha no primeiro turno da competição. Troféu João Saldanha (Lance!) - Troféu destinado ao clube de melhor campanha no segundo turno da competição. Jogadores Bola de Ouro (ESPN (Brasil)) - Prêmio destinado ao melhor jogador do Campeonato Brasileiro de Futebol. Bola de Prata (ESPN (Brasil)) e Troféu Armando Nogueira (TV Globo) - Prêmios destinados aos melhores jogadores de cada posição. Chuteira de Ouro (ESPN (Brasil)) e Prêmio Arthur Friedenreich (TV Globo) - Prêmios destinados ao maior artilheiro durante a temporada toda. Craque do Brasileirão (TV Globo) - Prêmio destinado as mais diversas categorias do futebol. Prêmio Belfort Duarte (TV Globo) - Prêmio destinado ao jogador mais disciplinado da competição. Ver também Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais Campeonato Brasileiro Série B Campeonato Brasileiro Série C Campeonato Brasileiro Série D Ranking da CBF Ranking de pontos do Campeonato Brasileiro de Futebol Troféu Copa Brasil Copa do Brasil Torneio Rio-São Paulo Confederação Brasileira de Futebol Prêmio Craque do Brasileirão Lista de clubes de futebol do Brasil Torneios entre campeões estaduais brasileiros de futebol Desempenho dos clubes participantes do Campeonato Brasileiro de Futebol Participações dos clubes no Campeonato Brasileiro de Futebol Campeonato Brasileiro de Futebol Sub-20 Ligações externas
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
(, na numeração romana) foi um ano bissexto do século I, do Calendário Juliano, da Era de Cristo, teve início a um domingo e terminou a uma segunda-feira, as suas letras dominicais foram A e G. Eventos Ocorre um grande incêndio em Roma. Nero fica como principal acusado por querer aumentar a área da sua Casa Dourada. Para se livrar da culpa, coloca-a nos cristãos e passa a persegui-los. Tem-se início a primeira perseguição à Igreja praticada pelo Império Romano. É possível que o incêndio não tenha tido um causador. Roma já havia tido outros incêndios semelhantes, como o que aconteceu no período do imperador Cômodo. als:60er#64
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Jacareí é um município da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, no estado de São Paulo, no Brasil. Localiza-se a leste da capital do estado, distando desta cerca de 82 quilômetros. Suas coordenadas geográficas são 23º18'10" sul e 45º17'31" oeste. O município é formado pela sede e pelos distritos de Parque Meia Lua e São Silvestre de Jacareí. A população em 2010, segundo o Censo Populacional, era de habitantes e a prévia do IBGE de 2022 é de Jacareí faz parte do chamado Complexo Metropolitano Expandido, que ultrapassa os 29 000 000 de habitantes e que compõe, aproximadamente, 75 por cento da população do estado de São Paulo. As regiões metropolitanas de Campinas, São Paulo, Baixada Santista e do Vale do Paraíba e Litoral Norte já formam a primeira macrometrópole do hemisfério sul. Os seus municípios limítrofes são: São José dos Campos a norte e nordeste; Jambeiro a leste; Santa Branca a sudeste; Guararema a sudoeste; Santa Isabel a oeste e Igaratá a noroeste. História Os documentos históricos de Jacareí registram o início de um povoamento em 1652, com o nome de Nossa Senhora da Conceição da Paraíba, pela iniciativa de Antônio Afonso e seus três filhos. Em 22 de novembro de 1653, o local foi elevado a vila pelo donatário da Capitania de Itanhaém, dom Diogo de Faro e Sousa, desmembrado da antiga vila de Mogi das Cruzes. Tornou-se cidade em 3 de abril de 1849. Antigo caminho para as Minas Gerais, usando o Rio Paraíba do Sul, Jacareí passou de humilde pousada colonial de tropeiros, ao longo dos anos, para cidade progressista, a partir de 1790. Segundo pesquisas, o núcleo inicial da cidade está nas redondezas da Capela do Avareí (1728) e, depois, nas redondezas do Largo da Matriz (século XIX), que foi urbanizado na década de 1930. O Largo da Matriz continua, desde aquela época, palco das festas em homenagem à padroeira da cidade, Nossa Senhora da Imaculada Conceição. O dia da padroeira é 8 de dezembro, feriado municipal. Em 1920, a igreja passou por uma reforma, na qual foram impressos os seus traços atuais. Outro monumento histórico da cidade é a Santa Casa de Misericórdia, com suas instalações oficializadas em 1850. A edificação foi construída graças aos donativos arrecadados e pelo trabalho gratuito dos negros escravos, cedidos pelos senhores abastados. Em 1854, terminada a primeira parte da construção e feitas as instalações preliminares, a Santa Casa começou a funcionar. O Brasão, a Bandeira e o Hino Oficial da cidade foram instituídos por lei municipal em 1952, 1968 e 1969, respectivamente. Etimologia O termo "Jacareí" é proveniente da língua tupi e significa "rio dos jacarés", através da junção dos termos îakaré (jacaré) e 'y (água, rio). Geografia Área total do município: 459,7 km² Área da zona rural: 367,4 km² Área da zona urbana: 92,3 km² Área inundada (Rio e represas): 31 km² Hidrografia A cidade é banhada pelos rios Comprido, Paraíba do Sul, Turi e Parateí. Clima O clima da cidade é subtropical. A média de temperatura anual é de 21,3 graus centígrados, sendo o mês mais frio Julho (média de 17,5 graus centígrados) e o mais quente Fevereiro (média de 24,4 graus centígrados). O índice pluviométrico anual é de 1 232,8 mm. Relevo O relevo é irregular, formado por morros e várzeas, entre elevações da Serra da Mantiqueira. A cidade se localiza em um vale, aproximadamente a 23° S e 45º N, com altitude máxima em torno dos 730 metros e, nas áreas de várzea, beirando os 570 metros. A altitude média é de 580 metros. Demografia Dados do Censo - 2010 População total 211.214 Urbana: 208.297 Rural: 2.917 Homens: 103.092 Mulheres: 108.122 Densidade demográfica (hab./km²): 459,46 Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 16,67 Expectativa de vida (anos): 70,80 Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 2,19 Taxa de alfabetização: 93,97% Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) 0,777 (alto) IDH-M Renda: 0,749 (alto) IDH-M Longevidade: 0,837 (muito alto) IDH-M Educação: 0,749 (alto) (Fontes: IPEADATA, PNUD, IBGE) Economia Após a abolição da escravatura, em 1888, e o advento da República, em 1889, em Jacareí ocorreu a formação de um polo fabril, consolidando o trabalho assalariado. Essa mão de obra operária formou-se por ex-escravos e imigrantes europeus. Os imigrantes japoneses atuaram na agricultura, enquanto os sírio-libaneses se direcionaram para as atividades comerciais. O crescimento urbano intensificou-se com as fábricas têxteis instaladas nas primeiras décadas do século XX e a Rodovia SP-66 (Estrada Velha Rio - São Paulo). Esses fatores fizeram com que a cidade crescesse em áreas próximas a esses eixos. A partir de 1950, houve uma aceleração da industrialização, com a vinda de empresas de grande porte e grupos multinacionais. Consequentemente, aumentaram as oportunidades de emprego, atraindo trabalhadores do próprio Vale do Paraíba e da região Sudeste e, posteriormente, da região Nordeste. A inauguração da Rodovia Presidente Dutra, em 1951, a instalação de indústrias nas margens dessa Via, e a valorização de terras na região central levaram à formação de bairros populares distantes do centro. As classes mais privilegiadas ocuparam as áreas mais altas em torno do centro e, posteriormente, as áreas de várzea, não mais inundáveis após a construção da Represa de Santa Branca, em 1960. O processo de crescimento urbano deu-se de forma acentuada até a década de 70, decorrente de um novo parque industrial e da migração, sendo constante até a atualidade. Nesse contexto, emergiram os problemas das moradias populares, da insuficiência de equipamentos urbanos na periferia e da violência urbana. Nas décadas de 1980 e 1990, o parque industrial diversificou-se e cresceram os setores de serviços e comércio, ocupando respectivamente 36% e 60% da população economicamente ativa. As principais empresas instaladas em Jacareí são: AmBev, Heineken, Fibria Celulose, Cebrace, Dow Química, Latasa, Parker Hannifin, Pirelli, Fademac, Freudenberg, Metalúrgica Ipê, IKK, Adatex, Emerson, White Martins, Latecoere, Gates, Kadarfit, Adatex, Sadefem, Volex, Inylbra, Chery e Teknia Tecnotubo. A cidade possui PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador) e Banco do Povo. Destaque-se que a cidade é a única da região que possui entreposto aduaneiro. Possui rede de gás natural com 26,8 km de tubulação que atende a 10 indústrias. Jacareí é destaque no panorama nacional como uma das melhores cidades para se viver. Pesquisa publicada em 2005 pela revista Você S/A mostra que a cidade subiu no ranking entre as 100 melhores para se trabalhar. Cada vez mais, o município atrai novas empresas e investimentos, aumentando a oferta de trabalho e renda da população. Jacareí possui também um shopping com seis salas de Cinema (duas 2D e uma 3D),sendo uma delas a maior da região com 284 assentos e uma tela de 75m2. Além dos espaços da Fundação Cultural de Jacarehy "José Maria de Abreu" para a manifestação artística da população. Jacareí também possui quatro Rádios e três emissoras de TV: Rádio Mensagem - AM 1470 kHz - (atualmente pertence à Igreja Católica); Rádio 8 - FM 100,5M Hz - (atualmente pertence a Igreja Deus é Amor); Rádio Luz - FM 106,1 MHz - (atualmente pertence à Igreja Assembleia de Deus, mas esta fora do ar por problemas com a Anatel; Rádio Jovem Pan Sat - FM 94,3 MHZ - (afiliada Rede Jovem Pan Sat); TV Novo Tempo Canal 30(pertence a Igreja Adventista do Sétimo Dia); TV Câmara (Jacareí) Canais 17 e 24 da televisão a cabo NET (pertence à Câmara Municipal de Jacareí) e TV Cidade Jacareí canal 9 da televisão a cabo NET. Jacareí possui biblioteca, museus, parques, o famoso evento anual "Fapija" e muitas outras atrações. Estrutura urbana Comunicações A cidade foi atendida pela Telefônica Jacareí até 1973, quando passou a ser atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), que transferiu a concessão para a Companhia Telefônica da Borda do Campo (CTBC). Em 1979 a cidade volta a ser atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), até que em 1998 esta empresa foi privatizada e vendida para a Telefônica. Em 2012 a empresa adotou a marca Vivo para suas operações de telefonia fixa. Transporte Jacareí tem como empresa responsável pelo transporte coletivo a Jacareí Transporte Urbano e conta com várias linhas de ônibus. Infraestrutura de saneamento básico Rede de água: 99,6% Rede coletora de esgoto: 89% Limites Sudeste: Santa Branca Sul: Guararema Norte: São José dos Campos Leste: Jambeiro Oeste: Igaratá e Santa Isabel Saúde Hospitais e clínicas: Valecor, Hospital São Francisco, Hospital Policlin, Hospital Alvorada, Hospital Antônio Afonso (24 horas), Unimed (pronto atendimento) e Santa Casa de Misericórdia. O desenvolvimento em Jacareí inclui a melhoria da qualidade de vida da população, contando com um dos menores índices de mortalidade infantil do estado de São Paulo, um moderno laboratório de análises clínicas e está construindo uma nova e ampla unidade de especialidades para melhorar ainda mais a qualidade dos serviços do setor. Além disso, a cidade investe na saúde da população por meio do Programa Saúde em Casa, entre outras ações. Lazer Um ponto de lazer e esporte é o Parque da Cidade, o local possui quadra de tênis, quadras de Futebol de Salão e Poliesportivas, possui também pista de caminhada e aparelhos de ginástica, palco para apresentações artísticas, recinto para exposições, ciclovia e um amplo estacionamento. Para garantir a segurança dos visitantes, o Parque conta com sistema de monitoramento por câmera. Possui também sinal gratuito de internet banda larga. Foram construídos vários jardins e plantadas cerca de 100 espécies de árvores, entre palmeira-imperial, pau-brasil e pau-ferro, na área interna. A parte externa do Parque recebeu mudas de ipê e aroeira-salsa. Existem pela cidade vários pontos de esporte, lazer e cultura. O mais novo investimento da cidade são os Espaços Educamais. Estes espaços foram criados para atender diversas regiões da cidade conta com locais para a prática de esportes e ambientes para cursos e eventos. Na cidade, existem, hoje, 4 Espaços Educamais abertos ao público: os espaços Santo Antônio, Jardim Paraíso, Centro e Lamartine. Outros 3 estão sendo construídos: são os espaços São João, Esperança e Parque dos Sinos. Este último, um projeto arquitetônico do renomado arquiteto Ruy Ohtake. O Espaço Jardim Liberdade e outras praças de esportes localizadas no interior dos bairros são outros locais frequentados por quem quer praticar esporte. O Espaço Jardim Liberdade possui quadra de areia, onde podem-se disputar partidas de vôlei de praia e futebol de areia, uma pista de skate vertical (halfpipe) e, também, uma pista de caminhada e aparelhos de ginástica. A cidade também possui vários campos de futebol society, tendo dois deles uma área para a prática do paintball. Para quem não busca a prática de esportes, mas somente o lazer, Jacareí possui o Shopping Center Jacareí, que possui 6 salas de cinema e grande praça de alimentação. Existe, na cidade, um museu de antropologia, a Biblioteca Municipal Macedo Soares e diversos eventos realizados pela Fundação Cultural de Jacarehy. Mídia Jacareí é a sede da Rede Novo Tempo de Comunicação ou RNTC, que é um conglomerado de mídia pertencente à Organização Mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Na cidade encontram-se a TV Novo Tempo, a Gravadora Novo Tempo e a Rádio Novo Tempo. A localização dos estúdios fica às margens da SP-66, na Rodovia Henrique Eroles. A rede atende todas as emissoras adventistas da América do Sul, em português e também em espanhol. A cidade também abriga a TV Câmara Jacareí, canal de televisão legislativo brasileiro pertencente à Câmara Municipal de Jacareí. A TV Câmara Jacareí é transmitida em sinal aberto, 24 horas por dia, no canal 39.2 UHF e no canal 12 da NET. Sua abrangência se dá no município de Jacareí e em algumas regiões de São José dos Campos. Hoje é considerada referência de termos de TV legislativa em todo o país. Jacareí também tem veículos de mídia impressa. como o Diário de Jacareí e o Semanário de Jacareí. Em questão de rádio, Jacareí tem uma vasta história com grandes radialistas como Jota Pereira, Angelo Ananias, José Carlos Guedes, Loureiro Júnior, Darcy Reis, entre outros. Essas duas últimas figuras citadas: Loureiro Júnior e Darcy Reis tiveram papel fundamental na ida de Galvão Bueno para a TV Bandeirantes, no Rio de Janeiro, no fim dos anos 70. Cultura A cultura em Jacareí até a primeira metade do século XIX era o próprio fazer cotidiano dos indígenas, dos negros africanos e europeus radicados aqui e dos descendentes desses grupos, resultando em uma ampla diversidade cultural (no campo da musicalidade, da religião, do vestuário, da culinária, da linguística, do trabalho etc.). A partir do apogeu do período cafeeiro às primeiras décadas do século XX, foram sendo criados equipamentos e veículos culturais em Jacareí, como teatro, jornais, cinemas, rádio e reafirmadas as festividades religiosas. Essa promoção cultural teve, como característica, o seu vínculo com famílias jacareienses e a Igreja Católica. Na década de 1960, criou-se o Conselho Municipal de Cultura Artística com o objetivo de fomentar as ações culturais do município. Na década seguinte, o Departamento de Educação e Cultura promoveu vários eventos, dentre eles o Festival de Música Popular (FEMPO), que havia sido criado na Escola Francisco Gomes da Silva Prado. No final da década de 1970, houve uma preocupação com o patrimônio cultural da cidade, que resultou na criação do Museu de Antropologia do Vale do Paraíba (MAV). Na década de 1980, a Fundação Cultural foi criada, voltando-se durante dez anos para os trabalhos de recuperação do edifício Solar Gomes Leitão (sede do MAV), formação do acervo do museu e exposições. Até 1993, as atividades referentes às modalidades artísticas estavam sob responsabilidade do Departamento de Cultura, vinculado à Secretaria de Educação e Cultura. Desde então, a Fundação Cultural de Jacarehy José Maria de Abreu passou a ser o principal agente articulador da cultura local, organizando também o Carnaval da cidade e a Festa do Bolinho Caipira. Diversos grupos e eventos artísticos culturais atuam na cidade. O teatro conta com dezenas de companhias. Na música havia o Som de Garagem, o Encontro de Violas, e a Batalha nos Trilhos nos anos 2010. No cinema, desde 2007 a cidade conta com o Cineclube Jacareí, que exibe e produz, além de organizar a premiação do Corvo de Gesso, funcionando como um ponto de encontro dos produtores e cineastas da região. Primeiro Casamento Homoafetivo do Brasil Jacareí foi a primeira cidade do Brasil a realizar casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, o evento aconteceu no dia 28 de junho de 2011, no 1º Cartório de Registro Civil de Jacareí. O evento só foi possível graças a decisão do juiz Fernando Henrique pinto da 2º Vara da Família de Jacareí, cujo favorecia a conversão da união estável do casal em casamento, esta realizada no dia 17 de maio do mesmo ano. Industrialização Com o fim iminente do café na região do Vale do Paraíba, fato este que viria a inspirar a obra “Cidades Mortas” de Monteiro Lobato, uma alternativa econômica era necessária de ser encontrada. Jacareí no final do século XIX para o começo do século XX investe, procurando uma alternativa ao café investe em sua industrialização, onde futuramente seria conhecida por sua produção têxtil e de artigos alimentícios. O investimento no setor industrial faz com que Jacareí seja a primeira cidade do Vale do Paraíba a ter energia elétrica e a sétima do Brasil. Quem oferecia esse recurso para a cidade era a empresa “Companhia Luz Electrica Jacarehyense, fundada em 25 de agosto de 1895. O inicio do século XX se mostrou prospero, apesar da crise de 1906 de superprodução de café, a industrialização regional crescia, e Jacareí não era afetada pelas greves da capital. Em 1909 devido ao grande crescimento da indústria, é construída uma nova hidroelétrica pelo Major José Bonifácio, sendo inaugurado no ano seguindo com o nome de “Usina do Putim”, com uma capacidade de geração de 560 Kwatts. No ano de 1919 a companhia canadense “Light & Power” comprou os meios de produção de energia em Jacareí. Dentre as empresas pioneiras no setor industrial em Jacareí estão as “Meias Filhinha”, “Fabrica de Tintas Castelo”, “Tapetes Santa Helena”, “Lavalpa”, “Biscoutos Jacareí” , entre outros. Esportes Basquetebol Jacareí tem uma grande tradição no basquetebol. O time que representa a cidade nesta modalidade é o Jacareí Basketball. Com a lei de incentivo fiscal, empresas da cidade como a Fibria, JTU e Ativia tornaram-se os principais patrocinadores das equipes masculinas e femininas da cidade estampando seus logos nas camisas do time. Além disso, as equipes contam com grande investimento da prefeitura do município, que cede o espaço Educamais Centro para as partidas da equipe. O propósito é de voltar aos velhos tempos, em que a cidade era nome significativo no basquetebol estadual. Os times atingem a faixa etária a partir dos dezoito anos, almejando campeonatos oficiais como: Equipe Masculina - Torneio Novo Milênio (F.P.B.), Campeonato Paulista Série A1, Jogos Regionais e Jogos Abertos do Interior. Equipe Feminina - Jogos Regionais e Jogos Abertos do Interior. Bicicross Jacareí possui uma boa tradição também quanto ao bicicross, com o Jacareí Bicicross Clube, que treina na Pista Luciano Bruni localizada ao lado do Espaço Educamais Parque Santo Antônio. Rugby Fundado em 19 de outubro de 2006, o Jacareí Rugby é a equipe que representa Jacareí nas competições de rugby sevens e rugby union. Tendo iniciado as competições pelas equipes de base, especialmente na modalidade de sevens, o Jacareí Rugby já conquistou os títulos nacionais do Brasil Sevens categorias M16 (menores de 16 anos de idade), em 2012, e o M18 em 2011. Além disso, também já conquistou diversos títulos estaduais com suas equipes de base no masculino e no feminino. O ano de 2013 foi o primeiro em que Jacareí competiu com a equipe adulta masculina. Logo em seu primeiro ano na Série B do Campeonato Paulista, Jacareí conquistou o título e o acesso à primeira divisão estadual. Em 2014, Jacareí disputou a Taça Tupi e sagrou-se campeã do torneio, garantindo assim uma vaga na elite do rúgbi brasileiro em 2015. Sem muito sucesso, os jacarés foram rebaixados para o Campeonato Brasileiro da Série B. Em 2016, voltaram a conquistar a Taça Tupi e retornaram à elite nacional. Em 2017, Jacareí teve uma temporada mágica. A equipe chegou à final do Campeonato Paulista de Rugby, mas ficou com o vice-campeonato estadual. Entretanto, conquistou os títulos do Brasileiro de 7's e do Campeonato Brasileiro Série A, ou Super 8. A conquista do Brasileiro de Sevens aconteceu sobre o Desterro, de Santa Catarina. Já o Super 8 teve sua final disputada em Blumenau (SC) contra o Farrapos, do Rio Grande do Sul. Em 2019, o Jacarei Rugby venceu novamente o Campeonato Brasileiro de 7's. Em 2022, o Jacareí Rugby disputou a final do Campeonato Brasileiro de XV em Jacareí, mas ficou com o vice-campeonato. Entretanto, no Sevens, o Jacareí Rugby conquistou o tetracampeonato. Futebol Jacareí possui um time profissional de futebol, o Jacareí Atlético Clube, chamado carinhosamente por seus torcedores de JAC, que disputa a Série B do Campeonato Paulista. No futebol de salão, o time Jacareí Futsal/SER/Fademp disputa o Campeonato Metropolitano de Futebol de Salão Série A2 e o Campeonato Paulista de Futebol de Salão Série A1. As principais equipes da cidade são: Relações Internacionais Cidades-irmãs Jacareí tem oficialmente a seguinte cidade-irmã: Kawagoe, Japão Jacareienses ilustres Biografias de jacareienses Ligações externas Fundações no Brasil em 1653
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Edredo ou Eadredo (923 - 23 de Novembro de 955) foi Rei da Inglaterra de 946 até sua morte sucedendo ao seu irmão Edmundo I. Era um dos filhos de Eduardo, o Velho. Edredo sucedeu ao irmão depois do assassinato deste, visto que os sobrinhos eram apenas crianças na altura. Nunca casou e foi sucedido por um deles, Eduíno. A 16 de agosto de 946, Edredo foi consagrado pelo arcebispo Oda de Canterbury em Kingston upon Thames (Surrey, atual Greater London), onde ele parece ter recebido a submissão dos governantes galeses e dos condes do norte. A cronica anglo-saxónica para o ano de 946 registra que Edredo "reduziu todas as terras da Nortúmbria a seu controle; e os escoceses concederam-lhe juramentos de que fariam tudo o que quisesse" . No entanto, Edredo logo enfrentou uma série de desafios políticos à hegemonia saxão-ocidental no norte. Óláf Sihtricson, também conhecido como Amlaíb Cuarán ('Sandal'), foi rei da Nortúmbria no início dos anos 940, quando se tornou afilhado de Edmundo e rei-cliente, mas depois foi expulso. Ele então sucedeu a seu primo como rei de Dublin, mas depois de uma pesada derrota na batalha em 947, ele foi mais uma vez forçado a tentar a sua sorte noutro lugar. Pouco tempo depois, Olaf estava de volta aos negócios, tendo recuperado o reino de York. O que Edredo pensou sobre o assunto ou quanta simpatia ele nutria pelo afilhado de seu irmão só pode ser adivinhado, mas parece que ele pelo menos tolerou a presença de Olaf. De qualquer forma, Olaf foi expulso da realeza pela segunda vez pelos nortumbrianos, desta vez em favor de Eric, filho de Harald. Perto do fim da sua vida, Edredo sofria de uma doença digestiva que seria fatal. Edredo morreu aos 32 anos a 23 de novembro (Dia de São Clemente), 955, em Frome (Somerset), e foi enterrado em Old Minister em Winchester. Ele morreu solteiro e foi sucedido pelo filho de Edmund, Eadwig. Casa de Wessex Monarcas da Inglaterra Monarcas católicos romanos Reis católicos da Inglaterra Sepultados na Catedral de Winchester Ingleses do século X
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
(, na numeração romana) foi um ano comum do século X do Calendário Juliano, da Era de Cristo, teve início a uma quinta-feira e terminou também a uma quinta-feira e a sua letra dominical foi D (53 semanas). No território que viria a ser o reino de Portugal estava em vigor a Era de César que já contava 984 anos. Eventos O Condado de Castela torna-se independente do Reino de Leão. Erupção super-colossal (IEV-7) da Montanha Baekdu na atual fronteira entre a Coreia do Norte e a China. Nascimentos Odo-Henrique, Duque da Borgonha m. 1002, foi Duque da Baíxa-Borgonha. Falecimentos 26 de Maio - Rei Edmundo I de Inglaterra
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Sintra é uma vila portuguesa no distrito e área metropolitana de Lisboa, integrando a sua parte norte (Grande Lisboa). É sede do município de Sintra com de área e habitantes no censo de 2021, estando subdividido em 11 freguesias. A sua população representa 13,37% do total metropolitano e 19,82% do total da Grande Lisboa. O município é limitado a norte pelo município de Mafra, a leste por Loures, Odivelas e Amadora, a sudeste por Oeiras, a sul por Cascais e a oeste pelo oceano Atlântico. Adquire importância no contexto nacional por ser o segundo município mais populoso de Portugal, após Lisboa. Entre os seus núcleos de maior importância encontram-se, para além da própria vila de Sintra, as cidades de Queluz e Agualva-Cacém. Apresenta uma grande heterogeneidade do seu território, sendo as suas freguesias litorais e do norte ainda de características florestais e rurais, em contraste com as freguesias urbanizadas do sul que se foram desenvolvendo em virtude da melhoria das suas acessibilidades e proximidade à capital. Destas sobressaem pela sua relevância o IC16 e o IC19, a Linha de Sintra e, em menor medida, a Linha do Oeste. Geograficamente, o concelho situa-se no final do maciço formado pelas serras de Aire, Candeeiros e Montejunto, rematado pelo Maciço de Sintra, onde se destaca a sua serra e a da Carregueira. O ponto mais alto do concelho, que é também o da área metropolitana, encontra-se na Pena, na Serra de Sintra, e eleva-se em 528 metros de altitude. Rodeando-as encontram-se plataformas que não ultrapassam os 200 metros e cravadas por diversas ribeiras que demarcam a paisagem. A Vila de Sintra é notável pela presença da sua arquitetura romântica, resultando na sua classificação enquanto Paisagem Cultural de Sintra, Património Mundial da UNESCO e tem recusado ser elevada a categoria de cidade, apesar de ser sede do segundo município mais populoso em Portugal. Etimologia A mais antiga forma do nome, Suntria, aponta para o indo-europeu astro luminoso ou sol. Foi designada por Varrão e Columela como Monte Sagrado. Ptolomeu registou-a como a Serra da Lua. Mais tarde o geógrafo árabe Abu Ubaide Abedalá Albacri, no , descreveu Sintra como "permanentemente mergulhada numa bruma que não se dissipa". História de Sintra Podemos encontrar na vila de Sintra testemunhos de praticamente todas as épocas da história portuguesa e, não raro, com uma dimensão que chegou a ultrapassar, pela sua importância, os limites deste território. Na candidatura de Sintra a Património Mundial/Paisagem Cultural junto da UNESCO, tratou-se de classificar toda uma área que se assumiu como um contexto cultural e ambiental de características específicas: uma unidade cultural que tem permanecido intacta numa plêiade de palácios e parques; de casas senhoriais e respectivos hortos e bosques; de palacetes e chalets inseridos no meio de uma exuberante vegetação; de extensos troços amuralhados que coroam os mais altos cumes da Serra. Também de uma plêiade de conventos de meditação entre penhascos, bosques e fontes: de igrejas, capelas e ermidas, pólos seculares de fé e de arte; enfim, uma unidade cultural intacta numa plêiade de vestígios arqueológicos que apontam para ocupações várias vezes milenárias. Do Neolítico à Idade do Bronze Os mais antigos testemunhos de ocupação humana localizam-se num cume da vertente Norte da Serra de Sintra. Trata-se da ocupação epipaleolítica da Penha Verde, comprovada por abundantes utensílios de tipo microlaminar. Testemunho de uma ocupação do Neolítico é o sítio de ar livre de São Pedro de Penaferrim, junto à Capela do Castelo dos Mouros. Ocupação testemunhada pela presença de cerâmicas decoradas — incisas, impressas e com aplicações — associadas a uma indústria lítica talhada em sílex, datada pelo método do radiocarbono de inícios do V milénio a.C. A originalidade deste sítio, enquadrado em termos cronológico-culturais na corrente circum-mediterrânica, consiste na sua implantação na paisagem, em plena montanha. Vestígios vários da Idade do Bronze Atlântico (segunda metade do II milénio a.C. – inícios do I), surgem em diversos locais da Serra de Sintra, quer a nível de habitats (Parque das Merendas, junto à Vila), quer em contextos votivos (Monte do Sereno). Do Bronze Final ou período Orientalizante, séculos IX-VI a.C, de novo e intensamente virado para a Bacia Mediterrânica, existe um importante e vasto povoado localizado sob o Castelo dos Mouros. Durante o Império Romano Ao tempo do Império Romano toda a região de Sintra se inscreveu no vasto territorium da civitas olisiponense, à qual César cerca de 49 a.C. ou, mais provavelmente, Otaviano cerca de 30 a.C., concedeu o invejável estatuto de Municipium Civium Romanorum. Os vários habitantes da região inscrevem-se na tribo Galeria, adoptando nomes romanos — com especial destaque para o imperial "Lulius" — e apresentam-se plenamente imbuídos de romanidade, nos mais diversos aspectos culturais, políticos e económicos. Mesmo aqueles que, porventura oriundos de outras regiões da Lusitânia, ostentam nomes indígenas aparecem quase sempre integrados nesta sociedade profundamente romanizada. Sob a actual Vila de Sintra detectaram-se vestígios romanos avulsos, que sugerem a presença de um habitat ocupado desde os séculos II/I a.C.-V d.C.. Uma via ligaria este aglomerado à zona rural a sudeste da Serra onde entroncaria na estrada para Olisipo. O troço seguiria grosso modo a Rua da Ferraria, a Calçada dos Clérigos e a Calçada da Trindade. Conforme o habitual uso que os Romanos tinham em colocar os seus túmulos ao longo das vias e à saída dos habitats, também aqui se detectaram vestígios de lápides pertencentes a monumentos funerários do . Domínio muçulmano Durante o domínio muçulmano surgem os primeiros textos que referem explicitamente a Vila de Sintra (Xintara ou Shantara em árabe). Sintra é apresentada no século X pelo geógrafo Al-Bacr, fixada por Al-Munim Al-Himiari, como «uma das vilas que dependem de Lisboa no Andaluz, nas proximidades do mar». Outros textos assinalam-na como o centro urbano mais importante logo a seguir a Lisboa, neste território. Sintra «uma das regiões onde as maçãs são mais abundantes (...) [e] atingem uma tal espessura que algumas chegam a ter quatro palmos de circunferência» (Al-Bacr), Lisboa a Al-Usbuna que foi durante o período de ocupação muçulmana um importante centro económico de tal dimensão que o cruzado Osberno, à data da reconquista, se lhe referiu como «o mais opulento centro comercial de toda a África e de uma grande parte da Europa». A Reconquista Principal núcleo urbano e económico logo a seguir a Lisboa, a Vila de Sintra e o seu Castelo foram durante a Reconquista, no , várias vezes assolados pelos exércitos cristãos. O rei Afonso VI de Leão na sequência da queda do califado de Córdova numa conjuntura de instabilidade entre as diversas Taifas muçulmanas da Península e da decisão do rei Mutavaquil de Badajoz, de se colocar sob sua proteção face à ameaça almorávida, após um período de hesitação entre 1090 e 1091, recebeu deste na Primavera de 1093 as cidades de Santarém, de Lisboa e o Castelo de Sintra. Afonso VI tomou posse das ditas cidades e do castelo de Sintra entre 30 de Abril e 8 de Maio de 1093. Lisboa foi, pouco depois da entrega a Afonso VI, conquistada pelos almorávidas, assim como Sintra, só resistindo Santarém devido aos esforços de D. Henrique de Borgonha, nomeado conde de Portucale em 1096, em substituição de Raimundo de Borgonha. É neste contexto de manutenção da fronteira do Tejo que, em Julho de 1109, o conde D. Henrique reconquista o Castelo de Sintra. Esta fortificação foi ainda alvo de surtidas esporádicas, caso do assalto comandado pelo príncipe Sigurd, filho do rei Magnus da Noruega que, de passagem em cruzada à Terra Santa desembarcou na foz do Rio de Colares. Só após a conquista de Lisboa por D. Afonso Henriques em 1147, Sintra — cuja guarnição do castelo se entrega ao rei em Novembro — é definitivamente integrada no espaço cristão, no contexto da conquista de Almada e Palmela. Logo após a tomada de posse do Castelo, D. Afonso Henriques aí funda a igreja de São Pedro de Canaferrim. Em 9 de Janeiro de 1154 D. Afonso Henriques outorga Carta de Foral à Vila de Sintra com as respectivas regalias. A Carta de Foral estabelece o Concelho de Sintra, cujo termo passa a abranger um vasto território, mais tarde dividido em quatro grandes freguesias: São Pedro de Canaferrim, com sede paroquial junto ao Castelo; São Martinho, com sede paroquial no centro da Vila; e Santa Maria e São Miguel, ambas com sede paroquial no Arrabalde. Nestes primórdios, existia na Vila de Sintra uma significativa comunidade de sefardins, que dispunha de sinagoga e de bairro próprio, a Judiaria — designação que chegou aos nossos dias na toponímia do Centro Histórico. Referem, os documentos, também a existência de mouros-forros dos quais existia uma comunidade importante em Colares, cuja subsistência ainda é referida no reinado de D. Dinis. Outra documentação assinala numerosos antropónimos de tipo Godo, reminiscências dos cruzados ou das gentes do Norte da Península, chegados com a reconquista de D. Afonso Henriques. Alguns nomes de cariz moçárabe, menos frequentes, ou latinos, apontam para antigas populações autóctones. Do século XII ao século XIV Ao longo dos séculos XII e XIII, fazendo jus à fertilidade das terras de Sintra, vários conventos e mosteiros, assim como ordens militares, aqui possuem casais, herdades, azenhas, vinhas. Existe no Arquivo Histórico da Câmara Municipal de Sintra registo de um grande número de doações. Assim, logo em 1157 ou 1158, D. Afonso Henriques doa ao mestre da Ordem do Templo, D. Gualdim Pais várias casas e herdades no termo de Sintra e «casas de morada» nas proximidades do Paço. Em 1210, o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra afora quatro casais que detinha em Pocilgais, tornando a aforá-los mais tarde, em 1230. Possuía também, em 1264, vinhas e casais em Almargem. O Mosteiro de São Vicente de Lisboa detinha, em 1216, uma vinha na várzea de Colares e, em 1218, herdades em Queluz e Barota. Em data situada entre 1223 e 1245, o Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça possuía vários privilégios nesta área. A Ordem Militar de Santiago possuía, em 1260, uma herdade na Arrifana, a qual afora nesse ano. As doações régias ocorridas no século XII e XIII a conventos, mosteiros e ordens militares — assim como os próprios privilégios outorgados pelo foral de D. Afonso Henriques e confirmados em 1189 pelo seu filho D. Sancho I (1185-1211) — correspondem a uma estratégia de organização estrutural do território sintrense pós-Reconquista. É assim que, logo a partir de 1261, Sintra possui uma administração local constituída por um alcaide que representa a Coroa e por dois "alvazis" ou juízes eleitos pelo povo. No contexto das conturbadas relações entre a coroa e a igreja durante o reinado de D. Sancho II (1223-1248) — que levaram à deposição deste pela Santa Sé em 1245 e à nomeação do seu irmão, o infante D. Afonso III, regente do reino — as igrejas de São Pedro e de São Martinho, que pertenciam ao rei, são cedidas a título de reparação, respectivamente ao bispo de Lisboa e ao cabido da Sé. Após a Reconquista e durante a fase de estruturação do poder régio que se prolonga até ao reinado de D. Dinis (1279-1325), Sintra soube assimilar, no âmbito de uma tradição secular, cristãos e mouros. Há registo de em 1281 a comunidade de mouros-forros de Colares se ter queixado ao rei do elevado teor das contribuições que sobre si recaíam e de D. Dinis as ter reduzido para o quarto das colheitas em troco de trabalho no Paço da Vila. A grande epidemia de peste negra que durante o século XIV dizimou um quarto da população europeia chegou a Sintra em 1348 e há notícia, por um documento de 1350, que a doença matou cinco tabeliães da administração municipal. Devido ao clima frio e húmido de Sintra — que reunia condições favoráveis à rápida propagação da doença — a peste deve ter feito na vila um considerável número de mortos. Durante o reinado de D. Fernando I (1367-1383) aparece Sintra ligada ao controverso casamento do monarca. Em 1372 o rei doa Sintra a D. Leonor Teles, com quem acabara de casar, publicamente, no norte do país: «Então a recebeu el-Rei perante todos, e foi notificado pelo reino como era sua mulher, de que todos os grandes e pequenos houveram mui grande pesar. E deu-lhe el-Rei logo Vila Viçosa, e Abrantes, e Almada, e Sintra» [sic], entre outras terras. Finais do século XIV Durante a crise dinástica de 1383-1385, Sintra tomou o partido de D. Leonor Teles, que pelo reino ordenou a proclamação da filha D. Beatriz, casada com D. João I de Castela, como rainha de Portugal e de Castela. Depois da derrota do exército castelhano em Aljubarrota (Agosto de 1385) pelos portugueses e ingleses comandados pelo condestável D. Nuno Álvares Pereira, Sintra foi dos lugares que logo se entregaram sem luta a D. João I, regente desde 1383 e, a partir de Abril de 1385, rei de Portugal. D. João I (1385-1433), primeiro rei da Segunda Dinastia quebra a tradição de doar Sintra à Casa das Rainhas. Talvez em 1383, D. João I tenha doado o Paço ao conde D. Henrique Manuel de Vilhena, a quem o retirou depois por este ter tomado o partido de D. Beatriz, conservando-o para si e empreendendo então uma vasta campanha de obras que substituiu e ampliou a anterior construção. Até finais do século XVII, este imponente Paço Régio constituiu uma das principais moradas e lugar de veraneio da Corte — aqui D. João I se encontrava quando decidiu a conquista de Ceuta em 1415; aqui nasceu e morreu D. Afonso V (1433-1481) e foi aclamado rei D. João II (1481-1495). Durante os séculos dos Descobrimentos (XV e XVI) Ao período dos descobrimentos marítimos ficaram ligados os nomes de alguns naturais de Sintra, como Gonçalo de Sintra, escudeiro da Casa do Infante D. Henrique e que, mandado por este em 1443 como capitão de uma caravela à costa de África, explorou a angra a que ficou ligado o seu nome, perto do Rio do Ouro, onde morreu em 1444. Gomes Eanes de Zurara, na Crónica de Guiné, regista os feitos deste Gonçalo de Sintra no capítulo XXVII, «Como o Infante mandou Gonçalo de Sintra a Guiné, e por que guisa foi morto», assim como João de Barros na Década I de Ásia (cap. IX). A Pedro de Sintra e a Soeiro da Costa se deve o limite máximo de descobrimento da costa atlântica de África na data que medeou entre a morte do infante D. Henrique em 1460 e o arrendamento desta exploração costeira a Fernão Gomes por D. Afonso V. Pedro de Sintra e Soeiro da Costa chegaram à mata de Santa Maria, para além da já reconhecida Serra Leoa e do Cabo do Monte a uma latitude de 6,5° N. A importância da Vila de Sintra nos itinerários régios proporcionou, no final do século XV, por iniciativa da rainha D. Leonor, mulher de D. João II — a instituidora das Misericórdias portuguesas, o melhoramento da sua principal instituição de assistência e caridade, o Hospital e Gafaria do Espírito Santo, de que hoje resta a capela de São Lázaro. Nas chaves das suas abóbadas ogivais podem ver-se, ainda, as divisas de D. João II (o Pelicano) e de D. Leonor (o Camaroeiro). Em 1545, o Hospital passou para a administração da Santa Casa da Misericórdia de Sintra fundada pela rainha D. Catarina de Áustria, mulher de D. João III. Na transição do século XV para o século XVI, D. Manuel I (1495-1521) transforma e enriquece a Vila, a Serra e o seu termo, com uma nova e vasta campanha de obras no Paço da Vila, ocorridas depois da viagem a Castela e Aragão para ser jurado herdeiro daqueles reinos em 1498, que reflectem a impressão que o mudéjarismo espanhol deixou no monarca; da reconstrução da velha igreja gótica de São Martinho; da construção do Mosteiro de Nossa Senhora da Pena (1511), no pico mais alto da serra, entregue à Ordem de São Jerónimo. Na segunda metade do século XVI, Sintra foi «um centro cortesão por excelência, incentivado pela presença de uma aristocracia em ascensão que aqui edificava os seus solares e quintas» (V. Sertão). Nesta ruralidade propícia ao gosto humanista encontrou o Vice-Rei da Índia D. João de Castro (1500-1548), a partir de 1542, o descanso dos últimos anos da sua vida, na Quinta da Penha Verde, onde fomentou um cenáculo de arte e de erudição frequentado por alguns dos mais destacados vultos da cultura portuguesa do seu tempo, entre os quais o célebre Francisco de Holanda. É neste pólo de cultura renascentista que se insere o retábulo de mármore esculpido por Nicolau de Chanterene entre 1529 e 1532 para a capela do Mosteiro de Nossa Senhora da Pena na Serra, e o pórtico da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Ulgueira (1560). União Ibérica e Restauração Com a morte do Cardeal D. Henrique (1578-1580), Filipe II é aceite como rei de Portugal, que permanecerá em união com reinos vizinhos até 1640. Durante este período de sessenta anos, pode dizer-se que a importância que Sintra tivera durante séculos se “transfere” para Vila Viçosa, a cidade principal da Casa de Bragança, cujos duques, descendentes de D. João I, se consideram os herdeiros do trono português. Mas não deixa Sintra de ser, nesta época, um dos locais em que se reflectem algumas das principais conjunturas políticas e mentais do reino. Nas vésperas da Restauração, por volta de 1639, Sintra contava com cerca de 4.000 habitantes. A conjuntura da Restauração e das suas guerras com Castela (1640-1668), a afirmação de Mafra no tempo de D. João V (1706-1750) com a construção do Palácio-Convento e, por fim, de Queluz onde é construído em 1747 um outro palácio real, no período dos reinados de D. José I (1750-1777) e de D. Maria I (1777-1816), afasta a Vila dos circuitos régios e aristocráticos. Apenas se verifica, durante este longo tempo, em 1652 e 1654 as festas de entrada em Sintra, respectivamente, da rainha D. Luísa de Gusmão e do seu marido o rei D. João IV (1640-1656); e o final da saga da deposição e morte de D. Afonso VI. Alegando a insanidade do rei e a sua incapacidade para dar ao reino um herdeiro, o duque de Cadaval e o infante D. Pedro lideram um golpe de Estado em 1667 que leva à demissão do conde de Castelo-Melhor, ministro de D. Afonso VI (1656-1633) e à prisão do próprio monarca. As Cortes de Lisboa de 1668 confirmam o infante D. Pedro, irmão do rei, regente e herdeiro. D. Afonso VI vive o resto da sua vida encarcerado: no Paço da Ribeira de Lisboa (1667-1669), no forte de São João Baptista de Angra, nos Açores (1669-1674) e, por fim, depois de descoberta uma conspiração para matar o regente, no Paço da Vila de Sintra (1674-1683). O século XVIII: o terramoto O terramoto de 1755 causou na Vila de Sintra e no seu termo avultados estragos e numerosos mortos. É nesta segunda metade do século XVIII que decorrem, no Paço da Vila, obras de restauro. Há que registar, ainda no século XVIIl, a fundação da primeira unidade industrial do concelho, a Fábrica de Estamparia de Rio de Mouro, em 1778, e a visita da rainha D. Maria I à Vila em 1787, para cuja ocasião foram redecoradas algumas salas e câmaras do Paço. Mas as grandes festas, em 1795, pelo baptizado do infante D. António, filho de D. João VI, foram celebradas com magnificência no Palácio de Queluz. E até que o rei-consorte D. Fernando II compre o Mosteiro da Pena e uma vasta área adjacente, em 1838, há apenas que assinalar o arco da autoria do arquitecto Costa e Silva, construído no Palácio de Seteais pertença do Marquês de Marialva, para comemorar em 1802 a visita dos Príncipes do Brasil, D. João e D. Carlota Joaquina e a visita do rei absolutista D. Miguel em 1830. Tempos áureos: séc.XIX e XX No terceiro quartel do século XVIII e praticamente todo o século XIX o espírito romântico dos viajantes estrangeiros e da aristocracia portuguesa redescobrem a magia de Sintra e dos seus lugares, mas sobretudo o exotismo da sua paisagem e do seu clima. Aqui chega, no Verão de 1787 William Beckford, hóspede do 5° marquês de Marialva, estribeiro-mor do reino, residente na sua propriedade de Seteais e é aqui que a ainda princesa D. Carlota Joaquina, mulher do regente D. João, compra, no princípio do século XIX, a Quinta e o Palácio do Ramalhão. Entre 1791 e 1793 Gerard Devisme constrói na sua extensa Quinta de Monserrate o palacete neo-gótico cujo desenho — supõe-se que de arquitecto inglês — não foi ainda atribuído com segurança. Beckford, que permanecera em Sintra, arrenda a propriedade de Devisme em 1794. E é ainda o exotismo desta paisagem envolta em nevoeiro uma boa parte do ano que atrai um outro inglês, Francis Cook — o segundo arrendatário de Monserrate depois de Beckford, a expensas do qual é construído o pavilhão de gosto orientalizante que hoje conhecemos -, entre uma série de magnatas estrangeiros que por aqui se vão fixando em palácios, palacetes e chalets que fazem construir ou reconstroem à medida das potencialidades deste invulgar meio natural. O grande empreendimento artístico deste século em Sintra é sem dúvida o Palácio da Pena, obra marcante do romantismo português, iniciativa do rei-consorte D. Fernando II, marido da rainha D. Maria II (1834-1853), um alemão da casa de Saxe-Cobourg-Gotha. O Palácio, construído sobre o que restava do velho mosteiro Jerónimo do século XVI — mas conservando-lhe partes fundamentais (a igreja, o claustro, algumas dependências) — é de uma arquitetura ecléctica única que não teve continuidade na arte portuguesa. Projecto do barão de Eschwege e do próprio D. Fernando II, substitui-se ao Palácio da Vila enquanto estância de veraneio da Corte, alternando, no final do século, com outro núcleo regional do veraneio régio: Cascais. Depois de Sintra, nos meses de Setembro e Outubro é em Cascais que a corte de D. Luís I (1861-1889) e de D. Carlos I (1889-1908) termina o veraneio. Em 1854 é celebrado o primeiro contrato para a construção de um caminho de ferro que ligasse a Vila a Lisboa. Um decreto de 26 de Junho de 1855 regulava este contrato celebrado entre o governo e o conde Claranges Lucotte que, todavia, foi rescindido em 1861. Após várias tentativas sem êxito, a linha foi finalmente inaugurada a 2 de Abril de 1887. No princípio do século XX, foi Sintra um reconhecido lugar de veraneio e residência de aristocratas e de milionários. De entre estes, Carvalho Monteiro detentor de uma considerável fortuna que lhe valeu a alcunha de "Monteiro dos Milhões", fez construir perto da Vila, na quinta que comprara à baronesa da Regaleira, um luxuoso palacete cuja arquitectura neo-manuelina representa um marco na história do revivalismo português. Entre a segunda metade do século XIX e os primeiros decénios do século XX, Sintra tornou-se um lugar privilegiado para artistas: músicos como Vianna da Motta; músicos-pintores como Alfredo Keil; pintores como João Cristino da Silva, autor de uma das mais célebres telas do romantismo português: Cinco Artistas em Sintra; escritores como Eça de Queiroz ou Ramalho Ortigão, todos eles aqui residiram, trabalharam ou procuraram inspiração. Mas não só artistas portugueses se têm maravilhado em Sintra. Em 1757, o romancista Henry Fielding, ao sentir-se doente, retirou-se para uma mansão em Sintra, que considerou o lugar mais belo da terra para escrever um novo romance. O poeta Robert Southey também viveu em Sintra com a mulher e com os filhos e desafiou os outros românticos ingleses a fazerem o mesmo. Samuel Taylor Coleridge imitou-o e descreveu Sintra como um jardim do Éden à beira de um mar prateado, e o poeta William Wordsworth também visitou a região. Em 1809 Lord Byron escreveu ao seu amigo Francis Hodgson (1781–1852) dizendo que a vila de Sintra é talvez a mais bonita do mundo. No poema Childe Harold Pilgrimage Byron referiu-se a “Cintra's glorious Éden” A 21 de Agosto de 1859 chegou a Portugal o poeta Alfred Tennyson com a intenção de conhecer Sintra. Muitos anos mais tarde foi a vez do escritor Isaac Bashevis Singer, galardoado com o prémio Nobel da Literatura, andar a passear por Sintra, conforme relatou no seu conto Sabbath in Portugal. Em 1981, o cineasta brasileiro Glauber Rocha, um dos mais importantes nomes do cinema moderno mundial, legítimo representante do barroco latinoamericano e terceiromundista, escolhe Sintra para ser, como ele próprio afirmou, "seu segundo e último exílio". Aos 42 anos, já com a saúde debilitada, problemas financeiros, e uma forte decepção frente à rejeição de seu último filme, "A Idade da Terra" (1980), no Festival de Veneza, Glauber vai a Sintra já ciente de que sua vida chegara ao fim. "O preço pago pela liberdade artística", dizia. Um mistério: por várias vezes, anos antes, Glauber afirmara que morreria aos 42, o que, de fato, ocorreu. "Sintra é um belo lugar para morrer", afirmou. "Verdadeiro Património da Humanidade já enquanto referência com largos séculos, a Candidatura de Sintra a Património Mundial/Paisagem Cultural, que apresentámos e defendemos, representa o reconhecimento monumental e ambiental de uma vasta paisagem cultural cuja identidade - formulada também com importantes contributos de estrangeiros que reconheceram neste lugar qualidades que na maior parte dos casos se saldaram com permanências longas e por vezes definitivas, na grande parte dos exemplos dando origem a um rico património literário — permaneceu ao longo dos oitocentos anos de história deste País." In: "Sintra Património da Humanidade". Geografia Sintra e o seu município localizam-se no Centro Litoral Português, integrando o distrito de Lisboa, bem como as regiões de Lisboa, da sua área metropolitana e de Lisboa e Vale do Tejo. Está também inserida na região da Estremadura Cistagana, dentro da região natural da Terra Saloia. Possui um perímetro de 115 km, que limita uma área total de (cerca de 32 000 ha), dentro da qual o seu comprimento máximo este–oeste é de 24 km, e norte–sul de 22 km. Esta delimitação não obedece a razões geológicas ou geográficas com exceção da zona de costa, que perfaz um total de cerca de 25 km. É o terceiro maior município da área metropolitana de Lisboa, superado apenas por Palmela e Montijo. O concelho de Sintra limita a norte com Mafra, a leste com Loures, Odivelas e Amadora, a sul com Oeiras e Cascais, e a oeste com o Oceano Atlântico. No âmbito contextual de natureza, arquitectura e ocupação humana, Sintra evidencia uma unidade única, resultado de diferentes motivos conjugados, entre os quais o peculiar clima proporcionado pelo maciço orográfico que constitui a Serra de Sintra e a fertilidade das terras depositadas nas várzeas circundantes. A relativa proximidade do estuário do Tejo, e — a partir de dada época — a vizinhança de Lisboa, cidade cosmopolita e empório de variadas trocas comerciais, fizeram com que desde cedo a região de Sintra fosse alvo de intensa ocupação humana. Na atualidade, o concelho de Sintra apresenta 39 lugares com mais de 1000 residentes. Na costa marítima da freguesia de Colares localiza-se o Cabo da Roca. Situado 140 metros acima do nível do mar (com as coordenadas geográficas 38º 47' N, 9º 30' W), é o ponto mais ocidental do continente europeu. É descrito por Luís de Camões como o local "onde a terra se acaba e o mar começa". Geomorfologia O concelho de Sintra é composto por uma superfície muito irregular, resultado dos movimentos tectónicos que foi sofrendo. O maciço eruptivo de Sintra, onde se inclui a sua serra, engloba o ponto mais alto do município, a 528 metros de altura, é rodeado por uma área aplanada no litoral que se estende de norte para sul, até à aba da serra de Sintra, e daí para o interior até aos relevos mais ondulados da serra da Carregueira, constituída por terrenos meso-cenozóicos e rochas eruptivas do Complexo Vulcânico de Lisboa. A serra de Sintra, também designada por Maciço Eruptivo de Sintra, é o principal acidente morfológico do concelho, dominando a sua paisagem. Possui uma forma de gume afiado, alongado e elíptico, orientado de este a oeste e inicia-se a nascente de Ranholas (a 190 metros de altitude), para acabar abruptamente na falésia do Cabo da Roca, a 13 quilómetros de distância e 130 metros de altitude. Possui origem eruptiva, predominantemente granítica, com formações originárias do Jurássico à atualidade. Compõe-se de um corpo intrusivo de rochas ígneas que foi sofrendo, ao longo de milhões de anos, ações de alteração e erosão que o deixaram exposto pela retirada da sua cobertura sedimentar inicial. Estende-se ainda sob o mar, a 100 metros de profundidade. A sua linha de cumeada, perpendicular ao mar, divide-a em duas vertentes de diferentes características: a vertente norte, mais húmida, fresca e com mais vegetação, limtada pela várzea de Colares e pela plataforma de São João das Lampas. Na vertente sul, onde inicia a sua transição para a plataforma de Cascais e limita com a baixa da Abrunheira, encontra-se um ambiente mais quente, seco e exposto aos ventos oceânicos. A norte, dá lugar à superfície de abrasão marinha de São João das Lampas, uma série de plataformas regulares talhada em calcários e arenitos que se inclina ligeiramente para o lado do mar e cuja topografia se desenvolve entre os 100 e os 250 m, aumentado em direção ao interior. É esta uma plataforma de ação pliocénica, composta sobretudo de sedimentos que resultaram da forte atividade tectónica que se deveu às intrusões magmáticas e à compressão alpina, que permitiu a ascensão do magma sob a forma de filão. Nesta zona, o litoral é rectilíneo e também escarpado, mais alto quando mais a sul, excetuando-se apenas as zonas onde desaguam as diferentes ribeiras concelhias, e oscilando entre os 128 m (junto ao Cabo da Roca) e os 40 m (em São Julião). Os relevos aplanados da plataforma, modelados pela erosão hídrica desde o pós-pliocénico, são quebrados pelos vales das ribeiras e dividem-se claramente da serra de Sintra através da ribeira de Colares. Destacam-se também as depressões da Granja do Marquês, com dois níveis aplanados (o da Base Aérea e o do Casal da Quintanela). Estas são interrompidas por um alinhamento de colinas constituídas por formações do Cretácico (no Casal de Maria Dias, Cortegaça e Palmeiros), orientadas de leste–nordeste a oeste–sudoeste. Na sua zona a nascente, a plataforma de abrasão apresenta pequenos relevos que culminam em Monfirre (com mais de 400 metros), e devem a sua génese a dobras (algumas limitadas por falhas) que, ao ascender permitem que entrem em contacto diferentes litologias, umas mais duras e outras mais brandas, sofrendo um processo de erosão diferencial como aconteceu no doma do Brouco e de Olelas, nos quais o seu núcleo duro se encontra exposto. Aqui, a paisagem é dominada pelos vales das ribeiras, nomeadamente as da Jarda, Laje e Belas, que se dirigem para sul. A transição desta região de aplanação muito degradada para a plataforma de São João das Lampas é feita através da falha de Sabugo-Olelas, de mais de 12 km de comprimento. A serra da Carregueira é um maciço situado na zona ocidental do concelho inserido numa zona de ondulação contínua do terreno, compondo uma série de colinas que, pelo seu relevo mais acidentado se destacam da sua envolvente. Localiza-se entre as povoações de Dona Maria (nascente), Meleças (poente), Belas (sul) e Almargem do Bispo (norte). É um sistema orográfico de baixa altitude pertencente ao complexo vulcano-sedimentar de Lisboa, cujos pontos mais elevados se situam em Aruil (ponto trigonométrico do Oriel, 334 m), Rebolo (326 m) e no monte Suímo (291 m). Hidrografia O concelho de Sintra possui várias linhas de escoamento torrencial, a maioria delas agrupadas na Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste e as restantes pertencentes à Bacia Hidrográfica do Tejo. Das onze principais bacias hidrográficas presentes no território concelhio, apenas três se desenvolvem integralmente nele, sendo as restantes partilhadas com os concelhos de Mafra, Loures, Oeiras e Cascais. Estas duas regiões hidrográficas são separadas pela linha de altitudes Sintra–Carregueira, com as ribeiras localizadas a norte desta linha a desaguar no Oceano Atlântico (a norte e poente do concelho), e a sul no mesmo oceano e no Estuário do Tejo. Para além dos cursos de água, existem também áreas de interesse hidrogeológico para a recarga e proteção de aquíferos, como o Sistema Aquífero de Pisões-Atrozela e o Aquífero de Vale de Lobos. Partilha com o concelho de Cascais uma albufeira de águas públicas classificadas de utilização protegida, a do Rio da Mula, situada na serra de Sintra e pertencente à bacia hidrográfica do mesmo rio. Linhas de água As ribeiras de Sintra são classificadas segundo a divisão feita através da linha de altitudes Sintra–Carregueira, que separa as duas pendentes hidrográficas e, portanto, as suas direções e zonas de desembocadura. Esta linha separa as duas bacias ou regiões hidrográficas presentes no concelho, a das Ribeiras do Oeste (Ribeiras Costeiras do Oeste e do Rio Lizandro) e a do Tejo (Grande Lisboa, Rio Trancão e Água Costeira do Tejo). A primeira ocupa a maior parte do concelho (73%) e desenvolve-se pelas zonas a oeste e noroeste do concelho (zonas da serra de Sintra e da plataforma de São João das Lampas), com as linhas de água orientadas a norte e a poente. A segunda ocupa as zonas a nascente do concelho, geralmente mais urbanizadas (27% do território), e as suas linhas de água vão desaguar ao Oceano Atlântico (em Cascais) e ao Estuário do Tejo (em Oeiras, Lisboa e Loures), a sul e a leste. O concelho apresenta uma boa densidade de drenagem, que é superior nos terrenos do Mesozóico (sedimentares e argilosos, a norte da serra de Sintra) e na zona a sul da serra de Sintra. Os cursos de água apresentam maioritariamente um padrão de drenagem dendrítico, e à exceção das principais ribeiras, são de natureza intermitente e extensão limitada, não chegando a ultrapassar os 10-15 km de comprimento. Na bacia atlântica, e drenando as suas águas do planalto de São João das Lampas diretamente para a costa, por vales muito apertados e com poucos regadios, encontram-se o rio Falcão (que serve de fronteira com o concelho de Mafra), as ribeiras da Mata, Bolelas, Samarra-Bucelas, Açougue, Samouqueiro, Ajuda e Cameijo. Mais a sul, encontra-se a ribeira de Colares, que acompanhando a falda norte da serra de Sintra drena uma larga várzea, de grande importância para fins agrícolas. A sul desta, existem várias ribeiras de extensão mais reduzida e de caráter torrencial que discorrem por valas profundas, como são as ribeiras da Ursa, do Louriçal, o rio Touro e a ribeira da Maceira. A norte, vertendo as suas águas para o rio de Cheleiros, são de relevância as ribeiras de Cabrela e Fervença e da Granja, que têm como tributárias as ribeiras de Godigana, do Adrião e do Vale, que acompanham áreas de interesse para atividade agrícola e pecuária. Mais a leste, são também tributários do rio Lisandro as ribeiras de Mourão e de Mastrontas. Na zona mais a sul do concelho nascem a linhas de água que desaguam na bacia do Tejo, sendo a mais relevante o rio Jamor, de regime permanente, atravessando áreas densamente urbanizadas e de interesse, caso dos Jardins do Palácio de Queluz, onde se lhe une a ribeira de Carenque. A ocidente deste rio encontra-se a ribeira da Jarda, que drena as zonas de Almornos, Vale de Lobos e Agualva-Cacém; a ribeira da Laje, que atravessa Algueirão-Mem Martins e Rio de Mouro; a ribeira de Manique, passando por Albarraque, Abrunheira e Manique; a ribeira da Penha Longa, entre essa zona, o Linhó e a serra de Sintra e que tributa para o rio da Mula. Finalmente, no nordeste do concelho as ribeiras de Albogas, da Várzea e da Ponte atravessam zonas com interesse agro-pecuário, e são afluentes da ribeira de Loures. De todas estas ribeiras, são as do Falcão, Mata, Bolelas, Samarra, Açougue, Samouqueiro, Ajuda, Cameijo, Colares, Adraga e Touro que se desenvolvem integralmente no concelho. Águas balneares Atualmente, o concelho de Sintra possui cinco águas balneares: Adraga, Maçãs, Magoito, Praia Grande e São Julião. Para além destas, existem outras de difícil acesso que não dispõem de apoios ou equipamentos nem vigilância. São praias geralmente encaixadas, de substrato arenoso entre os 150 e os 600 metros de extensão e hidrodinâmica dominada pela maré, de regime semi-diurno e mesotidal de 2-4 m. Recebem em média 10 horas de sol na época balnear, com ausência de precipitação, ventos dominantes de norte/noroeste e temperaturas médias da água de 15º a 17º. Todas elas se encontram dentro do Parque Natural de Sintra-Cascais e são regidas pelo Plano de Ordenamento da Orla Costeira Sintra–Sado. Em 2017, todas apresentaram níveis de qualidade de água «excelentes», com uma duração da época balnear de três meses, e afluência média/alta. São também procuradas para a prática de diversos desportos, entre eles o surf, o bodyboard e a pesca desportiva. Clima Sintra possui, em traços gerais, um clima temperado mediterrânico que pode tender nalgumas zonas para oceânico, também delimitado pela linha de cumeadas Sintra–Carregueira. Os fatores que contribuem para o clima característico da região são determinados pelas relações com o Atlântico e o Estuário do Tejo, e pela serra de Sintra, que atua como uma barreira orográfica, forçando as massas de ar a subir e ocasionando a condensação das passas de ar húmido marítimo vindas de norte e oeste. Assim, em traços gerais, o concelho não possui amplitudes térmicas muito pronunciadas, com verões de chuvas muito escassas caracterizada pela abundante humidade no ar, elevado grau de nebulosidade e frequência de nevoeiros. As temperaturas mais baixas dão-se no mês de janeiro, nas regiões serranas e no extremo nordeste do concelho, sendo que a temperatura média anual do ar ronda os 15ºC. Por seu lado, as mais altas registam-se geralmente em agosto. A pluviosidade é fortemente influenciada pela presença da serra de Sintra, coberta pela isoieta dos 1 000 mm, e estende a sua influência às áreas circundantes (em direção ao mar, variam entre 700 e 500 mm, esta última já junto ao Cabo da Roca) e em direção à serra da Carregueira (por onde se estende a isoieta dos 800 mm). As zonas com menor precipitação encontram-se na faixa litoral, enquanto que a situação se inverte no que concerne à humidade relativa do ar (entre 80 e 85%), que é menor nas zonas do interior (70 a 75%). A época de maior precipitação ocorre no outono e inverno. Os níveis de radiação solar diminuem de sudeste para noroeste, isto é, à medida que nos aproximamos da costa. A insolação apresenta o mesmo tipo de variação mas, na zona da serra de Sintra registam-se valores tão baixos como aqueles que se verificam na Assafora e território adjacente, o que se deve à nebulosidade aí existente. Os ventos predominantes sopram de norte para sul e de noroeste para sudeste. A média anual de humidade é de 79%, graças à sua situação em relação ao mar e à presença de uma serra florestada, sem prevalência de trovoadas e de dias de orvalho. Uso e ordenamento do território Sistema urbano Sintra configura um espaço complexo no contexto metropolitano, pela multiplicidade de unidades territoriais com características diferenciadas que se desenvolveram e vocacionam de maneiras distintas. É uma periferia de franja urbana fragmentada, na qual predominam (segundo a Carta de Uso e Ocupação do Solo) as áreas florestais (38,53%) e agrícolas (32,79%), com um grande peso das áreas edificadas (19,70%). A ocupação urbana tem o seu expoente máximo no eixo Sintra–Amadora, adjacente à capital (Centro Metropolitano), com a qual forma um contínuo urbano suportado pelos dois grandes eixos de transportes rodo e ferroviários (seguindo a Linha de Sintra e o IC19). Este eixo conforma um espaço urbano consolidado, de grande densidade, que se originou de modo a responder à procura e necessidades de habitação da população com menor poder de compra. Predominam os edifícios multifamiliares, com presença de zonas nas quais o edificado, de muito má qualidade de construção, se encontra em elevado estado de degradação. Outras áreas urbanas podem ser encontradas no Espaço Metropolitano Poente (espaço intersticial entre o IC19 e a A5, muito desestruturado), no litoral (correspondente a aglomerados balneares) e em zonas de importância histórica ou industrial (Belas e Pero Pinheiro/Montelavar). Fatores naturais e humanos levaram ao estabelecimento de diversos aglomerados urbanos por todo o território concelhio. A proximidade às linhas de água em zonas onde a orografia se mostrou mais favorável, assim como a fertilidade dos solos, revelou-se determinante para a povoação dos lugares num primeiro momento, com a sua influência mantendo-se até aos dias de hoje. A proximidade às vias de comunicação, nomeadamente as Estradas Reais (Sintra–Mafra, Lisboa–Mafra e Lisboa–Sintra) e, posteriormente, aos caminhos de ferro (a partir da década de 1960), foram também importantes fatores de atração e fixação da população. No início do século XX, são de maior importância os aglomerados de Sintra e Queluz (pela presença secular da realeza e corte, bem como da nobreza), aqueles que foram sede de concelhos até 1855 (Colares e Belas), e a zona de Pero Pinheiro/Montelavar (de ocupação pré-romana, com uma indústria extrativa bastante relevante). Em meados do século XX, acrescentam-se a estes os aglomerados de Algueirão-Mem Martins, Mercês e Agualva-Cacém, com construções potenciadas pelos caminhos de ferro em alvarás pequenos e dispersos, nas envolventes das estações ferroviárias. Por essa altura, estas zonas detinham ainda caraterísticas próprias de centralidade, sem dependerem da capital. O caráter de dormitório destas zonas, que se mantém, origina-se com a constituição de Lisboa como polo de emprego terciário e com a necessidade do estabelecimento de dormitórios em lugares com boa acessibilidade ao centro da cidade. Assim, a partir dos anos 60, inicia-se o desenvolvimento do eixo Queluz–Agualva-Cacém–Algueirão-Mem Martins. Motivadas pela falta de desenvolvimento das zonas rurais do país, as populações dessas regiões originam um forte fluxo migratório para as grandes cidades na procura de melhores condições de vida. Tal traduz-se na procura de habitações a preços acessíveis, algo que teve a sua resposta no desenvolvimento descontrolado, desordenado e ilegal das periferias através das urbanizações clandestinas, e que se prolonga até aos anos 90. Um dos maiores exemplos deste fenómeno em Sintra pode ser encontrado em Casal de Cambra, cujo desenvolvimento (muitas vezes, em circunstâncias totalmente desaconselháveis e que dificilmente encontrariam enquadramento legal) acabou por levar à criação de uma freguesia própria. A partir de então, a saturação do corredor urbano leva à densificação dos aglomerados e à deslocação de alguma população urbana para zonas rurais ou do litoral (Cacém, Algueirão-Mem Martins, Almoçageme, Nafarros ou Praia das Maçãs). Atualmente, o corredor urbano do concelho de Sintra é confinado pela A16 e IC19, com uma densidade que chega aos 200 alojamentos por hectare. Uso do solo O Plano Diretor Municipal de Sintra classifica os solos em duas grandes classes, solo urbano e rústico, cada um deles dividindo-se em várias categorias. Sintra possui um território onde predominam os espaços naturais, que representam 30% do território. Seguem-se os diferentes espaços urbanos, os espaços agrícolas (24%) e florestais (16%). O solo rústico é aquele que abrange a maior parte do território de Sintra, e dentro deste, os espaços naturais protegidos os que têm maior representatividade. Cerca de 26% da área do concelho encontra-se urbanizada, o que corresponde a cerca de 8 421 hectares de terreno. Nos perímetros urbanos, o total de áreas consolidadas é de 6 862 hectares (81,5% do solo), enquanto que as áreas expectantes ou livres correspondem a 1 559 hectares, com 821 hectares e 738 hectares, respetivamente (18,5% do solo urbano). O solo rústico ocupa uma área de 23 501 hectares, cerca de 73,6% do território concelhio. Divide-se em espaços naturais, florestais, agrícolas, de exploração de recursos, de atividades industriais, de ocupação turística e em espaços de equipamentos e infraestruturas. Os espaços naturais (aqueles de maior valor natural, bem como as áreas de reconhecido interesse natural e paisagístico e sujeitas a regimes de salvaguarda mais exigentes) são os predominantes, totalizando 8 153 hectares e com maior expressão nas freguesias de Colares e Sintra, onde representam 78% e 40% da área da freguesia, respetivamente. Os espaços naturais vocacionados para usos florestais e silvopastoris são mais expressivos no norte do concelho (São João das Lampas e Terrugem, onde detém 5% do total do solo rústico, seguida da União de Freguesias de Almargem do Bispo, Pero Pinheiro e Montelavar com 2,6%). Os espaços agrícolas são a segunda classe com mais representatividade no solo rústico do concelho. Predominam na zona norte, em São João das Lampas e Terrugem (14,5%) e Almargem do Bispo, Pero Pinheiro e Montelavar (11,8%). Com uma área de aproximadamente 7.657 hectares, no seu conjunto representam 32,6% do solo rústico. Os espaços florestais são a terceira classe mais representativa do solo rústico no território de Sintra, as duas subcategorias perfazem uma área de, aproximadamente, 5.207 hectares. As freguesias de Sintra (394,81 ha) e Queluz e Belas (610,49 ha) são as que contam com mais áreas florestais (sem regimes especiais de proteção) em virtude da presença das serras de Sintra e da Carregueira. As áreas florestais com usos silvopastoris ou agrícolas voltam a ter maior expressão nas freguesias do norte do concelho. Os espaços de exploração de recursos, com um total de 109,24 hectares, dividem-se entre as freguesias de Almargem do Bispo, Pero Pinheiro e Montelavar e São João das Lampas e Terrugem e representam apenas 0,46% da área do concelho. Os espaços de atividades industriais têm pouca representatividade no total do solo rústico (85,5 hectares, ou 0,36%). Encontram-se dispersos e correspondem essencialmente à atividade agrícola e pecuária e ainda pavilhões de apoio logístico às atividades económicas. Os espaços de ocupação turística abrangem uma área de aproximadamente 187 ha (cerca de 0,8% no total do solo rústico). Correspondem às áreas onde ocorrem as atividades de turismo no espaço rural, bem como empreendimentos turísticos existentes. São mais frequentes em Sintra, Colares e Almargem do Bispo, Pero Pinheiro e Montelavar. Finalmente, o solo rústico divide-se também em espaços de equipamentos e infraestruturas, com um total de 646 ha. O solo urbano divide-se em espaços centrais, habitacionais, espaços urbanos de baixa densidade, espaços de atividades económicas, espaços de uso especial e espaços verdes urbanos. Nesta classe, abundam os espaços habitacionais (3 991,7 ha ou 47,4% do solo urbano), em especial aqueles onde predominam os edifícios unifamiliares e por vezes plurifamiliares, até 3 pisos, que apresentam um elevado nível de compactação ou de urbanização. Estes espaços apresentam um espaço público organizado, no caso das urbanizações mais recentes, enquanto que nas mais antigas existe um espaço público sem grande distinção entre os espaços destinados à circulação pedonal, viária, estacionamento ou à oferta de espaços livres públicos (verdes ou não). Seguem-se os espaços urbanos de baixa densidade (1 739 hectares ou 20,65% do solo urbano), mais frequentes a norte, sul e poente da A16, em áreas urbanas de génese ilegal e no Parque Natural de Sintra-Cascais. São áreas periurbanas, parcialmente urbanizadas e edificadas, com caraterísticas híbridas de uma ocupação de caráter urbano-rural e onde ocorrem simultaneamente áreas de uso agrícola, espaços urbanos e de infraestruturas. Apresentam frequentemente uma oferta deficiente de infraestruturas e equipamentos. O espaço público apresenta deficiências ao nível da circulação pedonal e viária, da oferta de estacionamento e de espaços livres públicos (verdes ou não). Os espaços de atividades económicas são a terceira categoria de espaço com mais expressão no solo urbano (1 521 hectares, cerca de 18% do solo urbano). São áreas que acolhem atividades de armazenagem e logística, comércio e serviços, localizadas perto ou ao longo de eixos viários como o IC19, ER247 e na zona de Pero Pinheiro e Montelavar. Seguem-se a estes os espaços de usos especiais (equipamentos, infraestruturas e turismo, com um total de 633 hectares) e os espaços verdes públicos (414 hectares ou 4,9% do solo urbano). Património natural e espaços verdes O município sofreu, desde meados do século XX, um elevado crescimento demográfico, o que se traduziu numa construção desordenada e dispersa, ocupando áreas de importância em termos ecológicos, e negligenciando (com as únicas exceções nas zonas privativas ou controladas da Penha Longa e Belas Clube de Campo) o papel dos espaços verdes na melhoria da qualidade do ar, no conforto bioclimático, na qualidade visual e paisagística dos elementos que compõem o tecido urbano, no fomento à presença de ecossistemas e na garantia da permeabilidade do solo dos sistemas urbanos. Assim, por todo o concelho, os espaços verdes públicos são raros ou pouco significativos, sendo isso notável nos principais aglomerados do princípio da 2.ª metade do séc. XX, e com as AUGI, onde a existência de qualquer espaço público que não fosse destinado à circulação era considerada um desperdício de espaço (não comercializável). No total, o concelho possui apenas 66 ha de espaços públicos verdes, mas que se encontram em estado de deterioração. No corredor urbano, estas áreas correspondem-se a antigas propriedades ou quintas que foram resistindo à expansão urbanística, a partes de manchas florestais não integradas e de galerías ripícolas que o atravessam. Freguesias O concelho de Sintra encontra-se composto por onze freguesias. Anteriormente à reorganização administrativa de 2013 eram vinte. {| |+Freguesias de Sintra antes e após a reorganização administrativa de 2013 | | {{Image label small|x=1.01|y=0.57|scale=350|text=[[Casal de Cambra|CasaldeCambra]]}} |} Demografia O concelho de Sintra possuía, segundo os dados do censo de 2021, um total de 385606 habitantes, o que o torna no segundo mais habitado do país. Em comparação com os dados de 2011, o município cresceu em 2,1% o número de residentes. (Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.) A faixa dos 15–64 anos (população em idade ativa) concentrava em 2011 o maior número de indivíduos. No período 2001-2011, esta população sofre um decréscimo em toda a AML, especialmente na faixa jovem (15-24 anos), que em Sintra se traduziu numa variação de -11%. Em 2011, a faixa etária dos 35–39 anos representava 9,1% população residente total em Sintra (8,6% em 2001), seguida da faixa etária dos 40–44 anos, com 8,6% (7,2% em 2001) e a dos 45–49 anos com 7,6% (6,5% em 2001). A faixa etária dos 25–29 anos foi a que mais recuou no período intercensitário, representando 6% da população sintrense (2,9% homens e 3,1% mulheres). Em 2001, representavam 10% (5% homens e 5% mulheres), um recuo de quatro pontos percentuais numa década. As crianças e jovens (0–14 anos) representavam 17,6% da população em 2011 (-0,5% em relação a 2001), e os idosos (+ 65 anos) 13,7% (aumento de 3,4%). Desta maneira, o índice de envelhecimento subiu em Sintra para 82,7%. (Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no concelho à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente Também na mesma década, a taxa de natalidade decresceu em Sintra, passando de 14,7 para 11,2 nados vivos por cada mil habitantes, e continuando a tendência de diminuição até aos 9,5‰ em 2013. Da totalidade dos nascimentos registados, para cada 100 crianças do sexo feminino existiam 105 crianças do sexo masculino. Por outro lado, a taxa bruta de mortalidade também diminuiu, passando de 6,6 (2001) para 6,4 óbitos por cada mil habitantes (2011), voltando a subir ligeiramente em 2013. A taxa de crescimento natural do concelho é positiva, embora novamente em redução, sendo de 0,27% em 2013 ( 0,81% em 2001). Sintra ainda apresentava uma taxa de crescimento migratório positiva, embora reduzida, de 0,07% em 2011. Estes dados eram de 0,19% em 2001 e contrastam com o contexto nacional, onde Portugal verificou, no início da década de 2010, um crescimento migratório negativo. Em 2012 e 2013, estas estimativas apontavam para um crescimento migratório negativo também no município. O saldo migratório foi, em 2013, o que mais contribuiu para a variação da população sintrense, que apesar de apresentar valores positivos, não contrariou os efeitos da saída de população do concelho de Sintra nesse ano. Ao nível das freguesias, as que registaram aumentos populacionais foram as de Casal de Cambra (22,3%), São João das Lampas e Terrugem (13,5%) e Sintra (13,4%), enquanto que as que verificaram perdas populacionais foram as de Agualva e Mira Sintra (-7,6%) e Massamá e Monte Abraão (-2,6%). Sintra possui 33 478 indivíduos de nacionalidade estrangeira, o que se traduz em cerca de 8,82% da população concelhia. As comunidades com maior expressão no concelho, em 2013, provinham de Cabo Verde, Brasil, Angola e Guiné-Bissau. As que mais aumentaram em representatividade foram as nacionalidades chinesa e romena. Assim, o concelho surge por detrás de Amadora, Lisboa, Cascais e Odivelas na lista de concelhos com maior importância de população estrangeira na população residente. Ecologia A região de Sintra é, em termos fitogeográficos, de transição entre o norte e o sul do país, onde existem três grandes manchas contínuas florestais. A primeira consiste na serra de Sintra, povoada com abundante diversidade de espécies e de elevada importância estratégica para o concelho, possuindo valores patrimoniais, históricos e culturais de grande importância. A segunda centra-se na serra da Carregueira, composta sobretudo de eucaliptais e matos, e a terceira consiste nos pinhais de Nazaré, Janas e Banzão. Cerca de 17,9% das zonas florestais do concelho são dominadas pelo pinheiro-bravo, ao que se segue o eucalipto (14,4%) e o pinheiro-manso (9,4%). Flora O concelho de Sintra inclui-se no Reino Holártico e na região biogeográfica mediterrânica. A zona da serra de Sintra, de natureza granítica, é dominada pelo pinheiro-bravo e, anteriormente aos trabalhos paisagísticos levados a cabo, era povoada por matos espontâneos de urzais (Erica arborea e Erica lusitanica), tojeiras (Paeonia broteri), carrascos acompanhados de algumas espécies arbustivas e arbóreas como o medronheiro, a carvalhiça, o sobreiro, a aveleira e alguns pinheiros-mansos. Atualmente, as comunidades aí existentes são arbóreas, geralmente higrófilas mas também tropófilas, e de porte altivo, encontrando-se variadas espécies: ciprestes, abeto, pinheiros-mansos e bravos, pinheiro-da-califórnia, faias, carvalhiças, castanheiros, mimosas, plátanos, vinháticos, espinhosas, teixos, azereiros, zangarinhos, salgueiros, carvalhos-negros, hakeas, freixos, ulmeiros, pinheiro-de-Lorol Weymouth, cedros-do-buçaco, cedros-do-himalaia, eucaliptos, medronheiros, choupos, louro-cerejo, austrálias, buxos, sequoias, píceas, licopódios, magnólias, fúcsias trepadoras e fetos, entre outros. No Parque de Monserrate estão também presentes espécies raras como são Datura sanguinea, Eugenia australis, Cycas Circinalls, Cycas Revoluta, Phyllocladus Trichomanoides, Metrosideros floribunda, Liquidambar, Araucaria bidwillii, Corypha australis, Latoria borbonica, Liriodendron tulipifera, Phaenix rupicola ou Acacia longifolia. Na zona de charneca, que se estende por uma sucessão de morros de Manique à serra de Monsanto, observa-se (como o nome indica) uma região de estepe árida e seca de culturas ingratas e terrenos maninhos, característica das zonas meridionais do concelho, de Ranholas a Rio de Mouro. As condições do solo (calcário, de grande permeabilidade e com forte presença de carbonato de cálcio), de menor pluviosidade, humidade e a forte ação eólica impedem a formação de galerias florestais (apenas presentes nas margens dos cursos de água), predominando os arbustos e vegetação herbácea. Assim, as comunidades mais abundantes são as de esteva, carrasco, tojo e tojo-molar, cardos, escariolas, arrudas, estevão-macho, murta, rosmaninho, oregos, aipo, língua-de-ovelha ou pimpinela, entre outros. Para lá do rio de Mouro, de Queluz até Almargem, a abundância das linhas de água e dos solos basálticos convertem as terras em solos aráveis e com bastante produtividade agrícola. Esta é uma zona de estepe cultivada, que permite o surgimento do maquis mediterrânico, sendo esta uma das zonas mais férteis do concelho e por onde anteriormente se poderiam encontrar campos de trigo, cevada, centeio e milho, bem como de diversas leguminosas. Na várzea de Colares, ao longo do seu rio, aparece uma paisagem mediterrânica graças à natureza do solo (rico em húmus e outros elementos) e ao fácies climatérico da zona. Abundam aqui as videiras, laranjeiras, cerejeiras, limoeiros, loureiros, figueiras e diversas espécies pomícolas (como o pessegueiro, abrunheiro ou marmeleiro). Também florescem as espécies leguminosas, juntando-se a rosácea morengueira, o melão ou a melancia, entre outras. Mais ao litoral, nos seus terrenos arenosos é cultivada a vinha de onde se produz Vinho de Colares, dando-se lugar aos pinhais de pinheiros-mansos (mais abundantes) e bravos. Dão-se ainda alguns bosques de sobreiros e castanheiros, estes últimos seculares. Já no planalto de São João das Lampas, cujos solos se cingem a partículas desagregadas de calcário, cedo transportadas pelos agentes externos, torna a vegetação bastante esparsa, não passando a terra arável dos 15 centímetros porquanto se intercala com rochedos. A cultura de cereais pobres e de pequenos pomares é quanto domina nesta zona, da qual em contraponto se extraem materiais de construção, diversas pedras e mármore. Geologia O concelho de Sintra abrange terrenos do flanco norte do sinclinal do Baixo Tejo, integrado na Orla Mesocenozoica Ocidental do Maciço Hespérico. A litologia sintrense é composta sobretudo por rochas sedimentares (com idades desde o Oxfordiano superior até à atualidade) e ígneas de diversos tipos (intrusivas e extrusivas), bem como uma pequena parte de rochas metamórficas que resultam de um processo de metamorfismo de contato. As rochas com maior antiguidade correspondem à era mesozóica, correspondendo a afloramentos do Jurássico Superior e Cretácico Inferior que são constituídos, na sua maioria, por calcários mais ou menos cristalinos e compactos, intercalados com calcários margosos e calcários de fácies pelágica, ricos em matérias orgânicas. A sua espessura máxima é de 200 metros, em São Pedro de Penaferrim. Seguem-se as formações do sistema Kimmeridgiano, espessas e compostas de calcoxistos com intercalações margosas e níveis conglomeráticos, designada por «Xistos do Ramalhão», e podendo atingir uma espessura máxima de 1200 metros. Na zona de Mem Martins dão-se calcários margosos, margas e calcários com corais e oncólitos, em espessura superior aos 600 metros. Do Portlandiano resultaram os «Calcários nodulares de Farta-Pão», com cerca de 600 metros, que como o nome indica são formados por calcários nodulares e compactos com algumas intercalações margosas. No Valanginiano ocorrem os primeiros níveis gresosos finos, intercalados em calcários margosos e leitos argilosos, marcadores de um período de regressão marinha cujo apogeu se situou no Aptiano/Albiano caracterizado pela deposição da formação dos «Grés de Almargem». São calcários cinzentos, claros e amarelados, alternando com leitos argilosos xistentos, arenitos finos, compactos, de cimento carbonatado e calcários de cor ocre e margas amareladas, que não excedem os 150 metros de espessura. No Cenomaniano inicia-se a importante transgressão marinha, na qual se depositam progressivamente camadas margosas, que passam a calcários compactos no Cenomaniano Superior. Existem depósitos de fácies continental, provavelmente do Paleogénico, cobertas por depósitos marinhos gresosos e carbonatados, aflorantes. Do pliocénico restam depósitos residuais nos topos das superfícies de aplanação, que terão sido modelados a partir do final do Miocénico. Os depósitos litorais, areias de praia, dunas (que cobrem grande parte da extensão do litoral a norte da serra de Sintra) e dunas consolidadas, depósitos de vertente e aluvionares, são, na sua grande maioria, do Quaternário. Política Administração municipal O município de Sintra é administrado por uma câmara municipal composta por um presidente e 10 vereadores. Existe uma Assembleia Municipal, que é o órgão deliberativo do município, constituída por 44 membros (dos quais 33 eleitos diretamente). O cargo de Presidente da Câmara Municipal é atualmente ocupado por Basílio Horta, reeleito nas eleições autárquicas de 2021 pelo PS, o qual logrou a eleição de mais quatro vereadores na Câmara (num total de 5 eleitos, maioria relativa). Foram ainda eleitos quatro vereadores pela coligação Vamos Curar Sintra (PPD/PSD.CDS-PP.A.MPT.PDR.PPM.RIR), um pelo CH e um pela CDU (PCP-PEV). Na Assembleia Municipal, o partido mais representado é novamente o PS, com treze deputados eleitos e 8 presidentes de Juntas de Freguesia (maioria relativa), seguindo-se a coligação Vamos Curar Sintra (9; 3), o CH (3; 0), a CDU (3; 0), o BE (2; 0), o PAN (1; 0), a IL (1; 0) e o NC (1; 0). O Presidente da Assembleia Municipal é Sérgio Sousa Pinto, do PS. Eleições autárquicas Eleições legislativas Relações El Jadida, Marrocos Omura, Japão Arzila, Marrocos Matosinhos, Portugal Trindade, São Tomé e Príncipe Bissau, Guiné-Bissau Lobito, Angola Havana, Cuba Nova Sintra, Cabo Verde Namaacha, Moçambique Honolulu, Estados Unidos da América Oviedo, Espanha Economia O concelho de Sintra é parte integrante da região de Lisboa, que representa cerca de 37% do PIB nacional e concentra um significativo número de empresas tecnológicas e de investigação, de habitantes e os principais centros de decisão económica do país. Esta região, e por extensão, os seus concelhos, encontram-se num processo de reestruturação e adaptação em virtude da crise económica de 2008, com variações negativas dos indicadores económicos. Em Sintra, estas variações foram maiores que a média da área metropolitana, o que evidencia um panorama social e económico mais complexo. A força de trabalho no concelho é de cerca de 102 000 indivíduos, o que corresponde a 9,5% da população do norte da Área Metropolitana de Lisboa. Em 2012, 34 316 empresas estavam sediadas no município, cerca de 11,1% do total da AML e 14,2% do total da Grande Lisboa, 96,4% delas de pequena dimensão e empregando uma média de 3,1 trabalhadores por empresa. Sintra, da mesma maneira que a região de Lisboa, sofreu um processo de desindustrialização e uma reestruturação (terciarização) do emprego desde finais do século XX, sobretudo vincada em serviços de transporte, armazenamento e comunicações, de atividades financeiras, de atividades imobiliárias, de aluguer e serviços às empresas, que têm crescido nas áreas urbanas do concelho. Também se encontra numa reestruturação e adaptação da sua economia devido à crise económica de 2008. Atualmente, a estrutura empresarial do concelho é dominada pelo setor terciário (84,4%), seguida do secundário (14,5%) e primário (1,1%). Os principais fatores que sustentaram a implantação de empresas nas duas últimas duas décadas no concelho foram a melhoria das acessibilidades, criando novas alternativas locativas às empresas, a importância da existência de recursos humanos jovens, sobretudo graças aos fluxos migratórios; o potencial de mão-de-obra relativamente especializada, a disponibilidade e preços do solo e finalmente a proximidade aos principais mercados, principalmente Lisboa. Em conjunto com Mafra, é o concelho com maior peso do setor primário na sua população empregada de toda a área metropolitana, e também o que possui maior relevância do setor secundário. A seguir a Lisboa, é novamente o concelho com maior percentagem de população empregada no setor terciário. O crescimento das empresas ligadas a este setor tem-se dado nas áreas urbanas do concelho. As suas empresas apresentam as mais baixas taxas de sobrevivência e crescimento da Grande Lisboa, a par da Amadora. Até ao surgimento da crise económica, estes indicadores eram superiores ao crescimento que se registava na Área Metropolitana de Lisboa, que desde então passaram a ser negativos e inferiores ao desta região, evidenciando a perda de competitividade no contexto metropolitano. Apesar disto, os dados referentes à distribuição das empresas por atividade ao nível dos concelhos revelam que Sintra surge quase sempre em segundo lugar com o maior número de empresas nos diversos grupos de atividades, sendo de grande relevância para o concelho a indústria extrativa. O município é, em termos absolutos, o terceiro maior em número de trabalhadores por conta de outrem na AML Norte, apenas ultrapassado por Lisboa e Oeiras. O comércio e atividades de apoio a serviços são aquelas que agrupam a maioria do emprego no concelho (53,8%). Cerca de 26% da mão-de-obra do concelho é absorvida pelas indústrias transformadora e da construção, isto apesar da crescente influência do setor serviços. Em 2012, encontravam-se sediadas no concelho 24 empresas com mais de 250 trabalhadores, sendo a Tabaqueira - Empresa Industrial de Tabacos, S. A. uma das mais empregadoras no âmbito concelhio. Sintra foi, em 2012, o terceiro concelho em volume de vendas no conjunto da Grande Lisboa e o quinto em volume de negócios por empresa. As empresas mais importantes por volume de negócios no concelho são a LIDL & Companhia, UDIFAR II Distribuição Farmacêutica, S.A. e a Mercedes Benz Portugal, S.A., todas com um volume de negócios superior a 200.000.000 euros. Neste aspeto, a freguesia de Sintra é a que reúne o maior número de empresas destas características. Em termos geográficos, as várias freguesias apresentam uma especialização económica distinta e evidenciam uma região diversa quanto às atividades económicas. Assim, a agricultura predomina em São João das Lampas e Terrugem, Colares e Almargem do Bispo, Pero Pinheiro e Montelavar; nesta união de freguesias também existem importantes polos de indústrias extrativas e transformadoras. As atividades comerciais são mais relevantes no eixo urbano, mas especialmente nas freguesias de Sintra, São João das Lampas e Terrugem e Queluz e Belas. Por fim, o setor da construção possui maior expressão em Casal de Cambra, Rio de Mouro e Massamá e Monte Abraão. Por setores de atividade, verifica-se a terciarização também ao nível da freguesia, tendo este vindo a consolidar-se em Sintra, com um peso significativo na estrutura empresarial, e sendo o comércio a atividade mais representativa em todas elas. Por outro lado, as aptidões naturais do território concelhio para as atividades relacionadas com o setor primário têm vindo a ser canceladas pelos crescimentos populacional e urbano, sendo ainda representativas nas freguesias de São João das Lampas, Almargem do Bispo e na antiga freguesia de São Martinho. População e emprego Em 2014, existiam cerca 170 202 indivíduos economicamente ativos, concentrados maioritariamente no corredor urbano do concelho. Estas áreas são aquelas que concentram a maior parte das populações empregadas e em idade ativa, sendo que nas restantes se observa uma grande percentagem de população reformada. Na década de 2001–2011, a taxa de atividade no concelho sofreu uma quebra acentuada, de 4,2 pontos percentuais, situando-a em 52,1%. Este valor coloca o concelho por cima do concelho de Lisboa e do país (ambos com 47,5%), e por detrás de Vila Franca de Xira (54%) e Odivelas (52,5%) a nível metropolitano. Entre os fatores apontados para este decréscimo encontram-se a diminuição dos fluxos migratórios, o envelhecimento da população e o desemprego. A mesma tendência verifica-se na população residente empregada (-10,7% no mesmo período), também reflexo da conjuntura económica adversa. A população desempregada contava-se em 26 650 indivíduos segundo os censos de 2011, um aumento de 6,4% em relação a 2001 e totalizando um valor para o concelho de Sintra de 13,5%, superior ao valor verificado tanto a nível nacional (13,1%) como regional (apenas superado pela Amadora, com uma taxa de desemprego de 14,96%). O eixo urbano concentrava, à época, o maior número de desempregados, sobretudo nas freguesias de Algueirão-Mem Martins (19%) e Rio de Mouro (14%). Por setores de atividade, o setor primário foi aquele onde a perda de efetivos foi maior, com uma taxa de variação de -48,3%. O setor secundário, com um papel relevante no contexto metropolitano, também foi significativa (-36,2%), enquanto que o setor terciário apresentou apenas uma ligeira contração (-0,3%). A população ativa no setor primário ronda os 20%, transformando Sintra no segundo concelho mais relevante neste setor após Mafra (23,5%). A população ativa no setor secundário torna o concelho no mais relevante a nível metropolitano (24,2%) e no segundo mais importante no que se refere ao setor terciário (18%, apenas superado por Lisboa com 27,1%). No tocante à população residente, esta exerce a sua atividade profissional sobretudo no setor terciário (79,8%), seguido do secundário (19,8%) e do primário (0,5%). Quanto à qualificação da população ativa, esta progrediu de forma expressiva entre 2001 e 2011, reduzindo-se em 25,5% a percentagem de população sem qualquer nível de ensino e um aumento de 23,9% da população com cursos superiores. O ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem, em Sintra, é de 1.159,57 euros. Quanto à dependência face ao emprego, o concelho não consegue absorver grande parte dos seus ativos residentes e apresenta um saldo negativo do emprego, onde 27 377 indivíduos (ou 50,9%) da população residente empregada trabalha noutros concelhos (traduzindo-se num saldo negativo de 59 317 indivíduos). Também apresenta uma capacidade de atração relativamente baixa, pois só absorve cerca de 26,6% de residentes de outros concelhos. Esta dependência é feita sobretudo a favor do concelho de Lisboa, com um efeito polarizador do emprego. Transportes e mobilidade O concelho de Sintra é servido por diversos modos de transporte coletivo, com especial relevância do transporte ferroviário (é no concelho que o transporte ferroviário detém maior peso relativo nas deslocações efetuadas). Em 2011, indivíduos realizavam deslocações pendulares em Sintra, tornando-o no segundo concelho da AML Norte em termos da importância dos fluxos absolutos de pessoas. Destes, a maioria () faziam-no em direção a outros concelhos, maioritariamente para Lisboa ( indivíduos), seguida por Oeiras ( indivíduos). De acordo com o INE, os utilizadores de transportes públicos no concelho são aqueles que mais tempo despendem nos seus movimentos pendulares na Área Metropolitana de Lisboa, sendo apenas superados por Cascais. Nas deslocações intraconcelhias, o modo de transporte mais utilizado é o automóvel (54,6%), seguido das deslocações pedonais (26,5%), por autocarro (10,2%) e por comboio (5,9%). Quanto às deslocações interconcelhias, domina novamente o automóvel (47,5%), seguido do comboio (39%) e das deslocações pedonais (9,4%). Apesar disto, o concelho de Sintra era aquele que apresentava a menor taxa de motorização da população em 2013. Em termos de infraestruturas, o concelho é atravessado por quatro Itinerários Complementares (IC18/A9, IC19/A37, IC16/A16, IC30/A16), integrados na rede de autoestradas em regime de portagem (exceto o IC19), que apresentam funções estruturantes e relevantes no contexto da AML Norte. É igualmente atravessado por Estradas Nacionais (EN9, EN117, EN249-3, EN249-4) e por Estradas Regionais, que complementam mas não integram a Rede Rodoviária Nacional (ER19, ER 249 [Via de Cintura da Área Metropolitana de Lisboa], ER247). A rede ferroviária inclui duas linhas com 10 interfaces que servem um total de habitantes nas suas áreas de influência (num raio 1 km), ou 55,7% da população total do concelho. Assim, é um dos concelhos da AML que possui um maior número de residentes dentro dessas mesmas áreas. A maioria da oferta estrutura-se à volta da Linha de Sintra, determinante para o desenvolvimento demográfico do concelho e que, por isso, atravessa as zonas de maior densidade populacional. A linha é eletrificada e encontra-se duplicada entre Sintra e Agualva-Cacém e quadruplicada daí até Lisboa, com nove estações dentro do concelho (Sintra, Portela de Sintra, Algueirão-Mem-Martins, Mercês, Rio de Mouro, Agualva-Cacém, Massamá-Barcarena, Monte Abraão e Queluz-Belas). Os serviços explorados pela CP integram-se na oferta dos serviços Urbanos de Lisboa, e terminam na estação de Sintra, dirigindo-se para o Rossio, Oriente e Alverca (apenas nas horas de ponta). De importância menor, a Linha do Oeste encontra-se duplicada e eletrificada apenas até à estação de Mira Sintra-Meleças, passando depois a via única não eletrificada. A população abrangida por esta infraestrutura é de habitantes, cerca 14,9% da população residente no concelho. A principal interface desta linha é a de Mira Sintra-Meleças, onde terminam o seu percurso os serviços regionais procedentes de Torres Vedras e Caldas da Rainha e os comboios urbanos de Lisboa que efetuam a ligação à estação do Rossio. A linha prossegue depois em direção a Mafra, com interfaces em Telhal, Sabugo e Pedra Furada. A mobilidade interna no concelho é assegurada pelos serviços prestados pela Scotturb e Vimeca/Lisboa Transportes, organizados de forma a que ambos os extremos da maioria das suas carreiras sejam em interfaces de transportes. As ligações rodoviárias interconcelhias concentram-se à volta das estações ferroviárias (Sintra, Portela, Rio de Mouro, Agualva-Cacém e Monte Abraão), desenvolvendo-se pelas principais vias de comunicação interconcelhias. A divisão de serviços entre as operadoras de transporte rodoviário tem as suas origens na organização interna da Rodoviária Nacional, cuja exploração se dividia em Centros Operacionais de Passageiros que foram privatizados na década de 1990. Atualmente, existem serviços rodo e ferroviários assegurados pelos seguintes operadores: Scotturb, empresa privada que presta serviço público de transporte rodoviário, ligando o concelho a Cascais e Oeiras. Em Sintra, explora em 26 carreiras das quais 18 se desenvolvem integralmente no concelho, correspondendo a sua área de exploração à metade ocidental deste; Vimeca/Lisboa Transportes, empresa privada de transporte coletivo rodoviário que se encarrega do serviço público de transporte rodoviário na metade oriental do concelho através de 36 carreiras, a maioria das quais (21) se desenvolve integralmente no concelho. A sua área de exploração corresponde à metade oriental do concelho, ligando as localidades rurais aos principais interfaces de transportes de Sintra e Amadora e entre as principais estações ferroviárias das Linhas de Sintra e Cascais; Mafrense, empresa privada que presta igualmente serviço público de transporte rodoviário que assegura ligações a partir da Portela de Sintra para Pero Pinheiro, Ericeira e Mafra, servindo as zonas rurais do norte do concelho; Rodoviária de Lisboa, operadora que explora 7 carreiras no concelho (210, 215, 219, 220, 221, 224, 231), sendo a sua presença limitada às freguesias de Casal de Cambra e Almargem do Bispo, Pero Pinheiro e Montelavar, assegurando sobretudo ligações a Caneças, Pontinha e Lisboa. Possui terminais em Agualva-Cacém, Vale de Lobos e Almargem do Bispo; Comboios de Portugal, empresa pública de transporte ferroviário explora as ligações a Amadora e Lisboa através da Linha de Sintra, e aos concelhos das regiões do Oeste, Lis e Mondego através da Linha do Oeste; Câmara Municipal de Sintra, que explora o serviço turístico dos Elétricos de Sintra. O contingente de táxis situa-se nas 183 viaturas, que se distribuem por 33 praças de táxi por todo o município, muitas delas situadas perto das estações ferroviárias. Esteve também prevista, após um acordo preliminar assinado em 2010, a ampliação do SATU de Paço de Arcos até Agualva-Cacém, com 3 km e quatro estações no concelho. O sistema permitiria ligar os corredores ferroviários de Cascais e Sintra passando por importantes polos habitacionais e empresariais dos dois concelhos, como o Lagoas Park, Taguspark e São Marcos. A oferta de transporte turístico é variada, concentrando-se sobretudo na área histórica, cultural e paisagística de Sintra. Em termos de transporte rodoviário, para além das carreiras turísticas exploradas pela Scotturb, Carristur e Douro Acima (CitySightseeing Portugal), são disponibilizados serivços de charretes (Sintratur), Tuk-tuk (Turislua), veículos ecológicos (SightSintra) e bicicletas eléctricas (Park E Bike). Para além destes, existe também uma ferrovia eletrificada de bitola estreita, o Elétrico de Sintra, que liga a vila à Praia das Maçãs através de um trajeto de 13 km com oito paragens, ondulado e frequentemente paralelo à rodovia. Tanto a infraestrutura como a operação são da responsabilidade da Câmara Municipal de Sintra. A rede ciclável do concelho foi planeada em 2003, no Projeto Estratégico da Rede Municipal de Ciclovias. O projeto contempla as vias urbana (de Sintra a Queluz), atlântica (da Samarra ao Cabo da Roca) e de cintura (de Negrais a Algueirão, passando por Montelavar e Terrugem). Em 2009 foi inaugurada a primeira ciclovia do concelho, no troço da via atlântica entre Janas e Azenhas do Mar. A primeira ciclovia urbana foi inaugurada em 2016, ligando Portela de Sintra a Ouressa, e à qual se seguiu, em 2018, o troço entre Agualva e Massamá. Equipamentos e serviços Educação O concelho de Sintra era, em 2013/2014, composto por vários equipamentos que cobrem as etapas do Jardim de Infância ao Ensino Secundário. A maior concentração de equipamentos educativos e alunos dá-se na freguesia de Rio de Mouro (19 equipamentos e 7393 alunos), seguida da União das Freguesias de Almargem do Bispo, Pero Pinheiro e Montelavar (em número de equipamentos, 16) e de Massamá e Monte Abraão (com 7513 alunos). A nível municipal, a maioria dos alunos encontram-se no 1.º ciclo do ensino básico (29%), tendo vindo a reduzir-se por efeito das baixas taxas de natalidade e de imigração. Seguem-se os 3.º e 2.º ciclos (25% e 16% respetivamente), enquanto que os Cursos de Educação e Formação no Ensino Básico foram os menos frequentados por terem vindo a ser gradualmente substituído pelos Cursos Vocacionais. É também no 2.º ciclo do ensino básico que se encontra o maior número de alunos carenciados (45,7%), com os restantes ciclos com valores entre os 40% e 50%, e o ensino secundário com 25,6%. Existem atualmente 15 jardins de infância públicos no concelho. Na década compreendida entre os anos letivos 2003/2004 e 2013/2014, a frequência da educação pré-escolar cresceu em 46,4%, com uma idade média de frequência de 4,59 anos. Tal deve-se à ampliação e reconversão da rede pública de equipamentos educativos. O município possui 83 estabelecimentos de ensino do 1.º ciclo do ensino básico, sendo que 15 destes apresentam sobreocupação (em Agualva e Mira Sintra, Cacém e São Marcos, Massamá e Monte Abraão, Queluz e Belas, Rio de Mouro e Almargem do Bispo, Pero Pinheiro e Montelavar) devido à existência do regime duplo. Em contraste, as escolas de Almargem do Bispo, Pero Pinheiro e Montelavar apresentam capacidade sobrante. Na mesma década, o número de alunos do 1.º ciclo do ensino básico baixou em 7,6%, uma tendência mantida desde o ano letivo 2007/2008. No 2.º e 3.º ciclos, o número de alunos verifica uma redução desde 2010/2011 e uma tendência a acentuar-se. Ao longo da década, verifica-se uma oscilação relativa, e um variação positiva de 3,2% no decorrer da década. Quanto ao ensino secundário, a frequência de alunos apresenta oscilações constantes ao longo da década (com um cúmulo positivo de 14,8%), com destaque para o aumento em 2005/2006 e o decréscimo de 2009/2010, os mais expressivos. O ensino especial possui 2329 alunos repartidos pelos diferentes ciclos. Na educação pré-escolar, existem duas escolas para a intervenção precoce na infância; no 1.º ciclo, dos 728 alunos com necessidades especiais, 95 frequentam as Unidades de Multideficiência ou de Ensino Estruturado, que abrangem também os 2.º e 3.º ciclos. Relativamente ao ensino secundário, o número de alunos com necessidades educativas especiais situa-se nos 184 alunos, não existindo resposta ao nível das unidades de ensino especial no ano letivo 2013/2014. Também nesse ano letivo, os alunos estavam distribuidos maioritariamente pelo sistema público de educação, tendo o sistema privado mais expressão ao nível do jardim de infância e do ensino profissional (com 25,3% e 24,9% respetivamente). No segundo e terceiro ciclo e secundário, a frequência da rede privada é quase inexpressiva e tende a decrescer. Saúde Ao nível dos cuidados de saúde primários do Serviço Nacional de Saúde, o concelho de Sintra é abrangido pelo Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) de Sintra, composto por 11 Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados e 12 Unidades de Saúde Familiar onde estavam inscritos, em 2013, 358.610 utentes, dos quais 95.689 (27%) não tinham médico de família atribuído. A taxa de cobertura do médico de família face à população residente em Sintra situa-se nos 70%. O concelho não possui nenhum hospital, sendo a sua população atendida no Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, situado na Amadora. Na área materno-infantil, as populações das freguesias de Algueirão-Mem Martins, Almargem do Bispo, Pero Pinheiro e Montelavar, Colares, São João das Lampas e Terrugem e Sintra são atendidas no Hospital Dr. José de Almeida, em Cascais. A freguesia de Algueirão-Mem Martins dispõe de um Serviço de Urgência Básica que se encontra em serviço durante todo o dia. Forças de segurança A Guarda Nacional Republicana possui a maior área de intervenção no concelho, ocupando-se das freguesias mais rurais (Sintra, Colares, São João das Lampas e Terrugem e Almargem do Bispo, Pero Pinheiro e Montelavar). Para além dos postos territoriais nestas freguesias, possui o Destacamento Territorial de Sintra, o Subdestacamento Territorial de Sintra, o Destacamento de Intervenção de Lisboa, a Unidade Nacional de Trânsito, o 1.º Destacamento de Ação Conjunta, o Pelotão de Deteção Cinotécnica e a Escola da Guarda. A Polícia de Segurança Pública ocupa-se das áreas urbanas do concelho (freguesias de Algueirão-Mem Martins, Rio de Mouro, Casal de Cambra, Cacém e São Marcos, Agualva e Mira Sintra, Massamá e Monte Abraão e Queluz e Belas) e da Divisão Policial de Sintra, a Unidade Especial de Polícia, que integra o Corpo e Intervenção, o Grupo de Operações Especiais, o Corpo de Segurança Pessoal, o Centro de Inativação de Explosivos e Segurança em Subsolo e o Grupo Operacional Cinotécnico. Desde 2001, o concelho possui também uma força de Polícia Municipal que atua na vigilância de espaços públicos ou abertos ao públicos, na guarda de edifícios e equipamentos municipais e na regulação e fiscalização do trânsito rodoviário e pedonal na área de jurisdição municipal. Bombeiros Ao todo, existem nove Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários espalhadas pelo concelho (Queluz, Sintra, Algueirão-Mem Martins, Belas, São Pedro de Sintra, Agualva-Cacém, Montelavar, Colares e Almoçageme), cada uma delas detentora de um Corpo de Bombeiros próprio. Cada uma das associações possui áreas de atuação fixadas que não se correspondem aos limites administrativos mas que resultam de acordos levados a cabo para assegurar a rapidez e prontidão do socorro. Em regra, estas áreas abrangem uma ou mais freguesias contíguas. As associações são apoiadas financeiramente pelo município através do Programa de Apoio às Associações de Bombeiros Voluntários, destinado à formação dos recursos humanos, à aquisição de equipamento, no apoio às infraestruturas e na gestão corrente. Proteção civil O Serviço de Municipal de Proteção Civil em Sintra é desenvolvido pela autarquia, pelos cidadãos e por todas as entidades públicas e privadas existentes no município com a finalidade de prevenir riscos coletivos inerentes a situações de acidente grave ou catástrofe, de atenuar os seus efeitos e proteger e socorrer as pessoas e bens em perigo quando aquelas situações ocorram. A atividade de proteção civil municipal tem caráter permanente, multidisciplinar e plurissectorial, cabendo ao Serviço Municipal de Proteção Civil promover as condições indispensáveis à sua execução, de forma descentrada, sem prejuízo do apoio mútuo entre organismos e entidades responsáveis pela prossecução da mesma atividade ao nível municipal ou níveis territoriais de maior dimensão. O Serviço Municipal de Proteção Civil apoia o Presidente da Câmara nas suas funções em matéria de proteção civil municipal e desempenha as tarefas que este lhe cometa no âmbito do planeamento e da coordenação operacional. Também apoia a Comissão Municipal de Segurança em articulação com o Serviço de Policia Municipal e Fiscalização. Administração, prevenção e segurança pública No concelho de Sintra existem 5 equipamentos administrativos sob a tutela da administração central: o Tribunal de Sintra, a Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, os Estabelecimentos Prisionais de Sintra e da Carregueira e os Julgados de Paz e Mediação Familiar, em Sintra. Água, saneamento e resíduos sólidos A exploração e gestão do sistema municipal de captação, adução, tratamento e distribuição de água para consumo público, bem como de drenagem de águas residuais do concelho cabe aos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Sintra (SMAS). Este sistema assenta numa rede adutora de abastecimento de água composta por 64 reservatórios, 33 estações elevatórias e 1700 km de condutas adutoras e distribuidoras. O concelho possui poucas captações de água, com disponibilidade muito baixa, pelo que a maioria da água para consumo público é adquirida à EPAL, proveniente da barragem de Castelo de Bode. O concelho de Sintra é abastecido em alta a partir do reservatório do Alto de Carenque, constituindo a espinha dorsal da rede de abastecimento a conduta adutora |Alto de Carenque – Mercês. Esta é depois encaminhada para os reservatórios do concelho, com capacidade total de armazenamento de 200.000 m3, sendo os mais relevantes os de Ranholas, Rinchoa, Mercês, Casal do Cotão e Massamá Norte. O sistema de drenagem das águas residuais domésticas é separativo (com águas residuais domésticas separadas das águas pluviais) e divide-se em quatro zonas de drenagem (norte, sul, este e oeste, sendo que com exceção da maioria da zona sul, da responsabilidade da Águas do Vale do Tejo, toda a rede é explorada pelos SMAS). Existem várias ETAR que se ocupam da recolha, tratamento e destino final das águas residuais urbanas (em Almargem do Bispo, Montelavar, Sabugo, Vila Verde, Almoçageme, Azóia, Magoito, Colares, Ribeira e São João das Lampas, sendo as águas tratadas encaminhadas para as ribeiras concelhias). Os SMAS são também responsáveis pela recolha de resíduos sólidos, sendo estes encaminhados para tratamento nas instalações da TRATOLIXO – Tratamento de Resíduos Sólidos, EIM, em Cascais e Mafra. Cultura Ocupado desde o Paleolítico Inferior, o concelho de Sintra foi desde cedo, pelos seus recursos e situação geográfica, um ponto importante do território. Assim, é numeroso e variado o património do concelho, seja ele nas vertentes arquitetónica, arqueológica, histórica e etnográfica. Os mais antigos vestígios remontam ao período Epipaleolítico, evidenciando a presença humana no território há cerca de 700 000 anos, e prolongando-se no tempo desde então. Sintra conta com 267 sítios arqueológicos identificados, bem como cinco áreas de sensibilidade arqueológica. Apresenta também diversos exemplos de arquitetura de veraneio, religiosa, militar, civil e vernacular. Património natural Sítio Classificado do Campo de Lapiás da Granja dos Serrões Sítio Classificado do Campo de Lapiás de Negrais Duna Fóssil do Magoito Pegadas de Dinossauros da Praia Grande Fojo e Pedra de Alvidrar Duna Viva da Aguda Monumento Natural de Carenque Património edificado Património arqueológico Cromeleque de Barreira Tolo do Monge Villa romana de Santo André de Almoçageme Monumento pré-histórico da Praia das Maçãs Anta de Adrenunes Monumento megalítico do Pego Longo Ruínas da antiga barragem romana de Belas Estação Arqueológica da Quinta da Penha Verde Necrópole pré-histórica do Vale de São Martinho Ruínas de São Miguel de Odrinhas Calçada e ponte romanas e azenhas na Catribana Conjunto Megalítico de Barreira Complexo arqueológico de Olelas Sítio arqueológico de Colaride Sítio arqueológico da Granja dos Serrões Antas de Belas Anta de Agualva Anta da Estria Anta de Monte Abraão Aqueduto de Gargantada Complexo de Arqueologia Industrial designado por "Buracas" de Armés Património arquitetónico Arquitetura religiosa Convento dos Capuchos ou de Santa Cruz Convento da Penha Longa Convento da Trindade Convento da Santíssima Trindade Convento de Sant' Ana da Ordem do Carmo Santuário da Peninha ou Capela de Nossa Senhora da Penha Igreja de Nossa Senhora de Belém Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção Igreja Matriz de São João das Lampas Igreja Matriz de Montelavar Igreja Matriz de São Pedro Igreja Matriz de Santa Maria Igreja Matriz de São Martinho Igreja Matriz de Nossa Senhora da Misericórdia Igreja Matriz de São Pedro Igreja Matriz de São João Degolado Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição Igreja Matriz de Santo António Capela de São Lázaro Capela de Santo António Capela da Misericórdia de Colares Ermida de São Mamede de Janas Ermida de Santa Susana Ermida de São Miguel de Odrinhas Ermida da Nossa Senhora da Piedade Arquitetura militar Castelo dos Mouros Castelo Velho de Colares Forte da Roca ou do Cabo da Roca Forte do Espinhaço Forte de Santa Maria do Magoito Arquitetura civil Palácio Nacional da Pena Palácio Nacional de Sintra ou Palácio da Vila Palácio da Regaleira ou Quinta da Regaleira Palácio de Seteais Palácio de Monserrate Palácio Real de Queluz ou Palácio Nacional de Queluz Edifício dos Paços do Concelho Palacete Pombal ou Palacete dos Condes de Almeida Araújo Chalet da Condessa d’Edla Quinta da Penha Verde Casa do Cipreste Casa dos Lafetás ou Vila Cosme Palácio e Quinta do Ramalhão Quinta de São Sebastião Quinta do Molha Pão Quinta dos Ribafrias Quinta do Relógio Quinta do Bonjardim Quinta do Marquês Quinta de Vale de Marinha Quinta de Nossa Senhora do Monte do Carmo Colónia de Férias dos Comboios de Portugal Escola Domingos José de Morais Arquitetura Industrial e Comercial Adega Gomes da Silva Adega Regional de Colares Adega Visconde de Salreu Adega Viúva Gomes Adegas Beira-Mar Adegas Tavares e Rodrigues Estação Ferroviária de Sintra Hotel Central Hotel Costa Hotel Eden Hotel Lawrence's Hotel Netto Hotel Victor Moinho dos Bombeiros Moinho São João da Batalha Outros Paisagem Cultural de Sintra Antigo repuxo da vila de Sintra Pelourinho de Colares Fonte de Armés Monumento ao Bombeiro em Belas Fonte da Pipa Fonte de Cabrela ou Fonte Velha Fonte de São Pedro de Penaferrim Sítio de Santa Eufémia da Serra Monumento da Grande Guerra Museus Casa-Museu Atelier Anjos Teixeira Museu Arqueológico São Miguel de Odrinhas Museu Ferreira de Castro Casa-Museu Leal da Câmara Oficina da Ciência de Sintra Museu de História Natural MU.SA – Museu de Artes de Sintra Casa da Marioneta de Sintra Museu do Bonsai e da Árvore Gastronomia O concelho é lar de várias especialidades gastronómicas, sendo popular a doçaria tradicional com os travesseiros e queijadas de Sintra. Para além destes, existem também outros, como os pastéis da Pena, as nozes de Galamares, as pérolas de Colares e os fofos de Belas. Os pratos típicos incluem o cabrito e a vitela assada de Sintra, o leitão de Negrais, a carne de porco às Mercês, e pratos à base de peixe e marisco como arroz ou salada de polvo e mexilhões de cebolada, entre outros. Acompanham estes pratos as diversas castas de vinhos produzidos na região de Colares. Foi também em Sintra que surgiu a Pera-rocha, e o concelho é atualmente um dos 29 que estão incluídos na área de Denominação de Origem Protegida da Pera Rocha do Oeste. Galeria de imagens Ver também Queluz Serra de Sintra Praia Grande do Rodízio Prémio Literário Ferreira de Castro, da Câmara Municipal de Sintra Ligações externas Site oficial da Câmara Municipal de Sintra
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Massamá é uma antiga freguesia portuguesa, pertencente ao município de Sintra, com 2,78 km² de área, 28 112 habitantes (2011), uma densidade de 10 112,2 h/km². O património mais conhecido da freguesia é o Chafariz de Massamá. A 26 de Julho de 1997 a freguesia de Queluz dividiu-se em 3 freguesias e formou-se a cidade de Queluz da qual fazem parte as freguesias de Massamá, Monte Abraão e Queluz. Em 2013, no âmbito da reforma administrativa foi anexada à freguesia de Monte Abraão, criando-se a União de Freguesias de Massamá e Monte Abraão. População Criada pela Lei N.º 36/97, de 12 de Julho, com lugares desanexados da freguesia de Queluz. Origem do nome O nome da freguesia tem origem no termo árabe "Mactamã", que significa "lugar onde se toma boa água", ou "fonte". Situado a meio caminho das praças fortes de Lisboa e de Sintra, era aqui que os antigos guerreiros, caçadores e viajantes costumavam parar, durante as suas viagens, para descansar e para se refrescarem a si e às suas montadas. História Região muito fértil, chegou a ser considerada uma das melhores zonas de produção de trigo do país, onde chegaram a existir seis eiras: Casal da Barota, Casal do Olival, Casal Gouveia, Casal do Josézito, Quinta de Pero Longo e Quinta do Porto. O seu subsolo, rico em extensas reservas de água, serviu em dada altura para abastecer a Fábrica da Pólvora de Barcarena. O actual Chafariz de Massamá, considerado o ex-libris da freguesia, é alimentado por uma mina localizada no interior da Escola Básica N.º 1 de Massamá e que faz parte das muitas minas que existiram antigamente. Personalidades ilustres Cândida Branca Flor Pedro Passos Coelho Andreia Rodrigues Ligações externas Antigas freguesias de Sintra Queluz (cidade)
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
São Marcos é uma antiga freguesia portuguesa do município de Sintra. População: 17 412 habitantes. Foi uma freguesia pertencente à cidade de Agualva-Cacém no concelho de Sintra. Em 2013, no âmbito da reforma administrativa, foi extinta, e integrada com a freguesia do Cacém, criando-se a União de Freguesias do Cacém e São Marcos. Como o nome indica, tem por orago o evangelista São Marcos. São Marcos, até 2001 era uma localidade pertencente à freguesia de Agualva-Cacém, do concelho de Sintra. Localizada no extremo sul da freguesia, e encostada ao limite concelhio (confrontando com a freguesia de Porto Salvo, do concelho de Oeiras). Em Julho de 2001, a antiga freguesia de Agualva-Cacém foi desdobrada em quatro novas freguesias, entre as quais São Marcos. No mesmo mês, a vila de Agualva-Cacém foi elevada a cidade, ficando as quatro novas freguesias a constituir a nova cidade. A antiga freguesia de São Marcos era a segunda maior da cidade de Agualva-Cacém, e a mais distante a nível geográfico do seu centro. Os transportes urbanos são assegurados pela empresa Vimeca/Lisboa Transportes. História A história da pequena povoação de São Marcos teve início há muitos milhares de anos, quando grupos humanos de caçadores da Idade da Pedra ali começaram a estabelecer, temporariamente, os seus acampamentos. A Comprovar essas remotas origens, têm sido encontrados em São Marcos diversos vestígios arqueológicos dos períodos Paleolítico Inferior e Médio, datáveis entre 00.000 a 30.000 a.c. aproximadamente. Depois, quando as comunidades humanos iniciarem a prática da agricultura, as características desse lugar (fertilidade do solo e abundância de água) tornaram-no preferido para sucessivas ocupações de tipo sedentário, como testemunham vários achados do Período Neolítico (instrumentos de pedra polida, cerâmica, mós, etc.). Na Idade do Ferro (sécs. VII a II a.c.) persistiu o aproveitamento agrícola dos férteis terrenos de cor castanha (natureza basáltica) das vizinhanças do lugar. Entre a Encosta de São Marcos e o Cotão foram localizados, em 1972, vestígios que se supõe terem pertencido a um casal agrícola. A vida rural de São Marcos continua no período romano, do qual existe uma importante estação arqueológica, cuja escavação se iniciou em 1979 tendo sido removidas terras para se detectar os seus limites. As construções já descobertas (muros, curral) e os materiais encontrados (moedas dos sécs. II a IV, fragmentos de ânfora, tijolos, etc.) não permitiram ainda esclarecer se trata de uma villa rústica ou de um vicus (grupo de casa dos servos e cultivadores da villa), mas apontam para a presença romana no local desde o século I a.c. até finais do século V. A partir dessa época e até ao século XIII a história de São Marcos permanece, por enquanto, obscura. Bibliografia COELHO, Catarina (2005) - O sítio arqueológico de São Marcos (Sintra): criação de uma reserva arqueológica, Revista Portuguesa de Arqueologia, vol. 8, n.º 2.2005, p. 335-362 Antigas freguesias de Sintra Agualva-Cacém
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Santo Quintino é uma freguesia portuguesa do município de Sobral de Monte Agraço, com 28,88 km² de área e 3767 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é . Demografia Nota: Nos anos de 1864 e 1878 pertencia ao concelho de Arruda dos Vinhos. Passou para o atual concelho por decreto de 22/03/1890, que criou o concelho de Sobral de Monte Agraço. A população registada nos censos foi: Património Igreja de Santo Quintino Forte do Alqueidão Capela de São Vicente; Capela de São Tomé no lugar dos Corais; Capela de Nossa Senhora das Necessidades, dos Sabugos.
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Figueiró do Campo é uma freguesia portuguesa do município de Soure, com 11,27 km² de área e 1288 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é . É uma das poucas freguesias portuguesas territorialmente descontínuas, consistindo em duas partes de extensão muito diferente: a parte principal (cerca de 99% do território da freguesia) e um pequeníssimo exclave (um pequeno povoado de nome Entre-Valas e uns poucos terrenos agrícolas situados na margem oposta do Rio Ega, entre a Vala do Meio ou das Freiras e o caminho que liga os lugares de Casal do Minhoto e Montes de Formoselha), a nordeste, quase encravado na freguesia de Pereira (concelho de Montemor-o-Velho), não fosse a pequena confrontação do seu topo noroeste com a freguesia de Santo Varão, do mesmo concelho vizinho. Daqui resulta que, caso único em Portugal, o concelho de Montemor-o-Velho encerra um enclave do concelho de Soure. Demografia A população registada nos censos foi: Património Igreja Paroquial de São Tiago Apóstolo Capela de Santa Ana Capela de São João Capela da Senhora da Conceição Capela de São Pedro Freguesias de Soure Enclaves e exclaves de Portugal
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
A Mealhada é uma cidade portuguesa do distrito de Aveiro, da antiga província da Beira Litoral, estando integrada na Região de Coimbra (NUT III) da Região do Centro (NUT II), com cerca de habitantes. É um dos mais significativos centros urbanos da sub-região vinícola da Bairrada. É sede do Município da Mealhada que tem de área e habitantes (2021), dividido em 6 freguesias. O município é limitado a norte por Anadia, a leste por Mortágua e Penacova, a sul por Coimbra e a oeste por Cantanhede. O município da Mealhada tem duas vilas (Luso e Pampilhosa) e uma cidade (Mealhada). O município Localização O município da Mealhada localiza-se na parte sul do distrito de Aveiro, e faz parte da Região Centro e da sub-região do Baixo Mondego. Apesar de pertencer ao distrito de Aveiro, a cidade central de referência dos mealhadenses sempre foi Coimbra, que é a capital da Região Centro. O município é limitado a norte pelo município da Anadia, a leste por Mortágua, a sueste por Penacova, a sueste e sul por Coimbra e a oeste por Cantanhede. Na ponta do município situa-se o lugar da Póvoa do Garção, que tem este nome por se situar no limiar dos três municípios da Mealhada, Anadia e Cantanhede. O município da Mealhada estende-se entre a Serra do Buçaco e a orla gandareza de Cantanhede, acompanhando o pequeno rio Cértima, desde a nascente até se perder em meandros na fronteira territorial do vizinho município de Anadia. O rio Cértima continua o seu percurso a norte até ao município de Águeda. História Época romana Da presença romana no concelho, destaca-se o achamento de um marco miliário (que remonta ao ano de 39 d.C.) durante a construção da Linha do Norte, ainda no século XIX (1856 ou 1857), que indicaria a milha 12 da via XVI, via romana de Olissipo (Lisboa) a Cale (Vila Nova de Gaia), que seguiria pelo lado oeste do rio Cértima. Nesta, existia uma ponte romana, entre Antes e Cardal, mandada destruir na década de 90 pelo então presidente da Câmara Rui Marqueiro, para em seu local ser construída uma nova ponte e um açude. Este achado encontra-se hoje em dia no átrio do edifício da câmara municipal. Também desta época é a estação arqueológica da Cidade das Areias, situada na Vimieira (Casal Comba), que já é referenciada desde o século I por Estrabão, e conhecida nos nossos dias desde 1959, no qual se pensa poder ter sido uma oppidum Elbocoris, ou pequena fortificação romana. Achados neste local datam dos séculos I a IV. Também no lugar de Barcouço foram encontrados alguns vestígios romanos, como moedas e olaria. Ainda referenciado em livros e páginas da internet, também nesta zona existiria uma estação de muda de cavalos ou mutatio, denominada de Ad Columbam, talvez um nome antecessor de (Casal) Comba. Para além da Via Olissipo – Cale, existiam duas outras ramificações: uma dirigindo-se para a costa e outra virada para nascente, que seguiria partindo da atual localização da cidade da Mealhada para Bobadela, via Norte do Buçaco, provavelmente seguindo a linha de divisão dos atuais municípios da Mealhada e Anadia. Época pré-reconquista Do período compreendido entre a queda de Roma, as invasões bárbaras e acabando no domínio árabe, as terras pertencentes ao concelho pouco ou nada têm a relatar. Apenas se discute a possibilidade da denominação da localidade de Barcouço ser de origem árabe, pela junção de bárr-, que significa campo, e causon, relativo a arco, ficando assim o significado de Campo do Arco. Da Idade Média até ao século XIX Seguindo a linha temporal, com a conquista de Coimbra, em 878 - por Hermenegildo Guterres, nobre da corte de Afonso III de Leão -, as terras em que se insere o concelho ficam seguras para a reocupação cristã. Mas no fatídico ano de 987 regressa a mãos árabes, sendo apenas reconquistadas para os cristãos a 1064, por Fernando Magno de Leão e Castela. Assim, as tentativas de reocupação suspensas por 77 anos foram retomadas, com a instalação de vários mosteiros na zona onde o futuro concelho se iria inserir, sendo os mais importantes: o Mosteiro do Lorvão (Penacova) que, a par com a Sé de Coimbra, foi um dos maiores motores da região na época; e o Mosteiro da Vacariça, que estendeu o seu património para além dos rios Mondego, a sul, e Douro, a norte, tendo sido proprietário do Mosteiro de Leça e de terras da Maia. Os registos dessa época chegaram até nós através do Livro Preto da Sé (Velha) de Coimbra, dos registos do Livro dos testamentos do Mosteiro do Lorvão. Assim, é a partir desta época que grande parte dos nomes e localização de grande parte das terras do concelho começam a surgir, em cartas de doação e documentação relativa a tributos, assim como a grande importância que o já desaparecido Mosteiro da Vacariça teve nas terras a Sul do Douro e Norte do Mondego. Para dar alguns exemplos, existem referências a: Vale Covo em 967, provavelmente antiga designação de Rio Covo (Barcouço); Vimieira em 967, nome atual da antiga villa romana aí existente; Villa Verde em 972 e 974, pela descrição provavelmente antepassada da Mealhada ou de alguma das povoações à volta, pois a referência é dada às margens do rio Vacariça entre Barrô (Luso) e Vimieira (Casal Comba), não ficando assim descartadas a Póvoa e o Reconco, que também se situam nesta zona, sendo à altura a Mealhada um paul; a Vacariça e o seu Mosteiro são referenciados em 1002; Ventosa em 981; Arinhos (Ventosa do Bairro), Antes, Luso e Várzeas (Luso) e Santa Cristina (Vacariça) em 1064; Barcouço em 1116; Pampilhosa em 1117; Pedrulha (Casal Comba) em 1123; Sernadelo (Mealhada) em 1140, mas apenas como local de cultivo, não como povoação; e muitas outras referências foram feitas. Assim, e segundo estes documentos, as terras hoje pertencentes ao concelho foram propriedades destes mosteiros, da Sé de Coimbra e ainda de particulares.Só a 12 de setembro de 1514 Mealhada e Vacariça recebem foral por D. Manuel I, mas as terras do atual concelho permaneceram sob jurisdição do Bispo de Coimbra. Assim, o atual território pertenceu aos concelhos medievais de Coimbra (Pampilhosa), Vacariça (Vacariça, Mealhada e Luso) e Casal Comba e Ventosa (Ventosa e Antes). Em 1628, estabelece-se no Buçaco uma comunidade de frades carmelitas, ali edificando o convento de Santa Cruz do Buçaco e inúmeras ermidas e capelas de penitência, que são hoje o património classificado do concelho. A Ordem dos Carmelitas Descalços ali permaneceu durante duzentos anos, até à sua extinção em 1834. Criação do concelho e organização administrativa No século XIX, com as grandes reformas liberais, foi criado o atual concelho da Mealhada, no reinado de D. Maria II. Criado a 6 de abril de 1836, era constituído pelas freguesias de Casal Comba, Ventosa, Tamengos e Aguim, sendo que a Mealhada foi sede de concelho e pertencia à freguesia de um concelho vizinho, o da Vacariça. Na altura da sua extinção, em 1837, este concelho vizinho detinha as freguesias de Vacariça, Luso e Vila Nova de Monsarros, que passou a pertencer ao concelho de Anadia. Ainda em 31 de dezembro de 1853, passaram para o concelho as freguesias de Pampilhosa, desagregada do concelho de Coimbra, e a de Barcouço, vinda do extinto concelho de Ançã (Cantanhede). Por sua vez, sairiam Aguim e Tamengos para o concelho de Anadia. Com o formato com que ainda hoje permanece, o concelho veria a sede de concelho a elevar-se a freguesia em 24 de junho de 1944, desanexada da freguesia de Vacariça, e ainda a freguesia de Ventosa a dividir-se e a criar a freguesia da Antes, a 23 de abril de 1964, ficando assim administrativamente como até hoje. Ligado sempre a Coimbra, a atribuição entre os distritos de Aveiro e Coimbra foi conflituosa, sendo a Mealhada integrada no de Aveiro entre 1836 e 1842, ano em que mudou para Coimbra. Mas a troca pelo concelho de Mira voltaria a pôr o concelho de volta no distrito de Aveiro em 1855, onde ainda permanece, configurando-lhe o aspeto de “península” embrenhada no distrito de Coimbra. Luso foi elevada a Vila em 6 de novembro de 1937. Pampilhosa foi elevada a Vila em 9 de junho de 1985. Mealhada foi elevada a Cidade em 26 de agosto de 2003. Freguesias O Município da Mealhada está dividido em 6 freguesias: Barcouço Casal Comba Luso Mealhada, Ventosa do Bairro e Antes Pampilhosa Vacariça Evolução da População do Município (Número de habitantes que tinham a residência oficial neste município à data em que os censos se realizaram.) (Obs: De 1900 a 1950, os dados referem-se à população presente no município à data em que eles se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente.) Equipamentos e infraestruturas Em termos de equipamentos, regista-se a existência de todos os serviços da administração pública, incluindo tribunal, estabelecimentos de ensino, centro de saúde e duas corporações de bombeiros. Política Eleições autárquicas Eleições legislativas Acessibilidades Em termos de infraestruturas rodoviárias, o município é atravessado pela A1 (com acesso pelo nó da Mealhada), pelo IC 2 (que atravessa o município), pela EN 234 (entre Mira e Mangualde) e por uma rede viária municipal extensiva a todas as freguesias. É igualmente atravessado pelas linhas ferroviárias do Norte (entre Lisboa e Porto), da Beira Alta (entre Pampilhosa e Vilar Formoso) e do Ramal da Figueira da Foz (entre a Figueira da Foz e Pampilhosa), que se cruzam na estação da Pampilhosa, tornando-a num dos nós ferroviários mais importantes de Portugal. Com a sua situação geográfica ímpar na Região Centro, a Mealhada dista, por auto-estrada, 1 hora do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, 2 horas do aeroporto da Portela, em Lisboa, e está a menos de 1 hora dos portos de Aveiro e da Figueira da Foz, para os quais tem excelentes acessos. Turismo Com uma vertente turística muito forte assente nas Termas do Luso, Mata Nacional do Buçaco e na Gastronomia, o município possui diversas unidades hoteleiras, pondo à disposição dos turistas mais de mil camas e cerca de meia centena de restaurantes especializados em leitão assado à Bairrada. Grande parte destes, senão mesmo uma forte maioria, estão situados na parte norte, em Sernadelo, e alguns na parte sul, em Ponte de Casal Comba e Ponte de Viadores. Gastronomia O município da Mealhada é conhecido, nacional e internacionalmente, pela Mata Nacional do Buçaco, e pelo seu hotel de charme conhecido em todo o mundo. O leitão assado à Bairrada é dos um produtos das 4 Maravilhas da Mesa da Mealhada e é o ex-libris da localidade, juntando-se à água (do Luso), ao vinho (da Bairrada) e ao pão (da Mealhada). Arroz de pato à antiga, caramujos e cavacas são parte do produto do concelho. Património Estação da Mala-Posta de Carqueijo Palácio Hotel de Bussaco, Palacete Hotel do Buçaco ou Palace Hotel do Buçaco e mata envolvente, incluindo as capelas e ermidas, Cruz Alta em conjunto com o Convento de Santa Cruz do Buçaco Casa dos Melos ou Casa Rural (Casa Seiscentista) e Celeiros do Mosteiro do Lorvão A cidade Localização A cidade situa-se maioritariamente na freguesia de Mealhada e ainda se estende para Sul, para a freguesia de Casal Comba, e para Este, para a freguesia de Vacariça. A cidade incorpora, para além das partes centrais da Mealhada e Póvoa da Mealhada, as do Cardal, Sernadelo, São Romão, Reconco, Pedrinhas, Ponte de Casal de Comba, Ponte da Viadores e ainda Travasso. Equipamentos e infraestruturas Cine-Teatro Messias Piscinas Municipais Pavilhão Gimnodesportivo Escola Básica do 1º ciclo Escola E. B. 2 e 3 da Mealhada Escola Secundária da Mealhada Arquivo Municipal Bombeiros Voluntários da Mealhada Hospital da Santa Casa da Misericórdia da Mealhada Igreja Católica Igreja Protestante Supermercado Intermarché Supermercado Lidl Supermercado Pingo Doce Estação do Caminho-de-Ferro da Linha do Norte Galeria Ligações externas
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
( na numeração romana foi um ano comum do século X do Calendário Juliano, da Era de Cristo, teve início a uma sexta-feira e terminou também a uma sexta-feira, e a sua letra dominical foi C (52 semanas). No território que viria a ser o reino de Portugal estava em vigor a Era de César que já contava 979 anos. Eventos Cerco de Constantinopla - levado a cabo pela Rússia de Quieve. Nascimentos Rei Eduíno de Inglaterra (data provável; m. 959).
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
( na numeração romana foi um ano comum do século X do Calendário Juliano, da Era de Cristo, teve início a uma sexta-feira e terminou também a uma sexta-feira, a sua letra dominical foi C (52 semanas). No território que viria a ser o reino de Portugal estava em vigor a Era de César que já contava 1013 anos. Eventos Nascimentos Ermengol I de Urgell, conde de Urgel. Faleceu em 1010. D. Gosendo Arnaldes de Baião, Cavaleiro medieval português Falecimentos 8 de Julho - Rei Edgar de Inglaterra (n. cerca de 942) Adalberto da Itália, foi o sexto marquês de Ivrea e rei da Itália (n. 931)
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
O grande incêndio de Roma teve início na noite do dia 18 de julho de 64 d.C., afetando 10 das 14 zonas da antiga cidade de Roma, três das quais foram completamente destruídas. O fogo alastrou-se rapidamente pelas áreas mais densamente povoadas da cidade, com as suas ruelas sinuosas. O fato de a maioria dos romanos viverem em ínsulas, edifícios altamente inflamáveis devido à sua estrutura de madeira, de três, quatro ou cinco andares, ajudou à propagação do incêndio. Nestas condições, o incêndio prolongou-se por seis dias seguidos até que pudesse ser controlado. O antigo Templo de Júpiter Estator e o lar das Virgens Vestais foram destruídos, bem como dois terços da antiga cidade. De acordo com Tácito e posterior tradição cristã, o imperador Nero culpou a devastação da comunidade cristã na cidade, iniciando a primeira perseguição do império contra os cristãos. Antecedentes Incêndios registrados anteriormente em Roma Incêndios em Roma eram comuns, especialmente em casas, e incêndios que ocorreram anteriormente em Roma e destruíram partes de grandes edifícios incluem: AD 6, que levou à introdução das Cooortes Vigiles 12 d.C. que destruiu a Basílica Julia 14 d.C. na Basílica Emília 22 d.C. no Campo de Marte 26 d.C. no Monte Célio 36 d.C. no Circus Maximus Tácito Publius Cornelius Tacitus foi senador e historiador do Império Romano. Sua data de nascimento exata é desconhecida, mas a maioria das fontes a coloca em 56 ou 57 d.C. Suas duas obras principais, os Anais e as Histórias, cobriram a história do império entre 14 e 96 d.C. foram perdidos, incluindo os livros que cobrem eventos após 70 d.C. Ele tinha apenas oito anos de idade na época do incêndio, mas foi capaz de usar registros e relatórios públicos para escrever um relato preciso. Vigílias Após o incêndio em 6 d.C., as Vigílias ("coortes dos vigias") foram introduzidas por Augusto. Os cohortes vigilum, dirigidos por libertos, foram encarregados de vigiar Roma à noite, enquanto os cohortes urbanae foram encarregados de vigiar Roma durante o dia. Na época do Grande Incêndio de Roma, havia milhares de Vigilantes na cidade e eles tinham ido trabalhar tentando parar as chamas despejando baldes de água em prédios, tentando mover material inflamável do caminho do fogo, e até mesmo demolir prédios para tentar fazer um apagão. Em 22 a.C. Augusto financiou uma brigada de incêndio. O sistema de água de Roma Antes do incêndio, a água de Roma era trazida por nove aquedutos que não estavam equipados com equipamentos para combater incêndios. Realizar reparos nos aquedutos era uma tarefa contínua para o Comissário de Águas de Roma. O comissário de água de Roma também estava encarregado de investigações sobre aqueles que estavam canalizando água ilegalmente sem pagar uma taxa de licença ao estado. Os bombeiros contaram com cobertores, baldes de água, vinagre e demolição de prédios para apagar incêndios. Nero e o incêndio de Roma Existem várias versões sobre a causa do incêndio. A versão mais contada é a de que os moradores que habitavam as construções de madeira usavam do fogo para se aquecer e se alimentar. E por algum acidente, o fogo se alastrou. Para piorar a situação, ventos fortes arrastavam o fogo pela cidade. Outra versão famosa, é de que o imperador Nero teria ordenado o incêndio com o propósito de construir um complexo palaciano, já que o senado romano havia indeferido o pedido de desapropriação para a obra. Há ainda a versão, concebida por romancistas cristãos pósteros que, atribuindo ao imperador a condição de demente, pretende que ele provocou o incêndio para inspirar-se, poeticamente, e poder produzir um poema, como Homero ao descrever o incêndio de Troia. Segundo algumas fontes, enquanto o fogo consumia a cidade, Nero contemplava o cenário, tocando com sua lira. Esta cena é retratada no romance Quo Vadis. Todavia, o fato de, posteriormente, ter usado seus agentes para adquirir, a preço vil, terrenos nas imediações de seu palácio, com a provável intenção de ampliá-lo, tornou-o suspeito, junto ao povo, de ter responsabilidade no sinistro. Para Massimo Fini, Nero teria sido caluniado, por historiadores romanos e cristãos, nesse episódio do grande incêndio de Roma. Os cristãos e o incêndio de Roma Não se sabe ao certo o momento e as razões que levaram os cristãos a serem acusados de responsáveis pelo incêndio. Historiadores cristãos e também romanos (como Tácito e Suetônio, cujas obras denotam acentuada antipatia pelo imperador) sustentam que se tratou de uma manobra de Nero, para desviar as suspeitas de sua pessoa. Uma vez que a tese de "incêndio criminoso" se disseminara, era necessário encontrar os culpados, e os cristãos podem ter-se tornado "bodes expiatórios"ideais, pelo fato de serem mal vistos em Roma. De fato, Suetônio relata que as crenças cristãs eram tidas, na época, como "'superstição nova e maléfica'" enquanto Tácito, embora acusando Nero de ter injustamente culpado os cristãos, declara-se convencido de que eles mereciam as mais severas punições porque cometiam "infâmias" e eram "inimigos do gênero humano". Hoje a Igreja Católica celebra a memória desses "Santos Protomártires" todos anos no dia 30 de junho. E entre os mais ilustres estavam São Pedro que foi crucificado no Circo de Nero, actual Basílica de São Pedro, e São Paulo que foi decapitado junto à estrada de Roma para Óstia. Referências culturais A ficção histórica de Henryk Sienkiewicz, Quo Vadis, implica fortemente que Nero ordenou que Tigellinus incendiasse Roma. No romance, Nero reclama repetidamente do cheiro de Roma, expressa o desejo de substituir seus bairros miseráveis ​​por uma cidade mais bonita e busca inspiração para escrever um poema ou música que supere as obras de Homero ou Virgílio descrevendo a queima de Tróia. No 4º episódio da série Doctor Who de 1965, "The Romans", o Doutor acidentalmente acende os planos de Nero para uma nova Roma, dando a Nero a ideia de queimar Roma para que o Senado seja forçado a reconstruir Roma do seu jeito. O programa de computador para autoria de discos ópticos Nero Burning ROM foi nomeado em referência a Nero e sua associação com o Grande Incêndio de Roma. A banda norueguesa Ulver lançou um álbum intitulado The Assassination of Julius Caesar em 2017, que abriu com uma música chamada "Nemoralia", sobre o Grande Incêndio de Roma. A letra inclui "Nero acende a noite/18 a 19 de julho de 64 d.C.", entre outras referências a este evento histórico, embora a palavra "fogo" nunca seja explicitamente mencionada. A primeira faixa do álbum The Apostasy da banda de death metal enegrecido Behemoth é chamada de "Roma 64 CE" como uma referência ao evento, enquanto a segunda faixa é chamada de "Slaying the Prophets ov Isa", referenciando a perseguição aos cristãos em que Pedro, o Apóstolo foi supostamente morto. Isa é o nome árabe de Jesus. No capítulo 5 de A Torre de Nero, de Rick Riordan, enquanto tenta descobrir uma maneira de evitar ser pego por Nero e seus homens, o deus Apolo implica que Nero incendiaria Nova York para conseguir o que quer, assim como ele tinha feito com a Roma Antiga. Bibliografia Suetônio, Gaio. A vida dos doze césares (Tradução de Sady Garibaldi). São Paulo: Ediouro, 1966. Tácito, Cornélio. Anais (Tradução de Leopoldo Pereira). São Paulo: Ediouro, 1967. História do Império Romano Roma Nero História de Roma
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
1830 foi marcado por uma revolução q trata-se de uma briga de estados absolutistas contra estado burguês, tendo em vista o congresso de Viena. (, na numeração romana) foi um ano comum do século XIX do atual Calendário Gregoriano, da Era de Cristo, e a sua letra dominical foi C, teve 52 semanas, início a uma sexta-feira e terminou também a uma sexta-feira. Eventos Faro é elevada a categoria de capital do Algarve. Chega a Angra, uma galé inglesa conduzindo 280 soldados, muitos oficiais e paisanos, vindos de Ostende, em socorro dos partidários de D. Pedro IV. Instalação da Regência do governo de Portugal, governo provisório Liberal, em Angra. No Japão, abre-se uma loja de roupas em Osaka, para mais tarde se tornar a Loja de departamentos Sogo com lojas em todo o país. Fevereiro 3 de fevereiro - A Grécia, até então região autônoma do Império Otomano, obtém a sua independência, em resultado da Guerra grega pela independência. As negociações quanto à definição de fronteiras são supervisionadas pela Rússia, França e Grã-Bretanha, durando até 1832. Março 15 de março - Proclamação da Regência Liberal, liderada por António José de Sousa Manuel de Menezes Severim de Noronha, do Reino de Portugal na ilha Terceira, Açores, sob a presidência do Marquês de Palmela com a conseguente nomeação de Angra como Capital do Reino de Portugal por força do Decreto datado de 15 do mesmo mês; 15 de Março – Por força do Decreto de 15 de Março - Angra do Heroísmo é nomeada capital do Reino de Portugal. 15 de março - Extinção do lugar de capitão-general dos Açores por decreto desta data. 15 de Março - Chegada do Marquês de Palmela e de José António Guerreiro à ilha Terceira, Açores. 16 de março - Nomeação do Conde de Vila-Flor no cargo de chefe militar da regência liberal na ilha Terceira, Açores. Abril 6 de abril - A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é oficialmente organizada nos Estados Unidos da América pelo Profeta restaurador Joseph Smith Jr. Maio 13 de maio - O Equador se separa da Grande Colômbia. Junho 26 de junho - Guilherme IV é coroado Rei do Reino Unido, sucedendo Jorge IV. Julho 5 de julho - A França invade a Argélia. 7 de julho - Portaria estabelecendo no Fortaleza de São João Baptista, em Angra do Heroísmo, Açores, uma escola militar. 18 de julho - O Uruguai adopta a sua primeira constituição. 20 de julho - A Grécia concede cidadania aos judeus. Agosto 25 de agosto - Início da Revolução Belga. Setembro 15 de setembro - No Reino Unido, é inaugurada a Liverpool and Manchester Railway. É a primeira ferrovia de transporte de passageiros do mundo, usando somente locomotivas a vapor. Outubro 19 de outubro - É içado pela primeira vez em território português o pavilhão Constitucional na Fortaleza de São João Baptista. Novembro 27 de novembro - Última Aparição de Nossa Senhora das Graças a Santa Catarina Lauboré. Nascimentos 15 de Março - Aristides da Silva Lobo, político brasileiro. 5 de Junho - Carmine Crocco, brigante italiano (m. 1905). 11 de Junho - Miguel Iglesias, foi presidente do Peru (m. 1909) 21 de Junho - Luís Gama, advogado, jornalista e escritor brasileiro (n. 1882) 10 de Julho - Camille Pissarro, pintor impressionista francês. (m. 1903). 7 de Agosto - Dom Antônio de Macedo Costa, bispo católico brasileiro (m. 1891). 8 de Setembro - Frédéric Mistral, escritor francês de língua occitana (m.1914). 15 de Setembro - Porfirio Díaz, presidente do México em 1876, de 1877 a 1880 e de 1884 a 1911 (m. 1915). Abdulazize, m. 1876, foi o 82° Sultão Otomano. Falecimentos 6 de Janeiro - Carlota Joaquina de Bourbon, Rainha consorte de Portugal (n. 1775). 7 de Janeiro - Thomas Lawrence, pintor inglês (n. 1769). 2 de Fevereiro - Manuel da Costa Ataíde pintor brasileiro (n. 1762). 20 de Março - Nicolas-Antoine Taunay, pintor francês (n. 1755). 16 de Maio - Jean-Baptiste Joseph Fourier, matemático francês (n. 1768). 4 de Junho - Antonio José de Sucre, líder revolucionário venezuelano (n. 1795). 23 de Setembro - Elizabeth Monroe, primeira-dama dos Estados Unidos (n. 1768). 8 de Novembro - Francisco I das Duas Sicílias, rei das Duas Sicílias (n. 1777). 21 de Novembro - Líbero Badaró, jornalista de origem italiana e opositor do imperador brasileiro Pedro I do Brasil. 1 de Dezembro - Papa Pio VIII (n. 1761) 17 de Dezembro - Simón Bolívar, líder revolucionário venezuelano (n. 1783). Yeshey Gyaltshen, Desi Druk do reino do Butão, n. 1781.
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
A tauromaquia ou, numa das suas principais expressões, tourada ou corrida de touros, é um evento que consiste na lide de touros bravos, a pé ou a cavalo. Os primeiros registos desta cultura remontam ao , sendo que a sua expressão mais forte sempre ocorreu na Península Ibérica (Portugal e Espanha) embora seja também muito comum no Sul de França e em diversos países da América Latina, como o México, Colômbia, Peru, Venezuela, Equador e Costa Rica, assim como nas Filipinas e Estados Unidos. Nos últimos anos os eventos tauromáquicos têm despertado um intenso debate entre os respectivos apoiantes e críticos. Em sentido amplo, a tauromaquia também inclui todo o desenvolvimento prévio do espetáculo, desde a criação do touro, a confecção dos trajes dos participantes, além do desenho e publicação do cartel taurino e outras manifestações artísticas ou de caráter publicitário, que variam de acordo com os países e regiões onde a tauromaquia integra a cultura nacional ou regional. História Na cultura da Península Ibérica, o Circo de Termes parece ter sido um local sagrado onde os celtiberos praticavam o sacrifício ritual dos touros. A estela de Clunia é a mais antiga representação do confronto de um guerreiro com um touro. As representações taurinas de variadas fontes arqueológicas encontradas na Península Ibérica, tais como os vasos de Líria, as esculturas dos Berrões, a bicha de Balazote ou o touro de Mourão estão, quase sempre, relacionadas com as noções de força, bravura, poder, fecundidade e vida, que simbolizam o sentido ritual e sagrado que o touro ibérico teve na Península. A palavra "tauromaquia" é oriunda do grego ταυρομαχία - tauromachia (combate com touros). O registo pictórico mais antigo da realização de espectáculos com touros remete à ilha de Creta (Knossos). Esta arte está presente em diferentes vestígios desde a antiguidade clássica, sendo conhecido o afresco da tourada no palácio de Cnossos, em Creta. Júlio César, durante a exibição do venatio, introduziu uma espécie de "tourada" onde cavaleiros da Tessália perseguiam diversos touros dentro de uma arena, até os touros ficarem cansados o suficiente para serem seguros pelos cornos e depois executados. O uso de uma capa num confronto de capa e espada com um animal numa arena está registado pela primeira vez na época do imperador Cláudio. A tourada fez parte das origens de Portugal. De entre a realeza, aqueles que foram reais toureiros foram , D. Sebastião, , , D. Miguel e D. Carlos. Todos toureavam a cavalo, mas D. Pedro II chegou a enfrentar o touro a pé. O que mais contribuiu para o desenvolvimento das touradas terá sido D. Sebastião, que pediu ao Papa Gregório que revogasse a Bula Pontifícia de Pio V que proibia as touradas. As touradas como as conhecemos hoje nasceram no Iluminismo, entre o século XVII e XVIII, e realizavam-se nas praças públicas das cidades. Em Lisboa, a Praça do Comércio e o Rossio eram os locais usados para as touradas. Desde o , as touradas começaram a realizar-se em recintos fechados criados para correr os toiros, as actuais praças de toiros. A maior praça de touros do mundo era a "Plaza México", localizada na Cidade do México desativada em 2022. A maior praça europeia é a "Las Ventas", em Madrid. Numa tourada, todos os touros têm, pelo menos, quatro anos de idade. Quando os touros lidados ainda não fizeram os 4 anos, diz-se que é uma novilhada. A lide varia de país para país. Em Portugal, tem duas fases: a chamada lide a cavalo (ou, menos correntemente, lide a pé) e, posteriormente, a pega. A primeira é levada a cabo por um cavaleiro lidando o touro. A lide consiste na colocação de bandarilhas, ditas farpas, de tamanhos variáveis, começando com bandarilhas longas e culminando frequentemente com bandarilhas muito curtas, ditas "de palmo". Em Portugal as touradas foram proibidas em 1836, durante o reinado de , mas tal proibição durou somente 9 meses, pois a população revoltou-se contra a mesma. Voltaram assim a ser permitidas, mas sendo proibidos os chamados touros de morte, onde o touro é morto em praça pública, embora tal prática tenha continuado a acontecer em diversas corridas. Em 1928, os touros de morte foram proibidos em Portugal. Em 2002, a lei foi alterada, voltando a permitir os toiros de morte em locais justificados pela tradição, como na vila de Barrancos. Em Monsaraz o touro continuou a ser morto entre 2002 e 2013 (seguindo uma tradição centenária), mesmo sem autorização administrativa, defendendo os locais que esta vila cumpria os requisitos legais para ter toiros de morte, tendo o Tribunal Administrativo para que recorreram lhes dado razão e, em consequência, os espectáculos com toiros de morte na vila medieval de Monsaraz passaram a ser autorizados pela autoridade administrativa competente (Inspecção-Geral das Actividades Culturais) desde 2014. Tauromaquia A Tauromaquia é toda a Cultura que envolve os touros. Esta começa nas Ganadarias (onde se criam os touros), espaços associados a grandes campos, passa pelas Coudelarias (onde se criam os cavalos), peças fundamentais na tauromaquia por serem necessários desde a criação dos touros até à sua lide, passa também pelos Trajes típicos associados aos touros, do traje dos Campinos (inspirado no traje típico do Ribatejo), dos cavaleiros (traje de montar a cavalo no ), dos Forcados (inspirado no traje dos campinos), dos cavaleiros amadores (traje tradicional português ou tradicional espanhol de montar a cavalo), dos toureiros ("traje de luces"), dos picadores (nas corridas em Espanha), dos peões de brega ou mesmo dos cavalos nas cortesias, entre outros, pelas festas e feiras tauromáquicas, das largadas de touros, garraiadas, largadas à corda etc., pelos passodobles, estilo de música "de banda", muito antigo e criado com o propósito de dar ambiente às lides de touros, pelos bastantes fados, sevilhanass ou flamencos de temática tauromáquica, pelos modos de vida das pessoas ligadas aos touros como os ganaderos, campinos, cavaleiros amadores, e passa por muitos e muitos outros exemplos da cultura tauromáquica, da qual dependem directa ou indirectamente dezenas, talvez centenas de milhares de pessoas em todo o mundo. As touradas representam o domínio do homem, da razão, sobre a força bruta e violenta do animal, onde o homem tenta lidar um animal que é livre de se defender, com objectivo de criar arte. Na tourada, o Homem representa os valores humanos da coragem, da superação, do valor perante a violência e o caos do touro. O filósofo francês Francis Wolff, Professor da Universidade de Paris-Sorbonne, escreveu, em 2011, um pequeno livro chamado "50 Razões para Defender as Corridas de Toiros" dirigido a aficionados e antitaurinos. Em 2011, a Federação Portuguesa das Associações Taurinas (Protoiro) entregou um documento explicativo sobre "" e a sua importância, no Parlamento Português, na Comissão de Educação e Cultura. Corrida de Touros à Portuguesa A corrida de toiros à portuguesa consiste na lide a cavalo de seis ou mais toiros bravos, seguindo-se a pega efectuada por 8 forcados (pega de caras) ou por somente 2 forcados (pega de cernelha). Desde meados do século XIX, com a generalização da pega, que na corrida à portuguesa foi abandonada a morte do toiro na arena. Na corrida de touros à portuguesa, os cavaleiros vestem-se com trajes do e os forcados vestem-se como os rapazes do fim do . Foi no tempo de Filipe III que foram introduzidos na arena, pela primeira vez, os coches de gala durante as corridas reais. Cortesias As cortesias marcam o início da corrida de touros à portuguesa. No início da corrida todos os intervenientes (cavaleiros, forcados, bandarilheiros, novilheiros, campinos e outros) entram na arena e cumprimentam o público, a direcção da corrida e figuras eminentes presentes na praça. Nas corridas de gala à antiga portuguesa a indumentária é de rigor e na arena desfilam coches puxados por cavalos luxuosamente aparelhados. Lide a cavalo Todo o decorrer da corrida de touros à portuguesa consiste na "lide" de seis touros, habitualmente. Cada um dos touros é lidado por um cavaleiro tauromáquico, que tem um determinado tempo durante o qual poderá cravar um número variável de farpas compridas (no início), curtas e de palmo (ainda mais pequenas) no dorso do animal. A forma de abordar o touro e cravar o ferro também pode variar, podendo ser, entre outros, "frontal", "ao piton contrário" ou "em violino", devendo ser rematada "ao estribo". A lide de touros a cavalo exige uma grande preparação física e psicológica destes animais, que começam a ser trabalhados logo com três anos de idade. Existe uma raça de cavalos desenvolvida especialmente para as corridas de touros, o cavalo "puro-sangue lusitano" (PSL), que se diferencia pela sua coragem, generosidade e altivez. Pega Após a lide do touro pelo cavaleiro tauromáquico é comum entrar em cena o "peão de brega" (figura subalterna do cavaleiro, que tem como função posicionar o toiro da melhor forma, seja para a lide a cavalo ou para a pega) que efectua algumas manobras com um capote posicionando o toiro, normalmente junto às tábuas, de forma a que o grupo tenha espaço para o pegar. De seguida entram em cena os forcados. Os forcados são um grupo amador que enfrenta o touro a pé com o objectivo de conseguir imobilizar o touro unicamente à força de braços. Oito homens entram na arena, sendo o primeiro o forcado da cara, seguindo-se os chamados ajudas, o primeiro e os segundos ajudas (os mais determinantes), em quinto o rabejador (o chamado "leme" do Grupo, que segura no rabo do toiro, procurando deter o avanço do animal e fixá-lo num determinado local para que quando os forcados o largarem este não invista sobre eles e normalmente, por espetáculo, costuma dar voltas com o animal) e finalmente os terceiros ajudas, que também ajudam na pega. A pega só está consumada se o forcado da cara se mantiver seguro nos cornos do toiro e este seja detido e imobilizado pelos seus companheiros. Nas touradas em que os touros são lidados a pé não existe pega. os forcados nasceram por volta de 1836 quando a rainha proibiu a morte dos toiros na arena, havendo, assim, necessidade de terminar a lide dos cavaleiros com um qualquer gesto de domínio do Homem sobre o animal. Antes de cumprirem essas funções, os "Moços de Forcado" eram os guardas reais durante as corridas de toiros, que impediam que o animal ou pessoas não autorizadas subissem ao camarote real. Em Março de 2015 a Assembleia da República aprovou uma Lei que estabelece a idade mínima de 16 anos para os artistas tauromáquicos e auxiliares, com excepção dos forcados e artistas amadores que podem participar com idade inferior, embora somente com prévia autorização ou comunicação, conforme o caso, à respectiva Comissão de Protecção de Crianças e Jovens, segundo as regras previstas no Código de Trabalho para o exercício de funções por menores de 16 anos. Lide a pé (corrida de toiros à espanhola) A lide de toiros a pé foi sempre muito associada a Espanha, sendo uma das imagens de marca deste país, especialmente no sul (em zonas como a Andaluzia ou a Extremadura), no entanto é praticada em todos os oito países taurinos (França, Espanha, Portugal, México, Peru, Venezuela, Equador e Colômbia). Não se tem a certeza da origem do toureio "apeado", mas crê-se que nasceu por volta de 1669, quando foi coroado rei. De sensibilidade diferente de seu pai, logo mostrou o seu desagrado perante as corridas de touros. A fidalguia, com necessidade de agradar ao novo rei, afastou-se das arenas, mas o povo manteve a sua paixão e continuou a lidar touros, porém, não tendo dinheiro para sustentar cavalos, passou a toureá-los a pé. Hoje em dia, a lide de toiros é bastante diferente e bastante mais "evoluída". A lide de touros a pé está dividida em três "Tercios": No primeiro, o "tercio de varas", o toureiro utiliza uma capa larga e pesada, geralmente cor-de-rosa e amarela, denominada "capote". Com o capote, o toureiro pode avaliar a "bravura" do toiro com alguma segurança. De seguida incentiva-se o toiro a investir contra o "picador", personagem montado em cima de um cavalo tapado por uma forte protecção, que utiliza uma vara comprida ("puya", em espanhol), cravando-a no dorso do animal. Com o picador, "corrige-se" a investida do toiro, tira-se-lhe um pouco de força (por segurança) e o toureiro consegue avaliar novamente a bravura do animal que tem pela frente. No segundo, o "tercio de bandarilhas", um "bandarilheiro" crava, a pé, dois ou três pares de bandarilhas no dorso do toiro, com o objectivo de o "acordar" (o toiro começa a cansar-se) para o vem de seguida. No terceiro, o "tercio de muerte", é que se vê a conhecida arte de tourear. Um toureiro, apenas munido de uma leve capa encarnada (a "muleta") e de um "estoque", toureia o enorme e perigoso animal que tem pela frente, com o objectivo de criar uma lide bela e artística. Quando o toiro estiver completamente dominado, sem qualquer resto de altivez, então chega a altura de o matar. Este é, provavelmente, o momento em que se vê claramente todo o objectivo e a razão de ser das corridas de toiros. este é, também, o momento mais perigoso de toda a lide, pois o toureiro chega-se muito próximo dos cornos do toiro e arrisca-se seriamente a levar uma cornada. Com o "estoque" (uma espécie de espada encurvada), este crava-o no animal, tentando acertar directamente no coração (quanto menos tempo o toiro estive a sofrer com o "estoque" e mais rápido morrer, melhor é considerada a "estocada"). Em Portugal, devido à proibição de matar os toiros dentro da arena (com excepção de Barrancos e Monsaraz), crava-se uma última bandarilha seguindo o mesmo gesto, sendo o animal morto mais tarde num matadouro. Património cultural Em França, as touradas foram consideradas como parte do Património Imaterial e Cultural francês, de acordo com a Convenção da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura para a salvaguarda do Património Cultural Imaterial. A Espanha também declarou as touradas como Património Imaterial e Cultural, mas estas foram proibidas pelas autoridades locais primeiro nas Ilhas Canárias em 1991 e na região autónoma da Catalunha em 2012. A proibição da Catalunha aguarda decisão do Tribunal Constitucional Espanhol, que a poderá reverter. Em Portugal, 32 Municípios declararam a Tauromaquia como Património Imaterial e Cultural, como por exemplo nas Autarquias de Sabugal (Guarda), Barrancos (Beja), Pombal (Leiria), Alter do Chão, Monforte e Fronteira (Portalegre), Azambuja, Coruche (Santarém) ou Angra do Heroísmo e Graciosa (Açores), assim como a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC), que inclui todo o distrito de Évora. Existe, actualmente, um projecto de elevar a Tauromaquia a Património da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, para além de um outro projecto que pretende elevar o tradicional "Forcão" (típico da região da Guarda, na Beira Alta) a Património Imaterial e Cultural da Humanidade. Críticas Os grupos de defesa de direitos animais e de bem-estar animal criticam as touradas por considerarem que consistem num ato injustificável de crueldade, que não se insere dentro das tradições humanistas. Em Portugal, quatro autarquias defenderam a não realização de actividades tauromáquicas nos seus concelhos, Viana do Castelo, Braga, Cascais e Sintra. Em Faro, no ano de 2012, o Presidente da Câmara Municipal cancelou uma garraiada agendada no âmbito da semana de receção ao caloiro da Universidade do Algarve, declarando que os espetáculos tauromáquicos não eram bem-vindos no concelho. Em 2010, o presidente da Câmara Municipal de Santarém, Francisco Moita Flores, lançou uma petição em defesa das touradas que já ultrapassou as 100 mil assinaturas, sendo uma das petições mais participadas de sempre em Portugal, em prol de uma causa, em vez das típicas petições contra algo. Na Espanha, existem regiões onde os espectáculos tauromáquicos estão proibidos. Primeiro foram as Ilhas Canárias, com a aprovação em 1991 da Lei de Proteção de Animais. Duas décadas depois, em Julho do 2010, o Parlamento de Catalunha aprovou uma Iniciativa Legislativa Popular - que contou com 180 000 cidadãos subscritores - levando à proibição de espectáculos tauromáquicos, com a exceção dos bous al carrer (bois na rua). Um estudo de opinião sobre touradas foi levado a cabo pela Eurosondagem, em 2011, em todo o país, e mostrou que 32,7% dos entrevistados são aficionados, gostam ou apreciam actividades com touros, 20,6% são indiferentes às touradas, 32,8% não são aficionados mas não são contra as touradas e 11% são contra as actividades com touros. Ainda 59,3% dos portugueses acham que as touradas contribuem para uma boa imagem do país no estrangeiro e 75% dos portugueses acham que as touradas são importantes ou têm alguma importância para a economia e turismo e 65,3% acham que seria muito grave o desaparecimento da tradição taurina. Em 2018 o CESOP - Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica realizou uma sondagem para a Plataforma Basta de Touradas, no concelho de Lisboa, sobre a promoção de touradas na praça de touros do Campo Pequeno. O estudo, com uma margem de erro de 3,1% revelou que a esmagadora maioria dos cidadãos de Lisboa (89%) nunca assistiu a touradas no Campo Pequeno, desde a sua reabertura em 2006 e que 69% da população não concorda com a promoção de touradas pela Casa Pia (proprietária do edifício). A sondagem revela ainda que 75% da população de Lisboa não concorda que as touradas sejam financiadas com fundos públicos e que 96% da população de Lisboa defende que se realize outro tipo de espetáculos no Campo Pequeno, que não touradas. Apesar do estatuto de Património Cultural e Imaterial em alguns municípios portugueses, um estudo académico realizado em 2007 no Instituto Universitário de Lisboa, a pedido de uma associação de defesa dos direitos dos animais, mostra que 56,1% das pessoas inquiridas num inquérito de abrangência nacional responderam ser a favor de uma proibição legal das touradas. O número de espectáculos tauromáquicos, bem como de espectadores, diminuíram em Portugal no ano de 2013, de acordo com os dados estatísticos publicados pela Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC). o que aconteceu com todos os setores culturais e económicos em Portugal, que sofreram o forte impacto da crise económica. Por exemplo, os cinemas em 2013 perderam um milhão de espectadores, enquanto as touradas perderam somente 27 mil espectadores, uma descida pouco significativa. Em 2012, o Governo de Portugal lançou a iniciativa "Meu Movimento", com o objectivo de eleger a causa online mais popular no país com vista a ser apresentada ao Primeiro-Ministro. O Movimento pela Abolição das Corridas de Touros venceu com grande maioria dos votos, entre mais de mil causas diferentes, e foi recebido em audiência pelo Primeiro-Ministro e o Secretário de Estado da Cultura, no dia 8 de Maio de 2012. Apesar de a indústria tauromáquica ter acusado o movimento de ter realizado uma fraude nas votações, a verdade é que nunca ficou provado que isso tivesse acontecido, ou que a alegada fraude estivesse relacionada com o movimento abolicionista. Prova disso é o facto de, no ano seguinte, ter voltado a vencer um movimento cívico que defendia o fim dos dinheiros públicos para a tauromaquia. Na sequência destas iniciativas foi criada a Plataforma Cívica Basta, que conta com o apoio de um número alargado de instituições a associações de protecção animal. O Comité dos Direitos das Crianças das Nações Unidas recomendou a Portugal, em fevereiro de 2014, a elevação da idade a partir da qual é permitido assistir ou atuar em espetáculos tauromáquicos, com vista a garantir o seu bem-estar físico e mental. Tal recomendação foi contestada pela sua falta de fundamento científico, tendo sido resultado do lobby da fundação suíça antitaurina Franz Weber junto do Comité da Organização das Nações Unidas, onde não existiu qualquer contraditório ou estudo científico que fundamentasse as recomendações. O único estudo científico até hoje realizado sobre o possível impacto das touradas nas crianças contou com reputados especialistas de diversas universidades espanholas, tendo sido feito pela Protecção de Menores da Comunidade de Madrid, que concluiu que "não se pode considerar perigosa a assistência de espectáculos taurinos por menores de 14 anos..." Apesar das críticas da indústria tauromáquica e das acusações de falta de rigor científico do Comité, a verdade é que em 2019, durante a sessão de avaliação de Portugal, o Comité dos Direitos da Criança foi ainda mais longe, advertindo o Estado Português a interditar o acesso a touradas aos menores de 18 anos, sem exceção. No relatório final de avaliação de Portugal pode ler-se que "O Comité recomenda que o Estado Parte (Portugal) estabeleça a idade mínima para participação e assistência em touradas e largadas de touros, inclusive em escolas de toureio, em 18 anos, sem exceção, e sensibilize os funcionários do Estado, a imprensa e a população em geral sobre efeitos negativos nas crianças, inclusive como espectadores, da violência associada às touradas e largadas." Em 2018 a Academia de Coimbra realizou um referendo com a questão: "Deve o evento garraiada continuar no programa oficial da Queima das Fitas?" A resposta de 70,7% dos estudantes que participaram no referendo foi "não", uma maioria entre os 5 638 estudantes que participaram do ato eleitoral. No entanto, em 2017, as quatro corridas transmitidas (3 na RTP e 1 na TVI) obtiveram um acumulado de cerca de dois milhões de telespectadores. As transmissões televisivas obtêm uma média por corrida na ordem do meio milhão de telespectadores, atingindo sempre picos de 700 mil telespectadores por corrida. Isto faz com que as touradas sejam dos programas mais vistos do dia, na RTP, além de chegarem a liderar as audiências em vários horários, apesar de o Provedor do Telespectador da RTP ter considerado que a RTP se devia abster de transmitir touradas por não serem consideradas serviço público. O Provedor confirmou ainda que a transmissão de touradas eram o principal motivo de queixa dos telespectadores da RTP, acima da política ou do futebol. Uma sondagem realizada em junho de 2021 indicou que mais de 70% dos portugueses estão contra as touradas na RTP. Em 2021, a RTP decidiu deixar de transmitir touradas na sua emissão. No Brasil até o século XX Porto Alegre teve corridas de touros em praça de touros situada no Campo da Redenção, que hoje abriga o parque de mesmo nome. Com cavaleiros, bandarilheiros, forcados e pega, assim como pantomimas tauromáquicas, eram consideradas eventos sociais, recreativos e artísticos, atraindo humildes e abonados. A informação disponível não permite saber se o animal era sacrificado na apresentação. Havia, também, praças de touros em São Paulo, Campinas, Santos, Cuiabá, Curitiba, Salvador e no Rio de Janeiro, então capital nacional. Nela, em 1922, dentre as festividades do centenário da independência brasileira, realizaram-se touradas com registo cinematográfico. Em 1934, as touradas, juntamente com as rinhas de galo, foram proibidas pelo então presidente brasileiro Getúlio Vargas, proibições estas que se mantêm em vigor até hoje. Ver também Chegas de Touros Rodeio Tourada à corda Vaca das Cordas Capeia arraiana Farra do Boi Vaquejada Ligações externas Cultura de Portugal Cultura da Espanha Cultura do México
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Os répteis (latim científico: Reptilia) constituem uma classe de animais vertebrados tetrápodes e ectotérmicos, ou seja, não possuem temperatura corporal constante. São todos amniotas (animais cujos embriões são rodeados por uma membrana amniótica), característica que lhes permitiu ficarem independentes da água para reprodução, ao contrário dos anfíbios. Os répteis atuais são representados por quatro ordens: Testudines, Crocodylia, Squamata e Rhynchocephalia. A pele dos répteis é seca, sem glândulas mucosas, e revestida por escamas de origem epidérmica ou por placas ósseas de origem dérmica. Com tais características a pele dos répteis apresenta grande resistência. Seu sistema respiratório é mais complexo se comparado com o dos anfíbios. Nos répteis os sexos são distintos (macho e fêmea) e a maior parte geralmente é ovípara. Os répteis são encontrados em todos os continentes, apesar de suas principais distribuições compreenderem os trópicos e subtrópicos. Não possuem uma temperatura corporal constante, são ectotérmicos e necessitam do calor externo para regulação da temperatura corporal, por isso habitam ambientes quentes e tropicais. Conseguem até um certo ponto regular ativamente a temperatura corporal, que é altamente dependente da temperatura ambiente. A maioria das espécies de répteis são carnívoras e ovíparas (depositam ovos). Algumas espécies são ovovivíparas, e algumas poucas espécies são realmente vivíparas. Os dinossauros, extintos no final do Mesozoico, pertencem à superordem Dinosauria, também integrada na classe dos répteis. Outros répteis pré-históricos são os membros das ordens Pterosauria, Plesiosauria e Ichthyosauria. Classificação Taxonomia Classificação hierárquica dos répteis, segundo Benton (2015). Grupos marcados com asterisco (*) são parafiléticos, e grupos marcados com uma cruz (†) estão extintos. Class Reptilia †Subclasse Parareptilia †Ordem Pareiasauromorpha Subclasse Eureptilia †Ordem Younginiformes Ordem Testudinata (tartarugas) Infraclasse Lepidosauromorpha Infrasubclasse sem nome †Infraclasse Ichthyosauria †Ordem Thalattosauria Superordem Lepidosauriformes Ordem Rhynchocephalia (tuatara) Ordem Squamata (lagartos e serpentes) †Infrasubclasse Sauropterygia †Ordem Placodontia †Ordem Eosauropterygia †Ordem Plesiosauria Infraclasse Archosauromorpha †Ordem Rhynchosauria †Ordem Protorosauria †Ordem Phytosauria Divisão Archosauriformes Subdivisão Archosauria Superordem Crocodylomorpha Ordem Crocodilia Infradivisão Avemetatarsalia Infrasubdivisão Ornithodira †Ordem Pterosauria Superordem Dinosauria †Ordem Ornithischia Ordem Saurischia Classe Aves Filogenia A classificação lineana dos répteis não inclui certos grupos que evoluíram a partir deles (as aves e os mamíferos), sendo por isso um grupo parafilético. Em anos recentes, grande parte dos taxonomistas defendem que a classificação deveria ser monofilética, seguindo a escola de pensamento cladística ou seja, os grupos deveriam incluir todos os descendentes de uma forma particular. Colin Tudge diz: Os mamíferos são um "clado", e consequentemente os "cladistas" são felizes em reconhecer o táxon tradicional dos mamíferos. As Aves são também um clado. Na realidade, Mamíferos e Aves são sub-ramos dentro do clado principal dos Amniotas. Contudo, a classe tradicional Reptilia não é um clado, mas apenas uma seção do clado Amniotas, que restou após a remoção dos grupos Mamíferos e Aves. Não pode ser definida por sinapomorfias, como seria apropriado. Em vez disso, é definida pela combinação das características que possuem e as que faltam: répteis são os amniotas a que faltam pelos ou penas, ou seja, no máximo poderíamos dizer que os répteis, na definição tradicional, são amniotas 'não-aves' e 'não-mamíferos'. Filogeneticamente, o grupo Amniota se subdivide em dois clados: Synapsida e Sauropsida. O primeiro inclui os mamíferos como os únicos representantes vivos, e o segundo inclui escamados, tuataras, quelônios, crocodilianos, aves, e vários grupos extintos. Definições modernas de Reptilia geralmente tratam o grupo como monofilético, incluindo as aves, mas não incluindo os mamíferos e seus parentes extintos que tradicionalmente eram considerados répteis. Alguns consideram Reptilia e Sauropsida como sendo sinónimos, enquanto outros definem Reptilia como um clado ligeiramente menos amplo que Sauropsida, não contendo a família Mesosauridae. O cladograma a seguir, baseado na pesquisa de Laurin & Reisz (1995) ilustra as relações filogenéticas dos répteis com outros amniotas: Diversas pesquisas recentes indicam que os quelônios (Testudines) na realidade pertencem ao grupo Archosauromorpha (portanto são próximos dos crocodilianos e das aves), e não em Parareptilia. Evolução Existem milhares de fósseis de espécies que mostram uma clara transição entre os ancestrais dos répteis e os répteis modernos. O primeiro verdadeiro réptil é categorizado como anapsídeo, tendo um crânio sólido com buracos apenas para boca, nariz, olhos, ouvidos e medula espinhal. Algumas pessoas acreditam que as tartarugas são os anaspídeos sobreviventes, já que eles compartilham essa estrutura de crânio, mas essa informação tem sido contestada ultimamente, com alguns argumentando que tartarugas criaram esse mecanismo de maneira a melhorar sua armadura. Os dois lados tem fortes evidências, e o conflito ainda está por ser resolvido. Pouco depois do aparecimento dos répteis, o grupo dividiu-se em dois ramos. Um dos quais evoluiu para os mamíferos, o outro voltou a dividir-se nos lepidossauros (que inclui as cobras e lagartos modernos e talvez os répteis marinhos do Mesozóico) e nos arcossauros (crocodilos e dinossauros). Este último grupo deu origem também às aves. Anatomia e fisiologia Corpo coberto com pele seca queratinizada (não mucosa) geralmente com escamas ou escudos e poucas glândulas superficiais; Dois pares de extremidades (membros), cada uma tipicamente com cinco dedos terminando em garras córneas e adaptadas para correr, rastejar ou trepar; pernas semelhantes a remos nas tartarugas marinhas, reduzidas em alguns lagartos, ausentes em alguns e em todas as cobras; Esqueleto interno completamente ossificado; crânio com um côndilo occipital; Coração dividido em três cavidades: duas aurículas e um ventrículo,com a exceção do crocodilo que possui quatro cavidades; um par de arcos aórticos; glóbulos vermelhos nucleados, biconvexos e ovais; Respiração pulmonar; as tartarugas podem permanecer algumas horas embaixo d'água, prendendo a respiração e, para isso, o organismo funciona lentamente, o coração bate devagar, num fenômeno chamado bradicardia, e o fornecimento de oxigênio é auxiliado por um tipo de respiração acessória, em que o oxigênio dissolvido na água é absorvido pelas vias faríngica e cloacal; Doze pares de nervos cranianos; Temperatura corporal variável (pecilotermos), de acordo com o ambiente; Fecundação interna, geralmente por órgãos copuladores; ovos grandes, com grandes vitelos, em cascas córneas ou calcárias geralmente libertados, mas retidos pela fêmea para o desenvolvimento em alguns lagartos e cobras; estas características revelam uma adaptação evolutiva para a vida terrestre; Segmentação meroblástica; envoltórios embrionários (âmnio, cório, saco vitelino e alantóide) presentes durante o desenvolvimento; filhotes quando eclodem (nascem) assemelham-se aos adultos (sem metamorfoses). Musculatura muito desenvolvida em Squamata (cobras e lagartos) e em Crocodylia (jacarés e crocodilos), mas em Testudines (tartarugas, cágados e jabutis) a musculatura é desenvolvida apenas no pescoço. Répteis pré-históricos Ainda que o termo réptil pré-histórico, por definição, remeta-se aos dinossauros, que foram répteis que viveram na Pré-história, costuma-se utilizá-lo também para remeter-se às três outras maiores ordens de répteis extintos que habitaram o planeta Terra no período pré-histórico, coexistindo com os dinossauros: ictiossauros, plesiossauros e pterossauros, que ao contrário dos dinossauros, podiam nadar e voar. Entretanto, as quatro categorias acima não foram as únicas a englobar répteis pré-históricos. Houve muitas outras espécies — algumas vieram antes dos dinossauros, como o dimetrodonte, outras foram suas contemporâneas, como o sacissauro. Ver também Lista de répteis do Brasil Lista de répteis de Portugal Seres vivos, Carlos Barros e Wilson Paulino, 2013 The Variety of Life Colin Tudge, Oxford University Press, 2000 Ligações externas Tree of Life - Vertebrados
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Covelo (Califórnia) - localidade de Mendocino County, Califórnia Covelo (Galiza) - um município galego da província de Pontevedra Covelo (Gondomar) - freguesia no concelho de Gondomar, Portugal Covelo (Tábua) - freguesia no concelho da Tábua, Portugal Covelo do Gerês - freguesia no concelho de Montalegre, Portugal Covelo de Valadares - Aldeia do concelho de S. Pedro do Sul, Portugal Covelo - município extinto e hoje localidade do município de Terlago, província de Trento, Itália Desambiguação
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Midões é uma freguesia portuguesa do município de Tábua, com 19,98 km² de área{{citar web|url= http://www.dgterritorio.pt/ficheiros/cadastro/caop/caop_download/caop_2013_0/areasfregmundistcaop2013_2 |título= Carta Administrativa Oficial de Portugal CAOP 2013 |publicado= IGP Instituto Geográfico Português|acessodata= 10 de dezembro de 2013|notas= descarrega ficheiro zip/Excel|arquivourl= https://web.archive.org/web/20131209063645/http://www.dgterritorio.pt/static/repository/2013-11/2013-11-07143457_b511271f-54fe-4d21-9657-24580e9b7023$$DB4AC44F-9104-4FB9-B0B8-BD39C56FD1F3$$43EEE1F5-5E5A-4946-B458-BADF684B3C55$$file$$pt$$1.zip|arquivodata= 2013-12-09|urlmorta= yes}} e 1574 habitantes (censo de 2021). A sua densidade populacional é . Foi vila e sede de concelho, com foral novo de 1514. Era constituído até ao início do século XIX pelas freguesias da sede e de Póvoa de Midões. Tinha, em 1801, 2035 habitantes e 29 km². Mais tarde foram-lhe anexadas as freguesias de Candosa, Covas e Vila Nova de Oliveirinha. Em 1849 tinha 6282 habitantes e 63 km². O Concelho foi suprimido em 1853. Demografia A população registada nos censos foi: História Figuras Históricas D. Roque Ribeiro de Abranches Castelo Branco, Visconde de Midões João Brandão Basílio Freire Caeiro da Mata, Visconde do Vinhal Cronologia 955 - D. Muna doa as terras de Midões ao mosteiro de Lorvão 1133 - D. Afonso Henriques couta Midões a favor do mosteiro de Lorvão 1169 - D. Afonso Henriques doa parte de Midões a favor da Sé de Coimbra 1257 - D. Marinha Gomes, abadessa do Lorvão, dá foral à sua parte de Midões (atual Coito) 1514, 12 Setembro - D. Manuel I outorga foral novo a Midões 1855, 31 de dezembro - o concelho de Midões é extinto e a vila integrada no concelho te Tábua Património É muito vasto o património da freguesia de Midões, no qual devemos destacar: Igreja Matriz, dedicada a Nossa Senhora das Neves Pelourinho de Midões Palácio de Midões (Palácio das Quatro Estações) Solar do Ribeirinho (Midões) Solar dos Sousa Machado Solar dos Soares de Albergaria (Midões) Capela de Nossa Senhora das Dores (Midões) - Midões Capela de São Miguel - Outeiro de S. Miguel Pelourinho do Coito Capela de São Sebastião, com lápides romanas- Coito Ponte Romana de Sumes Ponte de S. Geraldo Casa de João Brandão, no Casal da Senhora - Casal da Senhora Capela de Nossa Senhora do Campo - Casal da Senhora Capela de Santa Ana - Vila do Mato Ponte Romana da Vila do Mato Capela de Santo Amaro- Santo Amaro Capela de Nossa Senhora da Esperança- Touriz Casa do Esporão Viaduto Romano de Vasco Em relação ao património natural devemos ainda salientar o outeiro de São Miguel, o rio de Cavalos, o rio Seia e o rio Mondego. Folclore e Tradições O rancho folclórico do Grupo Cultural da Freguesia de Midões é o principal embaixador do folclore da freguesia, levando o nome e as tradições folclóricas da freguesia aos mais diversos locais do país. Bibliografia Sobre a vila e a freguesia de Midões consulte-se: DUARTE, Marco Daniel, Tábua: história, arte e memória, Tábua, Câmara Municipal de Tábua, 2009. FERREIRA, Luís Pedro, Tábua: um passado com futuro, Tábua, Câmara Municipal de Tábua, 2007. SARAIVA, José da Costa, Monografia de Midões, Cucujães, Edição do Autor, 1986. VEIGA, António Duarte de Almeida, Midões e o seu velho Município'', Lisboa, Livraria Editora, 1911. liagações externas Monografia da Freguesia de Midões (Conc. Tábua), por João Pinho Antigos municípios do distrito de Coimbra
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
A escrita constrangida é uma técnica literária na qual o escritor está limitado por uma qualquer condição que proíbe certas coisas ou impõe um padrão. Os constrangimentos são muito comuns na poesia, que exige frequentemente ao escritor que utilize uma determinada forma de verso. As mais comuns formas de escrita constrangida são restrições estritas no vocabulário. Alguns exemplos: o basic english, vocabulários limitados para o ensino do português como segunda língua ou a crianças, etc. No entanto, não é isto o que se entende geralmente como "escrita constrangida", num sentido literário, onde as restrições são motivadas por preocupações de carácter mais estético. São exemplos: Lipogramas - Uma letra é proibida. Lipograma inverso - Todas as palavras devem conter uma certa letra. Literatura univocálica - Apenas uma vogal é permitida. Palíndromos - Podem ler-se da frente para trás ou de trás para a frente. Textos aliterativos - Todas as palavras devem começar pela mesma letra (ou subconjunto de letras). Acrósticos - Formas textuais onde as primeiras letras de cada frase ou verso formam uma palavra ou frase. Anagramas - Rearranjo das letras de uma palavra ou frase para produzir outras, utilizando todas as letras originais exatamente uma vez. O grupo OuLiPo é formado por escritores de língua francesa que utilizam diversas variantes de escrita constrangida. O grupo OuTraPo é semelhante, mas usa constrangimentos teatrais. Como exemplos de lipogramas, podemos citar o romance inglês Gadsby, com 50.100 palavras, nenhuma das quais contém a letra "e". Em 1969, o francês Georges Perec publicou La Disparition, um romance que também não continha a letra "e". Foi traduzido para inglês, em 1995, por Gilbert Adair, e recebeu o título A Void. Em 2004, surgiu em França um romance inteiramente desprovido de verbos: Le Train de Nulle Part ("O Comboio de Nenhures") por Michel Thaler. Um exemplo famoso de escrita constrangida em chinês é o Poeta Comedor de Leões no Covil de Pedra, que consiste de 92 caracteres, todos com o som shi, em diferentes entonações. Linguagem Escrita fa:بازی با واژگان fr:Littérature expérimentale#Littérature à contraintes
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Barcos é uma antiga freguesia portuguesa do concelho de Tabuaço, distrito de Viseu, com 9,81 km² de área e 592 habitantes (2011). A sua densidade populacional era 60,3 hab/km². É uma aldeia vinhateira do Douro. Foi sede de concelho entre 1263 e 1855. Era constituído pelas freguesias de Adorigo, Barcos, Santa Leocádia e Santo Adrião. O concelho tinha, em 1801, 1 499 habitantes. Após as reformas administrativas do início do Liberalismo foram integradas no município as freguesias de Folgosa, Vila Seca, Pinheiros e Vale de Figueira. Tinha, em 1849, 3 193 habitantes. Em 2013, no âmbito da reforma administrativa foi-lhe anexada a freguesia de Santa Leocádia, criando-se a União de Freguesias de Barcos e Santa Leocádia. População Média do País no censo de 2001: 0/14 Anos-16,0%; 15/24 Anos-14,3%; 25/64 Anos-53,4%; 65 e mais Anos-16,4% Média do País no censo de 2011: 0/14 Anos-14,9%; 15/24 Anos-10,9%; 25/64 Anos-55,2%; 65 e mais Anos-19,0% História Barcos, uma das mais interessantes e nobres Aldeias Vinhateiras, ergue-se sobre um platô ligeiramente ondulado. É uma das povoações mais importantes do concelho de Tabuaço, sendo a sua freguesia constituída pela povoação homónima e pela povoação de Santo Aleixo que se situa numa das encostas do rio Távora, para Nordeste. O seu topónimo, Barcos, remete-nos, segundo Almeida Fernandes, para o termo germânico «Barc», no seu plural, alusivo a marcos de delimitação territorial. Conta-se que perto da povoação de Barcos existiu, nos primórdios da Nacionalidade, um castelo medieval que terá sido construído pelo donatário da terra para defesa das investidas mouriscas. Outros autores referem que a antiquíssima paróquia de Santa Maria do Sabroso, anterior à fundação da nacionalidade, terá dado lugar, nos séculos XIV/XV, à paróquia de Nossa Senhora da Assunção de Barcos, para a qual se terá mudado a sede abacial, que também era colegiada. No entanto, o templo gótico de Barcos, ainda de inspiração românica, deveria já existir desde, pelo menos, o século XIII. Santa Maria do Sabroso aparece taxada, aquando do arrolamento paroquial do Reino de 1321, em 300 libras. Mesmo depois da mudança da sede da Colegiada para Barcos, continuou a Igreja de Santa Maria do Sabroso a servir de sede paroquial de Pinheiros, Carrazedo e Santa Leocádia, até à primeira metade do século XVIII. Embora incluída no extenso Couto de Leomil, que chegava ao Douro, a povoação de Barcos cedo se constituiu como concelho, com extenso termo, quando comparado com os demais concelhos limítrofes, e respectivas justiças apresentadas pelos Senhores do couto e seus descendentes. As Inquirições de 1258 referem-no como concelho subordinado ao Couto de Leomil. Autores antigos, como o Pe. António Carvalho da Costa, referem que D. Afonso III lhe deu foral em 1263, enquanto outros aludem ao facto de ter sido outorgado no ano de 1255. Ora, se Barcos foi uma herdade regalenga, embora dentro do Couto de Leomil, e desse modo se identifica com a povoação que recebeu aquele foral, ou carta de foro, ficarão desvanecidas diversas dúvidas relativamente à outorga do mesmo, havendo, até, a possibilidade de terem coexistido determinadas excepções, talvez derivadas de direitos sucessórios de alguns dos descendentes dos Senhores de Leomil, em que parte dos bens herdados dentro de uma mesma área territorial tivesse revertido para a Coroa. Poderá, talvez, ser essa a razão da mudança da sede paroquial do lugar do Sabroso para o de Barcos. Por outro lado, entre os séculos XVI e XVII, os dízimos da paróquia de Barcos, e suas anexas, que chegaram a render 4000 cruzados, foram sustento dos cónegos da Catedral de Tânger, que apresentavam os párocos. Extinto o cabido de Tânger e Ceuta, passaram os dízimos para a colegiada de Barcos e o padroado para a Coroa, que abusou dos seus rendimentos, fazendo perigar por diversas vezes a existência da colegiada, ao atribuir os seus rendimentos, ainda que de forma temporária, a outras causas públicas. No termo do seu concelho achavam-se inclusas, em 1527, as seguintes povoações, além da vila de Barcos (que teria 71 moradores ou fogos habitacionais): o “lugar do Reygo” (Adorigo, com 26 moradores), o “lugar de samta locaya” (Santa Leocádia, com 16 moradores), o “lugar de samta leyximo” (Santo Aleixo, com 9 moradores) e o “lugar de sam tardão” (Santo Adrião, actualmente no concelho de Armamar, com 12 moradores). Já em 1708, o Pe. Carvalho da Costa descreve Barcos como sendo vila da Coroa com 160 vizinhos (fogos) e uma Igreja Paroquial dedicada a Nossa Senhora da Assunção, reitoria de colação ordinária, anteriormente apresentada pelos Cónegos da Sé de Tanger a quem pertenciam os dízimos, e já nessa época pertencente ao Padroado Real. Na sua igreja existiam quatro beneficiados, um coadjutor e um sacristão, este último apresentado pelo reitor. Referia, também, que lhe estavam anexas as paróquias de “N. Senhora de Adorigo”, “N. Senhora da Conceiçaõ de Pinheiro”, “S. Adriaõ” e “S. Eulalia de Balfa & Defejofa”, todas com a categoria de Curatos. Em termos administrativos e judiciais dispunha de dois Juízes Ordinários, três vereadores, um Procurador do Concelho, Escrivão da Câmara, Juiz dos órfãos e Capitão-mor com duas companhias de Ordenanças (cada uma com seu Capitão). O concelho era, por essa época, abundante em pão, vinho, linho, castanha, algum azeite e possuía muitos pomares de fruta. Todas estas informações foram corroboradas pelo Reitor da Colegiada de Barcos, Pe. José Rodrigues Pereira, nas respectivas Memórias Paroquias de 1758. Em 1835, aquando da criação do efémero distrito de Lamego, Barcos foi elevada a cabeça de julgado, compreendendo uma extensa área que abrangia os concelhos de Barcos, Arcos, Chavães, Granja do Tedo, Longa, Paradela, Pinheiros, Sendim, Tabuaço, Távora, Valença do Douro, Armamar, Goujoim, Lumiares, S. Cosmado, Santa Cruz, Vila Seca, Castelo e Nagosa. O concelho de Barcos foi a última das municipalidades a ser extinta definitivamente, por Decreto de 24 de Outubro de 1855, a favor de Tabuaço. Desde os finais do século XVII e até à primeira metade do século XIX, Tabuaço vinha conquistando uma certa hegemonia na região, desde a criação do cargo de Capitão-mor até à criação do julgado de Tabuaço, cerca de 1769, com respectivo Juiz de Fora, competindo desse modo, e principalmente, com Barcos e Sendim, e depois sobrepondo-se a estas duas vilas. Pontos de interesse Infelizmente o Pelourinho de Barcos, padrão da sua antiquíssima autonomia municipal, foi desmantelado ainda no século XIX (talvez subsista um fragmento trabalhado do seu capitel, perto do local de origem), restando, no entanto, a primitiva Casa da Câmara e Cadeia, a antiga Casa da Roda dos Expostos, bem como o majestoso edifício, de finais de setecentos ou inícios do século seguinte, edificado para servir de Paços do Concelho e Tribunal, bem como a Mata da Forca, onde aquela terá sido levantada, aproveitando as estruturas alti-medievas de um lagar, e que se encontra classificada como Imóvel de Interesse Municipal. No que se refere à sua arqueologia, será necessário não esquecer outros sítios que merecem atenta visita, como por exemplo o Castro do Sabroso, o Casal Romano de Vila Chã 1, o Povoado Neolítico/Calcolítico de Vila Chã 2 ou um troço de via romana/medieval, que ligaria Barcos e o Sabroso. Do seu vasto património cultural, importa referir a magnificente Igreja Matriz de Barcos, classificada como Monumento Nacional desde 1922, e que terá sido edificada nos séculos XIII/XIV, em estilo românico, sendo posteriormente objecto de novas obras nos séculos XVII, XVIII, XIX e XX. Conserva elementos arquitectónicos e decorativos dos estilos românico, gótico, maneirista e barroco. Existem outros lugares de fé, como por exemplo a românica Igreja de Santa Maria do Sabroso, antiga sede paroquial, a capela de Santa Bárbara, a capela de São Pedro, no interior do Castro do Sabroso, o Nicho do Senhor da Boa Viagem ou os inúmeros Passos de Via-Sacra e o Calvário de Barcos, edificados ao longo dos principais eixos viários da antiga vila durante os séculos XVII e XVIII. Outros edifícios encontram-se ligados à história da paróquia, nomeadamente a seiscentista Casa da Colegiada, o Passal de Barcos, a antiquíssima Pedra do Sardão ou os vestígios da Capelinha de Nossa Senhora da Piedade, talvez do século XVI. Na área da arquitectura de equipamento há a referir o Fontanário setecentista do Largo do Adro, a Fonte Velha, que sofreu obras no século XIX ou o antigo Forno do Povo. O sóbrio e majestoso Cruzeiro dos Centenários de Barcos ergue-se perto da Matriz. Como marcos da arquitectura civil residencial, temos, entre outros inúmeros imóveis edificados ao longo de séculos, o Solar dos Cunhas, a Casa Magalhães Coutinho e a Casa dos Aguiar. No seu território existem inúmeras quintas agrícolas e de produção vitivinícola, nomeadamente as Quintas de Padrela, da Pereira, do Ramiro, da Raposeira, de Vale da Busa, do Vale do Barco e a principal e mais histórica da freguesia, a quinta do Monte Travesso, com capela dedicada a Nossa Senhora das Graças, que ao longo dos últimos dois séculos tem estado ligada a figuras importantes da história da região do Douro. Lendas Barcos é uma Aldeia pouco conhecida mas que tem Lendas muito interessantes. Património Igreja de Barcos; Capela de Santa Bárbara, próxima do cemitério; Igreja de Sabrozo; Capela de São Pedro, em Sabrozo; Mata da Forca; Capela de Santa Maria de Sabroso ou Antiga Igreja de Santa Maria de Sabroso. Tradições Em Barcos consegue-se manter uma tradição de origem celta, o casamento das solteiras, executado nas vésperas de Carnaval. Os jovens sobem o Cabeço da Forca e “fazem” o casamento das solteiras da aldeia. A organização dos pares é tradicionalmente elaborada da forma mais dissemelhante possível. É fabricado um touro, coberto com uma lona e “adornado” de chifres verdadeiros. A sua tarefa é amedrontar os transeuntes. De origem pagã, a Queima de Judas é feita no sábado de Aleluia, após a Páscoa, onde é queimado um boneco com estrutura em arame, vestido com roupa e com parecenças físicas em relação aquele ou aquela, cuja crítica popular pretende atingir. Turismo Os visitantes desta freguesia também podem caminhar nos dois trilhos pedonais incluídos na rede de percursos pedestres de Tabuaço: Socalcos do Douro e História e Natureza. Artesanato Podemos encontrar algumas habitantes que produzem tapetes em Arraiolos e trabalhos em estanho. Ligações externas Antigas freguesias de Tabuaço Antigos municípios do distrito de Viseu
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Tabuaço é uma freguesia portuguesa do município de Tabuaço, com 11,16 km² de área e 1535 habitantes (censo de 2021) A sua densidade populacional é . Demografia A população registada nos censos foi: Património Pelourinho de Tabuaço Ligações externas Freguesias de Tabuaço
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Salzedas é uma freguesia portuguesa do município de Tarouca, com 8,92 km² de área e 767 habitantes (2011). A sua densidade populacional é 86 hab/km². Distando cerca de 10 km de Tarouca (sede do concelho), a freguesia de Salzedas é formada pelas povoações de Cortegada, Meixedo, Murganheira, Covais de Cima, Salzedas (Vila) e Vila Pouca. Situada na margem direita do rio Varosa tem como principal actividade a agricultura (azeite, vinho, baga de sabugueiro, milho, centeio, batata e árvores de fruto). É uma aldeia vinhateira do Douro. História A sua origem remonta ao século XII, tendo aí sido construído o Mosteiro Cisterciense de Santa Maria de Salzedas por ordem de D. Teresa Afonso, esposa de Egas Moniz. Chegou a ser um dos maiores e mais ricos mosteiros portugueses, detentor de um biblioteca notável. População A tendência de evolução populacional é negativa. As causas são comuns: as pessoas deslocam-se para o litoral ou para o estrangeiro, na procura de melhores condições de vida, especialmente os casais jovens, que têm ou planeiam ter filhos, sobretudo quando ambos trabalham e não têm onde colocar as crianças, já que nesta aldeia não há infantários. Nos anos de 1864 a 1890 pertencia ao concelho de Mondim da Beira, extinto por decreto de 26/06/1986 Economia O sector económico primordial é o primário. A agricultura, especialmente a vitivinicultura, é a principal forma de subsistência das populações. No caso de Salzedas, destaca-se o vinho de mesa da Murganheira, produzido pela Adega Cooperativa de Salzedas - Murganheira, que tem recebido muitos prémios. Património Actualmente representa um ponto turístico onde se destaca o Mosteiro (monumento nacional), a antiga Judiaria (conjunto de casas da época medieval), os miradouros/Locais de Culto de Santa Bárbara e Senhora da Piedade e a ponte Românica de Vila Pouca, situada num dos locais mais pitorescos e recatados do rio Varosa. Mosteiro de Santa Maria de Salzedas Conjunto de casas da Judiaria antiga Cultura Existe um grupo de Cantadores de Janeiras. Ligações externas
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Conceição é uma localidade, sede uma antiga freguesia portuguesa do município de Tavira, com 61,18 km² de área e 1 438 habitantes (2011). A sua densidade populacional era 23,5 hab/km². Em 2013, no âmbito da reforma administrativa foi anexada à freguesia de Cabanas de Tavira, criando-se a União das Freguesias de Conceição e Cabanas de Tavira. Historicamente a localidade e seus terrenos a sul integravam a chamada Herdade da Gomeira, terras concedidas no foral de Afonso III a Tavira em 1266 à ordem de Santiago de Espada . Os primeiros registos que se conhecem sobre esta freguesia datam de 1518 , data dos mais antigos registos da existência da sua igreja paroquial, dedicada a Nossa Senhora da Conceição. A maior parte da área desta freguesia compreende uma grande área rural, de sítios e pequenas povoações dispersas, compreendendo Barrocal e Serra, sendo alguns: Aldeia, Alhos, Almargem, Alvisquer, Benamor, Canada, Carapeto, Cativa, Daroeira, Gomeira, Mato da Ordem, Morgado, Solteiras, Valongo. Alguns lugares, como Canada, Praia, Fortaleza, Morgado e Gomeira transitaram para a freguesia de Cabanas de Tavira, que durou entre 1997 e 2013, altura em que esta freguesia foi reunida de volta com anterior freguesia que a integrava, dando origem à actual União de Freguesias de Conceição e Cabanas de Tavira. População Simbologia do Brasão Flor-de-lis - Símbolo de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da Freguesia e de Portugal desde o tempo de Dom João IV. A cruz da Ordem de Santiago - Lembra que a freguesia era um couto desta Ordem. A mata de verde - Representa a Mata Florestal da Conceição (Santa Rita) que é Reserva de Caça e Mata Nacional. A mó - Representa os vários moinhos de vento da freguesia. Património Forte da Conceição ou Forte de São João Baptista ou Forte de São João da Barra Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Conceição, antigamente Ermida de Nossa Senhora da Conceição da Gomeira Ponte Velha do Almargem (Tavira) Biblografia Anica, Arnaldo Casimiro, Tavira e o Seu Termo - Memorando Histórico, Edição da Câmara Municipal de Tavira, 1993 Anica, Arnaldo Casimiro, Tavira e o Seu Termo - Memorando Histórico, Vol.II, Edição da Câmara Municipal de Tavira, 2001 Anica, Arnaldo Casimiro, Monografia da Freguesia de Conceição de Tavira, Edição da Junta de Freguesia de Conceição de Tavira, 2008 Chagas, Ofir Renato das, Tavira, Memórias de uma Cidade, Edição do Autor, 2004 Tavira vive cultura, revista trimestral, Ed. Câmara Municipal de Tavira, Julho de 2008 Hiperligações externas
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
Canuto III (; 1018 — 8 de junho 1042), também chamado de Hardacanuto (), foi Rei da Dinamarca de 1035 a 1042 e também Rei da Inglaterra de 1040 a 1042. Era o único filho legítimo de Canuto II da Dinamarca e Ema da Normandia, mas tinha um irmão bastardo, Haroldo. Canuto II sucedeu ao seu pai como rei da Dinamarca em 1035, mas a intenção de Canuto era que ele lhe sucedesse também nos seus outros reinos. No entanto, a Noruega revoltou-se e proclamou como rei um membro da casa real norueguesa, e Haroldo apropriou-se de Inglaterra. Canuto II preparou-se para responder e organizou uma invasão de Inglaterra. Haroldo morreu antes que pudesse ocorrer alguma batalha e abriu caminho a Canuto para se tornar rei com a aceitação geral dos seus súbditos. Canuto depressa se tornou num rei impopular devido à sua política de aumentar os impostos. Durante o seu reinado ocorreram várias revoltas, nomeadamente em Worchester, reprimidas com violência. Como concessão, Canuto recebeu na corte Eduardo, o Confessor o herdeiro de Etelredo II, muito estimado pelos populares. Em 1042, Canuto entrou em convulsão durante um banquete de casamento e morreu pouco depois, possivelmente envenenado. Como não tinha descendência, com Canuto acabou o domínio dinamarquês em Inglaterra. Ver também Knut - nome nórdico atual Monarcas da Inglaterra Monarcas da Dinamarca Monarcas católicos romanos Reis católicos da Inglaterra Mortos em 1042 Anglo-normandos Sepultados na Catedral de Winchester Normandos do século XI Personagens de Feitos dos Danos
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia
O nióbio é um elemento químico, de símbolo Nb, número atômico 41 (41 prótons e 41 elétrons) e massa atômica 92,9 u. É um elemento de transição pertencente ao grupo 5 (anteriormente denominado 5B) da classificação periódica dos elementos. O nome deriva da deusa grega Níobe, filha de Dione e Tântalo — este último, por sua vez, nomeou outro elemento do grupo 5, o tântalo. É usado principalmente em ligas de aço para a produção de tubos condutores de fluidos. Em condições normais, é sólido. Foi descoberto em 1801 pelo inglês Charles Hatchett. O nióbio têm propriedades físicas e químicas similares ao do elemento químico tântalo e, portanto, ambos são difíceis de distinguir. Em 1801, o químico inglês Charles Hatchett relatou a descoberta de um material similar ao tântalo e o denominou colúmbio. Em 1809, o químico inglês William Hyde Wollaston, erroneamente, concluiu que o tântalo e o colúmbio eram idênticos. Em 1846, o químico alemão Heinrich Rose estabeleceu que os minérios de tântalo continham um segundo elemento que foi batizado como nióbio. Entre 1864 e 1865, ficou esclarecido que "nióbio" e "colúmbio" eram dois nomes do mesmo elemento, sendo assim, por quase um século adotados esses termos de forma intercambiável. O nióbio foi oficialmente reconhecido como um elemento químico em 1949, mas o termo colúmbio ainda é utilizado na metalurgia estadunidense. As primeiras aplicações comerciais desse elemento datam do começo do século XX. Existem poucas minas de nióbio com viabilidade econômica. O Brasil é historicamente o primeiro produtor mundial de nióbio e ferronióbio (uma liga de nióbio e ferro) e é responsável por 75% da produção mundial do elemento. É muito utilizado nas ligas metálicas, em especial na produção de aços especiais utilizados em tubos de gasodutos. Embora essas ligas contenham no máximo 0,1 % de nióbio, essa pequena porcentagem confere uma grande resistência mecânica ao aço. A estabilidade térmica das superligas que contêm nióbio é importante para a produção de motores de aeroplanos, na propulsão de foguetes e em vários materiais supercondutores. As ligas supercondutoras do tipo II, também contendo titânio e estanho, são geralmente usadas nos ímãs supercondutores usados na obtenção das imagens por ressonância magnética. Outras aplicações incluem a soldagem, a indústria nuclear, a eletrônica, a óptica, a numismática e a produção de joias. Nestas duas últimas aplicações é utilizado pela sua baixa toxicidade e pela possibilidade de coloração por anodização. História O nióbio (mitologia grega: Níobe, filha de Tântalo) foi descoberto pelo químico inglês Charles Hatchett em 1801. Ele encontrou um novo mineral extraído na Inglaterra por volta de 1734 por John Winthrop (filho de John Winthrop, o jovem que foi o primeiro governador de Connecticut), que nomeou o mineral como columbita e o novo elemento como colúmbio, homenageando a personagem poética estadunidense Colúmbia. O colúmbio descoberto por Hatchett era provavelmente uma mistura de nióbio e tântalo. Ocorreram muitas discussões sobre a diferenciação entre colúmbio (nióbio) e tântalo. Em 1809, o químico inglês William Hyde Wollaston comparou os óxidos derivados de ambos: o colúmbio-columbito (densidade acima de 5,918 g/cm3) e o tântalo-tantalita (densidade acima de 8 g/cm3) e concluiu que os dois óxidos eram idênticos, apesar da significativa diferença de densidade. Por isso Wollaston manteve o nome tântalo. Essa conclusão foi questionada em 1846 pelo químico alemão Heinrich Rose, argumentando que havia dois elementos químicos diferentes na tantalita, que nomeou em homenagem à criança de Tantalus: nióbio (de Níobe), e pelônio (de Pelops). Estas disputas ocorreram devido às mínimas diferenças existentes entre o tântalo e o nióbio. A afirmação dos elementos pelônio, ilmênio e diânio foi semelhante à do nióbio ou nas misturas de nióbio e tântalo. As diferenças entre o tântalo e o nióbio foram confirmadas em 1864 por Christian Wilhelm Blomstrand, Henri Etienne Sainte-Claire Deville, e Louis J. Troost, que determinaram as fórmulas de alguns dos compostos em 1865 e, finalmente, pelo químico suíço Jean Charles Galissard de Marignac em que 1866, comprovou a existência dos dois elementos químicos. Os artigos sobre o ilmênio continuaram a aparecer até 1871. De Marignac foi pioneiro na redução de nióbio, com o aquecimento do cloreto de nióbio em atmosfera modificada de hidrogênio em 1864. Embora fosse capaz de produzir o nióbio sem tântalo em larga escala em 1866, somente no início do século XX é que o nióbio passou a ser utilizado em escala comercial, nos filamentos das lâmpadas incandescentes. Ele rapidamente tornou-se obsoleto com a substituição do nióbio pelo tungstênio, que tem um elevado ponto de fusão, e, assim, tornou-se o preferido para a utilização em lâmpadas incandescentes. A descoberta que o nióbio melhora o micro aços-ligas foi realizada em 1920, onde predominou-se com a sua aplicação. Em 1961, o físico americano Eugene Kunzler e seus colaboradores da Bell Labs descobriram que a folha de flandres de nióbio apresentam supercondutividade na presença da corrente elétrica e dos campos magnéticos, fazendo o primeiro material resistente à grandes correntes e os campos necessários para ímãs e maquinários de alta potência. Esta descoberta levariam, duas décadas depois, à produção de longos cabos multivertentes que poderiam ser utilizados nas bobinas, poderosos eletroímãs para máquinas rotativas, aceleradores de partículas ou detectores de partículas. Desenvolvimento etimológico do elemento O Colúmbio (símbolo Cb) foi o primeiro nome adotado pelo seu descobridor, Hatchett, utilizado pelas publicações norte-americanas, como a Sociedade Americana de Química, até o ano de 1953, enquanto a Europa já utilizava o termo nióbio. Para evitar confusões, o termo nióbio foi escolhido para ser o elemento 41 da 15° Conferência da União de Química em Amsterdã em 1949. Um ano após este termo ser oficialmente instituído pela União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC) após um século de controvérsia, muitas sociedades químicas, organizações governamentais, grande parte dos metalúrgicos e produtores comerciais do metal, em especial, às norte-americanas, referem-se ao elemento 41 como Colúmbio. Não é exclusividade do nióbio ter mais um termo, por exemplo, a IUPAC aceita que o tungstênio seja chamado volfrâmio, em deferência a utilização deste termo nos Estados Unidos e o nióbio como alternativa de colúmbio, em deferência a utilização deste termo na Europa. Não sendo universal e que muitas lideranças das sociedades de química e organizações governamentais referem-se ao termo nióbio, adotado pela IUPAC, enquanto muitas lideranças do setor da metalurgia e o Serviço Geológico dos Estados Unidos ainda referem para o metal pelo nome original de "colúmbio". Produção de nióbio no Brasil Histórico A partir de meados do século XX, o geólogo Djalma Guimarães descobriu a maior mina de pirocloro na região do Barreiro, em Araxá, do qual se descobriu a maior mina de nióbio encontrada até a atualidade no Planeta Terra. Simultaneamente, houve o desenvolvimento das corridas espaciais nos Estados Unidos e na Rússia, que expandiu de forma exponencial no consumo de nióbio por parte da indústria aeroespacial. Em 1955, a CBMM iniciou as suas operações industriais. Em 1965, o almirante norte-americano Arthur Radford convenceu o banqueiro Walther Moreira Salles a investir no mercado de nióbio, que atualmente é o maior produtor mundial. Entre 1959 até 1965, a companhia desenvolveu uma técnica de concentração de nióbio nas ligas entre 2,5% até 60% - utilizado em especial na indústria siderúrgica. Em 1973, a companhia Anglo American instalou no Brasil e, em 1979, começou a implantação da mina de Niquelândia, em Goiás. Atualmente, o Brasil tem três empresas no setor da exploração do nióbio, sendo elas: a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), o Anglo American Brasil Ltda. (Mineração Catalão Goiás), e a Mineração Taboca (Grupo Paranapanema). O Brasil concentra 98% das reservas conhecidas de nióbio no mundo, 4,0 milhões de toneladas economicamente exploráveis. Em Minas Gerais estão as maiores reservas brasileiras de pirocloro. A liga de ferronióbio é produzida através de uma sociedade em conta de participação, cuja Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) figura como sócio participante e a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) como sócio ostensivo, cujo acionista majoritário é o grupo Moreira Salles. O site WikiLeaks divulgou em 2010 documentos sigilosos em que consta uma lista de locais vitais aos Estados Unidos em outros países. O documento enviado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos lista cabos submarinos com conexões em Fortaleza e no Rio de Janeiro e minas de minério de ferro, manganês e nióbio em Minas Gerais e em Goiás. O nióbio é usado em superligas e na fabricação de magnetos para tomógrafos de ressonância magnética. Na cidade de Campinas, em 8 de Outubro de 2021, o CNPEM/MCTI realizou a 1ª Feira Brasileira do Nióbio. O presidente Jair Bolsonaro e os ministros Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Inovações), Walter Braga Netto (Defesa) e Milton Ribeiro (Educação) estiveram presentes na abertura do evento. A feira exibiu produtos de nióbio desenvolvidos em conjunto por empresas e centros de pesquisa. Controvérsias A discussão sobre a subfaturamento sob os royalties e o valor de mercado, além da ausência do controle do preço do nióbio, já é comentado nas instâncias políticas desde 2005, quando Marcos Valério afirmou na CPI dos Correios, onde o Banco Rural conversou com José Dirceu a respeito de uma mina do Amazonas. O político Eneas Carneiro (1938-2007) afirmou que só a riqueza produzida pelo nióbio no Brasil correspondia ao PIB, que na época era R$ 2,6 trilhões em 2007. Em 2010, vazou um documento pela Wikileaks que, incluía as minas e jazidas de nióbio no Brasil como recursos e infraestrutura estratégicos e imprescindíveis aos Estados Unidos.Darlan Alvarenga; Monopólio' brasileiro do nióbio gera cobiça mundial, controvérsia e mitos ;Disponível em: A CPRM (Serviço Geológico do Brasil), defendeu a política dos preços utilizados na venda do nióbio, indicando como exemplo a China, que perdeu mercado desta commodity quando reduziu a oferta de terras-raras e elevou os preços, o mercado da mineração iniciou a investir em novos cinquenta projetos, do qual o Brasil tomasse a mesma atitude, também teriam as mesmas consequências. Além disso, Elmer Salomão, Presidente da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral - ASPM comentou a respeito das denúncias:Nosso nióbio tem um preço “praticamente imbatível" e se ele for elevado outras jazidas no mundo todo entrarão em produção. (Lembrando da China quando ela decidiu reduzir a oferta e aumentou o preço das terras-raras, acarretando no surgimento de 50 novos projetos de produção desses bens minerais.)E, advertiu: O setor mineral tem contribuído para os investimentos no país e para o superávit da balança comercial, e não deve ser utilizado como combustível ideológico para políticas intervencionistas.E, defendeu: Se o Brasil não está aproveitando hoje suas riquezas minerais como deveria é porque não tem uma política industrial nesse sentido. O que não podemos fazer é guardar toneladas de minério sem saber se no futuro isso será tecnologicamente utilizado ou não. Somos obrigados a aproveitar os nossos recursos minerais justamente devido à revolução tecnológica. A idade da pedra não acabou por causa da pedra, mas porque a pedra foi substituída por outra coisa.Pesquisas Algumas universidades brasileiras, como a USP, UNESP e da UFRJ, pesquisam sobre as características do nióbio, a fim de desenvolver tecnologias no setor de supercondutores, na geração e transmissão de energia elétrica, no sistema de transporte e na mineração, sendo amplamente empregados na construção de equipamentos químicos, mecânicos, aeronáuticos, biomédicos e nucleares. Para aumentar o valor agregado e o consumo do nióbio, vieram às pesquisas no Brasil, vieram as primeiras pesquisas com a fundação do Programa de Engenharia Metalúrgica e de Materiais no Coppe (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia) em 1967. O Projeto Nióbio no Departamento de Engenharia de Materiais - DEMAR da Escola de Engenharia de Lorena - EEL da Universidade de São Paulo - USP Lorena em 1975-1976 sob comando do Dr. José Walter Bautista Vidal, secretário de tecnologia industrial do então Ministério da Indústria e do Comércio do Brasil. Atualmente, os institutos de física e de materiais pesquisam sobre o nióbio. Em 2009, o trabalho de pesquisa da COPPE, na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), obteve uma patente internacional para uma tinta anticorrosiva a base de nióbio num processo denominado niobização e em 2013 o Projeto Nióbio, desenvolveu os diagramas de fases para os elementos nióbio (Nb), cromo (Cr) e boro (B). Reservas de nióbioDados: Características principais Físicas O nióbio é um material lustroso, com coloração cinza brilhante, dúctil, um metal paramagnético no Grupo 5 da Tabela Periódica, embora tenha uma configuração eletrônica anômala se comparado com os outros membros Isso pode ser observado nos vizinhos como o rutênio (44), o ródio (45) e o paládio (46). Torna-se um material supercondutor sob temperaturas criogênicas. Sob pressão atmosférica, possui a temperatura crítica mais elevada dos elementos supercondutores: 9,2 K, tendo a melhor supercondutividade. Além disso, ele é um dos três elementos supercondutores Tipo 2, junto com o vanádio e o tecnécio. As propriedades supercondutoras são fortemente dependentes de sua pureza. Quanto mais puro, mais mole e dúctil, porém, as impurezas do nióbio o tornam mais duro. O metal tem uma baixa captação de nêutrons térmicos e, consequentemente, utiliza-se nas indústrias nucleares. Isótopos O nióbio na natureza existente é composto de um isótopo estável, o 93Nb. Em 2003, pelo menos 32 radioisótopos também foram sintetizados, onde a massa atômica variam entre 81 até 113. O mais estável entre eles é o 92Nb com uma meia-vida estimada de 34,7 milhões de anos, enquanto, o menos estável tem a meia-vida de 30 milisegundos. Quanto à tendência a decaimento, os isótopos com massa atômica com até 93Nb têm decaimento beta positivo (β+), enquanto os mais pesados têm decaimento beta negativo (β-), com algumas exceções. Os isótopos 81Nb, 82Nb, e84Nb têm β+ decaem pela emissão de prótons, enquanto o 91Nb decai pela emissão protônica e a captura eletrônica e o 92Nb decai tanto por β+ e β-. Pelo menos 25 isômeros nucleares tenham sido descritos, baldeando-se a massa atômica entre 84 até 104. Com esta ordem, somente os isótopos 96Nb, 101Nb e 103Nb não são classificados como isômeros. Entre eles, o isômero mais estável é o 84mNb com meia-vida de 16 anos e 47 dias, enquanto, a menos estável tem meia-vida de 103 ns. Todos os isômeros de nióbio decaem pela transição isomérica ou pelas partículas beta, exceto 92m1Nb, que tem um elétron menor capturado pela cadeia de desintegração. Ocorrência Estima-se que o nióbio seja o 33° elemento mais abundante da Terra, com concentração de 20 ppm. Alguns pensam que a abundância do nióbio no planeta é muito maior, porém não é possível encontrar mais fontes dos elementos porque estes estão no núcleo terrestre por causa da sua elevada densidade. O elemento nunca foi encontrado livre na natureza. Os minérios que contêm nióbio também contém tântalo, como a niobite (columbita) (Fe, Mn)(Nb, Ta)2O6 e o coltan [(Fe, Mn)(Ta, Nb)2O6]. Os minerais de columbita-tantalita são geralmente os minerais mais encontrados nas intrusões alcalinas e de pegmatito. Nos niobatos também se encontram elementos como o cálcio, urânio, o tório e metais de terras raras. Os exemplos de niobatos são: os minerais de pirocloro (NaCaNb2O6F), e euxenita [(Y, Ca, Ce, U, Th) (Nb, Ta, Ti)2O6]. Grandes depósitos de nióbio foram encontrados associados à rochas de carbono – silicatos, e, como constituinte do pirocloro. Os dois maiores depósitos de pirocloro foram descobertos em 1950,no Brasil e no Canadá, e ambos são até hoje os maiores produtores de minério de nióbio. O maior depósito de intrusão de carbonatita está localizada em Araxá, Minas Gerais, no Brasil, que está sendo extraída pela CBMM () e o outro depósito está localizado em Goiás que está sendo extraída pela Anglo American (por meio da subsidiária Mineração Catalão), onde se extraí uma intrusão subterrânea de carbonatita. Estas duas minas brasileiras produzem cerca de 75% da demanda mundial de nióbio. A terceira maior produtora de nióbio é a mina subterrânea de carbonatita de Niobec, em Saint-Honoré próximo de Chicoutimi, Quebec, sendo extraída pela Iamgold Corporation Ltd, que produz cerca de 7% da demanda mundial. Os depósitos do Quênia, em Kwale, estão na sexta colocação entre os maiores produtores do mundo. Novas minas de nióbio podem ser extraídas nos próximos anos. Segundo estudos geológicos, foram descobertos potenciais depósitos de extração viável nas regiões de Elk Creek, Nebraska e de Rondônia. Químicas O metal tem uma coloração azulada quando exposto ao ar em temperatura ambiente por um longo tempo. Apesar de ter um alto ponto de fusão (2 468 °C), ele tem uma densidade menor se comparado com outros metais refratários. Além disso, tem resistência à corrosão, apresentam propriedades supercondutoras, e nas camadas de óxidos - propriedades dielétricas. O nióbio é ligeiramente menos eletropositivo e mais denso do que o seu predecessor da tabela periódica, zircônio, sendo-o virtualmente idêntico com os átomos de tântalo, devido à contração dos lantanídeos. Como resultado, as propriedades químicas do nióbio são similares ao do tântalo, que aparece diretamente abaixo do nióbio na tabela periódica. Embora a sua resistência à corrosão não seja tão proeminente como no tântalo, seu preço baixo e a sua abundância, o faz um produto atrativo para reduzir a demanda de revestimentos nas indústrias químicas. Compostos O nióbio têm diversas características similares ao tântalo e ao zircônio. Ele reage com muitos elementos químicos da classe dos não metais em altas temperaturas: o nióbio reage com o fluoreto numa caldeira com gás cloro e hidrogênio sob temperatura de 200 °C e com nitrogênio com temperatura de 400 °C, produzindo os produtos intersticiais e não estequiométricos. O metal começa a oxidar na atmosfera sob temperatura de 200 °C, e é resistente à corrosão e ao contato de elementos alcalinos e por ácidos, incluindo água regia, o ácido clorídrico, o ácido sulfúrico, o ácido nítrico e o ácido fosfórico. O nióbio é atacado pelo ácido fluorídrico, e, por misturas de ácido fluorídrico com o ácido nítrico. Embora o nióbio apresente todos os estados de oxidação formal de +5 à −1, na maioria dos compostos de nióbio, encontra-se geralmente no estado de oxidação +5. Os compostos que têm estados de oxidação menor de +5 geralmente têm ligações Nb–Nb. Carbonetos e nitretos Outros compostos binários de nióbio incluem o nitreto de nióbio (NbN), que estão um supercondutor sob baixas temperaturas e é utilizado nos detectores de radiação eletromagnética. O carboneto de nióbio é o NbC que é um material extremamente duro, refratário, cerâmico, comercialmente utilizado em bits no setor de ferramentaria. Haletos O nióbio forma haletos com os estados de oxidação +5 e +4, assim como vários compostos não estequiométricos. Os pentahaletos () se caracterizam pelos centros octaédricos. O pentafluoreto de nióbio (NbF5) é um sólido branco com temperatura de fusão de 79,0 °C e o pentacloreto de nióbio (NbCl5) é um sólido amarelo (como na imagem à esquerda) com um ponto de fusão de 203,4 °C. Ambos são hidrolisados para produzir óxidos e oxihaletos, como o NbOCl3. O pentacloreto é um reagente versátil sendo utilizado nos compostos organometálicos, como o dicloreto niobioceno (). Os tetrahaletos () são polímeros de coloração preta com ligações entre as partículas de nióbio, como, por exemplo, o tetrafluoreto de nióbio (NbF4) e o tetracloreto de nióbio (NbCl4). Os haletos aniônicos de nióbio são muito conhecidos, devido em parte da acidez de Lewis dos pentahaletos. O mais importante é o [NbF7]2-, que é um produto intermediário na separação do nióbio e do tântalo em seus minerais. Este heptafluoreto tende a formar o oxopentafluoreto mais agilmente do que os compostos de tântalo. Outros haletos incluem o octaedro de [NbCl6]−: Nb2Cl10 + 2 Cl− → 2 [NbCl6]− Como para os outros metais, uma variedade de haletos fechados que sofrem a redução são conhecidos, sendo o primeiro exemplo: [Nb6Cl18]4−. Óxidos e sulfetos O nióbio forma óxidos com os estados de oxidação +5 (Nb2O5), +4 (NbO2), e +3 (Nb2O3), como também mais raramente o estado de oxidação +2 (NbO). O composto mais encontrado é o pentóxido, precursor de quase todas as ligas e compostos de nióbio. Os niobatos são geralmente dissolvidos o pentóxido numa solução básica de hidróxido ou pela fusão de seus óxidos metálicos alcalinos. Os exemplos são: os niobatos de lítio (LiNbO3) e os niobatos de lantânio (LaNbO4). Nos niobatos de lítio é uma estrutura trigonalmente distorcida,onde o niobato de lantânio contém íons de . As camadas de sulfeto de nióbio (NbS2) também são conhecidos. Os materiais com um filme fino dos óxidos de nióbio (V) podem ser produzidos pelos processos da deposição química em fase vapor ou por deposição atômica, onde passa por uma decomposição térmica de etóxido de nióbio (V) sob temperatura de 350 °C. Produção Somente a tantalita e a niobite são utilizados em escala industrial na produção do nióbio. Depois da separação inicial de outros compostos, é obtida uma mistura de pentóxido de tântalo e pentóxido de nióbio. A primeira etapa no processamento é a reação dos óxidos com o fluoreto de hidrogênio : Ta2O5 + 14 HF → 2 H2[TaF7] + 5 H2O Nb2O5 + 10 HF → 2 H2[NbOF5] + 3 H2O Este processo em escala industrial denominado método Mariagnac foi desenvolvido por Jean Charles Galissard de Marignac e explora as diferentes solubilidades dos complexos fluoretos de nióbio e de tântalo, o monoidrato de oxipentafluorniobato dipotássico (K2[NbOF5]·H2O) e o heptafluortantalato dipotássico (K2[TaF7]) em água. Novos processos usam a extração dos líquidos das soluções de fluoretos com solventes orgânicos como o cicloexanona. Os complexos de fluoreto de nióbio e de tântalo são extraídos separadamente para os solventes orgânicos com água e ambos precipitam pela adição de fluoreto de potássio para produzir um complexo fluoreto de potássio, ou precipitado com amônia como o pentóxido: H2[NbOF5] + 2 KF → K2[NbOF5]↓ + 2 HF Resultando em: 2 H2[NbOF5] + 10 NH4OH → Nb2O5↓ + 10 NH4F + 7 H2 Para a produção de nióbio metálico são empregadas as reações de redução eletroquímica, sendo os principais métodos para a produção: a eletrólise de uma mistura fundida de K2[NbOF5] e cloreto de sódio ou a redução de fluoreto com sódio. Com este segundo método de produção é possível conseguir um alto grau de pureza. A produção em larga escala é utilizada a redução do Nb2O5 com hidrogênio ou carbono. No processo que envolvem as reações aluminotérmicas utiliza-se uma mistura de óxido de ferro e óxido de nióbio que reagirá com alumínio: 3 Nb2O5 + Fe2O3 + 12 Al → 6 Nb + 2 Fe + 6 Al2O3 Para melhorar a reação, pequenas quantidades de oxidante, como o nitrato de sódio são adicionados, sendo produzidos: o óxido de alumínio e o ferronióbio, uma liga de ferro e nióbio utilizado na metalurgia. O ferronióbio contém cerca de 60 a 70% de nióbio. Sem a adição do óxido de ferro, a aluminotermia é utilizada para a produção de nióbio. Outros processos de purificação são necessários para as ligas supercondutoras. A função pelos elétrons à vácuo são utilizados pelos dois maiores produtores de nióbio. Desde 2013, a Companhia Brasileira de Alumínio controla aproximadamente 85% da produção mundial de nióbio. As estimativas do Serviço Geológico dos Estados Unidos a produção cresceu de 38.700 toneladas em 2005 para 44.500 toneladas em 2006. Estima-se que os recursos mundiais sejam de 4 400 000 toneladas de nióbio. Durante a década entre 1995 e 2005, a produção mais que dobrou, que no ano de 1995 produziu 17 800 toneladas. Desde 2009 a produção se estabilizou na marca de 63 000 toneladas por ano. Pequenas minas de nióbio foram encontradas nas minas de Kanyika no Malawi. Aplicações Aplicações hipoalergênicas: joias e medicamentos O nióbio e suas ligas são fisiologicamente inertes e com características hipoalergênicas. Por estes motivos, o nióbio é encontrado em muitos dispositivos médicos como o marca-passo. Ele é tratado com hidróxido de sódio, formando-se um camada porosa utilizadas nos tratamentos de osseointegração. Junto com o titânio, o tântalo e o alumínio, o nióbio pode também ser aquecido eletricamente e anodizado, resultando na produção de diversas colorações utilizando um processo conhecido como anodização de um metal reativo onde é aplicado na produção de joias. É um material com propriedades hipoalergênicas (que não causa alergias), por isso é utilizado na produção de joias. Eletrocerâmicas O niobato de lítio é um material com propriedades ferromagnéticas, que são aproveitados na produção de telefones celulares, nos moduladores ópticos e na fabricação de aparelhos de superfície de ondas acústicas. Originado da estrutura ferroelétrica da perovskita, como do tantalato de lítio e do tantalato de bário, São considerados uma alternativa mais econômica para o desenvolvimento de capacitores, apesar da predominância dos capacitores de tântalo. O nióbio é adicionado com o vidro para aumentar o índice de refração, uma propriedade utilizada na indústria óptica na fabricação de óculos de grau. O pentóxido de nióbio (Nb2O5) também é uma cerâmica conveniente para a obtenção de sensores de pH, de lentes óticas e nos filtros especiais para receptores de TV, entre outros. Ímãs supercondutores Os compostos de nióbio-germânio (), nióbio-escândio e as ligas de nióbio-titânio são utilizados como tipos de semicondutores II como fios de ímãs supercondutores. Estes ímãs supercondutores são utilizados nos instrumentos das máquinas de imagens por ressonância magnética e nas máquinas de ressonância magnética nuclear, como também, nos aceleradores de partículas. Por exemplo, o Grande Colisor de Hádrons utiliza 600 toneladas de cordões supercondutores de Nb3Sn e cerca de 250 toneladas de cordões supercondutores de NbTi. Também os semicondutores com nióbio em estado nativo são utilizados nas cavidades dos aparelhos de radiofrequência nos lasers de elétrons livres nas pesquisas do FLASH (Free Electron Laser in Hamburg) e da European XFEL. Pela alta sensibilidade do semicondutor na escala de frequência THz, o nitrito de nióbio é utilizado na produção de microbolomêtros, sendo um detector ideal de radiação eletromagnética. Eles foram testados no Telescópio Submilimétrico Heinrich Hertz, no telescópio do Pólo Sul, no Receiver Lab Telescope, na APEX (Atacama Pathfinder Experiment) e atualmente está sendo testado nos instrumentos de HIFI nas placas do Observatório Espacial Herschel. Ligas metálicas com base de nióbio A liga C-103 foi desenvolvida no início dos anos de 1960 pela Wah Chang Corporation e a Boeing. A DuPont, Union Carbide, General Electric e outras companhias deste setor industrial, simultaneamente, desenvolveram também as ligas metálicas baseadas em nióbio, incentivadas pela Guerra Fria e a Corrida Espacial. A sensibilidade do nióbio em contato com o oxigênio requisitava dos fabricantes a construção de um sistema a vácuo ou de atmosfera inerte, o que aumentava significativamente os custos e tornavam a produção mais complicada. Os processos de fabricação solda por difusão a vácuo e a fusão por feixe de elétrons, que eram as inovações na época, permitiram a aplicação de metais reativos como o nióbio. O projeto que produziu o C-103 começou em 1959 com 256 ligas metálicas de Nb experimentais da "Série-C" (possivelmente c' de colúmbio) que podiam ser fundidas em formato de gemas e dentro de bobinas de chapas metálicas. Wah Chang tinha o inventário do Hf, refinado em grau nuclear das ligas de zircônio, que foi disponibilizado para o comércio. A composição do centésimo e terceiro das ligas da Série-C, o Nb-10Hf-1Ti, tinha a melhor formabilidade e resistência sob altas temperaturas. Wah Chang fabricou o primeiro 500-lb quente da série C-103 em 1961, em lingotes para chapas, utilizando os processos de fabricação EBM e VAR. As aplicações que se destinam incluem a produção de componentes das turbinas a gás e nos metais líquidos dos permutadores de calor. Numismática O nióbio é utilizado como um metal precioso nas moedas comemorativas, apenas com prata ou ouro. Por exemplo, a Áustria produziu uma série de moedas de euro de prata e nióbio a partir de 2003, a sua coloração é dada pelo fenômeno de difração da luz, graças a uma fina camada de óxido produzido via anodização. Em 2012, dez moedas estão disponíveis apresentando uma variedade de cores no centro da moeda, sendo elas : azul, verde, marrom, violeta, roxo ou amarelo. Além destes, dois exemplos são das moedas austríacas: a de €25 de ouro e prata em comemoração aos 150 anos de inauguração da Via Férrea de Semmering, e em 2006 as moedas de €25 em comemoração a inauguração do Galileo. A casa da moeda da Áustria produziu para a Letônia uma série de moedas similares a partir de 2004, seguindo até 2007. Em 2011, a casa da moeda canadense régia começou a produção de $ 5 das moedas de prata e nióbio batizado de Hunter's Moon''. Em 2019 a casa da moeda do Brasil, no âmbito das comemorações dos 25 anos do Plano Real, lançou uma série de moedas comemorativas, tendo sido uma destas feita em nióbio. Produção de aço O nióbio é um elemento microligante eficiente para o aço. A adição deste elemento químico ocasiona a formação de carboneto de nióbio e do nitreto de nióbio dentro da estrutura do aço. Estes compostos melhoram o refinamento do grão, retardam a recristalização e o endurecimento por precipitação do aço. Estes efeitos por sua vez aumentam à resistência, força, conformabilidade e soldabilidade das microligas de aço. As microligações de aços inoxidáveis têm um teor de nióbio inferior a 0,1%. Esta é uma liga importante no aço de alta resistência e baixa liga que é muito utilizada na indústria automobilística devido a sua grande resistência. Estas ligas de nióbio têm elevada resistência, e quando conveniente, são empregadas para a fabricação de oleodutos. Ambientalmente é positivo, pois menos aço utilizado resulta em menos emissão de CO2. A adição de nióbio reduz a porcentagem de carbono no aço, melhorando sua capacidade de soldabilidade; Também atende às exigências legais quanto a terremotos e incêndios. Exemplo dessas estruturas são as torres eólicas e de transmissão, os trilhos e rodas ferroviários, construção de navios e plataformas marítimas de petróleo, pontes, edifícios e aeroportos. Superligas Quantidades consideráveis do nióbio, seja ela em forma alotrópica ou na produção de ferronióbio e níquel-nióbio, são utilizadas em superligas de ferro, níquel e cobalto para a produção de componentes de motores a reação, nas turbinas a gás, subligações de foguetes, turbocompressores, resistências à calor e equipamentos de combustão. O nióbio precipita uma fase de γ'' na granulação da superliga. As ligas contém cerca de 6,5% de nióbio. Um exemplo de liga que contém nióbio é a liga niquelada do Inconel 718, que consiste de cerca de 50% de níquel, 18,6% de cromo, 18,5% ferro, 5% de nióbio, 3,1% molibdênio, 0,9% de titânio, e 0,4% de alumínio. Estas superligas são utilizadas, por exemplo, nos sistemas de purificação de ar utilizados no programa Gemini. Uma liga utilizada para os bocais de propulsão dos foguetes de combustível líquido, em especial nos motores do Módulo Lunar Apollo, é a liga de nióbio C-103 que é composta de 89% de nióbio, 10% de háfnio e 1% de titânio. Outra liga de nióbio foi utilizada nos bocais do Módulo de Comando e Serviço Apollo. Como o nióbio é oxidado sob temperaturas de 400 °C, um revestimento de proteção é necessário para evitar a possibilidade de tornar a liga quebradiça. Outras aplicações Utilizado em indústrias nucleares devido a sua baixa captura de nêutrons termais; Os selos arcos voltaicos de lâmpadas de vapor de sódio de alta pressão são feitos de nióbio, ou nióbio com 1% de zircônio, pela similaridade do coeficiente térmico das cerâmicas sinterizadas de alumínio, um material translúcido que resiste às reações de redução ou ataques químicos pelo aquecimento do sódio líquido ou de seus vapores dentro da lâmpada; O nióbio se converte num supercondutor quando reduzido à temperaturas criogênicas. Na pressão atmosférica (e quando puro) tem a mais alta temperatura crítica entre os elementos supercondutores de tipo I, 9,3 K. Além disso, é um elemento presente em ligas de supercondutores que são do tipo II (como o vanádio e o tecnécio), significando que atinge a temperatura crítica a temperaturas bem mais altas que os supercondutores de tipo I. O nióbio metálico é também utilizado na solda por arco elétrico pela capacidade de quimicamente estável de aço inoxidável; Ele é conveniente como um material anódico nos sistemas de proteção catódica nos tanques de água, que são geralmente galvanizados de platina. O nióbio é um componente importante dos catalisadores heterogêneos de alto desempenho para a oxidação seletiva de propano em ácido acrílico. Precauções Desconhece um papel biológico relacionado ao nióbio. A poeira do elemento pode irritar os olhos e a pele e pode apresentar riscos de entrar em combustão. Porém em larga escala o elemento nióbio é fisiologicamente inerte (e, portanto hipoalergênico) e inofensivo. Ele é frequentemente utilizado em joias e tem sido testado em implantes médicos. Os compostos que contém nióbio são raramente encontrados, porém muitos deles são tóxicos e devem ser tratados com cuidado. Há teste sobre a exposição de curto e longo prazo dos niobatos e os cloretos de nióbio em ratos. Tratados com uma injeção de pentacloreto de nióbio ou os niobatos eles apresentam uma dose letal mediana (LD50) entre 10 e 100 mg/kg. A toxicidade por via oral é baixa, apresentando após sete dias uma dose letal LD50 de 940 mg/kg LD50. Ver também Lista de minerais Mineração no Brasil Mineralogia Niobium Coin (NBC) Tecnologias emergentes Ligações externas Los Alamos National Laboratory – Niobium WebElements.com – Niobium EnvironmentalChemistry.com – Niobium Tantalum-Niobium International Study Center
source: https://huggingface.co/datasets/graelo/wikipedia