O zagueiro Flávio, 18, que vai disputar sua terceira Copa São Paulo, já fez até algumas partidas como titular dos profissionais do Bahia. "Foi em 91, quando tinha 16 anos", conta. Trocou de clube nesse ano porque brigou com o presidente do Bahia, Paulo Maracajá. Flávio conta que o dirigente queria fazer um contrato de "gaveta", procedimento que prende o jogador júnior ao clube como se fosse um profissional, mas sem receber salário. Como o jogador se recusou, o dirigente retirou a ajuda de custo e não pagou as mensalidades do colégio Anchieta, em Salvador. Naquele ano, Flávio acabou reprovado na 1.ª série do 2.º Grau e depois que o Vitória quitou sua dívida mudou de clube. Depois de uma disputa judicial, os dois clubes acabaram tornando-se co-proprietários de seu passe. "O gozado é que eu nunca gostei de futebol, mas de vôlei. Foi minha mãe, torcedora do Vitória, que me levou para o Bahia. Hoje, não volto mais para o vôlei, além do que a altura não ajuda", completa o jogador. (MD)