O início da 23ª edição das Mil Milhas, ontem, no autódromo de Interlagos, teve um atraso de 17 minutos e cinco largadas. A Porsche fechou a primeira fila do grid com o 1-2 dos carros de Christian/Wilsinho Fittipaldi e de Antonio Herman de Azevedo/Franz Konrad/Mikael Gustavson. No duelo inicial, Christian, o pole-position, foi superado por Konrad antes do final da primeira das 372 voltas programadas. A prova só terminaria após o fechamento desta edição, por volta da meia-noite. O grid foi alterado pelos comissários técnicos da prova. Dos 84 carros inscritos na classificação, apenas 60 teriam o direito de alinhar na largada. Os comissários Carlos Montagner e Carlos Ferreira decidiram fazer valer o quesito 29.1, do artigo 29 do regulamento da prova. "Se o número de veículos classificados for maior que o número de veículos admitidos, serão nomeados seis reservas". Com 66 carros, a largada "lançada", no estilo da F-Indy, ficou difícil. O diretor de prova, Ernesto Costa e Silva, não conseguia ordenar o início da corrida porque os carros chegavam à Reta dos Boxes muito distantes uns dos outros. A opção foi parar todos na Reta e dar nova volta de apresentação. Aí valeu a largada lançada. As equipes tinham estratégias diferentes para o reabastecimento, troca de pneus e dos pilotos ao longo das 12 horas mínimas previstas para a prova. "Correr em dois facilita. Nós faremos turnos de 1h40min. Temos rádio a bordo e podemos mudar isso se houver necessidade", afirmou Wilsinho, que acredita não ser necessário dormir durante os intervalos.