Os homens por trás do circuito internacional de tênis estão trabalhando em alerta vermelho. As vitórias dos superfavoritos Pete Sampras e Steffi Graf na Austrália mostram que a monotonia toma conta dos torneios. Já que nenhum novo gênio parece pronto para surgir das fraldas, os organizadores de torneios apelam aos veteranos. O modelo já foi aplicado no boxe. Com o afastamento de Mike Tyson, o esporte ficou chato e valorizou o retorno de veteranos como Foreman, Spinks e Holmes. No tênis, o raciocínio é simples. Já que não dá para evitar a vitória tranquila de Sampras, por exemplo, o negócio é criar atrações para o público nas primeiras rodadas. Em Melbourne, a tentativa foi dupla. O sueco Mats Wilander e a norte-americana Tracy Austin, que já estiveram no primeiro lugar dos rankings, foram convidados para a chave principal. Austin perdeu na segunda rodada, mas Wilander foi até as oitavas-de-final e ganhou o público no Flinders Park. Nas próximas semanas, mais dois ex-líderes da ATP voltam às quadras. O norte-americano Jimmy Connors, 41, primeiro do ranking por vários períodos entre 1974 e 79, jogará o Torneio de San Jose, na Califórnia. Seu compatriota John McEnroe, 34, número 1 do mundo entre 1980 e 84, aceitou o convite para disputar o Aberto de Roterdã, na Holanda. Do jeito que a coisa vai, nenhum grande campeonato vai deixar de ter o seu "vovô" como convidado de honra. O comitê que organiza o Aberto da França já formalizou o convite ao equatoriano Andres Gomez, 33. Campeão de Roland Garros em 1990, Gomez chegou ao 4º lugar no ranking e hoje curte a aposentadoria garantida pelos US$ 4,5 milhões que ganhou na carreira. Ficou de responder aos franceses até março. (TM)